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CARTA DO COMÉRCIO Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina CARTA DO COMÉRCIO Fecomércio SC | Carta do Comércio DIRETORIA FECOMÉRCIO GESTÃO 2014/2018 Bruno Breithaupt Presidente Diretoria Executiva Marcos Arzua Célio Spagnoli Vice-presidente Conselho Fiscal - Titulares Célio Fiedler Ivo Ewald Lúcio José de Matos Atanázio dos Santos Netto Vice-presidente Financeiro e de Gestão Sergio Luiz dos Santos Vice-presidente de Habitação Orivaldo Besen Vice-presidente de Serviços Fernando Willric Vice-presidente de Turismo Sandro Moretti Vice-presidente de Varejo Amarildo José da Silva Vice-presidente de Atacado Adriano Manoel dos Santos Vice-presidente de Supermercados Romildo Letzner Vice-presidente de Comércio Farmacêutico Marcelo Faria Brognoli Vice-presidente Grande Florianópolis Fernando Willrich Vice-presidente Região Sul Roque Pelizzaro Júnior Vice-presidente Planalto Serrano Francisco Antônio Crestani Vice-presidente Região Oeste Herton Scherer Vice-presidente Região Norte e Planalto Norte Egon Ewald Vice-presidente Vale do Itajaí Representantes Conselho CNC Bruno Breithaupt Célio Spagnoli Diretoria - Suplentes Francisco Gomes de Oliveira Rogério Isnar Patrício Geraldo Censi Frederico Hardt Orival Henrique Seola Ruy Nuernberg Waldir Pedro Binotto Walter Hoeller de Souza Conselho Fiscal - Suplentes Luiz Alfredo Werka João Pedro da Silva Rosa Vanderlei Rogério de Limas Representantes Conselho CNC - Suplentes Francisco Antônio Crestani Egon Ewald Fecomércio SC | Carta do Comércio SUMÁRIO PALAVRA DO PRESIDENTE9 COMÉRCIO CATARINENSE10 ENTRAVES DO COMÉRCIO CATARINENSE18 COMÉRCIO EXTERIOR20 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA22 CAPTAÇÃO DE RECURSOS24 CONDIÇÕES DE INOVAÇÃO25 AMBIENTE ECONÔMICO27 SISTEMA LEGAL E TRIBUTÁRIO30 INFRAESTRUTURA32 PAUTAS DO COMÉRCIO CATARINENSE33 Infraestrutura33 Sistema Legal e Tributário36 Ambiente Econômico39 Inovação40 Legislação (Encargos) Trabalhistas41 Concorrência42 Comércio Exterior42 Fecomércio SC | Carta do Comércio PALAVRA DO PRESIDENTE Esta Carta do Comércio traz o resultado da pesquisa realizada com os empresários do setor terciário para identificar os principais desafios enfrentados nas diversas esferas da administração pública e que afetam a produtividade e a competitividade das empresas. Neste documento que ora apresentamos, são abordados temas como educação, inovação, infraestrutura, legislação trabalhista, ambiente econômico e captação de recursos, questões fundamentais para o pleno desenvolvimento de nossa sociedade e do incremento dos nossos negócios. E uma análise neste sentido adquire ainda maior importância neste momento em que, catarinenses e brasileiros, escolheremos os nossos representantes, no Executivo e no Legislativo, para os próximos anos. O setor terciário de Santa Catarina, que responde por 59% do PIB catarinense, é representado por mais de 370 mil empresas e responsável pela geração de mais de 1 milhão de empregos em nosso Estado. Esses números dão conta da dimensão de nossa responsabilidade e confirmam a importância econômica do setor que representamos. Em nossas reuniões regionais de VicePresidência, Conselho e de Diretoria, nos encontros promovidos por nossas Câmaras Empresariais, o debate acerca da situação econômica e das dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo está permanentemente em pauta. Por isso, esse diagnóstico se fez necessário para, justamente, identificarmos onde se localizam os gargalos que afetam o comércio de Santa Catarina, fazendo um levantamento detalhado sobre 45 itens que influenciam na nossa atividade econômica. Esta Carta do Comércio reforça o compromisso do setor e de nossa entidade para com Santa Catarina. A missão e os propósitos da Fecomércio SC estão firmemente calcados na crença de um associativismo moderno, participativo e responsável. O nosso objetivo, como entidade representativa do sindicalismo patronal, é colaborar para construir a sustentabilidade e a longevidade das empresas catarinenses e proporcionar um ambiente propício de crescimento, agindo de forma participativa e decisiva junto a todos os órgãos da administração pública. Em síntese, é isso que significa este documento. Bruno Breithaupt Presidente da Fecomércio SC 9 Fecomércio SC | Carta do Comércio COMÉRCIO CATARINENSE Santa Catarina é a sexta economia entre os estados brasileiros. Tem um PIB de R$ 169,05 bilhões (2011), valor que corresponde a 4,1% de tudo o que é produzido no país. Sua renda per capita é de R$ 26.760,00 o que a coloca na quinta posição no ranking nacional. No Brasil, este valor é inferior, de R$ 21.535,00 o que significa dizer que, no Estado, o avanço econômico é maior que no país, uma vez que se consegue produzir mais, com menos pessoas. Isso, essencialmente, se reflete numa maior qualidade de vida e num maior acesso a bens de consumo por parte da população. Para que se garanta esse acesso e se aumente o bem-estar da população, bem como a força da economia catarinense, é fundamental ter um setor comercial fortalecido e estimulado, pois é ele que, em última instância, garantirá às famílias os bens de consumo necessários à vida. Nesse sentido, para observar a robustez do comércio de bens e serviços de Santa Catarina, é interessante desagregar os dados do PIB por setor. Ao fazê-lo, percebe-se que o setor de comércio e serviços aumentou sua participação no PIB estadual. Passou de 57%, em 2007, para 59%, em 2011. A indústria, em 2011, participava com 35% do PIB e a agropecuária com 6%. Participação de Cada Setor no PIB de Santa Catarina - 2007 Participação de Cada Setor no PIB de Santa Catarina - 2011 66%% 77%% 6% 336% 6% 7% 557% 7% Agropecuária Indústria Comércio e serviços 5% 335% 5% 9% 559% 9% Agropecuária Indústria Comércio e serviços Fonte: IBGE, Contas Regionais, 2007, 2011 Porém, para que se melhor visualize a importância do setor terciário em Santa Catarina, também é interesse observar a tabela abaixo. Nela consta que o Estado catarinense contribui com 5% do valor adicionado bruto do comércio no Brasil. Isso corresponde à sexta colocação entre os estados brasileiros, atrás de gigantes como São Paulo e Minas Gerais, mas à frente de outros como Bahia, que têm mais que o dobro da população catarinense. 