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Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza Fabiano Barbosa dos Reis Benefícios das teorias de liderança e motivação para as empresas São Paulo Dezembro/2014 Fabiano Barbosa dos Reis Benefícios das teorias de liderança e motivação para as empresas Monografia apresentada como exigência parcial para conclusão do Curso de PósGraduação MBA em Gestão de Projetos e Processos Organizacionais do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, sob a orientação do Prof. Me. Durval Cordas São Paulo Dezembro/2014 Eu, Fabiano Barbosa dos Reis, autorizo o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza a publicar minha monografia em versão eletrônica, além do e-mail, no site da Instituição e na Biblioteca da Fatec-SP. São Paulo, 01/12/2014. Fabiano Barbosa dos Reis TERMO DE APROVAÇÃO Fabiano Barbosa dos Reis Benefícios das teorias de liderança e motivação para as empresas Monografia apresentada e aprovada em Prof. Me. Durval Cordas — Orientador Nome do Professor — Convidado Nome do Professor — Convidado São Paulo Dezembro/2014 Dedico este trabalho aos meus filhos que no futuro terão a oportunidade como eu, de ampliar seus conhecimentos e repassá-los as gerações futuras. AGRADECIMENTOS Aos meus pais, que me educaram com muito carinho e dedicação mostrando a importância de ser uma pessoa honesta e digna para enfrentar os desafios do dia a dia. Aos meus familiares, por estarem sempre ao meu lado me inspirando a seguir em frente, como minha esposa que sempre posso contar nos momentos difíceis e meus filhos, minha principal motivação para seguir em frente na busca de aprimoramento pessoal e familiar. E a todos os mestres que já passaram por minha vida, todos fundamentais para a elaboração desta pesquisa, meu sincero e humilde obrigado. 5 A mudança deve acontecer de dentro para fora. Os seus pensamentos determinarão diretamente a forma que você vê o mundo. Pense positivo! Pense que você pode e que você é capaz de coisas maiores. Dr. Jô Furlan RESUMO REIS, F. B. Benefícios das teorias de liderança e motivação para as empresas. “49 f.” Monografia (MBA em Gestão de Projetos e Processos Organizacionais). Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, São Paulo, 2014. O presente trabalho tem por objetivo identificar modos pelos quais as diversas teorias de motivação e liderança, quando utilizadas nas empresas, podem influenciar seus colaboradores e equipes, criando um ambiente propício à automotivação. A metodologia é composta de pesquisa bibliográfica e de estudo de caso elaborado com dados oriundos de uma pesquisa de clima organizacional feita por empresa especializada em 2013. As empresas podem se beneficiar com as diversas teorias de motivação e liderança existentes. Para obter o compromisso e excelência nas tarefas realizadas pelos colaboradores, é necessário ter conhecimento da motivação de cada indivíduo, para inspirar e possibilitar da melhoria continuada no desempenho das equipes, criando assim uma equipe motivada, confiante, responsável e comprometida com resultados. Palavras-chave: Liderança. Motivação. Clima organizacional. 7 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Teoria de McClelland .......................................................................... 15 Tabela 2 Nível de desenvolvimento do colaborador .......................................... 22 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Ciclo Motivacional .............................................................................. 12 Figura 2 Pirâmide das necessidades de Maslow .............................................. 13 Figura 3 Teoria dos dois fatores de Herzberg ................................................... 15 Figura 4 Teoria da Expectativa.......................................................................... 16 Figura 5 Modelo da Liderança situacional ......................................................... 24 Figura 6 Questionário GPTW/Empresa ............................................................. 31 Figura 7 Códigos das respostas ......................................................................... 32 Figura 8 Comparações entre a sede e as unidades da empresa ....................... 34 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Adesão por região ............................................................................... 29 Gráfico 2 Adesão por faixa etária ....................................................................... 29 Gráfico 3 Adesões por tempo de empresa ......................................................... 30 Gráfico 4 Comparações entre a sede e as unidades da empresa ....................... 33 Gráfico 5 Celebrando........................................................................................... 34 Gráfico 6 Compartilhando .................................................................................... 35 Gráfico 7 Contratando e Recebendo ................................................................... 35 Gráfico 8 Cuidando .............................................................................................. 36 Gráfico 9 Desenvolvendo .................................................................................... 37 Gráfico 10 Escutando ............................................................................................ 38 Gráfico 11 Falando ................................................................................................ 38 Gráfico 12 Inspirando ............................................................................................ 39 Gráfico 13 Consolidações das categorias ............................................................. 40 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 1.1 Questão de pesquisa ..................................................................................... 12 1.2 Objetivo geral da pesquisa ........................................................................... 12 1.3 Metodologia.................................................................................................... 12 2. FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA ......................................................................... 13 2.1 Motivações ..................................................................................................... 13 2.2 As teorias de motivação................................................................................ 