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Maio/Junho 2004
COOPERATIVA
TRITÍCOLA
REGIONAL SANTO
ÂNGELO LTDA
ANO 6
EDIÇÃO Nº 40
Maio/Junho
2004
Hidroponia traz bons
resultados ao produtor
FOTO: FERNANDO GOMES/AT
Essa técnica milenar, aliada a outras tecnologias
alternativas estão sendo utilizadas com sucesso pelo
produtor Marcos Roberto Sartori, numa pequena área
de 3,5 hectares, na localidade de Ilha Grande, interior
de Santo Ângelo.
Plantio de trigo
cresce 1,3% na região
Página 10
Considerações sobre
os efeitos do frio e
geada em trigo
Página 11
Marcos Sartori planta mais de 4 mil mudas em cada estufa berçário
Cotrisa com nova logomarca
Soja tratada com funjicida
complicou a exportação
Página 3
Programa “União faz a Vida”
completa 6 anos em Entre-Ijuís
Página 9
Depois de vários estudos e análises, a direção da cooperativa decidiu adotar nova
logomarca que já está em vigor. O objetivo desta modificação foi torná-la mais
adequada nas suas diversas aplicações como documentos, placas, veículos etc. No
entanto sem descaracterizar a anterior que já era amplamente conhecida pelos
associados e comunidade em geral.
BLOCO DE PRODUTOR
Lembramos aos produtores que conforme Decreto Estadual
Nº 37.699/97 é obrigatório a emissão de nota fiscal de produtor
em cada operação (depósito e faturamento de produtos
agrícolas).
DIA INTERNACIONAL DO
COOPERATIVISMO
No dia 3 de julho deste ano de 2004 se comemora
o DIA INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO. Esse dia foi instituído em 1923, durante a
realização em Londres, do Congresso da Aliança
Internacional Cooperativista - ACI, entidade que já
foi presidida pelo atual ministro da Agricultura,
Roberto Rodrigues, com o objetivo de comemorar a
união de todos os povos ligados ao movimento
cooperativo.
02
Maio/Junho 2004
CENTRO ADMINISTRATIVO
Rua Florêncio de Abreu, 1557 - CEP 98.804-560 - Cx. Postal 257
Fone: (055) 3312-0300 - Fax (055) 3313-1585
e-mail: [email protected] - SANTO ÂNGELO - RS
CONSELHODE
ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTE
Roberto Haas
VICE-PRESIDENTE
Amando Dalla Rosa
SECRETÁRIO
Júlio César Terra Dias
EFETIVOS
Antonio Bazzana
José Paulo Mineghini
Newton José Mumbach
Mauri Luiz Krupp
SUPLENTES
Ricardo Antonio Copetti
Carlos Trevisan
Paulo André Hentz
Erno Aloísio Thomas
João Dal Forno
CONSELHOFISCAL
EFETIVOS
Júlio Valdomiro Hippler
Alcides Arlindo Hannus
Érico José Rauber Krackecker
SUPLENTES
LuizAuri Vizioli
Olavo Libardoni
Aurélio Somavilla
UNIDADES
DE NEGÓCIOS
Grãos
Insumos
Varejo
Indústria
Diversificados
COORDENADORES
Armindo Aloísio Terhorst
Adroaldo Rosa de Oliveira
Norma Avrella Zalamena
Indio Brasil dos Santos
Paulo Antonio Ribeiro Fan
UNIDADESDEAPOIO
Técnica
Financeira
Operacional
Administrativa
Sistemas
Controladoria
COORDENADORES
João Becker
Ione Oliveira Costa
Luiz Edmundo Motta Reis
Mauro Nelson Pretto
Edgar Martin Meotti
Neiva Marisa Jonh Birck
UNIDADES DE RECEBIMENTO
- Catuípe
- Cerro Largo
- Comandaí
- Entre Ijuís
- São Paulo das Missões
- Vitória das Missões
- Carajazinho
- São Pedro do Butiá
- Esquina Gaúcha
- Restinga Seca
- Santa Cruz
- Caibaté
- Roque Gonzales
- Guarani das Missões
- Coímbra
- Parque Industrial
- Eugênio de Castro
- São Miguel das Missões
- Rincão dos Pires
- Mato Queimado
Conselho Editorial:
Roberto Haas e Amando Dalla Rosa
Editor:
Itamar Luiz Stadtlober
Diagramação Eletrônica e Apoio:
Nelson Maso, Luciana Moro de Souza e José Rauber
Coordenação Depart. de Comunicação
Nery Vier
Tiragem
5.000 exemplares
Gráfica Jornal Atribuna
6ª CAVALGADA ECOLÓGICA
MISSIONEIRA
Nos dias 22 e 23 de
maio 2004, o Centro
Cultural de Tradições
Nativistas Ronda Crioula
– CCTN, com apoio das
Entidades do município de
Cerro Largo, promoveu a
6ª Cavalgada Ecológica
Missioneira, tendo como
lema: “Água, fonte de
vida”.
No
roteiro
da
cavalgada, de aproximadamente 35 quilômetros participaram 139
cavalarianos, (adultos,
jovens e crianças), que
vivenciaram a paisagem
em diferentes cenários:
áreas cultivadas e áreas
de preservação. Também
participaram de momentos de motivação,
reflexão, conscientização
e intercooperação para a
preservação e recuperação da natureza e
respeito a vida.
No sábado, dia 22, na
Linha Caçador, foi
percorrido uma trilha de 2
quilômetros, entre a mata
nativa. O agricultor
Bernardo Spies, fez uma
reflexão sobre a importância da água, junto a
uma fonte, em sua
propriedade, ao longo da
trilha. Bernardo também
conduziu os cavalarianos
para visitar uma Araucária angustifólia (Pinheiro
Brasileiro), que foi
plantada em 1905, hoje
com 99 anos apresenta-se
frondosa e exuberante,
causando admiração e
respeito aos visitantes.
Na sede da propriedade de Bernardo Spies,
ocorreu uma parada dos
cavalarianos. Nesta
oportunidade, antes do
almoço
(carreteiro
preparado no local),
oportunizou-se
a
participação do Engº.
Agrº. Amando Dalla
Rosa, Vice-Presidente da
Cotrisa, que fez uma
reflexão sobre o Meio
Ambiente: água, fonte de
vida. Recursos Naturais.
Fatores de Produção.
Sistema Plantio Direto na
Palha. Rotação de
Culturas. Recuperação da
Mata Ciliar. Readequação
de Estradas e Captadores
de Água da Chuva.
Cooperação, Ecoati-
Cavalarianos iniciando a 6ª Cavalgada Ecológica
Amanda Dalla Rosa fez reflexão sobre o Meio Ambiente para os cavalarianos
tudes, Intercooperação,
Relações interpessoais,
Saúde física, espiritual,
emocional e saúde social.
Cultivo da sabedoria em
atender o desejo individual
(eu) fortalecendo coletivo
(nós). Antes do almoço,
num gesto de agradecimento e cooperação,
os cavalarianos deram-se
aos mãos e realizaram um
ato de louvor ao Criador
da natureza e da vida.
Após o almoço, os
cavalarianos, seguiram
para Linha Santa Fé
Norte e Sul e na Linha
São João, ao entardecer
ocorreu uma Missa
Crioula com o foco na
água, e plantio de árvores.
Após foi realizado uma
demonstração de abate e
assados de ovelha para o
jantar, com posterior
tertúlia livre.
No domingo, dia 23, os
cavalarianos retomaram a
cavalgada até Linha
Marreca, onde foram
recepcionados com um
almoço típico. Após,
seguiram o percurso, entre
as mais diversas paisagens, onde os cavalarianos puderam
conferir a exuberância e
a beleza da natureza,
como também práticas de
cultivo e manejo do solo
que proporcionam a
recuperação e preservação das terras e da água
no interior do município.