10 Fecomércio SC | Carta do Comércio Estado Participação estadual no valor adicionado bruto a preços básicos no comércio brasileiro (%) São Paulo 32,0% Rio de Janeiro 8,6% Minas Gerais 8,6% Paraná 7,4% Rio Grande do Sul 6,5% Santa Catarina 5,0% Bahia 4,5% Fonte: IBGE, Contas Regionais 2011 Esses dados evidenciam a força do setor de comércio e serviços catarinense, que é responsável por 71,1% de toda a arrecadação do ICMS atual e emprega 61,34% da força de trabalho do Estado. Em 2013, 1.356.271 trabalhadores, de um universo de 2.210.927 (desses, 53,5% trabalham com carteira assinada, o segundo maior percentual do país), tinham vínculos ativos com empresas do comércio ou serviços. Desse modo, o setor funciona como um grande empregador e é um pilar vital para a manutenção dos mais baixos níveis de desemprego entre as unidades federativas. Fator que ganha ainda mais importância quando se nota que a população economicamente ativa do Estado, isto é, a população que está no mercado de trabalho, empregada ou que busca emprego, chega a 63% do total. Percentual ligeiramente maior que no resto do país, onde esse número é de 60%. Santa Catarina é o estado com a distribuição de renda menos desigual da federação. Seu índice de Gini, valor que varia entre 0 e 1(quanto mais próximo de 0, maior a igualdade), é de 0,436. Isso contribui para que o Estado tenha o mais baixo nível de extrema pobreza (ou seja, indivíduos que ganham até R$ 70 por mês) no país, com apenas 1,7% da população. O índice de desenvolvimento humano catarinense é de 0,774, o terceiro maior do país, atrás somente do Distrito Federal e de São Paulo. Esse índice varia de 0 a 1, e quanto mais próximo a 1 maior o bem-estar da população. O valor de Santa Catarina é considerado alto. Na lista das 100 cidades com maior IDH do país, Santa Catarina contribui com 23 municípios, só atrás do estado de São Paulo. Além disso, Florianópolis é o terceiro município com maior IDH do Brasil e o primeiro entre as capitais. Em Santa Catarina, os percentuais de escolaridade são maiores que os do resto do Brasil. Ao longo da década passada, houve aumento das faixas com maiores anos de estudo e queda das faixas com menores anos de escolaridade, a qual foi maior que no âmbito nacional. Aqui, o percentual da população que estudou entre 11 e 14 anos subiu de 14,7% para 23,9%, entre 2001 e 2010, um aumento de 9,1 pontos percentuais (p.p.). Mais de 15 anos, subiu 4,4 p.p. Nos níveis menores, de 4 a 7 anos, caiu 11,1 p.p., passando de 22,7% para 11,6%. Aí reside a maior diferença na variação entre Santa Catarina e o resto do Brasil. 11 Fecomércio SC | Carta do Comércio Anos de Escolaridade (%) 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Sem instrução e menos de 1 ano BR SC 6,7 2,3 6,3 2,6 6,0 2,7 6,0 2,2 5,7 1,9 5,2 2,0 5,0 2,3 5,1 2,8 4,6 2,4 5,4 3,1 1 a 3 anos BR 8,2 7,9 7,3 7,2 7,1 6,6 6,3 5,6 5,5 4,1 4 a 7 anos SC 6,7 7,0 6,2 6,0 5,4 5,3 5,0 4,1 4,1 2,3 BR 10,2 10,3 10,7 10,9 10,9 10,9 11,1 11,1 10,7 10,7 SC 22,7 21,9 19,5 20,5 19,0 18,3 18,0 15,1 15,1 11,6 8 a 10 anos 11 a 14 anos BR 10,2 10,3 10,7 10,9 10,9 10,9 11,1 11,1 10,7 10,7 BR 13,2 14,4 15,4 16,2 17,3 18,1 18,7 19,6 20,4 21,0 SC 13,2 14,4 14,9 15,0 14,1 14,6 13,8 13,6 13,6 13,0 SC 14,7 14,7 16,8 17,4 20,0 19,8 20,2 21,1 23,5 23,9 15 anos ou mais BR SC 4,0 4,0 4,2 4,5 4,4 5,1 4,5 5,2 4,7 5,7 5,1 6,2 5,4 7,2 5,8 8,3 6,3 8,1 6,7 8,5 Fonte: IBGE Apesar de esses dados serem favoráveis quando comparados com os do resto do país, Santa Catarina ainda sofre com um déficit de mão de obra qualificada, o que prejudica ganhos de produtividade e investimentos em inovação. No que diz respeito à remuneração média do trabalho, Santa Catarina apresenta dados gerais absolutos inferiores à média nacional, segundo dados do CAGED, mas a diferença diminuiu entre 2006 a 2013. Enquanto que, nesse período, a remuneração média real subiu 31% no Brasil, em Santa Catarina ela subiu 43,3%, ou seja, um salto de 12,3 pontos percentuais. No setor de comércio e serviços, essa diferença é ainda maior, a ponto de, em 2009, o salário médio catarinense ultrapassar o salário médio brasileiro nesse setor. Em Santa Catarina, houve crescimento real de 44,7%.No Brasil, cresceu 28%. Remuneração Média (R$) 1200 1100 1000 900 800 700 600 500 2006 2007 Santa Catarina Geral Fonte: CAGED/MTE 12 2008 2009 Brasil Geral 2010 2011 Santa Catarina Comércio 2012 2013 Brasil Comércio Fecomércio SC | Carta do Comércio Esses crescimentos reais da renda, juntamente com um maior acesso ao crédito e estabilização da inflação, garantiram a expansão do volume de vendas, principalmente ao longo da década passada. Isso pode ser mais bem visualizado nos gráficos abaixo, segundos os quais, nas mesorregiões catarinenses, o percentual de domicílios com bens duráveis, como televisão, geladeira e máquina de lavar roupa, aumentou de 2000 para 2010. Hoje, praticamente todos os domicílios catarinenses têm bens duráveis essenciais para vida moderna, como é o caso da geladeira, o que impõe novos desafios para o comércio catarinense. Se antes a intenção maior era democratizar o consumo e consolidar um forte mercado interno, agora o desafio é diferenciar as vendas e buscar inovar. Também abaixo é possível visualizar a participação do setor terciário no valor adicionado bruto nos principais municípios das mesorregiões catarinenses. Reforça-se, assim, a importância do comércio e serviços para a economia catarinense. Todos os municípios, com exceção de Otacílio Costa, na Serra Catarinense, apresentam um percentual pelo menos maior que 40%, e a mesorregião da Grande Florianópolis é onde o setor terciário tem maior importância. Presença de bens duráveis nos domícilios por mesorregião Participação de cada setor na economia Norte Catarinense 62,5% 60,0% 50,1% 49,1% 36,0% 40,0% 23,1% 20,0% Automóvel para uso particular Motocicleta para uso particular Microcomputador - com internet Microcomputador Telefone fixo Telefone celular Geladeira Máquina de lavar roupa Televisão Rádio 0,0% 53,87 45,93 43,14 44,37 54,03 56,88 59,46 48,59 56,29 53,17 30,79 28,95 39,69 51,03 15,18 14,17 São Francisco do Sul 72,3% Setor Terciário Rio do Sul 80,0% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Canoinhas 85,3% Mafra 96,1% Setor Secundário São Bento do Sul 95,2% Jaraguá do Sul 100,0% 86,9% Setor Primário 2000 Joinville 2010 Fonte: IBGE, Censo 2010 13 Fecomércio SC | Carta do Comércio Oeste Catarinense 2010 100,0% 91,8% 94,8% 2000 96,9% 80,6% 80,0% 63,2% 53,4% 60,0% 38,9% 41,7% 30,6% 25,4% 40,0% 20,0% 44,3 62,75 47,54 34,86 2,39 8,16 58,28 52,54 59,3 59,24 62,54 32,84 40,56 34,32 36,02 32,78 8,88 6,9 6,38 4,74 4,57 Automóvel para uso particular Motocicleta para uso particular Microcomputador - com internet Microcomputador Telefone fixo Telefone celular Geladeira Máquina de lavar roupa Televisão Rádio 0,0% 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Serra Catarinense 2010 100,0% 88,7% 93,8% 2000 90 94,8% 82,7% 70 61,1% 56,1% 20,0% 60 Automóvel para uso particular Motocicleta para uso particular Microcomputador - com internet Microcomputador Telefone fixo Telefone celular Geladeira Máquina de lavar roupa Televisão 24,5 30 20 Rádio 65,01 40 0,0% 14 59,54 51,37 63,2 50 34,5%35,5% 25,8% 14,8% 40,0% 34,04 80 80,0% 60,0% 100 38,46 10 0 2 22,91 12,08 