Revista Fecomércio - Agosto
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Revista Fecomércio - Agosto
Revista do Sistema Fecomércio-DF: Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Ano XVIII nº 206 Agosto de 2015 NADA DE TEMPO RUIM Vale tudo para driblar a crise: de diversificar o negócio até buscar consultorias especializadas Entrevista // Pág. 8 Carlos Alberto Sardenberg Quando você precisa de um plano que une qualidade e melhor preço,1 a Qualicorp está do seu lado. Empregador do Comércio: só a Qualicorp oferece o plano de saúde do jeito que você precisa, em condições especiais. São inúmeras opções com o melhor da medicina para você escolher uma que atenda às suas necessidades. Somos líder de mercado e administramos os planos de milhões de brasileiros. Temos parceria com a FECOMÉRCIO-DF e mais de 500 entidades de classe e utilizamos a força dessa coletividade para negociar preços mais baixos para você. 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O evento terá, entre outras atividades, palestras e workshops com autoridades da comunicação publicitária e atividades culturais. Mais informações: (61) 3344-2163. COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DF Diego Recena REVISTA FECOMÉRCIO Diretor de Redação: Diego Recena Editora-Chefe: Taís Rocha Editora Senac: Ana Paula Gontijo Editor Sesc: Marcus César Alencar Fotógrafo: Raphael Carmona Saldo positivo Agendamento Apesar do momento delicado da economia brasileira, o Pátio Brasil Shopping fechou o primeiro semestre no positivo. As vendas cresceram 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Desde 2014 foram investidos R$ 8 milhões na modernização e em melhorias internas do centro comercial. Em uma iniciativa inédita, o Procon-DF deu início ao serviço de atendimento agendado com o objetivo de desafogar os 11 postos nos horários de pico. O agendamento já está funcionando no Procon Central (SCS, Quadra 8) e se expandirá para todos os postos do DF até o fim deste mês. @fecomerciodf 4 Revista Fecomércio DF /fecomerciodf fecomerciodf.com.br Repórteres: Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa, Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo Projeto Gráfico Gustavo Pinto e Anderson Ribeiro Diagramação: Gustavo Pinto Capa: Gustavo Pinto Revisora: Fátima Loppi Impressão: Coronário Tiragem: 60 mil exemplares REDAÇÃO SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire, 5º andar - Brasília - DF - 70.306-908 (61) 3038-7527 CONTATO COMERCIAL Joaquim Barroncas – (61) 3328-8046 [email protected] agosto 2015 36 8 Sobrevivendo às intempéries Entrevista Carlos Alberto Sardenberg Artigos Confira as estratégias adotadas pelos empresários para driblar a crise 14 Economia Raul Velloso 18 Agenda Fiscal Adriano Marrocos 20 Doses Econômicas Camila Schoti 54 Direito no Trabalho Raquel Corazza Joel Rodrigues Colunas 26 44 Mercador Candango Veja como foi a festa da oitava edição do prêmio que movimentou o setor produtivo local Além de linhas e agulhas Datas comemorativas e trabalhos manuais mantêm estável faturamento do setor de armarinhos 16 Gastronomix Rodrigo Caetano 22 Gente Gabriela Vieira e José do Egito 50 Vitrine Taís Rocha 56 Tecnologia Máximo Migliari e Renato Carvalho Seções 48 52 55 62 66 Indicadores do Comércio Caso de Sucesso Empresário do Mês Pesquisa Conjuntural Pesquisa Relâmpago Revista Fecomércio DF 5 CONSELHO CONSULTIVO Conselheiro Presidente Alberto Salvatore Giovani Vilardo Conselheiros Antônio José Matias de Sousa Jose Djalma Silva Bandeira Laudenor de Souza Limeira Luiz Carlos Garcia Mitri Moufarrege Rogerio Torkaski DIRETORIA (TITULARES) Presidente Adelmir Araujo Santana 1º Vice-presidente Miguel Setembrino Emery de Carvalho 2º Vice-presidente Francisco Maia Farias 3º Vice-presidente Fábio de Carvalho VICE-PRESIDENTES Antonio Tadeu Peron Carlos Hiram Bentes David Edy Elly Bender Kohnert Seidler Francisco das Chagas Almeida Glauco Oliveira Santana José Geraldo Dias Pimentel Tallal Ahmad Ismail Abu Allan DIRETORES-SECRETÁRIOS Vice-Presidente-Administrativo José Aparecido da Costa Freire 2º Diretor-Secretário Hamilton Cesar Junqueira Guimarães 3º Diretor-Secretário Roger Benac DIRETORES-TESOUREIROS Vice-Presidente-Financeiro Paolo Orlando Piacesi 2º Diretor-Tesoureiro Joaquim Pereira dos Santos 3º Diretor-Tesoureiro Charles Dickens Azara Amaral DIRETORES ADJUNTOS: Hélio Queiroz da Silva Diocesmar Felipe de Faria Francisco Valdenir Machado Elias DIRETORES SUPLENTES: Alexandre Augusto Bitencourt Ana Alice de Souza Antonio Carlos Aguiar Clarice Valente Aragão Edson de Castro Elaine Furtado Erico Cagali Fernando Bezerra Francisco Messias Vasconcelos Francisco Sávio de Oliveira Geraldo Cesar de Araújo Jó Rufino Alves Jose Fagundes Maia Jose Fernando Ferreira da Silva Luiz Alberto Cruz de Moraes Milton Carlos da Silva Miguel Soares Neto Roberto Gomide Castanheira Sérgio Lúcio Silva Andrade Sulivan Pedro Covre CONSELHO FISCAL: Titulares: Alexandre Machado Costa Benjamin Rodrigues dos Santos Raul Carlos da Cunha Neto Suplentes: Antônio Fernandes de Sousa Filho Maria Auxiliadora Montandon de Macedo Henrique Pizzolante Cartaxo DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC Delegados Titulares 1- Adelmir Araujo Santana 2- Rogerio Torkaski Delegados Suplentes: 1 - Antônio José Matias de Sousa 2 - Mitri Moufarrege DIRETOR REGIONAL DO SESC José Roberto Sfair Macedo DIRETOR REGIONAL DO SENAC Luiz Otávio da Justa Neves DIRETOR DE ÁREA DE COMBUSTÍVEIS José Carlos Ulhôa Fonseca SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO João Vicente Feijão Neto DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS, BARES, RESTAURANTES E SIMILARES Jael Antônio da Silva DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos SINDICATOS FILIADOS Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese) SINDICATO ASSOCIADOS Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911 – (61) 3038-7500 6 Revista Fecomércio DF editorial Uma justa homenagem Considero o mínimo que nós podemos fazer, reverenciar quem aceitou trocar a estabilidade pelo risco, a carteira assinada pelo próprio negócio. Ao começar nossas carreiras como empresários, no início da construção desta cidade, nós não sabíamos nem se haveria dinheiro suficiente no fim do mês. Sobretudo, nos dias de hoje, em que os cenários não são os mais favoráveis, é preciso reforçar a capacidade do Distrito Federal de gerar riquezas. Atualmente, os empresários de comércio e serviços, representados pela Fecomércio- DF, são responsáveis por mais de 93% do PIB privado. Geram, juntos, 1 milhão e 200 mil empregos no Distrito Federal. Cada um dos agraciados no Mérito Mercador Candango construiu um pedaço da história de Brasília, em épocas e segmentos diferentes, mas todos com a certeza do trabalho e a confiança no futuro. Foram e continuarão sendo um exemplo para nós. Por isso digo, devemos nos espelhar na história de vida dessas pessoas aqui presentes para continuarmos a luta por uma Brasília melhor. Atualmente, os empresários de comércio e serviços, representados pela Fecomércio- DF, são responsáveis por mais de 93% do PIB privado Cristiano Costa A cada dois anos, nós, da Fecomércio, nos imbuímos de uma tarefa difícil, porém muito recompensadora. Escolhemos 15 empresários da cidade que melhor representam o espírito empreendedor, a garra, o sucesso obtido no decorrer dos anos de atuação no mercado. Neste ano, chegamos à oitava edição do Prêmio Mercador Candango. Nesta revista, trazemos a cobertura da festa de homenagem aos mercadores que transformaram as dificuldades em oportunidades. Foram eles: Akihiko Okada (Tókio Supermercados), Avaldir Oliveira (CTIS), Carlos Recch (Posto Nenen’s), Cecin Sarkis Simão (Cecin Sarkis), Cleuza Ferreira (Magrella), Cristina Boner (Grupo TBA Informática), José Carlos Daher (Hospital Daher), José Celso Gontijo (JC Gontijo), Julio Cesar Peres (Incorporadora IPE-Omni), Luiz Cesar Cunha Sales (Unicom), Moema Leão (Casa Cor), Nilton Alves Ferreira (Centro Educacional Delta), Ramez Lutfalla (São Geraldo), Stephanny Oliveira (Stephanny’s Haute Coiffure) e Wlanir Santana (WS Modas). O evento foi um sucesso e contou com a presença de amigos e familiares dos homenageados, mas também do governador Rodrigo Rollemberg, de secretários, de deputados e de muitos nomes do empresariado local. Mas o mais importante, de fato, foi a singela homenagem que prestamos a todos aqueles que aceitaram o desafio de empreender em um País como o Brasil. Adelmir Santana Presidente do Sistema Fecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Revista Fecomércio DF 7 entrevista Por dentro da crise //Por Taís Rocha Fotos: Raphael Carmona Âncora do Programa de rádio CBN Brasil, Carlos Alberto Sardenberg é hoje um dos principais comentaristas econômicos do País. Trabalhou como repórter, redator e editor nos maiores jornais do Brasil. Esteve em Brasília como palestrante no Encontro dos Revendedores de Combustíveis do CentroOeste, realizado pelo Sindicombustíveis, e falou, nesta entrevista, sobre a crise econômica que o País está enfrentando atualmente. Buscar o reequilíbrio das contas tem sido o tom do governo nos últimos meses. Diante disso, como o senhor avalia a análise do TCU divulgada hoje de que as contas de 2014 não fecharam? O TCU fez uma análise das contas, o que foi a confirmação do que já se previa. Nada que o TCU falou é novidade. Os analistas, os jornalistas, os economistas, já vinham falando isso há algum tempo, de que a conta está errada. Já havíamos alertado sobre malabarismo fiscal, contabilidade criativa e pedaladas. Esse termo já está sendo usado há tempo pelo governo para esconder gastos e dívidas. O que tem de novo no anúncio recente é que o Tribunal de Contas deu uma dedada, ou seja, disse que tem um problema e o problema é esse. Formalizou e politizou o problema. Isso é um dilema para o atual governo, mas ao mesmo tempo tem um efeito positivo extraordinário porque mostra que a responsabilidade fiscal e a responsabilidade com as contas públicas são para valer. O governo não pode largar mão disso e que será punido se assim o fizer. Há um avanço político e moral muito grande nessa decisão. Existe ainda o problema de levar para o lado político e a discussão passar a ser política, não é? Não, porque ele mostra que o governo não pode desrespeitar as regras. Se desrespeitar as regras, seguem-se as punições. É importante. E mesmo o impacto político é positivo. Tem muitos governantes que falam que gastam dinheiro quando não poderiam estar gastando. A indústria e o comércio têm sofrido desaquecimento, sinalizando para uma economia mais fraca, e alguns setores passaram a pagar menos impostos, beneficiados pelas desonerações concedidas pelo governo. Tudo isso enxugou bastante as receitas com arrecadação. Há ainda o Projeto de Lei que reduz as desonerações nas folhas de pagamento. Na opinião do senhor, desonerar é um caminho deficitário nesse processo de ajustar as contas, certo? Gostaria que o senhor falasse um pouco sobre isso. Essa é uma encrenca maior. O governo desonerou, ele deixa de recolher impostos, em um momento em que ele está precisando de dinheiro. Esse é um ponto. Como o sistema político dificulta o corte de gastos, acaba sobrando para o aumento do imposto. Por isso acho que temos que encarar a ideia de que é preciso cortar gastos. Não é possível que não se consiga reduzir o gasto público no Brasil. Como é que não dá para reduzir gastos em algo tão grande, em um gigantismo como esse? E aí você vai precisar de menos impostos. O número de famílias endividadas no Distrito Federal aumentou, assim como o universo das famílias com contas em atraso. E esse cenário se repete no restante do País. Como o senhor acha que a família brasileira deve se comportar daqui para frente? “Como o sistema político dificulta o corte de gastos, acaba sobrando para o aumento do imposto. Por isso que eu acho que temos que encarar a ideia de que é preciso cortar gastos” A família brasileira está fazendo o mesmo que o governo, está fazendo ajustes. Só que ela está fazendo direito, cortando gastos, fazendo seu ajuste fiscal. E está certo. É o que tem que ser feito neste momento. Cortar os supérfluos e não necessários. O governo deveria se mirar no exemplo das famílias brasileiras e cortar os gastos da máquina pública. Recentemente, a CNC revisou novamente para baixo, pela quarta vez consecutiva, a expectativa de vendas do Revista Fecomércio DF 9 entrevista comércio varejista em 2015. Há uma perspectiva de continuidade na tendência de encarecimento do crédito e de novas quedas na confiança do consumidor. Como o senhor avalia esse cenário em que esses pequenos empresários estão com a corda no pescoço? Como o pequeno empresário pode vencer a crise? Todo mundo precisa se ajustar para baixo. Tem setor que está indo bem, que não está sofrendo, como o setor de medicamentos, por exemplo. Mas, de um modo geral, está todo mundo apertado e tem que fazer ajustes. É importante e necessário economizar, melhorar a administração, cortar custos, essas coisas todas. Agora, o setor privado já faz isso, sabe se ajustar. Todo mundo precisa se ajustar para baixo. Tem setor que está indo bem, que não está sofrendo, como o setor de medicamentos, por exemplo. Mas, de um modo geral, está todo mundo apertado e tem que fazer ajustes. É importante e necessário economizar, melhorar a administração, cortar custos, essas coisas todas. Agora, o setor privado já faz isso, já sabe se ajustar. O problema nosso é o governo, as prefeituras, os governos estaduais. Eles estão todos inventando impostos para tomar mais dinheiro. O setor privado normalmente se ajusta, sabe se ajustar. Neste ano, a Fecomércio-DF publicou um estudo chamado Brasília 2015, fruto de debates realizados ao longo de três anos com especialistas de diversas áreas. O estudo apontou que a solução para Brasília alcançar melhores índices de desenvolvimento social e econômico está em investir ao redor do DF, dotando as cidades do Entorno de cadeias produtivas que beneficiem as vocações de cada município. O senhor já presenciou situações como essa em outras grandes cidades brasileiras e qual foi a saída para elas? Brasília tem uma situação rara, possui a maior renda per capita do País, não tem atividade econômica industrial, nem atividade econômica de agronegócio, mas ainda assim tem uma renda alta. Isso porque é aqui que está a elite 10 Revista Fecomércio DF do funcionalismo público. E é essa elite que gera essa economia de serviços forte. Mas a economia vai ficar centrada no Plano Piloto. Então, como fazer o crescimento dessas cidades, não sei. Seria preciso descobrir a vocação de cada região, não sei se é o caso de trazer indústrias. O que funciona bem nesse cenário são os polos de tecnologia. Mas para isso é preciso ter infraestrutura como a instalação de cabos de fibra ótica, antenas, imóveis baratos. Isso foi feito em Campinas, Olinda, em cidades do Rio Grande do Sul. É possível de serem feitos sim, aqui em Brasília. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), assinou um decreto que regulamenta a concessão à iniciativa privada da gestão de espaços e serviços públicos, que poderão ser explorados por empresas e consórcios em contrapartida de melhorias no local. Como o senhor avalia essas parcerias? faz uma concessão com uma rede hoteleira e ganha R$ 200 por preso, de modo que a empresa privada opera o local e ganha dinheiro com isso. Pernambuco é um exemplo de efetivação de Parcerias Público-Privadas para hospitais, no governo de Eduardo Campos. É esse o caminho, concessão para o setor privado. “O que funciona bem nesse cenário são os polos de tecnologia. Mas para isso é preciso ter infraestrutura como a instalação de cabos de fibra ótica, antenas, imóveis baratos. Isso foi feito em Campinas, Olinda, em cidades do Rio Grande do Sul. É possível fazer sim, aqui em Brasília” Acho que é o único caminho para fazer investimentos hoje no Brasil. Se o setor privado não entrar, não sai do papel. Ou sai muito pouca coisa. Para termos um boom de investimentos, é preciso que o setor privado esteja envolvido. E para isso, é preciso ter concessões rentáveis, bons negócios, rentáveis para a população, sobretudo. O que interessa à população? Que exista um boa estrada, uma boa escola, um bom hospital. Para quem é atendido em um hospital, faz diferença que seja uma administração pública ou privada? Não. Ele quer é ser bem atendido, certo? Eu não vejo por que eu não posso privatizar hospitais, por exemplo. Já existem vários hospitais, presídios, que são administrados pela iniciativa privada, no Ceará, em Minas Gerais, por exemplo. Em vez de o governo operar o presídio, ele Revista Fecomércio DF 11 legislação Garçom legal Projeto de Lei que regulamenta a profissão de garçom determina, entre outras coisas, a legalização dos 10% //Por Liliam Rezende Fotos: Raphael Carmona A Sydney Fonseca, do Senac, diz que com a obrigatoriedade, a categoria seria subdividida e pouquíssimos profissionais se enquadrariam no perfil exigido pelo PL 12 Revista Fecomércio DF aprovação do Projeto de Lei 1.048/91, que regulamenta a profissão de garçom, gerou polêmica entre patrões e empregados do setor. A proposta, que teve origem no Senado, foi aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 26 de junho e depende apenas da sanção da presidente Dilma Rousseff para entrar em vigor. A partir de agora, os garçons deverão se registrar para exercer a profissão, mas a controvérsia principal do texto é a partilha da taxa de 10% paga sobre o valor total das contas nos restaurantes. Proposto em 1991, o projeto está defasado, na opinião de representantes patronais. Pelo texto, o trabalhador deve se registrar na Delegacia Regional de Trabalho (DRT). Como esse órgão não existe mais, é preciso procurar a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho. Segundo Jael Antônio da Silva, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindohbar), algumas exigências do PL são arbitrárias. “A cobrança de declaração do sindicato de classe de que o interessado exerce, há mais de dois anos, a atividade; atestado médico comprovando que não é portador de moléstia infectocontagiosa; além de prova de quitação com o serviço militar, é um absurdo. A maioria dos garçons, hoje, não vai atender a esse requisito e poderá perder o emprego se a lei entrar em