Edição nº 31- versão pdf - Conselho Regional de Contabilidade do
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Edição nº 31- versão pdf - Conselho Regional de Contabilidade do
Nós contabilizamos o progresso www.crc.org.br | www.facebook.com/crcrj | [email protected] | www.tvcrc.com.br Revista do A Tribuna do Contabilista Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro ano Vl nº 31 Distribuição gratuita • • • Empresas atentas à legislação Lei 12.973 altera tributação de companhias e coloca em pauta a atualização dos profissionais contábeis páginas 12 e 13 Revista do Editorial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Índice Eventos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 a 7 Opinião.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Legislação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Entrevista.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 e 11 Capa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 e 13 Artigo.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Notícias.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 e 17 Voluntariado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Área Pública.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Atualidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 e 21 Boletim Técnico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Entidades Congraçadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Revista do CRCRJ A Tribuna do Contabilista Presidente: Vitória Maria da Silva Vice-Presidente: Francisco José dos Santos Alves VP de Desenvolvimento Profissional: Waldir Jorge Ladeira dos Santos VP de Pesquisa e Estudos Técnicos: Josir Simeone Gomes VP Operacional: Lílian Lima Alves VP de Registro Profissional: Gil Marques Mendes VP de Fiscalização, Ética e Disciplina: Márcia Tavares Sobral de Sousa VP de Interior: Irany Onofre Rodrigues VP de Controle Interno: Antonio Ranha da Silva Câmara de Desenvolvimento Profissional – Tel.: 2216-9571 Presidente: Waldir Jorge Ladeira dos Santos Integrantes: Damaris Amaral da Silva, Diva Maria de Oliveira Gesualdi e Jarbas Tadeu Barsanti Ribeiro Câmara de Pesquisa e Estudos Técnicos - Tel.: 2216-9602 Presidente: Josir Simeone Gomes Integrantes: Diva Maria de Oliveira Gesualdi, Neide Peres Ferreira e Vicente Celestino Martins Câmara Operacional - Tel.: 2216-9631 Presidente: Lílian Lima Alves Integrantes: Cezar Augusto Carneiro Stagi, Jarbas Tadeu Barsanti Ribeiro e Samir Ferreira Barbosa Nehme Câmara de Registro Profissional - Tel.: 2216-9561 Presidente: Gil Marques Mendes Integrantes: Adriano Luiz Medina, Aluizio Beserra de Mendonça e Neide Peres Ferreira Câmara de Fiscalização, Ética e Disciplina - Tel.: 2216-9552 Presidente: Márcia Tavares Sobral de Sousa Integrantes: Aroldo José Planz, Cezar Augusto Carneiro Stagi, Cláudio Vieira Santos, Jarbas Tadeu Barsanti Ribeiro, Jovelina Mota de Lima, Lygia Maria Vieira Sampaio, Maria Alípia Maia de Almeida, Mauro Moreira, Samir Ferreira Barbosa Nehme e Vicente Celestino Martins Câmara de Controle Interno - Tel.: 2216-9519 Presidente: Antonio Ranha da Silva Integrantes: Aluizio Beserra de Mendonça, Lygia Maria Vieira Sampaio e Mauro Moreira Conselho Editorial - Tel.: 2216-9507 Coordenadora: Vitória Maria da Silva Integrantes: Francisco José dos Santos Alves, Manuel Domingues de Jesus e Pinho, Maria de Fátima Moreira, Vicente de Paulo Muniz e Wanderley Wesley Nogueira Marques Conselheiros Efetivos Contadores: Aluízio Beserra de Mendonça, Antonio Ranha da Silva, Aroldo José Planz, Cezar Augusto Carneiro Stagi, Cláudio Vieira Santos, Diva Maria de Oliveira Gesualdi, Francisco José dos Santos Alves, Gil Marques Mendes, Josir Simeone Gomes, Lílian Lima Alves, Lygia Maria Vieira Sampaio, Márcia Tavares Sobral de Sousa, Mauro Moreira, Samir Ferreira Barbosa Nehme, Vitória Maria da Silva e Waldir Jorge Ladeira dos Santos Técnicos em Contabilidade: Adriano Luiz Medina, Damaris Amaral da Silva, Irany Onofre Rodrigues, Jarbas Tadeu Barsanti Ribeiro, Jovelina Mota de Lima, Maria Alípia Maia de Almeida, Neide Peres Ferreira e Vicente Celestino Martins Conselheiros Suplentes Contadores: Alexandre Andrade da Silva, Jayme Pina Rocio, Joper Padrão do Espirito Santo, Jorge Ribeiro dos Passos Rosa, José Alves de Alvarenga, José Ribamar do Amaral Cypriano, Luiz Antônio Ochsendorf Leal, Magno Tarcisio de Sá, Manuel Domingues de Jesus e Pinho, Maria de Fátima Moreira, Osmar Guimarães de Lima, Rosângela Dias Marinho, Sérgio Gonçalves da Costa, Vicente de Paulo Muniz e Wanderley Wesley Nogueira Marques Técnicos em Contabilidade: Elismar Moraes dos Santos, Fernando Antonio Viana Mendes, Flávia da Silva Domingos, Ivanildo Silva de Carvalho, Renata de Lima Haydt da Silva, Sonia Regina Cardoso Barbosa, Valéria Maria da Silva e William de Paiva Motta Jornalista responsável: Daniel Garrido (Mtb 31.526) Coordenação: Fernanda Ribeiro Produção: Cajá Comunicação Designer gráfico: Melany Sonim Reportagem e redação: Bianca Rocha e Jorge Lourenço Fotografias: Daniel Garrido, Fernando Alvim, Eliane Carvalho e Agência Brasil Tiragem: 2 mil exemplares Edição Eletrônica nº 31 – maio/junho 2014. Periodicidade bimestral. Elogio ao CRCRJ Gostaria de parabenizá-los pelo Fórum de Debates sobre a Lei 12.973/2014. Esse tipo de evento engrandece a nossa profissão e nos permite estar atualizados em relação ao ordenamento jurídico complexo em que o profissional contábil está inserido. Alex Aurelino A. Nunes CRCRJ-092064 Rua Primeiro de Março, nº 33 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20010-000 Tel.: (21) 2216-9595 – Fax: 2216-9505. [email protected] | www.crc.org.br Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores. O CRCRJ não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes. A lista completa das Delegacias do CRCRJ, com nome do representante, endereço e telefone, está disponível no portal do Conselho (www.crcrj.org.br). Editorial Colhendo os frutos Caros leitores, O Brasil esteve em festa. A Copa do Mundo esteve aqui, mas o nosso trabalho não parou. Nesse espírito de responsabilidade, foco e persistência, já estamos colhendo os frutos de nosso trabalho nesses primeiros meses da gestão. Conseguimos, entre outras conquistas, promover o crescimento do Programa do Voluntariado da Classe Contábil, que vem ganhando mais notoriedade. Fazer o PVCC decolar foi uma das minhas promessas de campanha, que vem sendo realizada graças ao trabalho dos nossos conselheiros e colaboradores envolvidos. O resultado está aí com nossos voluntários sendo empossados membros dos Conselhos de Alimentação Escolar, participando da Ação Global, promovida pelo Sesi e a Rede Globo, e dando continuidade ao repasse das doações de alimentos entregues em nossos cursos. Espero que o sucesso do nosso projeto inspire mais profissionais a se tornarem voluntários da classe contábil. Veja como participar do projeto na matéria da página 18. Falando em nossos cursos, gostaria de parabenizar toda a nossa equipe de Desenvolvimento Profissional, o que inclui os professores, pela excelente avaliação que tivemos dos nossos cursos, conforme noticiado na página 16. Não me canso de repetir que a atualização na nossa profissão deve ser constante. Consciente dessa necessidade, o CRCRJ promove, além dos cursos, eventos e palestras dos mais variados assuntos por todo o Estado do Rio de Janeiro. Participem, convidem seus colegas de profissão e faça cada um a sua parte para que a nossa classe seja cada vez mais reconhecida e valorizada. Nos últimos dois meses, realizamos três grandes eventos em nosso estado: o III Seminário de Contabilidade na Área Pública (página 19), a edição carioca do Bate-Bola Contábil, em parceria com a Academia Brasileira de Ciências Contábeis e o Conselho Federal de Contabilidade (página 4) e o I Encontro sobre Tecnologia para Escritórios de Contabilidade (página 4).Todos eles elaborados para promover a capacitação dos profissionais da Contabilidade. Esse é objetivo de todo o Sistema CFC/CRCs, que vem trabalhando pelo fortalecimento de toda a classe contábil brasileira. A reunião que sediamos com representantes de todos os CRCs do Sul e do Sudeste (veja mais na página 6) comprova esse sentimento de união, parceria e confiança que devemos ter com aqueles que trabalham junto conosco. A nova identidade visual do Sistema CFC/CRCs vem para coroar essa ligação. Pela primeira vez na