MInuta PPP Campus Parauapebas
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MInuta PPP Campus Parauapebas
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ - IFPA. CAMPUS PARAUAPEBAS PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PPP DO CAMPUS PARAUAPEBAS IFPA 2016 - 2020 Parauapebas 2016 CLÁUDIO ALEX JORGE DA ROCHA Reitor ELINILZE GUEDES TEODORO Proreitora de Ensino ANA PAULA PALHETA Proreitora de Pesquisa, Pós Graduação e Inovação Tecnológica MARY LUCY MENDES GUIMARÃES Proreitora de Extensão DANILSON LOBATO DA COSTA Proreitor de Administração e Planejamento RAIMUNDO SANCHES Proreitor de Desenvolvimento Institucional RUBENS CHAVES RODRIGUES Diretor Geral do Campus Parauapebas THABATA MOREIRA ALVES DE ARAUJO Diretora de Ensino, Pesquisa, Extensão, Pós Graduação e Inovação Tecnológica HELIO FERNANDO BENTZEN PESSOA FILHO Coordenadora de Extensão DANIEL JOAQUIM DA CONCEIÇÃO MOUTINHO Coordenador do curso de Mecânica MÁRCIA ADRIANA DE FARIA RIBEIRO Presidente da Comissão de Construção do PPP COMISSÃO DE CONSTRUÇÃO DO PPP ANDREI LEANDRO MORSCH FRANCO DANIEL JOAQUIM DA CONCEICAO MOUTINHO HELIO FERNANDO BENTZEN PESSOA FILHO LUCAS ARAÚJO DO NASCIMENTO MARIA DO CARMO VIEIRA FILHA MARCIA ADRIANA DE FARIA RIBEIRO RICARDO ALEX DANTAS DA CUNHA RUBENS CHAVES RODRIGUES THABATA MOREIRA ALVES DE ARAUJO VANESSA DOS SANTOS MOURA MORENO Portaria 018/2016/GAB/CAP de 07de abril de 2016 Sumário INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................7 2 IDENTIDADE E ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL ................................................................8 2.1 ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL E PERFIL IDENTITÁRIO ...............................................8 2.2 AS MARCAS NO TEMPO: a história institucional ................................................................... 10 2.3 UMA INSTITUIÇÃO EM EXPANSÃO E COMPROMETIDA COM O DESENVOLVIMENTO REGIONAL .............................................................................................. 11 3 CONCEPÇÕES, PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DO CURRÍCULO E DAS PRÁTICAS INSTITUCIONAIS (INCLUSIVE AS DE GESTÃO) ..................................................................... 12 3.1 CONCEPÇÃO INSTITUCIONAL DE SER HUMANO, SOCIEDADE, CULTURA, CIÊNCIA, TECNOLOGIA, TRABALHO E EDUCAÇÃO ............................................................................... 12 3.2 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO INTEGRADO ...................................................................... 13 3.2.1 Fundamentos do currículo integrado .................................................................................... 13 3.2.2 Princípios do currículo integrado ......................................................................................... 15 3.3 CONCEPÇÃO DE GESTÃO EDUCACIONAL ........................................................................ 16 3.4 PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ............................................ 18 3.4.1 A pesquisa como princípio pedagógico................................................................................ 18 3.4.2 O trabalho como princípio educativo ................................................................................... 20 3.4.3 O respeito à diversidade ....................................................................................................... 21 3.5 DIRETRIZES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA ........................................................... 22 3.5.1 O planejamento pedagógico .......................................................................................... 22 3.5.2 A avaliação da aprendizagem ........................................................................................ 23 3.5.3 Os projetos integradores (concepção, objetivos e aspectos metodológicos) ................. 26 3.5.4 A prática profissional .................................................................................................... 27 5.3.5 O trabalho de conclusão de curso .................................................................................. 29 5.3.6 As atividades complementares ............................................................................................. 30 3.5.7 Os perfis esperados do professor e do aluno ........................................................................ 31 4 POLÍTICAS E AÇÕES INSTITUCIONAIS ............................................................................ 33 4.1 A INDISSOCIABILIDADE COMO PRINCÍPIO NORTEADOR DAS POLÍTICAS E AÇÕES INSTITUCIONAIS ........................................................................................................................... 33 4.2 POLÍTICA DE ENSINO ............................................................................................................. 34 4.2.1 A atuação no ensino ............................................................................................................. 35 4.2.2 O processo de revisão das ofertas educacionais ................................................................... 36 4.3 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO .................... 36 4.3.1 Concepção da educação profissional técnica de nível médio ............................................... 37 4.3.2 Princípios orientadores da educação profissional técnica de nível médio..................... 41 4.3.3 Diretrizes e indicadores metodológicos para os cursos técnicos de nível médio .......... 45 4.4 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE GRADUAÇÃO ................................................ 58 4.4.1 Concepção da educação superior de graduação ................................................................... 58 4.4.2 Os cursos superiores de tecnologia ou de graduação tecnológica ................................. 59 4.4.3 Os cursos de engenharia ................................................................................................ 62 4.5 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES .................................................................................. 66 4.5.1 Dimensões da formação profissional docente ...................................................................... 66 4.5.2 Formação profissional para a docência ................................................................................ 67 4.5.3 Princípios orientadores da formação de professores ............................................................ 69 4.6 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE PÓS-GRADUÇÃO .......................................... 70 4.6.1 Concepção e princípios da educação superior de pós-graduação ......................................... 70 4.6.2 Diretrizes e indicadores metodológicos dos cursos de pós-graduação lato sensu ................ 71 4.6.3 Diretrizes e indicadores metodológicos dos cursos e programas de pós-graduação stricto sensu .............................................................................................................................................. 72 4.7 POLÍTICA DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA OU QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL LUCAS................................................................................................................. 73 4.7.1 Concepção, objetivos e princípios da formação inicial e continuada ................................... 73 4.7.2 Os cursos de formação inicial e continuada ......................................................................... 73 4.7.3 Os programas de qualificação profissional (Proeja Fic, pronatec, saberes da terra, outro.) . 73 4.7.4 Diretrizes e indicadores metodológicos da formação inicial e continuada .......................... 74 4.8 POLÍTICA DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL LUCAS ................................................... 74 4.8.1 Princípios orientadores da certificação profissional ............................................................. 74 4.8.2 Diretrizes e indicadores metodológicos da certificação profissional ................................... 74 4.9 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ........................................................................... 74 4.9.1 Concepção de educação a distância...................................................................................... 74 4.9.2 Princípios orientadores para a educação a distância............................................................. 75 4.9.3 Características do Projeto Político Pedagógico da Educação a Distância ............................ 76 4.9.4 Características do projeto pedagógico para educação a distância ........................................ 84 4.9.5 Diretrizes e indicadores metodológicos para a educação a distância ................................... 92 4.10 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA ............................................................................. 92 4.10.1 Concepção de educação inclusiva ...................................................................................... 93 4.10.2 Princípios orientadores de educação inclusiva ................................................................... 94 4.10.3 Diretrizes e indicadores metodológicos de educação inclusiva ......................................... 95 4.11 POLÍTICA DE PESQUISA E INOVAÇÃO............................................................................. 97 4.11.1 Concepção de pesquisa....................................................................................................... 97 4.11.2 Princípios orientadores da pesquisa ................................................................................... 98 4.11.3 Diretrizes e indicadores metodológicos da pesquisa .......................................................... 99 4.12 POLÍTICA DE EXTENSÃO E INTERAÇÃO COM A SOCIEDADE ................................. 102 4.12.1 Concepção de extensão .................................................................................................... 102 4.12.2 Princípios orientadores de extensão e interação com a sociedade.................................... 102 4.12.3 Diretrizes e indicadores metodológicos de extensão e interação com a sociedade .......... 103 4.13 POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL .................................................................... 103 4.13.1 Concepção de assistência estudantil ................................................................................. 103 4.13.2 Princípios orientadores de assistência estudantil .............................................................. 106 4.13.3 Diretrizes e indicadores metodológicos de assistência estudantil .................................... 106 4.14 POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL SERVIDORES ................................................................................................................................ 108 4.14.1 Concepção de formação continuada e desenvolvimento profissional .............................. 108 4.14.2 Princípios orientadores de formação continuada e desenvolvimento profissional ........... 110 5 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO............... 111 5.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO DO PPP ............................................................................. 111 5.2 ASPECTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO PROCESSO ............................................. 111 5.3 DIRETRIZES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO ............................................. 111 5.4 O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE AVALIAÇÃO .......................................................... 111 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................... 111 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 111 1 INTRODUÇÃO 2 3 O Projeto Político Pedagógico - PPP é o documento que esboça a identidade do campus, 4 o perfil dos envolvidos, o tipo de gestão que irá ser executada no campus e aqui tratamos do 5 Campus Parauapebas, os cursos pretendidos, enfim, a identidade que o campus irá adquirir 6 para realizar o trabalho principal, que é levar a formação integral para os cidadãos de 7 Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado do Carajás e Agua Azul do Norte, 8 municípios que estão sobre a abrangência do campus de Parauapebas de acordo com a 9 Resolução 035/2015/CONSUP/IFPA. 10 O Campus Parauapebas pertence ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 11 do Pará - IFPA, é regido pela Constituição Federal de 1988, pela Lei de Diretrizes e Bases da 12 Educação Nacional, Lei 9394/96 e pela Lei de Criação dos Instituto Federais, Lei 11.892, de 13 29 de dezembro de 2008 (BRASIL, 2008), e legislação específica para o ensino médio e 14 educação profissional e tecnológica. Adicionalmente, de acordo com as especificidades da 15 formação, a Lei 9394/96 ampara-se em pareceres e resoluções. 16 Reconhecer o território em que o campus está inserido marca a caracterização da sua 17 identidade enquanto uma instituição que respeita os processos de territorialização dos sujeitos 18 que ocupam seus espaços. O território se constitui como a base de vida das populações ao 19 longo dos tempos e Santos (2006, p. 25) nos releva que “num mesmo pedaço de território, 20 convivem subsistemas técnicos diferentemente datados, isto é, elementos técnicos 21 provenientes de épocas diversas”. E na concepção de escola e de currículo o território não fica 22 de fora desses elementos, e em nosso país, historicamente a escola passou a ter o papel de 23 transmitir os saberes acumulados ao longo dos tempos e épocas diversas. 24 Callado demonstra que: 25 26 27 28 29 30 31 32 33 É no terreno do cotidiano, que se vai mostrando a real disposição dos protagonistas, em seu empenho de mudar a sociedade, partindo de sua própria mudança. Mudança que se faz a partir de pequenos gestos, nos espaços miúdos e pouco visíveis, de modo a impregnar todos os ambientes em que se achem envolvidos os protagonistas: da família à escola; dos espaços de recreação ao ambiente profissional; das associações aos espaços sindicais e partidários; do ambiente do Sagrado às relações com o Universo. (CALLADO, 2001, p.28). 34 E ao ambiente escolar é o lugar de vivência e da convivência de cada pessoa, é o espaço 35 do encontro, da troca e da busca pelo conhecimento, e o viver o cotidiano escolar num 36 campus do IFPA em Parauapebas requer que a construção do PPP venha imbuído de signos e 37 significados do contexto regional, dos anseios da sociedade, dos jovens, do publico alvo dos Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 7 38 programas de Jovens e Adultos, dos trabalhadores, enfim, de um publico que possui inúmeros 39 anseios em relação a uma escola do governo federal que é sinônimo de qualidade e 40 gratuidade. 41 O Campus Parauapebas/IFPA foi criado na terceira fase da expansão da Rede Federal 42 de Educação Profissional pela necessidade de ofertar Educação Profissional Técnica e 43 Tecnológica, pública, gratuita e de qualidade, que contemple a área de atuação da Rede 44 Federal de Educação Profissional Técnica e Tecnológica, nos diversos níveis e modalidades 45 de ensino, e a cidade de Parauapebas na região sudeste do Pará foi escolhida para sediar as 46 instalações físicas do campus, partindo de uma cooperação com a empresa mineradora VALE. 47 O campus teve suas atividades de sala de aula iniciadas em 28 de julho de 2014, com 48 turmas do PRONATEC na modalidade de Formação Inicial e Continuada – FICs, para 49 pessoas beneficiárias do Programa Brasil Sem Miséria do Governo Federal. Desde as 50 primeiras atividades de planejamento para implantação do campus, a construção do Projeto 51 Político Pedagógico, o PPP, esteve permeando as discussões, visto que a construção do PPP 52 de um campus é parte fundamental para a concepção de identidade do mesmo. 53 Com a criação e implantação do campus Parauapebas não é diferente, e os trabalhos 54 para a elaboração do PPP devem envolver todos os sujeitos participes do processo 55 educacional e da sociedade na qual o campus está inserido. Diante disso, foi criada uma 56 comissão de elaboração do PPP para gestar o processo de elaboração, discussão, 57 envolvimentos dos sujeitos: alunos; professores; equipe de apoio; servidores administrativos; 58 comunidade em geral; setores parceiros como a VALE e a SEMED; para que assim tenhamos 59 uma ampla participação e troca de ideias entre os envolvidos. 60 61 2 IDENTIDADE E ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL 62 2.1 ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL E PERFIL IDENTITÁRIO 63 FUNÇÃO SOCIAL 64 Ofertar a Educação Profissional Técnica e Tecnológica articulada com o Ensino Médio 65 e o Ensino Superior, público, gratuito e de qualidade na microrregião de Parauapebas na 66 região Sudeste do Pará, que contemple a área de atuação da Rede Federal de Educação 67 Profissional Técnica e Tecnológica, nos diversos níveis e modalidades de ensino. 68 69 70 PRINCÍPIOS Promover a Formação Cidadã; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 8 71 Promover o desenvolvimento local e regional; 72 Estimular o Empreendedorismo; 73 Impulsionar a Inovação Científica e Tecnológica; 74 Desenvolver ações com Qualidade e Excelência na Gestão Pública Profissional; 75 Proceder com Ética, Transparência e Competência; 76 77 Valorizar o Ser Humano, o Corpo Discente, Técnico-Administrativo e o Corpo Docente; 78 79 CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES 80 Ofertar uma educação cientifica e tecnológica, com forte teor humanístico, que 81 possibilite ao ser humano, a partir de um conhecimento crítico do mundo e do local onde se 82 vive, interagindo e interferindo na sociedade, considerando a pesquisa como princípio 83 científico e como princípio educativo e ter como finalidades itens abaixo: 84 A busca incessante da excelência do ensino. 85 O pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas. 86 A coparticipação no traçado dos destinos da região, colocando sempre em destaque a 87 88 promoção humana. 89 A atuação da Instituição como centro de referencia local e regional na educação tecnológica. 90 O reconhecimento e a valorização da realidade e da experiência do discente. 91 A inclusão social, a democratização do acesso e permanência na escola. 92 A articulação entre ensino, pesquisa e extensão. 93 94 95 96 OBJETIVOS Desenvolver a educação profissionalizante, do ensino médio a pós-graduação, 97 capacitando profissionais para o mundo do trabalho, investindo no fortalecimento da 98 cidadania, prioritariamente na forma de cursos integrados, para os concluintes do 99 ensino fundamental e médio, e para o público da educação de jovens e adultos. 100 Ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores objetivando a 101 capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em 102 todos os níveis de escolaridade, nas áreas de educação profissional e tecnológica. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 9 103 104 105 Realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade. Desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da 106 educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho com 107 ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e 108 tecnológicos. 109 110 111 Estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda, na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional. Ministrar em nível de educação superior Cursos superiores de tecnologia e 112 licenciaturas visando à formação de profissionais para os diferentes setores da 113 economia. 114 115 116 2.2 AS MARCAS NO TEMPO: a história institucional 117 118 O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA foi criado pelo 119 Art. 5°, inciso XX, da Lei n° 11.892, de 29/12/2008 pela integração do Centro Federal de 120 Educação Tecnológica do Pará – CEFET-PA, da Escola Agrotécnica Federal de Castanhal – 121 EAFC e da Escola Agrotécnica Federal de Marabá – EAFMB. 122 O Instituto Federal de Educação do Pará – IFPA desde sua criação, passando pela 123 primeira, segunda e segunda fase e meia do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação 124 Profissional e Tecnológica implantou doze campi, assim distribuídos: Abaetetuba, Altamira, 125 Belém, Bragança, Breves, Castanhal, Conceição do Araguaia, Itaituba, Marabá Industrial, 126 Marabá Rural, Santarém e Tucuruí. 127 Em agosto de 2011, dando continuidade à política de expansão da Rede Federal de 128 Educação Profissional, Científica e Tecnológica, o governo da presidenta Dilma Rousseff 129 lançou a terceira fase do Plano de Expansão contemplando o estado do Pará com cinco Campi 130 integrados ao Instituto Federal de Educação do Pará - IFPA que sob sua responsabilidade 131 estão sendo implantados nas cidades previstas assim distribuídos: Ananindeua, Cametá, 132 Óbidos, Paragominas e Parauapebas, perfazendo um total de dezessete campi e um polo 133 avançado na cidade de Vigia, todos vinculados à Reitoria do IFPA. Dessa forma nasce a 134 primeira concepção do Campus Parauapebas. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 10 135 Após o inicio das obras de construção da estrutura física do campus, que foi construído 136 com capital da iniciativa privada pela empresa exploradora de minério VALE, que possui 137 atividades mineradoras na cidade de Parauapebas, na Serra dos Carajás, em atendimento a um 138 Termo de Ajuste de Conduta – TAC, a empresa VALE construiu o espaço físico que foi 139 cedido ao campus do IFPA em Parauapebas, entregue a obra no dia 19 de agosto de 2014, 140 com solenidade tendo a participação do prefeito municipal; o representante da empresa 141 VALE; o Magnifico Reitor Élio Cordeiro; o Diretor Geral Walter Soares e a Diretora de 142 Ensino Márcia Adriana F. Ribeiro e demais convidados. 143 Após a entrega do espaço físico contendo 10 salas de aulas, 08 laboratórios de mecânica 144 e de eletroeletrônica, biblioteca e espaço para o setor administrativo, o campus começou seu 145 efetivo funcionamento, contando em agosto de 2014 com 4 servidores, todos realizando 146 atividades pertinentes à implantação do campus. Houve o inicio das aulas com turmas de 147 PRONATEC com cursos FICs, e em setembro iniciam efetivamente turmas de Técnico 148 Subsequente, com cursos através do ETEC Brasil com turmas de Secretaria Escolar e turma 149 de Multimeios Didáticos na modalidade EAD, também há a implantação de 01 turma de 150 ensino regular presencial de técnico em Mecânica na modalidade subsequente. 151 Diante disso o campus Parauapebas finaliza o ano de 2014 sendo efetivamente 152 implantado, tendo turmas com alunos regulamente matriculados e em 2015 inicia com a 153 programação e efetivação da implantação de mais 01 curso, curso técnico em Eletroeletrônica 154 na modalidade subsequente e mais uma turma de mecânica, finando o ano de 2015 com 5 155 turmas de ensino técnico subsequente. A HISTORIA CONTINUA………....... 156 157 158 159 160 2.3 UMA INSTITUIÇÃO EM EXPANSÃO DESENVOLVIMENTO REGIONAL E COMPROMETIDA COM O 161 162 Existe uma longa trajetória histórica da educação profissional no Brasil, e o estado do 163 Pará acompanhou desde o inicio esse percurso histórico, datado de 1909, com as primeiras 164 escolas de Artífices no governo do Presidente Nilo Peçanha, e Belém foi contemplada com 165 uma dessas escolas. Desde esse período até o momento atual o Brasil e o mundo passaram por 166 mudanças e o cenário da educação profissional também mudou. Uma das mudanças mais 167 significativas diz respeito com a edição da Lei 9.394/1996, do Decreto nº 2.208/1997, do 168 Parecer nº 16/1999, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 11 169 Profissional de Nível Técnico e, dos Referenciais Curriculares Nacionais da Educação 170 Profissional de Nível Técnico. 171 Todas essas diretrizes legais fizeram com que a educação profissional se estabelecesse 172 no cenário da educação nacional e foi solidificado pela promulgação da Lei 11.892/2008, que 173 outorgou uma nova institucionalidade para as escolas do governo federal que ofereciam 174 educação profissional. Como os CEFETs e as Escolas Agrotécnicas Federais. E nesse cenário 175 a partir do ano de 2008, surgem os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e 176 no Pará é criado a partir da lei, o IFPA, com campi também situados nas cidades do interior. 177 Nessa expansão do IFPA para a abertura de campi no interior do Estado do Pará, surge 178 o Campus Parauapebas, datado de 2014 na terceira fase de expansão do IFPA é inaugurado 179 para ofertar cursos técnicos voltados inicialmente para o setor industrial e de meio ambiente. 180 O campus está localizado fisicamente ao lado da Portaria da empresa VALE anteriormente 181 conhecida em todo mundo como Companhia Vale do Rido Doce, quando após sua 182 privatização foi denominada VALE, empresa que emprega grande parte da população da 183 região e é responsável pela movimentação econômica de Parauapebas e de toda a região. 184 Diante desse quadro acima, a importância do campus é grande para promover a 185 inclusão educacional e social da população, motivando a abertura de cursos nos diversos 186 níveis e modalidades de ensino, com o objetivo de atender a essa população e contribuir para 187 a melhoria nos índices da educação regional e na qualidade de vida dos cidadãos de 188 Parauapebas e demais cidades como Curionópolis, Canaã dos Carajás, Eldorados dos Carajás 189 e Agua Azul do Norte, que fazem parte da área de abrangência do campus Parauapebas do 190 IFPA, atendendo ao que preconiza a Resolução 035/2015 – CONSUP relacionada à área de 191 sombreamento do campus Parauapebas. 192 193 194 3 CONCEPÇÕES, PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DO CURRÍCULO E DAS PRÁTICAS INSTITUCIONAIS (INCLUSIVE AS DE GESTÃO) 195 3.1 CONCEPÇÃO INSTITUCIONAL DE SER HUMANO, SOCIEDADE, CULTURA, 196 CIÊNCIA, TECNOLOGIA, TRABALHO E EDUCAÇÃO 197 198 A busca por entender e conceber de forma ampla o ser humano, a sociedade, a cultura, a 199 ciências, a tecnologia, o trabalho e a educação nos remete a buscar a compreensão da 200 evolução do ser humano, pois o mesmo desde os primórdios buscou e busca realizar 201 mudanças no mundo que o cerca, e a base para o crescimento em todos os aspectos do ser 202 humanos está embasada na forma em que o mesmo se comporta na sociedade em que vive. E Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 12 203 o trabalho aliado à educação fornece essa base para o desenvolvimento de novas tecnologias 204 aliada à ciência e mudam a concepção cultural nessa busca do ser humano por novos 205 caminhos. 206 A LDB aborda que; 207 208 209 210 211 212 213 214 Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º. Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. ((BRASIL, 1996, p.1). 215 216 O estreitamento da relação do ser humano com o trabalho, a ciência, a tecnologia, a 217 cultura e a educação está amparado por um embasamento de leis, decretos, resoluções, 218 normas e regras, que buscam dar suporte para que no ambiente escolar toda essas concepções 219 estejam a serviço de promover o crescimento do ser humano como um sujeito critico, que 220 compreende o ambiente em que vive e que possui conceitos e conhecimentos para o bom 221 usufruto do ambiente que o rodeia. 222 E o currículo adotado no campus Parauapebas leva em consideração essas concepções 223 apresentadas e é elencado no desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico o conjunto das 224 práticas institucionais que permeiam a ação educativa. 225 226 3.2 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO INTEGRADO 227 228 3.2.1 Fundamentos do currículo integrado 229 Para a fundamentação acerca de Currículo Integrado para este PPP, o campus 230 Parauapebas entende que o currículo deve ser visto como um conjunto integrado e articulado 231 de ações que são pensadas e propostas pedagogicamente, partindo de uma visão critica por 232 parte de todos os sujeitos envolvidos no processo educacional. Essa visão além de critica deve 233 englobar o mundo que rodeia esses sujeitos, mundo do trabalho, social, cultural e apoiado na 234 troca de conhecimento. 235 Para uma formação integral dos discentes, deve existir a interelações na execução das 236 atividades pensadas e propostas no campus, com a proposição de que todas essas atividades 237 devam ser intencionadas e apoiadas no tripé ensino, pesquisa e extensão, com uma 238 sustentação embasada em um aporte histórico-critico. Para assim, termos a possibilidade de 239 formação de um indivíduo não apenas preparado para o mercado de trabalho, mas com um Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 13 240 currículo que integre condições de formar cidadãos críticos, que possuem competências e não 241 somente habilidades para o mercado de trabalho. 242 Brasil apud Palasios e Monteiro apresenta: 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 A organização dos currículos está baseada no conceitos de “competências” e “habilidades”. As competências envolvem a dimensão cognitiva por meio dos conhecimentos e do saber. As habilidades englobam a dimensão prática, ou seja, o “saber fazer”. Também deve ser considerada a dimensão socioafetiva para o desenvolvimento de valores e de atitudes, ou o “saber ser”. As metodologias deverão contribuir para que os alunos construam competências para responder às propostas ou aos desafios concretamente enfrentados em um contexto social globalizado. (BRASIL, 2009, p. 50 apud PALASIOS E MONTEIRO, 2012, p 172). 253 Quando se pensa na concepção de currículo integrado, se remete ao entendimento de 254 um currículo que abarca um todo relacionado a unidade dentro de um universo de 255 diversidades, tanto para o ambiente pedagógico, como para o ambiente social em que a escola 256 está inserida. Ao remeter a concepção histórica do currículo, podemos buscar sua base nos 257 conceitos de educação politécnica e de formação integrada, que está prevista, no caso da 258 formação integrada, na Lei que consolida a Lei de Diretrizes e Base – LDB, Lei 11.741 de 259 2008. 260 A concepção de um currículo integrado também deve se afirmar num currículo que 261 permita que a ação não venha se sobrepor aos conceitos devido à natureza da prática da 262 atividade profissional, de acordo com Ramos apud Palasios e Monteiro (2012, p.171) diz que 263 “a aprendizagem significativa não se processa pela primazia da ação, mas à medida que o 264 pensamento trabalha com conceitos, no movimento de compreender a essência dos fenômenos 265 e ultrapassar o senso comum”. 266 Diante dessa concepção apresentada por Ramos (2002) a apreensão e a construção dos 267 conceitos científicos em que essas práticas estão fundamentadas devem ser tão essenciais para 268 a realização eficiente de tarefas especificas, como para tomada de decisões necessárias frente 269 a eventos, para transformações criativas e criadoras. Assim, a concepção de currículo 270 integrado proposto precisa dar o suporte para o surgimento de possibilidades no processo de 271 ensino por parte dos profissionais da educação, como também no processo de aprendizagem 272 do aluno, em face de existência de inúmeros eventos característico do agir competente. 273 Para Saviani (2003) apud Feitosa e Otranto (2012) o currículo integrado, apoiado ao 274 Decreto 5.514/2004, em que os cursos técnicos passam a poder ser ofertados de forma 275 integrada ao ensino médio, contribuindo para a volta do trabalho como principio educativo 276 deve está fundamento de acordo com o que é disposto abaixo: 277 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 14 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 Politecnia diz respeito ao domínio dos fundamentos científicos das diferentes técnicas que caracterizam o processo de trabalho produtivo moderno. Está relacionada aos fundamentos das diferentes modalidades de trabalho e tem como base determinados princípios, determinados fundamentos, que devem ser garantidos pela formação politécnica. Por quê?. Supõe-se que, dominando esses fundamentos, esses princípios, o trabalhador está em condições de desenvolver modalidades de trabalho, com a compreensão do seu caráter, da sua essência. Não se trata de um trabalhador adestrado para executar com perfeição determinada tarefa e que se encaixe no mercado de trabalho para desenvolver aquele tipo de habilidade. Diferentemente, trata-se de propiciar-lhe um desenvolvimento miltilateral, um desenvolvimento que abarca todos os ângulos da prática produtiva na medida em que ele domina aqueles princípios que estão na base da organização da produção moderna. (SAVIANI, 2003, p.140 apud FEITOSA E OTRANTO, 2012, p. 67). 293 Para isso, o currículo integrado deve proporcionar reflexão não somente sobre o 294 mundo do trabalho, com a execução do serviço laboral, mas promover reflexão sobre a 295 cultura, a inovação tecnológica, as ciências, sempre comprometido com o desenvolvimento do 296 ser humano envolvido com o mundo do trabalho, e apoiado no conviver e no viver desse ser 297 humano cercado por tecnologia. 298 Ramos (2004) apud Feitosa e Otranto (2012), apresenta um entendimento de que 299 somente com o currículo integrado é possível a formação plena de cidadão, tendo o ato de 300 aprendizagem passado a ter, um caráter de totalidade, pois propõe a união de teoria e prática 301 na explicação e na compreensão da realidade. 302 303 304 305 306 307 308 309 310 O currículo deve integrar a formação plena do educando, possibilitando construções intelectuais elevadas, a apropriação de conceitos necessários para a intervenção consciente da realidade e a compreensão do processo histórico de construção do conhecimento. (RAMOS, 2004, p. 48-49 apud FEITOSA E OTRANTO, 2012, p. 67). 3.2.2 Princípios do currículo integrado 311 Os princípios que norteiam o currículo integrado no Campus Parauapebas estão 312 balizados por suas concepções apresentadas, buscando a formação do ser humano como 313 sujeito participante no mundo do trabalho, do viver em sociedade, no currículo integrado está 314 predisposto a integração dos conhecimentos de formação geral e específicos para o exercício 315 profissional, interligado a formação para as ciências, a cultura, da educação, e estão 316 fundamentos nos princípios a seguir: 317 318 319 320 concepção do sujeito a partir das múltiplas realidades e relações existentes em sociedade; desenho curricular balizado no trabalho, extensão, pesquisa e inovação como principio educativo e indissociáveis; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 15 321 respeito ao ser humano e suas pluralidades de visão, valores, cultura e escolhas; 322 respeito à diversidade em todas as suas manifestações (culturais, políticas, religiosas, 323 324 325 326 327 sexuais, regionais, sociais, dentre outras); construção dos saberes baseada na compreensão das intersubjetividades existentes entre o sujeito e sua relação com o mundo que o cerca; prática pedagógicas pautada na multidisciplinaridade e interdisciplinaridade, através da flexibilidade do currículo; 328 inclusão social e todas suas multiplicidades de acordo com as legislações vigentes; 329 desenvolvimento de competências profissionais valorizando as práticas profissionais 330 anteriores à formação tecnológicas e cientifica; 331 suporte para a formação de capacidades e atitudes de comunicação dos sujeitos; 332 busca da autonomia dos sujeitos em formação; 333 autonomia financeira, pedagógica e administrativa do campus; 334 construção de identidade do sujeito em relação ao mundo que o cerca; 335 identificação com o território em que o campus está inserido através do uso de 336 337 338 339 340 estratégia pedagógicas que valorizem o território; flexibilidade curricular através da atualização constante dos planos de cursos e do currículo proposto; entrelaçamento das ações docentes e discentes de forma a oportunizar pluralidade do fazer pedagógico; 341 reconhecimento e valorização do fazer pedagógico; 342 reconhecimento dos direitos dos docentes, alunos, técnicos administrativos, equipe de 343 apoio, limpeza e vigilância, ao conhecimento, à educação, cultura, lazer, esporte, 344 buscando a formação de identidades e garantindo o acesso ao conjunto de direitos 345 humanos. 346 347 3.3 CONCEPÇÃO DE GESTÃO EDUCACIONAL 348 349 A Concepção de Gestão Educacional tem suas bases fundamentadas no que orienta a Leis de 350 Diretrizes e Bases da Educação – LDB, de 1996, que estabelece adoção de uma gestão democrática no 351 ensino de acordo com suas peculiaridades e princípios norteadores, onde diz que: 352 353 354 355 Art. 14º. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 16 356 357 358 359 360 361 362 363 364 I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15º. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. (BRASIL, 1996, p.7). 