20-F 2001 Port - Gerdau GERDAU

Transcrição

20-F 2001 Port - Gerdau GERDAU
FORMULÁRIO 20-F 2001
(TRADUÇÃO LIVRE)
INTRODUÇÃO
Salvo se indicado, todas as referências contidas neste documento (i) à “Companhia” ou à “Gerdau”
são referências à Gerdau S.A., uma empresa constituída sob as leis da República Federativa do Brasil
(“Brasil”) e suas subsidiárias consolidadas; (ii) “Ações Preferenciais” e “Ações Ordinárias” dizem respeito a
ações da Companhia, autorizadas e em circulação, sem valor nominal. Todas as referências contidas neste
documento a “real”, “reais” ou “R$” são referências ao real brasileiro, a moeda oficial do Brasil. Todas as
referências a (i) “dólares norte-americanos,” “dólares” ou “US$” são referências a dólares dos Estados Unidos;
(ii) “bilhões” são milhares de milhões; (iii) “km” são quilômetros; e (iv) o termo “t oneladas” se refere a
toneladas métricas.
A Companhia elaborou as demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste documento em
conformidade com os princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos (“GAAP Norteamericano”).
RESSALVA REFERENTE A DECLARAÇÕES SOBRE PERSPECTIVAS
As declarações constantes neste relatório anual com relação aos planos atuais da empresa, estimativas,
estratégias e conceitos e outras declarações que não sejam fatos históricos, são projeções sobre o
desempenho futuro da empresa. Projeções incluem, mas não estão limitadas a palavras tais como “acredita”,
“espera”, “planeja”, “estratégia”, “prospecta”, “prevê”, “estima”, “projeta”, “antecipa”, “pode” e outras palavras
com significado semelhante com relação à discussão sobre o futuro das operações ou da performance
financeira. Eventualmente, projeções verbais ou escritas podem ser incluídas em outros materiais divulgados
ao público. Essas declarações são baseadas em premissas gerenciais e crenças lastreadas em informações
disponíveis no momento. A empresa alerta que alguns riscos importantes e incertezas podem fazer com que
os resultados reais sejam significativamente diferentes daqueles projetados e portanto você não deve
fundamentar decisões apenas com base nessas estimativas. A empresa não está obrigada a atualizar ou
revisar nenhuma das projeções, quer seja em relação a uma nova informação quer a um evento futuro ou fato
qualquer. Riscos e incertezas que podem afetar a empresa incluem, mas não estão limitados a, (i) condições
econômicas nos mercados em que a empresa opera, especialmente nível de consumo; (ii) variações nas
taxas de câmbio, particularmente entre o Real e o Dólar Americano, e entre outras moedas que representem
uma parcela significativa das vendas, dos ativos ou passivos da empresa; e (iii) resultado proveniente de
decisões desfavoráveis em processos judiciais.
F-1
PARTE I
ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DE DIRETORES, CONSELHEIROS E CONSULTORES
Não aplicável, uma vez que a Companhia está preenchendo este Formulário 20-F como um relatório anual.
ITEM 2. ESTATÍSTICAS E PREVISÃO DE CRONOGRAMA
Não aplicável, uma vez que a Companhia está preenchendo este Formulário 20-F como um relatório anual.
ITEM 3. INFORMAÇÕES IMPORTANTES
A. DADOS FINANCEIROS SELECIONADOS
Apresentação do GAAP norte-americano
As informações financeiras selecionadas, referentes à Companhia, incluídas na tabela a seguir devem
ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras da Companhia baseadas nos princípios contábeis
norte-americanos e com a “Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas”, estando qualificadas em sua
totalidade por referência a tais instrumentos, os quais constam em outra parte do presente documento. Os
dados financeiros consolidados referentes à Companhia em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999 são
originários das demonstrações financeiras baseadas nos princípios contábeis norte-americanos, constantes
em outra parte do presente documento. As demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2001, 2000 e
1999 foram auditadas pela Arthur Andersen S/C.
Dados da demonstração de resultados:
Vendas líquidas
Custo das vendas
Lucro bruto
Despesas com vendas
Despesas gerais e administrativas
Lucro operacional
Despesa financeira e perda cambial
Receita financeira
Outras receitas (despesas) não operacionais
Equivalência patrimonial de empresa nãoconsolidada
Lucro antes dos impostos e participação de
minoritários
Provisão para imposto de renda:
Corrente
Diferido
Lucro antes da participação de minoritários
Participação de minoritários
Lucro líquido disponível para acionistas
ordinaries e preferenciais
Lucro básico por 1,000 ações
Ordinárias
Preferenciais
Lucro diluído por 1,000 ações
Ordinárias
Preferenciais
Dividendos declarados por 1,000 ações
Ordinárias
Preferenciais
Número de ações ordinaries disponíveis
Para os anos findos em 31 de dezembro de
(expressos em milhares de dólares)
2000
1999
1998
2001
2,320,530
(1,641,620)
678,910
(105,801)
(181,108)
392,001
(238,269)
55,002
(7,853)
2,676,714
(1,964,353)
712,361
(112,195)
(213,143)
387,023
(243,477)
57,324
2,165
1,720,988
(1,101,371)
619,617
(86,007)
(157,755)
375,855
(222,414)
64,166
5,196
1997
1,885,061
(1,315,179)
569,882
(101,386)
(175,457)
293,039
(151,739)
86,897
18,798
1,824,108
(1,296,453)
527,655
(107,199)
(198,083)
222,373
(54,359)
31,626
17,330
18,324
219,205
33,962
236,997
(4,903)
217,900
246,995
216,970
(40,981)
(13,666)
164,558
2,795
(36,725)
(8,899)
191,373
(2,815)
(17,456)
(3,080)
197,364
328
(38,460)
(13,843)
194,692
(844)
(17,335)
(21,710)
177,925
(21,182)
167,353
188,558
197,692
193,848
156,743
1.38
1.52
1.56
1.72
1.65
1.79
3.22
3.54
2.76
3.10
1.38
1.52
1.55
1.70
1.65
1.78
3.06
3.35
2.69
3.00
0.58
0.65
0.55
0.60
1.20
1.27
0.76
0.81
0.68
0.74
39,382,020,38
6
33,070,107,53
0
19,691,010,19
3
19,691,010,193
19,314,516,379
2
Dados do balanço patrimonial:
Caixa
Aplicações financeiras
Capital circulante líquido (1)
Imobilizado
Ativo total
Financiamentos de curto prazo
Financiamentos de longo prazo, menos
parcela de curto prazo
Financiamento de longo prazo,
controladora
Debêntures – curto prazo
Debêntures – longo prazo
Patrimônio líquido
Em 31 de dezembro de
(expressos em milhares de dólares)
2000
1999
1998
12,433
9,570
10,938
290,449
364,492
338,930
196,596
235,993
503,931
1,542,609
1,568,051
1,279,218
3,231,758
3,215,542
2,559,396
688,586
655,551
274,818
717,830
739,315
224,309
2001
27,832
306,065
250,636
1,384,463
2,952,677
567,491
630,636
1997
4,331
296,204
566,149
1,158,688
2,238,418
181,044
207,137
461
77
49,511
205,484
184,708
2,018
94,204
1,032,720
2,413
113,349
1,065,659
2,505
81,613
1,022,744
3,505
172,978
1,205,325
3,512
126,268
1,153,562
(1) Total do ativo circulante menos o passivo circulante
Dividendos e Política de Dividendos
O capital social autorizado da Companhia é composto por Ações Ordinárias e Preferenciais. Em 31 de
dezembro de 2001, 39.382.020.386 Ações Ordinárias e 74.109.685.986 Ações Preferenciais haviam sido
emitidas pela Companhia.
Dividendos
A tabela a seguir descreve os dividendos pagos aos titulares das Ações Ordinárias e Ações
Preferenciais da Companhia desde 1997, em reais e em dólares norte-americanos convertidos a partir de
reais pela taxa comercial na data do pagamento.
Data do
R$ por 1.000
Ações
Período
Pagamento
Ordinárias
1º semestre /1997
19/08/97
0,2690
2º semestre /1997*
26/02/98
0,42180
1º semestre /1998*
27/07/98
0,45
2º semestre /1998*
23/03/99
0,5360
1º semestre /1999*
03/08/99
0,6300
2º semestre /1999*
29/02/00
0,9910
1º semestre /2000*
15/08/00
0,3730
2º semestre /2000*
15/02/01
0,6620
1º semestre /2001*
15/08/01
0,3980
2º semestre /2001*
19/02/02
0,9600
* Representa pagamentos de juros sobre capital próprio.
R$ por 1.000
Ações
Preferenciais
0,2959
0,46398
0,495
0,5896
0,6930
1,0901
0,4103
0,7282
0,4378
1,0560
US$ por 1.000
Ações
Ordinárias
0,24692
0,37334
0,38897
0,4435
0,3447
0,5604
0,2066
0,3341
0,1715
0,4137
US$ por 1.000
Ações
Preferenciais
0,27161
0,41067
0,42787
0,4878
0,3791
0,6164
0,2272
0,3675
0,1887
0,4551
A legislação societária brasileira geralmente exige que os estatutos de cada sociedade anônima
brasileira especifiquem uma porcentagem mínima dos lucros para cada exercício fiscal que deve ser
distribuída aos acionistas como dividendos. Conforme os estatutos da Companhia, tal porcentagem foi fixada
em valor não inferior a 30% do lucro líquido ajustado para distribuições a cada exercício fiscal (os “Dividendos
Obrigatórios”).
Os dividendos relativos a um exercício fiscal podem ser pagos a partir (i) dos lucros acumulados em
períodos anteriores e (ii) do lucro após o desconto de impostos referentes a tal período, após alocação de tal
lucro para a reserva legal e outras reservas (“Lucro Líquido Ajustado”). Para a conversão dos dividendos
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pagos pela Companhia de reais para dólares, o administrador usará a taxa de câmbio comercial na data em
que tais dividendos forem colocados à disposição dos acionistas no Brasil. Veja -Taxas de Câmbio”.
Conforme a legislação societária brasileira, companhias brasileiras devem manter uma reserva legal,
para a qual devem destinar 5% do lucro líquido determinado de acordo com a legislação societária para cada
exercício fiscal até que tal reserva alcance uma quantia igual a 20% do capital social da Companhia. Em 31
de dezembro de 2001, de acordo com a contabilidade brasileira, as reservas legais da Gerdau S.A.
totalizavam R$ 87,4 milhões (US$ 37,7 milhões), ou 6,62% do capital social total de R$ 1.320,1 milhões (US$
568,9 milhões).
De acordo com a Lei 9.457, os titulares de ações preferenciais de sociedades anônimas brasileiras
têm o direito de receber dividendos no mínimo 10% superiores aos dividendos pagos sobre as Ações
Ordinárias, a menos que a empresa tenha estipulado um dividendo fixo sobre o capital social.
O comitê executivo apresentou uma proposta na assembléia geral ordinária anual que garante o
direito de tag along de 100% para as ações ordinárias e preferenciais. A proposta foi aprovada em 30 de abril
de 2002, e estendeu para todos os acionistas um direito que a nova lei das S.A.s estende apenas para os
detentores de ações ordinárias (e que é de apenas 80% do valor a ser pago aos controladores).
De acordo com essa mesma lei, por estender o direito de tag along para os minoritários, a empresa
não precisa mais atender a lei que determina um prêmio de 10% sobre os dividendos pagos às ações
preferenciais. A empresa irá pagar o dividendo estatutário de 30% do lucro líquido ajustado ao invés do
mínimo estabelecido por lei de 25%.
Como exigência geral, os acionistas não residentes no Brasil devem ter seus investimentos em
companhias brasileiras registrados no Banco Central, para que dividendos, lucros de vendas ou outras
quantias relacionadas a suas ações sejam passíveis de conversão em moeda estrangeira para remessa ao
exterior. Ações Preferenciais sob ADS serão mantidas no Brasil pelo administrador como agente do
depositário. O titular de Ações Preferenciais será registrado como proprietário nos registros para as Ações
Preferenciais.
Em caso de haver pagamentos de dividendos em dinheiro e distribuições, estes serão feitos em
moeda brasileira ao administrador, em benefício do depositário; o administrador, então, converterá tais
recursos em dólares norte-americanos e fará com que tais dólares norte-americanos sejam entregues ao
depositário para distribuição aos detentores de ADRs. Se o administrador não puder converter imediatamente
em dólares norte-americanos a moeda brasileira recebida como dividendo, a quantia em dólares norteamericanos pagável aos detentores de ADRs pode ser desfavoravelmente afetada por qualquer
desvalorização ou depreciação da moeda brasileira em relação ao dólar norte-americano que ocorrer antes
de tais dividendos serem convertidos e remetidos. Dividendos relativos a Ações Preferenciais pagos a
titulares que não sejam cidadãos residentes no Brasil, incluindo os detentores de ADSs, não estão sujeitos a
impostos brasileiros retidos na fonte.
Juros sobre o capital próprio
A Lei 9.249, de dezembro de 1995, estabelece que uma companhia pode pagar aos acionistas juros
sobre o capital próprio como um adicional ou em substituição aos dividendos, a critério da empresa. Uma
Sociedade Anônima Brasileira terá direito a pagar (e compensar dos dividendos obrigatórios para cada
exercício fiscal) a seus acionistas, como juros sobre o capital próprio, um valor até o limite da TJLP (Taxa de
Juros a Longo Prazo). O pagamento de juros conforme descrito aqui estaria sujeito a uma retenção de
impostos de 15%. Ver “Item 10 E- Tributação”.
Política de Dividendos
Atualmente, a Companhia pretende pagar sobre suas Ações Preferenciais em circulação dividendos
no valor das distribuições obrigatórias para qualquer exercício fiscal específico. Tal pagamento está sujeito a
toda e qualquer determinação do Conselho de Administração no sentido de desaconselhar a distribuição em
vista da condição financeira da Companhia. É política da Companhia, embora não seja exigido por lei, pagar
dividendos ou juros sobre capital duas vezes ao ano.
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Taxas de Câmbio
Há dois mercados de câmbio legais no Brasil, o mercado comercial e o mercado flutuante. O mercado
comercial é reservado principalmente para transações de comércio exterior e transações que geralmente
requerem a aprovação prévia das autoridades monetárias brasileiras, tais como a compra e venda de
investimentos registrados por pessoas estrangeiras e remessas de fundos para o exterior. Compras de
moeda estrangeira no mercado comercial podem ser realizadas apenas através de uma instituição financeira
no Brasil autorizada a comprar e vender moedas correntes neste mercado. A taxa de câmbio comercial é a
taxa de venda comercial para a moeda brasileira em dólares norte-americanos, conforme indicada pelo Banco
Central. A taxa flutuante é a taxa de câmbio de venda que predomina para a moeda brasileira em dólares
norte-americanos, que se aplica a transações para as quais a taxa comercial não se aplica, conforme
indicação do Banco Central. Antes da implementação do Plano Real, a taxa comercial e a taxa flutuante por
vezes diferiam significativamente. Desde a introdução do Real, as duas taxas não têm diferido
significativamente, embora não haja garantia de que qualquer diferença significativa entre as duas taxas não
venha a existir no futuro. Tanto a taxa comercial quanto a taxa flutuante são informadas diariamente pelo
Banco Central.
Tanto a taxa comercial quanto a taxa flutuante são livremente negociadas, mas têm sofrido uma
pequena intervenção por parte do Banco Central. Após a implementação do Plano Real, o Banco Central
inicialmente permitiu que o real flutuasse com uma intervenção mínima.
Em 18 de janeiro de 1999, o Banco Central oficialmente anunciou a sua nova política de permitir que
o valor do real fosse determinado pelos mercados de câmbio estrangeiros, interferindo apenas para limitar
variações amplas no valor da moeda. A pressão sobre o real no começo de março de 1999 levou o governo a
abandonar o sistema de bandas cambiais e adotar um sistema de taxa de câmbio flutuante livre. Desde a
adoção desse sistema, e com a designação de um novo presidente para o Banco Central, Armínio Fraga,
assim como por outros fatores macroeconômicos, o real fortificou-se, de forma que, no dia 31 de dezembro de
1999, a taxa de câmbio era de R$ 1,79 por US$ 1,00. Desde então a taxa de câmbio declinou em relação ao
dólar. Em 31 de dezembro de 2000, a taxa comercial estava cotada em R$ 1,9554 por US$ 1,00 e em 31 de
dezembro de 2001, a taxa de câmbio era de R$ 2,3204 por US$ 1,00. O ano de 2001 foi muito influenciado
pelas crises econômica e política na Argentina. O real flutuou fortemente em relação ao dólar americano. No
final do ano, no entanto, a percepção de risco dos agentes econômicos em relação à situação financeira do
Brasil fez com que a moeda brasileira se valorizasse novamente. Desde então, a moeda brasileira tem
apresentado flutuações consideradas estáveis pelos mercados financeiros. A desvalorização líquida do
período foi de 18,67%. Em abril de 2002 a taxa foi de R$ 2,3625 para US$ 1,00.
A tabela a seguir apresenta informações sobre as taxas comerciais predominantes nos períodos
indicados.
Taxa de Câmbio
Ano
1997
1998
1999
2000
2001
Ano
2001
2001
2001
2001
2001
2001
Fonte: Economatica
Taxa de Câmbio
Reais por US$ 1,00
Preço médio
1,0784
1,1609
1,8133
1,8293
2,3519
Taxa de Câmbio
Reais por US$ 1,00
Menor taxa
2,3249
2,4463
2,5590
2,6866
2,4604
2,2930
Reais por US$ 1,00
Maior taxa
2,5979
2,5585
2,8007
2,7828
2,6820
2,4672
Média
Média
Média
Média
Média
Mês
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
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As distribuições em dinheiro relacionadas às Ações Preferenciais serão feitas pela Companhia em
moeda brasileira. Assim, na conversão, as flutuações da taxa de câmbio poderão afetar as quantias em
dólares norte-americanos recebidas pelos detentores de ADSs preferenciais quando o depositário converter
tais distribuições para dólares norte-americanos, para pagamento aos detentores dessas ADSs preferenciais.
Flutuações na taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano também poderão afetar o preço em
dólares norte-americanos equivalente ao preço em reais das Ações Preferenciais nas bolsas de valores
brasileiras.
A legislação brasileira prevê que sempre que houver um desequilíbrio sério na balança de
pagamentos do Brasil, ou fatores sérios que permitam antever tal desequilíbrio, poderão ser impostas
restrições temporárias às remessas de capital estrangeiro para o exterior. Isso ocorreu por aproximadamente
nove meses em 1989, e no início de 1990, por exemplo, para manter as reservas de moeda estrangeira do
Brasil, mas as quantias foram subseqüentemente liberadas de acordo com as diretivas do governo brasileiro.
Não há garantias de que medidas semelhantes não sejam tomadas pelo governo brasileiro no futuro.
B. CAPITALIZAÇÃO E ENDIVIDAMENTO
Não exigido.
C. RAZÕES PARA A OFERTA E USO DE LUCROS
Não exigido.
D. FATORES DE RISCO
Fatores relacionados ao Brasil e à Companhia ?
Situação política e econômica
A economia brasileira tem sido afetada por freqüentes e, ocasionalmente, drásticas intervenções do
governo brasileiro, que tem modificado as políticas monetárias, de crédito, tarifárias e outras para influenciar o
curso da economia brasileira. Quaisquer mudanças em políticas envolvendo tarifas, controle de câmbio,
políticas reguladoras e de tributação poderiam afetar desfavoravelmente os negócios da Companhia e seus
resultados financeiros, assim como também o poderiam a inflação, a desvalorização, a instabilidade social e
outros acontecimentos políticos, econômicos ou diplomáticos, bem como a resposta do governo brasileiro a
tais acontecimentos.
O plano de estabilização econômica mais recente no Brasil (o “Plano Real”), que efetivamente reduziu
a inflação desde a introdução da nova moeda, o real, em julho de 1994, não prevê nenhum tipo de controle de
salários ou preços, e tem sido apoiado pelo governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, que era o
Ministro da Fazenda na época da adoção do Plano Real. Embora o Presidente Fernando Henrique tenha
declarado sua intenção de continuar a apoiar as medidas de mercado e privatização dos últimos anos, não há
qualquer garantia de que as medidas tomadas pelo governo brasileiro serão mantidas ou bem-sucedidas.
O Brasil passou por uma crise econômica e financeira no primeiro trimestre de 1999, logo após a crise
financeira e econômica na Ásia. Em resposta a essa crise, o governo adotou medidas econômicas para
proteger o Plano Real e a estabilidade da moeda. Espera-se que o efeito dessas medidas continue a vigorar
ao longo de 2002.
Os destaques dessas medidas incluem a aprovação de um aumento da CPMF (Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira) de 0,30% para 0,38%, (ii) um corte de R$ 8,7 bilhões no
Orçamento da União, (iii) um aumento na COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)
de 2% para 3%, (iv) um aumento de 20% para 40% na porcentagem de fundos repassados aos estados pelo
governo federal, (v) uma redução de R$ 2,7 bilhões nos gastos de companhias administradas pelo governo e
(vi) um aumento no FEF (Fundo de Estabilização Fiscal). Além disso, o governo federal está atualmente
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tentando aprovar no Congresso uma lei instituindo a Reforma Tributária. Uma lei proposta pelo governo
federal, instituindo a reforma da Previdência Social, foi votada e aprovada pelo Congresso em 1999.
Essas reformas restabeleceram a confiança da comunidade financeira internacional no Brasil, o que,
em conjunto com a diminuição das taxas de juros, pode permitir o retorno do crescimento econômico nos
próximos anos.
A economia brasileira, independentemente de seu bom desempenho, é ainda parte de uma economia
mundial mais ampla, não sendo imune a efeitos adversos que possam vir de economias vizinhas ou de outras
economias no mundo.
Inflação; Efeitos do Programa de Estabilização Econômica e mudança da moeda
Por muitos anos, o Brasil conviveu com taxas de inflação extremamente altas e geralmente
imprevisíveis. Por essa razão, o governo federal desenvolveu uma série de mecanismos para proteger o valor
de seus ativos. Os principais instrumentos têm sido índices de inflação, especialmente o INPC (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor). Com o fim da alta inflação e o status recentemente adquirido de
economia estável, o Brasil alterou seu índice de referência para monitoramento da inflação, instituindo o IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Esse índice tem sido usado para definir as metas de inflação com o
FMI e para finalidades domésticas. Conforme demonstra o INPC, a inflação no Brasil foi de 2.489,11% em
1993 e 929,32% em 1994. Depois de 1994, a inflação atingiu níveis mais baixos. A partir de 1999, o IPCA
tornou-se a referência. A inflação no Brasil foi de 22,41% em 1995, 9, 56% em 1996, 5,22% em 1997, 1,66%
em 1998, 8,94% em 1999 e 5,97% em 2000. Em 2001, a inflação calculada por esse índice atingiu 7,67%,
ficando ligeiramente acima da meta de 7% definida pelas autoridades monetárias brasileiras.
A inflação, assim como os esforços governamentais para combatê-la, historicamente tiveram efeitos
negativos significativos sobre a economia brasileira em termos gerais, e sobre a rentabilidade e os resultados
das operações da Companhia em particular. Tentando controlar a inflação, o governo algumas vezes impôs
controle de salários e preços e reduziu seus gastos, dentre outras medidas. Combinadas com a especulação
pública sobre possíveis ações futuras, a inflação e as medidas do governo para combatê-la também têm
contribuído para a incerteza econômica no Brasil, e para aumentar a volatilidade no mercado de valores
mobiliários brasileiros. Além disso, o desejo do governo de controlar a inflação e de reduzir os déficits
orçamentários pode levá-lo a tomar medidas que tornem o crescimento econômico mais lento ou estagnado.
Um aumento significativo da inflação no Brasil poderia ter sérias conseqüências para a Companhia.
Efeitos das desvalorizações da moeda e flutuação da taxa de câmbio
O valor de várias moedas da América do Sul, incluindo as moedas dos países nos quais a Companhia
opera, quando comparadas entre si e ou com o dólar norte-americano ou canadense, tem flutuado
significativamente, e pode-se esperar que tal flutuação continue a ocorrer. No Brasil, as recentes e sucessivas
crises nos mercados financeiros internacionais criaram uma ameaça significativa à estabilidade da moeda
brasileira. Em função disso, em 18 de janeiro de 1999 ao anúncio pelo Banco Central anunciou de que o real
passaria a ser negociado livremente nos mercados cambiais internacionais, e que o Banco Central interferiria
apenas na limitação de variações amplas no valor do Real. Ver “Fatores de Risco – Fatores Relacionados ao
Brasil e à Companhia – Situação Política e Econômica”. Essas flutuações podem ter efeitos significativos nos
resultados das operações e na situação financeira da Companhia, bem como em suas demonstrações
financeiras consolidadas, que são expressas em dólares norte-americanos.
A Companhia mantém os ativos expressos em reais e, em menor escala, em dólares canadenses e
norte-americanos, e em pesos chilenos, argentinos e uruguaios. Regularmente, a Companhia tem ganhos ou
perdas devido a movimentos de câmbio entre tais moedas e o dólar norte-americano. Ao mesmo tempo, a
Companhia tem empréstimos contraídos no Brasil, indexados ao dólar norte-americano e a outras moedas, os
quais também sofrem o impacto das taxas de câmbio entre essas moedas e o real. Como resultado, a
Companhia pode ser exposta a grandes perdas cambiais por outras desvalorizações do real brasileiro e/ou de
outras moedas frente ao dólar norte-americano. A receita líquida das de vendas, lucro bruto e margens
operacionais também podem ser influenciados por taxas de câmbio. As vendas da Companhia, expressas nas
moedas do Brasil, Canadá, Uruguai, Chile, Argentina e Estados Unidos, representavam 63,6%, 8,9%, 0,7%,
7
2,7%, 0,6% e 23,5%, respectivamente, da receita bruta consolidada das vendas da Companhia para o ano
encerrado em 31 de dezembro de 2001. Uma vez que as demonstrações financeiras da Companhia com base
no GAAP norte-americano são expressas em dólares norte-americanos, a receita líquida das de vendas e
outras contas das demonstrações financeiras (incluindo a receita líquida) poderiam ser afetadas
desfavoravelmente pela desvalorização de uma moeda local em relação ao dólar norte-americano.
Controles e restrições sobre remessas em dólares norte-americanos
A lei brasileira determina que, sempre que houver um risco sério de desequilíbrio substancial na
balança de pagamentos do Brasil, o governo poderá, por um período de tempo limitado, impor restrições à
remessa, a investidores estrangeiros, dos lucros de seus investimentos no Brasil. Essa situação aconteceu
por aproximadamente seis meses em 1989 e no início de 1990; também ocorreu a imposição de uma
restrição para a conversão da moeda brasileira em moedas estrangeiras. Tais restrições poderiam prejudicar
ou impedir o custodiante ou os detentores de ADSs lastreados em Ações Preferenciais de converter os
dividendos, distribuições ou os lucros da venda de tais Ações Preferenciais para dólares americanos, assim
como de remeter tais dólares ao exterior. Os detentores de ADSs poderiam ser desfavoravelmente afetados
por atrasos na obtenção das aprovações governamentais necessárias para a conversão de pagamentos em
moeda brasileira e para a realização de remessas ao exterior relativas às Ações Preferenciais sob ADS, ou
pelas recusas na concessão de tais aprovações.
Desdobramentos em outros países emergentes
Os mercados de valores mobiliários brasileiros são, em graus variáveis, influenciados pelas condições
econômicas e de mercado de outros países emergentes. Embora as condições econômicas sejam diferentes
em cada país, a reação dos investidores a acontecimentos em um país pode ter efeitos nos valores
mobiliários de emitentes em outros países. Por exemplo, em dezembro de 1994, o governo do México
desvalorizou muito o peso e permitiu que seu valor flutuasse, desencadeando uma crise econômica naquele
país que afetou negativamente os mercados de valores mobiliários em muitos países latino-americanos,
inclusive o Brasil. No ano passado, o acirramento da crise na Argentina teve um efeito adverso significativo na
economia e nos mercados de valores mobiliários do Brasil, levando à adoção de políticas governamentais que
podem ter efeitos adversos futuros tanto no crescimento econômico quanto nos mercados de valores
mobiliários brasileiros. Não há como garantir que os mercados de valores mobiliários brasileiros ou a
economia continuarão a ser afetados negativamente por eventos (incluindo crises econômicas ou flutuações
de moeda) que ocorrem em outros lugares, especialmente em mercados emergentes, ou que tais efeitos não
venham a afetar de maneira adversa os negócios, situação financeira, resultados das operações ou
perspectivas da Companhia, ou o valor das Ações ou dos ADSs.
Desde o final de 1997, e especialmente durante o ano de 2001, os investidores têm demonstrado um
alto nível de preocupação em relação ao risco de investir em economias emergentes, devido aos problemas
econômicos enfrentados por muitos desses países, inclusive a Argentina. Conseqüentemente, em certas
ocasiões, o Brasil tem enfrentado a saída de quantias significativas de dólares norte-americanos ao mesmo
tempo que as companhias brasileiras enfrentam custos financeiros mais elevados em ambos os mercados,
doméstico e internacional. Ainda, o acesso dessas companhias aos mercados internacionais de capital é, de
certa forma, inibido.
Além disso, o governo brasileiro exerceu e continua a exercer uma grande influência sobre muitos
aspectos do setor privado. O governo possui ou controla muitas companhias, incluindo algumas das maiores
empresas do país. As ações do governo no futuro poderiam ter um efeito significativo nas condições
econômicas e de mercado no Brasil, afetando os preços e os retornos sobre os valores mobiliários brasileiros.
Não pode haver garantia de que futuros desenvolvimentos econômicos ou de mercado no Brasil não venham
a ter impacto sobre os resultados das operações da Companhia.
8
Impactos políticos e econômicos sobre a operação da Companhia
O efeito mais visível, sobre a Companhia, da atual instabilidade do mercado financeiro no Brasil é o
impacto da desvalorização da moeda brasileira. Embora as unidades nacionais tenham seus custos baseados
no real, elas ainda assim mantêm processos que são influenciados ou determinados pelos preços
internacionais, isto é, pelo dólar norte-americano – como no caso do ferro-gusa, um importante insumo
metálico, e do minério de ferro. Além disso, a desvalorização do real pode ter um impacto significativo em
outros setores da economia, afetando as vendas das fábricas da Gerdau. Um efeito colateral negativo
resultante de tal situação seria o aumento da inflação: a utilização de preços em dólar como referência tem o
efeito prejudicial de contaminar os preços locais, causando redução no consumo e queda no crescimento do
PIB (ver item 11 “Informações Quantitativas e Qualitativas Sobre Risco de Mercado”).
Não é possível, contudo, prever como essas medidas irão afetar os negócios, a situação financeira,
os resultados das operações, os fluxos de caixa e as perspectivas gerais da Companhia. Essa ou futuras
reduções na atividade econômica poderiam ter um efeito adverso significativo nos negócios, situação
financeira, resultados das operações, fluxos de caixa e perspectivas globais da Companhia.
Fatores de risco relativos à Companhia
Custos resultantes da legislação ambiental
Além das legislações ambiental e operacional, as plantas industriais da Companhia são obrigadas a
operar de acordo com diversas outras leis e regulamentações, em nível federal, estadual e municipal. Caso a
legislação venha a se tornar mais severa, as despesas com ativos fixos e o custo para cumprir essa
legislação podem aumentar no futuro, com impacto negativo sobre a condição financeira da Companhia.
Suprimento de energia elétrica
Historicamente, a geração de energia elétrica no Brasil tem sido alvo de investimentos anuais de
cerca de US$ 13 bilhões. A redução nesses investimentos feita pelo governo federal do Brasil nos anos 1990
(década na qual os investimentos foram reduzidos em cerca de US$ 7 bilhões), o aumento de cerca de 5% no
consumo anual ao longo do mesmo período e a falta de linhas de transmissão de alta capacidade entre as
regiões nas quais a energia é abundante e as regiões nas quais ela é escassa levaram à crise que atingiu as
regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Como conseqüência, em 1 de junho de 2001, o governo
federal publicou a Medida Provisória 2152-2. Essa medida, juntamente com a resolução número 8, de 25 de
maio de 2001, ambas produzidas pela Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, impuseram à
Companhia uma meta de redução, para o mês de junho de 2001, equivalente a 75% (setenta e cinco por
cento) da média do consumo mensal nos meses de maio, junho e julho de 2000 nas usinas semi-integradas
das regiões Sudeste e Nordeste, e a 80% nas plantas integradas das regiões acima mencionadas. A
Companhia não excedeu sua quota e, como conseqüência, não sofreu penalidades e/ou cortes no
fornecimento. Esse acontecimento não ocasionou um efeito adverso sobre os negócios, a situação financeira
ou os resultados da empresa. Além disso, a ameaça de um aumento nas tarifas de energia não se
concretizou, embora isso possa vir a acontecer a médio prazo. A energia elétrica representa
aproximadamente 9% dos custos totais de produção. O grande ponto de preocupação é quanto à capacidade
do país de investir em geração de energia, a fim de evitar o risco de um novo racionamento no futuro.
Concentração de mercado
De acordo com a legislação brasileira, todos os movimentos que levem à concentração do mercado
envolvendo pelo menos uma empresa com receita bruta de, no mínimo, R$ 400 milhões, ou que controle, no
mínimo, 20% do mercado, devem ser relatados ao CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica,
responsável pela análise e decisão sobre ações que indiquem monopolização do mercado.
Independentemente da aprovação da transação, o CADE pode impor multas como conseqüência da nãoapresentação dos documentos apropriados no tempo devido. Uma empresa que possui uma participação de
mais de 20% nos vários mercados diferentes em que atua pode ter suas aquisições contestadas pelo CADE .
9
Nível de endividamento e cláusulas restritivas a financiamentos
Em 31 de dezembro de 2001, o nível de endividamento do Grupo, incluindo contratos de
financiamento em moeda local e estrangeira e debêntures menos caixa e bancos, era menor que seu
patrimônio líquido (coeficiente de endividamento, dívida líquida em relação ao patrimônio líquido, de 91%).
A Companhia celebrou vários contratos de empréstimo e obteve outras formas de financiamento,
inclusive mediante a emissão de debêntures, no valor total de aproximadamente US$ 1,2 bilhões (posição em
31 de março de 2002). Alguns desses contratos contêm cláusulas restritivas a (i) emissão de debêntures e
partes beneficiárias e à assunção de novas dívidas sem prévia autorização do BNDES (exceção feita a
empréstimos para atender aos negócios de gestão ordinária da beneficiária ou com a finalidade de mera
reposição ou substituição de material); (ii) constituição de garantias reais de qualquer espécie em operações
com outros credores sem que as mesmas garantias sejam prestadas ao BNDES; (iii) criação ou permissão de
existência de gravame sobre seus bens, a não ser aqueles já existentes na data da assinatura do respectivo
contrato, a menos que a mesma condição seja, na mesma proporção e ao mesmo tempo, estendida aos
debenturistas, exceções feitas a (a) qualquer gravame sobre bens de capital, criados ao tempo de sua
compra, como garantia do pagamento do preço, (b) gravame em bens de comércio para garantir dívida de
curto prazo a ser paga com a receita de venda desses bens, (c) gravames sobre duplicatas para garantir
débito de curto prazo e (d) gravame necessário à garantia de instância de qualquer processo ou ação; (iv) ao
pagamento de dividendos em dinheiro em excesso a 30% do lucro líquido de cada exercício, ajustado na
forma do art. 202 da Lei 6.404/76 se após o pagamento de tal excesso: (a) o seu passivo exigível de longo
prazo exceder de mais de uma vez e meia o seu patrimônio líquido; ou (b) o seu ativo circulante for inferior ao
seu passivo circulante; (v) pagamento de dividendos ou qualquer outra participação estatutária em lucros se a
sociedade estiver em mora relativamente ao pagamento de juros e ou principal das debêntures; (vi)
pagamentos voluntários antecipados de dívida de longo prazo sem efetuar o correspondente e proporcional
resgate das debêntures em circulação, salvo se tais pagamentos se destinarem a substituir uma dívida de
longo prazo por outra dívida de longo prazo (taxa de juros menor, mesma taxa de juros ou melhores
condições para a empresa); (vii) oneração, transferência, cessão ou de qualquer forma alienação de quotas
e/ou direitos de subscrição que possua ou venha a possuir comprometendo a sua posição de acionistas
controladores diretos ou indiretos da Emissora; (viii) manter a INDAC controladora direta ou indireta da
maioria das ações com direito a voto do capital social da Companhia, dentre outras obrigações. Além disso,
muitos dos contratos prevêem que a Companhia deverá manter durante a vigência do respectivo contrato
níveis de capitalização e de liquidez corrente conforme estabelecido pelas partes.
Em caso de não cumprimento de qualquer um desses contratos, a Companhia emitente está sujeita
ao encerramento antecipado dessa dívida, assim como de outros contratos, o que representa uma ameaça à
capacidade da Companhia de honrar seus compromissos.
Consolidação do mercado de aço no exterior
Consolidação do mercado
Uma parte substancial dos negócios do Grupo está no exterior. O Grupo está, assim, sujeito à
competição nesses mercados. Recentemente, o setor do aço tem passado por um processo de consolidação,
com a conseqüente criação de companhias com grande capacidade de produção. Tal fato pode representar
um importante diferencial competitivo. O Grupo pode ser forçado a adquirir outras companhias, ou seus
ativos, o que pode representar o dispêndio de substanciais recursos financeiros. Não há garantias de que o
Grupo venha a ter os recursos financeiros necessários para fazer essas aquisições, caso elas se tornem
necessários ou convenientes.
Medidas protecionistas
As medidas impostas pelos Estados Unidos e pela União Européia para proteger seus mercados
domésticos contra a importação de alguns tipos de produtos baratos, não impactam diretamente as
operações da Gerdau no Brasil porque as exportações para esses paises são insignificantes. As unidades da
Gerdau nos Estados Unidos operam independentemente e não dependem de nenhum tipo de aço do Brasil.
10
Crise Argentina
Em função da crise econômica na Argentina, a demanda por aços longos no país foi reduzida em
torno de 50% no segundo semestre de 2001. O impacto dessa crise no nível de atividade do Grupo é limitado
porque as operações Argentinas representam menos de 2% das vendas totais da Gerdau. Com o objetivo de
se adaptar a nova realidade econômica, a Gerdau: i) ajustou a produção à demanda local, ii) restringiu
crédito e iii) promoveu uma reestruturação financeira e organizacional dos negócios na Argentina.
A reestruturação aconteceu em março de 2002, e foi como segue: a Gerdau transferiu sua
participação de 71,77% na Sociedad Industrial Puntana S.A. – SIPSA para a SIPAR Aceros S.A., mantendo
sua participação de 38,18% na SIPAR. A SIPSA passou a ser uma subsidiária integral da SIPAR. Essa nova
estrutura irá reduzir a exposição da Gerdau a eventuais impactos de uma futura desvalorização na Argentina
e aumenta a sinergias entre as duas empresas.
A grande desvalorização do peso argentino em relação ao dólar americano gerou uma perda de US$
21,4 milhões nos negócios da Gerdau no último trimestre de 2001; no primeiro trimestre de 2002, houve uma
perda adicional de US$ 7,0 milhões. Além disso, a reestruturação promovida em março gerou uma perda de
1,8 milhões.
ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA
A. HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO DA COMPANHIA
A Gerdau é parte de um conglomerado industrial que teve início em 1901, quando a família Gerdau
adquiriu uma fábrica de pregos localizada em Porto Alegre, na região sul do Brasil. Em 1969, a empresa teve
seu nome alterado para Metalúrgica Gerdau S.A., a qual hoje controla a Gerdau S.A.
Com o objetivo de assegurar o fornecimento de matéria-prima imediatamente após o fim da Segunda
Guerra Mundial, foi adquirida a Siderúrgica Riograndense S.A., também localizada em Porto Alegre. A
produção da companhia foi aumentada, dentre outros meios, através da construção de uma nova fábrica. Na
segunda metade dos anos 1960, a Companhia começou a expandir e diversificar suas atividades.
A expansão envolveu a aquisição de companhias existentes (resultando em aumento da participação
da Companhia no mercado) e a construção de novas fábricas no Brasil e no exterior. A primeira empresa
adquirida foi a Indústria de Arames São Judas Tadeu S.A., em São Paulo, que é hoje conhecida como
“Comercial Gerdau”. A Comercial Gerdau, através de uma rede de mais de 70 filiais, vende produtos Gerdau
no varejo em todo o Brasil. Logo depois, o grupo expandiu-se com várias usinas siderúrgicas, trefilarias e
fábricas para a produção de fios, cabos de aço, telas de arame soldadas e produtos similares, localizadas nos
principais mercados brasileiros e estrangeiros.
Para garantir vantagens competitivas em todas as regiões onde opera, a Companhia adotou como
principal estratégia atuar através de companhias de médio porte, situadas nos principais centros das regiões
econômicas capazes de fornecer matérias-primas originadas nas mesmas áreas onde os produtos finais são
vendidos. Ver “Estratégia de Negócios”.
No início de 1995, foi iniciado um programa de reestruturação para simplificar a complexa estrutura
organizacional, resultado do processo de expansão e desenvolvimento através da aquisição e fundação de
companhias. Os principais objetivos deste projeto eram: melhorar a transparência das operações; alcançar
maior aceitação nos modernos mercados de capitais brasileiros; e melhorar as condições de acesso aos
mercados de capitais internacionais.
A reestruturação começou com uma oferta pública de Ações Preferenciais da antiga Companhia
Siderúrgica da Guanabara – Cosigua (hoje Gerdau S.A.) de propriedade dos acionistas controladores. Essas
ações preferenciais foram trocadas por ações de acionistas minoritários das seguintes companhias afiliadas:
Siderúrgica Guaíra S.A. (“Guaíra”), Siderúrgica Açonorte S.A. (“Açonorte”) e Cia. Siderúrgica Pains (“Pains”).
A transação foi conduzida pela Bolsa de Valores de São Paulo em fevereiro de 1995. A grande aceitação
desse processo pelos acionistas possibilitou que a reestruturação continuasse através da fusão, durante o
11
período de fevereiro de 1995 a junho de 1997, das 28 empresas que faziam parte do Grupo Gerdau. Em
janeiro de 1999, a Gerdau S.A. incorporou também a Comercial Gerdau. Todas as operações siderúrgicas da
Gerdau, instaladas no Brasil e no exterior, estão concentradas na Gerdau S.A.
B. PANORAMA DA EMPRESA
A Gerdau S.A. produz aços longos comuns e especiais em suas unidades industriais localizadas no
Brasil e em suas subsidiárias no Uruguai, Chile, Canadá, Argentina e Estados Unidos. A Companhia tem uma
capacidade de produção instalada de 7,3 milhões de toneladas de aço bruto (não incluindo Açominas e
Cartersville), 7,0 milhões de toneladas de produtos laminados (não incluindo Açominas, Cartersville e Sipar) e
0,9 milhões de toneladas de produtos trefilados. A Companhia produz aço com base no conceito de mini-mill,
através do qual o aço é produzido em fornos elétricos a arco a partir de sucata e ferro-gusa, adquiridos
principalmente na região onde cada fábrica opera (conceito de mini-mill). A Gerdau também opera fábricas
com capacidade para produzir aço a partir de minério de ferro em altos fornos e através do processo de
redução direta. Os produtos da Gerdau são manufaturados com uma ampla gama de especificações, com a
finalidade de satisfazer a um largo espectro de grupos de consumidores.
Os três principais mercados em que a Companhia opera são os setores de construção civil, indústria
e agropecuária. No ano passado, os dois primeiros setores representaram aproximadamente 98% do volume
total de vendas da Companhia medido em toneladas. Em 2001, a Gerdau produziu 6,1 milhões de toneladas
de aço bruto, dos quais 3,5 milhões (não incluindo a produção da Açominas) foram produzidos no Brasil (13,0
% da produção nacional) e 2,6 milhões de toneladas em suas subsidiárias no exterior. No segmento de aços
laminados longos, a Gerdau é a maior produtora brasileira, com aproximadamente 44,5% da produção total.
Para o exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2001, as vendas líquidas consolidadas atingiram
US$ 2,3 bilhões, gerando um lucro líquido consolidado de US$ 152,5 milhões.
Estratégia empresarial
O principal foco dos negócios da Gerdau é a produção descentralizada de aços longos utilizando
fornos elétricos a arco (EAF), mini-mills e tecnologia de lingotamento contínuo. As fábricas são localizadas e
dimensionadas para que se adaptem à economia local e tenham acesso eficiente aos mercados. Essa
estratégia foi uma resposta às dimensões geográficas do Brasil, sua infra-estrutura limitada e elevados custos
de frete, que motivaram o crescimento de um negócio focado na venda de produtos onde as matérias-primas
pudessem ser a
f cilmente obtidas. A partir da metade da década de 1970, até o começo dos anos 1990, a
Gerdau concentrou-se em aumentar sua participação de mercado no Brasil mediante uma combinação de
aumento da capacidade de produção das instalações existentes e de aquisições estratégicas, tipicamente de
mini-mills que estivessem enfrentando problemas, nas quais a contribuição principal da empresa estaria
relacionada a técnicas gerenciais, ao invés de capital. A Gerdau aumentou a sua participação na produção
brasileira de aços longos de 14,1% da produção total em toneladas , em 1975, para 44, 5%, em 2001. A
participação da Companhia na produção brasileira de aço bruto cresceu de 6,3% para 13,0% durante o
mesmo período. Ver “Processo de Produção – Produção Doméstica de Aço.” A estratégia da Gerdau foi
implementada através das seguintes aquisições:
•
Aquisições em nível nacional no Brasil: na década de 1960, a Companhia adquiriu uma fábrica
em Pernambuco, no Nordeste do Brasil. Na década de 1970, adquiriu duas usinas (Alagoas e
Paraná) e construiu sua maior usina, no Rio de Janeiro. A estrutura da Gerdau desenvolveu-se
ainda mais como resultado de sua participação nos leilões de privatização no Brasil no final da
década de 1980 e início da década de 1990. Na primeira fase das privatizações, adquiriu a
fábrica de Barão de Cocais, em 1988, e a Usina Siderúrgica da Bahia S.A. – Usiba (“Usiba”), em
1989. Na segunda fase das privatizações, mais ampla, a Gerdau adquiriu a Companhia
Siderúrgica do Nordeste (“Cosinor”), em 1991, e a Aços Finos Piratini S.A. (“Piratini”), uma
fabricante de aços especiais, em parte com o objetivo de entrar no mercado de produtos de alto
valor agregado. A Gerdau aumentou significativamente a produtividade (medida em toneladas
métricas de aço bruto por homem/ano) dessas fábricas privatizadas desde a aquisição, através
da redução do número de funcionários e de investimentos na melhoria tecnológica de processos
e equipamentos. Através desses investimentos e de estratégias de gerenciamento, a Gerdau tem
12
sido bem-sucedida em melhorar significativamente a rentabilidade dessas empresas e alcançar
melhores custos e produtividade dentro de um período de tempo relativamente curto. Em 1994, a
Companhia adquiriu a Pains, uma siderúrgica localizada em Divinópolis, no Estado de Minas
Gerais, através da aquisição da Korf Gmbh, uma empresa alemã. A Gerdau desfez-se
substancialmente de outros bens que adquiriu através da Korf e que não eram relacionados com
o principal negócio da Gerdau, a produção de aços longos comuns. A aquisição da Pains gerou
um processo antitruste no Brasil, que foi mais tarde resolvido de maneira bem-sucedida. Na
segunda metade de 1997, a Gerdau adquiriu participação no capital da Açominas, fabricante de
produtos semi-acabados. Desde a primeira aquisição, em 1997, a Gerdau comprou mais ações
da Açominas; ao final de 2001, detinha 37,9% dessa Companhia. Mais recentemente, em
dezembro de 2001, a Gerdau fez uma oferta de R$ 426,6 milhões (US$ 177,7 milhões) por uma
participação adicional na Açominas em um leilão promovido pelo Banco Central do Brasil. A
operação foi completada em 19 de fevereiro de 2002 e, como resultado, a Gerdau atualmente
detém 54,14% da Açominas. Além disso, em 8 de fevereiro de 2002, a Gerdau formalizou um
acordo para adquirir uma participação de 24,8% que a Natsteel (de Cingapura) possui na
Açominas. Conforme os termos do acordo, a Gerdau poderá exercer seu direito de compra das
ações da Natsteel até 09 de setembro de 2002.
•
Aquisições no exterior: A Gerdau tem crescido fora do Brasil através de aquisições estratégicas.
Em 1981, a Companhia adquiriu a Siderúrgica Laisa S.A., no Uruguai (agora conhecida como
Gerdau Laisa S.A.), sua primeira siderúrgica fora do Brasil. Essa aquisição foi seguida, em 1989,
pela aquisição da Courtice Steel Inc. (agora Gerdau Courtice Steel Inc.), no Canadá, e, em 1992,
pela aquisição da Siderúrgica Aza S.A. (Gerdau Aza S.A.), no Chile. Em maio de 1995, a
Manitoba Rolling Mills Inc., uma divisão lucrativa de aço afiliada ao Canam Manac Group,
localizada em Selkirk, Canadá, foi adquirida pela Gerdau. A Gerdau assumiu o controle
administrativo em 1º de junho de 1995 e renomeou a fábrica como Gerdau MRM Steel Inc. Em
dezembro de 1997, a Companhia adquiriu o controle da Sipsa, da Argentina, uma usina de
laminação com capacidade de produção de 75.000 toneladas de produtos laminados, a fim de
aumentar a sua presença em um mercado de exportação já importante. Em maio de 1998, a
Companhia celebrou um acordo para adquirir um terço das ações de uma usina de laminação
argentina, a Sipar, assim como para transferir, para os controladores da Sipar, um terço das
ações da Sipsa. Em 27 de setembro de 1999, a Gerdau adquiriu da Kyoei Steel Ltd. , de Osaka,
Japão, 88% da FLS Holdings Inc., que, por sua vez, possuia 85% das ações da AmeriSteel Corp.,
sediada em Tampa, Florida, USA. No ano 2000, a Gerdau adquiriu os 12% remanescentes da
FLS Holding Inc. e aumentou sua participação na Sipsa para 72%, e na Sipar, para 38%. Mais
recentemente, ao final de 2001, a Ameristeel adquiriu da Birmingham Southeast os ativos
operacionais de uma de suas unidades pelo valor de US$ 48,8 milhões. A siderúrgica está
localizada em Cartersville, no estado da Geórgia, e é atualmente a sétima fábrica da Gerdau na
América do Norte. Mais recentemente, A Gerdau promoveu uma reestruturação das operações na
Argentina para se adaptar à nova realidade de mercado do país. No final de março, a Gerdau
transferiu para a SIPAR S.A. os 71,77% que detinha na Sociedad Industrial Puntana S.A. –
SIPSA. Essa operação gerou perdas de US$ 1,8 milhões, que foram registrados na linha de
despesas não operacionais. Com essa operação a Gerdau mantém a sua participação de 38,18%
na SIPAR e a SIPSA se torna uma subsidiária integral da SIPAR. Espera-se que essa nova
estrutura permita maiores sinergias entre as empresas na Argentina. Isso pode maximizar
oportunidades de negócios, melhorar resultados e minimizar o impacto da flutuação do peso em
relação às outras moedas.
