ppp 2010 disciplinas - CE DOM PEDRO II - EFM
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Apresentação Geral da Disciplina de Arte Desde os primórdios dos tempos a arte está presente na vida da humanidade, passada de geração em geração. No entanto, um povo que não tem arte, não registra a sua passagem no tempo, não guarda o seu valor, a sua lição de vida e não é criador de linguagens. Os antigos egípcios, por exemplo, não mediram esforços em registrar em grandes murais todo o seu cotidiano. E nós, o que fazemos? Apontamos para a arte acusando – a de qualquer coisa ou coisa nenhuma, sem utilidade? A nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394), aprovada em 20 de dezembro de 1996, estabelece em seu artigo 26, parágrafo 2º: “ O ensino da arte constituíra componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. Assim, a arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela. Por ser conhecimento constituído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber. Tratar a arte como conhecimento é o ponto fundamental e condição indispensável para esse enfoque do ensino da arte. Em muitas escolas, uma série de desvios comprometem o seu ensino e ainda é comum as aulas de arte serem confundidas com lazer, terapia,momento para fazer a decoração da escola, as festas, fazer o presente do dia das mães... O que se observa então é um círculo vicioso no qual um sistema precário reforça o espaço pouco definido da Educação Artística com relação as outras disciplinas do currículo escolar. Sem uma consciência clara e fundamentação consciente da Educação Artística, o professor não consegue formular um quadro de referências para a sua ação pedagógica. É necessário que o professor seja um “estudante” fascinado por arte, pois só assim terá entusiasmo para ensinar e transmitir a seus alunos a vontade de aprender. Nesse sentido um professor mobilizado 1 para a aprendizagem contínua, em sua vida pessoal e profissional, saberá ensinar essa postura a seus estudantes. “O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa – lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa, dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida”. (PCN, 1997:21) Na verdade, para que os alunos possam apropriar – se de uma linguagem e entenderem, dando sentido a ela, é preciso que aprendam a operar com seus códigos. Do mesmo modo que existe na escola um espaço destinado à alfabetização na linguagem das palavras e dos textos orais e escritos, é preciso haver cuidado com a alfabetização nas linguagens da arte. É por meio delas que poderemos compreender o mundo das culturas e o nosso em particular. Assim, mais fronteiras poderão ser ultrapassadas pela compreensão e interpretação das formas sensíveis e subjetivas que compõe a humanidade e sua multiculturalidade, ou seja, o modo de integração em grupos étnicos e, em sentido Amplo entre culturas. Educar para a arte favorece o desenvolvimento do pensamento artístico, caracterizando modos particulares de dar sentido às experiências , sejam elas artísticas, culturais ou sociais. Compreender arte envolve momentos de apreciar, fazer e conhecer a produção artística da humanidade. O Ensino de Arte, assim como toda a sociedade, passou por muitas mudanças. Na verdade ainda se encontra num processo de reformulação, e sempre estará, como a sociedade e o processo de criação das mais diversas manifestações artísticas que se tem notícia. Uma referência importante para a compreensão de arte no Brasil é a Missão Artística Francesa trazida em 1816, por Dom João VI. Foi criada, então a Academia Imperial de Belas – Artes , que após a Proclamação da República, passou a ser chamada de Escola Nacional de Belas – Artes. O ponto forte dessa escola era o desenho, com a valorização da cópia fiel e a utilização de modelos europeus. 2 O Brasil,principalmente em MG, vivia o Neoclassicismo trazido pelos franceses é que foi assumido pelas elites. A arte adquire a conotação de “luxo”, somente para uma classe privilegiada que desvalorizava as manifestações artísticas que não seguiam esses padrões. A partir dessa época temos uma história de ensino da arte com ênfase no desenho, pautado por uma concepção de ensino autoritário, centrada na valorização do produto. Ensinava a copiar modelos e o objetivo do professor era que seus alunos tivessem boa coordenação motora, precisão, aprendessem técnicas e dominassem o desenho técnico ou geométrico. O ensino da música teve pouca projeção nas escolas até mais ou menos 1950, quando começou a fazer parte do currículo. Limitava- se a aulas de solfejo, canto orfeônico e memorização dos hinos. Nessa mesma época surgiram também algumas disciplinas como “artes domésticas”, em cujas aulas os meninos executavam trabalhos em madeira com o uso de serrote, serrinhas, martelo... e as meninas faziam tricô, bordado, roupinhas de bebê... Entre as décadas de 50 e 60, começou – se a notar a influência de um movimento denominado Escola Nova, já presente na Europa e Estados Unidos desde o final do século XIX. A influência da pedagogia centrada no aluno, nas aulas de artes, direcionou o ensino para a livre expressão e a valorização do processo de trabalho. O papel do professor era dar oportunidade para que o aluno se expressasse de forma espontânea. Esses princípios, na prática escolar, muitas vezes refletiam uma concepção espontaneísta, centrada na valorização extrema do processo sem preocupação com seus resultados. Como todo processo artístico deveria “ brotar” do aluno, o conteúdo dessas aulas era quase exclusivamente um “deixar fazer” que pouco acrescentava ao aluno em termos de aprendizagem da arte. Os processos de mudança do ensino da Arte tem – se dado gradativamente. Na década de 80, começam a surgir as Associações de Professores de Arte, criticando muitas dessas práticas anteriores. É a partir daí que se começa a entender a Arte como objeto de conhecimento, devendo ser tratada como tal dentro das escolas e no mesmo patamar de igualdade que as outras áreas do currículo escolar. 3 De fato, uma série de ideias levou o ensino de arte a ser mais e mais desvalorizado e entendido como desvalorização das aulas “ditas” mais sérias. A arte é uma disciplina obrigatória nas escolas, conforme determinação na LDB 9394/96. Cabe às equipes de educadores das escolas realizar um trabalho de qualidade a fim de que crianças, jovens e adultos gostem de aprender arte. Desse modo a disciplina de arte alcançará funções importantíssimas como transformar, humanizar, aproximar, poetizar, discutir, contrapor e informar. Com ela, nós professores e alunos, podemos compreender, analisar e interagir com toda a produção artística que temos direito, tornando – nos conscientes e aptos ao exercício da cidadania, capazes de ter autonomia intelectual e pensamento crítico. Objetivos O ensino da arte, deverá organizar-se de modo que ao final do ensino fundamental e médio, os alunos sejam capaz de: • Expressar e saber comunicar – se em artes • Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal, respeitando a própria produção e a dos colegas • Compreender e saber identificar a arte como fato histórico, contextualizado nas diversas culturas • Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando, indagando, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de modo sensível • Interagir com materiais, instrumentos e diferentes linguagens artísticas (artes visuais, dança música e teatro) • Possibilitar o conhecimento maior nas áreas: artes visuais, dança, música e teatro, permitindo que o aluno tenha oportunidade de conhecer expressar seu talento pessoal através de uma destas áreas da Arte • Permitir ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades, como elemento de auto – realização, qualificando para o trabalho e preparo para o exercício consciente da cidadania 4 Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 1º Ano – Ensino Médio Artes Visuais Elementos Formais • Ponto • Linha • Superfície • Textura • Volume • Luz • Cor Composição • Figurativa • Abstrata • Figura- fundo • Bidimensional –tridimensional • Gêneros 2. Música Elementos Formais • Altura • Duração • Timbre • Intensidade • Densidade Composição 5 • Ritmo • Melodia • Harmonia • Intervalo melódico • Intervalo harmônico e técnicas 3. Teatro Elementos Formais • Personagem • Ação • Espaço cênico Composição • Representação • Sonoplastia/ iluminação • Cenografia/ figurino • Caracterização/ maquiagem • Adereços • Jogos teatrais 4. Dança Elementos Formais • Movimento Corporal • Tempo • Espaço Composição • Ponto de apoio • Salto e queda • Rotação • Formação • Deslocamento Obs: os conteúdos serão trabalhados com base nos Movimentos e Períodos do início da história da música, da dança, do teatro e das artes plásticas até o século XIX. Conteúdos /Conteúdos Estruturantes 2º Ano do Ensino Médio 1. Artes Visuais Elementos Formais 6 • Ponto • Linha • Superfície • Textura • Volume • Luz • Cor Composição • Bidimensional/ tridimensional • Semelhanças • Contrastes • Ritmo visual • Gêneros • Técnicas 2. Música Elementos Formais • Altura • Duração • Timbre • Intensidade • Densidade Composição • Tonal • Modal • Improvisação • Gêneros • Técnicas 3.Teatro Elementos Formais • Personagem: Expressões Corporais Vocais, gestuais e faciais • Espaço Cênico Composição 7 • Representação • Sonoplastia/ iluminação • Jogos teatrais • Roteiro • Enredo • Gênero • Técnicas 3. Dança Elementos Formais • Movimento Corporal • Tempo • Espaço Composição • Sonoplastia • Coreografia • Gêneros • Técnicas Obs: os conteúdos serão trabalhados com base nos Movimentos e Períodos da história da Música, da Dança, do Teatro e das Artes Visuais, desde o início do século XX até os dias atuais. Metodologia Ter acesso à arte, significa adquirir condições de compreender os valores e significados humanos que estão presentes nos objetos artísticos, pois para reconhecer e apreciar a arte não é suficiente olhar um quadro ou colorir um desenho. Para atingir esta finalidade a disciplina de artes adotou a Metodologia Triangular (sistematizada pela professora doura Ana Mãe Barbosa), que defende a necessidade de se trabalhar os conteúdos da área de arte com três eixos: • Fazer artístico • A leitura da imagem • A história da arte 8 A proposta metodológica triangular aplica- se à diferentes linguagens artísticas que compõem o ensino de arte (artes visuais, dança, música e teatro) Fazer artístico História da arte Leitura Fazer artístico: o professor deve possibilitar, valorizar e orientar a expressão artística dos alunos garantindo – lhes uma situação de aprendizagem conectada com os valores e modos de produção artísticas nos meios sócio- culturais. É somente através do fazer que a criança pode descobrir as possibilidades e limitações das linguagens expressivas, de seus diferentes materiais e instrumentos para a representação pessoal de suas vivências numa linguagem plástica. História da arte: contextualizar a obra de arte no tempo e explorar suas circunstâncias. É mostrar que arte não está isolada do nosso cotidiano e da nossa história pessoal da economia, da política e dos padrões sociais que operam na sociedade. Leitura de imagens: o professor deve oferecer subsídios estéticos ao aluno para que possa valorizar e compreender a expressão e produção artísticas de diferentes culturas. É desenvolver as habilidades de ver, julgar e interpretar as qualidades das diferentes linguagens, prazerosamente. É construir novos olhares. Esse modo de trabalhar que poderá ser transformado e adequado às diferentes realidades de cada turma, busca transformar atividades “isoladas” das aulas de arte em ensinar o aluno a ver, criticar e interpretar a realidade a fim de ampliar suas possibilidades de apreciação e expressão artística. 9 Avaliação “É ponto de chegada e partida; é meio, começo, fim e reinício” (GUERRA; PICOSQUE; MARTINS; 1998:142). A avaliação tem de ser transparente, tanto para o educador quanto para seus aprendizes. Numa avaliação em arte, todos participam, discutindo regras e critérios tendo clareza dos pontos de chegada. A função de avaliar não pode se basear apenas e tão somente no gosto pessoal do professor, mas deve estar fundamentada em critérios definidos e principalmente no processo pessoal de cada aluno. Partindo dessa definição a avaliação acontecerá durante todo o desenvolvimento das aulas, intermediando processos de ensinar, aprender e avaliar. Não se trata de encontrar apenas expressões numéricas para qualificar o que o aluno aprendeu ou não aprendeu, mas de investigar como essa aprendizagem será significativa para a vida dos alunos. 10 Referências Bibliográficas BARBOSA, A. M. Arte educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1995 CALABRIA, Carla Paula Bordi: MARTINS, Raquel Valle. Arte, história e produção. FTD Enciclopédia Arte nos Séculos. Abril Cultural. FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da Arte. Moderna FLEITASD, Juliana; FLEITAS, Orlando. Arte e comunicação. FTD FUSARI, M. F. R; FERRAZ, M. H. C. Arte na Educação Escolar. São Paulo. Cortez, 1993 GABRYELLE, Thayanne. A conquista da Arte. Brasil. IAVELBERG, R. Para Gostar de aprender arte: sala de aula e formação de professores ARTMED, 2003 MARTINS, M. C; PICOSQUE, G; GUERRA, M. T. T. Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998 OLIVEIRA, Malaí Guedes. Hoje é dia de Arte. IBEP. PCN: Parâmetros Curriculares Nacionais. V6 Brasília: MEC/SEF, 1997 SOUSA, Edgard Rodrigues. Desenho e pintura. Moderna VASCONCELOS, Thelma, NOGUEIRA, Leonardo. Reviver nossa Arte. Scipione VENEZIA, Mike. Mestre da Arte. Moderna . XAVIER, Natália; AGNER, Albno. Viver com Arte. À tica. 11 Apresentação Geral da Disciplina de Biologia A Biologia é a Ciência que tem por objetivo fazer o estudo das diferentes formas de vida existentes na Terra, compreender e valorizar os mecanismos que regulam as atividades vitais dos seres vivos, seus mecanismos evolutivos e a forma como se relacionam com o ambiente. Desta forma, a Biologia procura contribuir para o desenvolvimento de uma mentalidade de respeito pela vida e, conseqüentemente, para uma integração cada vez maior do homem com a natureza. O ensino da Biologia deve ser pautado em reflexões críticas, pois a integração do homem com o ambiente, principalmente nas últimas décadas, trouxe uma devastação muito grande, com altos índices de poluição e extinção de muitas espécies. É preciso que haja uma sensibilização de que os recursos naturais são esgotáveis e que, quando estes se tornarem escassos a sobrevivência de todas as espécies fica comprometida. O ensino da Biologia deve, além de fornecer informações, desenvolver competências e habilidades que permitam ao aluno lidar com essas informações, analisá-las de forma crítica, procurando compreendêlas e aplicá-las em seu cotidiano. Nesse contexto, é importante que o educando saiba: • Relacionar a degradação ambiental com os agravos à saúde humana; • Compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se manifesta de formas diversas, como sistema organizado e integrado, que interage com o meio físico-químico por meio de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia; • Compreender a diversificação das espécies como resultado de um trabalho evolutivo, que inclui dimensões temporais e espaciais; • Formular questões, diagnosticar e propor soluções para os problemas reais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no espaço escolar; • Analisar as descobertas científicas, de que forma elas podem contribuir para a melhoria na qualidade de vida do ser humano, 12 identificando os aspectos positivos e/ ou negativos de cada descoberta. PÚBLICO-ALVO: PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO Objetivos: • Reconhecer a importância do estudo da Biologia, identificando as características que diferencias os seres vivos e seus respectivos níveis de organização; • Compreender a composição química da célula, sua origem e evolução; • Descrever a forma e a função das organelas celulares, relacionando-as aos processos metabólicos; • Analisar o processo de respiração celular, destacando sua importância na produção de energia pela célula; • Demonstrar a importância da fotossíntese para a produção primária de energia no planeta; • Conhecer a composição do núcleo celular, as estruturas do DNA e do RNA, bem como a influência no metabolismo celular; • Diferenciar os tecidos animais, destacando a função que desempenham no organismo vivo; • Abordar o processo conhecimento sobre de reprodução métodos humana, valorizando anticoncepcionais e o doenças sexualmente transmissíveis. • Descrever o ciclo dos elementos químicos, abordando efeito estufa, destruição da camada de ozônio, chuva ácida e inversão térmica; • Reconhecer os principais biomas naturais, suas localizações e caracterizações em termos de fauna e flora locais. 13 Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes: MÊS Fevereiro • CONTEÚDOS Introdução ao estudo da Biologia; • Características dos seres vivos (composição química, organização celular, metabolismo, reprodução, etc.) • Formas de vida (quanto à respiração, nutrição e temperatura), Ramos da Biologia. Março • • Níveis de organização dos seres vivos. Introdução à Ecologia: biosfera, ecossistemas, populações e comunidades; Abril • Transferência de matéria e energia nos ecossistemas; • Ciclos da matéria; • • Sucessão ecológica; Relações entre os seres vivos. • Desequilíbrios ambientais: aquecimento global, camada de ozônio, efeito estufa, inversão térmica, camada de ozônio, poluição da água, ar e solo. Maio • • Biomas Terrestres. Origem da Vida. • Citologia: histórico celular e microscopia; aspectos gerais das células (tamanho, formato, diferenças entre procariontes e eucariontes); • Composição Química da Célula: compostos orgânicos (água e sais minerais) e inorgânicos (carboidratos, Junho • lipídios, proteínas, ácidos nucléicos e vitaminas). Estrutura básica de uma célula eucariótica; diferenças entre célula animal e vegetal. • Envoltórios celulares: membrana plasmática e parede celular; • Transporte através da membrana (osmose, difusão simples e facilitada, transporte ativo), endocitoses e exocitoses. • Citoplasma e suas organelas (citoesqueleto, centríolos, cílios e flagelos, ribossomos, retículo 14 endoplasmático, complexo golgiense, lisossomos e Julho • vacúolos) Mitocôndria e respiração celular; Agosto • • Cloroplastos e fotossíntese; O núcleo celular: DNA, gene, cromossomo, duplicação do DNA, formação do RNA e síntese protéica. Setembro Outubro • • Divisão celular – Mitose e Meiose Reprodução: importância e tipos. • Sistema reprodutor masculino: anatomia e fisiologia. • Sistema reprodutor feminino: anatomia e fisiologia; • ciclo menstrual. Métodos anticoncepcionais • Doenças sexualmente transmissíveis – prevenção e tratamento. Novembro Dezembro • • Embriologia animal. Tecido epitelial; • Tecido • cartilaginoso, ósseo, hematopeiético. Tecido Muscular • Tecido Nervoso. conjuntivo: propriamente dito, adiposo, PÚBLICO-ALVO: SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO Objetivos: • Identificar os níveis de organização dos seres vivos; • Reconhecer os cinco reinos da natureza e a importância da classificação biológica; • Descrever os aspectos morfofisiológicos dos vírus, bactérias, fungos e protozoários; • Abordar a importância econômica e biológica das algas; • Sensibilizar quanto à importância das plantas e animais para a manutenção da vida na Terra; • Compreender modos de transmissão de doenças causadas por fungos, bactérias, vírus e protozoários, bem como suas respectivas medidas profiláticas; 15 • Aprofundar conhecimentos em morfologia e fisiologia vegetal, aplicando-os no cotidiano; • Estudar os diferentes grupos de animais, abordando suas relações com a espécie humana; Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes: MÊS Fevereiro Março • CONTEÚDOS Classificação dos seres vivos • Grupos taxonômicos e nomenclatura científica; • • Caracterização dos cinco reinos da natureza Vírus: organização, principais doenças viróticas (profilaxia e tratamento) • Reino Monera: estrutura de uma bactéria, importância econômica, biológica e medicinal; Abril • principais doenças causadas por bactérias. Reino Fungi Maio • • Reino Protista Reino Plantae: classificação (algas, briófitas, pteridófitas, gminospermas e angiospermas) • Organologia vegetal: raiz, caule, folha, flor, fruto Junho • e semente. Fisiologia Vegetal Agosto • • Reino Animal – Introdução Reino Animal – Invertebrados: • Poríferos; • Cnidários; • • Platelmintos (teníase e cisticercose) Nematelmintos (ascaridíase, amarelão, bicho- Setembro geográfico) Outubro Novembro 16 • Anelídeos. • • Moluscos Artrópodes • Equinodermos • Reino Animal – Vertebrados • • Peixes; Anfíbios Dezembro • • Répteis Aves • Mamíferos PUBLICO-ALVO: TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO Objetivos: • Reconhecer os principais conceitos aplicados em Genética; • Conhecer e analisar as contribuições de Mendel para o estudo da transmissão das características hereditárias; • Compreender as leis de Mendel, identificando a importância destas; • Analisar o cariótipo humano, relacionando-o às anomalias genéticas; • Aprofundar os conhecimentos em evolução das espécies, analisando as teorias propostas; • Demonstrar os processos fisiológicos que ocorrem no organismo humano, consolidando a ideia de que o organismo funciona de forma integrada para garantir sua homeostase; Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes MÊS Fevereiro • CONTEÚDOS Conceitos básicos em Genética (gene, fenótipo, genótipo, homozigoto, heterozigoto, dominante, recessivo, simbologia de genes, co-dominância, herança intermediária e dominância completa). • • Primeira Lei de Mendel. Cruzamento-teste, heredogramas • Polialelia: herança da cor dos pêlos, Sistema ABO Abril • e fator Rh, Transfusões sangüíneas. Noções de probabilidade; Maio • • Segunda lei de Mendel. A herança do sexo; • Interação gênica: epistasia, herança quantitativa Março e pleitropia. 17 Junho • Mapeamento genético; Julho • • Engenharia genética, clonagem e trasngênicos; Evolução: Evidências da Evolução, Adaptação e teorias Evolutivas, Lamarck e Agosto • Neodarwinismo. Fisiologia Humana: Sistema Nervoso; Setembro • • Sistema Sensorial; Drogas e a saúde Humana Outubro • • Sistema endócrino; Sistema digestório: tipos de Darwin, nutrientes encontrados nos alimentos, digestão. Novembro • • Sistema respiratório. Sistema excretor; Dezembro • • Sistema cardiovascular; Sistema locomotor. Metodologia O estudo da vida, em seus diferentes aspectos, deve considerar o momentos histórico, social, político, econômico e cultural. Deve ainda levar em consideração o caráter provisório da Ciência que, através de pesquisas, revê e reelabora teorias constantemente. Segundo Saviani (1997) e Gasparin (2002), os conteúdos da disciplina devem apoiar-se numa prática pedagógica que se relacione à realidade social do educando, através de problematizações que norteiem a instrumentalização dos conteúdos, de forma a permitir uma aproximação desses conteúdos à realidade dos educandos. Dessa forma, diferentes recursos metodológicos serão utilizados para nortear a assimilação dos conhecimentos. Entre eles, destacam-se: • Aulas expositivas dialogadas; • Utilização de recursos tais como cartazes, vídeos, revistas e transparências; 18 • Resolução de exercícios propostos em sala; • Confecção de histórias em quadrinhos e jogos educativos; • Produções de textos, apresentações de seminários; • Estudos dirigidos em grupo. Avaliação O processo avaliativo deve considera a realidade do educando e adotar uma prática emancipadora, proporcionando-lhe uma análise crítica dos conteúdos de forma a torná-los aplicáveis ao seu cotidiano. Dessa forma, faz-se necessária a utilização de recursos variados, de forma a considerar as diferentes habilidades que o educando pode desenvolver durante o processo de assimilação dos conhecimentos. Dessa forma, serão aplicados os seguintes instrumentos avaliativos: • Avaliações escritas, individuais e/ ou em dupla; • Apresentação de seminários; • Elaboração de jogos educativos e histórias em quadrinhos; • Resolução de exercícios em sala; • Confecção de cartazes e produção de textos. Referências Bibliográficas AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo, Editora Moderna, 1997 GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002. GEWANDSZNAJDER, Fernando; LINHARES, Sérgio. Biologia – Série Brasil. São paulo, Editora Ática, 2003. JÚNIOR, César da Silva; SASSON, Sezar. Biologia. São Paulo, Editora saraiva, 1998. LAURENCE, J. Biologia. 1ªed. Nova Geração. São Paulo, 2005 PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo, Editora Ática, 2003. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores Associados, 1997. 19 Apresentação Geral da disciplina de Educação Física A prática da atividade física confunde-se com a história do próprio homem. A história mostra que desde a pré-história os exercícios físicos eram cultivados sob diversas formas (danças, corridas, jogos). Esta situação perdurou por séculos, com pequenas modificações e ajustes em cada época. Sabemos que atualmente a Educação Física é o estudo do movimento intencional e expressivo, manifestado por uma totalidade corporal, queremos que as atividades expressivas, recreativas e esportivas participem do processo de crescimento e desenvolvimento de nossos alunos, em direção a sua auto-realização, integração e transformação da realidade social. Pretendemos que nossos alunos saibam da importância da Educação Física, dentro da nossa sociedade atual, pois através das diversas formas de movimentos (esportes, jogos e brincadeiras, ginástica,lutas e danças ) vamos preparar nossas crianças contra os efeitos negativos da vida moderna como: obesidade, sedentarismo, mecanização, preconceitos, tabus. Oportunizaremos a prática de atividades físicas que levam a um maior desenvolvimento das valências físicas fundamentais (resistência, velocidade, flexibilidade, força, agilidade), bem como os pressupostos do movimento (ritmo, respiração, percepções, coordenação), promovendo também o desenvolvimento dos aspectos intelectuais como raciocínio, observação, concentração, compreensão além dos outros. Temos a criança e o adolescente como indivíduo distinto com suas possibilidades e limites próprios, diferenciando segundo sua maturidade motora, sua capacidade de rendimento e seu interesse próprio, portanto as atividades de Educação Física levarão em conta a maturidade e habilidade individual de cada um. Optamos por uma Educação Física em que a atividade intelectual e a atividade corporal se harmonizem, desta forma preparando o aluno para o seu relacionamento consigo mesmo, com o outro e com o mundo. Pretendemos proporcionar a toda comunidade escolar ( alunos, pais, professores, funcionários ), atividades complementares, tais como 20 eventos esportivos, passeios, gincanas, festividades para que haja uma maior integração e sociabilização na escola. Primamos pela necessidade de manter atitudes higiênicas quanto ao asseio corporal, vestimentas, não permitindo roupas e objetos impróprios à prática de atividades físicas no decorrer das aulas, bem como de prevenir acidentes. Objetivos Gerais Desenvolver nos educados a consciência do seu próprio corpo, limites e necessidades, trabalhando a criança sempre como um todo, estimulando o gosto pela prática da Educação Física. Contribuir para o desenvolvimento integral do aluno, propondo desafios a serem vencidos criando novas formas de movimentos e exercitando sua criatividade durante todo o processo. Estimular o desenvolvimento das capacidades mentais e psicomotoras em geral, através de brincadeiras, brinquedos e jogos. Conhecer a origem dos diferentes esportes e sua mudança na história, bem como vivenciar os fundamentos básicos, táticos e regras. Estimular a socialização, senso crítico e o espírito de equipe, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas repudiando qualquer espécie de violência ou exclusão. Desenvolver a consciência corporal e participar de atividades corporais, estabelecendo relações com seu próprio corpo, com os outros, reconhecendo e respeitando as características físicas de si próprias e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais, sociais ou culturais. Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade das manifestações de cultura corporal do Mundo e do Brasil, valorizando a cultura afro-brasileira e percebendo-as como recurso valioso para integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais, explorando a expressão corporal e a criatividade. Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, 21 relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva. Organizar e praticar atividades corporais lúdicas e desportivas valorizando-as como recurso para usufruto do tempo disponível, bem como ter a capacidade de alterar ou interferir nas regras convencionais, com intuito de torná-las mais adequadas para o momento. Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes: Esporte Jogos e Brincadeiras Dança Ginástica Lutas Conteúdos Básicos propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes: Coletivos, Individuais e radicais. Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos. Danças folclóricas, danças de salão, danças de rua, danças criativas e danças circulares. Ginástica artística e olímpica, ginástica rítmica, ginástica de condicionamento físico, ginástica circense e ginástica geral. Lutas de aproximação, lutas que mantêm a distância, lutas com instrumento mediador e capoeira. Conteúdos Específicos propostos para a Educação Física na Educação Básica conforme a realidade da escola são os seguintes: Futebol, voleibol, basquetebol, handebol, futebol de salão, futevôlei. Tênis de mesa, atletismo. Queimada, peteca, corrida do saco, mãe pega, stop, bets, bulica. 22 Lenço atrás, dança da cadeira. Dama, trilha, xadrez. Dança das cadeiras cooperativas, salve-se com um abraço. Quadrilha, dança de fitas. Atividades de expressão corporal. Alongamentos, ginástica localizada, ginástica aeróbica, pular corda. Metodologia A Educação Física é ministrada de forma que o aluno possa ampliar sua visão de mundo por meio da cultura corporal, tem como objeto de ensino relacionar o movimento humano ao cotidiano escolar em todas as suas formas de manifestações culturais, políticas, históricas, econômicas e sociais em que está inserido. O conhecimento deve ser tratado metodologicamente de forma a favorecer a compreensão dos princípios da lógica dialética materialista: totalidade, mudança qualitativa e contradição. É organizado de modo a ser compreendido como provisório, produzido historicamente e de forma espiralada vai ampliando a referencia do aluno. Assim os conteúdos devem oportunizar o desenvolvimento de uma visão ampliada dos conhecimentos a serem apreendidos pelo aluno. O conteúdo será apresentado e problematizado, desenvolvido e refletido, serão tratados simultaneamente, o que muda são as referencias e o aprofundamento do pensamento sobre eles, em cada fase amplia-se o grau de complexidade Incluir o estudo da lei 10.639/03 da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Explicitar a lei 9.795/99 da Educação Ambiental. Aula expositiva e direcionamento nas leituras, reflexões, debates e conclusão. Pesquisas e apresentações. Apresentação dinâmica dos textos. 23 Produção de texto crítico. As aulas práticas e teóricas poderão ser ministradas na sala de aula, informática, quadra, pátio e lugares afins, utilizando matérias de apoio como texto, revistas, vídeos, TV pendrive, etc. Avaliação Devem ser levados em consideração a faixa etária do aluno e o grau de esclarecimento que possuem. Esse processo de forma contínua poderá revelar as alterações próprias das características desse momento de aprendizagem. Abordagens que incluam os alunos como participantes assíduos do processo avaliativo, pois além de estimular o desenvolvimento da responsabilidade pelo próprio processo, creditandolhe maturidade, responsabilidade, também favorecerá uma maior compreensão e localização desses alunos na construção do conhecimento. Os conteúdos devem ser claros para que o aluno, através do senso crítico aliado a necessidade de sentir-se reconhecido tornarão o processo de avaliação mais significativo. Os conteúdos devem ser direcionados para cada faixa etária onde o aluno tem por finalidade desfrutar de todos os benefícios com o qual esteja sendo trabalhado. Pretende-se avaliar se o aluno lê, compreende, interpreta, relaciona e estabelece relações com o cotidiano. Critica e expressa idéias com coerência. Trás conhecimento prévio sobre o assunto e se posiciona de forma crítica. Consegue aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas próprias posturas e atividades corporais com autonomia e valorizalas. Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, e contribui com os colegas na realização do trabalho em grupo, utilizando formas de expressão que favoreçam as integrações grupais, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade. Do mesmo modo se o aluno organiza, interpreta as informações e pratica atividades da cultura corporal de movimento, demonstrando capacidade de adaptá-las, tornado mais adequadas ao movimento do grupo, a inclusão de todos. A avaliação escolar é um processo contínuo que deve ocorrer-nos mais diferentes momentos do trabalho. A verificação e a qualificação dos 24 resultados da aprendizagem no início, durante e no final das unidades didáticas, visam sempre diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos a que continuem dedicando-se aos estudos. Instrumentos e procedimentos de avaliação que o professor poderá utilizar: Sondagem das condições prévias dos alunos por meio de conversação informal e didática, discussão dirigida. Ficha de observação sobre a participação e contribuição no desenvolvimento de algumas atividades de grupos. Relatórios de apreciação de um evento esportivo ou de um espetáculo de danças onde determinados aspectos fossem ressaltados. Fichas de avaliação do professor quanto à capacidade do grupo e aplicar as regras de um determinado jogo, reconhecendo as transgressões e atuando com autonomia. Ficha de observação do interesse e participação do aluno sobre os diversos conteúdos. Avaliações dissertativas apresentações. 25 ou objetivas. Pesquisas, seminários, trabalhos e Referências Bibliográficas: ANTUNES, Velso, Manual de técnicas de dinâmica de grupo de sensibilização de ludopedagogia. – Petrópolis: Vozes, 1993. ASSIS DE OLIVEIRA, Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados. CBCE, 2001. BARBOSA, Claudio de A. Educação Física escolar da alienação à libertação. Vozes: Petrópolis, 1997. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008. COLTILL E WILMORE. Fisiologia do Esporte e do Exercício. São Paulo. Manole.2 ed 2001. FABIO SABA. Mexa-se Atividade Física, Saúde e Bem Estar. Editora Phorte .São Paulo, 2008. CAPARROZ,Francisco Eduardo. Entre a Educação Física BA Escola e a Educação Física da Escola. Campinas. Autores Associados,2005. BARRETO, Débora. Dança: ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas: Autores Associados, 2005. LOPES, Maria da Glória. Jogos na educação: criar, fazer, jogar. São Paulo. Cortez, 2001. SILVA, Pedro Antonio. 3000 Exercícios e jogos para Educação Física Escolar. Vol. 1,2 e 3. Rio de Janeiro. 2 Ed. Sprint, 2005. 26 Apresentação Geral da Disciplina de Filosofia Todo ser humano tem ou deveria ter uma concepção de mundo, uma linha de conduta moral e política e ser capaz de examinar sua maneira de agir e pensar para mantê-la ou modificá-la. A maioria das pessoas não se ocupa com os assuntos que interessam exclusivamente aos especialistas de áreas diversas, mas o mesmo não acontece quando o assunto é a filosofia. Isso porque, ainda que existam filósofos especialistas, não se pode pensar em pessoa alguma que não seja de certa forma filósofa empírica; porque o ser humano vive dando sentido às coisas e, diante dos problemas apresentados pelo existir, tende para a reflexão, a não ser que tenha sido artificialmente impedido de exercitála. O filósofo empírico se distingue do especialista porque “ o filósofo profissional ou técnico não só pensa com maior rigor lógico, com maior coerência, com maior espírito de sistema do que os outros homens, mas conhece todas a história do pensamento. Sabe quais as razões do desenvolvimento que o pensamento sofreu até ele e está em condições de retomar os problemas a partir do ponto em que se encontram, após terem sofrido a mais alta tentativa de solução. Um curso de filosofia no nível médio não tem por objetivo principal despertar futuros filósofos especialistas, mas dar condições para que todos tenham a oportunidade de desenvolver a capacidade humana de pensar, pensar bem, de pensar melhor, de forma coerente e crítica. Justificando o ensino de filosofia para todos, recebemos a herança fecunda do grupo social a quem pertencemos e que chamamos de senso comum. Trata-se de um saber pouco crítico e superficial e voltado para a solução imediata de problemas. Em outro momento recorremos ao conhecimento empírico, por meio da qual é feita a crítica da herança recebida. Temos o bom senso, resultado da elaboração coerente do saber, e na explicitação das intenções conscientes dos indivíduos livres. Cabe ao professor de filosofia auxiliar a passagem do sendo comum ao bom senso, e desta para a consciência filosófica. Esse processo não é automático, ao contrário, existem obstáculos. Basta pensarmos 27 na rigidez dos preconceitos, no arraigamento das convicções, na sedução das certezas definitivas que nos levam ao dogmatismo, ao fanatismo e à doutrinação. Ou lembrar do morno conformismo das convenções e dos hábitos que muitas vezes nos acomodam na alienação e nos tornam presas fáceis da ideologia. Por isso ao trabalhar com os alunos as idéias e os textos dos filósofos, cuja abordagem sobre o mundo é diferente daquela empreendida pelas demais formas de saber (mito, religião, senso comum, ciência) oferecese condições para que o aluno lance outro olhar sobre o mundo e sobre si mesmo. Objetivos Fazer o aluno: - Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos específicos da Filosofia. - Compreender as configurações de pensamento, de sua constituição histórica e de seu funcionamento interno, tendo em vista a constituição de sistemas de referência. - Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científicos, tecnológicos, éticos, políticos, sócio-culturais e vivenciais. - Entender da reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do pensamento. - Desenvolver apreensão procedimentos e construção próprios de do pensamento conceitos, crítico: argumentação e problematização. - Desenvolver métodos e técnicas de leitura e análise de textos. - Produzir textos analíticos e reflexivos. - Desenvolver a discussão oral de modo sistemático. - Adquirir e reutilizar procedimentos. 28 (transferir) conhecimentos, conceitos e Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes MITO E FILOSOFIA - O nascimento da Filosofia - O contexto histórico do surgimento da Filosofia - O que é Filosofia? - Definição e importância do mito na sociedade grega - A passagem do pensamento mítico para o pensamento filosófico - Mito e razão filosófica - O mito hoje - Os três tipos de conhecimentos: senso comum, filosófico e científico - A filosofia como exercício da ironia TEORIA DO CONHECIMENTO - O que é conhecimento? - Como se dá conhecimento? Relação sujeito X objeto - As fontes do conhecimento - O problema do conhecimento para os gregos - A origem da palavra Filosofia: Pitágoras - O significado da palavra método - Os métodos para alcançar o conhecimento - O método cartesiano - Racionalismo e Empirismo ETICA 29 - O que é ser feliz - A felicidade para os filósofos gregos - A polis e a felicidade - Como atingir a felicidade? - Conceito de Ética e Moral - Distinção de Ética e Moral - Ética e Violência - Valores: Afetividade: ( amor, amizade e paixão) - Liberdade X determinismo - A liberdade de Jean- Paul -Satre Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes FILOSOFIA POLÍTICA - Definição e origem da Política - O preconceito contra a política e a política de fato - A origem da democracia - A importância da política - A democracia na esfera econômica, social, política e jurídica - A política em Maquiavel - Política e violência - Política e cidadania - O conceito de socialismo, liberalismo e capitalismo FILOSOFIA DA CIÊNCIA - O que é ciência? - Filosofia e ciência - Senso comum e ciência - O surgimento das ciências e a ciência moderna - O mito do cientificismo( Comte) ESTÉTICA - Beleza - A beleza na Idade Média - A arte renascentista - Gosto se discute? - Gosto: questão cultural e histórica - O que é arte? - Arte: uma necessidade ou um fim? - A arte e suas manifestações - A arte no cinema, na publicidade e na televisão Metodologia A filosofia exerce um trabalho de pensamento por meio do qual se faz a crítica do estabelecido, introduzindo por excelência o questionamento e a dúvida em todos os setores do saber e agir humanos. A filosofia supera o saber ingênuo e não-crítico ao desacomodar os indivíduos do já feito e já sabido, ampliando os 30 horizontes para além da mentalidade cientificista, tecnocrática, pragmática, imediatista, a fim de recuperar a dimensão humana, quando alienada. Além disso, sua abordagem totalizante supera o saber fragmentado e estabelece a interdisciplinaridade. Dessa forma, a filosofia, ao buscar o fundamento do saber e do agir, faz a crítica da cultura e se pronuncia como discurso contra ideológico. Não é qualquer crítica, nem a crítica que apresenta um conjunto de conteúdos verdadeiros que se oporia a um conjunto de conteúdos falsos. Trata-se, pois de um processo que num primeiro momento nega imediatamente o vivido para que, ao buscar sua gênese e seus fundamentos possa transformá-lo em experiência compreendida. Para desenvolver este processo o professor define-se como mediador entre o aluno e o texto filosófico, pois estabelece ponte entre o aluno e a cultura, uma vez que filosofar não se faz à margem de contexto histórico no qual se insere. Esse movimento se produz com rigor quando existem condições para a análise, por meio de uma lógica mais coerente e pelo exercício da argumentação, a fim de educar o aluno para a inteligibilidade e para autonomia intelectual. A aula de filosofia abre espaço para a palavra, para o conceito. Hoje, com o imperialismo da imagem, da informação fragmentada típica do mundo pós-moderno em que prevalece a mídia audiovisual, o espaço do conceito deve ser preservado, como garantia de possibilidade de reflexão e crítica. A filosofia é importante no mundo em vertiginosa mutação. A cada vez mais rapidamente mudam as profissões e as técnicas, a educação requer flexibilidade e amplitude que nos distancie da visão do especialista ocupado com seu mundo fechado. Daí o crescente interesse pela filosofia, capaz de estabelecer a interdisciplinaridade. Sem pretender fazer uma lista exaustiva, destacamos os principais métodos usados pelo professor: expositivo, de reprodução, de aplicação do conhecimento, de leitura e análise de texto, de produção de textos etc. Cada um deles pressupõe os mais diversos procedimentos. Pelo método expositivo o professor apresenta, de forma sistemática, um conjunto de conhecimentos aos alunos, podendo 31 recorrer à tradicional exposição oral, à exposição escrita ou ainda a algum recurso audiovisual. Embora o método expositivo tenha sido um tanto desprezado devido ao uso excessivo na escola tradicional, figura como recurso de grande relevância, desde que o professor garanta as vantagens da síntese, sem os prejuízos da passividade do aluno. Esse risco pode ser contornado com a complementação de outros procedimentos, tais como a estimulação do diálogo, da interrogação, da problematização das questões à medida que se procede à exposição, desde que preservada a boa disciplina intelectual. Ao usar o livro didático geralmente o professor começa apresentando o assunto do capítulo que será lido posteriormente pelo aluno. Nada impede que às vezes inverta o processo, pedindo a leitura antecipada do texto. Esse procedimento torna a aula mais dinâmica, porque as dúvidas e dificuldades apresentadas passam a ser o centro da aula. No entanto, funciona mal quando apenas dois ou três fazem a leitura e o restante da classe permanece alheio ao debate ou ainda quando o texto apresenta grandes dificuldades. Pelos métodos de Reprodução e de Aplicação do Conhecimento, o professor prepara exercícios para verificar se o aluno assimilou as informações novas, problemáticas. Os procedimentos são os mais variados: argüição oral, provas, trabalhos em grupo, alguns verificando apenas a reprodução, outros a aplicação, etc. O método de Leitura e Análise de Texto oferece um caminho fértil e indispensável à iniciação filosófica, primeiro porque, por meio do texto original, se retoma a herança do já pensado e, segundo, porque proporciona o exercício da reflexão pessoal e crítica. O método de produção de texto completa o processo do ensinar aprender que supõe a relação dialética professor / aluno. Todo o processo do ensino da filosofia busca dar condições para a autonomia do pensar, quando o estudante se torna capaz de produção pessoal. A expressão por excelência dessa produção é a dissertação filosófica. Outra forma possível de produção de textos se encontra nos seminários, que supõem a apresentação oral de trabalho previamente elaborado nas suas principais linhas e que, devidamente, serve apenas como roteiro e não deve ser lido para a classe no momento da exposição. 32 Avaliação O método não atingirá bem seus fins se o trabalho pedagógico não der condições a um rápido e eficiente retorno sobre a produção teórica do aluno. Daí a importância da avaliação. Existem muitas controvérsias em torno da avaliação, desde o risco de subjetividade, até a tentação do exercício de poder. Há também, quem considere arbitrário fazer um julgamento, à medida que as questões formuladas e temas discutidos não comportam resposta única, admitindo divergências que não podem ser desprezadas. Entretanto, o que importa na avaliação do trabalho filosófico não é a concorrência dos argumentos do aluno com os do professor, mas o adequado atendimento ao tema proposto, a devida coerência da exposição, a clareza de ideias, a capacidade e riqueza de argumentação. Não resta dúvida de que o esforço feito pelo aluno sob a perspectiva de uma avaliação é salutar, levando o aluno a reorganizar e sistematizar o que aprendeu. Não se pode conceber a avaliação de forma isolada, pois não se trata de algo estático, que ocorre num dado momento do processo educacional. Não é meramente um procedimento técnico de controle da aprendizagem. Freqüentemente, a avaliação desenvolvida na ação pedagógica vem se caracterizando por se apoiar exclusivamente na promoção e classificação. Avaliar é confundido com medir, e tão somente com medir, privilegiando unilateralmente o produto observável, mensurável e quantificável. A avaliação adquire o caráter de verificação empírica, perde o seu caráter processual e se confunde com momentos estanques de aplicação de instrumentos de medida e atribuição de notas. É preciso, portanto, resgatar o caráter eminentemente educacional da avaliação escolar. A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não possui uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar a até mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do resultado, que educador e educando estão construindo coletivamente. 33 Avaliar é algo complexo, e parece que em filosofia isto se torna ainda mais complexo. Não há como determinar objetivamente tal habilidade. Mesmo porque não se trata de assimilar este ou aquele conteúdo da história da filosofia ou do pensamento de algum filósofo. O estilo reflexivo não é também uma técnica que se possa transmitir mecanicamente. Algumas sugestões poderão ajudar o trabalho de avaliação em filosofia: • é essencial que exista um profundo respeito pela pessoa e pelas posições do aluno mesmo que o professor não concorde com eles; • uma postura doutrinadora dogmática é inaceitável filosoficamente falando, pois não há verdades absolutas, nem única filosofia, mas várias correntes, vários pontos de vista; • o que poderá ser levado em consideração é o trabalho concreto com os conceitos, a capacidade em construir e avaliar proposições e em detectar os princípios subjacentes aos temas e discursos; • avaliar a capacidade dos alunos em reformular questões de maneira organizada e estruturada, procedendo de forma sistemática, com métodos determinados procurando raízes e examinado as diversas dimensões do problema num todo articulado. Através do exercício do estilo reflexivo nas aulas, nos trabalhos de pesquisa, nas discussões, nas leituras de textos e comentários escritos, o professor poderá ir avaliando o grau de inteligibilidade alcançada pelos alunos, no sentido de diagnosticar as dificuldades e intervir no processo para que possa atingir uma maior qualidade de reflexão. 34 Referências Bibliográficas CHAUI, Marilena. Filosofia. São Paulo: ed. Ática, 2002 ARANHA, Maria Lucia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires.Termos de Filosofia. São Paulo. Moderna, 2000. WOLF, F. A invenção política, Im: A crise do Estado Nação. NOVAES, A (org). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Livro Público Didático do Estado. 35 Apresentação Geral da disciplina de Física Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais, especialmente no que diz respeito as propriedades e interações da matéria e da energia. Trata dos componentes fundamentais do Universo, as forças que eles exercem e os resultados destas forças. O termo vem do grego φύσις (physis), que significa natureza, pois nos seus primórdios ela estudava, indistintamente, muitos aspectos do mundo natural [1 ,2]. Como ciência, faz uso do método científico e baseia-se essencialmente na matemática e na lógica para a formulação de seus conceitos. Sendo assim a disciplina de Física tem o Universo como seu objeto de estudo, e propõem aos estudantes o estudo da natureza, utilizando modelos elaborados pelo homem para entender e explicar a natureza. Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE’s) [3] o ensino da disciplina de Física deve estar focado em conteúdos e metodologias capazes de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade científica. Ainda ela deve educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo e a não-neutralidade da produção desse conhecimento e o seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. Desta forma espera-se que o ensino de Física, no ensino médio, contribua para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita ao indivíduo a interpretação critica dos fatos, fenômenos e processos naturais. E que através do conhecimento ou do acesso ao conhecimento os alunos sejam capazes de transformar a sociedade e compreendam criticamente o contexto social e histórico [3]. E conforme [3] para tanto, é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um processo histórico (os conteúdos devem ser abordados de forma a mostrar aos alunos que eles foram construídos historicamente), objeto de contínua transformação (não pronto e acabado como os livros didáticos mostram) e associado às outras formas de expressão e produção humanas (interdisciplinaridade). 