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Publicação trimestral da APP Capítulo Uberlândia Edição nº 04 – out / nov / dez – 2011 Distribuição Dirigida CONVERGÊNCIA EM COMUNICAÇÃO APP: caminho para que os players atuem em sintonia editorial EDITORIAL A revista Canto do Galo chega à sua quarta edição mantendo o compromisso com o associado APP de ser um veículo de informação democrático e que ofereça ampla cobertura a todos os segmentos da comunicação. Assim como a APP Uberlândia, esta publicação abre espaço para que se manifestem os “Profissionais de Propaganda” de toda a cadeia produtiva da comunicação, pois para a APP, todos têm igual valor para o cliente. Para os que ainda não estão familiarizados com a estrutura de trabalho da APP, vale uma breve explicação. A entidade é constituída por núcleos setoriais formados de empresas e profissionais que representam veículos de comunicação, agências de publicidade, fornecedores de serviços e produtos para o setor e agências de comunicação online. Nesta gestão, foram instituídos os núcleos de comunicação organizacional e o de responsabilidade social. Merece destaque a APP Jovem, núcleo promissor, que em nossa visão garantirá a continuidade da associação. Cada um destes grupos tem autonomia para desenvolver projetos que gerem benefícios para os associados. A cada iniciativa, os gestores dos núcleos encontram nos demais integrantes da entidade o apoio necessário para viabilizar suas ações. Assim, a APP Uberlândia tem alcançado importantes avanços, seja com a intervenção em assuntos de interessa da classe, promoção de cursos e workshops ou com a realização de eventos de relacionamento. Nesta edição a revista Canto do Galo apresenta, além de matérias e entrevistas, um resumo das ações destes núcleos. Procuramos sempre abordar temas atuais, como por exemplo a comunicação digital com foco no mercado local, a promoção de eventos destacando a cobertura da Feijoada APP 2011, as mudanças na legislação que impactam o setor da comunicação e a prática de patrocínios empresariais como forma de falar com um determinado público alvo. Trazemos ainda artigos assinados por nossos colaboradores que falam sobre temas inovadores como economia criativa, comunicação interna, propaganda para o público infantil e também um pouco de humor. Novamente deixamos aqui o convite: se você ainda não está na lista APP Recomenda, publicada nesta edição, associe-se à APP Uberlândia e faça parte deste grupo de empresas e profissionais de qualidade comprovada em suas áreas de conhecimento. Aproveite a leitura! DIRETORIA APP – CAPÍTULO UBERLÂNDIA BIÊNIO 2011/2012 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Conselho de Administração Presidente: Adriano Novaes 1º Vice-presidente: Carlos Magno d’ Armada 2º Vice-presidente: Júlio Paiva Diretor: Luiz Antônio B. Dias Diretor: Renata Garcia Diretor: Rosane Lucho Diretor: Wladimir Virote Diretor: Hamilton Rocha Diretor: Emerson Côrtes Executivo chefe: Tony Amaral Secretaria executiva: Mariana Lacerda Diretoria Executiva Diretor: Alvim Costa Neto Diretor: Célio Cardoso Diretor: Daniel Labanca Diretor: Gustavo Lazzarini Diretor: Helio Mendes Diretor: Luiz Eduardo Souza Diretor: Noel Arantes Diretor: Renato Bontempo Diretor: Rogério Fonseca Conselho Fiscal Presidente: Anacleto Neves Secretário: Adalberto Deluca Membro Efetivo: Eriberto Gussoni Suplente: Carlos Roberto Viola Suplente: Eduardo Guaratto Suplente: Rogério Martins Conselho Consultivo Diretor: Celso Vilela Conselheiro: Cézar Honório Teixeira Conselheiro: Egmar Ferraz Conselheiro Conselheiro: Fabiana Queiroz Conselheiro: Paulo Fernando B. Souza Conselheiro: Pedro Lacerda Conselheiro: Rogério Nery Diretoria Adjunta Diretor: Dimas Le Senechal Diretor: Felipe Garcia Diretor: Helen Novaes Diretor: Júlio Meireles Diretor: Leonardo Cerqueira Melo Diretor: Marcel Gussoni Diretor: Thales Schmidt Martins Diretor: Vítor Lima EXPEDIENTE Pra quem é bom de ouvido. Revista Canto do Galo Publicação trimestral da APP Uberlândia Edição nº 04 – out / nov / dez Conselho editorial: Adriano Novaes Anacleto Neves Carlos Magno D’armada Célio Cardoso Fabiana Barcelos Gustavo Lazzarini Janaina Depiné Luiz Antônio Batista Dias Edição e revisão: Adriana de Faria e Sousa (Escritório das Letras Comunicação) Jornalista responsável: Fabiana Barcelos MTB 09413 avozdaamerica.com.br 34 3234 7166 Diretor responsável: Gustavo Lazzarini Mtb MG 05407 JP Conteúdo: Lead Assessoria de Imprensa e Ares Comunicação Assessoria de imprensa: Ares Comunicação Colaboradores desta edição: Tony Amaral, Viviane Santos Adriana de Faria e Sousa, Fabiana Barcelos, Jeferson Oliveira, Priscilla Rocha, Aline Moraes. Fotógrafo colaborador: Marlúcio Ferreira Capa: Know How Comunicação Marca: Fórmula P Pré-impressão: Mídia Kit CTP Impressão: Gráfica Brasil Produção e edição de arte: Mídia Kit Publicações Tiragem: 2000 exemplares Os anúncios e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É expressamente proibida a reprodução, parcial ou total, sem autorização prévia da APP Uberlândia. Críticas e sugestões: [email protected] / 34 3237 4470 Associação dos Profissionais de Propaganda - APP Capítulo Uberlândia Avenida Rondon Pacheco, 2.100 - Bairro Copacabana - Uberlândia-MG - CEP: 38408-343 Fone:(34) 3237-4470 Site: www.appuberlandia.com.br Blog: www.appudia.blogspot.com Twitter: @APPUdi canto do galo 3 zoom MS DIGITAL. IDEIAS QUE DECOLAM. Soluções em comunicação visual para diversos formatos e tamanhos, com tecnologia de ponta e atendimento personalizado. Viaje mais nas suas ideias. Com a MS Digital, você pode. msdigitaludi.com.br KIA SPORTAGE Nem precisa compará-lo com os concorrentes. O Jornal do Carro já fez isso por você. Os melhores do Brasil* Sportage liquida fatura pela primeira vez > Campeão pela primeira vez na votação do JC, o Sportage briga em um dos mais disputados segmentos do mercado. Também estavam no páreo o Chevrolet Captiva, o Honda CR-V, o Dodge Journey, o Pajero Sport, o SsangYongAction, o Toyota RAV-4 e o Volkswagen Tiguan (ufa!). *FONTE: JORNAL DO CARRO, 3 DE AGOSTO DE 2011. A.Alves Av. Rondon Pacheco, 3223 | 34 3255 5550 Você encontra peças genuínas KIA na Assistência Técnica KIA A.Alves da nossa concessionária. Fotos ilustrativas. Garantia de 5 anos ou 100 mil km, condicionado aos termos e às condições estabelecidos no Manual de Garantia e Manutenção. Consulte regulamento na concessionária. Cinto de segurança salva vidas. certificação FOTOS MARLÚCIO FERREIRA ENTREGA DOS CERTIFICADOS APP RECOMENDA Iniciativa reconhece qualidade na prestação de serviços de fornecedores locais Com o objetivo de reconhecer a seriedade e profissionalismo dos prestadores de serviços em comunicação de Uberlândia, o capítulo local da APP realiza periodicamente a entrega da Certificação Anual das Empresas Associadas. A iniciativa, denominada APP Recomenda, aconteceu em julho. Confira abaixo a lista das empresas certificadas. A APP recomenda e você, que compra serviços de comunicação, pode confiar. NÚCLEO DE AGÊNCIAS Atividade principal Empresas Agência de Publicidade e Propaganda 10 Ação Propaganda; AGBRASILIS Comunicação; Attitude Inteligência Política; Blues Comunicação; Cannes Publicidade; Diferi Comunicação; Ferreiro Marketing e Propaganda; Fórmula P Comunicação Social; Gente Que Atende Marketing e Publicidade; Grafiti Comunicação Total; Grupo Creative; Hip Comunicação; Ícone - Planejamento em Comunicação; Identifica Marketing e Comunicação; Ilustra Propaganda; Interage Comunicação; Know How Comunicação; Loop Propaganda; Magno Publicidade; Multiplica Propaganda e Marketing; Olho Vivo Comunicação; OVNI Propaganda e Arquitetura de Marca; Players Comunicação & Marketing; Ponto Focal – Comunicação e Arte; Quanta Propaganda; R&B Propaganda e Marketing; RedHouse Comunicação; Sic Marketing e Comunicação; Simões Comunicação Agência de Propaganda e Trade Marketing Contracapa Propaganda Agencia de Comunicação e Assessoria Engenho & Arte Comunicação Agência de Comunicação G.A. Comunicação canto do galo NÚCLEO MÍDIA DIGITAL Atividade principal Empresas Comunicação digital AQUA interativa Empresa de software de gestão empresarial Jiva; Sankhya Desenvolvimento e prestação de serviço em WEB Ktaqui Digital Out of home Poli Midia Ltda Comunicação digital Quipus Tecnologia Audiovisual e Mídias Interativas VTS Brasil Desenvolvimento e Licenciamento de Programa Wik Solutions NÚCLEO FORNECEDORES Atividade principal Empresas NÚCLEO MÍDIA DIGITAL Atividade principal Empresas Produtora de áudio A Voz da América Gravações; Batuki Produções Emissora de TV Assessoria de Imprensa Ares Comunicação; Lead Comunicação Band Triângulo; TV Integração; TV Paranaíba / Rádio Paranaíba; Vitoriosa - SBT TV a cabo Canal da Gente Comunicação Visual Brascon Comunicação Visual; Clicmais Emissora de Rádio Gráfica Breda Artes Gráfica; Gráfica Brasil Cultura HD; Extra FM; Líder FM; Rádio América de Uberlândia; Rádio Visão Produtora de vídeo Cinefilmes; Close Comunicação; Imaginare Filmes Produções; Sanfona Filmes Produção e veiculação de conteúdo Produção e veiculação de conteúdo Jornal Correio Impressos Promocionais Côrtes Indústria Gráfica Jornal Jornal TudoJá Produtora de vídeo e eventos Damaceno Produções SÓCIO EFETIVOS Atividade principal Empresas Faculdade ESAMC - Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação Consultor Anacleto Nogueira Neves; Hélio Mendes Informática e Eventos Graphix Locação Publicitário Diego Andrade; Eleusa de Oliveira; Hamilton Rocha Neves; Roberval Coelho da Silva; Vítor de Almeida Lima Bureau de Impressão Laser Infoprint Document Solution Gustavo Lazzarini Agência e escola de atores, modelos, recepcionistas e promotoras Interpret Agência