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1 COLEGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SERRINHA - CONTENDA 2012 2 1.APRESENTAÇÃO......................................................................................................05 1.1 Caracterização da Entidade Escolar...................................................................... 07 1.2 Justificativa..............................................................................................................08 2. MARCO SITUACIONAL............................................................................................11 2.1 Organização da Entidade Escolar........................................................................... 11 2.2 Estrutura Administrativa e Pedagógica da Escola....................................................14 2.3 Ambientes Pedagógicos...........................................................................................18 2.4 Caracterização do Município....................................................................................20 2.5 Caracterização da Comunidade...............................................................................22 2.6 Plano de Formação Continuada para Professores Funcionários.............................23 2.7 Inclusão Escolar e a Realidade Educacional ….......................................................25 2.8 Histórico da Instituição..............................................................................................28 3. MARCO CONCEITUAL.............................................................................................30 3.1 Filosofia do Estabelecimento Escolar.......................................................................30 3.2 Concepção De Campo.............................................................................................32 3.3 Concepção de Ed. No Campo................................................................................. 33 3.4 Concepção de: Conhecimento; sociedade/homem; escola de campo;processo ensino aprendizagem; currículo; avaliação; sala de aula; professor; aluno; diretor.......33 3.5 Princípios Norteadores da Educação.......................................................................45 4.MARCO OPERACIONAL............................................................................................48 4.1 O atendimento à diferença e a diversidade ............................................................ 48 4.2 Diretrizes Curriculares..............................................................................................50 4.3 Processo de Avaliação, classificação, promoção e reclassificação........................ 50 4.4 Conselho de classe..................................................................................................54 4.5 Plano de Ação..........................................................................................................55 4.6 Avaliação institucional do PPP............................................................................... 61 5.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................63 ANEXO I.........................................................................................................................64 ANEXO II........................................................................................................................65 ANEXO III.......................................................................................................................66 3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR …............................................................67 ARTE..............................................................................................................................70 CIÊNCIAS.......................................................................................................................86 EDUCAÇÃO FÍSICA.....................................................................................................117 ENSINO RELIGIOSO...................................................................................................135 GEOGRAFIA................................................................................................................140 HISTÓRIA.....................................................................................................................153 LÍNGUA PORTUGUESA..............................................................................................173 MATEMÁTICA..............................................................................................................228 L.E.M. INGLÊS.............................................................................................................271 BIOLOGIA ....................................................................................................................281 FILOSOFIA...................................................................................................................289 FÍSICA..........................................................................................................................298 QUIMICA......................................................................................................................309 SOCIOLOGIA...............................................................................................................318 C.E.L.E.M. ESPANHOL..............................................................................................326 4 Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos, vamos de mãos dadas (...) Carlos Drummond de Andrade 5 1. APRESENTAÇÃO O Colégio Estadual do Campo Professor Pedro José Puchalski - Ensino Fundamental e Médio, voltada a organização da proposta educativa da escola, apresenta o presente documento, construído no sentido de implementar o programa político pedagógico de fortalecimento da ação administrativa e pedagógica da unidade escolar. Sendo o Projeto Político Pedagógico, documento de articulação, onde decisões sobre as formas necessárias de participação coletiva devem ocorrer a partir das discussões, nascendo no próprio chão da Escola, onde os autores e atores são os sujeitos mais autênticos do processo, luta - se pela construção continua de um projeto de sociedade e de educação que mantêm a coerência entre vínculos internos de resistência a não – aprendizagem e a todas as formas de exclusão social. Podemos considerá- lo como um conjunto de diretrizes políticas, administrativas e técnicas, que norteiam a prática pedagógica da comunidade escolar como um todo. Um instrumento que ajude as pessoas envolvidas a criarem as condições e colocarem em prática aquilo que é especifico da Escola, isto é, o processo ensino – aprendizagem. Sua dimensão política – pedagógica pressupõe uma construção participativa, de vontade coletiva que envolve ativamente os diversos segmentos escolares, devendo mostrar as intenções educativas do Colégio. O Projeto Político Pedagógico não deve ser visto só como um documento que reflete desejos e grandes palavras. Deve se tornar um lugar da memória de uma realidade que é constituída dia a dia. Um lugar no qual se pensa no caminho que esta sendo feito, a partir da reflexão indagadora do conhecimento que é gerado na prática. O Projeto Político Pedagógico não se transforma, assim, um documento, é uma parte da vida da Escola e uma proposta real para continuar aprendendo e melhorando. Nenhuma mudança fundamental acontece gratuitamente, sem esforços, sem luta e sem conflito. Nisso esta também a dimensão política do ato educativo. Assim, da necessidade de saber ouvir para poder dizer, surgiu este projeto que ora apresentamos, sejam uma contribuição para a continuada reflexão que deve acompanhar o fazer da Educação na busca de uma Escola de Qualidade. Muitos serão os desafios a enfrentar, mas a certeza de que importantes passos foram dados para garantir a efetiva participação da comunidade escolar e local da 6 gestão da escola, contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade social do tipo de educação que desejamos ofertar aos educandos, fazendo de cada indivíduo, alicerce para a construção do sonho descrito. 7 1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR Estabelecimento de Ensino: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Código: 0384 Endereço: Avenida José Mosson, S/N Localidade: Serrinha Município/ UF/CEP: Contenda - PR - 83730- 000 Código : 0620 Dependência Administrativa: Estadual NRE: ÁREA METROPOLITANA SUL Código: 03 Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná ATO DE AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA: RESOLUÇÃO Nº 6105/2006 DOE de 09/02/2007 PARECER 3232/2006-CEF AUTORIZAÇÃO DE Funcionamento do Ensino Médio RESOLUÇÃO: 4238/12 Alteração de nomenclatura para Escola de Campo RESOLUÇÃO: 4376/12 PARECER DO NRE DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR: Nº 3232/2006 CEF DE 390/06 DISTÂNCIA DA ESCOLA DO NRE: 45 KM Local : Rural 8 1.2 - JUSTIFICATIVA Acreditamos que o trabalho pedagógico deve ser pautado numa interação constante entre todos os segmentos da Escola, pois assim temos esperança que ocorrerá um significativo avanço no processo ensino – aprendizagem. Ultrapassar os limites do conceito de que a Escola moderna e viva pressupõe uma nova relação entre professores, alunos, funcionários e comunidade e busca sua concretização com ações práticas e envolventes, é o nosso desafio. Compartilhar decisões e conquistar autonomia são os objetivos que vem marcando os horizontes de uma gestão escolar participativa com um olhar para o campo, capaz de identificar o potencial de colaboração de todos os segmentos e colocá- los a serviço de uma educação de qualidade, que não perde a perspectiva da cidadania. Propicia também a construção de novas relações sociais para a formação da Escola como espaço público de decisão capaz de alterar práticas pedagógicas e impulsionar a tão sonhada Escola de qualidade. A questão essencial do Colégio hoje, refere-se à sua qualidade. E a qualidade está diretamente relacionada com o Projeto Político Pedagógico das próprias Escolas que deve ser bastante eficaz na conquista dessa qualidade. O que pretende é vincular o Projeto Político Pedagógico à melhoria da Escola, entendido como a capacidade da instituição para ampliar de maneira simultânea a aprendizagem dos alunos e da comunidade escolar. A educação, é um processo a longo prazo, por isso o Projeto Político Pedagógico das escolas deve estar sempre em construção. Isto requer um novo modo de ver e de fazer a Escola. A integração com as outras instâncias da sociedade parece ser uma necessidade que a Escola busca satisfazer. As Escolas querem falar umas com as outras. A educação participativa e democrática contribui para que os indivíduos construam suas vidas e achem seu lugar na sociedade. E a Escola pública, exercendo uma função articuladora no meio social, pode ser um instrumento nas mãos da comunidade para o enfrentamento de vários problemas. Não se trata de responsabilizar a Escola por esses problemas. Trata- se, de outro lado, de não considerá- la como uma ilha de pureza no mar dos problemas sociais. O que queremos, é a construção de um projeto de sociedade e de 9 educação que pressupõe a participação coletiva de professores, pais, funcionários, diretor, pedagoga e alunos na discussão, na argumentação e na escrita da identidade da Escola. É assumir o controle coletivo do processo educacional na produção de saberes e das relações de poder que pretende elevar a classe trabalhadora à função dirigente. É assim que se pode construir uma Escola democrática. No Paraná , essa Escola já esta sendo construída no envolvimento concreto de educadores, pais, alunos e funcionários, são Escolas onde o aluno sente prazer em ir, estar lá e estudar. Essa Escola não será abandonada e desvalorizada, porque ninguém larga, ninguém abandona o que é seu e o que gosta. Idéias compartilhadas e ações conjuntas levam às realizações que proporcionam satisfação por constatar que a luta compensa e fortalece, sozinhos somos frágeis. O projeto deve ser executado por aqueles que, de alguma forma envolveram se em sua produção por excelência, tem uma função especial nesse contexto. Cabe a eles no dia a dia, implantar o Projeto Político Pedagógico, como também a participação efetiva na necessidade, e não só uma obrigação. Se torna um dever, muitas vezes podemos correr o risco de estar esquecido em uma gaveta da Escola. Ao final, vale a pena lembrar que precisamos reafirmar a utopia da gestão democrática como o lugar que ainda não existe mas pode vir a existir, se desejado e construído coletivamente, precisamos reafirmar o sonho por uma sociedade radicalmente humana, porque sem essa crença, a educação perderá seu sentido e sua razão de ser, pois ela só existe efetivamente como busca da superação que só é possível se for “coletiva”. Falar sobre a educação é falar sobre a única alternativa política e social para que este País encontre a dimensão de sua grandeza e para que o povo que aqui vive encontre dignidade. A construção de um projeto educativo coletivo constitui a identidade de cada Escola e é, sem dúvida, o instrumento primordial que permite uma gestão democrática, desta forma os objetivos que almejamos são: REALIZAR um trabalho efetivo mais próximo aos pais e responsáveis envolvendo as instâncias colegiadas e os órgãos competentes por meio de palestras, reuniões, comunicados, informativos, reduzindo significativamente a evasão escolar e garantindo a permanência na escola e principalmente a aprendizagem dos alunos. 10 AMPLIAR o espaço físico para melhor organização do espaço de aprendizagem a fim de possibilitar aos educandos uma formação mais adequada. OFERECER aos professores e funcionários oportunidades de participar de cursos de formação continuada, garantindo o crescimento profissional, a valorização profissional, bem como garantindo aos educandos aulas mais criativas, enriquecedoras que motivem e estimulem o ensino e a aprendizagem e um desenvolvimento crítico dos alunos. 11 2. MARCO SITUACIONAL 2.1 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR O Colégio Estadual do Campo Professor Pedro José Puchalski - Ensino Fundamental e Médio, trata se de uma escola de Campo no Campo por estar inserida em localidade rural e a maioria dos alunos serem filhos de agricultores. As atividades escolares tiveram inicio no ano de 2007. Atualmente conta com o Ensino Fundamental de 6º a 9º no período vespertino , uma turma de 1ª ano e uma de 2º ano do Ensino Médio que funciona no período noturno. Também oferta o curso do CELEM / Espanhol em período intermediário. O horário das aulas da Escola procura atender aos interesses de aprendizagem e a disponibilidade do transporte escolar: Vespertino 13:20 às 17:45 horas Noturno 18:30 às 22:45 horas No período da tarde funciona 01 turma de 6º ano, 01 turma de 7º, 01 turma de 8º e 01 turma 9º , o 1º ano e o 2º ano do Ensino Médio funciona no período da noite. O 1º e 2º ano do Curso do CELEM é ofertado no período intermediário Tarde/noite. O número de alunos matriculados neste Colégio no ano de 2.010 era um total de 156 alunos do Ensino Fundamental e Médio, em 2011 o total de alunos era de 157, mais 30 alunos matriculados no CELEM, totalizando 187. Atualmente contamos com 112alunos matriculados no Ensino Fundamental, 45no Ensino Médio e 39no CELEM, totalizando 196 em 2012 SÉRIES 5ª A 6ª A 7ª A 8ª A 1ª. A CELEM ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ( 2011) VESPERTINO 37 37 31 24 28 30 12 ENSINO FUNDAMENTAL ANOS 6º A 7º A 8º A 9º A ENSINO MÉDIO 1º A 2º A CELEM/ESPANHOL 1º A 2º A ( 2012) VESPERTINO 22 32 30 28 NOTURNO 21 25 INTERMEDIÁRIO 25 14 A carga horária anual deste Colégio é de 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos e o ano letivo corresponde ao ano civil. A Base Nacional Comum do Ensino Fundamental é composta pelas disciplinas de Português, Matemática, História, Geografia, Ciências, Educação Física, Arte e Ensino Religioso e a Parte Diversificada compreende a disciplina de L.E.M. - Inglês, o Ensino Religioso é ofertado para a 6º e 9º ano. O Ensino Médio tem como Base Nacional Comum: as seguintes disciplinas; Português,Matemática, História, Geografia, Biologia, Física, Química, Sociologia, Filosofia, Educação Física, Arte e a parte diversificada tem a L.E.M. (Língua Estrangeira Inglesa). A normatização do Regimento Interno de nossa Escola é elaborado e baseado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente com a participação e aprovação do Conselho Escolar, membros da APMF, Grêmio Estudantil, Professores, Equipe Administrativa e Equipe Pedagógica. Para vivermos nossa cidadania precisamos conhecer nossos direitos e deveres e interagir em nossa realidade, transformando a se necessário. Para que isso se efetive procuramos manter um ambiente democrático, com a participação do corpo docente, discente, funcionários em geral e comunidade, buscamos sempre o envolvimento dos pais para a complexa tarefa de educar. A hora-atividade é realizada em dias e horários previamente estabelecidos pela direção e equipe docente, para que o “tempo seja bem aproveitado” para elaboração de aulas, planejamento e materiais de apoio, correções de avaliações e trabalhos escolares, pesquisas e leituras pertinentes e quando necessário para discutir com a equipe pedagógica assuntos referentes a alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem para posterior direcionamento de ações incluindo encaminhamento a especialistas se for necessário, com o intuito de melhorar o processo de ensino e aprendizagem. 13 Vários são os desafios da atualidade que a escola enfrenta e que os professores enfrentam na sala de aula, desta forma o professor da atualidade deve ter um novo perfil, ter iniciativa, buscar constantemente crescimento profissional, ser criativo, informado, dinâmico e um eterno pesquisador, além de oferecer além dos conteúdos previstos, novas formas de aprender, proporcionando recuperação paralela de acordo com a necessidade, mediante os conteúdos não aprendidos, priorizando os acertos e não erros. Desta forma cabe aos educadores refletir sobre a prática educativa, lançando mão de ações que de fato contribuam para a qualidade do ensino-aprendizagem, melhorando o desempenho dos alunos tanto nas avaliações internas como nas avaliações externas advindas da Prova Brasil, ENEM. Logo abaixo apresentamos de forma sucinta os dados estatísticos do desempenho dos alunos matriculados em 2009 e 2010. Em 2009o rendimento escolar dos alunos deste estabelecimento foi: SÉRIE Nº DE APROVADOS REPROVADOS ABANDONO ALUNOS 5ª 36 83,34% 13,89% 2,77% 6ª 32 81,25% 18,75% 0,00% 7ª 35 85,71% 8,57% 5,72% 8ª 19 84,21% 5,26% 10,53% TOTAL 122 83,61% 12,30% 4,09% Em 2010 o rendimento escolar doas alunos deste estabelecimento foi: SÉRIE Nº DE ALUNOS APROVADOS REPROVADOS ABANDONO 5ª 40 85,00% 15,00% 0,00% 6ª 36 80,56% 16,67% 2,77% 7ª 33 84,85% 3,03% 12,12% 8ª 30 96,67% 0,00% 3,33% 1ª 15 73,34% 26,66% 0,00% TOTAL 154 85,06% 11,04% 3,90% 14 Em 2011 o rendimento escolar do (as) alunos (as) deste estabelecimento foi: SÉRIE Nº DE ALUNOS APROVADOS REPROVADOS ABANDONO 5ª 36 69,45% 30,55% 0,00% 6ª 37 78,37% 21,63% 0,00% 7ª 30 86,67% 13,33% 0,00% 8ª 25 92,00% 8,00% 0,00% 1ª 27 73,34% 26,66% 0,00% TOTAL 155 81,29% 18,71% 0,00% Partindo desta estatística, pressupõe que é necessário abordar cada vez mais questões que ampliem o desempenho dos alunos, proporcionando aprendizagem significativa e responsável, oferecendo aos alunos novas oportunidades, amenizando e solucionando as dificuldades diagnosticadas. 2.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA DA ESCOLA NOME LICENCIATURA Dirce Bach Chimborski Graduação: CARGO Diretora Educação Física Pós – Graduação: Educação Física Escolar e Atividade Física Adaptada com Magistério Adriane Aparecida Superior. Graduação: Sodré Pedagogia Equipe Pedagógica Pós – Graduação: *Psicopedagogia Institucional e Clínica; *Educação a Distância: Tutoria, Ana Cristina Teider Metodologia e Aprendizagem. Graduação: Bach Pedagogia Pós – Graduação: *Gestão educacional- Organização escolar e trabalho Pedagógico *Educação Especial/Inclusão: Síndromes e Deficiências múltiplas Equipe Pedagógica 15 Ricardo Ramos Albach Graduação: História: Bacharelado e Licenciatura Ivani Graduação: Maria Hamerschmidt Fabio Secretaria/Escola Técnico/Administrativo Gestão Pública Pedroso Ensino Médio Gonçalves Rosilda de Fátima Ensino Médio Camargo Turmina Silvana dos Anjos Graduação: Pinto Agente Educacional I Agente Educacional I Agente Educacional I Administração CORPO DOCENTE ENSINO FUDAMENTAL NOME LICENCIATURA DISCIPLINA Jheiny Bueno Bzuneck Graduação: Arte Arte Não licenciada Leila Thais Cavalim dos Graduação: Licenciatura plena Educação Física Santos Ugendovski Educação Física Pós graduação: Educação especial Regina Scherreier Graduação: Licenciatura plena História Estudos Sociais Habilitação: História Pós graduação: Educação Inclusiva Silmara Horning Graduação:Licenciatura plena Letras/Português Letras/Francês Pós graduação: Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira; Especialização em Literatura Brasileira e História Nacional. L. Portuguesa 16 Sirleiy Maria Kohler Graduação: Licenciatura plena L. Portuguesa Ganzert Letras Pós graduação: Metodologia de Ensino de 1º e 2º Graus. Ozenice Almira de Melo Graduação:Licenciatura plena Letras com habilitação Inglês em Português/Inglês Lais Terezinha Szczypior Graduação:Licenciatura plena Cordeiro Ciências Biológicas Ciências Pós – Graduação: Metodologia do Ensino Eunice Mello da Silva Graduação:Licenciatura plena Geografia Estudos Sociais Regina Scherreier Graduação:Licenciatura plena Ensino Religioso História Pós graduação Julio Cesar Borkovski Graduação:Licenciatura plena Matemática Matemática Pós – Graduação: Magistério Superior CORPO DOCENTE ENSINO MÉDIO NOME LICENCIATURA Jheiny Bueno Bzuneck Graduação: Arte DISCIPLINA Arte Não licenciada Fabiana Baunel Canofer Graduação: Licenciatura plena Biologia Ciencias Biológicas Leila Thais Cavalim dos Graduação: Licenciatura plena Santos Ugendovski Educação Física Pós graduação: Educação Especial Educação Física 17 Fernanda de Lima Graduação: Licenciatura plena Física Matemática:Não licenciada Leila Bach Graduação: Administração Geografia Geografia: Não Licenciada Luiz Guilherme Brunatto Graduação: Licenciatura Plena Historia História Ozenice Almira de Melo Graduação: Licenciatura Plena Inglês Letras com habilitação em Português/Inglês Sirlei Maria Kohler Graduação: Licenciatura Plena Ganzert Letras L. Português Pós graduação: Magistério de 1º e 2º Graus. Fabiana Baunel Canofer Graduação: Licenciatura plena Química Ciencias Biológicas Julio cesar borkovski Graduação: Licenciatura plena Matemática Matemática Pós graduação: Magistério Superior Cristina de Fátima Graduação: Serviço Social- Monteiro Bacharelado Filosofia e Sociologia CORPO DOCENTE CELEM NOME LICENCIATURA Miriam do Nascimetno de Graduação: Paula Licenciatura plena Letras/Espanhol Pós – Graduação: Alfabetização e letramento. DISCIPLINA Espanhol 18 2.3 AMBIENTES PEDAGÓGICOS “A Escola precisa se reinventar” As mudanças são necessárias para que as nossas tecnologias de informação e comunicação favoreça a aprendizagem. Não dá para ficar fora. A internet esta aí. E vem aumentando a comunicação entre estudantes e professor, mesmo fora da sala de aula, por meio de sites com conteúdos elaborado pelo próprio corpo docente. Ficará comprometida a pedagogia que não assuma incorporação tecnológica. Embora a tecnologia seja, um recurso, seu uso correto pode transformar –se num princípio pedagógico que vai dinamizar a “ação”, a “interatividade”, a produtividade e o prazer do aluno em usá-la e, se possível dominá- la. A inclusão digital nos dá o amplo acesso à tecnologia, sua apropriação facilita o desenvolvimento na modernidade de modo geral. A mesma possibilita ao aluno a comunicação rápida em grandes instâncias, ter ideias, expressá- las como autores e publicar seus escritos no mundo virtual. As novas tecnologias estão modernizando e dinamizando o ambiente escolar pedagógico. LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA Vivemos neste País uma situação paradoxal quanto ao ensino. Enquanto nos discursos pedagógicos e políticos ninguém seja capaz de negar a importância social de abordar, em todos os níveis pedagógicos, o conhecimento científico e biotecnológico. É um fato público e notório que o conhecimento científico e tecnológico, em nossas escolas, ocupa um lugar secundário, por uma série de razões, tendo em vista que, a maioria dos alunos não tem acesso a internet ficando condicionado à usala na escola a qual nem sempre funciona. Um consenso entre a comunidade científica e educacional é que o docente carrega a maior parte da responsabilidade em garantir a aprendizagem dos alunos, porém a formação científica de nossos professores necessitam de aperfeiçoamento constante. Pois, seus conhecimentos e conteúdos tecnológicos ainda caminham lentamente. Sendo assim, a abordagem prática poderia ser considerada não só como 19 ferramenta do ensino na problematização dos conteúdos como também ser utilizada não como um fim em si só, enfatizando a necessidade de mudança de atitude para com a natureza e seus recursos, pois, além de sua relevância disciplinar, possui profunda significância no âmbito social. Neste contexto, buscou se caracterizar um estilo de trabalho através dos quais os alunos possam se apropriar de conteúdos, procedimentos e atitudes científicas. Este processo, é a ação científica em si, como possibilidade de aprendizagem e estimuladora de busca individual ao saber científico e tecnológico. RECURSOS TECNOLÓGICOS O impacto das novas tecnologias da informação e da comunicação produziu uma mudança revolucionária na vida das sociedades contemporâneas e consequentemente uma nova organização de trabalho onde é necessário um profissional informado, capacitado e especializado. Diante desses avanços os projetos educativos devem responder às demandas do sistema produtivo procurando garantir uma formação básica de qualidade para todos os cidadãos. Como o Colégio é responsável pelo preparo das novas gerações e sua incorporação ao mundo do trabalho, uma das formas que ela pode se valer para dar respostas às exigências do mundo produtivo é utilizar como recurso pedagógico alguns aspectos que se refiram ao conhecimento e ao uso das novas tecnologias da informação. O colégio já se dispõe de vários recursos tecnológicos; tais como: laboratório de informática para professores e alunos televisão e DVD, retro projetor, Receiver com som ambiente para todas as salas. Porém, ainda necessitamos de um espaço suficientemente adequado para instalarmos com privacidade, uma vez que biblioteca, laboratório, sala dos professores e almoxarifado funciona no mesmo espaço. BIBLIOTECA É um espaço fundamental dentro de uma escola, uma ferramenta importante. Sua função não é a de depósito de livro nem de conhecimento. Pode ser considerado um centro de disseminação de saber, de cultura. Deve ser um espaço de cultura, e o aluno precisa ter acesso ao livro, ao jornal e outros. No momento ainda nos encontramos em prédio municipal, o qual não nos 20 permite por falta de espaço físico uma sala destinada só para este fim, mas dentro de nossas possibilidades organizamos um espaço junto ao laboratório de informática, com os acervos que atualmente somam 1.100 obras e assim estimula-se o hábito da leitura. O espaço serve como mais um degrau na longa escada que é o processo educacional, afinal, é ali que o aluno tem uma das oportunidades para criar o hábito da leitura prazerosa. 2.4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO Contenda está situada no 1º planalto de Curitiba, fazendo parte integrante da Área Metropolitana, localizado a 45 Km ao sul da Capital do Estado do Paraná, sendo atravessado pela BR 476 e tendo como limites os Municípios de Balsa Nova e Araucária ao Norte, Quitandinha e Lapa ao Sul, Mandirituba e Araucária ao Leste e Lapa a Oeste. A área territorial do Município de Contenda é de 344, 758 Km. Altitude de 878,17m acima do nível do mar, latitude 25º 43 e longitude 40º 30. Segundo a classificação de Koeppen, nosso clima frio com verões amenos e inverno rigoroso, incidência de geadas severas e ocasionalmente neve. A umidade relativa do ar é elevado (clima subtropical). Sua temperatura média é de 15º a 20ºC. O solo apresenta declive variável, classificado como forte - ondulado. A presença de rochas sedimentares formou solos com desiguais texturas. Existem solos arenosos, porém o predomínio é do solo argiloso. Rios principais: Iguaçu, Contenda e Isabel Alves. As condições climáticas e do solo contribuem para o desenvolvimento de florestas ficando o campo em segundo lugar. Predomina a floresta subtropical Perenifólia e sub perenifólia, que apresenta em geral em três níveis, sendo o superior constituído por Araucárias, Imbuía, Cedro, Canela. Grande parte do Município já foi desmatado, e resta quase que exclusivamente as áreas de preservação, os locais de difícil acesso ou os de grande declividade guardando a vegetação nativa e pequenos capões. As espécies que aqui habitam são quase as mesmas distribuídas por toda a Região Sul. 21 Não se sabe com certeza quem foram os primeiros moradores do nosso solo, porém há indícios de que aqui viviam índios tinguis e guaranis, depois portugueses e espanhóis, depois caboclos, cafuzos e mamelucos. Diz se também que essas terras faziam parte de uma das quatro sesmarias concedidas por El - Rei de Portugal aos portugueses Ignácio da Costa e Leandro da Costa (1740); Manoel da Luz (1751) e Antônio Gonçalves dos Reis (1767). Em meados de 1890, registra se a chegada de colonos poloneses e alemães em nosso território. Os comerciantes João Soares Franco e Constantino Soares da Silva, são considerados os fundadores da cidade e aqui se estabeleceram com uma casa de comercio de gêneros diversos e compra de cereais e erva mate, e, sua chegada deu início à colonização propriamente dita, além de que no ano de 1894 chegaram também os poloneses na colônia Serrinha, a beira da estrada geral que ligava Curitiba a Lapa. Nossa economia gira principalmente em torno da produção agrícola, porém, Contenda está expandindo o progresso na Área econômica contando com grande representação nas atividades pecuárias, industriais, comércio de ferramentas e implementos agrícolas, calçados e vestuários, fertilizantes e adubos. Sendo Contenda uma região de colonização Europeia, caracteriza se pela predominância de pequenas propriedades e pela atividade agrícola. Na cultura agrícola predomina o plantio de milho, feijão e batata. A concentração demográfica na área territorial de Contenda é de aproximadamente 16 habitantes por quilômetros quadrados. A estimativa populacional atual é em torno de 16.000 habitantes e segundo dados do Ipardes a maior parte da população concentra se na área urbana. Em relação à Educação, o município de Contenda tem como estrutura educacional atendimento e administração de duas redes de ensino: a rede Pública Municipal e a Estadual. Na região central do município funciona o Colégio Estadual Miguel Franco Filho – E.F.M., no Distrito de Catanduvas do Sul, região retirada, zona rural, funciona o Colégio Estadual Dr. Adhelmar Sicuro – Ensino Fundamental e Médio, no bairro Jardim São João, a Escola Estadual Vereador Doutor Francisco Cordeiro – Ensino Fundamental (6ª à 9ª série). 22 2.5 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE A comunidade onde a escola está inserida, é essencialmente agrícola. Os moradores da região apresentam um quadro econômico de nível médio baixo, buscando alternativas de subsistência em outros locais. Há uma carência em relação à creche para acolher as crianças menores enquanto as mães vão para o trabalho, sendo necessário locomover crianças de idades menores até à creche localizada no centro da cidade, isto é, quando encontram vagas. Quando não, os irmãos maiores precisam ficar em casa tomando conta de seus irmãos, sendo obrigados a faltar na Escola ou impedindo algumas mães de trabalharem para ajudar no orçamento doméstico. Consideramos este, um dos grandes problemas, encontrados pela escola. Nestes casos, quando acontecem, imediatamente são chamados os pais ou se necessário acionado o Conselho Tutelar, com o intuito de solucionar imediatamente este problema. Muitas vezes a própria escola assume o papel de Assistência Social, acompanhando o aluno a tratamentos de saúde, por falta de outros interessados. As pessoas da comunidade são atendidas no Posto da Saúde Pública, que é equipado para este fim, com um médico (P.S.F), enfermeira, uma dentista e auxiliar, para atender tratamentos agendados antecipadamente ou de emergências. Vários de nossos alunos são usuários deste Programa Saúde da Família, tanto para emergências, como tratamento completo, na medida do possível. Na maioria dos casos quando esta população precisa de Assistência Médica, odontológica ou outras, é necessário dirigir se até o Departamento de Saúde ou Hospital Público no centro da cidade. Ainda nessa região, encontramos áreas ocupadas por plantações diversas, um dos pontos que diferencia se da área urbana, pois muitos de nossos alunos vivenciam uma ligação direta com a terra e seus frutos, maneiras de plantio, seres vivos diversos, trazendo uma grande fonte de conhecimento. Estamos inseridos também em meio a outros cenários um tanto diferentes e que se colocam aqueles que revelam a diversidade de culturas, tanto no aspecto ético, moral, religioso, como também sócio – econômico. Os alunos se utilizam dos veículos do transporte escolar municipal que ajuda a minimizar o problema de acesso à escola, garantindo a permanência do aluno na escola. A formação sócio cultural das famílias é de Ensino Fundamental incompleto e uma porcentagem muito pequena possui o Ensino Superior ou está em curso, sendo a 23 média de renda de 01 salário mínimo mensal. A maioria apresenta carências tais como: alimentação, moradia e lazer, influenciando sobremaneira no aprendizado e no comportamento. Ressalta se como ponto positivo a participação da APMF( Associação de Pais, Mestres e Funcionários), Comunidade, Conselho Escolar e Conselho Tutelar que apoiam e colaboram com as importantes ações beneficentes, promovidas pela Escola . Ao final de cada bimestre os pais dos alunos são convocados, para reunião de entrega de boletins com a presença dos professores, direção, equipe pedagógica e administrativa que expõem a metodologia das aulas, as dificuldades diagnosticadas e discutem as ações para novos encaminhamentos que viabilizem o melhor desempenho da aprendizagem sanando e amenizando os problemas detectados. No entanto a escola é vista pela comunidade como espaço aberto e o nível de satisfação dos pais e comunidade em relação ao ensino e aprendizagem é excelente. Desta forma, percebe-se que a escola tem uma grande e importante parcela de responsabilidade com a educação destes alunos, de maneira que, possamos elevar as expectativas das famílias e alunos reconhecendo as limitações, e oferecendo oportunidades de emancipação e de formação de cidadão crítico e comprometido com a realidade que o cerca. Evitando casos de exclusão e sanando situações de desemprego, violência e preconceito. Reconhecendo no aluno um ser concreto que trás inúmeras informações, sua própria história de vida e acima de tudo a vontade de aprender. Cabe à equipe da escola fazer a diferença, lutar e acreditar num ensino melhor e de qualidade. 2.6 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS A capacitação para professores e funcionários é permanente, pois sempre que convidados ou convocados pelo Núcleo da Área Metropolitana Sul, como também outro órgão sempre procuram participar, mostrando assim um grande comprometimento com o ensino e com a qualidade da educação, demonstrando na prática os novos conhecimentos adquiridos. A Escola assume um compromisso com a comunidade escolar, e por este motivo, é necessário que todos sigam na mesma trilha, construindo novos 24 conhecimentos, valorizando a sua história, as vitórias, as derrotas e fazendo a cada dia uma nova história, um novo desafio a ser enfrentado e superado por todos que acreditam e que possuem o conhecimento para fazer a diferença. Encontramos em nossas atividades diárias, crianças e adolescentes que convivem com os mais diversos recursos. Diante desse fato, também torna necessária a capacitação de professores, a fim de que esse público seja plenamente atendido e orientado. A aprendizagem deve estar voltada para um trabalho em equipe e requer uma postura flexível e criativa. Os educadores devem procurar o autoconhecimento para uma evolução pessoal e também, a comunicação em todos os níveis sociais, para desenvolverem uma visão abrangente da realidade. Assim estarão aptos a interagir em grupos, aberto às novas e mais inusitadas soluções para atender às necessidades da educação. Em nosso calendário escolar estão previstos encontros para planejamentos, replanejamentos, semana pedagógica, os quais acontecem em toda a rede estadual de ensino, e tendem a contribuir de forma eficiente e significativa para o crescimento profissional e o sucesso no ensino e aprendizagem. Com referência ao P.P.P.(Projeto Político Pedagógico) estamos sempre realizando encontros pedagógicos com a comunidade escolar, para discutir e planejar novas ações que venham de encontro com as prioridades destacadas no ambiente escolar, tanto em nível estrutural, financeiro como em nível pedagógico, como temas da atualidade e informações sobre o processo de inclusão. A comunicação entre a comunidade escolar se faz também através de conversas informais, reuniões extraordinárias quando se fazem necessárias, palestras por pessoas convidadas de nosso município ou vindas de outras localidades, apresentações feitas pelos alunos em datas comemorativas orientadas pelos professores e equipe administrativa, que ocorrem no decorrer do ano, deixando como registro e estímulo a todos. Com os cursos promovidos pela SEED, o que se espera é um aperfeiçoamento profissional, capacitando professores e funcionários a explorar os recursos disponíveis e qualificando sua atuação em sala de aula. Quanto ao PORTAL DIA-A-DIA DA EDUCAÇÃO, este é uma oportunidade de acesso a todos os professores e funcionários, pois contempla todos os conteúdos da Educação Básica, tornando o ambiente pedagógico colaborativo, uma fonte completa e em construção que vem subsidiar, gratuitamente, educadores de todo o país. 25 Existe ainda um serviço de e-mail, disponível a todos os professores da Rede Estadual de Educação, o qual é o meio de comunicação oficial utilizado pela SEED e também um recurso de interação que possibilita a troca de informações entre os educadores do Estado do Paraná. O Governo do Estado do Paraná por meio da Secretaria de Estado da Educação está buscou com o Programa “Paraná Digital” e com o “Portal Dia-a-Dia educação” difundir o uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) com a ampliação das Coordenações Regionais de Tecnologia na Educação e com o repasse de computadores, com conectividade e a criação de um ambiente virtual para a Criação/Interação/Publicação de dados provenientes das Escolas Públicas do estado do Paraná. Para tanto, uma ação que se faz necessária é a atualização e expansão dos laboratórios de informática na prática educativa com a adequação do seu espaço físico para a instalação de uma infra-estrutura de alarme, lógica e elétrica para rede local de informática. 2.7 INCLUSÃO ESCOLAR E A REALIDADE EDUCACIONAL A Deliberação nº 02/03 normatiza a Educação Especial no Estado do Paraná, assegurando a oferta de apoios e serviços pedagógicos especializados aos alunos com necessidades educacionais especiais, atendendo às especificidades socioeconômicas e culturais dos diferentes municípios do Estado. É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos . (Carvalho, 2000, p.17) “ Qualquer prática de inclusão precisa estar firmemente embasada na suposição inicial de que todas as crianças devem ser educadas em Escolas regulares. Deve se reconhecer que os obstáculos à inclusão estão na Escola e na sociedade, e não na criança (Peter Mittler) “A compartimentação do nosso olhar sobre o problema da aprendizagem, dividido entre saúde e educação, inúmeras vezes apresentam um desserviço do entendimento e tratamento do indivíduo em questão.” (Pires) 26 A inclusão pressupõe integração e solidariedade, cabe ressaltar que direitos iguais e atitudes politicamente corretas não são suficientes para sua implantação nas Escolas. É necessário conhecimento e formação com o intuito de estabelecer metodologias e estratégias de ensino e aprendizagem, garantindo além do acesso e permanência a Aprendizagem significativa. Na Escola inclusiva, a identidade se constrói com a valorização das qualidades de cada um dos estudantes. Para que a inclusão de fato aconteça de maneira mais adequada é preciso uma reestruturação das Escolas, tanto por parte dos governantes municipais, como estaduais, tanto na estrutura física, como no âmbito pedagógico envolvendo todos no processo de inclusão. O movimento pela inclusão educacional cresceu e nos faz refletir a enorme responsabilidade que temos em atender as especificidades de cada aluno no processo educacional, propondo metodologias inovadoras e oferecendo condições para o desenvolvimento pleno e a aprendizagem de qualidade. A Escola muitas vezes passa a desempenhar um papel ambíguo frente à diversidade, pois ao mesmo tempo em que acolhe os alunos com dificuldades, não consegue oferecer as condições necessárias para sua inclusão e educação. Aquela escola que sonhamos, que queremos construir deve ser um espaço acolhedor que garanta o acesso, a permanência e os avanços efetivos na aprendizagem do aluno. Nesta escola as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à diversidade é o eixo norteador da inclusão educacional. A colaboração, o comprometimento e a iniciativa de todos os segmentos são essenciais. Pessoas que “vestem a camisa” trabalham em harmonia produzindo mais e melhor. A identidade se constrói com a valorização das qualidades de cada um dos estudantes. Para que a inclusão de fato seja efetuada, é importante haver maturidade de profissional na busca de um trabalho efetivo, de uma vivência para a construção do conhecimento, com capacidade de desenvolver recursos próprios para lidar com a frustração das possibilidades de insucessos. Todos os envolvidos da Escola devem conhecer a maneira como o aluno aprende para ensiná- lo em todos os aspectos necessários. Embora sabendo que muito já está sendo feito pela inclusão; como contratação de professores especialistas concursados para área de Educação Especial; ofertas de 27 cursos de capacitação e expansão de apoios especializados, ainda em nossa Escola é um sonho, mas que com força de vontade e muita garra, conseguiremos chegar a este ideal. A Lei nº 9394/2006 - LDB – respalda, enseja transformação requerida pelo e oferece elementos para Colégio de modo que atenda aos princípios que a orientam. Devemos ter o cuidado, para que a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais ocorra dentro de nossa Escola, em classes comuns, há uma grande necessidade de organização da forma a oferecer possibilidades objetivas de aprendizagem, a todos os alunos, especialmente àqueles portadores de deficiências. Matéria tão complexa como a de direito à educação das pessoas que apresentam algum tipo de deficiência requer fundamentação nos seguintes princípios: a preservação da dignidade humana; a busca da identidade; o exercício da cidadania. Temos consciência que não podemos esperar que todas as condições existam para começar a inclusão, pois é um processo gradativo, complexo, que tem que ser construído aos poucos, mas devemos procurar cada vez mais trazer recursos para ofertar atendimento especializado. A questão da inclusão deve ser trabalhada com muito esforço, responsabilidade e afinco. É um processo de perspectiva transformadora e ajustes flexíveis. Está claro que o aluno terá diversas oportunidades de aprendizado, porém temos que levar em consideração os obstáculos que ainda encontramos. Devemos manter um trabalho de conscientização e acolhimento permanente, procurando sempre no dia a dia, em reuniões e encontros com pais, responsáveis, alunos, profissionais, funcionários e membros da comunidade mostrar que o desafio é que faz a diferença. De um lado estão os que defendem o direito de criança e do adolescente especial em estudar em escolas comuns, acreditando que isso levará a uma abertura da escola à diversidade e contribuirá para o desenvolvimento social desses alunos. Do outro lado, o argumento é que certos graus de deficiência não permitem a inclusão ´que não há preparo de professores e estrutura, especialmente na rede pública de ensino, para receber estes alunos. De outro lado temos consciência que não podemos deixar que o aluno saia de uma Escola onde há um atendimento que necessita, para 28 não correr o risco de ao invés de incluir, excluir ainda mais não somos contrários a inclusão, mas como já dissemos de uma forma muito bem refletida e responsável. Segundo o que consta, há casos mostrando que o desafio da inclusão já foi vencido, capacitando em várias áreas professores. Isto mostra o verdadeiro conceito da educação inclusiva, que é proporcionar à pessoa com necessidades especiais o ensino necessário e a oportunidade de conviver em sociedade e desempenhar funções que lhe são possíveis. 2.8 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO No espaço físico onde funciona o Colégio Estadual do Campo Professor Pedro José Puchalski - Ensino Fundamental e Médio, funciona também, a Escola Municipal Profª Paulina Urbanik Stabach - Ensino Fundamental que foi inaugurada em 19 de julho de 1988. O terreno onde foi construído o referido Estabelecimento de ensino foi doado pelo Sr. Carlos Eugênio Stabach e sua esposa Srª Jane Beatriz Stabach, recebendo esta denominação em homenagem à mãe do doador do terreno e uma das professoras da comunidade, mulher de larga visão e que anteviu o progresso da vila em sua época. No ano de 2006, observou- se a necessidade de termos o Ensino Fundamental de 5ª`a 8ª série. Em memória ao primeiro professor da comunidade escolhemos o nome de Pedro José Puchalski para denominar a nossa Escola. Pedro José Puchalski nasceu em 06/01/1906, em São Mateus do Sul, Estado do Paraná. Filho do casal João e Leocádia Puchalski, e descendentes de imigrantes poloneses. Sempre teve uma vida humilde e religiosa. Desde pequeno teve consciência da importância do trabalho e dos estudos, cuja formação cultural teve no Seminário Arquidiocesano de Curitiba onde estudou. Aos 24 anos de idade, casou se com Leonora Popija e com esta teve 14 filhos. Iniciou a carreira do magistério em 1928 trabalhando em Ouro Verde (hoje Canoinhas) - Estado de Santa Catarina. No ano de 1930, juntamente com sua família, fixou residência na localidade de Serrinha, município de Contenda - Paraná lecionando para crianças de curso primário. Inclusive, parte desse período, lecionou aulas da língua polonesa em 29 contra turno escolar, conforme proposta de educação nacional da época a qual visava o fortalecimento das tradições dos descendentes de povos imigrantes. Perdendo parte de sua visão, veio a aposentar se proporcionalmente em 26/07/1957 e definitivamente em 20/12/1959. Além das atividades de magistério, Pedro José Puchalski se dedicou também à lavoura, à catequese e trabalhou como zelador da igreja da comunidade por aproximadamente 40 anos. Foi fundador do coral polonês da igreja, sendo organista do mesmo. Fiel à fé que herdara de seus pais e aos ensinamentos cristãos aprendidos no Seminário Arquidiocesano, o professor sempre se dedicou ao próximo e esteve ao lado dos carentes e dos enfermos da comunidade. Dedicação, amor e principalmente a fé, são as palavras que resumem a biografia do professor e líder comunitário Pedro José Puchalski, que faleceu em 21/01/1991 em Contenda Paraná. 30 3.0 MARCO CONCEITUAL 3.1 FILOSOFIA DO ESTABELECIMENTO ESCOLAR A escola historicamente tem sido vista como uma das principais instituições responsáveis pela formação das gerações. Entretanto, faz se necessário que a escola do campo não só cumpra sua responsabilidade de transmissão de conhecimento historicamente acumulado às novas gerações, mas também que garanta o acesso ao conhecimento socialmente útil a classe trabalhadora do campo, a fim de que ele possa desenvolver se em todas as dimensões como garantia de realização de seus projetos de vida, produtores de conhecimentos onde bem desenvolvidos permitam as pessoas transitarem livremente no mundo atual compreendendo se criticamente. A escola do campo deve ser vista como um lugar emancipado que conceba uma realidade local específica como fruto também de vários enfrentamentos do contexto amplo da sociedade onde a escola posiciona se como um instrumento a mais, produtora de práticas educativas, que aponta para uma educação de caráter emancipatório, humanizador capaz de levar nossos alunos a fazer toda uma leitura de mundo e se posicione nesse processo, como um sujeito ativo em sua relação transformadora com a natureza e a sociedade e mais,que o sujeito também se transforme Ressignificar a cultura do campo é fortalece a identidade da escola, valorizando os elementos do contexto local, produzindo conhecimentos a partir da problematização, respeitando os saberes dos alunos oriundos do campo, valorizando a sua realidade, associando os saberes de sua experiência com saberes curriculares, bem como valorizando e resgatando a diversidade cultural. Assim a educação deve ajudar a formar, construir e fortalecer identidades. Formar sujeitos, dentro de seus valores, cultura, modo de vida. Para tal não se objetiva a destruição dos conteúdos curriculares, mas a sua reconstrução a partir de um contexto diferente, entendendo que os mesmos devem formar as pessoas para conhecer o mundo e nele interferir de maneira autônoma e coerente. A educação do campo deve ser uma educação diferenciada, mas acima de tudo voltada para a formação de seus sujeitos, afim de que possam interferir em sua realidade na busca de uma vida humana mais plena. Porém também é importante que eduquemos os jovens do campo, embasados num currículo que os levem a pensar e agir não apenas sobre questões 31 ligadas a esta realidade específica e adotando uma ideia ingênua de que todos permanecerão no campo. Uma demanda, irá sair e, em princípio não tem nada de ruim nisso. O importante é que o jovem, a partir do conhecimento adquirido e sistematizado pela escola, se aproprie dos mecanismos e dos processos de mudanças que o levam a sair do campo. O desafio da educação é, pois, ajudá-lo a compreender estes fenômenos e, assim, entender sua realidade e fundamentalmente que ele aprenda a refletir para que em outra realidade, em outra situação, ou outra escola, ele saiba acima de tudo pensar. Seguindo tal pensamento, o Colégio Professor Pedo José Puchalski tem compromisso de respeitar os saberes dos seus educandos, aproveitar sua experiência, discutir sua realidade, associar os saberes curriculares e a experiência social que eles têm, valorizar e resgatar a diversidade cultural, enriquecer assim o conhecimento, pois ao mesmo tempo em que se ensina estamos num aprender. melhor, O educando nem pior que chega a a do escola trazendo professor, aprenderão juntos, um com o outro, para isso pois uma cultura constante que não é em sala de aula os dois lados torna se necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar num ambiente de respeito, solidário, com direitos e deveres bem claros. É importante que educador e educandos assumam a postura do diálogo e da curiosidade compreendendo o papel desta como sendo impulso para produção do conhecimento.. É preciso também planejar ações educativas da mesma maneira como se planejam outras dimensões da vida e da sociedade em geral. O cuidado e respeito para com a natureza é questão de sobrevivência, que o ser humano seja visto como parte integrante do ambiente e não uma espécie diferente que tem o direito de utilizar e explora - lá de forma irresponsável. Vivemos também grandes mudanças recentes na organização do trabalho, causadas pelos avanços não só da tecnologia, mas da ciência e suas descobertas. Há necessidade de uma nova reflexão urgente voltada para os desafios sociais da humanidade neste inicio de milênio. Portanto, devemos ter consciência de que a Escola e todos seus envolvidos cabem significativa parcela de responsabilidade numa proposta de educação de qualidade, democrática, que forme cidadãos autônomos, críticos, participativos, que busque a qualidade de vida, seja capaz de inovar, desafiar, proporem alternativas e que saiba lidar e respeitar as diferenças, reforçando assim ou 32 despertando ainda o sentimento de cidadania, muitas vezes ameaçado. Dessa forma sua principal contribuição é construir uma ponte entre o mundo real, isto é, o das sociedades modernas em constantes transformações, e o mundo da escola, que tem diante de si a tarefa de formar cidadãos tenham a possibilidade de escolha, decisão. Decidir é poder. Cabe à sociedade proporcionar, à Escola conduzir, educar para a vida, conquistando e encontrando os meios para que cada um se aproprie da parcela de poder que lhe dizer respeito. Enfim, neste barco, estamos todos nós, direção, professores, alunos, pais, funcionários, comunidade. Sabemos do valor da educação e de tudo faremos para que nossos alunos tenham o melhor aprendizado. Se cada um executar bem a sua tarefa, chegaremos ao ideal almejado. E que jamais seja esquecido que o foco principal da Escola precisa ser o de mediador da construção do conhecimento. Esperamos que esse caminhar, seja feito lado a lado – Escola – Família – Comunidade, pois temos objetivo comum: “EDUCAÇÃO COM QUALIDADE PARA UM MUNDO MELHOR”. 3. 2 CONCEPÇÃO DE CAMPO A compreensão de campo Segundo a DCE da Educação do Campo, vai além de uma definição jurídica. Configura um conceito político ao considerar as particularidades dos sujeitos e não apenas sua localização espacial geográfica. Caracteriza-se os povos do campo sujeitos que relacionam-se com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão de obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vinculo com a rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico. A identidade dos povos do campo comporta categorias sociais como posseiros, boia-fria, ribeirinhos, assentados, acampados arrendatários, pequenos proprietários ou colonos ou sitiantes- dependendo da região do país em que estejam- caboclos dos faxinais, comunidades negras, rurais, indígenas( DCE Ed. Do campo p. 24 e 25). quilombolas e, também, as etnias 33 3.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO NO CAMPO Forjado pelos movimentos sociais no final do seculo XX a concepção de campo ganha sentido em referencia a identidade e cultura dos povos do campo, valorizandoos como sujeitos que possuem laços culturais, da produção de conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência. Porém ainda predomina a concepção de que o campo é o lugar prosaico do atraso, um espaço territorial inferior e desprovido da modernidade atribuída a cidade, um lugar sem futuro. Por conseguinte a educação do campo tem sido historicamente marginalizada na construção de políticas públicas por descaracterizar a identidade dos povos do campo, no sentido do distanciamento do seu universo cultural, visto que tais políticas, parte do principio que o espaço urbano serve de modelo ideal para o desenvolvimento humano. Para romper com o estigma de que no campo, a educação é empobrecida há necessidade de incutir na população rural a valorização do homem do campo,cuja identidade e manifestações socioculturais sejam valorizadas, que o campo seja visto como espaço de transformação pelo trabalho e desenvolvimento. Nesse sentido, pensar o projeto politico do Colégio Estadual do Campo Professor Pedro José Puchalski, os profissionais que nele atuam requer uma reflexão a respeito do Currículo Escolar. Devem, no seu trabalho, levar em conta princípios e saberes universalmente consagrados, ao mesmo tempo em que não podem prescindir da compreensão de que o campo possui especificidades que devem ser levados em conta no processo educativo. 3.4 CONCEPÇÃO DE: CONHECIMENTO; SOCIEDADE/HOMEM; ESCOLA DE CAMPO; PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM; CURRICULO; AVALIAÇÃO; SALA DE AULA; PROFESSOR; ALUNO; DIRETOR. Conhecimento Saber adquirido, produzido pelo homem, ao longo de sua história, variável, inacabado em constante transformação e mudanças. Segundo Moran (2009), para conhecer é preciso haver interação, comunicação, ter contato com a informação é o primeiro passo para conhecer. Conhecer é estabelecer relações, integrar, contextualizar, internalizar. Conhecer é saber, descobrir, é ir além da superfície, do previsível, daquilo que está fora, apropriar-se. O processo de 34 interação externa e interna leva ao conhecimento, aprofundando-se através da comunicação aberta e confiante. O autor ressalta que o educando precisa ser estimulado a buscar várias fontes de informação tornando-se co-autor do processo de aquisição do conhecimento e de sua escolarização, superando a passividade e levando a um processo de formação pessoal baseado na interatividade, tornando-se um cidadão cada vez mais participativo, critico e transformador da realidade a partir da sabedoria adquirida durante este processo. Portanto cabe ao Colégio Estadual do Campo Pedro José Puchalski proporcionar condições para que as aprendizagens tornem-se significativas, possibilitando aos seus alunos, professores e toda a comunidade desenvolver-se com as mais diversas tecnologias e oferecer-lhes novas metodologias, articulando o conhecimento com a realidade a qual estão inseridos, garantindo o envolvimento no processo e a formação mais critica, que contribua para o crescimento pessoal e do mundo em que vive. Esta instituição tem como papel imprescindível à busca pela formação educativa das novas gerações, pois,é através dela que se pode ter o conhecimento e a realização da Educação do Campo na procura de um projeto de vida e de sociedade mais humana. “Assumir a função primordial da escola: educar, ensinar / aprender, e dinamizar os conteúdos curriculares de maneira a provocar a participação do aluno”. (VEIGA, 1998) . Sociedade/Homem Toda sociedade precisa de educação, não é preciso insistir muito nessa exigência de cunho histórico, antropológico. A nossa espécie que precisa de aprendizagem. Vale acrescentar, ainda que a organização do trabalho pedagógico da escola tem a ver com a organização da sociedade. A escola nessa perspectiva é vista como instituição social, inserida na sociedade capitalista, que reflete no seu interior as determinações e contradições dessa sociedade. Se de um lado, a sociedade precisa da ação dos educadores para a concretização de seus fins, de outro, os educadores precisam do dimensionamento político do projeto social para que a situação tenha real significação como mediação do 35 processo humanizador dos educandos. HOMEM – Com efeito, o homem visto de uma perspectiva históricoantropológica é um ser de relações: ele se relaciona com a natureza, com os outros homens e consigo mesmo. Sua existência se da efetivamente através de atividades, através da ação, da pratica, através das mediações nas quais essas relações se concretizam e tomam forma real. Assim a verdadeira essência do homem não mais se constitui sob a forma de uma entidade metafísica nem sob forma de uma pura realidade físico- biológica. O homem tem um jeito especificamente humano de realizar sua humanidade. Ele é, de fato, um ser em sua prática, de sua ação histórica. É assim um ser que vai se criando no espaço social e no espaço histórico. Não é apenas uma realidade dada, pronta e acabada, mas um sujeito que vai construindo aos poucos sua própria realidade. Tornar viável a existência dos homens, uma dada realidade histórica e social, significa hoje construir a efetiva cidadania. É garantir a todos os indivíduos humanos sem qualquer forma de discriminação, as condições para o exercício pleno de todas essas práticas, de modo a que possa ser um produtor e fruidor dos bens naturais, dos bens sociais e dos bens culturais de sua sociedade. Com efeito, a condição da cidadania exige o efetivo compartilhar das mediações existenciais, por sua vez realizável. O homem deste novo milênio nasce na prática da reconstrução revolucionária da sociedade é caracterizado no compromisso com a causa e defesa dos interesses do Povo . A responsabilidade no cumprimento do dever, não importa a tarefa que nos caiba, é um sinal do homem novo e da mulher nova. O sentido da solidariedade, não somente com o nosso povo, mas também com todos os povos que lutam pela sua libertação. Participar, conscientemente, nos esforços da reconstrução nacional é um dever que o homem exige de si mesmo. Estudar, como um dever revolucionário, pensar certo, desenvolver a curiosidade diante da realidade a ser melhor conhecida, criar e recriar, criticar com justeza e aceitar as criticas construtivas, combater as atividades antipopulares. Participando mais e mais na luta pela reconstrução nacional, vamos fazer nascer em nós mesmos o homem novo e a nova mulher. Para Gadotti, o professor caminha lado a lado com a transformação da sociedade, não é um ente abstrato, ausente, mas uma presença atuante, participante e "dirigente", que organiza, concretiza a ideologia da classe que representa esperança. De acordo com o Parecer CNE – Nº 4/98 – CEB / Aprovado em 29/01/98, a nação brasileira através de suas instituições, e no âmbito de seus entes federativos 36 em assumindo, vigorosamente, responsabilidades crescentes para que a Educação Básica, demanda primeira das sociedades democráticas, seja prioridade nacional como garantia inalienável do exercício da cidadania plena. A conquista da cidadania plena, fruto de direitos e deveres reconhecidos na Constituição Federal, portanto, da Educação Básica, constituída pela Educação Infantil, Fundamental e Média, como exposto no seu artigo 6º. “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão” Paulo Freire Escola de Campo Segundo as Diretrizes da Educação do Campo a escola é um local de apropriação de conhecimentos científicos construídos historicamente pela humanidade e local de produção de conhecimentos que se dão entre o mundo da ciência e o mundo da vida cotidiana.. Em se tratando de escola de campo os povos querem que a escola seja o local que possibilite a ampliação dos conhecimentos historicamente construídos e tais aspectos podem ser pontos de partida do processo pedagógico, mas nunca o ponto de chegada. O desafio é lançado ao professor, a quem compete definir os conhecimentos locais e aqueles historicamente acumulados que devem ser trabalhados nos diferentes momentos pedagógicos. Nesse sentido, a escola deve oferecer os instrumentos para a compreensão do meio no qual o sujeito está inserido e desenvolver no aluno a versatilidade, criatividade e a capacidade de aprender preparando o para viver de forma plena, consciente, crítica e solidária exercendo sua cidadania e buscando a construção de uma sociedade mais justa seja no campo ou em outro local. A função social da escola pública de campo no contexto social é garantir a todos, igualdade, condições de acesso, permanência e ensino de qualidade a todos, isto é, apropriação dos conteúdos básicos que tenham ressonância na vida dos educandos. É preciso estar atento, que a finalidade da Escola, que seria a de educar, esta sendo estendida. Não basta só passar conteúdo é necessário relaciona lo à realidade, 37 ao cotidiano, à pratica do dia-a-dia. Por isso, a Escola deve ser um laboratório no qual se aprenda a analisar o mundo, e é essa capacidade que os alunos deveriam alcançar no maior grau possível ao final de seus estudos. Deve ser um canteiro que permita o germinar de uma pluralidade de ideias e de projetos pedagógicos, onde se consiga uma unidade entre a teoria e prática. É o espaço fundamental para o desenvolvimento e formação sócio – cultural e educacional da criança e do adolescente. Segundo “Luckesi”, a Escola tem que acolher e nutrir nos seus processos, ficando autônoma, trabalhando no sentido de libertar. Segundo “DUBET”, é importante ressaltar a função precípua da Escola como “agência formadora”, não apenas de mentes recheadas de informações e conhecimentos, mas de sujeitos completos, dotados de valores, atitudes, comportamentos, enfim de qualificações que constituem os recursos básicos para a vida em comum dos cidadãos de uma determinada sociedade, não importando sua origem e também não importando seu desempenho em tarefas escolares específicas que podem ou não estar vinculadas essencialmente a seus recursos básicos, mas que não podem ser decisivas para o julgamento e a classificação dos alunos envolvidos como “ganhadores e perdedores”. É ao lado destes que se alinha “DUBET”, chamando a tenção para o modo como estamos preparados para enfrentar esse desafio, se queremos que a Escola seja a mesma FORMADORA DE TODOS, especialmente daqueles cujas famílias não têm os recursos sociais e culturais necessários para a formação do sujeito cidadão. A Escola não deve selecionar apenas os mais capazes e deixar de lado os que têm dificuldades para aprender, mas precisa incorporar todos os alunos, criando várias possibilidades de estudo. A Escola, para nós, deverá sempre representar um espaço democrático e emancipatório por excelência, constitui se, juntamente com a família, em extraordinária agência de socialização do ser humano, destinada aos propósitos de formação, valorização e respeito ao semelhante. É sobretudo na Escola que a criança e o adolescente encontra condições de enriquecimento no campo das relações interpessoais, de desenvolvimento do senso crítico, de consciência da responsabilidade social, do sentimento de solidariedade e de participação, de exercício da criatividade, de manifestação franca e livre do pensamento, de desenvolvimento, enfim das suas potencialidades e talentos, em necessário preparo ao pleno exercício da cidadania. É necessário iniciativas através da Escola para garantir a permanência do aluno 38 no sistema educacional, conscientizando o da importância da educação em sua vida e para seu futuro, mantendo contato frequente e direto com os pais ou responsáveis, enfatizando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos. Segundo Fernando Hernandez “ A Escola precisa três coisas fundamentais. Uma é, que todo mundo – rico, pobre, preto, branco, homem, mulher, encontre ali seu lugar para aprender . Outra, é que a Escola tem que ajudar a criança a perceber o mundo em que está vivendo e ela mesma. O terceiro ponto é que a Escola não é uma instituição que trata com alunos, mas trata com sujeitos, que têm biografia, identidade e que estão se preparando para viver o mundo hoje e não o mundo amanhã. É preciso dar a esses meninos critérios para que saibam onde estão vivendo. O modo de fazer, o professor descobre, explora, decide. Esses pontos definiram quais são as finalidades da educação, hoje.” Uma Escola de qualidade, além de ser direito de todos, é um dos elementos básicos da vida social e da cultura. Processo Ensino Aprendizagem Entendendo se, que a aprendizagem é, um processo de construção do conhecimento, onde o professor tem uma grande importância na intervenção do mesmo, é necessário que nas relações de aprendizagem se promovam o espírito criativo e inovador, a capacidade de síntese e análise lógica. Assim, o aluno deve ser visto, tal como ele é, com sua realidade - suas necessidades, suas possibilidades e expectativas e o professor juntamente com o aluno deverá construir o tipo de ensino - aprendizagem ideal. E, com base nos dados captados, utilizar de forma flexível os mais variados recursos didáticos, atendendo as características de cada situação. O conhecimento historicamente construído é um direito de todos, e se não passa pelo conteúdo nunca chegaremos ao conhecimento. É a forma que o ser humano encontrou para traduzir os seus potenciais, para se tornar capaz de definir seu projeto de vida e transforma - lá em realidade. Segundo VYGOTSKI, aprender é desenvolver, assim como o desenvolvimento só é concebível como aprendizagem, isto é, o desenvolvimento humano é uma identidade intrínseca fundamental. A afetividade é um dos grandes motores da ação que leva ao conhecimento. O 39 princípio é este: “Se gosto, aprendo”. Quanto maior e mais diversificado for o contato do aluno com a realidade, mais se abrem os horizontes e os interesses pelo conhecimento. É evidente que, através do conhecimento, o mundo adquire outra dimensão, garantindo se desta forma a dinâmica dialética entre ciência e realidade, entre sociedade e cidadania. Currículo Pensar no currículo é pensar a Escola e a ousadia de lutar. É pensar a vida, a vida é a ousadia de lutar; a luta é, um instrumento coletivo e a Escola é, o local da organização desta ,para a vida. Construir um currículo exige uma compreensão de totalidade e profundidade sobre a função social da Escola. Um novo PENSAR, novo AGIR. Conhecimento escolar e experiência de aprendizagem representam os dois sentidos mais usuais da palavra currículo, no primeiro sentido, que é também o dominante, o currículo é visto em termos do conhecimento tratado pedagógica e didaticamente pela escola e que, se pretende que seja aprendido e aplicado pelo aluno. Segundo a Diretriz Curricular da Educação do Campo, os saberes localizam-se em dois planos: os saberes da experiencia trazida por todos os envolvidos na escola, sejam : alunos, corpo docente somados aos específicos da cada área do conhecimento e aos gerais. A fim de que se efetive a valorização da cultura do campo na escola, é necessário repensar a organização dos saberes escolares; isto é, os conteúdos específicos a serem trabalhados. As experiencias apresentadas pelos professores sinalizam que esta organização pode se dar em duas formas: A primeira forma ocorre no interior das diferentes disciplinas da BNC, articulando os conteúdos sistematizados com a realidade do campo. A segunda ocorre pela criação de disciplinas para compor a parte diversificada da matriz curricular. Porém é importante salientar que a educação do Campo não ocorre se simplesmente criarmos disciplinas para a parte diversificada, mas sim se elas tratarem de conhecimentos específicos do povo do campo, que não são respondidos pelas disciplinas da Base Comum como por exemplo o desenvolvimento rural, a agroecologia e outros. Desta forma, é fundamental 40 assegurar que a realidade do campo, com suas diversidade, esteja presente em toda a organização curricular. É importante também que a escola desenvolva uma cultura de indagações que leve a quebra de paradigmas, que leve a superação do modo tradicional, autoritário e enciclopédico , como dizia Paulo Freire é necessário superar a educação bancária. Do fazer pedagógico. Em se tratando da educação do campo, a pesquisa é essencial para que se desvelem as relações sociais de produção, os saberes que estão presentes no cotidiano do trabalho, da organização política, da negociação econômica dos produtos. a pesquisa apresenta-se como um recurso na elaboração de encaminhamentos metodológicos na educação do campo. Pode se dar no plano individual, coletivo, mediante o diálogo, a indagação, o registro e a sistematização das informações. O comprometimento dos educadores das áreas afins,num primeiro momento garantirá a qualidade de “aproximação” disciplinar para que em seguida ocorra a interdisciplinaridade, o fazer diferente. Pensar em formas alternativas de como encaminhar as práticas pedagógicas é uma forma de rever e prever novas possibilidades educacionais. O importante é que o professor planeja o que será pesquisado, para que os alunos não fiquem na mera descrição dos acontecimentos dos quais participam todos os dias. Enfim a organização dos saberes escolares pode seguir diferentes encaminhamentos metodológicos, desde que haja clareza de qual é a concepção de educação do campo que se quer desenvolver. Avaliação É parte integrante e fundamental do processo educacional. Deve ser um processo, ou seja, acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas formas: trabalhos individuais,atividades que possam ser um ”diagnóstico” do processo pedagógico em desenvolvimento. É importante também que o aluno ajude a escolher a forma como será avaliado, o que leva a um maior comprometimento de todos os envolvidos no processo. Não deve se deter apenas na aprendizagem do aluno, mas a Escola como um todo. Todos os segmentos da comunidade escolar, participando da construção de critérios, conhecendo os instrumentos e o que está sendo avaliado. Muito mais do que uma verificação para fins de notas, a avaliação é um 41 diagnóstico do processo pedagógico, do ponto de vista dos conteúdos trabalhados, dos objetivos, e da apropriação e produção de conhecimentos. É um diagnóstico que faz emergir os aspectos que precisam ser modificados na prática pedagógica. Deve haver na Escola uma organização que permita ao aluno caminhar em seu estágio e sem retrocessos, construindo o conhecimento de acordo com suas características pessoais. A avaliação, no caso, encarrega se da função fundamental de informar e dar consciência ao professor de como os alunos estão caminhando nesse processo, para poder reorienta los e tomar decisões cabíveis. Um procedimento essencial para que se quer construir é a escuta: escutar os povos do campo, a sua sabedoria, as suas críticas;escutar os educandos com relação à escola e à sala de aula; escutar as carências expostas pelos professores das escolas do campo. No âmbito da educação do campo segundo as Diretrizes do Campo, objetiva-se que o estudo tenha a investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que valorize singularidades regionais e localize características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e políticas dos povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares do país. De acordo com Luckesi, (2008), “o avaliador tem interesse em melhorar aquilo que ele (o aluno) já adquiriu . O examinador, ao contrário, classifica tendo em vista o resultado”. Desse modo “o real objetivo da avaliação é conhecer o que os alunos sa bem, quanto sabem e o quão distante ou perto estão dos objetivos educacionais que lhes foram propostos”. Se o professor avalia o aluno e o aluno avalia o professor continuamente, passando tarefas menores, gradativas e sequenciais, pode verificar com clareza a aprendizagem do aluno em vários momentos e de forma complementar. Sala de Aula Poderá ser entendida, como lugar onde alunos e professores se reúnem para iniciar atividades pedagógicas, lúdicas e processos de aprendizagem. Lugar da reflexão, da transmissão e produção de conhecimento, onde os alunos iniciam uma viagem pelas trilhas do conhecimento, que é infinito. Deve ser um espaço, que provoque no aluno, o desejo do fazer, do pensar, do 42 criar e de transformar. Um espaço sagrado em que o aluno merece ser valorizado e incensado pelo afeto e pelo saber. Mas, para que isso se concretize a escola deverá levar em consideração o desejo de seus alunos, de sua comunidade, o que ensinar, adequando os conteúdos com suas necessidades, trazendo aí o sentido, a razão que irá justificar todo o esforço, toda dificuldade de se fazer aluno, aquilo que antes era dor passa a prazer. Deverá também ser o lugar onde um ato interessado e amigo deve orientar as relações entre mestres e alunos, onde à amizade se traduz pelo respeito à diferença do outro, pela admiração tanto do saber do mestre quanto do desejo do saber do aluno. Assim sendo, a sala de aula educa, quando, pelo trabalho da razão nela exercitado, alimenta se a esperança na transformação de cada um e da sociedade em direção aos sonhos dos homens, rumo a um horizonte melhor. O desafio está em saber que a cada nova turma surgem outras experiências de vida, outros anseios, outras expectativas. Em suma, é preciso saber que tudo muda e, se assim é, a forma de dar aula também tem de mudar. A sala de aula deve ser prazerosa e bastante ativa. Segundo “MORIN”, a sala de aula é um fenômeno complexo, que abriga uma diversidade de ânimos, culturas, classes sociais e econômicas e também sentimentos. Professor Aos velhos e jovens professores, aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz. Ser professor, é um privilégio. Ser professor, é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser professor, é ser condutores de almas e de sonhos, é lapidar. (Gabriel Chalita) É, por excelência, o articulador do sentido: através do trabalho com o conhecimento ajuda as novas gerações a atribuírem sentido ao mundo que vivem. Tem uma riqueza em suas mãos, que é o conhecimento, mas que deve estar sempre atualizado, ligado diretamente à visão social do mundo, pois é a chave para motivar o aluno a abrir portas para o ainda ignorado. 