24,13 51,55 12,44 24,36 14,42 2010 40,0% Automóvel para uso particular 70 60,0% 61,6% 47,9% 31,4% 20 20,0% 10 0 0,0% 36,74 33,05 0,49 1,42 5,89 5,21 8,63 Laguna 74,9% Içara 88,4% Araranguá 97,6% Tubarão 2.000 Criciúma Automóvel para uso particular 36,2% Motocicleta para uso particular 2.010 Motocicleta para uso particular 97,0% Microcomputador - com internet Microcomputador 39,6% Microcomputador - com internet 49,0% Microcomputador 60,0% Telefone fixo Telefone celular 40,0% Telefone fixo 96,0% Geladeira 86,2% Telefone celular 80,0% Máquina de lavar roupa 95,9% Geladeira 85,0% Televisão 80,0% Máquina de lavar roupa 100,0% Televisão Rádio 100,0% Rádio Fecomércio SC | Carta do Comércio Sul Catarinense 100 90 80 62,77 60 65,54 30 57,93 36,18 49,8 71,82 50 40 44,99 19,55 Vale do Itajaí 86,9% 2000 79,5% 65,4% 52,3% 39,9% 28,9% 20,0% 0,0% 15 Fecomércio SC | Carta do Comércio Grande Florianópolis 2010 100,0% 97,1% 96,3% 84,0% 2000 89,2% 83,5% 80,0% 56,9% 60,0% 63,3% 61,7% 52,3% 40,0% 22,1% 20,0% 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 49,56 86,38 78,25 71,88 74,33 48,1 13,36 0,26 21,56 0,19 26,43 23,12 1,69 2,55 2,34 Automóvel para uso particular Motocicleta para uso particular Microcomputador - com internet Microcomputador Telefone fixo Telefone celular Geladeira Máquina de lavar roupa Televisão Rádio 0,0% Fonte: IBGE, Censo 2010 De 2012 para cá, se observa que os volumes de venda vêm crescendo menos que no período anterior. Isso se deve, justamente, pela reversão das benesses do ciclo anterior. Agora, a renda não cresce tanto como antes, o acesso ao crédito se restringiu, o endividamento aumentou e a confiança dos empresários e consumidores está em queda. No Estado de Santa Catarina, em agosto de 2012, a variação acumulada no volume de vendas passou a ser menor que a variação no Brasil, como se observa no gráfico abaixo. Essa oscilação, isto é, a alternância de posição no volume de vendas entre Santa Catarina e Brasil, já é histórica e ocorre de tempos em tempos. O que se observa, entretanto, é que Santa Catarina, em momentos de cenário favorável, consegue atingir picos no volume de vendas maiores que no resto do país. É o que aconteceu em junho de 2012, o último período favorável, quando Santa Catarina registrou um pico máximo de 8,8% no acumulado de 12 meses, enquanto que o Brasil teve seu máximo, atingido em novembro do mesmo ano, de 8,6%. No passado, essas diferenças já foram maiores, como, por exemplo, em novembro de 2004, quando o ponto máximo atingido por Santa Catarina foi 12,4% e, no país, foi de 9,2%, um mês depois. 16 Fecomércio SC | Carta do Comércio Variação Acumulada no Volume de Vendas (%) 10 Brasil Santa Catarina 8 6 4,8 4 3,3 2 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 dez/13 nov/13 out/13 set/13 ago/13 jul/13 jun/13 mai/13 abr/13 mar/13 fev/13 jan/13 dez/12 nov/12 out/12 set/12 ago/12 jul/12 0 Fonte: PMC/IBGE Assim, num cenário favorável Santa Catarina atinge seu volume máximo de vendas antes e de maneira mais elevada que no resto do país. Isso se deve porque a distribuição da renda, nos momentos de expansão, se dá de maneira mais igualitária, fazendo com que aqui mais pessoas tenham acesso aos bens de consumo, o que faz com que o pico no volume seja atingido antes. E também porque aqui o volume de renda criada é mais elevado que no resto do país, o que permite atingir picos mais altos. Desse modo, as quedas do volume de vendas no comércio catarinense, em períodos de reversão do ciclo, começam antes que no resto do país, visto que aqui a elevação da renda e o acesso aos bens de consumo, que traz consigo um endividamento maior, vêm antes. Aí a razão da alternância no volume de vendas entre o Brasil e Santa Catarina. Em certa medida, o Estado é capaz de prever períodos de baixo crescimento no âmbito nacional. Prolongar e ampliar os períodos de expansão, bem como amenizar os efeitos desse período de queda nos índices de volume de vendas, e também de receita, é possível. Mas, para tanto, é preciso forte empenho por parte dos governos, a fim de garantir um ambiente favorável ao setor. Por isso a Fecomércio SC realizou esta pesquisa. Ela busca identificar as principais demandas empresariais no que concerne à estabilidade de seus negócios, bem como propor soluções para eliminar estes entraves e alavancar um dos setores mais importantes da economia catarinense. 17 Fecomércio SC | Carta do Comércio ENTRAVES DO COMÉRCIO CATARINENSE Para sabermos onde se localizam os principais focos de descontentamento dos empresários do comércio de Santa Catarina, a Fecomércio realizou uma pesquisa que levantou a avaliação dos empresários do comércio sobre 45 itens que influenciam em sua atividade econômica. Foi adotado na pesquisa o procedimento de amostragem não probabilística, do tipo amostra intencional, onde questionários foram encaminhados a todos os presidentes de sindicatos da base de representação da Fecomércio SC, presidentes das Câmaras setoriais e vice-presidentes da Federação. A este grupo, também foi solicitada a indicação de empresários para a aplicação da pesquisa. O questionário foi aplicado entre os dias 18 e 29 de agosto do corrente ano. Todos estes macrotemas têm relação direta com a competitividade das empresas de Santa Catarina, sendo que quanto mais próximo a 10, mais o tema se apresenta como obstáculo para um melhor desempenho do comércio. O gráfico abaixo demonstra esta questão, organizando os itens em ordem decrescente, dos mais problemáticos para os menos: Índice de Entraves do Comércio - 7,649 Infraestrutura 8,428 Sistema legal e tributário 8,231 Ambiente econômico 8,185 Condições de inovação Captação de recursos Legislação trabalhista 7,863 7,434 7,221 Concorrência 6,951 Comércio exterior 6,908 Fonte: Núcleo de Pesquisas/Fecomércio É possível notar que todos os macrotemas foram avaliados como obstáculo para o melhor desempenho do comércio, já que nenhum deles ficou abaixo de 5. Na média, os empresários do setor atribuíram um índice geral de 7,649 pontos, considerado nocivo para um bom ambiente de negócios. Entre os obstáculos, destaque para os mais mal avaliados: infraestrutura, sistema legal e tributário e ambiente econômico. Todos estes três com pontuação acima de 8, colocando-se como fortes obstáculos para um maior desenvolvimento do setor. Ao lado, para melhor visualização, é possível ver a escala de todos os 45 itens levantados, também por ordem decrescente: 18 Fecomércio SC | Carta do Comércio Síntese dos Resultados Panorama logístico / custo transporte Taxas de juros Carga tributária Segurança pública Qualificação MO Custo da energia Complexidade tributária Estrutura interna profissionais Pirataria Obrigações acessórias Custos funcionários Investimentos estatais Morosidade judiciária Incentivos públicos Dificuldade