Plásticos - Rede Nacional de Informações sobre o Investimento
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Plásticos - Rede Nacional de Informações sobre o Investimento
PROSPECTIVA TECNOLÓGICA DA CADEIA PRODUTIVA DE TRANSFORMADOS PLÁSTICOS PROSPECTIVA TECNOLÓGICA DA CADEIA PRODUTIVA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS PARA ALIMENTOS SECRETARIA DE TECNOLOGIA INDUSTRIAL - MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR (STI/MDIC) EXECUTOR: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE A INDÚSTRIA QUÍMICA DA ESCOLA DE QUÍMICA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (SIQUIM/EQ/UFRJ) Rio de Janeiro, 2003 ÍNDICE I Apresentação ................................................................................................................................ 5 I.1. Instituições Patrocinadoras.....................................................................................................5 I.2. Instituição Executora...............................................................................................................5 I.3. Equipe de Desenvolvimento ....................................................................................................5 I.4. Programa Brasileiro de Prospectiva Tecnológica Industrial...............................................6 I.5. Fórum de Competitividade .....................................................................................................7 II Introdução .................................................................................................................................... 8 II.1. Critérios para a escolha da cadeia........................................................................................8 III Indústria de Alimentos ........................................................................................................... 10 III.1. Importância e Tendências de Consumo............................................................................10 III.2. Panorama da indústria de alimentos ...............................................................................10 III.3. Classificações sobre a Indústria de Alimentos .................................................................12 III.4. Histórico da indústria de embalagens...............................................................................13 III.5. Funções de embalagem.......................................................................................................14 III.6. Classificação das Embalagens: ..........................................................................................15 III.7. Mercado Mundial de Embalagens ....................................................................................20 III.8. Mercado Brasileiro de Embalagens ..................................................................................20 III.9. Canais de Venda e Distribuição ........................................................................................22 III.10. Aspectos Institucionais e Organizacionais .....................................................................24 IV Transformação Plástica e os Principais Processos de Produção de Embalagens............... 26 IV.1. A Indústria de Transformação Plástica............................................................................26 IV.2. Cadeia Produtiva de Transformados Plásticos ................................................................27 IV.3. Processos de Produção de Embalagens.............................................................................31 IV.4. Movimentos do Setor ..........................................................................................................36 IV.5. Máquinas para Transformação de Plásticos para Embalagens .....................................37 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 2 V Termoplásticos para Embalagens - Segmentação das Resinas ................................................ 41 V.1. Resinas Termoplásticas no Brasil .......................................................................................42 V.2. Polietileno de Alta Densidade (PEAD) ...............................................................................43 V.3. Polietileno de Baixa Densidade (PEBD) .............................................................................46 V.4. Polietileno de Baixa Densidade Linear (PEBDL)..............................................................48 V.5. Politereftalato de Etileno (PET)..........................................................................................50 V.6. Polipropileno (PP) ................................................................................................................54 V.7. Poliestireno (PS) ...................................................................................................................59 V.8. Policloreto de Vinila (PVC) .................................................................................................63 VI Principais Embalagens Plásticas para Alimentos................................................................. 68 VI.1. Água Mineral.......................................................................................................................68 VI.2. Carnes Processadas.............................................................................................................69 VI.3. Aves e Derivados .................................................................................................................70 VI.4. Produtos Lácteos.................................................................................................................71 VI.5. Frutas e Hortaliças..............................................................................................................72 VI.6. Grãos e derivados................................................................................................................73 VI.7. Farinha de Trigo .................................................................................................................73 VI.8. Óleos Comestíveis ...............................................................................................................74 VII Análise da Cadeia Produtiva.................................................................................................. 75 VII.1. Modelagem da cadeia........................................................................................................75 VII.2. Análise dos fluxos de capital e material ..........................................................................77 VIII Aplicação da Metodologia Delphi para Prospectiva Tecnológica da Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas para Alimentos............................................................................................... 79 IX X XI A Ação Prospectiva e a Técnica Delphi................................................................................. 81 Base para Formulação do Questionário Delphi ....................................................................... 85 Execução da metodologia Delphi para prospectiva tecnológica da cadeia produtiva de embalagens para alimentos.............................................................................................................. 112 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 3 XI.1. Identificação dos Respondentes, Organização e Validação dos Especialistas para Participação nas Rodadas Delphi .............................................................................................113 XI.2. Envio do Questionário da 1a Rodada (Período de 15 de outubro a 01 de novembro de 2002).............................................................................................................................................113 XI.3. 1ª rodada - Tratamento Estatístico e Análise dos Resultados.......................................114 XI.4. Execução da 2ª rodada Delphi e Busca do Consenso.....................................................120 XII Variáveis Críticas e Identificação das Forças Propulsoras e Restritivas por Elo da Cadeia de Embalagens Plásticas para Alimentos........................................................................................ 132 XIII Conclusões ............................................................................................................................ 141 XIII.1. Considerações Finais .....................................................................................................143 XIV Referências Bibliográficas ................................................................................................... 145 XV Anexos: ................................................................................................................................. 151 ANEXO 1: Empresas no Brasil.................................................................................................151 ANEXO 2. Lista de Especialistas Contatados .........................................................................154 ANEXO 3. Modelo de carta de encaminhamento do questionário – 1a rodada Delphi.......170 ANEXO 4. Máscara do Questionário Delphi Online (1a rodada) ..........................................172 ANEXO 5. Modelo de Carta de Encaminhamento do Questionário – 2a rodada Delphi ...174 ANEXO 6. Modelo de Questionário da 2a rodada Delphi ......................................................176 ANEXO 7. Resultado do Tratamento Estatístico da 2a rodada .............................................206 ANEXO 8. Resultado Consolidado das Questões 8 e 14 – 2a Rodada Delphi .......................215 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 4 I APRESENTAÇÃO I.1. INSTITUIÇÕES PATROCINADORAS Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) Secretaria de Tecnologia Industrial / Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (STI/MDIC) Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC) I.2. INSTITUIÇÃO EXECUTORA Sistema de Informações sobre a Indústria Química (SIQUIM/EQ/UFRJ) I.3. EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO • Coordenação Geral: Profa. Adelaide Antunes • Consultora (1aetapa do projeto): Vera Lúcia B. de Sá Pereira • Coordenadora Técnica/consultora: Suzana Borschiver • Colaboradores: Ana Amélia Martini (Doutoranda EQ/UFRJ) Ana Carolina Mangueira, (Estagiária SIQUIM) Claudia Azevedo, (Pesquisadora-SIQUIM) Claudia Canongia (Doutoranda EQ/UFRJ e Pesquisadora-SIQUIM) Cristina Mendes, (Pesquisadora SIQUIM) Clarice Gandelman (Integração Universidade-Empresa -SIQUIM) Carlos Hemais (Prof. IMA) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 5 Cheila Gonçalves Mothé, (Profa Escola de Química) Daniela Bastos, (doutoranda IMA/UFRJ) Eliane Bahruth, (doutoranda EQ/UFRJ) Fernando Tibau (Estagiário SIQUIM) José Victor Bomtempo, (Prof. GIT/Escola de Química) José Luiz dos Santos Tepedino, DSc. Luiz Antônio d’Avila, DSc. (Prof. Escola de Química) Luís Eduardo Duque Estrada, (Prof. GIT/Escola de Química) Max Arnor (Estagiário SIQUIM) Peter Rudolf Seidl, DSc. (Prof. Escola de Química) Verônica Amorim (Estagiária SIQUIM) I.4. PROGRAMA BRASILEIRO DE PROSPECTIVA TECNOLÓGICA INDUSTRIAL O Programa Brasileiro de Prospectiva Tecnológica Industrial é um programa da UNIDO em parceria com o STI/MDIC que se propõe a estimular medidas de longo prazo para o desenvolvimento das principais cadeias produtivas, através de fomento ao desenvolvimento de uma auto capacitação das mesmas para realização de atividades de prospecção tecnológica e consolidação de seu sistema de inovação, dentro de um programa de “Foresight”. A abordagem utilizada neste programa desenvolve-se principalmente através do trabalho interativo de especialistas, orientado para antecipar possibilidades de inovações, não necessariamente baseadas somente em informações tendenciais e sim também em projeções especulativas de seu próprio conhecimento, ocorrendo de forma aperiódica. O modelo prospectivo tem como objetivo identificar um futuro desejável entre alternativas viáveis. Isso implica em caracterizar um sistema articulado de atores (interesses, alianças e conflitos) e variáveis (tendenciais e de ruptura) que têm influencia sobre esse futuro desejado. Consideradas as discrepâncias entre a situação atual e a futura objetivada, estabelecer estratégias que adotadas no presente possam conduzir à construção do futuro almejado. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 6 I.5. FÓRUM DE COMPETITIVIDADE O MDIC coordena o Programa Fórum de Competitividade que compõe o “Brasil Classe Mundial”, programa integrante do “Avança Brasil” - Plano Plurianual 2000/03 que consiste em ações que visam atuar sobre capacidade competitiva do setor produtivo brasileiro através da interação entre empresários, trabalhadores, Governo e Congresso Nacional. O Projeto Estudo Prospectivo da Cadeia Produtiva de Embalagem para Alimentos atende aos objetivos e metas do Fórum de Competitividade da cadeia produtiva da indústria de transformação plástica. Dentre as macrometas deste programa, pode-se citar a geração de empregos, ocupação e renda; o desenvolvimento produtivo regional, a maior capacitação tecnológica; o aumento das exportações, competição com as importações e serviços internacionais. Correspondendo a essas macrometas, foram identificadas pelo fórum as políticas prioritárias para alavancagem da cadeia, a saber: Financiamento para reorganização da cadeia de transformados plásticos; Financiamento para investimento na reestruturação da indústria petroquímica; Desoneração tributária do investimento e da produção; Geração de emprego e redução /eliminação da informalidade; Aproveitamento de oportunidades de investimento. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 7 II INTRODUÇÃO O objetivo deste estudo é de aprofundar o conhecimento da Cadeia Produtiva de Embalagem Plástica para Alimentos, formulando um diagnóstico que oferecesse subsídios suficientes para a etapa de prospecção tecnológica, através de identificação de fatores críticos positivos e negativos em todos os elos da cadeia. Essa análise é feita através da Metodologia de Prospecção Tecnológica de Cadeia Produtiva, com a modelagem e avaliação de desempenho desta, identificando os fatores críticos e seus impactos sobre a eficiência, qualidade, eqüidade e competitividade, levando sempre em consideração os ambientes institucional e organizacional que a envolvem. A metodologia se aplica nos conceitos da Equipe Embrapa, de Prospecção Tecnológica, que apresenta bastantes trabalhos de prospecção de demandas Tecnológicas no Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA). A passagem por todos os elos da cadeia produtiva, desde a indústria de alimentos até a central de matérias primas, seja nas pesquisas bibliográficas ou nas pesquisas de campo, fez com que a equipe do projeto adquirisse conhecimento e capacitação para o entendimento da cadeia produtiva como um todo, levando em consideração a especificidade de cada setor. Duas preocupações fundamentais nortearam a equipe de desenvolvimento, com o mesmo grau de importância, nesta etapa de diagnóstico. Os fundamentos conceituais adotados para a prospecção de demanda, ou seja, a visão sistêmica, a visão de mercado e a mensuração de desempenho. A formulação de não apenas “mais um” diagnóstico do setor e sim, de oferecer subsídios suficientes para que a passagem para etapa de prospecção tecnológica, a próxima a ser desenvolvida, seja realizada de forma adequada, com o objetivo final de identificação de demandas atuais, potenciais e futuras da cadeia produtiva de embalagem plástica para alimentos no Brasil. II.1. CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DA CADEIA A escolha da cadeia produtiva de embalagens plásticas para alimentos atendeu aos objetivos e metas do Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva da Indústria de Transformação dos Termoplásticos, que, baseado no Comitê de Prospecção constituído em dezembro de 2000, Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 8 selecionou e priorizou potencialidades e critérios relacionados aos ganhos de competitividade, levando-se em consideração alguns fatores críticos como emprego e renda, desenvolvimento da produção, exportação e competição com a importação. O projeto iniciou-se com um curso de capacitação da equipe, dividido em 3 oficinas, para a compreensão dos conceitos e princípios metodológicos para análise diagnóstica e prognostica da cadeia produtiva. As duas primeiras oficinas deste curso foram realizadas em janeiro e fevereiro de 2000, onde foi simulado um estudo de cadeia produtiva de embalagem de alimentos, com modelagem da cadeia, analisando os fluxos de caixa e capital e pontuando os fatores críticos. O Workshop realizado em abril de 2001 reuniu especialistas dessa cadeia produtiva, que validaram o escopo do projeto, através de discussões e questionários. A última oficina ocorreu em Dezembro de 2001, com o treinamento por parte da equipe do projeto do método “Delphi on Line”, onde foi dado início a etapa da análise prognóstica, no âmbito de 2003-2013. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 9 III INDÚSTRIA DE ALIMENTOS III.1. IMPORTÂNCIA E TENDÊNCIAS DE CONSUMO A sobrevivência humana sempre esteve ligada à alimentação. A demanda criada pelo desenvolvimento demográfico mundial, em função das necessidades nutricionais e hábitos alimentares, exige suprimentos, preços acessíveis e novidades ao consumidor. A indústria de alimentos tem papel fundamental neste processo, pois transforma as características de variabilidade de sua produção em um sistema contínuo de modo a prover ao mercado, quantidade, qualidade e formas diferentes de alimentos. A indústria desenvolve o beneficiamento, a conservação e a preservação, além de combinar esses processos com operações físico-químicas que resultam melhor padrão higiênico, criação de novos produtos, eliminação de microrganismos patogênicos, elaboração de complementos alimentares, misturas balanceadas e enriquecidas de nutrientes além de isolar componentes de diversos alimentos para outros fins nutricionais. Para satisfazer o consumidor atual, a indústria deve fornecer alimentos “perfeitos” com várias qualidades ao mesmo tempo: nutrição, conveniência, baixas calorias (low calorie), ausência de gorduras (fat-free), pouco sal, rico em fibras, vitaminas e sais minerais. Nesta evolução tecnológica, as embalagens reconhecidamente propiciam uma grande contribuição para a indústria alimentícia, atuando principalmente na conservação, no transporte e no visual no alimento. III.2. PANORAMA DA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS 1 A indústria de alimentos pode ser definida como um numeroso conjunto de pequenas, médias e grandes plantas industriais, pulverizadas por todo o território nacional, com a maioria delas atuando em mercados regionais (normalmente as pequenas e médias) e poucas empresas operando em nível nacional (normalmente as grandes) (TROCCOLI, 1996). 1 Cabe ressaltar que a denominação alimentos inclui também as bebidas. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 10 Gráfico 1: Participação por empresas de alimentos no valor da produção Micro 16% Médias 44% Grandes 19% Pequenas 21% Fonte: ABIA in Química e Derivados, nov. / 2000 O segmento formado pela indústria alimentícia é representado por um parque industrial com cerca de 45 mil estabelecimentos, ocupando o primeiro lugar em número de fábricas na indústria de transformação, seguido pelos setores de vestuário, mecânica e metalúrgica. A região sudeste é responsável por 52% do valor da produção de alimentos no País, segundo “O Mercado Brasileiro de Alimentos Industrializados“ (Publicação da ABIA). 2 Tabela 1: Distribuição regional da indústria de alimentos e da indústria geral por valor da produção - 1999 Indústria de alimentos (%) Indústria geral (%) Sudeste 51,73 70,63 Sul 30,46 16,65 Nordeste 11,95 8,88 Norte 1,39 2,40 Centro-Oeste 4,47 1,44 Fonte: ABIA, 2000 2 Esse dado não surpreende pois acompanha a tendência de concentração regional da indústria em geral no Brasil Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 11 A indústria de alimentos é a primeira no que se refere à geração de empregos, ocupando cerca de 800 mil pessoas, num universo de cerca de 5.000 mil empregos diretos gerados pela indústria de transformação. O valor da produção atingiu em 1999 cerca de US$ 76,7 bilhões. Conforme pode ser certificado pela tabela 2, o valor da produção da indústria de alimentos no período de 1990-99 contribuiu, em média com 9,66% do valor do PIB e 17,52% do valor da indústria total, conforme pode ser observado pela tabela a seguir: Tabela 2: Participação da indústria de alimentos no PIB e no total da indústria de transformação no Brasil, em % (1990-99) Participação 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 no PIB 9,98 10,17 10,45 10,22 8,93 9,23 9,67 9,08 9,53 9,38 na Ind. Total 17,20 17,95 17,28 16,69 16,36 16,71 17,48 17,44 19,31 18,79 Fonte: Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), 2000 III.3. CLASSIFICAÇÕES SOBRE A INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Existem diversas classificações sobre a indústria de alimentos no Brasil; as oficiais e mais importantes são as do IBGE e da ABIA, no qual o trabalho se baseia, estas são descritas a seguir: • IBGE Fabricação de produtos alimentícios e bebidas Abate e preparação de produtos de carne e de pescado Processamento, preservação e produção de conservas de frutas, legumes e outros vegetais Produção de óleos e gorduras e animais Laticínios Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de rações balanceadas para animais Fabricação e refino de açúcar Torrefação e moagem de café Fabricação de outros produtos alimentícios Fabricação de bebidas Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 12 • ABIA Massas e confeitos (cadeias do trigo, chocolate, cacau e balas); Cadeia de cereais, café e açúcar; Conservas vegetais e sucos; Laticínios; Cadeia da proteína animal; Desidratados; Óleos e gorduras; Bebidas (alcoólicas e não alcoólicas) Diversos Embalagens III.4. HISTÓRICO DA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS O conceito de embalagem como simples recipiente para beber ou estocar surgiu há mais de 10.000 anos. Alguns estudiosos acreditam que os vidros egípcios e ânforas gregas tenham sido o início da embalagem; outros, como Alexis Davis, autor de “História da Embalagem”, acreditam que seu início date do século XVI quando se tornou tecnologicamente viável pela “existência de uma comunidade comercial, que desenvolveu a habilidade de marcá-las com nomes comerciais e a habilidade (entre compradores) de identificar este nomes” (BENZI, 1993). A embalagem tem afetado radicalmente os hábitos de consumo das pessoas em todo o mundo. Uma das maiores provas disso é a substituição de todo o arsenal de ferramentas especiais e sacolas, que as pessoas utilizavam em suas casas e levavam quando iam às compras, pelo simples ato de pegar um produto pré-embalado e levá-lo para casa. (ABRE, 2001). O vidro foi a primeira matéria-prima usada em maior escala para a produção de embalagens Embora o uso de metais como cobre, ferro e estanho tenham surgido na mesma época que a cerâmica de barro, foi somente nos tempos modernos que eles começaram a ter um papel importante para a produção de embalagem (ABRE, 2001). O aparecimento do plástico como material para embalagens se deu após a segunda guerra, estas eram mais leves, mais baratas e fáceis de produzir do que as embalagens de papel ou de metal. As resinas plásticas - como polietileno, poliéster, etc, ampliaram o uso dos invólucros transparentes, iniciado na década de 20 com o celofane, permitindo a oferta de embalagens em uma infinidade de formatos e tamanhos. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 13 A produção de embalagens plásticas passou a crescer partir dos anos 60. Dos anos 70 até os dias atuais, a indústria brasileira de embalagem vem acompanhando as tendências mundiais produzindo embalagens com características especiais como o uso em fornos de microondas, tampas removíveis manualmente, proteção contra luz e calor e evidência de violação. Foram incorporadas também, novas matérias-primas, como o alumínio para latas e o PET para frascos. III.5. FUNÇÕES DE EMBALAGEM As principais funções de embalagem são: - Conter o alimento, ou seja, guardá-lo, armazená-lo, desde a produção até o momento do uso pelo consumidor final. (MURATA, NUNES, et al.2001). Produtos alimentícios de natureza distinta como líquidos sólidos e pastas requerem uma escolha adequada de materiais elaboração da embalagem. - Vender o produto através da identificação deste, pois sua distribuição e comercialização se processam de maneira muito dinâmica, portanto, quanto mais rapidamente a embalagem identificar o produto maior eficiência técnica ela terá sob o ponto de vista de vendas. Esta identificação se baseia em sua apresentação gráfica que deve incluir, entre outros, os seguintes elementos: Descrição concisa do produto; Valorização da marca, logotipo e nome do fabricante; Conteúdo líquido – peso, volume, e número de unidades; Instruções de uso; Ilustração do produto; Espaço para o preço. - Proteger o produto, de condições ambientais adversas, tais como luz, ar, umidade e temperatura. A permeabilidade a estes fatores é de grande importância em função do tempo de vida útil do alimento, pois a deterioração de alimentos embalados depende grandemente das transferências que podem ocorrer entre o meio interno, dentro do material de embalagem, e o meio externo, no qual ele é exposto aos danos na estocagem e distribuição. De acordo com o tipo de produto acondicionado e o mercado consumidor, a importância da embalagem para a comercialização do produto será diferente, embora, geralmente, ela tenha as Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 14 funções de atrair a atenção, descrever as características do produto, criar confiança do consumidor e produzir uma impressão global favorável. III.6. CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS: A classificação de embalagens plásticas, especialmente para alimentos, pode ser feita de acordo com os aspectos tecnológicos e mercadológicos. A comercialização, o formato e as dimensões da embalagem devem ser cuidadosamente planejados, não apenas em função de sua exposição nas prateleiras ou balcões, mas para posterior acomodação em sacolas de compras e mesmo para armazenagem pelo consumidor. A embalagem deve ser sempre prática. Deve ser fácil de abrir, de fechar, de descartar, de permitir o uso de porções adequadas. Recipientes volumosos devem ser munidos de pegadores ou alças e, em muitos casos, podem ser planejados para ser utilizados como balcões nos pontos de venda. Atualmente a indústria de embalagem plástica adota algumas classificações que podem ser identificadas como: III.6.1. RÍGIDA OU FLEXÍVEL - Rígidas As embalagens plásticas de estrutura de rígida são feitas com os polímeros PEAD, PP, PVC, PET, e podem ser encontradas sob a forma de garrafas, frascos, bandejas e caixas. O maior uso de embalagens rígidas está em garrafas plásticas. - Flexíveis O mercado de embalagens flexíveis é estimado em uma produção de cerca de US$ 1,7 bilhão, o equivalente a 9% da produção americana. Segundo ABIEF (Associação Brasileira de Embalagens Flexíveis) existem cerca de 2000 empresas neste setor, sendo que estas são em sua maioria médias e pequenas empresas. Os filmes monocamadas dominam o cenário de embalagens flexíveis para alimentos. Estes filmes são utilizados para embalar 40% em peso da produção das principais categorias de alimentos embaladas por flexíveis. Os filmes laminados embalam 25%, filmes coextrusados 5% e outros materiais 30%. (OLIVEIRA, 1999) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 15 O consumo de filmes monocamada foi em 1999, aproximadamente 851 mil toneladas destinadas a embalagem de alimentos commodities como açúcar, arroz, feijão, farinha de trigo, grãos, pães, aves frescas e vegetais. Grades especiais de poliolefinas começaram a ser utilizadas para melhor aparência e performance mecânica destes filmes monocamadas. Algumas aplicações estão sendo substituídas por estruturas multicamadas devido ao consumidor ter ficado mais exigente. O mercado dos filmes multicamada (laminado ou coextrusados) é orientado a agregar valor a produtos que requerem maior proteção por barreira ou propriedades mecânicas contra condições ambientais e contra a tensão proveniente do transporte e distribuição. Os requerimentos para proteção dos alimentos no Brasil são mais críticos em função do seu clima tropical com sua temperatura alta, umidade relativa e sua extensão continental que implica em períodos longos de transporte e estrutura pobre das estradas brasileiras que aplicam alta tensão mecânica durante o transporte. Filmes laminados (25 mil toneladas em 1999) foram utilizados para se obter boa barreira a vapor d´água e/ou barreira à gordura e /ou melhorar a performance mecânica. III.6.2. FUNCIONAL OU INOVADORA - Funcional Atende as necessidades da cesta básica - Inovadora Embalagens de maior valor agregado para produtos que atendem às classes sociais mais altas III.6.3. CLASSIFICAÇÃO POR TIPO DE CONSUMIDOR Em 2005, o Brasil deverá ter 200 milhões de habitantes e cerca de 110 milhões de pessoas serão economicamente ativas. (BIANCO, 1998). As exigências do consumidor de hoje norteiam as estratégias da indústria, que teve que se adaptar às transformações da sociedade. O consumidor de hoje deseja alimentos que se enquadrem num padrão básico: conveniência, baixas calorias, ausência ou redução de gorduras, pouco sal, rico em fibras, vitaminas e sais minerais. Assim, o consumidor preocupado com sua saúde faz com que as empresas invistam em lançamentos de alimentos mais saudáveis. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 16 A embalagem é considerada o principal elemento diferenciador dos produtos junto aos consumidores tendo papel mais importante, na maioria dos casos, do que as próprias características dos produtos de consumo. (ARTHUR ANDERSEN, CETEA, 2000). A influência do consumidor aparece como um elemento cada vez mais importante por este ter seu nível de exigência mais aguçado diante do produto. Portanto, deverá ser trabalhada a relação qualidade/preço, para garantir-lhe a satisfação (IGLECIO, 1996). A importância, o papel e a responsabilidade da embalagem no mercado de produtos de consumo, mudam na velocidade e na proporção das necessidades, expectativas e valores dos consumidores, demonstrados pelo comportamento hábitos e atitudes de consumo conforme pode ser exemplificado na tabela 3. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 17 Tabela 3: Novos valores e postura do consumidor e suas implicações no mercado Valores / posturas Família Implicações tradicional membros de Influencias nas embalagens com Diversificação das embalagens Embalagens menores de fácil manuseio hábitos focando o uso para a “pessoa” e práticas diferenciados TARGET Aumento de lares com uma só Preferência pessoa por produtos de Embalagens menores, multifuncionais, e conveniência e com sofisticação de fácil armazenamento. Envelhecimento da população Pessoas com grande potencial Busca de embalagens de produtos com financeiro que que buscam shelf-life menor e com características alimentos mais sudaveise uma ergonômicas, que trazem conveniência, vida mais ativa segurança e que contenham informações de fácil leitura e instruções Aumento da consciência do Necessidade de maior cuidado Embalagens saudável e da higiene mais elaboradas, com com embalagens por toda cadeia maior transparência nas informações e de suprimentos e distribuição materiais confiáveis que garantam a inviolabilidade. Consciência do Existência “ecologicamente correto” de responsabilidade uma do maior Busca por embalagens biodegradáveis e setor de recicláveis embalagens e busca de maior sofisticação nas embalagens Stress, aumento das horas Menos tempo de dedicação ao lar, Embalagens trabalhadas e maior valor ao como cozinhar por exemplo com conveniência, reutilizáveis e ready to cook lazer Fonte : ARTHUR ANDERSEN; CETEA, 2000 Constata-se um forte trabalho de posicionamento dos produtos de consumo, utilizando principalmente a embalagem e a marca como seus principais diferenciadores Observando-se o mercado nota-se que vários fatores implicam no aumento do consumo de alimentos, sendo estes associados principalmente : o crescimento da população idosa (LEITE, 1998); Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 18 o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, implicando no uso crescente de alimentos industrializados, prontos ou semiprontos (CARDOSO, 1995, LEITE 1998); fast food nos grandes centros (CARDOSO, 1995); o mercado dirigido ao single - que é um novo tipo de consumidor, alvo da indústria alimentícia, com um contingente de aproximadamente 4 milhões de pessoas no Brasil, representando 2,3% da população brasileira e que, geralmente, costuma fazer suas refeições fora de casa (IGLECIO, 1995); a cada dia aumenta a disputa pela preferência do consumidor-mirim, e a sucessão de lançamentos é o mais claro indicador de que as empresas acreditam neste segmento de mercado (DEMARCHI, 2000); e uma maior quantidade de jovens comprando em supermercados (LEITE, 1998). Assim, a necessidade dos consumidores em cumprir rigorosas dietas para recompor perdas de energia e evitar problemas de saúde, as necessidades de as famílias garantirem em seus lares uma alimentação adequada, de modo limpo e rápido, acarretam grandes alterações em todo o setor de alimentos. Essas transformações sociais apontam para pratos que já vêm prontos e embalagens mais ágeis, que vão ao encontro justamente da necessidade do consumidor final de comprar produtos em porções individuais e que também permitam passagem direta do freezer para o microondas, entre outras inovações (CARDOSO, 1995, POMERANZ, 1997, BENZI, 1996). As exigências do consumidor não se restringem somente a proteção, conservação e higiene, há um novo comportamento em que este está mais atento a novos materiais utilizados e às facilidades encontradas na embalagem e às questões ambientais. As funções básicas da embalagem continuam sendo importantes para o consumidor, mas agora estes apresentam novas exigências para a embalagem na hora da compra do produto. Estes são: Conter informações adequadas sobre o produto; Praticidade no manuseio; Adequação ao armazenamento após abertura; Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 19 A embalagem é o fator que mais influi na percepção que o consumidor tem em relação ao produto como um todo. Se o consumidor não é conquistado pela embalagem, o produto passa desapercebido ou torna-se frágil diante da concorrência. (ARTHUR ANDERSEN, CETEA, 2000) III.7. MERCADO MUNDIAL DE EMBALAGENS A indústria de embalagem é hoje um dos setores mais importantes do mundo, embora somente agora comece a ser reconhecida e diagnosticada como um setor estratégico para a sociedade (HABERFELD, 2000), representando um mercado de US$ 500 bilhões, composto por aproximadamente por 100.000 empresas e com uma geração de 5 milhões de empregos (TOMORROWS, 1999). De maneira geral, a indústria de embalagem representa de 1 a 2% do Produto Interno Bruto – PIB. O consumo de embalagem no mundo é muito heterogêneo, estando concentrado nos países desenvolvidos, basicamente na Europa (U$135 bi), EUA (US$ 120 bi) e Japão (US$ 40 bi). O consumo per capita anual também é um indicador de desenvolvimento, onde se nota um grande contraste do consumo do Brasil (US$ 62) com o do EUA (US$ 400) , da Europa (US$ 385) e do Japão (US$ 450). De acordo com a World Packaging Organization, o segmento de papel e papelão lidera o mercado mundial (33%), seguido de plásticos (26%), Metálicas (25%), Vidro (6%) e o Outros (10%) (MADI, 2000). Os mercados da Europa, EUA e Japão atingiram sua maturidade em quase todos os segmentos de embalagem. Já nos países em desenvolvimento, como o Brasil, sinaliza-se um grande potencial de crescimento para este mercado. III.8. MERCADO BRASILEIRO DE EMBALAGENS A indústria brasileira de embalagens foi estimada em 5,5 milhões de toneladas, correspondentes a R$ 12 bilhões em 1999, dos quais 61% em volume e 65% em valor foram movimentados com embalagens para alimentos e bebidas. Devido à desvalorização de 1999, o mercado de embalagens no Brasil, apesar de ter crescido 10% em volume, caiu em valor para US$ 6,8 bilhões. De acordo com a MTI/Packaging Magazine, a América Latina representou 7% da demanda total de embalagens no mundo em 1997 sendo que o Brasil responde por 3,1% do total. Levando-se em consideração que aproximadamente 30,3% da composição, dos materiais flexíveis são feitos de plástico, pode-se dizer que este foi o segundo material mais utilizado para embalagens Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 20 no ano de 1999, representando aproximadamente 21% de um total de 5,52 milhões de toneladas de material utilizado para embalagens no Brasil (Embanews Packnews, 2001), conforme o gráfico 2. Gráfico 2: Participação dos vários tipos de materiais no Brasil 1999- Peso Vidro 15,7 % 19,10 % Plásticos Papel 5,20 % 17,00% Metais Flexíveis Cartão 6,30% 6,40% 30,30% Caixas de papelão Fonte: Datamark in Embanews Packnews 2001 Em relação ao faturamento nota-se que o plástico liderou a participação, com aproximadamente 37,5 % em relação aos outros materiais mais utilizados para embalagens que tiveram faturamento de US$ 9 bilhões em 1999 (Embanews Packnews, 2001), conforme o gráfico 3. Gráfico 3: Participação dos vários tipos de materiais no Brasil 1999-Valor Vidro 3,80 % 31,00 % Plásticos Papel 5,20 % 19,50 % Metais 21,50 % Flexíveis Cartão Caixas de papelão 8,00 % 11,00 % Fonte: Datamark in Embanews Packnews 2001 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 21 Na tabela 4 é quantificado em peso e valor a participação dos diversos materiais no mercado de embalagens para alimentos e para outros. Nesta tabela pode-se observar a grande importância do plástico como embalagem para alimentos. Tabela 4: O mercado de embalagem por material – 1998 Materiais Alimentos e Bebidas Não-alimentos Ton 10 % US$ 10 Ton 103 % US$ 106 298 87,2 1.963 44 12,8 333 176 95,6 660 8 4,4 90 Folha-de-flandres 543 81,8 763 121 18,2 170 Aço 21 19 23 88 81 98 131 43,3 197 170 56,6 273 Duplex e triplex 107 27,5 220 283 72,5 624 Papelão ondulado 635 39,3 534 981 60,7 824 Plásticos 645 63,6 1.725 369 36,4 1.000 Vidro 779 92,8 396 61 7,2 95 Total 3.334 61,1 6.508 2.124 38,9 3.507 Flexíveis 3 6 Metálicos Alumínio Celulósicos Kraft Fonte: Datamark, 1999 Vale ressaltar que nos gráficos 2 e 3 e na tabela 3 a conceituação de embalagem flexível leva em consideração materiais cartonados multicamadas para embalagens assépticas e a distribuição dos materiais utilizados é a seguinte: Alúmínio (8,1%), BOPP (11,6%), Celofane (1,2%), Papel (61,6%), PEBD (14,3%), Poliamida 6 (1,3%), Poliéster (1,4%), PVC (0,3%), PVDC (0,2%) III.9. CANAIS DE VENDA E DISTRIBUIÇÃO III.9.1. SUPERMERCADOS Os supermercados movimentaram R$ 60 bilhões em 1999 sendo que 5 redes respondem por 40% das vendas de alimentos. Para atender a uma demanda crescente e diferenciada de produtos proveniente de uma gama cada vez mais ampla e diversificada de consumidores, prevê-se o Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 22 crescimento do número de Sistemas de Embalagem3 e conseqüentemente há de se inovar nas soluções que atendam a esses novos quesitos. (CABRAL, 2000). Estas grandes redes de supermercados recebem produtos em centros de distribuição e, a partir deles, abastecem as lojas. É, portanto, fundamental, desenvolver embalagens unitizáveis, ou seja, embalagens que contém mais de um produto do mesmo tipo embalado individualmente. III.9.2. LOJAS DE CONVENIÊNCIA As lojas de conveniência constituem local ideal para a experimentação de produtos e embalagens inovadoras, respeitadas as restrições de custo. Para atender a estas lojas com agilidade necessária deve se priorizar as caixas de embarque, agrupando múltiplos de produto que permitam o abastecimento no menor tempo possível e reduzam ao mínimo o descarte das embalagens secundárias (CABRAL, 2000). III.9.3. COMÉRCIO ELETRÔNICO Um dos grandes desafios da atualidade é o desenvolvimento de embalagens que atendam às redes virtuais de comércio com estimativa de movimentação do e-commerce em 2003, seja de US$ 1, 4 trilhão. Desse total, US$ 1, 3 trilhão serão gerados pelo B2B (Business to business); em 1999 o B2B gerou US$ 52 blhões. Neste tipo de comércio eletrônico a situação é a de embalagem mínima. O Business to Consumer (B2C), venda direta ao consumidor, ainda não é um a prática difundida no Brasil. No EUA existem 13 milhões de domicílios que compram via internet, no Brasil existem apenas 330 mil potenciais compradores. O grande problema é a disponibilidade dos recursos logísticos para distribuir os produtos adquiridos. Além disso, deve-se considerar os potenciais abusos a que os mesmos estarão submetidos no trajeto fabricante – consumidor, sendo previsível o superdimensionamento das embalagens de transporte. O grande desafio, portanto, é redimensionar as embalagens, otimizando as relações custo benefício. (CABRAL, 2000). III.9.4. ENTREGA PORTA A PORTA Este é um canal de vendas muito utilizado pela indústria de cosméticos e é um canal a ser explorado pela indústria de alimentos. O exemplo das pequenas distribuidoras regionais de pratos prontos 3 O Sistema Embalagem pode ser definido como conjunto de operações, materiais e acessórios que são utilizados na indústria com a finalidade de conter, proteger e conservar os diversos produtos e transportá-los aos pontos de venda ou de utilização, atendendo às necessidades dos consumidores ou clientes, a um custo adequado, respeitando a ética e o meio ambiente. (Cabral, 2000) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 23 congelados pode ser ampliado e ao eliminar etapas de comercialização, contribuiria para o equilíbrio na distribuição do valor gerado pela cadeia. (CABRAL, 2000). III.10. ASPECTOS INSTITUCIONAIS E ORGANIZACIONAIS III.10.1. MEIO AMBIENTE A identificação do setor plástico brasileiro com a indústria mundial é extensiva ao reduto do meio ambiente, procedimento justificado pela globalização de conceitos e produtos. Nos três pólos de resinas, esse engajamento é perceptível na corrida pelas certificações da ISO 9000 e nos programas de atuação responsável (responsible care), implantados com apoio dos licenciadores das fábricas, invariavelmente integrando o controle das empresas da segunda geração. Em paralelo, existem entidades que são porta-vozes da segunda e terceira geração para assuntos ambientais como a Plastivida da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), Instituto Nacional do Plástico, o Instituto do PVC, a Associação Brasileira de Embalagens (ABRE), o Compromisso Empresarial pela Reciclagem (CEMPRE), a Associação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens PET (ABEPET) e a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST). Em relação as máquinas, o zelo ecológico é refletido na concepção de equipamentos que minimizam os índices de refugo, em sintonia também com o culto à produtividade, e que operam com solventes de descarte não poluente. Apenas em relação ao tratamento de resíduos plásticos, calcula-se que perto de 80 projetos de lei tramitam por diversas instâncias no Brasil. Enquanto isso, a cadeia de plástico trata de sensibilizar os legisladores para uma conscientização para a reciclagem mecânica deslanchar: a regulamentação nacional, em todos os escalões do Poder Público, de uma política de gerenciamento de resíduos sólidos (instituindo a separação domiciliar das frações seca e úmida) e do conjunto de diretrizes básicas para a coleta seletiva. Mesmo com as lacunas de regulamentação e pendências de ordem tributária, o movimento de reciclagem, em particular de aparas de primeira moagem, vem ganhando força. Projeções da Plastivida apontam que o Brasil recuperou em 2000 cerca de 15% do volume de resina virgem consumido, um salto de 10% do registrado em 1999. Apenas no âmbito do PET, as estimativas da cadeia arredondam em 50.000 toneladas o volume anualmente reaproveitado do poliéster, fruto de recente crescimento na média fixada em 30% anuais. (PLÁSTICOS EM REVISTA, 2001b) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 24 III.10.2. LEGISLAÇÃO X APROVAÇÃO DE EMBALAGEM PARA CONTATO COM ALIMENTOS Disposições gerais para embalagens e equipamentos plásticos em contato com alimentos e seus anexos encontram-se na portaria 30 da SVS segmentada nos seguintes itens: I - Lista positiva de polímeros e resinas; II - Lista positiva de aditivos; III - Classificação dos alimentos; IV – Embalagens plásticas retornáveis para bebidas não alcoólicas carbonatadas; V – Migração total; VI – Migração total com azeite de oliva como simulante; VII – Corantes e pigmentos; VIII – Determinação de monômero de cloreto de vinila residual; IX – Determinação de monômero de estireno residual; X – Migração específica de mono e dietilenoglicol; XI – Migração específica de ácido tereftálico Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 25 IV TRANSFORMAÇÃO PLÁSTICA E OS PRINCIPAIS PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE EMBALAGENS IV.1. A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO PLÁSTICA A indústria de plásticos foi um dos setores que apresentou as maiores taxas de crescimento no mundo, nos últimos 25 anos, refletindo principalmente a expansão do mercado consumidor e o dinamismo do processo de substituição de produtos e materiais tradicionais por bens baseados em petroquímica. Apresenta um papel importante na economia moderna, pois é indústria chave estando presente em diversos setores, principalmente no alimentício, no automobilístico, no de cosméticos, no farmacêutico, no de higiene e limpeza, e no de construção civil entre outros , que vêm ampliando, a cada ano, a utilização da matéria-prima em seus produtos. O plástico hoje é sinônimo de desenvolvimento e de qualidade de vida. Sua característica de menor peso permite uma redução no consumo de combustível no transporte e suas características de isolamento acústico e térmico, proporcionam, respectivamente, conforto e redução de energia elétrica para a conservação de alimentos. Em 1999, do total da produção de plásticos no Brasil 46,78% foi transformada em embalagens, segundo anuário da ABIPLAST, 2000. Isto torna embalagens o mercado mais importante para plásticos no Brasil. No entanto, consumo de plásticos no Brasil ainda pode ser considerado baixo em relação a países do Primeiro Mundo. Segundo a Coplast - Comissão do Plástico da ABIQUIM, enquanto o consumo per capita atual de plástico nos EUA e na Europa chega a 100 kg e 80 kg, respectivamente, no Brasil, o consumo foi de apenas 20 kg, em 98. Apesar da acentuada diferença, o atual índice brasileiro demonstra o potencial de crescimento do plástico no País, se comparado com o ano de 92, quando a média ficou em torno de 8,8 kg. O setor de transformação de plástico é um elo muito importante na cadeia produtiva de produtos plásticos, pois é responsável pela realização dos produtos finais destinados a diversas indústrias utilizando as resinas produzidas pela segunda geração petroquímica e explorando as inovações introduzidas, principalmente, pela segunda geração e pelos fabricantes de equipamentos. Essa responsabilidade aumenta na medida em que os clientes tornam-se mais exigentes e as peças mais complexas. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 26 IV.2. CADEIA PRODUTIVA DE TRANSFORMADOS PLÁSTICOS A cadeia produtiva de produtos plásticos tem início na utilização das matérias primas nafta ou gás natural para a obtenção dos produtos petroquímicos básicos principalmente: eteno, propeno, benzeno, tolueno, orto-xileno, para-xileno, xileno misto, butadieno, buteno, isopreno. Essa conversão é feita nas Centrais de Matérias-Primas dos Pólos Petroquímicos, e constitui a primeira geração petroquímica. Os produtos petroquímicos básicos são comprados pela segunda geração petroquímica, responsável pela produção das resinas. Essas resinas são transformadas em diversos produtos nas empresas da terceira geração petroquímica ou indústria de transformação plástica. A indústria de produtos de matérias plásticas, embora integrante da cadeia petroquímica, tem características distintas da 1a e 2a geração. Executando-se o relacionamento via matéria-prima, pode-se dizer que não existem identidades técnicas e econômicas entre a 3a geração e as demais. A indústria de produtos de matérias plásticas caracteriza-se por uma maior diversificação e diferenciação de produtos. É uma indústria intensiva em mão-de-obra, que utiliza processos de produção mais flexíveis , com menor escala de produção. A 1a e 2a geração petroquímicas caracterizam-se por serem fabricantes de produtos padronizados com especificações bem definidas e, predominantemente, classificados como commodities. É uma indústria intensiva em capital, que utiliza processos contínuos com pequenos graus de flexibilização da produção e que tem necessidade de níveis operacionais elevados. A 3a geração petroquímica, ao contrário da 1a e 2a gerações, não tem uma característica central ou única do ponto de vista da utilização e potencialização da sua base técnica. A fim de que as resinas desempenhem as funções esperadas de performance, é necessário a aditivação por meio de corantes, pigmentos, retardantes de chama, antioxidantes, etc. Alguns desses produtos químicos são necessariamente adicionados à resina durante o processo de polimerização, nas empresas produtoras de polímeros. Outros, porém, podem ser incorporados ou vendidos aos transformadores por três caminhos diferentes, conforme Figura 1. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 27 Figura 1: Cadeia Produtiva Nafta, Gás Natural Central de matéria-prima Indústria Química Petroquímicos bá i Aditivos Unidade de Polimerização Resinas Aditivos Formulador Ferramentaria Distribuidor moldes Compostos M áquinas Transformador A periféricos M asterbatch Fornecedor de Máquinas Chapas Filmes Transformador B Distribuidor Varejo Cliente Industrial Consumidor Final Fonte: Padilha, G. “Caracterização e Perfil Competitivo da Indústria de Transformação de Plástico: Um estudo de Indústrias do Rio de Janeiro, tese de mestrado, Rio de Janeiro, EQ/UFRJ, 1999 O Formulador compra a resina não aditivada dos produtores e/ou dos fornecedores de resinas e adiciona os aditivos, produzindo um composto. As propriedades de cada composto estão relacionadas com os processos de transformação ao qual serão submetidos e com as necessidades de cada transformador em relação à resistência mecânica, química, cor, processibilidade. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 28 Existem dois tipos de transformadores representados acima pelas letras A e B: O Transformador A compra a resina dos produtores e/ ou distribuidores e compra os masterbatches. Os masterbatches são concentrados plásticos elaborados a partir de diversos polímeros, utilizados para colorir e aditivar todos os tipos de resinas termoplásticas. Neste caso o transformador, com o devido auxílio do produtor do master, adequa a resina às suas necessidades. O Transformador B formula e compra as resinas dos produtores e/ ou distribuidores e os pigmentos e aditivos da indústria química. O próprio transformador prepara a resina colorida ou aditivada adequada às suas necessidades. O termo indústria ao ser aplicado à transformação de plásticos justifica-se do ponto de vista tecnológico. Afinal, as mesmas resinas podem ser transformadas pelos mesmos processos e máquinas, mas gerando produtos que se dirigem a mercados diferentes. Esses grupos têm em comum, a montante na cadeia produtiva, os fornecedores de matérias-primas, equipamentos, periféricos, além dos processos básicos de produção. A jusante, entretanto, pouco têm em comum. A transformação de plásticos atende a diversos mercados como: agrícola, alimentício, automobilístico, cosméticos, construção civil, eletroeletrônico, farmacêutico, higiene & limpeza e médico-hospitalar. Quanto à natureza do produto, estes podem ser produtos funcionais ou inovadores. Os funcionais são aqueles que não atendem a necessidades básicas, não variam muito ao longo do tempo, possuem poucas variedades, a demanda é previsível e têm ciclo de vida longo. Essa relativa estabilidade é um atrativo para outras empresas, aumentando, assim, a concorrência e reduzindo as margens de lucro para cada uma. Os produtos inovadores fornecem alguma vantagem adicional que justifica a escolha do consumidor: por exemplo, um design mais elaborado, opções de cores, melhor performance. O ciclo de vida do produto é menor, a demanda é volátil e a incerteza quanto ao sucesso é maior do que no caso dos produtos funcionais. A tabela 5 a seguir representa o consumo de resinas de acordo com os processos mais utilizados na indústria de transformação plástica, sendo estes injeção, calandragem, extrusão, sopro e termoformação. Nota-se, por exemplo que no caso da resina PET, o principal processo é o sopro e no caso dos outros polietilenos é filme. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 29 Tabela 5: Consumo de resinas por processo de produção PROCESSO PEBD PEBDL PEAD PP PS EPS Injeção 4,6% 0,5% 12,2% 33,7% 40,0% 14,4% - Extrusão 7,7% 1,9% 10,4% 12,2% 45,0% 59,6% 10,0% Sopro 4,4% 0,1% 36,2% 7,2% - 6,4% 80,0% Laminação - - - - - 9,8% - Expansão - - - - - 4,2% - Termoformação - - - - 10,0% - - Ráfia - - 0,6% 12,3% - - - Rotomoldagem - - 0,4% - - 0,7% - Fibra - - - 15,0% - - - Filmes 74,3% 97,4% 40,3% 19,6% - 2,0% - Outros 9,0% 0,1% - - 5,0% 3,0% 10,0% 100% PVC PET Fonte: anuário ABIPLAST,2000 No caso de embalagens plásticas para alimentos foi realizada uma pesquisa onde foram identificados os principais processos utilizados relacionando-os com o tipo de embalagem e com a resina utilizada., conforme pode ser observado na tabela 6. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 30 Tabela 6:Principais tipos de embalagens plásticas para alimentos por resina e principais processos - 1998 Qtde. (ton) % Valor (milhão US$) % Tipos de Embalagem PET Sopro Extrusão 240.278 0,8 99,99% 0,01% 926,70 0,003 99,99% 0,01% Garrafas retornáveis, garrafas e frascos. Sacos, invólucros. PVC Sopro Injeção Extrusão 6.769 2.674 4.551 48,4% 19,1% 32,5% 31,40 11,70 13,90 55,1% 20,5% 24,4% Garrafas e frascos. Bandejas, potes e tampas. Filme shrink, filme stretcht. PEAD Sopro Injeção Extrusão 20.281 8.251 11.802 50,3% 20,5% 29,3% 78,20 31,90 39,80 52,2% 21,3% 26,6% Garrafas e frascos. Baldes, copos, potes e tampas. Sacos, invólucros. PEBD Sopro Injeção Extrusão 683 1.702 169.428 0,4% 1,0% 98,6% 2,90 7,40 429,50 0,7% 1,7% 97,7% Bisnaga, garrafas e frascos. Tampas. Sacos. PP Sopro Injeção Extrusão 14.481 49.702 52.177 12,4% 42,7% 44,8% 64,40 235,40 209,40 12,6% 46,2% 41,1% Garrafas e frascos. Tampas. Sacos de ráfia. PS Sopro Injeção 6.336 19.044 25,0% 75,0% 41,50 123,30 25,2% 74,8% Garrafas e frascos. Bandeja, tampas, copos e potes. Fonte: Elaboração própria a partir de dados de diversas pesquisas e Revista Plástico Industrial IV.3. PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE EMBALAGENS IV.3.1. INJEÇÃO A moldagem por injeção é o mais comum dos processos empregados na fabricação de termoplásticos. Consiste em introduzir em molde a composição moldável fundida em um cilindro aquecido, por intermédio da pressão de um êmbolo. As máquinas injetoras geralmente dispõem de uma câmara cilíndrica preliminar, aquecida dotadas de um parafuso sem fim, que funciona como plastificador e homogeneizador de massa polimérica antes que seja admitida na seção onde será transmitida aos canais de injeção do molde. A Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 31 refrigeração do material é feita dentro do molde, de forma a permitir a sua solidificação e a remoção do artefato sem deformação. O ciclo de injeção tem início com o fechamento do molde, a segunda etapa é a injeção de material pelas cavidades do molde, seguido pelo resfriamento e abertura do molde quando a peça é retirada pronta. O tempo de ciclo, é o tempo que leva para que ocorram todas as etapas. Este fator é de grande importância pois a rapidez do ciclo determina a produtividade do processo e conseqüentemente da fábrica. IV.3.2. SOPRO A moldagem por sopro é um processo descontínuo, adequado para a obtenção de peças ocas, através da insuflação de ar no interior de uma pré-forma, inserida no interior do molde. No caso mais comum, a pré-forma é um segmento de tubo recém extrusado; no caso dos de frascos ou garrafas que exijam maior resistência mecânica, a pré-forma é uma peça injetada, com um formato adequado. O processo de moldagem por sopro é aplicável a materiais termoplásticos e é amplamente usado na indústria de embalagens dos mais variados tipos. O mercado brasileiro de sopro é comandado por uma prestação de serviços a terceiros que demanda intensa troca de moldes. Esta peculiaridade tem convergido para a inclinação generalizada por máquinas e matrizes de maiores dimensões, além da busca de mais embalagens obtidas no ciclo. Em decorrência, ganham força, como atalho para a produtividade, os investimentos em automação nesse universo avaliado em 400 transformadores que operam um parque da ordem de 7.000 sopradoras, mobilizando em média 25% do consumo nacional de resinas. Hoje em dia, o segmento transita com desenvoltura por recipientes convencionais e complexos de todos os tamanhos. Como exemplo de recipientes tradicionais pode –se citar os frascos de polietileno de alta densidade (PEAD), antes dirigidos a leite B e hoje bem sucedidos em sucos de frutas de consumo imediato, entrando no mercado dominado por embalagens longa vida. Da mesma forma, promete intensificar-se a penetração de garrafas para água mineral, sopradas com policloreto de vinila (PVC) aditivado para essa aplicação. Os transformadores de PVC dominam o suprimento da embalagem de um litro para fontes de água mineral no país, apesar do assédio constante da concorrência adepta de materiais como PEAD e polietileno tereftlato (PET). No âmbito das embalagens maiores para esse mesmo mercado, os Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 32 convertedores de PVC duelam com garrafões de água soprados com copolímero random de polipropileno (PP), cujo principal chamariz é o preço. O time crescente de transformadores de PET, por sinal, constitui capítulo à parte no segmento nacional de sopro. Na esteira dos saltos gigantescos do consumo do poliéster, acompanhados por sucessivas ampliações da capacidade nacional, foram deflagrados investimentos de peso na moldagem da resina, em especial pelo processo mundialmente dominante, de sopro por injeção de pré-forma. Dois dos maiores transformadores locais de PET, aliás, resultaram de verticalização na moldagem efetuada pelos principais produtores da resina grau garrafa no país. O consumo de PET tem sido alavancado para frascos de óleo vegetal e água mineral, ou embalagens personalizadas para bebidas que vão de água de coco a energizantes e maionese. Até o momento, a trajetória do sopro de PET no Brasil só não foi bem sucedida nas garrafas retornáveis de refrigerantes, em função de um consumidor final mais receptivo à embalagem descartável. Em contrapartida, cervejarias e transformadores de sopro já se debruçam no Brasil, engrossando uma corrente global, sobre as possibilidades do blend PET/ polietileno naftalato (PEN) como alternativa aos recipientes de vidro ou lata, devido à resistência oferecida ao processo de pasteurização (BENZI, 1993). IV.3.3. EXTRUSÃO A moldagem de peças extrusadas é processo contínuo e consiste em fazer passar a massa polimérica moldável através de uma matriz com o perfil desejado; por resfriamento em água, a peça extrusada vai solidificando progressivamente. O extrusado pode ser enrolado em bobinas, cortado em peças de dimensões especificadas, ou cortado em grânulos regulares com uma faca rotativa. O processo permite a fabricação contínua de tubos, tarugos, lâminas ou filmes, isto é produtos que apresentam um perfil definido. O processo de extrusão permite o revestimento de fios metálicos, a formação de camadas sobrepostas para a obtenção de laminados, a produção de filmes planos ou inflados, a preparação de pré-formas para moldagem por sopro, etc. Este é portanto um processo muito versátil. O material extrusado pode ser gerado através de uma fenda plana simples ou múltipla; neste caso, o processo denomina-se co-extrusão. Conforme a espessura, o produto extrusado é classificado como filme, folha ou placa. Quando a fenda é circular, formam-se tarugos, bastões ou cordões. Se a fenda for anular, simples ou múltipla, com orifícios circulares concêntricos, são gerados tubos de espessura Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ variada mantidos ocos ao longo do 33 processo de extrusão pela insuflação de ar pelo centro da matriz. A extrusora pode ainda funcionar como câmara de mistura ou de homogeneização para a preparação de composições poliméricas moldáveis e como câmara de reação (extrusão reativa), modificando a estrutura do polímero e ampliando suas possibilidades de aplicação. Cerca de 30 fabricantes locais de extrusoras distribuem-se, no Brasil, pelos nichos de flexíveis, rígidos e ráfia. Pelo menos dois novos ingredientes trabalham a favor do potencial dessa indústria que agrupa o contingente mais populoso de transformadores no país. Um dos principais mercados são os gêneros alimentícios da cesta básica, nos quais impera o embalamento com filmes e os biscoitos. No âmbito da coextrusão, a oferta local é puxada por instalações para estruturas de três camadas, empresas como a controlada da alemã Barmag exporta ferramentas para transformadores até da Nova Zelândia. A mesma subsidiária, por sinal, foi designada em 1996 a base mundial da corporação para a instalações de ráfia, antes construídas também na planta matriz. Além dos custos, pesou na decisão a envergadura crescente do potencial do país, onde hoje ráfia duela pelo ensacamento de grãos com a sacaria lisa moldada com polietilenos de baixa densidade e linear (PEBD/PEBDL). As varreduras no mercado brasileiro de ráfia apontam para um parque projetado em 140-160 instalações alojadas em mais de 40 empresas verticalizadas nas etapas de extrusão, tecelagem e acabamento. No nicho da extrusão de chapas, o polipropileno (PP) comanda o grosso da produção, em razão de sua abrangência no mercado de descartáveis. O pulverizado universo da extrusão no Brasil equivale a um parque com mais de 800 transformadores, responsáveis por cerca de 40% do movimento interno de termoplásticos, e que, apenas no nicho de flexíveis, mantém em funcionamento um contingente calculado na faixa de 5.500 linhas de produção. Dada a proeminência das embalagens extrusadas na cesta básica de alimentos e no ensacamento das safras de grãos, o segmento figura entre as principais motivações para um punhado de projetos ligados a poliolefinas e visíveis no novo ciclo de investimentos da petroquímica brasileira. Em paralelo, a coextrusão consolida-se como parte das estratégias de logística dos frigoríficos e laticínios brasileiros. A maioria está concentrada no Sul e depende como nunca de embalagens mais resistentes ao transporte inter-regional, a exemplo das estruturas coex com barreira a gases como oxigênio, com bom equilíbrio do nível de impermeabilidade e controle de temperatura. Os indicadores de atualização do Brasil no âmbito dos coextrusados ou colaminados prossegue pela disseminação dos filmes easy open, o uso de flexômeros derivados de metalocenos na estrutura Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 34 multimaterial de pouches, filmes vaporizados com a barreira do óxido de silício, ou então, a exportação de tripas à base de poliamidas para o embalamento de embutidos na Europa. O filme de monocamada também colhe trunfos na esteira do consumo em alta de gênêros alimentícios essenciais apesar da concorrência acirrada na área. As principais referências, nesse caso, são compartilhadas pelos volumes crescentes de filmes encolhíveis e esticáveis, à base de polietileno linear (PEBDL) ou policloreto de vinila (PVC); de sacolas de saída de caixa, moldadas com polietileno de alta densidade (PEAD); e de sacaria industrial, resultante da extrusão do blend PEBD/polietileno linear (PEBDL). Quanto à última embalagem, seu avanço tem inquietado o nicho concorrente da ráfia em mercados como produtos químicos ou fertilizantes, a partir de atributos como o custo algo menor de produção exibido no país pelo saco liso. Em contrapartida, o reduto de ráfia pontifica no embalamento de açúcar, farinha de trigo e rações, por exemplo. Os indicadores oficiais deste segmento assinalam uma capacidade instalada no Brasil da ordem de 140.000 toneladas anuais. Em embalagens, polipropileno (PP) se apossou de fronts-chave, a exemplo dos potes de margarina e copos promocionais de refrigerantes. Por sua vez, os transformadores de poliestireno (PS) seguem inabaláveis em mercados como os de copos de água mineral e iogurtes e bandejas rígidas e espumadas. Inclusive, conforme o consenso na área, o movimento das bandejas tende a deslanchar pela seu uso maciço, com o recurso adicional de envoltórios de filmes, em uma infinidade de alimentos, o que também impele uma gradual proliferação de fornecedores de bandejas no nicho de poliestireno expandido e extrusado (XPS). Filmes stretch e shrink: Filmes stretch é mais seletivo em razão do peso dos investimentos, configurando no momento cerca de 20 transformadores, segundo um agente das extrusoras americanas Battenfeld Gloucester. Por outro lado, o mercado brasileiro não produz shrink em máquina específica o que dificulta o cálculo dos fornecedores deste filme. Em regra as indústrias de stretch também fornecem shrink (PLÁSTICOS EM REVISTA 2000d). IV.3.4. TERMOFORMAÇÃO Este processo de moldagem descontínuo utiliza o aquecimento de folhas ou placas plásticas pela aproximação a um conjunto de resistências elétricas, até seu amolecimento. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 35 A folha aquecida é imediatamente aplicada sobre um molde maciço contendo perfurações, apoiado sobre uma base no interior da qual se aplica vácuo. Conforme o grau de complexidade em detalhes da superfície da peça a ser moldada, pode-se ainda sobrepor pressão à folha. Processo emprega moldes de baixo custo, sendo utilizado na fabricação de protótipos industriais, peças de grandes dimensões e artefatos descartáveis, sem exigências especiais de acabamento. A termoformação é mais comumente designada por moldagem à vácuo e os moldes podem ser confeccionados com gesso, madeira, metal, etc. Alguns fatores foram apontados como gargalo de produção. A fase de acabamento das peças termoformadas, incluindo corte, rebarbação e operações adicionais (MANO, MENDES, 1999). IV.4. MOVIMENTOS DO SETOR Além dos fatores macroeconômicos, há nas mudanças em campo o peso de variáveis específicas da transformação brasileira, cujo parque operacional é estimado em 40.000 máquinas em funcionamento no país. Um dos novos indicadores é o esforço concreto de descentralização geográfica da atividade. Como São Paulo é o maior centro consumidor do país, a parcela majoritária dos transformadores, situada em 70% do total de empresas, concentra-se nesse Estado. O percentual responde por 60% do consumo doméstico de resinas e engloba a maior parte das grandes indústrias do segmento, detentoras de 80% do movimento brasileiro de termoplásticos. No entanto, outros pólos da terceira geração começam a irromper em outras regiões. Ao Sudeste, por exemplo, deslancham núcleos de sacaria industrial, na esteira das safras recordes de grãos, e de componentes injetados, entre os quais autopeças de reposição. Por sua vez, o pólo petroquímico do Sul já articula, em conjunto com governos estaduais e porta-vozes da transformação, as formas de estimular a demanda regional de resinas na região. Os primeiros passos nesse sentido foram o programa Proplast, restrito ao Estado do Rio Grande do Sul, de incentivo financeiro a novos investimentos na terceira geração, e um diagnóstico da competitividade dos transformadores na região. No âmbito do Mercosul, intensifica-se a inclinação de transformadores brasileiros por fincar estacas no mercado argentino, o segundo filão do bloco comercial. Um exemplo é Dixie-Toga, que ingressou na produção argentina no mercado de transformados para embalagem de alimentos. O perfil da transformação brasileira também é influenciado pela chegada – atraída pelo crescimento da demanda e as exigências de custos internacionais, de grandes transformadores norte-americanos e europeus. A movimentação impressiona em garrafas de refrigerantes e, em aparição mais discreta, em redutos como poliestireno expandido e extrusado (XPS), e embalagens de paredes finas em ciclo rápido. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 36 IV.5. MÁQUINAS PARA TRANSFORMAÇÃO DE PLÁSTICOS PARA EMBALAGENS Este setor é representado no Brasil principalmente pela ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e pela Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria de Plástico. O mercado de máquinas é desenhado por aproximadamente 6.600 transformadores, a maioria formada por empresas pequenas e médias, que empregam em torno de 190.000 pessoas. Com um parque estimado de 40.000 máquinas, a transformação brasileira adquiriu em torno de 3,8 milhões de toneladas de resinas locais no exercício de 2000. Praxe mundial, injeção é o segmento que prevalece na área, representando ao redor de 49% do contingente de transformadores. É seguido à distância pelos redutos de extrusão, com fatia de 28%; sopro, com participação estimada em 18%, e o percentual restante cabe aos demais processos de moldagem de plástico. Em São Paulo estão localizadas 60% das máquinas transformadoras, Região Sul, 22,9%, Minas Gerais e Rio de Janeiro somam 10,5% e os outros estados com 4,6% (os fabricantes brasileiros têm reservado às exportações 10% em média da sua produção, num movimento puxado pela América Latina, o que também se justifica pela vantagem logística). Nas entrevistas com representantes do setor, vários itens foram priorizados como sendo essenciais e marcantes para a competitividade sendo estes: Ex tarifários Fraudulentos: Importação de máquinas isentas de tarifa de importação (hoje na média de 14%), pois são enganosamente descritas como equipamentos sem similares locais. Ausência de Indicadores Públicos de Comércio Exterior do Sistema Alice – Dificuldade da Industria Nacional em identificar com precisão a máquina para qual é reivindicada taxa zerada de importação. Relutância dos bancos privados, temerosos do risco de inadimplência ao servirem de agentes das linhas de crédito aprovadas pela Finame, a agência de financiamento de maquinário atrelada ao BNDES. Custo Brasil, 20% nos custos, subindo a 34% quando acrescida dos impostos indiretos. A indústria brasileira de máquinas para plástico não se conhece devido à cultura enraizada na maioria de seus integrantes, inibindo-os de liberar indicadores concretos de sua performance. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 37 Apenas as injetoras nacionais tiveram seus parâmetros locais de segurança devidamente homologados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A adoção do sistema exigido de segurança onera em torno de 15% os custos das injetoras nacionais. O despreparo da alfândega nacional tem franqueado o ingresso de máquinas importadas desprovidas de normas cobradas para as máquinas nacionais. Alto grau de obsolescência do maquinário. 32,5% das injetoras, 24% das extrusoras e 16,5% das sopradoras tem idade maior que 15 anos. A seguir são citadas as principais máquinas utilizadas no processo de transformação de embalagens plásticas para alimentos Injetoras Conforme foi dito, a injeção é o processo que abriga o maior contingente de fornecedores de máquinas no Brasil. Cerca de 20 fabricantes locais detêm 35% do consumo brasileiro de termoplásticos. De um universo de 40.000 máquinas da indústria de máquinas e equipamentos, 26920 são injetoras. É um setor onde predominam as pequenas e médias empresas; 65,6% delas possuem até 50 profissionais; 15,7% empregam de 51 a 100 pessoas; 16,6% de 101 a 500 profissionais; 1,6% de 501 a 1000 e apenas 0,2% possuem mais de 1000 funcionários. Na produção de injetoras brasileiras, a princípio focava-se os modelos simplificados, de força de fechamento até a faixa média; hoje constróem-se internamente linhas como as de ciclo rápido ou máquinas pesadas como é o caso da nacional Romi e a subsidiária da italiana Sandretto, as duas maiores forças em injetoras no Brasil. Sopradoras De todas as máquinas básicas para plástico, a indústria de sopradoras constitui, no Brasil, a que mais de perto acusa o impacto da globalização da economia. Conforme a regra nos demais segmentos, ela tem se atualizado bastante, apoiada principalmente no acesso a componentes melhores. No processo de sopro, segue a tendência de prestação de serviços a terceiros, o que demanda intensa troca de moldes. Outra tendência é a inclinação por máquinas e matrizes de maiores dimensões, além da busca de maior número de peças produzidas por ciclo. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 38 A razão-chave é a explosão brasileira de polietileno tereftalato (PET), que já ronda outros nichos como óleo vegetal e água mineral, ao lado de escalas de massa como água mineral engarrafada em policloreto de vinila (PVC). As linhas de sopro do Brasil imergiram nas oportunidades de zerar a intervenção manual no processo, inclinando-se por agregar de forma crescente, na condição de componentes standard, recursos antes considerados acessórios e de uso restrito, a exemplo da saída orientada, rebarbação automática, comandos microprocessados com tela de cristal líquido ou sistemas de hidráulica proporcional para os movimentos do carro porta-molde. O mercado brasileiro de sopradoras consome cerca de 300 unidades ao ano, apresentando apenas 10 fabricantes nacionais Fabricantes com subsidiárias de grupos mundiais importam ou montam parcial e totalmente injetoras no Brasil, conforme a conveniência dos custos, mesmo argumento válido para trazer ou exportar componentes das máquinas. Por outro lado, os maiores fabricantes nacionais de injetoras articularam-se em poucos anos com grandes empresas internacionais para representá-las no país ou no Mercosul, dada a cobertura de vendas e assistência realizada há décadas na região. Foi assim que a italiana Sandretto, por exemplo, colocou em 1995 no Chile, para produzir caixarias de maçãs, seu maior modelo em funcionamento na América Latina, com 5.500 toneladas de força de fechamento. Destacam-se neste ramo a subsidiária alemã Bekum, a SIG (ex-Krupp), a Pavan Zanetti e a Jac. A Bekum passou a montar aqui no Brasil uma sopradora de cinco camadas munido de cinco extrusoras independentes. A SIG tem linhas de automação despojada, e modelos para sopro de préformas que se tornaram os mais duros concorrentes locais das máquinas que a subsidiária francesa da Sidel monta no Brasil. Ambas possuem tecnologia para sopro de PET visando o envase de cervejas. Extrusoras Os fabricantes locais de extrusoras distribuem-se, no Brasil, pelos nichos de flexíveis, rígidos e ráfia. Um dos estímulos para este setor é a demanda de gêneros alimentícios da cesta básica, nos quais impera o embalamento com filmes, inclusas estruturas coextrusadas para biscoitos, por exemplo. Até 1998 os fabricantes de extrusoras se fortaleceram, por exemplo, com a penetração das instalações locais de matriz plana, incrementada na metade da década com base na produtividade cobrada nas linhas de empacotamento automático. Do lado da extrusão tubular, mais especificamente filmes monocamada, por exemplo, o perfil do parque era ditado por embalagens de Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 39 polietileno e pela preferência por máquinas simplificadas, despojadas de recursos de automação de pouco uso e vistos como requintes onerosos para o preço do equipamento. Essa concepção pautou o florescimento no país, impelido também pelas vendas recordes no varejo de alimentos, de equipamentos produtivos e de operação menos complexa. Para fabricantes como a alemã Reifenhäuser, essa proposta foi desdobrada em termos globais: o grupo concentrou na subsidiária brasileira a montagem de extrusoras desse tipo, inclusive devido aos custos abaixo dos europeus. Mas a opção pelo despojamento não travou a continuidade do aprimoramento dessas máquinas. No âmbito da coextrusão, onde a oferta local é puxada por instalações para estruturas de três camadas, empresas como a controlada da alemã Barmag exporta ferramentas para transformadores até para a Nova Zelândia. A mesma subsidiária, por sinal, foi designada em 1996 a base mundial da corporação para a instalações de ráfia, antes construídas também na planta matriz. IV.5.1. MOLDES E MATRIZES Em 1999, a produção de moldes no Brasil chegou a aproximadamente US$ 531 milhões. Foram importados cerca de US$ 177 milhões e a exportação foi de apenas US$ 14 milhões, com um déficit de US$ 163 milhões. O setor é composto por 3500 empresas. Segundo o INP, cerca de 75% dos moldes e matrizes produzidos no Brasil são de pequeno porte, até 1.500 quilos. Para os especialistas, é necessário uma maior integração entre a terceira geração de plástico, universidades e o setor de ferramentaria que desenvolve os moldes. Existe ainda a necessidade de mão de obra especializada e alta tecnologia para o desenvolvimento do setor. Com poucos programas de ensino específicos para esta área e uma distância considerável entre universidades/escolas técnicas e empresas, os produtos do setor não têm tecnologia equivalente aos produzidos no exterior. O Brasil tem oficialmente cerca de 1.200 matrizarias localizadas em sua maioria no Sul e Sudeste do país (O PLÁSTICO NO BRASIL, 2001). Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 40 V TERMOPLÁSTICOS PARA EMBALAGENS - SEGMENTAÇÃO DAS RESINAS Este ítem apresenta um estudo detalhado sobre cada uma das principais resinas utilizadas para embalar alimentos sendo estas, o polietileno de alta densidade (PEAD), polietileno de baixa densidade (PEBD), polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), politereftalato de etileno (PET), polipropileno (PP), poliestireno (PS) e policloreto de vinila (PVC). A tabela 7, apresenta uma pesquisa que demonstra a quantidade destas resinas utilizadas especificamente para embalagens para alimentos em relação à quantidade de resinas utilizadas para embalagens em geral no Brasil. Tabela 7 Relação da quantidade de material e valor das resinas utilizadas em embalagem para alimentos - 1999 Qtde(ton) PEAD Embalagens para Alimentos Embalagens em Geral PEBD Embalagens para Alimentos Embalagens em Geral PS Embalagens para Alimentos Embalagens em Geral PP Embalagens para Alimentos Embalagens em Geral PVC Embalagens para Alimentos Embalagens em Geral PET Embalagens para Alimentos Embalagens em Geral Valor (milhão US$) 40.604 175.865 23% 151,00 679,00 22% 173.035 253.021 68% 442,00 692,00 64% 25.385 26.655 95% 166,00 174,00 95% 116.369 212.978 55% 509,00 890,00 57% 13.994 55.092 25% 56,70 251,00 23% 240.279 243.493 99% 927,00 939,00 99% Fonte: Elaboração própria a partir de dados de diversas pesquisas Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 41 V.1. RESINAS TERMOPLÁSTICAS NO BRASIL As principais resinas termoplásticas investigadas neste trabalho representam amplamente o mercado brasileiro no que diz respeito ao seu uso em embalagens para produtos alimentícios. São elas: polietileno de alta densidade (PEAD), polietileno de baixa densidade (PEBD), polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), polipropileno (PP), tereftalato de polietileno (PET), poliestireno (PS), poliestireno expansível (EPS) e policloreto de vinila (PVC), cujo faturamento foi da ordem de aproximadamente US$ 3 bilhões em 2000. A produção destas resinas termoplásticas chegou a 3,8 milhões de toneladas em 2000, segundo a ABIPLAST, representando um crescimento de 8,5% em relação ao ano anterior. As importações e exportações cresceram 33,8% e 22,5% respectivamente. A fatia de mercado que cada resina possui pode ser observada no Gráfico 4 a seguir, assim como a segmentação deste mercado. Quanto aos transformados plásticos, o consumo aparente atingiu 3,9 milhões de toneladas no ano de 2000 contra 3,5 milhões de 1999. Gráfico 4: Relação percentual do consumo aparente de resinas em 2000 EPS 1% PS 8% PVC 19% PEAD 19% PET 9% PP 21% PEBD 8% PEBD 15% Fonte: ABIPLAST, 2000 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 42 Gráfico 5: Segmentação do mercado das resinas termoplásticas em 2000 (%) Agrícola 4% Brinquedos Calçados 11% 2% Componentes Técnicos 9% 1% Construção Civil 7% Descartáveis 4% Fios e Cabos 47% 20% 7% 14% Laminados Utilidades Domésticas Outros 7% 9% Industriais 3% Higiene Pessoal 2% Higiene e Limpeza 0% Convencionais Embalagens Alimentos Fonte: ABIPLAST, 2000 Obs: Deve-se levar em consideração que 80% das embalagens chamadas de convencionais são para alimentos. São normalmente as embalagens para alimentos da cesta básica, não laminados. V.2. POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD) O PEAD é o termoplástico que tem o maior número de produtores no Brasil. Sua capacidade instalada tem crescido bastante nos últimos 10 anos, tendo sido observada uma relação de equilibrio entre a oferta e a demanda neste segmento. As petroquímicas produtoras do PEAD são: OPP, Ipiranga, Solvay, Polialden e Politeno como pode ser observado na tabela 8. Tabela 8: Empresas produtoras e capacidade instalada (t/a) Empresas Produtoras Capacidade Instalada (t/a) - 2000 OPP Polietilenos IPIRANGA PETROQUÍMICA POLIALDEN 200.000 500.000 m 150.000 POLITENO SOLVAY POLIETILENO 195.000 m 82.000 Fonte: ABIQUIM, 2000 e pesquisa de campo (m – multipropósito) Atualmente a capacidade instalada no país é de 1,1 milhões de toneladas, porém quase todas as unidades são swing, fabricando também o polietileno de baixa densidade linear (PEBDL). A tabela 9 mostra, no período entre 1990 e 1999, um aumento de 137,2% na produção deste polímero (de Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 43 322,2 para 764,2 mil toneladas) e um crescimento de 162% no consumo aparente, chegando a 642,0 mil toneladas. Tabela 9: Consumo aparente de PEAD (em mil toneladas) 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Produção 322,2 339,2 311,1 429,6 478,5 494,5 529,4 643,5 693,2 764,2 Vendas internas 225,6 250,6 212,8 291,0 353,9 382,7 442,3 517,0 553,7 612,1 Importações 6,6 8,3 8,1 Exportações Vendas externas Consumo aparente 84,1 80,6 22,5 26,4 73,0 80,9 87,5 106,6 130,1 124,4 150,4 109,2 130,8 134,5 91,1 98,6 48,4 70,3 35,3 128,2 126,0 157,5 244,7 267,0 210,1 321,2 370,5 476,4 511,7 563,7 637,5 642,0 Fonte: PANORAMA SETORIAL, 2000 Os cruzamentos de dados oficiais relativos ao final da primeira metade da década de 1990 indicam, o seguinte panorama do consumo brasileiro de PEAD: 37% para sopro; 35% para filmes de alto peso molecular e convencionais; 12,2 % para injeção; 10,4% para extrusão rígida (tubos de gases, por exemplo) da resina de alto peso molecular e 0,8% para rotomoldagem, compartimento onde sobressaem peças moldadas com grades de polietileno linear de média densidade (PEMDL), para diversos usos como caixas d'água. No plano tecnológico, o parque brasileiro de PEAD pode ser auto suficiente em resinas para todos os processos de transformação. Em sopro, por exemplo, são referências os copolímeros bimodais e de médio peso molecular para frascos de até cinco litros com paredes finas ou coextrusados com agentes de barreira. Na parte de injeção, sobressaem grades de alta fluidez para a produção em ciclo rápido de itens de espessura reduzida, como potes de sorvetes. Quanto ao nicho das embalagens de ráfia de telas Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 44 abertas, ganhou a cena recentemente uma resina voltada para embalagens abertas de hortifrutigranjeiros. 