43 É aquele que conduz pelos caminhos da vida, cooperando, seja em nível pessoal, na aquisição de conhecimento, exercitando valores cívicos e morais, seja na vida social, nos direitos e deveres que constroem a vida política e social, habilitando o aluno para, no amanhã, participar da construção da sociedade. É fundamental que, o professor seja um apaixonado pelo que faz, que ele seduza o aluno para a beleza do mundo. Professor é para servir de espelho, para inspirar segurança, para fazer perguntas que desconsertam, instigam, fazem refletir. É aquele que ajuda no ato de educar, ensina a pensar, cobra resultados, acompanha o crescimento. A grande responsabilidade, para a construção de uma Escola cidadã, está nas mãos do professor. Hoje cada vez é maior a necessidade de uma formação que prepare o professor para dar respostas diferentes, dependendo da realidade da criança e de suas necessidades. É preciso saber fazer a transposição didática dos conhecimentos universais que serão ensinados em sala de aula, transformando os em conhecimentos significativos para os alunos, quaisquer que sejam suas origens e condições sócio econômicas. Sua formação contínua é a condição necessária para uma educação de qualidade. É necessário desempenhar o papel de “aprendente” para ser um bom “ensinante”. Em se tratando de professores atuantes em escolas de campo poucos cursos de licenciaturas, tem-se estabelecidos qualquer discussão sobre o modo de vida campo, pressupondo que o modo de vida urbano prevalece em todas as relações sociais e econômicas brasileiras. Da mesma maneira, a maioria dos cursos de formação continuada, segundo informações descritas no Caderno de Diretrizes do Campo (2010) deixa de valorizar a educação do campo. Uma saída é o poder publico valorizar iniciativas das universidades em parcerias com os movimentos sociais, pois a partir delas a formação inicial e/ou continuada poderá ser incrementada, pela difusão de conhecimentos que possibilitam aos professores valorizar o campo bem como sua cultura local. Outro ponto a ser percebido é que o professor precisa manifestar a atitude de disposição em sua prática sendo necessário que seja sujeito do processo pedagógico, sinta-se sujeito, queira ser sujeito. Freire concebia a formação continuada do professor como sendo a prática do seu objeto de estudo, reflita-a coletivamente e à luz de teoria, recriando-o permanentemente. Isto implica um passado que se faz história, um presente em 44 permanente transformação e um futuro a ser construído. “Ser professor, hoje, é viver intensamente o seu tempo, com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem professores. Eles fazem fluir o saber”.(Moacir Gadotti) Aluno Deve ser o centro de todas as atenções de uma escola. Tudo deve se realizar em função do aluno, caso contrário não haveria o porque da existência de uma escola. Queremos formar um aluno que se aproprie do conhecimento científico e tecnológico, possibilitando lhe assim a compreensão do mundo e suas transformações, das relações existentes entre ciência, tecnologia e sociedade e, ainda, o reconhecimento de si mesmo como parte do universo e como indivíduo, tornando se um cidadão competente, informado e crítico. Cada aluno traz de seu universo, uma experiência, que pode ser um laboratório espetacular para o professor, mas para isso a autonomia deve ser respeitada. As histórias de vida servem como sinalizadores do potencial que o aluno possui, marca da riqueza humana que deve ser explorada. Respeito ao aluno é o elemento fundamental a ser obedecido se quer formar uma geração com capacidade simultânea de sonhar e de executar. Não se pode esquecer que a heterogeneidade e não a homogeneidade é um principio valorizado na LDB. O aluno, como todo ser humano, precisa de afeto para se sentir valorizado. A figura do aluno, elemento ativo no processo de ensino, não pode deixar de estar presente como ser reflexivo em processo de formação, como os demais profissionais. Neste contexto o debate na escola sobre educação no campo, trabalho e qualidade de vida deve fazer parte do cotidiano escolar , transformando o rural em um ambiente próspero e sustentável para os jovens , propiciando condições viáveis para construírem a partir dos ensinamentos da escola seuss projetos de vida. Diretor “ No principio era o jardineiro. E o jardineiro criou as rosas. E tendo criado as rosas, criou a chácara e o jardim, com todas as coisas que neles vivem para a glória e contemplação das rosas. (Machado de Assis) 45 O Diretor deve ser um agente de motivação . Tem a responsabilidade de ser um guia, um cargo de liderança: sob sua responsabilidade atuam professores, alunos, pedagogo, funcionários, família e membros de outros segmentos da comunidade. É necessário como gestor que atue como um líder democrático que consiga fazer com que cada pessoa envolvida no processo possa dar o melhor de si. Deve ser um articulador de todas essas variáveis e sua imagem como interprete de um papel institucional que, lhe garante o direito de cobrar e de tomar medidas para o bem estar de todos. Ressalta se a importância de saber lidar com as relações de poder no interior da Escola, onde se torna cada vez mais a participação do aluno, numa perspectiva em que emergem os conflitos situados entre as concepções de autoridade e autoritarismo. Essa tarefa leva o a caracterizar se por um perfil de mediador, que exige equilíbrio profissional, para líder com as decisões entre alunos, corpo docente, comunidade e Estado. Além disso deve intervir para que o professor se sinta motivado, para que o aluno se sinta feliz, para que o espaço de convivência seja agradável. O gestor precisa focar todos os lados de uma Escola, sensibilidade para lidar com os conflitos e resolver os problemas com competência. Deve atender a instituição como uma organização que prepara o aluno e que busca a melhoria da educação. 3.5 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO • EDUCAÇÃO COMO DIREITO DE TODO O CIDADÃO A escola de qualidade, além de ser direito de todos é um dos elementos básicos da vida social e da cultural. Criar cada vez mais uma escola cidadã, participativa, prazerosa e aprendente, consequentemente mais humanizada. Organizar ou reorganizar seu currículo (flexível), participativo. A escola só será democrática quando tivermos uma sociedade democrática. • VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR E DE TODOS OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO A qualidade do ensino ministrado no Colégio e seu sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país relacionam se estreitamente a formação (inicial e continuada), condições de trabalho 46 (recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução do número de alunos por turmas em sala de aula etc.),e a remuneração, aperfeiçoamento constante dos envolvidos com os mesmos elementos esses indispensáveis a profissionalização do magistério. O reforço à valorização dos profissionais da educação, garantindo lhes o direito ao aperfeiçoamento profissional permanente, significa “valorizar a experiência e o conhecimento que os professores têm a partir de sua prática pedagógica.” A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na qualidade e na competência dos profissionais, mas também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com as escolas e seus projetos. Este segmento é o articulador e organizador do trabalho pedagógico na escola. Seu espaço de atuação é amplo, visto que atua de forma integrada junto à direção, à equipe técnico-administrativa, aos professores, aos alunos e à família, com intencionalidade ou objetivos de trabalho sempre voltados para o sucesso do processo ensino-aprendizagem. Junto com a Direção, a Equipe Pedagógica deve assegurar a construção coletiva e a execução do Projeto Político Pedagógico da escola. • O TRABALHO COLETIVO Trabalhar coletivamente não significa estarem todos reunidos no mesmo lugar e, hora fazendo a mesma coisa. O trabalho coletivo se configura quando todos atuam de forma articulada, tendo como norteadores de seus práticos princípios, metas e objetivos comuns, definidos e estabelecidos conjuntamente. É essa interação que leva ao comprometimento está a participação de todos nos momentos de êxito como também nos de fracassos. • GESTÃO DEMOCRÁTICA Participar da gestão da escola significa que todos devem ser efetivamente participantes do processo em todos os aspectos: físico, intelectual, cultural e político. “Uma escola é o que são os seus gestores, os seus educadores, os pais dos estudantes, os estudantes e a comunidade. A 'cara da escola' decorre da ação 47 conjunta de todos esses elementos.” ( LUCKESI, 2007, p.15). Significa praticar uma gestão que envolve todos os segmentos em torno dos mesmos objetivos. Para isso é preciso que todos falem a mesma linguagem, que existam direitos iguais e efetiva união entre todos. O processo educativo necessita ser gestado coletivamente. A escola e seu entorno precisam estar em sintonia. Nesse sentido, faz se necessário maior entrosamento entre a família dos alunos e a escola, pois é nessa troca de experiências e anseios que se efetiva a gestão participativa, onde, juntos, todos decidem o que é melhor para a escola. A participação efetiva da família na vida da escola dependerá de um convite “motivador”. É através dessa participação que a família terá clareza da importância social da escola, não como espaço assistencialista, e sim, como espaço de produção de conhecimento e apropriação do saber científico e de referência de valores, onde podem ser discutidos temas como drogas, violência, sexualidade, ética, família, política e outros. Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e abrange a dimensão pedagógica, administrativa e financeira. “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.” ( PAULO FREIRE, 1987, p. 78) 48 4.0 MARCO OPERACIONAL 4.1 O ATENDIMENTO À DIFERENÇA E À DIVERSIDADE “ Na Escola que estamos construindo, as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à diversidade é o eixo norteador da inclusão educacional.” De acordo com a Res. CNE/CEB nº 02 de 11/09/2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a educação de alunos que apresentem necessidades especiais, na educação básica, em todas as suas etapas e modalidades. Por educação especial, modalidade da Educação Escolar, entende se um processo educacional definido na proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação. Como modalidade das etapas da Educação Básica, a Educação Especial considera as situações singulares, os perfis dos estudantes, as características bio psicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pautará por princípios éticos, políticos e estéticos. A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, em classes comuns exige que a escola regular se organize de forma a oferecer possibilidades objetivas de aprendizagem, a todos os alunos, especialmente aqueles com necessidades especiais. No momento atual, a educação encontra-se entrelaçada pelas perspectivas do paradigma da inclusão, que busca valorizar e reconhecer a diversidade e o direito à educação a todos os alunos, assim como promover um processo de construção de sistemas educacionais acessíveis a todos, inclusive para aqueles que possuem uma deficiência. Com a inclusão educacional, as escolas devem respeitar a diversidade, possibilitar a todos os alunos o seu acesso, preparar-se para receberem estes alunos e responder às necessidades educacionais de cada um deles. Um dos fatores que a escola deve preocupar-se é a preparação em relação a sua acessibilidade física. De acordo com Referenciais para a construção de Sistemas Educacionais Inclusivos, a acessibilidade é um dos primeiros requisitos que possibilita a todos aos alunos o acesso à escola porque proporciona a todos os alunos com 49 dificuldades de locomoção, transitar e utilizar com funcionalidade todos os ambientes escolares. Em relação ao acesso físico que as escolas devem oferecer, pode-se considerar o direito de locomoção de todos os alunos, em toda a escola e, para isto, devem oferecer condições de acessibilidade física. Os ambientes devem ser constituídos por uma estrutura física adequada que garanta o bom desempenho nas atividades ligadas à locomoção, independente das restrições ou habilidades que um aluno possa apresentar. Assim, as escolas devem oferecer, a todos, igualdade de condições para acesso, permanência e acessibilidade física adequada, para que obtenha uma circulação com mais segurança, confiança e comodidade. As escolas parecem ter incorporado algumas características de acessibilidade física para receber alunos cadeirantes, tais como: corredores amplos, portões e portas pelas quais podem passar usuários de cadeira de rodas, cuidado com desníveis que foram providos por rampas. Porém, algumas condições ainda necessitam ser mais bem projetadas para atender as diferentes características e necessidades dos alunos, como, por exemplo, banheiros e bebedouros adaptados, remoção de degraus, cuidado com pisos lisos. O impasse mostra como as redes ainda têm dificuldades e dúvidas para atender o aluno com deficiência. No entanto, as escolas precisam se preparar para receber esses estudantes, que devem ser cada vez mais presentes nas escolas comuns. Isso porque a política brasileira de inclusão do aluno com deficiência visa expandir as fronteiras de convívio e abrir-se para além do sistema de educação especial. A frequência de classes normais é, desse ponto de vista, a melhor forma de integrá-los à comunidade e valorizar suas diferenças. As adaptações para receber o aluno com deficiência não devem ser feitas apenas na estrutura da escola; a mais importante delas é a acessibilidade de atitude, "Sem essa postura dos educadores, de acolhimento da diferença, não haverá escolas inclusivas. Não dá para pensar que apenas uma rampa e um elevador já garantam a inclusão do estudante", os alunos com deficiência não podem permanecer em núcleos de reclusão dentro da própria escola. A partir de observação constata-se a necessidade de se colocar em pratica os programas e utilizar os recursos disponíveis que atendam a essa problemática e para tanto se faz necessário um entendimento profundo sobre o mesmo. A acessibilidade é um direito do cidadão, portanto deve ser respeitada e viabilizada. 50 4.2 DIRETRIZES CURRICULARES As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná As Diretrizes Curriculares para a educação pública do Estado do Paraná chegaram às escolas a aproximadamente oito anos como um documento oficial que traz a característica principal de sua construção: a horizontalidade, pois contou com a participação de todas as escolas e Núcleos Regionais de Educação do Estado, e faz ressoar nela as vozes de todos os professores das escolas públicas paranaenses. Este é um documento que traça estratégias que visam nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do conhecimento pelos estudantes da rede pública. Os mesmos princípios democráticos que fundamentaram a construção destas Diretrizes solicitam, dos professores, o engajamento para uma contínua reflexão sobre este documento, para que sua participação crítica, constante e transformadora efetive, nas escolas de todo o Estado, um currículo dinâmico e democrático. Os cadernos contemplam o texto Educação Básica e a opção pelo currículo disciplinar, que discorre principalmente sobre a concepção de currículo para a Educação Básica paranaense, as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE)da disciplina e, trás no anexo, ao final de cada caderno, a Tabela de Conteúdos Básicos e sistematizada pelas equipes disciplinares do Departamento de Educação Básica. Os conteúdos são organizados por séries e devem ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica curricular das escolas e para a elaboração do Plano de Trabalho Docente. 4.3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO. A avaliação deve ser compreendida como conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que maneira e em que condições. Deve caracterizar se também como um instrumento que forneça subsídios para o professor analisar criticamente sua prática educativa e que possibilite ao aluno informar - se sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades. A avaliação deve contemplar um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor considerando o desenvolvimento das capacidades dos estudantes com relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de procedimentos e atitudes. Dessa forma é fundamental que se utilizem diversos instrumentos e situações 51 para poder avaliar diferentes aprendizagens. Neste sentido à avaliação deverá realizar se num espaço em que sejam considerados tanto o professor como o aluno, numa relação dialógica e intrínseca que se estabelece entre todos os participantes do processo aprendizagem. Em sentido mais amplo, a avaliação também fornece subsídios para mudanças em todo o sistema atuando como elemento balizador das intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem. Dessa forma a avaliação evidência se durante todos os momentos da situação escolar, de forma contínua e diagnóstica, como parte integral da evolução do currículo e do ensino e como elemento mediador do processo educativo. A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem, utilizando – se de procedimentos que assegurem a comparação com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando se a comparação dos alunos entre si. O aluno será avaliado diariamente através de seu desempenho, senso crítico, interesse, cooperação, capacidade de reflexão e síntese, elaboração pessoal que deverá preponderar sobre a memorização e serão utilizados técnicas e instrumentos diversificados tais como: provas escritas, orais, trabalhos individuais e em grupo, pesquisas, produção de textos, palestras, organização de debates, teatros, filmes, participação em concursos, criatividade em trabalhos, progressos e dificuldades, além de envolvimento em projetos piloto ou permanente, pesquisa de campo e outros, visando alcançar os objetivos propostos, tanto quanto se fizerem necessários. Na avaliação do aproveitamento escolar preponderará os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e multi disciplinaridade dos conteúdos. A avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, adotará procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno. a) A avaliação do Ensino de Educação Física dar se á através de atividades lúdicas e recreativas, jogos sensoriais, auditivos, motores, intelectuais e criativos, através da educação psico motriz diferenciada: condutos motoras, coordenação, controle e movimentação do corpo com ritmo. b) A avaliação do ensino da Arte deve reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação, construindo a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do conhecimento técnico o trabalho artístico, desenvolvendo o 52 aluno como um todo, envolvendo a expressão corporal, musical, plástica, através de atividades recreativas e lúdicas. A avaliação traduzir se á num trabalho cooperativo entre Direção, Professor Pedagogo e Corpo Docente, alunos e pais integrados na diagnose dos problemas que interferem no processo ensino-aprendizagem para dar lhe a solução adequada. A Avaliação contempla o conteúdo básico essencial, cuja relevância seja fundamental para compreensão da prática social considerando o processo de apropriação de cada aluno e as suas tentativas de solucionar os problemas que lhes são propostos, buscando ampliar a sua visão e o seu saber sobre o conteúdo em estudo. A gradação crescente dos conteúdos que serão objeto de transmissão, construção a partir do 6º ano do Ensino Fundamental é o ponto de referência para a continuidade do trabalho cuja culminância se dá nas conclusões dos cursos ofertados nesta Instituição de Ensino. A prática social do ponto de partida se altera qualitativamente com a mediação da ação pedagógica que será avaliada em termos qualitativos, do nível de apreensão/construção do conhecimento pelos alunos. O aluno com aproveitamento insuficiente poderá dispor de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos, através da recuperação de estudos que será permanente e contínua a cada conteúdo trabalhado. Os instrumentos de avaliação para recuperação ficam a critério de cada professor, podendo ser provas escritas, orais, apresentação de trabalhos, pesquisas, produção de textos, observação do professor, etc.. A recuperação de estudos deve constituir um conjunto integrado ao processo ensino aprendizagem, além de se adequar às necessidades dos alunos. Os resultados da recuperação de estudos são incorporados aos das avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo em mais um componente do aproveitamento escolar e deverá constar do registro de classe do professor, incluindo data e conteúdo. Para os alunos com defasagem de idade/série utilizamos o processo de Reclassificação que avalia o grau de experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá- lo ao período de estudos compatíveis com a experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu histórico escolar. O rendimento escolar mínimo exigido pelo Colégio para aprovação será 6,0 por 53 disciplina calculado pela média aritmética. Os resultados da avaliação serão expressos através de notas de 0 (zero) a (10) dez e serão computados bimestralmente. Será promovido o aluno que obtiver como média anual o mínimo de 6,0 ( seis vírgula zero) e frequência igual ou superior a 75%. Será reprovado o aluno que não atingir o mínimo de 75% do total de 800 horas letivas anuais (Lei 9394/96).Também será reprovado o aluno que, tendo frequência igual ou superior a 75%, não obtiver, após todas as Recuperações de Estudos ofertadas no decorrer do ano letivo, média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero). A verificação de Rendimento Escolar deve obedecer ao disposto na legislação vigente, bem como às diretrizes da Proposta Pedagógica definidas pela Secretaria de Estado da Educação e do Amparo legal : LDB 9394/96 e Deliberação 07/99 CEE. Caberá ao Conselho de Classe decidir quanto à aprovação de alunos que apresentem situações especiais limítrofes, desde que apresentem frequência igual ou superior a 75% do total de 800 horas letivas anuais. Os resultados do rendimento escolar serão comunicados aos alunos e aos seus responsáveis ao final de cada bimestre, mediante reunião de pais. A expedição de certificado ou diploma de conclusão de curso só se dará após o atendimento integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os mínimos exigidos por lei. A equipe da Escola, conhece as dificuldades e está trabalhando no sentido de encontrar novas formas de organização do trabalho pedagógico, criando condições para que as mudanças possam ocorrer, assentada nos princípios socializantes e democráticos. Cabe a nos educadores buscar uma avaliação que contribua efetivamente para a formação integral do educando e possibilite sua participação, emancipação e criticidade para viver na sociedade como cidadão e agente transformador de uma sociedade mais humanizada. 4.4 CONSELHO DE CLASSE Quanto ao Conselho de Classe é importante saber que este é um órgão colegiado e uma instância avaliativa que analisa, discute e delibera sobre os processos de ensino e aprendizagem. Há necessidade ainda de discussões, estabelecimentos de critérios comuns, com vista a uma unidade de procedimentos, o que, entretanto exige conhecimento para que realmente se coloque em prática. Os critérios deverão emergir 54 do próprio processo avaliativo. Considerando o Conselho de Classe parte do processo de avaliação desenvolvido pela Escola, podemos dizer que como é Conselho é a avaliação e vice versa, através da avaliação, se pode saber como é o Conselho de Classe de uma Escola. Suscitando uma Reflexão sobre essa Ação já conhecida de todos, é necessário contribuir para uma ação educativa mais consciente. É na imersão, no surgimento da consciência que nos tornamos sujeitos. E o sujeito, tomando consciência de si e de sua circunstância ( a realidade que está a sua volta), se situa historicamente, e a partir daí, pode comprometer se com a transformação desta realidade. Essa consciência histórica quando gera compromisso, nos faz agentes de nossa história. Busca se um processo de avaliação para a promoção que auxilie o aluno no processo de aprendizagem significativa e não uma avaliação para a promoção. Deseja se que o aluno aprenda e a avaliação é um dos aspectos desse processo de aprendizagem. A promoção é uma decorrência do processo de aprendizagem. Entendemos que o Conselho de Classe pode ser um instrumento de transformação da cultura escolar sobre avaliação em sala de aula. É o momento e espaço de uma avaliação diagnóstica de ação pedagógica educativa da Escola, feita pelos professores e pelos alunos. Deve refletir a ação pedagógico – educativa e não apenas ater as notas ou problemas de determinados alunos. O Conselho deve verificar se os objetivos, processos, conteúdos e relações estão coerentes com o Referencial de Trabalho Pedagógico da Escola. Sob esse ponto de vista, o Conselho é uma forma de avaliação de controle de realização da proposta pedagógica. Deve constituir se numa ação pedagógica histórica, isto é, inserida dentro do processo de vida que a Escola vive. Um espaço de Reflexão Pedagógica em que o professor e o aluno se situem conscientemente no processo que juntos desenvolvem. Está inserido no processo educativo e é, ele mesmo, etapa dinamizadora deste processo. É um espaço de avaliação do professor e dos serviços pedagógicos sobre seu próprio trabalho e busca alternativas de ação que levem à consecução dos objetivos propostos. O Conselho de Classe deve ser, além de tudo o que dissemos, um momento 55 alegre, prazeroso e, ao mesmo tempo, sério, enquanto momento de imersão e crescimento da consciência pessoal e de grupo que nos faz sujeitos do processo educativo. Deverá haver efeitos positivos no processo de avaliação como um todo. É um processo lento, mas importante é que haja clareza e segurança de cada etapa e, sobretudo, firmeza, na direção em que se processam as mudanças. Todos os Conselhos devem começar com a auto avaliação do Professor sobre seu trabalho pedagógico durante o bimestre, termos a humildade de reconhecer quando falhamos, devemos mudar de direção, rever o tipo de trabalho. Contudo é importante deixar claro, que todo esse processo deve servir como elemento para ajudar o professor a superar as dificuldades apresentadas e confrontar o problema com o que os outros também apresentarem para juntos buscarem a superação. É preciso paciência e clareza do que se deseja com essa etapa. O Conselho de classe é para ser um instrumento eficaz, dentro do processo global de avaliação que a Escola desenvolve, de produção de pequenas transformações educativas que sejam sinal e presença das transformações sociais desejados por todos. Mas nada disso acontecerá se o Professor e a Escola, por opção pessoal e institucional, como educadores e cidadãos, não se dispuserem a praticar as pequenas transformações possíveis na Escola para viabilizar uma sociedade participativa e democrática, justa e igualitária. É um órgão colegiado de natureza construtiva e deliberativa em assuntos didáticos– pedagógico formalmente instituído articulando todos os segmentos da Escola. O Conselho de Classe é previsto no Calendário Escolar, por bimestre e extraordinariamente sempre que se fizer necessário. Pode se estruturar em três dimensões: Pré-Conselho de Classe, Conselho de Classe, Pós Conselho de Classe, de acordo com encaminhamentos e critérios considerados relevantes, tanto na aprendizagem do aluno, como na própria ação de ensinar. 4.5 PLANO DE AÇÃO A Escola tem a obrigação de ter uma visão ampla sobre a sociedade que queremos e o indivíduo que pretendemos formar. Sabemos que a formação integral é imperativa, precisamos resgatar através da educação os valores pessoais, o respeito a 56 si e ao próximo, para que tenhamos cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. A sociedade exige indivíduos empreendedores, seguros de si, para tal precisamos ampliar nossa visão educacional e reparar muitas arestas deixadas às vezes pela família, que em nossa realidade luta as duras penas pela sobrevivência. Cremos como educadores que desta maneira estaremos exercendo a nossa cidadania,construindo uma sociedade mais justa onde todos tenham voz e vez. A educação neste sentido não precisa de reforma, mas de uma revolução. A educação do futuro precisa formar pensadores, empreendedores, sonhadores, lideres não apenas do mundo que estamos, mas do mundo que somos. QUADRO DE METAS INDICADORES A ESCOLA QUE TEMOS Atualmente o A ESCOLA QUE A ESCOLA QUE PRETENDEMOS VAMOS FAZER nosso Acreditamos que o O que queremos, é a estabelecimento de ensino trabalho pedagógico construção Escola Estadual Professor deve Pedro José ser Puchalski”, numa educação qualidade interação e de educação que cada da Escola, educando será um cidadão assim atuante na conhecedor direitos a coletiva pois de professores, pais, temos funcionários, diretor, sociedade, esperança que pedagoga e alunos na de um discussão, e defendendo entre pressupõe de todos os segmentos participação onde um pautado projeto de sociedade traz em seu PPP a busca constante pela de seus ocorrerá deveres, significativo com na avanço argumentação e na muita no processo ensino escrita da identidade pertença a continuidade da – aprendizagem. da Escola. É assumir escola o controle coletivo do justa que dê oportunidades iguais para os Ultrapassar limites do processo educacional todos, sem distinção de conceito de que a na raça, cor, deficiência. credo A produção de ou Escola moderna e saberes e das questão viva pressupõe uma relações de poder essencial de nossa Escola nova relação entre que pretende elevar a hoje, refere-se à sua professores, alunos, classe trabalhadora à 57 qualidade. E a qualidade funcionários está e função dirigente. diretamente comunidade e busca relacionada com o Projeto sua Político Pedagógico concretização das com ações práticas próprias Escolas que deve e envolventes, é o ser bastante eficaz na nosso desafio. conquista dessa qualidade. O que pretende é vincular o Projeto Político Pedagógico à melhoria da Escola, entendido como a capacidade da instituição para ampliar de maneira simultânea a aprendizagem dos alunos e da comunidade escolar. POTENCIALIDADES / AÇÕES DIFICULDADES ( CURTO/MÉDIO E LONGO PRAZO) 1- Gestão de P: 85,06% de nossos Os indicadores Curto: Promover Resultados alunos possuem ótimo apontam que é reuniões de pais e Educacionais rendimento na necessário uma responsáveis a fim de aprendizagem, intervenção esclarecer e orientar considerando os pedagógica mais o indicadores 2010. firme e criativa que aprendizagem. D:11,04% de nossos estimule o sucesso Médio: Inserir alunos alunos estão com o na aprendizagem. com dificuldades na processo de de rendimento abaixo da sala apoio média, ou seja abaixo do aprendizagem. esperado, precisando de Longo: Oferecer aos intervenções pedagógicas docentes cursos de melhor direcionadas formação continuada oportunizando a melhoria de e 58 metodologia em sala de aula. 2-Gestão Realização de Conselhos Alterar a composição Curto: Providenciar a Participativa/ de Classe com do conselho de Democrática participação efetiva de classe como projeto Conselho de Classe; todos os profissionais da piloto, contando com Médio:Buscar a escola estabelecimento de o envolvimento de ensino. regimentação do novo participação de todos todos os segmentos os segmentos; (professores, alunos, Longo: Conscientizar pais...) todos os segmentos que a participação é de extrema importância e que até a reprovação, em alguns momentos, se faz necessária. 3-Gestão P: Ter conhecimento do Refletir Curto: Montagem de Pedagógica currículo norteador com coletivamente sobre um projeto para cada diretrizes desenvolvidas a seleção e disciplina do corpo por área; caracterização de docente com D: Colocar em prática estratégias de envolvimento dos dentro do prazo estipulado avaliação discentes; todos os conteúdos diagnóstica dos Média: Validação dos referentes a cada alunos, com vistas a projetos, no prazo disciplina; ações de por todos os planejamento para segmentos envolvidos uma política da escola; educacional a favor Longo: Que os do sucesso do projetos validados aluno, possam fazer parte do currículo da escola; 4- Gestão de P: Acesso a todos os Capacitar a todos os Curto: Conscientizar Inclusão / sócio indivíduos no profissionais da educação educação seja, pela com uma cultura estabelecimento de a ideia da inclusão 59 inclusiva por todos os ensino; mantenedora ou D:Permanência e outra forma eficiente profissionais da condições de e traga condições de educação: aprendizagem junto aos atendimento à todos Médio: ofertar alunos com deficiências, os envolvidos. serviços de transtornos globais do atendimento desenvolvimento e altas especializado e habilidades/super dotação; cumpra a legislação e também atenda as diferenças; Longo e constante: disponibilizar a participação dos profissionais da educação em capacitações referentes ao processo inclusivo; 5-Gestão de P: Ter o PPP elaborado e Em nossa escola o Curto: No início do Pessoas em vigência; PPP tem se ano letivo, os D: Reelaborar desenvolvido docentes devem constantemente o PPP cumprindo 70% das retomar suas com aval de todos os propostas, mas propostas, e em 30 profissionais da educação. torna-se necessário dias apresentar as redimensionar o necessidades; trabalho junto as Médio: Enriquecer o seguintes disciplinas PPP no prazo de 120 A,B, C … dias com projetos inovadores diante da educação inclusiva; Longo: Ter uma realimentação constante durante o ano letivo, a cada 60 trimestre por disciplinas específicas... 6-Gestão de P: Ter pessoal capacitado Oportunizar todos os Curto: Disponibilizar a Serviços de para o desenvolvimento do segmentos todos os profissionais apoio trabalho educacional; envolvidos na da escola os (Recursos D: Manter os instituição escolar equipamentos que a Físicos e equipamentos em bom para utilizar todos os mesma tem Financeiros) estado de conservação; espaços, instalações disponível ; e materiais Médio: Solicitar aos disponíveis, desde docentes de cada com disciplina que utilizem responsabilidades; principalmente o laboratório de informática, TV pendrive; Paulo , tendo objetivos claros e coerentes ,utilizando o agendamento,afim de evitar tumultos Longo: Desenvolver durante todo ano, junto aos discentes, pesquisas educacionais. METAS E MELHORIA DO PROCESSO INDICATIVO Prioridade Objetivos Ações Período s *IDEB Desenvolver Focar os Todo Público Responsáv Resultados Alvo/ eis pela Recursos ação Discentes Professore Espera-se que esperados 61 estratégias conteúdo ano para o s s em 2013 a escola tenha entendiment prioritário 40% de avanço o frente a s junto a na média questões avaliação alcançada em das provas 2011. do IDEB PPP Analisar e Colocar reelaborar o as novas PPP De Professore Professore A partir de março a s, Equipe s agosto/12 a propostas julho Pedagógic aplicabilidade no PPP a e Direção das propostas. 2012 Evasão Desenvolver Projetos Escolar estratégias inovadore a s, Equipe que s diante outubro Administrati 90% dos alunos 2012 va e em todas as a frequência atividades Pedagógic disciplinas. de 90% a contemplem de De junho Professore Professore Atingir a escolares s e Alunos frequência de 4.6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Na fase de implementação do Projeto Político Pedagógico buscou-se maior interação com a comunidade escolar para que por meio da sensibilização pudesse ser realizado o registro da realidade vivida na escola; a reconfiguração das instâncias colegiadas e do trabalho coletivo (APMF, Conselho Escolar, Conselho de Classe e Grêmio Estudantil); a implementação de ações para viabilizar soluções para os problemas já diagnosticados no âmbito escolar. Há momentos privilegiados de diálogo com a comunidade escolar, reuniões com os órgãos colegiados, reuniões bimestrais e conselho de classe, com o objetivo de discutir, analisar, amenizar e solucionar as situações referentes ao processo de ensino e aprendizagem, conforme colocado neste PPP. A avaliação institucional será realizada através da reflexão e discussão coletiva no sentido de demonstrar o comprometimento da comunidade escolar em torno da principal função da escola, que é a efetivação do processo ensino-aprendizagem e a emancipação de nossos alunos, formando cidadãos críticos e participativos. 62 A organização da escola colabora para o desenvolvimento de ações relevantes relatadas no PPP, o que estimula o sucesso no ensino e aprendizagem dos alunos nesta instituição de ensino. A realidade é repleta de desafios e contradições que impulsionam a comunidade escolar a buscar novas formas para alcançar o objetivo da educação que é a construção do conhecimento. A comunidade escolar caminha rumo às mudanças, valorizando as novas tecnologias, bem como a peculiaridade do local onde a escola está inserida. Em se tratando do processo ensino-aprendizagem, há que se considerar os diversos fatores que nela interferem e que serão objeto da auto-avaliação institucional: resultados educacionais, formação dos profissionais, prática pedagógica, órgãos colegiados de gestão, estrutura e recursos financeiros e ambientes educativos. Portanto o foco da avaliação não estará centrado apenas no rendimento educacional, será ampliado para uma visão totalizadora do “fazer escolar”, como redirecionador no sentido da conquista da cidadania, a qual se traduz em conhecimento dos direitos e deveres da instituição como forma de garantir sua autonomia, estabelecendo metas, ações e proporcionando avanços significativos para a Instituição Escolar. 63 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRASIL. Lei de DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL: Lei n° 9.394/96, de 20/12/1996 (Lei Darcy Ribeiro) – Plano nacional de educação: Lei n° 10.172, de 10 de janeiro de 2001 e legislação correlata e complementar/supervisão editorial Jair Lot Vieira / 4a Ed. revista – atualizada- ampliada- Bauru, SP: EDIPRO, 2010 – (Série Legislação). BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros curriculares nacionais : introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria deEducação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997.BRASIL- 2ª Conferencia Nacional da Juventude, Eixo 2. Direito ao território, Juventude Rural Área Metropolitana Sul.FREIRE, P. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, São Paulo: Paz e Terra, 1996._________ A educação na cidade. 5a ed. São Paulo: Cortez, 2001 __________ Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. GOVERNO DO PARANÁ – SEED. Diretrizes Curriculares da rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Educação do Campo. Curitiba 2010. GOVERNO DO PARANÁ – SEED. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio. Versão Preliminar. Julho/2006. ORIENTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E REUNIÕES - Núcleo Escritório Regional ORIENTAÇÕES E CURSOS DA SEED – Secretaria de Estado da Educação. www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT15-4331--Int.pdf WWW.Conferencia.juventude.gov.br www.educadores.diaadia.pr.gov.br/ www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/.../Camila%20Ramal.doc LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 64 ANEXO I MATRIZ CURRICULAR-ENSINO FUNDAMENTAL ESTADO DO PARANÁ SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL ESTADO DO PARANÁ SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 03 AREA METROPOLITANA SUL- MUNICIPIO 0620 – CONTENDA - PR ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI – 0384 AVENIDA: JOSÉ MOSSON S/Nº - SÉRRINHA – CONTENDA - PR FONE: (41)36252954 ENTIDADE MANTEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 0009 – ENSINO TURNO: TARDE FUNDAMENTAL ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA DISCIPLINAS COD/SAE ARTE ( 704 ) CIENCIAS (301 ) EDUCAÇÃO FÍSICA ( 601) ENSINO RELIGIOSO ( 7502) BASE GEOGRAFIA (401) (501) NACIONAL HISTÓRIA LÍNGUA COMUM PORTUGUESA(106) MATEMÁTICA P.D (201) LEM- INGLÊS CARG/HORÁRIA SERIAÇÕES 5º 6º 2 2 SEMANAL DAS 7º 2 8º 2 3 2 1 4 3 4 3 2 1 4 3 4 4 2 0 3 4 4 4 2 0 3 4 4 4 4 4 4 2 2 2 2 25 25 25 (1107) TOTAL GERAL C.H 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB n° 9394/96. 65 ANEXO II MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 03 AREA METROPOLITANA SUL- MUNICIPIO 0620 – CONTENDA - PR ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI – 0384 AVENIDA: JOSÉ MOSSON S/Nº - SÉRRINHA – CONTENDA - PR FONE: (41)36252954 ENTIDADE MANTEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA DISCIPLINAS SÉRIES 1º 2º 3º ARTE 2 2 X BIOLOGIA 2 2 3 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 FILOSOFIA 2 2 2 FÍSICA 2 2 2 GEOGRAFIA 2 2 2 HISTÓRIA 2 2 2 BASE LÍNGUA PORTUGUESA 3 3 3 2 2 3 NACIONAL MATEMÁTICA QUIMICA 2 2 2 COMUM SOCIOLOGIA 2 2 2 SUB-TOTAL 23 23 23 LEM- INGLÊS 2 2 2 LEM – ESPANHOL (*) PARTE 4 4 4 DIVERSIFI SUB-TOTAL 6 6 6 CADA TOTAL GERAL 29 29 29 Matriz Curricular de acordo com a LDB n° 9394/96. * Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrario no CELEM, 66 ANEXO III CALENDÁRIO ESCOLAR 2011 E 2012 O Calendário Escolar, elaborado anualmente, atende ao disposto na Legislação vigente, bem como as normas enviadas em instruções específicas da SEED e baseia-se no ano civil. Caberá a Instituição, elaborar e propor para apreciação e aprovação do Conselho Escolar e posteriormente ao NRE - AM SUL, para homologação. A elaboração do Calendário Escolar deve se considerar a LDB 9394/96, a qual estabelece um mínimo de 800 (oitocentas) horas, distribuídas em um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar. Entende-se por “efetivo trabalho escolar”, todas as atividades pedagógicas programadas pela escola, cuja participação do aluno seja obrigatória. O Calendário Escolar deve conter: • Data de inicio e termino das aulas; • Dias de encontros pedagógicos, antes do inicio das aulas e durante o ano letivo; • Dias de encontros pedagógicos bimestrais; • Férias dos professores e alunos; • Feriados oficiais. Alguns dias antes do inicio das aulas serão destinados a encontros para estudos, reflexão e debates pertinentes à prática educativa pelos docentes, equipe pedagógica e funcionários. Um dia por bimestre será destinado ao Conselho de Classe e Pré – Conselho, para avaliar o resultado do trabalho escolar, caracterizado pelo desempenho dos alunos, e para estabelecer estratégias de melhoria de resultados, de acordo com as necessidades educacionais, individuais e coletiva dos alunos. O ano letivo somente será considerado encerrado após o comprimento integral do Calendário Escolar. 67 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO D S CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011 ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI SERRINHA-CONTENDA-PARANÁ JANEIRO FEVEREIRO MARÇO T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q 1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 31 2 3 9 10 16 17 23 24 30 31 1 Dia Mundial da Paz ABRIL D S T Q Q S 1 3 4 5 6 7 8 10 11 12 13 14 15 17 18 19 20 21 22 24 25 26 27 28 29 S D S 2 1 2 9 18 8 9 16 dias 15 16 23 22 23 30 29 30 21Tiradentes 22Paixão JULHO D S T Q Q S 1 3 4 5 6 7 8 10 11 12 13 14 15 17 18 19 20 21 22 24 25 26 27 28 29 31 MAIO T Q Q 3 4 5 10 11 12 17 18 19 24 25 26 31 7 e 8 Carnaval JUNHO S S D S T Q Q 6 7 1 1 2 13 14 22 5 6 7 8 9 20 21 dias 12 13 14 15 16 27 28 19 20 21 22 23 26 27 28 29 30 1 Dia do Trabalho S 2 3 9 dias 16 23 8 30dias D S 1 7 8 14 15 21 22 28 29 AGOSTO T Q Q 2 3 4 9 10 11 16 17 18 23 24 25 30 31 S 4 11 18 25 S 5 12 20 19 dias 26 S 3 10 17 24 S 4 11 19 18 dias 25 S 2 9 16 23 30 S 3 10 17 20 24 DIAS 23Corpus Cristi 24Feriado Municipal S 5 12 19 26 SETEMBRO S D S T Q Q 6 1 13 23 4 5 6 7 8 20 dias 11 12 13 14 15 27 18 19 20 21 22 25 26 27 28 29 7Independência 7 Dia Est. Do Func. De Esc. OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 1 2 3 4 5 1 2 3 11 2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 10 dias 9 10 11 12 13 14 15 19 13 14 15 16 17 18 19 19 11 12 13 14 15 16 17 16 17 18 19 20 21 22 dias 20 21 22 23 24 25 26 dias 18 19 20 21 22 23 24 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 31 30 31 12N.S.Aparecida 2 Finados 19Emancipação Politica do Pr 15Dia do Professor 15 Proclamação da Republica 25Natal 20 Dia Nacional da conciência Negra Férias Discentes Feriado Municipal 0 Conselho de classe 4dias4 Reun. Pedagógica 1 dia 2 Dias Letivos 200 200dias dias Início/Término Planejamento e Replanej. Férias Recesso janeiro fevereiro julho/agosto dezembro Total Férias/Recesso/Docente 31 7 18 13 69 Formação Continuada Conselho de classe Reunião pedagógica Semana Cultural janeiro/férias julho/agost./reces. /reces dez/reces. outros recessos Total 30 14 13 3 60 1º bimestre 08/02 à 20/04 2º // 25/04 à 06/06 3º // 25/07 à 30/09 4º // 01/10 à 16/12 68 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012 COLÉGIO ESTADUAL “PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI” AVENIDA: JOSÉ MOSSON S/Nº – SERRINHA - CONTENDA - PARANÁ D S Janeiro T Q Q 1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 15 16 17 18 19 22 23 24 25 26 29 30 31 S S 6 13 20 27 7 14 21 28 1 Dia Mundial da Paz Abril D S T Q Q 1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 15 16 17 18 19 22 23 24 25 26 29 30 ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Fevereiro Março D S T Q Q S S D S T Q Q S 1 2 3 4 1 2 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 S 3 10 22 17 dias 24 31 20 a 22 Carnav al S 6 13 20 27 Maio S D S T Q Q S 7 1 2 3 4 14 19 6 7 8 9 10 11 21 dias 13 14 15 16 17 18 28 20 21 22 23 24 25 27 28 29 30 31 Junho S D S T Q Q S 5 1 12 22 3 4 5 6 7 8 19 dias 10 11 12 13 14 15 26 17 18 19 20 21 22 24 25 26 27 28 29 1 Dia do Trabalho 6 Paixão S 2 9 19 16 dias 23 30 7 Corpus Christi 21 Tiradentes Julho D S T Q Q 1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 15 16 17 18 19 22 23 24 25 26 29 30 31 S 6 13 20 27 Agosto S D S T Q Q 7 3 1 2 14 dias 5 6 7 8 9 21 12 13 14 15 16 28 9 19 20 21 22 23 dias 26 27 28 29 30 26 Dia da Padroeira Local D 7 14 21 28 Outubro S T Q Q 1 2 3 4 8 9 10 11 15 16 17 18 22 23 24 25 29 30 31 S 3 10 17 24 31 Setembro S D S T Q Q S 4 11 23 2 3 4 5 6 7 18 dias 9 10 11 12 13 14 25 16 17 18 19 20 21 23 24 25 26 27 28 30 7 Independência 07 Dia do Funcionário de Escola S 5 12 19 26 Novembro S D S T Q Q S 6 1 2 13 21 4 5 6 7 8 9 20 dias 11 12 13 14 15 16 27 18 19 20 21 22 23 25 26 27 28 29 30 S 1 8 19 15 dias 22 29 Dezembro S D S T Q Q 3 10 18 2 3 4 5 6 17 dias 9 10 11 12 13 24 16 17 18 19 20 23 24 25 26 27 30 31 S 7 14 21 28 12 N. S. Aparecida 01 Feriado Católico na Comunidade 19 Emancipação Política do PR 15 Dia do P rofessor 02 Finados 25 Natal S 1 8 15 22 29 15 Proclamação da República 20 Dia Nacional da Consciência Negra Feriado Municipal NRE Itinerante Dias letivos 1 dia 2 dias 200 Início/Término Férias Recesso Férias Discentes janeiro 31 fevereiro 7 julho/agosto 18 dezembro 12 Total 68 Férias/Recessos/Docentes 30 janeiro / férias 15 julho/agost./reces. 12 dez/reces. 3 outros recessos Total 60 Semana Pedagógic a 1º bimestre: 02/02 à 20/04 Replanejamento 2º bimestre: 23/04 à 04/07 Formaç ão Continuada SEED/NRE Feriado Municipal 3º bimestre: 23/07 à 28/09 Conselho de c lasse Semana Cultural 08/10 a 11/10 4º bimestre: 01/10 à 19/12 Complementação da carga horária Reunião P edagógica para o período noturno com Ativ idades Culturais nos dias: 16/06 – 08/10 – 20/10 – 27/10 e 24/11. 13 69 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 70 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA As diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função social como a arte a serviço da ética, da política, da religião ou ainda transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer. As formas teóricas de interpretar a arte especificam propriedades essenciais comuns a todas as obras de arte. Os conteúdos curriculares e metodologia devem estar apropriadas as reais necessidades e interesses dos alunos da escola do campo. A trajetória da educação do campo esteve marginalizada durante muitos anos, sendo até prejudicada. Para o filósofo grego Platão, o mundo das idéias era o único mundo verdadeiro; o mundo sensível era apenas sombra ou cópia. “A mímesis da arte é uma ficção tão consumada que dá a impressão ( falsa”, adverte a moral platônica) de realidade” (Bosi, 1991, p. 23). A arte como mímesis e representação - para Aristóteles (“384-322 a.Ca verdade do conhecimento humano reside” não num mundo (...) transcendente, separado das coisas da experiência...). (BRUGGER, 1987, p.57). Nessa concepção pode-se dizer que para a arte, coopera a experiência do sensível e abstração do entendimento. Convém lembrar que a mímesis não é uma operação ingênua. Conhecer quem mimetiza, não é uma informação externa, mas inerente ao discurso sobre o realismo na arte”.(BOSI, 1991, p.31. Em pleno século XXI é ainda muito presente e bem aceita na escola a idéia da arte como representação, em muitos casos assimilados como referência formativa no ensino de arte. É comum no cotidiano das escolas a aplicação de atividades de repetição de formas, a partir de modelos pré-estabelecidos de origem natural ou não. A escola do campo deve apresentar organização própria, incluindo as fases do ciclo agrícola e as condições climaticas. Mesmo de modo não consciente, essa concepção auxilia na formação de indivíduos submissos e aos modelos existentes. Há uma visão de atraso sociocultural em relação a população do campo, sem mesmo um estudo mais aprofundado sobre a cultura desses povos. Arte como expressão – uma importante função da arte foi a de revelar as contradições da sociedade, prestando-se a uma crítica social que representava os 71 conflitos sociais expressos artisticamente pelos sujeitos criadores. Arte como técnica – o formalismo na arte supervaloriza a técnica e o fazer do aluno tem origem num movimento artístico do início do século XX. O artístico era evidenciado como forma significante, idéia da forma pela forma. O formalismo ignora que o campo de arte “o simples fazer” não basta, a arte é também invenção (...). Ela é um fazer que enquanto faz inventa o por fazer e o modo de fazer (...) (PAREYSON, 1989.). Arte na educação básica – o ensino da Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da Educação. O conhecimento estético em arte está relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. O conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação. A construção do conhecimento em arte se efetiva em relação entre o estético e o artístico, materializada nas representações artísticas. Os conteúdos nas aulas de Arte devem ser relacionados a partir de uma análise histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística... ( FARACO apud KUENZER,2000). Arte como forma de conhecimento – “Toda obra de arte apresenta um duplo caráter em indissolúvel unidade: é expressão da realidade, mas ao mesmo tempo, cria a realidade” (KOSIK, 2002). A disciplina de Arte, em suas quatro áreas, dança, musica, teatro e artes visuais deve levar em consideração o conhecimento do aluno de escola do campo, sua cultura e suas vivencias. além de promover conhecimento sobre as diversas áreas de Arte, deve possibilitar ao aluno a experiência de um trabalho de criação total e unitário. A proposta Pedagogica Curricular: decorre do diagnóstico e das concepções definidas pelo coletivo escolar e que deve contemplar fundamentos teóricos das disciplinas; objetivos gerais , metodologia e avaliações conforme os conteúdos estruturantes, básicos ou específicos dentro cada disciplina complementando a lei nº 13381/01: história do Paraná; lei nº 11.645/08: Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena lei nº 11.769/08, Música; Prevenção do uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentando a violência contra a criança e o adolescente e a lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Parecer nº 1011/10, bem como a Resolução nº 4783/2010 da Secretaria de Estado da Educação, que reconhece a Educação de Campo como uma política pública 72 educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do Campo, traçando estratégias necessárias para a elaboração e implementação de um plano de trabalho integrado com vistas à gestão das politicas publicas educacionais voltadas à Escola do Campo. Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive, é necessário, ainda, que o professor trabalhe a partir de sua área de formação (Artes Visuais, Música, Teatro e Dança), de suas pesquisas e experiências artísticas, estabelecendo relações com os conteúdos e saberes das outras áreas da disciplina de Arte, nas quais tiver algum domínio. Os povos do campo tem peculiar de se relacionarem com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão de obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita , o vinculo com uma rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico. OBJETIVOS GERAIS Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico. O ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica. Levar o aluno a apropriar-se do conhecimento em arte, que produza novas maneiras de perceber e interpretar, levando em conta o seu conhecimento de vida, e seu cotidiano. Possibilitar ao aluno a experiência de um trabalho de criação total e unitário. Que o aluno adquira sensibilidade e cognição em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, exercitando sua cidadania cultural com qualidade e relacionando com a comunidade em que está inserido. Que o aluno estabeleça relações entre Arte e realidade e relacionar a arte de modo geral com a sua arte local da comunidade. Possibilitar que os alunos compartilhem o conhecimento do seu povo através de fatos folclóricos e danças regionais. 73 CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL Área – Música 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Altura Ritmo Greco-Romana Duração Melodia Oriental Timbre Escalas: diatônica, Ocidental pentatônica, Quilombola cromática.Improvisação Africana Intensidade Densidade Cultura polonesa CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Área – Artes Visuais ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS e PERÍODOS Ponto Bidimensional Arte Greco-Romana Linha Figurativa Arte Africana Textura Geométrica, simetria Arte Oriental Forma Técnicas: Pintura, Arte Pré-Histórica escultura, arquitetura. Superfície Volume Cor Luz Gêneros: mitologia. cenas da Paisagem campo Decoração local Folclore local CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Área – Teatro ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Personagem: expressõesEnredo, roteiro. Greco-Romano corporais, vocais, gestuaisEspaço Cênico, Teatro Oriental e faciais. Adereços Teatro Medieval Ação Técnicas: jogos teatrais,Renascimento Espaço teatro indireto e direto,História da comunidade local improvisação, 74 Manipulação, Máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:Área Dança ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Movimento Corporal Ponto de Apoio Pré-história Tempo Movimentos articulares Greco-Romana Espaço Rápido e lento Renascimento Formação Dança Clássica Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento Danças polonesas Técnica: Improvisação Danças quilombolas Gênero: Circular 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Altura Ritmo Duração Melodia Música popular e (ocidental e oriental) Timbre Escalas Cultura Polonesa Intensidade Gêneros: folclórico, Quilombola indígena, popular e étnico. Densidade étnica Técnicas: vocal, instrumental e mista. Improvisação CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS Ponto Proporção Arte Indígena Linha Tridimensional Arte Popular Textura Figura e fundo Brasileira e paranaense Forma Abstrata Renascimento E 75 Superfície Perspectiva Volume Técnicas: escultura, gravura. Cor Luz Barroco Pintura, modelagem, Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta. Paisagem campo Decoração local Folclore Local CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Personagem: Representação, expressões corporais, Leitura dramática, vocais, gestuais e Cenografia. faciais. Técnicas: jogos teatrais, Ação mímica, improvisação, Espaço formas animadas... Comédia dell’ arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro africano História da comunidade local Gêneros: Rua e arena Caracterização. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS Movimento Corporal Ponto de Apoio Dança Popular Tempo Rotação Brasileira Espaço Coreografia Paranaense Salto e queda Africana Níveis (alto médio e baixo). Indígena Formação Danças polonesas Gênero: Folclórica, popular Danças quilombolas e étnica. E 76 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Altura Ritmo Indústria cultural Duração Melodia Eletrônica Timbre Harmonia Minimalista Intensidade Tonal e modal Rap, Rock, Tecno Densidade Técnicas: vocal, Cultura polonesa instrumental e mista. Quilombola CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Ponto Semelhanças Indústria cultural Linha Contrastes Arte no Séc.XX Textura Ritmo Visual Arte Contemporânea Forma Estilização Superfície Deformação Volume Técnicas: desenho, fotografia, áudio-visual e mista. Cor Luz Paisagem campo Decoração local Folclore Local CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Personagem: Representação no cinema Indústria Cultural expressões corporais, e mídias Realismo vocais, gestuais e Texto dramático Expressionismo faciais. Maquiagem Cinema Novo Ação Sonoplastia História da comunidade local Espaço Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica. 77 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Movimento Corporal Giro Hip Hop Tempo Rolamento Musicais Espaço Saltos Expressionismo Aceleração desaceleração Direções (frente, direita e esquerda) e Indústria Cultural Dança Moderna atrás, Danças polonesas Improvisação Danças quilombolas Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria cultural e espetáculo 9º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Altura Ritmo Música engajada Duração Melodia Música popular brasileira Timbre Harmonia Música Contemporânea Intensidade Técnicas: vocal Música Polonesa instrumental e mista Música Quilombolas Gêneros: popular, folclórico e étnico. Densidade CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS e PERÍODOS Ponto Bidimensional Realismo Linha Tridimensional Vanguardas Textura Figura-fundo Forma Ritmo Visual Muralismo e Arte LatinoAmericana Superfície Técnica: Pintura, grafitte. Hip Hop Volume Gêneros: urbana, Paisagem cenas do 78 Cor cotidiano. Luz Paisagem do campo Decoração local Folclore local CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Personagem: expressões Técnicas: Monólogo, jogos Teatro Engajado corporais, vocais, teatrais, Teatro do Oprimido gestuais e faciais. Direção, ensaio, Teatro Pobre Ação Dramaturgia Teatro do Absurdo Espaço Cenografia Vanguardas Sonoplastia Teatro sobre história comunidade local. Iluminação da Figurino CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS PERÍODOS Movimento Corporal Ponto de Apoio Vanguardas Tempo Peso Dança Moderna Espaço Fluxo Dança Contemporânea Quedas Danças Quilombolas. Saltos Danças Polonesas. Giros Rolamentos Coreografia Deslocamento Gênero: Performance moderna e E 79 ENSINO MÉDIO 1º anoConteúdos estruturantes: Dança Elementos formais Composição Movimentos e períodos Conteúdos básicos para a série Movimento corporal Gêneros da dança: Dança clássica Tempo Espetáculos, étnica, Popular Espaço Folclórica, salão e indústria Indígena cultural Africana Indústria cultural Conteúdos estruturantes: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos Conteúdos básicos para a série Ponto Figurativa Fauvismo Linha Abstrata Abstracionismo Textura Perspectiva Renascimento Volume Bidimensional Pop art Cor Tridimensional Pó art Técnica: desenho, pintura, Arte conceitual instalação, videoarte e desempenho. 80 Conteúdos estruturantes: Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos Conteúdos básicos para a série Personagem: Técnicas: jogos teatrais Teatro greco-romano Expressões corporais, Teatro medieval vocais, gestuais e faciais Teatro elisabetano Ação Teatro do oprimido Espaço Teatro pobre 2º ano Conteúdos estruturantes: Dança Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Conteúdos básicos para a série Movimento corporal Formação Tempo Deslocamento Espaço Níveis Dança moderna Direção Rotação Salto e queda Gêneros: moderna Conteúdos estruturantes: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Conteúdos básicos para a série Ponto Ritmo visual Arte indígena Linha Deformação Arte moderna brasileira Textura Estilização Arte paranaense Barroco 81 Volume Simetria Cor Técnica: gravura Superfície Conteúdos estruturantes: Teatro Elementos formais Composição Movimentos e períodos Conteúdos básicos para a série Personagem Técnica: mímica Expressões corporais, Ensaio Gestuais e faciais Roteiro Ação Encenação Espaço Leitura dramática Teatro paranaense Conteúdos estruturantes: Musica Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Conteúdos básicos para a série Altura Ritmo Duração Melodia Timbre Harmonia Intensidade Densidade Indústria cultural 82 3º ano Conteúdos estruturantes: Dança Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Conteúdos básicos para a série Movimento corporal Coreografia Tempo Gênero: contemporâneo Dança contemporânea Espaço Conteúdos estruturantes: Artes Visuais Elementos formais Composição Movimentos e períodos Conteúdos básicos para a série Personagem: Gêneros tragédia, Teatro popular Expressões corporais, Comedia, drama e épico. Teatro realista Vocais gestuais e façais Cenografia Ação Sonoplastia Espaço Figurino Iluminação Direção Produção Conteúdos estruturantes: Musica Elementos formais Composição Movimentos e Períodos 83 Conteúdos básicos para a série Altura Gêneros: erudito, Musica popular Duração Clássico, popular, étnico, Brasileira Timbre folclórico, pop. Bossa nova Intensidade Técnicas: vocal, Densidade instrumental, eletrônica. METODOLOGIA O ensino da arte amplia as aptidões dos alunos para ler o mundo e resolver problemas. Muitas vezes, a aula de Arte é a única oportunidade para que os alunos vivenciem uma experiência estética, principalmente os que já estão excluídos dos bens materiais e culturais da nossa sociedade. Na metodologia do ensino de artes é necessário contemplar três momentos: Teorizar – é a parte do trabalho que privilegia a cognição, em que a racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre a arte. Incluindo a parte teórica sobre a arte local e os movimentos artísticos da comunidade. Serão abordados os conteúdos estruturantes, elementos formais, composição, movimentos e períodos nas diferentes linguagens da Arte, considerando ainda, a origem cultural e o grupo social dos alunos,considerando que estamos trabalhando com alunos da escola de campo, trabalhando-se nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade. Pretende-se dar aos alunos a oportunidade para que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório, o conhecimento em arte, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modo de produção. O conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano. Sentir e perceber – dar oportunidade aos alunos para que tenham acesso às obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção artística e a contextualizem com o seu modo de vida. Possibilitar o acesso e mediar à percepção e apropriação dos conhecimentos sobre 84 arte. Trabalho artístico – essa prática é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. O processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos. Em Artes Visuais, relacionar os conteúdos com a realidade do aluno. Estabelecer ainda as relações das Artes Visuais com outras áreas artísticas, como por exemplo, a máscara no Teatro, o registro gráfico da Música ou o figurino e a maquiagem. O mesmo ocorre com as demais áreas (Música, Teatro e Dança). Para a realização do trabalho com as quatro linguagens é necessária a utilização de vários recursos didáticos e tecnológicos como, por exemplo: TV multimídia, pen drive, cds, dvds, rádio, instrumentos musicais, quadro de giz, tinta, pincel, papéis diversos, espaço físico, etc. Realizar produção e exposição de trabalhos artísticos a considerar a formação do professor e os recursos existentes na escola. E ainda pesquisa sobre danças regionais, trabalhos teóricos e práticos sobre o folclore local. Também, levando em consideração a origem cultural dos nossos alunos, trabalharemos música e dança quilombola e polonesa. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos. É Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação em Arte, ao ser processual e não estabelecer comparações entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade. A proposta de avaliação de nossa escola levou em conta à vivência cultural dos alunos, a comunidade em que a escola está inserida, a família, os grupos sociais, religião. Para uma efetiva avaliação, fizemos um diagnóstico para saber sobre a profundidade do conhecimento dos alunos como, por exemplo, alunos que tocam determinado instrumento musical, dançam muito bem, tem habilidade no desenho. Esses conhecimentos devem ser socializados entre os colegas. Outros instrumentos necessários foram abordados, como: trabalhos artísticos 85 individuais e em grupos, pesquisas, debates, provas teóricas e práticas, relatórios e outros. Sempre levando em consideração a origem e cultura dos alunos. Analisando também o seu aprendizado fora da escola e como ele relaciona com o conteúdo aplicado em sala de aula. REFERÊNCIAS: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná- Educação do Campo. Departamento de educação Básica. Curitiba, 2010 WISNIK, J. M. O som e o sentido: uma outra história das músicas.São Paulo: Companhia das Letras, 1989. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 86 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A prática do ensino de Ciências apresenta grande responsabilidade social pois as ações e concepções do professor têm impacto decisivo na ação dos alunos sobre a ciência, sobre o conhecimento cientifico e tecnológico bem como sobre seus reflexos na sociedade. Desta forma, a presença da Ciência e da Tecnologia se impõe em praticamente todos os cantos da sociedade atual. A Ciência compreende um acervo de conhecimento relevante para se viver, compreender e atuar no mundo contemporâneo, e a historia da ciência esta relacionada e integrada à historia da humanidade. Isso remete ao entendimento de que o processo de produção do conhecimento, que caracteriza a ciência e a tecnologia constitui uma atividade humana, coletiva e sócio-histórico-econômica. A produção cientifica é contextualizada em determinado tempo e lugar sob uma conjuntura política e cultural especifica. Não podemos nos referir à importância histórica da disciplina ciências sem mencionarmos a sua ligação ao conhecimento cientifico, às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, às tradições de pesquisa que os produzem e às instituições que os apoiam. Ao observar o passado da Ciência e dos pesquisadores que a construíram chegamos a conclusão que temos diferentes formas de pensar a Natureza, como interpretá-la e compreende-la em diversas épocas da história. A Ciência além de ser uma atividade humana, complexa, histórica e coletivamente construída, influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas. Não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicação do método cientifico. Estudiosos contemporâneos contribuíram com reflexões voltadas à produção do conhecimento cientifico, apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência rompe-se com modelos científicos antigamente aceitos como explicações para certos fenômenos da natureza. O pensamento Pré-Científico representa um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico. Representa a busca da superação das explicações míticas, com base nas sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos 87 científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII. Com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a divindade dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos. Observações realizadas permitiram o ser humano afastar-se do Mythos e aproximar-se da Physis. Filósofos Naturalistas explicavam a Natureza a partir de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material, porções imutáveis e indivisíveis, os átomos. O Século XIX, foi um período historicamente marcado pelo estado Cientifico, como estratégia de investigação, constituído por procedimentos experimentais, levantamento e testes de hipóteses, axiomatização e síntese em leis ou teorias. Com isso se produz um conhecimento cientifico a respeito de um determinado recorte da realidade, o que rompe com a forma de construção e divulgação do conhecimento feito no período pré-científico. O período do estado cientifico foi marcado por publicações de cunho cientifico não-literárias, com linguagem menos apropriada à divulgação, voltadas a uma elite intelectual que as acessava por meio de cursos universitários. O estado do novo espírito científico configura-se, também, como um período fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influencias dos avanços científicos. Nos dias de hoje, quando se sofisticam os meios de informação, a educação escolar torna-se cada dia mais imprescindível para o cidadão. É inegável a melhoria da qualidade de vida em muitos aspectos, os avanços nos processos industriais, na agricultura e na medicina. É também inegável que, ao lado dessas melhorias, convivemos com índices alarmantes de fome, alastramento de doenças e impactos ambientais seríssimos. Portanto, valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos com a comunidade e gerar um sentimento de pertença ao lugar e ao grupo social, possibilitando ao aluno criar uma identidade sociocultural levando-o a compreender o mundo e transformá-lo. O campo não é um conglomerado de pessoas “incultas” isoladas do mundo urbano e “desenvolvido”. O campo é habitado por seres humanos com sentimentos, histórias de vida e saberes gestados no trabalho agrícola e no convívio social com seus semelhantes; com valores e cultura que entrelaçam o presente, o passado e o futuro. O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades aumenta com o despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de 88 se construir uma escola voltada para a formação de “futuros cidadãos”; eles, enquanto integrantes do corpo social atual, podem ser hoje também responsáveis pelo cuidado do meio ambiente, podem agir de forma consciente e solidária em relação aos temas vinculados ao bem estar da sociedade da qual faz parte. Vivemos numa era marcada pela competição e qualidade de vida, em que progressos científicos e avanços tecnológicos definem exigências novas para os jovens que ingressarão no mundo do trabalho. Torna-se cada vez mais difícil compreender e dialogar com o mundo sem ter alguma familiaridade com o saber das ciências, sem compreender a ciência e a tecnologia como fazeres humanos, históricos que guardam relação de mão dupla entre si e com a sociedade. O saber desse povo talvez esteja em conviver com as adversidades de seu contexto: onde a calmaria da natureza é constantemente ameaçada pela economia do grande capital que insiste em lhe roubar a terra, seu canto e espaço, e em negar ao “pequeno” o direito de viver dignamente. A grande maioria das pessoas, embora conviva cotidianamente com produtos científicos e tecnológicos, pouco refletem sobre os processos envolvidos em sua criação, produção e distribuição; seja por falta de formação e informação não exercem opções com autonomia o que impede o exercício da cidadania crítica e consciente. Desta forma, justifica-se que o ensino de Ciências deve possibilitar a apropriação do conhecimento científico, de seus conceitos e procedimentos, de modo a contribuir para a compreensão do mundo e suas transformações, para nos reconhecermos como parte da Biosfera e como indivíduos que podem nele interferir. Não tem como função formar cientistas, mas, garantir a todos que se tornem cidadãos competentes, informados e críticos. O conhecimento sobre a forma como a natureza se comporta e a vida se processa contribui para que o aluno possa se posicionar acerca de questões contemporâneas e orientar suas ações de forma mais consciente. Resistir a esse intenso acesso é uma demonstração de sapiência, uma sabia defesa de seu jeito de viver e de seu espaço de vida. É essa concepção de campo que devemos ter como referencia ao tratar da educação do campo, considerando o protagonismo das crianças e jovens, educadoras e educadores na luta por uma educação que corresponda aos seus ideiais de formação. A disciplina de Ciências é privilegiada onde diferentes explicações sobre o mundo, fenômenos da natureza e transformações produzidas pelo ser humano podem ser exploradas e comparadas. É espaço das explicações oferecidas pelos vários sistemas teóricos, tanto quanto das manifestações espontâneas dos alunos. 89 O ensino de Ciências deve partir do conhecimento que os alunos possuem, transformando-o em conhecimento científico e reconstruindo sua realidade dentro do contexto dos novos conhecimentos. A disciplina de Ciências favorecerá a compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no meio (local, regional, global), bem como, instigará reflexões e a busca de soluções a respeito das tensões contemporâneas, como por exemplo, a preservação do meio ambientes X necessidades oriundas da produção industrial, a ética X produção científica, conservação e transformação da Natureza: seres vivos, recursos e fenômenos naturais; ação humana sobre a natureza; a terra: sentidos, processo de distribuição: um passado e um presente de conflitos; trabalhar a terra, viver na e da terra. No Brasil, o ensino de Ciências foi influenciado pelas relações de poder que se estabeleceram entre as instituições de produção cientifica, pelo papel reservado à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes profissões. O método cientifico fortemente marcado e utilizado como estratégia de investigação no ensino de Ciências cedeu espaço para aproximações entre ciências e sociedade, com vistas a correlacionar a investigação cientifica, a aspectos políticos, econômicos e culturais. Nesse sentido, em termos práticos, o currículo escolar valorizou conteúdos científicos mais próximos do cotidiano, no sentido de identificar problemas e propor soluções. Na década de 1980 e inicio da seguinte, no estado do Paraná, a SEED propôs o Currículo Básico para ensino de primeiro grau construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítico. Esse documento resultou de reflexões e discussões realizadas no estado do Paraná, visando debater os conteúdos e as orientações de encaminhamento metodológico. Com a promulgação da LDB nº 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e Bases para a Educacional Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais que propunham uma nova organização curricular em âmbito federal. O Estado do Paraná, porem, não utiliza os PCN’s como base para o seu currículo e as escolas publicas paranaenses têm sua estrutura disciplinar baseadas nas DCN’s e DCE’s, assumindo a teoria critica da Educação, Pedagogia Histórico-Crítico e a Metodologia da Prática Social. 90 OBJETIVOS GERAIS • Compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica; • Valorizar a natureza como um todo dinâmico e o ser humano em sociedade como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente; • Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade humana; • Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia como meio para suprir necessidades humanas sabendo elaborara juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas; • Entender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes; • Formular questões e propor soluções a problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em práticas conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar; • Saber utilizar conceitos científicos básicos associados à energia, matéria, transformação do espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida; • Valorizar o trabalho em grupo sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento; • Reconhecer, a partir do estudo dos conceitos básicos de Astronomia, a Terra como elemento integrante do Universo; • Perceber a Terra como um planeta do Sistema Solar cujas condições propiciaram o surgimento da vida como a conhecemos; • Identificar a variedade de ambientes da Terra; • Identificar a água como componente fundamental na composição dos seres vivos e nos processos vitais de nosso planeta; • Reconhecer o ar, em razão de sua composição, como um dos fatores fundamentais na manutenção da vida do planeta Terra; • Reconhecer o solo como um dos elementos da biosfera que abriga a vida; • Reconhecer que deve ser mantida a composição do solo e respeitado os ciclos vitais que nele ocorrem; • Reconhecer que a biodiversidade é consequência da grande variedade de ambientes existente em nosso planeta e das relações de interdependência 91 entre os próprios seres vivos e entre estes e os fatores abióticos (água, solo, ar e luz), para valorizar a vida no que se refere à diversidade; • Reconhecer que há uma dimensão ética na relação dos seres humanos com o ambiente e também com os demais seres vivos; • Compreender a integração dos seres vivos entre si e com o ambiente como elemento fundamental à manutenção do equilíbrio e dos ecossistemas e da vida; • Elaborar estratégias de enfrentamento de questões ligadas ao contexto da vida; • Trabalhar em equipe demonstrando atitudes de respeito ao outro e cooperação; • Distinguir e caracterizar os seres que compõe os grupos dos vírus, moneras, prototistas e fungos, reconhecendo a sua diversidade e importância; • Caracterizar os animais reconhecendo a sua diversidade e importância na manutenção do equilíbrio natural; • Caracterizar os filos de invertebrados, reconhecendo sua diversidade; • Perceber que os diversos grupos de seres vivos possuem características anatômicas e fisiológicas próprias que os identificam como grupo distintos dos demais; • Caracterizar os animais reconhecendo sua diversidade e importância na manutenção de equilíbrio natural; • Identificar as principais características morfofisiológicas de classes de vertebrados relacionando-as ao ambiente em que vivem e à sua historia evolutiva; • Compreender que, assim como os outros seres vivos, os diversos tipos de planta são resultantes de longo processo evolutivo; • Reconhecer o ser humano como uma das espécies integrantes de ecossistemas da Terra; • Reconhecer a célula como unidade básica da vida e relacioná-la ao funcionamento do organismo como um todo; • Compreender a sexualidade em sua dimensão plural, condicionada por fatores biológicos, culturais e sociais; • Perceber a importância de reconhecer o próprio corpo para viver a sexualidade de maneira prazerosa e responsável; • 92 Compreender o funcionamento integrado dos sistemas que desempenham as funções de nutrição; • Compreender a produção de matéria e energia e também a eliminação dos resíduos e excessos dessa produção; • Identificar o sistema sensorial, nervoso e endócrino como sistemas que permitem integrar os seres vivos entre si e promover a interação deles com o meio ambiente; • Compreender o funcionamento e a integração do sistemas ósseo e muscular com os demais sistemas; • Reconhecer a importância da locomoção para a sobrevivência da espécie humana; • Compreender que a Fisica, a Quimica e a Biologia são algumas das ciências que formam o grupo denominado ciência da natureza; • Obter noções sobre as relações fundamentais entre ciência, tecnologia e sociedade; • Reconhecer e saber utilizar corretamente símbolos, códigos e nomenclaturas de grandezas da física; • Conhecer as unidades e as relações entre as unidades de uma mesma grandeza física para fazer traduções entre elas e utiliza-las adequadamente; • Fazer uso de diferentes linguagens que representem relações entre grandezas físicas: tabelas, gráficos, expressões matemáticas e escalas; • Compreender que existem vários níveis de explicações físicas, tanto microscópicos quanto macroscópicos, utiliza-los apropriadamente na compreensão de fenômenos; • Possibilitar ao aluno o desenvolvimento de uma visão critica do mundo em que vive, no tocante ao relacionamento da sociedade com a Quimica; • Propiciar ao aluno a compreensão e a analise dos fenômenos químicos e a utilização de seu conhecimento químico no cotidiano, podendo assim contribuir para a melhoria de sua qualidade de vida; • OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Identificar o Universo como o conjunto de planetas, satélites, cometas, estrelas, nebulosas, galáxias e tudo o mais que esta presente nele; • 93 Reconhecer que há diversas explicações para a origem do Universo mas que a teoria do Big Bang é a mais aceita pelos cientistas; • Reconhecer a tecnologia como um dos elementos facilitadores das descobertas cientificas e de ampliação dos limites do conhecimento humano, muito especialmente no campo da astronomia; • Reconhecer o modelo da organização do Sistema Solar e localizar a posição da Terra nesse conjunto de astros; • Compreender que a organização dos astros em movimento tem relação com determinado tipo de força, a gravitacional; • Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte e seu papel na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade; • Identificar as características de um planeta e que aspectos o diferenciam de uma estrela; • Identificar as características de um satélite natural e dos planetas do Sistema Solar que possuem um ou mais satélites; • Identificar as características dos demais astros que fazem parte do Sistema Solar; • Identificar a posição da Terra em relação ao Sol e reconhecer que a inclinação do seu eixo de rotação em relação ao seu plano orbital torna possível a variação no recebimento de luz e calor – formações das estações do ano – no nosso Planeta; • Intuir, a partir de analogias convivências do dia-a-dia e observações de modelos, a relação entre os movimentos aparentes do Sol, da Lua e demais astros e o movimento real de rotação da Terra – formação dos dias e das noites; • Compreender que o desenvolvimento e a manutenção da vida na Terra dependem da posição desta no Sistema Solar e dos seus movimentos; • Identificar, no Sistema Solar, o sistema específico Terra/Lua; • Identificar as fases da Lua como acontecimento cíclico e sua influência na agricultura; • Reconhecer a biosfera como um grande ecossistema; • Reconhecer a diversidade ambiental do planeta Terra relacionando com a existência de diferentes condições ambientais; • Caracterizar os principais tipos de ecossistemas brasileiros e as formas de adaptação dos seres que neles vivem; • 94 Reconhecer a presença da água na Terra e sua participação nos processos vitais que ocorrem tanto no ambiente quanto nos seres vivos; • Reconhecer a agua como uma substância formada, portanto, por moléculas que se movimentam mantendo espaços entre si; • Identificar os elementos químicos que compõem a molécula da água; • Identificar as propriedades da água e seus comportamentos na natureza; • Relacionar a vida do ser humano à disponibilidade de água e conscientizar-se da necessidade de cuidar dessa água evitando seu desperdício e contaminação; • Identificar as fontes de poluição da agua e compreender a importância da implantação de estações de tratamentos de esgotos na cidade; • Identificar o ar como uma mistura de gases contendo principalmente nitrogênio e oxigênio em sua composição; • Reconhecer a elasticidade, o peso e a pressão do ar em situações concretas; • Escrever a atmosfera caracterizando as suas diferentes camadas; • Relacionar os diferentes fatores envolvidos nas condições atmosféricas e na previsão do tempo; • Associar alterações na composição do ar com emissão de substancias emissoras e suas consequências; • Avaliar as consequências da poluição atmosféricas para o meio ambiente e os seres vivos; • Identificar e comparar os solos quanto ao tipo de partículas predominantes em sua composição; • Distinguir os solos quanto à permeabilidade em relação à água; • Reconhecer como é inadequada a forma de tratamento do lixo a ceu aberto; • Verificar que o lixo pode ser reciclado de diversas formas e que o seu tratamento correto é benéfico tanto à saúde quanto à conservação de recursos naturais; • Relacionar a presença e as atividades decompositoras de bactérias e fungos com a fertilidade do solo; • Relacionar as ações dos agentes de intemperismos à formação do solo e a à sua erosão, principalmente em situações cotidianas • Relacionar as queimadas à morte dos decompositores e à perda da fertilidade do solo; • Identificar a relação entre solo, vegetação e regime de chuvas; 95 • Identificar a agua como um poderoso agente de erosão; • Identificar os efeitos e reconhecer a responsabilidade da ação do ser humano sobre o relevo e a vegetação do globo terrestre; • Reconhecer a importância da observação e do registro dos dados coletados pois podem ser uteis como material de pesquisa e estudo; • Identificar a diversidade dos ambientes do planeta e a interação dos seres vivos entre si e com o meio ambiente; • Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias alimentares; • Identificar as características gerais dos seres vivos; • Reconhecer que os sistemas classificatórios e as nomenclaturas estabelecidas pelos especialistas têm o objetivo de facilitar os estudos e comunicação cientifica; • Reconhecer as características dos trabalhos realizados pelos cientistas; • Reconhecer os vírus como seres acelulares e parasitas obrigatórios identificando formas de prevenção contra doenças; • Identificar e caracterizar os moneras; • Reconhecer a importância ecológica, econômica e medicinal dos moneras; • Caracterizar os protoctistas e reconhecer as formas de transmissão de doenças e suas formas de prevenção; • Identificar, no ambiente, a presença e/ou atividade dos fungos, sua importância ecológica, econômica e medicinal; • Distinguir e identificar padrões morfofisiológicos dos seres do Reino Animal; • Caracterizar os filos dos poríferos e cnidários; • Caracterizar os filos dos platelmintos e nematelmintos; • Ampliar os conhecimentos sobre prevenção de doenças causadas por vermes nas praticas de higiene pessoal e preparação de alimentos; • Caracterizar os filos dos anelídeos e moluscos; • Caracterizar o filo dos artrópodes; • Caracterizar o filo dos equinodermos; • Caracterizar os peixes, anfibios, répteis, aves, reconhecendo a diversidade e importância no ambiente; • 96 Caracterizar os mamíferos, reconhecendo a diversidade e importância no ambiente e as características que o ser humano é um animal mamífero; • Identificar as características gerais das plantas e sua diversidade; • Perceber a importância de estruturas que contribuíram para sua adaptação ao ambiente; • Identificar as características das briófitas e pteridófitas; • Identificar a presença de vasos condutores nas plantas como características vantajosas à ocupação no ambiente terrestre; • Caracterizar as gimnospermas e o surgimento da semente ao seu sucesso na historia evolutiva das plantas; • Caracterizar as angiospermas associando o surgimento da flor e do fruto ao seu sucesso evolutivo; • Identificar as funções especificas da raiz, do caule e da folha; • Reconhecer a importância evolutiva da flor na reprodução nas angiospermas e o fruto como sua estrutura exclusiva; • Reconhecer a importância dessas plantas na alimentação humana; • Reconhecer o fato de a historia do ser humano ser muito recente, se comparada com a de outros seres vivos do nosso planeta; • Reconhecer o papel da espécie humana em seu próprio processo de evolução biológica criando relações de trabalho, visando transformar o ambiente, adaptando-o às suas necessidades; • Reconhecer a capacidade de reprodução como vital para a manutenção da espécie; • Reconhecer a adaptação do ambiente como fator decisivo no sucesso evolutivo da nossa espécie; • Relacionar as funções de cada organela celular ao funcionamento da célula como um todo; • Identificar a célula como unidade morfofisiológica dos seres vivos; • Identificar os diferentes tipos de tecidos animais como funções por eles desempenhadas; • Identificar os diferentes níveis de organização no organismo humano; • Associar mudanças no corpo às funções hormonais e, em conseqüência, ao amadurecimento sexual durante a puberdade, quando o organismo se torna 97 apto para a reprodução; • A partir do conhecimento do corpo e das suas potencialidades de interação com o mundo, desenvolver atitudes de respeito de valorização com o outro; • Compreender as diferentes dimensões da reprodução humana; • Relacionar uso de preservativos com a prevenção de DST’s e com a contraconcepção adotando atitudes de cuidado com a saúde; • Estimular o cuidado com o próprio corpo com atenção para o desenvolvimento da sexualidade e para os hábitos de alimentação de convívio e de lazer; • Reconhecer os tipos de nutrientes e suas funções no organismo; • Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos alimentos; • Compreender a alimentação humana à obtenção e a conservação dos alimentos , sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua constituição e saúde; • Identificar as partes do tubo digestório e dos órgãos anexos; • Reconhecer os processos químicos da digestão na transformação das substancias; • Reconhecer os processos mecânicos da digestão; • Relacionar a digestão e a absorção de nutrientes à sua utilização pelas células; • Identificar os cuidados com a higiene e com a alimentação como necessários à manutenção da saúde do sistema digestório; • Identificar o sistema respiratório, seus órgãos e suas funções; • Reconhecer a respiração celular como um processo responsável pela produção de energia das células; • Identificar os órgãos do sistema circulatório, sua anatomia e o papel visiologico de veias, artérias e capilares; • Identificar os órgãos que compõem o sistema urinário e sua importância na eliminação de resíduos metabólicos para a manutenção do equilíbrio do organismo; • Identificar os órgãos do sistema sensorial e a sua integração com o ambiente; • Identificar os órgãos do sistema nervoso; • Identificar as glândulas que compõem o sistema endócrino; • Identificar os ossos como importantes elementos de sustentação ao corpo e proteção de órgãos vitais; • 98 Compreender o funcionamento do sistema muscular e os diferentes tipos de tecido; • Perceber a necessidade de posicionar-se critica e eticamente em relação a temas de ciência e tecnologia como ação fundamental no exercício da cidadania; • Compreender o conceito de grandeza física, suas principais unidades de medida no sistema internacional; • Compreender os conceitos de movimento, referencial, trajetória, partícula e corpo extenso; • Transformar unidades de velocidades; • Compreender o conceito de grandeza escalar e vetorial; • Reconhecer a força como agente capaz de modificar o estado de movimento de um corpo; • Compreender as três leis de Newton, sendo capaz de identificá-las em fenômenos cotidianos e utilizá-las para resolver situações-problemas; • Compreender a descrição de movimentos dos corpos celestes e termos da lei da gravitação universal, relacionando-o com o principio universal da atração de massas; • Conhecer o conceito físico de trabalho; • Compreender a importância do conceito de energia para a humanidade; • Compreender o principio da conservação da energia mecânica; • Compreender os conceitos de calor e temperatura relacionando-os às principais escalas termométricas; • Compreender o conceito de onda, diferenciando ondas mecânicas e ondas eletromagnéticas; • Conhecer o espectro eletromagnético; • Conceituar som; • Compreender a luz como uma onda eletromagnética; • Conhecer os principais fenômenos ondulatórios: reflexão e refração; • Compreender o conceito de cor dos corpos e que a luz branca é composta de varias cores; • Compreender a formação de imagens nos espelhos planos e esféricos e o funcionamento básico de lentes; • 99 Compreender o conceito de carga elétrica, corrente elétrica, tensão elétrica, resistência e potencia elétrica; • Compreender a propriedade de magnetismo dos imas, compreender que a Terra se comporta como um grande imã; • Reconhecer que a matéria é constituída de partículas e que esses elementos que compões as estruturas da matéria são historicamente identificados como átomos; • Conceituar átomo e identificar suas partículas fundamentais; • Reconhecer o elemento químico e os seus símbolos; • Constatar na tabela periódica o que representa numero atômico e numero de massa; • Identificar, pela analise de distribuição eletrônica dos átomos os tipos de comunicações que pode haver entre eles; • Conceituar ligações iônicas, covalentes e metálicas; • Conhecer o conceito de matéria identificando suas características gerais e especificas; • Diferenciar e identificar misturas homogenias e heterogenias; • Verificar alguns processos de separação de misturas; • Compreender o significado de função química e diferencia-las bem como associar características e propriedades a cada uma delas; • A partir de evidencias, identificar a ocorrência de situações químicas em situações do dia-a-dia; • Compreender e utilizar os códigos e a linguagem da química; • Sistematizar, do ponto de vista da Química, de forma elementar, alguns conhecimentos que abordam absorção e liberação de energia, já estudados como fotossíntese e combustão; CONTEÚDOS ESTRUTURANTES São conhecimentos de grande amplitude que tem a função de identificar e organizar os campos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Em Ciências estão edificados a partir da historia dos conceitos científicos e evitam a fragmentação do Currículo, estruturando a disciplina ao seu objeto de estudo e ensino. Estes conteúdos foram definidos tendo 100 em vista a relação entre os campos de estudo, tradicionalmente tratados ao longo do ensino de Ciências e a sua relevância no processo de escolarização atual, para entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na História da Ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade. ASTRONOMIA A astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Historicamente possibilita estudos e discussões sobre a origem e evolução do Universo. Apresentam-se a seguir, os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos necessários para o entendimento de questões astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências: • Universo; • Sistema Solar; • Movimentos celestes e terrestres; • Astros; • Origem e evolução do Universo; • Gravitação Universal. MATÉRIA Cientificamente permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos. Os conteúdos básicos considerados essenciais para o entendimento da matéria são: • Constituição da matéria; • Propriedades da matéria. 101 SISTEMAS BIOLÓGICOS Este conteúdo estruturante aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos são: • Níveis de organização; • Célula; • Morfologia e fisiologia dos seres vivos; • Mecanismos de herança genética. ENERGIA Este conteúdo estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia. Discutia-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas idéias de calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos e sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria de calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da conservação da energia. Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a conservação e transformação de uma forma de energia em outras são: • Formas de energia; • Conversão de energia; • Transmissão de energia. BIODIVERSIDADE O conceito de Biodiversidade deve ser entendido para além da mera diversidade dos seres vivos. Não devemos reduzir o conceito de biodiversidade ao número de espécies existentes mas sim compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente. Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a biodiversidade, são: 102 • Organização dos seres vivos; • Sistemática; • Ecossistemas; • Interações ecológicas; • Origem da Vida; • Evolução dos seres vivos. Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são essenciais na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses conteúdos serão desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelo professor de Ciências em função dos interesses regionais e do avanço na produção do conhecimento científico e tratando os conteúdos por série. CONTEÚDOS POR SÉRIE. 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Astronomia – matéria – sistemas biológicos – energia – biodiversidade CONTEÚDOS BÁSICOS Universo - sistema solar – a terra – movimentos terrestres e celestes – Educação do Campo – Educação Ambiental (lei 9795/99) e Sustentabilidade – História da Cultura Afro-brasileira (lei 10639/03) – Prevenção ao Uso de Drogas CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • O Universo. • As teorias relativas ao surgimento do Universo. • As estrelas e suas características. • As constelações. • As galáxias – Via láctea. • O surgimento do Sistema Solar. • Os componentes do Sistema Solar. • Os movimentos de rotação e translação. • Movimento aparente dos astros X movimento de rotação da Terra • Ciclo dos dias e das noites. • Ciclo das Estações do ano. • A Lua – satélite da Terra. • Fases da Lua e os eclipses lunar e solar. • Instrumentos astronômicos. • Biodiversidade; conceito de espécie. • Como os seres vivos ocupam o planeta – a biodiversidade no globo terrestre 103 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Os seres vivos nos ecossistemas. Os principais ecossistemas brasileiros e suas características. Os níveis de organização dos seres vivos- de indivíduo à comunidade. Obtendo energia para a sobrevivência – níveis tróficos. Cadeias e teias alimentares. Presença de água nos seres vivos. Presença de água no ambiente. Ciclo da água no nosso planeta. Estados físicos da matéria. A água como solvente, como regulador térmico. Composição da água. A água exerce pressão. Princípio dos vasos comunicantes. Princípio de Pascal. Tensão superficial. Propriedades da água. Tipos de água: tratamento. Poluição da água. A história de alguns povos e rios. Tratamento da água. O destino da água utilizada: tratamento de esgoto. Água direito de todos direito de alguns. Água como recurso energético. Distribuição de água doce no PR. Consumo e utilização da água. Ar, Existência do ar. Composição do ar. Propriedades do ar: massa, elasticidade, peso, pressão atmosférica. Composição da atmosfera terrestre. Camadas da atmosfera. Ar e saúde. Previsão do tempo. Diferença entre tempo e clima. Fenômenos atmosféricos. Tipos de nuvens, massas de ar. Pressão atmosférica, nível pluviométrico. Estações meteorológicas: Aparelhos medidores . Mapa do tempo. O papel protetor da atmosfera, planeta em risco. Poluentes e seus efeitos obre a saúde. Buracos na camada de ozônio. Chuva ácida. Efeito estufa, consequências do efeito estufa, aquecimento global, inversão térmica, protocolos internacionais, fontes alternativas de energia. O solo terrestre: O solo e o subsolo. As rochas magmáticas ou ígneas, rochas sedimentares e rochas metamórficas. O solo - diferentes tipos de solo: O solo argiloso, solo arenoso, solo humífero. O solo é um grande filtro. Terras cultiváveis. A interação entre fatores ambientais e seres vivos. Agricultura sustentável. Conceitos e princípios. Noção de desenvolvimento • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 104 sustentável. Cuidados com o solo: adubação, rotação de culturas, aragem do solo, irrigação e drenagem. Os perigos da poluição do solo: A poluição do solo por produtos químicos, o lixo, lixões a céu aberto, o destino do lixo, aterros sanitários, incineração, compostagem, reciclagem. Conceito de sustentabilidade. Ações relacionadas à sustentabilidade. A ação da natureza : erosão, ação do vento e da água, a ação do ser humano. Como evitar a erosão. Desmatamento, queimadas. Desmatamento no Brasil e no Município de Contenda. Desequilíbrios ecológicos observados no Município de Contenda. Aquecimento global e suas consequências. História da cultura afro-brasileira: estudos das características biológicas (biótipo) dos diferentes povos. Lendas africanas. Interdependência entre o campo e a cidade. Questão agrária. Trabalho: divisão social e territorial, cultura e identidade. Biotecnologia. Reservas ambientais – APA. Código Florestal Brasileiro. Conservação da mata ciliar. Exploração da mata das araucárias. 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Astronomia – matéria – sistemas biológicos – energia – biodiversidade CONTEÚDOS BÁSICOS Os seres vivos e o ambiente – célula – organização, classificação, morfologia e fisiologia dos seres vivos - vírus - reino dos moneras – reino dos protoctistas - poríferos – cnidários - platelmintos – nematelmintos – anelídeos – moluscos – artrópodes – equinodermos – peixes – anfíbios – répteis – aves – mamíferos – formas e transmissão de energia – plantas - educação do campo – Educação Ambiental (lei 9795/99) e Sustentabilidade – História da Cultura Afro-Brasileira ( lei 10639/03) – Prevenção ao uso de Drogas CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • • • • • Alguns conceitos estudados em ecologia. Cadeias e teias alimentares. Relações ecológicas. Desequilíbrio ecológico. Organização celular. Nutrição. Capacidade de responder a estímulos. Reprodução e evolução. Conceituação de classificação. Definição de critérios. Taxonomia. Nomenclatura para os seres vivos- popular e científica. 105 • Características dos vírus. Doenças causadas por vírus. • Características do Reino Moneras. Papel ecológico. Doenças causadas por • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • bactérias. Características do Reino Protoctista. Papel ecológico. Doenças causadas por protozoários Características do Reino Fungi. Papel ecológico e econômico. Doenças causadas por fungos. História da penicilina. Características gerais dos Poríferos, corpo, reprodução e o meio ambiente. Características gerais dos Cnidários, corpo, nutrição, reprodução, principais classes de cnidários e relações com o meio ambiente. Características gerais dos Platelmintes: planária, esquistossomo, tênia e relações com o homem e meio ambiente. Características gerais dos Nematelmintes: lombriga, oxiúro, filaria, ancilóstomo e relações com o homem e meio ambiente. Características gerais dos Anelídeos: classificação, e meio ambiente. Características Gerais dos Moluscos: Classificação, corpo, ordens, reprodução e meio ambiente. Características Gerais dos Artrópodes: Classificação, reprodução, ordens, e meio ambiente. Características Gerais dos Equinodermos: Classificação, sistemas vitais e reprodução. Características Gerais dos Peixes. Características adaptativas. Diversidade de espécies. Papel ecológico. Diferenças entre peixes ósseos e cartilaginosos. Classificação. Características Gerais dos Anfíbios . Diversidade e papel ecológico. Classificação. Características Gerais dos Répteis . Diversidade e papel ecológico. Classificação. Características Gerais das Aves. Diversidade e papel ecológico. Classificação. Características Gerais dos Mamíferos. Diversidade e papel ecológico. O ser humano como um animal mamífero. Classificação. Reino das plantas: conceito de planta. Evolução e conquista do ambiente terrestre. Células e tecidos vegetais (sistemas fisiológicos). Nutrição das plantas. Energia luminosa. Fotossíntese. Seres autótrofos e heterótrofos Classificação das plantas em grandes grupos. Briófitas e Pteridófitas. Gimnospermas e Angiospermas. Elementos de uma planta: Raiz, Caule, Folha , Flor ,Fruto e Semente Reprodução das plantas. Hidroponia. Plantas originárias da África. Espécies exóticas. Frutos exóticos. • • • • • • • • • • • • • • • • 106 Higiene através do uso das plantas(cabelos, pele: shampoo, sabonetes, cremes, etc..) Impacto ambiental. Resíduos químicos no ambiente. Uso de agrotóxicos na agricultura. Exploração da caça e pesca predatória. Tráfico de animais e vegetais. Tecnologia na produção vegetal: estufas, bactérias e degradação do petróleo. Dengue e saúde pública no Brasil. Vigilância epidemiológica. Biotecnologia. Automedicação. Aranha marrom no Paraná. Animais e plantas em extinção. Instituto Oswaldo Cruz, Butantã, Pasteur. Projeto Tamar. Instituições não governamentais - ONGs. 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Astronomia – matéria – sistemas biológicos – energia – biodiversidade CONTEÚDOS BÁSICOS Origem e evolução do universo – a história da vida na terra – o ser humano e o meio ambiente – morfologia e fisiologia dos seres vivos – a célula - adolescência , nascimento e sexualidade – sistema digestório – sistema respiratório – sistema circulatório – sistema urinário – sistema nervoso – sistema endócrino – sistema ósseo – sistema muscular - Educação do Campo – Educação Ambiental (lei 9795/99) e Sustentabilidade – História da Cultura Afro-Brasileira ( lei 10639/03) – Prevenção ao uso de Drogas CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • • • • • • • • O aparecimento da espécie humana. A importância dos fósseis. A evolução do ser humano. Os ancestrais da espécie humana atual. Conceito de raça e etnia. Os conceitos de adaptação e seleção natural. Características adaptativas da espécie humana. Evolução cultural do ser humano. 107 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Formas de comunicação humana. Importância da variabilidade genética. A estrutura da célula. A divisão celular Tecido epitelial Tecido conjuntivo Tecido muscular Tecido nervoso Os níveis de organização do corpo humano. O papel dos hormônios. Tabus e mitos. Papéis sexuais - sociais. O masculino e o feminino nas sociedades. Estereótipos. O papel da mídia na educação sexual. Características sexuais primárias e secundárias. Estrutura interna e externa dos corpos masculinos e femininos. Prevenção do câncer de mama, próstata e de testículos. Ovulação, fecundação, Menstruação, TPM, menarca e menopausa. Determinação biológica do sexo. Placenta. Etapas da gestação. Tipos de parto. Formação de gêmeos. Esterilização. Amamentação e importância do leite materno. Conceito de saúde. Consulta ao ginecologista e urologista. DST’S. Contraceptivos. Métodos. Alimentos -Nutrientes. Função dos alimentos. Estrutura do Sistema Digestório. Órgãos anexos. Saúde humana e o sistema digestório. Saúde do estômago, dos intestinos e dos órgãos anexos. Estrutura do Sistema respiratório. Respiração. Movimentos respiratórios. Controle da respiração. Troca de gases. A saúde humana e o sistema respiratório. Estrutura do Sistema Circulatório. Características e funções do sangue. Circulação sanguínea. Estrutura do Sistema linfático. A saúde humana e os sistemas circulatório e linfático. Estrutura do Sistema Urinário. A excreção. Estrutura do sistema urinário. A saúde humana e o sistema urinário. Órgãos dos Sentidos. Estrutura e funcionamento dos órgãos dos sentidos: Visão, Audição, Paladar e Olfato, Tato. Órgãos sensoriais e a arte. Instrumentos musicais. Estrutura do Sistema Nervoso .Neurônios Sistema nervoso central. Sistema nervoso periférico. Ações involuntárias. Estrutura do Sistema Endócrino. As glândulas endócrinas e suas funções. O mecanismo de feedback. 108 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Estrutura do Sistema Ósseo. O esqueleto humano. Funções do esqueleto. O tecido ósseo. Tipos de ossos. Cartilagens. Tipos de articulações. Estrutura do Sistema muscular. Os músculos. Tipos de músculos. Propriedades dos músculos. As doenças e os músculos. Raças e preconceitos raciais ( Lei 10639/03 ). O ser humano e suas relações com o sagrado. Mitos. Fome e desnutrição. Questões de higiene corporal. Saneamento básico. Anorexia, obesidade, bulimia. Melhoramento genético. Transgenia. Exames sanguíneos, transfusões e doações sanguíneas. Soros e vacinas. Medicamentos. Terapia gênica. Influência da alimentação na saúde. Organização Mundial da Saúde. Reprodução Humana Assistida. Projeto Genoma Humano. Prevenção no uso de drogas. 9º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Astronomia – matéria – sistemas biológicos – energia – biodiversidade CONTEÚDOS BÁSICOS Formas de energia – conhecendo a física – constituição da matéria –movimentos – as leis de newton – gravitação – máquinas simples – trabalho e energia – formas e conversão de energia – calor – ondas e som – luz – eletricidade e magnetismo propriedades e constituição da matéria – estrutura atômica da matéria – os elementos químicos e a classificação periódica dos elementos - formas e conversão de energia ligações químicas - funções químicas – reações químicas - Educação do Campo – Educação Ambiental (lei 9795/99) e Sustentabilidade – História da Cultura AfroBrasileira ( lei 10639/03)– Prevenção ao uso de Drogas CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • Grandezas físicas. • Medida de comprimento. • Medida de tempo. • Sistema Internacional de Unidades. • Movimento, Referencial, Trajetória, Partícula e corpo. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 109 Grandezas da cinemática: posição, deslocamento, tempo, velocidades média e instantânea, aceleração Grandezas escalares e vetoriais. Forças. Força de atrito. 1ª, 2ª e 3ª Lei de Newton. Lei da Gravitação Universal. Peso dos corpos, centro de gravidade, equilíbrio dos corpos. Máquinas simples, alavancas, roldanas e polias, o plano inclinado. Trabalho. Energia mecânica, potencial e cinética. Lei da conservação da energia. Potência. Temperatura, medidas de temperatura. Principais escalas termométricas. Calor: medida de calor, calor sensível, calor latente. Propagação do calor. Ondas. Tipos de ondas. Ondas Periódicas. O espectro eletromagnético. Som. Qualidades do som. Propriedades da luz. Corpos luminosos e iluminados. Corpos opacos, transparentes e translúcidos. Sombras e penumbras. Fenômenos ondulatórios. Cor. Espelhos planos e esféricos, lentes . Ano-luz. Carga elétrica. Eletrização. Força elétrica. Corrente elétrica. Diferença de potencial. 1ª Lei de Ohm. Potência elétrica. Imãs, Noções de força magnética, Imã –Terra. Constituição da matéria. Os modelos atômicos (teoria atômica de Dalton, modelo atômico de Thomson, modelo de Rutherford e de Rutherford-Bohr). A estrutura do átomo (cargas elétricas e massa, número atômico, número de massa, eletrosfera, níveis energéticos e íons). Representação dos átomos. Átomos isótopos, isótonos e isóbaros. Os elementos químicos. A classificação dos elementos químicos. O comportamento dos átomos. Combinação dos elementos. Tipos de ligação química ( iônica, covalente e metálica). Energia nas reações químicas (fogos de artifício, foguetes, armas de fogo). A matéria e suas propriedades. Os estados físicos da matéria. Mudanças de estados físicos da matéria. Substâncias e misturas. Separação dos componentes de uma mistura. Significado de função química. 110 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Função ácida. Função base. Função sal. Função óxido. Os indicadores de pH e ácido-base. Transformações e reações químicas. Evidências de reações químicas. Códigos de linguagem de representações químicas. Balanceamento de reações químicas. Classificação das reações químicas. Energia das reações químicas. Velocidade das reações químicas. A ação de substâncias químicas no organismo. Gases. Fontes de energia renováveis e não-renováveis. Instrumentos musicais. Tecnologias em produtos de eletrônica. Ligas metálicas. Biodiesel. Corantes. Tingimento de tecidos. Biogás. Adubos e fertilizantes químicos. Usinas geradoras de energia. Instrumentos e escalas termométricas. Consumo de energia elétrica residencial. Microfone. Alto-falante. Pára-quedas. Asa Delta. Pilhas, baterias e questões ambientais. Coleta seletiva e reciclagem. METODOLOGIA Educar não é uma tarefa fácil, principalmente, quando necessitamos de um “currículo centrado no desenvolvimento, na construção, na experiência da igualdade democrática” como afirma LUCKESI (2000). É oportuno, inicialmente, destacar que o processo de ensino e aprendizagem se desenvolve ao longo da vida de um indivíduo, e que nos dias de hoje precisamos estar em constante aprofundamento e atualização, considerando que estamos inseridos em uma sociedade em constante evolução tecnológica. Assim sendo, o avanço tecnológico exerce o papel dominante na sociedade, atingindo, também o papel da escola. Deparamo-nos constantemente com inúmeras inovações, que se processam a uma velocidade difícil de acompanhar. Os desafios estão postos pelos avanços tecnológicos, que aceleram as pesquisas em diversos campos do conhecimento. 111 Determinados segmentos da sociedade, por sua vez, tentam acompanhar essa trajetória veloz da Ciência, investindo em equipamentos, meios de comunicação e demais multimeios, adequando-se ao mundo contemporâneo. É imprescindível, também, que a escola, por meio do ensino de ciências, privilegie o conhecimento das novas tecnologias, que diariamente participam ou intervêm na vida dos alunos. A disciplina pretende investigar e pesquisar, através de ações desafiadoras, os conhecimentos científicos, abordando assuntos atuais, no contexto local, estadual, nacional, mundial e universal. A referida disciplina deve priorizar metodologias de pesquisa científica, de caráter investigatório e exploratório, oportunizando aos alunos situações concretas de aprendizagem, bem como, discussões e questionamentos que suscitem uma reflexão mais apurada sobre as inovações no campo da Ciência e da realidade social, incluindo aspectos políticos, éticos, educacionais, ambientais e econômicos. Sabemos que a ciência e a educação em Ciências são atividades e produções humanas, como tais, condicionadas por fatores sociais, refletindo e também influenciando o contexto histórico no qual estão inseridas. É importante refletir como a escola e, em especial, os Currículos de Ciências vem lidando com a questão da diversidade e dentro deste contexto pode colaborar na desconstrução ou na legitimação de estereótipos e preconceitos. Tais fatores estão previstos ao se tratar da abordagem da cultura e historia afro-brasileira (Lei 10.639/03), historia e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação ambiental (Lei 9795/99). Etnia, gênero, classe social, religião, identidade, bem como outras categorias atravessam uma discussão histórica em nossas escolas. Um currículo ainda predominantemente branco, eurocêntrico e masculino. Como consequência a percepção de um mundo por parte da criança acaba se formando com base nos esquemas dominantes. Neste cenário, sabemos a importância e devemos combater, de que, nos livros didáticos, apareçam mulheres que não sejam retratadas apenas como mães e esposas; ciência e trabalho como coisa de menino; ou que negros e indígenas apareçam em situação de miséria e degradação. Entretanto, devemos lembrar que nossos alunos, meninos e meninas, são expostos desde pequenos, a diferentes estímulos ambientais e, portanto, fatores socioculturais, e não apenas cognitivos, estão em jogo no entendimento dessas diferenças. Em relação à etnia, temos a consciência de que se silenciar-se quanto às questões étnico-culturais, podemos colaborar para o cerceamento de referenciais positivos necessários às formação da auto estima da criança não-branca e reforças 112 preconceitos. Assim sendo, as atividades pedagógicas propostas foram pensadas para serem coerentes com a metodologia adotada pelas DCE’s e nos mostra que há espaço tanto para aula expositiva, quando para atividades experimentais, demonstrações, trabalho individual e coletivo, projetos, debates e outras estratégias como pesquisas na internet, TV multimídia, computadores, musicas, leitura cientifica, blogs, redes sociais, e-mails atividades experimentais que enriquecem o ambiente de aprendizagem ao desenvolver e mobilizar nos alunos competências diversificadas. Evidencia-se ainda que no ambiente escolar em qualquer dependência e em qualquer tempo será garantido a todos os educandos os direitos adquiridos perante o Estatuto da Criança e do Adolescente perante a lei n° 8069 de 13 de julho de 1990 e Lei n° 11.525, de 25 de setembro de 2007, pois serão tratados temas como bullying, sexualidade, gravidez na adolescência, violência, discriminação, gênero e diversidade sexual, bem como trabalhos que direcionam o enfrentamento à violência no ambiente escolar, os quais tem como meta buscar conscientizar os alunos quanto as consequências do uso indevido de drogas licitas e ilícitas. É importante que essas práticas proporcionem discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala. Poderão ocorrer outras estratégias durante o processo, dependendo da dinâmica da turma e das necessidades que forem ocorrendo. AVALIAÇÃO A avaliação é componente fundamental de um plano de ação, pois possibilita traçar os perfis, identificar quais aspectos se devem reforçar ou abandonar; que conteúdos, competências e habilidades convêm privilegiar quais assuntos necessitam de complementação; e qual é o momento de avançar segundo o ritmo da turma. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem, reorientando as estratégias didáticas. O que e como se pretende avaliar deve ser explicitado previamente aos alunos. O erro do aluno deve ser ponto de partida para a aprendizagem. Lembrando que muitas vezes, o erro mais do que o acerto, revela o que o aluno “sabe”, colocando este saber numa perspectiva processual, indicando também aquilo que ele ainda “não sabe”, portanto o que pode vir a “saber”. O erro dá pistas sobre o modo como cada um está organizando seu pensamento, a forma como está articulando seus diversos saberes, as diversas lógicas que atravessam a dinâmica ensino- 113 aprendizagem, as muitas possibilidades de interpretação dos fatos, a existência de vários percursos coletivos, a tensão individual/coletivo. Deixa de representar a ausência de conhecimentos, a deficiência, a impossibilidade, a falta. A avaliação deve contar com o envolvimento ativo do aluno, ou seja, a auto avaliação deve ser estimulada. Ela possibilita ao estudante refletir sobre o próprio processo de aprendizagem e, o retorno criterioso que o aluno deve receber a respeito das avaliações realizadas pelo professor, constitui excelente recurso na construção do auto conhecimento e uma forma efetiva de participação do aluno em seu processo avaliativo. Embora a avaliação deva ser realizada por meio de instrumentos diversificados e não apenas por testes e provas, esses velhos instrumentos não precisam ser abandonados. Quando bem elaborados, colaboram na tarefa avaliativa. Questões contextualizadas, com linguagem clara e se possível contando com textos, leitura de imagem, etc, são sempre mais significativos. Provas com consulta, em dupla, interdisciplinares, etc. são alternativas que podem enriquecer pedagogicamente o processo avaliativo. As diversas formas de expressão-oral, escrita, pictórica, etc.devem ser consideradas para contemplar as diferenças individuais. Há diversas propostas e atividades passíveis de serem utilizadas, servindo como instrumentos de avaliação durante os processos de ensino-aprendizagem. Imagens, textos, indagações têm por objetivo provocar o aluno levando-o a debater questões relativas ao tema e aos conteúdos apresentados. Atividades como observações, experimentações, organização de ideias, conectar informações com outras disciplinas podem ser utilizadas ao longo do processo de avaliação do aluno em relação a aspectos como senso se organização, analise, sistematização, capacidade de argumentação, expressão oral e escrita, colaboração com colegas, etc. É interessante avaliar com os alunos as atividades que apresentarem mais dificuldades e as que apresentarem mais facilidades e o por quê; outros aspectos que interferiram no andamento dos trabalhos: inadequação do material, do local ou de tempo de duração; dificuldade de entendimento dos conteúdos ou dos procedimentos. A análise desses dados facilitará definir as prioridades e estratégias para superação dos aspectos avaliados como desenvolvimento do processo de aprendizagem. negativos que interferirem no 114 A avaliação deverá estar diretamente relacionada às temáticas discutidas e à metodologia adotada. Com isso, a avaliação permitirá diagnosticar e identificar as dificuldades dos alunos, possibilitando a partir daí uma intervenção pedagógica capaz de promover a aprendizagem significativa. A avaliação deve, portanto, se processar de forma contínua, dinâmica e progressiva. Ao se pensar sobre o processo de avaliação, faz-se necessário considerar os seguintes aspectos: A clareza sobre a concepção de ciências que orienta a fundamentação teórica, bem como, de ensino, de escola e do seu projeto pedagógico; O entendimento da construção do conhecimento científico como histórica, evolutiva, e contextualizada; A concepção do processo de ensino e aprendizagem que parte do conhecimento prévio do educando e da intermediação do professor. A inserção gradual de conceitos construídos pela Ciência e sua utilização em situações do cotidiano do aluno; As inter-relações estabelecidas pelos alunos dentro do ambiente escolar e do seu contexto social; A manifestação da curiosidade e do interesse do aluno; A coleta, sistematização e interpretação de dados a partir das observações realizadas; O processo avaliativo da disciplina Ciências e Pesquisa poderá ser realizada ao longo do desenvolvimento das atividades pedagógicas, devendo-se privilegiar o diálogo nas relações estabelecidas, entre os diversos sujeitos envolvidos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ALVARENGA,J;GOMES, W; PEDERSOLI,J Ciências Naturais do dia-a-dia, Curitiba, Positivo,2004. -DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DA REDE DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, Ensino fundamental de Ciências. -DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFROBRASILEIRA e AFRICANA, 2004. -DIAS, Genebaldo Freire. Atividades Interdisciplinares de Educação Ambiental. São Paulo: Global/Gaia,1994. 115 -DIAS, Genebaldo Freire. Iniciação à temática Ambiental. São Paulo: Gaia,2002. -LUCKESI, Cipriano C, Avaliar não é julgar o aluno. Jornal do Brasil. RJ, 30 de jul.2000. -WEISSMANN, Hilda Didática das ciências naturais, Porto Alegre, Artmed,1998. -ANDERY, A: MICHELETTO,N; SÉRIO, T.M.P. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 14 ed. Rio de Janeiro: espaço e Tempo, EDUC 2004. -CARVALHO, Wanderlley. Biologia em foco. Volume Único. São Paulo:FTD,2002. -KNILLER.G.F.A. A ciência como atividade humana. Rio de janeiro, Zafar. São Paulo: EDUSP, 1980. -FERNANDES, J.A.B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de Ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1,ago,2005. -BATISTA, Maria do Socorro Xavier. Movimentos Sociais e Educação popular do Campo(Re) constituindo território e a identidade camponesa. In:JEZINE, Edineide; ALMEIDA, Maria de Lourdes Pinto de (Org) Educação e Movimentos Sociais: Novos Olhares. Campinas, SP. Ed Alínea,200. -Lei nº10.639, de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “ História e Cultura Afro-Brasileira” , e dá outras providências. -DATAPREV, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. -Lei nº 4771/65 . Código Florestal Brasileiro. -Lei nº 6938/81 . Política nacional do Meio Ambiente. -Lei nº 11105/05. Lei de Biossegurança. Estabeleceu sistemas de fiscalização sobre as diversas atividades que envolvem organismos modificados geneticamente. 116 -Lei nº 9795/99. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná- Educação do Campo. Departamento de educação Básica. Curitiba, 2010 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 Sites: http://www2.uol.com.br/cienciahoje/chc.htm http://www2.uol.com.br/cienciahoje/che.htm http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br http://www.youtube.com http://www.pt.wikipedia.org http://www.81.dataprev.gov.br http://www.redeambiente,org.br http://www.suapesquisa,com 117 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Educação Física em sua trajetória histórica tem sido um palco de transformações em busca de sua verdadeira identidade. Para Castellani Filho (1991, PG. 13) “ao longo da história a Educação física representou diversos papéis em cada período em que foram vividos” estes papeis a que se refere o autor, são no sentido de “representação” (teatro) não uma análise crítica na construção de sua identidade, servindo dessa forma, aos interesses representados pelas elites dominantes em cada momento histórico. A Educação Física no Brasil começa a surgir nos meados do século XIX, fortemente marcada por interesses “médico-higienistas”, que passaram a determinar, segundo de Marco, (1995 PG. 62), “um conceito biológico para a Educação física”. Dessa forma os exercícios físicos passam a ter influência na condição de bem- estar, “remédio” para um corpo mais sadio, ágil e fortes características higiênicas (Coletivo de Autores, 1992, PG.50). Outra influência marcante para a Educação Física foi de caráter militar, já que no inicio do século XX, no Brasil, não havia profissionais específicos na área de Educação Física e também não havia a preocupação “no sentido de desenvolver um corpo de conhecimento cientifico que pudesse imprimir uma identidade pedagógica à Educação Física, no Currículo Escolar” (Coletivo de Autores, 1992- pg. 53). As aulas de Educação Física eram ministradas por instrutores físicos do exército, sendo que, as primeiras escolas de Educação Física surgiram no interior das instituições das Instituições Militares. Pode-se dizer que nesta época, a grande preocupação era com a formação de “corpos” disciplinados, numa relação com a ordem do sistema que estava posto. “A Educação Física no Brasil se confunde em muitos momentos de sua história com as instituições médicas e militares. Em diferentes momentos, essas instituições definiram seu caminho, delineando e delimitando seu campo de conhecimento, tornando-a valioso instrumento de ação e de intervenção na realidade educacional e social (...) (SOARES, 2004, p.69). Outras determinações sofridas pela Educação Física, aconteceram no período pós-guerra quando um novo modelo se configura, sob a influência da cultura européia, tornando-se elemento predominante da cultura corporal, o “esporte”. Conforme, Soares (1992), a Educação Física Escolar, assume o esporte como um prolongamento da instituição esportiva e “determina dessa forma, o conteúdo do ensino da Educação Física, estabelecendo também novas relações entre professor e aluno que passa a ser caracterizada como professor treinador e aluno atleta” (pg. 54). A Educação Física Enquanto Prática Pedagógica, nesta área que tem movimento humano e na intenção pedagógica suas características definidoras, deveria 118 segundo Bracht, “numa perspectiva de globalidade, contemplar os aspectos biológico, psicológico, social e também o estético e, dessa forma, promover uma nova construção do objeto” (pg.106). É importante destacar que a legislação federal, por meio do decreto nº 69.450 (vigente de 1971 a 1996), concedida a Educação Física como “atividade, que, por seus meios, processos e técnicas, desperta, desenvolve e apropria forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando, constituindo um dos fatores básicos da educação nacional” (Brasil,1971). De acordo com esse decreto a Educação Física, tendo como referencia a aptidão física dos educandos, só deveria interessar-se por corpos jovens e saudáveis, preferencialmente os que apresentassem potencial para tornar atletas ou incorporar-se ás forças armadas. Assim, estavam dispensados: os maiores de trinta anos, as mulheres com prole, os portadores de qualquer “anomalia” , dentre outros. Na década de oitenta, em sintonia com a luta dos movimentos sociais pela democracia e com a renovação pedagógica que aflora no Brasil, ampliaram-se as discussões sobre o lugar ocupado pela Educação Física na Escola, tendo em vista a reconstrução de sua proposta pedagógica. A partir da década de noventa, esse processo tem sido problematizado com maior ênfase por estudiosos da área. Algumas dessas discussões foram contempladas pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabeleceu, em seu art. 26: “ A educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica, ajustando-se às faixas etárias e às necessidades da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos” (Brasil,1996). Além da LDB de 1996, as Diretrizes Curriculares Nacionais, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação para a educação básica, atribuem à Educação Física valor igual ao dos demais componentes curriculares, abandonando o entendimento de ser mera atividade destituída de intencionalidade educativa (como na legislação de 1971, e passa a ser considerada como área do conhecimento. A Educação Física deve, portanto, receber o mesmo tratamento dispensado aos demais componentes curriculares como, por exemplo, ter horário garantido na grade curricular do turno e não ser utilizada como “moeda de troca” na negociação para que os alunos se comportem durante as outras aulas. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) também concebem a Educação Física como Componente Curricular Responsável por introduzir os indivíduos no universo da cultura corporal que contempla múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a respeito do corpo e do movimento, “com finalidade de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções, e com possibilidade de promoção e manutenção da saúde”. (Brasil, 1997, pg.27). Na perspectiva de uma educação 119 inclusiva, os PCNs reafirmam o direito de crianças, adolescentes e jovens às práticas corporais de movimentos, independente da condição física, idade, raça ou nível social. A Educação Física Escolar ao deixar de ser considerada, por lei (LDB 5.692/71), como atividade para ser considerada, por lei (LDB 9.394/96), como componente curricular, assume um novo papel no contexto educacional. Esse novo papel vem atender aos longos processos de discussões e produções mais fortemente iniciados nos anos oitenta. Trata-se de um papel pedagógico formativo e informativo de nossas crianças, jovens e adolescentes, integrantes do processo educacional. Formativo no sentido de estar contribuindo com aspectos relacionados ao desenvolvimento físico, social e psicológico e, informativo, no sentido de estar contribuindo com os aspectos relacionados à transmissão e produção do conhecimento vinculado ao objeto de estudo da área – o movimento humano. Enfatizamos nesta disciplina a valorização da escola do campo, priorizando o aluno a partir de seus próprios conhecimentos, considerando a realidade do campo, suas perspectivas, os valores e princípios da comunidade onde o aluno esta inserido. (Diretrizes Curriculares da Educação do Campo, Curitiba, 2006) Esse entendimento exige que a Educação Física Escolar seja estudada e organizada de forma a atender o máximo possível a condição formativa e informativa. Para tanto, coloca-se como ponto central dessa inserção pedagógica o planejamento, etapa imprescindível à estruturação e desenvolvimento de um componente curricular. O Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná surgiu, na década de 90, como o principal documento oficial relacionado à educação básica no Estado do Paraná. O documento foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná, através da deliberação nº 02/90 de 18 de dezembro de 1990, do processo 384/90. Conforme consta no Currículo Básico, sua primeira edição teve uma tiragem de noventa mil exemplares, que foram distribuídos para maior parte das escolas públicas do Estado do Paraná. Isso demonstra a extensão que atingiu este documento, que passou a legislar em todas as escolas públicas do Paraná, com grande influência sobre as práticas escolares (NAVARRO, 2007, PG.48). As definições dos Conteúdos Estruturantes Básicos para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio constituiu um passo importante no sentido de tornar a rede estadual de ensino do Paraná. Esse entendimento exige que a Educação Física Escolar seja estudada e organizada de forma a atender o máximo possível a condição formativa e informativa. Para tanto, coloca-se como ponto central dessa inserção pedagógica o planejamento, etapa imprescindível à estruturação e desenvolvimento de um componente curricular. “Inclusão: De acordo com a LEI nº 9394/96 no Cap. V da Educação Especial, o P.P.C. de Educação Física garante condições adequadas para todos os inclusos na Educação Básica, considerando também a LEI nº 10.639/2003 que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira , Africana e Indígena consumada em todas as Séries de ensino Fundamental e Médio em cumprimento com a Lei 11645/08, lei nº 11.769/08, Música; Prevenção do uso indevido de drogas, sexualidade humana, 120 educação ambiental, educação fiscal, enfrentando a violência contra a criança e o adolescente, bem como o Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010/DOU 05.11.2010 que dispõe sobre a política de Educação do Campo, conforme o Art. 2º tendo como princípios “o respeito à diversidade do campo em seus aspectos sociais, culturais, ambientais, políticos, econômicos, de gênero, geracional e de raça e etnia”. De encontro com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de 2008. Incluindo a lei nº 11525/07, Direito das Crianças e Adolescentes; Decreto nº 1143/99, Portaria nº 413/02 Educação Tributária e L.F. Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02: Educação Ambiental. A concepção de campo que devemos ter como referência ao tratar de educação do campo, considerando o protagonismo das crianças e jovens, educadoras e educadores camponeses na luta por uma educação que corresponda aos seus ideais de formação. Devem-se resgatar os valores da comunidade do campo, priorizando conteúdos, como por exemplo, a Dança Folclórica Polonesa que é típica desta região e atualmente esta desvalorizada dentro desta comunidade. Desta forma a Educação Física Escolar encerra a cena teatral no Estado do Paraná no encontro da verdadeira Identidade, com chave de ouro dando total autonomia aos profissionais da área para organizarem seus planos de trabalho docentes na disciplina de Educação Física dentro das seguintes propostas: OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA A disciplina de Educação Física visa oportunizar aos adolescentes, jovens e cidadãos da escola do campo; vivenciar, construção, elaboração, organização de práticas corporais associadas a significados culturais, estabelecendo relações autônomas individuais e sociais tendo em vista a compreensão do corpo saudável como controle do esforço, repouso, lazer e, conseqüentemente melhoria da qualidade de vida, enfatizando a importância de se viver no campo, valorizando os hábitos de vida saudável, os alimentos cultivados no próprio ambiente familiar, além das atividades diárias realizadas por meio da diversidade de lugares e espaços, deixando assim o sedentarismo fora deste cotidiano de vida. Dessa forma, o currículo escolar do ensino fundamental e médio deve conduzir aos alunos a aprendizagem, a fixação e o aperfeiçoamento das atividades propostas sempre com maior grau de dificuldades, quanto a: • Enfatizar as características regionais de atividades específicas ao ambiente social, como o resgate da dança folclórica polonesa. • Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim como capacidade de discutir, modificar ou adaptar regras, reunindo elementos de várias manifestações de movimento e estabelecendo uma melhor utilização dos 121 • • • • • • • • • • • conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal; Assumir uma postura ativa na prática das atividades físicas, e consciente da importância delas na vida do cidadão; Participar das atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo as diferenças individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir os objetivos a que se propôs; Reconhecer na convivência e nas práticas pacificas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre diferentes pontos de vista postos em debate; Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade física, enquanto objeto de pesquisa e área de interesse social e de mercado de trabalho promissor; Compreender o funcionamento do organismo humano de forma a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como melhoria de suas aptidões; Desenvolver as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência aplicando-as em práticas corporais; Refletir sobre as informações especificas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases cientificas, adotando uma postura autônoma, na seleção de atividades procedimentos para manutenção ou aquisição de saúde; Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressão. Entender a importância do esporte no desenvolvimento de atitudes e valores éticos, morais e democráticos analisando as principais diferenças entre o esporte de rendimento do esporte escolar, onde o colega torna-se instrumento de aprendizagem ao invés de adversário de competições. Aprimorar os hábitos de vida saudável, levando em conta as questões alimentares, enfatizando os plantios realizados dentro da própria comunidade (agricultura de subsistência). Enfatizar a importância do movimento, característico na comunidade de campo, onde o sedentarismo conseqüentemente é abolido, pois os espaços e a diversidade de afazeres no dia a dia fazem com que nesta comunidade, na sua maioria, os indivíduos sejam praticantes de atividades diárias e continuas. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: • Esporte • Jogos e brincadeiras • Ginástica 122 • Lutas • Dança ELEMENTOS ARTICULADORES • Cultura Corporal e Corpo • Cultura Corporal e Ludicidade • Cultura Corporal e Saúde • Cultura Corporal e Mundo do Trabalho • Cultura Corporal e Desportivização • Cultura Corporal – Técnica e Tática • Cultura Corporal e Lazer • Cultura Corporal e Diversidade • Cultura Corporal e Mídia É senso comum entender a Educação Física como o momento do jogar, do brincar e não o momento do refletir, pesquisar, analisar e avaliar. O processo histórico, que não temos a intenção de resgatar aqui, pois supõe-se de conhecimento geral e uma vez que muitos autores já o fizeram de várias maneiras e formas, pode muito bem justificar e clarear o porque desse senso comum – atividade com fim em si mesma, recreação, esporte por esporte e tantos outros significados vazios. Esta prática, por vezes, acaba levando os docentes ao improviso e ao desenvolvimento de atividades sem a devida preparação, organização e sentido. Desta forma, pretendemos neste trabalho, apresentar uma possibilidade de estruturação da Educação Física Escolar, de forma a propiciar um sentido e um processo de sistematização dos conteúdos da área com vistas a subsidiar as intervenções pedagógicas, além de alavancar conteúdos e atividades referentes à escola do campo, enfatizando a cultura do povo de campo, compreendendo o mundo em que vivem e suas principais características. E para garantir o bom desempenho das atividades propostas, foi desenvolvido um sistema de apoio ao professor que inclui cursos de capacitação, o centro de Referência Virtual do Professor, o qual pode ser acessado a partir do sitio da Secretária da Educação (HTTP://www.diadiaeducação.pr.gov.br), encontra-se sempre a versão mais atualizada dos Conteúdos Básicos, orientações didáticas, sugestões de planejamentos de aulas , roteiros de atividades e fórum de discussões, textos didáticos, experiências simuladas, vídeos educativos, regras oficiais, entre outras finalidades importantes. Lembrando ainda, que todas as Escolas do Estado do Paraná, dispõem de Tv Pendrive e Laboratório de Informática para tornar as aulas mais fundamentadas 123 e Quadras Cobertas na maioria das Escolas Publicas Estaduais ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS: 6º ANO CULTURA CORPORAL E CORPO: Dimensão biológica, cultural e social do corpo; Relações do individuo com a natureza: preservação, consumo, saúde/doença CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE: Diferentes práticas culturais envolvendo fundamentos básicos de forma espontânea, elevando a estima para a aprendizagem. CULTURA CORPORAL E SAÚDE: Elementos básicos para uma boa qualidade de vida e saúde. CULTURA CORPORAL E LAZER: Soma do tempo gasto com as Necessidades básicas da rotina o do caráter do trabalho; tempo de sono, alimentação, moradia, vestimentas, higiene, educação, saúde e o tempo restante (ocioso) representa “lazer”, período de atividades executadas por prazer. CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE: Valorização humana, das experiências do campo, dos povos indígenas, quilombolas e outros. Conscientização das diferenças existentes entre as pessoas. O corpo diferente: gênero,etnia, classe social, pobreza, religião, etc. ESPORTE: Individual: Atletismo, tênis de mesa e tênis de campo; Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol. JOGOS E BRINCADEIRAS: 124 Jogos e Brincadeiras Populares; Brincadeiras e Cantigas de Roda; Jogos de Tabuleiro; Jogos Cooperativos; DANÇA: Danças Folclóricas; Danças de Rua; Danças Criativas. GINÁSTICA: Ginástica Rítmica; Ginástica Circense; Ginástica Geral. LUTAS: Lutas de Aproximação ( Capoeira) 7º ANO CULTURA CORPORAL E CORPO: Dimensão biológica, cultural e social do corpo; Relações do individuo com a natureza: preservação, consumo, saúde/doença. CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE: Identificação das atividades relacionadas com o bem estar físico, mental e social, desenvolvidos de forma prazerosa, adotando a inclusão, valores éticos, morais e sociais em promoção a qualidade de vida. CULTURA CORPORAL E SAÚDE: Elementos básicos para uma boa qualidade de vida e saúde. Influencia extremamente do comportamento humano. CULTURA CORPORAL E LAZER: Soma do tempo gasto com as necessidades básicas da rotina o do caráter do trabalho; tempo de sono, alimentação, moradia, vestimentas, higiene, educação, saúde e o tempo restante (ocioso) representa “lazer”, período de atividades executadas por prazer. 125 CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE: Valorização humana, das experiências do campo, dos povos indígenas, quilombolas e outros. Conscientização das diferenças existentes entre as pessoas. O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião, etc. CULTURA CORPORAL E DESPORTIVAÇÃO: Regras e Penalidades, compreender a importância das regras para o bom desenvolvimento das atividades propostas. ESPORTE: Individual: Atletismo, tênis de mesa e tênis de campo; Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol. JOGOS E BRINCADEIRAS: Jogos e Brincadeiras Populares; Brincadeiras e Cantigas de Roda; Jogos de Tabuleiro; Jogos Cooperativos. DANÇA: Danças Folclóricas; Danças de Rua; Danças Criativas. Danças Circulares. GINÁSTICA: Ginástica Rítmica; Ginástica Circense; Ginástica Geral. LUTAS: Lutas de Aproximação ( Capoeira) 8º ANO CULTURA CORPORAL E CORPO: Dimensão biológica, cultural e social do corpo; Relações do individuo com a natureza: preservação, consumo, saúde/doença. 126 CULTURA CORPORAL E SAÚDE: Influencia extremamente do comportamento humano, Fatores fundamentais para promoção à saúde. Estado ideal de um completo bem estar físico, psicológico e social. CULTURA CULTURAL E MUNDO DO TRABALHO: A importância de permanecer na escola, fator fundamental para iniciação ao mercado de trabalho. CULTURA CORPORAL E DESPORTIVAÇÃO: Regras e Penalidades, compreender a importância das regras para o bom desenvolvimento das atividades propostas. CULTURA CORPORAL TÉCNICA E TATICA: Padronizar gestos das diversas praticas corporais,com planejados. movimento eficientes e CULTURA CORPORAL E LAZER: Soma do tempo gasto com as necessidades básicas da rotina o do caráter do trabalho; tempo de sono, alimentação, moradia, vestimentas, higiene, educação, saúde e o tempo restante (ocioso) representa “lazer”, período de atividades executadas por prazer. CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE: Valorização humana, das experiências do campo, dos povos indígenas, quilombolas, poloneses e outros. Conscientização das diferenças existentes entre as pessoas relacionado a cor, obesidade, sexualidade, sedentarismo ou nível social. ESPORTE: Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol. Radical JOGOS E BRINCADEIRAS: Jogos e Brincadeiras Populares; Jogos Dramáticos; Jogos de Tabuleiro; Jogos Cooperativos. DANÇA: Danças Criativas. 127 Danças Circulares. GINÁSTICA: Ginástica Rítmica; Ginástica Circense; Ginástica Geral. LUTAS: Lutas com instrumento mediador ( Capoeira) 9º ANO: CULTURA CORPORAL E CORPO: Dimensão biológica, cultural e social do corpo; Relações do individuo com a natureza: preservação, consumo, saúde/doença. CULTURA CORPORAL E SAÚDE: Influencia extremamente do comportamento humano, Fatores fundamentais para promoção à saúde. Estado ideal de um completo bem estar físico, psicológico e social. CULTURA CULTURAL E MUNDO DO TRABALHO: A importância de permanecer na escola, fator fundamental para iniciação ao mercado de trabalho. CULTURA CORPORAL E DESPORTIVAÇÃO: Regras e Penalidades, compreender a importância das regras para o bom desenvolvimento das atividades propostas. CULTURA CORPORAL TÉCNICA E TATICA: Padronizar gestos das diversas praticas corporais,com planejados. movimento eficientes e CULTURA CORPORAL E LAZER: Soma do tempo gasto com as necessidades básicas da rotina o do caráter do trabalho; tempo de sono, alimentação, moradia, vestimentas, higiene, educação, saúde e o tempo restante (ocioso) representa “lazer”, período de atividades executadas por prazer. 128 CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE: Valorização humana, das experiências do campo, dos povos indígenas, quilombolas, poloneses e outros. Conscientização das diferenças existentes entre as pessoas. O corpo diferente: gênero,etnia, classe social, pobreza, religião, etc. CULTURA E MÍDIA: O corpo como objeto de consumo, Ações e Consequencias, reflexões sobre bulimia , anorexia doping. Corpo perfeito, Roupas de Marca, etc. ESPORTE: Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol. Radical JOGOS E BRINCADEIRAS: Jogos de Tabuleiro; Jogos Populares; Jogos Dramáticos; Jogos Cooperativos. DANÇA: Danças Criativas. Danças Circulares. GINÁSTICA: Ginástica Rítmica; Ginástica Circense; Ginástica Geral. LUTAS: Lutas com instrumento mediador ( Capoeira) ENSINO MÉDIO 1º ANO: Noções sobre as diferentes manifestações da cultura corporal: esportes, jogos, lutas e ginástica; atividades rítmicas e expressivas; conhecimento sobre o corpo; Análise critica da abordagem e influencia da mídia em relação a corpolatria, conceitos, sentido, significado e valores; ALIMENTAÇÃO: - Possíveis medidas preventivas relacionadas a alimentação; 129 - Classificação dos alimentos; - Necessidade qualidades e quantidades; - Hábitos, ações e conseqüências. STRESS: conceitos e as possíveis causas e conseqüências; POSTURA CORPORAL: hábitos, causas e conseqüências; FREQUENCIA CARDIACA. ESPORTE: Individual: Tenis de Mesa Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol. Radical JOGOS E BRINCADEIRAS: Jogos de Tabuleiro; Jogos Dramáticos; Jogos Cooperativos. DANÇA: Danças Folclórica Danças de Salão Dança de Rua GINÁSTICA: Ginástica Artística/olímpica; Ginastica de Condicionamento Físico; Ginástica Geral. LUTAS: Lutas com aproximação; Lutas que mantem a distancia; Lutas com instrumento mediador ( Capoeira) 2º ANO: Conhecimento sobre as diferentes manifestações da cultura corporal: esportes, jogos, lutas, ginástica, atividades rítmicas e expressivas, conhecimento sobre o corpo; Análise critica da abordagem e influencia da mídia em relação à corpolatria, causas e conseqüências, utilização do esporte espetáculo: aspectos positivos e negativos; Aspectos Nutricionais e gastos energéticos; obesidade e suas relações; Praticas corporais na prevenção do stress; Sedentarismo e conseqüências; redução dos riscos de degenerativas:osteoporose, LER, DORT e medidas preventivas. doenças 130 crônico- ESPORTE: Individual: Tenis de Mesa Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol. Radical JOGOS E BRINCADEIRAS: Jogos de Tabuleiro; Jogos Dramáticos; Jogos Cooperativos; DANÇA: Danças Folclórica Danças de Salão Dança de Rua GINÁSTICA: Ginástica Artistica/olímpica; Ginastica de Condicionamento Físico; Ginástica Geral. LUTAS: Lutas com aproximação; Lutas que mantem a distancia; Lutas com instrumento mediador ( Capoeira) 3 º ANO Conhecimento sobre as diferentes manifestações da cultura corporal: esporte, jogos, lutas, ginásticas, atividades rítmicas e expressivas, conhecimento do corpo; Avaliação: testes antropométricos; testes cardiorespiratórios e neuromusculares; verificação postural (desvios, origens, curvaturas fisio-ogicas). Sistemas metabólicos e energéticos: sistema aeróbico, anaeróbico, láctico/alático; Aptidão Física: conceitos, componentes básicos e as possíveis causas e consequencias; Lesões relacionadas à atividade física: entorce, fraturas e luxações. ESPORTE: Individual: Tenis de Mesa 131 Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol. Radical JOGOS E BRINCADEIRAS: Jogos de Tabuleiro; Jogos Dramáticos; Jogos Cooperativos. DANÇA: Danças Folclórica Danças de Salão Dança de Rua GINÁSTICA: Ginástica Artistica/olímpica; Ginastica de Condicionamento Físico; Ginástica Geral. LUTAS: Lutas com aproximação; Lutas que mantém a distancia; Lutas com instrumento mediador ( Capoeira) METODOLOGIA DA DISCIPLINA O pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física na Educação Básica, é preciso levar em consideração, inicialmente, aquilo que o aluno do campo, traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. Partindo do movimento humano, expressão da identidade corporal, da sensorialidade, da percepção e do mundo que nos cerca, os conteúdos de Educação Física serão constituídos por atividades rítmicas, danças, ginásticas, desportos coletivos e individuais, jogos e atividades complementares proporcionando o desenvolvimento da totalidade do aluno. A metodologia utilizada para o desenvolvimento dos conteúdos será de forma lúdica educativa e contributiva, utilizando como recurso de observação, análise de situações, na qual o individuo aprofunda e sistematiza o conhecimento, organiza-o com competência, para o auto gerenciamento das atividades corporais. 132 Buscando a experiência do aluno, a metodologia propõe atividades práticasteóricas, individuais, em equipes e individuais, estudo de meio, exposição de vídeos, pesquisas de campo, cientifica, tabulações de dados, leitura de textos, tomada de decisões, conforme as situações propostas, solução de problemas e discussão usando como recursos a observação, a reflexão, exploração da criatividade, a sensibilidade desenvolvida de forma criativa, adaptando regras de acordo com a realidade escolar, elaborando projetos teóricos e desenvolvendo na prática, preenchimento de súmulas e analise dos resultados, buscando no colega um importante instrumento de aprendizagem, diferenciando o esporte escolar do esporte de rendimento, onde a competição acontece contra o adversário, entendendo a diferença da aprendizagem, como convívio social e ainda restituição das cargas de trabalho profissional. A construção do conhecimento, na disciplina de Educação Física, deve ser feita de forma crítica, coletiva e interdisciplinar, tendo-se a preocupação de levar a reflexão do que este conhecimento significa na sociedade, em que ele se fundamenta, o que justifica sua pratica, as quais interesses atende. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA A avaliação deve ser processual, diagnóstica, continua, permanente e formativa considerando todos os aspectos do ensino-aprendizagem, suas competências e habilidades definidas pela área de forma progressiva. Levando-se em conta os limites e a performance aplicada, proporcionar ao educando o acesso a meios, parâmetros e instrumentos para que o mesmo consiga auto-avaliar-se. Lembrando que o professor deverá utilizar-se dos mesmos parâmetros para avaliar a sua prática pedagógica. Como instrumentos avaliativos serão utilizados: leitura, interpretação e produção de textos, seminários, debates, pesquisa de campo, cientifica, tabulação de dados, relatório individual, elaboração de projetos teórico-prático, adaptação de regras e arbitragem à partir das oficiais, preenchimento de súmulas, organização esportiva, observação no desenvolvimento das aulas práticas, provas teóricas e práticas, Tendo como fonte conteúdos envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Nesse enfoque, a avaliação deve representar a analise do nível e os resultados alcançados na seqüência evolutiva dos conteúdos trabalhados. Não haverá recuperação paralela para trabalhos teóricos ou práticos desenvolvidos durante as aulas presenciais, exceto, para alunos com faltas justificadas ou prova teórica cuja nota seja abaixo do mínimo exigido para aprovação. 133 REFERENCIAS BRACHT, Valter, Educação Física e Aprendizagem social. Porto Alegre. Livro educação magister Ltda, 1992 BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa As Diretrizes de bases para o ensino de primeiro e segundo graus, e da outras providencias. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, 12 agosto. 1971. Disponivel em HTTP://www.pedagogiaemfoco.pro.br/15692_71.htm. Acesso em : 10 de janeiro de 2008. BRASIL. Ministério da educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental. 1998. CASTELLANI Filho, Lino .Educação Física no Brasil a história que não se conta (2ª Ed) Campinas: Papirus, 1991. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo : Cortez, 1992. DE Marco, Ademir. Pensando na Educação Motora. Campinas: Papirus, (org.)1995. NAVARRO. R.T. Os caminhos da Educação Física no Paraná: do Currículo Básico às Diretrizes Curriculares. 179f. Dissertação (Mestrado) – Setor de Educação Universidade Federal do Paraná. Curitiba: UFPR, 2007. SECRETARIA de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997. 96 pg. SECRETARIA de Ensino Médio. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1999. SECRETARIA de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba, 2006. SECRETARIA de Estado da Educação do Paraná. Livro Didático Publico.. Educação dia-a-dia melhor. Educação Física Ensino Médio. Curitiba, SEED- Pr, 2008. SOARES, C. L. Educação Física Escolar: Conhecimento da Especificidade. In: Revista Paulista De Educação Física, Raízes Européias e Brasil. 3 ed. Campinas: Autores Associados, 2004. 134 HTTP://www.diadiaeducação.pr.gov.br. DECRETO nº 7.352, 2010/Escola de Campo/ LEI nº 10.639/2003, História e Cultura Afrodescendentes e Indigena no Brasil. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 135 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Após uma longa trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, com a nova redação ao artigo 33 da LDBEN 9394/96, cumpre destacar que, o Ensino Religioso é parte integrante da formação básica do cidadão, assegurando o respeito à diversidade cultural religioso do Brasil, sendo proibido toda forma de proselitismo. Na disciplina de Ensino Religioso é fundamental a adoção de políticas educacionais e sociais, de estratégias pedagógicas de valorização e diversidade, a fim de superar desigualdade étnica-religiosa e garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão da mesma. A linguagem a ser utilizada nas aulas devem ser pedagógicas e não religiosas, adequadas ao universo escolar. A disciplina de Ensino Religioso deve contribuir para o conhecimento, tendo como grande desafio efetivar uma prática de ensino voltada à superação do preconceito religioso , como também desprender-se do seu período confessional catequético para a construção e a consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa . Na aula de Ensino Religioso nossas crianças e adolescentes crescem na totalidade, respeitando o pluralismo religioso, tenso o pensamento e o espírito voltados para o universal e tem também em vista a educação para a paz, o diálogo, cidadania, consciência ecológica e outros temas relacionados à vida cidadã. O homem está em constante procura do sagrado, nele deposita muita confiança. Explica seus sonhos, inspira seu ideal, questiona sua existência, vive o amor e dialogo. Quem sou eu, conhece te a ti mesmo. O que busca: - Compreende a vida como educadores e educandos. - Relacionamento entre o ser humano e o divino. - Ser agente crítico da própria existência, através do desenvolvimento intuitivo, consciente, crítico, social, participativo. Religião de uma pessoa é tão universal e tão pessoal como a sua forma de falar. O ser usa desde a linguagem do recém-nascido até a linguagem dos computadores, despertando valores entre todas as disciplinas dos educadores e educandos. 136 OBJETIVOS GERAIS Ampliar a abordagem curricular no que se refere à diversidade religiosa, • privilegiando o estudo de diferentes manifestações do sagrado de maneira que possibilite a análise e compreensão do mesmo como cerne da experiência religiosa que se expressa no universo cultural dos diferentes grupos sociais. Resgatar o sagrado explicitando a experiência das diferentes culturas • expressas nas religiões antigas e nas recentes, explicitando caminhos percorridos até a concretização de simbologias e espaços, de forma a superar as aulas de religião, enfocando entendimento com base cultural sobre o sagrado, promovendo espaço de reflexão na sala de aula em relação à diversidade religiosa. Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões • religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, possibilitando assim o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso. • Ter uma imagem positiva de si, ampliando sua autoconfiança, identificando cada vez mais suas limitações e possibilidades, e agindo de acordo com elas; buscando a melhoria. • Valorizar as ações de solidariedade e cooperação, desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração e compartilhando sua vivência. • Fazer se de preconceitos, buscando a amizade que ajude os outros e a si mesmo a crescer como pessoa. • CONTEÚDOS 6º ANO – 1- Respeito á diversidade Religiosa. Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa. - Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito á liberdade religiosa. - Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão. - Direito á liberdade de reunião as associações pacíficas. - Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado. 2- Lugares Sagrados. Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de cultos, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais. 137 - Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc. - Lugares construídos: Templos Cidades sagradas, etc. 3- Textos orais e escritos Sagrados. Ensinamentos sagrada transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas. - Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc). Exemplo: Vedas - Hinduísmo, Escrituras Baha' ís – Fé Bahá’l, Tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc. 4- Organizações Religiosas. As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando se as principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de reações com o sagrado. - Fundadores e/ ou Líderes Religiosos. - Estruturas Hierárquicas. Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tse), etc. 7º ANO 1-Universo Simbólico Religioso. Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores, textos: - Nos Ritos. - Nos Mitos. - No cotidiano. Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingang – ritual fúnebre), Via sagra, Festejo indígena de colheita, etc. 3- Festas Religiosas. São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas comemorativas. Exemplos: Festas do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup (indígena), festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc. 4- Vida e Morte. 138 As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/ manifestações religiosas e sua relação com o sagrado. - O sentimento da vida nas tradições/ manifestações religiosas e sua relação com o sagrado. - Re encarnação. - Ressurreição – ação de voltar á vida. -Além a morte. Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam presentes. − Outras interpretações. − METODOLOGIA O professor em suas aulas de Ensino Religioso deve utilizar em sua prática diária a linguagem pedagógica de valorização e diversidade , a fim de superar desigualdade étnicareligiosa e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e expressão da mesma. Deve-se utilizar de conteúdos entendidos como patrimônio cultural e enriquecêlos de modo que contribua para a construção, a reflexão e a socialização do conhecimento religioso, de modo que proporcione e favoreça a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o diferente . Para sua assimilação, o conteúdo precisa ser traduzido e decodificado em termos pedagógicos bem acessível à linguagem do aluno; tendo integração entre a fé e vida. Através da vivência dos estudos, dos contados sociais, da participação no meio em que vive, que o ser humano se percebe como parte integrante de uma história que se desenvolvem e na qual agem. Analisar, comparar e confortar suas experiências de vida, buscar novo sentimento assumindo um posicionamento consciente, enfatizando a criatividade em religiosidade. Vale se de saber popular, dos acontecimentos do dia analisando os partir de valores tidos como fundamentais pelos seres humanos dentro de uma perspectiva religiosa. Será trabalhado: O diálogo, entrevistas, experiências, celebrações, pesquisas (livros, revistas, jornais...) admiração (da natureza) questionamentos, comparações, 139 momentos de orações, reflexão, meditação, uso de símbolos, análise de textos, letras de musica, debates, cartazes, visitas, fitas de vídeo. AVALIAÇÃO A disciplina de Ensino religioso por ser de caráter facultativo dispensa o fator nota, conceitos e reprovação, mas não diminui o valor essencial que tem a disciplina para a formação integral do ser humano. Apesar dessas particularidades a Avaliação de Ensino Religioso se faz constante na prática pedagógica dos professores que veem no Ensino religioso uma disciplina tão importante quanto as outras. Não se medem conceitos, notas, mas sim a aquisição de atitudes que demonstram que os alunos conseguiram assimilar os conceitos colocados como meios para o seu crescimneto pessoal e coletivo. O Ensino Religioso segue parâmetros e avaliação visando a qualidade e capacidade de discernir e vivenciar atitude e valores de forma individual e também no social e comunitário. As atitudes e vivências estão vinculadas ao: senso do sagrado, a busca de plenitude, de verdade, de liberdade, de justiça, de responsabilidade, respeito, sabedoria, criatividade. Tudo em vista da busca da qualidade, pois Deus, é Qualidade por Essência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental (Versão Preliminar) 2006. DECLARAÇÃO universal dos direitos humanos. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para Educação Básica. Curitiba: 2006. www.diadiaeducação.com.br-Portal educacional da Secretaria de Estado www.mj.gov.br/sedh/dpdh/gpdh/ddh-bib-inter-universal.htmo da Educação do Paraná Caderno Pedagógico de Ensino Religioso . O Sagrado no Ensino Religioso, Secretaria de Estado da Educação. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná- Educação do Campo. Departamento de educação Básica. Curitiba, 2010 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 140 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA APRESENTAÇÃO DA DISCI PLINA A Geografia como disciplina do ensino escolar está presente em nossas vidas há muitas décadas. Ela originou-se com o propósito de se entender e diferenciar áreas do planeta. Para isso, foi preciso aprofundar os conhecimentos em diversos fenômenos e eventos físicos e posteriormente sociais. Aos poucos ela foi introduzida em currículos universitários e escolares no Brasil e no mundo. Cabe à Geografia fornecer subsídios para a construção da nacionalidade dos cidadãos, já que a população brasileira é composta de variadas etnias em busca da identidade nacional , portanto esta disciplina é de grande importância em nosso país e no mundo. A Geografia pode ser tomada como o estudo da organização do espaço geográfico e do entendimento de sua lógica e de seus sentidos. Dessa concepção advém que o objeto de estudo da ciência geográfica é o espaço geográfico, tendo como principal objetivo a organização desse espaço , sendo que o ensino deve possibilitar ao aluno a observação dos diferentes espaços, fenômenos e sua representação. A LDB de 1996, trouxe importantes mudanças, passando a reconhecer a pluralidade sociocultural e o respeito ás diferenças e a desigualdades, podendo-se pensar em novos caminhos para a educação rural sem quebra no projeto nacional. No dia 3 de abril de 2002, foram aprovadas as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica no Campo (Parecer nº.36/2001 e Resolução nº.1/2002 do Conselho Nacional de Educação), conquista essa dos trabalhadores rurais na luta por melhores condições de vida no campo. A nova visão da geografia nas escolas do campo é a valorização das riquezas culturais, sociais e econômicas, bem como suas diversidades, procurando conscientizar o homem do campo, dando-lhes dignidade e oportunidades para permanecer no seu habitat de origem. A geografia nas escolas de campo busca inserir a realidade dos alunos à geografia da sala de aula, melhorando a compreensão e a assimilação dos conteúdos pelos mesmos, identificando que existem diferentes lugares, culturas e relações sociais. Ao trabalhar as questões do lugar, essas devem ser relacionadas a outras realidades distintas, fazendo com que o estudo e a compreensão do espaço vivido não fiquem 141 limitadas ao que é perceptível, mas que possa ter uma maior abrangência espacial a ser estudada. Cabe ao professor (a) de geografia iniciar o estudo destacando o lugar onde vivem os alunos, depois o município, estado, região, país, continente até chegar a escala mundial, respeitando sempre essa hierarquia. O estudo do lugar passa ser a base para a compreensão do espaço geográfico, pois os alunos trazem consigo uma grande bagagem de conhecimentos que devem ser considerados por ser sua realidade e que não pode ser desprezada pelos educadores. Acreditamos que a educação do campo é fundamental para diminuir as desigualdades sociais do Brasil, pois alimenta sonhos e perspectivas, capacita e orienta essa população para uma vida digna e produtiva Ao observar o lugar em que vive e ao fazer relação com espaços maiores, o aluno estará se colocando como sujeito participante das transformações ocorridas nesse e em outros espaços. Portanto, o professor é quem deve levá-lo a essas descobertas, através de atividades de reflexão, enfatizando os conceitos da Geografia e seu processo histórico. A formação de conceitos da Geografia (natureza, sociedade, paisagem, território, lugar, além da representação espacial através de mapas e imagens) se faz necessária para a leitura e compreensão do espaço geográfico. Desenvolver noções de tempo, espaço, realidade, passado, presente, futuro, política, economia e sociedade em diferentes lugares, escalas, entre outros fatores importantes contemporaneamente, sempre buscando o conhecimento é o caminho para a efetivação do aluno como ser presente no mundo, um verdadeiro cidadão. “A Geografia, como disciplina escolar, oferece sua contribuição para que os alunos e professores enriqueçam suas representações sociais e seu conhecimento sobre as múltiplas dimensões da realidade social, natural e histórica, entendendo melhor o mundo em seu processo ininterrupto de transformação, o mo A ciência geográfica deve ser bem aplicada no ensino escolar, para formar indivíduos capazes de se organizar no espaço, descobrir quais motivos levaram aos problemas sociais encontrados e propor soluções para a sociedade. O aprender a conhecer e o aprender a fazer são fundamentais para o crescimento da pessoa humana, superando a padronização e estimulando o espírito inventivo e a criatividade. A nova concepção de indivíduo que se pretende formar é a de ser um cidadão participativo e atuante diante da realidade em que vive, resgatando 142 a tradição humanista e a pedagogia histórico-critica Lei nº 9.795/99 (Meio-ambiente) Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Parecer CEE/CEB nº 1011/10 (implementação da Educação Básica do Campo no Sistema Estadual de Ensino do Paraná) e Resolução nº 4783/2010 (reconhece a Educação do Campo como uma política pública educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do Campo) O objetivo da educação do campo é justamente a valorização do trabalhador rural, dando mais oportunidade e dignidade ao camponês. Ao ensino de Geografia cabe resgatar e cultivar a identidade de homem do campo, contribuindo assim para uma melhor compreensão do lugar e do mundo onde vive. A educação do campo busca a quebra de antigos paradigmas da educação para a zona rural, esta caracterizada pela não preocupação com metodologias adequadas à população do campo e voltadas simplesmente aos interesses capitalistas, capacitando essa população para o trabalho na agricultura moderna e excludente. Busca-se, assim, acabar com o estigma histórico que se implantou no cenário da educação no meio rural brasileiro, associado à má qualidade de do ensino, ao atraso dos alunos e à precariedade das escolas rurais. A quebra do paradigma tradicional da educação rural parte justamente de uma nova concepção de campo, que tem como principal meta a sustentabilidade do povo e com o povo do campo, e não unicamente a produtividade e o lucro, que estão implícitos no paradigma rural tradicional. educação do campo deve ser entendida de modo a suprir as necessidades dos camponeses, pois vai além do simples fato de escolarizar e educar a população do campo para o trabalho. Pensar na educação do campo é pensar nos costumes e saberes do camponês. É pensar na educação das práticas cotidianas e entender o campo como ambiente social, respeitando as limitações do meio físico na preservação da natureza. Vista dessa forma, a educação do campo é incompatível com a agricultura capitalista. São ideologias distintas, pois a primeira defende os interesses do povo do campo, enquanto a segunda vive da exclusão e exploração do mesmo. Assim sendo, a educação do campo parte do pressuposto de que ninguém melhor que o próprio camponês para entender suas reais necessidades e assim, com ele e não simplesmente para ele, camponês, desenvolver uma forma de educação e quebrar antigos paradigmas. O projeto de educação do campo é conseqüência histórica do processo de luta dos trabalhadores rurais pela reforma agrária. A prática da luta, em si, já é um processo educativo, pois conscientiza e mobiliza a classe trabalhadora rural camponesa em 143 busca dos seus direitos. Essa conscientização é um mecanismo que gera a inquietação e que faz surgirem novas necessidades para essa população do campo. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dimensão Política do Espaço Geográfico Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS 6º ano Locaização e orientação no espaço geográfico -Paisagem, Espaço e Lugar -Planeta Terra- forma, movimentos, paralelos,meridianozonas climáticas fusos horários A Deriva dos continentes (como se formaram) - Terra em movimentos- placas tectônicas, vulcões, terremotos Continentes do globo terrestre Ilhas (oceânicas e continentais) - Oceanos e mares -Áreas continentais ( rios de planalto ou planície), principais bacias hidrográficas no Brasil - Relevo brasileiro - Climas do mundo e do Brasil -Vegetação do mundo e do Brasil -Problemas ambientais no campo -Principais problemas urbano Atividades econômicas *setores da economia - A tecnologia a serviço da economia (da máquina a vapor ao robô) - Tipos de indústrias, comércio e prestação de serviços 7º Ano 144 espaço geográfico e suas transformações, paisagem, espaço,território -Localização do território brasileiro - Formação território brasileiro - Regionalização do território brasileiro - Brasil em regiões - Aspectos demográficos e população - movimentos migratórios - Urbanização e problemas sociais Região Sul : Aspectos físicos, Estados formadores,ocupação populacional (imigrantes) Economia Região Sudeste: Aspectos físicos, ocupação populacional , economia Região Nordeste: Aspectos físicos, a vida nas metrópoles e no sertão, população e Sub-regiões nordestina Região Norte : Aspectos físicos, população e economia; devastação e ocupação da Amazonia Região Centro-Oeste: Aspectos físicos, impactos ambientais, população – ocupação. Brasília (DF) 8º Ano O mundo dividido em países capitalistas e socialistas -Regionalização pelo nível de desenvolvimento em países ricos e pobres -A economia mundial atual - As transnacionais - Os financiadores da economia mundial - os blocos econômicos atuais Localização e regionalização do continente americano - A formação histórica do continente americano - Relevo e hidrografia das Américas - Clima e vegetação das Américas 145 - A população das Américas - Atividades do setor primário (agropecuária,extrativismo mineral e vegetal) - O desenvolvimento do setor secundário (indústrias) − O crescimento do setor terciário (bens e serviços) América do Sul a) Países Andinos: Chile, Bolívia, Peru b) Venezuela, Equador, Colombia - Guiana, Suriname e Guiana Francesa - Países Platinos: Paraguai, Uruguai e Argentina Brasil – política externa a) potência regional b) situação atual do nosso país no mundo - Estados Unidos – território e população, uma potencia economica e militar - Situação atual dos Estados Unidos perante o mundo - Canadá- país inglês e francês – economia e política - México e sua situação econômica , política e social - América Central: a) porção ístmica ou continental b) porção insular ou Antilhas (ilhas) 9º Ano Divisão do mundo por critérios socioeconômicos – Norte/Sul EUROPA* Aspectos físicos (relevo,clima,vegetação, hidrografia *Europa Ocidental –capitalista, características gerais, países desenvolvidos e industrializados países fraca industrialização * Europa Oriental- socialista, características gerais, fim do socialismo e a criação da União Europeia CEI – países componentes e economia ÁSIA * Aspectos Gerais, distribuição da população, desigualdades sociais * China ( Dragão) e o processo de modernização * Oriente Médio e seus conflitos, políticos,étnicos, religioso * Japão – Império do Sol nascente * Os Tigres Asiáticos – Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hon-Kong 146 * Índia- tradição e modernidade,economia e desigualdades sociais ÁFRICA* Aspectos Gerais, o imperialismo europeu e a fragmentação territorial * Colonização e descolonização, conseqüências da descolonização * População/ vegetação Apartheid: segregação racial * As dificuldades ao acesso das novas tecnologias * África branca e África negra * África do Sul (Meridional) Nelson Mandela * Economia sul-africana - OCEANIA * Aspectos gerais- formada por ilha ( Melanésia, Micronésia, Polinésia) * Austrália –aspectos físicos ( território, colonização, economia) * Nova Zelândia – colonização,economia - REGIÕES POLARES * Antártida – atividades científicas * Ártico- território hostil à ocupação humana CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO 1º ANO ESTRUTURANTES: A dimensão sócio ambiente Básicos: 1 O que é a Geografia Concepção da disciplina; Conceitos:lugar, paisagem e território; Seus objetivos. 2 Cartografia como ferramenta da Geografia orientação: a rosa-dos-ventos:pontos cardeais, colaterais e sub-colaterais; a bússola. localização: coordenadas geográficas: 147 as zonas da Terra; os fusos horários. 1 Atmosfera Camadas da atmosfera; Fatores que influenciam o clima; Aquecimento da Terra; Tipos de clima; Unidade e precipitação 2 Hidrosfera: o ciclo hidrológico; os oceanos e mares; as águas continentais; a degradação dos ambientes aquáticos. 3 Biomas: tipos de vegetação; a distribuição das paisagens da Terra a degradação ambiental. 2º ANO ESTRUTURANTE Dinâmica cultural e demográfica Dimensão econômica da produção Básicos: 1 A dinâmica populacional: Distribuição da população mundial; Crescimento da população mundial; Explosão demográfica; Países mais populosos e povoados; Implosão demográfica; Crescimento populacional e os recursos naturais. 2 Economia e sociedade: Estrutura setorial- população economicamente ativa e inativa; 148 Distribuição por setores de atividades; Setores de atividades no Brasil; A participação da mulher no mercado de trabalho; O trabalho infantil no Brasil e no mundo; Composição etária e por sexo; População rural e urbana no Brasil e no mundo; Índice de desenvolvimento humano no Brasil e no mundo 3 O espaço da agropecuária: Origem e evolução da agricultura e da pecuária; A atividade agrária no mundo; Os sistemas agrícolas; A biotecnologia a serviço da agricultura; A agricultura e a pecuária brasileira: Estrutura fundiária no Brasil e no mundo; As relações de trabalho no campo; A reforma agrária. 4 Espaço Urbano: A urbanização no mundo; A classificação das cidades; Megacidades e cidades globais; O fenômeno urbano no Brasil; A urbanização brasileira; A hierarquia urbana; A metropolização brasileira. 3º ANO ESTRUTURANTES: Geopolítica e a Dimensão Básicos: 1 A questão ambiental 2 A destruição da natureza; 3 A erosão e destruição do solo por agrotóxicos; 149 4 O problema do lixo e as formas de poluição atmosférica; Inversão térmica; Ilhas de calor; Chuva ácida; Aquecimento global; Camada de ozônio; O problema da falta de água potável no mundo. 5 Em busca do desenvolvimento sustentável: O espaço da indústria 1 Estágios da produção industrial Primeira Revolução Industrial Segunda Revolução Industrial Terceira Revolução Industria 2 Tipos de indústrias Segundo o bem produzido Segundo a tecnologia empregada 3 Fatores da localização industrial. Fontes de energia Mão-de-obra Matéria-prima Mercado consumidor Infra-estrutura Incentivos fiscais 4 Distribuição das indústrias no mundo 5 A industrialização brasileira. METODOLOGIA Ao levar a Geografia para a sala de aula, deve-se pensar na melhor forma de atingir o aluno de modo a interessar-se pelos conteúdos, bem como compreender e fazer a leitura do espaço geográfico. Quanto mais diversificadas as formas de fazer os alunos olharem o mundo a sua volta, tornaremos nossas aulas mais interessante e instigante. Além do uso de aulas expositivas faz-se à necessidade da métodos, como: utilização de outros 150 - Aulas práticas com cartas topográficas, fotografias aéreas e imagem de satélites, onde se procura dar noções mínimas de cartografia aplicada e localização, usando escalas, bússola, etc; - Saídas a campo são importantes, possibilitando a vivência do que é aprendido em sala de aula e compreensão das mudanças ocasionadas pelo homem na superfície terrestre; - O uso da computação para pesquisas e montagem de gráficos e tabelas que ilustrem de forma compreensível, dados estatísticos e sua explicação posterior; - Vídeos e músicas a fim de transportar o aluno para outras realidades distantes e debates para construção de um espírito crítico e participativo. Deve-se utilizar em sala de aula instrumentos que possibilitem a avaliação contínua, diagnóstica e somativa, favorecendo a aprendizagem e construção do saber, considerando a realidade de cada aluno. AVALIAÇÃO A avaliação é um momento privilegiado do processo ensino-aprendizagem. Ela deve estar presente em todas etapas do aprendizado, de forma com que os alunos e professores percebam em que graus estão envolvidos no processo e como acompanham sua dinâmica. É um momento de fundamental importância para que o aluno compreenda como está se desenvolvendo seu processo de aprendizagem, e para que o professor possa compreender como está se desenvolvendo seu processo de ensino. A avaliação não deve se limitar a ser apenas um instrumento de quantificação que se aplica ao final do processo, mas sim constituir um recurso para acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem. A partir dela deve-se rever a programação e a abordagem do curso com as turmas e, se necessário, refazê-las na medida das dificuldades, desinteresse ou, ao contrário, motivação da turma para ir além. A avaliação deve ser constante e não apenas uma etapa final. O professor deve buscar continuamente estabelecer estratégias de ação que possam atribuir maior qualidade ao trabalho. Deve-se avaliar o aluno em todo o processo de ensinoaprendizagem, levando em considerando sua realidade social. Podem ser utilizados vários instrumentos de avaliação como projetos, discussões e trabalhos, onde os objetivos da disciplina possam ser alcançados. Primeiramente deve-se perceber o desempenho do aluno, através da participação do 151 mesmo em aula em atividades propostas. Para avaliar o contexto aprendido e estimular o raciocínio pelo aluno provas objetivas e descritivas devem ser aplicadas. O importante é utilizar de critérios que avaliem o todo e a produção do aluno em sala, sendo o objetivo maior diagnosticar o nível da aprendizagem e sua significância na vida do aluno como cidadão. Para avaliação do aluno podem ser utilizados, entre outros oportunos, os seguintes instrumentos: - Trabalhos em grupo; - Atividades individuais; - Relatórios; - Trabalhos práticos; - Provas escritas objetivas e discursivas; - Pesquisas; -Resenhas; - Questionários. REFERÊNCIAS CORRÊA, R. L. Espaço: um conceito-chave da geografia. In: CASTRO, I. E. de; GOMES, P. C. da C.; CORRÊA, R. L. Geografia: conceitos e temas. 2 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000, 352 p. Diretrizes Curriculares da Educação Básica/ Geografia. Secretaria do Estado da Educação do Paraná, 2008. FILIZOLA, Roberto. Didática da Geografia: proposições metodológicas e conteúdos entrelaçados com a avaliação. Curitiba: Base Editorial, 2009. LACOSTE, Y. Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 1993, 263 p. Pontuschka, Nídia Nacib et al. Para ensinar e aprender Geografia.3ª ed. São Paulo: Cortez, 2009. Portal Dia-a-dia Educação – Geografia. Disponível em:http://www.geografia.seed.pr.gov.br/. Projeto Araribá: Geografia 6º,7º, 8º e 9º anos. Editora responsável Sonia Cunha de Souza Danielli – 2. Ed.- São Paulo: Moderna 2007. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná- Educação do Campo. 152 Departamento de educação Básica. Curitiba, 2010 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 153 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Segundo Nereide Saviani percorrer a história de uma determinada disciplina, é entender melhor a História da própria Educação. Pois os conteúdos, métodos, avaliação, ou seja, a estrutura curricular em si, revela a concepção teórica metodológica da disciplina e da educação como um todo, como também suas implicações, sócio econômicas e ideológicas. A contribuição mais significativa do ensino de História ao educando é a edificação da capacidade de pensar historicamente. Em linhas gerais, essa competência diz respeito à percepção da historicidade de todas as coisas desde a concepção da História como obra humana até a capacidade de avaliar corretamente as determinações, condicionamentos e possibilidades do momento histórico em que se vive. De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica –História ( 2008,p.83), se caracteriza pelas ‘’condições de identificar processos históricos , reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História”. O ensino de História tem a função de contribuir com o indivíduo na tomada de decisões em situações práticas: toda ação deriva de uma reflexão sobre o tempo, avaliação de eventos passados e projeção de intenções para momentos posteriores. O indivíduo, ao agir, atribui sentidos ao tempo e à sua ação dentro dele. ... Ensinar e aprender História requer de nós professores, a retomada de uma velha questão: o papel formativo do ensino de História. Devemos pensar sobre a possibilidade educativa da história, ou seja, a história como saber disciplinar que tem um papel fundamental na formação da consciência histórica do homem, sujeito de uma sociedade marcada por diferenças e desigualdades múltiplas. Requer assumir o ofício do professor de história como uma forma de luta política e cultural. A relação ensino-aprendizagem deve ser um convite e um desafio para alunos e professores cruzarem ou mesmo subverterem as fronteiras impostas entre as diferentes culturas e grupos sociais entre a teoria e a prática, a política e o cotidiano, a história, a arte e a vida. (FONSECA, 2003, p. 37-38). A retomada diária pelo professor quanto ao valor educativo da disciplina de 154 História para as novas gerações são imprescindíveis num mundo que valoriza, cada vez mais “as ciências ditas tecnológicas e não o homem e sua humanidade” (ARRUDA, 1995 p. 61). No mundo, cada vez mais globalizado, que tende a uniformizar comportamentos e padrões culturais, impõe se de um lado, a necessidade de firmar a identidade dos sujeitos e, de outro, a luta pela inclusão e acesso de todos ao conhecimento. Criar condições para que o aluno entenda esse mundo e nele se insira de forma crítica é a preocupação do ensino de História e da própria instituição escolar. O ensino de História, nessa perspectiva, não nega o saber que constitui o acúmulo da ciência, mas procura também construir e reconstruir com o aluno o saber que tenha sentido no contexto das suas experiências e de seu grupo social. Não se pode esquecer que ao entrar na escola o aluno já traz um saber decorrente de sua observação e de sua vivência cultural, que deve ser valorizado, pois o estudo da História proporciona não apenas um conhecimento da evolução do homem, mas, sobretudo o conhecimento de si próprio. É necessário privilegiar, no ensino de História, os saberes produzidos pelos educandos,uma vez que integram vários espaços de convívio social, estabelecendo contextos de socialização, valores, hábitos, costumes e comportamentos na família, no bairro, no clube, na igreja, na escola, nas associações de moradores, sindicatos, partidos políticos e nos movimentos sociais. Nessas interações, as esperadas produções culturais e pedagógicas são tecidas. Assim, a produção do conhecimento histórico e crítico não pode ser baseada apenas em meras exposições de conteúdos, lições e exercícios de fixação. Conhecer implica muito mais do que essas atividades. Conhecer implica movimentos recíprocos entre aquele que ensina e o que aprende numa relação dialógica com o outro. Entender o campo como modo de vida social contribui para auto-afirmar a identidade dos povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu jeito de ser, os seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza. Trata-se de uma valorização que deve se dar pelos próprios povos campo, numa atitude de recriação da história. Precisamos construir um sujeito sabedor de seus deveres e de seus direitos na sociedade. Para isto é necessário saber, quem é , e a qual sociedade pertence, que somente será conseguida através da construção de uma mentalidade, sendo esta uma responsabilidade da disciplina. Conhecer a História como processo significa estuda la em seu movimento contínuo, dinâmico, total e plural significa também concebe la em constante transformação. 