UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA Mark William Lopes MODULAÇÃO DO RECEPTOR AMPA, MAPKS, AKT E EXPRESSÃO DE TRANSPORTADORES DE GLUTAMATO E RECEPTOR NMDA NO HIPOCAMPO E CÓRTEX DE RATOS SUBMETIDOS AO MODELO DE EPILEPSIA INDUZIDO POR PILOCARPINA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Bioquímica do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Bioquímica. Orientador: Dr.Rodrigo Bainy Leal Co-orientador: Dr. Roger Walz FLORIANÓPOLIS 2012 ii Catalogação na fonte elaborada pela biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina iii AGRADECIMENTOS Mais árduo que realizar este trabalho, é encontrar palavras certas para agradecer às pessoas especiais que fazem parte da minha vida, e sem as quais eu jamais teria chegado até aqui. Através destas páginas simbólicas, deixo registrado meu profundo agradecimento: A Deus, pela vida e por proporcionar-me diferentes caminhos, dandome sempre oportunidades de escolha e guiando-me através delas. Aos meus pais, Rose e Pedro, pela contribuição na formação do meu caráter, pelo amor incondicional, apoio, incentivo e dedicação da vida toda. À minha irmã Samantha por estar sempre ao meu lado, compartilhando alegrias e batalhando junto nos momentos difíceis. À minha irmã Sula e cunhado Djony, pela amizade, companhia e apoio durante a realização desse trabalho. À minha namorada, Djulia, pela cumplicidade, amor, carinho, paciência, compreensão e incentivo durante toda esta trajetória. À minha querida família (tios, tias, primos, primas) pela companhia, carinho, apoio e atenção nesses anos de convivência. A meu orientador prof. Dr. Rodrigo Bainy Leal por possibilitar a execução deste trabalho, pela amizade, incentivo, pela confiança depositada e pelos valiosos ensinamentos durante todo o período em que trabalhamos juntos. Ao meu co-orientador prof. Dr. Roger Walz pela orientação, amizade e significativo aprendizado científico. Ao Laboratório de Neuroquímica III-Transdução de Sinal no SNC, à nossa grande amizade... Amanda, Ana Paula, Carol, Débora, Daniele, Fabiano, Filipe, Mariana, Tanara... E por toda a colaboração essencial no trabalho. A todos os demais professores, funcionários e colegas do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica. iv À CAPES pelo apoio financeiro que possibilitou a execução desse projeto. A todas as pessoas que contribuíram no desenvolvimento desse trabalho, as quais, direta ou indiretamente, participaram da minha formação como profissional e ser humano. Aos que acreditaram na minha capacidade, que torceram pela minha vitória e que me ajudaram de alguma maneira para a conquista de mais um sonho. A todos vocês, fica a minha eterna gratidão. v RESUMO Epilepsia é uma doença crônica caracterizada por ataques epilépticos recorrentes. Cerca de 20-30% dos pacientes com epilepsia não obtém controle satisfatório das crises mesmo com uso adequado de fármacos. Em animais a administração de pilocarpina tem sido utilizada como modelo experimental de epilepsia, reproduzindo em roedores as principais características da epilepsia do lobo temporal mesial associada à esclerose do hipocampo (ELTM-EH) em seres humanos. Nesse modelo a administração de pilocarpina (Pilo-SE) induz o status epilepticus, onde as crises podem perdurar algumas horas (período agudo). A seguir o animal passa por um período com melhora e remissão espontânea das crises (período latente/4-44 dias). Finalmente, no período crônico (após 45 dias), os animais passam a apresentar crises espontâneas recorrentes (2-4 crises/animal/semana). Os neurônios da área epileptogênica apresentam peculiaridades em sua fisiologia que os tornam propensos ao surgimento de descargas assíncronas. Sistemas de sinalização inter e intracelular são fundamentais na modulação da atividade sináptica e podem estar envolvidos na fisiopatologia da epilepsia. Entre os alvos de importância podemos destacar: a) sistema glutamatérgico, via receptores NMDA, AMPA e transportadores gliais de glutamato (EAAT1 e 2); b) proteínas cinases como MAPKs (ERK, JNK, p38MAPK) e AKT. No presente estudo foi avaliado o perfil de fosforilação de MAPKs, AKT e da subunidade GluR1 do receptor AMPA (por western blotting) e o perfil de expressão dos transportadores de glutamato EAAT1 e 2 e da subunidade NR1 do receptor NMDA (por qRT-PCR) no hipocampo (Hip) e córtex (Ctx) de ratos adultos submetidos ao modelo da pilocarpina. As estruturas foram retiradas 1h, 3h, 12h (período agudo), 5 dias (período latente) e 50 dias (período crônico) após administração de Pilo-SE. Os principais resultados incluem: 1) aumento da fosforilação da subunidade GluR1 do receptor AMPA no sítio Ser831 no Hip e Ser845 no Ctx no período agudo e diminuição de seu conteúdo total no período latente; 2) ativação de ERK1 e p38MAPK em ambas as estruturas 1 e 12h após o início do PiloSE. A fosforilação da isoforma JNK2/3 (54kDa) diminuiu 3h após a administração de Pilo-SE e na fase crônica no Hip e Ctx. A fosforilação de AKT aumentou somente no Hip e durante o período latente. Em relação ao perfil de expressão da subunidade NR1 do receptor NMDA e os transportadores gliais de glutamato, encontramos uma diminuição na expressão do mRNA da subunidade NR1 e transportadores EAAT1 e 2 no Ctx, no período latente. No Hip a expressão do transportador EAAT2 vi diminuiu e a expressão da subunidade NR1 aumentou no período crônico. Os resultados demonstram alterações na transdução de sinal, expressão da subunidade NR1 e transportadores EAAT1 e 2 no Ctx e Hip após administração de Pilo-SE de forma dependente da estrutura e tempo. Estas alterações podem ser importantes para o estabelecimento de modificações neurogliais relacionadas a formação de uma área epileptogênica na ELTM-EH. Palavras-chave: Epilepsia, Pilocarpina, Receptor AMPA e NMDA, MAPKs, AKT. vii ABSTRACT Epilepsy is a chronic disease characterized by recurrent seizures. About 20-30% of patients with epilepsy do not get satisfactory control of seizures even with proper use of drugs. In animals, pilocarpine has been used as an experimental model of epilepsy, reproducing in rodents the main features of mesial temporal lobe epilepsy associated with hippocampal sclerosis (MTLE-HS) in humans. In this model pilocarpine (Pilo-SE) administration induces the status epilepticus with the seizures occurring for several hours (acute period). Thereafter, the animal goes through a period with progressive improvement and spontaneous remission of seizures (latent period/4-44 days). Finally, in the chronic period (after 45 days) the animals begin to display spontaneous recurrent seizures (2-4 seizures/animal/week). The neurons in the epileptogenic area display intrinsic peculiarities in their physiology that make them proper to asynchronous discharges. Intercellular and intracellular signaling pathways are critical for modulation of synaptic activity and may be involved in the pathophysiology of epilepsy. Targets of importance can be highlighted such as: a) the glutamatergic system via AMPA, NMDA receptors and glial glutamate transporters (EAAT1 and 2); b) protein kinases such as MAPKs (ERK, p38MAPK, JNK) and AKT. In the present study it was evaluated the profile of phosphorylation of MAPKs, AKT and AMPA receptor GluR1 subunit (by western blotting) and the profile of expression of glial glutamate transporters and NMDA receptor NR1 subunit (by qRT-PCR) in the hippocampus (Hip) and cortex (Ctx) of adult rats submitted the pilocarpine model. The structures were removed 1h, 3h, 12h (acute period), 5 days (latent period) and 50 days (chronic period) after Pilo-SE administration. The main results include: 1) increased phosphorylation of the GluR1 subunit of AMPA receptor on the site Ser845 in the Ctx and on Ser831 in the Hip in the acute period and decrease of the total content of the GluR1 subunit in the latent period; 2) activation of ERK1 and p38MAPK in both structures 1 and 12h after the onset of Pilo-SE. Phosphorylation of isoform JNK2/3 (54kDa) decreased 3h after the onset Pilo-SE and in the chronic phase in the Hip and Ctx. The AKT phosphorylation increased only in the Hip during the latent period. Regarding the profile of expression of NR1 subunit of the NMDA receptor and glial glutamate transporters, we found a decrease in mRNA expression of NR1 subunit and transporters EAAT1 and 2 in the Ctx, in the latent period. In the Hip the expression of the transporter EAAT2 decreased while the expression of the NR1 subunit increased, both in the chronic period. Our results viii show a temporal profile of changes in the activity of intracellular signaling elements and expression of the NR1 subunit and transporters EAAT1 and 2 in the pilocarpine model in a manner dependent of structure. These changes may produce neuroglial modifications associated with the establishment of a epileptogenic area in the MTLEHS. Key words: Epilepsy, Pilocarpine, AMPA and NMDA receptor, MAPKs, AKT. ix LISTA DE FIGURAS LISTA DE FIGURAS DA DISSERTAÇÃO Figura 1. Famílias moleculares dos receptores glutamatérgicos.......................................................................................20 Figura 2. Regulação coordenada dos receptores glutamatérgicos AMPA e NMDA nos fenômenos de LTP e LTD............................................... 22 Figura 3. Regulação da fosforilação e tráfego da subunidade GluR1 do receptor AMPA nas sinapses durante LTP e LTD.................................24 Figura 4. Neurotransmissão excitatória glutamatérgica........................26 Figura 5. Cascata de sinalização das proteínas cinases ativadas por mitógenos................................................................................................29 Figura 6. Esquema de tratamento dos animais e análise das amostras obtidas.....................................................................................................33 Figura 7. Eletroforese, Eletrotransferência e Imunodetecção...............35 LISTA DE FIGURAS DO MANUSCRITO 1 Figura 1. Análise por Western Blotting da fosforilação da subunidade GluR1 do receptor AMPA no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina...................................53 Figura 2. Visão global da fosforilação dos diferentes sítios da subunidade GluR1 do receptor AMPA no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina..............................................................................................54 Figura 3. Análise em tempo real por qPCR dos níveis de expressão do mRNA dos transportadores de glias (EAATs) no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina..............................................................................................55 Figura 4. Análise em tempo real por qPCR dos níveis de expressão do mRNA da subunidade NR1 do receptor NDMA no hipocampo e córtex x de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina..............................................................................................56 Figura 5. Visão global dos níveis de expressão do mRNA dos transportadores gliais (EAATs) e subunidade NR1 do receptor NMDA no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina.........................................................................57 LISTA DE FIGURAS DO MANUSCRITO 2 Figura 1. Esquema de tratamento dos animais e análise das amostras obtidas.....................................................................................................81 Figura 2. Análise por Western Blotting da fosforilação/ativação das proteínas ERK1/2 no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina........................................82 Figura 3. Análise por Western Blotting da fosforilação/ativação da proteína p38MAPK no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina.....................................................83 Figura 4. Análise por Western Blotting da fosforilação/ativação das proteínas JNK1/2/3 no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina........................................84 Figura 5. Análise por Western Blotting fosforilação/ativação da proteína AKT no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina..........................................................85 Figura 6. Visão global da fosforilação/ativação das MAPKs (ERK 1/2, p38MAPK e JNK 1/2/3) e AKT no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina............................................................................................. 86 xi LISTA DE TABELAS Tabela 1. Representação dos resultados estatisticamente significativos da fosforilação da subunidade GluR1 de AMPA, MAPKs e AKT no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina.........................................................................87 Tabela 2. Representação dos resultados estatisticamente significativos da expressão relativa do mRNA de EAAT1, EAAT2 e NR1 no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina.........................................................................88 xii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMPA: Ácido-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropiônico BNDF: Fator neurotrófico derivado do cérebro BSA: Soro Albumina bovina CaM: Cálcio calmodulina CaMKII: Proteína cinase cálcio calmodulina-dependente II cDNA: Ácido Desoxirribonucleico complementar EAATs: Transportadores de aminoácidos excitatórios EAF: Estímulos de alta frequência EBF: Estímulos de baixa frequência ELTM-EH: Epilepsia de lobo temporal mesial associada a esclerose do hipocampo ERK: Cinase regulada por sinal extracelular GABA: Ácido γ-aminobutírico GAPDH: Gliceraldeído 3 fosfato desidrogenase GLAST: Transportador de glutamato-aspartato GLT1: Transportador de glutamato 1 IPI: Insulto precipitante inicial JNK: c-Jun cinase amino-terminal KA: Ácido caínico LTD: Despotenciação de longa duração LTP: Potenciação de longa duração M1: Receptores muscarínicos tipo 1 MAPKK: Cinase da MAP cinase MAPKKK: Cinase da cinase das MAP cinases MAPKs: Proteínas cinases ativadas por mitógenos mRNA: Ácido Ribonucleico mensageiro NMDA: N-metil-D-aspartato NUPNEC: Núcleo de Pesquisas em Neurologia Experimental e Clínica PI3K: Fosfatidilinositol 3 cinase PILO-SE: Status epilepticus induzido por pilocarpina PKA: Proteína cinase A PKC: Proteína cinase C PMSF: Fluoreto de sulfonilmetilfenil PP1: Proteína fosfatase 1 PP2B: Proteína fosfatase 2B qRT-PCR: Reação em cadeia da polimerase em tempo real quantitativo RNA: Ácido Ribonucleico SDS: Dodecil sulfato de sódio SDS-PAGE: Eletroforese em gel de poliacrilamida contendo SDS xiii SE: Status epilepticus SNC: Sistema Nervoso Central TBS: Solução Salina Tamponada com Tris TBS-T: Solução Salina Tamponada com Tris e Tween UFSC: Universidade Federal de Santa Catarina xiv SUMÁRIO RESUMO ...........................................................................................................v ABSTRACT .................................................................................................... vii LISTA DE FIGURAS .......................................................................................ix LISTA DE TABELAS ......................................................................................xi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................... xii 1.1 EPILEPSIA ................................................................................................. 17 1.1.1 A Epilepsia do lobo temporal mesial associada à esclerose do hipocampo ........................................................................................................ 17 1.2 MODELO DA PILOCARPINA .................................................................. 18 1.3 TRANSMISSÃO GLUTAMATÉRGICA ................................................... 19 1.3.1 Potenciação e Despotenciação sináptica ................................................ 21 1.3.2 Regulação do receptor AMPA ............................................................... 23 1.3.3 Transportadores Gliais de Glutamato .................................................. 25 1.4 EPILEPTOGÊNESE E TRANSDUÇÃO DE SINAL ................................. 26 1.4.1 Via das MAPKs ....................................................................................... 27 1.4.2 AKT/PKB ................................................................................................ 29 2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 30 3 OBJETIVOS ................................................................................................. 30 3.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 30 3.1.1 Objetivos específicos ............................................................................... 31 4 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................ 32 4.1 MODELO ANIMAL ................................................................................... 32 4.2 ESTUDOS NEUROQUÍMICOS ................................................................. 33 4.2.1 Preparação das amostras ....................................................................... 33 4.2.2 Eletroforese e Eletrotransferência......................................................... 34 4.2.3 Imunodetecção ........................................................................................ 34 4.3 ISOLAMENTO DO RNA TOTAL ............................................................. 36 4.3.1 qRT-PCR ................................................................................................. 36 4.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................ 37 5 RESULTADOS ............................................................................................. 