Relatório e Contas Consolidadas 2009 - Grupo Auto
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Relatório e Contas Consolidadas 2009 - Grupo Auto
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REFERENTE À ACTIVIDADE E CONTAS CONSOLIDADAS relatorioAI09-AF.indd 1 30/4/10 4:41 PM RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REFERENTE À ACTIVIDADE E CONTAS CONSOLIDADAS DE 2009 Como no ano anterior, nos termos do parágrafo 6º do Artigo 508º-C do Código das Sociedades Comerciais, artigo aditado pelo Decreto-Lei 238/91, o relatório do Conselho de Administração é apresentado sob a forma de relatório único. As notas anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas, que agora são apresentadas por força da adopção das Normas Internacionais de Reporte Financeiro, são muito mais detalhadas do que as que eram obrigatórias quando os reportes eram feitas seguindo a disciplina do Plano Oficial de Contas, pelo que este relatório do Conselho irá ser forçosamente mais sucinto, não repetindo o que no anexo se evidencia. O Conselho continuará a manter, em linhas gerais, a estrutura e a informação do seu relatório como em anos anteriores, de forma a permitir uma melhor compreensão da vida societária. seguros e líquidos, nomeadamente dívida pública e até notas bancárias; os consumidores retraíram-se, face às incertezas, e adiaram decisões de compra de casa ou de automóvel, por exemplo; as fábricas de automóveis (e não apenas essas) passaram a ter grandes dificuldades em escoar a sua produção, acumulando muitos stocks por vender, passando a suscitar desconfiança dos financiadores e alguns Estados tiveram que intervir financeiramente; idênticos problemas tiveram as imobiliárias; a retracção da procura leva os produtores e prestadores de serviços a baixar os preços e a despedir pessoas; os despedimentos e as falências aumentaram, fazendo alastrar o desemprego; o comércio internacional retraiu, o que criou dificuldades económicas a países em desenvolvimento, extractores de matérias-primas, ou fabricantes de produtos de baixa tecnologia; por fim, e para abreviar, os Estados, tiveram que intervir nos mercados financeiros, nomeadamente através da nacionalização, injectando fundos, ou concedendo garantias, para ressuscitar a confiança e evitar o pânico financeiro, e tomar para eles investimentos, sobretudo em infra-estruturas e equipamentos sociais, para dinamizar a economia, o que deteriorou as finanças públicas, e tornou os investidores mais selectivos na tomada de dívida pública. Apresentamos aos Senhores Accionistas o Relatório do Conselho de Administração relativo à actividade e Contas Consolidadas da Auto-Industrial, S.A. 2 a estagnação de 2008. Para essa retracção contribuíram as três variáveis mais sensíveis à conjuntura: o investimento que contraiu em 11,7%; as exportações que reduziram em 12,4% (a registar a contracção mais expressiva das mercadorias, - 14,2%, que das prestações de serviços, - 8,6%); e o consumo, sobretudo pela via dos bens duradouros, que contraiu 0,9%. O défice externo, que exprime as necessidades de financiamento externo da economia, determinadas pelo défice das balanças corrente e de capital, reduziu-se de 10,5% em 2008, para 8,1% em 2009. Sobretudo a partir do segundo semestre de 2009 podemse constatar sinais de normalização dos mercados e algum restabelecimento da confiança dos agentes económicos, designadamente dos consumidores. Os prémios de risco nos mercados financeiros moderaramse, embora em patamares superiores aos anteriores à crise. Também é previsível o restabelecimento dos níveis do comércio internacional, face a um cenário de recuperação económica e de um clima de confiança. Na reunião de 4 de Fevereiro o Banco Central Europeu manteve inalterada a taxa de 1% relativa às operações principais de refinanciamento e em 1,75% e 0,25% as taxas da facilidade permanente de liquidez e de absorção de liquidez. Entre o final de Dezembro de 2009 e meados de Fevereiro de 2010, as taxas interbancárias diminuíram ligeiramente: a 15 de Fevereiro de 2010 as “euribores” para os prazos de um, três, seis e doze meses, situavamse em 0,42%, 0,66 %, 0,96% e 1,22%, respectivamente. 3 DESTAQUES QUADRO MACROECONÓMICO Em 2009 o desenvolvimento da economia portuguesa manteve-se ainda fortemente condicionado pela crise financeira e económica global, que se tem caracterizado por uma magnitude e extensão, sem precedentes históricos recentes. Como é sabido a geração e epicentro dessa crise teve lugar nos Estados Unidos da América e foi decerto causada pelo excesso de especulação financeira e por práticas excessivas e imprudentes de concessão de crédito. O laxismo financeiro, associado a montagens financeiras complexas de titularização de créditos, desresponsabilizou as instituições originadoras dos créditos, e dispersou, pelo mundo económico desenvolvido, riscos financeiros associados a “bolhas especulativas”, sobretudo de créditos imobiliários gerados nos Estados Unidos. Quando os operadores dos mercados financeiros, fundos e bancos, designadamente, começaram a percepcionar um risco latente, ainda que de extensão, profundidade e contornos não totalmente determinados, foi-se gerando um clima de desconfiança generalizado. Quando todos tentam vender ao mesmo tempo e desaparecem os compradores “os prémios de liquidez e de risco, de repente, disparam para níveis sem precedentes”. relatorioAI09-AF.indd 2-3 Um dos primeiros sinais significativos da crise financeira verificou-se nos mercados interbancários de dívida, cujos “spreads” dispararam, para além da elevada relutância e selectividade com que os bancos se dispunham a ceder fundos entre eles. Alguns acontecimentos despertaram as atenções e despoletaram reacções em cadeia: em Agosto de 2007 o Banque Nacional de Paris impede os resgates em três fundos de investimentos por ele geridos; em Setembro de 2007, em Inglaterra, dá-se a corrida aos depósitos do Northern Rock; Nos Estados Unidos verificou-se no início de 2008 o afundamento do sistema dos “auction-rate security” montado pelo Lehman Brothers, em 1984, que no seu apogeu atingiu US$ 400 biliões de fundos para financiamento. O pânico foi-se alargando e o sistema de financiamento das economias apenas não colapsou devido à intervenção dos bancos centrais e dos Estados das principais economias do mundo. O alastramento e aprofundamento da crise foi produzindo consequências negativas, quer do ponto de vista financeiro, quer económico: os bancos não sabendo o que fazer ao dinheiro, passaram a depositá-lo nos bancos centrais (pratica inusitada), o que corresponde a retirar moeda da economia; para além disso os bancos passaram a ser mais restritivos e exigentes quanto às condições e beneficiários dos seus créditos; os aforradores, por seu lado, procuraram activos mais No quadro económico global em que o país está inserido, o Banco de Portugal, no seu Boletim Económico de Outono 2009, embora reconhecendo que à significativa deterioração conjuntural “se justapôs a uma situação estrutural (da economia nacional) caracterizada pela persistência de algumas fragilidades que condicionam a evolução da produtividade dos factores”, reconhece contudo na economia portuguesa “vários elementos de robustez, com destaque para a ausência de uma situação de sobrevalorização dos preços do mercado imobiliário e para a manutenção de uma posição relativamente favorável do sistema bancário, no quadro europeu – em termos de rendibilidade, liquidez e solvabilidade”. Em 2009, o PIB português terá retraído em 2,7%, após 30/4/10 4:41 PM Após uma década de estabilidade do “índice harmonizado dos preços no consumidor” (IHPC) em torno dos 3%, verificou-se uma pronunciada desaceleração, a partir do final de 2008, para valores negativos a partir do primeiro trimestre de 2009. Em 2009 ter-se-á verificado uma redução de preços, medidos pelo IHPC, de 0,9%, o que é inédito nas últimas três décadas, e que é expressivo das convulsões económicas por que se tem passado. A redução dos preços verificou-se, quer nos bens energéticos, como nos não energéticos, que caíram respectivamente em 8% e 0,2%. Segundo o Banco de Portugal a inflação será positiva em 0,7% em 2010, aumentando para 1,6% em 2011. 4 trimestre de 2008. O acréscimo de desempregados, em variação homóloga no último trimestre, foi de 23,7%. Contrariamente ao que ocorreu em 2008, em que se verificou um aumento total do emprego em 1,3%, no último trimestre de 2009 o nível do emprego total diminuiu em 3%, face ao trimestre homólogo (-4,4% no emprego masculino e 1,3% no feminino). A crise económica e financeira teve também repercussão pesada na execução orçamental, com a receita fiscal do Estado a registar uma diminuição homóloga de 14,8% até Outubro. A colecta de IRS registou neste período um aumento de 0,6%, mas a transferência para as autarquias, no mês de Outubro, ao abrigo da Lei das Finanças Locais, determinou uma redução de 4,6%. O IRC conheceu uma retracção de 23,7%, a colecta do IVA reduziu em 21,4%, e o Imposto sobre Veículos decresceu 26,4%. A despesa corrente primária do Estado cresceu 4,2% no período até Outubro. Como consequência, em Outubro de 2009, o défice do Estado ascendia a €11.674 milhões, contra os €4.901 milhões no mesmo período do ano anterior. Este agravamento substancial do défice despoletou uma decisão do Ecofin relativo à verificação de um défice excessivo a Portugal, que implica a tomada de medidas correctoras do défice e da dívida, ao longo do período 2010 a 2013. A estimativa do défice do Estado, em 2009, é de 9,3% do PIB e o rácio da dívida de 76,6%. De acordo com a proposta da Lei do Orçamento do Estado para 2010 o objectivo do défice do Estado está projectado para 8,3% e da dívida face ao PIB de 85,4%. SGPS, S.A. no Banif – SGPS SA” e o “acordo entre a Rentipar Investimentos, SGPS, S.A. e os Accionistas Controladores da Tecnicrédito, SGPS, S.A.”, sendo esta última a holding pessoal do Comendador Horácio Roque, accionista maioritário do Banif. A razão desta aliança estratégica, que é realmente uma associação, não radicou em quaisquer dificuldades de curto prazo, pois a Tecnicrédito SGPS e o Banco Mais, mantiveram sempre posições de tesouraria, solvabilidade e rentabilidade muito confortáveis, tendo passado incólumes pelas fortes vicissitudes da crise financeira internacional, que derrubou muitas instituições grandes, médias e pequenas e que levou a outras serem apoiadas pelos Estados, com vista a impedir riscos sistémicos descontrolados, no sistema financeiro mundial. Contudo ao longo de 2008, e face às evoluções das economias e dos mercados, os Conselhos de Administração da Auto-Industrial, e da Tecnicrédito SGPS/ Banco Mais, tomaram a decisão de diligenciar no sentido de estabelecer uma parceria estratégica com um grupo bancário de maior dimensão, que assegurasse o financiamento adequado da sua actividade e assim lhe permitisse manter ou reforçar, a presença nos mercados em que opera, mas também ampliar o espectro das actividades, para a generalidade dos produtos e serviços da banca universal, reduzindo o risco de ser um operador especializado num só produto bancário. A aliança estratégica que se encetou com o grupo Banif ficou executada, em termos formais, no passado dia 30 de Setembro, mediante a passagem para a titularidade do Banif, das 17.500.000 acções representativas da totalidade do capital social da Tecnicredito. Em contrapartida, os accionistas da Tecnicredito, receberam 70.000.000 de acções do Banif e 70.000.000 de “valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis em acções” (VMOC’s), emitidos por esta entidade e um valor de acerto contratual em torno de €17.800.000, calculado nos termos determinados pelo acima referido contrato de integração. A detenção das acções e dos VMOC’s do Banif, que couberam à Auto-Industrial e aos seus accionistas, que detinham acções na Tecnicredito SGPS, passou a ficar concentrada na Auto-Industrial, Investimentos e Participações SGPS, S.A., com o capital social de €208.000.000, e cuja maioria do capital e consequente controlo, pertencem à AI, que nela detém 63,5%. INCORPORAÇÃO DA TECNICREDITO NO BANIF SGPS No quarto trimestre de 2009 a taxa de desemprego atingiu os 10,1%, que compara com 8% no último relatorioAI09-AF.indd 4-5 A 10 de Julho de 2009 a Auto-Industrial S.A. e os Drºs Manuel Carvalho Fernandes, João Ibérico Nogueira e Vítor Farinha Nunes, accionistas da Tecnicredito SGPS e administradores da mesma, outorgaram com o Banif SGPS um “ contrato relativo à integração da Tecnicrédito, Em consequência destas operações de mercado, o Banif passou a incorporar integralmente no seu grupo a Tecnicredito e, em contrapartida, a Auto-Industrial passou a ser o segundo maior accionista do Banif, após a Rentipar, que mantém a sua posição de accionista maioritário da sociedade. A integração da Tecnicredito no Banif poderá ser muito positiva para os grupos que agora se juntam, tendo essa aliança estratégica sido acolhida favoravelmente nos mercados financeiros e de capitais, designadamente em notas de “research”. A Tecnicredito vai beneficiar da integração num grupo financeiro vocacionado para a banca universal e para a actividade seguradora e de gestão de activos e o Banif beneficiará da especialização da Tecnicrédito no crédito ao consumo e do seu forte nível de solvabilidade. As sinergias entre os dois grupos, e os seus respectivos accionistas, são significativas e poderão potenciar oportunidades acrescidas de “cross seling”. Ambos os grupos têm demonstrado capacidades para se expandirem em mercados externos, o que constituirá um adicional patamar de oportunidades. Após as operações de aumento de capital decorrentes da integração da Tecnicredito, e de um aumento de capital realizado pelos anteriores accionistas de €70 milhões o Banif SGPS fechou o balanço com Capitais Próprios (deduzidos de interesses minoritários) de 941,8 milhões de euros e com lucros resultados líquidos consolidados de 54,1 milhões de euros, dos quais 25 milhões foram gerados pela Tecnicredito SGPS. AQUISIÇÃO DE NOVO EDIFICIO EM COIMBRA A 30 de Setembro de 2009 a Auto-Industrial adquiriu um imóvel na Estrada de Eiras, Pedrulha, em Coimbra, ocupando uma área de 4.722m2, e com área construída de cerca de 9.800 m2, pelo preço de €2.459.375. Para o espaço em questão está apresentado um estudo prévio na Câmara Municipal de Coimbra, tendo em vista concentrar no novo edifício as marcas que o Grupo Auto Industrial representa em Coimbra. Admite-se que as obras do dito edifício possam iniciar-se em Setembro/Outubro de 2010 e ficarem concluídas um ano após o seu início. 5 VENDA DO TERRENO DE CRUZ DE MOUROÇOS Este terreno era propriedade da Auto Industrial desde os finais dos anos setenta, e tem uma área de 21.874,7m2. Foi adquirido para local de construção de novas instalações para o sector automóvel da AI em Coimbra, chegando a ter sido elaborado um projecto para umas instalações integradas. Contudo tendo-se encetado negociações para a aquisição do imóvel da Pedrulha, localização e estrutura consideradas bastante mais favoráveis, optou-se por essa alternativa. O terreno de Cruz de Mouroços foi então vendido aos vendedores do imóvel da Pedrulha também a 30 de Setembro de 2009, por 1,25 milhões de euros. A decisão da sua alienação prendeu-se com o facto de deixar de ter interesse estratégico para o negócio automóvel, e por se conjugar uma oportunidade interessante de permutar o mesmo com o edifício das Faianças Subtil. 30/4/10 4:41 PM VENDA DE LOJA EM LEIRIA Através de escritura de compra e venda, realizada a 18 de Dezembro de 2009, a Auto-Industrial alienou o stand situado em Leiria na Av. Mouzinho de Albuquerque, que estava afecto à marca Opel, pelo preço €555.000. O referido stand deixou de ter utilidade uma vez que no edifício do Alto do Vieiro foi aproveitada uma área para aí realizar obras de adaptação para um novo salão de exposição para a marca Opel, com grande visibilidade e nas instalações integradas. Tal teve a vantagem de concentrar toda a actividade Opel no mesmo local, sendo alienado um activo sem interesse funcional para a actividade. SÍNTESE DOS RESULTADOS 6 Em 2009 o Grupo Auto-Industrial (AI) vendeu 7.440 automóveis novos (- 24,6%) e 5.613 automóveis usados (+ 12,5%). Dos novos, 5.013 foram vendas a retalho (- 5%) e dos usados 2.424 foram vendas a particulares (+ 1,7%). A quase estabilização das vendas a retalho, num ano em que o mercado de veículos ligeiros decresce em 26%, constitui um desempenho satisfatório da empresa. As quebras significativas foram nas vendas a rent-a-car (- 65%), onde a margem é diminuta e estão em alguma medida associadas a compromissos de recompra, e também a gestoras de frotas (- 26%). Para além dos aspectos meramente quantitativos (e simplicista) das unidades vendidas, há que destacar evoluções positivas em termos dos aspectos qualitativos da actividade do retalho automóvel. A pressão da oferta de carros vinha sendo muito excessiva para os distribuidores, que vinham suportando custos exorbitantes das existências e fortes riscos de mercado, com a desvalorização de modelos há muito em stock. Um dos factores decisivo para a sustentabilidade da produção e distribuição auto, e também de descompressão da oferta excessiva, foram os incentivos ao abate. O gráfico abaixo fala por si. Para além dos aspectos ambientais os incentivos aos abates dinamizaram a procura de automóveis, favorecendo também a produção e o emprego, num quadro de forte crise económica. Outro factor positivo, no sentido de atenuar o excesso de oferta de carros no mercado, foi a redução significativa de vendas a rent-a-car que passaram de 25.810, no ano anterior, para 10.944 em 2009 (- 57,6%). Essas vendas estão em larga medida associadas a acordos de recompra, num prazo curto, vindo alimentar o mercado de “semi novos” o que tem vindo a representar um risco significativo para os operadores dada a proximidade com o preço dos novos, conjugada com as campanhas e promoções das marcas. Outro adquirente e utilizador temporário de automóveis, são as “gestoras de frotas”, embora em períodos de médio prazo (dois a três anos). Após a sua normal utilização, os automóveis voltam ao mercado pelos circuitos de distribuição disponíveis: leilões, comerciantes de usados e mesmo a venda directa em locais próprios. Neste mercado do aluguer operacional tem-se verificado a tendência de períodos mais longas dos contratos, bem como a sua prorrogação para além do período inicialmente contratado, reduzindo também a pressão da oferta nos circuitos habituais. Em 2009 as vendas às gestoras de frota foram de 26.347 unidades, menos 28% que no ano anterior. Outro importante factor de descompressão do mercado foi a redução das importações paralelas de automóveis usados passageiros: 43.145 em 2008, para 21.935 em 2009 (-49%). A redução teve sobretudo a ver com o novo modelo de fiscalidade automóvel que teve especial impacto nos modelos de maior cilindrada: Mercedes: -6774 unidades, -64%; Smart: -1.264 unidades, -42%; Volkswagen: -2889 unidades, -66%; Audi: -4.531 unidades, -68%; BMW -1983 unidades, -35%). Da conjugação dos diversos factores que determinaram e condicionaram o mercado de automóveis no nosso país, e em particular a retracção dos Bancos em financiar o sector automóvel e os rent-a-car, decorreram sobretudo as seguintes consequências: • Redução dos stocks de automóveis novos para venda, com redução dos encargos financeiros e do risco de mercado; • Redução dos stocks de semi-novos e usados para venda; • Decréscimo generalizado das vendas; • Melhoria das margens de comercialização; • Atenuação do risco de mercado; • Redução significativa das comissões de crédito. No grupo Auto-Industrial verificou-se a redução da facturação de automóveis novos em 20%, mas, em contrapartida, a margem bruta dos automóveis novos decresceu apenas em 7%, pelo que se verificou o aumento da margem percentual de novos de 5,14%, para 6,02%, o que é sobretudo explicado pela redução drástica das vendas aos rent-a-car e, em menor medida, às gestoras de frotas. relatorioAI09-AF.indd 6-7 Nos usados verificou-se o aumento facturação em 16% (sobretudo devido às vendas ao comércio), mas a margem bruta gerada nos usados cresceu em 50%. As condições de comercialização de carros usados conheceram uma importante melhoria, decorrente sobretudo da diminuição da pressão da oferta. Em consequência, verificou-se o aumento da margem bruta sobre as vendas dos usados, de 2,29% para 2,96%. Devido aos diversos condicionalismos dos mercados financeiros, ao incremento significativo do risco de crédito e a um novo quadro legal do crédito ao consumo que entrou em vigor em 1 de Julho de 2009, a receita das comissões de crédito no grupo AI reduziu-se em 36%, provavelmente em linha com o mercado geral. Com a operação de integração da Tecnicredito SGPS, no Banif SGPS, a AI deixou de deter uma posição de controlo sobre o seu grupo financeiro, passando a ter uma posição potencial de cerca de 21% no Banif SGPS. Em termos consolidados (com exclusão do grupo financeiro) a facturação do Grupo AI passou de €297,2 milhões, para €266,5 milhões, correspondente a uma variação negativa de 10,3%. A prestação de serviços atingiu os €13,5 milhões, uma variação homóloga negativa de 1,72%. Apesar da cessação da actividade da divisão de rent-a-car da AI, que perdeu em 2009 cerca de €1,3 milhões de facturação para o exterior, em variação homóloga, e da redução relevante das comissões de crédito, ambas incluídas na rubrica da prestação de serviços, incrementos importantes no sector dos serviços oficinais quase compensaram aquelas relevantes perdas. A margem da venda de mercadorias melhorou de 8,23% para 8,47%, devido sobretudo à melhor margem obtida nas vendas de automóveis novos e usados, e também, eventualmente, devido a alterações do mix de vendas. Os proveitos suplementares e outros (sobretudo bónus e rappel das diversas marcas) tiveram de novo uma variação positiva de 3,65%, para €4,86 milhões, embora em desaceleração face ao crescimento de 15,22% do ano passado. Estes níveis de bónus obtidos implicam bons desempenhos face aos objectivos das marcas que decorrem dum posicionamento competitivo positivo no âmbito da rede de distribuidores de cada marca. As despesas operacionais, que no ano anterior já tinham reduzido em 0,35%, retraem agora em 5,51%, para €31,4 milhões, uma redução importante de €1,83 milhões em 2009. Em consequência, o peso das despesas operacionais sobre a margem bruta total passa de 81,9% para 81,43%, o que constitui uma nota positiva de eficiência operacional do grupo. O rácio do Resultado Operacional Bruto da exploração (EBITDA), sobre as vendas, melhora de 2,47% para 2,69%. As amortizações do imobilizado tiveram uma relevante quebra de 10,78%, para €3,875 milhões, decorrente sobretudo da venda, ao longo do ano, da frota do rent- a-car (- €300.000) e da total reintegração, em 2008, de vários bens do activo, dos quais se destacam o Edifício do Alto do Vieiro e a pintura do Edifício da Av.Fernão de Magalhães. Muitíssimo relevante na transfiguração dos resultados da AI, no exercício a que se refere este relatório, é a rubrica de ajustamentos e provisões. No exercício anterior verificou-se um ajustamento negativo ao activo de €3.400.000, relativo ao crédito sobre uma empresa do grupo, sendo que no exercício de 2009 os ajustamentos ao activo foram de €393.281, relativos a vários créditos correntes de clientes do grupo. Os encargos financeiros correntes do grupo AI melhoraram substancialmente, passando de €4,58 milhões em 2008, para €2,9 milhões em 2009 (- 36%, em variação homologa, quando em 2008 tiveram um incremento de 32%). A principal causa desse efeito foi a redução significativa das necessidades de fundo de maneio, decorrente da redução substancial das existências de automóveis novos e usados, que no exercício de 2008 tinham atingido valores exorbitantes. Adicionalmente a esse factor, a redução das taxas de juro, iniciada pelo Banco Central Europeu, em Outubro de 2008, foi-se transmitindo, ao longo de 2009, aos mercados dos financiamentos corporativos, reduzindo os respectivos custos. Em contrapartida os resultados financeiros dos rendimentos de capitais reduziram em 13,7%, para o valor de €2.630.997. 7 Os resultados extraordinários, que em 2008 foram negativos em €362.047, passaram a ser positivos em 2009, no valor de €1.469.239, sobretudo devido à venda de imobilizado. Embora não sendo resultados recorrentes, contribuem para a boa expressão dos resultados finais de 2009 e geraram liquidez, que parcialmente contribuiu para a aquisição do imóvel na Estrada de Eiras, Pedrulha, em Coimbra, que passará a constituir o principal pólo da actividade de distribuição automóvel, do grupo em Coimbra. Após a provisão relativa aos impostos sobre os lucros, o grupo Auto-Industrial, antes da integração da holding financeira, que se referirá de seguida, encerrou o exercício de 2009 com um lucro líquido de €3.307.782, que compara com o prejuízo do ano passado (também sem o sector financeiro) de €2.458.576. Foram resultados muito positivos e meritórios. RENÚNCIA DO DR. FRANCISCO LUCAS Fazemos uma referência ao facto do Dr. Francisco José da Cunha Lucas, ao passar à situação de reforma, ter renunciado no passado mês de Novembro, ao cargo de Administrador da Auto-Industrial e das Sociedades do Grupo, tendo sido cooptado em sua substituição, o Dr. Miguel da Cunha Lucas. Realçamos e agradecemos, a valiosa colaboração do Dr. 30/4/10 4:41 PM Francisco Lucas durante os anos que esteve na AutoIndustrial, primeiro como Presidente do Conselho Fiscal e posteriormente, desde 1994 como Administrador. AUTO-INDUSTRIAL, INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA. Esta sociedade gestora de participações sociais, já se encontrava constituída no grupo Auto-Industrial desde o ano 2000 e no âmbito da associação estratégica ao Banif, constituiu importante instrumento de estruturação dessa operação. Com efeito as participações da AutoIndustrial, SA e dos seus accionistas, no capital da Tecnicredito SGPS, S.A. foram concentradas na AI SGPS, mediante uma operação de aumento de capital em espécie, associada ainda a uma contribuição em dinheiro por parte da AI (€32.500) também a título de aumento de capital. Após o aumento de capital a AI SGPS ficou com o capital social de €208.000.000 e a AI passou a deter 63,4% do capital da AI SGPS e os accionistas individuais os restantes 36,5%. 