Jornal do colégio - Nova Floresta
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Jornal do colégio - Nova Floresta
77 COLÉGIO MANUEL BERNARDES anos Diretor: Pe. António Tavares • [email protected] • Julho 2015 • N.º 91 • Ano: LXXVII (2.ª série) Fundado 6 de abril de 1938 PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL Férias, estamos preparados? A palavra férias desperta em todos nós um certo sentimento de liberdade, de alegria e de festa. Aliás, a palavra “férias”, no latim, significa «dia de festa». Por isso interrogo-me se estamos preparados para esse dia de festa. A festa supõe um espaço tranquilo de alegria, uma comunicação, não se faz festa sozinho porque se perde a relação. Podem fazer-se férias sozinho: há a relação com a natureza, pode visitar-se museus, pode descansar-se muito, mas principalmente eu entendo que as férias são para um enriquecimento de relações construtivas. Por isso, as férias deveriam ser a capacidade de criar condições e concretizar momentos de paragem, de respirar, de digerir, deveriam ser espaços de silêncio e de relação. Sobretudo porque vivemos um tempo intensivo onde a quantidade se sobrepõe à qualidade. Estou convencido que aquilo que nos descansa é a verdadeira relação humana. Falamos muito uns com os outros, interagimos, mas relacionarmo-nos é algo que nos pode escapar com grande facilidade. Há as relações sociais, de trabalho, de família, mas a relação que nos descansa, que nos faz aceitar quem somos, que nos ajuda a aceitar o outro – isso, é com certeza, o que mais nos descansa. As férias podem tornar-se numa correria, uma competição, uma ansiedade para estar em todo o lado, para viver uma série de coisas, encher um programa incrível. Acaba por ser uma nova canseira. As pessoas regressam de férias a precisar de respirar, de descanso. Por isso distingo as férias e o descanso. Pensar que vou para férias não apenas para me distrair mas para ter a oportunidade de me encontrar. Encontrar-me comigo, com os outros, com os valores e com o futuro. Viver a comunhão com a natureza, os outros. Que as férias não sejam só um tempo para nos distrair no sentido do esquecer a realidade presente: fazer um intervalo onde não se pense, mas antes pensar em que é eu vou pensar, aprofundar, refletir. Escolher um bom livro, ouvir uma boa música, perceber onde, se sou crente, rezar e como, reunir-me com amigos e familiares, participar em acontecimentos festivos e comemorativos e fazer das férias um tempo de verdadeira festa. Padre António Tavares Afirmar o nosso Eu ano letivo termina e, com ele, o frenesim das avaliações, dos toques de entrada, do professor a lecionar, do recreio à hora de almoço ou da amena conversa com os colegas. É um momento em que se torna indispensável o repouso, o assentar de ideias, de diminuir o ritmo de trabalho, não nos deixando de continuar ativos, realizando o que mais gostamos. É neste ciclo de vivência, que oscila entre o trabalho escolar diário, os momentos de avaliação, as atividades dentro e fora da escola e os períodos de interrupção, mais ou menos extensos, que se encontra o Aluno. Agora, o presente- este tempo-, é o momento em que se deve retornar à tranquilidade, à diversão, mas também ao momento de síntese. De avaliar o que de pior e melhor fizemos, o que devemos corrigir ou o que devemos dar continuidade, que estratégias devo utilizar para alcançar o sucesso nos objetivos a que nos propomos (sempre na medida do meu sucesso realizável), mas com uma lógica de autenticidade, ou seja de uma elevação da liberdade de autodeterminação, força opositora de totalitarismos cuja génese se encontra na ideia de um contrato social alicerçado numa vontade geral, que traduz uma forma de liberdade comum, à qual todos devem aderir em nome de um bem maior. Assim, esta ideia de autenticidade eleva-se a uma necessidade fundamental de me ouvir a mim próprio, de escutar a natureza interior, cujo dia a dia é colocada em risco pelas pressões exteriores (formalismos, regras, normas, leis de conformidade impostas ou que visam o nosso condicionamento), ao qual é possível cada um de nós vacilar e, afinal, instrumentalizar a nossa atitude para connosco mesmos, deixando para trás esta possibilidade e liberdade de escutar a nossa própria consciência. Nas palavras de Charles Taylor: Ser verdadeiro comigo mesmo significa ser fiel à minha própria originalidade e isso é algo que só eu posso explicitar e descobrir. Ao fazê-lo, estou também a definir-me a mim mesmo. Apercebo-me de uma potencialidade que é propriamente minha. (...) É o que dá sentido à ideia de “viver a minha vida” ou de “alcançar a minha própria realização”. Aproveitamos este momento de pausa para ouvir então, a nossa voz interior e reflitamos sobre o que ela nos fala, autenticamente, para que não percamos a possibilidade de afirmar o nosso eu. Boas férias! O O Diretor Pedagógico Hugo Quinta 2 RELIGIÃO As festas religiosas do Colégio N o mês de Maio acontece no nosso Colégio o momento de celebrarmos a concretização de uma caminhada catequética desenvolvida e preparada ao longo de todo o ano letivo. Este momento envolve toda a comunidade escolar mas centra-se com maior incidência no terceiro ano que festeja a sua