BP investe no Porto de Aveiro
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BP investe no Porto de Aveiro
Este suplemento é parte integrante do Diário de Aveiro - Não pode ser vendido separadamente Terça-feira, 19 de Setembro de 2006 Director: Adriano Callé Lucas Director-Adjunto Executivo: Ivan Silva De 15 em 15 dias António Comprido, presidente da BP Portugal considera o projecto estratégico BP investe no Porto de Aveiro Páginas 8, 9 e 10 Feira «Maison et Objet» Porcel lança novas peças em Paris Página 7 Mercado inglês Harrods recebe produtos Senda Página 6 Actualidade Ilustração digital Discussão pública PNPOT Governo privilegia tecnologia Fernando Correia e Nuno Farinha vão orientar, a 23 e 24 de Setembro, uma acção de formação em ilustração digital, na UNAVE, Universidade de Aveiro. Princípios, métodos e técnicas básicas do desenho aplicáveis às técnicas digitais e mais adequadas à ilustração no geral (nas suas diversas temáticas e vertentes) são temas em destaque no evento. O período de discussão pública da proposta técnica do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) foi prorrogado até ao próximo dia 31 de Outubro. A página web do PNPOT, com o endereço www.territorioportugal.pt, mantém-se activa, podendo ser obtidas e preenchidas as fichas de participação, para envio de observações e sugestões no âmbito da discussão pública. Duplicar os espaços de acesso gratuito à Internet, criar uma infraestrutura nacional de fibra óptica de comunicações para fins científicos e académicos, promover mais conteúdos e serviços digitais, adoptar progressivamente comunicações de Voz Sobre IP no ensino público e criar sistemas agrupados de compras electrónicas integram agora aos objectivos das Grandes Opções do Plano para 2007 que o Governo português aprovou, recentemente. No Hotel Meliá Ria Resultados do primeiro semestre Sol Meliá cresce 85 por cento Passada a primeira metade de 2006, a Sol Meliá Hotels & Resorts concluiu, em Agosto, que o seu volume de negócios aumentou 9,1 por cento (581 milhões de euros), 13 por cento da taxa EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações de 131 milhões de euros) e 85 por cento em lucro líquido, ou seja, 50 milhões de euros, em relação ao período homólogo de 2005. O indicador de rentabilidade da operação hoteleira, o RevPAR, revelou que todas as áreas da empresa, incluindo, Europa (hotéis de negócios e de lazer), América e Sol Meliá Vacation Club, registaram um crescimento de 6,3 por cento. Tal crescimento induz esta companhia a manter uma atitude optimista relativamente aos últimos dias Verão e ao final do ano. Além disso, há outros factores que indiciam uma época feliz para a companhia, como o aumento de reservas nos principais mercados emissores, nomeadamente Alemanha, Espanha e Reino Unido, assim como a ausência de ofertas especiais nos preços contratados e o crescimento, em 46 por cento, de fortes vendas fechadas pelo site da Sol Meliá. Também no primeiro semestre registaram-se consideráveis aumentos nas vendas por meio do Sol Meliá Vacation Club no México, República Dominicana e Porto Rico, em 102,2 por cento (36,3 milhões de euros), com taxa EBITDA de 141,2 por cento (8,8 milhões de euros). Para o segundo semestre, esta companhia tem a previsão de, igualmente, bons resultados no mercado europeu com o lançamento do Sol Meliá Vacation Club, em Espanha. Como reforço da estratégia de gestão de activos direccionada à compra de terrenos e imóveis, a Sol Meliá adquiriu 33 por cento da propriedade do hotel Mallorquino Tryp Bellver, pela quantia de 3,2 milhões de euros. A companhia passa, assim, a ser proprietária de 100 por cento do estabelecimento, que possui 384 acomodações. Ficha Técnica: Director: Adriano Callé Lucas Director-Adjunto Executivo: Ivan Silva Textos: Ana Sofia Pinheiro e Margarida Malaquias Fotografias: Paulo Ramos e Eduardo Pina Grafismo e paginação: Isabel Antunes Telefone: 234 000 031 e Fax: 234 000 032 Email: [email protected] Coordenação da publicidade: Ivo Almeida Telefone: 234 000 030 e Fax: 234 000 033 Propriedade de: Diaveiro - Empresa do Diário de Aveiro Composto e impresso na FIG - Fotocomposição e Indústrias Gráficas, SA 2 TERÇA-FEIRA, 19 de Setembro de 2006 Wellness Center e Spa abrem portas A pensar na saúde e condição física dos clientes, alojados ou não no hotel, o Meliá Ria coloca à disposição dos aveirenses uma vasta variedade de serviços de bem-estar. Massagens diversas, tratamentos com várias finalidades, programas de spa jet são, apenas, alguns exemplos de como se pode aliviar o stress ou até rejuvenescer, depois de um dia de trabalho om o intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas, mesmo daquelas que não estão alojadas no hotel, o Meliá Ria abriu as portas do Wellness Center e do Spa, com um vasto leque de serviços, que através de diversas actividades e tratamentos podem proporcionar algumas horas de calma, paz e descanso, oferecendo momentos de prazer e de relaxe. Os clientes hospedados no hotel beneficiam de um desconto de 50 por cento na utilização livre do Wellness Center e de 10 por cento de desconto em massagens e tratamentos. Conforme as preferências e necessidades, os clientes podem optar por diferentes modalidades e serviços, como a piscina dinâmica e a piscina, dita normal, onde se realizam as aulas de hidroterapia (por exemplo, duas vezes por semana, por 55 euros) e de hidroginástica (segundas e quintas às 17 e às 19.30 horas ou terças e sextas às 20.30 horas), pelo preço de 50 euros mensais. As diferentes aulas de grupo, como a ginástica localizada, a ginástica para seniores, a ginástica de manutenção, o yoga, a preparação para o parto e alongamentos realizam-se na sala de fitness, existindo, contudo, a alternativa do acompanhamento de um personal trainer, a 25 euros por hora. C Momentos de relaxe Para momentos de relaxe, o Me- liá Ria dispõe de uma considerável variedade de massagens (possuindo cinco salas para esse efeito), a preços que oscilam entre os 30 e os 100 euros – massagem localizada (terapêutica ou não), massagem zen (a duas ou a quatro mãos), massagem sensitiva total, duche vichy (a duas ou a quatro mãos), massagem localizada com pedras, massagem com pedras quentes ou com pedras de jade, massagem desportiva terapêutica, shiatsu, tailandesa e massagem cupido (para duas pessoas). Conferindo uma sensação de bem-estar, o Meliá de Aveiro possui «know how» em diversos tipos de tratamentos, com preços que variam entre os 70 e os 90 euros: tratamentos exfoliante, desintoxicante, remineralizante, hidratante, envolvimento corporal em vinho ou em cacau. Para o rosto, entre 30 e 60 euros, existem vários tipos de máscaras: hidratantes, para peles oleosas, para peles sensíveis e contornos dos olhos. Programas Spa jet Nos programas de Spa jet, o cliente pode optar por um programas de desintoxicação, redução de stress, rejuvenescimento da pele, redução de celulite, saúde-energia, dormir-meditar, tratamento envolvente, tratamento kneipp, cada um TOME NOTA pelo preço de 45 euros. Para um tratamento completo, o Meliá Ria propõe programas pré-estabelecidos, que incluem várias massagens e tratamentos, com preços entre 90 e 150 euros. Há, também, programas com a duração de um dia, exclusivos para homens ou mulheres (70 euros), anti-stress (95 euros) e pré-natal (70 euros). Prolongando o programa para dois dias, há tratamentos de relaxamento total (180 euros) e de sentidos (220 euros). Possui, ainda, banho turco, sauna, pilates, sala de cardio-fitness e sala de relaxamento. Os clientes alojados no hotel podem desfrutar de programas intensivos de beleza, de rejuvenescimento, de boas sensações ou de duas noites de rejuvenescimento. Entre as sessões de tratamento e massagens, o cliente pode fazer uma pausa para comer uma refeição dietética ou vegetariana, no coffe shop do hotel. : to: ncionamen oras fu e d o ri rá Ho 2h s das 8 às 2 ia d s o s o d To olmelia.com gal.com Site: www.s elia.ria@solmeliaportu .m a e-mail: sp 34 401 001 Telefone: 2 Empreendedorismo Romper paradigmas Trabalho em equipa Colaboradores A inovação é assumida pela equipa da «inovar·te» como «factor chave» deste projecto editorial, o