Reconhecimento Extensionista - Emater
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Reconhecimento Extensionista - Emater
Prêmio Reconhecimento E x t e n s i on i s t a Instituto Emater Dezembro, 2015 DIRETOR PRESIDENTE Rubens Ernesto Niederheitmann DIRETOR TÉCNICO Paulo Cesar Hidalgo DIRETOR ADMINISTRATIVO Richard Golba ASSESSOR DE GABINETE Jose Geraldo Alves Comissão Estadual organizadadora do Prêmio Reconhecimento Extensionista - Portaria – Nº 28/2015 Paulo Cesar Hidalgo – Presidente da Comissão Valmor José Correa – Coordenador Geral Ademar Jorge Dressler Edna Batistella Lopes Diniz Dias D’Oliveira Maria Aparecida Gebran Sergio Augusto Guarienti Exemplares desta publicação podem ser adquiridos: Instituto Paranaense de assistência Técnica e Extensão Rural EMATER SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente. Rua da Bandeira – 500 – Bairro Cabral Fones:pabx – (41) – 3250-2100 SAC (41) 32502166 Home page: http://www.emater.pr.gov.br E-mail: [email protected] Capa: Foto do troféu em formato de pinhão, esculpido individual para cada vencedor Impressão: Gráfica Instituto Emater Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida desde que citada a fonte: EMATER- PR. Reconhecimento Extensionista Gestão para Resultados Este Prêmio Extensionista é concedido àqueles (as) que tenham se destacado pela realização de trabalho que signifique efetiva e marcante contribuição para o desenvolvimento sustentável do meio rural paranaense. Também se incluem trabalhos ligados à gestão de pessoas, modernização de procedimentos administrativos, bem-estar e segurança dos funcionários. Foram definidas quatro categorias para enquadramento dos trabalhos, a saber: I Utilização de políticas públicas no desenvolvimento social e econômico das famílias do meio rural. II Dinamização das economias locais e aumento da produção de alimentos seguros. III Inovação em metodologia de extensão rural. IV Inovação em processos internos. Em sua primeira edição foram inscritos treze trabalhos, dos quais onze chegaram à etapa final. Esta publicação contém os trabalhos finalistas das quatro categorias. Rubens Ernesto Niederheitmann Diretor Presidente 1 2 Trabalhos finalistas 1. UNIÃO, ESFORÇO, SUPERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE AREIA BRANCA Autora: Jussara Ines Dresch ........................................................................................5 2. VIDA NA HORTA Autora: Denise Lutgens Rizzo ..................................................................................19 3. PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DA BOVINOCULTURA DE LEITE DO NORTE PIONEIRO DO PARANÁ Autores: Sidney Barros Monteiro e Maurício castro Alves ..................................35 4. AGRICULTURA DE PRECISÃO APLICADA A AGRICULTURA FAMILIAR: O MODELO ADOTADO EM TUPÃSSI-PR Autores: Ênio Antônio Bragagnolo e Antônio Mariussi.......................................71 5. PROJETO DE ATER EM BOVINOCULTURA DE LEITE – NOVA PRATA DO IGUAÇU / PR Autor: Rafael Flavio Dias Cavallieri ........................................................................83 6. DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL NA PRODUÇÃO DE LARANJA DE MESA EM PEQUENAS PROPRIEDADES Autores: Ciro Daniel Marcolini, Manuel Pessoa de Lira e Maurílio Soares Gomes ...........................................................................................103 7. PROJETO MULHERES DO CAFÉ Autoras: Cíntia Mara Lopes De Souza e Luciana Soares De Morais .................121 8. IMPLEMENTAR AS PRIORIDADES ELEITAS NO PLANO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DE SABÁUDIA Autores: Ivania Maria Gianello Gnoato Moreli e Luiz Marcelo Franzin ..............................................................................................143 9. MONITORAMENTO E CONTROLE DA SALINIDADE DO CULTIVO DE TOMATE, EM AMBIENTE PROTEGIDO (ESTUFA) Autores: Pablo Luis Sanchez Rodriguez e Flavio Jedneralski.............................163 10. PROCESSO DE QUALIFICAÇÃO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO INSTITUTO EMATER - REGIÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO Autores: Valdimir De Jesus Passos e Wander Adriano Maluf Miranda...........189 11. PADRONIZANDO PROCESSOS E AMPLIANDO ATENDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA REGIÃO DE IVAIPORà Autora: Roseli Maria Hamad Romanichen Otto .................................................209 4 Assistente Social - Jussara Inês Dresch UNIÃO, ESFORÇO, SUPERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE AREIA BRANCA Através da implantação de uma Agroindústria Multifuncional a comunidade tem intensificado a produção, optando pela diversificação com o propósito de deixar de apenas comercializar alimentos “in natura” para também oferecer alimentos processados. Possibilitando aos participantes do projeto cozinha comunitária um incremento de renda. Bocaiuva do Sul – PR – Território Vale da Ribeira 2015 5 6 1 UTILIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO DAS FAMILIAS DO MEIO RURAL “Contribuir para a formulação e execução de políticas públicas” e “Propiciar acesso às políticas públicas e promoção à cidadania”, do Projeto EMATER do Futuro. Projeto: UNIÃO, ESFORÇO, SUPERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE AREIA BRANCA Autora: JUSSARA INES DRESCH Bocaiúva do Sul – Território do Vale do Ribeira – PR 7 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO Local: Comunidade Quilombola de Areia Branca – Bocaiúva do Sul - PR Início do trabalho: Março/2010 Conclusão: (Em andamento) 8 DESCRIÇÃO DA REALIDADE: A Comunidade de remanescentes de Quilombos de Areia Branca faz parte do Território da Cidadania do Vale do Ribeira. Situada a 200 km da sede do município de Bocaiúva do Sul, é um local de difícil acesso, e com pouca infraestrutura e grande invisibilidade social. Por ocasião das chuvas, muitas vezes os moradores ficam isolados, perdendo sua produção, devido à falta de escoamento, pois há dificuldade de acesso à grandes centros, uma vez que não há estradas interna da sede do município até a comunidade, sendo possível chegar até a mesma somente pela BR116, através do município paulista de Barra do Turvo, dificultando ainda mais. A comunidade é composta por 22 famílias de agricultores familiares que vivem quase que exclusivamente da agricultura familiar no sistema de mutirão e agrofloresta, fazendo parte da Associação dos Remanescentes de Quilombos de Areia Branca, certificada desde 2006 pelo Instituto União dos Palmares. Devido à falta de atendimento pelo município do qual fazem parte, a mesma era assistida com as políticas sociais básicas por de Barra do Turvo – SP, o que fazia com que eles não se sentissem integrados ao estado do Paraná e ao município ao qual pertencem. A citada comunidade é integrante da reserva remanescente de mata atlântica e convivem com o Parque das Lauráceas e a floresta de forma harmônica, sem agredi-la ou desmatá-la, contribuindo com a sua preservação. Mas ao mesmo tempo, devido às leis de preservação ambiental, sentem a dificuldade de acessibilidade ao desenvolvimento, as quais não permitem a chegada de estradas, energia e comunicação. A produção, exclusivamente orgânica, é certificada pela Rede Ecovida, e comercializada em feiras Orgânicas e programas governamentais como o PAA – Programa de Aquisição de Alimentos, PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar e através da Cooperativa Cooperafloresta, que somente trabalha com alimentos ecologicamente e organicamente produzidos no sistema agroflorestal. 9 PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS: Diagnóstico Rural Participativo, cadastramento das famílias, visitas domiciliares, reuniões mensais, cursos, oficinas, palestra, excursões e acesso às políticas púbicas. DESCRIÇÃO DOS PASSOS DADOS: Iniciou-se o atendimento na comunidade em 2010 com a realização de um DRP – Diagnóstico rural participativo, onde foram detectados os seguintes problemas: Acesso precário (Falta de estradas e pontes) Falta de atendimento institucional (Assistência técnica, social, saúde e educação); Inexistência de energia elétrica; Comunicação precária; Dificuldade no escoamento e comercialização da produção. A partir do diagnóstico chegou-se a conclusão que um dos principais problemas da comunidade era a perda da produção por conta da distância e precariedade das estradas, principalmente por ocasião das chuvas. Identificou-se então, que uma cozinha comunitária seria considerada a melhor alternativa, pois além proporcionar geração de emprego e renda através da oportunidade de aproveitamento da potencialidade da região e de sua capacidade produtiva, resolveria um dos principais problemas que era a perda da produção devido a dificuldade de escoamento, bem como pelo excesso de produção em determinados meses do ano. Há algum tempo a citada comunidade começou a buscar novas alternativas de renda e autossuficiência, pois dependem exclusivamente da agricultura para garantirem uma vida digna para si e sua família. Por este motivo e contando com o projeto da cozinha comunitária, atualmente a comunidade tem intensificado a produção, optando pela diversificação com o propósito de deixar de apenas comercializar alimentos “in natura” para também oferecer alimentos processados, criando-se as condições para a implementação de 10 uma pequena agroindústria familiar, entre outras, deixando de ser dependentes e se tornando autossuficientes. Vislumbra-se com esta iniciativa, um excelente mercado consumidor potencial, para ser facilmente conquistado, a partir da produção dos produtos ecológicos e orgânicos, produzidos com qualidade e certificação. OBJETIVO GERAL: .Implantar na Comunidade de Areia Branca uma Agroindústria Multifuncional. OBJETÍVOS ESPECÍFICOS: 1. Possibilitar às 22 famílias participantes do projeto, um incremento de renda, através do aproveitamento do excedente da produção; 2. Disponibilizar um espaço adequado para fabricação de pães, doces, bolachas, conservas e geleias com vistas à venda para o PNAE, PAA, feiras e mercados. 3. Inserir a comunidade nas políticas públicas, visando à melhoria de vida, integração com o município e o estado. 4. Oportunizar a promoção da cidadania e o desenvolvimento sustentável com a preservação e valorização da cultura local. CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS Pautados nos eixos de segurança alimentar, nutricional, geração e apropriação de renda, fortalecimento do capital humano e infraestrutura, concluímos que junto ao projeto da cozinha, poderíamos trabalhar a parte social, o resgate da cultura local, e a aproximação das famílias aos benefícios das políticas publicas. ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO FUTURO”: AÇÕES DESENVOLVIDAS 1. PROJETO AGROINDÚSTRA MULTIFUNCIONAL Para a viabilização do objetivo, foi elaborado um projeto com apoio do Instituto Emater, o qual foi patrocinado pela Petrobrás através do Contrato de nº. 6000.0083277.13.2 em julho de 2013, no valor de 100.444,00 (Cem mil, quatrocentos e quarenta e quatro reais), para a construção e equipagem de uma cozinha comunitária. 11 Cozinha Comunitária: O Projeto da cozinha comunitária foi escolhido no Rio de Janeiro, para fazer parte do Programa Petrobrás Desenvolvimento e Cidadania a qual está em fase de acabamento. Construída em sistema de mutirão, dentro das normas da vigilância sanitária e leis vigentes. A Construção foi acompanhada e supervisionada por técnicos do Emater e aprovada pelos gestores da Petrobras através de visita e relatórios. Por ser área de preservação ambiental, para tratamento de dejetos gerados pela cozinha, foi projetado e instalado um sistema de tratamento por raízes com a orientação e supervisão de técnicos do Instituto Emater. 12 A cozinha está totalmente equipada para produção, conservação e beneficiamentos dos produtos locais, dependendo apenas de rotulagem o que esta sendo providenciada pela associação com assessoria de técnicos do EMATER. Para um melhor aproveitamento, estão sendo ministrados cursos de empreendedorismo, boas práticas, panifícios, geléias, doces entre outros. 2. ACESSO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS 2.1 - Documentação Organizado mutirão em parceria com o CRAS para informações e emissões de documentos como: RG, CPF, DAP, carteira de trabalho, aposentadorias, auxilio maternidade, bolsa família entre outros. 2.2. Saúde: Firmado parceria entre as Secretaria Municipal de Saúde de Bocaiuva do Sul e Barra do Turvo-SP, e a partir de 2013 a comunidade passou a ser atendida mensalmente por um ônibus da Saúde com enfermeiras, médicos e dentistas, que fazem o trabalho de prevenção, consultas, distribuição de remédios de uso contínuo e exames, sendo os exames e os casos mais graves encaminhados ao 13 hospital conveniado , Angelina Caron em Campina Grande do Sul – Pr. 2.3. Habitação: Efetuadas visitas, palestras e cadastramento por técnicos da COHAPAR– Companhia de Habitação do Paraná, e Emater, para construção de 12 casas do PNHR – Programa Nacional de Habitação Rural . (aguardando liberação). 2.4. Segurança alimentar: Foram proferidas várias palestras e cursos sobre agroecologia, alimentação segura e sustentável, produção de alimentos para melhoria da alimentação, bem como a produção na agroindústria multifuncional , para a comercialização. A partir de 2012 foi firmado parceria com a Prefeitura de Bocaiuva do Sul, a qual que viabilizou a ida mensal de veículo com produtos do Armazém da Família, o que permitiu uma melhoria na qualidade de vida da comunidade, e economia de até 40% nos gastos mensais na aquisição de produtos da cesta básica, permitindo que os mesmos passem a adquirir mais gastando menos. 14 2.5. Infraestrutura: Através de parcerias com as prefeituras dos dois municípios, houve uma melhoria nas estradas de acesso com alargamento, ensaibramento construção de bueiros, colocação de manilhas e reforma da ponte pêncil, que liga a comunidade ao município de Barra do Turvo – SP. Quanto à estrada interna que liga a comunidade à sede do município de Bocaiúva do Sul, foi realizada uma vistoria pelo Departamento de Estradas de Rodagens - DER, solicitada pela Prefeitura Municipal e EMATER em conjunto com o Ministério Público do Estado do Paraná (CAOPJDC) para abertura de trecho de 5 km de estrada que dará acesso à Comunidade pelo Estado do Paraná, mas devido aos trâmites burocráticos, ainda encontra-se em estudos para liberação junto aos órgãos competentes. 15 2.6. Energia: Após muitas reivindicações a comunidade hoje está servida por painéis de energia solar fotovoltaica através do Programa Luz para Todos, que fornece energia para todas as residências. Todas as famílias também foram beneficiadas pela COPEL com uma geladeira e um aquecedor de água. Já foram realizados o mapeamento e está em negociação com a Copel – Companhia Paranaense de energia a implantação da energia elétrica, uma vez que a fotovoltaica não é suficiente para a viabilização da agroindústria. 2.7 - Chamada Pública de Mulheres do Vale do Ribeira: Inclusão de 11 mulheres no Plano Brasil sem Miséria, através MDA / MDSPrograma inclusão social produtivo,Chamada Pública de Mulheres do Vale do Ribeira, sendo que já foram realizadas oficinas, palestras e Projetos para construção de galinheiros e chiqueiros, sendo já uma das atividades desenvolvidas na comunidade. 16 O referido plano servirá para que haja uma melhoria nas infraestruturas já existentes, o que irá beneficiar as famílias, pois poderá haver um aumento significativo na produção, gerando excedentes para a comercialização. IMPACTO DO PROJETO: Após a implantação do projeto, são visíveis os impactos positivos na comunidade tanto sociais como econômicos, tendo como exemplo a volta de muitas famílias e jovens que notaram nas melhorias realizadas, a possibilidade de retorno e permanência na comunidade. AGRADECIMENTOS: Ao instituto Emater, através da Unidade Regional de Curitiba, pelo apoio e incentivo e a todos os parceiros e colegas que de alguma forma colaboraram no desenvolvimento deste projeto em especial aos colega Orias Camargo e Valéria Camacho. PRINCIPAIS PARCEIROS: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ EMATER PETROBRÁS SENAR COPEL COHAPAR PREFEITURA MUNICIPAL DE BOCAIÚVA DO SUL - PR PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO TURVO - SP Bocaiúva do Sul, 15 de janeiro de 2015. JUSSARA INÊS DRESCH Assistente Social 17 18 Engenheira Agrônoma - Denise Lutgens Rizzo VIDA NA HORTA Implantação do polo de agricultura sustentável no Município de Ribeirão Claro, localizado no Norte Pioneiro do Paraná, beneficiando famílias de pequenos produtores rurais através do processo de produção orgânica. _______________________________________________ Ribeirão Claro - PR 2015 19 20 CATEGORIA: DINAMIZAÇÃO DAS ECONOMIAS LOCAIS (ORGANIZAÇÃO DE CADEIAS PRODUTIVAS COM IMPACTO NA RENDA DAS FAMILIAS ASSISTIDAS). NOME DO PROJETO: “VIDA NA HORTA” AUTOR: DENISE LUTGENS RIZZO LOTAÇÃO: RIBEIRÃO CLARO LOCAL DE APLICAÇÃO: RIBEIRÃO CLARO E REGIÃO INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO): Janeiro de 2010 e ainda em condução SITUAÇÃO ANTERIOR: No ano de 2008, apenas três propriedades, num universo de cerca de 550 propriedades e cerca de 1500 produtores rurais trabalhavam a agricultura orgânica. Neste ano foi iniciado o projeto para a transformação do município de Ribeirão Claro num polo de agricultura agroecológica, a médio e longo prazo. JUSTIFICATIVA: O Território Integração Norte Pioneiro está localizado na região conhecida como Norte Pioneiro do Paraná. Corresponde a uma área de 10.436.35 Km2 de extensão, o que equivale a cerca de 5,2% da área total do Estado do Paraná. Localizada entre o Segundo e o Terceiro Planalto Paranaense, faz divisa ao norte e oeste com o município de Cornélio Procópio; ao sul com Território Caminhos do Tibagi e Ponta Grossa; ao leste com o Estado de São Paulo. (IPARDES, 2009). 21 Hoje o grande desafio é a gestão direcionada dos trabalhos pautados no perfil e nas necessidades da população, para isso é que as atenções se voltam para a implementação do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável, elaborado a partir das discussões, particularidades, prioridades e objetivos do Território, sob diferentes dimensões do desenvolvimento. Todas as ações organizadas do Território tem como objetivo a erradicação da fome e da pobreza extrema por meio da estruturação da Agricultura Familiar, micro empreendimentos e empreendimentos de economia solidária, de forma que as famílias possam ter garantidas condições de vida e saúde, trabalho e renda, educação, lazer e cultura. Na Dimensão Ambiental o Eixo Estratégico é a Sustentabilidade e tem seu foco nas ações de Meio Ambiente, principalmente através da Educação Ambiental e na preservação dos recursos naturais, promovendo o saneamento rural e destinação dos resíduos sólidos. Também é objetivo deste Eixo o incentivo a produção agroecológica, a produção de energia renovável, o Ecoturismo como alternativa de renda, a arborização urbana e o cumprimento a Legislação Ambiental. A Agricultura no Território é muito mais do que uma opção de atividade econômica, é uma verdadeira identidade do povo que é retratada nos dados populacionais que apresentam ainda um grande número de pessoas que residem no espaço rural. São famílias que nasceram e cresceram no campo e são responsáveis pela maior parte da produção de alimentos das 17.065 propriedades de Agricultura Familiar distribuídas pelos 29 municípios. O povo residente, tanto nas cidades como no campo, têm tradição na agricultura, cultivando a terra e vivendo dela, fato que caracteriza a região como tipicamente rural, não somente pela classificação do Governo Federal que afirma que os municípios com menos de 50.000 habitantes são considerados como rurais, mas pelo fato de que toda economia que move o mercado local é proveniente das atividades do campo. A principal cultura produzida desde o inicio do século passado é o café, onde segundo dados do DERAL/SEAB (2013), a atividade gerou R$ 380.140,00. Também são importantes culturas leite, a fruticultura e a olericultura resultante da diversificação da produção em áreas da agricultura familiar. Outras culturas como soja, milho, cana, 22 gado de corte, também contribuem para o PIB do território e são principalmente oriundas da agricultura empresarial. Com clima e solos favoráveis para produção de várias culturas, o que falta é a organização da produção para que a agricultura otimize suas ações e desencadeie um processo de desenvolvimento sustentável no Norte Pioneiro. As estradas de acesso são um problema em todos os municípios do Território, pois as máquinas e equipamentos disponíveis não são suficientes para manter o grande número de quilômetros de estradas em bom estado de trânsito, havendo a necessidade de investimentos imediatos para garantir o acesso às propriedades. Sobre a questão do Meio Ambiente a situação poucos municípios possuem Secretaria de Meio Ambiente, nestes casos há falta de infraestrutura e equipamentos para o trabalho. Dados e informações são poucos e problemas ambientais existentes como a destinação do lixo, o saneamento básico, a proteção de nascentes e dos lençóis freáticos demandam grandes investimentos. Uma das alternativas para solucionar esses problemas são os Consórcios Intermunicipais de Aterro Sanitários, mas a questão ambiental depende de uma atuação mais globalizada. A Agricultura Familiar necessita de apoio para se tornar uma atividade muito mais produtiva e lucrativa para o produtor rural, com a profissionalização e o enquadramento dos produtores nos programas e recursos destinados pelo governo, garantindo o acesso a tecnologia e instrumentos mais modernos para solucionar desafios como a falta de mão de obra. Investir na comercialização e promover o acesso ao PAA, PRONAF e PNAE melhoram a economia local para expandir gradativamente para outros mercados e redes de comercialização da produção originada na Agricultura Familiar do território. OBJETIVO DA PROPOSTA: Implantar um polo de agricultura sustentável no Município de Ribeirão Claro, localizado no Norte Pioneiro do Paraná, beneficiando famílias de pequenos produtores rurais através do processo de produção orgânica. 23 PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS: Projeto participativo para implantar novas tecnologias de produção, de proteção do meio ambiente e de novas formas de organização e comercialização. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: O projeto "Vida na Horta" foi desenvolvido no município de Ribeirão Claro, Estado do Paraná, quase divisa com São Paulo, situado a 500 Km da capital paranaense e a 400 Km da capital paulista, O município possui aproximadamente 11.000 habitantes, grande concentração de imigrantes italianos e árabes, tendo completado 100 anos de existência em maio de 2008. Para o desenvolvimento de suas atividades existe a participação das instituições locais e regionais como o SEBRAE, Prefeitura Municipal, com atuação das secretarias municipais de agricultura e da educação, Instituto Ventura, Sindicato Rural, NAPS — Núcleo de Aprendizagem Paulo Sogayar; também instituições nacionais como a Fundação Banco do Brasil. Ministério do Desenvolvimento Agrário, FZEA/USP — Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, e recentemente o apoio da FAO, sem o qual não seria possível desenvolver as atividades de segurança do alimento e estudos de mercados curtos de comercialização. Cronograma das atividades realizadas: Ideia inicial: durante o ano de 2008 foram realizadas reuniões lideradas pelo NAPS, no intuito de formalizar parcerias e escrever um projeto de forma participativa, para a implantação de um polo de agricultura orgânica. Foi escrito o projeto que se intitulou "Vida na Horta". Definição do público prioritário: no inicio do ano de 2009, foram definidas áreas produtivas prioritárias e o público potencial para compor a turma inicial para capacitação, assim como determinar a estratégia de lançamento do projeto. Reunião de lançamento do projeto: em maio de 2009, com cerca de 120 participantes, para divulgar a ideia geral do projeto, prazos e demais informações, houve a apresentação do projeto pelos parceiros e também um teatro sobre produção sem 24 agrotóxicos. Para a confraternização foi realizado um lanche com alimentos preparados por voluntários, utilizando vegetais, com o aproveitamento integral destes, como o uso de casca, folhas e talos. Ao final da reunião, os agricultores preencheram uma ficha de interesse para posterior contato para treinamento. As inscrições ficaram abertas por mais 30 dias para cadastrar pessoas que não puderam ir ao lançamento. Foi solicitado que os presentes fizessem o "boca a boca" para um alcance maior. Prospecção e seleção das famílias — das famílias cadastradas após a reunião (cerca de 120 famílias), foram selecionadas 25 famílias com base na disponibilidade para participar no treinamento. Capacitação na tecnologia social PAIS — Produção Agroecológica Integrada e Sustentável: o primeiro treinamento foi realizado pelo Eng. Agr. Aly Ndiaye, que é senegalês e autor do projeto PAIS, uma metodologia cadastrada como prática sustentável no Banco de Dados da Fundação Banco do Brasil. Essa metodologia foi implantada com o intuito de subsistência em outras regiões no Brasil, mas pela primeira vez, na região sul do Brasil, tem um caráter de geração de renda. A primeira horta foi construída na Fazenda Platina, para servir de modelo para as próximas unidades. Ocorreram mais três treinamentos, até março de 2010, atendendo 65 famílias. Além do treinamento prático de cinco dias, também se faziam os esclarecimentos sobre as dúvidas e contrapartidas, além de assinatura do termo de compromisso de seguir as recomendações e reuniões propostas. Unidade Demonstrativa: foi essencial para demonstrar a tecnologia proposta. Capacitação: foram realizadas capacitações nos temas de agricultura orgânica, associativismo, comercialização e gestão administrativa e financeira para fortalecer o empreendedorismo das famílias envolvidas e criação da Associação de Produtores. O SENAR, Sindicato Rural e o SEBRAE foram essenciais para os cursos e consultoria. A EMATER foi parceira na mobilização, e assistência técnica após treinamentos. Realizaram-se reuniões semanais para tratar assuntos relativos ao processo de 25 produção, certificação e mercado, culminando na fundação da APO — Associação de Agricultores de Produtos Orgânicos, em março de 2010 e recebeu título de utilidade pública em novembro de 2012. Hoje há reuniões mensais com os mesmos temas. Certificação: a certificação é realizada pelo Programa Paranaense de Certificação de Orgânicos, com acompanhamento dos técnicos da Universidade Estadual do Norte do Paraná sediados no NEAT (Núcleo de Estudos em Agroecologia e Territórios) e auditado pela TECPAR para a verificação das conformidades. Hoje a APO agenda diretamente com o NEAT todas as visitas. A EMATER trabalha no processo como assistência técnica para implantação das atividades e especialmente atua com o produtor nas medidas corretivas para certificação. Junto a associação trabalha com as questões organização. Setor Comercial: foram definidos canais de comercialização e mobilização para atender padrões exigidos pelos mercados, foi consolidada parceria com prefeitura para comercialização dos produtos na merenda escolar. Existe um produtor que atua como vendedor da associação, junto ao comercio local e na cidade de Ourinhos/SP. A APO também contratou um auxiliar administrativo, filha de agricultor familiar. Foram realizadas consultorias sobre o assunto com apoio da FAEP e SEBRAE, os agricultores não eram produtores de olerícolas e muito menos de orgânicos, além de nunca terem trabalhado diretamente com a comercialização e associativismo no mercado de olerícolas. Desenvolvimento de embalagem: para cada mercado o nível de processamento e necessária é uma atividade constante. Os produtos que começaram a despontar, como a mandioca refrigerada e couve picada tiveram seus rótulos de acordo com a legislação. Os códigos de barras e conteúdo nutricional são fornecidos pelo Programa Fábrica do Agricultor, que na região tem a AFANOPI – Associação das Fábricas do Agricultor do Norte Pioneiro como braço direito. Capacitação para manipulação de alimentos: houve vários treinamentos sobre processamento de vegetais, sendo que a