365 A gestão educacional em todas suas formas deve direcionar a busca por tomada de decisões 366 sejam elas coletivas ou mesmo individuais, de modo a garantir que a trajetória administrativa no 367 ambiente escolar promova a equidade entre todos os sujeitos participantes. A concepção de gestão aqui 368 representada para a gestão educacional é a gestão democrática, já apresentada e fundamentada na LDB 369 de 1996 e também na Constituição Federal do Brasil, também conhecida como constituição cidadão, 370 de 1988, no seu artigo 206, em que diz: 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: (EC no 19/98 e EC no 53/2006) I –igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II –liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV–gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; VI –gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (grifo nosso) 385 Dentre outros instrumentos legais que garantem a gestão democrática se estabelece a 386 orientação do processo organizacional e da gestão do trabalho em suas instancias pedagógica 387 e administrativa, Luck (2009, p.23) apresenta “A gestão [...], como área de atuação, constitui- 388 se, pois, em um meio para a realização das finalidades, princípios, diretrizes e objetivos 389 educacionais orientadores da promoção de ações educacionais com qualidade social, isto é, 390 atendendo bem a toda a população”. 391 A gestão democrática deve estabelecer a participação de todos nas tomadas de 392 decisões e também na busca por soluções frente as questões cotidianas no ambiente escolar, 393 Luck indica que que a gestão democrática e sua concepção estão pautada em: 394 395 396 397 398 399 400 401 O mesmo se assenta no pressuposto de que a educação é um processo social colaborativo que demanda a participação de todos da comunidade interna da escola, assim dos pais e da sociedade em geral. Dessa participação conjunta e organizada é que resulta a qualidade do ensino para todos, princípio da democratização da educação. Portanto, a gestão democrática é proposta como condição de: i) aproximação entre escola, pais e comunidade na promoção de educação de qualidade; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 17 402 403 404 405 406 407 408 409 410 Em face de definição de que a gestão democrática no ambiente escolar não pode ser 411 diferente do que a própria dinâmica da educação pressupõe, ou seja, um ambiente educacional 412 deve ser um ambiente de trocas, de interação social colaborativo e que este estabelece a 413 participação de todos da comunidade escolar, participação dos alunos, dos pais, gestores, 414 equipe de apoio, professores, equipe técnica, pois todos vivem e fazem o processo de ensino 415 acontecer. ii) de estabelecimento de ambiente escolar aberto e participativo, em que os alunos possam experimentar os princípios da cidadania, seguindo o exemplo dos adultos. Sobretudo, a gestão democrática se assenta na promoção de educação de qualidade para todos os alunos, de modo que cada um deles tenha a oportunidade de acesso, sucesso e progresso educacional com qualidade, numa escola dinâmica que oferta ensino contextualizado em seu tempo e segundo a realidade atual, com perspectiva de futuro. (LUCK, 2009, p.70). 416 A gestão escolar historicamente no Brasil não fora sempre como se estabeleceu na 417 Constituição Federal de 1988 e na LDB de 1996, em outros momentos da história da 418 educação, o modelo de gestão estava embasado na centralização do poder e, na verticalização 419 e níveis de poder dos participantes, e a conquista na adoção de uma gestão escolar 420 democrática é resultado das lutas aguerridas de movimentos sociais ligados a educação, como 421 dos professores e de estudantes, que durante décadas construíram a concepção de gestão 422 democrática que hoje descrevemos para ser amplamente discutida, aprimorada e concebida 423 sua utilização no ambiente escola do campus Parauapebas. 424 Carvalho apud Luck mostra que: 425 426 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 437 à medida que a consciência social se desenvolve, o dever vai sendo transformado em vontade coletiva”, isto é, vai-se criando no interior da escola uma cultura própria orientada pela realização dos ideais da educação, que passam a fazer parte natural do modo de ser e de fazer da escola e, por isso mesmo, não precisa ser imposta de fora para dentro. A construção da consciência e responsabilidade social sobre o papel de todos na promoção da aprendizagem e formação dos alunos (inclusive deles próprios com esse fim), constitui-se, pois em condição imprescindível para a construção de escola democrática e realização de gestão democrática. Essa condição se constrói mediante uma perspectiva proativa, empreendedora, competente e orientada por elevado espírito educacional, critérios que qualificam a participação no contexto da escola. (CARVALHO, 1979, P.22 apud LUCK, 2009, p.70) 438 3.4 PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA 439 440 3.4.1 A pesquisa como princípio pedagógico 441 Hoje vivemos em uma sociedade cujos processos científicos nos cercam e interagimos com 442 esses processos científicos em todos os momentos e no ambiente pedagógico de uma instituição de 443 ensino técnico e tecnológico, as interelações com a pesquisa cientifica e tecnológica deve ser sistêmica Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 18 444 e a busca por essas interpelações deve perpassar as ações pedagógicas sempre buscando está em 445 consonância com a pesquisa e a ciência. 446 A pesquisa como principio educativo deve propor a interação entre professores, alunos e 447 técnicos administrativos, em especial os responsáveis pelos laboratórios no cotidiano das ações 448 pedagógicas. Essa interação deve promover uma maior proximidade entre os sujeitos na ação 449 pedagógica, que através das ações de realização de pesquisas dentro e fora do campus Parauapebas, 450 venha proporcionar a aquisição de ferramentas para que os alunos obtenham na sua prática diária, 451 conhecimento empírico e teórico dos temas e conteúdos que estão sendo investigados. 452 Através da pesquisa como ferramenta de ações pedagógicas se propõe a maior 453 interação entre os alunos com os professores no uso dos laboratórios não apenas como 454 ferramenta fim de obtenção do conhecimento do uso de determinada máquina, mas a 455 utilização racional da tecnologia e do conhecimento por parte dos alunos, pois a pesquisa 456 propõe a formação de sujeitos interrogadores investigativos, pesquisadores que buscam 457 propor soluções para questões do dia a dia, e no ambiente educacional, a pesquisa são 458 imprescindível para o alcance do êxito pedagógico. 459 Chizzotti (2006, p. 12) afirma que “o pesquisador aprende, como ensina Descartes, no 460 seu Discurso do método, o peso da “resolução de me estudar também a mim mesmo e de 461 aplicar todas as forças do meu espírito em escolher os caminhos que deveria seguir””. Diante 462 dessa assertiva, podemos compartilhar da opinião tanto de Chizzotti quanto de Descartes 463 sobre a importância da pesquisa como método do aluno conhecer também a si próprio nessa 464 caminhada de descoberta no processo educativo, e o uso da pesquisa como prática pedagógica 465 é importante instrumento para inserir os alunos nas ações de pesquisa no ambiente escolar e 466 fora dele. 467 Chizzotti também destaca que: 468 469 470 471 472 473 474 475 476 477 478 479 Devemos buscar o despertar no aluno do sentido de questionar, pesquisar, investigar e 480 olhar o mundo que o cerca de olhos de curiosidade e não de passividade, Chizzotti (2006, p. 481 20) nos apresenta a pesquisa cientifica como um esforço sistemático para explicar ou 482 compreender os dados encontrados, e a utilização da pesquisa como principio educativo deve Os esforços constantes da análise e síntese que a reflexão, a observação e a intuição provocam, podem trazer um drama existencial, uma tomada de consciência dos limites, da fragilidade, da ignorância e da miséria do próprio saber e gerar, no investigador, uma perplexidade aflitiva, uma inibição da vontade, uma paralisia da procura. [...] não só põe em questão o objeto da pesquisa e seus condicionamentos ideológicos, sociais e políticos, ou seus métodos e instrumentos, mas, sobretudo, suas finalidades e a consciência cientifica e social do pesquisador. (CHIZZOTTI, 2006, P. 12) Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 19 483 proporcionar esse esforço sistemático para explicar e/ou compreender os fenômenos, os 484 acontecimentos e as situações vivenciadas pelos alunos dentro e fora do ambiente escolar. 485 486 487 488 489 490 491 492 493 494 Chizzotti destaca: 495 um dotar a pesquisa como fonte de conhecimento e transformação, problematizando as 496 questões pedagógicas de forma a inserir no contexto acadêmico ações de reflexão, debates e 497 troca entre os sujeitos no ambiente escolar. 498 499 500 501 A pesquisa cientifica caracteriza-se pelo esforço sistemático de –usando critérios claros, explícitos e estruturador, com teoria, método e linguagem adequada – explicar ou compreender os dados encontrados e, eventualmente, orientar a natureza ou as atividade humanas. A pesquisa pressupõe teorias ou visões de mundo que, em diferentes domínios do conhecimento, moldam a atividade investigativa e auxiliam a pesquisa. (CHIZZOTTI, 2006, p. 20) Esse despertar a atitude de pesquisador em nossos alunos deve ser acompanhado de 3.4.2 O trabalho como princípio educativo 502 Para se denotar a importância do trabalho como principio educativo é importante 503 compreender o mundo do trabalho, que de acordo com Ciavatta (2005, p. 92) é “tanto as 504 atividades materiais, produtivas, como os processos de criação cultural que se geram em torno 505 da reprodução da vida”, e partindo desse entendimento, o trabalho se torna um principio 506 educativo importante para a inserção dos alunos no contexto educacional. É como um circulo 507 em que o aluno através da educação se inseri e atua no mundo do trabalho e através do 508 trabalho se volta para o processo educativo com mais propriedade. 509 O trabalho deve ser visto como principio educativo que busca inserir os alunos como 510 sujeitos participantes na construção de processos das atividades materiais, na cadeia produtiva 511 em que está inserido e trazendo de volta para o ambiente educacional esse conhecimento, o 512 utilizando de forma a ter melhor aproveitamento no processo de aprendizagem. 513 A troca entre os conhecimentos produzidos a partir do mundo do trabalho e dos 514 processos de ensino propostos no ambiente educacional deve ser incentivados em sua 515 totalidade, pois a formação que o currículo integrado busca está pautado nesse interpelação 516 entre o mundo do trabalho e a formação plena do cidadão no ambiente escolar. 517 Segundo Frigoto, Ciavatta e Ramos apud Feitosa e Otranto: 518 519 520 521 522 [...] o ideário da politecnia buscava e busca romper com a dicotomia entre educação básica e técnica, resgatando o principio da formação humana em sua totalidade; em termos epistemológicos e pedagógicos, esse ideário defendia um ensino que integrasse ciência e cultura, humanismo e tecnologia, visando ao desenvolvimento Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 20 523 524 525 526 527 528 529 de todas as potencialidades humanas. Por essa perspectiva, o objetivo profissionalizante não teria fim em si mesmo nem se pautaria pelos interesses do mercado, mas constituir-se-ia numa possibilidade a mais para os estudantes na construção de seus projetos de vida, socialmente determinados, possibilitados para uma formação ampla e integral. (FRIGOTO, CIAVATTA E RAMOS, 2005, p. 3536 apud FEITOSA E OTRANTO, 2012, p. 79) 530 Diante da proposição de uma formação humanista na sua totalidade, o trabalho é parte 531 dessa formação, e não apenas para formar o sujeito para o trabalho como única prerrogativa 532 para o seu viver escolar, mas sim uma formação que tenha o trabalho como ferramenta 533 pedagógica. Que relacione a educação com os conhecimentos adquiridos através das ações 534 vividas no ambiente de trabalho, apresentando todas as complexidades existentes nas relações 535 do ambiente pedagógico com o ambiente do trabalho. 536 537 538 3.4.3 O respeito à diversidade 539 No ambiente escolar a diversidade tem sua concepção num contexto social mais amplo, 540 que extrapola os muros da escola e no interregno dos anos, a palavra diversidade adquiriu um 541 cabedal de ressignificações, e o ambiente escolar precisa pensar a diversidade como gestos e 542 ações promotora de sentido na perspectiva dos diversos sujeitos que estão vivenciando a vida 543 escolar, se relacionando de forma direta e indireta e trocando informações visuais, gestuais e 544 sentimentais, pois a relação entre docentes, alunos, equipe técnica, enfim, entre os sujeitos 545 que constroem o processo de ensino implica em trocas. 546 Oliveira (2012, p. 16) diz que “a escola como construção social implica na compreensão 547 do seu cotidiano, onde os sujeitos não são meramente passivos, constituindo conflitos e 548 negociações em função de determinadas circunstâncias” e partindo dessa premissa da escola 549 como construção social, a diversidade está presente em todas as relação e deve ser respeitada 550 em sua gênese, e toda as suas formas, que são inúmeras, em tocante no ambiente escolar, que 551 agrega pessoas com uma gama de diversidade na sua formação, seja familiar, social e 552 educativa. 553 A diversidade não pode ser pensada e apresentada no ambiente escolar apenas de forma 554 simplória como constatação de reconhecimento de pluralidades de identidades que o sujeito 555 possui, de paradigmas; práticas sociais e culturais diversas. Bhabha (1998) apud Oliveira 556 (2012) caracteriza: 557 558 559 560 O que nos chama a atenção é que pensar a diversidade como categoria de análise, significa a simples constatação de reconhecimento de pluralidades de identidades, práticas sociais e culturais como dados naturais e inerentes de uma convivência Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 21 561 562 563 564 565 566 567 568 Canário (2005) apud Oliveira (2012) destaca “a escola como construção histórica alerta que esta, 569 de um período de promessas de desenvolvimento de mobilidade social e de igualdade, passou a viver 570 um período de incertezas, [...] sofreu um processo de desencantamento”. Mas a escola deve ser 571 apresentada como o lócus da troca entre as diferenças, do encantamento pelas expressões de vida que 572 seus sujeitos trazem como bagagem. E o respeito pela diversidade, em todas suas formas de 573 concepções, jeitos, características e estilos será a base da formação dos alunos, da troca entre os 574 sujeitos que compõem o universo educacional. 575 3.5 DIRETRIZES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA 576 577 3.5.1 O planejamento pedagógico harmoniosa entre os sujeitos, [...] pensar as relações sociais a partir desta conceituação é uma ilusão histórica, pois as relações sociais foram hierarquizadas pelas diferenças – além das de classe social – que exprimem, explicita ou implicitamente, hierarquias de poder: (BHABHA. 1998 apud OLIVEIRA, 2012, p. 16). 578 O planejamento pedagógico se origina da proposta pedagógica escolhida pelo sistema de ensine 579 e é parte inerente da ação educativa e de todos que dela fazem parte, a LDB (1996) no seu artigo 12º 580 diz que “Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de 581 ensino, terão a incumbência de: [...]VII - informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o 582 rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica”. (grifo nosso). 583 Assim a apresentação de um planejamento pedagógico é previsto na LDB e deve ser dada toda a 584 publicidade necessária para que tanto alunos, técnicos, professores, equipe gestora e a família 585 tenham acesso ao planejamento pedagógico escolhido e executado no ambiente escolar. 586 Luck demonstra que o planejamento implica em: 587 588 589 590 591 592 593 594 Planejar a educação e a sua gestão implica em delinear e tornar clara e entendida em seus desdobramentos, a sua intenção, os seus rumos, os seus objetivos, a sua abrangência e as perspectivas de sua atuação, além de organizar, de forma articulada, todos os aspectos necessários para a sua efetivação. Para tanto, o planejamento envolve, antes de tudo, uma visão global e abrangente sobre a natureza da Educação, da gestão escolar e suas possibilidades de ação. (LUCK, 2009, p.32). 595 E todos que fazem parte do universo escolar, devem ser implicados no ato de planejar o 596 fazer pedagógico, desde sua concepção até a efetivação do planejamento, pois as ações são 597 pensadas para todos que vivem no ambiente escolar, o planejamento pedagógico não pode 598 apenas ser um documento produzido para ser apresentado em uma reunião anual e guardado 599 em gavetas, mas sim, de acordo com Luck (2009, p.33) “Observa-se haver em várias 600 circunstâncias do contexto educacional a desconsideração em relação à importância do Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 22 601 planejamento para a determinação da qualidade do ensino, pela organização do seu trabalho 602 com esse foco”. 603 Ainda de acordo com Luck: 604 605 606 607 608 609 610 611 612 613 614 615 616 617 Essa desconsideração é demonstrada quando os planos são delineados com uma orientação formal, de que resulta, por exemplo, que o Projeto Político-Pedagógico da Escola e o seu Plano de Desenvolvimento fiquem guardados em gavetas ou armários, em vez de estarem na mesa do diretor, dos coordenadores ou supervisores pedagógicos e dos professores; que até mesmo sejam desconhecidos por profissionais que trabalham na escola; que os planos de aula sejam cópias daqueles realizados em outras turmas e outros anos letivos, isto é, “planeja-se”, mas não se usa o plano resultante para orientar o cotidiano do trabalho escolar (ou, na pior das hipóteses, que esses planos nem existem, por falta de acompanhamento e reforço por parte do diretor escolar); que os planos sejam considerados como meros instrumentos burocráticos e não como mapas orientadores do trabalho. (LUCK, 2009, p.33). 618 619 Todas as ações de planejar o fazer pedagógico devem partir da realidade vigente no 620 ambiente escolar, do entorno em que vivemos as realidades dos alunos, docentes, técnicos e 621 equipe de apoio, no proposito de que todo planejamento não é estático e que parte de um 622 ponto de observação da realidade, assim, é premente que as ações do planejamento 623 pedagógico estejam imbuídas de atualização, revisão e discussão permanente envolvendo a 624 todos. 625 Como parte das ações de planejamento estão a realização de: Semana de Formação 626 Pedagógica; Formação continuada dos professores; Reuniões de planejamento durante o 627 semestre letivo, Reuniões dos Núcleos Docente Estruturantes - NDEs; Reuniões com 628 participação de representantes de alunos, do grêmio estudantil; Participação da equipe 629 pedagógica e professores nas reuniões de planejamento da ações administrativas e de 630 orçamento. Pois o envolvimento de todos em todos as ações pedagógicas e administrativas 631 implica no conhecimento do todo no ambiente escolar. 632 633 634 3.5.2 A avaliação da aprendizagem 635 .A avaliação será compreendida como uma prática de investigação processual, 636 diagnóstica, contínua, cumulativa, sistemática e compartilhada em cada etapa educativa, com 637 diagnóstico para verificar se houve aprendizagem e apontar caminhos para o processo 638 educativo. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 23 639 A avaliação deverá valorizar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, em que 640 deverão ser priorizados os instrumentos integradores de conteúdos curriculares e 641 estimuladores da autonomia na aprendizagem do aluno, de forma que envolvam atividades 642 realizadas individualmente e em grupos fornecendo indicadores de sua aplicação no contexto 643 profissional desse sujeito tais como execução de projetos, pesquisas na sua área de atuação 644 profissional e demais atividades. 645 A sistemática de avaliação seguirá o que determina o Regulamento Didático 646 Pedagógico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica do Pará, versão 2015 647 que concebe o processo de avaliação da aprendizagem de forma ampla, contínua, gradual, 648 cumulativa envolvendo todos os aspectos qualitativos e quantitativos da formação do 649 educando, conforme prescreve a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB Nº 9.394/96 650 651 652 A verificação do desempenho acadêmico será feita de forma diversificada de acordo com a peculiaridade de cada processo educativo, contendo entre outros: 653 Atividades individuais e em grupo, como: pesquisa demonstração prática e seminários; 654 Pesquisa de campo, elaboração e execução de projetos; 655 Provas escritas e/ou orais: individual ou em equipe; 656 Produção científica, artística ou cultural. 657 658 659 660 bibliográfica, A avaliação do desempenho acadêmico deverá tomar como referência os parâmetros orientadores de práticas avaliativas qualitativas, a saber: a) Domínio cognitivo – capacidade de relacionar o novo conhecimento com o conhecimento já adquirido; 661 b) Cumprimento e qualidade das tarefas – execução de tarefas com requisitos 662 previamente estabelecidos no prazo determinado com propriedade, empenho, iniciativa, 663 disposição e interesse; 664 c) Capacidade de produzir em equipe – aporte pessoal com disposição, organização, 665 liderança, cooperação e interação na atividade grupal no desenvolvimento de habilidades, 666 hábitos, conhecimentos e valores; 667 668 d) Autonomia – capacidade de tomar decisões e propor alternativas para solução de problemas, iniciativa e compreensão do seu desenvolvimento. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 24 669 Em cada instrumento de avaliação, os parâmetros orientadores de práticas avaliativas 670 qualitativas deverão ser considerados em conjunto, quando aplicáveis, na composição da nota. 671 O desempenho do discente em cada unidade didática será registrado através de nota, 672 compreendida entre 0,0 (zero) e 10,0 (dez). Os resultados das avaliações serão mensurados de 673 acordo com a Organização Didática em vigor no regime semestral, sendo que todas as 674 disciplinas estão enquadradas no regime semestral, tendo como critérios de avaliação NOTA, 675 da seguinte forma. Para a avaliação semestral utiliza-se a fórmula descrita abaixo: 676 MS =1ª BI+ 2ª BI ≥ 7,0 2 677 LEGENDA: 678 MS = Média Semestral 679 1ª BI = 1ª Bimestral (verificação da aprendizagem) 680 2ª BI = 2ª Bimestral (verificação da aprendizagem) 681 Caso a Média Semestral (MS) seja menor que sete (< 7,0), o discente fará prova 682 semestral, com o objetivo de recuperar a sua menor nota. Tal procedimento é válido para os 683 dois semestres do ano letivo. 684 Para a avaliação anual utiliza-se a fórmula descrita abaixo: 685 686 a) O discente será aprovado na disciplina por média, se obtiver nota maior ou igual a sete (≥ 7,0). 687 688 b) Caso a Média Semestral (MS) seja menor que sete (< 7,0), o discente fará prova final. 689 690 c) O discente estará aprovado após a realização da prova final se obtiver Média Final maior ou igual a sete (≥7,0). 691 d) O resultado da Média Final será obtido da seguinte forma: 692 MF =MB + PF ≥ 7,0 693 2 694 695 696 LEGENDA: 697 MF = Média Final 698 MB = Bimestral Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 25 699 PF = Prova Final 700 701 Caso a Média Final seja inferior a 7,00 (sete), o estudante será considerado reprovado no 702 componente curricular. 703 704 705 706 707 708 709 710 711 OBS: A frequência segue sua obrigatoriedade, na forma da Lei, e será apurada por componente curricular em cada semestre letivo. O aluno será considerado aprovado por média quando: obtiver Média Bimestral (MB) igual ou superior a sete e frequência igual ou superior a 75% por componente curricular. As faltas serão registradas na Folha de Frequência ou Diário de Classe pelo respectivo docente. 3.5.3 Os projetos integradores (concepção, objetivos e aspectos metodológicos) 712 No intuito de promover a interação entre os conhecimentos apresentados nos anos 713 letivos, serão desenvolvidos projetos integradores que possibilitam a visão crítica e integrada 714 dos conhecimentos, buscando a constante inovação, criatividade e o desenvolvimento de 715 competências. O modelo de integração de conhecimentos permite o desenvolvimento de 716 competências a partir da aprendizagem pessoal e não somente através do ensino unilateral. Os 717 projetos integradores procuram estabelecer a ambientação da aprendizagem, estimulando a 718 resolução de problemas. Neste plano, o desenvolvimento de projetos integradores tem por 719 objetivo integrar os conhecimentos do mesmo ano letivo, promovendo o desenvolvimento de 720 competências, como a capacidade pessoal de mobilizar, articular e colocar em ação 721 conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e 722 eficaz de atividades requeridas pelo mundo do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico. 723 Almeja-se com o desenvolvimento dos projetos integradores a formação de um 724 profissional com capacidade de pensar de forma reflexiva, com autonomia intelectual e 725 sensibilidade ao relacionamento interdisciplinar, capaz de aplicar, em uma mesma atividade 726 um universo de informações adquiridas através dos vários contextos e situações de 727 aprendizagem vivenciadas. 728 Os Projetos Integradores são atividades curriculares desenvolvidas ao longo do ano 729 letivo pelos estudantes que buscam verificar, desenvolver e aperfeiçoar todas as competências 730 e habilidades necessárias ao perfil profissional através do trabalho com situações-problema. 731 As propostas de projetos são sugeridas por coordenadores, professores e pelos próprios 732 estudantes, baseadas em temas geradores, articuladas aos componentes curriculares e 733 aplicadas a situações reais ou similares ao processo produtivo, sob a forma de pesquisa, Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 26 734 construção de dispositivos e/ou ação pedagógica, a respeito de algum aspecto (social, 735 tecnológico, histórico, cultural, ecológico, científico, etc.) de sua realidade local. 736 737 Os projetos integradores seguirão os seguintes procedimentos: Planejamento coletivo realizado pelos docentes para produção do projeto integrador 738 inerentes ao módulo em desenvolvimento. Nesta etapa definem-se também quais serão 739 os professores orientadores; 740 741 Apresentação e discussão da proposta para a turma, com ênfase em temas geradores baseados na especificidade dos componentes curriculares; 742 Formação de equipes de estudantes; 743 Orientação das atividades de pesquisa em desenvolvimento, com períodos definidos, a 744 745 partir da carga horária de cada componente curricular; Entrega de relatórios e apresentação pública das produções desenvolvidas. 746 747 3.5.4 A prática profissional 748 a) A prática profissional como componente curricular 749 750 A Prática Profissional, segundo a Resolução CNE/CEB nº 06/2012 deverá constituir e 751 organizar a educação profissional, devendo expressar-se nos planos de cursos unindo teoria e 752 prática. A prática profissional deverá ser desenvolvida durante o curso e será articulada entre 753 as disciplinas dos períodos letivos correspondentes. O início das atividades práticas 754 acontecerá a partir do primeiro módulo do curso. 755 A adoção de tais práticas possibilita efetivar uma ação interdisciplinar e o planejamento 756 integrado entre os elementos do currículo. As práticas serão desenvolvidas de forma 757 diferenciada para cada disciplina, respeitando as especificidades de cada uma e também a 758 abordagem prevista por cada professor. 759 As práticas serão elaboradas em forma de: aulas práticas no laboratório do campus, 760 participação e/ou coordenação em eventos da área, projetos, monitoria, visitas técnicas, entre 761 outros, em que o aluno deverá desempenhar no período escolar ou fora do horário de aula e 762 envolverá um assunto específico diretamente relacionado com a disciplina e que tenha 763 relevância na vida prática profissional. Haverá ainda, atividades dos projetos integradores, 764 planejados pelo conjunto de professores que ministrarão aulas no início do semestre letivo 765 corrente, definindo a temática a ser abordada e a metodologia adequada, com base nos 766 componentes curriculares. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 27 767 Os alunos serão motivados a participar e organizar seminários, encontros internos ou 768 externos, como ouvintes e/ou participantes, no intuito da divulgação dos projetos de pesquisa, 769 ensino e extensão realizados no ambiente escolar. 770 771 772 773 b) O estágio supervisionado (na formação técnica e na formação docente) 774 conclusão das disciplinas que compõem o currículo é importante a realização de estágio 775 curricular supervisionado. O estágio será desenvolvido a partir do segundo ano, com carga 776 horária mínima obedecendo ao que é estabelecido no PPC dos cursos técnicos e de formação 777 de professores. Para atender as competências para qualificação do futuro profissional, além da 778 O discente poderá realizar o estágio curricular supervisionado através de duas opções, 779 sendo a primeira, dentro da própria Instituição, caso em que o discente poderá participar de 780 projetos de ensino, pesquisa e extensão e no caso de estágio de cursos de formação de 781 professores, acompanhado por um professor orientador, desde que devidamente autorizados 782 pelas instâncias competentes e supervisionados pela Coordenação dos cursos; e como segunda 783 opção, em empresas ou entidades, públicas ou privadas, que possam oferecer condições e 784 oportunidades para o desenvolvimento profissional do discente. Em ambos os casos estando 785 de acordo com a Lei nº 11.788/2008, Art. 1º, Parágrafo 2º. 786 787 788 789 790 791 792 793 794 795 796 Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. § 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. § 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. 797 O estágio está estruturado para atender as competências para a qualificação, sendo 798 supervisionado por um profissional da área e um técnico que a empresa ou a instituição 799 dispor, e avaliados através de relatórios que deverão ser apresentados tanto pelo estagiário, 800 quanto pelo supervisor de estágio, bem como por parte da instituição concedente de estágio. 801 I. O Estágio Curricular Supervisionado compreende o desempenho teórico-prático do 802 discente em empresas, instituições públicas, privadas ou instituições não 803 governamentais em atividades correlatas à habilitação profissional, nos diversos 804 setores da economia, com vistas à integração no mundo do trabalho. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 28 805 II. O Estágio Curricular Supervisionado poderá ser desenvolvido dentro de um Projeto de 806 Pesquisa, oficialmente aprovado, de cunho Técnico-Científico, Cultural e Social, com 807 as atividades comprovadamente relacionadas à prática da habilitação profissional. 808 III. Os micro estágios, quando previstos no Plano de Curso, são atividades didático- 809 pedagógicas e Atos educativos intencionais, tendo, portanto, sua carga horária 810 contabilizada como Estágio Curricular Supervisionado, desde que as atividades 811 objetivam complementar a aprendizagem técnica e o enriquecimento sociocultural dos 812 discentes com práticas reais que visam à integração no mundo do trabalho. 813 IV. Terá direito à dispensa ou redução parcial das horas estabelecidas para o Estágio 814 Curricular Supervisionado o discente que comprovar experiência profissional, ficando 815 este mesmo obrigado a apresentar documentação comprobatória, requerendo a 816 avaliação de sua experiência, em substituição ao estágio curricular. 817 818 V. O Estágio poderá ser desenvolvido a partir da conclusão do 1º semestre letivo, de acordo com o estabelecido no Plano de Curso. 819 VI. Caberá à Departamento de Estágio, de acordo com regulamento estabelecido, 820 coordenar as ações referentes à inserção do estudante no campo de estágio e, em 821 conjunto com a Diretoria de Ensino, planejar as condições para o acompanhamento e a 822 avaliação do desempenho discente. 823 824 825 5.3.5 O trabalho de conclusão de curso 826 O trabalho de conclusão de curso deve necessariamente estar atrelado ao exercício da 827 docência nos cursos cujo PPC tem o TCC como item obrigatório no percurso formativo, 828 podendo ser de natureza empírica, para a produção de Projetos de intervenção com 829 proposições e sugestões de mudanças no contexto social no qual o aluno está inserido, 830 tomando por base a documentação existente e os achados bibliográficos já estudados. Sendo 831 que ao longo do curso os alunos estarão realizando pesquisa e estes podem e devem ser 832 incorporados processualmente nos trabalhos de conclusão de curso. 833 O IFPA possui a Instrução Normativa 02/2015/PROEN que estabelece a padronização 834 dos Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso do Instituto Federal do Para em 835 observância as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT e suas ultimas 836 atualizações e estabelece que: 837 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 29 838 839 840 841 842 843 844 845 846 847 848 849 850 851 852 853 854 855 856 857 858 859 860 861 862 Diante da publicação dessa instrução normativa, todos os Trabalhos de conclusão de curso do 863 campus Parauapebas quando previsto de forma obrigatória no PPC irá obedecer as normas inseridas 864 nessa instrução e demais legislações que se fizerem vigentes, na busca por colocar o alunos em 865 proximidade com a pesquisa e extensão, que terão seus resultados apresentados em forma de TCC. Art. 1° Os Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso obedecerão em sua construção o que prevê o Manual de Normalização dos Trabalhos Acadêmicos do IFPA 2015-2020. Art.2° 0 presente Manual tera validade de 5 (cinco) anon, 2015 a 2020 e foi atualizado considerando as normas: NBR: 14724/2011: INFORMA00 E DOCUMENTA00 — TRABALHOS ACADEMICOS —APRESENTAÇÃO NBR: 6024/2012: 1NFORMA00 E DOCUMENTA — NUMERAÇAO PROGRESSIVA DAS SEÇOES DE UM DOCUMENTO — APRESENTAÇÃO NBR: 10520/2002: INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO — CITAÇÕES EM DOCUMENTOS —APRESENTAÇÃO NBR: 6023/2002: INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO — REFLRENCIAS — ELABORAÇÃO NBR: 6027/2012: INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO — SUMARIO — APRESENTAÇÃO NBR: 6028/2003: INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO — RESUMO — APRESENTAÇÃO NBR: 6034/2011: INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO — INDICE — APRESENTAÇÃO NBR: 12225/2004: INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO — LOMBADA — APRESENTAÇÃO Art. 3° As alterações de Normas que ocorrerem durante este período serão inseridas na atualização do presente Manual em 2020. (IFPA, 2015, p. 1) 866 867 868 5.3.6 As atividades complementares 869 Para inserir os alunos no seu meio profissional, visando a sua participação em 870 seminários, oficinas, congressos e outros eventos congêneres, é importante a realização de 871 atividades complementares. 872 Para fins de conceituação, entende-se por Atividade Complementar o componente 873 curricular que tem por objetivo ampliar o conhecimento adquirido pelos alunos ao longo do 874 desenvolvimento do curso. São exemplos de Atividades Complementares: 875 Participação em Congressos, Seminários e Palestras; 876 Participação em exposição, filmes, apresentações, etc.; 877 Atividades assistenciais (voluntariado); 878 Artigos publicados em jornais e/ou revistas; 879 Participação em cursos ou atividades culturais; 880 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 30 881 Poderão ser consideradas como atividades complementares ainda, algumas atividades 882 extracurriculares organizadas pela Instituição ao longo dos semestres, tais como: Semana 883 Cultural, Feiras de Ciências etc. 884 O IFPA oferece ao longo do curso e do ano letivo eventos que constam no calendário 885 acadêmico, como o SICTI, dentre outros existentes nos diversos polos. Estes eventos devem 886 ser frequentados pelos alunos e servem como atividades complementares. 887 888 889 890 891 892 As atividades complementares são de total responsabilidade dos alunos cabendo à Instituição cobrar o cumprimento da carga horária ao final do curso. 