36 Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais [4] o ensino de Física no Brasil tem-se realizado freqüentemente mediante a apresentação de conceitos, leis e fórmulas, de forma desarticulada, distanciados do mundo vivido pelos alunos e professores e não só, mas também por isso, vazios de significado. Privilegia a teoria e a abstração, desde o primeiro momento, em detrimento de um desenvolvimento gradual da abstração que, pelo menos, parta da prática e de exemplos concretos. Enfatiza a utilização de fórmulas, em situações artificiais, desvinculando a linguagem matemática que essas fórmulas representam de seu significado físico efetivo. Ainda insiste na solução de exercícios repetitivos, pretendendo que o aprendizado ocorra pela automatização ou memorização e não pela construção do conhecimento. Sendo a Física apresentada ao aluno como um produto acabado, fruto da genialidade de mentes como a de Galileu, Newton ou Einstein, contribuindo para que os alunos concluam que não resta mais nenhum problema significativo a resolver [4] Mas segundo [3, 4] o que foi exposto acima não deve acontecer e para que isso não ocorra o ensino de Física deve estar vinculado à experiência cotidiana dos alunos, procurando apresentar a eles a Física como um instrumento de melhor compreensão e atuação na realidade. Um dos aspectos fundamentais no ensino de Física é conhecer como os alunos percebem e compreendem o mundo físico. E a partir destes conhecimentos é que devemos construir nosso ensino, e não somente se basear em livros didáticos, mas se basear no cotidiano do aluno. E conforme [3] o ensino de Física deve mostrar aos alunos como foi a evolução histórica das idéias e conceitos físicos e que o conhecimento cientifico é uma construção humana com significado histórico e social, e deve ser evitado o ensino que privilegie apenas a memorização de conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados como verdades absolutas, como coisas reais, e o enfoque conceitual deve ir além da apresentação das equações matemáticas. E sendo uma ciência experimental e o conhecimento científico uma construção humana com significado histórico e social e também aberta a influências externas como qualquer atividade social, devemos mostrar aos alunos que a ciência (Física) não está pronta nem acabada e não é 37 absoluta. Mas revela ao aluno o quanto é penoso, lento, sinuoso e violento o processo de evolução das idéias científicas. Deste modo, conforme [3] o ensino de Física deve ir vai além da mera compreensão do funcionamento dos aparatos tecnológicos ele deve abordar os fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em construção, porém com uma respeitável consistência teórica. Sendo também importante ao aluno compreender, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não-neutralidade da produção científica. Desta forma é importante que a disciplina de Física faça parte do currículo escolar, porque ela contribui para que o estudante reconstrua o conhecimento historicamente produzido, o que se transformará em ferramenta para que ele se subsidie como ser humano e futuro profissional em uma sociedade em processo de globalização, tornando-o um ser crítico, criativo e inteirado com a sociedade e as tecnologias a sua volta e que o mesmo interage. Fundamentos Teóricos- Metodológicos Sendo o objeto de estudo desta ciência – o Universo – sua evolução e suas transformações e as interações que nele ocorrem, segundo [3] a disciplina de Física pode ser dividida em três campos de estudo: - A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica). Refere-se ao estudo dos movimentos (mecânica e gravitação) presente nos trabalhos de Newton e desenvolvida posteriormente por outros cientistas e centra-se nas leis do movimento dos corpos materiais, sua descrição e suas causas. - A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius, Kelvin, Helmholtz e outros. Iniciou-se a partir do estudo dos fenômenos térmicos. Sendo o resultado da integração entre os estudos da mecânica e do calor - O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de homens como Ampére e Faraday. Deu-se a partir do estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos. Sua elaboração deveu-se a 38 estudos de diversos cientistas, entre eles Ampère, Faraday e Lenz. E esse conjunto teórico é conhecido como Física Clássica. Como a ciência é uma produção cultural humana, sujeita ao contexto de cada época, essas três grandes áreas sofreram muitas modificações com o passar dos tempos, como exemplos no século XVI, a Mecânica de Newton uniu os fenômenos celestes e terrestres, sendo que suas Leis do Movimento englobaram a Estática, a Dinâmica e a Astronomia, já no século XIX, os estudos da Termodinâmica, que tiveram como ponto de partida as máquinas térmicas, unificam os conhecimentos sobre gases, pressão, temperatura e calor, e ainda no século XIX, Maxwell inclui a Óptica dentro da Teoria Eletromagnética, concluindo a terceira grande sistematização da Física ao unir fenômenos elétricos com os magnéticos e a óptica. Desta forma é muito importante que o ensino seja fundamentado na História e na Epistemologia da Física, sendo assim é possível estabelecer relações entre essa ciência e outros campos do conhecimento, de modo que os estudantes percebam essas relações [3]. Sendo a escola o local onde aos alunos adquirem conhecimento cientifico, o ensino de Física deve-se considerar o conhecimento trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais. Interessam, em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico, respeitando seu contexto social e suas concepções espontâneas a respeito da ciência sendo o professor um mediador ou um “informante cientifico” e que, compartilhe com os alunos significados e promova a aprendizagem [3]. Essa aprendizagem significativa só acontecerá quando as novas informações adquirem significado por interação com o conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente agregam significados adicionais, diferenciam, modificam e enriquecem o conhecimento já existente. O professor deve considerar o conhecimento trazido pelos estudantes, e ao levar em conta esse conhecimento dos alunos o professor deve considerar que a ciência atual rompe com o imediato, e com o perceptível. E a aprendizagem será mais proveitosa quando existir uma maior interação entre professor e aluno. Sendo o professor o 39 possuidor do conhecimento físico, deve ser o centro do trabalho pedagógico, ajudando e auxiliando os alunos, sendo um sujeito indispensável processo ensino - aprendizagem, segundo [3]. Os experimentos podem ser os pontos de partida para desenvolver a compreensão de conceitos e para que os alunos percebam suas relações com as ideias discutidas nas aulas. Propõe-se o uso de experimentos, jogos e brinquedos inseridos na busca pedagógica do conhecimento físico, a serviço do sujeito, proporcionando-lhe acesso ao conhecimento [3] A matemática não pode ser considerada um pré-requisito para aprender Física, sempre que possível o professor deve evitar o formalismo matemático, é necessário que os estudantes adquiram conhecimento físico, dando a ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático, mas nunca fazer o contrário. Currículo Conforme [3] entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos são a base para a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que o aluno entenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio. Em cada conteúdo estruturante existem idéias, conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que formam uma teoria. Desses estruturantes saem os conteúdos que vão fazer parte da proposta pedagógica curricular da escola. Então o currículo deve ser composto de conteúdos básicos que são os conhecimentos fundamentais para cada série, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes, derivados dos três estruturantes (Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo), de forma a garantir uma cultura científica o mais abrangente possível, do ponto de vista da Física. Sendo a disciplina seriada (1 ano, 2 ano e 3 ano) o currículo fica divido da seguinte maneira: no primeiro ano será abordado o conteúdo 40 estruturante movimento, no segundo ano será abordado os conteúdos estruturante termodinâmica e eletromagnetismo (alguns tópicos) e no terceiro ano será abordado e conteúdo estruturante eletromagnetismo. Os conteúdos básicos abordados estão listados abaixo e foram retirados da referência [3]. MOVIMENTO -Conservação de quantidade de movimento. -Leis de Newton e Gravitação. -Energia e o Princípio da Conservação da energia. TERMODINÂMICA - Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da Termodinâmica, 2ª Lei da Termodinâmica. ELETROMAGNETISMO - Carga elétrica. - Corrente elétrica. - Campo e ondas eletromagnéticas. - Força eletromagnética. - Lei de Coulomb. - A natureza da luz e suas propriedades. Encaminhamentos Metodológicos Conforme já foi exposto é de extrema importância que o processo pedagógico, na disciplina de Física, tenha início com o conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas. No seu dia – dia os alunos desenvolvem suas concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola 41 quando inicia seu processo de aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizada sendo a escola o lugar onde se lida com esse conhecimento científico, historicamente produzido. O docente deve criar situações de ensino que propiciem um distanciamento crítico do estudante ao se defrontar com o conhecimento que ele já possui e, ao mesmo tempo, apresentar uma alternativa, mostrando que o conhecimento científico pode ser útil e os estudantes devem ser capaz de compreender que o conhecimento que eles trazem não é definitivo, não se constitui numa verdade pronta e acabada. E para que ocorra uma aprendizagem significativa, e muito importante que o professor desempenhe a função de “informante científico” [3], fazendo a ponte entre o conhecimento cientifico e o conhecimento prévio do aluno. Para que se obtenha uma aprendizagem satisfatória e professor consiga fazer a “ponte” entre o conhecimento cientifico e o conhecimento prévio do aluno, podem ser utilizados diversos recursos metodológicos. A referência [3] cita: livros didáticos, laboratório de informática (internet) e a TV pen drive, sendo consideradas importantes ferramentas pedagógica a serviço do professor. Outra ferramenta muito importante também citada em [3] e a pesquisa como parte integrante do processo educativo e não deve ser deixada de lado. O uso de modelos para descrever fenômenos físicos, o uso da história da Física, a experimentação, leituras cientificas e o uso de tecnologias, se mostram ferramentas interessantes para serem utilizadas pelo professor em suas aulas. A TV pendrive é um bom exemplo onde o uso de tecnologias pode enriquecer as aulas. Ela pode ser utilizada da mesma forma que o quadro e o giz, com um diferencial, permitindo que o conteúdo seja trabalhado de uma forma mais dinâmica, com o uso de slides e vídeos. Também pode ser uma ótima ferramenta para que o aluno possa melhorar as suas apresentações de trabalhos e seminários. A informática e a biblioteca disponível na escola podem ser utilizadas para a pesquisa. Nas aulas a informática sempre que possível será utilizada pelos alunos para pesquisas direcionadas pelo professor. O livro didático é excelente ferramenta a serviço do professor e do aluno, porque facilita tanto a vida do estudante que não necessita copiar o 42 conteúdo do quadro, como a do educador que não necessita utilizar tanto tempo passando no quadro. Com isso as aulas podem se tornar mais proveitosas, já que sobra mais tempo para o professor explicar os conteúdos e acompanhar os alunos nas suas possíveis dúvidas. A experimentação pode ser utilizada para melhorar o aprendizado do aluno, porque pode ser utilizada em situações simples que focalizam a mera verificação de leis e teorias, até situações mais elaboradas que privilegiam as condições para os alunos refletirem e reverem suas idéias a respeito dos fenômenos e conceitos abordados. Podendo assim atingir um nível de aprendizado que lhes permita efetuar uma reestruturação de seus modelos explicativos dos fenômenos [5]. Avaliação Segundo [3], a avaliação é um instrumento tanto para que o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo. Já segundo [6] a avaliação tem como dimensão de análise o desempenho do aluno, do professor e de toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar e sua principal função é subsidiar o professor, a equipe escolar e o próprio sistema no aperfeiçoamento do ensino. Também fornece informações que possibilitam tomar decisões sobre quais recursos educacionais devem ser organizados quando se quer tomar o ensino mais efetivo, sendo uma pratica valiosa na qual o desempenho do professor e outros recursos devem ser modificados para favorecer o cumprimento dos objetivos previstos e assumidos coletivamente na escola [6]. Podendo, além disso, ser comparada com um remédio, assim como os remédios, tem propriedades que pode produzir reações adversas e efeitos colaterais. E ainda mais: que devem ser tomadas precauções ao utilizá-la, e que existem indicações e contraindicações, assim como há uma maneira correta de ser utilizada (posologia) [6]. Apesar do sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado em uma nota para sua aprovação, a avaliação deve ser uma 43 ferramenta que auxilie o serviço do professor e da aprendizagem dos alunos. A sua finalidade e contribuir para o crescimento da vida escolar do aluno, sendo um instrumento para intervir no processo de aprendizagem do estudante. Desta forma, a avaliação proporciona informações para que tanto o estudante quanto o educador acompanhem o processo de ensino-aprendizagem [3]. Segundo [3] existem alguns critérios na avaliação de Física que devem ser verificados: • A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada. • A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos. • A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos. • A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias Físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da Física. Os instrumentos de avaliação utilizados serão os mais variados possíveis (seminários, resolução de problemas com consulta, avaliação sem consulta, relatório de atividades praticas desenvolvidas, pesquisas diversas, etc, seminários e apresentações de temas, feira de ciências) que sejam capazes de oportunizar a construção do conhecimento pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento. Com a avaliação espera-se que o aluno adquira certo conhecimento e na referência [3] página 93 em diante pode ser encontrado o que se espera do aluno após a avaliação de cada conteúdo básico. Como já foi dito vários instrumentos podem ser utilizados na avaliação, mas como foi adotado em nossa escola o sistema de blocos de avaliação a cada bimestre, ficou definido que em cada bimestre deve haver pelo menos uma avaliação formal no valor de 60 % da nota (avaliação sem consulta, individual), ficando o restante (40%) a critério do professor. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) [7] é obrigatório a recuperação de estudos para os alunos com baixo rendimento, de preferência paralelos ao período letivo. Desta forma A LDB deixa claro que caso o aluno não atinja 60 % da nota (baixo rendimento), deve ser 44 feita uma retomada de conteúdos e o aluno deve ser submetido a uma nova avaliação (recuperação), PODENDO ser paralela. Então sem contrariar a referencia [7] a recuperação será de conteúdos e não de instrumentos avaliativos, e se dará na forma de blocos de conteúdos. Caso o aluno na somatória das suas notas ao final do bimestre não atinja 60 % da nota, será proporcionado a ela a retomada dos principais conteúdos trabalhados no bimestre. E após isso ele será submetido a uma nova avaliação (recuperação), a qual terá o valor integral da nota avaliada no bimestre, e será considerada a maior nota. Referências Bibliográficas [1] http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica [2] http://www.fisica.net/historia/o_que_e_a_fisica.php [3] Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE’s) [4] PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN’s). [5].Atividades experimentais no ensino de física: diferentes enfoques, diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física. vol. 25 no.2 São Paulo June 2003. [6] AVALIAÇÃO ESCOLAR LIMITES E POSSIBILIDADES CLARILZA PRADO DE SOUZA - Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP. [7] Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 45 Apresentação geral da disciplina de Geografia Geografia é o estudo científico da superfície da Terra com o objetivo de analisar a variação espacial de fenômenos físicos, biológicos e humanos que acontecem no globo terrestre. É muito antiga a preocupação do homem em conhecer o meio no qual se desenrola sua vida, algumas vezes por curiosidade, outras com fins econômicos ou políticos. A abordagem sistemática do conhecimento da Terra é precisamente o objetivo da Geografia, disciplina cujo nascimento pode ser situado na própria origem do homem, embora só tenha alcançado a categoria de ciência com o florescimento da civilização grega. A área habitável da superfície terrestre apresenta várias características, das quais uma das mais importantes é a complexa interação dos elementos físicos, biológicos e humanos, como relevo, clima, água, solo, vegetação, agricultura e urbanização. Outra característica é a grande variabilidade do ambiente de um lugar para outro, dos trópicos às frias regiões polares, de áridos desertos a úmidas florestas equatoriais, de vastas planícies a montanhas escarpadas, de superfícies geladas e desabitadas a metrópoles densamente povoadas. Outra característica ainda é a regularidade com que se registram determinados fenômenos, como os climáticos, o que permite generalizações sobre sua distribuição espacial. Os exemplos mais óbvios são as medidas de temperatura e precipitação, principais elementos climáticos para a agropecuária e outras atividades humanas. A Geografia se preocupa particularmente com a localização espacial (especialmente com a relação entre a sociedade e a terra, da mesma forma que a ecologia e afinidades), com a regionalização e com a distribuição das áreas. Pesquisa a respeito dos lugares onde as pessoas vivem, sobre a superfície da Terra e os fatores (ambientais, culturais, econômicos recursos naturais) que influem nessa distribuição. Tenta responder a questão e a possibilidade de reconhecer uma região sobre a qual vive uma população, meio de vida, cultura e relações que ocorrem entre os diferentes lugares. 46 Os primeiros registros de conhecimentos geográficos se encontram em relatos de viajantes, como o grego Heródoto, no século V a.C. A percepção dos gregos sobre a Terra era bastante avançada, e filósofos como Pitágoras e Aristóteles acreditavam que ela tinha a forma esférica. No século III a.C., Erastóstenes de Cirene, na Geographica, primeira obra a usar a palavra geografia no título, calculou a circunferência da Terra. Posteriormente, o geógrafo e historiador grego Strabo compilou todo o conhecimento clássico sobre geografia numa obra de 17 volumes sobre a época de Cristo, que se tornou a única referência sobre obras gregas e romanas desaparecidas. Outra importante contribuição, apesar dos erros que seus estudos apresentavam, foi a do astrônomo e geógrafo Ptolomeu, do século II da era cristã. Com a queda do Império Romano no Ocidente, o conhecimento geográfico greco-romano perdeu-se na Europa, mas, durante os séculos XI e XII foi preservado, revisto e ampliado por geógrafos árabes. As adições e correções que estes fizeram, no entanto, foram ignoradas pelos pensadores europeus que, na época das cruzadas, retomaram as primeiras teorias. Assim, os erros de Ptolomeu se perpetuaram no Ocidente até que as viagens realizadas dos séculos XV e XVI começaram a reabastecer a Europa de informações mais detalhadas e precisas sobre o resto do mundo. Em 1570, o cartógrafo flamengo Abraham Ortelius organizou vários mapas sob a forma de livro, no primeiro Atlas de que se tem notícia. Durante a Idade Média, devido à influência do poder político e da Igreja muitos conhecimentos geográficos foram abandonados. De acordo com Andrade (1987, p.34). Os monges e os doutores da Igreja procuram desenvolver a fé, sobretudo quando ameaçada pela expansão muçulmana, e adaptar todas as idéias e concepções aos ensinamentos bíblicos. Surgiram da interpretação do texto da Bíblia, dúvidas e contestações à idéia de esfericidade da Terra, procurando-se justificar outras formas para o planeta que não contrariassem a interpretação do livro sagrado. (...) A idéia de que a Terra era um disco se generalizou e tornou-se para a 47 Igreja de então uma verdade que não podia ser contrariada, conforma os ensinamentos dos sábios e santos. Só com a difusão das idéias de Aristóteles, após o século XII, é que se voltou a admitir, não sem grandes riscos, a esfericidade do planeta. Somente após o século XII as questões cartográficas voltaram a ser discutidas, pois os mercadores precisavam representar o espaço com detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e distâncias dos continentes. A partir de então a questão da distribuição das terras e das águas tornou-se, cada vez mais, pauta de discussões e de pesquisas que alcançaram e ultrapassaram o contexto das Grandes Navegações. Desde então, a partir do século XVI, as expedições terrestres passaram a descrever e representar detalhadamente os espaços como rios, lagos, montanhas, desertos, planícies e também as relações homem-natureza em sociedades distintas e desconhecidas até aquele momento, com levantamento de dados sobre os territórios coloniais, suas riquezas naturais e aspectos humanos. Nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões referentes ao espaço e à sociedade os saberes geográficos passaram a ser evidenciados. Temas como comércio, formas de poder, organização do estado, produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas de representação de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais. Porém, até o século XIX não havia sistematização da produção geográfica. Os estudos relativos a este campo do conhecimento estavam dispersos em obras diversas, desde literárias até relatórios administrativos e por isso, “os temas geográficos estavam legitimados como questões relevantes, sobre as quais cabia dirigir indagações científicas” (MORAES, 1987, p. 41). O ensino de Geografia no Brasil, junto ao processo de reformulação do ensino de um modo geral, vem passando, desde meados da década de noventa, por reconfigurações. A história do ensino de Geografia tem se caracterizado por uma longa trajetória de confrontos e disputas entre intelectuais e políticos encarregados da organização e 48 institucionalização do saber escolar. Mas, esta não é uma característica somente da Geografia, outras disciplinas escolares são marcadas por estes conflitos. Durante geográficas, o que século tinham XIX, foram apoio dos criadas diversas sociedades Estados colonizadores como Inglaterra, França e Prússia que, mais tarde, viria ser a atual Alemanha. Estas sociedades tinham como objetivo a exploração de outros continentes e organizavam expedições científicas para a áfrica, Ásia e América do Sul, procurando conhecer as condições naturais dos mesmos. Devido a estas pesquisas surgiram as escolas nacionais de pensamento geográfico, destacadamente a alemã e a francesa. O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores Humboldt (1769-1859) e Ritter (1779-1859), mas coube a Ratzel (18441904) destaque como fundador da geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. O pensamento geográfico da escola francesa, por sua vez, teve como principal representante Vidal de La Blache (1845-1918). A produção teórica destas duas escolas marca a dicotomia sociedade-natureza e o determinismo geográfico que justificou o avanço neo-colonialista dos impérios europeus na conquista de territórios da África e da Ásia. Para Ratzel e a escola alemã.predominava o determinismo geográfico, ou seja, segundo ele a pessoa é determinada pelo meio, se está na miséria , deve morrer na miséria. Ratzel não considerava a inteligência como um meio de transformação. Vidal de La Blache tinha outra visão. Na escola Francesa predominava o possibilismo geográfico, ou seja, não é o fato de estar na miséria que o sujeito não pode mudar esta situação. Segundo ele a inteligência e a capacidade de cada ser humano pode sim mudar o meio em que vive. Para Vidal de La Blache e a escola francesa, a relação sociedade-natureza criava um gênero de vida, próprio de uma determinada sociedade. Em sua teoria, o homem, ao ocupar os. (...) vários pontos da superfície terrestre, em cada lugar se adaptou ao meio que o envolvia, criando no relacionamento constante e cumulativo com a natureza, um acervo de técnicas, hábitos, usos e 49 costumes, que lhe permitiram utilizar os recursos disponíveis. Este conjunto de técnicas e costumes, construído e passado socialmente, (...) exprimiria uma relação entre a população e os recursos, uma situação de equilíbrio, construída historicamente pelas sociedades. A diversidade dos meios explicaria a diversidade dos gêneros de vida (MORAES, 1987, p.69). O contato entre diferentes gêneros de vida seria um elemento fundamental para o progresso humano, pois, para Vidal de La Blache, esse contato oportunizava verdadeiras oficinas de civilização. Estes argumentos, embora diferentes dos da Geografia Alemã, porém da mesma forma, justificavam a colonização dos povos que construíram gêneros de vida muito simples, fortalecendo a idéia de missão civilizadora européia (MORAES, 1987). Enquanto na Europa em alguns países a Ciência Geográfica já se encontrava sistematizada e presente nas universidades desde o século XIX, no Brasil, isso só aconteceu mais tarde. Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná as idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No Ensino Médio, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua estrutura curricular definida pelo artigo 3º do decreto de 02 de dezembro de 1837, que previa, como um dos conteúdos contemplados, os chamados princípios de geografia que tinha como objetivo enfatizar a descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais (VLACH, 2004). A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto, se consolidou apenas a partir da década de 1930. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econômico. Para efetivar as ações relacionadas com aqueles objetivos, tais como a exploração mineral, o desenvolvimento da indústria de base e as políticas sociais, fazia-se necessário um levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do país. 50 Essa forma de abordagem do conhecimento geográfico perpetuouse por boa parte do século XX, caracterizando-se, na escola, pelo caráter decorativo/enciclopedista, focado na descrição do espaço, na formação e fortalecimento do nacionalismo, tendo um papel significativo na consolidação do Estado Nacional brasileiro, principalmente nos períodos de governos autoritários. Essa corrente teórica e metodológica é conhecida como Geografia Tradicional. As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a Segunda Guerra Mundial, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na Ordem Mundial que interferiram no pensamento geográfico sob diversos aspectos. Essas transformações ocorreram cada vez mais intensamente ao longo da segunda metade do século XX e originaram novos enfoques para a análise do espaço geográfico, além de reformulações no campo temático da Geografia. Do ponto de vista econômico e político, a internacionalização da economia e a instalação das empresas multinacionais em vários países do mundo alteraram as relações de produção e consumo, trazendo para as discussões geográficas assuntos ligados a: a) à degradação da natureza em relação à conseqüências intensa para o exploração equilíbrio dos recursos ambiental no naturais planeta; e b) suas às desigualdades e injustiças da produção e organização do espaço geográfico no modo capitalista de produção em relação à experiência de organização sócio-espacial do socialismo como uma das realidades geográficas do mundo bipolarizado e: c) às questões culturais e demográficas mundiais afetadas pela internacionalização da economia e pelas relações econômicas e políticas de dependência materializadas, cada vez mais, nos espaços geográficos dos diferentes países. Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do pós Segunda Guerra Mundial desencadearam tanto reformulações teóricas na Geografia, quanto o desenvolvimento de novas abordagens para os campos de estudo desta ciência. No Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60, que levaram a modificações no ensino de Geografia e na organização curricular da escola. 51 O golpe militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os setores sociais, inclusive no âmbito educacional, pois para todas as reordenações econômicas e políticas são necessárias adequações da educação aos novos moldes vigentes. Essa adequação teve como marco o acordo, conhecido como MEC/USAID (Acordo do Ministério da Educação e Cultura/United Stades Agency International for Development), que implicou em reformas na educação universitária pela lei 5540/68 e no ensino de 1º e 2º Graus pela lei 5692/71 (PENTEADO, 1994). Essas leis tinham por finalidade adequar a educação a crescente necessidade de formação de mão-de-obra para suprir a demanda que, o surto industrial brasileiro, conhecido como milagre econômico, geraria tanto no campo quanto na cidade. A valorização de formação profissional contribuiu para transformações significativas no ensino, regulamentadas pela lei 5692/71 (Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional) que afetou, principalmente, as disciplinas relacionadas às ciências humanas e instituiu a área de estudo denominada Estudos sociais que, no 1º Grau envolveria os conteúdos de Geografia e História. No entanto, o que deveria ser entendido como área de estudo passou a ser visto como disciplina e foi adotada no 1º Grau, empobrecendo assim os conteúdos das disciplinas fundidas. No 2º Grau foram impostas as disciplinas de Organização Social e Política do Brasil e Educação Moral e Cívica, em prejuízo da Filosofia e da Sociologia, consideradas de importância secundária para a formação técnica, naquele momento desejada Essas alterações curriculares nas escolas de 1º e 2º Graus faziam parte de um processo mais amplo de reforma da educação brasileira, iniciada no mesmo ano em que os militares deram o golpe e assumiram o comando do Estado Brasileiro” (ROCHA, 2000) O ensino da área de estudo, transformada na disciplina de estudos Sociais, como já apontado, não garantia a inter-relação entre os conteúdos de Geografia e História, o que tornava essa disciplina meramente ilustrativa e superficial. Mesmo não atingindo essa interrelação, a disciplina de Estudos sociais teve um período de vigência de mais de uma década. Nos anos 80, ocorreram movimentos visando ao 52 desmembramento da disciplina de estudos Sociais e o retorno da Geografia e da história. No Estado do Paraná, esse movimento iniciou-se em 1983, quando a Associação Paranaense de História – APAH – promoveu o primeiro encontro paranaense de História e Geografia como disciplinas isoladas. Desse encontro foi produzido um documento, enviado à Secretaria de Estado da Educação. disso, resultou o Parecer 332/84 do Conselho Estadual da Educação, permitindo que as escolas pudessem optar por ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia e História separadamente, desde que respeitando o princípio de integração que fundamentava o currículo da época (Paraná, Parecer nº. 332/84, 1984, p.9). Portanto, não houve o desaparecimento imediato do ensino de Estudos Sociais. O desmembramento em disciplinas autônomas só ocorreu após a resolução nº. 06 de 1986 do conselho Federal de Educação (PENTEADO, 1994; MARTINS, 2002). Ainda naquela década, com o fim da ditadura militar, a renovação do pensamento geográfico iniciada após a Segunda Guerra, chegou com força ao Brasil. As discussões teóricas que se sobressaíram, nessa época, centraram-se em torno do Movimento de Geografia Crítica. Alguns marcos históricos destacam-se como emblemáticos e precursores da Geografia Crítica no Brasil. O principal deles; o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978, promovido pela AGB-Fortaleza, teve como principal tema de discussão a Geografia Crítica, baseada na publicação do livro de Yves Lacoste, “A Geografia: isso serve antes de mais nada para fazer a guerra”, livro este considerado um marco para a Geografia Crítica mundial. Esse movimento adotou o método do materialismo histórico dialético para os estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino da Geografia. A chamada Geografia Crítica, como linha teóricometodológica do pensamento geográfico, deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia, trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a compreensão do espaço geográfico. A abordagem teórica crítica proposta para o ensino da Geografia, naqueles documentos, baseava-se numa geografia que compreendia o 53 espaço geográfico como social, produzido e reproduzido pela sociedade humana. A seleção de conteúdos de Geografia, por sua vez, enfatizava a dimensão econômica da produção do espaço geográfico, com destaque para as atividades industriais e agrárias, além das questões relativas à urbanização. Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relação à chamada Geografia Tradicional. Nessa ruptura, rejeitou-se, da teoria e do método da Geografia Tradicional, a abordagem histórica, presa a uma metodologia de ensino reduzida à observação, descrição e memorização dos elementos naturais e humanos do espaço geográfico, realizada de maneira fragmentada. O movimento da Geografia Crítica, ao propor uma análise social, política e econômica sobre o espaço geográfico, entendeu que a superação da dicotomia natureza-sociedade (Geografia Física e Geografia Humana) e das fragmentações das abordagens dos conteúdos dar-se-iam pelo abandono das pesquisas e do ensino sobre a dinâmica da natureza. Por isso, essa proposta não foi imediatamente compreendida nem aceita por parte dos professores da rede estadual de ensino. A incorporação da Geografia Crítica foi gradativa e sofreu avanços e retrocessos a partir de 80 e 90, pois aconteceram reformas políticas e econômicas vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a educação. Encontros e conferências realizados em âmbito mundial priorizavam a educação (inclusive a educação básica) como alvo das reformas necessárias para a formação do novo perfil do trabalhador, necessário para o capitalismo no atual período histórico. Organizações financeiras internacionais, como o Banco Mundial, passaram a condicionar seus empréstimos a países como o Brasil, à implantação de políticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas mudanças. Foi nesse contexto que ocorreu a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem como a construção, a poucas mãos, dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais). Os PCN a partir de então, apresentaram-se como documento balizador para as reformulações curriculares que deveriam ocorrer nos 54 estados brasileiros. As críticas feitas pelos PCN de Geografia recaíram sobre as linhas de pensamento Tradicional e Crítica. Ambas foram acusadas de terem negligenciado a dimensão sensível de perceber o mundo e a Geografia Crítica, especificamente, de enfatizar a economia e fazer política militante (PCN Ensino Fundamental, p. 22). Este documento desconsiderou o esforço de aprimoramento teórico-conceitual que o movimento da Geografia Crítica vinha fazendo, ao tomá-la pela perspectiva economicista, que inicialmente foi adotada por alguns de seus autores, mas que, num movimento de crítica interna, vinha sendo superada. Por sua vez, os PCN não apresentaram uma alternativa teórica consistente, mas ao contrário, assumiram um ecletismo ancorado numa concepção filosófica, no mínimo pouco clara e confusa. A assunção de uma tendência conceitual oscila no decorrer dos PCNs, pois se ela é muitas vezes clara, em outras a concepção apresentada para os conceitos e categorias centrais dos PCNs e/ou a terminologia utilizada nos blocos temáticos identificam-se com diferentes correntes teórico-metodológicas. (...) No entanto há aspectos que parecem indicar que, em vez de uma pluralidade que permitisse distinguir as diferentes abordagens, existe uma indefinição que se aproximaria mais de um ecletismo(...) (SPOSITO,1999,p.31). Os conteúdos vinculados às discussões ambientais e multiculturais foram mudanças provocadas pelo PCN. A rigor, os debates sobre cultura e ambientalismo perpassam várias áreas do conhecimento e vêm ganhando destaque na escala mundial desde o final dos anos 60. A presença desses conteúdos nos PCN se deve ao resgate e aprofundamento das discussões sobre cultura (Geografia Cultural) e ambiente (Geografia Socioambiental) que, na Geografia, ganharam força no contexto histórico dos anos 90, tanto com as transformações políticas que desencadearam conflitos étnicos e a fragmentação territorial de alguns países, quanto com os avanços nos sistemas técnicos de comunicação e informação que possibilitam a fragmentação da produção industrial e ampliação do mercado mundial. 55 Porém, é preciso lembrar que estes assuntos – questões ambientais e culturais – estiveram inseridos no temário geográfico desde a institucionalização da Geografia e foram abordados de várias perspectivas teóricas, das descritivas às críticas. Portanto, apenas inserilos no currículo, como conteúdos de ensino, não garante criticidade à disciplina. Na medida em que a abordagem Socioambiental enfatiza o determinismo tecnológico e a sustentabilidade percebe-se que a criticidade não aparece nos PCN como formas de resolver os problemas causados pela racionalidade do modo de produção capitalista e a abordagem Cultural destaca a idéia de tolerância e de convivência tranqüila dos diferentes grupos sociais e culturais mesmo que estes apresentem desiguais. No Ensino Médio, o aluno deve construir competências que permitam a análise do real, revelando as causas e efeitos, a intensidade, a heterogeneidade e o contexto espacial dos fenômenos que configuram cada sociedade. O Ensino Médio não deve ser compreendido somente como uma continuação do Ensino Fundamental, mas sim a ampliação do conhecimento estruturado que tem por objetivo levar a autonomia para o cidadão. A Geografia é um saber interdisciplinar e a mesma abandonou há algumas décadas a idéia de se constituir numa ciência de síntese, ou seja, capaz de explicar o mundo sozinha. Decorre daí a necessidade de transcender seus limites conceituais e buscar a interatividade com as outras ciências sem perder sua identidade e especificidade. Hoje A Geografia procura assumir a interdisciplinaridade, admitindo que esta posição é profundamente enriquecedora. Conceitos como natureza e sociedade, por exemplo, se acham dilacerados entre várias disciplinas e necessitam de um esforço interdisciplinar para serem reconstruídos. Vesentini afirma que “sem dúvida, nos dias de hoje, o conhecimento científico avança na direção do holismo, do enfraquecimento das disciplinas ou ciências isoladas, de explicações e teorias que dão ênfase à 56 globalidade do real [...]. Há uma expansão gradativa das idéias e práticas interdisciplinares, ainda mais, transdisciplinares”. A Geografia muito pode auxiliar para romper a fragmentação factual e descontextualizada. Sua busca por pensar o espaço enquanto totalidade, por onde passam todas as relações cotidianas e onde se estabelecem as redes sociais nas diferentes escalas, requer esse esforço interdisciplinar. O espaço e seu sujeito são constituídos por interações e seu estudo deve ser, por isso, interdisciplinar. Nesse sentido, a Geografia pode articular-se de forma interdisciplinar com a Economia, História, Sociologia, Biologia, Matemática, enfim com as várias áreas conhecimento, do pois assuntos ligados aos processos de formação da divisão internacional do trabalho e a formação dos blocos econômicos. Questões contemporâneas, tais como crise econômica, globalização do sistema financeiro, poder do Estado e sua relação com a economia e as novas resultantes espaciais das desigualdades sociais e a espacialização dos problemas ambientais e da biotecnologia favorece a interação com estas e outras áreas da aprendizagem. Objetivos Para que o aluno seja capaz de construir um conjunto de conhecimentos referentes a conceitos, procedimentos e atitudes relacionados à Geografia, alguns objetivos serão colocados em prática, fazendo com que ao final do processo o aluno seja capaz de: • Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua produção e construção; Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem uma participação em questões sociais, econômicas e ambientais; • Compreender que as melhorias nas condições de vida , os avanços tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e que estas não são ainda usufruídas por todos os seres humanos, apesar dos seus esforços; 57 • Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender o espaço , a paisagem, o território e o lugar , seus processos de construção , identificando suas relações, problemas e contradições. - Fazer leituras de imagens, mapas , dados e documentos de diferentes fontes de informação , de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o espaço geográfico e as diferentes paisagens; Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográficos; - Valorizar o patrimônio sociocultural e ambiental, reconhecendo como um direito dos povos e indivíduos e um elemento de fortalecimento da democracia; 4. Respeitar as diferenças étnico-culturais dos diferentes povos que contribuíram para a formação da sociedade brasileira e as diferentes civilizações; • Identificar a importância que representa o uso dos recursos naturais para a sociedade a qual encontra-se inserido e a necessidade de se preservar os recursos ou fontes ainda disponíveis na natureza; a) Compreender que a organização do espaço geográfico mundial é fruto da produção transformações. 58 do trabalho humano, estando em constantes CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS POR SÉRIE DO ENSINO MÉDIO PRIMEIRO ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ESTRUTURANTES * A formação e *A evolução da Ciência transformação Geográfica; das paisagens. * A origem do universo *A Terra no espaço • DIMENSÃO * A dinâmica da *Movimentos da Terra SOCIAMBIENTAL natureza DO ESPAÇO alteração GEOGRÁFICO emprego de * Fusos horários tecnologias de *Representação do e exploração sua no espaço pelo *Geografia da Posição e espaço terrestre produção. através da cartografia *Evolução geológica da * A formação, Terra localização, exploração utilização • *DIMENSÃO * Estrutura Geológica e * Rochas e minerais dos * As estruturas da Terra recursos naturais. e as formas de relevo ECONÔMICA DO * Os agentes internos e ESPAÇO externos do relevo GEOGRÁFICO. * A formação do solo * Atmosfera * Pressão atmosférica * Clima * Questões ambientais * Hidrosfera: águas continentais e oceânicas * Biomas e formações vegetais 59 SEGUNDO ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES * DIMENSÃO ESPECÍFICOS Formação, *O território Brasileiro: * SOCIOAMBIENTAL mobilidade DO ESPAÇO fronteiras GEOGRÁFICO. reconfiguração das sua formação e e a regionalização dos * A estrutura geológica territórios. * DIMENSÃO * sua e o relevo brasileiro As diversas * Dinâmica climática do ECONÔMICA DO regionalizações do Brasil e os problemas ESPAÇO espaço geográfico. ambientais GEOGRÁFICO. * As implicações * Os paisagens vegetais socioespaciais do do processo de características * DIMENSÃO mundialização * CULTURAL E * O espaço em rede: brasileira DEMOGRÁFICA DO produção, ESPAÇO e GEOGRÁFICO atual Brasil e A suas hidrografia transporte * A atividade industrial comunicação na e as características da configuração indústria brasileira territorial. * A urbanização * O espaço em rede: brasileira produção, transporte * Os recursos e comunicação na energéticos brasileiros atual configuração * A atividade territorial. agropecuária no Brasil * A distribuição * Comércio, espacial das comunicações, atividades produtivas transportes e turismo e a (re)organização do no Brasil espaço geográfico. * A formação, população, crescimento localização, exploração utilização recursos naturais 60 * Distribuição da demográfico e estrutura e da população brasileira dos * Os migratórios movimentos e suas * A transformação motivações no Brasil demográfica, a * Geografia de Campo distribuição espacial e Largo e do Paraná: os indicadores estatísticos - posição, limites , da aspectos população. físicos econômicos ocupação e e de a Campo Largo e do Paraná TERCEIRO ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS * A transformação * * DIMENSÃO demográfica, a População mundial CULTURAL E distribuição espacial e * Conceitos DEMOGRÁFICA DO os indicadores demográficos ESPAÇO estatísticos da * Crescimento da GEOGRÁFICO. população. População mundial e * Os movimentos brasileira migratórios e suas * Teorias demográficas * DIMENSÃO motivações. * Movimentos ECONÔMICA DO * ESPAÇO socioespaciais GEOGRÁFICO. diversidade cultural. Desenvolvimento * As relações entre o Humano campo e a cidade na * PEA – População * DIMENSÃO sociedade capitalista. Economicamente Ativa POLÍTICA DO * ESPAÇO crescimento 61 As A Dinâmica da manifestações migratórios formação, da * IDH – Índice o * Pirâmide etária das * Distribuição da de GEOGRÁFICO cidades, a dinâmica população mundial e dos espaços urbanos e brasileira a urbanização * recente. Agrupamentos urbanos (Região * O espaço rural e a Metropolitana, modernização da megalópole, agricultura. conurbação e redes * As relações entre o urbanas) campo e a cidade na * Os setores de sociedade capitalista atividades (Primário, * A revolução técnico- secundário e terciário) científica- * Conceitos informacional novos e arranjos os relacionados à no urbanização. espaço da produção. * O processo de * As implicações urbanização no Brasil e socioespaciais do no mundo processo de mundialização. * A nova * O Estatuto da Cidade ordem e o Plano Diretor mundial, os territórios * A agropecuária e supranacionais papel do Estado. e o suas características * A questão agrária e a estrutura fundiária do Brasil e do Mundo * Fases do Capitalismo, Revoluções Industriais e a Globalização * A nova ordem mundial e as conseqüências da Globalização * As novas formas de regionalização e as desigualdades sociais 62 * Os conflitos regionais e as tensões no mundo * O desenvolvimento industrial dos países * Fontes de energia: utilização e impactos ambientais * A globalização e o comércio mundial Metodologia A metodologia utilizada no Ensino de Geografia deve ser aquela que contribua, ou seja, possibilite ao educando a compreensão de sua posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e porque suas ações, individuais ou coletivas em relação aos valores humanos ou à natureza têm conseqüências, tanto para si, como para a sociedade. Uma metodologia que permita também fazer com que o aluno adquira conhecimentos para compreender as diferentes relações que são estabelecidas na construção do espaço geográfico, no qual se encontra inserido, tanto em nível local como mundial, os avanços na tecnologia, nas ciências e nas artes como resultantes de trabalho e experiência coletiva da humanidade. Alguns encaminhamento metodológico, seguem abaixo como propostas de ações: - Coleta de dados para posterior leitura e análise de resultados obtidos; - Perguntas e suposições acerca do assunto em estudo; - Defesa de um ponto de vista (Debate/Fórum); - Elaboração de hipóteses; - Projetos envolvendo a realidade local; - Leitura, interpretação e produção de textos; - Leitura, interpretação e superposição de mapas; 63 Interpretação de noticiários diários e a relação com os temas - estudados; - Análise e/ou interpretação de gráficos e tabelas; - Elaboração de quadro cronológico/ processo histórico; - Produção de textos a partir de informações diversas; - Interpretação de filmes, documentários e fotos com paisagens com retratos das mais diversas realidades; Aulas de campo como visitas a indústrias, parques, unidades de - conservação, municípios históricos, Portos, Ilhas, pontos turísticos regionais e outros locais que enriqueçam e auxiliem o educando na compreensão do espaço geográfico; Trabalhos em grupos, entre outros. - Uso dos recursos tecnológicos como laboratório de informática, TV - pendrive, entre outros. Avaliação O processo de avaliação deve considerar a mudança de pensamento e atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a participação dos alunos. Ao destacar tais elementos como parâmetros de qualidade do ensino e da aprendizagem, rompe-se a concepção pedagógica da escola tradicional que destacava tão somente a memorização, a obediência e a passividade (HOFFMANN, 1993). O processo de aprendizagem discutido por Vygotsky é condicionado pelo conflito/confronto entre as idéias, os valores, os posicionamentos políticos, a formação conceitual prévia dos alunos e as concepções científicas sobre tais elementos. Esse método pedagógico dialético possibilita a (re) construção do conhecimento, em que o processo de aprendizagem atinge, ao longo da escolarização, diferentes graus de complexidade de acordo com o desenvolvimento cognitivo dos alunos (CAVALCANTI, 2005). A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como hoje é concebida) para se transformar na busca 64 incessante de compreensão das dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento (HOFFMANN, 1993, p. 21). Secretaria de Estado da Educação do Paraná 1986). A prática docente, sob os fundamentos teórico-metodológicos discutidos nestas Diretrizes Curriculares, contribui para a formação de um aluno crítico, que atua em seu meio natural e cultural e, portanto, é capaz de aceitar, rejeitar ou mesmo transformar esse meio. É esse resultado que se espera constatar no processo de avaliação do ensino de Geografia. Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para compreensão e intervenção na realidade. O professor deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações Espaço ↔ Temporais e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas. No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que o professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços obtidos pelos alunos, de modo que esses registros tanto explicitem o caráter processual e continuado da avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do sistema de notas. Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: • interpretação e produção de textos de Geografia; • interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; • pesquisas bibliográficas; • relatórios de aulas de campo; • apresentação e discussão de temas em seminários; • construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros. O processo de avaliação deverá ser contínuo e dinâmico, onde o professor esteja aberto para buscar formas mais criativas e até alternativas 65 para compreender se o aluno avançou, e como o conhecimento da Geografia faz sentido para esse aluno hoje e também o fará futuramente. Várias alternativas poderão diversificar a avaliação, desde trabalhos em equipes e individuais, pesquisas bibliográficas e de campo, at[e mesmo provas individuais e em duplas, com ou sem consulta. Além da análise e interpretação de gráficos, mapas, tabelas, documentários, entre outros. Será oportunizada a recuperação de estudos, como forma de garantir desempenho do educando. A avaliação é parte integrante do ensino e, por meio dela, o professor estuda, analisando os dados da aprendizagem, tendo em vista acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem. Portanto, será diagnóstica, somativa, qualitativa, contínua, permanente e cumulativa, levando em conta as atividades e a capacidade de síntese e a elaboração pessoal do aluno sempre de forma holística. Assim, o aluno deverá ser capaz de gerar respostas adequadas aos problemas atuais através de textos, imagens, produções, etc. - Solicitar ao aluno resumos, sínteses e reproduções com argumentos coerentes e coesos; - Avaliar a participação ativa do aluno em debates, palestras, trabalhos, visitas e/ou pesquisas de campo, abordagem crítica de filmes, noticiários, etc. - Avaliar em função da totalidade do processo ensino-aprendizagem; - Fazer com que o aluno assuma uma postura crítica com função diagnóstica, verificando a passagem do senso comum para a sistematização dos conteúdos; Acima de tudo, uma avaliação realidade e que leve os alunos à compreensão da à formação para a cidadania contribuindo para uma maior participação do educando na sociedade em que vive. 66 Referências Bibliográficas: ADAS, Melhem. Geografia: O quadro político e econômico do mundo atual São Paulo. Ed. Moderna. 3ª ed.2001. BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999. p.299-309. COELHO, Marcos de Amorim; TERRA, Lygia. Geografia Geral e Geografia do Brasil. O Espaço Natural e Socioeconômico. São Paulo. Ed. Moderna. 1ª ed. 2005 LUCCI, Elian Alabi...BRANCO, Anselmo Lazaro....MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo. Ed. Saraiva. 1ª Ed. 2003. OLIVA, J. Ensino de Georgafia: Um retrato desnecessário. In CARLOS, A. F. A. (org). A Geografia na Sala da Aula. São Paulo: Contexto, 1999. PARANÁ,. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia – Ensino Médio. Versão Preliminar. Curitiba. Julho 2006. PARANÁ,. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia – Ensino Médio. Versão Preliminar. Curitiba. Julho 2006. SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. 