Juntamente com o período de aquisições, a estratégia da Companhia evoluiu e passou a incluir
também investimentos em processos mais sofisticados, através da adição de trefilados e aços especiais,
permitindo a diversificação. Tendo atingido uma posição significativa e estável no mercado de aços longos
especiais, a extensão da diversificação está sendo revista, para garantir que a Companhia esteja investindo
em produtos com valor agregado.
13
A tabela a seguir apresenta as várias aquisições da Companhia em nível nacional e seus respectivos
progressos em termos de volume de produção e resultados financeiros.
Exercício
COMPANHIA- Data da Compra
Fiscal
Anterior à
Exercícios Fiscais Após a Compra
Compra
1
2
3
4
5
AÇONORTE – Dezembro/1969
1969
1970
1971
1972
1973
1974
Produção de aço bruto (em 1.000
toneladas)
35,1
44,8
49,1
59,6
102,8
114,3
Receita (US$ milhões)
Lucro líquido (US$ milhões)
ND
0,6
ND
1,2
ND
1,4
13,3
1,8
31,6
5,9
52,9
5,4
GUAÍRA – Dezembro/1971
1971
1972
1973
1974
1975
1976
Produção de aço bruto (em 1.000
toneladas)
19,9
34,0
43,2
44,5
42,9
41,5
Receita (US$ milhões)
Lucro líquido (US$ milhões)
ND
0,02
5,8
0,4
11,2
1,4
18,3
2,0
13,3
1,1
13,9
1,0
COMESA – Janeiro/1974
1973
1974
1975
1976
1977
1978
4,7
11,9
7,0
14,3
16,1
16,8
0,9
(1,7)
4,5
0,4
4,6
0,1
6,2
0,4
6,8
0,7
8,3
0,7
Produção de aço bruto (em 1.000
toneladas)
Receita (US$ milhões)
Lucro líquido (US$ milhões)
HIME – Fevereiro/1985
1984
1985
1986
Produção de aço bruto (em 1.000
toneladas)
200,2
192,1
188,3
Fusão com a Cosigua
1987
Receita (US$ milhões)
Lucro líquido (US$ milhões)
47,7
(5,0)
ND
ND
68,9
(0,4)
(atualmente Gerdau S.A.)
USIBA – Outubro/1989
1989
1990
1991
1992
1993
1994
Produção de aço bruto (em 1.000
toneladas)
336,4
315,9
310,0
330,2
377,9
401,4
Receita (US$ milhões)
Lucro líquido (US$ milhões)
101,8
(19,2)
78,8
(12,6)
72,9
1,7
91,6
(3,1)
96,6
2,3
167,4
1,2
1995
PIRATINI Fevereiro/1992
1991
1992
1993
1994
Produção de aço bruto (em 1.000
toneladas)
171,9
141,4
178,2
192,4
Fusão com a
Riograndense
Receita (US$ milhões)
Lucro líquido (US$ milhões)
66,8
(21,0)
61,3
(5,1)
94,1
1,4
164,6
2,3
(atualmente Gerdau S.A.)
PAINS – Fevereiro /1994
10/92 a
10/93 a 12/94
1995
1996
Produção de aço bruto (em 1.000
09/93
438,2
502,7
343,5
385,5
toneladas)
Receita (US$ milhões)
138,8
253,0
219,1
193,6
2,6
2,6
4,5
6,0
Lucro líquido (US$ milhões)
14
1997
Fusão com a Gerdau S.A.
Futuro
A Companhia continuará a implementar sua estratégia de curto e médio prazos, tomando as
seguintes medidas:
•
Gerenciamento financeiro: Devido ao alto custo dos empréstimos no Brasil e à atual tendência de
consolidação da indústria de aço em nível mundial, a estratégia da Companhia a médio prazo é
consolidar as empresas que adquiriu e reduzir suas despesas financeiras. Isso será alcançado
através da estratégia de ampliar o prazo das dívidas já existentes, de modo a aumentar o fluxo de
caixa disponível para novos investimentos, sem aumentar substancialmente a alavancagem da
Companhia. A intenção é utilizar cada vez mais o fluxo de caixa para financiar os dispêndios com
ativos fixos, com exceção das expansões estratégicas necessárias para manter ou estabelecer a
participação em segmentos lucrativos de mercado. A ênfase está, primeiro, em aumentar a
eficiência e a rentabilidade das operações existentes, e, segundo, em limitar a alocação de capital
para aquisições às oportunidades mais importantes.
•
Gerenciamento de custos: A Companhia continuará a se concentrar em garantir suprimentos
adequados e confiáveis de sucata e em adequar seus níveis de produção para minimizar custos
de produção variáveis. Embora a Companhia tenha flexibilidade para alternar o foco da produção
do mercado interno para a exportação, dependendo da demanda do mercado, as vendas internas
têm geralmente sido mais lucrativas do que as exportações ; é provável que, no futuro, a
Companhia se concentre pesadamente nas vendas regionais para cada uma de suas
companhias. Todavia, a volatilidade histórica da economia brasileira faz da flexibilidade de
produção e de mercado uma prioridade gerencial para a Gerdau, de forma que a Companhia seja
capaz de se adaptar rapidamente a condições mutáveis de mercado.
A aquisição da Cartersville (com capacidade instalada de 726 mil toneladas de aço bruto por ano nos
EUA) e o aumento do investimento na Açominas também são passos importantes para o futuro
desenvolvimento dos negócios da Companhia.
Panorama do ramo de negócios - Brasil e mundo
Desde a década de 1940, o aço tem sido de vital importância para a economia brasileira. Como
resultado da interrupção do fornecimento de aço durante a Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro
começou a desenvolver a indústria de aço nacional através da formação da Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN), produtora de aços planos, e da Companhia Vale do Rio Doce, produtora de minério de ferro. Durante
quase 50 anos de controle estatal, o setor de aços planos brasileiro foi coordenado em nível nacional sob um
monopólio do aço, a Siderbrás. O Estado tinha um envolvimento muito menor no setor de longos , que
tradicionalmente incluía companhias privadas menores, como a Gerdau. Como resultado da crise financeira
da década de 1980, o acesso do governo brasileiro ao capital estrangeiro tornou-se muito restrito, e os
investimentos no setor de aço estatal foram reduzidos. Para uma discussão geral sobre o ambiente
econômico brasileiro, verificar o “Item 3.D – Fatores de Risco.”
Em 1990, o governo brasileiro selecionou a indústria de aço como a primeira indústria a ser
privatizada. A partir de 1991, os maiores produtores integrados de aços planos, que haviam operado como
companhias semi-autônomas sob o controle da Siderbrás, foram privatizados individualmente. Hoje, a
indústria do aço no Brasil é composta por 14 companhias, com uma capacidade instalada anual de
aproximadamente 33 milhões de toneladas, produzindo uma grande variedade de aços planos, longos, de
carbono, inoxidáveis e especiais. A indústria de aços planos é atualmente dominada pelos produtores que,
antes da privatização, eram ligados à Siderbrás, tais como a CSN, enquanto a Gerdau tornou-se a líder na
fabricação de aços longos.
O Brasil exporta uma grande parte de sua produção de aço. Em 2001, a indústria de aço brasileira
exportou 9,3 milhões de toneladas, enquanto importou apenas 1.1 milhões de toneladas. As importações de
aço em 2001 representaram 6,1% do consumo aparente interno de aço (definido como vendas internas mais
importações).
15
A produção de aço bruto no Brasil cresceu de 20,6 milhões de toneladas, em 1990, para 26,7 milhões
de toneladas, em 2001. Em 2001, o Brasil foi responsável por mais de 51,6% da produção total de aço na
América Latina, com uma produção duas vezes maior do que a do México, o segundo maior produtor na
América Latina, e aproximadamente 29,7% da produção dos EUA.
Os produtos de aço bruto compreendem lingotes não acabados, tarugos, blocos e placas, fabricados
nas etapas de fusão e lingotamento do processo de produção. Os laminados têm maior valor agregado, e são
fabricados a partir do aço bruto em um estágio intermediário da produção, em laminadoras. Os produtos
laminados longos incluem fio-máquina, vergalhões, perfis e barras redondas, quadradas e chatas.
Todas as informações a respeito da indústria de aço contidas neste documento foram obtidas de
relatórios do IBS (Instituto Brasileiro do Aço) ou do IISI (International Institute for the Steel Industry) e não
foram elaboradas especificamente para a Gerdau. Estas informações estão disponíveis para o público e são
apresentadas em formato padronizado. O IBS é constituído por companhias de aço brasileiras, dentre as
quais a Gerdau é uma das associadas.
A tabela a seguir mostra dados históricos sobre a produção de aço bruto (em milhões de toneladas) e outros
dados relacionadas para os períodos indicados:
Mundo
EUA.
América do Sul
México
Brasil
Brasil - % da
Produção Mundial
(milhões de toneladas)
1990
770,5
89,7
29,3
8,7
20,6
2,7
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
733,6
719,7
727,5
725,2
752,3
750,0
798,9
79,7
84,3
88,8
91,2
95,2
95,5
98,5
30,9
32,3
33,8
35,0
34,6
35,9
37,0
8,0
8,5
9,2
10,3
12,1
13,2
14,2
22,6
23,9
25,2
25,7
25,1
25,2
26,2
3,1
3,3
3,5
3,5
3,3
3,4
3,3
1998
1999
2000
2001
Fonte: IBS / IISI
777,2
788,3
829,6
831,8
98,7
97,4
100,7
89,7
36,1
34,6
39,1
37,6
14,2
15,3
15,7
13,5
25,8
25,0
27,9
26,7
3,4
3,2
3,4
3,2
A tabela a seguir mostra dados históricos sobre a produção de laminados (em milhões de toneladas) no Brasil
para os períodos indicados.
Planos
Produtos Laminados – Brasil
Longos
(milhões de toneladas)
Total
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
8,8
9,4
10,1
10,0
10,7
10,6
11,0
11,3
10,4
10,1
6,0
5,5
5,8
6,5
6,7
5,5
5,7
6,1
6,0
6,7
14,8
14,9
15,9
16,5
17,4
16,1
16,7
17,4
16,4
16,8
2000
2001
Fonte: IBS
11,2
10,7
7,0
7,4
18,2
18,1
16
Consumo
O PIB real do Brasil cresceu a uma taxa de 1,5% em 2001 (com base em dados preliminares), e 4,5%
e 0,8%, em 2000 e 1999, respectivamente. As vendas internas totais de aço aumentaram mais de 33,9%, de
11.725 milhões de toneladas, em 1995, para 15.696 milhões de toneladas, em 2001. A produção industrial
brasileira cresceu em todos os setores da economia que utilizam intensivamente o aço, especialmente bens
de capital e bens de consumo duráveis.
Historicamente, a indústria de aço brasileira tem sido afetada por flutuações substanciais na demanda
interna de aço. Embora a demanda nacional per capita varie com o PIB, as flutuações na demanda de aço
tendem a ser mais pronunciadas do que as mudanças na atividade econômica. Para fins de comparação, a
tabela a seguir apresenta o consumo global aparente de aço de 1993 até 2000, ano mais recente para o qual
existem estatísticas disponíveis.
Consumo Aparente de Aço Acabado
América Central e
México
América do Sul
(milhões de toneladas de produtos de aço acabados)
Mundo
1993
1994
1995
1996
EUA
614,1
619,8
656,0
651,8
1997
701,7
1998
691,6
1999
700,3
2000
761,6
2001
*
* Os dados para 2000 não estão disponíveis.
Fonte: IISI
Brasil
90,8
103,1
100,0
107,0
18,9
20,9
22,1
23,1
7,5
8,8
5,9
8,1
10,6
12,1
12,0
13,0
113,4
119,8
116,4
120,0
*
26,6
25,7
22,6
24,7
*
9,7
10,6
10,9
11,3
*
15,3
14,5
14,1
15,8
16,7
Custos de produção
O Brasil apresenta um dos custos mais baixos entre os produtores de aço. As vantagens do Brasil
incluem um fornecimento de matérias-primas relativamente baratas e abundantes, bem como baixos custos
de mão de obra. O Brasil também conta com o benefício de um mercado interno relativamente grande. Essas
vantagens são compensadas, até certo ponto, por fatores como a dependência do carvão importado, o alto
custo interno dos empréstimos e a restrita oferta de energia elétrica.
Processo de produção
Em 2001, a Companhia foi a maior fabricante de produtos de aços laminados longos e o quarto maior
produtor de aço bruto no Brasil. A Companhia oferece mais de 34.000 produtos nos segmentos de semiacabados, laminado, trefilado e especial. Em 2001, a Companhia produziu 3.470 milhares de toneladas
métricas de aço bruto no Brasil (não incluindo a produção da Açominas) e 2. 580 milhares de toneladas
métricas de aço bruto no exterior.
Produção interna de aço
A produção de aço da Companhia tem aumentado regularmente desde 1991, principalmente devido à
aquisição de diversas usinas e ao aumento da capacidade instalada das siderúrgicas da Companhia.
Comparando as capacidades de produção em 1992 e 2001, na tabela abaixo, o aumento é notável:
17
Capacidade de produção
(milhões de toneladas)
Aço bruto
2001
1992
Produtos laminados longos
7,3
3,9
7,0
3,3
Produtos trefilados
0,9
0,8
Em 2001, 57, 4%, ou 3,5 milhões de toneladas, do aço bruto da Companhia foram produzidos no
Brasil (excluindo a Açominas) e 42,6%, ou 2,6 milhões de toneladas, foram produzidos pelas subsidiárias da
Companhia localizadas na Canadá, Chile, Uruguai e Estados Unidos; enquanto isso, 57,1%, ou 3,3 milhões
de toneladas, dos produtos laminados longos da Companhia foram produzidas no Brasil (excluindo a
Açominas) e 42,9%, ou 2,5 milhões de toneladas , foram produzidos fora do Brasil (excluindo a Sipar). Todos
os produtos trefilados da Companhia são produzidos no Brasil.
De acordo com dados do IBS, em 1975, a produção brasileira de aço era de 8,3 milhões de toneladas
de aço bruto e 3,6 milhões de toneladas de produtos laminados longos. No mesmo ano, as empresas da
Gerdau produziram 525 mil toneladas de aço bruto e 506 mil toneladas de produtos laminados longos, 6,3% e
14,1%, respectivamente.
A tabela a seguir apresenta, para os períodos indicados, uma comparação da produção anual de aço
bruto e laminados longos para o Brasil e para a controladora, bem como a porcentagem da produção de aço
bruto e laminados longos atribuída à Gerdau:
Produtos laminados longos *
Aço bruto
Brasil
1990
20.567
1991
22.617
1992
23.934
1993
25.207
1994
25.747
1995
25.076
1996
25.237
1997
26.153
1998
25.760
1999
24.996
2000
27.865
2001
26.718
Fonte: IBS/Gerdau
Gerdau S.A.
não-consolidado
2.374,0
2.090,3
2.427,5
2.588,2
3.039,4
2.752,7
2.877,9
3.051,4
2.974,2
3.270,5
3.495,9
3.470,1
Gerdau S.A.
(%)
11,5
9,2
10,1
10,3
11,8
11,0
11,4
11,7
11,6
13,1
12,5
13,0
Brasil
5.921
5.533
5.741
6.477
6.618
5.434
5.661
6.158
6.047
6.672
7.000
7,425
Gerdau S.A.
não-consolidado
1.900,8
1.804,7
2.084,9
2.268,0
2.673,8
2.455,6
2.528,6
2.781,4
2.753,1
3.054,9
3.250,3
3.301,4
Gerdau S.A.
(%)
31,1
32,6
36,3
35,0
40,4
45,1
44,7
45,2
46,0
45,8
46,4
44,5
O processo de produção da Companhia é baseado principalmente no conceito de mini-mill. No Brasil,
a Companhia tem seis fornos elétricos a arco (EAF), duas pequenas unidades integradas e uma fábrica de
redução direta de ferro (direct reduction iron, DRI).
As mini-mills são unidades menores que oferecem várias vantagens sobre as grandes produtoras
integradas de aço, incluindo: (i) custos de capital mais baixos; (ii) menores riscos operacionais, uma vez que
se evita uma concentração de capital e da capacidade de produção em uma única unidade de produção; (iii)
proximidade das unidades de produção com as fontes de matéria-prima; (iv) proximidade dos mercados locais
e facilidade para ajustes nos níveis de produção; (v) custos de matéria-prima mais baixos, principalmente
devido ao uso de sucata em vez de minério de ferro e coque, que são empregados pelas usinas integradas; e
(vi) estrutura administrativa mais eficiente devido à relativa simplicidade do processo de produção e menor
necessidade de mão-de-obra.
18
O processo de produção da Companhia consiste em (i) obtenção de matérias-primas, (ii) fundição, (iii)
lingotamento, (iv) laminação e (v) trefilaria.
Obtenção de matérias-primas
As mini-mills da Companhia (que têm uma capacidade de produção anual de aço bruto variando entre
70 mil toneladas e 1,4 milhões de toneladas) utilizam sucata e ferro-gusa produzidos dentro de um raio de
120 a 300 milhas e fabricam principalmente produtos para consumo dentro da região onde a unidade está
localizada. Essa estratégia de produção tem a vantagem de minimizar custos de transporte de matérias primas e produtos finais e permite que ajustes de capacidade sejam feitos com incrementos relativamente
pequenos. A Companhia adquire sua principal matéria-prima (sucata para uso em seus fornos elétricos a
arco) de uma extensa rede de fornecedores (mais de 4.500) e acredita ser a maior compradora de sucata de
aço do Brasil. O minério de ferro para uso em seus altos fornos e fábricas de DRI é comprado de diversas
companhias brasileiras de mineração. O ferro-gusa para uso em seus fornos elétricos a arco é produzido pela
Companhia ou comprado de terceiros. Em 2001, a Companhia produziu aproximadamente 70% do ferro gusa
necessário para seu consumo.
Produção de aço líquido
O aço líquido é produzido em fornos elétricos a arco, fornos otimizadores de energia ou em uma
combinação de alto forno/conversor. Após carregar o forno elétrico a arco com a mistura previamente
determinada de matérias-primas (ou seja, sucata, ferro-gusa ou DRI), a energia elétrica é aplicada seguida de
fusão controlada por computador. A composição da matéria-prima da Companhia varia de 60% de sucata de
aço e 40% de ferro-gusa até 90% de sucata de aço e 10% de ferro-gusa, dependendo do preço e da
disponibilidade local. A Companhia acredita que essas proporções otimizam o uso da sucata de aço
disponível sem causar pressão de demanda nos mercados de sucata. Na combinação de alto
forno/conversor, o aço líquido é produzido através da redução do minério de ferro pela queima de carvão,
coque ou de uma combinação de ambos com oxigênio. DRI é um processo que substitui o alto forno e reduz a
quantidade de minério de ferro usada através da injeção de gás natural quente, produzindo o que é
geralmente conhecido como ferro-esponja, o qual é, então, colocado em um forno elétrico a arco ou
conversor.
O aço fundido é colocado em um forno panela, onde é refinado de acordo com as especificações do
cliente. Ligas de ferro são adicionadas ao forno de acordo com as especificações químicas do tipo de aço que
está sendo produzido. No caso de um aço de alta liga, ou aço especial, a panela é levada a uma unidade de
desgaseificação a vácuo para remoção de carbono, oxigênio e gases.
Lingotamento contínuo
O aço líquido é transferido do forno panela para uma máquina de lingotamento contínuo, de onde
emerge como um lingote contínuo de aço, que é cortado em segmentos de comprimento predeterminado,
chamados de tarugos. Na máquina de lingotamento contínuo, o aço líquido é derramado em um molde e
resfriado de fora para dentro, de forma que uma camada sólida se forma em volta do metal fundido à medida
que ele emerge do molde, permitindo que mantenha a sua forma.
Operações de transformação
Os tarugos são transferidos para uma laminadora para a fabricação de produtos acabados, laminados
ou trefilados. Os tarugos são reaquecidos, reduzidos no diâmetro e, então, laminados, produzindo barras de
concreto armado acabadas (“vergalhões”), barras, perfis e fio-máquina. Deixa-se que os produtos esfriem
uniformemente. Os trefilados são produzidos utilizando fio-máquina, sem reaquecimento, e resultam em
arames de diversas formas e espessuras, tais como arames para solda, arame farpado ou sem farpa para
cercas, arame galvanizado e arame para concreto, entre outros. O arame também é usado como insumo para
outros produtos, tais como telas de arame, correntes, pregos e grampos.
19
Segue uma breve descrição das principais linhas de produto da Companhia e dos mercados que elas
atendem.
Aço bruto – O aço bruto tem um valor agregado relativamente baixo. O principal produto de aço bruto da
Companhia são os tarugos produzidos pelo processo de lingotamento contínuo. A maior parte dos tarugos é
consumida pela Companhia na fabricação de produtos acabados e aços especiais. Em 2001, os tarugos
corresponderam a 1,6% das vendas internas da Companhia e a 28,2% das exportações, tendo como
parâmetro o peso.
Aço laminado − Os tarugos são usados na fabricação de produtos laminados, tais como fio-máquina,
vergalhões, perfis e barras redondas, quadradas e planas. Em 2001, os produtos comuns de aço laminado
foram responsáveis por 56,4% das vendas internas da companhia e por 68, 1% das exportações e 100% das
vendas das empresas do exterior, tendo como parâmetro o peso. O principal mercado para a venda
doméstica de vergalhões da Companhia é o mercado da construção civil no Brasil, que emprega produtos de
aço acabados para várias finalidades, incluindo barragens, docas e instalações portuárias, pontes, estradas,
túneis e prédios comerciais e residenciais.
Aço trefilado – Esses produtos possuem alto valor agregado e incluem arames de várias formas e
espessuras, arames para solda, arames farpados e sem farpa para cercas, arames galvanizados, telas de
arame para concreto armado, pregos e grampos. Esses produtos são vendidos para os setores industrial, de
construção civil e agricultura. Em 2001, os produtos trefilados foram responsáveis por 21% das vendas
internas da Companhia e por 2,6% das exportações, tendo como parâmetro o peso.
Aços especiais – Os aços especiais ou hiperligados demandam processos de fabricação avançados e
normalmente envolvem algum grau de personalização, conforme especificações do cliente. A Companhia
produz aços especiais, que incluem o aço inoxidável, utilizados na fabricação de ferramentas e máquinas (ex.
aço frio, quente e de alta velocidade), correntes, aceleradores, pregos de linha (para fixação de trilhos
ferroviários) e aço especial para molas, na fábrica de Piratini. Os aços especiais são consumidos
principalmente pelo setor industrial no Brasil, incluindo as indústrias automotiva e mecânica. Em 2001, a
produção na fábrica de Piratini foi responsável por aproximadamente 31,7% da produção brasileira de aços
longos especiais. Cada nível de processamento adiciona valor ao produto de aço bruto simples e, à medida
que o produto passa por processos de refinação, atinge preços significativamente mais altos no mercado. Os
aços especiais foram responsáveis por 7,6% das vendas internas e 1,1% das exportações no mesmo ano,
tendo como parâmetro o peso.
A seguir os diversos produtos fabricados pela Gerdau são descritos:
PRODUTOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
Vergalhões GG-50, CA -60 e CA -25
Arames recozidos
Telas soldadas nervuradas para concreto armado
Barras de transferência
Colunas prontas e malhas POP
Treliças e estribos
Perfis estruturais
Serviços de Corte e Dobra de Aço Armafer
Casa Fácil Gerdau (estrutura de aço laminado para construção de casas populares)
PRODUTOS PARA A INDÚSTRIA
Barras chatas, redondas e quadradas
Barras trefiladas, redondas, quadradas e sextavadas
Blocos
Cantoneiras
Perfil U, I, T, W
Perfil T nervurado
Perfil para guias de elevadores
20
Perfil estrela
Placas para relaminação e profiling
Tribar
Fio-máquina
Tarugos laminados e de lingotamento contínuo
Dormentes de aço
Perfis de seção especial (produzidos no Canadá)
Lâminas para trator
Smelter bars
Trilhos leves
Vigas I superleves
Guias para elevadores
Productos Metalúrgicos
Linha completa de arames para aplicações industriais, soldas e cordoalhas
PRODUTOS AGROPEC UÁRIOS
Arames ovalados e farpados
Mourão de aço de alta resistência
Grampos para cercas
Distanciador Cercafix
Arame e poste para cercas elétricas
Cordoalha de aço para curral
Arame e cordoalha para culturas aéreas
Arames galvanizados
Arames galvanizados plastificados
Alambrados
PREGOS
Pregos para construção civil
Pregos para marcenaria
Pregos para embalagens
AÇOS ESPECIAIS
Aço para construção mecânica ao carbono e ligados
Barras laminadas redondas e quadradas
Fio-máquina
Barras forjadas
Acabados a frio
Com ou sem tratamento térmico
Aços-ferramentas
Barras e blocos forjados
Barras laminadas redondas, quadradas e chatas
Aços inoxidáveis
Barras laminadas, redondas e quadradas
Fio-máquina
Barras forjadas
Acabados a frio
21
Produção de aço das subsidiárias no exterior
A produção de aço da Companhia no exterior cresceu continuamente entre 1981 e 1999 através de
aquisições e aumento na capacidade de produção de suas unidades. Ao adquirir empresas estrangeiras, a
Companhia manteve a ênfase na produção de aços longos comuns baseada em mini-mills, mas também
procurou adquirir siderúrgicas desvalorizadas ou com baixo desempenho. A Companhia acredita que, devido
aos grandes investimentos necessários para construir uma siderúrgica, e ao excesso de aço disponível
globalmente, as aquisições são o melhor meio de expansão fora do Brasil.
A tabela a seguir mostra, para os períodos indicados, a produção de aço bruto e produtos laminados
nas subsidiárias da Companhia no exterior (em milhares de toneladas):
LAISA
(Uruguai)
Ano
Aço
bruto
Produtos
laminados
longos
1993
1994
29,0
28,9
29,0
28,3
AZA
(Chile)
Aço
bruto
COURTICE
(Canadá)
Produtos
laminados
longos
Aço
bruto
MRM
(Canadá)
Produtos
laminados
longos
SIPSA
(Argentina)
Produtos
laminados
longos
Aço
bruto
AMERISTEEL
(EUA)
Produtos
laminados
longos
Aço
bruto
Produtos
laminado
s longos
Aço
bruto
34,0
41,8
25,0
27,9
227,0
234,0
190,0
199,2
-
-
-
-
-
-
1995
33,7
29,2
62,7
1996
43,5
36,1
72,8
1997
45,9
39,3
79,5
1998
51,4
45,2
80,4
1999
45,4
41,6
140,9
2000
43,7
40,1
216,5
2001
41,2
37,3
244,2
* De outubro a dezembro
54,3
68,1
75,9
75,7
122,2
200,6
225,7
245,0
244,5
201,1
259,8
260,4
281,8
294,4
182,2
206,2
176,3
220,5
250,6
269,1
274,6
156,4
273,8
310,3
294,9
290,6
304,8
321,4
142,4
258,0
277,9
265,0
261,3
270,2
277,8
-
39,0
38,5
37,9
29,4
453,9*
1.761,2
1.678,8
405,9*
1.655,7
1.640,3
Laisa - Em 1981, a Companhia adquiriu a Laisa, uma mini-mill localizada no Uruguai. A Laisa foi
lucrativa nos últimos 12 anos, sendo a maior fabricante de produtos de aço longo no Uruguai. A Laisa tem
uma capacidade de produção anual de 70.000 toneladas de aço bruto e 72.000 toneladas de aço laminado; é
a única usina produtora de aço no Uruguai. As estatísticas da produção são baseadas na produção da Laisa e
nas importações. Os dados sobre importações são fornecidos pela Alfândega do Uruguai e pelo Banco da
República, seu agente financeiro. Essas duas instituições estão vinculadas ao Ministério da Economia.
Aza - Em 1992, a Companhia adquiriu a Aza mini-mill, localizada no Chile. Em janeiro de 1999, uma
segunda usina de aço começou a operar no Chile. A nova usina, juntamente com contínuas melhorias nas
instalações existentes, aumentou a capacidade anual total da Aza para 360 mil toneladas de aço bruto e 440
mil toneladas de aço laminado. A discrepância entre os números relacionados ao aço bruto e aos produtos
laminados longos deve-se ao fato de que a Companhia utiliza uma antiga unidade laminadora para a
produção de perfis. Com base em estatísticas oficiais sobre importação fornecidas pelo governo chileno (parte
do mercado é suprida por importações) e informações obtidas de outros produtores (não há estatísticas
oficiais sobre a produção individual de cada empresa), a Companhia acredita controlar aproximadamente 35%
do mercado.
Courtice - A Companhia adquiriu a Courtice, uma mini-mill localizada no Canadá, em 1989. Na
época, a Courtice havia tido prejuízo nos últimos três anos e oferecia à Companhia uma oportunidade valiosa
de adquirir experiência técnica e administrativa atuando no mercado norte-americano, altamente competitivo .
Em 2001, a Courtice tinha uma capacidade de produção anual de 305.000 toneladas de aço bruto e 280.000
toneladas de aço laminado.
MRM - Em 1995, por já atuar no mercado canadense, a Gerdau tomou conhecimento da
oportunidade de adquirir a MRM, historicamente uma unidade lucrativa e produtora qualificada de perfis
especiais e outros produtos laminados complementares à linha de produtos da Courtice. A MRM foi adquirida
em junho de 1995. Em 2001, a MRM tinha uma capacidade de produção anual de 335.000 toneladas de aço
bruto e 300.000 toneladas de aço laminado.
22
Sipsa - No final de 1997, a Gerdau adquiriu a Sociedad Industrial Puntana S.A., uma fábrica de
laminados instalada na Argentina, com capacidade de produção de 75.000 toneladas de produtos laminados.
Essa aquisição teve a finalidade de aumentar a presença da Companhia em um mercado importante, para o
qual ela já exportava produtos de aço. Em 1998, a Gerdau transferiu um terço de suas ações para a Sipar,
reduzindo sua participação para 67%. Em 2000, a participação da Gerdau aumentou para 72%. Mais
recentemente, as operações na Argentina passaram por uma reestruturação, ver “Estratégia Empresarial”.
AmeriSteel - Em 27 de setembro de 1999, a Gerdau adquiriu da Kyoei Steel Ltd. de Osaka, Japão,
88% da FLS Holdings Inc., que, por sua, vez possuia 85% das ações da AmeriSteel Corp., sediada em
Tampa, Flórida, EUA. Em 2000, a Gerdau adquiriu os 12% remanescentes da FLS Holding Inc. A AmeriSteel
se dedica à fabricação e venda de produtos de aço longo, utilizando sucata reciclada como matéria-prima.
Tem uma capacidade instalada de aproximadamente 2.040.000 toneladas de aço bruto por ano e 1.841.000
toneladas de aço laminado. As operações são realizadas em quatro unidades não-sindicalizadas, localizadas
respectivamente nos estados da Flórida, Tennessee (duas) e Carolina do Norte. Além dessas unidades, a
Companhia possui 18 “unidades de corte e dobra de vergalhões”, duas operações de fabricação pregos de
linha (para fixação de trilhos ferroviários) e uma de pregos e telas de arame soldado. Mais recentemente, ao
final de 2001, a AmeriSteel adquiriu da Birmingham Southeast os ativos operacionais da unidade localizada
em Cartersville, no estado da Geórgia. Essa unidade é, atualmente, a quinta usina da AmeriSteel,
adicionando uma capacidade de produção de 726 mil toneladas de aço bruto e 544 mil toneladas de aço
laminado.
Outros negócios
A Companhia possui florestas de pinheiros e eucaliptos. Essas florestas vêm sendo plantadas desde
1971 e permitem que a Companhia obtenha certos benefícios fiscais.
O eucalipto é usado como matéria-prima para a produção de carvão. O carvão é utilizado nos altos
fornos para produção de ferro gusa.
Disponibilidade de matéria-prima
Devido à natureza de suas operações comerciais, a Gerdau S.A. geralmente não celebra contratos de
fornecimento a longo prazo e está, portanto, sujeita a flutuações nos preços e disponibilidade desses itens.
Em 2001, os cinco maiores fornecedores da Gerdau S.A. correspondiam a aproximadamente 15% do total de
compras da controladora, e os dez maiores fornecedores (inclusive de energia) correspondiam a
aproximadamente 20% das compras. Nesse período, o maior fornecedor de sucata da empresa correspondia
a aproximadamente 2% das compras de sucata da Gerdau S.A..
Insumos metálicos
Os principais insumos metálicos usados pela Companhia para produzir aço são a sucata, o ferrogusa, o minério de ferro (usado nos altos fornos das unidades de Divinópolis e Barão de Cocais e na usina de
DRI da Usiba - Simões Filho) e as ligas metálicas.
A Companhia utiliza uma mistura de sucata e ferro-gusa ou DRI para a produção de aço. O ferro-gusa
é usado porque há uma relativa escassez de sucata de boa qualidade no mercado brasileiro (nos Estados
Unidos, ao contrário, as mini-mills que fabricam aço geralmente usam 100% de sucata).
Como operadora de mini-mills que utiliza a tecnologia de fornos elétricos a arco, o principal insumo da
Gerdau é a sucata, que correspondeu a aproximadamente 19% do custo das mercadorias vendidas pela
Gerdau S.A. durante 2001. Embora os preços da sucata em nível internacional sejam determinados no
mercado doméstico dos EUA (já que os Estados Unidos constituem o principal exportador de sucata), o preço
da sucata no Brasil varia de região para região, dependendo do suprimento regional, demanda e custos de
transporte. A Gerdau é a maior consumidora de sucata no Brasil e, em alguns mercados, consome a maior
parte dos suprimentos de sucata. Embora haja mais de 4.500 fornecedores de sucata no Brasil, nenhum
fornecedor supriu mais do que 2% das necessidades totais da Gerdau S.A..
23
Sucata
Existem duas amplas classificações para sucata: sucata por obsolescência (variando de latas de
bebidas, carrocerias de carro, até produtos da linha branca) e sucata industrial (estamparia, aparas de aço
usinado, etc.). Na média, a sucata por obsolescência é responsável por aproximadamente 65% das compras
de sucata da Gerdau S.A., sendo adquirida através de vendedores de sucata. A sucata industrial, que, em
média, é responsável por aproximadamente 35% das compras de sucata da Gerdau S.A., é comprada
diretamente dos centros industriais que geram sucata. A sucata de aço industrial também é gerada pelos
próprios processos de produção da Companhia. Os dois tipos de sucata de aço estão facilmente disponíveis
no mercado brasileiro.
A maior parte da sucata de aço consumida pela Companhia é comprada no Estado de São Paulo; o
restante está igualmente distribuído entre as demais áreas em que as fábricas da Companhia estão
localizadas. A sucata por obsolescência é geralmente entregue na siderúrgica por um vendedor de sucata.
Em regiões onde a Companhia não tem uma us ina, possui centros de coleta de sucata, onde a mesma é
coletada e compactada para transporte por terceiros (por ferrovias ou estradas) até a usina mais próxima.
O preço da sucata no Brasil varia de acordo com a região, dependendo do suprimento e demanda
regionais e dos custos de transporte. Todo mês, com base nas condições do mercado, o Diretor de Compras
da Companhia estabelece o preço máximo (por categoria de sucata e região) a ser pago por sucata pelos
representantes da Companhia. Devido ao grande níve l de competição entre os compradores e apesar do
grande suprimento de sucata na região Sudeste do Brasil, que é altamente industrializada (incluindo os
estados de São Paulo e Rio de Janeiro), os preços nessa região tendem a ser mais altos do que em outras
regiões. Entretanto, já que as fábricas da Companhia estão distribuídas de maneira uniforme por todo o
Brasil, a Companhia é capaz de obter preços mais baixos em outras regiões, sem incorrer em altos custos de
transporte.
Ferro-gusa e ferro-esponja
O Brasil é um exportador líquido de ferro-gusa. A maior parte do ferro-gusa brasileiro é produzida no
Estado de Minas Gerais por um número relativamente grande de pequenos produtores. O ferro-gusa é um
substituto para a sucata. No Brasil, o preço do ferro-gusa é atrelado ao custo do carvão, um item de custo
importante (e o mais volátil) na produção de ferro-gusa. Quando o preço do carvão está sazonalmente alto, o
coque pode ser usado como substituto que, embora mais caro, oferece maior rendimento na produção de
ferro-gusa. O minério de ferro, principal componente do ferro-gusa, é amplamente disponível no Brasil. O
Brasil está entre os principais produtores e exportadores mundiais de minério de ferro. A Companhia compra
seu minério de ferro de vários fornecedores regionais diferentes.
A unidade de produção de ferro-esponja da Companhia é a usina de redução direta (DRI) da Usiba
(Simões Filho). A Companhia consome toda a sua produção de ferro-gusa e ferro-esponja em suas próprias
aciarias. Aproximadamente 30% das necessidades de ferro-gusa da Companhia são compradas de terceiros.
Na compra, a Companhia procura preservar a flexibilidade resultante de um grande número de fornecedores,
de modo a evitar a dependência de um pequeno número de fornecedores.
Outros insumos
O Brasil exporta as ligas de ferro usadas nas fábricas da Companhia, e todos esses materiais são
comprados no Brasil. Outros insumos importantes (eletrodos, materiais refratários para fornos, oxigênio,
nitrogênio, outros gases industriais e calcário) estão facilmente disponíveis no Brasil. Existem outros insumos
adicionais associados à produção de ferro-gusa e DRI como por exemplo o carvão (em Barão de Cocais,
Divinópolis e Contagem) e o gás natural (Usiba/Simões Filho).
O custo da cesta de materiais adicionais usados nos processos de refinação do aço corresponde a
aproximadamente 10% do custo da produção total da tonelada de aço bruto. Portanto, os preços finais dos
produtos da Companhia são relativamente insensíveis às mudanças no preço desses materiais. Além disso,
existe ampla disponibilidade desses materiais no mercado brasileiro.
24
Energia
A produção de aço é um processo que consome grande quantidade de energia, portanto, os custos
com esse insumo constituem uma fração significativa dos custos da produção de aço, correspondendo a
aproximadamente 9% do custo total das mercadorias vendidas em 2001.
A Gerdau produz aço bruto através de três processos: (i) com base em sucata e fornos elétricos (70%
da produção brasileira); (ii) com base em minério de ferro e altos fornos (20% da produção brasileira); e (iii)
baseado no processo DRI, que emprega gás natural para reduzir o minério de ferro e um forno elétrico a arco
para produzir aço bruto.
A compra de energia elétrica e gás natural é feita mediante contratos de fornecimento de longo prazo,
firmados entre cada unidade de produção e a companhia autorizada de serviços públicos da região. A
demanda e o consumo são acordados pelas partes anualmente. O governo federal, através da ANEEL
(Agência Nacional de Energia Elétrica), estabelece os preços que cada companhia de serviços públicos está
autorizada a cobrar de seus clientes, o que varia de acordo com a categoria de cada cliente. Os
consumidores são classificados de acordo com seu campo de atuação (comercial, industrial, residencial) e
nível de demanda (tensão e volume). Com a Lei 9.074, de 7 de julho de 1995, os consumidores com
demandas superiores a 3.000 kW (quilowatts) e tensão maior do que 69 kV (quilovolts) passaram a poder
comprar energia elétrica de conces sionárias de outras regiões.
Qualquer corte significativo no fornecimento de energia elétrica para Companhia pode gerar um
impacto negativo sobre seus negócios, situação financeira, operações e perspectivas futuras.
o
Além disso, em 1 de junho de 2001, foi publicada a Medida Provisória 2152-2, que diz respeito ao
racionamento de energia elétrica no Brasil. Essa medida, juntamente com a resolução número 8 da Câmara
de Gestão da Crise de Energia Elétrica, de 25 de maio de 2001, impôs à Companhia uma meta de redução,
para o mês de junho de 2001, equivalente a 75% (setenta e cinco por cento) da média de consumo mensal
dos meses de maio, junho e julho de 2000 nas usinas semi-integradas das regiões Sudeste e Nordeste, e a
80% nas usinas integradas nessas mesmas regiões. A Gerdau conseguiu equacionar o problema do
suprimento de energia e cumprir as metas determinadas pelo governo federal até fevereiro de 2002, quando o
racionamento chegou ao fim.
Com o objetivo de minimizar o impacto provocado pela restrição no consumo de energia sobre a
produção, a Gerdau decidiu realocar a produção entre suas unidades no país e utilizar a capacidade total de
suas usinas integradas, uma vez que essas unidades consomem menos energia. Nas localidades afetadas
pelas restrições de consumo energético houve uma desaceleração da produção. Como resultado dessa
medida, a Companhia recebeu créditos em certas localidades, tais como, por exemplo, o Rio de Janeiro, e
pôde transferir esses créditos para outras regiões. Como o racionamento de energia não atingiu os estados
da região Sul, as fábricas lá localizadas puderam aumentar sua produção para compensar a redução
observada em outras regiões.
A aquisição de gás natural é feita mediante contratos de longo prazo entre a fábrica e o serviço
público da região, com demanda e fornecimento sendo ajustados anualmente entre as partes.
O setor de gás natural é controlado pelos governos estaduais, e cada estado adota políticas
diferentes. Alguns governos estaduais organizam companhias para realizar as atividades relacionadas à
distribuição de gás natural, outros entram em empreendimentos conjuntos com outras companhias, e outros,
ainda, licenciam a concessão para empresas privadas.
O governo federal estabelece o preço que a Petrobrás cobrará das companhias de serviços públicos,
que, por sua vez, estabelecem a sua própria tabela de preços de acordo com a categoria do consumidor.
Desde o final de 1994, o preço do gás natural tem se mantido estável em reais, com uma pequena redução
3
em dólares. O preço em 2001 foi de aproximadamente US$ 0,06 por m .
25
O carvão mineral e o vegetal são adquiridos de fornecedores privados a preços de mercado, sem a
interferência do governo.
Devido à distribuição geográfica dispersa de suas fábricas, a Companhia opera com energia fornecida
por uma grande variedade de companhias de serviços públicos regionais, não sendo dependente de uma
fornecedora em particular. A Companhia também consome quantidades significativas de gás natural,
especialmente na unidade de Simões Filho, na Bahia, onde se produz ferro-esponja. O carvão mineral e o
vegetal também são usados como fontes de energia para a produção de aço bruto em outras unidades da
Companhia.
A seguinte tabela demonstra, para os períodos indicados, os custos médios para o consumo de
eletricidade da Companhia no Brasil:
US$ por mW/hora
1996
1997
1998
1999
2000
2001
31,80
31,60
30,80
22,60
23,00
21,87
Vendas e marketing
Aproximadamente 98% das vendas da Companhia são, historicamente, para os setores da
construção civil e industrial. Embora dispersas, as vendas domésticas da Companhia são maiores no Sul e
Sudeste do Brasil, regiões que respondem por mais de 75% do PIB brasileiro. A Companhia tem uma grande
base de clientes domésticos , são mais de 130.000 clientes que fizeram pelo menos uma compra nos últimos
12 meses. Nenhum deles corresponde a mais de 2% das vendas totais da Companhia no Brasil. Os 10
maiores clientes no mercado interno, representam menos de 10% das vendas de aço da Gerdau S.A..
A distribuição geográfica das vendas da Companhia tem permanecido relativamente constante. Em
termos gerais, a localização geográfica diversa das instalações de produção da Companhia tem sido positiva
para a distribuição das vendas. De forma consistente com a estratégia da Companhia de aumentar a
lucratividade dentro do Brasil através de maiores margens de lucro, a Companhia tem focado suas vendas em
produtos de maior valor agregado, tais como produtos trefilados de aço longo especial.
A tabela a seguir mostra, para os períodos indicados, as vendas anuais de aço bruto, laminados,
trefilados e especiais, tendo como parâmetro o peso.
26
Distribuição de vendas por linha de produto (em toneladas):
1997
TOTAL
1998
1999
2000
2001
3.657.941
3.810.808
4.566.418
6.487.784
6.427.755
SEMI-ACABADOS
Mercado interno
Exportação
117.075
37.299
79.776
119.764
41.579
78.185
109.694
29.093
80.601
246.575
53.503
193.072
180.625
54.393
126.232
LONGOS COMUNS
Mercado interno
Exportação
Exterior
2.488.512
1.662.931
86.745
738.836
2.594.771
1.727.384
102.212
765.175
3.211.347
1.740.771
294.097
1.176.479
4.781.327
1.884.212
321.859
2.575.256
4.824.743
1.887.877
304.142
2.632.724
AÇO ESPECIAL
Mercado interno
Exportação
172.272
150.889
21.383
168.280
157.531
10.749
212.845
208.843
4.002
263.845
250.498
13.347
259.927
254.918
5.009
TREFILADOS
Mercado interno
651.907
631.987
648.515
631.378
660.953
651.540
706.356
693.939
713.324
701.789
19.920
17.137
9.413
12.416
11.535
228.175
228.175
279.478
279.478
371.579
371.579
489.681
489.681
449.136
449.136
Exportação
PLANOS (REVENDA)
Mercado interno
Mercado interno
A estrutura de vendas da Companhia no Brasil está organizada nas seguintes unidades de negócios:
(1) construção civil, (2) indústria, (3) agropecuária, (4) pregos, (5) produtos metalúrgicos (correntes, arames,
grampos e outros), (6) aços especiais, (7) exportações, (8) varejo e (9) florestal. As “unidades de negócios”
são responsáveis pelas vendas e marketing dos produtos da Companhia. As unidades de negócios são
organizadas por linhas de produtos e não por divisões regionais ou geográficas, a fim de oferecer serviços
especializados e para cada segmento de mercado e valorizar as responsabilidades da Companhia com cada
segmento.
Cada uma das unidades empresariais tem cobertura nacional, com política centralizada de vendas e
execução localizada. A unidade empresarial que mais vende para um dado cliente tem a responsabilidade de
assumir as relações da Companhia com tal cliente. Na média, aproximadamente 65% das vendas no Brasil
são feitas através de funcionários da Companhia (incluindo os empregados da Comercial Gerdau), e o
restante através de representantes autorizados que vendem por comissão. A Companhia fornece a esses
representantes catálogos de produtos e outros materiais de venda, assim como terminais de computador
conectados ao sistema de informações da Gerdau, telefone e fax. Os representantes cobrem o interior
brasileiro, onde os pedidos de clientes são, em média, menores. Incluindo as 70 filiais da Comercial Gerdau, a
companhia tem aproximadamente 200 pontos de venda no Brasil.
A estratégia de vendas da Companhia consiste em desenvolver parcerias com o cliente. Como
resultado de sua forte orientação para o cliente, a Gerdau tem desenvolvido de forma pró-ativa produtos
adequados às necessidades destes, estabelecendo uma imagem para a marca e alcançando altos padrões
para seus produtos.
A ampla base de clientes da Companhia permite que a Gerdau tenha: i) um extenso banco de dados
com relação às tendências de mercado e ii) capacidade de sustentar níveis de preço no mercado. Esses dois
fatores constituem vantagens competitivas que a Gerdau possui em relação aos concorrentes nacionais e às
importações.
27
O prazo médio de entrega nas vendas internas é de oito dias. A Gerdau planeja a entrega das
mercadorias diretamente para seus clientes de modo a minimizar atrasos. As tendências de venda, tanto no
mercado interno quanto de exportação, são previstas mensalmente com base em dados dos últimos três
meses. A Gerdau emprega seus próprios sistemas de dados para se manter permanentemente informada
sobre o mercado e responder prontamente a flutuações desse. A Gerdau considera como chaves para o
sucesso a sua flexibilidade em atender mercados e a sua habilidade para monitorar e adaptar-se a mudanças
de demanda, mantendo, dessa maneira, níveis mínimos de estoque.
Operações no exterior e exportações
As atividades de marketing das exportações são coordenadas pela unidade de negócio responsável
por vender os produtos exportáveis da companhia e são conduzidas (i) principalmente em uma base FOB, (ii)
à vista contra cartas de crédito abertas por clientes em mais de 30 países de todo o mundo e (iii) diretamente
a clientes em países vizinhos ou, então, indiretamente, através de companhias mercantis internacionais.
Apesar de lidar principalmente com commodities , tais como vergalhões, a Gerdau está tem
consciência da importância do controle de qualidade. A fim de garantir a satisfação de consumidores finais em
todo o mundo com produtos comprados indiretamente da Gerdau, a Companhia, de tempos em tempos, envia
técnicos para supervisionar diretamente a qualidade dos produtos remetidos aos clientes.
As operações no exterior são dedicadas principalmente ao suprimento dos mercados nos quais as
instalações estão localizadas, com exceção das operações canadenses, que vendem quase 50% de sua
produção aos Estados Unidos. As operações canadenses são realizadas nos Estados Unidos através de
venda direta ao consumidor. O faturamento das vendas nos EUA se dá nos mesmos termos do que no
Canadá, mas em dólares norte-americanos.