3.5.7 Os perfis esperados do professor e do aluno A condução do processo educacional deve ser responsabilidade de todos e devem 893 permear a formação critica dos alunos de forma que o currículo integrado deve vir de forma 894 indissociável o ensino, pesquisa e extensão, promovendo uma formação plena dos alunos 895 como cidadãos críticos, para tanto é necessário que os professores possuam os perfis abaixo: 896 897 898 Conhecimento e entendimento dos conceitos e teorias acerca do desenvolvimento do ensino e da aprendizagem no ambiente escolar; 899 Pleno domínio dos conteúdos a serem transmitidos e sua significação nos diversos 900 contextos nos ambiente escolar, social, do trabalho, cultura, das ciências e tecnologia, 901 de forma a realizar adequação a realidade social dos alunos; 902 903 Transparência e publicidade nas suas ações em sala de aula e no ambiente escolar como um todo; 904 Gestão em sala de aula de forma a ter a capacidade de gerir e intervir nos diferentes 905 momentos das ações educacionais durante as aulas e em outros momentos da vivencia 906 escolar; 907 908 Integração entre prática e teoria na formulação dos conteúdos e estratégias pedagógicas implantadas; 909 Assumir a responsabilidade de forma solidária pela gestão no ambiente escolar, 910 buscando a efetivação da gestão democrática na sala de aula e em todos os ambientes 911 da escola; 912 Responsabilidade em relação ao posicionamento pedagógico face às diversidades 913 existente no ambiente escolar, como de gênero, sexual, religiosa, política, cultural, Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 31 914 étnica, idade, territorial, dentre as diversidades que se apresentarem no decorrer das 915 ações pedagógicas; 916 917 918 919 920 921 Realização de ações envolvendo de forma indissociável o ensino, pesquisa, extensão e inovação; Aplicação de conceitos do mundo do trabalho, da pesquisa, da tecnologia como principio educativo; Domínio de metodologias variadas para aplicação dos conteúdos e temas das diferentes disciplinas na sua práxis educativa; 922 Compreensão e aplicação da flexibilidade curricular no decorrer da sua práxis; 923 Posicionamento ético face ao desenvolvimento das ações educativas; 924 Capacidade de relacionamento interpessoal de forma ética, cortês e gentil; 925 Boa comunicação com todos os sujeitos que fazem parte do ambiente escolar, 926 independente da posição ocupada; 927 Compromisso com a formação integral dos alunos; 928 Capacidade de auto formação e interesse contínuo na participação nos processo de 929 formação continuada. 930 931 Todos os perfis acima esperado que o professor do campus Parauapebas venha a possuir 932 para assim, partindo da sua práxis tanto dentro da sala de aula, quanto em outros ambientes do 933 campus, levar nossos alunos a possuir os perfis abaixo, necessários para uma formação 934 integral de um sujeito critico e participativo: 935 936 Ser critico e participativo em todas as ações dentro e fora do ambiente escolar; 937 Senso de investigação cientifica; 938 Boa comunicação oral e escrita; 939 Ter autonomia e capacidade de tomar decisões e autonomia intelectual; 940 Entender o processo formativo tendo o trabalho como prática educativa; 941 Capacidade de inserção no mundo do trabalho; 942 Capacidade de se reconhecer como cidadão responsável por sua decisões e suas 943 consequências; 944 Iniciativa para criação e/ou participação em ações sociais nos diversos segmentos; 945 Compromisso ético com o planeta e com a sociedade em que está inserido; 946 Ter responsabilidade ambiental e social; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 32 Capacidade de assimilação dos conteúdos proposto e troca de conhecimentos com 947 948 todos os sujeitos envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem; Busca continua pelo aprendizado e atualização dos conhecimentos adquiridos em 949 950 todos os ambientes de aprendizagem vivenciados. 951 952 953 954 4 POLÍTICAS E AÇÕES INSTITUCIONAIS 955 As ações do ensino, pesquisa e extensão são construídas pela articulação entre as 956 políticas de expansão da rede de educação profissional e tecnológica com o compromisso de 957 promover a educação em várias formas, níveis e modalidades em consonância com a Lei 958 9394/96 (LDB). Neste pressuposto são discutidos os mecanismos de materialização destas 959 ações, amparadas em políticas que conduzam a reafirmação das concepções e diretrizes das 960 práticas pedagógicas e funcionamento institucional. 961 As políticas educacionais deste PPP são caracterizadas por amplo projeto coletivo e 962 participativo, onde todos os seguimentos participam ativamente da construção dos processos 963 inerentes a tais políticas. Onde as definições de concepções, finalidades, metodologias e 964 diretrizes pedagógicas alicerçam-se em processos democráticos que culminem em 965 participação, formação, envolvimento, adesão e comprometimento dos profissionais da 966 educação. E que também impliquem em um modelo de gestão que promova melhoria 967 contínua dos processos formativos e organização da estrutura educacional do ministério às 968 salas de aula. Deste modo, o projeto educativo de determinada sociedade define uma política 969 educacional por meio da interligação entre planejamento, estrutura educacional e a 970 organização pedagógica e administrativa, e outros elementos pedagógicos, concepções de 971 mundo, 972 metodológicos e formação de pessoas. finalidades, intencionalidades, objetivos educacionais, encaminhamentos 973 Neste âmbito são discorridas a seguir as políticas educacionais do IFPA campus 974 Parauapebas no intuito de apresentar as dimensões formativas que cerceiam a educação 975 profissional, cientifica e tecnológica. 976 977 978 4.1 A INDISSOCIABILIDADE COMO PRINCÍPIO NORTEADOR DAS POLÍTICAS E AÇÕES INSTITUCIONAIS 979 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 33 980 O princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão é previsto na Lei 981 9394/96 (LDB), assegurando legalmente na configuração do instituto os princípios do 982 currículo integrado e as diretrizes politico-pedagógicas, assim como as instancias dos 983 indicadores metodológicos. Esta orientação da legislação vislumbra apresentar o papel das 984 instituições no que se refere ao ensino, pesquisa e extensão. No qual a concepção de 985 indissociabilidade pode ser entendida, nesse sentido, como a concretização do trabalho 986 coletivo através de práticas de inter-relacionamento entre as atividades do ensino, a pesquisa e 987 a extensão. 988 Portanto, indissociadas essas atividades concretizam o objetivo educacional, finalidades e 989 o papel do instituto como agente de formação humana, técnica, tecnológica e profissional dos 990 sujeitos. Para tanto são preconizadas ações que integrem essas dimensões para que o projeto 991 formativo torne-se hesitoso: 992 993 994 995 os eixos básico, científico, técnico e tecnológico; 996 997 planejamento conjunto, envolvendo disciplinas, programas e projetos que compõem as diretrizes dos cursos, 1000 1001 promoção de intercâmbios constantes entre as áreas de conhecimento e as temáticas do cotidiano, conectando aspectos da formação humana, social e profissional; 998 999 adesão ao diálogo interdisciplinar, por meio de uma organização curricular que acolha condução dialógica, atrelada ao planejamento conjunto, do processo pedagógico de aprendizagem e de desenvolvimento dos estudante; e formação continuada para atender às especificidades pedagógicas, no sentido de 1002 materializar a aproximação das áreas e as dimensões acadêmicas, verificando as 1003 necessidades presentes na realidade da qual os sujeitos fazem parte. 1004 1005 Assumir a indissocibilidade do ensino, pesquisa e extensão representa a pratica social e o 1006 reconhecimento da educação integrada, alicerçadas em práticas pedagógicas diárias do 1007 campus e formação continuada dos profissionais da educação. 1008 1009 4.2 POLÍTICA DE ENSINO 1010 1011 O ato de ensinar vai além da transferência de conhecimento, trata-se apresentação por 1012 parte do professor das possibilidades de construção e produção autônomas do saber (Freire, 1013 1996). O que implica em oportunizar a reflexão e discussão através da liberdade do trabalho Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 34 1014 constituindo-se em da educação efetiva e afetiva, direcionada ao desenvolvimento cognitivo e 1015 pessoal desse indivíduo. Neste contexto o ensino adquire relevante papel no processo 1016 educacional elevando-se a categoria de percursor do acesso ao conhecimento. 1017 Em vista desta de tal perspectiva o IFPA campus Parauapebas compromete-se a promover o 1018 ensino de qualidade, sempre em busca da excelência, pautados no princípio da formação 1019 humana integral. 1020 O ensino no IFPA campus Parauapebas é coordenado pela Direção de Ensino (DE), 1021 setor responsável pela formulação de políticas de desenvolvimento do ensino no campus em 1022 consonância com as políticas da Instituição e diretrizes emanadas pelo Ministério da 1023 Educação e Pro-Reitoria de Ensino. À DE, compete definir, propor, fomentar e implementar 1024 políticas e ações do ensino, de modo sistêmico, na busca das metas propostas. Esse setor deve, 1025 portanto, planejar, coordenar, acompanhar e avaliar o desenvolvimento das ações e das 1026 políticas de ensino para todos os cursos aprovados pelos colegiados, e com os princípios 1027 pedagógicos definidos neste PPP. 1028 Para atender as demandas do ensino no campus a DE deverá atuar em todos os níveis e 1029 modalidades da educação ancorados no modelo de gestão sistêmica e democrática. Com o 1030 apoio das coordenações de curso e equipe pedagógica atua como regulador e avaliador do 1031 ensino, da gestão e administração acadêmica e acesso ao discente. Também atua como aparato 1032 às demais diretorias acadêmicas e gestão geral do campus. A esse caráter transversal, é 1033 peculiar a necessidade da unidade de ações e a integração nos encaminhamentos, visando o 1034 funcionamento multicampi. 1035 1036 1037 1038 4.2.1 A atuação no ensino Em atendimento à função social, às necessidades educativas do estado do Pará e aos 1039 preceitos da reestruturação da rede federal de educação profissional e tecnológica, a atuação 1040 do ensino no IFPA campus Parauapebas incide na educação básica, na educação profissional e 1041 tecnológica e na educação superior, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. 1042 Abrange cursos e programas de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional; 1043 programas de certificação profissional; cursos técnicos de nível médio, nas formas integrada 1044 regular, integrada na modalidade EJA e subsequente; cursos superiores de tecnologia ou de 1045 graduação tecnológica; cursos de engenharia; cursos de licenciatura; cursos e programas de 1046 pós-graduação. 1047 O quantitativo das ofertas educacionais será determinado com base no quadro efetivo 1048 de servidores, na relação professor/aluno, nos turnos de funcionamento e na vocação Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 35 1049 tecnológica do campus, atentando sempre às características regionais e locais de área de 1050 abrangência e atuação do campus. 1051 As politicas do ensino deverão articular e promover o dialogo contínuo entre as 1052 demandas da comunidade, setores produtivos, econômicos e sociais de modo a contribuir com 1053 o desenvolvimento da sociedade e propagar os saberes científicos e tecnológicos dos 1054 profissionais formados pela instituição. Serão, portanto, políticas pautadas no estudo e 1055 necessidade socioeducativas locais, que garantam atuação no ensino, em temas transversais ao 1056 ensino, e formação continuada e desenvolvimento profissional de professores e técnico 1057 administrativos. 1058 1059 1060 1061 1062 4.2.2 O processo de revisão das ofertas educacionais 1063 de revisão curricular dos cursos ofertados com tempo mínimo de 02 anos de aprovação dos 1064 Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs) do campus, de forma que se constitua uma ação 1065 coletiva, envolvendo colegiado de cursos, núcleos docentes estruturantes (NDEs), 1066 participação de representação dos estudantes, com realização de encontros e fóruns. Para 1067 garantir a ocorrências dessas ações, as mesmas devem serem orientadas através da realização 1068 de: O processo de revisão das ofertas educacionais deve principiar pela realização de ações 1069 1070 1071 1072 1073 1074 1075 1076 1077 1078 1079 1080 fóruns consultivos e deliberativos para construção de proposições de diretrizes operacionais das ofertas educacionais; debates, proposições e análise das propostas de diretrizes operacionais das ofertas educacionais e proposições de alterações; fóruns deliberativos para validação das diretrizes operacionais e efinição de matrizes curriculares que referenciam as ofertas educacionais; revisão e reelaboração dos projetos pedagógicos de cursos (PPCs) com solicitação de aprovação junto ao CONSUP; revisão do desenho curricular das disciplinas; planejamento da implementação dos novos cursos com observância do que está disposto no Plano de Desenvolvimento do Campus (PDC). 1081 Todas as orientações e legislação referente as ações de revisão de PPCs está disposto no 1082 Regulamento Didático do IFPA e devem ser regiamente seguidos durante a realização das 1083 ações acima elencadas. 1084 1085 4.3 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO 1086 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 36 1087 Esta seção do documento apresenta a concepção, os princípios e as diretrizes 1088 organizativas da política de formação técnica de nível médio ofertada no campus Parauapebas 1089 do IFPA. Está organizada de maneira a expor, inicialmente, aspectos gerais, como a estrutura 1090 estabelecida legalmente, a concepção, os princípios e as bases teórico-metodológicas para o 1091 desenvolvimento de cursos técnicos de nível médio no campus. Em seguida, são apresentados 1092 desdobramentos para a organização da proposta pedagógica e curricular para as três formas de 1093 cursos técnicos que podem ser desenvolvidos pelo campus, a saber: o integrado regular, o 1094 integrado na modalidade de educação de jovens e adultos e o subsequente. 1095 A formação técnica de nível médio ofertada no campus tem relevada importância no 1096 contexto socioeducativo do Pará, tanto pela consolidação, ancorada em mais de um século de 1097 existência, desde 1909, quanto pelo reconhecimento da qualidade dessa ação educativa, além 1098 da contribuição dada no campo do desenvolvimento científico, tecnológico, na inovação e 1099 empreendedorismo ao longo desses anos. A defesa da educação profissional de nível técnico 1100 nesta Instituição é reafirmada cotidianamente, a ponto de se tornar inquestionável a exigência 1101 legal de 50% das vagas serem destinadas à formação técnica, conforme estabelece a Lei 1102 11.892/2008, que cria os Institutos Federais. O pronto atendimento a tal exigência legal 1103 sustenta-se na concepção filosófica da formação técnica defendida nesta Instituição e no 1104 reconhecimento das carências desse tipo de formação requerida por jovens e adultos da 1105 sociedade local. 1106 1107 1108 1109 4.3.1 Concepção da educação profissional técnica de nível médio 1110 deverá ser desenvolvida de duas formas: articulada com o ensino médio; e subsequente. Esta 1111 última, com cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio. Em conformidade 1112 com os dispositivos dessa Lei, o Art.36-C estabelece que a articulada desenvolver-se-á nas 1113 seguintes formas: 1114 1115 1116 1117 1118 1119 1120 1121 1122 1123 1124 1125 De acordo com a Lei 11.741/2008, a educação profissional técnica de nível médio I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para cada aluno; II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer: a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto pedagógico unificado. (BRASIL, 2008, p.2). Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 37 1126 1127 Dentre as modalidades previstas na legislação, o campus Parauapebas optou pela 1128 formação técnica nas formas integrada e subsequente. Dessa maneira, compromete-se a atuar 1129 regularmente na educação profissional técnica de nível médio com a oferta de cursos 1130 integrados e cursos subsequentes, de acordo com as prerrogativas da lei dos Institutos, que 1131 estabelece o atendimento de 50% das vagas destinadas à oferta de formação técnica. 1132 Adicionalmente, o perfil e as atividades realizadas na cidade e região demandam de mao de 1133 obra qualificada. Para tanto, o principal caminho a se construir efetivamente reside na 1134 sistematização didática e nas definições de percursos metodológicos capazes de elucidar a 1135 integração da educação básica à educação profissional fundamentada nos moldes da filosofia 1136 da práxis anteriormente esclarecidos. 1137 Em atenção ao que está preconizado na LDB, a forma concomitante também se 1138 circunscreve nas possibilidades de articulação com a educação básica. Muito embora, 1139 reconhece-se o longo percurso teórico-metodológico a ser construído em ações dessa 1140 natureza, visto que as dificuldades de diálogos se avultam quando se trata, operacionalmente, 1141 de agregar, no mesmo processo, duas instituições educativas diferentes e de situações 1142 geográficas distintas. Porém, esse fator não impossibilita os movimentos de construção da 1143 integração curricular, quando se tenciona de fato primar pela formação cidadã quando se 1144 busca a emancipação do sujeito e quando se tem por primazia a qualidade da ação educativa. 1145 Nesse sentido, torna-se imprescindível o diálogo pedagógico, bem como disposição e 1146 capacidade de mobilização em prol da materialização dos princípios da integração entre as 1147 instituições envolvidas nessa formação. Assim, a opção institucional não invalida a 1148 possibilidade de atuação na modalidade concomitante, eventualmente, em projetos especiais, 1149 por meio de ações específicas desenvolvidas, por exemplo, por meio de convênios de 1150 intercomplementaridade articulados a outras instituições públicas, desde que os referidos 1151 convênios estejam orientados pelos princípios da formação integrada, em consonância com as 1152 demais ofertas institucionais já praticadas. Nesses casos, exige-se um projeto pedagógico 1153 unificado. Além disso, uma proposta de ação pedagógica dessa natureza, deve-ser submetida à 1154 discussão coletiva e, para ser implementada, exige-se preponderantemente a anuência das 1155 instituições envolvidas. 1156 Do ponto de vista da concepção, a educação profissional técnica de nível médio no 1157 campus Parauapebas se fundamenta nos conceitos de politecnia e de omnilateralidade, que 1158 juntas consolidam o compromisso com a formação humana integral e não apenas a simples 1159 preparação para responder às necessidades imediatas do mercado de trabalho. Consiste em um Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 38 1160 projeto educacional que toma as categorias, ciência, trabalho, cultura e tecnologia na 1161 centralidade das ações pedagógicas. Trata-se de um modelo de oferta de educação profissional 1162 técnica de nível médio que visa promover uma formação orientada para a emancipação, no 1163 sentido de formar um trabalhador consciente de seu potencial transformador de dada realidade 1164 social, possibilitando-lhe o domínio das esferas produtivo-culturais da humanidade. 1165 Outros diferenciais que qualificam socialmente essa formação dizem respeito ao 1166 compromisso com as condições de ensino dessa oferta. Esse compromisso qualitativo é 1167 constituído com a utilização de laboratórios e de equipamentos adequados, com a 1168 diversificação e a atualização de acervos bibliográficos, com a permanente busca por uma 1169 equipe de educadores qualificados, com a aplicabilidade de formas de acompanhamento e 1170 avaliação. Todos esses aspectos se estabelecem como método de trabalho pedagógico 1171 constante, atrelado às condições de ensino de qualidade. 1172 Essa concepção de formação técnica fundamenta-se na filosofia da práxis, uma teoria 1173 que tem como fundamento a visão unitária dos processos educativos. Por meio desse 1174 entendimento, tem sido dado, historicamente, um tratamento linear às dimensões ensino e 1175 pesquisa, do tipo “da pesquisa para o ensino ou do ensino para a pesquisa” (OLIVEIRA, 1176 2011, p. 71, grifo do autor). Em razão dessa linearidade, o processo ensino e aprendizagem ou 1177 restringe-se ao domínio de conteúdos escolares por parte dos estudantes (na direção pesquisa 1178 para o ensino) ou centra-se na formação dos educadores para transformar áreas do 1179 conhecimento em objetos de pesquisa e métodos de ensino em métodos de pesquisa (na 1180 direção do ensino para a pesquisa). 1181 Como estratégia para superar essa linearidade, propõe-se uma abordagem teórico- 1182 metodológica de organização curricular que possibilite uma fusão das duas perspectivas 1183 apontadas. Essa compreensão implica a unidade entre teoria e prática. Com isso, vislumbra-se 1184 a integração entre as disciplinas de base científica e as disciplinas técnicas, resultante da 1185 necessária articulação entre a formação geral e a formação específica. Esse princípio 1186 orientador da construção de propostas metodológicas de referencial crítico coloca em 1187 primazia os interesses da classe trabalhadora ao possibilitar-lhe condições de superação de 1188 desigualdades por meio do acesso ao conhecimento sistematizado historicamente. Nesse 1189 entendimento, em ampliação às ideias defendidas por Oliveira (2011), uma organização 1190 curricular para a educação profissional técnica de nível médio referendada na filosofia da 1191 práxis deve, primordialmente: 1192 1193 1) elaborar propostas de ensino técnico integrado ao ensino médio fundadas na visão unitária e dialética dos processos formativos; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 39 1194 1195 1196 1197 2) estreitar as relações existentes entre ensino e pesquisa, em observância às especificidades e às mudanças inerentes à produção do conhecimento relativa às duas áreas; 3) construir orientações e diretrizes para a prática pedagógica com o fito de subsidiar o trabalho docente numa perspectiva crítica e reflexiva; 1198 4) materializar as necessidades didático-pedagógicas como seleção de conteúdo, 1199 transposição didática, utilização de metodologias adequadas à natureza da formação 1200 tecnológica articulada à formação básica; 1201 1202 1203 1204 5) planejar ações formativas que visem minimizar as dificuldades docentes em transpor, didaticamente, os conhecimentos tecnológicos e científicos em saberes escolares; e 6) estabelecer diálogos crítico-reflexivos e aproximações necessárias entre as ações planejadas para ensino e pesquisa. 1205 Com base no exposto, conjetura-se uma formação que vise superar a segregação entre o 1206 pensar e o fazer, uma visão sustentadora do modo de produção capitalista. Numa perspectiva 1207 contra-hegemônica ao modelo de educação que se submete à necessidade do capital em 1208 reproduzir a força de trabalho como mercadoria, apresenta-se a educação politécnica. De 1209 acordo com Malhão (1990, apud RODRIGUES, 2008, p. 170), a definição pela politecnia 1210 assegura que, na educação, essa base teórica se traduz em um projeto “de educação articulado 1211 com um projeto de sociedade não excludente [...] que se desvie da dualidade ‘educação 1212 propedêutica X formação profissional’ [...] e que tenha o ser humano como centro e não o 1213 mercado [de trabalho]”. 1214 Esse referencial se impõe como princípio e como percurso metodológico para uma 1215 formação profissional integrada à educação básica, na qual proporciona sustentação e 1216 correlação entre a teoria e prática, visando a elaboração e o desenvolvimento de currículos 1217 significativos que favoreçam a formação emancipada da classe trabalhadora. Defende-se, 1218 portanto, 1219 [...] uma formação que teria como essencial o domínio dos fundamentos científicos, 1220 envolvendo os sócio-históricos das diferentes técnicas utilizadas na produção moderna por 1221 parte do aluno. Seu horizonte é a educabilidade da classe trabalhadora e não o mero 1222 adestramento do aluno em técnicas produtivas. (OLIVEIRA, 2011, p. 69). 1223 1224 1225 1226 1227 1228 1229 Esse ideário assume o materialismo histórico como aporte teórico-metodológico para provocar mudanças que efetivamente contribuam para a superação da dualidade histórica entre a educação profissional e o ensino médio no contexto educacional brasileiro. Em uma retrospectiva feita acerca das políticas para a educação brasileira, Moura (2010) destaca que o eixo determinante dessa divisão encontra-se nessa dualidade histórica, propulsora de uma educação propedêutica para a formação das Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 40 1230 1231 1232 1233 1234 1235 1236 1237 1238 1239 elites e uma formação instrumental para os filhos da classe trabalhadora. Portanto, a presente proposta para a educação técnica de nível médio baseia-se na perspectiva da educação politécnica e tem como premissa superar essa dualidade, além de se comprometer com a formação integral e integrada. 4.3.2 Princípios orientadores da educação profissional técnica de nível médio Considerando-se o significado social desse tipo de oferta, a autonomia pedagógica da 1240 Instituição, a concepção de formação técnica consolidada historicamente e de base marxiana, 1241 apresentam-se, a seguir, os princípios orientadores de todas as ofertas de formação técnica de 1242 nível médio dessa Instituição: 1243 1244 1245 1246 1247 1248 1249 1250 1251 1252 1253 1254 1255 1256 1257 1258 1259 1260 1261 1262 1263 1264 1265 1266 1267 1268 1269 1270 1271 1272 entendimento da realidade concreta como síntese de múltiplas relações; compreensão de que homens e mulheres produzem sua condição humana como seres histórico-sociais capazes de transformar a realidade; integração entre a educação básica e a educação profissional, tendo como núcleo básico a ciência, o trabalho, a cultura e a tecnologia; organização curricular pautada no trabalho e na pesquisa como princípios educativos; respeito à pluralidade de valores e de universos culturais; respeito aos valores estéticos, políticos e éticos, traduzidos na estética da sensibilidade, na política da igualdade e na ética da identidade; construção do conhecimento compreendida mediante as interações entre sujeito e objeto e na intersubjetividade; compreensão da aprendizagem humana como um processo de interação social; inclusão social, respeitando-se a diversidade quanto às condições físicas, intelectuais, culturais e socioeconômicas dos sujeitos; prática pedagógica orientada pela interdisciplinaridade, pela contextualização e pelas dimensões do trabalho , da ciência, da cultura e da tecnologia; desenvolvimento de competências básicas e profissionais a partir tanto de conhecimentos científicos e tecnológicos quanto da formação cidadã e da sustentabilidade ambiental; formação de atitudes e capacidade de comunicação, visando à melhor preparação para o trabalho; construção identitária dos perfis profissionais com a necessária definição da formação para o exercício da profissão; flexibilização curricular, possibilitando a atualização permanente dos planos de cursos e do currículo; autonomia administrativa, pedagógica e financeira da Instituição; e reconhecimento do direito – dos educadores e dos educandos – à educação, ao conhecimento, à cultura e à formação de identidades, articulado à garantia do conjunto dos direitos humanos. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 41 1273 Esses são princípios fundantes para o planejamento e o desenvolvimento dessas ofertas, 1274 bem como fundamentam a organização da proposta pedagógica da formação técnica de nível 1275 médio do campus Parauapebas. Esta referida proposta tem suas origens na experiência 1276 acumulada na oferta de cursos técnicos, na observância da fundamentação filosófica para 1277 emancipação e na concepção teórica de currículo de formação profissional integrado à 1278 educação básica. Tal construção é fruto de elaborações sistematizadas por vários 1279 pesquisadores da área de educação e trabalho preocupados em contribuir para o 1280 fortalecimento da educação profissional como uma prática educativa emancipatória a partir do 1281 referencial histórico-crítico. Muitas dessas sistematizações são elaboradas a partir de estudos 1282 e análises das políticas de educação profissional e tecnológica implementadas nos últimos 1283 governos e nas reformas neoliberais praticadas na educação brasileira nos últimos doze anos. 1284 A proposta pedagógica de formação de técnicos no campus Parauapebas destina-se a 1285 atender aos objetivos de uma educação básica de qualidade, aliada a uma formação para o 1286 trabalho, também de qualidade e significativa para os estudantes. Pautada nos princípios da 1287 integração (entre educação básica e formação profissional) e da construção de uma sociedade 1288 democrática e solidária, a materialidade curricular nasce da articulação entre propostas 1289 pedagógicas centradas nas dimensões trabalho, ciência, cultura, tecnologia, inovação e 1290 empreendedorismo assentadas em práticas interdisciplinares que venham a favorecer ampla 1291 formação profissional. Essa formação tem como força motriz o domínio dos princípios 1292 científicos, que, consequentemente, se configura em uma atuação com competência técnica, 1293 ética e política. 1294 Dessa forma, a organização curricular dos cursos técnicos de nível médio do campus 1295 Parauapebas fundamenta-se nos princípios do currículo integrado, na concepção de educação 1296 profissional integrada à educação básica e na estruturação por eixos tecnológicos constantes 1297 no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), aprovado pela Resolução CNE/CEB 1298 03/2008, com base no Parecer CNE/CEB 11/2008. 1299 De acordo com esse Parecer, a organização curricular em eixos tecnológicos retrata uma 1300 concepção que possibilita o desenvolvimento de práticas pedagógicas integradoras que 1301 favorecem a articulação das dimensões de trabalho, ciência, tecnologia e cultura, à medida 1302 que os eixos tecnológicos se constituem de agrupamentos dos fundamentos científicos 1303 comuns, de intervenções na natureza, de processos produtivos e culturais, além de aplicações 1304 científicas às atividades humanas. Configura-se, assim, em um grande agrupamento de ações 1305 e de aplicações científicas às atividades humanas, em que cada eixo reúne vários tipos de 1306 técnicas, porém não se restringem ao emprego ou a utilizações destas. Nessa perspectiva, Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 42 1307 estão relacionados às dimensões socioeconômicas e às relações sociais adjacentes ao uso e 1308 produção de tecnologias aliadas à base científica. 1309 Um eixo tecnológico é constituído de um núcleo politécnico comum, baseado nas 1310 mesmas ciências e utiliza métodos semelhantes. A pesquisadora Lucília Machado, citada no 1311 Parecer CNE/CEB 11/2008, define eixo tecnológico como sendo a “linha central de 1312 estruturação de um curso, definida por uma matriz tecnológica, que dá a direção para o seu 1313 projeto pedagógico e que perpassa transversalmente a organização curricular do curso, dando- 1314 lhe identidade e sustentáculo”. Segundo a pesquisadora, o “eixo tecnológico curricular orienta 1315 a definição dos componentes essenciais e complementares do currículo, expressa a trajetória 1316 do itinerário formativo, direciona a ação educativa e estabelece as exigências pedagógicas” 1317 (BRASIL, 2008. p. 8). Para essa pesquisadora, o conceito de eixo tecnológico está demarcado 1318 em uma linguagem didática como: 1319 Cada um dos eixos possui aspectos materiais das tecnologias envolvidas; aspectos 1320 práticos ou a arte do como fazer e aspectos sistêmicos pertinentes às relações técnicas e 1321 sociais subjacentes às tecnologias. Em todos se fazem, portanto, presentes: técnicas, métodos, 1322 gabaritos, processos, sistemas, linguagens, instrumentos, ferramentas, equipamentos, 1323 instalações, e todos tratam de estudos, análises, previsões, projetos, planejamentos, desenhos, 1324 fabricação, 1325 melhoramento, recuperação, supervisão, inspeção, gerência, gestão, avaliação, controle. 1326 (MACHADO, 2010. p.101) criação, produção, processamento, manejo, tratamento, conservação, 1327 Com base teórica no conceito de politecnia, aliada à busca pela construção de um 1328 caminho metodológico específico que venha a favorecer o processo ensino-aprendizagem na 1329 educação profissional e tecnológica, a arquitetura curricular dessa oferta, organizada por eixos 1330 tecnológicos, traz a compreensão de núcleo politécnico comum como um componente 1331 curricular transversal que articula vários saberes e não simplesmente um saber disciplinar. O 1332 núcleo politécnico comum integra as bases científicas gerais que fundamentam inventos e 1333 soluções tecnológicas, referem-se aos princípios que estão inerentes às técnicas, aos 1334 processos, inventos tecnológicos e soluções tecnológicas. 1335 Convém situar que politecnia não é equivalente à polivalência. De acordo com Machado 1336 (1992), polivalência se refere a um tipo de trabalho mais variado que obedece a uma 1337 racionalização de natureza pragmática, utilitarista e instrumental. Isso exige, do trabalhador 1338 principalmente, capacidades de abertura, de adaptação às mudanças, de lidar com situações 1339 diferenciadas e apresenta caráter flexível. Entretanto, a politecnia se apresenta com uma 1340 noção de conhecimento muito mais amplo. Diz respeito à recomposição do trabalho Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 43 1341 fragmentado, à valorização dos saberes não padronizáveis, ao domínio da técnica em nível 1342 intelectual, exigindo do trabalhador, principalmente, compreensão teórico-prática das bases 1343 das ciências contemporâneas, dos princípios tecnológicos e de organização e gestão do 1344 trabalho. 1345 Os núcleos politécnicos comuns contemplam as metodologias de caráter geral e de nível 1346 básico empregadas em atividades de diagnóstico, planejamento, monitoramento, e avaliação. 1347 Compreendem noções básicas que respondam às necessidades comuns de orientações no 1348 sistema da produção social, de atuações em campos de atividade tecnológica, contextos 1349 tecnológicos, setores de atividade tecnológica, áreas profissionais e profissões. Atende ainda, 1350 numa perspectiva crítica, às demandas relacionadas à presença da tecnologia na vida 1351 doméstica, no lazer, na vida comunitária. Mediante o caráter de base científica transversal, os 1352 núcleos politécnicos comuns exercem a função de eixo estruturador, favorecendo a 1353 organização de modelos pedagógicos integradores de conhecimentos que contribui para a 1354 transferência de aprendizagens, além de possibilitar a elaboração de propostas pedagógicas 1355 inovadoras que atendam às demandas contemporâneas da educação profissional e tecnológica 1356 (MACHADO, 2010). 1357 Com base na compreensão exposta e no intento de construir um caminho metodológico 1358 para a integração de conhecimentos nos cursos técnicos de nível médio, a proposta 1359 pedagógica para todas as formas de desenvolvimento desses cursos pelo campus Parauapebas, 1360 busca um viés inovador na perspectiva da reestruturação curricular, à luz dos referenciais de 1361 eixos tecnológicos. Trata-se de uma proposta que visa superar a justaposição de áreas de 1362 conhecimentos ou disciplinas, procura reforçar as iniciativas existentes e viabilizar novas 1363 práticas interdisciplinares, além de responder a algumas problemáticas na vivência do 1364 currículo integrado. Esse conjunto de intenções se materializa na reconceituação da matriz 1365 curricular em núcleos politécnicos. 1366 A arquitetura de tal proposta alicerça-se nas concepções de eixo tecnológico, conforme 1367 entendimento de Machado (2010); de educação politécnica, conforme entendimento de 1368 Saviani (1989); de currículo integrado, conforme entendimento de Frigotto, Ciavatta e Ramos 1369 (2005) e de filosofia da práxis, conforme entendimento de Araújo e Rodrigues (2011). 1370 Embasou-se também em outras sustentações de perfil marxiano, como, por exemplo, Frigotto 1371 (1984) e Gadotti (1983). 1372 Utilizando-se as aproximações conceituais entre educação politécnica e a concepção dos 1373 eixos tecnológicos, o recurso de transposição didática e os princípios filosóficos do currículo Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 44 1374 integrado, constituiu-se a presente arquitetura curricular para os cursos técnicos do campus 1375 Parauapebas, do IFPA, formada por núcleos politécnicos. 1376 Esses núcleos politécnicos se referem ao agrupamento de conhecimentos científicos que 1377 dão suporte ao ensino e à aprendizagem dos processos tecnológicos em determinada atuação 1378 profissional de nível técnico, à luz dos fundamentos da educação politécnica. Deixa-se, assim, 1379 de priorizar a centralidade no processo produtivo para se preocupar com o domínio dos 1380 princípios científicos que são basilares para o desempenho técnico e tecnológico 1381 (MACHADO, 2010). 1382 A organização e a composição dos núcleos favorecem ou exigem a prática da 1383 interdisciplinaridade, apontando para o reconhecimento da necessidade de diálogo entre as 1384 diferentes áreas do saber. Além de demarcar uma educação profissional e tecnológica 1385 possibilitadora da integração de conhecimentos científicos e tecnológicos, valoriza as 1386 experiências e saberes advindos do mundo do trabalho, e possibilita, enfim, uma formação 1387 técnica capaz de construir o pensamento tecnológico crítico e a capacidade de intervir em 1388 situações concretas. 