de Atores e Modelos Assessoria de comunicação e marketing Eventos e promoções Kléber Carvalho Fotografias Marlúcio Ferreira; Roberto Chacur Assessoria e Treinamento Tony Amaral Produção e veiculação InLeondor Painéis; Plamarc Ltda; Senechal de painéis Outdoor Comunicação Visual e Brindes Luder Brindes Publicações e Assessoria de Imprensa Meio&Mídia Publicações Lazer e entretenimento Praia Clube Consultoria Midia / Eventos / Representação Comercial Target Minas evento PRISCILA ROCHA Ares Comunicação FEIJOADA DA APP A tradicional Feijoada da APP (Associação dos Profissionais de Propaganda – Capítulo Uberlândia) teve mais uma edição no dia 20 de agosto. O evento aconteceu numa divertida tarde de sábado no Restaurante Da Roça Comida Típica e reuniu os profissionais de comunicação de Uberlândia e região. Além disso, contou com o apoio das seguintes empresas: Revista Cult, Gráfica Registro, Guaraná Mineiro, Chamativa, Cinefilmes, Batuki, Damaceno, Formula P, Cultura HD, Aqua Interativa, Tv Integração, Vitoriosa, BAND, TV Paranaiba, Target Minas, Go Expertise, Algar Mídia, MS Digital, Kia, Canal da Getne, Vozzuca, A Voz da América,Gráfica Breda, ESAMC. A APP Jovem também esteve presente em peso e aproveitou para dar boas vindas aos 16 novos associados. @cinefilmes - Bom dia a todos! Queríamos parabenizar a @APPUdi pela organização da Feijoada da APP 2011. Marcamos presença e adoramos o evento! @EduardaFhamilly - Feijoada da @APPUdi hoje foi ótima! Foi tudo muito bem organizado. Fiquei lá até o último minuto. Rsrs @thatiks - Acabei de chegar da @APPUdi foi perfeita! Valeu muito a pena, parabens! @ MrGyn arrazou tb!! @RPFonseca - A Feijoada da @APPUdi foi ótima. Parabéns a todos envolvidos... lugar, música e pessoas muito legais... #Sucesso @adrianonovaes - Feijoada @APPUdi foi perfeita...obrigado a todos que participaram... @AnnaCarol - @APPUdi Parabéns pela organização da Feijoada #sucesso @formulap - A feijoada e o bate-papo entre os publicitários estavam ótimos.Parabéns @APPudi e @APPjovem Pela excelente organização do evento! @valtier - Rememorando o Sucesso da Feijada da @AppUdi Aqui na @sanfonafilmes . Excelente evento. Parabéns! @muriloteodor - Ontem fui a feijoada da @ APPUdi foi bom demais da Conta = D @juliseferreira - Uma palavra pra definir a feijoada da @APPUdi: Perfeitaaaaaaaaaaa. A Melhor feijoada que eu já fui. Parabéns! 12 canto do galo evento REPRESENTANTE DO CENP PARTICIPA DE SEMINÁRIO EM UBERLÂNDIA João Luiz Faria falou sobre a nova lei que rege a publicidade “CENP e a Nova Legislação na Publicidade” foi o tema do fórum promovido pela APP Uberlândia para discutir as mudanças nas regras sobre licitações e contratações de serviços de Publicidade pela administração pública. O evento, realizado no início de agosto, contou com a presença do advogado João Luiz Faria, consultor jurídico do CENP (Conselho Executivo das Normas Padrão). O palestrante apresentou os aspectos da nova lei 12.232/2010, bem como as novas normativas do CENP e seus desdobramentos. Estiveram presentes os representantes do poder público nas três esferas (municipal, estadual e federal), empresas e instituições públicas que contratam serviços de publicidade e propaganda e representantes do judiciário. 14 canto do galo PRISCILA ROCHA Ares Comunicação HELEN NOVAES ESAMC Uberlândia relações de consumo CONSUMISMO: A PROPAGANDA É A VILÃ DA HISTÓRIA? Consumismo é o ato de comprar produtos e/ ou serviços sem necessidade e consciência. É compulsivo, descontrolado e tem origens emocionais e psicológicas que juntas levam pessoas a gastarem por vezes mais do que podem e necessitam. Sofreu uma decepção amorosa? Nada como ir às compras para afogar as mágoas. O trabalho está difícil de agüentar? Que tal aliviar o stress tomando um banho de lojas? A vida parece assim sem graça, faltando um algo a mais? Quem sabe este algo não esteja ali disponível em alguma vitrine? A oneomania - doença do consumo compulsivo - aflige 3% dos brasileiros. O compulsivo usufrui apenas do prazer da compra, mal usa o produto e gasta sempre mais do que pode. Suas dívidas em geral são de cinco a dez vezes maiores que sua renda mensal. Segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, três em cada dez brasileiros, a maioria mulheres, compram compulsivamente. É gente que usufrui apenas no momento da compra, mas não o produto, que muitas vezes é deixado de lado sem utilidade alguma. Alguns dos sintomas são a baixa estima e o sentimento de vazio. Depois da compra vem a sensação de culpa. Uma pessoa normal tem o impulso, mas é capaz de resistir. A Publicidade, por muito tempo, tem sido responsabilizada por vários problemas que apresentam traços universais e comuns a diferentes sociedades. Vários teóricos e pensadores afirmam que a própria constituição dos modos de ser e viver são hoje, em grande parte, con¬dicionados pelos padrões e modelos 16 canto do galo fornecidos pela cultura da mídia. Isso acabou nos levan¬do a uma sociedade praticamente hegemônica, ou seja, se estamos aqui ou na Finlândia o que vemos são pessoas que consomem praticamente as mesmas coisas, idolatram as mesmas marcas, se vestem do mesmo jeito e aspiram aos mesmos objetos ou posições sociais. e capacidade critica. A Propaganda tem sim seu grau de influência, mas eximir outras parcelas de responsabilidade de setores como o da educação, legislação, produções culturais e até instituições religiosas seria como colocar um único culpado no banco de réus de um massacre em escala global. A consciência de consumir de forma responsável tem início na percepção de cada indivíduo sobre os impactos que suas ações cotidianas (compra, utilização e descarte de produtos e serviços) têm sobre ele mesmo, e também sobre a sociedade e o meio ambiente. “Vilã ou não, a Propaganda faz parte do enredo desta trama.” A Propaganda é taxada de exceder as finalidades para as quais foi concebida. Algumas vezes é acusada de, seduzir a audiência, levando-a a se identificar com representações ideológicas, explorando as fragilidades humanas, ativando reações primitivas e apoiando-se nos apelos emocionais e sensoriais. Faz isso utilizando-se da fugacidade, superficialidade, sedução e exacerbação dos atributos de produtos e serviços, a fim de atingir os objetivos mercadológicos e competitivos das empresas. Entretanto, é preciso relatar que existe um caráter instável e imprevisível do resultado da comunicação e “Cada vez mais se torna difícil a tentativa de manipular o público”. cada vez mais se torna difícil a tentativa de manipular o público. Nem sempre a Publicidade atinge os objetivos propostos e o público pode resistir aos significados e mensagens dominantes, criar sua própria leitura e seu próprio modo de apropriar-se das mensagens publicitárias. Influenciar escolhas A Propaganda tem o objetivo nato de influenciar escolhas, fortalecer marcas e atrair novos consumidores, mas daí a dizer que ela faz escolhas por nós seria no mínimo afirmar que pessoas são desprovidas de mecanismos de defesa As empresas operam segundo as regras do mercado, que são definidas pelo governo e pela sociedade e não pela Propaganda. Quando a sociedade está disposta a comprar artigos pirateados ou drogas, estas oportunidades se configuram como parte das regras que regem o mercado. Sendo assim, as empresas que atendem a estes mercados operam ilegalmente, mas estão obedecendo as regras estabelecidas pela sociedade. Deste modo, a construção de uma visão mais critica quanto ao consumo, a garantia da autonomia e a capacidade de adotar modelos próprios e que melhor se apliquem a cada pessoa, bem como a possibilidade de exercer uma critica mais severa sobre a necessidade de comprar ou não determinados produtos, deve ser intrínseca a cada individuo. Educação para o consumo Para que isto aconteça é indiscutível a necessidade de consolidar pilares anteriores à exposição do individua a mídia. Uma formação embasada em uma educação sólida e com visão holística, uma estrutura familiar com capacidade de incutir valores seculares como solidariedade, paz e aspirações de ordem espiritual canto do galo 17 HELEN NOVAES ESAMC Uberlândia relações de consumo e não apenas materiais, incentivam os indivíduos a refletirem sobre suas reais necessidades e assim esta consciência é gerada. Portanto, o processo que determina a maneira como consumimos depende de todos e se dá no âmbito dos três setores: empresas, governos e sociedade. de comunicação com o consumidor mantendo máximo respeito à veracidade, consistência e integralidade das afirmações, refletindo valores e estimulando o comportamento ético e responsável do público. “A Propaganda tem o objetivo nato de influenciar escolhas, fortalecer marcas e atrair novos consumidores”. O papel das empresas, na essência, é criar produtos e serviços para atender as demandas das pessoas, e com isso gerar riqueza com responsabilidade social. O papel do consumidor é privilegiar as empresas que operam obedecendo aos critérios de desenvolvimento social, preservação ambiental e respeito aos direitos humanos. E o papel da Propaganda é orientar a política Helen Novaes é professora do curso de Relações Públicas da ESAMC e Diretora adjunta do Núcleo de Responsabilidade Social da APP Uberlândia Compra Consciente A APP de Uberlândia de forma pioneira e ousada está levantando este debate através do projeto social “Compra Consciente” que tratará de desmitificar a crença de que a Propaganda é a grande vilã da história do consumismo. O projeto irá trazer à tona aspectos mais complexos e profundos desta discussão. Tudo isto obviamente sem omitir a responsabilidade do setor. Para isso, a APP usará da ferramenta da Propaganda para levantar questionamentos