Baixar - Jornal Loucos por Marketing
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Jornal Informativo e de Treinamento sobre Marketing Multinível – Ano V – Nº 47 – JULHO/AGOSTO DE 2013 - Preço: 4,90 www.jornalloucospormarketing.com.br Brasil engajado na luta do Marketing do Bem A lém das multidões nas ruas brasileiras em junho, uma outra luta está acontecendo, desta vez no mundo do marketing. Para combater o Mal, personificado pelas pirâmides financeiras, o ícone Sergio Buaiz lançou o movimento Marketing do Bem, com apoio maciço das lideranças do legítimo marketing multinível. A atividade é confundida com as pirâmides pelo público em geral, porque estas se apresentam como negócio de marketing, confundindo a opinião pública. Página 6 Marcelo Pinheiro&Marcelo Alves O s dois super-consultores e também sócios da DirectBiz produziram a quatro mãos um artigo que é um valioso instrumento para analisar a nebulosa situação atual vivida no mundo do marketing. Página 11 Legalidade X Moralidade O escritor e treinador Paulo de Tarso Aragão apresenta um texto antológico, esclarecendo didaticamente os parâmetros para analisar uma proposta de marketing. O texto está disponível também em forma de bookleet (livro de bolso) Página 16 E MAIS POLÊMICA DA TELEXFREE CHEGA À TV Depois de ser notícia em diversos jornais,os problemas enfrentados pela TelexFree foram apresentados em matéria no programa dominical Fantástico, da Rede Globo. Página 14 PRIPLES DENUNCIADA POR VÍTIMAS À POLÍCIA Outra empresa que sofre investigação é a Priples, de Recife, denunciada à polícia por 11 vítimas, acusada de estelionato e pirâmide financeira. Página 4 Direto da Redação 3 A Tempestades reputação dos grandes navegadores do passado foi construída de acordo com a sua habilidade em enfrentar as tempestades. Metaforicamente, as mesmas tormentas que se abateram sobre o mundo do marketing nos últimos anos, onde foram catalogadas 64 pirâmides financeiras, todas dizendo-se supostas empresas de marketing. Apresentamos nesta edição um antídoto contra este mal. O ícone do setor Sergio Buaiz insurgiu-se contra essa situação e criou o movimento Marketing do Bem, nossa matéria de capa, que caiu como uma luva para esta edição de quinto aniversário. Os demais artigos dos colunistas nesta edição seguem este mesmo viés pró-multinível. Boa leitura. AKMOS: UM SUCESSO NACIONAL Depois de conquistar o Brasil, empresa mineira inicia expansão internacional A AKMOS é uma empresa de Marketing Multinível e vem se destacando cada vez mais no mercado brasileiro pelo seu rápido crescimento. Especializada em cosméticos, nutrição e roupas esportivas, agora aposta também na área terapêutica com colchões magnéticos que trazem aos seus consumidores a saúde e o bem-estar que é a mensagem principal da empresa. Os colchões magnéticos possuem uma tecnologia avançada chamada densidade progressiva que consegue ceder conforme a necessidade de cada peso, proporcionando uma acomodação ideal para a coluna vertebral. Ele conta também com a energia quântica que estimula as células do corpo a voltarem a sua memória de origem fisiológica, fazendo com que o nosso sistema volte a ter um equilíbrio proporcionado uma boa qualidade de vida. Além de produtos de grande qualidade, nos preocupamos com a imagem da empresa, e para nossas campanhas publicitárias, possuímos hoje o direito de imagem por 3 anos da Educadora Física Solange Frazão, ícone de saúde e bem-estar no Brasil e admirada por sua beleza no mundo todo. Foi realizada uma sessão de fotos nos principais pontos de Belo Horizonte e o material com o novo rosto da Akmos já estava em circulação um mês depois auxiliando todos os representantes. O Marketing Multinível tem sofrido muitas dificuldades por causa de empresas que surgem no mercado prometendo dinheiro fácil e enganando muitas pessoas pelo Brasil. As famosas pirâmides têm sido desmascaradas aos poucos e empresas sérias e honestas como a Akmos continuam na ativa, provando que o Marketing de Rede veio para ajudar Diretores da Akmos Moacir Diniz, Luiz Fernandes, Carolina Saraiva, William Miranda as pessoas a terem sua independência financeira, conquistar sonhos através de esforço e dedicação de seus representantes. A prova de que a Akmos é uma empresa que dá retorno aos seus distribuidores foi a realização do nosso último evento, no qual premiamos com 5 carros, pessoas que se destacaram como líderes de rede e teremos ainda o Cruzeiro dos Presidentes no início do próximo ano. Outra grande conquista é a expansão e inauguração do Projeto Latino Americano que abre as portas para uma filial da Akmos no Equador, registrada na AEVD (Associação Equatoriana de Vendas Diretas). Ampliando e almejando novos horizontes, adquirimos também uma grande e famosa empresa brasileira de cosméticos e perfumaria que promete abalar o mercado. Com isso, avançamos para alcançar vôos muito maiores. Afinal de contas, o céu é o limite. Expediente Publicação mensal produzida pela Comunigraf Editora - CNPJ 01060404/0001-33 Jornalistas responsáveis: Carlos Garcia DRT-PE 365 e Olbiano Silveira DRT-PE 626 Editoração eletrônica: Lourdes Duarte - [email protected] Editor: Paulo de Tarso Aragão - E-mail: [email protected] * Diretor de Marketing: Roberto Portela - [email protected] * Colunistas: Arnaldo Silva - Edson Frank das Flores Gatto - Gutemberg Santos - Lair Ribeiro - Leila Navarro - Paulo de Tarso Aragão - Marcelo Alves - Marcelo Pinheiro - Roberto Shinyashiki - Wanderley Lourenço * Secretária-Executiva: Dinah Duarte de Lucena Aragão * Secretários-Assistentes: Dennis Edward Lucena de Oliveira e David Wesley Lucena de Oliveira * Assessor Especial: Douglas Vinícius Lucena de Oliveira. * Coordenadora de Logística: Denise Duarte Lucena de Oliveira. * Coordenadora de Expedição: Judite Duarte de Lucena * Representante em São Paulo: Margarete Rose Szabo • Correspondente nos EUA: Gutemberg Santos Endereço para correspondência: Praça Floriano, 55 - Conj. 807 - Cinelândia , CEP: 20031-050 - Rio de Janeiro-RJ. Telefones: (021) 2524-0236 / 81230214 - E-mail: [email protected] As colunas e matérias assinadas não refletem, necessariamente, a posição do jornal. 4 O MUNDO MLM EM NOTÍCIAS Priples denunciada à polícia em Recife O nze pessoas procuraram a delegacia de polícia no bairro de IPSEP, em Recife, para denunciar a suposta empresa de marketing Priples, com sede E na cidade. As vítimas afirmam não ter recebido os pagamentos prometidos pela empresa, da ordem de astronômicos 60% ao mês com suspeita de formação de pirâmide financeira. O caso assumiu proporções de escândalo porque foi parar na primei- ra página do maior jornal da cidade, o Diario de Pernambuco, e nos programas policiais da TV local. O assunto teve grande repercussão também nas redes sociais. O proprietário da Priples, Henrique Maciel Carmo de Lima, 27, preferiu não apresentar sua defesa na imprensa que o acusou e sim apenas para seus distribuidores. Ele nega as acusações de estelionato e formação de pirâmide financeira mas foi intimado a comparecer à delegacia de Ipsep. 