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Encarte comercial da responsabilidade de «Página Exclusiva». Não pode ser vendido separadamente. Portugal Inovador Índice 6 Colégio de Gaia 10 Formação completa e diferenciada 23 Integrar soluções de confiança Mediação Imobiliária Minho e Douro 30 Especial Saúde 42 8 ThermoEurop Portugal 26 Intermarché Régua Cooperar pela diversidade e qualidade 30 CHTMAD Lisboa e Vale do Tejo O Hospital em sua casa 46 40 Secretária de Estado Lousada dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE - Morada: Rua Augusto Lessa, nº 251 esc. 13 –4200 – 100 Porto * Telefones: 22 502 39 07 / 22 502 39 09 * Fax: 22 502 39 08 * Site: www.paginaexclusiva.pt * Email: [email protected] * Periodicidade: Mensal * Distribuição: Gratuita com o Jornal “ Público “ * Preço Unitário: 4€ / Assinatura Anual: 44€ ( 11 números ) Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins sem autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da Revista e o editor não se responsabiliza pelas inserções com erros ou omissões que sejam imputáveis aos anunciantes. 4 I Setembro Portugal Inovador Setembro I 5 Portugal Inovador Formação completa e diferenciada Em entrevista à revista Portugal Inovador, o Padre António Barbosa, diretor do Colégio de Gaia, esclareceu-nos as diferentes dimensões deste projeto educativo. Quer se queira quer não, um cartão de visita incontornável deste colégio é a sua condição de maior colégio privado do país, se contabilizarmos o total das suas instalações escolares e desportivas. Para o nosso interlocutor, “a grandeza é algo que responsabiliza”, e a responsabilidade torna-se acrescida se tomarmos em conta que falar da grandeza do Colégio de Gaia é também falar de um legado de 80 anos a formar jovens à luz dos valores cristãos. A instituição é, desde sempre, pertencente à Diocese do Porto, tendo nascido em 1933 por iniciativa do então Bispo do Porto, D. António Meireles. A síntese histórica que nos é oferecida pelo seu atual diretor, desde a sua génese até à atualidade, dá relevo ao “grande investimento feito nos últimos 40 anos na formação científico-tecnológica dos alunos”. No Colégio de Gaia, formar é, portanto, uma palavra que passa pelo sentido mais prático do termo e isso reflete-se na sua oferta letiva. Capacitação profissional Os seus 1500 alunos estão distribuídos por turmas que 6 I Setembro vão do pré-escolar ao ensino secundário. É neste último que encontramos o melhor exemplo desse espírito. Os jovens que ingressam no 10º ano podem optar por um de 13 cursos científico-tecnológicos, conferentes de nível 4, com planos de estudos definidos internamente pelo seu corpo docente e devidamente aprovados pelo Ministério da Educação. Assim, em continuidade com o trabalho até aqui desenvolvido, da oferta para 2015/2016 constam as áreas da Administração e Marketing, Análises Químico-Biológicas, Animação e Gestão Desportiva, Comunicação Multimédia, Contabilidade e Gestão Empresarial, Desenhador de Projetos – Arquitetura e Engenharia, Eletrónica e Telecomunicações, Eletrónica Industrial e Automação, Informática e Tecnologias Multimédia, Produção e Controlo Industrial, Tecnologias da Saúde, Tecnologias e Segurança Alimentar, Tecnologias e Sistemas de Informação. Em correspondência a esta diversidade de cursos, o colégio está dotado de laboratórios de Automação, Biologia, CAD, Comunicação e Design, Contabilidade e Gestão, Eletrónica, Fí- Portugal Inovador sica, Informática, Microbiologia, Multimédia, Marketing, Química e Telecomunicações. A somar às condições de que estes alunos dispõem no interior deste espaço escolar, beneficiam ainda de 280 horas de formação em contexto de trabalho (tanto no 11º como no 12º ano), para as quais estão celebrados mais de 250 protocolos com entidades como empresas, instituições sociais, instituições de ensino superior e o próprio município de Vila Nova de Gaia. Importa ainda dizer que a respetiva lecionação é gratuita. aluno como uma mais-valia, uma preocupação e, acima de tudo, a razão de existir da própria instituição”. Essa sua valorização dá ao colégio a tarefa de “procurar desenvolver as capacidades não só intelectuais como também de socialização dos alunos, apoiando muito particularmente as famílias”. Resumindo, o que se pretende é que “o colégio seja uma família de famílias”. Agora, no que toca a manter esta grande família, as perspetivas futuras são “boas, desde que o Estado continue a apoiar instituições como esta e olhe para elas como uma mais-valia para a educação e não como concorrentes de quem quer que seja”. Concluindo, o Colégio de Gaia “tem uma maneira diferente de fazer educação e essa diferença deve ser valorizada”. Sucesso desportivo A oferta é igualmente rica no âmbito das atividades de enriquecimento. O Padre António Barbosa começa por mencionar a aposta no Xadrez: “Há muitos anos que entendemos que era uma atividade vantajosa para o desenvolvimento da concentração e do cálculo e então é dado como disciplina a todos os alunos do ensino básico”. O ex-líbris, contudo, é o desporto, suportado pelas condições ímpares que o colégio apresenta. “Temos essa mais-valia que é a oferta da prática desportiva a todos os nossos alunos, desde os mais pequenos aos mais crescidos”, indica. O leque de modalidades inclui o Atletismo, Badminton, Basquetebol, Futebol, Futsal, Ginástica, Natação, Ténis de Mesa ou Voleibol, merecendo aqui uma especial ênfase o Andebol, pelos repetidos êxitos nacionais e internacionais das suas equipas femininas. As instalações de apoio a esta prática passam por campos e pavilhões desportivos, um ginásio espelhado, uma piscina aquecida e uma sala de treino cardiovascular e musculação. “Uma família de famílias” Convidado a partilhar connosco as ideias que o inspiram enquanto diretor, o Padre António Barbosa diz encarar “cada Setembro I 7 Portugal Inovador Integrar soluções de confiança Determinada por uma filosofia de abertura e proximidade aos mercados, nasceu a ThermoEurop Portugal, Lda. Nuno Faria expõe-nos agora o seu percurso e as mais recentes apostas moldadas às necessidades do setor dos transportes. O empresário contando com 20 anos de experiência no ramo quis responder às novas necessidades que começavam a emergir neste mercado. “Trabalhei por conta de outrém e comecei a sentir que deveria fazer algo diferente, algo pessoal. Pensei que o que fazia para os outros podia eventualmente também fazer para mim, esse foi o primeiro passo”, explica-nos. Assumindo na sua missão a criação de um projeto industrial no nicho de mercado das transformações de veículos de mercadorias, a ThermoEurop Portugal começou por procurar bons parceiros de negócio com quem pudesse avançar e progredir. A ideia foi ganhando alicerces e em 2013 novas estratégias se estruturam a pensar no mercado nacional. “A ThermoEurop SA, empresa espanhola, teve em tempos um representante em Portugal que não alcançou os objetivos pretendidos. Após um período de negociações, chegámos ao acordo e estabelecemos uma nova sociedade. Nessa época ainda estava muito presente a crise no país e, apesar do elevado risco 8 I Setembro que corria, em setembro desse ano avancei com o projeto”, resume. Nuno Faria, sendo o único funcionário da empresa, prosseguiu sozinho numa primeira fase. Recorreu aos meios que tinha ao seu alcance centrando as suas ações na prospeção e pesquisa de mercado. Até ao final de 2013 realizou alguns trabalhos que se concretizaram em vendas. No início de 2014 dois ex-colegas com quem tinha partilhado funções noutras empresas viram o projeto, reconheceram as suas mais-valias e abraçaram o desafio. Durante a fase de maturação a empresa foi alcançando um crescimento gradual e o aumento de pedidos levou a que as infraestruturas de 400 m 2 onde se encontravam estabelecidos condicionassem o desempenho e alcance pretendido. Novas pessoas viram aí as virtudes do projeto e decidiram juntar-se aos outros três elementos. “Começámos a crescer até que em dezembro de 2014, a Torrestir, nosso cliente, nos solicitou um serviço de grande porte”. O elevado esforço humano e material de que seria necessário despender para satisfazer o pedido levou a que, nessa altura, a ThermoEurop Portugal alugasse as instalações de 2600 m 2 onde agora nos encontramos. “Quando viemos para aqui mantivemos o outro armazém até março de 2015, sempre com este trajeto de crescimento. Neste momento, estamos com um universo de 15 pessoas”. Multisserviços “Atualmente a nossa atividade concentra-se mais na montagem e manutenção de carroçarias isotérmicas, frigoríficas e de carga geral”, informa. Portugal Inovador Aliada a essa componente a empresa tem capacidade para oferecer mais três serviços: a assistência técnica a grupos de frio, a assistência técnica a plataformas elevatórias e pintura. “Num raio de 50 km observamos que não havia ninguém a fazer o serviço de pintura para camiões. Detetamos aí uma vertente de negócio oportuna e que podia ser conjugada com aquilo que já fazíamos. É com esse método que temos trabalhado, quando vemos uma lacuna ou um nicho de mercado que consideramos ser uma mais-valia para a nossa empresa integramo-lo no conjunto das nossas valências”, acrescenta. Assumindo no seu posicionamento qualidade, inovação e competitividade a ThermoEurop Portugal conduz para o mercado soluções práticas e funcionais, adaptadas às exigências dos seus clientes. As vantagens deste serviço centralizado permite-lhes dar hoje respostas adicionais minimizando o tempo de paragem dos veículos a baixos custos de manutenção. O esforço coletivo e a integração de todas as partes envolventes assegura a que todas as fases do serviço se concretizem em continuidade, sem que o elo com o cliente se perca. “O que nós necessitamos é de ter uma cadeia muito bem articulada e de estar sempre a acompanhar o cliente. É desse modo que gostamos de trabalhar”, ressalva o empresário. Aproveitar sinergias Com apenas dois anos de história, Nuno Faria e seus colaboradores estão conscientes da evolução do mercado europeu, e mais concretamente do seu par- ceiro espanhol. Recentemente a ThermoEurop SA, localizada em Saldaña (Palencia), convidou-os a colaborar numa pequena parcela do seu negócio. “As exigências do mercado são maiores do que aquilo que eles estão a produzir neste momento, por isso vamos começar a produzir uma parte do produto, neste caso serão os frigoríficos de grande porte para o mercado espanhol, francês e alemão”, esclarece. A empresa nacional fará agora a aquisição do novo equipamento na perspetiva de realizar os primeiros testes até ao final do ano, “em janeiro de 2016 espero que possamos começar a produzir para exportação. Para já o nosso objetivo é fabricar 300 unidades por ano”, aponta. Sob este crescimento ponderado o gerente calcula vir a criar mais dez postos de trabalho brevemente. Num prazo de cinco anos ambiciona explorar melhor o mercado externo e ter instalações próprias: “6000 m2 de área coberta e 6000 m 2 de área descoberta”, esboça. O espírito de equipa aqui cultivado leva a que as ideias sejam pensadas em conjunto. No final da nossa conversa Nuno Faria manifesta a importância dos vínculos que unem as pessoas: “Todos juntos fazemos muito e sabemos muito, não sabemos tudo nem fazemos tudo. Nada se faz sozinho, precisamos uns dos outros, e é algo que devemos saber preservar”. Setembro I 9 Portugal Inovador 10 I Setembro Portugal Inovador Mediação imobiliária na Margem Sul Com o intuito de retratar a realidade vigente na Moita e na Baixa da Banheira, estivemos à conversa com os sócios e administradores da Era locais, Nuno Amaral e Pedro Pereira. Em 2004 surge na Moita a marca Era. A cidade apresenta uma zona central mais antiga “muito associada ao rio e à construção baixa”, que esboça já algumas iniciativas de reabilitação urbana. “Entretanto, nos últimos anos, começou a haver muita construção nova, na entrada da cidade, onde existem muitos apartamentos; realidade que se estende para o outro lado da autoestrada, onde imperam as moradias de gama média/alta”, expõe Nuno Amaral. A Baixa da Banheira surge como um mercado diferente, “a malha urbana é mais antiga, há uma percentagem maior de prédios com mais anos, e menor tendência para a construção nova, sendo que a existente é, essencialmente, composta por prédios. Ao contrário do que tende a acontecer na Moita, ali funciona também o arrendamento, devido a inúmeros vetores, nomeadamente a maior instabilidade profissional”, complementa Pedro Pereira. A proximidade a Lisboa e a qualidade de vida que se sente, tanto na Moita como na Baixa da Banheira é, nitidamente, uma vantagem, que leva muitas pessoas a optarem por adquirir habitação na margem Sul, com fácil acesso ao transporte de barco para a capital. Após anos mais conturbados, que afetaram todos os setores de atividade, 2015 afigura-se “muito positivo”. “Segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas, o primeiro trimestre deste ano foi o melhor dos últimos cinco, algo que o Grupo Era Portugal sentiu, através de um crescimento de 34%, e nós Era Moita, particularmente”, esclarece Pedro Pereira, falando de uma realidade que apresenta agora mais procura, perante preços que – após a queda – estagnaram. Em prol destes resultados está a abertura da Banca e o investimento estrangeiro. “No nosso caso em particular os benefícios fiscais anunciados a reformados europeus tiveram algum impacto; com a abertura da Banca, os portugueses estão também mais confiantes e começam a procurar-nos”, reitera Nuno Amaral. “Face às taxas de juro aplicadas pelos Bancos nos depósitos a prazo, o investimento em imobiliário acaba por ser uma mais-valia”, conduzindo um crescente número de investidores à compra com vista