sobre hábitos de consumo, educação financeira, desperdício, estereótipos de beleza e padrões de sucesso ditados não apenas pela mídia, mas por toda a sociedade. Se para alguns a cultura da mídia busca conformar as audiências às ideologias, modelos e comportamentos hegemônicos, esta mesma ferramenta, ou seja, a própria mídia é capaz de oferecer meios para que os indivíduos se sintam fortalecidos em sua oposição a estes modelos. O projeto “Compra consciente” através das agências de comunicação, juntamente com 18 canto do galo fornecedores e veículos associados da APP, apresentará à sociedade campanhas de comunicação emblemáticas que conscientizem sobre a necessidade de se exercer uma critica ao modelo atual de consumo, propor mudanças de comportamento e cultivar valores universais como a paz, saúde, honestidade, solidariedade, prosperidade e justiça. Para Jean Baudrillard considerado um dos principais teóricos da pós-modernidade e um dos autores que melhor diagnosticaram o mal-estar contemporâneo, “a mercadoria apresenta-se envolta por características de conforto e bem-estar, passando a dominar o homem, fazendo com que o ter seja mais do que o ser.” Vilã ou não, a Propaganda faz parte do enredo desta trama, o que resta saber é até quando os demais atores deste cenário irão assumir não somente a sua parcela de culpa, mas essencialmente a de contribuição para a construção de uma sociedade mais justa e feita de cidadãos plenos de sua capacidade critica e de escolha. PRISCILA ROCHA Ares Comunicação desenvolvimento NÃO SEJA MAIS UM CRIATIVO NO MERCADO Paulo Bione esteve em Uberlândia para ministrar curso de redação publicitária Em setembro, a APP trouxe mais um curso para Uberlândia. Dessa vez, ministrado por Paulo André Bione, com o tema “Não seja mais um criativo no mercado”, que teve ênfase em redação publicitária. Paulo Bione é coordenador e professor da Miami Ad School/ ESPM de São Paulo (uma das melhores escolas de criação do mundo); diretor de criação, redator, empresário e consultor. De acordo com o profissional, a redação publicitária deve conversar com o consumidor e é com esse mote que o curso se desenvolveu. Em entrevista exclusiva para a Revista Canto do Galo, ele fala mais sobre a publicidade e o mercado atual. Revista Canto do Galo - Você ministra o curso “Não seja mais um criativo no mercado”. Atualmente o setor publicitário cresceu. Tem muitos profissionais disputando as mesmas oportunidades? Qual o segredo para não ser apenas mais um? Paulo André Bione - Temos muito mais profissionais no mercado. Mas temos muito mais vagas também. Parece loucura, mas quem tem realmente um portfólio acima da média não fica desempregado. O mercado está precisando, mas gente boa não tem tanto assim. O segredo é: ter um portfólio que atenda ao mercado de hoje. Uma mistura boa de off e online. RCG - O curso tem ênfase em redação publicitária. Num texto publicitário, cabe o português muito formal? Qual escolher: a fonética ou a língua formal? O que pesa mais em um texto publicitário? PAB - Cabe sim, lógico. Não cabe o português literário, complicado, erudito. Cabe o informal, o falado na escrita. Em publicidade, estamos sempre conversando com alguém (o consumidor). Portanto, texto publicitário conversa. RCG - A redação publicitária é pensada a partir da mídia que será utilizada? Como está a redação publicitária na internet? Com tanta informação na rede como chamar atenção do internauta? Esse é um público mais exigente? PAB - Criar também é utilizar a mídia como parte da ideia. Mídia muitas vezes é a ideia. Não se separa mais tanto essas 20 canto do galo duas áreas. A redação na internet obedece suas regras, claro. Mas ela tem o mesmo princípio do off line: uma boa ideia. Não temos que ser pensadores de off ou on (line), temos que ser pensadores de boas ideias. O internauta também colabora, participa das ideias publicitárias. Hoje o processo criativo é de várias mãos: criativo, cliente e consumidor. E dentro deste novo papel, este consumidor é mais exigente, crítico e mordaz. RCG - O Brasil está avançado nas formas de se fazer publicidade pela internet? As redes sociais estão sendo bem trabalhadas? Blogs e Fan Pages cresceram e já são opções de páginas institucionais das empresas na internet. Essa é uma boa escolha? O público gosta desse formato? PAB - O Brasil ainda vive muito de banner, full banner. Estamos ainda engatinhando. É um grande mercado para ser explorado. Tem muitos cases de uso bem feito de redes sociais. Mas volto a dizer: é ainda um campo para ser melhor explorado. As fan pages e os blogs são ótimos pontos de contatos com o consumidor. Mas a marca tem que estar preparada para ouvir o que não quer, ou até mesmo ser desprezada. Aqui quem manda é o consumidor e não as marcas. Sim, o público gosta deste formato, aproxima mais. RCG - O que não se pode fazer em redação publicitária? PAB - Ser chato. Por favor. JANAINA DEPINÉ Lead mundo virtual NEGÓCIOSCADA VEZ MAIS VIRTUAIS Lojas, empresas de ônibus e até criação publicitária estão usando a web para expandir mercados Números recentes mostram que o e-commerce faturou R$ 14,8 bilhões durante o ano passado e reuniu 23 milhões de compradores no Brasil. Os dados são da E-bit e Câmera-e.Net e revelam que o caminho para novos mercados passa pelo ambiente virtual. De olho nessa tendência, empresas têm investido na web e prestadores de serviço para o mundo on line estão conquistado cada vez mais espaço. Há 12 anos no mercado, a Lela Acessórios conta hoje com quatro lojas e 23 funcionários diretos e indiretos, mas somente em março desse ano aderiu ao e-commerce. “A concorrência aumentou muito e percebi que varias regiões do Brasil são carentes das mercadorias que vendo e do preço que pratico. Alem do mais, o e-commerce é a bola da vez para assuntos de moda e beleza. Então, temos que aproveitar este nicho de mercado para aumentarmos as vendas e nossa participação”, explica a empresária Marielle Vilela. Hoje, seis meses depois do lançamento, o valor de vendas da loja virtual já é o mesmo de uma das principais lojas da marca. “Quero ainda dobrar o faturamento”, espera Também atenta a essa tendência, a Policard, especializada em meios eletrônicos de pagamento, decidiu aderir ao e-commerce depois constatar o vigoroso crescimento desse canal de comercialização. A empresa lançará ainda neste semestre o Policompras (www. policompras.com.br), um site de compras coletivas. “Vamos unir as necessidades dos estabelecimentos credenciados em ter mais clientes com o desejo dos usuários do cartão em ter ofertas saudáveis com grandes descontos”, diz Igor Lima, Analista de Marketing da Policard. 22 canto do galo Com o novo serviço a empresa espera aumentar as vendas por meio do cartão. “ Estima-se que o Policompras aumente em 15% o volume de vendas com os cartões Policard no primeiro ano de operação, alcançando o dobro deste faturamento em dois anos de funcionamento”, garante. Caminhos para o e-commerce Carlos Peixoto, especialista em comércio digital e diretor da PubWeb, empresa que há sete anos atua com foco em varejo digital, acredita que o comércio eletrônico pode ser uma boa saída para os grandes, mas especialmente para pequenos empresários que não têm muito capital. “Ao contrário do que muita gente pensa, o comércio eletrônico, pela dimensão que atinge, acaba sendo um investimento baixo. Colocando um comércio eletrônico no ar, não estamos falando em vendas regionais, estamos falando de vendas nacionais e até mesmo mundiais. A internet não tem limite, cabe apenas a empresa saber se é a hora de expandir os negócios e se estruturar para isso”, diz. Segundo o especialista, o faturamento de uma loja virtual varia muito em cada segmento. “Tem comércio eletrônico que fatura em média de 10 a 15 mil/ mês, mas vende produto com valor agregado menor, 20 reais, por exemplo. Já outros vendem na faixa de 50mil/mês pra cima em produtos eletrônicos ou de um valor agregado maior”, comenta. Outra vantagem do e-commerce é o baixo investimento. “Para abrir uma loja física você precisa alugar um local, que varia muito de preço dependendo da localização, água, energia e telefone, precisa ter estoque, enfim, uma série de fatores que no comércio eletrônico você elimina. Não quer dizer que no virtual você não precise investir, pelo contrário, precisa tratá-lo com toda atenção que você teria com uma loja física, uma vez que com o comércio eletrônico você atinge um público muito maior. Mas se for colocar no papel, o custo de uma loja física para tentar atingir pelo menos 50% do público que um comércio eletrônico atinge, o investimento é baixo”, garante Peixoto. Um exemplo bem sucedido é o Marcashirts (www. macashirts.com.br). Um site de camisetas que não possui uma loja física sequer. “A quantidade de vendas que o site tem hoje é muito superior do que se estivessem apenas trabalhando com uma loja física”, diz. Capacitação Outra questão importante é a preparação da mão de obra. Afinal, a popularização das vendas pela internet fez surgir um novo profissional: o gerente de e-commerce. “Quem deseja trabalhar nesta área precisa ter disposição para aprender cada vez mais e lidar diariamente com a interdisciplinaridade. Já existem cursos voltados para o mercado digital, que auxiliam o profissional a lidar corretamente com as diversas ferramentas utilizadas neste trabalho. Exemplos são os cursos de Marketing Digital e os voltados para a criação de lojas virtuais, que ensinam estratégias a serem adotadas para atrair clientes. Experiência nas redes sociais também ajuda muito, uma vez que elas facilitam a divulgação de produtos e a interação entre o cliente e os serviços oferecidos pela empresa”, diz Renata