GUIA DO TÊNIS - Revista Contra
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GUIA DO TÊNIS NEW BALANCE 1063 escolha do Editor abril 2009 melhor para competição Com essa ótima atualização do 1063, a New Balance solucionou o problema de falta de flexibilidade que incomodava em sua edição anterior. A nova tecnologia de melhora do calçe empregada em seus novos modelos trouxe uma bem-vinda dose de conforto, como atestado pelo editor Tomaz Lourenço, que avaliou o modelo em treinos e provas: “Conforto, maciez e amortecimento na medida certa. Já no segundo dia, senti como se ele fosse um ‘velho conhecido’. Porém, o editor notou que quando se transpira muito, a palmilha encharca, fazendo barulho a cada passada.” Recomendado para corredores com pisada neutra ou supinada. Modelo masculino ou feminino; 365 g (41 masc.); R$ 500. abril 2009 NIKE SPAN 6+ O Span recebeu uma boa atualização, princi- palmente no cabedal, que na parte interna apresenta um suporte para o arco do pé, que se liga à amarração do tênis para dar melhor ajuste no calce. Já na parte externa, na mesma região, vem uma herança do modelo Victory, que com uma aplicação de tecido especial lembra cabos de sustentação, dá maior suporte e também diminuiu o peso do tênis. O bom amortecimento, relatado por nosso testador Carlos Hideaki, é garantido por duas bolsas de ar, uma no calcanhar e outra na planta do pé. Recomendado para corredores com pisada neutra ou pronada leve. Modelo masculino e feminino; 303 g; R$ 330. 52 Contr a-Relógio abril 2009 NIKE STRUCTURE TRIAX 12+ O tecido feito em mesh do cabedal desta edição é mais fechado em relação à anterior, o que talvez tenha sido a razão de nosso testador, Marcelo Avelar, que correu com o tênis por mais de 300 km, dizer que apesar do sistema de amortecimento ser muito bom, achou que o modelo esquentava demais. A Nike também faz modelos femininos com diferenças na entressola e no solado em relação ao masculino. Nossa testadora, Sandra Ferreira, disse que “o tênis é muito confortável e dá suporte na medida para a pronação”. Para corredores com pisada pronada leve a moderada. Modelo masculino e feminino; 343 g (41 masc.); R$ 400. PENALTY COLT O novo lançamento da Penalty para corridas, tem um visual que lembra os tênis de futebol society. Pela faixa de preço em que ele se encontra, o modelo pode ser considerado apenas razoável, pois não oferece flexibilidade, amortecimento e conforto comparado às marcas tradicionais. Nosso testador, Edivaldo Bueno, nos relatou problemas com a amarração, provavelmente por causa do material sintético que cobre a parte final da lingueta: “Em treinos longos, havia a tendência dela ficar escorregando para os lados, o que incomodou”, disse. Recomendado para corredores iniciantes. Modelo masculino; 331 g (40 masc.); R$ 150. PENALTY CROMA W O Croma foi feito especialmente para as mulheres e tem no seu cabedal, que é amplo e confortável, seu ponto mais positivo, além, é claro, do seu preço muito convidativo. Nossa testadora Tomoko Abe submeteu o modelo às ruas e esteiras em treinos que somaram ao todo 137 km e constatou um desgaste precoce no solado na área do calcanhar. Apesar do cabedal ser feito em mesh, segundo ela, o modelo “não dissipa bem o calor, tem pouca flexibilidade e poderia ter mais amortecimento para suportar distâncias maiores.” Recomendado para corredoras que estão iniciando no esporte. Modelo feminino; 274 g (37 fem.); R$ 130. Por que o Guia da CR é assim? REEBOK ULTRA KFS V Em geral, tênis para corredores neutros ou supinadores tendem a ter boa dose de amortecimento, mas o Ultra KFS foge um pouco à essa regra, além de ser pouco flexível, o que dá a sensação do tênis ser duro. Nossa testadora nos disse que sentiu que faltou absorção no impacto na pisada. Elineia Ferreira, que avaliou o modelo, comentou não ter gostado do tecido que forra o tênis: “Apesar do tamanho estar correto e dos meu pés ficarem perfeitamente acomodados, o tecido ficava puxando a meia para dentro do tênis, causando desconforto”. Para corredores com pisada neutra e supinada. Modelo masculino e feminino; 351 g (Masc. 40); R$ 370. Alguns leitores devem se perguntar o porquê