155 Pretende se recuperar a dinâmica própria de cada sociedade, numa visão crítica problematizando o passado a partir da realidade imediata dos sujeitos concretos que vivem e fazem a História do presente. O que se percebe em relação à educação do campo é que ela é trabalhada a partir de um currículo essencialmente urbano e, geralmente, deslocada das necessidades e da realidade do campo. É urgente discutir a educação do campo, uma vez que ela deve abordar conteúdos de extrema importância entre os debates sobre diversificação de produtos, a utilização de recursos naturais, a agroecologia, as sementes crioulas, a questão agrária, trabalhadores assalariados rurais, a pesca ecologicamente sustentável, entre outros. Portanto, valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos com a comunidade, gerando um sentimento de pertencer ao lugar ao grupo social. Precisamos criar uma identidade sócio-cultural que leva o aluno a compreender o mundo e transformá-lo. OBJETIVOS GERAIS • *Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades, conflitos e contradições sociais. • *Reconhecer algumas relações sociais, econômicas, políticas, culturais e étnicas que a coletividade próxima a sua vivência estabelece com outras localidades, conhecendo os momentos significativos da história local, contextualizados aos da história regional, em uma trajetória sócio histórica, do passado ao presente, pesquisando diferentes tipos de fontes históricas: filmes, livros, entrevistas, músicas, fotos, entre outras. • *Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo se o respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades. • *Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços. • *Estabelecer relações e comparações entre problemas atuais e de outros tempos. • *Questionar a realidade, identificando o problema e buscar possíveis soluções. • *Levar o educando a adquirir uma postura crítica diante dos fatos históricos e 156 dentro da sociedade na qual está inserido, tornando o mais politizado. • *Valorizar e respeitar a diversidade cultural e étnica bem como o patrimônio sócio cultural desses povos. • *Refletir sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos produzidos na vida das sociedades. • *Situar conhecimentos históricos e localizá los em uma multiplicidade de tempo. • *Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento interdisciplinar. • *Valorizar aspectos sócios culturais de outros povos e nações, posicionando se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais. • *Compreender que as histórias individuais fazem parte de histórias coletivas. • *Estabelecer as relações de permanências e transformações no processo histórico. • *Explicar relações sociais, econômicas e políticas de realidades históricas singulares, com destaque para a questão da cidadania. • CONTEÚDOS 6º ANO * Produção do conhecimento histórico O que é História Tempo e temporalidade Fontes e documentos − Ciências auxiliares da História: arqueologia, antropologia, geografia, sociologia, etnologia e outras. * A humanidade e a História Teorias do surgimento da humanidade: de onde viemos; quem somos? - Teorias, mitos e lendas da origem do homem na América Pré-história e seus períodos Arqueologia no Brasil Povos indígenas no Brasil e no Paraná 157 * A formação das primeiras civilizações - Mesopotâmia: formação e organização * Sociedade teocrática: Egito Antigo Aspectos geográficos Sociedade, religião e arte em uma monarquia teocrática * Hebreus, Fenícios e Persas - Formação e organização * Grécia: contradição em uma civilização escravista e democrática Formação e organização política e social Diferenças entre Atenas e Esparta O legado para a sociedade Ocidental * Roma Origem e formação Períodos históricos Crise e desintegração do Império Romano Cultura Afro histórica do Paraná, Ciclos econômicos do Paraná – origem do índio Povoamento e fundação de Curitiba Migração e colonização primeiros movimentos de emancipação. − Meio Ambiente 7º ANO * Decadência do Império Romano e formação do feudalismo - Crise e desintegração do Império Romano - Fragmentação do poder - Organização social política e econômica no feudalismo * A crise do sistema feudal c) Renascimento comercial e urbano d) Crise política, econômica e religiosa 158 * Formação dos Estados Nacionais e) Centralização do poder f) Mercantilismo * As grandes navegações g) Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política h) A visão eurocêntrica do mundo i) Evolução tecnológica * A chegada dos europeus na América j) Encontros e desencontros entre culturas k) Resistência e dominação * Renascimento * Reforma e Contra Reforma l) Teorias da salvação m) Desenvolvimento de novas doutrinas * Formação da sociedade brasileira e americana n) Sistema colonial o) Colonização inglesa e espanhola na América p) Colonização portuguesa na América q) Administração colonial: Capitanias Hereditárias e Governo Geral r) Escravização de indígenas e africanos * Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa s) Organização política administrativa e sócio econômica t) Manifestações culturais u) Diáspora africana * Escravização africana v) Tráfico negreiro w) A luta contra a opressão 159 * A economia e a sociedade açucareira * Expansão e consolidação do território x) Missões y) Bandeiras z) Invasões estrangeiras * Colonização do território paranaense aa) Organização social, política e econômica * A economia mineradora bb) Aspectos da sociedade mineradora cc) Organização e administração dd) Declínio da produção aurífera * Movimentos de contestação ee) Quilombos ff) Guerra dos Emboabas gg) Revolta de Vila Rica hh) Cultura Afro – brasileira ii) Ciclos econômicos do Paraná – origem do índio jj) Povoamento e fundação de Curitiba kk) Migração e colonização – primeiros movimentos de emancipação - História do Paraná - Criação da Província do Paraná - Participação do Paraná nos conflitos nacionais e patrimônios históricos paranaenses - Cultura Afro- descendente - Herança cultural - Movimentos de Consciência Negra − Meio Ambiente 8º ANO * Antigo Regime ll) Organização política, econômica, social e cultural * Iluminismo mm) Ideais combatidos e defendidos pelos filósofos iluministas 160 * Revolução Industrial e relações de trabalho nn) Etapas do processo produtivo oo) Pioneirismo inglês pp) Transformações na sociedade industrial * Independência das Treze Colônias inglesas da América do Norte qq) Causas e consequências do processo de independência * Revolução Francesa rr) Crise do Antigo Regime ss) Processo revolucionário tt) Ascensão de Napoleão * Era Napoleônica uu) Conquistas europeias vv) Invasão da Península Ibérica ww) Congresso de Viena * Processo de independência da Colônias da América espanhola * Independência do Brasil xx) Movimentos de contestação: Conjuração Mineira e Baiana yy) Chegada da família real ao Brasil zz) Características do processo de independência * Revoluções liberais, nacionalismo e unificações * Expansão imperialista * América no século XIX - Guerra de Secessão * Brasil: Primeiro Reinado aaa) Governo de Dom Pedro I bbb) Primeira constituição brasileira ccc) Confederação do Equador 161 * Brasil: Período Regencial ddd) Situação política eee) Revoltas provinciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha * Brasil: Segundo Reinado fff) Governo de Dom Pedro II ggg) Lei de Terras, Lei Eusébio de Queiroz hhh) Início da imigração europeia iii) Transformações sócio econômicas * Emancipação política do Paraná jjj) Organização econômica, social e política kkk) Migrações * Crise do Império lll) Política externa: Guerra do Paraguai mmm) Abolicionismo: lutas pelo fim da escravidão nnn) Crises que levaram a queda da Monarquia ooo) Abolição da escravidão ppp) Cultura Afro - brasileira qqq) Arquitetura e turismo no Paraná rrr) - Migração e colonização no Paraná Revolução Federalista no Paraná sss) Tropeirismo ttt) Meio Ambiente 9º ANO 4. Brasil: consolidação da República 5. Organização político administrativa * Primeira Guerra Mundial uuu) Situação conflituosa vvv) O pós-guerra * Revolução Russa 162 www) Situação russa antes do processo revolucionário xxx) Transformações sócio econômicas * Brasil: Primeira República yyy) Organização política do período zzz) O poder do café aaaa) Revoltas na Primeira República bbbb) Movimentos regionalistas no Paraná cccc) A semana de Arte Moderna e a Revolução de 1930 * Crise capitalista e regimes totalitários dddd) Crise de 1929 eeee) Ascensão do nazismo e do fascismo * Segunda Guerra Mundial ffff) Acontecimentos que levaram à eclosão do conflito gggg) A guerra e seus participantes * Brasil: Período Getulista hhhh) Organização político administrativa iiii) Populismo: leis trabalhistas, Constituição de 1934 jjjj) A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial kkkk) Guerra Fria llll) Nova ordem internacional mmmm) Independência das Colônias Afro-asiáticas * O populismo no Brasil e na América Latina nnnn) Política mexicana e Argentina oooo) Os governos de JK, Quadros e João Goulart * Construção do Paraná moderno pppp) Os governos paranaenses e sua estrutura política, econômica, social e cultural qqqq) Movimentos sociais 163 * Conflitos durante a Guerra Fria rrrr) Revoluções socialistas ssss) Guerra do Vietnã, Guerra da Coreia tttt) Regimes totalitários no Brasil e na América Latina * O regime militar no Paraná e no Brasil uuuu) Repressão e censura vvvv) Transformações sócio econômicas * Movimentos de contestação no Brasil e no mundo wwww) Jovem Guarda xxxx) Movimento negro yyyy) Movimento Hippie * Redemocratização zzzz) Constituição de 1988 aaaaa) Movimentos populares e urbanos * Fim da bipolarização mundial - Desintegração do bloco socialista bbbbb) Globalização ccccc) 11 de setembro nos Estados Unidos * África e América Latina no contexto atual * O Brasil no contexto atual ddddd) Análise e reflexão sobre atual do Brasil eeeee) Paraná no contexto atual fffff) Cultura Afro-descendente: consciência negra – 20 de novembro *Abolição ( Zumbi dos Palmares ) • Povos indígenas no Paraná • Meio Ambiente 164 ENSINO MÉDIO 1º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • Relações de trabalho • Relações de poder • Relações culturais CONTEÚDOS BÁSICOS • A experiência humana no tempo. • Quem faz a História • História de vida do aluno • Investigando nossas origens • Fontes históricas • O tempo e a história: periodização e calendários • Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo • A Pré-História • Surgimento das cidades • Origem do Homem Americano • A cultura local e a cultura comum • Pré-história no Brasil – pinturas rupestres e sambaquis no Paraná • As relações de propriedade • A relação entre campo e cidade • Conflitos e resistências • O trabalho e a vida em sociedade • A constituição do Estado • Guerras e revoluções • Produção cultural • mesopotâmia – povos mesopotâmicos • Sumérios • Assírios • Babilônios 165 • Caldeus • As sociedades teocráticas e escravistas (Egito, Mesopotâmia e Hebreus, povos pré-colombianos, Grécia e Roma) • As relações culturais, cidades da antiguidade • O mundo do trabalho nas sociedades teocráticas e escravistas • As concepções de poder no mundo Antigo • Divisão do Império Romano • Queda do Ocidente: reinos bárbaros, reino dos Francos • Oriente: bizantinos, muçulmanos • Feudalismo: sistema, poder da Igreja, crise, cultura medieval, as relações de trabalho, o poder e o controle social. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • A produção do conhecimento histórico • História: concepção e temporalidade • Linha do tempo • Teorias da criação • Big Bang • A construção histórica: métodos, fontes, documentos, linhas de pesquisa, arqueologia e antropologia. • Relações entre o homem, a terra, suas origens, sua cultura e evolução em diferentes tempos e espaços. • Os primeiros grupos humanos; Teorias Criacionista e Evolucionista ( Lei nº 10.639/03 Surgimento do homem no continente africano). • As primeiras aldeias e cidades: Pré história no Brasil. • O povoamento da América: Origem do homem americano. ( Lei nº 10.639/03 – África como berço da humanidade). • História do Paraná. (Lei 13.381/01) • Idade Média no Ocidente • Alta Idade Média • Feudalismo – origens, economia, relações sociais • Mundo Árabe 166 • Formação e declínio • Islamismo • Baixa Idade Média • Crise do feudalismo: transformações na sociedade medieval, cristão e muçulmanos, renascimento comercial 2º ano CONTEÚDOS BÁSICOS • As relações de propriedade • A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade • A relação entre o campo e a cidade • Conflitos e resistências e produção cultural campo / cidade • Emergência do mundo burguês • As relações de poder na constituição dos Estados moderno • Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos • Correlação com Brasil Pré-colonial e Américas • História das relações da humanidade com o trabalho • O trabalho e a vida em sociedade CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • Na formação da modernidade • Formação das Monarquias nacionais • Guerra dos Cem anos • Guerra das duas rosas • Revoltas camponesas • Renascimento Cultural • O Homem, a razão e a ciência • Cientistas desafiam a igreja • Reformas religiosas • Lutero, Calvino e Henrique VII • Contra reforma • Origens do Sistema Capitalista 167 • Expansão Marítima • Novos caminhos levam à América • Conquistas e miscigenação • A industrialização (capital e trabalho) • A construção do trabalho assalariado • O Iluminismo e o Liberalismo econômico • Transição do trabalho servil para o trabalho livre assalariado • A Revolução Francesa e o Império Napoleônico • A independência das colônias da América • Brasil no contexto mundial • O Imperialismo • O poder e a violência no Estado Nacional • A urbanização e industrialização no séc. XIX • Capitalismo na América • Transição do trabalho escravo para o trabalho livre • Brasil Império, Período Regencial e República. • Urbanização e industrialização no Paraná (Lei 13.381/01 • As relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo • A Primeira Guerra Mundial • A República Velha brasileira • A Revolução russa • A crise de 1929 • Período Getulista : Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo ( a urbanização e industrialização no Brasil) • O Nazismo e o Fascismo • A Segunda Guerra Mundial. • Lei nº 10.639/03 – Consciência Negra 3º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • Relações de trabalho • Relações de poder • Relações culturais 168 CONTEÚDOS BÁSICOS • A Constituição das instituições sociais • A formação do Estado • Sujeitos, guerras e revoluções • A Constituição das instituições sociais • A formação do Estado • Sujeitos, guerras e revoluções CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • O mundo Pós- Guerra – Formação da ONU e da OTAN • O mundo das desigualdades • Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea • A democracia brasileira – Movimento Feminista • O populismo e as ditaduras militares • A crise do Bloco Socialista • Guerra Fria • Capitalismo (EUA) x Socialismo (URSS): a polarização • Os governos populistas no Brasil (1945-1964) – política econômica, crise e fim do Governo Vargas, reformas de base, governo militar • A América Vermelha • A revolução cubana • A experiência chilena • Nicarágua sandinista • A consciência do terceiro mundo • A descolonização da África e da Ásia • A ditadura militar no Brasil • O regime militar • A constituição de 1967 • Das passeatas ao AI 5 • A luta armada • A repressão 169 • O milagre econômico • Figueiredo e a abertura • A mobilização da sociedade civil • A reação da extrema direita • Diretas Já • A eleição de Tancredo e o Governo Sarney • A Queda do Muro de Berlim • O fim do Socialismo no Leste Europeu • Collor: votação e frustação • O mundo contemporâneo • O declínio do comunismo • Tensões e conflitos do mundo atual • O Neoliberalismo e a Globalização • Brasil FHC – Plano Real e transição e o Governo Lula • Limitação dos direitos sociais – conflitos dos grupos sociais contemporâneos • Crise Sindical • Os investimentos estrangeiros e as reformas • América Latina no contexto histórico mundial – acertos e desacertos • EUA e o Governo Obama • O indígena no Brasil • Cultura Afro-descendente: consciência negra - 20 de novembro. Lei nº 10.639/03 • Governo Lula e a transição com o Governo Dilma • A Crise Econômica Européia. METODOLOGIA A função do ensino de História é contribuir para a formação do senso crítico do educando, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, passando de simples reprodução do conhecimento à compreensão das formas como este se produz, formando um homem capaz de compreender o mundo onde está inserido e interferir ativamente no mesmo como sujeito histórico e produtor do próprio conhecimento. Para que a proposta se efetive deve se valorizar o aluno enquanto sujeito, considerando suas experiências, suas diferenças étnicas e culturais e sua autonomia 170 como cidadão. Nessa perspectiva deve existir uma relação de interação professoraluno que possibilite a investigação histórica considerando que o conhecimento não deve ser dado como pronto e acabado, mas re laborado e construído a partir da realidade vivida. Incentivar o aluno a questionar os conteúdos a serem apresentados pelo livro didático, fazendo com que eles questionem e debatam a respeito dos temas e percebam que cada um participa como agente da história e se tornem cidadãos críticos , questionando as verdades tidas como absolutas nestes livros, através da pesquisa e de outros tipos de fontes e reconstruam a narrativa histórica juntamente com o professor os orientador. A escola deve abrir espaço para questões que intervém na vida do aluno e com as quais se defronta no dia-a-dia, já que a história tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e relações humanas praticadas ao longo do tempo. Todas as propostas precisam ser trabalhadas através da problematização dos conteúdos, utilizando para isso a produção historiográfica e as várias linguagens da História como cinema, quadrinhos, caricaturas, imprensa, documentos variados, Além disso, as tecnologias da comunicação também devem ser utilizadas como recurso didático privilegiando os procedimentos de pesquisa, questionamento, estudo e reflexão, debates, resumos orais e escritos, criação de imagens, gráficos, linhas do tempo, murais ou exposições,utilização de livros didáticos, mapas, jornais, revistas , vídeos, TV Multimídia, entrevistas, trabalhos individuais ou em grupos, leitura de textos complementares referentes aos conteúdos trabalhados em sala de aula,pesquisas, debates, quadro de giz. Possibilitar ao aluno a reflexão sobre seus valores e suas práticas cotidianas e relacioná-las com problemáticas históricas inerentes ao se grupo de convívio à localidade, à sua região e a sociedade nacional e mundial. Nessa linha, será desenvolvido um trabalho que favorecerá a construção pelo aluno de noções de diferenças, transformações e permanências. O papel do professor como mediador será imprescindível para viabilizar todos esses procedimentos, pois permitirá o diálogo interpessoal proporcionando reflexões sobre o processo construído coletivamente. 171 AVALIAÇÃO: A avaliação como parte integrante do processo, ensino-aprendizagem tem como finalidade diagnosticar e conduzir a uma tomada de decisão. No processo de avaliação devem ser considerados o envolvimento nas atividades, a sistematização dos conteúdos e o resultado final (o que aprendemos sobre...?). Para tanto devemos considerar o conhecimento prévio do aluno, suas vivências temporais, biológicas e sociais levando à construção da temporalidade e à compreensão de que a própria temporalidade é uma construção histórica. Para avaliar é necessário verificar a aprendizagem a partir daquilo que é significativo para o educando dentro da sua realidade sócio cultural, considerando as produções dos alunos e as mudanças de comportamento. Onde serão avaliados através de trabalhos individuais ou em grupos, confecção de murais relatórios , leitura de textos complementares referentes aos temas trabalhados em sala de aula , pesquisas debates...Aqueles com aproveitamento insuficiente serão submetidos a estudos de revisão de conteúdos e posteriormente se realizará a reavaliação, com objetivo de melhoria da aprendizagem e, consequentemente das notas. Cabe ressaltar que a reavaliação é direito de todos. Aplicada a reavaliação, a nota menor será substituída pela maior. Quanto a avaliação tem um caráter processual e diagnóstico possibilitando ao professor uma análise constante do trabalho e ao mesmo tempo permitindo ao aluno acompanhar o seu desempenho. “Há sempre uma forma de fazer melhor. O segredo é descobri la.”(Thomas Edison) Dentro desse contexto cabe ao professor diversificar sua maneira de avaliar, buscando captar o melhor momento da aprendizagem e, por conseguinte identificar dificuldades para que sejam programadas atividades de recuperação. “... para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é (preciso) modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem”.(Luckesi, 2002, p.81). 172 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história. Campinas: Papirus, 2003. P.37-38. FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. Editora global, 2003. HISTÓRIA VIVA: TEMAS BRASILEIROS. Presença negra. São Paulo: Duetto, n.3, 2006. HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções(1789-1848). 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PAZZANO, Silvia, VAZ, Maria Luiza. Navegando pela História. 1ª edição. São Paulo, Quinteto Editorial, 5ª a 8ª séries. Thompson,Edward P. Senhores e Caçadores: A origem da lei negra. Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1987 ARROYO, Miguel. Educação e Exclusão da Cidadania. In: Educação e Cidadania: quem educa o cidadão? São Paulo: Cortez, 1995. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 173 PROPOSTA PEDAGÓGICA DA LÍNGUA PORTUGUESA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Pensar no ensino da língua implica pensar também nas contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a percepção das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que atravessam o campo social, constituindo e recebendo, concomitantemente, seus influxos, estão a requerer, dos professores, uma mudança de posicionamento no que se refere a sua própria ação pedagógica. A ação pedagógica, assumida ou ditada pelos livros didáticos, seguiu, historicamente, uma posição normativista de linguagem que excluíra, do processo de aquisição e aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto, pautando-se, no ensino de língua materna, no repasse de regras e nomenclatura da gramática tradicional. Hoje, sabemos que os conceitos mudaram, pois na perspectiva de superação efetiva de tal postura, o trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa, passou a considerar o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela interagem. No entanto, mais do que simplesmente aceitar as novas metodologias de ensino como sendo absolutas e inquestionáveis, é interessante, a partir de uma perspectiva sócio-histórica, investigar todas as transformações ocorridas em uma disciplina, bem como no currículo escolar. Pois, de acordo com Venturi & Gatti Júnior (2004): A evolução de uma disciplina pode ser entendida como produto das contradições e transformações internas e externas da área disciplinar. O estudo da construção de uma disciplina escolar e do currículo escolar deve atentar para os aspectos educacionais no contexto das práticas pedagógicas e do movimento que se dá no âmbito da sociedade de caráter político, econômico e cultural. (VENTURI & GATTI JÚNIOR, 2004, p. 67) Portanto, para compreender os desafios educacionais presentes no contexto atual é necessário refletir sobre a forma como a presente situação foi gestada historicamente e tentar levantar as “heranças” que foram sendo adquiridas desde o início do ensino da Língua Portuguesa no país, pois –admitindo-se a disciplina como criação humana num determinado tempo e espaço, e sabendo-se que ela pode ser revisitada e examinada em seu processo de construção – conhecer a história da disciplina contribui bastante para entender o papel que ela desempenha no currículo escolar. 174 Segundo Chervel (1990)1 “a disciplina é, por sua evolução, um dos métodos da escolarização”, e sua grandeza é identificada “em todos os níveis e em todas as rubricas da história tradicional do ensino, desde a história das construções escolares até a das políticas educacionais ou dos corpos docentes.” Venturi & Gatti Júnior (2004) dizem que: As finalidades educacionais interferem muito em uma disciplina escolar, especialmente no que se refere à importância na “hierarquia” das disciplinas de uma série, nível, grau ou modalidade de ensino, inclusive em seu conteúdo, que é fruto do contexto, da época e do lugar em que é produzido. Desse modo, as diferentes finalidades do ensino, o contexto sociocultural, a ênfase em um determinado tipo de formação (formação humanística, científica ou técnica) se constituem em fatores relevantes no processo de desenvolvimento de uma disciplina escolar. (VENTURI & GATTI JÚNIOR, 2004, p. 68) Daí a importância de se fazer um levantamento histórico da disciplina de Língua Portuguesa, pois só assim será possível compreendermos os atuais objetivos no que se refere ao ensino dessa disciplina e os desafios postos à formação dos cidadãos na época em que vivemos, bem como as transformações sociais e culturais pelas quais vêm passando os sujeitos envolvidos nas atividades escolares. O ensino de Língua Portuguesa no Brasil, segundo as Diretrizes Curriculares, iniciou-se com a educação jesuítica, voltada para a formação da elite colonial. As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim. Ao mesmo tempo alfabetizavam e catequizavam os indígenas com uma pedagogia que visava a expansão católica. O ensino da Língua Portuguesa, ensinado pelos jesuítas, limitava-se em ler e escrever. Nos cursos secundários, as aulas eram de gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos. No período colonial, a língua mais falada pela população era o tupi. O português era o idioma da elite. Somente com a Reforma Pombalina, em 1758, de Marquês de Pombal, a língua portuguesa tornou-se idioma oficial do Brasil, proibindo o uso do tupi-guarani. Com isso tornando hegemônica a língua portuguesa em todo o Brasil. Com a chegada da família real ao Brasil, foram instaladas as primeiras faculdades destinadas às classes privilegiadas. Mesmo com algumas reformas, as classes populares que precisavam do ensino para aprender a ler e escrever a língua portuguesa, continuaram precárias. Nas últimas décadas do século XIX, tornou-se obrigatório nos currículos 1 apud Venturi & Gatti Júnior, 2004, p. 68. 175 escolares brasileiros, a disciplina de Língua Portuguesa. Este ensino fragmentava-se no ensino da Gramática, Retórica e Poética. Em 1871 o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português, mantendo a tradição da gramática, da retórica e da poética até os anos 40 do século XX, permanecendo assim até o final do século XIX. O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX. Com a Lei nº5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no 1º grau, Comunicação e Expressão, nas quatro primeiras séries, e Comunicação em Língua Portuguesa, nas quatro últimas séries. No 2° grau a denominação da disciplina passou a ser Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Essa Lei estabelecia que se devia dar relevo especial à língua nacional “como instrumento de comunicação e como expressão da cultura brasileira”. Ressaltava-se o valor da língua para a construção do patriotismo entre os alunos. Devido à expansão dos cursos profissionalizantes no 2º grau, a disciplina Português se divide em Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Portuguesa e Técnicas de Redação. Referente ao ensino de Literatura – pensando agora na prática da leitura – até os meados do século XX, o principal instrumento de trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. Nos anos 70, a Literatura passou a fazer parte somente do 2º grau, com abordagens históricas do texto literário. Com análise do texto poético propunha-se somente as estruturas formais tornando os alunos meros ouvintes. Mais tarde passou para uma análise literária simplificada. No início dos anos 80, os estudos linguísticos centrados no texto e na interação social das práticas discursivas e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna, passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. A dimensão tradicional de ensino da língua foi deixada de lado, passando a envolver questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise. A Reestruturação do Ensino de 2º grau de 1988, e do Currículo Básico, de 1990, que denunciavam o ensino da língua de modo repetitivo e de conteúdos gramaticais, valorizou o direito à educação linguística, rompendo com o ensino tradicionalista. No final da década de 1990, os PCNs, fundamentaram a proposta para a 176 disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas, levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na educação básica brasileira, as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino. Esta proposta dá ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. As práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, a inclusão dos conceitos e definições são ferramentas básicas na ampliação das aptidões linguísticas dos estudantes. A atual proposta do ensino de Língua Portuguesa tem como embasamento teórico a concepção sócio-interacionista da linguagem. Essa teoria concebe conhecimento como um processo construído pelo indivíduo, em interação com o meio, ao longo de sua vida. Nessa perspectiva, a linguagem é vista como uma atividade social, histórica e constitutiva do homem, isto é, homem e linguagem são realidades inseparáveis. A interação verbal (as diferentes situações em que as pessoas conversam ou escrevem na sociedade), é portanto o espaço da realidade da língua, pois é nele que se dão as enunciações como trabalho das pessoas envolvidas nos processos de comunicação. A linguagem, nessa concepção, é vista como ação entre sujeitos histórica e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da sociedade. O ensino de língua tem como centro o estudo do texto, em coerência com a concepção adotada, pois se preocupa com o uso da língua nas diversas situações sociais. Trata-se de pensar a relação de ensino como lugar de práticas de linguagem, as quais devem ser compreendidas para que se possa usar a língua com eficiência. Por isso, deve-se explorar ao máximo os eixos norteadores do trabalho com a língua: oralidade, leitura e escrita. Para atingir os objetivos aqui propostos, é importante refletir sobre a metodologia adotada. Com base nas DCEs de Língua Portuguesa, o trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos 177 conhecimentos para os multiletramentos6, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes. (DCEs: Língua Portuguesa, 2008, p. 48) Caberá à escola possibilitar a participação de seus alunos em diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com o objetivo de inserilos nas variadas esferas de interação. Pois, caso contrário, “o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma sociedade letrada.” (DCEs: Língua Portuguesa, 2008, p. 48) Assim, possibilitar-se-á a inclusão de todos os indivíduos que frequentam a escola pública; principalmente os alunos inseridos no campo; em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, dessa forma, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos, valorizando-os como construtores de sua própria identidade. É notório, ainda, que toda reflexão referente à língua só tem sentido se considerarmos, como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades que possibilitem aos estudantes do campo e professores experiências reais do uso da língua materna. Portanto, a reflexão será complexa se valorizarmos o ensino/aprendizagem da língua além dos limites formais da mesma. OBJETIVOS GERAIS É papel fundamental da Língua Portuguesa oportunizar atividades relacionadas com outras áreas do conhecimento, com temas que envolvam questões sociais da atualidade efetivando assim a participação plena do cidadão do campo. Logo, é necessário possibilitar aos alunos a ampliação do domínio de uso das linguagens verbais e não verbais através do contato direto com textos dos mais variados gêneros, orais ou escritos, engendrados pelas necessidades humanas enquanto falante do idioma. Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de ensino: No que se refere ao domínio da oralidade: • Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se 178 diante dos mesmos; • Utilizar a linguagem na produção de textos orais de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do discurso; • Refletir sobre os textos ouvidos, reconhecendo gênero e tipo de texto, bem como os elementos gramaticais empregados na sua organização; • Analisar os textos ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos; • Conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português, procurando combater o preconceito linguístico; • Reconhecer e valorizar seu grupo social como instrumento adequado e eficiente na comunicação cotidiana, bem como outros grupos sociais que se expressem por meio de outras variedades. No que se refere ao domínio da leitura: • Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura a constituição de um espaço do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita; • Analisar criticamente os diferentes discursos, desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos; • Refletir sobre os textos lidos, identificando gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização; • Perceber como a linguagem dos textos lidos está sendo usada de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do discurso; • Analisar os textos lidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos. No que se refere ao domínio da escrita: • Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os 179 interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura; • Refletir sobre os textos produzidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização; • Utilizar a linguagem na produção de textos escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do discurso; • Conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português, procurando combater o preconceito linguístico; • Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para expandir sua capacidade de monitoração como das possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade da análise crítica; • Analisar os textos produzidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos; • Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, propiciando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais; • Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos. Sendo a língua a base das interações sociais e admitindo a interlocução como concepção de linguagem, fica clara a importância da aprendizagem da língua materna no contexto escolar, pois só assim o indivíduo poderá tornar-se competente para fazer uso da língua nos mais variados contextos discursivos, formais ou informais, e não somente naquele em que estava inserido antes da entrada no meio educacional, evitando-se assim a exclusão decorrente do uso da linguagem. Mais do que isso, vale acrescentar ainda que, para que haja a participação ativa e crítica do indivíduo no meio em que vive, é fundamental que ele consiga ter domínio da linguagem, sabendo usá-la e adequá-la à situação e, assim, conseguindo construir seu discurso de forma que possa modificar o interlocutor, agir sobre o outro. É importante ressaltar que os objetivos aqui propostos e as práticas deles 180 decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que, por meio da inserção e participação dos alunos em processos interativos com a língua oral e escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do aluno e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a sua vida. CONTEÚDO ESTRUTURANTE / BÁSICOS Durante muito tempo, o conteúdo gramatical, legitimado por uma classe social influente e pela tradição acadêmica escolar, tem sido a base para o ensino de Língua Portuguesa e, por assim ser, tem havido uma forte resistência em mudar, nas salas de aula, a prática decorrente dessa concepção. O conceito de conteúdo estruturante lança um novo olhar sobre esse aspecto, porque esse conceito é constituído dentro da mobilidade histórica. Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, as Diretrizes sugerem que o ensino de Língua Portuguesa se exerça norteado pelos processos discursivos, numa dimensão histórica e social, considerando o papel ativo do sujeito-aluno nas atividades com e sobre a linguagem. Sendo assim, o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa que atende a essa perspectiva é o discurso como prática social. E os conteúdos serão relacionados, priorizando os três eixos básicos: oralidade, leitura e escrita. Estes se repetem basicamente de uma série para outra, o que acontece é uma graduação de dificuldade, uma análise mais aprofundada, que exige um maior grau de conhecimentos. 6º ANO Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Sugestões de gêneros discursivos para o 6ª ano: conto infantil, tira, cartum, página de dicionário, crônica, anúncio, anedota, quadrinha, poema, letra de música, fábula, história em quadrinhos, relato pessoal, carta pessoal, e-mail, diário, blog, texto de opinião, descrição, memória, receita culinária, cartaz, fotografia, resumo, narrativas de 181 aventura (literatura infanto-juvenil). Leitura Conteúdos básicos: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Argumentos do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Escrita Conteúdos básicos: Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. Oralidade Conteúdos básicos: Tema do texto; Finalidade; Argumentos; 182 Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. Leis nº 11.645/08 e 10.639/03 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena) Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da diversidade étnica brasileira; Produção de história em quadrinhos relacionadas ao povo afrodescendente e indígena falando de suas culturas; Ler e interpretar textos que retratam as questões racial e indígena; Contação de histórias africanas e indígenas; Filmes que abordem os temas; Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio. Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná) Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII; Pesquisa sobre lendas regionais e apresentação destas para a turma; Pesquisa e estudo de textos que fazem referência à formação da sociedade paranaense. Lei nº 9.795/99 (Meio-ambiente) Leitura e estudo de textos que apresentem temas referentes à educação ambiental; Produção de texto de opinião que aborde a importância da preservação do meio ambiente. Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Parecer CEE/CEB nº 1011/10 (implementação da Educação Básica do Campo no Sistema Estadual de Ensino do Paraná) e Resolução nº 4783/2010 (reconhece a Educação do Campo como uma política pública educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do Campo) Leitura de contos e/ou demais textos curtos (como piadas, crônicas, tiras, 183 histórias em quadrinhos etc.) que explorem o emprego da variação regional/rural da língua, atentando para a importância de respeitar as características culturais dos diferentes dialetos da língua portuguesa e, concomitantemente, reconhecer as diferentes situações de comunicação em que se deva fazer uso da variedade padrão ou que se possa utilizar uma variedade não-padrão da língua materna. Produção de relato pessoal sobre a história dos antepassados dos alunos, que, em sua maioria, provêm de um ambiente rural, marcado pela dificuldade de recursos e de acesso às grandes cidades, etc. 7º ANO Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Sugestões de gêneros discursivos para o 7º ano: mito, fotografia, charge, tira, cartum, poema, crônica, anúncio publicitário, poema-imagem, texto de campanha comunitária, quadro, argumentação oral, depoimento, reportagem, debate, narrativa de aventura (literatura infanto-juvenil), notícia, entrevista, narrativa de terror. Leitura Conteúdos básicos: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Argumentos do texto; Contexto de produção; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico; Ambiguidade; 184 Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Escrita Conteúdos básicos: Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. Oralidade Conteúdos básicos: Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Semântica. Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena) Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua 185 família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da diversidade étnica brasileira; Debates sobre textos relacionados ao assunto e produção de textos sobre temas diversos; Ler e interpretar textos que retratam as questões racial e indígena; Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio; Estudo dos gêneros musicais do samba e rap; Filmes que abordem os temas; Produção de poemas sobre o negro e o índio. Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná) Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII; Pesquisa e estudo de textos que fazem referência à formação da sociedade paranaense; Produção de entrevista oral a uma pessoa idosa da comunidade que possa contar um pouco da História do lugar onde está situada a escola. Lei nº 9.795/99 (Meio-ambiente) Leitura e estudo de textos que apresentem temas referentes à educação ambiental; Produção de texto de campanha comunitária cuja finalidade é incentivar a população a participar de uma causa de interesse da comunidade: a preservação dos espaços naturais da localidade onde se situa a escola. Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Parecer CEE/CEB nº 1011/10 (implementação da Educação Básica do Campo no Sistema Estadual de Ensino do Paraná) e Resolução nº 4783/2010 (reconhece a Educação do Campo como uma política pública educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do Campo) Leitura e estudo de textos que apresentem temas referentes à vida no campo, como a música Cuitelinho, de Renato Teixeira, e produção de paródia que se desenvolva o emprego da variedade regional/rural e faça uso de temas referentes ao ambiente do campo. 8º ANO 186 Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Sugestões de gêneros discursivos para o 8º ano: crônica; texto teatral; cartum, charge, tira; crítica; pintura; carta-denúncia; divulgação científica; entrevista; seminário; narrativa de aventura (literatura infanto-juvenil), romances. Leitura Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Argumentos do texto; Contexto de produção; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Semântica: • operadores argumentativos; • ambiguidade; • sentido figurado; • expressões que denotam ironia e humor no texto. Escrita Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; 187 Contexto de produção; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Concordância verbal e nominal; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Semântica: • operadores argumentativos; • ambiguidade; • significado das palavras; • sentido figurado; • expressões que denotam ironia e humor no texto. Oralidade Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena) 188 Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões do vocabulário; Estudos de textos de escritores negros e/ou que abordem temas referentes ao negro e ao índio; Estudo dos gêneros musicais do samba e rap; Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio; Filmes que abordem os temas; Debates sobre o espaço dos afrodescendentes e indígenas e de suas culturas nos meios de comunicação de massa (em especial na TV); Produção de textos sobre as culturas afro-brasileira e indígena; Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná) Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII; Produções de textos fazendo comparação da formação da sociedade com os dias atuais; Debates sobre a colonização e formação das cidades, após leituras de textos; Produções de textos sobre aspectos da História do Paraná. Lei nº 9795/99 (Meio-ambiente) Leituras, análises e interpretações de textos que abordam o assunto meio-ambiente (narrações, charges, pinturas, artigos de opinião, textos jornalísticos, poemas, canções etc.) Produções de seminários que defendam a importância da preservação do meioambiente; Filmes; Debates. Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Parecer CEE/CEB nº 1011/10 (implementação da Educação Básica do Campo no Sistema Estadual de Ensino do Paraná) e Resolução nº 4783/2010 (reconhece a Educação do Campo como uma política pública educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do Campo) Leitura e audição das músicas Rei do gado, de Tião Carreiro e Pardinho, Asa branca, de Luiz Gonzaga, e Disparada, de Geraldo Vadré, Théo de Barros; estudo da linguagem e dos costumes das pessoas que vivem no campo; produção de peças 189 teatrais cujos enredos sejam adaptações das músicas ouvidas. 9º ANO Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Sugestões de gêneros discursivos para o 9º ano: crônica; reportagem; tira; charge; cartum; painel de fotos; editorial; pintura; conto; painel de esculturas e pinturas; debate; texto dissertativo-argumentativo; poema; narrativa de aventura (literatura infantojuvenil); romances. Leitura Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Argumentos do texto; Contexto de produção; Intertextualidade; Discurso ideológico presente no texto;; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Semântica: Escrita • operadores argumentativos; • polissemia; • expressões que denotam ironia e humor no texto. 190 Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Contexto de produção; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência; Processo de formação de palavras; Vícios de linguagem; Semântica: • operadores argumentativos; • modalizadores; • polissemia. Oralidade Conteúdos básicos: Conteúdo temático ; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; 191 Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; Semântica; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena) Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões do vocabulário; Estudos de textos de escritores negros e/ou que abordem temas referentes ao negro e ao índio; Estudo dos gêneros musicais do samba e rap; Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio; Filmes que abordem os temas; Debates sobre o espaço dos afrodescendentes e indígenas e de suas culturas nos meios de comunicação de massa (em especial na TV); Produção de poemas sobre as culturas afro-brasileira e indígena; Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná) Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII; Produções de textos fazendo comparação da formação da sociedade com os dias atuais; Debates sobre a colonização e formação das cidades, após leituras de textos; Produções de textos sobre aspectos da História do Paraná. Lei nº 9795/99 (Meio-ambiente) Leituras, análises e interpretações de textos que abordam o assunto meio-ambiente (narrações, charges, pinturas, artigos de opinião, textos jornalísticos, poemas, canções etc.) Produções de texto dissertativo-argumentativo sobre o assunto; Filmes; Debates. Educação do campo A lei 9394/96 pelo decreto 7352 de 4 de novembro de 2010 192 que visa contemplar a educação no campo como prática de valorização das características peculiares de cada região, valorizando o homem do campo como construtor da sua própria identidade. Será trabalhado o gênero memórias como forma de resgatar e valorizar a cultura local. Através de entrevistas com pessoas da localidade e posterior produção de receitas poderá ser resgatada a prática de pequenas culturas e fabricação de doces e compotas caseiras, bem como cultivo de hortas de subsistência como forma de melhoria da alimentação. ENSINO MÉDIO 1º ANO Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Sugestões de gêneros discursivos para o 1° ano: Textos que confrontem linguagem literária de linguagem não-literária: crônica, conto, novela, romance, poema, memórias, biografia, relato histórico, letra de música, anúncio, publicidade comercial, cartaz, cartum, charge, tira, classificados, notícia, sinopse de filme, história em quadrinhos, carta do leitor, e-mail. Textos que pertençam aos três grupos de gêneros literários, a fim de diferenciá-los: Gênero narrativo (ou épico); Gênero lírico; Gênero dramático. Leitura Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto ; Aceitabilidade do texto; Informatividade; 193 Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Progressão referencial; Partículas conectivas do texto; Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto; Semântica: • operadores argumentativos; • modalizadores; • figuras de linguagem; • sentido conotativo e denotativo; Conteúdos específicos: Prática de leitura de diferentes tipos e gêneros textuais curtos e longos, tentando diferenciar sempre a linguagem literária da linguagem nãoliterária. Estudo das escolas literárias (inspirações, ideologias, contexto histórico, consequências) a partir da leitura de textos pertencentes a elas: • O Trovadorismo; • O Humanismo; • O Renascimento; • O Quinhentismo brasileiro; • O Barroco; • O Arcadismo (Neoclassicismo). No que se refere à interpretação: * Identificar as ideias apresentadas no texto; 194 * Reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo, informativo, poético, literário, de imprensa e outros); * Identificar o processo e o contexto de produção; * Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas; * Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido; * Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas diferentes; o mesmo tema sob perspectivas diferentes). No que se refere à análise de textos lidos: * Avaliar o nível argumentativo; * Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática; * Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos). No que se refere à mecânica da leitura: * Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação. Escrita Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Progressão referencial; Partículas conectivas; Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; 195 Semântica: • operadores argumentativos; • modalizadores; • sentido conotativo e denotativo; • figuras de linguagem; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.); Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência. Conteúdos específicos: No que se refere à produção de textos: * Poemas, crônicas, peças teatrais (textos literários); * Classificados, sinopses de filmes, carta do leitor (textos de imprensa); * Narrativas reais e imaginárias; * Histórias em quadrinhos; * Resumos, anúncios e cartazes (textos de divulgação); * Textos dissertativos; * E-mail. No que se refere ao conteúdo: * Clareza; * Coerência; * Argumentação. No que se refere à estrutura: * Processos de coordenação e subordinação na construção das orações; * Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.); * A organização de parágrafos; * Pontuação. No que se refere à expressão: * Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência 196 verbal e nominal). No que se refere à organização gráfica dos textos: * Ortografia; * Acentuação; * Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.). Oralidade Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas etc.; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Conteúdos específicos: Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos [literários ou informativos], programas de TV, filmes, entrevistas, etc.); Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas); Dramatizações; Seminários sobre temas voltados à comunidade, à atualidade e à 197 literatura. No que se refere às atividades da fala: * Clareza na exposição de idéias; * Seqüência na exposição de idéias; * Objetividade na exposição de idéias; * Consistência argumentativa na exposição de idéias; * Adequação vocabular ao interlocutor e às situações de uso; * Discussão em sala de aula. No que se refere à fala do outro: * Reconhecimento das intenções e objetivos; * Respeito e acolhida pelas diferenças e diversidades na forma oral de expressão; * Construção de sentidos e significados ao longo das trocas lingüísticas orais ou escritas; * Julgar a fala do outro na perspectiva da educação às circunstâncias da clareza e consistência argumentativa. No que se refere ao domínio da norma padrão: * Análise e reflexão com experiências reais; * Usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas; * Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão; * Aplicação correta dos verbos em atividades de fala; * Concordância verbal e nominal; * Regência verbal e nominal; * Emprego de pronomes, advérbios, conjunções. Análise linguística (perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade) Conteúdos * Conotação e denotação; * Coesão e coerência textual; * Vícios de linguagem; * Operadores argumentativos e os efeitos de sentido; * Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...); 198 * Semântica; * Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; * Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto; * A pontuação e seus efeitos de sentido no texto; * Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; * Acentuação gráfica; * Estrangeirismos, neologismos, gírias; * Sinonímia, paronímia, homonímia; * Procedimentos de concordância verbal e nominal; * Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais; * A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto; * Coordenação e subordinação nas orações do texto. *Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena) Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da diversidade étnica brasileira; Debates sobre textos relacionados ao assunto e produção de textos sobre temas diversos; Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões do vocabulário; Estudos de obras literárias de escritores negros; Ler e interpretar textos que retratam a questão racial; Estudo dos gêneros musicais do samba e rap; Produção de poesias relacionadas ao povo afrodescendente e indígena falando de suas culturas; Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio; Contação de histórias africanas e indígenas; Filmes que abordem os temas; Debates sobre o espaço dos afrodescendentes e indígenas e de suas culturas nos meios de comunicação de massa (em especial na TV); Pesquisas de países que falam a língua portuguesa. O que nos une? Quais as razões? Atualmente como estão esses países? Qual a composição étnica? Apurar diferenças do português falado e escrito entre eles (na alimentação, na música e na religião); 199 Realizar estudos de obras brasileiras que discutam, abordem questões relacionadas à cultura afro-brasileira e indígena; Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos e dos indígenas no Estado do Paraná (Lei n° 11.645/08); *Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná) Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII; Produções de textos fazendo comparação da formação da sociedade com os dias atuais; Debates sobre a colonização e formação das cidades, após leituras de textos. * Lei nº 9795/99 (Meio-ambiente) Leituras, análises e interpretações de textos que abordam o assunto Meio-ambiente (narrações, charges, pinturas, artigos de opinião, textos jornalísticos, poemas, canções etc.) Produções de textos variados sobre o assunto; Filmes; Debates * Educação do campo - A lei 9394/96 pelo decreto 7352 de 4 de novembro de 2010 que visa contemplar a educação no campo como prática de valorização das características peculiares de cada região, valorizando o homem do campo como construtor da sua própria identidade. Leitura e análise da obra Urupês de Monteiro Lobato. Análise crítica da situação do trabalhador do campo (Jeca Tatu da obra) e do trabalhador de hoje. Produção de debates sobre as formas de domínio dos grandes produtores em relação aos menores. Leitura e análise de contos que retratem situações de vida do homem no campo. 2º ANO Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas 200 esferas sociais de circulação. Sugestões de gêneros discursivos para o 2° ano: Textos que confrontem linguagem literária de linguagem não-literária: crônica, conto, novela, romance, peça de teatro, poema, haicai, letra de música, resumo, relato de experiência científica, entrevista, publicidade comercial, cartum, charge, tira, notícia, reportagem, curriculum vitae. Textos que pertençam aos três grupos de gêneros literários, a fim de diferenciá-los e aprofundar o estudo acerca das escolas literárias: Gênero narrativo (ou épico); Gênero lírico; Gênero dramático. Leitura/Literatura Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto ; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Progressão referencial; Partículas conectivas do texto; Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto; Semântica: 201 • operadores argumentativos; • modalizadores; • figuras de linguagem; • sentido conotativo e denotativo; Conteúdos específicos: Prática de leitura de diferentes tipos e gêneros textuais curtos e longos, tentando diferenciar a linguagem literária da linguagem não-literária. Estudo das escolas literárias (inspirações, ideologias, contexto histórico, consequências) a partir da leitura de textos pertencentes a elas: • O Romantismo: • O Romantismo no Brasil, • Poesia romântica – 1ª, 2ª e 3ª gerações, • Prosa romântica; • Transição para o Realismo; • O Realismo – Naturalismo: • O Realismo – Naturalismo no Brasil, • Machado de Assis, • Aluísio Azevedo, • Raul Pompéia; • O Parnasianismo; • O Simbolismo. No que se refere à interpretação: * Identificar as idéias apresentadas no texto; * Reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo, informativo, poético, literário, de imprensa e outros); * Identificar o processo e o contexto de produção; * Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas; * Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido; * Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas diferentes; o mesmo tema 202 sob perspectivas diferentes). No que se refere à análise de textos lidos: * Avaliar o nível argumentativo; * Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática; * Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos). No que se refere à mecânica da leitura: * Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação. Escrita Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Progressão referencial; Partículas conectivas; Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; Semântica: • operadores argumentativos; • modalizadores; • sentido conotativo e denotativo; • figuras de linguagem; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais 203 no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.); Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência. Conteúdos específicos: No que se refere à produção de textos: * Haicais, crônicas, peças teatrais (textos literários); * Notícias, reportagens e entrevistas (textos de imprensa); * Paródias; * Relatórios e resumos de artigo. (textos de divulgação); * Textos dissertativos; * Textos de publicidade comercial; * Curriculum-vitae. No que se refere ao conteúdo: * Clareza; * Coerência; * Argumentação. No que se refere à estrutura: * Processos de coordenação e subordinação na construção das orações; * Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.); * A organização de parágrafos; * Pontuação. No que se refere à expressão: * Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência nominal). No que se refere à organização gráfica dos textos: * Ortografia; * Acentuação; * Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.). verbal e 204 Oralidade Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas etc.; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Conteúdos específicos: Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos [literários ou informativos], programas de TV, filmes, entrevistas, etc.); Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas); Dramatizações; Seminários sobre temas voltados à comunidade, à atualidade e/ou à literatura. No que se refere às atividades da fala: * Clareza na exposição de idéias; * Seqüência na exposição de idéias; * Objetividade na exposição de idéias; * Consistência argumentativa na exposição de idéias; * Adequação vocabular ao interlocutor e às situações de uso; 205 * Discussão em sala de aula. No que se refere à fala do outro: * Reconhecimento das intenções e objetivos; * Respeito e acolhida pelas diferenças e diversidades na forma oral de expressão; * Construção de sentidos e significados ao longo das trocas lingüísticas orais ou escritas; * Julgar a fala do outro na perspectiva da educação às circunstâncias da clareza e consistência argumentativa. No que se refere ao domínio da norma padrão: * Análise e reflexão com experiências reais; * Usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas; * Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão; * Aplicação correta dos verbos em atividades de fala; * Concordância verbal e nominal; * Regência verbal e nominal; * Emprego de pronomes, advérbios, conjunções. Análise linguística (perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade) Conteúdos * Conotação e denotação; * Coesão e coerência textual; * Vícios de linguagem; * Operadores argumentativos e os efeitos de sentido; * Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...); * Semântica; * Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; * Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto; * A pontuação e seus efeitos de sentido no texto; * Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; * Acentuação gráfica; * Estrangeirismos, neologismos, gírias; 206 * Sinonímia, paronímia, homonímia; * Procedimentos de concordância verbal e nominal; * Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais; * A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto; * Coordenação e subordinação nas orações do texto. *Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena) Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da diversidade étnica brasileira; Debates sobre textos relacionados ao assunto e produção de textos sobre temas diversos; Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões do vocabulário; Estudos de obras literárias de escritores negros; Ler e interpretar textos que retratam a questão racial; Estudo dos gêneros musicais do samba e rap; Produção de poesias relacionadas ao povo afrodescendente e indígena falando de suas culturas; Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio; Contação de histórias africanas e indígenas; Filmes que abordem os temas; Debates sobre o espaço dos afrodescendentes e indígenas e de suas culturas nos meios de comunicação de massa(em especial na TV); Pesquisas de países que falam a língua portuguesa. O que nos une? Quais as razões? Atualmente como estão esses países? Qual a composição étnica? Apurar diferenças do português falado e escrito entre eles (na alimentação, na música e na religião); Realizar estudos de obras brasileiras que discutam, abordem questões relacionadas à cultura afro-brasileira e indígena. *Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná) Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII; Produções de textos fazendo comparação da formação da sociedade com os dias atuais; 207 Debates sobre a colonização e formação das cidades, após leituras de textos. *Lei nº 9.795/99 (Meio-ambiente) Leituras, análises e interpretações de textos que abordam o assunto Meio-ambiente (narrações, charges, pinturas, artigos de opinião, textos jornalísticos, poemas, canções etc.) Produções de textos variados sobre o assunto; Filmes; Debates. * Educação do campo - A lei 9394/96 pelo decreto 7352 de 4 de novembro de 2010 que visa contemplar a educação no campo como prática de valorização das características peculiares de cada região, valorizando o homem do campo como construtor da sua própria identidade. A partir da obra O Cortiço fazer uma análise critica dos problemas surgidos por consequência da saída das pessoas do campo e sua ida para a cidade. Produção de textos argumentativos sobre a importância do homem do campo e sua contribuição para a subsistência da cidade. Produção de entrevistas com pessoas da comunidade que relatem sobre o modo de agricultura utilizado no passado como forma de resgate e valorização da memória coletiva. 3º ANO Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Sugestões de gêneros discursivos para o 2° ano: Textos pertencentes às diversas esferas sociais de circulação: crônica, conto, novela, romance, lenda, narrativa de humor, poema, letra de música, resumo, crônica jornalística, comercial de TV, cartum, charge, tira, notícia, reportagem, curriculum vitae, requerimento. 208 Textos que pertençam aos três grupos de gêneros literários, a fim de diferenciá-los e aprofundar o estudo acerca das escolas literárias: Gênero narrativo (ou épico); Gênero lírico; Gênero dramático. Leitura/Literatura Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto ; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Progressão referencial; Partículas conectivas do texto; Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto; Semântica: • operadores argumentativos; • modalizadores; • figuras de linguagem; • sentido conotativo e denotativo; Conteúdos específicos: Prática de leitura de diferentes tipos e gêneros textuais curtos e longos, tentando diferenciar a linguagem literária da linguagem não-literária. 209 Estudo das escolas literárias (inspirações, ideologias, contexto histórico, consequências) a partir da leitura de textos pertencentes a elas: • Pré-Modernismo: • Monteiro Lobato, • Augusto dos Anjos; • Modernismo: • Modernismo – 1ª fase, • Modernismo – 2ª fase, • Modernismo – 2ª fase (poesia), • Modernismo – 3ª fase, • Concretismo; • A prosa brasileira na virada do século; • Modernismo e Pós-Modernismo Português. No que se refere à interpretação: * Identificar as idéias apresentadas no texto; * Reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo, informativo, poético, literário, de imprensa e outros); * Identificar o processo e o contexto de produção; * Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas; * Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido; * Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas diferentes; o mesmo tema sob perspectivas diferentes). No que se refere à análise de textos lidos: * Avaliar o nível argumentativo; * Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática; • Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos). • No que se refere à mecânica da leitura: 210 * Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação. Escrita Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Progressão referencial; Partículas conectivas; Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; Semântica: • operadores argumentativos; • modalizadores; • sentido conotativo e denotativo; • figuras de linguagem; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.); Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência. Conteúdos específicos: 211 No que se refere à produção de textos: * Crônicas (texto literário); * Narrativa de humor; * Comercial de TV (texto publicitário); * Paródias; * Resumos; * Textos dissertativos; * Requerimento; * Curriculum-vitae. No que se refere ao conteúdo: * Clareza; * Coerência; * Argumentação. No que se refere à estrutura: * Processos de coordenação e subordinação na construção das orações; * Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.); * A organização de parágrafos; * Pontuação. No que se refere à expressão: * Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência nominal). No que se refere à organização gráfica dos textos: * Ortografia; * Acentuação; * Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.). Oralidade Conteúdos básicos: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; verbal e 212 Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal egestual, pausas etc.; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Conteúdos específicos: Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, acontecimentos, eventos, textos lidos [literários ou informativos], programas de TV, filmes etc.); Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas); Dramatizações; Seminários sobre temas voltados à comunidade, à atualidade e/ou à literatura. No que se refere às atividades da fala: * Clareza na exposição de idéias; * Seqüência na exposição de idéias; * Objetividade na exposição de idéias; * Consistência argumentativa na exposição de idéias; * Adequação vocabular ao interlocutor e às situações de uso; * Discussão em sala de aula. No que se refere à fala do outro: * Reconhecimento das intenções e objetivos; * Respeito e acolhida pelas diferenças e diversidades na forma oral de expressão; * Construção de sentidos e significados ao longo das trocas lingüísticas orais ou 213 escritas; * Julgar a fala do outro na perspectiva da educação às circunstâncias da clareza e consistência argumentativa. No que se refere ao domínio da norma padrão: * Análise e reflexão com experiências reais; * Usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas; * Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão; * Aplicação correta dos verbos em atividades de fala; * Concordância verbal e nominal; * Regência verbal e nominal; * Emprego de pronomes, advérbios, conjunções. Análise linguística (perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade) Conteúdos * Conotação e denotação; * Coesão e coerência textual; * Vícios de linguagem; * Operadores argumentativos e os efeitos de sentido; * Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...); * Semântica; * Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; * Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto; * A pontuação e seus efeitos de sentido no texto; * Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; * Acentuação gráfica; * Estrangeirismos, neologismos, gírias; * Sinonímia, paronímia, homonímia; * Procedimentos de concordância verbal e nominal; * Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais; * A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto; * Coordenação e subordinação nas orações do texto. 