à colocação no mercado de arrendamento. “Arrendar foi uma necessidade repentina, mas sabemos que em Portugal tende-se a privilegiar a aquisição (até porque a prestação ao Banco, normalmente, já fica abaixo do valor da renda)”. As equipas da Era Moita e da Era Baixa da Banheira destacam-se pela prévia caracterização do cliente, ou seja, “por norma, verificamos se os clientes preenchem os requisitos essenciais, só depois é que partimos para as visitas, e submetemos os processos de financiamento ao Banco”, explica Pedro Pereira. O caminho a seguir passa “por estar cada vez mais próximos da população que nos envolve e que nos ajuda a alcançar o sucesso. Queremos estar integrados na comunidade, apoiar algumas iniciativas e prestar auxílio às pessoas que querem encontrar a sua nova casa, o seu novo sonho”, conclui Nuno Amaral. Setembro I 11 Portugal Inovador A Era Torres Vedras espera pela sua visita Comprar ou arrendar? É a dúvida de muitos portugueses que estão de olhos postos no mercado imobiliário. Com o intuito de esclarecer todas as dúvidas e apresentar diferentes visões, nesta edição da revista Portugal Inovador, continuamos o nosso périplo nacional. “A população prefere agora arrendar perante o flagelo do incumprimento e das retomas bancárias que afetou inúmeras famílias”. Em Torres Vedras na mediadora imobiliária Era, Teresa Rocha é perentória ao afirmar que “2014 foi o nosso melhor ano de sempre”. Segundo a diretora de loja “verificou-se uma grande dinâmica essencialmente na modalidade de pronto pagamento”, algo que considera dever-se às baixas taxas de juro oferecidas pela Banca nos depósitos a 12 I Setembro prazo. Perante esta conjuntura “2015 vai ser ainda melhor que o ano anterior”, reforça. Num mercado onde o arrendamento disparou – “a população prefere agora arrendar perante o flagelo do incumprimento e das retomas bancárias que afetou inúmeras famílias” – “há muita procura e pouca oferta, daí ser uma boa oportunidade para quem pode investir, obtendo assim algum lucro”, aponta. De facto, a população local com capacidade financeira, perante a instabilidade do setor bancário, optou por investir no mercado imobiliário. “São pessoas que têm recursos financeiros e optam por realizar negócios na ordem dos 70 a 80 mil euros com a aquisição de imóveis, que arrendam por 400 euros, tirando uma taxa de rentabilidade muito superior à que os Bancos hoje lhes oferecem”. A nossa entrevistada verifica igualmente um crescente número de investidores na região que, por estar próxima da malha urbana de Lisboa, opta por aí adquirir primeira habitação. Oportunidade de negócio? Teresa Rocha realça a posição que a Era conseguiu manter Portugal Inovador trabalhar e crescer localmente”. Uma marca que nas palavras da nossa interlocutora “transmite confiança a clientes nacionais e internacionais”. Sediada no coração da cidade de Torres Vedras, em plena Avenida 5 de Outubro, Teresa Rocha considera que esta foi uma boa aposta: “Queremos continuar a estar próximo das pessoas. A nossa montra capta a atenção dos transeuntes e por si só funciona como um polo de atração de potenciais clientes”. Recrutamento “Temos sempre o suporte da Era Portugal no sentido de desenvolver novas ferramentas de marketing, novas campanhas, o que nos permite ter tempo para trabalhar e crescer localmente”. em tempos de crise: “Aproveitámos as oportunidaddes que tivemos, falo em particular na Era de Torres Vedras. Ao contrário de muitos players do setor, nós investimos em meios de marketing e publicidade, em formação constante, fazendo da nossa equipa uma equipa coesa e com grande capacidade de ajudar os clientes nas suas necessidades, apostámos fortemente na angariação de imóveis em regime de exclusividade o que nos permitiu ajudar os proprietários a vender os seus imóveis mais rápidamente”. Neste momento, a empresária recolhe os frutos desse investimento que já se traduziu, até final de julho, num crescimento na ordem dos 40%, face a igual período do ano passado”. Números muito impulsionados pela retoma do crédito à habitação: “Hoje, na nossa opinião, um casal – em que ambos os membros sejam trabalhadores efetivos e com rendimentos médios – já consegue obter crédito habitação. Temos, inclusivamente, direcionado clientes para a compra, dado que muitas vezes as pessoas não se apercebem que já reúnem as condições para fazê-lo”. Dado o método de qualificação dos clientes seguido pela mediadora “percebemos realmente se existe capacidade para a compra, conscientes que o português gosta realmente de ser proprietário”. Aposta na confiança F o i e m 2 0 0 5 q u e Te r e s a Rocha entrou no seio da mediação imobiliária como diretora comercial. Iniciando-se numa empresa tradicional, em 2008 funda e assume a gerência da Era Torres Vedras. “Estou neste projeto desde o primeiro minuto e, felizmente, temos vindo sempre a crescer mesmo em plena época de recessão económica”. Um projeto que abraçou e com o qual partilha valores de conduta: “Temos sempre o suporte da Era Portugal no sentido de desenvolver novas ferramentas de marketing, novas campanhas, o que nos permite ter tempo para Com uma equipa composta por seis pessoas, a Era Torres Vedras tem feito um trabalho meritório na região, no entanto a diretora de loja ambiciona crescer. “Felizmente, conseguimos atingir números muito interessantes, tendo em conta a nossa dimensão, dada a coesão que existe no grupo de trabalho. Mas vamos continuar a recrutar”. Nesse sentido, Teresa Rocha lança o convite a todos os interessados em ingressar neste ramo de atividade “para virem conhecer as condições oferecidas pela Era Torres Vedras”: “Serão acompanhados por uma equipa de profissionais experiente e integrados numa rede que aposta na colaboração e no trabalho de equipa”, sublinha. “Procuramos pessoas proativas, ambiciosas, com espírito de equipa e que se identifiquem com o projeto”, conclui. Setembro I 13 Portugal Inovador Mediar com valores de família Como é que se encontra o mercado imobiliário de Sacavém? Perguntámos a Cláudia Ferreira, diretora da Era Sacavém Real Forte. quadrado. “Estando a cerca de 1 km de distância, aqui há muito pouco crédito mal parado comparativamente com outras zonas do distrito de Lisboa, portanto não notámos a quebra. É evidente que trabalhámos mais, tivemos que nos adaptar à mudança, mas continuamos a laborar focados na premissa de que todas as pessoas precisam de um lar”. Neste concelho, segundo as palavras da nossa entrevistada, “o preço por metro quadrado desceu, começou a haver mais oferta, principalmente, porque as pessoas começaram a sentir algumas dificuldades devido ao desemprego, ficando sem capacidade para pagar as prestações”. Nesse sentido, “as empresas de mediação imobiliária desempenharam o papel de ajudá-las, vendendo o imóvel e encontrando um mais acessível ou com uma prestação mais suave. Adaptamo-nos ao mercado, mas o mercado não parou”. “O mercado para nós e para qualquer outra empresa é feito de pessoas e casas, havendo pessoas e havendo casas há sempre negócio”, responde. “Obviamente, perante a crise e a falta de concessão de crédito bancário às famílias, tivemos que nos adaptar. No entanto, a falência e instabilidade do setor bancário fez com que aumentasse o receio das pessoas em manter as suas poupanças na Banca e muitas decidiram investir no setor imobiliário, facto que ajudou a que o mercado não parasse”, continua. Cláudia Ferreira presente na 14 I Setembro Era Sacavém desde 2007, retrata que este mercado sempre viveu muito do crédito à habitação, porém com a chegada da crise económica-financeira, “começámos a perceber que as pessoas (apesar de serem de classe média baixa), também tinham as suas poupanças e são muito boas pagadoras. Aquilo que percebi e que efetivamente me deixa muito feliz é que há muito pouco crédito mal parado na nossa zona”. Sacavém é um concelho que faz fronteira com a zona da Expo, sendo comparativamente abismal “a diferença de preço por metro Mais que casas, pessoas Cláudia Ferreira afirma: “Este é um negócio de pessoas para pessoas e nós, enquanto equipa Era, somos ensinados a encontrar soluções para os nossos clientes. A nossa missão é vender em qualidade ou seja vender casas a quem as possa comprar. Não criamos problemas, arranjamos soluções”. Esta postura mantém-se não só perante o cliente comprador, mas também do cliente vendedor, sendo que o foco da equipa “passa por controlar o mercado no lado da oferta, a angariação ao preço do mercado defendendo sempre os Portugal Inovador interesses do cliente vendedor”. Cláudia Ferreira carateriza Sacavém como uma zona “privilegiada em termos de acessibilidades. Daqui facilmente chegamos à A8, A1, comboio, metro, autocarro, em 15 minutos estamos no centro de Lisboa”. Atendendo uma população muito diversificada, encontram-se “muitas pessoas que não têm nacionalidade portuguesa — é importante referir que estamos numa zona com muitos bairros de reintegração social, mas é interessante dado que mesmo nestes clientes existe uma cultura de poupança —, famílias de classe média-alta que habitam numa das três urbanizações existentes na região; investidores que compram e recolocam os imóveis no mercado de arrendamento, etc. Esta diversidade de públicos exige uma capacidade de adaptação e profissionalismo que Cláudia Ferreira resume como “amor ao trabalho”. “Adoro pessoas e ajudá-las dia após dia a concretizar um sonho ou uma necessidade (vender ou comprar). Ouvimos histórias de felicidade e outras muito tristes. Obviamente, tenho o meu lado empresarial. Neste momento, tenho 18 famílias ao meu encargo, mas sempre ajudando e respeitando todos os nossos clientes. Este é o segredo do sucesso a nível nacional, esta é a postura que nos é passada pelos administradores da Era Portugal”. Na Era Sacavém Real Forte não se verificou nenhum negócio Golden Visa, “todas as transações imobiliárias são internas e de valores médio/baixos”. “É essa a nossa realidade e permitiu-nos, em período homólogo, obter um crescimento de 143%. Estamos agora a colher todo o trabalho que semeamos ao longo destes anos. Felizmente esta postura e este crescimento, meu e de todos os meus colaboradores, permitiu-nos colocar a Era Sacavém em quinto lugar a nível nacional. É claro que esta ponta de sucesso se deve a um grande trabalho, a luta e a disponibilidade”. Até onde vai esta máquina? “O céu já deixou de ser um limite. Há sempre espaço para crescer. Sonho, vontade, saúde e pessoas que partilhem este projeto de vida connosco e queiram acompanhar-nos, porque sozinhos não fazemos nada”, este é o rumo a seguir. Apoiada pela Era Portugal, a Era Sacavém Real Forte está a iniciar a valência de recursos humanos. Cláudia Ferreira confidencia-nos que o que partilha com todas as pessoas que entrevista é que “este trata-se de um projeto de vida. E não há maior felicidade que ver as pessoas crescerem e melhorarem a sua qualidade de vida. O verdadeiro sentido de líder é esse: ajudar as pessoas a estarem no caminho certo, concretizarem os seus sonhos, tirarem-nas da sua zona de conforto e levarem-nas um pouco mais além”. Setembro I 15 Portugal Inovador A melhor das soluções Dois sócios e uma equipa estimulada garantem na Remax Solução & Arrábida uma resposta eficaz a quem quer comprar ou vender casa na margem Sul do Tejo. António Azevedo e Pedro Gonçalves conheceram-se na Remax e de uma parceria que começou em 2008 resultou, em 2012, a união de esforços para a fusão das lojas Remax Amora e Remax Solução na Cova da Piedade ficando a designação Remax Solução, por acharem que comercialmente este nome faria no mercado atual todo o sentido. O modelo de gestão teve resultados positivos, e desde então os dois sócios adquiriram na totalidade a loja Remax Arrábida e, mais recentemente, a Remax do Laranjeiro. Pedro Gonçalves, membro integrante da primeira geração desta imobiliária em Portugal está no negócio desde 2002, altura em que se iniciou como gestor comercial: “Existiam apenas quatro lojas no país e confundiam-nos”, recorda. Já António Azevedo, entra para a rede em 2006, sendo o sócio fundador da Remax Solução. Apesar das diferenças de idade e formação entre os dois diretores, Pedro Gonçalves 16 I Setembro sublinha: “Sempre tivemos uma belíssima afinidade pessoal, e sempre funcionamos bem”. Partilha do Sucesso Numa estrutura que soma os cerca de 50 colaboradores, os empresários revelam que na base do seu sucesso estão as pessoas que ali trabalham: “É preciso tempo para criar uma estrutura. Há pessoas que estão connosco desde o início, são elas que ao longo dos anos se tornam os nossos alicerces e que nos vão permitindo expandir ”, afirma António Azevedo. O investimento do retorno da empresa em recursos humanos é uma das premissas destes dois gestores, e a logística de delegação de funções e responsabilidades nas três lojas tem lugar no contexto de um crescimento sustentado. “Preferimos cimentar. Fazer com que as pessoas tenham sucesso e um crescimento gradual”, afirma Pedro Gonçalves. E esta é a filosofia que leva a empresa a definir tetos men- sais de admissões e a apostar no acompanhamento e na formação daqueles que trabalham consigo. Tal como Pedro Gonçalves se encarrega mais da parte administrativa e jurídica da empresa, é António Azevedo quem desenvolve a parte de orientação comercial, prezando tanto o apoio ao cliente, como o apoio aos funcionários. “A função dos comerciais é captar negócio e prestar um serviço de excelência aos clientes, mas a parte burocrática tem que seguir para os responsáveis pelos diferentes setores”, revela o segundo, dando importância ao facto de que “do advogado ao gestor de processos, cada um tem a sua função bem definida, e assim prezamos pela qualidade do nosso