1389 Na composição dos núcleos politécnicos da proposta estão envolvidos conhecimentos 1390 científicos sistematizados historicamente, selecionados como necessários à formação básica 1391 de todos os alunos do currículo integrado, independentemente do curso ou eixo em que esteja 1392 vinculado o curso, não se faz distinção das bases de conhecimentos científicos gerais. 1393 Também compõem esses núcleos as concepções e as realizações tecnológicas de uma 1394 determinada atuação profissional, a compreensão e a utilização de recursos (conceituais, 1395 procedimentais e materiais) e diversas estratégias aplicadas à resolução de problemas e 1396 construídas historicamente, de modo a atender às questões da contemporaneidade. 1397 Estabelece-se como uma proposta construída com o fito de favorecer a integração de 1398 conteúdos de base científica, tecnológica e sociocultural, tendo como principal objetivo 1399 qualificar a formação dos estudantes na perspectiva de facilitar a transferência de 1400 aprendizagens e a construção de conhecimentos na formação técnica de nível médio. 1401 1402 1403 1404 1405 1406 4.3.3 Diretrizes e indicadores metodológicos para os cursos técnicos de nível médio 1407 nível médio, apresenta-se um modelo de desenho curricular fundamentado nos referenciais 1408 que estabelecem os eixos tecnológicos articulados à concepção de formação integrada. Desse De modo a responder aos princípios orientadores da educação profissional técnica de Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 45 1409 modo, a estrutura curricular dos cursos técnicos do IFPA deve corresponder a uma matriz 1410 composta por núcleos politécnicos: núcleo fundamental, núcleo estruturante, núcleo 1411 articulador e núcleo tecnológico. 1412 O núcleo Conhecimentos Matemáticos corresponde a conhecimentos de base científica, 1413 indispensáveis ao bom desempenho acadêmico dos ingressantes. Destina-se, exclusivamente, 1414 aos cursos integrados EJA e técnicos subsequentes. Para os cursos técnicos integrados EJA, 1415 constitui-se de conhecimentos de revisão de Matemática do ensino fundamental. Para os 1416 cursos subsequentes, deve contemplar conhecimentos de revisão de matemáticas do ensino 1417 médio, não contempladas nos núcleos articulador e tecnológico; 1418 O núcleo estruturante corresponde a conhecimentos do ensino médio (Linguagens; 1419 Ciências Humanas; Ciências da Natureza; e Matemática), contemplando conteúdos de base 1420 científica e cultural basilares para a formação humana integral; 1421 O núcleo articulador corresponde a conhecimentos do ensino médio e da educação 1422 profissional, contemplando conteúdos em estreita articulação com o curso e com 1423 conhecimentos comuns a todos os eixos tecnológicos e elementos expressivos para a 1424 integração curricular. É composto por bases científicas que alicerçam inventos e soluções 1425 tecnológicas, suportes de uso geral tais como tecnologias de informação e comunicação, 1426 tecnologias de organização, saúde e segurança no trabalho, noções básicas sobre como se 1427 orientar no sistema da produção social e relações entre ciência, tecnologia, cultura, sociedade 1428 e trabalho. Deve contemplar: disciplinas de base científica e tecnológica comuns aos eixos 1429 (como parte diversificada do ensino médio); disciplinas técnicas de articulação com o núcleo 1430 estruturante (aprofundamento de base científica); e disciplinas técnicas âncoras para práticas 1431 interdisciplinares; 1432 O núcleo tecnológico corresponde a conhecimentos da formação técnica específica, de 1433 acordo com a área profissional e o eixo tecnológico. Composto por bases científicas e 1434 tecnológicas que alicerçam inventos e soluções tecnológicas, controle e processos 1435 tecnológicos, gestão de bens e serviços, suportes de uso geral. 1436 A figura 1, a seguir, ilustra a visão de conjunto da estrutura curricular dos cursos 1437 técnicos e apresenta o desenho curricular organizado por núcleos politécnicos, a partir da 1438 estruturação em eixos tecnológicos e na busca pela materialização da filosofia da práxis na 1439 formação técnica de nível médio. 1440 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 46 CURSO TÉCNICO INTEGRADO EJA CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE 1441 1442 1443 1444 1445 1446 CURSO TÉCNICO INTEGRADO REGULAR 1447 1448 1449 1450 CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS CONHECIMENTO MATEMÁTICOS Unidades curriculares de revisão e nivelamento do ensino da matemática Unidades curriculares de revisão e nivelamento do ensino da matemática NÚCLEO ESTRUTURANTE NÚCLEO ESTRUTURANTE Unidades curriculares de ensino médio Unidades curriculares de ensino médio NÚCLEO ARTICULADOR NÚCLEO ARTICULADOR NÚCLEO ARTICULADOR Unidades curriculares de base científica e tecnológica comuns aos eixos tecnológicos e disciplinas técnicas de articulação e integração Unidades curriculares de base científica e tecnológica comuns aos eixos tecnológicos e disciplinas técnicas de articulação e integração Unidades curriculares de base científica e tecnológica comuns aos eixos tecnológicos e disciplinas técnicas de articulação e integração NÚCLEO TECNOLÓGICO NÚCLEO TECNOLÓGICO NÚCLEO TECNOLÓGICO Unidades curriculares técnicas específicas do curso, não contempladas no Núcleo Articulador Unidades curriculares técnicas específicas do curso, não contempladas no Núcleo Articulador Unidades curriculares técnicas específicas do curso, não contempladas no Núcleo Articulador 1451 1452 1453 1454 1455 1456 1457 1458 1459 1460 1461 1462 1463 1464 1465 1466 1467 Figura 1 - organização dos cursos técnicos de nível médio em núcleos politécnicos 1468 1469 1470 Aliada a essa estrutura de matriz, a prática profissional é concebida como componente 1471 curricular indispensável na formação técnica. Será desenvolvida com um total de 20% das 1472 carga horária total do curso disposta no Catalogo Nacional de Cursos Técnicos versão 1473 atualizada, que serão acrescentadas à carga horária estabelecida os eixo tecnológico, 1474 independentemente da modalidade de curso, isto é, as horas dessa atividade curricular são Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 47 1475 computadas na carga horária total do curso. As práticas de estágio deverão ocorrer depois de 1476 concluídos o primeiro semestre do curso, quando for subsequente e o primeiro ano do curso, 1477 no caso de curso integrado ao ensino médio. 1478 A proposição de reorganização das matrizes curriculares teve como principais 1479 finalidades: favorecer a integração do currículo, ajustar a proposta pedagógica dos cursos 1480 técnicos de acordo com as orientações para organização por eixos tecnológicos e atender às 1481 necessidades revisionais apontadas na avalição desses cursos. Teve, como objetivo central, 1482 possibilitar a unidade dos projetos de cursos no campus Parauapebas do IFPA. Em especial, 1483 ateve-se a possibilitar: uma unidade concernente à concepção da formação técnica, uma 1484 revisão nas cargas horárias das disciplinas, nos conteúdos e nas propostas metodológicas. 1485 O trabalho coletivo entre os grupos de professores (da mesma base de conhecimento ou 1486 de bases científica e tecnológica específicas) é imprescindível à construção de práticas 1487 didático-pedagógicas integralizadoras. Essa atitude pode resultar na construção e apreensão 1488 dos saberes pelos estudantes numa perspectiva do pensamento crítico. Para planejar essas 1489 atividades e desenvolvê-las, os professores têm reserva de carga horária semanal, horários 1490 para encontros ou reuniões de grupo, destinados à realização de um planejamento antecipado, 1491 para acompanhamento pedagógico sistemático e para a socialização de experiências e a 1492 correção de rumos. 1493 Por fim, o êxito na implementação e no desenvolvimento da política de formação 1494 técnica apresentada requer, essencialmente, ações de formação continuada para os educadores 1495 em geral. Essa formação destina-se à compreensão dos princípios pedagógicos, filosóficos e 1496 legais que subsidiam a concepção e a organização da política definida neste Projeto Político- 1497 Pedagógico, associada a uma estrutura de gestão pedagógica favorecedora do processo 1498 pedagógico. 1499 1500 1501 1502 1503 a) Diretrizes e indicadores metodológicos para os cursos técnicos de nível médio na forma integrada (regular) Os cursos técnicos de nível médio na forma integrada regular fundamentam-se teórico- 1504 metodologicamente 1505 interdisciplinaridade, da contextualização e nos demais pressupostos da formação técnica 1506 integrada à educação básica, usualmente denominada de currículo integrado. Esses cursos 1507 estão estruturados a partir dos princípios, fundamentos, concepções, diretrizes, objetivos, 1508 características e decisões institucionais. nos princípios da politecnia, da formação ominilateral, Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! da 48 1509 Em se tratando dos cursos técnicos integrados regulares, são cursos que objetivam 1510 formar cidadãos capacitados para atuar como profissionais técnicos de nível médio a partir de 1511 uma sólida formação básica em articulação com o trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia. 1512 Esses cursos têm como principal ideário uma formação cidadã que viabilize a construção da 1513 autonomia e a superação da dualidade histórica entre os que são formados para o trabalho 1514 manual e os que são formados para o trabalho intelectual - a histórica separação entre o pensar 1515 e o fazer, característica sedimentadora do modelo capitalista. 1516 Esta proposta fundamenta-se nas concepções do currículo integrado, na estrutura 1517 curricular organizada por eixos tecnológicos, previstos no Catálogo Nacional de Cursos 1518 Técnicos (CNCT), além dos referenciais metodológicos propiciadores de integração entre a 1519 educação básica e a formação profissional. Além disso, os cursos estão organizados em 1520 observância ao conjunto de diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo MEC, os quais 1521 regem a educação profissional e tecnológica. 1522 De acordo com BRASIL (2007), “a opção pelo apoio a forma de oferta de educação 1523 profissional técnica de nível médio dá-se, principalmente, pelo fato de ser a que melhor 1524 apresenta resultados pedagógicos”. A partir da ampliação de sua oferta, por meio do Programa 1525 Brasil Profissionalizado, instituído pelo Decreto no 6.302, de 12 de dezembro de 2007, 1526 pretende-se estimular o ensino médio integrado à educação profissional, com o intuito de 1527 enfatizar a educação cietífica e humanística, por meio da articulação entre a formação geral e 1528 educação profissional. Desta maneira, pretende-se considerar a realidade concreta no contexto 1529 dos arranjos produtivos e das vocações sociais, culturais, econômicas locais e regionais. A 1530 base da formação integral do trabalhador, expressa no Decreto no 5.154/2004, apresenta os 1531 pressupostos para a concretização da oferta, suas concepções e princípios e alguns 1532 fundamentos para a construção de um projeto político-pedagógico integrado. 1533 Apresentam-se, a seguir, as diretrizes e os indicadores metodológicos para os cursos 1534 técnicos de nível médio na forma integrada regular, tomando-se como referência: estrutura 1535 curricular, prática profissional e requisitos e formas de acesso. 1536 No que se refere à estrutura curricular, deve-se considerar que os cursos técnicos 1537 integrados regulares organizam-se em três núcleos, dentro da concepção de núcleos 1538 politécnicos defendida (Figura 1): o estruturante, o articulador e o tecnológico. 1539 Os cursos estão estruturados em sistema anual, possuem duração de três anos letivos, 1540 com uma distribuição variável das disciplinas do ensino médio e da formação técnica, tendo 1541 periodicidades anual. As disciplinas da formação técnica, preferencialmente, devem estar 1542 presentes da primeira à última série do curso. Como diretriz orientadora da revisão da matriz Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 49 1543 curricular, ficou definida a quantidade máxima de, preferencialmente, até 10 disciplinas por 1544 período. 1545 A matriz curricular dos cursos deve estar organizada por disciplinas em regime anual, 1546 sendo contemplados os mínimos de 2.400 horas de disciplinas destinadas ao ensino médio e 1547 de 800, 1.000 ou 1.200 horas de disciplinas técnicas, de acordo com o curso, conforme carga 1548 horária estabelecida no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT). Além da carga 1549 horária estabelecida para formação geral e específica, deve ser acrescida a quantidade de 20% 1550 de horas reservadas à prática profissional em relação carga horária total da base técnica 1551 prevista no Catalogo Nacional de Cursos Técnicos e 60 horas reservadas para atividades 1552 complementares. 1553 As disciplinas que compõem a matriz curricular devem estar articuladas entre si, 1554 fundamentadas nos conceitos de interdisciplinaridade e contextualização. Orientar-se-ão pelos 1555 perfis profissionais de conclusão estabelecidos no Projeto Pedagógico do Curso, ensejando a 1556 formação integrada que articula ciência, trabalho, cultura e tecnologia, assim como a 1557 aplicação de conhecimentos teórico-práticos específicos do eixo tecnológico e da habilitação 1558 específica, contribuindo, assim, para uma sólida formação técnico-humanística dos 1559 estudantes. 1560 No que se refere à prática profissional nos cursos técnicos integrados regulares, deve- 1561 se considerar o cumprimento de carga horária mínima de 20% de horas reservadas à prática 1562 profissional em relação carga horária total da base técnica prevista no Catalogo Nacional de 1563 Cursos Técnicos. Também devem ser consideradas as modalidades de realização dessa 1564 prática: desenvolvimento de projetos integradores/técnicos, de extensão e/ou de pesquisa; e/ou 1565 estágio curricular supervisionado (estágio técnico), a partir do início do segundo semestre do 1566 curso. Tanto os projetos quanto o estágio podem ser desenvolvidos no IFPA, na comunidade 1567 e/ou em locais de trabalho, objetivando a unidade entre teoria-prática e baseando-se nos 1568 princípios da interdisciplinaridade e da contextualização, bem como na gestão de processos de 1569 produção. Adicionalmente, serão realizadas 60 horas de atividades complementares. 1570 1571 No que se refere a requisitos e a formas de acesso, devem-se considerar as seguintes possibilidades, representadas na Figura 2. 1572 Processo de seleção, conveniado ou aberto ao público: para portadores de certificado 1573 de conclusão do ensino fundamental (para o 1º período); e transferência: para estudantes 1574 matriculados em cursos técnicos integrados regulares (a partir do 2º período); 1575 1576 O processo de seleção pode ser constituído de provas (exame) e/ou programas, ambos desenvolvidos pela própria Instituição. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 50 1577 Alunos matriculados em outros cursos integrados 1578 1579 1580 1581 1582 1583 1584 1585 1586 CURSO TÉCNICO INTEGRADO REGULAR Portadores de certificado de conclusão do ensino fundamental Figura 2 – Requisitos e formas de acesso para os cursos técnicos integrados regulares b) Diretrizes e indicadores metodológicos para os cursos técnicos de nível médio na forma integrada na modalidade EJA Os cursos técnicos integrados na modalidade Educação de Jovens e Adultos - EJA 1587 objetivam formar cidadãos capacitados a atuar como profissionais técnicos de nível médio. 1588 Traçando um rápido percurso histórico, esses cursos foram implementados, nos Institutos 1589 Federais, em meio a um conjunto de ações político-pedagógicas do Governo Federal no ano 1590 de 2006, através do Programa de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica 1591 na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA). Instituído pelo Decreto 1592 5.840/2006, o PROEJA apresenta-se como uma iniciativa que visa à inclusão social 1593 emancipatória dos sujeitos que, na faixa etária regular indicada em toda legislação, não 1594 tiveram a oportunidade de acesso à educação básica ou não a concluíram nessa faixa. Em 1595 consonância com a função social do Instituto, esse se configura em um dos fatores que 1596 mobilizam e justificam a adesão ao programa. 1597 No mapa geral das ofertas, devem ser destinadas 10% do total de vagas para o 1598 PROEJA, um percentual mínimo estabelecido pelo Decreto 5.840/2006, que deve ser 1599 acrescidas de acordo com aumento da demanda de vagas. São compostas diversas turmas, 1600 planejadas para diferentes cursos técnicos integrados, no turno diurno ou noturno, de acordo 1601 com a estrutura organizacional do campus. Nesse particular, é preciso fazer as devidas 1602 adequações às condições de vida, de tempo escolar e de trabalho inerentes ao público da EJA. 1603 Em se tratando da consideração das especificidades desse público, um diferencial, por 1604 exemplo, consiste em destinar vagas para o turno noturno, em razão das necessidades básicas 1605 desse público que em sua grande parcela são trabalhadores que tem direito a ter uma educação 1606 voltada para sua realidade social e assim, tem direito a uma proposta de oferta de ensino que , 1607 concilie trabalho e ensino formal. Nesse sentido, destinar ofertas diurnas é, por vezes um 1608 complicador, por ser incompatível com a disponibilidade desses estudantes. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 51 1609 A preocupação e compromisso do campus Parauapebas com o PROEJA, alia educação 1610 básica à educação profissional, elevando-se o nível de escolaridade dos jovens e adultos, na 1611 perspectiva de uma formação integral para o mundo do trabalho. Desse modo, os cursos 1612 técnicos integrados EJA estão fundamentados nas concepções de formação técnica integrada à 1613 educação básica, além do tratamento pedagógico relativo à educação de jovens e adultos. Para 1614 tanto, organizam-se, metodologicamente, pelos princípios do currículo integrado em 1615 articulação com os princípios da EJA. 1616 Essa formação ocorre por meio da obtenção de uma habilitação profissional técnica 1617 integrada ao ensino médio que também concede o direito à continuidade de estudos na 1618 educação superior, buscando o Campus Parauapebas a garantia de ofertar uma educação ao 1619 longo da vida. 1620 Consideram-se os pressupostos teóricos de concepção curricular semelhantes entre a 1621 formação técnica nos cursos integrados regulares e integrados EJA, no que se refere aos 1622 fundamentos de uma formação técnica integrada, tendo em vista ser igual a natureza da 1623 formação. No entanto, diferenciam-se em todo o processo pedagógico no que se refere ao 1624 planejamento das atividades, às definições metodológicas e às finalidades e objetivos da 1625 natureza específica do público da educação de jovens e adultos. 1626 Em respeito às especificidades do aluno adulto da EJA, faz-se necessário traçar 1627 diretrizes e indicadores metodológicos para os processos pedagógicos no desenvolvimento 1628 dos cursos integrados nessa modalidade. 1629 Convém enfatizar que a metodologia é um conjunto de procedimentos empregados 1630 para atingir os objetivos propostos. Nos processos pedagógicos institucionais, respeita-se a 1631 autonomia dos docentes do IFPA no momento da transposição didática dos conhecimentos 1632 selecionados nos componentes curriculares dos cursos integrados EJA. No entanto, 1633 reconhece-se, também, que é necessário dar um tratamento diferenciado às metodologias de 1634 ensino e aprendizagem escolar para estudantes da modalidade EJA, em especial. Isso 1635 pressupõe a adequação de procedimentos didático-pedagógicos, por parte dos educadores, a 1636 fim de que se possa auxiliar os alunos adultos nas suas construções intelectuais, 1637 procedimentais e atitudinais, o reconhecendo e empoderando como um trabalhador que 1638 estudar, e não somente como uma estudante que trabalha. 1639 1640 1641 Nessa direção, recomenda-se: elaborar e implementar o planejamento, o registro e a análise das aulas e das atividades realizadas; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 52 1642 problematizar o conhecimento, sem esquecer-se de considerar as 1643 especificidades dos diferentes ritmos de aprendizagens e a subjetividade do 1644 aluno adulto e seus contextos extraescolares, incentivando-o a pesquisar em 1645 diferentes fontes; 1646 contextualizar os conhecimentos, valorizando as experiências dos alunos 1647 adultos, sem perder de vista a (re)construção dos saberes historicamente 1648 construídos ao longo da vida; 1649 1650 1651 aulas expositivas dialogadas e atividades em grupo; 1652 1653 elaborar materiais didáticos adequados a esse público a serem trabalhados em utilizar recursos tecnológicos adequados ao público envolvido para subsidiar as atividades pedagógicas; disponibilizar apoio pedagógico para alunos que apresentarem dificuldades, 1654 visando à permanência nos estudos, a melhoria contínua da aprendizagem e a 1655 conclusão dos estudos com sucesso; 1656 diversificar as atividades acadêmicas, utilizando aulas expositivas dialogadas e 1657 interativas, momentos colaborativos e cooperativos da aprendizagem, 1658 desenvolvimento de projetos, aulas experimentais (em laboratórios), visitas 1659 técnicas, seminários, debates, atividades individuais e em grupo, exposição de 1660 filmes, grupos de estudos e outras; 1661 organizar o ambiente educativo de modo a articular múltiplas atividades 1662 voltadas às diversas dimensões de formação dos jovens e adultos, favorecendo 1663 a transformação das informações em conhecimentos diante das situações reais 1664 de vida; 1665 adequar os processos avaliativos da aprendizagem, no sentido de atender as 1666 reais necessidades do aluno da EJA, a fim de lhe assegurar a permanência e a 1667 conclusão dos estudos, com êxito. 1668 1669 Tomando-se os indicadores metodológicos como referência, essas iniciativas implicam 1670 esforços conjuntos, sobretudo nas ações didático-pedagógicas e nas decisões administrativas, 1671 envolvendo gestores, docentes e técnicos administrativos, no sentido de buscar alternativas 1672 para melhor compreender o processo de ensino e aprendizagem inerentes aos cursos 1673 vinculados ao PROEJA e, consequentemente, fortalecer essa atuação, com vistas à superação 1674 de fragilidades e à amplitude dos alcances. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 53 1675 Apresentam-se, a seguir, as diretrizes e os indicadores metodológicos para os cursos 1676 técnicos de nível médio na forma integrada na modalidade EJA, tomando-se como referência: 1677 estrutura curricular, prática profissional, bem como requisitos e formas de acesso. 1678 No que se refere à estrutura curricular, deve-se considerar que os cursos técnicos 1679 integrados na modalidade EJA organizam-se em quatro núcleos, dentro da concepção de 1680 núcleos politécnicos defendida (Figura 1): o fundamental, o estruturante, o articulador e o 1681 tecnológico. 1682 A matriz curricular dos cursos técnicos de nível médio integrados na modalidade EJA 1683 deve estar organizada em uma base de conhecimentos científicos e tecnológicos, sendo 1684 contemplados os mínimos de 2.400 horas para o total do curso, 1.200 horas de ensino médio e 1685 de 800, 1.000 ou 1.200 horas de disciplinas técnicas, de acordo com o curso conforme carga 1686 horária estabelecida no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Além da carga horária 1687 estabelecida para formação geral e a específica, deve ser acrescida a quantidade de 20% das 1688 horas dispostas no Catalogo Nacional de Cursos Técnicos reservadas à prática profissional. 1689 Esses cursos devem ter a duração máxima de cinco semestres letivos, com disciplinas 1690 do ensino médio e do ensino técnico semestrais, distribuídas do primeiro ao último semestre, 1691 de forma equilibrada e interdependente, de modo a caracterizar o diálogo e a necessária 1692 integração entre conhecimentos científicos e tecnológicos. Como diretriz orientadora dessa 1693 composição, a matriz deve-se constituir, preferencialmente, de até oito disciplinas por 1694 período. No que se refere a requisitos e a formas de acesso, devem-se considerar as seguintes 1695 possibilidades, representadas na Figura 3: 1696 1697 1698 1699 1700 1701 1702 1703 1704 1705 1706 1707 1708 1709 processo de seleção, conveniado ou aberto ao público: para portadores de certificado de conclusão do ensino fundamental (para o 1º período); e transferência: para estudantes matriculados em cursos técnicos integrados na modalidade EJA (a partir do 2º período); O processo de seleção pode ser constituído de provas (exame) e/ou programas, ambos desenvolvidos pela própria Instituição. Alunos matriculados em outros cursos integrados EJA CURSO TÉCNICO INTEGRADO À EJA Portadores de certificado de conclusão do ensino fundamental Figura 3 – Requisitos e formas de acesso para os cursos técnicos integrados na modalidade EJA. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 54 1710 1711 1712 1713 1714 1715 1716 c) Diretrizes e indicadores metodológicos para os cursos técnicos de nível médio na forma subsequente A educação profissional técnica subsequente ao ensino médio tem por finalidade 1717 formar técnicos de nível médio para atuarem nos diferentes processos de trabalho 1718 relacionados aos eixos tecnológicos com especificidade em uma habilitação técnica 1719 reconhecida pelos órgãos oficiais e profissionais. 1720 É uma formação técnica destinada a quem já concluiu o ensino médio e visa uma 1721 melhor preparação para o mundo do trabalho via uma educação destinada à 1722 profissionalização. Pode-se classificar como um nível de formação intermediário entre o 1723 ensino médio e o ensino superior, de acordo com a Classificação Internacional Normalizada 1724 da Educação (International Standard Classification of Education, ISCED97 - UNESCO). 1725 Muito embora os marcos legais estabeleçam que a formação técnica subsequente não 1726 esteja articulada ao ensino médio, a organização curricular dos cursos técnicos subsequentes 1727 desenvolvidos pelo campus Parauapebas demonstra que essa oferta é concebida e estruturada 1728 de modo a garantir uma formação técnica que prioriza a integração à educação básica. 1729 O modelo proposto, tanto em relação à estrutura curricular quanto em relação à 1730 organização metodológica, visa articular as dimensões trabalho, ciência, cultura e tecnologia. 1731 Além disso, estabelece vinculação e diálogo diretos com algumas áreas da formação básica ao 1732 reforçar a necessária revisão de algumas disciplinas fundamentais à formação técnica e eleger 1733 conhecimentos comuns a todas as ofertas no núcleo articulador. Mantêm-se, desse modo, 1734 consonância com os princípios orientadores do currículo integrado da formação técnica e com 1735 as exigências acerca de padrões de qualidade correlatos aos demais cursos técnicos de nível 1736 médio. 1737 Esse posicionamento justifica-se pela defesa de uma formação técnica emancipatória 1738 fundamentada no compromisso de superar a clássica divisão no acesso ao conhecimento entre 1739 a elite dominante e a classe trabalhadora. Essa superação se efetiva, na educação, por meio de 1740 um currículo integrado organizado, sob a ótica da autonomia pedagógica e sob a égide de 1741 princípios pedagógicos libertários, os cursos subsequentes vêm se construindo, no campus 1742 Parauapebas, a partir de um formato crítico na busca da emancipação e da formação cidadã. 1743 Os elementos constitutivos de uma proposta para a formação técnica subsequente, de 1744 qualidade social e que venha atender aos referenciais teóricos desse PPP, fundamentam-se na 1745 estruturação de um desenho curricular concebido sob os mesmos princípios das demais Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 55 1746 ofertas de formação técnica. Assim, em atendimento ao compromisso com a qualidade da 1747 formação ofertada nos cursos subsequentes, essa proposta apresenta diferenciais pedagógicos 1748 quanto à diretriz orientadora da duração dos cursos em dois anos, à articulação entre as bases 1749 científicas e tecnológicas e quanto à organização curricular em núcleos politécnicos. 1750 Para tanto, constituiu-se uma estrutura curricular que promove o domínio dos 1751 conteúdos científicos e tecnológicos, favorece a realização de práticas interdisciplinares e 1752 contextualizadas, bem como o desenvolvimento de atividades de prática profissional e é 1753 orientada por uma proposta pedagógica que atenda aos perfis requeridos pelos contextos 1754 socioeducativo e cultural. 1755 Esse modo de atuar na educação profissional técnica subsequente objetiva romper com 1756 a dualidade entre educação básica e formação técnica, possibilitando resgatar o princípio da 1757 formação humana em sua totalidade, superar a visão dicotômica entre o pensar e o fazer a 1758 partir do princípio da politecnia. É uma decisão institucional, com vistas a propiciar a 1759 formação humana integral em que a formação profissionalizante não tenha uma finalidade em 1760 si mesma, nem seja orientada pelos interesses do mercado de trabalho. Essa modalidade 1761 formativa deve-se constituir em possibilidade real para a construção dos projetos de vida dos 1762 estudantes (FRIGOTTO, CIAVATTA, RAMOS, 2005). 1763 Longe de ser concebida como uma formação especificamente voltada para o setor 1764 produtivo e com vistas a atender às necessidades imediatas do mercado de trabalho, a 1765 exemplo do que está pensado para as demais ofertas, a formação técnica subsequente 1766 desenvolvida pelo IFPA se propõe privilegiar a visão crítico-reflexiva em seus processos 1767 formativos, voltada para a emancipação, por meio da qual a atuação profissional técnica esteja 1768 ancorada nos princípios científicos e tecnológicos, de modo que o profissional técnico domine 1769 as bases de sustentação do seu fazer. 1770 Em atendimento às necessidades dos estudantes ingressantes, faz-se necessário traçar 1771 diretrizes e indicadores metodológicos para os processos pedagógicos do desenvolvimento 1772 dos cursos integrados na forma subsequente. 1773 Para os cursos técnicos de nível médio na forma subsequente, a dimensão 1774 metodológica é entendida como um conjunto de procedimentos empregados para atingir os 1775 objetivos propostos para que haja a devida articulação entre a educação básica e a educação 1776 profissional e tecnológica, com o objetivo de assegurar uma formação integral e integrada aos 1777 estudantes. Para a sua concretude, é recomendado considerar as características específicas dos 1778 alunos, seus interesses, suas condições de vida e de trabalho, além de observar os seus Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 56 1779 conhecimentos prévios, orientando-os na (re)construção de seus saberes acadêmicos, bem 1780 como na especificidade do curso. 1781 Para tanto, os professores deverão desenvolver aulas de campo, atividades 1782 laboratoriais, projetos integradores e práticas coletivas com o objetivo de envolver os 1783 estudantes em atividades, tais como práticas interdisciplinares, seminários, oficinas, visitas 1784 técnicas e desenvolvimento de projetos, entre outras que se façam necessárias durante os 1785 períodos letivos. 1786 A matriz curricular dos cursos subsequentes está organizada em blocos de disciplinas. 1787 Desenvolvem-se em regime seriado semestral com uma carga horária mínima variável, 1788 destinada às disciplinas e atividades curriculares de formação científica e tecnológica. A 1789 duração dos cursos é definida de acordo com as determinações de carga horária mínima de 1790 cada eixo tecnológico. Na configuração do catálogo nacional de cursos técnicos (BRASIL, 1791 2008), os eixos tecnológicos têm exigência mínima de carga horária, em função da 1792 especificidade de cada atuação profissional, variando entre 800, 1.000 e 1.200 horas. É válido 1793 ressaltar que, para cada carga horária da habilitação técnica, será acrescida a quantidade de 1794 20% horas destinadas à prática profissional e 60 horas de atividades complementares. 1795 1796 1797 No que se refere a requisitos e a formas de acesso, devem-se considerar as seguintes possibilidades, representadas na Figura 4: 1798 1799 certificado de conclusão do ensino médio (para o 1º período); 1800 1801 processo de seleção, conveniado ou aberto ao público: para portadores de transferência: para estudantes matriculados em cursos técnicos no mesmo eixo tecnológico (a partir do 2º período); e reingresso: para portadores de diploma de cursos técnicos (a partir do 2º 1802 período). O processo de seleção pode ser constituído de provas (exame) e/ou 1803 programas, ambos desenvolvidos pela própria Instituição. 1804 1805 1806 1807 1808 1809 1810 Alunos matriculados em outros cursos subsequentes mesmo eixo tecnológico CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE Reingresso para portadores de diploma de cursos técnicos. Portadores de diploma de curso técnico de nível médio 1811 1812 Figura – 4 Requisitos e formas de acesso para os cursos técnicos subsequentes Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 57 1813 1814 4.4 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE GRADUAÇÃO 1815 1816 1817 4.4.1 Concepção da educação superior de graduação 1818 Os princípios norteadores da estrutura curricular, gestão e finalidades da educação de 1819 nível superior no âmbito do IFPA campus Parauapebas são sistematizados neste PPP. São 1820 princípios embasados em concepções que almejam integrar ser humano, sociedade, educação, 1821 cultura, trabalho, ciência e tecnologia. Nesta perspectiva os cursos de graduação oferecidos 1822 pelo instituto se fundamentam em diretrizes voltadas a formação profissional ética, reflexiva, 1823 humanista, crítica e investigativa para preparar cidadãos e profissionais para o convívio social 1824 e mundo do trabalho. 1825 A política de educação superior pauta-se nas demais politicas praticadas na instituição 1826 visando a democratização do acesso ao ensino superior assim como a permanência e êxito do 1827 discente. Neste sentido, os esforços devem ser empenhados visando a consolidação de ofertas 1828 que atendam às necessidades presentes na sociedade, em particular, o desenvolvimento 1829 socioeconômico da região sudeste do estado do Pará. 1830 O processo de formação deve ser dinâmico de modo a ampliar os conhecimentos 1831 científicos, tecnológicos e socioculturais. Devem ser contempladas neste processo de 1832 formação diferentes ações acadêmicas curriculares e extracurriculares as quais enquadram-se 1833 iniciação cientifica e tecnológica, monitorias, pesquisa, mobilidade acadêmica, eventos 1834 técnico científicos, empresa júnior, visita técnica, entre outras. Tais atividades favorecem a 1835 integração entre teoria e práticas profissionais através do diálogo aberto e troca de 1836 experiências entre diferentes áreas do conhecimento. 1837 Reconhecer o caráter da formação e profissionalização do tecnólogo, bacharel ou 1838 licenciado serão as premissas para consolidar os cursos de graduação ofertados pelo campus. 1839 Pretende-se assim construir e potencializar valores no profissional a ser formado para que 1840 torne-se agente social e autônomo, capaz de gerir e planejar ações nas estruturas social e 1841 trabalhista. Para que o seja construído um modelo sustentado em valores, atitudes, crenças e 1842 definições como sugere (TARDIF, 2002). 1843 Sob ótica da formação profissional a graduação objetiva a valorização dos aspetos 1844 técnico-científicos por meio do incentivo à pesquisa, a investigação e prática profissional 1845 articulada aos saberes individuais e coletivos. Assim concebe-se um profissional atuante e pro 1846 ativo capaz de confrontar realidades no intuito de produzir e materializar o conhecimento. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 58 1847 No IFPA o ensino superior consolida-se na forma de cursos de tecnologia, licenciatura e 1848 engenharia de forma a atender as demandas de profissionais da região em consonância com a 1849 função social do instituto e suas premissas legais. O planejamento e operacionalização das 1850 atividades devem almejar a elevação da qualidade da educação e verticalização do ensino por 1851 meio de gestões democráticas, currículo integrado, organizações institucionais, projetos 1852 institucionais que envolvam a comunidade interna e externa e sob perspectiva e trabalho 1853 crítico, reflexivo e científico. Portanto são marcos orientadores deste PPP os ideais de 1854 construção de uma sociedade democrática e solidária amparando-se em razões 1855 socioeconômicas, políticas e culturais da região. De forma a sanar as necessidades de 1856 tecnólogos, engenheiros e docentes que atendam aos diferentes setores produtivos e esferas da 1857 sociedade. 