67 Apresentação Geral da Disciplina de História A finalidade da história é expressa no processo de produção do conhecimento humano sob a forma de consciência histórica dos sujeitos. O conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu objetivo de investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos. A história tem como objetivo de estudos os processos históricos relativos as ações e relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram as mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Na década de 70, o ensino de história era predominante tradicional, valorizando alguns personagens como sujeitos da história e de sua atuação em fatos políticos, professores, aulas, memorização e repetição do que era ensinado como verdade. No início da república em 1989, o conteúdo de história do Brasil ficou relegado a um espaço restrito no currículo, que devido a sua extensão dificilmente era tratado pelos professores de história. Após a implantação do regime militar, o ensino de história manteve seu caráter estritamente político, pautado nos estudos de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista factual. Os grandes heróis como sujeitos da história, a serem seguidos e não contestados. A partir da Lei 5692/71, o ensino de história tinha como prioridade de ajustar o aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos na metade de 1980 e início dos anos 90, cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional, repercutindo novas propostas de ensino de história, resultando em liberdades individuais e coletivas no país. A análise histórica da disciplina, como as novas demandas sociais para o ensino de história se apresentam como indicativos para a elaboração de Diretrizes Curriculares. Os conteúdos estruturantes são identificados no processo histórico da constituição da disciplina e referencial teórico atual. A finalidade da história é expressa na produção do conhecimento, que é provisório, sob a consciência histórica dos sujeitos. Provisoriedade 68 não significa relativismo teórico mas que existem várias explicações ou interpretações para um mesmo fato. De fato, o conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu objetivo de investigação, a partir das experiências dos sujeitos. Na virada do século XX para o XXI, verificou-se um conflito entre as diferenças correntes historiográficas. Entretanto não caracteriza ruptura de paradigmas inconciliáveis, mas novas configurações e construções que expressam contrapontos e consensos. A nova história, expressa a história das mentalidades, insere-se no contexto conturbado da década de 1960, influenciada pelos acontecimentos de maio de 1968, em Paris, da primavera de Praga, dos movimentos feministas, pelas lutas contra a desigualdades raciais nos Estados Unidos da América, entre outros. Na nova história e entre outras correntes historiográficas, logo surgiram inúmeras críticas que, ao abrir o seu campo de investigação, para aproximar-se de outras áreas do conhecimento levou a ser chamada “história em migalhas”, Francois Dosse (1950), ou seja, houve um estilhaçamento dos objetos, métodos e abordagens do conhecimento histórico. A partir dessas críticas, muitos historiadores migraram para a nova história cultural, que despontou no final da década de 1980. Para Peter Burke (1937), tanto a nova história cultural como a nova história da década de 1970 recorrem à palavra “nova” para distinguir as produções historiográficas das formas anteriores. Por sua vez, a palavra “cultural” é aplicada para diferenciá-la da história intelectual, campo que abrange o conjunto das formas de pensamento, antiga história das idéias e também da história social. “O conceito de cultura, denota um padrão, transmitido historicamente de significados corporizados em símbolos, um sistema de concepções herdadas, expressas em formas simbólicas, por meio das quais os homens comunicam, perpetuam e desenvolvem o seu conhecimento e as atitudes perante a vida”. Para Chatier, a cultura não é situada nem acima nem abaixo das relações econômicas e sociais. “Todas as práticas sejam econômicas ou 69 culturais dependem das representações utilizadas pelos indivíduos para darem sentido ao seu mundo”. A nova história cultural considera as categorias de representação e apropriação para produzir o conhecimento histórico. A abordagem local e os conceitos de representação, prática cultural, apropriação circularidade cultural e polifonia possibilitam aos alunos e aos professores tratarem documentos sob problematizações mais complexas em relação a história tradicional. Desse modo podem desenvolver uma consciência histórica que leve em conta as diversas práticas culturais dos sujeitos, sem abandono do rigor do conhecimento histórico. A partir de 1956, surge a Nova Esquerda Inglesa, com historiadores britânicos vinculados ao Partido Comunista Inglês, que, descontentes com o regime stalinista, romperam com o partido e acabaram influenciando fortemente a historiografia britânica. Os historiadores dessa corrente teórica consideram a subjetividade, as relações entre as classes e a cultura. Defendem, ainda, que a consciência de classe se constrói nas experiências de classe se constrói nas experiências cotidianas comuns, a partir das quais são tratados os comportamentos, valores, condutas, costumes e culturas. Ao optar pelas contribuições das correntes da nova história cultural e nova Esquerda Inglesa como referências teóricas, objetiva-se propiciar aos alunos a formação da consciência histórica. Objetivos Tomando como premissa básica, o estudo de história contribui para o cumprimento do exercício da cidadania. As funções essenciais do estudo da história é contribuir para o desenvolvimento crítico, espírito social e politicamente participativo, capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico em que se insere. Isso significa que o ensino de história deve fazer com que o estudante: - produza uma reflexão de natureza histórica. - pratique um exercício de reflexão que o encaminhará para outra reflexões, de natureza semelhante, em sua vida e não necessariamente 70 só na escola, pois a história produz um conhecimento fundamental para a vida do homem, indivíduo eminentemente histórico. O ensino da história deve desenvolver o senso crítico, rompendo a valorização do saber enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica, passando da reprodução do conhecimento a compreensão das formas de como este foi produzido. Construção de uma história que com a ação, tenta mudar e melhorar o cotidiano do aluno, a melhor compreensão da sociedade na qual o jovem está inserido, favorecendo, desempenhando o seu papel. A medida que o ensino de história lhe possibilita construir noções, ocorrem mudanças no seu modo de entender a si mesmo, aos outros, as relações sociais, podendo interferir de certo modo, nas suas relações pessoais, sociais e no seu compromisso com as classes, os grupos sociais, as culturas e valores. É fundamental que o aluno tome consciência de que é parte do mundo e agente transformador da realidade, assim como: - possibilitar o entendimento; - relacionar o entendimento e a formação da noção de identidade social; - compreender os fatos históricos como ações humanas significativas; - analisar lutas sociais, guerras e revoluções na história; - analisar as transformações tecnológicas e os impactos atuais. 1º Ano do Ensino Médio Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 1. Introdução ao Estudo da História 2. • História como ciência. • Tempo e espaço. 2. Pré-História (Mundo – América – Brasil – Paraná) • Teorias do surgimento do ser humano. • Paleolítico. • Neolítico. • Surgimento da escrita. 3. Conceito de Trabalho • Formação das sociedades 71 4. Primeiras Civilizações Africanas • África antiga. • Egito. 5. O Mundo do Trabalho em diferentes Sociedades • Sociedades pré-colombianas. • Grécia Antiga. • Roma Antiga. • Sociedade feudal. 1. Estados nos Mundos Antigo e Medieval • Estado na antiguidade oriental (Mesopotâmia, Egito, Hebreus). • Estado na Grécia Antiga, Pérsia, Macedônia, Roma. • Estado na Idade Média. • Estado Islâmico. 7. Relações Culturais nas Sociedades Grega e Romana • Mulheres na sociedade, filosofia e artes gregas. • Mulheres na sociedade romana. • Lutas plebéias e escravas em Roma. 8. Cidades na História • Neolítico. • Cidades gregas e romanas. • Islão – civilização urbana. • Cidades na América pré-colombiana. • Europa medieval. 9. Urbanização e Industrialização no Paraná • Início da ocupação do Paraná (espanhola e portuguesa). • Ciclos econômicos (ouro, gado, madeira, erva-mate, café, agroindustrialização). 2º Ano do Ensino Médio Conteúdos/Conteúdos Estruturantes 1. Relações culturais na Sociedade Medieval Pré-conceito de Idade Média. • (exclusão). 72 Dominação e resistência dos camponeses e nas cidades • Mulheres na Idade Média. • Os hereges. • Doenças. 2. Movimentos Sociais, Políticos, Culturais na Sociedade Moderna • Renascimento. • Reforma protestante. • Revolução gloriosa. • Iluminismo. 3. Transição do trabalho escravo para o livre • Os europeus e as etnias do novo mundo. • Escravidão na África e América, mundo. • Abolição da escravidão nos Estados Unidos, América, Brasil. • Escravidão (contemporâneo). 4. Relações Dominação (Séc XVIII, XIX) • Revolução Francesa / Norte Americana. • Manifestações feministas. • Organização dos operários (Anarquismo / Marxismo). • Jovens: Política, Cidadania. 5. Conceito de Trabalho (Rev. Industrial - Teorias do Capitalismo) • Valor. • Divisão. • Trabalho no mundo contemporâneo. • O trabalho vai acabar ? 6. Construção de Trabalho Assalariado • De artesãos a assalariados. • Sistemas de fábricas. • Tempo e trabalho. • Trabalho infantil / feminino. 7. Urbanização e Industrialização Séc XIX • Indústria e urbanização. • A cidade industrial. • Higiene, saúde. • Arquitetura, transportes, eletricidade, literatura, arte. • O futuro nas grandes cidades. 73 3º Ano do Ensino Médio Conteúdos/Conteúdos Estruturantes 1. Urbanização e Industrialização no Brasil • Atividades econômicas no Brasil colônia • As cidades, vida urbana e industrialização no Brasil • Vida urbana e industrialização no Brasil 2. Estado e as Relações de Poder • Formação do estado moderno (Espanha, Portugal) • Teóricos do estado absolutista • Independência do Brasil (Idéia de nação) 3. Estado Imperialista • Formação de império e colônias no séc XIX • Crise do estado imperialista • Regimes Totalitários • Mundo Bipolarizado (Guerra Fria) • Crise do socialismo • Ataque ao império Estadunidense 3. Relações de Poder e Violência • O estado e as relações de poder • Guerras Revolucionárias e Nacionais (Revolução Francesa / Napoleão Bonaparte) • As guerras Mundiais (I e II) • Totalitarismo / Guerra Fria e a violência • Tortura / Sociedade 5. Trabalho na Sociedade Contemporânea • Trabalho assalariado (taylorismo, Fordismo, toyotismo) • Trabalho no Brasil, Séc XX : inicio, Era vargas, Produção a partir de de 1990. 6.Movimentos Sociais, Políticos, Culturais na Soc. Contemporânea: • Camponeses (Sem Terras) -(Brasil, México) • Movimento Feminista /Jovem/Rip Rop./Hippie /Rap /Negro 7. A Escravidão Hoje • Trabalho não remunerado; • A escravidão no Brasil; 74 • O trabalho escravo infantil • CLT ( Consolidação das leis Trabalhistas); • OIT ( Organização Mundial do Trabalho). 8. Urbanização e Industrialização na Sociedade Contemporânea • Mundialização (Globalização) • Explosão urbana • Tecnologia, Arte, urbanização • Problemas sociais e estruturais urbanos. Conteúdos Estruturantes: Relações de trabalho; Relações de Poder; Relações Culturais. Metodologia A história se caracteriza pela pluralidade de interpretações e concepções metodológicas, cada uma delas com seus significados e princípios próprios. A metodologia centrada na história cultural, enfatiza na arte, literatura, a criatividade popular e erudita. A visão de mundo de uma sociedade, o viver, pensar, agir, sentir de homens e mulheres que criaram e criam seu dia-a-dia, essas praticas culturais, seus eventos sociais que estão presentes com as interação cultural dos diferentes grupos, com seus valores, costumes tradições, conflitos, transformações e permanências, sempre respeitando a pluralidade de formas usadas no estudo do passado. Essa pluralidade é fruto do diálogo da historia com outras ciências humanas, como a antropologia, a sociologia, a economia, a geografia, psicologia, filosofia e tantas outras, o que amplia a nossa possibilidade de estudar a especificidade cultural de cada sociedade, a multiplicidade de seus valores e práticas sociais. “A vida cotidiana é a vida do homem inteiro: ou seja, o homem participa na vida cotidiana com outros aspectos de sua individualidade, de sua personalidade”(HELLER, 1970, P. 17-18). Trabalhando não apenas com a idéias de transformação e permanências na história, mas também com as particularidades, a contradições e a complexidade das relações entre os seres humanos, os 75 únicos capazes de criar cultura. E em pleno século XXI, as novas tecnologia vêm ampliar, melhorar, e completar o ensino história (TV, Vídeo, Computador, etc). Além disso, a produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador, possui um método especifico, baseado na explicação e interpretação. Para que esse objetivo seja alcançado, é necessário que o professor faça uma abordagem dos conteúdos sob a exploração de novos métodos de produção do conhecimento histórico e inclua em sua metodologia de trabalho: •vários recortes temporais; •diferentes conceitos de documentos; •sujeitos e suas experiência, numa perspectiva de diversidade; •formas de problematização em relação ao passado; •condições de elabora conceitos que permitam pensar historicamente; •a superação da idéia de história como verdade absoluta. Avaliação Avaliar é um ato extremamente polêmico e dedicado, envolve visões pedagógicas e juízos diversos. O objetivo do processo ensino- aprendizagem é alcançar uma mudança comportamental e cognitiva. A avaliação com toda sua complexidade , representa o instrumento fundamental para verificar o grau efetivo dessas mudanças e se elas correspondem as metas pedagógicas estabelecidas. Ainda há escolas e professores que adotam como única forma de avaliação a capacidade de memorização , priorizando alguns, porém , é preciso desenvolver, valorizar outras competências como: racionar conclusões próprias, discutir, criticar, comparar, analisar, etc.., pois de acordo com Paulo Freire , essa atitude de memorização lembra o mecanismo bancário de depósito e saque. Uma avaliação plural e contínua que possa avaliar as competências específicas de cada aluno, como capacidade de refletir, apontar soluções, discussões em sala de aula, capacidade de interagir e cooperar, respeitar valores culturais. Uma avaliação múltipla contínua desta ótica, visando proporcionar a produção de conhecimento histórico e a criação de 76 conceitos históricos passados e construídos, sendo o que importa é a aprendizagem significativa e o crescimento do aluno. Ao longo do Ensino Médio, o aluno deverá entender as relações de trabalho, as relações de poder, as relações culturais, as quais se articulam e constituem o processo histórico. Referências Bibliográficas: COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio. São Paulo, Saraiva, 2002. DIVALTE, História, Ensino Médio, São Paulo, Ática, 2003. HELLER, Agnes, O cotidiano da História . Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1970. PETTA, Nicolina Luiza, História uma abordagem integrada. São Paulo, Moderna, 1999. 77 Apresentação Geral da Disciplina de Língua Portuguesa A linguagem é considerada como capacidade humana de articular significados coletivos e compartilhá-los, em sistemas arbitrários de representação, que variam de acordo com as necessidades e experiências da vida em sociedade. Nas interações sociais, as relações comunicativas da língua tornam-se dialógicas e permitem adequação de sentidos, relações, compreensões. Pela linguagem se expressam idéias, pensamentos e intenções, estabelecem-se relações interpessoais anteriormente inexistentes e se influencia o outro, alterando suas representações da realidade e da sociedade e o rumo de suas relações. Em outras palavras, tudo o que dizemos, dizemos a alguém e é esse interlocutor, presente ou não no ato da nossa fala que acaba por determinar aquilo que vamos dizer. Nossas palavras dirigem-se a interlocutores concretos, isto é, pessoas que ocupam espaços bem definidos na estrutura social. Mais do que isso, as nossas idéias sobre o mundo se constroem nesse complexo de interação. Vale dizer: aquilo que pensamos sobre o real está diretamente vinculado aos horizontes do grupo social e da época a que pertencemos. Com isso queremos dizer que a palavra adquire o sentido que o contexto social e histórico lhe confere. Nessa concepção de linguagem, a língua é resultante de um trabalho coletivo e histórico. Assim para trabalhar com a linguagem dentro da disciplina propomos que se opte em ensinar a ler, a escrever e a oralidade. O trabalho com a gramática será feito na perspectiva do uso da funcionalidade dos elementos gramaticais. A gramática normativa, por sua vez, terá que ser domínio do professor, que é o responsável pela criação de situações, ao nível da prática, em que os alunos deverão incorporar de modo cada vez mais elaborado, a gramática da língua culta. O cerne do trabalho de língua portuguesa deve constituir-se na compreensão dos fatos lingüísticos e não na nomenclatura e classificação dos mesmos. A educação comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para que o aluno possa desenvolver sua competência 78 discursiva, isto é, tornar – aluno capaz de utilizar a língua de modo variado e adequar o texto a diferentes situações de interlocução oral e escrita. Desse modo a unidade básica do texto do ensino será o texto, porque os textos organizam-se dentro de certas restrições de natureza temática, composicional e estilística, que os caracteriza como pertencentes a este ou aquele gênero. O estudo literário segue o mesmo caminho. O processo de ensino aprendizagem de Língua Portuguesa e Literatura baseia-se em propostas interativas língua/ linguagem, consideradas em um processo discursivo de construção do pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral. Essa concepção destaca a natureza social e interativa de linguagem, em contraposição às concepções tradicionais. O objetivo é o desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno, incentivando a verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas em diferentes esferas sociais. O estudo da gramática passa ser uma estratégia para compreensão / interpretação / produção de textos e a literatura integra-se à área de leitura. A interação é que faz com que a linguagem seja comunicativa. Toda interação vai trazer nova construção de significados, assim exige-se por parte de professores e alunos a capacidade de avaliar-se perante a si mesmo e ao outro, fazendo com que surja o aprender a aprender, aprender a escolher, sustentar as escolhas, no processo de verbalização, em que processos cognitivos são ativados, no jogo dialógico do “eu” e do “outro”. Os papéis dos interlocutores, a avaliação que se faz do “outro” e a expressão dessa avaliação em contextos comunicativos devem ser partes dos estudos da língua e assim pode-se falar em adequação da linguagem a situações de uso. Pela linguagem os homens e as mulheres se comunicam, têm acesso à informações, expressam e defendem pontos de vista, partilham ou constroem visões de mundo, produzem cultura. 79 Objetivos Gerais - Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada texto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles; - Desenvolver o uso da língua oral e escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção / leitura; - Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização; - Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita; - Aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão. ENSINO MÉDIO Conteúdo estruturante: Discurso como prática social Série: 1ª CONTEÚDOS BÁSICOS: Leitura: - conteúdo temático; - interlocutor: - finalidade do texto; - intertextualidade; 80 - contexto de produção; - vozes sociais presentes no texto; - discurso ideológico presente no texto; - contexto da produção da obra literária; - relação de causa e consequência entre as partes; - elementos composicionais de cada gênero trabalhado. - identificação da ideia principal, argumentos, causas,... - progressão referencial; - partículas conectivas do texto; * semântica: - operadores argumentativos. - modalizadores; - figuras de linguagem. Escrita: - conteúdo temático; - interlocutores; - finalidade do texto; - Informatividade; - intencionalidade; - contexto de produção; - intertextualidade; - referência textual; - vozes sociais presentes no texto; - ideologia presente no texto; - elementos composicionais do gênero; - progressão referencial; - relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes das palavras no texto, pontuação, recursos gráficos( aspas, travessão, negrito) - vicio de linguagem; - concordância verbal e nominal; - uso do discurso direto , indireto e indireto livre 81 - funções da linguagem; - gêneros literários; - definição de literatura; - história da Língua Portuguesa; - formação das palavras - variações lingüísticas; - fonética; - crase - estudo de literatura: Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo. * Semântica: - ambiguidade; - operadores argumentativos; - significado das palavras - figuras de linguagem: - modalizadores; Gêneros trabalhados: fábula, poema, texto teatral, carta pessoal, relato pessoal, campanha publicitária, relatório de experiência científica, seminário, debate regrado público, artigo de opinião, argumentativos. Oralidade - conteúdo temático; - papel do locutor e interlocutor; - intencionalidade; - argumentos; - turnos da fala; - entonação, expressões faciais, corporais, gestuais,pausas - adequação do discurso ao gênero; - variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas) - marcas linguísticas: coesão,gírias, repetição, coerência - diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. - estilo formal e informal - elementos semânticos; - adequação da fala ao contexto. 82 textos Conteúdo estruturante: Discurso como prática social Série: 2ª CONTEÚDOS BÁSICOS: Leitura: - conteúdo temático; - interlocutor: - finalidade do texto; - intertextualidade; - contexto de produção; - vozes sociais presentes no texto; - discurso ideológico presente no texto; - contexto da produção da obra literária; - relação de causa e consequência entre as partes - elementos composicionais de cada gênero trabalhado. - identificação da ideia principal, argumentos, causas,... - progressão referencial; - partículas conectivas do texto; * semântica: - operadores argumentativos. - modalizadores; - figuras de linguagem. Escrita: - conteúdo temático; - interlocutores; - finalidade do texto; - Informatividade; - intencionalidade; - contexto de produção; - intertextualidade; - referência textual; - vozes sociais presentes no texto; - Ideologia presente no texto; - elementos composicionais do gênero; 83 - progressão referencial; - relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes das palavras no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito) - vicio de linguagem; - concordância verbal e nominal; - uso do discurso direto, indireto e indireto livre - classes das palavras na construção do texto; - termos essenciais e integrantes; - estudo de literatura: Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo. * Semântica: - ambiguidade; - operadores argumentativos; - significado das palavras - figuras de linguagem: - modalizadores; Gêneros trabalhados: cartaz, mesa-redonda, crônicas, contos, carta do leitor, anúncios publicitários, notícia, resumo, poemas, paródias, tiras,reportagem,resenha crítica, editorial,romance. Oralidade - conteúdo temático; - papel do locutor e interlocutor; - intencionalidade; - argumentos; - turnos da fala; - entonação, expressões faciais, corporais, gestuais,pausas - adequação do discurso ao gênero; - variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas) - marcas linguísticas: coesão,gírias, repetição, coerência - diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. 84 - estilo formal e informal - elementos semânticos; - adequação da fala ao contexto. Série: 3ª Conteúdo estruturante: Discurso como prática social CONTEÚDOS BÁSICOS: Leitura: - conteúdo temático; - interlocutor: - finalidade do texto; - intertextualidade; - progressão referencial; - referência textual; - intencionalidade; - contexto de produção; - vozes sociais presentes no texto; - discurso ideológico presente no texto; - contexto da produção da obra literária; - relação de causa e consequência entre as partes; - elementos composicionais de cada gênero trabalhado.; - partículas conectivas do texto; - identificação da ideia principal, argumentos, causas,... * Semântica: - operadores argumentativos; - figuras de linguagem; - modalizadores. Escrita: - conteúdo temático; - interlocutores; - finalidade do texto; - Informatividade; 85 - intencionalidade; - contexto de produção; - intertextualidade; - referência textual; - vozes sociais presentes no texto; - ideologia presente no texto; - elementos composicionais do gênero; - progressão referencial; - relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. - marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes das palavras no texto, pontuação, recursos gráficos( aspas, travessão, negrito) - vicio de linguagem; - concordância verbal e nominal; - uso do discurso direto , indireto e indireto livre; - regência verbal e nominal; - colocação pronominal ; - orações coordenadas e subordinadas; - estudo da literatura: Pré – modernismo, modernismo, vanguardas europeias, semana de arte moderna, tropicalismo.. * Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem Gêneros trabalhados: crônicas, contos, carta do leitor, anúncios publicitários, notícia, poemas,paródias, tiras,reportagem, editorial,romance, cartas argumentativas, debate regrado,textos de teatro,atas, sonetos, textos de charges. Oralidade - papel do locutor e interlocutor; - conteúdo temático; - aceitabilidade do texto; 86 opinião, texto argumentativo, - turnos da fala; - finalidade; - argumentos; - entonação, expressões faciais, corporais, gestuais,pausas - adequação do discurso ao gênero; - variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas) - Marcas linguísticas; coesão, gírias, repetição, coerência - diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. - estilo formal e informal; - elementos semânticos. ANÁLISE LINGUÍSTiCA A prática de análise lingüística constitui um trabalho de reflexão sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno percebe o texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista seu interlocutor. A analise inclui morfologia, sintaxe, variedades da língua portuguesa, os diferentes registros, as relações e diferenças entre língua oral e escrita, quer no nível fonológicoortográfico, quer no nível textual. Metodologia: O ensino de Português , no Ensino Médio, deve estar voltado para a formação de um cidadão autônomo, capaz de interagir com a realidade do novo milênio. Entende-se que a língua é organizada pelas atividades dialógicas dos falantes / ouvintes. É pela linguagem que os homens se comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem seu ponto de vista, partilham ou constroem visões de mundo. Portanto, adotaremos a perspectiva interacionista de linguagem sócio-histórica. Assim sendo, o aluno deverá reelaborar seus conhecimentos e desenvolver competências lingüísticas por meio do uso e reflexão sobre a língua. Para tanto utilizamos os mais variados textos, enfocaremos as práticas de : leitura, oralidade e escrita procurando selecionar atividades que tenham relação com a vivência do aluno tornando o ensino mais adequado à 87 realidade dos alunos. Serão realizadas leituras orais, individuais, coletivas em duplas. Produções de textos individuais, coletivas, em duplas. Reescrita de textos no quadro de giz. Exercícios elaborados pelo professor. Pesquisas em enciclopédias, apresentações do estudo, dramatizações, exposições dos trabalhos no mural. Em literatura, será dado enfoque maior ao texto como um todo porque a literatura muito mais do que um objeto portador de mensagens e ensinamentos, é um jeito particular de enxergar o mundo, onde a fronteira entre a verdade e a mentira é relativizada. O melhor domínio de língua e seus códigos se alcança quando se entende como ela é utilizada no contexto na produção do conhecimento científico, da convivência, do trabalho ou das práticas sociais: nas relações familiares ou entre companheiros, na política ou no jornalismo, no contrato de aluguel ou na poesia, na física ou na filosofia. Para trabalhar-se o conteúdo mais significativo serão utilizados jornais, revistas, livros literários, didáticos, análise de filmes, júri simulados e outros. Leitura expressiva de textos por parte do professor e aluno. Aulas expositivas, leitura silenciosa, debates, diálogos, dinâmicas de grupo, uso de livros didáticos e literários, uso da biblioteca para leitura, apresentação de trabalhos. Exercícios escritos e produções de textos. Na leitura Ao aluno serão propiciados diversos momentos de leitura de diferentes textos abordando o mesmo gênero textual, além de textos diversos sobre o mesmo tema. Partindo sempre do conhecimento prévio do aluno a respeito do gênero estudado e do tema abordado. Sempre que possível o aluno será levado a levantar hipóteses sobre o texto lido analisando o título, imaginando possíveis finais para o texto lido ou escrito. Serão aplicadas diversas estratégias para desenvolver a leitura como: compreender os propósitos implícitos e explícitos da leitura, ativar e aportar à leitura os conhecimentos prévios relevantes para o conteúdo em questão; verificar o conhecimento linguístico: como pronunciar, vocabulário e regras da língua, observação das palavras, sinais notações que funcionam como pistas. As preposições como até, ainda, já, conjunções logo, portanto, são essenciais para o entendimento do texto. Será abordado o conhecimento textual: textos narrativos (marcação 88 temporal cronológica, cenário, complicação, resolução), expositivos (temática, problema, solução), descritivos (listagem, qualificação). E também, ativar as capacidades cognitivas de: a) compreensão - Em um primeiro momento deve o leitor ater-se ao ponto de vista do autor, à tese que o autor defende no texto. b) análise – É a capacidade de decompor um todo em suas partes, partindo das sentenças-tópico dos parágrafos e suas relações com o texto. c) síntese – é a capacidade de colocar em ordem os pensamentos essenciais do autor, d) avaliação – é a capacidade de emitir um juízo de valor e de verdade a respeito das ideias essenciais de um texto. e) aplicação – é a capacidade de resolver situações semelhantes à situação explicitada no texto. Na escrita: Por meio do estudo oral do gênero em questão o aluno será levado a produzir o próprio texto observando o tema, interlocutor, finalidade do texto observando a coesão e coerência além da clareza na defesa das ideias, argumentação. Antes da produção do aluno serão analisados diversos textos para que o aluno perceba os recursos usados, os elementos essências do gênero estudado, sua finalidade. Ao término da produção, o aluno revisará o seu texto podendo solicitar ajuda do colega para que indique os possíveis problemas e assim possam ser sanadas as duvidas na reescrita do texto eliminado os problemas que dificultam a compreensão, bem como adequação do vocabulário, pontuação, acentuação. Na oralidade: Os alunos serão estimulados a apresentar oralmente seus textos produzidos, bem como prática da leitura oral, com entonação, pausa. Outras atividades serão desenvolvidas como: leituras dos livros juvenis e apresentação de resumos orais, declamação de poemas, debates, palestras. 89 A disciplina ainda deverá enfocar a Lei 11.645 “História e cultura afro-brasileira e indígena e a Lei 9.795/99 “Meio ambiente” . Sendo assim ao selecionar textos dar-se-á espaço para serem estudadas lendas afro, indígenas. Ao analisar personagens da literatura brasileira enfocar os autores negros, analisar as imagens presentes nos livros e qual a visão é passada sobre o negro, indígena, meio ambiente. A Lei 13.381/01 “História do Paraná” será trabalhada a partir da seleção de autores e obras paranaenses. Instrumentos de Avaliação: - provas individuais, em grupos ou duplas; - pesquisas e síntese dos trabalhos; - apresentações orais das pesquisas e dos pontos de vista sobre diversos temas. - participação do aluno em classe; - reelaboração de produções nos quais não foram atingidos os objetivos propostos, - debates –argumentação. - produção de textos atendendo ao gênero trabalhado. Critérios de avaliação: LEITURA: Espera –se que o aluno: - realize a leitura compreensiva, crítica, estabeleça inferências - localize informações explícitas em um texto; - depreende informação implícita no texto; - identifique o tema; - identifique a tese; - amplie seu léxico; - perceba o ambiente no qual circula o gênero. - identifique os argumentos utilizados pelo autor para defender a tese; - estabeleça relações entre o texto escrito e a imagem ( texto nãoverbal, gráfico, obra de arte, mapas) entre outros; 90 - reconheça palavras os expressões que denotam ironia, humor; - manifeste-se por meio de julgamento, de crítica às relações lógicos evidenciadas no texto e sua possível aplicação científica. - compreende as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo; - Em relação às obras lidas literárias, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; - deduza os sentidos de palavras e/ ou expressões a partir do contexto; - compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; - conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre partes do texto e elementos do texto; - reconheça palavras e/ou expressões que estabeleçam a progressão referencial; - entenda o estilo , que é próprio de cada gênero. - Identifica as vozes sociais presentes no texto. ESCRITA: Espera-se que o aluno: - atenha-se ao tema e gênero proposto; - atenda as finalidades do texto solicitado (narrar, argumentar, relatar, descrever ou instruir); - apresente argumentos que sustentam o ponto de vista; - produza o texto com unidade de sentido; - empregue adequadamente os recursos de coesão; - identifique os recursos de linguagem: denotação, conotação, elipse, repetição, pontuação, rima,...); - use adequadamente a linguagem de acordo com o contexto; - elimine os recursos exclusivos da oralidade; - faça a concordância verbal e nominal adequadamente ; - empregue a pontuação e acentuação. - Expresse sua ideias com clareza; *Elabore textos atendendo: 91 - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade,...) - à continuidade temática. - Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; - Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, ... - empregue palavras ou expressões no sentido conotativo; - entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; - perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - Reconheça palavras e/ou expressões que estabeleçam a progressão referencial. ORALIDADE Espera-se que o aluno: - Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal); - apresente argumentos que sustentem o ponto de vista; - mantenha a coerência do texto; - elabore texto oral com informatividade e aceitabilidade; - empregue a linguagem adequada ao contexto; - expresse-se com clareza; - Organize a sequência da fala; - respeite os turnos da fala - participe ativamente de diálogos, relatos, discussões; - utilize conscientemente expressões faciais, pausas e entonação nas exposições orais; - analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e / ou nos gêneros orais trabalhados; - analise recursos de oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros As avaliações serão realizadas mensalmente as quais serão atribuídos conceitos como A (8,0 a 10,0) , AP ( 6,0 a 7,9) e NA (até 5,9). 92 Recuperação Paralela Será realizada toda vez que for constatado pouca aprendizagem. Em relação às produções de textos serão os alunos orientados para a reescrita e posterior avaliação do progresso em relação a primeira versão . Serão tantas vezes revisadas as produções quantas os alunos refizerem. Para apresentações orais de pesquisas, debates dar-se-á uma nova oportunidade para que o aluno possa reapresentar o trabalho procurando sanar as deficiências apresentadas anteriormente. Em relação as provas escritas serão feitas recuperações posteriores com uma nova avaliação escrita ou atividades para serem feitas em casa e apresentadas ao professor. Referências Bibliográficas ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola editorial, 2003. CEREJA,William Roberto. Português: linguagens: ensino médio. 5 ed. São Paulo: Atual, 2005. FAULSTICH, Enilde L. Como ler, entender e redigir um texto.7 ed. Petrópolis: Vozes, 1996. FERREIRA, Gilvan,et al. Trabalhando com a Linguagem,1 ed. São Paulo: Quinteto Editorial, 2006. GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. 2. ed. Cascavel: ASSOESTE Editora Educativa, 1984. KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor. 4 ed. Campinas: Pontes, 1995. Kock, Ingedore G. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1991. PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED,2009. SOLÉ, Isabel. Trad. Claúdia Schilling. Estratégias de leitura. 6. Ed. Ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998. 93 Apresentação Geral da Disciplina de Matemática A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural. É uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas também nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica uma produção de novos conhecimentos que têm sido instrumentos úteis na solução de problemas tanto científicos como tecnológicos. A matemática colabora para a informação da cidadania, sobre a inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais, da cultura e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais. Os povos das antigas civilizações desenvolveram conhecimentos matemáticos que vieram a compor a Matemática que se conhece hoje. As primeiras considerações sobre álgebra elementar foram feitas pelos babilônios , por volta de 2000 a . C. Como ciência, a Matemática, surgiu nos séculos VI e V. a . C. , com os gregos. Também na Grécia, por meio dos pitagóricos, descobriu-se a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas. Com os platônicos: a aritmética; com os sofistas: primeiras práticas pedagógicas. No século I a . C., o quadrivium ( aritmética, geometria, música e astronomia). No Brasil , a Matemática era de caráter técnico, nas academias militares. Essas abordagens históricas não são apenas curiosidades. Há um vínculo com os fatos sociais e políticos, bem como os pensamentos filosóficos e matemáticos com o avanço científico. Devido à função do desenvolvimento das tecnologias marcantes no mundo do trabalho, exigem-se trabalhadores mais criativos e versáteis, capazes de entender o processo de trabalho como um todo, dotados de autonomia e iniciativa para resolver problemas em equipe e para utilizar diferentes tecnologias e linguagem. Com isso, os profissionais devem estar ligados a um processo contínuo de formação e portanto, devem aprender cada vez mais. 94 É papel da escola desenvolver uma educação que não dissocie escola e sociedade, conhecimento e trabalho e que coloque o aluno ante desafios que lhe permitam desenvolver atitudes de responsabilidade, compromisso, crítica, satisfação e reconhecimento de seus direitos e deveres. A matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciação pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios. As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam uma inteligência essencialmente problemas, buscar e selecionar desenvolver uma ampla prática, que permite informações, capacidade para lidar tomar com reconhecer decisões a e atividade matemática. È fundamental que o professor estimule o aluno a pensar, a trabalhar, a processar as informações e, ao mesmo tempo, o auxilie a avaliar seus conhecimentos de acordo com as metas traçadas. O professor deve oferecer propostas de ensino e atividades que possibilitem ao processo-aprendizagem realizar-se de forma natural e eficiente. Aprender matemática deve ser mais do que memorizar resultados, isto é, a aquisição do conhecimento deve estar vinculada como o domínio de um saber fazer matemática. Isto será alcançado através de um processo lento, começando com atividades sobre resolução de problemas de diversos tipos, com objetivos de criar intuições, de estimular a busca de regularidade, a capacidade de argumentação que são elementos fundamentais para o processo de formalização do conhecimento matemático. O ensino da Matemática também deve proporcionar ao aluno o conhecimento humano, para que ele possa ler e interpretar a realidade e desenvolver capacidades necessárias para atuação efetiva na sociedade e na vida profissional. 95 Objetivos O aluno deverá ser capaz de identificar, nomear, calcular, desenhar é necessário revelar a matemática como construção humana ao longo da história e não como um conhecimento pronto e acabado; mostrar as diferentes necessidades e preocupações de diversas culturas. Assim, a história da matemática pode ser usada em sala de aula, destacando-se as relações entre ela e as outras ciências. O objetivo do trabalho educacional em matemática precisa, em todos os momentos, ajudar os alunos a se apropriarem do conhecimento para que se tornem cidadãos e tenham consciência dessa cidadania. - Construir o significado de números a partir de seus diferentes usos no contexto social, explorando situações-problema que envolvam contagem, medidas e códigos numéricos. - Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico). - Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, utilizando conceitos e procedimentos matemáticos. - Trabalhar as ideias, os conceitos matemáticos intuitivamente, antes da simbologia e da linguagem matemática. - Interagir de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções. - Ler e interpretar textos matemáticos. - Interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas, gráficos, expressões...) e construir formas pessoais de registro para comunicar informações coletadas. - Desenvolver procedimentos de cálculos: mental, escrito, exato, aproximado. 96 - Perceber semelhanças diferentes entre objetos no espaço, identificando formas. - Reconhecer grandezas mensuráveis como comprimento, massa, capacidade e elaborar estratégias de medidas. - Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar. - Utilizar adequadamente calculadoras e computadores, reconhecendo suas limitações e potencialidades - Estabelecer o pensamento algébrico como linguagem - Analisar e descrever relações em vários contextos matemáticos - Conceituar variável e incógnita; conhecer produtos notáveis e coeficientes numéricos. - Relacionar a geometria com a aritmética e a álgebra - Analisar informações e dados com percepção, senso de linguagem e raciocínio - Valorizar definições, enunciados e demonstrações de fórmulas para melhor compreensão e clareza do assunto. - Fazer notações algébricas. - Estabelecer correspondência entre as leis matemáticas, geométricas e analíticas - Ler e interpretar linguagem gráfica - Utilizar gráficos como instrumento para resolução de exercícios algébricos - Criar condições de leitura crítica de diversos fatos. - Quantificar, qualificar, selecionar , analisar e contextualizar informações. - 97 Relacionar o conteúdo estatístico com a probabilidade. Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 1ª SÉRIE NÚMEROS E ÁLGEBRA Números Reais. Equações e Inequações Exponenciais. Equações Logarítmicas. Equações Modulares. FUNÇÕES Função Afim. Função Quadrática. Função Exponencial. Função Logarítmica. Função Trigonométrica. Função Modular. Função Inversa. Função Composta. GEOMETRIAS Trigonometria no triângulo retângulo - razões trigonométricas no triângulo retângulo. - seno, co-seno e tangente. Relações trigonométricas num triângulo qqualquer - lei dos senos. - lei dos co-senos. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Estatística - coleta, organização e descrição de dados. - leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos. 98 Conteúdos/Conteúdos Estruturantes 2ª série FUNÇÕES Progressão Aritmética - seqüências. - fórmula do termo geral da PA. - soma dos termos de uma PA. Progressão Geométrica - soma dos termos de uma PG. - o limite da soma dos termos de uma PG. NÚMEROS E ÁLGEBRA Matrizes - construção e lei de associação. - classificação, tipos ou ordem de matrizes. - adição e multiplicação de matrizes. - multiplicação de matrizes por um número real. Determinantes - regra de Sarrus. - determinante 4 x 4 ( regra de Chiò e Laplace ). Sistemas Lineares - resolução de um sistema linear: escalonamento. - discussão de um sistema linear. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Análise combinatória 99 - princípio fundamental da contagem. - fatorial. - arranjo. - combinação. - permutação simples. - permutação com repetição. Binômio de Newton - produto notável. - quadrado da soma e da diferença. - triângulo de Pascal. - fórmula do termo geral e médio de um binômio. Probabilidade - experimento aleatório. - espaço amostral. - adição de probabilidades. - multiplicação de probabilidades. Noções de Estatística - taxas percentuais. - aumentos e descontos. - Gráficos. - interpretações gráficas, de tabelas e dados. Conteúdos/Conteúdos Estruturantes 3ª SÉRIE GEOMETRIAS Geometria Espacial Métrica Poliedros - poliedros de Platão. - poliedros regulares. - relação de Euler. Prismas - áreas e volume. Cilindros - áreas e volume. - cilindro eqüilátero. Pirâmides - 100 áreas e volume. Cones - áreas e volume. - cone eqüilátero. Esfera - área e volume. Geometria Analítica Ponto - plano cartesiano. - distância entre dois pontos. - ponto médio entre um segmento. Reta - equação reduzida da reta. - equação da reta dados dois pontos. - coeficiente angular da reta. - ângulo entre duas retas. - condição de paralelismo e perpendicularismo entre retas. - localização das retas no plano cartesiano. - distância entre ponto e reta. Circunferência - circunferência. - equação reduzida e normal da circunferência. - localização da circunferência no plano cartesiano. NÚMEROS E ÁLGEBRA Polinômios - valor numérico de um polinômio. - igualdade de polinômios. - adição e multiplicação de polinômios. - divisão de polinômios. - teorema do resto de um polinômio. Números Complexos 101 o plano complexo. - módulo e argumento de um número complexo. - potências de i. - adição de números complexos. - multiplicação e divisão de números complexos. Equações Algébricas - conjunto solução de uma equação algébrica. - teorema das raízes racionais. - teorema das raízes imaginárias. - relação de Girard. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Estatística - coleta, organização e descrição de dados. - leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos. Metodologia Para que o aluno aprenda matemática com significado é importante que ele estabeleça conexões entre os diferentes temas matemáticos e também entre estes e as demais áreas do conhecimento. Para a inserção de cada indivíduo no mundo das relações sociais, a escola deve estimular o crescimento coletivo e individual, o respeito mútuo e as formas diferenciadas de abordar os problemas que se apresentam. A compreensão e a tomada de decisões diante de questões políticas e sociais dependem da leitura crítica e interpretação de informações complexas que incluem dados estatísticos e índices divulgados pelos meios de comunicação. O tratamento da informação envolve noções de estatística, possibilidades e chances: utilização de gráficos e tabelas de textos jornalísticos para a formulação de questões e problemas. O trabalho com o eixo matemático (números e álgebra, geometrias, funções e tratamento de informações) ganharão significado na medida 102 em que seus estudos partem das relações que se podem estabelecer com contextos sócio-culturais sem desconsiderar os contextos internos da própria matemática. Trabalhar com geometria na qual o aluno deve ser estimulado a fim de explorar o espaço para nele situar-se, desenvolvendo habilidades de observação tridimensional. Utilizar a linguagem matemática da informação – coleta de dados, medidas, tabelas, gráficos e porcentagens. Utilizar a calculadora para facilitar alguns cálculos em momentos que o aluno precisa estar com a sua atenção voltada para descobrir e aprender. Mas é preciso cuidado com o seu uso em excesso pois pode desabilitar os alunos para cálculos. Utilizar jornais e revistas (áreas, porcentagens, proporcionalidade, tabelas, gráficos...), fazendo análises, dando opiniões, tirando conclusões, percebendo e compreendendo dados, tabelas, gráficos etc. A partir da resolução de problemas o aluno terá a oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações para ter condições de buscar várias alternativas para resolução. A resolução de problemas possibilita a compreensão de argumentos matemáticos pois ajuda a vê-los como um conhecimento possível de ser apreendido por todos no processo ensino-aprendizagem. O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento matemático. Assim não existe um único saber, mas vários saberes distintos. As manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e práticas que emergem de ambientes culturais. Na modelagem matemática é visto a valorização do aluno no contexto social, procurando levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. Para que os alunos se motivem a estudar determinado conteúdo é preciso atribuir significado a esse conteúdo, expondo o assunto de maneira clara e interessante, podendo utilizar recursos tais como: vídeos, jornais, jogos, computadores, revistas etc. Devido às 103 aplicações e a importância histórica dos temas é necessário fazer a contextualização dos conteúdos. A partir das descobertas e dificuldades, discutir, debater junto aos alunos as possíveis maneiras de solução. O aluno deverá ser capaz de tomar decisões diante de situações-problema; fazer análise das questões propostas; interpretar gráficos; textos e enunciados; organizar dados e informações contidas nas questões e realizar trabalhos ou pesquisas de forma coerente com o que foi pedido. Podemos abordar nos conteúdos ( Estruturantes e Específicos) o Processo de Ensino Aprendizagem na Cultura e História , Afro-brasileira e Indígena, através do sistema de numeração indígena com contagem de tempo e na cultura africana nos sistemas de numeração de bases diferentes( base 5, 10 e 20). Nos conteúdos estruturantes, tais como: Geometrias, tem-se: na geometria plana, temos a parte de simetrias das pinturas, paralelismo, perpendicularismo e triângulos; na geometria espacial tem-se os objetivos utilitários e decorativos dos africanos e indígenas ( flechas, canoas, vasos e outros formatos de sólidos geométricos). Em Grandezas e Medidas aparecem as medidas de áreas, comprimento e volume, contagem de tempo ( constelação ) usados por esses povos. Em Tratamento da Informação temos estatística ( pesquisas, população, dados, tabelas, gráficos e porcentagens) referentes aos indígenas e africanos. E em Funções faz-se a análise de gráficos de funções com questões afro-brasileiras e indígenas. Com jogos e brincadeiras pode-se explorar os conteúdos matemáticos, desenvolvendo o raciocínio lógico, percepção espacial, conteúdos de geometria , simetria, simbologia, mostrando a importância da cultura desses povos nos nossos costumes. Trabalhar os conteúdos de forma que o aluno compreenda a matemática como um meio de resolver situações cotidianas. É importante que os alunos participem de forma dinâmica, partindo de experiências já adquiridas e que os levem a ampliar ou formular novos conceitos. 104 Avaliação Conforme a proposta pedagógica da escola, a avaliação será realizada por meio de atividades individuais, em duplas, em grupos, pesquisas, participação nas aulas, no desenvolvimento das atividades, além dos testes e provas. Desta forma a avaliação compreende ser um instrumento importante para fornecer informações sobre como está sendo realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor como para a equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados do trabalho, assim como para o aluno verificar seu desempenho e não simplesmente o acúmulo de conteúdos. Deste modo a avaliação torna-se fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino, para que realmente o aluno aprenda. Também deve ser entendida como processo de acompanhamento e compreensão da dificuldade dos alunos em atingir os objetivos. Portanto, avalia-se para identificar os problemas e os avanços e redimensionar a ação educativa, visando o sucesso escolar. Referências Bibliográficas - DCE -Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática – SEED - LONGEN, Adilson ; Matemática em Movimento. Coleção Dinâmica. - Editora do Brasil. São Paulo. SMOLE, Katia Stocco e DINIZ, Maria Ignez; Matemática: Ensino Médio. Editora Saraiva; 5ª edição, 2005 . São Paulo. - MATERIAL SOBRE INSERÇÃO DA CULTURA AFRO INDÍGENA NA ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS MATEMÁTICOS. Enviados por e-mail por Sandra Petermann. 