serviço”. No que diz respeito à parte financeira, para os empresários “os colaboradores são acionistas sem quota”, afirma prontamente Pedro Gonçalves. Apesar das metas e objetivos traçados para a empresa e para cada uma das lojas, António Azevedo defende que “mais do que alcançar um objetivo num determinado negócio, é importante envolver todas as pessoas para que quando esses objetivos forem atingidos toda a gente ganhe”. Com baixo índice de turn over e uma alta rentabilidade por colaborador, a distribuição de dividendos foi desde sempre uma forma de reconhecimento do valor que cada elemento tem dentro de uma estrutura como esta. “Somos completamente transparentes com as pessoas que trabalham connosco. Partilhamos o sucesso e o insucesso, no dia a dia, e na divisão de receitas”, declara António Azevedo. Portugal Inovador Rápido e Eficaz A procura externa de alemães, franceses ou holandeses, e a procura crescente por uma segunda habitação na zona de Azeitão levou estes empresários à aquisição total da loja da Arrábida, da qual já detinham 50%, como forma de complementar a oferta. Agora com três lojas e a atuar em três zonas de características próprias e distintas entre si, esta é uma empresa que serve uma procura multifacetada, onde uma das bases para o sucesso assenta em “dar a mesma importância ao cliente do arrendamento e ao da venda”, defende Pedro Gonçalves. Ainda que cada loja tenha uma estrutura própria e os objetivos sejam pré-estabelecidos para cada uma delas, “o nosso interesse é servir o mais rápido e eficazmente possível, e o cliente que ontem arrendou connosco, hoje pode comprar”, acrescenta António Azevedo. E é por isso mesmo – para servir o cliente – que a empresa defende e privilegia o regime de partilha. António Azevedo garante que há “tanta confiança entre mediadoras Remax como com os outros players do mercado”. Com um crescimento que nunca baixou dos dois dígitos, os empresários garantem que o que os distingue é a ambição: “Somos ambiciosos, não gananciosos. Neste momento, precisamos de fortalecer a estrutura e manter um crescimento sustentado. Mas somos empresários, se aparecer uma oportunidade não será descartada”, conclui António Azevedo. Setembro I 17 Portugal Inovador Imobiliária com nome próprio As ligações familiares ao setor imobiliário impulsionaram em Paula Gonçalves a decisão de enveredar pela mediação imobiliária. Começou o seu percurso na Moita, mas mais tarde decide abrir um projeto no Montijo, também no distrito de Setúbal. O reconhecimento que alcançou em anos de trabalho permite-lhe trabalhar uma carteira de clientes sólida a nível nacional, mas muito mais focada no Montijo e em Alcochete. Analisando o atual estado do mercado imobiliário na região onde se encontra sediada, a profissional considera que o Montijo e Alcochete sofreram, não só com a crise que abalou as grandes economias mundiais, mas também com as expectativas elevadas, criadas em torno da eventual construção do Aeroporto. “Alcochete exagerou-se na confiança criada em torno desse projeto, foram construídas muitas moradias, e alguns desses projetos acabaram por sair defraudados”, refere, defendendo as potencialidades de um concelho que classifica como “uma terra lindíssima que não justifica ter tantos imóveis por vender”. Perante esta realidade a empresa Paula Imobiliária ajustou-se ao mercado. “Verificámos um decréscimo nas vendas e um aumento 18 I Setembro no número de arrendamentos; mas agora nota-se que há retoma”. Em 2014 os resultados obtidos refletem “uma ligeira evolução; os arrendamentos desceram mas vendas já estão a subir”. Realidade que muito se deve à “maior abertura por parte dos Bancos o que leva as pessoas, principalmente jovens, a adquirir habitação”. Investir em TEMPO de crise Muitos investidores aplicaram as suas economias em imóveis que adquiriram e colocaram no mercado de arrendamento, ou usufuiram como segunda habitação. Paula Imobiliária recebeu durante esse período, solicitações e realizou negócios com clientes portugueses, “mas também estrangeiros”. Se bem que não atingindo o plafond do Golden Visa, surgiram “vários potenciais clientes que acabamos por não concretizar, porque esses clientes baseiam, maioritariamente, o seu interesse em Lisboa ou no Algarve”. Paula Gonçalves mostra-se “convicta de que o mercado imobiliário vai crescer bastante no Montijo e a zona vai ficar muito mais dinâmica”. A profissional reforça: “Tenho muita expectativa, fala-se muito da possibilidade de os voos low-cost virem para a base aérea do Montijo. Estamos a notar que o mercado está a mexer. Por exemplo, temos dois clientes que trabalham no aeroporto e que estão a negociar connosco, portanto eu penso que isso já é um ligeiro sinal de melhoria”. Positiva e proativa Paula Gonçalves é uma apaixonada pela sua profissão, que mesmo em tempos mais conturbados, continuou a criar valor. “Como a minha estrutura estava muito ajustada à realidade, nunca entrei em crise. Vendemos sempre, arrendamos sempre, nunca parámos, claro que diminuímos os nossos resultados, como é óbvio, mas mantendo sempre a sustentabilidade”. O futuro como já se referiu é promissor e a o desejo de continuar a realizar sonhos é uma constante: “Eu trabalho por paixão, o meu foco é a satisfação do cliente”, conclui. Portugal Inovador Remax Lounge soma e segue Em conversa com Sandra Cruz, gestora de processos da Remax Lounge, e Isabel Venâncio, assistente da consultora Sandra Branco, ficamos a conhecer a visão de mercado desta jovem equipa que tendo iniciado atividade em 22 de setembro de 2014, apresenta já resultados muito positivos no universo RE/MAX. Na RE/MAX Lounge a fidelização do cliente tem uma importância crucial, pois “só assim se constrói uma base importante e sólida que potencia e alavanca o negócio no futuro”. Grande parte dos nossos clientes são referenciados por clientes que já utilizaram os nossos serviços ficaram satisfeitos e recomendam ao seu núcleo de amigos e familiares. As nossas entrevistadas referem que o sucesso destes resultados se prende com “a permanente e consecutiva formação de que os consultores são alvo bem como no rigor colocado pelos elementos da equipa em todas as fases do processo de venda”: “Todos os nossos processos são rigorosamente vistos e revistos para que não haja dissabores no final. Aqui há, efetivamente, muito rigor, qualidade de serviço; o objetivo final é a satisfação e o reconhecimento do nosso cliente. O nosso foco não são os números, são as pessoas”, sublinha Sandra Cruz. Esse rigor começa na formação e na escolha dos elementos da equipa. “Todas as semanas é dada formação, para além da obrigatória fornecida pela RE/MAX Portugal, temos a interna que é ministrada pela consultora Sandra Branco, vendedora número um há cinco anos consecutivos na cidade de Setúbal e que de uma forma abnegada e desprendida, em prol do sucesso da Agência e da equipa, passa todos os seus conhecimentos adquiridos ao longo dos últimos sete anos de RE/MAX a todos os colegas de equipa, desde os mais novos e chegados recentemente até aos mais antigos e já com alguns anos de RE/MAX, esta formação é dada em sala e tem uma periodicidade semanal”, informa Isabel Venâncio. Ser consultor imobiliário na RE/ MAX Lounge é fazer parte “de uma equipa muito unida”. É um estado de espírito e não é para todos, só os muito bons, só os melhores conseguem manter-se na equipa e alcançar os resultados sobejamente evidenciados. Ali ambiciona-se a qualidade, “que passa também pela qualidade de vida dos consultores”. A RE/MAX Lounge assume querer ser a loja número 1 em Setúbal. “O nosso caminho pretende ser feito de forma sustentada, um passo de cada vez, consolidando todos os nossos processos e métodos, criando e formando a nossa equipa, que nunca está completa pois estamos permanentemente a recrutar, e assim crescer ultrapassando os objetivos inicialmente estabelecidos o que possibilita criar outros mais ambiciosos de seguida e assim estarmos em permanente superação”. Setembro I 19 Portugal Inovador Mediar no coração da cidade de Setúbal Joaquim Cavaco lidera a Remax Alive em Setúbal, uma cidade “que tem vindo, já desde o ano passado, a apresentar uma dinâmica diferente da presenciada em anos anteriores, nomeadamente quando a crise dos mercados financeiros provocou uma mudança radical”. Nesses anos verificou-se uma aposta muito grande no setor “por parte de clientes que tinham as suas aplicações na Banca e, não se sentindo tranquilos, viram no setor imobiliário maior segurança e rentabilidade para o seu investimento”. Já durante o ano de 2014 nova mudança surge: a Banca mostra alguma disponibilidade para financiar e liberta mais verbas para o crédito à habitação. “O investidor que comprava para investir e rentabilizar, não desaparecendo totalmente, tem vindo a dar lugar ao cliente de outros anos que impulsionado, obviamente, pela maior disponibilidade da Banca, precisa mudar de casa, porque a família cresceu ou o local de trabalho mudou, por exemplo”. Sendo que a Remax Alive baseia 90% do seu negócio no mercado de habitação, deteta-se um crescente mercado de turismo onde “surgem clientes estrangeiros de classe média, em busca de segunda habitação com investimentos que raramente ultrapassam a fasquia dos 100 mil 20 I Setembro euros”. O mercado de Setúbal começa já a atrair este tipo de clientes “devido à publicidade que tem sido feita à cidade, toda a dinâmica que tem sido criada com novos espaços, novas áreas. O mercado está a mudar e tenho a certeza que no futuro Setúbal vai tornar-se uma referência a nível nacional, pela gastronomia, pelas praias, pela serra… Temos tudo para atrair outros clientes”, garante. Numa cidade com duas vidas – “durante o dia existe falta de estacionamento no centro da cidade, sendo ele todo pago; a partir das 19h tudo muda, o estacionamento deixa de ser pago, há maior oferta e surge uma nova faceta da baixa com espaços de lazer, tascas regionais, restaurantes” –, Joaquim Cavaco tem uma visão muito particular da evolução dos mercados: “O primeiro patamar passa por criar as condições para atrair um determinado nível de investidores. É de facto muito importante que tal aconteça, mas para isso tem que haver aqui duas mudanças: a primeira por parte dos atuais proprietários que devem perceber que os valores pedidos pelos imóveis (principalmente no centro) estão completamente fora da realidade; segundo, o investidor que pode estar interessado nesse tipo de imóvel, tem que tomar conhecimento que Setúbal é uma cidade de futuro e onde vale a pena investir. Quando estes dois fatores se aproximarem, poderemos passar pela fase da reabilitação”. Liderando uma equipa composta por 18 comerciais, Joaquim Cavaco assume a missão de “apoiar toda a equipa, dar-lhes as melhores condições possíveis para que possam concretizar os negócios e prestar o melhor serviço aos clientes”. Consciente da exigência da profissão o broker salienta: “Na Remax é preciso trabalho, dedicação e um grande espírito de sacrifício. Nem toda a gente tem perfil para adaptar-se, mas claro que depois há o retorno: aqueles que apostam, têm uma condição económica diferente. Mesmo em tempos de crise, subimos o nosso nível de faturação, criando sempre melhores condições de trabalho para os colaboradores”, conclui. Portugal Inovador Elite do investimento imobiliário Portuguesa criada em Paris, a nossa entrevistada sempre apreciou a singularidade de cada região do nosso país. Hoje é uma voz que vende Portugal além-fronteiras. investidores que prezo, muitos nacionais, mas uma grande percentagem é de estrangeiros. Quando vejo algo que me interessa, corro atrás, por isso tenho produtos excelência de Norte a Sul”, enaltece a nossa interlocutora. Desenvolvendo maior prospeção na zona de Setúbal, Maria Manuela Paiva destaca-se como parceira de referência de Bancos, financeiras, sendo ainda promotora de algumas entidades bancárias. Setúbal A Elite Serviços de Mediação Imobiliária é o exemplo de sucesso de uma empresa que nasceu fruto da conjuntura economico-financeira que afetou pessoas e instituições. Maria Manuela Paiva é uma empresária de sucesso no mercado de Setúbal. Foi em 2011 que decidiu enfrentar e abraçar a carreira profissional na mediação imobiliária. Tendo adquirido formação numa rede a nível nacional, rapidamente percebeu que o seu sucesso estava na diferenciação de um projeto criado por si, de raíz. Empreendedora por natureza “não me enquadrava naquela maneira de trabalhar, eu sempre fui empresária, então procurei informar-me dos critérios e da formação necessários para abrir uma empresa de mediação. Passei pelo exame de mediadora, consegui obter a minha licença e só depois surge a Elite”, conta-nos. Aberta ao público, oficialmente, há três anos, a Elite começou desde logo muito apoiada nas novas tecnologias de comunicação. A aposta numa página na internet foi o primeiro passo: “Sem tecnologia não podemos chegar a lado nenhum, sem uma boa plataforma online, redes sociais e uma grande capacidade de comunicação multilingue é muito complicado atingir determinados targets”. Fluente em português, francês e inglês rapidamente muitos clientes estrangeiros (principalmente belgas e franceses, cativados pelas isenções fiscais concedidas pelo Estado português) começaram a solicitar os seus serviços. “Tenho transmitido uma excelente imagem de Portugal aos estrangeiros e tenho conseguido cativar muitos para a região de Setúbal”, transmite, assumindo que o mercado internacional é cada vez mais apetecível. “Interessa-me mais o mercado internacional, não quer dizer que tenha exclusividade. Tenho muitos clientes Maria Manuela Paiva considera que após a queda de preços verificada no parque habitacional “o mercado vai