4 Life tenta reentrada no Brasil m 2010 a empresa americana de marketing 4 Life teve negado pela Anvisa pedido de autorização para comercializar seus produtos no Brasil. Porém, líderes de Portugal estão divulgando que a empresa abrirá as portas nas próximas semanas com sede em área nobre de São Paulo., iniciando um novo pré-marketing. Para esta nova fase, os líderes portugueses afirmam ter a 4 Life parecer favorável da Anvi- sa, porém quando solicitados não apresentam o número do registro nem a data de publicação da resolução no Diário Oficial. Mesma tática utilizada em 2012 pela OrganoGold, que também teve negado pela Anvisa pedido de comercialização de seus produtos no Brasil, apesar de grande pré-marketing realizado por seus líderes. A empresa 4 Life ainda não se pronunciou oficialmente. Natura tem melhor reputação A Natura, maior empresa de beleza do Brasil, foi eleita a companhia de melhor reputação do país, de acordo com uma pesquisa inédita realizada pela consultoria espanhola Merco e pelo instituto de pesquisas brasileiro IBOPE e divulgada pela revista Exame. Para chegar ao resultado a pesquisa realizou 1700 entrevistas com executivos e analistas e também ouviu 1.000 consumidores. Todo o processo foi auditado pela auditoria KPMG. A P A C Marketing DO BEM por Sergio Buaiz Volta teu rosto sempre na direção do sol, e então as sombras ficarão para trás. E m 1993, conheci esta oportunidade maravilhosa de ganhar dinheiro ajudando outras pessoas a vencerem na vida, através da educação e do amor. Desde então, me dediquei de corpo e alma a esta missão, editando artigos, jornais, livros, realizando palestras, prestando serviços de consultoria e desenvolvendo lideranças, sempre com o foco de promover relações ganha-ganha e construir negócios sustentáveis, distribuindo produtos de valor, de empresas bem intencionadas. Tenho muito orgulho de tudo o que fiz, inspirado pelos melhores mestres de desenvolvimento pessoal, marketing e vendas, mas confesso que nunca foi fácil defender o bem contra o mal. Ao longo desses anos, tive que enfrentar muitas pressões políticas, ameaças, traições, roubos e sabotagens, e perdi a conta das propostas indecorosas que já recebi para corromper meus valores. Confesso que muitas vezes precisei sair do combate para recuperar o fôlego, mas após todo esse tempo recuando, desviando e sofrendo calado, cheguei ao meu limite. No dia 17 de março de 2013, exatamente vinte anos após conhecer e me apaixonar por este negócio, publiquei o seguinte desabafo no Facebook: Estou realmente saturado desses esquemas migratórios para enriquecimento rápido. Estou enojado com as perspectivas do Multinível como um todo, e cada vez mais convicto das decisões que tomei (...) Se o Marketing Multinível virou sinônimo de pirâmide, estou oficialmente abrindo mão de qualquer título de "especialista", "consultor" e "escritor" relacionado a isso. O negócio que eu acredito se baseia em "ganhar dinheiro desenvolvendo uma organização de líderes empreendedores, que direcionam suas equipes a venderem produtos de valor, a clientes satisfeitos". O resto é lixo e não me interessa mais. Não importa o tamanho dos bônus, e sim de onde eles vêm... e para onde vai a nossa consciência! A repercussão foi imediata, com mensagens de apoio vindas de líderes e executivos das principais empresas. Nos dias seguintes, publiquei outros desabafos, que foram igualmente compartilhados por centenas de pessoas, o que me fez refletir seriamente sobre a minha missão pessoal e a necessidade de fazer algo a respeito. Assim nasceu o Marketing DO BEM. (Sabedoria Oriental) Compromisso Antes de apresentar o projeto e todas as iniciativas já relacionadas ao Marketing DO BEM, é necessário esclarecer alguns pontos. Nada mudou na minha vida pessoal. Continuo fazendo exatamente as mesmas coisas, com as mesmas pessoas, com muito carinho e dedicação. Porém, nunca tive uma visão mesquinha e limitada ao meu próprio umbigo. Desde que iniciei minha carreira nas Vendas Diretas, aprendi que um setor não sobrevive com apenas uma empresa forte, e que há mercado para todos os profissionais sérios crescerem, sem que um precise derrubar o outro. Sei que é um paradigma difícil de aceitar quando a visão é limitada, mas faz parte da minha missão promovê-lo incansavelmente, até que se torne comum. Se o Pelé é santista, o Zico flamenguista, o Dinamite vascaíno e o Ronaldo corinthiano, nada impede que se respeitem e trabalhem juntos para cuidar do futebol. Marketing DO BEM não é mais uma empresa concorrente, e sim um movimento neutro em defesa da nossa profissão, que está acima de qualquer jogador, time ou torcida. Aliás, como todos os projetos que desenvolvi nesses vinte anos. Antes de qualquer interesse pessoal, sou um acadêmico, apaixonado por desenvolvimento humano e liderança, e encontrei tudo isso no setor de Vendas Diretas. Ao mesmo tempo em que me desenvolvo como líder, me obrigo a compartilhar o que aprendi. Podemos ganhar dinheiro fazendo muitas coisas, mas cada um tem a sua missão pessoal a cumprir. A minha é zelar pelo nosso setor, e eu me sinto mal quando deixo de exercer esse papel. É da minha natureza servir a todos, desta forma. Quero aprender, quero melhorar, quero ser mais valioso e construtivo. Meu legado não será apenas o patrimônio deixado para a minha família, mas as vidas que toquei positivamente, promovendo o Marketing DO BEM. Obrigado aos que me conhecem e confiam em mim... Obrigado aos que já abraçaram a nossa causa! Marketing DO BEM não é mais uma empresa concorrente, e sim um movimento neutro em defesa da nossa profissão, que está acima de qualquer jogador, time ou torcida. 7 Manifesto Marketing do Bem é um manifesto pela Venda Direta honesta e livre dos esquemas piramidais insustentáveis. Nossa missão é cuidar da imagem e da sustentabilidade do setor de Vendas Diretas, produzindo conhecimento e promovendo suas melhores práticas. Nosso objetivo é garantir um ambiente saudável para a construção de negócios legítimos, com oportunidades dignas de crescimento pessoal e financeiro para todos. Queremos que cada profissional de Vendas Diretas sinta orgulho do que faz, sendo reconhecido por seus valores e sua contribuição social. Acreditamos no diálogo, na livre concorrência, escolha e estilo, desde que mantidos o respeito e o interesse maior de proteger o futuro da nossa atividade. Honestidade e consciência não dependem de lei Nossa consciência social está doente e temos que recuperá-la, pois a ânsia de ganhar dinheiro não pode cegar as pessoas. Nem tudo que se permite por lei, é honesto e digno de se fazer. Credibilidade se constrói com confiança. Uma história de vida e sucesso respeitável se escreve com realizações duradouras. Infelizmente, a maioria da população desconhece as verdadeiras leis do sucesso, onde um pode vencer apoiando o outro, e não o contrário. Em meio à crise de valores que vivemos, simplesmente não interessa mais quem está legalizado, e sim quem faz a coisa certa, pelo bem do setor, do mercado e da sociedade em que vivemos. Nosso compromisso é com a evolução da nossa atividade, doa a quem doer. Por tudo isso, o manifesto Marketing DO BEM foge do lugar comum e inclui as seguintes máximas, para quem busca o sucesso honesto na Venda Direta. Sabemos que nem tudo o que é legal, pode ser considerado moral e ético. A lei não serve para nos educar, e sim para impor limites ao crime. Portanto, hoje, o nosso maior problema está na deturpação de conceitos e valores, que induz a maioria das pessoas a querer levar vantagem em tudo, sem o mínimo bom senso de medir as consequências. A verdade é que o futuro da Venda Direta está na cabeça de cada um e na educação da nossa liderança. 