Ramos, consultora em gestão de pessoas. A especialista Ana Paula Macedo explica ainda que existe um perfil próprio para quem quer atuar na área. “Precisa ter habilidade na coleta de dados, exploração de informações e tomada de decisões. Isso é essencial para o profissional que deseja atuar com e-commerce. É necessário ter muita dinâmica, conhecimento de logística e visão estratégica”, garante. Para quem se sente apto a atuar na área, a notícia é boa. O mercado está aquecido e em constante crescimento. “A demanda ainda é maior que a oferta de profissionais preparados. Pessoas que tenham conhecimento do varejo e se especializem para entender melhor o mercado eletrônico têm grandes chances de alcançar o sucesso neste setor. Os cursos profissionalizantes podem ser feitos, inclusive, à distância, pela modalidade de EAD (educação à distância)”, garante Renata Ramos. Sistemas facilitam novo negócio Um dos entraves para que muitas lojas se virtualizem é a falta de gente e recursos para operar um comércio mundo virtual eletrônico. Muitas plataformas são complexas e exigem fornecedores especializados. Pensando nisso, algumas empresas têm desenvolvido ferramentas que tornam o processo muito mais simples. Foi assim que a PubWeb criou a ferramenta PW Store. A principal característica do produto é a qualidade no design, fácil gerenciamento, investimento compatível, produção personalizada. “A PW Store é a melhor solução para abrir um canal de vendas na Internet. Tem baixo custo, flexibilidade e total confiança. Com esta ferramenta os administradores têm grande facilidade de gerenciar a loja virtual”, explica o diretor Carlos Peixoto. No último ano a empresa teve um crescimento de 40% por causa da solução. Hoje 17 clientes possuem a ferramenta. Um dos destaques é a Dino.USA que vende produtos eletrônicos diretamente dos Estados Unidos. “Implantamos tudo on line e o dono do negócio gerencia o sistema sozinho, sem precisar de um profissional específico para isso”, diz o diretor. Outro exemplo é a Kime, tradicional loja de roupas para esportes orientais. Hoje 20% das vendas da loja são resultantes do comércio eletrônico. E também, nesse caso, quem gerencia o negócio eletrônico é o próprio dono. Criação publicitária virtual Pegando carona na tendência de virtualizar os negócios, depois de uma temporada na Itália o empresário Nicola Giani decidiu trazer para o Brasil o crowdsourcing publicitário. Para isso, abriu a Fast Marcas. Lançada há pouco mais de três meses, a empresa já vem suprindo uma carência dos pequenos e micro empresários brasileiros que buscam um material de qualidade com a supervisão de profissionais qualificados. “Uma empresa que fatura R$100.000,00 24 canto do galo ao ano não pode investir R$ 3.000,00 em uma marca, mas também não deve procurar um sobrinho que oferecerá uma marca por R$300,00 sem conhecimento na área. Nosso trabalho não conta com o estudo e planejamento que uma agência convencional tem a oferecer, no entanto, garantimos serviços feitos por profissionais da área sob a orientação de profissionais qualificados”, defende Nicola Giani, diretor da Fast Marcas. É o caso de Rodrigo Maccheroni, diretor da Mako Investimentos, na capital paulista. Ele abriu a empresa no início do ano, mas passados seis meses continuava sem uma identidade visual para apresentar-se ao mercado. Por meio do crowdsourcing da Fast Marcas ele fez uma oferta (baseada na tabela do mercado) e recebeu nada menos do que 60 opções de logomarcas. “Como minha empresa está começando eu não poderia ainda contratar uma agência e eu nunca teria um leque tão grande de opções para escolher. Achei o valor que investi excelente para a quantidade de sugestões que recebi. A que escolhi ainda me daria possibilidade de alterações, mas gostei tanto que nem seria necessário”, diz o empresário que garante recomendar o serviço para outros pequenos empresários. Passagem on line Até para comprar passagem de ônibus os brasileiros estão indo cada vez menos à rodoviária. É que uma boa parcela do público que viaja de ônibus está comprando as passagens pelos sites da internet. É o que revela estudo do Netviagem, portal pioneiro nesse tipo de comercialização, e que aponta um crescimento de mais de 1000% na venda de passagens via web, no período entre 2008 e o primeiro semestre de 2011. Atualmente, dos 73,9 milhões de brasileiros com acesso à internet (segundo o Ibope), mais de mil se cadastram a cada dia no site de vendas de passagem. Só o Netviagem, principal portal de venda de passagens rodoviárias do país, atende a 45 companhias, entre elas líderes do setor como Itapemirim, Reunidas Paulista, Pássaro Marron, entre outras. O serviço de venda de passagem de ônibus pela internet é bem simples. O cliente escolhe o itinerário, identifica a melhor data e horário para sua viagem, seleciona o assento de sua preferência, compra a passagem e recebe o bilhete no local de maior conveniência como casa ou local de trabalho (se preferir, também pode retirar a passagem no guichê da rodoviária). De fato, quando não compra pela internet, o cliente é obrigado a deslocar-se duas vezes para a rodoviária. Perguntas a serem feitas antes de abrir um e-commerce • Meu produto atende ao público nacional ou mundial? • Tenho estrutura para atender uma demanda nacional? • Estou preparado para efetuar entregas no prazo pré-estabelecido? • Estou consciente do perfil do consumidor na web? Uma para a compra da passagem de ônibus e outra para o embarque. “O gasto que ele teria com o deslocamento e a perda de tempo em si já são grandes problemas que a compra pela internet resolve, além de reduzir a pegada de carbono gerada por múltiplos deslocamentos”, explica o diretor comercial Marcelo Andrade. “As empresas já perceberam que vender pela internet é o meio mais prático, pois garante comodidade ao cliente e eficiência em vendas”, reforça. Vantagens do comércio eletrônico • Baixo investimento • Vendas nacionais ou mundiais • Expansão da participação no mercado Fonte: Carlos Peixoto, diretor da PubWeb JANAINA DEPINÉ Lead leitura PEQUENAS AGÊNCIAS, GRANDES RESULTADOS Livro de sócio da Talent trata da gestão financeira nas pequenas agências de propaganda. Em entrevista exclusiva ele dá as dicas para manter-se sempre no azul Quando se fala em publicidade, criatividade é o primeiro sinônimo que vem à mente. Afinal, esse mercado é conhecido pela originalidade, humor e inovação. Não é de se estranhar, portanto, que tanta gente ainda torça o nariz se o assunto é gestão financeira. Apesar de impopular, o tema é vital para o funcionamento de qualquer empresa do ramo e foi pensando nisso que Antônio Lino, sócio do Grupo Talent, escreveu o livro “Pequenas Agências, Grandes Resultados”, lançado em Belo Horizonte, Minas Gerais com o apoio do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Minas Gerais (SINAPRO-MG), em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP)-MG. A obra, da Editora Clio, fala sobre finanças e administração em agências de propaganda e o autor utiliza exemplos práticos e linguagem concisa para abordar temas como gestão de custos, gestão de caixa, impostos incidentes sobre as agências, entre outros. O público alvo são donos e gestores de pequenas e médias agências e estudantes de publicidade que queiram abrir uma agência. Para desenvolver o livro, Lino usou não só a experiência pessoal de dono de agência, mas a observação de campo, resultado das palestras que vem fazendo nos últimos sete anos via Sinapros e Fenapro em todo o Brasil. Descobriu que os problemas das pequenas agências são muitos: “Opção pelo lucro presumido sem ter a certeza de que realmente vale a pena (não se faz comparativo), terceirização da contabilidade sem nenhuma auditoria para saber se os responsáveis estão atendendo regularmente a legislação, falta de contabilidade estruturada para os optantes pelo lucro presumido, falta de um budget e cash flow, e dificuldade de entendimento do nosso modus operandi, principalmente no que trata de faturamento e o que são receitas próprias e de terceiros”, pontua o autor na entrevista exclusiva que deu para a Revista Canto do Galo. Gestão de custos Antônio Lino explica que, para precificar corretamente o serviço de um cliente que chega a uma pequena agência já esperando um preço abaixo das grandes, é preciso ter uma administração financeira sob controle. “Se a agência conhece bem seus custos e suas perspectivas de lucros terá condições de avaliar com bastante precisão a entrada de uma conta que dará ou não resultado”, diz. O autor explica que alguns custos costumam pesar numa pequena agência, mas passam despercebidos. “O principal deles é o briefing mal elaborado que leva à necessidade de se refazer muitas campanhas. Outro é a demora para finalização do job. Reuniões e mais reuniões são custos que poderiam ser evitados e que são camuflados, pois não se percebe o desembolso. Na verdade, a perda de tempo faz com que se tenham muito mais funcionários que o necessário”, pondera. Poucas contas x muitos funcionários Outro problema comum às pequenas agências é ter apenas uma grande conta na carteira de clientes, mas para Lino esse não deve ser o foco. “Não dá para evitar ter apenas uma conta grande. Melhor uma grande que nenhuma. O que os dirigentes precisam é não se acomodar com a situação e tentar a diversificação. Em minha opinião uma agência deveria zelar para não ter clientes com peso superior a 20% da receita anual”. O publicitário ainda explica que na hora de investir em equipe deve-se priorizar o atendimento ao cliente. “Cada dirigente deve ficar atento para não deixar cair a qualidade de atendimento (criação, mídia, atendimento, planejamento, etc). Se a agência