história do sistema, todos os Conselhos Regionais, juntamente com o Federal, têm um só padrão de logos. O novo logotipo do CRCRJ já está sendo utilizado nesta revista e nos demais meios de comunicação do Conselho. A substituição total ocorrerá até o fim do ano. Aproveito para comunicar a todos que, desde junho, o Boletim Informativo do CRCRJ está sendo enviado em novo dia, agora às terças-feiras. Acompanhe nossas notícias por ele, pelo nosso site e pelo nosso Facebook. E obrigado por ler a Revista do CRCRJ. Um profissional bem informado faz toda diferença. Até a próxima. Vitória Maria da Silva Presidente do CRCRJ Revista do CRCRJ 3 Eventos Tecnologia a serviço da Contabilidade O primeiro Encontro sobre Tecnologias para Escritório de Contabilidade (Etec) reuniu um grande número de profissionais contábeis, no dia 26 de maio, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A ação foi uma iniciativa do CRCRJ, que atendeu a uma demanda de profissionais interessados em aprimorar seus conhecimentos sobre assuntos do campo tecnológico. O evento é o primeiro de uma série de encontros e, segundo o Vice-Presidente do CRCRJ, Francisco José dos Santos Alves, a intenção do Conselho é levá-lo também a outros municípios do estado do Rio de Janeiro. Entre os temas abor- O Vice-Presidente do CRCRJ, Francisco José dos Santos Alves, disse que a intenção é levar o Etec a outros municípios do estado dados estavam: e-Social, segurança da informação, sped fiscal e tecnologias web e mobile para empresas contábeis. Atualmente, as principais atividades desenvolvidas em um escritório de contabilidade dependem da tecnologia, como destaca o Vice-Presidente. Para ele, o segmento tem passado por um crescimento exponencial, daí a importância de debater o assunto. “O objetivo do evento é discutir temas relevantes relacionados à área tecnológica, além de oferecer ao profissional contábil a possibilidade de se informar sobre as novidades desenvolvidas pelas principais empresas de softwares do estado do Rio de Janeiro”, enfatizou. O consultor e proprietário da empresa MP Safe, Paulo Pagliusi, ministrou a palestra sobre segurança da informação. Ele, que tem um doutorado e mais de 20 anos de atuação nessa área, explicou a importância do tema para o universo contábil: “Atualmente, a segurança da informação é imprescindível para qualquer negócio. O mundo cibernético evoluiu bastante com a chegada da era da computação social, sustentada pelos pilares da nuvem, mobilidade, big data e redes sociais. Por isso é preciso desenvolver novas estratégias de segurança para fazer frente aos desafios que surgem diariamente”. Confira na seção Entrevista (páginas 10 e 11) nossa conversa com Paulo Pagliusi, doutor em segurança da informação, sobre as novidades em segurança virtual na área contábil. No clima da Copa do Mundo O CRCRJ, juntamente com a Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon), realizou no dia 14 de maio, no auditório da Secretaria Estadual de Fazenda, a edição carioca do projeto Bate-Bola Contábil. O objetivo foi discutir temas que interligam futebol e Contabilidade, como a prestação de contas de entidades e clubes esportivos. O evento fez parte de uma série de encontros promovidos nas 12 cidadessede da Copa do Mundo Fifa 2014 pela Abracicon, com o apoio de CRCs Regionais, CFC e Ministério dos Esportes. A mesa de abertura foi composta pela Presidente do CRCRJ,Vitória Maria da Silva; Antônio Miguel Fernandes, representando o Presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), José Martonio Alves Coelho; Paulo Tafner, representando o secretário de Estado de Fazenda, Renato Villela; Diva Maria de Oliveira Gesualdi, 4 Revista do CRCRJ representando a Presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon), Maria Clara Cavalcante Bugarim; e a deputada estadual Aspásia Camargo. A diretora da Abracicon, Diva Gesualdi, apresentou algumas ações que a Academia desenvolve com objetivo de “abraçar” a Contabilidade em todas as suas vertentes, como é o caso desse projeto. E explicou o intuito principal do evento: “Queremos incentivar os profissionais contábeis a se interessar pela atuação em clubes, federações e entidades ligadas ao esporte. Esse ramo da Contabilidade está em evidência por conta dos grandes eventos esportivos. Trata-se, portanto, de uma oportunidade de ouro para a nossa classe”. O evento foi encerrado com um talk show sobre as perspectivas do país antes e depois dos eventos esportivos. O debate A diretora da Abracicon, Diva Gesualdi, apresentou ao público as ações desenvolvidas pela Academia teve a participação de Pedro Trengrouse, consultor da ONU para a Copa do Mundo FIFA; Ricardo Mathias, coordenador do MBA de Gestão e Marketing Esportivo da Trevisan; e Nilo Sérgio Félix, subsecretário de Estado de Esportes e Lazer. Fórum discute Lei nº12.973/14 Com objetivo de atualizar e preparar os profissionais contábeis para atuarem de acordo com a nova Lei nº 12.973/14 (saiba mais nas páginas 12 e 13), o CRCRJ realizou no dia 20 de maio fórum de debates com convidados especiais, no auditório do Sindicont-Rio. O evento reuniu um grande número de profissionais interessados em acompanhar as apresentações do auditor da Receita Federal do Brasil (RFB), Edson César Gonçalves Pimentel, e de dois representantes do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), Claudio Yano (diretor da EY, antiga Ernst & Young) e Mário Nascimento (consultor fiscal da Deloitte). O novo texto, segundo Pimentel, acarreta mudanças significativas nas áreas contábil e tributária. “O profissional precisa de um treinamento adequado para se adaptar às alterações, que são muitas. O objetivo da legislação é fazer o alinhamento entre as mudanças ocorridas na Contabilidade e as normas tributárias”, esclarece o auditor, que acrescenta: “Estávamos acostumados a uma realidade em que apenas as empresas brasileiras recebiam investimentos internacionais, mas agora elas também investem no exterior. A nova lei aborda esse assunto”. A presidente do CRCRJ, Vitória Maria da Silva (ao centro), preside a mesa de abertura do Fórum sobre a Lei 12.973/2014 A Vice-Presidente do Sindicont-Rio, Diva Gesualdi, ressaltou a impor tância do Fórum: “A aplicação da lei garantirá que as empresas tenham o seu encerramento do exercício e a base dos cálculos tributários corretos”. Diva afirmou ser fundamental o debate sobre o tema para que todas as orientações e normas sejam observadas pelos profissionais com maior precisão e perfeição possível. Após a apresentação dos convidados, os profissionais contábeis tiraram dúvidas sobre a nova legislação. O Fórum foi uma ação promovida pela Câmara de Pesquisa e Estudos Técnicos do CRCRJ, liderada pelo Vice-Presidente da área, Josir Simeone Gomes, com apoio das entidades congraçadas Sescon-RJ, Sindicont-Rio e Unipec-RJ. Revista do CRCRJ 5 Eventos Presidentes do Sul e Sudeste se reúnem no CRCRJ Entre os dias 5 e 6 de maio, o Rio de Janeiro foi sede da reunião de Presidentes e diretores dos CRCs do Sul e Sudeste. O evento teve a participação de representantes dos Conselhos Regionais de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de dois membros do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Rodrigo Magalhães (assessor jurídico) e Elys Tevania (diretora). O objetivo do encontro, realizado a cada três meses em uma cidade diferente, é debater ideias, esclarecer dúvidas e discutir resoluções que aprimorem a operação diária das entidades. No primeiro dia de reunião, Rogério Marotta, do CRCMG, coordenou as discussões sobre as pautas apresentadas pelos diretores dos Conselhos Regionais. A intenção era filtrar os assuntos para que os Presidentes pudessem, no dia seguinte, ter um escopo definido do debate. No total, 16 assuntos foram selecionados para a plenária no auditório do CRCRJ, no dia 6 de maio. Entre os temas debatidos estavam identidade visual do sistema CFC/CRCs; entrega de Relatórios de Gestão 2013 pelos Conselhos Regionais dos estados; proposta de formulação de um calendário único de eventos para as regiões Sul e Sudeste; regime jurídico único; normatização de procedimento quanto à anuidade do profissional com registro suspenso; e elaboração de um Código de Ética ou de Conduta único para os funcionários do sistema CFC/CRCs. Com relação a este último tema, a Presidente do CRCRJ, Vitória Maria da Silva, propôs a criação de uma comissão