que, defendem, «coloca, de modo automático, a indiscutível necessidade de romper com paradigmas». Assim, «porque há quem leia não a figura, mas o fundo, poderse-á assumir que se trata de uma questão de arte; a arte de bem inovar». De acordo com a direcção da «inovar·te», «não se quer desfazer nem subestimar o tão aclamado trabalho em equipa mas, acima de tudo, a leitura é ainda um processo pessoal e semi-privado e a interpretação que dela resulta tem origem num indivíduo, podendo assumir tantas interpretações quanto o número dos leitores». A revista «inovar·te», que será lançada dia 29, está aberta à colaboração de profissionais, professores, estudantes de pósgraduação, investigadores e parceiros editoriais internacionais. No primeiro número, a publicação conta com a colaboração de autores aveirenses, designadamente António Moreira e Carrizo Moreira, docentes na Universidade de Aveiro. Inovar·te no mercado nacional a partir do próximo dia 29 Inovação é temática central de revista aveirense Chama-se «inovar·te» e é o título de uma revista nacional especializada na temática da inovação, nascida em Aveiro e que será lançada no próximo dia 28, na Universidade de Aveiro ideia é pessoal, mas transmissível». Este é o «slogan» de lançamento da revista «inovar·te», que embora tenha uma abrangência nacional, é projecto totalmente idealizado e concebido em Aveiro. O lançamento oficial desta publicação, cuja temática se centra na inovação, acontecerá no próximo dia 28, na Universidade de Aveiro, e o primeiro número estará nas bancas no dia seguinte. Em comunicado de imprensa, a direcção artística da revista « A salienta que «para além de um convite à procura da inovação, a “inovar·te” será imperativa», já que «a aquisição e leitura deste periódico indicia uma manifestação de inovação – quem a lê, está a inovar ou a ser “inovado”». A forma verbal do título é propositadamente usada pelos criativos da revista e especificamente dirigida à pessoa que adquire o novo periódico nacional. De acordo a direcção artística da revista, «as formas de encarar a inovação (as ideias) são pessoais, mas transmissíveis e é a “embal- agem” que se cria para efectuar essa transmissão que eleva e brada aos céus os valores da inovação». A inovação é assumida pela equipa da «inovar·te» como «factor chave» deste projecto editorial, o que, defendem, «coloca, de modo automático, a indiscutível necessidade de romper com paradigmas». Deste modo, a revista propõese a, como linha de orientação, seguir com «o critério fundamental» de ser inovadora, «não apenas no sentido de fazer diferente, mas também no de fazer melhor sem qualquer obrigatoriedade de seguir estruturas editoriais existentes». «Na “inovar·te” serão procuradas novas formas de reflectir, de propor, de perspectivar, de criar, de gerir, de sistematizar, de viver a inovação», garante a direcção da revista em comunicado de imprensa. Em resumo, a equipa «inovar·te» pretende ser partidária da inovação enquanto «fenómeno transversal do desenvolvimento individual e organizacional». Na procura de respostas, a «inovar·te» obedece ao tripleto «recombinação, mudança e inovação». Ainda segundo a direcção artística da revista, esta publicação dirige-se a indivíduos e a organizações das mais diversas áreas, que possuam interfaces ou interesse na temática da inovação, nas faixas etárias compreendidas entre os 25-65 anos, designadamente universitários, gestores e quadros superiores e intermédios das empresas, empreendedores, investigadores e tecnólogos. Neste sentido, a revista está aberta à colaboração de profissionais, professores, estudantes de pósgraduação, investigadores e parceiros editoriais internacionais. No primeiro número, a publicação conta com a colaboração de autores como Rui Dias Alves (Innovagency), Rui Falcão (Administrador Edulearn), Jorge Marques dos Santos (Instituto Português da Qualidade), Isabel Caetano (COTEC Portugal), Sérgio Teles (Administrador da ELIDEV), Luísa Cagica Carvalho e Pedro Do- minguinhos (Docentes Instituto Politécnico de Setúbal), António Moreira (Docente Universidade de Aveiro), Francisco Teixeira e Melo (Synectics Portugal), Augusto Medina (Sociedade Portuguesa de Inovação), Casimiro Gomes e Ana Rodrigues (Dão Sul), Diogo Vaz Guedes (Somague), Manuel Laranja (Estratégia de Lisboa e Plano Tecnológico), Carrizo Moreira (Docente Universidade de Aveiro) e José Basílio Simões (Presidente do Conselho de Administração da ISA). Conselho Editorial (órgão consultivo composto por um conjunto de personalidades relevantes da produção de conhecimento sobre inovação e da sociedade em geral): - Carlos Zorrinho - Diogo Vasconcelos - Guta Moura Guedes - João Caraça - João Paulo Girbal - João Picoito - Joaquim Borges Gouveia - Jorge Alves - José Félix Ribeiro - José Miguel Júdice - Luís Mira Amaral - Miguel Matias - Teresa Lago Ficha técnica da inovar·te Director – Horácio Piriquito Direcção de Inovação – Vasco Sousa Editor – Pedro Ary Direcção Artística – Catarina Lélis Design – PontoSagres, Lda - Aveiro Paginação e produção - Companhia das Cores, Lda - Lisboa Saiba mais em www.inovarte.net TERÇA-FEIRA, 19 de Setembro de 2006 3 Empresas Prémio Internacional Feira em Vigo Infra-estruturas e Frota A Rui Costa e Sousa & Irmão S.A. esteve presente na XXII Convenção World Quality Commitment Star Award em Paris, para receber o prémio internacional de Qualidade e Excelência «The World Quality Commitment Trophy», categoria ouro. Este evento de projecção mundial, que ocorreu em Maio de 2005, organizado pela Business Initiative Directions, SA, tem como objectivo apoiar a difusão da identidade corporativa das empresas galardoadas, beneficiando do prestígio e qualidade que está conferido à distinção. De 03 a 05 de Outubro de 2006, o Grupo Rui Costa e Sousa & Irmão vai estar presente numa prestigiada Feira Internacional de Produtos do Mar Congelados - CONXEMAR, no parque de Feiras de Cotogrande, em Vigo. Neste certame de carácter profissional, estão representados mais de 60 países, 400 expositores e são esperados mais de 30 mil visitantes. Para suportar o plano de crescimento estabelecido, foram criados entrepostos comerciais em locais estratégicos, melhores serviços de atendimento e foi adquirida uma frota com cerca de 30 viaturas. Os entrepostos estão localizados em Ílhavo (Julho de 1990), em Vila Real (Janeiro de 1990), na Lousada (Julho de 1993), em Famalicão (Julho de 1995) e na Póvoa de Santa Iría e MARL (Mercado Abastecedor da Região de Lisboa). Pela World Confederation Of Bussinesses, nos Estados Unidos Grupo Rui Costa e Sousa & Irmão ganha prémio internacional A empresa Rui Costa e Sousa & Irmão, S.A., com uma unidade de transformação localizada na Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, ganhou dois prémios nos Estados Unidos da América empresa que lidera o mercado português de transformação de bacalhau foi premiada pela World Confederation Of Bussinesses com o prémio The Bizz Awards 2006. Pela primeira vez, uma empresa nacional recebeu esta distinção, que tem como critérios de avaliação a Liderança, os Resultados e o Sistema de Gestão. A Rui Costa e Sousa & Irmão trouxe de Nova Iorque dois galardões – Master of Business Leadership e o Master of Business Management. A empresa, sedeada em Tondela e que tem a sua unidade de transformação na Gafanha da Nazaré, tem, ao longo dos 25 anos da sua actividade, apostado numa «modernização constante da sua forma de trabalhar, e que engloba para além dos sistemas fabris, a Política de Gestão, a Comunicação e a Inovação». Em A nota de imprensa, o grupo salienta que este esforço foi agora reconhecido por uma das instituições de negócios mais importantes em todos os países do mundo, a World Confederation of Businesses. A importância deste reconhecimento internacional, já que pela primeira vez uma empresa portuguesa recebe esta distinção, reforça a linha estratégica da Rui Costa e Sousa & Irmão, que «há anos a esta parte tem vindo a apostar na racionalização dos seus recursos, na valorização dos produtos que coloca no mercado e, na melhoria dos seus resultados operacionais», sublinha a empresa, acrescentando a esses valores