Moçambique: Governo e Parceiros Traçam Linhas para o
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Moçambique: Governo e Parceiros Traçam Linhas para o
News Release Moçambique: Governo e Parceiros Traçam Linhas para o Estabelecimento do Quadro Legal do REDD+ Maputo, Moçambique (Maio 2012) – Com vistas à criação de um quadro legal que permita ao país beneficiar de acções REDD+ (Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation – Reduzindo as Emissões resultantes do Desflorestamento e Degradação Florestal), o Governo de Moçambique reuniu, de 2 a 4 de Maio, vários parceiros para a elaboração de uma primeira estrutura desse regulamento. O Seminário é uma resposta do Governo ao crescente interesse do sector privado e ONGs em realizar projectos REDD+. Com o apoio técnico e financeiro do Banco Mundial e WWF, o seminário tinha por objectivo a criação de condições institucionais e capacidades técnicas que conduzirão à definição de procedimentos operacionais para responder às solicitações de propostas de projectos de REDD+. Os participantes afirmam que o Seminário atingiu seu objectivo principal. Como resultado concreto, foram produzidos um primeiro esboço do regulamento de projectos REDD+ em Moçambique assim como um plano de trabalho para a finalização do regulamento. Os elementos-chave do regulamento foram identificados e incluem a competência ao nível nacional para a concessão de autorização aos proponentes de projectos, o processo pelo qual essa autorização é concedida, os requerimentos em termos de consultas junto aos detentores de direitos nos espaços onde os projectos são implementados, e o modelo de contrato a ser assinado entre o Estado e o proponente de projecto. Desde 2010, Moçambique está em processo de preparação para o mecanismo internacional REDD+, sob a liderança do MICOA e MINAG, com o apoio do FCPF (Forest Carbon Partnership Facility) apoiado pelo Banco Mundial, Universidade Eduardo Mondlane, CTV, IIED (Reino Unido), FAS (Brasil) e JICA. O seminário pode ser considerado o primeiro passo no processo de elaboração de um quadro legal do REDD+. Como prioridade, o país pretende estabelecer regras e processos para guiar a realização de investimentos privados no sector do REDD+. Essas regras visam determinar qual órgão tem competência ao nível nacional para se conceder a permissão para a realização de projectos REDD+, a natureza jurídica dos créditos de carbono e o enquadramento do REDD+ no quadro legal nacional na área de Terras e Florestas. “O seminário permitiu aos participantes conhecer iniciativas de distribuição de benefícios em outros países africanos, assim como o quadro legal relevante para REDD+ nesses países. O REDD+ é um tema novo e complexo, envolvendo diversas questões legais que começámos a tratar nesse seminário, e que serão analisadas em detalhe durante o processo de preparação do REDD+, ora em curso”, afirmou Frauke Jungbluth, Especialista Senior em Meio Ambiente do Banco Mundial. Participaram na reunião pelo menos cinco (5) países que já tem algumas actividades concretas de REDD+, com vista a partilha das suas experiências. Dentre eles constam o Brasil, Madagascar, República Democrática do Congo, Tanzania e Zâmbia. “A RDC está satisfeita em partilhar as suas experiências com um país irmão como Moçambique. No Congo, adoptámos em Fevereiro o Decreto que estabelece os procedimentos para a autorização de projectos REDD+” afirmou o Director Jurídico do Ministério do Meio Ambiente da RDC, Victor Vundu. “Estamos muito satisfeitos com os resultados da conferência porque para além de produzir o primeiro draft do que poderá ser o primeiro instrumento legal do REDD, o mesmo constituiu grande oportunidade para partilha de experiências não só com outros países, mas também ouvir experiências de projectos baseados nas províncias, que é onde está o principal recurso e objecto de discussão do REDD, as florestas”, acrescentou Simon Anstey, Coordenador da Iniciativa para a Costa Oriental Africana do WWF. No encerramento da conferência, a Vice-Ministra do Ministério para Coordenação da Acção Ambiental, Ana Chichava, afirmou que “Precisamos de um quadro nacional de grande envergura, como uma lei, mas no curto termo, temos a necessidade de um instrumento que nos permita responder as demandas atuais. Devemos assegurar-nos que a REDD+ integre as comunidades e crie incentivos para os investimentos do sector privado. O processo REDD+ esta lancado e e irreversível”.
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