Varejo
A Comercial Gerdau é o braço de varejo da Companhia no Brasil, vende uma ampla gama de
produtos de aço, não apenas aqueles produzidos pela Gerdau. A Companhia usa as informações de venda
geradas pela Comercial Gerdau como um termômetro do mercado, através do qual formula estratégias de
produção e marketing. As vendas de produtos não produzidos pela empresa corresponderam a
aproximadamente metade das vendas físicas da Comercial Gerdau e 7,4% das vendas totais da Companhia
em 2001. A Gerdau acredita que as informações sobre clientes, disponíveis para o pessoal de vendas, e a
sua estratégia de estabelecer fortes relações com seus clientes, são as principais vantagens competitivas na
venda e no marketing de seus produtos.
Condições de venda
Normalmente, o prazo de faturamento é de 21 dias para as vendas domésticas, que são feitas no
modo CIF. Clientes domésticos que fazem compras acima do equivalente a US$ 10.774 por mês estão
sujeitos a um processo centralizado de aprovação de crédito. Como conseqüência dessas políticas, as baixas
contábeis por contas incobráveis (que são feitas após 12 meses) são representam um fração insignificante
das contas a receber consolidadas da Gerdau.
Todas as companhias Gerdau (Brasil e exterior) aceitam pagamento tanto à vista quanto a prazo para
a compra de seus produtos. A segunda opção é feita de acordo com os prazos comerciais comuns usados em
cada região. Atualmente, a maioria das vendas é feita com um prazo máximo de pagamento 30 dias.
Instalações
A Gerdau S.A. opera nove siderúrgicas e outras quatro plantas industriais (duas trefilarias, uma
fábrica de telas de arame soldado e uma fábrica de ferro-gusa) instaladas no Brasil. Cada uma das plantas
opera em uma escala estabelecida em função dos mercados regionais.
28
No Sudeste do Brasil, o maior mercado do país, a Companhia opera a Gerdau Cosigua (aciaria,
laminação, trefilaria e fábrica de pregos), no Estado do Rio de Janeiro; a Gerdau Barão de Cocais, a Gerdau
Divinópolis (aciarias e laminação) e a Gerdau Contagem (produção de ferro-gusa) no Estado de Minas
Gerais; e duas trefilarias e uma fábrica de telas soldadas e treliças no Estado de São Paulo.
Na região Sul, segundo maior mercado do Brasil, a Companhia possui três fábricas: a Gerdau
Riograndense (aciaria, laminação, trefilaria e fábrica de pregos) e a Gerdau Aços Finos Piratini (aciaria e
laminação para a fabricação de aços especiais) no estado do Rio Grande do Sul; e a Gerdau Guaíra (aciaria e
laminação) no estado do Paraná.
A região Nordeste é atendida por três outras unidades, a Gerdau Açonorte (aciaria, laminação,
trefilaria e fábrica de pregos) em Pernambuco; a Gerdau Usiba (aciaria, laminação e trefilaria) na Bahia; e a
Gerdau Cearense (aciaria e laminação) no Ceará.
A maior unidade de operação da Companhia é a Gerdau Cosigua, localizada na região Sudeste, no
Estado do Rio de Janeiro. Possui uma capacidade de produção instalada de 1.404.000 toneladas de aço
bruto por ano (ver Item 4.D para localização, capacidade instalada e tipo de instalação de cada unidade da
Companhia).
Além dessas unidades, a Gerdau, em dezembro de 2001, também possuía uma participação de
37,90% no capital da Açominas, uma fabricante brasileira de produtos semi-acabados, localizada na região
Sudeste, no Estado de Minas Gerais. A Açominas possui uma capacidade de produção instalada de 3,0
milhões de toneladas de aço bruto por ano.
Concorrência
Os custos de remessa, frete e carregamento portuário são as maiores barreiras à importação. Uma
vez que a Companhia opera principalmente no ramo dos produtos laminados longos comuns, onde as
margens de lucro são relativamente estreitas, o incentivo para concorrentes estrangeiros entrarem no
mercado brasileiro é pequeno. No mercado interno, nenhuma empresa compete com a Companhia em todas
as linhas de produtos. A Gerdau acredita que a diversificação e descentralização de seus negócios dão a ela
uma vantagem competitiva sobre seus principais concorrentes, cujas operações são mais centralizadas.
No mercado doméstico, os maiores produtores de aços longos laminados (o setor no qual a Gerdau
compete) são os seguintes:
Companhia
Gerdau S.A.
Belgo Mineira
V&M do Brasil
Villares
Barra Mansa
Outras
Total
Produção (mil toneladas)
3.301,4
2.632,1
445,0
397,1
351,5
297,9
7.425,0
% do total
44,5
35,4
6,0
5,4
4,7
4,0
100,0
As unidades industriais da Gerdau S.A. estão localizadas nas principais regiões consumidoras do
país, enquanto seus competidores possuem suas fábricas concentradas principalmente no Sudeste.
Conforme demonstra a tabela a seguir, mais de 80% das vendas da Gerdau estão concentradas nas regiões
mais desenvolvidas.
29
Gerdau S.A. – Distribuição regional de vendas (% de vendas no mercado interno)
1996
22,3
53,1
13,8
7,7
3,1
Sul
Sudeste
Nordeste
Oeste
Norte
1997
26,2
51,9
13,2
5,5
3,2
1998
25,5
49,7
15,6
6,0
3,2
1999
20,9
52,2
15,7
7,9
3,3
2000
25,3
51,2
14,1
4,9
4,2
2001
26,4
49,3
14,9
5,3
4,5
A Belgo Mineira é a segunda maior produtora no mercado brasileiro, e suas instalações de produção
estão concentradas na região Sudeste. A Belgo Mineira era originalmente uma companhia de aço integrada,
porém hoje também possui mini-mills. A Gerdau opera essencialmente com base no conceito de mini-mill,
com usinas localizadas perto dos fornecedores de sucata, das instalações portuárias e dos mercados que
elas servem, incorrendo em baixos custos de frete.
A proteção tarifária e não-tarifária do Mercosul para os países que assinaram o Tratado de Assunção
(assinado em 26 de março de 1991 pela Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) se encontra em vigor. Os
impostos de importação têm sido, portanto, eliminados no setor do aço. A Gerdau não espera que a
eliminação de tarifas de comércio tenha efeitos negativos sobre suas operações ou resultados financeiros. As
vantagens competitivas dos produtores de aço brasileiros são baseadas principalmente nos custos e no
fornecimento abundante de mão-de-obra, energia e matéria prima. A Gerdau acredita que o custo médio de
produção em suas fábricas no Brasil seja competitivo em relação aos custos de outros produtores brasileiros
e do resto do mundo.
Em 2001, a Gerdau foi a 4ª maior produtora brasileira de aço bruto (operações no país). As 10 maiores
produtoras de aço bruto no Brasil foram:
Empresa
Produção em toneladas
(mil toneladas)
4.784
4.620
4.048
3.470
2.668
2.460
2.355
786
601
500
426
26.718
CST
Usiminas
CSN
GERDAU
Belgo Mineira
Cosipa
Açominas
Acesita
Villares
V&M do Brasil
Outras
Total
% do total
17,9
17,3
15,2
13,0
10,0
9,2
8,8
2,9
2,3
1,9
1,5
100,0
Fonte: IBS
Em 2001, os maiores produtores brasileiros de aço laminado foram:
Usiminas
CSN
GERDAU
Belgo Mineira
Cosipa
Acesita
V&M do Brasil
Villares
Barra Mansa
Outras
Total
Fonte: IBS
Produtos Planos
Mil toneladas
% do total
3.901
36,6
3.754
35,3
2.436
22,9
556
5,2
10.647
100.0
30
Produtos Longos
Mil toneladas
% do total
3.318
44,7
2.632
35,4
445
6,0
397
5,4
352
4,7
281
3,8
7.425
100,0
Normas ambientais
O Grupo Gerdau produz aço com o forte compromisso de proteger a atmosfera, as águas, as terras e
as áreas verdes nas quais se faz presente. O Grupo investe em proteção acústica e na formação de uma
consciência ambiental na comunidade. Suas práticas de ecoeficiência estão equiparadas com as melhores do
mundo, utilizando o método de gestão compartilhada com seus funcionários envolvidos nos programas de
educação ambiental.
O desempenho das unidades é monitorado pelo Sistema de Gestão Ambiental, permitindo o
gerenciamento estratégico de resultados e o alcance de novos níveis de sustentabilidade.
Nos últimos cinco anos, a Gerdau investiu US$ 100 milhões na atualização das tecnologias de
preservação ambiental. Em 2001, os investimentos totalizaram US$ 15 milhões.
As fábricas da Gerdau estão equipadas com sistemas de alta eficiência para filtragem de gases e
partículas sólidas.
As águas industriais são tratadas e recirculadas em circuitos fechados, todos dentro do perímetro das
usinas. Atualmente, a taxa de eficiência na recirculação atinge a marca de 95%, indo ao encontro dos mais
rigorosos parâmetros de proteção das águas. Parte dos 5% restantes de água evapora durante o processo de
fabricação, ao passo que o volume de água que retorna aos rios atinge todos os padrões de qualidade
determinados pelas legislações específicas, em muitos casos, superando a qualidade da água anteriormente
coletada.
Líder na reciclagem de sucata ferrosa na América Latina e um dos líderes no mundo, o Grupo Gerdau
reaproveita 5,3 milhões de toneladas métricas, que são transformados em novos produtos de aço a serem
utilizados nos mercados da construção civil, indústria, autopeças e agricultura.
A Gerdau possui rigorosos sistemas de gerenciamento e controle para a sucata ferrosa, o que reduz
a quantidade de resíduos nos fornos elétricos e melhora a eficiência térmica. O Grupo possui ainda
detectores de radioatividade para evitar a contaminação por sucata radioativa no processo produtivo.
Todos os resíduos industriais são gerenciados a partir dos processos de redução, reciclagem,
reutilização e estocagem. Historicamente, o Grupo Gerdau realiza pesquisas científicas em parceria com
universidades para aprimorar as aplicações de escória, carepas e pós da aciaria em outras cadeias
produtivas. Esses subprodutos substituem com vantagens algumas matérias -primas e reduzem os impactos
ambientais decorrentes da sua extração na natureza.
A escória da aciaria está sendo amplamente empregada na pavimentação de rodovias em
substituição à terra e à brita, enquanto as carepas participam da composição do cimento. Neste exercício,
foram desenvolvidas novas pesquisas para que os pós passem a ser incorporados à massa argilosa da
indústria cerâmica.
Melhorias ambientais:
1.
2.
3.
4.
Os principais investimentos em meio-ambiente foram destinados ao Brasil, Chile, Canadá e Estados
Unidos.
Os três novos sistemas de despoeiramento elevaram o nível de proteção ambiental nas usinas
localizadas em Charlotte, Barão dos Cocais e Divinópolis. Na Gerdau MRM, foram efetuadas
melhorias no sistema de despoeiramento. No Uruguai, na Gerdau Laisa, novos equipamentos
começarão a operar em 2003.
Quanto a recursos para a proteção de águas, a Companhia instalou uma unidade de coleta e
tratamento de água na Riograndense, aperfeiçoou o funcionamento da unidade já existente na
Cosigua e modernizou o sistema de recirculação na Gerdau Aza, no Chile.
Novas áreas de aterro industrial com controle de condições de solo ampliaram o tratamento na
Cosigua e Guaíra. A unidade de Guaíra conclui um programa para a redução de barulho na
laminação. Em Charlotte, atingiu-se um novo nível na redução de ruído no pátio de sucata.
31
Áreas verdes
Neste ano fiscal, a Gerdau inaugurou uma floresta com 3,8 mil sementes de espécies nativas na
Cosigua, localizada no Rio de Janeiro, em homenagem a Curt Johannpeter, que comandou uma fase
decisiva de expansão dos negócios do Grupo Gerdau. No Canadá, a Gerdau MRM Steel plantou 1,8 mil
sementes de espécies locais, tais como o Colorado blue spruce e salgueiros.
A Gerdau Laisa aumentou seu cinturão verde em cinco hectares.
Controle ambiental
O controle ambiental no Brasil se dá em nível regional, não nacional, e diferentes normas ambientais
são impostas por diferentes autoridades estaduais. A Gerdau procura trabalhar com as autoridades
ambientais pertinentes, para cumprir todas as normas aplicáveis a custos e prazos razoáveis.
As subsidiárias da Companhia no exterior estavam cumprindo substancialmente as legislações
ambientais aplicáveis no momento de suas aquisições e continuam a operar de acordo com essas
normas.
A Gerdau acredita que cada uma de suas fábricas cumpre as legislações ambientais a elas
aplicáveis.
Manutenção e tecnologia
Devido às condições complexas da operação nas usinas siderúrgicas, a manutenção regular do
equipamento é uma despesa significativa e permanente, correspondendo a aproximadamente 8% dos
custos das mercadorias vendidas pela Companhia para o exercício findo em 31 de dezembro de 2001. A
Gerdau emprega equipes de manutenção especializadas, cada uma com responsabilidade por uma área
especial da produção.
Como é o caso para praticamente todos os fabricantes de aço que utilizam o sistema de mini-mills, a
Companhia não tem qualquer programa formal de pesquisa e desenvolvimento, já que a tecnologia de
fabricação de aço está facilmente disponível para compra. Entretanto, a Gerdau está continuamente
implementando melhorias e desenvolvimentos tecnológicos. Ao longo dos últimos anos, a Companhia
introduziu tecnologias modernas em suas mini-mills, tais como transformadores de alta potência, paredes
e abóbodas de fornos resfriados a água, lanças de oxigênio, fundentes para formação de escória e forno
panela. Nas suas laminadoras, a Companhia introduziu controle automático de fornos, laminadores
contínuos, gaiolas de acabamento de alta velocidade, tratamento térmico Tempcore e Thermex,
processamento de fio-máquina Stelmor, máquinas de processamento automáticas e laminação dividida
equipamentos de produção mais sofisticados usados pela Companhia são fornecidos por fabricantes
internacionais de máquinas e companhias de tecnologia do aço. Tais fornecedores geralmente celebram
contratos de transferência de tecnologia com os compradores e oferecem suporte técnico extensivo e
treinamento de pessoal, em conjunto com a instalação e a operacionalização do equipamento. A Gerdau
celebrou contratos de transferência de tecnologia com a Nippon Steel, Sumitomo Steel, Thyssen, Daido
Steel e BSW.
Funcionários
Os custos trabalhistas da Empresa variam de acordo com cada região do Brasil. A Gerdau acredita
que seus salários sejam competitivos dentro dos mercados regionais em que cada fábrica está localizada.
As despesas com salários de pessoal (custos trabalhistas diretos) corresponderam a aproximadamente
14% do custo total das mercadorias vendidas.
Em 31 de dezembro de 2001, a Companhia possuía 12.405 empregados (esse número não inclui a
Açominas e a Sipar), compreendendo 8.631 trabalhando no Bras il e 3.774 no exterior.
32
Como os sindicatos no Brasil são organizados em nível regional e não nacional, a Companhia não
tem acordos aplicáveis em nível nacional com seus trabalhadores. A Gerdau acredita que os salários e
benefícios da empresa são compatíveis com o mercado. A Gerdau também oferece a seus empregados
benefícios como serviços de saúde e creches.
A Gerdau procura manter boas condições de trabalho nas fábricas da Companhia e, como
conseqüência, tem o que acredita ser uma taxa de rotatividade de pessoal relativamente baixa. Devido
aos altos investimentos em treinamento de funcionários, a Companhia tenta administrar quaisquer
reduções de produção necessárias através do oferecimento de férias e não da redução da força de
trabalho.
A Companhia não tem experimentado greves e acredita ter boas relações com seus funcionários. A
Gerdau não perdeu nenhum dia de produção devido a disputas trabalhistas nos últimos 40 anos. A
Companhia é parte, entretanto, em litígios iniciados por funcionários atuais ou ex-funcionários envolvendo
disputas sobre benefícios trabalhistas. Ver “Item 8 – Informações Financeiras – Ações Judiciais”.
C. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A Gerdau S.A. produz aços longos comuns e especiais em suas unidades industriais no Brasil e em
suas subsidiárias localizadas no Uruguai, Chile, Canadá, Argentina e Estados Unidos. Tem capacidade
instalada de 7,3 milhões de toneladas de aço bruto (não incluindo a Açominas e Cartersville), 7,0 milhões
de toneladas de produtos laminados (não incluindo a Açominas, Cartersville e Sipar) e 0,9 milhão de
toneladas de produtos trefilados. A Companhia produz aço com base no conceito de mini-mills. Conforme
esse conceito, o aço é produzido em fornos elétricos a arco a partir de sucata e ferro-gusa adquiridos
principalmente na região onde cada usina opera (o assim chamado conceito de mini-mill). A Gerdau
também administra fábricas com capacidade para produzir aço a partir de minério de ferro em altos fornos
ou a partir do processo de redução direta. Os produtos da Gerdau são fabricados com uma vasta gama
de especificações, de forma a satisfazer um amplo espectro de grupos consumidores.
Os três principais mercados nos quais a Companhia opera são a construção civil, indústria e
agropecuária. No ano passado, a construção civil e a indústria representaram 98% do volume total de
vendas da Companhia, medido em toneladas. Em 2001, a Gerdau produziu 6,1 milhões de toneladas de
aço bruto, das quais 3,5 milhões de toneladas (não incluindo a produção da Açominas) foram produzidas
no Brasil (13% da produção nacional), enquanto que 2,6 milhões foram produzidas nas subsidiárias fora
do país. No segmento de aços laminados longos, a Gerdau é a maior produtora brasileira, com
aproximadamente 44,5% da produção total.
33
O fluxograma a seguir mostra a estrutura organizacional das principais empresas da Gerdau em 31 de
dezembro de 2001:
Estrutura acionária – principais companhias (% de participação direta e indireta)
Met. Gerdau S.A.
51%
Gerdau S.A.
96%
99%
Seiva
38%
Gerdau International
Açominas
99%
Aza
AmeriSteel
85%
99%
Laisa
Courtice
100%
72%
Sipsa
MRM
100%
38%
Sipar
A tabela a seguir mostra as principais companhias e investimentos mantidos direta ou indiretamente pela
Gerdau S.A. em 31 de dezembro de 2000:
Companhia
Gerdau Laisa S.A. (“Laisa”)
Gerdau Aza S.A. (“Aza”)
Gerdau Courtice Steel Inc. (“Courtice”)
Gerdau MRM Steel Inc. (“MRM”)
Seiva S.A. Florestas e Indústrias (“Seiva”)
Armafer Serviços de Construção Ltda. (“Armafer”)
Aços Minas Gerais S.A. - Açominas (“Açominas”)
Sociedad Industrial Puntana S.A. - Sipsa (“Sipsa”)
Sipar Laminacion de Aceros (“Sipar”)
AmeriSteel Corp (“AmeriSteel”)
Gerdau GTL Spain (“GTL”)
País
Uruguai
Chile
Canadá
Canadá
Brasil
Brasil
Brasil
Argentina
Argentina
EUA
Espanha
34
Participação (%)
99
99
100
100
96
100
38
72
38
85
100
D. PROPRIEDADES, FÁBRICAS E EQUIPAMENTOS
As principais propriedades da Gerdau consistem em instalações para a produção de aço, produtos
laminados e trefilados. A lista a seguir identifica a localização, capacidade e tipo de instalação, assim como os
tipos de produtos manufaturados:
Capacidade (milhares de toneladas por ano)
TOTAL GERDAU
BRASIL
Capacidade
(Milhares de toneladas por ano)
FerroAço
Aço
Aço
gusa e
bruto
laminado trefilado
ferroesponja
1.356
7.304
6.979
897
1.356
4.174
3.971
897
1.356
4.174
3.971
897
Tipo de instalação
GERDAU S.A.
Barão de Cocais - MG
330
330
198
-
Altos fornos /conversor LD / Laminação
Charqueadas - RS
-
310
380
-
EAF mini-mill / Laminação
Curitiba - PR
-
390
167
-
EAF mini-mill / Laminação
Divinópolis - MG
336
500
456
-
Altos fornos / conversor EOF / Laminação
Maracanaú - CE
-
120
120
-
EAF mini-mill / Laminação
Recife - PE
-
230
270
91
Rio de Janeiro - RJ
-
1.404
1.510
284
Sapucaia do Sul - RS
-
390
470
172
Simões Filho - BA
450
500
400
25
EAF mini-mill / Laminação / Trefilaria / Fábrica de
pregos, grampos
EAF mini-mill / Laminação / Trefilaria / Fábrica de
pregos, grampos
EAF mini-mill / Laminação / Trefilaria / Fábrica de
pregos, grampos
Fábrica DRI / EAF mini-mill / Laminação / Trefilaria
Contagem - SP
240
-
-
-
Altos fornos
Cotia - SP
-
-
-
72
Trefilaria
Cumbica -SP
-
-
-
130
Fábrica de telas de arame
São J. dos Campos - SP
-
-
-
123
Trefilaria
EXTERIOR
AZA
Santiago - Renca/Colina
(Chile)
LAISA
Montevidéu (Uruguai)
COURTICE
Cambridge (Canadá)
MRM
Selkirk (Canadá)
SIPSA
Villa Mercedez (Argentina)
3.130
360
360
3.008
440
440
-
70
70
305
305
355
355
-
72
72
280
280
300
300
75
75
-
AMERISTEEL
Charlotte-NC (EUA)
Jackson-TN (EUA)
Jacksonville-FL (EUA)
Knoxville-TN (EUA)
2.040
435
635
562
408
1.841
363
499
544
435
-
-
EAF mini-mill / Laminação
EAF mini-mill / Laminação
EAF mini-mill / Laminação
EAF mini-mill / Laminação
Laminação
EAF mini-mill
EAF mini-mill
EAF mini-mill
EAF mini-mill
/ Laminação
/ Laminação
/ Laminação
/ Laminação
Notas: (1) EAF: Electric arc furnace – usinas com forno elétrico a arco, que produzem aço bruto utilizando como principais matérias primas sucata ou ferro-gusa; (2) uma usina com “altos fornos” ou “DRI” (direct reduction iron) é também capaz de produzir ferro-gusa ou
ferro-esponja para utilização na produção de aço bruto, a partir de minério de ferro e carvão ou gás natural como principais matérias primas.
35
A. RESULTADOS OPERACIONAIS
Ambiente econômico no Brasil
Os resultados operacionais e as condições financeiras da Gerdau dependem das condições
econômicas gerais do Brasil e, especialmente: (i) do crescimento econômico e de seu impacto sobre a
demanda por aço; (ii) dos custos e disponibilidade de empréstimos e financiamentos; (iii) das taxas de câmbio
entre a moeda brasileira e moedas estrangeiras.
Por muitos anos, o Brasil enfrentou altas taxas de inflação, cujo efeito foi um declínio progressivo no
poder aquisitivo da grande maioria da população brasileira. Durante períodos de inflação alta, o valor efetivo
dos salários e das remunerações tende a cair, porque os reajustes normalmente não compensam a taxa real
de inflação, em função não só dos valores do reajuste mas também da freqüência. Desde a introdução do
real, em julho de 1994, a taxa de inflação no Brasil tem caído de forma dramática (ver tabela que segue).
Além disso, houve crescimento econômico depois da implementação do Plano Real, com um aumento de
2,9% no PIB brasileiro em 1996, 3,9% em 1997, 0,2% em 1998, 0,8% em 1999, 4,5% em 2000 e 1,5% em
2001 (com base em dados preliminares).
Conforme os princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP) no Brasil, e conforme a legislação
societária brasileira, a UFIR (Unidade Fiscal de Referência) foi usada como índice em épocas de inflação alta
para reajustes de inflação na elaboração de demonstrações financeiras por períodos até 31 de dezembro de
o
1995. Contudo, a Lei Federal 9.249, que passou a vigorar em 26 de dezembro de 1995, aboliu, a partir de 1
de janeiro de 1996, o sistema anterior de reformulação no nível de preços para fins de legislação societária e
para fins de relatórios de empresas de capital aberto – embora a CVM permita que as companhias elaborem
suas demonstrações financeiras de acordo com o método de moeda de valor constante e qualquer índice
geral de preços possa ser usado para essa reformulação.
A tabela a seguir mostra a inflação brasileira e a desvalorização da moeda brasileira em relação ao
dólar nos períodos especificados. Para uma discussão sobre a decisão do Banco Central, de janeiro de 1999,
de permitir a variação cambial livre do real em mercados de câmbio estrangeiros e sua subseqüente
desvalorização, ver “Item 10.D. Controles de Câmbio – Taxas de Câmbio.”
Inflação (com base no INPC)
Inflação (IGP-M)
Desvalorização (R$ versus US$)
Janeiro a Abril
2002
2,71%
1,07%
1,81%
Ano encerrado em 31 dezembro
2001
2000
1999
9,44%
5,27%
8,43%
10,37%
9,96%
20,10%
18,67%
9,30%
48,01%
A desvalorização da moeda brasileira em 2001 decorreu de uma interação entre algumas variáveis
chaves. Foram determinantes: i) o impacto da crise econômica do maior parceiro comercial do Brasil, a
Argentina, e ii) os atentados terroristas de setembro de 2001, que fizeram com que alguns investidores
internacionais fossem em bus ca de mercados mais seguros.
O impacto da desvalorização nos negócios da Gerdau é, fundamentalmente, a possibilidade de
reduzir ainda mais os ganhos devido à desaceleração da economia brasileira como resultado de um aumento
nas taxas internas de juros. Entretanto, é importante observar que a Gerdau possui quase 40% de suas
operações no exterior, o que lhe garante um hedge natural. Tal fator assegura um efeito equilibratório que
minimiza o impacto de toda e qualquer desvalorização do Real, no lado operacional, e da porção de
endividamento em dólares da Gerdau S.A.
Efeitos sobre a demanda
Durante o período de inflação alta, houve uma disparidade entre os valores e a freqüência dos
reajustes de preços e salários, o que resultou em uma diminuição do poder aquisitivo. Essa disparidade foi
minimizada pela redução nas taxas de inflação e aumento da demanda de consumo.
36
A recente desvalorização da moeda brasileira teve um impacto significativo na economia. Mesmo
assim, o impacto negativo total esperado – isto é, maior inflação, PIB negativo – não ocorreu como previsto.
De fato, o processo de recuperação foi significativamente mais rápido do que se pensava ser possível. Isso,
contudo, não é garantia do desempenho futuro da economia do país.
Variação sazonal
As vendas da Companhia não estão sujeitas a variações sazonais significativas. Seu desempenho
depende mais dos desdobramentos nos segmentos que compõem o PIB brasileiro. A tabela abaixo mostra o
volume trimestral de vendas para os principais segmentos consumidores de produtos da Companhia nos
últimos três anos:
Volume de Vendas por Segmento de Mercado
Gerdau S.A. – não-consolidado (1.000 toneladas):
2001
2000
1999
Construção
Civil
Indústria
Outros
Construção
Civil
Indústria
Outros
Construção
Civil
Indústria
Outros
1º trimestre
451,9
509,2
28,0
429,3
450,4
28,8
442,8
351,1
24,1
2º trimestre
464,5
492,9
28,7
436,3
461,8
27,1
436,0
370,8
21,8
3º trimestre
459,4
457,2
22,3
470,3
552,7
28,6
482,7
403,0
25,9
4º trimestre
396,0
471,5
24,2
463,4
553,1
26,7
428,6
389,5
27,6
1.771,8
1.930,8
103,3
1.799,4
2.018,0
111,1
1.790,0
1.514,4
99,4
Total
Resultados das operações
A tabela a seguir mostra a diferença percentual da receita líquida das vendas para cada linha nos
anos especificados:
Receita líquida
Custo das mercadorias vendidas
Lucro bruto
Despesas de vendas
Despesas gerais e administrativas
Lucro operacional
Lucro líquido
Ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de
2001
2000
100.0%
100.0%
(70.7%)
29.3%
(4.6%)
(7.8%)
16.9%
7.2%
37
(73.4%)
26.6%
(4.2%)
(7.9%)
14.4%
7.0%
1999
100.0%
(64.0%)
36.0%
(5.0%)
(9.2%)
21.8%
11.5%
A tabela a seguir traz informações sobre as receitas e despesas por segmento de mercado para os
anos especificados:
Ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de
2001
2000
1999
Receita líquida
Construção civil
Indústria
Outros
Total
Custo das mercadorias vendidas
Construção civil
Indústria
Outros
Total
Lucro bruto
Construção civil
Indústria
Outros
Total
Lucro operacional
Construção civil
Indústria
Outros
Total
Receita financeira
Despesa financeira
Total
Variação percentual
2001-2000
2000-1999
1.098.908
1.029.975
191.646
2.320.530
1.270.101
1.163.835
242.778
2.676.714
839.326
663.613
218.049
1.720.988
(13,5%)
(11,5%)
(21,1%)
(13,3%)
51,3%
75,4%
11,3%
55,5%
(793,832)
(730,039)
(117,749)
(1,641,620)
(932.085)
(854.101)
(178.167)
(521.940)
(487.467)
(91.964)
78,6%
75,2%
93,7%
(1.964.353)
(1.101.371)
(14.8%)
(14.5%)
(33.9%)
16.4%
305,077
299,936
73,897
678,910
338.015
309.735
64.611
317.386
176.146
126.085
6,5%
75,8%
(48,8%)
712.361
619.617
(9.7%)
(3.2%)
14.4%
(4.7%)
160,380
179,920
51,701
392,001
183.642
168.278
35.103
183.304
144.930
47.621
0,2%
16,1%
(26,3%)
387.023
375.855
(12.7%)
6.9%
47,3%
1.3%
55,002
(238,269)
57,324
(243,477)
64,166
(222,414)
(4.0%)
(2.1%)
(10.7%)
9.5%
167,353
188,558
197,692
(11.2%)
(4.6%)
78,4%
15,0%
3,0%
A tabela a seguir mostra a contabilização do custo das mercadorias vendidas em 2001, 2000 e 1999.
Os dados são expressos em porcentagem da receita líquida das vendas:
Composição do Custo das Mercadorias Vendidas
2001
2000
1999
Matérias -primas
Custos diretos de mão-de-obra
51%
14%
53%
13%
53%
14%
65%
66%
67%
Custos indiretos de mão-de-obra
Serviços de terceiros
Depreciação
5%
7%
9%
5%
7%
9%
3%
11%
6%
Energia e eletricidade
Outros
9%
5%
8%
4%
8%
5%
35%
100%
33%
100%
33%
100%
Custos diretos totais
Custos indiretos totais
Total de custos
38
EXERCÍCIO FISCAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001, COMPARADO AO EXERCÍCIO
FISCAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000
Receita líquida das vendas
A receita líquida consolidada de US$ 2,3 bilhões caiu 13,3% devido à desvalorização do real e à
queda de preços nos Estados Unidos. Aproximadamente 60% das receita de vendas vem das operações no
Brasil, e o real sofreu uma desvalorização de 18,7% durante o ano. O preço líquido médio, nos Estados
Unidos, foi reduzido de US$ 388 para US$ 375. As vendas físicas alcançaram 6,4 milhões de toneladas,
mantendo o nível atingido no ano anterior.
Custo das vendas e lucro bruto
O custo das vendas sofreu redução de 16,4%, atingindo US$ 1,6 bilhões. Essa redução explica-se
pela desvalorização da moeda brasileira e por ganhos em produtividade que foram alcançados devido a
atualizações tecnológicas e à realocação da produção entre diferentes unidades industriais no Brasil.
Especialmente devido a esses ganhos, a margem bruta subiu de 26,6% para 29,3%. O lucro bruto totalizou
US$ 678,9 milhões, uma redução de 4,7% em relação a 2000.
Lucro operacional
O lucro operacional de US$ 392,0 milhões foi ligeiramente mais alto que no ano anterior. A redução
nas despesas operacionais foi suficiente para compensar a redução no lucro bruto. Além disso, a margem de
operação subiu de 14,5% para 16,9%.
Despesas financeiras e receita financeira
As despesas financeiras líquidas caíram 1,6%, somando US$ 183,3 milhões. Essa queda pode ser
explicada por maiores perdas cambiais contabilizadas no período (US$ 50,3 milhões em 2000 contra US$
71,8 milhões em 2001). A maior desvalorização do real foi o principal motivo para o aumento nas perdas
cambiais. Tais perdas teriam sido ainda maiores caso a Companhia não tivesse realizado operações de swap
no valor de US$ 325 milhões durante o ano de 2001.
Equivalência patrimonial
A equivalência patrimonial atingiu US$ 18,3 milhões em 2001, apresentando queda em relação aos
US$ 34,0 milhões de 2000. A redução ocorreu em função dos resultados mais baixos obtidos pela Açominas,
como conseqüência de uma paralisação de 40 dias do alto forno para reformas e atualização tecnológica.
Provisão para imposto de renda
Em 2001, a provisão para imposto de renda – de US$ 54,6 milhões – excedeu em US$ 9 milhões a
quantia do ano anterior, devido aos melhores resultados obtidos pelas operações brasileiras.
Lucro líquido
O lucro líquido de US$ 167,3 milhões apresentou uma queda de 11,2% em 2001 quando comparado
a 2000. O resultado foi afetado adversamente por (i) desvalorização da moeda brasileira; (ii) resultados
inferiores na América do Norte; (iii) resultados inferiores na subsidiária Açominas.
39
EXERCÍCIO FISCAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 EM COMPARAÇÃO COM O ANO
FISCAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999
Receita líquida das vendas
A receita líquida consolidada de US$ 2,7 bilhões aumentou em 55,5% devido ao crescimento das
vendas e ao aumento dos preços. As vendas foram especialmente afetadas pelo aumento na atividade
industrial brasileira e pela consolidação da AmeriSteel ao longo de todo o ano. Quantitativamente, as vendas
físicas cresceram 41,4%, atingindo 6,5 milhões de toneladas. Em relação aos preços, um aumento de 10,0%
fez os preços médios atingirem US$ 415/ton contra US$ 377/ton.
Custo das vendas e lucro bruto
O lucro bruto cresceu 15%, atingindo US$ 712,4 milhões. Por outro lado, a margem bruta caiu de
36,0% para 26,6%. Essa redução é explicada por um aumento nos preços de algumas matérias -primas no
Brasil, como foi o caso da sucata, que havia atingido um valor de baixa em 1999. Outro fator que contribuiu
para a diminuição das margens foi a consolidação integral da AmeriSteel, cujos custos de produção são mais
altos do que os custos de produção no Brasil. O custo de vendas em 2000 totalizou US$ 2,0 bilhões,
representando 73,4% das vendas líquidas.
Lucro operacional
Se, por um lado, as margens foram justas em 2000, por outro as despesas gerais e administrativas,
como porcentagem das vendas, caíram quase 1,2 pontos percentuais, atingindo 8,0%. As despesas de
vendas e marketing também caíram de 5,0% da receita líquida para 4,2%. Como resultado, o lucro
operacional de US$ 387,0 milhões foi 3,0% maior do que a registrada em 1999.
Despesas financeiras e receita financeira
Embora o custo da dívida e as perdas cambiais tenham caído em 2000, as despesas financeiras
líquidas aumentaram em 17,6%. Isso ocorreu porque o nível médio de endividamento em 1999 foi mais baixo
do que em 2000. Na verdade, durante a segunda metade de 1999, o endividamento aumentou
substancialmente devido à aquisição da AmeriSteel e a uma injeção de capital na Açominas. Ambos os
investimentos foram parcialmente financiados com capital de terceiros. É importante salientar que a dívida de
grupo da Companhia aumentou, não apenas em conseqüência desses novos empréstimos, mas também
devido à consolidação da dívida já existente da AmeriSteel.
Equivalência patrimonial
Em função da recuperação substancial obtida pela subsidiária Açominas, a equivalência patrimonial
atingiu US$ 34,0 milhões, contra uma equivalência negativa de US$ 4,9 milhões em 1999.
Receita não-operacional
A receita não-operacional de US$ 2,2 milhões em 2000 se deve principalmente a ganhos resultantes
da alienação de ativos fixos.
Provisão para imposto de renda
Em 2000, a provisão para imposto de renda – de US$ 45,6 milhões – excedeu em mais de US$ 20,5
milhões a quantia do ano anterior. É importante lembrar que, em 1999, os impostos sobre a renda foram
positivamente afetados pela desvalorização do real.
Lucro líquido
Em 2000, o lucro líquido de US$ 188,6 milhões representou uma queda de 4,6% em relação a 1999.
O resultado foi negativamente afetado pelo aumento nas provisões para imposto de renda e pelas mudanças
40
na estrutura de custo, em função da consolidação da AmeriSteel e de aumentos nos preços das matérias primas no Brasil.
B. LIQUIDEZ E RECURSOS DE CAPITAL
A geração de caixa operacional totalizou US$ 300,4 milhões, US$ 255,5 milhões e US$ 297,5 milhões
para os anos findos em 31 de dezembro de 1999, 2000 e 2001, respectivamente, somando US$ 823,4
milhões. A geração de caixa operacional foi uma das principais fontes de liquidez utilizadas pela Companhia.
Os contratos de financiamento de curto e longo prazo compreenderam um total de US$ 1.586,1 milhões no
período, contribuindo com US$ 811,2 milhões em 1999, US$ 421,8 milhões em 2000 e US$ 353,1 milhões em
2001 em favor das necessidades de liquidez da Companhia. As vendas de ativos fixos alienados geraram
recursos totais de US$ 34,8 milhões para os anos de 1999, 2000 e 2001.
As principais utilizações dos fundos em 2001 foram: US$ 244,0 milhões em ativos fixos, US$ 436,6
milhões em pagamentos de dívidas de curto e longo prazo e US$ 70,9 milhões em pagamento de dividendos.
Em 2000, os principais usos dos recursos de capital foram: US$ 264,8 milhões em ativos fixos, US$ 348,4
milhões em pagamentos de dívidas de curto e longo prazo e US$ 66,0 milhões em pagamento de dividendos.
Em 1999, os principais usos dos recursos de capital foram: US$ 433,4 milhões em ativos fixos, US$ 235,3
milhões em pagamentos de dívidas de curto e longo prazo e US$ 37,4 milhões em pagamento de dividendos.
O volume de recursos investidos em ativos fixos de 1999 a 2001 (US$ 942,2 milhões) foi usado para
a modernização e atualização tecnológica das fábricas e subsidiárias da Companhia.
De 31 de dezembro de 2000 a 31 de dezembro de 2001 o capital de giro líquido cresceu em US$ 54,0
milhões, de US$ 196,6 milhões em 2000 para US$ 250,6 milhões em 2001. Esse aumento se deveu a uma
redução do passivo circulante.
Endividamento e estratégia financeira
Os empréstimos feitos pela Companhia têm como objetivo principal financiar investimentos em ativos
fixos, tanto para a modernização e atualização tecnológica das fábricas quanto para a expansão da
capacidade instalada, financiamento de capital de giro e, dependendo das condições de mercado, para
investimentos de curto prazo.
O saldo dos empréstimos totalizou US$ 1.198,1 milhões e US$ 1.406,5 milhões em 31 de dezembro
de 2001 e 2000, respectivamente. Nas mesmas datas, o saldo de investimentos financeiros de curto prazo e
caixa totalizou US$ US$ 333,9 milhões e 302,9 milhões, respectivamente.
A dívida total atingiu US$ 1.294,3 milhões em 2001, caindo de US$ 1.522,3 em 2000. A dívida líquida
diminui de US$ 1.219,4 milhões em 2000 para US$ 960,4 milhões em 2001, em função da desvalorização do
real, do pagamento de dívidas e dos ganhos com operações de swap. As despesas financeiras líquidas
foram, respectivamente, de US$ 186,2 milhões e US$ 183,3 milhões, em 2000 e 2001.
41
A tabela a seguir mostra o perfil de endividamento da Companhia em 31 de dezembro de 2001 e 2000 (em
milhares de dólares americanos):
2001
Curto prazo:
Dívida de curto prazo:
Dívida contratada em reais
Dívida contratada em moeda estrangeira
2000
372
370.967
515
371.535
Total da dívida de curto prazo
Parcela atual da dívida de longo prazo:
Dívida contratada em reais
Dívida contratada em moeda estrangeira
Total da parcela de curto prazo da dívida de longo prazo
Debêntures
Dívida de curto prazo mais parcela de curto prazo da dívida de longo
prazo mais debêntures
Longo prazo:
Dívida de longo prazo, menos parcela de curto prazo
Dívida contratada em reais
Dívida contratada em moeda estrangeira
371.339
372.050
45.342
150.810
196.152
2.018
49.276
267.260
316.536
2.413
141.833
488.803
198.733
519.097
Total da dívida de longo prazo
Debêntures
Subtotal
Dívida de longo prazo, empresas vinculadas
Dívida de longo prazo, mais debêntures mais empresas vinculadas
630.636
94.204
724.840
461
725.301
717.830
113.349
831.179
77
831.256
1.294.810
333.897
1.522.255
302.882
960,913
1.219.373
Dívida total
Caixa e aplicações financeiras
Dívida líquida
569.509
690.999
Em 31 de dezembro de 2001, o endividamento da Companhia estava sujeito aos seguintes termos e
condições:
Curto prazo
Em 2001, a dívida de curto prazo da Companhia permaneceu estável em US$ 371,3 milhões. Essa
dívida de curto prazo está sujeita a taxas de juros que variam de 2,0% a 11,02% ao ano, além de correção
monetária ou variação cambial.
Além disso, a Companhia terá de pagar a parcela de curto prazo da dívida de longo prazo e
debêntures no valor de US$ 196,1 milhões, dos quais US$ 45,3 milhões são relativos a financiamentos em
reais e US$ 150,8 milhões são relacionados a financiamentos em moeda estrangeira.
Longo prazo
A dívida de longo prazo totalizou US$ 725,3 milhões em 31 de dezembro de 2001. Dessa dívida, US$
630,6 milhões são empréstimos junto a instituições financeiras; desses, US$ 141,8 milhões são contratados
em reais, com um custo variando de 9,25% a 11,86% ao ano, mais correção monetária (TJLP) e US$ 488,8
milhões são contratados em moeda estrangeira, com um custo de variação cambial mais juros que variam de
3,0% a 11,02% ao ano. Da dívida de longo prazo, US$ 94,2 milhões são debêntures contratadas em reais,
com um custo de juros que varia de TR+ 8% a 19,0% ao ano em 31 de dezembro de 2001 (ver nota 10 das
demonstrações financeiras) e US$ 461 mil são dívidas com a controladora.
Dos empréstimos expressos em moeda estrangeira, US$ 488,8 milhões, aproximadamente 27,0%,
foram contratados pela Companhia no Brasil, enquanto que 73,0% foram contratados por suas subsidiárias no
exterior.
42
Em janeiro de 1999, a Companhia assumiu a dívida relacionada aos Eurbônus emitidos pela
Metalúrgica Gerdau, no valor de US$ 130,0 milhões, com vencimento em 26 de maio de 2004. Esta dívida foi
parcialmente resgatada em 26 de maio de 1999.
A Companhia está sujeita a limitações no endividamento, cessão de bens em garantia e pagamento
de dividendos sob certas circunstâncias, pelos instrumentos que definem: os direitos dos credores de
debêntures; o financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
(“BNDES”); Eurobônus emitido pela Metalúrgica Gerdau S.A. em 1996, com vencimento em 2004; e devido à
aquisição da AmeriSteel.
As debêntures públicas da Companhia proíbem o pagamento de dividendos que excedam 30% do
lucro líquido distribuível se, após tais distribuições, as obrigações de longo prazo da Companhia excederem
em mais do que 1,5 vezes seu patrimônio líquido, e se o ativo circulante da Companhia for menor do que seu
passivo circulante.
Os Eurobônus de 1996 limitam o endividamento financeiro consolidado a um valor não superior a
quatro vezes o valor do EBITDA (lucro antes da dedução de juros, impostos, depreciação e amortizações).
O endividamento da Companhia junto ao BNDES exige que a liquidez corrente (que consiste do ativo
circulante dividido pelo passivo circulante) seja de, pelo menos, 1,3, e que a dívida financeira dividida pelo
EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) seja inferior a cinco. Esses contratos
também incluem cláusulas de não-constituição de garantias reais, sujeitas às exceções costumeiras.
A Gerdau Steel, Inc., subsidiária canadense da Gerdau S.A., responsável pelo financiamento para
aquisição da AmeriSteel, deve cumprir os seguintes compromissos:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Índice de liquidez corrente de 1,0 ou superior;
Índice de cobertura da dívida superior a 1,0;
Cobertura de juros superior a 2,0;
Dívida total sobre EBITDA inferior a 2,75, até setembro de 2002; e 2,0 depois de setembro de
2002;
Dívida sobre capitalização não superior a 0,55 até 31 de dezembro de 2001 e não superior a
0,4 após essa data;
Patrimônio líquido tangível das empresas canadenses superior a $110 milhões mais 50% do
lucro líquido consolidado acumulado.
A Companhia concorda em fornecer uma cópia dos instrumentos aqui descritos, mediante solicitação,
à SEC (Securities and Exchange Commission).
Todos os compromissos descritos acima estão baseados em demonstrações financeiras elaboradas
de acordo com a legislação societária brasileira. Em 31 de dezembro de 2001, a Companhia cumpria
integralmente tais obrigações.
Em 31 de dezembro de 2001, a dívida de longo prazo e as debêntures da Companhia (inclusive a
parcela de curto prazo) totalizavam US$ 930,8 milhões. Desse saldo, US$ 283,9 milhões (30,5%) eram
contratados em reais e US$ 646,8 milhões (69,5%) eram contratados em dólares americanos.
A Companhia firmou acordos para evitar perdas com variações da taxa de câmbio. Em dezembro de
20001, o valor total em operações de swap era de US$ 225,6 milhões. Parte do fluxo de caixa de operações
da Companhia está atrelado ao real, e parte aos dólar americano. Ver − “Remensuração de Moeda –
Denominação da Receita e Desvalorização da Taxa de Câmbio.” Esses fluxos de caixa de operações podem
ser utilizados para pagar a dívida. Contudo, não há garantias de que os fluxos de caixa das operações serão
suficientes para pagar as obrigações da dívida contratada princ ipalmente em dólares americanos.
Conseqüentemente, não pode haver garantia de que as flutuações na taxa de câmbio não venham a ter um
efeito material adverso nos negócios, condição financeira e resultados das operações da Companhia. Ver
“Item 3 D”.
43
A dívida de longo prazo da Companhia com instituições financeiras será amortizada como segue:
US$ milhões
2003
2004
2005
2006
2007 e a partir daí
Total
179,3
238,7
139,3
49,1
31,4
637,8
Provisão para contingências
Em 31 de dezembro de 2001, a provisão para as contingências prováveis e razoavelmente previsíveis
totalizava US$ 55,2 milhões. Esse montante é parcialmente garantido por depósitos judiciais, controladas
pelos tribunais pertinentes, que, na mesma data, totalizavam US$ 26,7 milhões.
Investimentos
Para enfrentar a demanda crescente por produtos de aço nos mercados nos quais a Companhia
opera direta ou indiretamente, no ano de 2001 a Gerdau fez investimentos para aumentar a capacidade de
produção, para implementar melhorias nas fábricas existentes e para atualizar tecnologicamente as fábricas,
assim como para criar novos produtos. Esses investimentos totalizaram US$ 119,8 milhões, dos quais US$
80,1 milhões no Brasil e US$ 39,7 milhões no exterior.
Além dos investimentos acima, a AmeriSteel gastou US$ 48,8 milhões para adquirir o ativo
operacional da Carterville, uma das indústrias da Birmingham Southeast.
A Gerdau também fez uma oferta de R$ 426,6 milhões de reais por uma participação adicional na
Açominas em um leilão promovido pelo Banco Central do Brasil. A operação foi completada em 19 de
fevereiro de 2002 e, como resultado, a Gerdau atualmente detém 54,14% da Açominas. Além disso, em 8 de
fevereiro de 2002, a Gerdau formalizou um acordo para adquirir a quota de 24,8% que a Natsteel (de
Cingapura) possui na Açominas. Conforme os termos do acordo, a Gerdau poderá exercer seu direito de
compra das ações da Natsteel a partir de 09 de setembro de 2002.
Base de apresentação
A análise a seguir tem por base, e deve ser lida em conjunto com, as demonstrações financeiras da
Companhia com base nos padrões contábeis norte-americanos (U.S. GAAP), incluindo as notas de tais
demonstrações, e deve ser lida em conjunto com tais demonstrações e notas, apresentadas em outra parte
desta Declaração de Registro. Para certos propósitos, como a apresentação das demonstrações financeiras à
Comissão de Valores Mobiliários brasileira, ou a determinação do pagamento de dividendos e obrigações
fiscais no Brasil, a Companhia tem estado e continuará a estar sujeita às exigências dos padrões contábeis
brasileiros e continuará a elaborar as demonstrações financeiras no Brasil de acordo com o padrão brasileiro.
As informações incluídas nessa seção (receitas e despesas) serão apresentadas em dólares, conforme o
padrão norte-americano (notas 2.1 e 2.2 das Demonstrações Financeiras), e devem ser analisadas em
conjunto com tais demonstrações, onde são apresentados os critérios para conversão em dólares das
receitas e despesas, assim como os efeitos dessa conversão.
Correção Monetária
Conversão de moeda estrangeira
A Companhia, que possui a maior parte de seus negócios em reais e, numa proporção menor, em
dólares americanos e canadenses e pesos chilenos, uruguaios e argentinos, selecionou o dólar americano
como moeda para fins de relatório das demonstrações financeiras. As quantias apresentadas em dólares
americanos foram corrigidas/convertidas conforme as diretrizes estabelecidas na Exposição de Normas de
44
Contabilidade Financeira (Statement of Financial Accounting Standards, “SFAS”) no. 52, “Conversão de
moedas estrangeiras nas demonstrações financeiras”, com base nas demonstrações financeiras auditadas
expressas na moeda local de cada país. Conforme a SFAS no. 52, há dois métodos de conversão: o método
de taxa corrente e o método monetário/não-monetário.