empresariais a «preocupação constante na Inovação, que levaram a que tenha desenvolvido a sua actividade para outros sectores, que não apenas a transformação e comercialização de bacalhau seco». Solidez empresarial A solidez da empresa foi responsável pela atribuição do Masters of Business Management, e a figura do empresário Rui Costa e Sousa o motivo da escolha como Master of Business Leadership. Recorde-se que a empresa tem um programa de internacionalização da sua actividade, estando presente com uma empresa própria no Brasil, e com distribuidores em outros países onde o consumo de bacalhau tem níveis interessantes. Nesta altura, prepara-se para alargar a sua oferta a outros segmentos de TOME NOTA mercado, estando neste momento a proceder a investimentos na sua produção. No ano em que comemora o seu 25º aniversário, a Rui Costa e Sousa & Irmão, que lidera o mercado português de transformação de bacalhau, vê assim reconhecida a sua actividade nos Estados Unidos, um facto que a empresa considera «importante para quem tem um projecto sério, num sector que sofreu profundas alterações nos últimos anos, e onde a selecção natural tem levado a que apenas os operadores credíveis mantenham a sua actividade». : Irmão e Sousa & Rui Costa lhoeiros ca Cais dos Ba nha da Nazaré afa G 8 3834-90 410 0 9 3 Tel: 234 411 0 9 3 4 Fax: 23 [email protected] E-mail: gera i.pt cs Web: www.r ACIB promove seminário sobre Marketing A ACIB – Associação Comercial e Industrial da Bairrada vai organizar, a 27 de Setembro, na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, pelas 14 horas, um seminário subordinado ao tema «Conhecer e Fidelizar Clientes – Um Exercício de Marketing», com o objectivo de explorar as ferramentas de mar- 4 keting disponíveis para fidelizar e analisar as novas exigências dos consumidores. «Num mercado global e competitivo como o actual, já não basta satisfazer as necessidades dos clientes, que são cada vez mais exigentes», refere o organismo em comunicado, salientando que, como tal, «há que criar, TERÇA-FEIRA, 19 de Setembro de 2006 desenvolver e incrementar relações duráveis e estreitas com os clientes de uma forma eficiente e rentável, utilizando estratégias de marketing». A ACIB acrescenta que, nas empresas, mais importante do que ter uma atitude de preocupação para com os seus clientes, é necessário que elas se- jam capazes de comunicar essa atitude. «Apesar dos estudos de mercado, é uma verdade incontestada que quase 80 por cento dos produtos e dos serviços lançados no mercado não sobrevivem», sublinha a associação comercial e industrial da Bairrada, defendendo a importância de «conhecer e analisar a interacção entre o que o consumidor procura e as ofertas do mercado». O seminário, que ocorrerá a 27 de Setembro, irá contar com a presença de Cidália Neves, docente do IPAM de Aveiro, que abordará o tema «Conhecer a Mente do Novo Consumidor»; José Almeida, da empresa Ideias e Desafios, que se debruçará sobre o tema «Raport – A Arte de Criar Empatia nas Relações Humanas»; e Norberto Guilherme, consultor especializado nesta área, falará sobre «Programas de Fidelização do Cliente». No final, será ainda apresentado o testemunho das Caves Aliança. Automóvel Venda de motociclos Veículos ligeiros Veículos Comerciais Ligeiros Os motociclos de cilindrada superior a 50cc atingiram, em Agosto de 2006, as 1034 unidades matriculadas, o que representa um crescimento de 6,7 por cento face ao mês homólogo de 2005, revela a ACAP. Em termos acumulados, a venda destes motociclos desceu, nos primeiros oito meses de 2006, 2,1 por cento face ao verificado no ano anterior. Já os motociclos de cilindrada igual ou inferior a 50cc e ciclomotores registaram, no mês de Agosto, um total de 621 unidades. No mês de Agosto, verificou-se uma ligeira subida, de 4,1 por cento face ao mesmo período do ano anterior, tendo sido vendidos 15.565 veículos, destaca a ACAP. Este crescimento justifica-se pelo facto do mês homólogo de 2005 ter sido um mês muito fraco em termos de vendas, devido à antecipação da compra verificada em Junho de 2005, devido ao aumento da taxa do IVA para 21%. Assim, em termos acumulados, foram vendidas, até Agosto de 2006, 181.179 veículos, o que corresponde a uma queda de 5,2%. O mercado de veículos comerciais ligeiros registou, em Agosto do corrente ano, um aumento das vendas de 3,7 por cento em relação a 2005, tendo sido vendidos 3.873 veículos. Segundo a ACAP, no período de Janeiro a Agosto de 2006, verificou-se um decréscimo de 5,9 por cento face a igual período de 2005, o que corresponde a um total de 41.391 unidades comercializadas. Esclarece ARAN Sector automóvel mantém-se em crise O aumento do IVA no Verão do ano passado levou a que muitas pessoas antecipassem a compra de automóveis no mês de Junho, tornando reduzidas as vendas em Agosto. Por essa razão, as estatísticas demonstram um crescimento em Agosto de 2006 egundo explicou a ARAN (Associação Nacional do ramo Automóvel), apesar do mapa de vendas comparativo (de Agosto de 2005 e 2006) demonstrar que houve um crescimento nas vendas de automóveis ligeiros de passageiros (4,2 por cento) e de comerciais ligeiros (3,7 por cento), a realidade é que esses valores não significam um verdadeiro crescimento de vendas, dado que o mês de Agosto de 2005 foi, anormalmente baixo, S devido às antecipações de decisão de compra que tinham ocorrido em Junho desse ano, com o aumento do IVA de 19 para 21 por cento. Além disso, o acumulado de Janeiro a Agosto de 2006 foi negativo, em relação ao ano anterior. Comparando os dados de 2003 e 2004 com os de 2006, relativos ao mesmo tipo de veículos, verifica-se que o volume de vendas é superior nos primeiros anos, o que prova que os dados fornecidos pela ACAP, apesar de correc- tos, induzem a erro, transmitindo a ilusão de que o sector automóvel está em crescimento. Depois de tiradas estas conclusões, a ARAN conclui que o sector automóvel está «ainda longe de inverter um longo ciclo negativo que tem registado». Para a resolução deste problema, a associação sublinha que «é necessária a recuperação económica do país», assim como, uma total reestruturação da fiscalidade aplicável ao automóveis em Portugal. Saiba mais em www.aran.pt ACP Viagens lança novo site O ACP Viagens, a agência de viagens do Automóvel Club de Portugal, lançou, recentemente, um novo site mais completo e com mais funcionalidades. Em www.acp-viagens.pt encontram-se todas as ofertas, para sócios e não sócios, promoções actualizadas, preços de lastminute, pacotes especiais para jovens, reserva de hotéis e outras informações úteis. A liderar o mercado português de cruzeiros há quatro anos, o ACP Viagens aposta também em outros públicos e outras ofertas. Os jovens são um público-alvo e para eles são criados programas especiais com preços muito competitivos. Viagens exclusivas, cruzeiros, circuitos, reserva de hotéis, auto-férias, pacotes especiais para jovens, câmbios, meteorologia e sistema de reserva online para hotéis em todo o mundo são alguns dos serviços disponíveis no novo site. Desenvolvido pela Optigest, empresa especializada na actividade do Turismo, o sítio da Internet do ACP está ligado on-line aos operadores parceiros do ACP Viagens, garantindo, deste modo, a permanente actualização e a qualidade. TERÇA-FEIRA, 19 de Setembro de 2006 5 Internacionalizaçăo Aposta na qualidade Mercados internacionais Líder de mercado Um dos principais vectores do desenvolvimento da Senda é a qualidade, tendo obtido a certificação de acordo com a norma ISO 9001:2000, em 2002. Desde há três anos a Senda investe «fortemente» na internacionalização, tendo, de acordo com a empresa, conseguido encomendas importantes um pouco por todo o mundo, em mercados como Espanha, Qatar, Oman, Alemanha, Áustria, Chipre, França e Dinamarca. A Senda é, em Portugal, «líder de mercado dos sanitários em aço inoxidável», defende a empresa, salientando que, em 2005, as exportações duplicaram face ao ano anterior, representando quase nove por cento do volume total de negócios, que cresceu 27 por cento, no mesmo ano. Empresa aveirense parte para mercado inglês Senda presente no Harrods A empresa aveirense Senda