Consulte aqui - e.e.profº. pedro josé puchalski ensino fundamental e

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Consulte aqui - e.e.profº. pedro josé puchalski ensino fundamental e
1
COLEGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
SERRINHA - CONTENDA
2012
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1.APRESENTAÇÃO......................................................................................................05
1.1 Caracterização da Entidade Escolar...................................................................... 07
1.2 Justificativa..............................................................................................................08
2. MARCO SITUACIONAL............................................................................................11
2.1 Organização da Entidade Escolar........................................................................... 11
2.2 Estrutura Administrativa e Pedagógica da Escola....................................................14
2.3 Ambientes Pedagógicos...........................................................................................18
2.4 Caracterização do Município....................................................................................20
2.5 Caracterização da Comunidade...............................................................................22
2.6 Plano de Formação Continuada para Professores Funcionários.............................23
2.7 Inclusão Escolar e a Realidade Educacional ….......................................................25
2.8 Histórico da Instituição..............................................................................................28
3. MARCO CONCEITUAL.............................................................................................30
3.1 Filosofia do Estabelecimento Escolar.......................................................................30
3.2 Concepção De Campo.............................................................................................32
3.3 Concepção de Ed. No Campo................................................................................. 33
3.4 Concepção de: Conhecimento; sociedade/homem; escola de campo;processo
ensino aprendizagem; currículo; avaliação; sala de aula; professor; aluno; diretor.......33
3.5 Princípios Norteadores da Educação.......................................................................45
4.MARCO OPERACIONAL............................................................................................48
4.1 O atendimento à diferença e a diversidade ............................................................ 48
4.2 Diretrizes Curriculares..............................................................................................50
4.3 Processo de Avaliação, classificação, promoção e reclassificação........................ 50
4.4 Conselho de classe..................................................................................................54
4.5 Plano de Ação..........................................................................................................55
4.6 Avaliação institucional do PPP............................................................................... 61
5.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................63
ANEXO I.........................................................................................................................64
ANEXO II........................................................................................................................65
ANEXO III.......................................................................................................................66
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR …............................................................67
ARTE..............................................................................................................................70
CIÊNCIAS.......................................................................................................................86
EDUCAÇÃO FÍSICA.....................................................................................................117
ENSINO RELIGIOSO...................................................................................................135
GEOGRAFIA................................................................................................................140
HISTÓRIA.....................................................................................................................153
LÍNGUA PORTUGUESA..............................................................................................173
MATEMÁTICA..............................................................................................................228
L.E.M. INGLÊS.............................................................................................................271
BIOLOGIA ....................................................................................................................281
FILOSOFIA...................................................................................................................289
FÍSICA..........................................................................................................................298
QUIMICA......................................................................................................................309
SOCIOLOGIA...............................................................................................................318
C.E.L.E.M. ESPANHOL..............................................................................................326
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Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos, vamos de mãos dadas (...)
Carlos Drummond de Andrade
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1. APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual do Campo Professor Pedro José Puchalski - Ensino
Fundamental e Médio, voltada a organização da proposta educativa da escola,
apresenta o presente documento, construído no sentido de implementar o programa
político pedagógico de fortalecimento da ação administrativa e pedagógica da unidade
escolar.
Sendo o Projeto Político Pedagógico, documento de articulação, onde decisões
sobre as formas necessárias de participação coletiva devem ocorrer a partir das
discussões, nascendo no próprio chão da Escola, onde os autores e atores são os
sujeitos mais autênticos do processo, luta - se pela construção continua de um projeto
de sociedade e de educação que mantêm a coerência entre vínculos internos de
resistência a não – aprendizagem e a todas as formas de exclusão social.
Podemos considerá- lo como um conjunto de diretrizes políticas, administrativas
e técnicas, que norteiam a prática pedagógica da comunidade escolar como um todo.
Um instrumento que ajude as pessoas envolvidas a criarem as condições e colocarem
em prática aquilo que é especifico da Escola, isto é, o processo ensino –
aprendizagem.
Sua dimensão política – pedagógica pressupõe uma construção participativa, de
vontade coletiva que envolve ativamente os diversos segmentos escolares, devendo
mostrar as intenções educativas do Colégio.
O Projeto Político Pedagógico não deve ser visto só como um documento que
reflete desejos e grandes palavras. Deve se tornar um lugar da memória de uma
realidade que é constituída dia a dia. Um lugar no qual se pensa no caminho que esta
sendo feito, a partir da reflexão indagadora do conhecimento que é gerado na prática.
O Projeto Político Pedagógico não se transforma, assim, um documento, é uma
parte da vida da Escola e uma proposta real para continuar aprendendo e melhorando.
Nenhuma mudança fundamental acontece gratuitamente, sem esforços, sem
luta e sem conflito. Nisso esta também a dimensão política do ato educativo.
Assim, da necessidade de saber ouvir para poder dizer, surgiu este projeto que
ora apresentamos, sejam uma contribuição para a continuada reflexão que deve
acompanhar o fazer da Educação na busca de uma Escola de Qualidade.
Muitos serão os desafios a enfrentar, mas a certeza de que importantes passos
foram dados para garantir a efetiva participação da comunidade escolar e local da
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gestão da escola, contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade social do tipo de
educação que desejamos ofertar aos educandos, fazendo de cada indivíduo, alicerce
para a construção do sonho descrito.
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1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
Estabelecimento de Ensino:
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Código:
0384
Endereço:
Avenida José Mosson, S/N
Localidade:
Serrinha
Município/ UF/CEP:
Contenda - PR - 83730- 000
Código :
0620
Dependência Administrativa:
Estadual
NRE:
ÁREA METROPOLITANA SUL Código: 03
Entidade Mantenedora:
Governo do Estado do Paraná
ATO DE AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA:
RESOLUÇÃO Nº 6105/2006 DOE de 09/02/2007
PARECER 3232/2006-CEF
AUTORIZAÇÃO DE Funcionamento do Ensino Médio
RESOLUÇÃO: 4238/12
Alteração de nomenclatura para Escola de Campo
RESOLUÇÃO: 4376/12
PARECER DO NRE DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR:
Nº 3232/2006 CEF DE 390/06
DISTÂNCIA DA ESCOLA DO NRE:
45 KM
Local : Rural
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1.2 - JUSTIFICATIVA
Acreditamos que o trabalho pedagógico deve ser pautado numa interação
constante entre todos os segmentos da Escola, pois assim temos esperança que
ocorrerá um significativo avanço no processo ensino – aprendizagem.
Ultrapassar os limites do conceito de que a Escola moderna e viva
pressupõe uma nova relação entre professores, alunos, funcionários e comunidade e
busca sua concretização com ações práticas e envolventes, é o nosso desafio.
Compartilhar decisões e conquistar autonomia são os objetivos que vem marcando os
horizontes de uma gestão escolar participativa com um olhar para o campo, capaz de
identificar o potencial de colaboração de todos os segmentos e colocá- los a serviço de
uma educação de qualidade, que não perde a perspectiva da cidadania. Propicia
também a construção de novas relações sociais para a formação da Escola como
espaço público de decisão capaz de alterar práticas pedagógicas e impulsionar a tão
sonhada Escola de qualidade.
A questão essencial do Colégio hoje, refere-se à sua qualidade. E a
qualidade está diretamente relacionada com o Projeto Político Pedagógico das próprias
Escolas que deve ser bastante eficaz na conquista dessa qualidade. O que pretende é
vincular o Projeto Político Pedagógico à melhoria da Escola, entendido como a
capacidade da instituição para ampliar de maneira simultânea a aprendizagem dos
alunos e da comunidade escolar.
A educação, é um processo a longo prazo, por isso o Projeto Político
Pedagógico das escolas deve estar sempre em construção. Isto requer um novo modo
de ver e de fazer a Escola.
A integração com as outras instâncias da sociedade parece ser uma
necessidade que a Escola busca satisfazer. As Escolas querem falar umas com as
outras. A educação participativa e democrática contribui para que os indivíduos
construam suas vidas e achem seu lugar na sociedade. E a Escola pública, exercendo
uma função articuladora no meio social, pode ser um instrumento nas mãos da
comunidade para o enfrentamento de vários problemas.
Não se trata de responsabilizar a Escola por esses problemas. Trata- se,
de outro lado, de não considerá- la como uma ilha de pureza no mar dos problemas
sociais.
O que queremos, é a construção de um projeto de sociedade e de
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educação que pressupõe a participação coletiva de professores, pais, funcionários,
diretor, pedagoga e alunos na discussão, na argumentação e na escrita da identidade
da Escola. É assumir o controle coletivo do processo educacional na produção de
saberes e das relações de poder que pretende elevar a classe trabalhadora à função
dirigente.
É assim que se pode construir uma Escola democrática. No Paraná , essa
Escola já esta sendo construída no envolvimento concreto de educadores, pais, alunos
e funcionários, são Escolas onde o aluno sente prazer em ir, estar lá e estudar. Essa
Escola não será abandonada e desvalorizada, porque ninguém larga, ninguém
abandona o que é seu e o que gosta.
Idéias compartilhadas e ações conjuntas levam às realizações que
proporcionam satisfação por constatar que a luta compensa e fortalece, sozinhos
somos frágeis.
O projeto deve ser executado por aqueles que, de alguma forma
envolveram se em sua produção por excelência, tem uma função especial nesse
contexto. Cabe a eles no dia a dia, implantar o Projeto Político Pedagógico, como
também a participação efetiva na necessidade, e não só uma obrigação. Se torna um
dever, muitas vezes podemos correr o risco de estar esquecido em uma gaveta da
Escola.
Ao final, vale a pena lembrar que precisamos reafirmar a utopia da gestão
democrática como o lugar que ainda não existe mas pode vir a existir, se desejado e
construído coletivamente, precisamos reafirmar o sonho por uma sociedade
radicalmente humana, porque sem essa crença, a educação perderá seu sentido e sua
razão de ser, pois ela só existe efetivamente como busca da superação que só é
possível se for “coletiva”.
Falar sobre a educação é falar sobre a única alternativa política e social
para que este País encontre a dimensão de sua grandeza e para que o povo que aqui
vive encontre dignidade.
A construção de um projeto educativo coletivo constitui a identidade de
cada Escola e é, sem dúvida, o instrumento primordial que permite uma gestão
democrática, desta forma os objetivos que almejamos são:
REALIZAR um trabalho efetivo mais próximo aos pais e responsáveis
envolvendo as instâncias colegiadas e os órgãos competentes por meio de palestras,
reuniões, comunicados, informativos, reduzindo significativamente a evasão escolar e
garantindo a permanência na escola e principalmente a aprendizagem dos alunos.
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AMPLIAR o espaço físico para melhor organização do espaço de
aprendizagem a fim de possibilitar aos educandos uma formação mais adequada.
OFERECER aos professores e funcionários oportunidades de participar
de cursos de formação continuada, garantindo o crescimento profissional, a valorização
profissional, bem como garantindo aos educandos aulas mais criativas, enriquecedoras
que motivem e estimulem o ensino e a aprendizagem e um desenvolvimento crítico dos
alunos.
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2. MARCO SITUACIONAL
2.1 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual do Campo Professor Pedro José Puchalski - Ensino
Fundamental e Médio, trata se de uma escola de Campo no Campo por estar inserida
em localidade rural e a maioria dos alunos serem filhos de agricultores. As atividades
escolares tiveram inicio no ano de 2007. Atualmente conta com o Ensino Fundamental
de 6º a 9º no período vespertino , uma turma de 1ª ano e uma de 2º ano do Ensino
Médio que funciona no período noturno. Também oferta o curso do CELEM / Espanhol
em período intermediário.
O horário das aulas da Escola procura atender aos interesses de aprendizagem
e a disponibilidade do transporte escolar:
Vespertino
13:20 às 17:45 horas
Noturno
18:30 às 22:45 horas
No período da tarde funciona 01 turma de 6º ano, 01 turma de 7º, 01 turma de 8º
e 01 turma 9º , o 1º ano e o 2º ano do Ensino Médio funciona no período da noite. O
1º e 2º ano do Curso do CELEM é ofertado no período intermediário Tarde/noite.
O número de alunos matriculados neste Colégio no ano de 2.010 era um total de
156 alunos do Ensino Fundamental e Médio, em 2011 o total de alunos era de 157,
mais 30 alunos matriculados no CELEM, totalizando 187. Atualmente contamos com
112alunos matriculados no Ensino Fundamental, 45no Ensino Médio e 39no CELEM,
totalizando 196 em 2012
SÉRIES
5ª A
6ª A
7ª A
8ª A
1ª. A
CELEM
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ( 2011)
VESPERTINO
37
37
31
24
28
30
12
ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS
6º A
7º A
8º A
9º A
ENSINO MÉDIO
1º A
2º A
CELEM/ESPANHOL
1º A
2º A
( 2012)
VESPERTINO
22
32
30
28
NOTURNO
21
25
INTERMEDIÁRIO
25
14
A carga horária anual deste Colégio é de 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos e
o ano letivo corresponde ao ano civil.
A Base Nacional Comum do Ensino Fundamental é composta pelas disciplinas
de Português, Matemática, História, Geografia, Ciências, Educação Física, Arte e
Ensino Religioso e a Parte Diversificada compreende a disciplina de L.E.M. - Inglês, o
Ensino Religioso é ofertado para a 6º e 9º ano. O Ensino Médio tem como Base
Nacional Comum: as seguintes disciplinas; Português,Matemática, História,
Geografia, Biologia, Física, Química, Sociologia, Filosofia, Educação Física, Arte e a
parte diversificada tem a L.E.M. (Língua Estrangeira Inglesa).
A normatização do Regimento Interno de nossa Escola é elaborado e baseado
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente com a participação e aprovação do
Conselho Escolar, membros da APMF, Grêmio Estudantil, Professores, Equipe
Administrativa e Equipe Pedagógica.
Para vivermos nossa cidadania precisamos conhecer nossos direitos e deveres
e interagir em nossa realidade, transformando a se necessário. Para que isso se efetive
procuramos manter um ambiente democrático, com a participação do corpo docente,
discente, funcionários em geral e comunidade, buscamos sempre o envolvimento dos
pais para a complexa tarefa de educar.
A hora-atividade é realizada em dias e horários previamente estabelecidos pela
direção e equipe docente, para que o “tempo seja bem aproveitado” para elaboração
de aulas, planejamento e materiais de apoio, correções de avaliações e trabalhos
escolares, pesquisas e leituras pertinentes e quando necessário para discutir com a
equipe pedagógica assuntos referentes a alunos que apresentam dificuldades de
aprendizagem para posterior direcionamento de ações incluindo encaminhamento a
especialistas se for necessário, com o intuito de melhorar o processo de ensino e
aprendizagem.
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Vários são os desafios da atualidade que a escola enfrenta e que os
professores enfrentam na sala de aula, desta forma o professor da atualidade deve ter
um novo perfil, ter iniciativa, buscar constantemente crescimento profissional, ser
criativo, informado, dinâmico e um eterno pesquisador, além de oferecer além dos
conteúdos previstos, novas formas de aprender, proporcionando recuperação paralela
de acordo com a necessidade, mediante os conteúdos não aprendidos, priorizando os
acertos e não erros.
Desta forma cabe aos educadores refletir sobre a prática educativa, lançando
mão de ações que de fato contribuam para a qualidade do ensino-aprendizagem,
melhorando o desempenho dos alunos tanto nas avaliações internas como nas
avaliações externas advindas da Prova Brasil, ENEM. Logo abaixo apresentamos de
forma sucinta os dados estatísticos do desempenho dos alunos matriculados em 2009
e 2010.
Em 2009o rendimento escolar dos alunos deste estabelecimento foi:
SÉRIE
Nº
DE APROVADOS
REPROVADOS
ABANDONO
ALUNOS
5ª
36
83,34%
13,89%
2,77%
6ª
32
81,25%
18,75%
0,00%
7ª
35
85,71%
8,57%
5,72%
8ª
19
84,21%
5,26%
10,53%
TOTAL
122
83,61%
12,30%
4,09%
Em 2010 o rendimento escolar doas alunos deste estabelecimento foi:
SÉRIE
Nº DE ALUNOS
APROVADOS
REPROVADOS
ABANDONO
5ª
40
85,00%
15,00%
0,00%
6ª
36
80,56%
16,67%
2,77%
7ª
33
84,85%
3,03%
12,12%
8ª
30
96,67%
0,00%
3,33%
1ª
15
73,34%
26,66%
0,00%
TOTAL
154
85,06%
11,04%
3,90%
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Em 2011 o rendimento escolar do (as) alunos (as) deste estabelecimento foi:
SÉRIE
Nº DE ALUNOS
APROVADOS
REPROVADOS
ABANDONO
5ª
36
69,45%
30,55%
0,00%
6ª
37
78,37%
21,63%
0,00%
7ª
30
86,67%
13,33%
0,00%
8ª
25
92,00%
8,00%
0,00%
1ª
27
73,34%
26,66%
0,00%
TOTAL
155
81,29%
18,71%
0,00%
Partindo desta estatística, pressupõe que é necessário abordar cada vez mais
questões que ampliem o desempenho dos alunos, proporcionando aprendizagem
significativa e responsável, oferecendo aos alunos novas oportunidades, amenizando e
solucionando as dificuldades diagnosticadas.
2.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA DA ESCOLA
NOME
LICENCIATURA
Dirce Bach Chimborski Graduação:
CARGO
Diretora
Educação Física
Pós – Graduação:
Educação Física Escolar e Atividade
Física Adaptada com Magistério
Adriane Aparecida
Superior.
Graduação:
Sodré
Pedagogia
Equipe Pedagógica
Pós – Graduação:
*Psicopedagogia Institucional e
Clínica;
*Educação a Distância: Tutoria,
Ana Cristina Teider
Metodologia e Aprendizagem.
Graduação:
Bach
Pedagogia
Pós – Graduação:
*Gestão educacional- Organização
escolar e trabalho Pedagógico
*Educação Especial/Inclusão:
Síndromes e Deficiências múltiplas
Equipe Pedagógica
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Ricardo Ramos Albach Graduação:
História: Bacharelado e Licenciatura
Ivani Graduação:
Maria
Hamerschmidt
Fabio
Secretaria/Escola
Técnico/Administrativo
Gestão Pública
Pedroso Ensino Médio
Gonçalves
Rosilda de Fátima
Ensino Médio
Camargo Turmina
Silvana dos Anjos Graduação:
Pinto
Agente Educacional I
Agente Educacional I
Agente Educacional I
Administração
CORPO DOCENTE
ENSINO FUDAMENTAL
NOME
LICENCIATURA
DISCIPLINA
Jheiny Bueno Bzuneck
Graduação: Arte
Arte
Não licenciada
Leila Thais Cavalim dos
Graduação: Licenciatura plena Educação Física
Santos Ugendovski
Educação Física
Pós graduação:
Educação especial
Regina Scherreier
Graduação: Licenciatura plena História
Estudos Sociais Habilitação:
História
Pós graduação:
Educação Inclusiva
Silmara Horning
Graduação:Licenciatura plena
Letras/Português
Letras/Francês
Pós graduação:
Metodologia do Ensino de Língua
Portuguesa e Estrangeira;
Especialização em Literatura
Brasileira e História Nacional.
L. Portuguesa
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Sirleiy Maria Kohler
Graduação: Licenciatura plena L. Portuguesa
Ganzert
Letras
Pós graduação:
Metodologia de Ensino de 1º e
2º Graus.
Ozenice Almira de Melo
Graduação:Licenciatura plena
Letras
com
habilitação
Inglês
em
Português/Inglês
Lais Terezinha Szczypior
Graduação:Licenciatura plena
Cordeiro
Ciências Biológicas
Ciências
Pós – Graduação:
Metodologia do Ensino
Eunice Mello da Silva
Graduação:Licenciatura plena
Geografia
Estudos Sociais
Regina Scherreier
Graduação:Licenciatura plena
Ensino Religioso
História
Pós graduação
Julio Cesar Borkovski
Graduação:Licenciatura plena
Matemática
Matemática
Pós – Graduação:
Magistério Superior
CORPO DOCENTE
ENSINO MÉDIO
NOME
LICENCIATURA
Jheiny Bueno Bzuneck Graduação: Arte
DISCIPLINA
Arte
Não licenciada
Fabiana Baunel Canofer Graduação: Licenciatura plena
Biologia
Ciencias Biológicas
Leila Thais Cavalim dos
Graduação: Licenciatura plena
Santos Ugendovski
Educação Física
Pós graduação:
Educação Especial
Educação Física
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Fernanda de Lima
Graduação: Licenciatura plena
Física
Matemática:Não licenciada
Leila Bach
Graduação: Administração
Geografia
Geografia: Não Licenciada
Luiz Guilherme Brunatto
Graduação: Licenciatura Plena
Historia
História
Ozenice Almira de Melo
Graduação: Licenciatura Plena
Inglês
Letras com habilitação em
Português/Inglês
Sirlei Maria Kohler
Graduação: Licenciatura Plena
Ganzert
Letras
L. Português
Pós graduação:
Magistério de 1º e 2º Graus.
Fabiana Baunel Canofer Graduação: Licenciatura plena
Química
Ciencias Biológicas
Julio cesar borkovski
Graduação: Licenciatura plena
Matemática
Matemática
Pós graduação:
Magistério Superior
Cristina de Fátima
Graduação: Serviço Social-
Monteiro
Bacharelado
Filosofia e Sociologia
CORPO DOCENTE
CELEM
NOME
LICENCIATURA
Miriam do Nascimetno de Graduação:
Paula
Licenciatura plena
Letras/Espanhol
Pós – Graduação: Alfabetização e
letramento.
DISCIPLINA
Espanhol
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2.3 AMBIENTES PEDAGÓGICOS
“A Escola precisa se reinventar”
As mudanças são necessárias para que as nossas tecnologias de informação e
comunicação favoreça a aprendizagem.
Não dá para ficar fora. A internet esta aí. E vem aumentando a comunicação
entre estudantes e professor, mesmo fora da sala de aula, por meio de sites com
conteúdos elaborado pelo próprio corpo docente.
Ficará comprometida a pedagogia que não assuma incorporação tecnológica.
Embora a tecnologia seja, um recurso, seu uso correto pode transformar –se num
princípio pedagógico que vai dinamizar a “ação”, a “interatividade”, a produtividade e o
prazer do aluno em usá-la e, se possível dominá- la.
A inclusão digital nos dá o amplo acesso à tecnologia, sua apropriação facilita o
desenvolvimento na modernidade de modo geral. A mesma possibilita ao aluno a
comunicação rápida em grandes instâncias, ter ideias, expressá- las como autores e
publicar seus escritos no mundo virtual.
As novas tecnologias estão modernizando e dinamizando o ambiente escolar
pedagógico.
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
Vivemos neste País uma situação paradoxal quanto ao ensino. Enquanto nos
discursos pedagógicos e políticos ninguém seja capaz de negar a importância social
de abordar, em todos os níveis pedagógicos, o conhecimento científico e
biotecnológico. É um fato público e notório que o conhecimento científico e tecnológico,
em nossas escolas, ocupa um lugar secundário, por uma série de razões, tendo em
vista que, a maioria dos alunos não tem acesso a internet ficando condicionado à usala na escola a qual nem sempre funciona.
Um consenso entre a comunidade científica e educacional é que o docente
carrega a maior parte da responsabilidade em garantir a aprendizagem dos alunos,
porém a formação científica de nossos professores necessitam de aperfeiçoamento
constante. Pois, seus conhecimentos e conteúdos tecnológicos ainda caminham
lentamente.
Sendo assim, a abordagem prática poderia ser considerada não só como
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ferramenta do ensino na problematização dos conteúdos como também ser utilizada
não como um fim em si só, enfatizando a necessidade de mudança de atitude para
com a natureza e seus recursos, pois, além de sua relevância disciplinar, possui
profunda significância no âmbito social.
Neste contexto, buscou se caracterizar um estilo de trabalho através dos quais
os alunos possam se apropriar de conteúdos, procedimentos e atitudes científicas.
Este processo, é a ação científica em si, como possibilidade de aprendizagem e
estimuladora de busca individual ao saber científico e tecnológico.
RECURSOS TECNOLÓGICOS
O impacto das novas tecnologias da informação e da comunicação produziu
uma
mudança
revolucionária
na
vida
das
sociedades
contemporâneas
e
consequentemente uma nova organização de trabalho onde é necessário um
profissional informado, capacitado e especializado. Diante desses avanços os projetos
educativos devem responder às demandas do sistema produtivo procurando garantir
uma formação básica de qualidade para todos os cidadãos.
Como o
Colégio é responsável pelo preparo das novas gerações e sua
incorporação ao mundo do trabalho, uma das formas que ela pode se valer para dar
respostas às exigências do mundo produtivo é utilizar como recurso pedagógico alguns
aspectos que se refiram ao conhecimento e ao uso das novas tecnologias da
informação.
O colégio já se dispõe de vários recursos tecnológicos; tais como: laboratório de
informática para professores e alunos televisão e DVD, retro projetor, Receiver com
som ambiente para todas as salas. Porém, ainda necessitamos de um espaço
suficientemente adequado para instalarmos com privacidade, uma vez que biblioteca,
laboratório, sala dos professores e almoxarifado funciona no mesmo espaço.
BIBLIOTECA
É um espaço fundamental dentro de uma escola, uma ferramenta importante.
Sua função não é a de depósito de livro nem de conhecimento. Pode ser considerado
um centro de disseminação de saber, de cultura. Deve ser um espaço de cultura, e o
aluno precisa ter acesso ao livro, ao jornal e outros.
No momento ainda nos encontramos em prédio municipal, o qual não nos
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permite por falta de espaço físico uma sala destinada só para este fim, mas dentro de
nossas possibilidades organizamos um espaço junto ao laboratório de informática,
com os acervos que atualmente somam 1.100 obras e assim estimula-se o hábito da
leitura.
O espaço serve como mais um degrau na longa escada que é o processo
educacional, afinal, é ali que o aluno tem uma das oportunidades para criar o hábito da
leitura prazerosa.
2.4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Contenda está situada no 1º planalto de Curitiba, fazendo parte integrante da
Área Metropolitana, localizado a 45 Km ao sul da Capital do Estado do Paraná, sendo
atravessado pela BR 476 e tendo como limites os Municípios de Balsa Nova e
Araucária ao Norte, Quitandinha e Lapa ao Sul, Mandirituba e Araucária ao Leste e
Lapa a Oeste.
A área territorial do Município de Contenda é de 344, 758 Km.
Altitude de 878,17m acima do nível do mar, latitude 25º 43 e longitude 40º 30.
Segundo a classificação de Koeppen, nosso clima frio com verões amenos e
inverno rigoroso, incidência de geadas severas e ocasionalmente neve. A umidade
relativa do ar é elevado (clima subtropical).
Sua temperatura média é de 15º a 20ºC. O solo apresenta declive variável,
classificado como forte - ondulado. A presença de rochas sedimentares formou solos
com desiguais texturas. Existem solos arenosos, porém o predomínio é do solo
argiloso.
Rios principais: Iguaçu, Contenda e Isabel Alves.
As condições climáticas e do solo contribuem para o desenvolvimento de
florestas ficando o campo em segundo lugar. Predomina a floresta subtropical
Perenifólia e sub perenifólia, que apresenta em geral em três níveis, sendo o superior
constituído por Araucárias, Imbuía, Cedro, Canela.
Grande parte do Município já foi desmatado, e resta quase que exclusivamente
as áreas de preservação, os locais de difícil acesso ou os de grande declividade
guardando a vegetação nativa e pequenos capões.
As espécies que aqui habitam são quase as mesmas distribuídas por toda a
Região Sul.
21
Não se sabe com certeza quem foram os primeiros moradores do nosso solo,
porém há indícios de que aqui viviam índios tinguis e guaranis, depois portugueses e
espanhóis, depois caboclos, cafuzos e mamelucos.
Diz se também que essas terras faziam parte de uma das quatro sesmarias
concedidas por El - Rei de Portugal aos portugueses Ignácio da Costa e Leandro da
Costa (1740); Manoel da Luz (1751) e Antônio Gonçalves dos Reis (1767).
Em meados de 1890, registra se a chegada de colonos poloneses e alemães em
nosso território.
Os comerciantes João Soares Franco e Constantino Soares da Silva, são
considerados os fundadores da cidade e aqui se estabeleceram com uma casa de
comercio de gêneros diversos e compra de cereais e erva mate, e, sua chegada deu
início à colonização propriamente dita, além de que no ano de 1894 chegaram também
os poloneses na colônia Serrinha, a beira da estrada geral que ligava Curitiba a Lapa.
Nossa economia gira principalmente em torno da produção agrícola, porém,
Contenda está expandindo o progresso na Área econômica contando com grande
representação nas atividades pecuárias, industriais, comércio de ferramentas e
implementos agrícolas, calçados e vestuários, fertilizantes e adubos.
Sendo Contenda uma região de colonização Europeia, caracteriza se pela
predominância de pequenas propriedades e pela atividade agrícola.
Na cultura agrícola predomina o plantio de milho, feijão e batata.
A
concentração
demográfica
na
área
territorial
de
Contenda
é
de
aproximadamente 16 habitantes por quilômetros quadrados.
A estimativa populacional atual é em torno de 16.000 habitantes e segundo
dados do Ipardes a maior parte da população concentra se na área urbana.
Em relação à Educação, o município de Contenda tem como estrutura
educacional atendimento e administração de duas redes de ensino: a rede Pública
Municipal e a Estadual. Na região central do município funciona o Colégio Estadual
Miguel Franco Filho – E.F.M., no Distrito de Catanduvas do Sul, região retirada, zona
rural, funciona o Colégio Estadual Dr. Adhelmar Sicuro – Ensino Fundamental e Médio,
no bairro Jardim São João, a Escola Estadual Vereador Doutor Francisco Cordeiro –
Ensino Fundamental (6ª à 9ª série).
22
2.5 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE
A comunidade onde a escola está inserida, é essencialmente agrícola. Os
moradores da região apresentam um quadro econômico de nível médio baixo,
buscando alternativas de subsistência em outros locais.
Há uma carência em relação à creche para acolher as crianças menores
enquanto as mães vão para o trabalho, sendo necessário locomover crianças de
idades menores até à creche localizada no centro da cidade, isto é, quando encontram
vagas. Quando não, os irmãos maiores precisam ficar em casa tomando conta de seus
irmãos, sendo obrigados a faltar na Escola ou impedindo algumas mães de
trabalharem para ajudar no orçamento doméstico. Consideramos este, um dos grandes
problemas, encontrados pela escola. Nestes casos, quando acontecem, imediatamente
são chamados os pais ou se necessário acionado o Conselho Tutelar, com o intuito de
solucionar imediatamente este problema. Muitas vezes a própria escola assume o
papel de Assistência Social, acompanhando o aluno a tratamentos de saúde, por falta
de outros interessados.
As pessoas da comunidade são atendidas no Posto da Saúde Pública, que é
equipado para este fim, com um médico (P.S.F), enfermeira, uma dentista e auxiliar,
para atender tratamentos agendados antecipadamente ou de emergências. Vários de
nossos alunos são usuários deste Programa Saúde da Família, tanto para
emergências, como tratamento completo, na medida do possível.
Na maioria dos casos quando esta população precisa de Assistência Médica,
odontológica ou outras, é necessário dirigir se até o Departamento de Saúde ou
Hospital Público no centro da cidade.
Ainda nessa região, encontramos áreas ocupadas por plantações diversas, um
dos pontos que diferencia se da área urbana, pois muitos de nossos alunos vivenciam
uma ligação direta com a terra e seus frutos, maneiras de plantio, seres vivos diversos,
trazendo uma grande fonte de conhecimento.
Estamos inseridos também em meio a outros cenários um tanto diferentes e que
se colocam aqueles que revelam a diversidade de culturas, tanto no aspecto ético,
moral, religioso, como também sócio – econômico. Os alunos se utilizam dos veículos
do transporte escolar municipal que ajuda a minimizar o problema de acesso à escola,
garantindo a permanência do aluno na escola.
A formação sócio cultural das famílias é de Ensino Fundamental incompleto e
uma porcentagem muito pequena possui o Ensino Superior ou está em curso, sendo a
23
média de renda de 01 salário mínimo mensal. A maioria apresenta carências tais como:
alimentação, moradia e lazer, influenciando sobremaneira no aprendizado e no
comportamento.
Ressalta se como ponto positivo a participação da APMF( Associação de Pais,
Mestres e Funcionários), Comunidade, Conselho Escolar e Conselho Tutelar que
apoiam
e colaboram com
as
importantes ações beneficentes,
promovidas pela
Escola .
Ao final de cada bimestre os pais dos alunos são convocados, para reunião de
entrega de boletins com a presença dos professores, direção, equipe pedagógica e
administrativa que expõem a metodologia das aulas, as dificuldades diagnosticadas e
discutem as ações para novos encaminhamentos
que viabilizem
o melhor
desempenho da aprendizagem sanando e amenizando os problemas detectados. No
entanto a escola é vista pela comunidade como espaço aberto e o nível de satisfação
dos pais e comunidade em relação ao ensino e aprendizagem é excelente.
Desta forma, percebe-se que a escola tem uma grande e importante parcela de
responsabilidade com a educação destes alunos, de maneira que, possamos elevar as
expectativas das famílias e alunos reconhecendo as limitações, e oferecendo
oportunidades de emancipação e de formação de cidadão crítico e comprometido com
a realidade que o cerca. Evitando casos de exclusão e sanando situações de
desemprego, violência e preconceito. Reconhecendo no aluno um ser concreto que
trás inúmeras informações, sua própria história de vida e acima de tudo a vontade de
aprender. Cabe à equipe da escola fazer a diferença, lutar e acreditar num ensino
melhor e de qualidade.
2.6
PLANO
DE
FORMAÇÃO
CONTINUADA
PARA
PROFESSORES
E
FUNCIONÁRIOS
A capacitação para professores e funcionários é permanente, pois sempre
que convidados ou convocados pelo Núcleo da Área Metropolitana Sul, como também
outro
órgão
sempre
procuram
participar,
mostrando
assim
um
grande
comprometimento com o ensino e com a qualidade da educação, demonstrando na
prática os novos conhecimentos adquiridos.
A Escola assume um compromisso com a comunidade escolar, e por
este motivo, é necessário que todos sigam na mesma trilha, construindo novos
24
conhecimentos, valorizando a sua história, as vitórias, as derrotas e fazendo a cada dia
uma nova história,
um novo desafio a ser enfrentado e superado por todos que
acreditam e que possuem o conhecimento para fazer a diferença.
Encontramos em nossas atividades diárias, crianças e adolescentes que
convivem com os mais diversos recursos. Diante desse fato, também torna necessária
a capacitação de professores, a fim de que esse público seja plenamente atendido e
orientado. A aprendizagem deve estar voltada para um trabalho em equipe e requer
uma postura flexível e criativa.
Os educadores devem procurar o autoconhecimento para uma evolução
pessoal e também, a comunicação em todos os níveis sociais, para desenvolverem
uma visão abrangente da realidade. Assim estarão aptos a interagir em grupos, aberto
às novas e mais inusitadas soluções para atender às necessidades da educação.
Em
nosso
calendário
escolar
estão
previstos
encontros
para
planejamentos, replanejamentos, semana pedagógica, os quais acontecem em toda a
rede estadual de ensino, e tendem a contribuir de forma eficiente e significativa para o
crescimento profissional e o sucesso no ensino e aprendizagem.
Com referência ao P.P.P.(Projeto Político Pedagógico) estamos sempre
realizando encontros pedagógicos com a comunidade escolar, para discutir e planejar
novas ações que venham de encontro com as prioridades destacadas no ambiente
escolar, tanto em nível estrutural, financeiro como em nível pedagógico, como temas
da atualidade e informações sobre o processo de inclusão.
A comunicação entre a comunidade escolar se faz também através de
conversas informais, reuniões extraordinárias quando se fazem necessárias, palestras
por pessoas convidadas de nosso município ou vindas de outras localidades,
apresentações feitas pelos alunos em datas comemorativas orientadas pelos
professores e equipe administrativa, que ocorrem no decorrer do ano, deixando como
registro e estímulo a todos.
Com os cursos promovidos pela SEED, o que se espera é um
aperfeiçoamento profissional, capacitando professores e funcionários a explorar os
recursos disponíveis e qualificando sua atuação em sala de aula.
Quanto ao PORTAL DIA-A-DIA DA EDUCAÇÃO, este é uma oportunidade
de acesso a todos os professores e funcionários, pois contempla todos os conteúdos
da Educação Básica, tornando o ambiente pedagógico colaborativo, uma fonte
completa e em construção que vem subsidiar, gratuitamente, educadores de todo o
país.
25
Existe ainda um serviço de e-mail, disponível a todos os professores da Rede
Estadual de Educação, o qual é o meio de comunicação oficial utilizado pela SEED e
também um recurso de interação que possibilita a troca de informações entre os
educadores do Estado do Paraná.
O Governo do Estado do Paraná por meio da Secretaria de Estado da Educação
está buscou com o Programa “Paraná Digital” e com o “Portal Dia-a-Dia educação”
difundir o uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) com a
ampliação das Coordenações Regionais de Tecnologia na Educação e com o repasse
de computadores, com conectividade e a criação de um ambiente virtual para a
Criação/Interação/Publicação de dados provenientes das Escolas Públicas do estado
do Paraná.
Para tanto, uma ação que se faz necessária é a atualização e expansão dos
laboratórios de informática na prática educativa com a adequação do seu espaço físico
para a instalação de uma infra-estrutura de alarme, lógica e elétrica para rede local de
informática.
2.7 INCLUSÃO ESCOLAR E A REALIDADE EDUCACIONAL
A Deliberação nº 02/03 normatiza a Educação Especial no Estado do Paraná,
assegurando a oferta de apoios e serviços pedagógicos especializados aos alunos com
necessidades educacionais especiais, atendendo às especificidades socioeconômicas
e culturais dos diferentes municípios do Estado.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e
as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a
aprendizagem e participação de todos os alunos . (Carvalho, 2000, p.17)
“ Qualquer prática de inclusão precisa estar firmemente embasada na suposição inicial
de que todas as crianças devem ser educadas em Escolas regulares. Deve se
reconhecer que os obstáculos à inclusão estão na Escola e na sociedade, e não na
criança
(Peter Mittler)
“A compartimentação do nosso olhar sobre o problema da aprendizagem, dividido entre saúde e
educação, inúmeras vezes apresentam um desserviço do entendimento e tratamento do indivíduo em
questão.”
(Pires)
26
A inclusão pressupõe integração e solidariedade, cabe ressaltar que direitos
iguais e atitudes politicamente corretas não são suficientes para sua implantação nas
Escolas.
É necessário conhecimento e formação com o intuito de estabelecer
metodologias e estratégias de ensino e aprendizagem, garantindo além do acesso e
permanência a Aprendizagem significativa.
Na Escola inclusiva, a identidade se constrói com a valorização das qualidades
de cada um dos estudantes.
Para que a inclusão de fato aconteça de maneira mais adequada é preciso uma
reestruturação das Escolas, tanto por parte dos governantes municipais, como
estaduais, tanto na estrutura física, como no âmbito pedagógico envolvendo todos no
processo de inclusão.
O movimento pela inclusão educacional cresceu e nos faz refletir a enorme
responsabilidade que temos em atender as especificidades de cada aluno no processo
educacional, propondo metodologias inovadoras e oferecendo condições para o
desenvolvimento pleno e a aprendizagem de qualidade.
A Escola muitas vezes passa a desempenhar um papel ambíguo frente à
diversidade, pois ao mesmo tempo em que acolhe os alunos com dificuldades, não
consegue oferecer as condições necessárias para sua inclusão e educação. Aquela
escola que sonhamos, que queremos construir deve ser um espaço acolhedor que
garanta o acesso, a permanência e os avanços efetivos na aprendizagem do aluno.
Nesta escola as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à
diversidade é o eixo norteador da inclusão educacional.
A colaboração, o comprometimento e a iniciativa de todos os segmentos são
essenciais. Pessoas que “vestem a camisa” trabalham em harmonia produzindo mais e
melhor. A identidade se constrói com a valorização das qualidades de cada um dos
estudantes.
Para que a inclusão de fato seja efetuada, é importante haver maturidade de
profissional na busca de um trabalho efetivo, de uma vivência para a construção do
conhecimento, com capacidade de desenvolver recursos próprios para lidar com a
frustração das possibilidades de insucessos. Todos os envolvidos da Escola devem
conhecer a maneira como o aluno aprende para ensiná- lo em todos os aspectos
necessários.
Embora sabendo que muito já está sendo feito pela inclusão; como contratação
de professores especialistas concursados para área de Educação Especial; ofertas de
27
cursos de capacitação e expansão de apoios especializados, ainda em nossa Escola é
um sonho, mas que com força de vontade e muita garra, conseguiremos chegar a este
ideal.
A Lei nº 9394/2006 - LDB – respalda, enseja
transformação requerida pelo
e oferece elementos para
Colégio de modo que atenda aos princípios que a
orientam. Devemos ter o cuidado, para que a inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais ocorra dentro de nossa Escola, em classes comuns, há uma
grande necessidade de organização da forma a oferecer possibilidades objetivas de
aprendizagem, a todos os alunos, especialmente àqueles portadores de deficiências.
Matéria tão complexa como a de direito à educação das pessoas que
apresentam algum tipo de deficiência requer fundamentação nos seguintes princípios:
 a preservação da dignidade humana;
 a busca da identidade;
 o exercício da cidadania.
Temos consciência que não podemos esperar que todas as condições existam
para começar a inclusão, pois é um processo gradativo, complexo, que tem que ser
construído aos poucos, mas devemos procurar cada vez mais trazer recursos para
ofertar atendimento especializado.
A questão da inclusão deve ser trabalhada com muito esforço, responsabilidade
e afinco. É um processo de perspectiva transformadora e ajustes flexíveis. Está claro
que o aluno terá diversas oportunidades de aprendizado, porém temos que levar em
consideração os obstáculos que ainda encontramos.