vigor”. O subgerente de Tecnologia do Turismo e Hospitalidade do Senac, Sydney Fonseca, concorda. “Convém entender que o segmento de alimentos e bebidas é muito diversificado, assim, com a obrigatoriedade estaríamos subdividindo a categoria e pouquíssimos profissionais se enquadrariam nesse perfil. Tornaríamos o que hoje é informal em irregular”, pondera. Ainda de acordo com o PL, as taxas de serviço que vierem a ser cobradas nas notas dos clientes não poderão ultrapassar 10% e dependerão de acordo escrito entre a empresa e o sindicato profissional. Esse acordo disciplinará ainda o rateio dessa taxa, mas a lei prevê que 20% da gorjeta vão para o empregador, 2% para o sindicato profissional e os 78% restantes fiquem com o garçom. Para Jael, a categoria tem cerca de 70% de sua renda mensal baseada nas gorjetas que recebe durante o expediente, então alguns parágrafos da lei não têm muito fundamento. “Não é uma atividade que ofereça risco ao trabalhador e tendo a maior parte de seu salário proveniente das gorjetas, seria mais interessante que essa fosse dignamente regulamentada”, afirma, além de ser contra essa contribuição direta ao Sindicato. “Esses 2% retirados da gorjeta saem do bolso dos garçons, que computam esse valor no fim do mês para pagar as contas”, defende. Outro item controverso apontado pelo líder do Sindohbar é que o limite de 20% das gorjetas destinado às empresas só atende quem atua pelo Simples Nacional, onerando os demais empresários. “Empresas que estão fora do Simples têm uma despesa de até 35% do valor da gorjeta direcionada para a contratação de um funcionário, sem contar que esse percentual foi um golpe de sorte, pois em 1991 o Simples Nacional ainda não existia”, comenta. ATUALIZAÇÃO DO PL Segundo Sydney, que trabalha na área há 17 anos, a regulamentação sempre foi desejada pela categoria, porém o texto aprovado não faz jus à realidade, quer do trabalhador quer dos empresários, já que se passaram 24 anos e nada foi atualizado. “A aprovação na íntegra coloca em risco o setor, onerando a folha de pagamento de um lado e condicionando os profissionais a um pré-requisito que inviabiliza aqueles que ingressarão na área sem nenhuma experiência”, alerta. Preocupado com essa questão, “A maioria dos garçons, hoje, não vai atender a esse requisito e poderá perder o emprego se a lei entrar em vigor” Jael Antônio da Silva, presidente do Sindohbar Jael conta que existe outro PL (57/10) tramitando na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e que vem sendo acompanhado pelos representantes patronais e dos trabalhadores. O objetivo desse PL é disciplinar o rateio entre empregados da cobrança adicional sobre as despesas em bares, restaurantes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares. “Estamos trabalhando para que a presidente vete o PL de 1991, que foi desengavetado sem que nenhuma parte interessada tivesse conhecimento e aprovado no apagar das luzes. Nós defendemos esse outro PL que vai regulamentar definitivamente a partilha das gorjetas”, destaca. Para Eduardo Sousa Santiago, garçom em treinamento pelo Senac, essa seria uma vitória da categoria. “Há exceções, mas poucas empresas repassam esse valor a seus profissionais. É comum o empresário justificar o desconto de 2% a 3% para danos ou investimentos em uniformes por exemplo. Lembro que a margem de lucro da empresa já considera essas perdas”. Eduardo fala ainda qual seria o cenário ideal para os trabalhadores do setor. “Em questão de valores, o repasse dos 10% integral já seria um ganho e tanto”, comenta. Sobre o medo dos funcionários que contam com esse valor no salário, Sydney não acredita em uma redução de receita. “Como profissional da área, tenho pouquíssimos históricos de clientes que recusaram pagar pelos 10%. Essa taxa é o valor pago pelo cliente pela qualidade dos serviços prestados pela cozinha e salão. Cliente satisfeito normalmente paga, sem problema nenhum”, conclui. Segundo dados do Sindohbar, o DF tem cerca de 10 mil estabelecimentos (entre hotéis, bares, restaurantes e similares) que empregam 90 mil profissionais em todo DF. A professora de Geografia, Joana Martins, dá aulas de segunda à sexta-feira. Nos finais de semana, sai para bares e restaurantes com amigos, para se distrair e colocar a conversa em dia, assim como muitos brasilienses. “Sobre ter o costume de pagar os 10%, eu sempre tive”, conta. Quanto à regulamentação, ela ressalta a necessidade dessa nova regra ficar bem clara. “Se a lei for sancionada, o estabelecimento deve cumpri-la e repassar o valor devido aos funcionários”. Revista Fecomércio DF 13 artigo economia Ajustar para recuperar o crescimento 14 Revista Fecomércio DF de duração difícil de estimar e com óbvios efeitos nocivos para o próprio ajuste. Era uma situação muito difícil de administrar. A viabilização do programa de ajuste anunciado pelo novo ministro da Fazenda e a correção de várias políticas equivocadas adotadas ainda no primeiro mandato passaram, então, a ocupar boa parte do noticiário, sendo lamentável a falta de apoio político à aprovação de medidas capazes de resolver o problema fiscal, em particular. Na sequência, com os desdobramentos da Operação Lava-Jato, veio uma onda de pessimismo nos mercados, onde se teme que dificilmente o País escapará do rebaixamento da classificação de risco. Diante dos crescentes atritos entre o governo e sua base de sustentação no Congresso, é preciso lutar por um relaxamento das tensões e, pensando no interesse maior da sociedade, que os ajustes capazes de nos colocar de volta na rediscussão do modelo econômico de fato ocorram e o País possa voltar a enfrentar os enormes desafios que se apresentam. Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília Claramente, cabia mudar o foco para o investimento, cuja relação com o PIB se estagnara ou vinha caindo desde a crise do subprime americano Cristiano Costa Ao se iniciar o segundo mandato do atual governo, eram muitos os sinais de esgotamento do ciclo econômico pró-consumo em vigor desde 2004. Por mais que o governo injetasse gás no balão dos gastos de consumo, a economia havia parado de reagir aos estímulos. Assim, mesmo com nítidos sinais de pleno emprego dos fatores de produção, o PIB se mostrava estagnado, e o governo não explicava o que iria fazer para mudar aquele quadro desfavorável. Claramente, cabia mudar o foco para o investimento, cuja relação com o PIB se estagnara ou vinha caindo desde a crise do subprime americano. A retirada dos entraves existentes à expansão do investimento em infraestrutura aparecia como a prioridade óbvia dos anos à frente. Enquanto isso, diante das dificuldades de financiar os elevados déficits externos que se mostraram, a tendência à depreciação da moeda, que viria a seguir, poderia puxar o carro da recuperação da indústria via maiores exportações. Outro problema mais urgente, contudo, era a necessidade de ajustar o déficit primário das contas públicas que, para surpresa geral, acabou aparecendo entre 2013 e 2014. Sem esse ajuste, as agências internacionais de risco dificilmente deixariam de cassar a classificação de “bom pagador” que o Brasil conseguira na fase um do governo Lula, o que implicaria fuga em massa de capitais do País e tudo de ruim que isso representasse. Mas, com ele, a estagnação da economia se transformaria em um quadro recessivo Parceria com o C M Y CM BB Conte com a Assistência Auto 24h Completa que a Parceria Fecomércio DF e o pode oferecer a você. MY CY CMY Assistência Auto 24h Completa, incluindo os serviços de: K • Chaveiro; • Reboque; • Atendimento em caso de pane seca; • Serviço de despachante; • Entre outros*. Saiba mais em www.fecomerciodf.com.br ou se preferir, ligue 0800 729 0400 e informe ser associado Fecomércio DF Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros - CNPJ: 01.356.570/0001-81 - comercializado pela BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. - CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro desses planos na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC: 0800 570 7042 – SAC Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 - atendimento 24 horas, sete dias da semana. A Ouvidoria poderá ser acionada para atuar na defesa dos direitos dos consumidores, para prevenir, esclarecer e solucionar conflitos não atendidos pelos canais de atendimento habituais. Ouvidoria: 0800 775 2345 - Ouvidoria Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 962 7373 – atendimento das 8h às 18h, de segunda à sexta-feira (exceto feriados). Ou pelo site www.bbseguros.com.br. *Para mais informações sobre as condições contratuais do produto, garantias, limites, exclusões, lista dos parceiros e serviços oferecidos, regras de utilização das assistências e o manual dos serviços acesse: www.bbseguros.com.br. O custo das peças necessárias a execução do serviço serão de responsabilidade do cliente.Janeiro/13. Revista Fecomércio DF 15 gastronomix http://bloggastronomix.blogspot.com Rodrigo Caetano [email protected] Jornalista e blogueiro www.facebook.com/sitegastronomix Dom Francisco completa 27 anos No ramo de gastronomia, completar 27 anos é quase uma eternidade. Nesse período, o Brasil elegeu seis presidentes. E lá estava o proprietário e chef Francisco Ansiliero, firme e forte, fazendo história. A primeira casa, na 402 Sul, foi aberta no dia 22 de julho de 1988. E logo de início, sua salada (com belos tomates caquis) e o bacalhau ganharam destaque no cardápio. Com tradição e qualidade, a rede Dom Francisco cresceu e ganhou mais três casas ao longo dos anos – Asbac, ParkShopping e Pátio Brasil. Francisco revela que busca a inspiração do preparo das receitas em viagens e na natureza. “Quando viajo, faço questão de exercer meu instinto de curiosidade”, ressalta. Ele gosta de trabalhar com ingredientes oriundos do Centro-Oeste e da Amazônia. O pequi, o cajuzinho do cerrado, a farinha d’água, a farinha de guariri, o abricó, entre outras especiarias, ganham um sabor indescritível nas preparações do chef. A paixão pela culinária passou de pai para filha. Giuliana Ansiliero comanda as casas da 402 Sul e do ParkShopping, com toda a dedicação e o comprometimento que o pai ensinou. O segredo para o sucesso, segundo Francisco, está na qualidade e persistência. 16 Revista Fecomércio DF 3 Perguntas para Francisco Ansiliero Qual o momento mais marcante da sua carreira? E por quê? Quando abri o restaurante em 1988. A partir de outubro daquele ano, passou a estar diariamente lotado. Foi o que mais me deixou gratificado. Se pudesse escolher um prato para uma refeição especial, qual seria? Bacalhau assado na brasa, porque é o que tem mais força como alimento, sabor marcante, digestão fácil e sustenta a gente de maneira agradável. O que torna seu restaurante um local único e duradouro em Brasília? O culto pela qualidade, que é uma obsessão minha e da minha equipe. Ainda vou ao Ceasa às 4h da manhã para escolher e comprar tudo do melhor. Dom Francisco Asbac – SCES, trecho 2, conjunto 31 - Asbac 402 Sul, bloco B, lojas 9 a 15 Pátio Brasil, loja 255 (3224-1634) (3322-1071) ParkShopping, loja 246J (3363-3079) (3224-8429) Quem quer pão... A Panetteria D’Oliva completa um ano no dia 30 de julho, mas a comemoração será durante todo o mês de agosto, com novidades. Nesse período, serão oferecidos três sabores de calzones: um de salame milanês, parmesão, muçarela, tomate e orégano. Outro de muçarela, tomate confit e manjericão, além do de cebola agridoce, muçarela e parmesão. Cada um tem 350g e sai a R$ 11 a unidade. Todos os produtos são artesanais e elaborados com fermento natural, livres de aditivos químicos, conservantes, corantes e aromatizantes. Panetteria D’Oliva Atualmente, a casa oferece uma linha com cerca de 30 variedades de pães. Entre as opções estão baguete, pão italiano, ciabatta, pães recheados, pão de campanha, brioche, rosca de canela, bolos e pães integrais, entre outros. Vale ressaltar que a maioria das receitas tradicionais não levam leite nem derivados. Logo, podem ser consumidas por intolerantes à lactose. A boutique de pães artesanais é comandada por Felipe Oliveira, 26 anos. O jovem padeiro aprendeu a fazer pães com uma das autoridades na área aqui no Brasil, Rogério Shimura, proprietário da Levain Escola de Panificação e Confeitaria. QE 26, bloco B, loja 22, Guará II (3083-8213) panetteriadoliva.com.br Dois cortes em um prato O Bsb Grill inova e cria uma opção interessante para o mês de agosto. Os clientes poderão apreciar dois cortes de carnes em um único prato, a preços promocionais. A porção de 600g combina um assado de tira (250g) com ancho (350g), bife de tria Pizza Sourdough no Dylan (picanha 350g), chorizo (350g) ou fraldinha (350g). Todos sempre acompanhados por arroz com brocólis, batata frita e farofa de ovos. Cardápio Assado de tira (250g) + Ancho (350g) com 3 acompanhamentos: R$ 134 Assado de tira (250g) + bife de tira (picanha 350g) com 3 acompanhamentos: R$ 134 Assado de tira (250g) + chorizo (350g) com 3 acompanhamentos - R$ 124 Assado de tira (250g) + fraldinha (350g) com 3 acompanhamentos - R$ 121 Bsb Grill 304 Norte, bloco B, loja 19 (3326-0976) 413 Sul, bloco D, loja 36 O Dylan Café & Bakery agora produz pizza. Mas não é uma pizza qualquer. É a Sourdough, feita de fermento sem adição de açúcar ou qualquer outro fermento químico. Apenas farinha, água, sal, azeite extra-virgem e longas horas de fermentação. Mariela Sztrum, uma das donas do Dylan, contou ao Gastronomix que, por enquanto, há apenas um sabor: muçarela, rúcula, tomate e azeitona. Mas a intenção é que, a cada semana, os sabores e as combinações mudem. “São oito fatias pequenas”. E o preço: R$ 28. A pizza é apenas para levar para casa e assar diretamente no forno. Disponível de quartas a domingos. Dylan Café & Bakery 315 Sul, bloco A, loja 15 (3363-1294) (3346-0036) Revista Fecomércio DF 17 agenda fiscal Planejamento Tributário em xeque No dia 21/7 foi editado mais um “pacote de maldades” do governo federal: o Programa de Redução de Litígios Tributários (PRORELIT). Caberá ao contribuinte informar quais “... as operações e atos ou negócios jurídicos que acarretem supressão, redução ou diferimento de tributo”. Com a edição da MP 685, o Planejamento Tributário passa para a mira da Secretaria da Receita Federal (SRF). Até 30/9 as empresas deverão apresentar uma declaração indicando: I - os atos ou negócios jurídicos praticados não Calendário possuírem razões extratributárias relevantes; II - a forma adotada não for usual, utilizar-se de negócio jurídico indireto ou contiver cláusula que desnature, ainda que parcialmente, os efeitos de um contrato típico; ou, III - tratar de atos ou negócios jurídicos específicos previstos em ato da SRF. A empresa estará antecipando a ação fiscalizadora da SRF apresentando seu planejamento tributário e aguardará o aval da própria SRF, que deverá avaliar se as operações declaradas são válidas, ou seja, se a questão é realmente de Elisão Fiscal (redução de tributos de forma lícita e planejada). Caso a SRF não reconheça o Planejamento Tributário apresentado, intimará o contribuinte a recolher no prazo de 30 dias os tributos não recolhidos devidamente atualizados com juros (não haverá multa). Mais grave ainda, se a empresa omitir alguma informação, a SRF poderá lavrar auto de infração com multa qualificada de até 150%. A declaração citada ainda será definida pela SRF, além do prazo e condições de apresentação. 6 a 31/8/2015 O QUÊ e QUANDO pagar? 6/8 14/8 Data-limite para pagamento dos Salários referente a 7/2015 FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social) referente a 7/2015 Contribuição Previdenciária (contribuintes domésticos) referente a 7/2015 COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 31/7/2015 17/8 Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais e facultativos) referente a 7/2015 20/8 Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 7/2015 Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 7/2015 SIMPLES NACIONAL referente à 7/2015 ISS e ICMS referentes a 7/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações) 25/8 PIS e COFINS referente a 7/2015 31/8 Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 7/2015 2ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 2º trimestre/2015 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado Carnê Leão referente a 7/2015 IRPJ e CSLL referente à 7/2015, por estimativa COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/8/2015 Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado). 7/8 O QUÊ e QUANDO entregar? 7/8 14/8 Cristiano Costa 21/8 Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente à 7/2015 Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF referente a 6/2015 Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente à 6/2015 31/8 Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente à 7/2015 Várias Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 7/2015: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009) Adriano de Andrade Marrocos Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF 18 Revista Fecomércio DF BOLETIM DA CONJUNTURA IMOBILIÁRIA S Í N T E S E SINDICATO DA HABITAÇÃO Junho Nesse boletim, apresentamos um novo gráfico, que mensu- Essa precisa, nesse momento, de incentivos, redução de ra o aumento do número de imóveis disponíveis para loca- carga tributária, crédito, segurança jurídica e apoio do Estado. Somente assim, reverteremos esse quadro. ção e venda no DF. São expressivos 20,26% na venda e 11,88% na locação, apenas no primeiro semestre de 2015. Este quadro não deve ser imputado simploriamente ao mercado imobiliário. Mas deve-se ampliar a visão e perceNÚMERO DE IMÓVEIS DISPONÍVEIS ber que é fruto da condução trágica da política econômica. venda e locação. Vivemos um quadro de aumento do desemprego e da 52.987 49.705 51.469 inadimplência, alta inflação ultrapassando a meta, uma taxa 50.000 41.325 35.089 36.608 de juros selic que esteve a 7,25% a.a. e aproxima-se dos 34.852 14%, taxa negativa do PIB e política de restrição ao crédito. 30.000 Infelizmente, mantém-se a velha visão do estado de quem deve pagar a conta é a cadeia produtiva e só ouvimos falar 20.000 em “ajuste fiscal”. Pois que se enxergue o óbvio: quem gera empregos, realiza 0 jun14 ago14 out14 dez14 fev15 abri15 jun15 investimentos, paga tributos e acelera a atividade econômica, é a iniciativa privada. ÍNDICE DE RENTABILIDADE IMOBILIÁRIA comercial Sala Águas Claras continua como área de melhor relação de rentabilidade entre valor de locação e valor do imóvel. Setor de indústria e Taguatinga apresentaram redução. 