primeira comunhão e por consequência disso a festa do perdão, onde pela primeira vez os nossos alunos sentem esse misto de alegria e nervosismo de abrir o seu coração a Deus através da primeira confissão. Também o sexto ano vê chegar o mês de Maio com vontade de renovar as suas promessas batismais através da celebração da profissão de fé e consequente comunhão solene porque a eucaristia ganha mais valor e significado aos seus olhos. Por último chegamos aos alunos do nono ano que depois de uma preparação e consciencialização maior da sua fé e do seu compromisso cristão avançam para a celebração do Crisma. Quase ao jeito bíblico de que os últimos são os primeiros, começamos pelos últimos, ou seja, foi no dia 15 de Maio, às 19 horas, na Sé patriarcal de Lisboa que pelas mãos do Sr. Bispo Auxiliar, D. José Augusto Traquina, que os nossos alunos e alunas do nono ano receberam e celebraram o seu Crisma. Esta cerimónia desenvolveu-se em ambiente de grande beleza e oração em conjunto com outros Colégios Católicos que se encontravam presentes. É sempre muito gratificante quer para nós Colégio, quer para a hierarquia da Igreja, Sr. Bispo e Pároco da Sé, podermos ver a Sé repleta de jovens adolescentes a viverem a sua fé e entrega a Jesus Cristo numa manifestação jovial de esperança numa igreja que viva a alegria do evangelho e o partilhe de uma forma tão fraterna e próxima. Nesta festa o Colégio Manuel Bernardes apresentou ao Sr. Bispo cinquenta alunos e alunas que assim completaram o seu percurso cristão e fecharam com alegria a sua iniciação cristã. No dia 23 de Maio, pelas 12 horas, chegou a vez dos mais novos deste grupo catequético celebrarem a sua primeira comunhão. Foi na Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Lisboa. Quem conhece a Igreja, sabe que é ampla e generosa de espaço, pois nesse dia, a belíssima Igreja de Fátima ficou pelas costuras. Os pais, familiares, amigos e professores dos nossos alunos encheram por completo este templo. Aproximaram-se do altar, para receber a comunhão pela primeira vez, noventa alunos, e isso não deixa ninguém indiferente, pois ver a alegria e respeito dos nossos mais novos a comungar Jesus pela primeira vez encheu-nos a todos de emoção e encanto, por perceber que as crianças continuam a ser a melhor voz e presença de Deus no meio de nós. Parabéns também aos pais e restante família que com a sua presença manifestaram a importância e relevo que colocam nesta celebração. Mesmo a encerrar o mês, no dia 30 de Maio, pelas 10 horas, na Igreja de S. João Batista, no Lumiar, o sexto ano celebrou a sua profissão de fé. Depois dos exames escolares obrigatórios que obrigaram a uma pequena paragem na preparação desta festa, foi com renovado entusiasmo e humilde orgulho e brilho, que os nossos adolescentes, todos vestidos de alvas brancas, entraram na Igreja cantando e louvando a Deus por este momento em que solene e publicamente iam proferir a sua fé. Os setenta e um alunos do nosso Colégio abrilhantaram a cerimónia com a sua entrega nas orações, nos cânticos e nos momentos mais solenes da celebração. Por momentos senti que é uma honra podermos afirmar que o nosso Colégio estava a encerrar o mês mariano de uma forma única e muito particular de louvar e agradecer a sua missão de educar, instruir e preparar os alunos para a vida, mas não esquecendo esta escola de Maria que transmite estes valores de alegria, confiança e fé no nosso Deus que faz maravilhas nos nossos corações. Resta-me terminar, lembrando que o quarto ano, em Junho, foi em peregrinação ao santuário de Fátima agradecendo o encerramento de Ciclo e pedindo a Maria Santíssima o apoio maternal para o seu percurso escolar futuro. Manifestando também o elevado apreço pelos seus professores e educadores que contribuíram para este sucesso. Com tudo isto gostaria de terminar referindo aos meus queridos professores deste Colégio as palavras de S. João da Cruz: «Procure a alma inclinar-se não ao que é fácil mas sim ao mais difícil; não ao mais agradável mas ao mais agreste; não ao mais gostoso mas ao que menos gosto dá; não ao que é descanso, mas ao que é trabalhoso; não ao que é consolo mas antes ao desconsolo; não a querer alguma coisa, mas a não querer nada; e estas obras convêm que se dê a elas o coração, pois quem do coração as pratica, muito em breve, nelas achará grande alegria e consolação». Apresento os meus agradecimentos a toda a comunidade educativa do Colégio Manuel Bernardes pelo seu esforço, empenho, dedicação e envolvimento nestas festas. P. António PRÉ-ESCOLA No Atelier da E assim chegámos Joana Vasconcelos ao final da Pré-Escola M N ais um ano se passou e com ele chega o fim de um caminho. Um caminho repleto de instantes maravilhosos, experiências fantásticas e enriquecedoras, momentos únicos, feitos de tudo o que é forte, simples e belo, de tudo o que é, realmente, importante. Neste caminho cultivámos amizades, apreciámos gestos e sorrisos, ganhámos com as nossas diferenças e lavrámos valores como o respeito, a partilha e a interajuda. Vencemos desafios e traçámos objetivos. Aprendemos a questionar, a pensar, a resolver, a ser interventivos, criativos, exigentes, perseverantes e lutadores. Aprendemos a