para a formulação desse manual. “Precisamos discutir as melhores atitudes dentro das entidades. É imprescindível, por isso, a elaboração de um código de conduta comum a todos os colaboradores dos Conselhos tanto Federal quanto Regionais”, afirmou Vitória. A Presidente do Conselho fluminense também destacou a importância de reuniões como essa: “Estou muito feliz por participar deste encontro pela primeira vez em minha gestão. Eventos desse tipo nos tornam cada vez mais eficientes em nosso propósito junto à classe contábil”. Para a diretora executiva do CFC, Elys Tevania, o balanço dessas reuniões costuma ser bastante positivo. “O CFC valoriza muito o feedback dos CRCs e esses encontros onde podemos discutir melhorias e ajustes de normas. Neste evento sediado no Rio de Janeiro, um dos itens mais importantes que debatemos foi a questão da entrega dos relatórios de gestão 2013”, ressaltou. Fórum discute ensino contábil No dia 10 de junho, coordenadores e professores compareceram ao Seminário dos Coordenadores de Cursos de Ciências Contábeis, realizado pelo CRCRJ na sede da entidade. O evento promoveu diálogo entre instituições de ensino, CRCRJ e Sistema Contábil, em que foram expostas as necessidades e as expectativas de cada um. Para o Vice-Presidente de Desenvolvimento Profissional, Contador Waldir Ladeira, a iniciativa permite melhorias na formação dos futuros profissionais de Contabilidade por meio de projetos que aproximem o CRCRJ das instituições de ensino superior 6 Revista do CRCRJ (IES).“Além de mantermos as ações já existentes junto às IES, sugerimos aos coordenadores que premiem os estudantes com maiores coeficientes de rendimento (CR) e propusemos a criação de um sistema online contendo a disponibilidade de professores e de vagas docentes nas instituições. Discutimos também melhorias para a grade curricular e para o exame de suficiência; e auxílio na organização do encontro de professores de Contabilidade, em outubro”, destacou. O Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do Conselho Federal de Contabilidade, Contador Zulmir Breda, proferiu palestra sobre as necessidades do mercado de trabalho na área contábil e apresentou algumas sugestões de disciplinas que devem compor a grade curricular dos cursos de Ciências Contábeis no Brasil. Segundo o coordenador do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Volta Redonda, Agamêmnom Souza, a atualização da matriz curricular deve ser uma das prioridades das instituições de ensino superior. “Por meio da renovação das diretrizes curriculares, podemos solucionar uma série de problemas de capacitação”, ressaltou. Coaching e o universo contábil Eventos O CRCRJ recebeu em sua sede, no dia 22 de maio, uma palestra ministrada pela Presidente da Internacional Coach Federation (ICF) – Capítulo Regional Rio de Janeiro, Dulce Soares (veja artigo na página 8). O objetivo do evento foi explicar aos profissionais contábeis os benefícios do coaching – ferramenta que auxilia o desenvolvimento comportamental e visa melhorar o desempenho dos funcionários de empresas. A palestra fez parte da Semana Internacional de Coaching, realizada entre 19 e 25 de maio. Nesse evento, organizado mundialmente pela ICF Global, profissionais especializados visitam associações, entidades e empresas para divulgar os resultados proporcionados pela solução e explicar ao público a importância de trabalhar com um coach habilitado. A atividade de coaching pode ser inserida nos mais variados campos de atuação, inclusive no universo contábil, explicou Dulce, durante sua apresentação. Ela também destacou o significado das nomenclaturas utilizadas.“Coaching é o nome do processo, coach é o profissional treinado para aplicá-lo e, por sua vez, o coachee é a pessoa que passa pelo processo”, esclareceu. Já a diretora de Relações com o Mercado da ICF, Cristina Goldschmidt, reforçou que o empresário contábil tem no coaching uma ferramenta poderosa para desenvolver seus funcionários e aumentar a produtividade. “O intuito é desenvolver comporta- Palestra reuniu profissionais interessados em saber mais sobre coaching mentos mais eficazes para que se tenha sucesso em atividades empreendedoras”, destacou. Os profissionais contábeis participaram ativamente do evento com perguntas e sugestões. Ao final da palestra, três participantes foram sorteados para ganhar sessões gratuitas de coaching. Nova diretoria toma posse no Sindicont-Rio Membros da diretoria do Sindicont-Rio receberam certificado de posse A cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicont-Rio aconteceu no dia 23 de maio, no auditório do sindicato. Além dos integrantes da entidade, o evento reuniu representantes do CRCRJ, do Sescon-RJ e da Unipec-RJ, bem como de outros órgãos. Oficialmente, as atividades da nova gestão foram iniciadas em 25 de abril – mesma data em que se comemora o Dia do Profissional da Contabilidade. Durante a celebração, os convidados acompanharam a entrega de certificados aos membros recém-empossados. A Presidente eleita do Sindicont-Rio, Lygia Maria Vieira Sampaio, prometeu uma gestão voltada para a capacitação e o desenvolvimento do profissional contábil. A ideia é inovar, sem deixar de lado os avanços e os projetos bem-sucedidos implementados nos últimos quatro anos. “A nossa diretoria está engajada no apoio à classe contábil. Nesse sentido, aumentaremos a quantidade de cursos e eventos de capacitação para que os profissionais estejam sempre atualizados em relação às novas regras que, a todo momento, surgem em nossa atividade”, comentou. A Presidente do CRCRJ, Vitória Maria da Silva, parabenizou a nova líder do sindicato e ressaltou a importância da parceria entre as entidades congraçadas para o pleno desenvolvimento da categoria: “Estamos de mãos dadas em prol da valorização da classe. O CRCRJ está de portas abertas para trabalhar juntamente com o sindicato em projetos que aprimorem o desempenho dos profissionais contábeis”. Segundo destacou a Vice-Presidente do Sindicont-Rio, Diva Gesualdi, engajamento contábil é a palavra de ordem que resume os planos da nova diretoria do sindicato. Para ela, é fundamental que o trabalho da entidade seja sempre voltado para uma atuação cada vez mais eficiente do profissional perante a sociedade. “O nosso primeiro e mais importante mote é a capacitação”, constatou. Revista do CRCRJ 7 Opinião A importância do Coaching na vida do profissional contábil Começo definindo o que vem a ser essa área do conhecimento que invadiu o Brasil em meados dos anos 90. Coaching é uma parceria entre o Coach e o Coachee em um processo estimulante e criativo que o inspira a maximizar seu potencial pessoal e profissional na busca do alcance dos seus objetivos e metas, por meio do desenvolvimento de novos e mais efetivos comportamentos, segundo a ICF – International Coach Federation – maior Associação de Coaches Profissionais do mundo. Segundo Fernández (1993), foi identificado que as modalidades de aprender e ensinar de uma pessoa são as maneiras particulares de cada um se aproximar do conhecimento, bem como o ato de dar forma ao seu saber; são observadas semelhanças entre a modalidade de aprendizagem, a modalidade sexual e a modalidade da pessoa buscar o dinheiro; a convergência das três modalidades é que são maneiras diferentes do desejo de possessão de um objeto. É justamente na forma de buscar o dinheiro (uma das riquezas materiais das pessoas) que identifico e reconheço a importância do Coaching na vida do profissional contábil. Por exemplo: imagine que um profissional contábil identifica pela sua competência técnica que seu cliente mistura as finanças da pessoa jurídica com as da pessoa física, além disso, detecta que precisa orientar seu cliente em relação ao regime tributário mais adequado para a sua empresa, mas não o faz, por uma questão comportamental, não sabe como sinalizar ao seu cliente a necessidade de separar e registrar o que é da ordem do “Eu” Pessoa Física e do “Eu” Pessoa Jurídica; não tem a menor ideia, se sua recomendação terá aderência e quais serão os fatos e os impactos desse fazer ou desse não fazer... Segundo Tarossi & Araújo (2012), foram identificadas as principais habilidades requeridas para a atuação do profissional contábil no mercado de trabalho; quatro dimensões de competências: 1- Competências Técnicas 2- Competências Gerenciais 3- Competências Comportamentais 