214 *Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena) Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da diversidade étnica brasileira; Debates sobre textos relacionados ao assunto e produção de textos sobre temas diversos; Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões do vocabulário; Estudos de obras literárias de escritores negros; Ler e interpretar textos que retratam a questão racial; Estudo dos gêneros musicais do samba e rap; Produção de poesias relacionadas ao povo afrodescendente e indígena falando de suas culturas; Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio; Contação de histórias africanas e indígenas; Filmes que abordem os temas; Debates sobre o espaço dos afrodescendentes e indígenas e de suas culturas nos meios de comunicação de massa(em especial na TV); Pesquisas de países que falam a língua portuguesa. O que nos une? Quais as razões? Atualmente como estão esses países? Qual a composição étnica? Apurar diferenças do português falado e escrito entre eles (na alimentação, na música e na religião); Realizar estudos de obras brasileiras que discutam, abordem questões relacionadas à cultura afro-brasileira e indígena. *Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná) Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII; Produções de textos fazendo comparação da formação da sociedade com os dias atuais; Debates sobre a colonização e formação das cidades, após leituras de textos. *Lei nº 9.795/99 (Meio-ambiente) Leituras, análises e interpretações de textos que abordam o assunto Meio-ambiente (narrações, charges, pinturas, artigos de opinião, textos jornalísticos, poemas, canções etc.) Produções de textos variados sobre o assunto; 215 Filmes; Debates; Prevenção ambiental: rios da região próxima ao colégio – participar da limpeza do lixo. * Educação do campo - A lei 9394/96 pelo decreto 7352 de 4 de novembro de 2010 que visa contemplar a educação no campo como prática de valorização das características peculiares de cada região, valorizando o homem do campo como construtor da sua própria identidade. Leitura crítica da obra Urupês de Monteiro Lobato e da obra Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto que retratam o cenário da agricultura no início do século XX. Análise de textos informativos sobre os movimentos agrários no país e suas consequências. Debates sobre as consequências da saída do homem do campo para a cidade. METODOLOGIA Para uma atuação produtiva e sistematizada é preciso planejar uma rotina. Não uma rotina estática, mas uma rotina viva, que organiza o tempo e marca o ritmo de trabalho, pois se o conteúdo e os fundamentos pedem diversidade textual, oralidade, escrita, enfim, construção e reconstrução permanentes, o trabalho pede atividades dinâmicas. Nessa rotina o papel do professor de Língua Portuguesa e Literatura é o de garantir aos estudantes o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura, e da escrita, de modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios pontos de vista, permitindo assim a sua emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social. Caberá também ao professor oportunizar ao máximo o trabalho com o texto, que será o eixo norteador de toda ação educativa. A Língua Portuguesa permite extensa gama de temas a serem discutidos e atividades a serem elaboradas, basta saber aproveitar essa oportunidade. É a partir das experiências dos estudantes que a língua se transforma em objeto de reflexão, tendo em vista o resultado de sua produção oral ou escrita ou de sua leitura. Trabalhando dessa forma, o professor valoriza os alunos enquanto sujeitos da linguagem, os quais selecionam os recursos mais coerentes para interpretar, no 216 caso da leitura, e para significar, quando produzem seu texto oral ou escrito. A ORALIDADE As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos apontam diferentes caminhos: debates; discussões; seminários; transmissão de informações, de troca de opiniões, de defesa de ponto de vista (argumentação); contação de ideias; declamação de poemas; representação teatral; relatos de experiência; entrevistas etc. Além disso, podemos analisar a linguagem em uso: em programas televisivos, como jornais, novelas, propagandas; em programas radiofônicos; no discurso do poder em suas diferentes instâncias; no discurso público; no discurso privado; enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral. A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e as estratégias específicas da escrita é componente da tarefa de ensinar os alunos a sentirem-se bem para expressarem suas ideias com segurança e fluência, nos diferentes contextos de sua inserção social. A língua oral, como conteúdo escolar, deve ser trabalhada dentro de um ambiente favorável que garanta o respeito mútuo e acolha a diversidade dos alunos em relação a sua cultura e ao seu meio. É na oralidade também que se torna possível uma maior compreensão dos conteúdos que são ensinados. Ao estabelecer uma verdadeira interlocução em sala de aula torna-se possível detectar dificuldades, não apenas de expressão, mas de entendimento das atividades propostas, das produções escritas e de conteúdos mais complexos. Portanto, a fim de enriquecer o uso do discurso oral de nossos alunos, propomos as seguintes metodologias: • Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Propiciar o uso do discurso oral para colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites; • Promover debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação; • Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições 217 orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; • Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimular a contação de histórias de diferentes gêneros, utilizandose dos recursos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros; • Propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (ex: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc.), a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; • Acolher depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu convívio; • Confrontar os mesmos níveis de registros de forma a constatar as similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita; • Convidar os alunos a realizarem a análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade, comparação com outros textos. LEITURA/LITERATURA A leitura compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de textos. O ato de ler permite ao discente um contato com diferentes textos, produzidos em diferentes práticas sociais, percebendo em cada um deles a presença de um sujeito histórico, de uma intenção. No que diz respeito à leitura, portanto, serão escolhidos textos que contribuam para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade de cada tipologia textual. A escola, no processo de leitura, não pode deixar de lado as linguagens não- 218 verbais, a leitura das imagens que povoam nosso universo cotidiano. As atividades de leitura devem considerar a formação do leitor e isso implica não só considerar diferentes leituras de mundo, diferentes experiências de vida e, consequentemente, diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes com o texto. Além disso, é de indiscutível valia selecionar textos que estejam de acordo com a realidade do educando, tentando suprir suas curiosidades, diminuir suas incertezas, ampliar seu campo de visão sobre o meio em que vive, direcionar seus olhos para caminhos menos tortuosos, que levem em conta os valores referentes ao convívio social, à respeitabilidade para com o outro etc. A formação de leitores contará, ainda, com atividades que contemplem as linhas que tecem a leitura: • Intersubjetividade; • Interpretação; • Fruição. Além disso, o trabalho com a leitura demanda atividades que permitam ao aluno perceber possíveis incompletudes textuais, ideias implicitamente apresentadas, pressupostos e outros elementos que devem ser subentendidos pelo leitor. O domínio da leitura implica conhecer e saber utilizar diferentes organizações textuais, recursos expressivos e sinais gráficos convencionais para que o texto produzido cumpra sua função. O processo de apropriação desse conhecimento é longo e ocorre pela mediação do professor e pela interação com o objeto do conhecimento, nesse caso, o texto escrito. Considerando isso, os alunos serão desafiados a utilizar diferentes formas de organização textual (textos informativos, narrativos, descritivos, dissertativos, poéticos) para que se tornem capazes de produzir textos coerentes e coesos, escolhendo o tipo mais adequado a seus objetivos e utilizando uma estrutura adequada. Através da prática da análise linguística, buscar-se-á a melhoria da capacidade de expressão e compreensão dos alunos tanto na linguagem oral quanto escrita, possibilitando a reflexão sobre a língua. São atividades que desafiam os alunos a produzir linguagem, o que lhes permite compreender como ela funciona. Desenvolver esta prática significa refletir sobre a língua voltando-se para seu uso (atividade epilinguística) e também voltar-se para a descrição do fato lingüístico, 219 categorizando e sistematizando seus elementos (atividades metalingüísticas). Voltando os olhos mais especificamente para a literatura, é interessante ressaltar que um professor de Literatura deve ser um contínuo leitor capaz de selecionar os textos que trabalhará com seus alunos. A condição de contínuo leitor permite aos professores selecionarem os textos da literatura nacional e universal a serem trabalhados com seus alunos, os qualifica também como sujeitos capazes de fazer proliferar o pensamento através da multiplicidade de relações possíveis. É necessário demonstrar aos alunos o trabalho literário existente por trás dos textos, contribuindo assim para desfazer o mito do escritor como alguém superior em relação ao mundo dos homens ditos normais. A leitura do texto literário será uma experiência que desvelará ao aluno as especificidades desse texto na sua criação de mundos, nos recursos de linguagem presentes em cada obra. Ao trabalhar a Literatura em sala de aula, devemos colocar nossos alunos em face de textos literários integrais – ao invés de resumos e/ou sinopses (como se vem fazendo em algumas modalidades de ensino) – como ponto de lançamento para a leitura de outros textos que possam apresentar algum diálogo com o texto inicial, tentando estabelecer relações e buscando as diferenças históricas, sociais, intencionais etc. que tenham motivado os autores a produzir tais textos, levando o aluno à reflexão, ao aprimoramento do pensar e a um aperfeiçoamento no manejo que ele terá de suas habilidades de falante, leitor e escritor. Em literatura, espera-se formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições de reconhecer a tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está presente no ato de ler. O professor deve privilegiar num primeiro momento, a leitura e, na medida em que o aluno amplie seu repertório de conhecimento de obras o professor vai incentivar a capacidade crítica sobre as leituras feitas a partir da socialização destas em sala de aula. Para tanto, é imprescindível que pelo menos uma aula semanal seja destinada à leitura de obras literárias. Pensando nos objetivos apresentados nessa proposta pedagógico-curricular, indicamos que as aulas de leitura/literatura sigam as seguintes metodologias: • Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Respeitar os conhecimentos prévios do leitor e suas experiências, que permitam fazer previsões e inferências sobre o texto, 220 construindo significado global procurando pistas formais, formulando e reformulando hipóteses, aceitando e rejeitando conclusões, usando estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico e na sua vivência sociocultural, seu conhecimento do mundo; • Formular questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais; • Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época. Com relação à obra literária, explorar os estilos do autor, da época, situar o momento de produção da obra e identificar possíveis diálogos com o momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento; • Utilizar textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacionar o tema com o contexto atual; • Oportunizar a socialização das idéias dos alunos sobre o texto; • Instigar o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentivar a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto. • Proporcionar análises para estabelecer a progressão referencial do texto; • Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas; • Propiciar atividades que levem em conta o diálogo, as relações estabelecidas entre textos (intertextualidade), lembrando que o diálogo intertextual multiplica as possibilidades dialógicas. Um texto leva a outro e o leitor participa da elaboração dos significados confrontando-os com o próprio saber e com a experiência de vida. 221 ESCRITA O exercício da escrita, da produção textual, deve levar em conta a relação pragmática entre o uso e o aprendizado da língua, percebendo o texto como elo de interação social e os gêneros como construções coletivas. A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência linguística do estudante em situações específicas, e não a língua ideal. A norma real, aquela usada socialmente, mesmo se tratando da norma padrão ou da norma culta, aprende-se lendo e escrevendo e não a partir de conceitos. Com experiências concretas de produção de textos que o estudante vai aumentando seu universo referencial e aprimorando sua competência de escrita e, dessa forma, também vai aprender as exigências dessa manifestação linguística, o sistema de organização próprio da escrita. O trabalho com a escrita é um processo e não algo acabado. Dessa forma, fazem-se necessárias atividades que permitam ao aluno refletir sobre seu texto e reelaborá-lo. O refazer textual deve ser, portanto, atividade fundamentada na adequação do texto às exigências circunstanciais de sua produção e, em função disso, deve ser pensada. A fim de alcançar os objetivos apresentados nessa proposta pedagógicocurricular, propõe-se desenvolver as atividades de escrita com base nas seguintes metodologias: • Planejar a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas; • Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhar a produção do texto; • Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimular produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que 222 é próprio de cada gênero; • Incentivar a utilização de recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; • Encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.); • Analisar se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. Com relação às leis: Lei nº 11.645 (História e cultura afro-brasileira e indígena), Lei nº 13.381/01 (História do Paraná) e Lei nº 9.795/99 (Meio Ambiente), Lei nº 9394/96 (pelo decreto 7352 de 4 de novembro de 2010, que visa contemplar a educação no campo como prática de valorização das características peculiares de cada região, valorizando o homem do campo como construtor da sua própria identidade), propõe-se que sejam realizadas atividades de pesquisa, leitura e produção de textos sobre os temas, sempre tentando enriquecer o trabalho a partir do uso de materiais e fontes diversificadas, de forma que o indivíduo tenha em mãos repertórios vastos e, a partir daí, possa adquirir condições de avaliar criticamente os temas e expor suas ideias por meio de debates, seminários e/ou produções escritas. RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS Uma boa aula não se resume em fazer uso do livro didático adotado pela escola, por muitas razões, das quais citaremos três que consideramos as mais gritantes: o livro didático, muitas vezes, não condiz com a realidade do aluno, apresentando textos que não pertencem ao universo em que vive e/ou abordando estudos de linguagem que não são de fato aqueles de que necessita a turma, por exemplo; outro problema do livro didático diz respeito à abordagem pedagógica que ele adota, que pode não ser a mesma seguida pela escola; finalmente, o livro usado em sala de aula, muitas vezes, pode valorizar mais alguns recursos em relação aos outros, 223 ou seja, certos materiais didáticos tendem a dar mais ênfase no estudo das normas gramaticais, por exemplo, deixando de lado as atividades de leitura, de produções textuais e, principalmente, de oralidade, tornando o trabalho cansativo e fragmentado. Por isso, propomos nesta proposta pedagógico-curricular a adoção dos mais variados recursos didáticos, paradidáticos e tecnológicos, dentre os quais podemos citar, além do livro didático: • Dicionários; • Utilização de materiais gráficos (fotos, quadrinhos, imagens etc.) entre outros que trabalhem diferentes tipos de linguagem; • Acesso a revistas e jornais diversos, tentando buscar textos sobre curiosidades, avanços tecnológicos, pesquisas, notícias, classificados, entre outros que podem enriquecer o trabalho de leitura, de análise linguística e/ou de • Livros literários; • Livros pertencentes a outros campos de estudo, como livros didáticos de outras disciplinas, enciclopédias, entre outros; • Uso de recursos midiáticos, tais como músicas, vídeo clipes, filmes, telejornais, telenovelas, comerciais, e-mails, blogs etc. quando necessário (para a utilização desses tipos de materiais, pode-se fazer uso de rádios, TVs, aparelhos de DVD, computadores e/ou acesso ao navegador da internet); • Materiais referentes à produção e consumo (bulas, manual técnico, placas, regras de jogo, rótulos/embalagens); AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA/FORMATIVA A avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno do campo está trilhando para aprimorar sua capacidade linguística e discursiva nas práticas da oralidade, da leitura e da escrita. Nessa concepção, a avaliação formativa, por nós adotada, que considera ritmos e processos de aprendizagem diferentes nos estudantes e, na sua condição contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando os sujeitos do processo (professor e 224 alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem decisões frente às dificuldades que surgirem. A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de leitura de mundo e o repertório de experiências dos alunos do campo. Em relação à escrita, o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. Para que o aluno campesino adquira autonomia nessa prática, é muito importante que ele se posicione como avaliador dos próprios textos orais e escritos. É fundamental, ainda, que a avaliação se faça presente no processo educativo tanto a partir da forma diagnóstica do processo de ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, considerando sempre sua dimensão formadora, pois, admitindo-se que a aprendizagem é o objetivo central do processo, não se deve desconsiderar a avaliação da própria prática pedagógica, que está diretamente ligada ao sucesso daquela. No cotidiano escolar, a avaliação está presente no trabalho dos professores e objetiva oferecer-lhes subsídios para tomar as devidas decisões quanto ao processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. Tendo em vista as ideologias aqui apresentadas quanto à avaliação no processo de ensino-aprendizagem, tentaremos avaliar o aluno de forma diagnóstica, tentando considerar não somente se ele aprendeu efetivamente o conteúdo trabalhado, mas também o que ele aprendeu ou, em outras palavras, o quanto ele progrediu na aprendizagem desde o início da realização das respectivas atividades. Com relação às práticas discursivas, seguem abaixo os requisitos que esperamos que os alunos atinjam ao desempenhar as atividades que proporemos: Com relação ao domínio da leitura: Espera-se que o aluno: • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais; 225 • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Produza inferências a partir de pistas textuais; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a idéia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça de palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. Para aprimorar essa prática discursiva, realizar-se-ão leituras de textos diversos pertencentes às várias esferas sociais de circulação, desde os mais curtos (como crônicas, poemas, contos, textos instrucionais, notícias, classificados etc.) até os mais extensos (como romances e textos dramáticos, por exemplo), tentando, sempre que possível, desenvolver atividades que ultrapassem o universo da leitura, como exercícios de compreensão/interpretação textuais e/ou de análise da linguagem do texto, trabalhos de leitura extra-classe, seminários sobre obras literárias lidas, provas etc.) Com relação ao domínio da escrita: Espera-se que o aluno: • Expresse idéias com clareza; • Elabore textos atendendo: 226 - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. Visando enriquecer o domínio da escrita nos alunos, proporemos, sobretudo, trabalhos de produções textuais seguidos de revisão e reescrita de textos, estas realizadas de forma coletiva, em duplas ou individuais. Poderão ser usadas também, como critério de avaliação, provas que avaliem o desenvolvimento cognitivo do aluno quanto ao domínio do discurso escrito. Com relação ao domínio da oralidade: Espera-se que o aluno: • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente idéias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas 227 ideias; • Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Respeite os turnos de fala; • Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Contra-argumente idéias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões, etc; • Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos. Para desenvolver o domínio oral dos indivíduos, serão realizadas atividades diversas, como dramatizações de textos, debates, trabalhos (apresentações) que meçam o domínio de certos recursos em situações diversas de uso da oralidade, como em telejornais, programas radiofônicos, entrevistas etc., atividades auditivas que promovam a avaliação dos recursos orais usados pelos falantes em situações específicas, entre outras. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990. VENTURI, Ioná V. G.; GATTI JÚNIOR, Décio. A construção histórica da disciplina escolar Língua Portuguesa no Brasil. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/che/article/viewFile/362/353>. Acesso em: 9 ago. 2010. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 228 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A matemática está presente na vida de todas as pessoas, no seu dia - a - dia, em situações que necessitam como quantificar e calcular, localizar um objetivo no espaço, nos gráficos e mapas. Com o ensino da matemática o aluno compreenderá a realidade em que está inserida, desenvolvendo suas capacidades cognitivas e sua confiança para enfrentar desafios. A matemática também faz parte da vida das pessoas como criação, ao mostrar que ela tem sido desenvolvida para dar respostas às necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, levando em consideração também o ensino de recursos das tecnologias da comunicação. As principais características da matemática são suas formas de compreender e atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural. A matemática no Ensino Médio deve ser democratizada para dar sua contribuição na formação dos cidadãos e para isso no ensino-aprendizagem será desenvolvida metodologia que alfabetizarão a resolução de problemas, a comprovação de resultados, a justificativa, a argumentação, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda na confiança na própria capacidade para enfrentar desafios. A matemática deverá ter um papel que seja formativo de capacidades intelectuais e instrumentais para resolver problemas do dia-a-dia e para a construção de conhecimentos em outras áreas. Os temas transversais serão integrados no planejamento de forma articulada aos objetivos e conteúdos. Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov (1987), esse período demarcou o nascimento da Matemática. Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para 229 eles, instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e o pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até os dias de hoje (STRUIK, 1998). As primeiras propostas de ensino baseadas em práticas pedagógicas ocorreram no século V a.C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino. O objetivo desse grupo era formar o homem político, que, pela retórica, deveria dominar a arte da persuasão. Aos sofistas, devemos a popularização do ensino da Matemática, o seu valor formativo e a sua inclusão de forma regular nos círculos de estudos. No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuítica contribuiu para o processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola brasileira. Entretanto, o ensino de conteúdos matemáticos como disciplina escolar, nos colégios jesuítas, não alcançou destaque nas práticas pedagógicas (VALENTE, 1999). Como a Matemática escolar era uma importante disciplina para atender tal demanda, demarcava os programas de ensino da época, uma vez que era a ciência que daria a base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática (VALENTE, 1999). No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos últimos séculos. Matemáticos, antes pesquisadores, tornaram-se também professores e passaram a se preocupar mais diretamente com as questões de ensino. Para sua prática docente, alguns professores começaram a buscar fundamentação não somente nas teorias matemáticas, mas em estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos. Tal renovação se manifestou em diversos países da Europa; em alguns, aconteceu com propostas mais amplas de reformulação dos sistemas nacionais, o que abrangeu os vários níveis de ensino. Em especial, na Alemanha, Felix Klein1 (18491925) defendeu: [...] a atualização da Matemática na escola secundária, de maneira a ficar mais próxima do desenvolvimento moderno dessa área e, também, dos últimos avanços científicos e tecnológicos, bem como, acreditava que a Universidade deveria modificar a sua proposta de ensino, levando em consideração as necessidades do futuro 230 professor. [...] a proposta de Klein representaria o rompimento entre a formação geral e a prática, entre a tradição culta e a artesanal e entre o desenvolvimento do raciocínio em oposição ao desenvolvimento das atividades práticas (MIORIM, 1998, p. 69-71). As ideias contribuíram para caracterizar um movimento organizado por meio de uma ação coletiva que propôs um ensino de Matemática baseado em princípios que deveriam orientar-se pela [...] eliminação da organização excessivamente sistemática e lógica dos conteúdos, consideração da intuição como um elemento inicial importante para a futura sistematização, introdução de conteúdos mais modernos, como as funções, valorização das aplicações da Matemática para a formação dos estudantes e percepção da importância da ‘fusão’ ou descompartimentalização dos conteúdos ensinados (MIORIM, 1998, p. 78). Tais concepções foram discutidas nos congressos internacionais ocorridos entre 1900 a 1914 e trouxeram a necessidade de pensar um ensino de matemática que articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a Álgebra, a Geometria, a Trigonometria, etc. Essas discussões chegaram ao Brasil por intermédio de integrantes do corpo docente do Imperial Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, criado em 1837, como modelo para a escola secundária no país. Pela regulamentação institucional, nesse colégio, o ensino da Matemática era desdobrado em quatro disciplinas: Aritmética, Geometria, Álgebra e Matemática. A disciplina de Matemática incorporava apenas a Trigonometria e a Mecânica. Entre os professores de Matemática do Colégio Pedro II, Euclides de Medeiros Guimarães Roxo promoveu as discussões rumo às reformas nos programas dessa disciplina ao solicitar ao Governo Federal a junção da aritmética, álgebra, geometria e trigonometria numa única, denominada Matemática. O parecer favorável do Departamento Nacional de Ensino e da Associaçãmental para o Governo Republicano aprovar a solicitação dos professores. Em 15/01/1929, foi publicado o decreto 18.564, oficializando o aceite da proposta encabeçada por Roxo. Tal mudança foi repassada a todos os estabelecimentos de ensino secundário do país, pela Reforma Francisco Campos (VALENTE, 1999). O início da modernização do ensino da Matemática no país aconteceu num contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, o desenvolvimento da agricultura, o aumento da população nos centros urbanos e as ideias que agitavam o cenário político internacional, após a Primeira Guerra Mundial. 231 Assim, as novas propostas educacionais caracterizavam reações contra uma estrutura de educação artificial e verbalizada (MIORIM, 1998). As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam discussões do movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma concepção empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do estudante em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos. Além de contribuir para a caracterização da Matemática como disciplina, esta tendência do escolanovismo orientou a formulação da metodologia do ensino da Matemática na Reforma Francisco Campos, em 1931. Nas décadas seguintes, de 1940 até meados da década de 1980, essa tendência influenciou a produção de alguns materiais didáticos de Matemática e a prática pedagógica de muitos professores no Brasil. A proposta básica do escolanovismo era o desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O estudante era considerado o centro do processo e o professor, o orientador da aprendizagem. Outras tendências, concomitantemente a empírico-ativista (escolanovista), influenciaram o ensino da Matemática em nosso país. Muitas fundamentam o ensino até hoje, dentre as quais se destacam as tendências: formalista clássica, formalista moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica (FIORENTINI, 1995). Até o final da década de 1950, a tendência que prevaleceu no Brasil foi a formalista clássica. Essa tendência baseava-se no “modelo euclidiano e na concepção platônica de Matemática”, a qual se caracterizava pela sistematização lógica e pela visão estática, a-histórica e dogmática do conhecimento matemático. A principal finalidade do conhecimento matemático era o desenvolvimento do pensamento lógico-dedutivo. Nessa tendência, a aprendizagem era centrada no professor e no seu papel de transmissor e expositor do conteúdo, ou seja, o ensino era livresco e conteudista, a aprendizagem consistia na memorização e na repetição precisa de raciocínios e procedimentos (FIORENTINI, 1995). Após a década de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que valorizava a lógica estrutural das ideias matemáticas, com a reformulação do currículo escolar, por meio do Movimento da Matemática Moderna. Com esta tendência, tinha-se uma abordagem “internalista” da disciplina. O ensino era centrado no professor, que demonstrava os conteúdos em sala de aula. 232 Enfatizava-se o uso preciso da linguagem Matemática, o rigor e as justificativas das transformações algébricas por meio das propriedades estruturais. Com o Movimento da Matemática Moderna, acreditava-se que o rigor e a precisão da linguagem matemática facilitariam o seu ensino. Há “Matemática escolar orientada pela lógica, pelos conjuntos, pelas relações, pelas estruturas matemáticas, pela axiomatização” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 44). Tal abordagem não respondeu às propostas de ensino e, em contrapartida, as críticas se intensificaram e as discussões no campo da Educação Matemática se fortaleceram. O Movimento da Matemática Moderna também motivou o início de estudos e debates sobre a renovação pedagógica por meio de uma discussão aberta e organizada por alguns grupos de estudos, como o Grupo de Estudos do Ensino da Matemática (GEEM), em São Paulo; o Núcleo de Estudos e Difusão do Ensino da Matemática (NEDEM), no Paraná; o Grupo de Estudos do Ensino da Matemática de Porto Alegre (GEEMPA), no Rio Grande do Sul; o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática (GEPEM), do Rio de Janeiro. Mas, antes de se chegar a uma proposta diferenciada para o ensino e a aprendizagem dessa disciplina no país, vivenciamos um período no qual sobressaiu a escola tecnicista. Com a política econômica desenvolvida pelo governo, tomado com o golpe de 1964, foi necessário um redirecionamento também da política educacional. Os cursos profissionalizantes compulsórios no Segundo Grau e a tendência pedagógica tecnicista contribuíram para que a escola vinculasse, às suas funções, o papel de preparar o indivíduo para se inserir no mercado de trabalho e servir ao sistema produtivo que pretendia se estruturar. O caráter mecanicista e pragmático do ensino da Matemática foi marcante no decorrer da década de 1970. O método de aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas. A pedagogia tecnicista não se centrava no professor ou no estudante, mas nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino. Os conteúdos eram organizados por especialistas, muitas vezes em kits de ensino e ficavam disponíveis em livros didáticos, manuais, jogos pedagógicos e recursos audiovisuais. Já a tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e 1970, e se estabeleceu como meio favorável para discutir o ensino da Matemática na década de 1980. Nesta tendência, o conhecimento matemático resultava de ações 233 interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas. A Matemática era vista como uma construção formada por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas. O construtivismo, então, dava mais ênfase ao processo e menos ao produto do conhecimento. A interação entre os estudantes e o professor era valorizada e o espaço de produção individual se traduzia como um momento de interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente. A tendência pedagógica sócio etnocultural surgiu a partir da discussão sobre a ineficiência do Movimento Modernista. Aspectos socioculturais da Edu Matemática foram valorizados e suas bases teórica e prática estavam na Etnomatemática. Sob essa perspectiva, a matemática deixou de ser vista como um conjunto de conhecimentos universais e teoricamente bem definidos e passou a ser considerada como um saber dinâmico, prático e relativo. A relação professor-estudante, nesta concepção, era a dialógica, isto é, privilegiava a troca de conhecimentos entre ambos e atendia sempre à iniciativa dos estudantes e problemas significativos no seu contexto cultural. A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e, através de sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na “dependência absolutas da educação em face das condições sociais vigentes” (SAVIANI, 1997, p. 76). Na matemática, essa tendência é vista como um saber vivo, dinâmico, construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas em um determinado período histórico. A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios. A ação do professor é articular o processo pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida, da história e do cotidiano. O auge das discussões da tendência histórico-crítica aconteceu num momento de abertura política no país, na década de 1980. Também no final da década de 1980, o Estado do Paraná produziu coletivamente um documento de referência curricular para sua rede pública de Ensino Fundamental denominado Currículo Básico. O texto de Matemática teve uma forte influência da pedagogia histórico-crítica em sua fundamentação teórica. 234 Fruto dessa discussão coletiva, o Currículo Básico publicado em 1990 portaria o germe da Educação Matemática, cujas ideias começavam a se firmar no Brasil e compõem a proposta apresentadas nestas Diretrizes Curriculares. De fato, em 1991, iniciou-se um processo de formação continuada, baseado nos textos do Currículo Básico. Essa concepção de ensino já sustentava que [...] aprender Matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível (PARANÁ, 1990, p. 66). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9394, aprovada em 20 de dezembro de 1996, procura adequar o ensino brasileiro às transformações do mundo do trabalho, fruto da globalização econômica e apresenta novas interpretações para o ensino da Matemática. A partir de sua vigência, definiram-se aspectos curriculares tanto na oferta de disciplinas compondo a parte diversificada quanto no elenco de conteúdos das disciplinas da Base Nacional Comum (Art. 26, Lei no 9394/96), devido à autonomia dada às instituições para a elaboração do seu projeto pedagógico. No Paraná, nesse período, foram criadas várias disciplinas que abordavam os campos do conhecimento da Matemática, tais como: Geometria, Desenho Geométrico e Álgebra, mas que fragmentavam o conhecimento da Matemática e enfraqueciam-na como disciplina. A partir de 1998, o Ministério da Educação distribuiu os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que para o Ensino Fundamental apresentavam conteúdos da Matemática. Porém, para o Ensino Médio, orientavam as práticas docentes tão somente para o desenvolvimento de competências e habilidades, destacando o trabalho com os temas transversais, em prejuízo da discussão da importância do conteúdo disciplinar e da apresentação de uma relação desses conteúdos para aquele nível de ensino. Questiona-se os PCNEM [...] por ser uma proposta curricular que limita as possibilidades de superarmos o pensamento hegemônico definidor do conhecimento como mercadoria sem vínculos com as pessoas. Um conhecimento considerado importante apenas quando é capaz de produzir vantagens e benefícios econômicos (LOPES, 2002, p. 11). Nos PCNEM de Matemática, o processo de ensino enfatizou o uso dessa disciplina para resolver problemas locais e estimulou a abordagem dos temas 235 matemáticos. Por outro lado, este texto de Diretriz Curricular resgata, para o processo de ensino e aprendizagem, a importância do conteúdo matemático e da disciplina Matemática. É imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma que “compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança” (LORENZATO e VILA, 1993, p. 41). Para tanto, o trabalho docente necessita emergir da disciplina Matemática e ser organizado em torno do conteúdo matemático e, por conseguinte, se faz necessário uma fundamentação teórica e metodológica. Sendo assim, a partir de 2003, a SEED deflagrou um processo de discussão coletiva com professores que atuam em salas de aula, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, com educadores dos Núcleos Regionais e das equipes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação. O resultado desse longo trabalho conjunto passa a constituir estas Diretrizes Curriculares, as quais resgatam importantes considerações teórico-metodológicas para o ensino da Matemática. Conforme o Decreto nº 7352 de 4 de novembro de 2010 e INSTRUÇÃO CONJUNTA N° 001/2010 – SEED/SUED/SUDE. A Superintendente da Educação e o Superintendente de Desenvolvimento Educacional no uso de suas atribuições legais e considerando: • a Lei N° 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; • o Parecer CEE/CEB N° 1011/10, que instituiu normas e princípios para a implementação da Educação Básica do Campo no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, bem como, do processo de definição da identidade das Escolas do Campo; • a Resolução N° .4783/2010 da Secretaria de Estado da Educação, que Reconhece a Educação do Campo como uma política pública educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do Campo. De acordo com a Instrução Conjunta nº 001/2010 da superintendência de estado da educação. A política de educação do campo destina-se à ampliação e qualificação da oferta de educação básica e superior às populações do campo, e será desenvolvida pela União em regime de colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, de acordo com as diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação e o disposto neste Decreto. 236 OBJETIVOS • Caracterizar a identidade dos povos do campo ,no sentido de manter dentro do seu habitat natural ; • Desenvolver atividades vinculadas ao desenvolvimento dos sujeitos com aplicação prática das medidas agrárias dentro da disciplina ; • Desenvolver a capacidade de analisar, relacionar, comparar, conceituar, representar, abstrair e generalizar; • Desenvolver a capacidade de julgamento e o hábito de concisão e rigor; • Desenvolver hábitos de estudo, atenção, responsabilidade e cooperação; • Conhecer e utilizar corretamente a linguagem matemática; • Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar a integração do aluno na sociedade em que vive; • Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter do jogo intelectual, característicos da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas; • Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, algébrico, estático, combinatório e probabilístico); • Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e enviá-las criticamente; • Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis; • Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas; • Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares; • Sentir-se segura da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo o alto estima e a perseverança na busca de soluções; • 237 Desenvolver a capacidade de resolver problemas , compreender-los planejar , soluções , fórmulas , hipóteses e prever resultados . • Estimular o pensamento lógico, relacionando ideias , descobrindo regularidades e padrões , estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação, sua criatividade na solução de problemas . CONTEÚDOS ESTRUTURANTES : Como já se sabe, há bastante tempo, um dos maiores desafios para a educação escolar é encontrar um equilíbrio e articulação adequados entre os aspectos formativos e informativos no processo educacional. Se por um lado já não se acredita na idéia de educação como transmissão de conteúdos, por outro se acredita também que toda formação acontece por meio de algum conteúdo. Mais recentemente, evidenciou-se que, na verdade, as duas coisas estão intrinsecamente ligadas: tanto os aspectos formativos são uma espécie de conteúdo, que deve ser tratado intencionalmente, quanto os aspectos informativos dependem da forma como são tratados e/ou apresentados. Em outras palavras, o “conteúdo” que se aprende não independe de como se aprende e por que. A Matemática que se aprende resolvendo problemas é diferente da que se aprende resolvendo exercícios, e não nos referimos a se a aprendizagem é “boa” ou “ruim” em cada caso. Do ponto de vista pedagógico, o problema que se apresenta é o de como organizar as ações educacionais na sala de aula de Matemática, de modo que os dois aspectos estejam contemplados e articulados de fato. Tradicionalmente esta organização era feita primariamente a partir de listas de conteúdos e de sua seriação, com base nas noções de pré-requisitos e de adequação à idade dos educandos. O passo adicional era o de preparar bem, didaticamente, a apresentação do material (fosse em exposições ou de outra forma).Hoje em dia, dizer, simplesmente, que “o professor não deve se prender a conteúdos”, não faz sentido com relação ao sistema escolar que temos no estado do Paraná e no Brasil. Há uma tradição de escola organizada em disciplinas, tradição que não pode nem deve ser ignorada, sob risco de se produzir políticas educacionais impossíveis de serem implementadas. Há, ainda, argumentos a favor da manutenção deste tipo de organização – por exemplo, a correspondência com as disciplinas como se organizam na academia, na pesquisa científica. 238 Por outro lado, o conhecimento acumulado, com relação à educação matemática, através da pesquisa e da reflexão, mostra que aquela forma rígida de organização curricular é insuficiente para articular de modo sólido os aspectos formativos e informativos. Mostra, também, que muitas vezes crianças são capazes de fazer mais do que a nossa expectativa indicava ser possível (por exemplo, por causa da idade). Alguns pontos que dão sustentação à possibilidade de novas formas de se compreender a organização das ações na sala de aula de Matemática: a) o trabalho da chamada Escola Soviética, liderada por Lev Vygotsky, que deu evidências da importância da interação e da dialogia nos processos cognitivos e no desenvolvimento intelectual; b) ainda na trilha da Escola Soviética, o trabalho de V. V. Davydov e seus colegas, que desenvolveram um currículo para a educação matemática baseado na idéia de oferecer às crianças instrumentos semióticos que potencializassem suas capacidades cognitivas, promovendo a generalidade do pensamento e levando a seu desenvolvimento intelectual; c) o trabalho de Jerome Bruner, que sugeriu que a aprendizagem se dê em forma de espiral, com conceitos sendo revisitados em níveis crescentes de abstração e generalidade; d) a crítica da escola meramente disciplinar (baseada em disciplinas isoladas), fundamentada na necessidade de uma educação na qual conhecimentos de diversas áreas fossem articulados, isto como resultado da complexidade do mundo moderno; e) o trabalho de Paulo Freire, que propôs com vigor que a vida vivida de cada educando seja parte central do “conteúdo” de que a escola trata. O que se pretende oferecer neste documento é um quadro de referência que ajude professores e professoras a operacionalizar uma organização das ações de sala de aula que alcancem o equilíbrio de que falamos, tendo em vista os elementos já apresentados. Este quadro de referência deve ter flexibilidade suficiente para permitir que, a partir dele, uma gama ampla de “estilos” de aula possa ser organizada. Isto é essencial, dada a diversidade de experiências, formações e condições materiais de atuação que afetam professores e professoras da rede pública. Para sermos mais explícitos, o quadro de referência que propomos deve ter tanto flexibilidade para operacionalizar ações primariamente dirigidas ao conteúdo matemático, mas preocupadas em contemplar também as aplicações, quanto para operacionalizar ações nas quais os conteúdos estão “a serviço” de outros objetivos. 239 É importante, no entanto, insistir em dizer que este quadro de referência se fundamenta no que foi dito até aqui, em particular no que se refere à inseparabilidade dos aspectos formativos e informativos na educação matemática. Com isto, queremos dizer que não se espera que tais referências dêem legitimidade nem a abordagens “puramente conteudistas” nem a abordagens “totalmente a-disciplinares”. Seguindo aquilo que está proposto no Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná, de 1990, a organização em eixos foi referendada pelos professores na Semana Pedagógica de 2005, a partir da analise da versão preliminar do documento das Diretrizes de Matemática. Estes eixos temáticos constituem o elemento central deste quadro de referência, agora assim organizados: números e álgebra; grandezas e medidas; geometrias; funções e tratamento da informação. Na concepção proposta neste documento de Diretrizes, os quatro eixos não devem ser entendidos como blocos de conteúdos que seriam tratados separadamente. Servem, sim, como referências que permitem aos professores e professoras contemplar a tradição da escola disciplinar, mas tendo em vista a possibilidade da organização não-seriada e flexível com relação aos conteúdos trabalhados. De maneira geral, recomenda-se, seja qual for a situação-problema ou o tema matemático com que se está trabalhando, que o professor esteja atento para que tipos de pensamento matemático estão sendo postos em jogo no raciocínio dos educandos. Ao dirigir sua atenção para como os educandos estão pensando, ao invés apenas para o conteúdo aparentemente trabalhado, o professor cria a possibilidade de flexibilizar a maneira pela qual organiza suas aulas. Assim, ao perceber que o educando pensou com pontinhos para resolver o problema da soma de dois números ímpares, o professor pode decidir aprofundar o trabalho com números figurados (números quadrados: pode-se arranjar os pontinhos em um quadrado; números triangulares: pode-se arranjar os pontinhos em um triângulo com um ponto no topo, dois na segunda linha, três na terceira, e assim por diante). Uma excelente estratégia para facilitar o entendimento de como os educandos estão pensando, é usar problemas e investigações, ao invés de apenas exercícios, e sempre solicitar ao educando que explique como pensou, mesmo que a solução ou resposta esteja certa.Além de ajudar o professor a entender o que o educando pensou, estas explicações ajudam-no em seu aprendizado, pois, como diz Roberto Baldino10, aprende-se falando e ensina-se ouvindo e, essas explicações, tornam-se também elementos para o processo avaliativo. 240 10 Menções a Roberto Ribeiro Baldino, doutor em Matemática, aposentado pela Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro/SP, onde trabalhava na pósgraduação em Educação Matemática. Oferecer uma variedade de exemplos, ainda que modesta, nos quais o professor identifica diferentes modos de pensar, em diferentes educandos que resolvem um mesmo problema, seria extenso demais para este documento. O que fazemos a seguir é oferecer algumas indicações para o trabalho nos eixos temáticos. Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os Conteúdos Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares, para a Educação Básica da Rede Pública Estadual, são: Números e Álgebra : Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se desdobra nos seguintes conteúdos: • números reais • números complexos • sistemas lineares • matrizes e determinantes • equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares • polinômios Os números estão presentes na vida do homem desde tempos “remotos como os do começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997, p. 29). A passagem do estágio de coleta para a produção de alimentos, por meio da atividade agrícola, foi uma transformação fundamental, que gerou progressos acerca do conhecimento. O atual sistema de numeração, formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, iniciou com os números 1 e 2, quando o homem percebeu “diferenças nítidas entre a unidade, o par e a pluralidade” (IFRAH, 1994, p. 17). Na medida em que ampliou seu conhecimento e se deparou com a complexidade de problemas, criou os demais algarismos. Ocorreram avanços na sua sistematização e hoje há diferentes formas de ler os números, organizados nos seguintes conjuntos numéricos: naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais e complexos. O atual sistema de numeração, denominado indo-arábico, configurou-se conforme a integração entre povos do ocidente e do oriente, sobretudo em atividades comerciais 241 do século XIII. No entanto, a ciência Matemática não se resumiu à aplicação prática, também se desenvolveu por tendências relacionadas ao pensamento abstrato. Assim, a aritmética ganhou novas configurações, de modo que, gradualmente, a ciência Matemática passou a ter um ramo denominado álgebra. A história da Matemática registra, entre os babilônios, cerca de 2000 a.C., a existência de uma “aritmética transformada numa álgebra bem estabelecida” (STRUIK, 1997, p. 58), proveniente do uso de escritas que se manifestavam vinculadas aos conceitos expressos por meio de ideogramas. A álgebra é um campo do conhecimento matemático que se formou sob contribuições de diversas culturas. Pode-se mencionar a álgebra egípcia, babilônica, grega, chinesa, hindu, arábica e da cultura europeia renascentista. Cada uma evidenciou elementos característicos que expressam o pensamento algébrico de cada cultura. Com Diofanto, no século III d.C., fez-se o primeiro uso sistemático de símbolos algébricos. Tal sistematização foi significativa, pois estabeleceu uma notação algébrica bem desenvolvida para resolver problemas mais complexos, antes não abordados. A partir do século VII, com a chegada dos árabes à Europa, houve novo avanço em relação ao conhecimento algébrico, pois surgiram tratados que o ampliaram, até os primeiros tempos da Renascença. Devido a sua significativa aplicação, tal conhecimento foi incorporado à cultura europeia e recebeu denominações diversas, como: álgebra, algèbre etc. (CARAÇA, 2002). As produções matemáticas do século XVII ao XIX procuravam atender às demandas de algumas áreas de atividades humanas, sobretudo as comerciais e as da administração pública. Isso fez com que a álgebra alcançasse um novo estágio de desenvolvimento. Surgiram, então, regras que propiciaram solucionar equações cúbicas e discutir o número de raízes de equações de grau maior que três. Também, usaram-se, pela primeira vez, os números imaginários na tentativa de encontrar raízes quadradas de números negativos, nascendo, assim, a teoria das equações algébricas. A álgebra e os números passam a fazer parte do conhecimento escolar, sendo que, no cenário educacional brasileiro, seu ensino foi influenciado pelas produções didáticas europeias do século XVIII, na forma de aulas avulsas em matérias denominadas Aritmética e Álgebra. No Ensino Médio, há necessidade de aprofundar o estudo dos números, de modo a ampliar o conhecimento e domínio deste conteúdo para que o aluno: • compreenda os números complexos e suas operações; 242 . conceitue e interprete matrizes e suas operações; • conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante; • identifique e realize operações com polinômios; • identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações - inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares. Nesse mesmo nível de ensino, é necessário ainda que haja articulação entre a álgebra e os números, de modo que o aluno: • compreenda o conceito de incógnita; • realize a escrita de uma situação problema na linguagem • reconheça matemática; e resolva equações numéricas e algébricas, inequações, sistemas de equações; • diferencie e realize operações com monômios, binômios, trinômios e polinômios; equações quadradas, biquadradas e irracionais. Grandezas e Medidas: Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas aprofunda e amplia os conteúdos do Ensino Fundamental: • medidas de massa • medidas derivadas: área e volume • medidas de informática • medidas de energia • medidas de grandezas vetoriais • trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo e a trigonometria na circunferência O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e menor, de antes e depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre períodos de tempo, necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos. Ou seja, para que pudesse ter uma visão da realidade, o ser humano precisou medir e criar instrumentos de medida. “A ação de medir é uma faculdade inerente ao homem, faz parte de seus atributos de inteligência” (SILVA, 2004, p. 35). Para Machado, “a necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de contar” (2000, p. 08). Desde as primeiras civilizações, as medidas se tornaram a linguagem 243 fundamental à realização dos negócios no mundo do comércio. Elas podem ser consideradas um dos principais fatores que sustentaram e fortaleceram as sociedades pelas relações estabelecidas por meio das compras e vendas, pela criação dos padrões que mensuram a produção e pelo suporte dimensional para as ciências e a tecnologia (SILVA, 2004). A Matemática é a linguagem das grandezas, e esta, por sua vez, implica na noção de medida (HOGBEN, 1950). Para se chegar ao sistema de medidas tal como se conhece hoje, muitas sociedades criaram seus próprios sistemas, denominados de sistemas pré-métricos. Com o passar do tempo, verificou-se a necessidade de padronizar os sistemas de medidas devido à intensificação das relações sociais e econômicas, isto é, da expansão do comércio e o surgimento do mercantilismo. Muitas foram as tentativas, bem como muitas pessoas, de vários países, dedicaram-se a estudos para conquistar tal unificação e chegar a um sistema métrico padrão. Uma proposta de unificação de pesos e medidas foi votada pela Assembléia da França, em 1790. Após tal consenso, as medidas tornaram-se padronizadas. Esse sistema adotou, inicialmente, três unidades básicas de medida: o metro, o litro e o quilograma. O Brasil adotou o sistema métrico em 1872. Após esse período, ocorreram algumas alterações em relação aos elementos usados para definir algumas medidas, entre elas a de comprimento e a de tempo, até chegar às unidades de base do Sistema Internacional de Unidades – SI. Já o conhecimento sobre o sistema monetário é necessário para que o aluno da Educação Básica tenha condições de estabelecer relações entre o conjunto de moedas legais em circulação em diferentes países. Entretanto, prima-se que o aluno conheça, primeiro, o sistema monetário do país onde vive. Manejar o sistema monetário é inteirar-se das situações que mensuram o valor das mercadorias, possibilidade para discutir o valor do trabalho e meio para entender decisões de ordem econômica do país. Quanto à informática, não se pode negar a sua presença no campo educacional, materializada pelo computador. Termos como bit, bytes, kilobytes, megabytes, gigabytes ou terabytes, medidas que representam a capacidade de armazenamento temporário ou permanente de um computador, passam a fazer parte da linguagem do aluno. É necessário, então, abordá-los nas aulas de Matemática, pois contribui para compreensão de significados matemáticos e o conhecimento sobre a tecnologia. Com a Trigonometria integrando o Conteúdo Estruturante Grandezas e 244 Medidas, pretende-se contemplar as relações entre as medidas dos lados e dos ângulos de um triângulo, relações essas desenvolvidas a partir da necessidade do homem de determinar, por exemplo, distâncias inacessíveis (a altura das pirâmides, distância entre os astros, largura de rios, etc.). O Conteúdo de Grandezas e Medidas favorece o diálogo entre as pessoas, Estados e diferentes países. Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias se desdobra nos seguintes conteúdos: • geometria plana • geometria espacial • geometria analítica • noções básicas de geometrias não-euclidianas Geometrias: As ideias geométricas abstraídas das formas da natureza, que aparecem tanto na vida inanimada como na vida orgânica e nos objetos produzidos pelas diversas culturas, influenciaram muito o desenvolvimento humano. Em torno dos anos 300 a.C., Euclides sistematizou o conhecimento geométrico, na obra já citada Elementos. Seus registros formalizaram o conhecimento geométrico da época e deram cientificidade à Matemática. Nessa obra, o conhecimento geométrico é organizado com coesão lógica e concisão de forma, constituindo a Geometria Euclidiana que engloba tanto a geometria plana quanto a espacial. Pela maneira como são postas suas bases e pelo rigor das demonstrações, a geometria euclidiana se caracteriza como modelo lógico para as outras ciências físicas. A obra de Euclides tem uma importância excepcional na história da Matemática e exerce influência até os dias atuais, inclusive no âmbito escolar. Na primeira metade do século XVII, o conhecimento geométrico recebeu nova abordagem com a geometria analítica que trouxe uma dinâmica diferente à Matemática. A Europa vivia uma transição política e econômica e o modo de produção capitalista, emergente, requeria das ciências novos conhecimentos. Buscavam-se conhecimentos mais avançados no campo da astronomia e da mecânica. Era preciso que a Matemática resolvesse cálculos como, por exemplo, de distância entre pontos, coordenadas de ponto que divide um segmento conforme uma razão dada, determinação de pontos de intersecção de curvas, discussão de curvas, etc. (ALEKSANDROV, 1976, p. 225). Por meio da geometria analítica, tais problemas eram 245 solucionados. O conhecimento geométrico ganhou mais uma face no final do século XVIII e início do século XIX, com os estudos de Bolyai, Lobachevsky, Riemann e Gauss. Surgiam as geometrias não-euclidianas, que trouxeram uma nova maneira de ver e conceber o conhecimento geométrico. A Geometria Euclidiana, transmitida de geração a geração por mais de dois mil anos, não era a única. As mentes criativas dos matemáticos Bolyai, Lobachevsky, Gauss e Riemann lançaram as bases de outras geometrias tão logicamente aceitas quanto a Euclidiana. Uma dessas geometrias não-euclidianas encontra aplicação na Teoria da relatividade, o que se justifica, pois sendo curvo o universo eisteniano, a Geometria Euclidiana não é adequada (COUTINHO, 2001, p. 36). Muitos problemas do cotidiano e do mundo científico só são resolvidos pelas geometrias não-euclidianas. Um exemplo são os estudos que resultaram na Teoria da Relatividade, em que a geometria do espaço, usada por Albert Einstein, foi uma geometria não-euclidiana, de modo que conceitos, como “a luz se propaga ao longo de geodésias2 e a curvatura do espaço é determinada pela natureza da matéria que o preenche” (COURANT & ROBBINS, 2000, p. 276), foram fundamentais. No Ensino Médio, deve-se garantir ao aluno o aprofundamento dos conceitos da geometria plana e espacial em um nível de abstração mais complexo. Nesse nível de ensino, os alunos realizam análises dos elementos que estruturam a geometria euclidiana, através da representação algébrica, ou seja, a geometria analítica plana. Neste caso, é imprescindível o estudo das distâncias entre pontos, retas e circunferências; equações da reta, do plano e da circunferência; cálculos de área de figuras geométricas no plano e estudo de posições. Assim, é necessário conhecer as demonstrações das fórmulas, teoremas, conhecer e aplicar as regras e convenções matemáticas, tanto no estudo da geometria de posição como no cálculo de área de figuras geométricas planas e espaciais e de volume de sólidos geométricos, em especial de prismas, pirâmides (tetraedro), cilindro, cone e esfera. Também, no Ensino Médio, aprofundam-se os estudos das noções de geometrias não-euclidianas ao abordar a geometria dos fractais, geometria projetiva, geometria hiperbólica e elíptica. Na geometria dos fractais, pode-se explorar: o floco de neve e a curva de Koch; triângulo e tapete de Sierpinski, conduzindo o aluno a refletir e observar o senso estético presente nessas entidades geométricas, estendendo para as suas propriedades, através da “regularidade harmoniosa nas suas próprias 246 irregularidades” (BARBOSA, 2005, p. 14). Para abordar os conceitos elementares da geometria hiperbólica, uma possibilidade é através do postulado de Lobachevsky (partindo do conceito de pseudo-esfera, pontos ideais, triângulo hiperbólico e a soma de seus ângulos internos). Já na apresentação da geometria elíptica, fundamentá-la através do seu desenvolvimento histórico e abordar: postulado de Riemann; curva na superfície esférica e discutir o conceito de geodésia; círculos máximos e círculos menores; distância na superfície esférica; ângulo esférico; triângulo esférico e a soma das medidas de seus ângulos internos; classificação dos triângulos esféricos quanto à medida dos lados e dos ângulos; os conceitos referentes à superfície da Terra: polos, equador, meridianos, paralelos e as direções de movimento. As abordagens das Geometrias: fractal, hiperbólica e elíptica não se encerram, unicamente, nos conteúdos aqui elencados. Desde que explore conceitos básicos, o professor tem a liberdade de investigar e realizar outras abordagens. Os conceitos destes conteúdos são fundamentais para que o aluno do Ensino Médio amplie seu conhecimento e pensamento geométrico. Na Educação Básica, a Educação Matemática valoriza os conhecimentos geométricos, que não devem ser rigidamente separados da aritmética e da álgebra. Interliga-se com a aritmética e com a álgebra “porque os objetos e relações dela correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria, que realiza a tradução para o aprendiz” (LORENZATO, 1995, p. 07). Entende-se que a valorização de definições, as abordagens de enunciados e as demonstrações de seus resultados são inerentes ao conhecimento geométrico. No entanto, tais práticas devem favorecer a compreensão do objeto e não reduzir-se apenas às demonstrações geométricas em seus aspectos formais. Funções : Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos: • função afim • função quadrática • função polinomial • função exponencial • função logarítmica • função trigonométrica 247 • função modular • progressão aritmética • progressão geométrica Como conteúdo da Matemática, as Funções tiveram diversos conceitos, nem todos abordados em sala de aula. Na Antiguidade, funções eram: [...] o estudo de casos de dependência entre duas quantidades que não isolava as noções de variáveis e de função. Na Idade Média, [...] as noções eram expressas sob uma forma geométrica e mecânica, mas que prevaleciam, em cada caso concreto, as descrições verbais ou gráficas (YOUSCHKEVITCH apud ZUFFI, 2001, p. 11). Na Idade Moderna, o aprimoramento dos instrumentos de medida inspirou matemáticos a estudarem as noções de funções pela experiência e observação, o que contribuiu para a evolução do conceito. Desenvolveram-se, então, o tratamento quantitativo, as equações em x e y no tratamento das relações de dependência, as noções de curva nos movimentos e fenômenos mecânicos, as taxas de mudança de quantidade, as imagens geométricas e a linguagem simbólica. No período de sua sistematização, ocorreram as primeiras aproximações do conceito de função com a álgebra, quando a função passou a ser expressa por notação algébrica (ZUFFI, 2001). Assim, o conceito de funções passou a ter maior abrangência. Avançou aos campos do cálculo diferencial e da análise matemática, o que contribuiu para o estudo de cálculos que envolvem a noção de infinito, fundamental para o desenvolvimento da teoria das funções complexas. O Conteúdo de Funções simbolizou os primeiros sinais de modernização do ensino de Matemática. No primeiro encontro de professores ocorrido em 1864, na atual Alemanha, já se discutia o caráter estático da Matemática originado das engenharias e considerava-se que o Conteúdo de Funções poderia inserir mais dinamicidade no ensino da Matemática. De 1880 a 1959, a ideia de que o conceito de função deveria estar contemplado no currículo de Matemática foi amplamente debatida porque permitia “estabelecer uma correspondência entre as leis matemáticas e as leis geométricas, entre as expressões analíticas e os lugares geométricos (conjunto de todos os pontos que gozam de uma mesma propriedade)” (CARAÇA, 2002, p. 130-131). Na Educação Básica, o aluno deve compreender que as Funções estão presentes nas diversas áreas do conhecimento e modelam matematicamente situações que, pela resolução de problemas, auxiliam o homem em suas atividades. 248 As Funções devem ser vistas como construção histórica e dinâmica, capaz de provocar mobilidade às explorações matemáticas, por conta da variabilidade e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua atuação em outros conteúdos específicos da Matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a noção analítica de leitura do objeto matemático. As abordagens do Conteúdo Funções no Ensino Médio devem ser ampliadas e aprofundadas de modo que o aluno consiga identificar regularidades, estabelecer generalizações e apropriar-se da linguagem matemática para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das Funções ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem gráfica que favorece a compreensão do significado das variações das grandezas envolvidas. Tratamento da Informação: Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação engloba os conteúdos: . análise combinatória . binômio de Newton . estatística . probabilidade . matemática financeira Pode-se dizer que a estatística se iniciou no século XVII, em estudos sobre as taxas de mortalidade, os quais serviram aos governos para coletar informações relativas a número de nascimentos, casamentos e dados sobre migração, entre outras. A estatística, então, tornou-se um conteúdo matemático importante ao ter seus conceitos aplicados em vários campos do conhecimento. Entre eles destacam-se: as Ciências Sociais, a Genética e a Psicologia. Pela necessidade de quantificar os dados coletados nas pesquisas, a aplicabilidade de métodos estatísticos se tornou essencial. Como resultado, novos conceitos como os de correlação e regressão foram introduzidos na Matemática. Os primeiros estudos sobre estatística contribuíram para a abordagem de questões que envolvem a probabilidade de ocorrência de eventos. Soma-se a isso o interesse pelos jogos e a organização de companhias de seguros. Assim, surgiram as sistematizações sobre a Teoria das Probabilidades (RONAM, 1997). Nesse período, Blaise Pascal escreveu seu tratado sobre o triângulo aritmético, formado por coeficientes binomiais. As descobertas de Pascal foram úteis para desenvolver cálculos probabilísticos. 