O encerramento aconteceu às 16:00horas na
Praça da Matriz, onde foi
plantado uma muda de
Guabiju e regada com água
recolhida nas fontes e
sangasduranteacavalgada.
Na avaliação de
Amando Dalla Rosa esta
6ª Cavalgada Ecológica
Missioneira, proporcionou momentos inesquecíveis de motivação,
revitalização e energização para persistir no
caminho praticando
ações ecológicas (ecoatitudes) que produzem
resultados econômicos,
sociais e ambientais.
Amando registra um
agra-decimento a todos
os cavalarianos em
especial aos Coordenadores Breno, Celso e
Marcos pelo convite e
pela acolhida e atenção
em todos os momentos.
Ao Padre Afonso
Ullmann, muito obrigado,
pelo empréstimo do seu
cavalo Maqueco, que
pela sua mansidão
convivemos de forma
harmônica junto a
natureza.
03
Maio/Junho 2004
SOJA TRATADA COM FUNGICIDA COMPLICA A
EXPORTAÇÃO
Coordenador da Unidade de Grãos Armindo Terhorst
A crise no mercado de soja gaúcho, provocada pela
suspensão das exportações para o mercado chinês,
depois dos importadores suspeitarem de que cargas de
soja continham sementes tratadas com agroquímicos,
não irá trazer reflexos apenas na atual safra, mas daqui
para frente. As novas regras que necessariamente serão
impostas pelos importadores internacionais irá complicar
a vida do produtor e por conseqüência todo o setor
envolvido com a produção e comercialização da soja.As
considerações foram feitas pelo coordenador da área
de grãos da Cotrisa, agrônomo Armindo Terhorst.
Segundo ele, pela ganância de alguns produtores, todo
o complexo sairá perdendo. Disse, no entanto, que a
queda do preço da soja no mercado internacional e
principalmente no mercado chinês, não está ligada
somente a questão da suspensão das importações do
produto junto ao Rio Grande do Sul.
Terhorst aponta ainda outros fatores que contribuíram
para a desvalorização do produto entre 16% a 20% em
pouco mais de duas semanas. “Neste período o mercado
se mostrava especulativo e se percebia que os
compradores não tinham como repassar os altos custos
do produto às indústrias. Daí então, os dezesseis maiores
importadores chineses reuniram-se, ratearam os
estoques existentes, retirando-se do mercado até que
os preços voltassem a patamares aceitáveis”,
completou. Outro fator que influenciou a queda e é
apontado por Terhorst, diz respeito a fuga dos
investidores em fundos de pensões na Bolsa de Chicago,
que compram títulos que equivalem a soja, terem
migrado para compra de ações no mercado de petróleo.
CONSCIENTIZAÇÃO
Para o coordenador da área de grãos da Cotrisa, para
tentar amenizar a situação e evitar que isso não venha
mais ocorrer, é necessário uma conscientização do
produtor de que soja tratado com fungicida é um produto
que mantém a toxidade e a longo prazo é cancerígeno.
O técnico lembrou que a tecnologia disponível faz com
que se possa programar o plantio sem que haja sobras.
Recomenda que 80% das sementes destinadas ao
plantio sejam tratadas, caso não seja necessário uma
quantidade maior. Em caso de sobra do produto tratado
com fungicidas, comercializar as sementes com outros
produtores seria uma das saídas ou, em último caso,
utilizá-las como adubo, pois a semente tratada é imprópria
para o consumo humano. Terhorst lembrou de um ditado
popular que diz “o que não serve para comer, também
não serve para vender”.
EFEITO DO EMBARGO
Conforme Armindo Aloísio Terhorst, o embargo pelos
chineses trouxe enormes dificuldades em toda a cadeia
agrobusiness, não só pela suspensão dos carregamentos,
bem como pela dificuldade do retorno de adubo e
calcário, pois o frete teve significativo aumento.
A paralisação das vendas de soja, trouxe ao mercado
grande oferta de trigo e milho cujos preços baixaram
cerca de 10% e os prazos de pagamento foram
alongados para 60 dias. O embargo trouxe a
necessidade de redobrarmos os cuidados com relação
a qualidade da exportação dos nossos produtos, tanto
soja como trigo e milho, pois problemas fitossanitários
e ou/ resíduos de contaminantes poderão se tornar uma
forte proteção sobre preços nesta guerra pela disputa
dos mercados de commodities.
Devemos perseguir a tolerância zero na mistura de
produtos impróprios para consumo, resíduos de
sementes tratadas com agrotóxicos, contaminantes
biológicos tais como fungos, bactérias e insetos, evitando
desta forma a possibilidade de cancelamento de
contratos com preços favoráveis, mediante a utilização
das conhecidas barreiras fitossanitárias.
PERSPECTIVAS
Passado a turbulência do embargo, no dia 21 de junho
p.p., quando as autoridades brasileiras e chinesas
chegaram a um acordo sobre a tolerância de sementes
tratadas com fungicidas nas cargas de soja indústria,
aceitando a Instrução Normativa nº 15 do MAPA, que
estabelece um grão de soja tratada por quilo.
Com a normalização das exportações a comercialização
deverá começar a fluir normalmente, seguindo os
aspectos fundamentais do mercado baseado na oferta
e demanda. As perspectivas são de que os preços
venham a se recuperar, levando-se em conta
principalmente os baixos estoques disponíveis no
mercado, até final de julho.
Para o segundo semestre os preços serão balizados
pelo tamanho da safra norte americana, a não ser que
um fato inusitado se apresentar.
CRITÉRIOS
Mesmo que a instrução nº15 do MAPA estabeleça
critérios de contaminantes, o mercado acatará esta
tolerância ocasionalmente como erro involuntário.
Não haverá aceitação plena em todos os embarques
para conteúdos que não são pertinentes ao produto
negociado e na classificação como produto comercial
de exportação.
Na inspeção pelo Ministério da Agricultura realizada
nos armazéns da Cotrisa, em junho de 2004, o termo
de fiscalização informa não haver constatado indícios
de contaminação da soja por semente tratada, o que
confirma a rigidez da Cotrisa no recebimento. Com
relação aos critérios de qualidade dos produtos
entregues na Cooperativa, durante o período de
recebimento diversas cargas de soja foram
devolvidas aos produtores, por ter sido identificado
mistura de sementes tratadas. A Cotrisa manterá a
tolerância zero de soja tratada com fungicida e outros
produtos no recebimento desta oleaginosa, como
garantia de que recebe e comercializa produtos de
qualidade.