não tiver 100% de recursos, que se tente investir nas áreas de maior demanda pelo cliente”, ensina Lino. Lei 12.232/2010 No livro Antônio Lino ainda trata amplamente do que mudou no faturamento com a lei 12.232/2010 (referente ao desconto-padrão, ver matéria na página ...). “Para as agências que já recebiam seus honorários/FEE/ desconto padrão diretamente do anunciante não haverá nenhuma mudança. Pequenas alterações no histórico das faturas dos veículos e da agência. A principal mudança é para aquelas agências que recebiam do veiculo diretamente a comissão/desconto padrão. Neste caso quem as pagará será o anunciante. Portanto as agências, a partir de agora, deverão conversar com cada anunciante informando-o que ele receberá não mais uma fatura e sim duas (uma da agência com seus honorários e outra do veiculo com o faturamento pelo valor líquido). Neste caso, também não haverá nenhuma mudança financeira. O anunciante pagará exatamente o valor que vinha pagando”. e contratar um diretor financeiro? Para Lino o ideal é ter um financeiro em casa, mas ele sabe que nem sempre é possível. “Não vejo problema de se terceirizar a contabilidade para um bom escritório e ter um consultor para as finanças. Com certeza a agência será bem atendida e não sacrificará o lucro. Tudo por um período razoável”, finaliza. Livro: Pequenas Agências, Grandes Resultados, de Antônio Lino Editora: Clio Ano: 2011 Preço médio: R$ 30,00 Contador ou diretor financeiro? Os donos de pequenas agências muitas vezes se vêem nesse dilema. Terceirizar as finanças ou sacrificar o lucro A Rádio América tem jornalismo, esporte, música e religião. Segundo lugar em audiência entre as rádios Fiéis ouvintes ou ouvintes fiéis? Na Rádio América tem de tudo um pouco. AM e 24 horas no ar. Uma rádio que tem um público fiel porque em sua programação tem de tudo um pouco. Mas também tem muitos fiéis que escutam a programação religiosa todos os dias. Fique ligado. 34 26 canto do galo 3292 0400 | radioamerica.com.br ERICA GOULART Ares Comunicação legislação LEI 12.232: COMO PROCEDER COM AS NOVAS REGRAS Afinal, o que muda e a partir de quando será executado? Conheça as normas e como ficam os processos de negociação com veículos e anunciantes Depois de muitas negociações, começou a valer em 1º de junho o artigo 19 da Lei 12.232/10, que muda o sistema de faturamento dos veículos de comunicação em relação ao repasse do desconto-padrão às agências de publicidade. Essas alterações foram regularizadas pela APP e também entram em prática no mercado regional. Atendendo à Comunicação Técnica do CENP, bem como ao comunicado do SINAPRO – Sindicato das Agências de Propaganda de Minas Gerais - a partir de 1º de outubro, as produtoras de áudio e vídeo estão obrigadas a faturar apenas pelo valor líquido (valor negociado menos a remuneração de agência). Assim, deixa de existir a opção de faturar pelo valor bruto. Anteriormente, as agências de maior porte, que desenvolvem serviços completos de publicidade, recebiam dos anunciantes o valor total da veiculação e repassavam aos veículos 80% deste valor, retendo a comissão de 20% (o chamado desconto-padrão). No caso das agências menores, o pagamento pela veiculação costumava ser feito diretamente pelo anunciante, sem intervenção da agência. Agora, o veículo que receber o valor total terá de pagar o imposto por ele, e não apenas pelos 80% que ficaram no caixa. Se os próprios veículos fizerem o repasse, terão de pagar PIS e Cofins pelo valor bruto. Como isso não é de interesse deles, o acerto do desconto-padrão passa a ser resultado de negociação direta entre agência e anunciante. Sendo assim, essa alteração não traz mudanças significativas para as grandes agências. Elas continuam como intermediárias entre cliente e veículo, recebem o valor total e passam 80% para o veículo. A diferença é que, ao invés de receber uma nota do veículo, o cliente receberá duas: uma do veículo, referente aos 80%, e outra da agência, referente aos 20%. Já nas agências menores, há o temor que os clientes paguem os veículos e demorem a remunerá-las ou queiram renegociar valores. Essa nova lei torna a contabilidade nos veículos mais clara. Evitará que a Receita Federal taxe os veículos pelo valor total cobrado dos anunciantes e a bitributação, já que ao emitir uma nota do valor total para os anunciantes e receber somente 80%, mesmo especificando o descontopadrão, a contabilidade dos veículos acabava tendo de emitir uma nota relativa aos 20%, que era tributado duas 28 vezes. Para a Receita, o desconto-padrão dado às agências é algo interno de cada veículo e não pode ser deduzido do imposto. Na verdade, o que mudou foi somente a forma de se fazer o pagamento, em função de uma acomodação tributária, para deixar claro para a Receita Federal a participação do veículo e da agência nos valores. Caio Barsotti, presidente do CENP, declarou em entrevista para o Propmark, que a nova lei beneficia a todos: às agências por dar transparência ao mercado, aos veículos por tirar a dúvida fiscal e aos anunciantes por caracterizar a despesa como investimento em publicidade. “Nossa expectativa é de que, com esta medida trazida pela lei, os anunciantes entendam, em sua totalidade, que no preço para a veiculação da sua publicidade está incluída a cessão do direito de uso da criação e do trabalho técnico de mídia realizado pela agência (ambos de caráter intelectual)”, explicou. A nova medida é muito válida por poder incentivar esta valorização do trabalho publicitário, que envolve estudo, estratégia, criação e mídia. Além de deixar claro o que fica a cargo das agências e dos veículos. O suplente do conselho Fiscal da APP local, Rogério Martins, esteve à frente da organização dos novos procedimentos em Uberlândia. Ele acredita que a nova lei torna a relação entre anunciante, agência e veículo mais transparente. “O fato de termos conseguido implantar este processo de forma conjunta ainda mostra maturidade do mercado local e preparo para desenvolver um bom trabalho com o cliente”, complementou. Para equiparar os procedimentos e manter a unidade da atividade, a APP Uberlândia organizou e comunicou às agências e veículos uma solução apropriada, mostrando como deverão ser realizados os faturamentos. Em primeiro lugar, todos terão de ser feitos pelo valor líquido (valor negociado menos o desconto padrão). A remuneração de agência deve ser cobrada por ela diretamente do cliente, não deixando o veículo responsável por qualquer cobrança desta comissão. Os contratos em vigor deverão ser adaptados e substituídos até 1º de outubro, data limite acordada. Qualquer outra dúvida pode ser esclarecida junto à APP. relações públicas LAÍSE VIEIRA DE CASTRO ESAMC PATROCÍNIO EMPRESARIAL: VALE A PENA INVESTIR ESTE DINHEIRO? Liberdade, saúde, bem estar, alegria, diversão, prazer, requinte, exclusividade e tantas outras sensações são aspirações naturais das pessoas. Todos são motivados e atraídos por diferentes aspectos que representam nosso estilo de vida ou aquilo que aspiramos ser. E o que as marcas e o patrocínio empresarial têm a ver com isso? O patrocínio empresarial é uma das ferramentas que compõem a comunicação integrada de uma empresa. Há muito tempo utilizada, consiste na parceira entre a empresa e promotores de iniciativas culturais, esportivas, de entretenimento, educacionais, de cidadania, artísticas, entre outras. Mas fica a dúvida: patrocínio dá mesmo resultado? A consultoria GFK, em pesquisa sobre a lembrança de marcas patrocinadoras da Copa do Mundo de 2014 (que será realizada no Brasil), revelou que 48% dos brasileiros são incapazes de relacionar uma única marca à realização do evento. Nike e Olimpikus, que nem sequer são patrocinadoras oficiais, ficaram com 29% e 7% das lembranças, ocupando a primeira e a terceira colocação como marcas lembradas ao se pensar no evento. Já Adidas e Coca Cola, que são patrocinadoras oficiais, ficaram respectivamente com 14% e 6% das menções, ocupando o 2º e 4º lugar na lembrança dos entrevistados. Com estes números fica claro que, para tornar uma ação de patrocínio eficaz, é necessária uma estratégia, e muito, muito planejamento. Inicialmente, é preciso entender quem é o público que desejamos atingir, 30 canto do galo quais benefícios a marca poderá adquirir com esta ação e identificar os possíveis riscos. Entre eles, o de ações oportunistas dos concorrentes, que podem desenvolver ações de marketing de embuste (estratégias de guerrilha para associar sua marca a um grande evento, mesmo sem ser patrocinador). Experiência com a marca A vantagem do patrocínio é que as marcas podem relacionar-se com o seu público de forma mais espontânea e desinteressada, sem ser ostensiva nas vendas, mas de forma sutil e amigável, mostrando que apóiam aquilo que seu cliente gosta. Além disto, o patrocínio de eventos proporciona experiência com a marca, o que influencia diretamente na construção de imagem e reputação. Em um evento, o consumidor está mais propenso a receber informações e aberto para experimentar produtos/marcas. Estas experiências necessitam ser bem planejadas para gerarem sentimentos positivos que reflitam exatamente os atributos de imagem que a organização deseja. defesa aos direitos humanos, especialmente de apoio aos homossexuais, acabou sendo duramente criticada. A construção de imagem de marca na mente do consumidor é fortemente influenciada pelas experiências. Diante disso, se o objetivo é ser reconhecida como uma marca sofisticada, exclusiva e para um público seleto, o patrocínio de um show de jazz, música lírica ou um grande espetáculo teatral podem potencializar e solidificar o posicionamento adotado ou um determinado atributo que se deseja