3) EMPRESA É LEGAL: Saiba onde está se metendo. Dê preferência a empresas de Vendas Diretas já estabelecidas e testadas pelo mercado. Se a empresa tiver menos de cinco anos de atuação local, investigue cuidadosamente suas origens, documentação, objeto social e responsáveis legais, antes de colocar o seu nome. E jamais se envolva com empresas que não estejam devidamente regularizadas no seu País, pois a Venda Direta neste caso configura, no mínimo, crime tributário. 4) VENDA DIRETA SE GARANTE: Empresas legítimas incluem uma política de recompra, no caso da desistência do participante, descontando apenas custos operacionais de logística e impostos. 5) ORDEM DE CHEGADA NÃO IMPORTA: Negócios de verdade recompensam principalmente pelo mérito e não pela sequência de entrada. Se o discurso de "ser um dos primeiros" é tão relevante na comunicação da oportunidade, isso caracteriza que nem a empresa, nem os líderes acreditam em sua sustentabilidade futura. Desconfie. 6) QUEM PAGA MAIS QUEBRA: Fuja do discurso "plano revolucionário que paga mais", pois toda empresa séria paga aproximadamente o mesmo, para manter-se competitiva e saudável financeiramente. Quando uma empresa diz que paga muito mais que as outras, significa que concentra as comissões nos níveis elevados e paga quase nada para a maioria, perdendo a sustentação no tempo. A Venda Direta tem o poder de recuperar a esperança, capacitando pessoas comuns para o empreendedorismo e o sucesso, mas às vezes a ignorância fala mais alto no microfone. O desespero e a ganância de ganhar mais dinheiro, mais rápido, estimulam comportamentos suicidas de alguns líderes, que fazem promessas infundadas de facilidades e atalhos, arrastando multidões de inocentes para o abismo. Diante deste cenário, o nosso desafio não se restringe a identificar pirâmides financeiras, do ponto de vista jurídico, mas alertar sobre todas as práticas nocivas e insustentáveis que também podem ser conduzidas nas brechas da lei, com discursos falsos, promessas exageradas, matemática ilusória, concorrência desleal, chantagens, calúnias, uso indevido de imagem, usurpação de direitos, enfim, aquilo que "acaba passando" pela complexidade do sistema, mas que deveria ser evitado, com melhores intenções. valor, devidamente faturados e entregues, que possam ser revendidos pelo participante a um cliente final, quando ele quiser. As 8 Máximas do Marketing DO BEM 1) EMPREENDEDORISMO NÃO É PARASITISMO: Lembre-se que não existe milagre, nem dinheiro fácil. 2) NEGÓCIO TEM VALOR DE MERCADO: Fuja das empresas que bonificam sobre taxa de adesão, franquia ou qualquer investimento em "direitos de participação no negócio", pois são pirâmides financeiras, independente dos produtos que distribuam e das táticas que se utilizem para disfarçar o golpe. Todas as comissões e bônus da Venda Direta legítima devem ser originadas pela compra de produtos/serviços de 7) A SEGURANÇA ESTÁ NA BASE: Para uma empresa de Venda Direta durar mais de cinco anos e justificar-se como oportunidade de carreira legítima, viável economicamente perante os órgãos reguladores e a sociedade, a comissão de revenda deve ser generosa, para que todos os participantes sejam capazes de operar no azul por seu próprio mérito, sem depender de mais ninguém. 8) LIDERANÇA DE RESPEITO: Empresas sérias e o mercado valorizam quem merece. Portanto, pague o preço de desenvolver as habilidades de um líder exemplar e cuide da reputação como seu maior patrimônio. Relacionamentos de confiança são inegociáveis. Sua ética pessoal será testada com desafios cada vez maiores. Esteja preparado para superá-los! 8 Participação O Marketing DO BEM foi lançado oficialmente no dia 1º de julho de 2013, com um e-book promocional e uma comunidade online, que promoverá artigos, áudios, vídeos, apresentações e ferramentas interativas, para a construção coletiva de conhecimento. Toda a obra de Sergio Buaiz está sendo adaptada a esse novo posicionamento e também será disponibilizada, em formato digital, na área restrita do site: http://www.marketingdobem.com.br Parte do conteúdo produzido pelo Marketing DO BEM será publicada em dois novos portais institucionais do setor, auxiliando o entendimento da nossa profissão, por universidades, mídia, governos, ministério público e sociedade em geral: http://www.vendasdiretas.com.br Atuação http://www.marketingderede.com.br São convidados a participar do Marketing DO BEM todos os profissionais de Vendas Diretas que compartilham desses mesmos valores e estão comprometidos com a evolução do setor, de forma legal, moral e ética. Em breve, os líderes da comunidade poderão ativar um site pessoal de divulgação, para promoverem sua oportunidade de forma neutra e adequada aos nossos princípios: http://www.profissaodofuturo.com.br IMPORTANTE: Comentários em fóruns, pesquisas, conferências e todo o conteúdo publicado na comunidade pelos participantes serão moderados para manter a qualidade do diálogo e suas finalidades. A pesar de ser um projeto de cunho educacional e pacífico, o Marketing DO BEM começou como um grito contra as práticas abusivas que tomaram conta do nosso setor, se aproveitando de brechas da legislação, da impunidade no Brasil e, principalmente, do culto à ignorância, tônica do nosso tempo e latente nas redes sociais. O Marketing DO BEM terá alcance internacional, visto que as principais empresas de Venda Direta do mundo atuam globalmente. Além disso, a WFDSA – Federação Mundial das Associações de Venda Direta, as associações e governos locais, das principais economias do mundo, também estão empenhados em combater os esquemas piramidais insustentáveis, cada vez mais rápidos e poderosos. Nossa página no Facebook servirá como principal canal de comunicação com o mercado, promovendo os melhores valores da Venda Direta, informações relevantes sobre a moralização da nossa atividade, além de materiais produzidos por especialistas, executivos e líderes que promovem a nossa causa: http://www.facebook.com/ sbuaiz ENTREVISTA EXCLUSIVA COM Sergio Buaiz, fundador do Marketing DO BEM LPM: Sergio, parabéns pelo novo projeto. Nesses vinte anos de carreira, você editou o Jornal Estágio 10 e o Portal Chance Network, que também promoviam os bons valores. Qual a principal diferença deste momento? Buaiz: Paulo, você me acompanha desde o Jornal Estágio 10 e sabe que o slogan da época era “A Imagem do Marketing de Rede no Brasil”. Ou seja, meus valores e intenções nunca mudaram. Entretanto, eu confesso que não tinha a mesma maturidade para distinguir o que é certo e errado, e muitas vezes dei voz a quem não merecia. Reconhecia e valorizava quem estava em evidência, sem me preocupar com sua conduta. Com o tempo, a experiência me mostrou que aspectos legais, morais e éticos não estavam sendo observados como deveriam, que nem todo Multinível é legítimo e que nem todo Diamante tem valor. O Marketing DO BEM é uma maneira que encontrei de colocar os pingos nos “is”, compartilhando com o mercado minhas convicções “atualizadas”. LPM: Então você se arrependeu de algo que fez? Buaiz: Não exatamente. Tenho orgulho de tudo o que realizei e guardo ótimas lembranças dessa trajetória, mas hoje faria algumas coisas com um pouco mais de cuidado. Em março deste ano, logo após publicar aquele desabafo no Facebook, foi realmente o momento mais difícil. Ao mesmo tempo em que pensei em desistir de tudo e seguir minha vida longe do Multinível, acusei o golpe da consciência. Afinal, todo esse estrago que está sendo feito com o nosso mercado teve origem lá atrás, com princípios e valores mal interpretados, de textos que escrevi e, principalmente, da visibilidade que dei a alguns aproveitadores. Por esses motivos, silenciar