4 Para flexíveis, além da evolução e diversidade de opções no âmbito de alto peso molecular, também entraram em escala comercial avanços como um grade para a mistura a quente com polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), que reverte em filmes de melhor soldabilidade e resistência a impacto e a rasgos. No entanto, existe no mercado exterior a oferta de resinas com propriedades diferenciadas e específicas para determinada aplicação, do tipo taylor made, como as resinas metalocênicas. As participações dos segmentos no consumo de PEAD são apresentadas no Gráfico 6 a seguir. Gráfico 6: Consumo de PEAD por segmento (em %) Outras 11% Revenda 32% Cosméticos/ farmaceutico 4% Higiene/limpeza 16% Alimentício 10% Agrícola 9% Automobilistico 7% Construção Civil Químico 6% 5% Fonte: PANORAMA SETORIAL, 2000 As aplicações em PEAD são mais diversificadas do que as de PEBD. As embalagens são o segmento mais importante, consumindo 600 mil toneladas em 1999 e respondendo por 39% do 4 Com relação às caixas de hortifrutigranjeiros, as transformadores Sol e Plastgrup deflagraram uma revolução em hortifrútis no país ao inaugurarem seu primeiro armazém de trocas e higienização de caixas patenteadas de polietileno de alta densidade. A meta é substituir os caixotes de madeira. O grupo Pão de açúcar foi um dos pioneiros e hoje opera com aproximadamente 250.000 caixas. Em 1999 já se contabilizava cerca de 600.000 caixas no mercado. O consumo de PEAD nesta aplicação pode alcançar números superiores a 100.000 ton/ano. Conforme a quantidade e o número de vezes que são usadas, o valor das caixas pode variar de R$ 0,40 e R$ 0,85. Muitos outros países já trabalham com caixas de PEAD, a idéia é que seu valor seja somado junto com a carga exportada do Brasil. Os custos de logística também são menores em torno de 25 a 30%, com perdas de carga de no máximo 1,85%. Cerca de 60% dos supermercados já utilizam o sistema no país. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 45 consumo total. (PANORAMA SETORIAL, 2000) Observa-se que a indústria alimentícia é responsável por uma fatia de 10% do destino desta resina, que é convertido em embalagens para o setor. Pelos indicadores da área, o movimento dos filmes de PEAD tem evoluído em torno de 15% ao ano desde o início da década de 1990, em razão também do aumento na oferta regional das sacolas e da presença da resina embalando gêneros da cesta básica. Trata-se da produção de sacolas de saída de caixa à base de filmes de alto peso molecular, um nicho que, pelo consenso dos cinco produtores locais da resina, foi o maior responsável pela fatia de aproximadamente 30% do mercado de PEAD no país, reservada às embalagens flexíveis. A tabela 10 indica os principais alimentos no qual a resina PEAD é utilizada para embalagem Tabela 10: Principais Alimentos Demandantes de PEAD Hortifrutigranjeiros Água Mineral Iogurtes e Sobremesas Suco de Frutas Sorvete Outros Qtde. (ton) % Valor (milhão US$) % 10.261 9.754 6.198 3.511 2.843 7.433 26% 24% 15% 9% 7% 19% 34,60 37,60 23,90 13,50 11,03 30,37 23% 25% 16% 9% 7% 20% Fonte: Elaboração própria a partir de dados de diversas pesquisas O segmento de bombonas também é um importante consumidor do PEAD, principalmente aquelas utilizadas para armazenar frutas, temperos e condimentos. Também tem aumentado seu uso em baldes industriais em nichos como óleo comestível. V.3. POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE (PEBD) Primeiro termoplástico produzido no Brasil, em 1958, o polietileno de baixa densidade (PEBD) é obtido através da polimerização em alta pressão/fase líquida, que pode utilizar dois tipos de reatores: o autoclave, desenvolvido pela britânica Imperial Chemical Industries (ICI), ou o tubular, desenvolvido pela Union Carbide (PANORAMA SETORIAL, 2000). Para obter o PEBD são utilizados os processos de fase gasosa, com tecnologia da Union Carbide, British Petroleum ou Basf; de suspensão, com tecnologia da Phillips; de solução, com tecnologia da Dow, DuPont ou DSM; e o de alta pressão modificado, com tecnologia da CdF Chimie. Os Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 46 processos de fase gasosa, solução e suspensão também permitem a produção de PEAD (PANORAMA SETORIAL, 2000). O parque brasileiro envolve quatro produtores. No Pólo de Camaçari a Politeno roda a planta de PEBD/EVA, licenciada da Sumitomo. Já no Pólo Sul, a Triunfo opera com tecnologia Atochem de PEBD/EVA, tendo nas proximidades a unidade de PEBD/EVA da OPP, adepta do processo Quantum. A mesma tecnologia licencia a unidade da empresa do Pólo de São Paulo da Union Carbide, agora Dow. A capacidade produtiva de PEBD no Brasil é de 779 mil toneladas. Nos anos 90, o consumo aparente de PEBD apresentou o pior crescimento entre as resinas. Entre 1990 e 1999, o crescimento acumulado foi de apenas 13%, mediante a média de 113% de todo o setor. Em 1999, o consumo aparente de PEBD foi de 545,9 mil toneladas, ante 483,2 mil toneladas em 1990. Os fabricantes de PEBD pouco investiram em aumento de capacidade, dando prioridade para as plantas multipropósito (swing) de PEAD e PEBDL. Comparado com o PELBD (linear), o PEBD tem a desvantagem de exigir mais gastos com energia (PANORAMA SETORIAL, 2000). A produção de 1999, que chegou a quase 660 mil toneladas, foi apenas 5% superior à de 1990 e, como foi inferior ao aumento do consumo, as importações tiveram papel crescente. A maior parte do PEBD consumido é direcionada para o setor de embalagens, que responde por de 72% do total, o equivalente a 393 mil toneladas em 1999. O Gráfico 7 a seguir apresenta a participação dos segmentos no consumo de PEBD. Gráfico 7: Consumo de PEBD por segmento (em %) Outros 10% Utilidades Domésticas 1% Calçados 1% Agrícola 6% Componentes Técnicos 2% Construção Civil 2% Descartáveis 6% Embalagens 72% Fonte: (PANORAMA SETORIAL, 2000) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 47 A tabela 11 a seguir apresenta os alimentos que mais demandam PEBD para embalagem. Tabela 11: Principais Alimentos Demandantes da Resina PEBD Carne Processada Aves Arroz Feijão Açúcar Bebidas Carbonatadas Qtde. (ton) % Valor (milhão US$) % 40.128 25.515 20.592 16.352 16.088 9.552 23% 15% 12% 9% 9% 6% 119,80 59,60 46,00 36,60 36,00 37,40 27% 13% 10% 8% 8% 8% Fonte: Elaboração própria a partir de dados de diversas pesquisas Este termoplástico, ao mesmo tempo em que desfruta o fortalecimento da demanda pela abertura de novos mercados como congelados de aves e peixes, também perde participação em determinados segmentos para um polietileno mais recente, o tipo linear (PEBDL), ou ainda para outros tipos de embalagens, tais como as caixinhas tetrapak. V.4. POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE LINEAR (PEBDL) O polietileno de baixa densidade linear (PEBDL) começou a ser produzido no Brasil em 1993. Depois do PET, o seu consumo é o que mais tem crescido no Brasil ao longo dos últimos anos. Na tabela 11 pode ser observado um aumento de 233% em seu consumo aparente, 157% em sua produção e 347% em suas importações. Em 1999 as importações de PEBDL ainda representam 23% do consumo aparente deste, denotando uma alta parcela do mercado. Em alguns casos o aumento do consumo do PEBDL tem alavancado também o consumo do PEBD, em virtude da utilização da mistura de ambos para a extrusão de filmes. Entretanto, o desenvolvimento de grades aprimoradas e de usos específicos, além do reconhecimento por parte dos usuários da economia gerada pelo PEBDL devido à sua resistência superior, ou sejam a utilização de filmes de menor espessura do que os similares de PEBD. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 48 Tabela 12: Consumo aparente de PEBDL (em mil toneladas) 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Produção 103,6 133,4 149,8 170,3 176,7 173,9 266,1 Vendas i Importações 56,6 107,4 118,9 133,1 134,4 148,4 193,6 13,6 15,5 16,7 17,9 43,5 50,6 60,9 24,1 26,3 26,4 24,7 55,1 Exportações Vendas externas 36,0 39,2 26,3 39,3 27,9 28,0 56,5 Consumo aparente 81,2 109,7 140,1 148,8 192,3 196,5 270,5 Fonte: PANORAMA SETORIAL, 2000 As petroquímicas produtoras do PEBDL são: OPP, Ipiranga, Politeno, como pode ser observado na tabela 12 a seguir: Tabela 13: Empresas produtoras e capacidades (t/a) Empresas Produtoras Capacidade Instalada (t/a) - 2000 OPP Química 300.000 Ipiranga Petroquímica 150.000 m Politeno 195.000 m Fonte: ABIQUIM, 2000 m:unidades multipropósito Este polímero tem o setor de embalagens como maior consumidor representando 76% de seu consumo aparente, o equivalente a 300 mil toneladas em 2000. Sua distribuição de consumo está representada no gráfico 8 a seguir: Gráfico 8: Consumo de PEBDL por segmento (%) Indústria/ construção civil 13% Agrícola 4% Higiene/limpeza 4% Revenda 11% Outras Alimentício 5% 63% Fonte: (PANORAMA SETORIAL, 2000) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 49 A ascensão do PEBDL ocorreu principalmente em flexíveis monocamada, a exemplo de sacaria industrial ou filmes stretch. No Brasil predomina o contigente de transformadores adeptos ao processo mais acessível da monoextrusão. Em paralelo crescem as vendas de coextrusoras, principalmente pela demanda de indústrias de pet food, frigoríficos, laticínios, sabão em pó, fabricantes de molhos e condimentos (O PLÁSTICO NO BRASIL, 2000). O mercado de alimentos da cesta básica é um dos que consome uma enorme quantidade de filmes de PEBDL. Estes filmes possuem vários tipos de aditivos como auxiliar de fluxo, deslizante, antibloqueio, branqueador ótico, neutralizante, antioxidantes primários e secundários, sendo que estes últimos detêm de 30 a 50% dos custos de aditivação. Já o branqueador ótico (BO) incide cerca de 2% no custo total do pacote de aditivos da empresa no PEBDL base buteno, em regra destinado a flexíveis como os sacos de arroz, sendo que a tendência mundial é o uso do filme sem o BO. O mercado de arroz é o destino de 35% de filmes de mistura rica para empacotamento automático. No setor de lácteos o metal das tampas foi substituída por polietileno linear injetado, opção mais segura na sobretampa de latas para alimentos de consumo integral, não instantâneo (PLÁSTICOS EM REVISTA, 1999a). V.5. POLITEREFTALATO DE ETILENO (PET) O polietileno tereftalato (PET), conhecido como poliéster, é um plástico de engenharia, mas seu consumo, largamente utilizado em embalagens de bebidas carbonatadas, é equivalente ao de uma commodity. Devido as suas propriedades, suas aplicações têm se diversificado e esse plástico tem substituído crescentemente outros materiais, como o alumínio e o PVC. O PET é um poliéster obtido pela reação do ácido tereftálico (PTA) ou do dimetiltereftalato (DMT) com o etilenoglicol. Entre as principais características do PET, estão as de ser leve, transparente, inquebrável, impermeável e reciclável. Nos últimos anos uma resina análoga ao PET passou a ser desenvolvida, o polietilenonaftalato (PEN), fabricado a partir do 2,6-naftaleno dicarboxilato em vez do ácido tereftálico. O PEN tem cinco vezes mais barreira ao oxigênio que o PET e quatro vezes mais barreira à umidade. Também possui maior resistência térmica. No entanto, tem a desvantagem de seu processo de produção ser mais caro. Os diferentes tipos de resina PET diferem entre si pelo peso molecular, que quanto maior, terá mais resistência mecânica, química e térmica. Entre os grades de PET, estão o PET usado para produção de fibras ou filme e o que é utilizado para fabricar chapas e embalagens sopradas (frascos, garrafas). Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 50 Essa resina começou a ser produzida no Brasil no final dos anos 1980 e em 1990 o seu consumo girava em torno de 20 mil toneladas. O mercado de polietileno tereftalato (PET) foi o que mais cresceu entre os plásticos nos últimos anos no Brasil. O consumo aparente foi de 327 mil toneladas em 1999, ante 90 mil toneladas em 1994, denotando um crescimento de 263%. Para atender à demanda, foram instaladas ou ampliadas fábricas no país. A capacidade instalada cresceu 241% entre 1994 e 1999, chegando a 283 mil toneladas. Já as importações foram de 146 mil toneladas em 1999, 421% a mais do que as de 1994 (28 mil toneladas). No mesmo período, a produção aumentou de 87 para 198 mil toneladas, em um crescimento de 128%. Polietileno tereftalato grau garrafa (PET) constitui capítulo a parte entre as resinas produzidas no Brasil. Seu consumo interno só não é maior devido ao esgotamento da capacidade instalada no país, lacuna preenchida com importações e que serve como justificativa para diversos investimentos anunciados no Mercosul. A intensidade da escalada de PET e o descompasso com a oferta local vieram à superfície a partir de 1994, quinto ano de produção brasileira da resina. Em meados de 1989, quando partiu a fábrica pioneira no pólo da Bahia, o consumo aparente do termoplástico girava em torno de 1.300 toneladas, para uma capacidade anual instalada estimada em 1.750 toneladas. Cinco anos depois, o consumo interno era de 62.500 toneladas. Em 1996 o consumo interno superava 127.000 toneladas para uma capacidade instalada restrita a 96.000 toneladas. Atualmente a capacidade anual instalada do termoplástico é de 283.000 toneladas e sua produção é de 200.000 toneladas para um consumo de 327.000 toneladas. Cerca de mais de 90% da produção de PET é direcionada para embalagens para alimentos, das quais o destaque é o mercado de bebidas carbonatadas, que foi o primeiro mercado para o qual foi direcionada a produção de PET grau garrafa. O mercado brasileiro, seguindo o modelo norteamericano, foi direcionado às embalagens descartáveis, retraindo as investidas em garrafas retornáveis face à complexidade dos sistemas de coleta e higienização destes recipientes. Ao longo dos últimos anos, tem conquistado outros mercados, como o de água mineral e, em menor medida, os de óleos vegetais, sucos e cosméticos (PANORAMA SETORIAL, 2000). No segmento de água mineral, o PET conquistou uma grande fatia das embalagens de até 1,5 litro e está entrando no nicho de garrafões de 20 litros. O custo/benefício do PET ameaça mais de perto os garrafões de polipropileno (PP), sendo a opção de PC a mais cara do mercado. O garrafão de PET custa na faixa de R$5,45 e as opções de PP e PC custam respectivamente R$4,45 e R$7,5-8. Ainda existe a opção do garrafão de PVC que custa ao consumidor R$4-4,50. O peso médio também pode Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 51 ser um fator determinante na escolha. Enquanto o PET pesa 720g, a versão PP pesa 820g. (PLÁSTICOS EM REVISTA, 2000a). A tabela 14 indica a segmentação do uso da resina PET por tipo de alimento: Tabela 14: Principais alimentos demandantes da resina PET Bebida Carbonatada Água Mineral Óleos Comest. Gorduras Suco de Fruta Chá Outros Qtde. (ton) 217.460 10.440 7.856 1.815 937 1.771 % 90,5% 4,3% 3,3% 0,8% 0,4% 0,7% Valor (milhão US$) 838,80 40,30 30,30 7,00 3,60 6,80 % 90,5% 4,3% 3,3% 0,8% 0,4% 0,7% Fonte: Elaboração própria a partir de dados de diversas pesquisas A novidade mais importante nos últimos anos foi a entrada do PET no mercado de cervejas. Os fabricantes de PET desenvolveram uma garrafa que preserva o produto, sensível ao ambiente e ao movimento. Além disso, garantem que o PET é mais econômico que os tradicionais vidro e alumínio (das latas). No Brasil, a AmBev, que produz as marcas Antarctica, Brahma e Skol, entre outras, e a concorrente Kaiser estão acompanhando a movimentação no mercado de plástico, mas negam ter planos para lançar cerveja em PET. A Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) acredita que a cerveja acondicionada em uma garrafa PET estará em breve circulando no país e que a introdução do plástico na indústria da cerveja golpeará, mais uma vez, os segmentos de vidro e alumínio. A Rhodia-Ster S.A. criou um novo processo de fabricação de cervejas que permite o engarrafamento em vasilhames de PET (polietileno tereftalato) iguais aos utilizados para os refrigerantes, a um custo mínimo para os fabricantes e, consequentemente, para o consumidor. O processo foi desenvolvido em parceria com o Departamento de Engenharia de Alimentos da Universidade de Campinas (SP) e com a cervejaria experimental do Senai de Vassouras (RJ). Além de utilizar uma embalagem mais simples e barata, o sistema exigirá, segundo cálculos da Rhodia-Ster, investimentos de apenas R$ 10 mil a R$ 20 mil para as modificações necessárias nas linhas de produção das cervejarias. O sabor e qualidade do produto permanecendo inalterados, poderá estar resolvido o maior entrave para a utilização de embalagens plásticas no engarrafamento da cerveja: o custo. Por não levar conservantes na fórmula, a cerveja é um produto altamente sensível ao meio ambiente e o plástico utilizado para refrigerantes e outros líquidos não possui uma Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 52 barreira suficientemente eficaz contra a entrada de oxigênio na embalagem. Inofensivo para as bebidas carbonatadas em geral, o oxigênio oxida a cerveja. Os fabricantes de resinas plásticas, os transformadores e os fabricantes de equipamentos de engarrafamento já chegaram, em conjunto, a diversas alternativas de embalagem, todas com processos sofisticados e de custo elevado. Entre elas, o sistema de coextrusão, que resulta em uma garrafa multicamada com materiais isolantes, como o náilon, entre duas paredes de PET. Outra, o sistema coating, com a deposição de plasmas, orgânicos ou de sílica, que ampliam as barreiras mecânicas das paredes das garrafas, sem elevar seu peso ou espessura. Existem ainda as embalagens de resina PEN, que resistem à alta temperatura do processo de pasteurização da cerveja — responsável pela conservação depois do engarrafamento — mas o preço é cinco vezes maior que o do PET comum. Para as cervejarias, a manutenção do enorme volume de garrafas retornáveis representa um custo financeiro cada vez maior. O one way é uma grande vantagem, porque exige investimento menor em ativos imobilizados e uma logística de operação mais simples. As petroquímicas produtoras do PET Grau Garrafabestão relacionadas na tabela 15. Tabela 15: Empresas produtoras de PET no Brasil Empresas Produtoras Capacidade Instalada (t/a) - 1999 Rhodia-Ster 180.000 Ledervin 9.000 Polyenka 16.000 Proppet 60.000 Fonte: ABIQUIM,2000 A maior produtora de PET no Brasil é a Rhodia-Ster, controlada pela RP Fibre, que por sua vez é subsidiária francesa da Rhodia Chimie (subsidiária da Rhodia S.A.). Sua fábrica está localizada em Poços de Caldas (MG) e tem capacidade instalada de 180 mil toneladas. Adota o sistema de póscondensação, cuja tecnologia é da alemã Beuler. O segundo maior fabricante brasileiro de PET é a Proppet, sociedade dos grupos Odebrecht e Mariani. A Rhodia-Ster S.A. atua em toda a cadeia de poliéster, desde o ácido tereftálico purificado (PTA) até a produção da maioria dos derivados de resinas, polímeros e fibras, bem como suas principais aplicações industriais. Foi criada em maio de 1994, através da associação das operações de poliéster do grupo Rhodia e do grupo Sinasa (então sucessor das operações da Celanese no Brasil). Com o objetivo de se tornar uma empresa integrada verticalmente, em 1995 iniciou uma expansão, com Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 53 planos de duplicação de suas capacidades de produção de PTA (ácido tereftálico purificado), resina PET e fibras poliéster. Foram investidos aproximadamente US$ 300 milhões nessas expansões, que tiveram sua conclusão no segundo semestre de 1997. Também produz fibra poliéster, que é utilizada nos segmentos de vestuário, decoração, cama e mesa, carpetes, bens industriais, etc. A Proppet, associação entre as empresas Nitrocarbono e a OPP, foi criada em 1996 e absorveu uma fábrica de DMT que pertencia à Nitrocarbono. Com capacidade de 60 mil toneladas e instalada no Polo de Camaçari, iniciou a sua produção em 1999. Utiliza tecnologia licenciada da norteamericana DuPont para a fase de polimerização e da Sinco Engineering, controlada da italiana Ohisolfi, para a fase de pós-condensação do estado sólido. Outro mercado bastante concorrido é o de óleo comestível. Recentemente a ROB, controlada da Vigor, aderiu à tendência da garrafa de PET para óleos menos commmodities como o de girassol e o de canola, mantendo PVC para o de soja. Os potes de PET também estão sendo utilizados para embalar maionese e geléia, como forma de diferenciação no segmento (PLÁSTICOS EM REVISTA, 1999a). V.6. POLIPROPILENO (PP) O polipropileno é obtido com a polimerização catalítica do propeno grau polímero (alta pureza), por meio de catalisadores Ziegler-Natta. Historicamente, o segmento de polipropileno teve constante evolução tecnológica, que envolveu processo, catalisador e produto. Os processos de polimerização podem ser à base de solução; suspensão em um solvente (slurry); massa (bulk); e fase gasosa. Entre os que detêm tecnologia de polimerização em fase gasosa, estão a Basf, Union Carbide e Sumitomo. Quase 90% dos produtores mundiais licenciam as tecnologias da Union Carbide ou da Basf. Já a polimerização por massa tem como principais licenciadores a Mitsui e a Montell (PANORAMA SETORIAL, 2000). Esse termoplástico é caracterizado pela sua enorme versatilidade, com um grande número de aplicações, entre as quais se incluem as que utilizam os copolímeros e os compostos. É bastante utilizado na indústria alimentícia por sua capacidade em conservar o aroma, ser inquebrável, transparente, brilhante, rígido e resistente a mudanças de temperatura (PANORAMA SETORIAL, 2000). Para os especialistas, o consumo de polipropileno vem crescendo fortemente nos últimos anos e esta deverá ser a resina plástica mais utilizada na próxima década em todo o mundo, inclusive no Brasil e no restante da América Latina. O potencial de crescimento do polipropileno deve-se sobretudo à Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 54 sua versatilidade para diversas aplicações, principalmente com o advento dos catalisadores metalocênicos. O uso dessa nova geração de catalisadores se iniciou na década de 90 nos países desenvolvidos e permite novas combinações dos monômeros e principalmente a criação de polímeros com propriedades físicas específicas (mecânicas, térmicas, elétricas, etc.) bem definidas (PANORAMA SETORIAL, 2000). No Brasil a entrada das resinas metalocênicas ocorre através das importações, já que o país não detém esta tecnologia, podendo desta forma competir com as resinas produzidas aqui, como o próprio polipropileno e outras citadas anteriormente. Utilizando os catalisadores de metalocenos, algumas companhias já estão na etapa de comercialização de alguns produtos, entre as quais a Mitsui, Hoechst, Basf e Exxon. Uma dificuldade que essas empresas deverão transpor nos próximos anos são as altas despesas em P&D para obtenção desse tipo de PP (PANORAMA SETORIAL, 2000). O polipropileno é a resina mais utilizada pelo setor de transformação de plástico no Brasil e seu consumo chegou a 709 mil toneladas em 1999, com peso de 20,6% sobre o total do consumo aparente de termoplásticos no País. O consumo dessa resina acumulou aumento de 194% nos anos 1990. O aumento da produção também foi significativo, atingindo 787,3 mil toneladas em 1999, 159% mais que em 1990, quando chegou a 303,8 mil (PANORAMA SETORIAL, 2000). O maior mercado para o polipropileno é o segmento de transformação voltado à embalagens, responsável por 48% do consumo dessa resina em 1999 (340 mil toneladas). Os segmentos de filmes e as sacarias de ráfia são os principais demandantes de polipropileno dentro do segmento de embalagens. Apesar de seu grande crescimento, o segmento de ráfias encontra dificuldades em crescer junto à agricultura, devido à pouca mecanização desse setor. Em 1999, a sacaria de ráfia teve ociosidade de cerca de 32%. Alguns produtores deixaram de atender à agricultura para apostar no 4°segmento de big bags, destinados a outros segmentos, como o de cimento. No segmento de embalagens para hortifrutigranjeiros, no qual o polietileno de alta densidade é bastante empregado, esta resina também tem sido empregada com sucesso. O Gráfico 9 a seguir apresenta a participação dos segmentos transformadores no consumo de polipropileno em 1999. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 55 Gráfico 9: Consumo de PP por segmento (%) Higiene 7% Industrial 6% Agrícola 5% Outras 22% Alimentício 30% Bens de consumo 30% Fonte: Abiplast e Panorama Setorial. A tabela 16 indica os alimentos em que esta resina é mais utilizada: Tabela 16: Principais Alimentos Demandantes da Resina PP Água Mineral Manteiga e Margarina Bebida Carbonatada Açúcar Balas e Doces Outros Qtde. (ton) % Valor (milhão US$) % 21.579 19.711 14.602 14.193 11.157 35.127 19% 17% 13% 12% 10% 30% 99,70 76,80 57,30 50,10 39,40 186 20% 15% 11% 10% 8% 36% Fonte: Elaboração própria a partir de dados de diversas pesquisas A capacidade instalada de polipropileno no Brasil é de 1,13 milhão de toneladas. Os produtores são a OPP Petroquímica, Ipiranga Petroquímica e a Polibrasil. Tabela 17: Empresas produtoras de PP no Brasil. Empresas Produtoras Capacidade Instalada (t/a) – 1999 OPP Petroquímica 550.000 Polibrasil Resinas 430.000 Ipiranga Petroquímica 150.000 Fonte: ABIQUIM, 2000 A Polibrasil possui três unidades, que juntas podem produzir 430 mil toneladas por ano. Suas fábricas ficam no Pólo Petroquímico de São Paulo, com capacidade de 125 mil toneladas; no Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 56 município de Duque de Caxias (RJ), com 180 mil toneladas; e no Pólo Petroquímico de Camaçari, com mais 125 mil toneladas. A tecnologia da empresa é da Montell, sendo que em São Paulo utiliza o processo Spheripol; em Duque de Caxias, o processo em massa LJPP-SHAC; e, em Camaçari, o Slurry. A empresa está realizando dois investimentos. No Pólo Petroquímico de Mauá, está aumentando sua capacidade de produção de 125 mil toneladas anuais para 300 mil toneladas. Serão investidos US$ 200 milhões nesse empreendimento que deverá ficar pronto em 2002. Nessa mesma época, também estará concluindo o outro investimento, que é o aumento da capacidade de sua unidade de Duque de Caxias, de 180 mil toneladas por ano para 240 mil toneladas, no qual serão investidos US$ 15 milhões. Essas expansões elevarão a capacidade total da empresa para 660 mil toneladas. Em Mauá deverá ser produzida uma linha completa de homopolímeros, copolímeros de impacto e copolímeros randômicos, principalmente para as indústrias de embalagem, têxtil, automotiva e de utensílios domésticos. Localizada no Pólo de Triunfo, a unidade da Ipiranga é uma das mais recentes. Foi inaugurada em 1999 junto com outra fábrica swing de polietilenos, ou seja, que poderá fabricar tanto polietileno de baixa densidade linear (PELBD) quanto polietileno de alta densidade (PEAD). A unidade de polipropileno deu à empresa participação de cerca de 14% desse segmento no Brasil. As novas unidades da Ipiranga tomaram-se possíveis em razão da ampliação de 65% na capacidade da Companhia Petroquímica do Sul (Copesul), central de matérias-primas do pólo petroquímico gaúcho, que pulou para 1,13 milhão de toneladas/ano de eteno. A OPP deverá aumentar ainda mais sua capacidade de polipropileno nos próximos cinco anos. A empresa quer expandir suas operações via Companhia Paulista de Petroquímicos (CPP). A idéia é produzir 250 mil toneladas anuais de polipropileno em Paulínia, num investimento estimado em US$ 200 milhões e com previsão para começar a operar em 2003 ou 2004. Em abril de 1999, foi a vez de um acordo comercial da OPP com a dinamarquesa Borealis para os negócios de compostos e especialidades de polipropileno e que prevê também a troca de tecnologias. A complementação de linhas de produtos entre os dois grupos permitiu o fornecimento conjunto a clientes globais. A Borealis, líder européia na área de termoplásticos, é uma associação entre a estatal dinamarquesa Sratoil (50%)e a joint venture entre OMV, da Áustria, e a IPIC, de Abu Dhabi. O acerto está circunscrito a clientes brasileiros e instalados na América do Sul. O negócio de especialidades é uma operação de cerca de 50 mil toneladas anuais para a OPP. Com essa aliança, a Borealis passou a atender, através das unidades da OPP, seus clientes globais instalados na América do Sul, complementando as linhas que a OPP já produz. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 57 Segundo especialistas, enquanto nos Estados Unidos, Comunidade Européia e Ásia, principais mercados do mundo, o consumo de PP per capita gira em torno de 20 quilos por ano, no Brasil é de cerca de 4 quilos. Mas estima-se que seu crescimento anual deverá ser de 10% nos próximos anos. O Brasil é o principal mercado na América Latina e seus produtores estão investindo fortemente. O polipropileno vem invadindo vários mercados diferentes. Por exemplo, o tradicional pote madeira para requeijão Catupiry já foi substituído em 70% do mercado pelo pote de polipropileno. Além disso, o mercado externo só aceita o requeijão acondicionado em plástico, para isto o pote deve suportar temperaturas de –30°C e para isto estuda-se a substituição por polietileno de alta densidade (PEAD) para este fim. (PLÁSTICOS EM REVISTA, 1999c). Outro dado importante foi o crescimento de quase 840% das importações de PP ao longo da última década. Em 1990, elas as importações representavam 2% do consumo aparente da resina, chegando a oscilar entre 8,5% e 10% entre 1995 e 1998. O mercado de polipropileno sempre aponta novidades como o polipropileno biorientado (BOPP) transparente do tipo torção (twist) para balas de goma tipo americano (cujas alternativas são o celofane e o filme blow de PP). O polipropileno biorientado vem crescendo muito em embalagens de porções individuais de cereais em barras e de doces ou sacos laminados de pet food (PLÁSTICOS EM REVISTA, 2000c). A Grain Mills, empresa que detém 4% do mercado brasileiro em cereais, consumiu em 1999 oito toneladas mensais de embalagens plásticas em BOPP aluminizado e BOPP aluminizado mais poliéster, nas versões mono e multicamada, impressas e transparentes, feitas pela empresa Metal Ballor. No entanto, é esta empresa que fornece os flocos de cereais às indústrias de chocolates participando de 95% deste mercado. O produto é repassado em embalagens transparentes de BOPP, e segue além do Brasil, para Costa Rica, Argentina, Chile e Venezuela. A empresa prevê aumento nas exportações no Mercosul e nos EUA ( CASTRO, 2001). Os avanços continuam com filmes de barreira para saquinhos de snacks e com a extrusão de matriz plana de películas transparentes assediando o espaço para filmes tubulares de PP em massas secas como espaguete. Outro sinal positivo é a crescente especialização na manufatura das embalagens. No passado, o transformador se incumbia da extrusão e impressão. No campo de injeção, grades com índice de fluidez de 75g/10min foram concebidos para injeção de ciclo rápido, que estreou no Brasil em copos para atomatados, tampas de latas e caixas para sorvetes (O PLÁSTICO NO BRASIL, 2000). Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 58 Ainda na injeção, tampas de polipropileno produzidas pela Incoplast (10 a 12 milhões de unidades) e vendidas para a Companhia Müller de Bebidas — responsável pela fabricação da Caninha 51 — passarão para a nova fábrica de tampas em Pirassununga. Os investimentos giram em torno de US$2,5-3 milhões destinados a compra de equipamentos. O parque inicial agrupará 25 injetoras, de fornecedor não definido, com meta de 40 injetoras automatizadas em dois anos. A nova unidade terá capacidade de injetar, no mínimo 600ton/mês e desse total 150-200ton/mês serão absorvidas pela Cia. Müller. Para a distribuição da resina, foi selecionado um sistema de transporte pneumático importado da Itália pela Piovan. Como fornecedores da resina estão sendo avaliadas a Solvay (PEAD) e Polibrasil (PP) (O PLÁSTICO NO BRASIL, 2001c). A Cia. Müller produz também pós para empanar da Cica, cuja vida de prateleira é de um ano graças à embalagem multicamada de BOPP aluminizado mais poliéster, fornecida pela Inapel. A empresa é também a produtora das barras de cereais da linha Trio, que detém 35% do total consumido no gênero. Estes produtos são acondicionados em embalagens BOPP aluminizado com poliéster, fornecidas pela Converplast e Santa Rosa. De uma forma geral, as embalagens plásticas representam 2% do custo de produção, apesar da maioria das matérias-primas serem importadas (CASTRO, 2001). O campo de sopro detém apenas 5% do mercado mundial de PP. No Brasil este setor aparece principalmente em duas embalagens: garrafas e garrafões de água mineral onde surgiu o PP clarificado como alternativa ao PET e PVC, principalmente a resina PP biorientado como alternativa para embalagens de alta transparência. A resina clarificada tem assediado fontes de água mineral, onde o PET está sempre em concorrência acirrada (PLÁSTICOS EM REVISTA, 2000b). V.7. POLIESTIRENO (PS) O poliestireno é o resultado da polimerização do estireno monômero através de dois processos: polimerização contínua em massa ou em supensão. São encontrados três tipos de PS: de uso geral (PS-GP), de alto impacto (PS-HI) e expansível (EPS). O de PS de uso geral é um homopolímero amorfo e incolor e é comercializado sob a forma de grânulos transparentes. Entre suas características estão as excelentes propriedades ópticas, a rigidez e a boa resistência mecânica. O poliestireno de alto impacto é um copolímero modificado com um elastômero para melhorar as propriedades mecânicas, entre as quais a resistência ao impacto e a boa estabilidade dimensional. Seus grânulos são opacos. O poliestireno expansível é usado em isolamento de embalagens industriais e em aplicações que exigem resistência à compressão. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 59 Esta resina termoplástica tem grande uso no mercado de descartáveis, podendo também ser aplicada nos segmentos de eletroeletrônica, automobilístico e alimentício. Entre os produtos que são fabricados com PS, estão os potes para iogurtes, sorvetes, doces, frascos, bandejas de supermercados, geladeiras (parte interna da porta), pratos, tampas, aparelhos de barbear descartáveis, brinquedos, etc. Em 1999, a capacidade produtiva de poliestireno no Brasil foi de 183 mil toneladas e o país consumiu 257,2 mil toneladas da resina, queda de 4% em relação ao ano anterior. No entanto, ao longo da década, o consumo aparente dessa resina acumulou aumento de 129%. Esse movimento não foi acompanhado pela produção nacional, que chegou a 165,4 mil toneladas em 1999, aumento de apenas 32% ante 1990, quando foi de 124,9 mil toneladas. Tabela 18: Empresas produtoras de PS no Brasil Empresas Produtoras Capacidade Instalada (t/a) -2000 EDN-SUL 120.000 Basf 110.000 Innova 120.000 Resinor 1.320 Fonte: ABIQUIM, 2000 e pesquisa de campo A expansão do consumo de descartáveis no Brasil levou a um forte crescimento das importações. Em 1999, chegaram a 98,5 mil toneladas, 26% menos que as do ano anterior (quando foram de 133 mil toneladas), mas 7.477% mais que as de 1990 (quando a importação foi de apenas 1,3 mil toneladas). Se as importações representavam apenas 17% do consumo aparente em 1990, o crescimento foi tão intenso ao longo desta década que no ano recorde de importações representou 50% do consumo aparente da resina. No início da década, a produção era maior que a demanda no Brasil e a saída para os produtores eram as exportações. Ao longo dos anos 1990, as exportações foram caindo, chegando a representar de 3% a 4% da produção nos últimos anos da década, ante 11% nos anos 90 e 28% em 1992, ano em que a economia brasileira estava em recessão. A queda das exportações mostra que os produtores nacionais foram, cada vez mais, dando importância ao mercado interno. As vendas para o mercado local tiveram crescimento de 40% entre 1990 e 1999. O poliestireno sofre competição de outras resinas em algumas áreas. Mas claramente percebe-se que é voltado para aplicações específicas. Dentre as aplicações do poliestireno, estão materiais para embalagens e descartáveis, dentre outros. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 60 Em Santa Catarina, estão localizados os maiores fabricantes de descartáveis do país, um dos principais segmentos consumidores de poliestireno. Cerca de 37% do mercado transformador de poliestireno está localizado em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Outros 37% estão em São Paulo e o restante espalhado por outros estados. O maior mercado para o poliestireno é o segmento de embalagens, que foi responsável por 32% do consumo dessa resina em 1999 (cerca de 82 mil toneladas). Em seguida, estão o segmento de descartáveis, que consumiu 51 mil toneladas no mesmo ano, e o de componentes técnicos, com cerca de 49 mil toneladas. O Gráfico 10 apresenta a participação dos segmentos transformadores no consumo de poliestireno e a tabela 19 apresenta os principais alimentos demandantes de poliestireno. Gráfico 10: Consumo de PS por segmento (em %) Componentes Técnicos 19% Construção civ il 2% Utilidades Calçados domésticas 5% 2% Brinquedos 1% Outros 19% Descartáv eis 20% Embalagens 32% Fonte: Panorama Setorial, 1998. Tabela 19: Principais Alimentos Demandantes de PS Iogurte e Sobremesas Bebidas Tônicas Ovos Carne Processada Aves Outros Qtde. (ton) % Valor (milhão US$) % 12.227 5.220 3.296 1.971 914 1.758 48% 21% 13% 8% 4% 7% 80,53 34,42 21,60 12,90 5,77 10,78 49% 21% 13% 8% 3% 6% Fonte: Elaboração própria a partir de dados de diversas pesquisas Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 61 O poliestireno expansível (EPS) é um tipo de poliestireno com capacidade produtiva de 28 mil toneladas em 1999. Os maiores mercados para o segmento de EPS são a construção civil e o setor de embalagens, com 40% de peso sobre o consumo cada um. Em seguida, estão as utilidades domésticas, com peso de 17%. No final de 1999, a Innova inaugurou uma unidade de estireno no Pólo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul. A empresa já havia adquirido uma unidade de etilbenzeno da Petroflex e da produção de estireno, a empresa planejou comercializar 68 mil toneladas utilizadas para a produção de borrachas, EPS e resinas poliéster e acrílica. O restante do estireno produzido, 112 mil toneladas, é voltado para a fabricação de poliestireno e dividido em duas linhas: para o tipo cristal (50 mil toneladas) e para o tipo de alto impacto (70 mil toneladas). Com a inauguração da fábrica de poliestireno, em setembro de 2000, a Innova passou a ter o primeiro site integrado da América Latina na produção de poliestireno. A tecnologia utilizada na produção de estireno é da norte-americana ABB/Lummus; na de poliestireno é a da italiana Enichem. Com a perspectiva da entrada de novos fabricantes na cadeia do estireno a Dow acabou fazendo um acordo com o grupo alemão Basf para construir no País uma fábrica em escala mundial de monômero de estireno e de etilbenzeno. A associação foi definida em agosto de 2000 e os estudos de viabilidade econômica do projeto deverão ficar prontos até o final do mesmo ano, quando serão definidos o melhor local da fábrica, a logística é mais adequada, o formato societário, o modelo de gestão operacional e outros pontos essenciais da implantação, como o valor exato do investimento. A fábrica terá capacidade para produzir entre 450 mil e 550 mil toneladas anuais de estireno e etilbenzeno. O investimento tem estimativa preliminar de USS 250 milhões e sua instalação, depois de aprovada, levaria de dois anos e meio a três anos. Para a Basf e a Dow, a América do Sul tornou-se estratégica para a área de plásticos e, por isso, tanto a Basf como a Dow já haviam anunciado investimentos para área de poliestireno antes de formarem a parceria. Um desses projetos é o da EDN-Sul, que vai aplicar US$ 50 milhões na ampliação da unidade do Guarujá (SP). Com isso, sua produção de poliestireno será ampliada de 120 mil toneladas para 190 mil toneladas anuais. A Basf, por sua vez, havia anunciado no final de 1999 investimentos de USS 42 milhões para a área de plásticos no Brasil, dos quais US$ 30 milhões numa nova unidade de poliestireno de alto impacto com capacidade para produzir 110 mil toneladas. Essa fábrica, localizada em São José dos Campos (SP), seria inaugurada em agosto de 2000. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 62 Uma parte desse investimento seria direcionada para a fábrica que já produzia poliestireno, que passaria a absorver a tecnologia da Basf de produção de poliestireno cristal, utilizado principalmente em potes de alimentos. Os outros USS 12 milhões serão destinados à quadruplicação da unidade de poliestireno expansível (Styropor), de Guaratinguetá (SP), com capacidade de produção de 40 mil toneladas anuais. Além da Basf, outros fabricantes de poliestireno expansível, segundo a Abiquim, são a Resinor e a Termotécnica. O acondicionamento de cortes de frango congelado Sadia está promovendo para a Incoplast a entrada no canal de supermercados. Fornecendo aos frigoríficos um pacote constituído pelas bandejas de poliestireno expandido (EPS) da controlada Copobras e um filme multicamada e shrink de polietileno para o envoltório e o tipo mono à base de mistura rica de polietileno linear (PEBD). O segmento é hiperofertado de bandejas e dependente do acesso a filmes poliolefínicos importados, caso da DuPont UL e Cryovac. Pensando em agregar valor à bandeja de EPS, passou-se a produzir o filme coex, fornecendo assim o pacote completo da embalagem.( PLÁSTICOS EM REVISTA, 1999b) V.8. POLICLORETO DE VINILA (PVC) O policloreto de vinila (PVC) é obtido com a polimerização do cloreto de vinila e, de acordo com a aplicação a que se destina, pode ser classificado em rígido e flexível. O PVC rígido tem boa resistência mecânica e estabilidade dimensional. Já o tipo flexível apresenta como características flexibilidade e extensibilidade, devido à presença de plastificantes em sua formulação. Existem quatro processos para obtenção do PVC: suspensão, que tem peso de 85% sobre a produção mundial; emulsão, massa; e microssuspensão. O PVC é utilizado para fabricar embalagens para água mineral, óleos comestíveis, maioneses, sucos, perfis para janelas, tubulações de água e esgotos, mangueiras, embalagens para remédios, brinquedos, bolsas de sangue, material hospitalar, cortinas de chuveiro, brinquedos infantis, pisos de vinil, interiores dos carros, etc. A produção mundial corrente de PVC excede 20 milhões de toneladas. A maior região produtora do mundo é a Ásia, seguida pelos Estados Unidos e pela Europa. A partir dos anos 70, essa resina passou a sofrer uma pressão crescente dos ambientalistas, por fazer mal ao meio ambiente, pois envolve em sua composição cloro e derivados organoclorados. O maior desafio dos produtores de PVC em todo o mundo é convencer consumidores e governos que as preocupações com o produto são exageradas. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 63 Para o Greenpeace, esse termoplástico ameaça o meio ambiente e a saúde humana. As pressões dos ecologistas fizeram com que, ao longo dos anos, inúmeras empresas, como a McDonald's, General Motors, Ford, Lego e Nike, deixassem de utilizar PVC ou anunciassem que irão deixar de usá-Io. As legislações têm sido rigorosas contra o PVC e nos próximos anos a União Européia poderá impor sérias restrições ao seu uso. Os fabricantes têm procurado reagir desde os anos 80, criando associações, efetuando estudos e promovendo modificações nos processos produtivos e na reciclagem do PVC. A reação da indústria em reconstruir a imagem do produto tem surtido efeito. No entanto, os embates com ambientalistas ainda são significativos. No ano 2000, a Comissão Européia divulgou estudos que mostraram os perigos dos materiais de PVC que vão para o lixo. A quantidade de lixo de PVC na União Européia deve dobrar para mais de 6 milhões de toneladas por ano até 2020 e os estudos concluíram que, a menos que se faça alguma coisa, os níveis de reciclagem de PVC não excederão 20% e que ambos os meios alternativos de se livrar do lixo de PVC - incineração e aterros sanitários - ameaçam o meio ambiente. Os fabricantes rebateram, declarando que as revelações se baseavam numa interpretação equivocada dos dados industriais, superestimando o volume de lixo, e que não informou que o plástico é inerte no aterro. Para as fabricantes, cerca de 9% de incineração era um nível satisfatório e há grande possibilidade para mais reciclagem. O fato é que a produção do PVC e seu descarte são perigosos. A produção dos insumos básicos do PVC, como monômero cloreto de vinil, gera subprodutos como as dioxinas. A fabricação cria centenas de toneladas por ano de lixo constituído de monômero cloreto de vinil e dicloreto de etileno, ambos tóxicos. Quando os produtos de PVC vão para o lixo, alguns de seus componentes, como chumbo, cádmio e parafinas cloradas, entre outros compostos, podem escoar para o ambiente. Recentemente, a Agência Ambiental da Inglaterra e País de Gales, os fabricantes de PVC e a Greenpeace se reuniram para chegar a um acordo. Da reunião, foi gerado um acordo pelo qual a indústria de PVC teria de deixar de ser emissora de gases do efeito estufa, precisaria aperfeiçoar um sistema "de circuito fechado" de eliminação do lixo e deveria pôr um fim à liberação de compostos organoclorados em toda alinha de produção. Apesar de os produtores terem ficado satisfeitos com os resultados, para o Greenpeace, eles não conseguirão atingir as metas estabelecidas pelo consenso. A tabela 20 apresenta as empresas produtoras de PVC e suas respectivas capacidades instaladas. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 64 Tabela 20: Empresas produtoras de PVC no Brasil. Empresas Produtoras Capacidade Instalada (t/a) – 1999 Solvay Indupa 236.000 Trikem 470.000 Fonte:ABIQUIM, 2000 e pesquisa de campo A Solvay Indupa do Brasil S.A., que utiliza tecnologia de sua controladora, possui uma fábrica localizada na cidade de Santo André (SP), integrada ao Pólo Petroquímico de São Paulo, com capacidade de produção de 236 mil toneladas, das quais 180 mil em suspensão e o restante em emulsão. Também fabrica monocloreto de vinila (MVC), com capacidade de 41 mil toneladas. A empresa comprou 51% das ações da argentina Indupa em 1996 e, em 1997, a Solvay Indupa adquiriu os negócios de PVC e químicos da Solvay do Brasil S .A. A Solvay Indupa do Brasil foi fundada em 1998. Em 1999, a argentina Solvay Indupa concluiu a ampliação de sua capacidade de produção de PVC e soda cáustica. A expansão, orçada em US$ 120 milhões, faz parte da estratégia de integrar as operações do grupo na Argentina e no Brasil. A capacidade de produção de PVC passou de 80 mil toneladas anuais para cerca de 200 mil toneladas. O objetivo do grupo é promover uma estreita integração nos negócios da Solvay Indupa na Argentina e no Brasil. O processo deveria ser concluído em 1999, mas em decorrência da desvalorização da moeda brasileira foi adiado para o ano seguinte. Com a integração, o grupo poderá obter um ganho de até 15% na escala de produção do PVC. Na Argentina, a fábrica da Solvay Indupa está localizada no pólo petroquímico de Bahía Blanca. No Brasil, o Grupo Solvay passou por uma reestruturação que deu origem às empresas Solvay Polietileno, fabricante de polietilenos, e Solvay Indupa. Já a Trikem S.A. tem cinco unidades, das quais duas estão localizadas em Alagoas, duas na Bahia e uma em São Paulo. A produção de PVC está localizada em duas fábricas, uma na Bahia e outra em São Paulo, e ambas somam capacidade produtiva de 475t mil toneladas. A unidade da Bahia concentra a maior parte da produção. A de São Paulo, bem menor, com capacidade de 25 mil toneladas, utiliza o processo de emulsão, e a da Bahia, o de suspensão. Além de PVC, é fabricante de outros produtos como MVC, com capacidade para produzir até 475 mil toneladas desse produto; dicloroetano (DCE), com capacidade para 600 mil toneladas; soda (460 mil toneladas); e cloro (409 mil toneladas). Quase todo o DCE é consumido pela Trikem para Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 65 fabricar o monocloreto de vinila (MVC), que por sua vez é transformado em PVC. O excedente é exportado para o Japão, Estados Unidos e Europa. A Trikem surgiu em 1996, quando a Odebrecht decidiu pela fusão de três empresas controladas pelo grupo para criar uma empresa competitiva internacionalmente e que integrasse as etapas de produção de soda, cloro, dicloroetano (DCE) e policloreto de vinila (PVC). O grupo Odebrecht detém 69,4% de seu capital votante, mas deverá vender suas ações. A empresa tem sua atuação verticalizada com participações na Rionil, fabricante de compostos de PVC, e na transformadora Sansuy, que fabrica laminados flexíveis, lonas e componentes para calçados, itens para automóveis e outros produtos. O Brasil possui capacidade produtiva de 711 mil toneladas. Já a produção chegou a 658,5 mil toneladas em 1999, ante 632,3 mil toneladas no ano anterior. Entre 1990 e 1999, houve aumento de 31%. Como em outros segmentos do setor termoplástico, as importações de PVC apresentaram crescimento de 268% ao longo da década de 90, chegando a 62,9 mil toneladas. No entanto, houve forte mudança de tendências em 1999, quando as importações caíram 50% em relação a 1998, que tinha registrado 128 mil toneladas. A grande expansão observada logo após a implantação do Plano Real foi atribuída ao consumo de pequenas quantidades do setor de construção civil, fenômeno denominado "consumo formiga". A recuperação do mercado de PVC está diretamente atrelada ao crescimento da economia e aos impactos sobre a renda da população. Quando a economia está em expansão, o setor de PVC é beneficiado, pois há aumento da demanda dessa resina pelo setor de construção civil. A estabilização dos preços a partir de 1994 levou a uma taxa de expansão do consumo aparente de PVC de 18% naquele ano, 10% no ano seguinte e de 16% em 1996. Em 1997 e 1998, o consumo aparente aumentou, respectivamente, 8% e 15%. O setor de embalagens é o segundo mais importante, teve peso de 11% (consumo de 73 mil toneladas); os calçados, 8% (53 mil toneladas); os segmentos de fios e cabos e o de componentes, 6% cada um (40 mil toneladas); os laminados, 5% (33 mil toneladas); o agrícola, 4% (26 mil toneladas); e as utilidades domésticas, 1% (7 mil toneladas). O Gráfico 11 a seguir apresenta o mercado de PVC por segmento. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 66 Gráfico 11: Mercado de PVC por segmento (%) Componentes Agrícola técnicos Laminados 4% Fios e cabos 6% 5% 6% Utilidades domésticas 1% Outros 3% Calçados 8% Embalagens 11% Construção civ il 56% Fonte: Panorama Setorial, 2000 A tabela 21 indica os alimentos mais demandantes da resina PVC: Tabela 21: Principais alimentos demandantes de PVC Hortifrutigranjeiros Temperos e Condimentos Chocolate Água Mineral Óleos Comest. Gorduras Qtde. (ton) % Valor (milhão US$) % 4.293 3.785 2.465 1.946 854 31% 27% 18% 14% 6% 13,10 17,10 10,50 8,90 3,90 23% 30% 19% 16% 7% Fonte: Elaboração própria a partir de dados de diversas pesquisas Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 67 VI PRINCIPAIS EMBALAGENS PLÁSTICAS PARA ALIMENTOS Neste item, as embalagens plásticas para alimentos serão analisadas sob os aspectos tecnológicos. No quadro 1 são listados os principais alimentos demandantes de embalagens plásticas bem como as quantidades e valores de plástico utilizados para cada tipo de embalagem. Quadro 1: Principais alimentos demandantes de embalagens plásticas -1998 PRODUTO Bebidas carbonatadas Água mineral Carne processada Açúcar Aves Arroz Iogurtes e sobremesas Leite Feijão Margarina e manteiga Hortifrutigranjeiros Farinha de trigo Balas e doces Óleo comestível e gordura Temperos e condimentos Outros Total Qtde (ton) 241.629,10 44.899,80 42.158,30 30.280,60 28.524,80 20.592,80 19.529,60 16.597,80 16.352,00 15.749,80 15.217,40 14.522,50 11.790,80 10.606,80 10.143,30 71.069,80 609.665,20 % 39,6% 7,4% 6,9% 5,0% 4,7% 3,4% 3,2% 2,7% 2,7% 2,6% 2,5% 2,4% 1,9% 1,7% 1,7% 11,7% 100,0% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 US$ 933.529,00 192.034,00 132.891,00 86.140,00 72.793,00 46.145,00 108.759,00 40.424,00 36.640,00 78.903,00 52.072,00 44.440,00 40.798,00 41.933,00 39.439,00 304.284,00 2.251.224,00 % 41,5% 8,5% 5,9% 3,8% 3,2% 2,0% 4,8% 1,8% 1,6% 3,5% 2,3% 2,0% 1,8% 1,9% 1,8% 13,5% 1 2 3 5 7 9 4 13 15 6 8 10 12 11 14 100,0% Fonte: Elaboração própria a partir de dados de diversas pesquisas A seguir são exemplificados aspectos tecnológicos da embalagens plásticas de alguns alimentos/bebidas relacionados no quadro anterior. VI.1. ÁGUA MINERAL Os requisitos necessários ao acondicionamento de água mineral sem gás são: não permitir a permeação de odores estranhos, não apresentar problemas de migração, evitar a contaminação microbiológica e apresentar resistência mecânica compatível com as solicitações do sistema de distribuição do produto. Este mercado utiliza-se de embalagens descartáveis como copo de PP ou PS, garrafas de PEAD, PVC e PP. O emprego de garrafas PET é recente, por serem impermeáveis e menos susceptíveis à entrada de poluentes, eram utilizadas para engarrafar água gasosa. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 68 No segmento de embalagens retornáveis, se destacam as tradicionais garrafas de vidro e os garrafões de 20 litros, em PC, PVC ou PP (GARCIA et al., 1993), com recente entrada do PET. O principal concorrente do PVC no mercado de água mineral é o PP. Apesar do PVC possuir menor porosidade e permitir a produção de galões coloridos, o PP é mais utilizado porque tem preço inferior. Entretanto, é um produto proibido nos Estados Unidos e Europa, por permitir a contaminação do meio ambiente com o líquido, alterando o gosto e o cheiro da água. As garrafas sopradas recebem embalagem secundária em filme shrink de PEBD, com recente concorrência do PEBDL. VI.2. CARNES PROCESSADAS A utilização de filmes flexíveis para embalagem a vácuo de produtos cárneos traz consigo a redução de perda de peso devido a desidratação, a preservação da cor, a eliminação de contaminação externa e o prolongamento da vida-de-prateleira. VI.2.1. CARNES PROCESSADAS CURADAS Carnes processadas, tais como embutidos, presuntos e bacon se deterioram devido ao crescimento microbiano, descoloração, rancidez e desidratação, devendo ser protegidas do oxigênio, luz, baixa umidade relativa e contaminação microbiológica. O acondicionamento a vácuo ou em atmosfera modificada com um filme de baixa permeabilidade a gases e ao vapor de água pode contribuir para o aumento da vida-de-prateleira. Utiliza-se o ionômero (Surlyn) como camada interna e de técnicas de acondicionamento de embalagem após o fechamento, permitindo a soldagem de qualquer excesso de filme ao redor do produto (SARANTÓPOULOS, s.d.). VI.2.2. CARNES PROCESSADAS NÃO CURADAS Os produtos cárneos cozidos não curados são preservados fundamentalmente pela ação do calor durante o tratamento térmico. Dentre os sistemas de acondicionamento disponíveis para tais produtos, estão o sous-vide e retort pouch. (SARANTOPOULOS, OLIVEIRA, 1990) O sistema sous-vide consiste no acondicionamento de um alimento cru ou semi-cozido em embalagens plásticas flexíveis ou rígidas fechadas a vácuo, submetidas a um processo de pasteurização, seguindo-se de um rápido resfriamento e estocagem sob refrigeração. Os materiais de embalagem mais utilizados com esta finalidade são Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ PA/PEMD, PA/PVDC/PEMD, 69 PET/PVDC/PEMD, PP/EVOH/PP, PA/EVOH/PP, PA/EVOH/blenda, PP/PE, PA/EVA/PVDC/PEBDL ou ionômero. A embalagem flexível esterilizável retort pouch é constituída de um laminado de material flexível capaz de acondicionar produtos alimentícios que necessitam de esterilização para sua preservação (LOPEZ, 1987). Sua estrutura usual é um laminado constituído por poliéster/alumínio/PP. O filme externo de poliéster confere à embalagem alta resistência mecânica; uma folha intermediária de alumínio confere ao laminado barreira ao oxigênio, luz e vapor de água, e, internamente, o PP possibilita a termossoldagem da embalagem e é adequado para contato direto com a maioria dos alimentos (SARANTÓPOULOS, OLIVEIRA, 1990). VI.3. AVES E DERIVADOS Comercialmente, a resina mais comum utilizada para embalagem para aves é o PEBD. A tendência de aumento no consumo de partes poderá, contudo, ser acompanhada pela melhoria da apresentação do produto, substituindo-se os sacos de PEBD por bandejas termoformadas de PS/PEBD com tampas ou BOPP/PEBD. Outra alternativa são as bandejas de PS expandido com CO2, atendendo a exigências ecológicas, ou bandejas de cartão, ambas envoltas por filmes encolhíveis a base de poliolefinas. Para a venda a varejo, utilizam-se filmes de PEBD e EVA. Também são utilizadas bandejas semirígidas em PS ou PVC. Outra possibilidade com bandeja é envolvê-la com filmes esticáveis de PVC, EVA ou PEBD, ou com filmes encolhíveis, à base de poliolifinas (SARANTÓPOULOS, s.d.). As embalagens a vácuo mais utilizadas são as de múltiplas camadas, porque materiais constituídos por um único polímero não satisfazem simultaneamente a todas as exigências. A estrutura mais comumente empregada é composta por PA/PEBD, porém há outras combinações disponíveis comercialmente. Os filmes encolhíveis são compostos normalmente por EVA/PVDC/ionômero, EVA/PVD/EVA ou PP/PVDC/EVA, e os não encolhíveis têm a PA como base. Resinas como o EVOH, PVDC, PA e PET funcionam na estrutura como barrreira ao oxigênio; PA e PET conferem resistência mecânica, e o PVDC e as poliolefinas de camada selante apresentam boas propriedades de barreira ao vapor de água. Já a camada interna termosselante pode ser de PEBD, EVA, PELBD ou ionômero (SARANTÓPOULOS, 1994). Uma outra opção para embalagens industriais é acondicionar os cortes ou aves inteiras em embalagens de alta permeabilidade, como os filmes de PVC plastificado ou poliolefinas e, então, Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 70 reunir essas embalagens em uma outra feita com filmes de alta barreira a gases, onde a atmosfera é modificada (SARANTÓPOULOS, 1994). VI.4. PRODUTOS LÁCTEOS VI.4.1. LEITE Alguns fatores devem ser considerados na relação de filmes plásticos para leite de consumo: Migração de componentes da embalagem para o produto, provocando problemas de sabor e odor estranhos; Permeabilidade ao oxigênio, cuja presença possibilita a ocorrência das reações de oxidação; Permeabilidade à luz, catalisadora de reações de formação de odores estranhos, rancificações de gorduras e destruição de vitaminas; Alterações no material de embalagem pela passagem de substâncias do leite para a embalagem; Contaminação de microorganismos durante e após o condicionamento; Resistência mecânica; Boa maquinabilidade (FERNANDES et al., 1986) No passado o “saquinho” de PEBD para leite fluido sofria críticas por ser frágil, rasgar ou estourar com facilidade. Visando eliminar a desvantagem da baixa resistência mecânica do PEBD, foi introduzido no mercado o PEBDL, na forma de blenda com o PEBD, apresentando maior resistência à tração e ao alongamento, maior resistência à perfuração e melhor hot tack (resistência da termossoldagem a quente), que são propriedades importantes nas operações de enchimento e fechamento da embalagem, estocagem e distribuição, permitindo significativa redução de perdas (ALVES et al., 1993). É esperado que quanto maior a quantidade de PEBDL na composição da blenda, melhor seja o desempenho mecânico da embalagem (ALVES et al., 1997). Apesar da tendência de queda da utilização dos saquinhos monoflexíveis de PEBD, seu uso foi preservado nas versões de 1 litro de bebidas lácteas sabor morango ou frutas, como um meio de colocar um produto de valor agregado ao alcance do consumidor de baixa renda. No início da década de 90, foram introduzidas no Brasil, como alternativa para diferenciar o produto e com características de conveniência, a embalagem cartonada de fácil abertura e a garrafa de PEAD fechada por um selo de alumínio termosselado, sugerindo ao consumidor idéia de modernidade (OLIVEIRA, XAVIER, 1994). Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 71 VI.5. FRUTAS E HORTALIÇAS De maneira geral, alguns dos requisitos necessários à embalagem para frutas e hortaliças são: Permitir visualização adequada ao produto; Resistência mecânica suficiente para a proteção do produto durante o transporte e comercialização; Não permitir frestas e ângulos que causem danos ao produto; Evitar perda de água e conseqüente perda de peso. (GUEDES, s.d., MADI, s.d.). • In natura Verduras como repolho e couve-flor e outros produtos como batata, cebola e alho, são geralmente embalados em sacos de juta e PP trançados (ALVES, s.d.). No nicho de embalagens de telas abertas, dominado pela ráfia, vem ganhando espaço a embalagem em PEAD. Por sua vez, produtos mais delicados, encontrados em supermercados e centros distribuidores, vêm sendo acondicionados em bandeja de PS envolvidos em materiais como PE e PVC. Nestes casos, as características de permeabilidade a gases (O2 e CO2) e ao vapor de água são essenciais para que haja um controle da atmosfera interna da embalagem, propiciando a conservação do produto durante um período de tempo mais prolongado. Essa condição, porém, só é adequadamente atingida se associada à estocagem refrigerada (GUEDES, s.d., MADI, s.d.). • Produtos desidratados e frutas secas Os materiais plásticos em geral constituem boas opções de embalagem para produtos desidratados. Neste caso, ao se especificar a embalagem, deve ser considerada, principalmente, a sua permeabilidade ao vapor de água e ao oxigênio, já que ambos exercem grande influência na vidade-prateleira destes produtos. (PADULA, OLIVEIRA, sd). Quando o principal fator de limitação da vida-de-prateleira de frutas e hortaliças desidratadas são as reações de oxidação, os materiais que apresentam alta barreira ao oxigênio são o PVDC e EVOH. As poliamidas PA6, PA6,6 e o PET também são boa barreira, seguidas pela PA11, PA12 e PVC rígido. Quando a perda de qualidade está associada ao ganho de umidade, as embalagens plásticas flexíveis que apresentam maior barreira ao vapor de água são as poliolefínicas (PEBD, PEBDL < PP < PEAD), usadas na fabricação de filmes simples, laminados o co-extrusadas. Quando esta barreira não é suficiente, são opções o PVDC na forma de filme ou revestimento, a metalização e a laminação com folha-de-alumínio. Dentre as embalagens rígidas que possuem tais características, estão as de PEAD e PP, desde que haja fechamento hermético. (ALVES, sd). O náilon, laminado ao Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 72 PE, é empregado para embalagens de frutas desidratadas acondicionadas a vácuo. (PADULA, OLIVEIRA, sd). As embalagens flexíveis de estruturas como PEBD, PP, BOPP/PEBD E PET/PEBD que impeçam troca de umidade com os ambientes de estocagem têm sido utilizadas para as frutas secas. No entanto, estruturas com PET e BOPP apresentam como vantagens proporcionar brilho e uma melhor qualidade de impressão (ALVES, s.d.). • Vegetais e hortaliças congelados No Brasil, o saco de PEBD apresenta-se como a embalagem mais usada para acondicionamento de vegetais congelados, porém o laminado PET/PEBD também é empregado. As embalagens de PE podem estar associadas ao uso de embalagens de cartão, principalmente para alimentos que necessitem de proteção mecânica, além de melhorar o apelo visual do produto (ARDITO, s.d., ALVES, s.d.). VI.6. GRÃOS E DERIVADOS Grãos e seus derivados, como farinhas, farelos e fubá exigem o uso de embalagens apropriadas que impeçam danos durante o transporte e armazenamento, o que os deixa muitas vezes impróprios para o consumo. Os materiais de embalagem mais comumente usados, em ordem de resistência decrescente são: filme de poliéster, alumínio, filme de PE, celofane, papel Kraft, naylon e algodão (VITTI et al., 1990). O mercado de alimentos da cesta básica consome uma grande quantidade de filmes de PEBDL, em especial o arroz. Um possível concorrente para esta resina são os sacos de BOPP. VI.7. FARINHA DE TRIGO A farinha de trigo possui propriedades organolépticas que causam flutuação no seu conteúdo de umidade e que se alteram de acordo com as mudanças no valor da umidade relativa do ambiente. Os filmes de PEBD, devido à baixa permeabilidade ao vapor de água, protegem o produto contra a absorção de umidade por mais tempo, retardando alterações indesejáveis de qualidade como, por exemplo, o desenvolvimento de fungos e leveduras (VITTI et al., 1990), além de oferecer proteção contra a manifestação por insetos, principalmente pelo retardamento da perfuração da embalagem. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 73 VI.8. ÓLEOS COMESTÍVEIS A participação das embalagens plásticas neste mercado tende a crescer, por serem leves, práticas, higiênicas, resistentes ao impacto, e também atraentes para o consumidor, pois permitem a visualização do produto. O PVC apresenta excelente resistência a óleos e gorduras, o que permite sua utilização como garrafas sopradas para óleos vegetais (PADULA, OLIVEIRA, s.d.). Já os frascos de PET para óleos, sobretudo os de soja, necessitam de aditivo contra raios UV para evitar a oxidação do óleo envasado, motivando o desenvolvimento de grades de resinas já aditivadas (PANORAMA SETORIAL, 1998). Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 74 VII ANÁLISE DA CADEIA PRODUTIVA VII.1. MODELAGEM DA CADEIA Esta etapa consiste na elaboração de um modelo do tipo fluxograma para a cadeia produtiva e das relações e fluxos entre seus diversos segmentos. O fluxograma tem grande importância para a análise da cadeia porque serve como um mapa das interações entre os elos e segmentos. O modelo deve apresentar todos os segmentos de cada elo, incluindo aqueles relacionados aos consumidores finais e a possível relação entre eles. Dois fluxos estão indicados , em uma cadeia produtiva. Primeiro, o fluxo de capitais, que fluem dos consumidores finais até os fornecedores de insumo. Segundo o dos materiais, que se faz na direção oposta. Materiais são trocados por capitais ao longo da cadeia (CASTRO, LIMA,2000). A figura 2 representa o fluxo de material e capital para a cadeia produtiva de embalagens plásticas para alimentos. Figura 2: Fluxo de Material e Capital 275,6 x103t 804,1x103t Fonte MPs Nafta para Alimentos Produtos Básicos Média 2000 878,5x103t RESINAS para Embalagens Plásticas para Alimentos 895 x103t EMBALAGENS Plásticas para Alimentos 3,5 x106t Embalagens para Alimentos 5,6x106t Embalagens Geral Média 4 anos 3 10 US$ fev 2000 US$ mi 132 US$ mi 551 US$ mi 853 Indústria de Alimentos US$ bi 2,5 US$ bi 6,11 US$ bi 9,4 US$ bi 74 Os valores referentes aos elos das resinas e produtos básicos foram calculados a partir da determinação da quantidade de material entre resinas e matérias primas, como pode ser observado nas figuras 3 e 4 a seguir: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 75 Figura 3: Matérias Primas em Relação as Resinas I MPs Eteno PEAD PEBD 100,9 mil t 75,4 x 106 US$FOB/t PP PELBD 187,3 mil t 167,2 x 106 US$FOB/t 175,3 mil t 131 x 106 US$FOB/t 15,7 mil t 9,7 x 106 US$FOB/t 1,04 104,9 mil t 58,7 x 106 US$FOB US$FOB 189,2 mil t 105,8 x 106 US$FOB US$FOB 161,3 mil t 90,2 x 106 US$FOB US$FOB 559 US$FOB/t 1,01 559 US$FOB/t 0,92 559 US$FOB/t Propeno 16,1 mil t 5,7 x 106 US$FOB US$FOB 1,03 351 US$FOB/t US$FOB/t Figura 4: Matérias Primas em Relação as Resinas II MPs PVC 43,8 mil t 24,7 x 106 US$FOB Eteno 15,5 mil t 15,5 x 106 US$FOB 25,8 mil t 14,4 x 106 US$FOB 47,6 mil t 26,6 x 106 US$FOB PS PET 87,7 mil t 35,7 x 106 US$FOB 276,0 mil t 386,4 x 106 US$FOB 0,3535 559 US$FOB/t 0,3248 559 US$FOB/t 0,1724 559 US$FOB/t Benzeno 61,2 mil t 21,3 x 106 US$FOB 0,77 348 US$FOB /t P-xileno 182,5 mil t 219,9 x 106 US$FOB 0,6612 1205 US$FOB /t Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 76 Figura 5: Nafta em relação às Matérias Primas Básicas Fonte Nafta 253 mil t 121,8 x 106 US$FOB 3,65 mil t 1,7 x 106 US$FOB 9,22 mil t 4,4 x 106 US$FOB 9,7 mil t t 4,7 x 106 US$FOB Eteno 544,3 mil t 304 x 106 US$FOB 481,3 US$FOB/t (fev 2000) Propeno Benzeno 16,1 mil t 5,7 x 106 US$FOB 61,2 mil t 21,3 x 106US$FOB P-xileno 182,5 mil t 219,9 x 106 US$FOB 0,465 628 US$FOB/t (média 2000) 481,3 US$FOB/t (fev 2000) 0,226 628 US$FOB/t (média 2000) 481,3 US$FOB/t (fev 2000) 0,1508 628 US$FOB/t (média 2000) 481,3 US$FOB/t (fev 2000) 0,053 628 US$FOB/t (média 2000) VII.2. ANÁLISE DOS FLUXOS DE CAPITAL E MATERIAL VII.2.1. EFICIÊNCIA A formulação teórica para representação da eficiência de um sistema é dada pela fórmula descrita na figura 5 a seguir. Pela fórmula apresentada , a eficiência de um sistema é calculada valorando-se as saídas de capital ou energia e dividindo-se este valor pelo total de entradas de capital ou energia no sistema. Esta operação resultará em um índice, que indicará a capacidade do sistema em processar produtos e subprodutos, a partir de determinada quantidade de insumos (CASTRO, LIMA,2000). Nesta proposição, quanto maior o índice , maior será a capacidade de processamento do sistema, ou seja, mais produtos serão obtidos a partir de determinada quantidade de insumos. Os índices referente à cadeia estudada podem ser verificados na figura 5 . Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 77 Figura 6: Eficiência dos Elos da Cadeia de Embalagens plásticas para alimentos Eficiência (E)= Capital Sai (S)/ Capital Entra (I) E =7,87 de Alimentos em Relação as Embalagens em Geral E = 4,2 MPs* MPs* para Resinas para Alimentos em Relação a Fonte Nafta E =1,53 de Embalagens Geral em Relação as Embalagens de Alimentos E =1,53 de Resinas para alimentos em Relação a MPs* MPs* para Resinas para Alimentos = 1,74 E de Embalagens de alimentos em Relação as Embalagens Plásticas de Alimentos E = 2,93 de Embalagens Plásticas de Alimentos em Relação a Resinas para alimentos *Petroquímicos Básicos Analisando-se estes índices nota-se que o elo de embalagens plásticas para alimentos em relação às resinas é o mais eficiente, enquanto que o elo de resinas em relação a matérias primas é o menos eficiente. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 78 VIII APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DELPHI PARA PROSPECTIVA TECNOLÓGICA DA CADEIA PRODUTIVA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS PARA ALIMENTOS O Projeto Estudo Prospectivo da Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas para Alimentos contribui para o alcance dos objetivos e metas do Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva da Indústria de Transformação Plástica, no sentido não só do entendimento de todos os elos da cadeia produtiva através do Diagnóstico5, como da utilização de uma técnica de prospecção, Delphi6, que dê apoio às ações a serem tomadas visando atingir o futuro desejável. Cabe também observar que tal projeto se constitui em experiência piloto na direção da capacitação da equipe executora (SIQUIM – EQ/UFRJ) nesta técnica de prospecção. Para tanto, a equipe do SIQUIM participou de treinamento através do “Curso de capacitação de equipes para estudos prospectivos de cadeias produtivas industriais”, ministrado pelo Dr. Antônio Maria Gomes de Castro e pela Dra. Suzana Valle Lima, com suporte da STI/MDIC e da UNIDO no escopo do programa “Technology Foresight for Latin America”. O objetivo desta etapa é a aplicação da técnica Delphi, método de prospecção utilizado para transformar a previsão em um sistema de suporte para a tomada de decisão, neste caso específico, as metas traçadas pelo Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva da Indústria de Transformação Plástica, propondo ações na cadeia e no seu ambiente institucional e organizacional, visando a melhoria da competitividade de seus segmentos e a melhoria da qualidade de seus produtos intermediários e finais. Para tanto, a técnica Delphi busca consenso entre os atores (dirigentes empresariais, pesquisadores, membros de entidades governamentais e de classe) dos diversos segmentos da cadeia produtiva dos transformados plásticos para embalagens de alimentos nos próximos 10 anos. Esta metodologia está estruturada em cinco partes, sendo a primeira sobre a ação prospectiva e a técnica Delphi (item IX), e a segunda com a base para Formulação do Questionário Delphi (item X). A terceira parte (item XI) trata da execução da metodologia Delphi (1a e 2a rodadas) e a busca do consenso. A quarta parte (item XII) identifica as variáveis críticas com as forças propulsoras e 5 MDIC/STI, 2002. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 79 restritivas para cada elo da cadeia, e apresenta recomendações para embasamento das políticas prioritárias do Fórum da Cadeia Produtiva da Indústria de Transformação Plástica e alcance das metas, e a quinta parte (item XIII) aponta as conclusões e as considerações finais. 6 Detalhes sobre este técnica encontram-se no item II deste relatório. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 80 IX A AÇÃO PROSPECTIVA E A TÉCNICA DELPHI Antecipar oportunidades e ameaças, com base em uma visão prospectiva, é vital em ambientes de mudanças que exigem respostas rápidas, efetividade, criatividade e inovação. A ação prospectiva é um exercício de possibilidades futuras que considera os atores de um dado setor, suas alianças, suas oposições e estratégias, constituindo uma rede importante à inovação e ao desenvolvimento. Abre-se, a partir da prospecção, um leque de chances para absorção, criação e domínio de tecnologias. A prospecção não é uma atividade de previsão que busca desenhar os fatos mais prováveis. Trata-se, sim, de uma ação aberta a diferentes contextos, desenha múltiplas possibilidades e sugere estratégias diversificadas. Dessa forma, com a atividade prospectiva, busca-se uma visão compartilhada de quais seriam as mais importantes demandas e campos promissores de pesquisa, de modo que se possa estabelecer prioridades, mas também articular diversos atores em torno da problemática de um futuro incerto e dos condicionantes da competitividade e da melhoria da qualidade de vida da sociedade (ZACKIEWICZ e SALLES-FILHO, 2001). Conduzir um exercício de prospecção é, ao mesmo tempo, entender os processos competitivos e as trajetórias tecnológicas subjacentes a eles e elaborar estratégias para concretizar inovações e melhorar a capacitação dos atores, superando os desafios científicos e tecnológicos identificados. Esse papel aglutinador e estratégico da ação pública passa pelo estímulo à compreensão do papel de cada ator no que concerne à inovação. Em termos metodológicos, isso significa trabalhar o aprendizado contínuo organizacional, interligando experiências, estimulando e fortalecendo confiança e segurança recíprocas, incentivos, intercâmbio e transparência. Orienta a formação de competências essenciais e arranjos cooperativos em nível de empresas e instituições de pesquisa (universidades e institutos), busca melhor integrar os atores nos sistemas de inovação, promove a competitividade sistêmica e a circulação do conhecimento (CANONGIA et al, 2002). A metodologia Delphi é um dos instrumentos importantes para a realização de exercícios de prospecção. Já nos anos 60, o propósito dessa ferramenta era obter o máximo consenso de um grupo de conhecedores do assunto7 (experts), por meio de questionários intercalados com retornos controlados das opiniões. A metodologia Delphi é caracterizada por: a) comunicação estruturada; b) anonimato dos participantes; c) interação e retroalimentação controlada; e d) agregação estatística 7 Neste estudo, dos 320 stakeholders consultados, 50 compõem o grupo de conhecedores do assunto, ou seja, responderam a 1a rodada Delphi. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 81 das respostas do grupo. O processo se repete até que se atinja um “estado estacionário”, isto é, o consenso (WEBLER et al, 1991). Na concepção deste estudo, tanto o conceito de prospecção tecnológica como o referente à técnica Delphi são apresentados a seguir de forma a estabelecer marco teórico-referencial para o desenvolvimento da etapa prospectiva de consulta aos especialistas (MDIC/STI, 2000b). Pode-se, então, frisar que prospecção tecnológica é considerada como um conjunto de conceitos/técnicas para previsão de comportamento de variáveis sócio-econômicas, políticas, culturais, tecnológicas, e de suas interações. Com relação ao conceito utilizado na técnica Delphi, leva-se em consideração a busca de consenso entre os especialistas (experts) sobre eventos futuros e a avaliação intuitiva coletiva baseada em uso estruturado do conhecimento, experiência e criatividade. Para Godet (2000), o objetivo mais comum do método Delphi é considerar os esclarecimentos dos especialistas em áreas de incerteza com o intuito de facilitar a tomada de decisão. Esta técnica é utilizada quando as séries históricas são deficientes, quando existe um enfoque interdisciplinar na cadeia produtiva do estudo ou quando existem perspectivas de mudanças em tendências, ou seja, quando podem ocorrer rupturas nas tendências relativas à cadeia estudada (MDIC/STI, 2000a). A técnica Delphi utiliza questionários com definição clara de objetivos, horizonte temporal a ser estudado e resultados desejados, e é caracterizada pelo anonimato do respondente, por um tratamento estatístico simples das respostas e a reavaliação destas para novo questionário. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 82 Os pontos críticos mais citados na literatura são os relacionados às perguntas do questionário e à escolha dos especialistas para responderem o questionário. Orienta-se que as perguntas devem ser baseadas em uma análise tendencial, devem ser claras, e também devem permitir a complementação por parte dos especialistas. Por outro lado, os especialistas devem ter amplo conhecimento sobre o tema, não necessariamente formal, devendo o questionário permitir o grau de conhecimento do mesmo para cada pergunta em que sua opinião será analisada. Vale acrescentar que, normalmente, a maioria dos estudos que utilizam técnicas de construção de futuro trabalha com uma faixa que considera 15 a 20 especialistas, por verificar que um grande número destes pode gerar uma grande quantidade de idéias, dificultando o processo de contextualização. O número de especialistas é geralmente determinado pela variedade de temas envolvidos, porém, quando se trabalha com um número baixo de especialistas, o grupo de análise deve buscar pessoas com um elevado conhecimento e experiência nos temas abordados. A escolha deve levar em consideração menos os títulos ou postos hierárquicos, do que o conhecimento tácito do especialista no assunto (Ludwig, 1997 apud Pio, 2002). A formulação das questões baseia-se em um prévio entendimento do tema de cada questão ou grupo de questões, sendo que este tema deve estar totalmente definido e deve fazer sentido para o público alvo (especialistas). Após a formulação deve ser decidido o tipo de questão que melhor se aplica ao tema. O objetivo geral da construção do questionário Delphi, neste estudo, é identificar a percepção de um grupo de especialistas sobre o comportamento futuro da cadeia produtiva estudada, de acordo com os seguintes critérios: SÉRIE HISTÓRICA, TENDÊNCIAS e CENÁRIOS. Portanto, as questões, que podem ser abertas ou de múltipla escolha (com uma ou mais opções), devem contribuir com a compreensão do presente (situação atual) em relação ao futuro (situação desejada). Para o alcance do futuro desejável, torna-se necessária a elaboração de estratégias e planos de ação, e a técnica de Impacto Cruzado pode ser utilizada após aplicação do método Delphi, visando apresentar aos especialistas os impactos da ocorrência de cada evento sobre os demais. A técnica de Impacto Cruzado é considerada uma eficiente ferramenta para a otimização e análise de fatores críticos. Dos procedimentos existentes, a técnica de brainstorming com análise SWOT (Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças)) pode determinar o grau de influência que uma variável exerce sobre as outras (Pio ,2002). A análise estratégica coloca a metodologia SWOT como importante elemento no entendimento dos ambientes sistêmico (macro), setorial (meso) e organizacional (micro), no sentido de traçar ações que tenham impacto nos quatro quadrantes apresentados na Figura 7, que destaca (Canongia, 2002): Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 83 Potencialidades de Ação Ofensiva – Aproveitar as oportunidades externas mediante aplicação das forças existentes na organização e desenvolvimento de novas potencialidades na organização; Capacidade Defensiva – Defender das ameaças externas mediante aplicação das forças existentes na organização; Debilidades – Aproveitar as oportunidades externas mediante ações que reduzam/eliminem as fraquezas da organização; Vulnerabilidades – Defender de ameaças externas mediante ações que reduzam/eliminem as fraquezas da organização. Figura 7 – Matriz SWOT P O T E N C IA L ID A D E S D E A Ç Ã O O F E N S IV A D E B IL ID A D E S AM EAÇAS C A P A C ID A D E D E F E N S IV A V U L N E R A B IL ID A D E S M A C R O e M E S O A M B IE N T E S M IC R O A M B IE N T E - O R G A N IZ A Ç Ã O F R A Q U E ZA S FO R Ç A S O P O R T U N ID A D E S Neste sentido, na análise das respostas do Delphi, é interessante agregar esta visão nas propostas de ações. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 84 X BASE PARA FORMULAÇÃO DO QUESTIONÁRIO DELPHI As questões do questionário Delphi foram elaboradas a partir de parâmetros mais impactantes obtidos através da análise de cada elo desta cadeia produtiva, levando-se em consideração o CENÁRIO, a SÉRIE HISTÓRICA e as TENDÊNCIAS. Cabe ressaltar que as questões podem estar relacionadas com mais de um elo. Cadeia produtiva pode ser entendida como o conjunto de agentes econômicos e as relações que são estabelecidas, desde as matérias-primas e insumos até a obtenção do produto final para atender a demanda dos consumidores. Assim, uma visão a montante e a jusante do processo produtivo é fundamental para que, de forma sistêmica, setores possam identificar seus fatores críticos de sucesso e traçar linhas de ações que permitam aumentar a competitividade e expandir o mercado (Borschiver et al., 2002). Para melhor entendimento e como forma de melhor ilustrar a cadeia produtiva em estudo e tornar sua visualização mais fluida, tem-se na Figura 8 ilustração da cadeia produtiva, e suas correlações. Figura 8: Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas para Alimentos Central de Matérias Primas Extração e Refino do Petróleo Gás Natural Petroquímica Transformador Farinha Vovó Donalda Qualidade Superior Fabricado e envasado por: Cia. das farinhas Validade: ##/##/## Envasador Transporte Consumidor Final Indústria de Alimentos Supermercado A seguir, são apresentados briefings de cada elo, com os respectivos parâmetros que levaram à elaboração das questões. Esta etapa é extremamente importante, pois facilitará a compreensão das etapas subseqüentes. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 85 ELO INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Este elo, que está inserido na Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas para Alimentos, corresponde ao elo mais próximo ao consumidor, tendo sua atuação marcada por diferentes atividades, como por exemplo: Beneficiamento; Conservação e preservação; Eliminação e microorganismos patogênicos; Elaboração de complementos alimentares; Misturas balanceadas e enriquecidas de nutrientes. Além disso, esta Indústria pode ser definida como um numeroso conjunto de pequenas, médias e grandes empresas espalhadas no território nacional, com a maioria atuando em mercados regionais. O segmento formado pela indústria alimentícia é representado por um parque industrial com cerca de 45 mil estabelecimentos, ocupando o primeiro lugar em número de fábricas, seguido dos setores de vestuário, de mecânica e metalúrgica. A região Sudeste é responsável por 52% do valor da produção de alimentos no País, seguida da região Sul com cerca de 30,5%, o que coloca estas regiões como responsáveis por mais de 80% da produção desta indústria, segundo dados da ABIA8. Estes dados não surpreendem, pois acompanham a tendência de concentração regional da indústria em geral no Brasil. O valor da produção da indústria de alimentos no período de 1990-99 contribuiu, em média, com 9,66% do valor do PIB e 17,52% do valor da indústria total, sendo a primeira indústria do setor de transformação. A questão 1, conforme descrito a seguir, foi baseada nestes parâmetros, em uma contextualização de TENDÊNCIAS e SÉRIE HISTÓRICA. Questão 1: O valor da produção da indústria de alimentos no período de 1990-2000 contribuiu, em média com 9,69% do valor do PIB e 17,47% do valor da indústria total, conforme pode ser observado pela tabela a seguir: 8 “A Indústria Brasileira da Alimentação Hoje”, ABIA, 2000. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 86 Tabela: Participação da indústria de alimentos no PIB e no total da indústria de transformação no Brasil, em % (1990-2000) 1990 9,98 17,2 Participação noPIB naInd. Total 1991 10,17 17,95 1992 10,45 17,28 1993 10,22 16,69 1994 8,93 16,36 1995 9,98 16,57 1996 9,67 17,48 1997 9,04 17,44 1998 9,39 19,38 1999 9,61 18,6 2000 9,2 17,25 Fonte: Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), 2000 Na sua opinião qual será o impacto da indústria de alimentos sobre a indústria em geral, em porcentagem, daqui a 10 anos? a - Diminuirá. b - Permanecerá na mesma. c - Será mais significativo (em torno de 30%). d - Será muito mais significativo (40% ou mais). Também se pode afirmar que, neste elo, é forte a concentração da distribuição em supermercados, conforme demonstrado na Figura 9: Figura 9: Elo Indústria de Alimentos - Canais de Distribuição Canais de distribuição CANAIS DE VENDA SUPERMERCADOS R$ 60 bilhões (5 redes 40% das vendas) Ampla / diversificada gama de consumidores Gerência estratégica de sistemas de embalagem (custos -10% do faturamento) LOJAS DE CONVENIÊNCIA Inovações para Produtos/ embalagens COMÉRCIO ELETRÔNICO B2B 10 X B2C (330 mil Compradores em potencial no Brasil ) Respeitado por restrições de custo Sistema Sistema de de informação informação Sobre Sobre aa Indústria Indústria Química Química Neste caso, correlacionamos as questões 3, 12 e 13 do questionário Delphi com este parâmetro, também em uma contextualização de TENDÊNCIAS e SÉRIE HISTÓRICA. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 87 Questão 3 - Os canais de distribuição utilizados para a venda de alimentos são muito importantes para o desenvolvimento de novas embalagens, já que esta pode ser projetada para atender as características demandantes de cada um destes. Em 1999 os supermercados foram responsáveis pela movimentação de R$60 bilhões em alimentos, sendo que 5 redes respondem por 40% das vendas de alimentos. Por outro lado, as lojas de conveniência constituem local ideal para a experimentação de produtos e embalagens inovadoras, respeitadas as restrições de custo. Em relação às redes virtuais de comércio existe estimativa no Brasil de um grande potencial de crescimento, basta observar que nos EUA existem 13 milhões de domicílios que compram via internet, enquanto Brasil existem apenas 330 mil potenciais compradores. O grande problema é a disponibilidade dos recursos logísticos para distribuir os produtos adquiridos. Tendo em vista este cenário, na sua opinião, qual dos canais de distribuição será o mais importante para distribuição de alimentos, no prazo de dez anos? Marque até duas opções. a - Supermercados b - Pequeno varejo c - Comércio eletrônico d - Outros. Qual? Questão 12 - A tabela a seguir mostra os principais alimentos demandantes de embalagens plásticas, em valor. RANKING PRODUTO US$ % 1 Bebidas carbonatadas 933.529,00 41,50% 2 Água mineral 192.034,00 8,50% 3 Carne processada 132.891,00 5,90% 5 Açúcar 86.140,00 3,80% 7 Aves 72.793,00 3,20% 9 Arroz 46.145,00 2,00% 4 Iogurtes e sobremesas 108.759,00 4,80% 13 Leite 40.424,00 1,80% 15 Feijão 36.640,00 1,60% 6 Margarina e manteiga 78.903,00 3,50% 8 Hortifrutigranjeiros 52.072,00 2,30% 10 Farinha de trigo 44.440,00 2,00% 12 Balas e doces 40.798,00 1,80% 11 Óleo comestível e gordura 41.933,00 1,90% 14 Temperos e condimentos 39.439,00 1,80% Outros 304.284,00 13,50% Total 2.251.224,00 100,00% Neste contexto, como se apresentará este ranking daqui a dez anos? Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 88 Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Produto Outros. Qual? Questão 13 - A tabela a seguir mostra os principais alimentos demandantes de embalagens plásticas, em quantidade. RANKING 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 PRODUTO Bebidas carbonatadas Água mineral Carne processada Açúcar Aves Arroz Iogurtes e sobremesas Leite Feijão Margarina e manteiga Hortifrutigranjeiros Farinha de trigo Balas e doces Temperos e condimentos Outros Total Qtde (ton) % 241.629,10 39,60% 44.899,80 7,40% 42.158,30 6,90% 30.280,60 5,00% 28.524,80 4,70% 20.592,80 3,40% 19.529,60 3,20% 16.597,80 2,70% 16.352,00 2,70% 15.749,80 2,60% 15.217,40 2,50% 14.522,50 2,40% 11.790,80 1,90% 10.606,80 1,70% 71.069,80 11,70% 609.665,20 100,00% Neste contexto, como se apresentará este ranking daqui a dez anos? Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Produto Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 89 ELO INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS PARA ALIMENTOS A indústria de embalagens é hoje um dos setores mais importantes do mundo, embora somente mais recentemente comece a ser reconhecida e diagnosticada como um setor estratégico para a sociedade, representando um mercado de US$ 500 bilhões, composto por aproximadamente 100.000 empresas e com uma geração de 5 milhões de empregos. De maneira geral, a indústria de embalagens representa de 1 a 2% do Produto Interno Bruto – PIB. A indústria de plásticos foi um dos setores que apresentou as maiores taxas de crescimento no mundo nos últimos 25 anos, refletindo principalmente a expansão do mercado consumidor e o dinamismo do processo de substituição de produtos e materiais tradicionais por bens baseados em petroquímica. Apresenta um papel importante na economia moderna, pois é indústria chave, estando presente em diversos setores, principalmente no alimentício, no automobilístico, no de cosméticos, no farmacêutico, no de higiene e limpeza, e no de construção civil, entre outros que vêm ampliando, a cada ano, a utilização desta matéria-prima em seus produtos. Os EUA continuam como principal produtor mundial da indústria de plásticos, apesar de crescimento modesto em 2000. Os negócios em plásticos movimentaram um total de US$ 304 bilhões em 1999. Neste país os setores que incorporam a maior quantidade de resinas são transporte, embalagens de alimentos e equipamentos plásticos (UNICAMP/IE/NEIT, MDIC e MCT, 2002:19). A indústria brasileira de embalagens foi estimada em 5,5 milhões de toneladas, correspondentes a R$ 12 bilhões em 1999, dos quais 61% em volume e 65% em valor foram movimentados com embalagens para alimentos e bebidas. A embalagem é considerada o principal elemento diferenciador dos produtos junto aos consumidores, tendo papel mais importante, na maioria dos casos, do que as próprias características dos produtos de consumo (Arthur Andersen, CETEA, 2000). As exigências do consumidor não se restringem somente à proteção, conservação e higiene; há um novo comportamento em que este está mais atento a novos materiais utilizados, às facilidades encontradas na embalagem e às questões ambientais. As funções básicas da embalagem continuam sendo importantes para o consumidor, mas agora estes apresentam novas exigências para a embalagem na hora da compra do produto. Estes são: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 90 Conter informações adequadas sobre o produto; Praticidade no manuseio; Adequação ao armazenamento após abertura. A embalagem é o fator que mais influi na percepção que o consumidor tem em relação ao produto como um todo. Se o consumidor não é conquistado pela embalagem, o produto passa desapercebido ou torna-se frágil diante da concorrência (Arthur Andersen, CETEA, 2000). Assim, na Figura 10 são apresentadas as características tanto de design e quanto do perfil do consumidor para embalagens de alimentos. Figura 10: Embalagens de alimentos - Perfil do Consumidor C aracterísticas d o “d esig n ”e p erfil d o co n su m id o r TIPO DE CONSUMIDOR/ QUANTIDADE INDUSTRIAL FAMILIAR Restaurantes / Hotéis / Hospitais Fácil manuseio SINGLE HEALTHY PEOPLE Conveniência Transparência e sofisticados informações e materiais confiáveis WORKAHOLIC IDOSOS Ready to cook Produtos de leitura fácil e características ergonômicas CARACTERÍSTICAS DO ALIMENTO IN NATURA INDUSTRIALIZADO CONGELADO Sistema Sistema de de informação informação Sobre Sobre aa Indústria Indústria Química Química Os dados apresentados na Figura 10 serviram como parâmetro para a questão 2 do questionário Delphi, em uma contextualização de TENDÊNCIAS. Questão 2 - As necessidades e expectativas dos clientes e consumidores passaram a ser consideradas fatores de sucesso dos negócios, portanto as empresas têm se empenhado em entender, respeitar e satisfazer suas aspirações. Observando-se o mercado, constata-se um forte trabalho de posicionamento dos produtos de consumo, utilizando principalmente a embalagem e a marca como seus principais diferenciadores. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 91 A segmentação do tipo de consumidor e sua respectiva influência no design da embalagem podem ser observadas na tabela a seguir: Tabela: Novos valores e postura do consumidor e suas implicações no mercado Valores / posturas Família tradicional com membros de hábitos diferenciados Aumento de lares com uma só pessoa Envelhecimento da população Aumento da consciência do saudável e da higiene Implicações Diversificação das embalagens focando o uso para a "pessoa” Preferência por produtos de conveniência e com sofisticação Influencia nas embalagens Embalagens menores de fácil manuseio e práticas Embalagens menores, multifuncionais, e de fácil armazenamento. Busca de embalagens de produtos com shelf-life menor Pessoas com grande e com características potencial financeiro que ergonômicas, que trazem buscam alimentos mais conveniência, segurança e que saudáveis uma vida mais contenham informações de ativa fácil leitura e instruções. Embalagens mais elaboradas, Necessidade de maior com maior transparência nas cuidado com embalagens por informações e materiais toda cadeia de suprimentos e confiáveis que garantam a distribuição inviolabilidade. Existência de uma maior Consciência do responsabilidade do setor de Busca por embalagens “ecologicamente correto” embalagens e busca de maior biodegradáveis e recicláveis sofisticação nas embalagens com Stress , aumento das horas Menos tempo de dedicação Embalagens trabalhadas e maior valor ao ao lar, como cozinhar por conveniência, reutilizáveis e lazer exemplo ready to cook Na sua opinião, qual (is) o (s) tipo (s) de consumidor (es) que nos próximos 10 anos irá (ão) contribuir mais para o desenvolvimento de inovações no setor de embalagens para alimentos? a - Consumidor de família tradicional com membros de hábitos diferenciados. b - Consumidor que vive sozinho “single”. c - Idoso. d - Consumidor com consciência do saudável e da higiene. e - Ecologicamente correto. f - Workaholic. g - Outros. (Quais?) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 92 Conforme Diagnóstico9, a Indústria de Embalagens Plásticas representa cerca de 30% da produção da Indústria de Embalagens. Destes 30%, cerca de 63,6% são da Indústria de Embalagens Plásticas para Alimentos, o que aponta para um significativo valor agregado deste segmento. Estes parâmetros serviram de base para a formulação das questões 4, 5 e 6 do questionário Delphi, em uma contextualização de CENÁRIO e TENDÊNCIAS, conforme descrito a seguir: Questão 4 - No final da década de 90, o consumo anual do setor de embalagens foi de 1,01 milhão de toneladas de plástico sendo que destas 735 mil foram direcionadas a alimentos e bebidas que correspondeu 22% do total do material utilizado para embalagens neste setor, conforme é visualizado na tabela 4: Tabela: Consumo dos principais materiais utilizados em embalagens para alimentos Materiais Metálicos Celulósicos Plásticos Vidro Total Alimentos e Bebidas % Ton 103 764 23% 1057 32% 735 22% 779 23% 3.335 100% Fonte: Datamark,1999 Na sua opinião, qual será a porcentagem do plástico, neste setor, daqui a dez anos? a - 15% b - 20% c - 30% d - 50% ou mais 9 MDIC/STI, 2002. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 93 Questão 5 - No caso do plástico aumentar sua participação neste mercado, qual matéria prima você acredita que ele substituirá mais fortemente? a - Madeira b - Papel reciclado c - Alumínio d - Vidro e - Aço f - Papelão g - Nenhum h - Outros, Qual? Questão 6 - Caso contrário, se o plástico perder mercado qual matéria prima o substituirá? a - Madeira b - Papel reciclado c - Alumínio d - Vidro e - Aço f - Papelão g - Nenhum h - Outros. Qual? A indústria de embalagens plásticas para alimentos caracteriza-se por utilizar diversos processos. Os mais utilizados são a injeção, calandragem, extrusão, sopro e termoformação. Foi realizada uma pesquisa onde foram identificados os principais processos utilizados, relacionando-os com o tipo de embalagem e com a resina utilizada, conforme pode ser observado na Tabela 22. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 94 Tabela 22:Principais tipos de embalagens plásticas para alimentos por resina e processos Resina PET Sopro X Processo Injeção X X PVC X X X PEAD X X X PEBD X X X PP X X PS X X Tipos de Embalagem Extrusão Garrafas retornáveis, garrafas e frascos Sacos, invólucros Garrafas e frascos Bandejas, tampas e potes Filmes shrink e stretch Garrafas e frascos Baldes, tampas, copos e potes Sacos, invólucros Bisnagas, garrafas e frascos Tampas Sacos Garrafas e frascos Tampas Sacos de ráfia Garrafas e frascos Bandejas, tampas, copos e potes Os dados da Tabela 22 serviram de parâmetro para a questão 8 do questionário Delphi, em uma contextualização de TENDÊNCIAS. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 95 Questão 8 - A tabela a seguir mostra os principais processos de transformação utilizados para fabricar embalagens plásticas para alimentos, de acordo com a resina utilizada. Tabela: Principais processos de Transformação X Resinas X Tipo de Embalagem Qtde. (ton) % Valor (milhão US$) % Tipos de Embalagem PET Sopro Extrusão 240.278 0,8 99,99% 0,01% 926,70 0,003 99,99% 0,01% Garrafas retornáveis, garrafas e frascos. Sacos, invólucros. PVC Sopro Injeção Extrusão 6.769 2.674 4.551 48,4% 19,1% 32,5% 31,40 11,70 13,90 55,1% 20,5% 24,4% Garrafas e frascos. Bandejas, potes e tampas. Filme shrink, filme stretcht. PEAD Sopro Injeção Extrusão 20.281 8.251 11.802 50,3% 20,5% 29,3% 78,20 31,90 39,80 52,2% 21,3% 26,6% Garrafas e frascos. Baldes, copos, potes e tampas. Sacos, invólucros. PEBD Sopro Injeção Extrusão 683 1.702 169.428 0,4% 1,0% 98,6% 2,90 7,40 429,50 0,7% 1,7% 97,7% Bisnaga, garrafas e frascos. Tampas. Sacos. PP Sopro Injeção Extrusão 14.481 49.702 52.177 12,4% 42,7% 44,8% 64,40 235,40 209,40 12,6% 46,2% 41,1% Garrafas e frascos. Tampas. Sacos de ráfia. PS Sopro Injeção 6.336 19.044 25,0% 75,0% 41,50 123,30 25,2% 74,8% Garrafas e frascos. Bandeja, tampas, copos e potes. Indique com um X para cada uma destas resinas, qual o principal processo de transformação que provavelmente estará sendo utilizado em dez anos. PROCESSO PEBD Injeção Extrusão Sopro Laminação Expansão Termoformação Ráfia Rotomoldagem Fibra Filmes Outros PEBDL PEAD PP Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ PS PVC PET 96 A indústria de transformação plástica tem características distintas da 1a e 2a gerações petroquímicas. Caracteriza-se por ter uma maior diversificação e diferenciação de produtos utilizando processos de produção mais flexíveis e uma menor escala de produção. A situação deste setor foi base para a questão 9, em uma contextualização de CENÁRIO e TENDÊNCIAS. Questão 9 - A indústria de transformação plástica que, ao contrário de sua fornecedora de matérias primas (segunda geração petroquímica), é altamente pulverizada sendo constituída principalmente de pequenas e médias empresas. Já a principal demanda pelos transformados plásticos (embalagens plásticas para alimentos) é proveniente de grandes empresas de alimentos. Diante deste contexto as empresas da indústria de transformação plástica para embalagens de alimentos têm baixo poder de barganha. De acordo com seus conhecimentos, como estará este setor no prazo de dez anos? a - Permanecerá pulverizado. b - A transformação será verticalizada para trás -pelo produtor de resina. c - A transformação será verticalizada para frente -pelo produtor de alimentos. d - Haverá a concentração das empresas do setor de transformação a partir de fusões e aquisições. O mercado de máquinas para o setor de transformação plástica para embalagens é extremamente importante, representado no Brasil principalmente pela ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria de Plástico. A questão 7 teve como base o mapeamento deste setor, em uma contextualização de CENÁRIO. Questão 7 - O mercado de máquinas é desenhado por aproximadamente 6.600 transformadores, a maioria formada por empresas pequenas e médias, que empregam em torno de 190.000 pessoas. Com um parque estimado de 40.000 máquinas, a transformação brasileira adquiriu em torno de 3,8 milhões de toneladas de resinas locais no exercício de 2000. Praxe mundial, injeção é o segmento que prevalece na área, representando ao redor de 49% do contingente de transformadores. É seguido à distância pelos redutos de extrusão, com fatia de 28%; sopro, com participação estimada em 18%, e o percentual restante cabe aos demais processos de moldagem de plástico. Nas entrevistas com representantes do setor, vários itens foram priorizados como sendo essenciais e marcantes para a competitividade sendo estes: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 97 Ex tarifários Fraudulentos: Importação de máquinas isentas de tarifa de importação (hoje na média de 14%), pois são enganosamente descritas como equipamentos sem similares locais. Ausência de Indicadores Públicos de Comércio Exterior do Sistema Alice – Dificuldade da Industria Nacional em identificar com precisão a máquina para qual é reivindicada taxa zerada de importação. Relutância dos bancos privados, temerosos do risco de inadimplência ao servirem de agentes das linhas de crédito aprovadas pela Finame, a agência de financiamento de maquinário atrelada ao BNDES. Custo Brasil, 20% nos custos, subindo a 34% quando acrescida dos impostos indiretos. A indústria brasileira de máquinas para plástico não se conhece devido à cultura enraizada na maioria de seus integrantes, inibindo-os de liberar indicadores concretos de sua performance. Alto grau de obsolescência do maquinário. 32,5% das injetoras, 24% das extrusoras e 16,5% das sopradoras tem idade maior que 15 anos. Na sua opinião qual será o principal gargalo para o crescimento da indústria de máquinas no Brasil? ELO RESINAS TERMOPLÁSTICAS A segunda geração petroquímica é a responsável pela produção das resinas, que são transformadas em diversos produtos nas empresas da terceira geração petroquímica ou indústria de transformação plástica. A fim de que as resinas desempenhem as funções esperadas de performance, é necessária a aditivação por meio de corantes, pigmentos, retardantes de chama, antioxidantes, etc. Alguns desses produtos químicos são necessariamente adicionados à resina durante o processo de polimerização, nas empresas produtoras de polímeros. As principais resinas termoplásticas investigadas neste trabalho representam amplamente o mercado brasileiro no que diz respeito ao seu uso em embalagens para produtos alimentícios. São elas: polietileno de alta densidade (PEAD), polietileno de baixa densidade (PEBD), polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), polipropileno (PP), tereftalato de polietileno (PET), poliestireno (PS), poliestireno expansível (EPS) e policloreto de vinila (PVC), cujo faturamento foi da ordem de aproximadamente US$ 3 bilhões em 2000. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 98 A produção destas resinas termoplásticas chegou a 3,8 milhões de toneladas em 2000, segundo a ABIPLAST, representando um crescimento de 8,5% em relação ao ano anterior. As importações e exportações cresceram 33,8% e 22,5% respectivamente. Os dados apresentados serviram de parâmetro para a questão 11 do questionário Delphi, em uma contextualização de CENÁRIO e SÉRIE HISTÓRICA. Questão 11 - Sabe-se que a Indústria Química tem apresentado um déficit na balança comercial que tem crescido de forma exponencial na última década. Do mesmo modo, as resinas utilizadas em embalagens plásticas para alimentos contribuem para o aumento deste déficit, pois apresentam alto valor de importação, como pode ser exemplificado pelos gráficos a seguir para PEAD e PVC: PEAD Im p o rta ç ã o Valores (t) 1 .0 0 0 .0 0 0 E x p o rta ç ã o 7 5 0 .0 0 0 5 0 0 .0 0 0 P ro d u ç ã o 2 5 0 .0 0 0 C o n su m o A p a re n te 00 20 99 98 19 19 97 19 19 96 0 Importaçã o Exportaçã o Produção 00 Consumo Aparente 20 99 19 98 19 19 19 97 800.000 600.000 400.000 200.000 0 96 toneladas Policloreto de Vinila Na sua opinião qual é a perspectiva do comércio exterior de resinas nos próximos dez anos? Se necessário marque mais de uma opção. a - Permanecem altas as importações. b - Tendência para o desenvolvimento /compra de tecnologia adequada para aumentar a produção nacional com conseqüente substituição de importações. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 99 c - Aumentam as importações. Em que percentual? d - Aumentam as exportações. Em que percentual? e - Desenvolvimento de novos grades f - Outros Quanto aos transformados plásticos, o consumo aparente atingiu 3,9 milhões de toneladas no ano de 2000, contra 3,5 milhões de 1999. A fatia de mercado dos Polietilenos (PEAD + PEBD + PEBDL) representa 42% do consumo (em quantidade) das resinas no País. Com um olhar mais focado na indústria de embalagens plásticas de alimentos, é possível perceber quais resinas têm maior aplicação neste setor, conforme a Tabela 22. A seguir são apresentados dados de aplicação das resinas no mercado, em gráficos de demanda por segmento e por processo, salientando-se o “papel” do setor de embalagens para cada uma dessas resinas. Os Gráficos 12, 13, 14, 15, 16 e 1710 tratam de Polietilenos, notando-se que 23% da demanda de PEAD e PEBDL e 68% da demanda de PEBD para o setor de embalagens destinam-se a embalagens para alimentos. Gráfico 12 – PEAD por segmento (% em quantidade) - 2000 PEAD (Demanda por Segmento) Construção Civil 10% Brinquedos 1% Utilidades Agrícola Domésticas 1% 5% Embalagens 39% Peças Técnicas 11% Outros 13% Descartáveis 20% 10 Novas Gerações Fortalecem o Setor - Página web – http://www.plastico.com.br/revista/pm319/commodities/novas_geracoes2.htm. [capturada em 13/04/2003] Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 100 Gráfico 13 – PEAD por processo (% em quantidade) - 2000 PEAD (Demanda por Processo) Extrusão 10,4% Injeção 12,2% Filmes 40,3% Outros 0,9% Sopro 36,2% Gráfico 14 – PEBDL por segmento (% em quantidade) - 2000 PEBDL (Demanda por Segmento) Agrícola 5% Utilidades Domésticas 1% Outros 18% Embalagens 76% Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 101 Gráfico 15 – PEBDL por processo (% em quantidade) - 2000 PEBDL (Demanda por Processo) Injeção 0,5% Sopro 0,1% Outros 0,1% Extrusão 1,9% Filmes 97,4% Gráfico 16 – PEBD por segmento (% em quantidade) - 2000 PEBD (Demanda por Segmento) Descartáveis 6% Peças Técnicas 2% Construção Civil 2% Calçados 1% Agrícola 6% Outros 10% Utilidades Domésticas 1% Embalagens 72% Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 102 Gráfico 17 – PEBD por processo (% em quantidade) - 2000 PEBD (Demanda por Processo) Extrusão 7,7% Injeção 4,6% Sopro 4,4% Outros 9,0% Filmes 74,3% Com relação ao Poliestireno11, especificamente, EPS, onde 3 produtores se destacam no mercado nacional (Innova (18% do mercado), Dow (34%) e Basf (34%)), produzindo juntos cerca de 350 mil/t/ano), verifica-se também que o setor de embalagem é forte demandante, cerca de 42%, conforme o Gráfico 18. Gráfico 18 – EPS por aplicação (% em quantidade) - 2000 Distribuição de EPS por Aplicação Outros 9% Embalagem 43% Construção Civil (Câmaras Frigoríficas) 48% 11 Poliestireno – Maior Oferta Muda a Cara do Setor – página web – http://www.plasticoonline.com.br/revista/pm319/commodities/maior_oferta.htm - [captirado na web em 15/04/2003] Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 103 A distribuição de Poliestireno (PS) por aplicação é demonstrada no Gráfico 19 a seguir: Gráfico 19 – Distribuição de PS (% em quantidade) - 2000 Distribuição de PS por Aplicação Eletroeletrônico 18% Descartáveis 30% Calçados 3% Embalagens Diversas 25% Linha Branca 15% Outros (brinquedos e móveis) 5% Utilidades Domésticas 2% Construção Civil 2% Na distribuição de PS, 25% e 30% são para a indústria de embalagens e descartáveis, respectivamente. Para a resina Polipropileno (PP), percebe-se que a embalagem também puxa a demanda da resina, segundo os Gráficos 20 e 2112: Gráfico 20 – PP por segmento (% em quantidade) - 2000 PP (Demanda por Segmento) Descartáveis 2% Agrícola Construção Civil 2% 4% Utilidades Domésticas 10% Outros 12% Embalagens 48% Peças Técnicas 22% 12 Polipropileno: Injeção e Extrusão puxam Crescimento. Página Web – http://www.plasticoonline.com.br/revista/pm319/commodities/Injecao_e_extrusao.htm [capturada em 15/04/2003] Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 104 Gráfico 21 – PP por processo (% em quantidade) – 2000 PP (Demanda por Processo) Fibra 15,0% Injeção 33,7% Ráfia 12,3% Extrusão 12,2% Sopro 7,2% Filmes 19,6% Para o PP, dos 48% destinados a embalagens, 55% vão para o setor de alimentos. Notadamente, PET é a resina cuja maior aplicação é o setor de embalagem, correspondendo a mais de 80% em quantidade (Gráfico 2213), e deste percentual e, 99% são utilizados no setor alimentício. Gráfico 22 – Aplicações do PET no Brasil (% em quantidade) - 2000 Aplicações da Resina PET no Brasil (2000) Água Mineral 10% Outros 4% Óleo 5% Refrigerantes 81% Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 105 Gráfico 23 – Aplicações do PET no mundo (% em quantidade) - 2000 Aplicações da Resina PET no Mundo (2000) Outros 27% Refrigerantes 45% Água Mineral 22% Óleo 6% A resina PVC tem aplicação forte no campo da construção civil, e o setor de embalagem representa cerca de 6,7% do consumo em quantidade desta resina14 (Gráfico 24). Gráfico 24– Consumo de PVC por Aplicação (% em quantidade) - 2000 Consumo de PVC por Segmento de Aplicação Embalagens 7% Outros 8% Perfis 8% Calçados 6% Tubos e Conexões 52% Espalmados 4% Fios e Cabos 6% Laminados 9% Para o PVC, dos 6,7% destinados a embalagens, 25,3% vão para o setor de alimentos. 13 PET – Consumo Cresceu 10% em 2000. Página Web – http://www.plasticoonline.com.br/revista/pm319/commodities/consumo_cresceu.htm [capturada em 15/04/2003] Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 106 Salienta-se que entre 20-25% do mercado das resinas termoplásticas é dirigido à Indústria de Embalagens Plásticas para Alimentos. As informações apresentadas serviram de parâmetro para as questões 10 e 14 do questionário Delphi, em uma contextualização de CENÁRIO e TENDÊNCIAS. Questão 10 - No mercado de embalagens, nota-se a ocorrência de competição das resinas por outros materiais além da concorrência entre si. A descrição abaixo diz respeito as principais resinas utilizadas em embalagens de alimentos. Marque, para cada uma delas, se existe tendência de substituição desta resina por outra. Em caso afirmativo, descreva qual. Principais resinas utilizadas para embalagem de alimentos: • PET que é amplamente utilizado no setor de bebidas carbonatadas, água mineral e óleos comestíveis; NÃO • SE SIM QUAIS? PEAD cujos principais alimentos demandantes são hortifrutigranjeiros e água mineral; NÃO • SIM SIM SE SIM QUAIS? PEBD, utilizado principalmente para embalar carne, frango e alimentos da cesta básica como arroz feijão e açúcar. NÃO • SIM SE SIM QUAIS? PEBDL, utilizado principalmente na fabricação de filmes, utilizados para embalar alimentos da cesta básica. NÃO SIM SE SIM QUAIS? 14 PVC – Importação Alta Prejudica o Setor – Página Web http://www.plasticoonline.com.br/revista/pm319/commodities/importacao_alta.htm [capturada em 15/04/2003] Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 107 • PVC, utilizado principalmente em hortifrutigranjeiros, temperos e condimentos. NÃO • SIM SE SIM QUAIS? PP, utilizado principalmente em embalagens para água mineral (tampa), manteiga e margarina, açúcar e doces. NÃO • SIM SE SIM QUAIS? PS, utilizado para embalar Iogurte e sobremesas, bebidas tônicas, ovos, carne processada e aves. NÃO SIM SE SIM QUAIS? Questão 14 Quais resinas serão mais demandadas por cada um dos produtos citados anteriormente? PRODUTO RESINA Bebidas carbonatadas Água mineral Carne processada Açúcar Aves Arroz Iogurtes e sobremesas Leite Feijão Margarina e manteiga Hortifrutigranjeiros Farinha de trigo Balas e doces Temperos e condimentos Outros Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 108 ELO NAFTA A cadeia produtiva de produtos plásticos tem início na utilização das matérias primas nafta ou gás natural para a obtenção dos produtos petroquímicos básicos, principalmente eteno, propeno, benzeno, tolueno, orto-xileno, para-xileno, xileno misto, butadieno, buteno, e isopreno. Essa conversão é feita nas Centrais de Matérias-Primas dos Pólos Petroquímicos, e constitui a primeira geração petroquímica. Os produtos petroquímicos básicos são comprados pela segunda geração petroquímica, responsável pela produção das resinas. A 1a geração petroquímica caracteriza-se por fabricantes de produtos padronizados com especificações bem definidas e, predominantemente, classificados como commodities. É uma indústria intensiva em capital, que utiliza processos contínuos com pequenos graus de flexibilização da produção e que tem necessidade de níveis operacionais elevados. As matérias primas mais importantes na produção das resinas termoplásticas são os seguintes derivados da nafta: eteno, propeno, benzeno, e p-xileno. Na Figura 11 é possível visualizar o volume em toneladas de nafta necessário à produção específica de derivados utilizados na indústria de embalagens plásticas para alimentos. Figura 11: Relação entre a Nafta e as Matérias Primas Básicas para Embalagens para Alimentos Fonte Nafta 253 mil t 121,8 x 106 US$FOB 3,65 mil t 1,7 x 106 US$FOB 9,22 mil t 4,4 x 106 US$FOB 9,7 mil t t 4,7 x 106 US$FOB Eteno 544,3 mil t 304 x 106 US$FOB 481,3 US$FOB/t (fev 2000) Propeno Benzeno 16,1 mil t 5,7 x 106 US$FOB 61,2 mil t 21,3 x 106US$FOB P-xileno 182,5 mil t 219,9 x 106 US$FOB 0,465 628 US$FOB/t (média 2000) 481,3 US$FOB/t (fev 2000) 0,226 628 US$FOB/t (média 2000) 481,3 US$FOB/t (fev 2000) 0,1508 628 US$FOB/t (média 2000) 481,3 US$FOB/t (fev 2000) 0,053 628 US$FOB/t (média 2000) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 109 Os dados apresentados na figura 11 foram utilizados como parâmetro das questões 15 e 16 do questionário Delphi, em uma contextualização de CENÁRIO, TENDÊNCIAS e SÉRIE HISTÓRICA para a questão 15 e TENDÊNCIAS para a questão 16. Questão 15 - A nafta é um insumo primordial na cadeia estudada. Baseando-se na série histórica desta apresentada na tabela a seguir e levando-se em consideração diversos fatores que influenciam no seu preço, tais como a utilização de gás natural para fabricação de matérias primas, o fim do monopólio para a produção e importação de petróleo no Brasil e a paridade Real/Dólar, qual a sua sensibilidade em relação ao preço deste insumo em dez anos? p re ç o s d a n a fta p e tro q u ím ic a e x -re fin a ria , s e m im p o s to s e s em ta x a d e n a fta d u to 300 250 200 150 100 50 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 a - Aumenta. b - Diminui. c - Permanece igual. d - Outros. Questão 16 - Qual a tendência de substituição da Nafta pelo Gás Natural na fabricação de petroquímicos básicos ao longo dos 10 próximos anos? a - Grande substituição b - Média c - Pouca d - Nenhuma. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 110 Percebe-se que cada elo tem características peculiares e que, portanto, uma visão holística da cadeia é fundamental, tanto em relação ao processo de identificação de fatores impactantes por elo e fatores globais, como para condução de prospecção tecnológica. A Tabela 23 a seguir apresenta uma síntese da metodologia utilizada para a formulação das questões do questionário Delphi, relacionando as questões com seus respectivos elos e com a conjuntura: Tabela 23 – Elos X Critérios X Questões Delphi CENÁRIO TENDÊNCIAS SÉRIE HISTÓRICA - 1, 3, 12, 13 1, 3, 12, 13 4, 5, 6, 7, 9 2, 4, 5, 6, 8, 9 - Elo Resinas Termoplásticas 10, 11, 14 10, 14 11 Elo Nafta 15 15, 16 15 Elo Indústria de Alimentos Elo Indústria de Embalagens Plásticas para Alimentos Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 111 XI EXECUÇÃO DA METODOLOGIA DELPHI PARA PROSPECTIVA TECNOLÓGICA DA CADEIA PRODUTIVA DE EMBALAGENS PARA ALIMENTOS Este capítulo aborda a metodologia utilizada no envio (realizado em duas rodadas) e análise do questionário Delphi para a cadeia produtiva de embalagens plásticas para alimentos, onde foi utilizado um horizonte temporal de 10 anos. Tendo em vista que a metodologia aplicada para a formulação das questões já foi contemplada no item III deste relatório, a seguir são detalhados os demais passos metodológicos: 1. Identificação dos respondentes, organização e validação dos especialistas para participação nas rodadas Delphi; 2. Envio do questionário da 1a rodada (período de 15 de outubro a 01 de novembro de 2002); 3. 1a rodada: Tratamento estatístico e Análise dos resultados; 4. Execução da 2a rodada Delphi e Busca do consenso; 5. Recomendações sobre as variáveis críticas e identificação das forças propulsoras e restritivas por elo da cadeia de embalagens plásticas para alimentos. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 112 XI.1. IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONDENTES, ORGANIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DOS ESPECIALISTAS PARA PARTICIPAÇÃO NAS RODADAS DELPHI De acordo com a metodologia Delphi, foram selecionados especialistas com amplo conhecimento sobre o tema das questões, com atuação em diversos segmentos da cadeia produtiva na qual a indústria de embalagens para alimentos está inserida, como dirigentes empresariais, membros de entidades governamentais e de classe, pesquisadores acadêmicos, e outros. O grupo de especialistas atuou no sentido de “elaborar estimativas, através de um processo de raciocínio lógico, as quais serão comparadas, corrigidas e complementadas em fases seqüenciais de estimulação através das respostas de sucessivos questionários” (Grumbach, 1997). Foram organizados em mailing list o nome, a instituição e e-mail dos especialistas com atuação em embalagens plásticas para alimentos atuantes no governo, na academia, na indústria e nas associações/sindicatos, totalizando 320 especialistas, representando 84% das empresas/associações, 9% de pesquisadores/especialistas, 4% do governo e 3% dos centros de P&D. A listagem global dos especialistas contatados na primeira rodada do questionário Delphi encontra-se no Anexo 2. A participação dos especialistas foi de caráter voluntário, sendo que as respostas individualmente respondidas pelos participantes foram mantidas em sigilo. No entanto, para assegurar um número de respostas significativo e, principalmente, caracterizar um processo colaborativo, foi acertado que todos teriam acesso aos resultados consolidados do estudo para melhor conhecimento desta cadeia produtiva. XI.2. ENVIO DO QUESTIONÁRIO DA 1A RODADA (PERÍODO DE 15 DE OUTUBRO A 01 DE NOVEMBRO DE 2002) As perguntas do questionário, conforme descrito no capítulo anterior, foram elaboradas a partir de parâmetros como o CENÁRIO, a SÉRIE HISTÓRICA e as TENDÊNCIAS, obtidos através da análise dos fatores mais impactantes de cada elo desta cadeia produtiva. Para a formulação e definição dos temas das perguntas levou-se em consideração o relatório do Diagnóstico entregue previamente ao MDIC, bem como a validação de especialistas colaboradores da equipe, como o Dr. Paulo Dacolina, do INP (Instituo Nacional do Plástico), o Dr Zich Moysés Júnior e o Dr Carlos Cristo, ambos do MDIC (Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior). Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 113 O questionário gerado foi disponibilizado na Internet, no endereço WEB http://www.eq.ufrj.br/links/siquim/questionario. A carta de encaminhamento do questionário enviada aos todos os especialistas pode ser encontrada no Anexo 3, bem como a “máscara” da página Web encontra-se no Anexo 4)15. As questões da 1ª rodada Delphi, assim como os parâmetros utilizados para sua elaboração já foram demonstrados no item anterior (X). Foram também enviados questionários por e-mail e pelo correio tradicional, este último quando percebida qualquer dificuldade de resposta do especialista via Web. Os 320 especialistas tiveram 15 dias para envio de suas respostas (período de 15 de outubro até 01 de novembro de 2002). Conforme pôde ser verificado, as perguntas do questionário foram orientadas levando-se em consideração todos os elos da cadeia produtiva de embalagens plásticas para alimentos, de forma a facilitar o entendimento dos diversos especialistas atuantes nos diferentes elos. A opção de formato de múltipla escolha para a maioria das perguntas facilitou a análise das respostas, existindo em várias delas mais de uma opção, adicionando-se, no entanto, um quadro de observação. A única questão discursiva (a 7a questão) foi analisada de maneira criteriosa, onde se buscou, através de uma análise pragmática, mensurar a opinião de cada respondente. Tendo em vista o caráter multidisciplinar do questionário, assim como o aspecto de intensa heterogeneidade de todos os elos da cadeia produtiva em questão, foi solicitado para os respondentes, em relação a cada pergunta, a sua opinião em relação ao seu próprio nível de conhecimento, no sentido de, na fase de análise, melhor compreender sinergias, discordâncias e discrepâncias. XI.3. 1ª RODADA - TRATAMENTO ESTATÍSTICO E ANÁLISE DOS RESULTADOS O grupo de análise de um questionário Delphi tem como principal função gerenciar o processo de julgamento de valores emitidos pelos especialistas. Este grupo foi representado pela equipe SIQUIM, que realizou um estudo analítico das opiniões coletadas buscando não alterá-las ou descaracterizá-las, elaborando as sínteses. Na primeira rodada foram respondidos 50 questionários (cerca de 16% da amostra)16. 15 Foram recebidas via Web apenas 7 do total de 50 respostas da 1a Rodada. Face esta baixa receptividade, o grupo de análise decidiu pelo envio do questionário por e-mail visando incrementar o nível de respostas desta rodada. Para a 2a rodada, a estratégia utilizada foi somente envio do questionário por e-mail. 16 Estudos prospectivos internacionais apontam como válido o percentual de respondentes acima de 10% da amostra. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 114 O perfil dos respondentes categorizados como atores da cadeia produtiva em estudo é apresentado no Gráfico 25, a seguir. Gráfico 25 - Perfil dos respondentes da 1ª rodada Delphi - visão global Respondentes X Ator (1ª rodada) Pesquisadores/ Especialistas 28% Centro de Pesquisa 6% Governo 12% Empresa/ Associação 54% A participação do ator empresa/associações fortalece as reflexões sobre propostas de ações para competitividade do setor, confirmando a hipótese da necessidade de ter um grupo menor de especialistas com que se possa atuar mais de perto, no sentido de alcançar resultados consistentes. Para a 1a rodada foram utilizados dois tipos de análises estatísticas. A primeira delas levou em conta a porcentagem da freqüência das respostas de cada item das questões. É importante frisar que a questão 7 foi discursiva e, portanto, a consolidação desta foi sintetizada em 4 principais tópicos. A segunda análise estatística apresentou a porcentagem sobre a média ponderada das respostas em relação ao nível de conhecimento. Neste tipo de análise, foram atribuídos pesos para a variável "nível de conhecimento", ou seja, a mesma foi dividida entre conhecimento “alto”, peso 3, “médio” peso 2 e “baixo” peso 1, para que a partir de então fosse feita a média ponderada para cada item de questões. Verificou-se que acima de 50% dos especialistas se colocaram com “nível médio de conhecimento”. Os maiores percentuais, por opção de cada questão, fizeram parte do questionário da segunda rodada, visando buscar um consenso. Assim sendo, a consolidação dos resultados das mesmas encontram-se a seguir. Cabe destacar que as questões 8 e 10 tratam da análise das resinas versus processo e resinas e possibilidade de substituição, respectivamente, bem como as questões 12, 13 e 14 relacionam diferentes produtos às embalagens plásticas, caracterizando questões com enfoque em mais de uma variável, sendo importante apresentar tabelas com a consolidação dos resultados para melhor compreensão. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 115 Na questão 1, perguntou-se qual seria o impacto da indústria de alimentos sobre a indústria em geral, em porcentagem, daqui a 10 anos. Na primeira rodada, 53% responderam que o impacto seria mais significativo (em torno de 30%) e 40% responderam que permaneceria o mesmo de 2002 (18%). A questão 2 buscava levantar a opinião quanto ao(s) tipo(s) de consumidor(es) nos próximos 10 anos que iriam contribuir mais para o desenvolvimento de inovações no setor de embalagens para alimentos. Foi possível perceber na 1ª rodada que o "consumidor com consciência saudável e de higiene", bem como o "consumidor single" (que mora sozinho), representaram a maioria das respostas (27% e 19%, respectivamente). Já os consumidores “idoso” e “ecologicamente correto” receberam, cada um, 17% das respostas. Na questão 3, perguntou-se qual dos canais de distribuição seria o mais importante para distribuição de alimentos em 10 anos. Na 1ª rodada, o resultado final convergiu para os “supermercados”, com 51% das respostas. A segunda opção foi o “pequeno varejo”, com 30%. A questão 4 levantava o tema sobre consumo de plásticos no setor de embalagens. Houve na 1a rodada uma liderança no sentido de que este tipo de material corresponderá a 30% do setor, representando 75% das respostas. A questão 5, correlacionada com a 4, perguntava que material seria substituído mais fortemente pelo plástico no setor de embalagens, e o vidro foi o material que teve mais votos (44%), seguido pelo papelão (17%) e pelo aço (16%). A questão 6, também correlacionada com a 4, perguntava para que tipo de material o plástico perderia mercado no setor de embalagens, sendo que a opção mais respondida foi a que apontava para "nenhum material" (30%), seguida pelo “papel reciclado” e “alumínio”, com 17% das respostas, cada. A questão 7 perguntava sobre o principal gargalo para o crescimento da indústria de máquinas no País. Na 1ª rodada, o "Custo Brasil" e a "obsolescência do maquinário" obtiveram 20% das respostas, enquanto que "ausência de mão-de-obra qualificada" e "falta de financiamento" alcançaram 15% das opiniões. Na questão 8, foi apresentada uma tabela com os principais processos de transformação por resina por tipo de embalagem sendo solicitado que cada especialista indicasse, para cada resina, o principal processo que estaria sendo usado em 10 anos. Na 1ª rodada os processos que convergiram Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 116 na maioria, por resina, foram: a) Extrusão (PVC, PEBD, PEBDL); b) Sopro (PET, PEAD); c) Injeção (PS, PP). A consolidação desta análise pode ser demonstrada na tabela 24 a seguir: Tabela 24: 1a Rodada: Consolidação dos Resultados - Questão 8 PEBD Processo Percentual Extrusão 33% Filmes 29% Processo Extrusão Filmes PEAD Processo Percentual Sopro 41% - Processo Injeção - PEBDL Percentual 36% 31% PP PS Processo Injeção Termoformação Percentual 32% PVC Percentual 36% 31% Processo Extrusão Sopro Percentual 37% 22% PET Processo Percentual Sopro 61% - Na questão 9, foi relatado que a indústria de transformação plástica é altamente pulverizada e perguntou-se como estará o setor em 10 anos. A maioria na 1a rodada (50%) respondeu que haverá "concentração das empresas do setor de transformação a partir de fusões e aquisições", representando convergência da visão dos especialistas. A opção “permanecerá pulverizada” recebeu 34% das respostas. Para a questão 10 solicitou-se que o especialista informasse, por resina, se havia tendência de substituição ou não de sua aplicação no mercado de embalagens plásticas de alimentos. Na 1a rodada, houve consenso entre os atores de que 5 resinas não têm tendência de substituição, da seguinte forma: a) PET, amplamente usada em bebidas carbonatadas, água mineral e óleos comestíveis, com 72%; b) PEBDL, cuja principal aplicação é na fabricação de filmes, com 66%; c) PP, usado em tampas de água mineral, potes de manteiga e margarina, açúcar e doces, com 56% d) PEBD, usada para carnes, frangos e alimentos de cesta básica como arroz, feijão e açúcar, com 42% e e) PS, com 40%. A tabela 25 a seguir consolida essa análise: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 117 Tabela 25: 1a Rodada: Consolidação dos Resultados - Questão 10 OPÇÃO Não Sim PET 72% 12% PEAD 40% 44% PEBD 42% 38% RESINAS PEBDL 66% 10% PVC 28% 48% PP 56% 22% PSPS PS 40% 40% Na questão 11, foi solicitada a opinião sobre a perspectiva do comércio exterior de resinas nos próximos 10 anos e a resposta refletiu que a maioria (45%) visualiza "tendência para o desenvolvimento/ compra de tecnologia adequada para aumentar a produção nacional com conseqüente substituição de importações", seguida pelas opções “desenvolvimento de novos grades” e “permanecem altas as importações”, com 17% e 15%, respectivamente. Na questão 12 foi apresentada uma tabela com os principais alimentos demandantes de embalagens plásticas em quantidade e em valor (US$FOB), em um ranking de 14 produtos. Chegou-se aos seguintes resultados, de maneira geral: “bebidas carbonatadas” e “água mineral’, respectivamente na primeira e segunda posição, com mais de 90% de votos e com 55% “carne processada”. A tabela 26 a seguir consolida os resultados: Tabela 26: 1a Rodada: Consolidação dos Resultados - Questão 12 Posição Produto 1 Bebida Carbonatada 2 Á gua M ineral 3 Carne Processada 4 Iogurtes e Sobrem esas 5 M argarina e M anteiga 6 Ó leo 7 Leite 8 A ves 9 A rroz 10 Farinha de Trigo Na questão 13 foi apresentada tabela com os principais alimentos demandantes de embalagens plásticas em quantidade e foi perguntado qual seria o ranking para daqui a 10 anos. O resultado dessa questão acompanhou o resultado da questão anterior, com “bebidas carbonatadas”, “água mineral” e “carne processada” com, respectivamente, 100%, 86% e 68%. A tabela 27 a seguir consolida os resultados: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 118 Tabela 27: 1a Rodada: Consolidação dos Resultados - Questão 13 Posição Produto 1 Bebida Carbonatada 2 Água Mineral 3 Carne Processada 4 Aves 5 Açucar 6 Arroz 7 Iogurtes e Sobremesas 8 Leite 9 Feijão 10 Balas e Doces A questão 14 questionou os especialistas sobre quais resinas seriam mais demandadas por cada um dos produtos tratados nas questões 12 e 13. A tabela 28 consolida os resultados desta questão. Tabela 28: 1a Rodada: Consolidação dos Resultados - Questão 14 RESINA PET PP PEBDL PEAD PS PEBD PRODUTOS bebidas carbonatadas, água mineral água mineral, balas e doces carne processada, açucar, aves, arroz, farinha de trigo iogurtes e sobremesas, leite, hortifrutigranjeiros, temperos e condimentos iogurtes e sobremesas, margarina e manteiga leite Na questão 15 foi apresentada a série histórica do preço da nafta, onde foi questionado sobre a tendência do preço desta. 37% dos respondentes responderam que o “preço aumentaria”, e 32% que “permaneceria igual”. Nota-se, neste caso, uma ausência de consenso. Na questão 16 foi perguntado a respeito da tendência de substituição da nafta pelo gás natural na fabricação de petroquímicos ao longo de 10 anos. A maioria (62%) respondeu que a tendência de substituição é “média”, e 24% responderam que a tendência é “grande”. Tendo em vista as concordâncias e discrepâncias observadas, fica evidenciada a necessidade de uma 2a Rodada do questionário Delphi visando a busca pelo consenso dos diferentes atores representantes da Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas para Alimentos, apresentada a seguir, no item XI.4. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 119 XI.4. EXECUÇÃO DA 2ª RODADA DELPHI E BUSCA DO CONSENSO O resultado consolidado de cada questão da 1a etapa Delphi referente à contribuição dos 50 respondentes (conhecedores do assunto), conforme apresentado no item anterior (XI.3), foi enviado aos mesmos 50 respondentes, em questionário reformulado a partir de reavaliação do primeiro. Foram inseridas 3 novas questões, que levaram em consideração a conjuntura brasileira devido a fatos como a iminência de guerra no Iraque, possibilidade de construção de nova refinaria e o Programa "Fome Zero" do atual governo, tendo em vista que a 2a rodada foi realizada no início de 2003: Questão 17 - Na possibilidade iminente de uma guerra entre EUA e Iraque, qual seria o impacto na cadeia de embalagens plásticas para alimentos, considerando o preço petróleo/nafta: Alto impacto Médio impacto Baixo impacto Sem impacto Questão 18 - Face ao novo governo, principalmente em relação ao seu programa FOME ZERO, na sua opinião, qual seria o impacto na cadeia produtiva de embalagens plásticas para alimentos: BOM RUIM SEM IMPACTO Questão 19 - Em virtude da construção de uma nova refinaria e a conseqüente maior oferta de nafta, o quanto isso impactaria na cadeia de embalagens plásticas para alimentos: MUITO POUCO INDIFERENTE A carta de encaminhamento do 2o questionário encontra-se no Anexo 5, e no Anexo 6 encontra-se o questionário da 2ª Rodada Delphi. Foram respondidos, nesta 2ª rodada, 40 questionários, representando uma participação bastante representativa, de 80%, confirmando a participação de conhecedores do assunto. Vale observar que todos os representantes de governo que responderam à 1a rodada participaram também da 2a rodada. No gráfico 26, apresenta-se o perfil dos respondentes desta 2a rodada Delphi. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 120 Gráfico 26 - Perfil dos respondentes da 2ª rodada Delphi - visão global Respondentes X Ator (2ª rodada) Pesquisadores/ Especialistas 25% Centro de Pesquisa 7,5% Governo 15% Empresa/ Associação 52,5% A 2ª fase teve como princípio chegar a um consenso, ou não, dentre as respostas. Tal como na 1ª rodada, a análise estatística utilizada foi a porcentagem sobre a freqüência das respostas de cada item de todas as questões, inclusive das três novas questões. As tabelas contendo o resultado do tratamento estatístico desta 2ª rodada estão apresentadas no Anexo 7 deste relatório, compondo a análise de prospecção apresentada a seguir, cabendo salientar que os resultados dos respondentes “pesquisadores/especialistas” e “centro de pesquisa” foram somados, tendo em vista que este último representou menos de 10% das respostas. Salienta-se que as questões 8, 10, 12, 13 e 14 têm enfoque em mais de uma variável, e que as questões 2, 3, 5, 6, 8 e 11 permitiam a escolha de mais de uma opção. XI.4.1. BUSCA DO CONSENSO A seguir, apresentam-se dados que refletem a maioria dos respondentes na 2ª rodada, por questão, visando subsidiar a prospecção de tendências tecnológicas e mercadológicas de maneira global e por ator, e onde é importante informar que poucas questões não foram respondidas: A questão 1 perguntava qual seria o impacto da indústria de alimentos sobre a indústria em geral, em porcentagem, daqui a 10 anos. Na segunda rodada, os resultados globais apontaram para as mesmas escolhas, ou seja, impacto mais significativo (55%) e permanecer na mesma (38%). Vale, entretanto, informar que, quando da análise segmentada por perfil de atorrespondente, nesta questão, o ator pesquisador/especialista/centro de P&D demonstrou visão conservadora, ou seja, de permanecer a situação atual. No entanto, governo e empresas se mostram mais otimistas, conforme tabela 29: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 121 Tabela 29 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 1 QUESTÃO 1 Nº de Respostas Ranking - % das Respostas Resultado por Ator Total e por item mais votado 1º Pesquisador/ Especialista/ Centro de P&D (13 respondentes) Total (13); Mais significativo (5); Permanecerá na mesma (8) Total (21); Mais significativo (13); Permanecerá na mesma (5) Total (6); Mais significativo (4); Permanecerá na mesma (2) Empresa/Associação (21 respondentes) Governo (6 respondentes) 62% - Permanecerá na mesma 62% - Será mais significativo (em torno de 30%). 67% - Será mais significativo (em torno de 30%). A questão 2 buscava levantar a opinião quanto ao(s) tipo(s) de consumidor(es) nos próximos 10 anos que irá(ão) contribuir mais para o desenvolvimento de inovações no setor de embalagens para alimentos. Na 2ª rodada, as respostas globais convergiram para os mesmos dois tipos de consumidor, ou seja "com consciência saudável e de higiene", e "single". Considerando a análise segmentada por perfil do respondente, destaque é dado ao consumidor do tipo “saudável”, principalmente pelo ator governo (56%), e o consumidor “single”, segundo mais votado, teve um equilíbrio entre os atores: 17% do ator pesquisador/especialista/centro de P&D, 26% das empresas e 33% do governo, conforme pode ser observado na tabela 30: Tabela 30 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 2 QUESTÃO 2 Nº de Respostas Ranking - % das Respostas Total e por item mais 1º votado Pesquisador/Especialista Total (41); 24 % - Consumidor com consciência do saudável e Saudável (10); /Centro de P&D da higiene Single (7) (13 respondentes) Total (21); 31% - Consumidor com Empresa/Associação Saudável (13); consciência do saudável e (21 respondentes) da higiene Single (11) Total (9); 56% - Consumidor com Governo consciência do saudável e Saudável (5); (6 respondentes) da higiene Single (3) Resultado por Ator 2º 17% - Consumidor “single” 26% - Consumidor “single” 33% - Consumidor “single” Na questão 3, perguntou-se qual dos canais de distribuição seria o mais importante para distribuição de alimentos em 10 anos. Na 2ª rodada, o resultado final convergiu para os “supermercados”. Observando-se de forma segmentada por perfil do respondente, verifica-se que todos os atores convergiram acima de 55% para a opção "supermercados". Com relação ao Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 122 "pequeno varejo", governo e empresa apontam para este canal, ficando entre 38-45%, e o ator pesquisador/especialista/centro de P&D apresenta visão bem menos marcante nesta direção (22%), conforme tabela 31: Tabela 31 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 3 Nº de Respostas QUESTÃO 3 Resultado por Ator Pesquisador/Especialista /Centro de P&D (13 respondentes) Empresa/Associação (21 respondentes) Governo (6 respondentes) Total e por item mais votado Total (18); Supermercados (10); Pequeno varejo (4) Total (34); Supermercados (19); Pequeno varejo (13) Total (11); Supermercados (6); Pequeno varejo (5) Ranking - % das Respostas 1º 2º 56% Supermercados 22% - Pequeno varejo 56% Supermercados 38% - Pequeno varejo 55% Supermercados 45% - Pequeno varejo A questão 4 levantava o tema sobre consumo de plásticos no setor de embalagens. Houve nas duas rodadas uma liderança no sentido de que este tipo de material corresponderá a 30% do setor, representando mais de 80% de votos para todos os atores, como pode ser visto na tabela 32: Tabela 32 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 4 QUESTÃO 4 Resultado por Ator Pesquisador/ Especialista/Centro de P&D (13 respondentes) Empresa/Associação (21 respondentes) Governo (6 respondentes) Nº de Respostas Ranking - % das Respostas Total e por item mais votado 1º Total (13); 30% (11) 85% - Plástico representará 30% do setor de embalagens Total (21); 30% (18) Total (6); 30% (5) 86% - Plástico representará 30% do setor de embalagens 83% - Plástico representará 30% do setor de embalagens A questão 5, correlacionada com a 4, perguntava que material seria substituído mais fortemente pelo plástico no setor de embalagens, e o vidro foi o material que mais votos obteve, para todos os atores, acima de 50%, conforme a tabela 33: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 123 Tabela 33 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 5 QUESTÃO 5 Resultado por Ator Pesquisador/ Especialista/Centro de P&D (12 respondentes) Empresa/Associação (21 respondentes) Governo (6 respondentes) Nº de Respostas Ranking - % das Respostas Total e por item mais votado 1º Total (21); Vidro (11) 52% - Vidro Total (30); Vidro (17) Total (9); Vidro (6) 57% - Vidro 67% - Vidro A questão 6, também correlacionada com a 4, perguntava para que tipo de material o plástico perderia mercado no setor de embalagens, e em ambas as rodadas a opção mais respondida foi a que apontava para "nenhum material". Quando se considera visão por ator, é possível destacar dois tipos de materiais como substitutos para o plástico, “papel reciclado” para empresa e pesquisador/especialista/centro de P&D, e “alumínio” para governo, como pode ser observado na tabela 34: Tabela 34 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 6 QUESTÃO 6 Resultado por Ator Pesquisador/ Especialista/Centro de P&D (13 respondentes) Empresa/Associação (20 respondentes) Governo (6 respondentes) Nº de Respostas Total e por item mais votado Total (18); Nenhum (5); Papel reciclado (4) Total (23); Nenhum (10); Papel reciclado (6) Total (9); Nenhum (4); Alumínio (3) Ranking - % das Respostas 1º 2º 33% - Nenhum 22% - Papel reciclado 43% - Nenhum 26% - Papel reciclado 44% - Nenhum 33% - Alumínio A questão 7 perguntava sobre o principal gargalo para o crescimento da indústria de máquinas no País. Na 2ª rodada, a opção "custo Brasil" obteve maioria, com 56% das respostas. Já as opções "Obsolescência do maquinário" e "falta de financiamento" tiveram 22% das respostas cada. Nesta segunda rodada, a opção "ausência de mão-de-obra qualificada" não recebeu nenhum voto dos perfis que participaram do Delphi. Numa visão segmentada por ator, verificase que o “custo Brasil” é a visão preponderante dos atores empresa e governo, ao passo que o ator pesquisador/especialista/centro de P&D considera a “obsolescência do maquinário” como maior gargalo, e em segundo lugar, o “custo Brasil”, conforme a tabela 35: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 124 Tabela 35 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 7 QUESTÃO 7 Resultado por Ator Pesquisador/Especialista/ Centro de P&D (12 respondentes) Empresa/Associação (18 respondentes) Governo (6 respondentes) Ranking - % das Respostas Nº de Respostas Total e por item mais votado Total (14); Obsolescência (6); Custo Brasil (5); Falta financiamento (3) Total (19); Custo Brasil (13); Falta financiamento (6) Total (7); Custo Brasil (4); Obsolescência (3) 1º 2º 43% Obsolescência do maquinário 36% Custo Brasil 68% - Custo Brasil 32% - Falta de financiamento 57% - Custo Brasil 43% - Obsolescência do maquinário Na questão 8, foi apresentada tabela com os principais processos de transformação por resina por tipo de embalagem e foi solicitado que o especialista indicasse, para cada resina, o principal processo que estará sendo usado em 10 anos. Na 2ª, os processos que convergiram na maioria, por resina, foram: a) Extrusão (PVC, PEBD, PEBDL), tendo como ator preponderante o governo. O ator pesquisador/especialista/centro de P&D, com relação às resinas PEBD e PEBDL apresenta opinião distribuída entre os processos extrusão e filmes; b) Sopro (PET, PEAD), onde todos os atores convergiram para aplicação deste processo; c) Injeção (PS, PP), com relação ao PS o ator preponderante é o governo, e quanto ao PP, empresa e governo são os atores preponderantes. Destaca-se que a empresa, em relação ao PS, apresenta equilíbrio entre os processos injeção e termoformação. Detalhes podem ser encontrados no Anexo 8; Na questão 9, foi relatado que a indústria de transformação plástica é altamente pulverizada e perguntou-se como estará o setor em 10 anos. A maioria (59%) respondeu que haverá "concentração das empresas do setor de transformação a partir de fusões e aquisições", representando convergência da visão de todos os atores. Salienta-se que o ator pesquisador/especialista/centro de P&D equilibra sua opinião entre “concentração” e “permanecerá pulverizado”, como pode ser visto na tabela 36: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 125 Tabela 36 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 9 Resultado por Ator Pesquisador/Especialista/ Centro de P&D (12 respondentes) Empresa/Associação (20 respondentes) Governo (6 respondentes) Ranking - % das Respostas Nº de Respostas QUESTÃO 9 Total e por item mais votado Total (13); Concentração (7); Pulverizado (6) Total (20); Concentração (12); Pulverizado (7) Total (6); Concentração (4); Pulverizado (2) 1º 2º 53% - Concentração 46% - Permanecerá pulverizado 60% - Concentração 35% - Permanecerá pulverizado 67% - Concentração 33% - Permanecerá pulverizado Para a questão 10 foi solicitado que o especialista informasse, por resina, se existe tendência de substituição ou não de sua aplicação no mercado de embalagens plásticas de alimentos. Houve consenso entre os atores de que 5 resinas não têm tendência de substituição: a) PET, amplamente usada em bebidas carbonatadas, água mineral e óleos comestíveis, nas duas rodadas do Delphi, principalmente na segunda rodada (92%); b) PEBDL, cuja principal aplicação é na fabricação de filmes, teve 91%; c) PP, usado em tampas de água mineral, potes de manteiga e margarina, açúcar e doces, teve 74%; d) PEBD, usada para carnes, frangos e alimentos de cesta básica como arroz, feijão e açúcar, teve 58%; e) PS, com 57% na 2ª rodada. Os atores pesquisador/especialista/centro de P&D e empresa entendem que há tendência de substituição. As resinas cujas opiniões apontaram para a tendência de substituição foram, na segunda rodada: principalmente, o PVC (75%), e o PEAD (53%), sendo que o ator governo opinou fortemente na direção da não substituição, ao passo que empresa apontou fortemente para substituição desta resina, conforme tabela 37: Tabela 37 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 10 QUESTÃO 10 Resultado por ator PEBD NÃO Pesquisador/Especialista /Centro de P&D 70% (10 respondentes) Empresa/Associação 48% (21 respondentes) Governo 50% (5 respondentes) PEBDL PVC PET NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO - 90% 50% 50% 70% 40% 60% 90% 100% 52% 90% - 71% 75% 43% 57% 86% 86% 50% 100% 80% - - 100% 100% SIM PEAD Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ PP PS 100% 100% 126 Na questão 11, foi solicitada opinião sobre a perspectiva do comércio exterior de resinas nos próximos 10 anos e a resposta que reflete a maioria é a que visualiza "tendência para o desenvolvimento/ compra de tecnologia adequada para aumentar a produção nacional com conseqüente substituição de importações" (61% na 2ª rodada), mostrando uma visão otimista por parte dos três atores, como pode ser observado na tabela 38: Tabela 38 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 11 QUESTÃO 11 Resultado por Ator Pesquisador/Especialista/ Centro de P&D (13 respondentes) Empresa/Associação (20 respondentes) Governo (6 respondentes) Nº de Respostas Ranking - % das Respostas Total e por item mais votado 1º Total (17); Desenvolvimento (11) 65% - Tendência para desenvolvimento / Substituição de importações Total (24); Desenvolvimento (15) Total (8); Desenvolvimento (6) 63% - Tendência para desenvolvimento / Substituição de importações 50% - Tendência para desenvolvimento / Substituição de importações Na questão 12, foi apresentada tabela com os principais alimentos demandantes de embalagens plásticas e valor em US$, em um ranking com 14 produtos. Buscou-se levantar a opinião dos especialistas sobre o movimento dos 14 produtos. Como resultado chegou-se ao mesmo ranking da primeira rodada, tendo os seguintes resultados, de forma geral: a) "bebidas carbonatadas" e "água mineral" na primeira e segunda posições, respectivamente, tendo mais de 90% de votos; b) com uma variação de cerca de 55%,"carne processada" ocupa a 3ª posição, conforme tabela 39: Tabela 39 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 12 Ranking QUESTÃO 12 Resultado por Ator Pesquisador/ Especialista/ Centro de P&D (10 respondentes) Empresa/Associação (17 respondentes) Governo (5 respondentes) 1º 2º 3º Bebidas Carbonatadas (100%) Água Mineral (100%) Carne Processada (60%) Bebidas Carbonatadas (100%) Bebidas Carbonatadas (100%) Água Mineral (82%) Água Mineral (100%) Carne Processada (59%) Carne Processada (80%) Na questão 13, foi apresentada tabela com os principais alimentos demandantes de embalagens plásticas em quantidade, e perguntado qual será o ranking daqui a 10 anos. A segunda rodada manteve o ranking obtido na primeira rodada, com os seguintes percentuais de respostas, de Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 127 maneira geral: a) "bebidas carbonatadas" e "água mineral" na primeira e segunda posições, respectivamente, com 100% e 86%; b) com cerca de 68%,"carne processada" ocupa a 3ª posição, como pode ser visto na tabela 40; Tabela 40 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 13 Ranking QUESTÃO 13 Resultado por Ator Pesquisador/ Especialista/ Centro de P&D (10 respondentes) Empresa/Associação (18 respondentes) Governo (5 respondentes) 1º 2º 3º Bebidas Carbonatadas (100%) Água Mineral (90%) Carne Processada (70%) Bebidas Carbonatadas (100%) Bebidas Carbonatadas (100%) Água Mineral (89%) Água Mineral (80%) Carne Processada (72%) Carne Processada (60%) A questão 14 levantou a opinião sobre quais resinas serão mais demandadas por cada um dos produtos tratados nas questões 12 e 13. Na 2ª rodada a convergência se deu da seguinte forma: a) PP principalmente para "balas & doces" e "temperos & condimentos", sendo mais fraca a escolha para "farinha de trigo"; b) PEBD fortemente para "feijão" e "hortifrutigranjeiros" e mais fracamente para "arroz"; c) PET principalmente para "bebidas carbonatadas" e "água mineral"; d) PS para "iogurtes & sobremesas" e mais fracamente para "carnes"; e) PEAD para "leite" e "margarinas & manteiga"; f) PEBDL para "carne processada", "açúcar", "aves" e "arroz". Detalhes podem ser encontrados no Anexo 8; Na questão 15, a série histórica do preço da nafta foi apresentada e foi então perguntado sobre a tendência do preço da nafta para os próximos 10 anos. Na segunda rodada, prevaleceu uma visão distribuída, sem consenso, onde as opções "preço aumentará" e "permanecerá igual" obtiveram um percentual de 49% cada. Em uma visão segmentada por ator, que pode ser verificada na tabela 14, empresa apresenta visão distribuída entre "permanecerá igual" e "preço aumentará" com tendência para a primeira opção, convergindo com a visão do governo, que é mais fortemente orientada na direção de que o preço permanecerá igual, conforme a tabela 41: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 128 Tabela 41 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 15 Resultado por Ator Pesquisador/Especialista /Centro de P&D (13 respondentes) Empresa/Associação (20 respondentes) Governo (6 respondentes) Ranking - % das Respostas Nº de Respostas QUESTÃO 15 Total e por item mais votado Total (13); Preço aumenta (8); Preço permanece (5) Total (20); Preço aumenta (9); Preço permanece (10) Total (6); Preço aumenta (2); Preço permanece (4) 1º 2º 62% - Preço aumenta 38% - Preço permanece igual 50% - Preço permanece igual 45% - Preço aumenta 67% - Preço permanece igual 33% - Preço aumenta A questão 16 perguntou sobre a tendência de substituição de nafta pelo gás natural na fabricação de petroquímicos ao longo de 10 anos. Na segunda rodada, a maioria respondeu que a tendência de substituição é ”média”, ocorrendo consenso, como pode ser observado na tabela 42: Tabela 42 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 16 QUESTÃO 16 Nº de Respostas Ranking - % das Respostas Resultado por Ator Total e por item mais votado 1º Pesquisador/Especialista/ Centro de P&D (11 respondentes) Empresa/Associação (19 respondentes) Governo (6 respondentes) Total (11); Tendência média (9) Total (19); Tendência média (13) Total (6); Tendência média (6) 82% - Tendência média 68% - Tendência média 100% - Tendência média A guerra do Iraque era iminente na segunda rodada Delphi e, portanto, foi gerada a questão 17, onde perguntou-se qual seria o impacto na cadeia de embalagens plásticas para alimentos, considerando o preço petróleo/nafta. A maioria respondeu "alto impacto". Quando se tem numa visão segmentada por ator, percebe-se que o consenso ocorreu entre especialista/ pesquisador/centro de P&D e empresa. O ator governo optou por “médio impacto”, conforme a tabela 43: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 129 Tabela 43 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 17 QUESTÃO 17 Nº de Respostas Ranking - % das Respostas Resultado por Ator Total e por item mais votado 1º Pesquisador/Especialista/ Centro de P&D (13 respondentes) Empresa/Associação (19 respondentes) Governo (4 respondentes) Total (13); Alto impacto (9) Total (19); Alto impacto (15) Total (4); Médio impacto (3) 69% - Alto impacto 79% - Alto impacto 75% - Médio impacto Com a mudança de governo no País na segunda rodada, e a apresentação de novos rumos e programas, a questão 18 tratou de perguntar qual seria o impacto do Programa FOME ZERO na cadeia de embalagens plásticas para alimentos, e como resultado obteve-se que, globalmente, os respondentes consideram que o impacto será "positivo", cabendo informar que o segmento empresa foi o mais otimista dentre os perfis de respondentes, conforme a tabela 44: Tabela 44 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 18 QUESTÃO 18 Nº de Respostas Ranking - % das Respostas Resultado por Ator Total e por item mais votado 1º Pesquisador/ Especialista/Centro de P&D (13 respondentes) Empresa/Associação (19 respondentes) Governo (4 respondentes) Total (13); Impacto positivo (11) Total (19); Impacto positivo (17) Total (4); Impacto positivo (3) 85% - Impacto positivo 89% - Impacto positivo 75% - Impacto positivo No monitoramento do cenário nacional, foi também acrescentada a questão 19 na segunda rodada, tratando sobre o quanto a construção de nova refinaria e maior oferta de nafta impactaria na cadeia estudada. O resultado geral demonstrou que a maioria considera que este fato acarretará em "pouco impacto". Na visão por ator verifica-se que não há consenso aparente, sendo que o ator empresa é o que mais fortemente tem a tendência para “pouco impacto”, e os atores governo e especialista/ pesquisador/centro de P&D apresentam visão distribuída entre “muito impacto” e “pouco impacto”, como pode ser observado na tabela 45: Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 130 Tabela 45 – 2a Rodada: Análise por perfil de ator respondente - Questão 19 QUESTÃO 19 Nº de Respostas: Resultado por Ator Total e por item mais votado Pesquisador/Especialista/ Total (13); Centro de P&D Pouco impacto (6); (13 respondentes) Muito impacto (7) Total (19); Empresa/Associação Pouco impacto (11); (21 respondentes) Muito impacto (4) Total (4); Governo Pouco impacto (2); (6 respondentes) Muito impacto (2) Ranking - % das Respostas 1º 2º 54% - Muito impacto 46% - Pouco impacto 58% - Pouco impacto 21% - Muito impacto 50% - Pouco impacto 50% - Muito impacto Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 131 XII VARIÁVEIS CRÍTICAS E IDENTIFICAÇÃO DAS FORÇAS PROPULSORAS E RESTRITIVAS POR ELO DA CADEIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS PARA ALIMENTOS A identificação das variáveis críticas por elo da cadeia produtiva de embalagens plásticas para alimentos e a análise das forças propulsoras e restritivas vis a vis metas do Fórum de Competitividade permitem recomendar ações para construção do futuro desejado. O resultado do Delphi apresenta percepção dos conhecedores do assunto, refletindo um futuro previsível, onde os seguintes pontos em destaque servem de base para a identificação das variáveis críticas por elo da cadeia estudada: Os plásticos não serão substituídos nos próximos 10 anos (visão otimista de Governo e Empresa) – Mercadológico; Governo e Empresa apontam o “Custo Brasil” como principal gargalo para a cadeia em estudo, numa visão mais pessimista – Político-Social; Consenso dos atores para desenvolvimento/ compra de tecnologia visando substituição de importação das resinas – Tecnológico; O ator pesquisador/especialista/centro de P&D e o governo deixam clara a tendência futura de concentração das empresas do setor de transformação a partir de fusões e aquisições – Mercadológico; A liderança de embalagens plásticas para bebidas carbonatadas e água mineral é confirmada, (usam fortemente a resina PET e sopro é o processo mais aplicado) – Mercadológico/Tecnológico; Quando se considera a demanda por resinas de diferentes produtos percebe-se que PP pode atender os consumidores workaholic, enquanto PEBD, PEAD e PEBDL a cesta básica, o PS para os consumidores saudáveis e PET para todo tipo de consumidor – Mercadológico; A visão de tendência média de substituição da nafta como insumo da cadeia em estudo vai em direção às iniciativas que o País vem tomando em relação ao gás natural – Mercadológico/Tecnológico; A postura otimista por parte de todos os atores, em especial das empresas em relação ao Programa FOME ZERO do atual governo pode significar apoios e parcerias estratégicas no Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 132 sentido da minimização das forças restritivas que atuam na cadeia estudada – Político/Econômico; Só o ator governo apresenta a tendência otimista na direção de que o “preço da nafta permanecerá igual” nos próximos 10 anos – Visão segmentada específica; Apesar dos atores optarem em sua maioria para supermercados como principal canal de distribuição, empresa e governo também apontam para o pequeno varejo– Visão segmentada específica. Entende-se neste trabalho por variáveis críticas, aquelas que apresentam grande impacto, positivo ou negativo, sobre o desempenho de um sistema (no caso, a cadeia produtiva de embalagens plásticas para alimentos), ou parte dele (no caso, os elos da cadeia). As variáveis críticas, neste estudo, foram identificadas através de indicadores (de competitividade, produtividade, capacitação tecnológica, infra-estrutura, dependência de importação, capacidade de exportação, concorrência, geração de emprego e impacto ambiental), utilizando-se para tanto a técnica de brainstorming da equipe SIQUIM, tendo como base o Diagnóstico da Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas para Alimentos, assim como os inputs de Workshop com especialistas. A ação prospectiva, no processo de avaliação do futuro, leva a comparar a situação previsível (respostas do Delphi) com a situação ideal desejada (metas do Fórum de Competitividade/MDIC), analisando as relações causais entre eventos (caracterização das forças propulsoras e restritivas por elo da cadeia), no sentido de traçar recomendações de alavacagem das forças propulsoras e minimização das restritivas. De maneira geral, as variáveis críticas e forças foram analisadas quanto à sua ação positiva ou negativa, por variável de maior impacto, considerando a cadeia produtiva de embalagens plásticas de alimentos. Estas variáveis críticas e forças são apresentadas nas Tabelas 46 e 47, a seguir. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 133 Tabela 46: Variáveis Críticas / Indicadores que Impactam a Cadeia de Embalagens Plásticas de Alimentos VARIÁVEIS CRÍTICAS / INDICADORES 1. Acesso ao Insumo (Indicador de Competitividade) 2. Eficiência, Qualidade e Segurança (Indicador de Produtividade) 3. Disponibilidade de Recursos Humanos Qualificados (Indicador de Capacitação Tecnológica) 4. Disponibilidade de Máquinas, Canais de venda, Tamanho da empresa (Indicador de Infraestrutura ) 5. Capacidade instalada e/ou Capacidade de grades (Indicador de Dependência de Importação) 6. Capacidade instalada e/ou Capacidade de grades (Indicador de Capacidade de Exportação) 7. Concentração de empresas (Indicador de Concorrência) 8. Oferta de Postos de Trabalho (Indicador de Geração de Emprego) 9. Reciclagem e Tecnologia Limpa (Indicador de Impacto Ambiental) Tabela 47 : Visão Geral das Forças Propulsoras e/ou Restritivas que Impactam a Cadeia de Embalagens Plásticas de Alimentos17 Fn Força Fn Força Incentivos Fiscais Diversidade de Perfil do Consumidor Número de Produtores Inovação Embalagens na Indústria de Alimentos Rotulagem das Embalagens Criação de Clusters e Cooperativas Informalidade no Setor Tipos de Alimentos Modelo brasileiro não integra Centrais e refino --------------------------------- F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 Preço do Insumo Paridade do Dólar Regras de comércio exterior Escala de Produção Integração entre os Elos da Cadeia Fusões e Aquisições de Empresas Substituição de Produtos Disponibilidade de produtos Financiamento adequado Novos Mercados Consumidores F12 F13 F14 F15 F16 F17 F18 F19 F20 F21 F11 Tipos de Embalagens ----- RELAÇÕES CAUSAIS ENTRE VARIÁVEIS E FORÇAS A análise de relações causais foi realizada por elo da Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas de Alimentos a partir da demanda, o que permitiu que fossem traçados os quadros de referência apresentados a seguir, onde estão especificadas, as variáveis críticas e as forças propulsoras e restritivas que impactam cada elo da cadeia em estudo. 17 As forças podem ser propulsoras ou restritivas conforme o elo da cadeia e a variável crítica analisada. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 134 ELO INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Neste elo, dentre um universo de 21 forças, foram caracterizadas 18 (85,7%), e dentre um universo de 9 variáveis críticas, foram caracterizadas 8 (88,8%), conforme Tabelas 48 e 49. Tabela 48 : Forças Atuantes no Elo Indústria de Alimentos Fn F1 F2 F3 F5 F7 F8 F9 F10 F11 Força Fn Preço do insumo Paridade do dólar Regras de comércio exterior Integração entre os Elos da Cadeia Substituição de produtos Disponibilidade de produtos Financiamento adequado Novos mercados consumidores Tipos de embalagens F12 F13 F14 F15 F16 F17 F18 F19 F20 Força Incentivos Fiscais Diversidade de Perfil de Consumidor Número de Produtores Inovação Embalagens para indústria de alimentos Rotulagem das embalagens Criação de Clusters e Cooperativas Informalidade do setor Tipos de alimentos Na Tabela 49 tem-se a correlação das forças por variável crítica, e sua ação (propulsora ou restritiva). Tabela 49 – Variáveis x Forças - Elo Indústria de Alimentos VARIÁVEL CRÍTICA FORÇAS PROPULSORAS RESTRITIVAS F8, F10,F11, F13, Acesso ao Insumo (Indicador de Competitividade) F1, F17 F15 Eficiência, Qualidade e Segurança (Indicador de F5, F8, F15, F16, F17 Produtividade) F20 Disponibilidade de Máquinas, Canais de venda, F7, F1018, F12, F15, F1019, F19 Tamanho da empresa (Indicador de Infra-estrutura ) F20 Capacidade instalada e/ou Capacidade de grades F1821 F220, F11, F15 (Indicador de Dependência de Importação) Capacidade instalada e/ou Capacidade de grades F2, F9, F10, F12, F1, F3, F17, F19 (Indicador de Capacidade de Exportação) F18 Concentração de empresas (Indicador de Concorrência) F5, F7, F10 Oferta de Postos de Trabalho (Indicador de Geração de F1022, F20 Emprego) Reciclagem e Tecnologia Limpa (Indicador de Impacto F15 Ambiental) F14, F16, F19 F18, F1223, F1524, F19 F8 18 No caso de supermercados e lojas de conveniência. No caso de "armazéns" (vendinhas). 20 No caso das delicatessen - varejo (alimentos importados). 21 Força que restringe a necessidade de importação. 22 Considerando diferenciação (flexibilidade) de produção ou novas fábricas transformadoras. 23 Diminuição de carga tributária. 24 Considerando os movimentos da modernidade que caminham fortemente na direção da automação. 19 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 135 ELO INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS PARA ALIMENTOS Neste elo, dentre um universo de 21 forças foram caracterizadas 17, (80,9%), e 9 variáveis críticas foram caracterizadas (100%), conforme Tabelas 50 e 51. Tabela 50: Forças Atuantes no Elo Embalagens Plásticas para Alimentos Fn Força Fn F1 F2 F3 F4 F5 F6 F8 Preço do insumo Paridade do dólar Regras de comércio exterior Escala de produção Integração entre os elos da cadeia Fusões e aquisições de empresas Disponibilidade de produtos (neste caso = resinas) Financiamento adequado Novos mercados consumidores F11 F12 F14 F15 F16 F17 F18 Tipos de embalagens Incentivos fiscais Número de Produtores Inovação Embalagens para indústria de alimentos Rotulagem das embalagens Criação de Clusters e Cooperativas F19 - Informalidade do setor - F9 F10 Força Na Tabela 51 tem-se a relação das variáveis mais marcantes deste elo e as respectivas forças propulsoras e restritivas. Tabela 51 – Variáveis x Forças - Elo Embalagens Plásticas para Alimentos VARIÁVEL CRÍTICA Acesso ao Insumo (Indicador de Competitividade) Eficiência, Qualidade e Segurança (Indicador de Produtividade) Disponibilidade de Recursos Humanos Qualificados (Indicador de Capacitação Tecnológica) Disponibilidade de Máquinas, Canais de venda, Tamanho da empresa (Indicador de Infra-estrutura ) Capacidade instalada e/ou Capacidade de grades (Indicador de Dependência de Importação) Capacidade instalada e/ou Capacidade de grades (Indicador de Capacidade de Exportação) Concentração de empresas (Indicador de Concorrência) FORÇAS PROPULSORAS RESTRITIVAS 25 F1, F3, F4, F9, F2, F5 , F6, F10, F11, F12, F14, F16, F18 F17, F19 F8, F16, F18 F426, F17, F19 F10, F11, F15, F18 F9 F2, F4, F10, F11, F12, F15 F9 F10 F2, F3, F1827 F2, F10, F12, F15 F1, F3 F5, F6, F14 F19 F14, F16 F1228, F19 F15 F19 Oferta de Postos de Trabalho (Indicador de Geração de Emprego) Reciclagem e Tecnologia Limpa (Indicador de Impacto Ambiental) 25 Existe a necessidade premente de integração entre os elos, o que atualmente ainda não ocorre. "Milhões" de pequenos produtores. 27 Força que restringe a necessidade de importação. 28 Restringe a oferta pois a carga tributária atualmente praticada é elevada. 26 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 136 ELO INDÚSTRIA DE RESINAS PARA EMBALAGENS PLÁSTICAS PARA ALIMENTOS Neste elo, dentre um universo de 21 forças, foram caracterizadas 15 (71,4%), e 9 variáveis críticas foram caracterizadas (100%), conforme Tabelas 52 e 53. Tabela 52 : Forças Atuantes no Elo Indústria de Resinas para Embalagens Plásticas para Alimentos Fn F1 F2 F3 F4 F5 Força Preço do insumo Paridade do dólar Regras de comércio exterior Escala de produção Integração entre os elos da cadeia Fn F10 F11 F12 F14 F15 F7 Substituição de produtos F18 F8 F9 Disponibilidade de insumo Financiamento adequado F19 - Força Novos mercados consumidores Tipos de embalagens Incentivos fiscais Número de Produtores Inovação Criação de Clusters e Cooperativas (indústria de resinas como âncora de clusters de empresas de transformados) Informalidade do setor - Na Tabela 53, tem-se forças propulsoras e restritivas por variáveis que impactam mais fortemente este elo. Tabela 53 - Variáveis x Forças - Elo Indústria de Resinas para Embalagens Plásticas para Alimentos VARIÁVEL CRÍTICA Acesso ao Insumo (Indicador de Competitividade) FORÇAS PROPULSORAS RESTRITIVAS F9, F10, F11, F5 F1, F2 F8, F12, F15 F1, F2 F7, F15, F10 F5 F5, F10, F12 F2 Capacidade instalada e/ou Capacidade de grades (Indicador de Dependência de Importação) F2, F12 F1, F429, F14 Capacidade instalada e/ou Capacidade de grades (Indicador de Capacidade de Exportação) F2, F430, F10, F12, , F15 F1, F3 F14, F18 F19 F14 F1231, F19 F7, F15 F19 Eficiência, Qualidade e Segurança (Indicador de Produtividade) Disponibilidade de Recursos Humanos Qualificados (Indicador de Capacitação Tecnológica) Disponibilidade de Máquinas, Canais de venda, Tamanho da empresa (Indicador de Infra-estrutura ) Concentração de empresas de transformados (Indicador de Concorrência) Oferta de Postos de Trabalho (Indicador de Geração de Emprego) Reciclagem e Tecnologia Limpa (Indicador de Impacto Ambiental) 29 Considerando escala de produção menor do que a demanda interna. Considerando escala de produção maior do que a demanda interna. 31 Restringe a oferta pois a carga tributária atualmente praticada é elevada. 30 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 137 ELO MATÉRIA-PRIMA DE RESINAS PARA EMBALAGENS PLÁSTICAS PARA ALIMENTOS32 Neste elo, dentre um universo de 21 forças, foram caracterizadas 10 (47,6%), e 3 variáveis críticas foram caracterizadas (33,3%), conforme Tabelas 54 e 55. Tabela 54 : Forças Atuantes no Elo Matéria-Prima de Resinas para Embalagens Plásticas para Alimentos Fn F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F14 F21 Força Preço do insumo Paridade do dólar Regras de comércio exterior Escala de produção Integração entre elos da cadeia Fusões e aquisições de empresas Substituição de produtos Disponibilidade de produtos Número de produtores Modelo brasileiro não integra Centrais e Refino Na Tabela 55, apresentam-se as variáveis que impactam fortemente este elo e as forças propulsoras e restritivas distribuídas por variável, cabendo acrescentar que atualmente o elo é caracterizado por commodities. Tabela 55 – Variáveis x Forças – Elo Matéria-Prima de Resinas para Embalagens Plásticas para Alimentos VARIÁVEL Acesso ao Insumo (Indicador de Competitividade) Concentração de empresas (Indicador de Concorrência) Reciclagem e Tecnologia Limpa (Indicador de Impacto Ambiental) FORÇAS33 PROPULSORAS RESTRITIVAS F3, F5, F6, F8 F1, F2, F834, F21 F4 F835, F14 F736 32 Atualmente a nafta é o insumo utilizado para produção de resinas usadas nos transformados plásticos no Brasil. Neste elo vale destacar que as forças são conjunturais. 