reforçar. O Banco Bradesco, ao patrocinar o Cirque Du Soleil no Brasil, associou fortemente sua marca a atributos como modernidade, criatividade e inovação. Estratégia Apesar dos riscos de uma estratégia mal formulada de patrocínio, esta ferramenta apresenta muitos diferenciais, pois associar sua marca a causas que já evocam sentimentos positivos é um atalho para se chegar à mente do consumidor. A propaganda por si só é incapaz de gerar o mesmo envolvimento com a marca que um evento gera. Ela apenas municia o consumidor de informações que auxiliam a aumentar a lembrança e diferenciação para que ele decida ou não pelo produto/ marca. Podemos definir a publicidade convencional como uma ação passiva, onde o consumidor precisa ir à busca da marca/produto para ter alguma experiência. E se ele não se sentir motivado, não irá até o produto. Já o patrocínio é ativo. É a ação que vai de encontro ao público e oferece imediato relacionamento e experiência que reforçam muito mais a opinião do consumidor. Em síntese, o que vale ressaltar é a importância e o cuidado que os gestores devem ter ao se decidir por um patrocínio empresarial, uma vez que uma ação mal feita, ou não planejada, pode trazer elementos negativos, que dificultarão enxergar o que realmente quer expor aquela ação. Uma vez que os pontos negativos se destaquem, contornar esta situação pode ser algo muito dispendioso para a marca. Portanto possuir um planejamento estratégico de construção de marca e criar uma política de patrocínios é imprescindível. Deve também estar alinhada ao planejamento estratégico e de marketing da empresa, pois sem objetivos claros e resultados evidentes nenhuma ação de comunicação se justifica. Agora, você pode dizer o nome de alguma empresa que está patrocinando o Rock in Rio? Se a reposta estiver certa, bom para empresa, se não... As associações com a marca geradas por um evento são impactantes e decisivas, daí os riscos de uma estratégia de patrocínio mal estruturada. Ao investir em determinados eventos, a marca pode acabar associada a atributos não desejados. Recentemente a Pepsi teve que rever sua política de patrocínio e apresentar um discurso capaz de reparar os danos causados à sua imagem após associá-la a um evento musical onde um dos artistas fez discursos homofóbicos. A marca que é reconhecida por apoiar entidades de canto do galo 31 artigos ADALBERTO DELUCA Know How PUBLICIDADE INFANTIL OU PUBLICIDADE PARA CRIANÇAS? O tempo e as respostas que recebemos às nossas ações moldam nossos conceitos sobre negócios. Aprendemos que pra vender (e ao comprar algo) usamos personagens que contrapõem nosso verdadeiro eu. Lembre-se quando dizemos repetidamente a velha máxima “não obrigado estou só olhando”, trata-se de uma mentirinha costumeira que não conseguimos evitar. Ora! Ninguém, nesses dias que parecem ter bem menos horas do que o combinado, perderia seu tempo só para olhar. suprapartidárias de formação do cidadão? Alguns segmentos vão odiar essas palavras, mas as empresas de sucesso, no futuro, serão as que apostam no bem estar do cliente a partir do consumo de seus produtos, não aquelas que simplesmente olharem para a última linha do balanço. Empresas que apostam sempre no caos e na mazela para angariar seus lucros, certamente sempre existirão, mas tão certamente, não serão sempre as mesmas que existem a cada tempo. Nessa hora entra em cena uma trupe de atores, negociadores ou consumidores, e nossas verdadeiras intenções. O que queremos para o futuro do mercado de nossas empresas? Clientes, que mesmo bombardeados por ofertas sempre iguais nos procurem por nossos diferenciais e gerem lucros, ou clientes que ignorem nossas marcas a cada nova compra? A publicidade dirigida para crianças merece essa análise. O pensar no longo prazo, construir um mercado saudável, contribuir para a formação de uma sociedade consciente são atributos que devem estar na pauta, hoje, dos melhores estrategistas. Ignorar isso e vender a qualquer custo, induzindo inocentes a consumirem tudo que queremos não será, portanto, a melhor estratégia para os que querem estar nesse mercado por mais tempo. Vejo aqui, no tempo que acumulamos, no quanto ‘atuamos’ nos negócios e na forma como construímos nossos mercados, uma excelente oportunidade de reflexão sobre as crescentes restrições à publicidade dirigidas às crianças. Proibições nos causam indignação e nos provocam a reagir com nosso costumeiro imediatismo. É o que chamo de ‘umbiguismo’ - o ato de olhar só para nosso interesse. Mas um olhar mais demorado pode levar-nos a ter mais criatividade e uma assertividade obrigatória para a preservação dessa espécie chamada marca, vulgarmente tratada por nossa empresa. Porque não pensar como os grandes vencedores, a longo prazo, e criar oportunidades, direcionando recursos da publicidade para crianças à campanhas 32 canto do galo Aqui não cabem publicitários infantis, tão pouco publicidade para crianças que não respeite pelo menos o futuro de suas marcas. Adalberto Deluca é publicitário, sócio proprietário da agência know how e consultor de mercado. ALINE MORAIS Serifa Comunicação patrocínios PATROCÍNIOS EMPRESARIAIS: MAIS UMA FORMA DE DIVULGAR A MARCA Novo mercado possibilita contato direto das empresas com o público-alvo O mercado de patrocínios empresariais vem ganhando espaço. As organizações estão cada vez mais conscientes e de olho no ganho que tais eventos podem oferecer. Por outro lado, empresas e profissionais estão se especializando no ramo para vender o serviço nas mais diversas áreas. Além de organizar o evento, elas vendem cotas para viabilizar financeiramente o empreendimento. Esse é o trabalho da Viva Marketing Promocional. De acordo com a diretora Antônia Nunes, o mercado está melhorando em Uberlândia, pois as empresas têm visto os resultados desse tipo de ação e aos poucos passam a investir mais no marketing promocional. Dados divulgados pela Significa (agência brasileira especializada em planejamento e ativação de estratégias de marcas por meio de causas e conteúdos sociais, ambientais, culturais, esportivos e de entretenimento) mostram que o patrocínio representa 27% da verba total de comunicação das 500 maiores empresas e 300 maiores anunciantes do país. Esse percentual é menor apenas que o investido em publicidade, que chega a 30%. Ainda de acordo com a agência, o objetivo do patrocínio para as empresas é principalmente de gerar empatia da comunidade (96%), expressar os valores da cultura organizacional (91%) e reforçar positivamente a imagem da empresa (89%). Captação de recursos A Viva Marketing organiza diversos eventos na cidade, 34 canto do galo entre eles Feniub, Rodada de Negócios do Sebrae e Triângulo Music 2011. Para o sucesso dessas iniciativas, a diretora da Viva Marketing conta que é preciso pensar em cada detalhe. “Trabalhamos desde a concepção do evento, quando pensamos na busca de parceiros por meio de cotas de patrocínios e de participação. Isso é fundamental para a viabilização financeira. Por exemplo, no Triângulo Music temos a CTBC como principal cotista, que o apresenta. Com isso, ela tem várias possibilidades dentro do evento, como a associação da marca em toda a mídia, ação de relacionamento com os clientes, disponibilização de ingressos, espaços exclusivos para mostrar seus produtos e interagir com o público. Cada patrocinador aproveita de uma forma o investimento, uma vez que as aberturas para as empresas dependem das cotas de patrocínio adquiridas”, afirma Antônia. Além da CTBC, outra empresa que apoia o Triângulo Music é a TV Integração. Segundo a gerente de marketing da emissora, Thais Neves, a empresa sempre busca aliar a marca a projetos que tenham foco no entretenimento e na cultura e que sejam acessíveis a todas as classes sociais. “O Triângulo Music é um desses exemplos, que neste ano ainda traz como tema a sustentabilidade, valorizando ainda mais as marcas associadas ao festival. Além disso, o camarote vip da TV Integração proporciona aos clientes a oportunidade de participar de uma experiência envolvente e emocionante”, conta Thais. Para o professor de mídia da ESAMC, Wanderly Frezza, uma boa captação de recursos começa com um bom Wanderly Frezza afirma que identificar as empresas que têm a ver com o evento é o primeiro passo planejamento. “É preciso identificar empresas e segmentos que têm interesse em associar sua marca ou produto ao projeto para o qual estamos desenvolvendo ou captando investimento. O sucesso também está relacionado à antecedência com que iniciamos o processo. Quanto maior for o valor do projeto, com maior antecedência devemos apresentá-lo ao mercado”, explica. Não se pode negar que a maioria das pessoas gosta de atividades que proporcionam lazer, entretenimento e enriquecimento pessoal. Por isso, o ganho da empresa ao apoiar projetos culturais, empresariais, educacionais ou de entretenimento é grande, podendo ser de cunho institucional ou comercial, dependendo do projeto. A relação com o público é estreitada, pois mostra que a empresa compartilha dos mesmos interesses que ele, além de poder ter o contato direto. “O ganho da empresa com patrocínios de eventos é significativa, pois eles promovem algo muito importante para os patrocinadores, que é o contato com o público. É uma interatividade que a marca não teria com outro tipo de investimento em divulgação”, comenta a diretora da Viva Marketing, Antônia Nunes. De olho na divulgação O patrocínio de eventos está presente nas mais diversas áreas. Em todos os ramos de negócios esse tipo de marketing é usado como veículo para difundir a marca, o produto ou fixar a imagem da empresa patrocinadora na mente dos consumidores. Mas para que o