estabilizar, mas não vai voltar ao que era”. A abertura ao crédito pela Banca manifesta-se, mas agora de forma mais cautelosa, sendo que a empresária acredita que a construção vai retomar em breve: “O sinal mais positivo é a crescente venda de terrenos. Vamos precisar novamente de engenheiros, arquitetos, e os construtores vão ter que se ajustar a um nível de construção mais exigente”. Consciente que trabalha num mercado à escala global, Maria Manuela Paiva recebe hoje os frutos de anos intensos de dedicação: “Tenho clientes desde o início que me acompanham e são fiéis, vão investindo, vão comprando e vêm pedir-me conselhos. A Elite é uma empresa que transmite confiança”, finaliza. Setembro I 21 Portugal Inovador Uma mediadora com soluções vantajosas Se procura uma oportunidade de negócio com a aquisição de empreendimentos de gama média/alta, Idalina Gomes apresenta-lhe a euCasa, “uma mediadora com um serviço personalizado e com provas dadas no mercado”. Idalina Gomes é a cara do projeto de mediação imobiliária euCasa. Trabalhando desde 1998 no setor, em 2008 quando o mercado foi abalado pela crise financeira global, que levou a falência do Banco de Investimento Lehman Brothers, esta empresária viu uma oportunidade de negócio na parceria com o setor bancário. Com sede no Pinhal Novo, a euCasa estende a sua área de atuação aos distritos de Setúbal e Lisboa, estando totalmente vocacionada para a comercialização de imóveis da Banca. Uma oportunidade aliciante para investidores, mas também para quem quer adquirir habitação própria com melhores condições de acesso ao crédito. Com o incumprimento bancário em crescendo e a falência de muitas famílias, os Bancos viram-se a braços com uma panóplia de casas que necessitavam de escoar. “Esse não era o seu negócio”, como tal a parceria com as mediadoras imobiliárias foi frutífera. Ainda nesse âmbito, “a cedência de crédito à 22 I Setembro habitação para imóveis da Banca teve sempre condições especiais”, sublinha a empresária. Em anos atribulados como foram os de 2009 e 2010, a euCasa esteve em alta, sendo procurada essencialmente por clientes particulares com vista à compra de primeira habitação. O mercado, inicialmente, era diverso, surgindo desde imóveis de luxo em excelentes condições, até casas familiares a precisar de manutenção, ou vice-versa. Desse modo, o papel do mediador imobiliário é crucial: “Temos de saber falar com o cliente e explicar-lhe os contornos do negócio. Por exemplo, se a casa do particular é apresentada ao mercado de forma sugestiva, os imóveis da Banca vendem-se no estado em se encontram. Porém, em qualquer das situações as condições são vantajosas”, reforça Idalina Gomes, assumindo que o negócio continua a ser rentável: “90% das vendas são para habitação própria permanente”. Os próximos meses apontam para a continuidade neste nicho de mercado: “Está na altura de voltar a focar-me no cliente particular, dado que a Banca já está mais recetiva ao crédito habitação, não deixando os imóveis da Banca pois ainda existe muito produto para escoar”, assume a profissional que, apoiada pelo trabalho de Tiago Bilé, encontra nas novas tecnologias de informação o meio mais eficiente para chegar aos seus potenciais clientes. Nova Casa Atenta às necessidades do mercado Idalina Gomes prepara-se para dar um novo passo. O peso que o mercado de Lisboa tem na sua atividade conduziu-a a assumir a Avenida da Liberdade nº 110 -1º, como o ponto estratégico para abrir o novo escritório da empresa. Apostando na comercialização de imóveis de gama média/alta, todos os interessados podem brevemente contactar a euCasa e beneficiar do seu atendimento telefónico personalizado e vasto conhecimento de mercado. Portugal Inovador Setembro I 23 Portugal Inovador A arte de bem acolher A Casa Diocesana – Seminário de Vilar, situada no Porto, com uma localização privilegiada e próxima do centro da cidade, dispõe dos serviços de restaurante, cafetaria, bar e esplanada, quartos e salas de congressos. “O nosso primeiro objetivo passa por dar apoio logístico a todo o trabalho pastoral da Diocese do Porto, mas as capacidades do Seminário são imensas, por isso, é necessário aproveitá-las e rentabilizá-las”, introduz o cónego Álvaro Mancilha, diretor da instituição. Estas atividades são “muito importantes” para a manutenção do Seminário de Vilar, que está aberto de segunda-feira a domingo, 24 horas por dia, “a todas as pessoas sem exceção”, afirmou o diretor. O restaurante, na vertente self-service, está aberto sete dias por semana e serve cerca de 200 almoços diários, havendo a possibilidade de take away, previamente marcado. Os jantares estão sujeitos a marcação e muita tem sido a procura neste âmbito – aniversários, Natal, eventos diversos. 24 I Setembro O Seminário de Vilar beneficia de uma excelente localização, por isso, a estadia prolongada ou a passagem breve pela casa serão sempre motivo de um momento na esplanada com vista para o rio Douro. Ângela Magalhães, responsável pela gestão financeira e membro da direção do Seminário de Vilar destacou ainda a vertente do alojamento, com a existência de 90 quartos com televisão, internet e casa de banho privativa a preços reduzidos. “Os preços correspondem aos serviços que prestamos, não pode haver concorrência desleal, ou seja, se nos equipararmos, por exemplo, a um hotel de três estrelas, praticamos valores semelhantes”, salientou. Para além destes serviços, o Seminário de Vilar disponibiliza 14 salas de reuniões e conferências, com funcionalidades e lotações diferentes, tal como o auditório com 1280 lugares, para eventos académicos, comerciais, encontros profissionais ou formações empresariais. O cónego Álvaro Mancilha lembrou que os serviços de restauração e alojamento são uma segunda atividade do Seminário de Vilar, sendo uma forma de manter os 30 funcionários atuais. “Esta aposta e caminho tem sido positivo, porque a resposta das pessoas é boa”, afiançou. Os valores intrínsecos a esta Casa estão associados ao “bom acolhimento, simpatia e de existir uma marca que nos difere de um simples hotel ou restaurante”, funcionando sobretudo através da vertente humana. Segundo o diretor do espaço, o próximo passo é implementar uma maior dinâmica cultural com exposições e concertos de piano gratuitos e abertos a todos, continuando a desenvolver um serviço de ótima qualidade no coração da cidade do Porto. Espaço do Peregrino Para colmatar uma lacuna da cidade, numa altura em que o Porto “está na moda” como destino turístico, a Casa Diocesana – Seminário de Vilar inaugurou, em janeiro deste ano, um albergue de apoio aos peregrinos que fazem cami- Portugal Inovador nho até Santiago de Compostela, tendo a capacidade para alojar 12 pessoas. O diretor da Casa Diocesana de Vilar diz que o principal objetivo da iniciativa pretende “apoiar os muitos peregrinos que vão passando pela cidade do Porto e que não dispõem de apoio nesta área”. Para usufruir deste apoio o visitante terá, obrigatoriamente, de apresentar a Credencial de Peregrino. O frequentador do albergue será convidado a fazer uma pequena contribuição “livre e voluntária”. Já o serviço de quartos e restaurante “terá preços especiais para peregrino”. O cónego Álvaro Mancilha admite que este novo serviço pode tirar proveito com a projeção atual da cidade do Porto como destino turístico, mas adverte que “nunca se deve esquecer a própria identi- dade do espaço, ou seja, um espaço de Igreja”, sendo esta “também uma forma de evangelizar”. Criado em especial para o peregrino de Santiago, “a disponibilidade do serviço não será exclusiva”. O cónego Álvaro Mancilha garante que “se por ventura em vez de peregrino de Santiago, for peregrino de Fátima será igualmente bem acolhido”. A Casa Diocesana de Vilar é, neste momento, “um espaço de referência na cidade do Porto e pretende ser um espaço, cada vez mais, de encontro dando resposta às diferentes necessidades das pessoas e às diferentes solicitações que vão surgindo. Acreditamos, por isso, que a diversidade das respostas, a qualidade dos serviços e o cuidadoso atendimento fazem da Casa Diocesana uma alternativa ao circuito turístico do Porto, não esquecendo nem retirando a sua identidade Diocesana e evangelizadora”. Setembro I 25 Portugal Inovador Cooperar pela diversidade e qualidade Miguel Dias apostou no setor alimentar no decurso do ano de 2013. Hoje conta-nos como se iniciou no Grupo, tendo por base a afirmação e consolidação de um conceito de proximidade. “Aderi ao Grupo “Os Mosqueteiros” em fevereiro de 2013, tendo atravessado todo o percurso de formação teórica e prática que o grupo define. Esta loja já se encontrava aberta ao público desde o ano 2000, eu retomei-a no dia 23 de julho de 2015”, principia. “A nossa loja tem 1100 m 2 e apesar de nos dedicarmos mais vincadamente ao mercado alimentar temos toda a outra gama: produtos de higiene, limpeza, casa, lazer, animais”, enumera. Aqui podemos encontrar os mais diversificados produtos da gama alimentar estruturados de modo a proporcionar o fácil acesso aos clientes. Nessa categoria é de destacar os produtos frescos que chegam através da base de distribuição e do contacto direto com fornecedores locais. “Temos quatro bases de distribuição, em Alcanena e Paços de Ferreira, que abastecem toda a gama de frescos e alimentar, temos a plataforma de distribuição de 26 I Setembro carnes em Torres Novas, e Cantanhede, que nos fornece praticamente tudo o que não seja da gama alimentar”, clarifica. Para além disso, o estabelecimento consegue também tirar partido dos produtos regionais da terra, como é o caso dos enchidos, do fumeiro, do pão e do vinho. “Quem entra numa loja Intermarché, em cada zona por onde passa, encontra com toda a certeza o produto daquela região e isso é de facto uma das referências que temos e nos distingue dos outros Grupos”. Estas condições aliadas ao benefício da qualidade/preço traz mais valias ao serviço, proporcionando uma maior fidelização do cliente. “É uma imagem forte que o Grupo tem criado e procurará manter. A loja da Régua não foge à regra”, assegura. Na loja comercial os visitantes poderão ainda usufruir do serviço de cafetaria, um pequeno espaço de convívio para os habitantes ou não habitantes da terra. E a nível do exterior dispõe de um parque para deficientes, casas de banho, “sempre com a sensibilidade de criar condições de acesso a qualquer pessoa que nos visita”, esclarece. Portugal Inovador Diferenciação Miguel Dias assumindo a chefia da loja reconhece alguns pontos que podem diferenciar o Intermarché da Régua dos demais. “Um aderente do Intermarché tem que ser acima de tudo um líder e os colaboradores não podem observá-lo apenas como um patrão. Quero que me vejam como uma referência, um líder de equipa que os motiva, porque só todos juntos poderemos impulsionar a empresa. Eu preciso de todos eles, e a liderança está no acompanhamento que eu faço a toda a equipa. Sou o primeiro a entrar e o último a sair. Se não passar pela loja não deteto as pequenas falhas que possam existir, essa atitude marca a diferença. Há a necessidade de fazer os dois trabalhos, o de loja e o de escritório. Como sou uma pessoa que também habita aqui há essa ligação, e aí poderá residir a diferença”, sublinha. Promover a região Numa época em que tantos emigrantes visitam este espaço, Miguel Dias envolve-se junto da comunidade com o objetivo de aproveitar e divulgar tudo o que de melhor Trás-os-Montes e Alto Douro tem para oferecer. Esse conjunto de iniciativas vem aproximar os produtores locais e os consumidores ao produto, bem como a ligação à terra. Esta ligação não poderia deixar de ser concretizada sem o trabalho de equipa que une os 29 colaboradores da loja. “São pessoas recrutadas localmente, que vivem na Régua ou nas proximidades. Sendo que nesta época existe também muito o trabalho sazonal, normalmente são os estudantes que querem trabalhar nas férias que nos procuram; é bom para eles e é bom para nós”, informa. Beneficiando dos recursos (humanos, financeiros e materiais) locais o Intermarché da Régua consegue desse modo cumprir o seu objetivo de proximidade, salvaguardando sempre os direitos dos seus trabalhadores. a reformular o espaço com a integração de uma pequena galeria comercial e com a cobertura do parque de estacionamento, tendo em vista a resposta a outras necessidades. Novos projetos Existem já várias estratégias que o empresário vai procurar implementar a curto e médio prazo. “Partindo sempre de um crescimento sustentável, pretendemos alcançar uma maior fidelização do nosso cliente à loja. Essa fidelização passa pelo atendimento, pelos serviços que prestamos e pela diversidade e qualidade dos nossos produtos”, sintetiza. A curto prazo espera vir Setembro I 27 Portugal Inovador “O Solar” apreciado por todos Segundo o nosso entrevistado, para manter um negócio durante tantos anos no ramo da restauração é preciso “espírito de sacrifício e muito amor pela profissão”. Em 1996 quando Aníbal Oliveira percebe que tem o “bichinho” da restauração, decide dar um passo em frente e abrir um restaurante em Tarouca, fazendo nascer “O Solar”. O restaurante ganha este nome sonante e já muito conhecido na região, porque há 19 anos a vivenda que lá existia era a mais elevada, o sol incidia ali diretamente, não havendo nada em volta a não ser duas vivendas uma de cada lado; por isso a esposa de Aníbal Oliveira decidiu intitulá-lo desta forma. Têm uma vista privilegiada para a Serra Santa Helena, paisagem essa que pode ser apreciada pelos clientes enquanto usufruem da sua refeição. Quando abriram portas ao público funcionavam com duas equipas de trabalho, sendo que a primeira fazia o turno da manhã e almoço e a segunda fazia