seria covardia, conivência e cumplicidade. LPM: Sobre seus textos, especificamente, o que estava errado? Buaiz: Em 1996, ninguém sabia nada de Multinível e éramos todos entusiastas irresponsáveis. A intenção positiva estava sempre presente nas minhas intervenções, mas não havia a preocupação de alertar sobre certas armadilhas que eu desconhecia. Portanto, todo o material publicado no Jornal Estágio 10 falhava nesse aspecto. Eu também era mais inocente no trato com as pessoas e fui envolvido algumas vezes, aceitando associações com pessoas que hoje me dão náuseas. A partir de 2003, com a Chance Network, já foi um pouco diferente, pois eu estava mais calejado para enfrentar a oposição. Porém, como ainda não identificava com clareza essa fronteira entre o bem e o mal, acabei me desgastando demais, tentando dialogar com quem não devia. Aliás, foi bem nessa época, em 2006, que as primeiras pirâmides de Voip assaltaram o mercado. LPM: Sim, lembro que nessa época você colocou o portal Chance à venda e passou a fazer rede na Herbalife. Gostaria de comentar algo a respeito? Buaiz: Sem problemas. Aliás, é uma boa oportunidade de esclarecer isso também. Sempre evitei falar do assunto porque escolhi ser discreto, em respeito aos meus leitores e colegas do mercado, mas acho que já é um tabu ultrapassado. Encaro minha rede como um Plano B para o futuro, de renda vitalícia e hereditária. Desde então, lancei dois livros, fiz palestras e consultorias, com a mesma isenção de sempre, e jamais assediei colegas de outras empresas, porque não acredito nisso. Líder de va- 9 lor não migra. Se a pessoa está bem posicionada, tem mais é que continuar no foco, construindo o seu futuro em bases sólidas. Por isso, construí minha rede do zero, com 99% de pessoas que nunca fizeram Multinível antes. São pessoas maravilhosas, de caráter, que aprenderam o básico de plantar para depois colher. Temos uma excelente relação ganha-ganha, e vários downlines já se destacam mais que eu, por mérito próprio, em um plano absolutamente justo. LPM: Você sabe que o acusaram de ter se vendido para a Herbalife... Buaiz: Boa! Essa é a melhor piada que já inventaram (risos)! Me acusaram de corrupto, inventaram que ganhei milhões, mas eu realmente nunca estive à venda. Ninguém me pagou luvas, produtos e viagens internacionais. Aliás, entrei em uma das raras empresas que jamais me contrataram ou ofereceram vantagens, com o patrocinador mais “mão fechada” do Brasil (risos)! Essa história é ótima! Além de estar muito irritado com as pirâmides e desgastado com os “gafanhotos” da época, ganhei o kit de presente de casamento do Antonio Jorge e da Simone. Ao invés deles me darem um presente bacana, me deram foi um sermão: “Agora que você vai constituir família, precisa pensar no futuro. Não faz sentido conhecer tanto de Multinível e não ter seu Plano B”. Minha mulher odiou, mas aquilo fez sentido e, como eu gostava da empresa, decidi começar. Eu também precisava de uma nova experiência prática, pois sempre me acusaram de teórico (risos). LPM: Que história fantástica. E hoje, sua relação com a empresa é normal? Buaiz: Minha relação é exatamente igual à de qualquer outro Distribuidor. Inclusive, não posso e nem falo em nome da empresa. Sou tratado por todos como um Distribuidor comum, no nível em que estou, pelas qualificações alcançadas e sem qualquer privilégio adicional. Não posso vender meus livros, nem sou valorizado como especialista nos eventos. Aliás, esse foi um dos pontos que mais me cativaram, demonstrando seriedade. Agora, com o Marketing DO BEM, já informei a todos sobre o meu posicionamento e não quero misturar as coisas. Inclusive, te peço que volte ao assunto original. LPM: Ok, mas você não chegou a vender a Chance, certo? Buaiz: Não vendi. Cheguei a receber algumas propostas, mas sinceramente desisti. As pessoas que me procuravam queriam simplesmente a base de dados, e eu não achei prudente vender. Sempre imaginei que um dia retomaria esse projeto, de alguma forma. Deixei o site no ar para consulta e agora devo decidir como integrá-lo. LPM: Nos seus livros Pai-Líder, Multiplicando Bem-Estar e MULTINÍVEL EXPLOSIVO!, você fará muitas adaptações? Buaiz: Felizmente não. Como eu sempre procurei escrever de forma neutra, os conceitos colocados nesses três livros, e também no curso online “As 10 Chaves”, estão de acordo com o que acredito. A principal mudança é realmente na ênfase. Quando criei o Programa MULTINÍVEL EXPLOSIVO!, queria fazer algo de grande impacto, mas a interpretação do mercado acabou passando do ponto. Apesar da “explosão” proposta estar vinculada à paixão e ao desejo ardente de fazer acontecer, não me sinto bem com a estética incendiária que isso remete. Acho que não combina com o meu espírito atual. Portanto, o livro, o programa e o curso online serão renomeados, com pequenos ajustes de conteúdo. Outra alteração óbvia, em todos os meus livros, será na página de agradecimentos (risos). LPM: Pelo visto, você está realmente irritado com algumas pessoas! Buaiz: Irritado já fiquei. Agora, estou apenas decepcionado. É difícil acreditar que parceiros tão próximos do passado tenham perdido completamente o discernimento e escolhido o caminho da destruição, do individualismo covarde e irresponsável, cegos pelo dinheiro fácil. Eu gostaria de acreditar que é ignorância, mas para alguns essa desculpa não cola. São preparados e reincidentes. É como descobrir que um parente está viciado em drogas e não quer se tratar. Não tenho raiva das pessoas, mas sinto revolta pelo fato. Vai muito além da discordância. LPM: Como você está lidando com isso. O Marketing DO BEM é uma resposta? Buaiz: Sim. Eu seria hipócrita se LEIA OS LIVROS DE Sérgio Buaiz www.sergiobuaiz.com.br não admitisse isso. O Marketing DO BEM é a forma que encontrei de manifestar o meu repúdio por esse movimento irracional, anti-ético e imoral, que está levando essas pessoas a enriquecerem, às custas da desgraça de outros. É covardia o que estão fazendo, pilhando todo o mercado com promessas ilusórias de dinheiro fácil, quando sabem que isso realmente não existe. Ou seja, é um golpe premeditado e imperdoável, que precisa parar. O Marketing DO BEM é a consciência que estava faltando. LPM: Você consegue enxergar algo bom neste momento tão desafiador? Buaiz: Claro! Sempre aprendi que é na crise que surgem as melhores oportunidades. Sinceramente, se nada disso estivesse acontecendo, eu não teria criado o Marketing DO BEM, que já está me trazendo grandes alegrias. Com esse movimento, tenho me reaproximado de antigos colegas e feito novos amigos. Ou seja, há uma substituição do passado que não me interessa mais, por um presente estimulante e um futuro maravilhoso. Tenho certeza que todo o setor de Vendas Diretas sofrerá um pouco dessa pressão nos próximos meses, mas conquistaremos um terreno importante, junto aos governos, mídia e opinião pública em geral. Muito em breve, teremos um ambiente melhor para todos que desejam construir seu futuro em bases sólidas. Estou muito confiante! LPM: Será que desta vez o BEM vai vencer? Buaiz: Tenho certeza que sim! Não depende do que eu estou fazendo, e sim da semente que já plantamos. O assunto está novamente na pauta, muitas vozes importantes do mercado estão se levantando para nos apoiar e eu aprendi a acreditar que tudo vai dar certo. Portanto, é seguir adiante, com esse propósito de unir os verdadeiros líderes por um ideal maior. A Venda Direta pode realizar todos os nossos sonhos. Basta