da revista não dividir os tênis por categorias (4), já que essa informação é fornecida pelas marcas e usada em outras publicações. Na verdade, não muda muita coisa. A relação é muito simples: • Amortecimento: modelos, como o nome diz, que enfatizam o amortecimento e também a maciez; destinados a corredores com pisada neutra ou supinada. • Estabilidade: para corredores que tem a pisada neutra ou algum grau de pronação e consideram essa qualidade importante. • Controle de movimento: para aqueles que têm pisada pronada severa ou para quem está iniciando no esporte e está muito acima do peso, pois para esses corredores esse tipo de tênis ajusta a pisada e ajuda a não sobrecarregar os joelhos e articulações. • Leveza, performance ou competição: são tênis para treinos rápidos, como tiros, ritmo, fartleks ou competição. Por serem leves, ajudam na obtenção de boas performances, sendo indicados para corredores igualmente leves, por seu baixo grau de amortecimento. O inconveniente desses calçados é sua vida útil mais curta que os modelos comuns e por isso mesmo devem ser deixados para momentos especiais. O Guia da Contra-Relógio procura ser objetivo, partindo da informação que consideramos básica: o tipo de pisada. A partir daí o corredor faz suas escolhas, de forma mais técnica. abril 2008 Contr a-Relógio 53 GUIA DO TÊNIS REEBOK SMOOTHFIT CUSHION O que salta aos olhos no primeiro contato com o Smoothfit é a ausência total de costuras e emendas, tanto por dentro, como por fora do cabedal, o que proporciona excepcional sensação de conforto, e o tipo de tecido usado garante boa ventilação. Mas um ponto negativo apontado por nossa testadora, Tomoko Abe, que avaliou o tênis por 144 km em treinos na esteira e até na rua sob chuva, foi que o calcanhar “ficava muito folgado, sendo necessário amarrar até o último furo. Se fosse mais estreito daria mais estabilidade”. Recomendado para corredores com pisada neutra. Modelo masculino e feminino; 368 g (Masc. 40); R$ 400. REEBOK VERONA O Verona usa uma interessante tecno- logia da Reebok que visa fazer com que o tênis responda de maneira natural ao movimento que os pés realizam. Outro fator positivo relatado por nossa testadora Wal Russel é que ele oferece muito conforto e estabilidade. Curiosamente, todos os tênis da Reebok testados para este Guia receberam reclamação por falta de aderência do solado quando se corre em superfícies molhadas, incluindo asfalto. Nossa testadora comentou que chegou até a tomar um tombo em um treino. Recomendado para corredores com pisada neutra. Modelo masculino e feminino; 349 g (40 masc.); R$ 330. Encontro de alguns dos testadores na Meia de SP. Em pé, da esq. para a dir.: Iberê, Marco Aurélio, o editor de arte Sérgio Rocha, Césinha e Pedro Paulo. Agachados: o editor Tomaz Lourenço, Waldicéia, Carlos Hideaki e Ítala Ignácio. OS “TESTADORES” DO GUIA • Antonio Cesinha Pires Corre 85 km semanais e tem 2h57 em maratona • Elineia Ferreira de Aquino Já fez 1h37 na meia-maratona e corre 50 km semanais 54 Contr a-Relógio abril 2009 • Edson Irineu dos Santos Corre 60 km semanais e já marcou 39:20 nos 10 km • Edvaldo Bueno do Prado Tem 33:50 nos 10 km e corre 85 km semanais • Fernando Jesus Pereira Faz 100 km semanais e tem 1h21 em meia-maratona • Iberê de Castro Dias Já fez 1h22 em meia-maratona Corre 90 km semanais • Ítala Ignácio Corre 80 km semanais e tem 3h41 em maratona • João Theoto Tem 39:36 nos 10 km e corre 60 km semanais • Marcelo Avelar Corre 60 km semanais e tem 37:02 nos 10 km • Marcelo Torezan Corre 50 km semanais e tem 2h58 em maratona • Marco Aurélio Bosseto Corre 75 km semanais e já fez 43:10 nos 10 km • Pedro Paulo C. de Mello Corre há 30 anos, faz 70 km semanais e tem 42 min. nos 10 km • Richard Messias Medina Faz 10 km em 45 min. e corre 80 km semanais • Sandra Maria P. Ferreira Já correu 17 São Silvestre e corre 50 km semanais • Tomaz Lourenço Já correu mais de 30 maratonas, duas Comrades e faz 50 km semanais • Tomoko Abe Corre 100 km semanais, fez a Comrades em 2008 e vai de novo este ano • Waldiceia Russell Tem 48 min. nos 10 km e corre 50 km semanais
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