37 xv 5.1 MANUSCRITO 1 ....................................................................................... 39 5.2 MANUSCRITO 2 ....................................................................................... 63 5.3 TABELAS ADICIONAIS .......................................................................... 87 6 DISCUSSÃO ................................................................................................ 89 7 CONCLUSÕES ............................................................................................ 95 8 PERSPECTIVAS ......................................................................................... 96 9 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 97 17 1 INTRODUÇÃO 1.1 EPILEPSIA Transtornos convulsivos são uma das condições neurológicas mais comuns atingindo cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo (Sander, 2003). A epilepsia, uma doença crônica caracterizada por ataques epilépticos recorrentes pode variar de acordo com a idade, sexo, raça, tipo de síndrome epiléptica e condição socioeconômica (Engel & Pedley, 1997, Glibin & Blumenfeld, 2010). Estima-se que a prevalência de epilepsia na maior parte do mundo seja em torno de 4-10 por 1.000 (Beleza, 2009). Há poucos estudos epidemiológicos confiáveis sobre epilepsia no Brasil, porém supondo que a prevalência de epilepsia no Brasil fosse igual à descrita em Porto Alegre (16.5/1.000 de epilepsia ativa) (Fernandes et al., 1992) e levando em conta que a população Brasileira era de 190.732.694 (Censo Demográfico, IBGE 2010), teríamos atualmente cerca de 3.200.000 pacientes epilépticos no país. Estes dados colocam a epilepsia como um problema de saúde relevante no país e no mundo, justificando claramente a necessidade de investimentos na capacitação de recursos tanto na área de assistência como também de pesquisa básica deste processo. 1.1.1 A Epilepsia do lobo temporal mesial associada à esclerose do hipocampo Em torno de 20 a 30% dos pacientes com epilepsia não obtém controle satisfatório das crises mesmo com uso adequado de fármacos, sendo estes candidatos à avaliação pré-cirúrgica (Beleza, 2009). Estimase que 70-80% das séries cirúrgicas de casos intratáveis farmacologicamente sejam de epilepsia de lobo temporal mesial associada à esclerose do hipocampo (ELTM-EH) (Engel, 1996). Esta síndrome é frequentemente associada à história de um “insulto precipitante inicial” (IPI) na infância, podendo este ser uma crise epiléptica prolongada associada ou não a febre, ou outro insulto neurológico (ex. traumatismo crânio-encefálico, meningite). Após um período variável, em geral anos, surgem crises recorrentes as quais podem tornar-se intratáveis farmacologicamente. Histopatologicamente observa-se uma perda neuronal severa de neurônios no hipocampo associada à reorganização sináptica e brotamento de fibras musgosas no giro denteado (Mathem & Babb, 1997). Entretanto, atualmente é bem reconhecido que outras estruturas cerebrais além do hipocampo sofrerão 18 plasticidade neuronal e glial incluindo a amigdala, neocortex entre outras regiões (Sperk et al., 2009). O tratamento cirúrgico da epilepsia de lobo temporal é mundialmente reconhecido, (Wiebe et al., 2001) e beneficia a longo prazo em torno de 70% dos pacientes com ELTM-EH. Mesmo que a localização da área epileptogênica seja feita corretamente, ainda assim em 20 a 40% dos casos o sucesso pode não ser completo, permanecendo o paciente com manifestações menores (“auras” ou crises raras) ou menos freqüentemente, sem nenhuma melhora. Tais achados podem sugerir que para cada caso em particular existam “alterações neuroquímicas, histopatológicas e de circuitos neurofisiológicos” próximos e distantes da zona epileptogênica que contribuam para as diferentes características clínico-neurofisiológicas de epileptogênese, propagação das crises e possivelmente, resposta ao tratamento, seja este cirúrgico ou farmacológico. 1.2 MODELO DA PILOCARPINA A capacidade de reproduzir as doenças humanas em modelos animais apresenta uma grande vantagem para a medicina moderna experimental. O modelo da pilocarpina é altamente isomórfico com a doença humana, e tem sido amplamente utilizado em laboratórios de pesquisa por todo o mundo (Hamilton et al., 1997, Priel et al., 2002). A pilocarpina parece induzir o estado epilético de uma forma depende da ativação dos receptores muscarínicos M1, pois camundongos “knockout” para o receptor M1 não desenvolvem crises em resposta a pilocarpina (Turski et al., 1984). Experimentos em neurônios hipocampais mantidos em cultura têm demonstrado que a pilocarpina, por intermédio dos receptores muscarínicos, provoca um desequilíbrio entre excitação e a transmissão inibitória resultando na geração do estado epilético (Turski et al., 1983). Além disso, em estudos de microdiálise in vivo a pilocarpina parece induzir a elevação dos níveis de glutamato no hipocampo após o aparecimento de convulsões (Smolders et al., 1997). As crises convulsivas provocadas pela administração de pilocarpina tornam-se rapidamente generalizadas e evoluem para o status epilepticus (Pilo-SE) que pode perdurar por algumas horas (24horas) (período agudo). O SE é seguido por um período latente ''sem crises" com aparente normalização comportamental (4-44 dia após Pilo-SE). O período crônico (após 45 dias) é caracterizado pela presença de crises espontâneas e recorrentes (2-4/animal/semana) que podem perdurar por até 15 meses. As crises em geral iniciam no hipocampo com propagação 19 para o córtex cerebral e manifestam-se clinicamente por movimentos mastigatórios, piscamentos seguidos, movimentos clônicos da cabeça e crise motora límbica. Histopatologicamente observa-se uma perda neuronal no hipocampo, amígdala, tálamo, córtex piriforme, córtex entorrinal, neocortex e substância negra. Após o quarto dia identificamse brotamentos supra granulares de fibras musgosas, que atingem a máxima intensidade aos 100º dia. A perda celular no hipocampo é mais significativa nas regiões CA1, CA3 e giro denteado (Mello et al., 1993). Os achados são bastante consistentes com a histopatologia da esclerose do hipocampo em humanos (Mathern et al., 1995, Mathem & Babb, 1997) conforme colocado anteriormente. No modelo da pilocarpina, sabidamente os animais seguem um padrão de desenvolvimento de subsequente potenciação (kindling) até o surgimento das crises clínicas (Cavalheiro et al., 1991). Considerando a possibilidade de participação do fenômeno de potenciação de longa duração (LTP) no fenômeno de kindling e epileptogênese (Leite et al., 2005), pode ser formulada a hipótese de que a evolução (surgimento) das crises epilépticas no modelo da pilocarpina envolva o fenômeno de LTP. Por outro lado, deve também ser considerado o fenômeno de “despotenciação de longa duração” (do inglês long-term depression; LTD), que corresponde a uma diminuição no potencial excitatório póssináptico em decorrência da aplicação de estímulos de baixa freqüência (Bear, 1996, 1999). As bases neuroquímicas envolvidas no processo epiléptico são pouco entendidas até o momento. 1.3 TRANSMISSÃO GLUTAMATÉRGICA O aminoácido glutamato é o principal neurotransmissor excitatório no sistema nervoso central (SNC) de mamíferos (Attwell, 2000, Tzschentke, 2002). Muitos estudos realizados ao longo dos últimos anos têm comprovado o papel da transmissão glutamatérgica no desenvolvimento neural, na plasticidade sináptica fisiológica (fundamental nos processos de aprendizado e memória), bem como na neuroplasticidade patológica (envolvendo reorganização sináptica e morte celular) observados em processos como: isquemia, hipoglicemia, epilepsia, doenças neurodegenerativas, dependência e tolerância a drogas, dor neuropática, ansiedade e depressão (Meldrum, 2000, Ottersen & Mathisen, 2000). As ações do glutamato são mediadas por duas classes de receptores: a) ionotrópicos, que formam os canais iônicos; b) metabotrópicos, acoplados às proteínas G. Os receptores metabotrópicos 20 são subdivididos em 3 grupos e podem agir através da ativação da fosfolipase C ou por modulação da enzima adenilato ciclase (Obrenovitch, 1997). Os receptores ionotrópicos possuem propriedades farmacológicas e fisiológicas que os subdividem em três populações distintas farmacológica e funcionalmente: os ativados por N-metil-Daspartato (NMDA), os que respondem ao ácido caínico (KA), e os sensíveis ao ácido-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropiônico (AMPA) (Michaelis, 1998). A figura 1 mostra as famílias moleculares dos receptores glutamatérgicos. Figura 1. Famílias moleculares dos receptores glutamatérgicos. As duas divisões principais dos receptores glutamatérgicos compreendem três subgrupos funcionalmente definidos (classes) do receptor. Estes são compostos de várias subunidades individuais, cada uma codificada por um gene diferente. Adaptado de Siegel e colaboradores (2006). Aos receptores AMPA e cainato é atribuída a neurotransmissão excitatória rápida e os canais formados por estes receptores são permeáveis primariamente aos íons sódio (Na+) e potássio (K+). Os receptores NMDA consistem de um canal iônico central (permeável ao Ca2+) e diversos sítios de modulação pelos quais neurotransmissores e drogas podem interagir e afetar a atividade do receptor (McBain et al., 1994). Os receptores NMDA existem, primariamente, como complexos tetraméricos formados por duas subunidades NR1 e duas subunidades regulatórias NR2 ou NR3. Existem pelo menos oito variantes de splicing da subunidade NR1, quatro genes para a subunidade NR2 (NR2A, 2B, 2C e 2D) e dois genes para as subunidades NR3 (NR3A e NR3B). A combinação entre as subunidades determina as propriedades funcionais 21 e vias de sinalização moduladas pelos receptores NMDA (Sanderson & Dell’aqua, 2011). No cérebro a composição NR1/NR2A ou NR1/NR2B são as mais abundantes. O sítio de união para o glutamato encontra-se na subunidade NR2 enquanto o sítio para os co-agonistas glicina e Dserina encontram-se na subunidade NR1 (Sanacora et al., 2008). No potencial de repouso, o canal do receptor NMDA é bloqueado pelo íon magnésio. Durante a transmissão sináptica, a ativação dos receptores NMDA requer a união de glutamato e seus co-agonistas em combinação com a despolarização do potencial de membrana para permitir a liberação do íon de magnésio para a abertura do canal (CullCandy et al., 2001, Waxman et al., 2005). Portanto, os receptores NMDA respondem mais lentamente ao glutamato, contribuindo com o componente lento das correntes pós-sinápticas excitatórias e sendo altamente permeáveis aos íons Ca2+. Devido a essas propriedades, os receptores NMDA são implicados como responsáveis pelos processos que envolvem plasticidade, como aprendizado e memória. Além disso, em situações patológicas em que o glutamato se acumula no espaço extracelular os receptores NMDA são implicados na neurotoxicidade glutamatérgica, conhecida como excitotoxicidade (Meldrum, 2000). Alterações neuroquímicas, tais como o desequilíbrio entre a neurotransmissão inibitória (γ-aminobutírico, GABA) e excitatória (mediada pelo glutamato) foram identificados no tecido cerebral obtido a partir de modelos animais e humanos tratados cirurgicamente para ELTM-EH. No entanto, os eventos celulares e moleculares in vivo que ocorrem durante o processo epileptogênico, ainda são pouco compreendidos (Li et al., 2010). 1.3.1 Potenciação e Despotenciação sináptica Estímulos pré-sinápticos de alta frequência (EAF) induzem a potenciação de longa duração (LTP) dependente de receptores NMDA e relacionadas a um aumento dos receptores AMPA no espaço sináptico. A estimulação de baixa frequência (EBF) também dependente de receptores NMDA, mas induz a despotenciação de longa duração (LTD) que provocando uma diminuição da atividade e o número de receptores AMPA nas sinapses (Sanderson & Dell’aqua, 2011). A potenciação de longa duração (LTP) é uma modificação na potencia sináptica decorrente da estimulação tetânica neuronal e envolve a modulação de inúmeras proteínas sinalizadoras entre elas a ativação de proteínas cinases como: proteína cinase A (PKA), proteína cinase C (PKC), proteína cinase cálcio calmodulina-dependente II (CaMKII), 22 proteínas cinases ativadas por mitógenos (MAPKs) e fosforilação/ativação de alvos como receptores AMPA e NMDA (Barco et al., 2006). Esta modificação pode durar horas (indução in vitro) ou dias (indução in vivo). O processo envolve estímulo excitatório através de receptores glutamatérgicos (AMPA e NMDA), aumento nas concentrações intracelulares de Ca2+, estimulação de cinases, formação de mensageiros retrógrados, fosforilação de substratos citoplasmáticos, de membrana e nucleares, expressão gênica precoce e tardia culminando com as modificações estruturais e funcionais de longa duração (Izquierdo et al., 1997, Walz et al., 2002). Outro aspecto importante a ser considerado é o fenômeno de “Despotenciação de Longa Duração” (do inglês Long-Term Depression), que corresponde a uma diminuição no potencial excitatório pós-sináptico em decorrência da aplicação de estímulos de baixa frequência e que envolve uma série de elementos de sinalização entre eles a ativação de proteínas fosfatases (Winder & Sweatt, 2001). A figura 2 nos mostra a regulação coordenada dos receptores AMPA e NMDA nos fenômenos de LTD e LTP. Figura 2. Mecanismos de plasticidade pós-sináptica. A regulação do receptor N-metil-D-aspartato (NMDAR) induzida pela potenciação de longa duração (LTP) e a despotenciação de longa duração (LTD) em espinhas dendríticas. LTD induz o encolhimento da coluna sináptica, desfosforilação do receptor AMPA e remoção dos mesmos das espinhas dendríticas através de proteínas com atividade fosfatase. LTP induz o crescimento da coluna, fosforilação do receptor AMPA e recrutamento dos AMPAR nas espinhas através de proteínas com atividade cinase. Adaptado de Sanderson e colaboradores (2011). 23 1.3.2 Regulação do receptor AMPA O receptor AMPA é um tetrâmero, formado por subunidades GluR1-4 (em várias combinações) permeando principalmente Na+ e sendo responsável pela despolarização neuronal ao estímulo do neurotransmissor excitatório glutamato (Santos et al., 2009). No processo de LTP ocorre a despolarização do neurônio pós-sináptico, liberação do magnésio do receptor NMDA que ativado pelo glutamato permite um intenso influxo de Ca2+ (Cooke & Bliss, 2006). O íon cálcio combinado a calmodulina (CaM) pode ativar a proteína cinase CaMKII. Além disso, CaM pode ativar algumas isoformas de adelinato ciclase o que induz aumento do cAMP com ativação de PKA. Essas cinases por sua vez podem fosforilar o receptor AMPA, evento importante na fase inicial da LTP (Carvalho et al., 2000, Meador, 2006). Nesse sentido tem sido descrito que a subunidade GluR1 do receptor AMPA pode ser fosforilada em 3 resíduos de serina localizados na porção intracelular C-terminal: serina 818 (Ser818) fosforilada por PKC; serina 831 (Ser831) fosforilada por PKC e/ou CaMKII; serina 845 (Ser845) fosforilada por PKA (Din et al., 2010). A fosforilação da subunidade GluR1 do receptor glutamatérgico AMPA é fundamental para inserção e manutenção do receptor AMPA na membrana sináptica bem como para aumento da sua condutância. No hipocampo a fosforilação desses sítios parece ser importante para indução/manutenção da LTP. Já a desfosforilação individual ou combinada desses resíduos de fosfo-serina, pela proteína fosfatase 1 (PP1) e calcineurina, parece ser importante para a despotenciação sináptica (LTD). Portanto, modificações no estado de fosforilação da subunidade GluR1 de AMPA alteram dramaticamente a função do receptor contribuindo para a expressão da LTP ou LTD. Desta forma pode ser postulado que as alterações no estado de fosforilação dos diversos sítios sobre AMPA poderiam “marcar” as sinapses que tenham sido recentemente modificadas e assim representar um index da ocorrência de LTP ou LTD (Walz et al., 2002, Whitlock et al., 2006). A Figura 3 detalha a regulação da fosforilação e tráfego da subunidade GluR1 do receptor AMPA nas sinapses durante a LTP e LTD. 24 Figura 3. Regulação da fosforilação e tráfego da subunidade GluR1 do receptor AMPA nas sinapses durante a LTP e LTD. Durante a LTP, os receptores AMPA podem ser diretamente secretados para a membrana extrasináptica e sinapse das espinhas dendríticas, processo que envolve essencialmente proteínas com atividade cinases. Já durante a LTD, a endocitose dos receptores AMPA envolve a ativação de enzimas fosfatases. Adaptado de Sanderson e colaboradores (2011). Estas evidências colocam a fosforilação dos sítios de Ser831 e Ser845 da subunidade GluR1 de AMPA como evento chave para a inserção do receptor na membrana plasmática e seu deslocamento até a região sináptica (Oh et al., 2006). O aumento persistente da força da sinapse também pode ocorrer de forma patológica na epileptogênese ou como resultante do estado epiléptico, condição na qual o cérebro permanece em estado constante de crise convulsiva (Chen & Wasterlain, 2006). O desequilíbrio entre os mecanismos de controle inibitórios e excitatórios responsáveis pela manutenção sustentada da crise envolve uma diversidade de elementos sinápticos e de sinalização celular. Um destes elementos pode ser a ativação persistente de PKA e consequente aumento de fosforilação de Ser845 da subunidade GluR1 de AMPA (Carvalho et al., 2000). Nesse sentido, Bracey e colaboradores demonstraram uma forte relação entre o estado epiléptico, aumento na atividade de PKA e fosforilação em Ser845 nos primeiros minutos (1070min) após Pilo-SE, sugerindo um possível envolvimento desse mecanismo com o estabelecimento de uma neuroplasticidade patológica nesse caso (Bracey et al., 2009), porém a modulação do receptor AMPA 25 no período latente e crônico permanece sendo uma incógnita neste modelo animal. 