Novidades da ciência agrícola
Giovani Theisen – pesquisador da Fundacep
envolvidos na resistência à seca em plantas de interesse
Um grupo de plantas que compreende cerca de 330 agrícola, como a soja, o milho, o trigo e outras.
espécies são conhecidas no mundo científico pelo nome [Fonte: Revista Physiologia Plantarum, vol .121, 2004]
de “Ressurreição”. Essas plantas podem tolerar Trigo produzindo seu próprio fungicida
extrema desidratação, sobrevivendo em ambientes Estudando a habilidade de alguns microorganismos
áridos com falta de chuvas por vários meses. Quando em controlar o crescimento de fungos, pesquisadores
suas folhas secam, entram em estado de dormência, Suíços descobriram uma substância química que inibe
reduzindo sua atividade vital e se protegendo, dessa o desenvolvimento de Ustilago maydis e Tilletia, que
forma, dos efeitos da falta de água e do calor são os fungos causadores do carvão e da cárie do
excessivo. Ao ocorrerem as primeiras chuvas, as trigo. Em suas pesquisas, os cientistas identificaram e
plantas literalmente ressuscitam, tornando-se verdes extraíram o gene que codifica a enzima PK (tóxica
e ativas em pouco mais de um dia. Quando as folhas aos fungos), e o introduziram no genoma de cultivares
de Ressurreição secam, praticamente não ocorrem de trigo suscetíveis ao carvão. Os resultados de campo
danos aos seus órgãos internos, além disso, os foram bastante promissores, indicando redução de
mecanismos naturais de reparo dos tecidos lesionados 42% na ocorrência de carvão nas espigas, além de
pela seca são rápidos e eficientes. Cientistas italianos diminuir a ocorrência de cárie nos grãos. Os estudos
estão estudando os mecanismos envolvidos nessa também demonstram que as sementes do trigo
extraordinária capacidade em resistir à falta de água. transgênico foram praticamente imunes a essas
Embora mais estudos ainda são necessários, doenças.
vislumbra-se a possibilidade de inserir os genes [Fonte: Revista Nature Biotechnology, abril de 2000]
Plantas que resistem à seca
Novo mecanismo de resistência ao glifosato
Cientistas da Pioneer descobriram uma nova forma
das plantas resistirem ao glifosato. Diferentemente da
Monsanto, que baseia a resistência ao glyphosate
(Roundup Ready) na alteração do seu local de ação
nas plantas, a nova forma de resistência é baseada na
degradação do herbicida. Estudando bactérias do
grupo dos Bacillus, os pesquisadores identificaram que
Bacillus licheniformis produz uma substância que
inativa o glyphosate. Através de minuciosos processos
de engenharia genética, os cientistas identificaram o
gene que possui a “fórmula” da nova substância,
extraíram-no e o inseriram em milho e fumo. Os
resultados práticos indicam que as plantas do novo
milho transgênico toleraram doses de até 5043 g/ha
de glyphosate (14 litros de Roundup ou outro produto
comercial equivalente). Provavelmente a médio prazo
outras empresas – além da Monsanto – terão em
oferta culturas tolerantes ao glyphosate.
[Fonte: Revista Science, maio de 2004]
04
Maio/Junho 2004
Cotrisa na 3ª Exporoque
Estande da Cotrisa na 3ª Exporoque 2004
Nos dias 14, 15 e 16 de maio, o município de Roque Gonzales realizou a 3ª
Exporoque. A Cotrisa como empresa de destaque na comunidade através
da sua unidade de recebimento de produtos, fornecimento de insumos,
assistência técnica e supermercado, também marcou presença neste
significativo evento.
Supermercados Cotrisa promovem
sorteio de vale-compras
Colaboradores dos Supermercados Cotrisa
recebem treinamento
Treinamento buscou aprimorar o atendimento dos colaboradores
Com o objetivo de aprimorar o
atendimento aos clientes, a Unidade
de Varejo, coordenada por Norma
Zalamena realizou um treinamento
envolvendo todos os colaboradores dos
supermercados da cooperativa.
Neste sentido, no dia 20 de abril,
ocorreu o primeiro encontro em Cerro
Largo, quando participaram 42
colaboradores de Guarani das Missões,
São Pedro do Butiá, São Paulo das
Missões, Roque Gonzales, Mato
Queimado e Cerro Largo.
Já no dia 21 de maio, em Santo Ângelo foi
a vez de reunir os 26 colaboradores de
Eugênio de Castro, Coimbra, Entre-Ijuís
e Catuípe. E por fim, o treinamento para
os 36 colaboradores dos dois
supermercados de Santo Ângelo, ocorreu
no dia 1º de junho.
2ª Mostra de Produtos
Industrializados de Santo Ângelo
Associados são contemplados com vale-compras
A rede de supermercados Cotrisa
realizou nos últimos dois meses, mais
dois sorteios de vale-compras, evento
que vem sendo realizado desde o mês
de março.
No dia 3 de maio, ocorreu o 2º sorteio
da promoção e no dia 1º de junho, a
terceira edição. Em cada um deles foram
sorteados 16 vale-compras.
As duas últimas oportunidades para os
clientes Cotrisa concorrerem estão
previstas para os dias 1º de julho e 2 de
agosto. Até lá, quem fizer compras em
um dos supermercados Cotrisa além de
encontrar o melhor preço, estarão ainda
participando dos sorteios.
Confira os contemplados de maio e
junho:
No sorteio de maio Edith Stein (São
Paulo das Missões), Evani Giselda
Teixeira (Eugênio de Castro), Fernado
Tonetto (Coimbra), Alcides Hanus
(Guarani das Missões), Júlio Ardais
(Roque Gonzáles), Angelina da Silva e
Clodoaldo Lunkes (Cerro Largo),
Maria Cleci da Silva Pedroso
(Catuípe), Enedina de Oliveira (Mato
Queimado), Neli Ilone Guzze Montay
(Entre Ijuís), Leci Reisdorfer (São
Pedro do Butiá), Giovane Henrique
Welter e Selvino Pereira(Santo Ângelo
– mercado I), Ana Fonseca e Edite
Rodrigues (Santo Ângelo – mercado
II).
No Sorteio de junho Plínio Welter
(São Paulo das Missões), Rosa Dionira
Matina (Eugênio de Castro), Leonir
Antônio Vendrusculo (Coimbra),
Cleoci Freitas (Guarani das Missões),
Idalina Dalávia (Roque Gonzáles),
RoqueAloísio Tresel e Nelson da Silva
(Cerro Largo), Flávio Bernardi
(Catuípe), Ivone Rentz Lunkes (Mato
Queimado), Nara Graziela de Moraes
e Marlene Inês Antunes (Entre Ijuís),
Irineu Funk (São Pedro do Butiá),
Natália S. Barichello e Marcedes M.
Franco (Santo Ângelo – mercado I),
AnaAlice Brizola e Taís de Oliveira de
Mello (Santo Ângelo – mercado II).
Cotrisa buscou divulgar os seus produtos durante a mostra.
A Cotrisa esteve presente na segunda
edição da Mostra de Produtos
Industrializados de Santo Ângelo,
evento realizado no período de 10 a
13 de junho, no Parque de
Exposições Siegfried Ritter.
Foi mais uma oportunidade para que
as empresas do ramo moveleiro, têxtil,
couro, metal-mecânico, alimentação,
bebidas e gráfico pudessem
apresentar o melhor da produção
local. O setor agropecuário promoveu
uma grande feira de animais, enquanto
que o Grupo Folclórico Madrugada
do Rio Grande por sua vez,
coordenou com sucesso o 12º Rodeio
Madrugada do Rio Grande, que apesar
do frio atraiu um enorme público. Além
disso, a feira de Hortigranjeiros,
pequenos animais e as etnias
completaram as atrações.
A Cotrisa ao participar da Mostra teve
como objetivo divulgar os seus
produtos, especialmente da marca
“Dois Pinheiros”: massas, pêssegos em
calda e pepino. Na avaliação da
cooperativa, a meta foi alcançada, uma
vez que um grande número de pessoas
esteve visitando a Cotrisa, conhecendo
ainda melhor os seus produtos.
05
Maio/Junho 2004
COTRISA firma parceria com a Purina
com a Purina, no sentido de colocar
produtos tecnicamente indicados para
este tipo de animal. Assim, dispomos
de rações para eqüinos nas suas
diferentes finalidades, sendo
observado níveis de necessidade
sejamemproteína,energia,equilíbrios
minerais e vitamínicos para as
diferentes situações.