semearmos O BEM! Sergio Buaiz é Publicitário, Consultor e Treinador de Vendas Diretas há mais de 15 anos, tendo se especializado em Marketing de Rede e Liderança. Tem quatro livros e centenas de artigos publicados, no Brasil e no exterior. Fundou o movimento Marketing DO BEM, em defesa da Venda Direta honesta e livre dos esquemas piramidais insustentáveis. http://www.marketingdobem.com.br 10 ELES FORAM OS PRIMEIROS DIAMANTES DA BELCORP NO MUNDO! Sua missão agora: Formar Diamantes! Leandro e Débora Ahmed Construímos Líderes! www.leandroahmed.com Enriquecer sem fazer esforço. Será que isto existe? Marcelo Pinheiro e Marcelo Alves E stamos diante de um momento peculiar na Venda Direta brasileira – o aumento súbito de novos negócios, baseados no modelo Multinível, popularmente conhecido também como Marketing de Rede ou MLM. É o modelo que mais cresce em outros países, mas no Brasil, durante muitos anos, ficou em segundo plano, como consequência da desconfiança dos brasileiros em relação aos sistemas piramidais - que são 100% fraudulentos. O MLM é igual Pirâmide? Não se deve confundir jamais “pirâmides” com Venda Direta, pois esta não utiliza a mecânica piramidal, e seus detalhes devem ser devidamente conhecidos pelos interessados ou adeptos. Existem diversos artigos na internet detalhando informações relevantes sobre empresas que estão sob investigação da Polícia Federal, do Ministério Público e da Secretaria de Acompanhamento Econômico – algumas, inclusive, tiveram de encerrar suas operações no país. Porém, é muito importante analisar em detalhe o assunto, pois em alguns casos o problema pode estar na conduta e opção de trabalhos adotados por um parceiro local ou de pessoas que assumiram o processo de montagem das redes no país, convenientemente desconsiderando regras e práticas sérias adotadas pelas empresas em seus países de origem, não refletindo necessariamente o escopo total da mecânica multinível original daquele negócio. O que é pior: estes líderes podem, por uma opção e ambição particulares, estar distorcendo os princípios do marketing multinível – cuja essência e princípios em nada endossam o funcionamento fraudulento e lesivo das pirâmides financeiras. Também não se deve interpretar de forma simplista as reclamações propagadas por pessoas que eventualmente não entenderam o sistema e tiveram problemas porque se deixaram levar pela parte conveniente e voltada ao lucro fácil do discurso de um líder de rede, assim como não se pode confundir os resultados negativos decor- rentes da prática distorcida ou mal-intencionada, baseada na adoção de apenas partes convenientes de uma lógica de negócios maior e lícita, com os princípios reais dessa lógica de negócios como um todo. Mas, afinal, por que esse modelo causa tanta suscetibilidade, e ainda é tão controverso em nosso mercado? Nos anos 80, diversos negócios baseados em pirâmides inevitavelmente fracassaram, deixando perdas substanciais para milhares de pessoas que acreditaram naqueles modelos, até então pouco conhecidos em nosso país. Essas experiências negativas acabaram por confundir a opinião pública em relação à realidade e seriedade do Marketing Multinível, que nada tem a ver, na prática, com a estrutura de funcionamento frágil que configura as pirâmides, e prejudicaram inclusive a reputação de empresas sérias e com marcas e produtos reais estabelecidos globalmente, que levaram anos para se reposicionarem em nosso mercado, até que conseguissem apagar o legado distorcido deixado pelos líderes que assumiram suas redes na época. A principal característica que configura um sistema piramidal é a comercialização de itens cujo resgate dos valores inicialmente desembolsados pelos membros da “rede piramidal” é inviável, em caso de desistência. O produto ofertado tem pouco ou nenhum valor agregado ou é vendido por um preço fora da realidade do seu real valor de mercado. O foco desses negócios é fazer crescer a rede “pela rede em si”, atraindo pessoas com a venda de produtos, tais como brochuras, cotas em websites pretensamente comerciais, ou mídias gravadas com treinamentos motivacionais, contendo meramente instruções sobre o sistema, instruindo o novo membro da rede como atrair e cadastrar novos membros para sua rede. Outra característica das estruturas piramidais é a oferta de um produto (a título de investimento inicial, kit-início, ou coisa que o valha) a ser adquirido no momento de ingresso na [email protected] [email protected] A principal característica que configura um sistema piramidal é a comercialização de itens cujo resgate dos valores inicialmente desembolsados pelos membros da “rede piramidal” é inviável, em caso de desistência. A r t i g o POR 11 12 rede, por um valor acima do preço médio de mercado para um produto similar, de forma que somente uma pessoa envolvida com o esquema seria capaz de comprá-lo e o único modo de recuperar esse investimento inicial será recrutar novos membros para sua rede direta – estes novos membros também pagarão mais do que deveriam por tais bens. Este valor inicial, desembolsado pelos novos entrantes, é então usado para embasar o esquema da pirâmide, tendo parte de seu montante redistribuído entre os níveis superiores da estrutura, a título de gerar a “remuneração” destes níveis. A seguir, discriminaremos alguns pontos de atenção que podem ajudar a identificar esses esquemas: • Não existência de um produto tangível a ser revendido ou de um serviço real como contrapartida, inviabilizando a devolução de itens e resgate do investimento inicial em caso de desistência. • O apelo e argumentos nas abordagens iniciais para atração de novos membros dão pouca ou nenhuma informação efetiva sobre a empresa, forçando a comprar os produtos e tornar-se um participante para que se possa entender melhor o negócio e conhecer a empresa por trás da proposta. • A descrição do produto ou serviço efetivo a ser negociado pela rede é muito vaga. • Promessas de rendimentos ilimitados e propagadas de maneira vaga e dúbia. • Oferta de produto ou serviço por um preço acima de seu real valor de mercado ou do preço de produtos similares já existentes. • Oferta de renda dependendo especificamente da suposta comissão gerada pelo recrutamento de novos membros ou oriunda de produtos adquiridos para uso próprio, em vez de advir da venda efetiva para consumidores que não são participantes da rede. • A estrutura da “rede” tende a atribuir renda real especificamente para os primeiros membros ou iniciadores do grupo, apontando riscos para o retorno financeiro dos níveis inferiores de “downlines”, em maior número (configurando o desenho piramidal no qual o fluxo de ganhos se concentra sempre no topo). Todo MLM de serviços é Pirâmide? Nos negócios legais, baseados no verdadeiro Marketing Multinível, existe renda efetiva decorrente das vendas de produtos ou serviços aos consumidores que não estão associados ao esquema. Ainda que um forte diferencial seja a atribuição adicional de bônus para o líder da rede, pela captação de novos membros, e o agregado de renda advindo de algum percentual sobre as vendas dos membros de seu grupo, isto não deve ser o essencial para caracterizar o exercício bem-sucedido do negócio por qualquer membro individual. O conceito de venda direta clássico disseminado pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), e pela World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA), estabelece que as empresas que operam no sistema devem atuar comercializando