No caso da Companhia e das subsidiárias cuja moeda local é a moeda funcional (Chile, Canadá,
Estados Unidos e Argentina), utilizou-se o método de taxa corrente. Esse método envolve a conversão de
ativos e passivos pela taxa de câmbio em vigor no final de cada período. As taxas médias de câmbio foram
aplicadas para a conversão das contas que refletem os resultados dos períodos. Nesse caso, os ajustes da
conversão são registrados como um componente separado do patrimônio dos acionistas.
Além disso, a Companhia tem uma subsidiária estrangeira que opera no Uruguai. Conforme a SFAS
no. 52 e o “Emerging Issues Task Force” (EITF) D-55, “Definindo uma economia altamente inflacionária”, a
Companhia definiu o Uruguai como uma economia altamente inflacionária. Conforme a SFAS no. 52, assumese que a moeda funcional de tais economias seja a moeda de relatório (dólar americano) e o método
monetário/não-monetário é utilizado. Esse método envolve a conversão de ativos e passivos monetários pela
taxa de câmbio em vigor no final de cada período, e dos ativos e passivos não-monetários e patrimônio por
taxas de câmbio históricas (isto é, as taxas de câmbio em vigor no momento da transação). As taxas de
câmbio médias mensais foram aplicadas para a conversão das contas que constituem os resultados de cada
período, exceto nos itens relacionados a ativos e passivos não-monetários, que foram convertidos utilizando
taxas históricas. Os ganhos e perdas das transações foram incluídos nas respectivas linhas das
demonstrações de resultado consolidadas e combinadas.
Moeda da receita e desvalorização da taxa de câmbio
A tabela a seguir mostra a receita bruta de vendas expressa em reais, dólares canadenses e
americanos e pesos uruguaios, chilenos e argentinos para os anos indicados.
Real
Brasileiro
2001
2000
1999
%
1.749.414 63,6
2.106.759 66,6
1.535.342 74,7
Dólar
Canadense
%
244.151 8,9
253.671 8,0
244.800 11,9
Peso
Uruguaio
18.114
20.387
24.998
%
Peso
Chileno
0,7
0,6
1,2
76.060
73.173
46.362
%
2,7
2,3
2,2
Peso
Argentino
16.711
32.014
41.504
%
Dólar
EUA
0,6
1,1
2,0
647.422 23,5
676.533 21,4
163.165 7,9
%
Total
2.751.872
3.162.537
2.056.171
Os custos de vendas da Companhia, expressos nas moedas do Brasil, Estados Unidos, Canadá,
Uruguai, Chile e Argentina, representaram 30,9%, 18,9%, 7,3%, 0,5%, 1,7% e 0,5%, respectivamente, da
receita bruta consolidada de vendas da Companhia para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2000. Uma
vez que as demonstrações financeiras da Companhia baseadas no padrão contábil norte-americano são
expressas em dólares americanos, o faturamento e outras contas da demonstração financeira poderiam ser
adversamente afetados por uma desvalorização da moeda local em relação ao dólar americano.
Com o objetivo de minimizar o efeito da variação cambial sobre a sua dívida, a empresa contratou
operações de swap, convertendo para reais suas dívidas (na data do contrato) e atrelado-as ao CDI.
45
ITEM 6. DIRETORES, CONSELHEIROS E FUNCIONÁRIOS
DIRETORES E CONSELHEIROS
A gestão da Companhia é conduzida por um Conselho de Administração e pela Diretoria. O
direcionamento estratégico geral da Companhia é determinado pelo Conselho de Administração, do qual
fazem parte três membros e três substitutos, os quais devem todos ser residentes no Brasil e acionistas da
empresa. Os membros do Conselho são eleitos anualmente, na assembléia geral ordinária dos detentores de
Ações Ordinárias, pelo período de um ano. A gestão diária é delegada aos Diretores Executivos da
Companhia, os quais são apontados pelo Conselho de Administração pelo período de um ano.
A tabela a seguir apresenta informações relativas os membros do Conselho e da Diretoria da
Companhia:
CONSELHEIROS
Nome
Jorge Gerdau Johannpeter
Germano H. Gerdau Johannpeter
Klaus Gerdau Johannpeter
Frederico C. Gerdau Johannpeter
Carlos João Petry
Expedito Luz
Idade*
65
69
66
59
60
50
Cargo
Presidente
Substituto do Conselho /Vice-Presidente
Substituto do Conselho /Vice-Presidente
Substituto do Conselho/Vice-Presidente
Membro do Conselho / Vice-Presidente
Membro do Conselho
Primeiro
mandato
1973
1973
1973
1973
1975
2001
Idade*
59
54
51
57
41
54
50
55
38
48
59
55
44
54
46
46
49
44
50
Título
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Diretor
Atual posição
ocupada desde
1981
1987
1987
2001
2000
1992
1994
1998
2001
1997
1998
1999
1999
2000
2000
2000
1996
2001
2001
DIRETORES EXECUTIVOS
Nome
Sirleu José Protti
João Aparecido de Lima
Osvaldo Burgos Schirmer
Domingos Somma
Carlos Bier Johannpeter
Érico Teodoro Sommer
Luiz Alberto Morsoletto
Júlio Carlos L. Prato
Cláudio Johannpet er
Joaquim Guilherme Bauer
Francesco Saverio Merlini
João Carlos Salin Gonçalves
Heitor Luis Beninca Bergamini
Cláudio Mattos Zambrano
Elias Pedro Vieira Manna
Gerson Marcos Venzon
Paulo Roberto Perlotti Ramos
Manoel Vitor de Mendonça Filho
Nestor Mundstock
Segue uma breve biografia de cada um dos Executivos da Companhia:
JORGE GERDAU JOHANNPETER. O Sr. Jorge Johannpeter trabalha na Gerdau desde 1954, onde
ingressou como estagiário juntamente com seus irmãos, Germano, Klaus e Frederico. Jorge Johannpeter
tornou-se Diretor Executivo em 1973 e foi nomeado Presidente em 1983. Ele é formado em Direito pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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GERMANO H. GERDAU JOHANNPETER. O Sr. Germano Johannpeter trabalha na Gerdau com seus irmãos
desde 1951. Germano Johannpeter tornou-se Diretor Executivo em 1973 e foi nomeado Vice-Presidente das
empresas Gerdau em 1983. Ele se formou em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas.
KLAUS GERDAU JOHANNPETER. O Sr. Klaus Johannpeter trabalha na Gerdau com seus irmãos desde
1954. Klaus Johannpeter tornou-se Diretor Executivo em 1973 e foi nomeado Vice-Presidente das empresas
Gerdau em 1983. Ele é formado em Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
FREDERICO C. GERDAU JOHANNPETER. O Sr. Frederico Johannpeter trabalha na Gerdau com seus
irmãos desde 1961. Frederico Johannpeter tornou-se Diretor Executivo em 1973 e foi nomeado VicePresidente das empresas Gerdau em 1983. Ele formou-se em Administração de Empresas pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
CARLOS JOÃO PETRY. O Sr. Petry trabalha na Gerdau desde 1965. Em 1975, ele foi nomeado para o
Conselho de Administração e, em 2000, foi nomeado Vice-Presidente de Operações no Brasil. Petry é
bacharel em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
EXPEDITO LUZ. O Sr. Expedito Luz trabalha na Gerdau desde 1976. Ele foi nomeado para o Conselho de
Administração em 2001. Luz é bacharel em Direito desde 1975 pela Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Em 1981, recebeu o título de Mestre em Direito pela Universidade de Columbia.
SIRLEU JOSÉ PROTTI. O Sr. Protti entrou para a Companhia em 1967 e tornou-se Diretor Executivo em
1981. Atualmente, ele é Diretor Administrativo das operações brasileiras de aços longos. Protti se formou em
Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1966.
JOÃO APARECIDO DE LIMA. O Sr. Lima entrou para a Companhia em 1974 e tornou-se Diretor Executivo
em 1987. Atualmente, é Diretor de Recursos Humanos. Lima é formado em Literatura Brasileira pela
Universidade de São Paulo (1971) e em Psicologia pelo IMS (1974).
OSVALDO BURGOS SCHIRMER. O Sr. Schirmer ingressou na Companhia em 1986 e tornou-se Diretor
Financeiro em 1987. Schirmer é formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (1973) e em Administração de Agronomia Industrial pela Illinois University (1975). Recebeu o
título de MBA em Finanças e Negócios Internacionais da Universidade de Southern Illinois em 1977.
DOMINGOS SOMMA. O Sr. Somma ingressou na Companhia em 1980 e tornou-se Diretor Executivo em
1988. Atualmente, ocupa o cargo de Diretor Executivo das operações brasileiras de aços longos. Somma
graduou-se em Economia pela Universidade Mackenzie, em 1968.
CARLOS BIER JOHANNPETER. O Sr. Carlos Johannpeter ingressou na Companhia em 1976. Em 1991,
tornou-se Diretor Executivo da Aço Gerdau para a Indústria. Atualmente, é Diretor Administrativo dos
Departamentos Comerciais. Carlos Johannpeter se formou em Direito pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
LUIZ ALBERTO MORSOLETTO. O Sr. Morsoletto iniciou na Gerdau em 1983. Atualmente, exerce a função
de Diretor Executivo da Unidade Industrial Gerdau Divinópolis. Morsoletto é formado em Engenharia
Metalúrgica pela Escola de Engenharia Mauá (SP), desde 1975.
JÚLIO CARLOS L. PRATO. O Sr. Prato iniciou suas atividades na Companhia em 1969 e tornou-se Diretor
Executivo em 1992. Atualmente, é Diretor executivo das unidades industriais localizadas na região Nordeste
do Brasil. Prato se formou em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em
1969.
CLÁUDIO JOHANNPETER. O Sr. Cláudio Johannpeter ingressou na Companhia em 1982. Em 1997, tornouse Diretor Executivo e, atualmente, é Diretor Executivo das unidades industriais. Cláudio Johannpeter recebeu
diploma de Engenharia Metalúrgica, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1990.
47
ÉRICO TEODORO SOMMER. O Sr. Sommer ingressou na Companhia em 1975 e tornou-se Diretor
Executivo em 1992. Atualmente, exerce a função de Diretor de Engenharia. Sommer formou-se em
Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1970.
JOAQUIM GUILHERME BAUER. O Sr. Bauer trabalha na Companhia desde 1982. Em 1997, foi promovido a
Diretor da unidade Aço Gerdau para a Indústria. Bauer recebeu diploma de Engenharia Metalúrgica, pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1977.
FRANCESCO SAVÉRIO MERLINI. O Sr. Merlini ingressou na Companhia em 1977 e tornou-se Diretor
Executivo em 1998. Atualmente, é Diretor da unidade industrial da Gerdau Rio de Janeiro. Merlini é formado
em técnicas de soldagem pela Universidade Nacional Cuyo, da Argentina (1970).
JOÃO CARLOS SALIN GONÇALVES. O Sr. Gonçalves ingressou na Companhia em 1969 e tornou-se
Diretor Executivo em 1999. Atualmente, é Diretor de Suprimentos. Gonçalves graduou-se em Engenharia
Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1969.
HEITOR LUIS BENINCA BERGAMINI. O Sr. Bergamini ingressou na Companhia em 1985 e tornou-se
Diretor Executivo em 1999. Atualmente, é Diretor da Comercial da Gerdau (Unidade de Varejo). Bergamini é
formado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, desde 1982.
CLÁUDIO MATTOS ZAMBRANO. O Sr. Zambrano ingressou na Companhia em 1970 e tornou-se Diretor
Executivo em 2000. Atualmente, é Diretor da unidade industrial Aços Finos Piratini. Zambrano recebeu
diploma em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em 1970, e em
Administração de Empresas, pela mesma universidade, em 1975.
ELIAS PEDRO VIEIRA MANNA. O Sr. Manna ingressou na Companhia em 1988 e tornou-se Diretor
Executivo em 2000. Atualmente, é Diretor Comercial para Produtos de Aços Especiais. Manna recebeu
diploma em Engenharia de Operações Mecânicas, Engenharia Mecânica e Engenharia Civil, pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em 1977, 1981 e 1982, respectivamente. Recebeu, ainda, o
diploma de Mestre em Engenharia de Materiais, pela Universidade Federal de Santa Catarina, em 1982.
GERSON MARCOS VENZON. O Sr. Venzon ingressou na Companhia em 1982 e tornou-se Diretor Executivo
em 2000. Atualmente, é Diretor da Divisão de Construção Civil da Gerdau. Venzon se formou em Economia
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1977, e recebeu o título de Mestre em Engenharia
Econômica pela Universidade Federal de Santa Catarina, em 1980.
PAULO ROBERTO PERLOTT RAMOS. O Sr. Paulo Ramos ingressou na Companhia em 1976 e tornou-se
Diretor Executivo em 1995. Atualmente, é Diretor da Divisão de Exportação da Gerdau. Ramos recebeu
diploma em Engenharia Mecânica e em Administração de Empresas da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul.
MANOEL VITOR DE MENDONÇA FILHO. O Sr. Vitor ingressou na Companhia em 1983 e tornou-se Diretor
Executivo em 2001. Atualmente, é Diretor Executivo das unidades industriais localizadas na região Sul do
Brasil. Vitor se formou em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 1982.
NESTOR MUNDSTOCK. O Sr. Mundstock ingressou na Companhia em 1975 e tornou-se Diretor Executivo
em 2001. Atualmente, é Diretor Executivo das unidades industriais localizadas na região central do Brasil.
Mundstock graduou-se em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal Fluminense, em 1975.
Não existe qualquer procedimento legal pendente envolvendo membros do Conselho ou Diretores Executivos
da Companhia no qual esta seja parte adversa.
Todos os Diretores Executivos da Companhia são indicados para ocupar estas posições pelo Conselho de
Administração para servir por períodos de um ano, renováveis a critério do Conselho.
48
Relações de parentesco
Jorge Gerdau Johannpeter, Germano H. Gerdau Johannpeter, Klaus Gerdau Johannpeter e Frederico C.
Gerdau Johannpeter são irmãos. Carlos Bier Johannpeter é filho de Jorge Gerdau Johannpeter e Cláudio
Johannpeter é filho de Klaus Gerdau Johannpeter.
B. REMUNERAÇÃO
A Gerdau vem gradativamente introduzindo uma porção variável na remuneração de seus funcionários. Em
2001, US$ 16,6 milhões foram pagos em remuneração variável. Para gerentes e diretores, a Companhia
possui o RAC (Remuneração Adicional Contratada). Para outros funcionários, a Companhia possui o
“Programa Metas” e Programas de Participação. Todos os empregados recebem remuneração adicional,de
acordo com a pontuação obtida no PGQ (Programa Gerdau de Qualidade). A remuneração total para
gerentes e diretores em 2001 foi no montante de US$ 7.2 milhões.
Plano de previdência
No Brasil, a Companhia e as afiliadas patrocinam conjuntamente um plano de previdência por
contribuição que cobre praticamente todos os colaboradores no Brasil ("Plano Doméstico"). Adicionalmente,
as subsidiárias canadenses e americanas da Companhia patrocinam planos de benefícios definidos (os
"Planos canadenses" e "Planos americanos") oferecidos a substancialmente todos os seus colaboradores. As
contribuições ao Plano Doméstico são calculadas com base em um percentual da remuneração dos
colaboradores e totalizaram US$ 955,4 em 2001, US$ 1.628,8 em 2000 e US$ 1.560 em 1999. As
contribuições ao Plano Doméstico para participantes dos planos de benefícios definidos e contribuições ao
Plano Canadense são baseadas em valores determinados atuarialmente.
O Plano Doméstico é administrado pela Gerdau - Sociedade de Previdência Privada, entidade criada pelo
Grupo Gerdau para esse fim. Os ativos do Plano Doméstico consistem em investimentos em certificados de
depósito bancário, títulos e valores mobiliários e fundos de investimentos. Em 10 anos de existência, o
patrimônio líquido da Gerdau Sociedade de Previdência Privada atingiu US$ 62,2 milhões, com 100% de seu
capital provindo das subsidiárias brasileiras. O Plano Doméstico da Gerdau oferece aos colaboradores da
Companhia a oportunidade de aumentar sua renda futura por meio de uma não-contribuição básica e de
planos suplementares. Oferece ainda um plano de contribuição opcional, aposentadoria, planos de pensão e
poupança.
O custo total com planos de previdência em 2001, 2000 e 1999 foi, respectivamente, de US$ 7.659, US$
5.354 e US$ 8.058.
49
C. EXERCÍCIOS DA DIRETORIA
Nome
Jorge Gerdau Johannpeter
Germano H. Gerdau Johannpeter
Klaus Gerdau Johannpeter
Frederico C. Gerdau Johannpeter
Carlos João Petry
Expedito Luz
Presidente desde 1973.
Vice-Presidente e Suplente do Conselho desde 1973.
Vice-Presidente e Suplente do Conselho desde 1973.
Vice-Presidente e Suplente do Conselho desde 1973.
Membro do Conselho desde 1975 e Vice-Presidente desde 2000.
Membro do Conselho desde 2001.
Alberto Monteiro de Queiroz
José A. Cruz Módena
Peter Wilm Rosenfeld
Membro do Conselho Fiscal desde 2001.
Membro do Conselho Fiscal desde 2001.
Membro do Conselho Fiscal desde 2001.
Sirleu José Protti
João Aparecido de Lima
Osvaldo Burgos Schirmer
Diretor Administrativo das operações brasileiras de aços longos desde 2001.
Diretor de Recursos Humanos desde 1987.
Diretor Financeiro desde 1987.
Diretor Executivo Administrativo das operações brasileiras de aços longos
desde 2001.
Diretor Administrativo dos departamentos comerciais desde 2000.
Diretor de Engenharia desde 1992.
Diretor da Unidade Industrial Gerdau Divinópolis desde 1994.
Diretor Executivo das unidades industriais localizadas na região Nordeste
desde 1998.
Diretor Executivo das unidades industriais desde 2001.
Diretor da Unidade Aço Gerdau para a Indústria desde 1997.
Diretor da Cosigua desde 1998.
Diretor de Suprimentos desde 1999.
Diretor Comercial da Gerdau desde 1999.
Diretor da Aços Finos Piratini desde 2000.
Diretor Comercial para produtos de aços especiais desde 2000.
Diretor da Divisão de Construção Civil da Gerdau desde 2000.
Diretor da Divisão de Exportação da Gerdau desde 1996.
Diretor Executivo das unidades industriais localizadas na região Sul desde
2001.
Diretor Executivo das unidades industriais localizadas na região Central
desde 2001.
Domingos Somma
Carlos Bier Johannpeter
Érico Teodoro Sommer
Luiz Alberto Morsoletto
Júlio Carlos L. Prato
Cláudio Johannpeter
Joaquim Guilherme Bauer
Francesco Saverio Merlini
João Carlos Salin Gonçalves
Heitor Luis Beninca Bergamini
Cláudio Mattos Zambrano
Elias Pedro Vieira Manna
Gerson Marcos Venzon
Paulo Roberto Perlott Ramos
Manoel Vitor de Mendonça Filho
Nestor Mundstock
*Os representantes para todos os cargos listados acima são eleitos anualmente na assembléia geral
ordinária dos detentores de Ações Ordinárias pelo período de um ano. Ao final do mandato, os
representantes têm direito apenas aos benefícios empregatícios legais, de acordo com a lei aplicável,
sem qualquer distinção especial.
D. FUNCIONÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2001, a Companhia possuía 12.405 funcionários, mantendo o padrão do ano
anterior. A tabela a seguir apresenta informações com relação à distribuição geográfica dos funcionários
da Gerdau:
Brasil
Exterior
Total
1998
8.639
1.335
9.974
1999
8.495
3.526
12.021
2000
8.436
3.904
12.340
2001
8.631
3.774
12.405
O número de funcionários no exterior aumentou consideravelmente entre 1998 e 1999, devido à aquisição
da AmeriSteel.
50
E. PROPRIEDADE DAS AÇÕES
O quadro a seguir mostra a distribuição das ações ordinárias e preferenciais da Gerdau S.A. entre
cada um de seus diretores. Conforme indicado na lista abaixo, os diretores que possuem ações da
Companhia não detêm mais do que 1% do capital em cada classe de ações. A Companhia não oferece
aos funcionários quaisquer direitos adicionais, isto é, planos de incentivo para compra de ações ou títulos
da Companhia.
Nome
Ações Ordinárias
% Ações Preferenciais
%
Jorge Gerdau Johannpeter
44.574
-
1.690.478
-
Germano H. Gerdau Johannpeter
Klaus Gerdau Johannpeter
73.106
85.688
-
34.338.652
2.009.374
0,05%
-
Frederico C. Gerdau Johannpeter
Carlos João Petry
Expedito Luz
44.774
314.968
32
-
5.366.478
1.629.124
1.560.000
0,01%
-
-
-
1.560.000
1.560.000
-
24.274
2.786.164
-
1.560.000
1.870.350
5.576.380
0,01%
-
-
1.560.000
1.505.956
-
154.956
2.700.000
-
-
1.992.436
17.811.464
1.689.014
0,02%
-
-
-
959.820
1.759.480
-
28.314
-
-
1.560.000
2.340.580
1.560.000
-
-
-
1.560.000
1.732.566
-
50.310
-
1.560.000
2.003.768
-
Sirleu José Protti
João Aparecido de Lima
Osvaldo Burgos Schirmer
Domingos Somma
Carlos Bier Johannpeter
Érico Teodoro Sommer
Luiz Alberto Morsoletto
Júlio Carlos L. Prato
Cláudio Johannpeter
Joaquim Guilherme Bauer
Francesco Saverio Merlini
João Carlos Salin Gonçalves
Heitor Luis Beninca Bergamini
Cláudio Mattos Zambrano
Elias Pedro Vieira Manna
Gerson Marcos Venzon
Paulo Roberto Perlotti Ramos
Manoel Vitor de Mendonça Filho
Nestor Mundstock
ITEM 7. PRINCIPAIS ACIONISTAS E TRANSAÇÕES DE PARTES VINCULADAS
A. PRINCIPAIS ACIONISTAS
A tabela a seguir apresenta informações, para o período até 31 de dezembro de 2001, referentes a (i)
qualquer indivíduo reconhecido pela Companhia como sendo proprietário de mais de 5% das ações ordinárias
(capital votante da Companhia) em circulação, (ii) qualquer indivíduo reconhecido pela Companhia como
proprietário de mais de 5% das ações preferenciais em circulação e (iii) número total de ações ordinárias
(votantes) e preferenciais da Companhia de propriedade do grupo dos presidentes e diretores da Companhia.
Em 31 de dezembro de 2001, 39.382.020.386 ações ordinárias e 74.109.685.986 ações preferenciais
haviam sido emitidas e se encontravam em circulação. Dentre os dois tipos de ações negociadas no mercado,
51
apenas as ações ordinárias têm direito a voto. Entretanto, de acordo com os estatutos da Companhia, certos
direitos são garantidos às ações preferenciais sem direito a voto.
A família Gerdau, através de sua participação na Indac - Indústria, Administração e Comércio S.A.,
Grupo Gerdau Empreendimentos Ltda. e Gersul Empreendimentos Imobiliários Ltda., controla coletivamente
71,8% do capital votante e 23,9% do capital total da Metalúrgica Gerdau S.A. Individualmente, a Indac Indústria, Administração e Comércio S.A. detém 32,3% do capital votante e 10,8% do capital total da
Metalúrgica Gerdau S.A.; o Grupo Gerdau Empreendimentos Ltda. detém 25,6% do capital votante e 8,5% do
capital total da Metalúrgica Gerdau S.A.; e a Gersul Empreendimentos Imobiliários Ltda. detém 13,9% do
capital votante e 4,6% do capital total da Metalúrgica Gerdau S.A.
Acionista
Ações ordinárias
Metalúrgica Gerdau S.A.
32.677.464.100
BNDES Participações S.A. – BNDESPAR
2.714.970.110
Clube de Investimentos HRP
915.084
Santa Felicidade Comércio de Importação e
936.949.502
Exportação de Produtos Siderúrgicos Ltda.*
Gersul Empreendimentos Imobiliários S.A.*
747.214.768
Grupo Gerdau Empreendimentos Ltda.*
547.570.932
Indac
236.648.440
Grupo dos membros da Diretoria e Conselho de
6.307.160
Administração (17 pessoas)
* Controlada por ou afiliada à Metalúrgica Gerdau S.A.
%
83,0
6,9
2,4
Ações preferenciais
21.043.082718
4.244.518.064
2.999.759.664
%
28,4
5,7
4,0
1,9
1,4
0,6
-
6.270.673
91.264.330
0,1
A Metalúrgica Gerdau S.A. e suas companhias controladas detêm 85% do capital votante da Gerdau
S.A. e, conseqüentemente, podem controlar o conselho diretor, assim como a direção e outras operações da
Companhia.
B. TRANSAÇÕES DE PARTES VINCULADAS
As transações mais significativas entre a Companhia e suas partes vinculadas são com o Banco
Gerdau, Fundação Gerdau, Haras Joter Ltda. e com a companhia controladora, Metalúrgica Gerdau.
O Banco Gerdau, uma subsidiária totalmente controlada pela Metalúrgica Gerdau, estabeleceu um
fundo de investimentos para uso exclusivo da Companhia. Os investimentos do fundo consistem em títulos de
renda fixa. Existem empréstimos da Companhia junto à sua companhia controladora, Metalúrgica Gerdau, e
empréstimos da Fundação Gerdau e do Haras Joter Ltda. junto à Gerdau S.A. Esses empréstimos são
denominados em reais com juros conforme a taxa média de juros definida pela Companhia para empréstimos
e outras transações financeiras inter-companhias. Geralmente, a taxa entre empresas da Companhia é
estabelecida de acordo com a taxa média de mercado. Para maiores informações sobre transações com as
partes vinculadas, ver Nota 6 das demonstrações financeiras.
C. PARTICIPAÇÃO DE ESPECIALISTAS E DO CONSELHO
Não se aplica.
52
ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS
A. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS E OUTRAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras da Companhia estão incluídas no Item 18.
Ações judiciais
Como ocorre com muitas outras empresas industriais no Brasil, a Companhia está envolvida em
vários litígios com autoridades fiscais brasileiras. As principais ações envolvem os tributos federais
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Fundo de Participação e Integração Social
(PIS), Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Contribuições
Previdenciárias (INSS), Fundo de Investimento Social (FINSOCIAL) e Contribuição Social Sobre o Lucro, e
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), assim como o imposto estadual sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços (ICMS). O Supremo Tribunal Federal já decidiu sobre muitas dessas questões, à exceção das
contribuições do INSS, estabelecendo precedentes para as instâncias inferiores.
Assim, embora em alguns casos o resultado seja altamente previsível, como as disputas relevantes
da Companhia ainda não foram resolvidas, o passivo contingente em relação a esses tributos perm anece nos
livros da Companhia no valor agregado de US$ 27,1 milhões em 31 dezembro de 2001 (CPMF: US$ 5,8
milhões; PIS/COFINS: US$ 3,9 milhões; INSS: US$ 7,7 milhões; FINSOCIAL: US$ 3,1 milhões; FUNRURAL:
US$ 0,049 milhões; Contribuição Social Sobre o Lucro: US$ 1,1 milhões; IRPJ: US$ 4,4 milhões; ICMS: US$
0,4 milhões; e outros: US$ 0,7 milhões).
O valor total equivalente a US$ 12,4 milhões foi depositado em juízo, para que seja mantido como
caução judicial, enquanto se aguarda a decisão judicial sobre as ações descritas anteriormente; assim, o valor
que será de fato pago, no caso de a Companhia ser inteiramente malsucedida em tais litígios fiscais, não
seria superior a US$ 9,8 milhões.
Juntamente com outros consumidores de energia elétrica, a Companhia questionou a
constitucionalidade dos “empréstimos compulsórios” que eram devidos para a companhia estatal Eletrobrás
(Empréstimo Compulsório Eletrobrás Sobre Energia Elétrica) por seus clientes. A quantia atualmente em
litígio pela Companhia é equivalente a US$ 21,7 milhões, incluindo um valor agregado equivalente a US$ 11,2
milhões que foram depositados em juízo (onde são mantidos em caução judicial aguardando a decisão dos
litígios pertinentes). Em 2001, os valores em litígio e em caução judicial foram reduzidos em US$ 21,5 milhões
e US$ 3,0 milhões, respectivamente, após o encerramento de três ações judiciais principais relevantes. A
Companhia estabeleceu uma contingência de “empréstimos compulsórios” já que: (i) em março de 1995, o
Supremo Tribunal Federal decidiu contra os interesses da Companhia nessa questão; (ii) embora o
pagamento à Eletrobrás tenha sido feito na forma de empréstimo, o reembolso à Companhia será na forma de
ações da Eletrobrás; e (iii) com base na informação atualmente disponível, as ações da Eletrobrás valerão
provavelmente menos do que 5% da quantia paga caso o repasse fosse feito em espécie. Embora a
constitucionalidade do débito tenha sido sustentada pelo Supremo Tribunal Federal, diversas questões ainda
estão pendentes, inclusive as quantias a serem pagas pela Companhia.
No ano passado, a Companhia foi submetida a vários procedimentos de fiscalização referentes às
contribuições do INSS (contribuições descontadas na folha de pagamento dos empregados). Entre outras
irregularidades, as autoridades fiscais questionaram irregularidades nos pagamentos de férias acordadas
coletivamente, seguro contra acidentes de trabalho, programas de participação nos lucros, comissões dos
diretores, indenização adicional sobre rescisões de contrato, bem como irregularidades relativas a
empregados de prestadores de serviços terceirizados, com base na responsabilidade solidária da Companhia.
A Companhia também é litigante em diversas ações por parte de ex-empregados, inclusive relativas à
lesão corporal. Em relação às ações que se referem diretamente ao cumprimento de leis trabalhistas, é muito
difícil prever o valor de tais ações, porque os reclamantes no Brasil geralmente fazem reivindicações
alternativas ou complementares em uma única ação, sendo que apenas algumas poucas resultam em
53
indenização. Além disso, na experiência da companhia, os reclamantes nessas ações tendem a exagerar os
valores reivindicados. Mesmo assim, a Companhia estimou a quantia comprometida em cada ação. A
Companhia estimou que a perda total provavelmente envolvida nessas ações de ex-empregados em 31 de
dezembro de 2001 não deveria exceder US$ 6,3 milhões.
A maioria dessas ações trabalhistas é caracterizada por diversas demandas de ex-empregados
resultantes da legislação brasileira, que prevê pagamentos adicionais sobre e acima do salário básico que o
empregado recebia. Tais ações incluem, entre outras, demandas em relação a (i) horas extras, (ii) trabalho
noturno, (iii) correções de condições perigosas de trabalho, (iv) redução de multas incorridas em função da
rescisão contratual e (v) imposições para que a Companhia seja multada pelo atraso no pagamento de
encargos relativos à rescisão contratual. Além disso, alguns ex -empregados movem contra a Companhia
ações de reparação em função de lesões corporais resultantes de acidentes de trabalho. O tratamento
contábil adotado pela Companhia para as quantias em litígio é estabelecer uma provisão para cada
contingência quando essas quantias são razoavelmente estimáveis ou prováveis.
A Companhia acredita, com base, em parte, no aconselhamento de consultoria jurídica, que a reserva
para contingências, de US$ 55,2 milhões em 31 de dezembro de 2001, seja suficiente para atender a perdas
prováveis e razoavelmente estimáveis no caso de decisões legais desfavoráveis nas questões descritas
anteriormente. Assim, a Companhia acredita que a decisão final em tais casos não terá um efeito substancial
sobre a posição financeira consolidada em 31 de dezembro de 2001 nem sobre os resultados de operações
futuras ou fluxos de caixa.
B. MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS
Não houve mudanças significativas nem tampouco ocorreram fatos relevantes após a data das
demonstrações financeiras incluídas no presente documento.
ITEM 9.
A OFERTA E LISTAGEM
A. DETALHES SOBRE OFERTA E LISTAGEM
Informação sobre preços
A tabela a seguir apresenta os preços mínimo e máximo de fechamento das ações preferenciais na
Bolsa de Valores de São Paulo para os períodos indicados. Os preços estão expressos em reais na data final
do período. Os preços para venda incluídos nas duas tabelas a seguir também foram convertidos em dólares
americanos; observe, porém, que os valores "máximo" e "mínimo" em dólares para um determinado período
podem não aparecer no mesmo mês em que aparecem os preços "máximos" e "mínimos" expressos em
reais, devido à influência da taxa de câmbio.
1997
1998
1999
2000
2001
Preço de fechamento para venda
Valor nominal em reais por
Dólares americanos por 1.000
1.000 ações preferenciais
ações preferenciais
Máximo
Mínimo
Máximo
Mínimo
27,50
8,55
25,05
8,22
24,90
7,30
19,39
5,53
50,30
7,30
27,51
5,54
58,00
14,99
32,36
7,65
23,80
13,06
11,84
4,81
54
Preços de fechamento para venda
Valor nominal em reais por
Dólares americanos por 1.000
1.000 ações preferenciais
ações preferenciais
Máximo
Mínimo
Máximo
Mínimo
1999
Primeiro trimestre
Segundo trimestre
Terceiro trimestre
Quarto trimestre
2000
Primeiro trimestre
Segundo trimestre*
Terceiro trimestre
Quarto trimestre
2001
Primeiro trimestre
Segundo trimestre
Terceiro trimestre
Quarto trimestre
2002
Primeiro trimestre
18,00
29,50
34,00
50,30
7,30
18,45
24,80
31,30
9,94
16,67
17,98
27,51
5,54
10,70
13,24
16,00
58,00
45,00
26,90
22,40
45,00
16,99
21,98
14,99
32,36
25,80
14,90
12,12
25,89
9,17
12,16
7,65
23,38
20,19
17,49
23,80
16,81
15,37
13,06
13,30
11,84
9,24
7,05
9,66
8,24
6,57
4,81
4,92
29,01
22,02
12,41
9,55
Os preços para venda listados na tabela a seguir foram convertidos para dólares americanos de acordo com a
taxa comercial de câmbio para cada data correspondente indicada.
Preços de fechamento para venda
Valor nominal em reais por
Dólares americanos por 1.000
1.000 ações preferenciais
ações preferenciais
Máximo
Mínimo
Máximo
Mínimo
2001
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
2002
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
23,38
20,90
19,91
20,19
20,05
18,01
17,49
17,40
16,31
19,00
23,80
23,47
16,81
17,95
17,65
17,75
15,37
15,95
14,65
16,15
13,06
13,30
18,11
21,40
11,84
10,54
9,37
9,24
9,02
7,73
7,02
7,05
6,36
6,96
9,56
9,66
8,67
8,67
8,24
8,16
6,57
6,69
5,91
6,39
4,81
4,92
6,75
9,22
26,75
27,90
29,01
32,60
22,02
23,32
26,50
27,00
11,07
11,60
12,41
14,19
9,55
9,63
11,23
11,75
*A Diretoria da Companhia autorizou um desdobramento na proporção de 2 para 1 de suas ações ordinárias e preferenciais, que foi
aprovado na Assembléia Geral dos Acionistas realizada em 28 de abril de 2000. Para os acionistas registrados até essa data, as ações
adicionais resultantes do desdobramento foram distribuídas pelo Banco Itaú S.A., o agente de transferência, dois dias após a aprovação
para as ações negociadas no Brasil e sete dias após a aprovação para ADSs. A partir de 28 de abril de 2000, as ações passaram a ser
negociadas com base no valor de desdobramento.
55
A tabela a seguir apresenta os preços máximo e mínimo para as ADRs, nos meses indicados,
conforme definido no Mercado de Balcão até 10 de março de 1999, quando a Companhia atualizou suas ADS
para nível I. Para os períodos subseqüentes a essa data, a tabela apresenta os preços negociados na Bolsa
de Valores de Nova Iorque.
Preço em dólares
1998
1999
2000
2001
Mínimo
6,81
6,75
7,56
4,70
Máximo
21,81
27,00
31,25
11,90
Preço em dólares
1999
Primeiro trimestre
Segundo trimestre
Terceiro trimestre
Quarto trimestre
2000
Primeiro trimestre
Segundo trimestre*
Terceiro trimestre
Quarto trimes tre
2001
Primeiro trimestre
Segundo trimestre
Terceiro trimestre
Quarto trimestre
2002
Primeiro trimestre
Mínimo
Máximo
6,75
10,25
13,13
17,75
10,25
18,50
18,50
27,00
25,88
9,13
12,13
7,56
31,25
26,25
15,00
13,00
8,09
6,5
4,68
4,70
11,75
11,90
7,60
10,0
9,50
12,43
* Desdobramento 2 x 1
Preço em dólares
2000
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
2001
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
2002
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Mínimo
Máximo
12,13
12,75
12,31
9,88
8,38
7,56
13,94
15,00
14,38
13,00
10,31
9,63
8,50
8,70
8,09
7,81
6,50
6,55
5,77
6,26
4,68
4,70
6,60
8,75
11,75
10,85
9,85
11,90
9,16
8,04
7,60
7,21
6,60
7,10
9,75
10,0
9,50
9,53
11,10
11,70
11,35
11,90
12,43
14,05
56
B. PLANO DE DISTRIBUIÇÃO
Não exigido.
C. MERCADOS
Negociação nas bolsas de valores brasileiras
Dentre as bolsas de valores brasileiras, a Bolsa de Valores de São Paulo tornou-se nos últimos anos,
a mais importante. Em 2001, a Bolsa de Valores de São Paulo foi responsável por quase todo o volume
negociado no Brasil.
A Bolsa de Valores de São Paulo é uma organização sem fins lucrativos de propriedade das
corretoras-membro. A negociação na Bolsa de Valores de São Paulo está limitada às corretoras-membro e a
um número restrito de não-membros autorizados. A Bolsa de Valores de São Paulo possui, atualmente, dois
pregões abertos viva voz nos dias úteis, das 11h às 13:30 e das 14:30 às 17:45. As negociações também
podem ser feitas entre as 11h e às 18h através do pregão automatizado. Além disso, existe o chamado aftermarket (pregão noturno), disponibilizado pelo sistema automatizado da Bolsa de Valores de São Paulo entre
18:45 e 19:30. Somente as ações negociadas durante o pregão regular podem ser negociadas no pregão
noturno daquele mesmo dia.
Não existem especialistas ou operadores independentes (market makers) para as ações da
Companhia na Bolsa de Valores de São Paulo. A Comissão de Valores Mobilários (CVM) e a Bolsa de
Valores de São Paulo possuem autoridade de arbítrio para suspender a negociação das ações de um
determinado emitente em certas circunstâncias. A negociação de títulos listados na Bolsa de Valores de São
Paulo pode ser efetuada fora da bolsa em certas circunstâncias, embora esse tipo de negociação seja
limitado.
Em dezembro de 2001, a capitalização agregada de mercado das companhias listadas na Bolsa de
Valores de São Paulo foi de aproximadamente US$ 185,4 bilhões. Embora toda e qualquer ação em
circulação das companhias listadas possa ser negociada na Bolsa de Valores de São Paulo, na maioria das
vezes, menos da metade das ações listadas estão realmente disponíveis ao público para negociação, sendo
que o restante é detido por pequenos grupos de controladores que raramente negociam suas ações. Por essa
razão, os dados referentes à capitalização total de mercado da Bolsa de Valores de São Paulo tendem a
superestimar a liquidez do mercado brasileiro de títulos de participação. O mercado brasileiro de títulos de
participação é relativamente pequeno e ilíquido se comparado ao dos principais mercados mundiais.
A liquidação das transações é realizada três dias úteis depois da data da transação sem ajuste do
preço de compra de acordo com a inflação. O pagamento das ações é feito através de uma câmara de
compensação - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), que mantém contas para as
corretoras-membro. O vendedor deve simplesmente entregar as ações à bolsa no segundo dia útil depois da
data da transação. A CBLC é controlada por agentes de compensação, como corretoras-membro e bancos e
pela Bolsa de Valores de São Paulo.
As negociações na Bolsa de Valores de São Paulo feitas por pessoas não residentes no Brasil estão
sujeitas a certas limitações impostas pela legislação brasileira para investimentos estrangeiros.
Regulamentação dos mercados brasileiros de títulos
Os mercados brasileiros de títulos são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
que possui autoridade sobre as bolsas de valores e sobre os mercados de títulos em geral, e pelo Banco
Central do Brasil, que possui autoridade licenciadora sobre as corretoras e regulamenta os investimentos
estrangeiros e as transações cambiais, entre outras atribuições. O mercado brasileiro de títulos é
regulamentado pela Lei 6.385 de 7 de dezembro de 1976, ("Lei Brasileira de Títulos") e pela Lei Societária
Brasileira (Lei. 6.404 de 15 de dezembro de 1976) ("Lei Societária Brasileira").
57
A Lei 10.303, de 31 de outubro de 2001, é uma alteração das Leis 6.385/76 e 6.404/76. As principais
mudanças foram (i) conversão da CVM em uma agência governamental autônoma ligada ao Ministério da
Fazenda, com independência legal e ativos e passivos separados; (ii) maior exigência de divulgação de
informações por parte das companhias listadas; (iii) direito de tag-along aos acionistas minoritários detentores
de ações ordinárias no caso de mudança no controle de uma companhia listada; (iv) direito dos acionistas
preferenciais, sem direito a voto ou com direito restrito a voto, representando pelo menos 10% do total das
ações de uma companhia listada, de eleger um membro do conselho e seu suplente (considerando que até
abril de 2005, o representante de tais acionistas será escolhido a partir de uma lista com três nomes
preparada pelos acionistas controladores); (v) direito dos acionistas minoritários detentores de ações
ordinárias de eleger, também, um membro do conselho; e (vi) as ações preferenciais só serão negociadas na
bolsa de valores se tiverem no mínimo um dos direitos mencionados a seguir: (a) prioridade no recebimento
de dividendos correspondente a pelo menos 3% do valor líquido das ações, com base no último balanço
aprovado da companhia; (b) direito de receber dividendos pelo menos 10% maiores do que o dividendo
atribuído a cada ação ordinária; ou (c) direito de tag-along no caso de mudança no controle da companhia. Os
estatutos das companhias já listadas serão modificados a fim de ajustarem-se às novas disposições
o
supramencionadas, até 1 de março de 2003.
Sob a Lei Societária Brasileira, uma empresa pode estar listada como companhia aberta, caso da
Companhia Gerdau, ou como companhia fechada. Todas as companhias estão registradas junto à CVM e
estão sujeitas à apresentação de relatórios. Uma companhia registrada junto à CVM pode ter seus títulos
negociados na Bolsa de Valores de São Paulo ou no Mercado de Balcão (OTC Brasileiro). As ações de
empresas listadas, incluindo as da Companhia, podem ainda ser negociadas de forma privada, estando
sujeitas a certas limitações.
Há casos nos quais a divulgação de informações para a CVM, para a Bolsa de Valores de São Paulo
ou mesmo para o público é compulsória. Tais casos incluem (i) a aquisição direta ou indireta, por parte de um
investidor, de um mínimo de 5% (cinco por cento) de qualquer classe ou tipo de ação representativa do capital
de uma companhia listada, (ii) a venda de ações que represente a transferência do controle acionário de uma
companhia listada e (iii) a ocorrência de um acontecimento significativo na corporação.
Recentemente, a CVM emitiu a instrução no. 361, de 5 de março de 2002, a qual regula a oferta de
ações principalmente quando da ocorrência dos seguintes eventos: (i) exclusão de uma companhia pública da
bolsa; (ii) aumento de participação nas ações pelo acionista majoritário; e (iii) transferência do controle em
uma companhia pública.
Para ser listada na Bolsa de Valores de São Paulo, a empresa deve solicitar registro junto à CVM e à
Bolsa de Valores de São Paulo. Uma vez que ambas tenham aceito o registro da companhia, e a tenham
incluído como listada, os títulos desta passam a ser negociados na Bolsa de Valores de São Paulo, desde
que a empresa atenda aos requisitos mínimos desta Bolsa.
O OTC brasileiro consiste de negociações diretas entre indivíduos, nas quais uma instituição
financeira registrada junto à CVM serve como intermediária. Nenhum requerimento especial, além do registro
junto à CVM, é necessário para que uma companhia listada tenha seus títulos negociados no OTC brasileiro.
A CVM exige que os intermediários reportem todas as suas respectivas transações efetuadas no OTC
brasileiro.
A negociação de títulos na Bolsa de Valores de São Paulo pode ser suspensa a pedido de uma
companhia em antecipação ao anúncio de um evento significativo. A negociação pode ainda ser suspensa por
iniciativa da própria CVM, entre outras razões com base na ou devido à convicção de que uma companhia
tenha fornecido informações inadequadas em relação a um evento significativo ou que tenha fornecido
respostas inadequadas a questionamentos da CVM ou da Bolsa.
O mercado de títulos brasileiro é regulado principalmente pela Lei Brasileira de Títulos, pela Lei
Societária Brasileira e por regulamentações publicadas pela CVM e pelo Conselho Monetário Nacional. Essas
leis e regulamentações estabelecem, entre outras, as exigências quanto à divulgação de informações
financeiras, restrições sobre negociação privilegiada (insider trading) e manipulação de preços, e proteção de
58
acionistas minoritários. Ainda que muitas mudanças e melhorias tenham sido implementadas, os mercados de
títulos brasileiros não são tão bem regulamentados e supervisionados quanto os mercados de títulos norteamericanos ou os mercados em outras jurisdições.
ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS
A. CAPITAL ACIONÁRIO
Não se aplica.
B. MEMORANDO E ESTATUTO SOCIAL
As informações exigidas para este item foram incluídas na Declaração de Registro do formulário 20-F
datado de 3 de fevereiro de 1999 (número de arquivo na Comissão 0-29956) e no relatório anual subseqüente
do Formulário 20-F datado de 14 de julho de 1999 e de 29 de junho de 2000 (número de arquivo na Comissão
1-14878) para os anos encerrados em 31 de dezembro de 1998 e 1999, respectivamente.
C. CONTRATOS MATERIAIS
Não se aplica.
D. CONTROLE CAMBIAL
Não existem restrições quanto a propriedade ou direito de voto no capital acionário da Companhia
para indivíduos ou entidades legais domiciliadas fora do Brasil.
O direito à conversão para moeda estrangeira de dividendos e receitas advindas da venda do capital
social da Companhia e o direito de remeter tais valores para fora do Brasil está sujeito a restrições de acordo
com a legislação de investimentos no exterior, a qual geralmente exige, entre outras coisas, que o
investimento em questão tenha sido registrado no Banco Central.
No Brasil, existe um mecanismo disponível para investidores estrangeiros interessados em negociar
diretamente com a Bolsa de Valores de São Paulo. Até março de 2000, esse mecanismo era conhecido como
“Regulamentações Anexo IV”, em referência ao Anexo IV à Resolução no. 1.289 do Conselho Monetário
o
Nacional (“Regulamentações do Anexo IV”). Atualmente, esse mecanismo é regulado pela Resolução n .
o
2.689, de 26 de Janeiro de 2000 do Conselho Monetário Nacional e pela Instrução n 325 de 27 de janeiro de
2000 da CVM, conforme emenda (“Resolução 2.689”).
A Resolução 2.689, que entrou em vigor em 31 de março de 2000, determina as novas regras com
relação a carteiras de investimentos no Brasil. Os investimentos estrangeiros registrados sob as
“Regulamentações do Anexo IV” tinham de estar de acordo com a Resolução 2.689 até 30 de setembro de
2000. As novas regras permitem que investidores estrangeiros invistam em quase qualquer tipo de ativos
financeiros e tomem parte em quase todas as transações disponíveis nos mercados de capital brasileiros,
desde que alguns exigências sejam cumpridas. De acordo com a Resolução 2.689 investidores estrangeiros
são indivíduos, entidades legais, fundos mútuos e outros investimentos coletivos residentes, domiciliados ou
sediados no exterior. A Resolução 2.689 proíbe transferências para o exterior ou designações da posse de
títulos, exceto nos casos de (i) reorganização da corporação efetuada no exterior por um investidor
estrangeiro ou (ii) herança.
De acordo com a Resolução 2.689, investidores estrangeiros devem: (i) indicar no mínimo um
representante no Brasil com poder de atuação sobre os investimentos estrangeiros; (ii) preencher o formulário
apropriado para registro de investidores estrangeiros; (iii) obter registro como investidor estrangeiro junto à
CVM; e (4) registrar o investimento junto ao Banco Central.
Os títulos e outros ativos financeiros em propriedade de investidores estrangeiros, de acordo com a
Resolução 2.689, devem ser registrados ou mantidos em conta-depósito ou sob custódia de uma entidade
devidamente licenciada pelo Banco Central ou pela CVM, ou ser registrados em sistemas de registro,
59
compensação ou custódia autorizados pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos
é restrita a transações efetuadas em bolsas ou organizadas por mercados de balcão licenciados pela CVM.
Todos os investimentos feitos por um investidor estrangeiro sob a Resolução 2.689 estarão sujeitos a
um registro eletrônico pelo Banco Central. Investimentos estrangeiros registrados sob as “Regulamentações
do Anexo IV” tiveram que se conformar às novas regras de registro de capital até 30 de setembro de 2000.
o
A Resolução n . 1.927 do Conselho Monetário Nacional, que corresponde à emenda e revisão do
o
Anexo V à Resolução n . 1.289 (Regulamentações do Anexo V), regula a emissão de recibos de depósito em
mercados estrangeiros com respeito a ações de emissores brasileiros. As ADSs foram aprovadas sob as
Regulamentações do Anexo V pelo Banco Central e pela CVM. Dessa forma, os resultados das vendas de
ADSs por proprietários de ADRs fora do Brasil não estão sujeitos ao controle brasileiro sobre investimentos
estrangeiros, e os proprietários das ADSs terão direito a um tratamento tarifário favorável. De acordo com a
Resolução 2.689, investimentos estrangeiros registrados sob as Regulamentações do Anexo V podem ser
transferidos para o novo sistema de investimento criado pela Resolução 2.689 e vice-versa, com a devida
consideração às condições estabelecidas pelo Banco Central e pela CVM.