o turno da tarde e jantar. Passados cinco anos, com o pico da crise houve uma quebra no negócio e desde aí reduziram o número de funcionários. Aníbal Oliveira consi- 28 I Setembro dera que “o negócio da restauração já teve melhores dias”, mas mantém a mesma qualidade e o mesmo empenho nos serviços que presta aos que por lá passam. Entretanto, deparou-se com a necessidade de, em paralelo com o restaurante, abrir uma Quinta onde organiza festas de casamento, batizados e comunhões. A Quinta, apelidada de “Lameiro”, localiza-se num espaço rural relativamente perto do restaurante, sendo composta por duas salas – uma com capacidade para 600 pessoas e outra com capacidade para 150. A época do ano em que há mais fluência a este tipo de serviços decorre entre maio e setembro, principalmente, durante o fim de semana. O projeto surgiu numa altura em que o procuraram para servir um casamento para 400 pessoas e o restaurante não tinha capacidade de resposta. Os espaços que são hoje indissociáveis. O nosso entrevistado, conta ainda, que existe um grande empenho e espírito de sacrifício de todos os que fazem parte da casa. “Um evento marcado para sábado começa a ser preparado segunda-feira para que não haja falhas, nem atrasos”. Considera imprescindível a sua presença para coordenar corretamente o serviço, apesar de ter uma equipa exclusiva para fazer os eventos, pessoas que já pertencem à equipa há 12 anos: “Funcionários simpáticos, atenciosos e com muita experiência no ramo”. Aníbal Oliveira confidenciou-nos que não há nenhum segredo para manter este negócio ao longo de 19 anos, a não ser um prato ou um ingrediente que marcam pela diferença. “O essencial é manter a qualidade dos alimentos, escolher as melhores matérias-primas e manter um atendimento de excelência”. Os pratos que os fazem já ser reconhecidos e procurados são os de marisco, incluíndo, o arroz de marisco, feijoada de marisco, açorda de marisco, o camarão grelhado, a sapateira. Portugal Inovador Hotel Douro Cister aposta em projeto inovador Localiza-se entre duas aldeias vinhateiras, Salzedas e Ucanha, oferecendo a quem por lá passa uma paisagem privilegiada sobre o Alto Douro. Em 2012 Sérgio Alves, um dos responsáveis por esta iniciativa, aproveitando os incentivos da candidatura ao QREN 2007-2013, fez nascer o Hotel Douro Cister Hotel. O projeto pretende trabalhar os segmentos de turismo-natureza, Touring cultural e paisagístico, saúde e bem-estar, gastronomia e vinhos e turismo educacional. Situado numa zona privilegiada, lá encontram-se as ruínas da abadia (classificadas com interesse público), um local que pretendem tornar um centro de interpretação de ordem cisterciense. Aproveitando esta localização estratégica, oferecem aos seus hóspedes, amantes da natureza, passeios equestres e pedestres através da rota da abadia. “O previsto é fazer o circuito dentro das ruínas da abadia e interpretar as pedras que compõe as ruínas e que antecedem o mosteiro de Santa Maria de Salzedas”. Nas redondezas existe uma aldeia, a 7 km, que ainda tem a estalagem do Egas Moniz, como tal, decidiram fazer a rota equestre possibilitando passeios que vão ao encontro desses caminhos antigos, possibilitando aos seus hóspedes conhecer e relembrar a história da época medieval. Segundo o nosso entrevistado o Hotel Douro Cister tem como principal característica a tranquilidade que será complementada ainda com os vários espaços que a unidade hoteleira possui: salão de eventos (casamentos, batizados, festas, etc.) piscina exterior ecológica, piscina interior aquecida, Spa, banho turco, sauna, jacuzzi, ginásio, gabinete de estética, picadeiro, canil, moinho do Séc. XII, sala de jogos, 1200 m de Rio Varosa e gabinete médico. Acrescentam outras valências ao projeto, criando conceitos pouco usuais em Portugal. Implementaram uma cozinha, apelidada “do it yourself”, ou seja, um espaço que dará a oportunidade a cada hóspede de confecionar as suas refeições, dando o exemplo dos grupos desportivos, que por terem uma alimentação mais rígida podem ter a necessidade de se fazerem acompanhar de um cozinheiro. Criaram também um canil, tendo em consideração as muitas famílias que querem ir de férias e não têm onde deixar os seus animais de estimação. Plano de comunicação A equipa do Hotel Douro Cister aposta fortemente no plano de comunicação, com o intuito de atingir um público mais vasto: Europa, EUA, o Brasil e PALOP, assim como o turismo de raiz, “dado que existem inúmeros brasileiros e angolanos que viram as suas origens surgirem em Portugal e agora vêm para cá conhecer a cultura e o país”. Nesse sentido, por uma questão de facilidade, a gestão do hotel fica entregue a um programa de gestão que dispara para 500 operadores turísticos. A reserva do quarto é feita automaticamente, assim como no check-out a referência retorna ao Booking e a todos os operadores e agências de viagens. A divulgação dos serviços é feita, maioritariamente, através das redes sociais, dada a vantagem da atualização da página quando estão longe, mas entendem que tem que haver uma boa coordenação: “Até podemos ter uma página muito boa, mas se não há comunicação, esta não funciona”, explica. Com todo este investimento e implementação de serviços inovadores, Sérgio Alves confessa-nos que mantém as expectativas positivas para a abertura deste projeto “Douro Cister Hotel Resort Rural e Spa”. Setembro I 29 Portugal Inovador O Hospital em sua casa Lúcia Marinho, médica e adjunta da Direção Clínica no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), esteve em entrevista com a Portugal Inovador para nos apresentar um projeto de internamento hospitalar no domicílio, designado por “Um projeto D’ouro”. O Hospital de Proximidade de Lamego (HPL) apesar de dar cobertura direta e indireta a cerca de 100 mil habitantes dispõe de apenas 30 camas afetas à Medicina Interna. Sendo a região particularmente conhecida pela sua população envelhecida, bem como pela sua significativa dificuldade na mobilidade e acessibilidade aos cuidados de saúde, Lúcia Marinho juntamente com José Manuel Correia (enfermeiro e adjunto da Direção de Enfermagem) e Mafalda Guiné (administradora hospitalar) cedo perceberam o quadro socioeconómico e ambicionaram trazer para o Douro Sul um melhor nível de assistência para responder às necessidades clínicas de internamento hospitalar de doentes agudos. Sabendo de antemão a complexidade das doenças e condições clínicas específicas da velhice aqui prevalentes, a equipa de profissionais reconhece a importância que a gestão sustentável dos recursos representa para a região e para o país. Foi sob a necessidade de intervir que um novo paradigma da saúde nasceu: “E se em vez de estar internado no hospital pudesse estar internado em sua casa e a menor custo para todos?”, introduz. A disponibilidade de liderar um 30 I Setembro projeto pioneiro a nível nacional fez com que paulatinamente um conjunto de instituições e profissionais identificassem efetivamente as suas vantagens e se reunissem aos outros membros. Atualmente o grupo conta com um conjunto vasto de parcerias nacionais e internacionais: CHTMAD, Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Universidade de Aveiro, Universidade Técnica de Viena de Áustria, Hospital de La Fé em Valência, e as Câmaras Municipais e Assembleias Municipais dos três concelhos onde o projeto terá início (Lamego, Peso da Régua e Tarouca). “Queremos criar um novo serviço hospitalar que acreditamos ser muito importante para o SNS”, sublinham. Embora seja pioneiro a nível nacional, tem como ponto de partida vários projetos a nível internacional e que têm bons resultados. Sob esta nova prática integrar-se-ão novas tecnologias e uma equipa de saúde transdisciplinar. “O internamento de doentes agudos no domicílio será apoiado numa plataforma de monitorização tecnológica em tempo real e as pessoas não abandonando o conforto da sua casa serão monitorizadas 24 horas por dia, 365 dias por ano e com as mesmas condições de segurança e qualidade que teriam se estivessem no hospital”, esclarece. Os critérios de internamento já se encontram devidamente definidos, destinando-se, numa fase inicial, a pessoas que necessitem de internamento hospitalar, com idade superior a 18 anos, residentes a menos de 30 minutos de automóvel, com telefone e habitação adequada. Nesse ambiente familiar o risco de ocorrerem complicações como as que se deparam num ambiente hospitalar, nomeadamente as infeções hospitalares, ficará acentuadamente reduzido e os custos com as deslocações aos hospitais serão minimizadas para o doente e família. Sabemos que a ARSNorte e o CHTMAD, de acordo com orientações da Tutela, estão a organizar as condições para que o projeto piloto arranque em breve. O projeto terá a duração de três anos, “mas com o objetivo de fundamentar a sua continuidade integrado no âmbito do SNS/CHTMAD a replicação a nível nacional”, concluem. Portugal Inovador Distinção nos serviços O Centro Terapêutico de Fão (CTF) marca a diferença através do seu atendimento personalizado e instalações modernas cativando pessoas do Norte de Portugal. Mafalda Carreira, licenciada em Fisioterapia, mestre em Ciências do Desporto e com master em Osteopatia, é a grande responsável pelo nascimento do Centro Terapêutico de Fão. Conta com um vasto currículo na área da saúde, considerando que o seu maior crescimento profissional e pessoal “terá sido durante a década em que exerceu funções no hospital de Fão”. Atualmente, trabalha como fisioterapeuta/osteopata no CTF, leciona no Instituto Piaget em Gaia, no curso de Fisioterapia e, paralelamente, está na fase final de investigação do doutoramento em Fisioterapia. Após ter terminado a formação em Osteopatia, a nossa entrevistada verificou um aumento na procura dos seus conhecimentos. Foi exatamente nessa altura, que decidiu criar um espaço independente, onde as pessoas tivessem possibilidade de aceder aos seus serviços. O Centro Terapêutico de Fão surge em 2011, inicialmente num gabinete que, passado um ano, começou a ser demasiado pequeno para o fluxo de utentes. Por esta razão, em 2012 dá-se a passagem para umas instalações maiores, pensadas ao detalhe para os utentes. No CTF os utentes têm ao seu dispor permanentemente as especialidades clínicas de Fisioterapia (neurológica, ortopédica, desportiva, respiratória e pediátrica) e Osteopatia, beneficiando de outras valências que respondem às necessidades da população. Para além destas duas especialidades, podemos encontrar os serviços de Ortopedia, Podologia, Terapia da Fala e Terapia Ocupacional. No total a equipa do CTF é composta por sete profissionais, três dos quais especializados na área da Fisioterapia e Osteopatia. Por esta razão conseguem marcar três utentes por hora, o que quer dizer que qualquer pessoa que faça um tratamento de Fisioterapia/Osteopatia no Centro Terapêutico de Fão tem a garantia de que terá um fisioterapeuta em exclusivo durante o seu tratamento. Segundo o método de trabalho utilizado, não há tempo limite para uma sessão de fisioterapia, ou seja, “varia dependendo das necessidades do caso em questão”. Mafalda Carreira considera que a Clínica marca a diferença na qualidade dos seus serviços, por oferecer aos seus utentes um trabalho personalizado e acompanhado, baseado numa avaliação prévia. “Nós fazemos uma avaliação muito rigorosa, quando são precisos exames pedimos, somos muito criteriosos”, garante. Aliada a estas características está a base científica que faz parte da formação de cada um dos profissionais do CTF e que, para a nossa entrevistada, é fundamental “uma vez que a medicina está em constante evolução”. O Centro Terapêutico de Fão conta com quatro anos de existência e a tendência será para a evolução constante. Durante este mês de setembro, a aposta será feita em duas novas valências: a Reabilitação Cardíaca e a Reabilitação Génito-urinária na saúde da mulher (pré e pós parto e incontinências urinárias). Paralelamente irá arrancar, também, um projeto mais alargado a desenvolver com os clubes de futebol do concelho, tal como já acontece com alguns atletas olímpicos de canoagem. Setembro I 31 Portugal Inovador Saúde oral humana Se procura profissionais de qualidade e um atendimento personalizado, a resposta está na Clínica do Sorriso, em Braga. e eis a receita para um espaço de referência na saúde oral. O utente em primeiro lugar Formaram-se em Medicina Dentária pela Universidade Fernando Pessoa no Porto e começaram o seu percurso profissional colaborando e ganhando experiência em diferentes clínicas, até ao momento em que decidiram instalar o seu próprio consultório em Braga. Falamos da Clínica do Sorriso, que abriu portas “há cerca de dois anos e meio” e que é composta por uma dupla que faz do trabalho em equipa um dos seus lemas: Rui Santos, pós-graduado em Competências Clínicas e em Endodontia e Ana de Araújo e Silva, pós graduada em Ortodontia Clinica especializada em Damon System. Começar não foi fácil, pois havia um nome para consolidar e uma confiança para estabelecer com a população local. Aos poucos, todavia, o sucesso foi-se construindo, recorda a diretora clínica adjunta, Ana de Araújo e Silva: “No nosso segundo ano de atividade começámos a notar bastantes melhorias, porque os pacientes que nos visitavam foram falando com outras pessoas”. E assim foi aumentando o sorriso da clínica que, entretanto, já se tornou na primeira escolha não 32 I Setembro só de bracarenses, mas também de utentes oriundos de Guimarães e do Porto. E o que se pode esperar deste estabelecimento? “Em termos de Medicina Dentária, fazemos tudo”, afirma a nossa entrevistada. A lista de serviços é, por isso, extensa e vai do tratamento de cáries, desvitalizações