Devemos manter um trabalho de conscientização e acolhimento permanente,
procurando sempre no dia a dia, em reuniões e encontros com pais, responsáveis,
alunos, profissionais, funcionários e membros da comunidade mostrar que o desafio é
que faz a diferença.
De um lado estão os que defendem o direito de criança e do adolescente
especial em estudar em escolas comuns, acreditando que isso levará a uma abertura
da escola à diversidade e contribuirá para o desenvolvimento social desses alunos. Do
outro lado, o argumento é que certos graus de deficiência não permitem a inclusão
´que não há preparo de professores e estrutura, especialmente na rede pública de
ensino, para receber estes alunos. De outro lado temos consciência que não podemos
deixar que o aluno saia de uma Escola onde há um atendimento que necessita, para
28
não correr o risco de ao invés de incluir, excluir ainda mais não somos contrários a
inclusão, mas como já dissemos de uma forma muito bem refletida e responsável.
Segundo o que consta, há casos mostrando que o desafio da inclusão já foi
vencido, capacitando em várias áreas professores. Isto mostra o verdadeiro conceito
da educação inclusiva, que é proporcionar à pessoa com necessidades especiais o
ensino necessário e a oportunidade de conviver em sociedade e desempenhar funções
que lhe são possíveis.
2.8 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
No espaço físico onde funciona o Colégio Estadual do Campo Professor
Pedro José Puchalski - Ensino Fundamental e Médio, funciona também, a Escola
Municipal Profª Paulina Urbanik Stabach - Ensino Fundamental que foi inaugurada
em 19 de julho de 1988.
O terreno onde foi construído o referido Estabelecimento de ensino foi
doado pelo Sr. Carlos Eugênio Stabach e sua esposa Srª Jane Beatriz Stabach,
recebendo esta denominação em homenagem à mãe do doador do terreno e uma
das professoras da comunidade, mulher de larga visão e que anteviu o progresso
da vila em sua época.
No ano de 2006, observou- se a necessidade de termos o Ensino
Fundamental de 5ª`a 8ª série.
Em memória ao primeiro professor da comunidade escolhemos o nome
de Pedro José Puchalski para denominar a nossa Escola.
Pedro José Puchalski nasceu em 06/01/1906, em São Mateus do Sul,
Estado do Paraná. Filho do casal João e Leocádia Puchalski, e descendentes de
imigrantes poloneses. Sempre teve uma vida humilde e religiosa. Desde pequeno
teve consciência da importância do trabalho e dos estudos, cuja formação cultural
teve no Seminário Arquidiocesano de Curitiba onde estudou.
Aos 24 anos de idade, casou se com Leonora Popija e com esta teve 14
filhos.
Iniciou a carreira do magistério em 1928 trabalhando em Ouro Verde (hoje
Canoinhas) - Estado de Santa Catarina.
No ano de 1930, juntamente com sua família, fixou residência na localidade
de Serrinha, município de Contenda - Paraná lecionando para crianças de curso
primário. Inclusive, parte desse período, lecionou aulas da língua polonesa em
29
contra turno escolar, conforme proposta de educação nacional da época a qual
visava o fortalecimento das tradições dos descendentes de povos imigrantes.
Perdendo parte de sua visão, veio a aposentar se proporcionalmente em
26/07/1957 e definitivamente em 20/12/1959.
Além das atividades de magistério, Pedro José Puchalski
se dedicou
também à lavoura, à catequese e trabalhou como zelador da igreja da comunidade
por aproximadamente 40 anos. Foi fundador do coral polonês da igreja, sendo
organista do mesmo.
Fiel à fé que herdara de seus pais e aos ensinamentos cristãos aprendidos
no Seminário Arquidiocesano, o professor sempre se dedicou ao próximo e esteve
ao lado dos carentes e dos enfermos da comunidade.
Dedicação, amor e principalmente a fé, são as palavras que resumem a
biografia do professor e líder comunitário Pedro José Puchalski, que faleceu em
21/01/1991 em Contenda Paraná.
30
3.0 MARCO CONCEITUAL
3.1 FILOSOFIA DO ESTABELECIMENTO ESCOLAR
A escola historicamente tem sido vista como uma das principais instituições
responsáveis pela formação das gerações. Entretanto, faz se necessário que a escola
do campo não só cumpra sua responsabilidade de transmissão de conhecimento
historicamente acumulado às novas gerações, mas também que garanta o acesso ao
conhecimento socialmente útil a classe trabalhadora do campo,
a fim de que ele
possa desenvolver se em todas as dimensões como garantia de realização de seus
projetos de vida, produtores de conhecimentos onde bem desenvolvidos permitam as
pessoas transitarem livremente no mundo atual compreendendo se criticamente.
A escola do campo deve ser vista como um lugar emancipado que conceba
uma realidade local específica como fruto também de vários enfrentamentos do
contexto amplo da sociedade onde a escola posiciona se como um instrumento a
mais, produtora de práticas educativas, que aponta para uma educação de caráter
emancipatório, humanizador capaz de levar nossos alunos a fazer toda uma leitura de
mundo e se posicione nesse processo, como um sujeito ativo em sua relação
transformadora com a natureza e a sociedade e mais,que o sujeito também se
transforme
Ressignificar
a cultura do campo é fortalece a identidade da escola,
valorizando os elementos do contexto local, produzindo conhecimentos a partir da
problematização, respeitando os saberes dos alunos oriundos do campo, valorizando
a sua realidade, associando os saberes de sua experiência com saberes curriculares,
bem como valorizando e resgatando a diversidade cultural.
Assim a educação deve ajudar a formar, construir e fortalecer identidades.
Formar sujeitos, dentro de seus valores, cultura, modo de vida. Para tal não se objetiva
a destruição dos conteúdos curriculares, mas a sua reconstrução a partir de um
contexto diferente, entendendo que os mesmos devem formar as pessoas para
conhecer o mundo e nele interferir de maneira autônoma e coerente.
A educação do campo deve ser uma educação diferenciada, mas acima de
tudo voltada para a formação de seus sujeitos, afim de que possam interferir em sua
realidade na busca de uma vida humana mais plena.
Porém também é importante
que eduquemos os jovens do campo,
embasados num currículo que os levem a pensar e agir não apenas sobre questões
31
ligadas a esta realidade específica e adotando uma ideia ingênua de que todos
permanecerão no campo. Uma demanda, irá sair e, em princípio não tem nada de ruim
nisso. O importante é que o jovem, a partir do conhecimento adquirido e sistematizado
pela escola, se aproprie dos mecanismos e dos processos de mudanças que o levam a
sair do campo. O desafio da educação é, pois, ajudá-lo a compreender estes
fenômenos e, assim, entender sua realidade e fundamentalmente que ele aprenda a
refletir para que em outra realidade, em outra situação, ou outra escola, ele saiba
acima de tudo pensar.
Seguindo tal pensamento, o Colégio Professor Pedo José Puchalski tem
compromisso
de
respeitar
os
saberes
dos seus educandos, aproveitar sua
experiência, discutir sua realidade, associar os saberes curriculares e a experiência
social que eles têm, valorizar e resgatar a diversidade cultural, enriquecer assim o
conhecimento, pois ao mesmo tempo em que se ensina estamos num
aprender.
melhor,
O
educando
nem
pior
que
chega
a
a
do
escola
trazendo
professor,
aprenderão juntos, um com o outro, para isso
pois
uma cultura
constante
que
não
é
em sala de aula os dois lados
torna se
necessário
que
as
relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade
de
se
expressar num
ambiente
de
respeito,
solidário,
com
direitos
e
deveres bem claros. É importante que educador e educandos assumam a postura do
diálogo
e
da
curiosidade
compreendendo
o
papel
desta
como
sendo
impulso para produção do conhecimento..
É preciso
também planejar ações educativas da mesma maneira como se
planejam outras dimensões da vida e da sociedade em geral. O cuidado e respeito
para com a natureza é questão de sobrevivência, que o ser humano seja visto como
parte integrante do ambiente e não uma espécie diferente que tem o direito de utilizar e
explora - lá de forma irresponsável. Vivemos também grandes mudanças recentes na
organização do trabalho, causadas pelos avanços não só da tecnologia, mas da
ciência e suas descobertas.
Há necessidade de uma nova reflexão urgente voltada para os desafios
sociais da humanidade neste inicio de milênio.
Portanto, devemos ter consciência de que a Escola e todos seus
envolvidos cabem significativa parcela de responsabilidade numa proposta de
educação de qualidade, democrática, que forme cidadãos autônomos, críticos,
participativos, que busque a qualidade de vida, seja capaz de inovar, desafiar,
proporem alternativas e que saiba lidar e respeitar as diferenças, reforçando assim ou
32
despertando ainda o sentimento de cidadania, muitas vezes ameaçado. Dessa forma
sua principal contribuição é construir uma ponte entre o mundo real, isto é, o das
sociedades modernas em constantes transformações, e o mundo da escola, que tem
diante de si a tarefa de formar cidadãos tenham a possibilidade de escolha, decisão.
Decidir é poder. Cabe à sociedade proporcionar, à Escola conduzir, educar para a vida,
conquistando e encontrando os meios para que cada um se aproprie da parcela de
poder que lhe dizer respeito.
Enfim, neste barco, estamos todos nós, direção, professores, alunos,
pais, funcionários, comunidade. Sabemos do valor da educação e de tudo faremos
para que nossos alunos tenham o melhor aprendizado.
Se cada um executar bem a sua tarefa, chegaremos ao ideal almejado. E
que jamais seja esquecido que o foco principal da Escola precisa ser o de mediador
da construção do conhecimento.
Esperamos que esse caminhar, seja feito lado a lado – Escola – Família –
Comunidade, pois temos objetivo comum: “EDUCAÇÃO COM QUALIDADE PARA UM
MUNDO MELHOR”.
3. 2 CONCEPÇÃO DE CAMPO
A compreensão de campo Segundo a DCE da Educação do Campo, vai além de
uma definição jurídica. Configura um conceito político ao considerar as particularidades
dos sujeitos e não apenas sua localização espacial geográfica.
Caracteriza-se os povos do campo sujeitos que relacionam-se com a natureza,
o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão de obra
dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de
vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vinculo
com a rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico.
A identidade dos povos do campo comporta categorias sociais como posseiros,
boia-fria, ribeirinhos, assentados, acampados arrendatários, pequenos proprietários ou
colonos ou sitiantes- dependendo da região do país em que estejam- caboclos dos
faxinais,
comunidades
negras,
rurais,
indígenas( DCE Ed. Do campo p. 24 e 25).
quilombolas
e,
também,
as
etnias
33
3.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO NO CAMPO
Forjado pelos movimentos sociais no final do seculo XX a concepção de campo
ganha sentido em referencia a identidade e cultura dos povos do campo, valorizandoos como sujeitos que possuem laços culturais, da produção de conhecimento na sua
relação de existência e sobrevivência.
Porém
ainda predomina a concepção de que o campo é o lugar prosaico do
atraso, um espaço territorial inferior e desprovido da modernidade atribuída a cidade,
um lugar sem futuro. Por conseguinte a educação do campo tem sido historicamente
marginalizada na construção de políticas públicas por descaracterizar a identidade dos
povos do campo, no sentido do distanciamento do seu universo cultural, visto que tais
políticas, parte do principio que o espaço urbano serve de modelo ideal para o
desenvolvimento humano.
Para romper com o estigma de que no campo, a educação é empobrecida há
necessidade de incutir na população rural a valorização do homem do campo,cuja
identidade e manifestações socioculturais sejam valorizadas, que o campo seja visto
como espaço de transformação pelo trabalho e desenvolvimento.
Nesse sentido, pensar o projeto politico do Colégio Estadual do Campo
Professor Pedro José Puchalski, os profissionais que nele atuam requer uma reflexão
a respeito do Currículo Escolar. Devem, no seu trabalho, levar em conta princípios e
saberes universalmente consagrados, ao mesmo tempo em que não podem prescindir
da compreensão de que o campo possui especificidades que devem ser levados em
conta no processo educativo.
3.4
CONCEPÇÃO DE: CONHECIMENTO; SOCIEDADE/HOMEM; ESCOLA DE
CAMPO; PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM; CURRICULO; AVALIAÇÃO; SALA
DE AULA; PROFESSOR; ALUNO; DIRETOR.
Conhecimento
Saber adquirido, produzido pelo homem, ao longo de sua história, variável,
inacabado em constante transformação e mudanças.
Segundo Moran (2009), para conhecer é preciso haver interação, comunicação,
ter contato com a informação é o primeiro passo para conhecer. Conhecer é
estabelecer relações, integrar, contextualizar, internalizar. Conhecer é saber, descobrir,
é ir além da superfície, do previsível, daquilo que está fora, apropriar-se. O processo de
34
interação externa e interna leva ao conhecimento, aprofundando-se através da
comunicação aberta e confiante.
O autor ressalta que o educando precisa ser estimulado a buscar várias fontes
de informação tornando-se co-autor do processo de aquisição do conhecimento e de
sua escolarização, superando a passividade e levando a um processo de formação
pessoal baseado na interatividade, tornando-se um cidadão cada vez mais
participativo, critico e transformador da realidade a partir da sabedoria adquirida
durante este processo.
Portanto cabe ao Colégio Estadual do Campo Pedro José Puchalski
proporcionar
condições
para
que
as
aprendizagens
tornem-se
significativas,
possibilitando aos seus alunos, professores e toda a comunidade desenvolver-se com
as mais diversas tecnologias e oferecer-lhes novas metodologias, articulando o
conhecimento com a realidade a qual estão inseridos, garantindo o envolvimento no
processo e a formação mais critica, que contribua para o crescimento pessoal e do
mundo em que vive.
Esta instituição tem como papel imprescindível à busca pela formação educativa
das novas gerações, pois,é através dela que se pode ter o conhecimento e a realização
da Educação do Campo na procura de um projeto de vida e de sociedade mais
humana.
“Assumir a função primordial da escola: educar, ensinar / aprender, e dinamizar os conteúdos
curriculares de maneira a provocar a participação do aluno”. (VEIGA, 1998) .
Sociedade/Homem
Toda sociedade precisa de educação, não é preciso insistir muito nessa
exigência de cunho histórico, antropológico. A nossa espécie que precisa de
aprendizagem. Vale acrescentar, ainda que a organização do trabalho pedagógico da
escola tem a ver com a organização da sociedade. A escola nessa perspectiva é vista
como instituição social, inserida na sociedade capitalista, que reflete no seu interior as
determinações e contradições dessa sociedade.
Se de um lado, a sociedade precisa da ação dos educadores para a
concretização de seus fins, de outro, os educadores precisam do dimensionamento
político do projeto social para que a situação tenha real significação como mediação do
35
processo humanizador dos educandos.
HOMEM – Com efeito, o homem visto de uma perspectiva históricoantropológica é um ser de relações: ele se relaciona com a natureza, com os outros
homens e consigo mesmo. Sua existência se da efetivamente através de atividades,
através da ação, da pratica, através das
mediações nas quais essas relações se
concretizam e tomam forma real.
Assim a verdadeira essência do homem não mais se constitui sob a forma de
uma entidade metafísica nem sob forma de uma pura realidade físico- biológica. O
homem tem um jeito especificamente humano de realizar sua humanidade. Ele é, de
fato, um ser em sua prática, de sua ação histórica. É assim um ser que vai se criando
no espaço social e no espaço histórico. Não é apenas uma realidade dada, pronta e
acabada, mas um sujeito que vai construindo aos poucos sua própria realidade.
Tornar viável a existência dos homens, uma dada realidade histórica e social,
significa hoje construir a efetiva cidadania. É garantir a todos os indivíduos humanos
sem qualquer forma de discriminação, as condições para o exercício pleno de todas
essas práticas, de modo a que possa ser um produtor e fruidor dos bens naturais, dos
bens sociais e dos bens culturais de sua sociedade. Com efeito, a condição da
cidadania exige o efetivo compartilhar das mediações existenciais, por sua vez
realizável.
O homem deste novo milênio nasce na prática da reconstrução revolucionária da
sociedade é caracterizado no compromisso com a causa e defesa dos interesses do
Povo . A responsabilidade no cumprimento do dever, não importa a tarefa que nos
caiba, é um sinal do homem novo e da mulher nova. O sentido da solidariedade, não
somente com o nosso povo, mas também com todos os povos que lutam pela sua
libertação. Participar, conscientemente, nos esforços da reconstrução nacional é um
dever que o homem exige de si mesmo. Estudar, como um dever revolucionário,
pensar certo, desenvolver a curiosidade diante da realidade a ser melhor conhecida,
criar e recriar, criticar com justeza e aceitar as criticas construtivas, combater as
atividades antipopulares. Participando mais e mais na luta pela reconstrução nacional,
vamos fazer nascer em nós mesmos o homem novo e a nova mulher.
Para Gadotti, o professor caminha lado a lado com a transformação da sociedade, não é um ente abstrato, ausente, mas uma presença atuante, participante e "dirigente", que organiza, concretiza a ideologia da classe que representa esperança.
De acordo com o Parecer CNE – Nº 4/98 – CEB / Aprovado em 29/01/98, a
nação brasileira através de suas instituições, e no âmbito de seus entes federativos
36
em assumindo, vigorosamente, responsabilidades crescentes para que a Educação
Básica, demanda primeira das sociedades democráticas, seja prioridade nacional como
garantia inalienável do exercício da cidadania plena. A conquista da cidadania plena,
fruto de direitos e deveres reconhecidos na Constituição Federal, portanto, da
Educação Básica, constituída pela Educação Infantil, Fundamental e Média, como
exposto no seu artigo 6º.
“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”
Paulo Freire
Escola de Campo
Segundo as Diretrizes da Educação do Campo a escola é um local de
apropriação de conhecimentos científicos construídos historicamente pela humanidade
e local de produção de conhecimentos que se dão entre o mundo da ciência e o mundo
da vida cotidiana..
Em se tratando de escola de campo os povos querem que a escola seja o
local que possibilite a ampliação dos conhecimentos historicamente construídos e tais
aspectos podem ser pontos de partida do processo pedagógico, mas nunca o ponto de
chegada.
O desafio é lançado ao professor, a quem compete definir os conhecimentos
locais e aqueles historicamente acumulados que devem ser trabalhados nos diferentes
momentos pedagógicos.
Nesse sentido, a escola deve oferecer os instrumentos para a compreensão do
meio no qual o sujeito está inserido e desenvolver no aluno a versatilidade, criatividade
e a capacidade de aprender preparando o para viver de forma plena, consciente, crítica
e solidária exercendo sua cidadania e buscando a construção de uma sociedade mais
justa seja no campo ou em outro local.
A função social da escola pública de campo no contexto social é garantir a
todos, igualdade, condições de acesso, permanência e ensino de qualidade a todos,
isto é, apropriação dos conteúdos básicos
que tenham ressonância na vida dos
educandos.
É preciso estar atento, que a finalidade da Escola, que seria a de educar, esta
sendo estendida. Não basta só passar conteúdo é necessário relaciona lo à realidade,
37
ao cotidiano, à pratica do dia-a-dia. Por isso, a Escola deve ser um laboratório no qual
se aprenda a analisar o mundo, e é essa capacidade que os alunos deveriam alcançar
no maior grau possível ao final de seus estudos. Deve ser um canteiro que permita o
germinar de uma pluralidade de ideias e de projetos pedagógicos, onde se consiga
uma unidade entre a teoria e prática. É o espaço fundamental para o desenvolvimento
e formação sócio – cultural e educacional da criança e do adolescente.
Segundo “Luckesi”, a Escola tem que acolher e nutrir nos seus processos,
ficando autônoma, trabalhando no sentido de libertar.
Segundo “DUBET”, é importante ressaltar a função precípua da Escola como
“agência formadora”, não apenas de mentes recheadas de informações e
conhecimentos,
mas
de
sujeitos
completos,
dotados
de
valores,
atitudes,
comportamentos, enfim de qualificações que constituem os recursos básicos para a
vida em comum dos cidadãos de uma determinada sociedade, não importando sua
origem e também não importando seu desempenho em tarefas escolares específicas
que podem ou não estar vinculadas essencialmente a seus recursos básicos, mas que
não podem ser decisivas para o julgamento e a classificação dos alunos envolvidos
como “ganhadores e perdedores”. É ao lado destes que se alinha “DUBET”, chamando
a tenção para o modo como estamos preparados para enfrentar esse desafio, se
queremos que a Escola seja a mesma FORMADORA DE TODOS, especialmente
daqueles cujas famílias não têm os recursos sociais e culturais necessários para a
formação do sujeito cidadão.
A Escola não deve selecionar apenas os mais capazes e deixar de lado os que
têm dificuldades para aprender, mas precisa incorporar todos os alunos, criando várias
possibilidades de estudo.
A Escola, para nós, deverá sempre representar um espaço democrático e
emancipatório por excelência, constitui se, juntamente com a família, em extraordinária
agência de socialização do ser humano, destinada aos propósitos de formação,
valorização e respeito ao semelhante. É sobretudo na Escola que a criança e o
adolescente encontra condições de enriquecimento no campo das relações
interpessoais,
de
desenvolvimento
do
senso
crítico,
de
consciência
da
responsabilidade social, do sentimento de solidariedade e de participação, de exercício
da criatividade, de manifestação franca e livre do pensamento, de desenvolvimento,
enfim das suas potencialidades e talentos, em necessário preparo ao pleno exercício
da cidadania.
É necessário iniciativas através da Escola para garantir a permanência do aluno
38
no sistema educacional, conscientizando o da importância da educação em sua vida e
para seu futuro, mantendo contato frequente e direto com os pais ou responsáveis,
enfatizando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos.
Segundo Fernando Hernandez “ A Escola precisa três coisas fundamentais.
Uma é, que todo mundo – rico, pobre, preto, branco, homem, mulher, encontre ali seu
lugar para aprender . Outra, é que a Escola tem que ajudar a criança a perceber o
mundo em que está vivendo e ela mesma. O terceiro ponto é que a Escola não é uma
instituição que trata com alunos, mas trata com sujeitos, que têm biografia, identidade e
que estão se preparando para viver o mundo hoje e não o mundo amanhã. É preciso
dar a esses meninos critérios para que saibam onde estão vivendo. O modo de fazer, o
professor descobre, explora, decide. Esses pontos definiram quais são as finalidades
da educação, hoje.”
Uma Escola de qualidade, além de ser direito de todos, é um dos elementos
básicos da vida social e da cultura.
Processo Ensino Aprendizagem
Entendendo se, que a aprendizagem é, um processo de construção do
conhecimento, onde o professor tem uma grande importância na intervenção do
mesmo, é necessário que nas relações de aprendizagem se promovam o espírito
criativo e inovador, a capacidade de síntese e análise lógica.
Assim, o aluno deve ser visto, tal como ele é, com sua realidade - suas
necessidades, suas possibilidades e expectativas e o professor juntamente com o
aluno deverá construir o tipo de ensino - aprendizagem ideal. E, com base nos dados
captados, utilizar de forma flexível os mais variados recursos didáticos, atendendo as
características de cada situação.
O conhecimento historicamente construído é um direito de todos, e se não passa
pelo conteúdo nunca chegaremos ao conhecimento.
É a forma que o ser humano encontrou para traduzir os seus potenciais, para se
tornar capaz de definir seu projeto de vida e transforma - lá em realidade.
Segundo VYGOTSKI, aprender é desenvolver, assim como o desenvolvimento
só é concebível como aprendizagem, isto é, o desenvolvimento humano é uma
identidade intrínseca fundamental.
A afetividade é um dos grandes motores da ação que leva ao conhecimento. O
39
princípio é este: “Se gosto, aprendo”.
Quanto maior e mais diversificado for o contato do aluno com a realidade, mais
se abrem os horizontes e os interesses pelo conhecimento. É evidente que, através do
conhecimento, o mundo adquire outra dimensão, garantindo se desta forma a dinâmica
dialética entre ciência e realidade, entre sociedade e cidadania.
Currículo
Pensar no currículo é pensar a Escola e a ousadia de lutar. É pensar a vida, a
vida é a ousadia de lutar; a luta é, um instrumento coletivo e a Escola é, o local da
organização desta ,para a vida.
Construir um currículo exige uma compreensão de totalidade e profundidade
sobre a função social da Escola. Um novo PENSAR, novo AGIR.
Conhecimento escolar e experiência de aprendizagem representam os dois
sentidos mais usuais da palavra currículo, no primeiro sentido, que é também o
dominante, o currículo é visto em termos do conhecimento tratado pedagógica e
didaticamente pela escola e que, se pretende que seja aprendido e aplicado pelo
aluno.
Segundo a Diretriz Curricular da Educação do Campo, os saberes localizam-se em
dois planos: os saberes da experiencia trazida por todos os envolvidos na escola,
sejam : alunos, corpo docente somados aos específicos da cada área do conhecimento
e aos gerais.
A fim de que se efetive a valorização da cultura do campo na escola, é
necessário repensar a organização dos saberes escolares; isto é, os conteúdos
específicos a serem trabalhados. As experiencias apresentadas pelos professores
sinalizam que esta organização pode se dar em duas formas: A primeira forma ocorre
no interior das diferentes disciplinas da BNC, articulando os conteúdos sistematizados
com a realidade do campo.
A segunda ocorre pela criação de disciplinas para compor a parte diversificada da
matriz curricular. Porém é importante salientar que a educação do Campo não ocorre
se
simplesmente criarmos disciplinas para a parte diversificada, mas sim se elas
tratarem de conhecimentos específicos do povo do campo, que não são respondidos
pelas disciplinas da Base Comum como por exemplo o desenvolvimento rural, a
agroecologia e outros. Desta forma, é fundamental
40
assegurar que a realidade do
campo, com suas diversidade, esteja presente em toda a organização curricular.
É importante também que a escola desenvolva uma cultura de indagações que
leve a quebra de paradigmas, que leve a superação do modo tradicional, autoritário e
enciclopédico , como dizia Paulo Freire é necessário superar a educação bancária. Do
fazer pedagógico.
Em se tratando da educação do campo, a pesquisa é essencial para que se
desvelem as relações sociais de produção, os saberes que estão presentes no
cotidiano do trabalho, da organização política, da negociação econômica dos produtos.
a pesquisa apresenta-se como um recurso na elaboração de encaminhamentos
metodológicos na educação do campo. Pode se dar no plano individual, coletivo,
mediante o diálogo, a indagação, o registro e a sistematização das informações.
O comprometimento dos educadores das áreas afins,num primeiro momento
garantirá a qualidade de “aproximação” disciplinar para que em seguida ocorra a
interdisciplinaridade, o fazer diferente. Pensar em formas alternativas de como
encaminhar as práticas pedagógicas é uma forma de rever e prever novas
possibilidades educacionais.
O importante é que o professor planeja o que será pesquisado, para que os
alunos não fiquem na mera descrição dos acontecimentos dos quais participam todos
os dias.
Enfim a organização dos saberes escolares pode seguir diferentes encaminhamentos
metodológicos, desde que haja clareza de qual é a concepção de educação do campo
que se quer desenvolver.
Avaliação
É parte integrante e fundamental do processo educacional. Deve ser um
processo, ou seja, acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas
formas: trabalhos individuais,atividades que possam ser um ”diagnóstico” do processo
pedagógico em desenvolvimento. É importante também que o aluno ajude a escolher a
forma como será avaliado, o que leva a um maior comprometimento de todos os
envolvidos no processo. Não deve se deter apenas na aprendizagem do aluno, mas a
Escola como um todo. Todos os segmentos da comunidade escolar, participando da
construção de critérios, conhecendo os instrumentos e o que está sendo avaliado.
Muito mais do que uma verificação para fins de notas, a avaliação é um
41
diagnóstico do processo pedagógico, do ponto de vista dos conteúdos trabalhados, dos
objetivos, e da apropriação e produção de conhecimentos. É um diagnóstico que faz
emergir os aspectos que precisam ser modificados na prática pedagógica.
Deve haver na Escola uma organização que permita ao aluno caminhar em seu
estágio e sem retrocessos, construindo o conhecimento de acordo com suas
características pessoais. A avaliação, no caso, encarrega se da função fundamental de
informar e dar consciência ao professor de como os alunos estão caminhando nesse
processo, para poder reorienta los e tomar decisões cabíveis.
Um procedimento essencial para que se quer construir é a escuta: escutar os
povos do campo, a sua sabedoria, as suas críticas;escutar os educandos com relação
à escola e à sala de aula; escutar as carências expostas pelos professores das escolas
do campo.
No âmbito da educação do campo segundo as Diretrizes do Campo, objetiva-se
que o estudo tenha a
investigação como ponto de partida para a seleção e
desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que valorize singularidades
regionais e localize características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e
políticas dos povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares
do país.
De acordo com Luckesi, (2008), “o avaliador tem interesse em melhorar aquilo
que ele (o aluno) já adquiriu . O examinador, ao contrário, classifica tendo em vista o
resultado”. Desse modo “o real objetivo da avaliação é conhecer o que os alunos sa bem, quanto sabem e o quão distante ou perto estão dos objetivos educacionais que
lhes foram propostos”.
Se o professor avalia o aluno e o aluno avalia o professor continuamente,
passando tarefas menores, gradativas e sequenciais, pode verificar com clareza a
aprendizagem do aluno em vários momentos e de forma complementar.
Sala de Aula
Poderá ser entendida, como lugar onde alunos e professores se reúnem para
iniciar atividades pedagógicas, lúdicas e processos de aprendizagem. Lugar da
reflexão, da transmissão e produção de conhecimento, onde os alunos iniciam uma
viagem pelas trilhas do conhecimento, que é infinito.
Deve ser um espaço, que provoque no aluno, o desejo do fazer, do pensar, do
42
criar e de transformar. Um espaço sagrado em que o aluno merece ser valorizado e
incensado pelo afeto e pelo saber.
Mas, para que isso se concretize a escola deverá levar em consideração o
desejo de seus alunos, de sua comunidade, o que ensinar, adequando os conteúdos
com suas necessidades, trazendo aí o sentido, a razão que irá justificar todo o esforço,
toda dificuldade de se fazer aluno, aquilo que antes era dor passa a prazer.
Deverá também ser o lugar onde um ato interessado e amigo deve orientar as
relações entre mestres e alunos, onde à amizade se traduz pelo respeito à diferença do
outro, pela admiração tanto do saber do mestre quanto do desejo do saber do aluno.
Assim sendo, a sala de aula educa, quando, pelo trabalho da razão nela
exercitado, alimenta se a esperança na transformação de cada um e da sociedade em
direção aos sonhos dos homens, rumo a um horizonte melhor.
O desafio está em saber que a cada nova turma surgem outras experiências de
vida, outros anseios, outras expectativas. Em suma, é preciso saber que tudo muda e,
se assim é, a forma de dar aula também tem de mudar.
A sala de aula deve ser prazerosa e bastante ativa.
Segundo “MORIN”, a sala de aula é um fenômeno complexo, que abriga uma
diversidade de ânimos, culturas, classes sociais e econômicas e também sentimentos.
Professor
Aos velhos e jovens professores, aos mestres de todos os tempos que foram
agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz. Ser professor, é um privilégio.
Ser professor, é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser
professor, é ser condutores de almas e de sonhos, é lapidar.
(Gabriel Chalita)
É, por excelência, o articulador do sentido: através do trabalho com o
conhecimento ajuda as novas gerações a atribuírem sentido ao mundo que vivem. Tem
uma riqueza em suas mãos, que é o conhecimento, mas que deve estar sempre
atualizado, ligado diretamente à visão social do mundo, pois é a chave para motivar o
aluno a abrir portas para o ainda ignorado.
43
É aquele que conduz pelos caminhos da vida, cooperando, seja em nível
pessoal, na aquisição de conhecimento, exercitando valores cívicos e morais, seja na
vida social, nos direitos e deveres que constroem a vida política e social, habilitando o
aluno para, no amanhã, participar da construção da sociedade.
É fundamental que, o professor seja um apaixonado pelo que faz, que ele
seduza o aluno para a beleza do mundo.
Professor é para servir de espelho, para inspirar segurança, para fazer
perguntas que desconsertam, instigam, fazem refletir. É aquele que ajuda no ato de
educar, ensina a pensar, cobra resultados, acompanha o crescimento.
A grande responsabilidade, para a construção de uma Escola cidadã, está nas
mãos do professor. Hoje cada vez é maior a necessidade de uma formação que
prepare o professor para dar respostas diferentes, dependendo da realidade da criança
e de suas necessidades. É preciso saber fazer a transposição didática dos
conhecimentos universais que serão ensinados em sala de aula, transformando os em
conhecimentos significativos para os alunos, quaisquer que sejam suas origens e
condições sócio econômicas.
Sua formação contínua é a condição necessária para uma educação de
qualidade. É necessário desempenhar o papel de “aprendente” para ser um bom
“ensinante”.
Em se tratando de professores atuantes em escolas de campo poucos cursos de
licenciaturas, tem-se estabelecidos qualquer discussão sobre o modo de vida campo,
pressupondo que o modo de vida urbano prevalece em todas as relações sociais e
econômicas brasileiras. Da mesma maneira, a maioria dos cursos de formação
continuada, segundo informações descritas no Caderno de Diretrizes do Campo (2010)
deixa de valorizar a educação do campo. Uma saída
é o poder publico valorizar
iniciativas das universidades em parcerias com os movimentos sociais, pois a partir
delas a formação inicial e/ou continuada poderá ser incrementada, pela difusão de
conhecimentos que possibilitam aos professores valorizar o campo bem como sua
cultura local.
Outro ponto a ser
percebido é que o professor precisa manifestar a atitude de
disposição em sua prática sendo necessário que seja sujeito do processo pedagógico,
sinta-se sujeito, queira ser sujeito.
Freire concebia a formação continuada do professor como sendo a prática do
seu objeto de estudo, reflita-a coletivamente e à luz de teoria, recriando-o
permanentemente. Isto implica um passado que se faz história, um presente em
44
permanente transformação e um futuro a ser construído.
“Ser professor, hoje, é viver intensamente o seu tempo, com consciência e sensibilidade. Não se
pode imaginar um futuro para a humanidade sem professores. Eles fazem fluir o saber”.(Moacir Gadotti)
Aluno
Deve ser o centro de todas as atenções de uma escola. Tudo deve se realizar
em função do aluno, caso contrário não haveria o porque da existência de uma escola.
Queremos formar um aluno que se aproprie do conhecimento científico e
tecnológico, possibilitando lhe assim a compreensão do mundo e suas transformações,
das relações existentes entre ciência, tecnologia e sociedade e, ainda, o
reconhecimento de si mesmo como parte do universo e como indivíduo, tornando se
um cidadão competente, informado e crítico.
Cada aluno traz de seu universo, uma experiência, que pode ser um laboratório
espetacular para o professor, mas para isso a autonomia deve ser respeitada. As
histórias de vida servem como sinalizadores do potencial que o aluno possui, marca da
riqueza humana que deve ser explorada.
Respeito ao aluno é o elemento fundamental a ser obedecido se quer formar
uma geração com capacidade simultânea de sonhar e de executar. Não se pode
esquecer que a heterogeneidade e não a homogeneidade é um principio valorizado na
LDB.
O aluno, como todo ser humano, precisa de afeto para se sentir valorizado.
A figura do aluno, elemento ativo no processo de ensino, não pode deixar de
estar presente como ser reflexivo em processo de formação, como os demais
profissionais. Neste contexto o debate na escola sobre educação no campo, trabalho
e qualidade de vida deve fazer parte do cotidiano escolar , transformando o rural em
um ambiente próspero e sustentável para os jovens , propiciando condições viáveis
para construírem a partir dos ensinamentos da escola seuss projetos de vida.
Diretor
“ No principio era o jardineiro. E o jardineiro criou as rosas. E tendo criado as rosas, criou a chácara e o
jardim, com todas as coisas que neles vivem para a glória e contemplação das rosas.
(Machado de Assis)
45
O Diretor deve ser um agente de motivação . Tem a responsabilidade de ser um
guia, um cargo de liderança: sob sua responsabilidade atuam professores, alunos,
pedagogo, funcionários, família e membros de outros segmentos da comunidade. É
necessário como gestor que atue como um líder democrático que consiga fazer com
que cada pessoa envolvida no processo possa dar o melhor de si.
Deve ser um articulador de todas essas variáveis e sua imagem como interprete
de um papel institucional que, lhe garante o direito de cobrar e de tomar medidas para
o bem estar de todos.
Ressalta se a importância de saber lidar com as relações de poder no interior da
Escola, onde se torna cada vez mais a participação do aluno, numa perspectiva em
que emergem os conflitos situados entre as concepções de autoridade e autoritarismo.
Essa tarefa leva o a caracterizar se por um perfil de mediador, que exige
equilíbrio profissional, para líder com as decisões entre alunos, corpo docente,
comunidade e Estado. Além disso deve intervir para que o professor se sinta motivado,
para que o aluno se sinta feliz, para que o espaço de convivência seja agradável.
O gestor precisa focar todos os lados de uma Escola, sensibilidade para lidar
com os conflitos e resolver os problemas com competência. Deve atender a instituição
como uma organização que prepara o aluno e que busca a melhoria da educação.
3.5 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
•
EDUCAÇÃO COMO DIREITO DE TODO O CIDADÃO
A escola de qualidade, além de ser direito de todos é um dos elementos básicos
da vida social e da cultural. Criar cada vez mais uma escola cidadã, participativa,
prazerosa e aprendente, consequentemente mais humanizada.
Organizar ou reorganizar seu currículo (flexível), participativo.
A escola só será democrática quando tivermos uma sociedade democrática.
•
VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR E DE TODOS OS PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO
A qualidade do ensino ministrado no Colégio e seu sucesso na tarefa de formar
cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país
relacionam se estreitamente a formação (inicial e continuada), condições de trabalho
46
(recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução
do número de alunos por turmas em sala de aula etc.),e a remuneração,
aperfeiçoamento constante dos envolvidos com os mesmos elementos esses
indispensáveis a profissionalização do magistério.
O reforço à valorização dos profissionais da educação, garantindo lhes o direito
ao aperfeiçoamento profissional permanente, significa “valorizar a experiência e o
conhecimento que os professores têm a partir de sua prática pedagógica.”
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na
escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação,
na
qualidade
e
na
competência
dos
profissionais,
mas
também
propicia,
fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com as
escolas e seus projetos.
Este segmento é o articulador e organizador do trabalho pedagógico na escola.
Seu espaço de atuação é amplo, visto que atua de forma integrada junto à direção, à
equipe técnico-administrativa, aos professores, aos alunos e à família, com
intencionalidade ou objetivos de trabalho sempre voltados para o sucesso do processo
ensino-aprendizagem. Junto com a Direção, a Equipe Pedagógica deve assegurar a
construção coletiva e a execução do Projeto Político Pedagógico da escola.
•
O TRABALHO COLETIVO
Trabalhar coletivamente não significa estarem todos reunidos no mesmo lugar e,
hora fazendo a mesma coisa. O trabalho coletivo se configura quando todos atuam de
forma articulada, tendo como norteadores de seus práticos princípios, metas e
objetivos comuns, definidos e estabelecidos conjuntamente. É essa interação que leva
ao comprometimento está a participação de todos nos momentos de êxito como
também nos de fracassos.
•
GESTÃO DEMOCRÁTICA
Participar da gestão da escola significa que todos devem ser efetivamente
participantes do processo em todos os aspectos: físico, intelectual, cultural e político.
“Uma escola é o que são os seus gestores, os seus educadores, os pais dos
estudantes, os estudantes e a comunidade. A 'cara da escola' decorre da ação
47
conjunta de todos esses elementos.” ( LUCKESI, 2007, p.15).
Significa praticar uma gestão que envolve todos os segmentos em torno dos
mesmos objetivos. Para isso é preciso que todos falem a mesma linguagem, que
existam direitos iguais e efetiva união entre todos. O processo educativo necessita ser
gestado coletivamente. A escola e seu entorno precisam estar em sintonia. Nesse
sentido, faz se necessário maior entrosamento entre a família dos alunos e a escola,
pois é nessa troca de experiências e anseios que se efetiva a gestão participativa,
onde, juntos, todos decidem o que é melhor para a escola. A participação efetiva da
família na vida da escola dependerá de um convite “motivador”. É através dessa
participação que a família terá clareza da importância social da escola, não como
espaço assistencialista, e sim, como espaço de produção de conhecimento e
apropriação do saber científico e de referência de valores, onde podem ser discutidos
temas como drogas, violência, sexualidade, ética, família, política e outros.
Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e
abrange a dimensão pedagógica, administrativa e financeira.
“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.”
( PAULO FREIRE, 1987, p. 78)
48
4.0 MARCO OPERACIONAL
4.1 O ATENDIMENTO À DIFERENÇA E À DIVERSIDADE
“ Na Escola que estamos construindo, as diferenças individuais estão sempre
presentes e a atenção à diversidade é o eixo norteador da inclusão educacional.”
De acordo com a Res. CNE/CEB nº 02 de 11/09/2001, que institui as
Diretrizes Nacionais para a educação de alunos que apresentem necessidades
especiais, na educação básica, em todas as suas etapas e modalidades.
Por educação especial, modalidade da Educação Escolar, entende se um
processo educacional definido na proposta pedagógica, assegurando um conjunto de
recursos
educacionais
especiais,
organizados
institucionalmente
para
apoiar,
complementar, suplementar e, em alguns casos substituir os serviços educacionais
comuns, de modo a
garantir a garantir a educação escolar e promover o
desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades
educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação.
Como modalidade das etapas da Educação Básica, a Educação Especial
considera as situações singulares, os perfis dos estudantes, as características bio
psicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pautará por princípios éticos,
políticos e estéticos.
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, em
classes comuns exige que a escola regular se organize de forma a oferecer
possibilidades objetivas de aprendizagem, a todos os alunos, especialmente aqueles
com necessidades especiais.