Seguindo esta linha, a COTRISA e
Purina estão desenvolvendo palestras em
diferentes comunidades onde se vislumbra
criatórios e manutenção de eqüinos,
levando a mensagem de um bom manejo
e a indicação do produto nas diferentes
situações.
No mês de maio, um dos encontros
ocorreu no Centro de Treinamento dos
Criadores de Cavalos Crioulos de
Guarani das Missões.
Paulo Fan coordenador da área veterinária da COTRISA proferindo a palestra
É histórico, especialmente no Rio
Grande do Sul, a estreita relação entre
o homem e o cavalo, este sempre
esteve ao lado do gaúcho seja como
meio de transporte, na tração animal,
nas escaramuças e batalhas, nas lidas
campeiras ou nas competições
esportivas.
Fato é que o cavalo, a exemplo do cão
estabelece uma relação quase
inquebrantável com o homem.
Nos dias atuais, o cavalo desempenha
importante papel em nossas fazendas,
especialmente nas atividades
relacionadas ao manejo do gado.
Porém, com o advento das competições
turfísticaseprovashípicas(saltos),surgiu
a necessidade de um avanço tecnológico
no que tange a nutrição e alimentação
adequada a ser fornecida aos eqüinos.
Diante disso, a COTRISA através de
sua área veterinária procurou parceria
Criadores de cavalos crioulos de Guarani das Missões foram os
participantes da palestra
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Engº Agrº Amando Dalla Rosa vice-presidente da COTRISA, transmitindo mensagens aos alunos
Ações Ecológicas realizadas pelos alunos da Escola São Estanislau: os
alunos trazem de suas casas os vazilhames de plástico para posterior
reciclagem.
A Escola Municipal de Ensino
Fundamental São Estanislau do Distrito
da Linha Harmonia Centro, Guarani
das Missões, no dia 5 de junho de 2004,
dia em que em todo mundo se
comemora o Dia Internacional do Meio
Ambiente, realizou no salão da
Comunidade, um ciclo de palestras,
como ponto culminante do Projeto
sobre o Meio Ambiente que o
educandário desenvolveu. O ciclo de
palestras contou com a participação
, o Sr. Teófilo Szimanski e a Sra.
Marlene Hamerski – Passaram aos
alunos mensagens de conscientização
em prol da preservação do Meio
Ambiente. Também na mesma
oportunidade representando a
COTRISA, o seu Vice- Presidente o
Engenheiro Agrônomo Amando Dalla
Rosa abordou os temas: Cuidados
com os agrotóxicos, Plantio Direto na
Palha, Contribuições para preservação
do Meio Ambiente.
dos seguintes palestrantes. Representando a APAARCI – Associação de
Proteção Ambiental Amigos dos rios
Comandai e Ijuí de Guarani das Missões
- Professor Estanislau Karnikowski –
Abordou o tema que se refere as Leis
ambientais e sugestões do que podemos
fazer por um ambiente melhor, bem como
relatou atividades que são desenvolvidas
pela associação em prol do Meio
Ambiente. Representando o Conselho do
Meio Ambiente de Guarani das Missões
A Comunidade Escolar São Estanislau,
na pessoa do diretor Clóvis Wyzykoski
agradece a disponibilidade dos
palestrantes, bem como pela
contribuição que deram para refarçar
as atividades que vem sendo
desenvolvidas por este Educandário em
prol do Meio Ambiente.
Salientamos que só com pessoas ativas
é que realmente podemos ter um futuro
melhor. Pela sua contribuição, a natureza
agradece.
06
Maio/Junho 2004
MONOGRAFIAS
A direção da COTRISA está incentivando os
funcionários da cooperativa a voltar a estudar para
ambliar os seus conhecimentos e também para servir
de motivação para o trabalho. Neste sentido, três
funcionários do Departamento Técnico estão concluindo
a Pós-Graduação, são eles os Engenheiros Agronômos
João Becker e o Cristiano Bade e o Técnico
Agropecuário Anderson José Lucca. Na seqüência
estamos trazendo uma síntese das monografias.
1) TRABALHO DE MONOGRAFIA DO ENGº AGRº JOÃO BECKER CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO
“GESTÃO EM AGRONEGÓCIOS” REALIZADO NA URI – SANTO ÂNGELO 2003 e 2004.
O trabalho de monografia teve como título
“Comportamento Ambiental dos Defensivos
Agrícolas Utilizados pelos produtores na
Região das Missões”. O que me levou a optar
por este título foi a quantidade de produtos
fitossanitários utilizados na região das missões
e o entendimento que muitos leigos e
autoridades responsáveis pela criação e
aplicação da legislação atual tem a respeito dos
produtos fitossanitários utilizados nas
lavouras e o seu efeito ao meio ambiente e as
pessoas, recaindo muitas vezes o ônus pela
contaminação do meio ambiente aos
produtores rurais, quando sabemos que as
grandes contaminações e agressões ao meio
ambiente são de outras origens. Outro motivo
que me levou a abordar este tema é que todos
os produtos fitossanitários comercializados
pela Cotrisa são criteriosamente analisados
pelo seu departamento técnico antes da sua
comercialização e este trabalho vem a contribuir
no sentido de conhecer todas as moléculas
utilizadas e as suas características.
Uso dos produtos fitossanitários na
Cotrisa
A Cotrisa, Cooperativa Triticola Regional
Santo Ângelo Ltda., fica situada na região das
missões do Rio Grande do Sul, tendo sua
atuação em 14 municípios (Santo Ângelo,
Catuípe, Entre Ijuis, Eugênio de Castro, Jóia,
São Miguel das Missões, Vitória das Missões,
Caibaté, Mato Queimado, Guarani das
Missões, Cerro Largo, São Pedro do Butiá,
Roque Gonzáles e São Paulo das Missões).
A região de atuação da Cotrisa é
essencialmente agrícola, com uma área
cultivada de 240.000 hectares de soja, 56.000
hectares de trigo e 50.000 hectares de milho,
variando anualmente em pequenos
percentuais, conforme a intenção de plantio
dos produtores rurais.
Para garantir boas produtividades, reduzir
perdas, produzir produtos de qualidade com
segurança para a saúde e meio ambiente com
rentabilidade aos produtores a Cotrisa, através
do seu departamento técnico seleciona os
produtos a serem utilizados e recomendados
aos seus associados, baseados em
resultados científicos dos órgãos de pesquisa
competentes.
A venda dos produtos é realizada na
forma de venda técnica, ou seja, sua aplicação
é orientada através dos assistentes técnicos
baseado em critérios científicos aliados a
experiência dos profissionais levando em
consideração as condições ambientais de
cada região.
A Figura 1 mostra os defensivos
comercializados pela Cotrisa no ano de 2003.
Deste total os herbicidas representam o maior
volume num total de 84,48 %. Já os inseticidas
com 7,62% e fungicidas com 7,90 %
representam uma menor parcela.
Figura 1 - Vendas totais de produtos fitossanitários pela Cotrisa em 2003.
Na Figura 2 estão representados
os inseticidas comercializados pela Cotrisa
no ano de 2003, onde mostra que os
produtos de ação de choque tiveram uma
participação expressiva com 83,43 % do
total dos inseticidas comercializados em
volumes totais. Os produtos fisiológicos
representam uma parcela de 6,28 % e os
de tratamento de sementes 2,18 %,
enquanto que os formicidas representam
8,1 % dos produtos. Verifica-se ainda que
grande parte dos produtos utilizados
possuem ação de choque, porém já há
um considerável uso de produtos
fisiológicos, e nos últimos anos com o
surgimento de novas moléculas começou
o uso de inseticidas para tratamento de
sementes, que irão contribuir para um
menor uso de inseticidas na parte aérea
das plantas, sendo ambientalmente mais
seguros. Os formicidas representados por
8,1% dos inseticidas são moléculas
comercializadas como formicidas porém
utilizadas também para o controle de
outras pragas, como cupins, grilos, larvas
de corós e outras.