bens que, se adquiridos na compra inicial dos membros autônomos que compõem as estruturas comerciais, resguardem seu direito à desistência do negócio, garantindo a estes a devolução do valor investido na aquisição inicial desses bens, sejam produtos ou direito de uso de um serviço. existe. Uma empresa nova, que não esteja e seja solidamente estabelecida e que promete ganhos mirabolantes e rápidos “sem esforço”, tem maiores chances de ser uma pirâmide ilusória! Avaliamos que nos últimos dois anos houve um grande aumento no surgimento de novas empresas de vendas diretas, que, por nascerem com orçamento e portfólio extremamente modestos, planejaram inaugurar suas operações por meio do MLM, buscando justamente o suposto baixo custo de implantação e a ilusão do rápido crescimento de canal supostamente proporcionado por este modelo. Cuidado com as empresas MLM iniciantes que prometem riqueza fácil Esta definição deve ser interpretada com critério, pois os bens comercializados pelas empresas que adotam o MLM podem ser efetivamente serviços, que são, na prática, bens intangíveis. Há diversas empresas sérias, confiáveis e atrativas que operam mundialmente na venda direta comercializando serviços – mas estas sabem que devem adotar políticas e regras de negócio que obedeçam às regras que garantam o resgate dos investimentos iniciais dos membros da rede, e que devem ofertar bens ou serviços que de fato tenham público e gerem interesse de compra, sem penalizar nenhum nível da rede, em tempo algum, diante de alguma eventual “estagnação” do modelo. Essa visão simplista e oportunista tem criado negócios conduzidos de forma distorcida, e que, justamente por serem baseados em falsas expectativas, acabaram por descuido ou mesmo má-fé descambando para esquemas fraudulentos ou de difícil evolução prática para os membros da rede - inevitável consequência do desespero dos empreendedores que não planejaram seriamente este processo. Cuidado com as empresas MLM iniciantes que prometem riqueza fácil Infelizmente, nem sempre os empreendedores responsáveis por esses negócios entendem que, apesar de não incorrer nos custos de contratação/remuneração dos níveis de gestão representados pela força de vendas demandada no Modelo Mononível ou SL (gerentes de venda, agentes de captação), o MLM é um sistema complexo e sofisticado, que exige a aquisição de um “BackOffice” robusto para sua transparência, manutenção e gestão diária, a qual só é eficiente se for administrada em tempo real. Esse é outro ponto importante que deve ser desmistificado, riqueza fácil não Os membros das redes de MLM sérias e profissionais precisam monitorar 13 on-line e em tempo real a evolução de suas redes, os extratos de apuração e pagamento efetivo de suas comissões e bônus e as condições pendentes para sua evolução e dos demais membros de sua rede nos diversos papéis de liderança oferecidos pelo plano de carreira multinível da empresa que representa. Ainda que existam iniciativas baseadas em regras de MLM simples, ao longo do tempo, em geral estas iniciativas se revelam como aplicação de imitações frágeis, copiadas de modelos MLM bem-sucedidos, dos quais o empreendedor deliberadamente suprimiu regras e condicionantes importantes por julgá-las complicadas - as quais, em algum momento da evolução da rede, farão falta e impactarão negativamente nos resultados. Negligenciar o investimento real exigido na estruturação tecnológica e na aquisição de sistemas de informação e gestão, que devem estar por trás de todo negócio sério baseado no MLM, elimina o potencial de crescimento rápido atribuído ao modelo, pois a ausência de informação rápida, consistente e confiável, desestimula a entrada dos líderes sérios no negócio, reduzindo a atratividade para novos membros, além de dificultar a tomada de decisão dos líderes, enfraquecendo sua gestão e as potenciais ações que estes devem tomar para maximizar o funcionamento do modelo. A falta desses recursos de gestão eficientes mina o trabalho de patrocínio do crescimento e produtividade de cada membro da rede. Não existe uma mágica: a sustentabilidade de uma empresa MLM e de quem entra na rede será consequência direta da existência de um produto ou serviço atraente e vendável a ser comercializado por esta rede, de um mercado para os membros da rede efetivamente atuarem, de ganhos reais decorrentes de percentuais de comissionamento e bonificação competitivos e igualmente atraentes, da adoção de condições comerciais, regras de negócio e planos de carreira claros e confiáveis e, enfim, de processos estruturados voltados à capacitação sistemática dos novos membros pelos líderes das redes. Esses pontos garantirão que o negócio tenha condições de competir com as demais propostas MLM bem estruturadas, que vem competindo pelo mesmo canal autônomo no Brasil – propostas estas conduzidas, em sua grande maioria, por profissionais que buscam espaço e oportunidade para exercer seu perfil empreendedor, principal característica que diferencia a atuação do canal multinível na venda direta. Para onde vai o MLM no Brasil? Avaliamos que, infelizmente, perdura no momento o risco de empresas que ainda não atuam no Brasil ingressarem na Venda Direta por intermédio de empreendedores não ligados diretamente à corporação, os quais podem optar por estabelecer sistemas MLM distorcidos, para acelerar de maneira irresponsável o crescimento dos membros cadastrados. Esta prática é alimentada pelo foco apenas na geração de ganhos proporcionados especificamente por taxas de adesão e bônus de pontuações obtidos pela indicação de novos membros para a rede – processo que fatalmente gera ganhos efetivos para apenas uma parte dessas redes, e durante um período não superior a dois anos, em geral, a parte “de cima” da pirâmide. Uma tendência promissora pode estar em nos espelharmos em várias empresas MLM americanas e algumas brasileiras, que adotam a salutar prática de divulgar periodicamente em seus web sites dados sobre tamanho das redes e seu histórico de atividade, os ganhos brutos, líquidos e as médias de bônus distribuídos, afiançando a lisura de suas operações e modelo. Certamente, sendo a quarta do mundo, a Venda Direta brasileira tem tudo para atingir esse nível, filtrando enfim a conduta das empresas e dos empreendedores que decidirem trazer novos negócios e modelos para nosso país. Uma tendência promissora pode estar em nos espelharmos em várias empresas MLM americanas e algumas brasileiras, que adotam a salutar prática de divulgar periodicamente em seus web sites dados sobre tamanho das redes e seu histórico de atividade, os ganhos brutos, líquidos e as médias de bônus distribuídos, afiançando a lisura de suas operações e modelo. Por fim, consolidando as boas práticas no MLM brasileiro, destacamos que o empreendedor sério tem maturidade suficiente para entender que não existe “almoço grátis” e que “sucesso” só vem antes de “trabalho” no dicionário... Não se pode cair no “canto da sereia” de negócios que prometem ganhos mirabolantes, acima de qualquer investimento estruturado ou indicador econômico estabelecido. Infelizmente, muito do “barulho” que se tem ouvido recentemente em relação às pirâmides vem de pessoas que foram vítimas de sua própria ambição, e que, como acontece com os receptadores de mercadorias roubadas, pensaram inicialmente em levar vantagem – até que foram surpreendidos em sua ganância pelo ganho fácil. Acreditamos que o futuro do MLM no Brasil é promissor e que as verdadeiras empresas MLM de produtos ou serviços vencerão esta etapa. Informe-se e, mesmo informado, não ceda às tentações do momento. Marcelo Alves e Marcelo Pinheiro são consultores, sócios e fundadores da DirectBiz Consultants, empresa de consultoria especializada na Venda Direta, que implanta e desenvolve novas empresas SL, MLM e BL, há quase 16 anos no mercado brasileiro. 