0,59 0,49 0,43 0,39 Águas Claras % Brasília % Setor de indústria Veja mais no Boletim Completo em nosso site. % Taguatinga % ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DF ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DF Locação comercialização 125,528 116,000 111,811 114,000 112,000 108,000 110,786 jun14 ago14 out14 dez14 fev15 abri15 jun15 O Índice imobiliário SECOVI DF reflete o comportamento geral dos preços de aluguel e de venda dos imóveis ofertados no DF. Demonstra as tendências do mercado imobiliário auxiliando nas tomadas de decisão. 125,000 124,000 122,000 124,331 jun14 ago14 out14 dez14 fev15 abri15 jun15 VEJA O BOLETIM COMPLETO NO SITE: www.secovidf.com.br Leve sua imobiliária para o SECOVI-DF: 3321 4444 artigo doses econômicas Sobre preços e custos Parceria: vados para os grandes consumidores, que, além de naturalmente muito mais sensíveis a variações de custo, observam seus concorrentes em outros mercados em condições muito mais competitivas. E finalmente, a despeito do preço de curto prazo estar indicando alguma redução do custo, na prática o verdadeiro custo marginal da energia, isto é, o custo da última unidade produzida para atender à ultima unidade demandada, tem um valor aproximadamente quatro vezes maior que o preço de curto prazo atual. Quem paga por isso são os consumidores, todos eles, independentemente de seus contratos, por meio de encargos. Há, portanto, grande diferença entre o preço da energia e o custo com que ela efetivamente chega ao consumidor. Estudos apontam que o custo unitário da energia para indústria cresceu anualmente, em média, 4 pontos percentuais a mais que a inflação desde 2011. Aproximar preço de contratos e custos exige ajustes estruturais, hoje presentes na agenda setorial de debate. Nessa discussão, não se pode perder o foco na importância da competitividade da energia para a produção industrial e para o PIB nacional, e de forma que consumidores possam confiar nas informações de cus- Camila Schoti Mestre em Economia e coordenadora técnica de Energia da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) 20 Revista Fecomércio DF tos dadas por seus contratos de energia, isto é, podendo tomar decisões de produção cuja viabilidade econômica não se altera de acordo com a conjuntura do setor elétrico. Preço em baixa, na conjuntura atual, infelizmente não representa custo em baixa. Joel Rodrigues O setor elétrico brasileiro, construído sobre sólidos conhecimentos da engenharia nacional, mas nem sempre dando a devida atenção a princípios básicos da economia, nos oferece um importante espaço para refletir sobre preços, contratos e estímulos aos mais diversos comportamentos no mercado. É ilusório, por exemplo, supor que a expectativa de redução do preço da energia elétrica no mercado de curto prazo de energia se traduza, necessária ou imediatamente, em redução de custos para a indústria. Neste momento, ainda que alguns indicadores de mercado apontem para a redução futura dos preços dos contratos, ao menos três fatores não podem ser negligenciados. O primeiro refere-se ao perfil de contratação da indústria. Como a energia é um insumo fundamental para sua competitividade e produção, de modo geral sua estratégia é estar coberta com contratos. Portanto, a despeito de uma redução de preços no presente, há pouco espaço para redução do custo do mix de energia, isto é, o custo médio ponderado de todos os contratos. O segundo diz respeito ao patamar de preços. Embora estejam menores quando comparados a 2014, eles ainda estão muito ele- gente Oficina que virou teatro //Por José do Egito Sebo cultural do Barata //Por José do Egito Foto: Joel Rodrigues Um dos mais tradicionais espaços em funcionamento da Asa Sul, o Sebo Cultural Fortaleza nasceu em 1959. Durante muito tempo, a banca do proprietário Carlos Barata, 46 anos, foi uma das principais referências na cidade para comprar e trocar livros, CDs, LPS, VHS, discos de vinil, gibis e revistas. Ele conta que foram anos de paciência, dedicação e amor pelos livros. “É muito prazeroso mexer com cultura. Aqui vendo as coisas com preço em conta para que todos possam ter acesso”, explica. De acordo com Carlos, a banca passou por um momento conturbado, ficando dois anos fechada devido a um incêndio. Após o incidente, Barata reabriu as portas do sebo cultural, como a versão anterior, dando continuidade ao trabalho que antes era realizado pelo pai, falecido em 2013. Carlos conta que a ideia de abrir um sebo partiu de seu pai, que, ao passar em frente ao local que hoje é a banca Fortaleza, decidiu começar o negócio com algumas tábuas como prateleiras. “Meu pai sempre pensou em montar um sebo. Na época ofereceu um rádio em troca dos serviços de um carpinteiro”, revela. O bom gosto musical de Barata é percebido logo na entrada da banca, quando é possível ouvir MPB. “Peço que as pessoas não deixem o sebo morrer, para que não deixem o sebo acabar. Meu objetivo é fazer da cultura um auxílio ao próximo”. 22 Revista Fecomércio DF Foto: Joel Rodrigues A oficina mecânica de José Perdiz, 83 anos, foi criada em 1969, na 708/709 Norte. Por mais de 40 anos, ele garante ter comandado o local, mas só em 1975 deu seus primeiros passos com o teatro. Tudo começou quando, em um gesto de generosidade, cedeu o espaço para que o enteado encenasse um espetáculo com os colegas da Faculdade Dulcina de Moraes. “O que era para ser apenas um final de semana virou três meses. Construí uma arquibancada e as apresentações foram acontecendo”. Em 1980 o local tornou-se um espaço cultural com a peça Esperando Godot, que lotou por três meses e chegou a receber 7,5 mil pessoas. “Depois dessa apresentação, começou uma correria de gente querendo fazer teatro aqui. Jovens recémformados recebiam a informação de que tinha um ‘maluco’ com um espaço na Asa Norte. Dando certo ou não, eles agradeciam e iam embora”, revela. Nas arquibancadas de ferro, que antes recebiam 120 pessoas por dia, hoje sobraram cadeiras desmontadas e sucata. Perdiz vive na oficina e atende, a qualquer hora, clientes que buscam consertos. Há dois meses, após constantes ameaças de derrubadas, Perdiz se mudou para um espaço na 710 Norte, com intenção de dar continuidade ao conserto dos carros e às artes cênicas. Cinco perguntas para Johann Bischof Formado em Administração com Especialização em Gestão de Projetos e MBA em Controladoria e Finanças, Johann Bischof, 29 anos, é analista do Escritório de Projetos, Estudos e Pesquisa da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae-DF desde 2013. //Por Silvia Melo Qual seu papel na unidade? Sou responsável pela coordenação e gestão dos projetos que o Sebrae-DF executa. //Por Gabriela Vieira Foto: Joel Rodrigues O brasiliense João Blenner, 28 anos, com formação em Psicologia e Pós-Graduação em Gestão de Pessoas, sempre se interessou pela arte urbana. Essa atração despertou em João vontade de fazer parte dessa manifestação artística que está cada vez mais presente nos grandes centros, a arte de rua. Há seis anos, começou a investir na arte que acreditava apenas com dicas e sugestões de amigos, criando intervenções e telas com base na técnica de stêncil, que consiste em utilizar recortes que reproduzem desenhos, letras, números para ser transferido por meio de tinta spray a uma outra superfície. Buscou estar por dentro do mundo dos grafiteiros e, ao se deparar com o projeto “Pimp My Carroça”, do grafiteiro paulista Mundano, que reforma carroças com o objetivo de promover a visibilidade dos catadores de materiais recicláveis, logo quis fazer parte. “Conheci o carroceiro Telmo Quintino na Asa Norte, expliquei como funcionava o projeto e lhe perguntei se tinha interesse em ter sua carroça reformada e ele aceitou”. O projeto reformou a carroça e disponibilizou um kit de segurança e utensílios de higiene pessoal para o carroceiro. “Esse projeto me fez contribuir para que a classe de catadores de recicláveis se tornasse visível”. Qual a importância do Sebrae para os pequenos? Somos a instituição que mais entende de micros e pequenos negócios e possui a maior rede de atendimento do País. Qual o diferencial da entidade? Produtos e serviços de excelência, com a missão de promover a competitividade e desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios. Joel Rodrigues Visibilidade por meio da arte urbana Quais os desafios da Gestão em 2015? Implementar a gestão por processos e aprimorá-la por meio do Programa de Excelência da instituição. Qual dica para o empresário ter sucesso? Informar-se, estudar e analisar o mercado. Revista Fecomércio DF 23 artigo cnc O Projeto de Lei da terceirização A Câmara dos Deputados aprovou o PL 4.330/2004, que regulou, em 28 artigos e 101 normas, “os contratos de terceirização e as relações de trabalho dela decorrentes”. O PL encontra-se, agora, no Senado (30/2015), no qual serão renovadas as discussões sobre os pontos relevantes. Em artigo de 14/10/13, destacamos que “o processo produtivo, por ser um sistema em rede, no qual cada empresa contribui com parcela de valor agregado – que são insumos da produção, formando um todo que é o produto final. A terceirização no setor produtivo representa exemplo concreto do real benefício decorrente da especialização.” Nos debates do PL, surgiram discussões sobre a limitação da terceirização às “atividades-meio”, conforme jurisprudência firmada pelo TST (Súmula 331), ou a ampla abrangência das “atividades-fim”, como indispensável à maior produtividade na indústria e no comércio em geral. Na Câmara dos Deputados, o PL definiu a terceirização como “a transferência feita pela contratante da execução de parcela de qualquer de suas atividades à contratada para que esta a realize na forma prevista na lei.” Pode abranger tanto as “atividades-meio” como as “atividades-fim”. A contratante é “a pessoa jurídica que celebra contrato de prestação de serviços determinados, específicos e relacionados a parcela de qualquer de suas atividades com empresa especializada na prestação dos serviços contratados, nos locais determinados no contrato ou em seus aditivos”. Entretanto, o PL, sob a alegação de proteger os trabalhadores das em24 Revista Fecomércio DF presas de terceirização, estabeleceu várias regras que envolvem, para as empresas contratantes, novos encargos fiscais e burocráticos. Conforme o art. 16 do PL, “a contratante terá de “exigir mensalmente da contratada a comprovação” de “obrigações relacionadas aos empregados desta, que efetivamente participem da execução dos serviços terceirizados, durante o período e nos limites da execução dos serviços contratados”, sendo relacionados: I) pagamento de salários, adicionais, horas extras, repouso semanal remunerado e décimo terceiro salário; II) concessão de férias remuneradas e o pagamento do respectivo adicional; III) concessão de vale-transporte, quando for devido; IV) depósitos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço; V) pagamento de obrigações trabalhistas e previdenciárias dos empregados dispensados até a data da extinção do contrato de terceirização; e VI) recolhimento de obrigações previdenciárias. No caso de falta de comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, a contratante terá de comunicar o fato à contratada e reter o pagamento da fatura mensal, em valor proporcional ao inadimplemento. A empresa contratante terá de montar um departamento para controle dessas obrigações da empresa de terceirização, em uma absurda duplicação de tarefas, uma imensa burocracia, com aumento de custos para a empresa contratante. Antonio Oliveira Santos Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo Além disso, o PL atribui à contratante a obrigação de “reter, sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviço, a título de”: I) imposto de renda na fonte à alíquota de 1,5%; II) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL à alíquota de 0,65%; III) Contribuição para o PIS/ PASEP à alíquota de 0,65%; e IV) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) à alíquota de 3%. Estranhamente, o PL silencia sobre o destino das retenções. Caberia à contratante recolher à Receita Federal os tributos retidos? Ou a retenção funcionaria como uma garantia a ser liberada, uma vez recolhidos os tributos ao Fisco pela contratada? Em suma, o PL, ao regular as relações entre contratantes e contratadas, se, por um lado, afasta as restrições demagógicas à terceirização das atividades-fim, por outro, atribui à contratante encargos administrativos e fiscais absurdos. tecnologia Publicidade digital //Por Daniel Alcântara Foto: Joel Rodrigues Parceria entre Fecomércio e empresa Tag Point disponibiliza serviço informativo via Bluetooth para empresários do DF A cada dia que passa a tecnologia se transforma em uma ferramenta mais importante para clientes e empresas. Por isso, a Fecomércio-DF e a Tag Point firmaram uma parceria para disponibilizar aos empreendedores do Distrito Federal um serviço inovador que é executado por um sistema informativo chamado Beacon. Ele funciona da seguinte forma: o lojista adquire um dispositivo que pode ser colocado em qualquer local da loja, que o possibilita emitir mensagens via Bluetooth, sem a necessidade de internet, em um raio de até 70 metros. Com isso, o empresário pode ofertar serviços aos clientes como mensagens de promoção, descontos, conteúdos de todos os tipos e campanhas publicitárias. Para tanto, o consumidor precisa ter em seu celular um aplicativo gratuito da Tag Point, desenvolvido para os sistemas Android e IOS. De acordo com especialistas, trata-se de uma tendência mundial, agora disponível para empresas brasilienses. O diretor institucional da Tag Point em Brasília, Rafael Ming, diz que a intenção da ferramenta é criar um diferencial para o empresário. Segundo ele, a parceria com a Fecomércio é essencial para difundir a tecnologia em diversos segmentos que podem absorver o potencial do serviço. “É um novo Rafael Ming, da Tag Point, entrega o dispositivo para o proprietário do Espaço Maria Tereza, Léo Lynce meio de comunicação que vai ao encontro à questão ambiental, criando um canal com o consumidor sem o uso de papel ou qualquer tipo de poluição. O conteúdo disponibilizado pode ser um redirecionamento para o site da própria loja ou publicidades específicas para diversos produtos, ofertando promoções ou conduzindo o cliente para um item em específico”, ressalta. O lançamento do produto está marcado para o mês de agosto. Mas, o Tag Point Beacon já começa a chamar a atenção dos lojistas. O primeiro contrato firmado no Distrito Federal foi com o empresário Léo Lynce Cavalcante Araújo, de 31 anos, proprietário do restaurante Espaço Maria Tereza, localizado na QI 5, do Lago Sul. Segundo o empresário, o produto agregará benefícios para o estabelecimento. “Oferto aos meus clientes um sistema de menu digital. Com esse serviço, meu restaurante está cada vez mais ligado à tecnologia e seguindo tendências mundiais, além de fidelizar os clientes e ter um sistema de publicidade acessível”, diz Léo Lynce. Para contar com o Tag Point, o empreendedor assina um contrato anual. “Não existe processo de instalação, pois o Beacon é um produto pequeno e leve, com uma medida de 2x2cm, além de conter uma durabilidade de bateria de cinco anos”, ressalta Rafael. O dispositivo também contém um canal de comunicação direto entre o cliente e o empresário. “Existe um campo de relacionamento onde pode haver uma troca de mensagens diretas via Bluetooth. Oferecemos também um relatório de gestão do sistema, em que o lojista pode conferir quantas visualizações foram feitas ou se eles estão gostando do produto ofertado pelo estabelecimento”, explica Ming. Para adquirir o produto, basta acessar o site da Tag Point: www.queromeutagpoint.com.br Mais informações: 3038-7544. Revista Fecomércio DF 25 prêmio Raphael Carmona Noite de gala do comércio do DF //Por Daniel Alcântara e Fabíola Souza U ma festa memorável marcou a oitava edição do Prêmio Mérito Mercador Candango, que reconheceu o trabalho de quinze empreendedores que trabalham em prol do desenvolvimento do DF. Cerca de 900 convidados acompanharam a cerimônia, no dia 15 de julho, na Hípica Hall, entre políticos, empresá- 26 Revista Fecomércio DF Fotos: Raphael Carmona 8ª edição do Mercador Candango reuniu 900 convidados para consagrar 15 empresários de destaque no DF rios, amigos e familiares dos homenageados. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, esteve presente à solenidade e seu discurso foi calcado na melhora do desenvolvimento do empreendedorismo local. O governador citou ainda uma parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, visando facilitar e inovar a atividade do setor empresarial. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) premiou 15 empresários da capital que geram emprego, renda e contribuem para economia da cidade: Akihiko Okada (Tókio Supermercados), Avaldir Oliveira (CTIS), Carlos Recch (Posto Nenen’s), Cecin Sarkis Simão (Cecin Sarkis), Cleuza Ferreira (Magrella), Cristina Boner (Grupo TBA Informática), José Carlos Daher (Hospital Daher), José Celso Gontijo (JC Gontijo), Julio Cesar Peres (Incorporadora IPE-Omni), Luiz Cesar Cunha Sales (Unicom), Moema Leão (Casa Cor), Nilton Alves Ferreira (Centro Educacional Delta), Ramez Lutfalla (São Geraldo), Stephanny Oliveira (Stephanny’s Haute Coiffure) e Wlanir Santana (WS Modas). Adelmir Santana, presidente da Fecomércio-DF, elogiou os empreendedores condecorados e ressaltou a importância que o setor produtivo tem para a evolução da capital federal. “Como podemos traduzir esse comportamento que envolve a vontade de produzir, o desafio de ser bem-sucedido e a missão de transformar dificuldades em oportunidades? Isso é o significado exato de empreendedorismo. É o que os empresários aqui presentes hoje fazem no seu dia-a-dia. Nós temos o dever de homenagear as pessoas que aceitaram o desafio de empreender em um País como o Brasil, uma nação onde ter uma empresa é tão difícil. O mínimo que nós podemos fazer é reverenciar quem aceitou trocar a estabilidade pelo risco, a carteira assinada pelo próprio negócio”, disse Adelmir. O presidente salientou ainda a necessidade da diversificação da economia brasiliense e sugeriu uma parceria com o Governo de Brasília para gerar um movimento de desenvolvimento na capital da República. “É preciso reforçar a capacidade do Distrito Federal de gerar riquezas. A nossa economia não pode continuar sendo tão dependente do Estado, da administração pública. Nós sabemos que é necessário diversificar o ambiente econômico e fortalecer cada vez mais o setor produtivo, se quisermos gerar oportunidades. Não é função do governo gerar emprego, todos sabem disso. Essa missão é das empresas, obviamente. Mas o governo precisa criar as condições favoráveis para o setor produtivo”, concluiu. Discursos de peso O governador Rodrigo Rollemberg também aproveitou a oportunidade para anunciar que está trabalhando fortemente com o apoio do ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, para facilitar e inovar a atividade do setor empresarial da cidade. “Em agosto devemos encaminhar para a Câmara Legislativa um projeto para simplificar o licenciamento das atividades de baixo impacto econômico. Todos os órgãos do governo estão identificando essas atividades para que tenhamos um processo extremamente simplificado”, disse. Na ocasião, Rollemberg destacou ainda o papel dos empreendedores locais. “Essas pessoas hoje homenageadas dedicaram suas vidas ao empreendedorismo e, com a capacidade de realização do povo brasiliense, vamos construir dias melhores”, explicou. Por fim, afirmou que está trabalhando com o setor produtivo em um processo de simplificação do código de obras, para que se possa ter um processo simplificado de Habite-se no DF. O professor Nilton Alves Ferreira discursou em nome dos homenageados. Lembrou a dificuldade que é empreender no Brasil e criticou as altas taxas tributárias. Nilton aproveitou ainda para reprovar a grande burocracia que se cria na hora de abrir um empreendimento em Brasília. “Os empresários carregam este País, mas poderíamos fazer mais. O poder público poderia ajudar. Muitos são os nossos projetos, porém não basta ter dinheiro se nós somos impedidos de realizar as nossas propostas. É preciso que o GDF mude de atitude. Hoje, por exemplo, obter um alvará de construção no DF é uma via-crucis”, disse Nilton, que aproveitou a oportunidade para agradecer à Fecomércio-DF pela a homenagem aos empresários da cidade. Raphael Carmona Revista Fecomércio DF 27 prêmio Clima festivo A cerimônia que movimentou o setor produtivo local contou com a decoração da empresa Mil Flores. O jantar sofisticado levou a assinatura de Adriana Buffet. A animação da noite ficou por conta de um grupo com mais de 20 anos de carreira, a banda Toccata. Para engrandecer ainda mais os homenageados, foi confeccionada uma galeria com a foto de todos os condecorados, seguida de um breve histórico de cada empreendedor. Como mestre de cerimônias, o evento contou com o jornalista Antônio de Castro. Muitas autoridades prestigiaram a festa, entre elas: a presidente da Câmara Legislativa do DF, a deputa- da distrital Celina Leão; o deputado distrital, Bispo Renato; representante da CNC, Antonio Lisboa Cardoso; presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt; ex-senador Lindberg Aziz Cury; senador Hélio José; subsecretário da Secretaria de Relações Institucionais, Edvaldo Dias; ex-governador do DF, José Ornellas Sousa Filho; secretário-geral da CNC, Marcos Arzua; o empresário Paulo Octávio; vice-presidente financeiro e de relações institucionais da CNC, Gil Siufo; o reitor do UniCeub, Getúlio Lopes; o presidente da ACDF, Cléber Pires; ex-ministro e vice-presidente do Banco do Brasil, Valmir Campelo; secretário de Turismo, Jaime Recena; diretor do Correio Braziliense, Paulo César Oliveira; presidente-executivo do Correio Braziliense, Evaristo de Oliveira; o deputado distrital, Rafael Prudente; deputada distrital, Liliane Roriz; presidente da Fibra, Jamal Bittar; procurador-geral do MPDFT, Leonardo Bessa; diretor regional do Sesc-DF, José Roberto Sfair Macedo; presidente da Facidf e Associação Comercial de Águas Claras, Manoel Valdeci Machado Elias; diretor regional do Senac-DF, Luiz Otávio da Justa Neves; diretora-executiva do Instituto Fecomércio-DF, Elizabeth Campos; vice-presidente da CRC-DF, Adriano Marrocos e o deputado federal de Goiás, Valdivino de Oliveira. Raphael Carmona 28 Revista Fecomércio DF Raphael Carmona Entrada da Hípica Hall, onde foi realizada a cerimônia Joel Rodrigues Presidente da Fecomércio, Adelmir Santana e a esposa, Maria José, na galeria dos homenageados Raphael Carmona João Feijão, Jamal Bittar e deputado Izalci Lucas Joel Rodrigues O jantar, servido aos convidados, levou a assinatura da Adriana Buffet e a decoração foi da empresa Mil Flores Joel Rodrigues João Feijão, superintendente da Fecomércio, o homenageado Ramez Luftalla e esposa Joel Rodrigues Maria José, Adelmir Santana, Luis César Salles, Valdivino de Oliveira, Liliane Roriz, Rodrigo Rollemberg e Ana Alice de Souza Revista Fecomércio DF 29 prêmio Joel Rodrigues Avaldir da Silva Oliveira Joel Rodrigues Carlos Recch Joel Rodrigues Cecin Sarkis Simão Cleuza Ferreira Joel Rodrigues Estela Boner, irmã da homenageada Cristina Boner 30 Revista Fecomércio DF Joel Rodrigues Joel Rodrigues Hélio Okada, filho do homenageado Akihiko Okada Joel Rodrigues José Carlos Daher Raphael Carmona José Celso Gontijo Raphael Carmona Julio Cesar Peres Raphael Carmona Luiz Cesar Cunha Sales Joel Rodrigues Moema Leão Raphael Carmona Nilton Alvez Ferreira Revista Fecomércio DF 31 prêmio Raphael Carmona Ramez Luftalla Filho, representando o homenageado Raphael Carmona Wlanir Santana Stephanny Oliveira Joel Rodrigues Adelmir Santana, presidente da Fecomércio-DF, e Gil Siuffo, vice-presidente financeiro e de relações institucionais da CNC Raphael Carmona Cesar e Cynthia Bruneto, Adelmir e Maria José Santana, Alessandra e Glauco Santana 32 Revista Fecomércio DF Raphael Carmona Raphael Carmona Adelmir com a esposa Maria José, as filhas Juliana e Cynthia, e amigas Raphael Carmona Lindberg Aziz Cury, Cecin Sarkis e Paulo Octavio Joel Rodrigues Maria José, Adelmir Santana, Celina Leão, Valdivino de Oliveira, Márcia Lima e Rodrigo Rollemberg Joel Rodrigues Amador Outerelo Fernandéz, Elisabet Campos, Maria José, Maria Ignês Nogueira e Adelmir Santana Joel Rodrigues Adelmir Santana, Rodrigo Rollemberg e Leonardo Bessa Joel Rodrigues Jair Evangelista, Jane Godoy, Marisalva Campelo e Valmir Campelo Joel Rodrigues Adelmir Santana e Celina Leão Revista Fecomércio DF 33 música Sons do campo //Por Sacha Bourdette Foto: Robson Di Almeida Projeto Sonora Brasil resgata as canções do ambiente rural e leva para os palcos do Sesc P ara retratar a importância da cultura rural, a edição 20152016 do projeto itinerante Sonora Brasil, realizado pelo Sesc, reuniu quatro grupos de diferentes regiões. O evento é o maior projeto de circulação musical brasileiro e fica em Brasília de 17 a 20 de agosto. De acordo com o técnico de música do Sesc-DF, Nilson Lima, o Sonora Brasil é um exemplo de valorização da cultura brasileira. “Em sua 18ª edição, o que vamos ver é uma verdadeira difusão de expressões musicais relacionadas com a história do Brasil. Vamos ouvir muitos sons de raiz e suas origens. Neste ano, o tema da região Centro-Oeste é Sonoros Ofícios – Cantos de Trabalho, no qual contamos com artistas que representam as canções do meio rural. Já em 2016, o circuito inverte e teremos o Violas Brasileiras. A expectativa é receber mais de 100 pessoas por apresenta- ção no Teatro Silvio Barbato, localizado no Setor Comercial Sul (Edifício Presidente Dutra)”, afirmou. O Sesc percorreu o Brasil para escolher e juntar o talento dos grupos que representam Cantos de Trabalho, que são: Destaladeiras de Fumo de Arapiraca e Mestre Nelson Rosa, de Alagoas; Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valente, da Bahia; Quebradeiras de Coco Babaçu, do Maranhão; e Ilumiara, de Minas Gerais. Para se ter uma ideia, até o fim do ano, serão realizados 480 concertos em mais de 130 cidades brasileiras. Todas as apresentações são acústicas, valorizando os sons das obras e de seus intérpretes. A cidade de Valente, a 240km de Salvador, abriga grande parte da produção do sisal do país, planta que dá origem a fibras. A região também concentra fazendas de criação bovina, o que explica a presença de aboiado- res, pessoas que conduzem o gado por meio do canto. Por isso, o local só poderia ser representado no Sonora Brasil pelo grupo Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valente. Formado por oito pessoas, o Sesc foi o responsável por cruzar a história e formar o grupo do sisal e do aboio. Segundo o integrante do grupo, Ailton Aboiador, serão apresentadas 24 canções harmonizadas pelo batuque do pé de sisal, das cordas e do som do aboio mineiro. “A nossa inspiração vem pela paixão da profissão de vaqueiro, na qual eu nasci, me criei e que gosto de praticar. Nas pegas de boi e das festas, acho os motivos para fazer as canções”, revelou. Programação: 17/8 - Ilumiara (MG) 18/8 - Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valente (BA) 19/8 – Quebradeiras de Coco Babaçu (MA) 20/8 - Destaladeiras de Fumo de Arapiraca e Mestre Nelson Rosa (AL) Entrada franca @sescdf /sescdistritofederal Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valente (BA) 34 Revista Fecomércio DF www.sescdf.com.br Entre na era digital. A Fecomércio ajuda você a emitir e renovar os certificados necessários para sua empresa trabalhar com segurança, autenticidade e conveniência no mundo da internet. e-CPF Digital a partir de R$ 130 Assinatura digital, acesso a Receita Federal e conectividade social para FGTSs. e-CNPJ Digital a partir de R$ 185 Realiza transações bancárias eletrônicas, assina documentos digitais com validade jurídica e acessa o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte. NF-e a partir de R$ 270 Reduz custos, emite notas fiscais eletrônicas com validade jurídica, evita multas por descumprimento de obrigações fiscais e acessórias. Em até 3 vezes sem juros (61) 3038 7507 – 3038 7524 [email protected] www.fecomerciodf.com.br capa CRISE? QUE NADA! //Por Andrea Ventura e Silvia Melo Segmento de comércio adota estratégias para driblar as atuais dificuldades. Há empresas, inclusive, que planejam abertura de lojas 36 Revista Fecomércio DF C Fotos: Raphael Carmona onseguir driblar as adversidades econômicas e crescer em tempos de crise não é tarefa fácil para os empresários. Mas quem apostou em setores como o de seguros, supermercados, farmácias, perfumarias, cosméticos, combustíveis e lubrificantes não tem do que reclamar. Mesmo com o desemprego, juros altos, inflação, inadimplência, entre outras consequências da crise econômica pela qual o País está passando, os empresários têm adotado estratégias para alavancar seus negócios. Diversificação, criatividade, busca por conhecimento e até ajuda de consultorias especializadas são alguns dos caminhos para superar as dificuldades nas empresas. Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que alguns desses setores têm registrado contratações acima da média. Segundo a CNC, os dois ramos do varejo que encabeçam o ranking de geração líquida de vagas nos últimos doze meses, os hiper e supermercados e farmácias, perfumarias e cosméticos, têm como característica comum um maior grau de autonomia em relação às condições de consumo. Ou seja, apesar de guardarem relações com a evolução do emprego e da renda, as vendas nos segmentos de alimentos e medicamentos são caracterizadas pela comercialização de bens de consumo de primeira necessidade. “Isso quer dizer que, por mais que as pessoas tenham menos renda, elas não vão deixar de comer. São setores essenciais para o cotidiano das famílias, sofrem sim com uma economia mais fraca, porém, não têm um impacto forte, uma sensibilidade tão forte quanto os bens duráveis”, explica Bruno Fernandes, economista da CNC. Segundo ele, o comércio como um todo atravessa um processo de desaceleração forte, com queda nos últimos 12 meses. Alguns setores, porém, tiveram uma desaceleração menor do que outros, como é o caso dos hiper e supermercados, que registraram uma queda pequena de 0,9%, enquanto que móveis e eletrodomésticos vêm tendo uma queda mais forte, de 6%. “Artigos farmacêuticos ainda obtêm crescimento, com resultado positivo de 6,8% nos últimos 12 meses. Hiper e supermercados não, já vêm registrando queda, porém menor do que os outros itens”, destaca o economista, lembrando que, por mais que a economia venha desacelerando e o poder de compra venha se deteriorando, com inflação mais alta, menor renda, crédito mais caro, esses bens de supermercados e artigos farmacêuticos são bens mais inelásticos do que bens duráveis. Em crescimento nos últimos 12 meses, além dos artigos farmacêuticos, estão os setores de equipamentos e materiais para escritórios, informática e comunicação, e outros artigos de uso pessoal e doméstico. Um dos sinais de que a empresa não está sendo afetada pela crise é a contratação de empregados ou a permanência dos que já existem, ou seja, a não-demissão. A rede de supermercados brasiliense Dona de Casa está na contramão da crise econômica e inaugurou recentemente sua sétima unidade no Sudoeste. “Nos últimos anos tivemos um acréscimo de 20% do quadro de colaboradores”, afirma César Kazuo, analista de Marketing da rede. Atualmente a rede está presente em sete Regiões Administra- tivas do DF: Águas Claras, Candangolândia, Gama, Guará, Sobradinho, Sudoeste e Taguatinga. Para manter os clientes, o Dona de Casa aposta em um mix diversificado de produtos e serviços. “Possuímos serviços diferenciados para tornar a experiência de ir ao supermercado a mais agradável possível, como, por exemplo, pizzarias expressas, sushis, cortes especiais de carne, adegas climatizadas e fazemos de tudo para sempre oferecer o melhor atendimento possível”, destaca Kazuo. CORTE DE CUSTOS Para driblar a crise, Fernandes acredita que o ideal é cortar ainda mais custos. “Sabemos que é difícil. Chegou ao ponto máximo, mas é tentar otimizar a produtividade, ou seja, aumentar a eficiência da sua mão de obra, aumentar a eficiência da sua linha de produção. Essa é a única maneira de tentar melhorar, de tentar fugir um pouco da crise” afirma. “O empresário teria que produzir mais por menos, ou seja, com o mesmo número de funcionários, produzir mais e aumentar a eficiência da sua produção, aumentar a sua produtividade e cortar custos desnecessários. No caso, o máximo possível de custos desnecessários”, conclui. O segmento de restaurantes amargou queda nas vendas. Segundo o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Distrito Federal (Sindhobar), Jael Antonio da Silva, a redução foi de 10%. Para driblar o momento ruim, os empresários adotaram medidas. “Quando há redução de receita, primeiramente a tendência é redução de pessoal. Em seguida, os empreendedores usam a criatividade, fazendo promoções, incluindo no menu pratos executivos, com entrada, prato principal e sobremesa para atrair clientes”. Segundo Jael, a maioria dos estabelecimentos utilizou ações para driblar esse período conturbado. Outra ação foi incentivar o uso de delivery. “É uma forma de continuar vendendo. Quando o cliente vai 6,8% foi o crescimento do setor de artigos farmacêuticos nos últimos 12 meses Revista Fecomércio DF 37 capa Jeremias Neto investiu no sistema de delivery: “é uma forma de não perder mercado e fomentar vendas” ao restaurante acaba consumindo mais, porque há os 10%, bebida, um café, por exemplo. Já no delivery, o preço é mais em conta e o cliente não deixa de consumir – é bom para os dois lados”, destaca. Proprietário de restaurantes em Brasília, o empresário Jeremias César Neto resolveu se antecipar à crise. Ele possui quatro unidades da lanchonete Zimbrus e um restaurante, o Miau Que Mia. No início do ano, Jeremias intensificou o serviço de delivery e o inseriu em mais duas lojas. “É uma forma de não perder mercado e fomentar as vendas, uma opção a mais e o custo não é tão alto”. Mas para ele, a maior dificuldade é administrar o aumento de custos. “Senti com o aumento de insumos, energia e água. Isso esmagou a nossa margem de lucro, porque não dá para repassar tudo para o consumidor, que está muito mais atento à questão de preços”, explica. Para intensificar o delivery, o empresário investiu em divulgação do novo serviço em campanhas na mídia e redes socais. Além do delivery, Jeremias adotou lanches em combos, que incluem acompanhamentos nos sanduíches e pratos executivos mais econômicos. No Miau Que Mia, a estratégia foi o prato família, com refeições mais robustas e preços convidativos. “Com isso, sentimos uma melhora e o movimento retornou”, aponta. SEGUROS EM ALTA Considerado um dos ramos que possuem o melhor desempenho em 2015, o mercado de seguros tem expectativa de crescimento de 12%, de acordo com dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Só no DF, houve crescimento de 20% se comparado o primeiro semestre de 2014 com 38 Revista Fecomércio DF o de 2015, segundo o Sindicato dos Corretores de Seguros, Empresas Corretoras de Seguros e Previdência Privada no DF (Sincor-DF). “É no momento de crise que as pessoas mais buscam proteger o seu patrimônio”, afirma Dorival Sousa, presidente do sindicato. Segundo ele, o medo de perder um investimento, que muitas vezes é fruto de sacrifício e anos de trabalho para algumas pessoas, é uma das explicações para o aumento na procura por seguros. Da mesma forma, existe uma conscientização maior do empresariado em proteger a sua empresa e poder propiciar alguns benefícios diretos e indiretos, que seriam apólices de seguros de vida, para os funcionários. “É uma fatia que as pessoas não colocam como aquilo que é facultativo, aquilo que seria despesa extra. O seguro é tratado como um investimento”, afirma o presidente. “Para cortar gastos, você pode até deixar, por exemplo, de ir a uma churrascaria aos fins de semana. Mas o seguro não tem como transferir essa garantia para outra bancar esse risco. Você pode buscar uma opção mais barata entre seguradoras, mas nunca substituir por outra coisa”, explica. Ao comparar o primeiro semestre de 2014 com o de 2015, a Bancorbrás Corretora de Seguros registrou