8 Coube pois à AI SGPS executar o aumento de capital em espécie do Banif SGPS, mediante a entrega das 14.851.250 acções da Tecnicredito SGPS, S.A. Em contrapartida a AI SGPS recebeu 59.405.000 de acções do Banif SGPS e 59.405.000 de VMOC’S (valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis) também emitidos por esta entidade. Os estatutos da AI SGPS foram reformulados (para além do aumento de capital) a fim de os adequar à nova função desta sociedade, e a sede mantém-se na Av.Fontes Pereira de Melo nº 14-12º, em Lisboa. Para além das acções e VMOC’s do Banif a AI SGPS receberá uma quantia de acerto final da transacção de €15.100.008, nos termos do contrato celebrado a 10 de Julho de 2009, entre os accionistas controladores da Tecnicredito SGPS e o Banif SGPS. Em 2009 a AI SGPS encerrou com um resultado líquido de €303.142,38 MERCADO AUTOMÓVEL MERCADO EUROPEU Depois de em 2008 se ter registado na Europa o nível mais baixo de vendas de automóveis novos ligeiros de passageiros dos últimos 15 anos, em 2009 as vendas voltaram a cair. A queda foi de 1,6 % tendo passado dos cerca de 14,7 milhões de novos automóveis ligeiros de relatorioAI09-AF.indd 8-9 passageiros vendidos em 2008 para cerca de 14,5 milhões em 2009. De referir que estes números abrangem todos os 25 países da União Europeia, bem como os 3 países da EFTA. Considerando apenas os países da parte ocidental da União Europeia (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido) e da EFTA (Islândia, Noruega e Suíça), em 2009 foram vendidos 13,3 milhões de automóveis ligeiros de passageiros, uma ligeira variação positiva de 0,5% em relação ao ano anterior. Este aumento foi particularmente sentido no segundo semestre, essencialmente pelo efeito da implementação em diversos mercados europeus de programas estatais de incentivo à renovação do parque automóvel. Nos países membros da União Europeia, situados no leste da Europa (Bulgária, República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia), a queda nas vendas foi bastante acentuada, tendo sido de – 26,6% em 2009. De referir que, em 2008, nestes países, a queda do mercado automóvel tinha sido de apenas 0,7%. Analisando o mercado de automóveis de passageiros na Europa Ocidental, não houve um comportamento uniforme, tendo havido países que registaram evoluções positivas, com destaque para a Alemanha (+23,2%), França (+10,7%) e a Áustria (+8,8%). As medidas de apoio ao abate de viaturas antigas na compra de novas explicam, em grande parte, estas variações positivas. Nos restantes países registaram-se variações negativas nas vendas com destaque, pela negativa, para a Irlanda (-62,1%), Finlândia (-35,2%), Dinamarca (-25,3%), Portugal (-24,6%) e Holanda (-22,5%). Os cinco maiores mercados da Europa Ocidental continuam a ser a Alemanha, o Reino Unido, a Itália, a França e a Espanha. Em conjunto estes países representaram, em 2009, cerca de 82% das vendas de automóveis ligeiros na Europa Ocidental, de referir que esse peso aumentou 4% em relação ao ano anterior. ALEMANHA Em 2009, o principal mercado europeu registou uma forte subida nas vendas, +23,2 %, que se traduziu na venda de mais 717 mil automóveis novos. Este significativo aumento deve-se ao incentivo de 2.500€ para o abate de viaturas com mais de 9 anos na aquisição de nova viatura. O mercado alemão, com 3,8 milhões de unidades vendidas, tem um peso de 28% nas vendas europeias de automóveis ligeiros de passageiros. FRANÇA O mercado francês foi em 2009 o segundo mercado mais importante da Europa, de referir que em 2008 este mercado era o quarto mais importante, registando vendas inferiores à Itália e ao Reino Unido. No ano em análise, este mercado cresceu 10,7%, tendo sido vendidos 2,2 milhões automóveis ligeiros de passageiros contra os 2,0 milhões registados em 2008. O mercado francês viu a sua quota no mercado europeu passar de 15 para 17%. FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS GRUPO VOLKSWAGEN Quanto ao desempenho dos fabricantes de automóveis na Europa Ocidental o Grupo Volkswagen (VW) mantêm a liderança, com 3 milhões de viaturas ligeiras de passageiros vendidas, um acréscimo de 0,7% que se traduziu num aumento da quota de mercado de 20,7% para 21,1%. A marca Volkswagen vendeu mais 4,8% em relação ao ano anterior, tendo sido vendidos, no ano em análise, 1,6 milhões de automóveis desta marca, que continua incontestavelmente a marca mais vendida na Europa. Quanto às outras marcas do Grupo VW, a Audi e a Seat baixaram as vendas, respectivamente, 7,8% e 5,8%, enquanto que no caso da Skoda as vendas aumentaram 4,1%. ITÁLIA Ao contrário dos dois anteriores mercados, o mercado automóvel italiano registou uma ligeira redução de 0,2% nas vendas, tendo sido vendidas, em 2009, 2,1 milhões unidades. Esta diminuição traduziu-se na diminuição nas vendas de cerca de 3.700 automóveis. O mercado italiano manteve a sua quota de 16% do mercado europeu. REINO UNIDO Em 2009 o mercado britânico de automóveis ligeiros de passageiros registou 1,9 milhões de viaturas vendidas, um decréscimo de 6,4% em relação ao ano anterior. O mercado britânico representou 15% das vendas do mercado europeu, uma perda de 1% em relação à quota atingida em 2008. ESPANHA Pelos motivos já sobejamente conhecidos, a economia espanhola tem sentido com particular intensidade os efeitos da actual crise económico-financeira, tendo o mercado automóvel sofrido uma nova queda de – 17,9%, recorde-se que em 2008 essa queda tinha sido maior, -28,1%. Com cerca de 953 mil automóveis ligeiros de passageiros vendidos em 2009, o mercado espanhol deixou de vender cerca de 208 mil automóveis em relação ao ano anterior. Consequentemente o mercado espanhol perdeu peso no mercado europeu, tendo passado de uma quota de 9% para 7%. O mercado espanhol tem vindo a perder relevância comparativamente aos restantes mercados europeus, recorde-se que em 2007 este mercado tinha um peso de 11%. PORTUGAL NO MERCADO EUROPEU De referir que dos 18 países que compõem o mercado automóvel de ligeiros de passageiros da Europa Ocidental, Portugal mantêm o 12º lugar em termos de vendas, ultrapassando apenas a Irlanda, a Finlândia, a Noruega, a Dinamarca, o Luxemburgo e a Islândia. Deste modo, o peso do mercado português é de apenas 1,2% do mercado europeu. 9 GRUPO PSA O Grupo PSA, que abrange as marcas Peugeot e Citroën, manteve quota de mercado praticamente inalterada 12,9% tendo as vendas permanecido praticamente inalteradas em relação a 2008. Esta quota traduziu-se em 1,8 milhões de viaturas vendidas em 2009. A marca Peugeot registou uma quebra de 1,3% nas vendas, passando de 1 milhão para 995 mil viaturas vendidas em 2009. A quota de mercado da Peugeot permaneceu 6,9%. Performance oposta para a marca Citroën, cujas vendas tiveram um incremento de 1,4%, tendo sido vendidas, em 2009, 870 mil viaturas. Em termos de quota de mercado, esta marca registou 6,0% em 2009 contra 5,8% no ano anterior. GRUPO FORD O Grupo Ford continua a ser o terceiro grupo mais importante em vendas na Europa com cerca de 1,5 milhões de viaturas vendidas em 2009, registando uma subida, superior ao mercado, de 2% em relação ao ano anterior, tendo a respectiva quota de mercado passado de 9,9% para 10,3%. Este grupo inclui as marcas Ford e Volvo. A marca Ford é responsável por 86% das vendas deste grupo na Europa. Esta marca vendeu no ano em análise cerca de 1,3 milhões de viaturas, mais 4,1% relativamente às vendas de 2008, a quota de mercado também cresceu tendo-se fixado em 8,9%. De referir, o decréscimo de 9,3% nas vendas europeias da Volvo. 30/4/10 4:41 PM GRUPO RENAULT Em 2009, o Grupo Renault (Renault e Dacia) sobe uma posição no ranking de vendas de automóveis ligeiros de passageiros na Europa, sendo agora, por troca com o Grupo GM, o quinto grupo de fabricantes mais importante. O Grupo Renault registou um incremento de 3,9% nas vendas, tendo vendido 1,3 milhões de automóveis. Este ganho deve-se ao forte crescimento das vendas da marca Dacia, +29,2%, recorde-se que em 2008 esse crescimento tinha também sido significativo, +40%. Esta marca, direccionada para os consumidores mais sensíveis ao preço, vendeu 238 mil automóveis, representando 18% das vendas do Grupo Renault. A marca Renault vendeu cerca de 1 milhão de automóveis, um decréscimo de 0,4%, ao qual correspondeu uma quota de mercado de 7,6%, praticamente idêntica à do ano anterior. GRUPO GENERAL MOTORS 10 O ano de 2009 foi indiscutivelmente um ano de grande turbulência e incerteza para a GM. Sendo o maior fabricante de automóveis nos Estados Unidos e o terceiro maior fabricante mundial, a GM sentiu com particular intensidade a crise financeira mundial iniciada em 2008, os reflexos desta crise na economia evidenciaram algumas das debilidades deste fabricante e tornaram imperiosa a necessidade de adequar a empresa ao novo quadro económico. Em 1 de Junho de 2009 a GM declarou falência nos Estados Unidos, ao abrigo do Capítulo 11 (mecanismo legal de protecção para reestruturação de empresa falida). Com o forte apoio do governo norteamericano, em 10 de Julho de 2009 surge a “nova” General Motors Company, criada a partir das operações mais fortes da “velha” GM. Através de uma venda de activos aprovada judicialmente em 5 de Julho, a “nova” GM assenta em quatro marcas principais (Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC), numa estrutura de custos mais competitiva, numa posição forte de liquidez e numa nova cultura e organização empresarial assente na rapidez de decisão e num maior foco no cliente. Esta “nova” GM é detida maioritariamente pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Esta “reestruturação” da GM, teve um forte impacto nas suas operações europeias originando durante o ano de 2009 grandes incertezas relativamente ao futuro da marca Opel/Vauxhall. Inicialmente a intenção da GM foi vender estas operações, tendo se perfilado, como principal candidato à aquisição, um consórcio liderado pela Magna. Em Setembro de 2009 a GM chegou a acordar com esse consórcio, e com a aprovação do governo alemão, a venda de 55% do capital da Opel. No entanto, em 3 de Novembro houve um volte face nessas negociações, tendo o Conselho de Administração da GM decidido manter na sua esfera as marcas Opel e Chevrolet, as razões para este desfecho assentaram, na melhoria significativa do quadro financeiro global da GM e no reconhecimento da importância destas marcas no âmbito da estratégia mundial da GM (forte posição destas marcas no mercado europeu, papel decisivo da Opel no desenvolvimento de novas tecnologias e novos modelos). Pelos motivos atrás expostos, inevitavelmente, o Grupo relatorioAI09-AF.indd 10-11 GM (Opel/Vauxhall, Chevrolet e Saab) registou em 2009 uma quebra de 8,7% nas vendas. Mesmo assim uma quebra inferior à que se tinha registado em 2008, que foi de 14,7%. Este Grupo vendeu 1,28 milhões de viaturas, em 2009, o que se traduziu numa redução das vendas em cerca de 122 mil viaturas, relativamente ao ano anterior. Consequentemente, o Grupo GM baixou a sua penetração no mercado, que corresponde agora a uma quota de 8,9% contra os 9,6% do ano homólogo. A marca Opel/Vauxhall, que representa 83% das vendas do Grupo, sofreu uma quebra de 7,8% nas vendas, tendo sido vendidas 1 milhão de viaturas Opel/Vauxhall em 2009. Apesar de tudo, as perspectivas para a Opel em 2010 são bastante positivas devido ao lançamento do novo Opel Astra, um dos modelos com maior peso nas vendas da Opel. As vendas da marca Chevrolet subiram 5,5%, um crescimento acima do mercado e que demonstra a crescente importância desta marca no seio da GM. Foram vendidos cerca de 190 mil automóveis Chevrolet, no entanto esta marca ainda tem um peso pouco significativo no mercado europeu com uma quota de 1,3%. Dentro de todo este quadro negativo, referência para a forte queda nas vendas da Saab, -59,1%, a este facto não será alheia a intenção pública da GM em vender esta marca no inicio de 2010. GRUPO FIAT O Grupo Fiat (Fiat, Lancia, Alfa Romeo, Ferrari e Maserati), registou um aumento de 6,3% nas vendas, tendo-se aproximado bastante do nível de vendas do Grupo GM. Com 1,25 milhões de viaturas vendidas, o Grupo Fiat vendeu apenas 29 mil viaturas a menos que o Grupo GM. Esta marca tem vindo nos últimos anos a reforçar a sua quota de mercado, em 2006 a quota era de 7,6% e em 2009 foi de 8,7%. Neste Grupo, a marca Fiat representa 81% das vendas, a Lancia 10% e a Alfa-Romeo 9%. Em 2009, todas estas marcas registaram incrementos positivos nas vendas: +6,1% na Fiat, +6,6% na Lancia e +8,1% na Alfa Romeo. GRUPO TOYOTA O Grupo Toyota (Toyota e Lexus) é agora o sétimo fabricante no ranking de vendas europeu, em 2008 estava em nono lugar. Tendo vendido cerca de 730 mil automóveis, uma variação negativa de 4,7% em relação ao ano anterior, o grupo Toyota teve em 2009 uma quota de 5% do mercado. GRUPO BMW As vendas do Grupo Bmw (Bmw e Mini) baixaram 13,6%, tendo sido vendidas 708 mil viaturas. Consequentemente a sua quota de mercado baixou de 5,6% para 4,9%. A marca Bmw representou, neste grupo, 81% das vendas e as restantes 19% pertenceram à marca Mini. Com uma quota de mercado de 4% a marca Bmw decresceu 15,4% nas vendas. Relativamente à marca Mini, as vendas apenas baixaram 5,5% às quais correspondeu uma quota de mercado de 0,9%. GRUPO DAIMLER Em 2009, o Grupo Daimler (Mercedes-Benz e Smart) vendeu 689 mil automóveis. Este Grupo, que apresenta uma quota de mercado de 4,8%, viu as suas vendas baixar 13%, valor similar ao principal concorrente directo, o grupo Bmw. A marca mais importante deste Grupo, a Mercedes-Benz representa 86% das vendas. A marca Mercedes-Benz apresentou uma variação negativa de 13,8% nas vendas, esta variação teve impacto na quota de mercado que passou de 4,7% para 4,1%. As vendas da Smart também evoluíram negativamente, -7,5%. deste programa teria tido, sem dúvida, consequências ainda mais negativas para este mercado. Outro factor que condicionou negativamente este mercado, foi a forte quebra nas vendas a empresas de Rent-a-Car. Tradicionalmente este sector tem um peso considerável no mercado, no entanto em 2009 foram vendidas apenas 10.500 viaturas, uma quebra de 56% em relação a 2008. MERCADO PORTUGUÊS Em 2009 houve uma redução de 25,6% nas vendas de veículos ligeiros (passageiros e comerciais) no mercado automóvel nacional. Atendendo a que, como já referimos atrás, o mercado europeu ocidental cresceu ligeiramente 0,5%, a performance das vendas em Portugal foi comparativamente mais negativa do que na generalidade dos outros mercados. Foram vendidos, durante 2009, em Portugal, 199.886 automóveis ligeiros, no ano anterior esse valor tinha sido 268.793. Este valor registado em 2009, foi o valor mais baixo dos últimos 22 anos, sendo necessário recuar até ao longínquo ano de 1987 para encontrar um nível de vendas inferior, nesse ano foram vendidos apenas 166.376 automóveis ligeiros. Sendo de recordar que nessa época as importações de automóveis encontravamse condicionadas pelo Estado. Deste modo, o mercado automóvel em Portugal continua a sofrer uma forte retracção devido a conjugação de dois factores fortemente penalizadores para este mercado: a crise económica que se faz sentir em Portugal e a elevada carga fiscal que incide no nosso país sobre a compra e a utilização do automóvel. Medidas pontuais para estimular este sector limitaramse apenas ao programa de incentivos ao abate. Sendo sem dúvida uma medida positiva, fica aquém (em termos de valores e de abrangência) de outros programas adoptados com sucesso noutros países europeus. Vendas de Automóveis Ligeiros em Portugal 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Passageiros 189.792 197.584 206.488 194.702 201.816 213.389 160.996 Comerciais 69.068 71.290 66.638 64.487 68.421 55.404 38.890 Total 258.860 268.874 273.126 259.189 270.237 268.793 199.886 fonte ACAP Considerando apenas o mercado de automóveis ligeiros de passageiros, este caiu 24,6%. Em 2009 foram vendidos 160.995 automóveis, enquanto que no ano anterior esse valor tinha sido 213.389. No mercado de automóveis ligeiros o segmento de passageiros representa 81% das vendas. Esta quebra ocorre apesar da existência do já referido programa estatal de incentivos ao abate de viaturas antigas, em 2009 foram abatidas cerca de 40 mil viaturas, ou seja, 25% das vendas de automóveis ligeiros de passageiros resultaram de abates. A inexistência O mercado de veículos comerciais ligeiros não escapou à tendência geral do mercado automóvel tendo registado uma quebra nas vendas de 29,8%. No ano em análise foram matriculadas 38.890 unidades, em 2008 tinham sido matriculadas mais 55.404 unidades. ANÁLISE POR FABRICANTE 11 O Grupo Volkswagen (VW, Skoda, Seat e Audi), líder incontestado em vendas no mercado europeu, em 2009 mantêm a liderança em Portugal, com 34 mil veículos ligeiros (passageiros e comerciais) vendidos a que corresponde uma quota de mercado de 17,0%. De referir que as vendas deste grupo decresceram 26%, acompanhando a tendência geral do mercado. Todas as marcas deste grupo sofreram variações negativas nas vendas: -35% na Seat, -31% na Skoda, -25% na VW e -12% na Audi. De referir que a marca VW representa 45% das vendas do grupo em Portugal. O Grupo PSA (Citroën e Peugeot), com uma quota de mercado de 16%, é o segundo fabricante mais importante a operar no mercado português de automóveis ligeiros. Em unidades, as vendas caíram 27%, tendo passado para 32 mil unidades. De referir que as vendas da Peugeot baixaram 29% tendo as da Citroën baixado 25%. Ainda assim, a marca Peugeot continua a representar 51% das vendas da PSA em Portugal. O Grupo Renault (Renault e Dacia) é o terceiro maior fabricante a operar no nosso país com 24 mil unidades vendidas em 2009 e uma quota de mercado de 12%. Relativamente ao ano anterior, as vendas tiveram uma variação de -27%. A marca Renault representa 98% das vendas do grupo. As vendas da marca Dacia ainda são pouco expressivas no nosso país apesar de terem aumentado 32%. 30/4/10 4:41 PM O Grupo Ford (Ford e Volvo) ocupa agora a quarta posição por troca com a GM. Com uma quota de mercado de 9,3% este grupo vendeu cerca de 18 mil automóveis, tendo registado um decréscimo de 17% em relação às vendas do ano anterior. A marca Ford, com uma quota de mercado de 7,6% representa 90% das vendas do grupo sendo os restantes 10% atribuíveis à marca Volvo que vendeu cerca de 2 mil automóveis. Na quinta posição está o Grupo General Motors (Opel, Chevrolet e Saab) com uma quota de mercado de 8.7% contra 11,1% em 2008. Foi sem dúvida um ano bastante negativo para o Grupo G.M. pelos motivos já referidos atrás na Análise do Mercado Europeu por Fabricantes. O mercado português não foi excepção, tendo as vendas deste grupo caído drasticamente 41,5%. Assim venderam-se apenas cerca de 17 mil automóveis. Para esta enorme redução, a maior descida entre os fabricantes em análise, contribuiu apenas a Opel. Pelos motivos já referidos, a Opel registou uma redução nas vendas de 49%, tendo vendido apenas cerca de 13 mil viaturas, em 2008 tinha vendido 26 mil. Como seria de esperar a quota de mercado da Opel também sofreu uma fortíssima erosão, tendo passado de 9,8% para 6,7%. De referir que a Opel em Portugal tem um peso de 77% nas vendas da GM. Destaque positivo para a Chevrolet cujas vendas voltaram a crescer, +16% em 2009, com 3.900 viaturas vendidas a quota de mercado desta marca subiu de 1,3% para 2%. 12 Os restantes fabricantes apresentaram em 2009 uma quota de mercado inferior a 2 dígitos, destacando apenas aqueles com quem o Grupo Auto-Industrial possui parceria comercial: o Grupo Fiat (Fiat, Alfa Romeo e Lancia) atingiu uma quota de mercado de 7,3% (em 2008 foi de 6,1%) e registou uma descida nas vendas de 11%; o Grupo Daimler (Mercedes-Benz e Smart) com 5,6% de quota de mercado e uma descida nas vendas de 15%; o Grupo Bmw (Bmw e Mini) com uma quota de 4,4% e uma redução nas vendas de 24%; e para finalizar, o Grupo Chrysler (Chrysler, Dodge e Jeep) com uma quota de 0,4% mas com uma redução nas vendas de apenas 1,7% devido à excelente performance da marca Dodge, cujas vendas subiram 46%. ANÁLISE POR MARCA E MODELO Analisando o mercado de automóveis ligeiros de passageiros na perspectiva de cada marca, constatamos que houve algumas alterações no ranking de vendas das principais marcas. A liderança do mercado nacional de veículos ligeiros de passageiros continua a ser assumida pela Renault, com 18.657 unidades vendidas e uma diminuição nas vendas de 26% em relação a 2008. Neste mercado, a Renault possui em Portugal uma quota de 11,6%. Pertence à Renault o modelo mais vendido em Portugal, o Mégane. Este modelo vendeu 9.494 unidades a que corresponde 5,9% de quota de mercado. O segundo modelo mais importante da Renault é agora, por troca de posição com o Mégane, o Clio com 6.177 unidades vendidas e uma quota de mercado de 3,8%. O Clio é o quinto modelo relatorioAI09-AF.indd 12-13 mais vendido em Portugal. Em 2009, as vendas da Volkswagen, apesar de baixarem 21%, permitiram-lhe passar de terceira para a segunda marca mais vendida em Portugal. A VW vendeu 13.727 automóveis tendo aumentado também a quota de mercado de 8,2 para 8,5%. O modelo mais vendido da VW é agora o Golf, com 7.020 unidades vendidas. Este modelo registou uma quebra de apenas 1,5% nas vendas, apresentando uma quota de mercado de 4,4%. A Ford protagonizou uma das maiores subidas no ranking de vendas nacional tendo passado da quinta para a terceira posição. A razão desta subida deve-se ao facto das vendas da Ford terem baixado menos que o mercado e menos que os concorrentes mais directos, as vendas da Ford baixaram apenas 19%. A quota de mercado desta marca passou de 7,6 para 8,2%, ou seja, foram vendidas 13.189 unidades. O modelo mais vendido da Ford é agora o Fiesta. Este modelo é o terceiro modelo mais vendido em Portugal com 6.522 unidades e uma quota de 4,1%, e um fantástico crescimento de 92% nas vendas. O outro modelo importante da Ford é o Focus, ocupando o décimo primeiro lugar no ranking de vendas com 3.357 unidades matriculadas. A Peugeot continua a ser a quarta marca mais vendida, com 11.476 viaturas vendidas, tendo sofrido uma redução de 32% nas vendas em relação ao ano anterior. A Peugeot possui uma quota de mercado de 7,1%, de referir que em 2008 era de 7,9%. O modelo mais importante desta marca em Portugal é o Peugeot 207. Este modelo é o sexto modelo mais vendido no nosso país com 4.546 unidades vendidas e 2,8%. A Citroën, é a quinta marca mais vendida em Portugal, tendo vendido 10.442 veículos ligeiros de passageiros, uma variação negativa de 30% a que corresponde uma quota de mercado de 6,5 %. Nesta marca, os modelos mais vendidos são, respectivamente, o C3 e o C1. O C3 representou 2.097 unidades vendidas e o C1 registou 2.095 unidades. As quotas de mercado de cada modelo rondam os 1,3%. Em 2009, a Opel registou uma dramática queda de 46% nas vendas, perdendo o estatuto de segunda marca mais vendida em Portugal. A esta sexta posição correspondem 10.043 unidades vendidas, tendo a quota de mercado passado de 8,7% para 6,2%. Os motivos para este desempenho francamente negativo já foram atrás referidos e encontram-se muitos deles já ultrapassados, pelo que as perspectivas para 2010 são bastante mais animadoras (ligação à GM, equilíbrio financeiro, novos produtos, etc.). O modelo Corsa é o principal responsável pelas vendas da marca, sendo o oitavo modelo mais vendido em Portugal com 4.281 unidades vendidas. Este modelo registou um decréscimo nas vendas de 49% em relação 2008. O Corsa representou no ano em análise 2,7% do mercado. O segundo modelo mais importante da Opel é o Astra, este modelo ocupa a décima posição no ranking das vendas nacional. Trata-se de um modelo cuja renovação foi efectuada em meados de Dezembro pelo que os efeitos nas vendas do novo Astra ainda não se fizeram sentir. Assim, o Astra vendeu 3.377 unidades tendo registado uma queda nas vendas de 59%, o que muito contribuiu para esta performance negativa da marca Opel. De referir que a quota de mercado do Astra passou de 3,8 para 2,1%. Relativamente à performance comercial, em 2009, das outras marcas representadas pelo Grupo Auto-Industrial: a Fiat cresceu em quota de mercado, de 4,6 para 5,1% tendo vendido 8.208 automóveis, um decréscimo de 17%; a Bmw, reduziu as vendas em 25% tendo vendido 7.558 automóveis ligeiros de passageiros, aos quais corresponde uma quota de mercado de 4,7% (idêntica à do ano anterior); as vendas da Mercedes-Benz caíram apenas 3% tendo aumentado a quota de mercado de 3 para 4,3%, totalizando 6.862 unidades vendidas; as vendas da Chevrolet contrariaram a tendência negativa do mercado tendo sofrido um novo impulso de 16% (em 2008 o crescimento tinha também sido positivo, + 10%), ao vender 3.934 automóveis esta marca aumentou a quota de mercados de 1,6 para 2,4%; a Smart reduziu as vendas em 18%, apesar disso a quota de mercado subiu ligeiramente de 1,5 para 1,6%, as vendas totais foram 2.547 automóveis; a Mitsubishi registou também uma queda nas vendas, -30%% nas vendas, tendo visto a quota de mercado baixar ligeiramente para 1,4%, a marca vendeu 2.282 automóveis; a Alfa-Romeo, por efeito do novo modelo Mito aumentou as vendas em 16% tendo praticamente duplicado a quota de mercado, que se situa agora em 0,7%; as vendas da Lancia, baixaram apenas 4%, ocupando uma quota de mercado de 0,5%; a Dodge, ainda sob o efeito do monovolume Dodge Journey, aumentou as vendas em 46%, apresentando um quota de 0,2% do mercado; a Chrysler com uma quota de mercado de 0,04% registou grande quebra de 66% nas vendas; no mesmo sentido, a Jeep baixou as vendas em 79%, apresentando agora uma quota de mercado muito pouco expressiva neste segmento, de referir que 98% dos modelos desta marca são vendidos como comerciais ligeiros sendo a análise anterior feita apenas para os veículos ligeiros de passageiros. Breve referência ao mercado de automóveis ligeiros comerciais, onde a Renault, com uma descida de 34% nas vendas e 5.130 unidades vendidas, perdeu a liderança deste mercado para a Citroën. Recorde-se que este mercado sofreu uma quebra de 29.8%. O novo líder Citroën, vendeu 5.394 automóveis, tendo a sua quota de mercado passado de 11,2 para 13,9% apesar das suas vendas terem baixado 13%. A Peugeot é a terceira marca mais importante deste mercado com 4.683 unidades vendidas e uma quota de mercado de 12%. Com um nível de vendas bastante próximo, menos 245 veículos, surge a Fiat. De referir que as vendas desta marca baixaram apenas 5%. Destaque negativo para a Opel, segunda marca mais vendida em 2008, que agora ocupa o sétimo lugar nas vendas com apenas 3.318 matrículas, uma quebra de 57% e uma redução na quota de mercado de 14 para 8,5%. Os modelos de comerciais ligeiros de mercadorias mais vendidos em Portugal são: em primeiro lugar o Citroën Berlingo com 3.075 unidades, em segundo o Renault Kangoo com 2.317 unidades, em terceiro lugar o Peugeot Partner com 1.956 unidades, em quarto o Ford Transit com 1.861 unidades vendidas, em quinto o Renault Clio Societé com 1.585 unidades e em sexto o Opel Corsa Van. Em conjunto, estes seis modelos representam 32% do mercado de veículos ligeiros comerciais. Em termos de chassis: 53% dos veículos comerciais ligeiros vendidos em 2009 são derivados de ligeiros, 31% são furgões, 11% são pick-ups, os restantes 4% são outros chassis. ANÁLISE POR SEGMENTO Para concluir esta abordagem ao mercado automóvel nacional em 2009 iremos analisar os respectivos segmentos. O segmento Económico (A), representa 7% do mercado total com 11.450 unidades vendidas, tendo registado uma diminuição nas vendas, de 2008 para 2009, de 14%. O modelo mais vendido continua a ser o Smart Fortwo com 2.547 unidades representando 22% das vendas deste segmento. Destaque também para o Citroën C1 com 2.095 unidades e para o Fiat 500, com 1.535 unidades vendidas. De referir, que estes três modelos foram responsáveis por 54% das vendas neste segmento. O segmento Inferior (B), que em 2008 era o segundo mais importante do mercado, em 2009 passa a ser o maior segmento em volume de vendas. Com 55.796 unidades vendidas este segmento representa 34,7% do mercado. Relativamente ao ano anterior, o volume de vendas deste segmento diminuiu 24%. Neste segmento o modelo mais vendido foi o Ford Fiesta com 6.522 unidades logo seguido do Seat Ibiza com 6.198 unidades e do Renault Clio com 6.177 unidades vendidas. Estes três modelos possuam uma quota de mercado no segmento, respectivamente, de 11,7%, 11,1% e 11,0%. 13 O segmento Médio-Inferior (C) é agora o segundo segmento no mercado nacional, tendo registado um nível de vendas muito semelhante ao anterior segmento. Este segmento C é responsável por 34% das vendas no mercado de automóveis ligeiros de passageiros, este valor representou em 2009 a venda de 54.648 unidades contra as 75.276 unidades vendidas no ano homólogo, um decréscimo de 27%. O Renault Mégane, que como já referimos anteriormente é o modelo mais vendido em Portugal, lidera este segmento com uma quota de 17% e 9.494 unidades vendidas. O VW Golf ocupa a segunda posição com 7.020 unidades vendidas e uma quota de 13%. O Nissan Qashqai com uma quota de 7% vendeu 3.622 unidades. O Peugeot 308 representa 6% do segmento com 3.404 unidades vendidas. De destacar neste segmento a venda de 821 automóveis híbridos (Honda Insight e Toyota Prius) apesar do peso no segmento ainda ser baixo 1,5%. 30/4/10 4:41 PM Citroën Picasso com 1.173 unidades vendidas, pelo Ford S-Max com 1.013 unidades e pelo Renault Scénic com 973 unidades vendidas. ACTIVIDADE COMERCIAL AUTOMÓVEIS NOVOS O segmento Médio–Superior (D), manteve o seu peso no mercado total, 12,6%, totalizando 20.219 unidades vendidas. Em relação a 2008 as vendas deste segmento decresceram 25%. Este segmento continua a ser comandado pelo Audi A4 com 2.881 unidades vendidas. O segundo modelo mais vendido é o BMW série 3, com 2.871 unidades vendidas, seguido do Mercedes-Benz classe C, com 2.516 unidades, do VW Passat com 1.629 automóveis vendidos e do Opel Insignia com 1.602 unidades matriculadas. Os modelos atrás referidos são responsáveis por 57% das vendas do segmento. 