Figura 2 - Venda de inseticidas pela Cotrisa no ano de 2003.
07
A Figura 3 mostra o comportamento
da venda de herbicidas pela Cotrisa no ano de
2003. A maior expressão do volume utilizado
pelos produtores foi com os herbicidas
dessecantes com 89,80 % do volume, uma vez
que grande parte da soja cultivada na região é
soja geneticamente modificada resistente ao
glifosate. Já os herbicidas pré-emergentes
tiveram uma pequena participação com 1,2 % e
os pós-emergentes com 8,92 %. Verifica-se que
com o sistema de plantio direto na palha e mais
recentemente com o uso da biotecnologia a
região passou a consumir mais produtos
Maio/Junho 2004
dessecantes, basicamente a base de glifosate,
que é um produto ambientalmente seguro de
rápida degradação no meio ambiente,
podendo ser considerado um produto de
tecnologia limpa. Por outro lado houve uma
grande redução no uso de produtos residuais
como os pré e pós emergentes que eram
utilizados em grande escala nos sistemas de
cultivo convencional com lavração de
variedades de soja convencionais. Neste
sentido verificamos que houve um grande
avanço para o meio ambiente com a utilização
desta tecnologias.
2) IMPACTO NA SAÚDE DOS ALIMENTOS
GENETICAMENTE MODIFICADOS
Monografia de Conclusão de Curso, apresentado como requisito de obtenção do grau de
especialista em Agronegócios na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das
Missões Departamento de Ciências Sociais Aplicadas ENG° AGRº CRISTIANO BADE
Figura 3 - Venda de Herbicidas pela Cotrisa no ano de 2003.
Na Figura 4, verifica-se que na venda de fungicidas o maior volume foi utilizado
para controle de doenças nos órgãos aéreos das plantas com 76,89 %. Para o controle
de doenças nas sementes houve um percentual expressivo de utilização de fungicidas
com 23,11 %.
RESUMO
A transferência de gênes através da transferência de DNA é remota e as plantas
geneticamente modificadas tem sido usadas em grande escala nos últimos anos, esta
tecnologia está permitindo um grande avanço na produção de alimentos e promete ainda
servir como ferramenta não só na área de alimentos como também na área médica.
Esta tecnologia se deve principalmente à descoberta na década de 70 da tecnologia do
DNA recombinante onde é possível cortar pedaços de DNA de uma célula ou bactéria e
soldar estes pedaços a outro organismo, que se torna funcional, com características do
pedaço inserido.
Como toda nova tecnologia os alimentos geneticamente modificados também causam
preocupações sobre os aspectos de riscos envolvidos com a sua utilização, existem diferentes
tipos de risco. O risco é um conceito que mede a probabilidade de ocorrência de um determinado
dano.
A avaliação dos riscos envolvidos nos alimentos GM é um processo consolidado, os
procedimentos para a avaliação dos riscos surgiram a partir de um grande número de estudos
e conhecimentos acumulados e serve como auxílio na tomada de decisão de modo a garantir
a proteção da população contra possíveis riscos inaceitáveis.
Os transgênicos são mais seguros a população pois os riscos potenciais são avaliados,
determinados e estimados antes destes entrarem no mercado.
A capacidade do consumidor de avaliar os possíveis riscos deve ser questão fundamental,
para se evitar distorções nos conhecimentos científicos empregados.
08
Maio/Junho 2004
3) TURISMO RURAL
O Turismo Rural está em evidência na região das
Missões. Com a necessidade do homem urbano em
procurar uma vida mais saudável, com recursos
naturais para o lazer, descanso, recuperação física e
mental, com alimentação típica e saudável, buscando
o verde natural, o silêncio e a tranqüilidade longe do
mundo artificial, e a valorização da cultura local,
resgatando suas origens. Para o homem do campo
significa um crescimento pessoal, social e um meio de
aumentar a renda familiar, valorizando sua propriedade,
o estilo de vida e fazendo intercâmbio com as pessoas
da cidade.
Diante disso a COTRISA busca junto a seus
colaboradores a realização de cursos
profissionalizantes, onde o colaborador Anderson José
Lucca realizou o curso de Pós-Graduação
Especialização em Gestão de Agronegócios, na URI
no período de 2003 a 2004, realizando sua monografia
na área de Turismo Rural nos Distritos do Sossêgo e
Comandaí, no município de Santo Ângelo.
A região escolhida possui vários pontos a serem
explorados como: a beleza natural da cascata do rio
Comandaí, matas com locais para passeio e lazer,
nascente de rios, casas típicas italianas com peças
históricas para museu, balneáreos (com área de lazer,
parque infantil, cancha de bocha, quadra de esportes,
churrasqueiras, área de campings, piscinas), o dia a
dia da propriedade rural e as atividades envolvidas na
produção agropecuária (acompanhamento do plantio
e colheita de produtos agrícolas, acompanhamento
da ordenha e industrialização do leite (queijo),
alimentação de animais como suínos e aves, colheita
de frutas e hortaliças ), culinária, produtos coloniais e
artesanatos.
O projeto Turismo em Propriedades Rurais
proporcionou novas oportunidades para a realização
de outras atividades além das já realizadas no meio
rural, voltada ao desenvolvimento sustentável gerando
renda, com a conscientização do aproveitamento e
condições que o ambiente natural e os produtos
primários industrializados oferecem, vendo que a
região tem condições de evoluir gradativamente além
do que já está funcionando, obtendo grande sucesso.
Cascata do rio Comandaí
Turistas visitando a cascata do rio Comandaí
REUNIÕES COM ASSOCIADOS
No período de 4 a 20 de maio de
2004; a COTRISA realizou 16 reuniões
em sua área de ação, com a presença
de 320 associados.
O Assistente Técnico, da respectiva Unidade fez a palestra sobre a
implantação das culturas de trigo e
milho, com base nas últimas informações da pesquisa, compiladas pelo
Coordenador Técnico Engº Agrº João
Becker.
Dando continuidade foram apresentadas informações sobre: sistema
troca de calcário, disponibilidade de
insumos e recursos financeiros para
implantação da cultura do trigo.
Complementando as atividades, com
a coordenação do Conselheiro e
Gerente da respectiva Unidade e da
Direção, oportuniza-se novamente o
“Espaço de Reflexões e Ação” onde
foram relatadas as ações positivas
realizadas pela COTRISA e também
acolhidas sugestões de melhoria, nas
atividades diárias da Cooperativa.
Estas reuniões com os associados,
para o Engº Agrº Amando Dalla Rosa
– Vice Presidente da COTRISA, que
participou de todas as reuniões, são
positivas para o fortalecimento de uma
relação mais próxima entre
Associados-Direção-Colaboradores.
A conversa “olho no olho”
esclarece dúvidas, fortalece a atuação
Cooperativa, gera credibilidade,
segurança e qualidade no que
fazemos. E nos conduz para o
caminho com sabedoria em atender
o desejo individual fortalecendo o
coletivo.
Reunião na Unidade de Entre-Ijuís
09
Maio/Junho 2004
ENTRE IJUÍS TEM PROGRAMA “A UNIÃO FAZ A VIDA”
Reunião da coordenação com os parceiros
Visita a Escola São Paulo - Esquina Gaúcha
Alunos da Escola Presidente Vargas
Há vários anos o programa “União Faz a Vida” vem
sendo desenvolvido em diferentes escolas e municípios
do Rio Grande do Sul. A proposta apresentada pelo
Sicredi, procura desenvolver a ajuda mútua, a
solidariedade e a cooperação.