investimento traga resultados positivos é preciso filtrar as propostas e ter criatividade para atingir o público-alvo, de forma a atender aos objetivos de comunicação da empresa com os recursos disponíveis. O hospital Santa Genoveva Complexo Hospitalar, por exemplo, recebe diariamente dezenas de propostas de patrocínio de eventos. E dentre tantas opções é preciso analisar bem antes de associar a marca a qualquer um deles. “Avaliamos tudo quando vamos nos decidir por uma ação de patrocínio. Conferimos o perfil do evento, o plano de mídia para ver onde nossa marca estará inserida e analisamos os possíveis retornos para a empresa”, conta o administrado do hospital, Ricardo Sá. Antes de contratar cotas de patrocínios, as empresas precisam focar suas escolhas para que os objetivos sejam alcançados. Apoiar um evento de forma dispersa, sem um foco claro de atuação, não oferece às empresas a ferramenta estratégica de comunicação que é falar diretamente com o público e mostrar os valores da marca. “Analisamos toda a massa de propostas, pois algumas podem ser bem rentáveis e oferecer grandes oportunidades. Observamos se o investimento é rentável e bom para a marca e o público. Nosso objetivo é associar nossa marca à saúde e bem estar, por isso apoiamos eventos que estejam ligados à essas áreas”, explica Ricardo. Minha opinião “Acredito que a vinculação da marca a certos eventos pode configurar uma boa estratégia de marketing. Porém, a escolha dos eventos deve ser cuidadosa e preferencialmente relacionada ao negócio da empresa.” Ellen Magalhães, coordenadora de atendimento “Ao relacionar sua marca a eventos, a empresa está buscando adquirir mais visibilidade perante os consumidores. Penso que ao se decidir por patrocinar ou não um evento, a empresa deve buscar conhecer mais sobre ele para apoiar ações nas quais acredita ou que defende, construindo assim, uma parceria que esteja em harmonia com seus valores e cultura organizacional.” Hérika Mota, psicóloga “Quando a marca é utilizada de forma construtiva na divulgação de seus produtos e benefícios à população, vejo de forma positiva. É importante a divulgação de produtos que favorecem o bem estar da comunidade.” Ludmila Milken, nutricionista “Empresas que adotam esse tipo de marketing tendem a ganhar, pois além de fidelizar os clientes que já possuem, conseguem atrair novos. Através dessa estratégia elas podem abranger vários meios de comunicação dentro de um único evento, chamando mais atenção do público-alvo e obtendo assim um melhor resultado.” Marco Túlio Gonzaga, assistente Operacional “Percebo que é essencial a divulgação da marca por meio de diversas formas, dentre estas opções, os eventos. Todavia, é preciso ter cautela e discernimento ao se optar por aqueles a serem patrocinados, onde será divulgada a marca da empresa.” Patrícia Breitzkreitze, assessora administrativa canto do galo 35 ALINE MORAIS Serifa Comunicação comunicação integrada ONLINE E OFFLINE: INTEGRAÇÃO TEM SIDO A MELHOR SOLUÇÃO Onde seu cliente estiver, na cidade ou no campo, nós da GMBC estamos lá Com a evolução tecnológica, agências tiveram que adaptar campanhas de acordo com o perfil de cada cliente Quem diria que a publicidade - iniciada no século 19, com anúncios em jornais apenas escritos e em preto e branco - se transformaria nas complexas campanhas publicitárias do século 21, com uso de vários recursos ao mesmo tempo e a integração de mídias offline e online. Já se foi a época em que os principais meios de comunicação eram unicamente o jornal, a televisão e o rádio. Com a chegada da internet, os clientes estão percebendo a importância de aparecer também no ambiente online, que ganhou grande espaço nos últimos anos. As agências, para se adequarem às necessidades do mercado, tiveram que se preparar para atender todo tipo de público, sendo capazes de criar opções diferenciadas entre os meios de divulgação. Mas acima de tudo, precisaram diferenciar os clientes e traçar o perfil de cada um, para então criar campanhas que realmente tenham efeito. “O importante para nosso cliente é gerar resultados. As campanhas online vieram com a necessidade de cada produto/serviço estar presente nesse ambiente. Não é interessante investir em mídia online só para falar que a empresa tem um site, ou um perfil no Twitter, por exemplo. O investimento em web tem que existir quando o público alvo está presente, busca conteúdo e quando é relevante para a marca gerar novas experiências e estar em contato com seus clientes de forma mais rápida e dinâmica. Esse benefício, a Internet consegue oferecer muito bem”, explica Thiago Macedo, gestor da Fórmula P Interactive. Integração necessária O online e o offline estão cada vez mais integrados. 36 canto do galo Só para se ter uma ideia, em 2004, a internet era o destino de 0,1% dos investimentos em mídia do banco Bradesco. Hoje, esse número passa de 10%. As características destas duas linhas de trabalho, apesar de diferentes, acabam se completando dependendo do perfil do cliente. Por um lado, o online permite uma mensuração mais exata que muitas das ferramentas offline. Por outro, o offline consegue atingir determinados públicos com mais eficiência e é a base de grande parte das campanhas online. Tudo depende do mercado, do produto e do cliente para o qual a campanha será desenvolvida. E para filtrar essas informações e delinear o perfil do trabalho, a publicitária e professora da ESAMC, Tatiana Parreira, afirma que a campanha sempre deve ser direcionada a um público específico e ter objetivos bem determinados. “Uma campanha é criada levando-se em consideração o brieffing e quais as necessidades a serem atendidas em cada momento. Desse modo, não se trata de qual campanha usar e sim de quais ferramentas são adequadas para as necessidades identificadas no trabalho”, afirma Tatiana. Mas, como ter sucesso nas estratégias escolhidas para a divulgação? Não existe receita pronta, tudo depende de um bom planejamento e do trabalho em equipe. “O que gera vantagem competitiva em comunicação é exatamente a integração das ferramentas por meio de uma linguagem homogênea. Por isto, saliento a importância do diálogo entre os profissionais de on e off. O trabalho em equipe e o bom e velho brainstorm são sempre bem vindos quando se trata de integrar ferramentas de comunicação”, explica a publicitária. Anuncie 34 3239-5844 34 www.revistamercado.com.br [email protected] 3210-4050 www.interural.com comunicação integrada Cliente consciente Não é novidade para nenhuma agência que antes de traçar qualquer campanha é preciso analisar o públicoalvo. Mas, melhor ainda quando o cliente tem noção disso e entende os meios nos quais deve estar presente. “Não é qualquer empresa que pode estar no meio digital. Sempre lembramos aos nossos clientes que, antes de ter presença digital, é importante analisar o públicoalvo. Hoje, para ter resultado na Internet, precisamos abordar de forma atrativa, impactante, rápida e clara. Caso contrário, o conteúdo dessa organização pode ser apenas mais um. A integração das mídias existe para que possamos gerar experiência com marcas e abordar os consumidores de maneira particular, diferenciada e, principalmente, explorando as novas tecnologias que o mercado nos apresenta com frequência. Hoje, criar um anúncio ou VT que não tenha nenhuma chamada para o online e que não explore utilização de smartphones e tablets, pode ser um grande erro. Nesse caso, o investimento em comunicação do cliente pode acabar logo ali no offline”, explica Thiago Macedo. Na Algar Tecnologia o relacionamento virtual funciona bem. As campanhas e os meios nas quais elas serão divulgadas são pensados de acordo com o público-alvo. “Procuramos fazer cross mídia (utilização de diversas mídias e plataformas de comunicação existentes 38 canto do galo ALINE MORAIS Serifa Comunicação no mundo digital e offline), pois assim acreditamos que os resultados serão mais amplos e expressivos. Atualmente trabalhamos nossas campanhas em publicações de revistas especializadas do setor, marketing direto (on e offline), mídias online por meio de sites relacionados aos negócios e fazemos sustentação de todas as ações com nossa estratégia de presença digital”, conta Meyriele Figueiredo, do setor de marketing, da Algar Tecnologia. Não existe uma campanha que vem “pronta”. A solução mais usada atualmente é a integração das mídias off e online, o que é chamado por algumas agências de “one-line”, que une as duas linhas de comunicação. “O importante é analisar onde está o público do cliente, ver qual a presença dele, onde está mais ativo e criar ideias que possam solucionar suas necessidades. Acredito que quanto maior a presença digital das marcas, maior será o contato direto com seus consumidores”, finaliza Thiago. JANAINA DEPINÉ Lead tendência ESTRELAS NA PROPAGANDA Contratar uma celebridade para propaganda regional tem sido cada vez mais raro. O custo é alto e dá trabalho, mas com um bom planejamento pode trazer resultados rápidos Usar um famoso ator de novelas como garoto-propaganda de campanhas publicitárias tem sido uma estratégia cada vez mais comum nas agências. Uma receita que nem sempre dá certo. Um estudo realizado pela consultoria GfK revelou que quem contrata celebridades para propagandas obtêm resultados mais rápidos a curto prazo, em comparação aos que aderem a modelos anônimos. No entanto, se o famoso não tiver uma boa aceitação do consumidor o resultado pode ser desastroso. A produtora Cinefilmes já perdeu as contas de com quantas estrelas já trabalhou. Atendendo a vários clientes e agências, tem uma lista extensa de famosos na qual figuram nomes como Lima Duarte, Paula Fernandes, Rafinha Bastos, Oscar