No
momento
atual,
a
educação
encontra-se
entrelaçada
pelas
perspectivas do paradigma da inclusão, que busca valorizar e reconhecer a diversidade
e o direito à educação a todos os alunos, assim como promover um processo de
construção de sistemas educacionais acessíveis a todos, inclusive para aqueles que
possuem uma deficiência. Com a inclusão educacional, as escolas devem respeitar a
diversidade, possibilitar a todos os alunos o seu acesso, preparar-se para receberem
estes alunos e responder às necessidades educacionais de cada um deles. Um dos
fatores que a escola deve preocupar-se é a preparação em relação a sua
acessibilidade física. De acordo com Referenciais para a construção de Sistemas
Educacionais Inclusivos, a acessibilidade é um dos primeiros requisitos que possibilita
a todos aos alunos o acesso à escola porque proporciona a todos os alunos com
49
dificuldades de locomoção, transitar e utilizar com funcionalidade todos os ambientes
escolares.
Em relação ao acesso físico que as escolas devem oferecer, pode-se considerar
o direito de locomoção de todos os alunos, em toda a escola e, para isto, devem
oferecer condições de acessibilidade física. Os ambientes devem ser constituídos por
uma estrutura física adequada que garanta o bom desempenho nas atividades ligadas
à locomoção, independente das restrições ou habilidades que um aluno possa
apresentar. Assim, as escolas devem oferecer, a todos, igualdade de condições para
acesso, permanência e acessibilidade física adequada, para que obtenha uma
circulação com mais segurança, confiança e comodidade.
As escolas parecem ter incorporado algumas características de acessibilidade
física para receber alunos cadeirantes, tais como: corredores amplos, portões e portas
pelas quais podem passar usuários de cadeira de rodas, cuidado com desníveis que
foram providos por rampas. Porém, algumas condições ainda necessitam ser mais bem
projetadas para atender as diferentes características e necessidades dos alunos, como,
por exemplo, banheiros e bebedouros adaptados, remoção de degraus, cuidado com
pisos lisos. O impasse mostra como as redes ainda têm dificuldades e dúvidas para
atender o aluno com deficiência. No entanto, as escolas precisam se preparar para
receber esses estudantes, que devem ser cada vez mais presentes nas escolas
comuns. Isso porque a política brasileira de inclusão do aluno com deficiência visa
expandir as fronteiras de convívio e abrir-se para além do sistema de educação
especial. A frequência de classes normais é, desse ponto de vista, a melhor forma de
integrá-los à comunidade e valorizar suas diferenças.
As adaptações para receber o aluno com deficiência não devem ser feitas
apenas na estrutura da escola; a mais importante delas é a acessibilidade de atitude,
"Sem essa postura dos educadores, de acolhimento da diferença, não haverá escolas
inclusivas. Não dá para pensar que apenas uma rampa e um elevador já garantam a
inclusão do estudante", os alunos com deficiência não podem permanecer em núcleos
de reclusão dentro da própria escola.
A partir de observação constata-se a necessidade de se colocar em pratica os
programas e utilizar os recursos disponíveis que atendam a essa problemática e para
tanto se faz necessário um entendimento profundo sobre o mesmo. A acessibilidade é
um direito do cidadão, portanto deve ser respeitada e viabilizada.
50
4.2 DIRETRIZES CURRICULARES
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná
As Diretrizes Curriculares para a educação pública do Estado do Paraná
chegaram às escolas a aproximadamente oito anos como um documento oficial que
traz a característica principal de sua construção: a horizontalidade, pois contou com a
participação de todas as escolas e Núcleos Regionais de Educação do Estado, e faz
ressoar nela as vozes de todos os professores das escolas públicas paranaenses.
Este é um documento que traça estratégias que visam nortear o trabalho do professor
e garantir a apropriação do conhecimento pelos estudantes da rede pública.
Os mesmos princípios democráticos que fundamentaram a construção destas
Diretrizes solicitam, dos professores, o engajamento para uma contínua reflexão sobre
este documento, para que sua participação crítica, constante e transformadora efetive,
nas
escolas
de
todo
o
Estado,
um
currículo
dinâmico
e
democrático.
Os cadernos contemplam o texto Educação Básica e a opção pelo currículo disciplinar,
que discorre principalmente sobre a concepção de currículo para a Educação Básica
paranaense, as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE)da disciplina e, trás no anexo,
ao final de cada caderno, a Tabela de Conteúdos Básicos
e sistematizada pelas
equipes disciplinares do Departamento de Educação Básica. Os conteúdos são
organizados por séries e devem ser tomados como ponto de partida para a
organização da proposta pedagógica curricular das escolas e para a elaboração do
Plano de Trabalho Docente.
4.3
PROCESSO
DE
AVALIAÇÃO,
CLASSIFICAÇÃO,
PROMOÇÃO
E
RECLASSIFICAÇÃO.
A avaliação deve ser compreendida como conjunto de ações organizadas com a
finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que maneira e em
que condições. Deve caracterizar se também como um instrumento que forneça
subsídios para o professor analisar criticamente sua prática educativa e que possibilite
ao aluno informar - se sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades.
A avaliação deve contemplar um acompanhamento contínuo e sistemático pelo
professor considerando o desenvolvimento das capacidades dos estudantes com
relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de procedimentos
e
atitudes. Dessa forma é fundamental que se utilizem diversos instrumentos e situações
51
para poder avaliar diferentes aprendizagens.
Neste sentido à avaliação deverá realizar se num espaço em que sejam
considerados tanto o professor como o aluno, numa relação dialógica e intrínseca que
se estabelece entre todos os participantes do processo aprendizagem.
Em sentido mais amplo, a avaliação também fornece subsídios para mudanças
em todo o sistema atuando como elemento balizador das intervenções pedagógicas,
sendo
dialeticamente
constitutiva
dos
sujeitos
envolvidos
no
processo
de
aprendizagem.
Dessa forma a avaliação evidência se durante todos os momentos da situação
escolar, de forma contínua e diagnóstica, como parte integral da evolução do currículo
e do ensino e como elemento mediador do processo educativo.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do
aluno em diferentes situações de aprendizagem, utilizando – se de procedimentos que
assegurem a comparação com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino,
evitando se a comparação dos alunos entre si.
O aluno será avaliado diariamente através de seu desempenho, senso crítico,
interesse, cooperação, capacidade de reflexão e síntese, elaboração pessoal que
deverá preponderar sobre a memorização e serão utilizados técnicas e instrumentos
diversificados tais como: provas escritas, orais, trabalhos individuais e em grupo,
pesquisas, produção de textos, palestras, organização de debates, teatros, filmes,
participação em concursos, criatividade em trabalhos, progressos e dificuldades, além
de envolvimento em projetos piloto ou permanente, pesquisa de campo e outros,
visando alcançar os objetivos propostos, tanto quanto se fizerem necessários.
Na avaliação do aproveitamento escolar preponderará os aspectos qualitativos
da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e multi disciplinaridade dos
conteúdos.
A avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, adotará procedimentos
próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno.
a) A avaliação do Ensino de Educação Física dar se á através de atividades
lúdicas e recreativas, jogos sensoriais, auditivos, motores, intelectuais e
criativos, através da educação psico motriz diferenciada: condutos motoras,
coordenação, controle e movimentação do corpo com ritmo.
b) A avaliação do ensino da Arte deve reconhecer e utilizar os diferentes
sistemas de representação, construindo a partir da sensibilidade estética, da
imaginação e do conhecimento técnico o trabalho artístico, desenvolvendo o
52
aluno como um todo, envolvendo a expressão corporal, musical, plástica,
através de atividades recreativas e lúdicas.
A avaliação traduzir se á num trabalho cooperativo entre Direção, Professor
Pedagogo e Corpo Docente, alunos e pais integrados na diagnose dos problemas que
interferem no processo ensino-aprendizagem para dar lhe a solução adequada.
A Avaliação contempla o conteúdo básico essencial, cuja relevância seja
fundamental para compreensão da prática social considerando o processo de
apropriação de cada aluno e as suas tentativas de solucionar os problemas que lhes
são propostos, buscando ampliar a sua visão e o seu saber sobre o conteúdo em
estudo.
A gradação crescente dos conteúdos que serão objeto de transmissão,
construção a partir do 6º ano do Ensino Fundamental é o ponto de referência para a
continuidade do trabalho cuja culminância se dá nas conclusões dos cursos ofertados
nesta Instituição de Ensino. A prática social do ponto de partida se altera
qualitativamente com a mediação da ação pedagógica que será avaliada em termos
qualitativos, do nível de apreensão/construção do conhecimento pelos alunos.
O aluno com aproveitamento insuficiente poderá dispor de condições que lhe
possibilitem a apreensão de conteúdos básicos, através da recuperação de estudos
que será permanente e contínua a cada conteúdo trabalhado.
Os instrumentos de avaliação para recuperação ficam a critério de cada
professor, podendo ser provas escritas, orais, apresentação de trabalhos, pesquisas,
produção de textos, observação do professor, etc..
A recuperação de estudos deve constituir um conjunto integrado ao processo
ensino aprendizagem, além de se adequar às necessidades dos alunos.
Os resultados da recuperação de estudos são incorporados aos das avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo em mais um componente do
aproveitamento escolar e deverá constar do registro de classe do professor, incluindo
data e conteúdo.
Para os alunos com defasagem de idade/série utilizamos o
processo de
Reclassificação que avalia o grau de experiência do aluno matriculado, levando em
conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá- lo ao período de estudos
compatíveis com a experiência e desempenho, independentemente do que registre o
seu histórico escolar.
O rendimento escolar mínimo exigido pelo Colégio para aprovação será 6,0 por
53
disciplina calculado pela média aritmética. Os resultados da avaliação serão expressos
através de notas de 0 (zero) a (10) dez e serão computados bimestralmente.
Será promovido o aluno que obtiver como média anual o mínimo de 6,0 ( seis
vírgula zero) e frequência igual ou superior a 75%.
Será reprovado o aluno que não atingir o mínimo de 75% do total de 800 horas
letivas anuais (Lei 9394/96).Também será reprovado o aluno que, tendo frequência
igual ou superior a 75%, não obtiver, após todas as Recuperações de Estudos
ofertadas no decorrer do ano letivo, média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero). A
verificação de Rendimento Escolar deve obedecer ao disposto na legislação vigente,
bem como às diretrizes da Proposta Pedagógica definidas pela Secretaria de Estado
da Educação e do Amparo legal : LDB 9394/96 e Deliberação 07/99 CEE.
Caberá ao Conselho de Classe decidir quanto à aprovação de alunos que
apresentem situações especiais limítrofes, desde que apresentem frequência igual ou
superior a 75% do total de 800 horas letivas anuais.
Os resultados do rendimento escolar serão comunicados aos alunos e aos seus
responsáveis ao final de cada bimestre, mediante reunião de pais.
A expedição de certificado ou diploma de conclusão de curso só se dará após o
atendimento integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os
mínimos exigidos por lei.
A equipe da Escola, conhece as dificuldades e está trabalhando no sentido de
encontrar novas formas de organização do trabalho pedagógico, criando condições
para que as mudanças possam ocorrer, assentada nos princípios socializantes e
democráticos.
Cabe a nos educadores buscar uma avaliação que contribua efetivamente para
a formação integral do educando e possibilite sua participação, emancipação e
criticidade para viver na sociedade como cidadão e agente transformador de uma
sociedade mais humanizada.
4.4 CONSELHO DE CLASSE
Quanto ao Conselho de Classe é importante saber que este é um órgão
colegiado e uma instância avaliativa que analisa, discute e delibera sobre os processos
de ensino e aprendizagem. Há necessidade ainda de discussões, estabelecimentos de
critérios comuns, com vista a uma unidade de procedimentos, o que, entretanto exige
conhecimento para que realmente se coloque em prática. Os critérios deverão emergir
54
do próprio processo avaliativo.
Considerando o Conselho de Classe parte do processo de avaliação
desenvolvido pela Escola, podemos dizer que como é Conselho é a avaliação e vice
versa, através da avaliação, se pode saber como é o Conselho de Classe de uma
Escola.
Suscitando uma Reflexão sobre essa Ação já conhecida de todos, é necessário
contribuir para uma ação educativa mais consciente.
É na imersão, no surgimento da consciência que nos tornamos sujeitos. E o
sujeito, tomando consciência de si e de sua circunstância ( a realidade que está a sua
volta), se situa historicamente,
e a partir daí, pode comprometer se com a
transformação desta realidade.
Essa consciência histórica quando gera compromisso, nos faz agentes de nossa
história.
Busca se um processo de avaliação para a promoção que auxilie o aluno no
processo de aprendizagem significativa e não uma avaliação para a promoção. Deseja
se que o aluno aprenda e a avaliação é um dos aspectos desse processo de
aprendizagem. A promoção é uma decorrência do processo de aprendizagem.
Entendemos que o Conselho de Classe pode ser um instrumento de
transformação da cultura escolar sobre avaliação em sala de aula.
É o momento e
espaço de uma avaliação diagnóstica de ação pedagógica
educativa da Escola, feita pelos professores e pelos alunos. Deve refletir a ação
pedagógico – educativa e não apenas ater as notas ou problemas de determinados
alunos.
O Conselho deve verificar se os objetivos, processos, conteúdos e relações
estão coerentes com o Referencial de Trabalho Pedagógico da Escola. Sob esse ponto
de vista, o Conselho é uma forma de avaliação de controle de realização da proposta
pedagógica.
Deve constituir se numa ação pedagógica histórica, isto é, inserida dentro do
processo de vida que a Escola vive. Um espaço de Reflexão Pedagógica em que o
professor e o aluno se situem conscientemente no processo que juntos desenvolvem.
Está inserido no processo educativo e é, ele mesmo, etapa dinamizadora deste
processo. É um espaço de avaliação do professor e dos serviços pedagógicos sobre
seu próprio trabalho e busca alternativas de ação que levem à consecução dos
objetivos propostos.
O Conselho de Classe deve ser, além de tudo o que dissemos, um momento
55
alegre, prazeroso e, ao mesmo tempo, sério, enquanto momento de imersão e
crescimento da consciência pessoal e de grupo que nos faz sujeitos do processo
educativo.
Deverá haver efeitos positivos no processo de avaliação como um todo. É um
processo lento, mas importante é que haja clareza e segurança de cada etapa e,
sobretudo, firmeza, na direção em que se processam as mudanças.
Todos os Conselhos devem começar com a auto avaliação do Professor sobre
seu trabalho pedagógico durante o bimestre, termos a humildade de reconhecer
quando falhamos, devemos mudar de direção, rever o tipo de trabalho.
Contudo é importante deixar claro, que todo esse processo deve servir como
elemento para ajudar o professor a superar as dificuldades apresentadas e confrontar o
problema com o que os outros também apresentarem para juntos buscarem a
superação. É preciso paciência e clareza do que se deseja com essa etapa.
O Conselho de classe é para ser um instrumento eficaz, dentro do processo
global de avaliação que a Escola desenvolve, de produção de pequenas
transformações educativas que sejam sinal e presença das transformações sociais
desejados por todos.
Mas nada disso acontecerá se o Professor e a Escola, por opção pessoal e
institucional, como educadores e cidadãos, não se dispuserem a praticar as pequenas
transformações possíveis na Escola para viabilizar uma sociedade participativa e
democrática, justa e igualitária.
É um órgão colegiado de natureza construtiva e deliberativa em assuntos
didáticos– pedagógico formalmente instituído articulando todos os segmentos da
Escola.
O Conselho de Classe é previsto no Calendário Escolar, por bimestre e
extraordinariamente sempre que se fizer necessário. Pode se estruturar em três
dimensões: Pré-Conselho de Classe, Conselho de Classe, Pós Conselho de Classe, de
acordo com encaminhamentos e critérios considerados relevantes, tanto na
aprendizagem do aluno, como na própria ação de ensinar.
4.5 PLANO DE AÇÃO
A Escola tem a obrigação de ter uma visão ampla sobre a sociedade que
queremos e o indivíduo que pretendemos formar. Sabemos que a formação integral é
imperativa, precisamos resgatar através da educação os valores pessoais, o respeito a
56
si e ao próximo, para que tenhamos cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. A
sociedade exige indivíduos empreendedores, seguros de si, para tal precisamos
ampliar nossa visão educacional e reparar muitas arestas deixadas às vezes pela
família, que em nossa realidade luta as duras penas pela sobrevivência.
Cremos como educadores que desta maneira estaremos exercendo a nossa
cidadania,construindo uma sociedade mais justa onde todos tenham voz e vez.
A educação neste sentido não precisa de reforma, mas de uma revolução. A
educação do futuro precisa formar pensadores, empreendedores, sonhadores, lideres
não apenas do mundo que estamos, mas do mundo que somos.
QUADRO DE METAS
INDICADORES A ESCOLA QUE TEMOS
Atualmente
o
A ESCOLA QUE
A ESCOLA QUE
PRETENDEMOS
VAMOS FAZER
nosso Acreditamos que o O que queremos, é a
estabelecimento de ensino trabalho pedagógico construção
Escola Estadual Professor deve
Pedro
José
ser
Puchalski”, numa
educação
qualidade
interação e de educação que
cada da
Escola,
educando será um cidadão assim
atuante
na
conhecedor
direitos
a
coletiva
pois de professores, pais,
temos funcionários,
diretor,
sociedade, esperança
que pedagoga e alunos na
de
um discussão,
e
defendendo
entre pressupõe
de todos os segmentos participação
onde
um
pautado projeto de sociedade
traz em seu PPP a busca constante
pela
de
seus ocorrerá
deveres, significativo
com
na
avanço argumentação e na
muita no processo ensino escrita da identidade
pertença a continuidade da – aprendizagem.
da Escola. É assumir
escola
o controle coletivo do
justa
que
dê
oportunidades iguais para os
Ultrapassar
limites
do processo educacional
todos, sem distinção de conceito de que a na
raça,
cor,
deficiência.
credo
A
produção
de
ou Escola moderna e saberes
e
das
questão viva pressupõe uma relações
de
poder
essencial de nossa Escola nova relação entre que pretende elevar a
hoje,
refere-se
à
sua professores, alunos, classe trabalhadora à
57
qualidade. E a qualidade funcionários
está
e função dirigente.
diretamente comunidade e busca
relacionada com o Projeto sua
Político
Pedagógico
concretização
das com ações práticas
próprias Escolas que deve e envolventes, é o
ser
bastante
eficaz
na nosso desafio.
conquista dessa qualidade.
O que pretende é vincular
o
Projeto
Político
Pedagógico à melhoria da
Escola, entendido como a
capacidade da instituição
para ampliar de maneira
simultânea
a
aprendizagem dos alunos
e da comunidade escolar.
POTENCIALIDADES /
AÇÕES
DIFICULDADES
( CURTO/MÉDIO E
LONGO PRAZO)
1- Gestão de
P: 85,06% de nossos
Os indicadores
Curto:
Promover
Resultados
alunos possuem ótimo
apontam que é
reuniões de pais e
Educacionais
rendimento na
necessário uma
responsáveis a fim de
aprendizagem,
intervenção
esclarecer e orientar
considerando os
pedagógica mais
o
indicadores 2010.
firme e criativa que
aprendizagem.
D:11,04% de nossos
estimule o sucesso
Médio: Inserir alunos
alunos estão com o
na aprendizagem.
com dificuldades na
processo
de
de
rendimento abaixo da
sala
apoio
média, ou seja abaixo do
aprendizagem.
esperado, precisando de
Longo: Oferecer aos
intervenções pedagógicas
docentes cursos de
melhor direcionadas
formação continuada
oportunizando a
melhoria de
e
58
metodologia em sala
de aula.
2-Gestão
Realização de Conselhos
Alterar a composição Curto: Providenciar a
Participativa/
de Classe com
do conselho de
Democrática
participação efetiva de
classe como projeto Conselho de Classe;
todos os profissionais da
piloto, contando com Médio:Buscar a
escola estabelecimento de o envolvimento de
ensino.
regimentação do novo
participação de todos
todos os segmentos os segmentos;
(professores, alunos, Longo: Conscientizar
pais...)
todos os segmentos
que a participação é
de extrema
importância e que até
a reprovação, em
alguns momentos, se
faz necessária.
3-Gestão
P: Ter conhecimento do
Refletir
Curto: Montagem de
Pedagógica
currículo norteador com
coletivamente sobre um projeto para cada
diretrizes desenvolvidas
a seleção e
disciplina do corpo
por área;
caracterização de
docente com
D: Colocar em prática
estratégias de
envolvimento dos
dentro do prazo estipulado avaliação
discentes;
todos os conteúdos
diagnóstica dos
Média: Validação dos
referentes a cada
alunos, com vistas a projetos, no prazo
disciplina;
ações de
por todos os
planejamento para
segmentos envolvidos
uma política
da escola;
educacional a favor
Longo: Que os
do sucesso do
projetos validados
aluno,
possam fazer parte
do currículo da
escola;
4- Gestão de
P: Acesso a todos os
Capacitar a todos os Curto: Conscientizar
Inclusão / sócio indivíduos no
profissionais da
educação
educação seja, pela com uma cultura
estabelecimento de
a ideia da inclusão
59
inclusiva por todos os
ensino;
mantenedora ou
D:Permanência e
outra forma eficiente profissionais da
condições de
e traga condições de educação:
aprendizagem junto aos
atendimento à todos Médio: ofertar
alunos com deficiências,
os envolvidos.
serviços de
transtornos globais do
atendimento
desenvolvimento e altas
especializado e
habilidades/super dotação;
cumpra a legislação e
também atenda as
diferenças;
Longo e constante:
disponibilizar a
participação dos
profissionais da
educação em
capacitações
referentes ao
processo inclusivo;
5-Gestão de
P: Ter o PPP elaborado e
Em nossa escola o
Curto: No início do
Pessoas
em vigência;
PPP tem se
ano letivo, os
D: Reelaborar
desenvolvido
docentes devem
constantemente o PPP
cumprindo 70% das
retomar suas
com aval de todos os
propostas, mas
propostas, e em 30
profissionais da educação. torna-se necessário
dias apresentar as
redimensionar o
necessidades;
trabalho junto as
Médio: Enriquecer o
seguintes disciplinas PPP no prazo de 120
A,B, C …
dias com projetos
inovadores diante da
educação inclusiva;
Longo: Ter uma
realimentação
constante durante o
ano letivo, a cada
60
trimestre por
disciplinas
específicas...
6-Gestão de
P: Ter pessoal capacitado
Oportunizar todos os Curto: Disponibilizar a
Serviços de
para o desenvolvimento do segmentos
todos os profissionais
apoio
trabalho educacional;
envolvidos na
da escola os
(Recursos
D: Manter os
instituição escolar
equipamentos que a
Físicos e
equipamentos em bom
para utilizar todos os mesma tem
Financeiros)
estado de conservação;
espaços, instalações disponível ;
e materiais
Médio: Solicitar aos
disponíveis, desde
docentes de cada
com
disciplina que utilizem
responsabilidades;
principalmente o
laboratório de
informática, TV
pendrive; Paulo ,
tendo objetivos claros
e coerentes
,utilizando o
agendamento,afim de
evitar tumultos
Longo: Desenvolver
durante todo ano,
junto aos discentes,
pesquisas
educacionais.
METAS E MELHORIA DO PROCESSO INDICATIVO
Prioridade Objetivos
Ações
Período
s
*IDEB
Desenvolver Focar os
Todo
Público
Responsáv Resultados
Alvo/
eis pela
Recursos
ação
Discentes
Professore Espera-se que
esperados
61
estratégias
conteúdo ano
para o
s
s
em 2013 a
escola tenha
entendiment prioritário
40% de avanço
o frente a
s junto a
na média
questões
avaliação
alcançada em
das provas
2011.
do IDEB
PPP
Analisar e
Colocar
reelaborar o as novas
PPP
De
Professore Professore A partir de
março a
s, Equipe
s
agosto/12 a
propostas julho
Pedagógic
aplicabilidade
no PPP
a e Direção
das propostas.
2012
Evasão
Desenvolver Projetos
Escolar
estratégias
inovadore a
s, Equipe
que
s diante
outubro
Administrati
90% dos alunos
2012
va e
em todas as
a frequência atividades
Pedagógic
disciplinas.
de 90%
a
contemplem de
De junho Professore Professore Atingir a
escolares
s e Alunos
frequência de
4.6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Na fase de implementação do Projeto Político Pedagógico buscou-se maior
interação com a comunidade escolar para que por meio da sensibilização pudesse
ser realizado o registro da realidade vivida na escola; a reconfiguração das instâncias
colegiadas e do trabalho coletivo (APMF, Conselho Escolar, Conselho de Classe e
Grêmio Estudantil); a implementação de ações para viabilizar soluções para os
problemas já diagnosticados no âmbito escolar.
Há momentos privilegiados de diálogo com a comunidade escolar, reuniões com
os órgãos colegiados, reuniões bimestrais e conselho de classe, com o objetivo de
discutir, analisar, amenizar e solucionar as situações referentes ao processo de ensino
e aprendizagem, conforme colocado neste PPP.
A avaliação institucional será realizada através da reflexão e discussão coletiva no
sentido de demonstrar o comprometimento da comunidade escolar em torno da
principal função da escola, que é a efetivação do processo ensino-aprendizagem e a
emancipação de nossos alunos, formando cidadãos críticos e participativos.
62
A organização da escola colabora para o desenvolvimento de ações relevantes
relatadas no PPP, o que estimula o sucesso no ensino e aprendizagem dos alunos
nesta instituição de ensino.
A realidade é repleta de desafios e contradições que impulsionam a comunidade
escolar a buscar novas formas para alcançar o objetivo da educação que é a
construção do conhecimento. A comunidade escolar caminha rumo às mudanças,
valorizando as novas tecnologias, bem como a peculiaridade do local onde a escola
está inserida.
Em se tratando do processo ensino-aprendizagem, há que se considerar os
diversos fatores que nela interferem e que serão objeto da auto-avaliação institucional:
resultados educacionais, formação dos profissionais, prática pedagógica, órgãos
colegiados de gestão, estrutura e recursos financeiros e ambientes educativos.
Portanto o foco da avaliação não estará centrado apenas no rendimento
educacional, será ampliado para uma visão totalizadora do “fazer escolar”, como
redirecionador no sentido da conquista da cidadania, a qual se traduz em
conhecimento
dos direitos e deveres da instituição como forma de garantir sua
autonomia, estabelecendo metas, ações e proporcionando avanços significativos para
a Instituição Escolar.
63
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Lei de DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL: Lei n°
9.394/96, de 20/12/1996 (Lei Darcy Ribeiro) – Plano nacional de educação: Lei n°
10.172, de 10 de janeiro de 2001 e legislação correlata e complementar/supervisão
editorial Jair Lot Vieira / 4a Ed. revista – atualizada- ampliada- Bauru, SP: EDIPRO,
2010 – (Série Legislação).
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros curriculares nacionais :
introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria deEducação
Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997.BRASIL- 2ª Conferencia Nacional da
Juventude, Eixo 2. Direito ao território, Juventude Rural Área Metropolitana
Sul.FREIRE, P. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, São Paulo: Paz e Terra, 1996._________ A educação na cidade. 5a ed. São Paulo: Cortez, 2001
__________ Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
GOVERNO DO PARANÁ – SEED. Diretrizes Curriculares da rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Educação do Campo. Curitiba 2010.
GOVERNO DO PARANÁ – SEED. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio. Versão Preliminar. Julho/2006.
ORIENTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E REUNIÕES - Núcleo Escritório Regional
ORIENTAÇÕES E CURSOS DA SEED – Secretaria de Estado da Educação.
www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT15-4331--Int.pdf
WWW.Conferencia.juventude.gov.br
www.educadores.diaadia.pr.gov.br/
www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/.../Camila%20Ramal.doc
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
64
ANEXO I
MATRIZ CURRICULAR-ENSINO FUNDAMENTAL
ESTADO DO PARANÁ
SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
ESTADO DO PARANÁ
SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
03 AREA METROPOLITANA SUL- MUNICIPIO 0620 – CONTENDA - PR
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI – 0384
AVENIDA: JOSÉ MOSSON S/Nº - SÉRRINHA – CONTENDA - PR
FONE: (41)36252954
ENTIDADE MANTEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO
TURNO: TARDE
FUNDAMENTAL
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA
DISCIPLINAS COD/SAE
ARTE
( 704 )
CIENCIAS
(301 )
EDUCAÇÃO FÍSICA ( 601)
ENSINO RELIGIOSO ( 7502)
BASE
GEOGRAFIA
(401)
(501)
NACIONAL HISTÓRIA
LÍNGUA
COMUM
PORTUGUESA(106)
MATEMÁTICA
P.D
(201)
LEM- INGLÊS
CARG/HORÁRIA
SERIAÇÕES
5º
6º
2
2
SEMANAL
DAS
7º
2
8º
2
3
2
1
4
3
4
3
2
1
4
3
4
4
2
0
3
4
4
4
2
0
3
4
4
4
4
4
4
2
2
2
2
25
25
25
(1107)
TOTAL GERAL C.H
25
Matriz Curricular de acordo com a LDB n° 9394/96.
65
ANEXO II
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
03 AREA METROPOLITANA SUL- MUNICIPIO 0620 – CONTENDA - PR
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI – 0384
AVENIDA: JOSÉ MOSSON S/Nº - SÉRRINHA – CONTENDA - PR
FONE: (41)36252954
ENTIDADE MANTEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO
TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA
DISCIPLINAS
SÉRIES
1º
2º
3º
ARTE
2
2
X
BIOLOGIA
2
2
3
EDUCAÇÃO FÍSICA
2
2
2
FILOSOFIA
2
2
2
FÍSICA
2
2
2
GEOGRAFIA
2
2
2
HISTÓRIA
2
2
2
BASE
LÍNGUA PORTUGUESA
3
3
3
2
2
3
NACIONAL MATEMÁTICA
QUIMICA
2
2
2
COMUM
SOCIOLOGIA
2
2
2
SUB-TOTAL
23
23
23
LEM- INGLÊS
2
2
2
LEM – ESPANHOL (*)
PARTE
4
4
4
DIVERSIFI
SUB-TOTAL
6
6
6
CADA
TOTAL GERAL
29
29
29
Matriz Curricular de acordo com a LDB n° 9394/96.
* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrario no CELEM,
66
ANEXO III
CALENDÁRIO ESCOLAR 2011 E 2012
O Calendário Escolar, elaborado anualmente, atende ao disposto na
Legislação vigente, bem como as normas enviadas em instruções específicas da SEED
e baseia-se no ano civil. Caberá a Instituição, elaborar e propor para apreciação e
aprovação do Conselho Escolar e posteriormente ao NRE - AM SUL, para
homologação.
A elaboração do Calendário Escolar deve se considerar a LDB 9394/96, a qual
estabelece um mínimo de 800 (oitocentas) horas, distribuídas em um mínimo de 200
(duzentos) dias de efetivo trabalho escolar. Entende-se por “efetivo trabalho escolar”,
todas as atividades pedagógicas programadas pela escola, cuja participação do aluno
seja obrigatória.
O Calendário Escolar deve conter:
• Data de inicio e termino das aulas;
• Dias de encontros pedagógicos, antes do inicio das aulas e durante o ano letivo;
• Dias de encontros pedagógicos bimestrais;
• Férias dos professores e alunos;
• Feriados oficiais.
Alguns dias antes do inicio das aulas serão destinados a encontros para estudos,
reflexão e debates pertinentes à prática educativa pelos docentes, equipe pedagógica
e funcionários.
Um dia por bimestre será destinado ao Conselho de Classe e Pré – Conselho,
para avaliar o resultado do trabalho escolar, caracterizado pelo desempenho dos
alunos, e para estabelecer estratégias de melhoria de resultados, de acordo com as
necessidades educacionais, individuais e coletiva dos alunos.
O ano letivo somente será considerado encerrado após o comprimento integral do
Calendário Escolar.
67
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
D S
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI
SERRINHA-CONTENDA-PARANÁ
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q
1
1 2 3 4 5
1 2 3
4 5 6 7 8
6 7 8 9 10 11 12 18 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22
20 21 22 23 24 25 26
20 21 22 23 24
25 26 27 28 29
27 28
27 28 29 30 31
2 3
9 10
16 17
23 24
30 31
1 Dia Mundial da Paz
ABRIL
D S T Q Q S
1
3 4 5 6 7 8
10 11 12 13 14 15
17 18 19 20 21 22
24 25 26 27 28 29
S
D S
2
1 2
9 18 8 9
16 dias 15 16
23
22 23
30
29 30
21Tiradentes
22Paixão
JULHO
D S T Q Q S
1
3 4 5 6 7 8
10 11 12 13 14 15
17 18 19 20 21 22
24 25 26 27 28 29
31
MAIO
T Q Q
3 4 5
10 11 12
17 18 19
24 25 26
31
7 e 8 Carnaval
JUNHO
S S
D S T Q Q
6 7
1
1 2
13 14 22 5 6 7 8 9
20 21 dias 12 13 14 15 16
27 28
19 20 21 22 23
26 27 28 29 30
1 Dia do Trabalho
S
2 3
9 dias
16
23 8
30dias
D S
1
7 8
14 15
21 22
28 29
AGOSTO
T Q Q
2 3 4
9 10 11
16 17 18
23 24 25
30 31
S
4
11
18
25
S
5
12 20
19 dias
26
S
3
10
17
24
S
4
11 19
18 dias
25
S
2
9
16
23
30
S
3
10
17 20
24 DIAS
23Corpus Cristi
24Feriado Municipal
S
5
12
19
26
SETEMBRO
S
D S T Q Q
6
1
13 23 4 5 6 7 8
20 dias 11 12 13 14 15
27
18 19 20 21 22
25 26 27 28 29
7Independência
7 Dia Est. Do Func. De Esc.
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1
1 2 3 4 5
1 2 3 11
2 3 4 5 6 7 8
6 7 8 9 10 11 12
4 5 6 7 8 9 10 dias
9 10 11 12 13 14 15 19 13 14 15 16 17 18 19 19 11 12 13 14 15 16 17
16 17 18 19 20 21 22 dias 20 21 22 23 24 25 26 dias 18 19 20 21 22 23 24
23 24 25 26 27 28 29
27 28 29 30
25 26 27 28 29 30 31
30 31
12N.S.Aparecida
2 Finados
19Emancipação Politica do Pr
15Dia do Professor
15 Proclamação da Republica
25Natal
20 Dia Nacional da conciência Negra
Férias Discentes
Feriado Municipal
0
Conselho de classe 4dias4
Reun. Pedagógica 1 dia 2
Dias Letivos
200
200dias
dias
Início/Término
Planejamento e Replanej.
Férias
Recesso
janeiro
fevereiro
julho/agosto
dezembro
Total
Férias/Recesso/Docente
31
7
18
13
69
Formação Continuada
Conselho de classe
Reunião pedagógica
Semana Cultural
janeiro/férias
julho/agost./reces.
/reces
dez/reces.
outros recessos
Total
30
14
13
3
60
1º bimestre 08/02 à 20/04
2º // 25/04 à 06/06
3º // 25/07 à 30/09
4º // 01/10 à 16/12
68
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012
COLÉGIO ESTADUAL “PROFESSOR PEDRO JOSÉ PUCHALSKI”
AVENIDA: JOSÉ MOSSON S/Nº – SERRINHA - CONTENDA - PARANÁ
D
S
Janeiro
T Q Q
1 2 3 4 5
8 9 10 11 12
15 16 17 18 19
22 23 24 25 26
29 30 31
S
S
6
13
20
27
7
14
21
28
1 Dia Mundial da Paz
Abril
D
S T Q Q
1 2 3 4 5
8 9 10 11 12
15 16 17 18 19
22 23 24 25 26
29 30
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Fevereiro
Março
D
S T Q Q S
S
D S T Q Q S
1 2 3
4
1 2
5 6 7 8 9 10
11 17 4 5 6 7 8 9
12 13 14 15 16 17
18 dias 11 12 13 14 15 16
19 20 21 22 23 24
25
18 19 20 21 22 23
26 27 28 29
25 26 27 28 29 30
S
3
10 22
17 dias
24
31
20 a 22 Carnav al
S
6
13
20
27
Maio
S
D
S T Q Q S
7
1 2 3 4
14 19
6 7 8 9 10 11
21 dias 13 14 15 16 17 18
28
20 21 22 23 24 25
27 28 29 30 31
Junho
S
D S T Q Q S
5
1
12 22
3 4 5 6 7 8
19 dias 10 11 12 13 14 15
26
17 18 19 20 21 22
24 25 26 27 28 29
1 Dia do Trabalho
6 Paixão
S
2
9 19
16 dias
23
30
7 Corpus Christi
21 Tiradentes
Julho
D
S T Q Q
1 2 3 4 5
8 9 10 11 12
15 16 17 18 19
22 23 24 25 26
29 30 31
S
6
13
20
27
Agosto
S
D
S T Q Q
7 3
1 2
14 dias 5 6 7 8 9
21
12 13 14 15 16
28 9 19 20 21 22 23
dias 26 27 28 29 30
26 Dia da Padroeira Local
D
7
14
21
28
Outubro
S T Q Q
1 2 3 4
8 9 10 11
15 16 17 18
22 23 24 25
29 30 31
S
3
10
17
24
31
Setembro
S
D S T Q Q S
4
11 23
2 3 4 5 6 7
18 dias 9 10 11 12 13 14
25
16 17 18 19 20 21
23 24 25 26 27 28
30
7 Independência
07 Dia do Funcionário de Escola
S
5
12
19
26
Novembro
S
D
S T Q Q S
6
1 2
13 21 4 5 6 7 8 9
20 dias 11 12 13 14 15 16
27
18 19 20 21 22 23
25 26 27 28 29 30
S
1
8 19
15 dias
22
29
Dezembro
S
D S T Q Q
3
10 18 2 3 4 5 6
17 dias 9 10 11 12 13
24
16 17 18 19 20
23 24 25 26 27
30 31
S
7
14
21
28
12 N. S. Aparecida
01 Feriado Católico na Comunidade
19 Emancipação Política do PR
15 Dia do P rofessor
02 Finados
25 Natal
S
1
8
15
22
29
15 Proclamação da República
20 Dia Nacional da Consciência Negra
Feriado Municipal
NRE Itinerante
Dias letivos
1 dia
2 dias
200
Início/Término
Férias
Recesso
Férias Discentes
janeiro
31
fevereiro
7
julho/agosto
18
dezembro
12
Total
68
Férias/Recessos/Docentes
30
janeiro / férias
15
julho/agost./reces.
12
dez/reces.
3
outros recessos
Total
60
Semana Pedagógic a
1º bimestre: 02/02 à 20/04
Replanejamento
2º bimestre: 23/04 à 04/07
Formaç ão Continuada SEED/NRE
Feriado Municipal
3º bimestre: 23/07 à 28/09
Conselho de c lasse
Semana Cultural 08/10 a 11/10
4º bimestre: 01/10 à 19/12
Complementação da carga horária
Reunião P edagógica
para o período noturno com Ativ idades Culturais nos dias: 16/06 – 08/10 – 20/10 – 27/10 e 24/11.
13
69
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
70
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função
social como a arte a serviço da ética, da política, da religião ou ainda transformar-se
em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer.
As formas teóricas de interpretar a arte especificam propriedades essenciais
comuns a todas as obras de arte. Os conteúdos curriculares e metodologia devem
estar apropriadas as reais necessidades e interesses dos alunos da escola do campo.
A trajetória da educação do campo esteve marginalizada durante muitos anos, sendo
até prejudicada.
Para o filósofo grego Platão, o mundo das idéias era o único mundo verdadeiro;
o mundo sensível era apenas sombra ou cópia. “A mímesis da arte é uma ficção tão
consumada que dá a impressão ( falsa”, adverte a moral platônica) de realidade” (Bosi,
1991, p. 23).
A arte como mímesis e representação - para Aristóteles (“384-322 a.Ca verdade
do conhecimento humano reside” não num mundo (...) transcendente, separado das
coisas da experiência...). (BRUGGER, 1987, p.57). Nessa concepção pode-se dizer
que para a arte, coopera a experiência do sensível e abstração do entendimento.
Convém lembrar que a mímesis não é uma operação ingênua. Conhecer quem
mimetiza, não é uma informação externa, mas inerente ao discurso sobre o realismo na
arte”.(BOSI, 1991, p.31.
Em pleno século XXI é ainda muito presente e bem aceita na escola a idéia da
arte como representação, em muitos casos assimilados como referência formativa no
ensino de arte. É comum no cotidiano das escolas a aplicação de atividades de
repetição de formas, a partir de modelos pré-estabelecidos de origem natural ou não. A
escola do campo deve apresentar organização própria, incluindo as fases do ciclo
agrícola e as condições climaticas.
Mesmo de modo não consciente, essa concepção auxilia na formação de
indivíduos submissos e aos modelos existentes. Há uma visão de atraso sociocultural
em relação a população do campo, sem mesmo um estudo mais aprofundado sobre a
cultura desses povos.
Arte como expressão – uma importante função da arte foi a de revelar as
contradições da sociedade, prestando-se a uma crítica social que representava os
71
conflitos sociais expressos artisticamente pelos sujeitos criadores.
Arte como técnica – o formalismo na arte supervaloriza a técnica e o fazer do
aluno tem origem num movimento artístico do início do século XX. O artístico era
evidenciado como forma significante, idéia da forma pela forma.
O formalismo ignora que o campo de arte “o simples fazer” não basta, a arte é
também invenção (...). Ela é um fazer que enquanto faz inventa o por fazer e o modo
de fazer (...) (PAREYSON, 1989.).
Arte na educação básica – o ensino da Arte deve basear-se num processo de
reflexão sobre a finalidade da Educação.
O conhecimento estético em arte está relacionado à apreensão do objeto
artístico como criação de cunho sensível e cognitivo.
O conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e
da criação.
A construção do conhecimento em arte se efetiva em relação entre o estético e o
artístico, materializada nas representações artísticas.
Os conteúdos nas aulas de Arte devem ser relacionados a partir de uma análise
histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística...
( FARACO apud KUENZER,2000).
Arte como forma de conhecimento – “Toda obra de arte apresenta um duplo
caráter em indissolúvel unidade: é expressão da realidade, mas ao mesmo tempo, cria
a realidade” (KOSIK, 2002).