está, desde sextafeira passada, a vender os seus produtos no Harrods, em Londres esde a passada sextafeira que os sanitários em aço inoxidável da empresa aveirense Senda estão à venda no Harrods, o mais famoso armazém do mundo, com mais de um século de história e que actualmente é propriedade do egípcio Al-Fayed. O armazém inglês, que alia o prestígio nacional e internacional a uma atracção turística, tem uma área de vendas superior a 100 mil D metros quadrados e 330 departamentos. Assim sendo, o processo de selecção dos produtos comercializados é «altamente exigente», pelo que a Senda considera «muito gratificante e prestigiante» ter sido seleccionada para «o restrito e exclusivo conjunto de fornecedores do Harrods». De acordo com nota da empresa aveirense, a presença da Senda no Harrods demonstra que «a aposta no design, soluções inovadoras e na qualidade do produto é, de facto, a única forma de uma empresa como a Senda de competir e vencer no mercado global». Refira-se que a Senda, localizada na Zona Industrial de Taboeira, em Aveiro, foi fundada em 1995, especializada no desenvolvimento e produção de sistemas sanitários em aço inoxidá- vel, oferecendo uma gama abrangente de produtos com aplicações em casas de banho de espaços públicos, salas de banho domésticas de gama alta e equipamento profissional, nomeadamente equipamento hospitalar. IdeiaBiba estreia Crianças na Lua na Polónia Estreou, no passado dia 1 de Setembro, no Manufaktura (Lodz, Polónia), a primeira missão internacionaldo «Dzieciaki na Ksiezycu» (Crianças na Lua), onde irá estar patente até 15 de Outubro. A abertura foi, segundo a Ideiabiba, empresa aveirense mentora do projecto, «um enorme sucesso», tendo contado, apenas no primeiro dia de actividade, com a presença de mais de 400 «candidatos a astronautas» e, numa semana de actividade, ultrapassaram as 1800 crianças. Estão previstas diversas acções complementares ao evento, como a presença do antigo astronauta polaco - Miroslaw Hermaszewski, e a estreia do filme «Stacja Kos- 6 miczna 3D» (Espaço Cósmico), versão IMAX 3D. TERÇA-FEIRA, 19 de Setembro de 2006 O evento conta ainda com novos componentes, como uma réplica do telescópio Hubble com quatro Colecçőes Solidotel equipa Club de Golfe História do Design Propriedade Industrial A Solidotel ganhou aquele que é, segundo a empresa, «o maior fornecimento jamais feito por uma empresa do sector da Região Centro». Trata-se do equipamento do Club de Golfe da Ilha Terceira, nas Lajes, Açores, no valor global de 550 mil euros (acrescido de IVA). A empresa aveirense forneceu, em 2005, o novo aeroporto da Cidade da Praia e o Hotel Cosmos, em Cabo Verde. No próximo dia 2 de Novembro, será lançado, na ESAD, o livro da autoria do prof. Bürdek «História, Teoria e Prática do Design de Produtos», editado pela Edgar Blücher, do Brasil, que estará também à venda em Portugal. A mesma apresentação será feita, no dia 3, no Centro Português de Design. Bernhard Bürdek é Professor no Departamento de Design de Produtos na Escola de Design de Offenbach am Main, na Alemanha, colaborador permanente da Revista Form e autor de inúmeros artigos e publicações. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial leva a efeito, nos dias 2 e 3 de Outubro, no Centro de Congressos de Lisboa, as I Jornadas de Propriedade Industrial. As inscrições são gratuitas e on-line, através do e-mail [email protected] ou pela página web www.jornadas-inpi.com.pt/inscricao_online. Na Feira Maison et Objet Porcel lançou novass peças em França A Porcel esteve presente na Maison et Object e lançou novos produtos para o mercado empresa Porcel, sedeada em Oliveira do Bairro, lançou, na Feira Maison et Objet 2006, em Paris, França, algumas decorações, des- A ignadamente a «HoundsTooth», a «Tamarillo» e a «Fusion». A colecção «HoundsTooth» utiliza um padrão clássico. As peças que outrora deslumbraram em casacos, carteiras, chapéus são aplicados à porcelana, num serviço imaginado pela designer Vanda Semedo. Já a decoração «Tamarillo», da autoria de Laura Isola, apela aos sentidos exóticos e utiliza os tons vermelho e preto». «Fusion» é a decoração assina- da pelo designer italiano Avantgard e que espelha as tendências do próximo Inverno. O fio condutor de toda a linha passa pela combinação de cores neutras com outras fortes e vivas, num estilo moderno e actual. Feira Internacional de Cerâmica e do Banho, em Itália Sanindusa presente na CERSAIE 2006 A CERSAIE 2006 – Feira Internacional de Cerâmica e do Banho, será como habitualmente o ponto alto do calendário das feiras internacionais do sector. Durante cinco dias de exposição, que terá lugar em Bologna – Italia de 26 a 30 de Setembro, profissionais de todo o mundo terão a oportunidade de vislumbrar as tendências e propostas apresentadas neste sector e que surgirão no mercado nos próximos meses. Esta exposição ocupa uma área total de 156.000 m2 e conta com a presença de cerca de 1.030 expositores de todo mundo. Mediante a importância desta feira no panorama internacional, a Sanindusa irá participar pela 6.ª vez em mais uma edição deste certame. A Sanindusa irá aproveitar a oportunidade para lançar e dar a conhecer as suas mais recentes propostas em termos de produtos. A empresa espera obter o mesmo sucesso atingido nos eventos anteriores. TERÇA-FEIRA, 19 de Setembro de 2006 7 Entrevista Mercado competitivo Produtos disponibilizados Mercado de lubrificantes A BP opera em Portugal há 77 anos e, durante algumas décadas, e empresa teve de «aprender a viver com o mercado, que inicialmente crescia sistematicamente e com regularidade, de uma maneira sustentada, evoluindo para um mercado que não cresce e onde há cada vez mais concorrência, mais operadores e, portanto, um mercado muito mais competitivo e, consequentemente, com margens mais baixas». António Comprido salienta que «o mercado, hoje, é, sob o ponto de vista de rentabilidade, menos interessante do que há uns anos atrás». A BP tenta ser, ao nível dos produtos que disponibiliza, inovadora. O presidente da empresa salienta que a BP foi inovadora em muitos aspectos: «a primeira companhia que introduziu em Portugal, há já vários anos, uma gasolina com baixo teor de enxofre; fomos a primeira empresa que trouxe uma gasolina sem chumbo; fomos a primeira empresa que introduziu um gasóleo diferenciado em Portugal; fomos a primeira empresa que introduziu uma gasolina com um nível de octana diferente do normal», projectos que, nalguns casos ditaram sucesso comercial e noutros não. A BP tem duas marcas de lubrificantes, em Portugal, a BP e Castrol, que são líderes no mercado. «A Castrol é uma marca, reconhecidamente líder no mercado, com produtos de elevada qualidade e suportados por trabalho de investigação bastante sério», defende o presidente da BP Portugal. Afirma António Comprido, presidente da BP Portugal, referindo à dependência do mercado petrolífero «BP está apostada na procura Qual é a quota de mercado da BP em Portugal? A ideia que temos, baseada nos valores que são publicados pela Direcção Geral de Energia e Geologia, ronda os 20 por cento. Nos combustíveis rodoviários, nos comerciais e industriais deve andar entre os 18 e os 20 por cento; no caso do LPG, o gás de petróleo liquefeito, o mercado é maior, rondando os 30 por cento, assim como a quota do mercado dos lubrificantes. Já nos mercados da aviação geral, a quota de mercado anda na casa dos 17 por cento, nos pequenos aeródromos, com pequenos aviões, já temos uma quota de mercado perto dos 50 por cento. Nos lubrificantes da marinha internacional também temos uma quota muito significativa, mais difícil de estimar. Em termos globais, neste conjunto de mercados onde operamos, estimamos que a nossa quota de mercado se encontre na casa dos 20 por cento. O mercado português tem sido aliciante para a empresa? Até há quatro anos atrás, Portugal foi um país em que o crescimento económico era muito grande e foi até o segundo país com maior crescimento dentro da União Europeia, a seguir à Irlanda. Infelizmente, esse ciclo acabou ou, pelo menos, foi interrompido e hoje passou de «muito bom aluno» para um «aluno abaixo da média». O mercado dos