105 Apresentação Geral da Disciplina de Química A química é uma ciência que estuda os materiais que constituem a natureza, sua preparação, as transformações que sofrem, as energias envolvidas nesses processos. Ela está presente em todas as atividades da humanidade, e pode-se dizer que tudo a nossa volta é química, pois todos os materiais que nos cercam, passaram ou passam por algum tipo de transformação. A ciência , como um conjunto organizado de conhecimentos, apresenta-se dividida em várias disciplinas, entre elas, a Química, que estuda a natureza da matéria , suas propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses processos. Portanto, o professor em sala de aula tem do dever de proporcionar ao aluno o entendimento do assunto, de modo acessível e prático, permitindo que os alunos busquem o conhecimento na Química e exercitem o pensar para um melhor aproveitamento dessas informações. A química constitui uma das formas que o ser humano criou para interpretar a natureza a agir sobre ela, e o seu objeto de estudo são os fenômenos e as substâncias que ocorrem ao nosso redor, onde os conteúdos apresentados visam familiarizar a aluno com conceitos básicos e importantes para o seu desenvolvimento e aprendizado. É necessário, portanto, fazer uma análise dos malefícios e benefícios que essa ciência traz;é comum ouvirmos comentários que depreciam esta ciência, mas mudar esta situação não é papel apenas do químico, mas de toda a sociedade, que deve ser critica, exigindo que o conhecimento promova uma melhor qualidade de vida e que permita uma coexistência harmoniosa entre o homem e o meio ambiente. Para o aluno, é de extrema importância que ele saiba que de um modo ou de outro sempre estamos em contato com a “química”, por exemplo, quando entramos num supermercado e observamos a imensa variedade de produtos colocados a venda;a maioria destes provem de industrias químicas ou passaram por algum tipo de reação que envolveu química. Mas do mesmo modo que substâncias químicas podem contribuir para o bem estar da humanidade, elas também podem, quando usadas incorretamente, seja por ignorância ou incompetência, acarretar 106 doenças, poluição, desequilíbrio ecológico. O importante é passar de modo claro para o aluno, que a presença da química é indispensável, ressaltando quais vantagens ou problemas, a química pode eventualmente trazer a humanidade. Objetivos Gerais A química possui uma lógica interna, métodos próprios de investigação que se expressam nas teorias, nos modelos construídos para interpretar os fenômenos que se propõe a explicar. Apropriar-se desses códigos, dos conceitos e métodos relacionados a química e compreender a relação entre ciência, tecnologia e sociedade, representa a ampliação das possibilidades de compreensão do mundo e da participação efetiva nesse mundo. Levar o aluno a: • Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico; • Interpretar e utilizar diferentes formas de representação (tabelas, gráficos, expressões, ícones, leis e textos científicos); • Compreender a química como uma construção humana, tendo portanto uma história no espaço e no tempo; • Compreender que a química está presente no dia a dia das pessoas; • Entender o impacto das tecnologias, na sua vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. • Abranger de modo claro e especifico todo o conteúdo programado, inclusive as noções gerais da química, ressaltando a importância da química para o dia a dia; • Conhecer e utilizar substâncias produzidas pela química que colaboram para o bem estar da humanidade; • Ilustrar os fenômenos ocorridos na química com exemplos do cotidiano; • Relacionar os assuntos trabalhados, com situações vivenciadas no cotidiano; 107 Objetivos Específicos • Compreender as origens e a evolução e identificar a química no ambiente social. • Definir matéria, entender a existência de diferentes tipos e suas transformações. • Entender conceito de número atômico, massa atômica. Reconhecer o conceito de estrutura atômica. • Reconhecer o conceito de estrutura atômica na construção de instrumentos científicos ( luminosa radiação) • Analisar a organização da Tabela Periódica e identificar propriedades periódicas. • Relacionar camadas, períodos com o diagrama de Linus Pauling. • Entender a estrutura das ligações, representarem os processos de ligações e diferenciá-los. • Ácidos e bases; identificar , denominar, formular, definir e desenvolver experimentos com os diferentes grupos de substâncias. • Reconhecer, desenvolver e adquirir valores. Conhecer a extração, produção e utilidades de alguns compostos químicos importantes no cotidiano. Entender conceito de neutralização. • Questionar os problemas de poluição no desenvolvimento industrial e interferência na vida do ser humano. 108 Diferenciar os tipos de reações e a reorganização molecular. • Identificar equações balanceadas ou não balanceadas, bem como resolvê-las e relacionando as proporções em cada uma. Conteúdos Conteúdos Estruturantes: 1º Ano do Ensino Médio. • Histórico e importância: • Descobertas acidentais. A química na agricultura, na saúde, nos medicamentos e nos alimentos. • Noções Fundamentais: Átomos, moléculas, substâncias e misturas; Fenômenos físicos e químicos. Introdução às Leis Ponderais. Água, solo, ar, alimentos industrializados. Combustão. Descargas atmosféricas. Matéria e sua natureza. • Elementos Químicos: • Estudos do átomo; • Classificação periódica; • Propriedades dos elementos; • Ligações químicas. Eletricidade na matéria. A química do cabelo elétrico. Matéria e sua natureza. • Substâncias Químicas: Funções: Químicas Inorgânicas: Conceitos ácidos base ( Arrhenius, Bronsted- Lowry e Lewis). • Funções : óxidos, ácidos, bases, sais, nomenclatura e propriedades. • Preparação de óxidos ácidos e básicos. • Uso de indicadores. 109 • Sabor dos alimentos frutas. Porque o leite azeda? Porcesso de industrialização de alimentos e sua conservação O que as cores representam no pH? • Tipos de reações: Balanceamento de equações por tentativas. Preparação de misturas que envolva proporção como alimentos, massas para indústrias de construção civil, adubações. Objetivos específicos: • Diferenciar os tipos de reações e a reorganização molecular. • Identificar equações balanceadas ou não balanceadas, bem resolvê-las, relacionado as proporções em cada uma. • Identificar equações balanceadas ou não balanceadas, bem resolvê-las, e relacionado as proporções em cada uma. • Conhecer a extração, produção e utilidades de alguns compostos químicos importantes no cotidiano. • Questionar os problemas de poluição no desenvolvimento industrial e interferência na vida do ser humano. • Resolver cálculos pertinentes á estequiometria. Traduzir a linguagem discursiva para outras linguagens usadas em química: gráficos, tabelas e relações matemáticas. • Compreensão de dados quantitativos, estimativa, medidas, compreensão de relações proporcionais. • Traduzir a linguagem para outras linguagens usadas em química: gráficos, tabelas e relações matemáticas. • Composto químicos importantes no cotidiano. • Representação simbólica das transformações químicas e suas modificações ao longo do tempo. • Traduzir a linguagem discursiva para outras linguagens usadas em química: gráficos, tabelas e relações matemáticas. 110 Conteúdos Conteúdos Estruturantes: 2º Ano do Ensino Médio • Reações e balanceamento de equações por oxi-redução. Preparação de misturas que envolva proporção como alimentos, massas para indústrias de construção civil, adubações. • Água, Cálculos químicos e grandezas químicas. Estequiometria. solo, ar, alimentos industrializados. Combustão. Descargas atmosféricas. Matéria e sua natureza. • Soluções: densidade, molaridade, concentração e propriedades coligativas. Eletricidade na matéria. A química do cabelo elétrico. Matéria e sua natureza. • Termoquímica. Cinética química. Equilíbrio químico. Aquecimento global. Cozimento de alimento. Combustão do carvão. Digestão dos alimentos no organismo humano. Reação de fotossíntese. Objetivos Específicos: - Entender o conhecimento científico e tecnológico. - Compreender o histórico da Química sintética. - Reconhecer a aplicação da Química no cotidiano. - Perceber a Química como constituinte do nosso próprio organismo. - Discernir as diferentes regras de classificação das cadeias carbônicas. - Interar-se da estrutura dos principais radicais. - Conhecer os compostos orgânicos que são importantes para a bioquímica. - Compreender a linguagem utilizada na Química como: nomenclatura e reconhecimento de fórmulas. - Reconhecer as reações que ocorrem entre os compostos orgânicos. - Identificar a composição química dos compostos orgânicos. - Perceber os benefícios da Química , sensibilizando a um comprometimento com a vida do planeta. - Participar das aulas de laboratório desenvolvendo a capacidade de investigar experimentar . 111 Conteúdos/Conteúdos Estruturantes 3º Ensino Médio Introdução à química sintética * Histórico - Átomos de carbono ( valência, hibridação , propriedades) Cadeias carbônicas – classificação: ( Ramificada ou linear, aberta - (alifática) , fechada ( cíclica) ou aromática , homogênea , heterogênea, saturada e insaturada ) - Compostos aromáticos e o câncer. Radicais: * Hidrocarbonetos: (Alcanos, alcenos, alcinos, alcadienos, ciclanos, ciclenos e aromáticos), - Petróleo. - Aplicação das frações de petróleo. - Cracking ou craqueamento do petróleo. - Indústria petroquímica. - Propriedades fisiológicas dos alcanos. - Metano CH4 um alcano muito importante. - Etileno H2C=CH2 um alqueno importante. - Acetileno HC º CH um alquino muito importante. - Plásticos : características gerais e reciclagem. *Álcoois Dois alcoois importantes - - Fermentadas ou destiladas há restrições. - Como as leveduras se reproduzem. - Próalcool - Combústível utilizado em competições automotivas. - Bebida alcóolica também é considerada droga. * Fenóis - -TH-C – principal componente da maconha e os efeitos colaterais. - Peeling químico * Éteres *Aldeídos 112 Metanal ou aldeído fórmico * Cetonas - Acetona ou propanona. - Repressão química Conteúdos/Conteúdos Estruturantes *Ácidos Carboxílicos - Àcido fórmico ou metanóico e sua importância - Àcido acético ou etanóico - Sais de Ácidos Carboxílicos * Esteres - Flavorizantes. * Èteres - Antes da anestesia * Aminas - Aminas e a sáude - Aminas cíclicas encontradas no cérebro * Amidas - Uréia : a alternativa de nosso organismo. * Haletos orgânicos - CFC - Como fazer ? - Snopses das funções químicas - Isomeria - Algumas reações da química orgânica. - Alguns materiais e substâncias importantes: lipídios, aminoácidos,glicídios proteínas, polímeros naturais e artificiais. Observação: os conteúdos serão complementados com a aula de laboratório. Conteúdos Estruturantes: Matéria e sua Natureza; Biogeoquímica; Química Sintética. 113 Metodologia Ao considerar a concepção dos princípios da disciplina de Química julga-se necessário desenvolver um processo pedagógico partindo do conhecimento prévio dos alunos elaborando conceitos científicos, onde o saber deverá ser sistematizado e construído. Torna-se necessário se utilizar de várias técnicas como: conversa informal, aula expositiva, diferentes fontes textuais associadas a realidade do cotidiano do aluno fazendo com que reconheça como a Química está presente na sua vida, transparências, demonstração e realização de experimentos relacionando a teoria e a prática resolução de atividades, atividades extra – classe. Durante o ano letivo será utilizado como metodologia na disciplina de química os seguintes instrumentos metodológicos: • Aula com utilização de transparência, • Aula expositiva; • Pesquisas; • Textos de jornais; • Revistas e endereços na Internet, além do livro didático. • Diferenciar os tipos de reações e reorganização molecular. • Identificar equações balanceadas ou não balanceadas, bem resolvê-las, e relacionado as proporções em cada uma demonstrativa. • Atividade de pesquisa. • Confecção de cartazes e maquetes. Avaliação A avaliação se dará ao longo do processo ensino – aprendizagem possibilitando ao professor , por meio de uma interação diária com os alunos, contribuições importantes para apropriação de conteúdos específicos tratados nesse processo. È necessário que o processo avaliativo ocorra à partir de critérios estabelecidos pelo professor respectivamente , estando sujeita a alterações no seu desenvolvimento pelo fato de não ser única e acabada utilizando de variadas formas: 114 - Conhecimentos acumulados pelos alunos e à prática social deles; - Ao confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos; - As relações e interações estabelecidas em seu progresso cognitivo, no cotidiano escolar e fora dele. Para que esta proposta de avaliação possa atender instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos . Neste caso o professor se utilizará de: - Resultados observados no decorrer da aula, na resolução de atividades, experimentos, prova oral e escrita , trabalhos de pesquisa, trabalhos em grupo, atividades proposta para casa. Durante o processo que será desenvolvida a disciplina, o sistema de avaliação contempla : atividades desenvolvidas em sala, trabalhos de pesquisas, avaliações escritas, atividades desenvolvidas na sala de aula bem como no laboratório. Também será contemplado trabalhos de pesquisas. Recuperação Paralela: Quando o aluno não assimilar os conteúdos propostos, será contemplada a recuperação paralela visando com a retomada dos conteúdos , a recuperação dos conceitos, tendo como ponto primordial o aprendizado do aluno. Esta modalidade deve acontecer logo que se perceba obstáculos de aprendizagem da primeira avaliação, tendo por base 60% de aproveitamento da nota. 115 Referências Bibliográficas CARVALHO Camargo de Geraldo - SOUZA Lopes de Celso, De olho no Mundo do Trabalho, Editora sapicione. São Paulo 2003. Química Ensino Médio Secretaria de Educação. SARDELLA, A.; Química – série novo ensino médio. 5ª ed. São Paulo: Ática, 1999. RICARDO Feltre, Fundamentos da Química, Editora Moderna ed. São Paulo, 1996. USBERCO e SALVADOR Química essencial-. Editora Saraiva e São Paulo 2001. Diretriz Curricular do Ensino da Química. Curitiba. 2006. 116 Apresentação Geral da Disciplina de Sociologia A globalização derruba fronteiras provocando a sensação de que pertencemos a uma sociedade com características únicas, mas não apaga as diferenças sociais, econômicas e culturais entre regiões e povos. Elas persistem e tendem a se agravar. Para compreender, analisar, criticar e atuar na sociedade contemporânea, é de fundamental importância o ensino da sociologia. Nesse contexto, há um percurso histórico de construção de conceitos e categorias que conferiram estatuto científico à Sociologia, possibilitando que atualmente, as graves questões que marcam as dinâmicas sociais, econômicas, políticas e culturais sejam questionadas de perspectivas diferentes entre si. Pensadores diversos como Mostequien, Rousseau, Spencer, Comte e outros focalizaram o olhar sobre as relações sociais e as complexas instituições modernas. Discutiram sua origem, as divisões de poderes do Estado e a nova organização constituída ao longo do declínio e desenvolvimento da ciência, das inovações técnicas e preocuparam-se com a administração dos inevitáveis conflitos sociais e políticos. No século XX, a Sociologia incorporou o pensamento de Karl Marx e seus colaboradores que realizaram estudos da economia, filosofia, política e da história e passaram a influenciar boa parte da produção teórica do pensamento social. Mais contemporaneamente, outros pensadores marcaram a produção sociológica como Max Weber que construiu um campo teórico denominado de análise compreensiva. Assim a disciplina fundamenta-se no estudo de sociedade enquanto objeto de análise e eixo de trabalho, proporcionando questionamento de seus problemas possibilitando sua compreensão e propondo novos caminhos de investigação. A compreensão do mundo do trabalho poderá ser constituída a partir de diferentes perspectivas que abordem a revolução contemporânea no seu modo de organização bem como os diferentes determinantes 117 da sua divisão técnica, em nível internacional, observando-se as especificidades regionais e locais e as relações entre os homens e às influências sociais de seu comportamento. É de extrema importância proporcionar uma visão sobre a constituição das relações sociais em nível internacional e nacional. Objetivos - Desenvolver o pensamento sociológico. - Compreender a sociologia (dentre as demais ciências) como um contructo, histórica e socialmente determinada. - Compreender a totalidade social como expressão de simultaneidade e complexidade dos fenômenos sociais, produto de condicionantes diversos. - Perceber o processo de mundialização da economia e de inserção do país no mercado internacional. - Perceber os direitos (e respectivos deveres) do cidadão como parte de uma construção social. - Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão de povos, etnias, nacionalidades, segmentos sociais diversos. - Construir sua identidade social (e pessoal) a partir do princípio de alteridade. - Compreender a Indústria Cultural em suas ações com os contextos econômico, político, social e cultural em que se insere. - Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas sociais. - Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises, interpretações, sínteses, servindo-se para tanto dos conhecimentos sociológicos. - Exercitar relacionar práticas sociais com contextos diversos. - Caracterizar as relações políticas, econômicas e sociais em nível nacional e internacional. - Identificar funções desenvolvidas pelo Estado e funções cobradas ao estado, analisá-las, compará-las. Observar nas práticas sociais o respeito / desrespeito, conhecimento/ - desconhecimento dos direitos e deveres no exercício da cidadania. 118 Identificar os direitos (e respectivos deveres) emergentes cuja - necessidade de institucionalização é reivindicada socialmente. Lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal forma a atuar - em equipe, construir, realizar e avaliar projetos de ação escolar. - Analisar fenômenos da mídia servindo-se de conhecimentos sociológicos. Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E TEORIAS SOCIOLÓGICAS: - O surgimento da Sociologia - As teorias sociológicas na compreensão do presente; - Modernidade; Renascimento; Iluminismo; Revolução Industrial; - Desenvolvimento das ciências: conhecimento científico e senso comum; - Teóricos da Sociologia; - A produção sociológica brasileira. O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS: - A Instituição escolar; - A Instituição religiosa; - A Instituição familiar; - A Instituição Sociológica Brasileira. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL - Cultura ou culturas: uma contribuição antropológica - Diversidade cultural brasileira - Relativismo - Identidade - Cultura de massa, cultura erudita e cultura popular; - Sociedade de consumo. - Cultura AfroBrasileira e Africana. - Cultura: criação ou apropriação? TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS O processo de trabalho e a desigualdade social; - A história dos modos de produção; - Globalização; 119 - - Capital humano; Reforma trabalhista e organização internacional do trabalho; - Economia solidária; Flexibilização; Neoliberalismo; Reforma agrária; Reforma sindical; Relações de mercado. PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA • Conceito de Estado. Estado Moderno. Tipos de Estados. Conceito de Poder. Conceito de dominação. Conceito de política. Concieto de ideologia e alienação. DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS • Conceito moderno de direito. Conceito de movimento social. Cidadania. Movimentos sociais urbanos. Movimentos sociais rurais. Movimentos sociais conservadores. Metodologia O mundo contemporâneo se mostra como um mosaico diverso e, ao mesmo tempo, integrado em escala planetária, instigando alunos e professores a questionar seus condicionantes e características, seus graves problemas sociais, econômicos, políticos, demográficos, raciais, étnicos, religiosos e ecológicos. A mundialização proporciona um paradoxo: excesso de informação e sensação simultânea de não-pertencimento a um grupo social. A globalização promoveu o rompimento das fronteiras geográficas, a transferência de conhecimentos, tecnologias e informação de forma acelerada. Assim a escola se vê às voltas com a necessidade de responder ao questionamento e às inquietações da juventude que exige nova postura daqueles que ensinam. Assim os temas antes restritos a uma disciplina perpassam as propostas das diferentes áreas do conhecimento e fazem com que sejam trabalhados de modo interdisciplinar e contextualizados. A interdisciplinaridade cria relação da reciprocidade, mutalidade, interação e possibilita diálogos entre as fontes do saber, deixando-se 120 irrigar por elas. É a substituição de uma concepção fragmentária, é a correlação das disciplinas. A sociologia tem desempenhado, historicamente, o papel de focalizar os problemas que moldam a realidade, questionando-os e buscando, em diferentes sentidos e de diversas formas, respostas múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência e a construção da justiça social e econômica. Metodologicamente, a proposta do currículo deve levar em consideração as diferentes matizes de pensamento para ampliar as possibilidades de análise, tendo em vista a complexidade dos fenômenos sociais, pois nenhum deles pode ser explicado apenas a partir de uma única perspectiva teórica. O professor trabalhará com análise de textos, vídeos e outros instrumentos produções de que proporcionam textos, seminários, reflexão e relatos crítica. orais, Além disso, questionamentos diversos. Para que a sala de aula seja um laboratório experimental do diálogo, a metodologia de ensino deverá levar em conta a organização em núcleos temáticos, leituras diversas, pesquisas, debate em sala e a elaboração da experiência da aula. Assim o aluno apropriar-se-á do conhecimento científico e desenvolverá as competências básicas para o exercício da cidadania. Avaliação A partir do momento em que o professor desenvolve um conteúdo mais significativo e uma metodologia participativa, deve desenvolver uma avaliação diferenciada. O sujeito só adquire o conhecimento quando num processo ativo reconstrói o objeto do conhecimento. Assim não cabe mais aqui a avaliação autoritária, decorativa, repetitiva, sem sentido. A avaliação deverá ser contínua, verificando os vários momentos do desenvolvimento dos alunos e não os julgando apenas num determinado momento. Deve-se avaliar o processo da construção de habilidades e competências e não apenas o produto final. 121 A avaliação deve ter efeito prático: mudar a forma de trabalho tanto do professor que deve dar atenção especial aos alunos com dificuldades, organizar a recuperação paralela, quanto do aluno que deve também rever o esquema de participação na construção do seu conhecimento. O erro não pode ser visto como um absurdo, pois faz parte da aprendizagem à medida que expressa uma hipótese de construção do conhecimento. É excelente material de análise, pois revela como o educando está pensando, possibilitando ajudá-lo a reorientar a construção do conhecimento. Portanto, a avaliação deverá acontecer diariamente, num processo contínuo a fim de detectar as dificuldades e viabilizar oportunidades de conhecimento. Deverá possuir um novas caráter de valorização do aluno, bem como ser praticada de forma diagnóstica e cumulativa. Para isso o professor fará registros descritivos a fim de acompanhar o desenvolvimento das competências e habilidades. Referências Bibliográficas: ARBONOZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1989. BRANDÃO, C.R. O que é Educação. São Paulo: Brasiliense, 1982. Livro Didático do Estado. OLIVEIRA Pésico Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo. Ed. Àtica, 2000. SANTOS, J. L. O que é Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1983. WEBER, M. A ética protestante e o espiritismo do capitalismo. São Paulo. Ed. Pioneira, 1996. 122 Apresentação Geral da Disciplina da Língua Estrangeira Moderna Espanhol. A Língua Estrangeira Moderna, enfatizada nos princípios da LDB, fixa-se na ideia que pode recuperar de alguma forma a importância que durante muito tempo foi-lhe negado. Discute-se sua importância do ponto de vista da formação do indivíduo, assumindo uma condição de indissolubilidade permitem ao do conjunto estudante dos conhecimentos aproximar-se de essenciais várias que culturas e consequentemente propiciar sua integração no mundo globalizado que estamos presenciando a cada dia. Para propiciar boas condições de aprendizado deve-se deixar de lado a concepção de que se aprende por memorização porque no mínimo o aluno passará a repetir frases descontextualizadas ano após ano sem apropriar-se do conhecimento básico necessário para o exercício da cidadania. É preciso oportunizar ao aluno um trabalho sério com a língua escrita, através principalmente da leitura diversificada de textos que enriquecerão o universo do mesmo. A língua está em permanente evolução e por isso temos várias formas de discurso que a compõe dentro de uma sociedade – o discurso publicitário, o poético, a fala comum de todo dia. Fazer o aluno tomar consciência dessa realidade, que ele vive ao entrar em contato com vários discursos é um dos objetivos. O aluno deve perceber que esse fato não é só válido para a sua língua, mas também para a língua do outro desde que o professor apresente vários tipos de textos em língua estrangeira. Acreditamos que através do confronto com o novo, com a cultura do outro, o aluno terá mais facilidade em se posicionar reconhecendo sua situação geográfica, econômica e cultural de seu próprio país ao enxergar e respeitar as diferenças entre as culturas. A tecnologia moderna propicia entrar em contato com os mais variados pontos do mundo, assim como conhecer os fatos praticamente no mesmo instante em que eles acontecem. A televisão a cabo e a Internet são alguns exemplos de como os avanços tecnológicos nos aproximam e nos informam do mundo. 123 Segundo, Lifo (2001), o professor precisa estar sempre se atualizando , não só porque o mundo está em constante mudança, mas, principalmente, para ser capaz de provocar mudanças. Na década de 70, o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino de línguas estrangeiras um instrumento a mais das classes favorecidas para manter privilégios, já que a grande maioria dos alunos de escola pública não tinha acesso a esse conhecimento. Em 1976, o ensino da Língua Estrangeira voltou a ser valorizado , quando a disciplina se tornou novamente obrigatória somente no segundo grau, desde que a escola tivesse condições de oferecê-la. O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas também ocorreu na Universidade Federal do Paraná, a partir de 1982, quando foram incluídas no vestibular as Línguas Espanhola, Italiana e Alemã. Em 15 de agosto de 1986, a Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM) como forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história paranaense. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir da quinta série, e a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento. Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse incluída uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das possibilidades da instituição. Em 1998, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira pautados numa concepção de língua como prática social fundamentada na abordagem comunicativa. Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira para Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral e escrita, para atender as demandas relativas à formação pessoal, acadêmica e profissional. 124 Como resultado de um processo que buscava destacar o Brasil no Mercosul, em 05 de agosto de 2005, foi criada a lei nº 11.161, que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio buscando atender a interesses político-econômicos para melhorar as relações comerciais do Brasil com países de Língua Espanhola. No ano de 2004, a SEED abriu concurso público para compor o quadro próprio do magistério, com vagas para professores de Espanhol, suprir a demanda prevista pela lei e valorizar ainda mais o ensino da Língua Estrangeira Moderna . O ensino de Língua Estrangeira Moderna será norteado para um propósito maior de educação, considerando as contribuições de Giroux (2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder que lhes subjazem”. Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. Aprender uma língua estrangeira é entrar para um mundo desconhecido por isso que não temos, segundo Baktin, uma língua a aprender, mas as várias formas de discursos que a compõe dentro de uma sociedade. Todo discurso está vinculado à história e ao mundo social. Dessa forma, os segmentos estão expostos e atuam no mundo por meio do discurso e são afilados por ele. O ensino de uma língua estrangeira na escola tem um papel importante à medida que permite ao aluno entrar em contato com outras culturas, com modos diferentes de ver e interpretar a realidade. Conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira, permite aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira o aluno aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. 125 Objetivo Geral: Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não-verbais, inserindo -os na sociedade como participantes ativos capazes se de conhecimentos realidade, relacionar construindo alargando com outras significados horizontes e comunidades para entender expandindo suas e outros melhor a capacidades interpretativas e cognitivas. Objetivos da prática de oralidade: - Utilizar a língua espanhola como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais. - Expressar-se com segurança nas apresentações orais, discutindo diferentes pontos de vista. - Oportunizar expressão de ideias próprias em público, auxiliando a desinibição e autoconfiança. -Desenvolver a expressão oral mediante apresentações de trabalhos de pesquisa. - Aprimorar a expressão oral adquirindo diferentes formas de conhecimento através da leitura de vários gêneros. - Expressar-se oralmente através de pensamentos completos e claros, pronúncia correta e expressividade. - Discutir assuntos lidos com expressividade. - Ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral. - Participar integralmente nas atividades orais como colaborador, ouvinte e expositor . Objetivos da leitura: - Adquirir o gosto pela leitura, ampliando seu vocabulário e conhecendo novas realidades através dos textos trabalhados. - Despertar o interesse pelo mundo hispânico e suas várias manifestações culturais. 126 - Ter acesso a diversos discursos que circulam para construir outros discursos alternativos e que possam colaborar na luta política contra a hegemonia. - Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como meio de acesso ao mundo. - Desenvolver a habilidade de captar as ideias centrais dos textos. - Analisar os fatos linguísticos fazendo abstração de seu conteúdo. - Identificar as ideias principais de cada parágrafo. - Pesquisar sobre a História e Cultura Afro - Brasileira e Indígena. - Ler diversos textos sobre a Cultura Afro - Brasileira e Indígena. - Ler textos diversificados sobre a Educação Ambiental para maior conscientização. Objetivos da prática da escrita: - Compreender e analisar criticamente as mensagens dos textos estudados. - Produzir textos que apresentem coerência, coesão, argumentação e criatividade de expressão. - Reestruturar os textos para que apresentem clareza nas ideias, objetividade e aceitabilidade da escrita. - Conhecer outras culturas como a Afro - Brasileira e Indígena através de pesquisas. - Demonstrar conhecimento da organização textual por meio do reconhecimento da informação, do tema e dos conectores do discurso. - Analisar os textos quanto à temática, nível de argumentação, parágrafos e recursos coesivos. - Demonstrar conhecimento da língua referente ao vocabulário, estruturas pragmáticas, pensamento lógico e adequação linguística. - Produzir textos de acordo com os elementos de cada gênero. - Produzir textos de gêneros diferentes sobre a Ambiental. Conteúdo estruturante: Discurso como prática social. 127 Educação Conteúdos Específicos : 1ª Série do Ensino Médio. - Gêneros discursivos: reportagens, literários, histórias em quadrinhos, entrevistas, classificados, notícias, anúncios publicitários, avisos, lendas, crônicas, paródias, receitas culinárias, palestra, informativos, poéticos, carta formal e informal, debates. - Leitura de diferentes textos. - Leitura de tipologias diferentes sobre a Cultura Afro - Brasileira e Indígena. - Tema dos textos. - Análises de textos. - Intencionalidade. - Argumentatividade. - Produção de textos com os gêneros em estudo. - Elementos composicionais. - Reestruturação de textos. - Artigo neutro “lo”. - Uso de “muy e mucho”. - Masculino e feminino. - Plural e singular de substantivos e de adjetivos. - Uso de “donde, adónde e de donde”. - Pesquisa sobre a gastronomia espanhola. - Preposições. - Verbos irregulares. - Heterotónicos. - Verbos no imperativo. - Acentuação: agudas, llanas, esdrújulas e sobresdújulas. - Acentuação dos monossílabos. - Pesquisa sobre Julio Cortázar. - Linguagem verbal. - Particularidades em espanhol. - Gênero e número dos substantivos. - Numerais cardinais e ordinais. - Gravação de textos para desenvolver a audição. - Músicas para ampliação do vocabulário. 128 - Cruzadinhas e caça palavras para revisão de conteúdos. (passatempos) - Gênero e número dos adjetivos. - Pronomes interrogativos. - Pronomes possessivos. - Heterosemánticos. - Onomatopeias. - Pesquisa sobre Miguel de Cervantes. - Principais sufixos. - Estudo do gerúndio. - Pronomes pessoais para complementos diretos e indiretos. - Pesquisa sobre o Mercosul. - Pesquisa sobre educação Ambiental. Conteúdos específicos: 2ª Série do Ensino Médio. - Gêneros discursivos: narrativos, diálogos, descritivos, poesias, cartas pessoais, histórias em quadrinhos, texto publicitário, contos de fadas, resumo, paródia, lendas, paráfrases, palestra, literários, argumentativos, artigos de opinião, debates. - Leitura de diferentes textos. - Leitura sobre a cultura Afro - Brasileira e Indígena. - Leitura sobre a Educação Ambiental. - Tema dos textos. - Interpretação. - Intencionalidade. - Particularidades em espanhol. - Elementos composicionais. - Produção de textos de acordo com os gêneros estudados. - Reestruturação textual. - Declamação de poesias. - Pronomes possessivos. - Pretérito perfeito composto. - Particípio dos verbos regulares e irregulares. - Apócope de adjetivos. - Gravação de textos para desenvolver a audição. 129 - Músicas para enriquecimento do vocabulário. - Cruzadinhas e caça palavras para revisão de conteúdos. (passatempos) - Revisão do “muy e mucho”. - Pesquisa sobre Violeta Parra. - Pesquisa sobre Pablo Neruda. - Interjeição. - Formação de aumentativos e diminutivos. - Discurso direto e indireto. - Pronome complemento direto e indireto. - Roteiro de um livro de literatura. - Pretérito imperfeito do indicativo. - Linguagem formal e informal. - Modo imperativo. - Pesquisa sobre o Tango. - Preposições. - Heterogenéricos. - Pesquisa sobre as festas espanholas. - Argumentação sobre as ideias contidas nos textos. - Pronomes relativos. - Heterosemânticos. - Sufixos de diminutivos e aumentativos. - Vozes dos verbos. - Pesquisa sobre o Mercosul. - Pesquisa sobre a Educação Ambiental. Conteúdos Específicos: 3ª Série do Ensino Médio. - Gêneros discursivos: textos de opinião, entrevista, itinerário de viagem, cartão postal, argumentativos, informativos, publicitários, notícias de jornal, poesias, cartas oficiais, cartas pessoais, diálogos, histórias em quadrinhos, crônicas, lendas, “chistes”, peças teatrais, românticos, anedotas. - Leitura de diversos textos . - Leitura sobre a cultura Afro - Brasileira e Indígena. - Leitura sobre a Educação Ambiental. 130 - Tema dos textos. - Análise textual. - Intencionalidade. - Particularidades em espanhol. - Conteúdo temático. - Argumentatividade. - Elementos composicionais. - Produção de textos de acordo com os gêneros estudados. - Reestruturação textual. - Apresentação oral de pesquisas. - Perífrases verbais. - Conjunções. - Elipse. - Pesquisa sobre “ El Camino de Santiago”. - Voz passiva e ativa. - Advérbios. - Pesquisa sobre Pablo Neruda. - Declamação de poesias. - Tempos compostos do indicativo. - Interjeições. - Formação de aumentativos e diminutivos. - Dramatização de diálogos. - Discurso direto e indireto. - Roteiro de um livro de literatura. - Particípios regulares. - Valor dos adjetivos. - Resumo de um livro de literatura. - Pronome relativo. - Pesquisa sobre a Cultura Afro-Brasileira e Indígena. - Pesquisa sobre a Educação Ambiental. - Pesquisa dos países que têm o idioma oficial - o espanhol. - Sufixos apreciativos. - Análise sobre os quadros de Tarsila do Amaral. - Questões de vestibular. (simulados) 131 Práticas Discursivas: O trabalho com a língua estrangeira, fundamenta-se na diversidade de gêneros discursivos e busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem bem como, a ativação de procedimentos interpretativos e alternativos no processo de construção de possíveis significados, pelo leitor. O texto, entendido como unidade de sentido, no qual todos os elementos interligados vão constituir a unidade de sentidos, pode ser oral, escrito, verbal e não verbal. Para Bakhtin ( 1992) , “o texto é a materialização de um enunciado e é entendido como unidade contextualizada da comunicação verbal.” É importante que os alunos tenham consciência de que há várias formas de produção e circulação de textos em nossa cultura e em outras, de que existem diferentes práticas de linguagem no âmbito de cada cultura, e que essas culturas práticas são valorizadas também de formas diferentes nas distintas sociedades. O trabalho proposto nas Diretrizes Curriculares está ancorado na perspectiva de uma leitura crítica, a qual se efetiva no confronto de perspectivas e na construção de atitudes diante do mundo. O leitor passa a ser participante do processo de construção de sentidos e dos procedimentos interpretativos que alargam suas possibilidades de entendimento do mundo. Metodologia O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de conhecer significados. O ponto de partida das aulas de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não - verbal. O professor deverá abordar os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, as informações, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e por último a gramática. Portanto, é importante que o aluno tenha acesso a textos de várias esferas sociais. O 132 objetivo será interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. A produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros textos, que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos. A aula de Língua Estrangeira Moderna deve ser um espaço em que se desenvolva a abordagem de leitura discursiva. A inferência é um processo cognitivo relevante porque possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do leitor, os quais são ativados e relacionados às informações materializadas no texto. O trabalho com a produção de textos na aula de Língua Estrangeira Moderna precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto, no qual se escreve sempre para alguém de quem se constrói uma representação. O trabalho com a análise linguística torna-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve ser subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou construam sentido aos textos. Ao interagir com diversos textos, o aluno perceberá que as formas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da língua ocorre. As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, é aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo com limitações. Com relação à escrita esta deve ser vista como uma atividade sociointeracional. É importante direcionar as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos. 133 A Língua Espanhola deve capacitar o aluno a falar, ler e escrever, portanto se dará prioridade aos textos de forma contextualizada e vinculada com a realidade. O objetivo da Língua Estrangeira é ser veículo fundamental na comunicação entre os homens. Por seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, ela funcionará como meio para se ter acesso ao conhecimento e, portanto às diferentes formas de pensar, de criar, de sentir, de agir e de conceber a realidade, o que propicia ao indivíduo uma formação mais abrangente e sólida. Não nos comunicamos somente por palavras, os gestos dizem muito sobre a forma de pensar das pessoas, assim como as tradições e a cultura de um povo esclarecem muitos aspectos de sua forma de ver o mundo e de aproximar-se dele. Assim, também as semelhanças e diferenças entre as várias culturas, ( espanhola, indígena a afro-brasileira, etc) a constatação de que os fatos sempre ocorrem dentro de um contexto determinado, a aproximação das situações de aprendizagem à realidade pessoal e cotidiana dos estudantes, entre o espanhol e as demais disciplinas. Numa perspectiva interdisciplinar e relacionada com contextos reais, o processo ensino aprendizagem do espanhol adquire nova configuração e requer a afetiva colocação em prática dos princípios fundamentais: entender, falar, ler e escrever. O aluno precisa comunicar-se de maneira adequada, em diversas situações da vida cotidiana. Não podemos esquecer que o ensino possui, entre suas funções, um compromisso com a educação para o trabalho e com o exercício pleno da cidadania. O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, em unidade de comunicação verbal que pode ser tanto escrito, oral ou visual será o ponto de partida das aulas de língua estrangeira moderna. É fundamental apresentar ao aluno textos em diferentes gêneros textuais. O objetivo será proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Ler em língua estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com os diferentes gêneros textuais, provenientes das várias práticas sociais de uma determinada aprendendo. 134 comunidade que utiliza a língua que se está Os conteúdos serão desenvolvidos através de pesquisas na biblioteca e no laboratório de informática de assuntos propostos. Apresentações orais e escritas das pesquisas realizadas. Dramatizações em grupos de textos, diálogos. Declamações de poesias; músicas para revisão de alguns conteúdos. Confecção de cartazes, murais com os gêneros estudados. Leitura oral, individual e coletiva de diversos gêneros textuais. Após a leitura serão feitos debates, conversações, tradução oral, enriquecimento vocabular e, posteriormente às produções de textos. Sob a orientação do professor serão realizadas as reescritas textuais para que apresentem coerência, argumentação nas ideias e objetividade. Serão confeccionados alguns jogos educativos com os assuntos trabalhados e exposição dos mesmos para todos. Para aprofundar mais os gêneros serão confeccionados folders. Para as atividades de grafia, ortografia, vocabulário serão realizados alguns passatempos como: cruzadinhas, caça - palavras, joguinhos, quebracabeças. Para fixar melhor alguns gêneros textuais serão produzidos gibis, livrinhos com resumos de livros de literatura. Quanto à audição serão utilizadas gravações de músicas, diálogos, textos, poemas para ouvir, completar, recortar e montar os parágrafos de acordo com o rádio. Avaliação A avaliação é algo presente em todo o empreendimento humano. Estamos sempre julgando alguém, segundo a nossa forma de ver a realidade, segundo nossos valores e nosso próprio critério. Não basta julgar o aluno, ou seja, classificar em termos de rendimento, é preciso que seja feito algo para que o aluno progrida e o professor olhe se está atingindo os objetivos propostos. Neste sentido a avaliação do rendimento é vista como um diagnóstico do aluno, facilitando ao professor tomar decisões no sentido de levar o aluno à competência desejada. A avaliação é um processo e como tal deve ser dinâmica, contínua e somente se completa quando se tomam decisões a respeito da continuação do progresso. O ato de avaliar não acontece em momentos isolados, mas faz parte do conjunto de atividades que devem ser 135 coerentes entre si. Para facilitar, o professor deve fazer registros sobre os avanços de seus alunos. As atividades da avaliação devem ser coerentes com as atividades trabalhadas em sala: produção oral e escrita, compreensão auditiva, leitura, pesquisas, apresentações, dramatizações, declamações, reescritas. A avaliação precisa ser entendida como um instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados e às habilidades desenvolvidas. Trata-se de uma ação que necessita ser contínua, pois o processo de construção de conhecimentos dará muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos alunos, de maneira que possa rever sua prática e redirecionar suas ações, se for preciso. Segundo Ramos, “ é um desafio construir uma avaliação com critérios de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador no processo ensino / aprendizagem, que nos permite formar cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos.” Quanto à leitura de textos diversificados, pretende-se formar leitores ativos, ou seja, capazes de produzir sentidos na leitura dos textos, tais como: inferir, servindo-se dos conhecimentos prévios, levantar hipóteses a respeito da organização textual, perceber a intencionalidade, posicionamento argumentativo, etc. A leitura faz pensar criticamente na língua que se está aprendendo e motiva o aluno a expressar oralmente suas ideias frente ao texto.Portanto, deve ser observada a capacidade do aluno em estabelecer relações intertextuais, a capacidade de extrair informações, de perceber diversos pontos de vista nos textos trabalhados. As atividades de conversação, debates e análise de textos oralmente permitem ao aluno ocupar efetivamente um papel de participante e criador, seja expressando suas ideias, falando de si mesmo, discutindo com seus colegas, em fim, comunicando - se no sentido mais amplo da palavra. Assim, na oralidade verificar se o aluno é capaz de expor suas ideias de forma clara e consegue argumentar seu ponto de vista apresentando adequação do discurso ao gênero proposto. Quanto à prática de produção observar o avanço do aluno nas ideias, nível de informação sobre o assunto trabalhado, adequação ao 136 tema proposto argumentação, coesão, coerência, as características de cada gênero, utilização adequada de recursos linguísticos (pontuação, classes de palavras). O texto pode ser revisto e reescrito pelo próprio aluno sob a orientação do professor, melhorando assim seus argumentos, ideias, organização, unidade, seleção adequada do léxico, utilização de recursos gráficos que orientem a leitura e a interpretação do interlocutor, tudo isso em função do gênero ou tipo e dos objetivos do texto. Por isso a avaliação será contínua, permanente e com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo ensino – aprendizagem. A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem –sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento. Recuperação de estudos A recuperação de estudos será realizada toda vez que for constatado pouco rendimento na aprendizagem. Esta será através da revisão dos conteúdos não assimilados; atividades complementares; reescrita de textos; reapresentação de trabalhos orais e uma nova avaliação escrita, para que os alunos possam sanar as dificuldades apresentadas anteriormente. A recuperação de estudos além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos servirá principalmente para o professor repensar sua metodologia e poder planejar suas aulas de acordo com as necessidades, dificuldades e possibilidades dos alunos. É através da avaliação que é possível perceber quais são os conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio pragmáticos, culturais; e as práticas : leitura, escrita ou oralidade, que ainda não foram suficientemente trabalhadas e que por isso precisam ser abordados mais para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos na língua estrangeira. 137 Referências Bibliográficas BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC,1996. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008. SOUZA. Jair de Oliveira.¡Por Supuesto!: español para brasileños. São Paulo: FTD, 2003. MARTÍN, Ivan Rodríguez. Espanhol série brasil.São Paulo: Ática, 2003. ROMANOS, Henrique & CARVALHO, Jacira Paes.Espanhol Expansión. São Paulo: FTD, 2004. FLAVIAN, Eugenia. BRIONES, Ana Isabel. Español Ahora. São Paulo: Moderna. 138 Apresentação Geral da Disciplina de Arte Desde os primórdios dos tempos a arte está presente na vida da humanidade, passada de geração em geração. No entanto, um povo que não tem arte, não registra a sua passagem no tempo, não guarda o seu valor, a sua lição de vida e não é criador de linguagens. Os antigos egípcios, por exemplo, não mediram esforços em registrar em grandes murais todo o seu cotidiano. E nós, o que fazemos? Apontamos para a arte acusando – a de qualquer coisa ou coisa nenhuma, sem utilidade? A nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394), aprovada em 20 de dezembro de 1996, estabelece em seu artigo 26, parágrafo 2º: “ O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. Assim, a arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela. Por ser conhecimento constituído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber. Tratar a arte como conhecimento é o ponto fundamental e condição indispensável para esse enfoque do ensino da arte. Em muitas escolas, uma série de desvios comprometem o seu ensino e ainda é comum as aulas de arte serem confundidas com lazer, terapia, momento para fazer a decoração da escola, as festas, fazer o presente do dia das mães... O que se observa então é um círculo vicioso no qual um sistema precário reforça o espaço pouco definido da Educação Artística com relação as outras disciplinas do currículo escolar. Sem uma consciência clara e fundamentação consciente da Educação Artística, o professor não consegue formular um quadro de referências para a sua ação pedagógica. É necessário que o professor seja um “estudante” fascinado por arte, pois só assim terá entusiasmo para ensinar e transmitir a seus alunos a vontade de aprender. Nesse sentido um professor mobilizado para a 139 aprendizagem contínua, em sua vida pessoal e profissional, saberá ensinar essa postura a seus estudantes. “ O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa – lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa, dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida”. (PCN, 1997:21) Na verdade, para que os alunos possam apropriar – se de uma linguagem e entenderem, dando sentido a ela, é preciso que aprendam a operar com seus códigos. Do mesmo modo que existe na escola um espaço destinado à alfabetização na linguagem das palavras e dos textos orais e escritos, é preciso haver cuidado com a alfabetização nas linguagens da arte. É por meio delas que poderemos compreender o mundo das culturas e o nosso em particular. Assim, mais fronteiras poderão ser ultrapassadas pela compreensão e interpretação das formas sensíveis e subjetivas que compõe a humanidade e sua multiculturalidade, ou seja, o modo de integração em grupos étnicos e, em sentido Amplo entre culturas. Educar para a arte favorece o desenvolvimento do pensamento artístico, caracterizando modos particulares de dar sentido às experiências , sejam elas artísticas, culturais ou sociais. Compreender arte envolve momentos de apreciar, fazer e conhecer a produção artística da humanidade. O Ensino de Arte, assim como toda a sociedade, passou por muitas mudanças. Na verdade ainda se encontra num processo de reformulação, e sempre estará, como a sociedade e o processo de criação das mais diversas manifestações artísticas que se tem notícia. Uma referência importante para a compreensão de arte no Brasil é a Missão Artística Francesa trazida em 1816, por Dom João VI. Foi criada, então a Academia Imperial de Belas – Artes , que após a Proclamação da República, passou a ser chamada de Escola Nacional de Belas – Artes. O ponto forte dessa escola era o desenho, com a valorização da cópia fiel e a utilização de modelos europeus. O Brasil, principalmente em MG, vivia o Neoclassicismo trazido pelos franceses é que foi assumido pelas elites. A arte adquire a conotação de 140 “luxo”, somente para uma classe privilegiada que desvalorizava as manifestações artísticas que não seguiam esses padrões. A partir dessa época temos uma história de ensino da arte com ênfase no desenho, pautado por uma concepção de ensino autoritário, centrada na valorização do produto. Ensinava a copiar modelos e o objetivo do professor era que seus alunos tivessem boa coordenação motora, precisão, aprendessem técnicas e dominassem o desenho técnico ou geométrico. O ensino da música teve pouca projeção nas escolas até mais ou menos 1950, quando começou a fazer parte do currículo. Limitava- se a aulas de solfejo, canto orfeônico e memorização dos hinos. Nessa mesma época surgiram também algumas disciplinas como “artes domésticas” ,em cujas aulas os meninos executavam trabalhos em madeira com o uso de serrote, serrinhas, martelo... e as meninas faziam tricô, bordado, roupinhas de bebê... Entre as décadas de 50 e 60, começou – se a notar a influência de um movimento denominado Escola Nova, já presente na Europa e Estados Unidos desde o final do século XIX. A influência da pedagogia centrada no aluno, nas aulas de artes, direcionou o ensino para a livre expressão e a valorização do processo de trabalho. O papel do professor era dar oportunidade para que o aluno se expressasse de forma espontânea. Esses princípios , na prática escolar, muitas vezes refletiam uma concepção espontaneísta, centrada na valorização extrema do processo sem preocupação com seus resultados. Como todo processo artístico deveria “ brotar” do aluno, o conteúdo dessas aulas era quase exclusivamente um “deixar fazer” que pouco acrescentava ao aluno em termos de aprendizagem da arte. Os processos de mudança do ensino da Arte tem – se dado gradativamente. Na década de 80, começam a surgir as Associações de Professores de Arte, criticando muitas dessas práticas anteriores. É a partir daí que se começa a entender a Arte como objeto de conhecimento, devendo ser tratada como tal dentro das escolas e no mesmo patamar de igualdade que as outras áreas do currículo escolar. 