16 2.2.1 A pirâmide de necessidades de Maslow ................................................... 16 2.2.2 A teoria dos dois fatores de Herzberg. ...................................................... 17 2.2.3 Teorias de McClelland............................................................................... 18 2.2.4 Teorias da Expectativa – Vroom ............................................................... 19 2.2.5 Teoria Erg de Clayton Alderfer .................................................................. 20 2.3 Lideranças ...................................................................................................... 22 2.3.1 Estilos de Liderança ................................................................................... 23 2.3.2 Teorias de Liderança................................................................................. 25 2.3.3 Teorias da liderança Situacional ............................................................... 25 2.3.4 Desenvolvimentos dos membros da equipe .............................................. 26 3. ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 29 3.1 O caso: dados levantados pela consultoria ................................................ 29 3.1.1 Adesões das unidades:................................................................................. 30 3.1.2 Benchmarkings ............................................................................................. 32 3.2 Análise e discussão....................................................................................... 43 4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 47 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 48 11 1 INTRODUÇÃO Com o avanço tecnológico e um mundo mais globalizado, a competividade das empresas dependem fortemente das habilidades e características de suas equipes. São as equipes que pensam, raciocinam, interpretam e tomam decisões nas empresas. Desta forma, as empresas precisam encontrar uma maneira de manter as equipes diversificadas e motivadas, como também uma liderança capaz de atender as expectativas do mercado. A seriedade dos assuntos motivação e liderança têm movido vários autores, especialmente das áreas da Psicologia e da Administração, a criarem pesquisas que demonstram como o ser humano pode ser levado a ação com maior eficiência a partir de uma liderança eficaz. A abordagem dos assuntos liderança e motivação são bastante complexas, sendo um indicativo de que a definição do conceito de motivação e liderança não pode ser descoberta avaliando apenas uma conjectura. Para Ferrell et al. (2000 p. 10) Empregados motivados, satisfeitos e identificados com a empresa têm maior compromisso com seu trabalho, engajam-se bem mais na busca de resultados e, em consequência, se empenham de forma mais dedicada na conquista e na satisfação da clientela. Neste trabalho o foco do estudo são as teorias de motivação e liderança mais utilizadas na gestão de pessoas. Nota-se que cada teoria tem a sua própria abordagem, e dá mais ênfase a alguns fatores do que a outros. 12 1.1 Questão de pesquisa Como as empresas podem se beneficiar com as teorias de motivação e liderança na gestão de pessoas? 1.2 Objetivos gerais da pesquisa Identificar modos pelos quais as diversas teorias de motivação e liderança, quando utilizadas nas empresas, influenciam seus colaboradores e equipes, criando um ambiente propício à automotivação. 1.3 Metodologia A Metodologia que está sendo utilizada neste trabalho consta de pesquisa bibliográfica, coletada das melhores práticas de cada teoria e sua aplicação nas organizações. Foi realizado estudo de caso de uma empresa de TI com sede na cidade de Florianópolis. Esse estudo de caso demonstrou como a utilização de algumas teorias de motivação e liderança melhorou a satisfação do colaborador dentro da empresa e consequentemente trazer mais engajamento no trabalho. 13 2 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA Serão abordados inicialmente alguns conceitos de motivação. Muitos autores descrevem suas teorias demostrando que as pessoas podem ser incentivadas, porém, cada pessoa de uma forma diferente. Os estilos de liderança mencionados são teorias que estudam o comportamento do líder junto aos colaboradores, fazendo com que o seu comportamento melhore sua liderança perante a equipe Estudos demonstram que atitude e competências são características essenciais para o líder conquistar a confiança das pessoas na equipe que coordena. 2.1 Motivações A palavra motivação vem do latim motivus, movere, que significa mover. Seu significado original é baseado no processo no qual o comportamento é estimulado e animado por alguma razão ou motivo. De acordo com o Bergamini. (1997, p.54). A motivação é um aspecto intrínseco ás pessoas, pois ninguém pode motivar ninguém. A mesma passa a ser entendida como fenômeno comportamental único e natural e vem da importância que cada um dá ao seu trabalho, do significado que é atribuído a cada atividade desse trabalho e que cada pessoa busca o seu próprio referencial de autoestima e auto identidade. De acordo com o autor, a motivação provém da necessidade interna de cada pessoa e não da vontade dos outros. Muitas vezes as pessoas gostam demostrar aos outros quais são as suas metas. É possível identificar quando as pessoas estão atribuindo a outras metas que na verdade são delas próprias. É necessário compreender as necessidades e desejos das pessoas, cada um leva a sua marca e nós não podemos mudá-las de acordo com nossa vontade. Importante conhecer e identificar as necessidades e desejos das pessoas e torná-las compatíveis com o seu desempenho na vida. A motivação é um acontecimento consecutivo: cada andamento que determina uma pessoa é único. 14 De acordo com Kotler e Armstrong (2003, p. 22) As pessoas são conduzidas por coisas diferentes - orgulho, dinheiro, felicidade e inúmeros outros. Mas todo os grandes colaboradores contêm uma coisa em comum: um desejo implacável de mostrar seu melhor. A fonte de motivação pode variar. Por exemplo: alguns são instigados por dinheiro, outros por um anseio de criar uma convivência. Alguns aspectos de motivação devem andar juntos na vida humana como: Motivação pessoal: proveniente do convívio do dia a dia com as pessoas próximas, nos laços afetivos, nas relações interpessoais com os amigos, colegas de trabalho e nas percepções cotidianas. Motivação profissional: onde se encontram as necessidades de trabalho, crescimento, aprimoramento e reconhecimento de nossas habilidades que estão voltadas a carreira. Motivação espiritual: é a fé, a consciência da existência de um poder superior, independentemente da forma como expressa ou credo de cada um. Tratase de uma necessidade humana de se apegar a algo que pode fazer sentido. A figura 1 mostra o funcionamento do ciclo motivacional que um indivíduo deve possuir para ter suas necessidades atendidas: Figura 1 – Ciclo motivacional Fonte: Adaptado de SILVA (2005, p.224). 