funcionária da APO foi devidamente treinada para o conhecimento de procedimentos da limpeza do ambiente, sanitização de vegetais, 26 processo de desidratação e embalamento. Organização de logística e distribuição: dentro do tema foi discutida com os produtores urna forma estruturada para escoamento e suas necessidades. Foi escrito projeto sobre a iniciativa e se pleiteou um caminhão baú refrigerado para a distribuição da produção. A APO contratou um motorista que distribui os produtos comercializados. Foi elaborado projeto de um barracão de 250 m2, onde se recebe a produção tanto para o comércio local, como para os programas de alimentação escolar estadual e municipal. Equipamentos para foram processamento: adquiridos equipamentos para processamento mínimo de vegetais, desidratação, produção de doces e conservas, com recursos da Fundação Banco do Brasil. Os equipamentos estão instalados no barracão, que apesar da necessidade de adequações, serve de modelo para muitos projetos da região. Mestrado: devido à necessidade de conhecer melhor a questão de processamento mínimo e o mercado de orgânicos, especialmente sobre o comportamento do consumidor, realizei o mestrado na FZEA/USP, Faculdade de Engenharia de alimentos da Universidade de São Paulo, situada em Pirassununga/SP. Cabe ressaltar que fui prestar as provas para admissão, em uma faculdade de engenharia de alimentos, mesmo sendo minha formação, agronomia; e após 22 anos da minha graduação. Escrevi o projeto e defendi esse projeto, mesmo não sabendo quem poderia me orientar, pois não havia essa linha de pesquisa na FZEA. Devido à distância até Pirassununga/ SP e o tempo permitido para me dedicar aos estudos (dois dias por semana) eu fazia o percurso de ônibus de linha, no período noturno, saindo de Ourinhos SP, pois me permitia dormir durante a viagem de ida e volta e continuar meus trabalhos no escritório local. Minha dissertação foi defendida em abril de 2014, e trouxe vários aspectos tecnológicos, como a introdução de métodos de pesquisa de campo para segurança do alimento, realizando amostragens em 10 propriedades de agricultores do projeto "Vida na Horta". Outro capítulo de minha dissertação tratou a questão do consumidor de 27 orgânicos e sua percepção sobre o produto processado minimamente, verificando que o consumidor não está disposto a pagar mais pelo produto, apesar de valorizar os aspectos de saúde e meio ambiente. Os resultados apresentam o desconhecimento do consumidor sobre a legislação de orgânicos e sobre a presença do selo que garante o produto. Projeto de Pesquisa - Segurança alimentar e estudo sócio econômico nos projetos PNAE e PAA no Território da Cidadania Integração Norte Pioneiro do Paraná: em 2013, foi submetido projeto de pesquisa ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico — CNPq - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação — MCTI, Edital MCTI/Ação Transversal-LEI — CNPq N° 82/2013. Esse projeto foi apoiado pela FAO, e tem o intuito de estudar aspectos de segurança de alimento e mercados curtos de comercialização em sete municípios do Norte Pioneiro, a ser: Ribeirão Claro, Carlópolis, Jacarezinho, Cambará, Japira, Pinhalão e Ibaiti. Terá duração de dois anos e possui uma equipe da FZEA/USP de várias áreas com o objetivo de estudar a produção, abastecimento e comercialização com foco nas compras institucionais; empreendimentos econômicos solidários com foco na agricultura familiar, produção orgânica, relação entre produtores e consumidores da agricultura familiar, agroindústrias familiares e agregação de valor; qualidade de produtos tradicionais e orgânicos, circuitos curtos de produção, abastecimento, distribuição e consumo de alimentos. Rede Agroecológica do Norte Pioneiro — Chamada REDES ECOFORTE: não há ainda na região uma rede formada oficialmente entre agricultores familiares, cujo sistema de produção se caracterize como orgânico. Foi elaborado o projeto dar início à formatação de REDE DE PRODUÇÃO ORGÂNICA DO NORTE PIONEIRO, com os municípios de Ribeirão Claro, Carlópolis, Jaboti, Jacarezinho, Ibaiti, Pinhalão e Ribeirão do Pinhal, sendo a APO sua proponente. A confecção desta proposta já representa em si a capacidade de articulação entre essas instituições, cuja mediação é a necessidade vivida por esses produtores no que se refere à apropriação cada vez maior de tecnologias e processos que potencializem a produção orgânica, tornando-a mais produtiva e rentável, possibilitando assim uma maior participação desses produtores em chamadas públicas de mercados institucionais, 28 como o PAA e o PNAE, e em mercados privados cuja demanda por alimentos orgânicos apresenta-se crescente. CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO EMATER DO FUTURO": Eu acredito que o projeto atende a missão e a missão do projeto "EMATER do Futuro": “Promover o desenvolvimento rural sustentável, coordenando, articulando e executando assistência técnica e extensão rural em benefício da sociedade paranaense” ABRANGÊNCIA (agricultores beneficiados, técnicos, famílias beneficiadas, Instituto, funcionários): Os treinamentos iniciais atenderam cerca de 100 famílias e a APO possui 26 famílias, atualmente. Existem dois grupos de agricultores em processo de certificação nas cidades de Jacarezinho e Carlópolis com cerca de 15 agricultores. Foram realizadas excursões de diversas cidades do Paraná e de outros estados para verificar o projeto, com especial atenção nas estratégias. Não é possível o número de visitantes, mas acredita-se que atendemos mais de 500 pessoas, pois realizamos dias de campo e palestras sobre o assunto, desde 2009. A alimentação para os alunos da rede municipal e estadual é totalmente atendida por alimentos orgânicos. Os colegas da EMATER que procuram informações tecnológicas sobre produção orgânica, confecção de projetos, segurança do alimento, boas práticas agrícolas, são prontamente atendidos por mim, devido ao conhecimento gerado nesses anos de trabalho. RESULTADOS DO PROJETO benefícios gerados na renda do agricultor (quantificar), na qualidade de vida das famílias, ao meio ambiente, à organização do 29 trabalho, impacto na Comunidade, Municipio, EMATER. O valor comercializado pela APO está em torno de R$ 100.000,00 nos programas de Escolar, com cerca de 40 toneladas de produtos fornecidos, no ano de 2014. Nos mercados locais e regionais, estima-se R$ 250.000,00 por ano. Os benefícios do uso das técnicas agroecológicas por si são impacto no meio ambiente e qualidade de vida dos agricultores e consumidores. APO tem se demonstrado organizada para a produção e elaboração de projetos para se consolidar como polo regional de agricultura orgânica. AGRADECIMENTOS: À APO que procura dentre todas as dificuldades, especialmente da falta de mão de obra, conduzir o trabalho de organização junto aos agricultores. A Prefeitura Municipal e ao SEBRAE que apoiou o projeto desde o inicio, com aportes financeiros importantíssimos no decorrer das atividades. À FZEA USP que aceitou a proposta de trabalho para meu mestrado e para o CNPq. Agradecimento especial ao amigo Luiz Hiroshi Shimizu, da PLANAPEC e é contratado do SEBRAE, desde setembro de 2009. Ao Eng. Agr. Mauricio Castro Alves que foi decisivo, como gerente regional, no intuito de apoiar todas s atividades. PARCEIROS PRINCIPAIS: Para o desenvolvimento de suas atividades existe a participação das instituições locais e regionais como o SEBRAE, Prefeitura Municipal, com atuação das secretarias municipais de agricultura e da educação, NEAT – Núcleo de Estudos de Agroecologia e Territórios, Instituto Ventura, Sindicato Rural, NAPS — Núcleo de Aprendizagem Paulo Sogayar; também instituições nacionais como a Fundação Banco do Brasil, Ministério do Desenvolvimento Agrário, FZEA/USP — Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, e recentemente o apoio da 30 FAO, sem o qual não seria possível desenvolver as atividades de segurança do alimento e estudos mercados curtos de comercialização, contidas na chamada CNPq 82. REFERÊNCIAS Anexos (Fotos, Entrevistas, Depoimentos, Reportagens, Outros). Anexos FOTOS 31 32 REPORTAGENS: http://www.revistarural.com.br/edicoes/item/6681-horta-tem-vida-na-horta http://www.agroecologiaemrede.org.br/experiencias.php?experiencia=761 http://www.tanosite.com/?pgn=noticias&id=3056 https://sites.google.com/a/naps.org.br/naps/projetos/vida-na-horta http://portaljnn.com/noticia/projeto-vida-na-horta-reune-13-agricultores-em-ribeiraoclaro-8620.html http://informepolicial.com/pagina/694/Ribeirao+Claro.html http://www.correionoticias.com.br/site/produtores-rurais-de-ribeirao-claro-recebemincentivos-para-produzirem-horta-organica/ 33 http://www.pr.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/PR/Sebrae-apoiacria%C3%A7%C3%A3o-da-primeira-horta-agroecol%C3%B3gica-do-sul-do-Brasil http://portaltanacidade.com/cidades/ribeirao-claro-completa-107-anos-cominvestimentos-em-todas-as-areas.html http://foz.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2013/12/PRODU%C3%87%C3%83OORG%C3%82NICA-UMA-POTENCIALIDADE-ESTRAT%C3%89GICA.pdf http://www.ventura.org.br/noticias/2010/12/08/lancamento-do-vida-na-horta/ http://www.cheida.com.br/imprimir.php?idnoticia=626 http://www.revistareciclarja.com.br/news/produtores%20de%20org%C3%A2nicos%20 em%20ribeir%C3%A3o%20claro%20fundam%20associa%C3%A7%C3%A3o/ http://www.utfpr.edu.br/estrutura-universitaria/diretorias-degestao/dircom/noticias/clipping-1/07-04-2010/jusbrasil%20-%2007-04-2010.pdf http://www.paginarural.com.br/noticia/130382/produtores-de-organicos-em-ribeiraoclaro-buscam-certificacao Ribeirão Claro, 25 de junho de 2015. Denise Lutgens Rizzo 34 Engenheiro Agrônomo – Sidney Barros Monteiro Engenheiro Agrônomo – Maurício Castro Alves PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DA BOVINOCULTURA DE LEITE DO NORTE PIONEIRO DO PARANÁ Contribuir para o Desenvolvimento da Pecuária pioneiro do Leiteira Paraná, do Norte através da profissionalização de produtores de leite e técnicos com objetivo de melhorar a produção por propriedade e produtividade. ______________________________________________________ Região de Santo Antonio da Platina - PR 2015 35 36 A.I - ROTEIRO PARA A DESCRIÇÃO DO TRABALHO CATEGORIA: Dinamização das Economias Locais (Organização de Cadeias Produtivas com Impacto na Renda das Famílias Assistidas). NOME DO PROJETO: PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DA BOVINOCULTURA DE LEITE DO NORTE PIONEIRO DO PARANÁ. AUTOR: Sidney Barros Monteiro CO-AUTOR PRINCIPAL: Maurício castro Alves LOTAÇÃO: Wenceslau Braz - Paraná LOCAL DE APLICAÇÃO: 23 municípios da Região de Santo Antônio da Platina: Barra do Jacaré, Cambará, Carlópolis, Conselheiro Mairinck, Curiúva, Figueira, Guapirama, Ibaiti, Jaboti, Jacarezinho, Japira, Joaquim Távora, Jundiaí do Sul, Pinhalão, Quatiguá, Ribeirão Claro, Salto do Itararé, Santana do Itararé, Santo Antônio da Platina, São José da Boa Vista, Siqueira Campos, Tomazina e Wenceslau Braz. INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO): 02/2012 á 12 /2014 SITUAÇÃO ANTERIOR: A Região de Santo Antônio Platina, localizada no Norte Pioneiro do Paraná, dentre as atividades agropecuárias desenvolvidas, como grãos, olericultura, fruticultura, está a Bovinocultura de Leite. Embora uma atividade tradicional, sempre foi conduzida de forma secundária, com animais de dupla aptidão e no sistema extensivo; caracterizada por baixos investimentos, limitada assistência técnica e falta de profissionalismo do produtor, o que ocasionaram baixas produtividades e renda. Nos últimos 15 anos, ocorreram avanços na organização dos produtores de leite na região, motivado pelo Programa do Governo Federal – PRONAF INFRAESTRUTURA e programas Estaduais; os quais executados pelo Instituto EMATER, permitiram a criação, estruturação e o fortalecimento das pequenas associações de produtores ligados a bovinocultura de leite, que através da organização da produção, começaram a comercializar de forma mais vantajosa, obtendo melhores preços. Mesmo com o fortalecimento do cooperativismo, com o desenvolvimento de 3 cooperativas de agricultores 37 familiares em torno da produção leiteira, o crescimento tecnológico dos produtores não acompanhou o desenvolvimento organizacional, com exceção de pequenas ilhas de produtividade. Características e indicadores da produção leiteira regional: - Sazonalidade da produção; - Manejo reprodutivo deficiente; - Pouca preocupação com a sanidade do rebanho; - Pouca preocupação com alimentação, pastagens, forrageiras e qualidade do leite; - Baixa qualificação da Mão de obra. - Produção Regional em torno de 400.000 litros/dia. - Produção: 2.000 – 3.000 litros/há /ano; - Produção/propriedade menor 100 litros/dia (média de 60 l/dia); - Lotação: 1,0 UA/há - Qualidade: (CCS/CBT variável) - Produção média vaca: 7,1 litros/dia (IPARDES, 2009) - Numero de produtores: 4.517 (raças especializadas e mestiças) – realidade municipal – EMATER. JUSTIFICATIVA: Os Municípios da região de Santo Antônio da Platina, sempre foram tradicionais na produção de leite, embora durante muitos anos em função da forte intervenção do governo no setor leiteiro, o cenário era de baixo dinamismo produtivo, com remuneração não adequada ao produtor, com avanços tecnológicos modestos, pois não havia estímulos para investimentos na atividade leiteira. Com a liberação dos preços do leite, produziu evolução tecnológica nos segmentos que envolvem a cadeia produtiva do leite. Mas a evolução tecnológica não ocorreu para todos os produtores, restringindo-se a determinados segmentos de produtores mais especializados na atividade. Como o perfil dos produtores de leite não é homogêneo, pois existe um grande contingente de pequenos produtores que se encontram á margem do processo de modernização / inovação tecnológica da atividade leiteira. 38 Estes representam o elo mais frágil da cadeia do leite e são os que sofrem mais intensamente as consequências das crescentes exigências do mercado, principalmente, de escala e qualidade do leite. A Bovinocultura de leite foi definida como atividade prioritária a ser desenvolvida, no Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável, apresentando-se como uma alternativa de renda interessante, inclusive em pequenas propriedades, onde é possível conduzir a atividade com a mão de obra familiar, garantindo uma renda mensal, assim como, fornecendo um alimento de qualidade para a população e proporcionando divisas para a municipalidade. O tradicionalismo, a falta de informação, o desestímulo, são fatores que muitas vezes acabam criando uma resistência do produtor às novas realidades de mercado e de produção, muitas vezes excluindo-o da atividade formal, portanto além da assistência técnica comprometida, é essencial que os produtores possam “visualizar” propriedades referência, que funcionam como difusoras de tecnologias e informações acessíveis aos pequenos produtores. Buscando acelerar o desenvolvimento tecnológico dos produtores no desenvolvimento da atividade bovinocultura de leite, a equipe regional do Instituto EMATER, elaborou uma proposta envolvendo: Processo de capacitação dos produtores e Técnicos, intensificação da Assistência Técnica de forma comprometida, utilizando as metodologias da extensão para construção de referências e fomento; proporcionando aos pequenos produtores de leite acesso as técnicas e tecnologias, visando o aumento da produção, produtividade e qualidade, dentro da realidade de uma propriedade leiteira, com as particularidades e características regionais. OBJETIVO DA PROPOSTA: Contribuir para o Desenvolvimento da Pecuária Leiteira do Norte pioneiro do Paraná. Objetivos específicos: - Capacitar/Profissionalizar 1000 produtores de leite da região de Santo Antônio da platina; 39 - Qualificar grupo de técnicos executores da EMATER e Prefeituras. - Melhorar a produção por propriedade: > 300 litros/dia e dobrar a produção Regional em 4 anos (2016) em torno de 700.000 litros/dia. - Melhorar a produtividade > 10.000 litros/há/ano (intensificação da produção) e > 15 litros /vaca/dia (genética, manejo e alimentação). - Adequar a qualidade do Leite aos Parâmetros da Normativa 62. Distribuição de 25 Tanques Resfriadores de Leite comunitários. - Introduzir o sistema de irrigação de pastagens – inovação tecnológica (implantação de 37 unidades de referência). - Melhoria das pastagens em torno de 1000 há/ - Fomentar a mecanização da atividade, através de 20 Patrulhas do Leite (Trator, ensiladeira, distribuidor de adubo e esterco líquido, grade niveladora e carreta). PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS 3 ETAPAS: 1) Elaboração da Proposta - Abrangência/Técnicos. 2) Busca de recursos (Prefeituras Municipais, MAPA, MDA, SEAB...) 3) Operacionalização - Formação e execução - Equipe de Técnicos. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: 1) Elaboração da Proposta: Com o diagnóstico da realidade regional, a equipe regional envolveu os técnicos da região que atuam na bovinocultura de leite, para discussão e elaboração da proposta de desenvolvimento da pecuária leiteira no Norte Pioneiro do Paraná. 2) Com a proposta Elaborada, a Gerência Regional apresentou a proposta para Prefeituras Municipais, Deputado federal (Regional) (MAPA) e a Secretaria da Agricultura Estadual, ambos disponibilizaram recursos, e posteriormente o MDA, com apoio do Instituto EMATER. 3) Operacionalização. Formação do Time de Técnicos para atuar no Projeto conforme metodologia proposta. A PROPOSTA – Desenvolvimento da Pecuária Leiteria do Norte Pioneiro do Paraná, com abrangência nos 23 municípios da Regional de Santo Antônio da Platina (Barra do Jacaré, Cambará, Carlópolis, Conselheiro Mairinck, Curiúva, 40 Figueira, Guapirama, Ibaiti, Jaboti, Jacarezinho, Japira, Joaquim Távora, Jundiaí do Sul, Pinhalão, Quatiguá, Ribeirão Claro, Salto do Itararé, Santana do Itararé, Santo Antônio da Platina, São José da Boa Vista, Siqueira Campos, Tomazina, Wenceslau Braz e Abatiá (Regional de Cornélio Procópio), envolveu a implantação de Unidades Demonstrativas, fomento - investimentos em equipamentos (Patrulha leite) e resfriadores comunitários; capacitação de produtores e técnicos, construindo propriedades de referência. OPERACIONALIZAÇÃO: Formação de uma Equipe Técnica. Diante da proposta apresentada, necessitávamos de uma equipe de técnicos com maior comprometimento e foco na produção leiteira. Após negociação regional e busca de parcerias; totalizamos 25 técnicos (Técnicos Agrícolas, Engenheiros Agrônomos, Zootecnista e Médicos Veterinários), sendo 14 do Instituto EMATER e 11 técnicos de convênios com Prefeituras, com programação de mais de 50% do tempo em Bovinocultura de leite, distribuídos nos 23 municípios. Iniciamos o processo de socialização da proposta e capacitação. (lista em anexo). Os técnicos da equipe leite, selecionaram nos municípios 20 produtores para serem assistidos, com o objetivo de formar propriedades de referência. Sendo o início dos trabalhos a elaboração do Marco Zero (questionário em anexo), os quais foram tabulados e utilizados na discussão e análise junto aos produtores. CAPACITAÇÃO DOS TÉCNICOS CURSO PARA TÉCNICOS - Qualificação da ATER. Foram realizados inicialmente 3 treinamentos para nivelamento e elaboração/padronização de conteúdos para realização dos cursos com produtores. 1º – dia 13 e 14 de setembro de 2013, 2º – 25 e 26 de setembro de 2013; ambos com conteúdo do Instituto EMATER e o 3º - 7,8 e 9 de outubro de 2013, com o SENAR. Dentro do Projeto de capacitação dos técnicos, foram realizados cursos em 3 41 módulos de 2 dias cada (8 horas/dia), para 25 técnicos da EMATER/ Conveniados com Prefeituras da região Norte Pioneiro . Instrutores: EMATER, IAPAR, UENP e Consultoria GAPPI Realizados em julho - agosto – outubro/2014. Conteúdos: Modulo 1: Reforma de pastagens/formação de piquetes, características das espécies regionais /espécies potenciais e fertilidade do solo., manejo de água no solo. MODULO 2: Produção Leite: Qualidade (resfriamento /nutrição) MODULO 3: alternativas de suplementação – Ensilagem (utilização de máquinas e equipamentos) CONTRATAÇÃO DA CONSULTORIA Buscando qualificação das ações dos técnicos, no sistema de intensificação da produção leiteira - pastagem/piquetes, manejo, irrigação e fertirrigação, foi contratada a GAPPI – Gestão e Assessoria em Pastagem e Pecuária Intensiva, Empresa localizada no Rio Paranaíba – MG, com um dos sócios Prof. Dr . Luis Cesar Dias Drumond (Universidade Federal de Viçosa). As ações: capacitação dos Técnicos, visitas as unidades demonstrativas para orientação e elaboração de projetos, participação nas metodologias (Dias de Campo, Seminário e Encontro). EXCURSÃO TÉCNICOS - Excursão para Técnicos, Data: 18 á 21 de novembro de 2013. EMBRAPA Gado de Leite (Juiz de Fora – Minas Gerais). Com o objetivo de conhecer as unidades de tecnologia para a produção de leite, reforma de pastagens (espécies forrageiras), Alimentação animal- (ensilagem) e novas alternativas. Á Realizar: - Excursão para Técnicos. EMBRAPA (São Carlos). Objetivo: Capacitar os técnicos que atuam com leite em 42 Irrigação em pastagens, manejo e conservação do solo, Reforma de pastagem (espécies forrageiras), Alimentação animal e novas alternativas. IMPLANTAÇÃO DE UNIDADES DEMONSTRATIVAS Buscando alcançar os objetivos propostos, implantamos com “Potencial de difusão de técnicas e tecnologias”, 29 UD – Adequações das Salas de Ordenhas e Kit ordenha Higiênica (melhoria na qualidade do leite); 49 UD– Reforma de Pastagem e piquete rotacionado (2 há); 37 UD – Sistemas de Irrigação para pastagens (1 há) – intensificação da produção), 231 Unidades Demonstrativa (Referência) Produção de Leite, sendo no 1º ano - 179 UD Milho para silagem (1 há) produção de silagem de qualidade+ sobressemeadura aveia e azevém (2ha) (alternativa de alimentação no inverno) e no 2º ano, esta previsto a implantação de 52 UD. Foram definidos critérios de seleção de Beneficiários e número de UD por município. Perfil do Beneficiário (Propriedade/Produtor Preferenciais) - Produtor de leite familiar (com DAP); - Possuem a atividade de bovinocultura de leite como sua principal fonte de renda; - Consolidados na atividade leiteira (atuam na pecuária leiteira a mais de 05 anos); - Alocados em região com alta concentração de pequenos produtores de leite; - Produtor acessível e comprometido para realização de mudanças; - Tenha perfil de liderança na região onde atua; - Pertença a associação e ou cooperativa de produtores de leite; - Produtores que recebam assistência técnica do EMATER nos municípios do Norte Pioneiro; - Atenda aos aspectos sanitários do rebanho; METODOLOGIA DE EXECUÇÃO (OPERACIONALIZAÇÃO): A experimentação em pequena escala previne o risco que os agricultores familiares correm de fracassos econômicos de grandes proporções. 43 Estes, normalmente, são gerados pela aplicação inadequada da tecnologia, bem como, pela imaturidade da organização social e administrativa para a gestão. Usando a experimentação em pequena escala o agricultor pode aplicar a tecnologia de diversas formas ou aplicar diversas metodologias de forma simultâneas, comparando os resultados. As unidades Demonstrativas foram constituídas por agricultores familiares, definidas em função do nível tecnológico atual, como áreas de experimentação coletiva, nas quais vários agricultores testarão a prática agrícola, respaldando a posterior aplicação desta para toda a comunidade. Uma vez que a nova prática agrícola já tenha sido apropriada pelos agricultores familiares, esta pode ser multiplicada através de projetos de investimentos via PRONAF e de outros recursos disponíveis e compatíveis coma a tecnologia em questão. CRITÊRIOS TÉCNICOS OBJETIVO TIPO UNIDADE DEMONSTRATIVA Agricultor familiar com produção de Melhoria da leite de até 50 litros/dia, com ordenha qualidade. manual e local inadequado Kit de ordenha manual 1 para higiênica e/ou Adequação de sala de ordenha. ordenha. Agricultor familiar com produção de Melhoria da leite entre 50 a 100 litros/dia, com produtividade ordenha manual/mecânica e pastagem e qualidade. 2 Reforma de pastagem e implantação de piquetes. com baixa capacidade de suporte (0,5 a 0,9UA/há). Agricultor familiar com produção de Melhoria da leite acima de 100 litros litros/dia, com produtividade 3 Irrigação de Pastagem ordenha mecânica e pastagem com boa capacidade de suporte (> 6 UA/há). As ações para concretização das unidades demonstrativas - UD (referência) foram divididas em 02 (duas) Fases: A 1º Fase do programa é implantação das UDs (Tipo 1,2 ou 3), que constituirão em 03 propostas de melhorias na estrutura da propriedade, de acordo 44 com a complexidade do sistema em uso pelo produtor na futura unidade demonstrativa, de menor para maior emprego de tecnologia. A 2º Fase do programa, a implantação das UDs, constituiu nas ações de difusão de técnicas e tecnologias nas UDs, com a realização de eventos, visitas técnicas, palestras e viabilização de parcerias com instituições de pesquisa, universidades, e empresas do setor agropecuário e alimentício, propiciando um ambiente para melhoria da produtividade, qualidade e renda. TIPO 1 - Adequação de Salas de Ordenha e Kit Ordenha Manual Higiênica; com melhorias na estrutura física e operacional que permitam facilidade no desenvolvimento da ordenha higiênica, com foco em qualidade do leite; TIPO 2 - Reforma de Pastagem e Piquetes; melhoria da área de pastagem, com otimização do uso das forrageiras, aumento da densidade animal e produtividade por hectare; TPO 3 - Irrigação de Pastagem; estruturação de sistemas de irrigação nas unidades com maior uso das tecnologias propostas, oportunizando aumentos de produtividade e maior constância na produção ao longo do ano (diminuição da sazonalidade). Atribuições (Responsabilidades dos envolvidos) SEAB: -Viabilizar o aporte dos recursos solicitados pelos proponentes nos Planos de Trabalho; -Coordenar e orientar quanto às ações a serem desenvolvidas no programa; -Articular parcerias durante o desenvolvimento do programa; EMATER: -Levantamento inicial das propriedades/produtores possíveis (ver Perfil) de serem transformados em unidades de referência; -Auxílio na definição final da alocação das unidades de referência; -Assistência técnica constante nas referidas propriedades de forma a viabilizar a implantação e funcionamento das propostas de melhoria; -Utilização das unidades de referência para difusão de técnicas e tecnologias aos 45 produtores de leite da região; Produtor Beneficiário Direto (Unidade Demonstrativa): -Acatar as recomendações e orientações técnicas preconizadas; -Disponibilizar livre acesso a propriedade, para visitas, realização de eventos e pesquisas, auxiliando no que for preciso com informações referentes ao sistema produtivo; -Comprometer-se por toda mão de obra necessária para implantação das melhorias almejadas; -Responsabilizar-se pela manutenção e guarda de equipamentos e ou estrutura física que for alocada em sua propriedade; Com exceção de 2 municípios que por motivo de inadimplência, não puderam realizar o Convênio com o Governo do Estado para repasse do recurso financeiro para aquisição dos materiais para implantação das unidades. Ficando distribuídas conforme quadro. (em anexo). INVESTIMENTOS Em função das dificuldades dos pequenos produtores, devido a falta de equipamentos para reformar/ recuperar pastagens e produção de alimentos para o inverno (silagem), e a preocupação com a qualidade do leite, foi possível a inclusão no projeto de : A – Tanques de Resfriamento Comunitário (25 Tanques de 1000 litros), atendendo a demanda pré-existente regional; B – Patrulha do Leite (Máquinas e equipamentos para apoio aos pequenos produtores de leite nos municípios), composta por: (18) Trator 75 CV, (20) Ensiladeira + Plataforma, (33) Carreta basculante 5T, (9) Grade Aradora 14 discos, (2) Distribuidor de Esterco Líquido – 4.000 litros e (20) Distribuidor de fertilizantes – 2 discos. Os equipamentos foram distribuídos nos municípios em função da estrutura existente/ disponível (equipamentos e técnicos) , número de produtores, prioridade e atuação na cadeia produtiva da Bovinocultura de leite. O grande desafio é a sua regulamentação para utilização dos equipamentos, buscando a normatização do uso e envolvimento do Conselho Municipal de Desenvolvimento rural Sustentável (CMDRS), 46 para que realmente os equipamentos sejam