combustíveis lubrificantes e o próprio gás acabou por se ressentir disso. Face ao crescimento económico, ainda tínhamos muitos indicadores de conforto e de desenvolvimento, como o número de automóveis por habitante e o número de casas climatizadas por habitante. Estávamos abaixo da média europeia, mas estávamos a crescer e como o crescimento na Europa dos mercados maduros tinha estagnado, Portugal continuava a crescer com taxas relativamente atractivas. Nos 8 António Comprido, presidente da BP Portugal, em entrevista ao DA Economia, traça as linhas orientadoras da empresa para os próximos anos, bem como adianta pormenores sobre os novos investimentos previstos para o porto de Aveiro últimos quatro anos, Portugal ficou numa situação muito parecida com o resto da Europa, o consumo estagnou e, no caso dos combustíveis rodoviários, verificou-se mesmo um decrescimento no consumo das gasolinas, nos últimos dois ou três anos, e o gasóleo, em 2005 e 2006 abrandou, também, o crescimento, sendo que antes era o único combustível que continuava a crescer. Qual é, quanto a si, a vantagem competitiva da BP? Achamos que temos um aspecto que nos distingue dos nossos concorrentes, com produtos que, em muitos aspectos, quase que podem ser considerados «commodities». Temos de tentar fugir a esse conceito de «commodities» com várias inovações que temos vindo a introduzir. Pensamos que a nossa grande força é a força da nossa marca, a BP, que é, reconhecidamente, uma das empresas líderes mundiais na área da energia. Estamos entre as três maiores companhias petrolíferas do mundo, estamos entre as maiores companhias do mundo e estamos, permanentemente, na «frontline» dos desenvolvimentos tecnológicos nestas áreas. Ainda há pouco tempo, assinámos contratos com a Dupont para o desenvolvi- TERÇA-FEIRA, 19 de Setembro de 2006 mento de uma nova geração de biocombustíveis, negociámos um investimento muito grande do que vai ser o maior centro de investigação e desenvolvimento na área dos bio-combustíveis, nas energias alternativas e no hidrogénio. Portanto, a BP tem um «brand» que é muito forte, que as pessoas associam, normalmente, a uma empresa de vanguarda, do ponto de vista tecnológico. Somos também uma empresa que tem fortes preocupações na área da sustentabilidade, o que significa o respeito pelo ambiente até como gestão estratégica da sustentabilidade do negócio, porque obviamente se destruirmos o ambiente não haverá negócio daqui a 15, 20 ou 50 anos e, portanto, temos essa preocupação. Para além de que a BP é uma empresa de grande dimensão. Exacto. Se olharmos para o mercado português com as últimas alterações que houve nos últimos anos desapareceram os nossos grandes concorrentes a nível multinacional. Hoje, os nossos principais concorrentes, concerteza que existem empresas de dimensão grande, mas que em Portugal têm uma dimensão reduzida, ao contrário daquelas que, em Portugal, têm uma dimen- são grande, mas que são empresas à escala regional e não à escala global. Isso também nos distingue, porque uma empresa que tem uma escala global tem uma capacidade bastante grande de inovação, de aprendizagem, de trazer para Portugal novas práticas e novos produtos. Está tudo associado à dimensão e à imagem da companhia. Outro exemplo, na área do GPL, fomos a primeira empresa que introduziu uma nova garrafa mais leve, 100 por cento em materiais compósitos, sem aço, baseadas em tecnologias desenvolvidas nas ciências dos materiais avançados. Portanto, o que nos distingue, em última análise são estes dois aspectos, a força de um «brand» e aquilo que ele representa por um lado e, em termos mais palpáveis, a capacidade de lançarmos novos produtos mais desenvolvidas que vão ao encontro das tecnologias e do avanço tecnológico. Fazendo parcerias… Temos vindo a estabelecer parcerias estratégicas quer no domínio da investigação, para poupar combustível, para reduzir emissões, para utilizar combustíveis alternativos na área dos bio-combustíveis, na área do hidrogénio, portanto, temos com os principais fabricantes mundiais acordos e temos vindo a trabalhar com eles no sentido de contribuir para soluções que possam satisfazer, simultaneamente, as necessidades das pessoas enquanto necessidade de transporte, tentando o menos possível causar impacto no ambiente. A grande questão é que o número de pessoas que tem acesso a esses bens continua a ser uma fracção muito reduzida e há muitos milhões ansiosos para poder aceder. Portanto, o crescimento potencial do impacto ambiental resultante desses milhões que face ao desenvolvimento vão ter cada vez mais acesso a esses meios, é algo que não pode ser ignorado, não podemos proibir as pessoas de usar automóveis pela razão de que os que já existem já poluem muito. Temos é que encontrar soluções para ultrapassar esses problemas. A BP aposta claramente nessa premissa em conjunto com outros parceiros, como os fabricantes dos automóveis, a universidade, os governos, as NGO’s, porque somos apologistas que ninguém sozinho consegue resolver o problema, mas todos juntos será possível ultrapassá-lo. As energias alternativas são, sem dúvida, o futuro desta área de negócio... Sim, a nossa posição em relação a isso é muito clara. Não há, a curto prazo (duas, três, quatro décadas), alternativas credíveis aos combustíveis fósseis, no sentido de continuar a proporcionar os níveis de conforto que temos hoje em dia. É preciso começar a trabalhar hoje, porque os resultados só se conseguem a longo prazo. As soluções alternativas, inicialmente contribuirão de uma maneira modesta, mas se se conseguirem impor irão ter um peso cada vez maior no mix de energia. Hoje, os combustíveis fosseis, entre carvão, gás natural e petróleo, contribuem para mais de 90 por cento da energia primária no mundo, mas obviamente que acreditamos que isto se vai alterar, a longo prazo. Irão surgir os biocombustíveis, que ocuparão uma posição importante nos combustíveis para os transportes, quer seja o etanol, quer seja uma nova geração de bio-combustíveis que podem ser misturados com combustíveis fósseis ou mesmo, de uma maneira autónoma, poderão suprir parte das necessidades. O hidrogénio, que não é uma fonte de energia primária, não existe na natureza como tal, ou seja, é preciso gastar energia para o produzir. O que é que a BP está a fazer nesse sentido? A BP está apostada a trabalhar com a indústria automóvel na procura dessas soluções e também na utilização do hidrogénio para a produção de electricidade. Foi lançado, no ano passado, um vasto programa e foi criada uma nova divisão autónoma chamada «alternative energy», com orçamento próprio de cerca de oito mil milhões de dólares, para investir nos próximos dez anos, para os quais temos projectos na área do solar fotovoltaico, na energia eólica, na área dos bio-combustíveis e na área do hidrogénio. Entrevista Aposta em bio-combustíveis Energias alternativas Marca forte Hoje, os combustíveis fósseis, entre carvão, gás natural e petróleo, contribuem para mais de 90 por cento da energia primária no mundo, mas a BP acredita que é um cenário que se vai alterar, a longo prazo. «Irão surgir os bio-combustíveis, que ocuparão uma posição importante nos combustíveis para os transportes, quer seja o etanol, quer seja uma nova geração de biocombustíveis que podem ser misturados com combustíveis fósseis ou mesmo, de uma maneira autónoma, poderão suprir parte das necessidades», frisa António Comprido. No que respeita às energias alternativas, a BP «aposta, fundamentalmente, nas fotovoltaicas eólicas, a tecnologia do hidrogénio e os bio-combustíveis», pese embora existam outras como as marés, a geotérmica, onde a BP não está neste momento a actuar. O presidente da BP Portugal, em declarações ao DA Economia, salienta que, nas próximas décadas, a grande fonte primária de energia continuará a ser os combustíveis fósseis, fazendo-se uma utilização menos agressiva para o ambiente dos combustíveis fósseis. António Comprido, presidente da BP Portugal, considera que a marca BP «é muito forte», sendo algo que pode oferecer aos clientes, que sabem que estão a apostar numa «empresa que tem por trás não só a tecnologia, como também a