1.3.3 Transportadores Gliais de Glutamato O glutamato liberado na fenda sináptica é recaptado por transportadores específicos. Atualmente, cinco subtipos de transportadores de glutamato foram caracterizados. Dentre os transportadores destacam-se os expressos predominantemente em astrócitos e incluem: 1) transportador glutamato-aspartato (glutamateaspartate trasnporter; GLAST em roedores) e seu equivalente em humanos transportador de aminoácido excitatórios (excitatory amino acid transportes; EAAT1); 2) transportador de glutamato 1 (glutamate transporter 1; GLT1 em roedores) e EAAT2 em humanos. GLAST é o principal transportador presente durante o desenvolvimento do SNC (Furuta et al., 1997), enquanto o GLT1 é responsável por 90% de todo o transporte nos tecidos adultos (Tanaka et al., 1997). Estes dois transportadores são quantitativamente os principais transportadores de glutamato, sendo responsáveis pela maior parte da sua remoção da fenda sináptica (figura 4). Eles desempenham um papel crítico na manutenção de baixas concentrações extracelulares de glutamato, protegendo os neurônios de uma lesão excitotóxica (Lee & Pow 2010). Tem sido demonstrado que a perturbação da atividade dos transportadores de glutamato parece estar envolvido em distúrbios neurológicos, tais como epileptogênese (Rakhade & Loeb 2008). A redução na recaptação de glutamato pelos EAATs poderia explicar a hiperexcitabilidade neuronal em focos epilépticos (Rothstein et al., 1996, Tanaka et al., 1997, Sepkuty et al., 2002). Estudos recentes vêm demonstrando que o bloqueio da recaptação de glutamato provoca um aumento da excitabilidade da rede local, resultando em atividade epileptiforme espontânea (Campbell & Hablitz 2004). 26 Figura 4. Neurotransmissão excitatória glutamatérgica. Íons Na+ induzem a despolarização da membrana e liberação de glutamato das vesículas, que se liga a receptores e abre canais iônicos. O glutamato é recaptado através de seus transportadores e degradado em glutamina pela ação da enzima glutamina sintetase. A glutamina é transportada da célula glial para o neurônio onde é convertida novamente em glutamato pela ação da enzima glutaminase. Adaptado de Rodrigo e Felipo (2007). 1.4 EPILEPTOGÊNESE E TRANSDUÇÃO DE SINAL Recentes estudos demonstraram que neurônios do hipocampo de animais com epilepsia de lobo temporal induzida por pilocarpina apresentam peculiaridades em sua fisiologia intrínseca (possivelmente dependente de canais iônicos e receptores) e/ou no circuito neural ao qual pertencem que os tornam propensos ao surgimento de atividade 27 epileptiforme (Sanabria et al., 2001, Scorza et al., 2009). É provável que essas modificações sejam dependentes da modificação de mecanismos de transdução de sinal e potenciação sináptica (Walz et al., 2003, Bracey et al., 2009). Já é conhecido o importante papel fisiológico de diferentes sistemas de neurotransmissores, especialmente o glutamatérgico envolvendo os receptores AMPA e NMDA e o sistema gabaérgico nos processos de neuroplasticidade especialmente no hipocampo e córtex, (Walz et al., 1999, Walz et al., 2002, Sperck et al., 2009, McKiNNEY, 2010). Além disso, a importância de uma série de proteínas cinases (ex. PKA, PKC, CaMKII e MAPKs), proteínas fosfatases (ex. PP1, calcineurina/PP2B) e do fator neurotrófico derivado do cérebro (BNDF) tem sido bem documentadas (Winder & Sweatt, 2001, Barco et al., 2006, Flavell & Greenberg, 2008). Em conjunto essas proteínas participam de complexas vias de sinalização modulando a excitabilidade neuronal e expressão gênica e desta forma sendo a base neuroquímica de modificações funcionais e estruturais de longa duração envolvidas em fenômenos de neuroplasticidade como a LTP e LTD e o próprio aprendizado e memória. Embora a sequência e combinações de eventos celulares provavelmente não sejam totalmente superponíveis, é bastante plausível que o processo epileptogênico envolva alterações de parte da maquinaria neuroquímica/celular utilizada para eventos fisiológicos, ou mesmo a potenciação sináptica (Leite et al., 2005, Meador, 2007). A literatura carece de estudos que demonstre a modulação de proteínas cinases (ex. MAPKs e AKT) sabidamente envolvidas nesta patologia, mas que ainda não foram analisadas nas diferentes fases do modelo de pilocarpina. 1.4.1 Via das MAPKs As proteínas cinases ativadas por mitógenos (MAPKs) compõem um grupo de serina-treonina cinases cuja função e regulação têm sido conservadas ao longo da evolução desde organismos unicelulares como leveduras a organismos complexos como homem (Nebreda & Porras, 2000, Johnson & Lapadat, 2002). As MAPKs conduzem, amplificam e integram sinais originados de uma diversidade de estímulos extracelulares na superfície da célula. Entre estes sinais estão fatores de crescimento, toxinas, citocinas ou estresse ambiental (Tibbles & Woodgett, 1999). O resultado disto inclui a execução de respostas celulares como proliferação, diferenciação, desenvolvimento, inflamação e apoptose (Dong & Bode, 2003). 28 Nos mamíferos, as MAPKs são agrupadas em pelo menos quatro famílias com base na similaridade das sequências de aminoácidos, mecanismos de regulação por proteínas colocadas acima na via de sinalização e mecanismos de ativação (Robinson & Cobb, 1997). Estas famílias compreendem as proteínas cinases 1 e 2 reguladas por sinal extracelular (ERK 1/2), uma das famílias de MAPKs mais estudadas no SNC; e as proteínas cinases ativadas por estresse (SAPKs) que incluem as c-Jun amino terminal cinases (JNKs), composta pelas isoformas JNK 1/2/3; p38MAPK composta pelas isoformas p38α, p38β, p38γ, p38δ (Cargnello & Roux, 2011). Todas as MAPKs são ativadas por dupla fosforilação em resíduos de treonina e tirosina (Yang et.al., 2003). A cascata de sinalização das MAPKs (figura 5) é composta por 3 cinases a qual se inicia pela chamada cinase da cinase da MAP cinase (MAPKKK). Esta, por sua vez, ativa uma segunda cinase, a MAPKK (cinase da MAP cinase) através de resíduos de serina e treonina. A ativação desta é responsável pela subsequente fosforilação de MAPKs em resíduos de treonina e tirosina (Robinson & Cobb, 1997, Cargnello & Roux, 2011). Os receptores glutamatérgicos também são conhecidos por estarem acoplados a ativação de MAPKs no hipocampo e no córtex cerebral (Sweatt, 2001). Estudos recentes vêm demonstrando aumento na atividade de ERK e p38MAPK imediatamente após a inserção das crises epilépticas em diferentes modelos animais, (Baraban et al., 1993, Berkeley et al., 2002). Jiang e colaboradores (2005) observaram que as crises agudas podem levar a uma rápida ativação da ERK e p38MAPK na área CA3 do hipocampo, a região do cérebro mais suscetível aos efeitos letais do status epilepticus (Jiang et al., 2005). 29 Figura 5. Cascata de sinalização das proteínas cinases ativadas por mitógenos. MAPKs medeiam a sinalização intracelular iniciada por fatores extracelulares ou intracelulares. Todas as vias operam em forma de cascata. Adaptado de www.cellsignaling.com. Acesso em: 11/01/2012. 1.4.2 AKT/PKB A via PI3-cinase/AKT é implicada em sobrevivência neuronal. Estudos demonstram que inibidores seletivos de PI3-cinase podem causar morte de células granulares do cerebelo. Portanto, AKT pode fosforilar e ativar proteínas implicadas na sobrevivência celular (Crossthwaite et al., 2002). Proteínas pró-apoptóticos como Bad, membros da família dos fatores de transcrição “forkhead” como FOXO são inibidos pela fosforilação AKT-dependente, enquanto o fator de transcrição NFκB envolvido na expressão de proteínas anti-apoptóticas é ativado pela AKT. Adicionalmente, tem sido descrito uma ação inibitória pela AKT sobre JNK, um dos membros da família das MAPKs. Este também seria uma ação no sentido de pró-sobrevivência 30 nas células, pois normalmente a ativação prolongada de algumas isoformas de JNK pode estar associada à produção de apoptose (Brazil et al., 2004, Hanada et al., 2004). As vias de sobrevivência celular também podem ser ativadas no processo epiléptico (Goto et al., 2010). Acredita-se que a excitotoxicidade glutamatérgica (Costa et al., 2004) que acontece no tecido com atividade epileptogênica possa ser contrabalançada por diversos mecanismos neuroprotetores, incluindo a ativação da via PI3K/AKT (Gary et al., 2003), prevenindo assim da morte neuronal em resposta as descargas anormais. Nesse sentido Kim e colaboradores (2002) demostraram que a ativação de AKT impediu a morte celular induzida por doses neurotóxicas de ácido caínico (Kim et al., 2002). 2 JUSTIFICATIVA Epilepsia é uma doença bastante prevalente cuja repercussão financeira e social é muito significativa para a população brasileira e mundial. O estudo dos aspectos neuroquímicos relacionados à epilepsia em um modelo animal, propostos neste projeto, permitirá o desenvolvimento do tema por envolver a determinação de alguns mecanismos moleculares envolvidos na neuroplasticidade e que podem participar da fisiopatologia da epilepsia. Portanto, o entendimento das bases neuroquímicas envolvidas no processo de epileptogênese será de fundamental importância no desenvolvimento de novas estratégias de tratamento de pacientes com quadro de epilepsia. Nesse sentido, considerando o possível envolvimento dos mecanismos de potenciação sináptica do tipo LTP e LTD na epileptogênese (Leite et al., 2005) o presente trabalho visou investigar a modulação dos receptores AMPA, proteínas MAPKs (ERK1/2, p38MAPK, JNK1/2/3 ), AKT e expressão dos transportadores gliais de glutamato (EAAT1 e EAAT2) e subunidade NR1 do receptor NMDA no hipocampo e córtex em diferentes fases do modelo de pilocarpina de ELTM-EH. 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Estudar os marcadores de potenciação e despotenciação sináptica e mecanismos de transdução de sinal no hipocampo e córtex nas diferentes fases do modelo de pilocarpina de ELTM-EH. 31 3.1.1 Objetivos específicos - Determinar o conteúdo total e o nível de fosforilação dos sítios Ser831 e Ser845 da subunidade GluR1 do receptor AMPA no hipocampo e córtex nas diferentes fases do modelo da pilocarpina em ratos. - Determinar os níveis de mRNA da subunidade NR1 do receptor NMDA por qRT-PCR no hipocampo e córtex nas diferentes fases do modelo da pilocarpina em ratos. - Determinar os níveis de mRNA dos transportadores gliais EAAT1 e 2 por qRT-PCR no hipocampo e córtex nas diferentes fases do modelo da pilocarpina em ratos. - Determinar o conteúdo total e o nível de fosforilação de MAPKs (ERK1/2, JNK1/2/3 e p38MAPK) no hipocampo e córtex nas diferentes fases do modelo da pilocarpina em ratos. - Determinar o conteúdo total e o nível de fosforilação da AKT no hipocampo e córtex nas diferentes fases do modelo da pilocarpina em ratos. - Adicionalmente, verificar se há correlação dessas alterações com a intensidade ou frequência no aparecimento das crises epilépticas dos ratos pós-administração de pilocarpina. 32 4 MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 MODELO ANIMAL Foram utilizados ratos Wistar machos, adultos (pesando 250-300g). Os ratos foram mantidos em grupos de três a quatro por caixa, em uma sala com ar condicionado (22-25oC) ciclo 12h claro/escuro, com água e comida disponíveis ad libitum. Eles foram tratados, manipulados e sacrificados de acordo com os ‘‘Principles of Laboratory Animal Care’’ (NIH publication no. 80-23, revisada em 1996) aprovado pelo Comitê de Ética do Uso de Animais da Universidade Federal de Santa Catarina (CEUA/UFSC; www.ceua.ufsc.br). Todos os esforços foram feitos para minimizar o sofrimento e número de animais utilizados. A indução do modelo experimental foi realizada em colaboração com o Núcleo de Pesquisas em Neurologia Experimental e Clínica (NUPNEC) da UFSC, coordenado pelo Prof. Dr. Roger Walz. Os procedimentos foram realizados de acordo com a metodologia previamente publicada (Cavalheiro et al., 1991, Mello et al., 1993). Os animais receberam uma dose intraperitoneal de pilocarpina (280mg/kg, i.p.). Para minimizar os efeitos colinérgicos periféricos e a mortalidade, foi utilizado metil nitrato de escopolamina (1 mg/kg, i.p.) 30 minutos antes da administração da pilocarpina e diazepam (5 mg/kg, i.p.) 2 horas após o início das crises. Os animais foram sacrificados 1, 3 e 12 horas (período agudo) após inserção do status epilepticus, 5 dias (período latente) e 50 dias (período crônico) para realização dos estudos neuroquímicos. Como grupo controle foram utilizados animais que receberam salina e igual volume de escopolamina e diazepam. Os animais controles foram sacrificados nos mesmos tempos descritos anteriormente. Foram utilizados 12 animais/grupo. O tratamento dos animais e obtenção das amostras para execução dos testes bioquímicos estão representados na figura 6. Grupo de animais diferentes foram utilizados para as metodologias de PCR em tempo real quantitativo (qRT-PCR) e Western Blotting. Resumidamente, o hipocampo e córtex de grupos controle e tratados foram dissecados para avaliar a expressão do mRNA de EAAT1/GLAST, EAAT2/GLT1 e NR1 por qRT-PCR (n=4 por grupo). O nível de expressão e fosforilação da subunidade GluR1, MAPKs (ERK 1/2, p38MAPK, JNK 1/2/3) e AKT foi avaliado por Western blotting (n=8 por grupo). 33 Figura 6. Ratos Wistar, machos (90 dias pós-natal) foram coletados da colônia de reprodução da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os animais receberam uma dose única intraperitoneal de pilocarpina (280 mg/kg). Hipocampo e córtex dos grupos controle e tratados foram dissecados para avaliar expressão do mRNA de EAAT1, EAAT2 e NR1 por qRT-PCR (n=4 por grupo). O nível de expressão e fosforilação da subunidade GluR1, MAPKs (ERK 1/2, p38MAPK, JNK 1/2/3) e AKT avaliados por Western blotting (n=8 por grupo). Abreviaturas: (Pilo) pilocarpina, (IP) intraperitoneal, (PN) pós-natal. 4.2 ESTUDOS NEUROQUÍMICOS Para avaliação da atividade das MAPKs, AKT e modulação da fosforilação da subunidade GluR1 Ser831 e Ser845 western blotting foi realizado como descrito por (Leal et al., 2002, Cordova et al., 2004, Posser et al., 2007). As amostras foram agrupadas à medida que obtidas, e analisadas em grupos de experimentos separados. 4.2.1 Preparação das amostras Hipocampo e córtex de animais submetidos ao modelo de pilocarpina foram dissecados (4°C) em cutting solution (sacarose 110 mM, Nacl 60 mM, KCl 3 mM, KH2PO4 1,25 mM, CaCl2 0,5 mM, Mg2SO4 7 mM, glicose 5 mM, HEPES 25 mM pH 7,4) e colocadas em nitrogênio líquido e armazenadas a -80oC até o uso. As amostras foram preparadas como descrito por (Oliveira et al., 2008). Resumidamente, as amostras foram homogeneizadas mecanicamente em 400µL do tampão de homogeneização (Tris 50 mM pH 7,0, EDTA 1 mm, NaF 100 mm, PMSF 0,1 mM, Na3VO4 2 mM, Triton X-100 1%, glicerol 10% e 34 Cocktail inibidor de proteases). Os lisados foram centrifugados (10.000 x g por 10 min, a 4oC) para eliminar os restos celulares, e o sobrenadantes diluídos 1/1 (v/v) em solução (Tris 100 mM pH 6,8, EDTA 4mM, SDS 8%) e aquecidos a 100oC por 5 min. A dosagem de proteínas foi determinada com o método descrito em Peterson (1977). A seguir foram adicionados nas amostras “tampão de diluição” (40% glicerol, 100 mM Tris, de azul de bromofenol, pH 6,8) 25:100 (v/v) e βmercaptoetanol (concentração final 8%). 4.2.2 Eletroforese e Eletrotransferência As proteínas foram isoladas através de SDS-PAGE (eletroforese em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sódio/SDS) utilizando gel de separação de acrilamida com concentração de 10% e gel de entrada 4%. A eletroforese foi realizada com corrente fixa de 40 mA e voltagem máxima de 150 mV durante aproximadamente 2 horas. Após a corrida, os géis foram submetidos ao processo de eletrotransferência e transferidos para membranas de nitrocelulose usando um sistema semi-dry (1,2 mA/cm2; 1,5 h) como descrito por Bjerrum e Heegaard (1988). Para verificar a eficiência processo de transferência, os géis foram corados com Coomassie blue e as membranas com Ponceau S. A figura 7 mostra resumidamente todo este processo aqui descrito. 4.2.3 Imunodetecção As membranas foram bloqueadas com 5% de leite desnatado em TBS (Tris 10 mM, NaCl 150 mM pH 7,5) por 1 hora e após sucessivas lavagens com TBS-T (Tris 10 mM, NaCl 150 mM, Tween-20 0,1%, pH 7,5) incubadas “overnight” (4ºC) com os anticorpos específicos para as formas fosforiladas e totais das seguintes proteínas: ERK1/2, p38MAPK, JNK1/2/3, AKT e GluR1. Os anticorpos foram diluídos em TBS-T contendo BSA 2% nas diluições: 1:1000 (anti-fosfo-JNK1/2/3, antifosfo-p38MAPK, anti-fosfo-AKT e anti-total-AKT, fosfo-GluR1 antiSer831 e Ser845, anti-total-GluR1), 1: 2000 (anti-fosfo-ERK1/2), 1:5000 (anti-total-JNK1/2), 1:10000 (anti-total-p38MAPK) e 1:40000 (anti-totalERK1/2). Para a detecção dos complexos imunes, as membranas foram incubadas por 1 hora com anticorpo secundário anti-rabbit ou mouse (ligado à peroxidase) e reveladas em filme autoradiográico após a emissão de quimioluminescência induzida por reagentes adicionados a membrana de nitrocelulose, de acordo com as recomendações do 35 fabricante. As membranas foram incubadas com o anticorpo anti-βactina (1:2000) para verificar se a mesma quantidade de proteínas teriam sido aplicadas no gel. O nível de fosforilação das MAPKs, AKT e da subunidade GluR1 foi determinado pela razão entre a D.O da banda fosforilada e a D.O da banda total (Calloni et al., 2005, Posser et al ., 2007). As bandas foram quantificadas utilizando o software Scion Image ®. Os anticorpos anti-GluR1 total, anti-fosfo-GluR1-Ser831 e antifosfo-GluR1-Ser845 detectam uma única banda de aproximadamente 100Kda, enquanto o anticorpo contra as formas totais e fosforiladas de ERK1/2 detecta duas bandas, uma de aproximadamente 44kDa e a segunda com cerca de 42kDa, respectivamente para as isoformas ERK1 e ERK2. Anti-p38MAPK forma total e fosforilada detecta uma única banda de aproximadamente 38kDa, enquanto anti-JNK1/2/3 forma total e fosforilada detecta duas bandas, uma de aproximadamente 54kDa (JNK2/3) e a segunda com aproximadamente 46kDa (JNK1). Anti-AKT total e anti-fosfo-AKT-Ser473 detecta uma única banda de aproximadamente 60kDa enquanto o anticorpo anti-β-actina detecta uma única banda de aproximadamente 45kDa. Figura 7. Eletroforese, Eletrotransferência e Imunodetecção. 