e extrações até à Ortodontia e à Implantologia, sem esquecer a Odontopediatria ou a Periodontia. Acrescente-se a este rol de valências e à sofisticação dos equipamentos o facto de a clínica estar aberta seis dias por semana Composta por dois profissionais que apostam continuamente na sua formação e que se complementam através de um trabalho em equipa evidente em cada tratamento, a Clínica do Sorriso é também um espaço que centra toda a sua atividade no bem-estar e na satisfação do utente. “Tentamos marcar as consultas sempre de modo a que os pacientes nunca tenham que esperar ou, pelo menos, que não tenham que esperar muito”, explica Ana de Araújo e Silva. Isso por um motivo simples, embora essencial: “Temos a noção de que muitas pessoas já vêm com um certo stresse e o facto de terem de esperar não ajuda”. O objetivo da Clínica do Sorriso, por outro lado, “passa por fazê-las Portugal Inovador sentir calmas, tranquilas e conversar um bocadinho”, à medida que se procede ao tratamento. Em suma, valoriza-se ao máximo “o contacto humano”, aspeto que, de acordo com a nossa entrevistada, é essencial em qualquer área da medicina. Abertura ao feedback Também importante para a Clínica do Sorriso é a opinião dos seus utentes. “Antes de terminarmos o tratamento, perguntamos sempre ao paciente o que ele acha, se gosta, se pretende alterar alguma coisa”, refere Ana de Araújo e Silva. Uma abordagem que, a seu ver, “faz toda a diferença”, uma vez que são aspetos como este que podem definir se “o paciente voltará ou não”, garante. “Obviamente que nós somos os especialistas, mas damos sempre várias escolhas ao paciente e vamos ao encontro daquilo que ele pretende”. De facto, antes de cada tratamento existe a preocupação de “explicar tudo sempre da forma o mais detalhada possível”, em nome da palavra “satisfação”. Sempre aberto através do site da clínica está também um ‘consultório online’ que serve não apenas para o agendamento de consultas, como também para o envio de quaisquer dúvidas, pedidos de aconselhamento ou para a partilha de opiniões. Tudo isto em prol não apenas de um serviço de qualidade mas, acima de tudo, humano. Daqueles que dão vontade de sorrir. Setembro I 33 Portugal Inovador Clisende nasce e cresce em época de recessão Surgiu em 2005 com apenas seis utentes por dia. Já passaram dez anos e consideram que o seu segredo está no amor que entregam à profissão. A Clisende, Clínica Integrada de Resende, surgiu em 2005, num contexto familiar. Começou por iniciar os seus serviços com apenas seis funcionários, três dos quais a sócia-gerente Rosa Morais, o marido e o filho. A abertura da clínica começou por ter Fisiatria, Clínica Geral e Fisioterapia, que davam resposta aos seis utentes diários. Mais tarde, o aumento das necessidades da população conduziu à oferta de novas valências no âmbito da saúde. Atualmente e apesar da concorrência, a Clisende tem, em média, 50 a 55 doentes por dia, com tratamentos fisiátricos de duração de uma hora ou mais, dependendo dos casos. Possui, ainda várias especialidades que respondem às necessidades da população, tais como: Clínica Geral, Fisiatria, Urologia, Ortopedia, Terapia da Fala, 34 I Setembro Psicologia, Testes Psicotécnicos, Enfermagem, Acunpuntura e Reiki. A nossa entrevistada considera que o segredo da longevidade e sucesso deste projeto passa por “trabalharem de forma muito séria, com muita alegria e dedicação”. Estes são os ingredientes principais, até porque dedicam muito do seu tempo a pessoas de várias faixas etárias, desde bebés a idosos, sendo o trabalho com estes últimos que valorizam de forma especial, a atenção prestada por toda a equipa. E, por isso, é com naturalidade que vêm os seus utentes entrarem nos tratamentos/consultas “com vonta- de e com um sorriso no rosto”. Uma das grandes apostas de Rosa Morais é sem dúvida a equipa de trabalho, empregando jovens à procura de novas oportunidades profissionais, que sem “vícios” interiorizam o espírito de equipa e a forma de viver a profissão desta família reconhecida no meio. Desde há cinco anos, momento em que – à semelhança de muitas outras empresas a nível nacional – sofreram um declínio a nível financeiro, a Clisende não parou e procurou dar uma resposta mais ajustada às necessidades da população, conseguindo estabelecer protocolo com diversos subsistemas de saúde e seguros. A região onde se enquadra sofre com a falta de oferta ao nível de transportes públicos, principalmente na época balnear, findo o ano letivo escolar. Por esta razão, perceberam que os utentes deixavam de ir aos tratamentos fisiátricos. Nesse sentido, foi adquirido um veículo, e posteriormente, foi contratado um motorista para prestar o serviço de transporte dos utentes, que não têm qualquer possibilidade de se deslocarem, desde suas casas até às instalações clínicas. Portugal Inovador Serviço à comunidade Rosa Morais não entende o ramo da saúde, principalmente a Fisioterapia, como um negócio mas como uma paixão. Considera importante, o trabalho médico andar de mãos dadas “com um excelente atendimento, uma boa conversa, para assim transmitirem o calor humano de que qualquer paciente necessita”. Mantém esta maneira de estar dentro da clínica enquanto profissional e é isso que transmite aos seus funcionários. Ensiná-los a manter uma boa relação com os pacientes “é imprescindível”. Esta capacidade de cativar con- duz muitos utentes à fidelização nos serviços prestados: “Há pessoas que procuram determinados serviços, mas posteriormente, como gostam, acabam por procurar outros”. No entanto, a grande especialidade da Clisende está vocacionada, maioritariamente, para a Fisioterapia, com sessões que duram em média uma hora, sempre atendendo à necessidade de cada paciente. Falando do futuro da empresa, Rosa Morais não tenciona expandir para novos locais, mas está sempre aberta a aumentar o leque das especialidades médicas, tendo em conta, a procura, interesse e neces- sidades da população e a localização geográfica da clínica. Por esta razão “é importante adaptarmo-nos às necessidades da população, e isso é feito sempre que necessário”, conclui. Setembro I 35 Portugal Inovador Um espaço onde o utente se sente bem Humberto Cardoso da Silva começou o seu percurso como médico dentista no Rio de Janeiro, mas já há uma década que se encontra estabelecido em Lamego. Este experiente profissional nasceu em Angola, cresceu no Brasil, mas as origens familiares estavam em Lamego e Resende. Foi isso que o trouxe, há 11 anos, para a Cidade Monumental, juntamente com as perspetivas de segurança e estabilidade que o nosso país oferece. Criou aqui a sua própria clínica (a Clínica de Medicina Dentária Humberto Cardoso da Silva), onde o trabalho de médico tem sido assegurado exclusivamente pelo nosso entrevistado, que é especialista em Ortodontia, implantes e próteses. Este seu espaço, conforme nos apresenta, está “capacitado com todos os recursos necessários”, entre os quais nos destaca, por exemplo, as ótimas acessibi- 36 I Setembro lidades para deficientes motores. Sobre o serviço que tem vindo a prestar à comunidade, diz-nos o seguinte: “Nós somos regidos pela Administração Regional de Saúde e procuramos cumprir as suas normas, agora o que pode mudar o trabalho é que, como em tudo, uns fazem-no com mais carinho e outros com menos. Considero que o mais importante é trabalhar bem, ter preços acessíveis e tratar o paciente com simpatia”. Este espírito tem cativado um universo de utentes que vai bem para lá dos limites de Lamego, com muito do seu público a vir dos concelhos próximos e alguns exemplos pontuais que vêm do Porto ou de Lisboa. “Há, de facto, pacientes que vieram cá pela primeira vez quan- do estavam a passar férias, mas sentiram-se bem e a partir daí têm vindo de propósito”, conta. Neste momento, a Clínica está prestes a dar uma resposta reforçada a quem a procura, com a ampliação para mais um consultório. No decurso da nossa entrevista, Humberto Cardoso da Silva partilhou também a sua perceção sobre algumas questões importantes da saúde oral no país. Nota que, quanto a hábitos preventivos, existem ainda “muitos problemas a nível da higiene oral, algo para o qual os meios de comunicação deviam sensibilizar mais a população”. Há “muito pouca atenção à prevenção nos adultos”, em que a maioria dos casos vai ao dentista apenas quando o problema já se verifica, o que “tem piorado com a crise”. Já em relação às crianças deu-se “uma melhoria mesmo muito substancial”, o que aconteceu “desde que foi implantado o cheque-dentista.” Falando também da atualidade do exercício desta profissão, o nosso interlocutor diz-nos que “Portugal não é um país em que dê para ficar rico com a Medicina Dentária, ainda que dê para se viver bem”. A esse respeito, chama a atenção para as despesas elevadíssimas associadas ao contínuo esforço de formação que estes profissionais têm de fazer. Portugal Inovador “Mais do que clientes, os meus pacientes são meus amigos” Eduardo Miranda é uma referência médica e cívica no Douro. Recebeu-nos no seu consultório, na Régua, onde esteve à conversa connosco acerca da forma de estar que tem mantido ao longo de um percurso de mais de três décadas, assim como da atualidade da saúde nesta região. “Desde miúdo que tive a intuição de que gostava de ser médico e é nessa área que estou”, conta. Foi então em 1978 que obteve a licenciatura, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, tendo sido colocado, no ano seguinte, no Hospital de Lamego. Cumprido o estágio, passou a assumir funções no Centro de Saúde de Mesão Frio, onde esteve durante cerca de 20 anos, conciliando esta ligação ao SNS com a atividade privada. Acima de tudo, sempre se viu a si próprio como “um médico e não como um funcionário público” e, incompatibilizando-se com o sistema, abandonou o setor estatal. Atualmente, conforme nos diz, deve ser “o único profissional nas redondezas a viver apenas da Medicina Privada”. Acrescentando: “Se o consigo é porque tenho doentes que me procuram e tenho mercado para isso. Até hoje nunca me dei mal com a situação e às vezes lamento não ter começado a trabalhar assim mais cedo”. Este mercado passa, para além da Régua, por concelhos como Baião, Armamar, São João da Pesqueira, Sabrosa ou Alijó, zonas para onde terá conseguido “passar a imagem de alguém que, possivelmente, tem alguma competência ou, sobretudo, interesse por aquilo que faz”. Entende que “estamos cada vez mais cheios de doutores e cada vez há menos médicos”, procurando fazer a diferença, através de um trabalho em que os seus “compromissos são o doente, o exame clínico, os olhos, a mão, a intuição e, principalmente, o interesse em aliviar o sofrimento e prolongar, com qualidade de vida, a vida das pessoas”. Como exemplo, ainda será dos que “fazem mais domicílios junto de doentes que não se conseguem deslocar, fazendo-os aos sábados e domingos, a qualquer hora”. Outra das coisas a que se foi habituando na vida, como relata, foi também a experimentar os medicamentos que receita em si próprio. “Quando dou alguma coisa a alguém sei, portanto, com uma margem de erro muito baixa qual a probabilidade de sucesso que irá ter com quem o recebe”, diz. Em síntese, tem o sentimento de que responde “sempre de uma forma que é célere e que vai ao encontro do agrado das pessoas”. Por fim, aproveita para deixar uma palavra às pessoas da Régua, que se “viram despojadas de uma maneira completamente injusta de alguns cuidados de saúde, o que aliás coincidiu com outras coisas do género que se passaram em concelhos envolventes e que puseram o Centro Hospitalar de Vila Real num autêntico estado de sítio”. Espera, ainda assim, que a entrega da gestão do Hospital D. Luiz I à Misericórdia local possa trazer novas aspirações ao concelho. Setembro I 37 Portugal Inovador Crescer em proximidade com a população José Carrapatoso atento à realidade local e aos avanços da saúde humana em Portugal e, mais especificamente, no Interior do país, retrato-nos o setor, bem como da Clínica Carrapatoso, sob sua gerência desde 2010. “O espaço onde hoje nos encontramos foi o meu consultório privado durante mais de 30 anos. Decidi reconstruí-lo e transformá-lo na Clínica Carrapatoso em 2010, pela vontade de continuar a dar resposta à população nas áreas de Medicina Familiar/Clínica Geral e Medicina Dentária, a que posteriormente se associaram algumas especialidades médicas de ambulatório, de modo a oferecer resposta fácil e de proximidade à população de Lamego e região, em áreas de que estava carenciada”, começa por contar. A clínica abriu nos finais de 2010 apenas com a Medicina Dentária e a Medicina Geral e Familiar, mas “imediatamente avançamos com Cardiologia, Psiquiatria, Urologia, Otorrinolaringologia, Nutrição, Psicologia e, recentemente, Cirurgia Vascular, especialidades em que hoje damos cabal e satisfatória resposta à cidade e à região”, prossegue. “Nesta estrutura de saúde temos a pretensão de continuar a prestar serviços clínicos de qualidade, continuando a merecer a confiança e o reconhecimento das nossas gentes, a quem garantiremos eficientes serviços de qualidade, com os mais atualizados 38 I Setembro padrões do saber médico”, elucida. Sob essa linha de conduta o papel preventivo que o médico assume é, na perspetiva do nosso entrevistado, fundamental. “Naturalmente que uma consulta de Medicina, seja ela de que área for, engloba sempre cuidados e ensinamentos preventivos, mas temos de reconhecer que, hoje, as pessoas procuram muito mais a Clínica Carrapatoso em termos curativos. Obviamente que nenhum dos médicos que aqui trabalha descura a prevenção nas suas áreas de atuação”, salienta. Dentro dos avanços que a Medicina evidencia, José Carrapatoso