1858 1859 1860 1861 4.4.2 Os cursos superiores de tecnologia ou de graduação tecnológica 1862 Profundas mudanças nos contextos político, social e econômicos durante os anos 90 1863 provocaram a reestruturação nas dinâmicas dos sistemas de produção nacionais. Estes se 1864 viram diante de um cenário com crescente demanda de profissionais qualificados em áreas 1865 especificas em tempo reduzido. Todo este contexto influiu diretamente nos projetos 1866 educacionais os quais voltaram-se para a formação de profissionais através dos cursos de 1867 graduação tecnológica. 1868 Os Cursos de Tecnologia ou graduação tecnológica foram criados pela Lei no 5.692/71 1869 (artigo 23, §2o), ratificada pelas Leis nº 3516 9.131/95 e 9.394/96 e pelo Decreto no 2.406, de 1870 27.11.97, e regulamentado pela Portaria Ministerial MEC no 1.647, de 25.11.99 e pela 1871 Resolução CES/CNE nº 03, de 18.12.02. Os Cursos de Tecnologia são programas de curta 1872 duração, de no mínimo dois anos, destinados aos estudantes que tenham concluído o ensino 1873 médio ou equivalente. São organizados a partir da concepção curricular de eixos tecnológicos, 1874 de acordo com o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia. Caracterizam-se 1875 ainda pela flexibilidade curricular e perfil de formação focado na gestão de processos bem 1876 como na análise dos impactos sociais, econômicos e ambientais de maneira crítica, reflexiva e 1877 humanística dos processos de produção e suas relações. 1878 De acordo com o as diretrizes curriculares expressas da Resolução CNE/CNS 2002 os 1879 cursos de tecnologia ofertados devem atuar na esfera dos conhecimentos gerais e específicos, 1880 do desenvolvimento de pesquisas científico-tecnológicas e das aplicações dessas pesquisas no Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 59 1881 mundo do trabalho. O tecnólogo, portanto, tem formação orientada à área bastante específica, 1882 desenvolvendo competências e habilidades técnicas e acadêmicas para inserção rápida no 1883 mercado de trabalho, em sua área de formação, visando, sobretudo, o desenvolvimento, a 1884 aplicação e a socialização de novas tecnologias, visando a gestão de processos tecnológicos e 1885 a produção de bens e serviços. 1886 A escolha das ofertas no IFPA campus Parauapebas pauta-se tanto no estudo das 1887 demandas oriundas dos arranjos produtivos, culturais e sociais da região e do estado do Pará 1888 quanto nas condições pedagógicas e administrativas desta Instituição. 1889 Atenta-se também aos interesses e potencialidades humanos, evidenciando, em 1890 harmonia com as condições materiais, a capacidade de (re)criação e de transformação da 1891 realidade. Nesse sentido, elege-se, como referência, o foco ou a vocação tecnológica deste 1892 campus, definindo-se a oferta de cursos a partir de discussões e de debates com a comunidade 1893 interna, 1894 estabelecimento do diálogo com a comunidade local, recorrendo-se a audiências públicas, 1895 visitas técnicas e outras formas de interlocução. em espaços institucionalizados. Além disso, torna-se imprescindível o 1896 1897 a) 1898 Conforme o Artigo 43 da LDB, inciso II, os cursos superiores buscam formar diplomados 1899 aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da 1900 sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. O Parecer CNE/CP 29, de 03 de 1901 dezembro de 2002 também destaca que o dinamismo das novas tecnologias demanda 1902 agilidade e flexibilidade em relação à mudança. Sendo assim, um profissional especializado 1903 precisa ter a habilidade de aprender continuamente e tomar decisões em situações não 1904 planejadas. Seguindo tais premissas básicas, os cursos de graduação tecnológica são 1905 orientados pelos seguintes princípios: 1906 1907 Princípios orientadores dos cursos de graduação tecnológica Priorizar a garantia de uma educação de qualidade através da integração das atividades 1908 práticas e teóricas do ensino, pesquisa, extensão e inovação ao trabalho, ciência, 1909 sociedade, cultura e às tecnologias; 1910 1911 1912 1913 Ter como compromisso a produção e a inovação científico-tecnológica e suas respectivas aplicações no mundo do trabalho; Motivar um maior aprendizado dos alunos através de um ambiente e suporte necessário de modo a garantir a execução de suas atividades; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 60 1914 1915 1916 Promover o aprendizado contínuo e acompanhar as mudanças nas condições de trabalho; Propiciar o desenvolvimento de uma visão social da evolução da tecnologia, das 1917 transformações oriundas do processo de inovação e das diferentes estratégias 1918 empregadas para conciliar os imperativos econômicos às condições da sociedade; 1919 Contínua atenção a uma excelência técnica e didática com a adoção da flexibilidade, 1920 interdisciplinaridade, contextualização e atualização permanente dos cursos e 1921 currículos; e 1922 1923 Garantir, através da organização curricular, a identidade do perfil profissional de conclusão do curso. 1924 1925 1926 b) Diretrizes e indicadores metodológicos dos cursos superiores de tecnologia ou graduação tecnológica 1927 1928 Cumprindo o Decreto nº 5.773/06 foi criado o Catálogo Nacional de Cursos Superiores 1929 de Tecnologia no qual são trazidas informações essenciais de denominações de cursos, o 1930 perfil dos tecnólogos, carga horária mínima e infraestrutura recomendada. Estas informações 1931 são importantes para que sejam traçadas a diretrizes e indicadores que se norteiam nos 1932 seguintes parâmetros: estrutura curricular, prática profissional, requisitos e formas de acesso. 1933 Quanto a sua estrutura curricular, o curso superior de tecnologia está organizado em 1934 dois núcleos: o núcleo básico e o núcleo tecnológico. O núcleo básico é composto por 1935 conhecimentos científicos fundamentais e uma revisão de conhecimentos de formação geral 1936 que servem de base técnica para os ingressantes. O núcleo tecnológico é composto por 1937 disciplinas que formam o perfil profissional do tecnólogo. Além disso, no núcleo tecnológico 1938 são desenvolvidas as práticas profissionais, estágio curricular obrigatório e supervisionado. 1939 A estrutura curricular se baseia em práticas holísticas, interdisciplinares e 1940 contextualizadas buscando-se um perfil profissional que possa atender às demandas inerentes 1941 ao mercado de trabalho. A matriz curricular está estruturada em seis semestres letivos, sob o 1942 regime de crédito, com período semestral, com pré-requisitos e flexibilidade aos discentes na 1943 condução de itinerários diversificados. Devem ser proporcionadas formas de aprendizagem 1944 teóricas e práticas através de métodos ativos e através da pesquisa e de extensão. 1945 Quanto às práticas profissionais, os cursos superiores de tecnologia possuem uma carga 1946 horária mínima de 400 horas. Para o desenvolvimento dessas práticas podem ser 1947 desenvolvidos: projetos integradores/técnicos, projetos de extensão e/ou de pesquisa; estágio Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 61 1948 curricular supervisionado (estágio técnico), a partir do início da segunda metade do curso e 1949 outras 1950 regulamentadas pelo IFPA. formas de atividades acadêmico-científico-culturais aderentes às normas 1951 1952 Quanto aos requisitos e a formas de acesso, são consideradas as seguintes possibilidades: 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1. processo de seleção, conveniado ou aberto ao público: para portadores de certificado de conclusão do ensino médio (para o 1º período); 2. processo de transferência: para estudantes matriculados em cursos superiores de tecnologia no mesmo eixo tecnológico (entre 2º e 5º semestre); e 3. reingresso: para portadores de diploma de cursos de graduação no mesmo eixo tecnológico ou na mesma área do curso (a partir do 2º e 5º semestre). 1960 1961 O processo de seleção para o primeiro período do curso pode ser realizado através de 1962 provas (exames) e/ou de programas, destinando-se, para alunos egressos da rede pública de 1963 ensino, o mínimo de 50% das vagas. O preenchimento das vagas pode considerar, como 1964 mecanismos de classificação: os resultados de vestibular tradicional ou de exames realizados 1965 pelo Governo Federal. As demais formas de ingresso devem considerar, como mecanismo 1966 classificatório, o resultado de provas (exames) realizadas pela instituição. 1967 1968 1969 1970 4.4.3 Os cursos de engenharia 1971 O objetivo dos cursos de engenharia almejam formar profissionais capazes de 1972 compreender e produzir tecnologia de maneira crítica, reflexiva, criativa e humanista. Para 1973 essa formação são preconizadas competências relevantes para alcançar esse tipo de 1974 profissional tais como: 1975 a) aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia; 1976 b) projetar e conduzir experimentos, interpretando resultados; 1977 c) conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos produtivos; 1978 d) planejar, elaborar, coordenar e supervisionar projetos e serviços de engenharia; 1979 e) identificar, formular e resolver problemas de engenharia; 1980 f) desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e novas técnicas; 1981 g) supervisionar operação e manutenção de sistemas; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 62 1982 h) avaliar, criticamente, operação e manutenção de sistemas; 1983 i) comunicar-se, eficientemente, sob forma verbal, não verbal e multimodal; 1984 j) atuar em equipes multidisciplinares; 1985 k) assumir postura profissional ética e responsável; 1986 l) avaliar impacto das atividades da engenharia nos contextos social e ambiental; 1987 1988a) Princípios orientadores e características dos cursos de engenharia 1989 De acordo com o SETEC/MEC as propostas curriculares dos cursos superiores de graduação 1990 em Engenharia dos Institutos Federais norteiam-se pelos seguintes princípios: 1991 sintonia com a sociedade e o mundo produtivo; 1992 diálogo com os arranjos produtivos culturais, locais e regionais; 1993 preocupação com o desenvolvimento sustentável; 1994 estabelecimento de metodologias que viabilizem a ação pedagógica interdisciplinar e 1995 transdisciplinar dos saberes; 1996 realização de atividades de formação em ambientes não convencionais; 1997 interação de saberes teórico-práticos ao longo do curso; 1998 realização da pesquisa e da extensão como sustentadoras das ações na construção do 1999 conhecimento; 2000 construção, no processo de aprendizagem, da autonomia dos discentes; 2001 promoção da mobilidade acadêmica por meio de cooperação técnica intrainstitucional e 2002 interinstitucional; 2003 possibilidade de alteração, intrainstitucional e interinstitucionalmente, no itinerário 2004 curricular dos estudantes; 2005 estabelecimento de procedimentos inovadores para o acesso aos cursos de engenharia e para a 2006 certificação dos estudantes; 2007 comparabilidade de currículo, com adoção de procedimentos que valorizem as ações de 2008 ensino, pesquisa e extensão; e 2009 integração curricular de diferentes níveis e modalidades de ensino, contribuindo para a 2010 concretização do princípio da verticalização. 2011 2012 b) Diretrizes e indicadores metodológicos dos cursos de engenharia 2013 A estrutura curricular dos cursos de engenharia em todas as suas possibilidades de modalidade 2014 de ensino (presencial, semipresencial ou a distância) são amparadas nas premissas legais que Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 63 2015 atendem aos requisitos básicos para a formação, atuação e consolidação do perfil do 2016 engenheiro. 2017 Em acordo com resolução CNE/CES 2/2007 o curso deverá ser organizado com uma 2018 carga horária mínima de 3.600 horas e ser integralizado dentro de um prazo mínimo de 4 anos 2019 ou 8 períodos letivos e um prazo máximo de 8 anos ou 16 períodos letivos. A duração média é 2020 de 5 anos ou 10 períodos letivos. A estrutura curricular deve distribuída em regime de créditos 2021 e organização por disciplinas. Tais disciplinas devem flexibilizar diferentes itinerários 2022 formativos, podendo ou não serem associadas a pré-requisitos dentro da matriz curricular. 2023 As diretrizes e indicadores metodológicos para os cursos superiores de engenharia são 2024 tomados a partir da estrutura curricular, pratica profissional, requisitos e formas de acesso. 2025 Estrutura curricular: 2026 Os conteúdos devem ser organizados de forma que possibilitem uma abordagem 2027 compatível com a natureza dos cursos ofertados, conforme dispõe a legislação atual e demais 2028 recomendações das organizações e conselhos de engenharia. Neste sentido, além do formato e 2029 do sequenciamento das disciplinas, é importante que estas possam estar organizadas sob 2030 concepções e finalidades departamentais afins com as necessidades de cada curso. Atendendo 2031 ainda a estas Diretrizes, nesta proposta de adequação curricular os conteúdos estão 2032 organizados em Núcleos de Conteúdos Básicos, Conhecimentos Profissionalizantes e 2033 Conhecimentos Específicos. 2034 O Núcleo de Ciências Básicas versa tanto conhecimentos de formação geral, voltados 2035 para o ensino superior, quanto conhecimentos científicos e tecnológicos gerais, voltados para 2036 a área de engenharia que fundamentam a natureza do conhecimento da engenharia. Este 2037 núcleo deve conter aproximadamente 30% da carga horária do curso. Deve habilitar o 2038 estudante ao prosseguimento de estudos no ciclo de engenharia, permitindo-lhe, inclusive, 2039 mobilidade para outras instituições de ensino superior que utilizam a mesma estruturação. 2040 As disciplinas correspondentes a este núcleo devem ser distribuídas até o oitavo 2041 semestre. As disciplinas que compõem essa unidade devem contemplar conhecimentos de 2042 Metodologia Científica e Tecnológica; Leitura e Produção de Textos Acadêmicos; 2043 Informática; Expressão Gráfica; Matemática; Física; Fenômenos de Transporte; Mecânica dos 2044 Sólidos; Eletricidade Aplicada; Química; Ciência e Tecnologia dos Materiais; Administração; 2045 Economia; Ciências do Ambiente; e Humanidades, Ciências Sociais e Cidadania. 2046 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 64 2047 O Núcleo de Conhecimentos Profissionalizantes devem conter no mínimo 15% da carga 2048 horária do curso. Este núcleo traz a formação geral destinada a cada área da engenharia. Têm 2049 por finalidade promover capacitação instrumental ao aluno, através do estabelecimento de 2050 métodos de análise e de síntese, e aprofundamento teórico-prático do ferramental que foi 2051 desenvolvido nas disciplinas de do Núcleo de Ciências Básicas. 2052 O Núcleo de Conhecimentos Específicos se constitui em extensões e aprofundamentos 2053 dos conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, bem como de outros conteúdos 2054 destinados a caracterizar modalidades. Constituem-se em conhecimentos científicos, 2055 tecnológicos e instrumentais necessários para a definição das modalidades de engenharia e 2056 devem garantir o desenvolvimento das competências e habilidades estabelecidas nestas 2057 diretrizes. Este conjunto de conteúdo específicos obrigatórios, aliados às disciplinas 2058 opcionais, deve permitir ao aluno aprofundar-se em conteúdos com os quais tenha mais 2059 afinidade. Isto possibilita, além do que prescreve a legislação, que o estudante possa ir além 2060 do mínimo exigido. 2061 As disciplinas que compõem a matriz curricular devem estar articuladas em uma 2062 perspectiva interdisciplinar e orientadas pelos perfis profissionais de conclusão. Ensejam não 2063 só a formação de conhecimentos científicos e tecnológicos mas também a aplicação de 2064 conhecimentos teórico-práticos específicos de uma área profissional. A matriz curricular 2065 contribui, assim, para uma formação técnico humanística. Para atender às exigências 2066 pedagógicas e ao perfil da graduação em engenharia, devem ser proporcionadas situações de 2067 aprendizagem teórico-prática alicerçadas em métodos integradores e em atividades de 2068 pesquisa e de extensão. Trabalho de iniciação científica, projeto interdisciplinar, visita 2069 técnica, trabalho em equipe, desenvolvimento de protótipos, monitoria e participação em 2070 empresas juniores são exemplos dessas situações de aprendizagem. Em todas elas, devem se 2071 desenvolver posturas de cooperação, de comunicação e de iniciativa. 2072 2073 2074 Nos cursos superiores de tecnologia, deve se considerar o cumprimento de carga horária 2075 mínima de 500 horas. Também devem ser consideradas as modalidades de realização dessa 2076 prática: desenvolvimento de projetos (projetos técnicos, projetos de extensão e/ou projetos de 2077 pesquisa), de estágio curricular supervisionado (estágio técnico) e de outras atividades 2078 acadêmico-científico-culturais. Para essas últimas, devem ser destinadas, no mínimo, 25 horas 2079 do quantitativo geral da prática profissional. Os projetos e o estágio são desenvolvidos no 2080 IFPA, na comunidade e/ou em locais de trabalho. A prática profissional ancora-se tanto nos Pratica profissional Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 65 2081 princípios da unidade entre teoria e prática, da interdisciplinaridade e da contextualização 2082 quanto na gestão de processos de produção específicos da área técnica. 2083 2084 2085 A entrada nos cursos pode-se dar basicamente através de processo de seleção, 2086 transferência, reingresso e reopção. O processo de seleção pode ocorrer nas formas 2087 conveniado e aberto ao público para portador de certificado de conclusão do ensino médio. A 2088 entrada é efetivada no primeiro semestre. O processo de transferência pode ocorrer entre o 2089 segundo e o quinto semestre por estudantes entre campi ou advindos de instituições externas Requisitos e formas de acesso 2090 O reingresso é realizado entre o segundo e quinto semestres para portadores de cursos 2091 superior em tecnologia ou portadores de diploma dos cursos de engenharia de área distinta ou 2092 sexto e sétimo semestre para a mesma área de curso ofertado. 2093 Reopção de curso pode ser realizada em cursos de engenharia após conclusão primeiro 2094 semestre. 2095 O processo de seleção para o primeiro período do curso pode ser realizado por meio de 2096 provas (exames) e/ou de programas, ambos desenvolvidos pela Instituição, destinando-se, 2097 para alunos egressos da rede pública de ensino, o mínimo de 50% das vagas. O preenchimento 2098 das vagas deve considerar, como mecanismos de classificação, os resultados de vestibular 2099 tradicional ou de exames realizados pelo Governo Federal. As formas de acesso para as 2100 demais formas de ingresso devem considerar, como mecanismo de classificação, o resultado 2101 de provas (exames) realizadas pela instituição. 2102 2103 2104 2105 2106 2107 4.5 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES 4.5.1 Dimensões da formação profissional docente Hoje estamos vivenciando mudanças significativas no processo de interação entre 2108 professores e alunos, com a massificação dos meios tecnológicos e o avanços de novas formas 2109 de comunicação, a formação profissional docente deve ser visto como mais uma ferramenta 2110 para apoiar o trabalho docente. Essas mudanças também são de cunho social e produtivo, e 2111 com isso, a educação passou a ser considerada parte importante dos processos de interação e 2112 produção presente na sociedade. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 66 2113 O professor tem papel importante nos processos de troca e interação no meio social e 2114 produtivo, e para isso, a formação deve se constituir como um processo contínuo e interrupto 2115 na vivencia profissional do professor. A todo momento e em todo ambiente da unidade 2116 escolar o professor está realizando troca de informação e de conhecimento, seja com seus 2117 alunos ou com seus pares. No entanto, é imprescindível haver momentos de formação 2118 profissional docente previstas em documentos oficiais da instituição, no calendário escolar, no 2119 planejamento anual do campus, e essa formação precisa ser discutida, contextualizada, 2120 conceituada e entre os professores, para que seja realizada efetivamente uma formação que 2121 seja vista como emancipadora e que proporcione 2122 empoderamento para os envolvidos. 2123 momentos de trocas, discussões e Arroyo (2007, p.9) mostra que: 2124 2125 2126 2127 2128 2129 2130 2131 Assim, a formação docente é parte do processo da reflexão acerca do currículo pensado 2132 para a unidade escolar, e tão importante quanto a construção coletiva do PPP, e a realização 2133 de formação profissional docente que envolva a participação e aquisição de saberes pelos 2134 professores envolvidos. E quando nos deparamos com a formação profissional docente para 2135 os profissionais envolvidos com o ensino ofertado pelo IFEs, que tem em sua concepção a 2136 oferta de educação em todos os níveis e modalidades de ensino, nos deparamos com a 2137 complexidade e o desafio de uma formação que atenda ao perfil de professor pertencente ao 2138 quadro de servidores do campus Parauapebas. 2139 2140 2141 2142 2143 2144 2145 2146 A reflexão sobre o currículo está instalada como tema central nos projetos políticopedagógicos das escolas e nas propostas dos sistemas de ensino, assim como nas pesquisas, na teoria pedagógica e na formação inicial e permanente dos docentes. 4.5.2 Formação profissional para a docência A formação profissional para a docência para ser concebida de forma a atender aos 2147 anseios dos professores para a efetivação do exercício da prática docente, buscando ser um 2148 momento de trocas de experiências e articulado com a formação inicial; formação continuada; 2149 formação para a pesquisa no ambiente da sala de aula e na pesquisa articulada com outros 2150 segmentos da sociedade, e que busque se constituir como agente para emancipação do 2151 profissional docente e com extensão aos seus alunos. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 67 2152 Para Moura (2008, p.30) a formação deve ser: 2153 2154 2155 2156 2157 2158 2159 2160 2161 2162 2163 2164 E definir que a formação profissional docente deve alçar patamares mais altos do que a 2165 simples obrigação anula de realizar reuniões entre o quadro de professores e o setor 2166 pedagógico, e sim constituir em momentos de discussão e construção de propostas com 2167 participação coletiva, com visão de promoção de políticas públicas educacionais que 2168 beneficiem a unidade escolar como um todo, ser uma formação que ultrapasse o mero ato de 2169 troca entre dirigentes e dirigidos na unidade escolar. A formação e a capacitação devem, portanto, ir além da aquisição de técnicas didáticas de transmissão de conteúdos para os professores e de técnicas de gestão para os dirigentes. Evidentemente, esses aspectos continuarão sendo importantes, mas o objetivo macro é mais ambicioso e deve privilegiar a formação no âmbito das políticas públicas do país, principalmente as educacionais, numa perspectiva de superação do modelo de desenvolvimento socioeconômico vigente, de modo que se deve priorizar mais o ser humano do que, simplesmente, as relações de mercado e o fortalecimento da economia. 2170 Tem se que pensar a formação profissional docente como uma troca de saberes entre os 2171 sujeitos partícipes, com o objetivo de garantir o retorno dessa troca para a sala de aula e os 2172 demais ambientes de formação no cotidiano escolar. O pensar a formação docente requer a 2173 reflexão sobre o próprio fazer da profissão docente, e podemos recorrer ao que está disposto 2174 no PPP do IFRN, que nos apresenta: 2175 2176 2177 2178 2179 2180 2181 2182 2183 2184 2185 2186 2187 2188 Estudiosos e pesquisadores da formação profissional de professores esclarecem que pensar na formação profissional da docência requer refletir sobre os saberes próprios da profissão. Sobre isso, realçam duas considerações importantes. Em primeiro lugar, evidenciam os princípios que fundamentam os saberes: a inter-relação entre saber e trabalho, a diversidade do saber, a temporalidade do saber e a interatividade do saber docente. A seguir, apresentam os saberes docentes: saberes da formação científica e pedagógica ou saberes da formação profissional, saberes disciplinares, saberes curriculares e saberes experienciais. Para os estudiosos, desconsiderar um dos princípios ou um dos saberes docentes restringe o alcance da formação profissional do professor. Logo, somente por meio da consideração desses princípios e desses saberes, torna-se possível profissionalizar a docência. (PPP/IFRN, 2012, p. 143). 2189 2190 O pensar e formatar processos de formação profissional docente deve está atrelado ao 2191 fazer com que esses momentos venham contribuir para que o professor se sinta não apenas 2192 preparada para atuar em sala de aulas nos níveis de ensino que o campus Parauapebas oferece 2193 a sociedade de Parauapebas e demais cidades da região de sua área de abrangência, mas que 2194 também ao professor seja dado condições de participar efetivamente do processo formativo, e 2195 não se sinta um transmissor do conhecimento. Freire apud Moura detalha esse momento: Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 68 2196 2197 2198 2199 2200 2201 2202 2203 2204 2205 2206 2207 2208 2209 2210 Nesse processo educativo, o professor deve assumir outra atitude, forjada a partir de outro tipo de formação, que deve ser crítica, reflexiva e orientada pela responsabilidade social. Nessa perspectiva, o docente deixa de ser um transmissor de conteúdos acríticos e definidos por especialistas externos para assumir uma atitude problematizadora e mediadora do processo ensino-aprendizagem sem, no entanto, perder sua autoridade nem, tampouco, a responsabilidade com a competência técnica dentro de sua área do conhecimento. (FREIRE, 1906 APUD MOURA, 2008, p.30) 4.5.3 Princípios orientadores da formação de professores A formação de professores deve ser vista como um processo como um ato que tem 2211 como objetivo promover o constante crescimento profissional e social deste profissional, 2212 propiciando a formação de um sujeito livre e empoderado com competências e habilidades 2213 necessárias para ser utilizados nas suas ações diárias tanto em relação a docência, como na 2214 sua relação com a sociedade na qual está inserida. 2215 2216 2217 2218 2219 2220 2221 2222 2223 2224 2225 2226 2227 2228 2229 2230 2231 2232 2233 2234 2235 2236 2237 2238 2239 2240 2241 2242 2243 2244 2245 2246 2247 2248 A Resolução Conselho Nacional de Educação nº 2, de 01 de julho de 2015, estabelece os parâmetros acerca da formação de professores em que: Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada em Nível Superior de Profissionais do Magistério para a Educação Básica aplicamse à formação de professores para o exercício da docência na educação infantil, no ensino fundamental, no ensino médio e nas respectivas modalidades de educação (Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profissional e Tecnológica, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação a Distância e Educação Escolar Quilombola), nas diferentes áreas do conhecimento e com integração entre elas, podendo abranger um campo específico e/ou interdisciplinar. § 1º Compreende-se a docência como ação educativa e como processo pedagógico intencional e metódico, envolvendo conhecimentos específicos, interdisciplinares e pedagógicos, conceitos, princípios e objetivos da formação que se desenvolvem na construção e apropriação dos valores éticos, linguísticos, estéticos e políticos do conhecimento inerentes à sólida formação científica e cultural do ensinar/aprender, à socialização e construção de conhecimentos e sua inovação, em diálogo constante entre diferentes visões de mundo. § 2º No exercício da docência, a ação do profissional do magistério da educação básica é permeada por dimensões técnicas, políticas, éticas e estéticas por meio de sólida formação, envolvendo o domínio e manejo de conteúdos e metodologias, diversas linguagens, tecnologias e inovações, contribuindo para ampliar a visão e a atuação desse profissional. Art. 3º A formação inicial e a formação continuada destinam-se, respectivamente, à preparação e ao desenvolvimento de profissionais para funções de magistério na educação básica em suas etapas – educação infantil, ensino fundamental, ensino médio – e modalidades – educação de jovens e adultos, educação especial, educação profissional e técnica de nível médio, educação escolar indígena, educação do campo, educação escolar quilombola e educação a distância – a partir de compreensão ampla e contextualizada de educação e educação escolar, visando assegurar a produção e difusão de conhecimentos de determinada área e a participação na elaboração e implementação do projeto político-pedagógico da instituição, na perspectiva de garantir, com qualidade, os direitos e objetivos de Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 69 2249 2250 2251 2252 2253 2254 aprendizagem e o seu desenvolvimento, a gestão democrática e a avaliação institucional. (BRASIL, 2015, p.3-4) 4.6 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE PÓS-GRADUÇÃO 2255 2256 A pós-graduação no IFPA é resultado de uma política institucional voltada para o 2257 campo da educação e praticas de educação profissional com base em conhecimento 2258 científico/tecnológico. Nesse sentido, a pós-graduação visa verticalizar a educação 2259 profissional e tecnológica no âmbito da instituição, formar profissionais em nível de pós- 2260 graduação lato sensu e stricto sensu, em consonância com as normas emanadas pelo Conselho 2261 Nacional de Educação (CNE) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 2262 Superior (CAPES), e demais fontes de fomento para formar alicerce. 2263 Desse modo, em consonância com sua função social, o IFPA tem, como uma de suas 2264 finalidades, oferecer a pós-graduação, visando à formação nas diferentes áreas de 2265 conhecimento em cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu “[...] que contribuam 2266 para promover o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e tecnologia, com 2267 vistas no processo de produção de conhecimentos, geração e inovação tecnológica” (BRASIL, 2268 2007) 2269 2270 2271 2272 4.6.1 Concepção e princípios da educação superior de pós-graduação Tanto a reestruturação no setor produtivo, a partir dos anos de 1990, quanto o 2273 crescente desenvolvimento científico e tecnológico decorrentes da economia global e 2274 informacional se difundem “[...] As últimas décadas do século XX, especialmente os anos de 2275 1990, são marcadas pela globalização da economia mundial, selando também um processo 2276 emergente de evolução tecnológica. A base dessa evolução organiza-se em torno da 2277 informação, compreendida como a revolução tecnológica. Inaugura-se, assim, um processo 2278 em que a mente humana se torna fonte direta de produção, como enfatizam os estudos de 2279 Castells (1999). 2280 Desse modo, além da globalização econômica, vive-se incluído também em um 2281 contexto denominado de sociedade da informática” (SCHAFF, 1995). A realidade de 2282 provocar significativas reformas no âmbito dos países em desenvolvimento, como o Brasil. 2283 Em decorrência, as políticas neoliberais exacerbaram as desigualdades entre aqueles que têm 2284 acesso aos serviços de qualidade e aqueles que ficam às beiras dos direitos. Por outro lado, a Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 70 2285 partir dos anos 2000, algumas iniciativas, se materializaram no sentido de ampliar e de 2286 interiorizar as instituições públicas, como os institutos federais, contribuíram para que o 2287 acesso à educação, à ciência e à tecnologia pudesse beneficiar uma parcela mais ampla da 2288 sociedade por meio da educação pública e gratuita. 2289 2290 Visando à construção do conhecimento, é necessário que os processos e as práticas 2291 pedagógicas decorrentes da pós-graduação no IFPA resultem da articulação entre os saberes 2292 formais e informais, segundo Laville; Dionne, 1999, saberes informais são aqueles que 2293 resultam das observações pessoais, das vivências e das experiências pessoais e coletivas. 2294 Resultam também da intuição, da tradição e da autoridade. 2295 Os saberes formais são sistematizados a partir de concepções filosóficas, 2296 epistemológicas e científicas, superando os saberes decorrentes exclusivamente da intuição ou 2297 da tradição. Em sua diversidade, esses saberes são copartícipes nas atividades de pesquisa, de 2298 ensino e de extensão, as quais devem ocorrer sob a regência da indissociabilidade (IFRN, 2299 2012). 2300 2301 2302 2303 2304 2305 2306 2307 2308 2309 2310 2311 2312 2313 2314 2315 2316 2317 2318 2319 2320 2321 2322 2323 2324 2325 2326 2327 2328 De acordo com a LDB, no Art. 43, a educação superior tem por finalidade: I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição (BRASIL, 1996, p. 35). 4.6.2 Diretrizes e indicadores metodológicos dos cursos de pós-graduação lato sensu Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 71 2329 A Pós-Graduação Lato Sensu é um sistema organizado de cursos e programas 2330 destinados aos diplomados em cursos de Graduação cujo objetivo é eminentemente técnico- 2331 profissional e visa formar profissionais altamente qualificados para atender a uma demanda 2332 específica das necessidades sociais. Compreende os cursos de Especialização, MBA, 2333 Aperfeiçoamento e Residências. 2334 Em relação à estrutura curricular, deve-se considerar a organização dos cursos 2335 superiores de pós-graduação lato sensu, na forma de aperfeiçoamento ou de especialização, 2336 por atividades curriculares em regime modular. Os cursos devem ser estruturados em módulos 2337 compostos por disciplinas, com duração estabelecida no projeto pedagógico de cada curso, ao 2338 final dos quais o estudante receberá o Certificado de Aperfeiçoado ou Especialista no 2339 respectivo curso. 2340 Os cursos poderão ser oferecidos nas modalidades: Presencial e a Distância. 2341 No Brasil, desde o parecer Newton Sucupira, aprovado pelo então Conselho Federal 2342 de Educação em 1965, os cursos de pós-graduação dividem-se em duas vertentes: o lato sensu 2343 e o stricto sensu: 2344 lato sensu: são cursos mais direcionados à atuação profissional e atualização dos 2345 graduados no nível superior: tecnólogos, licenciados ou bacharéis. Se encontram, nesta 2346 categoria: os cursos de aperfeiçoamento com carga horária de no máximo 360 horas; os 2347 cursos de especialização com carga horária de no mínimo 360 horas; bem como os cursos 2348 designados como MBA (do inglês Master in Business Administration, "mestre em 2349 administração de empresas"), que não são equiparáveis aos mestrados, ao contrário do que 2350 acontece nos Estados Unidos. 2351 2352 2353 2354 2355 2356 2357 4.6.3 Diretrizes e indicadores metodológicos dos cursos e programas de pós-graduação stricto sensu O programa de pós-graduação stricto sensu são cursos voltados à formação científica e 2358 acadêmica e também ligados à pesquisa. Existem nos níveis do mestrado e doutorado. O curso 2359 de mestrado tem a duração recomendada de dois a dois anos e meio, durante os quais o aluno 2360 desenvolve uma dissertação e cursa as disciplinas relativas à sua pesquisa. Os doutorados têm 2361 a duração média de quatro anos, para o cumprimento das disciplinas, realização da pesquisa e 2362 para a elaboração da tese. 2363 A especialização dá oportunidade, ao graduado, de prosseguir seus estudos ao se 2364 habilitar à docência e se especializar em áreas do conhecimento voltadas ao mundo do Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 72 2365 trabalho, podendo ser uma área diretamente ligada à primeira graduação ou não. Em alguns 2366 países, os créditos dos certificados lato sensu podem contar como o primeiro ano de um 2367 mestrado na mesma área. 2368 2369 Conforme sua natureza e modalidade, os cursos de pós-graduação stricto sensu são classificados em uma das seguintes formas: 2370 2371 2372 2373 2374 2375 2376 2377 2378 2379 Cursos de mestrado profissional, que visam à formação de profissionais pós-graduados aptos a elaborarem novas técnicas e processos, objetivando um aprofundamento de conhecimento ou técnicas de pesquisa científica, tecnológica ou artística; Cursos de mestrado acadêmico, que visam à capacitação para a docência em ensino de graduação e à formação científica para o desenvolvimento de projetos de pesquisa relevantes; e Cursos de doutorado, que visam à capacitação para a docência na graduação e pósgraduação e à formação científica, cultural ou artística ampla e aprofundada, desenvolvendo a capacidade individual de pesquisa e a criatividade nos diferentes domínios do saber. 