4- Competência Interdisciplinar do Conhecimento Se formos levantar as habilidades que fazem parte dessas quatro dimensões e articularmos com a estória citada, já temos hipóteses de qual meta de competência poderá fazer parte do programa de Coaching desse profissional que não teve uma atitude efetiva. O objetivo do Coaching é desenvolver, empoderar as habilidades comportamentais. O Coaching pode, por meio de técnicas próprias, expandir uma competência que ele já tem desenvolvida em outras áreas da sua vida, além de nos convidar a ver nossas dificuldades como oportunidades imediatas de melhoria. Fica a Dica! Contratem somente Coaches Associados e Credenciados no ICF. Dulce Soares Presidente da ICF Capítulo Regional RJ 2014 LUCRO REAL O Lucro Real do Cenofisco passa por uma inovação todos os anos, visando a facilitar sua utilização, tornando-o mais ágil e prático, mantendo, sobretudo, a qualidade, a segurança e a confiabilidade em relação à apuração do Lucro Real e da Contribuição Social anual ou trimestral, além do Lucro Presumido, PIS e Cofins. DETALHES DO LUCRO REAL 2014 • Atendimento à Instrução Normativa no 1.394/2013 – lucro da exploração – contemplando o incentivo Prouni. • Inserção do Fechamento Anual da CSLL e do IRPJ para as empresas tributadas pelo Lucro Real Anual. • Cálculo automático dos limites individuais e coletivos dos incentivos do IRPJ – Real/Estimado/Fechamento Anual. • Permissão para imprimir o livro de Encadernação do Lacs junto ou separado do Lalur. • IRPJ Real – Inclusão do incentivo Vale-Cultural/Pronas-PCD/ Pronon. • • Emissão do Relatório do Cadastro de Produtos das alíquotas diferenciadas e por Unidade de Medida de Produto. Acesso à Agenda de Obrigações Cenofisco (prazos e tabelas aplicadas no âmbito federal, estadual e municipal referentes ao recolhimento de impostos, entre outros). • Acesso à íntegra da legislação aplicável ao programa Lucro Real. Rua Primeiro de Março, 33 – 16o andar – Centro – Rio de Janeiro-RJ Tel: 21 2132 1305 • E-mail: [email protected] 8 Revista do CRCRJ Novos cálculos Lei das sociedades uniprofissionais visa pacificar a relação dos contribuintes com a prefeitura do Rio de Janeiro Anistia tributária decorrente de Auto de Infração ou Nota de Lançamento Valor Até R$ 600 mil de imposto corrigido Até R$ 800 mil do crédito total * Acima de R$ 800 mil do crédito total Texto aprovado Remissão Remissão Anistia de 85% de desconto, se pago à vista e 65% de desconto em até 84 prestações Sociedade de profissionais - Base de cálculo por profissional habilitado Total Um a cinco Seis a dez Acima de dez Texto anterior R$ 1.870,00 R$ 2.805,00 R$ 3.714,50 Texto aprovado R$ 3.015,51 R$ 4.523,30 R$ 6.032,50 * Os valores tratados referem-se exclusivamente aos Autos de Infração e/ou Notas de Lançamento. Para os valores constituídos por meio de confissão de dívida (últimos cinco anos), há a anistia de 85% para pagamento único do valor confessado e 65% em caso de pagamento parcelado do valor confessado em até 84 parcelas. Os benefícios dessa Lei ainda serão objeto de regulamentação pela Secretaria Municipal de Fazenda. Lei 5.739/2014 foi aprovada pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro Revista do CRCRJ 9 Legislação Após anos de espera, a Lei 5.739/2014, aprovada pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, concede remissão para dívidas tributárias de até R$ 800 mil (saiba mais na tabela abaixo) e contribui para as sociedades definirem se podem ou não se enquadrar na categoria de uniprofissionais. Segundo o texto, o profissional autônomo é descrito como “aquele que, embora com concurso de auxiliares ou colaboradores, presta serviços exclusivamente sob a forma de trabalho pessoal, não se enquadrando como tal o exercício de profissão que constitua elemento de empresa”. A nova legislação mantém a base de cálculo para o pagamento de imposto de acordo com o número de profissionais ligados à empresa, além de detalhar os valores e as formas de regularização de débitos tributários. Na avaliação do profissional contábil Antônio Carlos de Azeredo, “a regulamentação da lei, que será produzida brevemente pela Secretaria Municipal de Fazenda, trará menos insegurança quanto ao enquadramento como uniprofissional às sociedades que têm as características básicas necessárias”. Além da categoria contábil, a lei das uniprofissionais impacta as sociedades de outros segmentos, como engenheiros, auditores, médicos e administradores. O recolhimento do ISS das entidades dessas áreas representa um total de R$ 57 milhões por ano que a Prefeitura estava deixando de receber por conta da indefinição do tema. “Essa alteração também vai impactar o nosso trabalho, já que muitos de nossos clientes se enquadram na categoria de sociedade uniprofissional”, afirma a Vice-Presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina do CRCRJ, Márcia Tavares. “Com a remissão e a anistia, existe a possibilidade de recomeçar e adotar regimes mais precisos em cada caso, com empresas que de fato podem ser definidas como uniprofissionais”, ressaltou. Entrevista Segurança virtual Dados sigilosos transmitidos em ambientes vir tuais, certificados digitais e o uso cada vez maior da internet trazem novos desafios para a Contabilidade. Doutor em segurança da informação e Presidente da MPSafe, organização que se destina à conscientização do público sobre o tema, Paulo Pagliusi aler ta que os profissionais contábeis precisam estar atentos às novas tecnologias. Para ele, a segurança cibernética deve estar entre as prioridades de qualquer escritório contábil do Brasil. Qual é a importância da segurança digital na área contábil? Com o advento da obrigatoriedade do uso de documentos e cer tificados digitais, a área contábil se torna cada vez mais dependente do ciberespaço. Destacamos que há possibilidade de falhas de comunicação entre as organizações e os provedores que podem comprometer não somente a missão da classe contábil como também a de todas as demais áreas corporativas. E isso se torna crítico quando um escritório contábil apoia várias organizações, pois tais riscos podem se estender a elas e comprometer suas informações. É um erro comum subestimar o impacto que a falta de investimento em segurança digital pode causar em uma empresa? Os hackers modificaram seus métodos de operação ao longo do tempo, passando do uso de vírus destrutivos bastante ruidosos no passado a acessos remotos acober tados e silenciosos, lançando hoje ataques cada vez mais diversificados, direcionados e especializados. Nesse cenário, o crescimento contínuo de ataques cibernéticos acarreta duas implicações-chave para as empresas: todo líder corporativo deve reconhecer e assumir os ataques cibernéticos; e as empresas devem efetuar mudanças radicais no modelo atual e amplamente aceito de cibersegurança. Os escritórios contábeis que trabalham para grandes empresas precisam tratar deter10 Revista do CRCRJ minadas informações com sigilo. As ameaças digitais são um grande problema nesse sentido? Qual poderia ser o impacto de um vazamento da Contabilidade de um grande cliente na rede? Muitos executivos de alto nível de grandes empresas parecem não se interessar em enxergar as armadilhas dos pontos cegos nas corporações e a necessidade de inovação na cibersegurança de seus negócios. Mas alguns episódios recentes de ciberespionagem global – com impacto direto no sigilo de suas informações – já os obriga a rever conceitos. Entre eles, destacam-se as revelações de Edward Snowden sobre o fato de que agências de inteligência governamentais coletam e fazem uso massivo da informação. Além de alvos militares e diplomáticos, isso permitiu a obtenção de dados que trouxeram vantagens econômicas e competitivas para seus países, golpeando a privacidade de empresas e, em última instância, de todos os cidadãos do planeta. Dessa forma, todo escritório contábil precisa redobrar seus cuidados no que tange a evitar vazamentos, em especial de dados de clientes que tenham concorrentes estrangeiros ajudados por agências de espionagem governamentais. Além de ameaças externas, a segurança digital avalia a possibilidade de problemas internos, como acesso indevido a informações sigilosas, vazamentos acidentais ou atos de má-fé. De que forma uma empresa pode se proteger desse tipo de ação? Para lidar com esses riscos, as empresas devem dispor de mecanismos de controle que incluem: campanhas contínuas de conscientização em cibersegurança, atenção aos ataques, por exemplo, de malwares (softwares destinados a infiltrar-se em um sistema de computador alheio de forma ilícita). É comum, por exemplo, o golpe do pendrive grátis esquecido na entrada das corporações, repleto de malwares silenciosos. Entrevista Os sistemas de computação e armazenamento em nuvem estão sendo cada vez mais utilizados em vários ramos da tecnologia da informação. Quais são as vantagens e desvantagens desse modelo para as empresas contábeis? Hoje a migração da computação tradicional das empresas contábeis para esse novo ambiente não é mais uma questão de ‘se’, mas sim de ‘quando’ vai ocorrer. E a segurança do ambiente corporativo de computação em nuvem assume papel preponderante nesse processo. Ao contrário do que usualmente acontece em um centro de dados tradicional, na nuvem a barreira que protege a infraestrutura é diluída. Nesse momento, os dados precisarão de segurança própria que os proteja. Isso implicará seu completo isolamento, já que precisam ser protegidos quando vários clientes usarem recursos compar tilhados em uma infraestrutura de nuvem. Também é impor tante que a vir tualização, o controle de acesso e a criptografia sejam suficientes para permitir níveis alternáveis de separação entre corporações, usuários e comunidades de interesse. E essa separação é vital para escritórios contábeis que operam informações de empresas concorrentes. O Presidente da MPSafe, Paulo Pagliusi, chama atenção para a importância da segurança digital nos escritórios contábeis Revista do CRCRJ 11 Capa Novo regime tributário Maio de 2014, provavelmente, ficará marcado na memória dos profissionais contábeis. No dia 14 daquele mês, foi publicada no Diário Oficial da União a Lei 12.973, resultado da conversão da Medida Provisória 627/2013, que introduz relevantes alterações no cenário tributário federal. Comparada, em termos de importância, ao Decreto-lei 1.598/1977, que promoveu o alinhamento no plano fiscal, e à Lei 6.404/1976, responsável pelo ordenamento contábil de acordo com as necessidades do mercado na época, a nova legislação entrará em vigor obrigatoriamente em janeiro de 2015. Uma das grandes novidades da lei é a extinção do Regime Tributário de Transição (RTT), instituído em 2009, mediante a substituição por um novo regime tributário no âmbito do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. A nova legislação altera também a forma de tributação dos lucros obtidos por companhias brasileiras que atuam no exterior por meio de subsidiárias. 12 Revista do CRCRJ Para o sócio de Consultoria Tributária da Deloitte, Mário Nascimento, a Lei 12.973 traz uma nova realidade para as operações contábeis no Brasil. Em sua opinião, a extinção do RTT é o principal diferencial. “Essa sistemática garantiu a neutralidade tributária após a implementação das normas internacionais. Desde 2008, os profissionais contábeis trabalhavam com dois tipos de cálculos. Para fins tributários, continuavam valendo as regras vigentes até 31 de dezembro de 2007, antes da aplicação do IFRS”, explica. Na avaliação do diretor da EY, Cláudio Yano, o RTT provocou algumas divergências de entendimento entre empresas e autoridades fiscais federais. As discussões se intensificaram após a publicação da Instrução Normativa RFB 1.397/2013, a partir da qual representantes do fisco se posicionaram formalmente sobre certos temas controvertidos do regime. Entre os pontos questionados, estavam a isenção no pagamento de lucros e dividendos gerados durante a vigência do RTT, a base de cálculo dos juros sobre o capital próprio e a aplicação da equivalência patrimonial nos investimentos em controladas e coligadas. “É certo que a Lei 12.973 trouxe dispositivos para eliminar esses debates em relação ao passado, mas a adoção do novo regime que substitui o RTT estancará de vez quaisquer divergências”, afirmou. Apesar de vigorar nacionalmente somente em 2015, as empresas podem optar pela adoção já neste ano. Na opinião de Yano, a aplicação antecipada da Lei 12.973 pode ser conveniente em situações específicas e, por isso, deve ser objeto de avaliação pelas organizações. “Essa opção deve ser exercida na DCTF relativa aos fatos geradores de maio de 2014, cuja entrega deve acontecer em meados de julho deste ano”, comenta. Possíveis impactos na operação contábil Mário Nascimento comenta que o processo de conversão da MP 627/2013 para a Lei 12.973/2014 foi bastante debatido pelos representantes da Receita Federal do Brasil (RFB) e pelos contribuintes. Segundo ele, essa intensa participação de ambos os lados foi inédita na história recente do país. “Houve discussões saudáveis que serviram para aprimorar a nova legislação. Algumas emendas da MP 627 não estavam muito claras. A Lei regulou itens que deixavam dúvidas e causavam diferentes interpretações”, evidencia o sócio da Deloitte. O profissional afirma ser fundamental a busca do conhecimento por parte da categoria para a correta aplicação dos novos métodos e critérios contábeis. Na Deloitte, Nascimento garante que todos os funcionários da área de Consultoria Tributária estão sendo treinados por meio de cursos internos. Segundo ele, a empresa intensificou o trabalho de registro da Contabilidade dos clientes e passou a interagir mais com empresas provedoras de softwares que garantam uma escrituração fiscal eficiente, alinhada aos novos dispositivos trazidos pela adoção do IFRS. Já Cláudio Yano afirma que o novo regime tributário pressupõe maior familiaridade com os padrões internacionais da Contabilidade. De acordo com o especialista, há necessidade de intensificar o conhecimento sobre o IFRS e sua aplicação prática, o que ainda é um grande desafio para a maior parte dos profissionais contábeis. “Sem esse entendimento da nova Contabilidade, a aplicação das regras fiscais propostas pela Lei pode ser distorcida e gerar questionamentos”, alerta o diretor da EY. Yano lista também os itens da nova legislação que podem impactar o dia a dia da classe contábil. A necessidade de controles adicionais das diferenças nos valores de ativos e passivos pede mais atenção dos profissionais a fim de evitar efeitos fiscais indesejáveis. Outra questão citada pelo especialista é tecnológica: “Sabemos que muitos dos controles contábeis dependem de sistemas e de profissionais da área de Tecnologia da Informação”. Ele lembra que a Lei 12.973 estabeleceu novas multas no caso de atraso ou de informações incorretas no envio do e-Lalur (bloco da Escrituração Contábil Fiscal, que substituirá a DIPJ). O executivo acredita também que a combinação da implementação de um novo regime tributário com uma nova obrigação acessória (ECF) potencializa as chances de confusões, que podem resultar em autuações por par te da fiscalização. “É necessário ficar atento e buscar qualificação. Os profissionais que estiverem preparados serão ainda mais valorizados”, destaca. É certo que a Lei 12.973 trouxe dispositivos para eliminar esses debates em relação ao passado, mas a adoção do novo regime que substitui o RTT estancará de vez quaisquer divergências Principais pontos da Lei 12.973/2014: • Altera a legislação tributária federal relativa ao IRPJ, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, à Contribuição para o PIS/Pasep e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social; • Revoga o Regime Tributário de Transição (RTT), instituído em 2009, e promove o alinhamento da legislação fiscal ao novo padrão contábil adotado no país em 2008; • O novo regime tributário, diferentemente do RTT, disciplina o tratamento a ser dado para fins da apuração de IRPJ, CSLL, PIS e Cofins. Os novos métodos e critérios contábeis permitem a neutralidade tributária; • A adoção do novo regime tributário será obrigatório a partir de 2015 para as empresas sujeitas ao lucro real, presumido ou arbitrado. No entanto, é concedida a possibilidade de aplicar as regras ainda em 2014 (opção, de caráter irretratável, deve ser consignada na DCTF relativa aos fatos geradores de maio de 2014, e entregue em julho de 2014, conforme a IN RFB 1.469/2014); • Altera a tributação da pessoa jurídica domiciliada no Brasil com relação ao acréscimo patrimonial decorrente de par ticipação em lucros auferidos no exterior por controladas e coligadas. Cláudio Yano, diretor da EY Revista do CRCRJ 13 Capa Capacitação é fundamental