A disciplina de Arte, em suas quatro áreas, dança, musica, teatro e artes visuais
deve levar em consideração o conhecimento do aluno de escola do campo, sua cultura
e suas vivencias. além de promover conhecimento sobre as diversas áreas de Arte,
deve possibilitar ao aluno a experiência de um trabalho de criação total e unitário.
A proposta Pedagogica Curricular: decorre do diagnóstico e das concepções
definidas pelo coletivo escolar e que deve contemplar fundamentos teóricos das
disciplinas; objetivos gerais , metodologia e avaliações conforme os conteúdos
estruturantes, básicos ou específicos dentro cada disciplina complementando a lei nº
13381/01: história do Paraná; lei nº 11.645/08: Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena lei nº 11.769/08, Música; Prevenção do uso indevido de drogas, sexualidade
humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentando a violência contra a criança
e o adolescente e a lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o
Parecer nº 1011/10, bem como a Resolução nº 4783/2010 da Secretaria de Estado da
Educação, que reconhece a Educação de Campo como uma política pública
72
educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do
Campo, traçando estratégias necessárias para a elaboração e implementação de um
plano de trabalho integrado com vistas à gestão das politicas publicas educacionais
voltadas à Escola do Campo.
Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive, é necessário, ainda,
que o professor trabalhe a partir de sua área de formação (Artes Visuais, Música,
Teatro e Dança), de suas pesquisas e experiências artísticas, estabelecendo relações
com os conteúdos e saberes das outras áreas da disciplina de Arte, nas quais tiver
algum domínio.
Os povos do campo tem peculiar de se relacionarem com a natureza, o trabalho na
terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão de obra dos membros da
família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que
valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita , o vinculo com uma rotina
de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico.
OBJETIVOS GERAIS
Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de
pensamento e criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver
o pensamento crítico.
O ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo,
aguçar o espírito crítico para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade
histórica.
Levar o aluno a apropriar-se do conhecimento em arte, que produza novas
maneiras de perceber e interpretar, levando em conta o seu conhecimento de vida, e
seu cotidiano.
Possibilitar ao aluno a experiência de um trabalho de criação total e unitário.
Que o aluno adquira sensibilidade e cognição em Artes Visuais, Dança, Música
e Teatro, exercitando sua cidadania cultural com qualidade e relacionando com a
comunidade em que está inserido.
Que o aluno estabeleça relações entre Arte e realidade e relacionar a arte de
modo geral com a sua arte local da comunidade.
Possibilitar que os alunos compartilhem o conhecimento do seu povo através de
fatos folclóricos e danças regionais.
73
CONTEÚDOS
ENSINO FUNDAMENTAL
Área – Música
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
E
PERÍODOS
Altura
Ritmo
Greco-Romana
Duração
Melodia
Oriental
Timbre
Escalas:
diatônica, Ocidental
pentatônica,
Quilombola
cromática.Improvisação
Africana
Intensidade
Densidade
Cultura polonesa
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Área – Artes Visuais
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
e
PERÍODOS
Ponto
Bidimensional
Arte Greco-Romana
Linha
Figurativa
Arte Africana
Textura
Geométrica, simetria
Arte Oriental
Forma
Técnicas:
Pintura, Arte Pré-Histórica
escultura, arquitetura.
Superfície
Volume
Cor
Luz
Gêneros:
mitologia.
cenas
da
Paisagem campo
Decoração local
Folclore local
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Área – Teatro
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
E
PERÍODOS
Personagem: expressõesEnredo, roteiro.
Greco-Romano
corporais, vocais, gestuaisEspaço Cênico,
Teatro Oriental
e faciais.
Adereços
Teatro Medieval
Ação
Técnicas: jogos teatrais,Renascimento
Espaço
teatro indireto e direto,História da comunidade local
improvisação,
74
Manipulação,
Máscara...
Gênero: Tragédia, Comédia
e Circo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:Área Dança
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
E
PERÍODOS
Movimento Corporal
Ponto de Apoio
Pré-história
Tempo
Movimentos articulares
Greco-Romana
Espaço
Rápido e lento
Renascimento
Formação
Dança Clássica
Níveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento
Danças polonesas
Técnica: Improvisação
Danças quilombolas
Gênero: Circular
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
E
PERÍODOS
Altura
Ritmo
Duração
Melodia
Música popular e
(ocidental e oriental)
Timbre
Escalas
Cultura Polonesa
Intensidade
Gêneros:
folclórico, Quilombola
indígena, popular e étnico.
Densidade
étnica
Técnicas:
vocal,
instrumental e mista.
Improvisação
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Ponto
Proporção
Arte Indígena
Linha
Tridimensional
Arte Popular
Textura
Figura e fundo
Brasileira e paranaense
Forma
Abstrata
Renascimento
E
75
Superfície
Perspectiva
Volume
Técnicas:
escultura,
gravura.
Cor
Luz
Barroco
Pintura,
modelagem,
Gêneros:
Paisagem,
retrato, natureza morta.
Paisagem campo
Decoração local
Folclore Local
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
E
PERÍODOS
Personagem:
Representação,
expressões
corporais, Leitura dramática,
vocais,
gestuais
e
Cenografia.
faciais.
Técnicas: jogos teatrais,
Ação
mímica,
improvisação,
Espaço
formas animadas...
Comédia dell’ arte
Teatro Popular
Brasileiro e Paranaense
Teatro africano
História da comunidade local
Gêneros:
Rua e arena
Caracterização.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Movimento Corporal
Ponto de Apoio
Dança Popular
Tempo
Rotação
Brasileira
Espaço
Coreografia
Paranaense
Salto e queda
Africana
Níveis (alto médio e baixo). Indígena
Formação
Danças polonesas
Gênero: Folclórica, popular Danças quilombolas
e étnica.
E
76
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Altura
Ritmo
Indústria cultural
Duração
Melodia
Eletrônica
Timbre
Harmonia
Minimalista
Intensidade
Tonal e modal
Rap, Rock, Tecno
Densidade
Técnicas:
vocal, Cultura polonesa
instrumental e mista.
Quilombola
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
E
PERÍODOS
Ponto
Semelhanças
Indústria cultural
Linha
Contrastes
Arte no Séc.XX
Textura
Ritmo Visual
Arte Contemporânea
Forma
Estilização
Superfície
Deformação
Volume
Técnicas:
desenho,
fotografia, áudio-visual e
mista.
Cor
Luz
Paisagem campo
Decoração local
Folclore Local
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
E
PERÍODOS
Personagem:
Representação no cinema Indústria Cultural
expressões
corporais, e mídias
Realismo
vocais,
gestuais
e Texto dramático
Expressionismo
faciais.
Maquiagem
Cinema Novo
Ação
Sonoplastia
História da comunidade local
Espaço
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais,
sombra, adaptação cênica.
77
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
E
PERÍODOS
Movimento Corporal
Giro
Hip Hop
Tempo
Rolamento
Musicais
Espaço
Saltos
Expressionismo
Aceleração
desaceleração
Direções (frente,
direita e esquerda)
e Indústria Cultural
Dança Moderna
atrás, Danças polonesas
Improvisação
Danças quilombolas
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria cultural e
espetáculo
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
E
PERÍODOS
Altura
Ritmo
Música engajada
Duração
Melodia
Música popular brasileira
Timbre
Harmonia
Música Contemporânea
Intensidade
Técnicas:
vocal Música Polonesa
instrumental e mista
Música Quilombolas
Gêneros:
popular,
folclórico e étnico.
Densidade
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
e
PERÍODOS
Ponto
Bidimensional
Realismo
Linha
Tridimensional
Vanguardas
Textura
Figura-fundo
Forma
Ritmo Visual
Muralismo e Arte LatinoAmericana
Superfície
Técnica: Pintura, grafitte.
Hip Hop
Volume
Gêneros:
urbana,
Paisagem
cenas
do
78
Cor
cotidiano.
Luz
Paisagem do campo
Decoração local
Folclore local
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
E
PERÍODOS
Personagem: expressões Técnicas: Monólogo, jogos Teatro Engajado
corporais,
vocais, teatrais,
Teatro do Oprimido
gestuais e faciais.
Direção, ensaio,
Teatro Pobre
Ação
Dramaturgia
Teatro do Absurdo
Espaço
Cenografia
Vanguardas
Sonoplastia
Teatro sobre história
comunidade local.
Iluminação
da
Figurino
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS
PERÍODOS
Movimento Corporal
Ponto de Apoio
Vanguardas
Tempo
Peso
Dança Moderna
Espaço
Fluxo
Dança Contemporânea
Quedas
Danças Quilombolas.
Saltos
Danças Polonesas.
Giros
Rolamentos
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance
moderna
e
E
79
ENSINO MÉDIO
1º anoConteúdos estruturantes: Dança
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série
Movimento corporal
Gêneros da dança:
Dança clássica
Tempo
Espetáculos, étnica,
Popular
Espaço
Folclórica, salão e indústria Indígena
cultural
Africana
Indústria cultural
Conteúdos estruturantes: Artes Visuais
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série
Ponto
Figurativa
Fauvismo
Linha
Abstrata
Abstracionismo
Textura
Perspectiva
Renascimento
Volume
Bidimensional
Pop art
Cor
Tridimensional
Pó art
Técnica: desenho, pintura,
Arte conceitual
instalação, videoarte e
desempenho.
80
Conteúdos estruturantes: Teatro
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série
Personagem:
Técnicas: jogos teatrais
Teatro greco-romano
Expressões corporais,
Teatro medieval
vocais, gestuais e faciais
Teatro elisabetano
Ação
Teatro do oprimido
Espaço
Teatro pobre
2º ano
Conteúdos estruturantes: Dança
Elementos formais
Composição
Movimentos e
Períodos
Conteúdos básicos para a série
Movimento corporal
Formação
Tempo
Deslocamento
Espaço
Níveis
Dança moderna
Direção
Rotação
Salto e queda
Gêneros: moderna
Conteúdos estruturantes: Artes Visuais
Elementos formais
Composição
Movimentos e
Períodos
Conteúdos básicos para a série
Ponto
Ritmo visual
Arte indígena
Linha
Deformação
Arte moderna brasileira
Textura
Estilização
Arte paranaense Barroco
81
Volume
Simetria
Cor
Técnica: gravura
Superfície
Conteúdos estruturantes: Teatro
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série
Personagem
Técnica: mímica
Expressões corporais,
Ensaio
Gestuais e faciais
Roteiro
Ação
Encenação
Espaço
Leitura dramática
Teatro paranaense
Conteúdos estruturantes: Musica
Elementos formais
Composição
Movimentos e
Períodos
Conteúdos básicos para a série
Altura
Ritmo
Duração
Melodia
Timbre
Harmonia
Intensidade
Densidade
Indústria cultural
82
3º ano
Conteúdos estruturantes: Dança
Elementos formais
Composição
Movimentos e
Períodos
Conteúdos básicos para a série
Movimento corporal
Coreografia
Tempo
Gênero: contemporâneo
Dança contemporânea
Espaço
Conteúdos estruturantes: Artes Visuais
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
Conteúdos básicos para a série
Personagem:
Gêneros tragédia,
Teatro popular
Expressões corporais,
Comedia, drama e épico.
Teatro realista
Vocais gestuais e façais
Cenografia
Ação
Sonoplastia
Espaço
Figurino
Iluminação
Direção
Produção
Conteúdos estruturantes: Musica
Elementos formais
Composição
Movimentos e
Períodos
83
Conteúdos básicos para a série
Altura
Gêneros: erudito,
Musica popular
Duração
Clássico, popular, étnico,
Brasileira
Timbre
folclórico, pop.
Bossa nova
Intensidade
Técnicas: vocal,
Densidade
instrumental, eletrônica.
METODOLOGIA
O ensino da arte amplia as aptidões dos alunos para ler o mundo e resolver
problemas. Muitas vezes, a aula de Arte é a única oportunidade para que os alunos
vivenciem uma experiência estética, principalmente os que já estão excluídos dos bens
materiais e culturais da nossa sociedade.
Na metodologia do ensino de artes é necessário contemplar três momentos:
Teorizar – é a parte do trabalho que privilegia a cognição, em que a
racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre a
arte. Incluindo a parte teórica sobre a arte local e os movimentos artísticos da
comunidade.
Serão abordados os conteúdos estruturantes, elementos formais, composição,
movimentos e períodos nas diferentes linguagens da Arte, considerando ainda, a
origem cultural e o grupo social dos alunos,considerando que estamos trabalhando
com alunos da escola de campo, trabalhando-se nas aulas os conhecimentos
originados pela comunidade.
Pretende-se dar aos alunos a oportunidade para que ele reconheça a
possibilidade do caráter provisório, o conhecimento em arte, em função da mudança de
valores culturais que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modo
de produção. O conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele
compreenda a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano.
Sentir e perceber – dar oportunidade aos alunos para que tenham acesso às
obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as
diversas formas de produção artística e a contextualizem com o seu modo de vida.
Possibilitar o acesso e mediar à percepção e apropriação dos conhecimentos sobre
84
arte.
Trabalho artístico – essa prática é fundamental, pois a arte não pode ser
apreendida somente de forma abstrata. O processo de produção do aluno acontece
quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus
sentidos.
Em Artes Visuais, relacionar os conteúdos com a realidade do aluno.
Estabelecer ainda as relações das Artes Visuais com outras áreas artísticas, como por
exemplo, a máscara no Teatro, o registro gráfico da Música ou o figurino e a
maquiagem. O mesmo ocorre com as demais áreas (Música, Teatro e Dança).
Para a realização do trabalho com as quatro linguagens é necessária a
utilização de vários recursos didáticos e tecnológicos como, por exemplo: TV
multimídia, pen drive, cds, dvds, rádio, instrumentos musicais, quadro de giz, tinta,
pincel, papéis diversos, espaço físico, etc.
Realizar produção e exposição de trabalhos artísticos a considerar a formação
do professor e os recursos existentes na escola. E ainda pesquisa sobre danças
regionais, trabalhos teóricos e práticos sobre o folclore local. Também, levando em
consideração a origem cultural dos nossos alunos, trabalharemos música e dança
quilombola e polonesa.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser a referência
do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos. É Processual por pertencer a
todos os momentos da prática pedagógica.
A avaliação em Arte, ao ser processual e não estabelecer comparações entre
os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção
levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais
efetiva da realidade.
A proposta de avaliação de nossa escola levou em conta à vivência cultural dos
alunos, a comunidade em que a escola está inserida, a família, os grupos sociais,
religião.
Para uma efetiva avaliação, fizemos um diagnóstico para saber sobre a
profundidade do conhecimento dos alunos como, por exemplo, alunos que tocam
determinado instrumento musical, dançam muito bem, tem habilidade no desenho.
Esses conhecimentos devem ser socializados entre os colegas.
Outros instrumentos necessários foram abordados, como: trabalhos artísticos
85
individuais e em grupos, pesquisas, debates, provas teóricas e práticas, relatórios e
outros. Sempre levando em consideração a origem e cultura dos alunos. Analisando
também o seu aprendizado fora da escola e como ele relaciona com o conteúdo
aplicado em sala de aula.
REFERÊNCIAS:
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.
LDP:Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para
a Educação Básica. Departamento de educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná- Educação do Campo.
Departamento de educação Básica. Curitiba, 2010
WISNIK, J. M. O som e o sentido: uma outra história das músicas.São Paulo:
Companhia das Letras, 1989.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
86
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A prática do ensino de Ciências apresenta grande responsabilidade social pois
as ações e concepções do professor têm impacto decisivo na ação dos alunos sobre a
ciência, sobre o conhecimento cientifico e tecnológico bem como sobre seus reflexos
na sociedade. Desta forma, a presença da Ciência e da Tecnologia se impõe em
praticamente todos os cantos da sociedade atual.
A Ciência compreende um acervo de conhecimento relevante para se viver,
compreender e atuar no mundo contemporâneo, e a historia da ciência esta
relacionada e integrada à historia da humanidade. Isso remete ao entendimento de que
o processo de produção do conhecimento, que caracteriza a ciência e a tecnologia
constitui uma atividade humana, coletiva e sócio-histórico-econômica. A produção
cientifica é contextualizada em determinado tempo e lugar sob uma conjuntura política
e cultural especifica.
Não podemos nos referir à importância histórica da disciplina ciências sem
mencionarmos a sua ligação ao conhecimento cientifico, às técnicas pelas quais esse
conhecimento é produzido, às tradições de pesquisa que os produzem e às instituições
que os apoiam. Ao observar o passado da Ciência e dos pesquisadores que a
construíram chegamos
a conclusão que temos diferentes formas de pensar a
Natureza, como interpretá-la e compreende-la em diversas épocas da história.
A Ciência além de ser uma atividade humana, complexa, histórica e
coletivamente construída, influencia e sofre influências de questões sociais,
tecnológicas, culturais, éticas e políticas. Não revela a verdade, mas propõe modelos
explicativos construídos a partir da aplicação do método cientifico.
Estudiosos contemporâneos contribuíram com reflexões voltadas à produção do
conhecimento cientifico, apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência
rompe-se com modelos científicos antigamente aceitos como explicações para certos
fenômenos da natureza.
O pensamento Pré-Científico representa um período marcado pela construção
racional e empírica do conhecimento científico. Representa a busca da superação das
explicações míticas, com base nas sucessivas observações empíricas e descrições
técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos
87
científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII. Com o pensamento mítico, o
ser humano se preocupava com a divindade dos acontecimentos e não com as causas
desses fenômenos. Observações realizadas permitiram o ser humano afastar-se do
Mythos e aproximar-se da Physis.
Filósofos Naturalistas explicavam a Natureza a partir de outro modelo ao atribuir
à sua estrutura e constituição material, porções imutáveis e indivisíveis, os átomos.
O Século XIX, foi um período historicamente marcado pelo estado Cientifico,
como estratégia de investigação, constituído por procedimentos experimentais,
levantamento e testes de hipóteses, axiomatização e síntese em leis ou teorias. Com
isso se produz um conhecimento cientifico a respeito de um determinado recorte da
realidade, o que rompe com a forma de construção e divulgação do conhecimento feito
no período pré-científico.
O período do estado cientifico foi marcado por publicações de cunho cientifico
não-literárias, com linguagem menos apropriada à divulgação, voltadas a uma elite
intelectual que as acessava por meio de cursos universitários.
O estado do novo espírito científico configura-se, também, como um período
fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de
divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influencias dos avanços
científicos.
Nos dias de hoje, quando se sofisticam os meios de informação, a educação
escolar torna-se cada dia mais imprescindível para o cidadão. É inegável a melhoria da
qualidade de vida em muitos aspectos, os avanços nos processos industriais, na
agricultura e na medicina. É também inegável que, ao lado dessas melhorias,
convivemos com índices alarmantes de fome, alastramento de doenças e impactos
ambientais seríssimos.
Portanto, valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos com a
comunidade e gerar um sentimento de pertença ao lugar e ao grupo social,
possibilitando ao aluno criar uma identidade sociocultural levando-o a compreender o
mundo e transformá-lo.
O campo não é um conglomerado de pessoas “incultas” isoladas do mundo
urbano e “desenvolvido”. O campo é habitado por seres humanos com sentimentos,
histórias de vida e saberes gestados no trabalho agrícola e no convívio social com seus
semelhantes; com valores e cultura que entrelaçam o presente, o passado e o futuro.
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das
sociedades aumenta com o despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de
88
se construir uma escola voltada para a formação de “futuros cidadãos”; eles, enquanto
integrantes do corpo social atual, podem ser hoje também responsáveis pelo cuidado
do meio ambiente, podem agir de forma consciente e solidária em relação aos temas
vinculados ao bem estar da sociedade da qual faz parte.
Vivemos numa era marcada pela competição e qualidade de vida, em que
progressos científicos e avanços tecnológicos definem exigências novas para os jovens
que ingressarão no mundo do trabalho.
Torna-se cada vez mais difícil compreender e dialogar com o mundo sem ter
alguma familiaridade com o saber das ciências, sem compreender a ciência e a
tecnologia como fazeres humanos, históricos que guardam relação de mão dupla entre
si e com a sociedade. O saber desse povo talvez esteja em conviver com as
adversidades de seu contexto: onde a calmaria da natureza é constantemente
ameaçada pela economia do grande capital que insiste em lhe roubar a terra, seu
canto e espaço, e em negar ao “pequeno” o direito de viver dignamente.
A grande maioria das pessoas, embora conviva cotidianamente com produtos
científicos e tecnológicos, pouco refletem sobre os processos envolvidos em sua
criação, produção e distribuição; seja por falta de formação e informação não exercem
opções com autonomia o que impede o exercício da cidadania crítica e consciente.
Desta forma, justifica-se que o ensino de Ciências deve possibilitar a
apropriação do conhecimento científico, de seus conceitos e procedimentos, de modo a
contribuir para a compreensão do mundo e suas transformações, para nos
reconhecermos como parte da Biosfera e como indivíduos que podem nele interferir.
Não tem como função formar cientistas, mas, garantir a todos que se tornem cidadãos
competentes, informados e críticos. O conhecimento sobre a forma como a natureza se
comporta e a vida se processa contribui para que o aluno possa se posicionar acerca
de questões contemporâneas e orientar suas ações de forma mais consciente.
Resistir a esse intenso acesso é uma demonstração de sapiência, uma sabia
defesa de seu jeito de viver e de seu espaço de vida. É essa concepção de campo que
devemos ter como referencia ao tratar da educação do campo, considerando o
protagonismo das crianças e jovens, educadoras e educadores na luta por uma
educação que corresponda aos seus ideiais de formação.
A disciplina de Ciências é privilegiada onde diferentes explicações sobre o
mundo, fenômenos da natureza e transformações produzidas pelo ser humano podem
ser exploradas e comparadas. É espaço das explicações oferecidas pelos vários
sistemas teóricos, tanto quanto das manifestações espontâneas dos alunos.
89
O ensino de Ciências deve partir do conhecimento que os alunos possuem,
transformando-o em conhecimento científico e reconstruindo sua realidade dentro do
contexto dos novos conhecimentos.
A disciplina de Ciências favorecerá a compreensão das inter-relações e
transformações manifestadas no meio (local, regional, global), bem como, instigará
reflexões e a busca de soluções a respeito das tensões contemporâneas, como por
exemplo, a preservação do meio ambientes X necessidades oriundas da produção
industrial, a ética X produção científica, conservação e transformação da Natureza:
seres vivos, recursos e fenômenos naturais; ação humana sobre a natureza; a terra:
sentidos, processo de distribuição: um passado e um presente de conflitos; trabalhar a
terra, viver na e da terra.
No Brasil, o ensino de Ciências foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção cientifica, pelo papel reservado à
educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas
e recentes profissões.
O método cientifico fortemente marcado e utilizado como estratégia de
investigação no ensino de Ciências cedeu espaço para aproximações entre ciências e
sociedade, com vistas a correlacionar a investigação cientifica, a aspectos políticos,
econômicos e culturais.
Nesse sentido, em termos práticos, o currículo escolar valorizou conteúdos
científicos mais próximos do cotidiano, no sentido de identificar problemas e propor
soluções.
Na década de 1980 e inicio da seguinte, no estado do Paraná, a SEED propôs o
Currículo Básico para ensino de primeiro grau construído sob o referencial teórico da
pedagogia histórico-crítico. Esse documento resultou de reflexões e discussões
realizadas no estado do Paraná, visando debater os conteúdos e as orientações de
encaminhamento metodológico.
Com a promulgação da LDB nº 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e Bases
para a Educacional Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais
que propunham uma nova organização curricular em âmbito federal.
O Estado do Paraná, porem, não utiliza os PCN’s como base para o seu
currículo e as escolas publicas paranaenses têm sua estrutura disciplinar baseadas nas
DCN’s e DCE’s, assumindo a teoria critica da Educação, Pedagogia Histórico-Crítico e
a Metodologia da Prática Social.
90
OBJETIVOS GERAIS
•
Compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão utilizando
conhecimentos de natureza científica e tecnológica;
•
Valorizar a natureza como um todo dinâmico e o ser humano em sociedade
como agente de transformações do mundo em que vive, em relação
essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
•
Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e
uma atividade humana;
•
Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia
como meio para suprir necessidades humanas sabendo elaborara juízo
sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;
•
Entender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
•
Formular questões e propor soluções a problemas reais a partir de elementos
das Ciências Naturais, colocando em práticas conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
•
Saber utilizar conceitos científicos básicos associados à energia, matéria,
transformação do espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
•
Valorizar o trabalho em grupo sendo capaz de ação crítica e cooperativa para
a construção coletiva do conhecimento;
•
Reconhecer, a partir do estudo dos conceitos básicos de Astronomia, a Terra
como elemento integrante do Universo;
•
Perceber a Terra como um planeta do Sistema Solar cujas condições
propiciaram o surgimento da vida como a conhecemos;
•
Identificar a variedade de ambientes da Terra;
•
Identificar a água como componente fundamental na composição dos seres
vivos e nos processos vitais de nosso planeta;
•
Reconhecer o ar, em razão de sua composição, como um dos fatores
fundamentais na manutenção da vida do planeta Terra;
•
Reconhecer o solo como um dos elementos da biosfera que abriga a vida;
•
Reconhecer que deve ser mantida a composição do solo e respeitado os
ciclos vitais que nele ocorrem;
•
Reconhecer que a biodiversidade é consequência da grande variedade de
ambientes existente em nosso planeta e das relações de interdependência
91
entre os próprios seres vivos e entre estes e os fatores abióticos (água, solo,
ar e luz), para valorizar a vida no que se refere à diversidade;
•
Reconhecer que há uma dimensão ética na relação dos seres humanos com
o ambiente e também com os demais seres vivos;
•
Compreender a integração dos seres vivos entre si e com o ambiente como
elemento fundamental à manutenção do equilíbrio e dos ecossistemas e da
vida;
•
Elaborar estratégias de enfrentamento de questões ligadas ao contexto da
vida;
•
Trabalhar em equipe demonstrando atitudes de respeito ao outro e
cooperação;
•
Distinguir e caracterizar os seres que compõe os grupos dos vírus, moneras,
prototistas e fungos, reconhecendo a sua diversidade e importância;
•
Caracterizar os animais reconhecendo a sua diversidade e importância na
manutenção do equilíbrio natural;
•
Caracterizar os filos de invertebrados, reconhecendo sua diversidade;
•
Perceber que os diversos grupos de seres vivos possuem características
anatômicas e fisiológicas próprias que os identificam como grupo distintos
dos demais;
•
Caracterizar os animais reconhecendo sua diversidade e importância na
manutenção de equilíbrio natural;
•
Identificar as principais características morfofisiológicas de classes de
vertebrados relacionando-as ao ambiente em que vivem e à sua historia
evolutiva;
•
Compreender que, assim como os outros seres vivos, os diversos tipos de
planta são resultantes de longo processo evolutivo;
•
Reconhecer o ser humano como uma das espécies integrantes de
ecossistemas da Terra;
•
Reconhecer a célula como unidade básica da vida e relacioná-la ao
funcionamento do organismo como um todo;
•
Compreender a sexualidade em sua dimensão plural, condicionada por
fatores biológicos, culturais e sociais;
•
Perceber a importância de reconhecer o próprio corpo para viver a
sexualidade de maneira prazerosa e responsável;
•
92
Compreender o funcionamento integrado dos sistemas que desempenham
as funções de nutrição;
•
Compreender a produção de matéria e energia e também a eliminação dos
resíduos e excessos dessa produção;
•
Identificar o sistema sensorial, nervoso e endócrino como sistemas que
permitem integrar os seres vivos entre si e promover a interação deles com o
meio ambiente;
•
Compreender o funcionamento e a integração do sistemas ósseo e muscular
com os demais sistemas;
•
Reconhecer a importância da locomoção para a sobrevivência da espécie
humana;
•
Compreender que a Fisica, a Quimica e a Biologia são algumas das ciências
que formam o grupo denominado ciência da natureza;
•
Obter noções sobre as relações fundamentais entre ciência, tecnologia e
sociedade;
•
Reconhecer e saber utilizar corretamente símbolos, códigos e nomenclaturas
de grandezas da física;
•
Conhecer as unidades e as relações entre as unidades de uma mesma
grandeza física para fazer traduções entre elas e utiliza-las adequadamente;
•
Fazer uso de diferentes linguagens que representem relações entre
grandezas físicas: tabelas, gráficos, expressões matemáticas e escalas;
•
Compreender que existem vários níveis de explicações físicas, tanto
microscópicos
quanto
macroscópicos,
utiliza-los
apropriadamente
na
compreensão de fenômenos;
•
Possibilitar ao aluno o desenvolvimento de uma visão critica do mundo em
que vive, no tocante ao relacionamento da sociedade com a Quimica;
•
Propiciar ao aluno a compreensão e a analise dos fenômenos químicos e a
utilização de seu conhecimento químico no cotidiano, podendo assim
contribuir para a melhoria de sua qualidade de vida;
•
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•
Identificar o Universo como o conjunto de planetas, satélites, cometas, estrelas,
nebulosas, galáxias e tudo o mais que esta presente nele;
•
93
Reconhecer que há diversas explicações para a origem do Universo mas que a
teoria do Big Bang é a mais aceita pelos cientistas;
•
Reconhecer a tecnologia como um dos elementos facilitadores das descobertas
cientificas e de ampliação dos limites do conhecimento humano, muito
especialmente no campo da astronomia;
•
Reconhecer o modelo da organização do Sistema Solar e localizar a posição da
Terra nesse conjunto de astros;
•
Compreender que a organização dos astros em movimento tem relação com
determinado tipo de força, a gravitacional;
•
Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte e seu papel
na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade;
•
Identificar as características de um planeta e que aspectos o diferenciam de uma
estrela;
•
Identificar as características de um satélite natural e dos planetas do Sistema
Solar que possuem um ou mais satélites;
•
Identificar as características dos demais astros que fazem parte do Sistema
Solar;
•
Identificar a posição da Terra em relação ao Sol e reconhecer que a inclinação
do seu eixo de rotação em relação ao seu plano orbital torna possível a variação
no recebimento de luz e calor – formações das estações do ano – no nosso
Planeta;
•
Intuir, a partir de analogias convivências do dia-a-dia e observações de modelos,
a relação entre os movimentos aparentes do Sol, da Lua e demais astros e o
movimento real de rotação da Terra – formação dos dias e das noites;
•
Compreender que o desenvolvimento e a manutenção da vida na Terra
dependem da posição desta no Sistema Solar e dos seus movimentos;
•
Identificar, no Sistema Solar, o sistema específico Terra/Lua;
•
Identificar as fases da Lua como acontecimento cíclico e sua influência na
agricultura;
•
Reconhecer a biosfera como um grande ecossistema;
•
Reconhecer a diversidade ambiental do planeta Terra relacionando com a
existência de diferentes condições ambientais;
•
Caracterizar os principais tipos de ecossistemas brasileiros e as formas de
adaptação dos seres que neles vivem;
•
94
Reconhecer a presença da água na Terra e sua participação nos processos
vitais que ocorrem tanto no ambiente quanto nos seres vivos;
•
Reconhecer a agua como uma substância formada, portanto, por moléculas que
se movimentam mantendo espaços entre si;
•
Identificar os elementos químicos que compõem a molécula da água;
•
Identificar as propriedades da água e seus comportamentos na natureza;
•
Relacionar a vida do ser humano à disponibilidade de água e conscientizar-se
da necessidade de cuidar dessa água evitando seu desperdício e contaminação;
•
Identificar as fontes de poluição da agua e compreender a importância da
implantação de estações de tratamentos de esgotos na cidade;
•
Identificar o ar como uma mistura de gases contendo principalmente nitrogênio e
oxigênio em sua composição;
•
Reconhecer a elasticidade, o peso e a pressão do ar em situações concretas;
•
Escrever a atmosfera caracterizando as suas diferentes camadas;
•
Relacionar os diferentes fatores envolvidos nas condições atmosféricas e na
previsão do tempo;
•
Associar alterações na composição do ar com emissão de substancias
emissoras e suas consequências;
•
Avaliar as consequências da poluição atmosféricas para o meio ambiente e os
seres vivos;
•
Identificar e comparar os solos quanto ao tipo de partículas predominantes em
sua composição;
•
Distinguir os solos quanto à permeabilidade em relação à água;
•
Reconhecer como é inadequada a forma de tratamento do lixo a ceu aberto;
•
Verificar que o lixo pode ser reciclado de diversas formas e que o seu tratamento
correto é benéfico tanto à saúde quanto à conservação de recursos naturais;
•
Relacionar a presença e as atividades decompositoras de bactérias e fungos
com a fertilidade do solo;
•
Relacionar as ações dos agentes de intemperismos à formação do solo e a à
sua erosão, principalmente em situações cotidianas
•
Relacionar as queimadas à morte dos decompositores e à perda da fertilidade
do solo;
•
Identificar a relação entre solo, vegetação e regime de chuvas;
95
•
Identificar a agua como um poderoso agente de erosão;
•
Identificar os efeitos e reconhecer a responsabilidade da ação do ser humano
sobre o relevo e a vegetação do globo terrestre;
•
Reconhecer a importância da observação e do registro dos dados coletados pois
podem ser uteis como material de pesquisa e estudo;
•
Identificar a diversidade dos ambientes do planeta e a interação dos seres vivos
entre si e com o meio ambiente;
•
Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando
informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias
alimentares;
•
Identificar as características gerais dos seres vivos;
•
Reconhecer que os sistemas classificatórios e as nomenclaturas estabelecidas
pelos especialistas têm o objetivo de facilitar os estudos e comunicação
cientifica;
•
Reconhecer as características dos trabalhos realizados pelos cientistas;
•
Reconhecer
os
vírus
como
seres acelulares e
parasitas
obrigatórios
identificando formas de prevenção contra doenças;
•
Identificar e caracterizar os moneras;
•
Reconhecer a importância ecológica, econômica e medicinal dos moneras;
•
Caracterizar os protoctistas e reconhecer as formas de transmissão de doenças
e suas formas de prevenção;
•
Identificar, no ambiente, a presença e/ou atividade dos fungos, sua importância
ecológica, econômica e medicinal;
•
Distinguir e identificar padrões morfofisiológicos dos seres do Reino Animal;
•
Caracterizar os filos dos poríferos e cnidários;
•
Caracterizar os filos dos platelmintos e nematelmintos;
•
Ampliar os conhecimentos sobre prevenção de doenças causadas por vermes
nas praticas de higiene pessoal e preparação de alimentos;
•
Caracterizar os filos dos anelídeos e moluscos;
•
Caracterizar o filo dos artrópodes;
•
Caracterizar o filo dos equinodermos;
•
Caracterizar os peixes, anfibios, répteis, aves, reconhecendo a diversidade e
importância no ambiente;
•
96
Caracterizar os mamíferos, reconhecendo a diversidade e importância no
ambiente e as características que o ser humano é um animal mamífero;
•
Identificar as características gerais das plantas e sua diversidade;
•
Perceber a importância de estruturas que contribuíram para sua adaptação ao
ambiente;
•
Identificar as características das briófitas e pteridófitas;
•
Identificar a presença de vasos condutores nas plantas como características
vantajosas à ocupação no ambiente terrestre;
•
Caracterizar as gimnospermas e o surgimento da semente ao seu sucesso na
historia evolutiva das plantas;
•
Caracterizar as angiospermas associando o surgimento da flor e do fruto ao seu
sucesso evolutivo;
•
Identificar as funções especificas da raiz, do caule e da folha;
•
Reconhecer a importância evolutiva da flor na reprodução nas angiospermas e o
fruto como sua estrutura exclusiva;
•
Reconhecer a importância dessas plantas na alimentação humana;
•
Reconhecer o fato de a historia do ser humano ser muito recente, se comparada
com a de outros seres vivos do nosso planeta;
•
Reconhecer o papel da espécie humana em seu próprio processo de
evolução biológica criando relações de trabalho, visando transformar o
ambiente, adaptando-o às suas necessidades;
•
Reconhecer a capacidade de reprodução como vital para a manutenção da
espécie;
•
Reconhecer a adaptação do ambiente como fator decisivo no sucesso evolutivo
da nossa espécie;
•
Relacionar as funções de cada organela celular ao funcionamento da célula
como um todo;
•
Identificar a célula como unidade morfofisiológica dos seres vivos;
•
Identificar os diferentes tipos de tecidos animais como funções por eles
desempenhadas;
•
Identificar os diferentes níveis de organização no organismo humano;
•
Associar mudanças no corpo às funções hormonais e, em conseqüência, ao
amadurecimento sexual durante a puberdade, quando o organismo se torna
97
apto para a reprodução;
•
A partir do conhecimento do corpo e das suas potencialidades de interação com
o mundo, desenvolver atitudes de respeito de valorização com o outro;
•
Compreender as diferentes dimensões da reprodução humana;
•
Relacionar uso de preservativos com a prevenção de DST’s e com a
contraconcepção adotando atitudes de cuidado com a saúde;
•
Estimular o cuidado com o próprio corpo com atenção para o desenvolvimento
da sexualidade e para os hábitos de alimentação de convívio e de lazer;
•
Reconhecer os tipos de nutrientes e suas funções no organismo;
•
Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos alimentos;
•
Compreender a alimentação humana à obtenção e a conservação dos alimentos
, sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua constituição e
saúde;
•
Identificar as partes do tubo digestório e dos órgãos anexos;
•
Reconhecer os processos químicos da digestão na transformação das
substancias;
•
Reconhecer os processos mecânicos da digestão;
•
Relacionar a digestão e a absorção de nutrientes à sua utilização pelas células;
•
Identificar os cuidados com a higiene e com a alimentação como necessários à
manutenção da saúde do sistema digestório;
•
Identificar o sistema respiratório, seus órgãos e suas funções;
•
Reconhecer a respiração celular como um processo responsável pela produção
de energia das células;
•
Identificar os órgãos do sistema circulatório, sua anatomia e o papel visiologico
de veias, artérias e capilares;
•
Identificar os órgãos que compõem o sistema urinário e sua importância na
eliminação de resíduos metabólicos para a manutenção do equilíbrio do
organismo;
•
Identificar os órgãos do sistema sensorial e a sua integração com o ambiente;
•
Identificar os órgãos do sistema nervoso;
•
Identificar as glândulas que compõem o sistema endócrino;
•
Identificar os ossos como importantes elementos de sustentação ao corpo e
proteção de órgãos vitais;
•
98
Compreender o funcionamento do sistema muscular e os diferentes tipos de
tecido;
•
Perceber a necessidade de posicionar-se critica e eticamente em relação a
temas de ciência e tecnologia como ação fundamental no exercício da
cidadania;
•
Compreender o conceito de grandeza física, suas principais unidades de medida
no sistema internacional;
•
Compreender os conceitos de movimento, referencial, trajetória, partícula e
corpo extenso;
•
Transformar unidades de velocidades;
•
Compreender o conceito de grandeza escalar e vetorial;
•
Reconhecer a força como agente capaz de modificar o estado de movimento de
um corpo;
•
Compreender as três leis de Newton, sendo capaz de identificá-las em
fenômenos cotidianos e utilizá-las para resolver situações-problemas;
•
Compreender a descrição de movimentos dos corpos celestes e termos da lei da
gravitação universal, relacionando-o com o principio universal da atração de
massas;
•
Conhecer o conceito físico de trabalho;
•
Compreender a importância do conceito de energia para a humanidade;
•
Compreender o principio da conservação da energia mecânica;
•
Compreender os conceitos de calor e temperatura relacionando-os às principais
escalas termométricas;
•
Compreender o conceito de onda, diferenciando ondas mecânicas e ondas
eletromagnéticas;
•
Conhecer o espectro eletromagnético;
•
Conceituar som;
•
Compreender a luz como uma onda eletromagnética;
•
Conhecer os principais fenômenos ondulatórios: reflexão e refração;
•
Compreender o conceito de cor dos corpos e que a luz branca é composta de
varias cores;
•
Compreender a formação de imagens nos espelhos planos e esféricos e o
funcionamento básico de lentes;
•
99
Compreender o conceito de carga elétrica, corrente elétrica, tensão elétrica,
resistência e potencia elétrica;
•
Compreender a propriedade de magnetismo dos imas, compreender que a Terra
se comporta como um grande imã;
•
Reconhecer que a matéria é constituída de partículas e que esses elementos
que compões as estruturas da matéria são historicamente identificados como
átomos;
•
Conceituar átomo e identificar suas partículas fundamentais;
•
Reconhecer o elemento químico e os seus símbolos;
•
Constatar na tabela periódica o que representa numero atômico e numero de
massa;
•
Identificar, pela analise de distribuição eletrônica dos átomos os tipos de
comunicações que pode haver entre eles;
•
Conceituar ligações iônicas, covalentes e metálicas;
•
Conhecer o conceito de matéria identificando suas características gerais e
especificas;
•
Diferenciar e identificar misturas homogenias e heterogenias;
•
Verificar alguns processos de separação de misturas;
•
Compreender o significado de função química e diferencia-las bem como
associar características e propriedades a cada uma delas;
•
A partir de evidencias, identificar a ocorrência de situações químicas em
situações do dia-a-dia;
•
Compreender e utilizar os códigos e a linguagem da química;
•
Sistematizar, do ponto de vista da Química, de forma elementar, alguns
conhecimentos que abordam absorção e liberação de energia, já estudados
como fotossíntese e combustão;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
São conhecimentos de grande amplitude que tem a função de identificar e
organizar os campos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a
compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Em Ciências estão edificados a partir
da historia dos conceitos científicos e evitam a fragmentação do Currículo, estruturando
a disciplina ao seu objeto de estudo e ensino. Estes conteúdos foram definidos tendo
100
em vista a relação entre os campos de estudo, tradicionalmente tratados ao longo do
ensino de Ciências e a sua relevância no processo de escolarização atual, para
entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da identidade da
disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a integração
conceitual dos saberes científicos na escola.
Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes
fundamentados na História da Ciência, base estrutural de integração conceitual para a
disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles: Astronomia, Matéria,
Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade.
ASTRONOMIA
A astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das
ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.