34 Considerando o gás natural como substituto à nafta. 35 Pólo gás químico no Rio de Janeiro. 36 O gás natural é mais limpo do que a nafta. 33 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 138 OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES: Com base nas tabelas apresentadas, resultantes da análise de variáveis e forças, por elo da Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas para Alimentos, alguns pontos são destacados: Algumas forças restritivas podem criar situação favorável, como é o caso por exemplo, do elo Indústria de Alimentos (vide Tabela 49), onde a força “Clusters e Cooperativas”, apesar de restritiva, pode resultar em demissões, ao mesmo tempo em que pode representar um fortalecimento das negociações e do compartilhamento de riscos e investimentos, podendo minimizar dependência de importações; Com relação ao indicador de produtividade, a força “Clusters e Cooperativas”, em geral, é propulsora (vide Tabelas 49, 51 e 53), pois pode entre outras minimizar o impacto negativo da informalidade do setor; Como complementação dos dados da prospecção, acrescenta-se que, em pesquisa realizada em empresas alimentícias do Estado de Rio de Janeiro, onde cerca de 60% se enquadravam como pequenas empresas, aponta-se como principal dificuldade em ser inovativo tanto a questão financeira quanto a questão da cultura da empresa. Fica ressaltada nesta indústria que a inovação em processos de fabricação ocorre principalmente através da compra de novos equipamentos (Tepedino, 2001); Vêm sendo divulgados na mídia do País fatos e dados que validam os resultados do Delphi, como por exemplo, com relação ao setor de supermercados, que, após uma década de crescimento acelerado, apresentou pela primeira vez uma queda na quantidade de pontos de venda, demonstrando uma melhor participação das unidades de menor porte no resultado total das vendas, ou seja, o pequeno varejo despontando com papel importante no canal de distribuição da cadeia estudada (Gazeta Mercantil, 28/04/2003 a); Apesar disto, os supermercados continuam apostando na abertura e renovação de lojas, sendo este processo mais acentuado em São Paulo, como coloca o presidente da Associação Paulista de Supermercados. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), 88 lojas fecharam em 2002, ao mesmo tempo que 186 foram construídas e 123 foram reformadas e/ou ampliadas. O supermercado é um dos setores da economia que mais gera empregos no País. Só no Estado de São Paulo, são mais de 200 mil empregos diretos e 600 mil indiretos (Gazeta Mercantil, 31/05 – 02/06/2003 a); Declarações do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) demonstram visão pouco otimista com relação ao setor, prevendo queda de cerca de 1% no volume de vendas como uma situação “ótima”. Acrescenta que se melhorar Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 139 a renda, alimentos embalados são os primeiros a reagir, pois aumenta o consumo de produtos como iogurtes, balas e biscoitos (Gazeta Mercantil, 28/04/2003 b); Com relação à capacitação de recursos humanos, dentre as várias iniciativas no País em termos de curso técnico e/ou graduação na área de alimentos, destaca-se a primeira Universidade Corporativa de Alimentos do Norte/Nordeste, inaugurada em Fortaleza, em parceria com o SENAI-CE, que, diferentemente de outros centros, voltados para habilidades e conhecimentos específicos, busca desenvolver competências críticas com base na inovação criativa e incorporação de saber para ganhos de competitividade (Gazeta Mercantil, 31/05 – 02/06/2003 b). Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 140 XIII CONCLUSÕES Os resultados da aplicação da metodologia Delphi, as variáveis críticas e forças atuantes nos elos da Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas para Alimentos descritos anteriormente demonstram sinergia e atualidade em relação aos objetivos e metas do Programa Fórum de Competitividade. Este compõe o "Brasil Classe Mundial" e integra o Programa Avança Brasil - Plano Plurianual 2000/2003, sendo coordenado no âmbito do MDIC/SDP e tendo como objetivos gerais (MDIC/SDP, 2000): a) Geração de emprego, ocupação e renda; b) Desenvolvimento produtivo regional; c) Capacitação tecnológica; d) Aumento das exportações; e) Competição com as importações, f) Competição com serviços internacionais. No que tange especificamente a indústria de transformados plásticos, as macrometas do Fórum e a correlação com os elos da cadeia produtiva de embalagens plásticas para alimentos são apresentados a seguir: a) Promover a reorganização da indústria de transformação do plástico (refere-se ao Elo Indústria de Embalagens Plásticas para Alimentos, onde as forças propulsoras deste elo encontram-se na Tabela 51); b) Promover a reestruturação da indústria petroquímica, visando ao aumento da escala e produtividade (refere-se ao Elo Indústria de Resinas para Embalagens Plásticas para Alimentos e ao Elo Matéria-prima de Resinas para Embalagens Plásticas para Alimentos onde as forças propulsoras destes elos encontram-se, respectivamente, nas Tabelas 53 e 55) ; c) Aumentar, inclusive com o incremento da qualificação, o número dos postos de trabalho (refere-se ao Elo Indústria de Embalagens Plásticas para Alimentos e ao Elo Indústria de Resinas para Embalagens Plásticas para Alimentos, onde as forças propulsoras destes elos encontram-se, respectivamente, nas Tabelas 51 e 53); d) Reverter o déficit da balança comercial do setor de transformados plásticos (refere-se ao Elo Indústria de Resinas para Embalagens Plásticas para Alimentos, onde as forças propulsoras deste elo encontram-se na Tabela 53); Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 141 e) Criar condições favoráveis para a redução da informalidade do setor (refere-se ao Elo Indústria de Embalagens Plásticas para Alimentos, onde as forças propulsoras deste elo encontram-se na Tabela 51); f) Criar condições favoráveis para o crescimento sustentável do uso de transformados plásticos com o fortalecimento de sua reciclagem (refere-se ao Elo Indústria de Alimentos e ao Elo Indústria de Resinas para Embalagens Plásticas para Alimentos, onde as forças propulsoras destes elos encontram-se, respectivamente, nas Tabelas 49 e 53). O Fórum coloca que merecem destaque e, portanto, políticas e ações específicas visando ao crescimento da competitividade os seguintes segmentos da cadeia produtiva: indústria de transformação plástica e indústria de resinas termoplásticas e suas matérias-primas. A tabela 56 sintetiza as políticas prioritárias para a Cadeia Produtiva da Indústria de Transformação Plástica: Tabela 56 - Políticas Prioritárias do Fórum de Competitividade - MDIC/SDP - 2000/2003 Cadeia Produtiva de Transformação Plástica vis a vis Forças Propulsoras Elo da Cadeia Produtiva de Transformação Plástica Políticas Prioritárias do Fórum de Competitividade - MDIC/SDP 2000/2003 Financiamento à reorganização do setor Indústria de Embalagens Plásticas para Alimentos Desoneração tributária do investimento e da produção Diminuição ou eliminação da informalidade do setor Financiamento aos investimentos da Indústria de Resinas para indústria petroquímica reestruturada Embalagens Plásticas para Desoneração tributária do Alimentos investimento e da produção Forças Propulsoras F5 - Integração entre os elos da cadeia; F9 - Financiamento adequado. F3 – Regras de Comércio Exterior; F12 – Incentivos Fiscais. F6 – Fusões e Aquisições de Empresas F9 - Financiamento adequado F3 – Regras de Comércio Exterior; F12 – Incentivos Fiscais. Com relação mais especificamente à metodologia Delphi para prospecção tecnológica de cadeias produtivas, alerta-se sobre a importância de que este tipo de técnica seja aplicada de forma sistemática, tanto no sentido de estimular troca de conhecimento entre os diferentes elos da cadeia, quanto no de aproximar os diferentes atores ao processo de tomada de decisão na direção da competitividade da cadeia como um todo. No entanto, como resultado do processo de aprendizagem, vale destacar a dificuldade ainda presente nos dias atuais de respostas significativas pela via da Web (por meio de questionários interativos disponibilizados online). Ressalta-se que todo esforço é necessário junto aos especialistas, por telefone e e-mail, para que se tenha uma participação efetiva e representativa de todos os atores da Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas para Alimentos. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 142 XIII.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS O consenso do Delphi foi de 80%, com representatividade dos stakeholders em todos os elos da Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas para Alimentos, assim como dos atores – governo, indústria e academia. As tendências que refletem o consenso sobre o futuro desta cadeia podem ser resumidas nos seguintes fatores econômicos e sociais: INFRA-ESTRUTURA Em relação ao Custo Brasil, o cenário é pessimista, permanecendo como gargalo na cadeia. Já em relação aos canais de distribuição, a tendência de liderança dos supermercados deve permanecer, embora o governo seja otimista em relação ao pequeno varejo. IMPORTAÇÃO Em relação às resinas, visando a substituição de importação, o consenso é para desenvolvimento e/ou compra de tecnologia. CONCORRÊNCIA A tendência nos próximos 10 anos é que o plástico não seja substituído por outros tipos de embalagens, e também que substitua o vidro. Outra tendência observada é a concentração de empresas através de movimentos de fusões e aquisições no elo de transformados. De acordo com a demanda, os perfis de consumidores que mais utilizarão embalagens plásticas serão os saudáveis (ou seja, aqueles preocupados com a qualidade de vida), cesta básica e workaholics. Quanto às resinas que deverão atender a estes consumidores, o PP deverá atender ao consumidor workaholic; a família de polietilenos (PEAD, PEBD, PEBDL) à cesta básica, e o PS aos consumidores saudáveis. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 143 COMPETITIVIDADE No elo Alimentos, a liderança é das bebidas carbonatadas e água mineral. Em função deste tipo de alimento, a tendência é de utilização de PET, através do processo de sopro. Há tendência de substituição da nafta pelo gás natural, uma vez que o preço da nafta deve aumentar. POLÍTICO-ECONÔMICO-SOCIAL O programa FOME ZERO é consenso entre todos os atores da cadeia como alavancador da mesma. GERAÇÃO DE EMPREGOS Para geração de empregos que exigem maior qualificação, torna-se necessária a formação de clusters e cooperativas na indústria de alimentos de pequeno varejo, e no elo de transformados plásticos, para diminuição da informalidade do setor. Para empregos de menor qualificação, a maior geração de empregos no País é do canal predominante de distribuição de alimentos (supermercados). CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA Para aumento da capacitação tecnológica, é necessário o estímulo a cursos técnicos, como a Nova Universidade Cooperativa de Alimentos do Norte-Nordeste, em Fortaleza, em parceria com o SENAI-CE, e também o aumento de cursos de extensão de institutos especializados, como o ITAL, e novos cursos universitários, como o curso de graduação em Engenharia de Alimentos da Escola de Química da UFRJ. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 144 XIV REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABIA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO . A Indústria Brasileira da Alimentação Hoje. 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Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 150 XV ANEXOS: ANEXO 1: EMPRESAS NO BRASIL Abaixo segue-se uma lista das empresas responsáveis pelo setor de embalagens para a industria alimentícia, foco deste trabalho (nomes entre parênteses respondem pela comercialização no Brasil): Alpfilm – Alpes Ind. e Com. Plásticos Ltda. – Cotia (SP) BR – BR Tecnologia em Plásticos Industriais Ltda. – Canoas (RS) Brasilflex – Brasilflex Ind. e Com. Ltda. – São Paulo (SP) Braspack – Braspack Embalagens do Nordeste S/A – Ipojuca (PE) CBS - CBS Ind. e Com. Impot. e Export. Ltda. – Guarulhos (SP). Citropack – Citropack Ind. e Com. de Embalagens Ltda. – Itápoles (SP) Dart (Castagna) – Castagna Com. Impot. e Export. Ltda. – Canoas (RS) Didoplas – Didoplas Ind. Com. Mat. Plast. Ltda. – São Paulo (SP) Electro Plastic – Electro Plastic S/A – São Paulo (SP) Embaquim – Embaquim Ind. e Com. Ltda. – São Paulo (SP) Emoplas – Emoplas Ind. e Com. Ltda. – São Paulo (SP) Engraplast – Engraplast Ind. e Com. Plásticos Ltda. – São Paulo (SP) Fadin – Fadin Ind. e Com. Ltda. – São Paulo (SP) Farmaplast – Farmaplast Ind. de Embalagens Plásticas Ltda. – Cotia (SP) Geraldiscos – Geraldiscos Com. Ind. Rep. Cort. Ltda. – Barueri (SP) Ibeplas – Ibeplas Ind. Brasileira de Embalagens Plásticas Ltda. – São Paulo (SP) Igaratiba – Igaratiba Ind. e Com. Ltda. – Elias Fausto (SP) Inajá – Ind. Inajá Art., Copos, Embs. de Papel Ltda. – Osasco (SP) Incapack – Incapack Ind. de Embalagens Plásticas Ltda. – Curitiba (PR) Itaplac – Itaplac Ind. de Plásticos Ltda. – Rio Casca (MG) Jaci – Ind. e Com. de Plást. Jaci Ltda. Jaguarplast – Jaguar Ind. e Com. de Plásticos Ltda. – Jaguariuna (SP) Javel – Plásticos Javel Ltda. – Novo Hamburgo (RS) Lipoquímica – Lipoquímica Ltda. – Nova Odessa (SP) Mapla – Mapla S/A Inds. de Materiais Plásticos – Canoas (RS) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 151 Massucato – Massucato Ind. e Com. Ltda. – Campinas (SP) Metaplastic – Metaplastic Embalagens Ltda. – São Paulo (SP) Milplast- Milplast Ind. e Com. de Plásticos Ltda. – São Bernado do Campo (SP) Mocoplast – Mocoplast Mococa Embalagens Plásticas Ltda. – Mococa (SP) Momap – Momap Moldagem de Mat. Plást. Ltda. – São Paulo (SP) Neoform – Neoform S/A – Cachoeirinha (RS) Olveplast – Olveplast Olvebra Bembals. Plast. Ltda. – Barueri (SP) Perus – Ind. de Plásts.Perus Ltda. – São Paulo (SP) Plastirrico – Plastirrico Ind. e Com. Ltda. – São Paulo (SP) Plastwal – Plastwal Ind. de Plásticos ltda. – Cotia (SP) Poliembalagens – Poliembalagens Ind. e Com. de Embals. Ltda. – Mauá (SP) Poly-Blow – Poly-Blow Ind. e Com. Ltda. – São Bernardo do Campo (SP) Poly-Vac – Poly-Vac S/A Ind. e Com. de Embalagens – São Paulo (SP) Polyvan - Polyvan Ind. e Com. de Embalagens Ltda. – São Paulo (SP) Propak – Propack Ind. e Com. Plásticos Ltda. – Embu (SP) Qualipack – Qualipack Com. e Ind. de Embalagens Ltda. – São Paulo (SP) Rebeli – Rebeli Ind. e Com. de Plásticos Ltda. – Vera Cruz (RS) Santista Embalagens – Narita Química Ind. e Com. Ltda. – Santos (SP) Sek – Sek Plásticos do Brasil Ltda. – Pinhais (PR) Siniplast – Siniplast Ind. e Com. Ltda. – Diadema (SP) Soproval – Soproval Embalagens Plástica Ltda. – Valinhos (SP) Soroplast – Soroplast Ind. e Com. de Art. Plásticos – Sorocaba (SP) Stamp Spumas – Stamp Spumas Fitas e Peças Técnicas Ltda. – Campinas (SP) Styrocorte – Styrocorte Ind. e Com. de Plásticos Ltda. – São Simão (SP) Sunnyvale – Sunnyvale Com. e Rep. Ltda. – São Paulo (SP) Supertainer – Supertainer Italplast do B.E. T. Ltda. – São Paulo (SP) Tecblas – Tecblas Ind. e Com. de Plásticos Ltda. – Porto Alegre (RS) Tetra Pak – Tetra Pak Ltda. – São Paulo (SP) Tryl – Tryl Ind. e Com. Ltda. – Diadema (SP) Tupperware – Dart do Brasil Ind. Com. Ltda. – São Paulo (SP) Unipac – Unipac Ind. Com. Ltda. – Pompéia (SP) Unipac Embalagens – Unipac Embalagens Ltda. – São Paulo (SP) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 152 Védat – Vérdat Tampas Herméticas Ltda. – Embú (SP) Viesser – Viesser Indl. De Plásticos e Metais Ltda. – Porto Alegre (RS) Vinilplast – Vinilplast Ind. e Com. de Plásticos Ltda. – São Paulo (SP) Zandei Plásticos – Zabdei Ind. de Plásticos Ltda. – Guaporé (RS) Zarzur – Indústrias Plásticas Zarzur Ltda. – Rio de Janeiro (RJ) (PLÁSTICOS EM REVISTA, 2001a). Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 153 ANEXO 2. LISTA DE ESPECIALISTAS CONTATADOS Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 154 Nome Empresa / Instituição Localização Classificação 1 Adriana de Menezes Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 2 Aguinaldo Gomes Marques ABRAS Brasília / DF Empresas / Associações 3 Ailton de Souza Gomes IMA/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 4 Alessandra Zambaldi ALPES Ind. e Com. São Paulo / SP Empresas / Associações 5 Alessandro Luis Silva de Lima Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 6 Alex Kenya Abiko Poli-USP São Paulo / SP Empresas / Associações 7 Alex William Ferreira de Souza Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 8 Alexandrino de Alencar Braskem São Paulo / SP Empresas / Associações 9 Aline Marques Rolim Polimarketing Resinas Petroquímicas Ltda Porto Alegre / RS Empresas / Associações 10 Amaury Wydator Plasfine Indústria e Comércio Ltda. Guarulhos / SP Empresas / Associações 11 Amilcar Pereira da Silva Filho IBP Rio de Janeiro / RJ Empresas / Associações 12 Ana Amélia Martini EQ/UFRJ Niterói / RJ Pesquisadores / Especialistas 13 Ana Maria Ferreira da Silva Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 14 Anastacia Evangelina da Fonseca Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 15 Anderson Maia IPT São Paulo / SP Centros de P&D 16 André Luis Soares Rosa Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 17 Andrea Carla B. Cunha ABIQUIM São Paulo / SP Empresas / Associações 18 Andres Navarro Sanchez Sol Embalagens São Paulo / SP Empresas / Associações 19 Anivaldo Batista Soares Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 20 Antônio Candido Daguer Moreira FINEP Rio de Janeiro / RJ Governo 21 Antonio Carlos Barreto Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 22 Antonio Carlos Ferracioli Clariant Monte Mor / SP Empresas / Associações 23 Antônio Castro EMBRAPA Brasilia / DF Centros de P&D 24 Antonio Cezar dos Santos Bahia Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 25 Antonio Fernando Novato Leao Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 26 Antonio Guilherme Barreto Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 27 Antonio Marcos Almeida Assis Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 28 Arnaldo Pereira Ribeiro Inmetro São Paulo / SP Governo 29 Áureo José Dutra UNIPAR-SP Mauá / SP Empresas / Associações 30 Carlos Alberto de Brito LUIGI RULLI & CIA LTDA São Paulo / SP Empresas / Associações 31 Carlos Alberto Hemais IMA/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 32 Carlos Andre Silva Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 33 Carlos Cristo MDIC Brasilia / DF Governo 34 Carlos Eduardo O. Lima AFIPOL São Paulo / SP Empresas / Associações 35 Carlos Estevao Lopes Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 36 Carlos Matarazzo Unilever Valinhos / SP Empresas / Associações 37 Carlos Raimundo Santos B. Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 38 Carlos Roberto Barreto Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 39 Carlos Santos Amorim Junior MCT Brasilia / DF Governo 40 Celso Luiz Gusso ARAUPLAST Industria de Plásticos Curitiba / Paraná Empresas / Associações 41 Cheila Mothé EQ/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 42 Claudio José A. Neves OPP Polietilenos Camaçari - BA Empresas / Associações 43 Claudio Marcondes Polibrasil Mauá / SP Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 156 44 Cleide Pinto Rhodia - Empresas / Associações 45 Cleide Souza Coelho Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 46 Cleyton Miranda de Barros Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 47 Cristiane dos Santos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 48 Cristina Tristão Andrade IMA/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 49 Daniela Lopes IMA/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 50 Darcy Leandro Canguru Criciúma / SC Empresas / Associações 51 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento ACP Mercantil e Indl. Ltda São Paulo / SP Empresas / Associações 52 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento AG REMY Stretch Film do Brasil Belo Horizonte / MG Empresas / Associações 53 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento AL-Ca Plásticos Ltda. São Paulo / SP Empresas / Associações 54 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento ALLPAC Embalagens Ltda. São Paulo / SP Empresas / Associações 55 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento ALTIMAR Artefatos Plásticos Ltda. Jundiai / SP Empresas / Associações 56 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento AMEROPA Inds. Plásticas Ltda. São Paulo / SP Empresas / Associações 57 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Apache Embalagens Plásticas Ltda. Ribeirão Preto / SP Empresas / Associações 58 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento ARTIK Manufatura e Com. Ltda. São Paulo / SP Empresas / Associações 59 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Basf S. A. - Empresas / Associações 60 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento BESTFLEX Ind. e Com. de Plásticos Ltda. Diadema / SP Empresas / Associações 61 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento BR TECNOLOGIA em Plásticos Industriais Canoas / RS Empresas / Associações 62 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento BRASPACK Embalagens do Nordeste S/A Ipojuca / PE Empresas / Associações 63 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento CBS Ind. Com. Import. E Export. Ltda. Guarulhos / SP Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 157 64 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Coltok do Brasil Campinas / SP Empresas / Associações 65 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento COMPLAST Curitiba / PR Empresas / Associações 66 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento CORMATEC Guarulhos / SP Empresas / Associações 67 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento DELTAPLAM Embalagens São Bernardo do Campo / SP Empresas / Associações 68 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento ELMATEC Ind. de Plásticos Diadema / SP Empresas / Associações 69 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Embalagens ZENITH São Paulo / SP Empresas / Associações 70 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento EMOPLAS Ind. E Com. São Paulo / SP Empresas / Associações 71 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento ENGEPACK Embalagens Itupeva / SP Empresas / Associações 72 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento FERPLAST Ind. E Com. Mairinque / SP Empresas / Associações 73 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento FIBRASA Embalagens Serra / ES Empresas / Associações 74 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento FINOPLASTIC Ind. De Emb. Guarulhos / SP Empresas / Associações 75 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento FORMAT Ind. De Emb. Diadema / SP Empresas / Associações 76 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento GEPLAZ Ind. E Com. Guarulhos / SP Empresas / Associações 77 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Homy Química Jardinópolis / SP Empresas / Associações 78 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento IMPLAS Belo Horizonte / MG Empresas / Associações 79 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento INCREAL Chapecó / SC Empresas / Associações 80 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Ind. Com. de Plásticos Ásia Ltda. Guarulhos / SP Empresas / Associações 81 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Ind. E Com. Chemimim Ponta Grossa / PR Empresas / Associações 82 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento INDACP São Paulo / SP Empresas / Associações 83 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Industria Arteb S/A São Bernardo do Campo / SP Empresas / Associações 84 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Innova Triunfo / RS Empresas / Associações 85 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento IPL Plásticos Diadema / SP Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 158 86 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento JCV Taboão da Serra / SP Empresas / Associações 87 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Korrector Ind. e Com Diadema / SP Empresas / Associações 88 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento LAMIPLASTICA São Paulo / SP Empresas / Associações 89 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento MOCOPLAST Emb. Plásticas Mococa / SP Empresas / Associações 90 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento MORGEL Ind. De Plast. Diadema / SP Empresas / Associações 91 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento MULTIPLAST Ind. E Com. São Paulo / SP Empresas / Associações 92 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento NEOTECNICA São Bernardo do Campo / SP Empresas / Associações 93 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PIONNER Plastics Rio de Janeiro / RJ Empresas / Associações 94 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Piramidal Termoplásticos São Bernardo do Campo / SP Empresas / Associações 95 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PLAMOR Ind e Com São Bernardo do Campo / SP Empresas / Associações 96 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PLASCO Ind e Com Barueri / SP Empresas / Associações 97 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PLASCONY Ind de Plast. Santana do Parnaíba / SP Empresas / Associações 98 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PLASTAMP Ind e Com Jundiai / SP Empresas / Associações 99 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Plasticos Alko Ltda. Guarulhos / SP Empresas / Associações 100 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PLASTICOS FREDDY São Paulo / SP Empresas / Associações 101 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PLASTICOS MAUA Santo André / SP Empresas / Associações 102 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PLASTICOS PAMPA Eldorado do Sul / RS Empresas / Associações 103 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Plásticos Ruttino Barueri / SP Empresas / Associações 104 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PLASTIKERO Ind e Com Contagem / MG Empresas / Associações 105 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Plastimaster Pinhais / PR Empresas / Associações 106 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PLASTIPRENE Plast. E Elastômeros São Paulo / SP Empresas / Associações 107 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Polymer Trading Europe Santana do Parnaíba / SP Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 159 108 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento POLYPLASTER Ind e Com Betim / MG Empresas / Associações 109 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PRIMO Ind. Termoplásticos São Paulo / SP Empresas / Associações 110 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento PROPACK Ind e Com de Plast. Embu / SP Empresas / Associações 111 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Resinor Resinas Mauá / SP Empresas / Associações 112 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento São Paulo Alpargatas S/A São Paulo / SP Empresas / Associações 113 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento SENASUL Ind e Com de Plast São Paulo / SP Empresas / Associações 114 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento SM Resinas Brasil São Paulo / SP Empresas / Associações 115 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Soprano Farroupilha / RS Empresas / Associações 116 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento SPP Resinas São Paulo / SP Empresas / Associações 117 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Tecnopláticos Belfano Ltda Diadema / SP Empresas / Associações 118 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Thathi Imp. São Paulo / SP Empresas / Associações 119 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Uniao Ind. Com. Campo Grande / MS Empresas / Associações 120 Diretor Técnico / Gerente de Planejamento Uniplen Ind. Diadema / SP Empresas / Associações 121 Edilson Ferreira da Conceição Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 122 Edivaldo Miranda Bastos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 123 Edney Oliveira Souza Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 124 Edson Oliveira M. Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 125 Eduardo de Toledo Oxiteno São Paulo / SP Empresas / Associações 126 Eduardo G. Pascarelli Lord Plásticos Sorocaba / SP Empresas / Associações 127 Edvaldo Ramos Silva Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 128 Efraim Cekinski IPT São Paulo / SP Centros de P&D 129 Elen Pacheco IMA/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 160 130 Eliane B.Bahruth FINEP Rio de Janeiro / RJ Governo 131 Eloisa Garcia CETEA/ITAL Campinas / SP Centros de P&D 132 Eloísa Mano IMA/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 133 Elpidio Freire Menezes Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 134 Elvira Santana Carvalho Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 135 Eric Rafael da Rocha Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 136 Ernani Pereira Jr. Valfilm/Tecnoval Lorena / SP Empresas / Associações 137 Esmeralda A. Frias Camargo ABIEF São Paulo / SP Empresas / Associações 138 Fátima Giovanna Ferreira ABIQUIM São Paulo / SP Empresas / Associações 139 Fernando José Soares Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 140 Flavia M. Queiroz Ipiranga Petroquímica Triunfo / RS Empresas / Associações 141 Flavio Bruno SENAI / CETIQT Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 142 Francisco C. T. Garcia Mega Plast São Paulo / SP Empresas / Associações 143 Francisco Salazar Sindiplast / Abiplast São Paulo / SP Empresas / Associações 144 Franklin Valente Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 145 Gabriela Padilha EQ/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 146 George Andrade Azevedo Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 147 Geraldo A. Cofcewicz Perdigão - Empresas / Associações 148 Giorgio Guardalben Poliembalagens Mauá / SP Empresas / Associações 149 Guilherme Duque Estrada ABIQUIM São Paulo / SP Empresas / Associações 150 Hans Dieter Kurz Ipiranga Petroquímica Triunfo / RS Empresas / Associações 151 Heitor Monteiro Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 161 152 Hélio Camarota FIRJAN Rio de Janeiro / RJ Empresas / Associações 153 Helio Meirelles Cardoso PRONET Rio de Janeiro / RJ Empresas / Associações 154 Hermes Contesini ABEPET São Paulo / SP Empresas / Associações 155 Hilda Maria Rocha Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 156 Hugo Leonardo dos Santos Borges Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 157 Humberto Oliveira Albuquerque Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 158 Humberto Talma da Cunha Polialden Petroquímica Camaçari / BA Empresas / Associações 159 Inês Martins Pellisoli Ipiranga Petroquímica Triunfo / RS Empresas / Associações 160 Irineu Costa Santos Rhodia-ster São Paulo / SP Empresas / Associações 161 Ismael Silvio Soares Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 162 Israel Sverner Electroplastic São Paulo / SP Empresas / Associações 163 Jaime Salinas Dixie Toga - Empresas / Associações 164 Jaime Sartori Politeno - Empresas / Associações 165 Jane Barbosa Bispo Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 166 Janice Praia Santana Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 167 Janusz Zaporski BNDES - Governo 168 Jayme Moura Ipiranga Petroquímica Triunfo / RS Empresas / Associações 169 Jean Claude Cailleaux Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 170 Jean Daniel Peter Siresp São Paulo / SP Empresas / Associações 171 Joao Augusto de Oliveira Rezende Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 172 Joao Deway Polibrasil Camaçari / BA Empresas / Associações 173 Joao Fernandes Cortial Chagas Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 162 174 João Guilherme Rocha Poço IPT São Paulo / SP Centros de P&D 175 João Luiz Zuñeda Maxiquim Porto Alegre / RS Empresas / Associações 176 João Ruy Dornelles Freire Copesul Triunfo / RS Empresas / Associações 177 Jorge Fazenda ABRAFATI São Paulo / SP Empresas / Associações 178 José Alcides Magalhaes Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 179 Jose Angelo Rodrigues Gregolin UFSCAR São Carlos / SP Pesquisadores / Especialistas 180 José Arnaldo Ribeiro Soares Copesul Triunfo / RS Empresas / Associações 181 Jose Carlos Almeida de Souza Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 182 José Clemente COPENE Rio de Janeiro / RJ Empresas / Associações 183 José Felicio de Oliveira Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 184 José Fernando Mattos MBC Brasília / DF Empresas / Associações 185 José Geraldo de Souza Carvalho Petroquisa Rio de Janeiro / RJ Empresas / Associações 186 José Luciano das Neves Machado Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 187 José Luiz Redondo Rhodia São Paulo / SP Empresas / Associações 188 José Maria Pinto Ferreira Copesul Triunfo / RS Empresas / Associações 189 Jose Moises Brito Trabuco Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 190 José Renato D. Cassinelli IPT - Projeto Prumo São Paulo / SP Centros de P&D 191 José Ricardo Roriz Coelho Polibrasil - Empresas / Associações 192 José Vitor Bomtempo EQ/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 193 Júlio Cesar Rabelo Ipiranga Petroquímica Triunfo / RS Empresas / Associações 194 Julio Sergio Gomes de Almeida IEDI São Paulo / SP Empresas / Associações 195 Juraci Santos Nascimento Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 163 196 Juracy Sales dos Santos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 197 Leandro Fraga Guimarães Rhodia-Ster São Paulo / SP Empresas / Associações 198 Leandro Innocentini L. de Faria UFSCAR São Carlos / SP Pesquisadores / Especialistas 199 Leonardo Britto REQUIL (Distribuidora Braskem) - Empresas / Associações 200 Lia Krucken Pereira UFSC Florianópolis / SC Pesquisadores / Especialistas 201 Lincoln Seraghini Seraghini - Empresas / Associações 202 Lismar Sacramento dos Santos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 203 Lucas Jeronimo Dultra B. Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 204 Lucia Jaeger NUTRIÇÃO/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 205 Luciana Pelegrino ABRE São Paulo / SP Empresas / Associações 206 Luciano Cerqueira de Oliveira Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 207 Luciano José de Oliveira F. Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 208 Lucien Moreno Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 209 Luis Augusto Ferreira dos Santos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 210 Luís Cezar Zeredo ABRAIC Brasília / DF Empresas / Associações 211 Luís Fernando Cassinelli Braskem São Paulo / SP Empresas / Associações 212 Luís Fernando Guttman CRQ Rio de Janeiro / RJ Empresas / Associações 213 Luís Fernando Marinho Nunes Deten Camaçari / BA Empresas / Associações 214 Luis Oscar Passos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 215 Luis Sergio Melo Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 216 Luiz Antonio D. Simões Carnevalli Guarulhos / SP Empresas / Associações 217 Luiz Antonio D'Avila EQ/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 164 218 Luiz Fernando Ferreira Rosa Ipiranga Petroquímica Triunfo / RS Empresas / Associações 219 Luiz Fernando Marchi Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 220 Luiz Gustavo Ortega Polibrasil São Paulo / SP Empresas / Associações 221 Luiz Jesus dos Santos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 222 Luiz Reynaldo de Azevedo Cardoso Politecnica/USP São Paulo / SP Pesquisadores / Especialistas 223 Luiz Tadashi Watai IPT São Paulo / SP Pesquisadores / Especialistas 224 Marcello José Rodrigues Cavalcanti Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 225 Marcelo Augusto Oliveira F. Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 226 Marcelo J. Spohr Petroquímica Triunfo Triunfo / RS Empresas / Associações 227 Marcelo José Pio SENAI / CETIQT Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 228 Marcelo Kós Silveira Campos ABIQUIM São Paulo / SP Empresas / Associações 229 Marcelo Sampaio Filho SECEX/DECEX Rio de Janeiro / RJ Governo 230 Marcial Saboya de Castro BNDES - Governo 231 Marcio Antonio da Silva Santos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 232 Marcio Cardoso Pinheiro Nestlé São Paulo / SP Empresas / Associações 233 Marcio Nahuz IPT São Paulo / SP Centros de P&D 234 Marcio Nascimento Brito Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 235 Marco Antonio Ferraroli dos Santos Alcan Alumínio do Brasil São Paulo / SP Empresas / Associações 236 Marcos Furtado Carvalho ABRAIC Brasília / DF Empresas / Associações 237 Marcos Giuntini M LAB São Paulo / SP Empresas / Associações 238 Marcos Lopes Dias IMA/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 239 Marcos Roberto Miranda Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 165 240 Marcos Rossatti Politeno São Paulo / SP Empresas / Associações 241 Marcus Dal Pizzol Innova Triunfo / RS Empresas / Associações 242 Marcus Luis Rodrigues Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 243 Margarida Miyo Iseki Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 244 Maria Auxiliadora Moraes Lemos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 245 Maria Cecília Cortez ABIMAQ São Paulo / SP Empresas / Associações 246 Maria de Fátima Marques IMA/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 247 Maria José Smith F. Netto EQ/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 248 Mario Schlickmann Incoplast Sâo Ludgero / SC Empresas / Associações 249 Maristela S. Miranda ABIMAQ São Paulo / SP Empresas / Associações 250 Marta Curvo CETEA/ITAL Campinas / SP Centros de P&D 251 Maurício de Barros Lucena Polibrasil São Paulo / SP Empresas / Associações 252 Mauro Azanha Polietilenos União Santo André / SP Empresas / Associações 253 Mauro Félix de Oliveira Canguru Criciúma / SC Empresas / Associações 254 Mauro Massoquette Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 255 Mauro Saraiva Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 256 Merheg Cachum INP São Paulo / SP Empresas / Associações 257 Milton Bin Plasticos do Paraná Curitiba / PR Empresas / Associações 258 Mônica Abreu Universidade Federal do Ceará Fortaleza / CE Pesquisadores / Especialistas 259 Mônica Caetano ANVISA - Governo 260 Monica Forti ABRE São Paulo / SP Empresas / Associações 261 Monica Freire Dias Martins Dacarto Benvic - Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 166 262 Nadja Caiado Scarano Suzano/Divisão Petroquímica Rio de Janeiro / RJ Empresas / Associações 263 Nicolai Martins Duboc Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 264 Oswaldo Ferreira IPT São Paulo / SP Centros de P&D 265 Paula Santos Oliveira Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 266 Paulo A. P. Modé Plásticos Eldorado - Empresas / Associações 267 Paulo Andrade Salomão Monte Cristo Plásticos Ribeirão Preto / SP Empresas / Associações 268 Paulo Dacolina INP São Paulo / SP Empresas / Associações 269 Paulo Roberto Salles CRP Plásticos - Comercial São Paulo / SP Empresas / Associações 270 Peter Rudolf Seidl EQ/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 271 Plínio R. Wermelinger FINEP Rio de Janeiro / RJ Governo 272 Regina Célia Reis Nunes IMA/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 273 Renato Eduardo O. Santos Selovac São Paulo / SP Empresas / Associações 274 Ricardo Guerreiro Muller Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 275 Ricardo Knudsen Rhodia-Ster São Paulo / SP Empresas / Associações 276 Ricardo Montenegro BNDES Rio de Janeiro / RJ Governo 277 Ricardo Pelegrini Fernandes Politeno São Paulo / SP Empresas / Associações 278 Robert da Cruz Costa Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 279 Roberto P. Ribeiro Polibrasil São Paulo / SP Empresas / Associações 280 Robson Coelho dos Santos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 281 Romeu Marcial ABRAIC Brasília / DF Empresas / Associações 282 Romilson dos Santos Pimenta Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 283 Ronald Caputo ABIPLAST São Paulo / SP Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 167 284 Roque Sousa de Andrade Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 285 Rubens Oliveira da Silva Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 286 Ruy Ferreira de Oliveira Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 287 Sandra Mourão Monnerat Unilever - Empresas / Associações 288 Sebastian Julio de Souza Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 289 Sebastião Luiz Ferreira de Magalhães Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 290 Selma Barbosa Jaconis IPT São Paulo / SP Centros de P&D 291 Sergio de Oliveira Machado Innova Triunfo / RS Empresas / Associações 292 Sergio Freire de Oliveira Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 293 Sergio Haberfeld Dixie Toga / ABRE São Paulo / SP Empresas / Associações 294 Sergio Luiz Dias Almeida Politeno São Paulo / SP Empresas / Associações 295 Sergio Renato Weiss Polibrasil São Paulo / SP Empresas / Associações 296 Sérgio Rogério de Castro Fibrasa Serra / ES Empresas / Associações 297 Simone Teixeira Lopes de Faria Polibrasil São Paulo / SP Empresas / Associações 298 Simoni Margareti Plentz M. Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 299 Tereza Cristina Souza Azevedo Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 300 Thomaz Gruber Dixie Toga São Paulo / SP Empresas / Associações 301 Tsiane Poppe Araujo Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 302 Ulisses Antonio D'Ariano IPT - Projeto Prumo São Paulo / SP Centros de P&D 303 Válber Alex Carvalho Almeida Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 304 Valdir Kará Fonseca INP São Paulo / SP Empresas / Associações 305 Valnei Silva do Reis Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 168 306 Vânia M. R. Hermes de Araujo Hermes Consultores LTDA Rio de Janeiro / RJ Empresas / Associações 307 Vera Lúcia B. de S Pereira EQ/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 308 Vicente Aparecido da Silva Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 309 Victor Jayme R. R. Pita IMA/UFRJ Rio de Janeiro / RJ Pesquisadores / Especialistas 310 Vilma Vasconcelos Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 311 Vinicius Fornari Jr. Valfilm/Tecnoval Lorena / SP Empresas / Associações 312 Vitório Luiz de Pellegrin Canguru Criciúma / SC Empresas / Associações 313 Walmor Ferraretto Plastwal Cotia / SP Empresas / Associações 314 Walter Schalka Dixie Toga São Paulo / SP Empresas / Associações 315 Wander Montesso Ipiranga São Paulo / SP Empresas / Associações 316 Washington Humildes Regis Politeno Camaçari / BA Empresas / Associações 317 Wellington V. Pessoa Replast Sâo Leopoldo / RS Empresas / Associações 318 Yuli Villarroel UCV Venezuela Pesquisadores / Especialistas 319 Yuzi Shudo Polibrasil São Paulo / SP Empresas / Associações 320 Zich Moyses Júnior MDIC Brasília / DF Governo Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 169 ANEXO 3. MODELO DE CARTA DE ENCAMINHAMENTO DO QUESTIONÁRIO – 1A RODADA DELPHI Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 170 Prezado(a) Senhor(a) Dr(a), Vimos por meio desta convidá-lo(a) para participar do Estudo Prospectivo sobre Cadeia Produtiva de Embalagem Plástica de Alimentos, que está sendo realizado como contribuição para o desenvolvimento tecnológico e econômico deste segmento. Este trabalho está sendo conduzido pela equipe do SIQUIM (Sistema de Informação da Indústria Química) da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com apoio da Secretária de Tecnologia Industrial do Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio (STI/MDIC), em parceria com a UNIDO. O modelo prospectivo tem como objetivo identificar um futuro desejável entre alternativas viáveis. Isso implica em caracterizar um sistema articulado de atores (interesses, alianças e conflitos) e variáveis (tendências e de rupturas) que vão ter influência sobre este futuro. A prospecção tecnológica abrange uma série de abordagens, metodologias e habilidades utilizadas para prover informações estratégicas que visam subsidiar decisões políticas, empresariais e acadêmicas. Para o alcance de tal objetivo, é importante a consulta junto a profissionais dos diversos segmentos da cadeia produtiva na qual a indústria de embalagens para alimentos está inserida, como dirigentes empresariais, membros de entidades governamentais e de classe, especialistas, pesquisadores acadêmicos, e outros. Será da maior importância a sua participação, de caráter voluntário e sem ônus, tendo como benefício o acesso aos resultados do estudo e o melhor conhecimento deste segmento industrial. Os dados individualmente respondidos pelos participantes serão mantidos em sigilo. Para participar, basta responder ao questionário via Internet ou o documento em anexo em Word, caso prefira responder por fax ou e-mail. As perguntas, que estão contextualizadas em um ambiente atual, procuram mapear todos os elos da cadeia produtiva de embalagem plástica para alimentos. A metodologia utilizada no estudo foi realizada a partir da demanda, sendo que o primeiro elo compreende a indústria de alimentos e o último é referente às matérias-primas essenciais, a nafta e o gás natural. Esperamos contar com sua importante e honrosa participação, relembrando que não há necessidade de responder a todas as questões apresentadas, tendo em vista a rica diversidade de profissionais participantes e de segmentos das diferentes etapas da cadeia produtiva. Os resultados estatísticos da pesquisa serão enviados aos participantes e farão parte de um relatório a ser encaminhado ao MDIC que, por sua vez, deverá dar acesso e fará uso dos resultados de acordo com suas políticas voltadas para o desenvolvimento tecnológico do setor e do país. O processo deverá ser concretizado em duas rodadas de consulta, por isso necessitamos de sua resposta o mais breve possível. Agradecemos antecipadamente a atenção e ficamos à disposição para esclarecimentos adicionais. O questionário se encontra disponível na página http://www.eq.ufrj.br/links/siquim/questionario/ Atenciosamente, Profa. Adelaide Antunes - [email protected] Profa. Suzana Borschiver - [email protected] Coordenadoras do Estudo Prospectivo da Cadeia Produtiva de Embalagem Plástica para Alimentos Favor responder para: [email protected] ou [email protected] PS: Por favor dar um Reply desta mensagem para confirmar recebimento. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 171 ANEXO 4. MÁSCARA DO QUESTIONÁRIO DELPHI ONLINE (1A RODADA) Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 172 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 173 ANEXO 5. MODELO DE CARTA DE ENCAMINHAMENTO DO QUESTIONÁRIO – 2A RODADA DELPHI Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 174 Ilmo Senhor Em continuidade ao Estudo Prospectivo sobre a Cadeia Produtiva de Embalagens Plásticas de Alimentos, destinado à visualização de Cenários Futuros, que embasarão a montagem do Programa Brasileiro de Prospectiva Tecnológica Industrial, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (STI/MDIC), levo ao conhecimento de V. Sª. o resultado da primeira rodada da consulta da qual participou. Faz parte também da metodologia o envio de uma segunda rodada das mesmas perguntas, com a finalidade de obtenção de um máximo consenso das respostas. Assim, os resultados estatísticos da pesquisas estão sendo enviados em anexo a todos os participantes, sendo mantidos em sigilo cada resultado individual. Conforme foi citado no primeiro questionário, a metodologia eleita para esse fim prevê a participação de Peritos (“experts”), selecionados segundo seus notórios conhecimentos e representatividade nos diversos segmentos da cadeia produtiva na qual a indústria de embalagens para alimentos está inserida, cujas avaliações serão fundamentais ao êxito do projeto. No questionário em anexo V. Sª encontrará a sua resposta do questionário anterior, o resultado obtido e a opção de modificar ou manter sua resposta, de acordo com a metodologia adotada “Delphi” para chegar a um consenso. Assim, será honroso e imprescindível para nós podermos contar novamente com a participação de V.Sª., a qual será resguardada absoluto sigilo, cabendo ressaltar que, em toda a documentação, a identificação ocorrerá apenas por código. Solicitamos, na medida do possível, o envio no prazo de 15 dias para concluirmos até março e apresentarmos ao governo o consenso sobre a cadeia de embalagens plásticas para alimentos o mais rápido possível. Agradecemos novamente a atenção e ficamos a disposição para esclarecimentos adicionais. Atenciosamente, Profa. Adelaide Antunes - [email protected] Profa. Suzana Borschiver - [email protected] Coordenadoras do Estudo Prospectivo da Cadeia Produtiva de Embalagem Plástica para Alimentos Favor responder para: [email protected] PS: Por favor confirmar o recebimento deste e-mail. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 175 ANEXO 6. MODELO DE QUESTIONÁRIO DA 2A RODADA DELPHI Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 176 PROSPECTIVA TECNOLÓGICA DA CADEIA PRODUTIVA DE TRANSFORMADOS PLÁSTICOS “PROSPECTIVA TECNOLÓGICA DA CADEIA PRODUTIVA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS PARA ALIMENTOS” QUESTIONÁRIO DELPHI 2ª RODADA SECRETARIA DE TECNOLOGIA INDUSTRIAL MINISTÉRIO DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR (STI/MDIC) EXECUTOR: SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE A INDÚSTRIA QUIMICA DA ESCOLA DE QUÍMICA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (SIQUIM/EQ/UFRJ) Rio de Janeiro, Fevereiro 2003 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 177 PERGUNTAS 1ª Pergunta: O valor da produção da indústria de alimentos no período de 1990-2000 contribuiu, em média com 9,69% do valor do PIB e 17,47% do valor da indústria total, conforme pode ser observado pela tabela a seguir: Tabela 23: Participação da indústria de alimentos no PIB e no total da indústria de transformação no Brasil, em % (1990-2000) 1990 9,98 17,2 Participação no PIB na Ind. Total 1991 10,17 17,95 1992 10,45 17,28 1993 10,22 16,69 1994 8,93 16,36 1995 9,98 16,57 1996 9,67 17,48 1997 9,04 17,44 1998 9,39 19,38 1999 9,61 18,6 2000 9,2 17,25 Fonte: Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), 2000 Na sua opinião qual será o impacto da indústria de alimentos sobre a indústria em geral, em porcentagem, daqui a 10 anos? a - Diminuirá. b - Permanecerá na mesma. c - Será mais significativo (em torno de 30%). d - Será muito mais significativo (40% ou mais). SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA A B C Resultado da Maioria na 1ª rodada do Delphi: D E 53% - item C 40% - item B Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) A B C D E 2ª Pergunta: As necessidades e expectativas dos clientes e consumidores passaram a ser consideradas fatores de sucesso dos negócios, portanto as empresas têm se empenhado em Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 178 entender, respeitar e satisfazer suas aspirações. Observando-se o mercado, constata-se um forte trabalho de posicionamento dos produtos de consumo, utilizando principalmente a embalagem e a marca como seus principais diferenciadores. A segmentação do tipo de consumidores e sua respectiva influência no design da embalagem podem ser observadas na tabela a seguir: Tabela 24: Novos valores e postura do consumidor e suas implicações no mercado Valores / posturas Fam ília tradicional com m em bros de hábitos diferenciados Aum ento de lares com um a só pessoa Envelhecim ento da população Aum ento da consciência do saudável e da higiene Implicações Diversificação das em balagens focando o uso para a "pessoa” Preferência por produtos de conveniência e com sofisticação Influencia nas embalagens Em balagens m enores de fácil m anuseio e práticas Em balagens m enores, m ultifuncionais, e de fácil arm azenam ento. Busca de em balagens de Pessoas com grande produtos com shelf-life m enor potencial financeiro que e com características buscam alim entos m ais ergonôm icas, que trazem saudáveis um a vida m ais conveniência, segurança e que ativa contenham inform ações de fácil leitura e instruções. Em balagens m ais elaboradas, Necessidade de m aior com m aior transparência nas cuidado com em balagens por inform ações e m ateriais toda cadeia de suprim entos e confiáveis que garantam a distribuição inviolabilidade. Existência de um a m aior Consciência do responsabilidade do setor de Busca por em balagens “ecologicam ente correto” em balagens e busca de m aior biodegradáveis e recicláveis sofisticação nas em balagens Stress , aum ento das horas M enos tem po de dedicação Em balagens com trabalhadas e m aior valor ao ao lar, com o cozinhar por conveniência, reutilizáveis e lazer exem plo ready to cook Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 179 Na sua opinião, qual (is) o (s) tipo (s) de consumidor (es) que nos próximos 10 anos irá (ão) contribuir mais para o desenvolvimento de inovações no setor de embalagens para alimentos? a - Consumidor de família tradicional com membros de hábitos diferenciados. b - Consumidor que vive sozinho “single”. c - Idoso. d - Consumidor com consciência do saudável e da higiene. e - Ecologicamente correto. f - Workaholic. g - Outros. (Quais?) SUA (s) RESPOSTA(s) NA 1ª RODADA A B C D E F G Resultado da Maioria na 1ª rodada do Delphi: 27% - item D 17% - item E 17% - item C 19% - item B Observa-se que nesta questão permite-se mais de uma alternativa Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA(s) RESPOSTA(s) NESTA RODADA (marque com um X) A B C D Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ E F G 180 3ª Pergunta: Os canais de distribuição utilizados para a venda de alimentos são muito importantes para o desenvolvimento de novas embalagens, já que esta pode ser projetada para atender as características demandantes de cada um destes. Em 1999 os supermercados foram responsáveis pela movimentação de R$60 bilhões em alimentos, sendo que 5 redes respondem por 40% das vendas de alimentos. Por outro lado, as lojas de conveniência constituem local ideal para a experimentação de produtos e embalagens inovadoras, respeitadas as restrições de custo. Em relação às redes virtuais de comércio existe estimativa no Brasil de um grande potencial de crescimento, basta observar que nos EUA existem 13 milhões de domicílios que compram via internet, enquanto Brasil existem apenas 330 mil potenciais compradores. O grande problema é a disponibilidade dos recursos logísticos para distribuir os produtos adquiridos. Tendo em vista este cenário, na sua opinião, qual dos canais de distribuição será o mais importante para distribuição de alimentos, no prazo de dez anos? Marque até duas opções. a - Supermercados b - Pequeno varejo c - Comércio eletrônico d - Outros. Qual? SUA(s) RESPOSTA(s) NA 1ª RODADA A B C D Resultado da Maioria na 1ª rodada do Delphi: 51% - item A 30% - item B 19% - item C Observa-se que nesta questão permite-se mais de uma alternativa. Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA(s) RESPOSTA(s) NESTA RODADA (marque com um X) A B C Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ D 181 4ª Pergunta: No final da década de 90, o consumo anual do setor de embalagens foi de 1,01 milhão de toneladas de plástico sendo que destas 735 mil foram direcionadas a alimentos e bebidas que correspondeu 22% do total do material utilizado para embalagens neste setor, conforme é visualizado na tabela 4: Tabela 25: Consumo dos principais materiais utilizados em embalagens para alimentos Alimentos e Bebidas % Ton 103 764 23% 1057 32% 735 22% 779 23% 3.335 100% Materiais Metálicos Celulósicos Plásticos Vidro Total Fonte: Datamark,1999 Na sua opinião, qual será a porcentagem do plástico, neste setor, daqui a dez anos? a - 15% b - 20% c - 30% d - 50% ou mais SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA A B C Resultado da Maioria na 1ª rodada do Delphi: D 75% - item C Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria,favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) A B C Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ D 182 5ª Pergunta: No caso do plástico aumentar sua participação neste mercado, qual matéria prima você acredita que ele substituirá mais fortemente? a - Madeira b - Papel reciclado c - Alumínio d - Vidro e - Aço f - Papelão g - Nenhum h - Outros, Qual? SUA(s) RESPOSTA(s) NA 1ª RODADA A B C D E F G H Resultado da Maioria na 1ª rodada do Delphi: 44% - item D 16% - item E 17% - item F Observa-se que nesta questão permite-se mais de uma alternativa Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA(s) RESPOSTA(s) NESTA RODADA (marque com um X) A B C D E Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ F G H 183 6ª Pergunta: Caso contrário, se o plástico perder mercado qual matéria prima o substituirá? a - Madeira b - Papel reciclado c - Alumínio d - Vidro e - Aço f - Papelão g - Nenhum h - Outros. Qual? SUA(s) RESPOSTA(s) NA 1ª RODADA A B C D E F G H Resultado da Maioria na 1ª rodada do Delphi: 30% - item G 17% - item C 17% - item B Observa-se que nesta questão permite-se mais de uma alternativa Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA(s) RESPOSTA(s) NESTA RODADA (marque com um X) A B C D E Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ F G H 184 7ª Pergunta: O mercado de máquinas é desenhado por aproximadamente 6.600 transformadores, a maioria formada por empresas pequenas e médias, que empregam em torno de 190.000 pessoas. Com um parque estimado de 40.000 máquinas, a transformação brasileira adquiriu em torno de 3,8 milhões de toneladas de resinas locais no exercício de 2000. Praxe mundial, injeção é o segmento que prevalece na área, representando ao redor de 49% do contingente de transformadores. É seguido à distância pelos redutos de extrusão, com fatia de 28%; sopro, com participação estimada em 18%, e o percentual restante cabe aos demais processos de moldagem de plástico. Nas entrevistas com representantes do setor, vários itens foram priorizados como sendo essenciais e marcantes para a competitividade sendo estes: Ex tarifários Fraudulentos: Importação de máquinas isentas de tarifa de importação (hoje na média de 14%), pois são enganosamente descritas como equipamentos sem similares locais. Ausência de Indicadores Públicos de Comércio Exterior do Sistema Alice – Dificuldade da Industria Nacional em identificar com precisão a máquina para qual é reivindicada taxa zerada de importação. Relutância dos bancos privados, temerosos do risco de inadimplência ao servirem de agentes das linhas de crédito aprovadas pela Finame, a agência de financiamento de maquinário atrelada ao BNDES. Custo Brasil, 20% nos custos, subindo a 34% quando acrescida dos impostos indiretos. A indústria brasileira de máquinas para plástico não se conhece devido à cultura enraizada na maioria de seus integrantes, inibindo-os de liberar indicadores concretos de sua performance. Alto grau de obsolescência do maquinário. 32,5% das injetoras, 24% das extrusoras e 16,5% das sopradoras tem idade maior que 15 anos. Na sua opinião qual será o principal gargalo para o crescimento da indústria de máquinas no Brasil? SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 185 Resultado da Maioria na 1ª rodada do Delphi: Nessa questão os principais gargalos citados foram: a. Custo Brasil (20%) b. Obsolescência do maquinário (20%) c. Ausência de mão de obra qualificada (15%) d. Falta de financiamento (15%) Escolha o principal gargalo entre os itens citados acima: ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) A B C Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ D 186 8ª Pergunta: A tabela a seguir mostra os principais processos de transformação utilizados para fabricar embalagens plásticas para alimentos, de acordo com a resina utilizada. Tabela 26: Principais processo de Transformação X Resinas X Tipo e Embalagem Qtde. (ton) % Valor (milhão US$) % Tipos de Embalagem PET Sopro Extrusão 240.278 0,8 99,99% 0,01% 926,70 0,003 99,99% 0,01% Garrafas retornáveis, garrafas e frascos. Sacos, invólucros. PVC Sopro Injeção Extrusão 6.769 2.674 4.551 48,4% 19,1% 32,5% 31,40 11,70 13,90 55,1% 20,5% 24,4% Garrafas e frascos. Bandejas, potes e tampas. Filme shrink, filme stretcht. PEAD Sopro Injeção Extrusão 20.281 8.251 11.802 50,3% 20,5% 29,3% 78,20 31,90 39,80 52,2% 21,3% 26,6% Garrafas e frascos. Baldes, copos, potes e tampas. Sacos, invólucros. PEBD Sopro Injeção Extrusão 683 1.702 169.428 0,4% 1,0% 98,6% 2,90 7,40 429,50 0,7% 1,7% 97,7% Bisnaga, garrafas e frascos. Tampas. Sacos. PP Sopro Injeção Extrusão 14.481 49.702 52.177 12,4% 42,7% 44,8% 64,40 235,40 209,40 12,6% 46,2% 41,1% Garrafas e frascos. Tampas. Sacos de ráfia. PS Sopro Injeção 6.336 19.044 25,0% 75,0% 41,50 123,30 25,2% 74,8% Garrafas e frascos. Bandeja, tampas, copos e potes. Indique com um X para cada uma destas resinas, qual o principal processo de transformação que provavelmente estará sendo utilizado em dez anos. SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA DO DELPHI PROCESSO PEBD Injeção Extrusão Sopro Laminação Expansão Termoformação Ráfia Rotomoldagem Fibra Filmes Outros PEBDL PEAD PP Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ PS PVC PET 187 Resultado da 1ª rodada do Delphi: PEBD PEBDL Processo Percentual Processo Percentual Extrusão 33% Extrusão 36% Filmes 29% Filmes 31% PEAD PP Processo Percentual Processo Percentual Sopro 41% Injeção 32% - - - - PS PVC Processo Percentual Processo Percentual Injeção 36% Extrusão 37% Termoformação 31% Sopro 22% PET Processo Percentual Sopro 61% - - ESCOLHA SUA(s) RESPOSTA(s) NESTA RODADA (marque com um X) PROCESSO PEBD PEBDL PEAD PP PS PVC PET Injeção Extrusão Sopro Laminação Expansão Termoformação Ráfia Rotomoldagem Fibra Filmes Outros Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 188 9ª Pergunta: A indústria de transformação plástica, ao contrário de sua fornecedora de matérias primas (segunda geração petroquímica), é altamente pulverizada sendo constituída principalmente de pequenas e médias empresas. Já a principal demanda pelos transformados plásticos (embalagens plásticas para alimentos) é proveniente de grandes empresas de alimentos. Diante deste contexto as empresas da indústria de transformação plástica para embalagens de alimentos têm baixo poder de barganha. De acordo com seus conhecimentos, como estará este setor no prazo de dez anos? a - Permanecerá pulverizado. b - A transformação será verticalizada para trás -pelo produtor de resina. c - A transformação será verticalizada para frente -pelo produtor de alimentos. d - Haverá a concentração das empresas do setor de transformação a partir de fusões e aquisições. SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA A B Resultado da 1ª rodada do Delphi : C D 50% - item D 34% - item A Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) A B C Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ D 189 10ª Pergunta: No mercado de embalagens, nota-se a ocorrência de competição das resinas por outros materiais além da concorrência entre si. A descrição abaixo diz respeito as principais resinas utilizadas em embalagens de alimentos. Marque, para cada uma delas, se existe tendência de substituição desta resina por outra. Em caso afirmativo, descreva qual. Principais resinas utilizadas para embalagem de alimentos: PET que é amplamente utilizado no setor de bebidas carbonatadas, água mineral e óleos comestíveis; SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA NÃO SIM SE SIM QUAIS? Resultado da 1ª rodada do Delphi em relação ao PET: 72% - Não 12% - Sim Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) NÃO SIM SE SIM QUAIS? PEAD cujos principais alimentos demandantes são hortifrutigranjeiros e água mineral; SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA NÃO SIM Resultado da 1ª rodada do Delphi em relação ao PEAD: SE SIM QUAIS? 40% - Não 44% - Sim Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 190 Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) NÃO SIM SE SIM QUAIS? PEBD, utilizado principalmente para embalar carne, frango e alimentos da cesta básica como arroz feijão e açúcar. SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA NÃO SIM Resultado da 1ª rodada do Delphi em relação ao PEBD: SE SIM QUAIS? 42% - Não 38% - Sim Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) NÃO SIM SE SIM QUAIS? PEBDL, utilizado principalmente na fabricação de filmes, utilizado para embalar alimentos da cesta básica. SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA NÃO SIM SE SIM QUAIS? Resultado da 1ª rodada do Delphi em relação ao PEBDL: 66% - Não 10% - Sim Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 191 Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) NÃO SIM SE SIM QUAIS? PVC, utilizado principalmente em hortifrutigranjeiros, temperos e condimentos. SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA NÃO SIM Resultado da 1ª rodada do Delphi em relação ao PVC: SE SIM QUAIS? 28% - Não 48% - Sim Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) NÃO SIM SE SIM QUAIS? PP, utilizado principalmente em embalagens para água mineral (tampa), manteiga e margarina, açúcar e doces. SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA NÃO SIM Resultado da 1ª rodada do Delphi em relação ao PP: SE SIM QUAIS? 56% - Não 22% - Sim Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 192 Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) NÃO SIM SE SIM QUAIS? PS, utilizado para embalar Iogurte e sobremesas, bebidas tônicas, ovos, carne processada e aves. SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA NÃO SIM Resultado da 1ª rodada do Delphi em relação ao PS: SE SIM QUAIS? 40% - Não 40% - Sim Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) NÃO SIM Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ SE SIM QUAIS? 193 11ª Pergunta: Sabe-se que a Indústria Química tem apresentado um déficit na balança comercial que tem crescido de forma exponencial na última década. Do mesmo modo, as resinas utilizadas em embalagens plásticas para alimentos contribuem para o aumento deste déficit, pois apresentam alto valor de importação, como pode ser exemplificado pelos gráficos a seguir para PEAD e PVC: PEAD Im p o rta ç ã o Valores (t) 1 .0 0 0 .0 0 0 E x p o rta ç ã o 7 5 0 .0 0 0 5 0 0 .0 0 0 P ro d u ç ã o 2 5 0 .0 0 0 C o n su m o A p a re n te 00 20 99 19 98 19 97 19 19 96 0 Importaçã o Exportaçã o Produção 800.000 600.000 400.000 200.000 0 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 toneladas Policloreto de Vinila Consumo Aparente Na sua opinião qual é a perspectiva do comércio exterior de resinas nos próximos dez anos? Se necessário marque mais de uma opção. a - Permanecem altas as importações. b - Tendência para o desenvolvimento /compra de tecnologia adequada para aumentar a produção nacional com conseqüente substituição de importações. c - Aumentam as importações. Em que percentual? d - Aumentam as exportações. Em que percentual? e - Desenvolvimento de novos grades f - Outros. Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 194 SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA A B C Resultado da 1ª rodada do Delphi: D E F 45% - item B 15% - item A 17% - item E Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) A B C D Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ E F 195 12ª Pergunta: A tabela a seguir mostra os principais alimentos demandantes de embalagens plásticas, em valor. RANKING PRODUTO US$ % 1 Bebidas carbonatadas 933.529,00 41,50% 2 Água mineral 192.034,00 8,50% 3 Carne processada 132.891,00 5,90% 5 Açúcar 86.140,00 3,80% 7 Aves 72.793,00 3,20% 9 Arroz 46.145,00 2,00% 4 Iogurtes e sobremesas 108.759,00 4,80% 13 Leite 40.424,00 1,80% 15 Feijão 36.640,00 1,60% 6 Margarina e manteiga 78.903,00 3,50% 8 Hortifrutigranjeiros 52.072,00 2,30% 10 Farinha de trigo 44.440,00 2,00% 12 Balas e doces 40.798,00 1,80% 11 Óleo comestível e gordura 41.933,00 1,90% 14 Temperos e condimentos 39.439,00 1,80% Outros 304.284,00 13,50% Total 2.251.224,00 100,00% Neste contexto, como se apresentará este ranking daqui a dez anos? SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA Posição Produto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 196 Resultado da 1ª rodada do Delphi Posição Produto 1 Bebida Carbonatada 2 Água Mineral 3 Carne Processada 4 Iogurtes e Sobremesas 5 Margarina e Manteiga 6 Óleo 7 Leite 8 Aves 9 Arroz 10 Farinha de Trigo Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) Posição Produto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 197 13ª Pergunta: A tabela a seguir mostra os principais alimentos demandantes de embalagens plásticas, em quantidade. RANKING 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 PRODUTO Bebidas carbonatadas Água mineral Carne processada Açúcar Aves Arroz Iogurtes e sobremesas Leite Feijão Margarina e manteiga Hortifrutigranjeiros Farinha de trigo Balas e doces Temperos e condimentos Outros Total Qtde (ton) % 241.629,10 39,60% 44.899,80 7,40% 42.158,30 6,90% 30.280,60 5,00% 28.524,80 4,70% 20.592,80 3,40% 19.529,60 3,20% 16.597,80 2,70% 16.352,00 2,70% 15.749,80 2,60% 15.217,40 2,50% 14.522,50 2,40% 11.790,80 1,90% 10.606,80 1,70% 71.069,80 11,70% 609.665,20 100,00% Neste contexto, como se apresentará este ranking daqui a dez anos? SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA Posição Produto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 198 Resultado da 1ª rodada do Delphi Posição Produto 1 Bebida Carbonatada 2 Água Mineral 3 Carne Processada 4 Aves 5 Açúcar 6 Arroz 7 Iogurtes e Sobremesas 8 Leite 9 Feijão 10 Balas e Doces Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) Posição Produto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 199 14ª Pergunta: Quais resinas serão mais demandadas por cada um dos produtos citados anteriormente? SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA RESINA PRODUTOS - - - - - - - - - - - - - - - - Resultado da 1ª rodada do Delphi RESINA PRODUTOS PP Farinha de trigo, Balas e Doces, Temperos e Condimentos PEBD Arroz, Feijão, Hortifrutigranjeiros PET Bebidas carbonatadas, água mineral PS Carne, Iogurtes e Sobremesas PEAD Leite, Margarina e Manteiga PEBDL Carne Processada, Açucar, Aves, Arroz Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 200 Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA PRODUTO RESINA Bebidas carbonatadas Água mineral Carne processada Açúcar Aves Arroz Iogurtes e sobremesas Leite Feijão Margarina e manteiga Hortifrutigranjeiros Farinha de trigo Balas e doces Temperos e condimentos Outros Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 201 15ª Pergunta: A nafta é um insumo primordial na cadeia estudada. Baseando-se na série histórica desta apresentada na tabela a seguir e levando-se em consideração diversos fatores que influenciam no seu preço, tais como a utilização de gás natural para fabricação de matérias primas, o fim do monopólio para a produção e importação de petróleo no Brasil e a paridade Real/Dólar, qual a sua sensibilidade em relação ao preço deste insumo em dez anos? p reço s d a n afta p etro q u ím ica ex-refinaria, sem impostos e sem taxa de naftaduto 300 US$/ton 250 200 150 100 50 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 a - Aumenta. b - Diminui. c - Permanece igual. d - Outros. SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA A B C Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ D 202 Resultado da 1ª rodada do Delphi: 37% - item A 32% - item C Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) A B C Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ D 203 16ª Pergunta: Qual a tendência de substituição da Nafta pelo Gás Natural na fabricação de petroquímicos básicos ao longo dos 10 próximos anos? a - Grande substituição b - Média c - Pouca d - Nenhuma SUA RESPOSTA NA 1ª RODADA A B Resultado da 1ª rodada do Delphi: C D 62% - item B 24% - item A Caso sua resposta não tenha sido convergente com a maioria favor indicar se V. Sª mantém ou não sua resposta. ESCOLHA SUA RESPOSTA NESTA RODADA (marque com um X) A B C Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ D 204 Finalizando o questionário, diante dos novos acontecimentos e cenários para o ano 2003, questionamos os seguintes temas: • Na possibilidade iminente de uma guerra entre EUA e Iraque, qual seria o impacto na cadeia de embalagens plásticas para alimentos, considerando o preço petróleo/nafta: Alto impacto • Médio impacto Baixo impacto Sem impacto Face ao novo governo, principalmente em relação ao seu programa FOME ZERO, na sua opinião, qual seria o impacto na cadeia produtiva de embalagens plásticas para alimentos: BOM • RUIM SEM IMPACTO Em virtude da construção de uma nova refinaria e a conseqüente maior oferta de nafta, o quanto isso impactaria na cadeia de embalagens plásticas para alimentos: MUITO POUCO INDIFERENTE Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 205 ANEXO 7. RESULTADO DO TRATAMENTO ESTATÍSTICO DA 2A RODADA Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 206 TRATAMENTO ESTATÍSTICO DA 2a RODADA DO QUESTIONÁRIO DELPHI Resultado Geral e Segmentação por Ator RESULTADO GERAL DA SEGUNDA RODADA EMPRESA 21 RESPONDENTES 1ª questão 2ª questão 3ª questão 4ª questão 55% - item C 38% - item B 30% - item D 23% - item B 56% - item A 35% - item B 85% - item C 1ª questão 2ª questão 3ª questão 4ª questão % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 62% - item C 24% - item B 13 5 21 31% - item D 26% - item B 13 11 42 56% - item A 38% - item B 19 13 34 86% - item C 18 21 Total Respostas 1ª questão Total Respostas Total Respostas 2ª questão 3ª questão Total Respostas 4ª questão PESQUISADOR / ESPECIALISTA / CENTRO DE P&D % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 13 RESPONDENTES 62% - item B 38% - item C 8 5 13 24% - item D 17% - item B 56% - item A 22% - item B Total Respostas 11 13 Total Respostas 10 4 18 85% - item C Total Respostas 10 7 41 % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 67% - item C 33% - item B 4 2 6 56% - item D 33% - item B 5 3 9 55% - item A 45% - item B 6 5 11 83% - item C Total Respostas 5 6 Total Respostas GOVERNO 6 RESPONDENTES 1ª questão Total Respostas 2ª questão Total Respostas Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 3ª questão Total Respostas 207 4ª questão R E S U LTA D O G E R A L D A S E G U N D A R O D A D A EM PRESA 21 R E S P O N D E N T E S 5ª q u estão 6ª q u estão 7ª q u estão 9ª q u estão 5 7 % - ite m D 3 8 % - ite m G 2 1 % - ite m B A -C u sto B ra sil (5 6 % ) B -O b so le scê n cia d o m a q u in á rio (2 2 % ) D -F a lta d e F in a n cia m e n to (2 2 % ) 5 9 % - ite m D 3 8 % - ite m A 5ª q u estão 6ª q u estão 13 R E S P O N D E N T E S % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 5 7 % - ite m D 17 30 4 3 % - ite m G 2 6 % - ite m B 10 6 23 6 8 % - ite m A 3 2 % - ite m D 13 6 19 6 0 % - ite m D 3 5 % - ite m A 12 7 20 T o ta l R e sp o sta s 6 R E S P O N D E N TE S T o ta l R e sp o sta s 6ª q u estão 5ª q u estão 7ª q u estão T o ta l R e sp o sta s 9ª q u estão % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 5 2 % - ite m D 11 21 2 8 % - ite m G 2 2 % - ite m B 5 4 18 4 3 % - ite m B 3 6 % - ite m A 6 5 14 5 3 % - ite m D 4 6 % - ite m A 7 6 13 T o ta l R e sp o sta s T o ta l R e sp o sta s G O VERNO 9ª q u estão # RESP. T o ta l R e sp o sta s P E S Q U IS A D O R / E S P E C IA L IS T A / C E N TR O D E P & D 7ª q u estão % RESP. 5ª q u estão T o ta l R e sp o sta s 6ª q u estão 7ª q u estão T o ta l R e sp o sta s 9ª q u estão % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 6 7 % - ite m D 6 9 4 4 % - ite m G 3 3 % - ite m C 4 3 9 5 7 % - ite m A 4 3 % - ite m B 4 3 7 6 7 % - ite m D 3 3 % - ite m A 4 2 6 T o ta l R e sp o sta s T o ta l R e sp o sta s Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ T o ta l R e sp o sta s 208 T o ta l R e sp o sta s RESULTADO GERAL DA SEGUNDA RODADA EMPRESA 21 RESPONDENTES 11ª questão 15ª questão 16ª questão 17ª questão 61% - item B 49% - item C 49% - item A 78% - item B 69% - item A 11ª questão 15ª questão 13 RESPONDENTES % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 63% - item B 15 24 50% - item C 45% - item A 10 9 20 68% - item B 13 19 79% - item A 15 19 Total Respostas 11ª questão 6 RESPONDENTES Total Respostas 15ª questão 16ª questão Total Respostas 17ª questão % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 64% - item B 11 17 62% - item A 38% - item C 8 5 13 82% - item B 9 11 69% - item A 9 13 Total Respostas Total Respostas GOVERNO 17ª questão # RESP. Total Respostas PESQUISADOR / ESPECIALISTA / CENTRO DE P&D 16ª questão % RESP. 11ª questão Total Respostas 15ª questão 16ª questão Total Respostas 17ª questão % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 50% - item B 4 8 67% - item C 33% - item A 4 2 6 100% - item B 6 6 75% - item B Total Respostas 3 4 Total Respostas Total Respostas Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ Total Respostas 209 RESULTADO GERAL DA SEGUNDA RODADA 18ª questão 19ª questão 86% - item A 53% - item B 36% - item A 18ª questão EMPRESA 21 RESPONDENTES 19ª questão % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 90% - item A 17 19 58% - item B 21% - item A 11 4 19 Total Respostas Total Respostas PESQUISADOR / ESPECIALISTA / CENTRO DE P&D 13 RESPONDENTES 18ª questão 19ª questão % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 84% - item A 11 13 54% - item A 46% - item B 7 6 13 Total Respostas Total Respostas 18ª questão GOVERNO 6 RESPONDENTES 19ª questão % RESP. # RESP. % RESP. # RESP. 75% - item A 3 4 50% - item B 50% - item A 2 2 4 Total Respostas Total Respostas Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 210 8ª Questão RESULTADO GERAL DA 2ª RODADA PEBD Processo Percentual Extrusão 43% Filmes 30% PEBDL Processo Percentual Extrusão 40% Filmes 32% PEAD Processo Percentual Sopro 56% - PP Processo Percentual Injeção 41% - Resultado POR Empresa/Associação PEBD Processo Percentual Extrusão 47% Filmes 27% PEBDL Processo Percentual Extrusão 47% Filmes 33% PEAD Processo Percentual Sopro 58% - PP Processo Percentual Injeção 53% - Resultado POR Governo PEBD Processo Percentual Extrusão 80% Filmes 20% PEBDL Processo Percentual Extrusão 75% Filmes 25% PEAD Processo Percentual Sopro 75% - Processo Injeção - PP Percentual 75% - Resultado POR Centro de Pesquisa PEBD Processo Percentual Extrusão 38% Filmes 33% PEBDL Processo Percentual Extrusão 39% Filmes 32% PEAD Processo Percentual Sopro 59% - Processo Injeção - PP Percentual 29% - Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 211 8ª Questão PS Percentual 46% 30% PVC Processo Percentual Extrusão 48% Sopro 23% PET Processo Percentual Sopro 76% - Percentual 38% 38% PVC Processo Percentual Extrusão 54% Sopro 15% PET Processo Percentual Sopro 70% - Resultado POR Governo PS Processo Percentual Injeção 80% Termoformação 20% PVC Processo Percentual Extrusão 60% Sopro 40% PET Processo Percentual Sopro 71% - Resultado POR Centro de Pesquisa PS Processo Percentual Injeção 43% Termoformação 29% PVC Processo Percentual Extrusão 48% Sopro 20% PET Processo Percentual Sopro 71% - RESULTADO GERAL DA 2ª RODADA Processo Injeção Termoformação PS Resultado POR Empresa/Associação Processo Injeção Termoformação Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 212 10ª Questão RESULTADO GERAL DA 2ª RODADA PEBD NÃO SIM Resultado POR Empresa/Associação PEBD NÃO SIM Resultado POR Governo PEBD NÃO SIM Resultado POR Centro de Pesquisa PEBD NÃO SIM RESULTADO GERAL DA 2ª RODADA PPS NÃO SIM Resultado POR Empresa/Associação PPS NÃO SIM Resultado POR Governo PPS NÃO SIM Resultado POR Centro de Pesquisa PPS NÃO SIM % RESPOSTAS 58% 42% % RESPOSTAS 48% 52% % RESPOSTAS 50% 50% % RESPOSTAS 70% 30% % RESPOSTAS 57% 43% % RESPOSTAS 43% 57% PEBDL NÃO SIM PEBDL NÃO SIM PEBDL NÃO SIM PEBDL NÃO SIM PVC NÃO SIM PVC NÃO SIM 91% 9% % RESPOSTAS 90% 10% % RESPOSTAS 100% 0% % RESPOSTAS 90% 10% % RESPOSTAS 25% 75% % RESPOSTAS 14% 86% PEAD NÃO SIM PEAD NÃO SIM PEAD NÃO SIM PEAD NÃO SIM PET NÃO SIM PET NÃO SIM 0% 100% PET NÃO SIM % RESPOSTAS PVC 40% NÃO 10% 60% SIM 90% Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ PET NÃO SIM 213 % RESPOSTAS 100% 0% % RESPOSTAS PVC NÃO SIM % RESPOSTAS % RESPOSTAS % RESPOSTAS 47% 53% % RESPOSTAS 29% 71% % RESPOSTAS 80% 20% % RESPOSTAS 50% 50% % RESPOSTAS 92% 8% % RESPOSTAS 86% 14% % RESPOSTAS 100% 0% % RESPOSTAS 100% 0% PP NÃO SIM PP NÃO SIM PP NÃO SIM PP NÃO SIM % RESPOSTAS 74% 26% % RESPOSTAS 75% 25% % RESPOSTAS 100% 0% % RESPOSTAS 70% 30% 12ª Questão RESULTADO GERAL 2ª FASE EMPRESA/ASSOCIAÇÃO 13ª Questão RANKING POSIÇÕES PRODUTO 1 Bebidas Carbonatadas 2 Água Mineral 3 Carne Processada RANKING POSIÇÕES PRODUTO 1 Bebidas Carbonatadas 2 Água Mineral 3 Carne Processada GOVERNO RANKING POSIÇÕES PRODUTO 1 Bebidas Carbonatadas 2 Água Mineral 3 Carne Processada CENTRO DE PESQUISA RANKING POSIÇÕES PRODUTO 1 Bebidas Carbonatadas 2 Água Mineral 3 Carne Processada RESULTADO GERAL 2ª FASE EMPRESA/ASSOCIAÇÃO RANKING POSIÇÕES PRODUTO 1 Bebidas Carbonatadas 2 Água Mineral 3 Carne Processada RANKING POSIÇÕES PRODUTO 1 Bebidas Carbonatadas 2 Água Mineral 3 Carne Processada GOVERNO RANKING POSIÇÕES PRODUTO 1 Bebidas Carbonatadas 2 Água Mineral 3 Carne Processada CENTRO DE PESQUISA RANKING POSIÇÕES PRODUTO 1 Bebidas Carbonatadas 2 Água Mineral 3 Carne Processada Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 214 ANEXO 8. RESULTADO CONSOLIDADO DAS QUESTÕES 8 E 14 – 2A RODADA DELPHI Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 215 QUESTÃO 8 Para cada resina, qual o principal processo de transformação que provavelmente estará sendo utilizado em dez anos? QUESTÃO 8 Resultado por ator PEBD PEBDL PEAD Extrusão Filmes Extrusão Filmes Sopro PP PS PVC PET Injeção Injeção Termoformação Extrusão Sopro Sopro Pesquisador/ Especialista/ Centro de P&D 38% 33% 39% 32% 59% - 43% - 48% - 71% Empresa/Associação 47% - 47% 33% 58% 53% 38% 38% 54% - 70% Governo 80% - 75% - 75% 75% 80% - 60% 40% 71% Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 216 QUESTÃO 14 Quais resinas serão mais demandadas pelos principais alimentos demandantes de embalagens? PRODUTO RESPOSTAS RESINAS (Em número) PP PET PPS PVC PE BOPP NYLON PA PEBD EVA PEAD PEBDL BEBIDAS CARBONATADAS 0 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ÁGUA MINERAL 6 18 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 CARNE PROCESSADA 0 0 5 1 4 0 1 1 5 1 0 9 AÇÚCAR 0 0 0 0 4 0 0 0 9 0 0 14 AVES 0 0 3 1 3 0 1 0 5 0 0 13 ARROZ 0 0 0 0 4 0 0 0 9 0 1 10 IOGURTES E SOBREMESAS 5 0 20 0 0 0 0 0 0 0 2 0 LEITE 1 1 2 0 5 0 0 0 0 0 12 4 FEIJÃO 0 0 1 0 4 0 0 0 14 0 2 6 MARGARINA E MANTEIGA 12 0 7 0 0 0 0 0 0 0 9 0 HORTIFRUTIGRANJEIROS 4 0 3 2 3 0 0 0 13 0 4 1 FARINHA DE TRIGO 9 0 0 0 4 0 0 0 6 0 0 7 BALAS E DOCES 20 0 2 1 1 1 0 0 2 0 1 1 TEMPEROS E CONDIMENTOS 17 3 1 4 1 0 0 0 0 0 2 0 OUTROS 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 Soma: TOTAL RESINA 74 46 44 10 33 1 2 1 64 1 35 66 377 % RESINA 20% 12% 12% 3% 9% 0% 1% 0% 17% 0% 9% 18% Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 217 100% QUESTÃO 14 PRODUTO RESPOSTAS RESINAS (Em Percentual) PP PET PPS PVC PE BOPP NYLON PA PEBD EVA PEAD PEBDL BEBIDAS CARBONATADAS - 52 - - - - - - - - - - ÁGUA MINERAL 8 39 - 10 - - - - - - 6 - CARNE PROCESSADA - - 11 10 12 - 50 100 8 100 - 14 AÇÚCAR - - - 12 - - - 14 - - 21 AVES - 7 10 9 - 50 - 8 - - 20 ARROZ - - - - 12 - - - 14 - 3 15 IOGURTES E SOBREMESAS 7 - 45 - - - - - - - 6 - LEITE 1 2 5 - 15 - - - - - 34 6 FEIJÃO - - 2 - 12 - - - 22 - 6 9 MARGARINA E MANTEIGA 16 - 16 - - - - - - - 26 - HORTIFRUTIGRANJEIROS 5 - 7 20 9 - - - 20 - 11 2 FARINHA DE TRIGO 12 - - - 12 - - - 9 - - 11 BALAS E DOCES 27 - 5 10 3 100 - - 3 - 3 2 TEMPEROS E CONDIMENTOS 23 7 2 40 3 - - - - - 6 - - - - - - - - - 2 - - 2 OUTROS Executor: SIQUIM – EQ/UFRJ 218