O objetivo do programa é difundir o espírito
cooperativista nas escolas de Ensino Fundamental,
divulgar e oportunizar vivências dentro dos princípios
do cooperativismo. Dentro dos resultados alcançados
até agora, constata-se uma maior integração entre a
escola e a comunidade, dos professores entre si e
com os alunos. Há também, uma valorização e
aperfeiçoamento do processo educativo e a
provocação de um maior dinamismo da escola como
um todo.
O Programa “A UNIÃO FAZ A VIDA” está sendo
desenvolvido no município de Entre-Ijuís desde 1998
e procura através deste, desenvolver todas as ações
alicerçadas em quatro pontos fundamentais: O ensino
aprendizagem centrada no aluno, metodologia de
forma cooperativa, preocupação com o meio ambiente
e valorização do profissional da educação.Todo o
trabalho desenvolvido é realizado através de projetos
escolares, projetos estes que buscam proporcionar
experiências que permitam o educando a desenvolver
suas próprias capacidades e personalidade. Estes são
elaborados de forma interdisciplinar onde busca a
formação integral do aluno e o conhecimento é
questionado, pensado, construído e reconstruído para
assim abordar o conhecimento para explicar os fatos
sob diferentes pontos de vista.
Ao se trabalhar com projetos os alunos,
professores e demais segmentos da escola elaboram,
executam e avaliam. Para que realmente aconteça o
projeto interdisciplinar se faz necessário muito diálogo
para analisar os passos que estão sendo
desenvolvidos e juntos planejar novas ações.
Este programa tem a abelha como símbolo,
pelo fato deste pequeno e gracioso inseto trabalhar
em sistema de cooperação, sua imagem busca
simbolizar e ressaltar a coletividade
Neste sentido, no dia 26 de maio, aconteceu uma
importante reunião junto a Secretaria Municipal de
Educação e Cultura de Entre Ijuís com a participação
dos parceiros Sicredi Missões , COTRISA, URI e a
equipe de professores que coordena o programa no
município, além do secretário de Educação e o viceprefeito mirim.
Na reunião, a equipe de coordenação apresentou
sinteticamente os trabalhos que já foram realizados
durante 2004 e apresentaram também, o
planejamento para os próximos meses. Entre as
múltiplas atividades já desenvolvidas podemos
destacar os treinamentos de professores; palestra com
os pais sobre a relação dos pais e filhos, como educar
na atualidade; projeto prefeito, vice e vereadores
mirins; palestra sobre meio ambiente; caminhada
ecológica; homenagem as mães e aniversário presente.
Na ocasião também foram agendadas visitas às
escolas pela equipe de coordenação e parceiros para
observar e sentir de perto os trabalhos que estão sendo
realizados nas escolas, com o objetivo de estimular
tanto a equipe de coordenação, parceiros, diretores,
professores e alunos.
No dia 29 de maio foi realizada, a primeira visita pela
parte da tarde, na Escola São Paulo de Esquina Gaúcha
que tem como Diretora a Sonia Sulsbach. Além do
contato com os alunos, o grupo também pode verificar
a Mostra de Objetos Antigos, que estava sendo
desenvolvida no educandário. O objetivo foi resgatar
a memória histórica da comunidade. No dia 15 de
junho, a visita foi realizada nas escolas Presidente
Vargas que tem como Diretora Vera Wester Pereira e
Maria Antônia Uggeri Pizetta da Serra de Baixo que
tem como Diretora Maria Denise Thiel e Zeferino
Antunes de Almeida do Carajazinho que tem como
Diretora Tânia Regina da Silva . Nestas visitas foram
feitas visitas aos alunos nas salas de aula e encontros
com as professoras para que pudessem relatar os
pontos positivos e as dificuldes que estão encontrando
no desenvolvimento do programa .
Visita a sala de aula na Escola Zeferino
Antunes de Almeida - Carajazinho
Escola Presidente Vargas desenvolve projeto
de plantio de pinheiros
Visita a Escola Maria Antônia Uggeri Pizetta - Serra de Baixo
Visita a Escola Zeferino Antunes de Almeida - Carajazinho
10
Maio/Junho 2004
DESEMPENHO DAS CULTURAS DA SOJA E TRIGO
NA ÁREA DE AÇÃO DA COTRISA
SOJA: Conforme informações da área técnica, na
área de ação da COTRISA , que abrange 14 municípios,
foram plantados 258.750 hectares com a cultura da soja
na safra 2003/2004. A produtividade apurada na média
dos municípios da área de ação da Cotrisa ficou em
16,52 sacas por hectare com uma variação de 10 sacas
por hectare nos municípios mais atingidos pela estiagem
a 30 sacas por hectare onde houve uma precipitação
maior. Também verificou-se uma grande variação no
rendimento de lavoura para lavoura e de localidade para
localidade, em função principalmente da ocorrência de
chuvas localizadas, data do plantio e ciclo das cultivares
dentro deste contexto. O percentual médio de quebra
no rendimento da cultura da soja foi de 54,11% em
relação a produtividade inicial esperada de 36 sacas
por hectare. Se compararmos com a safra do ano
anterior (2002/2003), quando foi colhido uma média de
41,5 sacas por hectare, a quebra foi de 60,20%.
Analisando estes números verificamos que nesta safra
se deixou de colher 24,98 sacas por hectare de soja
em relação a safra 2002/2003, somando um total de
6.463.575 sacas. Ao preço de R$ 40,00 a saca, este
volume de 6.463.575 sacas, representa uma cifra de
R$ 258.543.000,00 (Duzentos e cinqüenta e oito
milhões, quinhentos e quarenta e três mil reais), valor
que deixou de circular nos 14 municípios da área de
ação da Cotrisa, somente em função direta do valor
representado pelo volume de soja colhido a menos que
na safra anterior. Os reflexos deste quadro já estão
sendo evidenciados na implantação da cultura do trigo
e serão ainda maiores por ocasião da implantação das
culturas de verão.
OBS: Os dados oficiais de perdas pela estiagem por
município, bem como a produtividade das culturas são
apurados pelo IBGE e COMEA, com a participação
dos diversos segmentos ligados a agricultura.
TRIGO: A previsão de plantio é de 57.050 hectares
para esta safra, contra 56.300 hectares da safra
passada, gerando um aumento de 1,3% na área de
plantio. A área de trigo semeada até o dia 21 de junho
foi de 94% em média na área de ação da Cotrisa,
estando 64% na fase de germinação e 13 % já no
perfilhamento. A condições climáticas, até o momento,
tem sido favoráveis a cultura do trigo permitindo que o
produtor realizasse o plantio em condições ideais de
umidade do solo e as chuvas ocorridas favoreceram a
emergência e o estabelecimento da cultura. O ideal para
cultura do trigo seria que as temperaturas se
mantivessem baixas e que ocorressem dias com alta
luminosidade.
Santo Ângelo, 21 de junho de 2004.