Artigo Decore responsável Trata-se da declaração de percepção de rendimentos, que fornece à sociedade informação sobre a percepção dos rendimentos dos beneficiários. É um documento que nós, profissionais da Contabilidade, temos a prerrogativa de conceder a nossos clientes. Esse documento tem o poder de respaldar diversas opções junto às instituições financeiras a quem nós, como profissionais da Contabilidade, estamos declarando que nosso cliente tem condições de arcar com pagamentos das mensalidades de empréstimos, aquisição de automóveis, financiamento imobiliário, e todos os outros processos de aprovações financeiras. Será que estamos levando essa prerrogativa com responsabilidade??? Será que sabemos quais as regras para emissão desse documento que na realidade vale “dinheiro”??? Assumi a vice-presidência da Fiscalização em janeiro deste ano e, para nossa surpresa, identificamos que o maior fluxo de demandas para Auto de infração está na prestação de contas da emissão das DECOREs. Como atual Vice-Presidente da Fiscalização, eu me sinto com a responsabilidade de aler tá-los e orientálos de modo que possamos reduzir o grande número de processos de profissionais que constantemente são autuados por não observarem as regras para emissão ou, o que mais acontece, não “ler a resolução CFC 1.364/2011 e seus anexos I e II”. Nos meses de março e abril foram relatados mais de 115 processos de DECORE, onde cerca de 92% foram mantidos os autos de infração. E, ainda para nossa maior surpresa, um mesmo profissional com cerca de 6 a 10 processos de DECORE. Para que possamos realizar um trabalho de conscientização e orientação, estaremos informando maciçamente o conteúdo da Resolução que trata do tema, e a documentação que o PROFISSIONAL TEM QUE TER ANTES DE EMITIR A DECORE. A documentação deve ser apresentada antes da emissão e não depois de emiti-la “organizar’ documentação que dê supor te. A Decore sem base em documentação hábil e legal é crime, previsto no Código Penal ar t. 299, por se tratar de documento inidôneo. É de suma impor tância a manutenção deste direito, cumprindo com responsabilidade o que determinam a Resolução do CFC 1.364/2011 e seus anexos I e II. 14 Revista do CRCRJ A autenticação desse documento deverá ser procedida diretamente no site do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (www.crc.org.br). E você sabia que: 1) Ao atingir a emissão de 50 (cinquenta) DECOREs, via site do CRCRJ, o sistema bloqueará a emissão e para liberação será necessário a prestação de contas das DECOREs emitidas no setor de Fiscalização do Conselho? 2) Ao prestar contas das DECOREs emitidas no Setor de Fiscalização do Conselho, terá que anexar toda a documentação obrigatória relacionada nos anexos I e II da resolução 1.363/2011, vias originais e cópias? 3) Ao emitir uma DECORE sem fundamentação, sem documentação comprobatória, o profissional da Contabilidade estará cometendo um CRIME, ele está atestando algo que não existe, prejudicando terceiros envolvidos? 4) Quando a DECORE refere-se a pró-labore e/ou Distribuição de lucros, a documentação comprobatória será a GFIP (transmitida), as DARFs de recolhimentos do IR e o Livro Diário, registrando os valores de pró-labore e de DL? 5) O fiscal que for avaliar o processo na prestação de contas fará a verificação das 50 (cinquenta) DECOREs emitidas, lavrando assim o Auto de Infração para todas as emissões? 6) A documentação legal que serviu de lastro para a emissão da DECORE ficará sob a responsabilidade do profissional da Contabilidade que a emitiu, pelo prazo de 5 (cinco) anos, para fins de fiscalização por par te do Conselho Regional de Contabilidade? 7) O profissional da Contabilidade que descumprir as normas dessa Resolução estará sujeito às penalidades previstas na legislação per tinente. Valorize sua profissão, assim você estará se valorizando. Não emita DECORE sem documentação hábil! A emissão de DECORE não pode ser um comércio e sim uma forma de for talecer ainda mais nossa profissão, nossa responsabilidade e nossa par ticipação perante a sociedade! Pense nisso, somente os profissionais da Contabilidade podem atestar ganhos para o mercado financeiro de interesse público! Você está agindo corretamente! O CRCRJ de todos nós quer mudar essa visão e escrever uma nova história! Márcia Tavares Vice-Presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina do CRCRJ Revista do CRCRJ 15 Notícias 95% dos alunos aprovam cursos do CRCRJ O Depar tamento de Desenvolvimento Profissional do CRCRJ divulgou as estatísticas de satisfação dos cursos ministrados pelo Conselho entre janeiro e maio de 2014. De acordo com as avaliações, 95% dos alunos classificaram os cursos e os professores como muito bom (73%) ou bom (22%). Nesse período, mais de 3.200 pessoas par ticiparam dos 89 cursos do CRCRJ, que totalizaram mais de mil horas/aula. Os cursos do CRCRJ são aber tos aos profissionais contábeis habilitados e em situação regular bem como aos estudantes com cadastro ativo no Conselho. Para par ticipar, é necessária a doação de dois quilos de alimentos não perecíveis, no primeiro dia de aula de cada curso. Pesquisa acadêmica em foco Criado pelo CRCRJ para incentivar a pesquisa acadêmica no meio contábil, o Prêmio Contador Américo Matheus Florentino já tem calendário definido para 2014. Ele aceitará inscrições até o dia 5 de agosto e distribuirá, no total, R$ 10 mil para os primeiros colocados. A ação é destinada a professores e alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Contábeis no estado do Rio de Janeiro. Os melhores trabalhos também serão publicados na revista Pensar Contábil. O prêmio também é uma homenagem à trajetória de um profissional que fez história na Contabilidade fluminense. Américo Matheus Florentino foi ex-Presidente do Sindicato dos Economistas e Contador-Geral do Instituto de Resseguros do Brasil (atual IRB Brasil RE) e professor da UFRJ. Autor de 12 obras técnicas sobre Economia e Contabilidade, lecionou na Uerj e foi membro do CRCRJ e do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Para mais informações sobre as regras do concurso, acesse o site do CRCRJ (www.crc.org.br). Plantão fiscal de IRPJ Entre os dias 4 e 27 de junho, o CRCRJ realizou em sua sede o Plantão Fiscal de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) 2014. O objetivo do atendimento foi eliminar dúvidas do maior número possível de profissionais contábeis. 16 Revista do CRCRJ A cada dia, foram distribuídas 10 senhas no horário inicial. Somente os profissionais registrados e em situação regular no Conselho puderam usufruir do serviço inteiramente gratuito. O CFC publicou a Resolução 1.461/14, de 17 de fevereiro deste ano, que altera a forma de ingresso para obtenção de registro profissional. Todos os por tadores de diploma com título de bacharel em Ciências Contábeis e técnico em Contabilidade, formados até 14 de junho de 2010, poderão solicitar habilitação profissional sem prestar o Exame de Suficiência. Os técnicos em Contabilidade, de acordo com o ar tigo 12 do Decreto-Lei 9.295/46, alterado pelo ar tigo 76 da Lei 12.249/10, poderão obter o registro somente até 1º de junho de 2015. Para solicitá-lo, acesse o site www.crc.org.br e siga as seguintes instruções: Entrou em vigor no dia 1º de junho o novo regulamento de par ticipação nos cursos do CRCRJ. De acordo com a Resolução 439/2014, a entrega de alimentos deverá ser feita em todos os locais de realização de curso, tanto na capital como nas demais cidades do estado. Antes, a entrega ocorria somente na sede do Conselho. Ainda de acordo com o regulamento, os par ticipantes que não levarem os dois quilos de alimentos não perecíveis ficarão impedidos de se inscrever em novos cursos pelo período de 90 dias. A arrecadação de alimentos faz par te da Ação Social realizada pelo CRCRJ. As doações recebidas são repassadas pelo Programa de Voluntariado da Classe Contábil no Rio de Janeiro, a entidades beneficentes previamente credenciadas no programa. A prestação de contas do repasse das doações pode ser acompanhada pelo site do CRCRJ. • Clique no link Pré-registro, no espaço Pré-Cadastro profissional. Caso queira verificar a lista de documentos antes de realizar o Pré-registro, acesse o link Listagem; • Com o preenchimento da ficha cadastral o sistema emitirá, automaticamente, o protocolo com o requerimento, as guias necessárias e a