aumento de 9,72% em sua comissão. “Isso levando em consideração todos os produtos de seguro que comercializamos, que são de automóvel, de vida, de viagem, residencial e empresariais de uma forma geral”, explica Luiz Carlos Gama, diretor da empresa, que trabalha com as grandes seguradoras do País, revendendo o seguro para o cliente e ganhando uma comissão. “A Bancorbrás arrecada o prêmio do cliente e repassa para as respectivas seguradoras. O cliente cota o seguro de automóvel, por exemplo, e a gente pesquisa nas diversas seguradoras parceiras qual é a melhor condição para o cliente e vende aquele seguro”, afirma Luiz Carlos Gama Pinto. No seguro apenas de automóvel, que é o principal seguro comercializado pela empresa, o crescimento foi de 45%, comparando esses mesmos períodos. O dado mais significativo da empresa para analisar o mercado é o prêmio que se paga para a seguradora. No caso do seguro de automóvel, o prêmio cresceu no mesmo período 25,33% no total dos seguros. Levando em consideração todos os produtos que a Bancorbrás comercializa, o crescimento foi de 17,84%. “Realmente, o segmento de seguros não está sendo afetado pela crise”, conclui Luiz. De acordo com a Prudential do Brasil, em Brasília desde 2013 na comercialização do seguro de vida individual, por meio dos corretores Franqueados chamados de Life Planner e de empresas parceiras, a crise econômica ainda não reduziu a demanda por seguro de vida individual na empresa. “A companhia apresentou um crescimento médio anual de 27% nos últimos 10 anos em volume de prêmios e, em 2014, o crescimento foi de 40%, atingindo o montante de R$ 715 milhões. Atualmente, a Prudential do Brasil conta com mais de 185 mil vidas protegidas no País”, explica Daniel Macchion, diretor regional. No DF, a Prudential é líder em seguro de vida individual e registrou um crescimento de 178% de janeiro a maio de 2015, em comparação com o mesmo período de 2014, de acordo com os dados da Superintendência de Seguros Privados. PRODUTOS ARTESANAIS Um dos setores que também foram contra a maré da crise é o de artesanato. Especializada em oferecer serviços e plataforma para artesãos, o Elo7 cresceu 127% no primeiro trimestre de 2015, em comparação ao mesmo período no ano anterior. A empresa gerou em 2014 cerca de R$ 170 milhões em vendas e projeta dobrar esse valor em 2015. Entre as razões que explicam esse crescimento estão: ne- cessidade de aumento de renda e as formas que os profissionais encontram para driblar a crise, a desvalorização ocorrida com a industrialização e a produção em massa, a valorização do artesanal e a busca por produtos exclusivos e originais. Segundo o CEO da empresa, Carlos Curioni, com o investimento de US$ 11 milhões recebido no final de 2014, a plataforma tem investido em marketing e melhorias de produtos. “O artesanato hoje é muito amplo e envolve até trabalhos com intervenções digitais. Vivemos um momento de revalorização do artesanal em contraponto à desvalorização da produção em massa”, explica Carlos. “Para enfrentar a crise, a gente tem que pensar”, é o que acredita a empresária da Apoena, Kátia Ferreira. A empresa, que existe há dez anos, produz roupas femininas, com adição de ricos bordados. “Antes a Apoena fazia só roupa bordada e depois resolvemos ampliar nossos produtos. Além de roupa bordada, produzimos roupas de seda, florais e não deixamos de atender ao público que gosta de produtos de qualidade. Há dois anos começamos a diversificar, ampliamos os produtos, com presentes, jogos de cama e brindes corporativos”, diz. Outra novidade é que a marca está abrindo em agosto uma loja para venda no varejo em Brasília, já que a Apoena possuía 28 pontos de vendas apenas fora de Brasília. Ela acredita que as crises existem, mas das crises também saem novos modelos de negócios. “As pessoas me questionam o fato de estar investindo no momento da crise. Eu sempre falo que eu não estou nem aí para a crise. Minha função não é gerenciar crise. Eu já passei por crises até piores do que essa, porque eu não tinha a expertise e não estava preparada para o negócio como eu estou hoje. Conhecimento é uma ótima ferramenta para a gente combater a crise. Tenho vários canais de busca de conhecimento”, ensina. Para tanto, Kátia busca parcerias para impulsionar seu negócio. Por meio dessas parcerias ela consegue seguir adiante. “Participo de um programa com a Embaixada dos Estados Unidos, em que eles escolhem mulheres com grande capacidade empreendedora. Estou buscando um investidor, pois tenho mais uma ideia de negócio”, conta. A empresária alugou uma sala e comprou um equipamento para oferecer serviços de modelagem. “Investimos também em um profissional qualificado. Com esse equipamento, fazemos o material para nós, mas sobrará tempo também para vender o serviço, que é uma dificuldade nas grandes empresas”, explica. Kátia busca não ver apenas a dificuldade em gerir seu negócio. “A gente vê de que maneira pode se beneficiar de alguma dificuldade do mercado. Compramos Kátia Ferreira acredita que sua função não é gerenciar crises, mas pensar novos modelos de negócios Revista Fecomércio DF 39 capa mais um equipamento para fazer logos, etiqueta bordada e investirmos em brindes corporativos, que é um mercado muito bom aqui em Brasília”, avalia. Quando iniciou a Apoena, Kátia percebeu a necessidade de as pessoas terem uma renda. “Essa necessidade é muito grande. A vida é difícil para todo mundo, mais ainda para as mulheres. Pensei que elas podiam ter uma renda, sem precisar sair de casa”, aponta. “Uma coisa é certa, sem comprar ninguém vive. A questão é que esse cliente está disputado. Então você tem que fazer melhor e mais por ele. Tudo o que o cliente quer, gente descobre e fabrica”, conta. E ensina. “O segredo se chama gestão de pessoas. Uma boa comunicação. O que nós fazemos e queremos que os funcionários entendam é que eles é que fazem parte e que, quando o nosso negócio melhora, a vida de todo mundo melhora. O negócio precisa ter um profundo respeito pelo ser humano, por quem te ajuda a realizar seus sonhos. Eu penso no outro e quando você pensa no outro, ele colabora mais com você”, finaliza. PARCEIROS E NOVAS LOJAS A costureira Maria Ivaneide Silva já está há 10 anos na Apoena. Ao contrário das estatísticas, ela não endossou a fila de desempregados com a crise econômica. “Trabalhar aqui é muito bom, porque, além de ajudar no sustento da família, estou ajudando outras pessoas”, revela Maria, que auxilia as mulheres bordadeiras no espaço da Apoena, do Recanto das Emas. Sobre a crise, a costureira nem sentiu. “Eu acho que para a gente está pintando mais trabalho, eu não senti ainda os efeitos da crise”, conta. Quem também está feliz é o modelista Felipe Ferreira. Ele mudou de emprego, está morando em um lugar melhor, tudo em meio ao turbilhão da crise econômica. “Estou indo contra (a crise). Este ano fui chamado para trabalhar bem na crise e resolvi mudar de emprego. 40 Revista Fecomércio DF Mas eu prefiro lutar por uma coisa que eu acredito, que eu realmente gosto e que acreditei desde o começo, vejo pessoas ao meu redor sofrendo, mas graças a Deus estou bem tranquilo”, garante. Um dos reflexos da crise é o fechamento de lojas no comércio. Além da Kátia, da Apoena, tem mais empresário que planeja a abertura de uma nova loja: Bruna Vasconi, do Brechó Peça Rara, possui quatro lojas no DF, nas Asa Sul e Norte, mas planeja expandir seus negócios para Águas Claras. A inauguração deverá ocorrer em outubro, em um shopping da região. “Não estávamos pensando em expandir no momento, mas um corretor fez uma proposta, com muitos atrativos, que tornou interessante a abertura na região”, explica Bruna. Ela está otimista com a nova loja. “Apesar de estar mais distante, acredito que será bacana. Muita gente se desloca de Águas Claras para o Plano Piloto e, depois da inauguração, vai deixar lá mesmo”, ressalta. A empresa ainda não sentiu os reflexos da crise. “Não deixamos de crescer nem retrocedemos. Não crescemos absurdamente, mas continuamos crescendo”, diz Bruna. Ela está investindo em um site e nas redes sociais para estimular ainda mais o negócio. “Estamos reformulando o site e vamos lançálo com a abertura da loja. Há três meses pude dar mais atenção ao Instagram e vejo que aumentou a resposta em relação ao cliente, por isso quero divulgar mais” conta. Para gerir a empresa, Bruna conta com o auxílio da família. Ela inicialmente abriu a loja com a mãe, com o dinheiro emprestado pela avó. Hoje sua mãe, seu pai e seus dois irmãos estão à frente dos negócios. “Não sou sozinha , e isso ajuda muito. O empresário sozinho Ana Paula Amaral, diretora da Governanzza Corporativa: “Quem não conseguir inovar, fica para trás” tem mais dificuldades, dá realmente um pouco de medo, mas a gente se completa – se ajuda. Vamos pensando e as coisas vão se encaixando e seguimos adiante. Acho que isso é do empreendedor, e a pessoa que não tem espírito empreendedor não sai do lugar, temos que arriscar, porque não dá para prever tudo”, ressalta. São ao todo 45 funcionários. “Isso mexe com a gente, tenho 45 famílias que dependem do nosso negócio. Temos um compromisso social que é muito mais amplo. Não somos só uma loja de produtos usados mais baratos. Há algumas coisas na base, no alicerce, e por isso temos essa coragem e arriscamos”, conclui. AJUDA ESPECIALIZADA Para fugir de crises e aprender a superar momentos difíceis em seus negócios, alguns empresários buscam ajuda especializada por meio de consultorias, treinamentos e capacitação profissional. De acordo com Ana Paula Amaral, diretora da Governanzza Corporativa, empresa de consultoria, no mundo atual o que manda é a inovação. “Quem não conseguir inovar, fica para trás. Inovar não é só criar produto novo, mas inovar no que se faz hoje e fazer melhor a cada dia, inovar a técnica, a forma de conduzir o negócio”, explica. De acordo com Ana Paula, para o empresário passar por uma crise ele tem que, além de inovar, ser criativo, treinar a equipe, ser resiliente, ter muita flexibilidade e, principalmente, ser humilde. “A humildade é a chave, porque se você não conseguir ouvir o que estão falando para você, você não vai ter mais uma ferramenta para pensar. O que você vai fazer? Você vai decidir só com o que você pensa. Você não colhe informação aqui, ali, não ouve o faxineiro, que seria imprescindível”, explica ela. Em seu trabalho de consultoria, Ana Paula procura descobrir primeiro qual é a necessidade do cliente, se é um problema da equipe que não está trabalhando bem, se não consegue produzir o que o empresário espera, se não atende bem o cliente, entre outras possibilidades. Detectado o problema, ela leva uma solução, pensa no curso ou no treinamento mais adequado para a situação exposta. “O empresário precisa fazer a casa funcionar e aí vai aos trancos e barrancos, só apagando incêndio. Então, você tem as falhas para depois ir consertando. Quando o empresário me chama, quer uma mudança de comportamento”, destaca. Fernando Luz, sócio-proprietário do restaurante Peixe na Rede de Águas Claras, buscou ajuda da consultoria de Ana Paula poucos meses depois de inaugurar o estabelecimento, há dois anos e meio, quando a procura pelo restaurante ficou intensa, e os clientes passaram a reclamar do atendimento. Aos fins de semana, a fila de espera chegava a 400 pessoas. “O que a gente percebeu é que a gente tinha uma comida de primeira, Bruna Vasconi possui quatro lojas no DF e planeja expandir seus negócios para Águas Claras saborosa, farta, saudável - porque é à base de tilápia, tínhamos uma clientela de Águas Claras ávida por serviços na própria cidade, nosso preço é bom. Porém, o atendimento estava fraco. A qualificação do nosso pessoal não era boa. Então recorremos à empresa da Ana Paula para nos ajudar a qualificar o pessoal”, explica. O empresário investiu no treinamento da equipe. Ele e a esposa, Cristiane Fleury, que também é sócia do restaurante, passaram por treinamento. “Contratamos também uma empresa de manipulação de alimentos, porque a qualidade é fundamental para atender às pessoas”, afirma. “Se não tivéssemos investido em treinamento, com o apoio de consultores, a gente corria sérios riscos de estar oferecendo um serviço ruim. Dois anos e meio se passaram e hoje temos uma equipe afinada”, destaca. Em relação à atual crise econômica, Fernando diz estar preparado por já ter passado por todo o processo de treinamento de pessoal e de orientação feito pela Governanzza. “Trabalhar quando o vento está soprando a favor é ótimo. Mas é difícil trabalhar quando o vento está contra. Você tem que estar adaptado. Quando nos preparamos com a ajuda da Ana Paula, a gente, sem saber, estava se preparando para essa crise”, diz. Ana Paula diz que não há uma receita específica para o empresário superar uma crise econômica, mas o primeiro passo para passar por ela é não se desesperar. “Ninguém pode ficar desesperado em um momento como esse porque senão a gente fica no meio da crise. Temos que conseguir enxergar a crise com olhos de quem está vendo de cima”, ensina. O empresário deve também traçar metas. “Se a gente tem bem fortes os valores da empresa e sabe por que ela existe e para onde ela vai, nada atrapalha a empresa. Ela vai continuar crescendo. Só não vai no mesmo ritmo que ela pretendia. Mas não pare. Meu conselho é: siga em frente. Não pare de jeito nenhum. Os problemas virão e a gente vai ter que repensar como fazer, vai ter que diminuir o ritmo, mas não vai parar. E para os que não têm objetivos claros e definidos, que faça. Quando sabemos onde a gente quer chegar, nada impede a gente”, conclui Ana Paula. Revista Fecomércio DF 41 transparência Controlador-geral do DF, Djacyr Cavalcanti, apresenta as funcionalidades do aplicativo ControladoriaGeral do DF desenvolve aplicativo que permite acesso a todas informações de receitas e despesas do governo 42 Revista Fecomércio DF Brasília preto no branco //Por Luciana Corrêa Fotos: Joel Rodrigues B rasília é a primeira capital do País a ter um aplicativo com foco na transparência entre governo e sociedade. O Siga Brasília foi desenvolvido pela Controladoria-Geral do Distrito Federal e é alimentado pelos órgãos e secretarias do GDF. Os cidadãos passam então a ter mais acesso às informações das receitas e despesas do governo, saber a remuneração de cada servidor do DF e a escala dos profissionais da saúde, além de assistir na TV Transparência os vídeos semanais com dicas e informações, e podem ainda acompanhar as reuniões do Conselho de Transparência e Controle Social do Distrito Federal. A criação levou aproximadamente três meses e foi toda feita por servidores da Controladoria-Geral, sem custos extras. Qualquer pessoa pode baixar o aplicativo nos celulares com tecnologia Android, basta apenas procurar pelo nome Siga Brasília. Para os demais sistemas, é possível acessar por meio do navegador do aparelho ou em computadores diretamente do portal (sigabrasilia.df.gov.br). Em breve, o Siga Brasília estará disponível para os usuários do IOS. Uma vez acessado, para visualizar as informações, não é preciso cadastro. Ao instalar, basta apenas abrir o aplicativo e com um menu de fácil navegação, o usuário terá um leque de opções disponíveis. Ao clicar em Despesas, por exemplo, é possível procurar todos os gastos feitos pelo setor público, por credor, órgão, data, modalidade de licitação, área temática (saúde, educação etc), e administração regional. Outro item interessante é o “Comente”. Nele é possível enviar mensagens diretamente à Ouvidoria do GDF. De acordo com o controlador-geral do DF, Djacyr Cavalcanti de Arruda Filho, todas as demandas serão respondidas. “A ouvidoria está repassando diretamente aos responsáveis e o governo está recebendo informações que muito dificilmente chegariam até ele tão rapidamente. O importante é a participação dos brasilienses e, quanto mais comentários no aplicativo, mais podemos aprimorar o serviço”, explica. Segundo o controlador-geral, no primeiro mês desde o lançamento já se chegou a quase 11 mil downloads e 40 mil acessos. “Não fizemos uma campanha, estamos no boca a boca”. Djacyr destaca que é fundamental os empresários e trabalhadores do setor de comércio, bens e serviços terem conhecimento de todas as contas do DF. “Para a área do comércio é importante saber quanto está sendo arrecadado de ICMS, ISS, impostos que impactam diretamente na atividade do setor. Conseguem assim consultar as empresas que estão sendo pagas pelo governo, por área, por valores. É importante o empresariado saber as potencialidades que ele pode ter, saber os critérios, desembolso por área, a remuneração dos servidores”, conta. O controlador-geral completa ainda que o empresário é parte da solução para a melhoria da cidade. “Ele que gera riquezas. E é preciso criar um ambiente próprio para ele atuar e a transparência reduz a corrupção e assim facilita os negócios. A corrupção gera um gasto muito alto e o aplicativo vem para facilitar a fiscalização dos interessados”. Essa é mais uma das ações do governo de Brasília para alcançar a maior transparência perante a sociedade. Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, que faz parte do Conselho de Transpa- rência e Controle Social do Distrito Federal, a população brasiliense tem o direito a essas informações. “Para se ter a tão desejada transparência, o governo não pode só divulgar suas futuras ações, mas dotar o cidadão de mecanismos para que ele próprio possa fiscalizar o Estado. Creio que o aplicativo atende a essa finalidade”, disse. Para a sócia-diretora do hotel Brasília Imperial, Luciana Homsi, a oportunidade de ter acesso às informações do governo é excelente para o ramo hoteleiro, pois 90% dos eventos que recebe nos seus espaços são vindos de agências que ganham as concorrências públicas. “Agora tem como saber exatamente quanto essas empresas estão ganhando e conseguir controlar melhor se está sendo justo para todos”, explica. Luciana completa que hoje a cultura do povo está mudando e que muitos querem participar. “E o aplicativo dá a oportunidade de poder falar o que não está legal. Nós, brasileiros, não temos o costume de usar os canais de ouvidoria. Temos que continuar a cobrar, a cada vez mais e acreditar que pode funcionar”, incentiva. Não há limites para a ampliação da oferta de informações por meio do aplicativo. Há, inclusive, um projeto para que sejam divulgadas outras área de interesse da sociedade, como as vagas de emprego do Sistema Nacional de Emprego (SINE), as vagas das creches públicas do DF. Os vídeos feitos para a TV Transparência serão veiculados nos ônibus, rodoviárias, entre outros veículos. O objetivo é chegar cada vez mais próximo da população. Para Luciana Homsi, a oportunidade de ter acesso às informações do governo é excelente para o ramo hoteleiro Revista Fecomércio DF 43 conjuntura Linha e agulha na mao //Por Sacha Bourdette Fotos: Joel Rodrigues Apesar da desaceleração da economia, setor de armarinhos se mantém estável por conta das datas comemorativas e da onda de trabalhos manuais queda das vendas no primeiro trimestre deste ano reflete o desequilíbrio e o esfriamento da economia do Distrito Federal. O que se vê é inflação alta, juros elevados, produtividade em baixa, crédito mais caro, inadimplência e desemprego crescentes. Para A Clarisse Rodrigues, há 48 anos no mercado, sabe bem como funciona o segmento 44 Revista Fecomércio DF muitos empresários do comércio, a situação não traz boas perspectivas. Entretanto, entre tantos fatores negativos, pelo menos um setor não tem do que queixar: o de armarinhos. A nova onda do “faça você mesmo” tem aquecido o segmento. As vendas no comércio de tecidos, que inclui ar- marinhos, registrou crescimento de 15,76% em maio deste ano. O nível de emprego também registrou alta de 4,17% em maio na comparação com abril. Os dados fazem parte da última Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF, realizada pelo Instituto Fecomércio. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), Edson de Castro, o mercado de aviamentos não está longe da crise, mas está sabendo sobreviver. “As datas comemorativas ajudam o setor, no Dia das Mães, nas Festas Juninas ou no Natal eles sempre estão vendendo. As pessoas também procuraram por necessidades corriqueiras, como zíperes, botões. Além disso, por trabalhar com produtos diversos acaba ajudando a manter o negócio apesar da crise”, explicou. Para o professor de Finanças do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Romildo Araújo, os armarinhos possuem diversas vantagens. “O setor consegue captar por sazonalidade e em várias épocas do ano, e o mais importante é que observamos que há uma fidelização dos clientes. Claro que não se trata de produtos de primeira necessidade, mas as pessoas sempre precisam de algo que é vendido no armarinho, para consertar ou produzir. Outra vantagem é encontrar muita coisa em um só lugar, como um bordado para o vestido da noiva ou fitas para ovo de Páscoa. É um setor que tem tradição e consegue se manter a longo prazo”. PARA TODAS AS ÉPOCAS Há 48 anos atuando no comércio, a empresária Clarisse Rodrigues Lessa, do Armarinho Clarisse, sabe bem como funciona o segmento. “O armarinho é um ramo bom, mas não gera um grande lucro. Se bem administrado, as vendas não caem. Apesar de também vender tecidos, os produtos de armarinho são os que vendem mais. Entra ano e sai ano o meu negócio gira bem, não tem queda expressiva nem faturamento alto, é médio. Por dia, chego a atender uma faixa de 130 a 120 clientes em busca de artigos de armarinho. Meus clientes são fiéis. Por mês consigo lucrar R$ 60 mil”, contou. Segundo Clarisse, 70% de sua clientela é composta de mulheres, e Paulo Milano credita o bom desempenho do setor de aviamentos à venda diversificada uma curiosidade é que muitos dos clientes homens vão à loja em busca de kits de costura, pois são divorciados. A empresária também revela sobre as vendas de seus produtos. “Agora, na época do frio, quando vendemos mais lã para tricô e crochê, assim como produtos para São João. Quando chega dezembro, as maiores vendas são de bordado inglês, renda e linhas por causa do Natal. Em outras épocas do ano, têm grande saída linhas, agulha de mão, agulha de máquina, botões, fitas, toalhas e lençóis”, relatou. No armarinho também é possível realizar cursos manuais e é uma das poucas lojas do DF que batem botão de pressão. O Armarinho Milano foi fundado em 1966 pelo empresário italiano Stefano Milano. Há oito anos, as três unidades da empresa estão nas mãos do filho, Paulo Milano. Ele conta que o universo de armarinho é muito grande, e cada empresário trabalha de uma forma diferente. “Vendo muitas fantasias temáticas para o Carnaval, Páscoa, Festa Junina, Halloween e Natal. Na semana que antecede o Carnaval, chego a atender por dia uma média de 600 clientes só na loja da Asa Sul. Na parte de aviamentos, temos fios de tricô, crochê, uma parte de tecidos para patchwork. Já na parte de serviços, cedo espaço para aulas de tricô, crochê e bordado. Na loja da Asa Norte, há ainda um quarto de costura”, destacou. Paulo acredita que a ideia do “faça você mesmo” tem ajudado nas vendas. “Tivemos um inverno em Brasília que inclusive muitas jovens começaram a fazer cachecol para as amigas. Percebemos que há pessoas fazendo acessórios, chapéus customizados, bijuterias, lembrancinhas para casamento. Aqui chegam noivas em busca de fitas e pedrarias, elas querem fazer o convite por conta própria. Aumentou uma procura por pérolas e fitas para casamento. As pessoas gostam de mostrar o que elas fazem, presentear. O faça você mesmo tem outro significado”, garantiu. A empresária Silvana Garutti, proprietária da loja Mundo do Aviamento, trabalha no ramo há 22 anos. Sua paixão por moda a inspirou a montar o negócio. Segundo ela é um setor que se mantém estável durante o ano. “Aqui vendo de tudo um pouco, inclusive, a preço de atacado. É um mercado estável, não tem muita concorrência e as pessoas sempre têm necessidade de comprar algo no armarinho. Hoje percebemos que aumentou o interesse em consertar em vez de comprar uma peça nova”, diz. Revista Fecomércio DF 45 literatura Escrita valorizada //Por Líliam Rezende Foto: Rapahel Carmona Estão abertas as inscrições para os Prêmios Culturais do Sesc de 2015 E stão abertas as inscrições para o Prêmio Sesc de Contos Machado de Assis e para o Prêmio Sesc de Crônicas Rubem Braga. Os escritores devem enviar o material até o dia 30 de novembro. Cada participante pode inscrever até dois trabalhos inéditos e não publicados. O tema é de livre escolha. Este ano, ambos somam R$ 9 mil em premiação. O Prêmio Sesc de Literatura foi lançado em 2003 com o objetivo de identificar jovens escritores cujas obras apresentem qualidade literária para edição e circulação nacional. Os Prêmios Culturais do Sesc são uma excelente oportunidade para artistas de todo o País mostrarem seu talento. Para Ludimila Costa Silva Alves, vencedora em 2014 na categoria Crônicas, as premiações valorizam os escritores. “A intenção do Prêmio é que a chama do artista não se apague, pois ele é lembrado em exposições e nos livros que o Sesc edita todos os anos. Isso é um grande incentivo pra quem está começando”, destaca. A coordenadora de Ações Culturais do Sesc-DF, Juliana Valadares, explica que os 15 melhores contos e crônicas serão reunidos para uma coletânea publicada pelo Sesc. “O objetivo dos prêmios é incentivar a produção literária e revelar novos talentos, além de ampliar o espaço do Sesc na área cultural. Já são mais de dez anos premiando, e as coletâ46 Revista Fecomércio DF neas possibilitam que os escritores ganhem mais espaço no universo dos livros”, conta. As inscrições devem ser efetuadas mediante a entrega do material produzido nas unidades do Sesc ou por meio de postagem contendo o trabalho impresso e digital, a ficha de inscrição, o Termo de Cessão de Direitos Autorais assinado e cópia da Carteira de Identidade e CPF. O endereço para postagem é: Serviço Social do Comércio Administração Regional no Distrito Federal, Sesc Estação 504 Sul – Biblioteca, Av. W3 Sul, Quadra 504/505, Bloco “A” – Brasília/DF – CEP: 70331-570. As fichas de inscrição estão disponíveis em www.sescdf.com.br. Mais informações @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br senac Inscrição online para pós-graduação //Por Luciana Corrêa Faculdade oferece 70% de desconto na matrícula para todos os cursos A Faculdade Senac-DF está com as matrículas abertas para os cursos de pós-graduação do segundo semestre de 2015. A instituição oferece 70% de desconto na matrícula para todas as opções de cursos. A instituição divulga em seu portal (www.senacdf.com. br/faculdade) várias informações sobre os cursos, tais como: público-alvo, campos de atuação, matriz curricular, quais são professores e o contato do coordenador do curso escolhido. Para se inscrever é preciso preencher um formulário no site e depois comparecer à Central de Relacionamento da unidade 903 Sul para efetivar a matrícula. O atendimento acontece das 9h às 21h30, de segunda a sexta-feira e aos sábados e domingos das 8h às 14h. Mais informações sobre a pós-graduação: (61) 3217-8821. Saiba sobre cada curso: Administração em Negócios Imobiliários - O curso foi elaborado em parceria com o Secovi-DF, buscando a manutenção do alto padrão no Setor Imobiliário. Preparação para atuar como consultor imobiliário nos mais diversos contextos da economia, em empresas privadas e públicas. Banco de Dados e Business Intelligence com Ênfase em Software Livre - Toda empresa precisa de um banco de dados para organizar, armazenar e proteger seus dados. Somado ao estudo dos bancos de dados, é de extrema importância o conhecimento sobre os sistemas de apoio à decisão (Datawarehouse, Datamining, Business Inteligence) e de software livre no contexto atual. Gestão de Pessoas - Para atender à demanda do mercado, o curso de especialização tem como objetivo formar profissionais com capacidade para utilização de conceitos práticos e teóricos em prol de um processo decisório mais eficiente. Gestão de Projetos - A complexidade atual dos negócios exige dos gestores a organização de seus planos de forma estruturada e integrada. O objetivo do curso é desenvolver um conjunto de competências técnicas e gerenciais baseadas nas melhores práticas de gerenciamentos de projetos, de forma integrada e estruturada. Gestão Empreendedora de Negócios (MBA) - O curso de especialização Lato Sensu de Gestão Empreendedora de Negócios propõe um modelo genuíno de MBA e conteúdos específicos. Gestão Logística da Cadeia de Suprimento - Para preencher a necessidade de uma gestão integrada de toda a cadeia de suprimentos, com o estabelecimento de parcerias estratégicas, conhecimento das necessidades dos clientes e a criação de ações de pós-venda. Governança em Tecnologia da Informação - Tem o objetivo de formar profissionais capazes de propor, definir, planejar e operacionalizar soluções e serviços de TI com total aderência às diretrizes da governança e às necessidades do mercado. Treinamento, Desenvolvimento e Educação Corporativa - O mercado demanda de organizações e profissionais o desenvolvimento constante de competências e habilidades cada vez mais sofisticadas, elevando a área de Treinamento, Desenvolvimento e Educação Corporativa (TD&E) ao status de área-chave. Este curso é único na Região Centro-Oeste e um dos poucos no Brasil. Mais informações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br Revista Fecomércio DF 47 economia Indicadores do comércio //Por José Eustáquio Moreira de Carvalho E m junho, as incertezas quanto ao “tamanho” do ajuste fiscal e à formatação definitiva da política econômica continuam afetando as expectativas dos empresários. Ainda pairam sobre a cabeça do empresário do comércio do Distrito Federal, dúvidas quanto a extensão das medidas de contenção de gastos e aumentos de impostos, tanto na esfera local quanto na federal. A nãoconcessão ou o parcelamento de aumentos salariais aos servidores públicos já é uma realidade na área federal. Além do reduzido poder de compra do consumidor de Brasília, o nível de desemprego em alguns setores da atividade econômica já é realidade e aumentou neste mês. Reflexos negativos estão presentes em todos os indicadores. O endivida- PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal Junho Maio Inadimplência Dívida Total 48 Revista Fecomércio DF Junho 2015 Abril 89,5 89,4 89,7 Cartão de Crédito Dívida impágavel mento e a inadimplência experimentaram leve redução no mês, mas continuam elevados; a queda continuada na intenção de consumo, especialmente de bens duráveis pelas pessoas com renda até 10 salários mínimos, é uma realidade. A confiança dos empresários apresentou uma sensível elevação em todos os itens avaliados: investimentos, melhora nas condições dos negócios e expectativas quanto ao desempenho da economia. O nível de endividamento das famílias em Brasília (82,2%) superou, em junho, o nível nacional (62,5%) em cerca de 20%. A taxa de inadimplência, dívidas não pagas há mais de 90 dias, atingiu 9,5%, queda de 0,4 ponto percentual em ralação a maio. Houve acréscimo de 0,1 ponto percentual nas dívidas parceladas no cartão de crédito. 0,1 0,3 0,3 9,5 9,9 9,2 82,2 82,3 83,8 Fonte: CNC A tendência de queda no ICF se agravou. Em relação ao mês de maio, o indicador caiu 3,9 pontos. Desta vez a queda se deu tanto nas famílias de renda maior que 10 salários-mínimos (1,2 pontos), quanto nas famílias de renda menor que 10 salários-mínimos (5,2 pontos). ICF - Intenção de Consumo das Famílias Distrito Federal Junho Maio Junho 2015 Abril 112,7 113,9 112,9 Mais de 10 SM 90,0 95,2 96,0 Até 10 SM As taxas de juros nominais, praticadas no mês de junho, continuam em escalada de crescimento, sem horizonte para estancar. Na comparação de junho em relação a maio, não houve alterações significativas nos juros cobrados da Pessoa Jurídica. No crédito à Pessoa Física continuam campeãs, tanto em valores nominais quanto em variação no mês, as taxas do Cheque Especial (214,19% em junho, contra 210,44% em maio) e do Cartão de Crédito (312,75% em junho, contra 304,03% em maio). Taxas de Juros Pessoa Jurídica Junho 39,78% 32,30% SM: Salário Mínimo Fonte: CNC Maio 38,96% 31,99% O ICEC/DF em junho apresentou elevação de 4,6 pontos no índice geral, em relação ao mês de maio. Isoladamente destaca-se a alta de 8,9 pontos no indicador de expectativas, motivada pela confiança em relação ao próprio setor (alta de 9,0 pontos). Abril ICEC - Índice de Confiança do Empresário do Comércio DF Junho Indicadores investimento Maio 38,64% 31,68% Fonte: CNC 122,21% 120,71% Fonte: ANEFAC Taxas de Juros Pessoa Física Junho 2015 Junho Abril Abril 141,93% 140,85% 139,24% Empréstimo pessoal financeiras 89,8 87,2 88,5 Empréstimo pessoal bancos 129,1 120,2 119,9 54,8 52,3 54,7 Maio CDC automóveis 61,96% 61,22% 60,10% 28,32% 28,02% 27,27% 214,19% 210,44% 205,06% Cheque Especial 312,75% 304,03% 295,48% Cartão de Crédito Geral 122,71% Junho 2015 Indicadores das expectativas Indicadores das condições atuais Capital de giro Desconto de duplicatas Conta garantida 97,2 101,1 101,3 Geral Junho 2015 91,2 86,6 87,7 Juros do Comércio 84,36% 83,94% 82,90% Fonte: ANEFAC Revista Fecomércio DF 49 vitrine Taís Rocha Jornalista, editora-chefe da Revista Fecomércio [email protected] (61) 3038-7525 Dia dos Pais Para alguns, ele é sinônimo de coragem e aconchego. Para outros, é um herói que conta histórias ou cozinha como ninguém. Independentemente do seu tipo de pai, vale a pena celebrar ao lado dele no próximo dia 9. Kit Sr. N Couro, da Natura, com perfume, balm pós-barba e gel para barbear R$ 82,90 Chuteira Nike Hypervenom Phantom II Rádio amplificador de som, da Imaginarium R$ 149,90 R$ 1.599,90 Armação de grau, da Chilli Beans A Arte da Cozinha Italiana, na Livraria Cultura R$ 298,00 50 Revista Fecomércio DF R$ 164,90 aconteceu no senac Subsede administrativa é inaugurada //Por Sílvia Melo Foto: Raphael Carmona Espaço reúne alguns setores administrativos além dos Centros de Educação Profissional Educação a Distância e Ações Móveis O Senac inaugurou, em 17 de julho, uma nova subsede administrativa no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA Trecho 3, lotes 945/955). Em uma área de 1.670m², a subsede ocupa um prédio com subsolo, térreo e piso superior, onde estão distribuídos os setores de Registro e Documentação, Central de Estágio, Patrimônio, Transportes, Serviços Gerais, Gestão Documental/Arquivo, Almoxarifado, Núcleo de Administração e Infraestrutura, Reprografia Central, Depósito da Livraria e dos Centros de Educação Profissional (CEP), Educação a Distância e Ações Móveis. O local contará também com uma sala de reunião e outra de treinamento. A cerimônia de inauguração foi marcada por uma festa julina organizada pelos servidores, realizada na parte externa do prédio. A inauguração contou com a presença do presidente do Senac-DF, Adelmir Santana, e do diretor regional da instituição, Luiz Otávio da Justa Neves, além de gerentes de setores e unidades, entre outros convidados. Ao fazer o discurso de abertura da cerimônia de inauguração, o diretor Luiz Otávio destacou a dedicação do trabalho realizado pelos servidores responsáveis pelas obras da nova unidade. “O trabalho valeu, principalmente o trabalho do pessoal do Setor de Serviços Gerais”, disse. Na ocasião, Santana parabenizou todos os servidores pelo esforço e dedicação. “Fico muito feliz em ver a presença de vocês aqui nesta festa de inauguração”, afirmou, lembrando que a subsede é o dobro do tamanho da Sede da instituição, também locali- zada no SIA. “Esta nova unidade surge em razão do crescimento do Senac. A instituição cresce por meio das unidades móveis, de suas ações, dos restaurantes-escola e tem crescido muito através do atendimento do Senac Empresa e das próprias unidades fixas espalhadas pelo DF”, disse. O presidente Adelmir Santana destacou também em seu discurso a importância das obras da subsede terem sido realizadas pelos servidores da instituição. “Tudo isso foi feito pelo nosso grupo de trabalho. Foram pouco mais de dois meses até finalizar e entregar dessa forma que estamos recebendo hoje”, afirmou, para logo em seguida chamar os servidores para homenageá-los e agradecer. “Queremos parabenizá-los pela dedicação, pelo trabalho que executaram para recepcionar os nossos companheiros que fazem o Senac”, concluiu. O Senac atua em todo o Distrito Federal, onde atende a população por meio dos centros de educação profissional Jessé Freire (SCS), 903 Sul, Taguatinga, Ceilândia, Gama, Sobradinho, Senac Gastronomia (SCS), Educação a Distância e Ações