2380 2381 2382 2383 4.7 POLÍTICA DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA OU QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL LUCAS 2384 2385 2386 2387 4.7.1 Concepção, objetivos e princípios da formação inicial e continuada 2388 2389 2390 2391 4.7.2 Os cursos de formação inicial e continuada 4.7.3 Os programas de qualificação profissional (Proeja Fic, pronatec, saberes da terra, outro.) O campus Parauapebas também pode vir a ofertar através de Convênio previamente 2392 construído com as Secretarias Municipais de Educação dos municípios da área de 2393 abrangência, o PROEJA FIC1, que estabelece a oferta de EJA de educação profissional em 2394 concomitância ao ensino fundamental, desde que a SEMED assuma as disciplinas da base 2395 comum e o IFPA as disciplinas técnicas, com a construção de um Projeto Pedagógico de 2396 Curso de forma integrada, com o total de até 200 horas de disciplinas técnicas assumidas pelo 2397 campus Parauapebas e de no mínimo 1.200 horas que devem ser assumidas pela SEMED do 2398 município. Com base no que está disposto no Decreto 5840 de 13 de julho de 2006, que 2399 estabelece: 2400 1 Toda a legislação que preconiza a ação d EJA de formação inicial e continuada de trabalhadores está disposta no Decreto 5.840 de 2006. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 73 2401 2402 2403 2404 2405 2406 2407 2408 2409 Art. 3o Os cursos do PROEJA, destinados à formação inicial e continuada de trabalhadores, deverão contar com carga horária mínima de mil e quatrocentas horas, assegurando-se cumulativamente: I - a destinação de, no mínimo, mil e duzentas horas para formação geral; e II - a destinação de, no mínimo, duzentas horas para a formação profissional. (BRASIL, 2006, p.02) 4.7.4 Diretrizes e indicadores metodológicos da formação inicial e continuada 2410 2411 4.8 POLÍTICA DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL LUCAS 2412 2413 2414 2415 4.8.1 Princípios orientadores da certificação profissional 4.8.2 Diretrizes e indicadores metodológicos da certificação profissional 2416 2417 4.9 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 2418 2419 4.9.1 Concepção de educação a distância 2420 A Educação a distância parece algo novo, diferente e às vezes até complicado. Porém, 2421 na verdade, a educação a distância surgiu quando a escrita foi inventada, possibilitando que as 2422 pessoas escrevessem o que antes só podiam dizer e, assim, permitiu o surgimento da primeira 2423 forma de EaD: o ensino por correspondência. As epístolas do Novo Testamento (destinadas 2424 às comunidades inteiras), que possuem nítido caráter didático, são claros exemplos de EaD. 2425 Seu alcance, entretanto, foi relativamente limitado – até que foram transformadas em livros. 2426 Antes do aparecimento das modernas tecnologias eletrônicas, o livro é a tecnologia 2427 mais importante na área de EaD. Especialmente, depois do aparecimento dos sistemas postais 2428 modernos, rápidos e confiáveis, o livro tornou-se foco do ensino por correspondência, que 2429 deixou de ser epistolar, tornando-se, portanto, a primeira forma de EaD de massa. 2430 O surgimento do rádio, da televisão e, mais recentemente, o uso do computador como 2431 meio de comunicação vieram dar nova dinâmica ao ensino a distância. No final de 1977 o uso 2432 de microcomputadores começou a ser vistos como tecnologia educacional. O computador é 2433 um meio de comunicação e de várias tecnologias interativas permite a realização de 2434 conferências eletrônicas, envolvendo componentes audiovisuais e textuais. Com essas novas 2435 tecnologias digitais, abre-se para o ensino a distância uma nova era, pois o ensino, a partir 2436 disso, pode ser feito a distância. 2437 2438 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 74 2439 2440 4.9.2 Princípios orientadores para a educação a distância 2441 Várias organizações estudam as leis e as questões voltadas para a Educação a 2442 Distância no Brasil, dentre elas destacam-se CNE, o MEC, por meio da SESU e da Secretaria 2443 de Educação a Distância – SEED. Para que se pudesse agilizar a definição da política 2444 brasileira de desenvolvimento da EaD, suas diretrizes e procedimentos de modo a contemplar 2445 o mais rápido possível as demandas latentes e, ao mesmo tempo, zelar por uma educação a 2446 distância de qualidade, foi criada, em 2002, uma Comissão Assessora para Educação Superior 2447 a Distância da SESU. 2448 O ensino a distância é uma forma de usar a tecnologia na promoção da educação. 2449 Guimarães (1996) apud Lampert, Ernâni (2001), registra que o rápido desenvolvimento dos 2450 sistemas nacionais de ensino a distância fez sobressair três ordens de diferença em relação ao 2451 ensino presencial, a saber: 2452 • metodologia do ensino – o ensino a distância baseia-se no princípio de autoaprendizagem. O 2453 estudante, dispondo dos recursos adequados, conforme sua predisposição, ritmo de 2454 aprendizagem, motivação, efetivará a aprendizagem em locais por ele determinados. A 2455 avaliação, por sua vez, é formal e presencial; 2456 • estrutura organizacional – o sistema de ensino a distância necessita de pelo menos um centro 2457 de produção de materiais de instrução como o editorial, estúdio de produção de vídeo e áudio 2458 e centro de produção de software. É importante que haja redes organizadas de distribuição 2459 desses materiais (postal, emissoras de rádio e TV, rede de microcomputadores). Para o 2460 sucesso desse empreendimento, o pessoal administrativo precisa ser treinado, pois toda a 2461 interação com os estudantes é feita a distância, como registro de inscrição, publicação de 2462 resultados, pagamentos, informações sobre notas, entre outros. A informatização da 2463 instituição é indispensável. O pessoal docente é reduzido, porque a comunicação 2464 docente/discente não é sistemática; 2465 • ordem econômica – o uso de tecnologia de produção e difusão de informação exige 2466 investimento de capital, mas permite reduzir as necessidades de pessoal docente. Há de ser 2467 considerado que os custos de produção de materiais de aprendizagem são geralmente 2468 elevados. Belloni (2001), ao citar diversos autores, em seu livro Educação a Distância, 2469 apresenta algumas definições para educação a distância, veja a visão de um deles: 2470 • Educação a distância é uma espécie de educação baseada em procedimentos que permitem o 2471 estabelecimento de processos de ensino e aprendizagem, mesmo onde não existe contato face Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 75 2472 a face entre professores e alunos. Ela permite um alto grau de aprendizagem individualizada. 2473 (CROPLEY e KAHL, 1983). 2474 2475 2476 2477 2478 2479 2480 2481 2482 2483 2484 2485 2486 2487 2488 2489 2490 2491 2492 2493 2494 2495 2496 2497 2498 2499 2500 2501 2502 2503 2504 2505 2506 2507 2508 2509 2510 2511 2512 2513 2514 2515 2516 2517 2518 2519 4.9.3 Características do Projeto Político Pedagógico da Educação a Distância O Decreto nº 5622, de 19 de dezembro de 2005, regulamenta o artigo 80 e amplia as orientações sobre a Educação a distância no Brasil. CAPÍTULO I Art. 1o Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. § 1o A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para: I - avaliações de estudantes; II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente; III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente; e IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso. Art. 2o A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades educacionais: I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto; II - educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes; IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas: a) técnicos, de nível médio; e b) tecnológicos, de nível superior; V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas: a) sequenciais; b) de graduação; c) de especialização; d) de mestrado; e e) de doutorado. Art. 3o A criação, organização, oferta e desenvolvimento de cursos e programas a distância deverão observar ao estabelecido na legislação e em regulamentações em vigor, para os respectivos níveis e modalidades da educação nacional. § 1o Os cursos e programas a distância deverão ser projetados com a mesma duração definida para os respectivos cursos na modalidade presencial. § 2o Os cursos e programas a distância poderão aceitar transferência e aproveitar estudos realizados pelos estudantes em cursos e programas presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas nos cursos e programas a distância poderão ser aceitas em outros cursos e programas a distância e em cursos e programas presenciais, conforme a legislação em vigor. Art. 4o A avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção, conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou certificados dar-se-á no processo, mediante: I - cumprimento das atividades programadas; e II - realização de exames presenciais. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 76 2520 2521 2522 2523 2524 2525 2526 2527 2528 2529 2530 2531 2532 2533 2534 2535 2536 2537 2538 2539 2540 2541 2542 2543 2544 2545 2546 2547 2548 2549 2550 2551 2552 2553 2554 2555 2556 2557 2558 2559 2560 2561 2562 2563 2564 2565 2566 2567 2568 2569 2570 § 1o Os exames citados no inciso II serão elaborados pela própria instituição de ensino credenciada, segundo procedimentos e critérios definidos no projeto pedagógico do curso ou programa. § 2o Os resultados dos exames citados no inciso II deverão prevalecer sobre os demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de avaliação a distância. Art. 5o Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância, expedidos por instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão validade nacional. Parágrafo único. A emissão e registro de diplomas de cursos e programas a distância deverão ser realizados conforme legislação educacional pertinente. Art. 6o Os convênios e os acordos de cooperação celebrados para fins de oferta de cursos ou programas a distância entre instituições de ensino brasileiras, devidamente credenciadas, e suas similares estrangeiras, deverão ser previamente submetidos à análise e homologação pelo órgão normativo do respectivo sistema de ensino, para que os diplomas e certificados emitidos tenham validade nacional. Art. 7o Compete ao Ministério da Educação, mediante articulação entre seus órgãos, organizar, em regime de colaboração, nos termos dos arts. 8o, 9o, 10º e 11º da Lei no 9.394, de 1996, a cooperação e integração entre os sistemas de ensino, objetivando a padronização de normas e procedimentos para, em atendimento ao disposto no art. 80 daquela Lei: I - credenciamento e renovação de credenciamento de instituições para oferta de educação a distância; e II - autorização, renovação de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos ou programas a distância. Parágrafo único. Os atos do Poder Público, citados nos incisos I e II, deverão ser pautados pelos Referenciais de Qualidade para a Educação a Distância, definidos pelo Ministério da Educação, em colaboração com os sistemas de ensino. Art. 8o Os sistemas de ensino, em regime de colaboração, organizarão e manterão sistemas de informação abertos ao público com os dados de: I - credenciamento e renovação de credenciamento institucional; II - autorização e renovação de autorização de cursos ou programas a distância; III - reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos ou programas a distância; e IV - resultados dos processos de supervisão e de avaliação. Parágrafo único. O Ministério da Educação deverá organizar e manter sistema de informação, aberto ao público, disponibilizando os dados nacionais referentes à educação a distância. CAPÍTULO II Do Credenciamento de Instruções para Oferta de Cursos e Programas na Modalidade a Distância Art. 9o O ato de credenciamento para a oferta de cursos e programas na modalidade a distância destina-se às instituições de ensino, públicas ou privadas. Parágrafo único. As instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, de comprovada excelência e de relevante produção em pesquisa, poderão solicitar credenciamento institucional, para a oferta de cursos ou programas a distância de: I - especialização; II - mestrado; III - doutorado; e IV - educação profissional tecnológica de pós-graduação. Art. 10. Compete ao Ministério da Educação promover os atos de credenciamento de instituições para oferta de cursos e programas a distância para educação superior. § 1o O ato de credenciamento referido no caput considerará como abrangência para atuação da instituição de ensino superior na modalidade de educação a distância, para fim de realização das atividades presenciais obrigatórias, a sede da instituição acrescida dos Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 77 2571 2572 2573 2574 2575 2576 2577 2578 2579 2580 2581 2582 2583 2584 2585 2586 2587 2588 2589 2590 2591 2592 2593 2594 2595 2596 2597 2598 2599 2600 2601 2602 2603 2604 2605 2606 2607 2608 2609 2610 2611 2612 2613 2614 2615 2616 2617 2618 2619 2620 endereços dos Polos de apoio presencial, mediante avaliação in loco, aplicando-se os instrumentos de avaliação pertinentes e as disposições da Lei no 10.870, de 19 de maio de 2004. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 2o As atividades presenciais obrigatórias, compreendendo avaliação, estágios, defesa de trabalhos ou prática em laboratório, conforme o art. 1o, § 1o, serão realizados na sede da instituição ou nos Polos de apoio presencial, devidamente credenciados. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 3o A instituição poderá requerer a ampliação da abrangência de atuação, por meio do aumento do número de Polos de apoio presencial, na forma de aditamento ao ato de credenciamento. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 4o O pedido de aditamento será instruído com documentos que comprovem a existência de estrutura física e recursos humanos necessários e adequados ao funcionamento dos Polos, observados os referenciais de qualidade, comprovados em avaliação in loco. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 5o No caso do pedido de aditamento visando ao funcionamento de Polo de apoio presencial no exterior, o valor da taxa será complementado pela instituição com a diferença do custo de viagem e diárias dos avaliadores no exterior, conforme cálculo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 6o O pedido de ampliação da abrangência de atuação, nos termos deste artigo, somente poderá ser efetuado após o reconhecimento do primeiro curso a distância da instituição, exceto na hipótese de credenciamento para educação a distância limitado à oferta de pós-graduação lato sensu. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 7o As instituições de educação superior integrantes dos sistemas estaduais que pretenderem oferecer cursos superiores a distância devem ser previamente credenciadas pelo sistema federal, informando os Polos de apoio presencial que integrarão sua estrutura, com a demonstração de suficiência da estrutura física, tecnológica e de recursos humanos. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007). Art. 11. Compete às autoridades dos sistemas de ensino estadual e do Distrito Federal promover os atos de credenciamento de instituições para oferta de cursos a distância no nível básico e, no âmbito da respectiva unidade da Federação, nas modalidades de: I - educação de jovens e adultos; II - educação especial; e III - educação profissional. § 1o Para atuar fora da unidade da Federação em que estiver sediada, a instituição deverá solicitar credenciamento junto ao Ministério da Educação. § 2o O credenciamento institucional previsto no § 1o será realizado em regime de colaboração e cooperação com os órgãos normativos dos sistemas de ensino envolvidos. § 3o Caberá ao órgão responsável pela educação a distância no Ministério da Educação, no prazo de cento e oitenta dias, contados da publicação deste Decreto, coordenar os demais órgãos do Ministério e dos sistemas de ensino para editar as normas complementares a este Decreto, para a implementação do disposto nos §§ 1o e 2o. Art. 12. O pedido de credenciamento da instituição deverá ser formalizado junto ao órgão responsável, mediante o cumprimento dos seguintes requisitos: I - habilitação jurídica, regularidade fiscal e capacidade econômico-financeira, conforme dispõe a legislação em vigor; II - histórico de funcionamento da instituição de ensino, quando for o caso; III - plano de desenvolvimento escolar, para as instituições de educação básica, que contemple a oferta, a distância, de cursos profissionais de nível médio e para jovens e adultos; IV - plano de desenvolvimento institucional, para as instituições de educação superior, que contemple a oferta de cursos e programas a distância; V - estatuto da universidade ou centro universitário, ou regimento da instituição isolada de educação superior; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 78 2621 2622 2623 2624 2625 2626 2627 2628 2629 2630 2631 2632 2633 2634 2635 2636 2637 2638 2639 2640 2641 2642 2643 2644 2645 2646 2647 2648 2649 2650 2651 2652 2653 2654 2655 2656 2657 2658 2659 2660 2661 2662 2663 2664 2665 2666 2667 2668 2669 2670 VI - projeto pedagógico para os cursos e programas que serão ofertados na modalidade a distância; VII - garantia de corpo técnico e administrativo qualificado; VIII - apresentar corpo docente com as qualificações exigidas na legislação em vigor e, preferencialmente, com formação para o trabalho com educação a distância; IX - apresentar, quando for o caso, os termos de convênios e de acordos de cooperação celebrados entre instituições brasileiras e suas co-signatárias estrangeiras, para oferta de cursos ou programas a distância; X - descrição detalhada dos serviços de suporte e infraestrutura adequados à realização do projeto pedagógico, relativamente a: a) instalações físicas e infraestrutura tecnológica de suporte e atendimento remoto aos estudantes e professores; b) laboratórios científicos, quando for o caso; c) pólo de apoio presencial é a unidade operacional, no País ou no exterior, para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância; (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007); d) bibliotecas adequadas, inclusive com acervo eletrônico remoto e acesso por meio de redes de comunicação e sistemas de informação, com regime de funcionamento e atendimento adequados aos estudantes de educação a distância. § 1o O pedido de credenciamento da instituição para educação a distância deve vir acompanhado de pedido de autorização de pelo menos um curso na modalidade. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 2o O credenciamento para educação a distância que tenha por base curso de pós-graduação lato sensu ficará limitado a esse nível. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 3o A instituição credenciada exclusivamente para a oferta de pós-graduação lato sensu a distância poderá requerer a ampliação da abrangência acadêmica, na forma de aditamento ao ato de credenciamento. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007). Art. 13. Para os fins de que trata este Decreto, os projetos pedagógicos de cursos e programas na modalidade a distância deverão: I - obedecer às diretrizes curriculares nacionais, estabelecidas pelo Ministério da Educação para os respectivos níveis e modalidades educacionais; II - prever atendimento apropriado a estudantes portadores de necessidades especiais; III - explicitar a concepção pedagógica dos cursos e programas a distância, com apresentação de: a) os respectivos currículos; b) o número de vagas proposto; c) o sistema de avaliação do estudante, prevendo avaliações presenciais e avaliações a distância; e d) descrição das atividades presenciais obrigatórias, tais como estágios curriculares, defesa presencial de trabalho de conclusão de curso e das atividades em laboratórios científicos, bem como o sistema de controle de frequência dos estudantes nessas atividades, quando for o caso. Art. 14. O credenciamento de instituição para a oferta dos cursos ou programas a distância terá prazo de validade condicionado ao ciclo avaliativo, observado o Decreto no 5.773, de 2006, e normas expedidas pelo Ministério da Educação. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 1o A instituição credenciada deverá iniciar o curso autorizado no prazo de até doze meses, a partir da data da publicação do respectivo ato, ficando vedada a transferência de cursos para outra instituição. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 2o Caso a implementação de cursos autorizados não ocorra no prazo definido no § 1o, os atos de credenciamento e autorização de cursos serão automaticamente tornados sem efeitos. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 79 2671 2672 2673 2674 2675 2676 2677 2678 2679 2680 2681 2682 2683 2684 2685 2686 2687 2688 2689 2690 2691 2692 2693 2694 2695 2696 2697 2698 2699 2700 2701 2702 2703 2704 2705 2706 2707 2708 2709 2710 2711 2712 2713 2714 2715 2716 2717 2718 2719 2720 2721 § 3o Os pedidos de credenciamento e recredenciamento para educação a distância observarão a disciplina processual aplicável aos processos regulatórios da educação superior, nos termos do Decreto no 5.773, de 2006, e normas expedidas pelo Ministério da Educação. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 4o Os resultados do sistema de avaliação mencionado no art. 16 deverão ser considerados para os procedimentos de renovação de credenciamento. Art. 15. Os pedidos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos superiores a distância de instituições integrantes do sistema federal devem tramitar perante os órgãos próprios do Ministério da Educação. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 1o Os pedidos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos superiores a distância oferecidos por instituições integrantes dos sistemas estaduais devem tramitar perante os órgãos estaduais competentes, a quem caberá a respectiva supervisão. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 2o Os cursos das instituições integrantes dos sistemas estaduais cujas atividades presenciais obrigatórias forem realizados em pólos de apoio presencial fora do Estado sujeitam-se a autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento pelas autoridades competentes do sistema federal. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 3o A oferta de curso reconhecido na modalidade presencial, ainda que análogo ao curso a distância proposto, não dispensa a instituição do requerimento específico de autorização, quando for o caso, e reconhecimento para cada um dos cursos, perante as autoridades competente. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) Art. 16. O sistema de avaliação da educação superior, nos termos da Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004, aplica-se integralmente à educação superior a distância. Art. 17. Identificadas deficiências, irregularidades ou descumprimento das condições originalmente estabelecidas, mediante ações de supervisão ou de avaliação de cursos ou instituições credenciadas para educação a distância, o órgão competente do respectivo sistema de ensino determinará, em ato próprio, observado o contraditório e ampla defesa: I - instalação de diligência, sindicância ou processo administrativo; II - suspensão do reconhecimento de cursos superiores ou da renovação de autorização de cursos da educação básica ou profissional; III - intervenção; IV - desativação de cursos; ou V - descredenciamento da instituição para educação a distância. § 1o A instituição ou curso que obtiver desempenho insatisfatório na avaliação de que trata a Lei no 10.861, de 2004, ficará sujeita ao disposto nos incisos I a IV, conforme o caso. § 2o As determinações de que trata o caput são passíveis de recurso ao órgão normativo do respectivo sistema de ensino. CAPÍTULO III Da Oferta de Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação Profissional e a Modalidade e Distância, e a Educação Básica Art. 18. Os cursos e programas de educação a distância criados somente poderão ser implementados para oferta após autorização dos órgãos competentes dos respectivos sistemas de ensino. Art. 19. A matrícula em cursos a distância para educação básica de jovens e adultos poderá ser feita independentemente de escolarização anterior, obedecida a idade mínima e mediante avaliação do educando, que permita sua inscrição na etapa adequada, conforme normas do respectivo sistema de ensino. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 80 2722 2723 2724 2725 2726 2727 2728 2729 2730 2731 2732 2733 2734 2735 2736 2737 2738 2739 2740 2741 2742 2743 2744 2745 2746 2747 2748 2749 2750 2751 2752 2753 2754 2755 2756 2757 2758 2759 2760 2761 2762 2763 2764 2765 2766 2767 2768 2769 2770 2771 Capítulo IV Da Oferta de Cursos Superiores, na Modalidade d Distância Art. 20. As instituições que detêm prerrogativa de autonomia universitária credenciadas para oferta de educação superior a distância poderão criar, organizar e extinguir cursos ou programas de educação superior nessa modalidade, conforme disposto no inciso I do art. 53 da Lei no 9.394, de 1996. § 1o Os cursos ou programas criados conforme o caput somente poderão ser ofertados nos limites da abrangência definida no ato de credenciamento da instituição. § 2o Os atos mencionados no caput deverão ser comunicados à Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. § 3o O número de vagas ou sua alteração será fixado pela instituição detentora de prerrogativas de autonomia universitária, a qual deverá observar capacidade institucional, tecnológica e operacional próprias para oferecer cursos ou programas a distância. Art. 21. Instituições credenciadas que não detêm prerrogativa de autonomia universitária deverão solicitar, junto ao órgão competente do respectivo sistema de ensino, autorização para abertura de oferta de cursos e programas de educação superior a distância. § 1o Nos atos de autorização de cursos superiores a distância, será definido o número de vagas a serem ofertadas, mediante processo de avaliação externa a ser realizada pelo Ministério da Educação. § 2o Os cursos ou programas das instituições citadas no caput que venham a acompanhar a solicitação de credenciamento para a oferta de educação a distância, nos termos do § 1o do art. 12, também deverão ser submetidos ao processo de autorização tratado neste artigo. Art. 22. Os processos de reconhecimento e renovação do reconhecimento dos cursos superiores a distância deverão ser solicitados conforme legislação educacional em vigor. Parágrafo único. Nos atos citados no caput, deverão estar explicitados: I - o prazo de reconhecimento; e II - o número de vagas a serem ofertadas, em caso de instituição de ensino superior não detentora de autonomia universitária. Art. 23. A criação e autorização de cursos de graduação a distância deverão ser submetidas, previamente, à manifestação do: I - Conselho Nacional de Saúde, no caso dos cursos de Medicina, Odontologia e Psicologia; ou II - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no caso dos cursos de Direito. Parágrafo único. A manifestação dos conselhos citados nos incisos I e II, consideradas as especificidades da modalidade de educação a distância, terá procedimento análogo ao utilizado para os cursos ou programas presenciais nessas áreas, nos termos da legislação vigente. Capítulo V Da Oferta de Cursos d Programas de Pós-Gradução a Distância Art. 24. A oferta de cursos de especialização a distância, por instituição devidamente credenciada, deverá cumprir, além do disposto neste Decreto, os demais dispositivos da legislação e normatização pertinentes à educação, em geral, quanto: I - à titulação do corpo docente; II - aos exames presenciais; e III - à apresentação presencial de trabalho de conclusão de curso ou de monografia. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 81 2772 2773 2774 2775 2776 2777 2778 2779 2780 2781 2782 2783 2784 2785 2786 2787 2788 2789 2790 2791 2792 2793 2794 2795 2796 2797 2798 2799 2800 2801 2802 2803 2804 2805 2806 2807 2808 2809 2810 2811 2812 2813 2814 2815 2816 2817 2818 2819 2820 2821 2822 Parágrafo único. As instituições credenciadas que ofereçam cursos de especialização a distância deverão informar ao Ministério da Educação os dados referentes aos seus cursos, quando de sua criação. Art. 25. Os cursos e programas de mestrado e doutorado a distância estarão sujeitos às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento previstas na legislação específica em vigor. § 1o Os atos de autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento citados no caput serão concedidos por prazo determinado conforme regulamentação. § 2o Caberá à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES editar as normas complementares a este Decreto, no âmbito da pós-graduação stricto sensu. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) Capítulo VI Das Disposições Finais Art. 26. As instituições credenciadas para oferta de cursos e programas a distância poderão estabelecer vínculos para fazê-lo em bases territoriais múltiplas, mediante a formação de consórcios, parcerias, celebração de convênios, acordos, contratos ou outros instrumentos similares, desde que observadas as seguintes condições: I - comprovação, por meio de ato do Ministério da Educação, após avaliação de comissão de especialistas, de que as instituições vinculadas podem realizar as atividades específicas que lhes forem atribuídas no projeto de educação a distância; II - comprovação de que o trabalho em parceria está devidamente previsto e explicitado no: a) plano de desenvolvimento institucional; b) plano de desenvolvimento escolar; ou c) projeto pedagógico, quando for o caso, das instituições parceiras; III - celebração do respectivo termo de compromisso, acordo ou convênio; e IV - indicação das responsabilidades pela oferta dos cursos ou programas a distância, no que diz respeito a: a) implantação de pólos de educação a distância, quando for o caso; b) seleção e capacitação dos professores e tutores; c) matrícula, formação, acompanhamento e avaliação dos estudantes; d) emissão e registro dos correspondentes diplomas ou certificados. Art. 27. Os diplomas de cursos ou programas superiores de graduação e similares, a distância, emitidos por instituição estrangeira, inclusive os ofertados em convênios com instituições sediadas no Brasil, deverão ser submetidos para revalidação em universidade pública brasileira, conforme a legislação vigente. § 1o Para os fins de revalidação de diploma de curso ou programa de graduação, a universidade poderá exigir que o portador do diploma estrangeiro se submeta a complementação de estudos, provas ou exames destinados a suprir ou aferir conhecimentos, competências e habilidades na área de diplomação. § 2o Deverão ser respeitados os acordos internacionais de reciprocidade e equiparação de cursos. Art. 28. Os diplomas de especialização, mestrado e doutorado realizados na modalidade a distância em instituições estrangeiras deverão ser submetidos para reconhecimento em universidade que possua curso ou programa reconhecido pela CAPES, em mesmo nível ou em nível superior e na mesma área ou equivalente, preferencialmente com a oferta correspondente em educação a distância. Art. 29. A padronização de normas e procedimentos para credenciamento de Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 82 2823 2824 2825 2826 2827 2828 2829 2830 2831 2832 2833 2834 2835 2836 2837 2838 2839 2840 2841 2842 2843 2844 2845 2846 2847 2848 2849 2850 2851 2852 2853 2854 2855 2856 2857 2858 2859 2860 2861 2862 2863 2864 2865 2866 2867 2868 2869 2870 2871 2872 2873 instituições, autorização e reconhecimento de cursos ou programas a distância será efetivada em regime de colaboração coordenado pelo Ministério da Educação, no prazo de cento e oitenta dias, contados da data de publicação deste Decreto. Art. 30. As instituições credenciadas para a oferta de educação a distância poderão solicitar autorização, junto aos órgãos normativos dos respectivos sistemas de ensino, para oferecer os ensinos fundamental e médio a distância, conforme § 4o do art. 32 da Lei no 9.394, de 1996, exclusivamente para: I - a complementação de aprendizagem; ou II - em situações emergenciais. Parágrafo único. A oferta de educação básica nos termos do caput contemplará a situação de cidadãos que: I - estejam impedidos, por motivo de saúde, de acompanhar ensino presencial; II - sejam portadores de necessidades especiais e requeiram serviços especializados de atendimento; III - se encontram no exterior, por qualquer motivo; IV - vivam em localidades que não contem com rede regular de atendimento escolar presencial; V - compulsoriamente sejam transferidos para regiões de difícil acesso, incluindo missões localizadas em regiões de fronteira; ou VI - estejam em situação de cárcere. Art. 31. Os cursos a distância para a educação básica de jovens e adultos que foram autorizados excepcionalmente com duração inferior a dois anos no ensino fundamental e um ano e meio no ensino médio deverão inscrever seus alunos em exames de certificação, para fins de conclusão do respectivo nível de ensino. § 1o Os exames citados no caput serão realizados pelo órgão executivo do respectivo sistema de ensino ou por instituições por ele credenciadas. § 2o Poderão ser credenciadas para realizar os exames de que trata este artigo instituições que tenham competência reconhecida em avaliação de aprendizagem e não estejam sob sindicância ou respondendo a processo administrativo ou judicial, nem tenham, no mesmo período, estudantes inscritos nos exames de certificação citados no caput. Art. 32. Nos termos do que dispõe o art. 81 da Lei no 9.394, de 1996, é permitida a organização de cursos ou instituições de ensino experimentais para oferta da modalidade de educação a distância. Parágrafo único. O credenciamento institucional e a autorização de cursos ou programas de que trata o caput serão concedidos por prazo determinado. Art. 33. As instituições credenciadas para a oferta de educação a distância deverão fazer constar, em todos os seus documentos institucionais, bem como nos materiais de divulgação, referência aos correspondentes atos de credenciamento, autorização e reconhecimento de seus cursos e programas. § 1o Os documentos a que se refere o caput também deverão conter informações a respeito das condições de avaliação, de certificação de estudos e de parceria com outras instituições. § 2o Comprovadas, mediante processo administrativo, deficiências ou irregularidades, o Poder Executivo sustará a tramitação de pleitos de interesse da instituição no respectivo sistema de ensino, podendo ainda aplicar, em ato próprio, as sanções previstas no art. 17, bem como na legislação específica em vigor. Art. 34. Revogado Art. 35. As instituições de ensino, cujos cursos e programas superiores tenham completado, na data de publicação deste Decreto, mais da metade do prazo concedido no ato de autorização, deverão solicitar, em no máximo cento e oitenta dias, o respectivo reconhecimento. Art. 36. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 37. Ficam revogados o Decreto no 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e o Decreto no 2.561, de 27 de abril de 1998. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 83 2874 2875 2876 4.9.4 Características do projeto pedagógico para educação a distância 2877 O Decreto nº 5622, de 19 de dezembro de 2005, regulamenta o artigo 80 e amplia as 2878 orientações sobre a Educação a distância no Brasil. 2879 2880 2881 2882 2883 2884 2885 2886 2887 2888 2889 2890 2891 2892 2893 2894 2895 2896 2897 2898 2899 2900 2901 2902 2903 2904 2905 2906 2907 2908 2909 2910 2911 2912 2913 2914 2915 2916 2917 2918 2919 2920 2921 2922 CAPÍTULO I Art. 1o Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. § 1o A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para: I - avaliações de estudantes; II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente; III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente; e IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso. Art. 2o A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades educacionais: I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto; II - educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes; IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas: a) técnicos, de nível médio; e b) tecnológicos, de nível superior; V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas: a) sequenciais; b) de graduação; c) de especialização; d) de mestrado; e e) de doutorado. Art. 3o A criação, organização, oferta e desenvolvimento de cursos e programas a distância deverão observar ao estabelecido na legislação e em regulamentações em vigor, para os respectivos níveis e modalidades da educação nacional. § 1o Os cursos e programas a distância deverão ser projetados com a mesma duração definida para os respectivos cursos na modalidade presencial. § 2o Os cursos e programas a distância poderão aceitar transferência e aproveitar estudos realizados pelos estudantes em cursos e programas presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas nos cursos e programas a distância poderão ser aceitas em outros cursos e programas a distância e em cursos e programas presenciais, conforme a legislação em vigor. Art. 4o A avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção, conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou certificados dar-se-á no processo, mediante: I - cumprimento das atividades programadas; e II - realização de exames presenciais. § 1o Os exames citados no inciso II serão elaborados pela própria instituição de ensino credenciada, segundo procedimentos e critérios definidos no projeto pedagógico do curso ou programa. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 84 2923 2924 2925 2926 2927 2928 2929 2930 2931 2932 2933 2934 2935 2936 2937 2938 2939 2940 2941 2942 2943 2944 2945 2946 2947 2948 2949 2950 2951 2952 2953 2954 2955 2956 2957 2958 2959 2960 2961 2962 2963 2964 2965 2966 2967 2968 2969 2970 2971 2972 2973 § 2o Os resultados dos exames citados no inciso II deverão prevalecer sobre os demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de avaliação a distância. Art. 5o Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância, expedidos por instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão validade nacional. Parágrafo único. A emissão e registro de diplomas de cursos e programas a distância deverão ser realizados conforme legislação educacional pertinente. Art. 6o Os convênios e os acordos de cooperação celebrados para fins de oferta de cursos ou programas a distância entre instituições de ensino brasileiras, devidamente credenciadas, e suas similares estrangeiras, deverão ser previamente submetidos à análise e homologação pelo órgão normativo do respectivo sistema de ensino, para que os diplomas e certificados emitidos tenham validade nacional. Art. 7o Compete ao Ministério da Educação, mediante articulação entre seus órgãos, organizar, em regime de colaboração, nos termos dos arts. 8o, 9o, 10º e 11º da Lei no 9.394, de 1996, a cooperação e integração entre os sistemas de ensino, objetivando a padronização de normas e procedimentos para, em atendimento ao disposto no art. 80 daquela Lei: I - credenciamento e renovação de credenciamento de instituições para oferta de educação a distância; e II - autorização, renovação de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos ou programas a distância. Parágrafo único. Os atos do Poder Público, citados nos incisos I e II, deverão ser pautados pelos Referenciais de Qualidade para a Educação a Distância, definidos pelo Ministério da Educação, em colaboração com os sistemas de ensino. Art. 8o Os sistemas de ensino, em regime de colaboração, organizarão e manterão sistemas de informação abertos ao público com os dados de: I - credenciamento e renovação de credenciamento institucional; II - autorização e renovação de autorização de cursos ou programas a distância; III - reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos ou programas a distância; e IV - resultados dos processos de supervisão e de avaliação. Parágrafo único. O Ministério da Educação deverá organizar e manter sistema de informação, aberto ao público, disponibilizando os dados nacionais referentes à educação a distância. CAPÍTULO II Do Credenciamento de Instruções para Oferta de Cursos e Programas na Modalidade a Distância Art. 9o O ato de credenciamento para a oferta de cursos e programas na modalidade a distância destina-se às instituições de ensino, públicas ou privadas. Parágrafo único. As instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, de comprovada excelência e de relevante produção em pesquisa, poderão solicitar credenciamento institucional, para a oferta de cursos ou programas a distância de: I - especialização; II - mestrado; III - doutorado; e IV - educação profissional tecnológica de pós-graduação. Art. 10. Compete ao Ministério da Educação promover os atos de credenciamento de instituições para oferta de cursos e programas a distância para educação superior. § 1o O ato de credenciamento referido no caput considerará como abrangência para atuação da instituição de ensino superior na modalidade de educação a distância, para fim de realização das atividades presenciais obrigatórias, a sede da instituição acrescida dos endereços dos Polos de apoio presencial, mediante avaliação in loco, aplicando-se os instrumentos de avaliação pertinentes e as disposições da Lei no 10.870, de 19 de maio de 2004. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 2o As atividades presenciais obrigatórias, Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 85 2974 2975 2976 2977 2978 2979 2980 2981 2982 2983 2984 2985 2986 2987 2988 2989 2990 2991 2992 2993 2994 2995 2996 2997 2998 2999 3000 3001 3002 3003 3004 3005 3006 3007 3008 3009 3010 3011 3012 3013 3014 3015 3016 3017 3018 3019 3020 3021 3022 3023 compreendendo avaliação, estágios, defesa de trabalhos ou prática em laboratório, conforme o art. 1o, § 1o, serão realizados na sede da instituição ou nos Polos de apoio presencial, devidamente credenciados. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 3o A instituição poderá requerer a ampliação da abrangência de atuação, por meio do aumento do número de Polos de apoio presencial, na forma de aditamento ao ato de credenciamento. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 4o O pedido de aditamento será instruído com documentos que comprovem a existência de estrutura física e recursos humanos necessários e adequados ao funcionamento dos Polos, observados os referenciais de qualidade, comprovados em avaliação in loco. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 5o No caso do pedido de aditamento visando ao funcionamento de Polo de apoio presencial no exterior, o valor da taxa será complementado pela instituição com a diferença do custo de viagem e diárias dos avaliadores no exterior, conforme cálculo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 6o O pedido de ampliação da abrangência de atuação, nos termos deste artigo, somente poderá ser efetuado após o reconhecimento do primeiro curso a distância da instituição, exceto na hipótese de credenciamento para educação a distância limitado à oferta de pós-graduação lato sensu. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 7o As instituições de educação superior integrantes dos sistemas estaduais que pretenderem oferecer cursos superiores a distância devem ser previamente credenciadas pelo sistema federal, informando os Polos de apoio presencial que integrarão sua estrutura, com a demonstração de suficiência da estrutura física, tecnológica e de recursos humanos. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007). Art. 11. Compete às autoridades dos sistemas de ensino estadual e do Distrito Federal promover os atos de credenciamento de instituições para oferta de cursos a distância no nível básico e, no âmbito da respectiva unidade da Federação, nas modalidades de: I - educação de jovens e adultos; II - educação especial; e III - educação profissional. § 1o Para atuar fora da unidade da Federação em que estiver sediada, a instituição deverá solicitar credenciamento junto ao Ministério da Educação. § 2o O credenciamento institucional previsto no § 1o será realizado em regime de colaboração e cooperação com os órgãos normativos dos sistemas de ensino envolvidos. § 3o Caberá ao órgão responsável pela educação a distância no Ministério da Educação, no prazo de cento e oitenta dias, contados da publicação deste Decreto, coordenar os demais órgãos do Ministério e dos sistemas de ensino para editar as normas complementares a este Decreto, para a implementação do disposto nos §§ 1o e 2o. Art. 12. O pedido de credenciamento da instituição deverá ser formalizado junto ao órgão responsável, mediante o cumprimento dos seguintes requisitos: I - habilitação jurídica, regularidade fiscal e capacidade econômico-financeira, conforme dispõe a legislação em vigor; II - histórico de funcionamento da instituição de ensino, quando for o caso; III - plano de desenvolvimento escolar, para as instituições de educação básica, que contemple a oferta, a distância, de cursos profissionais de nível médio e para jovens e adultos; IV - plano de desenvolvimento institucional, para as instituições de educação superior, que contemple a oferta de cursos e programas a distância; V - estatuto da universidade ou centro universitário, ou regimento da instituição isolada de educação superior; VI - projeto pedagógico para os cursos e programas que serão ofertados na modalidade a distância; VII - garantia de corpo técnico e administrativo qualificado; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 86 3024 3025 3026 3027 3028 3029 3030 3031 3032 3033 3034 3035 3036 3037 3038 3039 3040 3041 3042 3043 3044 3045 3046 3047 3048 3049 3050 3051 3052 3053 3054 3055 3056 3057 3058 3059 3060 3061 3062 3063 3064 3065 3066 3067 3068 3069 3070 3071 3072 3073 3074 VIII - apresentar corpo docente com as qualificações exigidas na legislação em vigor e, preferencialmente, com formação para o trabalho com educação a distância; IX - apresentar, quando for o caso, os termos de convênios e de acordos de cooperação celebrados entre instituições brasileiras e suas co-signatárias estrangeiras, para oferta de cursos ou programas a distância; X - descrição detalhada dos serviços de suporte e infraestrutura adequados à realização do projeto pedagógico, relativamente a: a) instalações físicas e infraestrutura tecnológica de suporte e atendimento remoto aos estudantes e professores; b) laboratórios científicos, quando for o caso; c) pólo de apoio presencial é a unidade operacional, no País ou no exterior, para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância; (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007); d) bibliotecas adequadas, inclusive com acervo eletrônico remoto e acesso por meio de redes de comunicação e sistemas de informação, com regime de funcionamento e atendimento adequados aos estudantes de educação a distância. § 1o O pedido de credenciamento da instituição para educação a distância deve vir acompanhado de pedido de autorização de pelo menos um curso na modalidade. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 2o O credenciamento para educação a distância que tenha por base curso de pós-graduação lato sensu ficará limitado a esse nível. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 3o A instituição credenciada exclusivamente para a oferta de pós-graduação lato sensu a distância poderá requerer a ampliação da abrangência acadêmica, na forma de aditamento ao ato de credenciamento. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007). Art. 13. Para os fins de que trata este Decreto, os projetos pedagógicos de cursos e programas na modalidade a distância deverão: I - obedecer às diretrizes curriculares nacionais, estabelecidas pelo Ministério da Educação para os respectivos níveis e modalidades educacionais; II - prever atendimento apropriado a estudantes portadores de necessidades especiais; III - explicitar a concepção pedagógica dos cursos e programas a distância, com apresentação de: a) os respectivos currículos; b) o número de vagas proposto; c) o sistema de avaliação do estudante, prevendo avaliações presenciais e avaliações a distância; e d) descrição das atividades presenciais obrigatórias, tais como estágios curriculares, defesa presencial de trabalho de conclusão de curso e das atividades em laboratórios científicos, bem como o sistema de controle de frequência dos estudantes nessas atividades, quando for o caso. Art. 14. O credenciamento de instituição para a oferta dos cursos ou programas a distância terá prazo de validade condicionado ao ciclo avaliativo, observado o Decreto no 5.773, de 2006, e normas expedidas pelo Ministério da Educação. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 1o A instituição credenciada deverá iniciar o curso autorizado no prazo de até doze meses, a partir da data da publicação do respectivo ato, ficando vedada a transferência de cursos para outra instituição. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 2o Caso a implementação de cursos autorizados não ocorra no prazo definido no § 1o, os atos de credenciamento e autorização de cursos serão automaticamente tornados sem efeitos. § 3o Os pedidos de credenciamento e recredenciamento para educação a distância observarão a disciplina processual aplicável aos processos regulatórios da educação superior, nos termos do Decreto no 5.773, de 2006, e normas expedidas pelo Ministério da Educação. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 87 3075 3076 3077 3078 3079 3080 3081 3082 3083 3084 3085 3086 3087 3088 3089 3090 3091 3092 3093 3094 3095 3096 3097 3098 3099 3100 3101 3102 3103 3104 3105 3106 3107 3108 3109 3110 3111 3112 3113 3114 3115 3116 3117 3118 3119 3120 3121 3122 3123 3124 § 4o Os resultados do sistema de avaliação mencionado no art. 16 deverão ser considerados para os procedimentos de renovação de credenciamento. Art. 15. Os pedidos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos superiores a distância de instituições integrantes do sistema federal devem tramitar perante os órgãos próprios do Ministério da Educação. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 1o Os pedidos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos superiores a distância oferecidos por instituições integrantes dos sistemas estaduais devem tramitar perante os órgãos estaduais competentes, a quem caberá a respectiva supervisão. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 2o Os cursos das instituições integrantes dos sistemas estaduais cujas atividades presenciais obrigatórias forem realizados em pólos de apoio presencial fora do Estado sujeitam-se a autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento pelas autoridades competentes do sistema federal. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) § 3o A oferta de curso reconhecido na modalidade presencial, ainda que análogo ao curso a distância proposto, não dispensa a instituição do requerimento específico de autorização, quando for o caso, e reconhecimento para cada um dos cursos, perante as autoridades competente. (Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) Art. 16. O sistema de avaliação da educação superior, nos termos da Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004, aplica-se integralmente à educação superior a distância. Art. 17. Identificadas deficiências, irregularidades ou descumprimento das condições originalmente estabelecidas, mediante ações de supervisão ou de avaliação de cursos ou instituições credenciadas para educação a distância, o órgão competente do respectivo sistema de ensino determinará, em ato próprio, observado o contraditório e ampla defesa: I - instalação de diligência, sindicância ou processo administrativo; II - suspensão do reconhecimento de cursos superiores ou da renovação de autorização de cursos da educação básica ou profissional; III - intervenção; IV - desativação de cursos; ou V - descredenciamento da instituição para educação a distância. § 1o A instituição ou curso que obtiver desempenho insatisfatório na avaliação de que trata a Lei no 10.861, de 2004, ficará sujeita ao disposto nos incisos I a IV, conforme o caso. § 2o As determinações de que trata o caput são passíveis de recurso ao órgão normativo do respectivo sistema de ensino. CAPÍTULO III Da Oferta de Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação Profissional e a Modalidade e Distância, e a Educação Básica Art. 18. Os cursos e programas de educação a distância criados somente poderão ser implementados para oferta após autorização dos órgãos competentes dos respectivos sistemas de ensino. Art. 19. A matrícula em cursos a distância para educação básica de jovens e adultos poderá ser feita independentemente de escolarização anterior, obedecida a idade mínima e mediante avaliação do educando, que permita sua inscrição na etapa adequada, conforme normas do respectivo sistema de ensino. Capítulo IV Da Oferta de Cursos Superiores, na Modalidade d Distância Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 88 3125 3126 3127 3128 3129 3130 3131 3132 3133 3134 3135 3136 3137 3138 3139 3140 3141 3142 3143 3144 3145 3146 3147 3148 3149 3150 3151 3152 3153 3154 3155 3156 3157 3158 3159 3160 3161 3162 3163 3164 3165 3166 3167 3168 3169 3170 3171 3172 3173 3174 3175 Art. 20. As instituições que detêm prerrogativa de autonomia universitária credenciadas para oferta de educação superior a distância poderão criar, organizar e extinguir cursos ou programas de educação superior nessa modalidade, conforme disposto no inciso I do art. 53 da Lei no 9.394, de 1996. § 1o Os cursos ou programas criados conforme o caput somente poderão ser ofertados nos limites da abrangência definida no ato de credenciamento da instituição. § 2o Os atos mencionados no caput deverão ser comunicados à Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. § 3o O número de vagas ou sua alteração será fixado pela instituição detentora de prerrogativas de autonomia universitária, a qual deverá observar capacidade institucional, tecnológica e operacional próprias para oferecer cursos ou programas a distância. Art. 21. Instituições credenciadas que não detêm prerrogativa de autonomia universitária deverão solicitar, junto ao órgão competente do respectivo sistema de ensino, autorização para abertura de oferta de cursos e programas de educação superior a distância. § 1o Nos atos de autorização de cursos superiores a distância, será definido o número de vagas a serem ofertadas, mediante processo de avaliação externa a ser realizada pelo Ministério da Educação. § 2o Os cursos ou programas das instituições citadas no caput que venham a acompanhar a solicitação de credenciamento para a oferta de educação a distância, nos termos do § 1o do art. 12, também deverão ser submetidos ao processo de autorização tratado neste artigo. Art. 22. Os processos de reconhecimento e renovação do reconhecimento dos cursos superiores a distância deverão ser solicitados conforme legislação educacional em vigor. Parágrafo único. Nos atos citados no caput, deverão estar explicitados: I - o prazo de reconhecimento; e II - o número de vagas a serem ofertadas, em caso de instituição de ensino superior não detentora de autonomia universitária. Art. 23. A criação e autorização de cursos de graduação a distância deverão ser submetidas, previamente, à manifestação do: I - Conselho Nacional de Saúde, no caso dos cursos de Medicina, Odontologia e Psicologia; ou II - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no caso dos cursos de Direito. Parágrafo único. A manifestação dos conselhos citados nos incisos I e II, consideradas as especificidades da modalidade de educação a distância, terá procedimento análogo ao utilizado para os cursos ou programas presenciais nessas áreas, nos termos da legislação vigente. Capítulo V Da Oferta de Cursos d Programas de Pós-Gradução a Distância Art. 24. A oferta de cursos de especialização a distância, por instituição devidamente credenciada, deverá cumprir, além do disposto neste Decreto, os demais dispositivos da legislação e normatização pertinentes à educação, em geral, quanto: I - à titulação do corpo docente; II - aos exames presenciais; e III - à apresentação presencial de trabalho de conclusão de curso ou de monografia. Parágrafo único. As instituições credenciadas que ofereçam cursos de especialização a distância deverão informar ao Ministério da Educação os dados referentes aos seus cursos, quando de sua criação. Art. 25. Os cursos e programas de mestrado e doutorado a distância estarão Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 89 3176 3177 3178 3179 3180 3181 3182 3183 3184 3185 3186 3187 3188 3189 3190 3191 3192 3193 3194 3195 3196 3197 3198 3199 3200 3201 3202 3203 3204 3205 3206 3207 3208 3209 3210 3211 3212 3213 3214 3215 3216 3217 3218 3219 3220 3221 3222 3223 3224 3225 sujeitos às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento previstas na legislação específica em vigor. § 1o Os atos de autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento citados no caput serão concedidos por prazo determinado conforme regulamentação. § 2o Caberá à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES editar as normas complementares a este Decreto, no âmbito da pós-graduação stricto sensu. (Redação dada pelo Decreto nº 6.303, de 2007) Capítulo VI Das Disposições Finais Art. 26. As instituições credenciadas para oferta de cursos e programas a distância poderão estabelecer vínculos para fazê-lo em bases territoriais múltiplas, mediante a formação de consórcios, parcerias, celebração de convênios, acordos, contratos ou outros instrumentos similares, desde que observadas as seguintes condições: I - comprovação, por meio de ato do Ministério da Educação, após avaliação de comissão de especialistas, de que as instituições vinculadas podem realizar as atividades específicas que lhes forem atribuídas no projeto de educação a distância; II - comprovação de que o trabalho em parceria está devidamente previsto e explicitado no: a) plano de desenvolvimento institucional; b) plano de desenvolvimento escolar; ou c) projeto pedagógico, quando for o caso, das instituições parceiras; III - celebração do respectivo termo de compromisso, acordo ou convênio; e IV - indicação das responsabilidades pela oferta dos cursos ou programas a distância, no que diz respeito a: a) implantação de pólos de educação a distância, quando for o caso; b) seleção e capacitação dos professores e tutores; c) matrícula, formação, acompanhamento e avaliação dos estudantes; d) emissão e registro dos correspondentes diplomas ou certificados. Art. 27. Os diplomas de cursos ou programas superiores de graduação e similares, a distância, emitidos por instituição estrangeira, inclusive os ofertados em convênios com instituições sediadas no Brasil, deverão ser submetidos para revalidação em universidade pública brasileira, conforme a legislação vigente. § 1o Para os fins de revalidação de diploma de curso ou programa de graduação, a universidade poderá exigir que o portador do diploma estrangeiro se submeta a complementação de estudos, provas ou exames destinados a suprir ou aferir conhecimentos, competências e habilidades na área de diplomação. § 2o Deverão ser respeitados os acordos internacionais de reciprocidade e equiparação de cursos. Art. 28. Os diplomas de especialização, mestrado e doutorado realizados na modalidade a distância em instituições estrangeiras deverão ser submetidos para reconhecimento em universidade que possua curso ou programa reconhecido pela CAPES, em mesmo nível ou em nível superior e na mesma área ou equivalente, preferencialmente com a oferta correspondente em educação a distância. Art. 29. A padronização de normas e procedimentos para credenciamento de instituições, autorização e reconhecimento de cursos ou programas a distância será efetivada em regime de colaboração coordenado pelo Ministério da Educação, no prazo de cento e oitenta dias, contados da data de publicação deste Decreto. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 90 3226 3227 3228 3229 3230 3231 3232 3233 3234 3235 3236 3237 3238 3239 3240 3241 3242 3243 3244 3245 3246 3247 3248 3249 3250 3251 3252 3253 3254 3255 3256 3257 3258 3259 3260 3261 3262 3263 3264 3265 3266 3267 3268 3269 3270 3271 3272 3273 3274 3275 Art. 30. As instituições credenciadas para a oferta de educação a distância poderão solicitar autorização, junto aos órgãos normativos dos respectivos sistemas de ensino, para oferecer os ensinos fundamental e médio a distância, conforme § 4o do art. 32 da Lei no 9.394, de 1996, exclusivamente para: I - a complementação de aprendizagem; ou II - em situações emergenciais. Parágrafo único. A oferta de educação básica nos termos do caput contemplará a situação de cidadãos que: I - estejam impedidos, por motivo de saúde, de acompanhar ensino presencial; II - sejam portadores de necessidades especiais e requeiram serviços especializados de atendimento; III - se encontram no exterior, por qualquer motivo; IV - vivam em localidades que não contem com rede regular de atendimento escolar presencial; V - compulsoriamente sejam transferidos para regiões de difícil acesso, incluindo missões localizadas em regiões de fronteira; ou VI - estejam em situação de cárcere. Art. 31. Os cursos a distância para a educação básica de jovens e adultos que foram autorizados excepcionalmente com duração inferior a dois anos no ensino fundamental e um ano e meio no ensino médio deverão inscrever seus alunos em exames de certificação, para fins de conclusão do respectivo nível de ensino. § 1o Os exames citados no caput serão realizados pelo órgão executivo do respectivo sistema de ensino ou por instituições por ele credenciadas. § 2o Poderão ser credenciadas para realizar os exames de que trata este artigo instituições que tenham competência reconhecida em avaliação de aprendizagem e não estejam sob sindicância ou respondendo a processo administrativo ou judicial, nem tenham, no mesmo período, estudantes inscritos nos exames de certificação citados no caput. Art. 32. Nos termos do que dispõe o art. 81 da Lei no 9.394, de 1996, é permitida a organização de cursos ou instituições de ensino experimentais para oferta da modalidade de educação a distância. Parágrafo único. O credenciamento institucional e a autorização de cursos ou programas de que trata o caput serão concedidos por prazo determinado. Art. 33. As instituições credenciadas para a oferta de educação a distância deverão fazer constar, em todos os seus documentos institucionais, bem como nos materiais de divulgação, referência aos correspondentes atos de credenciamento, autorização e reconhecimento de seus cursos e programas. § 1o Os documentos a que se refere o caput também deverão conter informações a respeito das condições de avaliação, de certificação de estudos e de parceria com outras instituições. § 2o Comprovadas, mediante processo administrativo, deficiências ou irregularidades, o Poder Executivo sustará a tramitação de pleitos de interesse da instituição no respectivo sistema de ensino, podendo ainda aplicar, em ato próprio, as sanções previstas no art. 17, bem como na legislação específica em vigor. Art. 34. Revogado Art. 35. As instituições de ensino, cujos cursos e programas superiores tenham completado, na data de publicação deste Decreto, mais da metade do prazo concedido no ato de autorização, deverão solicitar, em no máximo cento e oitenta dias, o respectivo reconhecimento. Art. 36. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 37. Ficam revogados o Decreto no 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e o Decreto no 2.561, de 27 de abril de 1998. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 91 3276 3277 3278 4.9.5 Diretrizes e indicadores metodológicos para a educação a distância 3279 grande salto na educação a distância, pois nesse período constituíram-se os primeiros cursos 3280 superiores, já regulamentados pelo Ministério da Educação. 3281 3282 O artigo 80 desta Lei tem a seguinte redação: 3283 Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de 3284 ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. 3285 § 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por 3286 instituições especificamente credenciadas pela União. 3287 § 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma 3288 relativos a cursos de educação a distância. 3289 § 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a 3290 autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo 3291 haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. 3292 § 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: 3293 I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e 3294 imagens; 3295 II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; 3296 III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de 3297 canais comerciais. Em 1986, com a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional, o Brasil deu um 3298 3299 4.10 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA 3300 3301 A educação inclusiva na educação remete às ações de valorização do direito de todos à 3302 educação. Nestas ações são previstas a adoção de políticas públicas capazes de atender às 3303 diversas necessidades educacionais, valorizando a singularidade como condição indispensável 3304 à construção da sociedade. 3305 Na perspectiva de promover mudanças nas práticas acadêmicas de servidores, 3306 estudantes, familiares e demais segmentos da comunidade no tocante à inclusão são discutidas 3307 neste PPP a adoção de ações que promovam a educação inclusiva no âmbito do IFPA campus 3308 Parauapebas. 3309 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 92 3310 3311 4.10.1 Concepção de educação inclusiva 3312 São princípios constitucionais a igualdade de condições para o acesso e permanência 3313 da escola. Trata-se de um processo abrangente que permeia pelos mais diversos espaços 3314 sociais. Incluir é assegurar e garantir o direito dos cidadãos indistintamente. Estão amparados 3315 por essas políticas as pessoas com deficiência, diversas classes, etnias e sexualidade, pessoas 3316 com formação cultural distinta, povos indígenas, afrodescendentes, integrantes de 3317 movimentos por reforma agrária, camponeses e quilombolas. 3318 A percepção limitada de inclusão é desmistificada através do parecer CNE/CEB 3319 17/2001 que trata do sucesso escolar como um conjunto de ações que consideram o respeito 3320 as singularidades do aluno 3321 3322 3323 3324 3325 3326 3327 3328 [...] em vez de focalizar a deficiência da pessoa, enfatiza o ensino e a escola, bem como as formas e condições de aprendizagem; em vez de procurar, no aluno, a origem de um problema, define-se pelo tipo de resposta educativa e de recursos e apoios que a escola deve proporcionar-lhe para que obtenha sucesso escolar; por fim, em vez de pressupor que o aluno deva ajustar-se aos padrões de normalidade” para aprender, aponta para a escola o desafio de ajustar-se para atender a diversidade de seus alunos. (BRASIL, 2001b, p. 15). 3329 Nesta perspectiva a escola deve tornar-se o loco das ações que garantam a igualdade 3330 de condições para o acesso à escola bem como sua permanência e êxito. Desta forma a 3331 educação inclusiva deve permear, transversalmente, todos os níveis e modalidades de ensino, 3332 assegurando, assim, a igualdade de oportunidades a todos. 3333 São elementos norteadores destas ações a Declaração Universal dos Direitos Humanos 3334 (1948), a Declaração de Jomtien (WCEFA, 1990) e a Declaração de Salamanca (1994) o 3335 estatuto da criança e adolescente. A LDB LDB (Lei 9.394/96), em seu Art. 59 também orienta 3336 que os sistemas de ensino assegurem todo o ferramental para o sucesso dos discentes. Neste 3337 cenário, foram instituídas as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação 3338 Básica. Mais recentemente, em 2011, entrou em vigor o dispositivo legal que prevê a ação do 3339 Ministério da Educação no apoio técnico e financeiro às iniciativas voltadas ao atendimento 3340 educacional especializado. 3341 Conforme o Art. 5º, Incisos I a VII, do Decreto 7.611/2011, esse apoio técnico e 3342 financeiro contempla as seguintes ações: 3343 I - aprimoramento do atendimento educacional especializado já ofertado; 3344 II - implantação de salas de recursos multifuncionais; 3345 III - formação continuada de professores, inclusive para o desenvolvimento da Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 93 3346 educação bilíngue para estudantes surdos ou com deficiência auditiva e do ensino do Braile 3347 para estudantes cegos ou com baixa visão; 3348 IV - formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação na 3349 perspectiva da educação inclusiva, particularmente na aprendizagem, na participação e na 3350 criação de vínculos interpessoais; 3351 V - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade; 3352 VI - elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade; e 3353 VII - estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior. 3354 3355 Todas as discussões em torno da educação inclusiva propiciam a reflexão profunda 3356 acerca do papel da educação e seus métodos e meios. Ancora-se na perspectiva de uma escola 3357 aberta, que ofereça condições e respeito sustentáveis à heterogeneidade. 3358 Diante deste exposto, este campus assume o compromisso de educação inclusiva 3359 pautada na concepção do direito a todos, na abertura à pluralidade em todas as relações e na 3360 atenção especial àqueles que encontram-se em estado vulnerabilidade por condições sociais, 3361 econômicas ou físicas. Este compromisso concretiza-se na forma de enraizamento e 3362 fortalecimento de valores e posturas na cultura dos educadores e toda comunidade escolar que 3363 semeiem o acolhimento, a aceitação, o incentivo a interação e valorização do conhecimento. 3364 3365 3366 4.10.2 Princípios orientadores de educação inclusiva 3367 A prática da educação inclusiva pauta-se em princípios, que em seu conjunto, 3368 constituem ações formativas e mecanismos de materialização das políticas de inclusão. Em 3369 defesa a oferta da educação igualitária é norteada pelos seguintes princípios 3370 a) o respeito aos direitos humanos universais; 3371 b) a garantia legal de uma educação para todos (pública, gratuita e de qualidade); 3372 c) a defesa por igualdade nas condições de acesso, de permanência e de conclusão; 3373 d) a conjugação da igualdade e da diferença como dimensões indissociáveis a qualquer 3374 proposição sociopolítico-educacional; 3375 e) a adequação das práticas pedagógicas; 3376 f) o apoio pedagógico especializado; 3377 g) a valorização das capacidades humanas em desenvolvimento; 3378 h) a preservação da identidade humana; 3379 i) a autonomia individual; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 94 3380 j) a liberdade humana de fazer as próprias escolhas; 3381 k) a não discriminação; 3382 l) a participação e a inclusão plenas e efetivas na sociedade; 3383 m) a defesa do interculturalismo; 3384 n) a interação entre escola, família e comunidade; 3385 o) o respeito à diferença; 3386 p) a igualdade de oportunidades; e 3387 q) a acessibilidade total. 3388 3389 3390 4.10.3 Diretrizes e indicadores metodológicos de educação inclusiva 3391 A implementação e construção das políticas de educação inclusiva no campus IFPA 3392 Parauapebas é uma prática contínua de sensibilização, compromisso, parcerias e vitórias sobre 3393 os desafios diários. 3394 Nesta direção são adotadas diretrizes que orientam as práticas inclusivas na instituição. 3395 a) adequação do Programa de Assistência Estudantil a ações sistêmicas, a fim de assegurar o 3396 direito social de todos os estudantes para o acesso à escola, a permanência nessa instituição e 3397 a conclusão de estudos com êxito; 3398 b) fortalecimento dos NAPNE (Núcleo de Apoio as Necessidades Educacionais Específicas), 3399 para que se configure em um mecanismo sistêmico de articulação, ampliando as iniciativas 3400 para a inclusão escolar (pesquisas, estudos, eventos, programas e cursos de incentivo à 3401 formação); 3402 c) manutenção dos processos seletivos diferenciados que destinam vagas para estudantes da 3403 rede pública (cotas), de baixa renda e autodeclarados pardos, pardos e indígenas; 3404 d) abertura, em todos os processos seletivos da Instituição, de espaços e de mecanismos 3405 adequados para as pessoas com deficiências ou com limitações; 3406 e) implementação e fortalecimento da Educação Básica na Modalidade de Educação de 3407 Jovens e Adultos (PROEJA); 3408 f) defesa de um currículo integrado, aberto e flexível, que contemple a diversidade, o 3409 interculturalismo e o direito ao conhecimento, respeitando as necessidades formativas 3410 individuais, locais e regionais; 3411 g) fortalecimento e intensificação de políticas e de projetos de fomento à educação inclusiva; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 95 3412 h) construção de espaços formativos inclusivos, com adequação dos tempos (físicos, 3413 psicológicos e/ou virtuais), das práticas pedagógicas, dos horários e das instalações 3414 (equipamentos, estrutura física, serviços de apoio, tecnologias assistivas etc.), organizados 3415 para a acessibilidade e para o acompanhamento da aprendizagem dos alunos; 3416 i) promoção da igualdade de oportunidades nos encaminhamentos destinados à qualificação 3417 para o trabalho; 3418 j) investimento na formação continuada de todos os profissionais da educação envolvidos no 3419 processo, com vistas à superação de preconceitos ou de barreiras atitudinais ainda existentes; 3420 k) constituição de equipes multiprofissionais de acompanhamento da aprendizagem, dando 3421 prevalência ao atendimento educacional especializado (instrutores, intérpretes e demais 3422 profissionais especializados), a fim de atender às peculiaridades das pessoas com deficiência; 3423 l) adoção, em programas de educação profissional, de políticas públicas de acesso, 3424 permanência e conclusão, no que se refere aos estudos das pessoas com necessidades 3425 educacionais especiais; 3426 m) articulação das ações da educação especial previstas legalmente, no sentido de estabelecer 3427 mecanismos de cooperação com as políticas públicas de educação e de trabalho, em parceria 3428 com organizações governamentais e não governamentais (a fim de desenvolver programas de 3429 qualificação profissional para alunos especiais e promover a inserção desses discentes no 3430 mundo do trabalho); 3431 n) proposta avaliativa processual e formativa que tanto considere os conhecimentos prévios, 3432 as possibilidades de aprendizagens futuras e os ritmos diferenciados quanto analise o 3433 desenvolvimento e as capacidades do aluno em relação ao seu próprio progresso individual; 3434 o) implementação de uma gestão de sala de aula direcionada para a diversidade dos alunos, 3435 incluindo a diversificação das atividades; 3436 p) articulação, no tratamento das práticas pedagógicas, entre igualdade e diferença, em 3437 reconhecimento ao multiculturalismo, valorizando a diversidade cultural e promovendo o 3438 interculturalismo; e 3439 q) desenvolvimento de projetos que favoreçam o diálogo e a aproximação entre diferentes 3440 pessoas e/ou grupos de diversas procedências sociais, étnicas, religiosas, culturais, etc. 3441 A luta pela igualdade e inclusão deve ser árdua e contínua. As mudanças devem 3442 caminhar no sentido de democratizar o acesso e promover qualidade na educação pois 3443 somente a educação é elemento modificador de uma sociedade justa e igualitária. 