lista de documentos que deverão ser apresentados ao CRCRJ para efetivação do registro. • Após o pagamento das guias, o profissional deve comparecer ao Conselho para formalizar o processo de registro com apresentação dos documentos. Revista do CRCRJ 17 Notícias Registro sem Exame de Suficiência Novas regras para cursos do CRCRJ Voluntariado PVCC do Rio de Janeiro comemora momento de crescimento Programa de Voluntariado da Classe Contábil no Rio de Janeiro se destaca no primeiro trimestre deste ano com participações inéditas em projetos sociais Os três primeiros meses de 2014 foram intensos para os voluntários contábeis. Da estreia no projeto Ação Global à participação nos Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs) estadual e municipal, o Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC) no Rio de Janeiro fez a diferença na construção de uma sociedade cada vez mais justa e solidária. Até março deste ano, o CRCRJ esteve presente em três edições do Ação Global, iniciativa promovida pela Rede Globo em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi). A primeira, em 26 de janeiro, aconteceu em Itaboraí, onde o Conselho se disponibilizou a prestar atendimento para orientar e tirar dúvidas da população local com base em dois dos oito projetos institucionais do PVCC: Controle Social e Orçamento Familiar. Os voluntários também deram algumas dicas sobre imposto de renda. A segunda e a terceira edições foram realizadas nos dias 23 de fevereiro, em Angra dos Reis, e 23 de março, em Realengo, respectivamente. Em cada evento, a média de atendimento no estande do Conselho foi de 70 pessoas, como explica a conselheira suplente do CRCRJ e coordenadora regional do PVCC Nacional, Rosangela Dias: “Foi a primeira vez que par ticipamos de um evento dessa magnitude. 18 Revista do CRCRJ É um prazer para nós contribuir, juntamente com órgãos públicos e ONGs, com informações úteis sobre direitos e deveres da sociedade”. Outra novidade do primeiro trimestre foi a inclusão de membros da comissão do Voluntariado nos CAEs estadual e no municipal do Rio de Janeiro. A voluntária Romana Moreira, membro da Comissão do PVCC RJ, e a conselheira suplente do CRCRJ, Sonia Barbosa, estão auxiliando os representantes do Conselho de Alimentação Escolar na análise da prestação de contas da aplicação dos recursos destinados à merenda escolar no estado e no município do Rio de Janeiro. Desenvolvido em parceria com a ONG Ação Fome Zero, o projeto de auxílio aos CAEs tem abrangência nacional. A partir dele, profissionais da Contabilidade em cada cidade são designados como voluntários para ajudar na fiscalização das contas do Programa Nacional de Alimentação Escolar em municípios e estados, por meio dos Conselhos Regionais. “Grande parte dos CAEs do país não tem em sua composição pessoas especializadas em contabilidade e finanças. O papel do profissional contábil voluntário é prestar apoio técnico aos membros dos conselhos na realização de suas tarefas de controle social dos recursos da alimentação escolar”, esclarece Rosangela. Doação ativa Além dos projetos inéditos iniciados no primeiro trimestre de 2014, o PVCC do Rio de Janeiro continua a repassar doações de alimentos às instituições parceiras. A cada doação (que acontece, em média, duas vezes por mês) são enviados de 500 a 600 quilos para entidades de diversos municípios. A arrecadação de alimentos ocorre por meio dos cursos oferecidos pelo CRCRJ. Voluntários contábeis Hoje, o PVCC do Rio de Janeiro conta com cerca de 360 voluntários cadastrados. Para participar, o profissional contábil ou o estudante de Ciências Contábeis deve se cadastrar no site www.voluntariadocontabil.cfc.org.br. O Conselho Federal de Contabilidade exige que os participantes tenham registro ativo e regular em seus respectivos Conselhos Regionais. Troca de conhecimentos No dia 5 de junho, o CRCRJ promoveu o 1º ciclo do III Seminário Contabilidade na Área Pública, no auditório da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro. Com o tema “A nova Contabilidade aplicada ao setor público. Onde estamos? Como estamos? Para onde vamos?”, o evento reuniu representantes do Conselho fluminense, da Contadoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, da Auditoria Geral do Estado, da Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro, dos órgãos de controle de diversas prefeituras e do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Na primeira palestra do dia, o contador geral do Estado, Francisco Iglesias, falou sobre a convergência da Contabilidade aos padrões internacionais e explicou a estrutura da Contadoria Geral. “As novas normas contábeis para o setor público ainda não estão totalmente implantadas em nenhum ente da federação. Temos um longo caminho para percorrer e eventos como esse são importantes para disseminar trabalhos em torno de todas as mudanças pelas quais a Contabilidade aplicada ao setor público passa atualmente”, pontuou. A Vice-Presidente Operacional do CRCRJ, Lílian Lima Alves, compôs a mesa de aber tura do evento. Em seu discurso, a profissional propôs aos representantes dos órgãos públicos que firmem convênios de parceria com o Conselho fluminense. Ela falou também da necessidade de mudança de atitude do profissional da Contabilidade. “A constante renovação de pessoal nos cargos públicos dificulta o alcance de uma continuidade e de uma padronização dos relatórios contábeis. Um maior engajamento dos gestores públicos na elaboração desses documentos juntamente com os contadores é necessário”, aconselhou. A conselheira do CRCRJ e membra da comissão do Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC) no Rio de Janeiro, Rosangela Dias, aproveitou a ocasião para convocar profissionais contábeis à iniciativa. Durante sua palestra, ela apresentou o programa e seus objetivos. “É fundamental que os profissionais saibam a impor tância do voluntariado e façam par te de nossas ações”, destacou. JÁ SÃO MAIS DE 112.000 DÚVIDAS RESPONDIDAS POR NOSSOS ESPECIALISTAS Trata-se do maior acervo de questionamentos selecionados pelos nossos experientes profissionais, que acompanham a grande dinâmica das alterações e que, diariamente, são objeto de dúvidas dos nossos assinantes. Diariamente são incluídos novos questionamentos de todas as áreas, respondidos de forma clara e didática. 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A finalidade é fortalecer a nossa imagem perante os profissionais da Contabilidade e a sociedade”, afirma o presidente do CFC, José Martonio Alves Coelho. A nova identidade visual foi aprovada pelo Plenário do CFC em junho de 2014 e será implementada pelos Regionais ao longo do mês de julho. Novos livros disponíveis na Biblioteca do CRCRJ Três grandes lançamentos disponibilizados pela editora Saraiva estão entre os livros que chegaram às prateleiras da biblioteca do CRCRJ em maio. As obras “Contabilidade Gerencial para Tomada de Decisão”, “Estrutura e Análise de Balanço Fácil” e “Teoria Geral da Administração – Gerenciando Empresas Brasileiras” estão disponíveis para consulta aos profissionais da Contabilidade registrados e aos estudantes de Ciências Contábeis. O primeiro, dos autores Peter Atrill e Eddie McLaney, aborda como a contabilidade gerencial pode ser útil para a elaboração e o cumprimento de planos. O livro considera o uso de informações contábeis para tomar decisões relativas a investimentos de longo prazo, trata da contabilidade gerencial estratégica e esclarece problemas de mediação de desempenho. 