não desistir nunca e a entender que somos sempre capazes. Todos nós, eu em particular. Agradeço por cada dia destes 3 anos, pois cada criança, em particular, marcou a minha vida de maneira única e especial. Desejo que as experiências compartilhadas no percurso até aqui sejam a alavanca para que alcancem a alegria de chegar ao destino que projetarem. Desejo que o caminho que agora finda conflua numa estrada larga e longa repleta de felicidade e sucesso. Desejo, a todos os meus pequeninos. Aos pais, agradeço o terem-nos entregue os seus tesouros mais preciosos, a confiança que depositaram no nosso trabalho. Agradeço a colaboração desmedida, a forma como abraçaram os nossos projectos e fizeram vossos os nossos desafios. Agradeço à Lúcia, à Paula Cristina, à Liliana e, por este último ano, à Ana Assis. Embarcaram nesta viagem com uma generosidade enorme e um folgo inquestionável, estiveram sempre ao meu lado, sempre dispostas para todas as aventuras. À Ana Assis, particularmente, muito obrigada pelas horas que passou connosco na sala, pela sua colaboração preciosa, pelas ideias fantásticas, pela sua dedicação, profissionalismo e pelo seu entusiasmo. Sem a sua ajuda não teríamos conseguido tanto. Apartamo-nos agora, no espaço, nunca no coração, onde cada um permanecerá para sempre! Ana Fernandes (Educadora do grupo A – 5 anos) As nossas Visitas de Estudo s visitas de estudo são, já o defendi muitas vezes, um dos meios de aprendizagem mais estimulantes para as crianças, dado o carácter motivador que constitui a saída da rotina escolar. Uma visita de estudo não é um mero passeio, é uma situação de aprendizagem que favorece a aquisição de conhecimentos, proporciona o desenvolvimento pessoal e facilita a sociabilidade. São, cada uma delas, um meio privilegiado para a criança aprender, compreender, conhecer, experienciar novas vivências, observar e respeitar o mundo que está ao seu redor. Dar à criança a possibilidade de ter acesso a tudo isso é permitir que seja intelectualmente ativa e culturalmente desperta, facilitando que se desenvolva cognitivamente, particularmente na fase pré escolar. Mas todas estas experiências e vivências podem acontecer dentro da escola, com a mesma riqueza e com o mesmo impacto. Nem todas as “visitas de estudo” têm que ser ao exterior. Neste último ano da pré escola, fizemos muitas visitas de estudo: à RTP, ao jornal Correio Da Manhã, à Microsoft, à Quinta Pedagógica, à fábrica dos gelados Olá, ao Museu do Ar… ao teatro e muitas outras. Mas também tivemos bons momentos em que a cultura e o exterior, no geral, vieram até nós numa partilha de conhecimentos e experiências que nos deixaram mais ricos. Foi assim quando a atriz Sofia Arruda veio à nossa sala, conversou com todos os meninos, distribuiu sorrisos, palavras simpáticas e até autógrafos. Foi muito engraçado, porque alguns dias antes tínhamo-la visto no teatro, no papel de Alice (no País das Maravilhas). Também a escritora Isabel Alçada veio até ao colégio para conversar connosco sobre a sua “Gata Gatilde”. E nós já a conhecíamos tão bem… Havia duas semanas que andávamos a falar dela, que andávamos a brincar com ela! Até fizemos uma peça de teatro! Depois de a ouvirmos, de viva voz, contar a sua história, quisemos que ela autografasse os nossos livros, e pedimos-lhe que tirasse uma fotografia connosco, para ficarmos com uma recordação. Também os pais de muitos meninos vieram explicar-nos generalidades e minuciosidades das suas profissões. Enriquecedor, motivador e divertido! Assim foi o nosso ano letivo, muito preenchido, repleto de vivências que, certamente, ficarão para sempre na memória de todos. A Ana Fernandes (Educadora do grupo A – 5 anos) o dia 05 de junho, fomos visitar o atelier da Joana Vasconcelos. A visita que, como outras, veio de encontro à temática das profissões, que trabalhámos neste último período de aulas, foi programada também para cimentar e complementar todas as experiências que temos feitos, nestes 3 anos em geral e neste último em particular, no âmbito das artes plásticas. Tivemos a felicidade de poder visitar o espaço de uma artista consagrada, com imensas obras expostas e documentadas em imagens e publicações e isso deu-nos a possibilidade de contactar com as mesmas antes da visita, de trabalhar sobre elas e de descobrirmos a sua composição e as motivações que conduziram à sua criação. Motivações extra para as crianças e uma espetativa ainda maior. Logo à entrada do imenso espaço onde a artista dá asas à sua veia criativa, fizeram-se as primeiras descobertas: – Olha o Coração (Independente)!!! Chegou então a Aviva, relações públicas da Joana, e com ela embarcámos numa viagem de fantasia. Durante a visita, em que tiveram oportunidade de ver 50 profissionais a trabalhar, as crianças puderam aprender o processo de criação das peças, tocar nos materiais, interagir com a artista e com os demais colaboradores. Perderam-se por entre a imensidade dos rolos de tecidos, maravilharam-se com as dezenas de caixinhas de missangas, experimentaram as agulhas de crochet e divertiram-se com os muitos animais de cerâmica vindos directamente da fábrica Rafael Bordalo Pinheiro. Percorreram todo o espaço livremente, de forma