utilizados para apoiar os produtores de leite nos municípios. CAPACITAÇÃO DOS PRODUTORES - Cursos Com o objetivo de profissionalizar os produtores de leite foram realizados 50 cursos para Capacitação de Produtores em duas etapas (2 cursos por município, em média com 20 produtores e duração de 8 horas), com os temas: Manejo Racional de Pastagens, Manejo de Forrageiras, Irrigação de pastagens e Qualidade do Leite. (fotos em anexo). A 1º Etapa do curso foi realizada no período de outubro a novembro de 2013 e a 2º Etapa, abril/maio de 2014, totalizando 1000 produtores. Dentro da proposta de capacitação dos produtores realizamos: - 01 Seminário de Bovinocultura de Leite, com os temas: Novas espécies forrageiras (inverno/verão), Manejo e Irrigação de Pastagens/ Desafios hídricos para a produção de bovinos de leite e profissionalização do pequeno produto de leite; com o objetivo de apresentar estudos sobre o tema e novas tecnologias. O Evento foi realizado no dia 24 de Julho de 2014 em Santo Antônio da Platina, em parceria com IAPAR, UENP e GAPPI, envolvendo 150 produtores de leite da região. (Agenda e fotos em anexo). - 01 Encontro de Produtores de Leite. Realizado em 16 de outubro de 2014, para discussão e avaliação das ações do projeto, onde foram apresentadas Experiências dos Produtores de leite no Norte Pioneiro (Produtividade / Qualidade) e Análise das propriedades leiteiras e Potencialidades da pecuária leiteira da região Norte Pioneiro do Paraná. Dias de Campo Realizados 12 Dias de campo, no período de agosto á novembro de 2014, nas Unidades de Referência. Nos municípios de Santo Antônio da Platina, Carlópolis, Jacarezinho, Jaboti, São José da Boa Vista, Salto do Itararé, Santana do Itararé, Wenceslau Braz, Ibaiti, Joaquim Távora, Quatiguá e Curiúva. (São municípios 47 onde a atividade leite é prioridade, com maior número de produtores). Foram realizadas 3 baterias em parceria com o SENAR e GAPPI Consultoria, com a temática: Reforma de pastagem, Manejo racional de Forrageiras (irrigação) /(ensilagem) e Melhoramento da qualidade do Leite. (produtores de leite do município e municípios vizinhos). Público: em média 100 produtores/ Dia de campo. Os eventos procuraram consolidar a proposta e conteúdos apresentados e debatidos . Á Realizar: Excursões para produtores: - Excursão Técnica para produtores- PROJETO VITÓRIA – EMATER (Região de Londrina) Objetivo: Visitas as Unidades de referência de produtores integrantes do Projeto Vitória. Projeto coordenado pelo Instituto EMATER, nas regiões de Londrina/Apucarana/Maringá- acompanhamento aos produtores nos Sistemas de produção (Manejo, alimentação – ensilagem), Organização de produtores na Utilização da Patrulha Mecanizada (experiências dos produtores de leite da região). Com 50 beneficiários (produtores de leite). - Excursão Técnica para produtores- Visita a Bacia Leiteira – Sul de Minas Gerais (Coronel Pacheco – EMBRAPA Gado de Leite), buscando inovação e sustentabilidade da cadeia produtiva do leite, conhecer o sistema de produção do Estado de Minas Gerais, agroindustrialização e comercialização. Com 40 Beneficiários. CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO FUTURO”: Ampliação e qualificação da oferta de ater; Ações: - Qualificação da ater através dos cursos/ Unidades Demonstrativas/ Seminários. - Busca de Parceiras: Prefeituras Municipais (Técnicos e Realização dos Eventos), UENP (Análises Clínicas, Capacitação e realização dos Eventos), 48 SENAR (Capacitação), Castrolanda (Técnicos e realização do Eventos), Laticínios (Técnicos e realização dos Eventos), Cooperideal (Técnicos), SEBRAE (Capacitação das Associações). Propiciar acesso a política pública, através da parceria com Banco do Brasil, onde foi possível investimentos PRONAF na pecuária leiteira, em torno de R$ 20.000.000,00/ano na pecuária leiteira. Prestar orientação técnica de forma contínua; Ações: - Constituição de grupos Unidades Produtivas Familiares de Referência, sendo 20 UPFs/Técnico. Orientar a adequação legal das propriedades; Ações: - Orientação Cadastro Ambiental Rural nas propriedades assistidas; - Localização/demarcação de pastagem irrigadas e piquetes por GPS/Fotos satélites. ABRANGÊNCIA: - 23 municípios da Região administrativa do Instituto EMATER de Santo Antônio da Platina; Beneficiando 1.200 agricultores e 25 Técnicos (EMATER e Prefeitura Municipal). RESULTADOS DO PROJETO - 25 Técnicos capacitados em bovinocultura de leite – intensificação da produção. - 1000 Produtores Capacitados na atividade bovinocultura de leite; - Implantação e acompanhamento de 400 Unidades de referência - Melhoria na Qualidade do Leite em função da melhoria da estrutura e higiene do local de ordenha. (menor variação CCS/CBT); - Melhoria no manejo dos animais e pastagens com aumento da produção e produtividade leiteira – em torno de 20% (produtores Assistidos). - Aumento da produção regional em torno de 20%. De 156.118 milhões de litros em 2012 (430 litros/dia) para 188 milhões de litros em 2013 (522 mil litros/dia). Deral 2014. - Fortalecimento da cadeia produtiva do leite regional, através da organização das ações e capacitação/ampliação da ATER. 49 AGRADECIMENTOS - EMATER/SEAB (Coordenador Estadual de Bovinocultura de Leite / Gerencia regional); - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; - Ministério do Desenvolvimento Agrário; - Aos técnicos da EMATER/Prefeituras Municipais integrantes do Grupo Leite; - As Instituições Parceiras (Banco do Brasil, SENAR, GAPPI , UENP, Laticínios, Cooperativas e demais parceiros). PARCEIROS PRINCIPAIS - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA - Prefeituras Municipais - Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA - Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento – Paraná - SEAB - Governo do Paraná - Território Integração Norte Pioneiro. - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR - Banco do Brasil REFERÊNCIAS - Norte Pioneiro do Paraná – CENÁRIOS. EMATER/SEAB. Ano 2000 - Realidade Municipal – EMATER (2012-2014) - Diagnóstico Socioeconômico do Território Integração Norte Pioneiro – Estado do Paraná – IPARDES – 2007. - Caracterização Socioeconômica da Atividade Leiteira no Paraná – IPARDES/EMATER/SEAB/SETI – 2009. - Produção Agropecuária. Departamento de economia Rural - DERAL 2014. Anexos FOTOS REPORTAGENS Santo Antônio da Platina, 29 de setembro de 2014. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 50 ANEXOS 51 SEMINÁRIO BOVINOCULTURA DE LEITE DATA: 28/03/14 Sexta Feira LOCAL: Santo Antônio da Platina – PR – Durante a EFAPI 2104 AGENDA TEMA Projeto de Apoio a Bovinocultura de Leite / Caracterização dos Produtores de Leite do Norte Pioneiro (marco zero) PALESTRANTES Engº Agrº Sidney Barros Monteiro. EMATER Dr. Elir de Oliveira – Pesquisador do IAPAR – Área de Zootecnia. Alimentação Inverno (Milheto/aveia) Produção de Silagem de Boa Qualidade Irrigação de Pastagem – Experiência na Região de Ponta Grossa Dia de Campo Visita a Propriedade em Santo Antônio da Platina. (Proprietário : Francisco Carlos de Oliveira) Irrigação de Pastagem/ Silagem Engº Agrº Heitor Rodrigues Fiuza. EMATER - Palmeira Chacará Beatriz - Santo Antonio da Platina Pr Local : Trevo do entroncamento( após motel ) SAP/Ibaiti/Wenceslau..Sentido SAP para Ibaiti , após pontilhão 50 metros a direita +mais 1Km CAPACITAÇÃO DOS TÉCNICOS CURSO – Conteúdo e nivelamento – Bovinocultura de Leite. Treinamento 13 e 14 de Setembro de 2013 Joaquim Távora Paraná EMATER e IAPAR Curso Preparatório – Material para realização dos Cursos para produtores Treinamento - EMATER 25 e 26 de setembro de 2013 Joaquim Távora - Paraná 52 Grupo Leite EMATER Curso SENAR Treinamento – SENAR – Nivelamento e organização dos conteúdos 7,8 e 9 de Outubro de 2013 Wenceslau Braz Implantação e recuperação de pastagens, - Manejo das pastagens, - Fertilidade do solo (implantação e manutenção), - Adubação e extração de nutrientes, - Planejamento forrageiro (Gramíneas e leguminosas), - Controle de pragas, doenças e invasoras em pastagens, 53 - Produção de silagens, feno e pré-secado, - Integração Lavoura Pecuária, - Máquinas para uso na pequena propriedade, - Máquinas-colhedoras de forragens, - Trituradores, - Máquinas adequadas ao plantio direto. CAPACITAÇÃO TÉCNICOS - PERÍODO: 18 a 21 de Novembro de 2013 EXCURSÃO EMBRAPA - Campo Experimental José Henrique Bruschi - Coronel Pacheco – MG 54 Participação: 25 técnicos 20 de Novembro de 2013 8:00 – 8:15 – Abertura Eder Sebastião dos Reis – Embrapa – Gato de Leite 8:15 – 12:00 – Controle de endo e ectoparasitas dos bovinos de leite John Furlong – Embrapa – Gato de Leite 13:00 – 15:00 – Boas práticas de ordenha para a produção de leite com qualidade. Armando da Costa Carvalho – Embrapa – Gato de Leite 15:00 – 17:00 – ILPF e controle de plantas daninhas Alexandre Magno Brighenti – Embrapa – Gato de Leite 21 de Novembro de 2013 8:00 – 12:00 – Sistemas de produção de leite a pasto com vacas mestiças HxZ e vacas P.O. em regime de confinamento. Hermenegildo de Assis Villaça - Embrapa – Gato de Leite 13:00 – 15:00 – Manejo sanitário em bovinos de leite. Rebeca Passos Bispos Wanderley - UFMG 15:00 – 17:00 – Manejo de pastagens José Agusto Salvati - Embrapa – Gato de Leite SEMINÁRIO BOVINOCULTURA DE LEITE (Convênio MAPA ) DATA: 24/07/2014 Local: Santo Antônio da Platina – Parque de Exposições – Alicio Alcides dos Reis 55 AGENDA Novas Espécies Forrageiras (Tropicais e inverno) Profissionalização de Pequenos Produtores de Leite Manejo e Irrigação de Pastagens (custos/benefícios) Desafios Hídricos para produção de Bovinos de Leite x Dr Elir de Oliveira – Área de Zootecnia - IAPAR Dr Hernani Alves da Silva. Coordenador Estadual Bovinocultura de Leite - EMATER Curitiba Prof. Marcelo Alves da Silva Centro de Ciências Agrárias Buiatria e Forragicultura. UENP – Bandeirantes. (Via SENAR) Participação de 150 produtores de leite e técnicos. Curso – Modulo 1 Consultoria GAPPI Dia 30/07/2014 - Importância da Irrigação, benefícios, Potencial Irrigado da região, outorga. - Dimensionamento hidráulico e exemplos; - Montagem irrigação, peças utilizadas, custos de implantação, fertirrigação, automação 56 Dia 31/07/2014 - Manejo da Irrigação; - Equipamentos manejo da irrigação; - medição de vazão, avaliação de sistema de irrigação por aspersão. Curso – Modulo 2 Consultoria GAPPI Dia 7/08 - Formação e reforma de pastagem; - Uso de Água residuária; - Modelagem de produção; - Adubação de Pastagem - Método Balanço de Massa. Dia 8/08 - Manejo de Pastagem; - Medição de forragem. Curso – Modulo 3 Consultoria GAPPI - Gerenciamento da atividade leiteira; - Qualidade do Leite; - Conforto animal e dimensionamento de estruturas pecuárias; - Produção de volumoso de inverno e conservação de forragem, fenação, pré-secado e ensilagem. - Nutrição animal; - Genética e melhoramento do rebanho leiteiro. CAPACITAÇÃO DE PRODUTORES 1º ETAPA – 23 Municípios Assunto: - Manejo Racional de Pastagens Curso Manejo Racional de Pastagem 57 Município: Jaboti Data: 25/10/2013 Curso Manejo Racional de Pastagem Município: Jundiaí do Sul Data: 11/11/2013 Curso Manejo Racional de Pastagem Município: Wenceslau Braz Data: 12/11/2013 58 Curso Manejo Racional de Pastagem Município: São José da Boa Vista Data: 12/11/2013 2º ETAPA Assuntos: - manejo de Forrageiras; - Qualidade do Leite; - Irrigação de Pastagens WENCESLAU BRAZ 59 CALENDÁRIO – DIA DE CAMPO DIA DE CAMPO Município de Wenceslau Braz Data: 14/08/2014 Agenda 1- Bateria - Manejo Racional de Pastagem (Intensificação / irrigação) 2- Bateria - Qualidade do Leite . GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo SENAR Med Vet Ana Paula A. C. Boer Instituto EMATER Eng Agr Luiz Carlos Pereira Eng Agr Sidney Barros Monteiro 3- Bateria - Reforma de Pastagem Publico: 100 pessoas DIA DE CAMPO Município de Santana do Itararé Data: 20/08/2014 Agenda 60 1- Bateria - Manejo Racional de Pastagem (Intensificação / irrigação) 2- Bateria - Qualidade do Leite . GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo SENAR Med Vet Ana Paula A. C. Boer Instituto EMATER Eng Agr Maria Cistina Carvalho 3- Bateria - Reforma de Pastagem Público: 90 pessoas DIA DE CAMPO Município de São José da Boa Vista Data: 11/09/2014 Agenda 1- Bateria - GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo SENAR Med Vet Claudio Livramento Instituto EMATER Eng Agr Wagner Mattos Cardoso Manejo Racional de Pastagem (Intensificação / irrigação) 2- Bateria - Qualidade do Leite . 3- Bateria - Reforma de Pastagem 61 DIA DE CAMPO Município de Salto do Itararé Data: 12/09/2014 Agenda Agenda 1- Bateria - Manejo Racional de Pastagem (Intensificação / irrigação) 2- Bateria - Qualidade do Leite . GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo SENAR Med Vet Claudio Livramento Instituto EMATER Eng Agr Marcelo Bertapelli 3- Bateria - Reforma de Pastagem Público: 110 pessoas DIA DE CAMPO Município de Carlópolis Data: 18/09/2014 Agenda 1- Bateria - Manejo Racional de Pastagem (Intensificação / irrigação) 2- Bateria - Qualidade do Leite . GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo SENAR Med Vet Ana Paula A. C. Boer Instituto EMATER / Prefeitura Tec. Agr. Lourival 3- Bateria - Reforma de Pastagem 62 Público : 84 pessoas DIA DE CAMPO Município de Curiúva Data: 19/09/2014 Agenda 1- Bateria - Manejo Racional de Pastagem (Intensificação / irrigação) 2- Bateria - Qualidade do Leite . GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo SENAR Med Vet Claudio Livramento Instituto EMATER Eng Agr. Benetito Carlos de Souza 3- Bateria - Reforma de Pastagem DIA DE CAMPO 63 Município de Quatiguá Data: 24/09/2014 Agenda 1- Bateria - GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo SENAR Med Vet Claudio Livramento Instituto EMATER Eng Agr. Aloisio de Souza Santos Manejo Racional de Pastagem (Intensificação / irrigação) 2- Bateria - Qualidade do Leite . 3- Bateria - Reforma de Pastagem DIA DE CAMPO Município de Jacarezinho. Data: 25/09/2014 Município de Jaboti. Data: 02/10/2014 Município de Santo Antônio da Platina. Data: 08/10/2014 Município de Joaquim Távora. Data: 30/10/2014 Município de Ibaiti. Data: 07/11/2014 64 65 Economia - 18/06/2014 NP será referência na bovinocultura de leite Investimento de R$ 5,2 milhões R$ 5.278.343,50.Estes são os recursos exatos investidos no projeto de apoio ao desenvolvimento da Bovinocultura de Leite para o Norte Pioneiro. O valor é resultado de uma emenda parlamentar apresentada pelo deputado federal Abelardo Lupion somada a intermediação do deputado estadual Pedro Lupion, junto ao governo do estado do Paraná Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB) e EMATER. Em 2012, após indicação do deputado estadual Pedro Lupion, o deputado Abelardo Lupion apresentou, junto ao orçamento Geral da União, emenda parlamentar (nº32400016) nos valores de R$ 2.457.828.80, para investimentos, ou seja, aquisição de maquinários e implementos, acrescido de R$ 614.457,25 como contrapartida da SEAB e no valor de R$ 479.150,00 para custeio, capacitação técnica e qualificação do produtor. Ainda, junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Abelardo Lupion viabilizou mais R$1 milhão, recursos extra orçamentário, para insumos, compra de sementes, adubos e fertilizantes para implantação das Unidades de Referência (UDs), pastagem e irrigação. Pedro Lupion explica que a intenção é injetar recursos para organizar e profissionalizar a bovinocultura de leite do Norte Pioneiro do Estado e, consequentemente, aumentar a produtividade e a renda dos produtores de toda região. “Tínhamos ciência de que era necessário desenvolver o setor e beneficiar o pequeno produtor de leite do Norte Pioneiro, por isso agregamos à emenda do deputado Abelardo Lupion a esse projeto que tem o apoio e a parceria do governo do Paraná, SEAB e EMATAER”, explica o deputado. De acordo com o parlamentar a partir de então surgiu o projeto de apoio ao desenvolvimento da atividade bovinocultura de leite do Norte Pioneiro que vai beneficiar 24 municípios da região. “Serão beneficiados diretamente 2500 produtores contemplados que irão aumentar a produtividade/dia”, comemora. Com a implantação das patrulhas do leite, trabalhando de forma organizada as prefeituras e os produtores 66 avançarão muito na melhoria e reforma de pastagens em toda região. Estimamos em 2000 ha ano de reforma de pastagens”, destaca Lupion. Segundo o deputado estadual, o projeto que está em fase de licitação e de assinatura de convênios, visa transformar o Norte Pioneiro numa referência na produção leiteira. O parlamentar salienta que a EMATER, em parceria com as prefeituras e secretarias de agricultura municipais, realiza a implantação das UDs, um técnico visita e faz atendimento na propriedade, realiza reuniões, cursos e Dias de Campos, promovendo, assim, a qualificação da pequena propriedade rural e do produtor. O deputado aponta outro grande avanço tecnológico do projeto: a implantação de 37 unidades demonstrativas de 1 ha cada uma de pastagens irrigada, fato esse inédito e inovador na agricultura familiar, segundo ele. Para Pedro Lupion, a maioria dos municípios do Norte Pioneiro sempre teve na produção leiteira dos pequenos produtores uma cultura sustentável. “Esse projeto visa incrementar toda a cadeia de leite da região e consequentemente suscitar a prosperidade dos produtores, familiares e municípios. A intenção é chegar a 800.000 litros dia em três anos”, enfatiza. De acordo com a EMATER estão previsto a promoção de seminários que abordarão os temas como: Irrigação de pastagem, Manejo e Conservação do Solo, Reforma de Pastagem, Alimentação Animal e outros. Para o parlamentar a qualificação dos técnicos da Emater e das prefeituras é estratégico para o sucesso do projeto, bem como os cursos. “Estão previsto 03 cursos com universidades e visitas as unidades de pesquisa da Embrapa São Carlos SP. De 2013 até agora,a Emater já treinou 1000 agricultores familiares em produção, manejo de pastagens e qualidade do leite”, aponta Lupion. De acordo com a Emater, em 2014 mais dois seminários e 12 Dias de Campo envolvendo 1200 produtores acontecerão. Segundo o chefe da SEAB do Norte Pioneiro, Fernando Vieira, já foram entregues, no início deste ano em toda a região, através do convênio MDA/EMATER, sementes de milho, adubo e ureia para implementar as unidades demonstrativas de produção de silagem. “Atualmente estamos entregando sementes de aveia e azevém para pastagem de inverno. Os resultados já estão aparecendo com as lavouras de milho entrando no ponto de silagem. Iremos iniciar a produção da alimentação de inverno e fazer as reuniões técnicas com os produtores de leite dos bairros onde estão as UDs”, comemora Vieira 67 Governo Produtores de leite do Paraná recebem apoio para comercialização O objetivo é superar desafios ligados à produção, comercialização e inovação tecnológica. Ações para melhoria da qualidade do leite, aumento da produtividade e capacitação de agricultores familiares e técnicos que trabalham com a pecuária leiteira começaram a ser executadas neste ano e vão seguir ao longo de dois anos, em 23 municípios do Território Norte Pioneiro do Paraná. Tradicionais na produção de leite, esses municípios serão beneficiados pelo Projeto de Suporte as Ações de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/PR). A parceria se dá por meio de contrato de repasse, no valor de mais de R$ 976 mil. “A região objeto desse projeto é um território da cidadania com baixo índice de desenvolvimento, onde o leite é uma das atividades principal de geração de renda. Com esse programa serão alocados insumos e vai haver um incremento, um conjunto de melhoramentos que vai agregar renda e melhorar as condições dessa população”, diz o secretário da Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini. O coordenador da assessoria de planejamento da Emater/PR, Nelso Olivo Fracaro, adianta que o projeto vai estabelecer com o agricultor práticas importantes que servirão de referência para os demais. “Desenvolveremos práticas já testadas. Faremos uma adequação do sistema de produção, e as unidades serão utilizadas com dias de campo. Assim, a partir delas, serão definidas novas técnicas,” detalha Fracaro. O plano de trabalho inclui visitas técnicas, palestras e parcerias com instituições de pesquisa, unversidades e empresas do setor agropecuário e alimentício. Os agricultores também poderão contar, também, com uma linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Público atendido Serão beneficiados pelo projeto 179 agricultores familiares que produzem leite e têm na bovinocultura sua principal fonte de renda. Esses produtores implantarão unidades de referência como fonte de informação e desenvolvimento de técnicas e tecnologias para outros agricultores. Como as propriedades demonstrativas serão áreas de experimentação coletiva, elas beneficiarão indiretamente em torno de 1,2mil agricultores familiares. Eles receberão informações e participarão de eventos técnicos para demonstração de tecnologias. 68 Projeto de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira do Norte Pioneiro do Paraná GRUPO de TÉCNICOS – Bovinocultura de Leite MUNICÍPIO TÉCNICO FORMAÇÃO INSTITUIÇÃO Barra do Jacaré Jair Moraes Bueno Tec. Agropecuário Prefeitura Municipal Cambará Roberto Simões Engenheiro Agrônomo EMATER Carlópolis Lourival A. C. Silva Tec. Agropecuário Prefeitura Municipal Conselheiro Mairinck Adalto Aparecido Lopes Luiz Tec. Agropecuário Prefeitura Municipal Curiúva Benedito Carlos de Souza Tec. Agropecuário EMATER Figueira Alvaro Dias Pereira Tec. Agropecuário Prefeitura Municipal Guapirama Edson de Oliveira Tec. Agropecuário EMATER Ibaiti Valdir Aparecido de Souza Jaboti Luis Augusto Ceciliato Tec. Agropecuário Prefeitura Municipal Jacarezinho Romulo Madureira Engenheiro Agrônomo EMATER Japira José Marcelo Pangone Zootecnista Prefeitura Municipal Joaquim Távora Marcelo Bertapelli Engenheiro Agrônomo EMATER Jundiaí do Sul Edemir Augusto Piva Tec. Agropecuário EMATER Pinhalão Paulo José Vilela Tec. Agropecuário Prefeitura Municipal Quatiguá Aloisio de Souza Santos Engenheiro Agrônomo EMATER Ribeirão Claro Denise Lutgen Rizzo Engenheiro Agrônomo EMATER Dorival Beto Leal Luiz Alberto Bertoni Maria Cristina Carvalho Tec. Agropecuário Médico veterinário Engenheiro Agrônomo EMATER Prefeitura Municipal EMATER Walter Jark Filho Engenheiro Agrônomo EMATER São José da Boa Vista Wagner Mattos Cardoso Engenheiro Agrônomo EMATER Siqueira Campos Diego Fabrício de Morais Simões Engenheiro Agrônomo Prefeitura Municipal Tomazina Henio Augusto Lemes de Queiroz Medico Veterinário Prefeitura Municipal Wenceslau Bráz Luiz carlos Pereira Engenheiro Agrônomo EMATER Sidney Barros Monteiro Engenheiro Agrônomo EMATER Salto do Itararé Santana do Itararé Santo Antonio da Platina 69 - Prefeitura Municipal 70 Engenheiro Agrônomo - Ênio Antônio Bragagnolo Técnico Agrícola - Antônio Mariussi AGRICULTURA DE PRECISÃO APLICADA A AGRICULTURA FAMILIAR: O MODELO ADOTADO EM TUPÃSSI - PR Implantação de um modelo de Agricultura de Precisão que inclua as propriedades familiar de agricultura independentemente do tamanho da área cultivada. _______________________________________________ Tupãssi - PR 2015 71 72 Prêmio Reconhecimento Extensionista – Gestão para Resultados CATEGORIA: DINAMIZAÇÃO DAS ECONOMIAS LOCAIS NOME DO PROJETO: AGRICULTURA DE PRECISÃO APLICADA A AGRICULTURA FAMILIAR: O MODELO ADOTADO EM TUPÃSSI-PR AUTOR: Ênio Antônio Bragagnolo CO-AUTOR PRINCIPAL: Antônio Mariussi LOTAÇÃO: Unidade Municipal de Tupãssi LOCAL DE APLICAÇÃO: Tupãssi – PR INÍCIO DO TRABALHO: 11/2012 CONCLUSÃO DO TRABALHO : Em andamento SITUAÇÃO ANTERIOR: O município de Tupãssi localizado na região oeste do Estado do Paraná tem sua economia baseada na produção agropecuária. Entre as atividades de destaque na formação do Valor Bruto da Produção Agropecuária está a produção de grãos, a qual ocupa 98,75 da área destinada a agricultura no município. Entre os estabelecimentos rurais que desenvolvem a produção de grãos 86% possuem área inferior a 50 ha. Estes pequenos produtores têm um bom conhecimento da sua propriedade, no entanto, realizam as correções do solo e adubações sem levar em consideração a variabilidade apresentada em suas áreas, fazendo com que as correções e adubações não observem critérios de variabilidade e desta maneira as áreas sempre foram submetidas a um tratamento padrão. 73 Por outro lado, o serviço de extensão rural, mesmo ciente da realidade, encontrava-se em situação de inércia em razão da eficiência metodológica adotada pelos detentores do pacote tecnológico preconizado, onde com resultados produtivos crescentes, mesmo que com resultados econômicos cada vez mais reduzidos, os produtores (e os próprios extensionistas) mesmo que acompanhando esse processo não sentiam-se capazes de discutir a realidade. Frente à realidade local e com a necessidade de buscar adequar as propriedades de agricultura familiar a um modelo sustentável de produção e assim colocar ao alcance dos produtores da agricultura familiar o acesso a novas ferramentas de racionalização no uso de insumos e melhoria do resultado econômico (e ambiental), foi criado no município de Tupãssi um programa para o manejo da fertilidade a partir da agricultura de precisão. JUSTIFICATIVA: Com o estreitamento das margens de lucro provocado pelo uso cada vez mais intensivo de insumos e sem um crescimento linear na produtividade obtida, a produção de grãos na agricultura familiar tem sustentabilidade econômica ameaçada no médio e longo prazo, especialmente pelo fator área disponível e dificuldade no acesso aos avanços tecnológicos. Os produtores rurais do município de Tupãssi (e região) adotam os mais modernos sistemas tecnológicos na produção de grãos, materializados a partir de acesso a insumos que a cada safra são colocados a sua disposição, não levando em conta a extensão da área cultivada. Este pacote tecnológico, mesmo que eficiente, não foi desenvolvidos para pequenas áreas de cultivo, motivo pelo qual o custo por unidade de área não é diluído impactando no custo final de produção. Para os agricultores familiares torna-se fundamental a racionalização no emprego das tecnologias disponíveis como forma de garantir a competitividade no mercado com a garantindo renda, independentemente da área cultivada. Frente a esta realidade os técnicos do município de Tupãssi, apoiados pelos extensionistas de áreas afim, acreditando que a produção de grãos na pequena propriedade precisa de qualificação, especialmente no sentido de dar continuidade ao processo de Manejo Integrado de Solos e Água decidiram em parceria com os produtores rurais do município de Tupãssi inovar através da introdução dos conceitos e da prática da agricultura de precisão como ferramenta compatível para a utilização na pequena propriedade, sempre na busca da produção sustentável de grãos. OBJETIVO DA PROPOSTA: Implantação de um modelo de Agricultura de Precisão que inclua as propriedades de agricultura familiar independentemente do tamanho da área cultivada. 74 PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS: Universalização do acesso as ferramentas de agricultura de precisão: - Georreferenciamento de áreas, curvas de nível e carreadores; - Coleta estratificada de amostragem de solo utilizando sensoriamento remoto; - Elaboração de mapas de fertilidade; - Elaboração de mapas de correção; - Visualização cartográfica da área corrigida; - Fornecimento ao produtor de um compêndio de informações georreferenciadas sobre o nível da fertilidade do solo de sua área cultivada; -Viabilizar as possibilidades de efetuar as correções indicadas utilizando as políticas públicas disponíveis com PRONAF- Investimento e Programa Estadual de Calcário. -Envolvimento da assistência técnica local para utilização das informações de fertilidade disponibilizadas ao agricultor pelo projeto para programação da utilização de fertilizantes de manutenção de forma racional e de complementação de nutrientes que estejam com deficiencia; -Gerar referências em processos participativos de adoção e gestão do sistema de agricultura de precisão em pequenas propriedades. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: 1º) Elaboração do Perímetro da Lavoura: Trata-se de uma operação na qual se utiliza o equipamento GPS acoplado ao quadricíclo e percorrimento do perímetro da área em que será feito o trabalho de levantamento da amostragem de solo; (Anexos - Figura 01) 2º) Identificação das curvas de nível: Feita a identificação do perímetro é repetido o procedimento para a localização georreferenciada das estruturas mecânicas de proteção ao escorrimento superficial das águas implantadas na área; (Anexos - Figuras 02 e 03) 75 3º) Divisão da área amostral em Grid: Após feitos os levantamentos iniciais, o equipamento GPS calcula automaticamente e divide a área em grades cujas células nunca serão superiores a 2,0 hectares. No caso de áreas muito pequenas o grid é reduzido a tal ponto que á área passe a conter pelo menos 4 células; (Anexos - Figura 04) 4º ) Amostragem do solo: Em cada grid é feita a coleta de 12 subamostras de solo dentro de cada célula do grid, resultando ao final uma amostra composta representativa da célula. Para este procedimento segue-se uma metodologia de caminhamento em Z, no qual em cada uma das três retas que formam a letra são realizadas 4 coletas, totalizado as 12 subamostras que compõem a amostra composta que representa a célula. (Anexos - Figura 05) 5º) Envio das amostras ao Laboratório: Encerrados os procedimentos de campo as amostras de solo coletadas são enviadas ao laboratório de análises de solo. As informações solicitadas na análise química do solo referem-se à composição química do solo devendo trazer informações sobre: pH, CaCl2, Ca, Mg, Al, P, K, H+Al, C, P, MO e S. 6º) Resultado das análises de solo: Concluído pelo laboratório o processo de análise química, os resultados são repassados aos técnicos do Instituto Emater em forma de planilha eletrônica com um ordenamento compatível com a exigida pelo software utilizado para a interpretação e análise dos dados. O software utilizado para a interpretação da análise química do solo foi desenvolvido pela empresa Analissolo Ltda., e possui como características básicas: a) Sistema de geração das recomendações da neutralização de acidez do solo através da utilização da metodologia por saturação por bases; b) Geração de tabelas informando o resultado teórico final das recomendações; c) Importação dos resultados laboratoriais e exportação dos resultados de correção através de planilhas em CSV; d) Adequação aos produtos corretivos disponíveis na região; e) Capacidade de cálculo em grupo de análises ou individualizadas; 76 f) Opção de correção do elemento potássio (K) em relação ao total da Capacidade de Troca Catiônica (% da CTC); g) Sugestão de correção pela qual pode ser utilizada associação de calcários; h) Opção de impressão dos laudos de correção; i) Informações da correção através de gráficos que permitem impressão e fornecimento ao produtor. 7º) Elaboração do mapa de fertilidade: Utilização de software para geração de mapas de fertilidade , contendo as características mínimas a seguir: Sistemas de interpolação através das metodologias estatísticas: crigagem, inverso da distância e média das amostras. (Anexos - Figura 06) 8º) Elaboração do mapa dos corretivos em taxa variável de aplicação Para a elaboração dos mapas de aplicação em taxa variável utiliza-se os mesmos critérios da elaboração dos mapas de fertilidade, agregado a possibilidade de exportação de mapas de aplicação em formato shape file (shp), XML , para serem utilizados pelo equipamento que realizara a aplicação em taxa variavel. Para interpretação e recomendação utiliza-se software desenvolvido pela empresa Analissolo Ltda., o qual possui como características básicas: a) Sistema de geração das recomendações da neutralização de acidez do solo através da utilização da metodologia por saturação por bases; b) Geração de tabelas informando o resultado teórico final das recomendações; c) Importação dos resultados laboratoriais e exportação dos resultados de correção através de planilhas em csv; d) Adequação aos produtos corretivos disponíveis na região; e) Capacidade de cálculo em grupo de análises ou individualizadas; f) Opção de correção do elemento potássio (K) em relação ao total da Capacidade de Troca Catiônica (% da CTC) g) Sugestão de correção onde podem ser utilizada associação de calcários h) Opção de impressão dos laudos de correção; 77 i) Informações da correção através de gráficos que permitem impressão e fornecimento ao produtor. (Anexos – Figura 07) 9º) Aplicação dos corretivos em taxa variável de aplicação. Para possibilitar a aplicação em taxa variável o projeto disponibiliza ao pequeno produtor através da AGRITU um caminhão dotado de sistema de que possibilite a correção utilizando corretivos em taxa variável. (Anexos – Figura 08) 10º) Acompanhamento da produtividade e da fertilidade das propriedades atendidas. Acompanhar as propriedades quanto ao aumento da produtividade e principalmente do aumento da renda liquida .Acompanhar a fertilidade das propriedades seguindo a proposta: Ano 1- Elaboração do Projeto Agricultura de Precisão, coleta em grid em toda área de plantio. Ano 3- Definição dos pontos inteligentes dentro das áreas de manejo de fertilidade para conferência e monitoramento da fertilidade. Ano 5 – Repetir a elaboração do projeto Agricultura de Precisão, coleta em grid em toda área de plantio. CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO FUTURO”: O Programa Municipal “Tupãssi Fazendo Agricultura de Precisão”, insere-se perfeitamente na proposta do Projeto “EMATER do Futuro” vez que seus resultados objetivam promover sistemas agrícolas altamente produtivos e com baixo impacto ambiental, contribuir com a inclusão produtiva e social com a melhoria da vida da família rural; dinamizar as economias locais, contribuindo para o aumento da produção e renda dos agricultores. Nesse projeto, a visão do Projeto EMATER do Futuro está estreitamente relacionada, pois a instituição passa a ser protagonista e referência em Assistência Técnica e Extensão Rural e essencial para o desenvolvimento do Paraná. 78 ABRANGÊNCIA (agricultores beneficiados, técnicos, famílias beneficiadas, Instituto, funcionários): Neste primeiro ano de funcionamento o Programa já beneficiou 257 agricultores familiares, fazendo a coleta ,os mapas de fertilidade e de aplicação em taxa variável e a discussão destes dados com o agricultor, mostrando os caminhos para efetuar racionalmente a correção. Neste período também foi possível efetuar a correção em taxa variável em 79 propriedades utilizando 1554 toneladas corrigindo 750 ha e realizando 167 cargas comprovando claramente um dos objetivos principais do projeto , atendimento ao produtor familiar . Estima-se que a economia de corretivo somente neste período foi de 900 Ton. As discussões técnicas realizadas com produtores e assistencia técnica local tem servido de instrumento balizador das estratégias com vistas a replicação do modelo a outros municípios. RESULTADOS DO PROJETO (benefícios gerados na renda do agricultor (quantificar), na qualidade de vida das famílias, ao meio ambiente, à organização do trabalho, impacto na Comunidade, Município, EMATER) O Projeto ao final de seu primeiro ano de efetivo funcionamento, trouxe resultados perceptíveis de melhoria da renda dos produtores, especialmente pela racionalização no uso de adubos e corretivos, bem como, pela segurança na tomada de decisão no momento da aquisição destes insumos. Outro fator importante é o de que a partir da adoção da agricultura de precisão o produtor passou a observar o manejo de solos como integrante do sistema de produção, não mais como uma ação pontual e isolada como era vista em um passado recente. Também a assistência técnica local passou a debater o tema fertilidade do solo e suas implicações no processo para uma produção agrícola mais sustentável, já o setor comercial passou a aliar as vendas as reais necessidades do solo e não mais a um mero padrão estabelecido. O projeto favoreceu para que fosse criado entre a comunidade de produtores um senso de organização em torno de uma causa comum: a correção da fertilidade do solo. Nesse sentido, as ações grupais da extensão rural tem sido sempre bastante participativas, bem como, ampliou a procura por orientação técnica na unidade municipal do Instituto EMATER. AGRADECIMENTOS A todos que se envolveram direta e indiretamente no projeto. 79 PARCEIROS PRINCIPAIS x Prefeitura Municipal x Governo do Estado do Paraná/SEAB x AGRITU x ATER Local REFERÊNCIAS Anexos (Fotos, Entrevistas, Depoimentos, Reportagens, Outros). Local, data e assinatura Tupãssi, 15 de setembro de 2.014. Eng.º Agrº Ênio Antônio Bragagnolo Unidade Municipal de Tupãssi 80 ANEXO Figura 01: Delineamento georreferenciado do perímetro do Imóvel Figuras 02 e 03: Identificação das curvas de nível e quantificação das áreas por elas representadas Figura 04: Divisão da área em Grades de amostragem Figura 05: Equipamento em operação de coleta da amostragem 81 Figura 06: Elaboração do mapa da fertilidade atual do solo. Figura 07: Mapa de correção da fertilidade do solo. Figura 08: Caminhão em operação de aplicação de corretivo em taxa variável. 82 Zootecnista – Rafael Dias Cavallieri PROJETO DE ATER EM BOVINOCULTURA DE LEITE – NOVA PRATA DO IGUAÇU / PR Aumentar a produtividade por área, através da produção leiteira focando na produção de forragens de alto valor nutricional, balanceamento de dieta, reduzindo custos e controlando a qualidade do leite através da coleta de análise mensal, ofertando leite de qualidade, buscando o preço justo, para melhorar a vida na propriedade e proporcionar condições de manutenção dos filhos na propriedade. Nova Prata do Iguaçu - PR 2015 83 84 PROJETO DE ATER EM BOVINOCULTURA DE LEITE – NOVA PRATA DO IGUAÇU / PR AUTOR: RAFAEL FLAVIO DIAS CAVALLIERI REGIÃO: DOIS VIZINHOS NOVA PRATA DO IGUAÇU 2015 85 CATEGORIA: - Dinamização das economias locais e aumento da produção de alimentos seguros NOME DO PROJETO: - Gestão da produção leiteira na agricultura familiar AUTOR: Rafael Flavio Dias Cavallieri LOTAÇÃO: Nova Prata do Iguaçu LOCAL DE APLICAÇÃO: Propriedade de Silmar Vanazi A propriedade objeto deste projeto está localizada na comunidade de Nova Gaucha, em Nova Prata do Iguaçu, região Sudoeste do Paraná, tem 25 hectares de latossolo roxo eutrófico de alta fertilidade, com teor de argila acima de 60%, ocupados com produção de grãos, pastagem, mata ciliar, instalações e moradia. Os outros 10 hectares são formados por neossolo eutrófico, com afloramento de rocha, onde se encontra o plantio de eucalipto e pastagens de estrela africana, sendo esta limitada ao cultivo de culturas anuais. O clima em Nova Prata do Iguaçu é temperado cfa, com estações do ano bem definidas, sendo um verão com temperatura média de 28oC e índice pluviométrico aproximado de 700 mm, porém ocorrem alguns períodos de estiagem. Já na primavera e no outono a temperatura média é de 22oC e o regime de chuva gira em torno de 700 mm na soma das duas estações. Já o inverno é caracterizado por períodos curtos de baixas temperaturas, perfazendo uma média de 15oC, ocorrendo geadas nas áreas mais baixas. A pluviosidade neste período é menor, registrando-se 250 mm. INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO): O presente trabalho será descrito à partir de janeiro de 2011até janeiro de 2014, período descrito como atual durante a redação deste, sendo apresentado dados da propriedade na data início e na data final, porém com descrição das ações no decorrer destes três anos de intenso trabalho de ATER de resultado. 86 SITUAÇÃO ANTERIOR: No inicio do trabalho de ATER, foi realizado o diagnóstico da realidade de produção da em relação aos capitais humanos, naturais, físicos, financeiros e sociais, tendo como base a formação do projeto Tecendo Redes de Referência e Programa Empreendor Rural/Senar e estes encontram-se descritos nas tabelas e parágrafos a seguir. Tabela 1. Capital humano – família em janeiro de 2011 Nome Silmar Vanazi Sandra Grassi Vanazi Ana Caroline Grassi Vanazi Jean Lucas Grassi Vanazi Idade 41 36 13 9 Atuação 100% 100% 5%* 0% *Os filhos atuavam em atividades simples, como fornecer e leite às bezerras O uso do solo, à época (janeiro de 2011), era no cultivo de lavouras, pastagens, florestas, conservação de áreas de preservação permanente e benfeitorias. Conforme apresentado na tabela 2. Tabela 2. Uso do solo em janeiro de 2011 e o respectivo valor da área ÁREA UNIDADE DESCRIÇÃO VALOR TOTAL (R$)* 16,7 ha LAVOURAS 200.400,00 8,0 ha PASTAGENS (ESTRELA) 3,8 ha MATAS 7.600,00 0,5 ha BENFEITORIAS 9.000,00 4,0 ha PASTAGENS (PIONEIRO E CANA) 48.000,00 2,0 ha REFLORESTAMENTO 14.000,00 35,0 ha TOTAL 48.000,00 327.000,00 *Valor por área baseado na avaliação do DERAL. 87 A área descrita como lavoura, já era utilizada na integração lavoura e pecuária e na produção de silagem. A mesma está contabilizada no valor de produtividade e renda líquida anual e na apresentação da evolução produtiva apresentada nos resultados obtidos. Existia e ainda existe uma estrada pública que corta a propriedade e um pequeno acesso a residência e a estrebaria que hoje é a sala de ordenha conforme imagem in anexo. O relevo da propriedade é ondulado, sendo as áreas de latossolos com declive aproximado de 10%, já na área de neossolo a declividade é maior, atingindo até 40%. Relativo aos recursos hídricos, a propriedade tem duas nascentes, sendo uma constante, com vazão aproximada de 8 Litros por segundo, usada na irrigação de pastagem e uma sazonal com baixa vazão em épocas de estiagem. Além disto, existe um rio que corta a propriedade com uma vazão de 300 Litros por segundo. Para o consumo na residência existe água encanada, de uma rede comunitária de água, captada de poço semi-artesiano. O Capital físico desta propriedade é composto pelas construções, benfeitorias e equipamentos existentes em janeiro de 2011, sendo este um dos pontos de destaque ao sucesso da proposta de ATER. A tabela 3 e 4, a seguir, apresenta os dados referente a realidade neste período. Tabela 3. Construções da propriedade sua área, cobertura, conservação e o seu valor. UNIDADE DESCRIÇÃO ÁREA COBERTURA CONSERV. VALOR VENAL 2 GALPOES DE MADEIRA 159 m² Fibroamianto RAZOAVEL R$ 4.500,00 1 CASA DE ALVENARIA 80 m² Telha de barro OTIMA R$ 40.000,00 CERCAS ELÉTRICAS 4560 m R$ 9.200,00 - TOTAL --- OTIMA R$ 53.700,00 88 Tabela 4. Máquinas e equipamentos, condições e valor venal UNIDADE DESCRIÇÃO CONSERV. VALOR VENAL(R$) 1 TRATOR DE PNEU MASSEY FERG. BOM 1 COLHEDORA DE FORRAGEM OTIMA 2.400,00 1 PLANTADORAS BOA 5.000,00 1 PULVERIZADORES RAZOAVEL 1.500,00 1 CARRETA AGRICOLA BOA 1.800,00 1 DISTRIBUIDOR DE UREIA RAZOAVEL 1 ROÇADEIRAS OTIMA 1 TRITURADOR DE MILHO BOM 600,00 1 ORDENHA BOA 900,00 1 RESFRIADOR OTIMO 3.000,00 1 CJ IRRIGAÇAO OTIMO 12.000,00 29.000,00 TOTAL 800,00 1.200,00 58.200,00 Relativo ao rebanho em janeiro de 2011, o produtor possuía a seguinte configuração, descrita na tabela abaixo. Tabela 5. Relação de animais, categoria, idade e valor. IDADE APTIDA VALOR O VENAL (R$) UNIDADE DESCRICAO RAÇA (meses) TOTAL(R$) 20 VACAS MEST > 30 LEITE 2.800,00 56.000,00 5 NOVILHAS MEST 21 a 30 LEITE 2.000,00 10.000,00 7 NOVILHAS MEST 13 a 20 LEITE 1.700,00 11.900,00 7 BEZERRAS MEST 4 a 12 LEITE 900,00 6.300,00 89 3 BEZERRAS MEST 1 TOURO JERSEY 0 a 3 LEITE 400,00 1.200,00 70 LEITE 2.000,00 2.000,00 87.400,00 Com os valores apresentados, é possível notar que, no inicio do trabalho, o produtor já havia um bom capital investido relativo aos animais de produção. Para finalizar as informações relativas aos capitais, serão apresentados os dados de capital financeiro em janeiro de 2011 Tabela 6. Créditos VALOR DISPONIBILIDADE DATA SAQUE (R$) REFERENCIA CONTA CORRENTE BB 3.000,00 IMEDIATA IMEDIATA Tabela 7. Estoques DESCRICAO REFERENCIA QUANTIDADE VALOR (R$) TOTAL (R$) SOJA SACAS 60 KG 150,00 41,00 6.150,00 MILHO SACAS 60 KG 50,00 23,00 1.150,00 Tabela 8. Dívidas REFERENCIA PRONAF INVESTIMENTO VALOR (R$) 2.500,00 PARCELA VENCIMEN S TO 2 2012 A 2013 Após verificar a realidade dos capitais em janeiro de 2011, chega-se a conclusão que o produtor tem grande potencial de aumentar a produção e a produtividade, bem como a renda da família. 90 JUSTIFICATIVA: O interesse da família no aumento da receita, a vontade de organizar e aproveitar melhor as condições de produção da propriedade, com gerenciamento da produção através da anotação de dados, controle leiteiro, adequação de manejo do rebanho e manejo nutricional. OBJETIVO DA PROPOSTA: Aumentar a produtividade por área, através da produção leiteira ESTRATÉGIA DA PROPOSTA: Focar na produção de forragens de alto valor nutricional, balanceamento de dieta, reduzindo custos e controlando a qualidade do leite através da coleta e análise mensal, ofertando leite de qualidade, buscando o preço justo, para melhorar a vida na propriedade e proporcionar condições de manutenção dos filhos na propriedade. PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS: Diagnóstico da realidade, inserção e participação dos familiares no processo de definição de objetivos, planejamento, metas, responsabilidades e ganhos durante o período destacado, implantação do controle leiteiro, GPL e outras ferramentas para gestão da atividade. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: O início desta história acontece quando o produtor procurou o Instituto Emater, em Nova Prata do Iguaçu para organizar a documentação de encaminhamento do PIN (Programa de Irrigação Noturna), durante a visita, realizada em junho de 2010, para avaliar as condições ambientais referentes a implantação da irrigação surge o primeiro diálogo sobre produção de forrageiras. Na mesma conversa o produtor se interessou no assunto e me indagou sobre as mudanças que gostaria de fazer na propriedade, já 91 que a produção de grãos não estava sendo suficiente para gerar renda digna à sua família. Na segunda visita, nesta ocasião com interesse de organizar documentação para financiar a irrigação, definiu-se o agente financeiro a ser encaminhado o projeto, neste caso o Banco do Brasil, sendo que esta ação passa a fazer parte da proposta de Desenvolvimento Rural Sustentável do banco e o produtor teve o crédito aprovado, tendo em vista o processo de assistência que estava sendo implantado e o seu bom histórico adimplente. Nesta visita, eu, passei a conhecer os familiares do produtor e procurei informalmente saber mais informações como nome, idade, atuação no sistema produtivo de cada membro da família. Nestas primeiras conversas o produtor me solicitou informações de uma forrageira de hábito cespitoso para implantar na área que pretendia irrigar, apresentei algumas espécies de alta produtividade e alto valor nutritivo, ficando definido que nesta proposta o capim que melhor se adaptaria, seria o capim elefante pioneiro. Em seguida o produtor, através do instituto emater, encaminha uma amostra de solo, da área a ser implantada a pastagem, para análise. O resultado serviu de base para orientar a aplicação de corretivos. Em agosto de 2010 o produtor providencia as mudas, de um banco existente na propriedade e inicia a preparação da área para implantar a forrageira. Até então a base de alimentação do rebanho existente era de forragens anuais de verão, de inverno, silagem e concentrado. Com o pasto plantado e a irrigação implantada, rapidamente o capim brotou e em dezembro de 2010, já foi possível o uso do pasto para fornecimento aos animais em pastejo. Nesta época foi implantado um processo de controle, onde o produtor anotaria as despesas e passaria a trabalhar com inseminação artificial. Outra ação relevante foi o início do controle leiteiro, onde mensalmente o leite seria pesado e amostrado para encaminhar à Associacao paranaense de criadores de bovinos da raça holandesa, a qual analisaria o leite, fornecendo dados dos teores de gordura, proteína, células somáticas e sólidos totais. Além disso, com as coberturas 92 conhecidas, pelo manejo reprodutivo, com o programa Web+leite foi possível determinar muitos índices da propriedade, tanto em quesito reprodutivo, produtivo, nutricional e sanitário, sendo fundamentais às tomadas de decisões pelo técnico e pelo produtor. O sistema de produção implantado foi intensivo, baseado na produção de forragem de alta qualidade, focando a conservação e a fertilidade do solo, com a reforma das curvas de nível, proteção da água e conforto animal. Foram implantados na propriedade, 30 piquetes com capim pioneiro, de 1500 m², sendo 24 destes irrigados e com sombreamento de eucalipto. Além disso, o produtor dispõe de 1 ha de cana de açúcar, 12 ha no sistema integração lavoura pecuária e 4,4 ha são destinados ao cultivo do milho para produção de silagem, sendo esta em áreas alternadas, onde é plantado milho em um ano, no ano seguinte é plantado soja. O trabalho foi realizado, conforme programado, acompanhando cada passo da propriedade, gerando dados para mostrar que a atividade é rentável e que era fundamental na busca de qualidade de vida familiar, conservação ambiental e envolvimento familiar no cotidiano produtivo. Além dos objetivos da família, eu, técnico da extensão, preconizei os aprendizados durante este período, para transmitir através de métodos grupais, como tardes de campo, reuniões técnicas, os resultados obtidos, tornando a propriedade uma unidade de referência. RESULTADOS Os resultados obtidos em todos os campos de produção foram muito significativos, passo a descrever a evolução dos capitais anteriormente apresentados. Relativo ao capital natural, o mesmo continua semelhante, porém com a evolução dos preços da terra, os investimentos em conservação e correção de solos, tanto na área de pastagem como na integração lavoura e pecuária e a evolução dos eucaliptos na área de reflorestamento, o imóvel sem as benfeitorias está avaliado em R$ 520.000,00. Com relação a infra-estrutura, os dois galpões de madeira não existem mais, o 93 capital referente a este bem, foi transformado em uma sala de ordenha com ante-sala coberta de zinco, com piso de concreto, sala de resfriador, depósito, silo para ração, sala de trato, totalizando 400 m², em ótimas condições e com valor venal de R$ 100.000,00. Sobre os equipamentos, destacam-se o conjunto de ordenha e o resfriador que foram substituídos, cabe citar que a ordenha existente em 2011 era no sistema balde ao pé, com dois conjuntos e o resfriador para quatro ordenhas de 600 L. Hoje o produtor conta com uma ordenha canalizada de 4 conjuntos com medidor, para realizar o controle leiteiro mensal, no valor de R$ 6.500,00 e o resfriador hoje é de 1400 L no valor de R$ 12.000,00. Para facilitar o trabalho o produtor adquiriu uma desensiladeira, no valor de R$ 25.000,00. Demais bens, como trator, irrigação, plantadeira, etc. continuam na propriedade, todos funcionando em bom estado, porém já depreciados proporcionalmente ao seu uso, fato considerado para avaliação financeira da atividade no período. Os animais atualmente também merecem destaque, pois com o trabalho de melhoramento genético, seleção de animais seu valor foi aumentado além do número também, conforme os dados a seguir: Tabela 9. Descriçao do rebanho em janeiro de 2014. IDADE UNIDADE DESCRICAO RAÇA (meses) APTIDAO VALOR VENAL (R$) TOTAL(R$) 34 VACAS HOL > 30 LEITE 3.500,00 119.000,00 6 NOVILHAS HOL 21 a 30 LEITE 2.500,00 15.000,00 7 NOVILHAS HOL 13 a 20 LEITE 1.700,00 11.900,00 7 BEZERRAS HOL 4 a 12 LEITE 900,00 6.300,00 2 BEZERRAS HOL 0 a 3 LEITE 500,00 1.000,00 1 TOURO HOL 30 LEITE 3.000,00 3.000,00 156.200,00 94 Houve melhora no rebanho, o que proporciona maior barganha de preço de comercialização dos animais, outro fato importante é que o produtor passa a ter um aumento de renda com a comercialização de excedentes de animais jovens, porém em pequena escala, por enquanto. Do ponto de vista financeiro em dezembro de 2014 o produtor tinha a seguinte configuração: Tabela 10. Créditos em janeiro de 2014. VALOR DISPONIBILIDADE DATA SAQUE (R$) REFERENCIA CONTA CORRENTE BB 12.000,00 IMEDIATA IMEDIATA Tabela 11. Dívidas em janeiro de 2014 REFERENCIA VALOR (R$) PRONAF INVESTIMENTO PARCELAS VENCIMENTO 7.500 5 2015 A 2020 18.000 8 2015 A 2023 Nota-se desta forma que o produtor aumentou seu capital em infraestrutura, melhorou o seu plantel, porém as dívidas não foram aumentadas na mesma proporção, o que permite estimar a liquidez das atividades, gerando renda e melhor qualidade de vida, conforto e facilidade no trabalho. Deixei para apresentar os resultados de produção por último, porém, a meu ver, foram os resultados de maior destaque na busca dos objetivos. Tabela 12. Produção, produtividade, receita Bruta, Renda Liquida da atividade leite para o período de janeiro de 2011 a dezembro de 2013. Ano Produçao (L) 2011 2012 2013 95.703 109.249 133.152 Produtividade (L/ha) 14.326 16.552 17.753 95 Receita Bruta (R$) 73.490,81 85.568,45 124.698,57 Renda Liquida (R$) 43.444,20 54.461,24 70.847,77 Dados referentes a produção e renda em 2014, estão em processo de conclusão, por isso os dados apresentados referem-se até 2013, mas estima-se um crescimento de produção de 35%. O produtor não obteve rendas com venda de animais no período, já que o mesmo estava em composição do rebanho e teve baixa de 5 animais. Sobre o capital humano, atualmente, todos atuam no processo produtivo, principalmente o Silmar e a Sandra, somados a eles, o Jean e a Ana também ajudam no dia-a-dia da propriedade, uma vez que já estão maiores do que a época em que iniciamos o trabalho de ATER. O casal e os filhos mostram facilidade e a motivação para adquirir novos conhecimentos e assimilar novas técnicas de produção de grãos e leite. No campo ambiental, o produtor avançou significativamente, isolando as áreas de preservação permanente, recuperando principalmente as matas ciliares e os animais não tem acesso às nascentes, rios e reservatório da irrigação, tendo água disponível nos bebedouros distribuídos na propriedade e em todos os piquetes. As instalações construídas foram planejadas para coletar água da chuva e reservá-la, porém ainda não está sendo realizada esta prática, além disso, num futuro próximo, existe o planejamento da instalação de um biodigestor, associado a fertirrigação. Outro fator importante foi a instalação do sistema silvipastoril, com foco no conforto animal, porém as árvores tem papel fundamental no equilíbrio da emissão de gases de efeito estufa, principalmente o metano. PARCERIAS DO PROJETO: Já na implantação da irrigação a parceria mostra sua força, pois devido a propriedade estar integrada no processo de assistência técnica, a prefeitura municipal dentro do programa porteira adentro, encaminhou à propriedade a retroescavadeira para abertura das valetas destinadas a implantação da irrigação, que foi adquirida de empresa local, valorizando assim o comércio pratense. E em 2013 esta parceria, novamente proporcionou, dentro do programa porteira 96 adentro, a terraplenagem para construção das novas instalações de sala de ordenha e tratamento, reforma de silos, readequação de estradas e nivelamento de terreno para plantio de cana. Além da secretaria municipal de agricultura, banco do Brasil e emater, cabe destaque a parceria com a coopafi, cooperativa de comercialização, e coasul, onde o produtor comercializa a sua safra de grãos, tendo abono junto ao programa do biodiesel. Os resultados anualmente são divulgados em tardes de campo realizados na propriedade e desde o ano de 2012, aumentou significativamente o número de produtores solicitando a visita do técnico. Somado a isso, a idéia implantada tem sido trabalhada em mais uma unidade de referência no município desde janeiro de 2013 e em 2014, está sendo irradiada para outras cinco numa parceria direta com a secretaria municipal de agricultura, no projeto leite sudoeste. Este trabalho realizado junto a esta família tem gerado ótimos frutos dentro de Nova Prata do Iguaçu, pois esta experiência tem sido aplicada em outras propriedades com sucesso. CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO FUTURO”: O tema escolhido reflete diretamento os objetivos estratégicos do projeto Emater do futuro. Todo aprendizado destes anos trabalhados nesta unidade de referência, aumentou significativamente o conhecimento técnico dos envolvidos, o que melhora a qualidade do serviço de ATER prestado à comunidade. Este trabalho foi realizado continuamente, com visitas mensais e presença direta na vida produtiva da família e permitiu ao produtor acessar o crédito rural sem custo adicional de assitência técnica e com o aumento da renda a família passou a ter maior qualidade de vida e principalmente melhoraram as condições de trabalho. O produtor cada vez mais se sente responsável em organizar a propriedade, aproveitando os recursos naturais de forma sustentável, preservando o meio ambiente 97 e sempre pensando em melhorar a conservação, desde a proteção dos mananciais e no projeto para execução em 2015 da coleta de dejetos para fertirrigação. AGRADECIMENTOS: Agradeço a Deus pela saúde e toda riqueza natural ofertada sem cobrar nada em troca. Agradeço imensamente a oportunidade de trabalho proporcionado pelo Instituto Emater, pela formação continuada que nos é concedida. Ao produtor e sua família que acreditam no seu potencial e não medem esforços para atingir os objetivos traçados no planejamento. A minha família que por muitos dias teve a paciência e a compreensão sobre o trabalho fora dos horários de expediente e a força e carinho diários a mim ofertados, reforçando a ligação das nossas famílias que além da relação profissional, hoje temos uma relação de amizade. REFERÊNCIAS CARVALHO, L. de A. ZOCCAL, R. MARTINS, P. do C. ARCURI, P. B. MOREIRA, M. S. de P. Tecnologia e gestão na atividade leiteira. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2005. CHAPAVAL, L. PIEKARSKI, P. R. B. Leite de qualidade: manejo reprodutivo, nutricional e sanitário. Viçosa:Aprenda Fácil, 2000. MEDEIROS, F. de P. FERRO, H. L. OLIVEIRA, S. S. R. Instalações para gado leiteiro. Curitiba:Instituto Emater, 2009. PERES, F. C. HIRONAKA, G. M. F. N. CANZIANI, J. R. GUIMARÃES, V. D. A.; OLIVEIRA, M. M. C. Elaboração e Análise de Projetos. O Programa Empreendedor Rural. Curitiba: SEBRAE/PR e SENAR/PR, 2010. PIMENTEL, A. Curso de empreendedorismo. São Paulo:Digerati Books, 2008. YAMAGUCHI, L. C. T. CÓSER, A. C. MARTINS, C. E. DERESZ, F. CARNEIRO, A. V. Pastejo rotativo: viabilidade econômica na produção de leite. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2002. 98 ANEXOS 1. REPORTAGEM PUBLICADA NO BOLETIM INFORMATIVO FAEP, 1282 DE 03 A 9/11/2014. 2. FOTO DO CONTROLE LEITEIRO REALIZADO EM 25/05/2011 3. FOTO DA ÁREA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA E PECUÁRIA TIRADA EM 25/05/2011. 4. DIA DE CAMPO SOBRE SISTEMA SILVIPASTORIL COM PRODUTORES BENEFICIÁRIOS DA CHAMADA PÚBLICA DE SUSTENTABILIDADE 04/02/2015 5. VISITA ÀS NOVAS INSTALAÇÕES COM PRODUTORES BENEFICIÁRIOS DA CHAMADA PÚBLICA DE SUSTENTABILIDADE 04/05/2015 99 100 101 102 Engenheiro Agrônomo – Ciro Daniel Marcolini Engenheiro Agrônomo – Manuel Pessoa de Lira DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL NA PRODUÇÃO DE LARANJA DE MESA EM APEQUENAS PROPRIEDADES Organização dos pequenos produtores na produção de laranja de mesa com alta produtividade e qualidade, mediante o uso dos recursos naturais e de mecanismos reguladores para minimizar o uso de insumos e contaminantes e para assegurar uma produção agrária sustentável. _______________________________________________ Cornélio Procópio - PR 2015 103 104 INSTITUTO PARANAENSE DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PRÊMIO RECONHECIMENTO EXTENSIONISTA CIRO DANIEL MARCOLINI 0$18(/3(662$'(/,5$ MAURÍLIO SOARES GOMES DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL NA PRODUÇÃO DE LARANJA DE MESA EM PEQUENAS PROPRIEDADES CORNÉLIO PROCÓPIO 2014 105 CATEGORIA: 2) DINAMIZAÇÃO DAS ECONOMIAS LOCAIS E AUMENTO DA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS SEGUROS. NOME DO PROJETO: Produção de Laranja de Mesa em pequenas propriedades AUTOR: Ciro Daniel Marcolini¹ CO-AUTOR PRINCIPAL: Maurílio Soares Gomes¹ e Manuel Pessoa de Lira¹ LOTAÇÃO: Nova América da Colina/Cornélio Procópio LOCAL DE APLICAÇÃO: ADI- Vale do Tibagi – Região de Cornélio Procópio INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO: Janeiro de 2.010 a abril de 2.015 SITUAÇÃO ANTERIOR: Pequenos agricultores familiares em busca de alternativas para o aumento de renda, em função das dificuldades para viabilizar suas propriedades com o cultivo de grãos. JUSTIFICATIVA: A produção de laranja para o mercado de fruta fresca permite o cultivo em módulos pequenos, diferente do cultivo para a indústria, que demanda uma produção em escala. A comercialização de laranja/fruta fresca apresenta alta rentabilidade por unidade de área. Para efeito de comparação, um hectare com laranja produz em média 47.520 Kg (quarenta e sete mil e quinhentos e vinte quilos) de laranja, o que gera uma renda de R$ 16.157,00 (dezesseis mil cento e cinquenta e sete reais), onde trabalhamos neste caso com um preço médio de R$ 0,34 o quilo da fruta (preço líquido recebido pelo produtor). Considerando uma rentabilidade de 50%, temos R$ 8.078,00 (oito mil e setenta e oito reais), que equivalem a 139 sacas de 60 quilos de soja. Diante destes números, concluímos que a laranja cultivada nestas condições gera uma rentabilidade líquida 5 vezes maior que a soja.. O acesso e manutenção do mercado, exige um nível de organização que viabilize a produção e a distribuição de frutas de alta qualidade, em volume e constância de acordo com a demanda, respeitando as normas legais exigidas. 106 ¹ Engenheiro Agrônomo OBJETIVO DA PROPOSTA: Organização dos pequenos produtores na produção de laranja de mesa com alta produtividade e qualidade, mediante o uso dos recursos naturais e de mecanismos reguladores para minimizar o uso de insumos e contaminantes e para assegurar uma produção agrária sustentável. PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS: 1- Área Plantada: 180.000 plantas, em 435,6 há. com produção escalonada e distribuída em diferentes épocas do ano, entre as variedades, Navelina, Pera, Sharmout, Valência, Folha Murcha e Limão. 2- 67 associados distribuídos em 06 municípios. 3- Modelo tecnológico de produção implantado nos pomares 4- Manejo de pragas/greening sistematizado 5- Convênio de assessoria técnica e de gestão de negócio com a Emater 6- Reuniões técnicas mensais 7- Produção certificada (CFO/CFOC) 8- Produção anual média de 300.000 caixas de 23 kg. e faturamento em torno de R$ 3.000.000,00. 9- Instalações físicas da cooperativa: - Packing House – 615 m², com máquina de lavagem, desinfecção e seleção, carga e descarga em área coberta. - Escritório, sala reunião/refeitório com área de 180 m². 10- 11 funcionários 11- 2 manejadores pragas/greening 12- 2 representantes comerciais 107 108 DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: O instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER historicamente tem forte atuação em processos de organização dos agricultores paranaenses, na criação de entidades que representem seus interesses, proporcionam o aumento da renda e a sobrevivência do agricultor e sua família na atividade agropecuária. O resultado deste trabalho ao longo do tempo é a existência de inúmeras Cooperativas, Agroindústrias, Associações, Conselhos, Feiras, Grupos informais, etc. que hoje aglutinam milhares de produtores e participam ativamente do desenvolvimento estadual, regional e municipal. Outro grande foco do trabalho da extensão ao longo dos anos é o aumento de renda e a diversificação da pequena propriedade, buscando a substituição das culturas que exigem escala, por culturas que em pequenas áreas proporcionem alta rentabilidade. Dentro deste foco foi realizado em toda a Região de Cornélio Procópio um grande esforço/trabalho de todo o corpo técnico entre os anos de 1.994 a 2.000, visando o aumento de renda através da diversificação para pequenas propriedades. As estratégias utilizadas foram: Encontros, Seminários e Excursões, onde os produtores da região puderam conhecer e discutir a viabilidade financeira e técnica de diversas oportunidades de negócio. Várias atividades se consolidaram neste processo e hoje são referências na geração de renda e de desenvolvimento local: Cultura da Banana, Cultura de Citros, Piscicultura, Olericultura orgânica, Plasticultura. A NOVACITRUS - Cooperativa dos Fruticultores de Nova América da Colina e Região é fruto deste trabalho extensionista, que foi iniciado como “grupo informal” quando 6 pequenos produtores da agricultura familiar iniciaram em 9,0 há o cultivo de citros e que tinham como desafio diversificar suas propriedades, produzir laranja de qualidade e comercializar a produção no mercado regional de frutas frescas para terem maior rentabilidade, já que no modelo tradicional de produção para a indústria de suco concentrado, seria necessário grandes áreas e produção em escala. 109 Em parceria com governo do estado através da SEAB/Emater houve o inicio do processo de assessoria técnica na produção, capacitação constante visando a profissionalização e acesso ao mercado, o que gradativamente consolidou a atividade e levou ao crescimento das áreas de plantios e no número de produtores envolvidos, extrapolando as fronteiras de Nova América da Colina para os municípios vizinhos. Com aumento gradativo e constante do volume de produção foram desenvolvidas intervenções visando a organização dos produtores para viabilização das operações de pós-colheita e comercialização. Surgiu então no ano de 2.002 Associação dos Fruticultores da Região de Nova América da Colina, denominada NOVACITRUS, que através do Programa PR-12 Meses montou sua própria estrutura de beneficiamento - PACKING HOUSE onde o produto passou a ser lavado, desinfetado, polido e classificado de acordo com as exigências da defesa sanitária vegetal e do mercado consumidor. 110 Em função da evolução natural do processo de organização e produtivo, também das tendências do cenário atual de mercado, o desafio passa a ser o crescimento ordenado da produção em volume e constância, dentro de padrões técnicos ambientalmente corretos, qualidade que ofereça segurança alimentar ao consumidor e principalmente a verticalização da produção buscando a agregação de valor e a diversificação de produtos a serem ofertados ao mercado consumidor. Neste contexto a partir do ano 2.010 foi criada paralelamente a Cooperativa dos Fruticultores de Nova América da Colina e Região - NOVACITRUS, para assumir a parte gerencial e comercial da atividade e oficializou-se a assessoria do Instituto Paranaense de Assistência Técnica-EMATER, através de convênio de cooperação técnica. A partir deste momento a Emater passou a disponibilizar um eng°agr° para atendimento exclusivo das demandas da cooperativa, proporcionando intervenções contínuas e mais efetivas, possibilitando assim grandes avanços e melhor estruturação da gestão do projeto, o que levou á sistematização de diversas ações: . Adequação na grade de agroquímicos privilegiando produtos menos tóxicos . Respeito aos períodos de carência . Operacionalização do manejo ecológico de pragas-MEP/Greening . Cobertura total nas entre linhas (Proteção do solo) . Vistorias dos Manejadores de pragas/Greening . Adubação baseada em análise de solo e folha . Uso de materiais orgânicos livre de metais pesados . Capacitação Mensal de produtores . Foco na segurança do alimento . Aperfeiçoamento no processo de distribuição e ampliação de mercado . Acesso aos mercados institucionais . Emissão de certificação (C F O e C F O C) . Estruturação da parte administrativa da cooperativa . Equilíbrio financeiro da cooperativa . Inclusão no projeto: Nutre-mais gestão (chamada Público-Cooperativismo) 111 1997 – 1998 9 Curso básico sobre a Cultura do Citros 9 Reuniões técnicas sobre Pragas dos Citros 9 Expansão de área com 2.800 mudas doadas pela Codapar 9 São colhidas as primeiras safras 9 Toma-se a decisão de montar um Packing House Ano 1.994 9 Grupo informal 9 Primeiros pomares implantados 9 4.200 mudas subsidiadas pelo Programa de apoio a fruticultura 112 9 Instalação do Packing House 9 Pr-12 Meses R$ 10.661,00 9 Pronaf R$ 15.000,00 1.999 9 Capacitação : . Excursão(Limeira, Unesp, Holambra) R$ 7.500,00 Pr 12 Meses . Excursão( Semana da Citricultura/Cordeirópolis) R$ 5.800,00 - Pr 12 Meses . Excursão (Paranavai) R$ 2.200,00-Pr 12 Meses . Curso Poda de Citros . Curso Tecnologia de Aplicação de Defensivos 9 Expansão de área de plantio 60.400,00 Pr 12 Meses + contrapartida 2.000 – 2.001 CRONOLOGIA 9 Grupo se transforma em Associação 9 Contratação de Inspetor de Pragas 9 Aquisição de 3 atomizadores em grupos R$ 45.000,00-Pr 12 Meses + contrapartida R$ 25.800,00 9 Modernização do Packing House R$ 50.400,00 Pr 12 Meses + R$ 10.000,00 recursos próprios+ R$ 15.000,00 Pronaf 9 Aumento de área de plantio R$ 36.000,00 + contrapartida Aumento de área de plantio R$ 150.000,00 recursos próprios 9 Capacitação: . Curso-Produção Integrada . Treinamento Pragas dos Citros- IAPAR . 2 Cursos MEP- Gravena, R$ 7.900,00 - Pr 12 Meses . Curso básico sobre Cultura do Citros, R$ 400,00 – Pr 12 Meses . Curso Tecnologia de Aplicação de Defensivos, R$ 600,00 – Pr 12 Meses 2.002 – 2.004 9 Tentativa de implantação do modelo Produção Integrada 9 40 reuniões técnicas-assuntos diversos 9 Capacitações . 3 cursos Gestão da Produção Integrada . 5 cursos Tec. de Aplicação de Agroquímicos . 2 cursos Tecnologia,Cidadania e Meio Ambiente . 2 cursos Tecnologia de Colheita . 1 curso de Tratorista . 1 curso Segurança no Trabalho . 1 curso Doenças e Pragas da Laranjeira . 2 curso De Olho na Qualidade . 2 cursos Manejo Ecológico de Pragas 9 Contratação de representante comercial 9 Relacionamento intenso com o mercado . Abertura e expansão de mercado . Instalação de sistema de desinfecção da fruta 2.005 - 2.009 113 9 Criação da Cooperativa Novacirus 9 Formalização de convênio com EMATER 9 Adequação na grade de agroquímicos privilegiando produtos menos tóxicos 9 Respeito aos períodos de carência 9 Operacionalização do manejo ecológico de pragas-MEP/Greening 9 Cobertura total nas entre linhas (Proteção do solo) 9 Sistematização das vistorias dos Manejadores de pragas/Greening 9 Adubação baseada em análise de solo e folha 9 Uso de materiais orgânicos livre de metais pesados 9 Foco na segurança do alimento 9 Aperfeiçoamento no processo de distribuição e ampliação de mercado 9 Acesso aos mercados institucionais 9 Emissão de certificação (C F O e C F O C) 9 Estruturação da parte administrativa da cooperativa 9 Equilíbrio financeiro da cooperativa 9 Inclusão no projeto: Nutre-mais gestão (chamada Público - Cooperativismo) 9 Capacitação: Reuniões Técnicas Mensais temas diversos 9 Ampliação do Packing House, R$ 70.000,00 com recursos próprios 9 Modernização do sistema de desinfecção 2.010 – 2.014 9 Implantação de 20 há de novos pomares ao ano nos próximos 10 anos. 9 Aumento em 30% o quadro de cooperados 9 Implementar processo de verticalização com o esmagamento de laranja para produção de suco pasteurizado, buscando agregação de valor e melhor rentabilidade, principalmente com as laranjas consideradas pequenas, manchadas, com pequenos danos visuais, que hoje são vendidas para a indústria trazendo, pouco retorno financeiro 9 Concluir diagnóstico e elaboração do plano de gestão da Cooperativa projeto: Nutre-mais gestão (chamada Público Cooperativismo) 2.015 – 20....... Problemas detectados na execução do projeto: 1- Aquisição de Box na Ceasa de Londrina, devido ao entendimento por parte da administração da Ceasa, que a Novacitrus como empresa (CNPJ) não poderia comercializar na popular “pedra”, sendo que o mesmo tratamento não foi dado igualmente a todos e com isso a Novacitrus passou a ter várias despesas com o funcionamento do Box: R$16.000,00 de licitação, R$130.000,00 com construção, salário de 03 funcionários, taxa de ocupação e condomínio girando em torno de R$ 8.403,00 mensais, isto causou grande elevação nos custos de comercialização. No ano de 2013 a Novacitrus se viu obrigada a se desfazer do referido Box, visto que com esses custos adicionais a cooperativa estava enfrentando sérios problemas financeiros. 2- Na Busca de ofertar laranja de boa qualidade, durante todo o ano, a cooperativa, buscou a implantação de outras variedades como Navelina e Shamout, em uma área de 96,4 há em 12 propriedades, sendo que infelizmente as mesmas não produziram conforme o esperado gerando grandes prejuízos aos produtores envolvidos. 3- Mudas de laranjas adquiridas do viveiro Mundo Novo em Londrina vieram fora de padrão, também acarretando prejuízos e falta de produto para comercialização. 4- Falta de fidelidade de parte de seus associados, pois estima-se que 20% da produção está sendo comercializada fora da Cooperativa, aproximadamente 60.000 caixas, que trariam recursos para a Cooperativa. 5- GREENING: Os produtores precisam aprender a conviver com esta doença, efetuando o controle sistemático, a cada 15-20 dias com equipamento, produto e dosagem corretas, mas a resistência dos produtores em fazer o controle conforme preconizado coloca em risco os pomares de toda a região. 6- Falta de garantias fiduciárias dificultam o acesso ao crédito para novos investimentos em infraestruturas de transformação e modernização. Projeto Futuro e Perspectivas: A Cooperativa Novacitrus tem como caminho natural avançar na atividade e aumentar sua competitividade, por isso seus gestores 114 tem como principal objetivo para os próximos anos, viabilizar a modernização /melhorias estruturais, alcançar novos mercados e ampliação de benefícios aos cooperados e para isto tem projetos já definidos para serem trabalhados /desenvolvidos a partir de 2015: - Implantação de 20 há de novos pomares ao ano nos próximos 10 anos. - Aumento em 30% o quadro de cooperados - Implementar processo de verticalização com o esmagamento de laranja para produção de suco pasteurizado, buscando agregação de valor e melhor rentabilidade, principalmente com as laranjas consideradas pequenas, manchadas, com pequenos danos visuais, que hoje são vendidas para a indústria trazendo, pouco retorno financeiro “CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO ËMATER DO FUTURO”: - A atividade vem proporcionando aumento de renda nas propriedades trabalhadas. - O trabalho desenvolvido proporcionou a formação de uma cooperativa, que gera empregos formais no campo, no beneficiamento do produto e na distribuição da produção, contribuindo assim para a economia da micro região onde está situada. - O modelo tecnológico implantado privilegia a questão ambiental e a produção de alimento seguro através de: manejo ecológico de pragas, cobertura nas entre linhas, respeito à grade de agroquímicos, respeito a períodos de carência, adoção de manejadores de pragas, desinfecção e certificação conforme legislação sanitária. - O processo de assistência técnica está bem estruturado e formalizado através de convênio com o Emater, que atua de forma efetiva e constante, disponibilizando um engenheiro agrônomo exclusivo para os produtores da Cooperativa Novacitrus. ABRANGÊNCIA: - 6 municípios da região. - 67 famílias beneficiadas. - 435,6 há. de área plantada. 115 RESUTADOS DO PROJETO: 1- No campo estima-se 534 empregos diretos criados e/ou mantidos. 2- Na parte operacional da Cooperativa Novacitrus, foram criados os seguintes empregos: 03 Administrativos 01 Serviços gerais 05 Beneficiamento da Produção 01 Encarregado de Packing House 02 Manejadores de pragas 02 Representantes Comerciais Presidente 3- Na distribuição e comercialização da Produção - 11 Micros empresários autônomos - Distribuidores - 6 Empregados(motorista e ajudante) - 3 Fretistas 4- Rentabilidade do Cooperado/Há. ITEM Unidade Valor Unitário Quantidade Insumos Ton/Lit. Diversos Diversos 1.435,27 Mão de Obra H/H 5,60 18,05 101,08 Mecanização H/M 46,81 13,74 643,39 Colheita Cx 1,20 1.450 1.740,00 Transporte Cx 1,00 1.450 1.450,00 Encargos - - - 228,46 TOTAL - - - 5.598,20 RECEITA Cx/23/Kg 7,00 1.450 10.150,00 MARGEM XXX XXX XXX 4.551,80 116 Total 5- Volume Comercializado VOLUME COMERCIALIZADO CAIX A 23Kg. 345.775 267.700 295.754 2.012 2.013 2.011 Fonte: Cooperativa Novacitrus 321.944 2.014* * ** Previsão 6- Movimentação Financeira – em R$ MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA-R$ 4.000.000,00 3.462.165,67 3.500.000,00 3.000.000,00 2.500.000,00 2.522.781,62 2.452.083,00 2.156.184,97 2.011 2.012 2.000.000,00 1.500.000,00 1.000.000,00 500.000,00 - 2.013 Fonte: Cooperativa Novacitrus 2.014** ** Previsão 7- Participação no VBP e Valor Adicionado Fiscal-agropecuário do Município América da Colina (ano de referência, 2.013) 50.000.000,00 45.000.000,00 40.000.000,00 35.000.000,00 30.000.000,00 25.000.000,00 20.000.000,00 15.000.000,00 10.000.000,00 5.000.000,00 0,00 6% 6,5% Cooperativa Novacitrus Nova América da Colina VPB valor adicionado fiscal Fonte: IPARDES e Cooperativa Novacitrus 117 AGRADECIMENTOS: Diretoria do Emater, Codapar, Seab, Iapar, Adapar, Programa Pr-12 meses, SENAR, Prefeituras do municípios envolvidos, Associação dos Produtores Amigos do Cedro, Câmara Municipal de Nova América da Colina. PARCEIROS PRINCIPAIS: Codapar, Seab, Iapar, Adapar, Programa Pr-12 meses, SENAR, Prefeituras do municípios envolvidos, Associação dos Produtores Amigos do Cedro, Câmara Municipal de Nova América da Colina. REFERÊNCIAS: EMATER- Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, NOVACITRUS-Cooperativa dos Fruticultores de Nova América da Colina e Região 118 ANEXOS: 1. Fotos 119 120 Economista Doméstica – Cíntia Mara Lopes De Souza Economista Doméstica – Luciana Soares De Morais PROJETO MULHERES DO CAFÉ Projeto para promoção de igualdade de gênero e geração de renda a partir da capacitação das mulheres para a produção de café com qualidade. _______________________________________________ Região de Santo Antônio da Platina - PR 2015 121 122 CATEGORIA: 3) INOVAÇÃO EM METOLOGIA DE EXTENSÃO RURAL NOME DO PROJETO: PROJETO MULHERES DO CAFÉ AUTOR: *CÍNTIA MARA LOPES DE SOUZA – ECONOMISTA DOMÉSTICO CO-AUTORA: ** LUCIANA SOARES DE MORAIS – ECONOM. DOMÉSTICO LOTAÇÃO: *PINHALÃO ** IBAITI LOCAL DE APLICAÇÃO: CURIÚVA, FIGUEIRA, IBAITI, JAPIRA, JABOTI, PINHALÃO, TOMAZINA, SIQUEIRA CAMPOS, SALTO DO ITARARÉ, JOAQUIM TÁVORA E CARLÓPOLIS INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO): Inicio: 2013 Conclusão: Em desenvolvimento SITUAÇÃO ANTERIOR: Até o ano de 2013 não havia um trabalho específico para as mulheres do café, o que havia eram ações isoladas com as mulheres atendidas pelo Emater executadas pelas extensionistas da área de Inclusão Social, sem resultados muito visíveis. Nos eventos grupais promovidos pelo Emater, a participação era predominante masculina e as mulheres relatam que não se sentiam a vontade quando participavam. Os técnicos envolvidos com a cadeia produtiva do café também não priorizavam os atendimentos as mulheres nas visitas as propriedades e no atendimento no escritório, uma vez que o foco do trabalho sempre foi o produtor, e assim, eles não percebiam a necessidade, ou mesmo não se sentiam à vontade com este público, excluindo assim, de forma não intencional as mulheres da assistência técnica. Além disso, não havia interação de trabalho da equipe técnica social e a equipe técnica produtiva, e os trabalhos da cadeia produtiva na maioria dos municípios não era estruturado em grupos, sendo o atendimento feito com visitas individuais ou algumas metodologias grupais sem relação entre si, não obstante se reconheça a importância destas questões, uma vez que a própria Lei de Ater define como princípios da Política Nacional de Ater a “adoção de metodologia participativa, com enfoque multidisciplinar, interdisciplinar e intercultural”, bem como “a equidade nas relações de gênero, geração, 123 raça e etnia” (BRASIL, 2010). JUSTIFICATIVA: O trabalho da assistência técnica e extensão rural com a cafeicultura no Norte Pioneiro do Paraná a muitos anos tem contribuído para o desenvolvimento tecnológico da cultura. Assim como em outras cadeias produtivas trabalhar o conjunto da família envolvendo homens e mulheres nas diversas atividades da extensão não é um processo fácil, pois exige a adoção de metodologias diferentes por parte dos extensionistas, bem como a compreensão da dinâmica familiar, além de levar em consideração as desigualdades de gênero presentes na cultura familiar dos agricultores. No que se refere à esta última questão, convém esclarecer que “a perspectiva de gênero realiza uma superação dos limites biológicos e trata homens e mulheres sob a ótica de papéis sociais historicamente construídos” (SILVA e SCHNEIDER, 2013, p. 72). Esta abordagem nos permite compreender os papéis sociais historicamente destinados a homens e mulheres, e a questionar o porquê destes grupos sociais muitas vezes obterem reconhecimento ou mesmo remuneração diferenciada, apesar de realizarem trabalhos semelhantes. Temos assim que, em todos estes anos de trabalho desenvolvidos por nossos extensionistas junto às famílias de cafeicultores, identificou-se que o envolvimento da mulher no processo produtivo era cada vez maior, no entanto, nas atividades de profissionalização como reuniões, encontros, cursos e outros métodos grupais e até mesmo nas visitas individuais a presença e o atendimento é predominante masculino e a presença feminina em algumas atividades era praticamente inexistente. Sabe-se que a cadeia produtiva do café nas pequenas propriedades é exigente em mão de obra, então toda a família se envolve no processo de produção. Dentro deste processo é atribuída às mulheres como atividade principal o cuidado com o terreiro (secagem do café), porém isso não significa que elas não trabalham nas demais etapas do processo produtivo. Fica claro, no entanto, a persistência da divisão sexual do trabalho, conforme exaustivamente observado em outras circunstâncias (SILVA e SCHNEIDER, 2013), configurando-se uma situação de desvantagem para as mulheres, cujo trabalho nem sempre é valorizado na cultura do café, além de continuarem responsáveis pela maioria das tarefas domésticas (dupla jornada de trabalho). Com a inserção do processo de produção de cafés especiais no Norte Pioneiro e a partir das organizações da ACENPP – Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro e da COCENPP – Cooperativa de Cafés Especiais do Norte Pioneiro, a qualificação dos produtores de café para busca das certificações de cafés especiais se intensificou. E novamente o que se via era um público predominante masculino nas 124 atividades de qualificação, enquanto as mulheres continuavam trabalhando em todas as etapas da produção sem ter acesso a conhecimento e técnicas relacionadas a esta atividade. Percebendo esta situação, o time de extensionistas do Emater ligados a cadeia produtiva do café juntamente com as extensionistas da área de Inclusão Social, numa atividade interdisciplinar, decidiram montar uma estratégia de organização e capacitação das cafeicultoras na tentativa de qualificá-las para a produção de cafés especiais, assim como buscar a redução das desigualdades de gênero a partir das atividades promovidas pela assistência técnica e extensão rural. OBJETIVO DA PROPOSTA: - Capacitar as mulheres cafeicultoras para produção de café com valor agregado, através da inserção nas atividades desenvolvidas pelo Emater e da promoção à igualdade de gênero nas atividades extensionistas e na família rural; -Qualificar as atividades de assistência técnica e extensão rural por meio da interdisciplinaridade e da adoção de metodologias participativas. PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS: Projeto para promoção de igualdade de gênero e geração de renda a partir da capacitação das mulheres para a produção de café com qualidade. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: Ações iniciais: Com a decisão de iniciar o trabalho com as mulheres do café nos municípios da regional Emater de Santo Antonio da Platina, como atividade inicial promoveu-se o I Encontro das Mulheres do Café do Norte Pioneiro com a presença de 16 municípios produtores de café, sendo 11 da regional de Santo Antonio da Platina e outros 5 municípios da Regional de Cornélio Procópio. Neste encontro reuniram-se em torno de 250 cafeicultoras, com uma agenda voltada a sensibilizar as mulheres para a organização e qualificação, com temas que traziam a valorização da participação da mulher no processo produtivo e um diagnostico da cafeicultura no Norte Pioneiro do Paraná e cenários de mercado. Neste encontro foram realizadas filmagens para uma matéria do Emater com foco no trabalho feminino na cafeicultura. Neste encontro também ocorreu o nosso primeiro contato com International Women’s Coffee Alliance IWCA (Aliança Internacional das Mulheres do Café) uma organização internacional que agrega mulheres envolvidas com a cultura do café. A missão da IWCA – Capítulo Brasil é capacitar mulheres líderes na indústria brasileira de café, da semente à xícara, enquanto que da IWCA Internacional é “capacitar as 125 mulheres na comunidade cafeeira internacional para alcançar vidas significativas e sustentáveis e incentivar e reconhecer a participação das mulheres em todos os aspectos da indústria do café”. As informações sobre a IWCA chegaram até nós pelo coordenador regional da cadeia produtiva do café, que em eventos nacionais e internacionais tomou conhecimento desta organização e identificou que a missão da mesma vinha de encontro com o que planejávamos trabalhar com as mulheres do café. Assim para o evento foram convidadas duas representantes da IWCA - Brasil para apresentar o trabalho desenvolvido pela Aliança, assim como, conhecer a nossa pretensão de trabalho aqui na região e firmar parceria para a efetivação do trabalho com as Mulheres do Café no Norte Pioneiro. A partir do encontro observou-se que estas mulheres que participaram tinham potencial para organizar um grupo para discutir seus interesses voltados a produção do café. Identificados estes potenciais, os extensionsitas locais que se identificaram com a proposta, juntamente com as extensionistas da área social agendaram reuniões com estes grupos para realizar um diagnóstico, ou identificar as necessidades e os anseios com relação à extensão rural e assistência técnica para a produção de café. Resultado do diagnóstico e estruturação do trabalho com as mulheres do café - 2013 Na primeira reunião com os grupos potencias em junho de 2013 foi realizada uma dinâmica utilizando-se de materiais ilustrativos para que as mulheres se sentissem a vontade para expor as suas expectativas com o trabalho proposto, esta dinâmica foi aplicada pelas técnicas da área social. Até então o que a equipe tinha pra apresentar era apenas a pretensão de ter um trabalho estruturado específico para as mulheres do café. No entanto, ainda não tínhamos claro quais as metodologias que seriam utilizadas, mas sabíamos o que queríamos como resultado, que era estruturar grupos de mulheres para transferência de tecnologias do café, inserir as mulheres nas atividades promovidas pelo Emater nesta cadeia produtiva, assim como, contribuir para a igualdade de gênero no trabalho e na família destas agricultoras. Como resultado deste diagnóstico, tivemos sugestões de temas para o trabalho na área técnica produtiva e também de temas na área de desenvolvimento humano, ou seja, de inclusão social. A impressão que ficou para toda equipe foi de que as mulheres estavam esperando/necessitando por esta proposta de trabalho, pois o resultado foi uma agenda de reuniões até no final de 2013, com 11 grupos definidos em 11 municípios. Nesta etapa destacamos o envolvimento da equipe técnica no trabalho de identificação, sensibilização e mobilização das mulheres. Em junho executamos a primeira excursão técnica exclusiva para as mulheres do café, 40 mulheres dos 11 grupos e mais os técnicos envolvidos participaram da metodologia no município de Carlópolis, onde 126 visitaram 08 (oito) propriedades rurais, para conhecer experiências de sustentabilidade da cafeicultura familiar, novo paradigma da colheita e preparo, cultivo baseado no correto manejo do solo e plantas daninhas, diversificação da propriedade, colheita mecanizada na pequena propriedade, parceria entre vizinhos (pequenos e fazendeiros), colheita seletiva mecanizada, noções de regulagem de colheitadeira, planejamento da colheita com mapeamento das floradas. Dando continuidade ao trabalho, a equipe técnica estruturou uma agenda de reuniões, com temas condizentes com a época e estágio da cultura do café, sendo, julho – colheita, agosto (dias 26 a 30)– poda e recuperação do café geado (este tema foi inserido em virtude da forte geada em junho de 2013), outubro (dias 21 a 28) – adubação do cafeeiro, novembro (dias 18 a 22) – Manejo Integrado de Pragas e Doenças do café e também diversificação da propriedade - fruticultura (este tema foi solicitado pelas mulheres no decorrer do processo, pois as famílias necessitavam de novas alternativas de renda em virtude de a geada prejudicar significativamente os cafezais da região). Nesta etapa destacamos a disciplina do trabalho, com o agendamento da semana para estas atividades que ocorreram em todos os grupos com a presença do técnico local e das extensionistas da área de inclusão social. Em geral, as reuniões duravam cerca de duas horas, sendo uma hora para temas de ordem produtiva e uma hora com temas de desenvolvimento humano, pessoal e de organização. Neste ano (2014), temos utilizado o tempo destinado para atividade de inclusão social para avaliar as ações, retomar os assuntos e reforçar e motivar a organização. Em setembro realizou-se mais uma excursão para participar do III Encontro da IWCA-Brasil em Belo Horizonte/MG durante a realização do 9º Espaço Café Brasil. Participaram desta metodologia 13 (treze) cafeicultoras representando os 11 grupos da Região de Santo Antônio da Platina mais 2 técnicas sociais da mesma região e 2 cafeicultoras e uma técnica da área social da Região de Cornélio Procópio. A participação do Encontro da IWCA em BH resultou na afirmação da parceria e grande reconhecimento por parte desta organização. Neste encontro tivemos a oportunidade de discutir assuntos inerentes às dificuldades encontradas pelas mulheres quanto ao reconhecimento do trabalho importante que elas realizam na atividade cafeeira. Também ouvimos experiências de outros países e outras regiões produtoras de café do Brasil, quanto ao papel feminino nas diversas etapas desta cadeia produtiva, ou seja, do grão à xícara. Mesmo não estando na pauta do evento, surgiu o convite para apresentar o trabalho realizado no Norte Pioneiro do Paraná. Após a apresentação despertamos o interesse de muitos participantes do evento da área técnica, acadêmica e integrantes da IWCA do Brasil e outros Países. A presidente da IWCA que até 127 então não nos conhecia pessoalmente, não poupou palavras e elogios ao trabalho o que foi replicado por muitas outras lideranças presentes no evento, que podemos resumir numa das expressões proferidas “não podemos levar esta Emater para a Bahia?” referindo-se ao emater do Paraná. Nesta atividade destacamos a interação entre as mulheres dos grupos da região, a divulgação do nosso trabalho, assim como a promoção da autoestima das cafeicultoras com o reconhecimento do trabalho técnico/ extensionista, da organização e do trabalho desenvolvido por elas na propriedade. Em dezembro de 2013 realizamos um encontro para avaliação das atividades do ano que estava findando e para a programação do ano de 2014. Para esta atividade foram convidadas duas representantes de cada grupo e toda a equipe técnica envolvida. Durante o encontro utilizamos a seguinte metodologia: Os participantes foram divididos em grupos menores integrando os municípios e outro grupo da equipe técnica. Foram distribuídos cartazes para pontuar as avaliações e registrar as atividades sugeridas para o ano de 2014. Neste momento a equipe técnica pode também fazer a sua avaliação do trabalho e sugestão para o próximo ano, interagindo com as avaliações do publico atendido, neste caso, as mulheres do café. A avaliação positiva do trabalho pode ser refletida no resultado do planejamento para 2014. Com uma programação audaciosa, dinâmica e com muitas metodologias diferentes. A primeira reivindicação dos grupos foi a ampliação do tempo das reuniões para quatro horas, sendo duas horas para temas de inclusão social e duas horas para a transferência de tecnologias, sob o argumento de que precisavam de mais tempo para tirar dúvidas e inteirar-se mais dos assuntos. O resultado dos grupos foi a seguinte programação discutida e aprovada por todos os presentes: Quadro 1. Programação para 2014 Quant 01 01 05 Evento Encontro Regional com todos os grupos Excursão para o IAPAR Reuniões Técnicas: (em cada município) Março Maio Comercialização Colheita Poda e Desbrota Abril Maio Agosto Adubação MIP Cursos (em cada município) Setembro Outubro Família Rural/Qualidade de Vida (SENAR/EMATER) Comunicação e Técnicas de apresentação (SENAR/EMATER) Março Abril Básico de Degustação (SENAR/EMATER) Maio 01 01 Avançado de Degustação (EMATER/EMATER) Encontro Nacional da IWCA FICAFÉ–Feira Internacional de Cafés Especiais/Gincana/Espaço Mulheres do Café Setembro Setembro Outubro 01 Reunião de Avaliação e Planejamento Dezembro 04 128 Data Fonte: Encontro de avaliação e planejamento, Jaboti – 04/12/2014/Emater Trabalho com as mulheres do café em 2014 Em janeiro de 2014 os grupos e a equipe técnica foram surpreendidos pela visita da presidente da IWCAcapítulo Brasil. Durante a sua passagem pela região, a presidente da IWCA fez questão de visitar 04 grupos para conhecer melhor as cafeicultoras e o trabalho desenvolvido no Norte Pioneiro do Paraná. Em vários momentos de sua visita se emocionou com os depoimentos das cafeicultoras que se sentiram a vontade para falar de suas dificuldades para produção e comercialização dos cafés, assim como das dificuldades encontradas dentro e fora de casa com relação ao reconhecimento e valorização do seu trabalho na cafeicultura e doméstico. A partir desta visita a então presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café - Brasil, que ocupa atualmente uma posição na OIC – Organização Internacional do Café, ela apresenta este trabalho do projeto “Mulheres do Café” do Norte Pioneiro do Paraná em eventos internacionais como exemplo de organização e que retrata a importância da assistência técnica e extensão rural oficial na busca pela igualdade de gênero na produção de cafés especiais, dizendo em suas apresentações que aqui ocorre a “The quiet revolution” ou “A revolução silenciosa”. Figura 1 e 2 – Slides da apresentação da IWCA em eventos internacionais Fonte: Apresentação da Srª Josiane Cotrim Macieira, 2014. Conforme programação, em abril de 2014 (dias 7-10) realizaram-se as reuniões com o tema técnico sobre comercialização de café, sendo 10 reuniões executadas. Na parte de inclusão social convidamos uma psicóloga da equipe local do CRAS – Centro de Referencia a Assistência Social para tratar do tema 129 relacionamento familiar, segundo sugerido no planejamento. Em maio realizamos o II Encontro das mulheres do Café, com a presença de mais de 250 mulheres representando os 11 grupos. Neste evento optamos por apresentar os resultados do projeto até aquele momento e também motivamos as mulheres com a apresentação de uma palestra com um comunicador renomado. O destaque deste evento foi a contribuição através de venda de rifa pelas mulheres do café, para arrecadar recurso para pagar o palestrante. Para a equipe, isto demonstrou o compromisso e a confiança das cafeicultoras no trabalho executado. No mês de junho (dias 09-13) o tema das reuniões em todos os grupos foi sobre colheita do café, juntamente com a avaliação do Encontro de Mulheres do mês anterior. A partir desta data as reuniões tiveram um intervalo, respeitando o período da colheita do café. Neste período as famílias dedicam-se exclusivamente a esta atividade de colheita, pois a atividade é exigente de mão-de-obra que esta cada vez mais escassa na agricultura familiar. As reuniões forma retomadas no início deste mês de outubro, com a discussão dos temas poda e adubação do café. Na programação de 2014 conforme observamos no quadro 1 muitos cursos foram programados, com destaque para o curso de classificação e degustação do café, com o objetivo de realizar o treinamento na metodologia de classificação de café por características e bebidas. Este curso tem duração de 40h divididos em duas etapas e já foi realizado em 09 grupos, sendo que outros 02 grupos já agendaram a execução ainda para 2014. No curso de classificação e degustação a cafeicultora tem a oportunidade de identificar os defeitos do café e os fatores que refletem na qualidade do mesmo, consequentemente no valor de mercado. Estes conhecimentos subsidiam as cafeicultoras para compreender as exigências do mercado com relação à qualidade do café. Nesta etapa destacamos a parceria com o SENAR na execução do curso exclusivo para mulheres e também na identificação de degustadoras potenciais para curso intensivo em parceria com o IAPAR numa programação futura. Outro curso que foi destaque especialmente nos grupos dos municípios de Tomazina e Pinhalão foi o curso de inclusão digital que foi uma demanda apresentada posterior a programação e que foi atendida pelo Emater em parceria com o SENAR. Foram realizados 4 cursos capacitando 30 mulheres em inclusão digital. O público deste curso foram mulheres cafeicultoras entre 16 e 58 anos. A inclusão digital é uma ferramenta importante na gestão, além de interação com informações importantes para a propriedade que poderão ser acessadas via internet. 130 Estes dois grupos também realizaram o curso de comunicação e técnicas de apresentação com um público de 38 mulheres que durante 16h conheceram técnicas de comunicação e expressão que serão uteis para o dialogo familiar e na comunidade. Estas técnicas favorecem a autoconfiança, diminuem a timidez e reflete na participação ativa nas demais metodologias utilizadas. Durante este ano podemos destacar os eventos de público misto, ou seja, os eventos promovidos pela cadeia produtiva do café ganharam a participação do público feminino. Eventos como dias de campo, reuniões técnicas, excursões e encontros promovidos pelo Emater que antes eram frequentados por público exclusivamente masculino, tiveram também a participação das mulheres do café. Muitas mulheres acompanham os maridos nas atividades, outras começaram a se interessar pelos eventos e outras que por alguma razão assumem a gestão da propriedade também sentiram-se à vontade para participar, pois sabiam que não seriam as únicas no evento. Eventos tradicionais, como o Encontro do Café durante a FESCAFÉ em Ribeirão Claro na sua 19ª edição neste ano motivou a inserção do projeto mulheres do café na agenda para que os homens conheçam o trabalho, apoiem as mulheres e motivem a participação destas nas atividades, não só naquelas exclusivas para mulheres, mas em todos os eventos que envolvam a atividade cafeeira. O resultado foi um público onde praticamente 50% dos participantes eram mulheres. Ainda para 2014, realizou-se um encontro com os grupos de mulheres do café durante a Feira Internacional de Café Especial-FICAFÉ em Jacarezinho no mês de novembro. Durante este encontro foi anunciado pela Presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café – Capitulo Brasil Débora Fortini a criação do primeiro Sub-Capitulo da Aliança no Brasil o Norte Pioneiro. Figura 3. Logo Marca do Sub Capitulo Norte Pioneiro da Aliança Internacional das Mulheres do Café. 131 Fonte: Sub Capitilo Aliança Internacional das Mulheres do Café Norte Pioneiro, 2014. Para as Mulheres do Café foi um grande avanço ser a primeira região produtora de café do Brasil a criar um sub capitulo reconhecido internacionalmente por toda estrutura organizacional da IWCA que atualmente abrange 16 (dezesseis) países. Capacitação da equipe técnica A equipe técnica envolvida no trabalho possui múltiplas formações, e simultaneamente à capacitação dos grupos de mulheres, também foi capacitada. Por ser um público novo para os técnicos da cadeia produtiva do café, a coordenação da área decidiu que antes de cada reunião com os grupos de mulheres o time do café se reuniria para repassar o conteúdo e definir a metodologia. A equipe técnica é composta por 04 (quatro) engenheiros agrônomos, 05 (cinco) técnicos agrícolas e 02 (duas) economistas domésticos. Antes de cada reunião com os grupos de mulheres a equipe também realiza uma reunião técnica, que tem a duração de 8 horas e tem como objetivo repassar o conteúdo, preparar o material de apoio, definir os recursos a serem utilizados e a metodologia a ser aplicada. Destas reuniões resultam na adoção de uma metodologia prática e dinâmica para o trabalho e um material que é distribuído para as mulheres na reunião, assim as reuniões passam a ser uniforme em conteúdo e ao mesmo tempo adaptada a realidade de cada grupo a partir da metodologia aplicada. Outro aspecto relevante do projeto é a programação do tempo de trabalho da equipe técnica, que desde o inicio do Projeto, agenda as semanas de reuniões com os grupos, para evitar que as reuniões fiquem em segundo plano no trabalho desenvolvido pelos extensionistas, e assim com a agenda bloqueada é possível disciplinar o trabalho, evitando atrasos no repasse de conteúdos nos grupos. Todas as atividades são registradas com lista de presença, relatório fotográfico e reportagens no caso de eventos de grande proporção. É responsabilidade do técnico local arquivar estes registros. A movimentação do grupo, ou seja, a entrada e saída de novos membros são monitoradas com as listas de presença. Este monitoramento possibilita avaliar as atividades utilizando o índice de evasão e o aproveitamento por meio da participação. A evasão até o momento tem sido baixa. No inicio de 2014 a coordenação regional da cadeia produtiva do café com a colaboração da técnica da área social aplicaram um questionário para diagnosticar as dificuldades e expectativas dos técnicos com relação ao “Projeto Mulheres do Café”. O resultado deste questionário demonstrou que o trabalho tem sido satisfatório. 132 As dificuldades apontadas pelos técnicos foram amenizadas com a interação da equipe, como exemplo, no caso de dificuldade de mobilização, técnicos de outro município juntamente com o técnico local realizaram visitas individuais para explicar o projeto e sensibilizar as cafeicultoras para a participação. Este método de ajuda entre os técnicos surtiu um efeito positivo, com ampliação da participação e confiança do técnico no trabalho executado. Outra dificuldade apontada pelos técnicos foi em relação à organização e dinâmicas grupais. Neste sentido, iniciou-se um processo de capacitação dos técnicos, durante as reuniões de repasse de conteúdo quanto a conceito de grupos e de metodologias participativas, elaborado pelas técnicas da área social. Esta metodologia de trabalho com os técnicos da cadeia produtiva do café integrando-se às profissionais da área de inclusão social tem reflexos positivos no andamento do projeto, na motivação dos técnicos e das cafeicultoras participantes, e também na qualificação da assistência técnica e extensão rural executada pelo Emater. CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO FUTURO”: Contempla os seguintes objetivos estratégicos: - “Contribuir para inclusão produtiva e social com melhoria da vida da família rural”. - “Ampliar a oferta e a qualidade da ATER”. - “Prestar orientações técnicas de forma continua, disponibilizando informações, gerando conhecimentos e estimulando inovações para as famílias rurais”. ABRANGÊNCIA (agricultores beneficiados, técnicos, famílias beneficiadas, Instituto, funcionários): O projeto Mulheres do Café atualmente é executado em 11 (onze) municípios da região de Santo Antonio da Platina, com possibilidade de ampliar a partir de 2015 para mais dois municípios produtores de café na região. Os 11 municípios, que possuem grupos de mulheres do café são: Curiúva, Figueira, Ibaiti, Japira, Jaboti, Pinhalão, Tomazina, Siqueira Campos, Salto do Itararé, Joaquim Távora e Carlópolis, conforme observamos no mapa abaixo. Os municípios potenciais são Santo Antonio da Platina e Ribeirão Claro. Com exceção de Curiúva e Figueira, todos os demais fazem parte do Território da Cidadania Integração Norte Pioneiro (IPARDES, 2007). Mapa 1- Território Integração Norte Pioneiro – Municípios Participantes do Projeto Mulheres Café 133 Fonte: Edson Roberto Vaz Ronque – Escritório Local de Pinhalão/Emater Cada município possui um grupo de mulheres, este grupo está cadastrado no SISATER – Sistema de Registro de Assistência Técnica e Extensão Rural do Emater, como grupo atendido especial e UPFs Assistida com plano de trabalho incluído no sistema. Estes grupos variam de 10 (dez) a vinte e seis (26) componentes, num total de 162 (cento e sessenta e duas) cafeicultoras, que podemos entender como 162 famílias da agricultura familiar produtoras de café beneficiadas. Quanto a equipe técnica, estão envolvidos 5 (cinco) técnicos agrícolas, 4 (quatro) engenheiros agrônomos e 2 (duas) economistas domésticos. Da área agrícola tem um engenheiro agrônomo que atende 3 (três) municípios. E as economistas domésticos atendem a todos os municípios acompanhadas pelos técnicos locais, sendo responsável pela parte da reunião que trata de inclusão social. RESULTADOS DO PROJETO O projeto “Mulheres do Café” é um projeto novo (iniciou-se em 2013), no entanto já é possível identificar e quantificar resultados, de acordo com os objetivos propostos, conforme descrito a seguir: Quadro 2. Resultados do projeto mulheres do café 2013/2014 Metodologias grupais Quantidade Nome Beneficiadas Curso Excursão 20 04 02 02 66 02 01 02 Degustação de Café Inclusão Digital Comunicação e Técnicas de apresentação Qualidade Rural Técnicas de café e de Inclusão Social Encontro das mulheres do café 19º encontro do café III Encontro da IWCA Gestão da propriedade cafeeira Total Metodologia individual Visitas individuais Quantidade 648 Nome 4 visitas/cafeicultora/ano 100 35 38 24 162 300 60 13 40 162 Beneficiadas 162 Reunião Técnica Encontro 134 Total 162 Fonte: Dados do projeto, Emater, 2014. Considerando que a proposta do trabalho com as mulheres do café é agregar valor a produção de café, é importante salientar que este processo levará mais tempo de qualificação e investimento de recursos financeiros e humanos para obter o resultado esperado. A promoção da igualdade de gênero já pode ser identificada na presença feminina nos eventos promovidos pelo Emater, como exemplo, o 19º Encontro do Café de Ribeirão Claro onde mais de 50% do público era de cafeicultoras, neste evento o público sempre foi predominante masculino. Para o Emater este projeto elevou a qualidade da assistência técnica e extensão rural com reconhecimento do trabalho pelas entidades parceiras e despertou interesse dos órgãos que estão pleiteando certificações de cafés especiais. Outro resultado importante foi o reconhecimento do trabalho por parte a Aliança Internacional das Mulheres do Café o que dá visibilidade do trabalho ao mercado exterior, divulgando o trabalho como um potencial para a produção de café especial com a valorização do trabalho feminino, algo que muitas certificadoras já estão considerando. AGRADECIMENTOS: Ao SENAR pela realização dos cursos nos grupos de mulheres e compreensão da proposta de trabalho; Especialmente a toda a equipe técnica, ou melhor, ao “Time do Café” incluindo as técnicas sociais da região de Santo Antonio da Platina, que assumiram a responsabilidade de trabalhar com este público especial e se mantém motivados para melhorar a renda, a condição de trabalho e vida das “Mulheres do Café” no Norte Pioneiro. PARCEIROS PRINCIPAIS: IWCA – Na divulgação, apoio e reconhecimento do trabalho; SENAR – Na realização dos cursos; CRAS – Na realização das reuniões com os temas voltados a família; REFERÊNCIAS: BRASIL. Lei nº 12.188 de 11 de janeiro de 2010. Institui a política nacional de assistência técnica e extensão rural para a agricultura familiar e reforma agrária – PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na agricultura familiar e reforma agrária – PRONATER, altera a Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1993 e dá outras 135 providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 de janeiro de 2010. INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – IPARDES. Diagnóstico socioeconômico do Território Norte Pioneiro: Estado do Paraná. Curitiba: IPARDES. 2007. SILVA, C. B. C.; SCHNEIDER, S. Gênero e pluriatividade na agricultura familiar do Rio Grande do Sul: um estudo sobre Veranópolis e Salvador das Missões. In: BRASIL – SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES. 8º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. 2013. Brasília: Presidência da República, 2013, p. 71-106. 136 ANEXOS: FOTOS Reuniões Técnicas Produtivas e de Inclusão Social Encontros 137 Cursos Excursões 138 REPORTAGENS: http://www.tanosite.com/?pgn=noticias&id=1963 http://www.stcafe.com.br/stcafe/Pagina.do;jsessionid=1qt3bz16nh36i?idSecao=12&idNoticia=2686 http://ruralcentro.uol.com.br/noticias/instituto-emater-promove-o-i-encontro-de-mulheres-do-cafe-do-norte-pioneiro-68520 http://www.correionoticias.com.br/site/produtoras-rurais-recebem-visita-de-representantes-da-alianca-internacional-dasmulheres-do-cafe/ http://www.iwcabrasil.com.br/informativo/13556/iiencontrodasmulheresdocafedonortepioneirodoparana http://452.dihitt.com/n/diversos/2014/06/27/peabirus-mulheres-do-cafe-se-organizam-na-regiao-do-norte-pioneiro-do-parana http://ribeiraoclaro.pr.gov.br/index.php?sessao=21f1b68d29vf21&id=1302495 139 DOCUMENTOS IMPORTANTES Bureau de Inteligência Competitiva do Café Texto retirado do: www.icafebr.com Relatório Internacional de Tendências do Café Vol. 2 Nº. 9 15/outubro/2013 No atual cenário de baixo preço do café arábica, muitos produtores vêm buscando na diferenciação uma alternativa para aumentar sua competitividade. Neste contexto, foi lançado o primeiro café com certificação de respeito ao trabalho feminino da Costa Rica. A torrefadora americana Boyd's Coffee inovou lançando no mercado o primeiro café com certificação de respeito ao trabalho feminino na produção cafeeira. O café, produzido na Costa Rica, é cultivado e colhido com garantia que as mulheres envolvidas na atividade são compensadas por suas contribuições. O objetivo é atender aos padrões sociais e de sustentabilidade, garantindo a elas melhores condições de vida para si próprias e para as famílias. Essa certificação garante prêmio ao produto. A ideia surgiu a partir da “International Women's Coffee Alliance Conference” realizada na Guatemala com intuito de criar medidas de apoio às mulheres que trabalham na cafeicultura. EMATER-Pr. Unidade Local de Carlópolis 15/10/2013 140 141 142 Socióloga – Ivania Maria Gianello Gnoato Moreli Técnico agrícola – Luiz Marcelo Franzin PROJETO: IMPLEMENTAR AS PRIORIDADES ELEITAS NO PLANO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DE SABÁUDIA Implementar as ações priorizadas de forma participativa pelas comunidades rurais do município de Sabáudia e incluídas no Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável, repasse de parte garantindo do o orçamento municipal para execução das ações. ______________________________________________________ Sabáudia 2015 143 144 PROJETO: IMPLEMENTAR AS PRIORIDADES ELEITAS NO PLANO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DE SABÁUDIA AUTORES: IVANIA MARIA GIANELLO GNOATO MORELI Socióloga LUIZ MARCELO FRANZIN Técnico em Agropecuária SABÁUDIA-PR Janeiro/2015 145 CATEGORIA: Inovação em Metodologia de Extensão Rural (3) NOME DO PROJETO: IMPLEMENTAR AS PRIORIDADES ELEITAS NO PLANO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DE SABÁUDIA AUTORES: Ivania Maria Gianello Gnoato Moreli - Socióloga (1) CO-AUTOR PRINCIPAL: Luiz Marcelo Franzin – Téc. em Agropecuária (2) LOTAÇÃO: (1) Unidade Municipal de Arapongas; (2) Unidade Municipal de Sabáudia LOCAL DE APLICAÇÃO: Região: Apucarana/Município: Sabáudia-PR INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO): Dezembro/2009 a Maio/2014 146 1. SITUAÇÃO ANTERIOR Quando iniciou se o trabalho no Município de Sabáudia, por estes extensionistas, autores deste texto, buscou-se conhecer as comunidades, suas articulações e as famílias de uma forma mais individualizada. Sendo que esta prospecção ocorria juntamente com ações extensionistas, como cursos, reuniões técnicas, excursões e dias de campo. As famílias eram muito reservadas, em algumas comunidades existia uma desconfiança em relação aos trabalhos que poderiam ser desenvolvidos. Com o passar do tempo às famílias foram estabelecendo um diálogo mais aberto, e conseguiu-se acesso mais direto as mesmas. A única organização existente nas comunidades era a das Igrejas. Em 2009 a EMATER iniciou a realização dos DRP´s (Diagnóstico Rural Participativo) em todo o meio rural do município, juntamente com os (as) agricultores (as) e suas famílias, constatou-se então que havia muitos anseios e existia uma dependência muito grande da população rural em relação à Prefeitura Municipal para implementar qualquer atividade e/ou projeto no meio rural. 