Efetuou-se um registro de investimento estrangeiro em nome do The Bank of New York, como
depositário (“Depositário”), para as ADSs Preferenciais, o qual é mantido pelo Banco Itaú S.A. (“Agente de
Custódia”) em favor do Depositário. De acordo com o registro, o Agente de Custódia e o Depositário estão
aptos a converter dividendos e outras distribuições relativos às Ações Preferenciais representadas pelas
ADSs Preferenciais para moeda estrangeira e a remeter tais resultados para o exterior. Caso o detentor de
ADSs Preferenciais venha a trocar essas ADSs Preferenciais por Ações Preferenciais, esse detentor terá o
direito de utilizar o registro de investimento estrangeiro do Depositário por apenas cinco dias úteis após tal
troca; a partir desse período, ele deverá procurar obter seu próprio registro junto ao Banco Central. Depois
disso, a menos que as Ações Preferenciais estejam em posse de um investidor estrangeiro, de acordo com a
Resolução 2.689, tal detentor poderá não estar apto a converter para moeda estrangeira e para remeter para
fora do Brasil os resultados obtidos na disposição de, ou nas distribuições relativas a, tais Ações
Preferenciais, e tal detentor estará, normalmente, sujeito a um tratamento tributário no Brasil menos favorável
do que o recebido por um portador de ADSs Preferenciais.
Restrições relativas à remessa de capital estrangeiro para o exterior podem entravar ou impedir o
Agente de Custódia, como agente para Ações Preferenciais representadas por ADSs Preferenciais ou para
acionistas que trocaram ADSs Preferenciais por Ações Preferenciais, de converter dividendos, distribuições
ou resultados da venda de quaisquer Ações Preferenciais para dólares americanos ou de enviar tais dólares
para o exterior. Os detentores de ADSs podem ser desfavoravelmente afetados por atrasos na obtenção das
aprovações governamentais necessárias para a conversão de pagamentos em moeda brasileira e para a
realização de remessas ao exterior relativas às Ações Preferenciais sob ADS, ou pelas recusas na concessão
de tais aprovações.
Taxas de câmbio
Há dois mercados de câmbio legais no Brasil, o mercado comercial e o mercado flutuante. O mercado
comercial é reservado principalmente para transações de comércio exterior e transações que geralmente
requerem a aprovação prévia das autoridades monetárias brasileiras, tais como a compra e venda de
investimentos registrados por pessoas estrangeiras e remessas de fundos para o exterior. Compras de
moeda estrangeira no mercado comercial podem ser realizadas apenas através de uma instituição financeira
no Brasil autorizada a comprar e vender moedas correntes neste mercado. A taxa de câmbio comercial é a
taxa de venda comercial para a moeda brasileira em dólares norte-americanos, conforme indicada pelo Banco
Central. A taxa flutuante é a taxa de câmbio de venda que predomina para a moeda brasileira em dólares
norte-americanos, que se aplica a transações para as quais a taxa comercial não se aplica, conforme
indicação do Banco Central. Antes da implementação do Plano Real, a taxa comercial e a taxa flutuante por
vezes diferiam significativamente. Desde a introdução do Real, as duas taxas não têm diferido
significativamente, embora não haja garantia de que qualquer diferença significativa entre as duas taxas não
venha a existir no futuro. Tanto a taxa comercial quanto a taxa flutuante são informadas diariamente pelo
Banco Central.
60
Tanto a taxa comercial quanto a taxa flutuante são livremente negociadas, mas têm sofrido uma
menor intervenção por parte do Banco Central. Após a implementação do Plano Real, o Banco Central
inicialmente permitiu que o real flutuasse com uma intervenção mínima.
Em 18 de janeiro de 1999, o Banco Central oficialmente anunciou a sua nova política de permitir que
o valor do real fosse determinado pelos mercados de câmbio estrangeiros, interferindo apenas para limitar
variações amplas no valor da moeda. A pressão sobre o real no começo de março de 1999 levou o governo a
abandonar o sistema de bandas cambiais e adotar um sistema de taxa de câmbio flutuante livre. Desde a
adoção desse sistema, e com a designação de um novo presidente para o Banco Central, Armínio Fraga,
assim como por outros fatores macroeconômicos, o real fortificou-se, de forma que, no dia 31 de dezembro de
1999, a taxa de câmbio era de R$ 1,79 por US$ 1,00. Em 31 de dezembro de 2000, a taxa comercial estava
cotada em R$ 1,9554 por US$ 1,00 e em 31 de dezembro de 2001, a taxa de câmbio era de R$ 2,32 por US$
1,00. O ano de 2001 foi muito influenciado pelas crises econômica e política na Argentina. O real flutuou
fortemente em relação ao dólar americano. No final do ano, no entanto, a percepção de risco dos agentes
econômicos em relação à situação financeira do Brasil fez com que a moeda brasileira se valorizasse
novamente. Desde então, a moeda brasileira tem apresentado flutuações consideradas estáveis pelos
mercados financeiros. A desvalorização líquida do período foi de 18,67%.
A tabela a seguir apresenta informações sobre as taxas comerciais predominantes nos períodos
indicados.
Taxa de Câmbio
Reais por US$ 1,00
Ano
1997
1998
1999
2000
2001
Ano
2001
2001
2001
2001
2001
2001
Fonte: Economatica
Taxa de Câmbio
Reais por US$ 1,00
Preço médio
1,0784
1,1609
1,8133
1,8293
2,3519
Taxa de Câmbio
Reais por US$ 1,00
Menor taxa
2,3249
2,4463
2,5590
2,6866
2,4604
2,2930
Maior taxa
2,5979
2,5585
2,8007
2,7828
2,6820
2,4672
Média
Média
Média
Média
Média
Mês
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
As distribuições em dinheiro relacionadas às Ações Preferenciais serão feitas pela Companhia em
moeda brasileira. Assim, na conversão, as flutuações da taxa de câmbio poderão afetar as quantias em
dólares norte-americanos recebidas pelos detentores de ADSs preferenciais quando o depositário converter
tais distribuições para dólares norte-americanos, para pagamento aos detentores dessas ADSs preferenciais.
Flutuações na taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano também poderão afetar o preço em
dólares norte-americanos equivalente ao preço em reais das Ações Preferenciais nas bolsas de valores
brasileiras.
A legislação brasileira prevê que sempre que houver um desequilíbrio sério na balança de
pagamentos do Brasil, ou fatores sérios que permitam antever tal desequilíbrio, poderão ser impostas
restrições temporárias às remessas de capital estrangeiro para o exterior. Isso ocorreu por aproximadamente
nove meses em 1989, e no início de 1990, por exemplo, para manter as reservas de moeda estrangeira do
Brasil, mas as quantias foram subseqüentemente liberadas de acordo com as diretivas do governo brasileiro.
Não há garantias de que medidas semelhantes não sejam tomadas pelo governo brasileiro no futuro.
61
D. TRIBUTAÇÃO
O resumo abaixo contém uma descrição das principais conseqüências da tributação de renda no Brasil e
nos Estados Unidos no que diz respeito à compra, titularidade e alienação de Ações Preferenciais ou ADSs.
Contudo, esta não pretende ser uma descrição abrangente de todas as considerações fiscais que possam ser
relevantes à decisão de adquirir tais títulos. Especificamente, o presente resumo trata somente dos
detentores que venham a possuir Ações Preferenciais ou ADSs como “ativo permanente”, conforme definido
na Seção 1221 do Código de Rendas Internas (Internal Revenue Code) de 1986, conforme emenda (o
“Código), não dizendo respeito ao tratamento fiscal dado a detentores que podem estar sujeitos a normas
fiscais especiais, tais como bancos, companhias de seguro, corretoras de valores, pessoas que venham a
deter Ações Preferenciais ou ADSs em transações de hedge ou em operação de “straddle” ou de “conversão”
para fins fiscais; pessoas que tenham “moeda funcional” que não dólares americanos; pessoas sujeitas à
taxação mínima (alternative minimum tax); e pessoas que detêm ou são tratadas como detentoras de 10% ou
mais das ações com direito de voto da Companhia. Compradores potenciais de qualquer tipo de ações devem
consultar seus próprios assessores tributários quanto às conseqüências fiscais de seus investimentos, as
quais podem variar para investidores em diferentes situações fiscais.
Este resumo se baseia nas legislações tributárias do Brasil e dos Estados Unidos, vigentes na presente
data, as quais estão sujeitas a alterações, com eventual efeito retroativo. Embora não exista atualmente um
tratado de bitributção da renda entre Brasil e Estados Unidos, as autoridades fiscais nos dois países vêm
mantendo conversações que podem vir a resultar em tal tratado; nenhuma garantia pode ser dada, entretanto,
com relação a se ou quando tal tratado entrará em vigor, ou ainda de que forma ele irá afetar os detentores
norte-americanos de Ações Preferenciais ou ADSs. Este resumo também se baseia nas declarações do
Depositário e na pressuposição de que toda e qualquer obrigação no Acordo de Depósito, em relação às
ADSs Preferenciais e a quaisquer outros documentos relacionados, será cumprida de acordo com seus
termos.
Considerações fiscais brasileiras
A discussão a seguir resume as mais relevantes conseqüências fiscais no Brasil da aquisição,
titularidade e alienação de Ações Preferenciais ou ADSs por detentor que não seja domiciliado no Brasil para
efeito de tributação, assim como do registro de investimento em Ações Preferenciais, junto ao Banco Central,
como investimento em dólares dos Estados Unidos por detentor de Ações Preferenciais (em cada caso, um
“detentor não-brasileiro”). A discussão a seguir não trata especificamente de todas as considerações fiscais
brasileiras aplicáveis a qualquer detentor não-brasileiro em particular, devendo cada detentor não-brasileiro
discutir com seu próprio consultor tributarista sobre as conseqüências fiscais no Brasil de investir em
quaisquer dessas ações.
Tributação de dividendos
Os dividendos pagos pela Companhia, referentes a lucro de períodos com início a partir de 1º de
janeiro de 1996, incluindo dividendos pagos em espécie (i) ao Depositário, relativos a Ações Preferenciais sob
ADS ou (ii) a um acionista não brasileiro, relativos a Ações Preferenciais, não se encontram sujeitos, no
Brasil, à retenção de imposto na fonte. Os dividendos referentes a lucros gerados antes de 31 de dezembro
o
de 1993 estão sujeitos à retenção, na fonte, de 25%. Dividendos referentes a lucros gerados entre 1 de
janeiro de 1994 e 31 de dezembro de 1995 estão sujeitos à retenção de imposto na fonte, a uma alíquota de
15%.
Tributação de ganhos
Os ganhos realizados fora do Brasil por detentor não-brasileiro em função da alienação de ADSs
Preferenciais a outro detentor não-brasileiro não estão sujeitos a taxação no Brasil.
O depósito de Ações Preferenciais em troca de ADSs Preferenciais não está sujeito a taxação no
Brasil desde que as Ações Preferenciais estejam registradas pelo investidor ou por seu agente nos termos da
Resolução nº 2.689. No caso de as Ações Preferenciais não estarem assim registradas, o depósito de Ações
Preferenciais em troca de ADSs Preferenciais pode estar sujeito a imposto no Brasil, a uma alíquota de 15%.
62
Ao receber as Ações Preferenciais sob ADSs, um detentor não-brasileiro enquadrado na Resolução no. 2.689
terá o direito de registrar, junto ao Banco Central, o valor de tais ações em dólares americanos, como descrito
abaixo.
Os detentores não-brasileiros não estão sujeitos a imposto no Brasil sobre ganhos realizados na
venda de Ações Preferenciais fora do Brasil, nem sobre recursos provenientes do resgate de Ações
Preferenciais ou de sua liquidação. Quando as Ações Preferenciais estão registradas sob a Resolução 2.689,
os detentores não-brasileiros não podem transferi-las nem ceder sua titularidade no exterior. Como regra
geral, detentores não-brasileiros estão sujeitos a uma alíquota de retenção na fonte de 15% sobre os ganhos
obtidos com a venda ou permuta de Ações Preferenciais que ocorram no Brasil para ou com residentes do
Brasil, fora da Bolsa de Valores de São Paulo. Detentores não-brasileiros estão sujeitos à retenção na fonte
de 10% dos ganhos realizados na venda ou permuta de Ações Preferenciais que ocorram na Bolsa de
Valores de São Paulo, a menos que essa transação seja feita sob a Resolução 2.689. Ganhos realizados
provenientes de transações na Bolsa de Valores de São Paulo por parte de um investidor sob a Resolução
2.689 não estão sujeitos a imposto (exceto como descrito a seguir). O “ganho realizado” como resultado de
uma transação na Bolsa de Valores de São Paulo equivale à diferença entre a quantia realizada (em moeda
brasileira) na venda ou permuta e o custo de aquisição das ações negociadas, calculado em moeda brasileira,
sem qualquer correção para inflação. O “ganho realizado” como resultado de uma transação que ocorra em
outro lugar que não a Bolsa de Valores de São Paulo será a diferença positiva entre a quantia realizada na
venda ou permuta e o custo de aquisição das Ações Preferenciais, ambos os valores a serem calculados em
reais. É possível, entretanto, argüir que o “ganho realizado” deva ser calculado com base na quantia em
moeda estrangeira registrada junto ao Banco Central. Não há garantias de que o presente tratamento
preferencial dado aos detentores de ADSs Preferenciais e a certos detentores de Ações Preferenciais nãobrasileiros, sob a Resolução 2.689, continuarão existindo, nem de que tal tratamento não será alterado no
futuro.
Desde 1º de janeiro de 2000, o tratamento preferencial sob a Resolução 2.689 não é mais válido no
caso de detentores não-brasileiros de ADSs Preferenciais ou Ações Preferenciais que residam em paraísos
fiscais – isto é, países que não cobram imposto de renda ou onde tal imposto é inferior a 20% – de acordo
com a Lei 9.959, de 27 de janeiro de 2000. Em outras palavras, os ganhos realizados por tais detentores na
venda ou permuta, no Brasil, em mercado à vista (spot market ), de ações negociadas em uma bolsa de
o
valores brasileira estarão sujeitos a uma alíquota de 10% (a ser ampliada para 20% em 1 de janeiro de 2002,
de acordo com a mesma Lei). A Lei 9.959 prevê também que a alíquota de 10% sobre ganhos realizados na
venda ou permuta de Ações Preferenciais na Bolsa de Valores de São Paulo também será ampliada para
o
20% para as transações efetuadas a partir de 1 de janeiro de 2002.
O exercício de quaisquer direitos de preferência de aumento de capital em relação a Ações
Preferenciais não estará sujeito à taxação no Brasil. Quaisquer ganhos com a venda ou a cessão de direitos
de preferênc ia relativos às Ações Preferenciais pelo Depositário em benefício de detentores de Ações
Preferenciais estarão sujeito à 15% de imposto conforme a lei brasileira, exceto se tal venda ou cessão for
efetuada dentro da Bolsa de Valores de São Paulo, na qual os ganhos estão isentos de retenção de imposto
na fonte.
Quaisquer ganhos com vendas ou cessão de direitos de preferência relativos às Ações Preferenciais
estarão sujeito ao imposto de renda brasileiro na mesma alíquota aplicável à venda ou alienação de Ações
Preferenciais. Atualmente, a alíquota máxima para tal imposto é de 15%.
Juros Sobre o Capital Próprio
A distribuição de juros sobre o capital próprio para às Ações Preferenciais, como forma alternativa de
pagamento a acionistas brasileiros ou residentes no Brasil, incluindo detentores de ADSs, está sujeita à
retenção de imposto de renda na fonte a uma alíquota de 15%. No caso de acionistas residentes em paraísos
fiscais, a alíquota é de 25%. Desde 1996, tais pagamentos são dedutíveis dos impostos pagos pela
Companhia. Desde 1997, tais pagamentos também são dedutíveis para o cálculo das contribuições sociais e
do imposto de renda pagos pela Companhia, desde que a distribuição dos juros seja aprovada na Assembléia
Geral da Companhia. A distribuição de participação aos acionistas pode ser determinada,
independentemente, pelo Conselho de Administração. Nenhuma garantia pode ser dada no sentido de que o
63
Conselho de Administração da Companhia não venha a determinar que futuras distribuições de lucros sejam
feitas por meio de participação no patrimônio dos acionistas em lugar de por dividendos.
Outros impostos brasileiros
Não há nenhum imposto sobre sucessão, herança ou doação aplicável à titularidade, transferência ou
alienação de Ações Preferenciais ou ADSs por detentores não-brasileiros, ressalvados os impostos sobre
doação e herança exigidos por alguns estados brasileiros sobre doações ou legados de pessoas físicas ou
jurídicas não domiciliadas ou residentes no Brasil a pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas ou residentes
nesses estados. Não há no Brasil nenhum imposto de selo, emissão, registro, nem tampouco impostos ou
tarifas similares a serem pagos por detentores de Ações Preferenciais ou ADSs.
De acordo com o Decreto 2.219, de 2 de maio de 1997, e com a Determinação no. 5, de 21 de janeiro
de 1999, ambos do Ministério da Fazenda, as quantias em reais resultantes da conversão de resultados,
recebidas por entidades brasileiras a partir de investimento estrangeiro no mercado de títulos brasileiros
(inclusive os resultados ligados a investimentos em Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais e a
investimentos feitos sob a Resolução 2.689), estão sujeitas ao imposto sobre operações financeiras (IOF),
ainda que atualmente a alíquota do IOF seja de 0%. O Ministério das Fazenda tem poder para estabelecer a
taxa aplicável do IOF. Sob a Lei 8.894, de 21 de junho de 1994, a alíquota do IOF pode ser aumentada a
qualquer momento, até um limite de 25%, embora qualquer mudança nesse sentido só seja aplicável a
transações que ocorrerem após a implementação de tal aumento.
De acordo com a lei 9.311 de 24 de outubro de 1996, a Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (“CPMF”) foi fixada em 0,2% e incide sobre todas as transferências de fundos nas transações
financeiras no Brasil. De acordo com a Lei 9.538, a CPMF é pagável até fevereiro de 1999. A Emenda
Constitucional 21, de 8 de março de 1999, estendeu o recolhimento da CPMF por um período adicional de 36
meses. Esse pagamento de CPMF foi cobrado até 17 de junho de 1999. A alíquota da CPMF era de 0,38%
durantes os primeiros 12 meses, e seria de 0,30% para o restante do período. Todavia, em dezembro de
2000, a Emenda Constitucional 31 aumentou a alíquota para 0,38% a partir de março de 2001. Apesar do
encerramento da cobrança da CPMF estar previsto para 16 de junho de 2002, o Congresso Brasileiro discute
a possibilidade de converter essa cobrança em um imposto permanente. A responsabilidade pelo
recolhimento da CPMF é das instituições financeiras que conduzem as transações financeiras. Além disso,
quando o detentor não-brasileiro transmite os resultados da venda ou cessão de Ações Preferenciais
mediante transação em moeda estrangeira, a CPMF é cobrada sobre a quantia a ser enviada para fora do
Brasil em reais. Caso seja necessário efetuar qualquer transação cambial em relação às ADSs Preferenciais
ou Ações Preferenciais, a CPMF será cobrada.
Capital registrado
As importâncias investidas em Ações Preferenciais por um acionista não-brasileiro enquadrado na
Resolução 2.689 e com registro na CVM, ou as importâncias investidas em ADSs por um depositário que
represente esse acionista, podem ser registradas no Banco Central. Esse registro (o montante registrado
dessa forma é denominado “Capital Registrado”) permite a remessa de moedas estrangeiras para fora do
Brasil, convertidas pela Taxa de Câmbio Comercial, adquiridas como resultado de distribuições e de
montantes realizados com a alienação das Ações Preferenciais. O Capital Registrado referente a cada Ação
Preferencial adquirida na forma de ADS Preferencial, ou comprada no Brasil e depositada junto ao
Depositário em troca de uma ADS, será equivalente ao preço, em dólares americanos, pago pelo comprador.
O Capital Registrado referente a uma Ação Preferencial retirada após o cancelamento de uma ADS
Preferencial será o equivalente em dólares americanos a (i) o preço médio de uma Ação Preferencial na
Bolsa de Valores de São Paulo no dia da retirada, ou (ii) caso nenhuma Ação Preferencial tenha sido
negociada naquele dia, o preço médio de venda das Ações Preferenciais nas 15 sessões imediatamente
anteriores à retirada. O valor em dólares americanos de uma Ação Preferencial é determinado com base na
média das taxas do Mercado Comercial cotadas pelo Banco Central nas referidas datas (ou, se o preço médio
de Ações Preferenciais for determinado sob a cláusula (ii) da sentença anterior, na média de tais taxas
médias nas mesmas quinze datas usadas para determinar o preço médio das Ações Preferenciais).
64
Um detentor não-brasileiro de Ações Preferenciais poderá enfrentar atrasos na efetivação do registro
do Registro de Capital, o que pode atrasar a remessa ao exterior. Tais atrasos poderão afetar negativamente
o montante, em dólares americanos, recebidos por um acionista não-brasileiro.
Considerações fiscais norte-americanas
Conforme empregado a seguir, o termo “detentor americano” se refere a um detentor de Ações
Preferenciais ou ADSs Preferenciais nos Estados Unidos – ou seja, para fins tributários naquele país, (i) um
cidadão ou residente dos Estados Unidos, (ii) uma corporação organizada sob as leis dos Estados Unidos, de
qualquer estado ou do Distrito de Columbia, ou (iii) qualquer outra pessoa ou entidade sujeita à tributação
federal nos Estados Unidos sobre lucro líquido obt ido de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais
(incluindo indivíduos estrangeiros não-residentes ou corporações estrangeiras cujo lucro provindo de Ações
Preferenciais e ADSs Preferenciais esteja efetivamente relacionado com a condução de um negócio ou
atuação em ramo de negócios nos Estados Unidos). A discussão a seguir presume que as Ações
Preferenciais e as ADSs Preferenciais sejam mantidas como bens de capital.
Via de regra, para fins de imposto de renda federal nos Estados Unidos, detentores de ADRs que
declarem propriedade de ADSs serão tratados como titulares das Ações Preferenciais representadas pelas
ADSs em questão.
Tributação de dividendos
Em geral, distribuições relativas às Ações Preferenciais ou às ADSs (que para este fim incluem as
participações em lucros) irão constituir dividendos para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos,
na medida que efetuadas a partir de ganhos e lucros correntes ou acumulados da Companhia, conforme
apurados nos termos dos princípios de taxação federal sobre renda nos Estados Unidos. Se a distribuição
exceder o montante do capital corrente da Companhia ou os ganhos e lucros acumulados, será tratada como
retorno não tributável sobre capital na medida da base tributária (alíquota de imposto) que incide sobre as
Ações Preferenciais ou ADSs e, subseqüentemente, como ganho de capital. Conforme empregado a seguir, o
termo “dividendo” significa uma distribuição que constitui dividendo para fins de imposto de renda federal nos
Estados Unidos.
O montante bruto de quaisquer dividendos (inclusive valores retidos em função de impostos
brasileiros) pagos às Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais estará sujeito à taxação federal americana,
como receita de dividendos de fonte estrangeira, e não estará qualificado para a dedução por dividendos
recebidos geralmente facultada a companhias americanas. Os dividendos pagos em reais serão incluídos na
receita do detentor norte-americano com valor em dólares dos Estados Unidos, calculado utilizando a taxa de
câmbio vigente no mercado à vista no dia em que tais dividendos são recebidos pelo detentor norteamericano; ou, no caso de ADSs Preferenciais, na data em que os dividendos forem recebidos pelo
Depositário, independentemente de os dividendos terem ou não sido convertidos em dólares americanos.
Quaisquer ganhos ou perdas com conversões subseqüentes ou com outra alienação da moeda brasileira
serão tratados como perdas ou ganhos ordinários de origem americana. No caso de um detentor americano
que não é um cidadão americano, os ganhos ou perdas serão considerados receita de origem americana
apenas se a moeda for mantida por uma unidade de negócios qualificada do detentor americano nos Estados
Unidos.
Observadas as limitações geralmente aplicáveis nos termos da legislação de imposto de renda
federal nos Estados Unidos, a retenção de imposto na fonte no Brasil será tratada como imposto de renda
estrangeiro, com direito a crédito para o detentor americano face às regras do imposto de renda federal nos
Estados Unidos. Para contabilizar o limite do crédito por imposto estrangeiro para categorias específicas de
rendimento, quaisquer dividendos constituirão, de modo geral, “receita passiva” ou, no caso de certos
detentores, “receita de serviços financeiros”. Alternativamente, um detentor americano pode optar por não
reclamar crédito por qualquer de seus tributos estrangeiros, e deduzir todos esses impostos ao declarar
ganhos tributáveis.
65
Tributação de ganhos de capital
A permuta de Ações Preferenciais por ADSs, mediante depósitos e retiradas de Ações Preferenciais
por seus detentores, não acarretarão a realização de ganho ou perda para fins de imposto de renda federal
nos Estados Unidos.
De modo geral, um detentor americano reconhecerá ganho ou perda de capital na venda ou outra
alienação de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais de sua posse, ou de posse do Depositário, em valor
igual à diferença entre o custo de aquisição corrigido das Ações Preferenciais ou ADSs (determinado em
dólares americanos) e o valor realizado na venda ou alienação. Se houver retenção de imposto na fonte no
Brasil quando da venda ou alienação de ações, o valor realizado pelo detentor americano será o valor bruto
do produto dessa venda ou alienação, antes da dedução no Brasil do imposto na fonte. O ganho de capital
declarado por certos detentores americano não-corporativos é taxado a uma alíquota mínima de 20% sobre
bens retidos por mais de um ano. O ganho de capital, se houver, realizado por detentor americano na venda
ou outra alienação de Ações Preferenciais ou ADSs, será geralmente tratado como renda de origem norteamericana para fins de crédito de imposto estrangeiro nos Estados Unidos. Conseqüentemente, no caso de
alienação de uma Ação Preferencial sujeita à taxação de impostos sobre renda no Brasil (ou, no caso de um
depósito, em permuta por ADS Preferencial ou por Ação Preferencial não registrada sob a Resolução 2.689,
que trata do imposto sobre ganhos de capital) (ver Considerações fiscais brasileiras – Tributação de ganhos
de capital), o detentor americano pode não estar apto a utilizar o crédito de imposto estrangeiro para tal
imposto brasileiro, a menos que possa aplicar o crédito contra tributos americanos pagos sobre outros
rendimentos de fontes estrangeiras na categoria de rendimentos apropriada, ou, alternativamente, poderá
fazer uma dedução do imposto brasileiro se preferir deduzir todos os seus impostos de renda estrangeiros. De
modo geral, qualquer perda será atribuída ao país de residência do contribuinte (conforme definido pela
Seção 865(g) do Código), com certas exceções, pelas quais uma perda declarada por um residente dos
Estados Unidos pode ser tratada, em todo ou em parte, como perda de origem estrangeira.
Regras relativas a Companhias de Investimento Estrangeiro Passivo
Com base na natureza de seu lucro, ativos e atividades atuais e projetados, a Companhia não espera
que suas Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais venham a ser enquadradas como ações de uma
companhia de investimento estrangeiro passivo (Passive Foreign Investment Companies , “PFIC”) para fins de
imposto de renda federal nos Estados Unidos. De modo geral, uma corporação estrangeira é enquadrada
como PFIC se pelo menos 75% de seu lucro bruto para o ano fiscal (ou, em geral, para um ano fiscal anterior
no qual o contribuinte deteve ações da corporação) provêm de receita passiva, ou se pelo menos 50% de
seus ativos para o ano corrente (ou, em geral, para um ano anterior no qual o contribuinte deteve ações na
corporação) produzem lucro passivo ou são mantidos para a geração de lucro passivo. Geralmente, lucro
passivo significa, para este fim, com certas exceções, dividendos, juros, aluguéis, royalities, anuidades,
ganhos obtidos mediante alienação de certos ativos, ganhos líquidos com moeda estrangeira, lucro advindo
da cobrança de juros (factoring), lucro advindo de juros sobre contratos de empréstimo e pagamentos
recebidos em substituição a dividendos. O enquadramento de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais
como ações de PFIC é factual e decidido anualmente. Assim, o não-enquadramento da Companhia como
PFIC em dado momento é passível de modificação. Com certas exceções, uma vez que as Ações
Preferenciais ou ADSs Preferenciais de detentores americanos são tratadas como ações de uma PFIC, elas
assim permanecem.
Se a Companhia é enquadrada como PFIC, contrariamente ao que foi colocado em “Considerações
fiscais norte-americanas – Tributação de dividendos” e “Considerações fiscais norte-americanas – Tributação
de ganhos de capital”, um detentor americano estará sujeito a regulamentações especiais com relação a (i)
qualquer ganho realizado sobre a venda ou outra alienação de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais e
(ii) qualquer “distribuição excessiva” feita pela Companhia ao detentor americano (geralmente, qualquer
distribuição durante um ano fiscal no qual as distribuições a detentores americanos de Ações Preferenciais ou
ADSs Preferenciais ultrapassem 125% da média anual tributável de distribuições recebidas pelo detentor
dessas ações ao longo dos três últimos exercícios fiscais ou, se o período for inferior, durante o período pelo
qual o detentor americano deteve ações). De acordo com essas regras, (i) o ganho ou a distribuição
excessiva seriam distribuídos proporcionalmente pelo período durante o qual o detentor americano esteve de
posse das Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais; (ii) o montante alocado para o ano fiscal no qual o
66
ganho ou a distribuição excessiva são declarados estaria sujeito à taxação como receita ordinária; (iii) o
montante alocado para cada ano anterior, com certas exceções, estaria sujeito à taxação sob a mais alta
alíquota em efeito para aquele ano e (iv) a cobrança de juros geralmente aplicável no caso de pagamento de
imposto sobre valores subestimados seria exercida em relação ao imposto atribuível a cada ano anterior. Um
detentor americano que possua Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais durante qualquer ano em que a
Companhia for enquadrada como PFIC deve preencher e declarar o Formulário 8621 do Internal Revenue
Service dos Estados Unidos. De modo geral, se a Companhia é enquadrada como PFIC, um detentor
americano pode se resguardar das regras descritas na segunda frase deste parágrafo fazendo a seguinte
opção: no primeiro ano em que detiver Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais e no qual a Companhia é
enquadrada como PFIC, selecionar um fundo qualificado (Qualified Electing Fund, “QEF”) para enquadrar as
Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais. Nesse caso, o detentor americano deve declarar como renda, a
cada ano, a proporção que lhe cabe sobre o lucro líquido e ganhos de capital da Companhia, distribuídos ou
não. De modo geral, as distribuições de tais rendimentos previamente tributados não são tributáveis. A
alíquota de um detentor americano de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais aumenta por montantes
incluídos no lucro conforme a QEF escolhida e diminui por quaisquer distribuições não tributáveis. A opção
pelo método de QEF está disponível apenas se a Companhia fornecer certas informações a seus acionistas,
incluindo o montante de suas receitas ordinárias e ganhos líquidos de capital, geralmente contabilizados de
acordo com a legislação de imposto de renda federal nos Estados Unidos. Presentemente, a Companhia não
pretende fazer tais contabilizações ou oferecer tais informações. Um detentor americano pode,
alternativamente, optar por sujeitar-se a um regime mark -to-market (ajustes diários de perdas e ganhos) para
ações enquadradas como PFIC. As regras de mark -to-market, em vigor para detentores americanos a partir
de 31 de dezembro de 1997, também seriam aplicáveis como alternativa às regras descritas na segunda frase
deste parágrafo – exceto, de modo geral, pelo fato de que a Companhia é enquadrada como PFIC sempre
que um detentor americano de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais não fizer a opção nem pelo regime
de mark -to-market nem por um QEF. Um detentor americano pode optar por um tratamento mark-to-market
para suas Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais desde que tais Ações ou ADSs constituam “ações
negociáveis” de acordo com regulamentações do Tesouro ainda a serem promulgadas. Um detentor
americano que elegesse o regime de mark -to-market trataria, de modo geral, qualquer ganho reconhecido sob
o regime de mark -to-market, ou qualquer ganho advindo da venda de Ações Preferenciais ou ADSs
Preferenciais, como receita ordinária, e teria direito à uma dedução ordinária para qualquer redução no valor
das Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais, em qualquer ano fiscal; também teria direito a deduzir as
perdas reconhecidas com vendas, mas apenas até o limite, em cada caso, do lucro obtido anteriormente com
o regime de mark -to-market e não compensado por deduções prévias relativas a reduções no valor das
ações. A alíquota de um detentor americano de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais seria aumentada
ou reduzida conforme os ganhos ou perdas contabilizados sob o regime de mark -to-market. Uma opção pelo
regime mark-to-market é, geralmente, irrevogável.
Declaração de informações e retenção de segurança na fonte
Um detentor americano de Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais estará, geralmente, sujeito à
declarar informações ao Internal Revenue Service (IRS) nos Estados Unidos e à “retenção de segurança na
fonte” de uma alíquota de 31% sobre dividendos ou resultados da venda ou outra forma de alienação de
Ações Preferenciais ou ADSs Preferenciais pagos nos Estados Unidos ou através de certos intermediários
financeiros ligados aos Estados Unidos, exceto se tal detentor (i) é uma corporação ou se enquadra em certas
outras categorias isentas, e comprova esse fato quando requisitado, ou (ii) fornece um número de
identificação de contribuinte correto, garante que não está sujeito à retenção de segurança na fonte e
obedece a todos os requisitos aplicáveis das regras de retenção de segurança na fonte. Qualquer montante
retido sob essas regras será creditável contra o imposto de renda a ser pago pelo detentor nos Estados
Unidos, e um detentor americano pode obter a restituição de quaisquer valores retidos em excesso através do
preenchimento do formulário apropriado para solicitar a restituição junto ao IRS. Embora os acionistas que
não são detentores americanos estejam geralmente isentos de retenção de segurança na fonte, assim como
de declarar informações sobre pagamentos feitos dentro dos Estados Unidos, um detentor não-americano
pode ser obrigado a cumprir certos procedimentos para comprovar que não é cidadão americano, a fim de
evitar as exigências de prestação de informações e retenção de segurança na fonte.
67
F. DIVIDENDOS E AGENTES DE PAGAMENTO
Não se aplica.
G. DECLARAÇÃO DE PERITOS
Não se aplica.
H. DOCUMENTOS PARA EXIBIÇÃO
Todos os documentos relativos à Companhia podem ser encontrados e inspecionados na sede da
Companhia, na Av. Farrapos, 1811, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
I. INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Não se aplica.
68
ITEM 11. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCOS DE MERCADO
A Companhia está exposta a alguns riscos de mercado relacionados, mas não limitados, a taxas de
câmbio (real brasileiro e dólar canadense versus dólar americano), ativos indexados, e instrumentos
financeiros baseados em taxas de juros. Em 2001, a flutuação na taxa de câmbio do real contra o dólar
americano apresentou uma desvalorização de 18,67% (o dólar americano foi cotado a R$1,9554 em 31 de
dezembro de 2000 e a R$ 2,3204 em 31 de dezembro de 2001). A exposição da Companhia aos riscos de
mercado deriva principalmente de seus contratos financeiros. Além disso, a desvalorização da moeda (risco
das taxas de câmbio) aumenta com a inflação, e as taxas de juros podem causar impacto na capacidade
financeira e no fluxo de caixa da Companhia. (Ver “Item 3.D. – Fatores de Risco– Fatores Relacionados ao
Brasil e à Companhia – Efeitos da Desvalorização Cambial e Flutuações na Taxa de Câmbio”).
A Companhia tem um Eurobônus, emitido em 24 de maio de 1996, de US$ 130 milhões, o qual irá
vencer em 24 de maio de 2004. Esse bônus está completamente protegido de variações cambias entre o R$
e o US$. Além da operação com eurobônus, outras operações de hedge foram feitas em 2001. Em dezembro
de 2001, o montante total protegido era de US$ 225,6 milhões (Ver Item 5, Endividamento e Estratégia
Financeira). A Gerdau S.A. não depende de matérias-primas importadas e, por essa razão, não precisa se
proteger contra a variação preços de insumos importados. Estes são produzidos localmente (sucata de aço e
ferro-gusa) e não flutuam em acordo com os preços internacionais.
A Companhia mantém os ativos expressos em reais e, em menor escala, em dólares canadenses e
norte-americanos, e em pesos chilenos, argentinos e uruguaios. Regularmente, a Companhia tem ganhos ou
perdas devido a movimentos de câmbio entre tais moedas e o dólar norte-americano. Ao mesmo tempo, a
Companhia tem empréstimos contraídos no Brasil, indexados ao dólar norte-americano e a outras moedas, os
quais também sofrem o impacto das taxas de câmbio entre essas moedas e o real. Como resultado, a
Companhia pode ser exposta a grandes perdas cambiais por outras desvalorizações do real brasileiro e/ou de
outras moedas frente ao dólar norte-americano. A receita líquida das de vendas, lucro bruto e margens
operacionais também podem ser influenciados por taxas de câmbio. As vendas da Companhia, expressas nas
moedas do Brasil, Canadá, Uruguai, Chile, Argentina e Estados Unidos, representavam 63,6%, 8,9%, 0,7%,
2,7%, 0,6% e 23,5%, respectivamente, da receita bruta consolidada das vendas da Companhia para o ano
encerrado em 31 de dezembro de 2001. Uma vez que as demonstrações financeiras da Companhia com base
no GAAP norte-americano são expressas em dólares norte-americanos, a receita líquida das de vendas e
outras contas das demonstrações financeiras (incluindo a receita líquida) poderiam ser afetadas
desfavoravelmente pela desvalorização de uma moeda local em relação ao dólar norte-americano.
Com o objetivo de minimizar o efeito da variação cambial sobre o passivo, a empresa contratou
operações de swap. Dívidas em dólar foram trocadas por dívidas em reais atreladas ao CDI. As operações
de swap estão discriminadas na tabela a seguir:
Empresa e consolidado
Data da contratação
12.02.2001
12.02.2001
18.07.2001
30.03.2001
04.10.2001
05.12.2001
16.07.2001
18.07.2001
Objeto
Valor (US$ mil)
Eurobônus
50,000
Eurobônus
50,000
Eurobônus
30,000
Importação
9,515
Importação
32,556
Importação
12,559
Pré-pagamento
30,710
Pré-pagamento
10,236
69
Proporção CDI
84,5%
87,0%
103,7%
100,0%
100,0%
100,0%
80,30%
92,80%
Vencimento
20.05.2004
20.05.2004
20.05.2004
04.10.2004
25.06.2002
23.12.2002
01.03.2006
01.03.2006
Em 31 de dezembro de 2001, o nível de endividamento da empresa incluindo dívidas em reais e em
moeda estrangeira e debêntures menos disponibilidades e títulos e valores mobiliários era menor que o
patrimônio líquido ( dívida líquida sobre o patrimônio de 91%). Segue o vencimento da dívida:
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Posterior
TOTAL
PASSIVOS
Denominados em moeda brasileira (reais)
BNDES
Taxa média de juros
45.714
TJLP +
36.907
TJLP +
28.640
TJLP +
24.073
TJLP +
21.288
TJLP +
6.751
TJLP +
24.649
TJLP +
3,00%
2.018
3,00%
3,00%
3,00%
13.156
3,00%
3,00%
Debêntures
3,00%
81.047
Taxa média de juros
CDI
CDI
187.549
96.222
CDI
Controladora
Taxa média de juros
461
22,87%
461
Denominados em dólares americanos
Eurobônus
Taxa média de juros
Financiamento de importação
Taxa média de juros
1.848
11,125%
68.346
LIBOR +
ACCs
92.303
11,125%
38.726
LIBOR +
94.151
15.087
LIBOR +
237
LIBOR +
122.395
2,36%
2,36%
2,36%
2,36%
25.224
17.985
18.108
8.051
1.087
6,821%
LIBOR +
6,821%
Taxa média de juros
LIBOR +
6,821%
Pre-export
Taxa media de juros
5,493
LIBOR +
Subsidiárias no exterior
3.72%
404.057
78.438
84.599
106.979
26.729
Taxa média de juros
LIBOR +
LIBOR +
LIBOR +
LIBOR +
LIBOR +
2,50%
2,50%
2,50%
2,50%
2,50%
6,821%
6,821%
70.456
5.493
701.275
Denominado em dólares canadenses
Máquinas e outros financiamentos
Taxa média de juros
16.809
LIBOR +
TOTAL
2,50%
569.509
16.809
172.056
238.737
152.496
49.104
6.751
106.157
1.294.810
ATIVOS
Denominados em moeda brasileira (reais)
Disponibilidades
Títulos e valores mobiliários
Taxa média de juros
340
340
76.378
CDI
76.378
Denominados em dólares americanos
Disponibilidades
Títulos e valores mobiliários
Taxa média de juros
27.492
229.687
27.492
229.687
3,50%
70
Medidas protecionistas
As medidas impostas pelos Estados Unidos e pela União Européia para proteger seus mercados
domésticos contra a importação de alguns tipos de produtos baratos, não impactam diretamente as
operações da Gerdau no Brasil porque as exportações para esses paises são insignificantes. As unidades da
Gerdau nos Estados Unidos operam independentemente e não dependem de nenhum tipo de aço do Brasil.
Crise Argentina
Em função da crise econômica na Argentina, a demanda por aços longos no país foi reduzida em
torno de 50% no segundo semestre de 2001. O impacto dessa crise no nível de atividade do Grupo é limitado
porque as operações Argentinas representam menos de 2% das vendas totais da Gerdau. Com o objetivo de
se adaptar a nova realidade econômica, a Gerdau: i) ajustou a produção à demanda local, ii) restringiu
crédito e iii) promoveu uma reestruturação financeira e organizacional dos negócios na Argentina.
A reestruturação aconteceu em março de 2002, e foi como segue: a Gerdau transferiu sua
participação de 71,77% na Sociedad Industrial Puntana S.A. – SIPSA para a SIPAR Aceros S.A., mantendo
sua participação de 38,18% na SIPAR. A SIPSA passou a ser uma subsidiária integral da SIPAR. Essa nova
estrutura irá reduzir a exposição da Gerdau a eventuais impactos de uma futura desvalorização na Argentina
e aumenta a sinergias entre as duas empresas.
A grande desvalorização do peso argentino em relação ao dólar americano gerou uma perda de US$
21,4 milhões nos negócios da Gerdau no último trimestre de 2001; no primeiro trimestre de 2002, houve uma
perda adicional de US$ 7,0 milhões. Além disso, a reestruturação promovida em março gerou uma perda de
1,8 milhões.
ITEM 12. DESCRIÇÃO DE OUTROS TÍTULOS DE CAPITAL
Não se aplica.
ITEM 13. DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULAS, DIVIDENDOS ATRASADOS E INADIMPLÊNCIA
Não se aplica.
PARTE II
ITEM 14.
MODIFICAÇÕES RELEVANTES DOS DIREITOS DOS DETENTORES DE TÍTULOS E
UTILIZAÇÃO DE RECURSOS
Não se aplica.
ITEM 15.
Não se aplica.
ITEM 16.
Não se aplica.
71
PARTE III
ITEM 17.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A Companhia respondeu ao Item 18 em substituição a este item.
ITEM 18.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
O Item 19 contém uma lista de todas as demonstrações financeiras preenchidas como parte deste
Relatório Anual.
ITEM 19.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS
(a) Demonstrações financeiras para os anos encerrados em 31 de dezembro de 2000, 1999 e 1998
Página
Parecer dos auditores independentes
F-1
Balanços consolidados em 31 de dezembro de 2000 e 1999
F-2
Balanços consolidados de lucro para os anos findos em 31 de dezembro de 2000, 1999 e 1998
F-4
Demonstrações consolidadas das mutações no patrimônio líquido para os anos findos em
31 de dezembro de 2000, 1999 e 1998
F-5
Fluxo de caixa consolidado para os anos findos em 31 de dezembro de 2000, 1999 e 1998
F-6
Notas a demonstrações financeiras consolidadas e combinadas
(b) Lista de anexos
Nenhum.
72
F-8
ASSINATURAS
A registrante por meio desta certifica que cumpre todas exigências para o preenchimento do Formulário 20-F
e que solicitou devidamente e autorizou os abaixo assinados a assinarem este relatório anual em seu favor.
GERDAU S.A.
Data: 30 de abril de 2002.
73
Por:
Nome:
Cargo:
Frederico C. Gerdau Johannpeter
Vice Presidente
Por:
Nome:
Cargo:
Osvaldo Burgos Schirmer
Diretor Financeiro
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Ao Conselho de Diretores e Acionistas da Gerdau S.A.:
(1) Examinamos os balanços consolidados da Gerdau S.A. e de suas subsidiárias em 31 de dezembro de
2001 e 2000, e as respectivas demonstrações consolidadas de resultado, patrimônio dos acionistas e fluxos
de caixa correspondentes a cada um dos três anos no período findo em 31 de dezembro de 2001, todos
expressos em dólares americanos. Essas demonstrações consolidadas são elaboradas sob a
responsabilidade da administração da Companhia. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião
sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria.
(2) Nossos exames foram conduzidos em conformidade com as normas de auditoria geralmente aceitas nos
Estados Unidos da América. Tais normas exigem que a auditoria seja planejada e realizada de forma a
obter razoável garantia de que as demonstrações financeiras estão isentas de declarações materiais
errôneas. Uma auditoria inclui o exame, com base em testes, das evidências que corroborem as quantias e
informações divulgadas nas demonstrações financeiras. Além disso, uma auditoria inclui também a
avaliação das práticas contábeis empregadas e estimativas significativas feitas pela administração, bem
como uma avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos
que nossos exames fornecem uma base razoável para nosso parecer.
(3) Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas mencionadas acima representam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira consolidada da Gerdau S.A. e de
suas subsidiárias em 31 de dezembro de 2001 e 2000, e os resultados consolidados das operações e fluxos
de caixa para cada um dos três exercícios terminados em 31 de dezembro de 2001, em conformidade com
princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América.
Arthur Andersen S/C
Porto Alegre, Brasil
Arthur Andersen S/C
Porto Alegre, Brasil
28 de janeiro de 2002, exceto pela nota 24, datada de 28 de março de 2002.
74
GERDAU S.A.
BALANÇOS CONSOLIDADOS
Em 31 de dezembro de 2001 e 2000
(em milhares de dólares americanos)
_______
ATIVOS
2001
Ativo circulante
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras
Contas a receber de clientes, líquido
Estoques
Imposto de renda diferido
Outros
Ativo circulante total
$
Ativo não-circulante
Imobilizado
Imposto de renda diferido
Depósitos judiciais
Investimentos
Investimentos ao custo
Outros
27.832
306.065
288.842
443.633
6.804
58.354
1.131.530
2000
$
1,384,463
43,866
26,730
197,611
14,851
153,626
Ativo total
$
2,952,677
1.542.609
62.938
31.962
248.352
11.890
167.371
$
As notas que acompanham este documento são parte integrante dos balanços consolidados.
75
12.433
290.449
331.622
458.135
15.605
58.392
1.166.636
3.231.758
GERDAU S.A.
BALANÇOS CONSOLIDADOS
Em 31 de dezembro de 2001 e 2000
(em milhares de dólares americanos)
_______
PASSIVOS
2001
Passivo circulante
Financiamentos de curto prazo
Parcela de curto prazo de financiamentos de longo prazo
Debêntures
Fornecedores
Provisão para imposto de renda
Imposto de renda diferido
Salários a pagar
Dividendos propostos/juros sobre o capital próprio
Impostos e contribuiçõees sociais a recolher
Outros
Passivo circulante total
Passivo não-circulante
Financiamentos de longo prazo, menos parcela de curto prazo
Debêntures
Financiamentos de longo prazo com empresas vinculadas
Imposto de renda diferido
Fundos de pensão
Provisão para contingências
Outros
Passivo não circulante total
Passivo total
Participação de acionistas não controladores
$
371.339
196.152
2000
$
372.050
316.536
2.018
137.397
12.787
2.872
32.504
44.957
24.413
56.455
880.894
2.413
139.945
608
6.651
40.201
38.546
29.047
24.043
970.040
630.636
94.204
461
151.257
47.158
55.170
27.780
1.006.666
717.830
113.349
77
144.495
40.806
70.395
66.824
1.153.776
1.887.560
2.123.816
32.397
42.283
558.971
558.971
279,243
56,074
762,494
(624,062)
1,032,720
279.243
46.075
676.037
(494.667)
1.065.659
$ 2,952,677
$ 3.231.758
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 13)
Ações preferenciais – sem valor nominal
74,109,685,986 ações emitidas e em circulação
Ações ordinárias – sem valor nominal
39,382,020,386 ações emitidas e em circulação
Reserva legal
Lucros acumulados
Outros prejuízos acumulados
Patrimônio líquido total
Total do passivo e do patrimônio líquido
As notas que acompanham este documento são parte integrante dos balanços consolidados.
76
GERDAU S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS
Para os anos terminados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999
(em milhares de dólares, exceto os valores por ações)
______
2001
Vendas
Menos: impostos federais e estaduais
Menos: frete e descontos
$
Vendas líquidas
Cus to de vendas
2.751.872 $
(311.223)
(120.119)
2000
3.162.537
(349.949)
(135.874)
1999
$
2.056.171
(282.308)
(52.875)
2.320.530
(1.641.620)
2.676.714
(1.964.353)
1.720.988
(1.101.371)
Lucro bruto
Despesas com vendas e marketing
Despesas gerais e administrativas
678.910
(105.801)
(181.108)
712.361
(112.195)
(213.143)
619.617
(86.007)
(157.755)
Receita operacional
Despesa financeira
Perdas cambiais
Receita financeira
Equivalência patrimonial de empresas não-consolidadas
Outras receitas (despesas) não-operacionais
392.001
(166.496)
(71.773)
55.002
18.324
(7.853)
387.023
(193.172)
(50.305)
57.324
33.962
2.165
375.855
(80.478)
(141.936)
64.166
(4.903)
5.196
219.205
236.997
217.900
(40.981)
(13.666)
(54.647)
(36.725)
(8.899)
(45.624)
(17.456)
(3.080)
(20.536)
164.558
191.373
197.364
2.795
(2.815)
328
167.353
188.558
197.692
167.353 $
188.558
Lucro antes do imposto de renda e participação dos
minoritários
Provisão para imposto de renda (Nota 14)
Corrente
Diferido
Lucros antes da participação dos minoritários
Participação dos minoritários
Lucro líquido
Lucro líquido disponível para acionistas preferenciais e
ordinários
Dados por ação
Lucro por lote de 1.000 ações
Ordinárias
Preferenciais
Lucro diluído por 1.000 ações
Ordinárias
Preferenciais
$
$
$
$
$
1,38
1,52
1,38
1,52
$
$
$
$
$
197.692
1,56
1,72
$
$
1,65
1,79
1,55
1,70
$
$
1,65
1,78
Quantidade de ações ordinárias em circulação
39.382.020.386
39.382.020.386
39.382.020.386
Quantidade de ações preferenciais em circulação
74.109.685.986
74.109.685.986
74.109.685.986
As notas que acompanham esse documento são parte integrante dos balanços consolidados.