Engº Agrº João Becker
Coordenador Técnico
PLANTE MILHO COM TECNOLOGIA
Indicações importantes para a cultura do milho
1. Senhor produtor, procure seu assistente técnico e planeje sua lavoura de
milho;
2. Escolha da área: é importante plantar o milho em áreas sem acidez tóxica e
com matéria orgânica boa, evitando solos compactados;
3. Faça uma boa dessecação para eliminar todo tipo de plantas daninhas, tendo
especial atenção para o manejo da granxuma, poaia branca, trapoeraba e
outras;
4. Em área com azevém faça dessecação seqüencial e aguarde 30 dias para
realizar o plantio do milho;
5. Escolha o híbrido adequado para a sua situação: variedades e híbridos duplos
são mais rústicos e suportam melhor períodos de deficiência hídrica;
6. Época de plantio: a) nos plantios do cedo cuidar a temperatura do solo que
deve ser maior que 12ºC para o plantio do milho; b) nos plantios do cedo em
anos de “el niño” poderá faltar luminosidade para o desenvolvimento do
milho; c) os plantio de dezembro, normalmente são mais seguros; d) o
escalonamento de plantio em diversas épocas é uma boa alternativa;
7. Faça uma boa regulagem da semeadora visando uma boa distribuição das
sementes e uma boa profundidade de semeadura, garantido um bom estande
de plantas, uma vez que o número de plantas por metro quadrado é muito
importante no rendimento da lavoura.
8. Faça uma boa adubação atentando para a quantidade de nitrogênio a ser
aplicado no plantio e em cobertura. O ideal é realizar o plantio com a utilização
de 30 quilos de nitrogênio na base;
9. É muito importante fazer o levantamento de larvas de corós antes do plantio e
o controle de todas a pragas que ocorrem na fase de germinação, fase de
plântula e na fase vegetativa do milho tendo uma atenção especial para as
larvas de corós, formigas, grilos, lagartas e a larva alfinete, lembrando que
algumas destas pragas podem ser controladas com o tratamento das sementes
com inseticidas;
10. Faça o controle das plantas daninhas mantendo o milho no limpo até 60 dias
após a germinação.
EXPERIMENTE SEGUIR ESTES CONSELHOS E VERÁS OS
RESULTADOS.
11
Maio/Junho 2004
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS EFEITOS DO FRIO E
Giovani Theisen, Jackson Fiorin
GEADA EM TRIGO
Da Fundacep
A ocorrência de geadas é um
fator de perda de rendimento em várias
culturas e em diversos locais do mundo.
No Sul do Brasil, os cereais de inverno
são as espécies mais atingidas por este
fenômeno climático, seguidas do milho,
que sofre danos ocasionais quando
cultivado precocemente. Nas demais
regiões do nosso país, a geada causa
danos esporádicos, mas com grandes
perdas em citrus, algodão, cana, café,
além da mandioca e da batata.
Diversas espécies vegetais
possuem adaptação natural ao frio, neve
e temperaturas abaixo de zero grau. Esta
adaptação ocorre, em boa parte dos
casos, pela entrada em dormência,
situação em que a planta perde suas
folhas, expande estruturas externas e
acumula substâncias de reserva com
ponto de congelamento menor que o da
água. Outras plantas não entram em
dormência, mas alteram seu perfil
fisiológico para sobreviver às baixas
temperaturas. Nessas alterações
fisiológicas, merece destaque o acúmulo
do aminoácido prolina, de açúcares, de
cálcio e de potássio, todas substâncias
osmoticamente ativas, que diminuem o
ponto de congelamento da água. Dessa
forma, ao aumentar a concentração
desses componentes, o tecido celular
tem melhores chances de resistir ao
congelamento.
Os cereais são sensíveis ao frio
especialmente do período do
emborrachamento até o início da
maturação fisiológica dos grãos. Podem
ocorrer dois tipos principais de dano: as
lesões à área folhar e os danos à
polinização e estruturas reprodutivas. No
primeiro caso, pode-se visualizar
facilmente as folhas lesionadas, que
ficam escuras e murchas, principalmente
nas áreas voltadas para o leste, atingidas
pelo sol logo nos primeiros momentos
da manhã. O segundo tipo de lesão é
menos evidente, mas seu efeito
geralmente é mais agressivo ao
rendimento: o congelamento destrói as
estruturas reprodutivas, como anteras
com pólen, ovários florais e grãos que
estão na fase inicial de formação. Todas
estas estruturas contém grande
quantidade de água, e assim, propensas
ao congelamento.
Existem diferenças entre os
cultivares de trigo quanto sua tolerância
às geadas, principalmente àquelas que
atingem a área folhar. Alguns estudos
apontam que estas diferenças se devem
ao maior acúmulo de componentes
osmoticamente ativos nas folhas dos
cultivares tolerantes do que naqueles
sensíveis. As diferenças diminuem,
contudo, para a resistência às geadas
que ocorrerem a partir da floração:
nenhumcultivarutilizadocomercialmente
no Brasil tolera os danos de geada ou
mesmo o frio intenso após a fase de
espigamento.
Um fato associado à geada e
que aumenta mais ainda seu dano, é a
entrada de microorganismos nas lesões
provocadas pelo congelamento,
causando o surgimento de doenças.
Existem diversos fungos e bactérias que
possuem afinidade com tecidos
lesionados pelo frio. No inverno de
2002 ocorreram casos em que a geada
atingiu as folhas, causando danos leves,
mas bactérias epífitas (que geralmente
não causam danos) se aproveitaram das
lesões provocadas pela geada e
penetraram nas folhas, provocando
doenças. Nestes casos, a aplicação de
fungicidas não é eficiente em reduzir os
índices de doença, uma vez que esses
produtos não controlam bactérias.
Embora a geada seja um
fenômeno climático sobre o qual não se
tenha controle direto, algumas medidas
técnicas podem ser adotadas no sentido
de reduzir os prejuízos às culturas. A
semeadura na época recomendada para
cada região, variar as datas de plantio
dentro do período recomendado, utilizar
cultivares de ciclos diferenciados, bem
como iniciar a semeadura nas áreas de
topografia mais alta (menos sujeitas à
ocorrência de geada) têm sido técnicas
úteis para reduzir os riscos.
Do ponto de vista prático, uma
medida que pode proteger os cereais
das geadas é a aplicação de potássio.
O fornecimento adequado de K pode
aumentar o potencial osmótico no
interior da planta, aumentando assim a
tolerância ao frio (diminui o ponto de
congelamento). Diversas pesquisas
comprovam que este nutriente aumenta
a resistência ao frio, uma vez que reduz
a incidência de doenças, fortifica o
sistema de raízes e a coroa da planta,
expande os vasos do xilema (que
contêm seiva bruta, mais suscetível ao
congelamento), aumenta o conteúdo de
açúcares nas células, diminui a
transpiração e a perda de água.
Pesquisas realizadas com batata indicam
uma relação inversa do conteúdo de K
nas folhas e o dano por geada: a
aplicação de altas doses desse nutriente
(200 kg/ha K2O) diminuiu as perdas de
área folhar de 38 % para 7 %. Outras
pesquisas indicam, ainda, que o cloreto
de potássio teve melhor ação protetora
do que o sulfato de potássio.
Apesar de alguns bons
resultados em culturas como a batata,
nenhuma medida tem garantia de
eliminar totalmente os riscos de danos
causados pelo fenômeno climático.
Alguns produtores de café, no sul de
Minas Gerais, cobrem as mudas
jovens com sacos de papel por até
90 dias, para amenizar os prejuízos.
Ainda associam a isso a pulverização
das plantas com sais de cloreto de
potássio e cal, numa aplicação
realizada bem antes da ocorrência da
geada.
Considerando a possibilidade
de ocorrência de geadas, o
planejamento da lavoura de trigo - ou
outro cereal de inverno - deve levar
em consideração uma nutrição
equilibrada das plantas, na qual se dê
atenção especial à adubação
potássica. Isto vale principalmente
para solos com baixos teores desse
nutriente. Neste sentido, a aplicação
de cloreto de potássio ou de uréia
cloretada (uréia + cloreto de
potássio), e a aplicação de
quantidades elevadas de fertilizantes
na época de inverno (com
aproveitamento posterior pela soja ou
milho), são técnicas que aumentam os
níveis de potássio no trigo,
melhorando sua resistência ao
acamamento, às doenças e também
contribui para amenizar os danos e
prejuízos causados pela geada.