36 4.3 ISOLAMENTO DO RNA TOTAL Os níveis de mRNA de EAAT1, EAAT2 e NR1 foram medidos a partir dos grupos animais mencionados anteriormente. Os animais foram sacrificados por decapitação, o cérebro dissecado e o hipocampo e córtex rapidamente colocados em nitrogênio líquido e armazenados a 80oC até o uso. Posteriormente as amostras foram descongeladas e homogeneizadas em 1 ml (córtex) e 500μl (hipocampo) de TRIzol e o RNA total extraído de acordo com as instruções do fabricante. Os métodos de isolamento de RNA foram desenvolvidos por Chomczynski & Sacchi (1987). 4.3.1 qRT-PCR Um micrograma de RNA total foi utilizado para a síntese de cDNA e análise da expressão gênica por PCR em tempo real quantitativo (qRTPCR). A transcrição reversa foi realizada na presença de 2μl de dNTPs 5 mM, 1μl do primer Oligo, SuperScript®III RT (200U/μl). As condições de reação foram: 65oC por 5 min, arrefecimento a 20ºC por 1 min, 50°C por 60 min e 70oC por 15 min. O produto da reação foi amplificado por qRT-PCR no termociclador Realplex 4S, utilizando o kit de reação SYBRGreen. As condições de termociclagem foram 95oC por 10 min, seguida de 40 ciclos de 95oC por 15s, 55oC por 15s, 60ºC por 20s. Este procedimento foi seguido por curva de fusão a 95°C por 15s, 55°C por 15s e aumento gradual da temperatura por 20 min terminando com 95°C por 15s. Os experimentos foram realizados em quadruplica para cada ponto de dados. A abundância de mRNAs de EAAT1, EAAT2 e NR1 foi quantificado em valores relativos, em comparação com uma referência interna, a gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (GAPDH), cuja abundância se acredita não mudar entre condições experimentais diferenciadas. Os primers utilizados para qRT-PCR foram os seguintes: EAAT1 (ratos) (Gen-Bank™ número de acesso NM 148938), frente de primer 5'-CTCGTCACAGGAATGGCGGCC-3' primer reverso 5'TGCCCTTTCCGGGGTGGATGA -3'; EAAT2 (ratos) (Gen-Bank™ número de acesso NM 0113932), frente do primer 5'CCGTGATGATAGGCACCGTG-3' primer reverso 5'CTCCAGCAGCGTCCATTCAA-3'; NR1 (ratos) (Gen-BankTM número de acesso NM 0081692), frente de primer 5'TGGTAGAGCAGAGCCCGACCC-3' primer reverso 5'CCCCGGTGCTCGTGTCTTTGG-3 '; GAPDH (ratos) (Gen-Bank™ 37 número de acesso NM 017008) frente do primer 5'GGGGGCTCTCTGCTCCTCCC-3' primer reverso 5'CGGCCAAATCCGTTCACACCG-3'. Dois microlitros da reação de RT foi utilizada para o qRT-PCR. Valores quantitativos para transcrição do mRNA de EAAT1, EAAT2, NR1 e GAPDH foram obtidos a partir do número de ciclos limites, onde o aumento do sinal associado a um crescimento exponencial dos produtos de PCR começam a ser detectados. Curvas de fusão foram geradas no final de cada corrida para garantir a uniformidade do produto. Os níveis dos genes alvo foram normalizados com base na expressão de GAPDH como controle endógeno de RNA. Valores ΔCt das amostras foram determinados subtraindo-se os valores médios de Ct dos genes alvo a partir do valor médio de Ct do controle interno GAPDH. ΔΔCt foi determinado subtraindo-se os valores médios de ΔCt dos grupos tratados pelos valores médios de ΔCt do grupo controle. Como é raro usar ΔΔCt como dados relativos devido a sua característica logarítmica, o parâmetro 2-ΔΔCt foi usado para expressar os dados de expressão relativa (Livak & Schmittgen, 2001). 4.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS A fosforilação e expressão da subunidade GluR1, MAPKs e AKT e os níveis de mRNA dos transportadores EAAT1, EAAT2 e da subunidade NR1 durante diferentes períodos do modelo da pilocarpina foram comparados utilizando Student’s t test. Dados foram apresentados como média ± S.E.M; p<0.05 foi considerado estatisticamente significativo. 5 RESULTADOS O presente trabalho resultou na confecção de dois manuscritos já submetidos à publicação em periódicos científicos e estão listados abaixo: Manuscrito 1: Time-dependent modulation of AMPA receptor phosphorylation and mRNA expression of NMDA receptor NR1 subunit and glial glutamate transporters in rat hippocampus and cortex in the pilocarpine model of epilepsy. Submetido ao periódico “Epilepsia”. 38 Manuscrito 2: Time-dependent modulation of MAPKs and AKT phosphorylation in rat hippocampus and cortex in the pilocarpine model of epilepsy. Submetido ao periódico “Neurochemical Research”. Observamos que além dos manuscritos são apresentadas nesta sessão tabelas adicionais. 39 5.1 MANUSCRITO 1 Time-dependent modulation of AMPA receptor phosphorylation and mRNA expression of NMDA receptor NR1 subunit and glial glutamate transporters in rat hippocampus and cortex in the pilocarpine model of epilepsy Mark William Lopes1, Flávia Mahatma Schneider Soares2, Nelson de Mello2, Jean Costa Nunes2, Aurilene Gomes Cajado3, Daniel de Brito3, Fabiano Mendes de Cordova1,4, Rodrigo Maranguape Cunha da Silva3, Roger Walz2,5, Rodrigo Bainy Leal1,5 1 Departamento de Bioquímica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brazil 2 Centro de Neurociências Aplicadas (CeNAp), HU, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brazil 3 Centro de Ciências Agrárias e Biológicas, Universidade Estadual Vale do Acaraú, Fortaleza, CE, Brazil 4 Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal do Tocantins, Araguaína, TO, Brazil. 5 Departamento de Clínica Médica, Hospital Universitário (HU), Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brazil Corresponding author: Rodrigo Bainy Leal Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências Biológicas Florianópolis, SC, Brazil - 88040-900 Telephone number: 55 48 37215045 E-mail: [email protected] Key words: Epilepsy, Pilocarpine, Signal Transduction, AMPA and NMDA receptors. Number of text pages: 21 pages Number of words: 4547 words Number and proposed size of figures: 5 figures; 2 pages Conflict of Interest statement: None of the authors has any conflict of interest to disclose. 40 ABSTRACT Purpose: Glutamatergic system has been implicated with neuroplasticity events related to epileptogenesis. The pilocarpine model in rodents reproduces the main features of mesial temporal lobe epilepsy related to hippocampus sclerosis (MTLE-HS) in humans. Methods: We analyze the phosphorylation profile of AMPA receptor GluR1 subunit by western blotting, and expression of glial glutamate transporters and NMDA receptor NR1 subunit (NR1-NMDA) by qRTPCR in the hippocampus (HIP) and cortex (Ctx) of male adult wistar rats in different periods, after pilocarpine induced status epilepticus (Pilo-SE) and compared with control animals. Biochemical analysis were done in the HIP and Ctx at 1h, 3h, 12h (acute period), 5 days (latent period) and 50 days (chronic period) after Pilo-SE onset. Key findings: There was increased phosphorylation of the site GluR1Ser845 in the Ctx and GluR1-Ser831 in the HIP at different times of the acute period. The total content GluR1 remain unchanged in all groups except in the latent period in which GluR1 level was lower than controls. There was a down regulation of mRNA expression of NR1NMDA and EAAT1 and 2 in the Ctx, in the latent period. In the HIP the EAAT2 mRNA expression decreased while NR1-NMDA mRNA enhanced in the chronic period. Significance: Our finding demonstrates a time and structure-dependent changes in the expression of NR1-NMDA receptor and EAAT1/EAAT2 transporters in the Ctx and HIP after the Pilo-SE. These neuronal and glial modifications may be associated with epileptogenesis or seizure threshold in MTLE-HS. 41 1. Introduction Epilepsies are one of the most common neurological conditions reaching about 50 million people worldwide (Sander, 2003). Twenty to thirty percent of the epilepsies are medically intractable and mesial temporal lobe epilepsy related to hippocampal sclerosis (MTLE-HS) is the most common form of surgically remediable epileptic syndrome (Babb, 1999). Systemic administration of pilocarpine in rodents reproduces the main features of human MTLE-HS (Cavalheiro, et al. 1991; Hollmann, et al.1991). Pilocarpine induces limbic seizures that become secondarily generalized evolving to status epilepticus (Pilo-SE) that lasts several hours (acute period). The SE is followed by a latent ‘‘seizure-free” period and by a chronic period characterized by the presence of spontaneous recurrent seizures (Cavalheiro, et al. 1991; Mello et al. 1993; Cavalheiro, et al. 1994). Hippocampal changes following SE include an increase in glutamate in the synaptic cleaft (Costa, et al. 2004), cell loss, gliosis and mossy fiber sprouting (Mello, et al. 1993). Neurochemical changes such as imbalance between inhibitory (γ-aminobutyric acid; GABA) and excitatory (glutamatemediated) neurotransmission (in favor of the latter) have been identified in brain tissue obtained from animal models and humans treated surgically for MTLE-HS. However, the cellular and molecular events in vivo that occur during the time course of epileptogenic process as well in the chronic period are still poorly understood (Houser, et al. 2008; Li, et al. 2010). Postsynaptic responses to glutamate involve activation of ionotropic glutamate receptors such as N-methyl-D-aspartate (NMDA) and alpha-amino-3-hydroxy-5-methyl-4-isoxazolepropionic acid (AMPA) receptors (Jerusalinsky, et al. 1992) that play a crucial role in the neuroplasticity related to excitability in the neocortical and limbic structures. NMDA and AMPA are in fact integrated in a complex signaling network that also involve the activity of a variety of protein kinases such as cAMP-dependent protein kinase (PKA), (Bernabeu, et al. 1997) Ca2+-calmodulin-dependent protein kinases II (CaMKII), (Cammarota, et al. 1998) protein kinase C (PKC) (Bernabeu, et al. 1995) and mitogen-activated protein kinases (MAPKs) (Walz, et al. 2000). Therefore, alterations of these signaling systems may change the synaptic plasticity and may be associated with physiologic and pathologic processes including epileptogenesis (Sanderson & Dell’Acqua, 2011). 42 High-frequency presynaptic stimulation (HFS) induces NMDAR-dependent long-term potentiation (LTP) by increasing synaptic AMPAR number and activity, whereas low-frequency stimulation (LFS) induces NMDAR-dependent long-term depression (LTD) by decreasing AMPAR activity and number. During NMDARinduced LTP, brief but strong elevations in postsynaptic Ca2+ promote phosphorylation-regulated insertion of AMPARs containing GluR1 into extrasynaptic and perisynaptic plasma membrane sites (Sanderson & Dell’Acqua, 2011). The mechanism may involve a PKA dependent phosphorylation of Ser845on GluR1 subunit of AMPAR which induces its insertion on plasma membrane in the extrasynaptic site followed by Ser831 GluR1 phosphorylation by CaMKII or PKC that drive the receptor to synaptic site (Esteban, et al. 2003; Sanderson & Dell’Acqua, 2011). In contrast, NMDAR-induced LTD is triggered by prolonged but low-level Ca2+ elevations that promote GluR1 Ser845 dephosphorylation decreasing synaptic AMPAR activity and number (Lee, et al. 1998; Banke, et al. 2000). Modulation of synaptic strength may be involved with epileptogenesis (Leite, et al. 2005) as well associated to compensatory mechanism occurring in distant regions of the epileptogenic zone. Finally, it is important to consider that glutamate released at synaptic cleaft is captured by excitatory amino acid transporters (EAATs) proteins (Beart & O’Shea, 2007). These transporters are expressed differentially throughout the central nervous system (CNS), but EAAT1/GLAST and EAAT2/GLT-1 are normally expressed by astrocytes. They are considered to play a critical role in the maintenance of low extracellular concentrations of glutamate, which protects neurones from excitotoxic injury (Lee & Pow, 2010). It has been demonstrated that disturbance of glutamate transporters activity appears to be involved in neurological disorders such as epileptogenesis (Rakhade & Loeb, 2008). Here we investigated the phosphorylation levels of Ser831 and 845 Ser on GluR1 subunit of AMPA receptors, and mRNA expression of glial glutamate transporters (EAAT1 and EAAT2) and NR1 subunit in hippocampus and cortex of rats at different periods of the pilocarpine model. 2. Materials and Methods 2.1 Chemicals 43 HEPES, Triton X-100, SDS, acrylamide, bis-acrylamide, were obtained from GE Healthcare Life Science. Glycine, Tris, TEMED, β mercaptoethanol were obtained from Amresco Life Science. Bovine serum albumin (BSA) was from Inlab. Immobilon nitrocellulose and goat anti-rabbit IgG HRP was from the Millipore. Ammonium persulfate (APS) and rabbit anti-phospho-GluR1 Ser831 and Ser845 antibodies were purchased from the Sigma Chemical Company. LumiGLO reagent (luminol chemiluminescent substrate) was obtained from Cell Signaling Technology. Mouse anti-GluR1, anti-β actin as well goat anti-mouse IgG HRP (horseradish peroxidase) conjugated antibodies were obtained from Santa Cruz Biotechnology. All other reagents were of analytical grade. 2.2 Animal procedures Adult male wistar rats (90 days old) from the Federal University of Santa Catarina (UFSC) breeding colony were maintained in groups of four per cage, room temperature between 22-25oC on a 12-h light/dark cycle with water and food available ad libitum. All experimental procedures were approved by the UFSC Ethics Committee for Animal Experimentation. Pilo-SE induction was performed as described previously (Cavalheiro, et al. 1991; Mello, et al. 1991; Bonan, et al. 2000). A subcutaneously administration of 1 mg/kg of scopolamine methylnitrate (Sigma Chemical, dissolved in saline 0.9%) 30 min before pilocarpine administration to reduce the peripheral cholinergic effects. Animals received a single intraperitoneal dose of pilocarpine (280 mg/kg, Sigma Chemical, dissolved in saline 0.9%), and most of them became hypoactive evolving to generalized convulsions and limbic SE usually 40–80 min after the injection. Two hours after the seizure onset animals received diazepam (5mg/kg) to decrease the mortality rate. Assisted feeding and hydration were carried out during the recovery period to improve general clinical state and to reduce mortality. In this model, after a silent period of 14 days (ranging from 4–44 days), all animals developed spontaneous seizures (2–15 per month), characterizing the chronic period. Pilocarpine were injected in 80 animals, the mortality rate was 20% (n = 16) and 4 animals (5 percent) did not evolve to SE. Only animals that evolve to SE (n = 60, 75 percent) were used in the biochemical analysis. Survivors animals were divided in five groups: a) acute groups which were euthanized 1h (Group Acute 1h) after status epilepticus (SE) onset (n = 12); b) 3h (Group Acute 3h) after SE onset (n = 12) and c) 44 12h (Group Acute 12h) after SE onset (n = 12); d) latent group that were euthanized 5 days (Group Latent 5 days) after SE onset (n = 12), a period which the seizure were not observed; e) chronic group which the animals were euthanized 50 days (Group Chronic 50 days) after SE induction (n = 12). The animals from the latent group were behaviorally evaluated for 6 hours per day (8 a.m. to 2 p.m.) between days 3 to 5 and no clinically visible seizure were documented. The control animals were sacrificed 1h, 3h, 12h, 5 and 50 days (n = 12 per group), after scopolamine, diazepam and saline injection except the animals from the Group Acute 1h and their respective controls who did not received diazepam. Hippocampus and cortex were dissected from different animals of control and experimental groups. Analysis of the EAAT1/GLAST, EAAT2/GLT1 and NR1 mRNA expression was performed by quantitative RT-PCR (n = 4 animals per group). The total level of AMPA receptor GluR1 subunit and phosphorylation on the sites Serine831 (GluR1-Ser831) and Serine845 (GluR1-Ser845) were analyzed by Western blotting (n = 8 animals per group). 