20 20 Revista do CRCRJ Escrito por Osni Moura Ribeiro, a obra “Estrutura e Análise de Balanço Fácil” contém informações sobre o conceito e a finalidade da análise de balanços. Esta é a sua 10º edição, já atualizada de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade. Já o “Teoria Geral da Administração”, elaborado por Cyro Bernardes, cita o sucesso da aplicação de práticas administrativas em um caso fictício e trata de assuntos geralmente omissos em organizações, como fraudes. Batizada de Ivo Malhães de Oliveira, a biblioteca do CRCRJ tem a função de reunir, sistematizar, preservar e disseminar a informação de interesse para diversas áreas do Conselho. O acervo, em constante atualização, dispõe hoje de aproximadamente 4.500 títulos entre livros, apostilas, periódicos, teses e disser tações. Estudantes engajados A sede do CRCRJ recebeu, no dia 16 de maio, a visita de 17 alunos das Faculdades Integradas Simonsen. Foi a primeira vez que a instituição de ensino participou do Projeto Integração CRC Escola, que dá aos estudantes de Ciências Contábeis do estado do Rio de Janeiro a oportunidade de conhecerem a estrutura e as principais funções do Conselho. Os alunos assistiram às palestras de representantes dos setores de Registro, Desenvolvimento Profissional, Fiscalização e Comunicação do CRCRJ e, no fim do dia, visitaram o Centro de Memória e História da Contabilidade do Rio de Janeiro. “Trata-se de um projeto fundamental para integrar o CRCRJ aos estudantes de hoje que serão os profissionais contábeis de amanhã. As visitas são sempre muito proveitosas e incentivam os alunos a ter orgulho e a valorizar a sua profissão”, comenta o chefe do departamento de Registro, José Vicente de Paula. Alunos das Faculdades Integradas Simonsen confraternizam com a equipe do CRCRJ Revista do CRCRJ 21 Boletim Técnico Boletim Informativo Consulta tributária no âmbito do estado do Rio de Janeiro A legislação tributária estadual e em especial o Decreto nº 2.473 de 1979 facultam ao contribuinte, às entidades representativas de categoria econômica ou ao profissional e aos órgãos da administração pública em geral formular consulta para uma perfeita interpretação da norma tributária. Para que essa consulta seja devidamente formulada, o interessado deverá seguir algumas formalidades: Ser por escrito, com nome, razão social ou denominação do requerente, endereço, atividade econômica ou profissional, CNPJ, inscrição estadual, a indicação do representante legal e ou seu procurador ; ser endereçada à repar tição fiscal de sua jurisdição e estar acompanhada do pagamento da taxa de serviços estaduais correspondente; Deverá conter a pretensão do requerente, os fundamentos nos quais se baseia, expostos de forma clara e precisa, a mais sintética e objetiva possível; Os meios de prova pelos quais o requerente pretende demonstrar a verdade de suas alegações; O pedido com suas especificações e a indicação, logo em seguida da assinatura, do nome completo de quem assina e a identificação de número, órgão e data da expedição do documento de identidade. A consulta deverá ser firmada apenas sobre dúvida ou circunstâncias que atinjam o consulente e focalizar, como já foi dito, a matéria de forma clara, sucinta, objetiva e precisa. Ainda deverá conter, obrigatoriamente: O fato sobre a qual versa; A indicação se, relativamente à questão a ser elucidada, já ocorreu o fato gerador da obrigação tributária, e, sendo afirmativa a resposta, a data de quando ela ocorreu; A interpretação dada às disposições legais ou regulamentares invocadas pelo consulente. Respondida a consulta, o processo é devolvido à repartição de origem para dar ciência ao consulente e intimá-lo, se for o caso, a adotar o entendimento da administração e recolher o tributo porventura devido em prazo não inferior a 15 dias. Cabe recurso voluntário, interposto no prazo de 15 dias, com efeito suspensivo, ao superintendente da Administração Tributária, mas é inadmissível o pedido de reconsideração de decisão proferida em 1ª e 2ª instâncias no processo de consulta. A consulta formulada regularmente suspende o curso da mora em relação ao conteúdo da matéria, retornando o seu curso, se for o caso, quando se tornar definitiva a solução dada à consulta. São definitivas as consultas firmadas pelo Coordenador de Tributação, expirado o prazo para recurso, sem que este tenha sido interposto e as soluções dadas pelo superintendente da Administração Tributária. Vale salientar que as consultas não serão conhecidas ou recepcionadas quando o contribuinte estiver sob procedimento fiscal; não observarem o descrito no terceiro e no quar to parágrafos desta matéria; versarem sobre conteúdo já disciplinado em ato normativo editado antes da formulação da consulta, for meramente protelatória, o fato constituir, conforme a legislação, crime ou contravenção penal; e desacompanhadas do comprovante de pagamento da taxa de serviços. Jorge Lobão IOB-Folhamatic – EBS > SAGE Este Boletim Técnico faz parte da edição nº 31 da Revista do CRCRJ 22 Revista do CRCRJ É perceptível o crescimento relevante do mercado de auditoria no Brasil. Os profissionais desse segmento, denominados auditores independentes ou auditores externos, têm um papel fundamental no funcionamento do sistema econômico. Pensando nisso, o Ibracon investe na realização de cursos para aprimorar ainda mais o conhecimento da classe. Seguem dados do Curso de Formação de Auditores, em parceria com a Trevisan Escola de Negócios: Objetivo: Capacitar e preparar profissionais para a carreira de auditoria; Público-alvo: profissionais de empresas de auditoria e estudantes de Ciências Contábeis que desejem ingressar na carreira de auditoria; Instrutores: Sócios, gerentes e diretores de empresas multinacionais de auditoria independente; Datas: 19 e 26 de julho/ 02, 09, 16, 23 e 30 de agosto/ 06,13 e 20 de setembro. Para informações e inscrições, envie e-mail para [email protected] ou ibraconterceira@ ibraconterceira.com.br ou entre em contato pelo telefone (21) 2223-0863/ 2233-5833. De mãos dadas com a Receita Federal Estima-se que cerca de 70% do trabalho diário do profissional contábil se destine a atender às exigências da RFB. Apesar de tudo isso, muitos ainda não conhecem todas as ferramentas que o Fisco disponibiliza no e-CAC e quais são os atendimentos que podem ser feitos nos postos do órgão. Pensando nisso, no último dia 28 de maio, o Sescon-RJ promoveu o Seminário “De mãos dadas com a Receita Federal”, em que auditores fiscais e representantes da RFB, do MTE, do INSS e da CEF explanaram sobre as diversas modalidades de atendimento da RFB, a digitalização dos processos, além do assunto mais comentado do momento: e-Social. Os palestrantes foram os auditores da RFB Jorge Viana e Adilson Silva, o auditor do MTE Hércules Ramos, a chefe do Serviço de Administração de Informação de Segurados da Previdência Social, Luiza Maganhi, e o representante da CEF, Diogo Ramalho. Na ocasião, cerca de 180 pessoas compareceram ao evento. Um ano de eventos 2014, ano de muitos eventos, nos quais cada um de nós tem sua opinião e sua maneira de participar. A Copa sempre ativa as emoções, mesmo aqueles que não são ligados em futebol participam de alguma forma.Vivenciando os momentos de patriotismo e de entusiasmo da população. Em nossos escritórios também haverá alterações de horários, mas, nosso comprometimento com os clientes deverá ser mantido sem prejudicar a rotina. As eleições também trazem para todos nós uma imensa responsabilidade e reflexão. Afinal, o país desenvolvendo em muitos setores depende de candidatos conscientes e politicamente preparados para assumir os cargos públicos. E a nossa classe está atuando também em todos os momentos e colaborando com o progresso. Participando de todos os eventos contábeis que acontecem e que acontecerão ao longo do ano, debates e troca de ideias nos fortalecem, porque unidos faremos uma grande diferença. Venham visitar e participar das reuniões na Unipec-RJ, todas as terças-feiras às 18 horas. Momentos históricos do Sindicont-Rio O auditório do Sindicato dos Contabilistas do Município do Rio de Janeiro foi palco, em 23 de maio deste ano, de momentos marcantes na história da entidade: a celebração do Dia do Profissional da Contabilidade, juntamente com o CRCRJ, e a posse festiva da nova diretoria, proclamada eleita em 9 de abril, cuja nova gestão teve início em 25 de abril. A Presidente eleita, Lygia Maria Vieira Sampaio, destacou que o momento é de renovação, ressaltando expectativas da nova gestão: “Estamos todos engajados para que possamos dar o devido apoio ao profissional da contabilidade. Pretendemos expandir o que já foi feito de bom e, principalmente, trazer novidades, como estimular o uso de novas tecnologias nas atividades diárias da classe”. Disse, ainda, que continuará apoiando eventos e realizando cursos e palestras, que possam levar capacitação para os profissionais da Contabilidade. Ela ressaltou que é preciso estar atento a essa questão, já que a qualificação é o melhor caminho para a valorização e o desenvolvimento da categoria. Sindicont-Rio Sindicato dos Contabilistas do Município do Rio de Janeiro Revista do CRCRJ 23 Entidades Congraçadas Curso de formação de auditores 24 Revista do CRCRJ