14 A polêmica da Telexfree na mídia Rede Globo "compra" a briga contra a Telexfree, depois de manifestações na porta da emissora N o último domingo de junho o programa "Fantástico" da Rede Globo veiculou extensa matéria sobre os problemas enfrentados pela Telexfree, com um viés nitidamente contrário. O tom negativo parece ter sido uma retaliação contra as manifestações que grupos de divulgadores da empresa na porta da emissora, uma semana antes, solicitando a não-veiculação da matéria. Embora a reportagem tenha apresentado também a defesa do diretor da empresa Carlos Costa, a maioria absoluta dos depoimentos foi de pessoas contrárias ao trabalho da Telexfree. Até o fechamento desta edição, em 4 de julho, a Telexfree continuava proibida de operar em todo o território nacional, sob pena de ser multada em R$100.000,00 por cada operação efetuada. Também no SBT Dias antes da veiculação no programa dominical Fantástico da Globo, a rede SBT, do apresentador Sílvio Santos, já havia veiculado denúncias contra a Telexfree. O "Jornal do SBT"- telejornal da emissora em horário nobre- apresentou matéria sobre os problemas iniciais da Telexfree na Justiça do Acre.Foram mostrados depoimentos dos acusadores e também dos defensores da empresa. Ministério da Justiça presa poderá ser multada em mais de R$6 milhões. Defesa da Telexfree A defesa apresentada pelo A polêmica da Telexfree advogado da Telexfree contra extrapolou o âmbito estadual as acusações de formação de no Acre, onde tudo começou. pirâmide disfarçada evoca a A empresa Ympactus Comeratual legislação brasileira. O cial Ltda.ME, a razão social da Dr. Horst Fouchs afirmou em Telexfree, agora começou a ser entrevista que não existe reguinvestigada também no âmbito lamentação para a atividade federal, através do DPDC-Dede marketing multinível no partamento Brasil, portande Proteção to, a Telexfree e Defesa do não pode ser Consumiacusada de fador- órgão zer algo ilegal. da Secretaria E complemenNacional do tou afirmando Consumidor que o artigo 5º do Ministéda Constituirio da Justiça, ção diz o seque instauguinte: "nada rou processo é proibido se À esq. Amaury Oliva administratinão em virtuvo. Denúncias apontaram que de da lei". a empresa estaria violando princípios básicos do CódiDesmentido da Mapfre go de Defesa do Consumidor, Dentro de um plano de como o dever de transparência ação para limpar a imagem e boa-fé nas relações de consuarranhada da Telexfree, o dimo, além de veicular publiciretor Carlos Costa gravou um dade enganosa e abusiva. vídeo informando ter fechado contrato de distribuição com a Um golpe antigo seguradora espanhola Mapfre. O diretor do DPDC, Seu argumento era de que a Amaury Oliva, afirmou em enmultinacional não faria netrevista coletiva que "o sistema gócios com uma empresa em de pirâmide é um golpe antisituação irregular ou que estigo. O problema é que quando vesse cometendo algo ilegal. ela quebra, o prejuízo afeta diMas no dia seguinte a Maversos consumidores e não há pfre publicou em seu site um mais o que fazer. Nosso trabadesmentido, afirmando não lho é com a defesa do consuter nenhuma relação comercial midor para evitar danos". com a Telexfree. A nota esclaSe confirmadas as denúnrece que a empresa apenas encias de prática abusiva, a emviou uma proposta para ven- Diretor Carlos Costa das de seguros por parte de seus distribuidores, mas que a resposta da Mapfre foi negativa. Início no Acre O inferno astral da Telexfree começou em 18 de junho quando a juíza da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, Dra. Thaís Borges, julgou procedente uma ação do Ministério Público do Acre e suspendeu os pagamentos e a adesão de novos contratos à empresa. A magistrada afirmou que a decisão não configura o fim da empresa, apenas suspende as suas atividades durante o processo investigativo. A decisão, que é válida até o julgamento da ação principal, foi mantida no dia 24 de junho, quando o Desembargador Samoel Evangelista, do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) indeferiu o pedido de revisão das sentenças, impetrado pelos advogados da Telexfree. 15 HOJE EM DIA Paulo de Tarso Aragão E-mail: [email protected] Estreia novo artigo com livro de bolso “Nem tudo que é legal, é moral” N a próxima página você vai ler o novo artigo que escrevi com meu posicionamento sobre o problema das pirâmides financeiras que assolam o país. O título é “Nem tudo o que é legal, é moral”, uma frase que me foi dita por um amigo Diamante de uma grande empresa. Neste meu novo trabalho apresento didaticamente os critérios para se analisar a moralidade de uma proposta de marketing. Inicio com um “flashback” na história, mostrando quem foram os precursores das pirâmides atuais, a espanhola Baldomera, no século XIX e o italiano Charles Ponzi, no início do século XX. Livro de bolso Produzi também um livro de bolso (foto da capa) com o mesmo texto, em novo formato de plaquete. Este “booklet” está disponível com um investimento de R$4,80 a unidade, já incluídas as despesas postais de envio. Ou por R$3,80 para pedidos a partir de dez unidades. Parte da renda será revertida para as obras sociais do Instituto Rosa de Saron e do Grupo Calebe, que atende idosos carentes em todo o Brasil, uma das ações sociais da Universal. Os interessados no livro de bolso com o texto “Nem tudo o que é legal, é moral” devem me contatar através do e-mail paulodetarsoaragao@ yahoo.com.br , ou através do meu facebook Paulo de Tarso Aragão ou ainda através do fone (081)8252-6342 VIVO. R$ 4,80 a unidade ou R$ 3,80 a partir de dez unidades AS MELHORES DO MEU FACEBOOK Paulo de Tarso Aragão. Adicione-me e seja o primeiro a saber das últimas Curta também a fanpage do jornal Loucos por Marketing, www.facebook.com/jornalloucospormarketing. Cidiz é denunciada por engano Multinível de roupas afirma ser legítimo Conversei com o Diretor da CIDIZ T i a g o Hurtado, um novo multinível de roupas sediado em Recife,PE, que inclusive é associado à ABEVD, e ele me explicou a sustentabilidade do projeto. Por um lamentável engano, a Cidiz foi erroneamente incluída numa lista de pirâmides financeiras atuantes no estado do Rio Grande do Norte que estão sendo investigadas pelo Ministério Público. O Diretor da Cidiz me explicou pontos da proposta que a legitimam, segundo suas palavras: 1- Não depende de novas adesões 2- Economicamente sustentável 3- Não promete ganhos fixos de investimentos, sendo os ganhos dos distribuidores proporcionais ao seu tranalho 4- Os produtos são roupas, com demanda real. Tiago Hurtado afirmou ser favorável à investigação reali- zada pelo Ministério Público contra as pirâmides financeiras, pois isto, nas suas palavras, " Almoço com o ícone Roberto Portela O velho amigo Roberto Portela assumiu em junho a Diretoria de Expansão Nacional na UP Essência. Por uma feliz coincidência passou um mês na filial de Recife, ministrando treinamentos para as lideranças. Dia desses me convidou para almoçar, onde trocamos figurinhas sobre os acontecimentos atuais. Nos anos noventa, Roberto Portela foi um dos primeiros qualificados a Duplo Diamante no