14 O segmento Superior (E), diminui 11% em 2009. Neste ano foram vendidas 3.963 viaturas, representando este segmento 2,5% do mercado. Este segmento é agora liderado pelo Mercedes E com 1.738 unidades vendidas. O Bmw série 5, modelo em fim de ciclo e cuja nova versão está prevista para final do 1º trimestre de 2010, registou 1.184 viaturas vendidas. Estes 2 modelos dominam por completo o segmento com uma quota conjunta de 74%. O segmento Luxo (F) com apenas 820 unidades vendidas, manteve o seu reduzido peso de 0,5% do mercado total. As vendas de automóveis de luxo baixaram 28%. Na liderança está agora o Bmw série 7 com 211 unidades vendidas e 26% de quota no segmento, logo seguido do Mercedes-Benz S com 143 automóveis vendidos e uma quota de 17% e do Mercedes-Benz CLS com 120 matrículas e 15% de quota. Os restantes modelos, registaram níveis de vendas inferiores a 90 unidades. De referir que a Mercedes-Benz e a Bmw representam, em conjunto, 71% das vendas neste segmento. Em 2009 as vendas de viaturas novas no Grupo foram 142,5 milhões de euros, um decréscimo de 20% em relação à facturação do ano anterior. As operações de retalho automóvel do Grupo AutoIndustrial venderam 7.440 automóveis ligeiros novos, um decréscimo de 24,6% em relação às 9.868 unidades comercializadas no ano anterior. Globalmente o desempenho comercial foi menos negativo do que seria expectável, atendendo a que as vendas do Grupo baixaram menos que o mercado, recorde-se que o mercado caiu 25,6 %. Esta redução das vendas de automóveis novos menor que a registada no mercado traduziu-se num ligeiro aumento da quota de mercado do Grupo no mercado automóvel nacional de 3,6 para 3,7%. Cerca de 77% das vendas de automóveis do Grupo são de veículos ligeiros de passageiros sendo os restantes veículos comerciais. De referir que as vendas de automóveis ligeiros de passageiros no Grupo decresceram 23,4% enquanto que no caso dos veículos comerciais as vendas baixaram 28,3%. Atendendo a que o mercado de ligeiros de passageiros baixou 24,6% e o de ligeiros comerciais caiu 29,8%, a performance comercial do Grupo foi, de facto, mais positiva que o mercado. relatorioAI09-AF.indd 14-15 As operações Opel, Chevrolet e Isuzu do Grupo, a AutoIndustrial S.A., a Auto-Industrial Porto Lda. e a Central Parque S.A., registaram vendas de 2.369 viaturas, uma descida de 48% face ano homólogo. As vendas em todas estas operações desceram, sendo de referir as performances, menos negativas do que o mercado, da Auto-Industrial em Coimbra (-19%) e na Figueira da Foz (-21%). No Grupo Auto-Industrial as vendas da Opel baixaram 59%, esta quebra deveu-se em grande parte à redução muito substancial das vendas a empresas de Rent-a-Car (-81%) e a grandes frotistas (-68%), as vendas a retalho, geradoras de maiores margens, acabaram por cair apenas 19%. Deste modo, dado que a queda nas vendas do Grupo foi superior à queda de 49% nas vendas da marca, o peso do grupo A.I. nas vendas da Opel passou de 16 para 15%. A marca Opel, face às marcas Chevrolet e Isuzu, representa 86% das vendas destas operações do Grupo. Destaque positivo para as vendas da Chevrolet no Grupo A.I. que subiram 55%, uma subida superior à subida de 16% da marca, o peso das vendas do Grupo nas vendas totais da Chevrolet subiu de 5 para 7%. vendeu mais 17% que no ano anterior. O peso das vendas dos concessionários Mercedes-Benz do Grupo nas vendas totais Grupo passou a de 7 para 11%. Nas vendas da Mercedes-Benz, o Grupo possui agora um peso de 9% contra os 6% registados em 2008. De referir que a marca Smart representa 12% das vendas totais destas operações, tendo estas vendas caído 42% em 2009. A operação Renault do Grupo, a Gilauto S.A., vendeu 514 viaturas, menos 11% que no ano anterior. Esta descida nas vendas da Gilauto foi inferior à do mercado e à do próprio importador Renault, que foi de -28%. Deste modo o peso da Gilauto nas vendas da Renault passou de 1,7 para 2,1%. As vendas da Renault têm uma quota de 7% nas vendas totais do Grupo, sendo assim a quarta marca em vendas. A Garagem de Santa Cruz Lda, operação Citroën do Grupo em Coimbra e com um ponto de venda no Porto integrado na C.A.M., registou uma redução nas vendas de 11%, tendo vendido 441 unidades. As vendas globais da marca apresentaram uma tendência de queda mais acentuada, -25%. Assim, a Garagem de Santa Cruz em 2008 aumentou a sua quota nas vendas da Citroën para 2,8%. A A.Brás Heleno S.A., concessão Bmw e Fiat, registou o terceiro ano de actividade no seio do Grupo AutoIndustrial tendo vendido 518 unidades, um aumento bastante positivo de 7%. Este aumento explica-se pelo início em Janeiro de 2009 da Concessão Fiat em Leiria. Cerca de 66% das vendas da A.Brás Heleno são atribuíveis à Bmw, possuindo esta concessão um peso de 4,6% nas vendas do importador. No ano de arranque da nova concessão Fiat a A.Brás Heleno vendeu 174 viaturas desta marca. 15 A União Eborense Lda, concessão Fiat, Lancia e Alfa Romeo em Évora, aumentou ligeiramente o seu nível de vendas, 217 unidades vendidas em 2009, um aumento de 2%. Em conjunto com a A.Brás Heleno, as vendas da Fiat no Grupo aumentaram 78% tendo se situado nas 364 unidades. O peso do Grupo nas vendas da Fiat duplicou, sendo agora 2,9%. A EUA Lda, concessão Chrysler, Jeep e Dodge em Braga, vendeu 84 viaturas em 2009, um incremento nas vendas de 4%. As vendas a nível nacional do importador baixaram cerca de 2%. O peso das vendas da EUA nas vendas do importador é agora de, 10% no caso da Jeep, 10% na Chrysler e 9% na Dodge. Quanto ao segmento de viaturas SUV (G), este foi o único segmento cujas vendas aumentaram. As vendas deste segmento representam 3,4% do mercado com 5.481 unidades vendidas em 2009. As vendas neste segmento, registaram uma subida de 13% em relação ao ano anterior. Os modelos mais vendidos são os novos Peugeot 3008/4007 com 9616 unidades vendidas, seguidos pelos Audi Q5/Q7, com 830 unidades e pelos Bmw X1/X3/X5 com 776 veículos vendidos. O segmento Monovolumes (H), perdeu vendas, tendo vendido menos 40% em 2009. No total foram vendidos 8.836 automóveis monovolumes, sendo o peso do segmento no mercado de 5,4%. Este é dominado pelo decréscimo de 7%. Este decréscimo é devido à queda nas vendas a clientes Frotistas, sendo de referir que as vendas a retalho da C.A.M. subiram cerca de 5%. Pela primeira vez na história do Grupo A.I. a marca mais vendida no Grupo deixou de ser uma marca da G.M. passando a ser a Ford. As vendas da Ford representam agora cerca de 30% das vendas do Grupo contra os 27% da Opel. As vendas da Ford na C.A.M. baixaram 6% tendo a marca baixado mais do dobro, -18%, deste modo o peso do Grupo nas vendas da Ford em Portugal subiu para 13%. As vendas da Mitsubishi no Grupo baixaram 14% sendo a quota do Grupo de 3,8% nas vendas da marca. A marca Mitsubishi é distribuída apenas através da C.A.M. no Porto, representando 17% das respectivas vendas. A operação Ford e Mitsubishi do Grupo, a C.A.M. S.A., teve um desempenho relativamente melhor que o mercado, com a venda de 2.386 viaturas novas, um As operações Mercedes-Benz e Smart do Grupo, a Mercentro S.A. e a Sodicentro Lda., venderam, no período em análise, 911 unidades, um acréscimo bastante positivo de 4% relativamente ao ano anterior. De destacar o crescimento de 11% nas vendas da Operação de Leiria. Geograficamente a repartição de vendas dos concessionários do Grupo foi feita do seguinte modo: 42% em Leiria, 36% em Aveiro e 22% em Coimbra. Considerando apenas as vendas Mercedes-Benz, o Grupo AUTOMÓVEIS USADOS O mercado nacional de automóveis usados teve uma redução de 6,6% em relação ao ano de 2008, tendo atingido em VLP (veículos ligeiros de passageiros) 548.571 unidades, menos 38.907 unidades que no ano anterior. O desempenho da Auto-Industrial, com um aumento de 30/4/10 4:41 PM 16,2% em número de unidades que passaram de 3294 para 3826, foi excelente. No conjunto, o Grupo Auto-Industrial, apresentou um aumento de 12,5% das unidades vendidas de 4.989 para 5.613 e um aumento de facturação de 11% para um valor de 47,9 milhões de euros, o que representa um muito bom desempenho. Análise das Vendas de Automóveis Usados no Grupo Auto-Industrial 2006 2007 2008 2009 2006 vs 2005 2.569 2.612 2.384 2.424 115 4,7 43 Comércio 3.408 3.315 2.605 3.189 + Trânsito 381 12,6 496 9,0 Retalho Total 5.977 5.927 4.989 5.613 % 2007 vs 2006 % 2008 vs 2007 1,7 -228 % 2009 vs 2008 % -8,7 40 1,7 -93 -2,7 -710 -21,4 584 22,4 -50 -0,8 -938 -15,8 624 12,5 16 PEÇAS E ACESSÓRIOS Em 2009 a facturação de peças e acessórios foi de 40,8 milhões de euros representando um aumento de 2,3 % em relação a 2008. As margens unitárias médias mantiveram-se em baixa, fruto do excesso de oferta no mercado, do desenvolvimento das linhas de material de qualidade equivalente e ainda pela alteração dos programas de bónus de objectivos comerciais das várias marcas. No sector de material e equipamento agrícola, a facturação foi de 3,2 milhões de euros, um valor idêntico ao alcançado em 2008, que se fica a dever a um ano agrícola fraco e que provocou uma quebra generalizada na nossa actividade de peças. A rotação de existências foi de 3,9 rotações por ano. Na Auto - Industrial, verificou-se um aumento de 3%, com as vendas a atingirem 16,94 milhões de Euros. SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA A renovação dos acordos com os nossos principais clientes e as acções de fidelização e conquista de clientes lançadas ao longo do ano, permitiram-nos atingir uma facturação de serviços (só mão de obra) de 11,8 milhões de Euros o que corresponde a um aumento de 0,3 %, num ano de abrandamento significativo da actividade económica. IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS O mercado de tractores atingiu 5.207 unidades, a que corresponde em termos de matrículas um decréscimo de 11,6%, com -5,4% no segmento dos compactos a que corresponderam 1626 unidades e de -14,1% no segmento dos convencionais. Verifica-se uma redução do mercado total de 37,7% entre 1998 e 2009. Destacamos o facto de termos assinado um contrato de distribuição para Portugal e Ilhas, que entrou em vigor no dia 1 de Dezembro de 2009, da conceituada marca de tractores Landini, que muito nos vai apoiar no desenvolvimento deste sector de actividade nos anos futuros. Os Tractores Kubota distribuídos por Tractores Ibéricos, tiveram um desempenho muito positivo tendo atingido as 653 unidades que compara com 687 unidades do ano anterior, representando uma diminuição de 5 %, sendo que a quota de mercado passou de 11,7% para 12,5%. A Fendt cresceu 5,4% para 78 unidades, a que correspondem 1,5 % de quota de mercado, e a Claas (tractores), viu as suas vendas reduzirem-se, atingindo as 39 unidades a que correspondeu uma quota de mercado de 0,74%. Refere-se que as marcas Fendt e Claas, só possuem tractores competitivos acima de 100-120 cv e portanto o mercado onde operam, baixou de 12,2% do mercado relatorioAI09-AF.indd 16-17 total para 10,3% o que aplicado ao MTM com a quebra que se verificou levou este segmento > 100 cv a representar 538 unidades no ano. No total o Grupo, atingiu no mercado de tractores 770 unidades que comparam com 809 unidades em 2008 e a quota de mercado passou de 13,7% para 14,7%. Se considerarmos as unidades Landini, conceituada marca de tractores que passámos a distribuir a partir de 1 de Dezembro de 2009, o nosso desempenho passaria a ser: 944 unidades a que corresponderia uma quota de mercado de 18,1% O mercado total de Ceifeiras debulhadoras atingiu as 5 unidades, o que não altera a situação já verificada nos anos de 2007 e 2008, não tendo sido feita nenhuma venda de ceifeiras Claas em 2009. As vendas de Ensiladoras auto-motrizes, mantiveram em 2009 o mesmo número de 2008, 2 unidades, não tendo sido vendida nenhuma unidade Claas. Quanto ao sector de equipamentos agrícolas, em que o Grupo distribui (através das três operações) as prestigiadas marcas: Kuhn, Lemken, Kverneland, Amazone, Stara, Joskin e McHale, o comportamento continuou a ser muito positivo e melhor do que o estimado para o mercado em geral. Há que referir no sector de tratamento de espaços verdes, a Wiedenmann, que com a Kubota - jardinagem profissional, é distribuída por Tractores Ibéricos, têm continuado a afirmar-se num mercado muito deprimido principalmente nos “greens”, como uma marca de topo e com um bom potencial de desenvolvimento no tratamento profissional de relvados de campos desportivos. IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MOTORES MARÍTIMOS E INDUSTRIAIS No ano de 2009 a actividade da Motolusa, devido à recessão do sector náutico de lazer e profissional, bem como da construção civil e obras públicas, que são grandes clientes de motores e peças, a facturação passou para 2,82 milhões o que representa uma redução de 3,4%. No entanto devido a correcção no posicionamento concorrencial, em particular das peças Perkins, ao lançamento de campanhas agressivas e a um trabalho de boa qualidade, o sector de peças aumentou a facturação em 6,3 %, tendo atingido 1,7 milhões de euros em 2009. No mercado de motores Diesel industriais houve uma redução de 5,7% nas unidades vendidas e um aumento de cerca de 14,2% na quantidade total de geradores incluindo os geradores Vetus. No sector de motores marítimos comerciais estimamos que o mercado tenha tido uma contracção mas nós aumentámos 15% passando o n.º de unidades para 61. Em 2008, o sector da Náutica - barcos e motores, a quantidade de barcos baixou 25% e 12,8% na quantidade de motores. Após o lançamento da distribuição da VETUS, consideramos que os resultados face à situação do sector, são muito animadores. Quanto à colaboração com a prestigiada marca Yamaha, continua a ter um desenvolvimento muito positivo. ACTIVIDADE DE RENT-A-CAR A actividade de aluguer de viaturas sem condutor foi, em 2009, cedida em parceria à AuroRent, Lda, passando-se uma parte da frota para esta entidade. A actividade passou a ter um pendor instrumental mais acentuado, mantendo-se a componente operacional em valores reduzidos e especialmente para o Grupo. SITUAÇÃO FINANCEIRA PROVEITOS E GANHOS A troca de participações entre a Tecnicrédito SGPS e o Banif SGPS torna a análise das contas consolidadas incomparáveis com o ano anterior. Nas contas consolidadas do Grupo, a Tecnicrédito SGPS consolidava pelo método integral, passando a Auto-Industrial SGPS a contabilizar nas suas contas, a participação que detém no Banif, pelo valor recuperável, e nas contas consolidadas, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS), pelo justo valor. A exclusão da Tecnicrédito do perímetro de consolidação distorce este ano a análise das variações dos proveitos e ganhos, das despesas operacionais, das despesas financeiras e dos resultados, razão pela qual não nos deteremos com explicações detalhadas sobre as alterações ocorridas entre o corrente ano e o ano transacto no que respeita à demonstração de resultados consolidada do Grupo. 17 Apresentamos no gráfico seguinte a evolução dos capitais próprios do Grupo nos últimos quatro anos, assistindo-se a uma baixa de 61,5 milhões de euros na situação líquida, de 2008 para 2009. Esta variação negativa resulta essencialmente da diferença entre o custo de aquisição da participação no Banif e o seu valor de mercado a 31 de Dezembro de 2009. 30/4/10 4:41 PM A diminuição das vendas de viaturas novas no grupo, que registaram uma perda de 2.428 unidades, não foram acompanhadas por idêntico comportamento nas vendas de viaturas usadas, que cresceram: o Grupo vendeu mais 604 unidades que em 2008, correspondendo a uma subida de 4,4 milhões na facturação. A variação contrária de vendas de novos e usados alterou com algum significado o respectivo peso no mix das vendas: as vendas de viaturas novas diminuíram o seu peso de 61% para 54% e as vendas de veículos usados aumentaram-no de 15% para 18%. Industrial. As perdas por imparidades e ajustamentos diminuíram 2,3 milhões de euros, pela criação em 2008 de uma provisão sobre os saldos devedores da Sagrup. Os proveitos suplementares, que incluem os bónus obtidos dos fornecedores das marcas representadas, por se atingirem os objectivos por eles definidos, apresentam um ligeiro crescimento de 1,5% na Auto-Industrial, e um aumento mais expressivo no Grupo (+3,6%). Os resultados operacionais (EBIT) da Auto-Industrial SA embora ainda negativos, passaram de -2,8 milhões em 2008 para -0,767 milhões em 2009, o que se traduz numa melhoria de 2 milhões de euros nestes resultados. PESSOAL 18 Nas contas individuais da Auto-Industrial o volume total das vendas e prestação de serviços foi de 86,3 milhões de euros, representando uma diminuição de 24,6% em relação a 2008. Novamente a grande quebra nas vendas de viaturas novas é a principal causa desta variação negativa, com especial destaque para a marca Opel que registou uma descida de 52,9% no número de unidades vendidas pela Auto-Industrial. Esta situação não foi no entanto acompanhada por igual comportamento da margem bruta das mercadorias, que apenas desceu 0,4%, menos 23.800 euros em termos absolutos. Aumentou assim a rentabilidade das vendas de mercadorias, que passou de 5,82% em 2008 para 7,39% em 2009. Há que referir, que o canal de vendas de viaturas novas mais afectado foi o de rent-a-car, registando uma baixa de 85%, canal este que gera menores margens, enquanto que o canal de retalho, produtor de margens mais elevadas, decresceu 19%, o que teve consequências positivas ao nível de manutenção das margens. Os custos com pessoal ascenderam no Grupo AutoIndustrial a €21.428.377. O número total de empregados no final de 2009 era de 936 pessoas. De salientar, no ano em análise, a forte redução da actividade de rent-acar e a adequação, na medida do possível, da estrutura de recursos humanos das diversas empresas do Grupo à forte retracção dos respectivos mercados. Durante o ano de 2009 o nº médio de empregados foi de 941, um valor abaixo dos 985 registados no ano anterior. O número total de empregados no Grupo reparte-se do seguinte modo: 36% pertencem à Auto-Industrial S.A., 17% à C.A.M. S.A., 12% à Sodicentro Lda., 7% à A.Brás Heleno S.A., 6% à Auto-Industrial Porto Lda. e os restantes 22% repartem-se pelas outras empresas do Grupo. Continuando a caracterização do Grupo em termos de recursos humanos, é interessante referir que em termos de actividade 47% dos funcionários estão ligados às oficinas/assistência técnica, 24% trabalham na área comercial, 14% na área de peças e os restantes 14% estão ligados a funções administrativas. DESPESAS OPERACIONAIS Analisando as despesas operacionais das contas individuais da Auto Industrial S.A., regista-se uma descida generalizada em todas as rubricas, destacando os fornecimentos e serviços de terceiros que baixaram 23% e as despesas com pessoal com uma variação de menos 6,6%. As amortizações do imobilizado também apresentam um decréscimo muito significativo (-18,2%), para o qual contribuiu a alienação da frota da operação Rent-acar, que estava contabilizada no imobilizado da Auto- relatorioAI09-AF.indd 18-19 Considerando apenas a Auto-Industrial S.A., os custos com pessoal foram de €8.254.213 uma redução de 3,6% face €8.558.092 registados em 2008. Esta redução deve-se ao encerramento do departamento de rent-acar e a um esforço de contenção das despesas de pessoal. O número de colaboradores no final do ano foi de 336, uma diminuição de 29 funcionários em relação a 2008. O número médio de empregados ao longo de 2009 foi 343. Caracterizando sumariamente a estrutura de recursos humanos da Auto-Industrial S.A., em termos de funções, 42% estão ligados à área de assistência técnica, 20% às vendas, 21% à área administrativa e 17% às peças. De referir que estes administrativos incluem os “backoffice” que prestam diversos serviços a outras empresas do Grupo, nomeadamente a contabilidade, o CRM e a avaliação de usados. Quanto a níveis de escolaridade, 46% possui a escolaridade básica, 39% o ensino secundário e 15% o ensino superior. Continua a haver uma predominância dos funcionários de sexo masculino, 78% do total. Em termos de idade, a idade média dos empregados da Auto-Industrial são 44 anos. Quanto à antiguidade, 22% estão na empresa à menos de 2 anos, 12% estão à mais de 2 anos e menos de 5 anos, 29% estão à mais de 5 e menos de 10 anos, e 37% estão na empresa à 10 anos ou mais. RESULTADOS Em termos individuais a Auto-Industrial teve um resultado antes de impostos de 3 milhões de euros significativamente superior ao apresentado em 2008 que registou um prejuízo de 1,4 milhões. Depois de impostos a Auto-Industrial encerrou com um resultado de 3,3 milhões de euros, que representa um aumento de 4,1 milhões face ao prejuízo de 820 mil euros do ano de 2008. Contabilizaram-se 262.560 euros de impostos diferidos em 2009 e 586.584 no ano passado. de Cruz de Morouços localizado próximo de Coimbra, permutado com o edifício das Faianças Subtil num investimento realizado pela Auto-Industrial nos finais de Setembro de 2009; engloba também uma mais-valia de 465 mil euros com a alienação de um stand situado no centro de Leiria e uma indemnização de 665 mil euros recebida dos antigos sócios da Sodicentro decorrente da execução de um contrato promessa de compra e venda. MENÇÕES FINAIS No sentido de cumprir com o artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais declara-se que não ocorreram, após o termo do exercício, factos relevantes não mencionados, estando-se a verificar um normal andamento dos negócios. Para os trabalhadores e colaboradores das sociedades do grupo um agradecimento pelo empenho e dedicação demonstrados. Ao Conselho Fiscal manifesta-se o reconhecimento do Conselho de Administração pela forma competente, interessada e colaborante com que tem seguido os negócios sociais. Após a contabilização de 262 mil 559 euros e sessenta e três cêntimos, como Impostos Diferidos, o exercício de 2009 encerra com um resultado líquido disponível de 3 milhões 297 mil 788 euros e 71 cêntimos. Para este resultado o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação: De destacar o crescimento positivo dos resultados financeiros e dos resultados extraordinários que contribuíram, estes últimos com maior relevância, para o grande aumento de resultados finais. Os resultados financeiros melhoraram 19% (+237.000), resultado da conjugação da descida das taxas de juro bancárias e da diminuição da dívida de financiamentos em cerca de 5 milhões de euros, factores que compensaram largamente os 380.000 euros de dividendos recebidos a menos, em 2009, da Tecnicrédito SGPS, e do aumento dos juros das obrigações subordinadas dos accionistas da Auto-Industrial que subiram 220.000 euros. De realçar que a dívida bancária baixou cerca de 12,5 milhões de euros ao longo de 2009, passando essa redução para 5 milhões no último dia do ano, data de subscrição pela Auto-Industrial SGPS de 7,5 milhões de obrigações perpétuas do Banif Investimento. Nos resultados extraordinários estão incluídos 930 mil euros de uma mais-valia obtida na venda do terreno Reserva legal €165.000,00 Reserva livres €1.138.210,21 19 Dividendo às 3.989.157 acções em circulação (50 cêntimos por acção) €1.994.578,50 € Coimbra, 25 de Fevereiro de 2010 O Conselho de Administração Tomaz Andrade Rocha (Presidente) Manuel Cardoso Pinto Martha Mário Leite Santos Maria Leonor Freitas de Figueiredo Costa Amorim Afonso Miguel Dion Moniz Cunha Lucas 30/4/10 4:41 PM Demonstração dos Resultados Consolidados para os Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 Notas Balanço Consolidado para os Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 2009 2008 Notas 2009 2008 ACTIVO Rédito das Vendas e dos Serviços Prestados 4 266.546.141 315.180.781 Activo Não Corrente Proveitos (Juros) Obtidos na Actividade Financeira 5 - 124.857.658 Activos Fixos Tangíveis 24 31.317.440 Outros Activos Fixos Intangíveis 25 530.066 1.103.252 Investimentos Financeiros em Associadas 26 115.729 15.511.408 Clientes Actividade Financeira 27 - 700.484.679 Activos por Impostos Diferidos 28 13.423.079 3.695.093 45.386.313 768.232.821 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais 6 Variação nos Inventários de Produtos Acabados e em Curso 7 8.519 19.045 Lucros Imputados de Associadas 8 5.857 2.072.682 81.838.474 Ajustamentos Positivos e Mais Valias Instrumentos Financeiros 9 5.616 33.405.201 Outros Rendimentos e Ganhos Financeiros 10 3.549.163 93.398 Total Rendimentos e Ganhos 20 7.335.941 277.451.236 557.467.239 47.438.388 Activo Corrente Inventários 29 50.327.553 55.098.707 Clientes Actividade Comercial 30 30.464.658 31.939.145 Clientes Actividade Financeira 27 - 266.600.002 Outras Contas a Receber 31 24.933.436 15.781.913 Outros Activos Correntes 32 4.143.006 9.820.660 Derivados de Cobertura 33 - - 156.028.355 84.896 Inventários Consumidos e Vendidos 11 231.611.577 260.182.916 Custos (Juros) suportados na Actividade Financeira 12 - 47.755.309 Activos Financeiros Disponíveis para Venda 34 Materiais e Serviços Consumidos 13 9.979.068 29.061.937 Activos Financeiros Detidos para Negociação 35 - 9.391.731 Custos com o Pessoal 14 21.428.377 31.588.504 Caixa e seus Equivalentes 36 666.361 94.170.513 Activos Detidos para Venda 37 Gastos de Depreciação e Amortização 15 3.874.250 7.235.220 Perdas por Imparidade de Activos e suas Reversões 16 379.074 33.902.692 Aumentos e Diminuições de Provisões 17 (150.510) (51.031) Outros Gastos e Perdas Operacionais 18 2.399.361 67.350.177 Ajustamentos Negativos e Menos Valias Instrumentos Financeiros 19 827.562 41.271.965 Juros e Outros Gastos e Perdas Financeiras 20 4.175.048 9.622.770 Total Gastos e Perdas 274.523.806 527.920.459 Total do Activo Imposto Sobre o Rendimento do Exercício 21 Resultado Líquido Consolidado do Exercício Interesses Minoritários no Resultado 22 Resultado Liquido Atribuível a Accionistas Resultado Líquido Consolidado do Exercício Resultado por Acção 23 2.927.430 29.546.780 43.686 4.820.955 2.883.744 24.725.826 79.491 13.343.801 2.804.254 11.382.024 2.883.744 24.725.826 0,70 2,85 312.007.238 1.251.177.942 Capital Próprio Capital Nominal 45 20.000.000 20.000.000 Acções Próprias 45 (15.797) (15.797) Reservas e Resultados Acumulados 45 99.115.313 105.334.876 Total do Capital Próprio do Grupo Interesses Minoritários 46 Total do Capital Próprio 2.804.254 11.382.024 121.903.769 136.701.104 64.151.422 110.955.189 186.055.191 247.656.292 21 PASSIVO Passivo Não Corrente Provisões 38 1.346.011 2.904.265 Empréstimos 39 35.532.547 561.624.776 Passivos por Locação Financeira 40 3.883.261 10.316.717 Passivos por Impostos Diferidos 28 59.989 428.681 40.821.809 575.274.440 Passivo Corrente O Anexo faz parte integrante das Demonstrações dos Resultados para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008. EUROS relatorioAI09-AF.indd 20-21 57.555 482.945.122 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Resultado Liquido Atribuível a Accionistas Resultado Antes de Impostos 57.555 266.620.924 Empréstimos 39 35.339.559 337.781.552 Fornecedores 41 37.413.270 35.462.425 Outras Contas a Pagar 42 5.070.759 29.737.562 Passivos Financeiros Detidos para Negociação 43 729.151 10.365.669 Derivados de Cobertura 33 - 2.147.360 Passivos por Locação Financeira 40 1.814.784 2.811.248 Outros Passivos Correntes 44 4.638.076 9.887.668 Passivos relacionados com Activos Detidos para Venda 37 124.638 124.638 85.130.238 428.318.123 Total do Passivo 125.952.046 1.003.592.563 Total de Capital Próprio e do Passivo 312.007.238 1.251.248.855 30/4/10 4:41 PM Demonstração Consolidada de Alterações no Capital Próprio para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 Demonstração Consolidada do Rendimento Integral RUBRICAS Notas 31/Dez/09 Capital Próprio atribuído aos Accionistas Maioritários 31/Dez/2008 Capital Próprio Resultado Líquido Consolidado do Exercício 45 Variações na reserva de justo valor Saída do Grupo Tecnicrédito do consolidado Ajustamentos de equivalência patrimonial Diferenças cambiais resultantes da Consolidação 2.883.744 24.725.826 (22.447.741) (7.595.535) (41.563.339) - 124.608 (44.769) - (5.738.503) Outros ganhos e perdas 53.711 Posição em 31 de Dezembro de 2007 Transacções com os detentores de capital Reserva Legal Capital Reserva de Justo Valor 0 2.700.076 (13.325.096) Rendimento Integral Total (61.002.727) 11.400.730 (14.198.961) 4.234.621 (46.803.766) 7.166.109 Atribuível aos detentores de capital Rendimento integral consolidado Ajustamentos Resultado de Líquido do Equivalência Exercício Patrimonial 0 (20.621.611) 20.621.611 (20.621.611) (718.048) 2.700.076 0 Interesses Minoritários (718.048) (2.599.910) (3.317.958) 0 0 (718.048) (2.599.910) (3.317.958) (2.700.076) 0 (4.079.458) (3.023.177) Total atribuído a Total (261.529) 20.621.611 133.184.532 106.388.989 239.573.521 0 17.203.487 Aplicação do Resultado Líquido de 2007 Constituição de Reservas - Reserva Legal (63.886.472) Outras Reservas e Res. Acum. 20.000.000 8.735.502 9.289.284 74.815.461 Dividendos Distribuídos Outro Rendimento Integral Capital Próprio 0 (44.769) 11.382.024 4.234.621 0 7.166.109 11.400.730 22 23 Atribuível aos interesses minoritários 46 Posição em 31 de Dezembro de 2008 20.000.000 11.435.578 0 50.934 5.209.826 88.995.771 (306.298) 11.382.024 136.701.104 110.955.188 247.656.292 EUROS Transacções com os detentores de capital 10.732.717 0 (11.382.024) (598.374) Aplicação do Resultado Líquido de 2008 11.382.024 (11.382.024) 0 0 Dividendos Distribuídos (598.374) (598.374) (598.374) (50.934) 0 Constituição de Reservas - Reserva Legal 50.934 Rendimento integral consolidado Posição em 31 de Dezembro de 2009 20.000.000 0 0 (598.374) (10.900.415) (27.668.331) 21.440.924 124.608 2.804.254 (14.198.961) (46.803.766) (61.002.727) (586.096) (22.458.505) 121.169.411 (181.690) 2.804.254 121.903.769 64.151.422 186.055.191 EUROS relatorioAI09-AF.indd 22-23 30/4/10 4:41 PM NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa 2009 2008 369.492.282 411.878.448 ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de Clientes Recebimentos de Clientes ( actividade financeira ) 0 143.543.282 340.985.581 397.485.833 0 67.958.377 21.428.377 32.033.260 Fluxo Gerado Pelas Operações 7.078.324 57.944.261 Pagamentos / Recebimentos IRC Pagamentos a Fornecedores Pagamentos a Fornecedores ( actividade financeira ) Pagamentos a Pessoal -360.293 -9.611.155 Fundos adiantados a clientes ( actividade financeira ) 0 -17.179.913 Venda de Crédito s/ clientes ( actividade financeira ) 0 0 3.266.509 13.685.085 Outros Recebimentos / Pagamentos relativos à Actividade Operacional Fluxo das Actividades Operacionais 9.984.540 1 ACTIVIDADE ECONÓMICA DO GRUPO AUTO INDUSTRIAL A Auto Industrial, SA, tem a sua sede na Avenida Navarro, em Coimbra, embora a Administração da Empresa funcione nas instalações da Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa. 44.838.278 A empresa foi constituída em 20 de Dezembro de 1920, tendo nessa data iniciado a sua actividade de comércio e reparação automóvel, sendo, actualmente, o Capital Social da empresa é de 20 000 000 euros. Actualmente, existem empresas do Grupo que se dedicam à actividade: (i) de comércio; (ii) de equipamento agrícola; (iii) industrial e; (iv) marítima. ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos Provenientes de : Investimentos Financeiros Activos tangíveis Activos intangíveis Subsídios de Investimento Juros e Proveitos Similares Dividendos 24 0 1.756.729 6.816.566 10.014.529 35.957 0 0 0 929.700 2.625.079 36.572.627 10.407.302 44.198 48.388.082 Pagamentos Respeitantes a : Investimentos Financeiros Activos tangíveis Activos intangíveis 0 0 10.495.318 13.996.365 198,721 Fluxo da Actividade de Investimento 10.694.039 241.564 -286.737 14.237.929 34.150.153 As demonstrações financeiras agora apresentadas reflectem a posição financeira consolidada do GRUPO AUTO INDUSTRIAL em 31 de Dezembro de 2009, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia. ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos Provenientes de : Empréstimos Obtidos 0 0 Aumento de Capital, Prestações Suplementares e Prémios de Emissão 0 0 Subsídios e Doacções 0 0 Venda de Acções (quotas) Próprias 0 Cobertura de Prejuízos 0 0 0 0 0 2 POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS Pagamentos Respeitantes a : Empréstimos Obtidos Amortização de Contratos de Locação Financeira Juros e Custos Similares Dividendos 4.045.797 29.277.752 824.168 1.697.206 5.731.761 44.835.357 598.374 3.317.958 Redução de Capital e Prestações Suplementares 0 Aquisição de Acções (quotas) Próprias 0 Fluxo da Actividade de Financiamento VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES Efeito das Diferenças de Câmbio 2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO 0 11.200.100 0 79.128.273 -11.200.100 -79.128.273 -1.502.296 -139.842 0 0 Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 94.170.513 94.310.355 Caixa e seus Equivalentes no Início do Período da Tecnicredito SGPS 92.001.856 0 666.361 94.170.513 Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período A Auto-Industrial assume-se naturalmente como a empresa-mãe de um dos mais importantes grupos no sector do comércio automóvel de retalho em Portugal, ocupando um espaço definido no mercado. O potencial de crescimento da empresa ultrapassa a sua área de negócios tradicional e provavelmente acabará por se estender a outros domínios que o dinamismo e a capacidade de gestão determinarem. Até 31 de Dezembro de 2005, inclusive, as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo AUTO INDUSTRIAL (Grupo AUTO INDUSTRIAL ou Grupo) foram preparadas em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. No âmbito do disposto no Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para a legislação portuguesa através do Decreto Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro, as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo AUTO INDUSTRIAL passaram a ser preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia, a partir do exercício de 2006. Esta situação decorreu da opção prevista no nº 1 do artigo 12º do referido Decreto Lei, que estabelece que as entidades obrigadas a aplicar o Plano Oficial de Contabilidade (POC), que não sejam abrangidas pelo disposto no artigo 11º (que estabelece a obrigatoriedade de preparação de contas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade para as entidades cujos valores mobiliários estejam admitidos à negociação num mercado regulamentado) podem optar por elaborar as respectivas contas consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade adoptadas, a partir do exercício que se inicie em 2005, desde que as suas demonstrações financeiras sejam objecto de certificação legal de contas. As Normas Internacionais de Contabilidade integram as International Accounting Standards (IAS), as International Financial Reporting Standards (IFRS), e as interpretações, emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e pelo anterior Standing Interpretations Committee (SIC). As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente: (i) instrumentos financeiros derivados; (ii) activos e passivos financeiros detidos para negociação; e (iii) activos financeiros disponíveis para venda. Os activos e passivos que se encontram cobertos no âmbito da contabilidade de cobertura são apresentados ao justo valor relativamente ao risco coberto. Os outros activos e passivos financeiros e activos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou custo histórico. Activos não correntes detidos para venda e grupos detidos para venda (“disposal groups”) são registados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido dos respectivos custos de venda. 25 As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foram aplicadas de forma consistente por todas as entidades do Grupo. As demonstrações financeiras estão expressas em euros, sendo efectuado um arredondamento dos cêntimos ao euro mais próximo. A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as IFRS requer que o Grupo efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de rendimentos, gastos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento e complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas encontramse analisadas na Nota 2.2 às demonstrações financeiras (juízos de valor utilizados na aplicação das políticas contabilísticas). EUROS relatorioAI09-AF.indd 24-25 30/4/10 4:41 PM Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração com o Conselho Fiscal, em 25 Fevereiro 2010. 2.2 ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.2.1 NOVAS NORMAS, INTERPRETAÇÕES E ALTERAÇÕES COM EFICÁCIA A PARTIR DE 1 DE JANEIRO DE 2009 Com impacte nas demonstrações financeiras Adopção de versão revista da IAS 1 Apresentação de demonstrações financeiras (revista em 2007): Em resultado da aplicação desta nova versão da IAS 1, o Grupo optou por apresentar duas demonstrações separadas, a demonstração consolidada dos resultados (por naturezas) e a demonstração consolidada do rendimento integral. Em exercícios anteriores o Grupo apresentava uma demonstração consolidada dos resultados (por naturezas), não existindo a demonstração consolidada do rendimento integral. Estas alterações, não modificaram o reconhecimento ou a mensuração das transacções e dos balanços nas demonstrações financeiras. Sem nenhum impacte ou com impacte imaterial nas demonstrações financeiras 26 • Alterações à IAS 23 Custos de empréstimos obtidos (revista em 2007); • Alterações à IFRS 2 Pagamento com base em acções, relacionadas com condições de “vesting”; • Adopção da IFRIC 14, IAS 19 O limite sobre um activo de benefícios definidos, requisitos de financiamento mínimo e respectiva interacção; • Alterações à IFRS 1 Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro e à IAS 27 Demonstrações financeiras e consolidadas, relacionadas com o custo de um investimento numa subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada; • Melhoramentos diversos às IFRS (2009); • Alterações à IAS 39 e à IFRS 7, relacionadas com reclassificação de activos financeiros no âmbito dos parágrafos 50B, 50D ou 50E da IAS 39. • Adopção da IFRIC 13 Programas de fidelização de clientes: • Adopção antecipada da IFRIC 12 Acordos de concessão de serviços: • Adopção da IFRS 8 Segmentos operacionais: • Alterações na IFRS 4 Contratos de seguros e IFRS 7 Instrumentos financeiros: divulgações, relacionadas com a divulgação de justos valores e divulgações acerca da natureza e extensão do risco de liquidez. relatorioAI09-AF.indd 26-27 2.2.2 NOVAS NORMAS, INTERPRETAÇÕES E ALTERAÇÕES QUE AINDA NÃO ENTRARAM EM VIGOR À data de autorização para emissão das presentes demonstrações financeiras consolidadas, dada pelo Conselho de Administração em 25 de Fevereiro de 2010, estão adoptadas pela União Europeia, através de Regulamentos Comunitários, algumas normas, interpretações e alterações que o Grupo ainda não aplicou nas presentes demonstrações financeiras consolidadas, pelo facto de ainda não ser obrigatória a respectiva aplicação, como segue: Com potencial impacte em demonstrações financeiras futuras • Alterações na IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas, relacionadas com o modo como as entidades-mãe têm de contabilizar as alterações do interesse de propriedade nas subsidiárias e como as perdas de uma subsidiária devem ser repartidas entre o interesse que controla e o interesse que não controla, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010 • Adopção de versão revista da IFRS 3 Concentrações de actividades empresariais, relacionadas com a determinação do valor da compra, relativas às componentes compreendidas e a sua valorização. A norma revista prevê ainda relativamente à mensuração dos “interesses não controlados”, a opção de aplicar a cada concentração per si, a proporção dos activos líquidos da entidade adquirida ou ao justo valor dos activos e passivos adquiridos (full goodwil). Esta revisão terá impactos nas futuras concentrações de actividades a efectuar pelo Grupo, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010. Sem potencial impacte nas demonstrações financeiras futuras • Alterações à IAS 39 Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração, relacionadas com os itens cobertos elegíveis (para contabilidade de cobertura), a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010; • Alterações à IAS 32 Instrumentos financeiros: divulgações, relacionadas com a forma como devem ser contabilizados certos direitos quando os instrumentos emitidos são denominados numa moeda diferente da moeda funcional do emitente, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2011 • Adopção da IFRIC 15 Acordos para a construção de imóveis, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010 • Adopção da IFRIC 16 Coberturas de um Investimento Líquido numa Unidade Operacional Estrangeira, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010 • IFRIC 17 Distribuições aos proprietários de activos que não são caixa, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010; • IFRIC 18 Transferências de activos provenientes de clientes, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010 • Adopção da versão reestruturada da IFRS 1 Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro, aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010 • Melhoramentos às IFRS: IFRS 1 e IFRS 5, aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010 2.3 JUÍZOS DE VALOR UTILIZADOS NA APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As IFRS estabelecem um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. Os juízos de valor que a administração fez na aplicação das políticas contabilísticas do Grupo AUTO INDUSTRIAL, incluindo os principais pressupostos relativos ao futuro e outras principais fontes de incerteza das estimativas, que têm efeitos significativos nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras ou que tenham riscos significativos de provocar ajustamentos materiais nas quantias escrituradas de activos e passivos durante o próximo ano financeiro, estão divulgados em cada um dos pontos contidos nesta nota de resumo das políticas contabilísticas. O Grupo aplicou as políticas contabilísticas contidas nas normas ou interpretações que são específicas a cada transacção, acontecimento ou condição. Na ausência de uma norma ou interpretação específica, a administração fez juízos de valor na aplicação de políticas contabilísticas, sempre com o objectivo de que a informação daí resultante seja relevante para a tomada de decisões económicas por parte de utentes e que seja fiável de tal modo que as presentes demonstrações financeiras: (i) representem fielmente a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa do Grupo; (ii) reflictam a substância económica de transacções, acontecimentos e condições e não meramente a respectiva forma legal; (iii) sejam neutras; (iv) sejam prudentes; e (v) sejam completas em todos os aspectos materiais. 2.4 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO As presentes demonstrações financeiras consolidadas da AUTO INDUSTRIAL, SA e suas subsidiárias são apresentadas como as de uma única entidade económica. As demonstrações financeiras consolidadas agora apresentadas reflectem os activos, passivos e resultados da AUTO INDUSTRIAL e de todas as suas subsidiárias e os resultados e variações em outras rubricas do capital próprio referentes às participações financeiras em empresas associadas atribuíveis ao Grupo. idênticos em circunstâncias semelhantes. As demonstrações financeiras da AUTO INDUSTRIAL, das suas subsidiárias e das suas associadas, usadas na preparação das presentes demonstrações financeiras consolidadas, foram preparadas a partir das mesmas datas de relato. (i) Concentrações de actividades empresariais As presentes demonstrações financeiras consolidadas incorporam os resultados de concentrações de actividades empresariais usando o método de compra. Os resultados das operações das adquiridas são incluídos na demonstração consolidada dos resultados a partir da data em que o controlo é obtido. (ii) Subsidiárias As participações financeiras em empresas subsidiárias em que o Grupo exerce o controlo são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que o Grupo assume o controlo sobre as suas actividades até ao momento em que esse controlo cessa. Presume-se a existência de controlo quando o Grupo detém o poder de exercer a maioria dos direitos de voto. Presumese também controlo quando o Grupo detém o poder, directa ou indirectamente, de gerir a política financeira e operacional de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas actividades, mesmo que a percentagem que detém sobre o capital próprio seja inferior a 50%. As demonstrações financeiras da AUTO INDUSTRIAL e das suas subsidiárias foram combinadas linha a linha, adicionando itens idênticos de activos, passivos, capital próprio, rendimento e gastos. As quantias escrituradas dos investimentos da AUTO INDUSTRIAL em cada subsidiária e a respectiva parte no capital próprio de cada subsidiária foram eliminadas e foram identificados os interesses minoritários nos resultados das subsidiárias. Os interesses minoritários nos activos líquidos das subsidiárias consolidadas são identificados separadamente do capital próprio. Os saldos, transacções, rendimentos e gastos intra-grupo foram eliminados por inteiro. 27 Quando as perdas acumuladas de uma subsidiária excedem o interesse minoritário no capital próprio dessa subsidiária, o excesso é atribuível ao Grupo na medida em que for incorrido. Os lucros obtidos subsequentemente dessa subsidiária são reconhecidos como rendimentos do Grupo até que as perdas previamente absorvidas sejam recuperadas. Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o Grupo de empresas subsidiárias da AUTO INDUSTRIAL, SA era constituído como segue: As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas usando políticas contabilísticas uniformes para as transacções e para os outros acontecimentos 30/4/10 4:41 PM Firma Sede Social Actividade Principal Auto Industrial - Porto, Ld Rio Tinto Comércio e reparação automóvel Auto Industrial, SGPS, SA Lisboa Sociedade Gestora de Participações Sociais Auto Horizonte, Lda Estoril A. Brás Heleno, S.A. (Euros) % do Capital % do Capital Detido Detido 2009 2008 1.496.393,69 100% 100% 208.000.000,00 63,45% 100% Comércio e reparação automóvel 224.459,05 98,78% 98,78% Leiria Comércio e reparação automóvel 275.000,00 100% 100% CAM – Camiões, Automóveis e Motores, SA Porto Comércio e reparação automóvel 3.000.000,00 100% 100% Central Parque – Automóveis, S.A. Lisboa Comércio e reparação automóvel 250.000,00 93,12% 93,12% Digitese - Consultadoria em Aplicações Informáticas, Lda Lisboa Consultoria Informática 448.918,11 100% 100% FINIM, S.A. Leiria Investimentos Financeiros 50.000,00 100% 100% Forte - Camiões, Máquinas e Reparações, Lda Coimbra Comércio por Grosso de Máquinas e Equipamentos Agrícolas 5.000,00 100% 100% E.U.A. – Empresa Universal de Automóveis, Lda Braga Comércio e reparação automóvel 124.699,71 100% 100% Coimbra Comércio e reparação automóvel 350.000,00 100% 100% Lisboa Comércio e reparação automóvel 325.000,00 100% 100% Cayman Islands Sociedade Gestora de Participações Sociais 1.662.286,33 100% 100% MERCENTRO- Comércio de Automóveis, SA Aveiro Comércio e reparação automóvel 500.000,00 100% 100% Motolusa - Motores de Portugal, Lda. Lisboa Comércio por Grosso de Máquinas e Equipamentos Marítimos 124.699,47 100% 100% Lisboa Comércio por Grosso de Máquinas e Equipamentos Agrícolas 299.278,74 100% 100% Lisboa Sociedade Gestora de Participações Sociais 1.000.000,00 78,18% 78,18% Coimbra Comércio e reparação automóvel 498.797,90 100% 100% Alcabideche Comércio e reparação automóvel 573.617,58 100% 100% Tractores Ibéricos, Lda Lisboa Comércio por Grosso de Máquinas e Equipamentos Agrícolas 199.519,16 100% 100% União Eborense de Automóveis, Lda Évora Comércio e reparação automóvel 99.759,58 100% 100.00% Garagem de Santa Cruz, Lda Gilauto - Automóveis, Máquinas e Equipamentos, SA Margem Investments, Inc. SAGAR – Comércio de Máquinas e Reparações Sagrup - SGPS, S.A. Sodicentro, Lda. Solmotor - Veículos e Peças, S A 28 Capital (v) Associadas Foram consideradas associadas todas as entidades sobre as quais o Grupo tenha influência significativa e que não sejam subsidiárias nem interesses em empreendimentos conjuntos. Influência significativa foi considerada como sendo o poder de participar nas decisões das políticas financeiras e operacionais das investidas mas que não constitui controlo nem controlo conjunto sobre essas políticas. Presumiu-se a existência de influência significativa quando o Grupo detém, directa ou indirectamente, 20 % ou mais do poder de voto da investida. Firma % do % do Sede Actividade Detentores Capital Capital Social Principal de Capital Detido Detido 2009 2008 20% 20% Comércio por Modipe, SA Madrid Grosso de Máquinas Auto Industrial, e Equipamentos SA Marítimos Vera Cruz, Indústria e Comércio, SA relatorioAI09-AF.indd 28-29 Bélem Pará Extracção de Sagrup – SGPS, - Brasil Madeiras SA 49% 49% Na aquisição dos investimentos em associadas, qualquer diferença entre o custo do investimento e a parte do Grupo no justo valor líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da associada é contabilizada de acordo com a IFRS 3 e incluída na quantia escriturada do investimento. As associadas foram contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial, pelo qual os investimentos em associadas são inicialmente reconhecidos pelo custo e as quantias escrituradas são aumentadas ou diminuídas para reconhecer as partes do Grupo nos resultados das investidas depois das datas de aquisição; as partes do Grupo nos resultados das investidas são reconhecidas nos resultados; as distribuições recebidas das investidas reduzem as quantias escrituradas dos investimentos; as alterações nos interesses proporcionais do Grupo AUTO INDUSTRIAL nas investidas, resultantes de alterações no capital próprio que não tenham sido reconhecidas nos resultados, são reconhecidas directamente no capital próprio do Grupo. Contudo, os investimentos em associadas classificados como detidos para venda, foram contabilizados nos termos da IFRS 5. Os conceitos subjacentes e os procedimentos, utilizados para a contabilização de investimentos em associadas, foram semelhantes aos conceitos e aos procedimentos utilizados para a contabilização de subsidiárias. Se a parte do Grupo nas perdas de uma associada igualar ou exceder o seu interesse, é descontinuado o reconhecimento de perdas adicionais; depois de o interesse ser reduzido a zero, apenas é reconhecido um passivo se o Grupo tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas. Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, foram aplicados os requisitos da IAS 39 para determinar se seria necessário reconhecer qualquer perda por imparidade adicional com respeito ao interesse do Grupo em cada uma das associadas. (vi) Partes relacionadas A posição financeira e os resultados contidos nas presentes demonstrações financeiras consolidadas não foram afectados pela existência de partes relacionadas com o Grupo. 2.5 TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA As Transacções em Moeda Estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor à data de transacção. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em resultados. Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio à data da transacção. Activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. 2.6 RECONHECIMENTO DE GASTOS E PERDAS E DE RENDIMENTOS E GANHOS As demonstrações financeiras são preparadas de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. Por este regime, os efeitos das transacções e de outros acontecimentos são reconhecidos quando eles ocorram (e não quando o dinheiro ou o seu equivalente seja recebido ou pago) sendo registados nos livros contabilísticos e relatadas nas demonstrações financeiras dos períodos com as quais se relacionem. São considerados como Rendimentos os aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de influxos ou aumentos de activos ou diminuições de passivos que resultem em aumentos no capital próprio, que não sejam os relacionados com as contribuições dos participantes no capital próprio. Esta definição de rendimentos engloba quer réditos quer ganhos. Os réditos provêm do decurso das actividades ordinárias do Grupo (vendas, juros, dividendos, etc.). Os ganhos representam outros itens que satisfaçam a definição de rendimentos, podendo, ou não, provir do decurso das actividades ordinárias do Grupo. São considerados como Gastos as diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de exfluxos ou deperecimentos de activos ou na incorrência de passivos que resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos participantes no capital próprio. Os gastos que resultem do decurso das actividades ordinárias do Grupo incluem, por exemplo, o custo das vendas, os juros e encargos suportados, os salários e as depreciações. As perdas representam outros itens que satisfaçam a definição de gastos e podem, ou não, surgir no decurso das actividades correntes do Grupo. Rédito O Rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das actividades ordinárias do Grupo quando esses influxos resultam em aumentos de Capital Próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no Capital Próprio. O Rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber. Vendas de bens O rédito proveniente das Vendas de Bens é reconhecido quando forem satisfeitas todas as condições seguintes: 29 • O Grupo tenha transferido para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens; • O Grupo não retenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse nem o controlo efectivo dos bens vendidos; • A quantia do rédito seja fiavelmente mensurada; • Seja provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para o Grupo; e • Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. Prestação de serviços e comissões O rédito associado com uma transacção que envolva Prestação de Serviços é reconhecido quando o desfecho dessa transacção possa ser fiavelmente estimado, isto é, quando: • A quantia de rédito seja fiavelmente mensurada; • Seja provável que benefícios económicos associados com a transacção fluam para o Grupo; • A fase de acabamento da transacção à data do balanço seja fiavelmente mensurada; e • Os custos incorridos com a transacção e os custos para concluir a transacção sejam fiavelmente mensurados 30/4/10 4:41 PM Juros e dividendos O rédito proveniente do uso de activos do Grupo que produzam Juros e Dividendos é reconhecido quando: Seja provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para o Grupo; e • A quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada. O rédito proveniente do uso desses activos é reconhecido nas seguintes bases: • Os juros são reconhecidos utilizando o método do juro efectivo; e • Os dividendos são reconhecidos quando for estabelecido o direito do Grupo (enquanto accionista) de receber o pagamento. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. 30 Para a determinação da taxa de juro efectiva o Grupo procede à estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui ainda as comissões consideradas como parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção. No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade. 2.7 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO jurisdição e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Diferenças temporárias são diferenças entre a quantia escriturada de um activo ou de um passivo e a sua base de tributação. Activos por impostos diferidos Activos por Impostos Diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis em períodos futuros respeitantes a: • • • Diferenças temporárias dedutíveis; O reporte de perdas fiscais não utilizadas; O reporte de créditos tributáveis não utilizados. Um Activo por Impostos Diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária dedutível possa ser usada, a não ser que o activo por impostos diferidos resulte do reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa transacção que: • Não seja uma concentração de actividades empresarias; e • No momento da transacção, não afecte o lucro contabilístico nem o lucro tributável. O Grupo reconhece Activos por Impostos Diferidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis associados aos investimentos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, até ao ponto em que seja provável que: • A diferença temporária reverterá no futuro previsível; e • Estará disponível o lucro tributável contra o qual a diferença temporária será utilizada. Passivos por impostos diferidos A rubrica Imposto sobre o Rendimento do exercício compreende os impostos correntes e os impostos diferidos. Passivos por Impostos Diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento pagáveis em períodos futuros com respeito a diferenças temporárias tributáveis. Activos (passivos) por impostos correntes são a quantia a pagar (a recuperar) de impostos sobre o rendimento respeitantes ao lucro tributável (perda) tributável de um período, sendo mensurados, usando as taxas fiscais (e leis fiscais) que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data do balanço. e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos anteriores. Um Passivo por Impostos Diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias tributáveis excepto quando esse imposto diferido resultar de: Os Activos (passivos) por impostos diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada relatorioAI09-AF.indd 30-31 • Reconhecimento inicial do goodwill; ou • Reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa transacção que não seja uma concentração de actividades empresariais e não afecte, no momento dessa transacção, nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável. O Grupo reconhece Passivos por Impostos para todas as diferenças temporárias tributáveis associados aos investimentos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, sempre que não sejam cumulativamente satisfeitas as seguintes condições: • O Grupo seja capaz de controlar a tempestividade da reversão da diferença temporária; e • Seja provável que a diferença temporária não seja revertida no futuro previsível. Os Activos ou Passivos por Impostos Correntes dos períodos correntes e anteriores são mensurados pela quantia que se espera que seja recuperada ou paga às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data do balanço. Os Activos e Passivos por Impostos Diferidos são mensurados pelas taxas fiscais que se espera que se apliquem no período em que seja realizado o activo ou em que seja liquidado o passivo, tendo como base as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data do balanço. Os Impostos Correntes e Diferidos são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto e incluídos no resultado líquido do período, excepto quando o imposto provenha de uma transacção ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, directamente no capital próprio, caso em que o respectivo imposto é directamente debitado ou creditado ao Capital Próprio. Os Activos por Impostos Correntes são compensados com passivos por impostos correntes apenas quando: • O Grupo tiver um direito legalmente executável para compensar as quantias reconhecidas; e • Pretenda liquidar numa base líquida, ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o passivo. Os Activos por Impostos Diferidos e os Passivos por Impostos Diferidos são compensados apenas quando: • O Grupo tiver um direito legalmente executável de compensar activos por impostos correntes contra passivos por impostos correntes; e • Os activos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos se relacionarem com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre: (i) a mesma entidade tributável; ou (ii) diferentes entidades tributáveis que pretendam ou liquidar passivos e activos por impostos correntes numa base líquida, ou realizar os activos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada período futuro em que as quantias significativas de passivos ou activos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidadas ou recuperadas. As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pelo Grupo e pelas suas subsidiárias, durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos reportáveis. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração do Grupo e das subsidiárias residentes em Portugal, de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras. 2.8 RESULTADO POR ACÇÃO Os Resultados por Acção básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos detentores de capital próprio ordinário da empresa mãe pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação durante o período. Para o Resultado por Acção diluído, o número médio de acções ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as potenciais acções ordinárias tratadas como diluídoras. Emissões contingentes ou potenciais são tratadas como diluídoras quando a sua conversão para acções faz decrescer o resultado por acção. 2.9 RELATO POR SEGMENTOS No âmbito da IFRS 8, um Segmento Relatável é um segmento de negócio ou um segmento geográfico, que seja identificado no conjunto de empresas que compõem um grupo de entidades sob o controlo de uma empresa mãe. 31 Considerando as actividades desenvolvidas pelas empresas cujas demonstrações financeiras foram incluídas na consolidação pelo método integral do Grupo AUTO INDUSTRIAL, a segmentação relevante é por negócios. Um Segmento de Negócio é um conjunto de activos e operações relacionados e que estão sujeitos a riscos e retornos específicos diferentes dos de outros Segmentos de Negócio. Os factores que foram considerados para efeitos de identificação das operações relacionadas incluem: (a) a natureza dos produtos ou serviços vendidos e/ou prestados; (b) o tipo ou classe de cliente dos produtos ou serviços; (c) os métodos usados para distribuir os produtos ou proporcionar os serviços; e (d) a natureza de ambiente regulador. Assim, foram identificados os seguintes Segmentos de Negócio: (i) Automóvel; (ii) Equipamentos Agrícolas, Industriais e Marítimos; (iii) Gestão de Participações; e (iv) Outros. 30/4/10 4:41 PM Salienta-se que a Auto Industrial, SA encontra-se subdividida em dez divisões internas, as quais possuem gestão e registos contabilísticos individualizados: • • • • • • • • • • Departamento Administrativo e Financeiro (DAF) Auto Industrial Lisboa Auto Industrial Leiria Auto Industrial Figueira da Foz Auto Industrial Coimbra Auto Industrial Auto Usados Auto Industrial Pombal Auto Industrial Rent-a-Car Auto Industrial Divisão Agrícola Auto Industrial Peças Decorrente desta situação, foi efectuada uma redistribuição das divisões da empresa pelo diversos segmentos identificados. As empresas incluídas na consolidação pelo método integral foram associadas aos segmentos acima identificados da seguinte forma: 32 (i) Automóvel: Auto Horizonte; CAM; Central Parque; EUA; Gilauto; Auto Industrial Porto; Garagem de Santa Cruz; União Eborense; Mercentro; Sodicentro; A. Brás Heleno; Auto Industrial Lisboa; Auto Industrial Leiria, Auto Industrial Figueira da Foz; Auto Industrial Coimbra; Auto Industrial Auto Usados; Auto Industrial Pombal; Auto Industrial Peças. (i) Equipamentos Agrícolas, Industriais e Marítimos: Forte; Divisão Agrícola da Auto Industrial; Tractores Ibéricos; Motolusa. (ii) Gestão de Participações: Departamento Administrativo e Financeiro (DAF) da Auto Industrial; Auto Industrial SGPS. (iii) Outros: Digitese; Margem Investments; Sagrup; Solmotor; Finim; Divisão Rent-a-Car da Auto Industrial; Sagar. O Relato por Segmentos de negócio consta nos mapas apresentados na Nota 49, nos quais se complementa a informação requerida na IFRS 8, obtendo-se para cada negócio o detalhe sobre a formação do seu resultado e a síntese dos activos e passivos das empresas nele incluídas. 2.10 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Activos Fixos Tangíveis são itens tangíveis que: (i) sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e (ii) se espera que sejam usados durante mais do que um período. De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.1, os Activos Tangíveis encontram-se registados pelo custo determinado na data de transição para as IFRS, deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. relatorioAI09-AF.indd 32-33 No reconhecimento inicial o Grupo considera no custo do activo: (i) o seu preço de compra; (ii) quaisquer custos directamente atribuíveis para colocar o activo na localização e condições necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; e (iii) a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local no qual este está localizado. Os Activos Tangíveis do Grupo encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. Os custos subsequentes com os Activos Tangíveis são reconhecidos como activos tangíveis apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Grupo. Todas as despesas com a manutenção e reparação dos activos são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio do acréscimo. O Grupo calcula as amortizações dos seus Activos Tangíveis pelo método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos): 2.11 ACTIVOS FIXOS INTANGÍVEIS Um Activo Intangível é um activo não monetário identificável sem substância física. Um Activo Intangível é reconhecido se, e apenas se: (i) for provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao activo fluam para o Grupo; e (ii) o custo do activo possa ser fiavelmente mensurado. Os Activos Intangíveis do Grupo encontram-se escriturados ao custo de aquisição deduzido das respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. O Grupo calcula as amortizações dos seus activos intangíveis pelo método das quotas constantes de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos): Vida Útil Software Vida Útil Edifícios e outras construções 5-50 Equipamento básico 3-20 Equipamento de transporte 4-6 Equipamento administrativo 3-20 Ferramentas e utensílios 4-10 Outros activos tangíveis 4-8 Quando existe indicação de que um Activo possa estar em imparidade, a IAS 36, exige que o seu valor recuperável seja estimado, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. O Grupo reconhece as perdas por imparidade em resultados do período. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir o obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil. A quantia escriturada de um item do Activo Fixo Tangível é desreconhecida pelo Grupo nas seguintes situações: (i) no momento da alienação; e (ii) quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do Activo Fixo Tangível: (i) é incluído nos resultados quando o item é desreconhecido, não devendo ser classificado como rédito; e (ii) é determinado como a diferença entre os ganhos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item. custos de conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição actual. Propriedade industrial e outros direitos 3 3-20 Os custos directamente relacionados com desenvolvimento e propriedade industrial e outros direitos, sobre os quais seja expectável pelo Grupo que venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como Activos Intangíveis. Para determinar se um Activo Intangível está com imparidade, o Grupo aplica a IAS 36. Os Activos Intangíveis do Grupo são desreconhecidos nas seguintes situações: (i) no momento da alienação; e (ii) quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do Activo Fixo Intangível: (i) é incluído nos resultados quando o item é desreconhecido, não devendo ser classificado como rédito; e (ii) é determinado como a diferença entre os ganhos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item. 2.12 INVENTÁRIOS Os Inventários, nos veículos e as máquinas agrícolas foram valorizados ao preço de custo efectivo de aquisição, unidade a unidade, nas restantes mercadorias foram valorizados ao custo médio (existências iniciais mais as aquisições efectuadas durante o exercício). O custo dos Inventários inclui todos os custos de compra, O valor realizável líquido é o preço de venda estimado no decurso normal da actividade deduzido dos respectivos custos de venda. As diferenças entre o valor de custo e o valor realizável líquido, quando mais baixo, bem como o valor dos materiais potencialmente obsoletos, originam o registo de perdas de imparidade. O método de custeio adoptado para a valorização das saídas de armazém é o custo médio ponderado. 2.13 CLIENTES As dívidas de clientes do Grupo são registadas pelo seu justo valor deduzido de eventuais perdas por imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido. As perdas de imparidade são apuradas em função da análise efectuada pelo Grupo da sua capacidade em cobrar os montantes devidos, de acordo com os termos originalmente estabelecidos para liquidação das dívidas de clientes. O montante das perdas de imparidade são calculadas pela diferença entre o valor da dívida e o valor recuperável, sendo este o valor presente dos cash-flows esperados, descontados à taxa efectiva. As perdas de imparidade são reconhecidas directamente na demonstração dos resultados do período. 33 2.14 OUTRAS CONTAS A RECEBER As Contas a Receber são reconhecidas inicialmente pelo seu justo valor e mensuradas subsequentemente pelo custo amortizado usando o método do juro efectivo. As perdas por imparidade verificadas são reconhecidas nos resultados. 2.15 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS Os Instrumentos Financeiros Derivados são reconhecidos na data da sua negociação pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do período, excepto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos derivados de cobertura, em resultados do período, depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado. O justo valor dos Instrumentos Financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível, 30/4/10 4:41 PM ou na sua ausência é determinado por entidades externas tendo por base técnicas de valorização, incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa (considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade) e modelos de avaliação de opções conforme seja apropriado. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor. amortizado através do método do juro efectivo. • Empréstimos concedidos e contas a receber são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis que não estão cotados num mercado activo. Estes activos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transacção directamente atribuíveis à sua aquisição e são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro efectivo. Imparidade Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados. • Activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que sejam designados como disponíveis para venda ou que não sejam classificados em cada uma das categorias anteriores. São mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transacção directamente atribuíveis à sua aquisição e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas directamente no Capital Próprio, em reservas de justo valor (excepto no caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais), até que o activo financeiro seja desreconhecido, momento em que o ganho ou perda cumulativo anteriormente reconhecido no capital próprio deverá ser reconhecido nos resultados. Contudo, o juro calculado usando o método do juro efectivo é reconhecido nos resultados. Os dividendos resultantes de um instrumento de capital próprio disponível para venda são reconhecidos nos resultados quando o direito da entidade de receber pagamento for estabelecido. Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista uma prova objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial. Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada registada no capital próprio (correspondente às variações negativas no justo valor) é transferida para resultados. Para as restantes categorias de activos financeiros (incluindo investimentos em instrumentos de capital próprio mensurados pelo custo), as perdas por imparidade reconhecidas são registadas directamente nos resultados. Derivados embutidos Os derivados embutidos em instrumentos financeiros são tratados separadamente sempre que os riscos e benefícios económicos do derivado não estão relacionados com os do instrumento principal, desde que este não esteja contabilizado ao justo valor com impacto em resultados do exercício. Os derivados embutidos são registados ao justo valor com as suas variações registadas em resultados do exercício e apresentados na carteira de negociação. 34 2.16 INSTRUMENTOS FINANCEIROS Reconhecimento, mensuração e desreconhecimento Os activos financeiros são classificados de acordo com cada uma das seguintes categorias, dependendo do objectivo para o qual esse activo foi adquirido: • Activos financeiros pelo justo valor por via dos resultados são activos financeiros que estão classificados como detidos para negociação, pelo que são detidos pelo Grupo com o objectivo principal de gerar lucro a curto prazo e incluem derivados não designados como instrumentos de cobertura. São mensurados inicialmente no balanço pelos seus justos valores e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas directamente na demonstração dos resultados. Os derivados de negociação com um justo valor positivo são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com um justo valor negativo são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação. • Investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada que o Grupo tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Estes activos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transacção directamente atribuíveis à sua aquisição e são mensurados subsequentemente pelo custo relatorioAI09-AF.indd 34-35 Os investimentos em instrumentos de Capital Próprio que não tenham um preço de mercado cotado num mercado activo e cujo justo valor não possa ser fiavelmente mensurado (bem como os derivados que estejam ligados a esses instrumentos de Capital Próprio e que devam ser liquidados pela entrega dos mesmos), são mensurados pelo custo. Um activo financeiro é desreconhecido quando: • Os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes desse activo expiram; Tenham sido transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados à detenção desse activo; ou • Apesar dos riscos e benefícios não terem sido substancialmente transferidos, o Grupo não reteve o controlo sobre esse activo. Reclassificações entre categorias de activos financeiros Conforme preconizado na IAS 39, o Grupo não procede a reclassificações de instrumentos financeiros designados inicialmente pelo justo valor por via dos resultados, enquanto estes estiverem detidos ou emitidos pelo Grupo. Contudo, se como resultado de uma alteração da intenção ou capacidade, deixar de ser apropriado classificar um instrumento como detido até à maturidade, este é reclassificado como disponível para venda e remensurado pelo seu justo valor. O Grupo avalia regularmente se existe prova objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados. O Grupo determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, o Grupo avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços das acções. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor. Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Grupo. Reversão da imparidade - Activos financeiros mensurados pelo custo amortizado Se, num período subsequente, a quantia da perda por imparidade diminuir e a diminuição for objectivamente relacionada com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da imparidade, a perda por imparidade anteriormente reconhecida é revertida, não excedendo contudo o custo amortizado que resultaria caso a imparidade não tivesse sido reconhecida à data em que a mesma foi revertida. Reversão da imparidade - Activos financeiros mensurados pelo custo No caso de investimentos em instrumentos de capital próprio que sejam mensurados pelo custo, as perdas de imparidade reconhecidas não são reversíveis. Reversão da imparidade - Activos financeiros disponíveis para venda As perdas por imparidade reconhecidas nos resultados para um investimento num instrumento de capital próprio classificado como disponível para venda não são revertidas por via dos resultados, mas sim por reservas. No caso de instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, a reversão dessas perdas é efectuada por via dos resultados. 2.17 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES Caixa compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem. Equivalentes de caixa são investimentos a curto prazo, com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor. 2.18 ACTIVOS (NÃO CORRENTES) DETIDOS PARA VENDA E PASSIVOS RELACIONADOS O Grupo AUTO INDUSTRIAL classifica um Activo não Corrente ou um grupo para Alienação como Detido para Venda se a sua quantia escriturada vai ser recuperada principalmente através de uma transacção de venda em vez de através de uso continuado. 35 Os activos ou grupos para alienação assim classificados estão disponíveis para venda imediata na sua condição presente, sujeitos aos termos de venda habituais decorrentes do enquadramento legal e estatutário do Grupo AUTO INDUSTRIAL e a venda desses activos ou grupos para alienação é altamente provável. Espera-se que as vendas dos activos não correntes ou dos grupos para alienação sejam concluídas até um ano a partir da data da respectiva classificação como detidos para venda. Dado o acima referido enquadramento legal e estatutário, existem com frequência acontecimentos e circunstâncias fora do controlo do Grupo AUTO INDUSTRIAL que obrigam a estender o período para concluir as vendas para lá de um ano, apesar do Grupo se manter comprometido com a venda dos activos ou dos grupos para alienação; nestes casos, é mantida a classificação de detidos para venda. Os activos não correntes ou grupos para alienação, classificados como detidos para venda, são mensurados pelo menor valor entre as respectivas quantias escrituradas e os respectivos justos valores menos os custos de vender. Antes da classificação inicial dos activos ou grupos para alienação como detidos para venda, as respectivas quantias escrituradas foram mensuradas de acordo com as IFRS aplicáveis. Por outro lado, são reconhecidas perdas por imparidade relativamente a reduções do activo ou grupo para alienação para o justo 30/4/10 4:41 PM valor menos os custos de vender e são reconhecidos ganhos para qualquer aumento no justo valor menos os custos de vender dos activos. 2.19 PROVISÕES, ACTIVOS CONTINGENTES E PASSIVOS CONTINGENTES Os activos e passivos contingentes não são reconhecidos na face das demonstrações financeiras, mas divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um ex-fluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respectivos passivos contingentes ou activos contingentes não são divulgados. Provisões Uma Provisão é um passivo de tempestividade ou quantia incerta. 2.20 OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS Uma Provisão é reconhecida quando: (i) o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado de um acontecimento passado; (ii) é provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos seja exigido para liquidar a obrigação; e (iii) possa ser feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação. Um instrumento é classificado como um Passivo Financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal. Estes Passivos Financeiros são mensurados inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção directamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro e subsequentemente mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efectivo. O reconhecimento inicial da Provisão é efectuado por débito nos resultados, sendo a reversão da mesma efectuada quando o acontecimento que lhe esteve na origem deixar de ser provável. A reversão da provisão é identicamente reflectida nos resultados do exercício. 36 A Provisão é utilizada directamente nos dispêndios relativos aos quais a mesma foi inicialmente reconhecida, não sendo nesses casos registado qualquer ganho ou perda na demonstração dos resultados. Quando o efeito do valor temporal do dinheiro for material, a quantia da provisão registada corresponde ao valor presente dos dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação. Nestes casos a quantia da provisão aumenta em cada período para reflectir a passagem do tempo, sendo esse aumento reconhecido como um gasto com juros. 2.21 LOCAÇÕES Uma Locação é um acordo pelo qual o locador transmite ao locatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um activo por um período de tempo acordado. Uma Locação Financeira é uma locação que transfere substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade de um activo. O título de propriedade pode ou não ser eventualmente transferido. Uma Locação Operacional é uma locação em que uma parcela significativa dos riscos e benefícios inerentes à posse dos bens é retida pelo locador. Activos e passivos contingentes Um passivo contingente é: (i) uma possível obrigação que surge proveniente de acontecimentos passados e cuja existência somente é confirmada pela ocorrência, ou não ocorrência, de um ou mais acontecimentos futuros incertos, não totalmente sob o controlo do Grupo; ou (ii) uma obrigação presente que surge de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque: não é provável que um ex-fluxo de recursos que incorporem benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou porque a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Um activo contingente é um possível activo que surge de acontecimentos passados e cuja existência somente é confirmada pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo. relatorioAI09-AF.indd 36-37 O Grupo classifica as operações de locações como Locações Financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na IAS 17, na SIC 15, SIC 27 e IFRIC 4. Situações em que o Grupo age como locatário – Locação financeira Os contratos de Locação Financeira são registados, na data do seu início, no activo e no passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, que corresponde ao valor actual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas: (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados; e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como gastos ao longo do período de Locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período. Situações em que o Grupo age como locador – Locação financeira Os contratos de Locação Financeira são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor equivalente ao investimento líquido realizado nos bens locados. Os juros incluídos nas rendas debitadas aos clientes são registadas como rendimentos enquanto que as amortizações de capital também incluídas nas rendas são deduzidas ao valor do crédito concedido a clientes. O reconhecimento dos juros reflecte uma taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador. Situações em que o Grupo age como locatário – Locação operacional Os pagamentos de Locação ao abrigo de contratos de Locação Operacional, são registadas como um gasto no período em que ocorrem, numa base de linha recta durante o período de locação. Situações em que o Grupo age como locador – Locação operacional O Grupo apresenta os activos sujeitos a Locação Operacional no seu balanço de acordo com a natureza do activo. Assim, os veículos adquiridos para aluguer são registados na rubrica activos tangíveis, em equipamento de transporte e são amortizados conforme indicado na nota 2.10. Os rendimentos provenientes de contratos de Locação Operacional, são reconhecidos no rendimento numa base de linha recta durante o prazo da Locação . Os custos directos iniciais incorridos são adicionados à quantia escriturada do activo locado e reconhecidos como um gasto durante o prazo da Locação, na mesma base do rendimento da Locação. Por forma a determinar se o activo locado ficou em imparidade, aplica-se o disposto na IAS 36. 3 GESTÃO DE RISCOS DA ACTIVIDADE Gestão de riscos As diversas sociedades do Grupo AUTO INDUSTRIAL estão, no âmbito da sua actividade, sujeitas a diversos riscos que podem ser organizados em quatro grandes grupos: (i) risco de crédito; (ii) risco de mercado; (iii) risco de liquidez; e (iv) risco operacional. que melhor se adequam aos objectivos de gestão de risco emanados pelo Conselho de Administração do Grupo. (i) Risco de crédito O Conselho de Administração define e revê periodicamente a estratégia de gestão de risco de crédito. Na decorrência destas políticas são definidos os limites de crédito concedido e a aprovação dos créditos tem níveis de autorização relacionados com o montante aprovado. Os valores e procedimentos constam de regras internas definidas pela Administração. O processo para aprovação de novos créditos assenta: (i) numa apurada análise; (ii) na obtenção de garantias mínimas dadas pelo cliente; e (iii) na recolha de informação sobre o potencial cliente (dados pessoais, rendimentos, profissão, consulta de bases de dados de incumprimentos), a qual é obtida nas operações e enviada para os serviços centrais que, em conjunto com outros elementos de análise, remete o processo para aprovação da Administração, sempre que seja necessário. (ii) Risco de mercado Face ao perfil da actividade comercial do grupo, a exposição ao risco de mercado é bastante residual, entendendo-se como principal risco os níveis e antiguidades dos stocks. Ainda assim, a Administração instituiu políticas de gestão deste risco, sendo regularmente feito o acompanhamento da antiguidade e volumes dos stocks, por forma a controlar eventuais desvios relativamente aos níveis considerados normais, que constam de parâmetros definidos pela Administração, tendo em conta o mercado, nomeadamente a evolução futura e a eventual sazonalidade, enquadrados com as políticas internas. 