141 De fato, uma série de ideias levou o ensino de arte a ser mais e mais desvalorizado e entendido como desvalorização das aulas “ditas” mais sérias. A arte é uma disciplina obrigatória nas escolas, conforme determinação na LDB 9394/96. Cabe às equipes de educadores das escolas realizar um trabalho de qualidade a fim de que crianças, jovens e adultos gostem de aprender arte. Desse modo a disciplina de arte alcançará funções importantíssimas como transformar, humanizar, aproximar, poetizar, discutir, contrapor e informar. Com ela, nós professores e alunos, podemos compreender, analisar e interagir com toda a produção artística que temos direito, tornando – nos conscientes e aptos ao exercício da cidadania, capazes de Ter autonomia intelectual e pensamento crítico. Objetivos O ensino da arte, deverá organizar-se de modo que ao final do ensino fundamental e médio, os alunos sejam capaz de: • Expressar e saber comunicar – se em artes • Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal, respeitando a própria produção e a dos colegas • Compreender e saber identificar a arte como fato histórico, contextualizado nas diversas culturas • Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando, indagando, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de modo sensível • Interagir com materiais, instrumentos e diferentes linguagens artísticas (artes visuais, dança música e teatro) • Permitir ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades, como elemento de auto – realização, qualificando para o trabalho e preparo para o exercício consciente da cidadania • Capacitar o aluno para a leitura das representações visuais, do movimento expressivo, das representações sonoras e teatrais, por meio do domínio do conhecimento artístico. 142 Obs: Para facilitar a aprendizagem do aluno e para que tenha uma ampla compreensão , a história da arte deverá estar presente em vários momentos do ensino, articulando os conhecimentos do teatro, da dança, da música e das artes visuais. Conteúdos/Conteúdos Estruturantes 5ª Série Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes Artes Visuais • Composição : representação das formas, figuras de fundo. Conceito de Arte • Elementos formais: linha, plano, volume, formas e cores primárias e secundárias. • Composição: figura X fundo, formato de composição e representação das formas. • Técnica: bidimensional ( pintura, desenho e colagem) tridimensional ( escultura). • Gênero: Paisagem e natureza – morta. Música • O mundo e os sons. • Elementos sonoros: intensidade, duração, timbre e altura. • Composição: música mista e instrumental. • Técnica: improvisação. • A música como arte e conhecimento sócio/ cultural • Gênero : étnicas. Teatro • Gênero: comédia. • Técnicas: improvisação livre e dirigida, leitura de roteiro. • Composição: direto/ indireto. • Elementos formais, personagem, ação e espaço cênico. • História do teatro. Dança Gêneros da dança: dança folclórica. • Técnicas: improvisação livre ou dirigida. 143 • e • Composição: salto/ queda e formas de dança. • Elementos formais: força e leveza, utilização total e parcial do espaço. • Movimentos ou períodos : História da dança. História da Arte • Pré- História. • Arte no Egito. • Arte Grega. • Pré- Modernismo e Paranaense. Conteúdos/ConteúdosEstruturantes 6ª Série Artes Visuais • Elementos formais: cores ( terciárias e monocromia), formas e textura ( impressão e criação). • Composição: Simetria, divisão da composição e fundo chapado. • Técnica: bidimensional ( desenho, pintura e gravura) e tridimensional ( escultura em baixo relevo e alto relevo). • Gênero: Cenas do Cotidiano e Cenas de Mitologia. • Conceito de belo para a arte. Música • Elementos sonoros. • Qualidades sonoras: harmonia, melodia e ritmo. • Instrumentos musicais • Composição : Vocal à capella e Música de Rua. • Gênero: Erudita e da Indústria Cultural. Teatro • Gêneros: tragédia e comédia. • Elementos formais: personagem( caracterização: voz e expressão gestual). Técnicas: improvisação livre ou dirigida e adaptação de texto. • Composição: jogo dramático e mímica. 144 • Dança • Elementos formais: dança com partes do corpo e direção. • Composição: pontos de apoio e formação ( fila/ roda). • Técnicas : improvisação livre ou dirigida com ou sem materiais. • Gêneros: dança artística e étnica. História da Arte • Idade Média. • Movimentos do século XX. • Arte no Paraná: Modernismo Paranaense. Conteúdos/Conteúdos Estruturantes 7ª série Artes visuais • Elementos formais: cor-luz, cores quentes e frias , cor complementar e volume. • Composição: representação das formas ( estilização e abstração) e fundo em perspectiva. • Técnica: bidimensional( desenho, pintura e fotografia) e tridimensional ( escultura, móbile e stábile). • Gênero: Cenas religiosas e Retrato. • Arte Popular. • A História da música no Brasil. • Década de 30: Pixinguinha , Noel Rosa e Ary Barroso. • Década de 50: Tom Jobim e Vinícius de Moraes. • Década de 60: Geraldo Vandré, Rita Lee, MPB mais tradicional e Jovem Guarda. • Década de 80 e 90: Rock, Reggae e a música sertaneja. • Composição: Programática e Música Pura. • Gênero: Popular e Erudita. Teatro Composição: jogo teatral e indireto ( sombra, objetos e marionetes). • Técnica: Leitura de texto ( adaptação) e texto teatral> • Gêneros: drama, comédia e tragédia. 145 • • Elementos: espaço cênico ( cenário, iluminação e sonoplastia). • Personagem ( figurino e maquiagem). Dança • Elementos formais: flexibilidade, simetria e assimetria. • Composição: Expressividade, salto e queda( frente, lateral e trás) e formação ( variações). • Técnicas: coreografia com ou sem material. • Gêneros: dança popular e profana. História da Arte • Renascimento. • Barroco. • Impressionismo. • Arte no Brasil: Missão Artística Francesa. Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 8ª série Artes Visuais • Elementos formais: cor( luminosidade, tonalidade e contraste) linha, forma e plano. • Composição: a deformação na arte, ritmo visual, equilíbrio e harmonia. • Técnica: bidimensional ( pintura, gravura e fotografia) e tridimensional ( escultura de volto redondo e escultura mole). • Gênero: Cenas históricas. • Arte Popular. Música Gêneros musicais • Instrumentos musicais • Música concreta e eletrônica. • Música e profissões: compositores nacionalistas. • Análise da produção musical: Rock e música Pop. • As bases da música Ocidental. 146 • Teatro • Gênero: drama, tragédia e música. • Técnica: leitura de texto e texto teatral. • Composição: monólogo e cena/ ato. • Elementos formais: ação( clímax, ação ascendente / descendente). Dança • Elementos formais: acelerado e retardado, seqüência e simultaneidade. • Composição: expressividade, formação e rotação. • Técnica: Coreografia com improvisação e Leitura de coreografia. • Gênero: dança de salão e criada pela Indústria Cultural. História da Arte • Romantismo. • Realismo. • Expressionismo. • Arte no Brasil: Semana de Arte Moderna. Metodologia Ter acesso à arte, significa adquirir condições de compreender os valores e significados humanos que estão presentes nos objetos artísticos, pois para reconhecer e apreciar a arte não é suficiente olhar um quadro ou colorir um desenho. Para atingir esta finalidade a disciplina de artes adotou a Metodologia Triangular (sistematizada pela professora doura Ana Mãe Barbosa), que defende a necessidade de se trabalhar os conteúdos da área de arte com três eixos: • Fazer artístico • A leitura da imagem • 147 A história da arte A proposta metodológica triangular aplica- se à diferentes linguagens artísticas que compõem o ensino de arte (artes visuais, dança, música e teatro) Fazer artístico História da arte Leitura Fazer artístico: o professor deve possibilitar, valorizar e orientar a expressão artística dos alunos garantindo – lhes uma situação de aprendizagem conectada com os valores e modos de produção artísticas nos meios sócio- culturais. É somente através do fazer que a criança pode descobrir as possibilidades e limitações das linguagens expressivas, de seus diferentes materiais e instrumentos para a representação pessoal de suas vivências numa linguagem plástica. História da arte: contextualizar a obra de arte no tempo e explorar suas circunstâncias. É mostrar que arte não está isolada do nosso cotidiano e da nossa história pessoal da economia, da política e dos padrões sociais que operam na sociedade. Leitura de imagens: o professor deve oferecer subsídios estéticos ao aluno para que possa valorizar e compreender a expressão e produção artísticas de diferentes culturas. É desenvolver as habilidades de ver, julgar e interpretar as qualidades das diferentes linguagens, prazerosamente. É construir novos olhares. Esse modo de trabalhar que poderá ser transformado e adequado às diferentes realidades de cada turma , busca transformar atividades “isoladas” das aulas de arte em ensinar o aluno a ver, criticar e interpretar a realidade a fim de ampliar suas possibilidades de apreciação e expressão artística. 148 Avaliação “É ponto de chegada e partida; é meio, começo, fim e reinício” (GUERRA; PICOSQUE; MARTINS; 1998:142). A avaliação tem de ser transparente, tanto para o educador quanto para seus aprendizes. Numa avaliação em arte, todos participam, discutindo regras e critérios tendo clareza dos pontos de chegada. A função de avaliar não pode se basear apenas e tão somente no gosto pessoal do professor, mas deve estar fundamentada em critérios definidos e principalmente no processo pessoal de cada aluno. Partindo dessa definição a avaliação acontecerá durante todo o desenvolvimento das aulas, intermediando processos de ensinar, aprender e avaliar. Não se trata de encontrar apenas expressões numéricas para qualificar o que o no aprendeu ou não aprendeu,mas de investigar como essa aprendizagem será significativa para a vida dos alunos. Referências Bibliográficas BARBOSA, A. M. Arte educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1995 CALABRIA, Carla Paula Bordi: MARTINS, Raquel Valle. Arte, história e produção. FTD. Enciclopédia Arte nos Séculos. Abril Cultural. FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da Arte. Moderna FLEITASD, Juliana: FLEITAS, Orlando Arte e comunicação. FTD. FUSARI, M. F. R; FERRAZ, M. H. C. Arte na Educação Escolar. São Paulo. Cortez, 1993. GABRYELLE, Thayanne. A conquista da Arte. Brasil. 149 IAVELBERG, R. Para Gostar de aprender arte: sala de aula e formação de professores ARTMED, 2003. MARTINS, M. C; PICOSQUE, G; GUERRA, M. T. T. Didática do ensino de arte: a lingua do mundo: poetizar, fruir e conheçer arte. São Paulo: FTD, 1998 PCN: Parâmetros Curriculares Nacionais. V6 Brasília: MEC/SEF, 1997. SOUSA, Edgard Rodrigues. Desenho e pintura. Moderna. OLIVEIRA, Malaí Guedes. Hoje é dia de Arte. IBEP. VASCONCELOS, Thelma, NOGUEIRA , Leonardo. Reviver nossa Arte. Scipione. VENEZIA, Mike. Mestre da Arte. Moderna. 150 Apresentação Geral da Disciplina de Ciências “ A soma dos conhecimentos humanos considerados em conjunto, ou ainda, o conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiências dos fatos e um método próprio” é o que se denomina ciência segundo o dicionário Aurélio. Cada ciência particular possui um código, uma lógica interna, métodos próprios de investigação que se expressam nas teorias, nos modelos construídos para interpretar os fenômenos que se propõe explicar. Apropriar-se desses códigos, dos conceitos e métodos relacionados a cada uma das ciências, compreender a relação entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, representa ampliação das possibilidades de compreensão do mundo e de participação efetiva nesse mundo. “ Desde o surgimento da humanidade, o homem tenta resolver seus problemas e ensaia explicação sobrenaturais. Produzir ciência faz parte da atividade humana. Ensinar como o conhecimento é produzido exige pensá-lo numa dimensão de historicidade, considerando que o processo de produção é determinado pelas condições sociais da época. A ciência nasceu da contemplação da natureza. Explicações sobrenaturais para os fenômenos satisfaziam às civilizações primitivas. Essas explicações eram passadas de pai para filho dentro das pequenas comunidades, e isso perdurou até a instituição da escola, centrada no professor, dono do saber, que através de exposições, transmita aos seus alunos, receptores passivos que devem devolvê-lo nas provas tal como foi recebido, sem nenhum questionamento. Surge a ciência experimental onde o mundo é observado à partir do real, do observável. Essa nova concepção de ciência tem exercido influência recentemente. A nas propostas dificuldade na de ensino aquisição surgidas de novos conhecimentos não está na existência de conhecimento prévio dos alunos, baseados em idéias intuitivas ou pré/conceituais e sim na forma como esses conhecimentos 151 são adquiridos. Sendo assim, no ensino de ciências, o aluno deve encontrar conhecimentos espaço para atualmente incorporar disponíveis tanto quanto os os mecanismos de produção desses conhecimentos.” (GEILSA COSTA SANTOS). Na década de 70, as questões ambientais decorrentes da industrialização desencadearam nova visão sobre o Ensino de Ciências. Passou-se a discutir as implicações sociais de desenvolvimento científico. O sistema de ensino brasileiro sofreu novas mudanças significativas com a promulgação da LDB 5692/71. “A escola secundária deve servir agora não mais à formação do futuro cientista ou profissional liberal mas principalmente ao trabalhador, peça essencial para responder às demandas do desenvolvimento” (KRASILCHIK,1987) Na década de 80 o mundo se encontrava em competição tecnológica. A democratização acaba por influenciar o ensino de ciências, enfatizando as discussões sobre a sua função social. As metodologias ligadas ao modelo escolanovista são foco de críticas neste período e há uma preocupação em defender a melhoria da qualidade de ensino através da prática social. No entanto, problemas relacionados às causas econômicas, uso indiscriminado do ambiente, atividades agrícolas e industriais não eram consideradas. Nos anos 1990, ocorre uma grande e profunda crise econômica e social, expressa das desigualdades sociais. Nessa década, o neoliberalismo no mundo e no Brasil, traz a discussão da qualidade total e da estratégia empresarial para o contexto educacional. Essa postura é criticada por grupos de professores de diferentes áreas, que afirmam que a escola tem o papel numa sociedade solidária e justa, de formar um cidadão crítico e transformador. (OLIVEIRA, 2004). No início dos anos 90 o “Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná veio responder às necessidades sociais e históricas, que caracterizavam a sociedade da época. Nesse momento, a pedagogia histórico-crítica fundamentou o paradigma educacional. O ensino de ciências no currículo básico, perdeu 152 força a partir da promulgação da Lei 9394/96, isso devido à mudança de paradigma da educação, na qual a escola perdeu o caráter de espaço social e transformador e passou a ser entendida como modelo neoliberal. O conhecimento científico atual é, portanto, resultado da cooperação, da criatividade do envolvimento das pessoas é da sociedade, das pesquisas e até mesmo dos erros de um grande número de pessoas, observações e descobertas que ocorreram ao acaso ao longo dos anos. A eventual vivência do método científico, ao invés de treinar pequenos cientistas, deverá estar voltada para colaborar no longo e complicado processo de formação do pensamento lógico e crítico do estudante. Por isso, o experimento não deverá chegar ao aluno como uma receita a ser colocada em prática, mas sim como algo que inclusive ele tenha a responsabilidade de arquitetar. Nesse sentido a redescoberta deverá ser uma técnica didática utilizada com muita moderação e não se constituir obrigatoriamente no procedimento principalmente no ensino de ciências. Assim encarnada e desenvolvida essa diretriz poderá trazer valiosa contribuição para levar o estudante ao domínio crítico e harmônico de escolaridade. A ciência tem de ser apresentada como uma atividade humana, que na essência, não difere de outras atividades, porque é feita por seres humanos, impulsionada pela sociedade e para a sociedade. “ Não estamos analisando o desenvolvimento da ciência da natureza como sendo um processo autônomo, independente das relações econômicas, mas compreendendo-as nos limites do modo de produção que a explicita” (Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná p. 126). A partir de 2003, iniciou-se um novo período na história da educação paranaense. Isso se deve ao processo de reformulação da política educacional do Estado. Destaca-se o descrédito à proposta neoliberal de educação, resgatando a função da escola e o tratamento dos conteúdos específicos e saberes historicamente constituídos. Cabe ressaltar que o acesso à formação continuada específica fornece subsídios consistentes e úteis ao cotidiano da sala de aula. “ O ensino de ciências deve levar o aluno à compreensão do mundo sempre procurando partir da sua realidade induzindo-o a 153 construir conceitos científicos sobre tudo que o cerca, como também estar atento às novas mudanças e, descobertas. Deve desenvolver hábitos de saúde pessoal, social e ambiental, visando bens coletivos onde o homem como agente racional, construtivo e modificador tenha como prioridade a conservação e a preservação da vida e do ambiental, usufruindo “ sem destruir”. Segundo Piaget, “ o verdadeiro conhecimento é aquele que é utilizável, é fruto de uma elaboração (construção pessoal), resultado de um processo interno de pensamento durante o qual o sujeito coordena diferentes noções entre si, atribuindo-lhes um significado, organizado-as e relacionando-as com outras anteriores. Esse processo é inalienável e intransferível, ninguém pode realizá-lo por outra pessoa”. A Ciência, continuamente além de um confirmados acervo de conhecimentos, retificados e, por vezes, completamente superados, também constitui um modo de pensar, de chegar a conclusões coerentes a partir de premissas estimular de questionar preconceitos de o equilíbrio entre novas idéias e as já estabelecidas. É uma construção humana coletiva da qual participam a imaginação, a intuição e a emoção. Dessa forma a escola deixa de ser uma instituição fechada em si mesma, apoiadas no tripé professor-aluno-conteúdos para tornar-se uma escola aberta ao seu entorno buscando uma interação entre o conhecimento científico e a vida cotidiana. A comunidade científica sofre a influência do contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Portanto, fazer Ciência exige escolhas e responsabilidades humanas. “O professor que tem entusiasmo que é otimista, que acredita nas possibilidades do aluno, é capaz de exercer uma influência benéfica na classe como um todo e em cada aluno individualmente, pois sua atitude é estimulante e ajustados”( PILETTI, 1998.p.19). 154 provocadora de comportamentos Segundo Maria C. da C. Campos e Rogério G. Nigro (1999) “atualmente, acredita-se que o objetivo do ensino de Ciências Naturais não pode se limitar à promoção de mudanças conceituais ou ao aprendizado do conhecimento científico e de atitudes nos alunos. Buscase, então, um ensino de ciências como investigação, levando os alunos a serem capazes, cada vez mais, de construir conhecimentos sobre a natureza mais próximos do conhecimento científico que do senso comum. De qualquer forma, busca-se como ponto inicial para o ensino aprendizagem de Ciências os problemas com os quais os alunos se defrontam”. Objetivo Geral: A proposta de Ciências tem a intenção de contribuir com a formação de cidadãos críticos, autônomos, participante da sociedade, com uma visão ampla de mundo, capazes de nele intervir e transformar sua realidade. O ensino de Ciências deve inquietar, sensibilizar, estimular a refletir sobre suas representações do mundo, de modo que as atividades desenvolvidas possa conduzir o aluno na construção do conhecimento científico e fazer dele uma pessoa capaz de buscar soluções para os diferentes momentos de sua vida. O conhecimento científico tem o mérito de ampliar nossa capacidade de compreender e atuar no mundo em que vivemos. Por isso, o ensino de Ciências deve oferecer ao aluno a oportunidade de reflexão e de ação e prepará-lo para reindicá-las por amadurecimento próprio. Esse ensino só poderá alcançar esse objetivo se estiver vinculado à situações cotidianas, nas quais o aluno é convidado a posicionar-se diante de fatos e fenômenos novos. Dessa forma, o estudante aprende a problematizar situações aparentemente inquestionáveis e a aceitar diferentes maneiras de ver o mundo. Segundo BIZZO, deve-se reconhecer que a ciência é diferente de ciências. A ciência realizada em laboratório requer um conjunto de normas e posturas. Seu objetivo é encontrar resultados inéditos que possam explicar outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é 155 alcançar resultados esperados, aliás planejados, para que o estudante possa entender o que é conhecido. Objetivos Específicos Compreender a importância da relação do ser humano com o ambiente; Entender as relações positivas e negativas que o ser humano desenvolveu com um grande número de animais; Identificar relações entre conhecimento científico e tecnologia; Reconhecer a importância da biosfera e sua estrutura; Diferenciar as camadas da Terra; Descrever a formação das rochas reconhecendo sua importância; Identificar e exemplificar os diferentes tipos de rochas; Compreender o processo de formação do solo; Classificar e selecionar os diferentes tipos de solo; Perceber que o lixo pode ser aproveitado se adotarmos atitudes positivas de separação; Compreender a dependência dos seres vivos com a água e sua importância no dia-a-dia; Classificar as fases e mudanças sofridas pela água; Esquematizar o ciclo da água na natureza percebendo a interferência do ser humano; 156 - Definir as propriedades do ar e sua importância; - Identificar os componentes do ar atmosférico; - Adquirir noções sobre o efeito estufa; - Compreender os processos de transmissão e prevenção de doenças causadas pelo solo, água e ar. - Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento; - Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais ,colocando em prática conceitos, aprendizado escolar;. 157 procedimentos e atitudes desenvolvidos no 5ª série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS OBJETIVOS ENCAMINHAMENTOS ESPECÍFICOS ESPECÍFICOS METODOLÓGICOS os Aulas expositivas A vida e o Reconhecer componentes e a dialogadas; ambiente de um Variedades de organização ecossistema. Pesquisas com produções ecossistema as relações de textos,painéis, Componentes e Perceber murais, organização do alimentares e tróficas de desenhos, uma cadeia alimentar. jornais,etc. ecossistema entre Fotossíntese e sua Distinção ecossistema, comunidade e Construção de modelos e importância população e diversidade jogos didáticos, ,além de Relações cartazes; alimentares nos dos ecossistemas. Compreender as ecossistemas (I) transformações que a Leitura e discussão de Relações textos; alimentares nos superfície da Terra vem sofrendo ecossistemas (II) Interpretações de textos; Tipos de Diferenciar os tipos de materiais que Desenhos ilustrativos e ecossistemas com legenda; As florestas e matas formam o interior do planeta. brasileiras Construção de folders; Os ecossistemas Identificar as rochas e o solo como aquáticos. principais componentes do Atividades experimentais; Universo. solo . Sistema solar. Possíveis relações Estrutura da Entender qual é a importância do conceituais: Terra Pesquisas atuais Origem e estudo dos fósseis. História da Astronomia constituição do Identificar a água como recurso Vulcões planeta Terra indispensável à vida e Tsunamis Teoria do Big Bang Minerais e sua casa O interior da Terra; compreender como ocorre sua distribuição no Terremotos e tornados Galáxias , estrela Poluição e contaminação (Sol), As estações planeta. do solo do ano, A lua- Perceber que a água participa de um ciclo Poluição e contaminação satélite contínuo provocado pela da água natural;Planetas, energia solar; Poluição do ar asteróides, cometas, reconhecer as mudanças de Queimadas eclipses; Desmatamento A composição da estados físicos no ciclo. Manejo do solo crosta Verificar que á água é o Compostagem terrestre;rochas, solvente universal Mata ciliar minerais , manto e Perceber que a água Preservação dos aqüíferos núcleo. Os fósseis ; Vulcões própria para consumo deve Aquecimento global Plásticos biodegradáveis Conhecendo o ser obtida em estações de tratamento. Elevadores hidráulicos solo Contribuir para eliminar o Lixo e ambiente O solo Coleta seletiva de lixo Propriedades dos desperdício da água . Fauna brasileira em solos Verificar como podemos extinção Desgaste do solo Manejo adequado adquirir doenças através da Mata de Araucárias água Reservas ambientais do solo 158 O solo e a saúde; A água na Terra A água nos seres vivos e na Terra Estados físicos da água O ciclo da água Propriedades da água O tratamento da água . A água e a saúde O ar na Terra A atmosfera Os gases da atmosfera Os fenômenos atmosféricos Propriedades do ar O ar em movimento Modificações na atmosfera O ar e a saúde Os materiais se transformam Transformações químicas decomposição do lixo e de outros materiais da natureza. Transformações físicasdilatação térmica, fragmentação. Características dos materiais – diferenças entre corpo e matéria. e a possíveis medidas de prevenção. Definir as propriedades do ar e saber como prová-las. Identificar os componentes do ar atmosférico. Perceber que a energia solar está relacionada com movimentos do ar e a complexidade dos fenômenos atmosféricos. Conhecer algumas modificações atmosféricas provocadas pela interferência humana no ambiente. Identificar uma transformação química e perceber que ela altera a composição de materiais. Identificar uma transformação física e perceber que ela altera a forma de materiais. Perceber que os materiais têm massa e volume. Matas brasileiras Curupira Projeto Tamar Exploração da Amazônia RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS De acordo com o processo de ensino aprendizagem dos alunos serão utilizados recursos didáticos pedagógicos tecnológicos, instrucionais e de espaço como: livros didáticos, textos de revistas e jornais, figuras, revista em quadrinhos, músicas, quadro de giz, mapas, globos, modelos didáticos, microscópio, lupa, jogos, TV pendrive, computador, retroprojetor, spinghit, organogramas, mapas conceituais e tabelas,laboratórios, exposições, debates. 159 de relações,diagrama, gráficos, AVALIAÇÃO,CRITÉRIOS, INSTRUMENTOS AVALIATIVOS E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS. O principal objetivo é fazer com que os alunos posam compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano como sendo integrante e agente de transformações do mundo em que vive; analisar a Terra como um planeta com características físico-químicas do ar, da água e do solo que possibilitam a vida. Os instrumentos de avaliação comportam , por um lado, a observação sistemática e contínua durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos estudantes , as respostas dadas , os registros de debates e diálogos , filmes, realização de experimentos , os desenhos de observação , resolução de exercícios e problemas, pesquisas em livros , revistas e jornais, caça palavras, cruzadinhas ,produção de cartazes, panfletos, murais, trabalhos em grupo, confecção de jogos educativos, provas dissertativas e de múltipla escolha. Assim que diagnosticada as dificuldades dos alunos em relação a determinados conteúdos principalmente nas provas escrita será reralizada a recuperação em seguida. 6ª série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA, BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS OBJETIVOS ENCAMINHAMENTOS ESPECÍFICOS ESPECÍFICOS METODOLÓGICOS Aulas expositivas As interações entre Reconhecer as diversidades das dialogadas; os seres vivos espécies.Perceber que As populações . As relações os organismos interagem Pesquisas com produções de entre si e estabelecem textos,painéis, desenhos, ecológicas. murais, jornais,etc. Ação humana nos relações ecológicas. Compreender que o ser ecossistemas A energia luminosa humano faz parte do Construção de modelos e ambiente e que suas jogos didáticos, ,além de e os seres vivos cartazes; O Sol ( constituição ações interferem nele. físico e química ) e a Reconhecer que o Sol é a fonte de energia da Leitura e discussão de energia. O calor e os seres Terra e que luz e calor textos; são fontes de energia. vivos. As estratégias dos Compreender que os Interpretações de textos; são Desenhos ilustrativos e com seres vivos. A luz e os vegetais responsáveis pela legenda; seres vivos. absorção da energia Movimentos e pela Construção de folders; terrestres/ celestes. solar transformação dela em Dias e noites alimento. Atividades experimentais; Eclipse do Sol Perceber que os animais Eclipse da Lua relações A organização e a podem ter duas fontes Possíveis origem dos seres de calor: (endotermos e conceituais: 160 vivos A célula. As principais estruturas celulares. Células procarióticas e eucarióticas. A Terra antes do surgimento da vida . A Origem e a evolução dos seres vivos. A diversidade da vida A classificação dos seres vivos. Os cinco reinos dos seres vivos. Os vírus. O reino Monera. O ambiente, a saúde e os seres microscópicos Reino Protista. Reino Fungi. O Reino Planta Características das plantas. As células e os tecidos vegetais. A nutrição das plantas. Plantas com sementes. Plantas sem sementes. A raiz O caule A folha A flor O fruto A semente Reino Animal- os invertebrados Poríferos e cnidários Platelmintos Mematódeos Moluscos Anelídeos Artrópodes Equinodermos Parasitoses O Reino Animal- os vertebrados Os vertebrados Os peixes Os anfíbios Os répteis 161 ectotermos). Identificar as estratégias dos seres vivos às diferentes temperaturas. Verificar a relação da luz com o desenvolvimento dos vegetais. Reconhecer as características comuns a todos os seres vivos . Perceber que a célula é a unidade básica dos seres vivos. Identificar as estruturas fundamentais da célula. Identificar seres unicelulares, multicelulares, procariontes, eucariontes, autótrofos e heterótrofos. Compreender como era a Terra antes do surgimento da vida . Entender a necessidade da classificação dos seres vivos. Caracterizar os cinco reinos apresentados. Compreender por que os vírus não estão classificados em nenhum reino. Identificar as características do reino Monera ,reino Fungo e reino Protoctista como seus representantes se reproduzem e a interação com o ambiente. Identificar as doenças emergentes e reemergentes. Compreender as principais características das plantas e suas adaptações. - Reconhecer as funções da raiz, caule, flor, fruto, folha e semente das plantas. Identificar os diferentes filos de animais invertebrados e suas características. Perceber a diversidade Ação humana nos ecossistemas. Renovação dos ecossistemas Impactos ambientais Desmatamento Espécies exóticas Exploração da caça e da pesca Tráficos de animais e vegetais Animais em extinção Poluição do ar, da água e do solo Resíduos químicos no ambiente Renovação dos ecossistemas Crescimento da população humana História da Ciência História da Vacina História da penicilina. Biotecnologia dos fungos Aranha-marrom no Paraná Os perigos da automedicação. A descoberta da fotossíntese. Polinizadores dispersores de sementes. O uso dos fisioterápicos Hidroponia: uma técnica de cultivo. Deve se comer frutas e verduras? Parasitoses Literatura brasilieria e os casos de doenças- o Jeca Tatu,Institutos Oswaldo Cruz, Butantan e outros. Saneamento básico O desafio da dengue Serpentes peçonhentas As aves Os mamíferos dos invertebrados. Compreender o processo de metamorfose dos insetos. Conhecer algumas parasitoses causadas por platelmintos e nematelmintos e como são transmitidas. Identificar os diversos grupos de animais vertebrados e suas características . Perceber a diversidade dos vertebrados Conhecer as serpentes peçonhentas e o tratamento para acidentes ofídicos. Caracterizar as estruturas que conferem a capacidade de vôo às aves. Reconhecer as estratégias , de alguns grupos, relacionados à vida terrestre. RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS De acordo com o processo de ensino aprendizagem dos alunos serão utilizados recursos didáticos pedagógicos tecnológicos, instrucionais e de espaço como: livros didáticos, textos de revistas e jornais, figuras, revista em quadrinhos, músicas, quadro de giz, mapas, globos, modelos didáticos, microscópio, lupa, jogos, TV pendrive, computador, retroprojetor, spinghit, organogramas, mapas conceituais e de relações,diagrama, gráficos, tabelas,laboratórios, exposições, debates. AVALIAÇÃO,CRITÉRIOS, INSTRUMENTOS AVALIATIVOS E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS. O principal objetivo é identificar as principais características dos seres vivos, compreendendo as teorias que buscam explicar a origem da vida no planeta Terra; reconhecer os cinco grupos dos seres vivos com suas características peculiares e suas respectivas importâncias para o equilíbrio dos ecossistemas terrestres. 162 Os instrumentos de avaliação comportam , por um lado, a observação sistemática e contínua durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos estudantes , as respostas dadas , os registros de debates e diálogos , filmes, realização de experimentos , os desenhos de observação , resolução de exercícios e problemas, pesquisas em livros , revistas e jornais, caça palavras, cruzadinhas ,produção de cartazes, panfletos, murais, trabalhos em grupo, confecção de jogos educativos, provas dissertativas e de múltipla escolha. Assim que diagnosticada as dificuldades dos alunos em relação a determinados conteúdos principalmente nas provas escrita será realizada a recuperação em seguida 7ª série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA, BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS OBJETIVOS ENCAMINHAMENTOS ESPECÍFICOS ESPECÍFICOS METODOLÓGICOS Reconhecer as Aulas expositivas dialogadas; da O ser humano: características espécie humana. Pesquisas com produções de evolução e estrutura o textos,painéis, desenhos, Origem e evolução do Perceber desenvolvimento do murais, jornais,etc. Universo O ser humano no reino cérebro ao longo da evolução, até o ser Construção de modelos e jogos animal. atual. didáticos, ,além de cartazes; A comunicação humano Identificar as ações humana. Leitura e discussão de textos; Os movimentos humanas, relacionando-as com humanos. Interpretações de textos; O comportamento responsabilidade. Perceber a célula Desenhos ilustrativos e com humano. unidade da legenda; Teorias sobre a origem como vida. Perceber a do universo importância do DNA Construção de folders; A célula. e do RNA como O núcleo e informação materiais Atividades experimentais; hereditária. dos O núcleo e a divisão hereditários seres vivos. Possíveis relações conceituais: celular. Reconhecer os Os genes.Mendel e a cromossomos e o Evolução cultural do homem origem da Ciência cariótipo, bem como Formas de comunicação do Genética. as alterações homem Hereditariedade cromossômicas. Comportamento da espécie humana. Conhecer a história humana Determinação do sexo. de Mendel e sua Prevenção de epidemias Leis da herança contribuição para a A cárie genética. Genética. A tecnologia em pauta: Os tecidos animais. Identificar algumas laparoscopia A reprodução humana A cólera Crescimento e características hereditárias . Obesidade podemos melhorar? mudanças no corpo Conhecer algumas Cuidando do coração humano. que A medida da pulsação O sistema genital hipóteses 163 masculino. O sistema genital feminino. O ciclo menstrual. A fecundação. A gravidez, gestação e o parto. Métodos anticoncepcionais e DSTs A coordenação nervosa e hormonal O sistema nervoso. O sistema nervoso central. O sistema nervoso periférico. O sistema endócrino. Glândulas e hormônios. Os sentidos e a locomoção Os sentidos. O sistema esquelético. O sistema muscular. As articulações. Lesões nos ossos e músculos. Nutrição: alimentos, nutrientes e digestão A nutrição e os alimentos As vitaminas e os sais minerais Os carboidratos Os lipídios e as proteínas A dieta adequada A nutrição : o sistema digestório As etapas da digestão Algumas doenças do sistema digestório Nutrição: transporte e circulação de sangue Sistema cardiovascular Sangue e seus componentes O coração e suas cavidades A circulação O sistema linfático O sistema imunitário A saúde do sistema cardiovascular e sistema linfático A respiração: o sistema respiratório 164 levaram à teoria da evolução. Conhecer as principais estruturas celulares. Conhecer os processos de divisão celular. Identificar os diferentes tecidos animais. Identificar as mudanças que ocorrem no corpo humano desde o nascimento. Perceber as mudanças físicas e comportamentais típicas da adolescência. Conhecer o sistema genital masculino e feminino e suas partes. Entender o ciclo menstrual e sua importância. Identificar o processo de fecundação. Conhecer as etapas da gestação e desenvolvimento do feto,bem como os cuidados durante a gravidez. Conhecer os métodos anticoncepcionais. Reconhecer o neurônio como unidade estrutural e funcional do sistema nervoso, bem como ocorre a coordenação nervosa. Compreender a organização do sistema nervoso e identificar as diversas partes, bem como suas funções. Conhecer o sistema endócrino e seu modo de ação. Conhecer os distúrbios que podem afetar o sistema Exames sanguíneos, transfusões e doação sanguíneas Soro e vacina Conseqüências das drogas no organismo Reprodução humana assistida genealogias Métodos contraceptivos Gravidez precoce Doenças venéreas A saúde e o hábito de fumar O álcool afeta o sistema nervoso? Postura corporal Os movimentos respiratórios A nutrição: respiração e excreção A respiração celular A excreção: o sistema urinário A formação da urina Doenças do sistema urinário 165 nervoso e endócrino. Reconhecer os estímulos ambientais que são percebidos pelo organismo. Identificar os órgãos dos sentidos e a função de cada um deles. Conhecer o sistema esquelético e muscular e suas respectivas funções. Perceber as doenças relacionados ao sistema muscular e esquelético. Identificar os nutrientes e sua importância para o organismo. Conhecer a energia nos alimentos e uma dieta adequada. Identificar as partes do sistema digestório e suas funções. Conhecer doenças do sistema digestório e medidas de prevenção Conhecer o sistema cardiovascular e a função de cada órgão. Conhecer a composição e o percurso do sangue. Conhecer o sistema imunitário. Perceber a importância dos soros e vacinas. Compreender as doenças que estão relacionadas ao sistema cardiovascular e linfático. Reconhecer e entender a funcionalidade dos componentes do sistema excretor. RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS De acordo com o processo de ensino aprendizagem dos alunos serão utilizados recursos didáticos pedagógicos tecnológicos, instrucionais e de espaço como: livros didáticos, textos de revistas e jornais, figuras, revista em quadrinhos, músicas, quadro de giz, mapas, globos, modelos didáticos, microscópio, lupa, jogos, TV pendrive, computador, retroprojetor, spinghit, organogramas, mapas conceituais e de relações,diagrama, gráficos, tabelas,laboratórios, exposições, debates. AVALIAÇÃO,CRITÉRIOS, INSTRUMENTOS AVALIATIVOS E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS. O principal objetivo é fazer com que os alunos posam compreender a organização geral do corpo humano, desde sua unidade morfofisiológica básica, a célula até a organização destas em tecidos e órgãos.Estabelecer relações entre o funcionamento dos diferentes sistemas do corpo e perceber que esses agem de forma integrada. Os instrumentos de avaliação comportam , por um lado, a observação sistemática e contínua durante as aulas sobres as perguntas feitas pelos estudantes , as respostas dadas , os registros de debates e diálogos , filmes, realização de experimentos , os desenhos de observação , resolução de exercícios e problemas, pesquisas em livros , revistas e jornais, caça palavras, cruzadinhas ,produção de cartazes, panfletos, murais, trabalhos em grupo, confecção de jogos educativos, provas dissertativas e de múltipla escolha. Assim que diagnosticada as dificuldades dos alunos em relação a determinados conteúdos principalmente nas provas escrita será utilizada a recuperação em seguida 8ª série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA, BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS OBJETIVOS ENCAMINHAMENTOS ESPECÍFICOS ESPECÍFICOS METODOLÓGICOS Aulas expositivas dialogadas; As propriedades dos Reconhecer a massa e materiais o volume como Pesquisas com produções de A matéria e suas propriedade gerais da textos,painéis, desenhos, propriedades matéria. murais, jornais,etc. Os estados físicos da matéria Mudanças de estado Perceber que algumas Construção de modelos e jogos didáticos, ,além de físico da matéria propriedades Substâncias puras e específicas das cartazes; 166 misturas Soluções A separação das misturas As transformações da matéria Átomos e elementos Tabela periódica – classificação dos elementos químicos As ligações químicas As reações químicas Energia nas reações químicas A velocidade das reações químicas Diversidade de substâncias Ciclos dos materiais O ciclo do carbono O ciclo do oxigênio O ciclo do nitrogênio Os compostos orgânicos Energia, calor e temperatura A energia Transformações de energia Temperatura e calor A medida de temperatura Transmissão de calor Dilatação e contração térmicas Ondas, som e luz As ondas: tipos e características O som A propagação do som A luz Reflexão e refração da luz Visão e as lentes A eletricidade e o magnetismo As cargas elétricas A corrente elétrica O circuito elétrico O magnetismo O eletromagnetismo Movimentos e forças Os movimentos As forças Trabalho e máquinas Princípios da Dinâmica Astros 167 substâncias dependem Leitura de seu estado físico. textos; e discussão de Caracterizar os Interpretações de textos; estados físicos da Desenhos ilustrativos e com matéria e suas legenda; possíveis mudanças; Construção de folders; Classificar os materiais do cotidiano em substâncias simples ou compostas, puras ou misturas; Aplicar métodos de separação de misturas do cotidiano utilizando equipamentos simples; Perceber a existência de vários tipos de soluções. Explicar as propriedades associadas aos números atômico, de massa e carga elétrica; Relacionar a configuração eletrônica de um elemento com sua posição relativa na tabela periódica e classificar os elementos como metais, ametais, gases nobres e hidrogênio; Associar as propriedades dos compostos com as ligações químicas entre as partículas que os formam; Identificar relações entre Ciência, Tecnologia e modo de vida, compreendendo o fazer tecnológico como um meio para atender às necessidades humanas; Familiarizar o aluno Atividades experimentais; Possíveis relações conceituais: A evaporação e a produção de sal A panela de pressão A ação dos detergentes O que fazer com tanto lixo A tintura dos tecidos A corrosão dos metais O que fazer com as pilhas? A importância do iodo Os plásticos recicláveis Intensificação do efeito estufa Como medir temperaturas muito altas e muito baixas Usina elétrica solar Caixas de leite contra o calor O forno de microondas Consumo de energia elétrica residencial Raios matam 200 pessoas por ano no Brasil Vale a pena correr? As leis de trânsito A inclusão digital no Brasil Como evitar a fadiga visual A rápida ascensão da internet Astronomia , Astronáutica e Astrologia Astros do Universo: características gerais ( planetas, planetóides , estrelas, asteróides, meteoros, meteoritos) Terra: movimentos, características, gravitação, peso e massa. Instrumentos espaciais ( satélites , luneta, telescópio, foguetes, estações e ônibus espaciais, sondas, robôs). Tecnologia de Informações e comunicação Estudando um caso: A inclusão digital no Brasil O computador A internet Algumas aplicações da informática 168 com a representação , leitura e interpretação de substâncias necessárias à vida, em especial, o carbono, o oxigênio e o nitrogênio. Perceber que os ciclos naturais resultam de um contínuo rearranjo de átomos na atmosfera, litosfera e hidrosfera. Verificar e analisar a participação do ser humano no ambiente, quer pela produção de novos materiais , quer pela produção de resíduos. Reconhecer as diferentes formas de energia , bem como suas fontes renováveis e não renováveis. Compreender a diferença entre temperatura e calor. Reconhecer instrumentos que permitem medir a temperatura de um corpo ou de um ambiente. Compreender que as ondas não transportam matéria , e sim, energia. Associar os dois tipos fundamentais de ondas e situações presentes no cotidiano. Identificar os diferentes tipos de lentes e as doenças relacionadas a visão. Conhecer as características e a forma de propagação das ondas sonoras, eletromagnéticas. Compreender o significado de um eclipse solar e lunar. Perceber os diversos instrumentos ópticos e suas funções. Perceber que a corrente elétrica como um movimento ordenado de elétrons num fio condutor. Perceber que a magnetita é um mineral que tem magnetismo, ou seja, propriedade de atrair objetos ferromagnéticos. Compreender as relações existentes entre os fenômenos elétricos e magnéticos. Identificar diferentes aplicações do eletromagnetismo, por exemplo, o alternador , o microfone e o altofalante. Promover a socialização de noções básicas sobre informática. Perceber as relações entre a eletrônica, a informática e as telecomunicações. Compreender que a inclusão digital é fator essencial para que a população brasileira tenha acesso à informática e assim ao conhecimento. Conhecer algumas aplicações da informática, como o telefone celular e os cartões magnéticos, de grande uso e utilidade no mundo atual. Diferenciar as características entre Astronomia , Astronáutica e Astrologia; Reconhecer as principais características dos astros do Universo. Conhecer os instrumentos usados para estudos espaciais. 169 RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS De acordo com o processo de ensino aprendizagem dos alunos serão utilizados recursos didáticos pedagógicos tecnológicos, instrucionais e de espaço como: livros didáticos, textos de revistas e jornais, figuras, revista em quadrinhos, músicas, quadro de giz, mapas, globos, modelos didáticos, microscópio, lupa, jogos, TV pendrive, computador, retroprojetor, spinghit, organogramas, mapas conceituais e de relações,diagrama, gráficos, tabelas,laboratórios, exposições, debates. AVALIAÇÃO,CRITÉRIOS, INSTRUMENTOS AVALIATIVOS E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS. O principal objetivo é fazer com que os alunos posam compreender os princípios físicos, químicos e biológicos envolvidos nos recursos tecnológicos e as aplicações desses recursos na sociedade e que venham a refletir criticamente sobre os riscos e os benefícios das práticas científico-tecnológicas. Os instrumentos de avaliação comportam , por um lado, a observação sistemática e contínua durante as aulas sobres as perguntas feitas pelos estudantes , as respostas dadas , os registros de debates e diálogos , filmes, realização de experimentos , os desenhos de observação , resolução de exercícios e problemas, pesquisas em livros , revistas e jornais, caça palavras, cruzadinhas ,produção de cartazes, panfletos, murais, trabalhos em grupo, confecção de jogos educativos, provas dissertativas e de múltipla escolha. Assim que diagnosticada as dificuldades dos alunos em relação a determinados conteúdos principalmente nas provas escrita será utilizada a recuperação em seguida. Metodologia Ao considerar a concepção dos princípios da disciplina de Ciências julgase necessário a implementação da prática pedagógica seja um sujeito ativo que colabora progressivamente na construção do conhecimento. Propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados por meio de uma metodologia crítica e histórica , de modo a considerar a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, para favorecer a compreensão dos fenômenos , uma vez que esses conhecimentos são 170 contribuições das ciências de referência e devem ser vistos em todas as séries finais do Ensino Fundamental. Serão utilizados vários encaminhamentos para nortear a assimilação dos conhecimentos como: problematização, contextualização, interdisciplinaridade , pesquisas, leitura científica, atividade em grupo, observação , atividade experimental, recursos tecnológicos como: livro didático, textos de jornais e revistas, músicas, quadro de giz, mapas, globos, modelos didáticos, microscópio, lupa, jogos, televisor, computador, retroprojetor e splinghit e recursos instrucionais como: organogramas, diagramas, caça-palavras, gráficos, tabelas, mapas de relações...., e ainda a utilização de espaços como: laboratórios, exposições e debates. Avaliação A avaliação se dará ao longo do processo ensino- aprendizagem possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos, contribuições importantes para verificarem medidas aos alunos para os mesmos se apropriarem dos conteúdos específicos tratados nesse processo. É necessário que o processo avaliativo ocorra de forma sistemática e a partir de critérios estabelecidos pelo professor respectivamente: - Aos conhecimentos acumulados pelos alunos e à prática social deles; - Ao confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos; - As relações e interações estabelecidas em seu progresso cognitivo, no cotidiano escolar e fora dele. Para que esta proposta de avaliação possa atender instrumentos avaliativos é fundamental propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos. Neste caso o professor se utilizará de: - Resultados observados no decorrer da aula, na resolução de atividades, experimentos , prova oral e escrita, trabalhos de pesquisa, trabalhos em grupo, atividades proposta como tarefa de casa. 171 Referências Bibliográficas CAMPOS, Maria C. da Cunha ; NIGRO, Rogério Gonçalves. Didática de Ciências o ensino aprendizagem como investigação . São Paulo : FTD , 1999. KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das Ciências. São Paulo EPU, 1987. OLIVEIRA, M. A .de Fundamentos econômicos da educação. Curitiba. IESDE, 2004. PARANÁ , Secretaria de Estado da Educação . Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná . 3 ed. Curitiba: SEED, 1997. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações.5 ed Campinas SP .Autores Associados , 1995. VALLE, Cecília . Manual do professor – 1 ed. Curitiba: Nova Didática, 2004. (Coleção Ciências). BIZZO, Nélio. Ciência: fácil ou difícil. São Paulo, Ática, 2000. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília: MEC, 1996. PARANÁ: Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares Curitiba: 172 da Educação Básica de Ciências SEED, 2008. Naturais. Moderna Apresentação Geral da Disciplina de Educação Física. A prática da atividade física confunde-se com a história do próprio homem. A história mostra que desde a pré-história os exercícios físicos eram cultivados sob diversas formas (danças, corridas, jogos). Esta situação perdurou por séculos, com pequenas modificações e ajustes em cada época. Sabemos que atualmente a Educação Física é o estudo do movimento intencional e expressivo, manifestado por uma totalidade corporal, queremos que as atividades expressivas, recreativas e esportivas participem do processo de crescimento e desenvolvimento de nossos alunos, em direção a sua auto-realização, integração e transformação da realidade social. Pretendemos que nossos alunos saibam da importância da Educação Física, dentro da nossa sociedade atual, pois através das diversas formas de movimentos (esportes, jogos e brincadeiras, ginástica,lutas e danças ) vamos preparar nossas crianças contra os efeitos negativos da vida moderna como: obesidade, sedentarismo, mecanização, preconceitos, tabus. Oportunizaremos a prática de atividades físicas que levam a um maior desenvolvimento das valências físicas fundamentais (resistência, velocidade, flexibilidade, força, agilidade), bem como os pressupostos do movimento (ritmo, respiração, percepções, coordenação), promovendo também o desenvolvimento dos aspectos intelectuais como raciocínio, observação, concentração, compreensão além dos outros. Temos a criança e o adolescente como indivíduo distinto com suas possibilidades e limites próprios, diferenciando segundo sua maturidade motora, sua capacidade de rendimento e seu interesse próprio, portanto as atividades de Educação Física levarão em conta a maturidade e habilidade individual de cada um. Optamos por uma Educação Física em que a atividade intelectual e a atividade corporal se harmonizem, desta forma preparando o aluno para o seu relacionamento consigo mesmo, com o outro e com o mundo. Pretendemos proporcionar a toda comunidade escolar ( alunos, pais, professores, funcionários ), atividades complementares, tais como 173 eventos esportivos, passeios, gincanas, festividades para que haja uma maior integração e sociabilização na escola. Primamos pela necessidade de manter atitudes higiênicas quanto ao asseio corporal, vestimentas, não permitindo roupas e objetos impróprios à prática de atividades físicas no decorrer das aulas, bem como de prevenir acidentes. Objetivos Gerais Desenvolver nos educados a consciência do seu próprio corpo, limites e necessidades, trabalhando a criança sempre como um todo, estimulando o gosto pela prática da Educação Física. Contribuir para o desenvolvimento integral do aluno, propondo desafios a serem vencidos criando novas formas de movimentos e exercitando sua criatividade durante todo o processo. Estimular o desenvolvimento das capacidades mentais e psicomotoras em geral, através de brincadeiras, brinquedos e jogos. Conhecer a origem dos diferentes esportes e sua mudança na história, bem como vivenciar os fundamentos básicos, táticos e regras. Estimular a socialização, senso crítico e o espírito de equipe, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas repudiando qualquer espécie de violência ou exclusão. Desenvolver a consciência corporal e participar de atividades corporais, estabelecendo relações com seu próprio corpo, com os outros, reconhecendo e respeitando as características físicas de si próprias e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais, sociais ou culturais. Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade das manifestações de cultura corporal do Mundo e do Brasil, valorizando a cultura afro-brasileira e percebendo-as como recurso valioso para integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais, explorando a expressão corporal e a criatividade. Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, 174 relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva. Organizar e praticar atividades corporais lúdicas e desportivas valorizando-as como recurso para usufruto do tempo disponível, bem como ter a capacidade de alterar ou interferir nas regras convencionais, com intuito de torná-las mais adequadas para o momento. Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes: Esporte Jogos e Brincadeiras Dança Ginástica Lutas Conteúdos Básicos propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes: Coletivos, Individuais e radicais. Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos. Danças folclóricas, danças de salão, danças de rua, danças criativas e danças circulares. Ginástica artística e olímpica, ginástica rítmica, ginástica de condicionamento físico, ginástica circense e ginástica geral. Lutas de aproximação, lutas que mantêm a distância, lutas com instrumento mediador e capoeira. Conteúdos Específicos propostos para a Educação Física na Educação Básica conforme a realidade da escola são os seguintes: Futebol, voleibol, basquetebol, handebol, futebol de salão, futevôlei. Tênis de mesa, atletismo. Queimada, peteca, corrida do saco, mãe pega, stop, bets, bulica. 175 Lenço atrás, dança da cadeira. Dama, trilha, xadrez. Dança das cadeiras cooperativas, salve-se com um abraço. Quadrilha, dança de fitas. Atividades de expressão corporal. Alongamentos, ginástica localizada, ginástica aeróbica, pular corda. Metodologia O estudo do corpo em movimento na Educação Física, tem como objeto de ensino as manifestações corporais e sua potencialidade formativa, que por meio dos conteúdos propostos, dos movimentos expressivos no esporte, ginástica, dança jogos, brinquedos e brincadeiras, a Educação Física tem função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, ter autonomia sobre ele e adquirir uma expressividade corporal consciente. Identificando as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a corporal idade pretendendo ir além da dimensão motriz levando em conta a multiplicidade de experiências manifestas pelo corpo. Dialogar com outras áreas de conhecimento que possam colaborar para o entendimento das manifestações corporais, por exemplo: ciências, artes e história. Através do diálogo e reflexão mediar situações conflitantes que envolvam a corporal idade. O conteúdo será apresentado e problematizado, desenvolvido e refletido (proposição, execução e reflexão). Todas as atividades deverão ser contextualizadas. O tratamento dado para as séries finais (7ª e 8º) terá mais amplitude, complexidade e aprofundamento. Produção de texto crítico, apresentação dinâmica dos textos, organização de um jogo prático, debate crítico das idéias abordadas e da aula prática, leitura de textos, aulas expositivas e direcionamento nas leituras, reflexões, debates e conclusões e pesquisa e apresentação. 176 Os conteúdos deverão ser enriquecidos e ampliados de acordo com a cultura e especificidades dos educandos. Construção individual ou coletiva de brincadeiras ou jogos, como também elaboração de materiais diversos. Aulas práticas e teóricas poderão ser ministradas na sala de aula, sala de informática, pátio, quadra e lugares afins, utilizando matérias de apoio como textos, revistas, artigos, pesquisas, vídeos, tvpendrive, etc. Devem ser levados em consideração a faixa etária do aluno e o grau de esclarecimento que possuem. Esse processo de forma contínua poderá revelar as alterações próprias das características desse momento de aprendizagem. Abordagens que incluam os alunos como participantes assíduos do processo avaliativo, pois além de estimular o desenvolvimento da responsabilidade pelo próprio processo, creditandolhe maturidade, responsabilidade, também favorecerá uma maior compreensão e localização desses alunos na construção do conhecimento. Os conteúdos devem ser claros para que o aluno, através do senso crítico aliado a necessidade de sentir-se reconhecido tornarão o processo de avaliação mais significativo. Os conteúdos devem ser direcionados para cada faixa etária onde o aluno tem por finalidade desfrutar de todos os benefícios com o qual esteja sendo trabalhado. Pretende-se avaliar se o aluno lê, compreende, interpreta, relaciona e estabelece relações com o cotidiano. Critica e expressa idéias com coerência. Trás conhecimento prévio sobre o assunto e se posiciona de forma crítica. Consegue aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas próprias posturas e atividades corporais com autonomia e valoriza-las. Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, e contribui com os colegas na realização do trabalho em grupo, utilizando formas de expressão que favoreçam as integrações grupais, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade. Do mesmo modo se o aluno organiza, interpreta as informações e pratica atividades da cultura corporal de movimento, demonstrando capacidade de adaptá-las, tornado mais adequadas ao movimento do grupo, a inclusão de todos. 177 Avaliação A avaliação escolar é um processo contínuo que deve ocorrer-nos mais diferentes momentos do trabalho. A verificação e a qualificação dos resultados da aprendizagem no início, durante e no final das unidades didáticas, visam sempre diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos a que continuem dedicando-se aos estudos. Instrumentos e procedimentos de avaliação, que o professor poderá utilizar: Sondagem das condições prévias dos alunos por meio de conversação informal e didática, discussão dirigida. Ficha de observação sobre a participação e contribuição no desenvolvimento de algumas atividades de grupos. Relatórios de apreciação de um evento esportivo ou de um espetáculo de danças onde determinados aspectos fossem ressaltados. Ficha de avaliação do professor quanto à capacidade do grupo aplicar as regras de um determinado jogo, reconhecendo as transgressões e atuando com autonomia. Ficha de observação do interesse e participação do aluno sobre diversos conteúdos. Avaliações dissertativas ou objetivas. Pesquisas, seminários, trabalhos e apresentações. Referências Bibliográficas: ANTUNES, Velso. Manual de técnicas de dinâmica de grupo de sensibilização de ludopedagogia. _ Petrópolis: Vozes, 1993. ASSIS DE OLIVEIRA, Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados. CBCE, 2001. BARBOSA, Cláudio L. de A. Educação Física escolar da alienação à libertação. Vozes: Petrópolis, 1997. BRASIL, Secretaria de Educação Física.Brasília MEC/SEF, 1998. 114p. 178 Fundamental. PCN. Educação BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. BRASIL ,Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. BARROS, C. PAULINO, W. R. O Corpo Humano. São Paulo. Ática. 1998. BARRETO, Débora. Dança: ensino , sentidos e possibilidades na escola. Campinas : Autores Associados, 2005. CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Adolescência. Vozes, 11 ed. Petópolis, 11987, 160p. CAPARROZ, Francisco Eduardo. Entre a Educação Física na escola e a Educação Física da escola. Campinas: Autores Associados, 2005. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Ed. Física. São Paulo : Cortez, 1992. CONCEIÇÀO, Ricardo Batista. Ginástica Escolar - Rio de Janeiro : Sprint, 1995. COSTILL E WILMORE. Fisiologia do Esporte e do Exercício. São Paulo : Manole. 2 ed. 2001. FERREIRA, Aluísio Elias Xavier. Basquetebol: técnicas e táticas : uma abordagem didática- pedagógica – São Paulo: EPU Ed. Da Universidade de São Paulo, 1987. Freire, João Batista. Educação de Corpo Inteiro: teoria e prática da Ed,. Física. São Paulo : Scipione, 1992. 179 FREIRE, João Batista. SCAGLIA,A J. Educação como prática corporal. São Paulo Scipione, 2003. FRITZEN, Silvino José. Jogos Dirigidos: para grupos, recreação e aulas de Educação Física – Petrópolis : Vozes, 1987. GIRARDI, Vânia L. Gênero relacionado à sexualidade nas aula de Educação Física. Curitiba,1996. Monografia ( Graduação em Licenciatura em Ed. Física ) universidade Paraná. LOPES, Maria da Glória. Jogos na educação : criar, fazer, jogar – São Paulo: Cortez, 2001. KOS. Ginástica – 1200 exercícios. Rio de Janeiro : Ao Livro Técnico,1979. MARQUES, Isabel A .Dançando na escola – São Paulo : Cortez, 2005. MELO, Rogério Silva de. 1000 Exercícios para Futebol – Rio de Janeiro: Sprint, 1997. MOREIRA, Sergio B. e BITTENCOURT, Nelson. Metas e Mitos : o treinamento racional para corridas de longa distância. Ed. Sprint : Rio , 1985. MORENO, Guilherme. Recreação : 1000Exercícios com acessórios – Rio de Janeiro: Sprint, 1998. NOGUEIRA, Claudio José Gomes. Educação Física na sala de aula – Rio de Janeiro : Sprint, 1995. Secretaria de Educação Fundamental . Brasília : MEC/ SEF, 1998. 436p. 180 SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba : Memvammem, 2006. SILVA, Pedro Antonio da. 3000 exercícios e jogos para Ed. Física escolar – vol. 1,2 e 3. Rio de Janeiro : 2 ed. Sprint, 2005. TEIXEIRA, Hudson Ventura. Ed. Física e Desportos. São Paulo : Saraiva, 4 ed. 2003. TIRADO; Augusto, SILVA, Wilson da. Xadrez : primeiros passos – módulos 1,2 e 3 Curitiba, Pr : Fundepar, 1994. TIRADO ; Augusto, SILVA, Wilson da. Meu primeiro livro de Xadrez. Curitiba : Expoente, 1995. TORRES, Patricial, Org. Uma leitura para temas transversais – Ensino Fundamental. Curitiba : SENAR – Pr, 2003. TUBINO, M. J. Gomes. O esporte no Brasil : do período colonial aos nossos dias. São Paulo : Ibrasa, 1996. VERDERI, Érica Beatriz. L. Pimentel. Encantando a Educação Física – Rio de Janeiro : Sprint ,1999. Weineck, J. Biologia do Esporte. São Paulo : Manole, 1991. WEISS, Luise. Brinquedos e Engenhocas – São Paulo : Scipione, 1997. 181 Apresentação Geral da Disciplina de Ensino Religioso Ensino Religioso é uma disciplina importante no processo de releitura do Fenômeno Religioso e socialização do conhecimento historicamente elaborado pela humanidade, que tem como objetivo de estudo o SAGRADO, por contemplar algo que está presente em todas as tradições religiosas. Os conteúdos estruturantes: a paisagem religiosa, o símbolo e o texto sagrado ajudam a compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural. A função básica da escola é a construção e socialização do conhecimento historicamente produzido e acumulado pela humanidade. A escola conhecimentos é , um espaço expansão da privilegiado criatividade, de construção de desenvolvimento da humanização, vivência de valores universais, promoção do diálogo interreligiosos, valorização da vida e educação para a paz. Sendo assim, não se pode ignorar a importância da disciplina de Ensino Religioso como “ parte integrante da formação básica do cidadão”. ( LDB – Art. 33). Segundo Costellla ( 2004) , três fatores ajudam a entender a necessidade de um novo enfoque para o Ensino Religioso. O primeiro é atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional, laico e que garante , por meio da Constituição , a liberdade religiosa. O segundo fator, diz respeito à própria maneira de aprender o conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia , da educação e da comunicação. O terceiro fator , traço característico da cultura ocidental, mostra uma profunda reviravolta nas concepções , em especial no século XIX , que atinge seu ápice na célebre expressão do filósofo alemão Friedrich Wihelm Nietzsche ( 1844- 1900) “ Deus está morto”, ou seja, Nietzsche metaforiza o fato da sociedade não ser capapz de crer numa ordenação cósmica. Transcendente/ Imanente, o que conduz a uma repulsa dos valores absolutos e também à não crença em qualquer valor ditado por uma ordem superior, o homem é levado a ser um criador de valores. 182 Segundo Nietzsche, isso leva a sociedade ao niilismo, a decadência moral religiosa vinculada de mantermos uma “ sombra” um lugar vazio, um local reservado ao princípio Transcendente/ Imanente e que fora destruído pela sociedade e que essa mesma não pode mais voltar a ocupar. Isto provocou uma reforma na sociedade européia que vinha sustentada em bases decadentes e ultrapassadas. A modernidade atribuía ao homem toda a responsabilidade sobre os destinos da humanidade, pois tudo o que foi elaborado no século XIX apresentava-se distante de uma explicação religiosa de mundo. Pode-se acrescentar, ainda, que a globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo também nas manifestações religiosas, nas crenças e na própria forma de interpretar o sagrado. Destaca-se ainda que as chamadas tecnologias de comunicação, aliadas aos estudos relativos à aprendizagem , têm ampliado as possibilidades de compreensão dos processos de apropriação de novos saberes ao longo da vida, condição essencial para a vida em sociedade, marcada pelas exigências do capitalismo. Diante de uma análise breve do quadro apresentado, faz-se necessário a superação de modelos lineares e fragmentados de compreensão da realidade e a busca de outros referenciais que permitam uma análise mais complexa da sociedade. É essa realidade que se coloca como desafio para a escola e, mais especificamente , para o Ensino Religioso. Assim, o processo de ensino e de aprendizagem visa à construção / produção do conhecimento e que, por conseqüência , se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente, da duvida – real ou metódica – do confronto de idéias, de informações discordantes e, também de exposição competente de conteúdos formalizados. As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural, postas também no âmbito religioso entre os países, de forma mais restrita, no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no presente, a sociedade esteve consciente 183 da unidade do destino do homem em todo o planeta e das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade. Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a necessária superação das tradicionais aulas de religião e a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas. Além disso, é necessário que o Ensino Religioso Escolar adquira status de disciplina escolar, a partir da definição mais consistente de seus conteúdos escolares, da produção de referenciais didático- pedagógico e científicos, bem como da formação dos professores. No ambiente escolar, as religiões interessam como objeto de conhecimento a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso , por meio do estudo das manifestações religiosas que delas decorrem e as constituem. As diferenças culturais são abordadas , de modo a ampliar a compreensão da diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente , e que, portanto , são marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais. Dessa forma, reafirma-se o compromisso da escola com o conhecimento , sem excluir do horizonte os valores éticos que fazem parte do processo educacional. Em outras palavras, pode-se dizer que : aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo. Isto supõe a distinção entre fé/ crença e religião, entre o ato subjetivo de crer e o fato objetivo que o expressa. Essa condição implica na superação da identificação entre religião e igreja, salientando sua função social e o seu potencial de humanização das culturas . Por isso , o Ensino Religioso na escola pública não pode ser concebido, de maneira nenhuma, como uma espécie de licitação para as Igrejas ( Costella, p. 97-107, 2004). A partir dessas considerações , as Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso têm como objetivo orientar também a abordagem e a seleção dos conteúdos. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o 184 sagrado compõe o universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de diferentes sociedades. Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à compreensão , comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado. Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e as suas manifestações são significativas para todos os alunos durante o processo de escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces da cultura e da constituição da vida em sociedade. Objetivos Gerais • Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõe o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto dos educandos. • Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável. • Compreender os eixos organizadores do conteúdo de Ensino Religioso. • Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural. • Compreender a presença do sagrado nas diferentes manifestações religiosas. • Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das Tradições Religiosas. • Identificar as diferenças culturais e religiosas a partir da realidade sócio-cultural dos alunos, desenvolvendo atitudes de respeito às diferenças e discriminação. 185 superação de toda forma de preconceito e • Entender o sagrado como parte da dimensão cultural que influencia a compreensão do mundo e a maneira como o homem religioso vive o seu cotidiano. • Conhecer os limites éticos propostos pelas Tradições Religiosas . • Identificar os textos sagrados das diferentes Tradições Religiosas, entendendo que são referencial de fé e orientação para a vida. • Conhecer a importância dos rituais, símbolos e espiritualidades das diferentes religiões na vida das pessoas. • Conhecer as diferentes idéias do Transcendente construídas ao longo do tempo, desenvolvendo uma atitude de respeito às diferentes concepções sobre o Transcendente. • Promover um espaço de reflexão na sala de aula, sobre os valores humanos e leis de qualidade de vida. Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 5ª série Ensino Religioso na Escola Pública. Eixos Organizadores • Orientações legais; • Objetivos; • Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como disciplina escolar. Valores Humanos • Reflexão e vivência em sala de aula. • Livro “ 12 Semanas para mudar uma vida”. • Estudo , reflexão e vivência no cotidiano- qualidade de vida. Respeito à diversidade Religiosa • Declaração Universal do Direitos Humanos e Constituição Brasileira. • Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão. • Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado. Lugares Sagrados 186 • Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação , de culto, de reverência, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais. • Lugares na natureza : riso, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.. • Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc... Textos Orais e Escritos • Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes tradições religiosas. • Literatura oral e escrita – cantos, narrativa, poemas, orações, etc.. Organizações Religiosas • Principais características de organização. • Estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos. • Diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado. • Fundadores e/ ou Líderes Religiosos. • Estruturas hierárquicas. Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 6ª série Valores Humanos • Reflexão e vivência em sala de aula. Eixos Organizadores • Estudo Sistematizados Universo Simbólico Religioso • Significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos. • Nos Ritos. • Nos Mitos. • No Cotidiano. • Arquitetura Religiosa : Mantras, Parâmetros Objetos, etc... Festas Religiosas 187 • Eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com diversos objetivos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. • Peregrinações: festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas. Vida e Morte • Respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições religiosas e sua relação com o sagrado. • O sentido da vida nas diferentes tradições religiosas. • Reencarnação. • Ressurreição. • Além Morte. • Ancestralidade. • Outras interpretações. Diversidades Religiosas • Organização da estrutura religiosa no Oriente e no Ocidente. • Fundadores e/ ou líderes religiosos que modificam a sociedade. • A revelação dos textos sagrados nas tradições do Oriente e Ocidente. • A idéia do Transcendente na visão tradicional e atual. • As religiões e a construção da paz no mundo de hoje. • Os diversos estilos de textos sagrados. • O significado do Transcendente na vida das pessoas. • A paisagem religiosa ( Biodiversidade). • Influência das crenças religiosas na vida prática das pessoas. • Princípios éticos das diversas tradições religiosas. • As diferentes espiritualidades das diferentes tradições religiosas do mundo. Metodologia O encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho. A metodologia deve ser flexível e adequada a cada conteúdo ou 188 tema a ser desenvolvido, de modo a favorecer a interação, o diálogo, a participação ativa e o compromisso com a vida. O educador tem a liberdade de desenvolver o trabalho pedagógico de acordo com o seu próprio método, desde que suas práticas pedagógicas desenvolvidas respeitem às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos. Uma das inovações propostas por estas diretrizes é a abordagem dos conteúdos de Ensino Religioso , tendo como objeto de estudos o sagrado, que será a base da qual serão tratados os conteúdos de Ensino Religioso. Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos, sem desconsiderar a sua aproximação com as demais áreas do conhecimento. Para que o Ensino Religioso contribua efetivamente com o processo de formação dos educandos, foram indicados, a partir dos conteúdos estruturantes: a paisagem religiosa, símbolos e textos sagrados a serem observados pelos professores. A forma de apresentação dos conteúdos específicos, explicita a intenção de partir de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade. Desse modo, convém, destacar que todo conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa: de forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado. Assim, os conteúdos a serem ministrados não têm o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações. A linguagem a ser utilizada deve ser pedagógica adequada ao universo escolar, capaz de traduzir e decodificar e conteúdo, facilitando a compreensão e assimilação do conhecimento: diálogo, abertura ao 189 diálogo de forma a atender a pluralidade e promover a troca de informações: questionadora, que facilite uma reflexão crítica, sem pretender ser a verdade absoluta sobre os assuntos abordados; cativante que desperte o interesse pelos conteúdos e o entusiasmo em aprender e otimista, que estimule o encantamento pela vida e a disponibilidade em construir um mundo de paz. As reflexões e análises são procedimentos que acompanham todo o processo e o professor pode encaminhar com questionamentos, diálogos, problematizações que promovam a conscientização , o entendimento e a decodificação do objeto de estudo. Essa decodificação progressiva permitirá o educando abrir sua visão, desarmar-se do preconceito, discernir , perceber a unidade na diversidade das tradições religiosas, como a defesa da vida, a busca de sentido e a necessidade da transcendência. Tendo em vista a diversidade de conteúdos e o necessário processo de pesquisa a ser realizado pelo professor, recomenda-se que a seleção priorize as produções de pesquisadores daquela manifestação do sagrado e, se necessário consultem produções oriundas da própria manifestação que se pretende tratar. Este procedimento evitará o uso de fonte de informações e de pesquisa comprometidas com os interesses de uma ou de uma outra tradição religiosa. Enfim, a intencionalidade e a direção do processo ensino/ aprendizagem devem conduzir para aquisição do conhecimento religioso e para a mudança qualitativa que se expressa no “ saber em si, no saber em relação ao saber de si” traduzidos em novas posturas de diálogo e reverência. Avaliação Faz necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos, ou seja, o Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina. 190 Mesmo com essas particularidades , a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina de Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimento, pelo aluno e pela sala, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos. Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos conteúdos estudados nas aulas. Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado pelo professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o educando expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm tradições religiosas diferentes da sua, se aceita e respeita as diferenças dos outros; se compreende que a idéia do Transcendente se constrói de maneira diversa; se reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade de cada grupo social; se entende que as verdades contidas nos textos sagrados traçam as experiências místicas de um povo, se conhece as diferentes respostas das Tradições Religiosas para a vida além da morte e busca respostas aos seus questionamentos existenciais, descobrindo e redescobrindo o sentido de sua vida; se emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado. Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações, terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de ensino e aprendizagem, retomando as lacunas identificadas no processo de apropriação dos conteúdos pelos alunos, bem como terá elementos para dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos conteúdos que desenvolverá posteriormente. Nesta perspectiva, terá também a partir do processo avaliativo dos educandos, indicativos importantes para realizar a sua auto-avaliação que orientará a continuidade do trabalho. Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que implicam na reprovação ou aprovação dos alunos, estas diretrizes orientam que o professor proceda com processo avaliativo, adotando instrumentos que 191 permitam à escola , ao aluno, aos seus pais ou responsáveis, identificarem os progressos obtidos na disciplina. Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação dos conhecimentos lhes possibilita conhecer a compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como possibilitará a articulação dessa disciplina com os demais componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura. A avaliação é processual , faz parte do processo de ensino aprendizagem. É um aspecto integrador entre a aprendizagem do educando e a atuação do educador na construção do conhecimento , formação de valores e convívio social. 192 Referências Bibliográficas: ASSINTEC/SEED/PR. Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná, 1992. BOFF, I . Novos paradigmas para o ensino religioso. Ed. Corpo Mente. Curitiba, 2000. BOWKER, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: JUNQUEIRA , S. WAGNER, R. (orgs). O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004. DURKHEIM, E. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Ed. Paulinas, 1989. ELIADE. M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: MARTINS Fontes, 1992. FIGUEIREDO, A. P. O ensino religioso – perspectivas tendências e desafios. Petrópolis: Vozes: 1996. FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOS. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino religioso. 2ª ed. São Paulo: Ave Maria, 1997. OTTO, R. O sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992. PIAZZA, W. O. Religião da humanidade. São Paulo, Loyola, 1997. S. M. E. Currículo básico da rede Municipal de Ensino de Curitiba, 1997/2000. 193 Apresentação Geral da Disciplina de Geografia Diante dos múltiplos desafios do futuro, a educação surge como trunfo indispensável à humanidade na construção de idéias de paz, liberdade e justiça social. O estudo da geografia deve ser compreendido como uma busca de estudos da dimensão da totalidade. Seu princípio é a compreensão do espaço geográfico, espaço este, solidário e contraditório, onde sistemas e ações não isoladas constroem a história. Segundo Pontruschka (1998), a geografia escolar conta com um espaço privilegiado para trabalhar na formação intelectual e ética dos jovens, na construção sua cidadania e na consciência de sua dignidade humana, além de ressaltar a importância da integração entre diferentes campos do conhecimento para uma visão mais ampla e profunda do mundo atual. O ensino da geografia tem como tarefa, além das informações relevantes a de contribuir com a formação do cidadão ativo e critico a formação estratégias de pensamento desse sujeito, pois além de ler escrever e pensar em Geografia, os educandos devem se apropriar ao conhecimento científico para formular suas próprias hipóteses, e aplicálas no cotidiano, buscando um mundo capaz de abrigar a todos, sem diferenças sociais, econômicas e territoriais. A geografia permite os alunos adquirirem hábitos e construir valores significativos da vida em sociedade. Na busca da vivência do educando com os lugares, levar a construção de compreensões novas e mais complexas a seu respeito, visando o desenvolvimento da capacidade de refletir. Conhecendo as características sociais, culturais e naturais do lugar onde vive, bem como de outros lugares sobre diferentes aspectos da realidade e compreendendo a relação homem /natureza. 194 Objetivos Gerais Tem como fundamentos norteadores em um ensino holístico, progressista e direcionado a pesquisa devendo enriquecer e aprofundar a relação consegue mesmo, com a família e membros da comunidade global, com o planeta e com o cosmo, onde a visão do todo deve considerar a intuição e emoção, respeitar as diferenças e promover a interação e as relações entre as partes, pois é o ser que constrói sua história, influi nomeio e por ele é influenciado. Portanto, a disciplina almeja proporcionar uma convivência no coletivo, síntese de múltiplas relações, buscando a transformação através da troca, da inter-relação dialógica e critica, ultrapassando o leia, escute, decore e repita para um espaço produtivo, gestor de projetos inovadores, transformadores e participativo, onde o professor será o mediador, o articulador. Específicos: • Identificar no espaço e no tempo o modo de ocupação em função das necessidades; • Perceber que o trabalho transforma pela apropriação dos recursos naturais; • Reconhecer que o trabalho se modifica no tempo, portanto, relaciona-se com a historia da humanidade; • Entender a organização do espaço geográfico deve conhecer e valorizar o inter-relacionamento entre os homens e destes com a natureza; • Questionar as implicações da relação entre os que detêm o poder econômico e político e aqueles subjugados pelo trabalho alienado; • Transformar a realidade social só é possível com a explicitação do espaço geográfico e encaminhamento dos conflitos; • Compreender o espaço geográfico a partir das interações entre homens e das suas relações com o ambiente. 195 Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 5ª Série Espaço e Noções de Tempo: Espaço e tempo: duas noções importantes; O espaço natural e o espaço geográfico ou humanizado; O tempo. A Natureza e seu Meio Ambiente: O tempo da natureza; Meio Ambiente em Debate; Os animais na Natureza. O Planeta Terra: A origem do Universo; O nascimento da Terra; A construção do Espaço: Os Territórios e os Lugares. Aprendendo a orientar-se: Cartografia e sua Linguagem; Orientação, Localização; Paralelos, Meridianos. Aprendendo a fazer Leituras de Mapas e Cartas: Coordenadas Geográficas; Mapas, Escalas, Plantas. Rotação e Translação: Zonas Térmicas da Terra; A Natureza fonte de vida; Lugares de vivência. Paisagens: Paisagens Culturais e Paisagens Naturais; As Dinâmicas da Natureza. 196 Aspectos Gerais Brasileiros: Clima, Solos, Relevos, Minerais e Rochas; As transformações nas relações entre Campo e Cidade no tempo e no espaço. Relações do Homem: O trabalho humano; A Natureza humana é transformada em produto pelo trabalho humano. O Mercado Consumidor: O mercado consumidor e a sociedade de consumo; A evolução da atividade industrial. Agricultura no Meio Rural: Agropecuária e Extrativismo Mineral. Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 6ª Série A Expansão do Espaço Geográfico: Os Países; Mundo Geográfico. População Mundo: A técnica e a População do Mundo; O crescimento e a distribuição populacional; População. A Estrutura da População: Estrutura por idade; Estrutura das Atividades Econômicas. Migrações Populacionais: Principais movimentos migratórios e grupos de imigrantes; O Brasil indígena; Identidade brasileira. 197 Atividades Econômicas e Desigualdades Socioeconômicas: Setores primários, secundários e terciários; Brasil e suas industrialização; O espaço como acumulação de tempos desiguais; As cidades/ Urbanização brasileira/ Regiões metropolitanas; A construção de espaço geográfico no Brasil; Regionalização brasileira. O Brasil e suas Regiões. Contemplando os Aspectos Gerais de cada Estado: População brasileira/ Problemas no Campo; Agropecuária; As principais fontes de energia; As Questões Ambientais; O Estado, suas classes sociais, sociedades urbanas, rurais e indústria brasileira. Região Sudeste: Relevo, hidrografia, clima, vegetação, solos, população, extrativismo vegetal, extrativismo mineral, extrativismo animal, indústrias, as principais áreas agrícolas e agropecuárias; Região Norte: Relevo, hidrografia, clima, vegetação, solos, população, extrativismo vegetal, extrativismo mineral, extrativismo animal, indústrias, as principais áreas agrícolas e agropecuárias; Região Nordeste: Relevo, hidrografia, clima, vegetação, solos, população, extrativismo vegetal, extrativismo mineral, extrativismo principais áreas agrícolas e agropecuárias; Região Centro-Oeste: 198 animal, indústrias, as Relevo, hidrografia, clima, vegetação, solos, população, extrativismo vegetal, extrativismo mineral, extrativismo animal, indústrias, as principais áreas agrícolas e agropecuárias; Região Sul: Relevo, hidrografia, clima, vegetação, solos, população, extrativismo vegetal, extrativismo mineral, extrativismo animal, indústrias, as principais áreas agrícolas e agropecuárias. Conteúdos/Conteúdos Estruturantes 7ª Série Regionalização do Mundo, o Subdesenvolvimento e Desenvolvimento: A Geografia da diversidade de paisagens naturais e a regionalização; Divisão dos Continentes e Oceanos no Globo Terrestre, áreas onde são ocupadas; Regionalização de Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos. Implantação do Colonialismo nos séculos XV e XVI (na América): Os tipos de colonização implantados na América; Colonização de Exploração; De povoamento. Bases históricas: Neocolonialismo e o Imperialismo: Revolução Industrial na Geografia; Fatores internos e externos na questão de subdesenvolvimento e desenvolvimento; Formação e Distribuição da Natureza na história: A formação e a distribuição resultam na historia da natureza; O Continente Americano no Mapa Mundi. A América: Território, colonização europeia e suas regiões; 199 Conflitos de territorialidade; Posições geográficas e astronômicas; América: Áreas e Fuso Horário. Aspectos Econômicos: Países Americanos: suas Forças e suas Riquezas; Estados Unidos e Canadá: grandes potências econômicas e tecnológicas; Estados Unidos da América e Canadá; População, economia, indústria e agropecuária; Separatismo no Canadá. Questões de Meio Ambiente na América: Problemas Ambientais; Relevo, clima e povoamento; Cadeias montanhosas; Planaltos elevados; Planícies litorâneas. As Culturas de todos os povos: Diversidades étnicas ou culturais; População e sua espacialidade regional; As diferentes raças; Os conflitos étnico-religiosos. América Anglo-saxônica: Aspectos naturais e regionais; Problemas Ambientais; O homem parte do Meio Ambiente; Relevo, hidrografia, vegetação e o clima. A Oceania: Quadros Gerais, Naturais dos aspectos da Oceania; População; Economia. Regiões Polares: O extremo Norte e o extremo Sul; 200 O Ártico; A Antártida; População dos Pólos; Ocupação do Ártico. A África: Seus aspectos humanos e econômicos; África nos dias atuais; Aspectos Físicos: Geologia e relevo, clima, vegetação e hidrografia. Conteúdos/Conteúdos Estruturantes 8ª Série A Europa: Aspectos naturais; A Europa na Eurásia; Litoral, relevo, hidrografia, clima e vegetação; A Europa Oriental e a Comunidade dos Estados Independentes. A Modernização do Continente Europeu: Aspectos populacionais; Distribuição geográfica e composição da população; O crescimento populacional; Os imigrantes na Europa; Os conflitos étnico-religiosos; A evolução das técnicas de transporte; Da comunicação e da informação. Grandes Regiões Européias: A Regionalização; Europa Centro-Ocidental; Europa Central; Europa Meridional; Europa Setentrional; Europa Oriental. 201 Oriente Médio: Aspectos físicos; A população; A Economia nos setores do agro negócio , agroindustriais e mineração; O fundamentalismo Islâmico; O conflito Árabe-Israelense; Questões Iraquianas, Guerras e Invasões no Iraque. Ásia Central: A população da Ásia; A economia centro-asiático: Subcontinente Indiano: Aspectos naturais; Aspectos populacionais; Idiomas e etnias; Diversidade religiosa; Aspectos econômicos e os principais conflitos. Sudeste Asiático: População e economia; O Timor Leste; As multinacionais e o processo da Globalização; A evolução das tecnologias e as novas territorialidades em redes. Extremo Oriente: Modernização, Globalização e sociedade de consumo; A localização; Aspectos naturais; População; China socialista; A economia chinesa e japonesa. A África: Seus aspectos humanos, sociais; 202 A África hoje; Relevo, clima, vegetação, solos e hidrografia; A exploração colonial na África: A descolonização; A África na nova ordem mundial; Crise na Antiga África portuguesa. O fim da Apartheid na África do Sul: A população africana; As precárias condições de vida; A economia; A África do Sul; O Norte da África. Metodologia: Dentro da Prática Pedagógica se conduz o educando para tornar-se um agente participativo dentro das diferentes potencialidades. De acordo com sua realidade. Buscar contribuir na complementação dos temas prédispostos do programa anual, deixando claro que a geografia é uma ciência ligada à vida e ao nosso espaço de vivencia. Neste contexto o educando participa desenvolvendo a construção de seu conhecimento, realizando pesquisas, contextualizando a realidade, produzindo textos, debates e participando de seminários. Parcerias significativas, práticas, críticas, produtivas, reflexivas e transformadoras. Lembrando que o aluno é originais, únicos, dotados de inteligências múltiplas. Fazer uso de diversas formas de diálogo. Partir da prática social, passar para a problematizarão provocando a catar-se e o retorno à prática social através da mediação. Ultrapassar o ensino do livresco, valorizando a ação reflexiva, estimular a análise. Reconhecer a interdisciplinaridade; Mendonça, (2002, pág.141), salienta a necessidade da simultaneidade de olhares, técnicas e perspectivas sobre o objeto de estudo da geografia, ao que o autor denomina “diálogo de saberes”, como essencial para a superação das dificuldades e limitações para a apreensão do real, na pesquisa ser 203 humano. Levando o sujeito do processo a questionar, investigar, ser criativo, ético e a construir espaços próprios. Também se leva em conta aula expositiva dialogada com leitura e análise de textos, atividades de pesquisa referente aos temas trabalhados, exposição e confecção de mapas, para que os alunos possam visualizar e aplicar na prática o que está sendo estudado. Recursos Metodológicos a serem utilizados: Quadro de giz; Retro-projetor; Microcomputador/ Data Show; Atlas Geográfico e Mapas; Aulas de Campo; Jornais e Revistas; Dinâmicas Extracurriculares. Avaliação A avaliação dever ser compreendida como elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino, o que envolve múltiplos aspectos: O ajuste e a orientação pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; A obtenção de informações sobre os temas de conhecimento; A reflexão contínua do educador sobre suas práticas educativas; A conscientização dos avanços, dificuldades e possibilidades. A avaliação, portanto ocorrerá durante todo o processo ensinoaprendizagem, desde o planejamento das atividades por parte do educador até a etapa final. Buscando obter o Máximo de informações em informações em relações aos processos de aprendizagem, contínua processual e participativa onde a auto-avaliação e a avaliação grupal e individual tenham espaços para elaboração, reflexão e crítica sobre os conteúdos trabalhados. Avaliar o progresso, o envolvimento a caminhada, a qualidade do processo educativo, onde aluno será encaminhado a pesquisar com a dúvida. 204 Um professor que saiba trabalhar como um pesquisador e que instigue seus alunos a dúvida, à inquietação e ao novo encaminhará o aluno a ser capaz de produzir sua própria aprendizagem, tornando o erro um desafio para o aluno encontrar novas respostas, provocará um crescimento gradativo, não esquecendo de respeitar o aluno com seus limites e suas qualidades. O aluno deverá perceber seu desenvolvimento no desafio. Dinâmicas práticas concretas, trabalhos em grupo e avaliação formal fazem parte deste processo. A avaliação é vista como um processo contínuo, na qual deve ser feita diariamente. Levando-se as considerações em relação conteúdométodo, de modo que o aluno tenha uma visão ampla do Mundo Contemporâneo e da realidade em que esta inserida, correlacionada e empregada como uma reflexão sobre a ação. Assim deve ser continua e compreendida com parte integrante do processo educacional. É um meio onde o Professor da oportunidade ao Aluno de demonstrar se houve ou não Aprendizagem. Através destes meios o Aluno e o Professor podem receber as dificuldades ainda existentes e retornar ao conteúdo. Neste caso avalia-se o Ensino oferecido, se este cumpriu ou não a finalidade. Dessa forma a avaliação ocorre durante todo o processo Ensino-Aprendizagem. Nesta disciplina a Avaliação se fará de forma gradativa, instrumentalizando o aluno por meio de conteúdos fundamentais, citados nos Eixos Temáticos, verificando passo a passo o desempenho da aprendizagem e retornando conteúdos que não forem assimilados. Assim o aluno está constantemente sendo avaliado por meio de vários instrumentos conforme o tipo de conteúdo que é trabalhado. A avaliação poderá então ser feita por meio de leitura e interpretação de mapas, relatórios, textos com consultas individuais e em equipes, exercícios individuais pesquisas, textos orais e escritos. 205 e em grupos, trabalhos práticos, Referências Bibliográficas: ADAS, Melhem. Geografia 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. 4ª ed., Moderna 2002 SP. ANDRADE, M. C. de Geografia Ciência da Sociedade – São Paulo: Atlas; 1987 LEI 9394/96. (LDB) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. Didática e Psicologia ed. Ática. GONÇALVES, C. W. P. Os (des.) Caminhos do Meio Ambiente. São Paulo: Contexto 2002. ROCKENBACH, Denise et all. Link do Espaço. 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. 2ª ed., Ática 2002 SP. OLIVEIRA, A. U. Para onde vai o ensino da Geografia? São Paulo: Contexto 1989. VESENTINI, J. Willian e Vlach, Vânia. Geografia Crítica 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. 2ª ed. Ática 2002 SP. 206 Apresentação Geral da Disciplina de História A História faz parte do currículo escolar e é de suma importância na aprendizagem, na formação do jovem. E por isso vem o pensar, refletir ou posicionar-se em relação ao ensino de história praticado. A História como área escolar surgiu em 1837, inspirada no modelo francês, voltado ao ensino clássico e humanístico à formação de cidadãos proprietários e escravistas. Ao passar o tempo a História foi dividida em várias Histórias. Qualquer visão de História só pode ser construída com fatos. Toda história é necessariamente factual. Obviamente, não se limita a fatos. Inclui também necessariamente, interpretações, presentes na própria seleção dos fatos considerados relevantes. A escrita da história não compõe-se de duas etapas estanques – a seleção dos fatos primeiro e a sua interpretação depois. Toda a história é ao mesmo tempo factual e conceitual. Factual, porque sem fatos não há história. Conceitual porque toda história trabalha com conceitos explícitos ou implícitos, conscientes ou inconscientes. Essa história tradicional acaba dando origem a uma prática moderna mais dinâmica que contribuirá para as novas gerações, considerando-se que a sociedade atual vive um presente contínuo, que tende a esquecer e anular a importância das relações que o presente mantém com o passado. Nos dias atuais, com a influência do capitalismo de dogmas consumistas fornece uma valorização das mudanças no moderno cotidiano tecnológico e uma ampla difusão de informações sempre apresentadas com as novas e simplificadas explicações que se reduzem aos acontecimentos imediatos. A história tanto quanto possível procurará romper com o modelo factual e cronológico, optar por uma abordagem com maior ênfase na história social e cultural, relacionando com o presente, despertando questões e reflexões críticas. Ensinar História numa proposta de recuperar a experiência dos sujeitos sociais no presente e no passado, buscando compreendê-la em suas diferentes dimensões. Por isso uma proposta fundamentada em uma 207 concepção de ensino e de aprendizagem que considera o aluno como sujeito de uma aprendizagem e de sua história. Nessa visão, a aprendizagem deve constituir como resultante da interação entre aluno e professor e objeto de conhecimento. Por meio do debate e da reflexão em torno dos temas com base nas informações trazidas para sala de aula, professor e alunos levantam questões, observam, comparam e formulam hipótese para perceber as diferenças, os conflitos e os embates nas ações humanas, desenvolvendo assim a capacidade de olhar o mundo e a si mesmos pela ótica da história. Hoje, lutamos pela democratização do conhecimento e a história vem de encontro para analisar, mulheres, negros e pobres que foram sempre relegados. Uma das primeiras lutas lideradas pelas mulheres na busca de seus direitos foi pelo acesso a educação. O processo de aprendizagem deve responder aos desafios das diferenças. Só o ensino que leva em conta essas condições é que pode de fato responder à realidade social e ser reabilitador do pleno exercício da dignidade humana. A sala de aula deve ser o espaço de encontro da diversidade, do respeito às diferente culturas, religiões, políticas, raciais e outras. A História não consiste em propiciar apenas em seu esforço de compensação, o acesso a patamares do passado, já superada: busca sim propiciar acesso aos conhecimentos que atendam às necessidades surgidas com o progresso da ciência, da tecnologia e com a sociedade de direitos. No basta conhecermos nossa língua, nossa história, o passado. Conviver no mundo pós moderno exige a aprendizagem de novas habilidades como o uso do cartão magnético, da escada rolante, de aparelhos eletrônicos, a exames médicos leitura de manuais, contratos, resultados de realizados com técnicas de última geração, computadores e outros que surgirem no mercado. Para acompanhar e fiscalizar os políticos, governantes precisamos saber de orçamentos, destino de verbas de custeio e outros, balanços, investimentos, além de ter conhecimento das legislações. Creio que nos deparamos, neste final de século, com a possibilidade de transformar o espaço de aprendizagem num campo fértil para a assimilação do direito à cidadania com eqüidade. 