Filho, Rafael Cortez, Nasi (ex-Ira), Geraldo Magela (o Ceguinho), Carlinhos de Jesus, Otávio Mesquita, e por aí vai. “Antigamente eram mais frequentes estes comerciais com artistas. O fato é que os cachês aumentaram, mas o valor das produções em Uberlândia caiu. A exigência aumentou, mas os orçamentos diminuíram”, avalia Daniel Labanca, diretor da Cinefilmes, que se prepara para gravar dois comerciais com um ator global no mês que vem. Fato que vem se tornando cada vez mais raro, segundo ele. E o diretor está certo. Segundo o Controle da Concorrência apenas 16% dos comerciais contam com a aparição de celebridades. Além do alto custo do cachê e do resultado relativo, trabalhar com uma estrela é cumprir uma série de regras e exigências. “É preciso adequar a agenda com o prazo da campanha, viabilizar o cachê, negociar o prazo de exibição e lidar com as exigências”, diz Mônika Souza, diretora executiva da Fórmula P, que já produziu comerciais com estrelas como Bruno Gagliasso, Caio Blat, Glória Pires, Regina Duarte, Nicete Bruno e José Mayer. Thaisa Hallal, diretora da Ovni Propaganda, agência que tem esse seu portfólio campanhas e ações com Luciano Szafir, Oscar Schmidt e Família Schürmann, revela as mesmas dificuldades e vai além. “Enfrentamos o alto custo dos cachês para a realidade regional e ainda a falta de agilidade de alguns empresários na hora de passar uma negociação ou um simples retorno”, diz. Para se ter uma ideia, uma celebridade no auge de sua carreira pode ter o cachê até 30 vezes maior do que de um ator desconhecido. Se a remuneração é alta, a lista de exigências também. “A maioria escolhe da companhia aérea ao padrão de hotel, até o 40 canto do galo modelo de carro que devemos buscá-los no aeroporto. Já recebi em orçamentos detalhes do cardápio de certos artistas. Eles também pedem a inclusão de seus acompanhantes nas despesas e às vezes chegam a exigir que determinado profissional esteja na equipe”, conta Labanca. Além dos caprichos, existem as exigências do próprio trabalho. “Para gravar com um famoso você geralmente tem um tempo limitado e fechado antes em contrato. Você tem que fazer de tudo para não correr nenhum risco com estas limitações de tempo. E isto significa uma equipe maior do que a normal, itens levados em dobro para que não falhem e um tempo maior de pré-produção para que não fiquem pendências a serem resolvidas no set”, diz o diretor. Outro lado Mas assim como há uma lista de regras a serem cumpridas, os contratantes são unânimes em elogiar o profissionalismo e simpatia de muitas estrelas. “Tive a felicidade de ter famosos super receptivos com a equipe. São poucos os casos de estrelismo. A maioria elogia o processo, a equipe e o resultado do trabalho”, comemora Labanca. Recentemente a Ovni Propaganda contratou o atormirim Matheus Costa para uma campanha para o Colégio Atenas. “Foi uma ótima experiência, pois o Matheus é muito talentoso. Apesar de ser novo, sua postura é muito profissional. Na hora de gravar o comercial, por exemplo, ele mesmo pedia para repetir a cena quando achava que não tinha ficado boa”, conta Thaisa. O trabalho contou com VT, spot, anúncio de jornal, impressos, entre outras, e consumiu dois meses de trabalho, desde o briefing até a produção das peças. Prazo considerado normal para uma grande campanha. Já para o comercial recente do Arroz Rezende, a Fórmula P lançou mão da dupla Victor e Léo. Também teve uma boa surpresa. “A dupla encantou com sua educação, simplicidade e disposição em repetir as cenas. Eles tiveram muita vontade em fazer o melhor e deram alguns toques pessoais, sem mudar a criação, deixando o resultado final com bastante realismo. O que mais nos chamou atenção foi a facilidade que a dupla teve pra fazer a assinatura do comercial, que era cantada. Bastou uma simples conversa pra eles entenderem o briefing e darem a melodia”, destaca Mônika. A campanha só saiu do papel depois de um ano de negociação e despendeu uma semana de produção, dois dias de gravações e quatro dias de pós-produção. Sem dúvida se os atributos da marca combinarem com as virtudes da personalidade que se pretende usar o sucesso é garantido. “Uma celebridade com uma boa imagem e empatia com o público sempre aumenta o recall da campanha. Isso é fato. Não é por acaso que o testemunhal, antiga estratégia para cativar o público, sempre foi muito empregado e é até hoje”, defende Thaisa. Mônika Souza concorda: “Dependendo do objetivo e estratégia da campanha, uma celebridade pode passar tradição, modernidade ou credibilidade, podendo trazer várias linguagens à marca. De forma geral, a celebridade agrega carisma e valores, fortalecendo e diferenciando a marca dos concorrentes. O público tanto externo como interno se identifica e logo é estimulado ao consumo, resultando em um crescimento de vendas”. Thaisa Hallal, diretora da Ovni, acredita que uma celebridade aumenta o recall da campanha O diretor da Cinefilmes, Daniel Labanca, conta histórias curiosas dos bastidores das gravações com celebridades. Matheus Costa No ano passado rodamos um comercial cujo garoto propaganda era o ator-mirim Matheus Costa (fez o Chico Xavier criança no filme). Ele fazia uma novela das 8 na época e hoje está em Cordel Encantado. Já dirigi muitas crianças, o que é mais complicado, e me preocupei pelo comercial ser um plano sequencial, ou seja: um texto de 30 segundos falado por completo em um take único, direto com a câmera. Fora que bolamos uma sequência onde o ator começaria falando no quarto, descia as escadas de casa e o terminava na sala. Difícil para qualquer adulto. Mas ele foi prodígio. E deu um banho de profissionalismo no set. Quando rodamos nossa última opção, que já havia ficado ótima, o Matheus pediu para ver também. Chegou em um canto e disse: “Diretor, eu acho que consigo fazer melhor. Posso?” Caramba! Isso é a coisa mais difícil de se ouvir até dos atores locais e dos iniciantes, que deveriam aprender com toda esta determinação. Ele refez e arrebentou. Carolina Dieckman Fomos gravar um comercial com a Carolina Dieckman na época em que ela estava fazendo aquela novela na qual fez um transplante de medula e raspou a cabeça. Na época da gravação uma revista soltou na capa uma foto de Carolina careca. Ela não nos avisou que já faria aquela cena antes do nosso comercial e como não fazia sentido tê-la assim no VT, a produtora de moda correu atrás de uma peruca. Foi o maior trabalhão para achar uma que fosse da mesma cor e a mais natural possível. Um sufoco! No dia da gravação ela chegou com os cabelos intactos! Logo explicou: ainda não havia gravado a cena. A revista tinha feito uma montagem. Daniel Labanca, da Cinefilmes: lista de exigências e algumas surpresas tornam o trabalho com estrelas diferente A dupla Victor e Leo durante gravação de comercial local O ator mirim Matheus Costa em ação Rodrigo Faro Gravamos com o Rodrigo Faro um comercial em uma residência aqui em Uberlândia. Na época ele estava como ator em uma novela. Quando cheguei com ele ao set, uma das empregadas da casa, emocionada, foi cobrá-lo por algo que seu personagem havia feito. Pensamos que era uma brincadeira, mas depois vimos que ela falava bem sério: “É isso mesmo, você tem que prestar mais atenção na “fulana”. Ela gosta de você de verdade!” dizia ela, brava. Equipe com o ator Matheus Costa canto do galo 41 HELIO MENDES Vice Presidente APP Minas inovação APP & ECONOMIA CRIATIVA A APP do Estado de Minas Gerais, com sede em Uberlândia, organizará no final deste ano o 1º Encontro da Cadeia Produtiva da Comunicação, com um tema-âncora da maior importância: Economia Criativa. Podemos afirmar que é uma grande oportunidade para todos os associados reverem suas práticas, já que a comunicação está inserida em todos os setores da economia e se encaixa muito bem nesta “nova indústria”. No Brasil, até a expressão Economia Criativa é nova, mas já em 1998, foi criada no Reino Unido uma força-tarefa no governo para tratar do assunto, por considerarem o tema o motor do futuro econômico do país. a criatividade: vão encontrar na Economia Criativa uma oportunidade de transformar as suas ações em resultado econômico de forma diferenciada. E podemos ir além. Considerando que predomina no Brasil a produção de itens de baixo valor agregado, o que não nos falta são oportunidades para utilizar a criatividade em todos os setores. Aqui a Economia Criativa oferece mais oportunidades. Este é um tema que a APP está trazendo para ficar, mas, para haver o resultado possível, será necessário quebrar muitos paradigmas. Em 2002, no “Fórum Internacional das Indústrias Criativas”, organizado na cidade de St. Petersburg, na Rússia, foram definidas dentro dessa categoria aquelas empresas que têm origem na criatividade individual, nas habilidades e nos talentos, e que têm potencial de riqueza e criação de empregos por meio da geração e da exploração da propriedade intelectual. Assim, Indústria Criativa é a denominação utilizada para descrever a atividade empresarial na qual o valor econômico está ligado ao conteúdo cultural; une a força da chamada cultura clássica ao valor agregado do talento empresarial e aos novos talentos da mídia eletrônica e da comunicação. Economia Criativa, no começo, era quase uma reserva de mercado de alguns setores, mas a cada dia o conceito é ampliado, sendo hoje algo em construção permanente. Se pensarmos na democratização da tecnologia, onde houver demanda e talento ela estará presente. É o caso dos profissionais da Comunicação, que têm no seu DNA 42 canto do galo Hélio Mendes é Consultor Empresarial, Professor da ESAMC e Vice-Presidente da APP do Estado de Minas Gerais
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