Móveis, além dos restaurantes-escola. A Faculdade Senac-DF conta com um campus no Plano Piloto (903 Sul). O Senac-DF dispõe ainda de uma Editora e uma Livraria. Nas Regiões Administrativas onde não possui centro de educação profissional, o Senac oferece, via ações móveis, cursos nos chamados Espaços Senac – salas de aulas cedidas por meio de parcerias com igrejas, escolas e administrações regionais, entre outras instituições. Mais informações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br Revista Fecomércio DF 51 caso de sucesso Da informática para os salgados //Por Sílvia Melo Foto: Joel Rodrigues Ex-aluna abre fábrica de salgados para atender à demanda de empresas Rosemary Lucia Ribeiro Morgado, de 45 anos, trabalhou por 10 anos na área de informática. Era sócia, com as irmãs, de uma empresa que vendia suprimentos e oferecia serviços na área. Com o fim da sociedade, ficou sem trabalho e começou a pesquisar uma nova área para atuar e abrir seu negócio. Com ajuda do Sebrae, descobriu que o ramo de alimentação era promissor. Procurou o Senac e decidiu fazer o curso de Salgadeiro pensando na futura empresa: uma fábrica de salgados. A realização do sonho está marcada para início de agosto, quando será inaugurada a Hebrom Produtos Alimentícios. Formada em Educação Física e sem nunca ter feito qualquer trabalho na área de gastronomia, Rosemary vai dar preferência ao atendimento de pessoas jurídicas. Vai trabalhar com bufês, mercados, lanchonetes e também pretende participar de licitações. “Nosso forte serão as empresas, mas não vamos negar atendimento às pessoas físicas. A empresa já está com seu plano de negócio pronto. Nosso objetivo é crescer a partir dessa fábrica e depois criar franquias”, 52 Revista Fecomércio DF explica a empresária, que é casada e mãe de dois filhos. “Agradeço ao Senac por estar me ajudando a realizar esse sonho. Quando comecei o curso não sabia fazer nada na cozinha. Saí da instituição com uma bagagem incrível e muita segurança para começar o meu negócio”, destaca. SOBRE O CURSO O curso de Salgadeiro possui carga horária de 240h e é oferecido pela Unidade de Gastronomia, localizada no Setor Comercial Sul. A próxima turma está prevista para o período de 24 de agosto a 24 de novembro, das 13h30 às 17h30. O curso ensina a produzir diversos tipos de salgados tradicionais e finos, utilizando a massa cozida, fermentada, folhada e semi folhada, seguindo as normas das boas práticas na manipulação dos alimentos. Mais informações: 3313-8877. Mais informações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br EMPRES A IA UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas © UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas NC À IN F Â secure.unicef.org.br/empresasolidaria 0800 605 2020 [email protected] Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe. Revista Fecomércio DF 53 artigo direito no trabalho Conversão da MP 664 na Lei 13.135/2015 “Art. 60. § 3o Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. § 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no § 3º, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.” Assim, a partir do dia 18/6/2015, o empregador voltou a ser responsável pelo pagamento do salário relativo aos 15 primeiros dias de afastamento por doença do empregado, e não mais pelos 30 dias como dispunha a MP 664. Raquel Corazza consultora jurídica da Fecomércio-DF e da Ope Legis Consultoria Empresarial 54 Revista Fecomércio DF O empregador voltou a ser responsável pelo pagamento do salário relativo aos 15 primeiros dias de afastamento por doença do empregado Cristiano Costa Muitas dúvidas surgiram com a conversão da Medida Provisória (MP) 664 na Lei 13.135/2015, eis que parte dela foi vetada. De acordo com a MP 664, a empresa – que antes arcava com o pagamento dos salários nos primeiros 15 dias de afastamento do empregado por motivo de doença, por acidente de trabalho ou de qualquer natureza – passou a ser responsável pelos primeiros 30 dias de afastamento. No entanto, quando da conversão da MP em lei, não foi mantida a previsão. Para esclarecer qual a regra passou a valer em relação ao pagamento do salário no período de afastamento por doença, seguem as seguintes ponderações. Inicialmente, cabe esclarecer que o art 62, parágrafo 3º da Constituição prevê que a MP perde sua eficácia desde sua edição se não for convertida em lei. Ocorre que a Lei 13.135/2015, porém nada prevê a respeito do afastamento de 30 dias, em razão do veto, apesar de dispor sobre algumas alterações na Lei 8213/91 com vigência a partir da publicação. Portanto, outra conclusão não há se não a de que a Lei 8.213/91, desde a data da publicação da Lei 13.135/2015 em 18/6/15, voltou a ter a seguinte redação no que se refere ao período de afastamento no qual a empresa está obrigada a pagar o salário: empresário do mês Construindo sonhos //Por Andrea Ventura Foto: Raphael Carmona Empresária cria maquetes de bolos para festas e já planeja abrir mais uma loja na cidade “Q uem arrisca não petisca”. O ditado define bem a empresária Márcia Alves de Mendonça. Proprietária da Mariart’s (304 Norte, bloco D, loja 83, subsolo, 30333139), especializada em produzir maquetes de bolo em biscuit para todos os temas e festas, a empresária e designer gráfica aposta em estratégias para fazer crescer seu negócio, que começou por acaso. “Eu comecei a trabalhar com biscuit aos 16 anos. Conheci a técnica em uma revista. Fiz de maneira muito amadora por alguns anos e, em 2013, a minha cunhada queria uma maquete para o aniversário do meu sobrinho e me ofereci pra fazer. Depois do aniversário sugeriram que eu fizesse para alugar, porque ganharia dinheiro. Em abril de 2013 nasceu a Mariart’s”, conta. O nome foi uma inspiração e reflete a religiosidade da empresária. “Eu e minha família ficamos na dúvida na hora de escolher o nome, aí pensamos em usar o nome de Maria, mãe de Jesus, e se um dia tivermos uma filha também se chamará Maria”. Ela começou a fazer maquetes esporadicamente até que em dezembro de 2013 em um momento de dúvida, foi incentivada por amigos a anunciar em um site de casamentos. “Ali foi o início de tudo, de decidir que realmente era aquilo em que eu deveria investir”, revela. Assim, buscou cursos na área e o primeiro foi com a precursora do curso de bolo de biscuit no Brasil, Anna Modugno. “Fui para São Paulo e fiz com a melhor, precisava das melhores dicas, porque sei que a qualidade do serviço faz diferença no resultado final”, ressalta. A partir daí, Márcia emendou um curso atrás do outro – sempre aperfeiçoando suas técnicas. “Em cada curso que faço melhoro o trabalho, o desenvolvimento, o andamento, a qualidade e o resultado”, explica. Para fazer esses cursos, Márcia contou com a ajuda financeira da família e de seu trabalho como designer. “Quem me incentivou sempre e me ajudou financeiramente foi a minha sogra, com passagens, estadia e material”, conta. No início do negócio o trabalho era feito em casa – mas a síndica do prédio não aceitou que a empresa permanecesse ali. Márcia teve que abrir uma loja física. “As clientes cobravam isso e hoje posso dizer que o negócio melhorou 200% depois que abri a loja em um ponto comercial”, relata. O dinheiro que ganha atualmente com as maquetes, que chegam a ser entre quatro a cinco por semana, Márcia reinveste no negócio. “Além disso, ainda coloco do meu salário como designer”, explica. Entre as dificuldades apontadas, Márcia destaca a compra de material e preço. “Aqui em Brasília tenho dificuldade em achar material. Tenho que me deslocar para outras cidades”. Mas Márcia não para diante das dificuldades e busca parcerias para viabilizar seu negócio. “Estou finalizando um patrocínio que me trará uma economia de cerca de R$ 700 por mês”, diz. E como “quem não arrisca não petisca”, Márcia tem planos. “Quero abrir uma filial em Taguatinga, porque muita gente acha que por causa do local, o produto é caro. Quero mostrar que dá para fazer uma festa bonita, com um valor acessível”, revela. Márcia reconhece que, sem o apoio da família, não teria chegado onde está. “Algumas coisas não seriam possíveis sem o apoio do marido, da sogra e dos meus pais. Até hoje eles saem de casa para me ajudar, da forma que podem”, define. Revista Fecomércio DF 55 tecnologia Renato Carvalho Gerente de Mídias Sociais & Conteúdo da ClickLab www.clicklab.com.br Maximo Migliari www.facebook.com/agencia.clicklab Diretor-Executivo da ClickLab [email protected] Aplicativo ou Responsivo: qual a melhor opção para minha empresa? Em nossa coluna de junho, abordamos um tema que apresentava uma verdadeira quebra de paradigma. Pela primeira vez na história, percebemos que os sites de nossos clientes estavam sendo mais acessados por dispositivos móveis do que por desktops (computadores de mesa e laptops). Essa tendência não aparenta sinais de que irá mudar no futuro e, por essa razão, muitos desses clientes passaram a nos perguntar o que seria mais interessante: desenvolver um site responsivo, que se adapta aos mais diferentes formatos de tela, ou desenvolver um aplicativo próprio para os aparelhos móveis? A resposta para essa pergunta é que, na verdade, depende. Na grande maioria dos casos, possuir um site responsivo irá resolver boa parte dos problemas da empresa. Com ele, as pessoas podem acessar as páginas que desejam e que são relevantes por meio de qualquer dispositivo. Dessa forma, se o objetivo de sua empresa é só permitir que seus clientes consigam acessar o conteúdo de sua empresa sem problemas, temos certeza de que um site responsivo será mais do que suficiente. Novo Moto G O novo Moto G está chegando às lojas brasileiras. O aparelho, pertencente à linha mais “baratinha” da empresa, deverá chegar ao mercado com uma tela de 5 polegadas e resolução de 720p; processador quad-core Snapdragon 410 de 1,4 GHz; câmeras de 13 megapixels (traseira) e 5 megapixels (frontal); bateria de 2.740 mAh; resistência à água; conectividade 4G e 1GB ou 2 GB de memória RAM. É possível que modelos adicionais, com TV e outro mais simples, com menos espaço interno, também sejam lançados. O valor do aparelho ainda não foi lançado, mas acredita-se que ele chegue às lojas custando em torno de R$ 900. Valor: ainda não divulgado. 56 Revista Fecomércio DF Por outro lado, um aplicativo pode trazer oportunidades muito bacanas para um negócio. O ponto principal nesse caso é determinar qual o real valor que o empreendimento quer oferecer ao cliente. É importante entender que, se uma empresa quer que seu cliente busque o aplicativo, baixe-o em seu telefone e use-o, ele precisará de um motivo muito forte. Um exemplo excelente são os aplicativos bancários que, em sua maioria, permitem que o cliente pague uma conta sem ir ao banco e sem nem mesmo ter que digitar o código de barra, apenas “fotografando” o mesmo. O valor, nesse caso, é a praticidade. Devemos lembrar, no entanto, que a produção de aplicativos normalmente é mais onerosa do que o desenvolvimento de um site responsivo. Dessa forma, a empresa deve ter muito claro qual a estratégia que quer adotar para que possa fazer o investimento mais acertado. A tendência do “mobile first” chegou para ficar. As empresas têm a oportunidade única de atualizar seus sites e sair na frente da concorrência. Se você, empreendedor, estava com essa dúvida entre site e aplicativo, esperamos ter ajudado a esclarecer algumas de suas dúvidas. Resta agora montar sua estratégia móvel e começar a colher os frutos desse novo posicionamento digital. Bons negócios para todos. Crédito, débito e praticidade Nada mais chato do que chegar a uma loja doido para comprar um produto e só depois descobrir que o estabelecimento não passa cartão. Muitos empreendedores alegam que as taxas envolvidas em transações com cartão é que são as verdadeiras responsáveis por esse cenário. Para solucionar esse problema, o PagSeguro lançou a Moderninha, uma máquina de cartão que não possui taxa de aluguel, nem adesão e que não faz uso de celular. Voltada para pequenos empreendedores e profissionais liberais, a máquina é comprada, não alugada, e seu valor já inclui o chip e o plano de dados. Além do custo do aparelho em si, o empresário também precisa pagar uma taxa referente a cada venda feita. Valor: R$ 598,80 (à vista) Por uma vida mais fitness Usuários de Android têm uma opção muito bacana para quem quer ter uma vida mais saudável. O Aplicativo Google Fit permite que você tenha um relatório bem completo sobre quantos passos deu por dia e quantas calorias queimou, além de poder estipular objetivos diários para seu ciclo de atividades. Valor: Gratuito 10 mil quantidade de passos recomentados por dia para sair do sedentarismo Organize sua vida e suas notas Com o Evernote (Evernote.com) você finalmente vai poder organizar, em um só lugar, todas aquelas notas de reuniões, lista de afazeres, anotações das aulas da faculdade e mais. A ferramenta possibilita uma grande organização de toda essa “papelada” em notas e cadernos, além de permitir o armazenamento de arquivos junto com as notas. Nos planos pagos, também é possível trabalhar conjuntamente com outras pessoas. Valor: Gratuito (com opções pagas) Revista Fecomércio DF 57 esportes Desafio para nadadores //Por Andrea Ventura Foto: Joel Rodrigues 22ª edição do 25 Horas Nadando espera reunir mais de mil competidores D iagnosticado com câncer ósseo, o jovem Jaime Alves de Almeida teve que amputar a perna esquerda. Precisou fazer tratamento no hospital Sarah Kubitscheck e lá foi incentivado a praticar um esporte: a natação. “Ele iniciou a natação comigo em uma piscina de 10 metros. Não sabia nadar, mas aprendeu e vi nele um talento”, conta a professora de Educação Física da Rede Sarah, Ana Claudia Raposo. Ela o convidou para participar do 25 Horas Nadando, competição realizada pelo Sesc em parceria com a Universidade de Brasília. “Quando cheguei ao local da competição tomei um susto porque vi que eram 50 metros, achei que não ia conseguir, mas deu tudo certo”, revela. Em seguida Jaime foi nadar no Sesc Estação 504 Sul e, a partir daí, não parou mais. Por conta de sua limitação, Jaime era aposentado pelo INSS, mas a natação mudou tudo. “A partir dessa iniciação do Sesc 25 Horas ele deslanchou. Começou a treinar, aprimorou os estilos e foi convidado a nadar no Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE) como paratleta”, explica Ana Claudia. Em segui- da, ganhou uma bolsa atleta na Universidade Católica de Brasília e fez faculdade de Educação Física. Hoje Jaime, com 32 anos, é professor no CETEFE e reconhece que o 25 Horas foi seu primeiro passo. “Foi o empurrão para competir e iniciar a carreira. A maioria das coisas que conquistei foi pela natação”, ressalta. Além de dar aulas, o professor e paratleta participa de competições no País e no exterior. Já foi pré-selecionado para estar nos Jogos Panamericanos e aguarda patrocínio para conseguir participar de competições, como a que ocorrerá em outubro nos Estados Unidos. Já a competição 25 Horas Nadando reúne atletas amadores e profissionais – e neste ano será nos dias 29 e 30 de agosto, a partir das 10h. Mais de mil atletas, que assim como Jaime, esperam superar seus limites na piscina do Centro Olímpico da UnB, deverão participar da competição. As vagas estão abertas até o dia 25 de agosto. Podem participar nadadores de clubes, associações, escolas e academias do DF. Vence a prova a equipe que, ao final das 25 horas de revezamento, somar a maior distância percorrida. Serão oito raias, que incluem a participação de nadadores do Hospital Sarah Kubitscheck, além de uma raia para a comunidade. Para o assistente da Coordenação de Esporte e Lazer do Sesc-DF, Álvaro Sérgio Barcelos, o torneio tem caráter de congraçamento. “O evento é uma festividade, é uma interação entre os participantes, com o sentido mais recreativo do que competitivo”, ressalta. Para entreter os participantes, o Sesc promoverá atividades paralelas, como apresentações musicais. A competição é realizada em parceria com a UnB, desde 2005. Serão distribuídos troféus e medalhas aos vencedores e participantes. As inscrições custam R$ 10 por participante e podem ser feitas no Sesc Estação 504 Sul e nos dias do evento na UnB. @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br 58 Revista Fecomércio DF encontro Pauta comum aos shoppings //Por Por Fabíola Souza Foto: Joel Rodrigues Em reunião com IF, superintendentes dos centros de compras apresentam reinvindicações do segmento P irataria, burocracia, relação dos shoppings com o poder público, representatividade do setor e qualificação dos empregados foram alguns dos pontos discutidos no dia 7 de julho, em um café da manhã realizado na sede da Fecomércio pelo Instituto Fecomércio com os superintendentes de centros de compras do DF. O objetivo foi estreitar o diálogo com os administradores dos shoppings e definir pautas comuns de discussão para estimular o ambiente econômico da cidade. A intenção da Federação, que sediou o encontro, é criar uma assessoria técnica na estrutura organizacional da Federação para cuidar desse segmento. A próxima reunião está marcada para a primeira quinzena de outubro. O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, abriu os trabalhos e ressaltou a necessidade dessa aproximação com os shoppings. “É importante que tenhamos encontros periódicos para que possamos apresentar nossas colocações com mais força aos poderes públicos. A pirataria atinge a todos porque a cultura do nosso povo ainda é a de achar que os produtos pirateados são melhores porque são mais baratos. Mas se trata de uma atividade criminosa e de uma concorrência predatória contra o empresário, que paga aluguel, impostos e gera emprego”, afirmou Santana. A diretora-executiva do Instituto Fecomércio, Elizabeth Campos, afirmou que esse é apenas o início de uma série de reuniões. “Tenho certeza que esse será o início de uma série de encontros e quero deixar à disposição de vocês os nossos produtos”, disse Elizabeth. A informalidade e a pirataria estão crescendo de forma assustadora no DF hoje, principalmente em frente aos centros comerciais. Isso prejudica a economia local, enfraquece as empresas, promove uma evasão de divisas para o Estado e prejudica os próprios consumidores, que adquirem produtos sem qualidade. O vice-presidente da Fecomércio-DF, Glauco Santana; o assessor de planejamento da entidade, Carlos Baião; a coordenadora de Integração empresa-escola do Instituto Fecomércio, Regina Malheiros; a consultora do IF, Andrea Antinoro; a coordenadora de Ações Culturais do Sesc-DF, Juliana Valadares; e a coordenadora do Núcleo de Gestão de Produtos Divisão de Educação Profissional, Kátia Christina Soares de Morais Corrêa, também estiveram presentes. Além da pirataria, também foi discutida a representatividade do segmento de shoppings e a necessidade de reconhecimento por parte das autoridades públicas. A Associação Brasileira de Shoppings (Abrasce) conta atualmente com 17 shoppings no DF, que representam 35 mil empregos, 3,8 mil lojistas e possuem um faturamento (2014) de R$ 5 bilhões. Segundo o diretor de assuntos institucionais da Abrasce, Cátilo Cândido, é necessário unir forças para combater a alta burocracia e a pirataria desenfreada. Também participaram do encontro os superintendentes Marcos Augusto de Atayde (Terraço Shopping), Marcelo Ferreira Martins (ParkShopping), Augusto Brandão (Shopping Quê), Jairo Antonio Delaflora (Shopping Águas Claras), Sidney Pereira (JK Shopping), Eliza Ferreira (Taguatinga Shopping), Carlos Passos (Pátio Brasil Shopping), Marcelo Leal (Liberty Mall), Renato Horne (Deck Norte), Zoroastro Neto (ID Shopping). Mais informações @if_df /institutofecomerciodf institutofecomerciodf.com.br Revista Fecomércio DF 59 sindicatos Maria Auxiliadora admite que colorir é contagiante Para colorir e relaxar //Por Daniel Alcântara Foto: Raphael Carmona Apesar das vendas dos livros de colorir e dos lápis de cor representarem apenas 3% do faturamento das lojas, elas têm mantido o mercado aquecido E stresse, trânsito e a rotina cansativa de trabalho têm criado uma nova moda entre os brasileiros: passar horas colorindo livros. A prática que virou febre por todas as cidades do País promete desestressar e aflorar a criatividade dos artistas – adultos - adormecidos. O sucesso é tanto que os donos de papelarias comemoram a procura pelos livros, que chegaram a esgotar nos estoques. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do Distrito Federal (Sindipel-DF), as vendas dos livros e dos lápis de cor representam em torno de 3% dos faturamentos das lojas, e, de certo modo, aqueceram o mercado. Dois títulos da desenhista es- 60 Revista Fecomércio DF cocesa Johanna Basford já figuram entre os dez mais vendidos: Jardim Secreto e Floresta Encantada, da editora Sextante, venderam juntos mais de 1 milhão de cópias no Brasil. “É uma venda assustadora de apenas um item. Tem saído um número muito alto do produto, o que acaba sendo importante para o faturamento das papelarias. Várias editoras estão entrando nesta onda e lançando esses livros. A cada compra, o cliente chega a deixar mais de R$ 100 na loja, porque eles acabam comprando outros apetrechos, como lápis de cor de 48 cores, por exemplo”, diz o presidente do Sindipel, José Aparecido da Costa Freire. A aposentada Maria Auxiliadora, de 48 anos, diz que se apaixonou pelo produto desde a primeira vez que teve contato com o livro. Ela aproveitou para curar a ansiedade e despertar a criatividade. “Ganhei de presente de uma amiga minha, assim que foi lançado. A ideia dela era tirar um pouco da minha ansiedade, que naquele momento estava muito aflorada”, diz Auxiliadora. Após algum tempo pintando os variados desenhos, Auxiliadora afirma que ficou viciada. “No início, achei que não conseguiria, mas é contagiante. Minha filha até me ajuda a pintar. Além do mais, não penso em nada enquanto estou ali pintando. Então, pra mim, é um hobby muito relaxante”, explica. A prática tem se tornado cada vez mais frequente. Existem grupos em redes sociais que oferecem dicas de como aprimorar a arte de pintar os variados desenhos. A nova mania é tamanha que há diversos canais no Youtube que se dedicam a ensinar técnicas e macetes. Atualmente, alguns desses canais sobre o assunto acumulam mais de 20 mil pessoas inscritas. A estudante Priscilla Duhau, de 23 anos, diz que já conheceu até pessoas de outros estados do País compartilhando seus desenhos na web. “Conheci muita gente que tem livros de pintar. Quando termino meus desenhos, eu publico no Snapchat ou no Twitter”, conta empolgada. Apesar do apreço pela nova terapia, um ponto negativo, apontado pela estudante é o dinheiro que acaba gastando com os materiais para pintar, como: lápis de cores, lápis aquareláveis, tinta e até pincéis. “Já gastei em torno de R$ 80, por enquanto. O problema é que sempre tenho vontade de comprar cada vez mais material. Existem materiais profissionais, como caixa de lápis de cor, que chegam a custar mais de R$ 1 mil”, ressalta a estudante que passa de duas a três horas por dia, explorando a criatividade com os livros. Porém, nem tudo são flores e os livros estão longe de serem os salvadores em tempos de crise. “Apesar do sucesso, o produto, infelizmente, não irá salvar as papelarias da crise econômica. Hoje, o segmento vem enfrentando uma crise local e nacional muito grande. Os lojistas sofrem com a falta de crédito, inflação elevada e a taxa de juros absurda, o que acaba afugentando o consumidor”, ressalta. O presidente do Sindipel afirma ainda que o boom de vendas do livro é passageiro. Segundo ele, produtos que estouram em grande escala, geralmente, vendem muito bem durante o período de um ano. “É uma febre que não vai durar muito tempo, esses produtos quando chegam muito forte ao mercado não perduram por mais de um ano. Os livros de colorir começaram a vender bastante no mês de março deste ano. Acredito que até março do ano que vem as vendas já terão diminuído”, alega José Aparecido. Ele diz ainda “É uma febre que não vai durar muito tempo, esses produtos quando chegam muito forte ao mercado não perduram por mais de um ano” José Aparecido presidente do Sindipel que a expectativa de vendas no segmento para o segundo semestre não é muito animadora. No mês de agosto, entretanto, a procura deve voltar a crescer por conta da volta às aulas nas escolas do Distrito Federal. “Nosso setor está com uma queda de faturamento de 28%. Muitas lojas fecharam, algumas estão se- miabertas, tentando sobreviver. Alguns empreendimentos tradicionais estão fechando pontos de venda. Em Sobradinho, por exemplo, uma papelaria bem tradicional e antiga está passando por uma dificuldade muita grande. A própria Papelaria ABC vem passando por momentos difíceis”, lamenta o presidente do Sindipel. Revista Fecomércio DF 61 pesquisa conjuntural Desempenho fraco //Por Fabíola Souza Alta da inflação, das taxas de juros e restrição ao crédito estão entre os motivos para a queda nas vendas do comércio Desempenho de vendas Fev x Jan Marx Fev Abril x Mar Maix Abr Jun x Mai Autopeças e Acessórios -9,78% -22,68% 4,91% 5,44% 0,42% 4,51% Bares, Restaurantes e Lanchonetes -6,90% -6,85% 4,22% -2,67% -7,64% 1,53% Calçados -46,12% 5,76% 5,17% -1,31% -3,94% -2,78% Farmácia e Perfumaria -11,20% -6,55% 5,69% 0,20% 0,50% 0,50% Floricultura -23,60% -7,06% 12,57% -5,70% 1,48% -2,16% Informática -12,79% -10,28% 7,41% -4,89% -0,57% 0,62% Livraria e Papelaria -9,04% 15,73% -6,37% -29,72% -0,79% -0,20% Lojas de Utilidades Domésticas -24,04% -10,46% 9,73% -7,72% -3,26% 4,12% Material de Construção -11,37% -1,77% -3,11% -5,63% -2,68% -5,95% Mercado e Mercearia -9,05% -2,98% 12,58% -11,30% -1,10% -2,07% Móveis e Decoração -0,02% -15,33% 2,80% -1,22% 16,88% -7,14% Óticas -10,90% -2,08% 1,56% 9,46% 7,47% -2,65% Tecidos -17,67% -13,66% -1,30% -5,13% 5,71% 3,54% Vestuário -38,52% -10,40% 9,32% -8,61% 2,32% 4,14% Total -15,68% -6,34% 5,44% -5,18% -0,20% -0,16% Academia 15,22% -17,96% 5,79% 0,84% 0,84% -11,39% Agências de Viagem 9,00% -9,87% -2,01% -3,88% -3,88% -6,92% -23,78% 5,62% 14,76% -21,88% -21,88% 1,29% 5,94% 17,05% 17,80% 14,98% 14,98% 17,14% Aluguel de Artigos para Festa Autoescola Casa de Eventos -46,12% 14,97% 4,51% -6,72% -6,72% -8,22% Clínica de Estética -18,68% -13,18% -14,93% 7,40% 7,40% 1,68% Ensino de Idiomas -6,23% 1,71% 9,89% -5,95% -5,95% 0,22% Pet Shop -15,58% -11,76% 2,52% 0,18% 0,18% 0,01% Reparação de Eletroeletrônicos -2,45% -5,09% 6,64% -13,20% -13,20% 3,79% Salão de Beleza -12,46% -15,04% 5,90% -0,60% -0,60% 2,34% Total -8,92% -7,03% 5,48% -4,83% -4,83% -1,66% Total -14,34% -6,49% 5,45% -5,11% -5,11% -0,45% Comércio 62 Revista Fecomércio DF Jan x Dez Serviço Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. A s vendas do comércio brasiliense registraram queda de 0,16% em junho na comparação com maio, e as vendas do setor de serviços também tiveram declínio de 1,66%. No acumulado dos últimos 12 meses (junho 2014 – junho 2015), de comércio e serviços, a variação é negativa, em -11,45%. É o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio. “A alta da inflação e das taxas de juros, bem como a restrição de crédito, estão entre os motivos para o fraco desempenho. A falta de confiança dos consumidores também prejudicou o comércio. Além disso, com um avanço do desemprego nos últimos meses, as famílias brasilienses reduziram ainda mais o consumo”, explica o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. De acordo com ele, as incertezas sobre o tamanho do ajuste fiscal e a definição da política econômica nacional continuam afetando as expectativas dos empresários. -11,45% é a variação negativa, no acumulado dos últimos 12 meses, de comércio e serviços Os segmentos do comércio que registraram crescimento nas vendas em junho foram: Autopeças e Acessórios (4,51%); Vestuário (4,14%); Lojas de Utilidades Domésticas (4,12%); Tecidos (3,54%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (1,53%); Informática (0,62%); e Farmácia e Perfumaria (0,50%). Os segmentos que apresentaram queda foram: Móveis e Decoração (-7,14%); Material de Construção (-5,95%); Calçados (-2,78%); Óticas (-2,65%); Floricultura (-2,16%); Mercado e Mercearia (-2,07%); e Livraria e Papelaria (-0,20%). No setor de serviços, o destaque em vendas em junho ficou para o segmento de Autoescola (17,14); seguido de Reparação de Eletroeletrônicos Formas de pagamento // Julho Serviçco 100% Comércio 100% 46,45% 28,33% 27,30% 20,01% 0,43% 0% À vista Cheque Cartão de Crédito Débito 41,96% 3,04% 1,75% A prazo Boleto 12,39% 9,77% Débito A prazo 7,11% 1,47% 0% À vista Cheque Cartão de Crédito Boleto Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Revista Fecomércio DF 63 pesquisa conjuntural (3,79%); Salão de Beleza (2,34%); Clínica de Estética (1,68%); Aluguel de Artigos para Festa (1,29%); Ensino de Idiomas (0,22%); e Petshop (0,01%). Os segmentos de serviços que apresentaram queda nas vendas foram: Academia (-11,39%); Casa de Eventos (-8,22%) e Agência de Viagem (-6,92%). Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais Nível de emprego Jan x Dez Fev x Jan MarxFev AbrilxMar Mai1xAbr JunxMai Autopeças e Acessórios -6,83% 13,33% -2,94% 3,01% -7,60% 0,63% Bares, Restaurantes e Lanchonetes 0,20% -4,37% 3,99% 1,69% -4,94% 0,52% Calçados -16,79% 8,65% -3,42% 2,65% -0,86% -6,96% Farmácia e Perfumaria -5,96% -0,37% 5,99% -1,77% -0,72% 1,09% Floricultura 0,00% 12,50% -3,70% 0,00% 7,69% -10,71% Informática -6,52% -9,30% 0,00% 7,69% -10,71% 0,00% Livraria e Papelaria 2,86% 1,90% -8,18% -5,50% -24,27% 20,27% Lojas de Utilidades Domésticas -1,67% 1,69% 0,00% -10,17% 11,54% -6,56% Material de Construção -4,19% -5,46% -8,67% 9,49% -12,72% 5,96% Mercado e Mercearia 1,59% -0,45% -0,45% 0,00% 2,02% 1,10% Móveis e Decoração 21,57% -1,54% 1,52% 0,00% 1,41% 0,00% Óticas 3,45% 0,00% 0,00% 10,00% -6,06% 0,00% Tecidos 9,52% 8,70% 32,00% -27,27% 4,17% 0,00% Vestuário -3,73% 3,50% -1,13% -1,10% 2,97% -1,08% Total -1,73% -0,68% 0,86% 0,70% -3,41% 0,72% Academia 7,63% -7,45% 5,36% -2,91% 4,49% -14,45% Agências de Viagem -8,16% 17,78% -7,55% -1,96% 0,00% 2,04% Aluguel de Artigos para Festa 10,46% -3,55% -3,05% -5,43% 5,74% -3,10% Autoescola 0,00% 9,43% -7,14% 12,82% -4,55% -9,52% Casa de Eventos 2,27% -4,44% 2,33% 0,00% 0,00% 0,00% Clínica de Estética 17,39% -16,05% 12,31% 1,37% -6,67% 2,70% Ensino de Idiomas -8,18% 3,03% 2,21% 7,91% 1,33% -27,63% Pet Shop 2,68% 1,74% 0,85% -1,69% 5,17% -4,10% Reparação de Eletroeletrônicos -0,93% 0,00% 2,83% -0,92% 0,93% -0,92% Salão de Beleza -16,81% 2,13% -1,05% 1,06% 1,05% -11,11% 1,34% -1,87% 1,57% -0,09% 2,06% -9,39% -0,86% -1,02% 1,06% 0,49% -1,93% -2,11% Total Total Comércio 64 Revista Fecomércio DF utilizado nas compras. No comércio, a modalidade respondeu por 46,45% das vendas. No setor de serviços, foi responsável por 41,96%. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio do Sebrae. Foram consultadas 900 empresas, das quais 596 do comércio e 304 de serviços. Serviço Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Desempenho de vendas Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev AbrilxMar Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -13,32% -7,59% 10,47% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -32,21% 4,05% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -17,46% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -18,07% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -19,49% -4,77% 1,36% 0,56% 1,48% -1,86% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -6,61% -12,40% 7,61% -4,92% -0,57% -3,33% -15,68% -6,34% 5,44% -5,18% -0,79% -0,16% Total MaixAbr JunxMai -7,23% 0,42% -1,97% 4,69% 0,97% -7,64% 3,85% -4,33% -0,97% -5,79% -3,94% 4,52% -4,25% 1,68% -5,40% 0,50% 3,57% Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -6,58% -3,04% 7,12% -1,38% -3,26% -2,16% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -19,86% -17,27% -7,93% 7,52% -2,68% -4,94% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -15,32% -9,12% 3,36% -3,71% -1,10% 0,50% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -12,62% -0,80% 4,27% -16,66% 16,88% 1,47% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -12,36% -4,15% -8,40% 5,14% 7,47% -1,18% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 5,27% -16,84% 15,78% -9,10% 5,71% -7,22% Total -8,92% -7,03% 5,48% -4,83% 2,32% -1,66% Total -14,34% -6,49% 5,45% -5,11% -0,20% -0,45% Comércio Serviço Nível de Emprego Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev Abrilx Mar Mai1x Abr Junx Mai Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -1,54% -2,35% 10,47% 0,00% -2,83% -0,17% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -14,47% 13,18% 4,69% 5,88% -6,58% 5,19% 0,33% 0,83% -0,97% 2,32% -9,12% 3,00% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 1,50% -4,64% 1,68% -3,02% -0,75% 1,14% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -7,52% 4,24% 1,36% -2,62% 1,01% -3,67% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 2,37% -3,86% 7,61% 4,18% 0,29% 1,72% -1,73% -0,68% 5,44% 0,70% -3,41% 0,72% Total Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -3,75% 8,44% 7,12% 1,46% 1,08% -2,08% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante 6,00% -5,77% -7,93% -3,70% -1,89% 0,00% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras 4,46% -5,11% 3,36% -0,91% 9,51% -7,28% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 14,17% -4,58% 4,27% -1,67% 0,85% -18,49% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -1,49% 1,52% -8,40% -5,80% -3,08% 3,17% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -3,62% -9,86% 15,78% 2,67% -4,35% -24,75% Total Total Comércio Serviço 1,34% -1,87% 5,48% -0,09% 2,06% -9,39% -0,86% -1,02% 5,45% 0,49% -1,93% -2,11% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Revista Fecomércio DF 65 Joel Rodrigues pesquisa relâmpago Gabriel Granjeiro, diretor do Gran Cursos Online MP do Programa de Proteção ao Emprego Regras para reduzir cesáreas RUIM Precisamos de campanhas para estimular mais partos normais, mas a decisão final sempre deve ser da mãe. REGULAR É uma boa iniciativa, mas não terá um impacto significativo. O problema é a grande incidência de encargos trabalhistas. Lei do Barulho em Brasília BOM Discordo do aumento de até 15 decibéis no volume noturno. Se hoje já temos problemas, imagine com esta modificação na legislação. Polêmica Uber x Táxis RUIM Acredito na livre concorrência em que empreendedores precisam inovar sempre e se adequar às novas realidades de mercado. 66Untitled-4 Revista Fecomércio DF 1 Flávio Resende, coach criativo RUIM REGULAR Regular Acredito que a mulher deve ter a escolha do tipo de parto que deseja realizar. REGULAR É uma saída para minimizar os efeitos da crise econômica pela qual passamos. RUIM BOM O meu direito termina onde começa o direito do outro. RUIM A reserva de mercado só beneficia a categoria e o Uber é bom para o consumidor. Fernando Santiago, diretor do 4Legal Coworking BOM Mais de 80% dos partos realizados no Brasil com planos de saúde são cesáreos e esse dado precisa mudar. RUIM Não acho que o modelo será eficiente no que se propõe. O problema do desemprego não tende a diminuir. REGULAR A lei precisa ser atualizada. Barulhos de obras, igrejas e coleta de lixo, por exemplo, devem ser contemplados. RUIM Essa briga entre os serviços é desnecessária. A questão é regular, não é proibir. Ana Regina Franchi, médica diretora da Clínica Monte Parnaso BOM O parto normal é excelente para mãe e filho. Devem ser respeitados, todavia, os critérios técnicos e também a vontade da mãe. BOM Em tempos de crise, alternativas são bem-vindas, mas o dinheiro público (parte do governo) deve ser usado com muito critério. BOM Os produtores de ruído devem realizar obras acústicas em seus empreendimentos para evitar o excesso e não mudar a lei. BOM A questão tem que ser regulamentada, mas deve-se preservar a concorrência e o direito do consumidor. Manoel Oliveira, microempreendedor RUIM Assim é possível diminuir risco à mãe ou ao bebê. REGULAR O trabalhador não pode ter seu salário reduzido por erros que o governo comete. RUIM Ainda está muito tolerante. Tem gente que extrapola. BOM Isso só prejudica os taxistas que trabalham honestamente e dentro da lei. 18/11/10 11:29 Alimentação Refeição AS MELHORES SOLUÇÕES PA R A A S E M P R E S A S D O SISTEMA FECOMÉRCIO DF Fale com a gente: (61) 3327-0897 www.planvale.com.br 2015 feira do empreendedor empreender faz bem De 26 a 30 de agosto no taguaparque Você está escalado para mostrar seu talento nos negócios. Encontre tudo o que você precisa para se desenvolver ou para abrir o seu negócio. 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