profissionais terceirizados Mobilidade urbana Recursos terceirização atendimento legal Apoio governamental Inflação Burocracia inovação Tempo portos e aeroportos Junta Comercial Negociação sindicatos Substituição tributária Financiamento desenvolvimento Distância universidade/empresa Garantias e exigências das IF Cadeia fornecimento Valor dos salários Complexidade da captação Instabilidade cambial Processos aduaneiros Legislação e-commerce Acesso mercado de capitais Registro produtos importação SPED folha pagamentos Contratação temporários Barreiras não tarifárias Tempo processo contratação/demissão Financiamento capital de giro Complexidade contratação Impacto dos processos legais Contratação de câmbio E-commerce Free shop 9,082 9,048 9,034 9,000 8,806 8,738 8,629 8,597 8,508 8,484 8,435 8,414 8,403 8,387 8,387 8,383 8,258 8,203 8,148 8,033 7,789 7,774 7,726 7,639 7,617 7,597 7,581 7,576 7,426 7,311 7,267 7,182 7,100 7,098 7,073 7,066 7,000 6,982 6,839 6,790 6,787 6,694 6,396 6,345 6,000 Fonte: Núcleo de Pesquisas/Fecomércio 19 Fecomércio SC | Carta do Comércio COMÉRCIO EXTERIOR Comércio exterior - 6,908 Processos aduaneiros 7,182 Registro produtos importação 7,073 Barreiras não tarifárias Contratação de câmbio 6,982 6,396 Processos aduaneiros Complexidade dos processos aduaneiros Complexidade nos procedimentos para o registro de novos produtos para Registro produtos importação importação e exportação Barreiras não tarifárias Impacto das barreiras não tarifárias sobre a circulação de mercadorias Contratação de câmbio Complexidade dos procedimentos para a contratação de câmbio Fonte: Núcleo de Pesquisas/Fecomércio O comércio exterior, mesmo ficando como o menor obstáculo para o comércio catarinense, apresentou um índice médio de 6,908 pontos, acima do limite de 5 pontos. Dentre os itens, destaque para o mais mal avaliado, a complexidade dos processos aduaneiros, e, para o melhor avaliado, a complexidade dos procedimentos para a contratação de câmbio. Tendo em vista o forte crescimento do saldo nas importações dos últimos anos, onde as empresas do atacado e do varejo catarinense passaram a internacionalizar cada vez mais suas atividades, aliado a uma política de atração de trade companies, com forte incentivo à importação via portos catarinenses, o Estado virou uma importante porta de entrada de produtos de outros países. Entretanto, a adoção de uma política mais protecionista, nos anos mais recentes, e a elevação da burocracia para quem trabalha com o comércio exterior fizeram com que o índice ficasse mal avaliado pelo empresário do comércio catarinense. 20 Fecomércio SC | Carta do Comércio Concorrência - 6,951 Pirataria 8,508 E-commerce 6,345 Free shop Pirataria E-commerce Free shop 6,000 Pirataria e mercado informal E-commerce Zona franca modelo free shop Fonte: Núcleo de Pesquisas/Fecomércio Em relação aos temas associados à concorrência do comércio, o índice ficou no patamar de 6,951, também considerado elevado. O principal responsável por esta má avaliação foi “pirataria e mercado informal”, que hoje é o maior concorrente das empresas que trabalham dentro da legalidade. O comércio informal é um grande problema hoje no Estado. Além de ter uma série de crimes associados à conduta, como a sonegação de impostos, a pirataria, o uso inadequado do espaço público e a recepção de carga roubada, traz sérios prejuízos. Ele reduz a arrecadação do governo, concorre de maneira desleal com quem anda na legalidade e eleva os impostos do setor formal da economia. Como o problema da informalidade é, também, fruto da carga tributária elevada e do alto custo trabalhista, o que será visto mais à frente, além do efetivo combate ao comércio informal por parte dos governos municipais, estaduais e federal, coibindo esta prática criminosa, são necessárias, também, mudanças estruturais, tributárias e trabalhistas que incentivem a formalização das atividades econômicas. Isso tendo em vista que a mera repressão, no longo prazo, nunca se mostrou uma forma realmente efetiva de atacar um problema que é estrutural. 21 Fecomércio SC | Carta do Comércio LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Legislação Trabalhista -7,221 Custos funcionários 8,435 Negociação sindicatos 7,726 SPED folha pagamentos 7,066 Contratação temporários 7,000 Tempo processo contratação/demissão 6,839 Complexidade contratação 6,787 Impacto dos processos legais 6,694 Custos funcionários Custos por funcionários, estabelecidos pela legislação trabalhista (FGTS, férias, vale-transporte, 13º salário, horas extras, etc.) Negociação sindicatos Dificuldade na negociação com sindicatos laborais SPED folha pagamentos Complexidade do SPED folha de pagamentos Contratação temporários Complexidade na contratação de temporários Tempo processo contratação/ Tempo requerido pela legislação e por práticas trabalhistas demissão para processos de contratação ou demissão Complexidade contratação Complexidade dos procedimentos para a contratação de profissionais Impacto dos processos legais Impacto dos processos legais que envolvem ex-funcionários, terceirizados, etc. Fonte: Núcleo de Pesquisas/Fecomércio Quando chegamos à legislação trabalhista, o índice geral ficou em 7,221, sendo os mais mal avaliados os custos por funcionários e a dificuldade de negociação com os sindicatos 22 Fecomércio SC | Carta do Comércio laborais. É importante ressaltar que temos uma legislação trabalhista fruto ainda da CLT, surgida nos anos 1940, e condizente com uma realidade econômica extremamente diferente da atual. Questões como a terceirização, por exemplo, já ocorrem em larga escala em toda a economia moderna, fundada em uma relação horizontal entre as empresas, e não mais em uma relação vertical como no século 20. Entretanto, o Brasil carece de leis que tratem da terceirização, pois a falta de uma regulamentação traz insegurança jurídica e perda de produtividade. As questões demonstram como o custo do trabalho no Brasil e em Santa Catarina é encarecido pela legislação trabalhista. Quando comparado com outros países concorrentes, a questão fica ainda mais problemática, já que o Brasil, dentro dos BRICS, é o país com o maior peso de salários + benefícios trabalhistas, afetando diretamente a produtividade e competitividade das empresas. Salário + Benefícios Trabalhistas - Milhares de Dólares por Ano Preços de hoje Índia Preços de 2012 China México Rússia Brasil 0 10 20 30 40 50 60 Fonte: Itaú Unibanco, KPMG, FMI, Penn World Table Com isso, além dos problemas evidentes na competitividade, a questão da legislação trabalhista acarreta no aumento da informalidade da economia, já que o elevado custo de manter o trabalhador na formalidade, impulsiona práticas ilegais que visam reduzir este custo. Desta maneira, atacar os custos trabalhistas não é apenas uma maneira de melhorar a competitividade do comércio, mas também uma política de incentivo à formalização e ao aumento da arrecadação estatal. 