77
GERDAU S.A.
DEMONSTRAÇÃÕ CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
para os anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999
(em milhares de dólares, exceto dados relativos a ações)
Ações
ordinárias
Saldo em 1 de janeiro de 1999
$
277.580
Ações
preferenciais
$
558.971
Reserva
legal
$
27.831
Outras perdas
compreensivas
acumuladas
Lucros
acumulados
$
444.873
$
(101.072)
Ações e m
tesouraria
$
(2.858)
$
1.205.325
Lucro líquido disponível para acionistas ordinárias e preferenciais
-
-
-
197.692
Ajustes de conversão
-
-
-
-
Venda de ações em tesouraria
-
-
-
-
-
2.858
Ganho na venda de ações em tesouraria
-
-
-
1.680
-
-
1.680
Dividendos (juros sobre o capital próprio) - ($1,20 por 1.000 ações ordinárias
e $1,27 por 1.000 ações preferenciais)
Transferências para reserva legal
-
-
-
(70.873)
-
-
(70.873)
-
Saldo em 31 de dezembro de 1999
277.580
$
558.971
9.859
$
37.690
563.513
1.663
-
(1.663)
-
Lucro líquido disponível para acionistas
-
-
-
Ajustes de conversão
-
-
-
Dividendos (juros sobre capital próprio) - ($0.55 por 1.000 ações ordinárias e
$0,60 por 1.000 ações preferenciais)
Transferências para reserva legal
-
-
-
-
-
10.048
$
279.243
$
558.971
$
46.075
(313.938)
(9.859)
$
Aumento de capital com uso de reservas
Saldo em 31 de dezembro de 2000
$
(79.657)
(65.986)
-
-
(65.986)
(10.048)
-
-
676.037
-
Efeitos do câmbio na equivalência patrimonial
-
-
-
-
Dividendos (juros sobre capital próprio) - ($0,58 por 1.000 ações ordinárias e
$0,65 por 1.000 ações preferenciais)
Transferências para reserva legal
-
-
-
$
762.494
(494.667)
$
-
(70.897)
(9.999)
As notas que acompanham esse documento são parte integrante dos balanços consolidados.
78
1.022.744
188.5588
-
$
$
-
-
56.074
-
-
$
$
-
Ajustes de conversão
558.971
-
(415.010)
(79.657)
167.353
$
2.858
-
-
279.243
(313.938)
188.558
-
9.999
197.692
-
-
-
$
$
-
-
Lucro líquido disponível para acionistas ordinários e preferenciais
Saldo em 31 de dezembro de 2001
-
Total
$
1.065.659
-
167.353
(191.243)
-
(191.243)
61.848
-
61.848
$
-
-
(624.062)
$
-
(70.897)
$
1.032.720
GERDAU S.A.
FLUXO DE CAIXA CONSOLIDADO
Para os anos terminados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999
(em milhares de dólares)
____
Fluxo de caixa operacional
Lucro líquido
$
Ajustes para reconciliar o lucro líquido das atividades operacionais:
Depreciação
Equivalência Patrimonial
Perdas cambiais em financiamentos de longo prazo
Participação dos minoritários
Imposto de renda diferido
(Ganho) Perdas na alienação de imobilizado
Provisão para crédito de liquidação duvidosa
Provisão para contingências
Receita financeira não caixa
Ganhos nas aplicações financeiras
Variações no ativo e passivo:
Aumentos nas contas a receber
Aumentos dos estoques
(Aumentos) diminuições em depósitos judiciais
Aumentos em contas a pagar e provisões
(Aumento) diminuições em outros ativos circulantes
Aumentos em outros ativos não-circulantes
Aumentos em outros passivos circulantes e não-circulantes
Caixa líquido da atividade operacional
Fluxo de caixa de atividades de investimento
Aquisições de imobilizado
Ganho na alienação de imobilizado
Aquisição de investimentos, líquido de caixa adquirido de $ 6,960
Aplicações financeiras
Ganho no resgate de aplicações financeiras
Conversão
Caixa líquido usado em atividades de investimento
79
2001
2000
1999
167,353 $
188.558 $
197.692
135,878
(18,324)
71,773
(2,795)
28,434
10,395
6,743
(22,859)
(10,107)
(2,210)
140.912
(33.962)
50.305
2.815
15.206
2.165
10.820
(9.595)
(26.602)
82.863
4.903
141.936
(328)
28.278
6.285
2.775
9.100
(22.908)
(16,948)
(57,563)
204
66,496
(12,521)
(12,583)
(18,997)
312,369
(62.738)
(41.668)
(6.340)
826
(6.295)
(15.736)
16.820
225.491
(58.852)
(104.612)
(3.802)
77.838
7.503
(124.201)
55.946
300.416
(244,021)
11,482
(264.799)
13.625
(433.431)
9.700
15,385
(32.259)
(351.494)
(282,967)
(335.787)
(366.170)
223,874
405.414
253.577
136,134
(140,113)
(16.838)
(230.644)
40.462
(847.356)
GERDAU S.A.
FLUXO DE CAIXA CONSOLIDADO
Para os anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999
(em milhares de dólares americanos)
____
2001
2000
1999
(70,897) $
(65.986) $
(37.386)
Fluxo de caixa de financiamentos
$
Dividendos pagos (juros sobre capital próprio)
Venda (compra) de ações em tesouraria
Receita de financiamentos de curto prazo
Pagamentos de financiamentos de curto prazo
Aporte de recursos de longo prazo
Repagamento de financiamentos de curto prazo
Caixa líquido originado de atividades financeiras
110,508
(121,270)
242,599
(315,352)
(154,412)
Aumento (diminuição) de caixa
Efeito cambial sobre o caixa
Caixa no início do ano
Caixa no final do ano
$
Dados suplementares ao fluxo de caixa
Valores pagos durante o ano a título de:
Juros (líquido dos saldos capitalizados)
Imposto de renda
$
163.777
(74.957)
257.992
(273.407)
7.419
17,844
(2,445)
12,433
27,832 $
2.266
597
9.570
12.433 $
2.994
(4.362)
10.938
9.570
83,258 $
11,890
------------
137.592 $
25.916
------------
267.445
15.599
------------
As notas que acompanham esse documento são parte integrante dos balanços consolidados.
80
4.538
516.864
(56.821)
294.295
(178.516)
542.974
1
Natureza das operações
A Gerdau S.A. é uma sociedade anônima incorporada como sociedade de responsabilidade limitada
conforme as leis da República Federativa do Brasil. O principal negócio da Gerdau S.A. (“Gerdau”) e de
suas subsidiárias no Uruguai, Chile, Canadá, Argentina e Estados Unidos (coletivamente a “Companhia”)
compreende a produção de aço bruto, produtos laminados longos, trefilados e longos especiais. A
Companhia produz aço com base no conceito de mini-mill, conforme o qual o aço é produzido em fornos
elétricos a arco a partir de sucata e ferro-gusa, adquiridos principalmente na região onde cada uma das
usinas opera. A Gerdau também opera fábricas com capacidade para produzir aço a partir de minério de
ferro em altos fornos e através do processo de redução direta.
Os principais mercados nos quais a Companhia atua são a construção civil, indústria e agropecuária.
Construção civil e indústria representaram em 2001 aproximadamente 94% do volume total de vendas da
Companhia (medido em toneladas) (não auditado). Esses mercados se localizam no Brasil, Estados
Unidos, Canadá e Chile e, em escala menor, no Uruguai e Argentina.
2
Base da apresentação
As principais políticas de contabilidade seguidas pela Companhia na preparação das demonstrações
financeiras são resumidas a seguir:
2.1
Registros societários
As demonstrações financeiras consolidadas, em anexo, foram preparadas de acordo com os princípios
contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (“GAAP norte-americano”), que diferem em certos
aspectos dos princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil (“GAAP brasileiro”), aplicados pela
Companhia na preparação de suas demonstrações financeiras societárias e para outros fins.
As informações relativas a patrimônio líquido e resultados das operações incluídas nessas
demonstrações financeiras diferem das informações descritas nos registros contábeis em função de (i)
efeitos das diferenças entre a taxa de desvalorização do real contra o dólar americano (“US$”) e os
índices que eram obrigatoriamente utilizados para indexação de demonstrações financeiras societárias
até dezembro de 1995, e (ii) diferenças nos métodos de mensuração de quantias entre o GAAP norteamericano e o brasileiro.
2.2
Correção monetária
A Companhia, cujas operações são, em sua maioria, em reais e, em menor escala, em dólares
americanos e canadenses e pesos chilenos, selecionou o dólar americano como moeda para fins de
relatório. As quantias em dólares americanos para todos os períodos apresentados foram convertidas
seguindo as diretrizes estabelecidas na Exposição das Normas de Contabilidade Financeira (“SFAS”)
#52, “Conversão de moedas estrangeiras em demonstrações financeiras” com base nas demonstrações
financeiras auditadas expressas na moeda local de cada país.
As principais operações da Companhia estão no Brasil, onde, da mesma forma como as
subsidiárias no Chile, Canadá e Argentina, a moeda local é a moeda funcional. Nesses casos, o
método de taxa de conversão corrente foi usado. Esse método envolve a conversão de ativos e
passivos usando a taxa de câmbio em vigor no final de cada período. As taxas médias de câmbio
foram aplicadas para a conversão das contas que refletem os resultados dos períodos. Os ajustes
1
de conversão são registrados diretamente no patrimônio líquido. Os ganhos e perdas
transações denominadas em moeda estrangeira são incluídos na demonstração de resultados.
em
Devido à crise econômica na Argentina, a demanda de aços longos naquele país foi reduzida em
aproximadamente 50% durante a segunda metade de 2001. O impacto desta crise no nível de
ativi dade do Grupo é limitado em virtude de as operações argentinas representarem menos de
2% das vendas totais da Gerdau. Para fins de conversão, as demonstrações contábeis argentines
foram convertidas pela taxa de $1.70 Peso Argentino para US$ 1.00.
2.3
Participação da controladora
Em 31 de dezembro de 2001, a Companhia controladora, Metalúrgica Gerdau S.A. (“MG” e,
coletivamente com suas subsidiárias e afiliadas, o “Conglomerado”) detinha 47,33% da Companhia. As
ações da MG correspondiam a 82,98% das ações ordinárias da Companhia e a 28,39% de suas ações
preferenciais não-votantes.
3
Práticas contábeis significativas
A seguir está um resumo das práticas contábeis significativas seguidas pela Companhia na
preparação das demonstrações financeiras consolidadas.
3.1
Consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas em anexo incluem as contas da Companhia e das
subsidiárias nas quais a Companhia é acionista majoritária, conforme segue (porcentagem do controle
em 31 de dezembro de 2001):
Porcentagem do controle
96
100
100
99
99
100
100
85
Seiva S.A. – Florestas e Indústrias
Gerdau GTL Spain S. L.
Armafer Serviços de Construção Ltda.
Gerdau Laisa S.A.
Gerdau Aza S.A.
Gerdau MRM Steel Inc.
Gerdau Courtice Steel Inc.
Ameristeel Corporation
Todas as transações e balanços significativos entre empresas do grupo foram eliminados na
consolidação.
3.2
Uso de estimativas
A preparação de demonstrações financeiras de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos
exige que a gerência faça estimativas e pressuposições que afetam as quantias de ativos e passivos
relatadas, assim como a divulgação de ativos e passivos contingentes nas datas das demonstrações e
as quantias relatadas de receitas e despesas durante os períodos do relatório. As estimativas são
usadas na contabilização da provisão para risco de crédito, depreciação, ativos de longa duração,
imposto de renda e contingências. Os resultados reais podem diferir dessas estimativas.
2
3.3
Equivalentes de caixa
São considerados equivalentes de caixa todos os investimentos temporaries de caixa com alta liquidez,
com vencimentos originais em três meses ou menos.
3.4
Aplicações financeiras
As aplicações financeiras consistem em certificados de depósito bancário e investimentos em fundo de
ações para uso exclusivo da Companhia (ver nota 7). Esses certificados de depósito e investimentos têm
datas de expiração que variam de quatro meses a um ano no momento da compra e são declarados pelo
custo acrescido de juros. Exceto pelas aplicações mencionadas acima, a Companhia considera como
equivalentes de caixa todas as aplicações com vencimento num prazo de 90 dias ou menos.
3.5
Estoques
Os estoques são avaliados de acordo com o que for menor, valor de custo ou mercado. O custo é
determinado utilizando o método de custo médio. Os estoques de suprimentos para embalagem e
manutenção são avaliados pelo custo de aquisição.
3.6
Imobilizado
O imobilizado está registrado pelo custo, incluindo os juros capitalizados e outros custos incorridos
durante a fase de construção de novas unidades. Os juros sobre empréstimos denominados em reais
incluem o efeito da indexação do principal exigido por alguns acordos de empréstimo. Os juros sobre
empréstimos em moeda estrangeira excluem os efeitos dos ganhos e perdas cambiais.
A depreciação é contabilizada utilizando o método linear, usando taxas que levam em consideração a
vida útil dos ativos relacionados: de modo geral, 25 anos para prédios e melhorias, 10 anos para
máquinas e equipamentos, 10 anos para móveis e utensílios e 5 anos para veículos e equipamentos de
informática. Os ativos em construção não são depreciados até entrarem em serviço. As despesas com
manutenção e reparos são debitadas à medida que são feitas. Qualquer ganho ou perda na venda de
propriedades e equipamentos é reconhecido no ano da transação.
A Companhia avalia periodicamente o valor patrimonial de seus ativos de longa duração quanto a danos.
O valor escritural de ativos de longa duração é considerado deteriorado pela Companhia quando o fluxo
de caixa antecipado, gerado pelo ativo, identificado separadamente, é menor do que o valor atual de
manutenção desse ativo. Nesse caso, uma perda seria reconhecida com base na quantia pela qual o
valor escritural do ativo excede o valor justo de mercado do ativo de longa duração. O valor justo de
mercado é determinado, principalmente, pelos fluxos de caixa descontados e antecipados. Nenhuma
perda por deterioração foi registrada nos períodos apresentados.
3.7
Investimentos em coligadas
Os investimentos em afiliadas nas quais a Companhia controla de 20 a 50%, mas sobre as quais não
possui controle efetivo, são contabilizados pelo método patrimonial. Os investimentos nas afiliadas nas
quais a Companhia controla menos de 20% são contabilizados pelo método de custos. Em 31 de
dezembro de 2001, os investimentos da Companhia em ações incluíam uma participação de 37,45% no
capital da Aço Minas Gerais S.A. – Açominas e de 38,18% no capital da Sipar Aceros S.A. – Sipar.
3
3.8
Receitas
As receitas das vendas de produtos e serviços são reconhecidas quando os produtos são remetidos ou
quando os serviços são executados. Os termos normais de venda da Companhia são de 21 dias para
vendas domésticas, do tipo CIF (Custo, Seguro e Frete). Clientes domésticos que comprem mais do que
o equivalente a U.S.$ 10,774 por mês estão sujeitos a um processo centralizado de aprovação de
crédito. Como consequência dessas práticas, as baixas de créditos ruins pela Companhia (os quais são
feitos após 12 meses) são um percentual insignificante do contas a receber consolidado da Gerdau.
Todas as empresas Gerdau (no Brasil e exterior) aceitam pagamento a vista ou a prazo na compra de
seus produtos, sendo, no segundo caso, de acordo com os termos comerciais ordinários adotados em
cada região, determinados sazonalmente. Atualmente, a maioria das vendas é feita com prazo máximo
de 30 dias.
3.9
Contas a receber
As contas a receber são declaradas pelo valor estimado de realização. Quando necessário, são feitas
provisões em quantias consideradas pela gerência como suficientes para suprir perdas futuras relativas a
contas incobráveis.
3.10
Imposto de renda
A Companhia declara impostos sobre renda conforme o previsto na SFAS #109, “Contabilizando
impostos sobre renda”, que exige a aplicação do método do passivo para contabilização do imposto de
renda. Conforme esse método, a companhia deve reconhecer os impostos e obrigações diferidos para
todas as diferenças temporárias. Ativos e passivos fiscais diferidos são medidos utilizando as taxas
fiscais decretadas e em vigor no ano durante o qual espera-se que essas diferenças temporárias sejam
recuperadas ou resolvidas. Conforme a SFAS #109, o efeito de mudanças nas taxas fiscais sobre ativos
e passivos diferidos é reconhecido na renda para o período que inclui a data de decreto.
Os ativos fiscais diferidos são reduzidos através do estabelecimento de uma provisão para valorização,
conforme apropriado, se, com base no peso das evidências disponíveis, for mais provável do que
improvável que o ativo fiscal diferido não será realizado.
3.11
Lucro por ação
Cada ação ordinária ou preferencial dá direito ao acionista de participar nos lucros; contudo, conforme a
lei brasileira, os acionistas preferenciais têm direito a receber pelo menos 10% a mais em dividendos por
ação (doravante denominados dividendos obrigatórios) do que os acionistas ordinários. Ao calcular o
lucro por ação (“LPA”), as ações preferenciais são consideradas como títulos preferenciais.
Ao calcular o LPA, a Companhia adotou o “método das duas classes”. Esse método é uma fórmula para
alocação de lucros que determina o lucro por ação para cada classe de ação ordinária e título
preferencial de acordo com os dividendos declarados e direitos de participação em lucros não
distribuídos. Conforme esse método, primeiramente deduz -se da receita a quantia de dividendos
declarada no período atual para cada classe de ação; os lucros restantes são, então, alocados às ações
ordinárias e títulos preferenciais na quantia pela qual cada ação pode participar nos lucros. Os lucros
totais alocados para cada ação (isto é, os dividendos reais declarados e a quantia alocada para a
participação) são, então, divididos pela média ponderada de ações em cada classe de títulos em
circulação durante o período.
4
O LPA básico exclui diluição, enquanto que o LPA diluído reflete a diluição potencial que poderia
ocorrer se as debêntures conversíveis fossem convertidas em ações. Ao calcular o LPA diluído, a
despesa financeira líquida de impostos sobre os títulos conversíveis é adicionada novamente à “Receita
líquida alocada a acionistas preferenciais e ordinários”, com a quantia resultante dividida pela média
ponderada de ações ordinárias e preferenciais em circulação que podem ser diluídas. Os títulos
conversíveis são considerados na média ponderada de ações ordinárias e preferenciais que podem ser
diluídas. Ver Nota 15.
Todos os dados relativos ao LPA são calculados levando-se em consideração, retrospectivamente, os
dividendos de ações (Nota 13.1) e as ações emitidas em conexão com a transferência de entidades e
operações para a Companhia pela acionista controladora, a MG (Nota 2.3)
O LPA é divulgado em valores por lote de 1000 ações, que correspondem ao número mínimo de ações
que podem ser negociadas nas bolsas de valores brasileiras.
3.12
Dividendos e juros sobre capital próprio
Os Instrumentos de Constituição da Companhia exigem o pagamento, a acionistas ordinários e
preferenciais, de dividendos anuais no valor de 30% da receita líquida calculada de acordo com as
determinações da legislação societária brasileira. A aprovação do pagamento de tais dividendos é feita
durante a Assembléia Geral Anual da Companhia, que deve ser realizada em ou antes de 30 de abril de
cada ano. Os dividendos são pagos em reais, e refletidos nessas demonstrações após aprovação
(declaração).
A partir de 1º de janeiro de 1996, foi permitido às empresas distribuir juros sobre o patrimônio líquido,
dedutíveis do imposto de renda. O valor de tais juros, determinados através da Taxa de Juros a Longo
Prazo (“TJLP”), não pode exceder 50% do lucro líquido (calculado de acordo com a legislação societária
brasileira) ou 50% dos resultados transitados. Tais pagamentos de juros são refletidos nessas
demonstrações como dividendos e são debitados dos lucros retidos no pagamento.
O benefício dessa prática para a Companhia, em vez da prática de pagamento de dividendos, é uma
redução de 33% na taxa de imposto de renda sobre o montante total. O imposto de renda relativo aos
juros é retido dos acionistas a uma taxa de 15%, exceto juros devidos ao governo brasileiro, que são
isentos de retenção.
3.13
Plano de pensão
O SFAS #87, “Contabilização dos fundos de pensão pelo empregador” foi aplicado desde o início do
primeiro ano apresentado nessas demonstrações financeiras. A maioria dos funcionários da Companhia
está coberta por planos de pensão para os quais a Companhia contribui, seja com base em uma
porcentagem da compensação do empregado (planos de contribuição definida), seja com base em
quantias determinadas atuarialmente (planos com benefícios definidos). Estes planos foram avaliados
por atuários independentes.
3.14
Ausências compensadas
A despesa de férias é totalmente acumulada no período no qual o funcionário presta os serviços que lhe
dão direito a tais férias.
5
3.15
Custos ambientais
As despesas relacionadas ao cumprimento de regulamentações ambientais, planejadas para minimizar o
impacto ambiental das operações da Companhia, são capitalizadas ou debitadas sob lucros, conforme
apropriado. A capitalização é considerada apropriada quando as despesas continuam a fornecer
benefícios para a Companhia; tais despesas são registradas na data em que ocorrem. As provisões para
despesas não-capitalizáveis são debitadas sob ganhos no momento em que são consideradas prováveis
e razoavelmente estimáveis. A gerência acredita que, no momento, cada uma de suas instalações está
cumprindo as regulamentações ambientais aplicáveis.
Informações e fatos futuros exigirão que a Companhia reavalie continuamente o impacto esperado de
questões ambientais. Contudo, a Companhia avaliou sua exposição ambiental total com base em dados
disponíveis e acredita que o cumprimento de todas as leis e regulamentações aplicáveis não terá um
impacto material sobre a liquidez da Companhia, sobre sua posição financeira consolidada ou sobre os
resultados de operações.
3.16
Custos com publicidade
Os custos com publicidade, quando ocorrem, são listados como despesas. Os custos com publicidade
incluídos nas despesas de vendas e marketing foram de aproximadamente US$ 9.144, US$ 8.966 e US$
6.000 para os anos encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999, respectivamente. Nenhum
custo com publicidade foi diferido nas datas dos balanços aqui apresentados.
3.17
Contabilização das vendas de ações pelas subsidiárias
Os ganhos ou perdas resultantes da venda de ações pelas subsidiárias são reconhecidos na Declaração
de Mutação no Patrimônio dos Acionistas, desde que o valor escritural líquido das ações controladas
pela Companhia após a venda exceda ou seja mais baixo do que o valor escritural líquido por ação
imediatamente antes da venda das ações.
4
Aplicações financeiras
As aplicações financeiras consistiam, em 31 de Dezembro, do seguinte:
Fundos de investimento
Fundos de investimento – Banco Gerdau S/A
Títulos de renda fixa
Títulos de renda variável
$
$
5
2001
50,976
76,125
113,640
65,324
306,065
$
$
2000
37,892
84,761
129,565
38,231
290,449
Contas a receber de clientes, valor líquido
As contas a receber de clientes em 31 de dezembro eram como segue:
Contas a receber de clientes
Menos: provisão para créditos de liquidação duvidosa
$
$
6
2001
311.887
(23.045)
288.842
$
$
2000
350.967
(19.345)
331.622
6
Estoques
Em 31de dezembro, os estoques consistiam em:
Produtos acabados
Produtos em elaboração
Matérias-primas
Materiais de almoxarifado
Adiantamentos a fornecedores
7
$
2000
224.839
68.568
64.255
90.995
9.477
458.135
$
$
2001
76.125 $
461 $
2000
84.761
77
$
Transações com coligadas
Aplicações financeiras – Banco Gerdau S.A.
Financiamento de longo prazo, MG
8
$
2001
215.045
62.149
95.904
62.140
8.395
443.633
$
(i)
O Banco Gerdau, subsidiária controlada pela MG, estabeleceu um fundo de investimento
para uso exclusivo da Companhia. Os investimentos do fundo consistem em depósitos
bancários nos principais bancos brasileiros e em títulos do governo brasileiro. A receita
obtida sobre o investimento da Companhia no fundo agregou US$ 14.440 em 2001 e US$
8.338 em 2000, representando um rendimento médio de 17.0% e 16.9%, respectivamente.
(ii)
Os empréstimos da Companhia junto à MG em 31 de dezembro de 2001 e 2000 são
denominados em reais e rendem juros pela taxa média ponderada de empréstimo do
Conglomerado (22,8% em 31 de dezembro de 2001), vencendo em 2002. O custo dos juros
relacionados a tais empréstimos agregaram US$ 20 em 2001, US$ 3.381 em 2000 e US$
4.326 em 1999, representando taxas médias efetivas de 22,8%, 19,6% e 25,4%,
respectivamente.
Imobilizado, líquido
A composição do imobilizado, em 31 de dezembro, era a seguinte:
Prédios e benfeitorias
$
Máquinas e equipamentos
Veículos
Móveis e utensílios
Outros
Menos: depreciação acumulada
Terrenos
Obras em andamento
Total
7
2001
352,653
$
2000
347.286
1,495,911
1.542.887
13,096
14.971
33,170
118,370
2,013,200
(833,261)
1,179,939
96,276
108,248
$ 1,384,463
38.559
138.845
2.082.548
(859.640)
1.222.908
154.541
165.160
$ 1.542.609
“Obras em andamento” em 31 de dezembro de 2001 representa, principalmente, reformas e
melhorias nas instalações industriais da Companhia localizadas no Brasil. A Companhia capitalizou os
juros sobre as obras em andamento no valor de US$ 14.228 em 2001, US$ 20.735 em 2000 e US$
11.934 em 1999.
Em 31 de dezembro de 2001, o item “Máquinas e equipamentos”, com um valor registrado nos
livros contábeis de aproximadamente US$ 33.546, foi oferecido como garantia para certas dívidas
de longo prazo.
9
Plano de pensão
A Companhia e empresas do Conglomerado são co-responsáveis por um plano de pensão por
contribuição que cobre substancialmente todos os funcionários baseados no Brasil (ver “Plano
Doméstico”). O Plano Doméstico é, acima de tudo, um plano de benefícios definidos com certas
contribuições limitadas definidas. Além disso, as subsidiárias canadenses e norte-americanas
patrocinam planos de benefícios definidos (os “Planos Canadenses” e os “Planos NorteAmericanos”) que cobrem substancialmente todos os seus funcionários. As contribuições ao Plano
Doméstico para participantes com contribuições definidas são baseadas em uma porcentagem
específica do salário do funcionário e totalizaram US$ 955 em 2001, US$ 1,596 em 2000 e US$
1,560 em 1999. As contribuições ao Plano Doméstico para participantes com benefícios definidos
e as contribuições aos Planos Canadenses e Norte-Americanos são baseadas em quantias
atuarialmente determinadas.
O Plano Doméstico é administrado pela Gerdau – Sociedade de Previdência, que foi estabelecida
pelo Conglomerado para esse fim. Os ativos do Plano Doméstico consistem em investimentos em
certificados de depósito bancário, ações, títulos de dívidas e fundos de investimento.
O total de contribuições para o plano de pensão em 2001, 2000 e 1999 foi de US$ 7,659, US$
5,354 e US$ 8,058, respectivamente.
O custo líquido periódico da previdência em relação ao benefício definido do Plano Doméstico
foi:
Custo dos serviços acumulados no período
Custo de juros sobre a obrigação projetada de benefícios
Retorno sobre ativos do plano
Ganho diferido sobre ativos do plano
Amortização de (ganho) perda
Amortização de obrigações transitórias não-reconhecidas
Despesas líquidas com previdência
8
2001
1.989
5.037
(15.111)
10.538
(475)
865
2.843
2000
2.180
5.110
(8.940)
3.970
(970)
1.114
2.464
1999
2.073
4.182
(16.505)
13.108
(597)
1.123
3.384
A condição financeira do plano de benefícios doméstico em 31 de dezembro era como segue:
2001
2000
1999
Valor atuarial presente das obrigações acumuladas:
Benefícios adquiridos
Benefícios não-adquiridos
21.510
4.609
21.023
5.263
11.188
11.352
Obrigações de benefícios acumuladas
Aumento futuro projetado de salários
Obrigações de benefício projetadas
Ativos do plano a valor justo
Excesso de obrigações sobre os ativos do plano
Obrigações transitórias líquidas não-reconhecidas
Perdas (ganhos) líquidas não reconhecidas
Provisão para pensão reconhecida no balanço patrimonial
26.119
29.478
55.597
62.222
(6.625)
(1.757)
25.761
17.379
26.286
34.043
60.329
55.370
4.959
(3.127)
16.498
18.330
22.540
29.277
51.817
52.214
(397)
(4.557)
23.281
18.327
Informações adicionais exigidas pelo SFAS #132 para o Plano Doméstico:
2001
Variações nas obrigações de benefícios
Obrigação de benefício no início do ano
Custo de serviços
Custo financeiro
Perdas atuariais (ganho)
Pagamentos de benefícios
Ajustes de conversão
Obrigações com benefícios no final do ano
$
$
2000
60.329
1.989
5.037
(1.642)
(721)
(9.395)
55.597
$
$
51.817
2.180
5.110
7.608
(1.613)
(4.773)
60.329
2001
Variações no ativo do plano
Valor justo dos ativos do plano no início do ano
Retorno dos ativos do plano
Contribuições do empregador
Pagamento de benefícios
Ajustes de conversão
Valor justo dos ativos do plano no final do ano
$
$
Status do fundo
Status do fundo no final do ano
Custo do serviço passado não-reconhecido
Perdas (ganhos) não reconhecidos
Obrigações transitórias não-reconhecidas
Custo pré-pago (acumulado)
55.370
15.111
941
(721)
(8.479)
62.222
6.625
(25.761)
1.757
(17.379)
2000
$
$
52.214
8.940
793
(1.613)
(4.964)
55.370
(4.959)
(16.498)
3.127
(18.330)
As obrigações líquidas não-reconhecidas relativas à transição e ganhos ou perdas líquidas estão
sendo amortizadas pelo método linear em um período de 15 anos, que corresponde à média restante da
vida de trabalho dos funcionários. A amortização da obrigação líquida de transição de 31 de dezembro
de 1988 (a data efetiva da SFAS # 87 para planos de fora dos Estados Unidos) até 31 de dezembro de
1994 foi registrada diretamente sob patrimônio no balanço de abertura no GAAP norte-americano e
correspondia a aproximadamente US$ 10.956.
9
A seguir está um resumo das hipóteses atuariais assumidas nos cálculos dos benefícios
para o Plano Doméstico:
Taxa média ponderada de desconto
Taxa de crescimento salarial
Taxa de retorno dos investimentos
2001
2000
1999
9,7%
8,7%
9,7%
9,7%
8,7%
9,7%
9,7%
8,7%
9,7%
Os componentes do custo periódico líquido de previdência para os Planos Canadenses são:
Custos do serviço acumulado no período
Custo de juros da obrigação de benefícios projetada
Retorno esperado sobre ativos do plano, valor líquido
Amortização de obrigações transitórias nãoreconhecidas
Despesa líquida com previdência
$
$
2001
1.064
2.097
(2.278)
9
892
$
$
2000
914
2.090
(2.153)
105
956
$
$
1999
936
1.955
(1.691)
811
2.011
As premissas usadas na contabilização dos Planos Canadenses foram:
2001
7,0%
2,5%
7,0 -7,5%
Taxa média ponderada de desconto
Taxa de crescimento salarial
Taxa de retorno do investimento
2000
7,0%
2,5%
7,0-7,5%
1999
7,5%
8,0%
8,0%
A seguir aparece o status do fundo para os Planos Canadenses em 31 de dezembro:
Ativos do plano a valor justo
Valor atuarial presente dos benefícios
Obrigações previdenciárias não-reconhecidas
Perdas líquidas não-reconhecidas
Obrigação mínima adicional
Custos previdenciários pré-pagos
$
$
2001
31.207
32.186
979
(3,019)
1,483
(557)
$
$
2000
33.245
31.330
(1.915)
(33)
1,377
(620)
$
$
1999
32.093
33.332
1.239
(3.129)
(3.129)
(1.890)
A seguir estão as informações adicionais exigidas pelo SFAS # 132 para os Planos Canadenses:
2001
2000
Variações nos ativos do plano
Ativos do plano no início do ano
Impacto cambial sobre o s aldo inicial
Benefícios pagos, e impacto cambial líquido
Retorno sobre ativos
Ativos do plano no final do ano
33.245
(1.932)
(468)
362
31.207
32.093
(1.745)
(358)
3.255
33.245
Variações no valor atuarial atual dos benefícios
Valor atuarial presente dos benefícios no início do ano
Custo do serviço
Benefícios pagos estimados
Juros acumulados
Impacto cambial líquido
Outros
Valor atuarial presente dos benefícios no fim do ano
31.281
887
(1.562)
2.097
(1,277)
760
32.186
30.836
865
(1.644)
2.090
(18)
(848)
31.281
10
As subsidiárias nos Estados Unidos, atualmente oferecem plano de saúde a funcionários
aposentados. Os funcionários que se aposentam após uma certa idade, com um número
específico de anos podem se candidatar a receber os benefícios desse plano não-financiado. A
subsidiária americana tem o direito de modificar ou interromper esses benefícios. Os componentes
do custo líquido periódico para o plano norte-americano são como segue:
Custo de serviço dos benefícios acumulados no período
Custo dos juros sobre obrigações previdenciárias
projetadas
Retorno esperado sobre ativos do plano, valor l íquido
Amortização de obrigações de transição não reconhecidas
Ganhos atuariais reconhecidos
Despesas previdenciárias líquidas
Benefícios do plano de
previdência
2001
2000
4.039
3.302
8.822
8.008
Assistência médica pósaposentadoria
2001
2000
247
210
586
564
(9.983)
(35)
(9.341)
(35)
-
(11)
2.843
1.934
833
(18)
745
As premissas usadas na contabilização dos Planos Norte-Americanos foram:
2001
7,25%
4,5%
9,25%
Taxa média ponderada de desconto
Taxa de aumento nas compensações
Taxa de retorno a longo prazo sobre ativos do plano
2000
7,5%
4,5%
9,5%
* - por hora 4.0%; escala de salário varia de 8,3% aos 25 anos a 4,5% aos 55 anos ou mais
O status do fundo dos Planos Norte-Americanos em 31 de dezembro aparece a seguir:
Benefícios do plano de
previdência
2001
2000
101.716
108.188
131.886
116.940
(30.170)
(8.752)
(221)
(257)
16.149
(3.164)
(14.242)
(12.173)
Ativos do plano a valor justo
Valor atuarial presente dos benefícios
Ativos do plano excedentes às obrigações
Custo do serviço passado não-reconhecido
Perdas (ganhos) líquidas n ão-reconhecidas
Custos previdenciários pré -pagos
Assistência médica pósaposentadoria
2001
2000
9.068
7.858
(9.068)
(7.858)
(135)
246
(933)
(8.822)
(8.926)
As informações adicionais exigidas pelo SFAS # 132 para os Planos Americanos são como
seguem:
Benefícios do plano de
previdência
2001
2000
Variações nos ativos do plano
Ativos do plano no começo do ano
Contribuição da patrocinadora
Contribuição dos participantes do plano
Benefícios pagos, e impacto cambial líquido
Retorno sobre ativos
Ativos do plano no fim do ano
108.188
774
(5.755)
(1.491)
101.716
11
105.304
(5.493)
8.377
108.188
Assistência médica pósaposentadoria
2001
2000
937
466
(1.403)
-
800
429
(1.229)
-
Variações no valor atuarial presente dos benefícios
Valor atuarial presente dos benefícios no início do
ano
Custo do serviço
Estimativa de benefícios pagos
Juros acumulados
Contribuições dos participantes do plano
Complementos do plano
Perda atuarial
Valor atuarial presente dos benefícios no fim do ano
116.940
102.345
7.858
7.834
4.039
(5.755)
8.822
7.839
131.886
3.302
(5.493)
8.008
8.778
116.940
247
(1.403)
586
466
135
1.179
9.068
210
(1.229)
564
429
50
7.858
A Companhia estimou uma obrigação de US$ 5,745, referente a benefício de desligamento a ser pago a
seus executivos. Este montante foi incluído no passivo com plano de pensão nas demonstrações
contábeis, com contrapartida na demonstração de resultados do período.
10
Financiamentos de curto prazo
Os financiamentos de curto prazo consistem em linhas de crédito para capital de giro e
adiantamentos de exportação com taxas de juro variando entre LIBOR + 1,3% ao ano e 13,4% ao ano,
mais correção monetária ou variação cambial em 31 de dezembro de 2001. Todos os financiamentos de
curto prazo vencem em menos de um ano, e são pagáveis em uma única parcela, no vencimento.
Geralmente, os juros são pagos mensalmente. Este débito é garantido pela controladora do grupo.
11
Financiamentos de longo prazo e debêntures
Os financiamentos de longo prazo e debêntures consistiam do seguinte em 31 de dezembro:
Taxa de juros
anual %
Financiamentos de longo prazo, exceto debêntures, denominados
em reais (i)
Financiamento para máquinas
Financiamentos de longo prazo, exceto debêntures, denominados
em moeda estrangeira
Financiamento para máquinas e Outros (Cdn$)
Capital de giro (US$)
Financiamento para máquinas (US$) (ii)
Financiamento para investimentos (US$)
Financiamento para máquinas (DM$)
2001
2000
9.25 a 10.0
187.175
248.009
9.09
3.0 a 8.36
LIBOR+11.02
333,033
220,686
19.658
479.847
194.336
85,894
826,788
(196,152)
630,636
91.716
800
1.034.366
(316.536)
717.830
96,222
(2,018)
94.204
115.762
(2.413)
113.349
5.53
10.4
Menos: parcela de curto prazo
Financiamentos de longo prazo, exceto debêntures, menos parcela de
curto prazo
Debêntures (iii)
Menos: parcela de curto prazo
Debêntures, menos parcela de curto prazo
12
(i)
Os financiamentos de longo
prazo denominados em reais são
indexados para a inflação pela TJLP – fixada pelo governo trimestralmente com base na
TR – Taxa Referencial, publicada diariamente pelo governo.
(ii)
Os juros são baseados na taxa semestral LIBOR (London Inter-Bank Offered
Rate) que, em 31 de dezembro de 2001, era 2,44%.
(iii)
As debêntures são representadas por sete emissões, como segue:
Emissão
Terceira
Quinta
Sétima
Oitava
Nona
Décima-primeira
Total
Data de emissão
1982
1989
1982
1982
1983
1990
Vencimento
2011
2005
2012
2013
2014
2020
$
$
2001
20.240
8.116
6.331
17.503
37.796
6.236
96.222
$
$
2000
21.665
11.764
6.971
20.385
45.475
9.502
115.762
As debêntures são denominadas em reais e rendem juros variáveis (CDI – Certificado de
Depósito Interbancário). A média da taxa nominal de juros era de 16,95 % ao ano em 31de dezembro de
2001, e 16,95% em 31 de dezembro de 2000. As debêntures públicas da Companhia proíbem o
pagamento de dividendos que excedam 30% dos lucros líquidos distribuíveis, se, após dar efeito a tais
distribuições, os passivos de longo prazo da Companhia excederem mais de 1,5 vezes seu valor líquido
e seus ativos circulantes forem menores que seus passivos circulantes.
A Companhia tem US$8.073 em debêntures conversíveis que expiram em várias datas até 2005.
Essas debênt ures são conversíveis, conforme opção dos acionistas, em 263.901.675 ações ordinárias e
527.803.350 ações preferenciais, computadas através da divisão do valor de emissão da dívida pelo
valor escritural das ações, conforme lei societária, em 31 de dezembro de 2001.
Os contratos de financiamentos da Companhia contêm cláusulas que prevêem a
manutenção de certas proporções conforme calculado de acordo com o GAAP brasileiro. As mais
restritivas dessas cláusulas são:
§ Índice de liquidez corrente, que consiste de ativos correntes divididos por passivos correntes,
de 1,0 ou maior.
§ Índice de menos de 2,5 até 30 de setembro de 2002, e 2,0 depois dessa data, do total de
endividamento de curto e longo prazo dividido pelo lucro operacional mais despesas financeiras
mais depreciação e amortização (EBITDA).
§ Índice de cobertura do serviço da dívida consistindo do EBITDA operacional total menos
despesas de capital e impostos pagos, dividido pelo principal mais juros sobre caixa maior do que
1,1.
§ Índice de cobertura de juros consistindo do EBITDA operacional menos despesas de capital,
dividido por juros sobre o caixa, maior do que 2,0.
§ Índice de dívida a prazo dividido pelo capital das empresas canadenses, não maior do que
0,55 até 31 de dezembro de 2001 e não maior do que 0,4 depois daquela data.
§ Índice de valor tangível líquido das empresas canadenses de mais de US$ 117 milhões mais
50% da receita líquida consolidada cumulativa.
Em 4 de janeiro de 1999, a Companhia assumiu uma dívida relacionada a Eurobonds de
US$130.000, emitidos pela Companhia controladora, Metalúrgica Gerdau, com expiração em maio
13
de 2004, em troca da dívida existente com a Companhia controladora. Como resultado dessa
operação, a Companhia se sujeitou a certas cláusulas financeiras relacionadas à emissão desses
Eurobonds. A mais restritiva dessas cláusulas determina que a Companhia mantenha o
endividamento consolidado em um nível que seja menor do que 4 vezes o EBITDA consolidado.
Em 31 de dezembro de 2001, a Companhia estava em dia com todas as cláusulas restritivas
relacionadas aos Eurobonds. Do montante total emitido, a subsidiária GTL Equity Investments
Corp. comprou $ 42.038, quando alguns bondholders tiveram a oportunidade de exercer seu
direito de put. Para fins de apresentação nas demosntrações contábeis em anexo, o saldo de
Eurobônus é demonstrado pelo seu valor líquido.
Outras cláusulas nos contratos de financiamento restringem o pagamento de dividendos e limitam
o endividamento adicional. Em 31 de dezembro de 2001, a Companhia estava em dia com essas
cláusulas.
Os financiamentos de longo prazo vencem nos seguintes anos:
2003
2004
2005
2006
2007 e após essa data
$ 179.262
238.737
139.340
49.104
31.399
$ 637.842
12
Compromissos e contingências
A Companhia é parte em litígios relacionados a certos impostos, contribuições e questões
trabalhistas. A Companhia acredita, com base, em parte, no aconselhamento de sua consultoria
jurídica, que a reserva para contingências seja suficiente para atender perdas prováveis e
razoavelmente estimáveis no caso de decisões legais desfavoráveis. Assim, a Companhia acredita
que a decisão final em tais casos não terá um efeito substancial na posição financeira consolidada
em 31 de dezembro de 2001, nem sobre os resultados de operações futuras ou fluxos de caixa.
Contudo, é possível que as contingências tenham um efeito material sobre resultados
operacionais trimestrais ou anuais, quando resolvidas em períodos futuros.
Incluídos na provisão para contingências em 31 de dezembro de 2001 estão US$ 21.774
relacionados a “empréstimos compulsórios”. A Companhia, juntamente com outros consumidores
de eletricidade, questionou a constitucionalidade dos “empréstimos compulsórios” que devem ser
pagos para a companhia estatal Eletrobrás (Empréstimo Compulsório Eletrobrás Sobre Energia
Elétrica) por seus clientes. Em março de 1995, o Supremo Tribunal decidiu contra os interesses da
Companhia. Embora a constitucionalidade do débito tenha sido sustentada pelo Supremo Tribunal
Federal, diversas questões ainda estão pendentes, inclusive as quantias a serem pagas pela
Companhia. Espera-se que os litígios continuem pendentes por no mínimo mais dois ou três
anos..
A Companhia estabeleceu uma reserva relacionada a “empréstimos compulsórios” já que: (i) o
Supremo Tribunal Federal decidiu contra os interesses da Companhia nessa questão; (ii) embora o
pagamento à Eletrobrás tenha sido feito na forma de empréstimo, o reembolso à Companhia será
na forma de ações da Eletrobrás; e (iii) com base na informação atualmente disponível, as ações
da Eletrobrás valerão provavelmente menos do que 5% da quantia paga caso o repasse fosse feito
em espécie.
14
Também incluídos na reserva de contingências estão US$3.063 relativos à contestação do “Fundo
de Investimento Social” (“FINSOCIAL”), US$398 do “Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços” (“ICMS”), US$1.071 da “Contribuição Social Sobre o Lucro”, US$5.788 da “Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira” (“CPMF”), US$4.402 do “Imposto de Renda”,
US$7.684 do “INSS” e US$3.936 relativos à contestação de impostos sociais federais, como o
“Programa de Integração Social”, (“PIS”) e a “Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social” (“COFINS”). A Companhia acredita que, a partir da decisão do Supremo Tribunal sobre o
PIS, tem direito a uma devolução de imposto, feita na forma de dedução dos pagamentos mensais
de PIS e COFINS. As quantias descontadas são contabilizadas como obrigações contingentes. A
Companhia acredita que não terá uma decisão sobre o mérito da questão por pelo menos 2 anos.
A Companhia também é litigante em diversas ações por parte de empregados. Em 31 de
dezembro de 2001, a Companhia acumulou US$6.121 relativos a essas ações. Além disso, a
Companhia está envolvida em diversas ações ligadas ao curso normal de seus negócios, e
acumulou US$163 para essas ações.
Depósitos em juízo, que representam ativos restritos da Companhia, são relacionados a quantias
pagas ao tribunal e mantidas em juízo até a resolução de questões legais relacionadas. O crédito
em 31 de dezembro de 2001 era constituído principalmente por US$11.183 relacionadas ao litígio
da ELETROBRÁS (31 de dezembro de 2000: US$14.244) e US$5.788 relacionados ao litígio da
“Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira” (“CPMF”) (31 de dezembro de 2000:
US$6.869 relativos a “Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira”).
Adicionalmente às matérias descritas acima, a Companhia está envolvida como parte em uma
variedade de litígios rotineiros inerentes ao curso normal de suas atividades. A Administração
entende, baseada na opinião de consultores legais, ter defesa ou proteção de seguro no que diz
respeito a esses litigious e que quaisquer perdas, seguradas ou não, não terão efeito adverso
material no resultado consolidado das operações ou posição financeira consolidada da
Companhia. Os consultores legais da Companhia estimaram o montante de possíveis perdas com
contingências em US$ 48 milhões, em 31 de dezembro de 2001.
13
Patrimônio líquido
13.1
Capital social
Em 31 de dezembro de 2001, havia 39.382.020.386 ações ordinárias e 74.109.685.986 ações
preferencias emitidas e em circulação. O capital social da Companhia compreende ações
ordinárias e preferenciais todas sem valor nominal. O capital autorizado da Companhia é composte
de 240.000.000.000 ações ordinárias e 480.000.000.000 ações preferenciais. Apenas as ações
ordinárias têm direito a voto. Conforme os estatutos da Companhia, direitos específicos são
assegurados às ações preferenciais não-votantes. Não há provisões de resgate associadas às
ações preferenciais. As ações preferenciais têm preferência em relação aos resultados da
liquidação da Companhia. Se os Dividendos Obrigatórios forem omitidos por três anos
consecutivos, as ações preferenciais adquirem direito a voto até que o pagamento desses
dividendos seja provisionado.
As mutações nas ações da Companhia de 1º de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2001 são
descritas a seguir:
15
Saldos em 1º de janeiro d e 1999
Ações emitidas na incorporação da Comercial Gerdau
Venda de ações preferenciais
Saldos em 31 de dezembro de 1999
Ações emitidas no desdobramento de ações
Saldos em 31 de dezembro de 2000
Saldos em 31 de dezembro de 2001
Ações ordin.
emitidas
19.691.010.193
------------------19.691.010.193
19.691.010.193
------------------39.382.020.386
Ações prefer.
Emitidas
37.054.813.723
29.270
------------------37.054.842.993
37.054.842.993
------------------74.109.685.986
-----------------39.382.020.386
===========
-----------------74.109.685.986
===========
Ações em
tesouraria
(233.100.000)
233.100.000
-------------------------------------------------==========
Conforme o GAAP brasileiro (para períodos anteriores a 31 de dezembro de 1995), as reservas
estatutárias estavam sujeitas à correção monetária com a reserva de capital estabelecida para
acumular a quantia da correção monetária. Durante 1996 e 1995, a Companhia emitiu ações
ordinárias e preferenciais a seus acionistas, capitalizando, assim, todas as quantias restantes
incluídas na reserva de capital. Para fins dos objetivos do GAAP norte-americano, essa transação
foi tratada como dividendo de ações; quantias históricas por ação foram, assim, corrigidas para
todos os períodos.
13.2
Reserva legal
Pela lei brasileira, a Companhia deve transferir até 5% do lucro líquido anual, determinado de
acordo com a lei societária brasileira, a uma reserva legal até que tal reserva seja igual a 20% do capital
integralizado. A reserva legal pode ser utilizada para aumentar o capital integralizado ou para absorver
perdas, mas não pode ser usada para fins de dividendos.
13.3
Pagamento de dividendos
A lei brasileira permite o pagamento de dividendos em dinheiro a partir de resultados transitados
calculados de acordo com as definições da Lei Societária brasileira e declarados nos registros de
contabilização estatutários. Em 31 de dezembro de 2000, os lucros suspensos da Companhia
disponíveis para distribuição de dividendos a acionistas ordinários e preferenciais eram de
aproximadamente US$ 440.874.