Historicamente possibilita estudos e discussões sobre a origem e evolução do
Universo. Apresentam-se a seguir, os conteúdos básicos que envolvem conceitos
científicos necessários para o entendimento de questões astronômicas e para a
compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
•
Universo;
•
Sistema Solar;
•
Movimentos celestes e terrestres;
•
Astros;
•
Origem e evolução do Universo;
•
Gravitação Universal.
MATÉRIA
Cientificamente permite o entendimento não somente sobre as coisas
perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro
momento vemos, sentimos ou tocamos.
Os conteúdos básicos considerados essenciais para o entendimento da matéria
são:
•
Constituição da matéria;
•
Propriedades da matéria.
101
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Este conteúdo estruturante aborda a constituição dos sistemas do organismo,
bem como suas características específicas de funcionamento, desde os componentes
celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem
os diferentes grupos de seres vivos. Os conteúdos básicos que envolvem conceitos
científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos
são:
•
Níveis de organização;
•
Célula;
•
Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
•
Mecanismos de herança genética.
ENERGIA
Este conteúdo estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do
conceito de energia. Discutia-se tal conceito a partir de um modelo explicativo
fundamentado nas idéias de calórico, que representava as mudanças de temperatura
entre objetos e sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria de calórico, a
pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da
conservação da energia.
Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o
entendimento de questões sobre a conservação e transformação de uma forma de
energia em outras são:
•
Formas de energia;
•
Conversão de energia;
•
Transmissão de energia.
BIODIVERSIDADE
O conceito de Biodiversidade deve ser entendido para além da mera diversidade
dos seres vivos. Não devemos reduzir o conceito de biodiversidade ao número de
espécies existentes mas sim compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o
ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive, em
relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente.
Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos para o entendimento
de questões sobre a biodiversidade, são:
102
•
Organização dos seres vivos;
•
Sistemática;
•
Ecossistemas;
•
Interações ecológicas;
•
Origem da Vida;
•
Evolução dos seres vivos.
Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são
essenciais na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses
conteúdos serão desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados
pelo professor de Ciências em função dos interesses regionais e do avanço na
produção do conhecimento científico e tratando os conteúdos por série.
CONTEÚDOS POR SÉRIE.
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia – matéria – sistemas biológicos – energia – biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
Universo - sistema solar – a terra – movimentos terrestres e celestes – Educação do
Campo – Educação Ambiental (lei 9795/99) e Sustentabilidade – História da Cultura
Afro-brasileira (lei 10639/03) – Prevenção ao Uso de Drogas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• O Universo.
• As teorias relativas ao surgimento do Universo.
• As estrelas e suas características.
• As constelações.
• As galáxias – Via láctea.
• O surgimento do Sistema Solar.
• Os componentes do Sistema Solar.
• Os movimentos de rotação e translação.
• Movimento aparente dos astros X movimento de rotação da Terra
• Ciclo dos dias e das noites.
• Ciclo das Estações do ano.
• A Lua – satélite da Terra.
• Fases da Lua e os eclipses lunar e solar.
• Instrumentos astronômicos.
• Biodiversidade; conceito de espécie.
• Como os seres vivos ocupam o planeta – a biodiversidade no globo terrestre
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Os seres vivos nos ecossistemas.
Os principais ecossistemas brasileiros e suas características.
Os níveis de organização dos seres vivos- de indivíduo à comunidade.
Obtendo energia para a sobrevivência – níveis tróficos.
Cadeias e teias alimentares.
Presença de água nos seres vivos.
Presença de água no ambiente.
Ciclo da água no nosso planeta.
Estados físicos da matéria.
A água como solvente, como regulador térmico.
Composição da água.
A água exerce pressão.
Princípio dos vasos comunicantes.
Princípio de Pascal.
Tensão superficial.
Propriedades da água.
Tipos de água: tratamento.
Poluição da água.
A história de alguns povos e rios.
Tratamento da água.
O destino da água utilizada: tratamento de esgoto.
Água direito de todos direito de alguns.
Água como recurso energético.
Distribuição de água doce no PR.
Consumo e utilização da água.
Ar, Existência do ar. Composição do ar.
Propriedades do ar: massa, elasticidade, peso, pressão atmosférica.
Composição da atmosfera terrestre.
Camadas da atmosfera.
Ar e saúde.
Previsão do tempo. Diferença entre tempo e clima.
Fenômenos atmosféricos. Tipos de nuvens, massas de ar. Pressão atmosférica,
nível pluviométrico.
Estações meteorológicas: Aparelhos medidores .
Mapa do tempo.
O papel protetor da atmosfera, planeta em risco.
Poluentes e seus efeitos obre a saúde.
Buracos na camada de ozônio.
Chuva ácida.
Efeito estufa, consequências do efeito estufa, aquecimento global, inversão
térmica, protocolos internacionais, fontes alternativas de energia.
O solo terrestre: O solo e o subsolo.
As rochas magmáticas ou ígneas, rochas sedimentares e rochas metamórficas.
O solo - diferentes tipos de solo: O solo argiloso, solo arenoso, solo humífero. O
solo é um grande filtro.
Terras cultiváveis.
A interação entre fatores ambientais e seres vivos.
Agricultura sustentável. Conceitos e princípios. Noção de desenvolvimento
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sustentável.
Cuidados com o solo: adubação, rotação de culturas, aragem do solo, irrigação
e drenagem.
Os perigos da poluição do solo: A poluição do solo por produtos químicos, o lixo,
lixões a céu aberto, o destino do lixo, aterros sanitários, incineração,
compostagem, reciclagem.
Conceito de sustentabilidade. Ações relacionadas à sustentabilidade.
A ação da natureza : erosão, ação do vento e da água, a ação do ser humano.
Como evitar a erosão.
Desmatamento, queimadas.
Desmatamento no Brasil e no Município de Contenda.
Desequilíbrios ecológicos observados no Município de Contenda.
Aquecimento global e suas consequências.
História da cultura afro-brasileira: estudos das características biológicas (biótipo)
dos diferentes povos.
Lendas africanas.
Interdependência entre o campo e a cidade.
Questão agrária.
Trabalho: divisão social e territorial, cultura e identidade.
Biotecnologia.
Reservas ambientais – APA.
Código Florestal Brasileiro.
Conservação da mata ciliar.
Exploração da mata das araucárias.
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia – matéria – sistemas biológicos – energia – biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
Os seres vivos e o ambiente – célula – organização, classificação, morfologia e
fisiologia dos seres vivos - vírus - reino dos moneras – reino dos protoctistas - poríferos
– cnidários - platelmintos – nematelmintos – anelídeos – moluscos – artrópodes –
equinodermos – peixes – anfíbios – répteis – aves – mamíferos – formas e transmissão
de energia – plantas - educação do campo – Educação Ambiental (lei 9795/99) e
Sustentabilidade – História da Cultura Afro-Brasileira ( lei 10639/03) – Prevenção ao
uso de Drogas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
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Alguns conceitos estudados em ecologia. Cadeias e teias alimentares. Relações
ecológicas. Desequilíbrio ecológico.
Organização celular. Nutrição. Capacidade de responder a estímulos.
Reprodução e evolução.
Conceituação de classificação.
Definição de critérios. Taxonomia. Nomenclatura para os seres vivos- popular e
científica.
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• Características dos vírus. Doenças causadas por vírus.
• Características do Reino Moneras. Papel ecológico. Doenças causadas por
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bactérias.
Características do Reino Protoctista. Papel ecológico. Doenças causadas por
protozoários
Características do Reino Fungi. Papel ecológico e econômico. Doenças
causadas por fungos. História da penicilina.
Características gerais dos Poríferos, corpo, reprodução e o meio ambiente.
Características gerais dos Cnidários, corpo, nutrição, reprodução, principais
classes de cnidários e relações com o meio ambiente.
Características gerais dos Platelmintes: planária, esquistossomo, tênia e
relações com o homem e meio ambiente.
Características gerais dos Nematelmintes: lombriga, oxiúro, filaria, ancilóstomo e
relações com o homem e meio ambiente.
Características gerais dos Anelídeos: classificação, e meio ambiente.
Características Gerais dos Moluscos: Classificação, corpo, ordens, reprodução e
meio ambiente.
Características Gerais dos Artrópodes: Classificação, reprodução, ordens, e
meio ambiente.
Características Gerais dos Equinodermos: Classificação, sistemas vitais e
reprodução.
Características Gerais dos Peixes. Características adaptativas. Diversidade de
espécies. Papel ecológico. Diferenças entre peixes ósseos e cartilaginosos.
Classificação.
Características Gerais dos Anfíbios . Diversidade e papel ecológico.
Classificação.
Características Gerais dos Répteis . Diversidade e papel ecológico.
Classificação.
Características Gerais das Aves. Diversidade e papel ecológico. Classificação.
Características Gerais dos Mamíferos. Diversidade e papel ecológico. O ser
humano como um animal mamífero. Classificação.
Reino das plantas: conceito de planta.
Evolução e conquista do ambiente terrestre.
Células e tecidos vegetais (sistemas fisiológicos).
Nutrição das plantas.
Energia luminosa.
Fotossíntese.
Seres autótrofos e heterótrofos
Classificação das plantas em grandes grupos. Briófitas e Pteridófitas.
Gimnospermas e Angiospermas. Elementos de uma planta: Raiz, Caule, Folha ,
Flor ,Fruto e Semente
Reprodução das plantas. Hidroponia.
Plantas originárias da África.
Espécies exóticas. Frutos exóticos.
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Higiene através do uso das plantas(cabelos, pele: shampoo, sabonetes, cremes,
etc..)
Impacto ambiental.
Resíduos químicos no ambiente.
Uso de agrotóxicos na agricultura.
Exploração da caça e pesca predatória.
Tráfico de animais e vegetais.
Tecnologia na produção vegetal: estufas, bactérias e degradação do petróleo.
Dengue e saúde pública no Brasil.
Vigilância epidemiológica.
Biotecnologia.
Automedicação.
Aranha marrom no Paraná.
Animais e plantas em extinção.
Instituto Oswaldo Cruz, Butantã, Pasteur.
Projeto Tamar.
Instituições não governamentais - ONGs.
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia – matéria – sistemas biológicos – energia – biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
Origem e evolução do universo – a história da vida na terra – o ser humano e o meio
ambiente – morfologia e fisiologia dos seres vivos – a célula - adolescência ,
nascimento e sexualidade – sistema digestório – sistema respiratório – sistema
circulatório – sistema urinário – sistema nervoso – sistema endócrino – sistema ósseo –
sistema muscular - Educação do Campo – Educação Ambiental (lei 9795/99) e
Sustentabilidade – História da Cultura Afro-Brasileira ( lei 10639/03) – Prevenção ao
uso de Drogas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
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O aparecimento da espécie humana.
A importância dos fósseis.
A evolução do ser humano.
Os ancestrais da espécie humana atual.
Conceito de raça e etnia.
Os conceitos de adaptação e seleção natural.
Características adaptativas da espécie humana.
Evolução cultural do ser humano.
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Formas de comunicação humana.
Importância da variabilidade genética.
A estrutura da célula.
A divisão celular
Tecido epitelial
Tecido conjuntivo
Tecido muscular
Tecido nervoso
Os níveis de organização do corpo humano.
O papel dos hormônios. Tabus e mitos.
Papéis sexuais - sociais. O masculino e o feminino nas sociedades.
Estereótipos.
O papel da mídia na educação sexual.
Características sexuais primárias e secundárias.
Estrutura interna e externa dos corpos masculinos e femininos.
Prevenção do câncer de mama, próstata e de testículos.
Ovulação, fecundação, Menstruação, TPM, menarca e menopausa.
Determinação biológica do sexo.
Placenta. Etapas da gestação.
Tipos de parto.
Formação de gêmeos.
Esterilização.
Amamentação e importância do leite materno.
Conceito de saúde.
Consulta ao ginecologista e urologista.
DST’S.
Contraceptivos. Métodos.
Alimentos -Nutrientes. Função dos alimentos.
Estrutura do Sistema Digestório. Órgãos anexos. Saúde humana e o sistema
digestório. Saúde do estômago, dos intestinos e dos órgãos anexos.
Estrutura do Sistema respiratório. Respiração. Movimentos respiratórios.
Controle da respiração. Troca de gases. A saúde humana e o sistema
respiratório.
Estrutura do Sistema Circulatório. Características e funções do sangue.
Circulação sanguínea. Estrutura do Sistema linfático. A saúde humana e os
sistemas circulatório e linfático.
Estrutura do Sistema Urinário. A excreção. Estrutura do sistema urinário. A
saúde humana e o sistema urinário.
Órgãos dos Sentidos.
Estrutura e funcionamento dos órgãos dos sentidos: Visão, Audição, Paladar e
Olfato, Tato.
Órgãos sensoriais e a arte. Instrumentos musicais.
Estrutura do Sistema Nervoso .Neurônios
Sistema nervoso central.
Sistema nervoso periférico.
Ações involuntárias.
Estrutura do Sistema Endócrino. As glândulas endócrinas e suas funções. O
mecanismo de feedback.
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Estrutura do Sistema Ósseo. O esqueleto humano. Funções do esqueleto. O
tecido ósseo. Tipos de ossos. Cartilagens. Tipos de articulações.
Estrutura do Sistema muscular. Os músculos. Tipos de músculos. Propriedades
dos músculos. As doenças e os músculos.
Raças e preconceitos raciais ( Lei 10639/03 ).
O ser humano e suas relações com o sagrado.
Mitos.
Fome e desnutrição.
Questões de higiene corporal.
Saneamento básico.
Anorexia, obesidade, bulimia.
Melhoramento genético.
Transgenia.
Exames sanguíneos, transfusões e doações sanguíneas.
Soros e vacinas.
Medicamentos.
Terapia gênica.
Influência da alimentação na saúde.
Organização Mundial da Saúde.
Reprodução Humana Assistida.
Projeto Genoma Humano.
Prevenção no uso de drogas.
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia – matéria – sistemas biológicos – energia – biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
Formas de energia – conhecendo a física – constituição da matéria –movimentos – as
leis de newton – gravitação – máquinas simples – trabalho e energia – formas e
conversão de energia – calor – ondas e som – luz – eletricidade e magnetismo propriedades e constituição da matéria – estrutura atômica da matéria – os elementos
químicos e a classificação periódica dos elementos - formas e conversão de energia ligações químicas - funções químicas – reações químicas - Educação do Campo –
Educação Ambiental (lei 9795/99) e Sustentabilidade – História da Cultura AfroBrasileira ( lei 10639/03)– Prevenção ao uso de Drogas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Grandezas físicas.
• Medida de comprimento.
• Medida de tempo.
• Sistema Internacional de Unidades.
• Movimento, Referencial, Trajetória, Partícula e corpo.
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Grandezas da cinemática: posição, deslocamento, tempo, velocidades média e
instantânea, aceleração
Grandezas escalares e vetoriais. Forças. Força de atrito.
1ª, 2ª e 3ª Lei de Newton.
Lei da Gravitação Universal.
Peso dos corpos, centro de gravidade, equilíbrio dos corpos.
Máquinas simples, alavancas, roldanas e polias, o plano inclinado.
Trabalho.
Energia mecânica, potencial e cinética.
Lei da conservação da energia.
Potência.
Temperatura, medidas de temperatura.
Principais escalas termométricas.
Calor: medida de calor, calor sensível, calor latente.
Propagação do calor.
Ondas. Tipos de ondas.
Ondas Periódicas.
O espectro eletromagnético.
Som. Qualidades do som.
Propriedades da luz.
Corpos luminosos e iluminados.
Corpos opacos, transparentes e translúcidos.
Sombras e penumbras.
Fenômenos ondulatórios.
Cor.
Espelhos planos e esféricos, lentes .
Ano-luz.
Carga elétrica. Eletrização. Força elétrica.
Corrente elétrica. Diferença de potencial.
1ª Lei de Ohm. Potência elétrica.
Imãs, Noções de força magnética, Imã –Terra.
Constituição da matéria.
Os modelos atômicos (teoria atômica de Dalton, modelo atômico de Thomson,
modelo de Rutherford e de Rutherford-Bohr).
A estrutura do átomo (cargas elétricas e massa, número atômico, número de
massa, eletrosfera, níveis energéticos e íons).
Representação dos átomos.
Átomos isótopos, isótonos e isóbaros.
Os elementos químicos. A classificação dos elementos químicos.
O comportamento dos átomos.
Combinação dos elementos.
Tipos de ligação química ( iônica, covalente e metálica).
Energia nas reações químicas (fogos de artifício, foguetes, armas de fogo).
A matéria e suas propriedades.
Os estados físicos da matéria. Mudanças de estados físicos da matéria.
Substâncias e misturas.
Separação dos componentes de uma mistura.
Significado de função química.
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Função ácida.
Função base.
Função sal.
Função óxido.
Os indicadores de pH e ácido-base.
Transformações e reações químicas.
Evidências de reações químicas.
Códigos de linguagem de representações químicas.
Balanceamento de reações químicas.
Classificação das reações químicas.
Energia das reações químicas.
Velocidade das reações químicas.
A ação de substâncias químicas no organismo.
Gases.
Fontes de energia renováveis e não-renováveis.
Instrumentos musicais.
Tecnologias em produtos de eletrônica.
Ligas metálicas.
Biodiesel.
Corantes.
Tingimento de tecidos.
Biogás.
Adubos e fertilizantes químicos.
Usinas geradoras de energia.
Instrumentos e escalas termométricas.
Consumo de energia elétrica residencial.
Microfone. Alto-falante.
Pára-quedas. Asa Delta.
Pilhas, baterias e questões ambientais.
Coleta seletiva e reciclagem.
METODOLOGIA
Educar não é uma tarefa fácil, principalmente, quando necessitamos de um
“currículo centrado no desenvolvimento, na construção, na experiência da igualdade
democrática” como afirma LUCKESI (2000).
É oportuno, inicialmente, destacar que o processo de ensino e aprendizagem se
desenvolve ao longo da vida de um indivíduo, e que nos dias de hoje precisamos estar
em constante aprofundamento e atualização, considerando que estamos inseridos em
uma sociedade em constante evolução tecnológica. Assim sendo, o avanço tecnológico
exerce o papel dominante na sociedade, atingindo, também o papel da escola.
Deparamo-nos constantemente com inúmeras inovações, que se processam a
uma velocidade difícil de acompanhar. Os desafios estão postos pelos avanços
tecnológicos, que aceleram as pesquisas em diversos campos do conhecimento.
111
Determinados segmentos da sociedade, por sua vez, tentam acompanhar essa
trajetória veloz da Ciência, investindo em equipamentos, meios de comunicação e
demais multimeios, adequando-se ao mundo contemporâneo. É imprescindível,
também, que a escola, por meio do ensino de ciências, privilegie o conhecimento das
novas tecnologias, que diariamente participam ou intervêm na vida dos alunos.
A disciplina pretende investigar e pesquisar, através de ações desafiadoras, os
conhecimentos científicos, abordando assuntos atuais, no contexto local, estadual,
nacional, mundial e universal. A referida disciplina deve priorizar metodologias de
pesquisa científica, de caráter investigatório e exploratório, oportunizando aos alunos
situações concretas de aprendizagem, bem como, discussões e questionamentos que
suscitem uma reflexão mais apurada sobre as inovações no campo da Ciência e da
realidade social, incluindo aspectos políticos, éticos, educacionais, ambientais e
econômicos.
Sabemos que a ciência e a educação em Ciências são atividades e produções
humanas, como tais, condicionadas por fatores sociais, refletindo e também
influenciando o contexto histórico no qual estão inseridas. É importante refletir como a
escola e, em especial, os Currículos de Ciências vem lidando com a questão da
diversidade e dentro deste contexto pode colaborar na desconstrução ou na
legitimação de estereótipos e preconceitos. Tais fatores estão previstos ao se tratar da
abordagem da cultura e historia afro-brasileira (Lei 10.639/03), historia e cultura dos
povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação ambiental (Lei 9795/99).
Etnia, gênero, classe social, religião, identidade, bem como outras categorias
atravessam uma discussão histórica em nossas escolas. Um currículo ainda
predominantemente branco, eurocêntrico e masculino. Como consequência a
percepção de um mundo por parte da criança acaba se formando com base nos
esquemas dominantes. Neste cenário, sabemos a importância e devemos combater, de
que, nos livros didáticos, apareçam mulheres que não sejam retratadas apenas como
mães e esposas; ciência e trabalho como coisa de menino; ou que negros e indígenas
apareçam em situação de miséria e degradação. Entretanto, devemos lembrar que
nossos alunos, meninos e meninas, são expostos desde pequenos, a diferentes
estímulos ambientais e, portanto, fatores socioculturais, e não apenas cognitivos, estão
em jogo no entendimento dessas diferenças.
Em relação à etnia, temos a consciência de que se silenciar-se quanto às
questões étnico-culturais, podemos colaborar para o cerceamento de referenciais
positivos necessários às formação da auto estima da criança não-branca e reforças
112
preconceitos.
Assim sendo, as atividades pedagógicas propostas foram pensadas para serem
coerentes com a metodologia adotada pelas DCE’s e nos mostra que há espaço tanto
para aula expositiva, quando para atividades experimentais, demonstrações, trabalho
individual e coletivo, projetos, debates e outras estratégias como pesquisas na internet,
TV multimídia, computadores, musicas, leitura cientifica, blogs, redes sociais, e-mails
atividades experimentais que enriquecem o ambiente de aprendizagem ao desenvolver
e mobilizar nos alunos competências diversificadas.
Evidencia-se ainda que no ambiente escolar em qualquer dependência e em
qualquer tempo será garantido a todos os educandos os direitos adquiridos perante o
Estatuto da Criança e do Adolescente perante a lei n° 8069 de 13 de julho de 1990 e
Lei n° 11.525, de 25 de setembro de 2007, pois serão tratados temas como bullying,
sexualidade, gravidez na adolescência, violência, discriminação, gênero e diversidade
sexual, bem como trabalhos que direcionam o enfrentamento à violência no ambiente
escolar, os quais tem como meta buscar conscientizar os alunos quanto as
consequências do uso indevido de drogas licitas e ilícitas.
É importante que essas práticas proporcionem discussões, interpretações e se
coadunem com os conteúdos trabalhados em sala.
Poderão ocorrer outras estratégias durante o processo, dependendo da
dinâmica da turma e das necessidades que forem ocorrendo.
AVALIAÇÃO
A avaliação é componente fundamental de um plano de ação, pois possibilita
traçar os perfis, identificar quais aspectos se devem reforçar ou abandonar; que
conteúdos, competências e habilidades convêm privilegiar quais assuntos necessitam
de complementação; e qual é o momento de avançar segundo o ritmo da turma.
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem, reorientando as estratégias
didáticas. O que e como se pretende avaliar deve ser explicitado previamente aos
alunos. O erro do aluno deve ser ponto de partida para a aprendizagem. Lembrando
que muitas vezes, o erro mais do que o acerto, revela o que o aluno “sabe”,
colocando este saber numa perspectiva processual, indicando também aquilo que ele
ainda “não sabe”, portanto o que pode vir a “saber”. O erro dá pistas sobre o modo
como cada um está organizando seu pensamento, a forma como está articulando
seus diversos saberes, as diversas lógicas que atravessam a dinâmica ensino-
113
aprendizagem, as muitas possibilidades de interpretação dos fatos, a existência de
vários percursos coletivos, a tensão individual/coletivo. Deixa de representar a
ausência de conhecimentos, a deficiência, a impossibilidade, a falta.
A avaliação deve contar com o envolvimento ativo do aluno, ou seja, a auto
avaliação deve ser estimulada. Ela possibilita ao estudante refletir sobre o próprio
processo de aprendizagem e, o retorno criterioso que o aluno deve receber a respeito
das avaliações realizadas pelo professor, constitui excelente recurso na construção
do auto conhecimento e uma forma efetiva de participação do aluno em seu processo
avaliativo.
Embora a avaliação deva ser realizada por meio de instrumentos diversificados
e não apenas por testes e provas, esses velhos instrumentos não precisam ser
abandonados. Quando bem elaborados, colaboram na tarefa avaliativa. Questões
contextualizadas, com linguagem clara e se possível contando com textos, leitura de
imagem, etc, são sempre mais significativos. Provas com consulta, em dupla,
interdisciplinares, etc. são alternativas que podem enriquecer pedagogicamente o
processo avaliativo.
As diversas formas de expressão-oral, escrita, pictórica, etc.devem ser
consideradas para contemplar as diferenças individuais. Há diversas propostas e
atividades passíveis de serem utilizadas, servindo como instrumentos de avaliação
durante os processos de ensino-aprendizagem.
Imagens, textos, indagações têm por objetivo provocar o aluno levando-o a
debater questões relativas ao tema e aos conteúdos apresentados.
Atividades como observações, experimentações, organização de ideias,
conectar informações com outras disciplinas podem ser utilizadas ao longo do
processo de avaliação do aluno em relação a aspectos como senso se organização,
analise, sistematização, capacidade de argumentação, expressão oral e escrita,
colaboração com colegas, etc.
É interessante avaliar com os alunos as atividades que apresentarem mais
dificuldades e as que apresentarem mais facilidades e o por quê; outros aspectos que
interferiram no andamento dos trabalhos: inadequação do material, do local ou de
tempo
de
duração;
dificuldade
de
entendimento
dos
conteúdos
ou
dos
procedimentos.
A análise desses dados facilitará definir as prioridades e estratégias para
superação
dos
aspectos
avaliados
como
desenvolvimento do processo de aprendizagem.
negativos
que
interferirem
no
114
A avaliação deverá estar diretamente relacionada às temáticas discutidas e à
metodologia adotada. Com isso, a avaliação permitirá diagnosticar e identificar as
dificuldades dos alunos, possibilitando a partir daí uma intervenção pedagógica capaz
de promover a aprendizagem significativa. A avaliação deve, portanto, se processar
de forma contínua, dinâmica e progressiva.
Ao se pensar sobre o processo de avaliação, faz-se necessário considerar os
seguintes aspectos: A clareza sobre a concepção de ciências que orienta a
fundamentação teórica, bem como, de ensino, de escola e do seu projeto pedagógico;
O entendimento da construção do conhecimento científico como histórica, evolutiva, e
contextualizada; A concepção do processo de ensino e aprendizagem que parte do
conhecimento prévio do educando e da intermediação do professor.
A inserção gradual de conceitos construídos pela Ciência e sua utilização em
situações
do cotidiano do aluno; As inter-relações estabelecidas pelos alunos dentro
do ambiente escolar e do seu contexto social; A manifestação da curiosidade e do
interesse do aluno; A coleta, sistematização e interpretação de dados a partir das
observações realizadas; O processo avaliativo da disciplina Ciências e Pesquisa
poderá ser realizada ao longo do desenvolvimento das atividades pedagógicas,
devendo-se privilegiar o diálogo nas relações estabelecidas, entre os diversos sujeitos
envolvidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALVARENGA,J;GOMES, W; PEDERSOLI,J Ciências Naturais do dia-a-dia, Curitiba,
Positivo,2004.
-DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DA REDE DE
EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, Ensino fundamental de Ciências.
-DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES
ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFROBRASILEIRA e AFRICANA, 2004.
-DIAS, Genebaldo Freire. Atividades Interdisciplinares de Educação Ambiental.
São Paulo: Global/Gaia,1994.
115
-DIAS, Genebaldo Freire. Iniciação à temática Ambiental. São Paulo: Gaia,2002.
-LUCKESI, Cipriano C, Avaliar não é julgar o aluno. Jornal do Brasil. RJ, 30 de
jul.2000.
-WEISSMANN, Hilda Didática das ciências naturais, Porto Alegre, Artmed,1998.
-ANDERY, A: MICHELETTO,N; SÉRIO, T.M.P.
Para compreender a ciência: uma
perspectiva histórica. 14 ed. Rio de Janeiro: espaço e Tempo, EDUC 2004.
-CARVALHO, Wanderlley. Biologia em foco. Volume Único. São Paulo:FTD,2002.
-KNILLER.G.F.A.
A ciência como atividade humana. Rio de janeiro, Zafar. São
Paulo: EDUSP, 1980.
-FERNANDES, J.A.B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de Ciências.
Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1,ago,2005.
-BATISTA, Maria do Socorro Xavier. Movimentos Sociais e Educação popular do
Campo(Re) constituindo território e a identidade camponesa. In:JEZINE, Edineide;
ALMEIDA, Maria de Lourdes Pinto de (Org) Educação e Movimentos Sociais: Novos
Olhares. Campinas, SP. Ed Alínea,200.
-Lei nº10.639, de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996,que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “ História e Cultura
Afro-Brasileira” , e dá outras providências.
-DATAPREV, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do
Adolescente.
-Lei nº 4771/65 . Código Florestal Brasileiro.
-Lei nº 6938/81 . Política nacional do Meio Ambiente.
-Lei nº 11105/05. Lei de Biossegurança. Estabeleceu sistemas de fiscalização sobre
as diversas atividades que envolvem organismos modificados geneticamente.
116
-Lei nº 9795/99. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de
Educação Ambiental e dá outras providências.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná- Educação do Campo.
Departamento de educação Básica. Curitiba, 2010
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
Sites:
http://www2.uol.com.br/cienciahoje/chc.htm
http://www2.uol.com.br/cienciahoje/che.htm
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
http://www.youtube.com
http://www.pt.wikipedia.org
http://www.81.dataprev.gov.br
http://www.redeambiente,org.br
http://www.suapesquisa,com
117
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação Física em sua trajetória histórica tem sido um palco de
transformações em busca de sua verdadeira identidade.
Para Castellani Filho (1991, PG. 13) “ao longo da história a Educação física
representou diversos papéis em cada período em que foram vividos” estes papeis a
que se refere o autor, são no sentido de “representação” (teatro) não uma análise
crítica na construção de sua identidade, servindo dessa forma, aos interesses
representados pelas elites dominantes em cada momento histórico.
A Educação Física no Brasil começa a surgir nos meados do século XIX,
fortemente marcada por interesses “médico-higienistas”, que passaram a determinar,
segundo de Marco, (1995 PG. 62), “um conceito biológico para a Educação física”.
Dessa forma os exercícios físicos passam a ter influência na condição de bem- estar,
“remédio” para um corpo mais sadio, ágil e fortes características higiênicas (Coletivo de
Autores, 1992, PG.50).
Outra influência marcante para a Educação Física foi de caráter militar, já que no
inicio do século XX, no Brasil, não havia profissionais específicos na área de Educação
Física e também não havia a preocupação “no sentido de desenvolver um corpo de
conhecimento cientifico que pudesse imprimir uma identidade pedagógica à Educação
Física, no Currículo Escolar” (Coletivo de Autores, 1992- pg. 53). As aulas de Educação
Física eram ministradas por instrutores físicos do exército, sendo que, as primeiras
escolas de Educação Física surgiram no interior das instituições das Instituições
Militares. Pode-se dizer que nesta época, a grande preocupação era com a formação
de “corpos” disciplinados, numa relação com a ordem do sistema que estava posto.
“A Educação Física no Brasil se confunde em muitos momentos de sua história com as
instituições médicas e militares. Em diferentes momentos, essas instituições definiram seu
caminho, delineando e delimitando seu campo de conhecimento, tornando-a valioso instrumento
de ação e de intervenção na realidade educacional e social (...) (SOARES, 2004, p.69).
Outras determinações sofridas pela Educação Física, aconteceram no período
pós-guerra quando um novo modelo se configura, sob a influência da cultura européia,
tornando-se elemento predominante da cultura corporal, o “esporte”. Conforme, Soares
(1992), a Educação Física Escolar, assume o esporte como um prolongamento da
instituição esportiva e “determina dessa forma, o conteúdo do ensino da Educação
Física, estabelecendo também novas relações entre professor e aluno que passa a ser
caracterizada como professor treinador e aluno atleta” (pg. 54).
A Educação Física Enquanto Prática Pedagógica, nesta área que tem
movimento humano e na intenção pedagógica suas características definidoras, deveria
118
segundo Bracht, “numa perspectiva de globalidade, contemplar os aspectos biológico,
psicológico, social e também o estético e, dessa forma, promover uma nova construção
do objeto” (pg.106).
É importante destacar que a legislação federal, por meio do decreto nº 69.450
(vigente de 1971 a 1996), concedida a Educação Física como “atividade, que, por seus
meios, processos e técnicas, desperta, desenvolve e apropria forças físicas, morais,
cívicas, psíquicas e sociais do educando, constituindo um dos fatores básicos da
educação nacional” (Brasil,1971). De acordo com esse decreto a Educação Física,
tendo como referencia a aptidão física dos educandos, só deveria interessar-se por
corpos jovens e saudáveis, preferencialmente os que apresentassem potencial para
tornar atletas ou incorporar-se ás forças armadas. Assim, estavam dispensados: os
maiores de trinta anos, as mulheres com prole, os portadores de qualquer “anomalia” ,
dentre outros.
Na década de oitenta, em sintonia com a luta dos movimentos sociais pela
democracia e com a renovação pedagógica que aflora no Brasil, ampliaram-se as
discussões sobre o lugar ocupado pela Educação Física na Escola, tendo em vista a
reconstrução de sua proposta pedagógica.
A partir da década de noventa, esse processo tem sido problematizado com
maior ênfase por estudiosos da área. Algumas dessas discussões foram contempladas
pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabeleceu, em seu art. 26: “ A educação Física, integrada à proposta pedagógica da
escola, é componente curricular da educação básica, ajustando-se às faixas etárias e
às necessidades da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”
(Brasil,1996).
Além da LDB de 1996, as Diretrizes Curriculares Nacionais, estabelecidas pelo
Conselho Nacional de Educação para a educação básica, atribuem à Educação Física
valor igual ao dos demais componentes curriculares, abandonando o entendimento de
ser mera atividade destituída de intencionalidade educativa (como na legislação de
1971, e passa a ser considerada como área do conhecimento. A Educação Física
deve, portanto, receber o mesmo tratamento dispensado aos demais componentes
curriculares como, por exemplo, ter horário garantido na grade curricular do turno e não
ser utilizada como “moeda de troca” na negociação para que os alunos se comportem
durante as outras aulas.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) também concebem a Educação
Física como Componente Curricular Responsável por introduzir os indivíduos no
universo da cultura corporal que contempla múltiplos conhecimentos produzidos e
usufruídos pela sociedade a respeito do corpo e do movimento, “com finalidade de
lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções, e com possibilidade de promoção
e manutenção da saúde”. (Brasil, 1997, pg.27). Na perspectiva de uma educação
119
inclusiva, os PCNs reafirmam o direito de crianças, adolescentes e jovens às práticas
corporais de movimentos, independente da condição física, idade, raça ou nível social.
A Educação Física Escolar ao deixar de ser considerada, por lei (LDB 5.692/71),
como atividade para ser considerada, por lei (LDB 9.394/96), como componente
curricular, assume um novo papel no contexto educacional. Esse novo papel vem
atender aos longos processos de discussões e produções mais fortemente iniciados
nos anos oitenta. Trata-se de um papel pedagógico formativo e informativo de nossas
crianças, jovens e adolescentes, integrantes do processo educacional. Formativo no
sentido de estar contribuindo com aspectos relacionados ao desenvolvimento físico,
social e psicológico e, informativo, no sentido de estar contribuindo com os aspectos
relacionados à transmissão e produção do conhecimento vinculado ao objeto de estudo
da área – o movimento humano.
Enfatizamos nesta disciplina a valorização da escola do campo, priorizando o
aluno a partir de seus próprios conhecimentos, considerando a realidade do campo,
suas perspectivas, os valores e princípios da comunidade onde o aluno esta inserido.
(Diretrizes Curriculares da Educação do Campo, Curitiba, 2006)
Esse entendimento exige que a Educação Física Escolar seja estudada e
organizada de forma a atender o máximo possível a condição formativa e informativa.
Para tanto, coloca-se como ponto central dessa inserção pedagógica o planejamento,
etapa imprescindível à estruturação e desenvolvimento de um componente curricular.
O Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná surgiu, na década de 90, como o
principal documento oficial relacionado à educação básica no Estado do Paraná. O documento
foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná, através da deliberação nº 02/90
de 18 de dezembro de 1990, do processo 384/90. Conforme consta no Currículo Básico, sua
primeira edição teve uma tiragem de noventa mil exemplares, que foram distribuídos para maior
parte das escolas públicas do Estado do Paraná. Isso demonstra a extensão que atingiu este
documento, que passou a legislar em todas as escolas públicas do Paraná, com grande
influência sobre as práticas escolares (NAVARRO, 2007, PG.48).
As definições dos Conteúdos Estruturantes Básicos para os anos finais do
Ensino Fundamental e para o Ensino Médio constituiu um passo importante no sentido
de tornar a rede estadual de ensino do Paraná.
Esse entendimento exige que a Educação Física Escolar seja estudada e
organizada de forma a atender o máximo possível a condição formativa e informativa.
Para tanto, coloca-se como ponto central dessa inserção pedagógica o planejamento,
etapa imprescindível à estruturação e desenvolvimento de um componente curricular.
“Inclusão: De acordo com a LEI nº 9394/96 no Cap. V da Educação Especial, o
P.P.C. de Educação Física garante condições adequadas para todos os inclusos na
Educação Básica, considerando também a LEI nº 10.639/2003 que tornou obrigatório o
ensino da História e Cultura Afro-Brasileira , Africana e Indígena consumada em todas
as Séries de ensino Fundamental e Médio em cumprimento com a Lei 11645/08, lei nº
11.769/08, Música; Prevenção do uso indevido de drogas, sexualidade humana,
120
educação ambiental, educação fiscal, enfrentando a violência contra a criança e o
adolescente, bem como o Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010/DOU
05.11.2010 que dispõe sobre a política de Educação do Campo, conforme o Art. 2º
tendo como princípios “o respeito à diversidade do campo em seus aspectos sociais,
culturais, ambientais, políticos, econômicos, de gênero, geracional e de raça e etnia”.
De encontro com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de 2008. Incluindo a
lei nº 11525/07, Direito das Crianças e Adolescentes; Decreto nº 1143/99, Portaria nº
413/02 Educação Tributária e L.F. Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02: Educação Ambiental.
A concepção de campo que devemos ter como referência ao tratar de educação
do campo, considerando o protagonismo das crianças e jovens, educadoras e
educadores camponeses na luta por uma educação que corresponda aos seus ideais
de formação.
Devem-se resgatar os valores da comunidade do campo, priorizando conteúdos,
como por exemplo, a Dança Folclórica Polonesa que é típica desta região e atualmente
esta desvalorizada dentro desta comunidade.
Desta forma a Educação Física Escolar encerra a cena teatral no Estado do
Paraná no encontro da verdadeira Identidade, com chave de ouro dando total
autonomia aos profissionais da área para organizarem seus planos de trabalho
docentes na disciplina de Educação Física dentro das seguintes propostas:
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A disciplina de Educação Física visa oportunizar aos adolescentes, jovens e
cidadãos da escola do campo; vivenciar, construção, elaboração, organização de
práticas corporais associadas a significados culturais, estabelecendo relações
autônomas individuais e sociais tendo em vista a compreensão do corpo saudável
como controle do esforço, repouso, lazer e, conseqüentemente melhoria da qualidade
de vida, enfatizando a importância de se viver no campo, valorizando os hábitos de
vida saudável, os alimentos cultivados no próprio ambiente familiar, além das
atividades diárias realizadas por meio da diversidade de lugares e espaços, deixando
assim o sedentarismo fora deste cotidiano de vida.
Dessa forma, o currículo escolar do ensino fundamental e médio deve conduzir
aos alunos a aprendizagem, a fixação e o aperfeiçoamento das atividades propostas
sempre com maior grau de dificuldades, quanto a:
• Enfatizar as características regionais de atividades específicas ao ambiente
social, como o resgate da dança folclórica polonesa.
• Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim como
capacidade de discutir, modificar ou adaptar regras, reunindo elementos de
várias manifestações de movimento e estabelecendo uma melhor utilização dos
121
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal;
Assumir uma postura ativa na prática das atividades físicas, e consciente da
importância delas na vida do cidadão;
Participar das atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo as
diferenças individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir os
objetivos a que se propôs;
Reconhecer na convivência e nas práticas pacificas, maneiras eficazes de
crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura
democrática sobre diferentes pontos de vista postos em debate;
Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade física,
enquanto objeto de pesquisa e área de interesse social e de mercado de
trabalho promissor;
Compreender o funcionamento do organismo humano de forma a reconhecer e
modificar as atividades corporais, valorizando-as como melhoria de suas
aptidões;
Desenvolver as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência
aplicando-as em práticas corporais;
Refletir sobre as informações especificas da cultura corporal, sendo capaz de
discerni-las e reinterpretá-las em bases cientificas, adotando uma postura
autônoma, na seleção de atividades procedimentos para manutenção ou
aquisição de saúde;
Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e
valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressão.
Entender a importância do esporte no desenvolvimento de atitudes e valores
éticos, morais e democráticos analisando as principais diferenças entre o
esporte de rendimento do esporte escolar, onde o colega torna-se instrumento
de aprendizagem ao invés de adversário de competições.
Aprimorar os hábitos de vida saudável, levando em conta as questões
alimentares, enfatizando os plantios realizados dentro da própria comunidade
(agricultura de subsistência).
Enfatizar a importância do movimento, característico na comunidade de campo,
onde o sedentarismo conseqüentemente é abolido, pois os espaços e a
diversidade de afazeres no dia a dia fazem com que nesta comunidade, na sua
maioria, os indivíduos sejam praticantes de atividades diárias e continuas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
•
Esporte
•
Jogos e brincadeiras
•
Ginástica
122
•
Lutas
•
Dança
ELEMENTOS ARTICULADORES
•
Cultura Corporal e Corpo
•
Cultura Corporal e Ludicidade
•
Cultura Corporal e Saúde
•
Cultura Corporal e Mundo do Trabalho
•
Cultura Corporal e Desportivização
•
Cultura Corporal – Técnica e Tática
•
Cultura Corporal e Lazer
•
Cultura Corporal e Diversidade
•
Cultura Corporal e Mídia
É senso comum entender a Educação Física como o momento do jogar, do
brincar e não o momento do refletir, pesquisar, analisar e avaliar. O processo histórico,
que não temos a intenção de resgatar aqui, pois supõe-se de conhecimento geral e
uma vez que muitos autores já o fizeram de várias maneiras e formas, pode muito bem
justificar e clarear o porque desse senso comum – atividade com fim em si mesma,
recreação, esporte por esporte e tantos outros significados vazios. Esta prática, por
vezes, acaba levando os docentes ao improviso e ao desenvolvimento de atividades
sem a devida preparação, organização e sentido.