37 (iii) Risco de liquidez Anualmente é elaborado um orçamento por cada operação do grupo, em que consta um orçamento das necessidades de tesouraria. A nível central, é efectuado o orçamento de tesouraria do DAF (Departamento Administrativo Financeiro) que consolida todas as necessidades de tesouraria do grupo, da actividade comercial, o qual quantifica e integra as directrizes estratégicas de gestão de liquidez, nomeadamente no que concerne à composição e diversidade das fontes de financiamento. Este orçamento, tal como o de cada operação, é analisado e aprovado pela Administração. Mensalmente são analisados os desvios através dos mapas de controlo orçamental, sendo tomadas decisões para a sua correcção. Semestralmente são revistos e actualizados os orçamentos de tesouraria para os seis meses seguintes. Com o intuito de prever, controlar e mitigar riscos, fraudes, erros e irregularidades o grupo dispõe de um Sistema de Controlo Interno que de uma forma centralizada define e faz implementar as politicas de gestão de risco e logo os processos, os procedimentos e a estrutura organizativa 30/4/10 4:41 PM 4 RÉDITO DAS VENDAS E DOS SERVIÇOS PRESTADOS A rubrica Serviços Bancários Prestados, que não tem valor em 2009, referia-se a valores das empresas da área financeira (Sub-Grupo Tecnicrédito). Até 2008 o grupo estava organizado em quatro segmentos de negócio, com as unidades de negócio (Automóvel; Equipamentos industriais agrícolas e marítimos; Financeira; Gestão de Participações e Outros), com a alienação da Tecnicredito SGPS em 2009, o grupo deixou de ter a unidade de negócio “Financeira” ficando assim com as três seguintes unidades de negócio: • Automóvel; • Equipamentos industriais agrícolas e marítimos; • Gestão de Participações e Outros A repartição das vendas e das prestações de serviços por área de negócio, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, apresentada no mapa abaixo, evidencia o segmento Automóvel como mais significativo, dentro da actividade comercial: Rédito das Vendas e dos Serviços Prestados por Área de Negócio 2009 2008 Vendas Automóvel Equipamentos industriais, agrícolas e marítimos 229.024.770 261.579.574 24.013.370 19.905.641 253.038.140 281.485.215 Prestação de Serviços Automóvel 38 13.188.811 14.062.464 160.023 142.212 0 17.965.166 159.166 1.525.724 13.508.001 33.695.566 5 PROVEITOS (JUROS) OBTIDOS NA ACTIVIDADE FINANCEIRA 7 VARIAÇÃO NOS INVENTÁRIOS DE PRODUTOS ACABADOS E EM CURSO Modipe. Em 2008 alem da Modipe estava incluído o Grupo Galo uma associada do Sub-grupo Tecnicrédito. A Variação nos Inventários de Produtos Acabados e em Curso, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, foi apurada como se segue: 9 AJUSTAMENTOS POSITIVOS E MAIS VALIAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS Variação nos Inventários de Produtos Os valores, de 2008, registados nesta rubrica correspondem aos Proveitos Obtidos na Actividade Financeira, pelas diversas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito. Em 2009 não há valores em consequência da alienação da Tecnicrédito SGPS. Proveitos Obtidos na Actividade Financeira 2009 2008 Crédito ao consumo no país 76.980.819 Crédito ao consumo no estrangeiro 32.383.939 Locação financeira 8.103.296 Derivados de cobertura 3.913.064 Outros juros e proveitos equiparados 3.476.540 - Acabados e em Curso Inventário Final 2009 2008 112.018 103.499 Produtos acabados 48.246 68.711 Produtos e trabalhos em curso 63.772 34.788 103.499 84.454 Produtos acabados 68.711 35.243 Produtos e trabalhos em curso 34.788 49.212 8.519 19.045 Inventário Inicial O saldo desta rubrica corresponde aos ganhos resultantes da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados detidos para negociação, efectuada numa base regular, conforme referido na política contabilística descrita na nota 2.15. De salientar que, em 2009 o valor de 5.616 euros, não inclui valores da Tecnicredito SGPS e que do valor total registado nesta rubrica em 2008, 32.980.213 euros provinham de instrumentos derivados do Sub-Grupo Tecnicrédito. 10 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS 124.857.658 6 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OPERACIONAIS O valor desta rubrica é composto por: Outros Rendimentos e Ganhos Financeiros Juros obtidos Equipamentos industriais, agrícolas e marítimos Financeiro Gestão de participações e outros O quadro seguinte apresenta o detalhe de Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais do grupo durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e em 2008: Variação da Produção Diferenças de câmbio Produtos acabados 266.546.141 315.180.781 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais 2009 No quadro seguinte apresenta-se, a repartição das vendas e das prestações de serviços por natureza de actividade: 73.402.809 4.521.464 4.322.027 Proveitos de locação operacional 799.193 Ganhos na venda de imobilizado 1.799.775 450.273 448.377 1.014.702 2.415.795 7.335.941 81.838.474 Proveitos suplementares Prémio por angariação de seguros Rédito das Vendas e dos Serviços 2009 Prestados por Actividade 2008 Outros proveitos e ganhos operacionais Vendas 164.422.194 198.537.566 Viaturas usadas 47.865.651 43.096.216 Peças 40.750.296 39.851.433 253.038.140 281.485.215 Prestação de Serviços Reparação em oficinas Serviços bancários prestados Rent-a-Car Outros proveitos de serviços e comissões relatorioAI09-AF.indd 38-39 Viaturas novas 11.788.594 11.752.974 17.965.166 159.166 1.525.724 1.560.240 2.451.703 13.508.000 33.695.566 266.546.141 315.180.781 33.469 2008 Produtos e Trabalhos em curso Diferenças cambiais da actividade financeira (20.466) Do valor total de 2008, cerca de 76 650 682 pertenciam ao sub-grupo Tecnicredito A rubrica Diferenças Cambiais, Proveitos de locação operacional e Prémio por angarição de seguros eram exclusivamente da Tecnicredito SGPS. 28.985 (14.424) O valor registado em Produtos Acabados corresponde ao valor de mão-de-obra incorporada na preparação de viaturas que se encontram em stock, pelas diversas empresas do segmento Automóvel. Os Produtos e Trabalhos em Curso correspondem a obras de reparação em oficina que se encontram em curso no final do exercício. Para efeitos de cálculo da variação da produção apenas é considerado o valor relativo aos custos com a mão-de-obra, uma vez que o montante associado às peças incorporadas nas obras em curso é regularizado directamente na rubrica Inventários Consumidos e Vendidos. O valor registado em proveitos suplementares corresponde essencialmente a ganhos obtidos no segmento Automóvel com bónus e prémios de objectivos de vendas atribuídos pelas marcas. 8 LUCRO IMPUTADOS DE ASSOCIADAS Os Ganhos na venda de imobilizado incluem os valores da venda de um terreno em Coimbra e de uma loja em Leiria. O valor expresso nesta rubrica em 31 de Dezembro 2009, diz respeito a ganhos decorrentes da aplicação do método de equivalência patrimonial na associada Descontos de pronto pagamento obtidos Outros proveitos e ganhos financeiros 2009 2008 874.348 55.160 5.914 11.764 42.691 25.283 2.626.210 1.191 3.549.163 93.398 39 A rubrica Juros obtidos, inclui 445.537 euros referentes à especialização dos juros a receber dos VMOC (valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis) que a AI SGPS detém no Banif SGPS. A rubrica Outros proveitos e ganhos financeiros, inclui 2.625.079 euros de dividendos da Tecnicredito SGPS, em 2008 como foram eliminados na consolidação por ser empresa do grupo 11 INVENTÁRIOS CONSUMIDOS E VENDIDOS O valor registado nesta rubrica corresponde ao custo dos Inventários Consumidos e Vendidos das diversas empresas da actividade comercial que, em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, foi apurado da seguinte forma: 30/4/10 4:41 PM Inventários Consumidos e Vendidos Existências iniciais Compras e regularizações Existências finais 2009 2008 55.098.707 47.445.140 226.840.424 267.836.484 50.327.553 55.098.707 231.611.577 260.182.916 12 CUSTOS (JUROS) SUPORTADOS NA ACTIVIDADE FINANCEIRA incorridos com as rendas do aluguer operacional de viaturas, na divisão Rent-a-Car da AUTO INDUSTRIAL. A rubrica Rendas e Alugueres inclui, em 2008, o montante de 1.251.658 Euros referente, essencialmente, a rendas pagas pelo Sub-Grupo Tecnicrédito pelo arrendamento das respectivas instalações. A rubrica Publicidade e Acções Promocionais inclui, em 2008, o montante de 905.765 euros referente à organização de eventos comerciais nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito. Remunerações Débitos representados por títulos 25.461.250 Recursos de instituições de crédito no país 12.594.129 Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 5.519.106 Passivos subordinados 3.215.536 Recursos de clientes 223.589 Derivados de cobertura 213.774 Outros juros e custos equiparados 527.925 - 47.755.309 13MATERIAIS E SERVIÇOS CONSUMIDOS O detalhe do valor apurado relativamente a Materiais e Serviços Consumidos, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue: Materiais e Serviços Consumidos 2009 2008 2.566.013 7.036.675 Rendas e alugueres 1.991.214 3.348.439 Subcontratos 1.667.040 1.744.125 Publicidade e acções promocionais 666.311 1.680.228 Comunicação e despesas de expedição 579.194 Custo com trabalho independente 293.479 Serviços judiciais, de contencioso e notariado Outros fornecimentos e serviços de terceiros Pessoal Encargos sociais Outros custos com pessoal 1.571.478 16.147.821 23.279.886 3.695.074 5.614.066 626.162 1.123.073 21.428.377 31.588.504 A variação entre 2009 e 2008 está relacionada com a alienação da Tecnicredito SGPS, em 2008 a sua contribuição foi de 9.746.255 Euros. Os Outros Custos com Pessoal referem-se sobretudo aos montantes dispendidos com acções de formação, encargos com rescisões de contratos e fardamentos. O efectivo médio de trabalhadores ao serviço no Grupo, dividido por grandes categorias profissionais, foi o seguinte: Número Efectivos Portugal: 2009 2008 5 8 33 221 322 Administrativos 111 194 Outras funções 579 680 2.900.437 941 1237 2.910.228 Estrangeiro: 2.405.459 Administração 4 2.091.864 7.036.347 Directores / gerentes 6 9.979.068 29.061.937 A alienação da Tecnicredito SGPS, explica a grande variação nas rubricas entre 2009 e 2008. A rubrica Subcontratos inclui o montante de 120.307 Euros (2008: 245.945 euros) referentes aos custos relatorioAI09-AF.indd 40-41 Edifícios e outras construções Directores / gerentes Quadros técnicos e comerciais 2009 2008 2.189.571 Equipamento básico 880.566 1.256.507 Equipamento de transporte 542.866 2.111.275 Ferramentas e utensílios 241.561 294.316 Equipamento administrativo 352.089 979.089 24.044 64.371 3.870.364 6.895.129 3.886 340.091 3.874.250 7.235.220 Outras imobilizações corpóreas A variação entre 2009 e 2008 explica-se com a alienação da Tecnicredito SGPS, no total de 2008 esta representava 2 895 332 euros. 16 PERDAS POR IMPARIDADE DE ACTIVOS E SUAS REVERSÕES Reversões 2009 54.638.979 Reversões do exercício (16.758) (20.736.287) 379.074 33.902.692 O detalhe dos valores registados nesta rubrica, por natureza, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é apresentado nos quadros seguintes: 69 91 Outras funções 1 Actividade financeira Actividade comercial 171 941 1408 A variação entre 2009 e 2008 explica-se com a alienação da Tecnicredito SGPS em 2009. 2009 2008 Contas a receber de clientes Outras contas a receber Activos detidos para venda 3.147.049 16.758 20.736.287 A variação entre 2009 e 2008 explica-se com a alienação da Tecnicredito SGPS 17AUMENTOS E DIMINUIÇÕES DE PROVISÕES O detalhe do valor apurado na rubrica Aumentos e Diminuições de Provisões, líquidas de dotações e reversões, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, são analisadas como se segue: 2009 Dotações do exercício 2008 448.969 (150.510) (500.000) (150.510) (51.031) 2008 395.832 Administrativos 504.420 41 Dotações do exercício Perdas por Imparidade de Activos 10.266 Activos detidos para venda Reversões do exercício Perdas por Imparidade de Activos e suas 17.074.552 16.758 Recuperações de crédito (actividade financeira) Aumentos e Diminuições de Provisões A rubrica Perdas por Imparidade de Activos e suas Reversões decompõe-se da seguinte forma: Quadros técnicos e comerciais - Actividade comercial Outras contas a receber 2008 Contas a receber de clientes 1.829.238 25 123.953 Activos fixos tangíveis Outros activos intangíveis 959.320 Administração Serviços especializados 2008 Órgãos sociais 40 2009 2008 2009 Actividade financeira Gastos de Depreciação e Amortização Esta rubrica regista os Custos com o Pessoal, suportados pelo Grupo, que se podem decompor da seguinte forma: Custos com o Pessoal 2009 Reversões de Imparidade de Activos O valor desta rubrica é composto por: 14 CUSTOS COM O PESSOAL Em 2009 com a alienação da Tecnicredito SGPS, não há valores nesta rubrica, que era obtida exclusivamente no Sub-Grupo Tecnicrédito. Custos Suportados na Actividade Financeira 15 GASTOS DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 390.695 50.487.879 292.082 0 3.851.868 5.137 7.150 395.832 54.638.979 Em 2009 a diminuição das Provisões, é essencialmente referente a anulação de uma provisão constituída em 2008, no valor de 150.000 Euros, relativo á existência de um contrato oneroso associado ao depósito de garantia relacionado com o Banco Rothschild.(vide nota 38) Além desse valor a quase totalidade dos movimentos registados nesta rubrica no ano de 2008 decorrem de registos efectuados nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito. 18 OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS O valor registado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, decompõe-se da seguinte forma: 30/4/10 4:41 PM Outros Custos e Gastos Operacionais Impostos 2009 2008 404.308 1.292.099 Gastos em período de garantia 327.536 321.944 Gastos com viaturas de demonstração 311.675 293.636 Prejuízos na venda de imobilizado 229.888 25.917 Indemnizações por despedimento 166.211 596.532 53.673 115.850 20 JUROS E OUTROS GASTOS E PERDAS FINANCEIRAS 26,5% de acordo com a Lei n º 107-B / 2003, de 31 de Dezembro (2006: 26,5%). O cálculo do imposto diferido de 2008 e 2007 foi apurado com base na taxa de 26,5%. O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue: As declarações de autoliquidação, da AUTO INDUSTRIAL, SA e das subsidiárias com sede em Portugal ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos. Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Administração que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras. A variação entre 2009 e 2008 explica-se, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS. Juros e Outros Gastos e Perdas Financeiras 2008 Juros de outros empréstimos bancários 2.249.678 2.914.012 Juros de empréstimos obrigacionistas 1.070.352 1.325.312 404.646 543.747 3.363.927 Juros de locação financeira Donativos e quotizações 2009 Serviços bancários prestados por terceiros Diferenças cambiais da actividade financeira 0 63.198.001 Menos-valias em bens de locação financeira 0 337.924 Outros custos e perdas operacionais 906.071 1.168.274 2.399.361 67.350.176 A variação entre 2009 e 2008 explica-se, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS, no valor total de 2008 esta representava 65 280 421 euros. 42 Os valores registados em Indemnizações por despedimento, resultam de indemnizações pagas ao pessoal por rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo, decorrentes do esforço de reajustamento e optimização do quadro de pessoal, inserido na estratégia de racionalização dos custos em geral, nas operações da área automóvel do Grupo. A rubrica Gastos em Período de Garantia, regista os custos incorridos com reparações de viaturas em período de garantia, em que: (i) a reclamação não foi aceite pela marca; ou (ii) ocorreram em períodos de garantia adicionais concedidos pelo Grupo. 19 AJUSTAMENTOS NEGATIVOS E MENOS VALIAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS Custos com serviços e comissões Outros juros e encargos financeiros relatorioAI09-AF.indd 42-43 1.253.081 450.372 222.690 4.175.048 9.622.770 Os valores registados nesta rubrica correspondem a custos financeiros suportados pelas restantes empresas do Grupo, associados essencialmente ao financiamento da actividade comercial, os quais se encontram relacionados com empréstimos contraídos junto de instituições financeiras nacionais, com empréstimos obrigacionistas e juros de locação financeira. Em 2008 os valores registados nas rubricas Serviços Bancários Prestados por Terceiros e Custos com Serviços e Comissões correspondem a custos suportados na actividade financeira, pelas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, e que em 2009 já não pertence ao Grupo. 2009 2008 676 (2.478.742) 0 (268.019) (42.857) (38.155) 5.214 6.231 (75) (976) Derivados 132.624 248.672 Comissões 0 1.420.399 Activos financeiros disponíveis para venda 0 756.194 940 39.750 6.104 1.583.407 Desreconhecimento de activos Empréstimos (custo amortizado) Reserva de reavaliação Anulação activos intangíveis Provisões não aceites fiscalmente Outros Imposto sobre o Rendimento 2009 1.268.761 2008 Resultado líquido 2.804.254 11.382.024 Número médio de acções 3.989.157 3.989.157 Resultado por acção básico 0,70 2,85 Resultado por acção diluído 0,70 2,85 Os Resultados por Acção Básicos são calculados dividindo o resultado líquido atribuível a accionistas pelo número médio ponderado de acções ordinárias emitidas, excluindo o número médio de acções ordinárias compradas pelo Grupo e detidas como acções próprias. Para o Resultado por Acção Diluído, o número médio de acções ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as potenciais acções ordinárias tratadas como diluídas. Emissões contingentes ou potenciais são tratadas como diluídas quando a sua conversão para acções faz decrescer o resultado por acção. 43 24ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, o movimento ocorrido no valor dos Activos Fixos Tangíveis foi o seguinte: 22 INTERESSES MINORITÁRIOS NO RESULTADO Activos Fixos Tangíveis Os Interesses Minoritários de Resultados são os seguintes: 2008 2009 102.625 O Imposto sobre o rendimento do Exercício tem a seguinte composição: Resultado Por Acção Imposto Diferido sobre o Rendimento 21 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCÍCIO O Resultado por Acção é calculado da seguinte forma: O montante de impostos diferidos em resultados é atribuível às seguintes rubricas: Imparidade Saldo Saída TEC Inicial SGPS Adições Alienações Transferência ou Saldo Final Abates Terrenos e Rec. Naturais 10.728.295 0 1.323.564 293.022 674.747 11.084.089 Edificios e outras construções 45.063.749 11.374.353 2.495.612 182.389 1.990.921 34.011.698 Equipamento básico 13.700.471 0 2.752.912 5.980.111 0 10.473.271 Equipamento transporte 7.801.680 4.793.259 678.646 98.132 816.780 2.772.154 Ferramentas e utensilios 3.764.968 283.340 198.806 366 6.747 3.673.321 Equipamento administrativo 13.649.225 4.552.931 307.914 3.812 30.075 9.370.321 0 0 0 0 0 0 1.272.374 125.808 0 0 0 1.146.566 591.048 167.685 2.737.866 0 887.778 2.273.450 Imposto corrente Os valores registados nesta rubrica correspondem a perdas resultantes da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados detidos para negociação, efectuada numa base regular, conforme referido na política contabilística descrita nas notas 2.14 e 2.15. A grande variação entre 2009 e 2008 explica-se com a alienação da Tecnicredito SGPS. De salientar que, do valor total registado nesta rubrica no ano de 2008, 40.675.347 euros eram de instrumentos derivados do Sub-Grupo Tecnicrédito. 23 RESULTADO POR ACÇÃO Imposto diferido 146.311 (102.625) (1.268.761) 43.686 4.820.955 6.089.716 Interesses Minoritário de Resultado Líquido 2009 2008 A AUTO INDUSTRIAL, SA e as subsidiárias com sede em Portugal estão sujeitas a tributação em sede de Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama. O cálculo do imposto corrente do exercício de 2008 foi apurado pelo Grupo com base numa taxa nominal de imposto e derrama de cerca de AI,Sgps 110.799 0 Auto Horizonte (177) (242) Central Parque,SA (980) (1.079) (30.151) (709.369) 0 14.054.492 79.491 13.343.801 Sagrup, Sgps,Sa Técnicrédito, Sgps Taras e vasilhames Outras imobiliz. corporeas Imobilizações em curso 96.571.810 21.297.376 10.495.318 6.557.832 4.407.049 74.804.871 30/4/10 4:41 PM Amortizações e Depreciações Saldo Inicial Terrenos e Rec. Naturais Edificios e outras construções Saída TEC SGPS Adições Transferência ou Abates Alienações Saldo Final Depreciações e Amortizações 0 0 0 0 0 0 19.781.844 2.691.715 1.829.238 102.502 139.531 18.677.333 Saldo Inicial Outras Imobilizações Incorpóreas Saída TEC SGPS Adições Transferência ou Abates Alienações Saldo Final 3.864.047 3.640.164 3.886 115.744 -158.470 270.495 3.864.047 3.640.164 3.886 115.744 -158.470 270.495 1.103.252 509.496 194.835 35.957 222.568 530.066 Equipamento básico 9.947.425 0 880.566 1.156.791 0 9.671.200 Equipamento transporte 3.387.011 1.699.193 542.866 43.741 347.148 1.839.795 Ferramentas e utensilios 3.289.498 225.728 241.561 366 0 3.304.965 11.607.047 3.055.673 352.089 3.454 0 8.900.010 0 0 0 0 0 0 1.120.597 50.302 24.044 0 211 1.094.129 49.133.422 7.722.611 3.870.364 1.306.854 486.890 43.487.432 Valor Líquido 47.438.388 13.574.765 6.624.954 5.250.979 3.920.158 31.317.440 Equipamento administrativo Taras e vasilhames Outras imobiliz. corporeas Valor Líquido Neste quadro foi incluída uma coluna com os valores correspondentes da Tecnicredito SGPS, incluídos nos saldos final 2008/inicial 2009. 26 INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM ASSOCIADAS O valor registado nesta rubrica inclui o montante de 115.729 euros que regista essencialmente a participação financeira na associada MODIPE. Em 2008 inclui um montante de 15.511.408 euros relativo à participação financeira que o Sub grupo Tecnicredito, detinha no Grupo Galo. 27CLIENTES DE ACTIVIDADE FINANCEIRA Neste quadro foi incluída uma coluna com os valores correspondentes da Tecnicredito SGPS, incluídos nos saldos final 2008/inicial 2009. Os movimentos registados na rubrica de Equipamento Básico decorrem essencialmente das compras e alienações de viaturas, efectuadas ao longo do exercício, pela divisão de Rent-a-Car da AUTO INDUSTRIAL,SA. 44 Do valor de activos fixos tangíveis indicados, estão dados como garantias reais prestadas a terceiros, para cobertura de empréstimos registados no Passivo os seguintes: Esta rubrica era exclusivamente obtida nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, pelo que não apresenta qualquer valor em 2009 2009 2008 45 Activo Corrente Até 3 meses 69.042.749 De 3 meses a 1 ano Empréstimos Garantias 2.794.444 Instalações Portela da Ajuda (Auto-Industrial) 1.051.441 Instalações Perafita (CAM) 699.990 Instalações Alcabideche (CAM) 250.002 Instalações Alcabideche (Solmotor) 185.693.894 Duração indeterminada (crédito vencido) 65.358.314 - Imparidade para riscos de crédito 320.094.957 - (53.494.955) - 266.600.002 Activo não corrente De 1 ano até 5 anos 616.075.516 84.409.163 Mais de 5 anos - 700.484.679 - 967.084.681 25OUTROS ACTIVOS FIXOS INTANGÍVEIS O quadro seguinte apresenta os movimentos da Imparidade para Riscos de Crédito da actividade financeira: Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, o movimento ocorrido no valor dos Activos Fixos Intangíveis foi o seguinte: Imparidade para Risco de Crédito Saldo em 1 de Janeiro Activos Fixos Tangíveis Saldo Inicial Saída TEC SGPS Adições Trespasses Outras Imobilizações Incorpóreas Imobiliz. em curso relatorioAI09-AF.indd 44-45 Transferência ou Abates Alienações 2009 - 91.486.512 Saldo Final 2008 Dotações do exercício 50.487.879 Reversões do exercício (17.074.552) Utilizações do exercício (70.910.583) 612.970 42.398 570.572 4.184.299 3.979.630 198.721 151.701 21.700 229.989 170.030 170.030 0 4.967.299 4.149.660 198.721 151.701 64.098 800.561 Diferenças cambiais (494.301) Saldo em 31 de Dezembro - 53.494.955 30/4/10 4:41 PM 28ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS A repartição das Mercadorias por actividade é apresentada no quadro seguinte: 2009 Os Activos e Passivos por Impostos Diferidos reconhecidos no balanço podem ser analisados como segue: 2008 Mercadorias Diferenças temporárias dedutíveis, tributáveis e prejuízos fiscais reportados 2009 Activos 2008 Passivos Activos Passivos Viaturas novas 18.274.933 Viaturas usadas 6.955.253 8.774.021 Peças 8.688.694 8.252.309 12.894.824 8.637.805 Máquinas agrícolas 47.670 0 4.012.754 2.864.104 0 0 2.034.550 2.204.159 701.821 0 634.948 0 0 -89.176 2.323.183 85.132 -10.711 42.857 0 307.318 12.755.836 47 831.184 1.160.883 1.129 0 1.228 0 Activos financeiros disponíveis para venda 0 0 236.333 388.806 Reserva de Reavaliação 0 140.180 0 145.395 Provisões não aceites fiscalmente -1.880 0 39.750 0 Outros -4.796 32.071 866.508 567.020 13.489.070 125.980 10.980.437 7.722.817 3.695.093 428.681 3.266.412 Imparidade Comissões Actividade Financeira Prejuízos Fiscais Transitados Outros Empréstimos (Custo Amortizado) Desreconhecimento de activos Anulação activos intangíveis 13.423.079 Activos e Passivos por impostos diferidos 59.989 46 13.363.090 Impostos diferidos líquidos Os Activos por Impostos Diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto são reconhecidos quando exista uma expectativa razoável de haver lucros tributáveis futuros. A incerteza de recuperabilidade de prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto é considerada no apuramento de activos por impostos diferidos. Os Activos e Passivos por Impostos Diferidos são apresentados pelo seu valor líquido sempre que nos termos da legislação aplicável, o Grupo possa compensar activos por impostos correntes com passivos por impostos correntes e sempre que os impostos diferidos estejam relacionados com o mesmo imposto. As variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas com a alienação da Tecnicredito SGPS, o valor 12.755.836 na rubrica desreconhecimento de activos deriva da aplicação do justo valor, a 31 Dezembro, ao valor da participação que a AI SGPS detém no BANIF SGPS. relatorioAI09-AF.indd 46-47 2008 50.111.008 54.923.835 48.246 68.711 168.300 106.161 50.327.553 55.098.707 47 Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição: 2009 Clientes conta corrente Clientes títulos a receber Clientes cobrança duvidosa Imparidade acumulada de dívidas de clientes 2008 29.028.247 30.530.232 1.194.606 1.000.197 7.534.057 7.320.163 37.756.910 38.850.592 (7.292.252) (6.911.448) 30.464.658 31.939.145 Os movimentos registados nas Perdas de Imparidade acumuladas associadas a dívidas de clientes da actividade comercial, em 2009 e 2008 foram os seguintes: Saldo em 1 de Janeiro 2009 (126.949) 54.923.835 Esta rubrica regista as dívidas de clientes decorrentes da actividade comercial do Grupo. Os montantes apresentados no Balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber de clientes se aproximam do seu justo valor. Imparidade para Dívidas Clientes Actividade Comercia Inventários (131.930) 50.111.008 30CLIENTES DE ACTIVIDADE COMERCIAL 2009 2008 6.911.448 6.628.432 Dotações do exercício 395.409 292.544 Reversões do exercício (14.604) (9.528) Utilizações do exercício - - 7.292.252 6.911.448 Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica apresentava a seguinte composição: Produtos e trabalhos em curso O valor de Imparidade registada corresponde a mercadorias da subsidiária Digitese e da Divisão DAF da AUTO INDUSTRIAL, que apresentavam, quer a 31 Dezembro de 2009 quer a 31 Dezembro 2008, valor esperado de realização nulo. 29INVENTÁRIOS Produtos acabados 748.802 55.055.765 Clientes / Actividade Comercial Mercadorias 3.424.254 50.237.958 Imparidade Derivados 28.642.829 Saldo em 31 de Dezembro 30/4/10 4:41 PM 31OUTRAS CONTAS A RECEBER O detalhe do valor apurado relativamente a Outras Contas e Receber, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é o seguinte: Outras Contas a Receber 2009 33DERIVADOS DE COBERTURA 2008 Estado e outros entes públicos 1.662.610 3.663.677 Empréstimos a empresas associadas 3.094.243 3.104.125 7.693 6.032 Adiantamentos a fornecedores Pessoal Outros devedores Imparidade de dívidas a receber 8.880 19.153 23.301.990 12.512.412 28.075.416 19.305.399 (3.141.980) (3.523.486) 24.933.436 15.781.913 O saldo da rubrica Estado e Outros Entes Públicos inclui um montante de 347.386 euros (2008: 718.857 euros) relativo a imposto sobre o valor acrescentado a recuperar, decorrente da actividade de algumas das empresas do Grupo. A rubrica Estado e Outros Entes Públicos inclui ainda um montante de 635.278 euros relativo a liquidações adicionais efectuadas ao Estado, por algumas das empresas do Grupo, decorrente de processos fiscais instaurados em anos anteriores. O Grupo impugnou judicialmente os valores liquidados, tendo assim criado um Activo por contrapartida de uma provisão para riscos e encargos (vide nota 38). O valor registado em Empréstimos a Empresas Associadas em 2009 corresponde essencialmente a um empréstimo concedido à associada Vera Cruz, pela Sagrup no montante de 3.100.961 euros (2008: 3.100.961 euros). 