15 Para Barberá e Mateos (2000) é difícil para os seres humanos acompanhar todas as etapas do ciclo claramente, portanto, é importante levar em conta a interferência emocional que acabam nos impedindo de seguir em frente e com fome de poder. Nem tudo o que temos estabelecido, tanto no campo profissional como pessoal, depende exclusivamente de nós. As decisões que tomamos e a nossa postura pessoal, muitas vezes são canalizadas para o outro. Normalmente, as pessoas com quem nos relacionamos, nem sempre sabem o que está ocorrendo conosco. Nossa expectativa muitas vezes é um fator difícil de ser verificado mesmo por nós em algumas situações. De acordo com Chiavenato (2006), a motivação é intrínseca à natureza humana, é uma razão para a ação. Portanto, não é transferível, mas o valor que atribuímos ao fato ou situação, as expectativas, e até mesmo a instrumentalidade para colocar em prática em um indivíduo. Todos esses fatores são interligados para nos ajudar a enfrentar situações. Como citado por Bispo (2010) é muito comum ouvir no ambiente de negócios, a seguinte frase: "Como posso motivar meus colaboradores em seu local de trabalho?” A resposta é que ninguém pode motivá-los, apenas sensibilizá-los e incentivá-los. A seguir, vamos conhecer algumas teorias sobre o assunto. 16 2.2 As teorias de motivação As teorias de Motivação foram criadas na segunda metade do século XX, sendo atualizadas constantemente. Muitos estudiosos caracterizam estas teorias como o estudo de "Satisfação Humana", uma vez que eles são projetados para medir o nível de motivação das pessoas, com base em suas necessidades e aspirações. 2.2.1 A pirâmide de necessidades de Maslow Segundo Robbins (2005, p. 152), esta é uma das mais conhecidas teorias de motivação, essa teoria foi proposta por Abraham Maslow em 1943. E ele descobriu que há uma hierarquia de cinco necessidades humanas: fisiológicas, segurança, social, autoestima e auto realização. Figura 2 Pirâmides das necessidades de Maslow Fonte: Roynuj (2013) Segundo Maslow é necessário satisfazer um conjunto de cinco necessidades descritas abaixo: 17 Necessidades fisiológicas: entre estes estão os alimentos, líquidos, abrigo, satisfação sexual e outras necessidades corporais. Todos relacionados com sobrevivência. Necessidades de segurança: proteção contra ambos os riscos físicos tais como emocional, também se relacionam com na busca de proteção contra ameaças e privações, bem como para escapar do perigo. Necessidades de associação ou aceitação: Afeto, sentimento de posse, aceitação e amizade. Necessidades de estima: fatores internos de autoestima como respeito próprio, autonomia e conquistas. Também entre estes são os fatores externos de avaliação, tais como reconhecimento de status e atenção. Eles são aqueles relacionados com a maneira em que um indivíduo percebe a sua própria avaliação. Necessidades de auto realização: refere-se ao crescimento, para atingir todo o potencial de cada indivíduo. Vale ressaltar que nenhuma das necessidades é plenamente satisfatória, mas pelo menos uma delas é satisfatória na maioria das vezes. De acordo com Maslow, se você quer motivar os funcionários, é necessário identificar o ponto em que essa pessoa está dentro da hierarquia, e focalizar na satisfação das necessidades desse nível ou um nível superior. 2.2.2 A teoria dos dois fatores de Herzberg. De acordo com Serrano (2006), Herzberg descobriu que existem dois fatores motivacionais independentes, mas que andam juntos no trabalho: um que conduz à satisfação e outro a insatisfação. De acordo com Herzberg os fatores de insatisfação ou higiênico representam o que afeta o contexto onde o trabalho é feito, entre eles estão: os salários, condições de trabalho, tais como benefícios, segurança no emprego, políticas administrativas, procedimentos, monitoramento, condições de trabalho e as relações com o líder, colegas e subordinados. 18 Herzberg, afirma que por outro lado os satisfeitos ou motivados são aqueles cuja presença pode conduzir o trabalho. Exemplo destes são a realização, reconhecimento, responsabilidade e o trabalho em si. Herzberg também sugere que as organizações seriam mais eficazes em situações onde o trabalho é estruturado de forma a maximizar a oportunidade da necessidade de satisfação. Herzberg ressalta que os fatores que fazem as pessoas felizes, não são os mesmos que fazem as pessoas infelizes no trabalho. Os fatores de higiene são de duração relativamente curta, em comparação com os fatores motivacionais. É importante observar que dentro desta teoria a satisfação e a insatisfação podem estar presentes em um único individuo por isso é importante que os gestores compreendam as diferenças que existem entre uma pessoa e outra, definindo depois os métodos de motivação a ser utilizado. Quadro 1 – Teoria dos dois fatores de Herzberg FATORES DE HIGIENE Condições de Trabalho Pagamento Segurança no Trabalho Relações no trabalho Prática de supervisão e administração Política e administração da empresa MOTIVADORES O trabalho em si Responsabilidades Senso de realização Reconhecimento Perspectivas de evolução Fonte: O Autor, com base em Serrano (2006) 2.2.3 Teorias de McClelland David McClelland, (1967 apud SERRANO, 2006) psicólogo americano, apresentou 3 necessidades (ou motivos) como os responsáveis pelo comportamento humano. Foi dado o nome para essa teoria de Teoria da Motivação pelo Êxito e / ou Medo. (SERRANO, 2006.) 