2. JUSTIFICATIVA O desenvolvimento rural é parte fundamental no desenvolvimento do município, em especial nos municípios onde a dimensão econômica, tem como base a agropecuária. Portanto, a área urbana e rural deve receber a mesma atenção, isto é, devem ser tratadas com a mesma importância. Diante disso, os conselheiros, representantes do meio rural no Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Sabáudia, questionavam as diferenças no tratamento nas administrações públicas entre o rural e o urbano. Um destes questionamentos referia-se a sempre recorrente indisponibilidade de recursos para desenvolver ações e/ou projetos no meio rural, sabendo eles da existência de um orçamento municipal que deveria desenvolver políticas públicas voltadas ao interesse da maioria da população. Diante disso uma das propostas prioritárias, que, foi elencada no Plano de Desenvolvimento Rural referia se a disponibilização de um recurso exclusivo para ser utilizado no meio rural. 147 3. OBJETIVO DA PROPOSTA x Objetivo geral: Implementar as ações priorizadas de forma participativa pelas comunidades rurais do município de Sabáudia e incluídas no plano de Desenvolvimento Rural Sustentável. x Objetivos específicos: Garantir o repasse de parte do orçamento municipal para a execução de ações a serem geridas pelo Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Sabáudia; Promover o meio rural com ações de interesse da comunidade; Fortalecer o Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Sabáudia. 4. PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS: 1- Reunião nas Comunidades com objetivo de nivelar as ansiedades e estabelecer ações de encaminhamento; 2- DRP em todas as comunidades rurais; 3- Escolha de representantes de todas as comunidades; 4- Envolvimento de parceiros com atuação no meio rural; 5- DRP com parceiros e os representantes das comunidades rurais; 6- Elaboração do Plano de Desenvolvimento Rural do Município; 7- Realização da 1ª Conferência Rural de Sabáudia; 8- Efetivação e legitimação do Conselho de Desenvolvimento Rural de Sabáudia; 9- Encaminhamento das prioridades; 10- Reunião com o executivo e legislativo municipal; 11- Reunião com os candidatos ao executivo municipal; 12- Entrega do plano de Desenvolvimento Rural aos candidatos com assinatura dos mesmos se comprometendo a execução de forma participativa das propostas contidas no documento, isto, registrado em cartório; 148 13 – Após a eleição reuniões com o executivo, para encaminhamento das propostas do Plano de Desenvolvimento; 14 – Realização da 2ª Conferência Rural de Sabáudia; 15– Eleição das prioridades para os dois anos seguintes, apresentação dos representantes das comunidades; 16 – Reuniões periódicas com os conselheiros e parceiros; 5. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: O trabalho começou a ser desenvolvido no ano de 2009, quando a EMATER fez reuniões em todas as comunidades rurais, e nelas o assunto que mais vinha à tona era a questão do meio rural ser sempre deixado para trás, nas ações desenvolvidas pela administração pública. Quando questionados se havia uma forma de mudar isto, a resposta era que eles precisavam se organizar, se unir. Diante disso, foi proposto unir as forças, para buscar mudar esta situação, as comunidades se envolveram, e na sequência deu-se início aos DRPs (Diagnóstico Rural Participativo) em todo o município. Após os encontros para os Diagnósticos Rurais Participativos, cada comunidade escolheu um representante e um suplente para ser o porta voz da mesma. Com estes representantes eleitos por suas comunidades mais os parceiros que tem atuação no meio rural fez-se um outro Diagnóstico Rural Participativo. DRP com lideranças Municipais 149 Excursão pelo município Com o material produzido nestes diagnósticos, elaborou-se o Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável de Sabáudia. Após sua aprovação pelos representantes e parceiros, foi levado a 1ª Conferência Rural de Sabáudia em dezembro de 2009, onde, a partir de tudo o que tinha sido levantado nas comunidades elegeram 03 itens, que seriam as prioridades a serem trabalhadas nos próximos 03 anos. 1ª Conferencia Municipal Rural de Sabáudia As 03 prioridades eleitas tratavam em primeiro lugar a disponibilização de 3% do orçamento do município para implementação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento rural, administrados pelo Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Sabáudia, baseada nas deliberações contidas no Plano de Desenvolvimento Rural, elaborado com a participação de todas as comunidades e 150 entidades com atuação no meio rural. A segunda elencada questionava a saúde, tanto a preventiva quanto a curativa, e a terceira tratava da trafegabilidade das estradas rurais, incluindo as pontes. Estas foram deliberadas pelos participantes na 1ª Conferência Rural de Sabáudia realizada em dezembro/2009. Como primeira atividade a Conferência elegeu a Diretoria do CMDRRS, a qual encaminharia estas prioridades, bem como, buscaria a legitimação do Conselho, tornando-o fórum de decisões de tudo o que envolvesse o meio rural. Café da manhã com lideranças para entrega do Plano de Desenvolvimento Durante este tempo, realizou-se diversas reuniões encaminhando as prioridades eleitas no Plano, algumas, avançaram, porém, ficavam sempre esperando pela boa vontade do poder executivo em exercício, naquilo que lhe cabia. Assim, uma das situações que mais prejudicava a resolução de muitas questões era a não disponibilização de recursos na hora em que realmente fosse necessário, e, isto causava descontentamento em todas as reuniões do conselho. Reunião CMDRSS 151 No ano de 2012 aconteceu a eleição para prefeito e vereadores. Aproveitando a oportunidade, o Conselho convidou os candidatos para um debate com os representantes, apresentando a eles as propostas do Plano e cobrando um compromisso, se eleito, de seguir buscando sempre o diálogo para executar o que estava contido no documento. O documento foi entregue e os candidatos assinaram e registraram em cartório o compromisso da execução e da parceria no cumprimento do mesmo. Após a eleição tivemos a 2ª Conferência Rural de Sabáudia, em 2012, onde se elegeu as prioridades para os 03 anos seguintes, sendo a primeira a disponibilização de 3% do orçamento municipal para o desenvolvimento de ações e/ ou projetos no meio rural, definidos pelo Conselho de Desenvolvimento Rural, a segunda manutenção das estradas e pontes rurais e a terceira a segurança rural; apresentou se os representantes escolhidos nas comunidades e se fez uma prestação de contas do trabalho já desenvolvido. 2ª Conferencia Municipal Rural de Sabáudia Dentre as 03 prioridades eleitas a proposta que aparecia sempre em primeiro lugar era: ¾ Disponibilizar 3% do orçamento municipal para o desenvolvimento de ações e ou projetos no meio rural, definidos pelo Conselho de Desenvolvimento Rural; 152 Após a posse do prefeito o Conselho iniciou a discussão das prioridades eleitas, foram realizadas reuniões com o prefeito e os vereadores, buscando apoio também na câmara de vereadores. Em maio de 2014, conseguimos um acordo onde a partir desta data abriu-se uma conta na qual seriam depositados mensalmente 1,5% do orçamento municipal para ser utilizado nas ações e ou projetos de interesse do meio rural. Mensalmente são depositados aproximadamente R$ 17.000,00, perfazendo até o mês de Dezembro/2014 um total de R$ 204.002,20. Como resultado da utilização destes recursos foi executado projeto alargamento de algumas pontes, e, também, está sendo trabalhado um projeto de segurança rural o qual é uma das prioridades elencadas na Conferência. 1ª Obra com o Repasse dos Recursos (Alargamento Ponte) O Conselho de Desenvolvimento Rural está buscando junto ao executivo e legislativo tornar lei este repasse para que não fique a mercê da boa vontade de quem assumir o poder, nas eleições futuras. 6. CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO FUTURO”: A EMATER do futuro tem como missão “Promover o desenvolvimento rural sustentável, coordenando, articulando e executando assistência técnica e extensão rural em benefício da sociedade paranaense” acreditamos que este trabalho esta voltado exatamente para a missão do Instituto, uma vez que busca o 153 desenvolvimento sustentável, coordena ações, projetos e articula com a sociedade organizada, caminhos que levam realmente ao desenvolvimento. A EMATER tem papel relevante em todo este trabalho, pois, desafiou as comunidades a se engajarem nesta proposta e hoje assume o papel de assessorar, disponibilizando instrumentais para o encaminhamento das propostas desta organização, baseada sempre no tripé do desenvolvimento sustentável que significa, obter o crescimento econômico necessário, garantindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social para o presente e gerações futuras. O trabalho não se limita na questão econômica, mas abre oportunidade de participação, de valorização da pessoa tornando-o cidadão, uma vez que conquistando um direito, todos assumem também os deveres inerentes a questão. O município todo foi beneficiado, pois, todas as comunidades participam, trazendo sugestões, novas propostas assim o Plano de Desenvolvimento que é dinâmico pode ser enriquecido, e/ou alterado a qualquer momento desde que seja de interesse das comunidades, buscando sempre realizar projetos que sejam de interesse da maioria, direta ou indiretamente. As propostas que foram priorizadas na Conferência, e nas reuniões do Conselho, são debatidas e quando necessário, convidamos alguém com conhecimento na área em questão para fazer uma explanação da sua experiência e, após, o Conselho define o encaminhamento. Diante do recurso depositado, estão sendo elaborados novos projetos voltados as prioridades elencadas. 7. RESULTADOS DO PROJETO Quando o agente de desenvolvimento assume o seu papel, possui um grande envolvimento com a comunidade, pode-se entender que faz parte da história e não é somente um espectador, é um agente de mudanças. Verificou-se ao longo do período, mudanças que vão além dos parâmetros mensuráveis, onde o comportamento, as atitudes, o posicionamento diante da vida toma um caráter de quem faz a sua própria história, adquirindo autoconfiança, e, é esta mudança que se constata nestes agentes de desenvolvimento, pessoas, que tinham dificuldade até em entrar em alguns lugares, quanto mais, sugerir algo, hoje 154 conseguem opinar, buscam saber das coisas, participam mais, e sentem-se construtor da história. Quando a EMATER atua efetivamente em conselhos de forma participativa, o trabalho é ampliado no município, pois neles participam representantes de todas as comunidades rurais. As famílias são valorizadas, participam mais, bem como, valorizam ainda mais o papel da EMATER no município. Os municípios vizinhos buscam conhecer o trabalho, visando implantá-lo nos seus e as ações passam a ser mais integradas e articuladas com os parceiros. Os recursos são repassados mensalmente, as propostas são discutidas e encaminhadas pelos conselheiros, tendo sido feito um repasse até esta data de aproximadamente R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). 8. AGRADECIMENTOS - As famílias rurais; - Aos parceiros; - Ao Prefeito Municipal; e - A Câmara Municipal de Sabáudia. 9. PARCEIROS PRINCIPAIS Governamentais: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEAB e suas vinculadas, COHAPAR, Secretaria de Estado do Emprego e Relações de Trabalho, Prefeitura do Município de Sabáudia, Câmara Municipal de Sabáudia, Banco do Brasil S/A e Caixa Econômica Federal. Não-Governamentais: - Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Sabáudia - CMDRSS, COCAMAR Cooperativa Agroindustrial, Associação dos Agricultores e Empreendedores Rurais Familiares de Sabáudia – AAERFAS e Sindicato Rural de Sabáudia. 155 10. REFERÊNCIAS RUAS, Elma Dias ET AL. Metodologia participativa de extensão rural para o desenvolvimento sustentável - MEXPAR - Belo Horizonte, março 2006. 134 p. CUNHA, Augusto Paulo Guimarães - Comunidade, protagonismo local e gestão compartilhada: o papel dos agentes de desenvolvimento. In: Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, 2006, guatemala. XI Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Ciudad de Guatemala, 7 - 10 Nov. 2006, 2006. FLORI, Emani Maria - Pedagogia do Oprimido (manuscrito em português de 1968). Rio de Janeiro, paz e Terra, 1970, 218p. SABÁUDIA, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável. Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável de Sabáudia, Sabáudia, 2009. Sabáudia, 15 de Janeiro de 2015. Ivania Maria G. G. Moreli Socióloga Unidade Municipal de Arapongas Luiz Marcelo Franzin Técnico em Agropecuária Unidade Municipal de Sabáudia 156 11. RELAÇÃO DE ANEXOS 01- Reportagem na 1ª Edição da Revista Expotécnica; e 02- Tabela com os valores repassados pelo Município até o momento. 157 158 159 160 161 162 Engenheiro Agrônomo – Pablo Luis Sanchez Rodriguez Técnico Agrícola - Flavio Jedneralski MONITORAMENTO E CONTROLE DA SALINIDADE DO CULTIVO DE TOMATE, EM AMBIENTE PROTEGIDO (ESTUFA). Demonstrar a salinidade acompanhamento presença durante do cultivo da o do tomate, realizando as intervenções necessárias na produção de uma safra. _______________________________________________ Faxinal - PR 2015 163 164 CATEGORIA: Inovação em metodologia de extensão rural NOME DO PROJETO Monitoramento e controle da salinidade do cultivo de tomate, em ambiente protegido (estufa). AUTOR: Engenheiro agrônomo Pablo Luis Sanchez Rodriguez CO-AUTOR PRINCIPAL: Técnico agropecuário Flavio Jedneralski LOTAÇÃO: Ivaiporã/Faxinal LOCAL DE APLICAÇÃO: Município de Faxinal. INICIO E CONCLUÇÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO) Outubro de 2013 a julho de 2014 SITUAÇÃO ANTERIOR: Os agricultores não realizam o controle da salinidade, utilizam grandes quantidades de corretivos e fertilizantes, até mesmo aqueles que fazem a coleta de amostra de solo. Além disso, há situações onde os agricultores acreditam que fazendo estas aplicações, a produtividade será sempre maior. Os agricultores não possuem muito conhecimento sobre nutrição de tomate (extração e acúmulo de nutrientes), as funções e sintomas de deficiências e excesso dos nutrientes necessários para uma agricultura sustentável. Há carência também do conhecimento das formas químicas que são absorvidas pela planta de tomate, e as interações das formulações químicas inorgânicas e orgânicas no solo (adubação química, orgânica, irrigação, e fertirrigação). 165 JUSTIFICATIVA: A salinidade de um solo refere-se ao conteúdo de vários tipos de sais presentes na solução do solo, que produzem efeitos nocivos as plantas de tomate com perda de produtividade e renda, ocasionada pelo aumento da sua concentração. Os sais podem ser compostos químicos contendo cloretos, nitratos, sódio, potássio, cálcio, magnésio, e outros elementos presentes nos corretivos e fertilizantes. O cultivo de tomate em ambiente protegido no município de Faxinal tem uma importância muito grande, relacionado ao tripé da sustentabilidade nas questões social, econômico e ambiental. O PIB proveniente desse cultivo é muito elevado (o segundo das cadeias do município), com um grande número de famílias dependentes dessa renda, sofrendo também o impacto ambiental causado pela demanda e utilização de grandes quantidades de insumos agrícolas especialmente corretivos e fertilizantes. O cultivo de tomate em ambiente protegido (estufa), demanda muito investimento na construção das estruturas, o que proporciona uma estabilidade na produção e no retorno do investimento feito, além de qualidade do produto e o aumento da produtividade. Nos últimos 5 anos o município chegou a ter 1.600 estufas, porém no presente ano temos apenas 600 estufas, dentre os vários motivos de desistência e/ou falência, podemos destacar a presença da salinidade (perde lucro). OBJETIVO DA PROPOSTA: Demonstrar a presença da salinidade durante o acompanhamento do cultivo do tomate. ESTRATÉGIAS: - Fazer as intervenções necessárias na produção de uma safra. - Controlar a salinidade do solo através do planejamento da unidade produtiva. - Utilização de metodologia proposta pela pesquisa. - Utilizar instrumentos de medidas pertinentes a este trabalho, proposto pela pesquisa. 166 - Utilizar estratégia metodológica extensionista, para divulgação das informações obtidas junto aos agricultores. PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS: Antes da implantação do tomate, foi feito uma coleta de amostra do solo para análise no laboratório de 6 macronutrientes e de 6 micronutrientes e outros resultados analíticos complementares. Seguindo as recomendações feitas conforme interpretação dos dados, segue as medidas para a implantação do tomate: - Plantio do cultivar Pizzadoro do grupo saladete (italiano). - Instalação do tensiômetro para determinar o período de irrigação. - Instalação de duas sondas para extração da solução do solo a uma profundidade de 20 e 30 centímetros. Durante o cultivo, o monitoramento da concentração de sais (adubação de cobertura via fertirrigação) foi feito através da leitura por um aparelho chamado condutivímetro, que mede o PH e sais presentes na solução (íons na solução), que possuem a habilidade de conduzir corrente elétrica. O seu conteúdo será estimado pela condutividade elétrica (C.E.), expressa na unidade adotada pelo sistema internacional em SIEMENS, sendo o milisiemens por centímetro (mS/cm). Monitoramento nutricional da lavoura de tomate tem como objetivos identificar carências e ou excessos de nutrientes, através da coleta de folhas do tomate para análise foliar em laboratório, fornecendo assim as informações necessárias para realizar as intervenções no fornecimento dos nutrientes durante as várias fases do cultivo. Leitura das condições físicas do solo foi realizada com o aparelho chamado de Penetrógrafo, utilizado em vários pontos por amostragem dentro da estufa, na linha de plantio do tomate. 167 DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: Para fazer a recomendação da necessidade de corretivos e fertilizantes, foi realizado a análise do solo com antecedência ao plantio do tomate (vide anexo 1) e recomendado a aplicação antes do plantio de 661 kg de calcário calcítico, e 285 kg de fertilizante da formula 04-14-08, na área total de 2200 metros quadrados (estufa). O sistema de irrigação foi instalado com antecedência sendo feito por gotejamento, tendo como fonte de água o reservatório (ponto mais alto da propriedade) equivalente a 15 m.c.a.(metros de coluna de água). O processo de fertirrigação é acionado pelo equipamento denominado de Venturi (injetor), pelo qual será feito as adubações (manejo) de cobertura durante todo o cultivo do tomate. Foi feito o transplante de 3.600 mudas de tomate (apresentando 5 folhas definitivas, sendo o tamanho ideal) na estufa no dia 04-02-2014, provenientes de um viveiro registrado. A partir desta data todo o sistema de irrigação foi acionado pelo monitoramento e leitura do tensiômetro (vide anexo-2). Após 20 dias desde o transplante do tomate, começou a ser feito a adubação de cobertura (vide anexo-3) de acordo a necessidade do tomate. A partir do dia 14-03-2014 (leitura número 1) começou a ser feito a coleta da solução do solo através das sondas instaladas na linha de plantio do tomate a 20 e 30 centímetros de profundidade. Era feito a leitura do pH e da salinidade imediatamente após a coleta através do condutívimetro, efetuando sucessivamente as coletas da solução do solo e sua leitura respectivamente (vide anexo-4 e 5). O cultivo do tomate suporta o limite máximo de salinidade do solo até 2,5 mS/cm (vide anexo 5) sem registrar perdas de produtividade, sendo considerado cultura moderada. Valores acima do limite mencionado causam diminuição de rendimento de 10% para cada 1 mS/cm, sendo acumulativos. 168 No acompanhamento da extração da solução do solo até a leitura número 12, a unidade SIEMENS não ultrapassou mais de 2,5 mS/cm (limite Maximo permitido para o tomate), porém na leitura número 13 da solução a 20 centímetros de profundidade houve um aumento drástico para 3,11 SIEMENS ( mS/cm), imediatamente foi feito a intervenção para modificar a formulação da fertirrigação e procurar verificar outros fatores que estariam interferindo no sistema. As leituras foram feitas 2 vezes por semana sempre 24 horas após a realização da fertirrigação. Nas leituras seguintes (13 a 17) da sonda de 20 centímetros, houve um aumento crescente na unidade SIEMENS, mesmo após as intervenções feitas na quantidade e mudando sua formulação que atingiu a máxima de 4,43 SIEMENS (mS/cm).(vide anexo 5). Na data de 07-04-2014 foi feito a primeira coleta de folhas de tomate e na data de 02-05-2014 foi feita a segunda coleta de folhas. Esses dados serviram para fazer a análise completa dos nutrientes (vide anexo 6), fornecendo dados sobre a nutrição equilibrada e adequada para o tomate. Mesmo conferindo a concentração dos fertilizantes (gramas por litro de água pelo número de plantas de tomate) que estava de acordo com o nível de nutrientes fornecidos as plantas, decidimos investigar o fator físico do solo com relação ao preparo e o perfil do solo. Na data de 25-04-2014 (leitura número 15) abrimos uma trincheira de 60 centímetros de profundidade para analisar o perfil do solo, utilizamos o penetrógrafo para fazer 7 amostras nas linhas do tomate (vide anexo 7) e constatamos a presença de camada muito compactada a 20 centímetros de profundidade (vide fotos). Assim chegamos à conclusão de que a fertirrigação (solução do solo) estava mais acumulada e concentrada na sonda a 20 centímetros. Vale resaltar que na sonda instalada a 30 centímetros de profundidade, em nenhum momento as leituras ultrapassaram o valor de 2,5 SIEMENS (mS/cm), permanecendo na normalidade durante a realização do trabalho. 169 Decidimos fazer novas intervenções na fertirrigação para controlar a unidade da salinidade (SIEMENS), que começou a diminuir a partir da leitura número 18 até a ultima leitura a de numero 29 (vide anexo 5). A partir da leitura de número 22, começou a ser normalizado o controle da salinidade (2,5 mS/cm), sendo mantido essa normalidade até a leitura final de número 29. Após a leitura 29 o produtor continuou a colheita normalmente que teve inicio no dia 02-05-2014 e teve o termino em 10-07-2014. Durante todo ciclo do tomate, houve preocupação com a produtividade, manejo da cultura, gestão, e o lucro do cultivo do tomate. CONCLUSÃO: O monitoramento da salinidade para o cultivo de tomate em ambiente protegido (estufa) sofre interferências de muitas variáveis, como preparo do solo com profundidade desejada, aplicação de fertilizantes antes do plantio de maneira uniforme, fertirrigação planejada e compatível com as reações químicas que irão interferir nos nutrientes macronutrientes e micronutrientes no solo, qualidade da água de irrigação e análise foliar para detectar excessos e ou deficiências para poder realizar intervenções oportunas e imediatas. 170 CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO *EMATÉR DO FUTURO*: Este trabalho está focado para atender as expectativas dos beneficiários preferencialmente para o público assistido (Unidade Produtiva Familiar – UPFs) assim também como o público orientado. O compromisso desse trabalho é agregar valor aos negócios com a cadeia do tomate cultivado em ambiente protegido (estufa), tendo como bases para este trabalho a difusão do conhecimento, da qualificação e despertar a necessidade e o interesse das famílias com maior competência, para obter maior renda líquida, propiciando melhor qualidade de vida e acesso a outras políticas públicas. O sistema agrícola do tomate como um todo terá um impacto ambiental baixo, pela aplicação racional de insumos modernos com maior critério e escolha mais adequada para a integração com outras praticas agronômicas de manejo de solo e água. ABRANGÊNCIA: Na estratégia metodológica programada, houve atendimento em dia de campo a 200 famílias e reuniões na comunidade com participação dos vizinhos da propriedade. Houve também a participação de profissionais do Instituto EMATÉR de vários municípios da região e outras regiões, da SEAB, iniciativa privada, e de empresas multinacionais. Quanto a adesão de produtores de tomate para controle da salinidade, verifica-se a campo que 53 produtores (inicio de adotadores), já estão utilizando esta pratica. 171 RESULTADOS DO PROJETO Dentro dos benefícios gerados diretos para o agricultor, podemos citar a diminuição da aplicação de fertilizantes, que provocavam maior salinidade no solo quando os níveis ultrapassavam 2,5 SIEMENS (mS/cm). As intervenções feitas trouxeram maior aproveitamento dos fertilizantes e consequentemente um maior lucro final ao produtor. A comunidade irá se organizar para fazer a compra grupal de kit para monitoramento da salinidade, condutivímetro, sondas e tensiometro. A atividade do cultivo do tomate nesta unidade demonstrativa foi realizada numa área de 0,22 hectares, apresentando uma produção de 13.860 kg de tomate com um custo total de R$ 10.048,00. A comercialização desse tomate foi efetuada a R$ 1,82 por kg, proporcionando uma receita total de R$ 25.225,20 e fornecendo um lucro final de R$ 15.177,20. Vale destacar que no custo total esta incluso os insumos e a mão de obra (equivalente ao salário mínimo) do próprio produtor, desta maneira a renda e o custo beneficio para o produtor e sua família foi altamente rentável. 172 AGRADECIMENTOS: Paulo Hidalgo ex-articulador de Olericultura da macro norte Nilson Ladea articulador de Olericultura da macro norte Equipe regional de Ivaiporã Equipe municipal de faxinal, Cruzmaltina, Borrazópolis, e Marilândia do sul PARCEIROS PRINCIPAIS: Bayer Cropscience (multinacional), Petroisa (empresa de insumos e irrigação) e Família do Produtor Valmir da Silva Borges REFERENCIAS: Tomate: produção em campo, casa de vegetação e em hidroponia Editor: Marco Antônio Resende Alvarenga-Lavras. Editora UFLA, 2004 ANEXOS: Fotos, anexos 1 a 7, vídeo, convite dia de campo Ivaiporá 28 de janeiro de 2015 Assinatura Assinatura 173 ANEXOS 174 Perfil do solo tomate 2014 175 Extracao da solucao do solo Tomate 2014 176 Extração da solução do solo Tomate 2014 2014-03-19 15.04.50 2014-03-19 15.04.59 2014-03-19 15.05.21 2014-03-19 15.05.43 2014-03-19 15.05.56 177 2014-03-19 15.06.21 2014-03-19 15.06.37 2014-03-19 15.06.56 2014-03-19 15.07.14 2014-03-19 15.07.37 2014-03-19 15.09.19 178 179 180 181 182 183 184 185 5,00 Índices de Salinidade (C.E.) em Estufa de Tomate- Faxinal-PR- 2014 4,43 4,50 4,08 3,90 4,00 3,66 3,43 3,50 3,00 3,25 3,11 3,19 2,78 2,60 2,45 2,41 2,30 2,35 2,23 2,20 2,18 2,41 2,07 2,03 1,98 1,93 1,92 1,91 1,90 1,87 1,84 1,81 1,781,79 1,75 1,74 1,73 1,70 1,62 1,95 1,58 1,55 1,57 1,86 1,83 1,79 1,40 1,72 1,32 1,57 1,63 1,56 1,15 1,14 1,05 1,00 0,96 1,16 0,81 1,08 1,01 2,50 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 186 21 22 23 24 25 26 27 28 29 CE-20 cm CE- 30 cm Leituras 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Leituras de salinidade do tomate em ambiente protegido Data Sonda 20cm Sonda 30cm PH 20 cm PH 30 cm 14/03/2014 2,5 1,58 7,53 7,12 17/03/2014 1,84 1,05 7,69 7,86 18/03/2014 1,62 0,81 7,97 8,12 19/03/2014 1,57 1 7,91 8,22 22/03/2014 1,73 1,01 7,84 8,15 24/03/2014 1,87 0,96 7,68 8,08 27/03/2014 2,23 1,08 7,57 8,08 02/04/2014 1,98 1,15 8,07 8,33 04/04/2014 2,35 1,16 7,79 8,19 07/04/2014 2,2 1,14 7,75 8,11 10/04/2014 2,41 1,32 7,62 8,04 14/04/2014 2,41 1,4 7,82 8,12 17/04/2014 3,11 1,55 7,47 7,9 21/04/2014 3,25 1,75 7,73 8,13 25/04/2014 3,66 1,9 7,63 8,08 28/04/2014 3,9 1,86 7,81 8,12 02/05/2014 4,43 1,91 7,77 8,07 05/05/2014 4,08 2,03 7,79 8,15 08/05/2014 3,43 1,95 7,48 7,94 12/05/2014 3,19 1,92 7,96 8,18 16/05/2014 2,78 1,83 7,6 7,82 20/05/2014 2,6 1,81 7,61 7,84 23/05/2014 2,45 1,79 7,63 7,86 27/05/2014 2,3 1,74 7,65 7,9 30/05/2014 2,18 1,72 7,64 7,94 02/06/2014 2,07 1,7 7,7 8,03 04/06/2014 1,93 1,63 7,83 8,16 06/06/2014 1,78 1,57 7,65 7,78 10/06/2014 1,79 1,56 7,81 8,01 187 188 Administrador – Valdimir de Jesus Passos Assistente Administrativo - Wander Adriano Maluf Miranda PROCESSO DE QUALIFICAÇÃO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO INSTITUTO EMATER Melhorar a eficiência administrativa do Instituto EMATER da região de Cornélio Procópio, através de uma qualificação contínua dos recursos humanos disponíveis (efetivos, cedidos e estagiários), de todas as 23 unidades municipais e unidade regional, e consequentemente proporcionar uma maior efetividade das ações nos processos do Instituto. ______________________________________________________ Região de Cornélio Procópio - PR 2015 189 190 ! " $ % 191 !! 