23 Fecomércio SC | Carta do Comércio CAPTAÇÃO DE RECURSOS Captação de Recursos - 7,624 Incentivos públicos 8,387 Garantias e exigências das IF 7,581 Complexidade da captação Acesso mercado de capitais Financiamento capital de giro Incentivos públicos Garantias e exigências das IFs Complexidade da captação 7,311 7,098 6,790 Ausência de incentivos públicos ao financiamento do capital de giro Garantias e exigências atualmente requeridas pelas instituições financeiras para a concessão de crédito Complexidade dos procedimentos para a captação de crédito em bancos de fomento Acesso mercado de capitais Dificuldade de acessar o mercado de capitais para Financiamento capital de giro Morosidade judiciária e demora na solução de conflitos administrativos e judiciais Fonte: Núcleo de Pesquisas/Fecomércio O indicador de captação de recursos apresentou 7,624 pontos, sendo que a ausência de incentivos públicos para o setor foi a mais mal avaliada, algo natural, uma vez que, realmente, o setor comercial não recebe incentivos para a sua atividade. Desde que passou a vigorar o regime de substituição tributária em Santa Catarina, o setor comercial foi atingido em cheio pelos diversos protocolos adotados a partir de 2010. Como o comércio sofre a retenção antecipada do ICMS na condição de substituído tributário, diminuise sobremaneira o ICMS próprio das vendas, o que, consequentemente, reduz o incremento do imposto líquido, que é a base para o incentivo concedido no Prodec. Desta maneira, um setor empresarial responsável por mais de 370 mil empresas 24 Fecomércio SC | Carta do Comércio em todo o Estado, pela geração de mais de 1 milhão de empregos (50% do total), compondo em praticamente 60% o PIB estadual e 72% da arrecadação do ICMS em Santa Catarina, está completamente alijado de qualquer benefício tributário que impulsione o desenvolvimento da sua atividade econômica. Se, desde 2010, a situação já era complicada, a conjuntura favorável ao setor mantinha o desempenho do comércio em alta. O comércio do Estado crescia em torno de 8% ao ano, o que garantia que a inexistência de um programa de incentivo não se manifestasse em queda nos investimentos e na expansão das empresas. Entretanto, 2013 foi um ano de virada. O comércio cresceu apenas 2,6% no ano, com perspectiva de manutenção deste baixo ritmo. CONDIÇÕES DE INOVAÇÃO Condições de Inovação - 7,863 Apoio governamental 8,203 Burocracia inovação Financiamento desenvolvimento Distância universidade/empresa 8,033 7,617 7,597 Apoio governamental Nível de apoio governamental para desenvolver novos produtos e serviços Burocracia inovação Burocracia excessiva para o registro da inovação Financiamento desenvolvimento Distância universidade/ empresa Complexidade em obter financiamento para desenvolver novos produtos e serviços para ampliação do negócio Distanciamento entre as Universidades e as empresas Fonte: Núcleo de Pesquisas/Fecomércio 25 Fecomércio SC | Carta do Comércio Nas condições de inovação, o índice geral ficou em 7,863, um nível alto e problemático no atual panorama econômico, fortemente voltado para a inovação tecnológica. Dentro do tema, os itens mais mal avaliados foram a falta de apoio governamental à inovação e a elevada burocracia no registro das inovações. O fato ganha mais relevo se notarmos que um dos principais problemas da atual deterioração da economia é, justamente, a falta de investimento, principalmente em inovação. A estagnação da taxa de investimento, que permaneceu na casa dos 18% do PIB desde 1995, é um fator que explica com precisão o porquê desta situação. Estima-se que seria necessário, para o país crescer de maneira sustentável, uma taxa acima dos 22% do PIB. Nesse paradigma, dois são os principais desafios da economia: melhorias na educação e investimento em inovação. A inovação tem relação direta com qualificação e com investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Entretanto, o investimento em P&D é de apenas 1,2% do nosso PIB. Assim, o país, mesmo que à frente dos pares latino-americanos, ainda está distante dos países da OCDE, que investem 2,4% do PIB em média em inovação. Só Japão e a Coreia do Sul investem três vezes mais, 3,36% e 3,74% do PIB, respectivamente, e os Estados Unidos, 2,9%. Neste cenário, as vendas não ficam de fora. A ascensão social e a formação de uma forte sociedade de consumo no Brasil, ocorrida nos últimos anos, fez com que novos desafios surgissem para os empresários. Fortes mudanças ocorreram com o consumidor que, com a popularização da internet, passou a ser cada vez mais informado sobre os produtos, mais exigente, ter menos tempo para a compra e seguir com muito mais velocidade as mudanças na moda. 26 Fecomércio SC | Carta do Comércio AMBIENTE ECONÔMICO Ambiente Econômico -8,185 Taxas de juros 9,048 Qualificacao MO 8,806 Investimentos estatais 8,414 Inflação 8,148 Valor dos salários 7,426 Instabilidade cambial Taxas de juros Qualificação MO Investimentos estatais Inflação Valor dos salários Instabilidade cambial 7,267 Altas taxas de juros Baixa qualificação da mão de obra Volume de investimentos estatais Inflação Valor dos salários Instabilidade cambial Fonte: Núcleo de Pesquisas/Fecomércio No ambiente econômico, a dificuldade dos empresários do comércio atingiu o patamar de 8,185 pontos, explicitando a deterioração do cenário econômico, sentido com força nos últimos anos. Destaque para as altas taxas de juros, a baixa qualificação da mão de obra, a ausência de investimentos estatais e a inflação. 27 Fecomércio SC | Carta do Comércio Taxa de Juros - Selic (% a.a.) 12 11 10 9 8 7 6 ago/14 jul/14 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 dez/13 nov/13 out/13 set/13 ago/13 jul/13 jun/13 mai/13 abr/13 mar/13 fev/13 jan/13 dez/12 nov/12 out/12 set/12 ago/12 5 Fonte: COPOM/BCB O cenário realmente preocupa, com o crescimento das taxas de juros ocupando papel de destaque para o empresário do comércio estadual. Por um lado, o aumento dos juros impacta no peso dos empréstimos, sejam eles para financiamento do capital de giro ou para investimento em ampliação das atividades. Por outro lado, os juros altos dificultam a oferta e a demanda de crédito por parte dos consumidores, desacelerando as vendas do setor. Volume de vendas - Crescimento Acumulado dos Últimos 12 Meses (%) Brasil Santa Catarina jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 dez/13 nov/13 out/13 set/13 ago/13 jul/13 jun/13 mai/13 abr/13 mar/13 fev/13 jan/13 dez/12 nov/12 out/12 set/12 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Fonte: PMC/IBGE Além disso, a falta de investimentos estatais que impacta na infraestrutura ineficiente (o que será abordado com mais detalhes a seguir), juntamente com os diversos custos de produção no 28 Fecomércio SC | Carta do Comércio Brasil e em Santa Catarina, o chamado “Custo Brasil”, fazem com que a oferta brasileira de produtos não tenha crescido na mesma velocidade que a demanda, provocando uma persistente inflação, principalmente no setor de alimentação e serviços. Como não poderia deixar de ser, pelo fato destes dois itens serem de forte impacto no orçamento familiar, a inflação auxilia no cenário de desaceleração das vendas, dificultando a situação do comércio catarinense. Índice de Preços ao Consumidor Amplo (%) IPCA Alimentação e bebida Serviços 16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 0,00 Fonte: IBGE 29 Fecomércio SC | Carta do Comércio SISTEMA LEGAL E TRIBUTÁRIO Sistema Legal e Tributário - 8,231 Carga tributária 9,034 Complexidade tributária 8,629 Estrutura interna profissionais 8,597 Obrigações acessórias 8,484 Morosidade judiciária 8,403 Dificuldade profissionais terceirizados 8,387 8,258 Recursos terceirização atendimento legal Junta Comercial Substituição tributária Legislação e-commerce Carga tributária Complexidade tributária Estrutura interna profissionais Obrigações acessórias Morosidade judiciária Dificuldade profissionais terceirizados Recursos terceirizados atendimento legal Junta Comercial Substituição tributária Legislação e-commerce Fonte: Núcleo de Pesquisas/Fecomércio 30 7,774 7,639 7,100 Carga tributária incidente nas atividades econômicas do terceiro setor Dificuldade de conhecer todas as normas legais e tributárias que afetam o negócio (dificuldade de estabelecer o planejamento tributário) Dispêndio de recursos necessários para manter a estrutura interna de profissionais para atender as obrigações legais e tributárias Quantidade e complexidade de documentos e procedimentos envolvidos no atendimento das obrigações acessórias (declarações fiscais, SPED fiscal e contábil, dentre outros) Morosidade judiciária e demora na solução de conflitos administrativos e judiciais Dificuldade de contratar profissionais qualificados para ajudar a empresa a atender às obrigações legais Dispêndio de recursos necessários para terceirizar o atendimento às obrigações legais e tributárias Morosidade nos processos na Junta Comercial do Estado Impacto negativo da substituição tributária nas atividades operacionais das empresas e nos custos Falta de legislação específica para o e-commerce Fecomércio SC | Carta do Comércio Em relação ao sistema legal e tributário onde estão inseridos os negócios, o índice levantado foi de 8,231, bastante próximo ao limite máximo de má avaliação. Os piores avaliados foram a carga tributária em si, a complexidade de operação dos tributos e o custo para manter uma estrutura interna voltada para isso. A questão deixa claro que, além da elevada carga tributária, o custo de operação da mesma eleva sobremaneira o Custo Brasil. Enquanto que outros países gastam contratando engenheiros, desenvolvedores de softwares, designers e inúmeros outros profissionais envolvidos diretamente no processo produtivo, no Brasil se contratam advogados e contadores, com o objetivo de apenas manter o negócio em funcionamento sem riscos de fiscalizações punitivas. Os dados da evolução da carga tributária já apontam para este grave problema, demonstrando como o mesmo deve ser uma prioridade na elaboração de uma política de governo. No âmbito estadual, questões como a Substituição Tributária e a morosidade nos processos na Junta Comercial têm um índice de má avaliação elevado, o que os coloca como prioritários para uma nova gestão. Carga Tributária (% do PIB) 37 36,42 35,85 36 35,13 35 34,52 34,69 35,3 34,85 34,41 34,14 34 33,49 33 32,53 32 31 30 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: IBET 31 Fecomércio SC | Carta do Comércio INFRAESTRUTURA Infraestrutura - 8,428 Panorama logístico / custo transporte 9,082 Segurança pública 9,000 Custo da energia 8,738 Mobilidade urbana Tempo portos e aeroportos Cadeia fornecimento 8,383 7,789 7,576 Panorama logístico brasileiro (condições das estradas, diversificação Panorama logístico / custo do dos meios de transporte, soluções nas grandes cidades) e custos com transporte armazenagem e/ou transporte de mercadorias Segurança pública Problemas decorrentes da falta de segurança pública Custo da energia Elevado custo da energia e falta de investimentos (eficiência energética) Mobilidade urbana Problemas decorrentes da baixa mobilidade urbana Tempo portos e aeroportos Tempo dispendido no escoamento de mercadorias em portos e aeroportos Cadeia fornecimento Concentração geográfica de fornecimento do setor Fonte: Núcleo de Pesquisas/Fecomércio A infraestrutura foi avaliada como o principal gargalo da economia catarinense. Itens como panorama logístico / custo do transporte, segurança pública, custo da energia e mobilidade urbana estão entre os mais problemáticos de toda a pesquisa. O aumento de custos dentro do Estado é evidente, tendo em vista a ausência de transporte multimodal. No Brasil, e sobremaneira em Santa Catarina, as rodovias têm papel de destaque no transporte de mercadorias, apesar da enorme costa e dos rios navegáveis. Este privilégio do modal rodoviário em detrimento dos outros modais data do início da República brasileira. Estudos colocam aproximadamente 60% das cargas nacionais sendo transportadas pelas rodovias. Outro fato é que, para percursos longos (acima de uns 150 km), as rodovias não são o meio de transporte mais adequado, perdendo em competitividade e custos para as ferrovias. A malha ferroviária brasileira, 32 Fecomércio SC | Carta do Comércio além de sucateada e pequena, é diferente de uma região para outra. Isto significa que um trem não consegue ir de uma região à outra, pois os trilhos são incompatíveis. Se isso não bastasse, o país tem apenas algo em torno de 30 mil km de ferrovias. Comparando com alguns dos BRICS, a Índia conta com 63 mil km de ferrovias, a China com 77 mil e a Rússia com 87 mil km. Já os EUA, modelo bemsucedido de transporte ferroviário, conta com 220 mil km de ferrovias, totalmente integradas. Também a mobilidade urbana expressa um grande desafio infraestrutural de nosso Estado, que impacta diretamente na atividade econômica dos nossos municípios. Dentro do transporte modal, o potencial turístico e a competitividade dos produtos e serviços no município são afetados pela baixa mobilidade. A atividade produtiva (comércio, serviços, indústria, etc.) sente diretamente o impacto destes problemas. Não apenas existe perda de potencial de receita, como também a produtividade dos recursos humanos decai enormemente em virtude do tempo perdido no trânsito. Por fim, dentro das cidades, além do transporte, a segurança também foi apontada como um problema crônico. Os assaltos geram transtornos diretos e indiretos ao comércio do município. Para se prevenir, os empresários têm investido cada vez mais em segurança privada, com aumento dos custos e redução da rentabilidade dos negócios. PAUTAS DO COMÉRCIO CATARINENSE Infraestrutura 1. Portos e Aeroporto Âmbito Federal • Ampliação dos investimentos na estruturação e operacionalização de Aeroportos. Âmbito Estadual • Expansão e melhoria das vias de acesso aos aeroportos do Estado. • Implantação de terminais intermodais. • Ampliar e modernizar os portos catarinenses. • Tornar mais eficiente a gestão Portuária e Aeroportuária Catarinense. 