1
Eng. Agr., M.Sc., Pesquisadores da
FUNDACEP.
Pepino em conserva
“Dois Pinheiros”
A COTRISA lançou
na 2ª Mostra de Produtos Industrializados
de Santo Ângelo, realizada de 10 à 13 de
junho, mais um produto no mercado com a
marca “Dois Pinheiros”. A industrialização do pepino é feita
pela Indústria de
Conservas Missões
de Santo Ângelo.
12
Maio/Junho 2004
Produtor investe em hidroponia e
conquista ótimos resultados
FOTOS: FERNANDO GOMES/AT
Marcos confere com todo o cuidado o desenvolvimento das plantas desde o início
A hidroponia existe há milhares de
anos, porém, está sendo praticada na
produção
de
alimentos
há
aproximadamente200anos.Ahidroponia,
propriamente dita, teve início a partir do
momento em que se aprimoraram os
estudos sobre as necessidades
nutricionais das plantas, os macro e micro
nutrientes e a relação ideal desses
elementos nutritivos para o completo
desenvolvimento vegetativo da cultura.
A agricultura, por mais que esteja
cercada de técnicas e cuidados, ainda
sofre a ação de fatores externos,
intempéries que interferem no seu
desenvolvimento, afetando na sua
qualidade e produtividade.
Essa técnica milenar, aliada a outras
tecnologias alternativas estão sendo
utilizadas com sucesso pelo produtor
Marcos Roberto Sartóri, numa pequena
área de 3,5 hectares, na localidade de
Ilha Grande, interior de Santo Ângelo.
Além da hidroponia, Marcos utiliza
a plasticultura, cultura protegida ou sob
cobertura, que elimina alguns fatores
incontroláveis: frio, calor, chuva,
sazonalidade, etc, que limitavam a
produção, não permitindo o cultivo fora
de época ou em determinadas regiões.
Em plasticultura hidropônica,
adaptaram-se muito bem ao cultivo de
hortaliças, legumes, aromáticas, medicinais, flores, tendo como
fator seletivo o volume de raízes e o espaçamento ideal exigido.
O cultivo é sem solo, em alguns casos buscam o auxílio de
substratos, meios de sustentação de cultura. O fornecimento de
nutrientes é feito através da solução de água e sais minerais,
também conhecida como fertirrigação.
HISTÓRICO
De acordo com Sartori, o termo “Hidroponia” proposto
pelo norte-americano W.F. Gerike, por volta de 1930, originou-se
da união das palavras gregas Hidro: água e Ponos: trabalho. No
entanto os primeiros trabalhos de cultivo em soluções nutritivas
ocorreram por volta de 1804, com as experiências realizadas por
Nicholas Theodore de Saussure.
No início deste século, diversos estudos e pesquisas foram
realizadas sobre o tema “soluções nutritivas”, porém o grande
“boom” veio acontecer nos últimos 50 anos, decorrente do
crescimento industrial e da eletrônica, que propiciaram detectar
em detalhes os elementos químicos essenciais pela planta e
qualificá-los, para que completasse o seu ciclo biológico. Os
elementos químicos são o carbono, hidrogênio, oxigênio,
nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre,
manganês, boro, cloro, cobre, zinco, ferro, molibdênio, cobalto,
silício e sódio.
TECNOLOGIA
Há cinco anos, Sartori utiliza as técnicas. Filho de agricultor,
Produto saudável para o consumidor
Rentabilidade e qualidade são a marca do
hidroponia
distribuídas em 23 supermercados de
Santo Ângelo. Para atender a demanda,
uma grande estrutura está montada,
desde o berçario onde são colocadas as
pequenas mudas até o momento da
colheita nas bancadas cobertas com
isopor, o que mantém as plantas numa
temperatura ideal. Nesta etapa do
processo trabalham três pessoas.
Jurema Baugarthen, juntamente
com seu esposo e dois filhos, moram
na propriedade e são os responsáveis
pela área de produção das alfaces. De
acordo com Jurema, no período de
inverno, a cultura desenvolve-se mais
lento, período também que o consumo
é maior. O berçário tem capacidade para
4.730 mudas.
ele conheceu a técnica da hidroponia em São Paulo, onde viveu
por 16 anos. Neste período, aproveitou para realizar cursos a fim
de dominar a tecnologia e a forma de colocar esta novidade em
prática. De volta a Santo Ângelo, procurou uma área que se
adequasse as necessidades de seu projeto. “Em Ilha Grande
foram implantadas as primeiras estufas e colocada a mão na
massa”, comentou, acrescentando que o começo foi difícil, pois
o custo de instalação é alto, mão-de-obra qualificada e dedicação
intensiva.
Segundo Sartori, com o passar dos anos o projeto foi sendo
aperfeiçoado, novas técnicas foram incorporadas e a produção
atual tem condições de manter três famílias. Nos 3,5 hectares há
atualmente 15 estufas para a produção de alface hidropônica e
duas estufas com tomate no sistema fertirrigação.
PRODUÇÃO
Sartóri explicou que apesar da propriedade ser às margens
do Rio Ijuí, toda a água utilizada no sistema de hidroponia é
potável, o que por si só já garante a qualidade da hortaliça. Para
atender a demanda, há uma caixa d’água e uma bomba que
fornece a água e os subtratos necessários para as culturas. O
sistema instalado na propriedade, permite que toda água não
utilizada pelas plantas retorne a caixa completando o ciclo. Para
garantir que o fornecimento seja garantido, mesmo quando não
há energia elétrica, há uma bomba movida a óleo que pode ser
usada a qualquer momento.
Diariamente, entre 800 e 1000 pés de alface hidropônicas são
VANTAGENS
Sartori aponta como vantagens na
produção de alface hidropônica, a não
utilização de grandes áreas, maior
rentabilidade por área plantada,
sanidade e higiene no meio de
produção, permite o planejamento da
produção, maior produtividade, menor
incidência de pragas e doenças, menor
índice de perda ou descarte do produto
final, melhor qualidade do produto final
e vida útil, além da uniformidade na
produção.
Também lembrou que dependendo da cultura, pode-se
produzir na mesma áreas diversas vezes durante o ano, com uso
reduzido de produtos fitossanitários, comparando-se com o
cultivo normal e o ciclo biológico reduz-se de 10 a 20% em
número de dias.
INVESTIMENTOS
Para incrementar ainda mais a produção na propriedade,
desde maio, Marcos Sartori vem realizando experiência na
produção de tomate em estufa, utilizando o sistema de
fertirrigação, diferente da hidroponia. Enquanto nesta as mudas
ficam na água, os tomates são plantados em sacos plásticos
com substrato produzido através de restos de mata e recebe a
água e nutrientes pelo gotejamento oriundo da canalização
previamente instalada.
Sartóri diz que desde o início da produção foram colhidos
dois mil quilos de tomate paulista, sendo que a produção foi
vendida no comércio de Santo Ângelo. Para a produção, ele
conta atualmente com 800 pés de tomate.
Juntamente com este projeto, entrarão em breve em operação
outras três estufas, que ocuparão 480 metros quadrados, onde
serão cultivados pepinos pelo sistema fertirrigado, cuja produção
terá como destino a Indústria de Conservas Missões. Sartori
explicou que os recursos a serem aplicados neste novo
investimento foram obtidos junto ao Banco do Brasil através do
Pronaf. Ele conta com apoio técnico da Cotrisa e Secretaria
Municipal de Agricultura de Santo Ângelo.