vagarosa e informal, colocando todo o tipo de dúvidas e questões: – Joana, como é que fizeste este polvo? – Joana, onde é que compraste as “pedras preciosas”? – Joana, eu já te vi numa fotografia… A todas as questões a Joana Vasconcelos ia respondendo com um sorriso terno, com a disponibilidade de quem estava ali à nossa espera – que sorte a nossa – e com uma simplicidade proporcional à sua grandeza enquanto artista e pessoa. Uma visita de onde não apetecia sair, que nos encheu os olhos e a alma! Ana Fernandes (Educadora do grupo A – 5 anos) 3 4 SARAUS Sarau – Pré-escola Fotoreportagem: Eliseus SAÚDE Quadradinho da Saúde A postura e o futuro (presente) “Põe-te direito!” “Endireita essas costas!” “1, 2, esquerdo, direito, encolhe a barriga e estica o peito!” uem nunca ouviu estes comentários da mãe, do pai ou do professor? Será que eles são só chatos ou têm razão em “melgar-te” com estes conselhos? Tu podes não te lembrar, mas antes de entrares para o Colégio não passavas mais de metade do teu dia sentado a uma secretária, todo encolhido a tirar notas numa folha de papel ou à frente do computador a fazer trabalhos, sempre com o stress de não teres acabado o TPC mais cedo ou de ir jogar o último Call of Duty, GTA ou FIFA… E porquê? Porque o teu corpo não estava preparado para isso. Ao longo da evolução do Homem, a necessidade social da posição ereta do nosso corpo e o bipedismo não foram acompanhados por alterações no nosso corpo suficientes para nos adaptarmos ao estilo de vida moderno. Foi como se o nosso estilo de vida andasse de carro de Fórmula 1 e o nosso corpo andasse a pé: as nossas costas (a coluna vertebral e a bacia) e os músculos da postura (os músculos das costas, da barriga e o diafragma) pura e simplesmente nunca tiveram tempo para se adaptar à posição de sentado e de “todo torto no sofá”! É por isso que mais de 3 em cada 10 jovens em idade escolar têm má postura, o que os leva a ter dores de cabeça, cervicais e lombares antes sequer de acabarem o ensino secundário! “O que posso fazer para evitar ter esses problemas?”. Não querendo entrar em pormenores, deixo-te algumas sugestões para melhorares a tua performance postural a começar já amanhã: Não vejas televisão nem jogues jogos de vídeo/consola deitado. Usa uma mochila às costas para transportar o material escolar que não esteja pesada (se tiveres de te inclinar para a frente ou de a apoiar no fundo das costas para te equilibrares, quer dizer que ela está muito pesada!) e garante que as pegas da mochilas estão justas ao teu corpo. Não vejas televisão, jogues computador ou estejas sentado a uma secretária mais do que 20 minutos seguidos sem fazeres uma pausa para esticar as pernas. Não uses os intervalos das aulas para ficar agarrado ao telemóvel: mexe-te e interage ao vivo com os teus colegas para evitares ficar com um text neck (vá lá, se não sabes o que quer dizer, Google it!). Inclui uma pequena caminhada na tua rotina de maneira a fortaleceres a base de uma boa postura: as pernas. Fortalece o teu centro: aprende a estabilizar o tronco usando os abdominais e músculos das costas na aulas de educação física e no dia-a-dia. Q Nota: Não posso deixar de agradecer ao fisioterapeuta Pedro Fonseca da Fisiogaspar por me ter revisto o texto e dado excelentes dicas para te ajudar a melhorar o teu futuro (presente). Miguel Fróis Borges Ex-aluno CMB n.º1025/107 Médico Interno de Cirurgia Geral do Hospital Garcia de Orta Assistente Convidado de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa [email protected] PS: Sim, eles tinham razão: “Põe-te direito!” Basquetebol REGIONAL INICIADOS FEM – 23 MAIO (4.º lugar) Com uma equipa 100% escolar demos a réplica possível – 3 jogos num só dia pesam nas pernas e na alma de quem não tem a rotina do desporto federado. Mas valeu pela entrega e responsabilidade das alunas com o apoio dos pais. Classificação – 1.º Marinhas Rio Maior (Santarém); 2.º João Barros Corroios (Setúbal); 3.º Roque Gameiro (Amadora); 4.º CMB (Lisboa) 1pt. Nos infantis, com lesões à mistura, não foi tão bom como no Regional onde fomos Campeões Regionais. Aqui no Nacional, venceu a equipa do Colégio Campo Flores que tinha sido 2.º e atrás de nós no Regional. Por 1 se ganha por 1 se perde...é preciso saber ganhar e perder no desporto como na vida... tentaremos fazer melhor da próxima vez! 1.º CMB; 2.º Lameirinhas (Guarda); 3.º Clube Camões (Gouveia); CMB – Clube Camões 72-23; CMB-Lameirinhas 38-27; Lameirinhas-Clube Camões 20-14. Após 4 dias de trabalho muito intenso ainda houve gás para a superação física e mental! Pela 1.ª vez participaram rapazes no Estágio e não podia ter corrido melhor, com responsabilidade e entusiasmo como é costume. X TORNEIO A. Rodrigo Louro CMB/AE CANEÇAS (1.º lugar) O CMB – 1.º lugar no Torneio de INICIADOS FEM pelo 2.ª vez consecutiva – 2.º lugar Infantis masculinos – 3.º lugar e Infantis Femininos Kika Brito, Raquel Capitulo, Carlota Almeida, Inês Moreira, Rita Finisterra, Inês Galvão, Margarida Pais, Barbara Copland, Joana Graça e Mariana Sousa IV TORNEIO CMB SERRA da ESTRELA – 2015 (1.º lugar) VICE-CAMPEÃO (2.