2.3 Western blot analysis For quantification of phosphorylation on the sites GluR1-Ser831 and Ser of AMPA receptor GluR1 subunit, western blot analysis was performed as previously described by (Leal, et al. 2002; Cordova, et al. 2004; Posser, et al. 2007; Figueiredo, et al. 2011). Animals were euthanized by decapitation, brains were excised from the skull and hippocampus and cortex were dissected (4°C) into “cutting solution” (sucrose 110 mM, NaCl 60 mM, KCl 3 mM, KH2PO4 1.25 mM, CaCl2 0.5 mM, Mg2SO4 7 mM, glucose 5 mM; HEPES 25 mM pH 7.4), and placed in liquid nitrogen and then stored at -80oC until use. Samples were prepared as previously described by (Oliveira, et al. 2008). Briefly, samples were mechanically homogenized in 400 µl of Tris 50 mM pH 7.0, EDTA 1 mM, NaF 100 mM, PMSF 0.1 mM, Na3VO4 2 mM, Triton X-100 1%, glycerol 10%, Sigma Protease Inhibitor Cocktail (P2714) and then incubated for 10 min in ice. Lysates were centrifuged (10,000 x g for 10 min, at 4oC) to eliminate cellular debris. The supernatants were diluted 1/1 (v/v) in Tris 100 mM pH 6.8, EDTA 4 mM, SDS 8% and boiled for 5 min. Thereafter, sample dilution (40% glicerol, 100 mM Tris, bromophenol blue, pH 6.8) in the ratio 25:100 (v/v) and β mercaptoethanol (final concentration 8%) were added on the samples. Protein content was estimated by the method described by Peterson (1977). The same amount of protein (70 µg per lane) for each sample 845 45 was electrophoresed in 10% SDS–PAGE minigels and transferred to nitrocellulose membranes using a semidry blotting apparatus (1.2 mA/cm2; 1.5 h). To verify transfer efficiency process, gels were stained with Coomassie blue and membranes with Ponceau S. The membranes were blocked with 5% skim milk in TBS (Tris 10 mM, NaCl 150 mM, pH 7.5). GluR1 phosphorylated and total forms were detected after overnight incubation with specific antibodies diluted in TBS-T containing BSA 2% in the dilution of 1:1000 (anti-phosphoGluR1 Ser831, anti-phospho-GluR1 Ser845 and anti-total-GluR1). Moreover, the membranes were incubated for 1h at room temperature with horse radish peroxidase (HRP)-conjugated anti-rabbit or antimouse secondary antibodies for detection of phosphorylated sites or total form of GluR1, respectively. The reactions developed by chemioluminescence substrate (LumiGLO). All blocking and incubation steps were followed by three times washing (5 min) with TBS-T (Tris 10 mM, NaCl 150 mM, Tween-20 0.1%, pH 7.5). All membranes were incubated with mouse anti-β-actin (1:2000) antibody to verify that equal amounts of proteins were loaded on the gel. The phosphorylation level of GluR1 was determined as a ratio of OD of phosphorylated band/OD of total band (Calloni, et al. 2005; Posser, et al. 2007). The bands were quantified using the Scion Image® software. The antibodies against GluR1, GluR1-Ser831 and -Ser845 detected a single band of approximately 100Kda, anti-β-actin antibody detected a single band of approximately 45 kDa. 2.4 Total RNA isolation For determination of mRNA levels of EAAT1, EAAT2 and NR1 animals were euthanized by decapitation, brains were excised from the skull and hippocampus and cortex were quickly dissected and placed in liquid nitrogen and then stored at -80oC until use. Thawed tissues were homogenized in 1 ml (cortex) and 500µl (hippocampus) of TRIzol reagent (Invitrogen) and total RNA was extracted accordingly to the manufacturer’s instructions and the methods of RNA isolation developed by (Chomczynski & Sacchi, 1987). 2.5 Quantitative Real-Time RT-PCR One microgram of total RNA was used for cDNA synthesis and Real-Time PCR gene expression analysis. Then, the reverse transcription (RT) was carried out in a 20µl reaction in the presence of 2 46 µL of dNTPs 5 mM, and 1 µL of primer Oligo, SuperScript® III RT (Invitrogen) (200U/µL). The reactions conditions were: 65oC for 5 min, cools 20ºC for 1 min, 50oC for 60 min and 70oC for 15 min. Reaction product was amplified by Real-Time PCR on the thermocycler RealPlex 4S (Eppendorf) using the SYBRGreen core reaction kit (Applied Biosystems). The thermal cycling conditions were 95oC for 10 min, followed by 40 cycles at 95oC for 15s, 55oC for 15s, 60ºC for 20s. This procedure was followed by melting curve at 95°C for 15s, 55°C for 15s and the gradual increase of temperature for 20 min ending with 95°C for 15s. Experiments were performed in quadruplicates for each data point. Abundance of EAAT1, EAAT2 and NR1 mRNAs was quantified as relative values compared with an internal reference, GAPDH, whose abundance was believed not to change between the varying experimental conditions. Primers used for Real-Time PCR are as follows: rat EAAT1 (Gen-Bank™ accession number NM 148938), forward primer 5’CTCGTCACAGGAATGGCGGCC-3’ and reverse primer 5’TGCCCTTTCCGGGGTGGATGA -3’; rat EAAT2 (Gen-Bank™ accession number NM 0113932 ), forward primer 5’CCGTGATGATAGGCACCGTG-3’ and reverse primer 5’CTCCAGCAGCGTCCATTCAA-3’; rat NR1 (GenBank™ accession number NM 0081692), forward primer 5’TGGTAGAGCAGAGCCCGACCC-3’ and reverse primer 5’CCCCGGTGCTCGTGTCTTTGG-3’; rat GAPDH (GenBank™ accession number NM 017008) forward primer 5’GGGGGCTCTCTGCTCCTCCC- 3’ and reverse primer 5’CGGCCAAATCCGTTCACACCG-3’. Two microliter of RT reaction was used for Real-Time PCR. Quantitative values for EAAT1, EAAT2, NR1 and GAPDH mRNA transcription were obtained from the threshold cycle number, where the increase in the signal associated with an exponential growth of PCR products begins to be detected. Melting curves were generated at the end of every run to ensure product uniformity. The levels of target gene were normalized on the basis of GAPDH expression as an endogenous RNA control. ΔCt values of the samples were determined by subtracting the average Ct values of target genes mRNA from the average Ct value of the internal control GAPDH. ΔΔCt was determined by subtracting the average ΔCt values of group treated from the average ΔCt values of group control. As it is uncommon to use ΔΔCt as a relative data due to this logarithmic characteristic, the 2-ΔΔCt parameter 47 was used to express the relative expression data (Livak & Schmittgen, 2001). 2.6 Statistical analysis Phosphorylation and expression of GluR1, levels of EAAT1, EAAT2 and NR1 during different experimental model periods were compared using Student’s t-test. Data are presented as mean ± S.E.M.; p < 0.05 was considered to be statistically significant. 3. Results 3.1 Phosphorylation levels of AMPA receptor GluR1 subunit, in the hippocampus and cortex after Pilo-SE induction The evaluation of GluR1 subunit of AMPA receptor in the hippocampus showed a significant increase (p<0.05) in GluR1–Ser831 phosphorylation at 1h (14.46 ± 2.82%) and 12h (14.00 ± 3.78%) after SE onset in comparison to the control group (Figure 1B). The GluR1– Ser831 phosphorylation levels return to baseline in the latent and chronic periods. In contrast, the GluR1-Ser845 phosphorylation decreased (16.23 ± 5.94%, p<0.05) at 3h after SE onset, return to the baseline at 12h and 5 days, and decreased in the chronic period (17.74 ± 3.67% p<0.01) (Figure 1C). No significant changes were detected in the amount of total form of GluR1. In comparison to hippocampus, the profile of GluR1 subunit phosphorylation of AMPA receptor was differently modulated in the cortex after the Pilo-SE onset. The GluR1-Ser831 phosphorylation decreased (16.21 ± 6.75% p<0.05) 3h after Pilo-SE onset, returning to baseline in the other periods (Figure 1F). The GluR1-Ser845 phosphorylation increased significantly (63.32 ± 2.72% p<0.01) at 1h after Pilo-SE onset, returning to the controls levels between 3h and 5 days (Figure 1G). In the chronic period there was a decrease (17.74 ± 3.67%, p<0.05) of GluR1-Ser845 phosphorylation (Figure 1G). The total AMPA receptor GluR1 subunit level remain unchanged in the acute and chronic periods but showed a significant decrease (20.74 ± 4.04% p<0.01) in the latent period (Figure 1H). Figure 2 depicts the modulation profile of AMPA receptor GluR1 subunit phosphorylation and content in the hippocampus and cortex in different times after the Pilo-SE. 48 3.2 EAAT1, EAAT2 and NR1 mRNA expression in the hippocampus and cortex after Pilo-SE induction No significant changes were detected in the of EAAT1 mRNA expression (Figure 3A) in hippocampus after the Pilo-SE. However, when compared to the control group, the EAAT2 mRNA expression decreased 91% (Figure 3B) in the chronic period. In contrast, in the same period the NR1 subunit of NMDA receptor mRNA expression increased 5 times in comparison to the respective controls (Figure 4A). The evaluation of glutamate transporters (EAAT1, EAAT2) expression in the cortex showed a downregulation of both EAAT1 (60%) (Figure 3C) and EAAT2 (80%) mRNA (Figure 3D) in the latent period. Similarly, NR1 subunit of NMDA receptor mRNA decreased 80% (Figure 4B) in the same period. Figure 5 depicts the profile of mRNA expression of EAAT1, EAAT2 and NR1 subunit of NMDA receptor in hippocampus and cortex at different times after the Pilo-SE onset. Overall, it is interesting to highlight that in the chronic period occurred an increased expression of hippocampal NR1 subunit paralleled by a decreasing of the glutamate transporter EAAT2 (Fig 5A). 4. Discussion Our results shows a time and region dependent pattern of GluR1-Ser831 and Ser845 phosphorylation state of AMPA receptors as well NR1, EAAT1 and 2 mRNA expression at different periods of the pilocarpine model of MTLE-HS. The site GluR1-Ser845 had an increase in phosphorylation in the cortex 1 h after SE onset. This data agree with previous study by Bracey and colleagues (2009) which demonstrated an SE-dependent increase of PKA activity and phosphorylation of GluR1-Ser845 in the cortex 20, 40 and 70 min post-first discrete seizure (Bracey, et al. 2009). In this direction it has been shown that application of cAMP analogues increased neuronal excitability (Boulton, et al. 1993) and may induces kindling (Yokoyama, et al. 1989). Therefore, the increase of phosphorylation of the Ser845 on GluR1 subunit of the AMPA receptor in the cortex observed in our study may be due PKA activation. Differently, phosphorylation of GluR1-Ser831 in the cortex was not changed in the same period. However, it is well demonstrated that Ser831 is phosphorylated by PKC and CaMKII suggesting that although these enzymes are closely involved in the LTP (Sanderson & Dell’Acqua, 49 2011) in the hippocampus, they may not participate in the GluR1-Ser831 site phosphorylation in the cortex 1h after the Pilo-SE onset. Regarding the subsequent periods analyzed it was observed a decrease of both Ser831 at 3h and Ser845 at 50 days after the onset of seizures. The main information of these results is that the phosphorylation of the main sites (Ser831 and Ser845) on the GluR1 subunit of AMPA receptor, measured in the total cortex, are not sustained in the course of establishment of spontaneous seizures in the pilocarpine model. Moreover, it is apparent in the cortex a profile that include an initial increase of Ser845 phosphorylation, probably due to PKA activation, followed by a rapid return to basal level or a later decrease of phosphorylation. Another point relevant observed was a significant decrease of GluR1 total content in the latent period (five days after pilocarpine administration). Therefore, the lower availability of GluR1 subunit may contribute with this phenomenon observed in the course of pilocarpine model. Regarding the hippocampus it was found an increase in phosphorylation of Ser831 1h and 12h post-first seizure. These results suggest PKC and CaMKII activation in the hippocampus in response to pilocarpine, since this site is a well-known substrate for both kinases (Sanderson & Dell’Acqua, 2011). Differently, Ser845 phosphorylation level was not changed after 1h. This result agree with Bracey and colleagues (2009) that did not observe variations of both PKA activity and Ser845 phosphorylation in the hippocampus 10-70 min after postfirst discrete seizure induced by pilocarpine (Bracey, et al. 2009). Moreover, our data indicate that Ser845 phosphorylation can decrease at 3h and 50 days after pilocarpine induced SE. Therefore, the phosphorylation profile of GluR1 subunit of AMPA receptor in response to pilocarpine treatment is different in the hippocampus and cortex. In first 1h is possible to postulate an activation of PKA at cortex and PKC/CaMKII in the hippocampus. This aspect is probably specific for the pilocarpine model since Rakhade and colleagues (2008) demonstrated a significant increase of PKA, PKC and CaMKII activity as well as the phosphorylation of GluR1-Ser845 and GluR1-Ser831 at 1h after hypoxia-induced seizures in hippocampal slices (Rakhade, et al. 2008). Therefore, this evidence strengthens the idea that the increase in phosphorylation of site Ser845 in the cortex and Ser831 in the hippocampus are due to an activation of different sets of protein kinases forward to SE-induced in the epilepsy model used in our work. The functional implications for all these findings are complex. It is well known that postsynaptic AMPA-type glutamate receptors (AMPARs) mediate most fast excitatory synaptic transmission and are 50 crucial for many physiological aspects of brain function involving neuroplasticity, including learning, memory and cognition. The number, synaptic localization and subunit composition of synaptic AMPARs are tightly regulated by synaptic activity (Henley, et al. 2011). AMPAR channel activity may be increased during LTP through PKA phosphorylation of Ser845 that induces membrane insertion and increase channel-open probability. Moreover, phosphorylation of Ser831 by CaMKII/PKC induces a synaptic localization of the receptor and increase single-channel conductance (Esteban, et al. 2003; Lee, et al. 2003; Boehm, et al. 2006). Furthermore, it is interesting to note that NMDAR-induced LTD is triggered by prolonged but low-level Ca2+ elevations that promote protein phosphatase activation and subsequent GluR1 Ser845 dephosphorylation and decreased synaptic AMPAR activity and number (Lee, et al. 1998; Banke, et al. 2000). In the chronic period of the model we had dephosphorylation of GluR1-Ser845 in cortex and hippocampus, interestingly the reduction of phosphorylation occurs in periods when the animal present crises. This aspect is not addressed in the present study, however, it is important to note that different populations of neurons are present in the hippocampus and cortex. Therefore, one possibility is that the dephosphorylation might occur mainly in GABAergic neurons thus leaving the animal susceptive to seizures onset. Regarding the expression profile of NR1 subunit of NMDA receptor and the glial glutamate transporters (EAAT1 and EAAT2), it was observed a downregulation of mRNA expression of NR1 subunit of NMDA receptor in the cortex, in the latent period which the seizures are no longer detected. Curiously, a down regulation of glial glutamate transporters EAAT1 and EAAT2 mRNA was also found in this period. However, if we consider the paralleled decrease of both NR1 subunit of NMDA receptor and GluR1 subunit of AMPA receptor in the same period, it is possible suppose that in the latent period there is a weakening of cortical excitatory synapses due to downregulation of crucial glutamate receptors subunits. In the hippocampus EAAT2 mRNA expression decreased in the chronic period, when compared to control group, phase in which the animal present spontaneous seizures. Paralleled to this aspect, an upregulation (5 times) of NR1 subunit of NMDA receptor mRNA was also found in the chronic period. These results support the idea that the decrease in uptake of excitatory neurotransmitter glutamate from the synaptic cleft together with an increased expression of NR1 subunit of 51 NMDA receptor may contribute to seizures occurrence observed in the chronic period (Rakhade & Loeb, 2008). It is possible that a reduction in the glutamate reuptake due to lower EAATs expression observed in the hippocampus but not in the cortex could explain the differences in the hyperexcitability at the epileptogenic zone (hippocampus) in comparison to distant cortical regions. In fact, studies in rodent models suggest a causal effect of EAAT down-regulation in epileptogenesis (Rothstein, et al. 1996; Tanaka, et al. 1997; Septuky, et al. 2002). Consistently, blocking glutamate uptake leads to elevated extracellular glutamate levels and increased local network excitability, resulting in a decreased threshold for evoking epileptiform activity as well as spontaneous epileptiform discharges in rat neocortex (Campbell & Hablitz, 2004). Di Maio and colleagues (2011) also show that primary hippocampal neurons and animals treated with pilocarpine presented an upregulation in NMDA receptor subunit NR1 and NR2B (Di Maio, et al. 2011). In the present study we applied an approach in which relative small biochemical changes in the level of protein phosphorylation, protein content or mRNA were detected. However, the measurements were performed in the whole cortex and hippocampus and it was not characterized the sub-regions or cell type (like neurons or astrocytes) in which the changes occurred. In fact, although the subunit NR1 of NMDA and the phosphorylated sites of subunit GluR1 of AMPA are largely expressed in neurons, they may also be expressed in glial cells especially after insults (Gottlieb & Matute, 1997; Fan, et al. 1999; Seifert, et al. 2003). Concerning the glutamate transporters EAAT1 and 2 they are predominantly expressed by astrocytes (Lee & Pow, 2010), but neuronal death and astrogliosis may change their expression. Therefore, an approach like immunohistochemistry for sub-region and cell characterization, with reference to the proteins which the activity or expression profile was altered, will be required in future studies. Altogether, the present findings concerning the profile of expression and post-translational modification of synaptic signaling elements demonstrated that complex changes in the glutamatergic system, triggered by Pilo-SE, take place in hippocampus and neocortex. Comprehension of these modifications may help to understand the mechanisms of epileptogenesis and modulation of seizure threshold. 52 Aknowledgment: Work supported by Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Projeto CAPES/PROCAD, Fundação de Apoio à Pesquisa Cientifica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (FAPESC-PRONEX: Núcleo de Excelência em Neurociências Aplicadas de Santa Catarina NENASC). ‘We confirm that we have read the Journal’s position on issues involved in ethical publication and affirm that this report is consistent with those guidelines.’ 