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Pitanga - PR 2015 209 unidades 210 CATEGORIA: Inovação em Processos Internos NOME DO PROJETO: Padronizando processos e ampliando atendimentos administrativos na Região de Ivaiporã. AUTOR: Roseli Maria Hamad Romanichen Otto LOTAÇÃO: Unidade Municipal de Pitanga LOCAL DE APLICAÇÃO: Unidades municipais de: Boa Ventura de São Roque, Cândido de Abreu, Mato Rico, Nova Tebas, Pitanga e Santa Maria do Oeste. INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO): A aplicação do processo teve início em Junho de 2013, sendo trabalho continuamente executado. SITUAÇÃO ANTERIOR: As unidades municipais apresentam rotatividade constante de estagiários, com deficiência de capacitação na área administrativa e os extensionistas locais com atividades técnicas que demandam todo seu tempo, dificultando orientação necessária, com isso a equipe ficava com estagiário apenas como recepcionista e não integrado aos assuntos do Instituto. A falta de orientação devida aos estagiários acabava por acarretar sérios problemas administrativos, tais como: atraso nos compromissos calendarizados; falta de comunicação eficaz entre a equipe; mau atendimento 211 ao público externo e interno; arquivamento de documentos em papel e digitalizados; lançamento de resultados. JUSTIFICATIVA: O trabalho realizado visa capacitar os estagiários para que possam colaborar com o andamento dos trabalhos da equipe municipal no atendimento ao público interno e externo, atendimento ao telefone, agendamento dos compromissos da equipe, colaboração na organização da unidade municipal, elaboração de correspondências, relatórios, conhecerem todo o sistema informatizado do Instituto: SAFE, SISATER, Central de Viagem e Expresso Livre, entre outros. Visa também contribuir com os colegas extensionistas na organização e zelo da unidade municipal, seja no seu visual interno ou externo, como, por exemplo, na distribuição harmoniosa dos móveis nos escritórios, distribuição dos quadros, objetos, organização das salas, das mesas, dos arquivos. Salienta-se que as mesmas orientações são prestadas também aos cedidos pelas prefeituras municipais e aos terceirizados, pois juntos formam a equipe de cada unidade municipal. OBJETIVO DA PROPOSTA: Melhorar a qualidade dos serviços administrativos prestados nas unidades municipais. PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS: Orientar a padronização visual da estrutura física interna e externa das unidades municipais; melhorar o atendimento ao público interno e externo; padronizar o uso dos formulários, o encaminhamento dos relatórios, documentos, correspondências, memorandos e outros documentos solicitados; melhorar o uso e o atendimento ao telefone; organizar os arquivos de papel e eletrônicos. 212 DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: O trabalho vem de longa data, quando do início dos trabalhos em ADI – Área de Desenvolvimento Integrado em 2004, a região de Ivaiporã foi divida na época em três ADI’s, Pitanga sendo sede de uma delas. O Gerente Municipal Vilmar Natalino Grando, articulador da ADI de Pitanga percebeu as dificuldades dos técnicos locais sob sua coordenação, em relação aos trabalhos administrativos ocasionados pela rotatividade dos estagiários. Essa situação acabava por acumular mais trabalho aos mesmos em detrimento do trabalho técnico de campo Para contornar parte dos problemas resolveu-se pela prestação de assessoria às equipes da ADI de Pitanga, pela assistente administrativa da unidade municipal eu, Roseli Maria Hamad Romanichen Otto. Num primeiro momento participando das reuniões de ADI, prestando orientações ao grupo, depois por telefone, e-mail, e visitas in loco. Esta situação perdurou até o ano de 2013 quando a Equipe Regional de Ivaiporã entendeu que este trabalho que vinha apresentando bons resultados poderia ser aplicado em toda região. Para divulgar a idéia convidaram as demais assistentes administrativas da região para uma reunião onde foi apresentado o trabalho que vinha sendo realizado. O Coordenador Administrativo Regional e a Gerente Regional dividiram as unidades municipais em quatro setores, sempre pensando na redução de custos e facilidade de locomoção, ficando cada administrativa com as unidades municipais mais próximas de sua sede; as não habilitadas a dirigir ficaram assessorando por e-mail, telefone. As assistentes administrativas regionais ficaram na retaguarda, incentivando, orientando, pois são elas quem recebe a documentação dos locais e sabem das necessidades de cada estagiário. A coordenação do processo ficou a cargo do Coordenador Administrativo Regional. Recebemos o título de “O TIME DAS MENINAS DA EMATER DA REGIÃO DE IVAIPORÔ. 213 As “meninas” foram a campo propriamente dito, com um roteiro padronizado de todas as atividades (anexo 01), temas executados no dia a dia, observando certa flexibilidade, pois cada unidade municipal é única. O formulário foi baseado também nas orientações recebidas em 2012 num treinamento com a Jussara Ribeiro da Unidade Estadual do Instituto EMATER. Ela expôs, com propriedade, questões relativas ao uso e atendimento adequado do telefone, atendimento ao público interno e externo, atitude pessoal, convivência agradável no ambiente do trabalho, postura no ambiente profissional, comportamento, correspondência oficial, entre outros. ESTRATÉGIA DE EXECUÇÃO DESTAS ATIVIDADES NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO MUNICÍPIO DE PITANGA Aproveitando que o Gerente Municipal de Pitanga é também Coordenador Regional dos municípios já citados, o atendimento é realizado em conjunto, ou seja, nos dias em que ele marca coordenação in loco é agendado também com o estagiário, e com o técnico da Unidade Municipal a visita administrativa. Para melhor resultado são consultadas as assistentes administrativas regionais para saber da necessidade do momento e focar a orientação. Aproveitando a carona o custo diminui para o Instituto e se presta assessoria ao estagiário e a equipe técnica, quando necessário. Com esse trabalho individual o estagiário fica capacitado para exercer as funções a ele designadas, o técnico e o Instituto ganham com essa ação, diminuindo a incidência de erros, redução de gastos com telefone, ganhando mais tempo e agilidade, melhorando a harmonia local com melhores condições e qualidade do trabalho. Todos saem ganhando, principalmente o agricultor assistido, pois se foi bem atendido pelo estagiário, poderá não haver necessidade de retorno, o que agiliza o atendimento. As visitas realizadas são abrangentes, pois envolvem orientações na parte externa, como por exemplo, manutenção da jardinagem, manutenção da estrutura física da unidade municipal, orientação na pintura, principalmente a externa, porque temos um padrão de pintura na fachada. 214 O trabalho veio contribuir para valorizar a área administrativa. A equipe regional apostou na experiência do seu quadro de assistentes administrativas, o que no vocabulário atual do Instituto é entendido por meritocracia. Ressalto que este processo tem sido avaliado no sistema de gerenciamento. CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO FUTURO”: > Padronizar as estruturas das unidades municipais: - Distribuir os móveis harmoniosamente; - Distribuir cartazes, com coerência para não poluir visualmente; - Sugerir modelo de como fazer o suporte e onde colocá-lo para não estragar a pintura. > Padronizar a aparência interna e externa das unidades municipais: - Interna – cada qual cuida de sua sala, sua mesa, para maior conforto e comodidade; - Externa – por exemplo, a pintura tem um padrão de cores. Procurarem seguir este modelo; - Grama, mato, calçada em frente e aos arredores das unidades, isso tudo bem limpo embeleza a aparência, fica mais bonito, chama a atenção e é de responsabilidade de toda a equipe. > Padronizar o atendimento ao público externo e interno: - No atendimento e uso ao telefone; - No atendimento pessoal; - Recebimento e resposta aos e-mails. > Padronizar os formulários e o encaminhamento dos relatórios, documentos, etc.: 215 - Quanto aos relatórios, ofícios, e-mail a EMATER tem um padrão oficial, e para observância disto todos os administrativos passaram por capacitação; - Quanto às datas e horários, orienta-se para que sejam cumpridos. > Padronizar os arquivos: - Todas as unidades municipais receberam uma sugestão para padronizar os arquivos, com numeração das pastas, ordem na colocação, ordem de programa, etc. ABRANGÊNCIA (agricultores beneficiados, técnicos, famílias beneficiadas, Instituto, funcionários). Todos ganham com um atendimento eficiente pelo (a) recepcionista, secretário (a), nesse momento ele (a) é o cartão de visita do Instituto e a primeira impressão é a que fica. Os agricultores familiares são os beneficiados com essa atitude do atendente, informando da melhor maneira possível. O agricultor não perde tempo e nem dinheiro indo e vindo da comunidade para ser atendido pelo técnico; informações básicas como: receber uma análise de solo e dar encaminhamento, informar os documentos necessários para elaboração de uma DAP, entre outros. Paralelo a esse processo o técnico potencializa o atendimento nas comunidades, facilitando o trabalho, que assim dispõe de mais tempo para o atendimento a campo. O Instituto é beneficiado pela redução de custos e atendimento com maior eficácia ao público interno e externo. RESULTADO DO PROJETO: benefícios gerados na renda do agricultor (quantificar), na qualidade de vida das famílias, ao meio ambiente, à organização do trabalho, impacto na comunidade, município, EMATER: Difícil de quantificar os benefícios gerados, no entanto fácil de identificá-los, como: - Mais agilidade e qualidade da informação ao produtor; 216 - Permanência por mais tempo do produtor na propriedade; - Redução de despesas do produtor em busca de informações nesse deslocamento fora de seu domicílio; - Na organização gera menos retrabalho com maior qualidade das informações e das tarefas do dia a dia; - Libera mais o técnico para se dedicar às atividades fim da Instituição; - Impacto na comunidade se dá pela maior presença do técnico ao campo e maior permanência do produtor em sua atividade geradora de renda. No Município e EMATER: - Melhoria dos serviços prestados no atendimento ao agricultor familiar; - Visibilidade e uniformidade dos trabalhos na Região de Ivaiporã, possibilitando maior agilidade nas informações solicitadas; - Plano de capacitação continuo, levando ao aprimoramento; - Interação entre técnico / administrativo facilitado; - Ampliação das competências; - Ampliação da área geográfica dos serviços (local para ADI); - Motivação, valorização dos funcionários; - Segurança na realização dos trabalhos executados baseada em informações padronizadas; - Com a somatória destas ações o resultado dos trabalhos de ATER qualificado é extensivo para os agricultores familiares. AGRADECIMENTOS: A Gerente Regional de Ivaiporã - Vitória Maria Montenegro Holzmann Ao Coordenador Administrativo – Lairton Pedro Timóteo A Assistente Administrativa Regional – Nádia Okawa Bonfim Chagas Ao Gerente Municipal – Vilmar Natalino Grando 217 PARCEIROS PRINCIPAIS: Equipe da unidade municipal de Boa Ventura de São Roque Equipe da unidade municipal de Cândido de Abreu Equipe da unidade municipal de Mato Rico Equipe da unidade municipal de Nova Tebas Equipe da unidade municipal de Pitanga Equipe da unidade municipal de Santa Maria do Oeste REFERÊNCIAS: Nada a relatar. ANEXOS: 1. Roteiro padronizado das atividades para as primeiras visitas. 2. Relatório das orientações prestadas. 3. Depoimento da Gerente Regional de Ivaiporã – Vitória Maria Montenegro Holzmann 4. Depoimento Gerente Municipal de Pitanga / Coordenador Regional de Ivaiporã - Vilmar Natalino Grando 5. Depoimento do Estagiário de Boa Ventura de São Roque – Efraim Victor Jauer Ribeiro 6. Depoimento Técnico cedido pela Prefeitura Municipal de Boa Ventura de São Roque – Leandro Ribeiro Gloeden 7. Depoimento Gerente Municipal de Cândido de Abreu e Equipe – Osvaldo Matyak 8. Depoimento Extensionista Municipal de Mato Rico – Jean Carlos Rodrigues 9. Depoimento Extensionista Municipal de Nova Tebas - Marcos Antonio de Freitas 218 Pitanga, 18 de Dezembro de 2014. Roseli Maria Hamad Romanichen Otto Matrícula 3022 Assistente Administrativo. 219 Anexo - 1 ROTEIRO PADRONIZADO DAS ATIVIDADES DIÁRIAS PARA TRATAR NAS UNIDADES MUNICIPAIS. Boa Ventura de São Roque– Cândido de Abreu - Mato Rico – Nova Tebas – Pitanga – Santa Maria do Oeste DATA - VISITA Nº. PARTICIPANTES - Objetivos: > Padronizar as estruturas das unidades municipais; > Padronizar a aparência interna e externa das unidades municipais; > Padronizar o atendimento ao público externo e interno; > Padronizar os formulários e o encaminhamento dos relatórios, documentos; > Padronizar os arquivos. ASSUNTO O QUE TRATAR COMPROMISSOS Anotações Compromissos, datas, recados. Armários Limpos e organizados. Arquivo morto Permanecer arquivado durante 05 (cinco) anos; fazer o arquivo morto com orientação do responsável pela Unidade; Rasgar em pequenos pedaços. Arquivos Limpos e organizados. Atendimento Atender o cliente externo e ao interno com objetividade, cliente delicadeza e presteza. 220 PRAZO RESPONSÁVEL Ausência Avisar o responsável imediato no com no mínimo de três dias de trabalho antecedência, exceto emergências médicas. Bilhete Claro, objetivo e papel adequado. Boletim Encaminhar até o 5º dia útil, de assinado pelos funcionários, frequência anexando os atestados médicos e folha ponto. Cafezinho / chá Fazer diariamente, se necessário. Calendário Passar por e-mail para o seu quinzenal coordenador regional e para a gerente regional na manhã de segunda-feira. Computador É controlado o uso pela Unidade Estadual; é um arquivo, organizar de forma que todos entendam, é de uso coletivo; proibido o uso das redes sociais; uso exclusivo para o bom andamento do trabalho; site só os do Instituto e relacionados ao trabalho; conservar limpos; desligar no final da tarde. Conserto e Mensal – postar todas as manutenção despesas com os veículos de (abastecimento, lavagens, DETO, Manutenção, coletar os veículos dados da prestação de contas). 221 Controle geral Tudo o que foi possível. Crachá Uso obrigatório. Declaração Elaborar os solicitados pelo e técnico e dar prosseguimento, Documentos conforme os padrões do Instituto, o responsável pela unidade municipal assina. Diária Responsabilidade do técnico (se necessário delegada ao administrativo). Economia Sempre. Empréstimo Só com a autorização do de responsável pela unidade e com materiais assinatura no termo próprio de empréstimo. E-mail Lembrar o responsável para responder dentro do prazo; Salvar ou imprimir. Feriados Colocar no calendário quinzenal. municipais Folha ponto Estatutários, estagiários e administrativos cedidos pelas Prefeituras, assinar diariamente e encaminhar ao regional com o boletim de frequência. Horário de Colocar um aviso visível. expediente Identificação Maior aproveitamento e de economia de envelopes. malote 222 Informações Claras, objetivas e precisas aos técnicos e públicos. Jornais Discreto em ambiente reservado. Limpeza Diária: ambiente limpo e organizado. Lista Diariamente, assinada, datada e de encaminhar ao regional até o 5º presença Malote dia útil. Sempre mandar dentro dos prazos previamente estabelecidos. Mapa Enviar junto com as propostas, comparativo completo e assinado pelo técnico. Materiais Organizar todos. Memorando O responsável é quem assina; o administrativo elabora em duas vias; seguir a ordem numérica. Ofício O administrativo é quem elaborada; seguir os padrões do Instituto; o responsável quem assina; seguir a ordem numérica. Organização Como um todo: arquivos, mesas, do almoxarifado, cozinha, banheiro, escritório visual, parte externa... Pasta para Equipe maior, fazer identificação malote com visto de todos. Pontualidade Essencial, sempre. Porta fechada Colocar aviso: onde está. 223 Proposta de Fazer dentro dos padrões preços estabelecido pelo financeiro. Providências Lembrar os técnicos dos compromissos, responder email... Ramais Colocar identificação nos telefones. Recados Anotar todos e repassar para os técnicos e/ou deixar bilhete claro e objetivo. Relação Padronizar a sequência das arquivo pastas com numeração. Relação de Mensal, fazer à média dos abastecimento veículos e lançar no CMV. SAFE Solicitação de recurso, sob orientação do técnico solicitante, fazer fechamento após o evento. SISATER Digitação responsabilidade do administrativo, desde que o técnico passe os dados, senha. Som Restrito. Atrapalha a concentração dos demais. Telefone Atender com sorriso e clareza; anotar os recados; abrir uma pasta no computador “Telefone” para: produtores, unidades municipais, central.... Uso do Celular Uso particular restrito. 224 ALGUMAS UNIDADES MUNICIPAIS Alevinos Organizar as vendas, fazer os e controles e colaborar na frutíferas Análise de solos distribuição. Fazer os controles, receber, encaminhar e entregar. VISIBILIDADE / ESTRUTURA / VALORES Aparência Manter-se discreto (menos é pessoal mais) Aparência Arquivos, armários, mesas, unidade paredes. Atitude Tomar providência sempre que necessário. Comprometimento Se comprometer com o que faz e bem feito. Confiabilidade Confiar na sua intuição. Conhecimento Aproveite e passe adiante. Ética Sempre e necessária. Habilidade Desenvolver a sua. Probidade Integridade. Respeito Para com os demais. Responsabilidade Eterna Transparência Sempre 225 PASSAR POR E-MAIL – FORMULÁRIO PADRÃO DO INSTITUTO MAIS OS ELABORADOS NA UNIDADE MUNICIPAL DE PITANGA FORMULÁRIO DATA Arquivo morto Boletim de frequência Calendário quinzenal Controle de análise de solo Declaração Folha ponto Horário de expediente Identificação malote Identificação / lembrete porta Lista de presença diária Mapa comparativo Memorando Missão do Instituto – colocar no quadro Ofício - modelo Ofício - numeração Orçamento Prestação de contas - formulário Ramais Redação oficial – Jussara Ribeiro Relação de abastecimento Relação de arquivo Telefones Termo de empréstimo 226 RESPONSÁVEL DEMANDA DA EQUIPE / UNIDADE MUNICIPAL ASSUNTO DATA 227 RESPONSÁVEL Anexo - 2 Boa Ventura de São Roque– Cândido de Abreu - Mato Rico – Nova Tebas – Pitanga – Santa Maria do Oeste DATA - VISITA Nº. PARTICIPANTES ORIENTAÇÕES PRESTADAS 228 SITUAÇÃO Anexo - 3 Depoimento: O Instituto EMATER da Região de Ivaiporã tem 22 (vinte e duas) unidades municipais. Destas somente 06 (seis) unidades têm auxiliares administrativas do Instituto EMATER, ou seja, faltam 16 (dezesseis) funcionários administrativos para suprir as necessidades atuais da infraestrutura, faltando contratação por parte do Governo Estadual a mais de 25 anos nesta área. Para suprir essas vagas o Instituto contrata temporariamente estagiários de nível médio dentro de um período de 06 (seis) meses a 02 (dois) anos, os quais por maior bom vontade que apresentem existe limitações devido à idade, falta de experiência para desempenhar os serviços demandados de um escritório da EMATER. No ano de 2013 devido às dificuldades existentes nas unidades municipais em relação aos trabalhos na área administrativa, a região optou por aproveitar a experiência das auxiliares administrativas existentes e distribuiu geograficamente escritórios próximos de suas sedes para trabalhar com estagiários. Surgiu a ideia de utilizar o exemplo da unidade municipal de Pitanga como modelo de organização da estrutura das unidades locais na região de Ivaiporã. Para os técnicos que estavam encontrando dificuldades para manter um nível mínimo de organização nos escritórios, puderam então contar com a auxiliar administrativa, Roseli Maria Hamad Romanichen Otto, que vem executando o trabalho com maestria, auxiliando os técnicos e estagiários em 06 (seis) municípios no entorno de Pitanga e estendendo seus conhecimentos e habilidades as outras auxiliares administrativas da região de Ivaiporã, que colaboram com as demais unidades locais. Para nós do Regional com essa proposta diferenciada de trabalho pioneiro, a qual está sendo executada com propriedade, tem nos dado tranquilidade na resolução dos problemas e na coordenação administrativa das unidades. Os técnicos e estagiários se reportam às administrativas, as quais orientam e capacitam, resolvem os problemas momentâneos, organizam as atividades, 229 documentação, lançamentos, atendimento ao público, além de treinarem os estagiários, que foram potencializadas com a adoção desta nova metodologia de trabalho realizada na região. Vitória Maria Montenegro Holzmann Gerente Regional de Ivaiporã 230 Anexo - 4 DEPOIMENTO: A partir do momento em que a área administrativa propôs a uniformização de procedimentos administrativos permitiu proporcionar aos técnicos e administrativos dos locais envolvidos, o conhecimento e a visão de um conjunto de procedimentos que ao serem adotados melhoram a qualidade dos serviços administrativos e consequentemente melhoram o serviço da extensão ofertado ao produtor rural, nosso cliente principal. Vilmar Natalino Grando Gerente Municipal de Pitanga Coordenador Regional de Ivaiporã 231 Anexo - 5 Depoimento: Eu, Efraim Victor Jauer Ribeiro, estagiário da unidade municipal da EMATER de Boa Ventura de São Roque, venho dizer o meu muito obrigado e parabenizar você Roseli Maria Hamad Romanichen Otto, mais conhecida como Rose, pelo esforço e dedicação com nós estagiários. Acho que posso falar pelos demais profissionais que atuam no Instituto EMATER, o que seria de nós sem você Rose, nos orientando, repassando os nossos deveres do dia primeiro ao dia primeiro. Posso dizer que não seria nada fácil fazer algo sem sua orientação, chamando a atenção, lembrando de mandar a lista de assinaturas do controle de atendimento, calendário quinzenal, orientando nos sistemas como o SISATER, o SAFE, orçamentos, prestação de contas e os demais me pareciam muito complicados, mais ficaram muito fáceis depois de suas instruções. Ainda lembro de quando cheguei aqui para fazer a entrevista. Depois da entrevista eu agradeci a você e ao Vilmar Natalino Grando – Coordenador Regional de Ivaiporã, por me darem à oportunidade de conhecê-los e poder ser entrevistado, e agora agradeço por terem me escolhido para fazer o estágio e me dar à oportunidade de aprender e adquirir experiências e poder trabalhar (estagiar) com vocês. Apesar de nossos erros, você sempre alegre e passando energia positiva para a gente, eu só tenho a agradecer esses meses que fiquei aqui, aprendi muito e com certeza cada dia aprendo mais e mais, a minha caminhada agora é outra mais pode ter certeza que vou levar o que aprendi com você para o resto de minha caminhada. Meu muito obrigado. Efraim Victor Jauer Ribeiro Estagiário Unidade Municipal de Boa Ventura de São Roque. 232 Anexo - 6 Depoimento: Hoje também é um dia muito especial para mim, isso se faz por um motivo mais que especial, simples assim descreve a minha jornada que para mim será um marco em minha vida, será porque em tão pouco tempo, apenas um ano e um mês, aprendi o que talvez em outras oportunidades não aprenderia com o dobro de tempo, porque será em pessoas boas e qualificadas formam pessoas boas e qualificadas. É isso que nós precisamos nos dias de hoje. Obrigado a EMATER por me proporcionar momentos de muita alegria através do seguimento dos seus trabalhos e projetos, tendo como objetivo final o fortalecimento da agricultura familiar e seus componentes. Dessa forma também dedico a minha felicidade aos gerentes e coordenadores, extensivos a uma pessoa muito especial, talvez seja pela sua simplicidade, educação, ou talvez por estar mais perto e a gente se ver mais vezes, talvez mais eu também acredite em honestidade, competência, qualidade e a vontade de batalhar pelos objetivos, tanto pessoal quanto profissional, enfim obrigado a você Roseli Maria Hamad Romanichen Otto (a Rose) da Unidade Municipal de Pitanga por me ajudar em todas as horas de dificuldades decorrentes de nosso trabalho, em que eu não sabia como fazer, mas eu conhecia quem iria me ajudar ai entrava você direcionando da melhor forma possível e nós vencendo as dificuldades do dia a dia, não irei citar todos, enfim são muitos, mas vou citar o qual mais me marcou e abriu as portas para uma grande amizade e conquistas no nosso trabalho, foi quando vocês (Rose e o Vilmar Natalino Grando – Coordenador Regional) vieram até aqui no escritório da EMATER em Boa Ventura de São Roque, pela primeira vez, quando vi vocês me deu até tremedeira, depois quando retornaram para seus trabalhos a tarde eu refleti o quanto vocês são especiais e atenciosos com as demais pessoas, principalmente eu que vocês nem conheciam isso se chama competência. Obrigado por fazer parte da minha vida Rose, peço a Deus que ilumine o teu caminho todos os dias de sua vida. Obrigado. 233 Leandro Ribeiro Gloeden Extensionista Municipal - cedido pela Prefeitura Municipal Unidade Municipal de Boa Ventura de São Roque 234 Anexo – 7 Depoimento: A equipe da Unidade Municipal de Cândido de Abreu considera como positivas as visitas feitas a Unidade Municipal pela funcionária Roseli Maria Hamad Romanichen Otto. O treinamento realizado com estagiários é o ponto forte, pois esta função conta um de rol de compromissos que a EMATER presa no seu dia a dia, como: horário de trabalho, atendimentos aos produtores, organização dos papéis e assim como também do Escritório; e ainda sobre comportamento pessoal, compromisso, respeito, o que mostra e faz a diferença no atendimento de cada cliente. A funcionária Rose tem uma didática muito boa no repasse de informações, adquirida em seus anos de experiência, que possibilita ajudar aos que estão começando, principalmente estagiários. Também serve de ajuda para os técnicos que exercem a função de gerentes locais. Sugerimos que este trabalho desenvolvido pela colega Rose tenha continuidade e que aconteça com mais frequência nos escritórios; é um trabalho válido, no nosso ponto de vista, pois não é todo profissional que tem a didática necessária para repassar os detalhes do seu conhecimento profissional com precisão e clareza, são detalhes de quem adquiriu experiência ao longo de tempo, que permite aos iniciantes saber o que o Instituto espera deles como futuros profissionais. Osvaldo Matyak Gerente Municipal e Equipe Unidade Municipal de Cândido de Abreu 235 Anexo – 8 Depoimento: Iniciei meu trabalho na EMATER de Mato Rico sozinho em uma Unidade Municipal em que faltava a auxiliar administrativo sempre tornando o trabalho laboroso. Quando a colega Roseli Maria Hamad Romanichen Otto (a Rose) iniciou o trabalho de visitas periódicas no escritório facilitou muito o desenvolvimento das atividades, com a simples organização de uma agenda mensal de compromissos: do que tem que ser feito, como ser feito e quando deve ser feito. Também treinou os estagiários de nível médio, do que é EMATER, lançamentos no sistema, além de dar dicas de organização e de layout do escritório. Parabéns. O trabalho deve ser contínuo. Jean Carlos Rodrigues Extensionista Municipal Unidade Municipal de Mato Rico 236 Anexo – 9 Depoimento: Para nós técnicos de campo o sistema que o Instituto EMATER vem adotando dificulta muito nosso trabalho, pois não temos assistente administrativo e temos que ficar tapando buraco com os estagiários, assim quando um começa a pegar o espírito da coisa já deu o prazo e ele sai. Ficamos na mão novamente e começa tudo de novo a orientação dos novos contratados. Dessa maneira o trabalho desenvolvido pela colega Roseli Maria Hamad Romanichen Otto é de grande valia, pois além de nos ajudar na orientação do estagiário ainda consegue dar uma uniformizada no atendimento dos escritórios da região, uma padronizada nos sistemas de arquivo e principalmente uma força no lançamento do sistema de relatórios e registros do trabalho diário, pois muitas vezes o técnico de campo não sobra tempo para estas orientações e acabamos fazendo antes de ficar orientado. Marcos Antonio de Freitas Extensionista Municipal Unidade Municipal de Nova Tebas 237 238
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