º lugar) NACIONAL 3x3 FPB – Iniciados Fem Quase perfeito...o último jogo, que era a final, foi um pouco menos conseguido e... perdemos por Também vai chegar a vez das mais novas...Marta, Margarida, Inês Costa, Bárbara, Rita, Raquel, Joana, Carolina, Inês Esteves... estas atletas a trabalhar com empenho e regularidade vão longe.! 5 6 SARAUS Sarau – 1.º Ciclo Fotoreportagem: Eliseus TECNOLOGIA Projeto R2-D2 construção de um Robot é um projeto que envolve diversas áreas relacionadas com o desenho, eletrónica e programação, entre outras. Este projeto R2-D2 foi um trabalho dos alunos do 12.º Ano, integrado na disciplina de Aplicações Informáticas B. As etapas do projeto foram as seguintes: A 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Análise geral do projeto; Pesquisa dos desenhos à escala 1:1; Adaptação e desenho em CAD; Corte a laser das peças; Montagem das peças; Aquisição da placa de controlo Arduino; Montagem elétrónica; Programação; Testes. 1. Na análise geral do projeto dividiram-se tarefas, cada grupo de alunos ficou responsável por uma determinada área de trabalho. 2. A pesquisa dos desenhos à escala 1:1 foi realizada na Internet. Existe muita informação relacionada com este famoso robot da saga Star Wars. Foi escolhido o R2 Builders Group, de onde foram descarregados os desenhos cotados e do qual apresentamos um exemplo (Fig.1). 3. O trabalho que se seguiu consistiu em desenhar em CAD cada uma das peças (corpo, pernas, etc.), necessárias para a construção do robot. Esta tarefa foi necessária, pois como as peças em madeira, seriam cortadas a laser, o sistema de corte a laser, só aceita ficheiros CAD (Fig.2). Figura 1 – Planos do R2-D2 Figura 2 – Desenho da perna do R2-D2 4. Nesta etapa, todas as peças necessárias para a construção do robot foram cortadas a laser numa empresa especializada neste trabalho (www.nsflaser.com) (Fig.3) 6. Depois da montagem de todas as peças e de realizadas todas as ligações elétricas dos motores, foi adquirida o sistema de controlo dos motores, a escolha recaiu na placa de controlo Arduino. Esta placa tem um microcontrolador (Atmel AVR) responsável pela gestão das entradas e saídas, analógicas e digitais (Fig.5). 7. Para além placa de controlo Arduino foi necessário incluir no sistema de controlo de motores uma placa de relés. Esta placa tem vista ligar e desligar os motores, desviando a corrente, cerca de 4 A, da placa Arduino, pois esta só permite a passagem de correntes da ordem dos miliamperes (Fig.6). Figura 5 – Arduino UNO Figura 6 – Sistema de controlo completo 8. Depois do robot pronto, passou-se à fase da programação e dos testes. A programação da placa Arduino é realizada através do software que foi desenvolvido pelo fabricante da placa controladora, mas que é muito parecido com a linguagem C++ e que é apresentado no exemplo. /* R2D2 controlo dos motores */ // the setup function runs once when you press reset or power the board void setup() { // initialize digital pin 13 as an output. pinMode(2, OUTPUT); pinMode(3, OUTPUT); pinMode(4, OUTPUT); pinMode(5, OUTPUT); pinMode(6, OUTPUT); pinMode(7, OUTPUT); pinMode(8, OUTPUT); pinMode(9, OUTPUT); pinMode(10, OUTPUT); } // loop function void loop() { // Liga o motor 1 no sentido direto digitalWrite(2,LOW); digitalWrite(5,LOW); digitalWrite(3, HIGH); digitalWrite(4, HIGH); digitalWrite(6, HIGH); digitalWrite(7, HIGH); digitalWrite(9, HIGH); digitalWrite(10, HIGH); tone(12,1000,500); delay (5000); //Inverte a rotação dos motores digitalWrite(3, LOW); digitalWrite(4, LOW); digitalWrite(6, LOW); digitalWrite(7, LOW); digitalWrite(9, LOW); digitalWrite(10, LOW); noTone(12); delay(5000); } 9. Os testes finais foram realizados durante a exposição do final do ano letivo, pois no ginásio havia mais espaço, para realizar movimentos mais alargados (Fig.7). O projeto na acaba aqui, nos próximos anos letivos, os alunos vão continuar a desenvolver o R2-D2 e a trabalhar na realização de programas mais elaborados. Figura 3 – Peças da perna do R2-D2 5. Após o corte da madeira, procedeu-se à montagem de todas as peças, assim como à escolha dos motores e a sua instalação. Foram escolhidos motores elétricos de 12V, utilizados nos limpa vidros de autocarros, pois têm um binário maior e se for invertida a polaridade, o movimento é invertido (Fig.4). Figura 7 – R2-D2 completo Para mais informações consultar: http://colegiomb.no.sapo.pt/soft.htm JM Freixo Nunes – Prof. de Aplicações Informáticas B Figura 4 – Estrutura do R2-D2 7 8 SARAUS Sarau – 2.º Ciclo Fotoreportagem: Eliseus Minitrampolim ATUAL Domine ad quem ibimus o passado mês de Maio morreu um grande amigo meu. Tinha um cancro há alguns anos, foi piorando o seu estado de saúde nos últimos meses, sobretudo depois de ficar muito debilitado com os vários tratamentos de quimioterapia a que foi sujeito. Um homem simples e discreto, casado, pai de onze filhos, professor. Dedicou a sua vida à família e amou a Igreja, leccionou filosofia na escola e ajudava no que podia na paróquia. A cada dia que passava até ao momento do seu último suspiro, quando lhe perguntavam “então, como te sentes?”, a resposta era sempre a mesma: “cada vez melhor!”. E se o sorriso na resposta já era, por si só, desconcertante, o que se seguia era ainda mais avassalador: “se o Senhor está comigo, como poderia estar mal?”