48 O valor registado em Bónus e Campanhas corresponde à especialização dos proveitos a receber associados a: (i) reembolsos de descontos concedidos inseridos em campanhas patrocinadas pelas marcas e em apoios a frotistas; (ii) bónus, prémios e incentivos a receber pelas marcas representadas. As variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS Esta rubrica era exclusivamente obtida nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, pelo que não apresenta qualquer valor em 2009. Derivados de Cobertura Imparidade para Dívidas a receber 2009 Saldo em 1 de Janeiro Interest rate swaps 70.913 Passivo: Interest rate swaps (2.147.360) Valor Líquido - Reversões do exercício Saídas Saldo em 31 de Dezembro (2.076.447) A análise da carteira de instrumentos financeiros derivados de cobertura por maturidades é a seguinte: 2009 Nocional Euros 2008 Justo valor Euros Nocional Euros Até 3 meses Justo valor Euros 49 13.370.484 (130.851) De 3 meses a 1 ano 178.751.286 (799.392) De 1 ano até 5 anos 137.676.440 (1.146.204) 329.798.209 (2.076.447) 2008 3.523.486 Dotações do exercício 2008 Activo: A rubrica outros devedores, em 31 Dezembro 2009, inclui o montante de 15.100.008 euros relativos ao valor a pagar em dinheiro pelo Banif SGPS à AI SGPS pela permuta de acções da Tecnicredito SGPS por acções e VMOC’s do Banif SGPS, nos termos do contrato de incorporação da Tecnicredito SGPS no Banif SGPS. Os movimentos registados nas perdas de imparidade acumuladas associadas a dívidas a receber foram, em 2009 e 2008 os seguintes: 2009 176.038 0 3.851.868 0 (504.420) (381.506) 3.141.980 3.523.486 A diminuição em 2009 deve-se à saída da Tecnicredito SGPS. 34ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue: 32OUTROS ACTIVOS CORRENTES Activos Financeiros Disponíveis para Venda Obrigações e outros títulos de rendimento fixo de emissores públicos 2009 2008 7.500.880 69.573 Acções e outros títulos de rendimento variável de outros emissores 74.271.225 15.323 Valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis 74.256.250 Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica apresentava a seguinte composição: Outros Activos Correntes 2009 Bónus e Campanhas 2008 2.927.763 1.720.884 Acréscimos de Proveitos 980.871 4.080.047 Custos Diferidos 234.372 2.008.035 Comissões Bancárias 498.126 Comparticipação das Seguradoras 921.428 Aplicações por recuperação crédito 592.140 relatorioAI09-AF.indd 48-49 4.143.006 9.820.660 156.028.355 84.896 Os valores acima indicados referem-se a obrigações, acções e VMOC que a AI SGPS detém no Banif SGPS. 30/4/10 4:41 PM 35ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO As empresas subsidiárias classificadas como detidas para venda estão discriminadas no quadro seguinte: Activos Financeiros Disponíveis para Negociação 2009 Sede Firma Esta rubrica era exclusivamente obtida nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, pelo que não apresenta qualquer valor em 2009. % do Capital Detido 2009 Detentores de Capital Social % do Capital Detido 2008 RMP - Reparações Mecânicas do Pombal, Lda Pombal Auto Industrial, SA e EUA, Lda 100,00% 100,00% Novitexto – Base de Dados, Lda Lisboa Auto Industrial, SA e CAM, SA 100,00% 100,00% AUA – Auto Associadas (Automóveis), Lda Estoril Auto Industrial, SA e Novitexto, Lda 100,00% 100,00% Auto-Palace Automóveis, Lda Lisboa Auto Industrial, SA e EUA, Lda 100,00% 100,00% Caldas da Rainha Auto Industrial, SA e EUA, Lda 100,00% 100,00% Almada Auto Industrial, SA e Central Parque, SA 93,24% 93,24% 2008 Derivados de taxa de juro 9.313.431 Derivados de moeda 78.300 - 9.391.731 Auto Caldense Automóveis, Lda Estação de Serviço Novalmadauto, Lda 36CAIXA E SEUS EQUIVALENTES Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica de Caixa e seus Equivalentes apresentava o seguinte detalhe: Caixa e seus Equivalentes 2009 Caixa Bancos centrais Todas as empresas acima identificadas estão em processo de liquidação, estando apenas pendente os últimos trâmites legais para que se proceda ao registo de encerramento da liquidação. Os movimentos registados nas perdas de imparidade acumuladas associadas a activos detidos para venda foram os seguintes: 2008 176.027 112.954 0 228.325 Imparidade Activos Detidos para Venda Saldo em 1 de Janeiro 2009 (246.477) 50 51 Depósitos à ordem 122.708 90.466.506 Outros depósitos bancários 367.626 3.362.728 Dotações do exercício 2.612 666.361 94.170.513 Reversões do exercício 0 As variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS. Saldo em 31 de Dezembro 2009 (249.089) 37ACTIVOS E PASSIVOS DETIDOS PARA VENDA Conforme mencionado na Nota 2.17, os activos classificados como detidos para venda encontram-se associados às empresas subsidiárias que estão em processo de liquidação e foram mensurados pelos respectivos justos valores menos os custos de vender. Assim, o detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é o seguinte: Activos e Passivos Detidos para Venda 2009 Imparidade acumulada relatorioAI09-AF.indd 50-51 Outras Provisões 306.644 304.094 (249.089) (246.539) 57.555 57.555 Provisões p/ Impostos Saldo Inicial 2009 Saida TEC SGPS Saldo Final 2009 Diminuições 2.268.987 1.407.744 150.510 710.733 635.278 635.278 2.904.265 1.407.744 150.510 1.346.011 124.638 Provisões Passivos relacionados As Provisões podem ser analisadas como se segue: 2008 Activos 38PROVISÕES 124.638 A rubrica Provisões para Processos Fiscais, no montante de 635 278 euros corresponde provisões criadas por três empresas do Grupo (Auto Industrial, EUA e CAM) associadas a activos sobre o Estado decorrentes de processos fiscais instaurados em anos anteriores e reclamados pelas Empresas (vide nota 31). 30/4/10 4:41 PM 39EMPRÉSTIMOS Documento de Emissão 2009 2008 Não corrente Empréstimos obrigacionistas Papel comercial Outros empréstimos obtidos Corrente 3.880.574 399.343.339 22.750.000 39.829.563 8.901.972 122.451.874 35.532.547 561.624.776 Empréstimos obrigacionistas 9.825.814 Descobertos bancários Data de Reembolso Taxa de Juro BESI - Papel Comercial Set-08 Out-13 3,7710% 7.500.000 Santander Totta Out-02 Out-12 2,2850% 2.750.000 BCPI Grupado Out-02 Dez-12 2,5030% 7.500.000 BESI - Papel Comercial Ago-08 Jul-13 4,0810% 5.000.000 22.750.000 Obrigações Caixa Geral de Depósitos Jun-05 Jun-10 2,7777% 1.239.511 BCPI Jun-05 Jun-10 2,9504% 7.424.027 Caixa Geral de Depósitos Dez-07 Dez-12 2,3554% 2.214.716 Obrig Subordinadas AI/2007 Mai-07 Mai-12 Tx fixa 4,5%+Juro Supl. 2.858.151 Periodificações e custos diferidos -30.016 Papel Comercial Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica apresentava a seguinte decomposição por natureza: Empréstimos Data de Emissão 94.197.977 17.652.090 44.228.293 7.861.655 199.355.282 Outros empréstimos obtidos 31Dez09 (Euros) 13.706.388 36.456.388 52 53 35.339.559 337.781.552 70.872.106 899.406.328 40PASSIVO POR LOCAÇÃO FINANCEIRA A análise dos Empréstimos de acordo com o período remanescente das operações, é apresentada como segue: Maturidade Até 3 meses 2009 O empréstimo Obrigacionista subordinado AI/2007 vence juros a uma taxa constituída por uma componente fixa e outra variável. Os juros relativos à componente fixa, são pagos anualmente à taxa de 4,5%. O juro suplementar é calculado com base numa proporção calculada em função da relação entre os resultados líquidos e o capital social da AUTO INDUSTRIAL,S.A. à data da subscrição. 2008 Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Passivos por Locação Financeira, tem a seguinte composição de acordo com o prazo residual das operações: 7.600 50.873.159 17.679.870 242.680.100 2009 3 meses até 1 ano 2008 Não Corrente 1 ano a 5 anos 35.532.547 458.556.839 Passivo por locação financeira superior a 1 ano Mais de 5 anos 103.067.938 Duração indeterminada (descobertos bancários) 17.652.090 44.228.293 70.872.106 899.406.329 Corrente Passivo por locação financeira até 1 ano 3.883.261 10.316.717 1.814.784 2.811.248 5.698.045 13.127.966 As variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS. Os valores registados nesta rubrica correspondem às responsabilidades assumidas pelo Grupo decorrentes de contratos de locação financeira celebrados para aquisição de imóveis e equipamentos. À data de 31 de Dezembro de 2009, os Empréstimos representados por títulos que se encontravam em vigor (Empréstimos Obrigacionistas e Papel Comercial) apresentavam as seguintes características: As variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS. relatorioAI09-AF.indd 52-53 30/4/10 4:41 PM 41 FORNECEDORES 43PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Esta rubrica regista os valores das dívidas contraídas pelo Grupo aos seus fornecedores, associados ao desenvolvimento da actividade comercial do Grupo, estando o saldo desta rubrica essencialmente relacionado com a actividade das empresas pertencentes ao Segmento Automóvel, conforme demonstrado no quadro seguinte: O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue: Fornecedores Sectores de actividade 2009 Derivados de moeda Automóvel Equipamentos agrícolas, industriais e marítimos Gestão de participações e outros 2009 Derivados de taxa de juro 2008 Passivos financeiros Disponíveis para Negociação 32.074.665 32.470.699 6.312.486 4.632.402 110.304 235.695 (1.084.185) 9.979.017 386.652 729.151 10.365.669 2009 2008 Justo valor Euros Nocional Euros Justo valor Euros (1.876.371) Até 3 meses 37.413.270 729.151 A análise por maturidade dos Passivos financeiros detidos para negociação é a seguinte: Nocional Euros Eliminações intra-segmentos 2008 35.462.425 98.242.679 628.916 De 3 meses a 1 ano 10.000.000 (230.150) 110.551.493 1.014.192 De 1 ano até 5 anos 11.833.333 (499.002) 272.470.288 8.613.881 2.510.720 108.680 483.775.180 10.365.669 42OUTRAS CONTAS A PAGAR Mais de 5 anos Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição: 54 Outras Contas a Pagar Correntes Estado e outros entes públicos 21.833.333 2009 55 2008 Os Derivados Embutidos destacados pelo Grupo encontram-se registados na rubrica Derivados de Taxa de Juro, tendo sido considerado como de negociação. 3.321.615 4.155.000 415.332 445.618 Cauções recebidas - 13.801.354 Recursos de clientes actividade financeira - 4.189.502 Companhias de seguros - 2.927.730 1.333.813 4.218.358 5.070.759 29.737.562 Adiantamento de Clientes Credores Diversos As grandes variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS. 44OUTROS PASSIVOS CORRENTES Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica Outros Passivos Correntes apresentava o seguinte detalhe: Outros Passivos Correntes As rubricas que não apresentam valores em 2009 eram relativas a empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito. A Provisão para Impostos Sobre Lucros da AUTO INDUSTRIAL e das suas empresas subsidiárias foi calculada de acordo com os critérios fiscais vigentes à data do balanço. Cada empresa do Grupo prepara individualmente a declaração de impostos sobre lucros, embora algumas das empresas estejam a ser tributadas através do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades, previsto no artigo 63º e seguintes do Código do IRC. O saldo da rubrica Estado e Outros Entes Públicos corresponde a valores a liquidar ao Estado decorrente essencialmente de: (i) Contribuições para a Segurança Social; (ii) Imposto sobre o valor acrescentado; (iii) retenções na fonte de imposto sobre o rendimento; e (iv) imposto de selo. 2009 2008 Remunerações a Liquidar 2.565.982 3.962.618 Outros Acréscimos de Custos 1.828.083 5.659.015 244.011 266.035 4.638.076 9.887.668 Proveitos Diferidos relatorioAI09-AF.indd 54-55 (729.151) O valor registado em Remunerações a Liquidar corresponde à estimativa dos encargos com férias e subsídio de férias, associados às remunerações dos empregados das diversas empresas do Grupo. A rubrica Outros Acréscimos de Custos corresponde essencialmente à especialização dos encargos com Rappel a atribuir pelas empresas do Grupo pertencentes ao Sector Automóvel. 30/4/10 4:41 PM 45CAPITAL PRÓPRIO Os Interesses Minoritários no resultado líquido encontram-se discriminados na nota 22, apresentando-se no quadro seguinte a decomposição dos interesses minoritários no capital próprio: Capital nominal Interesses Minoritário de Capital Próprio O capital social de 20.000.000 euros, representado por 4.000.000 acções com o valor nominal de 5 euros, encontra-se integralmente subscrito e realizado. AI,Sgps Acções próprias Central Parque,SA Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o Grupo possuía em carteira 10.843 acções próprias, cujo valor nominal ascende a 54.215 euros, as quais foram adquiridas com um prémio de emissão de 38.418 euros. Reservas e resultados acumulados 2009 64.490.725 0 81.282 82.361 Auto Horizonte 395 743 Sagrup, Sgps,Sa (500.471) 208.898 0 97.319.385 64.071.931 97.611.387 Técnicrédito, Sgps Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição: Reservas e Resultados Acumulados 2009 Reserva legal Reserva de justo valor Ajustamentos de equivalência patrimonial 2008 586.096 11.435.578 (22.458.505) 5.209.826 (181.690) (306.298) 47 CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS Esta rubrica é analisada como segue: Contas Extrapatrimoniais Outras reservas e resultados acumulados 121.169.411 88.995.770 99.115.313 105.334.876 Cauções estatutárias Mercadorias de terceiros em consignação Outras cauções 56 2008 A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. A AUTO INDUSTRIAL, SA, bem como as restantes empresas do Grupo, reforçam anualmente a sua reserva legal com uma percentagem mínima entre os 5% e os 10% dos lucros líquidos anuais dependendo da actividade económica. Reserva de justo valor Garantias e avales prestados Compromissos assumidos perante terceiros Compromissos assumidos por terceiros Outras reservas e resultados transitados O valor registado nesta rubrica corresponde ao valor das Reservas Livres e dos Resultados Transitados do Grupo. 2008 25.000 25.000 1.541.356 7.353.531 240 240 17.555.787 13.444.976 57 9.122.258 175.297 Garantias reais: Activos recebidos em garantia As Reservas de Justo Valor correspondem às variações acumuladas do valor de mercado dos activos financeiros disponíveis para venda, conforme descrito nas notas 2.15 e 2.16, respectivamente. 2009 1.504.002 Outras contas extrapatrimoniais: Créditos abatidos ao activo 99.933.662 Juros e despesas de crédito vencido anulados 24.181.996 Rendas vincendas: 46 INTERESSES MINORITÁRIOS NO CAPITAL PRÓPRIO De contratos sem rendas em atraso 116.987.381 De contratos com rendas em atraso 16.055.244 Valores residuais: Os Interesses Minoritários decompõe-se da seguinte forma: Interesses Minoritários Interesses minoritários de capital próprio Interesses minoritários de resultado líquido relatorioAI09-AF.indd 56-57 2009 De contratos sem rendas em atraso 20.581.277 De contratos com rendas em atraso 2.589.330 2008 64.071.931 97.611.387 79.491 13.343.801 64.151.422 110.955.189 Os instrumentos financeiros são registados no Balanço quando se tornam exigíveis. Os instrumentos financeiros registados em contas de ordem estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados ao portfólio de crédito não se prevendo quaisquer perdas materiais nestas operações. As rubricas, que em 2009 não apresentam valores eram exclusivamente obtidas nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito. 30/4/10 4:41 PM 48RELATO POR SEGMENTOS EUROS 49FACTOS RELEVANTES OCORRIDOS DURANTE O ANO 2009 E EVENTOS SUBSEQUENTES Participações Sociais por Segmentos de Negócio / Empresas Rubricas Eliminações Financeiro 2009 Automóvel Máq. e Equip. Indust. Gestão de Operações de Participações e Marítimos e Diversos 2008 2009 2008 2009 2008 2009 268.424.014 299.853.377 24.227.814 24.343.257 Consolidado Outros 2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 -27.728.717 -30.301.093 266.546.141 315.180.781 0 0 -1.605.854 -1.473.787 7.335.941 81.838.474 1.885 0 8.519 19.045 0 0 RESULTADOS Rédito dos negócios Rédito das vendas e dos serviços prestados 1 18.012.093 Proveitos (juros) obtidos na actividade Financeira (TEC) 2 124.857.658 Outros rendimentos e ganhos operacionais 3 76.688.732 Variação nos inventários de produtos acabados e em curso 4 Trabalhos para a própria empresa capitalizados 5 Réditos Totais 6=1a5 0 219.558.483 5.012.363 4.957.640 280.914 342.699 6.133 18.505 501 540 273.442.511 304.829.521 24.509.229 24.686.496 -238.021.883 -268.627.947 -19.848.550 -20.032.381 1.119.000 3.315.023 4.434.023 1.119.000 1.055.328 2.174.328 504.029 333.495 2.154.148 267.862 124.857.658 837.524 2.422.010 -29.332.687 -31.774.880 273.890.600 521.895.958 -63.734 -70.536 26.322.589 28.547.947 -231.611.577 -260.182.916 0 0 Gastos dos negócios Inventários consumidos e vendidos (CMVMC) 7 Custos (juros) suportados na actividade financeira (TEC) 8 -47.755.309 Materiais e serviços consumidos 58 -47.755.309 9 -17.656.256 -12.668.683 -13.377.730 -1.625.658 -1.602.425 1.605.990 1.659.388 -451.848 -1.311.847 3.161.132 3.226.933 -9.979.068 -29.061.937 Custos com o pessoal 10 -9.746.255 -17.303.495 -18.310.603 -1.297.329 -1.213.305 -2.411.270 -1.828.563 -250.060 -489.778 -166.223 0 -21.428.377 -31.588.504 Gastos de depreciação e amortização 11 -2.895.333 -1.784.357 -1.828.539 -145.437 -152.654 -1.461.700 -1.543.837 -472.088 -814.857 -10.667 0 -3.874.250 -7.235.220 Perdas por imparidade de activos e suas reversões 12 -30.512.765 -134.786 -86.522 -107.161 -116.605 -138.874 -2.331.585 -134.576 -3.186.738 136.323 2.331.522 -379.074 -33.902.692 Aumentos e diminuições de provisões 13 201.031 510 150.000 -150.000 0 0 150.510 51.031 Outros gastos e perdas operacionais 14 -65.318.471 -1.819.569 -1.533.602 -126.801 -101.532 -264.348 -284.443 -171.607 -112.128 -17.037 0 -2.399.361 -67.350.177 Gastos Totais Resultados dos negócios 15=7a14 0 -173.683.358 -271.732.262 -303.764.943 -23.150.936 -23.218.902 -2.520.203 -4.479.040 -1.543.912 -5.985.884 29.426.118 34.106.402 -269.521.196 -477.025.724 16=6+14 0 45.875.125 1.710.249 1.064.578 1.358.293 1.467.594 1.913.819 -2.304.712 -706.388 -3.563.875 93.431 2.331.522 4.369.404 44.870.234 3.650.145 3.651.746 5.857 2.072.682 0 422.981 5.616 33.405.201 3.549.163 93.398 Outros ganhos e perdas Lucros imputados de associadas 17 2.065.224 Ajustamentos positivos e mais-valias de instrumento financeiros 18 32.980.213 Outros rendimentos e ganhos financeiros 19 67.911 68.833 58.166 -751.738 -836.265 -252.924 Prejuízos imputados de associadas 20 Ajustamentos negativos e menos-valias de instrumentos financeiros 21 -40.675.347 Juros e outros gastos e perdas financeiros 22 -4.617.009 4.533 1.083 2.007 49.994 5.596.862 2.152.169 13.249 34.604 -2.187.025 -2.212.203 -229.362 1.281.580 1.373.117 -277.175 -307.489 258 0 -827.562 1.571.767 -827.562 -41.271.965 1.847.186 21.427 -4.175.048 -9.622.770 -2.168.385 -1.822.608 335 -523.142 -349.657 -3.636.467 -4.544.249 -40.017 -133.617 Impostos sobres os lucros 23 -5.355.942 4.754 134.787 -298.816 -326.599 155.389 586.584 -5.442 -4.222 100.429 144.436 -43.686 -4.820.955 Ganhos (perdas) totais 24=17a23 0 -15.602.861 -2.497.147 -2.800.695 -1.016.717 -855.623 3.398.447 -430.371 -309.385 -410.724 -1.060.857 -44.133 -1.485.660 -20.144.408 24=16+24 0 30.272.264 -785.742 -1.734.796 341.576 611.971 5.312.266 -2.735.082 -985.623 -3.265.230 -998.733 1.576.699 2.883.744 24.725.826 -1.156 -1.321 0 0 -30.151 -709.369 110.798 14.054.491 79.491 13.343.801 30.272.264 -785.742 -1.734.796 341.572 611.971 5.312.266 909.206 -985.623 -3.265.230 -1.078.220 -15.411.390 2.804.254 11.382.024 Activos Totais 1.115.604.364 90.308.223 99.014.961 21.338.768 16.331.507 431.533.190 210.728.328 5.602.009 6.522.155 -236.774.952 -196.952.459 312.007.238 1.251.248.855 Passivos Totais 875.716.376 62.322.300 69.240.446 15.355.387 10.015.644 86.377.205 81.818.988 8.128.672 8.174.196 -46.231.518 -41.373.088 125.952.046 1.003.592.563 239.887.988 27.985.923 29.774.514 5.983.381 6.315.863 345.155.985 128.909.340 -2.526.663 -1.652.041 -190.543.434 -155.579.371 186.055.191 247.656.292 Resultados das actividades ordinárias Interesses minoritários no resultado Resultado líquido Atribuível aos Accionistas 0 OUTRAS INFORMAÇÕES Património Líquido relatorioAI09-AF.indd 58-59 0 Em Julho de 2009 foi outorgado com o Banif SGPS um “contrato relativo à integração da Tecnicrédito, SGPS, S.A. no Banif – SGPS SA” e o “acordo entre a Rentipar Investimentos, SGPS, S.A. e os Accionistas Controladores da Tecnicrédito, SGPS, S.A.”, sendo esta última a holding pessoal do Comendador Horácio Roque, accionista maioritário do Banif. Em consequência destas operações de mercado, o Banif passou a incorporar integralmente no seu grupo a Tecnicredito e, em contrapartida, a Auto-Industrial passou a ser o segundo maior accionista de da Banif. RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL 59 Senhores Accionistas: Nos termos dos artigos 508º e seguintes do Código das Sociedades Comerciais, e do mandato que V. Exªs nos conferiram, o Conselho Fiscal acompanhou, com a frequência que entendeu necessária, durante o exercício de 2009, o processo de preparação das contas consolidadas, com o apoio e colaboração, que agradece, do Conselho de Administração e dos serviços administrativos, analisando os documentos que lhe serviram de suporte e verificando a sua conformidade com as disposições aplicáveis. O Conselho verificou igualmente a concordância do Relatório Consolidado de Gestão com as Contas Consolidadas do exercício. Nestas condições é parecer do Conselho Fiscal que o Relatório Consolidado apresentado pelo Conselho de Administração e as Contas Consolidadas satisfazem todos os requisitos legais. Sendo assim, o Conselho Fiscal, apoiado pela Certificação Legal das Contas Consolidadas elaborada pelo Revisor Oficial de Contas, a qual mereceu a sua inteira concordância, propõe: 30/4/10 4:41 PM Sejam aprovados o Relatório Consolidado de Gestão e as Contas Consolidadas apresentadas pelo Conselho de Administração, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009. Coimbra 25 de Fevereiro de 2010 O Conselho Fiscal Sílvio Costa - Presidente Maria Teresa Andrade Dias António Luís Athayde Martha Carlos Manuel Amado Figueiredo Nunes António Freitas dos Santos - ROC CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 60 INTRODUÇÃO 1 – Examinei as demonstrações financeiras anexas, consolidadas da Auto Industrial S.A, as quais compreendem o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2009, ( que evidencia um total de balanço de 312.007.238 Euros e um total de capital próprio de 186.055.191 Euros, incluindo um resultado líquido de 2.804.254 Euros atribuível aos accionistas e reconhecido na Demonstração dos Resultados consolidados e um total de interesses minoritários de 64.151.422 Euros) as Demonstrações dos Resultados Consolidados e a demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e as correspondentes Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas. Estas demonstrações foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRSs”) tal como adoptadas pela União Europeia. RESPONSABILIDADES 2- É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto de empresas englobadas na consolidação ,e o resultado consolidado das suas operações, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3- A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. relatorioAI09-AF.indd 60-61 ÂMBITO 4- O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/ Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui: • a verificação de as demonstrações financeiras das empresas englobadas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; • a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; • a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; • a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade • a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. 5 - O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância do relatório de gestão com as demonstrações financeiras consolidadas 61 6 - Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. OPINIÃO 7 - Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira de Auto Industrial S.A em 31 de Dezembro de 2009 o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. Coimbra 25 de Fevereiro de 2010 António Freitas dos Santos ROC nº 263 30/4/10 4:41 PM CONTAS DA AUTO-INDUSTRIAL,S.A. relatorioAI09-AF.indd 62-63 30/4/10 4:41 PM BALANÇO DA AUTO-INDUSTRIAL, SA 2009 BALANÇO DA AUTO-INDUSTRIAL, SA 2009 ACTIVO AB IMOBILIZADO IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Despesas de instalação Despesas de investig. e desenv. Propriedade industrial e outros dir. Trespasses Outras imobilizações incorpóreas Adiantamentos por conta de imob. AA 2008 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 402.355 331.484 70.871 42.113 42.108 5 5 77.694 69.817 7.878 6.253 60.355 60.355 60.355 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Taras e vasilhame Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso Adiantamentos por conta de imob. 308.458 308.458 890.975 751.867 8.057.684 2009 2008 37.476 Capital Acções próprias-Valor nominal Acções próprias-Descontos e prémios 139.108 104.088 8.057.684 7.701.890 20.000.000 20.000.000 -54.215 -54.215 38.418 38.418 113.481.077 114.681.395 1.694.904 1.694.904 370.000 370.000 4.475.392 5.073.765 Prestações suplementares Prémios de emissão 16.408.310 9.535.873 6.872.437 7.610.240 Ajustam.partes capital filiais associada 2.874.678 2.585.234 289.444 2.950.265 1.097.234 721.283 375.951 613.456 Reservas de reavaliação 762.834 612.514 150.320 185.286 Reserva legal 4.265.066 3.964.321 300.745 284.882 Reservas estatutárias 2.273.450 297.687 18.320.032 19.643.706 152.486.152 152.486.152 153.316.482 3.296 3.296 3.296 112.433 112.433 107.734 8.477 8.477 8.477 880 880 880 152.611.239 152.611.239 153.436.869 795 795 1.997 28.762 28.762 16.057 Reservas contratuais 2.273.450 35.739.256 INVESTIMENTOS FINANCEIROS Partes capital empresas grupo Empréstimos empresas grupo Partes capital empresas associad. Empréstimos empresas associad. Títulos e outras aplicaç. financeiras Outros empréstimos concedidos Imobilizações em curso Adiant. conta investimentos finan.. 