19 Quadro 2 – Teoria de McClelland Necessidade Realização Afiliação Poder Meio para obter a Satisfação Competição como forma de auto - avaliação Relacionar-se cordial e afetuosamente Exercer influência Fonte: O Autor, com base em Serrano (2006) Necessidade de realização: refere-se à unidade para se destacar, para alcançar em relação a um conjunto de normas, uma luta contínua para o sucesso. Necessidade de poder: refere-se ao desejo de uma pessoa de influenciar o outro, a necessidade de fazer os outros se comportam de uma determinada maneira. Necessidade de associação: o desejo de relações interpessoais, amigáveis e íntimos. Necessidade de poder refere-se ao desejo de uma pessoa de influenciar o outro, a necessidade de fazer com que os outros se comportem de uma determinada maneira. Estas três razões são importantes para as pessoas interessadas em agir de forma eficaz em uma empresa. McClelland argumenta que o incitamento à conquista é o principal ingrediente no sucesso de empresas, indivíduos e nações. 2.2.4 Teorias da Expectativa – Vroom Victor Vroom associa a performance como recompensa. Há motivação quando se é bem avaliado, e, com a boa avaliação vem a satisfação que auxiliará a atingir metas pessoais. O Homem integrado ao trabalho, (VERGARA, 2009.) 20 Figura 4 - Teoria da Expectativa Fonte: O Autor, com base em Macêdo, (2007) Valência: valor para a pessoa que tem o resultado de sua ação. Instrumentalidade: antecipação subjetiva sobre a probabilidade de que um resultado (primeiro nível), como o desempenho no trabalho, ajuda-o a obter mais um resultado do segundo nível. Expectativa: probabilidade de que certo esforço conduzirá a um determinado resultado primeiro nível. Segundo Shrivastava e Mitroff (1987) o modelo apresentado é extremamente contingencial e procura um princípio universal para compreender a motivação das pessoas. A chave para essa teoria é entender os objetivos das pessoas e da relação entre esforço e desempenho, desempenho e recompensa e recompensa e satisfação. A reação à recompensa é mediada pelo papel da percepção ou visão do mundo que a pessoa criou a partir de suas experiências passadas e valores pessoais aprendido. 2.2.5 Teoria Erg de Clayton Alderfer De acordo com Serrano (2012), Clayton Alderfer baseou-se suas pesquisas sobre o modelo de Maslow. As necessidades básicas são englobadas em três níveis de existência: de relacionamentos, de crescimento ou de desenvolvimento pessoal. 21 Alderfer concordava com Maslow, em que as motivações dos colaboradores podem ser classificadas em uma hierarquia de necessidades. Figura 5 - Modelo hierárquico de Clayton Alderfer Fonte: O Autor, com base em Serrano (2012) Existenciais: considerada as necessidades básicas de Maslow fisiológica e de segurança. Relacionamento: essas necessidades estão relacionadas a satisfação e interação com os outros, a compreensão da necessidade social e do componente externo de classificação. São as necessidades de estabelecer e manter relações interpessoais com colegas, superiores, subordinados, amigos e familiares. Crescimento: representado pelo desejo de crescimento interno e autoestima nominal. São expressos através da pessoa tentando encontrar uma oportunidade única para o desenvolvimento pessoal ao fazer contribuições criativas ou produtivas para o trabalho. O modelo ERG defende que as pessoas são motivadas após se encaixar em um dos três grupos dessas necessidades. 22 2.3 Lideranças O conceito de liderança pode variar entre alguns autores, e em algumas organizações podem ter significados diferentes, "parece que a maioria dos autores define liderança como influência de um indivíduo sobre outro indivíduo ou grupo, com vista a atingir as metas em processo de uma determinada situação”. (BERGAMINI, 1997, p. 88) A seguir podemos ver algumas definições de alguns autores sobre o termo liderança. Segundo Hunter (2004, p. 25), Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum. Para Moscovici (1995, p.169), Os grupos humanos necessitam de líderes competentes para sobreviver desenvolver plenamente seus recursos e potencialidades. Igualmente, as organizações sociais necessitam de líderes competentes (dirigentes / executivos / gerentes) para sua sobrevivência e desenvolvimento cabal de recursos e potencialidades. Segundo Maximiano (2007, p. 277), Liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Proximidade física ou temporal não é importante no processo. Um cientista pode ser influenciado por um colega de produção que nunca viu ou mesmo que viveu em outra época. Líderes religiosos são capazes de influenciar adeptos que estão muitos longes e que têm pouquíssima chance de vê-los pessoalmente. Para Chiavenato (2006, p. 18-19) A liderança é essencial em todas as funções da Administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar”. Entende-se por liderança a percepção do grupo em relação ao líder, que consegue influenciar, persuadir e argumentar sobre pessoas. 23 2.3.1 Estilos de Liderança É o estilo de comportamento que um líder utiliza para liderar, abaixo vamos abordar alguns estilos de liderança mencionados por Faccioli (2008). Liderança autocrática é uma forma extrema de liderança transacional, onde os líderes têm poder absoluto sobre os seus trabalhadores ou equipamentos. Os membros da equipe têm uma pequena chance de dar sugestões, mesmo que sejam para o bem da equipe ou organização. Muitas pessoas se sentem ressentidos quando tratados desta forma. Liderança autocrática, muitas vezes tem altos níveis de absenteísmo e rotatividade de pessoal. Para algumas tarefas e estilo de empregos não qualificados pode ser eficaz porque as vantagens superam as desvantagens. Liderança carismática é semelhante à liderança transformacional, porque esses líderes inspiram suas equipes, de qualquer maneira líderes carismáticos tendem a acreditar mais em si do que em suas equipes e isso cria problemas em um projeto ou organização quando o líder deixa a empresa. Aos olhos dos seguidores, o sucesso está ligado à presença do líder carismático. Participativa ou democrática - Mesmo admitindo que é o líder democrático que toma a decisão final, eles convidam outros membros da equipe para contribuir com o processo de tomada de decisão. Isto não só aumenta a satisfação no trabalho, mas também ajuda a desenvolver habilidades. Os membros da equipe se sentem no controle de seu próprio destino.A participação democrática leva tempo, essa abordagem pode durar muito tempo, mas muitas vezes será possivel alcançar um otimo resultado. Este estilo de liderança pode ser adotada quando o trabalho em equipe é essencial e quando a qualidade é mais importante que a velocidade ou a produtividade. Liderança Laissez Faire (Deixar ser) - Esta frase em francês significa "deixar ser" e é usado para descrever os líderes que deixam a equipe trabalhar por conta própria. Pode ser eficaz se os líderes monitorarem o que está sendo alcançado e comunicando a equipe regularmente. Muitas vezes, a liderança laissez-faire é eficaz quando os indivíduos são experientes e possuem iniciativa. 