3444 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 96 3445 4.11 POLÍTICA DE PESQUISA E INOVAÇÃO 3446 3447 3448 4.11.1 Concepção de pesquisa 3449 serviço da humanidade e, muitas vezes é dar voz a atores sociais desconhecidos ou esquecidos 3450 do mundo acadêmico. Pesquisa é fazer ciência, é buscar soluções para problemas da sociedade, é se colocar a 3451 3452 3453 3454 3455 3456 3457 3458 3459 3460 3461 3462 3463 Tendo como objetivo descobrir respostas para indagações propostas mediante o uso de 3464 procedimentos científicos, a pesquisa é o processo de desenvolvimento do método científico. 3465 Pesquisar é o conjunto de ações que se propõe para encontrar a solução desejada de um 3466 problema, tendo por base procedimentos racionais e sistemáticos. 3467 3468 3469 3470 3471 3472 3473 3474 3475 3476 3477 3478 3479 3480 3481 3482 3483 3484 3485 3486 3487 3488 3489 3490 Alguns procedimentos são comuns à pesquisa, tais como: 3491 Conforme Demo (2001), O estudante que queremos formar não é apenas técnico, mas fundamentalmente cidadão, que encontra na competência reconstrutiva de conhecimento seu perfil decisivo. Tem pela frente o duplo desafio de fazer o conhecimento progredir, mas, mormente, de o humanizar. [...] Pesquisa é, pois, razão acadêmica crucial de ser. A aprendizagem adequada é aquela efetivada dentro do processo de pesquisa do professor, no qual ambos – professor e aluno – prendem, sabem pensar e aprendem a aprender. (DEMO, 2001, p.02) a) Elaboração de questões ou proposição de problemas e levantamento de hipóteses ou soluções; b) Realização de leituras analíticas e observações; c) Registro e análise das leituras e das observações; d) Elaboração de explicações, generalizações, conclusões e previsões. As pesquisas podem ser do tipo descritivo, explicativo, exploratório e participante, sendo que as etapas desses tipos de pesquisa são: a) Formulação de um problema; b) Construção de hipóteses; c) Delineamento metodológico; d) Operacionalização de conceitos e variáveis; e) Seleção da amostra ou fonte de dados; f) Elaboração de instrumentos de coleta dos dados; g) Coleta dos dados; h) Análise e interpretação dos resultados; i) Redação do trabalho científico. O Problema Formular um problema é, sem dúvidas, o passo mais importante para iniciar uma pesquisa. Um problema é um fenômeno ou fato ainda sem resposta ou explicações, sendo sua Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 97 3492 solução possibilitada pela pesquisa. A escolha do problema deve ser, então, a primeira tarefa 3493 do pesquisador, que deve seguir algumas diretrizes, a saber: 3494 3495 3496 3497 3498 3499 3500 3501 3502 3503 a) O problema deve ser formulado como uma pergunta; b) Deve ser delimitado de modo claro, preciso e viável; c) Apresentar, sempre que possível, algumas referências empíricas. 3504 fato estudado e antecipará soluções para o problema escolhido. Portanto, para se construir as 3505 hipóteses devemos seguir algumas orientações. 3506 3507 3508 3509 É necessário incluir indagações, como: Por que pesquisar? Qual a relevância do problema? E quem será o beneficiário do resultado? Hipótese Ao formular o problema é necessário aventar hipóteses que sugerirão explicações para o Delimitação O delineamento metodológico de uma pesquisa, também conhecido como recorte, 3510 inicia-se com a seleção das fontes de dados. Os dados podem ser fornecidos por pessoas ou 3511 documentos, dependendo da proposta que se quer discutir e do tema abordado. 3512 Um bom recorte principia em um profundo conhecimento do assunto por parte do 3513 pesquisador. Em seguida, deve-se fatorar uma questão problema, delimitando o período de 3514 ocorrência do fato, o local onde será observado, a população ou sujeitos que serão analisados 3515 e o limite da pesquisa, ou seja, até onde se pretende chegar. 3516 3517 3518 3519 3520 4.11.2 Princípios orientadores da pesquisa 3521 significa discurso, estudo. Epistemologicamente significa “o estudo da ciência” – por isso a 3522 necessidade de conceituar ciência – ou a crítica ao conhecimento científico, através do exame 3523 das hipóteses, dos princípios e das conclusões, objetivando determinar seu alcance e seu 3524 valor. Metodologia, do Grego – META, que significa ao largo, caminho; e LOGOS que 3525 Portanto, são os caminhos necessários para o auto aprendizado em que você é o sujeito 3526 do processo, aprendendo a pesquisar e a sistematizar o conhecimento adquirido, estudando 3527 todos os métodos científicos sob os aspectos descritivos e da análise reflexiva. 3528 Ao tratar do processo científico, a metodologia da ciência descreve o que são os 3529 métodos científicos da indução, dedução e o hipotético-dedutivo, incluindo outros Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 98 3530 procedimentos que levam à formulação das hipóteses, bem como, a elaboração e explicação 3531 de leis e teorias científicas, fazendo também uma análise crítica delas. 3532 3533 3534 3535 3536 3537 3538 3539 3540 Temos também a Metodologia do Trabalho Científico que, conforme Bravos, trata-se de um estudo sobre um tema específico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só em profundidade, mas também em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destinam. (BRAVOS, 2006). 3541 Sendo assim, a Metodologia consiste no estudo e avaliação dos vários métodos 3542 disponíveis, identificando suas limitações ou não em nível das implicações de suas 3543 atualizações. Noutro nível, a Metodologia prima por examinar e avaliar as técnicas, bem 3544 como a geração ou verificação de novos métodos que conduzem à captação e processamento 3545 de informações com vistas à resolução de problemas de investigação. 3546 3547 3548 3549 3550 3551 3552 3553 4.11.3 Diretrizes e indicadores metodológicos da pesquisa Conceitos de método Demo (2001), afirma que método é o "Caminho pelo qual se chega a determinado 3554 resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo refletido e 3555 deliberado". Lakatos (2009), diz que é a "Forma de selecionar técnicas e avaliar alternativas 3556 para ação científica". Para Santos (2000), é a "Forma ordenada de proceder ao longo de um 3557 caminho". É a "Ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um 3558 fim dado" na visão de Dencker (1998). 3559 3560 3561 3562 Método científico Podemos definir o método científico como a teoria da investigação que alcança seus 3563 objetivos, quando cumpre ou se propõe a cumprir, de forma científica, as seguintes etapas: 3564 a) Descobrimento do problema - ou brecha, num conjunto total de acontecimentos; 3565 3566 b) Colocação precisa do problema - ou a recolocação de um velho problema à luz de novos conhecimentos; 3567 3568 c) Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema – pesquisa sobre o conhecido para tentar resolver o problema; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 99 3569 3570 d) Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados - se a tentativa resultar inútil passa-se para a etapa seguinte, em caso contrário, passa-se para a subsequente; 3571 3572 e) Invenção de novas ideias – criação e análise de hipóteses, teorias ou técnicas, ou ainda, produção de novos dados empíricos que possibilitem a resolução do problema; 3573 3574 f) Obtenção de uma solução – pode ser exata ou aproximada do problema, utilizando-se do instrumental conceitual ou empírico disponível; 3575 3576 g) Investigação das consequências da solução obtida – é a busca de prognósticos que possam ser feitos com seu auxílio, em se tratando de uma teoria; 3577 3578 3579 h) Prova ou comprovação da solução – comparação entre a solução encontrada e a totalidade das outras teorias e da informação empírica pertinente. Se o resultado for satisfatório, conclui-se a pesquisa B. Do contrário, passa-se para a etapa seguinte; 3580 3581 i) Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta – começa-se um novo ciclo de investigação. 3582 3583 3584 3585 Métodos específicos das Ciências Sociais Apesar de alguns autores fazerem distinção entre "método" e "métodos", ainda não 3586 ficou clara essa diferença e, portanto, utiliza-se o termo "método" em todos os casos e para 3587 tudo. Assim, em primeiro lugar, temos o método de abordagem assim discriminado: 3588 3589 3590 1 - Método Indutivo – parte de questões particulares, caminhando geralmente para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias (conexão ascendente); 3591 3592 2 - Método Dedutivo – inverso do indutivo, parte das teorias e leis, na maioria das vezes, indo parar na ocorrência dos fenômenos particulares (conexão descendente); 3593 3594 3595 3 - Método Hipotético-dedutivo – parte-se da percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual formulam-se hipóteses e, pelo processo de inferência dedutiva, testam-se a predição das ocorrências de fenômenos abrangidos pela hipótese. 3596 3597 3598 4 - Método dialético – o mais profundo, penetra o mundo dos fenômenos, através de sua ação de reciprocidade, da contradição inerente ao fenômeno e das mudanças dialéticas que ocorrem na natureza e na sociedade. 3599 Temos ainda, os "métodos de procedimento" que seriam etapas mais concretas da 3600 investigação, objetivando e justificando-se por uma postura menos abstrata e mais restrita em 3601 termos de explicação geral dos fenômenos. 3602 Pressupõem-se uma atitude concreta em relação ao fenômeno, estando limitadas a um 3603 domínio particular. 3604 3605 Listaremos a seguir estes métodos, na área restrita das ciências sociais, em que geralmente são utilizados vários ao mesmo tempo: Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 100 3606 3607 3608 5 - Método Histórico – é o método que investiga acontecimentos, processos e instituições do passado com a finalidade de verificar a sua influência na sociedade atual. 3609 3610 3611 6 - Método Comparativo – este método é bastante utilizado em estudos comparativos entre grupos do presente, do passado, ou entre os dois. Também se usa para comparações entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento histórico; 3612 3613 3614 3615 7 - Método Monográfico – é um método bastante recortado e consiste no estudo de determinados indivíduos; suas profissões; as instituições; as condições de diversos grupos, separadamente; estuda grupos ou comunidades; todos esses estudos partem da premissa de obtenção de generalizações; 3616 3617 3618 3619 8 - Método Estatístico – em termos quantitativos, esse método significa a redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos, entre outros. A manipulação através da estatística permite analisar e comprovar ou não, as relações dos fenômenos entre si, além de permitir a obtenção de generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado; 3620 3621 3622 9 - Método Tipológico – muito semelhante ao método comparativo, permite ao pesquisador comparar fenômenos sociais complexos, criando tipos ou modelos ideais (que não existam de fato na sociedade), construídos a partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno; 3623 3624 3625 10 - Método Funcionalista – poderíamos dizer que esse método é mais de interpretação do que de investigação. A partir dele se estuda a sociedade partindo do pressuposto da função de suas unidades, isto é, como um sistema organizado de atividades; 3626 3627 3628 3629 3630 3631 11 - Método Estruturalista – parte da investigação de um fenômeno concreto, caminha para o nível abstrato, por intermédio da construção de um modelo que represente o objeto de estudo, chegando finalmente ao concreto, como uma realidade estruturada e relacionada com a experiência do sujeito social. Todos esses métodos podem ser utilizados em pesquisas científicas, devendo o pesquisador escolher aquele que lhe permitirá obter os resultados esperados. 3632 É um importante exercício científico a escolha do método a ser utilizado, dela 3633 dependendo o sucesso da pesquisa. Após a escolha do método, parte-se para a pesquisa, não 3634 antes de conhecer os tipos de conhecimento e a importância da utilização do conhecimento 3635 científico ao se fazer ciência. 3636 3637 3638 Classificação da Pesquisa 3639 A pesquisa é um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico e, 3640 conforme Demo, “O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas 3641 mediante o emprego de procedimentos científicos”. (DEMO, 2001). 3642 3643 3644 3645 Quanto à forma de abordagem 1 - Pesquisa Quantitativa: Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 101 3646 Nesse tipo de pesquisa, considera-se que tudo pode ser quantificável, ou seja, traduzindo em 3647 números opiniões e informações no intuito de classificá-las e analisá-las. Para tanto, requer 3648 recursos estatísticos. 3649 3650 3651 2 - Pesquisa Qualitativa: Nesse tipo de pesquisa, considera-se que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o 3652 sujeito, isto é, um vínculo inseparável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito não 3653 podendo ser traduzidos em números, devendo ser analisados e observados sob outra ótica. 3654 3655 3656 4.12 POLÍTICA DE EXTENSÃO E INTERAÇÃO COM A SOCIEDADE 3657 3658 3659 4.12.1 Concepção de extensão 3660 a sociedade em uma busca constante pela troca de saberes. Dessa forma, a concepção básica 3661 da extensão reside no compromisso com a interação social, promovendo, através de propostas, 3662 ações transformadoras da realidade social. Busca-se também articular a extensão ao ensino e à 3663 pesquisa, na tentativa de criar mecanismos que inter-relacionem o fazer acadêmico aos 3664 saberes produzidos em outros contextos sociais, em respeito à tradição, ao saber e à cultura 3665 populares, conforme preconiza o Art. 43 da LDB: “promover a extensão, aberta à participação 3666 da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e 3667 da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição” (BRASIL, 1996, p. 36). 3668 3669 3670 3671 O conceito moderno da extensão enfatiza a promoção e compromisso da interação com 4.12.2 Princípios orientadores de extensão e interação com a sociedade 3672 A troca de saberes com a sociedade é um alicerce para a construção do conhecimento. 3673 Conecta-se, a partir daí, com novas e diferentes realidades que permitem uma formação 3674 completa de estudantes e profissionais. Dessa forma, a extensão do IFPA se fundamenta nos 3675 seguintes princípios: 3676 3677 3678 3679 3680 3681 3682 3683 Promover, através da indissociabilidade, uma constante integração com o ensino e a pesquisa; Manter um canal aberto com a sociedade através de interações com grupos sociais e a indústria gerando uma troca de saberes; Estabelecer um processo interdisciplinar educativo, cultural, científico e político através de uma interação entre o IFPA e diversos setores sociais; Realizar práticas instigadoras na formação de indivíduos com autonomia, responsabilidade, ética, partícipes, ativos e com consciência socioambiental. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 102 3684 3685 3686 3687 3688 4.12.3 Diretrizes e indicadores metodológicos de extensão e interação com a sociedade As diretrizes para o planejamento e desenvolvimento das políticas da extensão 3689 estabelecem uma sistematização de suas ações. A fundamentação nos princípios básicos da 3690 extensão, tais como: a integração com o ensino e a pesquisa e a interação com a sociedade 3691 norteiam a diretrizes abaixo listadas: 3692 3693 3694 3695 3696 3697 3698 3699 3700 3701 3702 3703 3704 3705 3706 3707 3708 3709 3710 3711 3712 Acompanhamento e avaliação sistemática de estágios supervisionados; Acompanhamento sistemático de egressos; Buscar ações que busquem se engajar em questões de desigualdade e exclusão social e socioambientais; Prestação de serviços para a sociedade através do interesse acadêmico, científico, tecnológico e cultural do ensino, da pesquisa e da extensão; Incentivo à participação de servidores e de alunos nos projetos e nos eventos científicos, tecnológicos, artístico-culturais, esportivos, sociais; Promoção de eventos abertos ao público para a socialização de ações e projetos desenvolvidos e a troca de experiências; Garantia dos recursos financeiros para o desenvolvimento de programas e de projetos de extensão, com inclusão e financiamento de despesas; Incentivo para o desenvolvimento de projetos de extensão; Ação integrada com a comunidade para a difusão dos saberes produzidos, de tal forma que as populações cujos problemas se tornam objetos da pesquisa sejam também consideradas sujeitos desse conhecimento, tendo, portanto, pleno direito de acesso e de retorno às informações resultantes do processo investigativo; Estabelecimento de critérios para carga horária dos servidores envolvidos em atividades de extensão; e Busca por meio do programa de intercâmbio para alunos e servidores, de uma relação com instituições ou organismos externos e internacionais. 3713 3714 3715 4.13 POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL 3716 3717 3718 4.13.1 Concepção de assistência estudantil 3719 de Assistência Estudantil – PNAES, Lei 7.234, de 19 de julho de 2010 do governo federal e 3720 também na Resolução 134/2012/CONSUP/IFPA, que norteiam e regulamentam os princípios 3721 da Assistência Estudantil e o campus Parauapebas tem como base esses preceitos para nortear 3722 e conceber a assistência estudantil, que também deve ser entendida como parte imprescindível 3723 da construção e planejamento dos processos educativos. 3724 As ações pertinentes à Assistência Estudantil estão preconizadas no Programa Nacional A Lei 7.234/10 estabelece que: Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 103 3725 3726 3727 3728 3729 3730 3731 3732 3733 3734 3735 3736 3737 3738 3739 3740 3741 3742 3743 3744 3745 3746 3747 3748 3749 3750 3751 3752 3753 3754 3755 3756 3757 3758 3759 3760 3761 3762 3763 3764 3765 3766 3767 3768 3769 3770 3771 3772 3773 3774 3775 3776 3777 3778 3779 3780 3781 3782 3783 3784 Art. 2o São objetivos do PNAES: I – democratizar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal; II - minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da educação superior; III - reduzir as taxas de retenção e evasão; e IV - contribuir para a promoção da inclusão social pela educação. Art. 3o O PNAES deverá ser implementado de forma articulada com as atividades de ensino, pesquisa e extensão, visando o atendimento de estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação presencial das instituições federais de ensino superior. § 1o As ações de assistência estudantil do PNAES deverão ser desenvolvidas nas seguintes áreas: I - moradia estudantil; II - alimentação; III - transporte; IV - atenção à saúde; V - inclusão digital; VI - cultura; VII - esporte; VIII - creche; IX - apoio pedagógico; e X - acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação. (BRASIL, 2010, p. 01) A Resolução 134/2012/CONSUP/IFPA, também estabelece: Art. 2° A Política de Assistência ao Estudante é um conjunto de princípios e diretrizes que orienta a elaboração e implementação de ações visando o êxito dos discentes e que garantam o acesso, permanência e conclusão de curso dos estudantes do IFPA, com vistas à inclusão social, formação plena, produção do conhecimento e melhoria do desempenho acadêmico. Art. 3º A Assistência ao Estudante deverá considerar a necessidade de viabilizar oportunidades, partindo do princípio da equidade, contribuindo para a melhoria do desempenho acadêmico e agir, preventivamente, nas situações de retenção e evasão decorrentes da insuficiência de condições financeiras. Art. 4º A Assistência ao Estudante, instituída em cada campus, realizar-se-á mediante Programas de Assistência ao Estudante – PAE. Art. 5º A Política de Assistência ao Estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará obedecerá aos seguintes princípios: I – Formação ampliada na sustentação do desenvolvimento integral dos estudantes; II – Busca pela igualdade de condições para acesso, a permanência e o êxito dos estudantes; III – O respeito à dignidade do sujeito, à sua autonomia, ao direito a benefícios e serviços de qualidade; IV – Incentivo à participação da comunidade discente nos assuntos relativos à assistência estudantil; V - Garantia da democratização e da qualidade dos serviços prestados à comunidade estudantil; VI - Orientação humanística e preparação para o exercício pleno da cidadania; VII - Defesa em favor da justiça social e a eliminação de todas as formas de preconceitos; VIII - Pluralismo de idéias e o reconhecimento da liberdade como valor ético central; IX – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais oferecidos pelo IFPA, bem como dos critérios para acesso. Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 104 3785 3786 Deve se configurar como forma plena, transparentes e com total publicidade um meio 3787 de garantir o direito do estudante do campus Parauapebas acesso de forma democrática à 3788 educação pública, a permanência e êxito na sua formação como aluno e cidadão, de forma que 3789 promova melhores condições de vida e de mudanças no devir humanos dos nossos alunos e se 3790 estenda a sua vida em sociedade. 3791 3792 3793 3794 3795 3796 3797 3798 3799 3800 3801 3802 3803 3804 3805 3806 3807 3808 3809 3810 3811 Diante disso a Resolução 134/2012/CONSUP/IFPA, também estabelece como objetivos: I) Democratizar as ações de inclusão e permanência dos estudantes no IFPA; II) Proporcionar condições de igualdade de oportunidades no exercício das atividades acadêmicas; III) Proporcionar aos estudantes com necessidades educativas específicas as condições necessárias para o seu desenvolvimento acadêmico, conforme legislação vigente; IV) Contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico, minimizando a reprovação e evasão escolar; V) Proporcionar aos discentes a permanência e o êxito no percurso educacional por meio de práticas sociais que reduzam os efeitos das desigualdades sociais e econômicas durante o processo formativo; VI) Promover e ampliar a formação dos estudantes para o mundo do trabalho e para a vida; VII) Promover e ampliar a formação integral dos estudantes, estimulando e desenvolvendo a criatividade, a reflexão crítica, as atividades e os intercâmbios cultural, esportivo, artístico, político, científico e tecnológico. A assistência estudantil deve está articuladas ao ensino, pesquisa, extensão e inovação 3812 tecnológica, buscando propiciar uma formação integral ao aluno, garantindo incentivar a 3813 criatividade; a apreensão das dimensões: cultural, artística, científica, política, esportiva, 3814 multicultural, do trabalho e tecnológica. A assistência estudantil deve assumir junto com 3815 outras instâncias e programas, o papel de transformar o campus Parauapebas em um espaço de 3816 cidadania e de promoção da dignidade humana, utilizando a assistência estudantil como base 3817 para realização de ações transformadoras no amplo desenvolvimento de tratativas sociais com 3818 os estudantes, gerando resultados no âmbito educativo e social. 3819 Resolução 134/2012/CONSUP/IFPA confere como ações que devem ser fomentadas: 3820 3821 3822 3823 3824 3825 3826 3827 3828 3829 3830 3831 3832 Art. 7º As ações de Assistência ao Estudante do IFPA deverão ser fomentadas nas seguintes áreas: I- Moradia estudantil; II- Alimentação; III- Transporte; IV- Atenção à saúde; V- Atendimento Psicossocial; VI- Inclusão Digital; VII- Cultura; VIII-Esporte; IX- Creche; X- Apoio pedagógico; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 105 3833 3834 3835 3836 3837 3838 3839 Diante dessa contextualização, a assistência estudantil deve ser entendida como meio 3840 para garantir ações educativas e de construção do conhecimento, com estrita observância do 3841 que preconiza a legislação sobre a temática, a dotação orçamentaria destinada para essa ação e 3842 prevista as ações em um plano anual da Assistência Estudantil do Campus Parauapebas. 3843 Permitindo total igualdade de condições de acesso, favorecendo aos estudantes sua 3844 permanência e êxito no ambiente escolar e demais atividades inerentes à sua formação. 3845 3846 3847 3848 3849 XI- Apoio técnico e científico ao estudante; e XII- Acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação. 4.13.2 Princípios orientadores de assistência estudantil A assistência estudantil é um direito social e educativo destinados aos estudantes do IFPA e no campus Parauapebas deve ser regido sob esses princípios: 3850 3851 3852 a igualdade de condições para o acesso, a permanência e a finalização com êxitos dos componentes curriculares dos cursos do campus Parauapebas; 3853 a formação integral dos estudantes; 3854 3855 a democratização do acesso e a qualidade dos serviços disponíveis à comunidade estudantil; 3856 a liberdade de expressão social, de aprender, de ensinar, de pesquisar,; 3857 a formação para o exercício pleno da cidadania; 3858 a busca pela eliminação de todas as formas de preconceitos; 3859 o respeito à diversidade e ao pluralismo de pensamento e de ideias; 3860 3861 3862 3863 3864 3865 3866 3867 3868 3869 3870 3871 4.13.3 Diretrizes e indicadores metodológicos de assistência estudantil O Campus Parauapebas terá como diretrizes da assistência estudantil as elencadas abaixo: a compreensão de que a assistência estudantil possa ser um meio de resolução e eliminação das questões de vulnerabilidade social, cultural e econômica contemporânea que possam vir a interferi no processo de ensino-aprendizagem, proporcionado aos estudantes, o acesso ao ensino, a permanência na Instituição e a conclusão de cursos; contribuição efetiva no enfrentamento das situações que provocam a retenção e a evasão escolar; Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 106 3872 3873 3874 a efetivação dos programas de assistência estudantil e articulação desses programas às atividades de ensino, pesquisa e extensão, na perspectiva da formação para a cidadania; 3875 3876 3877 implementação de ações, programas e serviços, a partir das necessidades apresentadas e discutidas pelos alunos através das plenárias realizadas com participação dos Fórum Estudantil previsto na Resolução 134/2012/CONSUP/IFPA; 3878 3879 3880 apoio à formação e ao fortalecimento da organização política dos estudantes, por meio das representações estudantis (Grêmio Estudantil, Diretório Central dos Estudantes e Centros Acadêmicos); 3881 3882 vinculação das ações afirmativas aos programas e aos projetos de permanência do estudante na Instituição; e 3883 3884 3885 3886 3887 3888 a inserção da temática assistência estudantil na ações cotidianos do campus, buscando transpor postura de assistencialismo, de doação, do favor e das concessões do Estado e sim como direito social assistido e garantido por lei aos estudantes. O campus Parauapebas busca através dessas diretrizes incorporar a assistência estudantil 3889 como um direito social dos estudantes, através do qual possa ser assegurando meios de 3890 acesso, permanência e êxito nas ações educativas pensadas e voltadas diretamente para o 3891 crescimento social e a formação do sujeito enquanto aluno. 3892 3893 3894 3895 O quadro 01 demonstra as linhas e ações da assistência estudantil Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 107 3896 QUADRO 01 ÁREAS ACESSO E PERMANÊNCIA DESEMPENHO ACADÊMICO CULTURA, LAZER E ESPORTE ASSUNTOS TRANSVERSAIS 3897 3898 3899 3900 3901 3902 LINHAS TEMÁTICAS ORGÃOS ENVOLVIDOS Alimentação; Saúde (física e mental); Transporte urbano e rural; Condições básicas para atender as pessoas com deficiência; Parcerias com prefeituras e outras instituições, visando o apoio de creches para as alunas com filhos em idade para frequentar creches. Setores ligados ao ensino, à pesquisa e à extensão; Setor responsável pelos assuntos estudantis; Parcerias com órgãos públicos e entidades com fins sociais. Estágios remunerados; Ensino de línguas estrangeiras; Participação político-acadêmica; Acompanhamento psicopedagógico; Inclusão digital; Material pedagógico. Setores ligados ao ensino, à pesquisa e à extensão; Setor responsável pelos assuntos estudantis; Parcerias com órgãos públicos e entidades com fins sociais Acesso à informação; Socialização e difusão de manifestações artístico- culturais; Acesso a ações de educação, cultura, desportos, lazer. Setores ligados ao ensino, à pesquisa e à extensão; Setor responsável pelos assuntos estudantis; Parcerias com órgãos públicos e entidades com fins sociais Orientação profissional sobre mercado de trabalho; Segurança e prevenção a fatores de riscos ambientais no trabalho; Educação ambiental; Política, ética e cidadania; Saúde, sexualidade e dependência química; Ciência e tecnologia. Setores ligados ao ensino, à pesquisa e à extensão; Setor responsável pelos assuntos estudantis; Parcerias com órgãos públicos e entidades com fins sociais Fonte: Adaptado do Plano Nacional de Assistência Estudantil das Instituições Federais de Ensino Superior (Brasil, 2007). 4.14 POLÍTICA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL SERVIDORES CONTINUADA E DESENVOLVIMENTO 3903 3904 3905 4.14.1 Concepção de formação continuada e desenvolvimento profissional Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 108 3906 É importante assumir no campus Parauapebas uma política de formação continuada e 3907 desenvolvimento profissional dos seus servidores, de forma a garantir o contínuo crescimento 3908 profissional, acumulo de técnicas, procedimentos e conhecimento dos processos que 3909 englobam as ações educativas, administrativas, gerenciais, financeiras, pedagógicas e 3910 didáticas. 3911 É de fundamental importância que todos os servidores pertencentes ao campus 3912 Parauapebas busquem se envolver tanto nas ações e atribuições do seu cargo, como também 3913 nas ações de relevância para o bom andamento das atividades administrativas e pedagógicas 3914 no campus. A atuação do profissional da educação, tanto da parte administrativa, quanto dos 3915 professores, em especial na educação profissional, deve envolver os conhecimentos 3916 científicos e tecnológicos, quantos os que são advindos da formação humana, da experiência 3917 de vida e da experiência profissional como profissional da educação. 3918 Esses saberes e competências se refletem nas ações do fazer pedagógico e, por 3919 conseguinte, na prática educativa realizada no campus Parauapebas. A diversidade existente 3920 nas atividades formativas e as influencias advindas das inúmeras ações administrativas, de 3921 extensão, de pesquisa, inovação tecnológicas e pedagógica que ocorrem numa instituição de 3922 ensino como o campus Parauapebas, tendem a exigir um processo de atualização permanente 3923 dos profissionais, como também uma atualização social. 3924 Essas atualizações devem ser pensadas partindo da premissa de que haja uma 3925 socialização do processo de formação dos diversos setores existentes no campus, na busca por 3926 um ambiente de trabalho equilibrado, com servidores que possuem conhecimentos das suas 3927 atividades. O Campus Parauapebas está passando por ampliação do seu quadro de servidores, 3928 visto que o campus ainda está em processo de consolidação, com prazo de finalização desse 3929 processo em 2019, até esse ano, novos servidores técnicos administrativos e docentes serão 3930 incluídos no quadro de servidores, tornando se importante que ao entrar e durante todo o 3931 percurso de trabalho, tenham possibilidade de participara de capacitação tanto de forma 3932 presencial, quanto a distancia, sendo permanentemente incentivados por suas chefias 3933 imediatas e que possuam a autonomia da busca por ampliação dos conhecimentos, tanto 3934 profissionais, quanto humanos. 3935 Os marcos legais que devem nortear as concepções de formação continuada do Campus 3936 Parauapebas, tanto as voltadas para os docentes, quanto voltadas para técnico-administrativos, 3937 têm a mesma fundamentação, uma vez que a LDB (Lei 9.394/96) trata todos os envolvidos no 3938 processo educativo como profissionais da educação. De acordo com o Plano de Carreira dos Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 109 3939 Técnicos em Educação (PCCTAE), todos os servidores são conceituados como trabalhadores 3940 em educação, reafirmando a atividade fim desta Instituição (Lei 11.091/2005). 3941 Assim, é necessário buscar adesão aos programas de formação que garantam o 3942 crescimento do servidor na condição de profissional e de cidadão, não optando apenas pela 3943 formação com um caráter restrito de capacitação para aderir a um modelo de formação 3944 continuada alicerçado em uma perspectiva crítico-reflexiva. Questões como discussão sobre 3945 as demandas de formação educacional existente em nosso país; identidade e especificidade 3946 profissional; integração entre os setores da administração publica existentes nos Institutos 3947 Federais; consecução dos objetivos institucionais; ética; dentre outras devem ser consideradas. 3948 3949 3950 3951 3952 4.14.2 Princípios orientadores de formação continuada e desenvolvimento profissional 3953 Os princípios que orientarão a formação continuada e o desenvolvimento profissional 3954 deve ter a implicação destes princípios vir aliados à premente necessidade da criação de 3955 espaços e tempos que possibilitem a troca coletiva de reflexões, busca de informações e 3956 conhecimento sobre a prática pedagógica e as atividades inerentes ao setor administrativo e 3957 setor pedagógico do campus. Essas ações podem ser incentivadas a ocorrer internamente 3958 através de: reuniões pedagógicas; seminários, oficinas; pesquisas; extensão; cursos; 3959 encontros; participação em formação continuadas. 3960 A aquisição de conhecimento e troca de experiências também devem ocorrer 3961 externamente, através de participação nas ações de formação promovidas pela Reitoria do 3962 IFPA, cursos em outras instituições de formação, encontros, seminários, oficinas, congressos. 3963 Todas as ações elencadas devem se coadunar com o objetivo claro e conciso de crescimento 3964 profissional e social dos servidores. Diante disso, é possível destacar os princípios 3965 orientadores abaixo: 3966 3967 3968 3969 3970 3971 3972 3973 3974 3975 consolidação de uma identificação com o campus e suas ações através de formações; estabelecimento de um compromisso social; ambiental; político e pedagógico dos profissionais da educação; Ter uma posição de atuação como profissional embasado nos pilares dispostos no Projeto Politico Pedagógico da instituição; ter compromisso com a qualificação profissional e com a melhoria da qualidade de vida e da prática pedagógica e; comprometimento com a constante formação e atualização dos conhecimentos da sua área de atuação. 3976 Minuta do Projeto Político Pedagógico do Campus Parauapebas 2015/2016: construção da identidade de um campus para todos! 110 3977 3978 5 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO 3979 5.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO DO PPP 3980 3981 5.2 ASPECTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO PROCESSO 3982 5.3 DIRETRIZES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO 3983 3984 5.4 O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE AVALIAÇÃO 3985 3986 3987 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 3988 3989 3990 3991 3992 REFERÊNCIAS 3993 3994 3995 3996 3997 3998 3999 4000 4001 BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. 4002 4003 _________. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. 4004 4005 ________,Parecer CNE/CEB nº 17/2011 de 17 de agosto de 2001, que estabelece as diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica, 2001. 4006 4007 4008 _________.Secretaria da Educação Profissional e Tecnológica. Educação profissional e tecnológica: legislação básica. 6. ed. Brasília: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, 2005. 4009 4010 4011 ____________,Resolução CNE/CES 2/2007, de 19 de junho de 2007, que dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial, 2007. 4012 4013 _________. Ministério da Educação. Instituto Federal: concepção e diretrizes. 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