249 Outra importante pesquisa para a Matemática foi a das séries infinitas de Isaac Newton, que o levou a outras investigações, resultando na criação das séries binomiais. Estudos desenvolvidos por Leibniz, para encontrar um método pelo qual fosse possível abstrair conhecimentos para compreender o universo, conduziram a produção de novos conhecimentos matemáticos, tais como as permutações e combinações, constituindo a análise combinatória (STRUIK, 1997, p. 181). O Tratamento da Informação é um conteúdo estruturante que contribui para o desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para apresentar ou descrever informações. Na Educação Básica, propõe-se que o trabalho com estatística se faça por meio de um processo investigativo, pelo qual o estudante manuseie dados desde sua coleta até os cálculos finais. “É o estudante que busca, seleciona, faz conjecturas, analisa e interpreta as informações para, em seguida, apresentá-las para o grupo, sua classe ou sua comunidade” (WODEWOTZKI & JACOBINI, 2004, p. 233). Os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros conteúdos, com os quais sejam estabelecidos vínculos para quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas às experiências do cotidiano. No Ensino Médio, o conhecimento denominado Tratamento da Informação é um meio para resolver problemas que exigem análise e interpretação. Trata de problemas de contagem que exigem cálculos elaborados e engloba uma grande variedade de técnicas de resolução, tal como a análise combinatória, que abrange arranjos, permutações e combinações. É importante que o aluno do Ensino Médio compreenda a matemática financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana e sua influência nas decisões de ordem pessoal e social. Tal importância relaciona-se o trato com dívidas, com crediários à interpretação de descontos, à compreensão dos reajustes salariais, à escolha de aplicações financeiras, entre outras. Para o trabalho com o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação, o aluno do Ensino Médio deve dominar os conceitos do conteúdo binômio de Newton, pré-requisito também para a compreensão do conjunto de articulações que se estabelecem entre análise combinatória, estatística e probabilidade. As propriedades do binômio de Newton são ricas em agrupamentos, 250 disposição de coeficientes em linhas e colunas e ideia de conjuntos e subconjuntos. Tanto o teorema das colunas como o teorema das diagonais trazem implícito o argumento binomial e o argumento combinatório, o que possibilita articular esses conceitos com os presentes em outros conteúdos. No cálculo de probabilidades, por exemplo, usa-se distribuição binomial quando o experimento constitui uma sequência de ensaios ou tentativas independentes. Os conteúdos de estatística e probabilidade, no Ensino Médio, devem estar interrelacionados de modo que o estudante perceba as vinculações entre os mesmos, possibilitando a solução de problemas (LOPES & FERREIRA, 2004, p. 02). A integração da probabilidade com a estatística possibilita “um ensino com características interdisciplinares”, de modo a oferecer ao estudante conhecimentos menos fragmentados por meio de experiências que propiciem observações e conclusões, contribuindo para a formação do pensamento matemático. Essa formação permite observar, por exemplo, que medidas estatísticas – o Brasileira de Educação foi funda distribuição de frequências, medidas de posições, dispersão, assimetria e curtose – não são fatos encerrados em si. Pela manifestação e/ou ocorrência das ações e relações humanas, num dado espaço-tempo, o estudo da probabilidade permite diferentes olhares sobre o mundo, o que leva a uma leitura diferenciada daquela de determinismo e exatidão que, em geral, encontra-se na disciplina de Matemática. Os Conteúdos Estruturantes propostos nas devem estar presentes em todas as séries da Educação Básica. Tais conteúdos orientam o professor na sua prática docente de forma que um Conteúdo Estruturante pode estar mais presente em uma série do que em outra. Os conteúdos devem ser apresentados de modo que um seja abordado sob o contexto de outro. Assim, os Conteúdos Estruturantes transitam entre si através destas articulações. 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES NÚMEROS E ÁLGEBRA: - Conteúdos Básicos: .Sistema de Numeração; .Números Naturais; 251 .Múltiplos e divisores; .Potenciação e Radiciação; .Números Fracionários; .Números decimai GRANDEZAS E MEDIDAS: - Conteúdos Básicos: . Medidas de Comprimento; .Medidas de Massa; .Medidas de Área; .Medidas de Volume; .Medidas de tempo; .Medidas de Ângulo; .Sistema Monetário. GEOMETRIAS: - Conteúdos Básicos: . Geometria Plana; .Geometria Espacial. 7º ANO. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: - Conteúdos Básicos: .Dados, Tabelas e Gráficos; . Porcentagem. NÚMEROS E ÁLGEBRA: - Conteúdos Básicos: .Números Inteiros; .Números racionais; .Equações e Inequações do 1º grau; .Razão e Proporção; . Regra de três simples. GRANDEZAS E MEDIDAS: - Conteúdos Básicos: .Medidas de Temperatura; 252 .Medidas de ângulo GEOMETRIAS: - Conteúdos Básicos: . Geometria Plana; .Geometria Espacial; .Geometrias Não-euclidianas. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: - Conteúdos Básicos: .Pesquisa Estatística; .Média Aritmética; . Moda e Mediana; . Juros simples. 8º ANO. CONTEÚDOS ESTRUTURANTE NÚMEROS E ÁLGEBRA: -Conteúdos Básicos: .Números Racionais e Irracionais; . Sistema de Equações do 1º grau; .Potências; .Monômios e Polinômios; .Produtos Notáveis. GRANDEZAS E MEDIDAS: -Conteúdos Básicos: .Medidas de Comprimento; .Medidas de Área; .Medidas de Volume; .Medidas de Ângulos. GEOMETRIAS: - Conteúdos Básicos: .Geometria Plana; 253 .Geometria espacial; . Geometria Analítica; .Geometrias não-euclidianas TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: - Conteúdos Básicos: . Gráfico e informações; . População e amostra. 9º ANO. CONTEÚDOS ESTRUTURANTE NÚMEROS E ÁLGEBRA: -Conteúdos Básicos: . Números Reais; . Propriedades dos radicais; .Equação do 2º grau; .teorema de Pitágoras; .Equações Irracionais; .Equações Biquadradas; . Regra de três composta. GRANDEZAS E MEDIDAS: - Conteúdos Básicos: . Relações Métricas no triângulo retângulo; .Trigonometria no Triângulo retângulo. FUNÇÕES: - Conteúdos básicos: . Noção intuitiva de Função Afim; .Noção intuitiva de Função Quadrática. GEOMETRIAS: -Conteúdos Básicos: .Geometria Plana; . Geometria Espacial; 254 .Geometria Analítica; . Geometrias não-euclidiana. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: - Conteúdos Básicos: . Noções de Análise Combinatória; .Noções de Probabilidade; .Estatística; .Juros Compostos. ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTE NÚMEROS E ÁLGEBRA: - Conteúdos Básicos: .Números Reais; .Números Complexos; . sistemas Lineares; . Matrizes e Determinantes; .Polinômios; . Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e modulares GRANDEZAS E MEDIDAS: - Conteúdos Básicos: .Medidas de Área; .Medidas de Volume; .Medidas de grandezas Vetoriais; . Medidas de Informática; . Medidas de energia; . Trigonometria; FUNÇÕES: . Função Afim; . Função Quadrática; . Função Polinomial; 255 . Função Exponencial; . Função Logarítmica; . Função Trigonométrica; . Função Modular; . Progressão Aritmética; . Progressão Geométrica. GEOMETRIAS: . Geometria Plana; . Geometria Espacial; . Geometria Analítica; . Geometrias não-euclidianas. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: . Análise Combinatória; . Binômio de Newton; . Estudo das Probabilidades; . Estatística; . Matemática Financeira. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO POR SÉRIE: 1ª ANO • Conteúdos Estruturante: Números e Álgebra: Conteúdos Básicos: • -Conjunto dos números Reais; • -Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares. 2- Conteúdo Estruturante: Funções; Conteúdos Básicos: 2.1- Sistema de Coordenadas Cartesianas; 2.2- Introdução a Funções; 2.3- Função a fim; 2.4- Função Quadrática; 256 2.5- Função Modular; 2.6-Função Exponencial; 2.7- Função Logarítmica; 3 – Conteúdo Estruturante: Grandezas e medidas: Conteúdos Básicos: 3.1- Trigonometria no triângulo retângulo; 3.2- Relações trigonométricas no triângulo qualquer. 2º ANO Conteúdo Estruturante: Funções: Conteúdos Básicos: 1.1- P. A. Progressão Aritmética; 1.2- P. G. Progressão Geométrica. Conteúdo Estruturante: Tratamento da Informação: Conteúdos Básicos: 2.1- Análise Combinatória; 2.2 – Binômio de Newton; 2.3- Probabilidade; 2.4- Introdução à Estatística; 2.5-Matemática Financeira; 3- Conteúdo Estruturante: Funções: Conteúdos Básicos: 3.1- Trigonometria na Circunferência. 3º ANO 1- Conteúdo Estruturante: Números e Álgebra: Conteúdos Básicos: 257 1.1- Matrizes; 1.2- Determinantes; 1.3- Sistemas lineares (Regra de Cramer); 1.4- Números Complexos; 1.5- Polinômios; 1.6- Equações Polinomiais. Conteúdo Estruturante: Grandezas e Medidas: Conteúdos Básicos: 2.1 – Medidas de área; ( agrária ) 2.2- Medidas de volume. Conteúdo Estruturante: Geometria: Conteúdos Básicos: 3.1- Geometria plana; 3.2- Geometria Espacial; 3.3- Geometrias Não-Euclidianas; 3.4- Geometria Analítica. OBSERVAÇÃO: Os conteúdos Medidas e grandezas vetoriais, medidas de energia e medidas de informática (pertencentes ao conteúdo estruturante Grandezas e Medidas) são abordados na disciplina de Física. Os Conteúdos Básicos de Matemática no Ensino Médio deverão ser abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também através da intercomunicação dos Conteúdo Estrutu- rantes. As tendências metodológicas apontadas sugerem e servem de aporte teórico para as abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, visando desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas.É importante a utilização de recursos didáticopedagógicos e tecnológicos como instrumen- to de aprendizagem. Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos 258 matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática. Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica para resolução de problemas, não somente pertinentes à ciência matemática, mas como nas demais ciências que, em determinados momentos, fazem uso da matemática. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICOS Os conteúdos de Matemática no Ensino médio, poderão ser abordados articularmente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes. As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os conteúdos propostos neste nível de ensino, e também ressalta – se a relevância na utilização de recursos didáticos- pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. Objetivando uma formação científica geral, os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor poderão garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática. Em relação as abordagens, destaca-se a análise e interpretação critica para a resolução de problemas não somente pertinentes a ciência matemática mas como nas demais ciências que em determinados momentos fazem uso da matemática. O contexto histórico e sócio cultural desde a antiguidade até a atualidade. Destacam-se também os conteúdos básicos: Medidas e grandezas vetoriais; de Energia e de informática, tendo como objetivo a complementação e o entendimento dos demais conteúdos. Na busca de um aprendizado ativo e interativo utilizam-se várias estratégias, onde o diálogo será constante e efetivo: o aluno é instigado a participar e questionar, valorizando-se as atividades coletivas que propiciem a discussão e a elaboração conjunta de idéias. Tendo como ponto de partida o universo comum entre professor e alunos, o aprendizado torna-se significativo, fazendo uso de conhecimentos práticos, de caráter 259 interdisciplinar. As aulas expositivas serão utilizadas como um momento de diálogo, de exercício da criatividade e de trabalho coletivo para a elaboração do conhecimento. Procurando fazer com que os alunos ampliem sua autonomia e capacidade de comunicação e argumentação, a resolução de problemas é uma estratégia que será utilizada, na qual o aluno aprende a consultar, experimentar, organizar dados e sistematizar resultados. Aspectos da história da matemática serão abordados procurando não somente ilustrar o desenvolvimento e a evolução dos conceitos estudados, mas também atingindo questões de origem social. Serão valorizados aspectos étnicos pertinentes ao meio em que o aluno está inserido. A bagagem já trazida pelo aluno será resgatada, para, a partir dela, trabalhar os conteúdos matemáticos . Serão utilizadas metodologias como a modelagem matemática, a etnomatemática e a resolução de problemas, o uso de mídias tecnológicas, história da Matemática e investigações matemáticas para fundamentar a prática docente. Aspectos culturais estão presentes na educação matemática. A etnomatemática considera a diversidade cultural de nosso país, bem como os interesses dos diversos grupos aos quais essa educação é destinada. Os temas “História e Cultura Afro”, “História do Paraná” e “Meio Ambiente” serão abordados principalmente em seus aspectos estatísticos no trabalho com o tratamento da informação. Ao invés de se tentar competir com os recursos tecnológicos, os mesmos serão utilizados para proporcionar aos alunos assuntos mais interessantes e atuais para que estes se sintam estimulados a estudar matemática. Estamos na era da informação e a TV e o computador tornam-se aliados do professor que trabalha a matemática de forma atual, tendo alunos participativos e realmente interessados pelo que estão aprendendo. Numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer seja adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes de vivenciais dos alunos poderão ser aproveitados, aprofundados e sistematizados, com objetivos de validar cientificamente, ampliando e generalizandoos. O objetivo de ensino da matemática é oportunizar ao aluno o acesso ao conhecimento hierarquicamente organizado e sistematizado de modo a permitir o desenvolvimento crítico - construtivo. Então a metodologia do ensino assume papel determinante no processo ensino-aprendizagem, por estar associado á formação do cidadão, pelo 260 desenvolvimento do seu pensamento. As tecnologias em suas diferentes formas e uso constituem um dos principais agentes de transformação da sociedade, pelas modificações que exercem nos meios de produção e por suas conseqüências no cotidiano das pessoas. Também e fato que as calculadoras, computadores, vídeos-jogos, slides, debates e observações, estão cada vez mais presentes nas diferentes atividades desenvolvidas. O desenvolvimento das tecnologias da informação permite que a aprendizagem ocorra em diferentes lugares e por meios diferentes. Portanto cada vez mais a capacidade para criar inovar, imaginar, questionar, encontrar soluções e tomar decisões com autonomia, assumem importância. A escola tem um importante papel a desempenhar ao contribuir para a formação de indivíduos ativos e agentes criadores de novas formas culturais. A proposta de trabalhar com questões de urgência social numa perceptiva de transversalidade apontam para o compromisso a ser partilhado pelos professores das áreas, assim possibilitando o aluno a compreensão de tais questões, o que inclui a aprendizagem de conceitos, preconceitos e o desenvolvimento de atitudes. Em sociedade a matemática usufrui de um status privilegiado a outras áreas do conhecimento, e isso traz como conseqüências o cultivo de crenças e preconceitos. A construção de uma visão solidária de relações humanas da matemática contribuirá para que os alunos separem o individualismo por meio do diálogo e das valorizações da interação da troca. À seleção de conteúdos a serem trabalhados pode-se dar perspectiva mais ampla, ao procurar identificá-las como formas culturais cuja assimilação é essencial para que produza novos conhecimentos, assim devendo retomá-los sempre que necessário. Dessa forma, pode se considerar que os conteúdos envolvem explicações, formas de raciocínio, linguagens, valores, sentimentos interesses e condutas. Nas Diretrizes, propõe-se articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal, “[...] o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam” (MACHADO, 1993, p. 28). De outra forma, para explorar os conceitos de escalas, do conteúdo específico proporcionalidade, pode-se articulá-lo a outro conteúdo específico, geometria plana e introduzir a ideia de razão e proporção ao realizar atividades de ampliação e redução de figuras geométricas. 261 Entretanto , procuramos trabalhar a matemática por meio de situações problema , dentro da vivência do aluno voltado para a Educação do Campo que o façam realmente a pensar, analisar , julgar e decidir para melhor solução de seus problemas que são enfrentados no campo nos dias de hoje . Trabalhar um conteúdo significativo, levando o aluno a sentir que é importante saber aquilo para sua vida em sociedade ou que o conteúdo trabalhado será útil para entender o mundo do campo em que vive . Para que o aluno veja a matemática como um assunto útil e prático e possa apreciar seu poder ,precisa perceber que ela está presente em praticamente tudo e é aplicada também na Educação do Campo para solucionar seus problemas e entender uma grande variedade de fenômenos . Colaborar para que o aluno saiba fazer custo de produção , pois ele não sabe quanto gasta e quanto ganha dentro de uma lavoura . Saber que existe a cada ano novas máquinas e equipamentos que possam ajudá-lo futuramente dentro do contexto que está inserido .Esta questão será trabalhada de forma prática e objetiva , para que o aluno do campo valorize seu trabalho , de forma que venha a obter seu crescimento profissional e que fixe seu habitat natural . Para o conteúdo específico estatística, os conceitos da álgebra também são básicos e possibilitam explorar os números decimais e fracionários presentes nas informações das pesquisas estatísticas. Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos: • resolução de problemas; • modelagem matemática; • mídias tecnológicas; • etnomatemática; • história da Matemática; • investigações matemáticas. Resoluções de Problemas: Um dos desafios do ensino da Matemática é a abordagem de conteúdos para a resolução de problemas. Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003). O professor deve fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas, como exposição oral e resolução de exercícios. Isso torna as aulas mais dinâmicas e não restringe o ensino de Matemática a modelos clássicos. A resolução de 262 problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como um conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo de ensino e aprendizagem (SCHOENFELD, 1997). Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para chegarem ao resultado. Isso favorece a formação do pensamento matemático, livre do apego às regras. O aluno pode lançar mão de recursos como a oralidade, o desenho e outros, até se sentir à vontade para utilizar sinais matemáticos (SMOLE & DINIZ, 2001). As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia, se necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006). Etnomatemática: A etnomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan D’Ambrósio propôs que os programas educacionais enfatizassem as matemáticas produzidas pelas diferentes culturas. O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. Leva em conta que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e todos são importantes. As manifestações matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais. Essa metodologia é uma importante fonte de investigação da Educação Matemática, por meio de um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito a suas raízes culturais: “reconhecer e respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas, num processo de síntese, reforçar suas próprias raízes” (D`AMBROSIO, 2001, p. 42), tendo em vista aspectos como “memória cultural, códigos, símbolos, mitos e até maneiras específicas de raciocinar e inferir” (D’AMBROSIO, 1998, p. 18). Considerando o aspecto cognitivo, releva-se que o aluno é capaz de reunir situações novas com experiências anteriores, adaptando essas às novas circunstâncias e ampliando seus fazeres e saberes. “Graças a um elaborado sistema de comunicação, as maneiras e modos de lidar com situações vão sendo compartilhadas, transmitidas e difundidas” (D’AMBROSIO, 2001, p. 32). 263 O trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com essa questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de produção e trabalho. Modelagem Matemática: A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. A modelagem matemática é [...] um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras disciplinas ou do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em determinadas circunstâncias (BARBOSA, 2001, p. 06). Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas de mundo. Assim sendo, “a modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real” (BASSANEZI, 2006, p. 16). O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, contribui para sua formação crítica. Partindo de uma situação prática e seus questionamentos, o aluno poderá encontrar modelos matemáticos que respondam essas questões. Modelagem matemática é o processo que envolve a obtenção de um modelo. Este, sob certa óptica, pode ser considerado um processo artístico, visto que, para se elaborar um modelo, além de conhecimento de Matemática, o modelador precisa ter uma dose significativa de intuição e criatividade para interpretar o contexto, saber discernir que conteúdo matemático melhor se adapta e também ter senso lúdico para jogar com as variáveis envolvidas (BIEMBENGUT & HEIN, 2005, p. 12). O modelo matemático buscado deverá ser compatível com o conhecimento do aluno, sem desconsiderar novas oportunidades de aprendizagem, para que ele possa sofisticar a matemática conhecida a priori. “A modelagem matemática é, assim, uma arte, ao formular, resolver e elaborar expressões que valham não apenas para uma solução particular, mas que também sirvam, posteriormente, como suporte para outras aplicações e teorias” (id.ibid; p. 13). 264 Mídias Tecnológicas: No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas em relação ao currículo, à experimentação matemática, às possibilidades do surgimento de novos conceitos e de novas teorias matemáticas (BORBA, 1999). Atividades com lápis e papel ou mesmo quadro e giz, para construir gráficos, por exemplo, se forem feitas com o uso dos computadores, permitem ao estudante ampliar suas possibilidades de observação e investigação, porque algumas etapas formais do processo construtivo são sintetizadas (D’AMBROSIO & BARROS, 1988). Os recursos tecnológicos, como sofware, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da internet, entre outros, tem favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas. Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e professores a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a prática. As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes argumentam e conjecturam sobre as atividades com as quais se envolvem na experimentação (BORBA & PENTEADO, 2001). A Internet é um recurso que favorece a formação de comunidades virtuais que, relacionadas entre si, promovem trocas e ganhos de aprendizagem . Muitas delas, no campo da Matemática, envolvem professores, alunos e outros interessados na área. O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de conhecimentos. História da Matemática: É importante entender a história da Matemática no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o 265 pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais (MIGUEL & MIORIM, 2004). Investigações Matemáticas: A prática pedagógica de investigações matemáticas tem sido recomendada por diversos estudiosos como forma de contribuir para uma melhor compreensão da disciplina em questão. Em contextos de ensino e aprendizagem, investigar não significa necessariamente lidar com problemas muito sofisticados na fronteira do conhecimento. Significa, tão só, que formulamos questões que nos interessam, para as quais não temos resposta pronta, e procuramos essa resposta de modo tanto quanto possível fundamentado e rigoroso (PONTE, BROCARDO & OLIVEIRA 2006, p. 09). As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos) podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução de problemas. O que distingue, então, as investigações matemáticas das resoluções dos exercícios? Em resumo, um problema é uma questão para a qual o aluno precisa estabelecer uma estratégia heurística, isto é, ele não dispõe de um método que permita a sua resolução imediata; enquanto que um exercício é uma questão que pode ser resolvida usando um método já conhecido. Em ambos os casos, todavia, há uma expectativa do professor de que o aluno recorra a conteúdos já desenvolvidos em sala de aula. Além disso, exercícios e problemas são expressos por meio de enunciados que devem ser claros e não darem margem a dúvidas. A solução de ambos e a resposta do aluno, esteja ela certa ou errada, são conhecidas e esperadas pelo professor. Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada 266 poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de investigação diferentes, com certeza obterão resultados também diferentes. Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura- teste-demonstração” (PONTE, BROCARDO & OLIVEIRA, 2006, p.10). Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os alunos precisam verificar qual é a mais adequada à questão investigada e, para isso, devem realizar provas e refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e com o professor. Esse é exatamente o processo de construção da matemática pelos matemáticos e, portanto, o espírito da atividade matemática genuína está presente na sala de aula. Enfim, investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de toda ação pedagógica. AVALIAÇÃO A avaliação no ensino da matemática deve contemplar o diferente momento no processo de ensino aprendizagem, assim como deve servir de instrumento que orienta a prática do professor e possibilita ao aluno rever sua forma de estudar nesse processo, a reflexão por parte de aluno, bem como a análise do professor sobre o erro do aluno, vem contribuir para aprendizagem e possíveis intervenções. É necessário observar o processo de construção do conhecimento e os caminhos percorridos pelo aluno na solução de problemas, para isso a avaliação deverá ser diagnóstica. Ela deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar sua visão do conteúdo trabalhado. Portanto a avaliação será diagnóstica, continua e somática com os seguintes instrumentos: trabalhos, exercícios, portifólios, provas e outros recursos disponíveis ao professor. Considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensinoaprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo 267 trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele. Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensinoaprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno. No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora. Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de formação que o aluno domina, não é coerente. Para ser completo, esse momento precisa abarcar toda a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isto significa em que a medida o aluno atribui significado ao que aprendeu e consegue materializá-lo em situações que exigem raciocínio matemático. A recuperação paralela será realizada com os alunos que após as atividades desenvolvidas não obtiveram um rendimento satisfatório , e ele terá como objetivos diagnosticar as dificuldades dos alunos e oportunizar um melhor desenvolvimento na realização das atividades procurando compreender seu processo de aprendizagem de forma que o aluno expresse sua insegurança e tenha oportunidade de se aprimorar e sanar suas dificuldades, oferecendo a retomada dos conteúdos não assimilados e abrindo espaço para que o aluno repense , descubra os próprios erros e reflita sobre sua causa, possibilitando ao aluno rever e assumir o controle de seu próprio desenvolvimento. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno: • comunica-se matematicamente, oral ou por escrito; • compreende, por meio da leitura, o problema matemático; • elabora um plano que possibilite a solução do problema; • encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; • realiza o retrospecto da solução de um problema. Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a: • partir de situações-problema internas ou externas à matemática; • 268 pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas; • elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las; • perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades; • sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares; • socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada; • argumentar a favor ou contra os resultados; O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de Matemática. Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem. PREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ABRANTES,P.Avaliação e educação matemática.Série reflexões em educação matemática.rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM,1994. ANDRINI,A.VASCONCELOS,M.J.Praticando a matemática.São Paulo:Editora do Brasil,2002 D’AMBRÒSIO,U.Um enfoque transdisciplinar à educação e a história da Matemática.In:BICUDO,M.V.;BORBA,M.Educação Matemática:pesquisa em movimento.São Paulo:Cortez,2004.p.13-29. DUARTE,N.O Compromisso político do educador no ensino da matemática: In:DUARTE,N.;OLIVEIRA,B.Socialização do saber escolar.São Paulo: Cortez,1987.p.15 FIORENTINI,D.Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil.Revista Zetetiké.Campinas,ano3,n.4,p.1-37.1995. 269 MIGUEL,A.; MIORIM,M.A. História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte:Autêntica,2004. MIORIM,M.A.O ensino da matemática:evolução e modernização.Campinas,1995.218f.Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento e Ensino de Primeiro grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.Curitiba:SEED/DEPG.1993. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares para o Ensino Fundamental.Curitiba.SEED,2008 PAVANELLO, R.M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e conseqüências. Revista Zetetikè. Campinas, ano 1, n.1, 1993 PONTE, J.P.;BROCARDO,J.;OLIVEIRA,H.Investigações Matemáticas na sala de aula.Belo Horizonte:Autêntica,2006. RAMOS, M.N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de conceitos. (2004) SCHOENFELD, A.H.Heurísticas na sala de aula.In:KRULIK.S.;REYS<R.E.A resolução de problemas na matemática escolar.São Paulo:Atual,1997. STRUIK, D.J.Sociologia da Matemática:sobre a sociologia da Matemática.Série Cadernos de Educação e Matemática.Lisboa,n.3,p.21-31,out.1998. GUELLI, Oscar. A Invenção dos Números. Coleção Contando a Historia da Matemática. SP: Ática, Volume 1. 1998. IMENES, Luis Marcio. A Numeração Indo-Arábico. Coleção Vivendo a Matemática. SP. Scipcione, 2000. 270 ______.Descobrindo o Teorema de Pitágoras. Coleção Vivendo a Matemática. SP: Scipione, 2000. _______.Geometria dos Mosaicos. Coleção Vivendo a Matemática. SP: Scipone, 2000. LOPES, A. C. Os parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio e a submissão ao mundo produtivo: o caso do conceito de contextualização. Educação e Sociedade. Campinas, 2002 v. 23, n. 80, p. 11. (Disponível em http:/ www.scielo.br (pdf). Acesso em: 05 de dez 2007. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990. RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de conceitos. In: Escola Técnica de Saúde Joaquim Venâncio (org). Temas de Ensino Médio: Trilhos da Identidade. 1 ed. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2004, v.1, p.65 – 76. ______________. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. EVES, H. Tópicos de história da matemática para uso em sala de aula: geometria. São Paulo: Atual, 1992. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares para a Educação do Campo .Curitiba.SEED,2010. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 271 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA INGLÊS APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A função da escola pública no ensino de Língua Inglesa é de grande importância para grande parte da sociedade que tem nela a sua única via de acesso ao conhecimento da língua como instrumento de comunicação que lhe possibilitará desenvolver- se cultural e profissionalmente. A inclusão da Língua Inglesa no currículo do Ensino Fundamental e médio, possibilita ao aluno um grau maior de auto percepção como pessoa e como cidadão. Além disso, a aprendizagem de uma língua estrangeira juntamente com a língua materna, ”é um direito de todo cidadão conforme expresso na LDB e na Declaração dos Direitos Linguísticos” (PCN). Ao ensinar uma Língua Estrangeira deve se levar em conta a função social que esse conhecimento tem na sociedade. Com a atual globalização, o inglês tornou se comum para a comunicação entre as pessoas de diversos países. É a linguagem da tecnologia, da mídia, da música. Seu domínio é praticamente universal em todas as universidades. É o idioma mais usado no mundo. O ensino da Língua Inglesa deve garantir ao aluno uma experiência significativa possibilitando a capacidade de engajamento discursivo, fazendo se envolver o outro no discurso. Isso poderá ser garantido através de atividades em sala de aula que permitam ao aluno construir significado, podendo assim participar e compreender as relações comunicativas estabelecidas entre a sociedade e culturas do mundo moderno. Todo significado é construído pelos participantes do discurso, numa relação dialógica e supõe uma interação. Ao usar a linguagem tanto na forma escrita como oral, as pessoas o fazem para agir na sociedade interagindo. A Língua Inglesa tem um papel importante para o desenvolvimento integral do aluno, pois supõe não apenas a aprendizagem de formas linguísticas, mas uma experiência de vida que amplia as possibilidades de agir no mundo. METODOLOGIA O ensino da Língua Inglesa deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e centrar-se na educação para que o aluno reflita e transforme a 272 realidade e seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, percebendo que esta realidade é inacabada e está em constante transformação. É preciso trabalhar a língua como prática social significativa: oral/escrita. O trabalho com esta disciplina deve possibilitar ao aluno o acesso a novas informações, a ver e entender o mundo, construindo significados, permitindo que alunos e professores construam significados além daqueles que são possíveis na língua materna. Sendo assim, o conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da consciência da própria identidade, pois o aluno percebe-se também como sujeito dessa identidade, como um cidadão histórico e social. Língua e cultura constituem os pilares da identidade do sujeito e da comunidade como formação social. O conteúdo estruturante no ensino da Língua Inglesa é o discurso como prática social, contemplando-se os seguintes temas: História e Cultura Afro-Brasileira (Lei no. 10.639/03), Cultura Indígena (Lei no. 11.645/08), Meio Ambiente (Lei no. 9.795/99), Direito da Criança e do Adolescente (Lei no. 11.525/07), bem como os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual. E a Lei 9795/99, Dec. 4201/02 e a Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; e o Parecer CEE/CEB nº 1011/10, que institui normas e princípios para a implementação da Educação Básica do campo no Sistema Estadual de Ensino do Paraná e Res. Nº 4783/2010 que reconhece a Educação do campo como política educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do campo. OBJETIVOS GERAIS Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma Língua Estrangeira no que se refere a novas maneiras de agir e interagir e as visões de seu próprio mundo. Possibilitar ao aluno maior entendimento de um mundo plural e de seu próprio papel como cidadão de seu país e de seu mundo. Construir conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como e quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os conhecimentos da Língua materna. Construir consciência linguística e consciência critica dos usos que se fazem da Língua 273 estrangeira que esta se aprendendo. Conteúdos Estruturantes São entendidos como saberes mais amplos da disciplina e podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo estruturado de conhecimentos constituídos e acumulados historicamente. O discurso constituirá o conteúdo estruturante entendido como prática social sob seus vários gêneros. É necessário que o professor leve em consideração a experiência no trabalho com a linguagem que o aluno já possui e que ele tenha que interagir em um novo discurso, integrando assim elementos indispensáveis da prática como: conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos. Os conhecimentos lingüísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que se lhe apresenta. Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos. Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida. Os sócio-pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico particular. Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e garantida através de uma atividade significativa em língua estrangeira nas quais as práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática social cultural. Leitura: identificação do tema; intertextualidade; intencionalidade; léxico; coesão e coerência; funções das classes gramaticais no texto; elementos semânticos; marcas linguísticas e recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); variedade linguística; ortografia. Escrita: tema, finalidade e intencionalidade do texto; condições de produção; vozes sociais presentes no texto; elementos semânticos; particularidades da língua, pontuação e recursos gráficos; variedade linguística. Oralidade: elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.; adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; pronúncia. 274 CONTEÚDOS 6º ANO • Greetings • The Alphabet • Personal Pronouns • Indifinite Articles • Adjectives • Demonstrative pronouns – This / That • Vocabulary – Objects of class • Cardinal numbers – from 1 to 20 • Interrogative pronouns – Who and What • Reading for information • Interrogative pronoun – Where, What, Who • Countries and nationalites • Definitive article • Cardinal numbers – From 20 to 60 • Colors • Family tree • Occupations • Commemorative dates • Pronome Demonstratives – Those / These • Prepositions ( Time ) – in, on, at • Times of the day • Food • Dally meals • Kinds of food and brink • Prepositions ( Place ) – in, on, at • Verb there to be – affimative, negative and interrogative forms • Interrogative pronoun – How many • Calendar – days, month and seasons • Adjectives related to people • Adress 275 • Describing people • Imperative – affirmative and negative form • Genetive case • The modal verb – Can • Cardinal numbers – From 60 to 100 • Reading for information 7º ANO - The present progressive tense – affirmative, negative and interrogative form - Past tense of to be – affirmative, negative and interrogative forms - Prepositions – in, on,under - Past progressive tense - Much, many, a lot of - Simple present tense – affirmative, negative and interrogative forms • Adverbs • Possessive pronouns and adjectives • Genitive case • Interrogative pronouns – Whose / Who • Reading for information • Simple past tense – affirmative, negative and interrogative forms • Past time expressions • Modal verbs – can and May • Imperative • Directions • Countable and uncountable nouns • Concrete nouns • Abstract nouns • Progressive future tense and going to • Interrogative pronoun how and its compounds • Simple future – Will • Reading for information 276 8º ANO • Imperative – affirmative and negative forms • Simple present • Phrasal structure • Adverbs • Present progressive tense • Simple present X Present progressive tense • History of the English Language • British English • American English • Reading for information • Simple past tense • Regular and irregular verbs ( list ) • Past progressive tense • Genitive case • Future tense – Will, To be going to • Present perfect tense • Uses of the present perfect tense and its adverbs • Questions tags • Reflexive pronouns • Prepositions – ( means of transportation )by on • Modal verbs • Indefinite pronouns – some, any, no and none too and enough • Comparative forms – equality, inferiority and superiority • Superlative forms – inferiority and superiority • Idiomatic expressions • Many, much, few, little • Countable and uncountable nouns 9º ANO • Simple present X Present progressive tense • Some, any, no and none 277 • Compound pronouns • There to be • Verbs 3rd person of singular • Plural of nouns • Simple past X Past progressive tenses • Gerund – “ing” • Present perfect tense and its adverbs • Simple past and Present perfect tenses • Simple past and Present perfect tenses • Phrasal structure • Reading for information • Present perfect progressive tense • Phrasal structure • Simple present and Present perfect progressive tenses • Prepositions • Past perfect tense • Also, too, either • Relative pronouns • Interrogative words • Future- Going to X Will, Shall • Modal verbs • Adverbs and adjectives: Formation • Word order • Passive voice • Conjuctions • Questions tags 1º ANO - Review of contents ( articles, pronouns, verb to be, prepositions, genitive case) - Present Continuous Tense - Simple Present Tense - Future with Going to - Personal Pronouns ( Object ) - Possessives ( Adjectives and Pronouns ) 278 - Plural of Nouns - Quantitatives - Simple Past Tense – Regular Verbs and Irregular Verbs - Past Continuous Tense - Can / Could − Degrees of Comparison 2º ANO - Simple Future Tense - Genitive Case - Reflexive Pronouns - Present Perfect Tense - Past Perfect Tense - Indefinite Pronouns - Relative Pronouns - Anomalous Verbs 3º ANO - Future Perfect Tense - Conditional - Passive Voice - Tag Questions - Reported Speech - Infinitive Tense - Gerund - Adverbs - Do / Make AVALIAÇÃO A avaliação será diagnóstica e permanente, tanto individual quando coletiva. A avaliação é parte integrante e intrínseca ao processo educacional, indo muito além da visão tradicional que focaliza o controle externo do aluno por meio de notas e conceitos. A função da avaliação é alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica e não apenas constatar um certo nível do aluno. Não avaliamos somente os conteúdos 279 conceituais, mas também os procedimentos e atitudinais, indo além do que manifesta, até a identificação da causa. A avaliação assim entendida, oferece descrição e aplicação, é um meio de se compreender o que se alcança e porquê. Dá retorno ao professor sobre como melhorar o ensino possibilitando correções no percurso e retorno ao aluno sobre seu próprio desenvolvimento. Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina Escrita e análise linguística Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade) • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, substantivos, adjetivos, numerais, verbos, etc. Leitura Espera-se que aluno: • Realize leitura compreensiva do texto • Localize informações explícitas • Amplie seu léxico • Identifique o tema e a ideia central do texto • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto Oralidade Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção • Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna • Utilize adequadamente Avaliação será somativa, bimestral, valorada de 0,0 a 10,0 pontos, utilizando-se diferentes instrumentos, tais como: testes orais ou escritos, apresentações, participação em atividades com música, diálogos, análise e compreensão de textos de diversos gêneros. O aluno ainda terá direito à recuperação concomitante que possibilitará a retomada dos conteúdos não assimilados. Também serão computados como créditos ao aluno a sua participação em sala de aula, interesse, responsabilidade, assiduidade. 280 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. DIRETRIZES CURRICUALRES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Língua Estrangeira Moderna , Paraná 2008. PCNs.Secretaria de Educação. Brasília;MEC/SEF, 1998 (pág:120). PRESCHER. Elizabeth, PASQUALIN. Ernesto, AMOS. Eduardo. Inglês. São Paulo: Moderna, 2003. FERRARI. Mariza, Rubin, Sarah Giersztel. Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2002. AMORIM, José Olavo, LONGMAN Gramática Escolar da Língua Inglesa. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Governo do Estado do Paraná, Curitiba, 2006. 281 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A disciplina de Biologia tem como objetivo o estudo do fenômeno vida. Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre esse fenômeno, numa tentativa de explicá-lo. Muitos contribuíram no desenvolvimento dos saberes que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de Biologia. Devido a necessidade de sobrevivência, o homem primitivo, sendo caçador e coletor, tornou-se observador da natureza, curioso aprendeu a explorá-la. Na história da Ciência, foram vários os contextos nos quais pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza. É importante o desenvolvimento da compreensão do modo como a ciência realmente acontece, aprendendo algo acerca do crescimento das ideias científicas, do caminho que conduziu a compreensão atual de tais ideias e dos papéis desempenhados por diferentes investigadores e comentadores e da interação entre as provas e as teorias ao longo do tempo. O estudo da Biologia deve contribuir no preparo do indivíduo para a vida social, em seu sentido mais amplo, consciente, ativo e responsável pela própria prática e com ampla visão de mundo. Os conhecimentos construídos com o estudo da Biologia devem contribuir para que o indivíduo faça julgamentos e tome decisões com relação ao seu modo de vida nos ambientes que ocupa e a sua participação na sociedade. Na escola do campo a disciplina de Biologia desempenha um papel crucial, está diretamente relacionada com o estudo da natureza - e com a atuação do homem sobre a natureza - contemplando os seus mais variados aspectos. É importante que esta disciplina possa contemplar conteúdos relacionados a realidade do aluno do campo, levando em consideração seu conhecimento prévio e demonstrando, através do conhecimento científico que é possível evoluir sempre, atuar e melhorar o lugar onde se vive. No entanto, para que o objetivo principal – que é valorizar e instrumentalizar o aluno do campo, para que ele permaneça no campo – seja alcançado, faz-se necessário o uso de uma prática diferenciada e de metodologias variadas que garantam o direito universal à educação. É preciso aliar a teoria à prática, para que o conteúdo faça sentido ao aluno. 282 Deve-se deixar de lado a antiga pedagogia exclusiva que marginalizava o campo e supervalorizava a cidade, colocando-a como detentora de benefícios, conhecimentos e tecnologias. Um dos conteúdos inseridos na disciplina e que está diretamente ligado a atual realidade do campo é o desenvolvimento sustentável, o qual engloba questões como a biotecnologia, os avanços tecnológicos em geral, o papel do homem do campo (produtor de alimentos) para a manutenção da vida no planeta, entre outros. Os eixos de trabalho da Biologia e os da escola do campo estão diretamente interligados, o que pode, por um lado facilitar o trabalho, mas também aumenta a responsabilidade do professor na formação eficaz desse aluno. O ato de educar é um ato essencialmente social. A ciência não é um saber neutro. É um conjunto de fatos científicos produzidos numa sociedade historicamente determinada. É preciso garantir a permanência no campo, mas com qualidade de vida. OBJETIVOS GERAIS -Compreender a vida como fenômeno que se manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado, que interage com o meio físico-químico através de um ciclo de matéria. -Dar significado a conceitos científicos básicos em Biologia. -Reconhecer o homem como agente e paciente de transformações por ele produzidos no seu ambiente. -Reconhecer a Biologia como um fazer humano e histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais e tecnológicos. -Reconhecer os diferentes recursos biotecnológicos para adquirir e construir conhecimento crítico e ético. -Identificar ações que visam a preservação e a implementação da saúde individual, coletiva e ambiental. -Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou processos biológicos. -Promover a interdisciplinaridade, conduzindo a novos conhecimentos que não seriam possíveis se não fosse essa integração. -Compreender o mundo onde se vive e buscar condições para atuar nele com autonomia. -Perceber os efeitos positivos das técnicas biológicas na vida moderna, como também seus efeitos perturbadores. -Reconhecer os aspectos econômicos relacionados as patentes biológicas e a 283 exploração dos recursos naturais. -Dar significado ao conteúdo aprendido pelo aluno, buscando na vida pessoal e na convivência social do aluno e estimular sua autonomia intelectual. -Compreender que a Biologia, assim assim como as ciências em geral, não é um conjunto de conhecimentos definidamente estabelecidos, mas que se modifica ao longo do tempo. -Desenvolver o respeito pela vida e o entendimento de que a sobrevivência da espécie humana está condicionada a sobrevivência de outras. - Entender o campo como um lugar de trabalho, de cultura, da produção de conhecimento e de maior qualidade de vida. - Realizar projetos de desenvolvimento local e sustentável, que valorizam o homem do campo. OBJETIVOS ESPECÍFICOS -Identificar as características gerais dos seres vivos. -Perceber a importância da classificação dos seres vivos, apropriando-se de suas regras. -Diferenciar substâncias orgânicas de inorgânicas. -Entender as principais hipóteses levantadas ao longo do tempo para explicar a origem dos seres vivos bem como sua evolução. -Perceber o organismo como resultado de uma interação dos diferentes níveis de organização. -Entender a complexidade anatomofisiológica das células. - Discutir sobre as peculiaridades dos Vírus. -Mostrar a importância da vacinação em relação a muitas doenças, bem como a importância de se discutir doenças como a dengue, Aids e gripes, entre outras. -Identificar os Reinos Monera, Protista e Fungi, quanto a importância ambiental. Médica e econômica. -Reconhecer variados grupos de seres vivos através das características específicas de cada um. - Conhecer e relacionar forma e função das mais variadas estruturas dos organismos vivos. - Conhecer o seu corpo, modificando hábitos e reconhecendo a importância da preservação da saúde e do bem estar .-Compreender a evolução dos seres vivos, bem como as teorias evolucionistas. - Reconhecer a existência do processo evolutivo e suas consequências. 284 --Entender que os temores gerados pela genética já extrapolaram o campo das ciências biológicas e avançaram para a ética e a religião, entre outras áreas. - Conhecer os mecanismos de transmissão das características hereditárias. - Conhecer e discutir a genética moderna, os processos e os efeitos de mecanismos geneticamente modificados. -Entender a totalidade da ciência das relações do organismo com o meio ambiente, compreendendo no sentido amplo, todas as condições de existência. -Entender os ciclos biogeoquímicos existentes na natureza e sua relação de interferência na vida humana. - Reconhecer a diversidade ambiental do planeta. - Relacionar a biodiversidade com as condições ambientais. - Reconhecer os principais ecossistemas através de suas características. -Relacionar os desequilíbrios ecológicos com seus agentes causadores. - Entender que todos nós devemos cumprir com o que nos cabe para manter o equilíbrio ecológico do planeta. - Trabalhar os mais variados conteúdos com o enfoque no dia a dia do aluno do campo, buscando valorizar e melhorar a sua realidade por meio do conhecimento científico. Conteúdos estruturantes de Biologia -Organização dos seres vivos. -Mecanismos biológicos. -Biodiversidade. -Manipulação genética. Conteúdos específicos 1.º ANO -Biosfera, vida e organização biológica. -Vida, matéria e energia. -Bioquímica celular. -Origem da vida. -Citologia. -Biotecnologia do DNA. -Fotossíntese. -Respiração celular. -Histologia animal. 285 -Histologia vegetal. -Noções de ecologia. 2.º ANO -Sistema de classificação dos seres vivos. -Vírus. -Reino monera. -Reino protista. -Reino fungi. -Reino plantae. -Reino animalia. -Fisiologia vegetal. -Fisiologia animal. -Reprodução e desenvolvimento. 3.º ANO -Genética. -Evolução. -Ecologia. Os temas: História e Cultura Afro-Brasileira (Lei n.º10.639/03), História e Cultura AfroBrasileira e Indígena (Lei n.º 11.645/08), História do Paraná (Lei n.º 13.381/01) e Educação Ambiental (Lei n.º 9.795/99) serão abordados de acordo com as potencialidades e objetivos de cada conteúdo específico, sendo recorrentes e permeando os mais diversos momentos das aulas. METODOLOGIA O aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental talvez sejam, entre os objetivos do ensino médio, os que mais amplamente têm se cumprido. O que não significa que isso ocorra de maneira mais apropriada. Houve ênfase cada vez maior no acúmulo de informações e pouca atenção para a sistematização e a significação desse conhecimento visando ao desenvolvimento. Que desperta no aluno a consciência crítica e o torna socialmente responsável. Exigindo que o professor tenha consciência de que sua missão não se limita a mera transmissão de informações, principalmente levando-se em conta que, atualmente, as informações são transmitidas pelos meios de comunicação e pela rede mundial de computadores, quase imediatamente após os fatos terem ocorrido, a um número cada vez maior de pessoas. 286 O papel do professor é possibilitar que, ao acessar a informação, o aluno tenha condições de decodificá-la, interpretá-la e, a partir daí, emitir um julgamento, atuando e modificando sua realidade. Pois, temas próprios da Biologia fazem parte cada vez mais do dia a dia das pessoas e das decisões que devem tomar, individual ou coletivamente; principalmente no que tange a escola do campo. A ação é o estabelecimento, pelo professor, de vínculos diretos e claros entre o conteúdo e a realidade. Trata-se da contextualização, investigação e interdisciplinariedade como princípios pedagógicos. A própria escola e seu entorno podem e devem servir de ponto de partida para a contextualização. A presença ou ausência de elementos biológicos nesse espaço configura-se como um bom elemento para iniciar qualquer assunto na disciplina. Para o ensino da Biologia fazer sentido para a realidade dos alunos, seus conhecimentos e vivências prévias, devem ser considerados como ponto de partida. Contudo, em um mundo cada vez mais globalizado, acontecimentos distantes podem afetar diretamente a vida do aluno. Não faltam exemplos e possibilidades de trabalho, porém a Biologia passou a ser um campo de conhecimento com leis gerais, o que alargou e aprofundou suas dimensões, tornando muito difícil para o professor decidir o que deve ser fundamental. Para que sejam eficazes as ações pedagógicas devem considerar a problemática da juventude, ou seja, é necessário conhecer quem são os jovens e quais são suas relações com a realidade escolar, que muitas vezes não é de importância central. Deve levar em consideração também, a atual realidade do aluno do campo. A interdisciplinaridade tem grande importância no ensino da Biologia, pois pode conduzir a uma abordagem simultânea de um mesmo assunto por diferentes disciplinas. Exigindo-se um acerto de planos de aulas e de cronogramas entre professores, respeitando-se as especificidades de cada disciplina. Mostrar para a comunidade escolar, a importância da história e cultura afrobrasileira e africana, o papel do uso de plantas na medicina, no seu cultivo e cultos religiosos , apresentar as epidemias decorrentes de doenças de origem africanas e como elas se expandiram na sociedade mundial, são exemplos de temas que podem ser interdisciplinares. A apropriação de conteúdos, no qual o aluno possa entender como vive e como viviam as comunidades indígenas também é de muita importância, pois passam a entender, entre outros, qual era a forma da utilização de plantas medicinais e a finalidade que a natureza representa para eles nos dias de hoje, essa cultura esta 287 diretamente relacionada aos conhecimentos e hábitos do homem do campo, tão dependente e ligado aos produtos da natureza. O uso de diferentes recursos como vídeos, computadores, fotos e as atividades experimentais são usados nas aulas de Biologia e requerem uma problematização. Porém, deve-se considerar também as aulas demonstrativas e expositivas. Além é claro dos estudos de caso, e sempre que possível, aulas de campo. O aprendizado da Biologia deve permitir a conscientização de atitudes para além do conhecimento científico, levando o aluno a desenvolver atitudes de valorização da própria vida e a de seus semelhantes. Em tempos em que a violência alcança níveis intoleráveis, não deixa de ser oportuna qualquer iniciativa no sentido da valorização da vida e do regate da autoestima do cidadão. O principal foco da metodologia da disciplina de Biologia, assim como das demais, na escola do campo deve ser a integração do conteúdo com a realidade do aluno; adequando-se sempre que necessário na busca do conhecimento efetivo e crítico, com intervenção na realidade. AVALIAÇÃO O processo de avaliação visa julgar como e quanto dos objetivos iniciais definidos no plano de trabalho do professor foram cumpridos. Deve estar estreitamente vinculado aos objetivos da aprendizagem. Tendo a finalidade de revelar fragilidades e lacunas, pontos que necessitam de reparo e modificação por parte do professor. Deve estar centrado tanto no julgamento dos resultados apresentados pelos alunos quanto na análise do processo de aprendizagem. A avaliação como instrumento analítico prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos se tornem observadores dos avanços e dificuldades, a fim de superarem os obstáculos existentes. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) estabelece que a avaliação deve ser contínua e priorizar a qualidade e o processo da aprendizagem, proporcionando a verificação do desempenho do aluno ao longo de todo o ano e não apenas em uma prova ou um trabalho. Como sugestão de critérios avaliativos da disciplina podemos citar: conhecimento conceitual e procedimental, raciocínio lógico, aplicação do conhecimento científico, uso da metodologia científica, interpretação e resolução de problemas, clareza de ideias, criatividade e inovação, participação efetiva em trabalhos coletivos e 288 até mesmo mudança comportamental. Na verificação da aprendizagem aplicam-se provas convencionais formuladas com questões que estimulem o raciocínio e a crítica do aluno. Além da avaliação convencional pelas provas, o professor poderá verificar o aprendizado do aluno pelo nível de participação nos trabalhos de dinâmica de grupo, pela participação em debates, seminários, investigações experimentais, entrevistas com profissionais e interesse nas excursões em estudo de campo. Sendo assim a forma avaliativa deverá ser feita por somatória de 0,0 a 10,0, com no mínimo três instrumentos avaliativos bimestrais. Onde os conteúdos não apropriados pelos alunos deverão ser revisados e reavaliados, oportunizando recuperação paralela de conteúdos e notas. A avaliação diferenciada dos alunos da escola do campo, deve levar em consideração – segundo a própria diretriz da escola do campo – a sabedoria empírica do homem do campo, suas observações e carências a cerca da escola, e estabelecer um diálogo efetivo entre todas as partes envolvidas no processo de aprendizagem. 8-REFERÊNCIAS Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. Biologia. Governo do Estado Paraná, Curitiba, 2006. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Governo do Estado do Paraná, Curitiba, 2006. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Secretaria de Educação Básica, Brasília 2008. PAULINO, W. R. Biologia. v. 1. São Paulo: 2008. PAULINO, W. R. Biologia. v. 2. São Paulo: 2008. PAULINO, W. R. Biologia. v. 3. São Paulo: 2008. • Caderno de expectativas de aprendizagem. Biologia. Governo do Estado do Paraná, Curitiba, 2008. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 289 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Quando ouvimos falar em filosofia, nos vem à mente pensamentos e dizeres que a primeira vista parecem sem sentido, por isso é tão importante o estudo mais aprofundado, desvendando os mistérios da mente humana e como pode-se usar essas teorias na pratica, na vida de cada um. O ensino pode ser iniciado com a leitura de um texto jornalístico ou literário, exibição de um filme ou uma imagem, dentre outras inúmeras atividades que podem ser apresentadas pelo professor para investigar e motivar relações entre a vida do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A isso se dá o nome de mobilização para o conhecimento, dentro destas diretrizes. A história do ensino da filosofia no Brasil e no mundo tem apresentado inúmeras possibilidades de abordagem, esta história e as ideias dos grandes filósofos que já existiram são fontes infinitas de ideias e conteúdos que podem ser usados pelos professores para enriquecer suas aulas. A aula de filosofia é principalmente um espaço para se exercitar o pensamento, buscando soluções para problemas da sociedade. O professor deve incentivar o aluno a desenvolver seus próprios pontos de vista, e analisar as questões filosóficas de forma ampla e clara. Aprender a dialogar com a vida, para formar conceitos e construir sua própria opinião filosófica dentro dos conceitos da disciplina. Esta disciplina é importante para a constituição da identidade do ensino médio enquanto etapa educacional, podendo ela ajudar na compreensão da importância das demais disciplinas, associando-se ao mundo da linguagem, literatura, história, ciências e arte. Com enfoque a reflexões referente a lei nº 11.769/08 que caracteriza Música; nº 11.769/08: Prevenção do uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal; nº11525/07: Educação Tributária Dec. nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02, e a Lei 9795/99, Dec. 4201/02 e a Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; e o Parecer CEE/CEB nº 1011/10, que institui normas e princípios para a implementação da Educação Básica do campo no Sistema Estadual de Ensino do Paraná e Res. Nº 4783/2010 que reconhece a Educação do campo como política educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do campo. 1Objeto de Estudo da Disciplina O“objeto” de estudo da disciplina de filosofia está relacionado ao ser humano: as diferentes maneiras de pensar, de interpretar o mesmo fato, os diferentes pontos de vista sobre uma mesma situação ou fato, histórico ou atual. A filosofia 290 abrange os fundamentos de qualquer conhecimento: linguagem, o ser, história, arte, política, ética... Na tentativa de interpretar o mundo, entender e transformar o homem. Uma investigação referente às mudanças estruturais ao longo dos tempos, o comportamento em geral tem se transformado. Professor e aluno podem buscar respostas através dos materiais disponíveis para o ensino desta matéria, e ajudar a descobrir quais fatores desencadearam tais mudanças no pensar e agir das pessoas, e que por sua vez provocaram mudanças em nossa sociedade atual. OBJETIVO GERAL: Centrado no papel que a Filosofia tem de desempenhar nas escolas, a presente proposta visa suscitar no aluno o senso critico visando superar as concepções próprias do senso comum. Na expectativa de que, por meio da reflexão filosófica, o educando possa crescer cada vez mais na consciência de si mesmo (critica de si próprio enquanto pessoa e de seu papel individual e social); e na consciência do mundo (compreensão do mundo natural e social, bem como de suas possibilidades de mudança). Despertar o interesse do aluno para questões da natureza humana, levando a formação de cidadãos criativos e críticos que tenham atuação ativa na resolução dos problemas da sociedade. Assim, mostrar e incentivar o aluno a buscar caminhos para a justiça, conduzindo-o a ações corretas formando cidadãos de bem, coerentes e justos, ajudando assim a sociedade de modo geral. O estudo da Filosofia visa, portanto, propiciar o “despertar” e o desenvolvimento da reflexão profunda do aluno, oriunda das especulaçoes sobre sua realidade ou vivencia, e da apreensão dos sistemas filosóficos historicamente desenvolvidos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Incentivar a leitura de textos filosóficos • Remodelar conceitos, mostrando novos significados e interpretações. • Identificar os elementos filosóficos na política, religião, ciências, arte, na sociedade em geral. • Perceber todos os lados das informações contidas nos diversos meios de comunicação social. • Construir e reconstruir conceitos. • Tornar-se ativo nas questões da sociedade, apresentando possíveis soluções. • Desenvolver habilidade da reflexão filosófica de forma escrita e oral. • Estabelecer relações e conexões entre sistemas filosóficos e científicos. CONTEÚDOS Os conteúdos encontram-se divididos conforme as séries em que a disciplina é aplicada nesse estabelecimento de ensino. Busca-se a interdisciplinaridade com as outras áreas do saber dentro das ciências humanas e também nas outras 291 ciências. A sequencia cronológica de tais conteúdos com ênfase nos “conteúdos estruturantes”, propostas pelas Diretrizes Curriculares Estaduais, permitira ao estudante alcançar os objetivos previstos. 1º ANO 1º BIMESTRE CONTEUDO ESTRUTURANTE • Descobrindo a Filosofia CONTEÚDOS BÁSICOS • O que é Filosofia? • Saber filosófico • Atualidade do Mito • Relação Mito e Filosofia CONTEÚDO ESPECÍFICO 1. A CONSCIÊNCIA MÍTICA • O Mito entre os primitivos • Mito e Religião • O Mito hoje 2. DO MITO À RAZÃO • O nascimento da Filosofia • Mito e Filosofia- continuidade e ruptura • O que é Filosofia? • A atitude filosófica • A Filosofia e a Ciência • O processo de filosofar • Qual é a atitude da Filosofia? 