24 Orientada para as pessoas - é o oposto de liderança orientada para a tarefa. Com a liderança orientada para as pessoas, os líderes são totalmente orientados para organizar, dar suporte e desenvolver suas equipes. É um estilo participativo, e tende a fortalecer a equipe e incentivar a colaboração criativa. Na prática, a maioria dos líderes utiliza tanto a liderança orientada para a tarefa quanto a liderança orientada para as pessoas. Orientada para a tarefa - Líderes altamente orientados para a tarefa, eles se concentram apenas na medida em que o trabalho é realizado e pode ser bastante autocrático. Esses líderes são muito bons em definir o trabalho e as funções necessárias, estruturas de ordem, planejamento, organização e controle. Mas tendem não pensar muito sobre o bem-estar de seus equipamentos, acabam tendo dificuldade em motivar e reter seus colaboradores. Liderança Natural - este termo descreve um líder que não é formalmente reconhecido como tal. Quando alguém, em qualquer nível de uma organização é descrito como um líder natural. De muitas maneiras, este tipo de liderança é uma forma democrática de liderar, pois toda a equipe participa do processo de tomada de decisão. Os defensores do modelo de liderança natural dizem que é uma boa maneira de trabalhar em um mundo onde os valores estão cada vez mais importante. Outros acreditam que, em situações de grande competição, os líderes naturais podem perder peso para outros líderes que usam outros estilos de liderança. Transacional - este estilo de liderança nasce com a ideia de que os membros da equipe concordam completamente em seguir seu líder quando aceitam o trabalho.Transação é o pagamento para o esforço e a aceitação para as tarefas que foram dadas pelo líder. Liderança transacional é um tipo de gestão, não um estilo verdadeiro de liderança, pois o foco é no sentido da implementação de tarefas de curto prazo. Os líderes transformacionais são considerados verdadeiros líderes pela maioria dos teóricos da liderança, eles inspiram suas equipes de forma permanente e conseguem transmitir o seu entusiasmo para toda a equipe. Por sua vez, esses líderes precisam sentir-se apoiado apenas por alguns funcionários. 25 2.3.2 Teorias de Liderança Existem várias teorias de liderança que auxiliam as pessoas a ter um melhor entendimento sobre esse poder. As teorias de liderança apresentam as mais relevantes situações que levam um individuo a se tornar um verdadeiro líder, abaixo uma das teorias mais dinfundidas nas organizações a teoria da liderança situacional. 2.3.3 Teorias da liderança Situacional Segundo Neves (2011), O modelo de Liderança Situacional de Hersey Paul e Ken Blanchard propõe que o responsável por liderar um grupo ou organização pode variar a forma como eles interagem e lidam com tarefas, dependendo das condições de seus funcionários. Trata-se de um método útil para os gerentes de equipes que não conseguem encontrar respostas nos modelos que levam o exemplo dos grandes líderes da história. O modelo de Hersey - Blanchard é uma forma fácil de diagnosticar o grupo e começar a melhorar o seu desempenho. O modelo de Hersey e Blanchard possui basicamente seis fases: a) Identificar as funções existentes ou necessárias para realizar o trabalho com maior eficiência e eficácia. b) Estabelecer as competências/conhecimentos necessários para desenvolver cada tarefa. c) Avaliar o nível de competência (habilidades/ conhecimentos) de cada membro da equipe. d) Avaliar o nível de motivação e confiança de cada membro da equipe. e) Determinar o nível de desenvolvimento ou maturidade de cada membro da equipe em relação ao seu cargo (adequação da sua habilidade/ conhecimento e motivação para as exigências do cargo). f) Aplicar o estilo de liderança apropriado para cada funcionário. 26 2.3.4 Desenvolvimentos dos membros da equipe Uma vez que os pontos 1, 2, 3 e 4 das condições seguintes são baseados em cada pessoa que deseja desenvolver, o passo seguinte é fazer uma avaliação alta e baixa de cada um dos dois parâmetros: Habilidades: conhecimento técnico e intelectual, experiência, habilidades sociais. Motivação: interesse na posição, aperfeiçoamento profissional, e vontade de crescer para ser útil a sua equipe. Dependendo da pontuação, podemos encaixa-los no quadrante abaixo. Tabela 02- Nivel de desenvolviemento do colaborador. NIVEL DE DESENVOLVIMENTO DO COLABORADOR Habilidades (Saber) Alta D3 D4 D1 D2 Baixa Baixa Alta Motivação (Querer) FONTE: O Autor, com base no modelo de Hersey e Blanchard (1986) Segundo Hersey e Blanchard o quadrante do nível de desenvolvimento do colaborador, temos quatro possíveis tipos de colaboradores; 27 tipo D1 (não sei e não quero):, eles não são competentes e não querem assumir responsabilidades. Eles precisam de ordens diretas e claras. tipo D2 (não sei, mas quero): eles não são competentes, mas querem aprender e assumir a responsabilidade. Eles estão motivados, mas não têm as habilidades ou conhecimentos necessários. Eles devem ser treinados para executarem as tarefas desta forma levando-os a assumir a visão do líder. tipo D3 (sei, mas não quero) - Eles têm a capacidade mas não são motivados e não gostam do trabalho, podem ter problemas com a empresa, são afetados por problemas pessoais ou com outros membros da equipe (incluindo o líder), há questões particulares de sua vida privada que influênciam no desempenho. tipo D4 (Sabe e quer) - Treinados e motivados, eles atendem perfeitamente à confiança depositada neles. Figura 6 – Modelo da Liderança situacional Fonte: Instituto Blanchard (2004) 28 Blanchard afirma que os quatro estilos de liderança quando bem definidos podem ser aplicadas a qualquer equipe responsável, como um departamento de comunicação, o gerente de uma PME ou o CEO de uma multinacional. Ser flexível e adaptar o seu tempo e habilidades para as necessidades de cada tipo de colaborador. Sempre com o objetivo de evoluir ao longo do tempo; aumentar a sua maturidade ou nível de desenvolvimento em termos de motivação e habilidades; e que isso contribui para o desenvolvimento e eficácia da sua equipe ou empresa ideal. 