. O seu filho mais velho é também meu amigo e confessou-me que do pai guarda muitas memórias e apenas um bem como herança: «A FÉ». Há muitos que pensam que o mais importante é estudar para tirar um curso. Então porque é que há tanta gente com curso e desempregada? Ou que estando empregada, não é feliz? Há quem pense que para ser feliz tem de ter um bom emprego, uma boa casa, uma boa mulher (ou um bom marido), bons filhos e algum dinheiro na carteira. Então porque é que todas as semanas nos entra pela televisão a dentro notícias de tragédias vividas por pessoas que, tendo tudo isso, não são felizes? Há pais que fazem «tudo» para assegurar os sonhos dos filhos (ou os deles, frustrados… não sei bem, nunca percebi). Contudo, porque é que acabam num lar, esquecidos pelos filhos por quem tudo fizeram? Passei a última década a dar aulas, a ensinar Matemática, a explicar a mais de meio milhar de alunos a harmonia dos números, as propriedades das operações, as noções geométricas e as mais belas relações e conexões com a natureza, entrei pela lógica e pela física para explicar e falar matematicamente sobre o mundo que nos rodeia, mostrei a muitos diversos conceitos abstractos e a uns poucos introduzi no cálculo integral. Mas para que serve tudo isso se mais tarde se perderem? Para que lhes serve ter falado de Tales, Pitágoras, Arquimedes e Euclides, Apolónio, Paccioli, Cardano, Pedro Nunes, Gauss, Galois, Euler, Ruffini, Cauchy, Laplace ou Bolzano se um dia, frente ao sofrimento, ao desespero, ao sem sentido da vida, a um acontecimento de morte, verdadeira ou ôntica, ficarem sem resposta? De que me serve a mim, enquanto pai, pedir aos meus filhos que se esforcem por ser bons estudantes se eu não lhes mostro o que é serem bons para com os outros? Como lhes posso pedir que sejam bons entre eles se não lhes mostrar todos os dias o que é o Amor e a Misericórdia? Como lhes posso exigir obediência a nós, pais, se não for submisso e obediente em tudo aos meus superiores? Como quero eu ensinar alguém a se dedicar a cem porcento a qualquer coisa se eu não mostrar que é possível dar a vida, perder a vida por algo que consideramos precioso? Como os posso eu enganar acerca dos troféus desta vida – o curso, o emprego, a casa, a conta no banco – que hoje existem mas amanhã de nada nos servirão, se não lhes passar a única herança incorruptível, que perdura para sempre – «a Fé»? Todo aquele que vive sob o lema do “faz o que eu digo, não faças o que eu faço” deve estar atento a si mesmo, pois não só não ajuda nem edifica, como ainda pode ofuscar a Luz que poderia iluminar a vida do outro. Ser professor é aceitar uma grande missão! É, talvez depois de ser pai e mãe, a missão mais sublime que alguém pode ter na vida, pois trata-se de cuidar das almas que nos são confiadas. Ensinar Matemática é muito simples e interessa pouco, neste contexto, entenda-se! Ensinar, iluminar e guiar as gentes da terra… isso sim, é ciência elevada! Umas boas férias e um óptimo descanso para todos! N Prof. Emanuel Oliveira Torneio Interturmas Futebol P elo 3.º ano consecutivo o C.M.B. no escalão de juvenis, venceu o torneio de futebol 7, organizado pelo Colégio S. João de Brito. Mais uma vez os nossos rapazes dignificaram a grande instituição onde crescem, como Homens e desportistas, com uma honrosa e brilhante prestação, ultrapassando as equipas do Colégio São João de Brito, Salesianos, FuteBola e por fim o Sporting de Carcavelos, cumprindo o seu percurso só com vitorias. Parabéns aos jogadores, pais e equipa técnica constituída pelo Mister Carlos Sousa e Luis Aldeia, que durante anos os têm acompanhado com uma enorme dedicação, contribuindo assim para o sucesso desportivo do nosso Colégio. VENCEDORES 2014-2015 Futebol Masculino 1.º Ciclo – 4.º E Futebol Masculino 2.º Ciclo – 6.º B Futebol Masculino 3.º Ciclo – 9.º C Futebol Masculino Secundário – 12.º B Doro Machado (Pai do aluno Diogo Machado) 9 10 FINALISTAS Obrigada por fazerem parte das nossas vidas Realizou-se no dia 4 de junho no Centro Cultural de Belém, o tradicional jantar de despedida oferecido pela administração do Colégio aos alunos finalistas do 12.º ano e suas famílias. brigada. Obrigada por se encontrarem aqui. Obrigada por partilharem este dia em que, com smokings e lindos vestidos, crescemos um pouquinho mais. Obrigada por nos terem dado a mão inúmeras vezes. Depois de todos os obrigadas proferidos, acrescento um, mais importante que os restantes – Obrigada por fazerem parte das nossas vidas. Todos nós fomos tocados por esta instituição que, mais que um mero colégio, foi a nossa segunda casa. Aqui fizemos amizades que ficarão para sempre. Aqui conhecemos amigos que sabemos que estarão para sempre presentes. Nas sábias palavras de Goethe, “A amizade é como os títulos honoríficos: quanto mais velha, mais preciosa.” Olhando em redor, o meu olhar prende-se em pessoas que, durante este últimos anos, se predispuseram a ouvir as minhas lamentações e as minhas reclamações - os meus amigos Olhando em redor, são várias as pessoas que vejo que partilharam os seus dias, as suas tristezas e as suas felicidades comigo - os meus amigos. Olhando em redor, os meus olhos encontram o olhar daqueles