Desta forma, pretendemos neste trabalho, apresentar uma possibilidade de
estruturação da Educação Física Escolar, de forma a propiciar um sentido e um
processo de sistematização dos conteúdos da área com vistas a subsidiar as
intervenções pedagógicas, além de alavancar conteúdos e atividades referentes à
escola do campo, enfatizando a cultura do povo de campo, compreendendo o mundo
em que vivem e suas principais características.
E para garantir o bom desempenho das atividades propostas, foi desenvolvido
um sistema de apoio ao professor que inclui cursos de capacitação, o centro de
Referência Virtual do Professor, o qual pode ser acessado a partir do sitio da Secretária
da Educação (HTTP://www.diadiaeducação.pr.gov.br), encontra-se sempre a versão
mais atualizada dos Conteúdos Básicos, orientações didáticas, sugestões de
planejamentos de aulas , roteiros de atividades e fórum de discussões, textos didáticos,
experiências simuladas, vídeos educativos, regras oficiais, entre outras finalidades
importantes. Lembrando ainda, que todas as Escolas do Estado do Paraná, dispõem
de Tv Pendrive e Laboratório de Informática para tornar as aulas mais fundamentadas
123
e Quadras Cobertas na maioria das Escolas Publicas Estaduais
ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS:
6º ANO
CULTURA CORPORAL E CORPO:
Dimensão biológica, cultural e social do corpo;
Relações do individuo com a natureza: preservação, consumo, saúde/doença
CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE:
Diferentes práticas culturais envolvendo fundamentos básicos de forma espontânea,
elevando a estima para a aprendizagem.
CULTURA CORPORAL E SAÚDE:
Elementos básicos para uma boa qualidade de vida e saúde.
CULTURA CORPORAL E LAZER:
Soma do tempo gasto com as Necessidades básicas da rotina o do caráter do trabalho;
tempo de sono, alimentação, moradia, vestimentas, higiene, educação, saúde e o
tempo restante (ocioso) representa “lazer”, período de atividades executadas por
prazer.
CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE:
Valorização humana, das experiências do campo, dos povos indígenas, quilombolas e
outros. Conscientização das diferenças existentes entre as pessoas. O corpo diferente:
gênero,etnia, classe social, pobreza, religião, etc.
ESPORTE:
Individual: Atletismo, tênis de mesa e tênis de campo;
Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol.
JOGOS E BRINCADEIRAS:
124
Jogos e Brincadeiras Populares;
Brincadeiras e Cantigas de Roda;
Jogos de Tabuleiro;
Jogos Cooperativos;
DANÇA:
Danças Folclóricas;
Danças de Rua;
Danças Criativas.
GINÁSTICA:
Ginástica Rítmica;
Ginástica Circense;
Ginástica Geral.
LUTAS:
Lutas de Aproximação ( Capoeira)
7º ANO
CULTURA CORPORAL E CORPO:
Dimensão biológica, cultural e social do corpo;
Relações do individuo com a natureza: preservação, consumo, saúde/doença.
CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE:
Identificação das atividades relacionadas com o bem estar físico, mental e social,
desenvolvidos de forma prazerosa, adotando a inclusão, valores éticos, morais e
sociais em promoção a qualidade de vida.
CULTURA CORPORAL E SAÚDE:
Elementos básicos para uma boa qualidade de vida e saúde. Influencia extremamente
do comportamento humano.
CULTURA CORPORAL E LAZER:
Soma do tempo gasto com as necessidades básicas da rotina o do caráter do trabalho;
tempo de sono, alimentação, moradia, vestimentas, higiene, educação, saúde e o
tempo restante (ocioso) representa “lazer”, período de atividades executadas por
prazer.
125
CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE:
Valorização humana, das experiências do campo, dos povos indígenas, quilombolas e
outros. Conscientização das diferenças existentes entre as pessoas. O corpo diferente:
gênero, etnia, classe social, pobreza, religião, etc.
CULTURA CORPORAL E DESPORTIVAÇÃO:
Regras e Penalidades, compreender a importância das regras para o bom
desenvolvimento das atividades propostas.
ESPORTE:
Individual: Atletismo, tênis de mesa e tênis de campo;
Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol.
JOGOS E BRINCADEIRAS:
Jogos e Brincadeiras Populares;
Brincadeiras e Cantigas de Roda;
Jogos de Tabuleiro;
Jogos Cooperativos.
DANÇA:
Danças Folclóricas;
Danças de Rua;
Danças Criativas.
Danças Circulares.
GINÁSTICA:
Ginástica Rítmica;
Ginástica Circense;
Ginástica Geral.
LUTAS:
Lutas de Aproximação ( Capoeira)
8º ANO
CULTURA CORPORAL E CORPO:
Dimensão biológica, cultural e social do corpo;
Relações do individuo com a natureza: preservação, consumo, saúde/doença.
126
CULTURA CORPORAL E SAÚDE:
Influencia extremamente do comportamento humano, Fatores fundamentais para
promoção à saúde. Estado ideal de um completo bem estar físico, psicológico e social.
CULTURA CULTURAL E MUNDO DO TRABALHO:
A importância de permanecer na escola, fator fundamental para iniciação ao mercado
de trabalho.
CULTURA CORPORAL E DESPORTIVAÇÃO:
Regras e Penalidades,
compreender a importância das regras para o bom
desenvolvimento das atividades propostas.
CULTURA CORPORAL TÉCNICA E TATICA:
Padronizar gestos das diversas praticas corporais,com
planejados.
movimento eficientes e
CULTURA CORPORAL E LAZER:
Soma do tempo gasto com as necessidades básicas da rotina o do caráter do trabalho;
tempo de sono, alimentação, moradia, vestimentas, higiene, educação, saúde e o
tempo restante (ocioso) representa “lazer”, período de atividades executadas por
prazer.
CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE:
Valorização humana, das experiências do campo, dos povos indígenas, quilombolas,
poloneses e outros. Conscientização das diferenças existentes entre as pessoas
relacionado a cor, obesidade, sexualidade, sedentarismo ou nível social.
ESPORTE:
Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol.
Radical
JOGOS E BRINCADEIRAS:
Jogos e Brincadeiras Populares;
Jogos Dramáticos;
Jogos de Tabuleiro;
Jogos Cooperativos.
DANÇA:
Danças Criativas.
127
Danças Circulares.
GINÁSTICA:
Ginástica Rítmica;
Ginástica Circense;
Ginástica Geral.
LUTAS:
Lutas com instrumento mediador ( Capoeira)
9º ANO:
CULTURA CORPORAL E CORPO:
Dimensão biológica, cultural e social do corpo;
Relações do individuo com a natureza: preservação, consumo, saúde/doença.
CULTURA CORPORAL E SAÚDE:
Influencia extremamente do comportamento humano, Fatores fundamentais para
promoção à saúde. Estado ideal de um completo bem estar físico, psicológico e social.
CULTURA CULTURAL E MUNDO DO TRABALHO:
A importância de permanecer na escola, fator fundamental para iniciação ao mercado
de trabalho.
CULTURA CORPORAL E DESPORTIVAÇÃO:
Regras e Penalidades,
compreender a importância das regras para o bom
desenvolvimento das atividades propostas.
CULTURA CORPORAL TÉCNICA E TATICA:
Padronizar gestos das diversas praticas corporais,com
planejados.
movimento eficientes e
CULTURA CORPORAL E LAZER:
Soma do tempo gasto com as necessidades básicas da rotina o do caráter do trabalho;
tempo de sono, alimentação, moradia, vestimentas, higiene, educação, saúde e o
tempo restante (ocioso) representa “lazer”, período de atividades executadas por
prazer.
128
CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE:
Valorização humana, das experiências do campo, dos povos indígenas, quilombolas,
poloneses e outros. Conscientização das diferenças existentes entre as pessoas. O
corpo diferente: gênero,etnia, classe social, pobreza, religião, etc.
CULTURA E MÍDIA:
O corpo como objeto de consumo, Ações e Consequencias, reflexões sobre bulimia ,
anorexia doping. Corpo perfeito, Roupas de Marca, etc.
ESPORTE:
Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol.
Radical
JOGOS E BRINCADEIRAS:
Jogos de Tabuleiro;
Jogos Populares;
Jogos Dramáticos;
Jogos Cooperativos.
DANÇA:
Danças Criativas.
Danças Circulares.
GINÁSTICA:
Ginástica Rítmica;
Ginástica Circense;
Ginástica Geral.
LUTAS:
Lutas com instrumento mediador ( Capoeira)
ENSINO MÉDIO
1º ANO:
Noções sobre as diferentes manifestações da cultura corporal: esportes, jogos, lutas e
ginástica; atividades rítmicas e expressivas; conhecimento sobre o corpo;
Análise critica da abordagem e influencia da mídia em relação a corpolatria, conceitos,
sentido, significado e valores;
ALIMENTAÇÃO:
- Possíveis medidas preventivas relacionadas a alimentação;
129
- Classificação dos alimentos;
- Necessidade qualidades e quantidades;
- Hábitos, ações e conseqüências.
STRESS: conceitos e as possíveis causas e conseqüências;
POSTURA CORPORAL: hábitos, causas e conseqüências;
FREQUENCIA CARDIACA.
ESPORTE:
Individual: Tenis de Mesa
Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol.
Radical
JOGOS E BRINCADEIRAS:
Jogos de Tabuleiro;
Jogos Dramáticos;
Jogos Cooperativos.
DANÇA:
Danças Folclórica
Danças de Salão
Dança de Rua
GINÁSTICA:
Ginástica Artística/olímpica;
Ginastica de Condicionamento Físico;
Ginástica Geral.
LUTAS:
Lutas com aproximação;
Lutas que mantem a distancia;
Lutas com instrumento mediador ( Capoeira)
2º ANO:
Conhecimento sobre as diferentes manifestações da cultura corporal: esportes, jogos,
lutas, ginástica, atividades rítmicas e expressivas, conhecimento sobre o corpo;
Análise critica da abordagem e influencia da mídia em relação à corpolatria, causas e
conseqüências, utilização do esporte espetáculo: aspectos positivos e negativos;
Aspectos Nutricionais e gastos energéticos; obesidade e suas relações;
Praticas corporais na prevenção do stress;
Sedentarismo e conseqüências; redução dos riscos de
degenerativas:osteoporose, LER, DORT e medidas preventivas.
doenças
130
crônico-
ESPORTE:
Individual: Tenis de Mesa
Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol.
Radical
JOGOS E BRINCADEIRAS:
Jogos de Tabuleiro;
Jogos Dramáticos;
Jogos Cooperativos;
DANÇA:
Danças Folclórica
Danças de Salão
Dança de Rua
GINÁSTICA:
Ginástica Artistica/olímpica;
Ginastica de Condicionamento Físico;
Ginástica Geral.
LUTAS:
Lutas com aproximação;
Lutas que mantem a distancia;
Lutas com instrumento mediador ( Capoeira)
3 º ANO
Conhecimento sobre as diferentes manifestações da cultura corporal: esporte, jogos,
lutas, ginásticas, atividades rítmicas e expressivas, conhecimento do corpo;
Avaliação: testes antropométricos; testes cardiorespiratórios e neuromusculares;
verificação postural (desvios, origens, curvaturas fisio-ogicas).
Sistemas metabólicos e energéticos: sistema aeróbico, anaeróbico, láctico/alático;
Aptidão Física: conceitos, componentes básicos e as possíveis causas e
consequencias;
Lesões relacionadas à atividade física: entorce, fraturas e luxações.
ESPORTE:
Individual: Tenis de Mesa
131
Coletivo: Voleibol, handebol, basquetebol, futsal e futebol.
Radical
JOGOS E BRINCADEIRAS:
Jogos de Tabuleiro;
Jogos Dramáticos;
Jogos Cooperativos.
DANÇA:
Danças Folclórica
Danças de Salão
Dança de Rua
GINÁSTICA:
Ginástica Artistica/olímpica;
Ginastica de Condicionamento Físico;
Ginástica Geral.
LUTAS:
Lutas com aproximação;
Lutas que mantém a distancia;
Lutas com instrumento mediador ( Capoeira)
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física na
Educação Básica, é preciso levar em consideração, inicialmente, aquilo que o aluno do
campo, traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira
leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do
aluno para a construção do conhecimento escolar.
Partindo do movimento humano, expressão da identidade corporal, da
sensorialidade, da percepção e do mundo que nos cerca, os conteúdos de Educação
Física serão constituídos por atividades rítmicas, danças, ginásticas, desportos
coletivos e individuais, jogos e atividades complementares proporcionando o
desenvolvimento da totalidade do aluno.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento dos conteúdos será de forma
lúdica educativa e contributiva, utilizando como recurso de observação, análise de
situações, na qual o individuo aprofunda e sistematiza o conhecimento, organiza-o com
competência, para o auto gerenciamento das atividades corporais.
132
Buscando a experiência do aluno, a metodologia propõe atividades práticasteóricas, individuais, em equipes e individuais, estudo de meio, exposição de vídeos,
pesquisas de campo, cientifica, tabulações de dados, leitura de textos, tomada de
decisões, conforme as situações propostas, solução de problemas e discussão usando
como recursos a observação, a reflexão, exploração da criatividade, a sensibilidade
desenvolvida de forma criativa, adaptando regras de acordo com a realidade escolar,
elaborando projetos teóricos e desenvolvendo na prática, preenchimento de súmulas e
analise dos resultados, buscando no colega um importante instrumento de
aprendizagem, diferenciando o esporte escolar do esporte de rendimento, onde a
competição acontece contra o adversário, entendendo a diferença da aprendizagem,
como convívio social e ainda restituição das cargas de trabalho profissional.
A construção do conhecimento, na disciplina de Educação Física, deve ser feita
de forma crítica, coletiva e interdisciplinar, tendo-se a preocupação de levar a reflexão
do que este conhecimento significa na sociedade, em que ele se fundamenta, o que
justifica sua pratica, as quais interesses atende.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação deve ser processual, diagnóstica, continua, permanente e formativa
considerando todos os aspectos do ensino-aprendizagem, suas competências e
habilidades definidas pela área de forma progressiva.
Levando-se em conta os limites e a performance aplicada, proporcionar ao
educando o acesso a meios, parâmetros e instrumentos para que o mesmo consiga
auto-avaliar-se. Lembrando que o professor deverá utilizar-se dos mesmos parâmetros
para avaliar a sua prática pedagógica.
Como instrumentos avaliativos serão utilizados: leitura, interpretação e produção
de textos, seminários, debates, pesquisa de campo, cientifica, tabulação de dados,
relatório individual, elaboração de projetos teórico-prático, adaptação de regras e
arbitragem à partir das oficiais, preenchimento de súmulas, organização esportiva,
observação no desenvolvimento das aulas práticas, provas teóricas e práticas, Tendo
como fonte conteúdos envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
Nesse enfoque, a avaliação deve representar a analise do nível e os resultados
alcançados na seqüência evolutiva dos conteúdos trabalhados.
Não haverá recuperação paralela para trabalhos teóricos ou práticos
desenvolvidos durante as aulas presenciais, exceto, para alunos com faltas justificadas
ou prova teórica cuja nota seja abaixo do mínimo exigido para aprovação.
133
REFERENCIAS
BRACHT, Valter, Educação Física e Aprendizagem social. Porto Alegre. Livro
educação magister Ltda, 1992
BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa As Diretrizes de bases para o
ensino de primeiro e segundo graus, e da outras providencias. Diário Oficial [da]
Republica Federativa do Brasil, 12 agosto. 1971. Disponivel em
HTTP://www.pedagogiaemfoco.pro.br/15692_71.htm. Acesso em : 10 de janeiro de
2008.
BRASIL. Ministério da educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes
Curriculares para o Ensino Fundamental. 1998.
CASTELLANI Filho, Lino .Educação Física no Brasil a história que não se conta (2ª
Ed) Campinas: Papirus, 1991.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo :
Cortez, 1992.
DE Marco, Ademir. Pensando na Educação Motora. Campinas: Papirus, (org.)1995.
NAVARRO. R.T. Os caminhos da Educação Física no Paraná: do Currículo Básico às
Diretrizes Curriculares. 179f. Dissertação (Mestrado) – Setor de Educação
Universidade Federal do Paraná. Curitiba: UFPR, 2007.
SECRETARIA de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997. 96 pg.
SECRETARIA de Ensino Médio. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física.
Brasília: MEC/SEF, 1999.
SECRETARIA de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação
do Campo. Curitiba, 2006.
SECRETARIA de Estado da Educação do Paraná. Livro Didático Publico.. Educação
dia-a-dia melhor. Educação Física Ensino Médio. Curitiba, SEED- Pr, 2008.
SOARES, C. L. Educação Física Escolar: Conhecimento da Especificidade. In: Revista
Paulista De Educação Física, Raízes Européias e Brasil. 3 ed. Campinas: Autores
Associados, 2004.
134
HTTP://www.diadiaeducação.pr.gov.br. DECRETO nº 7.352, 2010/Escola de Campo/
LEI nº 10.639/2003, História e Cultura Afrodescendentes e Indigena no Brasil.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
135
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Após uma longa trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, com a nova
redação ao artigo 33 da LDBEN 9394/96, cumpre destacar que, o Ensino Religioso é
parte integrante da formação básica do cidadão, assegurando o respeito à diversidade
cultural religioso do Brasil, sendo proibido toda forma de proselitismo.
Na disciplina de Ensino Religioso é fundamental a adoção de políticas
educacionais e sociais, de estratégias pedagógicas de valorização e diversidade, a fim
de superar
desigualdade étnica-religiosa e garantir o direito Constitucional de
liberdade de crença e expressão da mesma. A linguagem a ser utilizada nas aulas
devem ser pedagógicas e não religiosas, adequadas ao universo escolar.
A disciplina de Ensino Religioso deve contribuir para o conhecimento, tendo
como grande desafio efetivar uma prática de ensino voltada à superação do
preconceito religioso , como também desprender-se do seu período confessional
catequético para a construção e a consolidação do respeito à diversidade cultural e
religiosa .
Na aula de Ensino Religioso nossas crianças e adolescentes crescem na
totalidade, respeitando o pluralismo religioso, tenso o pensamento
e o espírito
voltados para o universal e tem também em vista a educação para a paz, o diálogo,
cidadania, consciência ecológica e outros temas relacionados à vida cidadã.
O homem está em constante procura do sagrado, nele deposita muita confiança.
Explica seus sonhos, inspira seu ideal, questiona sua existência, vive o amor e dialogo.
Quem sou eu, conhece te a ti mesmo.
O que busca:
- Compreende a vida como educadores e educandos.
- Relacionamento entre o ser humano e o divino.
- Ser agente crítico da própria existência, através do desenvolvimento intuitivo,
consciente, crítico, social, participativo.
Religião de uma pessoa é tão universal e tão pessoal como a sua forma de falar.
O ser usa desde a linguagem do recém-nascido até a linguagem dos computadores,
despertando valores entre todas as disciplinas dos educadores e educandos.
136
OBJETIVOS GERAIS
Ampliar a abordagem curricular no que se refere à diversidade religiosa,
•
privilegiando o estudo de diferentes manifestações do sagrado de maneira que
possibilite a análise e compreensão do mesmo como cerne da experiência religiosa
que se expressa no universo cultural dos diferentes grupos sociais.
Resgatar o sagrado explicitando a experiência das diferentes culturas
•
expressas nas religiões antigas e nas recentes, explicitando caminhos percorridos até
a concretização de simbologias e espaços, de forma a superar as aulas de religião,
enfocando entendimento com base cultural sobre o sagrado, promovendo espaço de
reflexão na sala de aula em relação à diversidade religiosa.
Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões
•
religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, possibilitando assim o acesso às
diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.
•
Ter uma imagem positiva de si, ampliando sua autoconfiança, identificando
cada vez mais suas limitações e possibilidades, e agindo de acordo com elas;
buscando a melhoria.
•
Valorizar as ações de solidariedade e cooperação, desenvolvendo atitudes de
ajuda e colaboração e compartilhando sua vivência.
•
Fazer se de preconceitos, buscando a amizade que ajude os outros e a si
mesmo a crescer como pessoa.
•
CONTEÚDOS
6º ANO –
1- Respeito á diversidade Religiosa.
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito á
liberdade religiosa.
- Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão.
- Direito á liberdade de reunião as associações pacíficas.
- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
2- Lugares Sagrados.
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de
reverência, de cultos, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado
nestes locais.
137
- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
- Lugares construídos: Templos Cidades sagradas, etc.
3- Textos orais e escritos Sagrados.
Ensinamentos sagrada transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas
religiosas.
- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc).
Exemplo: Vedas - Hinduísmo, Escrituras Baha' ís – Fé Bahá’l, Tradições Orais
Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.
4- Organizações Religiosas.
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos institucionalmente. Serão
tratadas como conteúdos, destacando se as principais características de organização,
estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas
de compreensão e de reações com o sagrado.
- Fundadores e/ ou Líderes Religiosos.
- Estruturas Hierárquicas.
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta
Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tse),
etc.
7º ANO
1-Universo Simbólico Religioso.
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores, textos:
- Nos Ritos.
- Nos Mitos.
- No cotidiano.
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingang – ritual fúnebre), Via sagra,
Festejo indígena de colheita, etc.
3- Festas Religiosas.
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos:
confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas comemorativas.
Exemplos: Festas do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup (indígena),
festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.
4- Vida e Morte.
138
As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/
manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
- O sentimento da vida nas tradições/ manifestações religiosas e sua relação com o
sagrado.
- Re encarnação.
- Ressurreição – ação de voltar á vida.
-Além a morte.
Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam
presentes.
− Outras interpretações.
−
METODOLOGIA
O professor em suas aulas de Ensino Religioso deve utilizar em sua prática diária
a linguagem
pedagógica de valorização e diversidade , a fim de superar desigualdade étnicareligiosa e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e expressão da
mesma.
Deve-se utilizar de conteúdos entendidos como patrimônio cultural e enriquecêlos de modo que contribua para a construção, a reflexão e a socialização do
conhecimento religioso, de modo que proporcione e favoreça a formação integral dos
educandos, o respeito e o convívio com o diferente .
Para sua assimilação, o conteúdo precisa ser traduzido e decodificado em
termos pedagógicos bem acessível à linguagem do aluno; tendo integração entre a fé e
vida.
Através da vivência dos estudos, dos contados sociais, da participação no meio
em que vive, que o ser humano se percebe como parte integrante de uma história que
se desenvolvem e na qual agem.
Analisar, comparar e confortar suas experiências de vida, buscar novo
sentimento assumindo um posicionamento consciente, enfatizando a criatividade em
religiosidade.
Vale se de saber popular, dos acontecimentos do dia analisando os partir de valores
tidos como fundamentais pelos seres humanos dentro de uma perspectiva religiosa.
Será trabalhado: O diálogo, entrevistas, experiências, celebrações, pesquisas
(livros, revistas, jornais...) admiração (da natureza) questionamentos, comparações,
139
momentos de orações, reflexão, meditação, uso de símbolos, análise de textos, letras
de musica, debates, cartazes, visitas, fitas de vídeo.
AVALIAÇÃO
A disciplina de Ensino religioso por ser de caráter facultativo dispensa o fator
nota, conceitos e reprovação, mas não diminui o valor essencial que tem a disciplina
para a formação integral do ser humano. Apesar dessas particularidades a Avaliação
de Ensino Religioso se faz constante na prática pedagógica dos professores que veem
no Ensino religioso uma disciplina tão importante quanto as outras.
Não se medem conceitos, notas, mas sim a aquisição de atitudes que
demonstram que os alunos conseguiram assimilar os conceitos colocados como meios
para o seu crescimneto pessoal e coletivo.
O Ensino Religioso segue parâmetros e avaliação visando a qualidade e
capacidade de discernir e vivenciar atitude e valores de forma individual e também no
social e comunitário.
As atitudes e vivências estão vinculadas ao: senso do sagrado, a busca de
plenitude, de verdade, de liberdade, de justiça, de responsabilidade, respeito,
sabedoria, criatividade. Tudo em vista da busca da qualidade, pois Deus, é Qualidade
por Essência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental (Versão
Preliminar) 2006.
DECLARAÇÃO universal dos direitos humanos.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino
Religioso para Educação Básica. Curitiba: 2006.
www.diadiaeducação.com.br-Portal educacional da Secretaria de Estado
www.mj.gov.br/sedh/dpdh/gpdh/ddh-bib-inter-universal.htmo da Educação do Paraná
Caderno Pedagógico de Ensino Religioso . O Sagrado no Ensino Religioso, Secretaria
de Estado da Educação.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná- Educação do Campo.
Departamento de educação Básica. Curitiba, 2010
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
140
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCI PLINA
A Geografia como disciplina do ensino escolar está presente em nossas vidas
há muitas décadas. Ela originou-se com o propósito de se entender e diferenciar áreas
do planeta. Para isso, foi preciso aprofundar os conhecimentos em diversos fenômenos
e eventos físicos e posteriormente sociais. Aos poucos ela foi introduzida em currículos
universitários e escolares no Brasil e no mundo.
Cabe à Geografia fornecer subsídios para a construção da nacionalidade dos cidadãos,
já que a população brasileira é composta de variadas etnias em busca da identidade
nacional , portanto
esta disciplina é
de grande importância em nosso país e no
mundo.
A Geografia pode ser tomada como o estudo da organização do espaço
geográfico e do entendimento de sua lógica e de seus sentidos. Dessa concepção
advém que o objeto de estudo da ciência geográfica é o espaço geográfico, tendo
como
principal
objetivo a organização desse espaço , sendo que o ensino deve possibilitar ao aluno
a observação dos diferentes espaços, fenômenos e sua representação.
A LDB de 1996, trouxe importantes mudanças, passando a reconhecer a
pluralidade sociocultural e o respeito ás diferenças e a desigualdades, podendo-se
pensar em novos caminhos para a educação rural sem quebra no projeto nacional. No
dia 3 de abril de 2002, foram aprovadas as Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica no Campo (Parecer nº.36/2001 e Resolução nº.1/2002 do Conselho Nacional de
Educação), conquista essa dos trabalhadores rurais na luta por melhores condições de
vida no campo.
A nova visão da geografia nas escolas do campo é a valorização das riquezas
culturais, sociais e econômicas, bem como
suas
diversidades, procurando
conscientizar o homem do campo, dando-lhes dignidade e oportunidades para
permanecer no seu habitat de origem.
A geografia nas escolas de campo busca inserir a realidade dos alunos à geografia
da sala de aula, melhorando a compreensão e a assimilação dos conteúdos pelos
mesmos, identificando que existem diferentes lugares, culturas e relações sociais. Ao
trabalhar as questões do lugar, essas devem ser relacionadas a outras realidades
distintas, fazendo com que o estudo e a compreensão do espaço vivido não fiquem
141
limitadas ao que é perceptível, mas que possa ter uma maior abrangência espacial a
ser estudada. Cabe ao professor (a) de geografia iniciar o estudo destacando o lugar
onde vivem os alunos, depois o município, estado, região, país, continente até chegar
a escala mundial, respeitando sempre essa hierarquia.
O estudo do lugar passa ser a base para a compreensão do espaço geográfico,
pois os alunos trazem consigo uma grande bagagem de conhecimentos que devem ser
considerados
por
ser sua realidade e que não pode ser desprezada pelos
educadores.
Acreditamos que a educação do campo é fundamental para diminuir as
desigualdades sociais do Brasil, pois alimenta sonhos e perspectivas, capacita e
orienta essa população para uma vida digna e produtiva
Ao observar o lugar em que vive e ao fazer relação com espaços maiores, o aluno
estará se colocando como sujeito participante das transformações ocorridas nesse e
em outros espaços. Portanto, o professor é quem deve levá-lo a essas descobertas,
através de atividades de reflexão, enfatizando os conceitos da Geografia e seu
processo histórico.
A formação de conceitos da Geografia (natureza, sociedade, paisagem,
território, lugar, além da representação espacial através de mapas e imagens) se faz
necessária para a leitura e compreensão do espaço geográfico. Desenvolver noções de
tempo, espaço, realidade, passado, presente, futuro, política, economia e sociedade
em diferentes lugares, escalas, entre outros fatores importantes contemporaneamente,
sempre buscando o conhecimento é o caminho para a efetivação do aluno como ser
presente no mundo, um verdadeiro cidadão.
“A Geografia, como disciplina escolar, oferece sua contribuição para que os
alunos e professores enriqueçam suas representações sociais e seu conhecimento
sobre as múltiplas dimensões da realidade social, natural e histórica, entendendo
melhor o mundo em seu processo ininterrupto de transformação, o mo
A ciência geográfica deve ser bem aplicada no ensino escolar, para formar
indivíduos capazes de se organizar no espaço, descobrir quais motivos levaram aos
problemas sociais encontrados e propor soluções para a sociedade.
O aprender a conhecer e o aprender a fazer são fundamentais para o
crescimento da pessoa humana, superando a padronização e estimulando o espírito
inventivo e a criatividade. A nova concepção de indivíduo que se pretende formar é a
de ser um cidadão participativo e atuante diante da realidade em que vive, resgatando
142
a tradição humanista e a pedagogia histórico-critica Lei nº 9.795/99 (Meio-ambiente)
Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Parecer
CEE/CEB nº 1011/10 (implementação da Educação Básica do Campo no Sistema
Estadual de Ensino do Paraná) e Resolução nº 4783/2010 (reconhece a Educação do
Campo como uma política pública educacional voltada ao atendimento escolar das
populações rurais nas Escolas do Campo)
O objetivo da educação do campo é justamente a valorização do trabalhador
rural, dando mais oportunidade e dignidade ao camponês. Ao ensino de Geografia cabe
resgatar e cultivar a identidade de homem do campo, contribuindo assim para uma
melhor compreensão do lugar e do mundo onde vive.
A educação do campo busca a quebra de antigos paradigmas da educação para
a zona rural, esta caracterizada pela não preocupação com metodologias adequadas à
população do campo e voltadas simplesmente aos interesses capitalistas, capacitando
essa população para o trabalho na agricultura moderna e excludente. Busca-se, assim,
acabar com o estigma histórico que se implantou no cenário da educação no meio rural
brasileiro, associado à má qualidade de do ensino, ao atraso dos alunos e à
precariedade das escolas rurais. A quebra do paradigma tradicional da educação rural
parte justamente de uma nova concepção de campo, que tem como principal meta a
sustentabilidade do povo e com o povo do campo, e não unicamente a produtividade e
o lucro, que estão implícitos no paradigma rural tradicional. educação do campo deve
ser entendida de modo a suprir as necessidades dos camponeses, pois vai além do
simples fato de escolarizar e educar a população do campo para o trabalho. Pensar na
educação do campo é pensar nos costumes e saberes do camponês. É pensar na
educação das práticas cotidianas e entender o campo como ambiente social,
respeitando as limitações do meio físico na preservação da natureza. Vista dessa
forma, a educação do campo é incompatível com a agricultura capitalista. São
ideologias distintas, pois a primeira defende os interesses do povo do campo, enquanto
a segunda vive da exclusão e exploração do mesmo.
Assim sendo, a educação do campo parte do pressuposto de que ninguém
melhor que o próprio camponês para entender suas reais necessidades e assim, com
ele e não simplesmente para ele, camponês, desenvolver uma forma de educação e
quebrar antigos paradigmas.
O projeto de educação do campo é conseqüência histórica do processo de luta
dos trabalhadores rurais pela reforma agrária. A prática da luta, em si, já é um processo
educativo, pois conscientiza e mobiliza a classe trabalhadora rural camponesa em
143
busca dos seus direitos. Essa conscientização é um mecanismo que gera a inquietação
e que faz surgirem novas necessidades para essa população do campo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
Dimensão Política do Espaço Geográfico
Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ano
Locaização e orientação no espaço geográfico
-Paisagem, Espaço e Lugar
-Planeta Terra- forma, movimentos, paralelos,meridianozonas climáticas fusos horários
A Deriva dos continentes (como se formaram)
- Terra em movimentos- placas tectônicas, vulcões, terremotos
Continentes do globo terrestre
Ilhas (oceânicas e continentais)
- Oceanos e mares
-Áreas continentais ( rios de planalto ou planície),
principais bacias hidrográficas no Brasil
- Relevo brasileiro
- Climas do mundo e do Brasil
-Vegetação do mundo e do Brasil
-Problemas ambientais no campo
-Principais problemas urbano
Atividades econômicas
*setores da economia
- A tecnologia a serviço da economia (da máquina a vapor ao robô)
- Tipos de indústrias, comércio e prestação de serviços
7º Ano
144
espaço geográfico e suas transformações,
paisagem, espaço,território
-Localização do território brasileiro
- Formação território brasileiro
- Regionalização do território brasileiro
- Brasil em regiões
- Aspectos demográficos e população
- movimentos migratórios
- Urbanização e problemas sociais
Região Sul : Aspectos físicos, Estados formadores,ocupação populacional (imigrantes)
Economia
Região Sudeste: Aspectos físicos, ocupação populacional , economia
Região Nordeste: Aspectos físicos, a vida nas metrópoles e no sertão, população e
Sub-regiões nordestina
Região Norte : Aspectos físicos, população e economia; devastação e ocupação da
Amazonia
Região Centro-Oeste: Aspectos físicos, impactos ambientais, população – ocupação.
Brasília (DF)
8º Ano
O mundo dividido em países capitalistas e socialistas
-Regionalização pelo nível de desenvolvimento em países ricos e pobres
-A economia mundial atual
- As transnacionais
- Os financiadores da economia mundial
- os blocos econômicos atuais
Localização e regionalização do continente americano
- A formação histórica do continente americano
- Relevo e hidrografia das Américas
- Clima e vegetação das Américas
145
- A população das Américas
- Atividades do setor primário (agropecuária,extrativismo mineral e vegetal)
- O desenvolvimento do setor secundário (indústrias)
− O crescimento do setor terciário (bens e serviços)
América do Sul
a) Países Andinos: Chile, Bolívia, Peru
b) Venezuela, Equador, Colombia
- Guiana, Suriname e Guiana Francesa
- Países Platinos: Paraguai, Uruguai e Argentina
Brasil – política externa
a) potência regional
b) situação atual do nosso país no mundo
- Estados Unidos – território e população, uma potencia economica e militar
- Situação atual dos Estados Unidos perante o mundo
- Canadá- país inglês e francês – economia e política
- México e sua situação econômica , política e social
- América Central:
a) porção ístmica ou continental
b) porção insular ou Antilhas (ilhas)
9º Ano
Divisão do mundo por critérios socioeconômicos – Norte/Sul
EUROPA* Aspectos físicos (relevo,clima,vegetação, hidrografia
*Europa Ocidental –capitalista, características gerais, países desenvolvidos e
industrializados
países fraca industrialização
* Europa Oriental- socialista, características gerais, fim do socialismo e a criação da
União Europeia CEI – países componentes e economia
ÁSIA
* Aspectos Gerais, distribuição da população, desigualdades sociais
* China ( Dragão) e o processo de modernização
* Oriente Médio e seus conflitos, políticos,étnicos, religioso
* Japão – Império do Sol nascente
* Os Tigres Asiáticos – Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hon-Kong
146
* Índia- tradição e modernidade,economia e desigualdades sociais
ÁFRICA* Aspectos Gerais, o imperialismo europeu e a fragmentação territorial
* Colonização e descolonização, conseqüências da descolonização
* População/ vegetação Apartheid: segregação racial
* As dificuldades ao acesso das novas tecnologias
* África branca e África negra
* África do Sul (Meridional) Nelson Mandela
* Economia sul-africana
- OCEANIA
* Aspectos gerais- formada por ilha ( Melanésia, Micronésia, Polinésia)
* Austrália –aspectos físicos ( território, colonização, economia)
* Nova Zelândia – colonização,economia
- REGIÕES POLARES
* Antártida – atividades científicas
* Ártico- território hostil à ocupação humana
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
1º ANO
ESTRUTURANTES:
A dimensão sócio ambiente
Básicos:
1 O que é a Geografia
Concepção da disciplina;
Conceitos:lugar, paisagem e território;
Seus objetivos.
2 Cartografia como ferramenta da Geografia
orientação:
a rosa-dos-ventos:pontos cardeais, colaterais e sub-colaterais;
a bússola.
localização:
coordenadas geográficas:
147
as zonas da Terra;
os fusos horários.
1 Atmosfera
Camadas da atmosfera;
Fatores que influenciam o clima;
Aquecimento da Terra;
Tipos de clima;
Unidade e precipitação
2 Hidrosfera:
o ciclo hidrológico;
os oceanos e mares;
as águas continentais;
a degradação dos ambientes aquáticos.
3 Biomas:
tipos de vegetação;
a distribuição das paisagens da Terra
a degradação ambiental.
2º ANO
ESTRUTURANTE
Dinâmica cultural e demográfica
Dimensão econômica da produção
Básicos:
1 A dinâmica populacional:
Distribuição da população mundial;
Crescimento da população mundial;
Explosão demográfica;
Países mais populosos e povoados;
Implosão demográfica;
Crescimento populacional e os recursos naturais.
2 Economia e sociedade:
Estrutura setorial- população economicamente ativa e inativa;
148
Distribuição por setores de atividades;
Setores de atividades no Brasil;
A participação da mulher no mercado de trabalho;
O trabalho infantil no Brasil e no mundo;
Composição etária e por sexo;
População rural e urbana no Brasil e no mundo;
Índice de desenvolvimento humano no Brasil e no mundo
3 O espaço da agropecuária:
Origem e evolução da agricultura e da pecuária;
A atividade agrária no mundo;
Os sistemas agrícolas;
A biotecnologia a serviço da agricultura;
A agricultura e a pecuária brasileira:
Estrutura fundiária no Brasil e no mundo;
As relações de trabalho no campo;
A reforma agrária.
4 Espaço Urbano:
A urbanização no mundo;
A classificação das cidades;
Megacidades e cidades globais;
O fenômeno urbano no Brasil;
A urbanização brasileira;
A hierarquia urbana;
A metropolização brasileira.
3º ANO
ESTRUTURANTES:
Geopolítica e a Dimensão
Básicos:
1 A questão ambiental
2 A destruição da natureza;
3 A erosão e destruição do solo por agrotóxicos;
149
4 O problema do lixo e as formas de poluição atmosférica;
Inversão térmica;
Ilhas de calor;
Chuva ácida;
Aquecimento global;
Camada de ozônio;
O problema da falta de água potável no mundo.
5 Em busca do desenvolvimento sustentável:
O espaço da indústria
1 Estágios da produção industrial
Primeira Revolução Industrial
Segunda Revolução Industrial
Terceira Revolução Industria
2 Tipos de indústrias
Segundo o bem produzido
Segundo a tecnologia empregada
3 Fatores da localização industrial.
Fontes de energia
Mão-de-obra
Matéria-prima
Mercado consumidor
Infra-estrutura
Incentivos fiscais
4 Distribuição das indústrias no mundo
5 A industrialização brasileira.
METODOLOGIA
Ao levar a Geografia para a sala de aula, deve-se pensar na melhor forma de atingir o
aluno de modo a interessar-se pelos conteúdos, bem como compreender e fazer a
leitura do espaço geográfico.
Quanto mais diversificadas as formas de fazer os alunos olharem o mundo a sua volta,
tornaremos nossas aulas mais interessante e instigante.
Além do uso de aulas expositivas faz-se à necessidade da
métodos, como:
utilização
de outros
150
- Aulas práticas com cartas topográficas, fotografias aéreas e imagem de satélites,
onde se procura dar noções mínimas de cartografia aplicada e localização, usando
escalas, bússola, etc;
- Saídas a campo são importantes, possibilitando a vivência do que é aprendido em
sala de aula e compreensão das mudanças ocasionadas pelo homem na superfície
terrestre;
- O uso da computação para pesquisas e montagem de gráficos e tabelas que ilustrem
de forma compreensível, dados estatísticos e sua explicação posterior;
- Vídeos e músicas a fim de transportar o aluno para outras realidades distantes e
debates para construção de um espírito crítico e participativo.
Deve-se utilizar em sala de aula instrumentos que possibilitem a avaliação contínua,
diagnóstica e somativa, favorecendo a aprendizagem e construção do saber,
considerando a realidade de cada aluno.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um momento privilegiado do processo ensino-aprendizagem. Ela
deve estar presente em todas etapas do aprendizado, de forma com que os alunos e
professores percebam em que graus estão envolvidos no processo e como
acompanham sua dinâmica. É um momento de fundamental importância para que o
aluno compreenda como está se desenvolvendo seu processo de aprendizagem, e
para que o professor possa compreender como está se desenvolvendo seu processo
de ensino.
A avaliação não deve se limitar a ser apenas um instrumento de quantificação
que se aplica ao final do processo, mas sim constituir um recurso para acompanhar o
desenvolvimento da aprendizagem. A partir dela deve-se rever a programação e a
abordagem do curso com as turmas e, se necessário, refazê-las na medida das
dificuldades, desinteresse ou, ao contrário, motivação da turma para ir além.
A avaliação deve ser constante e não apenas uma etapa final. O professor deve
buscar continuamente estabelecer estratégias de ação que possam atribuir maior
qualidade ao trabalho. Deve-se avaliar o aluno em todo o processo de ensinoaprendizagem, levando em considerando sua realidade social.
Podem ser utilizados vários instrumentos de avaliação como projetos,
discussões e trabalhos, onde os objetivos da disciplina possam ser alcançados.
Primeiramente deve-se perceber o desempenho do aluno, através da participação do
151
mesmo em aula em atividades propostas. Para avaliar o contexto aprendido e estimular
o raciocínio pelo aluno provas objetivas e descritivas devem ser aplicadas.