qualidade de gestão, a qualidade de posicionamento face às comunidades e aos governos dos países onde opera, com uma atitude de grande responsabilidade e de grande cooperação». de soluções alternativas» Já têm algum projecto? Temos já dois projectos-piloto a avançar com alguns parceiros. Aliás, estabelecemos uma parceria há muito pouco tempo com a General Electric, para desenvolver tecnologias nesta área. A BP está a associar-se a empresas líderes mundiais nos vários ramos, como a utilização do hidrogénio para produção de electricidade. Esse hidrogénio provém de combustíveis fósseis, sejam eles petróleo ou gás natural. Feita a separação do hidrogénio e de carbono, o hidrogénio é consumido para produzir uma electricidade praticamente limpa e o CO2 é reinjectado na crosta terrestre em bolsas onde se armazenava petróleo ou gás natural. Quais as vantagens desse procedimento? Este processo, que neste momento ainda está em desenvolvimento, tem uma tripla vantagem. Tem a vantagem de sequestrar o carbono em reservatórios naturais e seguros, evitando que vá para a atmosfera; permite prolongar a vida das jazidas de petróleo ou de gás natural, porque ao injectar-se o CO2 aumenta ou mantém a pressão hidro-estática dentro dos reservatórios; e torna-se possível retirar quase até ao fim o gás ou o petróleo. Quando se diz que a jazida esgotou ainda tem lá muito petróleo, só que já não tem pressão suficiente para vir cá para fora. Portanto, ao reinjectar-se consegue-se prolongar a exploração. Há jazidas no Mar do Norte onde é possível prolongar-se a sua vida por dez ou 15 anos, através desta tecnologia. Qual é a previsão de existência do petróleo? As previsões não são precisas, mas uma coisa é clara, o petróleo é finito e não infinito. Esta técnica tem a vantagem de permitir estirar mais a preços económicos, tendo, ainda a vantagem da estabilização da crosta terrestre. Ao se retirar gás natural e petróleo, as jazidas, por vezes, sofrem colapsos, provocam pequenos tremores de terra. Injectando o CO2 estabiliza a pressão e, consequentemente, estabiliza a crosta terrestre. São tecnologias em que a BP está a apostar fortemente, tem dois projectos piloto a avançar, está a trabalhar com a General Electric e com outros parceiros nessa área, trabalhou com a Sonertrack, que é uma empresa argelina no desenvolvimento da tecnologia, que já está a sequestrar CO2 há bastante tempo no deserto do Sahra. Que investimentos tem previstos para breve? A BP vai fazendo, paulatinamente, os seus investimentos. Temos em curso uma ampliação da nossa rede de postos de combustível, exactamente, muito à volta do acordo que fizemos com a Aenor, vamos construir sete novos postos de combustível. Há uma semana, assinei o contrato para se começar a construir em Ovar, portanto espero que dentro de poucos meses haja já nesta cidade um posto duplo, dos dois lados da estrada. E outros se seguirão. Portanto, estamos a investir bastante nessa área e estamos, constantemente a investir no negócio com o LPG, com o aumento do parque das garrafas leves, com a criação de novos postos de distribuição que nos permitem criar a nossa cobertura nacional. À parte isso, temos que fazer investimentos de rotina, para manter os standards de qualidade e as certificações que temos nas nossas instalações. Há, permanentemente, uma necessidade de fazer investimentos. Mas os mais visíveis e os mais notórios são, sem dúvida, os do Porto de Aveiro e este conjunto de postos nas auto-estradas do norte, assim como outros postos que temos em vista, fora dessa zona. Vai haver aposta em novos mercados? Internacionais? Em termos internacionais, o grupo BP é muito activo. Talvez tenha sido a empresa petrolífera mais activa nos últimos anos. A «join-venture» com a Mobile na Europa acabou, mais tarde, por ser desfeita, devido à aquisição, por parte da BP, da maioria dos negócios, aqui na Europa, que com pequenas excepções absorveu toda a actividade da Mobile em Portugal. A nossa entrada na Rússia, onde somos o maior investidor estrangeiro, com a companhia TNKBT, que é uma «joint-venture» 50/50 por cento. Na China, temos vários negócios, na Índia, temos já uma boa base com o negócio dos lubrificantes, mas estamos também a tentar entrar noutras áreas de negócio. Em Angola, a BP tem uma posição muito forte na área da exploração, e no Azerbeijão. Ainda há pouco tempo, foi feito o primeiro carregamento de crude que transitou através do «pipeline» do BPC, que traz o petróleo desde o Cáspio até ao Mediterrâneo, na Turquia. É um «pipeline» importante… É um «pipeline» perfeitamente estratégico para a garantia do abastecimento da Europa e dos países ocidentais, tendo sido um consórcio liderado pela BP que é o principal accionista e operador. O maior investimento em «pipelines» que se fez até hoje, no mundo, que é um trabalho de muitos anos, em que a BP está bastante desenvolvida, em colaboração com os governos de países como o Azerbeijão, a Geórgia, a Turquia. Portanto. A BP era uma empresa que até há muitos anos era uma empresa que tinha as suas áreas de produção centradas fundamentalmente em duas áreas – o Alasca e o Mar do Norte e, hoje em dia, desenvolveu uma série de novas áreas que a pouco e pouco, já equilibram a produção, comparada com as nossas localizações tradicionais e rapidamente ultrapassarão. Estou a falar em Trinidad e Tobacco, em Angola, nas águas profundas do Golfo do México (na América do Norte), no Egipto, na Indonésia e no Azerbeijão. Portanto são novos «profitcenters», para além da Rússia, onde também temos exploração. Diversificámos grandemente. A BP deixou de ser dependente de apenas duas bacias e de duas áreas de produção, para hoje ter hoje uma implantação universal. Esse é o aspecto na área dos combustíveis tradicionais, que vão continuar a ser a fonte de energia primária mais importante durante as próximas décadas. E apostámos nas energias alternativas, nas áreas que já referi, também aí, por modo próprio e em parcerias com outros líderes mundiais nas várias áreas. Há pouco tempo, fizemos uma outra aliança estratégica com uma empresa importante na área da energia eólica, que é a Clipper, nos Estados Unidos, que produz turbinas aerogeradores, que a BP vai absorver. A criação de uma central nuclear em Portugal está em discussão. Concorda com a instalação deste equipamento em Portugal? A BP não está na energia nuclear, contudo, somos muito pragmáticos e achamos que a energia nuclear também tem um papel a desempenhar dentro do mix de energia. Acreditamos que o mix de energia de energia, nas próximas décadas, será menos dependente do petróleo e do gás natural do que é hoje. Em Portugal, acho que não devemos ter tabus. É um tema que deve ser discutido e analisado, em termos dos recursos, do impacto ambiental, da rentabilidade económica, avaliar os prós e os contras e chegar à conclusão que é uma solução que interessa ao país, enquanto desenvolvimento, segurança de abastecimento, criação de riqueza, criação de postos de trabalho. Não tenho absolutamente nada contra a ideia. Deve ser avaliada sem dogmatismos e conscientemente ponderada. É uma das energias que o mundo tem à sua disposição, tem inconvenientes graves, nomeadamente o tratamento dos resíduos, o desmantelamento das centrais depois de serem desactivadas, que é um problema que só surgirá daqui a 40 ou 50 anos, mas que deve ser pensado. Não tenho qualquer posição de fundo, a favor ou contra. É uma solução tecnológica que está disponível e, como tal, deve ser explorada. Concorda com a liberalização do mercado dos combustíveis? A BP move-se num quadro que acredita numa economia de mercado, pelo que temos que acreditar que os mercados devem ser liberalizados e só não o deverão ser temporariamente e se não houver condições para uma concorrência sã e de que todos possam tirar benefícios. Acreditamos, firmemente, que a liberalização faz todo o sentido e sabemos que a liberalização não é a responsável pela alta de preços. A alta de preços é, exclusivamente, resultado do aumento das matérias-primas nos mercados internacionais. (Continua na página seguinte) TERÇA-FEIRA, 19 de Setembro de 2006 9 Entrevista Novo terminal em 2008 Capacidade