53 Figure 1. Western Blot analysis of phosphorylated GluR1 subunit in the hippocampus (A-D) and cortex (E-H) of rats submitted to the pilocarpine model of epilepsy. The panel (A) shows a representative blot of hippocampal immunoreactivity of phospho-GluR1–Ser831, phospho-GluR1–Ser845, totalGluR1 and β-actin (used as load control). The panels (B-D) show the hippocampal quantification of phospho-GluR1-Ser831 (B), phospho-GluR1Ser845 (C) and the total levels of GluR1 (D). The panel (E) shows a representative blot of cortical immunoreactivity of phospho-GluR1–Ser831, phospho-GluR1–Ser845, total-GluR1 and β-actin (used as load control). The panels (F-H) show the cortical quantification of phospho-GluR1-Ser831 (F), phospho-GluR1-Ser845 (G) and the total levels of GluR1 (H). The phosphorylation level of each site was determined by computer-assisted densitometry as a ratio of the O.D. of the phosphorylated band over the O.D. of the total band and the data are expressed as percentage of the control. The values are presented as mean ± S.E.M derived from 8 independent experiments. Abbreviations: (Ct) control group; (Ac) acute 1h, 3h, 12h SE group; (Lt) latent group; (Chr) chronic group. *p<0.05, **p<0.01. 54 Figure 2. The phosphorylation of AMPA receptor GluR1 subunit in the hippocampus (A) and cortex (B) of rats submitted to the pilocarpine model of epilepsy. Curves were drawn to fit the data points plotted in figure 2 (GluR1). Raw data for each graph (INTOD P/T) were normalized to the respective maximal value, expressed as activation level (y-axis) and reported in a time scale (x-axis). The panels (A) hippocampus and (B) cortex show: grey lines, GluR1-Ser831 phosphorylation; red lines, GluR1-Ser845 phosphorylation; orange lines, GluR1 immunocontent. Filled square are used to evidentiate the points statistically different from control (p<0.05). Abbreviations: (Ct) control group; (Ac) acute 1h, 3h, 12h SE group; (Lt) latent group; (Chr) chronic group. 55 Figure 3. Real-Time RT-PCR assay analysis of EAATs mRNA expression levels in the hippocampus (A-B) and cortex (C-D) of rats submitted to the pilocarpine model of epilepsy. The panels (A-B) show the hippocampal relative quantification of EAAT1 (A) and EAAT2 (B). The panels (C-D) show the cortical relative quantification of EAAT1 (A) and EAAT2 (B). All data represent a relative quantification to GAPDH expression level of each sample. The values are presented as mean ± S.E.M derived from 4 independent experiments. Abbreviations: (Ct) control group; (Ac) acute 1h, 3h, 12h SE group; (Lt) latent group; (Chr) chronic group. *p<0.05, **p<0.01. 56 Figure 4. Real-Time RT-PCR assay analysis of NR1 mRNA expression levels in the hippocampus (A) and cortex (B) of rats submitted to the pilocarpine model of epilepsy. The panel (A) shows the hippocampal relative quantification of NR1. The panel (B) shows the cortical relative quantification of NR1. All data represent a relative quantification to GAPDH expression level of each sample. The values are presented as mean ± S.E.M derived from 4 independent experiments. Abbreviations: (Ct) control group; (Ac) acute 1h, 3h, 12h SE group; (Lt) latent group; (Chr) chronic group. *p<0.05. 57 Figure 5. The EAATs and NR1 mRNA expression levels in the hippocampus (A) and cortex (B) of rats submitted to the pilocarpine model of epilepsy. Curves were drawn to fit the data points plotted in figure 3 (EAAT1/2), figure 4 (NR1). All data represent a relative quantification to GAPDH expression level of each sample, were normalized to the respective maximal value, expressed as expression level (y-axis) and reported in a time scale (x-axis). The panels (A) hippocampus and (B) cortex show: grey lines, EAAT1 expression; red lines, EAAT2 expression; orange lines, NR1 expression. Filled square are used to indicate the points statistically different from control (p<0.05). Abbreviations: (Ct) control group; (Ac) acute 1h, 3h, 12h SE group; (Lt) latent group; (Chr) chronic group. 58 References Babb TL. (1999) Synaptic reorganizations in human and rat hippocampal epilepsy. 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Brain Res 492:158162. 63 5.2 MANUSCRITO 2 Time-dependent modulation of mitogen activated protein kinases and AKT in rat hippocampus and cortex in the pilocarpine model of epilepsy Mark William Lopes1, Flávia Mahatma Schneider Soares2, Nelson de Mello2, Jean Costa Nunes2, Fabiano Mendes de Cordova1,3, Roger Walz2,4, Rodrigo Bainy Leal1 1 Departamento de Bioquímica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brazil 2 Centro de Neurociências Aplicadas (CeNAp), HU, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brazil 3 Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal do Tocantins, Araguaína, TO, Brazil. 4 Departamento de Clínica Médica, Hospital Universitário (HU), Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brazil Corresponding author: Rodrigo Bainy Leal Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências Biológicas Departamento de Bioquímica Campus Universitário Florianópolis, SC, Brazil - 88040-900 Telephone number: 55 48 37215045 Fax number: 55 48 37219672 E-mail: [email protected] 64 ABSTRACT The epileptogenesis may involve a variety of signaling events that culminate with synaptic reorganization. Mitogen-activated protein kinases (MAPKs) and AKT may be activated by diverse stimulus including neurotransmitter and growth factors and are involved in synaptic plasticity in the hippocampus and cerebral cortex. The pilocarpine model in rodents reproduces the main features of mesial temporal lobe epilepsy related to hippocampus sclerosis (MTLE-HS) in humans. We analyze the phosphorylation profile of MAPKs (ERK 1/2, p38MAPK, JNK1/2/3) and AKT by western blotting in the hippocampus (Hip) and cortex (Ctx) of male adult wistar rats in different periods, after pilocarpine induced status epilepticus (Pilo-SE) and compared with control animals. Biochemical analysis were done in the Hip and Ctx at 1h, 3h, 12h (acute period), 5 days (latent period) and 50 days (chronic period) after Pilo-SE onset. Hence, the main findings include increased phosphorylation of ERK1 and p38MAPK in the Hip and Ctx 1h and 12h after the Pilo-SE onset. The JNK2/3 isoform (54kDa) phosphorylation was decreased at 3h after the Pilo-SE onset and in the chronic period in the Hip and Ctx. The AKT phosphorylation increased only in the Hip during the latent period. Our findings demonstrate that in a time and structure dependent manner different sets of proteins kinases are modulated in response to pilocarpine. These signaling changes may be related to modifications in the intrinsic neuronal physiology and epileptogenic synaptic network that appears in the MTLE-HS. Key words: Epilepsy, Pilocarpine, Hippocampus, Cortex, MAPKs, AKT. 65 1. Introduction Epilepsies are one of the most common neurological conditions reaching about 50 million people worldwide [1]. Focal epilepsies are characterized by spontaneous recurrent seizures triggered by abnormal hyperescitable and hypersincronic electrical activity in limbic or cortical regions [2,3]. Temporal lobe epilepsy [4] is the most common form of focal epilepsy, affecting around 20% of all patients with epilepsy. Twenty to thirty percent of the epilepsies are medically intractable and mesial temporal lobe epilepsy related to hippocampal sclerosis (MTLEHS) is the most common form of surgically remediable epileptic syndrome [5]. Systemic administration of pilocarpine in rodents reproduces the main features of human MTLE-HS [4,6]. Pilocarpine induces limbic seizures that become secondarily generalized evolving to status epilepticus (Pilo-SE) that lasts several hours (acute period). The SE is followed by a latent ‘‘seizure-free” period and by a chronic period characterized by the presence of spontaneous recurrent seizures [6-8]. Hippocampal changes following SE include an increase in glutamate in the synaptic cleaft [9], cell loss, gliosis and mossy fiber sprouting [8]. Neurochemical changes such as imbalance between inhibitory (γaminobutyric acid; GABA) and excitatory (glutamate-mediated) neurotransmission (in favor of the latter) have been identified in brain tissue obtained from animal models and humans treated surgically for MTLE-HS. However, the cellular and molecular events in vivo that occur during epileptogenic process as well in the chronic period are still poorly understood [10,11]. Mitogen-activated protein kinases (MAPKs) are a group of serine-threonine kinases whose function and regulation have been conserved throughout evolution from unicellular organisms like yeast to complex organisms such as humans [12,13]. The MAPKs amplify and integrate signals originating from a variety of extracellular stimuli and may regulate cell differentiation, survival, cell death and synaptic potentiation [14]. In the hippocampus and cerebral cortex activation of MAPK pathway may occur in response to glutamate, through activation of N-methyl-D-aspartate (NMDA) and alpha-amino-3-hydroxy-5methyl-4-isoxazolepropionic acid (AMPA) receptors [15,16], growth factors and cytokines [14]. Moreover, activation of other kinases such as cAMP-dependent protein kinase (PKA) [17], Ca2+-calmodulindependent protein kinases II (CaMKII) [18], protein kinase C (PKC) [19] can also modulate MAPKs [20]. All these signaling systems are 66 involved in synaptic plasticity and changes may be associated with physiologic and pathologic processes including epileptogenesis [21]. The best known MAPKs include the extracellular signalregulated kinases 1 and 2 (ERK1/2), c-Jun amino-terminal kinases 1 to 3 (JNK1/2/3) and p38MAPK (α, β, γ and δ) [22]. These enzymes are serine/threonine kinases that become functional upon phosphorylation at both a threonine and a tyrosine residue by an upstream MAPK [23,24]. Previous studies have demonstrated increase in ERK and p38MAPK activity immediately following seizure induction in different animal models, including Pilo-SE [25-32]. However, there are no systematic studies demonstrating the profile of modulation for each MAPK considering the various phases of the pilocarpine model. The PI3K/AKT pathway is implicated in neuronal survival and neuroplasticity. Studies with selective inhibitors of PI3-kinase can cause death of cerebellar granule cells [33]. In addition, AKT can phosphorylate and activate proteins involved in cell survival [34]. Inhibition of pro-apoptotic mediators such as Bad, family members of transcription factors forkhead as FOXO and NFκB activation are examples of targets modulated by AKT. It is known that cell survival pathways may be also activated during Pilo-SE [35] and is possible that glutamate excitotoxicity [9,36,37] related to Pilo-SE might be counteracted by neuroprotective mechanisms that include AKT activation [38]. Epileptogenesis is a complex process that may involve synaptic reorganization and cell death. Since MAPKs and AKT are well known enzymes capable to regulate neuroplasticity and cell survival, the main aim of the present study was investigate the level and modulation of ERK1/2, p38MAPK, JNK1/2/3 and AKT in the hippocampus and cortex of rats at different periods in the pilocarpine model. 2. Materials and Methods 2.1 Chemicals HEPES, Triton X-100, SDS, acrylamide, bis-acrylamide, were obtained from GE Healthcare Life Science. Glycine, Tris, TEMED, β mercaptoethanol were obtained from Amresco Life Science. Bovine serum albumin (BSA) was from Inlab. Immobilon nitrocellulose and goat anti-rabbit IgG HRP (horseradish peroxidase) was from the Millipore. Ammonium persulfate (APS), rabbit anti-total-ERK1/2, antitotal-JNK1/2, anti-phospho-AKT, anti-phospho and anti-total-p38MAPK 67 were purchased from the Sigma Chemical Company. Rabbit antiphospho-ERK1/2, anti-phospho-JNK1/2/3, anti-total-AKT antibodies, LumiGLO reagent (luminol chemiluminescent substrate) were obtained from Cell Signaling Technology. Mouse anti-β actin as well goat antimouse IgG HRP conjugated antibodies were obtained from Santa Cruz Biotechnology. All other reagents were of analytical grade. 2.2 Animal procedures Adult male wistar rats (90 days old) from the Federal University of Santa Catarina (UFSC) breeding colony were maintained in groups of four per cage, room temperature between 22-25oC on a 12-h light/dark cycle with water and food available ad libitum. All experimental procedures were approved by the UFSC Ethics Committee of Animal Experiments. Pilo-SE induction was performed as described previously [6,8,39]. A subcutaneously administration of 1 mg/kg of scopolamine methylnitrate (Sigma Chemical, dissolved in saline 0.9%) 30 min before pilocarpine administration to reduce the peripheral cholinergic effects. Animals received a single intraperitoneal dose of pilocarpine (280 mg/kg, Sigma Chemical, dissolved in saline 0.9%), and most of them became hypoactive evolving to generalized convulsions and limbic SE usually 40-80 min after the injection. Two hours after the seizure onset animals received diazepam (5mg/kg) to decrease the mortality rate. Assisted feeding and hydration were carried out during the recovery period to improve general clinical state and to reduce mortality. In this model, after a silent period of 14 days (ranging from 4–44 days), all animals developed spontaneous seizures (2–15 per month), characterizing the chronic period. Pilocarpine were injected in 60 animals, the mortality rate was 25% (n = 15) and 5 animals (8 percent) did not evolve to SE. Only animals that evolve to SE (n = 40, 67 percent) were used in the biochemical analyses. Survivors animals were divided in five groups: a) acute groups which were euthanized 1 h (Group Acute 1h) after status epilepticus (SE) onset (n = 8); b) 3 h (Group Acute 3h) after SE onset (n = 8) and c) 12 h (Group Acute 12h) after SE onset (n = 8); d) latent group that were euthanized 5 days (Group Latent 5 days) after SE onset (n = 8), a period which the seizure were not observed; e) chronic group which the animals were euthanized 50 days (Group Chronic 50 days) after SE induction (n = 8). The animals from the latent group were behaviorally evaluated for 6 hours per day (8 a.m. to 2 p.m.) between days 3 to 5 and no clinically visible seizure were documented. The control animals 68 were sacrificed 1h, 3h, 12h, 5 and 50 days (n = 8 per group), after scopolamine, diazepam and saline injection except the animals from the Group Acute 1h and their respective controls who did not received diazepam. The experimental procedures are depicted in figure 1. Hippocampus and cortex dissected from different animals of control and experimental groups (n = 8 animals per group) for proteins analysis. The level of activation of MAPKs (ERK 1/2, p38MAPK, JNK 1/2/3) and AKT were analyzed by western blotting. 2.3 Western blot analysis For quantification of MAPKs and AKT activation Western blot analysis was performed as previously described by [40-42]. Animals were euthanized by decapitation, brains were excised from the skull and hippocampus and cortex were dissected (4°C) into “cutting solution” (sucrose 110 mM, NaCl 60 mM, KCl 3 mM, KH2PO4 1.25 mM, CaCl2 0.5 mM, Mg2SO4 7 mM, glucose 5 mM; HEPES 25 mM pH 7.4), and placed in liquid nitrogen and then stored at -80oC until use. Samples were prepared as previously described by Oliveira and colleagues (2008) [43]. Briefly, samples were mechanically homogenized in 400 µl of Tris 50 mM pH 7.0, EDTA 1 mM, NaF 100 mM, PMSF 0.1 mM, Na3VO4 2 mM, Triton X-100 1%, glycerol 10%, Sigma Protease Inhibitor Cocktail (P2714) and then incubated for 10 min in ice. Lysates were centrifuged (10,000 x g for 10 min, at 4oC) to eliminate cellular debris. The supernatants were diluted 1/1 (v/v) in Tris 100 mM pH 6.8, EDTA 4 mM, SDS 8% and boiled for 5 min. Thereafter, sample dilution (40% glicerol, 100 mM Tris, bromophenol blue, pH 6.8) in the ratio 25:100 (v/v) and β mercaptoethanol (final concentration 8%) were added on the samples. Protein content was estimated by the method described by Peterson (1977) [44]. The same amount of protein (70 µg per lane) for each sample was electrophoresed in 10% SDS–PAGE minigels and transferred to nitrocellulose membranes using a semidry blotting apparatus (1.2 mA/cm2; 1.5 h). To verify transfer efficiency process, gels were stained with Coomassie blue and membranes with Ponceau S. The membranes were blocked with 5% skim milk in TBS (Tris 10 mM, NaCl 150 mM, pH 7.5). MAPKs, AKT phosphorylated and total forms were detected after overnight incubation with specific antibodies diluted in TBS-T containing BSA 2% in the dilutions of 1:1000 (anti-phospho-JNK1/2/3, anti-phospho-p38MAPK, anti-phosphoAKT and anti-total-AKT), 1:2000 (anti-phospho-ERK1/2), 1:5000 (anti- 69 total-JNK1/2) 1:10000 (anti-total-p38MAPK) and 1:40000 (anti-totalERK1/2). Moreover, the membranes were incubated for 1h at room temperature with horse radish peroxidase (HRP)-conjugated anti-rabbit for detection of phosphorylated and total forms of each MAPK and AKT. The reactions developed by chemioluminescence substrate (LumiGLO). All blocking and incubation steps were followed by three times washing (5 min) with TBS-T (Tris 10 mM, NaCl 150 mM, Tween-20 0.1%, pH 7.5). All membranes were incubated with mouse anti-β-actin (1:2000) antibody to verify that equal amounts of proteins were loaded on the gel. The phosphorylation level of MAPKs and AKT were determined as a ratio of OD of phosphorylated band/OD of total band [42,45]. The bands were quantified using the Scion Image® software. The antibody against ERK1/2 detected two bands, one at approximately 44 kDa and the second at approximately 42 kDa, corresponding respectively to the two ERK isoforms, ERK1 and ERK2. Anti-p38MAPK detected a single band of approximately 38 kDa, anti-JNK 1/2/3 detected two bands, one at approximately 54 kDa and the second at approximately 46 kDa, corresponding respectively to the three JNK isoforms, JNK2/3 and JNK1, anti-AKT detected a single band of approximately 60 kDa. The anti-β-actin antibody detected a single band of approximately 45 kDa. 2.4 Statistical analysis Phosphorylation of MAPKs, AKT during different experimental model periods were compared using Student’s t-test. Data are presented as mean ± S.E.M.; p < 0.05 was considered to be statistically significant. 