O importante é utilizar de critérios que avaliem o todo e a produção do aluno em
sala, sendo o objetivo maior diagnosticar o nível da aprendizagem e sua significância
na vida do aluno como cidadão.
Para avaliação do aluno podem ser utilizados, entre outros oportunos, os
seguintes instrumentos:
- Trabalhos em grupo;
- Atividades individuais;
- Relatórios;
- Trabalhos práticos;
- Provas escritas objetivas e discursivas;
- Pesquisas;
-Resenhas;
- Questionários.
REFERÊNCIAS
CORRÊA, R. L. Espaço: um conceito-chave da geografia. In: CASTRO, I. E. de;
GOMES, P. C. da C.; CORRÊA, R. L. Geografia: conceitos e temas. 2 ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2000, 352 p.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica/ Geografia. Secretaria do Estado da
Educação do Paraná, 2008.
FILIZOLA, Roberto. Didática da Geografia: proposições metodológicas e conteúdos
entrelaçados com a avaliação. Curitiba: Base Editorial, 2009.
LACOSTE, Y. Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas:
Papirus, 1993, 263 p.
Pontuschka, Nídia Nacib et al. Para ensinar e aprender Geografia.3ª ed. São Paulo:
Cortez, 2009.
Portal Dia-a-dia Educação – Geografia. Disponível
em:http://www.geografia.seed.pr.gov.br/.
Projeto Araribá: Geografia 6º,7º, 8º e 9º anos. Editora responsável Sonia Cunha de
Souza Danielli – 2. Ed.- São Paulo: Moderna 2007.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná- Educação do Campo.
152
Departamento de educação Básica. Curitiba, 2010
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
153
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Segundo Nereide Saviani percorrer a história de uma determinada disciplina, é
entender melhor a História da própria Educação. Pois os conteúdos, métodos,
avaliação, ou seja, a estrutura curricular em si, revela a concepção teórica
metodológica da disciplina e da educação como um todo, como também suas
implicações, sócio econômicas e ideológicas.
A contribuição mais significativa do ensino de História ao educando é a
edificação da capacidade de pensar historicamente. Em linhas gerais, essa
competência diz respeito à percepção da historicidade de todas as coisas desde a
concepção da História como obra humana até a capacidade de avaliar corretamente as
determinações, condicionamentos e possibilidades do momento histórico em que se
vive.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica –História
( 2008,p.83), se caracteriza pelas ‘’condições de identificar processos históricos ,
reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervirem
no mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História”.
O ensino de História tem a função de contribuir com o indivíduo na tomada de
decisões em situações práticas: toda ação deriva de uma reflexão sobre o tempo,
avaliação de eventos passados e projeção de intenções para momentos posteriores. O
indivíduo, ao agir, atribui sentidos ao tempo e à sua ação dentro dele.
... Ensinar e aprender História requer de nós professores, a retomada de uma
velha questão: o papel formativo do ensino de História. Devemos pensar sobre
a possibilidade educativa da história, ou seja, a história como saber disciplinar
que tem um papel fundamental na formação da consciência histórica do
homem, sujeito de uma sociedade marcada por diferenças e desigualdades
múltiplas. Requer assumir o ofício do professor de história como uma forma de
luta política e cultural. A relação ensino-aprendizagem deve ser um convite e
um desafio para alunos e professores cruzarem ou mesmo subverterem as
fronteiras impostas entre as diferentes culturas e grupos sociais entre a teoria e
a prática, a política e o cotidiano, a história, a arte e a vida. (FONSECA, 2003,
p. 37-38).
A retomada diária pelo professor quanto ao valor educativo da disciplina de
154
História para as novas gerações são imprescindíveis num mundo que valoriza, cada
vez mais “as ciências ditas tecnológicas e não o homem e sua humanidade” (ARRUDA,
1995 p. 61).
No mundo, cada vez mais globalizado, que tende a uniformizar comportamentos
e padrões culturais, impõe se de um lado, a necessidade de firmar a identidade dos
sujeitos e, de outro, a luta pela inclusão e acesso de todos ao conhecimento. Criar
condições para que o aluno entenda esse mundo e nele se insira de forma crítica é a
preocupação do ensino de História e da própria instituição escolar.
O ensino de História, nessa perspectiva, não nega o saber que constitui o
acúmulo da ciência, mas procura também construir e reconstruir com o aluno o saber
que tenha sentido no contexto das suas experiências e de seu grupo social.
Não se pode esquecer que ao entrar na escola o aluno já traz um saber
decorrente de sua observação e de sua vivência cultural, que deve ser valorizado, pois
o estudo da História proporciona não apenas um conhecimento da evolução do
homem, mas, sobretudo o conhecimento de si próprio.
É necessário privilegiar, no ensino de História, os saberes produzidos pelos
educandos,uma vez que integram vários espaços de convívio social, estabelecendo
contextos de socialização, valores, hábitos, costumes e comportamentos na família, no
bairro, no clube, na igreja, na escola, nas associações de moradores, sindicatos,
partidos políticos e nos movimentos sociais. Nessas interações, as esperadas
produções culturais e pedagógicas são tecidas. Assim, a produção do conhecimento
histórico e crítico não pode ser baseada apenas em meras exposições de conteúdos,
lições e exercícios de fixação. Conhecer implica muito mais do que essas atividades.
Conhecer implica movimentos recíprocos entre aquele que ensina e o que aprende
numa relação dialógica com o outro.
Entender o campo como modo de vida social contribui para auto-afirmar a
identidade dos povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu jeito
de ser, os seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza.
Trata-se de uma valorização que deve se dar pelos próprios povos campo, numa
atitude de recriação da história.
Precisamos construir um sujeito sabedor de seus deveres e de seus direitos na
sociedade. Para isto é necessário saber, quem é , e a qual sociedade pertence, que
somente será conseguida através da construção de uma mentalidade, sendo esta uma
responsabilidade da disciplina. Conhecer a História como processo significa estuda la
em seu movimento contínuo, dinâmico, total e plural significa também concebe la em
constante transformação.
155
Pretende se recuperar a dinâmica própria de cada
sociedade, numa visão crítica problematizando o passado a partir da realidade imediata
dos sujeitos concretos que vivem e fazem a História do presente.
O que se percebe em relação à educação do campo é que ela é trabalhada a
partir de um currículo essencialmente urbano e, geralmente, deslocada das
necessidades e da realidade do campo. É urgente discutir a educação do campo, uma
vez que ela deve abordar conteúdos de extrema importância entre os debates sobre
diversificação de produtos, a utilização de recursos naturais, a agroecologia, as
sementes crioulas, a questão agrária, trabalhadores assalariados rurais, a pesca
ecologicamente sustentável, entre outros.
Portanto, valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos com a
comunidade, gerando um sentimento de pertencer ao lugar ao grupo social.
Precisamos criar uma identidade sócio-cultural que leva o aluno a compreender o
mundo e transformá-lo.
OBJETIVOS GERAIS
•
*Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos
e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,
reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades,
conflitos e contradições sociais.
• *Reconhecer algumas relações sociais, econômicas, políticas, culturais e étnicas
que a coletividade próxima a sua vivência estabelece com outras localidades,
conhecendo os momentos significativos da história local, contextualizados aos da
história regional, em
uma trajetória sócio histórica, do passado ao presente,
pesquisando diferentes tipos de fontes históricas: filmes, livros, entrevistas, músicas,
fotos, entre outras.
• *Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como
condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo se o respeito às
diferenças e a luta contra as desigualdades.
• *Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na
região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços.
•
*Estabelecer relações e comparações entre problemas atuais e de outros tempos.
•
*Questionar a realidade, identificando o problema e buscar possíveis soluções.
• *Levar o educando a adquirir uma postura crítica diante dos fatos históricos e
156
dentro da sociedade na qual está inserido, tornando o mais politizado.
• *Valorizar e respeitar a diversidade cultural e étnica bem como o patrimônio sócio
cultural desses povos.
• *Refletir sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos produzidos
na vida das sociedades.
•
*Situar conhecimentos históricos e localizá los em uma multiplicidade de tempo.
•
*Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento
interdisciplinar.
• *Valorizar aspectos sócios culturais de outros povos e nações, posicionando se
contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de
crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais.
•
*Compreender que as histórias individuais fazem parte de histórias coletivas.
•
*Estabelecer as relações de permanências e transformações no processo histórico.
• *Explicar relações sociais, econômicas e políticas de realidades históricas
singulares, com destaque para a questão da cidadania.
•
CONTEÚDOS
6º ANO
* Produção do conhecimento histórico
 O que é História
 Tempo e temporalidade
 Fontes e documentos
− Ciências auxiliares da História: arqueologia, antropologia, geografia, sociologia,
etnologia e outras.
* A humanidade e a História
 Teorias do surgimento da humanidade: de onde viemos; quem somos?
-
Teorias, mitos e lendas da origem do homem na América
 Pré-história e seus períodos
 Arqueologia no Brasil
 Povos indígenas no Brasil e no Paraná
157
* A formação das primeiras civilizações
- Mesopotâmia: formação e organização
* Sociedade teocrática: Egito Antigo
 Aspectos geográficos
 Sociedade, religião e arte em uma monarquia teocrática
* Hebreus, Fenícios e Persas
- Formação e organização
* Grécia: contradição em uma civilização escravista e democrática
 Formação e organização política e social
 Diferenças entre Atenas e Esparta
 O legado para a sociedade Ocidental
* Roma
 Origem e formação
 Períodos históricos
 Crise e desintegração do Império Romano
 Cultura Afro histórica do Paraná,
 Ciclos econômicos do Paraná – origem do índio
 Povoamento e fundação de Curitiba
 Migração e colonização primeiros movimentos de emancipação.
− Meio Ambiente
7º ANO
* Decadência do Império Romano e formação do feudalismo
- Crise e desintegração do Império Romano
- Fragmentação do poder
- Organização social política e econômica no feudalismo
* A crise do sistema feudal
c)
Renascimento comercial e urbano
d)
Crise política, econômica e religiosa
158
* Formação dos Estados Nacionais
e)
Centralização do poder
f)
Mercantilismo
* As grandes navegações
g)
Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política
h)
A visão eurocêntrica do mundo
i)
Evolução tecnológica
* A chegada dos europeus na América
j)
Encontros e desencontros entre culturas
k)
Resistência e dominação
* Renascimento
* Reforma e Contra Reforma
l)
Teorias da salvação
m)
Desenvolvimento de novas doutrinas
* Formação da sociedade brasileira e americana
n)
Sistema colonial
o)
Colonização inglesa e espanhola na América
p)
Colonização portuguesa na América
q)
Administração colonial: Capitanias Hereditárias e Governo Geral
r)
Escravização de indígenas e africanos
* Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa
s)
Organização política administrativa e sócio econômica
t)
Manifestações culturais
u)
Diáspora africana
* Escravização africana
v)
Tráfico negreiro
w)
A luta contra a opressão
159
* A economia e a sociedade açucareira
* Expansão e consolidação do território
x)
Missões
y)
Bandeiras
z)
Invasões estrangeiras
* Colonização do território paranaense
aa)
Organização social, política e econômica
* A economia mineradora
bb)
Aspectos da sociedade mineradora
cc)
Organização e administração
dd)
Declínio da produção aurífera
* Movimentos de contestação
ee)
Quilombos
ff)
Guerra dos Emboabas
gg)
Revolta de Vila Rica
hh)
Cultura Afro – brasileira
ii)
Ciclos econômicos do Paraná – origem do índio
jj)
Povoamento e fundação de Curitiba
kk)
Migração e colonização – primeiros movimentos de emancipação
- História do Paraná
- Criação da Província do Paraná
- Participação do Paraná nos conflitos nacionais e patrimônios históricos paranaenses
- Cultura Afro- descendente
- Herança cultural
- Movimentos de Consciência Negra
− Meio Ambiente
8º ANO
* Antigo Regime
ll)
Organização política, econômica, social e cultural
* Iluminismo
mm) Ideais combatidos e defendidos pelos filósofos iluministas
160
* Revolução Industrial e relações de trabalho
nn)
Etapas do processo produtivo
oo)
Pioneirismo inglês
pp)
Transformações na sociedade industrial
* Independência das Treze Colônias inglesas da América do Norte
qq)
Causas e consequências do processo de independência
* Revolução Francesa
rr)
Crise do Antigo Regime
ss)
Processo revolucionário
tt)
Ascensão de Napoleão
* Era Napoleônica
uu)
Conquistas europeias
vv)
Invasão da Península Ibérica
ww)
Congresso de Viena
* Processo de independência da Colônias da América espanhola
* Independência do Brasil
xx)
Movimentos de contestação: Conjuração Mineira e Baiana
yy)
Chegada da família real ao Brasil
zz)
Características do processo de independência
* Revoluções liberais, nacionalismo e unificações
* Expansão imperialista
* América no século XIX
- Guerra de Secessão
* Brasil: Primeiro Reinado
aaa) Governo de Dom Pedro I
bbb) Primeira constituição brasileira
ccc)
Confederação do Equador
161
* Brasil: Período Regencial
ddd) Situação política
eee) Revoltas provinciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha
* Brasil: Segundo Reinado
fff)
Governo de Dom Pedro II
ggg) Lei de Terras, Lei Eusébio de Queiroz
hhh) Início da imigração europeia
iii)
Transformações sócio econômicas
* Emancipação política do Paraná
jjj)
Organização econômica, social e política
kkk)
Migrações
* Crise do Império
lll)
Política externa: Guerra do Paraguai
mmm) Abolicionismo: lutas pelo fim da escravidão
nnn) Crises que levaram a queda da Monarquia
ooo) Abolição da escravidão
ppp) Cultura Afro - brasileira
qqq) Arquitetura e turismo no Paraná
rrr)
-
Migração e colonização no Paraná
Revolução Federalista no Paraná
sss)
Tropeirismo
ttt)
Meio Ambiente
9º ANO
4. Brasil: consolidação da República
5. Organização político administrativa
* Primeira Guerra Mundial
uuu) Situação conflituosa
vvv)
O pós-guerra
* Revolução Russa
162
www) Situação russa antes do processo revolucionário
xxx)
Transformações sócio econômicas
* Brasil: Primeira República
yyy)
Organização política do período
zzz)
O poder do café
aaaa) Revoltas na Primeira República
bbbb) Movimentos regionalistas no Paraná
cccc) A semana de Arte Moderna e a Revolução de 1930
* Crise capitalista e regimes totalitários
dddd) Crise de 1929
eeee) Ascensão do nazismo e do fascismo
* Segunda Guerra Mundial
ffff)
Acontecimentos que levaram à eclosão do conflito
gggg) A guerra e seus participantes
* Brasil: Período Getulista
hhhh) Organização político administrativa
iiii)
Populismo: leis trabalhistas, Constituição de 1934
jjjj)
A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
kkkk) Guerra Fria
llll)
Nova ordem internacional
mmmm)
Independência das Colônias Afro-asiáticas
* O populismo no Brasil e na América Latina
nnnn) Política mexicana e Argentina
oooo) Os governos de JK, Quadros e João Goulart
* Construção do Paraná moderno
pppp)
Os governos paranaenses e sua estrutura política, econômica, social e cultural
qqqq) Movimentos sociais
163
* Conflitos durante a Guerra Fria
rrrr)
Revoluções socialistas
ssss) Guerra do Vietnã, Guerra da Coreia
tttt)
Regimes totalitários no Brasil e na América Latina
* O regime militar no Paraná e no Brasil
uuuu) Repressão e censura
vvvv) Transformações sócio econômicas
* Movimentos de contestação no Brasil e no mundo
wwww)
Jovem Guarda
xxxx) Movimento negro
yyyy) Movimento Hippie
* Redemocratização
zzzz) Constituição de 1988
aaaaa)
Movimentos populares e urbanos
* Fim da bipolarização mundial
- Desintegração do bloco socialista
bbbbb)
Globalização
ccccc) 11 de setembro nos Estados Unidos
* África e América Latina no contexto atual
* O Brasil no contexto atual
ddddd)
Análise e reflexão sobre atual do Brasil
eeeee)
Paraná no contexto atual
fffff)
Cultura Afro-descendente: consciência negra – 20 de novembro
*Abolição ( Zumbi dos Palmares )
•
Povos indígenas no Paraná
•
Meio Ambiente
164
ENSINO MÉDIO
1º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
A experiência humana no tempo.
•
Quem faz a História
•
História de vida do aluno
•
Investigando nossas origens
•
Fontes históricas
•
O tempo e a história: periodização e calendários
•
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo
•
A Pré-História
•
Surgimento das cidades
•
Origem do Homem Americano
•
A cultura local e a cultura comum
•
Pré-história no Brasil – pinturas rupestres e sambaquis no Paraná
•
As relações de propriedade
•
A relação entre campo e cidade
•
Conflitos e resistências
•
O trabalho e a vida em sociedade
•
A constituição do Estado
•
Guerras e revoluções
•
Produção cultural
•
mesopotâmia – povos mesopotâmicos
•
Sumérios
•
Assírios
•
Babilônios
165
•
Caldeus
•
As sociedades teocráticas e escravistas (Egito, Mesopotâmia e Hebreus, povos
pré-colombianos, Grécia e Roma)
•
As relações culturais, cidades da antiguidade
•
O mundo do trabalho nas sociedades teocráticas e escravistas
•
As concepções de poder no mundo Antigo
•
Divisão do Império Romano
•
Queda do Ocidente: reinos bárbaros, reino dos Francos
•
Oriente: bizantinos, muçulmanos
•
Feudalismo: sistema, poder da Igreja, crise, cultura medieval, as relações de
trabalho, o poder e o controle social.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
A produção do conhecimento histórico
•
História: concepção e temporalidade
•
Linha do tempo
•
Teorias da criação
•
Big Bang
•
A construção histórica: métodos, fontes, documentos, linhas de pesquisa,
arqueologia e antropologia.
•
Relações entre o homem, a terra, suas origens, sua cultura e evolução em
diferentes tempos e espaços.
•
Os primeiros grupos humanos; Teorias Criacionista e Evolucionista ( Lei nº
10.639/03 Surgimento do homem no continente africano).
•
As primeiras aldeias e cidades: Pré história no Brasil.
•
O povoamento da América: Origem do homem americano. ( Lei nº 10.639/03 –
África como berço da humanidade).
•
História do Paraná. (Lei 13.381/01)
•
Idade Média no Ocidente
•
Alta Idade Média
•
Feudalismo – origens, economia, relações sociais
•
Mundo Árabe
166
•
Formação e declínio
•
Islamismo
•
Baixa Idade Média
•
Crise do feudalismo: transformações na sociedade medieval, cristão e
muçulmanos, renascimento comercial
2º ano
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
As relações de propriedade
•
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade
•
A relação entre o campo e a cidade
•
Conflitos e resistências e produção cultural campo / cidade
•
Emergência do mundo burguês
•
As relações de poder na constituição dos Estados moderno
•
Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos
•
Correlação com Brasil Pré-colonial e Américas
•
História das relações da humanidade com o trabalho
•
O trabalho e a vida em sociedade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Na formação da modernidade
•
Formação das Monarquias nacionais
•
Guerra dos Cem anos
•
Guerra das duas rosas
•
Revoltas camponesas
•
Renascimento Cultural
•
O Homem, a razão e a ciência
•
Cientistas desafiam a igreja
•
Reformas religiosas
•
Lutero, Calvino e Henrique VII
•
Contra reforma
•
Origens do Sistema Capitalista
167
•
Expansão Marítima
•
Novos caminhos levam à América
•
Conquistas e miscigenação
•
A industrialização (capital e trabalho)
•
A construção do trabalho assalariado
•
O Iluminismo e o Liberalismo econômico
•
Transição do trabalho servil para o trabalho livre assalariado
•
A Revolução Francesa e o Império Napoleônico
•
A independência das colônias da América
•
Brasil no contexto mundial
•
O Imperialismo
•
O poder e a violência no Estado Nacional
•
A urbanização e industrialização no séc. XIX
•
Capitalismo na América
•
Transição do trabalho escravo para o trabalho livre
•
Brasil Império, Período Regencial e República.
•
Urbanização e industrialização no Paraná (Lei 13.381/01
•
As relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo
•
A Primeira Guerra Mundial
•
A República Velha brasileira
•
A Revolução russa
•
A crise de 1929
•
Período Getulista : Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo
( a urbanização e industrialização no Brasil)
•
O Nazismo e o Fascismo
•
A Segunda Guerra Mundial.
•
Lei nº 10.639/03 – Consciência Negra
3º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Relações de trabalho
•
Relações de poder
•
Relações culturais
168
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
A Constituição das instituições sociais
•
A formação do Estado
•
Sujeitos, guerras e revoluções
•
A Constituição das instituições sociais
•
A formação do Estado
•
Sujeitos, guerras e revoluções
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
O mundo Pós- Guerra – Formação da ONU e da OTAN
•
O mundo das desigualdades
•
Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea
•
A democracia brasileira – Movimento Feminista
•
O populismo e as ditaduras militares
•
A crise do Bloco Socialista
•
Guerra Fria
•
Capitalismo (EUA) x Socialismo (URSS): a polarização
•
Os governos populistas no Brasil (1945-1964) – política econômica, crise e fim
do Governo Vargas, reformas de base, governo militar
•
A América Vermelha
•
A revolução cubana
•
A experiência chilena
•
Nicarágua sandinista
•
A consciência do terceiro mundo
•
A descolonização da África e da Ásia
•
A ditadura militar no Brasil
•
O regime militar
•
A constituição de 1967
•
Das passeatas ao AI 5
•
A luta armada
•
A repressão
169
•
O milagre econômico
•
Figueiredo e a abertura
•
A mobilização da sociedade civil
•
A reação da extrema direita
•
Diretas Já
•
A eleição de Tancredo e o Governo Sarney
•
A Queda do Muro de Berlim
•
O fim do Socialismo no Leste Europeu
•
Collor: votação e frustação
•
O mundo contemporâneo
•
O declínio do comunismo
•
Tensões e conflitos do mundo atual
•
O Neoliberalismo e a Globalização
•
Brasil FHC – Plano Real e transição e o Governo Lula
•
Limitação dos direitos sociais – conflitos dos grupos sociais contemporâneos
•
Crise Sindical
•
Os investimentos estrangeiros e as reformas
•
América Latina no contexto histórico mundial – acertos e desacertos
•
EUA e o Governo Obama
•
O indígena no Brasil
•
Cultura Afro-descendente: consciência negra - 20 de novembro. Lei nº
10.639/03
•
Governo Lula e a transição com o Governo Dilma
•
A Crise Econômica Européia.
METODOLOGIA
A função do ensino de História é contribuir para a formação do senso crítico do
educando, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, passando de simples
reprodução do conhecimento à compreensão das formas como este se produz,
formando um homem capaz de compreender o mundo onde está inserido e interferir
ativamente no mesmo como sujeito histórico e produtor do próprio conhecimento.
Para que a proposta se efetive deve se valorizar o aluno enquanto sujeito,
considerando suas experiências, suas diferenças étnicas e culturais e sua autonomia
170
como cidadão. Nessa perspectiva deve existir uma relação de interação professoraluno que possibilite a investigação histórica considerando que o conhecimento não
deve ser dado como pronto e acabado, mas re laborado e construído a partir da
realidade vivida. Incentivar o aluno a questionar os conteúdos a serem apresentados
pelo livro didático, fazendo com que eles questionem e debatam a respeito dos temas e
percebam que cada um participa como agente da história e se tornem cidadãos críticos
, questionando as verdades tidas como absolutas nestes livros, através da pesquisa e
de outros tipos de fontes e reconstruam a narrativa histórica juntamente
com o
professor os orientador.
A escola deve abrir espaço para questões que intervém na vida do aluno e com
as quais se defronta no dia-a-dia, já que a história tem como objeto de estudos os
processos históricos relativos às ações e relações humanas praticadas ao longo do
tempo.
Todas as propostas precisam ser trabalhadas através da problematização dos
conteúdos, utilizando para isso a produção historiográfica e as várias linguagens da
História como cinema, quadrinhos, caricaturas, imprensa, documentos variados, Além
disso, as tecnologias da comunicação também devem ser utilizadas como recurso
didático privilegiando os procedimentos de pesquisa, questionamento, estudo e
reflexão, debates, resumos orais e escritos, criação de imagens, gráficos, linhas do
tempo, murais ou exposições,utilização de livros didáticos, mapas, jornais, revistas ,
vídeos, TV Multimídia, entrevistas, trabalhos individuais ou em grupos, leitura de textos
complementares referentes aos conteúdos trabalhados em sala de aula,pesquisas,
debates, quadro de giz.
Possibilitar ao aluno a reflexão sobre seus valores e suas práticas cotidianas e
relacioná-las com problemáticas históricas inerentes ao se grupo de convívio à
localidade, à sua região e a sociedade nacional e mundial. Nessa linha, será
desenvolvido um trabalho que favorecerá a construção pelo aluno de noções de
diferenças, transformações e permanências.
O papel do professor como mediador será imprescindível para viabilizar todos
esses procedimentos, pois permitirá o diálogo interpessoal proporcionando reflexões
sobre o processo construído coletivamente.
171
AVALIAÇÃO:
A avaliação como parte integrante do processo, ensino-aprendizagem tem como
finalidade diagnosticar e conduzir a uma tomada de decisão.
No processo de avaliação devem ser considerados o envolvimento nas
atividades, a sistematização dos conteúdos e o resultado final (o que aprendemos
sobre...?). Para tanto devemos considerar o conhecimento prévio do aluno, suas
vivências temporais, biológicas e sociais levando à construção da temporalidade e à
compreensão de que a própria temporalidade é uma construção histórica.
Para avaliar é necessário verificar a aprendizagem a partir daquilo que é
significativo para o educando dentro da sua realidade sócio cultural, considerando as
produções dos alunos e as mudanças de comportamento. Onde serão avaliados
através de trabalhos individuais ou em grupos, confecção de murais relatórios , leitura
de textos complementares
referentes aos temas trabalhados em sala de aula ,
pesquisas debates...Aqueles com aproveitamento insuficiente serão submetidos a
estudos de revisão de conteúdos e posteriormente se realizará a reavaliação, com
objetivo de melhoria da aprendizagem e, consequentemente das notas. Cabe ressaltar
que a reavaliação é direito de todos. Aplicada a reavaliação, a nota menor será
substituída pela maior.
Quanto a avaliação tem um caráter processual e diagnóstico possibilitando ao
professor uma análise constante do trabalho e ao mesmo tempo permitindo ao aluno
acompanhar o seu desempenho.
“Há sempre uma forma de fazer melhor. O segredo é descobri la.”(Thomas
Edison)
Dentro desse contexto cabe ao professor diversificar sua maneira de avaliar,
buscando captar o melhor momento da aprendizagem e, por conseguinte identificar
dificuldades para que sejam programadas atividades de recuperação. “... para que a
avaliação sirva à democratização do ensino, é (preciso) modificar a sua utilização de
classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação deverá ser assumida como um
instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno,
tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no
seu processo de aprendizagem”.(Luckesi, 2002, p.81).
172
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história. Campinas:
Papirus, 2003. P.37-38.
FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. Editora global, 2003.
HISTÓRIA VIVA: TEMAS BRASILEIROS. Presença negra. São Paulo: Duetto, n.3,
2006.
HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções(1789-1848). Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1982.
_______________. A era do capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
_______________. A era dos extremos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
1995.
LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre. História: novos problemas. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1979
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
MORAIS, José Geraldo Vinci de. História geral e Brasil. São Paulo: Atual, 2003.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Paraná 150 anos O Sesquicentenário
do Paraná no contexto escolar. Curitiba: Cetepar, 2004.
GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1981.
SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade. O Currículo integrado.
Porto Alegre, Artes Médicas, SD.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para o
Ensino Fundamental. Curitiba, SEED, 2008.
PAZZANO, Silvia, VAZ, Maria Luiza. Navegando pela História. 1ª edição. São Paulo,
Quinteto Editorial, 5ª a 8ª séries.
Thompson,Edward P. Senhores e Caçadores:
A origem da lei negra. Rio de
Janeiro:Paz e Terra, 1987
ARROYO, Miguel. Educação e Exclusão da Cidadania. In: Educação e Cidadania:
quem educa o cidadão? São Paulo: Cortez, 1995.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
173
PROPOSTA PEDAGÓGICA DA LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Pensar no ensino da língua implica pensar também nas contradições, nas
diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. A rapidez das
mudanças ocorridas no meio social e a percepção das inúmeras relações de poder
presentes nas teias discursivas que atravessam o campo social, constituindo e
recebendo, concomitantemente, seus influxos, estão a requerer, dos professores, uma
mudança de posicionamento no que se refere a sua própria ação pedagógica.
A ação pedagógica, assumida ou ditada pelos livros didáticos, seguiu,
historicamente, uma posição normativista de linguagem que excluíra, do processo de
aquisição e aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto,
pautando-se, no ensino de língua materna, no repasse de regras e nomenclatura da
gramática tradicional.
Hoje, sabemos que os conceitos mudaram, pois na perspectiva de superação
efetiva de tal postura, o trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa, passou a
considerar o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na
constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela interagem.
No entanto, mais do que simplesmente aceitar as novas metodologias de
ensino como sendo absolutas e inquestionáveis, é interessante, a partir de uma
perspectiva sócio-histórica, investigar todas as transformações ocorridas em uma
disciplina, bem como no currículo escolar. Pois, de acordo com Venturi & Gatti Júnior
(2004):
A evolução de uma disciplina pode ser entendida como produto das
contradições e transformações internas e externas da área disciplinar. O
estudo da construção de uma disciplina escolar e do currículo escolar deve
atentar para os aspectos educacionais no contexto das práticas pedagógicas e
do movimento que se dá no âmbito da sociedade de caráter político,
econômico e cultural. (VENTURI & GATTI JÚNIOR, 2004, p. 67)
Portanto, para compreender os desafios educacionais presentes no contexto
atual é necessário refletir sobre a forma como a presente situação foi gestada
historicamente e tentar levantar as “heranças” que foram sendo adquiridas desde o
início do ensino da Língua Portuguesa no país, pois –admitindo-se a disciplina como
criação humana num determinado tempo e espaço, e sabendo-se que ela pode ser
revisitada e examinada em seu processo de construção – conhecer a história da
disciplina contribui bastante para entender o papel que ela desempenha no currículo
escolar.
174
Segundo Chervel (1990)1 “a disciplina é, por sua evolução, um dos métodos da
escolarização”, e sua grandeza é identificada “em todos os níveis e em todas as
rubricas da história tradicional do ensino, desde a história das construções escolares
até a das políticas educacionais ou dos corpos docentes.”
Venturi & Gatti Júnior (2004) dizem que:
As finalidades educacionais interferem muito em uma disciplina escolar,
especialmente no que se refere à importância na “hierarquia” das disciplinas de
uma série, nível, grau ou modalidade de ensino, inclusive em seu conteúdo,
que é fruto do contexto, da época e do lugar em que é produzido. Desse modo,
as diferentes finalidades do ensino, o contexto sociocultural, a ênfase em um
determinado tipo de formação (formação humanística, científica ou técnica) se
constituem em fatores relevantes no processo de desenvolvimento de uma
disciplina escolar. (VENTURI & GATTI JÚNIOR, 2004, p. 68)
Daí a importância de se fazer um levantamento histórico da disciplina de
Língua Portuguesa, pois só assim será possível compreendermos os atuais objetivos
no que se refere ao ensino dessa disciplina e os desafios postos à formação dos
cidadãos na época em que vivemos, bem como as transformações sociais e culturais
pelas quais vêm passando os sujeitos envolvidos nas atividades escolares.
O ensino de Língua Portuguesa no Brasil, segundo as Diretrizes Curriculares,
iniciou-se com a educação jesuítica, voltada para a formação da elite colonial. As
primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim. Ao mesmo tempo
alfabetizavam e catequizavam os indígenas com uma pedagogia que visava a
expansão católica.
O ensino da Língua Portuguesa, ensinado pelos jesuítas, limitava-se em ler e
escrever. Nos cursos secundários, as aulas eram de gramática latina e retórica, além
do estudo de grandes autores clássicos.
No período colonial, a língua mais falada pela população era o tupi. O
português era o idioma da elite. Somente com a Reforma Pombalina, em 1758, de
Marquês de Pombal, a língua portuguesa tornou-se idioma oficial do Brasil, proibindo o
uso do tupi-guarani. Com isso tornando hegemônica a língua portuguesa em todo o
Brasil.
Com a chegada da família real ao Brasil, foram instaladas as primeiras
faculdades destinadas às classes privilegiadas. Mesmo com algumas reformas, as
classes populares que precisavam do ensino para aprender a ler e escrever a língua
portuguesa, continuaram precárias.
Nas últimas décadas do século XIX, tornou-se obrigatório nos currículos
1
apud Venturi & Gatti Júnior, 2004, p. 68.
175
escolares brasileiros, a disciplina de Língua Portuguesa. Este ensino fragmentava-se
no ensino da Gramática, Retórica e Poética.
Em 1871 o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português,
mantendo a tradição da gramática, da retórica e da poética até os anos 40 do século
XX, permanecendo assim até o final do século XIX.
O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até
meados do século XX.
Com a Lei nº5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no 1º
grau, Comunicação e Expressão, nas quatro primeiras séries, e Comunicação em
Língua Portuguesa, nas quatro últimas séries. No 2° grau a denominação da disciplina
passou a ser Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Essa Lei estabelecia que se
devia dar relevo especial à língua nacional “como instrumento de comunicação e como
expressão da cultura brasileira”. Ressaltava-se o valor da língua para a construção do
patriotismo entre os alunos.
Devido à expansão dos cursos profissionalizantes no 2º grau, a disciplina
Português se divide em Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Portuguesa e
Técnicas de Redação.
Referente ao ensino de Literatura – pensando agora na prática da leitura – até
os meados do século XX, o principal instrumento de trabalho pedagógico eram as
antologias literárias, com base nos cânones.
Nos anos 70, a Literatura passou a fazer parte somente do 2º grau, com
abordagens históricas do texto literário. Com análise do texto poético propunha-se
somente as estruturas formais tornando os alunos meros ouvintes. Mais tarde passou
para uma análise literária simplificada.
No início dos anos 80, os estudos linguísticos centrados no texto e na interação
social das práticas discursivas e as novas concepções sobre a aquisição da língua
materna, passaram a ser lidas nos meios acadêmicos.
A dimensão tradicional de ensino da língua foi deixada de lado, passando a
envolver questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental
de análise.
A Reestruturação do Ensino de 2º grau de 1988, e do Currículo Básico, de
1990, que denunciavam o ensino da língua de modo repetitivo e de conteúdos
gramaticais, valorizou o direito à educação linguística, rompendo com o ensino
tradicionalista.
No final da década de 1990, os PCNs, fundamentaram a proposta para a
176
disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas, levando a uma
reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na
educação básica brasileira, as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa
requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino. Esta proposta dá
ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente
reflexiva e produtiva. As práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, a
inclusão dos conceitos e definições são ferramentas básicas na ampliação das
aptidões linguísticas dos estudantes.
A atual proposta do ensino de Língua Portuguesa tem como embasamento
teórico a concepção sócio-interacionista da linguagem. Essa teoria concebe
conhecimento como um processo construído pelo indivíduo, em interação com o meio,
ao longo de sua vida. Nessa perspectiva, a linguagem é vista como uma atividade
social, histórica e constitutiva do homem, isto é, homem e linguagem são realidades
inseparáveis. A interação verbal (as diferentes situações em que as pessoas
conversam ou escrevem na sociedade), é portanto o espaço da realidade da língua,
pois é nele que se dão as enunciações como trabalho das pessoas envolvidas nos
processos de comunicação.
A linguagem, nessa concepção, é vista como ação entre sujeitos histórica e
socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações
dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela
pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho.
Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,
compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da
sociedade.
O ensino de língua tem como centro o estudo do texto, em coerência com a
concepção adotada, pois se preocupa com o uso da língua nas diversas situações
sociais. Trata-se de pensar a relação de ensino como lugar de práticas de linguagem,
as quais devem ser compreendidas para que se possa usar a língua com eficiência.
Por isso, deve-se explorar ao máximo os eixos norteadores do trabalho com a língua:
oralidade, leitura e escrita.
Para atingir os objetivos aqui propostos, é importante refletir sobre a
metodologia adotada. Com base nas DCEs de Língua Portuguesa,
o trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno
traz ao ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a
inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos
177
conhecimentos para os multiletramentos6, a fim de constituírem ferramentas
básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes. (DCEs:
Língua Portuguesa, 2008, p. 48)
Caberá à escola possibilitar a participação de seus alunos em diferentes
práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com o objetivo de inserilos nas variadas esferas de interação. Pois, caso contrário, “o sujeito ficará à margem
dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma sociedade
letrada.” (DCEs: Língua Portuguesa, 2008, p. 48)
Assim, possibilitar-se-á a inclusão de todos os indivíduos que frequentam a
escola pública; principalmente os alunos inseridos no campo; em uma sociedade cheia
de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, dessa
forma, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos, valorizando-os como
construtores de sua própria identidade.
É notório, ainda, que toda reflexão referente à língua só tem sentido se
considerarmos, como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente
em atividades que possibilitem aos estudantes do campo e professores experiências
reais do uso da língua materna. Portanto, a reflexão será complexa se valorizarmos o
ensino/aprendizagem da língua além dos limites formais da mesma.
OBJETIVOS GERAIS
É papel fundamental da Língua Portuguesa oportunizar atividades relacionadas
com outras áreas do conhecimento, com temas que envolvam questões sociais da
atualidade efetivando assim a participação plena do cidadão do campo.
Logo, é necessário possibilitar aos alunos a ampliação do domínio de uso das
linguagens verbais e não verbais através do contato direto com textos dos mais
variados gêneros, orais ou escritos, engendrados pelas necessidades humanas
enquanto falante do idioma.
Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de
ensino:
No que se refere ao domínio da oralidade:
•
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções
que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se
178
diante dos mesmos;
•
Utilizar a linguagem na produção de textos orais de modo a atender
a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos
comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições
de produção do discurso;
•
Refletir sobre os textos ouvidos, reconhecendo gênero e tipo de
texto, bem como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
•
Analisar os textos ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus
conhecimentos linguístico-discursivos;
•
Conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português,
procurando combater o preconceito linguístico;
•
Reconhecer e valorizar seu grupo social como instrumento
adequado e eficiente na comunicação cotidiana, bem como outros
grupos sociais que se expressem por meio de outras variedades.
No que se refere ao domínio da leitura:
•
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando
através da Literatura a constituição de um espaço do trabalho com
as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;
•
Analisar criticamente os diferentes discursos, desenvolvendo a
capacidade de avaliação dos textos;
•
Refletir sobre os textos lidos, identificando gênero e tipo de texto,
assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
•
Perceber como a linguagem dos textos lidos está sendo usada de
modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a
diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as
diferentes condições de produção do discurso;
•
Analisar os textos lidos, possibilitando que o aluno amplie seus
conhecimentos linguístico-discursivos.
No que se refere ao domínio da escrita:
•
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os
179
interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e
suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
•
Refletir sobre os textos produzidos, atualizando o gênero e tipo de
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
•
Utilizar a linguagem na produção de textos escritos de modo a
atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes
propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes
condições de produção do discurso;
•
Conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português,
procurando combater o preconceito linguístico;
•
Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise
linguística para expandir sua capacidade de monitoração como das
possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade da
análise crítica;
•
Analisar os textos produzidos, possibilitando que o aluno amplie
seus conhecimentos linguístico-discursivos;
•
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar
acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos
discursivos, propiciando ao aluno condições para adequar a
linguagem aos diferentes contextos sociais;
•
Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio,
desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos.
Sendo a língua a base das interações sociais e admitindo a interlocução como
concepção de linguagem, fica clara a importância da aprendizagem da língua materna
no contexto escolar, pois só assim o indivíduo poderá tornar-se competente para fazer
uso da língua nos mais variados contextos discursivos, formais ou informais, e não
somente naquele em que estava inserido antes da entrada no meio educacional,
evitando-se assim a exclusão decorrente do uso da linguagem.
Mais do que isso, vale acrescentar ainda que, para que haja a participação
ativa e crítica do indivíduo no meio em que vive, é fundamental que ele consiga ter
domínio da linguagem, sabendo usá-la e adequá-la à situação e, assim, conseguindo
construir seu discurso de forma que possa modificar o interlocutor, agir sobre o outro.
É importante ressaltar que os objetivos aqui propostos e as práticas deles
180
decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que, por meio
da inserção e participação dos alunos em processos interativos com a língua oral e
escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do aluno
e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a sua vida.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE / BÁSICOS
Durante muito tempo, o conteúdo gramatical, legitimado por uma classe social
influente e pela tradição acadêmica escolar, tem sido a base para o ensino de Língua
Portuguesa e, por assim ser, tem havido uma forte resistência em mudar, nas salas de
aula, a prática decorrente dessa concepção. O conceito de conteúdo estruturante lança
um novo olhar sobre esse aspecto, porque esse conceito é constituído dentro da
mobilidade histórica.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas
diferentes instâncias sociais, as Diretrizes sugerem que o ensino de Língua Portuguesa
se exerça norteado pelos processos discursivos, numa dimensão histórica e social,
considerando o papel ativo do sujeito-aluno nas atividades com e sobre a linguagem.
Sendo assim, o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa que atende a essa
perspectiva é o discurso como prática social. E os conteúdos serão relacionados,
priorizando os três eixos básicos: oralidade, leitura e escrita. Estes se repetem
basicamente de uma série para outra, o que acontece é uma graduação de dificuldade,
uma análise mais aprofundada, que exige um maior grau de conhecimentos.
6º ANO
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação.
Sugestões de gêneros discursivos para o 6ª ano: conto infantil, tira, cartum, página
de dicionário, crônica, anúncio, anedota, quadrinha, poema, letra de música, fábula,
história em quadrinhos, relato pessoal, carta pessoal, e-mail, diário, blog, texto de
opinião, descrição, memória, receita culinária, cartaz, fotografia, resumo, narrativas de
181
aventura (literatura infanto-juvenil).