de armazenamento Objectivo O novo terminal da BP Portugal, com uma área de 50 mil metros quadrados, destina-se ao armazenamento de gasolina e gasóleo e terá uma capacidade de cerca de 120 mil metros cúbicos. A BP Portugal prevê movimentar, em 2008, 480 mil toneladas de carga anuais, pelo Porto de Aveiro. Actualmente, a empresa detém uma capacidade de armazenamento de cerca de 46 mil metros cúbicos na CLC (Aveiras), dois mil metros cúbicos em Matosinhos e 26 mil metros cúbicos em Nordela (Açores). Com a entrada em funcionamento do Porto de Aveiro, a BP irá aumentar a sua capacidade de armazenamento de combustíveis líquidos para 194 mil metros cúbicos. É objectivo da BP reforçar a sua posição na Região Centro do país e, «mais importante, diversificar as fontes de abastecimento», sendo que a empresa espera movimentar, com a actual tipologia de navios que podem movimentar-se no porto de Aveiro, entre dois a três navios de 16 mil toneladas por mês. BP Portugal investe no porto de Aveiro (Continuação da página anterior) Por quê a aposta no porto de Aveiro? Em 1999, fizemos uma análise das fraquezas e dos pontos fortes e verificámos que temos um grande desequilíbrio entre a nossa implementação, a nossa dimensão, enquanto empresa de comercialização de combustíveis, e a nossa infra-estrutura logística em temos de armazenagem e de distribuição. Este desequilíbrio foi agravado com a Expo 98, que nos encerrou duas instalações, uma em Cabo Ruivo e outra em Santa Iria, por arrastamento (porque o «pipeline» que a abastecia ficou inviabilizado). É verdade que foi criada a CLC, uma solução de indústria, mas não tem a mesma flexibilidade, porque quer Santa Iria, quer Cabo Ruivo tinham abastecimento por via marítima, portanto podíamos importar directamente produtos. Também sentimos que a zona Norte e Centro Norte têm também algum défice face às naturais limitações da nossa instalação, em Matosinhos, e também das próprias características do Porto de Leixões, das dificuldades que por vezes existem, principalmente nos meses de Inverno. E então pensaram construir um novo armazém… Sabemos que as refinarias nacionais vão continuar a ser a principal fonte de abastecimento para as operações da BP em Portugal. Mas achámos que era importante para a BP, até em termos de diferenciação de produtos, ter maior capacidade de importação e de armazenagem de produtos não dependentes do aparelho refinador nacional. Explorámos as várias necessidades e encontrámos a possibilidade do Porto de Aveiro, que estava em desenvolvimento, tinha criado um terminal petrolífero, tinha negociado com alguns operadores locais de alguma dimensão, e conseguimos um acordo com um desses operadores e adquirir o direito que tinha concedido e avançámos para o 10 Porto de Aveiro, porque se enquadra bem nessa óptica de complementar a nossa rede. Numa política de proximidade… É nessa lógica que o terminal de Aveiro se integra, dar à BP uma maior flexibilidade para poder tirar partido de ser parte de uma empresa internacional que tem o seu próprio aparelho refinador, tem um sistema de trading a nível mundial que é dos mais desenvolvidos e dos mais importantes nesta área. Portanto, comprando às nossas refinarias ou comprando a outras refinarias, pode-nos colocar cá produtos com qualidade diferente, eventualmente, a preços vantajosos. E, portanto, foi com o intuito de reequilibrar a nossa dimensão comercial com a nossa dimensão logística, que apostámos no terminal de Aveiro. Qual será a capacidade deste terminal? São cerca de 120 mil metros cúbicos, que em princípio, movimentará à volta das 500 mil toneladas anuais, quando entrar em velocidade cruzeiro. Tem vários tanques de gasóleos e gasolinas, vai ser um terminal muito evoluído tecnologicamente, portanto com pouca mãode-obra, o que não é muito simpático para a questão da política de emprego, mas o país não pode apostar em mão-de-obra intensiva em todos os sectores, mas sim em coisas com níveis sofisticados de alternação. Não fazia sentido estar a construir um terminal actual com as tecnologias de há dez ou 20 anos. E, portanto, o terminal de Aveiro encaixa muito bem nesta nova estratégia, quer pela sua posição geográfica, quer pelas possibilidades que nos vai dar para a criação de outras alternativas à introdução de produtos no mercado português. Quando é que o terminal estará concluído? Neste momento, ainda não iniciámos as obras, houve algum atraso, porque a BP vai fazer isto com TERÇA-FEIRA, 19 de Setembro de 2006 opções mais aberto e, consequentemente, melhorar a nossa posição competitiva, que é o que pretendemos, além de prestar um melhor serviço aos nossos clientes e, ao fim ao cabo, ao país. um parceiro, especializado na construção e operação de terminais, mas as negociações não são fáceis, porque envolvem o Porto de Aveiro, envolvem-nos a nós e envolvem o outro parceiro. Mas prevemos que no quarto trimestre deste ano se inicie as obras, o que nos permitiria operar no início de 2008. Já houve um atraso... tinha-se falado em 2007. Há um atraso, porque as obras já deveriam ter começado na primeira metade de 2006 e não começaram, mas acreditamos que demora 18 meses, desde que se iniciam as obras até se começar a movimentar o produto. Se começarmos a fazêlo em Outubro ou em Novembro, estará pronto em Março ou Abril de 2008. Tudo faremos para antecipar, mas seremos realistas e, por isso, não deveremos começar a movimentar produto antes de 2008. Quando pensam atingir a velocidade cruzeiro? Esperamos que seja rapidamente, julgo que poucos meses depois do terminal estar totalmente operacional estamos em condições de utilizar o terminal a 100 por cento, até porque embora seja um terminal da BP, nada obsta que, pontualmen- te, não possa servir para outras empresas retirarem de lá produto, porque o objectivo é maximizar a rotação do produto, no sentido de reduzir os custos fixos. Até porque é um investimento bastante grande... É um investimento significativo, de 23 milhões de euros, que concerteza que tem de ser rentabilizado. Qual é a previsão de retorno financeiro deste investimento e em quanto tempo? As taxas de rentabilidade deste tipo de investimentos nunca são muito altas. Não tenho os números exactos do «payback». Mas em quanto tempo pensa ter já o retorno financeiro? As contas para um modelo financeiro são feitas com um terminal a operar no mínimo durante 25 ou 30 anos. Mas é estratégico para o desenvolvimento da BP em Portugal? É importante para o desenvolvimento da BP em Portugal, mas com um terminal destes nunca esperamos que se consiga retorno para pouco tempo depois. Este terminal vai dar-nos um leque de Na cerimónia de assinatura do contrato de concessão, falou que há muito procurava um porto que servisse a BP e que estivesse de acordo com o posicionamento da empresa em Portugal. Qual é esse posicionamento? Achámos que, por aquilo que sabemos do Porto de Aveiro, pensamos que é um projecto também com uma preocupação de sustentabilidade com uma visão a médio e a longo prazo, e não apenas de soluções imediatas. É importante para a região e é importante para o país. Portugal não tem tirado tanto partido quanto deveria do facto de ter uma costa atlântica, que podia ser uma porta de entrada para Europa ou, pelo menos, para a Península Ibérica. Achamos que Aveiro entendeu isso, tem bons acesso por estrada e por caminhos de ferro, aliás é notável o crescimento que Aveiro conseguiu nos últimos anos nessa área. Desde miúdo que conheço Aveiro e, de facto, não era uma cidade com muitos acessos rodoviários muito fáceis. Vias ferroviárias sempre teve a linha do Norte, que passa lá. Mas hoje, esses acessos foram melhorados, nomeadamente com a auto-estrada 25, que faz a ligação a Espanha. Achamos que é um porto pluridisciplinar, porque não está muito dependente do monoproduto e, consequentemente, está mais defendido relativamente a essas crises e, por todas essas razões, é um projecto industrial de envergadura, com visão e achamos que nesse aspecto estamos bem equacionados, para além de Sines, que é um caso à parte, por ser um porto de águas profundas. Aveiro é capaz de... além dos portos tradicionais de Lisboa e Leixões, que têm