17.419.225 Outras reservas Resultados transitados 88.638 Subtotal Resultado liquido do exercício 140.094.214 141.804.267 3.297.789 -819.827 143.392.003 140.984.440 440.312 590,312 440.312 590,312 4.000.000 13,500,000 27.454.861 30.222.222 Dividendos antecipados Total do capital próprio PASSIVO Provisões para pensões CIRCULANTE EXISTÊNCIAS Matérias primas,subsd.e consumo Produtos e trabalhos em curso Subprodutos,desperd.,resid.,refug. Produtos acabados e intermédios Mercadorias Adiantamentos conta de compras 64 AL Provisões para impostos Outras provisões para riscos encarg. DIVIDAS A TERCEIROS M/L PRAZO 15.697 15.697 27.862 12.079.997 12.079.997 15.025.766 Empréstimos por obrigações Dívidas a instituições de crédito 12.125.251 12.125.251 15.071.682 DÍVIDAS DE TERCEIROS M/L PRAZO Clientes Clientes - Títulos a Receber Empresas Associadas Outros accionistas Fornecedores Estado e outros entes públicos Outros devedores Subscritores de capital Fornecedores imobilizado c/c 3.883.261 4.566.875 35.338.122 48.289.097 9.500.000 3.250.000 21.919.451 19.865.255 65 DÍVIDAS A TERC. CURTO PRAZO Empréstimos por obrigações Empréstimos por títulos de participaç. Dívidas a instituições de crédito Adiantamentos por conta de vendas DÍVIDAS DE TERCEIROS C. PRAZO Clientes c/c Clientes, títulos a receber Clientes de cobrança duvidosa Empresas do grupo Empre. assoc. participadas, paticipantes Outros accionistas Adiantamentos a fornecedores Adiant.fornecedores imobilizado Estado e outros entes públicos Outros devedores Subscritores de capital Fornecedores c/c 5.686.984 4.241.182 857.778 1.945.884 8.422.844 7.262.512 129.748 77.000 692.852 788,803 1.187.476 1.265.214 375.849 221.158 48.772.983 38.917.006 2.688.781 2.241.869 Proveitos diferidos 32.297 16.142 Passivos por Impostos Diferidos 38.629 38.629 7.500.971 7.500.971 9.298.427 744.266 744.266 443.939 Fornecedores-fact. recep. conferência Fornecedores-títulos a pagar 3.874.354 3.748.571 125.782 248.907 37.441.315 2.470.458 34.970.856 27.347.395 2.080 2.080 2.080 1.250 1.250 1.046.932 1.046.932 1.031.836 1.220.688 1.220.688 1.063.870 45.612.825 39.436.453 Fornec. imobilizado-títulos a pagar Empresas do grupo Empresas Assoc. partic.participantes Outros accionistas Adiantamentos de clientes 51.831.854 6.219.030 TÍTULOS NEGOCIÁVEIS Acções empresas grupo Obrigações títulos partic.emp.grupo Acções empresas associadas Obrig.títulos partic. emp.associadas Outros títulos negociáveis Outras aplicações de tesouraria Outros empréstimos obtidos Fornecedores imobilizado c/c Estado e outros entes públicos Outros credores ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA Depósitos bancários Caixa ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos Custos diferidos Activos por impostos diferidos 385.471 385.471 1.935.389 14.150 14.150 25.442 399.621 399.621 1.960.831 725.321 725.321 644.350 209.328 209.328 390.582 2.759.707 2.296.640 560.403 560.403 388.934 Total do passivo 87.311.125 90.093.055 1.495.052 1.423.866 Total do capital próprio e do passivo 230.703.128 231.077.495 230.703.128 231.077.495 1.495.052 Total de amortizações Total de Ajustamentos Total do activo Acréscimos de custos 255.093.250 18.171.092 6.219.030 24.390.122 EUROS EUROS relatorioAI09-AF.indd 64-65 30/4/10 4:41 PM Demonstração dos Resultados por naturezas da Auto-Industrial,SA 2009 2008 Demonstração dos Resultados por Funções da Auto-Industrial,SA CUSTOS E PERDAS Custos das mercadorias vendidas Vendas e Prestações de Serviços 75.038.692 2009 2008 86.380.440 110.920.591 -77.857.197 -101.035.354 8.523.242 9.885.237 2.659.436 2.618.731 Custos de Distribuição -6.766.978 -8.510.312 Custos Administrativos -4.591.683 -3.919.545 -452.401 -570.983 RESULTADOS OPERACIONAIS -628.383 -496.872 Custo líquido de Financiamento -1.736.326 -2.392.303 3.225.079 3.644.288 97.414.150 Custos das matérias consumidas Fornecimentos e serviços externos 75.038.692 97.414.150 3.843.988 4.965.337 Custos com pessoal Remunerações 6.613.096 Custos das Vendas e Prestações de Serviços RESULTADOS BRUTOS 6.802.024 Encargos sociais Pensões Outros 56.097 59.492 1.585.020 1.696.576 8.254.213 Amortizações do imobilizado Ajustamentos 8.558.092 1.886.408 2.307.009 416.334 2.523.215 Provisões Outros proveitos e ganhos operacionais 150.000 2.302.742 Impostos 176.228 Outros custos operacionais 191.810 (A) 4.980.223 Outros custos e perdas operacionais 242.173 209.501 368.038 451.674 89.807.673 116.369.476 Perdas em empresas do grupo e associadas Amortizações e provisões investim.financeiros Ganhos (Perdas) em filiais e associadas Juros e custos similares Relativos a empresas do grupo Outros 96.044 3.580.381 (C) 48.641 3.676.425 4.540.402 93.484.099 Custos e perdas extraordinários (E) Imposto sobre rendimento do exercício 100 Resultados não usuais ou não frequentes 2.174.759 -2.161.525 3.035.229 -1.406.412 262.560 586.584 3.297.789 -819.827 3.297.789 -819.827 0.82 -0.20 120.958.519 283.553 163.201 93.767.651 121.121.720 -262.560 -586.584 93.505.092 120.535.136 3.297.789 -819.827 96.802.880 119.715.309 RESULTADOS CORRENTES Imposto sobre os resultados correntes Imposto diferido sobre o rendimento 66 Ganhos (Perdas) em outros investimentos 4.589.043 (G) Resultado liquido do exercício TOTAL PROVEITOS E GANHOS 67 RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS Interesses Minoritários Vendas Mercadorias 81.028.948 103.429.128 Resultado de operações em descontinuação Produtos Prestação de serviços 5.351.492 86.380.440 Variação de produção 7.491.464 110.920.591 540 1.698 Resultados Extraordinários Trabalhos para a própria empresa Proveitos suplementares 2.589.351 2.524.224 Subsídios à exploração 15.567 44.750 Outros proveitos e ganhos operacionais 54.518 49.756 Reversões de Amortizações e Ajustamentos (B) Imposto sobre os resultados extraordinários 2.659.436 2.618.731 89.040.416 113.541.020 Resultados líquidos Ganhos em empresas do grupo e associadas Rendimentos de participação de capital 3.225.179 3.225.179 3.644.288 1.083 1.083 2.007 Resultado por acção Rendimentos de títulos neg.e outras apl.financ. Relativos a empresas do grupo EUROS Outros Outros juros e proveitos similares Relativos a empresas do grupo Outros 1.636.896 302.120 (D) Proveitos e ganhos extraordinários (F) RESUMO 1.675.213 5.165.278 94.205.694 519.519 5.841.028 119.382.047 2.597.186 333.261 96.802.880 119.715.309 2009 2.008 Resultados operacionais:(B)-(A)= -767.257 Resultados financeiros:(D-B)-(C-A)= 1.488.853 1.251.985 721.596 -1.576.472 Resultados antes de impostos:(F)-(E)= 3.035.229 -1.406.412 Resultado liquido do exercício:(F)-(G)= 3.297.789 -819.827 Resultados Correntes:(D-C)= -2.828.456 EUROS relatorioAI09-AF.indd 66-67 30/4/10 4:41 PM ANEXO AO BALANÇO E À DEMOSNTRAÇÃO DOS RESULTADOS DA AUTO-INDUSTRIAL, S.A. Demonstração de Fluxos de Caixa da Auto-Industrial, S.A 2009 2008 105.481.275 135.595.552 85.177.916 130.905.735 8.305.569 8.592.393 ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de Clientes Pagamentos a Fornecedores Pagamentos a Pessoal 11.997.790 -3.902.576 Pagamentos / Recebimentos IRC Fluxo Gerado Pelas Operações -105.039 -106.595 Outros Recebimentos / Pagamentos relativos à Actividade Operacional -137.291 -159.745 11.755.460 -4.168.916 Fluxo Gerado antes das Rubricas Extrordinárias Recebimentos Relacionados com Rúbricas Extrordinárias Pagamentos Relacionados com Rúbricas Extrordinárias 667.360 4.664 34.423 56.350 Fluxo das Actividades Operacionais 12.388.396 3 CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA -4.220.602 Os critérios de Valorimetria utilizados foram: ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO EXISTÊNCIAS Recebimentos Provenientes de : Investimentos Financeiros 0 0 6.764.416 4.977.521 Imobilizações Incorpóreas 0 0 Subsídios de Investimento 0 0 Juros e Proveitos Similares 1.939.016 2.194.732 Dividendos 3.225.079 Imobilizações Corpóreas 11.928.511 3.644.288 10.816.541 Pagamentos Respeitantes a : Investimentos Financeiros 8.030.648 Imobilizações Corpóreas 9.347.254 Imobilizações Incorpóreas 68 139.762 Fluxo da Actividade de Investimento 7.326.188 7.813.125 17.517.664 47.149 -5.589.153 15.186.462 -4.369.920 Recebimentos Provenientes de : Empréstimos Obtidos 0 14.192.228 Aumento de Capital, Prestações Suplementares e Prémios de Emissão 0 0 Subsídios e Doacções 0 0 Venda de Acções (quotas) Próprias 0 0 Cobertura de Prejuízos 0 0 0 2.802.832 0 696.409 607.900 4.262.839 4.114.686 598.374 718.048 Redução de Capital e Prestações Suplementares 0 0 Aquisição de Acções (quotas) Próprias 0 Amortização de Contratos de Locação Financeira Juros e Custos Similares Dividendos Fluxo da Actividade de Financiamento VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 8.360.453 -8.360.453 -1.561.210 Efeito das Diferenças de Câmbio Caixa e seus Equivalentes no Início do Período Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 0 14.192.228 8.751.593 161.071 0 0 1.960.831 1.799.760 399.621 1.960.831 Anexo à Demonstração de Fluxos de Caixa 2009 2008 17.845 1.785.389 Equivalentes de caixa 381.776 175.442 Caixa e seus equivalentes 399.621 1.960.831 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis relatorioAI09-AF.indd 68-69 A Empresa encontra-se sujeita a impostos sobre os lucros á taxa normal de IRC, que em 2009 é de 12,5% até 12.500 euros de lucro tributável e de 25% no valor que excede os 12.500 euros de lucro tributável, acrescida de derrama de 1,5%. Imposto diferido – a Empresa reconhece imposto diferido referente ao reporte de prejuízos fiscais não utilizados e recuperáveis em períodos futuros. A rubrica imposto sobre o rendimento em 2009, no valor de (262.560 euros) é constituída por: As restantes mercadorias foram valorizadas ao custo médio (existências iniciais mais as aquisições efectuadas durante o exercício). Imposto corrente – 47.665 Imposto diferido – (310.225) 343 Os produtos e trabalhos em curso foram valorizados pelo custo das peças incorporadas em obras, pela mão de obra e eventuais serviços externos aplicados. INVESTIMENTOS FINANCEIROS As imobilizações incorpóreas são basicamente constituídas por trespasses comerciais e outras despesas de instalação, investigação e desenvolvimento, directamente relacionadas com a actividade e objectivos da empresa. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 5.440.634 1.4406 133.16 0.8881 1.4836 2.5113 1666.97 8.3000 6 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 7 NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS AO SERVIÇO DA EMPRESA 10 MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DO ACTIVO IMOBILIZADO E NAS RESPECTIVAS AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, tendo no entanto tais valores sido sucessivamente reavaliados nos termos da legislação em vigor. As reintegrações são calculadas pelo método das quotas constantes e dentro dos limites máximos permitidos pela legislação em vigor. VALOR BRUTO Rubricas Saldo Inicial A sociedade regista nesta rubrica as provisões constituídas para processos judiciais em curso. 4 COTAÇÕES UTILIZADAS PARA CONVERSÃO DAS CONTAS DE BALANÇO As cotações utilizadas contra o Euro foram as seguintes: Aumento Alienações Transf./Abates Saldo final IMOBILIZAÇÕES INCORPOREAS Despesas de Instalação 408.334 Desp.Investig. Desenvolvim. 74.150 Propriedade Industrial 73.318 135.255 119.534 21.700 402.355 32.037 42.113 4.507 131 77.694 308.458 308.458 924.614 139.762 151.702 21.700 890.975 Terrenos e Recursos Naturais 7.701.890 1.323.564 293.022 674.747 8.057.684 Edifícios Outras Construções 16.424.628 2.150.776 182.389 1.984.706 16.408.310 Equipamento Básico 6.200.194 2.652.952 5.978.467 Equipamento de Transporte 1.246.761 216.010 680 364.857 711.496 53.151 366 1.448 762.834 4.037.023 261.264 3.672 29.549 4.265.066 713.774 2.273.450 3.769.081 35.739.256 60.355 Outras Imobiliz. Incorpóreas 60.355 IMOBILIZAÇÕES CORPOREAS Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo PROVISÕES 69 Trespasses EUROS 2 IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Pagamentos Respeitantes a : Empréstimos Obtidos USD JPY GBP CHF BRL KRW NOK Os veículos e as máquinas agrícolas foram valorizados ao preço de custo efectivo de aquisição, unidade a unidade. Os investimentos financeiros representados por partes de capital em empresas do grupo estão valorizados utilizando o critério de equivalência patrimonial e as outras aplicações financeiras encontram-se valorizadas ao custo de aquisição. ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO EUA Japão Reino Unido Suíça Brasil Coreia do Sul Noruega Imobilizações em Curso 297.687 2.689.537 36.619.679 9.347.254 6.458.596 153.316.482 10.866.927 11.697.257 2.874.678 1.097.234 INVESTIMENTOS FINANCEIROS Partes capital Emp. Grupo Emp. Empresas do Grupo Partes capital Emp. Associa. Titulos O.Aplic. Financeiras Outros Empréstimos Concedidos 3.296 107.734 3.296 4.699 112.433 8.477 8.477 880 153.436.869 152.486.152 880 10.871.627 11.697.257 0 152.611.239 30/4/10 4:41 PM AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS E AJUSTAMENTOS Rubricas Saldo Inicial Aumento Alienações Transf./Abates Saldo final 16 FIRMA E SEDE DAS EMPRESAS DO GRUPO E DAS EMPRESAS ASSOCIADAS Digitese, Consultadoria em aplicações Informáticas, Lda. – Lisboa Fracção 11,67% Capitais Próprios Despesas de Instalação 370.858 Desp. Investig. Desenvolvim. 74.145 Propriedade Industrial 67.065 Outras Imobil. Incorpóreas 47.769 2.882 83.576 3.566 331.484 32.037 42.108 131 69.817 308.458 308.458 820.526 50.651 115.744 3.566 Edifícios outras Construções 8.814.388 823.987 102.502 9.535.873 Equipamento Básico 3.249.929 490.452 1.155.147 2.585.234 633.305 219.094 Ferramentas e Utensílios 526.210 86.670 366 612.514 3.752.141 215.554 3.374 3.964.321 16.975.973 1.835.757 1.261.389 131.116 721.283 17.419.225 DEC.LEI 31/98 70 Custos Empresas do Grupo Reavaliação Históricos Capitais Próprios 3.124.315 Resultados do Exercício 224.327 (39.616) 0 894.758 4.541.002 Edifícios e O. Construções 2.520.454 564.576 3.085.030 298.958 103.077 402.035 18.233 2.081 20.314 3.743 112 3.855 330.526 130.300 460.826 6.818.159 1.694.904 8.513.063 Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo (34.413) 0 Activo Liquido Instalações Seixal (Cont.nº31-BCP Leasing) Auto Horizonte – Comércio e Representações Lda. – Estoril Instalações Benavente (Contrato nº 507420 - Imoleasing) Capitais Próprios 256.904 Resultado do Exercício (14.449) Auto Industrial Invest. e Part. SGPS, SA - Lisboa 211.824.605 Resultado do Exercício 303.142 Resultados do Exercício 4.522.018 396.494 União Eborense de Automóveis, Lda. – Évora Fracção 100% 268.398 Resultado do Exercício 28.889 Capitais Próprios 144.165 Resultado do Exercício (72.590) Empresas Associadas Capitais Próprios 139.309 Modipe, SA – Madrid 45.023 Fracção 19,60% Resultado do Exercício Capitais Próprios Capitais Próprios 1.794.954 Resultados do Exercício (163.738) Resultado do Exercício 2.995.621 Resultado do Exercício (181.601) 29.881 71 21 MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DO ACTIVO CIRCULANTE 3.191.832 ( 47.799) Ajustamentos Saldo Inicial Fracção 100% Capitais Próprios Capitais Próprios 840.111 Resultado do Exercício 203.658 Aumento Redução Saldo Final Existências: Mercadorias Novitexto - Bases de Dados, Lda. – Lisboa 250 250 0 250 250 0 Fracção 95% Fracção 30% Resultado do Exercício Capitais Próprios 543.755 Resultado de Exercício Motolusa – Motores de Portugal, Lda. – Lisboa Outros Credores 220.968 176.805 Fracção 100% Fracção 63.45% Capitais Próprios 454.373 Resultado do Exercício Mercentro – Comércio de Automóveis SA – Aveiro Fracção 100% 125.495 Capitais Próprios Fracção 100% Auto - Palace Automóveis, Lda. 450.989 Fracção 100% Margem Investments, Inc. – Cayman Auto Industrial – Porto, Lda. – Porto 15 BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA (252.097) Fracção 100% Capitais Próprios Capitais Próprios (267.295) Resultado do Exercício 202.317 Capitais Próprios (138.186) Capitais Próprios Capitais Próprios Gilauto – Automóveis, Máquinas e Equipamento, SA – Lisboa Fracção 82,22% Equipamento Básico Resultado do Exercício Tractores Ibéricos, Lda. – Lisboa Fracção 100% Fracção 30% Resultado do Exercício 3.646.244 0 Garagem Santa Cruz, Lda. – Coimbra A.C.A. – Auto Caldense, Lda. – Caldas da Rainha Fracção 60% Terrenos Rec. Naturais (1.010) Fracção 100% Fracção 100% (1.364.398) Fracção 27,89% Forte, C.M.R., Lda. – Coimbra A. Brás Heleno, SA - Leiria Capitais Próprios Sodicentro , Comércio de Veículos, Lda – Coimbra Resultado do Exercício A.U.A. – Auto Associados Automóveis, Lda. – Estoril Reavaliados 3.943 Capitais Próprios Resultado do Exercício Contabilisticos Resultado do Exercício Fracção 1,67% Capitais Próprios 12 e 13 DIPLOMAS LEGAIS E QUADRO DISCRIMINATIVO DAS REAVALIAÇÕES Fracção 72,52% 454.193 Estação de Serviço Nova Almadauto, Lda. – Almada 751.867 Equipamento de Transporte Equipamento Administrativo 131.116 Os capitais próprios não incluem o resultado Líquido do Exercício em curso: Sagrup SGPS , SA – Lisboa (23.144) 0 Capitais Próprios (51.498) Resultado do Exercício (62) Dívidas de Terceiros: Instalações de Vila Nova de Gaia (Contrato nº 20020342-BCPLeasing) Equipamento de Oficina - Leiria (Contrato nº008723/002/002 - Locapor) 1.057.403 350.398 10.522 0 Instalações de Marinheiros - Leiria (Contrato nº600433 - Imoleasing) 2.712.500 2.034.491 Instalações Casal do Cego – Leiria (Contrato nº 600434 - Imoleasing) 595.574 633.569 1.323.263 1.156.312 Instalações de Alcântara - Lisboa (Contratonº1005084 - Santander Totta) relatorioAI09-AF.indd 70-71 R.M.P. – Reparações Mecânicas de Pombal, Lda. - Pombal C.A.M. – Camiões , Automóveis e Motores, SA – Porto Fracção 100% Fracção 95% Capitais próprios Capitais Próprios Resultado do Exercício 2.793.648 228.623 Central Parque, SA – Lisboa Resultado do Exercício Resultado do Exercício 0 Sagar – Comércio de Máquinas e Representações, Lda. - Lisboa Fracção 49,10% Capitais Próprios Clientes, c/c 99.227 Clientes de cobrança duvidosa 3.470.861 277.711 3.748.571 Empresas do Grupo 2.331.585 138.874 2.470.459 5.802.446 416.584 6.219.030 Fracção 100% 1.182.914 (14.252) Capitais Próprios Resultado do Exercício (224.059) (34.076) 30/4/10 4:41 PM 23 DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA As dividas de cobrança duvidosa estão corrigidas através de ajustamentos apropriados em função da expectativa de cobrança (vide nota 21), e encontram-se assim registadas: Clientes de cobrança duvidosa Empresas do Grupo 3.874.354 2.470.458 25 VALOR GLOBAL DAS DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS RESPEITANTES AO PESSOAL DA EMPRESA 36 NÚMERO DE ACÇÕES EM QUE SE DIVIDE O CAPITAL DA EMPRESA E SEU VALOR NOMINAL 45 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS O Capital Social é composto por 4.000.000 acções no valor de 5 Euros cada. Juros Suportados Saldos Devedores de Pessoal Saldos Credores de Pessoal 27.673 7 Dividas Instituições Crédito 1.222.222 1.250.000 Garantia Instalações Portela da Ajuda Instalações Faianças Subtil 31 VALOR GLOBAL DOS COMPROMISSOS FINANCEIROS QUE NÃO FIGURE NO BALANÇO Em contas de Ordem Credores p/Cauções Estatutárias Devedores e Credores p/ Consignação Valores entregues como Caução Garantias Bancárias 25.000 1.313.620 240 2.647.085 Outros Custos e Perdas Financeiras Resultados Financeiros AUMENTOS RUBRICAS SALDO INICIAL Reservas Legais Outras reservas (livres) OUTROS DIMINUIÇÕES SALDO FINAL 20.000.000 -54.215 -54.215 Acções próprias - descontos prémios Ajustamento de parte de Capital EQUIVALENCIA PATRI MONIAL 20.000.000 Acção próprias-valor nominal 38.418 38.418 114.681.395 -1.200.318 113.481.077 1.694.904 1.694.904 370.000 370.000 5.073.765 598.373 4.475.392 3.485.419 4.467.577 PROVEITOS E GANHOS 223 80 190.783 121.386 1.488.853 1.251.985 5.165.278 5.841.028 2009 2008 Juros Obtidos 1.938.899 2.192.990 Rendimento de Participações de Capital 3.225.179 3.644.288 658 1.091 Diferenças de Câmbio Favoráveis Rendimentos de Títulos e Outras Aplic. Financeiras 2.007 Descontos de P.P. obtidos Outros Proveitos e Ganhos Financeiros Transferência Resultado 2007 Aplicação resultado 2008: 542 652 5.165.278 5.841.028 -598.373 - Dividendos distribuídos: 46 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS - Reserva legal - Outras Reservas Resultados Transitados Resultado Líquido do exercício 72 2008 Remuneração Títulos Participação Descontos P.P. Concedidos 40 MOVIMENTOS OCORRIDO NO CAPITAL PRÓPRIO Reservas de reavaliação 30 VALOR DAS DÍVIDAS A TERCEIROS COBERTAS POR GARANTIAS REAIS PRESTADAS 2009 Diferenças de Câmbio Desfavoráveis Capital Social CUSTOS E PERDAS -819.827 140.984.440 -1.200.318 908.465 819.826 88.639 3.297.789 819.827 3.297.789 4.206.254 1.639.653 143.392.004 41 CUSTOS DAS MERCADORIAS E DAS MATÉRIAS-PRIMAS CONSUMIDAS Existências Iniciais Compras Existências finais Custos do Exercício 15.028.013 72.091.471 12.080.792 75.038.692 CUSTOS E PERDAS 2009 2008 Donativos 3.045 1.541 Multas e Penalidades 93.105 72.875 Perdas em Existências 244 Correcções Relativas a Exercícios Anteriores Outros Custos e Perdas Extraordinárias 1 7.079 1.497 17.853 185.661 10.019 Perdas Em Imobilizações Financeiras Perdas Em Imobilizações Corpóreas Aumento em Amortizações Dívidas Incobráveis 32 DESCRIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES DA EMPRESA POR GARANTIAS PRESTADAS 42 DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO Garantias prestadas Garagem de Santa Cruz, Lda. Tractores Ibéricos, Lda. União Eborense de Automóveis, Lda. 665.895 4.000.000 133.179 34 DESDOBRAMENTO DA CONTA DE PROVISÕES E EXPLICAÇÃO DOS MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO Saldo Inicial Outras provisões relatorioAI09-AF.indd 72-73 590.312 Aumento Existências finais Existências iniciais Aumento no Exercício Alienação de Investimentos Financeiros 44.459 43.919 540 43 REMUNERAÇÕES ATRIBUÍDAS AOS ÓRGÃOS SOCIAIS Conselho de Administração 53.835 Sinistros Resultados Extraordinários PROVEITOS E GANHOS Conselho Fiscal Ganhos em Existências 2.313.633 170.060 2.597.186 333.262 2009 2008 6.301 Restituição de Impostos 50.700 758.454 Ganhos em Imobilizações Benefícios de Penalidades Contratuais 44 MOVIMENTOS OCORRIDO NA CONTA DE VENDAS Saldo Final 150.000 440.312 Foram efectuadas vendas ao estrangeiro no valor de 11.393 11.812 699 1.772.317 226.777 1.735 3.965 Correcções Relativas e Exercícios anteriores Redução 73 544 Redução de Provisões 150.000 Outros Proveitos e Ganhos extraordinários 666.833 89.465 2.597.186 333.262 Recuperação de Dívidas 30/4/10 4:41 PM 47 INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS LISTA A QUE SE REFERE O ARTº Nº 447 DO C.S.C. Não há dívidas à Segurança Social e ao Estado cujo pagamento esteja em mora. AUTO INDUSTRIAL, S.A. ACÇÕES Administração Inventário das Participações Financeiras da Auto-Industrial, SA - 2009 DESIGNAÇÃO QUANTIDADE VAL. NOMINAL VAL. DO BALANÇO Compra / Venda Quantid. Tomaz Andrade Rocha Saldo 344.636 Compra 1.396 346.032 1 - QUOTAS Mário Leite Santos A.C.A.-Auto Caldense Automóveis,SA 1 748 748 AUA - Auto Associados (Aut.), Lda. 1 3.000 3.000 Auto Horizonte - Com.Repar., Lda. 1 184.555 184.555 Auto-Industrial - Porto, Lda. 1 1.197.115 1.197.115 Auto Palace Automóveis, Lda. 1 1.496 1.496 Estação Serviço Nova Almadauto, Lda 1 25 25 Forte - Camiões, Máquinas e Repar.,Lda. 1 4.996 4.996 Digitese - Consult.em Aplic.Financ., Lda. 1 52.374 52.374 Garagem Santa Cruz, Lda. 1 350.000 350.000 Motolusa - Motores de Portugal, Lda 1 124.699 124.699 Margem Investments Inc. 1 2.000.000 1.662.286 Novitexto - Base de Dados, Lda 1 94.772 94.772 RMP - Rep.Mecânicas Pombal, Lda 1 33.170 33.170 Sagar - Comércio de Máquinas e Representações,Lda. 1 170.000 170.000 Sodicentro- Comércio de Veículos ,Lda. 1 177.642 177.642 Tractores Ibéricos, Lda 1 199.672 199.672 União Eborense de Automóveis, Lda 1 99.760 99.760 74 Auto Industrial SGPS, SA 208.000.000 1 10.574.740 600.000 5 4.526.411 Gilauto - Máq.Equipamentos, SA 65.000 5 496.340 Central Parque, SA 24.537 5 125.117 100.000 5 1.472.156 24.500 2 168.973 Sagrup - SGPS, SA 14.503.409 0 1.328.679 A.Brás Heleno, SA 55.000 5 4.200.000 CAM - Camiões Autom.Motores, SA Mercentro - Comércio de Automóveis, SA Modipe, SA Manuel Pinto Martha 5.901 1 174.529 Maria Leonor Costa Amorim Afonso CAM - Camiões Autom.Motores, SA Estação de Serviço N.Almadauto, Lda Garagem Santa Cruz, Lda. 1.000 Compra 1.000 Miguel Cunha Lucas 0 Compra 2.500 2.500 Conselho Fiscal Compra / Venda Quantid. Silvio de Jesus Costa António Athayde Martha Carlos Figueiredo Nunes Maria Teresa Andrade Dias OBRIGAÇÕES Compra / Venda Quantid. 47.415 0 47.415 Mário Leite Santos 48.943 0 48.943 Manuel Pinto Martha 23.725 0 23.725 Compra / Venda Quantid. 6.500.000 Sodicentro - Comércio de Veículos ,Lda. 2.463.611 União Eborense Automóveis, Lda. 1.154.026 Saldo António Athayde Martha 14.677 0 14.677 Carlos Figueiredo Nunes 2.385 0 2.385 Maria Teresa Andrade Dias 3.124 0 599 Mercentro - Comércio de Automóveis, SA 75 5.885 0 5.885 1.250.000 350.000 Saldo Tomaz Andrade Rocha 4.489 652.428 Saldo. 42.302 105.486 17.149 22.458 8.477 4 - PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES Auto Industrial-Porto, Lda. 2.220 3.116 Silvio de Jesus Costa 3 - ACÇÕES AUA - Auto Assoc.Automóveis, Lda 173.633 Venda Compra Conselho Fiscal Banco Comercial Português, SA 1.396 356.719 Administração 2 - ACÇÕES 355.323 Compra 3.124 SOCIEDADES EM QUE EXISTE RELAÇÃO DE DOMÍNIO OU DE GRUPO: ACÇÕES EUROS Central Parque,s.a. Tomaz Andrade Rocha relatorioAI09-AF.indd 74-75 Compra / Venda Quantid. Saldo 1.176 30/4/10 4:41 PM RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Senhores Accionistas: Nos termos dos artigos 413º e seguintes do Código das Sociedades Comerciais, e do mandato que V. Exªs nos conferiram, o Conselho Fiscal acompanhou, com a frequência que entendeu necessária, durante o exercício de 2009, a evolução dos negócios sociais e a sua gestão, com o apoio e colaboração , que agradece, do Conselho de Administração e dos serviços administrativos, fazendo exames à regularidade dos livros, dos registos contabilísticos e dos documentos que lhe servem de suporte, analisando os balancetes mensais e demais informação produzida pela Administração e verificando, por amostragem, a extensão dos valores patrimoniais, de modo a certificar-se da correcta observância dos princípios, regras, critérios e métodos contabilísticos e disposições legais aplicáveis, tendo achado tudo em devida ordem. 76 Nestas condições é parecer do Conselho Fiscal: a) Que existe concordância do Balanço, da Demonstração de Resultados, e dos anexos, com os registos contabilísticos da empresa que estiveram na sua origem. b) Que o Relatório do Conselho de Administração descreve, de forma clara, o estado e a evolução dos negócios da sociedade, o que conjuntamente com os restantes documentos em apreciação permite uma correcta compreensão da situação económica e financeira da empresa. c) Que o princípio da especialização dos exercícios foi seguido, tanto nas rubricas de proveitos como na dos custos. d) Que é legal e estatutariamente correcta a proposta que o Conselho de Administração fez para aplicação dos resultados líquidos do exercício de 2009. Pelo que fica exposto, o Conselho Fiscal, apoiado pela Certificação Legal das Contas emitida pelo Revisor Oficial de Contas, a qual mereceu a sua inteira concordância, propõe: 1º - Que sejam aprovados o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço, a Demonstração de Resultados e os respectivos Anexos, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009. 2º - Que seja aprovada a proposta do Conselho de Administração, contida no seu relatório, para aplicação dos resultados líquidos do exercício. relatorioAI09-AF.indd 76-77 Nada mais havendo a tratar, foi dada por finda a reunião, cerca das dezanove horas e trinta minutos, dela se lavrando a presente acta que depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelos presentes. Coimbra 25 de Fevereiro de 2010 O Conselho Fiscal Sílvio Costa - Presidente Maria Teresa Andrade Dias António Luís Athayde Martha Carlos Manuel Amado Figueiredo Nunes António Freitas dos Santos - ROC CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 5 - O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. INTRODUÇÃO 7 - Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira de Auto Industrial sa. em 31 de Dezembro de 2009 o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. 1- Examinei as demonstrações financeiras anexas da Auto Industrial, as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2009,(que evidencia um total de balanço de 230.703.128 Euros e um total de capital próprio de 143.392.003 Euros, incluindo um resultado líquido de 3.297.789 Euros), as Demonstrações dos Resultados por natureza e por funções e a Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos. RESPONSABILIDADES 6 - Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. OPINIÃO Coimbra, 25 de Fevereiro de 2010 António Freitas dos Santos - ROC 2- É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3- A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. 77 ÂMBITO 4- O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/ Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui: • a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; • a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; e • a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; • a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. 30/4/10 4:41 PM EXTRACTO DA ACTA DE APROVAÇÃO DE CONTAS REALIZADA EM 27 DE MARÇO DE 2010 78 relatorioAI09-AF.indd 78-79 “…. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral pôs então à votação, na generalidade e na especialidade, em simultâneo excepto se algum dos accionistas presentes contra tal se pronunciasse, o Relatório de Gestão, o Balanço e as Contas da Sociedade e o do Grupo, Consolidado, apresentados pelo Conselho de Administração, e os Pareceres do Conselho Fiscal, relativos ao exercício de 2009, com exclusão do referente à aplicação de resultados, nos termos do artigo 26º dos estatutos, por meio de voto por braço levantado, ao que nenhum Accionista se opôs. A proposta foi aprovada por unanimidade. …. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral colocou à discussão a Proposta de Aplicação de Resultados, apresentada pelo Conselho de Administração e referendada pelo Conselho Fiscal no seu Parecer e inquiriu se algum dos presentes pretendia usar da palavra relativamente a essa proposta, que recordou ser no sentido de ao resultado líquido de €3.297.788,71 ser dado o seguinte destino: €165.000 para Reserva Legal, €1.138.210,21 para Reservas Livres e €1.994.578,50 para distribuição aos Accionistas (dividendo de 50 cêntimos por cada uma das 3.989.157 acções em circulação). Nenhum Accionista pediu a palavra pelo que o Presidente da Mesa da Assembleia Geral pôs de imediato a referida proposta à votação, nos termos do artigo 26º dos Estatutos, por meio de voto por braço levantado, a tal não se tendo oposto qualquer accionista. A proposta foi aprovada por unanimidade. ….” 79 30/4/10 4:41 PM SECTOR AUTOMÓVEL SECTOR AGRÍCOLA SECTOR MARÍTIMO E INDUSTRIAL GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS / OUTROS SECTORES AUTO-INDUSTRIAL S.A. AUTO-INDUSTRIAL S.A. MOTOLUSA LDA. AUTO-INDUSTRIAL SGPS S.A. AUTO-INDUSTRIAL - PORTO LDA. FORTE LDA. MODIPE S.A.* BANIF SGPS S.A.* AUTO HORIZONTE LDA SAGAR LDA. SAGRUP SGPS S.A. A. BRÁS HELENO S.A. TRACTORES IBÉRICOS LDA. MARGEM INVESTMENTS INC. 80 C.A.M. S.A. CENTRAL PARQUE S.A. EUA LDA. GILAUTO S.A. GARAGEM DE STA. CRUZ LDA. MERCENTRO S.A. SODICENTRO LDA. UNIÃO EBORENSE DE AUTOMÓVEIS LDA. relatorioAI09-AF.indd 80 *Sociedades com participação do Grupo entre 10% a 49% do Capital. 30/4/10 4:41 PM