que, depois de me aturarem durante doze anos, continuarão a aturarme durante muitos mais- os meus amigos. E tenho fortes convicções de que todos nós saímos desta instituição com amizades tão verdadeiras e sinceras como as minhas. Mas também tivemos momentos maus. Tivemos discussões cuja memória nos traz um sorriso aos lábios, quando na altura nos trouxe lágrimas. Tivemos momentos de grande stress, suor, lágrimas e muito trabalho cuja memória nos fortalece, quando na altura nos deteriorou. Tivemos momentos de desespero cuja memória nos direciona para trabalhos-de-casa, projetos escolares e os inevitáveis, mas temíveis, exames. Todos estes percalços, todas estas vicissitudes, todos nos fizeram crescer, todos contribuíram para que nos tornássemos homens e mulheres, em detrimento dos meninos e meninas que fomos. Isto devemos ao Colégio. Nesta instituição seguimos caminhos distintos. Se escolhi Humanidades, outros houve que escolheram Ciências ou Economia. Em comum temos os valores perfilhados pelo Colégio - Trabalho, Exigência, Esforço, Dedicação, Método, Bondade, Caridade, Honra, Rigor. Alicerçados nestes crescemos e chegámos onde agora nos deparamos. Os nossos dias no Colégio estão a chegar ao fim. Não tarda seremos advogados, médicos, professores, enfermeiros, economistas, gestores conceituados. Antes disso, porém, teremos que passar por duras provações - o mundo universitário, o mundo do trabalho, entre outros. Todavia, sei que saímos preparados para o que no futuro advier. Parte desta preparação devemos ao corpo docente que, ao longo deste nosso percurso, nos acompanhou pacientemente (e reitero a parte da paciência vezes e vezes sem conta, pois não fomos, nem somos, santos nenhuns). Todos os professores, com as suas peculiaridades, deixaram parte de si em nós. Quantas vezes não pensaremos nós, quando estivermos com frequências e exames, como eram os testes do ensino secundário? Quantas vezes não pensaremos nós nas escolhas múltiplas de Geografia, quando tivermos que redigir as nossas teses? Quantas vezes não pensaremos nos apontamentos da professora Sónia, quando nos depararmos com um professor académico que fala sem parar? Quantas vezes não pensaremos nas aulas da professora Patrícia e nas fichas que nos forçava a fazer, à rebelia da nossa vontade, quando na faculdade não soubermos a que materiais de estudo recorrer? Apesar das críticas e reclamações que tecemos ao longo destes anos, urge agora apontar as qualidades deste professores. No futuro, estes nossos professores, a quem hoje não damos o devido valor, serão recordados com saudade e melancolia. Com a mesma melancolia recordaremos o Senhor Ramiro e todos os maravilhosos momentos da Viagem de Finalistas. Quando soube que escreveria o discurso, senti-me muito honrada. Mas esta não foi uma tarefa fácil. Foram muitos anos, muitos momentos, muitas histórias. Recordo com saudades aqueles dias em que corria na quinta, ainda de terra batida. Recordo a Professora Rita, doce e querida, cheia de paciência para os alunos e sempre com um sorriso, ensinando-me a ler e a escrever. Agradeço-lhe de coração a bondade com que me ensinou. Mas se a Rita e a Turma D me marcaram, outros foram tocados pela Professora Margarida, pela Professora Fátima e pela Professora Otília - todas ocupam um cantinho especial nos nossos corações. Na memória trago, também, as visitas de estudo. Através das minhas irmãs tenho relembrado os momentos mais marcantes de cada ano. Através das fotografias tenho revisitado os sítios a que fomos ao longo destes anos. Lamego, Algarve, Santiago de Compostela... Honestamente, nem sei se me lembraria dos sítios, acaso fosse não ter as fotografias. A certeza é que, nunca esquecerei essas viagens, pela companhia que nelas tive. Os laços de amizade que nessa altura se criaram tornaram-se, na sua maioria, inquebráveis. E mesmo aqueles que hoje não são mais que conhecidos, esses ficam na memória pelos bons momentos passados, fomentando o desejo de voltar atrás no tempo, concertar o que ficou desconcertado, unir o que foi separado, perdoar o que foi esquecido. Mas máquinas do tempo só existem nos filmes. Por isso, seguimos o nosso caminho sem remorsos, de consciência tranquila, preparados para o que o Futuro nos preparou. Não me quero alongar mais. Quero apenas deixar uma última mensagem para todos os que aqui se encontram. O Colégio não é perfeito. Nem todas as pessoas que o frequentam são simpáticas. As estruturas não são modernas nem inovadoras. Não. O Colégio não é, de todo, perfeito. Mas, apesar dos seus defeitos, nunca me senti tão em casa, como aqui me sinto. Apesar de tudo o que possa ser criticado, cresci rodeada de pessoas prestáveis e sempre disponíveis para ajudarem no que fosse preciso. Apesar de me ter sentido muitas vezes perdida, encontreime através do Clandestino, através da professora Ana Luísa, através daqueles que sempre acreditaram em mim. Apesar de todos os momentos menos bons que aqui passei, as amizades que aqui criei e tudo o que aprendi fizeram com que tudo valesse a pena. Apesar do que lhe possa ser apontado, não ousaria trocá-lo por nada. Obrigada. O Madalena Abreu N.º 198, 12.