29 3. ESTUDO DE CASO Os dados desta pesquisa foram extraídos de uma pesquisa de clima organizacional conduzida pela consultoria Great Place to Work: A (GPTW) que conduz a mesma pesquisa e metodologia em 49 países no mundo, classificando as Melhores Empresas para Trabalhar. A empresa em que se realizou a pesquisa original é de grande porte com sede em Florianópolis atuante no seguimento de desenvolvimento de softwares de gestão. Atualmente suas soluções estão presentes em todos os estados brasileiros, em países da América Latina e nos Estados Unidos. A Empresa se especializou no desenvolvimento e na implantação de softwares de gestão para os segmentos de Justiça, Infraestrutura e Obras, Gestão Pública, Projetos Cofinanciados por Organismos Internacionais e Indústria da Construção. Os dados foram cedidos ao autor deste trabalho pela empresa, a partir de uma solicitação formal junto a filial de São Paulo. 3.1 O caso: dados levantados pela consultoria A empresa em 2013 lançou o projeto de nome Conexão1, esse projeto teve duração de seis meses e tinha como objetivo capacitar coordenadores e lideres a compreender e aplicar em suas equipes as teorias de motivação e liderança mais utilizadas no mercado atual. Após o treinamento dessa equipe viu-se necessário a avaliação de todo o trabalho realizado aos longos dos seis meses. A empresa optou por contratar uma consultoria e realizar a pesquisa com os colaboradores subordinados a esses coordenadores e lideranças que participaram do projeto Conexão. A consultoria contratada foi a Great Place to Work® empresa referência internacional na análise e avaliação de ambientes de trabalho, que realiza pesquisas de clima organizacional entre funcionários e faz análise das práticas e políticas de gestão de pessoas das empresas. 1 Nome fictício, para preservação da identidade da empresa 30 3.1.1 Adesões das unidades: Inicialmente a consultoria encaminhou a pesquisa para uma das unidades de negócios da empresa “Unidade da Justiça” com cerca de 760 colaboradores no período. Nos próximos três gráficos, é possível visualizar informações sobre a adesão por região, faixa etária e tempo de empresa dos colaboradores que participaram da pesquisa. Gráfico 1 - Adesão por região. Fonte: Documentos da empresa em estudo No gráfico 1 foi possível observar que a sede da empresa localizada em Florianópolis teve a maior adesão, isso ocorreu devido a maior divulgação da pesquisa ter ocorrido na sede. Gráfico 2 - Adesão por Faixa etária. Fonte: Documentos da empresa em estudo 31 No gráfico 2 foi medido a faixa etária dos colaboradores participantes da pesquisa, é possível constatar que os colaboradores com até 25 anos e os entre 26 e 30 tiveram uma adesão bem próxima umas das outras. Gráfico 3 - Adesões por Tempo de empresa: Fonte: Documentos da empresa em estudo O gráfico 3 apresenta uma maior adesão dos colaboradores com até 2 anos de empresa, esses dados demonstra o engajamento dos novos colaboradores em participar das ações da empresa que trazem melhorias em âmbito de trabalho. 32 3.1.2 Benchmarkings A consultoria utilizou a empresa mais bem colocada nas pesquisas anteriores, para comparação com a pesquisa atual, optou-se pela comparação com a lista das empresas da Categoria “TI & Telecom GPTW 2013” empresa do ramo de tecnológica da informação e telecomunicações. Os Instrumentos de avaliação de clima organizacional utilizado e aplicado pela consultoria foi um questionário encaminhado aos colaboradores composto de 58 questões proposta pela consultoria e 8 adicionadas pela empresa. Figura 7 – Questionário GPTW/Empresa Fonte: Documentos da empresa em estudo 33 As questões foram respondidas seguindo a escala aprovada junto com a empresa. Figura 8 – Código das respostas. Fonte: Documentos da empresa em estudo 1 - Nunca é verdade 2 - Na maioria das vezes é verdade 3 - Às vezes é verdade às vezes não 4 - Na maioria das vezes é verdade 5 - Sempre é verdade 3.1.2 Categorias da pesquisa Foram elaboradas pelo GPTW em conjunto DHO (Departamento Humano e Organizacional), da empresa deixando mais próximas à realidade praticada. a) Agradecendo b) Celebrando c) Compartilhando d) Contratando e recebendo e) Inspirando f) Falando g) Escutando h) Desenvolvendo i) Cuidando 34 Em agradecendo, é avaliado o agradecimento pelo bom trabalho e esforço extra e a imparcialidade na prática de reconhecer. Essa categoria de respostas identifica como o líder mostra agradecimento e reconhecimento pelo bom trabalho e esforço extra dos funcionários. Quadro 3 - Afirmativas do item agradecendo. Os líderes agradecem o bom trabalho e o esforço extra Os líderes reconhecem erros não intencionais como parte do negócio Todos aqui têm a oportunidade de receber um reconhecimento especial Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo Gráfico 4 - agradecendo Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo Celebrando: em Celebrar são avaliadas a comemoração de eventos especiais, o ambiente descontraído e o espírito de equipe. Essa categoria de respostas identifica como o líder mostra celebra os êxitos organizacionais, da equipe e pessoais de maneira diferenciada a fim de construir uma cultura de sucesso. Quadro 4 - Afirmativas do item celebrando Quando vejo o que fazemos por aqui, sinto orgulho Nós sempre comemoramos eventos especiais Este é um lugar amistoso para trabalhar Este é um lugar descontraído para trabalhar Quando as pessoas mudam de função ou de área, a empresa faz com que se sintam rapidamente “em casa”. Existe um sentimento de família ou de equipe por aqui. Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo 35 Gráfico 5 - Celebrando Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo Compartilhando: em Compartilhar são avaliados a equidade nas práticas e políticas de salários e de compartilhamento de lucros e resultados financeiros, e o orgulho da atuação da empresa junto à comunidade. Essa categoria de respostas identifica como o líder promove um senso de justiça dentro da companhia com programas e iniciativas de responsabilidade social e ambiental que a empresa possui. Quadro 5 - Afirmativas do item compartilhando Acredito que os chefes só promoveriam reduções de quadro como último recurso As pessoas aqui são pagas adequadamente pelo serviço que fazem Acredito que a quantia que recebo como participação nos resultados da empresa é justa Eu sou considerado importante independentemente de minha posição na empresa Eu me sinto bem com a forma pela qual contribuímos para a comunidade Sinto que estamos todos “no mesmo barco” Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo 36 Gráfico 6 – Compartilhando Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo Contratando e recebendo:, em contratando com foco na cultura: essa categoria de respostas identifica como os líderes selecionam pessoas com talento, que contribuam com o crescimento da organização e que sejam alinhadas à cultura da empresa, e como dão as boas-vindas aos novos membros da equipe, recebendoos e integrando-os ao time. Quadro 6 - Afirmativas do item recebendo Quando se entra nessa empresa, fazem você se sentir bem vindo Posso ser eu mesmo por aqui Os chefes contratam pessoas que se enquadram bem aqui Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo 37 Gráfico 7 – Contratando e Recebendo Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo Cuidando: são avaliados os benefícios, a qualidade de vida e a valorização como indivíduo, e a justiça no tratamento. Descreve como os líderes apoiam os funcionários em momentos de necessidade e quais benefícios únicos ou especiais oferecidos pela empresa cuidam das pessoas como indivíduos, promovendo o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e ajudando os empregados em seus problemas pessoais / familiares. Quadro 7 - Afirmativas do item cuidando Posso me ausentar do trabalho quando necessário As pessoas são encorajadas a equilibrar sua vida pessoal e profissional Os chefes mostram interesse sincero por mim como pessoa e não somente como empregado Temos benefícios especiais e personalizados por aqui As pessoas aqui são bem tratadas independentemente de sua idade As pessoas aqui são bem tratadas independentemente de sua cor ou raça As pessoas aqui são bem tratadas independentemente de seu sexo As pessoas aqui são bem tratadas independentemente de sua opção (ou orientação) sexual Aqui as pessoas se importam umas com as outras Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo 38 Gráfico 8 – Cuidando Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo Desenvolvendo: essa categoria de respostas identifica como são avaliadas a valorização profissional, os treinamentos oferecidos, a disponibilização de recursos e a imparcialidade nas promoções. Quais oportunidades o líder oferece e que auxiliam os colaboradores a descobrir e desenvolver seus talentos, crescer profissionalmente e contribuir para o bom desenvolvimento dos negócios. Quadro 8 - Afirmativas do item desenvolvendo A empresa me oferece treinamento ou outras formas de desenvolvimento para o meu crescimento profissional Eu recebo os equipamentos e recursos necessários para realizar meu trabalho As promoções são dadas às pessoas que realmente mais merecem Os chefes evitam o favoritismo Os chefes confiam que as pessoas fazem um bom trabalho sem precisar vigiá-las Os chefes aqui dão autonomia às pessoas Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo 39 Gráfico 9 – Desenvolvendo Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo Escutando: essa categoria de respostas identifica a acessibilidade da liderança, o envolvimento dos empregados nas decisões e o incentivo à ideias e sugestões e os mecanismos de apelação. Quadro 9 - Afirmativas do item escutando Posso fazer qualquer pergunta razoável aos chefes e receber respostas diretas É fácil se aproximar dos chefes e é também fácil falar com eles Os chefes incentivam ideias e sugestões e as levam em consideração de forma sincera Os chefes envolvem as pessoas em decisões que afetam suas atividades e seu ambiente de trabalho Se eu for tratado injustamente, acredito que serei ouvido e acabarei recebendo um tratamento justo. Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo 40 Gráfico 10 – escutando Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo Falando: essa categoria de respostas identifica o quanto a liderança é comunicativa e informativa. Informações são repassadas de forma honesta, transparente com frequência e de diversas maneiras. Líderes compartilham as novidades pessoalmente para encorajar uma cultura de transparência. Quadro 10 - Afirmativas do item falando Os chefes me mantêm informado sobre assuntos importantes e sobre mudanças na empresa Os chefes deixam claro suas expectativas Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo 41 Gráfico 11- Falando Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo Inspirando: essa categoria de respostas identifica a visão e a integridade da liderança, e o orgulho da empresa e do trabalho realizado. Ajuda as pessoas a entender como o seu trabalho se relaciona ao objetivo principal da companhia assim como ao sucesso corporativo. Encoraja as pessoas a interagir com os demais para estimular os valores da empresa. Quadro 11 - Afirmativas do item inspirando Os chefes têm uma visão clara para onde estamos indo e como fazemos para chegar lá. Os chefes cumprem o que prometem Os chefes agem de acordo com o que falam Os chefes são honestos e éticos na condução dos negócios Sinto que eu faço a diferença aqui Meu trabalho tem um sentido especial. Para mim, não é só “mais um emprego” Tenho orgulho de contar a outras pessoas que trabalho aqui Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo 42 Gráfico 12 - Inspirando Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo O gráfico 13 apresenta a consolidação dos dados indicados com os gráficos anteriores, facilitando a visualização das categorias e melhor entendimento da análise e discussão. Gráfico 13 – Consolidação das categorias. Fonte: Fonte: O Autor, com base nos documentos da empresa em estudo 43 3.2 Análise e discussão. Com base nos resultados da consultoria é possível avaliar alguns cenários da empresa nas categorias apresentadas. Em agradecendo, a sede da empresa obteve 50% de satisfação dos colaboradores nas questões relacionadas a agradecimento por parte da liderança, medindo a unidade UNJ (Unidade da Justiça) da empresa esse número subiu para 59% de satisfação dos colaboradores. A unidade de negócio UNJ os colaboradores estão mais satisfeitos com a forma com que a liderança agradece as atividades da empresa. A empresa pode se beneficiar com o incentivo da aplicação da liderança situacional, pois esse estilo de liderança consegue medir o colaborador propondo melhorias dependendo do perfil de cada indivíduo. Em celebrando, a satisfação do colaborador referente a sede da empresa foi de 63% e da unidade de negócios UNJ foi de 71%, essa categoria mede a satisfação do colaborador com o espaço físico. Esse tema se encaixa nas necessidades básicas de Maslow e na existência mencionada por Alderfer na teoria de ERG. Estudando esses dois autores a empresa pode desenvolver técnicas de inclusão e satisfação do colaborador no ambiente de trabalho, como tornar o local mais alegre ou descontraído para equipe. 