2º BIMESTRE CONTEUDO ESTRUTURANTE • Antropologia Filosófica CONTEÚDOS BÁSICOS • Natureza e Cultura • Linguagem e pensamento • Trabalho, alienação e consumo CONTEÚDO ESPECÍFICO 292 • A cultura como construção humana • O agir humano: a cultura • O que é uma linguagem? • A linguagem do desenho • A linguagem verbal • Funções da linguagem • Linguagem pensamento e cultura • A humanização pelo trabalho • O trabalho como mercadoria: a alienação • Novos tempo na fabrica • A sociedade pós moderna: o hiperconsumo 3º BIMESTRE CONTEUDO ESTRUTURANTE • Teoria do Conhecimento CONTEÚDOS BÁSICOS • Possibilidades do Conhecimento • As formas do Conhecimento • O Problema da verdade • A questão do método • Conhecimento e lógica CONTEÚDO ESPECÍFICO • O que é conhecimento? • Tipos de conhecimento • A verdade • Ignorância e verdade • Buscando a verdade • As concepções da verdade • Nascimento da Lógica • Elementos da Lógica 4º BIMESTRE CONTEUDO ESTRUTURANTE • Ética CONTEÚDOS BÁSICOS • Ética e moral • Pluralidade da ética • Ética e violência 293 • Razão, desejo e vontade • Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas CONTEÚDO ESPECÍFICO • Construção do sujeito moral • O que significa ser livre? • O que é ética? • O que é Moral? • Liberdade e determinismo. • Liberdade e responsabilidade; Sartre. • Autonomia e liberdade. • Cultura afro: a luta pela liberdade. O fim da escravidão é um exemplo de luta. 2º ANO 1º BIMESTRE CONTEUDO ESTRUTURANTE • Filosofia Política CONTEÚDOS BÁSICOS • Relação entre comunidade e poder • Liberdade e igualdade • Politica e ideologia • Esfera pública e privada • Cidadania formal ou participativa CONTEÚDO ESPECÍFICO • Os vários usos da palavra politicagem • Distinguir politica de politicagem • Politica antiga – politica grega e medieval, destacando-se o aspecto comum de uma política normativa, estabelece normas de ação para o governante virtuoso. A diferença está na influencia religiosa no poder, na idade media • Liberalismo: Com Maquiavel, que rompe com a concepção antiga e medieval de política • As teorias contratualistas de Hobbes, Locke e Rousseau, que estão na base do liberalismo, analisando as características principais (econômica e política) • O socialismo • O anarquismo • A democracia • Democracia Formal e substancial • Democracia e Cidadania 294 2º BIMESTRE CONTEUDO ESTRUTURANTE • Filosofia da Ciência CONTEÚDOS BÁSICOS • Concepção de ciência • A questão do método cientifico • Contribuição e limites • Ciência e ideologia • Ciência e ética • Ciência e Religião CONTEÚDO ESPECÍFICO • As características do método experimental típica da ciência da natureza. • Breve histórico da ciência, desde os gregos, passando pela Idade Média, a Revolução Cientifica do sec. XVII e seus desdobramentos até os tempos atuais. • Analisar os mitos da ciência, especialização, neutralidade, afim de realçar a importância da reflexão filosófica. • A bioética • Conflito entre razão e fé. 3º BIMESTRE CONTEUDO ESTRUTURANTE • Filosofia da Estética (filosofia da arte) CONTEÚDOS BÁSICOS • Natureza da arte • Filosofia da arte • Categoria estética- feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc. • Estética e sociedade. CONTEÚDO ESPECÍFICO • Conceito de estética • Feio ou Bonito? Depende do gosto • As varias vertentes filosóficas definem o que é belo? • Obra de arte, artista e admirador • Arte em nosso cotidiano 4º BIMESTRE CONTEUDO ESTRUTURANTE • Revisão sobre ética- O homem ético 295 CONTEÚDOS BÁSICOS • Entre o bem e o mal • Ninguém nasce moral • Podemos ser livre? • Teorias éticas CONTEÚDO ESPECÍFICO • Os valores • Moral e ética • Carter histórico e social da moral • A liberdade do sujeito moral • Dever e liberdade • A construção da personalidade moral • Consciência e liberdade • Ética e liberdade • A ética contemporânea. METODOLOGIA DA DISCIPLINA: A filosofia na escola deve significar a abertura de um espaço de experiência filosófica, espaço da criação e provocação do pensamento original, da busca da compreensão da imaginação e da criação de conceitos. Para tanto a presente proposta buscará utilizar-se da seguinte metodologia: • Aula expositiva • Aula expositiva dialogada (priorizando a participação ativa do aluno, que deve envolver-se com o tema em questão, direcionado para a discussão) • Aula expositiva com recursos audiovisuais • Leitura previa de texto – extraclasse (imprescindível) • Estudo de texto, com questões para apreensão do referido assunto • Analise de texto, individual e/ou em grupo, com caráter interpretativo, voltado para exposição e discussão • Elaboração/ construção de exercícios de fixação e critividade • Trabalho de pequisa • Debate em pequenos grupos • Relatórios de síntese. AVALIAÇÃO A avaliação se dá apartir da verificação de o quanto o aluno progrediu no aprendizado durante o ano letivo, de o quanto absorveu dos conhecimentos 296 repassados pelo professor, e como esta aplicando estes conhecimentos em sua vida social. Deve-se avaliar segundo a capacidade de cada aluno, alguns tem mais facilidade em certos assuntos e mais dificuldade em outros, por isso as atividades avaliativas devem ser sempre diferenciadas, para que se possa identificar essas dificuldades de cada aluno e trabalhar em cima delas com maior atenção, evitando assim que alguns alunos sejam prejudicados ao final do ano letivo. Para realizar esta verificação de aprendizagem serão usadas as seguintes atividades avaliativas: • Testes escritos (avaliação propriamente dita). • Leitura e interpretação de textos filosóficos. • Produção de textos para apresentação das suas próprias ideias e pontos de vista. • Pesquisas via internet e na biblioteca. • Trabalhos em grupo ou individuais. • Participação nas aulas. • Debates. • Apresentação de trabalhos (oralmente para toda turma) • Cada professor pode usar também métodos próprios para avaliar seus alunos de acordo com a característica de cada turma. • Será propiciada a recuperação paralela de conteúdo e a recuperação de nota. REFERÊNCIAS ARANHA, Maria Lucia. Martins, Maria Helena. Filosofando – Introdução á Filosofia. São Paulo. 2009 CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 1ª ed. São Paulo, 2010. CHAUÍ, Marilena. Primeira Filosofia. Lições introdutórias. São Paulo, Brasiliense, 1984. COTRIM, G. Fundamentos de Filosofia, História e Grandes Temas. Saraiva. São Paulo, 2002. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná. Livro Didático Publlico – Filosofia – SEED PR, 2006. 297 MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia: Dos pré-socráticos a Wittgenstein. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1997. RUSSEL, B. Os problemas da filosofia. Tradução: Antonio Sérgio. Coimbra Almedina, 2001. http://www.seed.pr.gov.br PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação -SEED. Educação do Campo, Curitiba, 2010. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 298 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A história da Física inicia-se desde que a humanidade começou a analisar racionalmente os fenômenos naturais. Para descrever esses fenômenos e os mistérios do Universo, faz o uso de modelos científicos, utilizando-se da matemática como linguagem natural e da lógica para construção de conceitos, modelos e teorias. A Física é um campo de conhecimentos científicos em processo de construção, que deve ser considerado como disciplina com características próprias. São muitas as aplicações desta Ciência, com por exemplo, o avanço tecnológico (baseado nos estudos de eletromagnetismo), a modernização dos meios de transportes (devem-se à termodinâmica) e construção civil (mecânica). Seu desenvolvimento reflete-se em toda a sociedade como um todo. O estudo do movimento dos corpos, com Newton e a mecânica clássica, deve ser uma viagem entre o céu e a terra. Aproveitando os modelos geocêntrico e heliocêntrico, de acordo com teorias de Aristóteles e Galileu, deve-se analisar a Ciência em evolução. No estudo da Termodinâmica, com suas transformações de energia térmica em energia mecânica, também devemos refletir sobre sua grande importância no processo de Revolução Industrial. E para explicar a existência de partículas infinitesimais, o conhecimento da Mecânica Quântica, com suas possibilidades e incertezas, é primordial. O estudo da física no ensino médio deve contribuir na formação de cidadãos críticos e responsáveis, que compreendam a evolução científica, que interpretem fenômenos naturais e se coloquem como parte integrante da natureza e do universo. “... uma das condições fundamentais é tornar possível o que parece não ser possível. A gente tem que lutar para tornar possível o que ainda não é possível. Isso faz parte da tarefa histórica de redesenhar e reconstruir o mundo.” (Paulo Freire) Assim, a Física revela também uma dimensão filosófica, com uma beleza e importância que não devem ser subestimadas no processo educativo. Para que esses objetivos se transformem em linhas orientadas para a organização do ensino da Física no Ensino Médio, é indispensável superar a prática tradicional, elevando a beleza dos 299 conhecimentos científicos. Como em outras conteúdos disciplinas, a Física também deve contemplar em seus as Leis: Lei nº 13381/01 que trata da História do Paraná,; a Lei nº 11.645/08), história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, Lei nº11.769/08 prevenção ao uso de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação fiscal, enfrentamento à violência conta a criança e o adolescente.,Lei 9795/99, Dec. 4201/02 e a Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; e o Parecer CEE/CEB nº 1011/10, que institui normas e princípios para a implementação da Educação Básica do campo no Sistema Estadual de Ensino do Paraná e Res. Nº 4783/2010 que reconhece a Educação do campo como política educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do campo. OBJETIVOS OBJETIVOS GERAIS Formar cidadãos capazes e responsáveis para intervir nas transformações do nosso planeta. Transformar o conhecimento empírico em conhecimento científico. Compreender a evolução da Ciência. Relacionar a Física com a revolução tecnológica e as transformações culturais e econômicas. Compreender o Universo e os elementos que os compõem. Entender a origem do Universo e consequentemente do sistema Solar e da Terra. • Identificar os movimentos e suas causas. • Distinguir os diferentes tipos de forças. • Utilizar adequadamente as grandezas físicas e suas unidades. • Relacionar massa e energia. • Compreenda a conservação de energia • Reconhecer perdas energéticas por aquecimento ou atrito, e rendimentos de máquinas. • Identificar o objeto de estudo da termodinâmica. • Utilizar as grandezas físicas e suas unidades. • Reconhecer o calor como forma de energia em transição. • 300 Reconhecer as leis da Termodinâmica como leis de conservação de energia. • Compreender que a energia mecânica de um sistema físico envolve, outras formas de energia. • Identificar a luz visível como uma forma de campo eletromagnético. • Utilizar adequadamente as grandezas físicas e suas unidades. • Relacionar a energia da onda eletromagnética com a frequência e comprimento. • Identificar a força do campo. • Compreender os fenômenos de emissão de ondas eletromagnéticas pelas substancias. • Analisar o rendimento de máquinas reais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender que o nosso Planeta teve uma origem, tem um presente e terá um futuro e que depende de como a humanidade conhece e se relaciona com o Planeta hoje. Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos, partindo da realidade sócio-cultural, levando o estudo científico as condições e realidade de nossos alunos, observando as necessidades especiais de cada um. Identificar as relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas. Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados transformação, espaço, tempo, sistema e equilíbrio. a energia, matéria, Saber cominar leituras, observações, experimentações e registros para coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações. Reconhecer diferentes fontes de energia utilizadas em máquinas e em outros equipamentos e as seqüências das transformações que tais aparelhos realizam, discutindo sua importância social e histórica. Compreender se um corpo está parado ou em movimento, utilizando-se o conceito de referencial. Identificar o que faz o corpo entrar em movimento ou cessar o movimento. Descobrir que forças atuam sobre um corpo em movimento. Entender como utilizar nossos conhecimentos sobre o mundo para desenvolver os 301 recursos tecnológicos. Refletir sobre conceitos de calor, temperatura e energia térmica para reestruturá-los e aproximá-los dos conceitos científicos. Ampliar os conhecimentos com introdução de outros conceitos, como os de substâncias e misturas; pontos de fusão e Ebulição; massa e volume de uma substância; a relação entre a massa e volume (densidade); Aplicar os conhecimentos prévios sobre medidas, conduzindo a construção do conceito de grandezas físicas, explorando os instrumentos de medidas mais conhecidos e usados. Implantar alguns tipos de energia renováveis no local onde vivem. Perceber o grande número de movimentos periódicos e vibratórios que podemos observar na natureza e no nosso ambiente. Ampliar os conhecimentos a respeito da matéria: suas características e suas transformações. Discutir os fenômenos elétricos básicos, os circuitos elétricos, o magnetismo e o eletromagnetismo. Reconhecer os fenômenos luminosos como refração, reflexão dispersão, absorção e espalhamento. Compreender que as ondas eletromagnéticas podem ser geradas, por uma campo elétrico variável, e que este é devido à oscilação de cargas elétricas. Compreender que o campo elétrico gerado por uma carga modifica as propriedades elétricas do espaço em torno da carga. SEQUENCIA DOS CONTEÚDOS 1ºANO Conteúdos Estruturantes Movimento Conteúdos Básicos Introdução. Descrição de movimentos. Movimento Uniforme. Movimento Uniformemente Variado. Cinemática vetorial. Leis de Newton Atrito Energia, Trabalho e Potência. 302 Conservação da Energia Mecânica. Conservação da quantidade de movimento. Variação da quantidade de movimento Leis de Kepler CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Oque é física; Apresentação de grandes cientistas e físicos da história; Grandezas físicas e unidades; Notação científica; Medidas de intervalo de tempo e comprimento Movimento e repouso; Trajetória; Velocidade Média; Velocidade e aceleração instantânea, Movimento acelerado e retardado; Função horária do M.U e M.U.V Gráficos do movimento uniforme; Equação de Torricelli; Grandezas escalares e vetoriais; Vetor deslocamento, velocidade e aceleração; Noção de força; Força resultante; Primeira lei de Newton ou Princípio da Inércia; Segunda lei de Newton ou Princípio Fundamental da Dinâmica; Força peso; Terceira lei de Newton ou Princípio Fundamental da Ação e Reação;] Atrito estático e Dinâmico; Trabalho de uma força constante; Trabalho motor e trabalho resistente; Trabalho da força peso; Potência; Teorema da energia cinética; Tipos de energia renováveis que podem ser implantadas nas comunidades rurais; Energia potencial; 303 Energia potencial gravitacional Energia mecânica Quantidade de movimento Impulso de uma força; Teorema do impulso; Princípio da conservação da quantidade de movimento; Leis Kepler; Gravitação; 2ºANO Conteúdos Estruturantes Termodinâmica Conteúdos Básicos • Temperatura • Dilatação • Calor • Termodinâmica • Introdução à Óptica Geométrica • Refração da Luz • Ondas • Natureza do som e da luz CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • Medida da temperatura; • Conversão das escalas termométricas; • Dilatação linear; • Dilatação superficial e volumétrica • Aplicações praticas de dilatação térmica • Dilatação dos líquidos; • Propagação de calor • Trocas de calor • Calor sensível e calor latente • Modelo de um gás perfeito • Transformações gasosas 304 • Primeira lei da termodinâmica • Segunda lei da termodinâmica • Ciclo de Carnot • Ciclo da geladeira (funcionamento) • Raio de luz e feixe de luz • Princípio da propagação retilínea da luz • Construção geométrica de imagens • Velocidade da luz • Natureza das ondas • Ondas periódicas • Fenômenos ondulatórios • Velocidade do som • Ondas luminosas. 3ºANO Conteúdos Estruturantes Eletromagnetismo Conteúdos Básicos • Introdução à eletricidade • Campo elétrico • Potencial elétrico • Corrente elétrica • Potência elétrica e associação de resistores • Geradores e circuitos elétricos • Campo magnético • Corrente elétrica e campo magnético • Indução magnética • Física moderna CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • Eletrização de carga elétrica • Condutores, isolantes e processo de eletrização • Detectores eletrostáticos 305 • Lei de Coulomb (medida da carga elétrica) • Conceito de campo • Vetor campo elétrico • Campo de uma partícula eletricamente carregada • Campo de um condutor esférico carregado • Linhas de força de condutores eletricamente carregada • Potencial elétrico • Diferença de potencial e trabalho em um campo elétrico • Potencial elétrico em campo uniforme • Superfícies equipotenciais • Potencial elétrico de uma esfera condutora • Conceito de capacidade • Capacidade de uma associação de condutores • Conceito de corrente elétrica • Intensidade e sentido da corrente elétrica • Diferença de potencial e corrente elétrica • Resistência elétrica e Lei de Ohm • Resistores • Potência elétrica dissipada em um resistor • Resistividade • Associação de resistores • Geradores químicos e fora eletromotriz • Equação do gerador • Potência e rendimento de um gerador • Circuitos elétricos da corrente contínua • Introdução a campo magnético • Características dos imãs • Campo magnético • Força sobre condutores percorridos por corrente elétrica • Espira percorrida por corrente elétrica – efeito motor • Lei de Ampére • Interação eletromagnética entre condutores paralelos 306 • Espiras e solenoides • Fluxo do campo magnético • Indução eletromagnética (Lei de Faraday) • Lei de Lenz • Geradores eletromagnéticos e corrente alternada • Transformador METODOLOGIA A aprendizagem cientifica realiza-se por meio das transformações conceituais que se produzem no individuo. Isto acontece por meio da qualidade do saber com função prática na vida a que ele tenha acesso que no caso da escola do campo deve ter uma educação pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais. Para despertar o interesse do educando, precisamos ficar atentos às mudanças ao nosso redor, fazendo constante análise dos objetos que a sociedade espera do ensino nas escolas, para manter a educação lado a lado com a realidade, abordando pontos importantes para o momento. Ninguém pode ensinar verdadeiramente se não ensinar alguma coisa que seja verdadeira ou válida aos próprios olhos. Como educador, o professor deve empregar maneiras agradáveis e eficientes de formar pessoas críticas, que saibam aproveitar cada assunto estudado, não se comportando como meros repetidores do que foi ensinado em aula. O professor dentro do construtivismo deve estimular o aluno a perguntar, a construir, devendo relacionar os conteúdos com situações concretas da vida, tendo a preocupação de que o ensino de Física não se reduza a uma matemática aplicada, onde o aluno se perde e esquece o conteúdo que está sendo trabalhado. Professores e estudantes devem compartilhar na busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, integram, modificam e enriquecem o saber já existente, inclusive com a possibilidade substituí-lo. O ensino de Física deve promover o livre diálogo entre ideias científicas e as ideias dos alunos, dando assim novas dimensões ao trabalho realizado em sala de aula O resultado é que o aluno da escola de campo é levado a seguir uma lógica viva de descoberta vez da estática de organização do já conhecido. 307 Os conteúdos devem ser trabalhados levando em conta o conhecimento prévio dos estudantes e sua relação com os fatos do cotidiano como também as experiências por eles vividas. Procedimentos utilizados: Aulas expositivas Aulas experimentais Apresentação de trabalhos e debates Seminários e palestras Recursos audiovisuais Visitas técnicas AVALIAÇÃO A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e processual, vista como um instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do professor. O aluno deve ser frequentemente solicitado a participar e a criar; uma prova não é suficiente para sintetizar tudo que ele viveu, pensou e aprendeu. Logo, é necessário repensar os instrumentos de avaliação que devem envolver, o mais amplamente possível, todo o trabalho realizado. Nesse sentido, tanto o desempenho cognitivo como as atitudes dos alunos serão avaliados. O processo de avaliação do aluno pode ser descrito a partir da observação contínua de sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em grupos, da elaboração de relatórios de atividades e experiências vivenciadas em classe, ou mesmo de provas e testes que sintetizem um determinado assunto. A observação permite ao professor obter informações tanto sobre as habilidades cognitivas como também sobre os procedimentos utilizados pelos alunos para resolver diferentes situações problema e suas atitudes em relação ao conhecimento físico. A partir dos resultados das provas ou testes escritos, o professor poderá identificar os processos e as dificuldades dos alunos, utilizando essas informações para recuperar ou avançar o processo de ensino-aprendizagem. Em nenhum momento esses instrumentos devem ser utilizados como promoção ou punição dos alunos diante do grupo. Em resumo , a avaliação deve ser concebida como: • Um conjunto de ações que permite ao professor rever sua prática pedagógica. • Um conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços e suas 308 dificuldades, levando-o a buscar caminhos para solucioná-las. • Um elemento integrador entre ensino e aprendizagem. • Um instrumento que vise o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem em um ambiente de confiança e naturalidade. No entanto, a avaliação não poderá para classificar os alunos com uma nota, com objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim de auxiliá-lo na aprendizagem. Ou seja trata-se de torna-la como instrumento para intervir no processo de aprendizagem do estudante, cuja finalidade é sempre seu crescimento. BIBLIOGRAFIA: ALMEIDA ,M.J.P.M. de, Silva H.C. da; Babichak, C.C. O Movimento, a Mecânica e a Física no Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física. V:21, nº1, 1999. Pág 195-201. ARAUJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: Ed EFPR, 2003. BONJORNO, R. A. Física Completa. 2ªed. São Paulo: Editora FTD, 2001. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da rede pública de educação básica do Estado do Paraná: Física. Curitiba: SEED/DEM, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba: SEED/DEM, 2006. Máximo, Ântonio e Alvarenga, Beatriz.Curso de Física volume 1,2 e 3, São Paulo: editora Scipione,2011. (Coleção Curso de Física). Fuke, Luiz Felipe e Yamamoto, Kazuhito. Física para o Ensino Médio volume 1, 2 e 3, São Paulo: editora Saraiva,2010. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 309 PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR DE QUÍMICA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A química está presente em todo o processo de desenvolvimento das civilizações, a partir das primeiras necessidades humanas tais como a comunicação, o domínio do fogo e posteriormente, o conhecimento do processo de cozimento de alimento necessário à sobrevivência, bem como a fermentação, o tingimento, a vitrificação, a extração, produção e tratamento de diversos metais, na produção de explosivos, nos avanços da eletricidade, na produção de medicamentos, plásticos, fibras, conservantes, entre outros. Mas também temos que ter consciência dos danos advindos de práticas impróprias que não são específicas da química, mas, devidas a problemas sociais mais amplos de alcance político e social. A química enquanto ciência, estrutura através de teorias, os conhecimentos e interpretações que o homem adquire da natureza, reagrupa a multiplicidade das observações e experiências em relação às transformações da matéria, da procura de novas fontes de energia, do entendimento dos mecanismos de vida e leva a compreender seu meio e as grandes forças que o dominam. A história da química deve permear todo o ensino, possibilitando a compreensão do processo de elaboração desses conhecimentos com seus avanços, erros e conflitos e assim poder julgar mais fundamentadamente as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da escola e tomar suas próprias decisões. O objetivo da disciplina é formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e também seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual. É uma excelente motivação para a aprendizagem, aproximar o que se ensina do que se vive, permitir a compreensão do que ocorre na natureza e os benefícios que ela concede ao ser humano, mostrar a necessidade de respeitar o equilíbrio da natureza. Ao desenvolver os conteúdos interligados a outras áreas do conhecimento e a vida do educando estamos oportunizando o desenvolvimento de sua capacidade de investigação e crítica junto a problemas que são advindos da evolução industrial, sanitária, ambiental, econômica, etc. No que diz respeito a escola do campo, se faz necessário a introdução ou adequação de conteúdos que façam parte da realidade do aluno, valorizando seu conhecimento prévio e modificando o conhecimento empírico através dos saberes científicos. Fazer com que o conhecimento ganhe um sentido prático, que através dele o aluno possa interferir positivamente no local onde vive. 310 OBJETIVOS GERAIS ·Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e também seja capaz de refletir sobre o período histórico atual. ·Motivar os alunos de maneira adequada a fim de que os conceitos e os princípios fundamentais da química sejam assimilados satisfatoriamente, preparandoos para continuar os estudos em nível superior e/ou resolver questões do cotidiano. ·Apreender as transformações químicas a nível macro e microscópico. ·Expressar e fundamentar opiniões próprias sobre conhecimento químico e respeitar a opinião dos outros. ·Ter autonomia e iniciativa na busca de informações e na resolução de problemas. ·Assumir responsabilidade pelas iniciativas tomadas. ·Refletir e ponderar sobre situações problemáticas em química e tecnologia no dia-a-dia. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1º ANO ·Analisar os materiais que fazem parte do cotidiano. ·Compreender como a natureza conseguiu formar a diversidade de materiais. ·Entender a transformação dos materiais em geral com liberação de energia. ·Compreender o átomo e a revolução na medicina que causou quando estudado. ·Decidir sobre a melhor forma de utilização da matéria. ·Saber que as ligações químicas são fundamentais para a existência das diferentes substâncias e formas de vida. ·Conceituar os elementos químicos e compreender suas particularidades e usos na formulação de perfumes, produtos de limpeza, fibra ótica, etc. ·Compreender as características de cada grupo de função química. ·Relacionar as funções químicas com os produtos presentes no cotidiano. ·Fazer correção de solo. ·Perceber a importância do cálculo e do grau de pureza na formulação de medicamentos. ·Nomear, escrever as fórmulas e apresentar as aplicações essenciais dos principais ácidos, bases, sais e óxidos. 311 ·Avaliar o papel dos óxidos na poluição e no aquecimento global. ·Estudar as relações que as reações como a fotossíntese, respiração e combustão têm com o nosso dia-a-dia. ·Relacionar as tinturas, peeling, com o tipo de reação que podem ocasionar. ·Estabelecer relações quantitativas entre as grandezas: massa, massa molar, massa atômica, molecular, etc. 2º ANO ·Interpretar dados sobre as concentrações de soluções. ·Perceber a importância e algumas características das soluções usadas no dia-a-dia. ·Relacionar as propriedades dos colóides a fenômenos da natureza. ·Diferenciar os fenômenos da evaporação e ebulição. ·Descrever utilizando a linguagem discursiva, esquemas ou gráficos, procurando estabelecer relações com os fenômenos da natureza e do cotidiano. ·Classificar as relações quanto a energia absorvida ou liberada. ·Calcular a variação de entalpia de reações por intermédio de gráficos de energia, tabelas ou equações termoquímicas. ·Reconhecer os principais fatores que modificam a rapidez das reações. ·Explicar, pelas teorias das colisões moleculares, os fatores que influem na rapidez de uma reação. ·Avaliar a influência da temperatura, do catalisador, da superfície de contato e da concentração de reagentes nos processos químicos do cotidiano. ·Prever a possibilidade de ocorrência de uma reação espontânea. ·Descrever a eletrólise. ·Descrever a galvonoplastia. ·Identificar o estado de equilíbrio por meio da análise de gráficos de concentração de reagentes e produtos em função do tempo. ·Identificar os principais fatores que podem alterar um sistema químico em equilíbrio. ·Analisar o grau de acidez na chuva ácida, no derramamento de substâncias na água e no solo, na ação de biomoléculas e medicamentos. ·Reconhecer que a radiatividade é um fenômeno nuclear. ·Reconhecer no cotidiano, aplicações importantes de energia nuclear na medicina, agricultura, etc. 312 3º ANO ·Reconhecer a importância da química orgânica nos dias atuais. ·Caracterizar as principais diferenças entre os compostos orgânicos e inorgânicos. ·Reconhecer a capacidade do elemento carbono de formar cadeias e classificá-las. ·Formular e nomear os principais hidrocarbonetos usando a nomenclatura usual e a reconhecida pela IUPAC. ·Reconhecer fórmulas representativas da função haletos. ·Reconhecer fórmulas representativas das funções. ·Escrever os nomes (usual e da IUPAC) e as fórmulas representativas. ·Reconhecer os principais usos e aplicações industriais das substâncias: metanol, etanol, propanona, etc. ·Apontar a importância do petróleo como fonte de energia e matéria-prima para a fabricação de vários materiais. ·Reconhecer que os óleos e gorduras pertencem ao grupo dos glicerídeos e são substâncias formadas por glicerol (glicerina) e ácidos graxos. ·Entender as fórmulas representativas de aminoácidos e que as proteínas são formadas por grupamentos de aminoácidos. ·Diferenciar os polímeros naturais dos artificiais. ·Dispor as equações de algumas reações importantes dos hidrocarbonetos, álcoois e ácidos carboxílicos: combustão, oxidação, substituição, adição, desidratação e esterificação. ·Reconhecer a importância dessas reações nos processos de transformação das matérias-primas. Conteúdos 1ºANO -Introdução ao estudo da química. -Propriedades da matéria. -Substâncias e misturas. -Métodos de separação. -Fenômeno e reação química -A matéria -Estrutura atômica -Modelos Atômicos -Configuração eletrônica 313 -Classificação dos elementos químicos -Propriedades dos elementos químicos -Ligações químicas: iônica, covalente e metálica -Ácido -Base -Sal -Óxido -Reações químicas -Cálculos estequiométricos -Massa atômica, molar e molecular. 2º ANO -Tipos de soluções -Concentração das soluções -Análise química e volumétrica -Colóides -Pressão e ponto de ebulição -Efeitos coligativos -Entalpia e sua variação -Reações endotérmicas e exotérmicas. ·Velocidade das reações químicas. ·Ocorrência de reações químicas. ·Catalisadores. ·Pilhas. ·Eletrólise. ·Corrosão e proteção de materiais. ·Peças eletrônicas. ·Grau de equilíbrio. ·Deslocamento de equilíbrio químico. ·Os sais e a previsão do tempo. ·Radiatividade: leis, transmutações, energia nuclear, bombas nucleares, raio X. 3a ANO ·Histórico da química orgânica. ·Compostos orgânicos e classificação. ·Hidrocarbonetos. ·Haletos. 314 ·Álcoois. ·Aldeídos. ·Cetonas. ·Ácidos carboxílicos. ·Ésteres. ·Aminas. ·Amidas. ·Anidridos. ·Nitrocompostos. ·Petróleo. ·Proteínas. ·Vitaminas. ·Lipídios. ·Glicídios. ·Polimerização. ·Reações de adição, substituição, eliminação, redução, oxidação, combustão e esterificação. ·Filtros solares, ressonância magnética. Os temas: História e Cultura Afro-Brasileira (Lei n.º10.639/03), História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Lei n.º 11.645/08), História do Paraná (Lei n.º 13.381/01) e Educação Ambiental (Lei n.º 9.795/99) serão abordados de acordo com as potencialidades e objetivos de cada conteúdo específico, sendo recorrentes e permeando os mais diversos momentos das aulas. METODOLOGIA Os meios de comunicação muitas vezes difundem idéias errôneas ou informações dadas intencionalmente visando a formação de uma opinião desejada, esquecendo que a vida se fundamenta em processos biológicos nos quais as transformações químicas estão sempre presentes. Segundos as DCEs de Química é importante que o processo de ensinoaprendizagem parta do conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas (idéias pré- concebidas sobre o conhecimento de química) ou concepção espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico. O conhecimento químico deve estar interligado com os demais campos do 315 conhecimento em especial à vida humana a fim de julgar mais profundamente as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da escola para poder tomar suas próprias decisões enquanto indivíduo e cidadão. Aprender química é mais do que o uso de métodos estabelecidos para comprovação de idéias científicas, é importante fazer com que o educando leia o mundo em que vive com seus próprios olhos. Deve-se buscar explicação dos fatos, interpretando-os e criando modelos explicativos, dando uma abordagem dinâmica das interações com a mediação do professor. Cabe considerar ainda que estes modelos são válidos para alguns contextos e não para todos, ou seja, são localizados e datados e sua validade termina quando a teoria não consegue explicar fatos que eventualmente surgem. Como visamos uma aprendizagem ativa, as atividades devem provocar a especulação, a construção e a reconstrução de idéias; além de dados obtidos em demonstrações, visitas, em relatórios de experimentos,devem enfatizar a análise destes dados, para que através de trabalho em grupo, discussões coletivas, se possa construir os conceitos. Os experimentos podem ser o ponto de partida para desenvolver a compreensão dos conceitos ou a percepção de sua relação com as idéias discutidas em aula, propiciando aos estudantes uma reflexão sobre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, permitindo que o professor perceba as dúvidas de seus alunos. Uma aula experimental, seja ela de manipulação do material pelo aluno ou demonstrativa, não esta associada a um aparato experimental sofisticado, mas sim a sua organização, discussão e reflexão, possibilitando ainda, a interpretação dos fenômenos químicos e a troca de informações entre o grupo que participa da aula. Outros aspectos metodológicos são o áudio visual envolvendo período de discussão pré e pós atividade facilitando a construção e a ampliação dos conceitos e a informática como fonte de dados e informações. A metodologia consistirá em primeiro lugar, em fazer que o educando leia o mundo em que vive com os próprios olhos da ciência, tendo o professor o papel da mediação. Essas abordagens devem ser feitas através de atividades elaboradas para provocar a especulação, a construção e a reconstrução de idéias. Uma estratégia metodológica que tem sido recomendada é a abordagem que discuta aspectos sóciocientíficos, ou seja, questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais relativas à ciência e a tecnologia. Dessa forma, as atividades além da coleta de dados obtidos em demonstrações, em visitas, em relatórios de experimentos ou no 316 laboratório, devem enfatizar a análise desses dados, para que através de trabalhos e discussões em grupo se possam construir conceitos e a sensibilização para um comprometimento com a vida no planeta. AVALIAÇÃO A avaliação é um elemento do processo de ensino e não possui uma finalidade em si mesma, deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no coletivo da escola. Informa ao professor o que foi aprendido pelo estudante e ao estudante quais são seus avanços, dificuldades e possibilidades. Nesse entendimento a avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por meio de interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto sujeita a alterações no seu desenvolvimento. Segundo as DCEs em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. O professor deve utilizar como instrumentos de avaliação: provas escritas, leituras e interpretações de texto, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas, relatórios de aulas práticas, apresentação de seminários, entre outros. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. A avaliação deverá favorecer o progresso pessoal do aluno no domínio de conceitos, capacidades e atitudes, habilidades e valores provenientes dos conteúdos de aprendizagem, na capacidade de criação, na iniciativa em se tomar decisões, realizar pesquisas e analisar os elementos que a natureza apresenta e que são significativos e favorecedores do crescimento pessoal. Tal prática avaliativa requer um professor que compreenda a concepção de ensino da Química na perspectiva crítica e que os critérios e formas de avaliação estejam bem claros para os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo. Como sugestão de critérios avaliativos da disciplina podemos citar: conhecimento conceitual e procedimental, raciocínio lógico, aplicação do conhecimento científico, uso da metodologia científica, interpretação e resolução de problemas, clareza de ideias, criatividade e inovação, participação efetiva em trabalhos coletivos e 317 até mesmo mudança comportamental. Na verificação da aprendizagem aplicam-se provas convencionais formuladas com questões que estimulem o raciocínio e a crítica do aluno. Além da avaliação convencional pelas provas, o professor poderá verificar o aprendizado do aluno pelo nível de participação nos trabalhos e dinâmicas de grupo, pela participação em debates, seminários, investigações experimentais, entrevistas com profissionais e interesse nas excursões em estudo de campo. Sendo assim a forma avaliativa deverá ser feita por somatória de 0,0 a 10,0, com no mínimo três instrumentos avaliativos bimestrais. Onde os conteúdos não apropriados pelos alunos deverão ser revisados e reavaliados, oportunizando recuperação paralela de conteúdos e notas. A avaliação diferenciada dos alunos da escola do campo, deve levar em consideração – segundo a própria diretriz da escola do campo – a sabedoria empírica do homem do campo, suas observações e carências a cerca da escola, e estabelecer um diálogo efetivo entre todas as partes envolvidas no processo de aprendizagem. REFERÊNCIAS Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. Química. Governo do Estado Paraná, Curitiba, 2006. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Governo do Estado do Paraná, Curitiba, 2006. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Secretaria de Educação Básica, Brasília 2008. Caderno de expectativas de aprendizagem: Química. Governo do Estado do Paraná, Curitiba, 2008. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 318 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Frente aos novos problemas sociais gerados com o avanço tecnológico e com a modificação gradual das formas de comunicação, o homem e a sociedade em geral vêse forçado a analisar as consequências e os rumos que tomarão a nossa sociedade e a humanidade, enquanto composta por membros que agem segundo valores válidos para o grupo. Ao analisar a sociedade enquanto um organismo complexo, que sofre modificações instantaneamente, agindo o grupo sobre o indivíduo e o indivíduo sobre o grupo, consolidando deste modo formas de relacionamento, modos de produção e exploração do indivíduo, além da modificação e ruptura de valores éticos-morais e religiosos que acabam por deixar o indivíduo sem saber como agir. Como toda sociedade está baseada nos novos meios de produção, a técnica e a mecanização acabam por alterar as formas de organização do grupo, dado que o sistema capitalista valoriza o aumento da produção, acirrando a disputa e a competitividade, afastando o aspecto humano das relações, tornando tanto o saber quanto o homem, um objeto a ser explorado. Frente ao agir socialmente, onde compartilhar condições e situações, praticar ações e relações que são interdependentes e se influenciam reciprocamente colocam o ser humano em total mudança, cabe a Sociologia proporcionar aos educandos condições de conhecer, refletir e dar novos rumos aos problemas existentes no meio social onde habitam. Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e conseqüentemente a agir nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo numa atitude ativa e participativa. O ensino de sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado e onde ele seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir novos saberes. No ensino de sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos propostos, buscando sempre a problematização, para construir o conhecimento a partir da prática do aluno, do cotidiano de comunidade na qual está inserido. Em sociologia mais que informar, pretende-se um ensino comprometido com o desenvolvimento das capacidades de observar, comparar, analisar, refletir, argumentar, 319 explicar, pesquisar, interpretar, experimentar e descrever. Para tanto nas aulas de sociologia serão utilizados a exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica, seminários, debates, trabalhos em grupos, e o uso de recursos audiovisuais, especialmente em vídeos e filmes, visando sempre ajudar os alunos a compreender melhor determinada teoria ou conceito, além de ajuda-los a desenvolver o raciocínio sociológico. A proposta Pedagógica Curricular: decorre do diagnóstico e das concepções definidas pelo coletivo escolar e que deve contemplar fundamentos teóricos das disciplinas; objetivos gerais , metodologia e avaliações conforme os conteúdos estruturantes, básicos ou específicos dentro cada disciplina complementando a lei nº 13381/01: história do Paraná; lei nº 11.645/08: Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena lei nº 11.769/08, Música; Prevenção do uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentando a violência contra a criança e o adolescente. Bem como a lei nº 9394/96 de Diretrizes de Bases da Educação Nacional e o Parecer nº 1011/10, bem como a Resolução nº 4783/2010 da Secretaria de Estado da Educação, que reconhece a Educação de Campo como uma política pública educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do Campo, traçando estratégias necessárias para a elaboração e implementação de um plano de trabalho integrado com vistas à gestão das politicas publicas educacionais voltadas à Escola do Campo. O que se percebe em relação à educação do campo é que ela é trabalhada a partir de um currículo essencialmente urbano e, geralmente, deslocada das necessidades e da realidade do campo. É urgente discutir a educação do campo, uma vez que ela deve abordar conteúdos de extrema importância entre os debates sobre diversificação de produtos, a utilização de recursos naturais, a agroecologia, as sementes crioulas, a questão agrária, trabalhadores assalariados rurais, a pesca ecologicamente sustentável, entre outros. Portanto, valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos com a comunidade, gerando um sentimento de pertencer ao lugar ao grupo social. Precisamos criar uma identidade sociocultural que leva o aluno a compreender o mundo e transforma-lo. 320 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES O conhecimento e a explicação da sociedade através da compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, bem como a compreensão das consequências dessas relações para os indivíduos e coletividade. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O século XIX foi marcado pela consolidação da sociedade capitalista e pelas inúmeras transformações que ocorreram impulsionadas por novas relações de classe – a burguesia e o proletariado. Essa nova dinâmica de funcionamento do Estado Moderno trouxe no seu bojo consequências graves. É dentro desse contexto que nasce a Sociologia com a determinação de contribuir para a melhoria desta sociedade. A consciência das desigualdades, da miséria e da opressão aponta para a necessidade de uma reorganização da sociedade. Os homens da época achavam que a crítica da realidade social existente deveria ser acompanhada de uma sugestão de melhoria e que a solução deveria estar baseada no conhecimento científico da realidade. A preocupação com questões sociais e as complexas instituições modernas podem ser observadas em pensadores como Karl Marx, Max Weber, Antonio Gramsci e Pierre Bourdieu, pensadores contemporâneos, que, preocupados com os problemas sociais oriundos das novas formas de organização social, colocavam o pensar e o agir coletivo como meio de transformar a sociedade, trabalhando aspectos sociais, políticos, religiosos, institucionais, culturais, econômicos, que são os pontos norteadores da vida em sociedade. A Sociologia, enquanto ciência data de um período recente na realidade brasileira, porém apresenta pensadores com enorme contribuição e profunda análise social que marcam o nascimento e a preocupação da mesma. Assim, podemos destacar: Florestan Fernandes, Gilberto Freyre, Fernando de Azevedo, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior, entre outros, que buscam uma reflexão detalhada da formação e desenvolvimento da nossa realidade, abordando desde o processo de miscigenação (Casa grande & Senzala) até os fatos recentes que caracterizam a realidade brasileira. 321 OBSERVAÇÕES GERAIS 1- Compreender e analisar a sociedade, levando em consideração os aspectos culturais, políticos, étnicos e religiosos. 2- Estimular a reflexão sobre a realidade, a fim de despertar no aluno a capacidade crítica, visando uma conscientização e consequentemente uma mudança dos aspectos culturais vigentes. 3- Formar uma consciência política e cultural dos alunos para efetivação de ações de luta em favor da democracia política e social. 4- Possibilitar a compreensão das relações sociais na sociedade brasileira contemporânea – entendido como fenômeno contraditório. 5- Contribuir para re-elaboração da prática social em busca da cidadania plena. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 1- O PROCESSO DE ESPECÍFICOS 1.1- O momento da civilização SOCIALIZAÇÃO E AS 1.2- A instituição família INSTITUIÇÕES SOCIAIS 1.3- A instituição escola 1.4- A instituição religiosa 2- CULTURA E INDÚSTRIA 1.5- Transmissão de Valores 2.1- Conceito de trabalho e de cultura CULTURAL 2.2-Cultura e suas manifestações 2.3-Cultura erudita e Cultura popular 3- TRABALHO, PRODUÇÃO E 2.4-Meios de Comunicação de Massa 3.1- A sociedade capitalista CLASSES SOCIAIS 3.2-Divisão social do trabalho 3.3-Classes sociais 4- PODER IDEOLOGIA , POLÍTICA 3.4-Tecnologias e Globalização E 4.1-Teoria do Estado 4.2-Movimentos Sociais – urbanos e rurais 4.3-Cidadania 4.4-Direitos e deveres 322 1º ano O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas: • O Surgimento da Sociologia • As Teorias Sociológicas na compreensão do presente; • A Produção Sociológica Brasileira: Instituições Sociais • A Instituição Escolar; • A Instituição Religiosa; • A Instituição Familiar; 2º ano Cultura e Indústria Cultural • Cultura ou Culturas: uma contribuição antropológica. • Diversidade Cultural Brasileira • Cultura: Criação ou apropriação? OUTROS • História e Cultura Afro-brasileira, Indígena e Africana (Lei nº 11.645/08) Trabalho, Produção e Classes Sociais • O processo de trabalho e a desigualdade social. • Globalização. 3° ano Poder, Política e Ideologia • Ideologia • Formação do Estado Moderno Direito, Cidadania e Movimentos Sociais • Movimentos sociais • Movimentos Agrárias no Brasil 323 • Movimento Estudantil METODOLOGIA DA DISCIPLINA O estudo da Sociologia no Ensino Médio deve ampliar as possibilidades de análise considerando as diversas correntes do pensamento. Não se pode, hoje partir de uma única perspectiva teórica para explicar os fenômenos sociais Diante desse pressuposto, possibilitar-se-a ao aluno, através da análise de textos, discussões em grupo, análise de filmes, reportagens, dinâmicas, aulas expositivas, etc. uma análise crítica da realidade. Os alunos deverão ter um embasamento teórico que lhes permita ampliarem sua capacidade de compreensão da vida e do mundo e ao mesmo tempo possibilite referenciar uma investigação dos problemas contemporâneos. O ensino da Sociologia deverá contribuir para que os alunos estabeleçam a noção do conhecimento como algo ligado à ação. É fundamental fazer a conexão entre teoria e prática, para assim dar sentido ao conteúdo estudado. Através do conhecimento sobre a construção histórica dos direitos e deveres dos cidadãos, os alunos estarão ampliando as possibilidades de exercício da cidadania. Dada a sua amplitude e a facilidade de relacionar conteúdos, deseja-se uma interação entre a teoria e a prática, despertando no aluno um olhar crítico, embasado na discussão, na pesquisa de campo e bibliográfica, que possibilite a construção histórica da Sociologia crítica, desenvolvendo um pensamento criativo e instigante que vise à adoção de um agir voltado para a transformação social. AVALIAÇÃO O processo de avaliação em Sociologia não deve mensurar apenas fatos ou conceitos assimilados. É importante considerar o conhecimento prévio dos alunos e relaciona-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino-aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e atitudes como conquista dos alunos, comparando o antes, durante e o depois. Por meio dos estudos desenvolvidos, o aluno deverá ser capaz de identificar relações entre a sociedade, a cultura e a natureza, hoje em dia e em outros momentos do passado, e ser capaz de distinguir semelhanças e diferenças. Pretende-se avaliar em perspectivas históricas, percebendo contextos, mudanças, permanências e 324 continuidades. O aluno deve ser capaz de reconhecer laços de identidade e/ ou diferenças entre relações de trabalho do presente e do passado; identificar e reconhecer as principais características do processo de formação das dinâmicas, refletindo sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos que elas produzem na vida das sociedades. Cabe também ao professor em diferentes momentos do estudo incentivar a construção de relações entre eventos para que os estudantes tenham participação dinâmica e ativa no seu espaço social, envolvidos em questões de cidadania e compromisso participativo. O professor deverá propor atividades que favoreçam a aprendizagem de procedimentos de pesquisa, observação, identificação, confrontação, distinção e reflexão; e de atitudes de comprometimento, respeito, ética, colaboração e amadurecimento moral e intelectual. Essas atividades podem ser a análise de textos, filmes, pesquisas de campo, dinâmicas, debates, relatos de experiências dos alunos, etc. O processo de avaliação do ensino da Sociologia deve ser pensado e elaborado de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos na disciplina. Critérios que poderão ser observados e avaliados no decorrer do curso: -Clareza e coerência na exposição de ideias no texto oral ou escrito; -Capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; -Mudança de comportamento na forma de olhar para os problemas sociais, rompendo desta forma com a acomodação e com o senso comum; -Reflexão crítica nos debates que acompanham os textos ou filmes; -Participação nas pesquisas de campo; -Capacidade de articulação entre teoria e prática. BIBLIOGRAFIA: Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Governo do Estado do Paraná, Curitiba, 2006. DURKHEIM, É. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978. _______. Da divisão social do trabalho. São Paulo: Martins Fontes,1995. _______ As regras do método sociológico. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1974. MARX, K. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. 325 WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979. FREYRE, G. Casa grande & senzala: introdução a história patriarcal no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2001. ARANTES, A. A. O que é cultura popular. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983. DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1984. GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986. FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão; trad. Lígia M. Pondé Vassalo. Petrópolis: Vozes, 1983. MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994. OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 24. ed. São Paulo: Ática, 2002. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96 326 PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA–ESPANHOL APRESENTAÇÃO GERAL O ensino de língua espanhola visa propiciar o aluno a aproximação de várias culturas e consequentemente sua integração num mundo globalizado, permitindo-lhe o acesso às informações de vários tipos, inclusive a história da língua espanhola e sua importância política e cultural contribuindo para sua formação geral enquanto cidadão. A aprendizagem de uma nova língua supõe a incorporação de hábitos que conduzam à habilidade complexa de ouvir, falar, ler e escrever de forma compreensiva. Tendo em conta a intencionalidade do uso da língua pelo interlocutor e seu contexto. O ensino de LEM não deve ser entendido como apenas um fornecimento de dados e explicações sobre o idioma que se pretende ensinar. A fonologia, morfologia, sintaxe, vocabulário e semântica da nova língua devem ser adquiridos de forma integrada, relacionando-as com ideias e significados, dentro de situações cotidianas, conhecidas e específicas. O aprendizado de um idioma nos permite entender a realidade de um povo e reinterpretar a nossa. ORIGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA A língua espanhola é o resultado de mais de 1000 anos de evolução, nos que as diversas línguas dos habitantes da península receberam a influência dos romanos e os árabes. A final do século XV, com a união das monarquias de Castela e Aragão, que estenderam seu domínio por grande parte da península, o castelhano se impulsionou sobre os demais idiomas e dialetos; ademais cruzou o Atlântico nos barcos dos conquistadores e missioneiros. A colonização espanhola do século XVl levou a língua as Américas, aos Estados Federais de Micronésia, Guam, Marianas, Palaos e Filipinas. O Latim vulgar que falavam os exércitos romanos e os colonos na antiga Espanha foi a base de muitos dos dialetos que se desenvolveram depois em várias regiões do país durante a Idade Média. O dialeto de Castela, ou Espanhol de Castela, foi pouco a pouco se transformando na língua padrão pelo domínio político de Castela no século 13. A maioria das palavras do Espanhol ão derivadas do Latim, mas algumas vêm de outras línguas pré-latinas, como o Grego, o Euskera ou o Celta. Com a invasão dos 327 Visigodos, no começo do século V, algumas palavras de origem Germana também foram incorporadas. A conquista dos Árabes, 3 séculos mais tarde, introduziu palavras da língua árabe(algumas facilmente reconhecíveis pelo prefixo "al"). A influência dos eclesiásticos franceses do século 11 e dos peregrinos que iam para Santiago de Compostela, fez com que se incorporassem à língua muitas palavras e frases da língua francesa. Durante os séculos 15 e 16, devido a dominação da Itália por parte dos Aragones, a Espanha recebeu também influência da língua italiana e se viu influenciada pela moda da poesia italiana. A relação da Espanha com suas colônias permitiu a introdução de novos termos de línguas nativas americanas e de outras fontes. Os estudos e investigações aumentaram também consideravelmente as influências de outras línguas. Na América, os descendentes dos espanhóis, os espanhóis criolos e os mestiços seguiam utilizando a língua. Depois de que as guerras da independência liberaram estas colônias no século 19, as elites existentes estenderam o uso do espanhol a toda a população para reforçar a unidade nacional. A Real Academia da língua espanhola se fundou em 1713. Estabelecia os critérios para sancionar os neologismos e para a incorporação de palavras de âmbito internacional. A gramática espanhola se normalizou durante este período e a literatura espanhola foi muito prolífica, devido a expressão de liberdade que permitia aos escritores e falantes utilizar a língua sem seguir regras determinadas para a ordem das palavras, criando assim diversos estilos literários. O século testemunhou uma grande mudança no uso do Espanhol. A língua espanhola incorporou muitos neologismos, alimentados pelos avanços tecnológicos e científicos. Desde os clássicos: termômetro, átomo e psicoanálisis a os modernos e apenas hispanizados: filmar, radar, casete, PC e módem. Dentre as várias línguas faladas, o espanhol se destaca por ser a segunda língua nativa mais falada no mundo e a primeira mais falada nas Américas. O Espanhol é muito parecido com o Português Português e ao mesmo tempo é muito diferente, o que na maioria das vezes confusão durante a tradução. Muitas pessoas pensam que por línguas serem parecidas, a compreensão da língua espanhola é muito fácil - se você sabe falar Português consequentemente sabe traduzir a língua espanhola. Essa familiaridade entre as línguas gera a maioria dos erros de tradução, pois há palavras em Espanhol que são escritas exatamente como algumas palavras em Português, mas apresentam significados distintos. No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. 328 OBJETIVO GERAL Dominar as quatro habilidades necessárias: linguística, textual, discursiva e sóciocultural, a fim de comunicar-se com eficácia através da língua espanhola, desenvolver no aluno, as diferentes destrezas: ler, escrever, escutar e falar de modo a proporcionar um aprendizado global, inclusive em assuntos e temas gerais, através da interdisciplinaridade. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Adquirir conhecimento básico da língua espanhola, enfocando o sistema verbal, a pronúncia, léxico, a fim de entender e comunicar-se oralmente de maneira eficiente e integrar às especificidades da Educação do Campo por meio das manifestações da diversidade cultural. • Aprender a ler e interpretar textos em espanhol com atenção às diferenças do português. • Utilizar as bases linguísticas do idioma espanhol para a comunicação escrita. • Familiarizar-se com o universo das culturas e civilizações de língua espanhola, de modo a compreender estes povos e relacionar-se com eles com eficácia, no âmbito profissional. • Desenvolver atividades significativas, explorando diferentes recursos e fontes, servindo de subsídio para a produção textual. • Levar o aluno a perceber o ensino da Língua espanhola como oportunidade do presente, compreendendo o passado e projetando o futuro reconhecendo sujeito da sua própria história. • Resgatar e valorizar as culturas do campo, através de um trabalho interdisciplinar com a Língua Espanhola. METODOLOGIA “Quanto mais ele reflete sobre a realidade, sobre sua própria situação concreta, mais se torna progressivo e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade para mudá-la” (MIZUKAMI:86 1986). 329 O CELEM (Centro de Estudo de Línguas Estrangeiras Modernas) inserido na Escola do Campo, parte do pressuposto de ser mais uma das possibilidades para adquirir conhecimento, sobretudo como forma de conhecer, expressar,transformar e construir significados. Dessa forma, o ensino de Língua Estrangeira se constitui por meio da compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade. A proposta desse trabalho prioriza uma metodologia que valorize os conhecimentos prévios dos alunos, respeitando seus limites. De maneira contextualizada e significativa parte da utilização de diferentes gêneros textuais e a utilização de recursos como estratégias e encaminhamento de trabalho, que visa facilitar o contato e a interação com a língua e a cultura espanhola e sua cultura. Nessa união é preciso entender que há saberes importantes que precisam ser considerados. Para desenvolver esse trabalho serão utilizados alguns recursos como: • Livro didático; • Dicionário; • Livro paradidático; • Vídeo, CD, DVD, CD-ROM; • Internet, jogos interativos; • Atividades de compreensão auditiva; • Construção de diálogos e prática oral em grupo; • Exercícios de fixação gramatical; • Audição e análise de músicas; • Apresentações e dramatizações; • Construção de mapas conceituais; • Momento de leitura; • Exposição de trabalhos; • Atividades lúdicas: jogos, palavras cruzadas, etc. Serão trabalhados nas aulas, os conteúdos da História e Cultura Afro-Brasileira e História e Cultura Afro Brasileira e Indígena, abordando, contudo a Educação Ambiental; (Leis 10.639/03, 11.645/08 e 9.795/99).,Educação do Campo, Parecer 330 CEE/CEB nº 1011/10 e Resolução nº 4783/2010) , Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº .9394 de dezembro de 1996/ Artigo 28, Resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de abril de 2002, CONTEÚDOS BÁSICOS Serão trabalhados diversos gêneros discursivos, adequados à realidade social e cultural do aluno, possibilitando a ampliação do conhecimento através da leitura, escrita e oralidade de modo interativo e os mesmos contemplaram a Educação do Campo. Conteúdos básicos –P1 Esfera social de circulação e seus gêneros textuais Esfera cotidiana de Esfera publicitária de Esfera produção de Esfera circulação: circulação: circulação: jornalística de Bilhete Anúncio Bula circulação: Carta pessoal Comercial para radio Embalagem Anúncio Cartão felicitações Folder Placa classificados Cartão postal Paródia Regra de jogo Cartum Convite Placa Rótulo Charge Letra de música Publicidade Comercial Entrevista Receita culinária Slogan Horóscopo Reportagem Esfera artística de Esfera escolar de Esfera literária de Sinopse de filme Esfera midiática circulação: circulação: circulação: de circulação: Autobiografia Cartaz Conto Correio eletrônico Biografia Diálogo Crônica (e-mail) Exposição oral Fábula Mensagem de Mapa História em texto (SMS) Resumo quadrinhos Telejornal Poema Telenovela Videoclipe 331 Conteúdos básicos –P2 Esfera social de circulação e seus gêneros textuais Esfera cotidiana de Esfera publicitária de Esfera produção de Esfera jornalística circulação: circulação: circulação: de circulação: Comunicado Anúncio Instrução de Artigo de opinião Curriculum Vitae Comercial para montagem Boletim do tempo Exposição oral televisão Instrução de uso Carta do leitor Ficha de inscrição Folder Manual técnico Entrevista Lista de compras Inscrições em muro Regulamento Notícia Piada Propaganda Obituário Telefonema Publicidade Reportagem Institucional Esfera jurídica de Slogan Esfera escolar de Esfera literária de Esfera midiática de circulação: circulação: circulação: circulação: Boletim de ocorrência Aula em vídeo Contação de história Aula virtual Contrato Ata de reunião Conto Conversação chat Lei Exposição oral Peça de teatro Correio eletrônico (e- Ofício Palestra Romance mail) Procuração Resenha Sarau de poema Mensagem de texto Requerimento Texto de opinião (SMS) Videoclipe CONTEÚDOS ESTRUTURANTE –P1/P2 PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade Fatores de textualidade centrada no leitor: • tema do texto; • Aceitabilidade do texto; • Finalidade do texto; • Informatividade do texto; 332 • Intencionalidade do texto; • Situacionalidade do texto; • Papel do locutor e interlocutor; • Conhecimento de mundo; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas. Fatores de textualidade centradas no texto: • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA • Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado; • Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado; • Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial; • Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre 333 outros. AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal); • Apresente suas ideias com clareza, coerência; • Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna); • Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário. PRÁTICA DISCURSIVA: leitura Fatores de textualidade centrada no leitor: • Tema do texto; • Conteúdo temático do gênero; • Elementos composicionais do gênero; • Propriedades estilísticas do gênero; • Aceitabilidade do texto; • Finalidade do texto; • Informatividade do texto; • Intencionalidade do texto; • Situacionalidade do texto; • Papel do locutor e interlocutor; • Conhecimento de mundo; • Temporalidade; • Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto: • Intertextualidade; 334 • Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); • Partículas conectivas básicas do texto. • Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios; • Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos. ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA • Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação; • Considerar os conhecimentos prévios dos alunos; • Desenvolver atividades de leitura em três etapas: • Pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura); • Leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas) • Pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto). • Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; • Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas; • Socializar as ideias dos alunos sobre o texto; • Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros temáticas (o que é dito nesses gêneros); PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita Fatores de textualidade centrada no leitor: • Tema do texto; • Conteúdo temático do texto; 335 • Elementos composicionais do gênero; • Propriedades estilísticas do gênero; • Aceitabilidade do texto; • Finalidade do texto; • Informatividade do texto; • Intencionalidade do texto; • Situacionalidade do texto; • Papel do locutor e interlocutor; • Conhecimento de mundo; • Temporalidade; • Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto: • Intertextualidade; • Partículas conectivas básicas do texto; • Vozes do discurso: direto e indireto; • Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem; • Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Acentuação gráfica; • Ortografia; • concordância verbal e nominal. ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA • Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhar a produção do texto; • Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que compõem o gênero; • Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, 336 à finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. • Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas; • Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados. AVALIAÇÃO Espera- se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade); à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto; • Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual. Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos, temporais). AVALIAÇÃO “[...] os sujeitos do campo têm direito a uma educação pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais” (SEED, 2006, p. 9). O processo escolar de ensino-aprendizagem visa levar o aluno á apropriação do conhecimento significativo, desenvolvendo habilidades e competências básicas em relação o ensino de Língua Estrangeira. Nesses termos a avaliação da aprendizagem será diagnóstica, somativa e 337 cumulativa e se dará em um processo constante tendo uma das medidas a observação no desempenho das atividades propostas, que serão analisadas e consideradas como subsídios. Para cada unidade didática trabalhada o aluno será avaliado através de prova escrita ou oral, trabalhos individuais ou em grupos, participação, atividades diárias em sala de aula. A avaliação será realizada com base nas práticas discursivas: oralidade, leitura e escrita. Espera-se que o aluno utilize o discurso de acordo com a situação sendo formal e / ou informal, que ele apresente ideias com clareza e coerência, que ele explore a oralidade em adequação ao gênero proposto, etc. Ainda que realize a leitura compreensiva do texto, identificando o conteúdo temático, a ideia principal do texto, identifique as vozes sociais presentes no texto. O aluno irá expressar suas ideias com clareza, elaborando e re-elaborando textos, utilizando recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc., utilizar adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc., emprego de palavras e expressões nos sentidos conotativos e denotativos, usar apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados. A recuperação para o educando que não atingir resultado satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrageira Moderna para o Ensino Médio, Curitiba. SEED, 2008. PEREZ, Aquilino Sánchez. Los metodos en la enseñanza de idiomas: Evolución historica y analisis didáctico, Alcobendas SGEL, 1997 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação do campo. Curitiba: SEED, 2006. LEFFA,V.J A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006 338 http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4. ed. São Paulo : Cortez, 1996. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96