não deixa de verificar algumas debilidades que Lamego e a região apresentam. “A falta de acessos e equidade aos cuidados de saúde” foram colocados, desde logo, como assuntos prioritários: “Penso que a saúde em Portugal melhorou, especialmente nas zonas onde tudo se concentra, o Litoral, mas é urgente olhar para o Interior deste país. Temos o direito de ser tratados em condições de equidade com o todo nacional”. Na ambição de prosseguir em crescimento, estimulado por uma equipa unida, a Clínica Carrapatoso procurará continuar, com os seus profissionais, a responder, como até aqui, “com qualidade, eficiência, humanidade e profissionalismo. Pretendemos que quem nos consulte leve a resposta certa, o conforto amigo, a informação sobre prevenção em saúde e, fundamentalmente, a eficácia na reabilitação e recuperação dos problemas que os inquietam. Procuraremos dar sempre o melhor a quem nos procura”, conclui. Portugal Inovador Setembro I 39 Portugal Inovador Artigo de Opinião Um compromisso com a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho Apesar das dificuldades vividas nos últimos anos, Portugal mantém-se entre os países em que a participação das mulheres no mercado de trabalho tem maior expressão1. Acresce que a esmagadora maioria das mulheres empregadas – concretamente 85,2% – tem um posto de trabalho a tempo inteiro, e apenas 14,8% trabalham a tempo parcial. Estas circunstâncias, que decorrem de razões de índole histórica de longa data, conjugadas com a necessidade de contribuir para a sustentação da família (e, em muitos casos, de a assegurar completamente), bem como da vontade de garantir a sua autonomia financeira, fazem da participação feminina no mercado de trabalho em Portugal um fator essencial ao desenvolvimento económico e social do país. Não estando evidentemente as mulheres imunes aos efeitos pesados da crise na sociedade portuguesa, não pode deixar de sublinhar-se que, em muitos indicadores relevantes, as desigual40 I Setembro dades entre homens e mulheres não se agravaram e, pelo contrário, a situação das mulheres revelou até uma maior resiliência do que a dos homens a fenómenos que nos atingiram com especial gravidade. Refiro-me, nomeadamente, à taxa de desemprego que, sendo ainda elevada em ambos os casos, foi, segundo dados do INE, no segundo trimestre deste ano, inferior no caso das mulheres (11,8%) face ao desemprego masculino (12%). Assim sendo, o gap entre as taxas de desemprego é neste momento favorável às mulheres, ao contrário do que tendencialmente se verificava. Existem, no entanto, formas de desigualdade persistentes que, embora não se tendo acentuado nos tempos mais recentes, subsistem em níveis inaceitáveis, apesar de tudo o que se fez ao longo dos anos para as combater. Quero referir-me, em concreto, às diferenças salariais entre homens e mulheres para o desempenho de idênticas funções, e à representação de ambos os sexos em altos cargos de decisão económica. Quanto ao primeiro tópico, o das desigualdades salariais injustificadas, deve sublinhar-se que, de acordo com a fórmula utilizada pelo Eurostat2, o diferencial registado em Portugal em 2013, data dos últimos dados disponíveis, foi de 13%, sendo que o valor médio da UE era, naquela mesma data, de 16,4%. Não nos servindo de consolo que o mal seja geral, a verdade é que países como a Espanha, o Reino Unido, a Alemanha e a Áustria, apresentavam, também em 2013, diferenças salariais de, respetivamente, 19,3%, 19,7%, 21,6% e 23%, o que significa que, para além do que temos feito para anular esta diferença, caberá à UE, no seu todo, uma atenção redobrada a este tema que está, aliás, lançado na agenda política e pública no mundo inteiro. Para combater este problema, elaborou-se em Portugal o I Relatório sobre Diferenciações Salariais Portugal Inovador por Ramos de Atividade, com vista a um levantamento das diferenças salariais praticadas nas diversas atividades económicas. Em 2014, por determinação da Resolução do Conselho de Ministros n.º 18/2014, de 7 de março, o referido relatório foi discutido em sede de concertação social, o que levou à elaboração de recomendações propostas pelo Governo com o objetivo da eliminação dessas diferenças salariais sem justificação objetiva. Já em 2015, foi criado, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 11-A/2015, de 6 de março, um apoio técnico gratuito a fornecer às empresas que se mostrem disponíveis para a implementação de uma estratégia de eliminação dessas diferenças, visando-se, nesta primeira fase, apoiar cerca de 200. De notar que, depois de uma trajetória crescente de 2005 até 2012, em 2013 registou-se a primeira quebra destas diferenças, já que, de acordo com os dados do Eurostat, a mesma passou de 14,8% para os já citados 13%. Em 2014, as mulheres representavam, na sociedade portuguesa, 61,4% das pessoas com qualificação académica superior, sendo que, em 2013, eram 54,8% dos doutorados, resultados que decorrem de um enorme investimento feito na sua educação. Estes valores contrastam fortemente com os números relativos à sua participação nos órgãos de topo das empresas, que revelam que há apenas 9% de mulheres nos conselhos de administração das maiores empresas cotadas3! Embora também neste indicador se tenha registado algum progresso – em 2011 eram 6% – o certo é que este crescimento, insuficiente e lento, impunha novas medidas. Foi a necessidade de acelerar este processo, que já demonstrou não registar avanços fáceis, que levou à aprovação da mencionada Resolução de Conselho de Ministros n.º 11-A/2015, de 6 de março, através da qual foram também mandatados vários membros do Governo para diligenciarem no sentido da celebração, com as empresas cotadas em Bolsa, de um compromisso promotor de um maior equilíbrio de género nos respectivos conselhos de administração, e que pressupõe, da parte das empresas, a fixação de um objetivo de representação de 30% do sexo sub-representado, até final de 2018. O referido compromisso foi celebrado, em 30 de junho, com 13 empresas cotadas (BCP, Banif, CTT, EDP, EDP Renováveis, Galp, Glintt, Impresa, Lisgráfica, Luz Saúde, Media Capital, Pharol e REN), 9 delas integradas no PSI principal, e representa um caminho inovador no reconhecimento da importância da promoção da igualdade na decisão económica. Este procedimento não está fechado, podendo outras empresas, com quem estamos em contacto, vir a assumi-lo brevemente. Com o mesmo objetivo, o Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, que aprova as regras gerais dos programas operacionais financiados pelo Portugal2020, determina que, em caso de empate de projetos candidatos aos fundos comunitários, tenha vantagem a entidade que tiver maior representação de mulheres nos seus órgãos de direção, e que praticar melhor nível de igualdade salarial, numa medida completamente inovadora e sem paralelo entre os nossos parceiros da União Europeia. A presença equilibrada de mulheres e de homens em lugares de decisão, política e económica, é um requisito da própria democracia e um fator de desenvolvimento das nações. Impõe-se, portanto, um melhor aproveitamento das qualificações e competências de todas as pessoas, rompendo com uma cultura empresarial instalada que tradicionalmente penalizou as mulheres. Como se afirma numa recente campanha nacional lançada sobre o tema: É tempo de encontrar o mérito nos homens e nas mulheres! Teresa Morais Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade 1 Em 2014, a taxa de emprego feminino era de 59,6%, portanto, superior à registada em muitos países da UE, designadamente a Bélgica, a Irlanda, a Espanha e a Itália. 2 Diferentemente do Eurostat, que utiliza a remuneração horária, em Portugal o cálculo do gap salarial é baseado na remuneração mensal, e em 2013 foi de 17,9%. 3 No sector empresarial do Estado, registam-se 25,2% de mulheres nos conselhos de administração (fonte: Cumprimento do Regime Jurídico do Sector Empresarial do Estado, Relatório Anual 2014, GPEARI, Ministério das Finanças). Setembro I 41 Portugal Inovador 42 I Setembro Portugal Inovador Tratamento neurológico de excelência Situado em Torres Vedras, o CNS – Campus Neurológico Sénior faz o acompanhamento de doenças neurológicas através de uma abordagem multidisciplinar e altamente especializada. Aberto em setembro de 2013, o CNS surgiu da necessidade – sentida pelo neurologista e diretor clínico Joaquim Ferreira – de se “criar, no nosso país, um centro dedicado a este tipo de doenças” assente numa “equipa multidisciplinar”, recorda João Ferreira. Isto porque, na opinião do diretor financeiro do CNS, ainda existe em Portugal “uma lacuna grande de unidades e de profissionais altamente especializados” na área. E é precisamente com o objetivo de colmatar essa limitação que o CNS se afirma como um centro de referência para quem sofre de problemas neurológicos (como, por exemplo, doenças de Parkinson ou Alzheimer, dores de cabeça, acidentes vasculares cerebrais, etc.), contando com uma equipa de 80 profissionais e uma capacidade de alojamento para 78 pessoas, onde se incluem utentes portugueses e estrangeiros, ao abrigo de programas internacionais. O CNS divide-se em três áreas chave. A Unidade Residencial acolhe doentes neurológicos para “tratamentos de curta duração”, que podem variar entre “uma semana a dois meses”, sendo-lhes garantido apoio “24 horas por dia” de enfermeiros e outros profissionais. Outra das valências é a Residência Sénior, “pequenos apartamentos para pessoas ainda com um grau de autonomia razoável que encarem viver no CNS”, com igual direito a apoio profissional a qualquer hora do dia. Por fim, existe a Clínica Médica, onde se fazem diversas consultas na área da neurologia e que contempla o centro de neuroreabilitação do CNS, através do qual se efetuam tratamentos com uma abordagem multidisciplinar para problemas como a doença de Parkinson. “A componente farmacológica é muito importante, mas cada vez mais a neuroreabilitação ganha um peso grande”, explica o membro da administração do CNS. “Quando falamos em Neuroreabilitação, falamos de Fisioterapia, Terapia da Fala, Hidroterapia, Estimulação Cognitiva, psicólogos, neurologistas e enfermeiros muito especializados” que trabalham em conjunto o tratamento de cada utente. conhecimento estende-se também à população geral. “Todos os meses fazemos um evento chamado ‘Conversas no Campus sobre Saúde’ que é aberto a todos os que pretendam assistir e aborda temas importantes”, com o objetivo de informar os familiares de utentes, bem como pessoas interessadas na área, sobre temas de interesse geral com implicações para a saúde. Tudo isto em nome de uma “responsabilidade social” que o CNS assume e que se vem juntar à sua missão principal, fazendo deste um centro de referência não apenas para quem sofre de doenças neurológicas, mas também para quem as acompanha de perto. Informar sobre a doença O CNS aposta também na componente de Investigação Clínica, em parceria com universidades estrangeiras, estando envolvido em projetos, “como ensaios clínicos para novos medicamentos”, explica João Ferreira. Já outra das valências do centro passa pela área de formação, aberta a todos os profissionais que procurem conhecimentos mais especializados. Mas essa vontade de partilhar Setembro I 43 Portugal Inovador Transporte com fiabilidade e segurança A operar em Portugal e no estrangeiro, a DreamTrans garante o armazenamento e transporte de mercadorias, através de uma equipa devidamente certificada. Fundada em setembro de 2012, a DreamTrans Unipessoal, Lda. nasceu pela iniciativa de Marta Costa que, durante 15 anos, trabalhou numa firma do setor dos transportes que acabou por encerrar portas. Confrontada com esse cenário, a empresária optou por desenvolver o seu próprio negócio, adquirindo os veículos pertencentes à frota do seu anterior empregador e colocar mãos à obra. “Somos uma empresa jovem e temos vindo a crescer”, refere a nossa entrevistada, antes de salientar que o percurso ao longo destes três anos tem contemplado situações positivas e outras tantas complicadas, naturais no crescimento de qualquer empresa. “O importante é que temos conseguido andar para a frente”, remata Marta Costa, com entusiasmo. A DreamTrans é uma empresa dedicada ao armazenamento e distribuição de mercadorias, com um modus operandi assente na ética, na transparência e na eficiência. “Armazenamos a mercadoria dos nossos clientes e transportamo-la assim que nos é pedido”, explica Marta Costa. Atualmente, a firma conta com um 44 I Setembro armazém devidamente licenciado para o armazenamento de produtos fitofarmacêuticos e agroquímicos (com certificação ADR), no qual se reúne todas as condições necessárias para a sua acomodação. Embora a maior parte das mercadorias transportadas pelos veículos da firma estejam inseridos nessa categoria, a DreamTrans possui ainda um outro espaço para o armazenamento de carga geral. Pode dizer-se, por isso, que esta é uma empresa disponível para responder a qualquer solicitação dos seus clientes, atuando não apenas nas estradas portuguesas, mas também a nível internacional, nomeadamente em Espanha. Neste momento, a DreamTrans conta com um total de nove veículos para o transporte de mercadorias. “Temos desde o ligeiro até ao semirreboque”, enumera a empresária. Mas também incluído na frota está, por exemplo, um camião Movibenne. Já em termos de profissionais, a empresa é composta por uma equipa de 12 pessoas, distribuídas em escritório, armazém, oficina e motoristas, os quais se encontram devidamente autorizados para o transporte de mercadorias perigosas (certificação ADR). “Todos eles estão certificados porque a qualquer momento podemos sentir a necessidade de transportar