Os dividendos agregados declarados pela Companhia para os três anos terminados em 31 de
dezembro foram:
Ações ordinárias
$
Ações preferenciais
Total
2001
23.046
$
47.851
$
70.897
16
2000
21.491
$
44.495
$
65.986
1999
23.741
47.132
$
70.873
14
Contabilização de impostos sobre renda
O imposto de renda a pagar é calculado separadamente para a Gerdau e cada uma de suas
subsidiárias como exigido pelas leis fiscais dos países onde a Gerdau e suas subsidiárias operam. A
despesa com imposto de renda para o ano fiscal terminado em 31 de dezembro consistia em:
2001
Despesa fiscal corrente (benefício):
Brasil
Estados Unidos
Canadá
Outros países
$
Despesa fiscal diferida (benefício):
Brasil
Estados Unidos
Canadá
Outros países
Despesa de imposto de renda
$
34,883
(2,236)
5,414
2,920
40,981
12,699
1,168
(201)
13,666
54,647
2000
$
$
37.058
(3.611)
3.357
(79)
36.725
2.522
5.321
(1.955)
3.011
8.899
45.624
1999
$
$
4.855
3.501
8.824
276
17.456
527
(1.488)
4.387
(346)
3.080
20.536
Uma reconciliação das provisões para impostos sobre renda e impostos sobre renda
esperados pela taxa estatutária brasileira é descrita a seguir:
2001
Receita líquida antes de i mpostos e participação de minoritários
Alíquota de imposto de renda
Imposto de renda por taxas estatutárias
$
$
Diferenças permanentes:
- Diferenças nas taxas internacionais
- Despesas não -dedutíveis /receita não tributável
- Efeitos das variações nas alíquotas fiscais
- Diferenças relativas a ativos e passivos remensurados em
taxas históricas que resultam de (i) indexação usada para
fins fiscais brasileiros; e (ii) variações nas taxas de câmbio
- Equivalência patrimonial de empresas não -consolidadas
- Juros sobre o capital próprio
- Outros, valor líquido
Despesa referente ao/do imposto de renda
17
$
219,205
34.00%
74,530
2000
$
$
236.997
34,00%
80.579
1999
$
$
217.900
35,67%
77.725
(1,655)
4,953
-
(1.085)
303
620
(2.201)
(535)
(17.514)
11,057
(5.060)
(16.135)
(6,230)
(24,105)
(3,903)
54,647
(11.547)
(22.435)
4.249
45.624
1.749
(23.388)
835
20.536
$
$
As alíquotas tributárias nas principais áreas geográficas onde a Companhia opera, para os anos
terminados em 31 de dezembro eram:
2001
2000
Brasil
Imposto de renda federal
Contribuição social
Alíquota combinada de imposto de renda
1999
25.00%
9.00%
34.00%
25,00%
9,00%
34,00%
Estados Unidos
Imposto de renda federal (aproximadamente)
40.00%
40,00%
43,00%
Canadá
Imposto de renda federal
Imposto de renda da província (aproximadamente)
Alíquota combinada de imposto de renda federal
21.84%
15.16%
37.00%
21,84%
15,16%
37,00%
21,84%
15,16%
37,00%
Chile
Imposto de renda federal
15.00%
15,00%
15,00%
Uruguai
Imposto de renda federal
30.00%
30,00%
30,00%
*
25,00%
12,00%
37,00%
* 8% de janeiro a abril de 1999.
Imposto de renda diferido
As diferenças temporárias mais significativas que dão origem a ativos e passivos de imposto
diferido em 31 de dezembro aparecem a seguir:
Ativos fiscais diferidos
Imobilizado
Prejuízos fiscais líquidos
Provisão para contingências
Plano de pensão
Outros
Ativos fiscais brutos
Passivos fiscais diferidos
Juros capitalizados sobre imobilizado
Depreciação acelerada
Outros
Passivos fiscais brutos
2001
2000
$ 27,403
1,177
8,195
13,340
555
50,670
$ 33.936
7.239
23.934
6.232
7.202
78.543
3,291
142,232
8,606
154,129
Ativos (passivos) fiscais diferidos líquidos
$ (103,459)
1999
$
7.227
142.646
1.273
151.146
$ (72.603)
41.294
634
18.054
13.536
6.968
80.486
3.194
139.508
520
143.222
$
(62.736)
Nenhuma provisão para valorização foi estabelecida para reduzir ou eliminar os ativos líquidos de
imposto de renda diferidos já que a gerência acredita, com base nas expectativas de lucros, que a
18
realização é mais provável do que o contrário. A lei fiscal brasileira permite que perdas
fiscais sejam diferidas indefinidamente para serem usadas na geração de renda tributável no
futuro. A legislação fiscal aprovada em 1995 limita a utilização de perdas fiscais em um dado ano
a 30% da receita tributável.
Contas de impostos diferidos
Ativos fiscais diferidos – circulante
Ativos fiscais diferidos – não-circulante
$
Passivos fiscais diferidos – circulante
Passivos fiscais diferidos – não-circulante
15
2001
6,804
43,866
$
2,872
151,257
2000
15.605
62.938
$
6.651
144.495
1999
11.601
68.885
3.558
139.664
Lucro por ação
Conforme o SFAS No. 128, as tabelas a seguir reconciliam o lucro líquido disponível para os
acionistas ordinários e preferenciais, e a média ponderada das ações ordinárias e preferenciais
em circulação, aos valores usados no cálculo do LPA básico e diluído para cada um dos anos
terminados em 31 de dezembro de 2001, 2000 e 1999.
Ordinárias
Preferenciais
2001
Total
(Em milhares, exceto dados sobre ações e %)
Numerador básico
Dividendos declarados
Lucro básico não-distribuído (i)
Lucro líquido disponível para acionistas ordinários e
preferenciais
Denominador básico
$
23,046
31,416
$
47,851 $
65,040
70,897
96,456
$
54,462
$
112,891 $
167,353
Média ponderada de ações
39,382
Lucro básico por ação
$
19
1.38
74,110
$
1.52
Ordinárias
2001
Total
Preferenciais
(Em milhares, exceto dados sobre ações e %)
Numerador diluído
Dividendos reais declarados
$
Lucro básico não-distribuído (i)
Lucro diluído não-distribuído
Títulos conversíveis:
Despesa de juros de dívida conversível, líquida de
imposto (ii)
Lucro líquido diluído disponível para acionistas ordinários
e preferenciais
$
Denominador diluído
Média básica ponderada de ações
Títulos conversíveis:
Debêntures conversíveis (ii)
Média diluída ponderada de ações em circulação
Lucro diluído por ação
$
23,046 $
31,416
54,462
47,851 $
65,040
112,891
160
300
54,622 $
113,191 $
39,382
74,110
264
39,646
528
74,638
1.38 $
Ordinárias
70,897
96,456
167,353
460
167,813
1.52
2000
Total
Preferenciais
(Em milhares, exceto dados sobre ações e %)
Numerador básico
Dividendos reais declarados
Lucro básico não-distribuído (i)
Lucro líquido disponível para a acionistas ordinários e
preferenciais
$
21,491
39,922
$
44,495
82,650
$
65,986
122,572
$
61,413
$
127,145
$
188,558
Denominador básico
Média ponderada de ações
39,382
Lucro básico por ação
$
1.56
Ordinárias
74,110
$
1.72
2000
Total
Preferenciais
(Em milhares, exceto dados sobre ações e %)
Numerador diluído
Dividendos reais declarados
Lucro básico não-distribuído (i)
Lucro diluído não-distribuído
Títulos conversíveis:
Despesa de juros de dívida conversível, (ii) líquida
de impostos
Lucro líquido diluído disponível para acionistas
ordinários e preferenciais
20
$
21,491
39,922
61,413
$
227
$
61,640
44,495
82,650
127,145
$
427
$
127,572
65,986
122,572
188,558
654
$
189,212
Denominador diluído
Média básica ponderada de ações
Títulos conversíveis:
Debêntures conversíveis (ii)
Média diluída ponderada de ações em circulação
Lucro diluído por ação
$
39,382
74,110
366
39,748
732
74,842
1.55
$
Ordinárias
1.70
1999
Total
Preferenciais
(Em milhares, exceto dados sobre ações e %)
Numerador básico
Dividendos reais declarados
$
23,741
Lucro básico não-distribuído (i)
Lucro líquido disponível para acionistas ordinários e
preferenciais
$
65,028
Denominador básico
Média ponderada de ações
Lucro básico por ação
$
39,382
1.65
$
47,132
41,287
$
85,532
$
$
132,664
$
74,110
1.79
70,873
126,819
$
197,692
Numerador diluído
Dividendos reais declarados
Lucro básico não-distribuído (i)
Lucro diluído não-distribuído
Títulos conversíveis:
Despesa de juros sobre dívida conversível, líquido do
imposto (ii)
Lucro líquido diluído disponível a acionistas ordinários e
preferenciais
$
(i)
$
196
$
Denominador diluído
Média básica ponderada de ações
Títulos conversíveis:
Debêntures conversíveis (ii)
Média diluída ponderada de ações
Lucro diluído por ação
23,741
41,287
65,028
$
65,224
47,132
85,532
132,664
407
$
133,071
39,382
74,110
246
39,628
493
74,603
1.65
$
$
603
$
1.78
A Companhia calcula o lucro por ação para ações Ordinárias e Preferenciais pelo
"método das duas classes". Ver nota 3.10. A partir de 1º de janeiro de 1997, os
acionistas preferenciais têm direito a receber dividendos por ação pelo menos 10%
maiores do que os dividendos por ação pagos aos acionistas ordinários. Assim, os
lucros não-distribuídos, a partir de 1º de janeiro de 1997 foram alocados a acionistas
ordinários e preferenciais numa proporção de 100 a 110, respectivamente, com base na
média ponderada de ações em circulação no período, em relação ao total de ações
(porcentagem de alocação). Como a porcentagem de alocação para cada classe difere
21
70,873
126,819
197,692
198,295
para fins da LPA básico e diluído, o
diferente para tais cálculos.
(ii)
16
lucro alocado não-distribuído é
Para fins de contabilização o LPA diluído, assume-se que os títulos conversíveis
sejam convertidos em ações ordinárias e preferenciais no início do período a partir do
ponto no qual tais títulos estavam em circulação. De acordo com a lei societária
brasileira, quando da conversão de dívida conversível, um máximo de 66,67% da dívida
podem ser aplicados para a aquisição de ações preferenciais. Assim, ao calcular o LPA,
a Companhia pressupõe uma proporção de conversão para títulos conversíveis de 66,67
ações preferenciais contra 33,33 ordinárias.
Valor justo dos instrumentos financeiros
Conforme a SFAS No. 107, “Divulgação do Valor Justo de Instrumentos Financeiros”, a
Companhia deve divulgar o valor justo de instrumentos financeiros, inclusive instrumentos financeiros
não incluídos no balanço, quando os valores justos puderem ser razoavelmente estimados. Os valores
fornecidos são representativos dos valores justos em 31 de dezembro de 2001 e 2000 e não refletem
mudanças subseqüentes na economia, taxas de juros e impostos e outras variáveis que podem ter
impacto na determinação do valor justo. O método e pressupostos a seguir foram usados para estimar o
valor justo para instrumentos financeiros:
Caixa e investimentos de curto prazo: O valor contábil se aproxima do valor justo por causa do
curto prazo de expiração desses instrumentos.
Depósitos judiciais: Os saldos de depósitos em juízo se aproximam do valor justo, já que os juros
são recebidos sobre esses depósitos a um índice variável de mercado.
Contas a receber de clientes, fornecedores e salaries a pagar: O valor contábil dessas contas se
aproxima do valor justo.
Financiamentos de curto prazo, financiamentos de longo prazo (exceto Eurobonds) e debêntures:
O valor justo de financiamentos de curto prazo, financiamentos de longo prazo e debêntures é
baseado em taxas correntes oferecidas por dívidas semelhantes.
Financiamentos de longo prazo, Eurobônus: O valor justo dos Eurobônus apresenta um desconto
sobre o valor da dívida, o que resulta em um balanço, em valor justo, diferente do balanço
registrado nos livros.
22
As quantias diferidas e valores justos dos
Companhia em 31 de dezembro eram:
instrumentos financeiros significativos da
2001
Valor
contábil
Caixa e investimentos de curto prazo
$
Contas a receber de clientes, líquido
Depósitos judiciais
Fornecedores
Salários a pagar
Financiamentos de curto prazo
Financiamentos de longo prazo, incluindo
parcela de curto prazo
Debêntures, incluindo parcela de curto
prazo
Financiamentos
de
longo
prazo,
Eurobonds
17
333.897 $
288,842
26.730
137,397
32,504
371,339
826,788
2000
Valor
justo
333.897 $
288,842
26.730
137,397
32,504
371,339
830,402
Valor
contábil
302.882 $
331,622
31.962
139,945
40,201
372.050
1.034.366
Valor justo
302.882
331,622
31.962
139,945
40,201
372.050
1.034.054
96,222
96,222
115.762
115.762
28,031
31,645
94.282
93.970
Instrumentos derivativos
Em 31 de dezembro de 2001, US$ 1.010.579 da dívida total da Companhia eram denominados em
moeda estrangeira e estavam expostos a riscos de variações das taxas de câmbio. A Companhia
administra o risco de flutuações nas taxas de câmbio de moedas estrangeiras, as quais afetam os
montantes de reais necessários para pagar obrigações denominadas em moeda estrangeira,
através do uso de instrumentos derivativos, basicamente contratos de swap.
O principal objetivo em manter esses instrumentos é nivelar os ganhos provenientes do
investimento dos valores recebidos por empréstimos e financiamentos, com as perdas cambiais
geradas pela desvalorização do real frente a moedas estrangeiras. Ainda que tais instrumentos
reduzam o risco relacionado a moeda estrangeira, eles não o eliminam. A exposição a riscos de
crédito é comentada na Nota 18. A Companhia não mantém instrumentos financeiros para fins
comerciais.
Em 1º de Janeiro de 2001, a Companhia adotou o SFAS No. 133, “Contabilização de Instrumentos
Derivativos e Atividades de Hedge”, como recomendado. De acordo com o SFAS No. 133, os
contratos da Companhia não se enquadram nos critérios para qualificar-se como hedge para
exposição a risco de moeda estrangeira ou de taxa de juros. Assim, a Companhia contabiliza as
transações com derivativos calculando o ganho ou perda não reallizado a cada data de balanço e
as variações no valor justo dos derivativos são registradas nas operações correntes. Em 31 de
dezembro de 2000, a Companhia não possuía quaisquer instrumentos derivativos.
O efeito da aplicação dos procedimentos do SFAS No. 133, em 31 de dezembro de 2001, foi um
ganho de US$ 6,074 (líquido de efeitos fiscais de US$ 3.129), e foi apresentado como redução da
despesa financeira na demonstração de resultados do período. O método para calcular este efeito
consiste de dois passos, onde o primeiro foi encontrar o valor futuro de cada contrato, através da
aplicação de taxa contratual projetada, and o segundo foi trazer o valor futuro dos contratos a valor
presente, através da aplicação de taxas de mercado e termos disponíveis na data do balanço.
Durante o ano de 2001, o ganho bruto realizado nos instrumentos derivatives montou em US$
23
16,661,
o
qual
foi
reconhecido
na demonstração de resultados. Não há perdas nos
contratos de derivatives durante o ano de 2001. Adicionalmente, não houve ganho ou perda nos
contratos derivatives para os anos de 2000 e 1999.
Os contratos de swap em vigor em 31 de dezembro de 2001 estão listados abaixo:
Data do
contrato
02/12/2001
02/12/2001
07/18/2001
03/30/2001
10/04/2001
12/05/2001
07/16/2001
07/18/2001
18
Objeto
Eurobonds
Eurobonds
Eurobonds
Import
Import
Import
Pre-payment
Pre-payment
Montante (US$ mil)
50,000
50,000
30,000
9,515
32,556
12,559
30,710
10,236
Proporção da taxa
do CDI
84.5%
87.0%
103.7%
100.0%
100.0%
100.0%
80,3%
92.8%
Vencimento
05/20/2004
05/20/2004
05/20/2004
10/04/2004
06/25/2002
12/23/2002
03/01/2006
03/01/2006
Concentração de riscos de crédito
A principal atividade da Companhia é a produção e venda de produtos longos de aço, incluindo:
aço bruto; produtos laminados longos tais como perfis comuns e barras para concreto armado utilizadas
na construção civil; produtos trefilados tais como arames e treliças; e produtos de aço longo especial,
como aço-ferramenta e aço inoxidável. Aproximadamente 46% das vendas da Companhia em 2001
foram para clientes do setor de construção civil, com o restante das vendas principalmente para clientes
da indústria. Aproximadamente 64% das vendas da Companhia foram para empresas brasileiras, com o
restante divido igualmente entre exportação do Brasil e vendas das subsidiárias no Canadá, Chile,
Argentina e Uruguai.
Nenhum cliente individual da Companhia foi responsável por mais de 10% das vendas líquidas e
nenhum fornecedor individual foi responsável por mais de 10% das compras. Historicamente, a
Companhia não enfrentou perdas significativas com contas a receber de clientes.
19
Informações do segmento
As operações da Companhia são classificadas em três segmentos: construção civil, indústria e
outros. O segmento de construção civil envolve principalmente a produção e venda de barras de
concreto armado, arame para concreto armado, fio de arame recozido, malhas soldadas e pregos.
O segmento da indústria consiste primordialmente de produção e venda de barras, fio-máquina,
produtos de aço especial
e tarugos. O setor “outros” consiste basicamente de produtos
agropecuários.
A informação sobre os segmentos da Companhia é como segue:
(i)
Não há vendas significativas entre setores.
(ii)
O lucro operacional consiste em vendas líquidas menos os custos operacionais e as
despesas relacionadas a essas vendas.
(iii)
Os ativos identificáveis são contas a receber de clientes, estoques e imobilizado.
24
2001
Total
consolidado
Construção civil
Indústria
Outros
negócios
1,098,908
160,380
1,110,273
135,322
1,029,975
179,920
877,235
107,087
191,646
51,701
129,430
15,913
2,320,530
392,001
2,116,938
258,322
Depreciação e amortização
Despesas financeiras
71,180
78,846
56,328
73,900
8,370
13,750
135,878
166,496
Imposto de renda
22,358
25,082
7,207
54,647
Construção civil
Indústria
Outros
negócios
2000
Total
consolidado
1.270.101
183.642
1.106.707
125.647
66.863
91,660
21,648
1.163.835
168.278
1.014.113
115.135
61.269
83,991
19,837
242.778
35.103
211.546
24.017
12.781
17,521
4,139
2.676.714
387.023
2.332.366
264.799
140.912
193,172
45,624
Construção civil
Indústria
Outros
negócios
1999
Total
consolidado
839.326
183.304
1.245.303
211.384
40.412
39,249
10,015
663.613
144.930
903.549
167.131
31.952
31,032
7,918
218.049
47.621
180.123
54.916
10.499
10,197
2,603
1.720.988
375.855
2.328.975
433.431
82.863
80,478
20,536
Vendas líquidas para clientes externos
Lucro operacional
Ativos identificáveis
Gastos de capital
Vendas líquidas para clientes externos
Lucro operacional
Ativos identificáveis
Gastos de capital
Depreciação e amortização
Despesas financeiras
Imposto de renda
Vendas líquidas para clientes externos
Lucro operacional
Ativos identificáveis
Gastos de capital
Depreciação e amortização
Despesas financeiras
Imposto de renda
Informações da Companhia por área geográfica são apresentadas a seguir:
Vendas líquidas
Ativos identificáveis
Imobilizado
Lucro operacional
Brasil
Estados
Unidos
Canadá
Outros países
2001
Total
1.749.414
647.422
244.151
110.885
2.751.872
937.731
637,320
371.706
768.850
384,571
(19.828)
235.679
223,744
21.734
181.926
138,828
18.414
2.124.186
1,384,463
392.026
25
Brasil
Estados
Unidos
Canadá
Outros países
2000
Total
Vendas líquidas
1.628.996
676.533
253.671
117.514
2.676.714
Ativos identificáveis
1.280.727
582.891
256.763
211.985
2.332.366
Imobilizado
783,568
367,218
241,371
150,452
1,542,609
Lucro operacional
316.065
22.063
29.503
19.392
387.023
Brasil
Estados
Unidos
Canadá
Outros países
1999
Total
Vendas líquidas
1.243.478
163.165
244.800
69.545
1.720.988
Ativos identificáveis
1.290.617
563.631
272.883
204.203
2.328.975
Imobilizado
891,906
344,811
174,154
157,180
1,568,051
Lucro operacional
302.764
14.501
50.679
7.911
375.855
20
Contas de Avaliação
Ano findo em 31de dezembro de 2001:
Saldo no
início do ano
Descrição
Débitos
(créditos)
de custos e
despesas
Deduções)
Saldo no
final do ano
Provisões retificadoras de ativos:
Provisão para riscos de crédito
Reservas:
$
19.345 $
$
89.740
Provisão para contingências
Total
$
70.395
$
$
3.700 $
23.045
(15.225)
55.170
(11.525) $
78.215
Ano terminado em 31de dezembro de 2000:
Saldo no
início do ano
Descrição
Provisões retificadoras de ativos:
Provisão para riscos de crédito
$
Débitos
(créditos)
de custos e
despesas
9.318 $
(793)
Deduções
$
Saldo no
final do ano
10.820 $
19.345
(9.595)
70.395
Reservas:
Provisão para contingências
Total
87.430
$
96.748
26
(7.440)
$
(8.233)
$
1.225 $
89.740
Ano terminado em 31de dezembro de 1999:
Saldo no
final do ano
Débitos
(créditos)
de custos e
despesas
Descrição
Deduções
Saldo no
final do ano
Provisões retificadoras de ativos:
Provisão para riscos de crédito
$
Reservas:
Provisão para contingências
Total
21
9.685 $
115.936
$
125.621
(3.142) $
(58.081)
$
(61.223)
$
2.775 $
9.318
29.575
87.430
32.350 $
96.748
Ágio da Ameristeel Corporation
Em setembro de 1999, a Companhia adquiriu 74% da Ameristeel Corporation. Essa aquisição foi
contabilizada de acordo com o método de compra e os resultados da companhia adquirida foram
incluídos nos relatórios financeiros da Companhia, retroativamente à data da compra. Em 2000, a
Gerdau aumentou sua participação na Ameristeel para 85%.
O excedente do preço de compra sobre o valor justo dos ativos líquidos, incluindo as despesas pagas
pela Companhia, foi registrado como ágio, e faz parte do grupo de outros ativos, no realizável a longo
prazo. A amortização do ágio, em 2001 e 2000, foi de US$ 6.529 e US$ 6.268, respectivamente. O saldo
líquido de ágio, em 31 de dezembro de 2001, era de US$ 119.003, e está sendo amortizado num período
de 25 anos, a partir de setembro de 1999.
22
Participação na Açominas
A Companhia tinha, em 31 de dezembro de 2001, participação na Aço Minas Gerais S.A. – Açominas
(“Açominas”), no total de 37.45%, a qual é contabilizada de acordo com o método de equivalência
patrimonial. Neste investimento, há um excesso do valor contábil sobre o valor de compra dos ativos
líquidos, no montante de US$ 191,398, que está sendo amortizado ao resultado ao longo da média da
vida útil remanescente dos ativos fixos da Açominas, que é de aproximadamente 30 anos. Após a
conclusão das transações mencionadas abaixo, a Companhia incluirá a Açominas em suas
demonstrações contábeis consolidadas, e o excesso do valor contábil sobre o valor de compra será
compensado contra o valor contábil do imobilizado da Açominas.
Em 7 de dezembro de 2001 a Companhia ofereceu US$ 177,7 milhões pela participação de 17,67% no
capital da Açominas, de propriedade da Agropecuária Senhor do Bonfim. Caso os outros acionistas
membros do bloco de controle da Açominas (Natsteel Corp., Fundação Aços de Seguridade Social,
Clube de Empregados da Açominas e CEA Participações) renunciem ao direito de preferência para
aquisição de ações da Açominas, a participação da Companhia passará a ser de 54,13%. O prazo para
as companhias anunciar sua decisão era 13 de fevereiro de 2002, e as companhias decidiram não
exercer seu direito de preferência.
As demonstrações contábeis integrais da Açominas estão incluídas em anexo deste relatório.
27
23
Novos pronunciamentos contábeis
Em junho de 2001, o Financial Accounting Standards Board (FASB) emitiu o “Statement of Financial
Accounting Standards” No. 141 (SFAS No. 141), "Business Combinations". O SFAS No. 141 aborda a
contabilização e divulgação para combinações de negócios e suprimiu a opinião APB No. 16 (“Opinion
16”), "Combinações de Negócios" e Pronunciamento FASB No. 38, "Contabilização para Contingências
Prévias de Empresas Adquiridas". O SFAS No. 141 requer que os ativos intangíveis sejam reconhecidos
como ativos distintos do ágio se estiverem enquadrados em um dos dois critérios – o critério contratuallegal ou o critério da separabilidade. Para auxiliar na identificação dos ativos intangíveis adquiridos, o
SFAS No. 141 também fornece uma lista dos ativos intangíveis que se enquadram nos dois critérios.
Além dos requisitos de divulgação previstos no “Opinion 16”, o SFAS No. 141 requer a divulgação das
razões primárias para a combinação de negócios e a alocação do preço pago pelos ativos adquiridos e
passivos assumidos, pelas maiores linhas do balanço patrimonial. O SFAS No. 141 também define que,
quando os montantes de ágio e ativos intangíveis adquiridos forem significativos em relação ao preço
pago, deve-se divulgar outras informações sobre esses itens, como o montante de ágio por segmento e
o montante do preço pago alocado a cada classe de ativo intangível. A Companhia está atualmente
avaliando o impacto dos requisitos do SFAS No. 141 sobre suas demonstrações contábeis e sobre sua
posição financeira consolidda e sobre o resultado das operações. Com base numa avaliação inicial dos
requisitos do SFAS No. 141, a gerência entende que o uso dessa norma não terá impacto significativo
nas demonstrações contábeis consolidadas da Companhia.
Em junho de 2001, o FASB emitiu o SFAS No. 142, “Goodwill and Other Intangible Assets”. O SFAS No.
142 aborda a contabilização e divulgação de ágios na aquisição de empresas e outros ativos intangíveis
e substitui o APB Opinion 17, “Intangible Assets”. O SFAS No. 142 também complementa o SFAS No.
121, “Accounting for the impairment of Long Lived Assets and for long-lived Assets to Be Disposed Of”,
para excluir do seu escopo ágios e ativos intangíveis não amortizados. O SFAS No. 142 define que os
ativos intangíveis que forem adquiridos individualmente ou com um grupo de outros ativos (mas não
aqueles adquiridos numa combinação de negócios) devem ser contabilizados no momento de sua
aquisição. Este pronunciamento também como ágios e outros ativos intangíveis deverão ser
contabilizados depois de terem sido inicialmente reconhecidos nas demonstrações financeiras. As
provisões do SFAS No. 142 devem ser aplicadas para anos fiscais iniciados após 15 de dezembro de
2001. Aplicação prévia é permitida para entidades cujo ano fiscal inicie após 15 de março de 2001,
desde que não tenham sido publicadas demonstrações financeiras preliminares. A exceção para data de
aplicação do SFAS No. 142 é para ágios e ativos intangíveis adquiridos após 30 de junho de 2001, que
estarão imediatamente sujeitos às regras de não amortização deste pronunciamento. Com base numa
avaliação inicial dos requisitos do SFAS 142, a gerência entende que essa norma não afetará, de modo
significativo, as demonstrações contábeis da Companhia. Inicialmente a implementação do SFAS 142
resultou na descontinuação da amortização do ágio em 1 de janeiro de 2002. Para o ano de 2002 o
efeito da não amortização do ágio resultará num incremento do lucro antes dos impostos de
aproximadamente US$ 6 milhões.
Em junho de 2001, o Financial Accounting Standards Board (FASB) emitiu o Statement of Financial
Accounting Standards No. 143 (SFAS No. 143), “Accounting for Asset Retirement Obligations”. O SFAS
#143 basicamente define que o valor justo de um passivo por remoção de ativo deve ser reconhecido no
período em que incorrer, desde que uma estimativa razoável do valor justo possa ser feita. O custo
correspondente de remoção do ativo é capitalizado como parte do valor contábil do ativo de longa
duração. Conforme o SFAS #143, o passivo por remoção de ativo é descontado e uma despesa
cumulativa é reconhecida, usando-se a taxa de juros vigente no momento em que o passivo foi
inicialmente reconhecido. Adicionalmente, os requisitos de publicação contidos no SFAS #143 dão mais
informações sobre obrigações com remoção de ativos. O SFAS #143 será efetivo para demonstrações
contábeis emitidas para anos fiscais iniciados após 15 de junho de 2002, com aplicação prévia
28
encorajada. A Companhia está avaliando o impacto do SFAS #143 em suas demonstrações financeiras.
Em agosto de 2001, o Financial Accounting Standards Board (FASB) emitiu o Statement of Financial
Accounting Standards No. 144 (SFAS No. 144). O SFAS No. 144, "Accounting for the Impairment or
Disposal of Long-Lived Assets" substitui o Statement of Financial Accounting Standards No. 121 (SFAS
No. 121), "Accounting for the Impairment of Long-Lived Assets and for Long-Lived Assets to be Disposed
Of", mas mantém os conceitos fundamentais do SFAS No. 121 para (a) reconhecimento/mensuração do
impairment de ativos de longa duração a serem mantidos e usados, e (b) mensuração de ativos de longa
duração a serem baixados por venda. O SFAS No. 144 também substitui os conceitos de contabilização
e publicação do APB Opinion No. 30 (APB No. 30), "Reporting the Results of Operations", para
segmentos de negócio a serem desativados, mas mantém o requisito do APB No. 30 de relatar
operações descontinuadas em separado das operações correntes e o aplica também a componentes de
uma entidade que tenha sido baixada ou classificada como à venda. O SFAS No. 144 será efetivo para
anos fiscais iniciados após 15 de dezembro de 2001 e períodos de ínterim nesses anos, e sua aplicação
prévia é encorajada. Com base numa avaliação inicial dos requisitos do SFAS No. 144, a gerência
entende que o uso dessa norma não terá impacto significativo nas demonstrações contábeis
consolidadas da Companhia.
24
Evento subsequente
Em uma recente evolução nas suas relações com investidores, o Conselho de Administração da Gerdau
S.A. apresentou, na assembléia geral de acionistas, uma proposta para garantir tanto para ações
ordinárias quanto para ações preferenciais um direito de 100% de tag along. A proposta foi aprovada em
30 de abril de 2002 e estenderá a todos os acionistas um direito que a nova Legislação Societária
brasileira garante somente aos acionistas ordinários minoritários, limitado a 80% do tag along. O tag
along garante aos minoritários o direito de receber o mesmo valor pago aos controladores no caso de
transferência de controle.
De acordo com a mesma lei, ao extender o direito de tag along aos acionistas minoritários, a Companhia
não mais necessitará cumprir a lei que exige o pagamento de adicional de 10% sobre os dividendos
pagos aos acionistas preferenciais. A Companhia pagará o dividendo definido de 30% (Estatutário) do
lucro líquido ajustado ao invés do mínimo requerido legalmente de 25%.
Em 7 de fevereiro de 2002, a Gerdau firmou um contrato com a Natsteel Corp. para adquirir a sua
participação de 24,8% no capital da Açominas. De acordo com os termos desse contrato, a Companhia
pode exercer o seu direito de compra até 9 de setembro de 2002, e deverá pagar o montante de US$
207,6 milhões até o décimo dia após o prazo de preferência de 30 dias dado aos acionistas majoritários
do bloco de controle. Para se proteger contra flutuações cambiais, a Companhia fez operações de hedge
através de contratos de swap no mesmo montante e na mesma data.
Visando adaptar-se a nova realidade econômica da Argentina, a Companhia promoveu uma
reestruturação corporativa e financeira, a qual ocorreu em 28 de Março de 2002, como segue: a Gerdau
transferiu sua participação de 71.77% na Sociedad Industrial Puntana S.A. – SIPSA para o seu parceiro,
Sipar Aceros S.A.. A Gerdau mantém sua participação de 38.18% na Sipar, e a SIPSA torna-se uma
subsidiária integral da Sipar. Esta nova estrutura reduziu a exposição da Gerdau a eventuais impactos de
novas desvalorizações monetárias na Argentina e permite maior sinergia entre as duas companhias.
29
Aço Minas Gerais S.A. - AÇOMINAS
Demonstrações Contábeis Consolidadas em conjunto com
Parecer dos Auditores Independentes
31 de dezembro de 2001 and 2000
30
Parecer dos Auditores Independentes
Ao Conselho Diretor da
Aço Minas Gerais S.A. - AÇOMINAS:
Auditamos as demonstrações contábeis consolidadas da AÇO MINAS GERAIS S.A. - AÇOMINAS
(corporação Brasileira) e suas subsidiárias, convertidas em dólares Norte-americanos, em 31 de
dezembro de 2001 e 2000, e as respectivas demonstrações consolidadas de resultados, de mutações do
patrimônio líquido e de fluxo de caixa para cada um dos três anos no período findo em 31 de dezembro
de 2001. As demonstrações contábeis são de responsabilidade da administração da Companhia. Nossa
responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre estas demonstrações com base em nossa
auditoria.
Conduzimos nossos trabalhos de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas nos Estados
Unidos da América. Estas normas exigem que planejemos e executemos a auditoria de modo obter
razoável segurança de que as demonstrações contábeis estejam livres de incorreções materiais. A
auditoria inclui exames, em base de teste, das evidências que suportam as informações contidas nas
demonstrações contábeis. A auditoria também inclui julgamento sobre os princípios contábeis adotados e
as estimativas significativas feitas pela administração, bem como avaliação global da apresentação das
demonstrações contábeis. Acreditamos que nossa auditoria fornece uma base razoável para nossa
opinião.
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis convertidas mencionadas acima representam de forma
adequada, em todos os aspectos materiais a posição financeira de Aço Minas Gerais S.A. - AÇOMINAS
e suas subsidiárias em 31 de dezembro de 2001 e 2000, e os resultados de suas operações e seus
fluxos de caixa para cada um dos três anos do período findo em 31 de dezembro de 2001, em
conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América.
Belo Horizonte, Brasil,
28 de Janeiro de 2002
31
AÇO MINAS GERAIS S.A. - AÇOMINAS E SUBSIDIÁRIAS
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO – 31 DE DEZEMBRO DE 2001 E 2000
(Apresentados em milhares de dólares)
ATIVO
2001
ATIVO CIRCULANTE:
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa restrito
Contas a receber de clientes – nacional
Provisão para créditos de liquidação duvidosa – nacional
Contas a receber de clientes – exterior
Adiantamentos a fornecedores
Outras contas a receber
Estoques
Imposto de renda diferido
Despesas antecipadas
$
Total do ativo circulante
ATIVO NÃO CIRCULANTE:
Outras contas a receber
Imobilizado disponível para venda, a valor justo
Despesas antecipadas
Despesa antecipada de plano de pensão
Imposto sobre a renda diferido
Depósitos judiciais
Investimentos
Imobilizado, líquido
Total do ativo
$
101,033
15,000
20,844
(287)
31,303
2,591
11,960
121,094
4,115
1,603
------------309,256
-------------
5,149
4,055
1,233
17,729
29,447
1,821
29
1,127,928
------------1,187,391
------------1,496,647
=======
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.
1
2000
$
$
148,527
11,420
21,157
(1,579)
17,958
7,391
9,055
95,608
1,193
------------310,730
-------------
8,647
5,019
1,768
15,761
4,856
35
1,229,204
------------1,265,290
------------1,576,020
=======
AÇO MINAS GERAIS S.A. - AÇOMINAS E SUBSIDIÁRIAS
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO – 31 DE DEZEMBRO DE 2001 E 2000
(Apresentados em milhares de dólares)
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2001
PASSIVO CIRCULANTE:
Empréstimos e financiamentos
Adiantamentos de contratos de câmbio e exportação
Financiamentos securitizados por exportações futuras
Fornecedores
Contas a pagar
Salários e encargos sociais
Impostos a pagar
$
Total do passivo circulante
PASSIVO NÃO CIRCULANTE:
Empréstimos e financiamentos
Adiantamentos de contratos de câmbio e exportação
Contas a pagar
Pre-pagamento de exportações
Reserva para contingêncies
Total do passivo não circulante
PATRIMÔNIO LÍQUIDO:
Ações ordinárias – sem valor nominal 59,089,531 ações autorizadas e disponíveis
Ações preferenciais – sem valor nominal 17,798 ações autorizadas e disponíveis
Reserva legal
Perda cumulativa compreensiva
Prejuízos acumulados
Total do passivo e patrimônio líquido
$
30,499
108,102
51,951
114,760
6,414
10,768
909
------------323,403
-------------
$
23,899
79,581
56,618
93,422
9,186
10,920
1,168
------------274,794
-------------
101,206
27,703
1,732
35,000
10,299
------------175,940
-------------
51,866
67,486
2,756
18,606
------------140,714
-------------
4,273,861
4,273,861
6,468
7,046
(906,086)
(2,383,985)
-------------997,304
-------------1,496,647
========
6,468
5,082
(732,753)
(2,392,146)
-------------1,160,512
-------------1,576,020
========
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.
2
2000
$
AÇO MINAS GERAIS S.A. - AÇOMINAS E SUBSIDIÁRIAS
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS
PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001, 2000 E 1999
(Valores em milhares de dólares)
2001
VENDAS BRUTAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS
$ 530,438
DEDUÇÕES DA RECEITA:
Impostos sobre vendas
Fretes, descontos e devoluções
Deduções sobre as vendas brutas
VENDAS LÍQUIDAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS
CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS VENDIDOS
Lucro bruto
DESPESAS OPERACIONAIS:
Com vendas
Gerais e administrativas
Outras (despesas) receitas operacionais – líquido
Lucro operacional
Despesas financeiras
Receitas financeiras
Perdas cambiais
Despesas não-operacionais
$ 652,374
(51,370)
(35,469)
-----------(86,839)
-----------423,731
(320,515)
-----------103,216
(11,229)
(30,598)
(11,368)
-----------58,518
(31,376)
33,543
(47,224)
(2,358)
-----------
(15,916)
(31,345)
25,443
----------132,780
(34,448)
31,313
(33,532)
(10,013)
-----------
(15,073)
(30,588)
11,546
----------69,101
(63,819)
27,877
(136,037)
(419)
------------
11,103
32,813
----------43,916
86,100
----------86,100
(103,297)
-----------(103,297)
(173,333)
-------------$ (129,417)
=======
Dados por ação:
Lucro básico por lote de 1.000 ações Ordinárias
Preferenciais
Lucro diluído por lote de 1.000 ações Ordinárias
Preferenciais
$
$
$
$
Média ponderada de ações ordinárias disponíveis
Média ponderada de ações preferenciais d isponíveis
0.74
0.72
59,090
18
(106,862)
-----------$ (20,762)
======
$
$
(502,655)
------------$ (605,952)
=======
1.46
1.44
$
$
(2.27)
(2.28)
-
$
$
(2.19)
(2.28)
$
$
59,090
18
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis consolidadas
3
$ 510,570
(61,653)
(49,280)
-----------(110,933)
-----------541,441
(386,843)
-----------154,598
Lucro (prejuízo) líquido para o exercício
Perdas compreensivas
1999
(56,234)
(36,732)
-----------(92,966)
-----------437,472
(325,759)
-----------111,713
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda
IMPOSTO SOBRE A RENDA DIFERIDO – BENEFÍCIO
OUTRAS PERDAS COMPREENSIVAS:
Ajustes de conversão
2000
45,404
18
AÇO MINAS GERAIS S.A. - AÇOMINAS E SUBSIDIÁRIAS
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001, 2000 E 1999
(Valores em milhares de dólares)
Capital social –
Ações ordinárias
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1998
Aumento de capital
Conversão de debêntures
Prêmio na emissão de ações
Ajustes de conversão
Prejuízo líquido do período
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1999
Aumento de capital
Prêmio na emissão de ações
Split reverso de ações
Cancelamento de ações em tesouraria
Ajustes de conversão
Lucro líquido do período
Transferência para reserva legal
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000
Dividendos pagos
Ajustes de conversão
Lucro líquido do período
Transferência para reserva legal
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001
$
4,055,108
101,985
27,123
2,366
--------------$ 4,186,582
82,161
5,118
------------$ 4,273,861
------------$ 4,273,861
=======
Capital social –
Ações
preferenciais
$
6,468
------------$
6,468
------------$
6,468
------------$
6,468
=======
Reserva
Legal
$
---------$
5,082
--------$ 5,082
1,964
--------$ 7,046
=====
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis consolidadas
1
Ações em
tesouraria
$
------------$
(7)
7
-----------$
-----------$
=======
$
$
$
$
Perda
compreensiva
cumulativa
Prejuízo
acumulado
(123,236)
(502,655)
------------(625,891)
(106,862)
-----------(732,753)
(173,333)
-----------(906,086)
=======
$ (2,369,867)
(103,297)
-------------$ (2,473,164)
86,100
(5,082)
-------------$ (2,392,146)
(33,791)
43,916
(1,964)
-------------$ (2,383,985)
========
Total
$
1,568,473
101,985
27,123
2,366
(502,655)
(103,297)
--------------$ 1,093,995
82,161
5,118
(7)
7
(106,862)
86,100
------------$ 1,160,512
(33,791)
(173,333)
43,916
------------$
997,304
========
Page 1 of 2
AÇO MINAS GERAIS S.A. - AÇOMINAS E SUBSIDIÁRIAS
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS
PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001, 2000 E 1999
(Valores em milhares de dólares)
2001
FLUXO DE CAIXA DA ATIVIDADE OPERACIONAL:
Lucro (prejuízo) líquido
Ajustes não caixa Depreciação
Provisião para contingências
Despesas de juros de longo prazo
Perdas cambiais sobre itens de longo prazo
Provisão para perdas na realização de ativos de longo prazo
Perdas na alienação de imobilizado
Ajuste a valor presente de ativos de longo prazo
Benefício de imposto de renda diferido
Outros
Variações de ativos e passivos Aumento de contas a receber
Aumento de estoques
(Aumento) diminuição em outras contas a receber
Diminuição (aumento) em adiantamentos a fornecedores
(Aumento) diminuição em despesas antecipadas
(Aumento) diminuição em depósitos judiciais e outros
Aumento em fornecedores
(Diminuição) aumento em contas a pagar
Aumento (diminuição) salários e encargos sociais
(Diminuição) aumento em outras contas a pagar
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Adições de imobilizado
Diminuição (aumento) do imobilizado disponível para venda
Caixa líquido utilizado em atividades de investimento
1
$
43,916
2000
$ 86,100
1999
$ (103,297)
45,729
2,376
4,453
38,848
3,289
2,921
870
(30,875)
(268)
----------111,259
57,590
6,226
1,744
21,139
31,553
(254)
----------204,098
53,289
304
3,850
149,545
7,203
898
----------111,792
(17,649)
(37,280)
(3,983)
3,347
(550)
(4,539)
33,149
(3,143)
1,664
(7,738)
------------(36,722)
------------74,537
-------------
(10,672)
(14,116)
7,253
(4,299)
76
29,216
3,438
(19,834)
815
404
------------(7,719)
------------196,379
-------------
(11,988)
(25,379)
9,862
(2,755)
(196)
(2,290)
24,110
11,991
(4,164)
(3,331)
------------(4,140)
------------107,652
-------------
(132,814)
161
----------(132,653)
-----------
(61,140)
(2,766)
----------(63,906)
-----------
(94,189)
(319)
----------(94,508)
-----------
Page 2 of 2
FLUXO DE CAIXA DE ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos de adiantamentos de contratos de câmbio e exportação
Pagamentos de adiantamentos de contratos de câmbio e exportação
Recebimentos de empréstimos e financiamentos
Pagamentos de empréstimos e financiamentos
Recebimentos de financiamentos securitizados por exportações futuras
Pagamentos de financiamentos securitizados por exportações futuras
(Aumento) diminuição de caixa restrito
(Aumento) diminuição de leasing
Aumento de capital
Dividendos pagos
Caixa líquido proveniente de (usado em) atividades de financiamento
(Diminuição) aumento líquido de caixa e equivalentes d e caixa
Efeitos de variação cambial sobre caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício
Caixa e equivalentes de caixa no final do período
Informações complementares ao fluxo de caixa Caixa pago durante o exercício para:
Juros
Antecipação de imposto de renda
Transações adicionais (não-caixa) de investimento e financiamento
Conversão de debêntures
2001
2000
1999
$ 232,301
(180,033)
131,773
(75,955)
(39,979)
(4,946)
(1,121)
(26,198)
----------35,842
----------(22,274)
(25,220)
148,527
----------$ 101,033
======
$ 473,912
(482,234)
30,767
(66,867)
(47,481)
(1,962)
(1,588)
87,279
----------(8,174)
----------124,299
(10,955)
35,183
----------$ 148,527
======
$ 203,475
(201,322)
126,939
(150,406)
61,998
(139,875)
12,125
1,455
105,582
----------19,971
----------33,115
(303)
2,371
----------$ 35,183
======
$ 23,553
430
$
19,941
-
$ 50,063
-
-
$ 49,207
-
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis consolidadas
2
AÇO MINAS GERAIS S.A. - AÇOMINAS E SUBSIDIÁRIAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS
PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001, 2000 E 1999
(Valores expressos em milhares de dólares, exceto onde indicado)
1. NEGÓCIO E QUESTÕES DE CONTROLE
(a) Questões de controle
Em dezembro de 2000, os acionistas majoritários da Açominas detinham 72.29% do capital votante da
Companhia. Os acionistas majoritários eram: Agropecuária Senhor do Bonfim Ltda., Clube de
Participação Acionária dos Empregados da Açominas - C.E.A., C.E.A. Participações S.A., Fundação
Açominas de Seguridade Social - Aços, Gerdau Participações Ltda. e NatSteel do Brasil Ltda..
Em 7 de Dezembro de 2001, o Grupo Gerdau fez uma oferta para aquisição das ações em poder da
Agropecuária Senhor do Bonfim Ltda., numa transação de venda coordenada pelo Banco Central do
Brasil. Como consequencia, na conclusão de tal transação, a participação do Grupo Gerdau no capital
votante da Companhia excederá 50%.
(b) Negócio
A Açominas é uma sociedade anônima registrada como uma Companhia de responsabilidade limitada
sob as leis da República Federativa do Brasil. Seu principal negócio consiste da produção de tarugos,
blocos e placas de aço.
Em 2001, a Companhia concentrou seus esforços e investimentos na atualização de processos e
tecnologia e melhoria de produtividade. Adicionalmente, foram implementadas iniciativas visando a
redução dos custos de produção e aumento da qualidade dos produtos. Os objetivos atingidos durante o
exercício incluem a expansão do mix de produtos, oferta ao mercado de produtos com maior valor
agregado, bem como investimentos em melhorias
tecnológicas e ganhos de produtividade. A
combinação de tais fatores é parte do objetivo da Companhia de aumento de receitas e, como
consequência, inclusão da Companhia entre os maiores produtores de aço do mundo.
O trabalho de reforma e modernização do alto forno durou 38 dias entre Junho e Julho de 2001. Tais
melhorias aumentaram o nível de produção de 2,7 para 3,0 milhões de toneladas de aço líquido por ano. O
trabalho consistiu basicamente da implementação de um novo revestimento interno para o alto forno,
conhecido como “stave cooler”. Este sistema inclui a implementação de placas refrigeradas, feitas de ferro
moldado e cobre, aumentando o volume interno do alto forno em 15% e a vida útil do revestimento interno
em pelo menos 10 anos, fazendo com que a vida útil estimada alcance 20 anos.
1
Ainda em 2001, aproveitando a infraestrutura existente, a Companhia fez investimentos adicionais, e no
início de 2002 entrará em operação o novo laminador de perfis estruturais dos tipos “I” e “H”, com
tamanhos entre 6 e 24 polegadas, manufaturadas de acordo com os últimos conceitos técnicos mundiais
e dedicado principalmente ao mercado de construção civil. Ao final do primeiro semestre de 2002, os
perfis estruturais estarão à venda, com estoque suficiente para atender à demanda estimada.
O novo perfil estrutural, com bordas paralelas, fabricado de acordo com as especificações internacionais,
será o marco de entrada da Açominas num segmento de mercado com considerável potencial de
crescimento e expandirá o mix de produtos de alto valor agregado oferecido pela Companhia.
Em 2001 foram aprovados investimentos adicionais e foi iniciada a construção de um laminador para
vergalhões, na unidade de Ouro Branco. Esta instalação tem capacidade de produção de 600 mil
toneladas/ano e foi orçada em $55 milhões, devendo entrar em operação em 2003. A administração tem
expectativa de um aumento significativo das receitas e da geração de caixa operacional, como
conseqüência destes investimentos.
2. BASE DE APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS
(a) Registros contábeis
Os registros contábeis da Companhia são mantidos Reais (R$) brasileiros, com base nos critérios
definidos pela Legislação Societária Brasileira. As demonstrações contábeis preparadas com base
nestes registros contábeis e nos critérios da legislação societária são a base para determinar o imposto
de renda e direitos dos acionistas, como o cálculo de dividendos.
As demonstrações contábeis em anexo foram preparadas de acordo com os princípios contábeis
geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (“U.S. GAAP”), os quais diferem, em certos
aspectos, dos princípios contábeis aplicados pela Companhia em suas demonstrações contábeis
preparadas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil ou para outros fins
societários no Brasil.
O patrimônio líquido e o resultado das operações apresentados nestas demonstrações contábeis diferem
daqueles incluídos nos registros contábeis societários em razão de (i) efeitos de diferenças entre a taxa
de desvalorização do Real brasileiro contra o dólar norte-americano e os indexadores utilizados para as
demonstrações contábeis societárias até Dezembro de 1995, e (ii) ajustes efetuados para refletir
exigências dos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América.