208 Diante da globalização não se pode mais pensar na concepção tradicional para o ensino de História, na qual o importante era a memorização de nomes e datas como resultado de um bom repasse da matéria. É preciso renovar a História, romper com a forma de ensino onde o aluno se encontre numa posição passiva de aprendizagem, num círculo vicioso de reprodução de um conhecimento fechado. Sendo a História um processo, é necessário estudá-la em seu movimento contínuo, em sua constante transformação. O ensino de História deve desenvolver o senso crítico, rompendo a valorização do saber enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica, passando da reprodução do conhecimento à compreensão das formas de como este foi produzido, formando um homem político capaz de compreender a estrutura do mundo onde ele se insere. Recuperar formas diversas de registros das ações humanas do poder, mostrar que existe a dominação e não apenas o dominante; as instituições sociais, ter novos valores para entender melhor a modernidade e suas tecnologias; trabalhar com o seu cotidiano, aquilo que está próximo a ele. Educando para o serviço, abrindo espaços para que o aluno seja sujeito do seu próprio desenvolvimento. A História oferecida para as novas gerações é a do espetáculo, pelos filmes, propagandas, novelas, desfiles carnavalescos, trabalhando a História local e a oral, internet, textos, história das bases e outros. Com isso o que se requer é uma história que leve a ação não para confirmar, mas para tentar mudar e melhorar o cotidiano do aluno. A contribuição mais substantiva da história para a melhor compreensão da sociedade contemporânea e na qual o jovem se situa, reside assim, e mais efetivamente na possibilidade de desenvolver a capacidade de apreensão do tempo em seu sentido completo das vivências humanas. Num contexto histórico importante, medida que contenha pesquisas e desempenha seu papel reflexões das à representações construídas socialmente e das relações estabelecidas entre os indivíduos, os grupos, os povos e o mundo social. Analise de uma época fazendo refletir sobre seus valores e suas práticas cotidianas e relacioná-las com 209 problemáticas históricas inerentes ao seu grupo de convívio, à sua localização, à sua região e à sociedade nacional e mundial. O ensino de História favorece a construção pelo aluno, de noções de diferença, semelhança, transformação e permanência auxiliando na identificação e na distinção do “eu”, do “outro” e do “nós” no tempo; das práticas e valores particulares de indivíduos ou grupos e dos valores que são coletivos em uma época; dos consensos e / ou conflitos entre indivíduos e grupos em sua cultura; dos elementos próprios deste tempo e dos específicos de outros tempos históricos; das continuidades das práticas e das relações humanas nos tempos e da diversidade ou aproximação entre essas práticas e relações em um mesmo espaço ou nos espaços. A construção de noções interfere nas estruturas cognitivas do aluno, modificando a maneira como ele compreende os elementos do mundo e as relações que esses elementos estabelecem entre si. Isso significa dizer que quando o estudante apreende uma noção, grande parte do que ele sabe e pensa é reorganizado a partir dela. Á medida que o Ensino de História lhe possibilita construir noções, ocorrem mudanças no seu modo de entender a si mesmo, aos outros, as relações sociais e a História. Os novos domínios cognitivos do aluno podem interferir, de certo modo, nas suas relações pessoais e sociais e no seu compromisso e afetividade com as classes, os grupos sociais, as culturas, os valores e as gerações do passado e do futuro. A percepção do “outro”(diferente) e do “nós” (semelhante) é diversa em cada cultura e no tempo. Ela depende de informações e de valores sociais historicamente construídos. É sempre mediada por comportamentos, experiências pessoais, da sociedade em que vive. A História está alimentada e fundamentada pelo diálogo com outras áreas de conhecimentos das Ciências Humanas, a Filosofia, a Sociologia e a Geografia. Em diferentes momentos de século XX é possível identificar a convergência de abordagens e entre as diferenças na humanidade, ora predominando estudos históricos – sociais, históricos – geográficos, históricos – culturais, históricos – políticos e econômicos, ora existindo a procura de uma história global. Nesse diálogo, diferentes campos das 210 Ciências Humanas introduzirão, também, preocupações próprias da História, como no caso da valorização do estudo das transformações das culturas, das significações e dos valores no tempo. Objetivos - Conhecer realidades históricas singulares, distinguindo diferentes modos de convivência nelas existentes; - Caracterizar e distinguir relações sociais da cultura com a natureza em diferentes realidades históricas; - Caracterizar e distinguir relações sociais de trabalho em diferentes realidades históricas; - Refletir sobre as transformações tecnológicas e as modificações que elas geram no modo de vida das populações e nas suas relações de trabalho; - Localizar acontecimentos no tempo, dominando padrões de medida e noções para distingui-los por critérios de anterioridade, posterioridade e simultaneidade; - Utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares; - Ter iniciativas e autonomia na realização de trabalhos individuais e coletivos. - Utilizar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e políticas de realidades históricas singulares, com destaque para a questão da cidadania; - Reconhecer as diferentes formas de relações de poder inter e intra grupos sociais; - Identificar e analisar lutas sociais, guerras e revoluções na História do Brasil e do mundo; - Conhecer as principais características do processo de formação e das dinâmicas dos Estados Nacionais; - Refletir sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos que elas produzem na vida das sociedades; - Localizar acontecimentos no tempo, dominando padrões de medida e noções para compará-los por critérios de anterioridade, posterioridade e simultaneidade; 211 - Debater idéias e expressá-las por escrito e por outras formas de comunicação; - Utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares; - Ter iniciativas e autonomia na realização de trabalhos individuais e coletivos. Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 5º Série: Das origens do Homem ao Século XVI – diferentes trajetórias. Diferentes Culturas. - Produção do conhecimento Histórico: - O historiador e a produção do conhecimento histórico; - Tempo e temporalidade; - Fontes, documentos; - Patrimônio material e imaterial; - Pesquisa. - Articulação da História como outras áreas do conhecimento: - Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, etnologia, entre outras. - Humanidade e História: - De onde viemos quem somos como sabemos? - Arqueologia no Brasil: - Lagoa Santa: Luiza (MG) - Serra do Capivari (PI) - Sambaquis (PR) - Surgimento e desenvolvimento da humanidade e grandes migrações: 212 - Teoria do surgimento do homem na América: - Mitos e lendas da origem do homem; - Desconstrução do conceito de pré-história; - Povo ágrafo, memória e historia oral. Povos indígenas no Brasil e no Paraná: - - Ameríndios do território brasileiro: - Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng. - As primeiras civilizações da América: - Olmecas, mochilas, tiwanacus, maias, incas e astecas; - Ameríndios da América do norte: - As primeiras civilizações na áfrica, Europa e Ásia: - Mesopotâmia, Egito, Núbia, Gama e mali; - Fenício, Hebreus, Gregos e Romanos. - Europa Medieval. - A Chegada dos europeus na América: - (des) encontros entres culturas; - Resistência e dominação; - Escravização; - Catequização. - Península Ibérica no Século XIV e XV: Cultura, sociedade e política: - Reconquista do Território; - Religiões: Judaísmo, cristianismo e islamismo; - Comércio (África, Ásia, América e Europa). - Formação da sociedade Brasileira Americana: - América Portuguesa; - América Espanhola; - América Franco-inglesa; - Organização Político Administrativa ( Capitanias Hereditárias, sesmarias); - Manifestações culturais (sagrado e profano); - Organização social ( Família Patriarcal e escravismo); - Escravização de indígenas e africanos; - Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios). - Os reinos e sociedade africanas e os contatos com a Europa: - Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros; - comércio; - organização político administrativa; 213 - manifestações culturais; - organização social; - uso de tecnologia: engenhos de açúcar, batea, construção civil - diáspora africana. Conteúdos /Conteúdos Estruturantes 6.ª série • Expansão, consolidação e colonização do território brasileiro. - Missões. - Bandeiras. - Invasões estrangeiras. • Consolidação dos estados nacionais europeus e a Reforma Pombalina. - Reforma e Contra-Reforma. • Colonização do território paranaense – História do Paraná. - Economia. - Organização social. - Manifestações culturais. - Organização político-administrativa. • Movimentos de contestação - Quilombos (Campo Largo, Paraná e Brasil). - Irmandades: Manifestações religiosas sincretismo. - Revoltas nativistas e nacionalistas. - Inconfidência Mineira. - Conjuração Baiana. - Revolta da Cachaça. - Revolta do Maneta. - Guerra dos Mascates. • Independência das treze colônias inglesas da América do Norte Diáspora Africana • Revolução Francesa - Comuna de Paris. 214 • - Influência na Inconfidência Mineira e Baiana. • Chegada da Família Real ao Brasil - De Colônia à Reino Unido. - Missões artístico-científicas. - Biblioteca Nacional. - Banco do Brasil. - Urbanização na capital. - Imprensa Régia. • Invasão Napoleônica na Península Ibérica • O processo de Independência do Brasil - Governo de Dom Pedro I. - Constituição outorgada de 1824. - Unidade territorial. - Manutenção da estrutura social. - Confederação do Equador. - Província Cisplatina. - Haitianismo - Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha. • O processo de Independência das Américas - Haiti. - Colônias espanholas. Conteúdos /Conteúdos Estruturantes 7.ª série A construção da Nação - Governo de Dom Pedro II. - Criação da IHGB.. - Lei de Terras, Lei Eusébio de Queirós – 1850. - Início da Imigração européia. - Definição do território. - Movimento Abolicionista e Emancipacionista. • Segunda Revolução Industrial (Séculos XIX e XX) - Ludismo. 215 • - Socialismo. - Anarquismo. - Relacionar: taylorismo, fordismo e toyotismo. • Emancipação Política do Paraná - 1853 - Economia. - Organização social. - Manifestações culturais. - Organização político administrativa. - Migrações internas (escravizados, libertos, homens livres pobres) e externas (europeus). Vinda dos escravos africanos. - Diversas manifestações culturais negras e indígenas. - Os povos indígenas e a política de terras. • A Guerra do Paraguai ou a Guerra da Tríplice Aliança • O processo de Abolição da Escravidão - Legislação. - Existência e negociação. - Discursos. - Abolição. - Imigração – Senador Vergueiro. - Branqueamento e miscigenação. • Colonização da África e da Ásia - Neocolonialismo. • Guerra Civil e Imperialismo Americano • Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé • Os primeiros anos da República - Idéias positivistas. - Imigração asiática. - Oligarquia, coronelismo e clientelismo. - Movimentos de contestação: campo e cidade. - Movimentos messiânicos. - Revolta da Vacina e urbanização do Rio de Janeiro. - Movimento operário: anarquismo e comunismo - Paraná: Guerra do Contestado, Greve de 1917, Paranismo. 216 - • Questão Agrária na América Latina - Revolução Mexicana. • Primeira Guerra Mundial • Revolução Russa Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 8.ª série • A Semana de Arte Moderna (1922) e o repensar da nacionalidade Economia. - Organização social. - Organização político administrativa. - Manifestações culturais. - Coluna Prestes. • Crise de 1929 • A Revolução de 1930 e o período Vargas (1930-1945) - Leis trabalhistas. - Voto feminino. - Ordem e disciplina no trabalho. - Mídia e divulgação do regime. - Criação do SPHAN E do IBGE. - Futebol e carnaval. - Contestações à ordem. - Integralismo. • Ascensão do regime totalitário na Europa • Movimentos populares na América Latina • Segunda Guerra Mundial - Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. • Populismo no Brasil e na América Latina - Cárdenas – México. - Perón – Argentina. - Vargas, JK, Jânio e Jango – Brasil. • Guerra Fria • Independência das colônias afro-asiáticas 217 - • Construção do Paraná Moderno - Governos de Manoel Ribas, Moysés Lupion, Bento Munhoz da Rocha e Ney Braga. - Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa da COPEL, Copepar, Banestado, Sanepar. Movimentos culturais. - Movimentos sociais no campo e na cidade. • O Regime Militar no Brasil e no Paraná - Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação. - O uso ideológico do futebol na década de 1970. - O tricampeonato mundial. - A criação da liga nacional do campeonato brasileiro. - Cinema novo. - Teatro. - Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra. • Os Regimes Militares na América Latina - Política da boa vizinhança. - Revolução cubana. - 11 de setembro no Chile e a disposição de Salvador Allende. - Censura aos meios de comunicação. - A Copa do Mundo na Argentina (1978). • Movimentos de Contestação no Brasil - A resistência armada. - Tropicalismo. - Jovem Guarda. - Novo sindicalismo. - O movimento estudantil. • Movimentos de contestação no mundo - Maio de 68 – França. - Movimento negro. - Movimento hippie. - Movimento homossexual. - Movimento feminista. - Movimento punk. - Movimento ambiental. 218 - • Paraná no contexto atual – década de 1990 e início do século XXI • Redemocratização - Constituição de 1988. - Movimentos populares rurais e urbanos. - MST, MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT, Marcha Zumbi dos Palmares. - Mercosul e ALCA. • Fim da Bipolarização Mundial - Desintegração do bloco socialista. - Neoliberalismo. - Globalização. - 11 de setembro – EUA. • África e América Latina no contexto atual • O Brasil no contexto atual Metodologia Estar diante de irrequietos jovens, nas diversas salas de aulas para ensinar História tem sido um desafio. A constatação da possibilidade de um ensino abrangente da “História da Humanidade” leva a indagações sobre os critérios de seleção das matérias para tornar as aulas mais interessantes. E ao mesmo tempo tem que superar os desafios de: desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, reprodução da socializando ciência a produção histórica, da ciência passando da histórica, da reprodução do conhecimento à compreensão das formas de como este se produz, formando um homem político capaz de compreender a estrutura do mundo da produção onde ele se insere e nela interferir. Isto só é possível, à medida que se considera aluno e professor como sujeitos e produtores de seu próprio conhecimento. Este conhecimento não é dado pronto e acabado, mas oportunidade para juntos construir esse conhecimento na qual se coloquem aprendizagem. 219 numa interação alunos e professor constante de ensino- Considera-se fundamental que haja por parte dos envolvidos uma inserção crítica. Isto é importante porque a forma e a razão de nossa inserção provoca a diversidade de olhares sobre o passado. As novas tecnologias vêm para melhorar e ajudar nas aulas de História como: • Televisão: a TV é um meio de comunicação utilizada pela maioria das pessoas e pode-se utilizar para provocar situações de debates, críticas e discursivos. Pode ser utilizada em sala de aula para auxiliar os conteúdos, fazendo o aluno mais crítico, com bons hábitos e para que ele possa selecionar melhor seus programas: telejornais, linguagens e programas, comerciais, entrevistas e debates, fragmentos de novela, tanto de época como moderna. • Vídeo Cassete: selecionar filmes de curta duração para auxiliar a matéria – trabalhar com fichas, fazer questionamento com o filme, para que produzam textos e comparações com a atualidade e seu cotidiano. • Vídeo Educativo: esses recursos auxiliam para que o aluno tenha noção como era a época estudada, a visão do diretor, permitindo uma aprendizagem mais contextualizada e significativa. • Imagens: encontradas com facilidade nos livros didáticos. Trabalhar esse recurso não apenas para ilustrar, mas auxiliar nos textos,, questionando, pesquisando cada uma. • Computador: editar textos, usar softwares de história e pesquisar na Internet. Esse recurso favorece a interação com grande quantidade de informações. Motiva os alunos a utilizarem procedimentos de pesquisa de dados – consulta em várias fontes, seleção, comparação organização e registro de informação. • História oral e local: trabalhar projetos que possibilitem ao aluno perceber que ele está inserido de diferentes maneiras na História de um grupo social. E também para conhecer melhor sua cultura seu passado. Pois, com isso o aluno sentir-se-á melhor em seu cotidiano. Será valorizado e ajudado a recuperar sua auto-estima, porque perceberá que ele tem uma história. • Textos: de vários autores e diferentes visões, contrapondo um com outro trabalhando com interpretação e produção de textos. 220 • Charges: com um pouco de bom humor trabalha os conteúdos. Desenvolve a crítica e a interpretação. • Poesia: ajuda a entender a visão da época, conhecer um pouco dos nossos poetas e com isso conhecer melhor a história. • Música: além dos alunos gostarem é a forma de conhecer várias visões do mesmo assunto. Diferentes tipos de música, desde o RAP à MPB. • Dinâmicas entre os alunos que estimulam a estudar e entender melhor a matéria (Ex.: Passa e Repassa). • História em Quadrinhos: desenvolve a criatividade, o desenho, a linguagem , além de ser a maneira de verificar se eles assimilaram o conteúdo. • Acróstico: desenvolve a criatividade e assimila a matéria. • Teatro: contextualização, argumentação, clareza, expressão oral, espontaneidade, entonação de voz, pronúncia de voz, expressão corporal e outros. Os recursos utilizados em História terão auxílio de outras disciplinas da área de Ciências Humanas e outras vezes fora da Área. Essa interdisciplinaridade se dá na prática docente, principalmente através da associação ensino – pesquisa em sala de aula e da contextualização das escolhas dos conteúdos. A interdisciplinaridade faz com que o aluno aproprie-se do conteúdo com mais facilidade, tendo vários profissionais desenvolvendo o mesmo conteúdo. Avaliação A avaliação da aprendizagem dos alunos é uma dimensão do trabalho pedagógico que apresenta forte relação com o currículo desenvolvido na escola, com os conteúdos selecionados, com a forma de ensino, com as situações de aprendizagem. Por isso, uma proposta de mudança da prática deve considerar essa estreita relação, para que não se proponham medidas desarticuladas, incoerentes e sem condição de real efetivação. 221 Uma proposta educativa de formar cidadãos atuantes, esclarecidos e autônomos, requer interferir sobre a avaliação, mudar de enfoque e agir de maneira a torná-la favorável ao crescimento dos alunos. Isso significa corrigir os rumos desse processo, numa direção coerente com a proposta pedagógica que se quer desenvolver, considerando seus limites e possibilidades no contexto real de cada escola. Avaliar o progresso do aluno não mais o controle para garantir silêncio e disciplina, mas a observação consciente de indícios de progresso na direção dos patamares desejados. Não mais o controle da disciplina para permitir ao professor desenvolver o programa, mas a busca de participação, a consideração do repertório cultural dos alunos e a identificação de suas ideias, dificuldades para regular o ritmo, a velocidade e o teor do ensino, possibilitando aprendizagem, envolvimento e progresso de todos. Não mais as pequenas doses de conteúdos exercitados e devolvidos em momentos especiais de avaliação, mas indícios na direção dos patamares ou alvos pretendidos que se deslocam e detalham nas diferentes situações ou atividades de ensino aprendizagem, através de indicadores ou marcos do percurso na direção pretendida. O principal objetivo do ensino é garantir sua apropriação do conhecimento, sua aproximação às noções, conceitos e habilidades incluídos nos patamares a atingir, em torno dos eixos organizadores de cada uma das disciplinas do currículo. Como horizontes comuns, despontam a leitura de mundo, a mobilização pessoal para o conhecer, a formação de atitudes, valores e habilidades básicas ligadas ao trabalho escolar. Tudo isso constitui objeto do processo educativo, mas nem tudo deve ser objeto de avaliação. O que se deseja é que os alunos sejam capazes de fazer uma leitura articulada e crítica do mundo em que vivem para compreendê-lo e nele atuar. Dessa forma, o que se quer não é o domínio de uma lista de conteúdos, de programas fragmentados, mas sim de chaves de leitura desse mundo, capaz de dar sentido às novas informações que os alunos venham a obter de diferentes fontes. O que importa é a aprendizagem significativa e o crescimento demonstrado em noções, conceitos e habilidades na direção pretendida. 222 Assegurar que todos os alunos se apropriem dos instrumentos que a escola proporciona-lhes para o exercício da cidadania. A avaliação será contínua para o professor localizar as dificuldades do aluno e ajudá-lo a superá-las através de intervenção, fazendo perguntas que os ajudem a compreender o assunto em questão, fornecendo novas informações, esclarecendo dúvidas. A avaliação não consiste na mera contagem de acertos e erros, na utilização de resultados para classificar e selecionar os alunos. Consiste no acesso ao conhecimento um benefício social a que todo jovem tem direito. A avaliação é um instrumento para ajudar o aluno a aprender, fazendo parte integrante do dia-a-dia em sala de aula. O aluno será avaliado nas competências e habilidades a serem atingidos na área de História como habilidades de leitura de documentos e fotografias, não apenas os seus, mas os de agora também. Que ele possa escrever a história de sua vida, percebendo que ela está inserida na história de um grupo social. Analisar documentos e fotografias permanências e mudanças delas, contrapondo antigamente e hoje. O aluno deve ter consciência de que ele também faz parte da história desenvolvendo atividades em grupos e individuais. Habilidade de leitura e compreensão de textos, a elaboração de diferentes níveis de respostas a partir de estudos de textos, com apresentação de idéias em seqüência lógica. Ter habilidade em pesquisar. Coletar e organizar dados, registrar, observar, Ter capacidade de elaborar idéias, análises e interpretação; sua desenvoltura no emprego das noções e conceitos fundamentais que estão sendo trabalhados e a expressão de saberes através da oralidade e escrita. Reconhecer semelhanças e diferenças entre várias histórias. Trabalhar várias fontes. Dominar adequadamente a noção de século, década. O aluno deve compreender e utilizar os conceitos de renda nacional. Reconheça e se situe no tempo, possa comparar vários momentos que se assemelham em épocas diferentes. Consiga elaborar linha do tempo, tempo e duração dos acontecimentos, dominação e resistências de fatos históricos. Reconheça o dominante e o dominado, o 223 explorador e o explorado. Possa interpretar, analisar, ler textos historiográficos e documentos de época. Contrapor sua cultura com as demais, na antigüidade e nos tempos atuais. Ver, ouvir e entender telejornais e saber criticar. Entender as rupturas das revoluções e as conseqüências para o mundo, identificar anos de democracia. Será analisado o crescimento do aluno, em relação a cada conteúdo, se ele está evoluindo nos seus conceitos. Mesmo que ele não tenha alcançado todos os objetivos, mas se entendeu, participou, demonstrou interesse. Referências Bibliográficas: CARONE, E. Movimento operário no Brasil (1945-1964). Rio de Janeiro: Difel, 1981. GOFF, Jacques Le. História e Memória. Campinas. Ed. Unicamp, 2003. HOLANDA, S.B. de. História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo/Rio de Janeiro: Difel, 1976. Tomos I e II. MONTELLATO, CABRINI e CASTELLI. História Temática ( 6ª , 7ª e 8ª séries). São Paulo. Ed. Spicione, 2002. ROGRIGUE, Joelza Ester. História em documento (6ª, 7ª e 8ª séries). São Paulo. Ed. FTD, 2002. 224 Apresentação Geral da Disciplina de Língua Portuguesa A linguagem é considerada como capacidade humana de articular significados coletivos e compartilhá-los, em sistemas arbitrários de representação, que variam de acordo com as necessidades e experiências da vida em sociedade. Nas interações sociais, as relações comunicativas da língua tornam-se dialógicas e permitem adequação de sentidos, relações, compreensões. Pela linguagem se expressam idéias, pensamentos e intenções, estabelecem-se relações interpessoais anteriormente inexistentes e se influencia o outro, alterando suas representações da realidade e da sociedade e o rumo de suas relações. Em outras palavras, tudo o que dizemos, dizemos a alguém e é esse interlocutor, presente ou não no ato da nossa fala que acaba por determinar aquilo que vamos dizer. Nossas palavras dirigem-se a interlocutores concretos, isto é, pessoas que ocupam espaços bem definidos na estrutura social. Mais do que isso, as nossas idéias sobre o mundo se constroem nesse complexo de interação. Vale dizer: aquilo que pensamos sobre o real está diretamente vinculado aos horizontes do grupo social e da época a que pertencemos. Com isso queremos dizer que a palavra adquire o sentido que o contexto social e histórico lhe confere. Nessa concepção de linguagem, a língua é resultante de um trabalho coletivo e histórico. Assim para trabalhar com a linguagem dentro da disciplina propomos que se opte em ensinar a ler, a escrever e a oralidade. O trabalho com a gramática será feito na perspectiva do uso da funcionalidade dos elementos gramaticais. A gramática normativa, por sua vez, terá que ser domínio do professor, que é o responsável pela criação de situações, ao nível da prática, em que os alunos deverão incorporar de modo cada vez mais elaborado, a gramática da língua culta. O cerne do trabalho de língua portuguesa deve constituir-se na compreensão dos fatos lingüísticos e não na nomenclatura e classificação dos mesmos. A educação comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para que o aluno possa desenvolver sua competência 225 discursiva, isto é, tornar – aluno capaz de utilizar a língua de modo variado e adequar o texto a diferentes situações de interlocução oral e escrita. Desse modo a unidade básica do texto do ensino será o texto, porque os textos organizam-se dentro de certas restrições de natureza temática, composicional e estilística, que os caracteriza como pertencentes a este ou aquele gênero. O estudo literário segue o mesmo caminho. O processo de ensino aprendizagem de Língua Portuguesa e Literatura baseia-se em propostas interativas língua/ linguagem, consideradas em um processo discursivo de construção do pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral. Essa concepção destaca a natureza social e interativa de linguagem, em contraposição às concepções tradicionais. O objetivo é o desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno, incentivando a verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas em diferentes esferas sociais. O estudo da gramática passa ser uma estratégia para compreensão / interpretação / produção de textos e a literatura integra-se à área de leitura. A interação é que faz com que a linguagem seja comunicativa. Toda interação vai trazer nova construção de significados, assim exige-se por parte de professores e alunos a capacidade de avaliar-se perante a si mesmo e ao outro, fazendo com que surja o aprender a aprender, aprender a escolher, sustentar as escolhas, no processo de verbalização, em que processos cognitivos são ativados, no jogo dialógico do “eu” e do “outro”. Os papéis dos interlocutores, a avaliação que se faz do “outro” e a expressão dessa avaliação em contextos comunicativos devem ser partes dos estudos da língua e assim pode-se falar em adequação da linguagem a situações de uso. Pela linguagem os homens e as mulheres se comunicam, têm acesso à informações, expressam e defendem pontos de vista, partilham ou constroem visões de mundo, produzem cultura. O ensino de Língua Portuguesa no decorrer das quatro séries finais do Ensino Fundamental, contemplará os três eixos norteadores: oralidade, leitura e escrita, sendo que a análise lingüística perpassará os 226 três eixos. O objeto de estudo da disciplina é a língua em situação real de uso, portanto, trabalhar-se-á numa perspectiva sócio-interacionista elencando textos com função social, possibilitando a comunicação e a participação cidadã do educando. Com base na Lei n.° 10.639/2003, o trabalho de Língua Portuguesa refletirá sobre a influencia e a importância da história e cultura AfroBrasileira e das Africanidades na formação da cultura brasileira. Objetivos Gerais - Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento crítico e sensibilidade dos alunos; - Valorizar as variedades lingüísticas, bem como as diferentes opiniões e informações veiculadas nos textos; - Resgatar, por meio dos elementos fornecidos pelo texto, valores humanos e aplicá-los no dia-a-dia; - Contribuir para o desenvolvimento das habilidades de saber ouvir, falar, ler e escrever, codificando e decodificando mensagens; - Valorizar a cultura afro-descendente; - Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que estão subentendidas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos; - Desenvolver as habilidades de uso da língua em situações discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerandose os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/ leitura. - Criar situações em que os alunos tenham oportunidades de refletir sobre os textos que lêem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou texto; - Dar ao aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem, 227 reconhecendo-o como um ser construído e em construção, auxiliando-o no processo de aquisição e desenvolvimento do falar, escutar, ler e escrever. - Permitir ao aluno, pela mediação do professor, apropriar-se de informação e desenvolver uma consciência crítica sobre os papéis que desempenha, sobre suas relações sociais e sobre o seu lugar na sociedade. Objetivos da Prática de Oralidade - Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que estão subentendidas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos; - Respeitar os conhecimentos lingüísticos dos alunos, bem como promover situações em que os mesmos utilizem as variações de linguagem em suas relações sociais; - Oportunizar aos alunos para que se tornem falantes ativos e competentes, compreendendo os diferentes discursos e os organizando de forma clara, coesa e coerente; - Permitir ao aluno o conhecimento e a utilização da variedade lingüística padrão e fazê-lo entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. - Ler textos que priorizem a cultura afro-descendente, fazendo comparações entre os mesmos; - Oportunizar expressões de idéias propiciar em público, auxiliando a desinibição e auto confiança. 228 Práticas da Oralidade Conteúdos: 5.ª SÉRIE: - Participação em conversações com objetivos determinados em grupos de trabalho e exposição oral do resultado de pesquisas realizadas, manifestando experiências pessoais; - Reconhecimento de gestos, expressões faciais e atitudes corporais como manifestação de interação; - Diferenciar instruções orais e escritas; - Emprego de linguagem coloquial e formal explorando as características da linguagem falada; - Resumos orais de livros de literatura infantil e infanto-juvenil. - Dramatização de peças teatrais. 6.ª SÉRIE: - Participação ativa em grupos de trabalho com objetivos determinados através de manifestação de opiniões e críticas; - Participação em debates coletivos, respeitando as normas básicas da comunicação oral; - Participação em atividades de teatro lido e dramatizado; - Elaboração de perguntas para entrevistas coletivas na escola; - Exploração de características próprias da linguagem falada; - Dramatização: leitura de notícias, ajuste do papel de apresentador de programa televisivo de notícias; - Análise de programa de televisão; - Relato de pesquisas; - Apresentação de um produto. 7.ª SÉRIE: - Participação ativa em grupos de trabalho com objetivos determinados; - Identificação de razões de mal entendidos na comunicação oral e suas soluções; 229 - Análise da leitura oral: tom de voz, pausa e postura, analisando e refletindo sobre recursos e procedimentos de uma exposição oral; - Reflexão sobre a importância de saber ouvir; - Seleção adequada ao gênero de recursos discursivos, semânticas e gramaticais, prosódicas e gestuais; - Emprego de recursos escritos como apoio para manutenção da continuidade da exposição; - Leitura dramatizada de contos, crônicas, novelas e textos literários; - Enquetes, entrevistas com familiares e pessoas da comunidade; - Apresentação de programas radiofônicos; - Dramatização, relato de pesquisa; - Entrevista com profissional de diversas áreas. - Apresentação de paródias; - Apresentação de resumos dos livros lidos. 8.ª SÉRIE: - Participação em conversações com objetivos determinados em grupos de trabalho, comparando fenômenos lingüísticos observados na fala e na escrita em diferentes variedades regionais do Brasil; - Recitação de poemas, valorizando aspectos fônicos: rima, ritmo, assonâncias, aliterações, exaltando a literatura popular oral; - Leitura dramatizada de contos, reconhecendo diferenças de entonação, expressão facial e corporal, etc; - Produção e dramatização de paródias, entrevistas, divulgação de livros de trabalhos, cenas de livros, filmes, telenovelas, peças de teatro, etc.; Apresentação de pesquisas; - Entrevista para pesquisa de opinião e relato de pesquisa; - Simulação de diálogos em diferentes contextos; - Assembléia para votação; - Simulação de venda de serviços. - Apresentação de análise de texto publicitário. 230 - Objetivos Gerais da Leitura - Ler e compreender diferentes gêneros textuais; - Explorar estratégias de leitura diversificadas; - Construir a leitura como situação efetiva de interlocução; - Relacionar o texto com outros já lidos considerando o conhecimento prévio; - Adquirir o gosto pela leitura conhecendo novas realidades e aumentar a visão de mundo através da leitura de textos e artigos selecionados. - Ler com desenvoltura, ritmo e fluência. - Reconhecer as principais idéias contidas nos textos. - Proceder a leitura contrastiva ( vários textos sobre o mesmo tema, o tema em outras linguagens). - Identificar o objetivo do texto e os pressupostos do autor. Práticas de Leitura Conteúdos: 5.ª SÉRIE: - Leitura e compreensão de diferentes gêneros tipologias textuais: narrativas longas (fábulas, lendas, romances, contos, poemas, crônicas, paráfrases), informativos: jornais e revistas (notícia, reportagem, entrevista, etc), provenientes de diversas culturas, enfatizando a Afro-descendência; 6.ª SÉRIE: - Leitura e compreensão de diferentes gêneros/ tipologias textuais: textos do cotidiano, guia de cinema, gráficos, primeira página de jornal, textos de opinião, argumentativo, narrativas longas (fábulas, lendas, romances, contos, poemas,histórias em quadrinhos), informativos: jornais e revistas (notícia, reportagem, entrevista, etc), provenientes descendência; 231 de diversas culturas, enfatizando a Afro- 7.ª SÉRIE: - Leitura e compreensão de diferentes gêneros/ tipologias textuais: textos do cotidiano como piadas, charge, texto teatral, depoimentos, narrativas longas (fábulas, lendas, romances, contos, poemas, etc.), informativos: jornais e revistas (notícia, reportagem, entrevista, etc), provenientes de diversas culturas, enfatizando a Afro-descendência; 8.ª SÉRIE: - Leitura e compreensão de diferentes gêneros/ tipologias textuais: textos do cotidiano como anúncios, pichações, textos científicos, textos argumentativos, narrativas longas (romances, contos, poemas, etc.), informativos: jornais e revistas (notícia, reportagem, entrevista, etc), provenientes de diversas culturas, enfatizando a Afro-descendência; Objetivos da Prática da Escrita - Reconstruir parágrafos para que apresentem coerência nas idéias; - Identificar os elementos de uma narrativa; - Interpretar diversos textos oralmente e por escrito; - Produzir textos coerentes, claros e criativos observando as regras de concordância verbal e nominal; - Reestruturar textos obedecendo às regras de concordância, coerência, coesão e clareza; - Empregar a norma padrão da língua Portuguesa; - Analisar criticamente as situações encontradas nos textos; - Compreender os textos integrando os elementos lingüísticos e contextuais; - Confrontar diversos pontos de vista apresentados pelos autores nos respectivos textos. 232 Práticas de Escrita Conteúdos: 5.ª SÉRIE: - Pesquisa e registro de informações, a partir de perguntas pré-elaboradas - Criação de capa e contracapa de livros - Transposição dos dados de gráficos para texto exclusivamente verbal; - Transposição de dados verbais para a linguagem gráfica; - Criação de instruções a partir de proposta lúdica que permite verificar, na prática, a compreensão do texto instrucional. - Revisão do texto de um colega; - Escrita de um parágrafo coeso, a partir da estruturação de dados fornecidos pela proposta - Prática de diferentes processos para efetivar um resumo - Criação de anedota, a partir de situação verossímil; - Adequação do texto ao interlocutor e à finalidade; - Produção de notícia a partir de dados fornecidos sobre determinado assunto; - Produção de anúncios classificados; - Planejamento e gestão de estratégias de escrita: discussão sobre o tema, consulta bibliográfica, redação de rascunhos, suporte e diagramação; - Produção de textos ajustados a leitores e propósitos determinados; - Produção de texto ficcional – lenda- a partir de dados fornecidos; - Construção de parágrafos com elementos modificadores que indicam circunstâncias em que ocorre a ação verbal. - Produção de fábula, considerando os elementos que a compõe; - Produção de texto narrativo usando os elementos que o caracterizam; - Produção de textos com uso de discurso direto e indireto. 6.ª SÉRIE: - Elaboração de perguntas para entrevistas, tendo em vista objetivos determinados. 233 - Observação de algumas normas técnicas para apresentação de trabalhos científicos: capa, folha de rosto, sumário, referências. - Elaboração de anúncio publicitário, considerando-se o interlocutor, o suporte textual e a finalidade do anúncio. - Pesquisa sobre história da música popular brasileira e posterior registro. - Escrita de texto instrucional. - Desenvolvimento de narrativa ficcional a partir do enredo básico. - Paródia de um conto de fadas. - Improvisação de diálogos. - Construção de narrativa ficcional a partir de dados históricos. - Escrita de carta de leitor para comentar reportagem lida. - Transcrição de história em quadrinhos para a linguagem exclusivamente verbal. - Escrita de parágrafo argumentativo, dada uma determinada situação. - Escrita de diálogos em histórias em quadrinhos dada. - Escrita de notícias a partir de dados fornecidos. - Elaboração do resumo de reportagem lida. - Elaboração de passaporte de leitura e texto de propaganda. - Produção de paráfrases. - Produção de carta coletiva dirigida a uma instituição.( formal e informal). 7.ª SÉRIE: - Planejamento de palestra, elaboração de resumo esquemático. - Escrita de nota crítica sobre filme. - Elaboração coletiva de resenha sobre programa de televisão. - Escrita de conto, textos narrativos, argumentativos de opinião, instrucional, descritivos, informativos, entrevistas,propagandas. Criação de enredos a partir de sinopses dadas. - Registro de pesquisas. 234 - normativos , - Elaboração de textos argumentativos a partir de notícias previamente lidas e analisadas. - Relatório escrito de visitas e realizações de projetos sociais. - Criação de textos de divulgação de um produto. - Criação de propagandas utilizando recursos não verbais. - Análise de charges. - Produção de histórias em quadrinhos. - Retextualização da oralidade em escrita. - Produção de paródias. 8.ª SÉRIE: - Registro de pesquisa sobre gêneros textuais presentes em meios impressos. - Organização de antologias de poemas. - Escrita de contos a partir de introduções dadas, respeitando as características do texto narrativo e utilizando, na produção, os elementos básicos da narrativa. - Produções de paródias. - Produção de textos instrucionais. - Pesquisa e produção de tiras,cartas, cartaz, charges, caricaturas, cartuns e histórias em quadrinhos. - Produção de notícias, editoriais, classificados, de acordo com os estilos de jornais estudados. Produção de textos dissertativos. - Elaboração de biografia. - Criação de peça teatral. - Elaboração de código de conduta. - Retextualização de entrevista. - Confecção de folder ( texto informativo). - Elaboração de anúncios de empregos e anúncios humorísticos. - Criação de mensagens natalinas. 235 - Análise Lingüística A linguagem nos acompanha onde quer que estejamos e serve para articular não apenas as relações que estabelecemos como o mundo, mas também a visão que construímos sobre ele. É ela que nos possibilita pensar nos objetos e a operar com eles na sua ausência. Sendo assim, é um conjunto de signos que são a representação do real. Toda variedade de língua possui uma organização sintática, ou seja, uma gramática que permite o entendimento entre as pessoas, em momentos de interlocução. Dessa forma, análise lingüística está presente entre os objetivos da língua portuguesa, pois diferencia o trabalho da escola do contato informal do aluno com a linguagem em seu dia-a-dia. Essa análise lingüística deverá contemplar o que as relações dialógicas, entre autor e leitor, os sentidos atribuídos aos diversos textos, o posicionamento do aluno leitor diante desses textos, o reconhecimento da função dos diferentes elementos lingüísticos usados no texto, o domínio da estrutura textual, tanto no seu aspecto temático como na articulação entre as partes que constituem o texto, a clareza, a coerência, a consistência argumentativa. Desse modo é imprescindível que o aluno amplie sua capacidade discursiva em atividades de uso da língua, de maneira a compreender outras exigências de adequação da linguagem. 5.ª SÉRIE: - Reconhecimento de campos lexicais; - Reconhecimento das especificidades do verbete de dicionário: abreviaturas, entradas léxicas, informações adicionais; - Reconhecimento e análise da estruturas de diferentes tipologias textuais; - Uso dos registros formal e informal, segundo a situação interlocutiva; - Uso de fórmulas de saudação e despedida em contextos formais e informais; 236 - Uso de pronomes pessoais nas cartas; - Noção e emprego da língua padrão em situações de comunicação que a exijam; - Identificação de alguns mecanismos de coesão referencial; - Observação e emprego de elementos coesivos de referência: palavras que remetem a outras em um mesmo texto; - Reconstrução e reposição de palavras ou frases subentendidas no texto; - Identificação de empréstimos recentes de outra língua (inglês); - Observação de incorporação de novas palavras da área da informática ao vocabulário da língua portuguesa; - Organização de redes semânticas de palavras em letras de canção; - Adequação da linguagem do interlocutor possível; - Emprego dos conectivos próprios do texto instrucional; - Utilização das formas e modos verbais; - Compreensão do parágrafo como uma unidade de sentido; - Estudo dos pronomes oblíquos átonos como elementos coesivos; - Uso de procedimentos de substituição para evitar repetições de palavras e expressões; - Observação da concordância verbal; - Emprego de elementos coesivos para unir orações; - Análise da onomatopéia como recurso da história em quadrinhos; - Uso de sinais de pontuação como recursos de ênfase na linguagem da historia em quadrinhos; - Identificação das características de uma noticia e dos elementos básicos que a compõe; - Abreviaturas e siglas; - Reconhecimento de tempo e aspectos verbais; - Reconhecimento da linguagem clara e precisa como forma de organização do texto informativo; - Reconhecimento da estrutura textual do gênero notícia: pirâmide invertida e perguntas clássicas a que a noticia responde; - Análise da função de elementos de uma primeira página de jornal: cabeçalho, manchete, chamadas, lide, índice, fotos, legenda e infográfico; 237 - Reconhecimento dos índices lingüísticos que diferenciam um relato ficcional de uma notícia; - Reconhecimento dos índices lingüísticos que diferenciam o texto ficcional do texto de informação cientifica; - Identificação da estrutura narrativa do gênero lenda: seqüência, personagens, espaço, tempo, narrador; - Analise da linguagem precisa do texto de divulgação cientifica; 6.ª SÉRIE: - Reconhecimento da importância de campos léxicos para busca de informações - Reconhecimento das especificidades do verbete de dicionário: abreviaturas, entradas léxicas, informações adicionais; - Usa da vírgula, dos parênteses e dos travessões para esperar informações de ordem explicativa; - Uso do imperativo em textos publicitários; - Reconhecimento da função do logotipo como estratégia publicitária; - Identificação de versos, estrofes e refrões; - Localização e identificação de rimas; - Identificação de marcas típicas da modalidade oral; - Uso dos discursos direto e indireto; - Adequação do discurso ao interlocutor possível; - Identificação de níveis de registro (formal e informal); - Identificação de índices que permitem compreender a imagem do locutor (homem, mulher, criança); - Uso do pronome eu/ mim segundo a língua padrão; - Análise do uso dos tempos verbais no relato histórico; - Utilização dos verbos no modo indicativo; - Análise do uso de tempos verbais para diferenciar relato e comentário; - Caracterização das seqüências argumentativa; 238 Análise dos componentes da narrativa; discursivas narrativa e - Observação da linguagem econômica da história em quadrinhos; - Uso dos sinais de pontuação como recurso de ênfase na linguagem das histórias em quadrinhos; - Uso de elementos coesivos que permitem a progressão textual; - Análise de mecanismos lingüísticos para o uso de discurso citado em textos da imprensa; - Observação e análise do uso da sigla em textos jornalísticos; 7.ª SÉRIE: - Análise de expressões usadas para retomar, antecipar e iniciar a exposição oral; - Reconhecimento da importância de campos lexicais para a busca de informação; - Reconhecimento das características especificas de textos expositivos orais; - Análise e reflexão sobre o uso de adjetivos em textos de opinião; - Reconhecimento de elementos lingüísticos que identificam o tipo de narrador; - Uso de pontuação para indicar falas dos personagens em textos narrativos; - Reconhecimento de elementos da narrativa; - Observação da manipulação produzidas por escolhas lingüísticas; - Análise de elementos lingüísticos que diferenciam um relato mitológico de um texto de divulgação cientifica; - Análise de elementos coesivos em diferentes tipologias textuais; - Observação de elementos lingüísticos que conferem sentido ao texto; - Análise de efeitos de sentidos pelo uso de pronomes de tratamento e dos valores implícitos no uso de “você” e “senhor”; - Uso de expressões próprias da língua falada para busca de interação convencional; - Observação e análise dos indícios manipulação em uma entrevista; 239 Uso do discurso direto e indireto; lingüísticos que indicam - Análise dos efeitos produzidos por diferentes verbos e tempos verbais, introduzidos nos discurso direto; - Estudo e uso de recursos conectivos próprios da argumentação; - Reconhecimento de relações lógicas no interior do texto causa/ efeito, seqüência temporal; - Análise da função do logotipo; - Análise das características estruturais do anuncio publicitário; - Analisar a importância da acentuação em um texto; - Analisar o uso e a importância do acento nos plurais dos verbos: ter, conter, deter, intervir; - Aprimorar o estudo da ortografia; - Analisar os recursos de coesão textual, evitando a repetição de palavras; - Analisar o efeito conseqüente do uso de advérbios e locuções adverbiais; - Analisar a ocorrência da contração do artigo com a preposição; - Analisar o uso dos parênteses e aspas no texto; - Relacionar esse emprego às pessoas do discurso; - Reconhecer o uso do imperativo em textos publicitários e instrucionais – e a formação do imperativo; - Diferenciar adjetivo de locução adjetiva; - Reconhecer tempos e conjugações no modo subjuntivo; - Transformar o discurso informal em formal; - Reconhecer o emprego da linguagem figurada; 8.ª SÉRIE: - Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada tipo e gênero de texto se inserem, considerando as intenções do enunciador, os interlocutores, os procedimentos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos, e conversacionais que privilegiam; Identificação de versos, estrofes e refrões; - Observação da regularidade métrica e identificação de rimas; 240 - - Reconhecimento das figuras de linguagem como recursos expressivos da linguagem poética; - Análise dos elementos lingüísticos que identificam os elementos da narrativa; - Uso da pontuação para indicar a fala dos personagens no texto narrativo; - Emprego de tempos verbais na narrativa; - Análise e emprego de elementos coesivos, próprios da seqüência narrativa: conectivos temporais e lógicos; - Articulação entre conhecimentos prévios e informações textuais para dar conta de ambigüidades, ironias e expressões figuradas, opiniões e valores implícitos; - Análise das implicações discursivas decorrentes do uso da virgula em orações subordinadas adjetivas; - Observação e uso do pronome relativo ONDE como elemento coesivo; - Observação e análise da inclusão de recursos lingüísticos para inclusão dos outros no discurso; - Uso de pronomes pessoais e de vocativo como recursos de persuasão; - Análise e uso de recursos expressivos usados nas charges, tirar, cartuns, etc.; - Utilização das regularidades observadas como parte das estratégias usadas para solução de problemas de ortografia e de acentuação gráfica; - Observação dos efeitos produzidos por determinadas escolhas lingüísticas: uso da voz passiva, voz ativa e voz reflexiva; - Observação e análise dos períodos compostos: orações coordenadas e orações subordinadas; - Estudo e emprego da concordância verbal e nominal e da regência verbal e nominal; - Reconhecimento e facultativo da crase; 241 análise do uso obrigatório, proibitivo e Conteúdos estruturantes 5ª série - Abreviaturas, siglas. - Frase, oração, período.( tipos de frases) - Encontros vocálicos e consonantais, dígrafos. - Separação silábica. - Sinônimos e antônimos. - Uso dos porquês. - Silaba tônica. - Onomatopéias. - Sinais de pontuação. - Discurso direto e indireto. - Conotação e denotação. - Derivação e composição. - Sujeito e predicado. - Classes das palavras. - Concordância verbal e nominal. - Acentuação gráfica - Ortografia. 6ª série Sinais de pontuação. - Ortografia. - Discurso direto e indireto. - Sujeito e predicado. - Classe das palavras - Adjunto adverbial e adnominal. - Predicativo do sujeito. - Verbo : modo indicativo, subjuntivo, imperativo e formas nominais. - Locução adjetiva, adverbial, prepositiva. - Vozes dos verbos. - Concordância verbal e nominal. - Crase. - Formação do plural. 242 - - Acentuação. - Parônimos. 7 ª série - Acentuação: regras gerais - Acento diferencial. - Pontuação: ênfase ao uso de aspas, parênteses, travessão. - Conjunções, pronomes, advérbios, adjetivos. - Orações coordenadas assindéticas e sindéticas. - Orações subordinadas adverbiais, adjetivas e substantivas. - sujeito, predicado, objeto direto, indireto, predicativo, aposto, vocativo. - a posição do sujeito e objeto nas orações e a possibilidade de inversão. - uso dos verbos ser , ter, haver - verbos intransitivos, transitivos e de ligação. - variações lingüísticas: sociocultural, geográfica e histórica. - conotação e denotação. - Períodos simples e compostos. - Concordância verbal e nominal. - Ortografia s/z; j/g; x/ch; porquês. 8ª série Regência verbal e nominal. - Sujeito e predicado. - Orações subordinadas substantivas, adjetivas, adverbiais. - Concordância verbal e nominal. - Verbos regulares e irregulares - Vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva. - Acentuação: crase e acento diferencial - Períodos simples e compostos. - Uso das conjunções coordenativas e subordinativas. 