º E Campeã de Iniciados S ou mãe de quatro filhos, três delas raparigas, duas das quais jogadoras de futebol. Todos eles passaram pelo Colégio Manuel Bernardes e tiveram oportunidades de experimentar diversos desportos, desde o ballet, ao judo, passando pelo Andebol e pelo basquetebol, mas o problema residia mesmo nas duas raparigas gostarem de futebol e quererem poder representar o Colégio. Com uma diferença de 9 anos entre a Maria e a Marta começam a ver-se as diferenças no que diz respeito ao estereótipo das raparigas a jogarem futebol. A mais velha, nunca teve oportunidade de poder representar o Colégio pela equipa de futebol, porque lhe diziam que era o jogo dos rapazes e que as raparigas poderiam fazê-lo de outras formas, já a Marta, atualmente, é convocada para todos os jogos em conjunto com a melhor amiga, a Beatriz, sendo as únicas jogadoras femininas no meio de uma equipa de rapazes e num campeonato só com equipas masculinas. Enquanto mãe, por vezes torna-se difícil ter de lidar com tudo isto, porque para além de a Marta estar a representar o Colégio, de certa forma eu também o tenho de fazer. Confesso que custa ter de acordar cedo aos fins-de-semana para a deixar nos jogos e ter de a ver a sofrer faltas como é comum no futebol, mas no fim é um orgulho vê-la a fazer o que realmente gosta, a ganhar jogos ou mesmo a sair de campo com um sorriso na cara embora o resultado não tenha sido o melhor. Mas mais importante que tudo é bom ver como os treinadores, o Sr. Carlos e Sr. Luis, as tratam: com todo o cuidado e atenção que as raparigas na idade delas precisam e ao mesmo tempo com igualdade em relação aos outros jogadores. E por tudo isto, quero agradecer a estes dois senhores que têm feito de tudo para que a minha filha seja feliz a fazer aquilo que gosta, jogar futebol, e ao conseguirem o primeiro lugar no torneio realizado ao longo do ano lectivo: um muito obrigada! Sofia Alexandre LÍNGUA PORTUGUESA A semana do Departamento de Língua Portuguesa ntre visitas ao Museu do Teatro, peddy-papers, declamações de poemas e pequenas teatralizações, bem como a visita do escritor Norberto Morais, que, amavelmente, esteve à conversa com os alunos do ensino secundário, explicando a importância da leitura, de como nos tornarmos bons leitores, como se processa a escrita de um livro, de todos os rascunhos que nunca veem a luz do dia ou das recusas e exigências das editoras, os alunos dos 3.º e 4.ºanos participaram num concurso organizado pelas turmas do 7.ºano de escolaridade para desenharem e elaborarem uma quadra, respetivamente. Fica aqui uma pequena amostra das produções artísticas e poéticas destes alunos vencedores do concurso, esperando que sirvam para colorir e alegrar a nossa vida e de motivação para o desenvolvimento e enriquecimento do processo de escrita e de criatividade! E O Departamento de Língua Portuguesa A POEM AR G U 1.º L HO DESEN AR 2.º LUG HO DESEN AR G U L 1.º HO DESEN AR 3.º LUG A POEM AR G U 3.º L A POEM AR G U 2.º L Teatro N o dia 11 de junho do corrente ano letivo, no auditório da pré-escola, o grupo de teatro Clandestino apresentou mais uma peça: O Avarento, de Molière. Com um público caloroso, que excedia as 200 pessoas, muitos foram os elogios que se fizeram ouvir no final e apenas uma “crítica” se ouviu de diversas pessoas: “o Clandestino já merece outro espaço”. De facto, muitos foram os Encarregados de Educação, familiares e amigos que infelizmente não puderam assistir ao nosso espetáculo por já não haver bilhete, e, naturalmente, por limitação do espaço. Depois de A Ilha Encantada, de Hélia Correia (adaptação de Tempestade, de Shakespeare), apresentada no Natal, foi a vez de um clássico da dramaturgia francesa ter lugar entre o repertório deste grupo que tem trazido ao Colégio Manuel Bernardes grandes vultos do teatro nacional e internacional. O Avarento fez rir e fez chorar, cumprindo mais uma vez um dos objetivos principais deste grupo: emocionar e ensinar pela arte! Para o ano prometemos continuar… Saudações Clandestinas, Ana Luísa Bento 11 Propriedade e Administração: COLÉGIO MANUEL BERNARDES Morada: Qta. dos Azulejos – Lg. Padre Augusto Gomes Pinheiro, 44 – Paço do Lumiar 1600-549 Lisboa Telefone: 217 570 501 • Fax: 217 572 311 • email: [email protected] • site: cmb.pt Direção/Redação: Pe. António Tavares – Jorge Amaro Design: Quiná • Paginação e impressão: Gráfica 99, Lda • Dep. Legal: 19238 Semana das Artes e Tecnologias/Expo Bernardes a semana de 01 a 05 de junho, teve lugar no nosso colégio a Semana das Artes e Tecnologias. Durante esta semana houve mais uma edição da Expo-Bernardes, uma exposição representativa do ano letivo, onde pudemos apreciar o trabalho que os alunos desenvolveram em todas as áreas disciplinares presentes. Evento cultural cujo principal propósito é despertar nos alunos o interesse pela Arte, enquanto importante meio de expressão de emoções e ideias e a oportunidade de aprofundarem os conhecimentos na área das Tecnologias. Realizaram-se ainda, concertos no âmbito de Educação Musical. Esperamos ter correspondido às expetativas por vós criadas, agradecemos a visita e colaboração de todos e prometemos voltar para o Ano. Boas Férias. N Departamento de Artes e Tecnologias. Fotoreportagem: Eliseus E BOAS FÉRIAS!