(b) Conversão de moedas
A Companhia mantém a maior parte de seus negócios em Reais brasileiros e escolheu o dólar norteamericano como sua moeda de relatório para fins destas demonstrações contábeis.
2
Até 31 de dezembro de 1997
Os valores em dólares norte-americanos para os períodos até 31 de dezembro 1997 foram corrigidos
dos valores em Reais brasileiros de acordo com os requisitos do “Statement of Financial Accounting
Standards” (SFAS) No. 52, "Conversão de Moeda Estrangeira", aplicável a companhias operando em
economias altamente inflacionárias, da seguinte forma:
1. Estoques, imobilizado, depreciação acumulada, investimentos contabilizados ao custo, e
patrimônio líquido foram convertidos pelas taxas históricas de câmbio.
2. Os ativos e passivos remanescentes denominados em Reais brasileiros foram convertidos
pela taxa de câmbio de final de ano informada pelo Banco Central do Brasil (R$1.1164 em
31 de Dezembro de 1997).
3. As contas da demonstração de resultados foram convertidas pela cotação média de câmbio
para o mês do débito ou crédito no resultado, exceto para aquelas contas relacionadas com
ativos convertidos por cotações históricas, calculados com base no custo histórico em
dólares norte-americanos desses ativos.
4. Ganhos e perdas provenientes da conversão das demonstrações contábeis foram incluídos
no lucro líquido do período.
5. Ativos e passivos denominados em moedas estrangeiras diferentes do dólar norteamericano foram convertidos para dólares pela taxa de câmbio vigente na data de cada
balanço, e os respectivos ganhos e perdas foram incluídos no resultado do exercício como
ganhos e perdas em transações de moedas estrangeiras.
A partir de 1º de janeiro de 1998
Em 1º de janeiro de 1998, a economia brasileira deixou de ser considerada altamente inflacionária, e a
Companhia mudou sua moeda funcional da moeda de relatório (dólar norte-americano) para a moeda
local (Reais brasileiros). Em conformidade com essa decisão, em 1º de janeiro de 1998 a Companhia
converteu os saldos em dólares norte-americanos dos ativos e passivos não-monetários, em Reais pela
taxa de câmbio corrente (R$1.1164 to $1.00), e esses saldos formaram a nova base contábil desses
ativos e passivos.
Conforme o SFAS No.109, “Contabilização de Imposto de Renda", o benefício fiscal diferido associado
às diferenças entre as bases na nova moeda funcional e a base fiscal indexada foi refletida como ativo
fiscal diferido registrado como um crédito na conta ajuste cumulativo de conversão, no patrimônio líquido.
Para os anos iniciados a partir de 1º de janeiro de 1998, a Companhia converte todos os ativos e
passivos em dólares norte-americanos pela taxa corrente de câmbio na data de balanço, e todas as
contas de resultado e fluxo de caixa pelas taxas médias mensais ao longo do período. Transações
afetando contas de patrimônio líquido, exceto as de resultado, são convertidas por taxas históricas. O
ganho ou perda de conversão prove niente desse novo processo de conversão é incluído na conta ajuste
cumulativo de conversão, no patrimônio líquido. Os efeitos das variações cambiais sobre ativos e
passivos monetários, denominados em moedas diferentes do Real, são registrados nas operações
correntes.
3. PRÁTICAS CONTÁBEIS SIGNIFICATIVAS
A seguir apresentamos um sumário das práticas contábeis significativas adotadas pela Companhia na
preparação das demonstrações contábeis consolidadas.
3
(a) Consolidação – As demonstrações contábeis consolidadas incluem as contas da Aço
Minas Gerais S.A. - Açominas e suas subsidiárias Açominas Comércio Importação e
Exportação S.A. - Açotrading S.A. e Açominas Overseas Ltd.. Todos os saldos e
transações significativos entre Companhias foram eliminados na consolidação.
(b) Caixa e equivalentes de caixa – Investimentos temporários de caixa estão registrados
pelo custo acrescido da remuneração auferida até a data do balanço, com base nas
taxas acordadas com as instituições financeiras. A Companhia considera equivalentes
de caixa os depósitos e aplicações com vencimento em menos de três meses.
(c) Contas a receber - Contas a receber de clientes estrangeiros são corrigidas com base na
cotação do câmbio vigente na data do balanço. O saldo da provisão para créditos de
liquidação duvidosa é considerado suficiente para cobrir prováveis perdas sobre contas
a receber. Há contas a receber de clientes domésticos no montante aproximado de
$3,444 dados em garantia de empréstimos.
(d) Estoques – Os estoques estão registrados pelo valor de mercado ou custo de produção,
dos dois o menor, ou pelo preço médio de compra.
(e) Imobilizado – O imobilizado está registrado pelo custo, incluindo juros capitalizados e
outros custos incorridos durante a fase de construção das maiores unidades novas.
Juros de empréstimos denominados em Reais incluem efeitos de indexação do principal
requerido por certos contratos de empréstimo. Juros de empréstimos em moeda
estrangeira excluem efeitos de ganhos e perdas em moeda estrangeira.
A depreciação é calculada pelo método linear, a taxas que consideram a vida útil dos
ativos relacionados (Note 7). Ativos em construção não são depreciados até estarem em
serviço. Gastos de manutenção e reparos são registrados como despesa quando
incorridos. Ganhos e perdas na alienação de imobilizado são reconhecidos no ano da
alienação. Gastos de modernização ou aumento de produtividade do imobilizado são
capitalizados.
A Companhia periodicamente avalia o valor contábil de seus ativos de longa duração
para fins de perda de valor. O valor contábil de um ativo de longa duração é considerado
prejudicado, pela Companhia, quando o fluxo de caixa antecipado de tal identificável
separadamente e é menor que seu valor contábil. Nesse caso, a perda seria
reconhecida com base no montante pelo qual o valor contábil excede o valor de
mercado do ativo. O valor de mercado é determinado basicamente usando fluxo de
caixa antecipado descontado.
Não foram registradas perdas dessa natureza nos períodos apresentados.
(f) Outros passivos de curto e longo prazo – Registrados pelos valores conhecidos ou
estimados, incluindo, quando aplicável, provisões e variações monetárias.
(g) Imposto de renda – A Companhia contabiliza o imposto de renda conforme os requisitos
do SFAS No.109, “Contabilização do Imposto de Renda”, que exige a aplicação do
método do passivo compreensivo de contabilização do imposto de renda. Sob este
método, a Companhia deve reconhecer um ativo ou passivo fiscal diferido para todas as
diferenças temporárias, exceto pelo fato de que, até 1º de janeiro de 1998, de acordo
com o parágrafo 9 (f) do SFAS No.109, não foram registrados impostos diferidos para
diferenças relacionadas com certos ativos e passivos que foram convertidos de reais
para dólares a taxas históricas de câmbio e que resultaram de variações das taxas de
câmbio ou indexadores inflacionários na moeda local, para fins fiscais. Os ativos e
passivos fiscais diferidos são calculados aplicando as alíquotas vigentes no ano em que
estas diferenças temporárias serão extintas. Pelo SFAS No.109, o efeito, nos ativos e
4
passivos fiscais diferidos, de variações nas alíquotas fiscais, é reconhecido no resultado
do período que abrange a data da entrada em vigor da mudança.
Os ativos fiscais diferidos são reduzidos pelo registro de provisão para desvalorização,
apropriada se, com base nas evidências disponíveis, for mais provável que o ativo fiscal
diferido não será realizado no seu montante total.
(h) Uso de estimativas – A preparação de demonstrações contábeis conforme os princípios
contábeis geralmente aceitos requer que a Companhia faça estimativas e use
premissas, no seu melhor julgamento, que afetam os valores informados de ativos,
passivos e detalhes de ativos e passivos contingentes nas datas das demonstrações
contábeis e os valores informados de receitas, custos e despesas durante o período
informado. São usadas estimativas significativas na contabilização da provisão para
créditos de liquidação duvidosa, depreciação, impacto sobre ativos de longa duração,
imposto de renda, incluindo reconhecimento de provisões para desvalorização, plano de
pensão e outros benefícios pós-emprego e contingências, entre outros. Os valores
realizados podem diferir dos valores estimados..
(i)
Receitas – A Companhia reconhece receita quando há transferência de propriedade, o
processo de faturamento está substancialmente completo, e a Companhia tem razoável
certeza do recebimento dos valores da operação, o que geralmente ocorre no despacho
dos produtos da Companhia.
(j)
Plano de pensão – O SFAS No. 87, “Contabilização de Pensão pelo Empregador”, foi
aplicado desde o início do primeiro ano apresentado nestas demonstrações contábeis.
Aproximadamente 98% dos empregados da Companhia estão cobertos pelo plano de
pensão para o qual a Companhia contribui com base em montantes determinados
atuarialmente.
(k) Alocação do lucro – Os dividendos anuais são calculados de acordo com os requisitos
da Legislação Societária Brasileira. A aprovação do pagamento dos dividendos é obtida
durante a Assembléia Geral Ordinária da Companhia, a qual deve ocorrer até o dia 30
de abril de cada ano. Os dividendos são pagáveis em Reais e refletidos nas
demonstrações contábeis após aprovação (declaração).
(l)
Ausências compensadas – A despesa de férias é totalmente reconhecida no período em
que o empregado presta o serviço que lhe dá direito às férias.
(m) Gastos ambientais – Gastos relacionados com o cumprimento de normas ambientais,
criadas para minimizar o impacto ambiental das operações da Companhia, são
capitalizados ou debitados no resultado, se apropriado. A capitalização é considerada
apropriada quando os gastos continuarão a trazer benefícios à Companhia. Provisões
para gastos não capitalizáveis são debitadas contra o resultado no momento em que
forem consideradas prováveis e razoavelmente estimáveis. A Administração entende
que, no momento, suas unidades estão cumprindo as normas ambientais aplicáveis.
Informações e desenvolvimentos futuros requererão que a Companhia reavalie
continuamente o impacto esperado de problemas ambientais. Contudo, a Companhia
avaliou sua exposição ambiental total com base nos dados disponíveis atualmente e
entende que o cumprimento de todas as leis e práticas ambientais aplicáveis não terá
impacto material na liquidez da Companhia, na sua posição financeira consolidada e
resultados de suas operações.
(n) Gastos de Publicidade – Gastos de publicidade são registrados como despesa quando
incorridos. Os gastos de publicidade incluídos nas despesas com vendas foram de
aproximadamente $845, $329 e $273 para os anos findos em 31 de dezembro de 2001,
5
2000 e 1999, respectivamente. Não existem gastos de publicidade diferidos nas datas
dos balanços aqui apresentados.
(o) Reclassificações em 2000 e 1999 – Certos saldos foram reclassificados para manter a
consistência com a apresentaç ão de 2001.
4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
2001
Caixa e bancos
Investimentos temporários Certificados de depósito bancário
Fundos de renda fixa e outros
$
$
6,947
863
93,223
----------101,033
======
2000
$
$
4,382
89,370
54,775
----------148,527
======
Em 31 de dezembro de 2001 e 2000, os investimentos temporários incluíam transações de curto e médio
prazo negociáveis e com alta liquidez no mercado, sujeitas basicamente a juros que se aproximam da
taxa CDI - Certificado de Depósito Interbancário.
Caixa restrito refere-se a fundos coletados junto a clientes em transações de financiamento securitizadas
por exportações futuras, cujos recebimentos são usados para pagamento das parcelas de financiamento.
Está sujeito a juros de aproximadamente 5% ao ano.
5. OUTRAS CONTAS A RECEBER
1,321
2001
Longo
prazo
$
533
-
Circulant
e
$ 1,310
1,372
2000
Longo
prazo
$
595
-
7,955
1,636
5,246
--------16,158
(4,198)
--------$ 11,960
=====
4,219
(946)
5,773
189
----------9,768
(4,619)
----------$ 5,149
======
4,161
529
6,449
--------13,821
(4,766)
--------$ 9,055
=====
1,250
6,708
94
----------8,647
----------$ 8,647
======
Circulante
BMP – Belgo Mineira Participações Ind. e Com. Ltda.
Cia. Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras - CAEEB
Adiantamentos a empregados
ICMS a recuperar, IRRF sobre aplicações financeiras e
outros impostos
Ajuste a valor presente do ICMS
Empréstimo Compulsório Eletrobrás
Excel Tubos
Outros
Provisão para perdas
$
O saldo a receber de CAEEB (Cia. Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras) foi parcialmente baixado
em 2000, baseado na avaliação de especialistas e opinião do departamento legal da Companhia sobre a
realização desse ativo.
6
6. ESTOQUES
Produtos prontos
Produtos em processo
Matérias primas
Material de almoxarifado
Importações em trânsito
Outros
$
$
2001
15,858
17,237
32,026
35,437
19,323
1,213
----------121,094
======
2000
21,943
7,708
19,768
36,146
8,829
1,214
--------95,608
=====
$
$
7. IMOBILIZADO
Vida Útil - anos
Usina
Planta arrendada
Escritórios administrativos
Marina
Outros
25 to 44
20
10
11 to 39
5
2001
$
Depreciação acumulada
Terrenos
Construções em andamento
Planta desativada
$
1,505,350
2,202
79,417
30,267
8,698
------------1,625,934
(642,950)
59,688
85,256
------------1,127,928
=======
2000
$
$
1,718,228
7,554
85,855
35,543
7,900
------------1,855,080
(714,733)
70,906
17,883
68
------------1,229,204
=======
A vida útil dos ativos das áreas industriais da Companhia foi determinada através de estudo técnico
preparado por especialista independente.
Construções em andamento em 31 de dezembro de 2001 e 2000 representam principalmente melhorias
nas unidades industriais (Note 1 b).
A Companhia capitalizou juros sobre construções em andamento no montante de $7,815, $790 e $4,448
em 2001, 2000 e 1999, respectivamente.
7
8. EMPRÉSTIMOS,, FINANCIAMENTOS, ADIANTAMENTOS DE CONTRATOS DE CÂMBIO E
EXPORTAÇÃO E PRÉ -PAGAMENTO DE EXPORTAÇÕES
Moeda
Imobilizado Moeda local Caixa Econômica Federal
Cia. Vale do Rio Doce - C.V.R.D.
Moeda estrangeira Banco do Brasil S.A.
Banco Santander Brasil S.A.
Marubeni Corporation
Banco BNP Paribas
Fortis Bank
Siderúrgica J.L. Aliperti S.A.
Outros
Capital de giro – moeda local Banco Alfa
BNDES
Banco Itaú S.A
Banco Pine
Unibanco S.A.
Outros
R$
R$
Circulante
$
4,828
-
2001
Longo prazo
$
Circulante
2000
Longo prazo
7,681
-
$ 4,859
415
$ 13,668
-
US$
US$
US$
US$
US$
US$
US$
4,265
2,294
3,017
2,485
664
2,559
1,865
19,360
6,698
9,757
6,779
3,045
2,133
1,420
1,709
2,390
2,801
2,323
6
10,671
8,914
10,410
4,692
91
R$
R$
R$
R$
R$
R$
1,475
30
1,852
2,954
29
2,182
---------$ 30,499
======
17,459
10,740
3,686
1,145
10,740
563
---------$ 101,206
======
2,879
1,499
5,018
---------$ 23,899
======
1,025
791
1,604
---------$ 51,866
======
Empréstimos em moeda local estão sujeitos a taxa media de juros de 13.40% a.a. (13.10% a.a. em
2000), incluindo os índices da TJLP, TR e IGPM. Empréstimos em moeda estrangeira estão sujeitos a
variação cambial e a taxa média de juros de 3.13% a.a. (6.64% em 2000). Os empréstimos são
garantidos por hipoteca de veículos, notas promissórias, equipamentos e direitos designados.
O valor contábil líquido dos itens do imobilizado dados em garantia monta em $98,596 em 31 de
dezembro de 2001 ($111,495 em 2000).
Os juros são pagos mensalmente (empréstimos para aquisição de imobilizado em moeda local e
empréstimos para capital de giro após o período de carência) ou semestralmente (empréstimos em
moeda estrangeira e empréstimos para capital de giro durante o período de carência).
Em julho de 2000, 850.987.275 debêntures foram resgatadas pela Companhia à opção do comprador,
representando $117 de um montante total de 797.872.340.430 debêntures emitidas. Não há debêntures
disponíveis em 31 de dezembro de 2001.
Os vencimentos da parcela de longo prazo dos financiamentos são como segue:
Ano
2002
2003
2004
2005
2006
2007 to 2009
2001
$
$
37,085
20,293
16,141
14,517
13,170
---------101,206
======
8
Adiantamentos de contratos de câmbio são denominados em moeda estrangeira e estão sujeitos à variação
cambial e taxa média de juros de 4.69% ao ano. Esses adiantamentos vencem em curto prazo
Os pré-pagamentos de exportação referem-se a contratos de adiantamentos de futuras exportações e
estão sujeitos à variação cambial e uma taxa de juros de 2.4% acima da taxa semestral LIBOR com os
seguintes vencimentos:
Ano
2003
2004
2005
2001
$
$
5,000
20,000
10,000
---------35,000
======
9. FINANCIAMENTOS SECURITIZADOS POR EXPORTAÇÕES FUTURAS
Em 31 de dezembro de 1998, a Companhia tinha transações de financiamentos securitizadas por futuras
exportações, feitas por sua subsidiária Açominas Overseas Ltd., por meio da emissão de notas
denominadas em dólares norte-americanos, vencíveis trimestralmente até janeiro de 2002. Em dezembro
de 1999, a Companhia iniciou um processo de pagamento de todas as obrigações aos detentores de
notas. Para facilitar o programa, a Companhia refinanciou suas obrigações com Notas através de um
empréstimo para Açominas Overseas Ltd., de acordo com um Pagamento Antecipado e Acordo de
Fornecimento. O saldo principal em 31 de Dezembro de 1999, no montante de $59.197, foi totalmente
pago durante 2000.
Os fundos provenientes dessas notas eram utilizados na compra de produtos semi-acabados da
Companhia, sob um Acordo de Venda de Aço onde a Companhia vendeu 100% do aço produzido para
exportação para países fora da América do Sul, para a Açominas Overseas Ltd., at é que todo o valor de
principal e juros sobre as notas estivesse totalmente pago. Após o pagamento das obrigações
remanescentes de notas, a Companhia continuará a vender 100% do aço produzido para exportação
para países for a da América do Sul, para a Açominas Overseas Ltd., sob um novo acordo, cujos fundos
serão usados para liquidar em sua totalidade as obrigações de principal e juros do empréstimo
mencionado acima.
O preço do aço será o o preço corrente no mercado internacional de produtos de aço semi-acabados.
Em 1 de dezembro de 1999, a Açominas Overseas Ltd. entrou em um Acordo de Suprimento e
Pagamento Antecipado com a Brasilian Steel International Trading Company (“BSIT”), uma companhia
de propósito especial nas Ilhas Cayman. Sob este acordo, BSIT fez um pagamento antecipado a
Açominas Overseas Ltd. de $112.476, representando um empréstimo bruto de $150.000 feito por um
sindicato de bancos comerciais a BSIT menos juros antecipados e honorários relacionados e outros
custos de financiamento. Como consideração para o pagamento antecipado, a Açominas Overseas Ltd.
deve fornecer aço em nome de BSIT para determinados clientes, por um período específico e por valor
suficiente (até um montante total de $150.000) para que os recebimentos da venda repassados a BSIT
cubram suas obrigações com os bancos credores. Como BSIT não tem outras operações além de
financiamentos securitizados por exportações futuras, todos os ativos, passivos e resultados das
operações da BSIT estão incluídos nas demonstrações contábeis da Açominas.
O empréstimo é pagável pela BSIT em parcelas trimestrais de $15.000 de 1º de março de 2001 até 1º de
Junho de 2003. Antecipações são permitidas, sem penalidade, subjeitas a certos termos definidos no
acordo de Empréstimo. A taxa efetiva de juros é de 10.49% a.a..
9
Os vencimentos são como segue:
Ano
Circulante
Não circulante
$
2002
2003
$
2001
51,951
----------27,703
--------27,703
--------79,654
=====
$
$
2000
56,618
---------33,743
33,743
---------67,486
---------124,104
======
10. FORNECEDORES
Fornecedores - domésticos
Fornecedores - exterior
2001
20,577
94,183
----------114,760
======
$
$
$
$
2000
23,154
70,268
----------93,422
======
O saldo de fornecedores do exterior refere-se basicamente a aquisições de carvão, outras matérias
primas e peças de manutenção, denominadas em dólares norte-americanos. Transações de aquisição
de carvão estão sujeitas a termos de pagamento de 360 dias.
11. PLANO DE PENSÃO
A Companhia patrocina um plano de benefício definido que cobre aproximadamente 98% dos
empregados (o “Plano”). As contribuições ao Plano são baseadas em montantes determinados
atuarialmente e totalizaram $2.364 em 2001, $3.448 em 2000 e $3.278 em 1999.
O Plano é administrado pela AÇOS - Fundação Açominas de Seguridade Social. Os ativos do Plano
consistem de investimentos em certificados de depósito bancário, ações, títulos e fundos de
investimento. A AÇOS possui ações ordinárias da Companhia, equivalentes a aproximadamente 3.03%
do capital da Companhia, incluídas no acordo de acionistas.
O custo (benefício) periódico de pensão, líquido, referente ao componente de benefício definido
do Plano foi o seguinte:
2001
Custo do serviço de benefícios adquiridos durante o período
Custo de juros sobre a obrigação de benefício projetada
Retorno dos ativos do plano
Diferimento líquido
Amortização do (ganho) perda líquida
Amortização obrigação transitória inicial líquida
Amortização do custo do serviço passado
Constribuições dos empregados
Custo (benefício) de pensão, líquido
$
$
3,257
9,795
(20,344)
7,270
(585)
(587)
576
(1,109)
--------(1,727)
=====
2000
$
3,652
11,207
(11,912)
(4,784)
(1,275)
(809)
(1,087)
--------$ (5,008)
=====
1999
$
4,071
11,087
(36,379)
23,129
557
(816)
(1,084)
--------$
565
=====
10
O status do fundo para o Plano em 31 dezembro era o seguinte:
2001
Valor presente atuarial da obrigação de benefício acumulada:
Benefícios adquiridos
Benefícios não-adquiridos
$
51,766
52,188
----------103,954
15,962
----------119,916
159,931
----------40,015
(6,381)
Obrigação de benefício acumulada
Aumento futuro projetado de salário
Obrigação de benefício projetada
Ativos do Plano a valor justo
Ativos do Plano em excesso d a obrigação de benefício projetada
Obrigação transitória líquida não reconhedida
Custo do serviço passado não reconhecidoa ser amortizado em 15
anos a partir de 1º de janeiro de 2001
Ganho líquido não reconhecido
Custo de pensão pré-pago
8,766
(24,671)
----------17,729
======
$
2000
$
$
54,899
51,226
----------106,125
17,443
----------123,568
164,265
----------40,697
(8,330)
11,145
(27,751)
----------15,761
======
1999
$
$
54,999
40,586
----------95,585
17,224
---------112,809
167,655
----------54,846
(9,931)
(36,340)
----------8,575
======
O Plano foi modificado em 2000, em relação ao limite máximo do benefício a ser pago aos participantes
após a aposentadoria. Ainda em 2000, mudaram as normas de planos de pensão públicos patrocinados
pelo Governo Federal, impactando a avaliação atuarial do plano de pensão da Companhia. Estes
impactos estão sendo report ados como custo do serviço passado não reconhecido, a ser reconhecido
durante os próximos 15 anos inciando em 1º de Janeiro de 2001.
As informações adicionais requeridas pelo SFAS No. 132 para o Plano são as seguintes:
2001
Variação na obrigação de benefício Obrigação de benefício no início do período
Custo do serviço
Custo de juros
Ganho Atuarial
Pagamentos de benefícios
Ajustes de conversão
Obrigação de benefício no final do período
$
$
Variação nos ativos do plano Valor justo dos ativos do plano no início do período
Retorno dos ativos do plano
Contribuições do patrocinador
Contribuições dos participantes
Pagamentos de benefícios
Ajustes de conversão
Valor justo dos a tivos do plano no final do período
$
123,568
3,257
9,795
5,576
(4,108)
(18,172)
----------119,916
======
164,265
20,344
2,364
1,184
(4,108)
(24,118)
----------159,931
======
2000
$
$
$
112,809
3,652
11,207
11,995
(5,102)
(10,993)
----------123,568
======
167,655
11,912
3,448
1,361
(5,102)
(15,009)
----------164,265
======
11
2001
Status do fundo Status do fundo no final do período
Obrigação transitória líquida não reconhecida
Custo do serviço pa ssado não reconhecido
Ganhos não reconhecidos
$
Custo de pensão pré-pago
$
40,015
(6,381)
8,766
(24,671)
----------17,729
======
2000
$
$
40,697
(8,330)
11,145
(27,751)
----------15,761
======
A obrigação transitória líquida não reconhecida e os ganhos e perdas líquidos estão sendo
amortizados linearmente em 15 anos.
A seguir apresentamos um resumo das premissas utilizadas na contabilização do Plano:
Taxa média de desconto
Taxa de crescimento da remuneração
Taxa de retorno de longo prazo dos ativos do plano
2001
2000
1999
10.24%
4.00%
10.24%
10.24%
4.00%
10.24%
10.24%
4.00%
10.24%
12. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS
As diferenças temporárias e prejuízos fiscais que geram ativos e passivos fiscais diferidos são os
seguintes:
2001
Ativos fiscais diferidos:
Provisão para créditos de liquidação duvidosa- contas a receber
- outras contas a receber
Reserva para contingências
Reserva para perdas sobre ativo fixo
Prejuízos fiscais acumulados
Diferença de índices e depreciação de imobilizado
$
Imposto de renda diferido ativo bruto
Passivos fiscais diferidos:
Custo de pensão pré-pago
Juros capitalizados sobre o imobilizado
Reserva para manutenção
Outros
Imposto de renda diferido passivo bruto
Provisão para desvalorização
Imposto de renda diferido ativo líquido
$
112
1,644
3,308
94,847
268,631
106,116
----------474,658
----------5,851
81,916
6,147
1,058
----------94,972
----------(346,124)
----------33,562
======
2000
$
537
1,620
6,326
139,949
295,787
136,930
----------581,149
-----------
5,359
130,210
7,733
790
----------144,092
----------(437,057)
----------$
======
Como consequência dos processos de capitalização, de aumento de produtividade, de redução de
custos e de atualização tecnológica, a administração espera um aumento da lucratividade da
Companhia. Com base nesta expectativa, e considerando o fato de que a Companhia teve lucros nos
12
dois últimos anos, a Companhia reverteu parte da provisão para desvalorização durante 2001, baseada
na opinião da administração de que é mais provável que tais ativos fiscais diferidos sejam realizados no
futuro contra a geração de lucros tributáveis. Os prejuízos fiscais não expiram e podem ser aproveitados
por período indeterminado. A utilização de prejuízos fiscais em qualquer ano, contudo, é limitada a 30%
do lucro tributável gerado naquele ano. O montante de ativo fiscal diferido considerado realizável,
contudo, pode ser reduzido se as estimativas de lucros tributáveis futuros forem reduzidas.
As alíquotas fiscais para os períodos são:
Imposto de renda
Imposto de renda adicional
15%
10%
Contribuição social - de 1º de janeiro a 30 de abril de 1999
- de 1º de maio a 31 de 1999 a 31 de janeiro de 2000
- de 1º de fevereiro de 2000 a 31 de dezembro de 2002
- após 1º de janeiro de 2003
8%
12%
9%
8%
13. CONTINGÊNCIAS
2001
Contingências fiscais
Contingências cíveis
Contingências trabalhistas
$
$
3,441
2,685
4,173
--------10,299
=====
2000
$
$
9,879
3,629
5,098
--------18,606
=====
A Companhia é parte em discussões judiciais a respeito de certos impostos, contribuições e questões
trabalhistas. A administração entende, com base na opinião de seus consultores jurídicos, que a reserva
para contingências é suficiente para cobrir prováveis e razoavelmente estimáveis perdas no caso de
decisões judiciais desfavoráveis, e que as sentenças finais não terão efeito significativo na posição
financeira consolidada em 31 de dezembro de 2001 ou nos resultados das futuras operações ou fluxos
de caixa. Contudo, é possível que essas contingências tenham um efeito material nos resultados
operacionais trimestrais ou anuais, quando decididas em períodos futuros.
A reserva para contingências fiscais inclui $2.787 ($2.916 em 2000) referentes ao imposto sobre valor
agregado (ICMS) cobrado pelo Estado de Santa Catarina na aquisição de carvão em 1991. A Companhia
foi questionada nos tribunais e preparou sua defesa, baseada em relatórios favoráveis de especialistas.
Atualmente a Companhia espera a decisão judicial. O montante remanescente de $654 ($304 em 2000)
na reserva para contingências fiscais refere-se a outras discussões e julgamentos provenientes do curso
ordinário dos negócios.
Aproximadamente $3.893 da reserva para contingências fiscais registrada em 31 de dezembro de 2000
refere-se à contribuição social federal sobre a receita (COFINS), questionada pela Companhia devido ao
requerimento de inclusão da variação monetária positiva no cálculo da contribuição. Adicionalmente,
$2.766 referem-se a pleito para recuperar o salário-educação pago mensalmente pela Companhia,
baseado no argumento de inconstitucionalidade da contribuição. Como parte do programa de
recuperação fiscal (Refis), a Companhia pagou totalmente os montantes devidos em 2000.
A reserva para contingências cíveis inclui $2.276 ($2.351 em 2000) referentes a acidentes e $409 ($585
em 2000) referentes a reclamações dos contratantes, os quais são contestados pela Companhia.
13
A Companhia também é parte em ações trabalhistas. Em 31 de dezembro de 2001, a Companhia
provisionou $4.173 ($5.098 em 2000) para tais ações.
Depósitos judiciais, que representam ativos restritos da Companhia, referem-se a montantes pagos em
juízo e retidos até a resolução da matéria legal correspondente. O saldo em 31 de dezembro de 2001 é
composto principalmente por $786 ($652 em 2000) de ações trabalhistas e $553 ($604 em 2000) de
encargos relacionados a folha de pagamento.
14. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O capital social, totalmente integralizado, é representado por 59.107.329 ações autorizadas e
disponíveis, sem valor nominal, das quais 59.089.531 são ações ordinárias e 17,798 são ações
preferenciais. Ações preferenciais têm os mesmos direitos das ações ordinárias, exceto direito a voto, e
têm prioridade na distribuição de dividendos, bem como na devolução de capital, sem prêmio. O capital
social da Companhia baseado no critério da Legislação Societária Brasileira é de R$1.699.503 mil
(aproximadamente $732.418) e o capital autorizado é limitado a R$2.000.000 mil (aproximadamente
$861.920), de acordo com o estatuto da Companhia.
Em setembro de 2000, a Companhia efetuou um split reverso de ações, na proporção de 10.000 ações
velhas para 1 ação nova. Como resultado dessa operação, 483 ações (374 ações ordinárias e 109 ações
preferenciais) foram canceladas, após serem registradas como “ações em tesouraria” até a aprovação de
th
seu cancelamento na 60 Assembléia Geral Extraordinária. Como consequência, o capital da
Companhia foi reduzido em $7.
Em setembro de 1999, 165.501.872.821 ações ordinárias foram emitidas, com base na aprovação para
aumento de capital no montante de $184.146, o qual foi pago em sete parcelas mensais a partir da data
da aprovação.
Em janeiro, fevereiro e março de 2000, as últimas três parcelas foram pagas no montante total de
$87.279 ($82.161 referem-se às parcelas e $5.118 referem-se à correção monetária das parcelas).
Durante 1999, 191.994.048.462 debêntures foram convertidas em ações pelo valor original de $21.655,
mais $5.468 de juros provisionados, no montante total de $27.123, equivalente a 38.398.809.691 ações
ordinárias antes do split de ações. Não há debêntures disponíveis em 31 de dezembro de 2001 ou 2000.
O valor contábil dessas ações era de R$ 160.013 mil (equivalente a $88.200) na data da conversão.
A seguir mostramos as variações nas ações da Companhia de 31 de dezembro de 1998 a 31 de
dezembro de 2001:
Ações
ordinárias
Ações
preferenciais
Ações em
tesouraria
Saldos em 31 de dezembro de 1998
386,998,357,110
179,077,595
-
Ações emitidas
Conversão de debêntures
165,501,872,821
38,398,809,691
----------------------590,899,039,622
---------------179,077,595
------
59,089,531
374
(374)
----------------------59,089,531
----------------------59,089,531
=============
17,798
109
(109)
---------------17,798
---------------17,798
=========
483
(483)
----------===
Saldos em 31 de dezembro de 1999
Split reverso de ações - (10,000 para 1)
Ações em tesouraria devido ao split reverso
Cancelamento de ações em tesouraria
Saldos em 31 de dezembro de 2000
Saldos em 31 de dezembro de 2001
14
O estatuto estabelece a distribuição de dividendo obrigatório mínimo de 25% do lucro líquido após o
reconhecimento da reserva legal, de acordo com a Legislação Societária Brasileira.
As ações preferenciais são não-votantes, mas têm direito a dividendo anual 10% maior que as ações
ordinárias e preferência na distribuição do capital no caso de liquidação. Entretanto, de acordo com a
Legislação Societária Brasileira, após três anos sem receber dividendos, as ações preferenciais obtêm
direito a voto.
Em 2001, a Companhia pagou dividendos no montante de $33.791, equivalente a 35% do lucro líquido
de 2000, após cálculo da reserva legal, conforme decisão da maioria dos acionistas da Companhia,
th
aprovada na 58 Assembléia Geral Ordinária.
A legislação brasileira permite o pagamento de dividendos limitados aos lucros acumulados nas
demonstrações contábeis preparadas de acordo com a Legislação Societária Brasileira. Em 31 de
dezembro de 2001, a Companhia propôs dividendos equivalentes a $9.680, para aprovação na
Assembléia Geral Ordinária. O lucro acumulado remanescente incluído nas demonstrações contábeis
pela Legislação Societária Brasileira é de R$ 205.796, equivalente a $88.690 pela taxa de câmbio
vigente na data.
Para fins de demonstrações contábeis em US GAAP, a absorção de prejuízos acumulados registrada
nas demonstrações contábeis pela Legislação Societária Brasileira não foi considerada.
De acordo com o SFAS No. 128, as tabelas a seguir reconciliam o lucro líquido disponível para
acionistas ordinários e preferenciais e a média de ações ordinárias e preferenciais disponíveis para os
montantes usados para calcular o lucro por ação básico e disponível para o período findo em 31 de
dezembro de 1999, bem como os montantes usados para calcular o lucro por ação básico para os anos
findos em 31 de dezembro de 2001 e 2000. Devido ao split reverso em 2000, o cálculo do lucro por ação
para 1999 foi retroativalmente ajustado para refletir tal transação.
2001
Ordinárias
Numerador básicoDividendos declarados
Lucro básico não distribuído
$
33,781
10,122
---------43,903
---------
Lucro líquido disponível para acionistas ordinários e preferenciais
Denominador básicoMédia ponderada de ações
Lucro básico por ação
Lucro líquido disponível para acionistas ordinários e preferenciais
Denominador básicoMédia ponderada de ações
Lucro básico por ação
$
59,090
--------0.74
===
$
2000
Ordinárias
Numerador básico Dividendos declarados
Lucro básico não distribuído
Preferenciais
$ -
10
3
---13
---
Preferenciais
-
86,074
---------86,074
---------59,090
---------$ 1.46
$
===
$
33,791
10,125
--------43,916
---------
18
-----0.72
===
$
$
Total
Total
$
26
--26
------
86,100
---------86,100
----------
18
-----1.44
===
15
1999
Ordinárias
Numerador básicoDividendos declarados
Lucro básico não distribuído
$ -
Prejuízo líquido disponível para acionistas ordinários e preferenciais
Denominador básicoMédia ponderada de ações
Lucro básico por ação
$
$
45,404
---------(2.27)
====
18
-------(2.28)
====
Prejuízo líquido diluído disponível para acionistas ordinários e
preferenciais
Denominador diluídoMédia básica ponderada de ações
Debêntures conversíveis
Média ponderada diluída de ações disponíveis
Lucro diluído por ação
$
$
Preferenciais
$
Total
$
(41)
-----(41)
-----
$ -
Lucro diluído não distribuído
Despesa de juros sobre debêntures conversíveis, líquida de impostos
-
(103,256)
------------(103,256)
------------
1999
Ordinárias
Numerador diluído Dividendos declarados
Lucro básico não distribuído
Preferenciais
-
(103,297)
-----------(103,297)
------------
Total
$
-
(103,256)
-----------(103,256)
541
------------
(41)
----(41)
------
(103,297)
-----------(103,297)
541
------------
(102,715)
------------
(41)
-----
(102,756)
------------
45,404
1,595
---------46,999
---------(2.19)
=====
18
----18
------(2.28)
====
$
16
15. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
Os principais saldos e transações com acionistas e outras partes relacionadas são resumidas como segue:
31 de dezembro de 2001
Holdercim
do Brasil
S.A.
Gerdau
S.A.
SALDOS:
AtivosCirculanteContas a receber
$
PassivosCirculanteFornecedoress
Contas a pagar
Adiantamentos de contrato de câmbio e
exportações
TRANSAÇÕES:
Vendas
Compras
3,168
$
(112)
(31)
-
$
Fundação
Açominas de
Seguridade
Social - AÇOS
44,930
(1,670) $
494
$
(154)
3,510
(1,803) $
-
Banco
Real S.A.
ABN Amro
$
-
Sipar
Aceros
$
1,894
Natsteel
Trading
$
1,958
Total
$
7,514
(16)
(28)
-
-
(266)
(75)
-
(1,204)
-
-
(1,204)
-
$
-
$
12,133
-
$
42,997
-
$
103,570
(3,473)
17
31 de dezembro de 2000
Companhia
Vale do Rio
Doce
CVRD
SALDOS:
AtivosCirculanteContas a receber
$
- $
PassivoCirculanteEmpréstimos e financiamentos
Fornecedores
Contas a pagar
Fretes a pagar
TRANSAÇÕES:
Vendas
Compras
Fretes
$
Companhia
Siderúrgica
de Tubarão
CST
- $
(415)
(267)
(79)
-
(39,590) $
275
(8,537)
- $
Companhia
Siderúrgica
Nacional
CSN
2,283 $
(820)
-
Holdercim
do Brasil
S.A.
Gerdau
S.A.
488 $
(138)
-
Fundação
Açominas de
Seguridade
Social - AÇOS
374 $
(253)
-
42,234
59,722
(9,365)
(1,929)
- $
- $
4,225
(3,193)
- $
Banco
Real S.A.
ABN Amro
- $
- $
(442)
-
(5,074)
-
- $
- $
Natsteel
Trading
13,863 $
-
Total
17,008
(415)
(1,290)
(5,516)
(267)
75,497
181,953
(23,024)
- $ (39,590)
31 de dezembro de 1999
Companhia
Vale do Rio
Doce
CVRD
TRANSAÇÕES:
Vendass
Compras
Fretes
$
$
- $
(29,643) $
Companhia
Siderúrgica
de Tubarão
CST
48 $
(536)
- $
Companhia
Siderúrgica
Nacional
CSN
Holdercim
do Brasil
S.A.
Gerdau
S.A.
329 $ 22,279
(5,679)
(1,218)
- $
-
$
$
3,951 $
(498)
- $
Natsteel
Trading
39,417
-
Total
$
66,024
(7,931)
$ (29,643)
18
Cia. Vale do Rio Doce - CVRD era acionista da DOCEPAR S.A., que era parte do acordo de
acionistas da Companhia em 31 de dezembro de 2000. DOCEPAR S.A. também detém
participação na Cia. Siderúrgica de Tubarão - CST e Companhia Siderúrgica Nacional - CSN.
Em 31 de dezembro de 2001 estas companhias não são consideradas partes relacionadas.
Banco Real S.A. ABN Amro é acionista da Companhia.
Transações com partes relacionadas foram feitas sob condições que incluem correção
monetária e juros, quando aplicável, e são consideradas pela administração em linha com as
condições de mercado.
16. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO FISCAL - REFIS
O Governo Brasileiro autorizou, sob o programa chamado REFIS (Programa de Recuperação
Fiscal), que os impostos federais então em disputa fossem pagos pelos contribuintes em
termos diferidos e que certos créditos fiscais originalmente de propriedade do contribuinte ou
adquiridos de terceiros pudessem ser usados como moeda de pagamento. A Companhia
aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal (REFIS), de acordo com os termos das Leis No.
9664 e 10002, de 10 de abril e 14 de setembro de 2000, respectivamente, e legislação
complementar. A Companhia amortizou na sua totalidade o saldo com o INSS e as parcelas de
salário educação, através do uso desse programa. A opção pelo REFIS ocorreu em dezembro
de 2000.
Em 2000, a Companhia usou a contribuição social sobre prejuízos fiscais no montante total de
$136,988, gerados anos antes, para amortizar juros e multas devidos pela Companhia,
limitados a 8% da Contribuição Social sobre prejuízos fiscais, de acordo com a legislação do
REFIS.
A Companhia registrou o ganho gerado na operação como receita financeira no valor de
$10.959. A Companhia decidiu pagar o principal na sua totalidade em dezembro de 2000.
17. COMPROMISSOS
(a) Em setembro de 1998 a Companhia assinou dois acordos com a Holdercim do Brasil S.A.,
um para fornecimento anual de 560.040 toneladas de escória granulada e outro para
compra de um total anual de 300.000 toneladas de pedra de calcário, ambos para um
período de 120 meses iniciando em 1º de outubro de 1998, no valor total de $25.347 e
$16.708, respectivamente. Os preços estão sujeitos a revisão anual pelas partes.
(b) Para fins de manutenção e expansão de suas linhas de produto, em outubro de 1998 a
Companhia arrendou propriedades e ativos industriais da Siderúrgica J.L. Aliperti S.A. por
períodos de 60 e 240 meses, respectivamente. Para fins de U.S. GAAP, o arrendamento
dessas propriedades e ativos industriais foi classificado como leasing operacional.
19
Os pagamentos futuros de leasing em 31 de dezembro de 2001, incluído em empréstimos
e financiamentos (Note 8) são os seguintes:
Ano
2002
2003
2001
2,559
2,133
---------4,692
======
$
$
Os ativos incluídos no leasing são os seguintes:
Planta
Amortização acumulada
$
$
2001
2,002
(358)
---------1,644
======
A amortização líquida do leasing operacional ($216) está incluída na despesa de
depreciação.
18. VALOR JUSTO DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS
De acordo com SFAS No. 107, “Divulgação sobre Valor Justo dos Instrumentos Financeiros”, a
Companhia deve divulgar o valor justo de seus instrumentos financeiros, inclusive de itens fora
do balanço, quando seu valor justo puder ser razoavelmente estimado. Os valores
apresentados representam o valor justo em 31 de dezembro de 2001 e 2000 e não refletem
variações subsequentes na economia, taxas de juros e alíquotas fiscais, e outras variáveis, que
poderão impactar a determinação do valor justo. O método e as premissas a seguir foram
usados na estimativa do valor justo dos instrumentos financeiros:
•
Caixa, investimentos de curto prazo, outras contas a receber e contas a pagar:
O valor contábil se aproxima do valor justo em virtude do prazo de vencimento
desses instrumentos.
•
Depósitos judiciais: O valor contábil se aproxima do valor justo, pois os juros
sobre esses ativos são calculados a taxas variáveis de mercado.
•
Financiamentos de curto e longo prazo, inclusive os securitizados por
exportações futuras: O valor justo dos financiamentos de curto e longo prazo é
baseado em taxas correntes oferecidas para dívidas semelhantes.
20
Os saldos contábeis e o valor justo dos instrumentos financeiros significativos da Companhia
em 31 de dezembro são os seguintes:
2001
Saldo
contábil
Caixa e equivalentes de caixa e caixa restrito
$
Depósitos judiciais
Empréstimos e financiamentos, adiantamentos de
contratos de câmbio e exportação, financiamentos
securitizados por exportações futuras
$
2000
Saldo
contábil
Valor
justo
116,033 $ 116,033 $
1,821
1,821
Valor
justo
159,947 $ 159,947
4,856
4,856
354,461 $
279,450 $
353,835 $
278,523
19. CONCENTRAÇÃO DE RISCOS DE CRÉDITO
Não há cliente individual da Companhia, além das partes relacionadas na Nota 15,
responsável por mais que 10% das vendas líquidas e não há fornecedor individualmente
responsável por mais que 10% das compras. Historicamente, a Companhia não tem perdas
significativas sobre contas a receber de clientes.
20. INFORMAÇÃO POR SEGMENTO
As operações da Companhia são classificadas em dois segmentos de negócio:
manufatura e construção civil. O setor de manufatura basicamente consiste da produção e
venda de tarugos, blocos e placas de aço. O setor de construção civil basicamente consiste da
produção e venda de vergalhões e arames para concreto.
As informações sobre os segmentos da Companhia são os seguintes:
2001
Manufatura
Construção
Civil
Total
Vendas líquidas
Lucro operacional
Ativos Identificáveis
Gastos de capital
$
359,729
36,944
1,442,936
131,187
$
77,743
21,574
53,711
1,627
$
437,472
58,518
1,496,647
132,814
Depreciação
$
45,368
$
361
$
45,729
21
2000
Construção Civil
Manufatura
Total
Vendas líquidas
Lucro operacional
Ativos Identificáveis
Gastos de capital
$
473,459
107,940
1,509,360
57,156
$
67,982
24,840
66,660
3,984
$
541,441
132,780
1,576,020
61,140
Depreciação
$
57,451
$
139
$
57,590
1999
Construção Civil
Manufatura
Total
Vendas líquidas
Lucro operacional
Ativos Identificáveis
Gastos de capital
$
358,621
56,414
1,592,763
89,317
$
65,110
12,687
33,670
4,872
$
423,731
69,101
1,626,433
94,189
Depreciação
$
52,619
$
670
$
53,289
As vendas líquidas Companhia por área geográfica foram como segue:
Região
Doméstica
Ásia
América do Norte
América Latina (exceto Brasil)
Europa
Outros
2001
$
$
181,376
152,809
48,516
38,279
8,706
7,786
-----------437,472
=======
2000
$
$
244,370
178,780
87,975
8,677
19,579
2,060
-----------541,441
=======
1999
$
$
191,205
139,810
50,848
11,933
29,935
-----------423,731
=======
Os ativos operacionais estão essencialmente localizados no Brasil.
21. NOVOS PRONUNCIAMENTOS
Em junho de 2001, o Financial Accounting Standards Board (FASB) emitiu o pronunciamento
“Statement of Financial Accounting Standards” (SFAS) No. 141, “Combinações de Negócios”. O
SFAS No. 141 está em vigor para todas as combinações de negócios iniciadas após 30 de
junho de 2001 e para todas as combinações de negócios contabilizadas através do método de
compra para as quais a data de aquisição seja 1º de julho de 2001 ou posterior. O SFAS No.
141 requer que todas as combinações de negócios iniciadas após 30 de junho de 2001 sejam
contabilizadas através do método de compra. A Companhia não prevê que esta nova norma
tenha qualquer impacto em sua posição financeira ou no resultado de suas operações.
Em junho de 2001 o FASB emitiu o SFAS No. 142, “Ágio e Outros Ativos Intangíveis”. O SFAS
No. 142 está em vigor para anos fiscais iniciados após 15 de dezembro de 2001. A aplicação
antecipada do SFAS No. 142 é permitida para entidades com ano fiscal iniciado após 15 de
março de 2001, desde que as primeiras demonstrações contábeis de ínterim não tenham sido
emitidas. Com a adoção do SFAS No. 142, o ágio não está mais sujeito a amortização ao longo
de sua vida útil estimada, mas passa a estar sujeito a ao menos uma avaliação anual de
desvalorização através de teste baseado no valor justo. Adicionalmente, o deságio é
reconhecido como um ganho extraordinário no momento da combinação de negócio. A
Companhia não prevê que esta nova norma tenha um impacto significativo sobre a sua posição
financeira ou no resultado de suas operações.
22
Em junho de 2001 o FASB emitiu o SFAS No. 143, “Contabilização de Obrigações por
Retirada de Ativos”. A nova norma estará em vigor para demonstrações contábeis de anos
fiscais iniciados após 15 de junho de 2002, com a aplicação antecipada encorajada. A
Companhia planeja adotar esta nova norma em 1º de janeiro de 2003. O SFAS No. 143 regula
a contabilização e divulgação das obrigações associadas com a retirada de ativos tangíveis de
longa duração e o custo associado com a retirada desse ativo. Se aplica a obrigações legais
associadas com a retirada de ativos de longa duração que resultam da aquisição, construção,
desenvolvimento e/ou operação normal de um ativo de longa duração, exceto por certas
obrigações do proprietário. Esta norma requer que o valor justo de um passivo por obrigação
de retirada de ativo seja reconhecido no período em que incorrer, se uma estimativa razoável
do valor justo puder ser feita. O custo associado com a retirada do ativo é capitalizado como
parte do valor contábil do ativo de longa duração. A Companhia não quantificou todos os
efeitos da adoção do SFAS No. 143 em suas demonstrações contábeis.
Em agosto de 2001 o FASB emitiu o SFAS No. 144, “Contabilização da Desvalorização ou
Baixa de Ativos de Longa Duração”. A nova norma estará em vigor para demonstrações
contábeis emitidas para anos fiscais iniciados após 15 de dezembro de 2001, com aplicação
antecipada encorajada. A Companhia planeja adotar a nova norma em 1º de janeiro de 2002. O
SFAS No. 144 substitui o SFAS No. 121, “Contabilização da Desvalorização de Ativos de
Longa Duração e de Ativos por Baixar”, ainda que mantenha as exigências fundamentais do
SFAS No. 121. O SFAS No. 144 também expande o escopo de apresentação de operações
descontinuadas para um componente de uma entidade e elimina a exceção de consolidação
para uma subsidiária controlada temporariamente. A Companhia não quantificou ainda todos
os efeitos da adoção do SFAS No. 144 em suas demonstrações contábeis.
* * * * * * * * *
23