dificuldades por estarem em zonas mais condicionadas. O Porto de Lisboa está muito condicionado, porque a descarga de combustíveis na margem norte do Tejo já foi proibida há uns anos pelo Governo. O porto de Leixões também tem os condicionamentos que já sabemos. O Porto de Aveiro, se corrigir algumas coisas que tem de corrigir é um porto que nos oferece bastantes condições e que se enquadra dentro da nossa lógica. Em Aveiro, afirmou que este investimento serve os interesses tanto estratégicos como operacionais da empresa. De que forma? Em termos operacionais, porque temos uma implantação, em termos de rede de clientes, na zona centro do país que nos permite minimizar os custos de distribuição e, consequentemente, melhorámos as nossas margens e temos preços mais competitivos. No aspecto estratégico, naquela lógica de queremos ter cada vez mais flexibilidade para introduzir novos produtos e produtos diferenciados e, assim, sermos donos das nossas próprias instalações, para podermos definir como as utilizar. Portanto, dá-nos essa flexibilidade, que se casa muito bem com o nosso pensamento estratégico que implica que a empresa esteja sempre à procura de trazer para Portugal os produtos mais competitivos que conseguir desenvolver a nível mundial. Qual é a importância da Região Centro no quadro dos clientes da BP? Tem bastante importância. As operações da BP espalham-se pelo país todo, mas obviamente, todos sabemos que o litoral, o centro, a faixa entre Viana do Castelo e Setúbal e o litoral algarvio são as zonas mais densamente populadas, com maior crescimento e com maior actividade económica e, portanto, Aveiro encaixa perfeitamente dentro dessa zona, que é uma zona bastante importante para nós, até porque tem vários pólos de desenvolvimento importantes, tal como Coimbra, Leiria, Viseu, Guarda. Construçăo Civil Torre dos Clérigos Gestão de empreitadas Seminário debate CAP’s Uma tela gigante da cerveja Sagres Bohemia reveste, desde o passado fim-de-semana, os trabalhos de restauro da Igreja e Torre dos Clérigos, no Porto, no âmbito de um protocolo de mecenato que a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas estabeleceu com a Agência para Modernização do Porto ao abrigo do Programa «Porto com Pinta». A empreitada será financiada pela Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais e pela SCC. O ITIC - Instituto Técnico para a Indústria da Construção vai promover um seminário subordinado ao tema «Gestão de empreitadas e o tratamento da revisão de preços», que terá lugar nos dias 16 e 17 de Outubro, em Lisboa. O seminário destina-se a empresários, donos de obra, directores de obra, técnicos de fiscalização, técnicos administrativos e colaboradores de empresas ou de entidades promotoras de empreitadas, com intervenção na elaboração e/ou apreciação de orçamentos, propostas, adjudicações, contratos, facturação, revisão de preços e, particularmente, na gestão das empreitadas. A AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas vai promover um seminário sobre revalidação de alvarás, no próximo dia 29 de Setembro, na Batalha, no âmbito da FEMOP - Feira de Máquinas e Equipamentos para Construção Civil e Obras Públicas. Inserido no certame, que irá decorrer de 28 de Setembro a 1 de Outubro, no recinto da Exposalão, na Batalha, o seminário conta com a participação do IMOPPI e debaterá temas relacionados com os CAP´s, quadros técnicos e indicadores financeiros na revalidação dos alvarás para 2007. No sector da Construção Civil e Obras Públicas «Os próximos meses terão de ser de acção» Em resposta à prolongada crise que está a ser sentida no sector da construção civil e obras públicas, a AICCOPN (Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas), assegurou que «os próximos quatro meses serão decisivos para o futuro do sector da construção» ace à crise instalada no sector da construção civil e obras públicas, com uma quebra acumulada de mais de 20 por cento desde 2002, a AICCOPN (Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas) revelou que, decorridos os primeiros oito meses de 2006, a situação agravou-se, adiando-se a tão esperada retoma. Desta forma, a associação sublinha «que é necessário que o mês de Setembro signifique o arranque de um novo ciclo e que até ao final do ano sejam dados os passos necessários para uma actividade que, reconhecidamente, é fundamental para combater o desemprego e gerar riqueza». Para a AICCOPN, esta situação é «algo de insustentável e que não pode continuar a ser ignorado pelo poder político», sendo necessário F um maior e melhor investimento público, além de projectos ambiciosos que passem, realmente, do papel para a prática. «É fundamental dar um novo alento ao sector da construção e dotar o país das inúmeras infraestruturas de que continua carente», existindo a necessidade de investimento em melhores estradas, nos portos, numa melhor rede ferroviária, a conclusão e modernização das redes de captação e distribuição de águas e de saneamento, sendo igualmente importante a construção de melhores escolas, hospitais e tribunais, sempre com a preocupação ambiental. Promover investimento público No entender da AICCOPN, o orçamento de Estado para 2007 «tem de ser capaz de promover o investimento público que o país exige e necessita». Além disso, defende que há a necessidade «uma administração pública mais ágil e eficiente, de menos burocracia e celeridade nas decisões, de melhores e mais adequadas leis». Em resposta ao lançamento do anteprojecto do Código dos Contratos Públicos, por parte do Governo, a AICCOPN refere que «mais do que a sua aprovação em Na primeira metade do ano Liberty Seguros cresce 29,5 por cento Feitas as contas relativamente ao primeiro semestre de 2006, a Liberty Seguros atingiu os 88.870 milhares de euros, sendo 70.618 referentes ao ramo «Não Vida», mantendo-se a seguradora na mesma posição no ranking nacional. O mesmo ramo conseguiu uma taxa de crescimento de 5,1 por cento, o que representa um crescimento considerável, face ao mercado, que se fixou nos 0,8 por cento. A taxa de sinistralidade «Não Vida» manteve-se, praticamente, constante, atingindo os 71,6 por cento, apenas com um ligeiro crescimento de 0,7 por cento face ao período homólogo. Centrando-se no «core business» da companhia (particulares e pequenas e médias empresas), o produto automóvel chegou aos 42.015 milhares de euros, representado um crescimento de sete por cento face ao mesmo período do ano anterior. Estes resultados demonstram a aposta da multinacional no produto automóvel, visto que o mercado apresentou um ligeiro crescimento de 0,2 por cento. Outubro próximo, impõe-se que o Governo analise os diferentes contributos apresentados para que o diploma final permita salvaguardar o interesse de todas as partes: empresas e donos de obra pública», o que significa a sua adequação à realidade e às necessidades do sector e a criação, por exemplo, «de um eficaz mecanismo de salvaguarda contra a prática de preços anormalmente baixos». Acrescentou que é, igualmente fundamental, «o combate aos atrasos nos pagamentos por parte dos donos de obra pública, bem como um apoio efectivo à internacionalização do sector, através de apoios e incentivos fiscais e de uma diplomacia económica activa que permita, nomeadamente, ultrapassar as dificuldades de acesso das empresas portuguesas ao mercado espanhol», uma vez que em Espanha as empresas não têm qualquer dificuldade em actuar em Portugal. Segundo a AICCOPN, os últimos meses do ano serão decisivos para a reabilitação urbana, na medida em que «a nova lei das rendas, não será, pelo menos só por si, a alavanca necessária». Apenas com a ajuda de incentivos, o investimento no país será retomado, explica a associação, que sublinha que «há muito para construir, reconstruir e reabilitar». Adiantou, ainda, que «se as reformas necessárias avançarem com celeridade, se o país recuperar a confiança, as empresas saberão dar a resposta adequada fazendo da construção um instrumento capaz de impulsionar» a economia e fazer de Portugal um país melhor, mais moderno, mais competitivo e com uma maior qualidade de vida. TERÇA-FEIRA, 19 de Setembro de 2006 11