2. Rodovias e Ferrovias Âmbito Federal • Início e implantação de obras de anel de contorno viário, vias rápidas e viadutos de acesso às principais cidades catarinenses e regiões metropolitanas (Joinville, Blumenau, Itajaí, Criciúma, Chapecó, Lages). 33 Fecomércio SC | Carta do Comércio • Melhoria da sinalização e identificação de placas, sinais e identificadores rodoviários federais. • Finalização da duplicação da BR-101. • Duplicação e melhoria das principais rodovias catarinenses (BR-282, BR-470, BR-116, BR-280, BR-153 e BR-163). • Implantação das ferrovias Litorânea e Leste/Oeste. • Implantação da Ferrovia Norte-Sul Âmbito Federal • Início e implantação de obras de anel de contorno viário, vias rápidas e viadutos de acesso às principais cidades catarinenses e regiões metropolitanas (Joinville, Blumenau, Itajaí, Criciúma, Chapecó, Lages). • Implantação da Rodovia Interpraias ligando todo o litoral catarinense. • Finalização da Rota Caminhos da Neve (Serra Catarinense). • Revitalização das principais rodovias estaduais. 3. Segurança Pública Âmbito Federal • Melhoria e ampliação da fiscalização da fronteira com a Argentina. • Fortalecimento da Polícia Federal e da fiscalização aduaneira. • Articulação com os Estados e Municípios para o combate ao crime organizado. Âmbito Estadual • Aumento do efetivo das Polícias Militar e Civil. • Melhoria do sistema prisional. • Ampliação do sistema de monitoramento eletrônico externo urbano. 4. Defesa Civil Âmbito Federal • Finalização das obras de combate às cheias. • Implantação do sistema de monitoramento e prevenção de inundações. Âmbito Estadual • Melhoria da estrutura da Defesa Civil. • Implantação de plano estadual de prevenção de desastres naturais. 34 Fecomércio SC | Carta do Comércio • Realização de ações de desassoreamento de rios, córregos e valas. • Implementação de ações de desocupação de áreas de risco, através da transferência de famílias para locais mais seguros. 5. Energia Âmbito Federal • Garantir maior segurança energética. • Agilizar os processos de licenciamento ambiental em projetos voltados para a melhoria da estrutura energética. • Fortalecer as agências reguladoras. • Retomar as desonerações de impostos sobre a energia. • Garantir política de barateamento dos combustíveis fósseis. • Ampliar os investimentos em fontes de energia renováveis. Âmbito Estadual • Agilizar os processos de licenciamento ambiental em projetos voltados para a melhoria da estrutura energética. • Melhorar a qualidade da rede de abastecimento de energia elétrica. • Buscar reajustes módicos das tarifas de energia elétrica. • Promover a eficiência energética para o comércio. 6. Mobilidade Urbana Âmbito Federal • Estabelecimento de parcerias efetivas do Governo Federal com os Municípios para implantação de obras de mobilidade urbana. • Início imediato das obras do anel de contorno viário da Grande Florianópolis. Âmbito Estadual • Regulamentação das regiões metropolitanas para viabilizar a implantação de programas integrados de mobilidade. • Implantação de sistemas multimodais de transporte urbano. 35 Fecomércio SC | Carta do Comércio Sistema Legal e Tributário 1. Legislação e Carga Tributária Âmbito Federal • Reforma Tributária 1. Simplificação da incidência direta e indireta de tributos, extinguindo-se a inclusão impostos na base de cálculo de outras espécies tributárias (cálculo por dentro), tais como PIS/COFINS sobre ICMS, CSLL sobre o IRPJ, dentre outros. 2. Busca pelo consenso entre os Estados para reforma tributária. 3. Não incidência do IPI na etapa de circulação de produto importado, após a nacionalização. 4. Definição de alíquota fixa do Imposto de Renda sobre o lucro. 5. Redução do imposto sobre medicamento de uso humano. • Apoio e promulgação do Código de Defesa do Contribuinte. • R azoabilidade na exigência do imposto na nota, levando em conta as diferenças entre os estabelecimentos no país. • G uerra fiscal – equacionar o impacto das decisões a respeito dos incentivos fiscais no âmbito do ICMS. • Simples Nacional 1. Ampliação do teto de faturamento e estabelecimento de metodologia de reajuste anual dos valores. 2. Exclusão da Substituição Tributária para optantes do Simples. • Legislação para o e-Commerce. I. Definição de critérios claros para a tributação e exigência de obrigações acessórias para o comércio eletrônico, tais como momento e local da ocorrência do fato gerador. Âmbito Estadual • ICMS 1. Alteração da exigência de consenso unânime do CONFAZ para concessão de benefícios fiscais; 2. Redução gradativa de alíquotas do tributo. 3. Permissão de crédito ICMS sobre Energia Elétrica para atividades mistas (p. ex. 36 Fecomércio SC | Carta do Comércio Supermercados, Atacadistas, etc.) 4. Exclusão de encargos financeiros da base de cálculo do ICMS. 5. Regulamentação do parcelamento de ICMS para vendas parceladas de final de ano. 6. Incentivo a implantação de lojas francas em cidades gêmeas. • Substituição Tributária 1. Autorização para restituição do imposto pago em caso de preço de venda menor do que a pauta estabelecida pelo Estado; 2. Regulamentação da Substituição Tributária no Simples Nacional. I. A utorização de crédito ao adquirente enquadrado no Simples Nacional, em caso de aquisição oriunda de fornecedor não optante; II. Exclusão/Delimitação da ST-ICMS incidente sobre o setor de serviços. a. Definição da abrangência do regime; b. Autorização de creditamento do imposto pago; 2. Legislação Societária e Comercial Âmbito Federal • Definição de critérios claros para a desconsideração da personalidade jurídica das empresas para a cobrança de dívidas tributárias e trabalhistas. • Aprovação do Código Comercial (PLS nº 487/2013 – Senado Federal - e PL nº 1.572/2011 – Câmara Federal). • Criar e disciplinar a Sociedade Anônima Simplificada (SAS), alterando a Lei nº 6.404/76. • d.Aprovação das alterações propostas para o EIRELI – Empresário Individual de Responsabilidade Limitada – e a Sociedade Limitada Unipessoal, aperfeiçoando os regimes. • Possibilidade de cobrança de preços distintos para o pagamento realizado com dinheiro ou com cartão de crédito. • Avanço no marco legal das Sociedades