este tipo de produtos, que é o nosso forte”, explica Marta Costa. Um mercado difícil Criar uma empresa e avançar com um negócio não é tarefa fácil hoje em dia. No setor dos transportes, em particular, o panorama está “complicado”, considera Marta Costa. Assim sendo, durante a fase de arranque, existem etapas e condicionalismos que qualquer empresário se vê forçado a enfrentar. Felizmente, no entanto, a DreamTrans conseguiu “ultrapassar essa fase”, graças não apenas à força de vontade da empresária, mas também “ao apoio familiar” que recebeu. “Tive a vantagem de ter comprado viaturas [da empresa em que trabalhava anteriormente] que, apesar de não serem novas, nos permitiram começar de uma forma mais simples”, reconhece a gerente. Já relativamente ao setor empresarial, a nossa entrevistada Portugal Inovador considera que seria importante que qualquer pessoa apostada em fundar o seu projeto devesse frequentar um curso ou período de formação. “Em nome individual é muito fácil chegar e montar uma empresa”, o que pode contribuir para “perturbar o nosso mercado”. Face a isso, no entanto, a solução é apenas uma: “Temos que nos unir, temos que lutar e tentar minimizar os custos para podermos seguir em frente”. Embora a gestão da firma esteja a cargo de Marta Costa, não é segredo que o apoio do marido, Nélson Teixeira, tem sido igualmente importante para o desenvolvimento da DreamTrans. Caso para dizer, por isso, que está tudo em família. E é precisamente desta forma que os responsáveis pela empresa encaram todos os profissionais que os acompanham. “Esta equipa é quase como uma família, eu estou cá quando eles precisam e, quando eu preciso, também gosto que cá estejam”, conta a empresária. E é precisamente essa “união” que permite que o negócio “possa seguir em frente”, remata. Perspetivas para o futuro Cumpridos três anos de existência, o que se pode esperar da DreamTrans para o dia de amanhã? O panorama, neste momento, permite algum otimismo. “Estamos capacitados para receber mais clientes e o volume de negócios expandiu positivamente”, afirma Marta Costa. Posto isto, os objetivos mais próximos passam pela renovação e alargamento da atual frota para doze veículos. Existe, em suma, uma vontade de crescer, mas de forma sustentada. “Eu gosto de ir devagarinho porque para construir custa muito, mas para destruir é muito fácil”, explica, antes de acrescentar que o facto de “estarem aqui dez famílias a trabalhar” é outro fator que influencia o desejo da DreamTrans em manter-se uma empresa estável que crescerá apenas no momento oportuno. Embora Nélson Teixeira considere que não se possam “estabelecer metas” neste setor, cuja atividade depende essencialmente dos negócios que vão surgindo, Marta Costa arrisca um desejo para o futuro. “Gostaríamos de angariar mais uma ou duas empresas de agroquímicos, já que temos o armazém e os motoristas licenciados”. Mas tudo a seu tempo, claro. Porque se há coisa que rima com DreamTrans é a sustentabilidade e a seriedade do seu serviço. Dreamtrans Setembro I 45 Portugal Inovador Contabilista & Parceiro Pedro Baquetas mudou-se da Maia para Lousada em 2006; em instalações renovadas presta apoio a empresas tanto a Norte como no Centro do país. Formado pelo ISCAP, com bacharelato concluído em 1994, a opção pela Contabilidade surgiu naturalmente. “Esta é uma área que sempre me atraiu”, assume Pedro Baquetas. Ainda que hoje as implicações da profissão sejam outras, e a burocracia fiscal esteja mais complexa, para este contabilista “as plataformas informáticas beneficiam os técnicos oficiais de contas, deixando de obrigar a deslocações e permitindo fazer grande parte dos serviços via internet, agilizando assim o trabalho”. Com dois colaboradores no seu escritório no centro de Lousada, a maioria dos clientes de Pedro Baquetas são PME’s - Pequenas e Médias Empresas - que, segundo o contabilista “têm feito alguns investimentos significativos”. O profissional acaba por, 46 I Setembro dentro do que a lei permite, apoiar os clientes no que toca às suas perspetivas de negócio, e sugerir, tal como refere, “investimentos ou, quando é o caso, desinvestimentos”. Educação Fiscal Parceiro de confiança dos clientes, Pedro Baquetas reforça a ideia de que os contabilistas têm “um papel importante na educação dos nossos empresários, para que a Contabilidade não sirva meramente para questões fiscais, mas para apoio à gestão”, defende. Com a adoção do Sistema de Normalização Contabilística em substituição do POC, o Plano Oficial de Contabilidade em vigor há mais de 30 anos, tornou-se imperativa a transparência entre o contabilista e as empresas, e o TOC passou a ser peça-chave na tomada de decisões dos empresários. “Há quem use a nossa informação para fins meramente fiscais, para quem somos apenas intermediários do Estado, mas há cada vez mais quem aplique a nossa informação para análise e gestão”, assume, assumindo ainda que, para si “o trabalho de consultoria à gestão é mais aliciante do que a Contabilidade por si só”. Com duas décadas de experiência na área, o nosso entrevistado refere que “a Contabilidade de hoje não é a mesma de há vinte anos, altura em que não se falava em reconciliações bancárias ou controlo por parte dos bancos”. Pedro Baquetas reconhece aqui o papel da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas no sentido de uma “maior credibilização da profissão”, e no “apoio que dá para executarmos com qualidade o nosso trabalho.” Num mercado cada vez mais competitivo, onde o trabalho se desenvolve com cumprimentos de prazos, atualização formativa constante, e responsabilidade acrescida, a agenda semanal de Pedro Baquetas é já muito preenchida. Ainda assim, e na perspetiva de “melhorar e aumentar a dimensão da empresa”, o nosso entrevistado assume: “Para bons clientes estamos sempre recetivos”. Portugal Inovador Na defesa do setor primário Conheça duas instituições que têm dinamizado de forma relevante o setor primário no concelho de Lousada. No âmbito do apoio à atividade agrícola na região de Lousada nasce em 1955 a primeira Adega da Região dos Vinhos Verdes, surgindo em 1958 a Adega Cooperativa de Lousada (ACL). Entre muito do trabalho já desenvolvido destaca-se “a plantação de novas vinhas e castas adequadas à região, tendo sido fomentada a entrega por parte dos associados de castas separadas”. A Copagri – Cooperativa Agrícola de Lousada CRL foi fundada em 1977, “com o objetivo do fornecimento aos seus cooperadores de produtos para a agricultura, destinados às suas explorações e consumo, bem como a colocação no mercado dos produtos provenientes dessas explorações agrícolas e ainda a prestação de serviços técnicos”. Atualmente, a direção das duas instituições é presidida por Francisco Meireles, detendo a Copagri 2567 associados e a ACL 447 associados com um número de 4278 pipas inscritas numa percentagem de 70% de uvas brancas (Arinto, Azal, Trajadura e Loureiro) e 30% tintas (Vinhão, Espadeiro e Azal Tinto - Amaral). Francisco Meireles refere que “o concelho insere-se numa região de minifúndio, daí a importância destas entidades organizadas para obter a melhor informação e transmitir conhecimentos para que todos os sócios possam desenvolver as suas atividades de modo mais eficiente, a que se associa o fornecimento de fatores de produção (sementes, adubos, rações fitofármacos e outros), serviços (ADS, Comissão de Viticultura) aos custos mais económicos, (efeito de estabilização de preços de compra), e venda aos preços melhor de mercado (leite e vinho, milho, batata e feijão), maximizando assim o rendimento do custo/benefício do associado”. A ACL e COPGRI têm-se re- velado ferramentas fundamentais na elaboração, desenvolvimento e apoio a projetos de interesse público sendo da sua intenção, no período de 2014/2020, levar a efeito investimentos de relevância estrutural e organizacional: “Na Copagri, pretende-se a ampliação do espaço em 300 m2 na secção comercial de bens alimentares e a mesma área na secção de produtos agrícolas, assim como ações de formação interna e externa. Já as estratégias e projetos que irão implementar na Adega Cooperativa de Lousada têm em vista a construção moderna da ‘marca’ ACL”. No âmbito das atividades que levam a cabo para representar a região, nomeadamente o setor agrícola, dentro e fora de portas, a Copagri apresenta-se todos os anos o concurso pecuário do concelho e participa em feirinhas tradicionais e locais. A Adega Cooperativa de Lousada participa na Feira dos Produtos Locais em Lousada; na Feira de S. Martinho em Penafiel; na Agrival (feira agrícola do Vale do Sousa) em Penafiel; rotas Gourmet em Lousada e Feira da Comunidade Intermunicipal Tâmega e Sousa no Luxemburgo. Setembro I 47 Portugal Inovador Paliclousa: Três serviços, uma só empresa Empresa de Lousada distingue-se por agregrar três áreas distintas. A história da Paliclousa será um pouco diferente da maioria das histórias de empresas portuguesas que já lhe demos a conhecer. Sediada em Lousada, surge com poucos recursos, mas rica na atitude imposta por umas amigas e colegas empreendedoras e esforçadas, que assumiram a missão de, após a insolvência de uma fábrica da região, criar um projeto próprio. Essas mulheres conseguiram levar avante o negócio do calçado, apenas com os materiais básicos como as máquinas de costura. Os serviços começaram a ser cada vez 48 I Setembro mais procurados, aumentando o nível de produção e a qualidade. Dado este crescimento, houve a necessidade de formalizar e reorganizar a empresa, fazendo nascer assim, em 2001, a Paliclousa. Segundo o nosso entrevistado, Joaquim Cunha, “o negócio do calçado estava em alta no ano em que surgiu a Paliclousa”. Por isso, em março de 2004, com o crescimento e exigências do mercado, verificou-se a necessidade de se juntar à sua esposa, Alice Teixeira, e ambos assumirem a totalidade do controlo e capital da empresa. Joaquim Cunha considera que com esta união “surgiram alterações na gestão empresarial e implementação de métodos de produção inovadores, incluindo atualização de equipamentos e formação de todos os colaboradores”. Face ao aumento de capital e ao número de funcionários, as necessidades da empresa passavam por uma gestão mais permanente, sendo que passa para Alice Teixeira a total responsabilidade da coordenação da produção do calçado. Em 2012, face a estas alterações, decidem alargar atividades e integrar o ramo da Engenharia e Construção Civil, área em que Joaquim Cunha conta com uma “vasta experiência, coordenação e gestão da construção de edifícios industriais de referência no Vale de Sousa”. Em 2011, paralelamente com a gestão da Paliclousa, Joaquim Cunha aproveitando uma longa e vasta experiência na gestão e capacidade no setor, decide adquirir uma outra empresa em Lousada, desta feita no setor dos transportes. Mais tarde, passados dois anos, percebe que a necessidade de aumentar e simplificar o rigor da gestão, era benéfico transferir essa firma independente para a Paliclousa. É, desta maneira, dado início à atividade de transportes rodoviários de mercadorias em território nacional e internacional para toda a Europa. Assim, com esta última implementação a Paliclousa ganha maior força no mercado passando a atuar em três setores distintos. Portugal Inovador Descanso e bem-estar no Centro do país Integrado numa atmosfera abraçada pela natureza, nas imediações de Alcobaça, o Your Hotel & Spa Alcobaça é um exemplo de equilíbrio entre luxo e tranquilidade. Esta unidade foi renovada em 2010, tanto na sua parte exterior como interior, recuperando o espírito do antigo Hotel Termas da Piedade. Neste cenário harmonioso em que se encontra, a experiência dos seus visitantes é enriquecida através de equipamentos como uma piscina exterior, um campo de ténis, um campo de futebol de cinco, parque infantil, campo de treino de jogo curto para golf, percurso pedestre, ginásio e sala de convívio. Para além do alojamento, para o qual dispõe de 62 quartos (sendo um comunicante e três suites), o Your Hotel & Spa Alcobaça tem também merecido a escolha de diversas grandes empresas para ministrarem as suas reuniões. O produto âncora deste hotel é, sem dúvida, a valência de Spa. O Spa & Beyond é um dos maiores e mais completos de Portugal, sendo composto por 15 salas de tratamentos e um Circuito de Spa com Piscina de Hidromassagem, Jacuzzi, Banho Turco, Sauna, Pedilúvio, Passeio das Chuvas e Zona de Relaxamento. Já no final do verão, o serviço será alargado ao Spa noturno (sextas e sábados à noite), uma iniciativa que teve bastante sucesso no primeiro semestre do ano, altura do lançamento. É um programa muito romântico para casais e o objetivo assumido pelos responsáveis passa por fazer com que a possibilidade de ir ao Spa no fim-de-semana à noite rivalize com a opção de ir ao cinema, a um bar ou a uma discoteca. Outro destaque é o Restaurante. No Restaurante “Sentidos” a presença dos produtos da Região Oeste é uma constante. Para além do tradicional ‘frango na púcara’ será obrigatório provar alguns pratos, tais como o ‘robalo com concassé de camarão tigre, salicórnia e xarém de tomate’; o ‘tornedó do lombo de vitela com molho de mostarda à antiga’; o ‘lombinho de porco ibérico assado com alecrim, batata doce e canela’, passando pela deliciosa sobremesa de ‘pêra bêbada, queijo de cabra do monte e licor de ginja de Alcobaça’ e o fabuloso ‘bolo de chocolate da Chef’. Rua Manuel Rodrigues Serrazina S/N, Fervença , Vestiaria - Alcobaça - Vestiaria - Alcobaça 2460-743 (Portugal) Telefone:+351 262 505 370 • Fax+351 262 505 379 • E-mail: [email protected] www.yourhotelspa.com Setembro I 49 Portugal Inovador 50 I Setembro Portugal Inovador Setembro I 51 Portugal Inovador 52 I Setembro