243 - - Figuras de linguagem. - Discurso direto e indireto . - Ortografia: mal/ mau; homônimas e parônimas, há/ a; tãopouco / tão pouco. - Estrutura das palavras: radical, prefixo e sufixo - Radicais gregos e latinos. - Verbos intransitivos, transitivos e de ligação. - Complementos verbais e nominais. - Radicais. - Formação das palavras. - Colocação pronominal. Metodologia O ensino de Português , no Ensino Médio, deve estar voltado para a formação de um cidadão autônomo, capaz de interagir com a realidade do novo milênio. Entende-se que a língua é organizada pelas atividades dialógicas dos falantes / ouvintes. É pela linguagem que os homens se comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem seu ponto de vista, partilham ou constroem visões de mundo. Portanto, adotaremos a perspectiva interacionista de linguagem sócio-histórica. Assim sendo, o aluno deverá reelaborar seus conhecimentos e desenvolver competências lingüísticas por meio do uso e reflexão sobre a língua. Para tanto utilizamos os mais variados textos , enfocaremos três eixos essências: leitura, oralidade e escrita procurando selecionar atividades que tenham relação com a vivência do aluno tornando o ensino mais adequado à realidade dos alunos. Serão realizadas leituras orais, individuais, coletivas em duplas. Produções de textos individuais, coletivas, em duplas. Reescrita de textos no quadro de giz. Exercícios elaborados pelo professor. Pesquisas em enciclopédias, apresentações do estudo, dramatizações, exposições dos trabalhos no mural. Em literatura, será dado enfoque maior ao texto como um todo porque a literatura muito mais do que um objeto portador de mensagens e ensinamentos, é um 244 jeito particular de enxergar o mundo, onde a fronteira entre a verdade e a mentira é relativizada. O melhor domínio de língua e seus códigos se alcança quando se entende como ela é utilizada no contexto na produção do conhecimento científico, da convivência, do trabalho ou das práticas sociais: nas relações familiares ou entre companheiros, na política ou no jornalismo, no contrato de aluguel ou na poesia, na física ou na filosofia. Para trabalhar-se o conteúdo mais significativo serão utilizados jornais, revistas, livros literários, didáticos, análise de filmes, júri simulados e outros.Leitura expressiva de textos por parte do professor e aluno. Aulas expositivas, leitura silenciosa , debates, diálogos, dinâmicas de grupo, uso de livros didáticos e literários, uso da biblioteca para leitura, apresentação de trabalhos. Exercícios escritos e produções de textos. Avaliação A avaliação não pode ser aceita como um simples instrumento classificatório, mas de acompanhamento da construção da aprendizagem, indicando assim um processo contínuo e cumulativo, que venha incorporar todos os resultados obtidos durante o período letivo. De que maneira o aluno se posiciona na oralidade, na leitura e produção escrita, o que é necessário para que uma caminhada qualitativa aconteça. Assim como a certeza de onde se quer chegar, são questões norteadoras do trabalho e avaliação do professor, esta perspectiva delineia alguns critérios básicos que devem nortear o processo avaliativo. Considerandose a oralidade em sua especificidade é importante observar a participação individual e coletiva do aluno nas atividades de linguagem, a capacidade de exposição clara das idéias, a construção de argumentos coerentes. Quanto à leitura devem ser observados aspectos como a caminhada do leitor, a capacidade do aluno em estabelecer relações intertextuais, a capacidade de extrair informações, de perceber diversos pontos de vista, a capacidade de transitar entre os textos lidos posicionando-se em relação a eles e perceber os recursos que o autor utilizou. Na escrita é 245 preciso examinar a capacidade de produzir , reproduzir, narrar, sintetizar e apresentar usando a unidade temática , a seqüência lógica das idéias, o uso dos elementos coesivos, discursos direto, indireto, concordância nominal e verbal, ortografia e o domínio dos aspectos formais do texto. Os alunos vêm com diferentes experiências em relação à leitura, escrita e oralidade. Não é possível, pois, estabelecer metas idênticas para todos. Cada um será observado em relação a seus próprios avanços e dificuldades. As avaliações poderão ser: - individuais, em grupos ou duplas; - pesquisas e síntese dos trabalhos; - apresentações orais das pesquisas e dos pontos de vista sobre diversos temas. - participação do aluno em classe; - reelaboração de produções nos quais não foram atingidos os objetivos propostos, - debates –argumentação. As avaliações serão realizadas mensalmente as quais serão atribuídos conceitos como A (8,0 a 10,0) , AP ( 6,0 a 7,9) e NA (até 5,9). Para sintetizar, será avaliado o quanto o aluno aproxima-se dos objetivos a seguir: Linguagem Oral: • é capaz de expor suas idéias verbalmente e de forma clara; • consegue argumentar em defesa de suas idéias; • compreende que diferentes formas de registro têm o mesmo valor lingüístico; • procura adequar a fala a diferentes interlocutores e as diversas situações sociais; • confronta opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da linguagem verbal. Na linguagem escrita, no que se refere à produção de textos: • escolhe o tipo de texto de acordo com suas intenções; • procura utilizar uma configuração finalidades dos diversos tipos de textos; 246 discursiva adequada às • ao produzir textos, utiliza os recursos próprios do discurso escrito, em oposição à escrita impregnada de marcas da oralidade; • escreve com clareza e coerência, utilizando recursos expressivos da linguagem verbal. No que se refere à leitura: • identifica diferentes suportes de textos, organizações, estruturas, funções, contextos; • lê com autonomia para si e para o outro, textos cuja complexidade seja compatível com seu nível de escolarização, compreendendo o que lê; • reconhece e usa a língua materna como geradora de significados e integradora da organização no mundo e da própria identidade. Recuperação Paralela A lei número 9394/96, possibilita a obrigatoriedade dos estudos de recuperação, de preferência paralela ao período letivo, capaz de promover a valorização real dos alunos nela envolvidos. E é nesse sentido que a aprendizagem como um processo contínuo, com registros permanentes de aproveitamento escolar, pode se tornar indicativo seguro para apontar alunos que precisam de recuperação da aprendizagem, antes que o resultado final se concretize. Assim, a produção de texto é um processo de elaboração que exige racionalidade. E a primeira versão de um texto sempre pode ser melhorada. É o professor que deve conscientizar o aluno sobre o que reformular e como fazê-lo com o texto produzido, mostrando que um texto pode ganhar diferentes versões com algumas reformulações. No processo de reestruturação pode haver uma autocorreção feita pelo próprio produtor de textos, quando este relê sua produção para si ou para os outros. E as observações feitas pelos outros leitores devem inferir nas reformulações de um texto. Ao valorizar o processo de escrita, o professor e o aluno devem dar atenção ao texto rasurado, como momento necessário até a versão definitiva do texto. Assim, deve ficar claro ao aluno que para um texto escrito seja compreendido pelo outro é necessário que esse texto seja claro,coerente e coeso. 247 Será realizada toda vez que for constatado pouca aprendizagem. Em relação às produções de textos serão os alunos orientados para a reescrita e posterior avaliação do progresso em relação a primeira versão . Serão tantas vezes revisadas as produções quantas os alunos refizerem. Para apresentações orais de pesquisas, debates dar-se-á uma nova oportunidade para que o aluno possa reapresentar o trabalho procurando sanar as deficiências apresentadas anteriormente. Em relação as provas escritas serão feitas recuperações posteriores com uma nova avaliação escrita ou atividades para serem feitas em casa e apresentadas ao professor. Referências Bibliográficas: ABAURE, Maria Luiza, Português: língua e literatura: volume único. São Paulo: Moderna, 2003. AMARAL, Emília , et all. Português: Novas Palavras:literatura, gramática e redação. São Paulo: FTD, 2000. BAKHTIN, Mikhail. Questões de estética e literatura. São Paulo: Martins Fontes, 1997. FARACO,Carlos Alberto: TEZZA, Cristovão: CASTRO, Gilberto de . Diálogos com Bakhtin. Curitiba, Pr: editora UFPR, 2000. GERALDI. O texto em sala de aula. 2 ed. São Paulo: Atica, 1987. HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000. KLEIMANN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7 ed. Campinas, Sp: pontes, 2000. 248 KRAMER. Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3 ed. São Paulo: Ática, 2000. PARANA , Secretaria de Estado da Educação. Curriculo básico para a escola pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990 PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa. Versão Preliminar. Julho 2006. Curitiba: SEED, 2006. PELLEGRINI, Tânia. FERREIRA, Marina. Palavra e Arte. São Paulo: Atual, 1996. SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002. _______. Que professor de Português queremos formar? 2001. SUASSUNA,Lívia. Ensino de Língua Portuguesa: uma abordagem pragmática. Campinas, SP: Papirus, 1995. 249 Apresentação Geral da Disciplina de Matemática A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural. É uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas também nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica uma produção de novos conhecimentos que têm sido instrumentos úteis na solução de problemas tanto científicos como tecnológicos. A matemática colabora para a informação da cidadania, sobre a inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais, da cultura e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais. Devido à função do desenvolvimento das tecnologias marcantes no mundo do trabalho, exigem-se trabalhadores mais criativos e versáteis, capazes de entender o processo de trabalho como um todo, dotados de autonomia e iniciativa para resolver problemas em equipe e para utilizar diferentes tecnologias e linguagem. Com isso, os profissionais devem estar ligados a um processo contínuo de formação e portanto, devem aprender cada vez mais. É papel da escola desenvolver uma educação que não dissocie escola e sociedade, conhecimento e trabalho e que coloque o aluno ante desafios que lhe permitam desenvolver atitudes de responsabilidade, compromisso, crítica, satisfação e reconhecimento de seus direitos e deveres. A matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciação pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios. As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam uma inteligência problemas, 250 essencialmente buscar e selecionar prática, que informações, permite tomar reconhecer decisões e desenvolver uma ampla capacidade para lidar com a atividade matemática. È fundamental que o professor estimule o aluno a pensar, a trabalhar, a processar as informações e, ao mesmo tempo, o auxilie a avaliar seus conhecimentos de acordo com as metas traçadas. O professor deve oferecer propostas de ensino e atividades que possibilitem ao processo-aprendizagem realizar-se de forma natural e eficiente. Aprender matemática deve ser mais do que memorizar resultados, isto é, a aquisição do conhecimento deve estar vinculada como o domínio de um saber fazer matemática. Isto será alcançado através de um processo lento, começando com atividades sobre resolução de problemas de diversos tipos, com objetivos de criar intuições, de estimular a busca de regularidade, a capacidade de argumentação que são elementos fundamentais para o processo de formalização do conhecimento matemático. A matemática é utilizada como base nos diversos ramos do conhecimento e na formação do indivíduo, é aplicada aos fenômenos do mundo real. Assim a disciplina de matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e contextualização com os temas das relações etno-raciais, história, cultura afro-brasileira e africana, conforme lei nº 10639, de 09/10/2003 que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino desta temática na rede e ensino. Objetivos É necessário revelar a matemática como construção humana ao longo da história e não como um conhecimento pronto e acabado; mostrar as diferentes necessidades e preocupações de diversas culturas. Assim, a história da matemática pode ser usada em sala de aula, destacando-se as relações entre ela e as outras ciências. O objetivo do trabalho educacional em matemática precisa, em todos os momentos, ajudar os alunos a se apropriarem do conhecimento para que se tornem cidadãos e tenham consciência dessa cidadania. 251 - Construir o significado de números a partir de seus diferentes usos no contexto social, explorando situações-problema que envolvam contagem, medidas e códigos numéricos. - Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico). - Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, utilizando conceitos e procedimentos matemáticos. - Trabalhar as idéias, os conceitos matemáticos intuitivamente, antes da simbologia e da linguagem matemática. - Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em equipe, auxiliando-os e aprendendo com eles, apresentando suas idéias e respeitando as deles, formando, assim, um ambiente propício à aprendizagem; - Ler e interpretar textos matemáticos. - Interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas, gráficos, expressões...) e construir formas pessoais de registro para comunicar informações coletadas. - Desenvolver procedimentos de cálculos: mental, escrito, exato, aproximado. - Perceber semelhanças diferentes entre objetos no espaço, identificando formas. - Reconhecer grandezas mensuráveis como comprimento, massa, capacidade e elaborar estratégias de medidas. - Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar. - Utilizar adequadamente calculadoras e reconhecendo suas limitações e potencialidades 252 computadores, Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 5ª SÉRIE Números, operações e álgebra Sistemas de numeração - a história dos números - sistema de numeração decimal - sistema de numeração romano Os números naturais - sucessor e entecessor - maior que e menor que - representação de números naturais - adição e subtração de números naturais - multiplicação e divisão de números naturais - potenciação e radiciação de números naturais - números primos - máximo divisor comum - mínimo múltiplo comum Os números racionais - forma fracionária dos números racionais - frações equivalentes - comparação de frações - adição e subtração de números racionais - multiplicação e divisão de números racionais - forma decimal dos números racionais Geometria - estudo das formas - a reta: retas coincidentes 253 paralelas, perpendiculares, concorrentes e - semi-reta e segmento de reta - o ângulo: definição e medida de ângulo (o uso do transferidor) - polígonos: polígonos convexos e demoninação - triângulos - quadriláteros Medidas Medidas de comprimento - transformação das unidades - perímetro de polígonos Medidas de superfície - transformação das unidades - medidas agrárias - áreas de figuras geométricas planas Medidas de capacidade - transformação das unidades - volume do paralelepípedo retângulo Medidas de massa - transformação das unidades Tratamento da Informação - coleta, organização e descrição de dados leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e - gráficos Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 6ª série Números , operações e álgebra Conjunto de números inteiros. • Conjunto dos números racionais( introdução). • Conjunto dos números racionais( 6 operações). • Médias. 254 • • Equações. • Noções de inequações. • Razões. • Proporções. • Números diretamente e inversamente proporcionais. • Regra de três simples e composta. • Porcentagem e juros simples. Geometria • Construções e representações no espaço e no plano. • Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos. • Planificação de sólidos geométricos. • Desenho geométrico com o uso de régua e compasso. • Ângulos, polígonos e circunferências. Medidas • Perímetro . área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas algébricos. • Ângulos e arcos – unidades, fracionamento e cálculo. Tratamento da informação • Coleta, organização e descrição de dados. • Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos. • Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e histogramas. Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 7ª série Números , operações e álgebra • Números racionais e sua representação decimal. • Números irracionais números reais. • As quatro operações: adição, subtração, multiplicação e divisão estudadas em Q e possíveis em R. • 255 Raiz Quadrada Exata e exata de um número racional. • Álgebra. • Expressões Algébricas. • Frações algébricas. • Reconhecimento dos valores que anulam os denominadores de equação fracionária e não pertencem ao conjunto solução da equação. • Monômios e polinômios. • Produtos Notáveis. • Fatoração. • Resolução de um equação fracionária de 1º grau com um incógnita. • Equações literais do 1º grau na incógnita x. • Equações fracionárias e literais. • Equações do 1º grau com duas incógnitas. • Verificação de um par ordenado ( x, y ) ou não – uma das soluções de equações do 1º grau com duas incógnitas. • Sistemas de equações de 1º grau com 2 variáveis. • Resolução de um sistema de duas equações de 1º grau com duas incógnitas. Geometria • Ângulos e triângulos. • Polígonos. • Ângulos interno, externo. • Diagonais e perímetro. • Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações. • Representação geométrica dos produtos notáveis. • Representação cartesiana e confecção de gráficos. • Padrões entre base, faces e aresta de pirâmides e prisma. • Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro. Medidas • 256 Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo. Tratamento da informação • Coleta, organização e descrição de dados. • Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos. Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes 8ª série Números, operações e álgebra. • Radicais. • Cálculo de radicais. • Raiz enésima de um número real. • Radicais e suas propriedades. • Simplificação de radicais. • Introdução de fatores no radicando. • Adição algébrica multiplicação e divisão de radicais. • Potenciação de expressões com radicais. • Racionalização de denominadores. • Simplificação de expressões com radicais. • Potência com expoente racional. • Equações do 2º grau. • Equações completas e incompletas. • Escrita da equação do 2º grau na sua forma normal. • Resolução de equações completas e incompletas. • Resolução de problemas. • Estudo das raízes da equação do 2º grau. • Relação entre as raízes e coeficientes da equação ax ao quadrado + bx+ c= 0 Escrita da equação do 2º grau quando se conhece as duas raízes. • Equações biquadradas. • Equações Irracionais. • Resolução de equações irracionais. • Sistemas de Equações do 2º grau. • Resolução de sistemas de equações do 2º grau. 257 • • Resolução de problemas. Geometria • Segmentos proporcionais. • Razão e proporção – propriedades. • Razão de dois segmentos. • Segmentos proporcionais. • Feixes de paralelas. • Propriedade do feixe de paralelas. • Teorema de Tales. • Teorema de Tales nos triângulos. • Teorema da Bissetriz interna de um triângulo. • Triângulos Semelhantes. • Propriedades dos triângulos semelhantes. • Teorema Fundamental de Semelhança de Triângulos. • Teorema de Pitágoras. • Aplicação do Teorema de Pitágoras na resolução de problemas. • Relações Métricas no triângulo retângulo. • Estabelecimento das relações métricas a partir da semelhança de triângulos. • Resolução de problemas. • Relações trigonométricas no triângulo. • Aplicação das relações trigonométricas na resolução de problemas. • Áreas de algumas figuras geométricas planas. • Cálculo da área do retângulo, quadrado, triângulo, paralelogramo, losango, trapézio do polígono regular e de regiões circulares. • Resoluções de problemas que envolvem as áreas de figuras geométricas. Medidas Congruência e semelhança de figuras planas- Teorema de Tales. • Triângulo Retângulo – Relações Métricas e Teorema de Pitágoras. • Triângulos Quaisquer. • Poliedros regulares e suas relações métricas. 258 • Tratamento da informação • Coleta, organização e descrição de dados. • Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos. • Noções de probabilidade. Metodologia O mundo desenvolvimento está da em constante tecnologia. mudança Portanto devido precisamos ao grande pesquisar e descobrir como os alunos transferem melhor a aprendizagem para a resolução de problemas, construção de conceitos e interação com o meio social e tecnológico. Trabalhar os conteúdos de forma que o aluno compreenda a matemática como um meio de resolver situações cotidianas. É importante que os alunos participem de forma dinâmica, partindo de experiências já adquiridas e que os levem a ampliar ou formular novos conceitos. O trabalho com o eixo matemático (números e operações, geometria, medidas e tratamento de informações) ganharão significado na medida em que seus estudos partem das relações que se podem estabelecer com contextos sócio-culturais sem desconsiderar os contextos internos da própria matemática. Trabalhar com geometria na qual o aluno deve ser estimulado a fim de explorar o espaço para nele situar-se, desenvolvendo habilidades de observação tridimensional. O aluno deverá desenvolver a capacidade de comparar e ordenar os números para a melhor compreensão do significado de notação numérica. Trabalhar diferentes medidas fazendo comparações e tamanhos e distâncias. Utilizar a linguagem matemática da informação – coleta de dados, medidas, tabelas, gráficos e porcentagens. Utilizar a calculadora para facilitar alguns cálculos em momentos que o aluno precisa estar com a sua atenção voltada para descobrir e 259 aprender. Mas é preciso cuidado com o seu uso em excesso pois pode desabilitar os alunos para cálculos. Utilizar jornais e revistas (áreas, porcentagens, proporcionalidade, tabelas, gráficos...), fazendo análises, dando opiniões, tirando conclusões, percebendo e compreendendo dados, tabelas, gráficos etc. A partir da resolução de problemas o aluno terá a oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações para ter condições de buscar várias alternativas para resolução. A resolução de problemas possibilita a compreensão de argumentos matemáticos pois ajuda a vê-los como um conhecimento possível de ser apreendido por todos no processo ensino-aprendizagem. O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento matemático. Assim não existe um único saber, mas vários saberes distintos. As manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e práticas emergem de ambientes culturais. que A valorização do aluno no contexto social, procurando levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. Avaliação Conforme a proposta pedagógica da escola, a avaliação será realizada por meio de atividades individuais, em duplas, em grupos, pesquisas, participação nas aulas, no desenvolvimento das atividades, além dos testes e provas. Visto que o aluno não assimilou o conteúdo proposto, este será revisado e em seguida feita uma nova avaliação paralela (oral ou escrita) dando oportunidade para que o aluno atinja o objetivo, Desta forma a avaliação compreende ser um instrumento importante para fornecer informações sobre como está sendo realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor como para a equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados do trabalho, assim como para o aluno verificar seu desempenho e não simplesmente o acúmulo de conteúdos. 260 Para classificá-lo em aprovado ou reprovado, utilizamos os conceitos A (Atingiu - nota acima de 8,0), AP(Atingiu Parcialmente – nota de 6,0 a 7,9) e NA (Não Atingiu – nota abaixo de 5,9). Deste modo a avaliação torna-se fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino, para que realmente o aluno aprenda. Também deve ser entendida como processo de acompanhamento e compreensão da dificuldade dos alunos em atingir os objetivos. Portanto, avalia-se para identificar os problemas e os avanços e redimensionar a ação educativa, visando o sucesso escolar. Referências Bibliográficas: DCE -Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática – SEED. IMENES, Luiz Márcio. Matemática para todos. São Paulo, Scipione, 2002. ISOLANI, Célia Maria Martins. Matemática e Interação. Curitiba: Módulo, 1999. Longen, Adilson ; Matemática em Movimento. Coleção Dinâmica. Editora do Brasil. São Paulo. Planejamento 2006 do Colégio Estadual D. Pedro II Ensino Fundamental e Médio, elaborado pela professora Márcia de Souza, na disciplina de Matemática. PAIS, Luiz Carlos. Didática da Matemática. Uma análise da influência francesa. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. P . 35 -36 ( Coleção Tendências em Educação Matemática). TOSATTO, Claudia Miriam. Matemática. Nova Didática, Curitiba – 2002 ( Coleção Idéias e Relações). 261 Apresentación General De La Disciplina Lengua Extranjera Moderna: Español La Lengua extranjera Moderna, enfatizada en los principios de la LDB, fijase en la idea que puede recuperar de alguna forma la importancia que durante mucho tiempo fue le negada. Discútase su importancia del punto de vista de la formación del individuo, asumiendo una condición de indisolubilidad del conjunto de los conocimientos esenciales que permiten al estudiante aproximarse de varias culturas y consecuentemente propiciar su integración en el mundo globalizado que estamos presenciando a cada día. Lo que dificulta la enseñanza de cualquier Lengua extranjera Moderna es que raramente el alumno entra en contacto con la lengua hablada antes de ingresar en la escuela y muchas veces en el contexto escolar el alumno no adquiere los mínimos conocimientos de lengua, por eso es preciso rever el modo de como está se enseñando esa lengua. Para propiciar mejores condiciones de aprendizaje débase dejar de lado la concepción de que se aprende por memorización porque en el mínimo el alumno va a pasar a repetir frases descontextualizadas año apos año sin apropiarse del conocimiento básico necesario para el ejercicio de la ciudadanía. Es preciso oportunizar al alumno un trabajo serio con la lengua escrita, a través principalmente de la lectura de textos que pueden enriquecer su universo. La lengua está en permanente evolución y por eso tenemos varias formas de discurso que a componen dentro de una sociedad: el discurso publicitario, el jurídico, el poético, la fala común de todo día. Hacer el alumno tomar consciencia de esa realidad, que él vive al entrar en contacto con varios discursos es un de los objetivos de la Lengua extranjera Moderna.El alumno debe percibir que ese hecho no es sólo válido para su lengua, pero también para la lengua del otro desde que el profesor presente varios tipos de textos en otro idioma que no sea suyo. Acreditamos que a través del confronto con el nuevo, con la cultura del otro, el alumno tendrá más facilidad en se posicionar, reconociendo su situación geográfica, económica y cultural de su propio país al enjergar y respectar las diferencias entre las culturas. 262 El aprendizaje de una lengua extranjera pasa a ser vista como una fuente de ampliación de los horizontes culturales. Al concebir otra cultura, otra forma de encarar la realidad, los alumnos pasan a refletir, también, mucho más sobre su propia cultura y amplían su capacidad de analizar su entorno social con mayor profundidad, tiendo mejores condiciones de establecer vínculo, semejantes y contrastes entre su forma de ser, agir, pensar y sentir y a de otros pueblos, enriqueciendo su formación. La tecnología moderna propicia entrar en contacto con los más variados puntos del mundo, así como conocer los hechos prácticamente en el mismo instante en que ellos se producen. La televisión a cabo y la Internet son algunos ejemplos de como las avanzas tecnológicos nos aproximan y nos integran del y en el mundo. Pero ni siempre los alumnos usufruen de esos recursos. Eso se debe, muchas veces, sólo a deficiencias comunicativas: sin conocer una lengua extranjera tornase difícil utilizar los modernos equipamientos de modo eficiente y productivo. En el final de los años 80, impulsión hadas por un ideal de redemocratización del país y por la creación del MERCOSUL, las escuelas volvieran a ofertar el español como una alternativa al inglés en sus grades curriculares. Allá de los imperativos del MERCOSUR , los demás vantajes de aprender español son bastante conocidas entre nosotros brasileros. Sabemos que los países limítrofes del Brasil tienen esta lengua como idioma oficial y un destino ligado al del nuestro país. Es esencial que el aprendiz, al entrar en contacto con una lengua extranjera, esté inserido en un contexto y en una situación concreta. Eso posibilitará al alumno percibir que una forma lingüística no es siempre idéntica, no posee un único significado y un único uso, pero es flexible y variable, podando asumir diferentes acepciones, dependiendo del contexto en que aparece. Al interagir con otra cultura a través de la lengua extranjera moderna, el alumno deberá ser capaz de percibir la lengua como algo que conste y es construido por una determinada comunidad, constatar que lengua y cultura son indisociables. 263 El profesor precisa estar consciente de que enseñar una lengua no es sólo enseñar estructuras consideradas fundamentales y, en su práctica de enseño, ir allá de las cuestiones lingüísticas, incluyendo cuestiones culturales y extralingüísticas. Se el objetivo mayor de la enseñanza de Lengua Extranjera Moderna es preparar el alumno para que sea capaz de interferir críticamente en la sociedad, débele planear el trabajo, pero no definirlo anticipadamente. Es preciso, descubrir quien es ese alumno con quien voy a trabajar, que conocimiento de lengua posee en que realidad está inserida, para entonces decidir de que manera trabajar. Y profesor debe tener sensibilidad suficiente para percibir cual es el procedimiento más adecuado para cada realidad, ser capaz de percibir equívocos de encaminamiento metodológico y corregirlos, se necesario. Aún, según Lifo (2001), el profesor precisa estar siempre se actualizando, no sólo porque el mundo está en constante mudanza, pero, principalmente, para ser capaz de provocar mudanzas. Aprender una lengua extranjera es entrar para un mundo desconocido por eso que no tenemos, según Barkhtin, una lengua a aprender, pero sí las varias formas de discurso que a componen dentro de una sociedad. La enseñanza de una lengua extranjera en la escuela tiene un papel importante a la medida que permite al alumno entrar en contacto con otras culturas, con modos distintos de ver e interpretar la realidad. La enseñanza de un idioma extranjero en nuestro país obedece a dos necesidades: una legal y otra política- cultural. La necesidad legal está basada en una visión de currículo que prevé el dominio competente y capaz de las distintas asignaturas que lo componen a partir de un proceso que tendrá su comienzo en ese período de escolarización y cuya continuidad se garantizará en las series posteriores. Desde el punto de vista político- cultural, la enseñanza de una nueva lengua es bien más que el ofrecimiento de un simple instrumento de interacción social: es una de las puertas que le permitirá al alumno modificar su entorno social y desempeñarse como ciudadano, reafirmando, así, su identidad sociocultural. En el Paraná, según Jiménez ( 19990, el abordaje comunicativa fue apropiada como referencial teórico en la elaboración de la propuesta de 264 la enseñanza de L E del Currículo Básico ( 1992). Según este documento, el trabajo en clase será de distintos tipos de textos, a partir bakhtianiana , se observa que la progresión de contenidos, de 5ª a 8ª series, está vuelta para la enseñanza comunicativa, centrada solamente en funciones del lenguaje ligadas al cotidiano extasiando las prácticas sociales más amplias de uso de la lengua. La propuesta de la enseñanza de lengua extranjera será norteada para un propósito mayor de educación, considerando las contribuciones de Giroux “ al rastrear las relaciones entre lengua , texto y sociedad, las nuevas tecnologías y las estructuras de poder que les subjazen” ( 2004). Para este educador, es importante que los profesores reconozcan la importancia de la relación establecida entre lengua y la pedagogía crítica en el actual contexto global educativo, pedagógico y discursivo en la lengua, del diálogo, de la comunicación,de la cultura, del poder, de las cuestiones de la política y de la pedagogía no se separan. Para tanto, se propone hacer de las clases de lengua extranjera un espacio para que el alumno reconozca y comprenda la diversidad lingüística y cultural, oportunizándolo a encajarse discursivamente y a percibir posibilidades de construcción de significados en relación al mundo que vive. Eso quer decir que el alumno podrá comprender que los significados son sociales y históricamente construidos y, por tanto ,pasibles de trasformación en la práctica social. Concluyendo, se hace necesario mapear el objeto de estudio de la disciplina de L E, la lengua, a partir del cuadro teórico conceptual de referencia, presentando los varios aspectos imbricados en el proceso discursivo, a saber: lengua y cultura, ideología y sujeto, discurso y identidad, con vistas a justificar epistemológicamente los objetivos de la enseñanza de una lengua extranjera y desgatar la función social y educacional de esta disciplina en la Educación Básica. La propuesta desarrollada aquí es pensada con el propósito de estimularles a los alumnos a trabajar de forma autónoma, de manera a permitirles identificar sus posibilidades y dificultades en el proceso de aquisición de la lengua española. El estímulo a la capacidad de oír, discutir, hablar, escribir, descubrir, interpretar situaciones, pensar de modo creativo, hacer 265 suposiciones e interferencias relativamente a los contenidos es un camino que amplía la capacidad de abstraer elementos comunes varias situaciones para que se puedan hacer generalizaciones y perfeccionar las posibilidades de comunicación, creando significados por intermedio de la lengua. Objetivos: Llevar el educando al desarrollo de las cuatro destrezas: leer, hablar, oír y escribir; interpretando y desarrollando la criticidad, se adecuando a los distintos contextos de variación lingüística, ampliando su conocimiento de mundo en la aquisición de nuevos saberes, delante a un mundo pluricultural y globalizado. La enseñanza de la lengua extranjera debe oportunizar a los alumnos el aprendizaje de contenidos que amplíen las posibilidades de ver el mundo, de evaluar los paradigmas ya existentes del y en el mundo, considerando las relaciones que pueden ser establecidas entre LE y: la inclusión social; el desarrollo de la consciencia del papel de las lenguas en la sociedad, el reconocimiento de la diversidad cultural y el proceso de construcción de las identidades trasformadoras. Objetivos Específicos: Aprender la pronuncia, la grafía y deletrear correctamente las palabras Demostrar asimilación de la pronúncia Usar los pronombres correctamente Conjugar el verbo auxiliar en presente de indicativo Conocer los nombres en español de los objetos en aula Saludar y despedirse: formalmente y informalmente. Asimilar vocabulario referente a la cantina Saber usar artículos determinados 266 Contenidos 5ª SÉRIE - El alfabeto y grafía - Lectura de historietas - Pronombres personales - Verbo auxiliar “ser” en presente del indicativo - Objetos del aula - Los saludos y despedidas - Vocabulario referente a la cantina - Los artículos determinados Objetivos Específicos: Conjugar los verbos en su tiempo (presente de indicativo) Hacer uso de la oralidade Aprender vocabulario referente a la casa Saber emplear los adjetivos demonstrativos Hacer la conjugación correcta de los verbos en presente de indicativo. Cantar haciendo uso de la oralidade. Aprender vocabulario referente al barrio, con verbo estar, en lo presente de indicativo, con los pronombres posesivos Contenidos - Verbos: andar, hablar, estudiar en presente del indicativo - Lectura de diálogo - Vocabulario referente a la casa - Los adjetivos demonstrativos - Presente de indicativo de los verbos “amar, saludar, invitar, enseñar - Refranes y canción: Cielito Lindo - Lectura de diálogo. Vocabulario referente al barrio, verbo estar Objetivos Específicos: Leer los trabalenguas practicando las consonantes: D, T, CH, H. Asimilar lo adjetivos posesivos. Aprender como son los numerales en español. 267 Leer el diálogo, aprendiendo vocabulario de establecimientos de la ciudad. Aprender los colores. Saber las diferencias de las horas en español. Conocer sinónimos y antónimos. Contenidos - Trabalenguas con énfasis D, T, CH, H. Adjetivos posesivos - Números - Localización de establecimientos - Verbos: deber, comer, ver, vender, beber, creer, poseer, suspender, poseer, temer, pretender, esconder en presente de indicativo. - Colores secundarios y terciaros - Horas - Vocabulario de las palabras opuestas Objetivos Específicos: Saber localizarse haciendo uso de los puentos cardinales y algunos países con sus capitales. Aprender vocabulario referente a la mesa y dormitorio. Aprender los días de la semana, meses de año. Conocer formas verbales, verbos terminados en “er”, y saber conjúgalas. Saber diferenciar pronombres posesivos de adjetivos posesivos usándolos. Aprender sobre la localización, comunidades autónomas, provincias, numero de habitantes, idiomas regionales. Fijar las consonantes “Z, C, GU”. Leer y conocer la narrativa. Contenidos - Localización del individuo y espacio con algunos países - Vocabulario referente a la mesa y dormitorio. - Los días de la semana, meses del año y algunos saludos - Verbos: leer, correr, aprender, comprender, cometer, depender, sorprender, meter, coser, exceder, coser en presente de indicativo. 268 Pronombres posesivos (género y numero) - Mapa de España con informaciones de: localización, comunidades autónomas, provincias, habitantes, idiomas regionales. - Las consonantes “Z, C, GU”. - Narrativa “EL Ingenioso Hidalgo Don Quijote de La Mancha”. Objetivos Específicos: Recordar de las diferencias de escrita, pronúncia y deletración del alfabeto español. Recordar de los pronombres personales, posesivos, adjetivos posesivos y adjetivos demonstrativos. Recordar de los saludos y las despedidas. Recodar de la conjugación verbal de los verbos: ser, tener y vivir (presente de indicativo). Recordar de vocabulario aprendido en el año anterior. Aprender sobre el cuerpo humano y establecer características físicas. Emplear correctamente “los artículos “ en género y numero. 6ª série Contenidos - el alfabeto, deletreación y grafía correcta de las palabras - Repaso de: pronombres personales, posesivos, adjetivos posesivos y adjetivos demonstrativos. - los saludos y las despedidas Verbo: ser, tener, vivir. - Vocabulario - Diálogo: El cuerpo humano. Características Físicas. - El artículo. Objetivos Específicos: Hacer uso de la oralidade cantando la música. Conocer los deportes y los artículos deportivos. Saber afirmar y negar, distinguir “si” e “sí”. Enfatizar y distinguir el uso de “ll e Y”, aprender que los verbos terminados en “ir” todos siguen la misma terminación. Recordar como si pide permiso y algunas despedidas. 269 Saber emplear el verbo “ir” con “A la y Al”. Enfatizar el uso de la “r y S” y sus pronuncias. Practicar oralidade. Contenidos - Música: “ Amigo” de Roberto Carlos, traducida por M. Mc Cluskey - Los deportes y los artículos deportivos - Afirmación y negación - Despedidas y pedir permiso - La “LL e y”. Verbos: asistir, dividir, saber, añadir, sufrir, escribir, vivir, remitir, eludir y recurrir - Verbo “ir” con los complementos “A La / AL” - La “S y R”. Trabalenguas - Diálogo “El Campo”, (lectura) Objetivos Específicos: Aprender vocabulario del campo y de los animales. Saber emplear correctamente el verbo “venir” en presente de indicativo con los complementos “de y del”. Tener conocimiento que todos los verbos terminados en “ir” siguen la misma terminación. Emplear estructuras con adjetivos comparativos. Pronunciar correctamente L “J y G” Leer dialogo usando las consonantes correctamente. Fijar los nombres de los animales referentes al zoo. Emplear el verbo auxiliar “haber” en el pasado con los verbos “hablar, comer y vivir (participio). Contenidos - Vocabulario referente al campo y a los animales - Verbo “Venir” en lo presente de indicativo con complementos “De y Del” - Verbos en presente de indicativo: vivir, abrir, partir, resumir, desistir, describir, descubrir, reunir, cubrir, imprimir, difundir y decidir todos con la misma terminación 270 - Adjetivos comparativos - La ”J y G” - Diálogo: “EL ZOO” - Vocabulario referente al Zoo - EL verbo auxiliar “HABER” con el verbo HABLAR, (pasado) - La Ñ. Vocabulario referente a los sonidos que hacen algunos animales Objetivos Específicos: Leer el dialogo y conocer expresiones idiomáticas. Fijar vocabulario referente a la playa. Aprender las estructuras de los adjetivos demostrativos acompañan al nombre y los pronombres demonstrativos sustitui al nombre. Fijar el sonido de la”l” en final de palabra y que en palabras en español sólo si usa la “n”. Recordar los verbos auxiliares “ser, estar, tener, haber en lo presente de indicativo. Conocer las oraciones en español: Padre Nuestro y Ave María. Cantar la música “Gracias a la Vida”. Leer el dialogo referente al aeropuerto. Fijar el vocabulario referente al aeropuerto. Saber que todos los verbos regulares siguen la misma terminación. Contenidos - Dialogo: La Playa, ( Expresiones Idiomáticas) - Vocabulario referente a la playa. - Los pronombres demonstrativos y adjetivos demonstrativos - La “L y N” - Verbos auxiliares en presente de indicativo: ser, estar, tener y haber - Oraciones: Padre Nuestro y Ave María. - Canción: Gracias a la Vida de Nicanor Parra y Violeta Parra. - Diálogo: El Aeropuerto. Vocabulario. - Verbos regulares terminados en “ar, er, ir” indicativo. 271 en lo presente de 7ª SÉRIE Objetivos Específicos: Recordar de los sonidos de algunas consonantes que son distintas del portugués, deletrear y usar correctamente la grafía. Recordar de los saludos y despedidas. Recordar de los pronombres personales y algunos verbos para presentarse. Comprender auditivamente escuchando el dialogo. Entender algunas expresiones idiomáticas. Leer el texto, asimilar algunos sentimientos. Hablar de cosas prácticas. Comprender y completar el dialogo escuchando. Asimilar las reglas de acentuación. Interpretar el texto. Contenidos - El alfabeto, deletreación y grafía correcta de las palabras - Los saludos y las despedidas - Pronombres personales, verbos en presente de indicativo: ser, estar, tener y vivir - Texto: La curiosidad infantil - Momento Literario: Un amigo - Vocabulario - Diálogos: El domingo y La aspirina - Acentuación - Texto: Beneficios del fuego Objetivos Específicos: Saber usar los verbos en lo participio, con el verbo auxiliar “haber”. Asimilar verbos regulares e irregulares en lo pretérito indefinido. Saber usar verbos regulares en lo pretérito imperfecto. Recordar de palabras conocidas. Conocer y usar correctamente los tiempos verbales. 272 Expresar situación del tiempo. Emplear correctamente los adverbios. Leer el texto y desarrollar la capacidad oral de improvisación. Interpretar el texto y debatir. Contenidos - Verbo ”Haber” (pretérito perfecto) con algunos verbos en participio - Algunos verbos regulares e irregulares en lo pretérito indefinido - Algunos verbos regulares en lo pretérito imperfecto - Vocabulario - Verbos: andar, decir, poder y hacer en lo presente de indicativo, pretérito indefinido y futuro imperfecto - Expresiones para ubicar situación del tiempo. Adverbios - Curiosidades sobre la tierra - Texto: La decadencia de la conversación Objetivos Específicos: Recordar de algunas profesiones. Emplear en la escrita y oralidade el cambio que sufren algunos verbos. Usar correctamente el pretérito indefinido. Leer el poema y expresar opinión. Leer el texto, debatir y recordar de vocabulario que hace parte de la escuela. Continuar asimilación de algunos verbos en lo futuro imperfecto y potencial. Interpretar el texto, relacionar palabras a su significado. Contenidos - Profesiones - Verbos irregulares:”o” cambia para “ue” y “e” para ”ie” en presente de indicativo, presente de subjuntivo e imperativo. Futuro imperfecto de indicativo terminado en “ar, er, ir Pretérito indefinido: traer, venir, dar, oír, poner y ver. - Poema: Hagamos un trato 273 - - Texto: Los garabatos nunca mienten - Algunos verbos irregulares en lo futuro imperfecto y potencial - Historia: El contrabando Objetivos Específicos: Saber emplear las estructuras correctas de las conjunciones. Emplear el tiempo verbal correcto escribiendo frases. Leer el texto y producir un paráfrasis. Interpretar el texto y debatir sobre la lección de vida que relata. Comprender la conjugación verbal, lo que cambia. Aprender las reglas del plural. Interpretar el texto y debatir sobre los colores y sus significados. Contenidos - Las conjunciones coordinantes y subordinantes - Verbos: caber, tener, ver, caer en lo futuro imperfecto de indicativo - Texto: El placer de servir - Texto: El rey Salomón y la abeja - Verbos terminados en “ar, er, ir”, en lo presente de subjuntivo - Reglas para pasar palabras para el plural - Texto : La cultura y el hombre 8ª SERIE Objetivos Específicos: Recordar de los sonidos de algunas consonantes que son distintas del portugués, deletrear y usar correctamente la grafía. Recordar de los saludos y despedidas. Recordar de los pronombres personales y algunos verbos presentarse. Leer e texto y debatir sobre las costumbres, interpretar. Relacionar imagines a las frases. Leer el texto, percibir la moraleza, relacionar refranes al texto. 274 para Contenidos - El alfabeto, deletreación y grafía correcta de las palabras - Los saludos y las despedidas - Pronombres personales, verbos en presente de indicativo: ser, estar, tener y vivir - Texto: Extrañas costumbres - Imagines - Texto: La derrota del sol Objetivos Específicos: Saber expresarse en la escrita y en la oralidade. Ampliar los conocimientos y refletir sobre la evolución. Interpretar. Conocer las frutas. Saber expresarse en la escrita y en la oralidade. Pronunciar y escribir correctamente. Ampliar las informaciones de otros países. Contenidos - Expresiones para indicar extrañeza, hipótesis, posibilidad, conocimiento, convicción y certeza - Texto: La rueda - Frutas - Expresiones para expresar: opinión (verdad de un hecho), para afirmar o negar. - Heterotónicos - Curiosidades numéricas Objetivos Específicos: Debatir sobre que hacen cuando tienen algún problema. Leer el texto, elaborar consejos. Leer y comentar sobre el texto. Saber distinguir los heterogenéricos. Saber relacionar ideas del texto y en la oralidade. Comprender auditivamente. Saber que en español tienen otros significados. 275 Contenidos - Texto: Decídete - Texto: La araña tejedora, la mosca y la música - Heterogenéricos - Texto: La ciencia predilecta - Dialogo - Heterosemánticos Objetivos Específicos: Reflexionar sobre algunos sentimientos con sus valores. Saber expresarse usando sentimientos. Conocer trajes femeninos y lo que representan. Explotar valores referentes a la felicidad. Conocer comidas típicas. Contenidos - Textos: Cuando uno no quiere pelear, La amistad requiere señales, El amor hace ver las cosas de una manera nueva, Faltaba una posibilidad - Expresiones referente a los sentimientos en respeto al futuro, la exclamación, la irritación, los insultos y énfasis - Texto: Díme como te bañas y te diré como eres Texto: ¿La felicidad existe? Comidas Metodología La doble consideración de la lengua como sistema y como instrumento de comunicación nos ha llevado a conceder prioridad compartida a los contenidos gramaticales y a los funcionales; por ello, intentamos un equilibrio metodológico que pocas veces se a logrado en la enseñanza del español: conocimiento riguroso de los elementos gramaticales y léxicos de la lengua; aprendizaje de su empleo en situaciones concretas de comunicación y contextos funcionales. 276 La metodología es funcional, con el uso del lúdico, dinámicas y conversación. Uso del diccionario, textos actuales de revistas y periódicos de España, músicas y laboratorio de informática. La enseñanza también será basada en textos, donde se puede sacar el léxico que debe ser adquirido, lo que facilitará la interpretación. Toda lengua es una construcción histórica y cultural en constante trasformación. Daí la lengua extranjera presentarse como un espacio para ampliar el contacto con otras formas de conocer, con otros procedimientos interpretativos de construcción de la realidad. Según Bakhtin, “el papel organizador de la palabra extranjerapalabra que trasporta consigo fuerzas y estructuras extranjeras (…) – hice con que, en la consciencia histórica de los pueblos, la palabra extranjera se fundiese con la idea de poder, de fuerza, de santidad, de verdad” ( 1999). Y es en la y por la palabra que se percibe las distintas ideologías, condiciones sociales y jerarquías de la vida social, posibilitando el confronto de valores. La lengua extranjera pode ser propiciadora de la construcción de las identidades de los sujetos alumnos al oportunizar el desarrollo de la consciencia sobre el papel ejercido por las lenguas extranjeras en la sociedad brasilera y en el panorama internacional, favoreciendo ligaciones entre la comunidad local y planetaria. En clases de lengua extranjera será posible hacer discusiones orales sobre su comprensión, bien como producir textos orales, escritos y o visuales a partir del texto leído , integrando todas las prácticas discursivas en este proceso. Los alumnos son encorajados a tener una postura crítica frente a los textos, envolviendo cuestionamientos acerca de las visiones de mundo que los subyaz. La lectura es un proceso de negociación de sentidos, de contestaciones de significaciones posibles, como en un embate, lecturas consensúales dependes del uso de estrategias acordadas entre las partes. Así, el papel de la gramática se relaciona al entendimiento, cuando necesario, de los procedimientos para construcción de significados utilizados en la lengua extranjera: el trabajo con la gramática, se establece como importante en la medida en que permite el 277 entendimiento de los significados posibles de las estructuras presentadas. Es interesante trabajar con textos que presenten un gran número de palabras trasparentes, principalmente para clases iniciantes. Esto puede auxiliar el alumno a percibir que es posible leer un texto en lengua extranjera sin tener mucho conocimiento de la lengua .Es preciso conscientizar los alumnos de la complejidad del acto de leer y que el texto no es portador de un significado único y cerrado en si mismo. La pesquisa de palabras en el diccionario también puede auxiliar esa conscientización, en la medida que los alumnos perciban los posibles sentidos presentados para tales palabras, pero que aún así,, son limitados, podendo ser producidos otros adecuados a determinados contextos. Después de la lectura de un texto con frases complejas, ofrecer a los alumnos una lista de frasee y sus respectivas traducciones y pedir que miren como las dos lenguas se difieren en los dos idiomas. Cabrá así, al profesor, trabajar el texto en su contexto social de producción y de seleccionar itens gramaticales que indiquen la estructuración de la lengua. Es importante destacar que el trabajo con la producción de textos en clase de L E también precisa ser concebido como un proceso dialógico ininterrupto, en el cual se escríbe siempre para alguien y de quien se constroe una representación. En fin, se entiende que al tratar los contenidos de LE en la perspectiva del letramiento crítico, el profesor proporcionará al alumno pertenece a una determinada cultura ir al encuentro de otras lenguas y culturas. De ese encuentro se espera que pueda surgir la consciencia del lugar que se ocupa en el mundo, extrapolando así el dominio lingüístico que el alumno pueda venir a tener. Evaluacíon: La evaluación será diagnóstica, a través de las producciones textuales, explotaciones textuales y orales; evaluaciones escritas para contenidos específicos, todo ello para la verificación del aprendizaje. 278 La evaluación se constituí en un instrumento facilitador en la busca de orientaciones e intervenciones pedagógicas, no se atenido sólo al contendido desarrollado, pero aquellos vivenciados al longo del proceso, de forma que los objetivos específicos explicitados en esas diretrizes sean alcanzados. Cabrá al profesor observar la participación activa de los alumnos, considerando que el encajamiento discursivo en clase se realiza por medio de la interacción verbal, a partir de los textos, y de distintas formas: entre los alumnos y el profesor; entre los alumnos en la clase; en la interacción de los alumnos con el material didáctico; en las charlas en lengua materna y en la lengua extranjera estudiada, y en el propio uso de la lengua, que funciona como un recurso cognitivo al promover el desarrollo de los pensamientos y de ideas ( Vygotsky). El alumno envolvido en el proceso de evaluaciones también constructor del conocimiento, precisa tener su esfuerzo reconocido por medio de acciones tales como: el fornecimiento de un retorno sobre su desempeño y el entendimiento del “error” como parte integrante del aprendizaje. Así, tanto el profesor cuanto los alumnos podrán acompañar el precurso desarrollado hasta entonces y identificar dificultades, bien como planear y proponer otros encaminamientos que visen la superación de las dificultades constatadas. Evaluacíon Paralela Serán retomados los contenidos más importantes donde los alumnos presentan más dificultad con evaluación procesal, es importante considerar en la práctica pedagógica, evaluaciones de otras naturalezas: diagnóstica y formativa, desde que esas se articulen con los objetivos específicos y contenidos definidos en la escuela. 279 Referências Bibliográficas: DIRETRIZ CURRICULAR:Língua Estrangeira Moderna, 2006. Internet: www.delitosinformaticos.com/notocias/html. www.migente.us/noticias/view.article.asp.asp? Idarticle:315. IVAN MARTÍN RODRIGUES, Espanhol Série Brasil,2004 Editora Ática. E.M. MARÍA DE LOS ANGELE J. GARCÍA, JOSEPHINE S. HERNÁNDEZ, Espanhol Sin Fronteras, Ano 2000. Editora Scipione. Volume 2 e3. Projeto Político Pedagógico. Estudos em 2006 formulados pela professora Silvia. 280 SUMÁRIO DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO Apresentação da Disciplina de Arte 01 Apresentação da disciplina de Biologia 12 Apresentação da disciplina de Educação Física 20 Apresentação da disciplina de Filosofia 27 Apresentação da disciplina de Física 36 Apresentação da disciplina de Geografia 46 Apresentação da disciplina de História 68 Apresentação da disciplina de Língua Portuguesa 78 Apresentação da disciplina de Matemática 94 Apresentação da disciplina de Química 106 Apresentação da disciplina de Sociologia 117 Apresentação da disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol 123 DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação da disciplina de Artes 139 Apresentação da disciplina de Ciências 151 Apresentação da disciplina de Educação Física 172 Apresentação da disciplina de Ensino Religioso 181 Apresentação da disciplina de Geografia 194 Apresentação da disciplina de História 207 Apresentação da disciplina de Língua Portuguesa 225 Apresentação da disciplina de Matemática 250 Apresentação da disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol 262 281 282