de Garantia Solidária. Âmbito Estadual • Agilizar os processos de abertura e encerramento de sociedades empresariais, autorizando-se a realização de convênios com profissionais contabilistas para a inscrição das empresas junto ao CNPJ/MF. 37 Fecomércio SC | Carta do Comércio 3. Legislação Ambiental E Urbanística Âmbito Federal E Estadual • Segurança jurídica na implantação da política nacional de resíduos sólidos e o plano estadual de resíduos sólidos. • Atualização dos critérios legais para o parcelamento do solo urbano, considerando-se a dinâmica de crescimento do mercado imobiliário. • Maior operacionalização e efetividade do licenciamento ambiental, com o uso de tecnologias mais avançadas para a tramitação dos processos, reduzindo-se tempo e custos. • Investimento em capacitação técnica e aumento do quadro funcional dos órgãos ambientais. • Ampliação e fortalecimento do licenciamento municipalizado. • Incentivos fiscais para proteção ambiental, com a instituição de alíquotas diferenciadas para comercialização de produtos sustentáveis. 4. Obrigações Acessórias Âmbito Federal • Simplificação do cumprimento das obrigações acessórias e centralização de processos. 1. SPED Fiscal, Contábil e Folha de Pagamento; 2. Entrega da DIME-SC; 3. Extinção de Declarações repetitivas e desnecessárias. 4. Unificação das inscrições empresariais nas três esferas (federal, estadual e municipal). Âmbito Estadual • Promoção do projeto Nota Fiscal Barriga Verde (Nota Fiscal Legal), promovendo a educação fiscal e o estímulo à formalização das operações mercantis; 5. Morosidade Judiciária • Dispensa para microempresas e empresas de pequeno porte do depósito recursal em processos trabalhistas. 38 Fecomércio SC | Carta do Comércio Ambiente Econômico 1. Taxas de Juros e Inflação Âmbito Federal • Adoção de política de combate à inflação através da redução de gastos públicos e não através do aumento da taxa de juros. • Redução da taxa SELIC para patamares condizentes aos praticados no mercado internacional. 2. Qualificação da Mão de Obra Âmbito Federal e Estadual • Ampliação do PRONATEC. • Melhoria dos currículos (ex.: implantação do ensino do empreendedorismo e da educação financeira) e da estrutura física no ensino básico, fundamental e médio. • Estruturação e valorização do quadro de profissionais da educação. • Investimento na ampliação e melhoria das bibliotecas públicas. • Estimular a inclusão digital. • Ampliar o número e melhorar a estrutura das Universidades do Estado. 3. QUESTÃO SALARIAL Âmbito Federal • Adoção de indicadores de produtividade para a metodologia de cálculo do reajuste do salário mínimo. 4. TURISMO Âmbito Federal • Aprovação da medida que permite a utilização do FUNGETUR para financiamento da construção de hotéis. Âmbito Estadual • Novo marco legal para incentivo de todas as atividades turísticas de Santa Catarina. • Estruturação para visitas aos parques estaduais. • Investimento na ampliação da sinalização turística. 39 Fecomércio SC | Carta do Comércio 5. PACTO FEDERATIVO E FINANÇAS PÚBLICAS Âmbito Federal • Revisão do Pacto Federativo e renegociação da dívida dos estados. • Mudança do indexador de reajuste das dívidas estaduais. • Adoção de meta de redução dos gastos públicos, garantindo a qualidade dos serviços públicos através de aumento da eficiência. Âmbito Estadual • Orçamento impositivo para emendas aprovadas em Audiências do Orçamento regionalizado de Santa Catarina. Inovação Âmbito Federal • Aumentar os incentivos à inovação. • Incentivo fiscal às empresas para capacitação de funcionários. • Extensão dos benefícios fiscais da Lei do Bem às empresas optantes do Lucro Presumido. Âmbito Estadual • Estímulo ao desenvolvimento de polos tecnológicos pelo Estado. • Ampliação de incubadoras e parques tecnológicos, aumentando a interface entre Universidade e mercado. • Incentivo fiscal à inovação voltada para o e-commerce. • Aplicação superior aos 2% constitucionais para Pesquisa Científica e Tecnológica em Santa Catarina. 40 Fecomércio SC | Carta do Comércio Legislação (Encargos) Trabalhistas 1. Impactos da Folha de Pagamentos Âmbito Federal • Custo de funcionários 1. Isenção expressa de contribuição previdenciária sobre verbas trabalhistas de natureza indenizatória ou que não representem contraprestação por serviços prestados pelo funcionário, bem como sobre incentivos à qualificação profissional. 2. Manutenção do programa de desoneração da folha de pagamento. 3. Extinção imediata do adicional de 10% sobre a multa do FGTS por demissão sem justa causa. 4. Implantação do Simples Trabalhista. • Negociação com sindicatos. 1. Melhoria ou não aprovação do projeto que institui o Sistema Único do Trabalho – SUT. 2. Manutenção da atual jornada de trabalho, tal como estabelecido na Constituição Federal e na CLT. 3. Autonomia dos Sindicatos para regulamentação do banco horas. 4. Contratação de temporários. 5. Flexibilização das exigências para contratação de funcionários temporários. • Tempo expendido no processo de contratação/demissão 1. Redução da complexidade na contratação/demissão de funcionários. 2. Adequação do e-Social sob a ótica da redução de custos e da burocracia para as empresas. 3. Melhorias do SPED Folha de Pagamentos. • Impacto de procedimentos legais. 1. Apoio à modernização e adequação da legislação trabalhista (CLT e Normas Regulamentadoras) à nova realidade empresarial brasileira. 2. Contratação de Mão de Obra Especializada Âmbito Federal • Definição de um marco regulatório para a terceirização, como proposto no PL 4330/2004. 41 Fecomércio SC | Carta do Comércio Concorrência Âmbito Estadual • Instituição da Política Estadual de combate à pirataria. • Combate à realização de feiras itinerantes (Feiras do Brás) em datas comemorativas, prejudicando o comércio local. Comércio Exterior Âmbito Federal • Flexibilização e simplificação das regras aduaneiras. • Levantamento e/ou redução de barreiras não tarifárias. • Agilidade nos processos de exportação/importação e verificação de condições sanitárias. • Revisão dos programas de benefícios fiscais do PRODEC / PROEMPREGO, visando a exigibilidade no uso de fornecedores de serviços exclusivamente catarinenses. • Reestruturação e preenchimento de quadro funcional dos órgãos ANVISA, Ministério da Agricultura e Receita Federal do Brasil, no âmbito alfandegário. • Finalização das obras existentes na Baía de Evolução e Canal de Acesso aos portos catarinenses. • Busca pela estabilidade cambial. • Melhoria das condições de comércio e relacionamento entre países no âmbito internacional. 42 Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina Rua Felipe Schmidt 785/5º andar - Centro - CEP 88010.002 - Florianópolis/SC 48 3229 1000 - www.fecomercio-sc.com.br
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