3. Results 3.1 Phosphorylation levels of MAPKs and AKT in the hippocampus after Pilo-SE induction The phosphorylation of ERK1 increased in acute period, 1h (17.29 ± 1.80%, p<0.01) and 12h (7.89 ± 1.64%, p<0.05) after SE onset (Figure 2B). The increased ERK1 phosphorylation disappears during latent and chronic periods. The ERK2 phosphorylation did not change in any of the analyzed periods (Figure 2C). The phosphorylation of p38MAPK increased only 1h after SE onset (10.54 ± 1.66%, p<0.05) (Figure 3B) and remained unchanged at 70 all other periods analyzed. The JNK2/3 (54 kDa) phosphorylation decrease 3h after SE onset (11.18 ± 3.53%, p<0.05) and in the chronic period (18.08 ± 7.09%, p<0.05) (Figure 4C). The phosphorylation of JNK1 (46 kDa) was not altered in any of the periods analyzed (Figure 4B). The Ser473 phosphorylation on AKT (activated form of AKT) increase in the latent period (13.64 ± 3.25%, p<0.05) (Figure 5B). 3.2 Phosphorylation levels of MAPKs and AKT in the cortex after Pilo-SE induction Regarding the modulation of ERK in the cortex it was observed a similar profile of activation than hippocampus. The ERK1 phosphorylation increased 1h (12.83 ± 2.14%, p<0.01) and 12h (8.60 ± 2.36%, p<0.01) after Pilo-SE onset (Figure 2E), while ERK2 phosphorylation increased (7.39 ± 2.41%, p<0.05) only in the acute period at 1h (Figure 2F). The phosphorylation profile of p38MAPK in the cortex was changed only in the acute period of pilocarpine model. The p38MAPK phosphorylation increased (25.61 ± 4.55%, p<0.01) 1h after the Pilo-SE onset (Figure 3D). Moreover, p38MAPK phosphorylation decreased (16.21 ± 6.75%, p<0.01) at 3h (Figure 3D), followed by an increase (14.23 ± 3.03%, p<0.05) at 12h (Figure 3D) after the Pilo-SE onset. The phosphorylation of JNK2/3 decreases in the cortex 3h (13.48 ± 3.17%, p<0.01) (Figure 4F), 5 days (13.00 ± 2.51%, p<0.01) (Figure 4F) and in the chronic period (17.70 ± 6.89%, p<0.05) (Figure 4F). The phosphorylation of JNK1 (Figure 4E) and AKT (Figure 5D) was not altered in any of analyzed periods. Figure 6 depicts the modulation profile of all analyzed proteins (MAPKs, AKT,) in the hippocampus and cortex in different times after the Pilo-SE. 4. Discussion Our results show for the first time a complete profile of MAPKs and AKT activation in different areas and phases of the pilocarpine model. MAPKs are a family of serine-threonine kinases that mediate intracellular signaling associated with a variety of cellular activities including cell proliferation, differentiation, cell survival and death and synaptic plasticity [14,46,47]. In the present study phosphorylation of ERK1 in the hippocampus and cortex increased in relation the control in 71 acute period, 1h and 12h post-first discrete seizure. These findings are consistent with the work of Garrido and colleagues (1998) [26] that show dynamic changes of ERK pathway following several types of seizure activity. Moreover, ERK is strongly activated in neurons following severe chemically-induced seizures [27]. The evaluation of ERK1/2 signaling pathway was of particular interest because of its role in several forms of synaptic and neuronal plasticity [24,48]. Phosphorylation of ERK and thus activation of the ERK cascade are essential for LTP, and it has been involved in several forms of hippocampal-dependent learning and memory and regulation of neuronal excitability [49,50]. Activity-dependent plasticity are likely to be involved in epilepsy and previous studies have demonstrated strong increases of ERK activation immediately following pilocarpine or kainate-induced status epilepticus [25-27], as well as seizures evoked by electroconvulsive shock [28,29], bicuculline [30], and perforant path stimulation [31]. Jiang and colleagues (2005) [32] observed that acute seizures lead to a rapid activation of ERK and p38MAPK in the hippocampal CA3 area, the brain region most susceptible to the lethal effects of epileptic status. Pretreatment with the ERK inhibitor PD98059 and the p38MAPK inhibitor SB203580 selectively reduces seizure elicited activation of ERK and p38MAPK, respectively, and significantly reduces priming seizure-induced protection of CA3 neurons. Our results show for the first time in literature that the phosphorylation of p38MAPK in the hippocampus and cortex increased in relation the control in acute period in the pilocarpine model suggesting that p38MAPK may be involved in the epileptogenesis. In accord with this possibility it was shown that inhibition of ERK and p38MAPK activation results in a significant reduction of seizure-induced neuronal degeneration in the rat hippocampus [51,52], suggesting that excessive phosphorylation of ERK and p38MAPK could lead to irreversible neuronal degeneration. Accumulated evidence has demonstrated that sustained epileptic status in both humans and animals produces marked neuronal degeneration in the hippocampus and several other regions [53-55], which prominently intensifies chronic seizures and results in adverse long-term behavioral and cognitive consequences [56]. Moreover, our results show for the first time that the phosphorylation of 54 kDa JNK isoforms (JNK2/3) decreased 3h postfirst discrete seizure and in the chronic period of the model. Notably, JNKs are a subfamily of MAP kinases mediators of apoptosis and neurodegeneration but also actively involved in neuroplasticity and 72 regeneration. Mammalian JNKs are encoded by three distinct genes (JNK1, JNK2, and JNK3), giving rise to at least 10 different splice variants (isoforms). All variants share an epitope that needs to be dually phosphorylated for JNK activation (phospho-JNK). In the hippocampus, JNK1 is mainly expressed as a 46 kDa band, while JNK2 is mainly expressed as a 54 kDa band. JNK3 is expressed as both isoforms: 46 and 54 kDa [57]. JNK isoforms exhibit various differences concerning the response to stimulus, specificity toward substrates and regulation by upstream kinases [57,58]. It is interesting to observe that JNK1 (46 kDa) was more active in the basal state. Conversely, in some insults, such as ischemia, the isoforms activated correspond to the 54 kDa band indicating JNK2 and/or JNK3 involved in this process [57,59,60]. Regarding the decrease in phosphorylation of JNK 2/3 at 3h could be associated with diazepam (5mg/kg) administration 2h after SE onset, fact that justify a maximum excitation in the periods of 1 to 2h [61]. However, this possibility is minimized because the same treatments were applied to the respective control groups used for comparison at different periods investigated in the model. Analysis of AKT phosphorylation shows that this enzyme was activated only in the hippocampus and in the latent period. Apparently, this process may be related to a response mechanism to seizure-induced cellular damage from acute period, in an attempt to diminish lesion. Similar results were found by Kim and colleagues (2002) [62] which AKT activation prevented excitotoxic cell death induced by kainic acid. Moreover, Henshall and colleagues (2002) [63] observed that inhibition of phosphatidylinositol 3-kinase, the upstream enzyme that activate AKT, exacerbated cortical apoptosis after seizures induced by kainic acid while uninjured cortex exhibited increased phosphorylation of AKT. Furthermore, Lee and colleagues (2006) [64] showed that administration of melatonin one hour before intracerebroventricular (ICV) injection of kainic acid is capable to decrease death of pyramidal neurons from region CA3 of the hippocampus, also via AKT activation. In the present study we applied an approach in which relative small biochemical changes in the level of protein phosphorylation and protein content were detected. However, the measurements were performed in the whole cortex and hippocampus and it was not characterized the sub-regions or cell type (like neurons or astrocytes) in which the changes occurred. The pathway of activation of MAPKs and AKT may occur in different cell types in the central nervous system (CNS) [65,66]. Therefore, an approach such as immunohistochemistry 73 for analyses of alterations of protein profile in specific sub-region and cell types will be required in future studies. Altogether it is possible to postulate that SE may trigger activation of distinct protein kinase signaling pathways that in turn may alter gene expression and produce long-lasting neuronal disturbance. Pilocarpine initially stimulates muscarinic cholinergic receptors, causing subsequent stimulation of glutamatergic pathways and the activation of AMPA and NMDA glutamate receptors, which might trigger the MAPK phosphorylation [30,67]. Data from our study showed a profile of a diversity of signaling pathways in response to pilocarpine. The main finds include increased phosphorylation of ERK and p38MAPK in acute period and AKT activation of latent period. The activation of ERK and p38MAPK could lead to irreversible neuronal degeneration and/or synaptic changes in acute period. The AKT signaling pathway could contribute on the establishment of cell survival mechanisms. Finally, activation of ERK, p38MAPK and AKT may be intimately involved with the onset of seizures leading to be possible therapeutic candidates for epilepsy treatment. Aknowledgment: Work supported by Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Projeto CAPES/PROCAD, Fundação de Apoio à Pesquisa Cientifica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (FAPESC-PRONEX), (Núcleo de Excelência em Neurociências Aplicadas de Santa Catarina NENASC). Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Conflict of Interest statement: The authors declare that they have no conflict of interest. 74 References 1. Sander JW (2003) The epidemiology of epilepsy revisited. Curr Opin Neurol 16 (2):165-170. 2. Dichter MA (1994) Emerging insights into mechanisms of epilepsy: implications for new antiepileptic drug development. Epilepsia 35 Suppl 4:S51-57 3. Duncan JS, Sander JW, Sisodiya SM, Walker MC (2006) Adult epilepsy. Lancet 367 (9516):1087-1100. 4. 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The animals were divided in various groups, comprising: a) acute groups which were euthanized 1h after status epilepticus (SE) onset; b) 3h after SE onset and c) 12h after SE onset; d) latent group that were euthanized 5 days after SE onset; e) chronic group which the animals were euthanized 50 days after SE induction. Control groups were composed by animals sacrificed 1h, 3h, 12h, 5 and 50 days (n = 12 per group), after saline injection. Abbreviations: (Pilo) pilocarpine, (I.P) intraperitoneal, (PN) post-natal. 82 Fig. 2. Western Blot analysis of phosphorylated ERK1/2 in the hippocampus (A-C) and cortex (D-F) of rats submitted to the pilocarpine model of epilepsy. The panel (A) shows a representative blot of hippocampal immunoreactivity of the phospho-ERK1/2, total-ERK1/2 and anti-β actin (used as load control). Hippocampal quantification of phospho-ERK1 (B) and phospho-ERK2 (C) are shown. The panel (D) shows a representative blot of cortical immunoreactivity of the phospho-ERK1/2, total-ERK1/2 and anti-β actin. Cortical quantification of phospho-ERK1 (E) and phospho-ERK2 (F) are shown. The phosphorylation level of each protein was determined by computer-assisted densitometry as a ratio of the O.D. of the phosphorylated band over the O.D. of the total band and the data are expressed as percentage of the control. The values are presented as mean ± S.E.M derived from 8 independent experiments. Abbreviations: (Ct) control group; (Ac) acute 1h, 3h, 12h SE group; (Lt) latent group; (Chr) chronic group. *p<0.05, **p<0.01. 83 Fig. 3. Western Blot analysis of phosphorylated p38 MAPK in the hippocampus (A-B) and cortex (C-D) of rats submitted to the pilocarpine model of epilepsy. The panel (A) shows a representative blot of hippocampal immunoreactivity of the phospho-p38MAPK, total-p38MAPK and anti-β actin (used as load control). The panel (B) shows the hippocampal quantification of phospho-p38MAPK. The panel (C) shows a representative blot of cortical immunoreactivity of the phosphop38MAPK, total-p38MAPK and anti-β actin. The panel (D) shows the cortical quantification of phospho-p38MAPK.The phosphorylation level of each protein was determined by computer-assisted densitometry as a ratio of the O.D. of the phosphorylated band over the O.D. of the total band and the data are expressed as percentage of the control. The values are presented as mean ± S.E.M derived from 8 independent experiments. Abbreviations: (Ct) control group; (Ac) acute 1h, 3h, 12h SE group; (Lt) latent group; (Chr) chronic group. *p<0.05, **p<0.01. 84 Fig. 4. Western Blot analysis of phosphorylated JNK1/2/3 in the hippocampus (A-C) and cortex (D-F) of rats submitted to the pilocarpine model of epilepsy. The panel (A) shows a representative blot of hippocampal immunoreactivity of the phospho-JNK1/2/3, total-JNK1/2/3 and anti-β actin (used as load control). Hippocampal quantification of phospho-JNK1 (B) and phospho-JNK2/3 (C) are shown. The panel (D) shows a representative blot of cortical immunoreactivity of the phospho-JNK1/2/3, total-JNK1/2/3 and anti-β actin. Cortical quantification of phospho-JNK1 (E) and phospho-JNK2/3 (F) are shown. The phosphorylation level of each protein was determined by computer-assisted densitometry as a ratio of the O.D. of the phosphorylated band over the O.D. of the total band and the data are expressed as percentage of the control. The values are presented as mean ± S.E.M derived from 8 independent experiments. Abbreviations: (Ct) control group; (Ac) acute 1h, 3h, 12h SE group; (Lt) latent group; (Chr) chronic group. *p<0.05, **p<0.01. 85 Fig. 5. Western Blot analysis of phosphorylated AKT in the hippocampus (A-B) and cortex (C-D) of rats submitted to the pilocarpine model of epilepsy. The panel (A) shows a representative blot of hippocampal immunoreactivity of the phospho-AKT, total-AKT and anti-β actin (used as load control). The panel (B) shows the hippocampal quantification of phospho-AKT. The panel (C) shows a representative blot of cortical immunoreactivity of the phospho-AKT, totalAKT and anti-β actin. The panel (D) shows the cortical quantification of phospho-AKT. The phosphorylation level of each protein was determined by computer-assisted densitometry as a ratio of the O.D. of the phosphorylated band over the O.D. of the total band and the data are expressed as percentage of the control. The values are presented as mean ± S.E.M derived from 8 independent experiments. Abbreviations: (Ct) control group; (Ac) acute 1h, 3h, 12h SE group; (Lt) latent group; (Chr) chronic group. *p<0.05. 86 Fig. 6. The activation of MAPKs, AKT in the hippocampus (A) and cortex (B) of rats submitted to the pilocarpine model of epilepsy. Curves were drawn to fit the data points plotted in figure 2 (p-ERK), figure 3 (p-p38MAPK), figure 4 (pJNK), figure 5 (p-AKT). Raw data for each graph (INTOD P/T) were normalized to the respective maximal value, expressed as activation level (yaxis) and reported in a time scale (x-axis). The panels (A) hippocampus and (B) cortex show: grey lines, ERK1 phosphorylation; red lines, p38 MAPK phosphorylation; orange lines, JNK2/3 phosphorylation; green lines, AKT phosphorylation. Filled square are used to evidentiate the points statistically different from control (p<0.05). Abbreviations: (Ct) control group; (Ac) acute 1h, 3h, 12h SE group; (Lt) latent group; (Chr) chronic group. 