multinível brasileiro, chegando ao nível máximo em duas empresas da época, a Nature´s Sunshine e a Tahitian Noni TNI. Há vários anos Portela ingressou com sucesso no segmento corporativo do mundo multinível. Abevd cria força-tarefa contra pirâmides O órgão máximo do setor das vendas diretas, ABEVD, anunciou em junho a criação de uma força-tarefa para gerir ações legais contra a praga das pirâmides financeiras disfarçadas de supostas empresas de marketing. O trabalho é coordenado pelo Conselho de Ética da ABEVD, que tem reunido regularmente em São Paulo executivos das empresas de marketing engajados nesta causa. Inspiração não fecha e parte para mononível Em maio, através de nota oficial enviada aos seus distribuidores ,a Inspiração Perfumes, sediada no Rio de Janeiro, anunciou o encerramento das suas atividades em 31 de julho, apontando a evasão de líderes para outras empresas e a carga tributária como os fatores determinantes. Porém, em junho, emitiu nova nota alterando a decisão, anunciando a saída do sistema multinível e entrada no sistema mononível. Apenas um dos sócios, o proprietário da fá- brica em SP fornecedora de produtos, continuará à frente da nova Inspiração em mononível. Muqueca Pernambucana com Marcelo Pinheiro Uma muqueca pernambucana foi o prato principal do meu encontro com o super-consultor paulista Marcelo Pinheiro, fundador e CEO da consultoria de vendas diretas DirectBiz. Ele veio à minha cidade para atender a diversos clientes e me convidou para jantar. Além da muqueca, fizeram parte do cardápio a situação atual do mercado de marketing e as previsões para o futuro do setor. Na sobremesa, surgiu convite para eu ir a São Paulo, para ministrar palestra para os dirigentes de um grande cliente da DirectBiz. Marcelo Pinheiro é também colunista deste jornal Loucos por Marketing e junto com seu sócio Marcelo Alves escreveu o antológico artigo apresentado nesta edição. 16 HOJE EM DIA Paulo de Tarso Aragão E-mail: [email protected] Nem tudo que é legal, é moral A r t i g o O primeiro golpe conhecido de pirâmide financeira aconteceu em 1870, na Espanha, criado por Baldomera LarraWetoret, uma mulher que havia sido abandonada pelo marido e lançou um sistema que remunerava 30% ao mês. Fez fama e fortuna, mas depois que o esquema ruiu, morreu pobre em La Habana, Cuba. O italiano Charles Ponzi foi seu seguidor e levou a ideia para os Estados Unidos nos anos 20, onde depois do sucesso inicial do golpe foi preso e deportado para a Itália. Morreu como indigente num hospital do Rio de Janeiro, décadas depois. A pergunta que não quer calar: Mas qual é a linha divisória que separa uma pirâmide financeira de um legítimo trabalho de criação de redes em marketing multinível? Para os neófitos no assunto, nem sempre a resposta é fácil. Imagine se fosse criada uma nova empresa de sandálias hawaianas, onde a taxa de adesão fosse de R$1.000,00, rendesse 60% ao mês sem precisar fazer nada e o novo distribuidor recebesse um par de sandálias apenas. E imagine que esta empresa tivesse CNPJ, endereço real, funcionários e até recolhesse impostos. Seria uma empresa “legal”, dentro da legislação atual? Mas seria também uma proposta de trabalho moral? A resposta sobre legalidade x moralidade iria depender do país onde a tal empresa estivesse instalada. Se a sede fosse num paraíso fiscal, como Panamá ou Ilhas Cayman, provavelmente contaria até com incentivos do des-governo local. Baldomera LarraWetpret Charles Ponzi Mas se estivesse sediada em países como os Estados Unidos ou Inglaterra, seus dirigentes seriam presos, amargando anos na prisão. Então, onde está a diferença? O critério é simples: basta verificar a origem do dinheiro para a remuneração aos distribuidores. Se os pagamentos dos bônus vierem da adesão paga pelas novas pessoas e não da comercialização de produtos/serviços trata-se de um esquema piramidal. Em países como EUA e Inglaterra existem organismos do governo – como a americana SEC- para detectar a formação de pirâmides inclusive no mundo das vendas diretas. Quando identificado o mecanismo piramidal a empresa é fechada com participação da polícia e seus responsáveis presos. O episódio mais recente foi o fechamento da Zeekwards, fechada nos EUA pela SEC, com participação do FBI. Se a sede do hipotético marketing de sandálias havaianas fosse no Brasil , o esquema prosperaria e poderia tomar proporções nacionais. Isso porque não existe regulamentação para a atividade de marketing multinível no Brasil, portanto, a empresa das sandálias não poderia, a priori, ser acusada de fazer algo ilegal.Além disso a legislação contra pirâmi- des financeiras data dos anos cinquenta, quando os tempos eram outros sem, por exemplo, internet e redes sociais. Esta é a razão porque o Brasil tornou-se nos últimos anos o porto seguro para vigaristas internacionais , provenientes dos mais diferentes países, onde já haviam aplicado golpes semelhantes, além dos muitos meliantes nacionais ávidos pelo lucro fácil. Por causa da ausência de uma legislação mais rigorosa, em 2013 foram catalogados no Brasil nada menos que 64 esquemas piramidais, disfarçados de empresas de marketing. mais confundem os neófitos é o fato de que muitas vezes a pirâmide ter um produto ou serviço de fachada, para mascarar os reais procedimentos do esquema. O problema é que mesmo com produtos e serviços de fachada, os bônus pagos aos distribuidores vêm do dinheiro das novas adesões, como toda pirâmide que se preze. O ponto em comum entre todas as pirâmides, desde o início com Baldomera e Charles Ponzi, é prometer altos ganhos sempre com pouco ou nenhum trabalho. Mas o dinheiro só vem antes do trabalho no dicionário, onde a letra “D”,de dinheiro,vem antes da letra “T”, de trabalho. A favor do Marketing do Bem, existe o fato de que pesquisas demonstram que os esquemas piramidais têm duração média apenas de 18 a 24 meses. O primeiro que tornou-se “epidemia”nacional, com nome de passarinho em 2011- precedido por muitos outros sem o mesmo sucesso- durou 20 meses fazendo 250.000 vítimas antes de sofrer infarto fulminante. Em países como EUA e Inglaterra existem organismos do governo para detectar a formação de pirâmides inclusive no mundo das vendas diretas. Todos eles cumprindo as pífias exigências de apenas ter um CNPJ, sede física, etc. E nada mais do que isso. Quer dizer, seriam todas empresas “legais”, mas não são morais, porque o lucro não vem de uma atividade produtiva e sim de uma especulação financeira baseada nas novas adesões. Numa época de tantas propostas de enriquecimento rápido no mundo do (falso) marketing, é difícil para o iniciante distinguir entre a luz e as trevas, entre o legal e o ilegal, entre o moral e o imoral. Um dos pontos que Escrevo em 2013 quando há poucas semanas a Justiça do Acre suspendeu as atividades de um esquema piramidal que funcionava em todo o Brasil, com um suposto serviço de telefonia e que também está sendo investigado pelo Ministério da Justiça...depois de exatos 18 meses. Mesmo que seja conseguida uma liminar para a volta do funcionamento do esquema, será apenas uma sobrevida . De onde se depreende que nem tudo que é legal é moral; e tudo o que é imoral, pode terminar mal.
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vários deles estão presentes nesta edição. Além, como
sempre, das últimas notícias sobre o mundo multinível.
Boa leitura.
O editor
Novembro Dezembro 2010 - Oportunidade Inteligente
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