44 Em compartilhando, categoria que mede a forma com que os lideres compartilham com a equipe seja comunicação como também conquistas, a sede obteve cerca de 58% de satisfação e a unidade de negócios UNJ 68%. Nessa categoria a empresa pode se beneficiar aplicando a teoria de Herzberg olhando para o Fator Higiene, de acordo com Herzberg as organizações seriam mais eficazes em situações onde o trabalho é estruturado de forma a maximizar a oportunidade da necessidade de satisfação. Na categoria contratando e recebendo, onde se mede a satisfação do colaborador quando este é contratado a sede da empresa obteve 73% e a unidade de negócio UNJ com 81% de satisfação, muito próxima da melhor empresa coloca no GPTW 2013 utilizada para a comparação pela consultoria. Empresas podem se beneficiar com uma boa recepção dos novos colaboradores conhecendo seus anseios desde a entrevista até sua contratação criando uma experiência única para o colaborador. Na categoria cuidando, a sede da empresa obteve 73% e a unidade de negócios UNJ 79% isso deixa nítido o cuidado que a empresa tem com o colaborador, já que essa categoria mede a percepção do colaborador junto aos cuidados da empresa com eles. As empresas podem desenvolver trabalhos de comunicação juntos aos colaboradores para criar esse vínculo entendendo a necessidades de cada um. De acordo com o vergara, (2009) Há motivação quando se é bem avaliado, e, com a boa avaliação vem a satisfação que auxiliará a atingir metas pessoais, teoria da expectativa de Vroom. 45 Em desenvolvendo a sede da empresa obteve 65% enquanto a unidade de negócios obteve percentual de 71% de satisfação nessa categoria. As empresas podem utilizar-se da teoria da liderança situacional para desenvolver seus colaboradores e medir a real necessidade de cada um. O modelo de Hersey e Blanchard pode Avaliar o nível de motivação e confiança de cada membro da equipe assim a empresa pode escolher qual melhor estilo de liderança é mais apropriado para cada funcionário. Em escutando categoria que mede a forma com que a empresa escuta seus colaboradores a sede da empresa teve um índice de satisfação de 60% e unidade de negócio UNJ obteve 67% de satisfação. Escutar seus colaboradores é um fator importante para o desenvolvimento de qualquer empresa, a teoria de Alder no nível relacionamento descreve que essas necessidades são necessárias para a sua satisfação e interação com os outros, a compreensão da necessidade social e do componente externo de classificação. São as necessidades de estabelecer e manter relações interpessoais com colegas, superiores, subordinados, amigos e familiares. Na categoria falando onde se refere a comunicação entre o líder e seu liderado a sede da empresa obteve um índice de satisfação de 49% e a unidade de negócio UNJ obteve um índice de 57% de modo geral ficou com 1% abaixo da média demostrando a necessidade de ajustes nessa categoria. Para uma comunicação seja eficaz entre o líder e liderado é importante determinar a informação que será transmitida, escolher o melhor canal de transmissão, acompanhar o recebimento e certificar se houve compreensão. 46 Na categoria inspirando a sede da empresa obteve 63% de satisfação dos colaboradores e 72% de satisfação na unidade de negócio UNJ essa categoria mede as atitudes do líder juntos aos seus liderados. Bons líderes sabem o que está acontecendo com seus colaboradores e conseguem por meio de palavras e gestos estimular a inspiração. As empresas podem se beneficiar com líderes mais capacitados a entender o que cada colaborador pensa. Ao analisar os dados consolidados é possível observar que a unidade UNJ (Unidade de Justiça) esteve sempre à frente no percentual, isso é decorrente a essa unidade de negócio ter iniciado em 2012 uma grande contratação de pessoas para realização de um projeto, esses novos colaboradores acabaram se beneficiando dos treinamentos realizados por suas lideranças e consequentemente sendo mais participativos. 47 4 CONCLUSÃO No estudo observou-se que as empresas podem se beneficiar com as diversas teorias de motivação e liderança existente. Para obter o compromisso e excelência nas tarefas realizadas pelos colaboradores é necessário ter conhecimento da motivação de cada indivíduo, para inspirar e possibilitar a melhoria continuada no desempenho das equipes, criando assim uma equipe motivada, confiante, responsável e comprometida com resultados. As empresas entenderam que investir em seus líderes é a melhor forma para alcançar seus resultados pois dependem diretamente do comportamento dos seus colaboradores, sendo assim investir em capacitação de suas lideranças é imprescindível para o desenvolvimento da organização. O correto é que cada colaborador estimule sua própria auto motivação, mas o líder tem um papel importante neste processo, dando apoio e orientação com base no que absorve nos treinamentos oferecidos pelas empresas utilizando-se das melhores práticas das teorias de motivação e liderança. Os dados analisados com base na pesquisa de clima organizacional aplicada pelo GPTW 2013 demostram que a empresa ficou em média com 50% de satisfação dos colaboradores, a unidade da Justiça (UNJ) teve um índice maior com média de 60% da satisfação dos colaboradores sendo que a empresa mais bem avaliada no seguimento obteve um índice de satisfação de 80% media. As teorias de liderança e motivação podem beneficiar empresas, pois lideranças capacitadas com as teorias de liderança e motivação são capazes de mapear antecipadamente possíveis deficiências ou pontos que necessitam de melhorias nas equipes, como também potencializar os esforços para promover um ambiente de trabalho motivador onde todos possam se sentir incluídos, falando a mesma língua, seguindo a mesma direção, produzindo melhor e consequentemente sendo mais felizes nas organizações. 48 REFERÊNCIAS BARBERÁ, E.; MATEOS, P. A investigação sobre a psicologia da motivação em universidades espanholas, Jornal de Motivação e Emoção, Dez. 2000. Disponível em: <http://reme.uji.es> Acesso em: set/2014 BERGAMINI, Cecília. Motivação nas Organizações, Atlas, 1997. BISPO, Patricia. 10 razões para se manter a motivação no trabalho, Portal RH Mar. 2010. 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