87 5.3 TABELAS ADICIONAIS As tabelas a seguir fazem uma representação de todos os resultados estatisticamente significativos para modulação da fosforilação da subunidade GluR1 de AMPA, MAPKs e AKT, além dos dados referentes a expressão relativa do mRNA de EAAT1, EAAT2 e NR1 no hipocampo e córtex de ratos submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina. 88 89 6 DISCUSSÃO Nossos resultados mostram pela primeira vez o perfil de fosforilação da subunidade GluR1 do receptor AMPA, MAPKs, AKT e a expressão dos níveis dos transportadores gliais de glutamato e subunidade NR1 do receptor NMDA em diversas fases do modelo da pilocarpina e focando duas regiões córtex e hipocampo. Os resultados mostraram que a fosforilação do sítio GluR1-Ser845 aumentou no córtex 1h após o início do status epilepticus (SE). Estes dados estão de acordo com o estudo anterior de Bracey e colaboradores (2009) que demonstraram um aumento SE-dependente da atividade de PKA e fosforilação de GluR1-Ser845 no córtex 20, 40 e 70 min após produção das crises convulsivas (Bracey et al., 2009). Além disso, diversos modelos animais sugerem um possível papel da PKA no desenvolvimento e manutenção de atividade convulsiva. Neste sentido, já foi demonstrado que a aplicação de análogos de AMPc aumentam a excitabilidade neuronal (Boulton et al., 1993) e pode induzir kindling (Yokoyama et al., 1989). Portanto, o aumento da fosforilação em Ser845 na subunidade GluR1 do receptor AMPA no córtex, observada em nosso estudo, pode ser devido a ativação da PKA. A fosforilação de GluR1Ser831 no córtex não foi alterada no mesmo período. No entanto, é bem demonstrado que Ser831 é fosforilada por PKC e/ou CaMKII, evento intimamente envolvido na LTP (Sanderson & Dell'Acqua, 2011). Quanto aos períodos subsequentes analisados observou-se uma diminuição na fosforilação de Ser831 em 3h e Ser845 50 dias após a primeira convulsão (período crônico). As principais informações desses resultados sugerem que a fosforilação dos sítios (Ser831 e Ser845) da subunidade GluR1 medidas no córtex total, não são sustentadas no curso da geração de crises espontâneas no modelo de pilocarpina. Além disso, é aparente no córtex um perfil que inclui um aumento inicial da fosforilação de Ser845, provavelmente devido à ativação de PKA, seguido por um rápido retorno ao nível basal ou uma diminuição de fosforilação. Outro ponto relevante observado foi a diminuição significativa no conteúdo total da proteína GluR1 no período latente (cinco dias após a administração de pilocarpina). Desta forma a menor disponibilidade da subunidade GluR1 poderia estar contribuindo com o fenômeno de aparente normalização comportamental encontrado neste período do modelo da pilocarpina. No hipocampo houve um aumento na fosforilação de GluR1-Ser831 1 e 12 h após a primeira convulsão. Estes resultados sugerem ativação de PKC e CaMKII no hipocampo em resposta a pilocarpina, uma vez 90 que este sítio é um substrato bem conhecido para ambas as cinases (Sanderson & Dell'Acqua, 2011). Diferentemente, o nível de fosforilação da Ser845 não foi alterado após 1h. Este resultado está de acordo com o estudo de Bracey e colaboradores (2009) que não observaram variações de ambas (ativação de PKA e aumento na fosforilação de Ser845) no hipocampo 10-70 min após a primeira crise convulsiva induzida por pilocarpina (Bracey et al., 2009). Além disso, nossos dados indicam que a fosforilação de Ser845 pode diminuir no período de 3h (período agudo) e 50 dias (período crônico) após SE pilocarpina-induzido. Portanto, o perfil de fosforilação da subunidade GluR1 do receptor AMPA em resposta ao tratamento com pilocarpina é diferente no hipocampo e córtex. No tempo de 1h é possível postular uma ativação de PKA no córtex e PKC/CaMKII no hipocampo. Este aspecto é provavelmente específico para o modelo de pilocarpina pois Rakhade e colaboradores (2008) já demonstraram um aumento significativo da atividade PKA, PKC e CaMKII, bem como aumento na fosforilação de GluR1-Ser831 e Ser845 em fatias de hipocampo 1h após crises convulsivas serem induzidas por hipóxia (Rakhade et al., 2008). Portanto, esta evidência reforça o conceito de que o aumento na fosforilação do sítio Ser845 no córtex e do sítio Ser831 no hipocampo ocorre devido a uma ativação de diferentes proteínas cinases frente ao SE induzido no modelo de epilepsia utilizado em nosso trabalho. As implicações funcionais de todas essas observações são complexas. Sabe-se que os receptores pós-sinápticos de glutamato do tipo AMPA (AMPARs) medeiam a transmissão sináptica excitatória rápida e são cruciais para muitos aspectos fisiológicos da função cerebral, envolvendo a neuroplasticidade incluindo aprendizagem, memória e cognição. O número, localização sináptica e composição do receptor AMPA são regulados pela atividade sináptica (Henle et al., 2011). A atividade do canal dos receptores AMPA pode ser aumentada durante a LTP através da fosforilação de Ser845 por PKA que induz a inserção na membrana e aumento da probabilidade de abertura do canal. Além disso, a fosforilação de Ser831 por CaMKII/PKC induz uma localização sináptica e pode aumentar a condutância do canal (Esteban et al., 2003, Lee et al., 2003, Boehm et al., 2006). É interessante notar que o fenômeno de LTD é induzido via receptores NMDA, entretanto dependente de uma pequena elevação nos níveis Ca2+ que promovem a ativação de proteínas fosfatases e subsequente desfosforilação dos sítios GluR1-Ser831 e Ser845 reduzindo o número e atividade dos receptores AMPA na sinapse (Lee et al., 1998, Banke et al., 2000). No período crônico do modelo encontramos desfosforilação de GluR1-Ser845 no 91 córtex e hipocampo, curiosamente a redução da fosforilação ocorre em períodos nos quais os animais apresentam crises. Considerando que diferentes populações de neurônios estão presentes no hipocampo e córtex, uma possibilidade a ser considerada é que a desfosforilação do sítio Ser845 possa estar ocorrendo principalmente em neurônios GABAérgicos, fazendo com que os mesmos estejam “down” regulados, contribuindo assim para uma maior susceptibilidade à crises epilépticas. O ácido y-aminobutírico (GABA) é um neurotransmissor muito abundante no SNC. Este neurotransmissor é fundamental em diversos processos cerebrais, estando envolvidos em processos como cognição, atividade motora e ciclo cicardiano. O desbalanço neste sistema neurotransmissor tem sido relacionado com diversas patologias e o processo epileptogênico (Olsen & Betz, 2006). Entretanto, esse aspecto não é abordado no presente estudo. Em relação à diminuição da fosforilação da subunidade GluR1 do receptor AMPA e outras proteínas, tais como a JNK 2/3 em 3h, poderia ser cogitado uma associação com a administração de diazepam (5mg/kg) 2h após o início do SE, o qual é administrado para conter em parte a excitação máxima dos períodos de 1 a 2h que provocam altas taxas de mortalidade no modelo animal (Curia et al., 2008). No entanto, esta possibilidade é descartada tendo em vista que os mesmos tratamentos foram aplicados aos respectivos grupos controles utilizados para a comparação entre os diferentes períodos investigados no modelo. As MAPKs fazem parte de uma família de serina-treonina cinases que medeiam a sinalização intracelular e estão associadas com uma variedade de atividades celulares incluindo proliferação, diferenciação, sobrevivência celular, morte celular e plasticidade sináptica (McCubrey et al., 2006, Dhillon et al., 2007, Kim & Choi, 2010). Nossos resultados mostram que a fosforilação de ERK1 no hipocampo e no córtex aumentou em relação ao controle no período agudo, 1 e 12h após a primeira crise convulsiva discreta. Estes achados são consistentes com o trabalho de Garrido e colaboradores (1998) que mostram mudanças dinâmicas na ativação de ERK seguida da atividade convulsiva (Garrido et al., 1998). Além disso, ERK é fortemente ativada em neurônios que tiveram crises convulsivas induzidas quimicamente (Berkeley et al., 2002). A avaliação da via de sinalização ERK1/2 foi de particular interesse devido ao seu papel em várias formas de neuroplasticidade (Sweatt 2004, Thomas & Huganir, 2004). A ativação da cascata que culmina com a fosforilação e ativação de ERKs são essenciais para a ocorrência de LTP e está envolvida em várias formas de aprendizado, memória e regulação da excitabilidade neuronal hipocampo-dependente 92 (Dudek & Campos, 2001, Selcher et al., 2003). Estudos anteriores demonstraram significativo aumento da fosforilação de ERK imediatamente após o estado de mal epiléptico induzido pela pilocarpina ou cainato (Kim et al., 1994, Garrido et al., 1998, Berkeley et al., 2002) bem como nas crises convulsivas provocadas por choque eletroconvulsivo (Baraban et al., 1993, Bhat et al., 1998) e estimulação da via perforante (Brisman et al., 2002). Jiang e colaboradores (2005) observaram que as crises agudas podem levar a uma rápida ativação de ERK e p38MAPK na área CA3 do hipocampo, região do cérebro mais suscetível aos efeitos letais do status epilepticus. O pré-tratamento com os inibidores seletivos de ERK (PD98059) e p38MAPK (SB203580) reduzem a ativação dessas enzimas e dessa forma as previnem crises convulsivas (Jiang et al., 2005). Nossos resultados mostram, pela primeira vez na literatura que a fosforilação de p38MAPK aumentou no hipocampo e córtex em relação ao grupo controle no período agudo do modelo da pilocarpina, sugerindo que p38MAPK poderia estar modulando algumas das alterações de excitabilidade e/ou morte neuronal obsevadas no modelo da pilocarpina. De acordo com esta possibilidade, já foi demonstrado que a inibição de ERK e p38MAPK resulta em uma redução significativa da degeneração neuronal induzida por convulsões no hipocampo de ratos (Murray et al., 1998, Kim et al., 2004) sugerindo que a fosforilação excessiva de ERK e p38MAPK podem levar a danos celulares. Evidências acumuladas também demonstram que o estado epiléptico sustentado em humanos e animais produzem degeneração neuronal no hipocampo e várias outras regiões (Lothman & Bertram, 1993, Hopkins et al., 2000), que se intensifica nas crises convulsivas crônicas e os resultados adversos a longo prazo podem provocar prejuízos comportamentais e cognitivas (Sutula et al., 2003). Além disso, nossos resultados mostram pela primeira vez na literatura que a fosforilação das isoformas de JNK de 54kDa (JNK2/3) diminuíram 3h após inserção do SE e na fase crônica do modelo (50 dias). A diminuição de fosforilação da JNK2/3 ocorreu no mesmo período em que houve queda de fosforilação dos sítios Ser831 e Ser845 da subunidade GluR1 do AMPA. Recentemente, foi mostrado uma possível modulação da fosforilação da subunidade GluR1 por JNKs (Ahn & Choe, 2009). No entanto, em nosso modelo o estímulo de Ser831 e Ser845 (1h) não foi acompanhado pela ativação JNK2/3. As diferentes isoformas de JNKs fazem parte de uma subfamília de MAP cinases mediadoras de processos como apoptose e neurodegeneração, mas também estão ativamente envolvidas na neuroplasticidade e regeneração. JNKs em mamíferos são codificadas por três genes 93 distintos (JNK1, JNK2 e JNK3), dando origem a cerca de 10 variantes diferentes (isoformas). Todas as isoformas compartilham um epítopo que precisa ser duplamente fosforilado para que ocorra a ativação de JNK (fosfo-JNK). No hipocampo de ratos, JNK1 é expressa principalmente como uma banda de 46kDa, enquanto JNK2 é principalmente expressa como uma banda de 54kDa. JNK3 é expressa como bandas de 46 e 54kDa. As isoformas de JNK apresentam diferentes respostas frente ao estímulo, especificidade para substratos e regulação pelas cinases “upstream” (Brecht et al., 2005, Zhao & Herdegen 2009). É interessante observar que JNK1 (46kDa) geralmente é mais ativa no estado basal. Por outro lado, em alguns insultos, como isquemia, as isoformas ativadas correspondem à faixa de 54kDa, indicando JNK2 e/ou JNK3 envolvidas neste processo (Brecht et al., 2005, Waetzig et al., 2006, Russi et al., 2012). A análise da fosforilação de AKT mostra que esta enzima foi ativada apenas no hipocampo e no período latente. Aparentemente, este processo pode estar relacionado a um mecanismo de resposta aos danos celulares induzidos pelo processo convulsivo no período agudo, sendo assim uma tentativa de diminuir a intensidade da lesão. Resultados semelhantes foram encontrados por Kim e colaboradores (2002) que mostram que a ativação de AKT impediu a morte celular induzida por ácido caínico (Kim et al., 2002). Além disso, Henshall e colaboradores (2002) observaram que a administração de um inibidor de PI3K (LY294002), exacerba a apoptose cortical após convulsões induzidas por ácido caínico (Henshall et al., 2002). Lee e colaboradores (2006) mostraram que a administração de melatonina uma hora antes da injeção intracerebroventricular (ICV) de ácido caínico é capaz de diminuir a morte de neurônios piramidais na região CA3 do hipocampo, também via ativação de AKT (Lee et al., 2006). Em relação ao perfil de expressão da subunidade NR1 do receptor NMDA e os transportadores gliais de glutamato (EAAT1 e EAAT2), observou-se uma queda na expressão do mRNA da subunidade NR1 no córtex, no período latente (ausência de crises convulsivas). Curiosamente, encontramos também uma queda na expressão do mRNA dos transportadores gliais de glutamato EAAT1 e EAAT2 neste período. No entanto, se considerarmos a diminuição paralela da subunidade GluR1 do receptor AMPA no mesmo período, é possível supor que, no período latente esteja ocorrendo um enfraquecimento de sinapses corticais excitatórias, devido à baixa regulação das subunidades dos receptores glutamatérgicos. 94 No hipocampo a expressão do mRNA de EAAT2 diminuiu no período crônico, quando comparado com o grupo controle (período em que o animal apresenta crises espontâneas recorrentes). Paralelamente ocorreu nesse mesmo período, um aumento (“upregulation”) de cerca de 5 vezes do mRNA da subunidade NR1 do receptor NMDA. Estes resultados suportam a ideia de que a diminuição da recaptação do neurotransmissor excitatório glutamato da fenda sináptica, juntamente com um aumento da expressão da subunidade NR1 possam estar contribuindo para o aparecimento das crises convulsivas encontradas no período crônico (Rakhade & Loeb, 2008). A redução da recaptação de glutamato pelos EAATs poderia explicar hiperexcitabilidade em focos epilépticos. De fato, estudos em modelos animais sugerem um efeito causal da downregulation de EAATs na epileptogênese (Rothstein et al., 1996, Tanaka et al., 1997, Sepkuty et al., 2002). Consistentemente, bloqueando a captação de glutamato teremos elevados níveis de glutamato extracelular e aumento da excitabilidade da rede local, resultando em um limiar que pode evocar em atividade epileptiforme espontânea (Campbell & Hablitz 2004). Di Maio e colaboradores (2011) também mostraram que os neurônios hipocampais de animais tratados com pilocarpina apresentam uma upregulation das subunidades NR1 e NR2B do receptor NMDA (Di Maio et al., 2011). Dessa forma, é importante destacar que os resultados obtidos no nosso estudo utilizando animais tratados com pilocarpina pode proporcionar uma melhor compreensão do curso de respostas moleculares e celulares durante a epileptogênese e identificar potenciais alvos terapêuticos para prevenir o desenvolvimento da epilepsia crônica. No presente estudo, aplicamos uma abordagem na qual pudessem ser detectados alterações bioquímicas sutis, como o nível de fosforilação, conteúdo total de proteínas e expressão de mRNA. No entanto, as análises realizadas no hipocampo e córtex total não caracterizam as sub-regiões ou tipos celulares (neurônios ou astrócitos) em que as variações neuroquímicas ocorreram. Embora a subunidade NR1 de NMDA e GluR1 de AMPA sejam amplamente expressos em neurônios, elas também podem ser expressas em células gliais, especialmente após insultos (Gottlieb & Matute, 1997, Fan et al., 1999, Seifert et al., 2003). A via das MAPKs bem como ativação de AKT também podem ocorrer em diferentes regiões e tipos celulares no SNC (Neary et al., 2004, Kaminska et al., 2009). No que tange os transportadores de glutamato EAAT1 e 2 estes são predominantemente expressos em astrócitos, porém a morte neuronal e astrogliose podem mudar a sua expressão. Portanto, uma abordagem como a 95 imunoistoquímica para a caracterização de sub-regiões e tipo celular com referência a ativação de enzimas ou perfil de expressão de proteínas, será necessária em estudos futuros. Por fim é possível postular um quadro geral em que a ativação do sistema glutamatérgico durante o SE poderia desencadear a ativação de proteína cinases de distintas vias de sinalização, alterando a expressão gênica e produzindo distúrbios neuronais de longo prazo após as crises convulsivas (Bading & Greenberg, 1991, Gass, Kiessling, Bading 1993). A compreensão destas modificações pode ajudar a compreender os mecanismos que envolvem a epileptogênese. 7 CONCLUSÕES Os dados do nosso estudo mostraram um perfil de diversidade de vias de sinalização em resposta a pilocarpina. Os achados principais incluem: - Aumento da fosforilação dos sítios Ser831 e Ser845 da subunidade GluR1 do receptor AMPA no hipocampo e córtex, respectivamente após Pilo-SE. Este aumento pode estar relacionado à ativação de cinases, como PKA, PKC e CaMKII no status epilepticus, que pode conduzir a um aumento do receptor AMPA e da excitabilidade neuronal, potencialmente desempenhando um papel na manutenção da atividade convulsiva. - Ativação de ERK e p38MAPK no hipocampo e córtex no período agudo, fato que pode estar relacionado à degeneração neuronal irreversível encontrada neste período, bem como seu envolvimento nos mecanismos de plasticidade sináptica. - Ativação de AKT no hipocampo no período latente, que pode estar relacionada a um mecanismo de resposta aos danos celulares induzidos pelo processo convulsivo no período agudo, sendo assim uma tentativa de diminuir a intensidade da lesão. - Downregulation dos transportadores gliais de glutamato e upregulation da subunidade NR1 do receptor NMDA que parecem estar intimamente envolvidos com o aparecimento de crises convulsivas durante o período crônico, pois contribuem para a manutenção dos altos níveis de glutamato e hiperexcitabilidade. Esse achado sugere esse sistema como possível alvo terapêutico para o tratamento da epilepsia. 96 8 PERSPECTIVAS - Avaliar a ativação das enzimas PKA, PKC e CaMKII no hipocampo e córtex dos animais submetidos no modelo da pilocarpina, fazendo correlação com os resultados de modulação da fosforilação da subunidade GluR1 do receptor AMPA. - Determinar o conteúdo total e o nível de fosforilação dos sítios Ser897, Ser1303 das subunidades NR1 e NR2B do receptor NMDA no hipocampo e córtex dos animais submetidos no modelo da pilocarpina nos diferentes períodos. - Determinar o conteúdo total (protéico) dos transportadores EAAT1 e EAAT2 no hipocampo e córtex dos animais submetidos no modelo da pilocarpina nos diferentes períodos. - Avaliar a atividade de enzimas fosfatases como: proteína fosfatase 1 (PP1) e calcineurina (PP2B) no hipocampo e córtex dos animais submetidos no modelo da pilocarpina nos diferentes períodos. - Determinar o conteúdo total das subunidades do receptor GABA no hipocampo e córtex dos animais submetidos no modelo da pilocarpina nos diferentes períodos. - Aplicar técnicas de imunoistoquímica para determinar as sub-regiões e tipos celulares relativos as alterações neuroquímicas (modulação de MAPKs, do receptores glutamatérgicos e transportadores de Glutamato). 97 9 REFERÊNCIAS Ahn S.M., Choe E.S. 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