Leitura
Conteúdos básicos:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Argumentos do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem.
Escrita
Conteúdos básicos:
Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
Oralidade
Conteúdos básicos:
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentos;
182
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Leis nº 11.645/08 e 10.639/03 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena)
Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua
família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da
diversidade étnica brasileira;
Produção de história em quadrinhos relacionadas ao povo afrodescendente e indígena
falando de suas culturas;
Ler e interpretar textos que retratam as questões racial e indígena;
Contação de histórias africanas e indígenas;
Filmes que abordem os temas;
Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio.
Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná)
Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII;
Pesquisa sobre lendas regionais e apresentação destas para a turma;
Pesquisa e estudo de textos que fazem referência à formação da sociedade
paranaense.
Lei nº 9.795/99 (Meio-ambiente)
Leitura e estudo de textos que apresentem temas referentes à educação ambiental;
Produção de texto de opinião que aborde a importância da preservação do meio
ambiente.
Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Parecer CEE/CEB nº
1011/10 (implementação da Educação Básica do Campo no Sistema Estadual de
Ensino do Paraná) e Resolução nº 4783/2010 (reconhece a Educação do Campo como
uma política pública educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais
nas Escolas do Campo)
Leitura de contos e/ou demais textos curtos (como piadas, crônicas, tiras,
183
histórias em quadrinhos etc.) que explorem o emprego da variação regional/rural da
língua, atentando para a importância de respeitar as características culturais dos
diferentes dialetos da língua portuguesa e, concomitantemente, reconhecer as
diferentes situações de comunicação em que se deva fazer uso da variedade padrão
ou que se possa utilizar uma variedade não-padrão da língua materna.
Produção de relato pessoal sobre a história dos antepassados dos alunos, que,
em sua maioria, provêm de um ambiente rural, marcado pela dificuldade de recursos e
de acesso às grandes cidades, etc.
7º ANO
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação.
Sugestões de gêneros discursivos para o 7º ano: mito, fotografia, charge, tira,
cartum, poema, crônica, anúncio publicitário, poema-imagem, texto de campanha
comunitária, quadro, argumentação oral, depoimento, reportagem, debate, narrativa de
aventura (literatura infanto-juvenil), notícia, entrevista, narrativa de terror.
Leitura
Conteúdos básicos:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Informações explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
184
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem.
Escrita
Conteúdos básicos:
Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
Oralidade
Conteúdos básicos:
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Semântica.
Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena)
Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua
185
família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da
diversidade étnica brasileira;
Debates sobre textos relacionados ao assunto e produção de textos sobre temas
diversos;
Ler e interpretar textos que retratam as questões racial e indígena;
Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio;
Estudo dos gêneros musicais do samba e rap;
Filmes que abordem os temas;
Produção de poemas sobre o negro e o índio.
Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná)
Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII;
Pesquisa e estudo de textos que fazem referência à formação da sociedade
paranaense;
Produção de entrevista oral a uma pessoa idosa da comunidade que possa contar um
pouco da História do lugar onde está situada a escola.
Lei nº 9.795/99 (Meio-ambiente)
Leitura e estudo de textos que apresentem temas referentes à educação ambiental;
Produção de texto de campanha comunitária cuja finalidade é incentivar a população a
participar de uma causa de interesse da comunidade: a preservação dos espaços
naturais da localidade onde se situa a escola.
Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Parecer CEE/CEB nº
1011/10 (implementação da Educação Básica do Campo no Sistema Estadual de
Ensino do Paraná) e Resolução nº 4783/2010 (reconhece a Educação do Campo como
uma política pública educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais
nas Escolas do Campo)
Leitura e estudo de textos que apresentem temas referentes à vida no campo, como a
música Cuitelinho, de Renato Teixeira, e produção de paródia que se desenvolva o
emprego da variedade regional/rural e faça uso de temas referentes ao ambiente do
campo.
8º ANO
186
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação.
Sugestões de gêneros discursivos para o 8º ano: crônica; texto teatral; cartum,
charge, tira; crítica; pintura; carta-denúncia; divulgação científica; entrevista; seminário;
narrativa de aventura (literatura infanto-juvenil), romances.
Leitura
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto,pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Semântica:
• operadores argumentativos;
• ambiguidade;
• sentido figurado;
• expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
187
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Concordância verbal e nominal;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
Semântica:
• operadores argumentativos;
• ambiguidade;
• significado das palavras;
• sentido figurado;
• expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas ...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena)
188
Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões
do vocabulário;
Estudos de textos de escritores negros e/ou que abordem temas referentes ao negro e
ao índio;
Estudo dos gêneros musicais do samba e rap;
Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio;
Filmes que abordem os temas;
Debates sobre o espaço dos afrodescendentes e indígenas e de suas culturas nos
meios de comunicação de massa (em especial na TV);
Produção de textos sobre as culturas afro-brasileira e indígena;
Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná)
Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII;
Produções de textos fazendo comparação da formação da sociedade com os dias
atuais;
Debates sobre a colonização e formação das cidades, após leituras de textos;
Produções de textos sobre aspectos da História do Paraná.
Lei nº 9795/99 (Meio-ambiente)
Leituras, análises e interpretações de textos que abordam o assunto meio-ambiente
(narrações, charges, pinturas, artigos de opinião, textos jornalísticos, poemas, canções
etc.)
Produções de seminários que defendam a importância da preservação do meioambiente;
Filmes;
Debates.
Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Parecer CEE/CEB nº
1011/10 (implementação da Educação Básica do Campo no Sistema Estadual de
Ensino do Paraná) e Resolução nº 4783/2010 (reconhece a Educação do Campo
como uma política pública educacional voltada ao atendimento escolar das populações
rurais nas Escolas do Campo)
Leitura e audição das músicas Rei do gado, de Tião Carreiro e Pardinho, Asa branca,
de Luiz Gonzaga, e Disparada, de Geraldo Vadré, Théo de Barros; estudo da
linguagem e dos costumes das pessoas que vivem no campo; produção de peças
189
teatrais cujos enredos sejam adaptações das músicas ouvidas.
9º ANO
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação.
Sugestões de gêneros discursivos para o 9º ano: crônica; reportagem; tira; charge;
cartum; painel de fotos; editorial; pintura; conto; painel de esculturas e pinturas; debate;
texto dissertativo-argumentativo; poema; narrativa de aventura (literatura infantojuvenil); romances.
Leitura
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Discurso ideológico presente no texto;;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica:
Escrita
•
operadores argumentativos;
•
polissemia;
•
expressões que denotam ironia e humor no texto.
190
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito,
etc.;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
• operadores argumentativos;
• modalizadores;
• polissemia.
Oralidade
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático ;
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas ...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
191
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena)
Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões
do vocabulário;
Estudos de textos de escritores negros e/ou que abordem temas referentes ao negro e
ao índio;
Estudo dos gêneros musicais do samba e rap;
Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio;
Filmes que abordem os temas;
Debates sobre o espaço dos afrodescendentes e indígenas e de suas culturas nos
meios de comunicação de massa (em especial na TV);
Produção de poemas sobre as culturas afro-brasileira e indígena;
Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná)
Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII;
Produções de textos fazendo comparação da formação da sociedade com os dias
atuais;
Debates sobre a colonização e formação das cidades, após leituras de textos;
Produções de textos sobre aspectos da História do Paraná.
Lei nº 9795/99 (Meio-ambiente)
Leituras, análises e interpretações de textos que abordam o assunto meio-ambiente
(narrações, charges, pinturas, artigos de opinião, textos jornalísticos, poemas, canções
etc.)
Produções de texto dissertativo-argumentativo sobre o assunto;
Filmes;
Debates.
Educação do campo
A lei 9394/96 pelo decreto 7352 de 4 de novembro de 2010
192
que visa contemplar a educação no campo como prática de valorização das
características peculiares de cada região, valorizando o homem do campo como
construtor da sua própria identidade.
Será trabalhado o gênero memórias como forma de resgatar e valorizar a cultura local.
Através de entrevistas com pessoas da localidade e posterior produção de receitas
poderá ser resgatada a prática de pequenas culturas e fabricação de doces e
compotas caseiras, bem como cultivo de hortas de subsistência como forma de
melhoria da alimentação.
ENSINO MÉDIO
1º ANO
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
Sugestões de gêneros discursivos para o 1° ano:
Textos que confrontem linguagem literária de linguagem não-literária: crônica, conto,
novela, romance, poema, memórias, biografia, relato histórico, letra de música,
anúncio, publicidade comercial, cartaz, cartum, charge, tira, classificados, notícia,
sinopse de filme, história em quadrinhos, carta do leitor, e-mail.
Textos que pertençam aos três grupos de gêneros literários, a fim de diferenciá-los:
Gênero narrativo (ou épico);
Gênero lírico;
Gênero dramático.
Leitura
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto ;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
193
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto;
Semântica:
• operadores argumentativos;
• modalizadores;
• figuras de linguagem;
• sentido conotativo e denotativo;
Conteúdos específicos:
Prática de leitura de diferentes tipos e gêneros textuais curtos e longos,
tentando diferenciar sempre a linguagem literária da linguagem nãoliterária.
Estudo das escolas literárias (inspirações, ideologias, contexto histórico,
consequências) a partir da leitura de textos pertencentes a elas:
•
O Trovadorismo;
•
O Humanismo;
•
O Renascimento;
•
O Quinhentismo brasileiro;
•
O Barroco;
•
O Arcadismo (Neoclassicismo).
No que se refere à interpretação:
* Identificar as ideias apresentadas no texto;
194
* Reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo, informativo, poético,
literário, de imprensa e outros);
* Identificar o processo e o contexto de produção;
* Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;
* Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;
* Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em
linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas
diferentes; o mesmo tema
sob perspectivas diferentes).
No que se refere à análise de textos lidos:
* Avaliar o nível argumentativo;
* Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
* Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e
recursos
coesivos).
No que se refere à mecânica da leitura:
* Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua
relação com os sinais de pontuação.
Escrita
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Partículas conectivas;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
195
Semântica:
• operadores argumentativos;
• modalizadores;
• sentido conotativo e denotativo;
• figuras de linguagem;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,
etc.);
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
Conteúdos específicos:
No que se refere à produção de textos:
* Poemas, crônicas, peças teatrais (textos literários);
* Classificados, sinopses de filmes, carta do leitor (textos de imprensa);
* Narrativas reais e imaginárias;
* Histórias em quadrinhos;
* Resumos, anúncios e cartazes (textos de divulgação);
* Textos dissertativos;
* E-mail.
No que se refere ao conteúdo:
* Clareza;
* Coerência;
* Argumentação.
No que se refere à estrutura:
* Processos de coordenação e subordinação na construção das orações;
* Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.);
* A organização de parágrafos;
* Pontuação.
No que se refere à expressão:
* Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência
196
verbal e
nominal).
No que se refere à organização gráfica dos textos:
* Ortografia;
* Acentuação;
* Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).
Oralidade
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas etc.;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Conteúdos específicos:
Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos, eventos, textos lidos [literários ou informativos],
programas de TV, filmes, entrevistas, etc.);
Debates
(assuntos
lidos,
acontecimentos,
situações
polêmicas
contemporâneas, filmes, programas);
Dramatizações;
Seminários sobre temas voltados à comunidade, à atualidade e à
197
literatura.
No que se refere às atividades da fala:
* Clareza na exposição de idéias;
* Seqüência na exposição de idéias;
* Objetividade na exposição de idéias;
* Consistência argumentativa na exposição de idéias;
* Adequação vocabular ao interlocutor e às situações de uso;
* Discussão em sala de aula.
No que se refere à fala do outro:
* Reconhecimento das intenções e objetivos;
* Respeito e acolhida pelas diferenças e diversidades na forma oral de expressão;
* Construção de sentidos e significados ao longo das trocas lingüísticas orais ou
escritas;
* Julgar a fala do outro na perspectiva da educação às circunstâncias da clareza e
consistência argumentativa.
No que se refere ao domínio da norma padrão:
* Análise e reflexão com experiências reais;
* Usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas;
* Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão;
* Aplicação correta dos verbos em atividades de fala;
* Concordância verbal e nominal;
* Regência verbal e nominal;
* Emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
Análise linguística (perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade)
Conteúdos
* Conotação e denotação;
* Coesão e coerência textual;
* Vícios de linguagem;
* Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
* Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz,
como: felizmente, comovedoramente...);
198
* Semântica;
* Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
* Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos
do texto;
* A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
* Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
* Acentuação gráfica;
* Estrangeirismos, neologismos, gírias;
* Sinonímia, paronímia, homonímia;
* Procedimentos de concordância verbal e nominal;
* Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
* A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
* Coordenação e subordinação nas orações do texto.
*Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena)
Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua
família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da
diversidade étnica brasileira;
Debates sobre textos relacionados ao assunto e produção de textos sobre temas
diversos;
Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões
do vocabulário;
Estudos de obras literárias de escritores negros;
Ler e interpretar textos que retratam a questão racial;
Estudo dos gêneros musicais do samba e rap;
Produção de poesias relacionadas ao povo afrodescendente e indígena falando de
suas culturas;
Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio;
Contação de histórias africanas e indígenas;
Filmes que abordem os temas;
Debates sobre o espaço dos afrodescendentes e indígenas e de suas culturas nos
meios de comunicação de massa (em especial na TV);
Pesquisas de países que falam a língua portuguesa. O que nos une? Quais as razões?
Atualmente como estão esses países? Qual a composição étnica? Apurar diferenças do
português falado e escrito entre eles (na alimentação, na música e na religião);
199
Realizar estudos de obras brasileiras que discutam, abordem questões relacionadas à
cultura afro-brasileira e indígena;
Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos e dos indígenas no Estado
do Paraná (Lei n° 11.645/08);
*Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná)
Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII;
Produções de textos fazendo comparação da formação da sociedade com os dias
atuais;
Debates sobre a colonização e formação das cidades, após leituras de textos.
* Lei nº 9795/99 (Meio-ambiente)
Leituras, análises e interpretações de textos que abordam o assunto Meio-ambiente
(narrações, charges, pinturas, artigos de opinião, textos jornalísticos, poemas, canções
etc.)
Produções de textos variados sobre o assunto;
Filmes;
Debates
* Educação do campo - A lei 9394/96 pelo decreto 7352 de 4 de novembro de 2010
que visa contemplar a educação no campo como prática de valorização das
características peculiares de cada região, valorizando o homem do campo como
construtor da sua própria identidade.
Leitura e análise da obra Urupês de Monteiro Lobato.
Análise crítica da situação do trabalhador do campo (Jeca Tatu da obra) e do
trabalhador de hoje.
Produção de debates sobre as formas de domínio dos grandes produtores em relação
aos menores.
Leitura e análise de contos que retratem situações de vida do homem no campo.
2º ANO
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
200
esferas sociais de circulação.
Sugestões de gêneros discursivos para o 2° ano:
Textos que confrontem linguagem literária de linguagem não-literária: crônica, conto,
novela, romance, peça de teatro, poema, haicai, letra de música, resumo, relato de
experiência científica, entrevista, publicidade comercial, cartum, charge, tira, notícia,
reportagem, curriculum vitae.
Textos que pertençam aos três grupos de gêneros literários, a fim de diferenciá-los e
aprofundar o estudo acerca das escolas literárias:
Gênero narrativo (ou épico);
Gênero lírico;
Gênero dramático.
Leitura/Literatura
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto ;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto;
Semântica:
201
•
operadores argumentativos;
•
modalizadores;
•
figuras de linguagem;
•
sentido conotativo e denotativo;
Conteúdos específicos:
Prática de leitura de diferentes tipos e gêneros textuais curtos e longos,
tentando diferenciar a linguagem literária da linguagem não-literária.
Estudo das escolas literárias (inspirações, ideologias, contexto histórico,
consequências) a partir da leitura de textos pertencentes a elas:
•
O Romantismo:
•
O Romantismo no Brasil,
•
Poesia romântica – 1ª, 2ª e 3ª gerações,
•
Prosa romântica;
•
Transição para o Realismo;
•
O Realismo – Naturalismo:
•
O Realismo – Naturalismo no Brasil,
•
Machado de Assis,
•
Aluísio Azevedo,
•
Raul Pompéia;
•
O Parnasianismo;
•
O Simbolismo.
No que se refere à interpretação:
* Identificar as idéias apresentadas no texto;
* Reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo, informativo, poético,
literário, de imprensa e outros);
* Identificar o processo e o contexto de produção;
* Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas;
* Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;
* Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em
linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas
diferentes; o mesmo tema
202
sob perspectivas diferentes).
No que se refere à análise de textos lidos:
* Avaliar o nível argumentativo;
* Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
* Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos
coesivos).
No que se refere à mecânica da leitura:
* Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua
relação com os sinais de pontuação.
Escrita
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Partículas conectivas;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Semântica:
•
operadores argumentativos;
•
modalizadores;
•
sentido conotativo e denotativo;
•
figuras de linguagem;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
203
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,
etc.);
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
Conteúdos específicos:
No que se refere à produção de textos:
* Haicais, crônicas, peças teatrais (textos literários);
* Notícias, reportagens e entrevistas (textos de imprensa);
* Paródias;
* Relatórios e resumos de artigo. (textos de divulgação);
* Textos dissertativos;
* Textos de publicidade comercial;
* Curriculum-vitae.
No que se refere ao conteúdo:
* Clareza;
* Coerência;
* Argumentação.
No que se refere à estrutura:
* Processos de coordenação e subordinação na construção das orações;
* Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.);
* A organização de parágrafos;
* Pontuação.
No que se refere à expressão:
* Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência
nominal).
No que se refere à organização gráfica dos textos:
* Ortografia;
* Acentuação;
* Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).
verbal e
204
Oralidade
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas etc.;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Conteúdos específicos:
Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos, eventos, textos lidos [literários ou informativos],
programas de TV, filmes, entrevistas, etc.);
Debates
(assuntos
lidos,
acontecimentos,
situações
polêmicas
contemporâneas, filmes, programas);
Dramatizações;
Seminários sobre temas voltados à comunidade, à atualidade e/ou à
literatura.
No que se refere às atividades da fala:
* Clareza na exposição de idéias;
* Seqüência na exposição de idéias;
* Objetividade na exposição de idéias;
* Consistência argumentativa na exposição de idéias;
* Adequação vocabular ao interlocutor e às situações de uso;
205
* Discussão em sala de aula.
No que se refere à fala do outro:
* Reconhecimento das intenções e objetivos;
* Respeito e acolhida pelas diferenças e diversidades na forma oral de expressão;
* Construção de sentidos e significados ao longo das trocas lingüísticas orais ou
escritas;
* Julgar a fala do outro na perspectiva da educação às circunstâncias da clareza e
consistência argumentativa.
No que se refere ao domínio da norma padrão:
* Análise e reflexão com experiências reais;
* Usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas;
* Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão;
* Aplicação correta dos verbos em atividades de fala;
* Concordância verbal e nominal;
* Regência verbal e nominal;
* Emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
Análise linguística (perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade)
Conteúdos
* Conotação e denotação;
* Coesão e coerência textual;
* Vícios de linguagem;
* Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
* Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz,
como: felizmente, comovedoramente...);
* Semântica;
* Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
* Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos
do texto;
* A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
* Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
* Acentuação gráfica;
* Estrangeirismos, neologismos, gírias;
206
* Sinonímia, paronímia, homonímia;
* Procedimentos de concordância verbal e nominal;
* Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
* A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
* Coordenação e subordinação nas orações do texto.
*Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena)
Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua
família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da
diversidade étnica brasileira;
Debates sobre textos relacionados ao assunto e produção de textos sobre temas
diversos;
Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões
do vocabulário;
Estudos de obras literárias de escritores negros;
Ler e interpretar textos que retratam a questão racial;
Estudo dos gêneros musicais do samba e rap;
Produção de poesias relacionadas ao povo afrodescendente e indígena falando de
suas culturas;
Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio;
Contação de histórias africanas e indígenas;
Filmes que abordem os temas;
Debates sobre o espaço dos afrodescendentes e indígenas e de suas culturas nos
meios de comunicação de massa(em especial na TV);
Pesquisas de países que falam a língua portuguesa. O que nos une? Quais as
razões? Atualmente como estão esses países? Qual a composição étnica? Apurar
diferenças do português falado e escrito entre eles (na alimentação, na música e na
religião);
Realizar estudos de obras brasileiras que discutam, abordem questões relacionadas à
cultura afro-brasileira e indígena.
*Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná)
Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII;
Produções de textos fazendo comparação da formação da sociedade com os dias
atuais;
207
Debates sobre a colonização e formação das cidades, após leituras de textos.
*Lei nº 9.795/99 (Meio-ambiente)
Leituras, análises e interpretações de textos que abordam o assunto Meio-ambiente
(narrações, charges, pinturas, artigos de opinião, textos jornalísticos, poemas, canções
etc.)
Produções de textos variados sobre o assunto;
Filmes;
Debates.
* Educação do campo - A lei 9394/96 pelo decreto 7352 de 4 de novembro de 2010
que visa contemplar a educação no campo como prática de valorização das
características peculiares de cada região, valorizando o homem do campo como
construtor da sua própria identidade.
A partir da obra O Cortiço fazer uma análise critica dos problemas surgidos por
consequência da saída das pessoas do campo e sua ida para a cidade.
Produção de textos argumentativos sobre a importância do homem do campo e sua
contribuição para a subsistência da cidade.
Produção de entrevistas com pessoas da comunidade que relatem sobre o modo de
agricultura utilizado no passado como forma de resgate e valorização da memória
coletiva.
3º ANO
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
Sugestões de gêneros discursivos para o 2° ano:
Textos pertencentes às diversas esferas sociais de circulação: crônica, conto, novela,
romance, lenda, narrativa de humor, poema, letra de música, resumo, crônica
jornalística, comercial de TV, cartum, charge, tira, notícia, reportagem, curriculum vitae,
requerimento.
208
Textos que pertençam aos três grupos de gêneros literários, a fim de diferenciá-los e
aprofundar o estudo acerca das escolas literárias:
Gênero narrativo (ou épico);
Gênero lírico;
Gênero dramático.
Leitura/Literatura
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto ;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto;
Semântica:
•
operadores argumentativos;
•
modalizadores;
•
figuras de linguagem;
•
sentido conotativo e denotativo;
Conteúdos específicos:
Prática de leitura de diferentes tipos e gêneros textuais curtos e longos,
tentando diferenciar a linguagem literária da linguagem não-literária.
209
Estudo das escolas literárias (inspirações, ideologias, contexto histórico,
consequências) a partir da leitura de textos pertencentes a elas:
•
Pré-Modernismo:
•
Monteiro Lobato,
•
Augusto dos Anjos;
•
Modernismo:
•
Modernismo – 1ª fase,
•
Modernismo – 2ª fase,
•
Modernismo – 2ª fase (poesia),
•
Modernismo – 3ª fase,
•
Concretismo;
•
A prosa brasileira na virada do século;
•
Modernismo e Pós-Modernismo Português.
No que se refere à interpretação:
* Identificar as idéias apresentadas no texto;
* Reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo, informativo, poético,
literário, de imprensa e outros);
* Identificar o processo e o contexto de produção;
* Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas;
* Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;
* Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em
linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas
diferentes; o mesmo tema
sob perspectivas diferentes).
No que se refere à análise de textos lidos:
* Avaliar o nível argumentativo;
* Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
•
Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos
coesivos).
•
No que se refere à mecânica da leitura:
210
* Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua
relação com os sinais de pontuação.
Escrita
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Partículas conectivas;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Semântica:
•
operadores argumentativos;
•
modalizadores;
•
sentido conotativo e denotativo;
•
figuras de linguagem;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,
etc.);
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
Conteúdos específicos:
211
No que se refere à produção de textos:
* Crônicas (texto literário);
* Narrativa de humor;
* Comercial de TV (texto publicitário);
* Paródias;
* Resumos;
* Textos dissertativos;
* Requerimento;
* Curriculum-vitae.
No que se refere ao conteúdo:
* Clareza;
* Coerência;
* Argumentação.
No que se refere à estrutura:
* Processos de coordenação e subordinação na construção das orações;
* Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.);
* A organização de parágrafos;
* Pontuação.
No que se refere à expressão:
* Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência
nominal).
No que se refere à organização gráfica dos textos:
* Ortografia;
* Acentuação;
* Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).
Oralidade
Conteúdos básicos:
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
verbal e
212
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal
egestual, pausas etc.;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Conteúdos específicos:
Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, acontecimentos,
eventos, textos lidos [literários ou informativos], programas de TV,
filmes etc.);
Debates
(assuntos
lidos,
acontecimentos,
situações
polêmicas
contemporâneas, filmes, programas);
Dramatizações;
Seminários sobre temas voltados à comunidade, à atualidade e/ou à
literatura.
No que se refere às atividades da fala:
* Clareza na exposição de idéias;
* Seqüência na exposição de idéias;
* Objetividade na exposição de idéias;
* Consistência argumentativa na exposição de idéias;
* Adequação vocabular ao interlocutor e às situações de uso;
* Discussão em sala de aula.
No que se refere à fala do outro:
* Reconhecimento das intenções e objetivos;
* Respeito e acolhida pelas diferenças e diversidades na forma oral de expressão;
* Construção de sentidos e significados ao longo das trocas lingüísticas orais ou
213
escritas;
* Julgar a fala do outro na perspectiva da educação às circunstâncias da clareza e
consistência argumentativa.
No que se refere ao domínio da norma padrão:
* Análise e reflexão com experiências reais;
* Usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas;
* Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão;
* Aplicação correta dos verbos em atividades de fala;
* Concordância verbal e nominal;
* Regência verbal e nominal;
* Emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
Análise linguística (perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade)
Conteúdos
* Conotação e denotação;
* Coesão e coerência textual;
* Vícios de linguagem;
* Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
* Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz,
como: felizmente, comovedoramente...);
* Semântica;
* Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
* Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos
do texto;
* A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
* Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
* Acentuação gráfica;
* Estrangeirismos, neologismos, gírias;
* Sinonímia, paronímia, homonímia;
* Procedimentos de concordância verbal e nominal;
* Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
* A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
* Coordenação e subordinação nas orações do texto.
214
*Lei nº 11.645 (História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena)
Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua
família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da
diversidade étnica brasileira;
Debates sobre textos relacionados ao assunto e produção de textos sobre temas
diversos;
Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões
do vocabulário;
Estudos de obras literárias de escritores negros;
Ler e interpretar textos que retratam a questão racial;
Estudo dos gêneros musicais do samba e rap;
Produção de poesias relacionadas ao povo afrodescendente e indígena falando de
suas culturas;
Interpretar obras (pintura) que retratam a figura do negro e do índio;
Contação de histórias africanas e indígenas;
Filmes que abordem os temas;
Debates sobre o espaço dos afrodescendentes e indígenas e de suas culturas nos
meios de comunicação de massa(em especial na TV);
Pesquisas de países que falam a língua portuguesa. O que nos une? Quais as razões?
Atualmente como estão esses países? Qual a composição étnica? Apurar diferenças
do português falado e escrito entre eles (na alimentação, na música e na religião);
Realizar estudos de obras brasileiras que discutam, abordem questões relacionadas à
cultura afro-brasileira e indígena.
*Lei Estadual nº 13.381/01 (História do Paraná)
Estudos dos relatos dos viajantes do séculos XVII e XVIII;
Produções de textos fazendo comparação da formação da sociedade com os dias
atuais;
Debates sobre a colonização e formação das cidades, após leituras de textos.
*Lei nº 9.795/99 (Meio-ambiente)
Leituras, análises e interpretações de textos que abordam o assunto Meio-ambiente
(narrações, charges, pinturas, artigos de opinião, textos jornalísticos, poemas, canções
etc.)
Produções de textos variados sobre o assunto;
215
Filmes;
Debates;
Prevenção ambiental: rios da região próxima ao colégio – participar da limpeza do lixo.
* Educação do campo - A lei 9394/96 pelo decreto 7352 de 4 de novembro de 2010
que visa contemplar a educação no campo como prática de valorização das
características peculiares de cada região, valorizando o homem do campo como
construtor da sua própria identidade.
Leitura crítica da obra Urupês de Monteiro Lobato e da obra Triste Fim de Policarpo
Quaresma, de Lima Barreto que retratam o cenário da agricultura no início do século
XX.
Análise de textos informativos sobre os movimentos agrários no país e suas
consequências.
Debates sobre as consequências da saída do homem do campo para a cidade.
METODOLOGIA
Para uma atuação produtiva e sistematizada é preciso planejar uma rotina.
Não uma rotina estática, mas uma rotina viva, que organiza o tempo e marca o ritmo
de trabalho, pois se o conteúdo e os fundamentos pedem diversidade textual,
oralidade, escrita, enfim, construção e reconstrução permanentes, o trabalho pede
atividades dinâmicas.
Nessa rotina o papel do professor de Língua Portuguesa e Literatura é o de garantir
aos estudantes o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da
leitura, e da escrita, de modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de
poder com seus próprios pontos de vista, permitindo assim a sua emancipação e a
autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao
convívio social. Caberá também ao professor oportunizar ao máximo o trabalho com o
texto, que será o eixo norteador de toda ação educativa. A Língua Portuguesa permite
extensa gama de temas a serem discutidos e atividades a serem elaboradas, basta
saber aproveitar essa oportunidade.
É a partir das experiências dos estudantes que a língua se transforma em
objeto de reflexão, tendo em vista o resultado de sua produção oral ou escrita ou de
sua leitura. Trabalhando dessa forma, o professor valoriza os alunos enquanto sujeitos
da linguagem, os quais selecionam os recursos mais coerentes para interpretar, no
216
caso da leitura, e para significar, quando produzem seu texto oral ou escrito.
A ORALIDADE
As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos apontam
diferentes caminhos: debates; discussões; seminários; transmissão de informações, de
troca de opiniões, de defesa de ponto de vista (argumentação); contação de ideias;
declamação de poemas; representação teatral; relatos de experiência; entrevistas etc.
Além disso, podemos analisar a linguagem em uso: em programas televisivos, como
jornais, novelas, propagandas; em programas radiofônicos; no discurso do poder em
suas diferentes instâncias; no discurso público; no discurso privado; enfim, nas mais
diversas realizações do discurso oral.
A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e as estratégias
específicas da escrita é componente da tarefa de ensinar os alunos a sentirem-se bem
para expressarem suas ideias com segurança e fluência, nos diferentes contextos de
sua inserção social.
A língua oral, como conteúdo escolar, deve ser trabalhada dentro de um
ambiente favorável que garanta o respeito mútuo e acolha a diversidade dos alunos em
relação a sua cultura e ao seu meio.
É na oralidade também que se torna possível uma maior compreensão dos
conteúdos que são ensinados. Ao estabelecer uma verdadeira interlocução em sala de
aula torna-se possível detectar dificuldades, não apenas de expressão, mas de
entendimento das atividades propostas, das produções escritas e de conteúdos mais
complexos.
Portanto, a fim de enriquecer o uso do discurso oral de nossos alunos,
propomos as seguintes metodologias:
•
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando
em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade
e finalidade do texto;
•
Propiciar o uso do discurso oral para colher e dar informações, fazer
e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações, dar
avisos, fazer convites;
•
Promover debates, seminários, júris-simulados e outras atividades
que possibilitem o desenvolvimento da argumentação;
•
Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições
217
orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e
conseqüência entre as partes e elementos do texto;
•
Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
•
Preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas
da oralidade em seu uso formal e informal;
•
Estimular a contação de histórias de diferentes gêneros, utilizandose dos recursos extralingüísticos, como: entonação, expressões
facial, corporal e gestual, pausas e outros;
•
Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da
oralidade, como: seminários, telejornais, entrevistas, reportagens,
entre outros;
•
Propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em
diferentes fontes (ex: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras
de rádio, etc.), a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas
esferas;
•
Acolher depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo
próprio aluno ou pessoas de seu convívio;
•
Confrontar os mesmos níveis de registros de forma a constatar as
similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;
•
Convidar os alunos a realizarem a análise de entrevistas televisivas
ou radiofônicas a partir de gravações para serem ouvidas, transcritas
e analisadas, observando-se as pausas, hesitações, truncamentos,
mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau
de formalidade, comparação com outros textos.
LEITURA/LITERATURA
A leitura compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de textos.
O ato de ler permite ao discente um contato com diferentes textos, produzidos em
diferentes práticas sociais, percebendo em cada um deles a presença de um sujeito
histórico, de uma intenção.
No que diz respeito à leitura, portanto, serão escolhidos textos que contribuam
para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os
sentidos, a extensão e a profundidade de cada tipologia textual.
A escola, no processo de leitura, não pode deixar de lado as linguagens não-
218
verbais, a leitura das imagens que povoam nosso universo cotidiano.
As atividades de leitura devem considerar a formação do leitor e isso implica
não só considerar diferentes leituras de mundo, diferentes experiências de vida e,
consequentemente, diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes com o
texto.
Além disso, é de indiscutível valia selecionar textos que estejam de acordo com
a realidade do educando, tentando suprir suas curiosidades, diminuir suas incertezas,
ampliar seu campo de visão sobre o meio em que vive, direcionar seus olhos para
caminhos menos tortuosos, que levem em conta os valores referentes ao convívio
social, à respeitabilidade para com o outro etc.
A formação de leitores contará, ainda, com atividades que contemplem as
linhas que tecem a leitura:
•
Intersubjetividade;
•
Interpretação;
•
Fruição.
Além disso, o trabalho com a leitura demanda atividades que permitam ao
aluno perceber possíveis incompletudes textuais, ideias implicitamente apresentadas,
pressupostos e outros elementos que devem ser subentendidos pelo leitor.
O domínio da leitura implica conhecer e saber utilizar diferentes organizações
textuais, recursos expressivos e sinais gráficos convencionais para que o texto
produzido cumpra sua função.
O processo de apropriação desse conhecimento é longo e ocorre pela
mediação do professor e pela interação com o objeto do conhecimento, nesse caso, o
texto escrito. Considerando isso, os alunos serão desafiados a utilizar diferentes formas
de organização textual (textos informativos, narrativos, descritivos, dissertativos,
poéticos) para que se tornem capazes de produzir textos coerentes e coesos,
escolhendo o tipo mais adequado a seus objetivos e utilizando uma estrutura
adequada.
Através da prática da análise linguística, buscar-se-á a melhoria da capacidade
de expressão e compreensão dos alunos tanto na linguagem oral quanto escrita,
possibilitando a reflexão sobre a língua. São atividades que desafiam os alunos a
produzir linguagem, o que lhes permite compreender como ela funciona.
Desenvolver esta prática significa refletir sobre a língua voltando-se para seu
uso (atividade epilinguística) e também voltar-se para a descrição do fato lingüístico,
219
categorizando e sistematizando seus elementos (atividades metalingüísticas).
Voltando os olhos mais especificamente para a literatura, é interessante
ressaltar que um professor de Literatura deve ser um contínuo leitor capaz de
selecionar os textos que trabalhará com seus alunos.
A condição de contínuo leitor permite aos professores selecionarem os textos
da literatura nacional e universal a serem trabalhados com seus alunos, os qualifica
também como sujeitos capazes de fazer proliferar o pensamento através da
multiplicidade de relações possíveis.
É necessário demonstrar aos alunos o trabalho literário existente por trás dos
textos, contribuindo assim para desfazer o mito do escritor como alguém superior em
relação ao mundo dos homens ditos normais. A leitura do texto literário será uma
experiência que desvelará ao aluno as especificidades desse texto na sua criação de
mundos, nos recursos de linguagem presentes em cada obra.
Ao trabalhar a Literatura em sala de aula, devemos colocar nossos alunos em
face de textos literários integrais – ao invés de resumos e/ou sinopses (como se vem
fazendo em algumas modalidades de ensino) – como ponto de lançamento para a
leitura de outros textos que possam apresentar algum diálogo com o texto inicial,
tentando estabelecer relações e buscando as diferenças históricas, sociais,
intencionais etc. que tenham motivado os autores a produzir tais textos, levando o
aluno à reflexão, ao aprimoramento do pensar e a um aperfeiçoamento no manejo que
ele terá de suas habilidades de falante, leitor e escritor.
Em literatura, espera-se formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que
sentiu, com condições de reconhecer a tríade obra/autor/leitor, por meio de uma
interação que está presente no ato de ler. O professor deve privilegiar num primeiro
momento, a leitura e, na medida em que o aluno amplie seu repertório de
conhecimento de obras o professor vai incentivar a capacidade crítica sobre as leituras
feitas a partir da socialização destas em sala de aula.
Para tanto, é imprescindível que pelo menos uma aula semanal seja destinada
à leitura de obras literárias.
Pensando nos objetivos apresentados nessa proposta pedagógico-curricular,
indicamos que as aulas de leitura/literatura sigam as seguintes metodologias:
•
Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
•
Respeitar os conhecimentos prévios do leitor e suas experiências,
que permitam fazer previsões e inferências sobre o texto,
220
construindo significado global procurando pistas formais, formulando
e reformulando hipóteses, aceitando e rejeitando conclusões,
usando estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico e na
sua vivência sociocultural, seu conhecimento do mundo;
•
Formular questionamentos que possibilitem inferências a partir de
pistas textuais;
•
Encaminhar
discussões
e
reflexões
sobre:
tema, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia;
•
Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
época. Com relação à obra literária, explorar os estilos do autor, da
época, situar o momento de produção da obra e identificar possíveis
diálogos com o momento atual, bem como com outras áreas do
conhecimento;
•
Utilizar textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais,
como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
•
Relacionar o tema com o contexto atual;
•
Oportunizar a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;
•
Instigar o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que denotam ironia e humor;
•
Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é
próprio de cada gênero;
•
Incentivar a percepção dos recursos utilizados para determinar
causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto.
•
Proporcionar análises para estabelecer a progressão referencial do
texto;
•
Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;
•
Propiciar atividades que levem em conta o diálogo, as relações
estabelecidas entre textos (intertextualidade), lembrando que o
diálogo intertextual multiplica as possibilidades dialógicas. Um texto
leva a outro e o leitor participa da elaboração dos significados
confrontando-os com o próprio saber e com a experiência de vida.
221
ESCRITA
O exercício da escrita, da produção textual, deve levar em conta a relação
pragmática entre o uso e o aprendizado da língua, percebendo o texto como elo de
interação social e os gêneros como construções coletivas.
A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência linguística do
estudante em situações específicas, e não a língua ideal.
A norma real, aquela usada socialmente, mesmo se tratando da norma padrão
ou da norma culta, aprende-se lendo e escrevendo e não a partir de conceitos. Com
experiências concretas de produção de textos que o estudante vai aumentando seu
universo referencial e aprimorando sua competência de escrita e, dessa forma, também
vai aprender as exigências dessa manifestação linguística, o sistema de organização
próprio da escrita.
O trabalho com a escrita é um processo e não algo acabado. Dessa forma,
fazem-se necessárias atividades que permitam ao aluno refletir sobre seu texto e
reelaborá-lo. O refazer textual deve ser, portanto, atividade fundamentada na
adequação do texto às exigências circunstanciais de sua produção e, em função disso,
deve ser pensada.
A fim de alcançar os objetivos apresentados nessa proposta pedagógicocurricular, propõe-se desenvolver as atividades de escrita com base nas seguintes
metodologias:
•
Planejar a produção textual a partir: da delimitação tema, do
interlocutor,
intenções,
intertextualidade,
aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;
•
Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para
estabelecer a referência textual;
•
Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas;
•
Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
•
Acompanhar a produção do texto;
•
Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;
•
Estimular produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que
222
é próprio de cada gênero;
•
Incentivar a utilização de recursos de causa e conseqüência entre as
partes e elementos do texto;
•
Encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias,
dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for um
artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se
apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada,
se há continuidade temática, etc.);
•
Analisar se a produção textual está coerente e coesa, se há
continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está
adequada ao contexto;
•
Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e normativos.
Com relação às leis: Lei nº 11.645 (História e cultura afro-brasileira e indígena),
Lei nº 13.381/01 (História do Paraná) e Lei nº 9.795/99 (Meio Ambiente), Lei nº
9394/96 (pelo decreto 7352 de 4 de novembro de 2010, que visa contemplar a
educação no campo como prática de valorização das características peculiares de
cada região, valorizando o homem do campo como construtor da sua própria
identidade), propõe-se que sejam realizadas atividades de pesquisa, leitura e produção
de textos sobre os temas, sempre tentando enriquecer o trabalho a partir do uso de
materiais e fontes diversificadas, de forma que o indivíduo tenha em mãos repertórios
vastos e, a partir daí, possa adquirir condições de avaliar criticamente os temas e expor
suas ideias por meio de debates, seminários e/ou produções escritas.
RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS
Uma boa aula não se resume em fazer uso do livro didático adotado pela
escola, por muitas razões, das quais citaremos três que consideramos as mais
gritantes: o livro didático, muitas vezes, não condiz com a realidade do aluno,
apresentando textos que não pertencem ao universo em que vive e/ou abordando
estudos de linguagem que não são de fato aqueles de que necessita a turma, por
exemplo; outro problema do livro didático diz respeito à abordagem pedagógica que ele
adota, que pode não ser a mesma seguida pela escola; finalmente, o livro usado em
sala de aula, muitas vezes, pode valorizar mais alguns recursos em relação aos outros,
223
ou seja, certos materiais didáticos tendem a dar mais ênfase no estudo das normas
gramaticais, por exemplo, deixando de lado as atividades de leitura, de produções
textuais e, principalmente, de oralidade, tornando o trabalho cansativo e fragmentado.
Por isso, propomos nesta proposta pedagógico-curricular a adoção dos mais
variados recursos didáticos, paradidáticos e tecnológicos, dentre os quais podemos
citar, além do livro didático:
•
Dicionários;
•
Utilização de materiais gráficos (fotos, quadrinhos, imagens etc.)
entre outros que trabalhem diferentes tipos de linguagem;
•
Acesso a revistas e jornais diversos, tentando buscar textos sobre
curiosidades,
avanços
tecnológicos,
pesquisas,
notícias,
classificados, entre outros que podem enriquecer o trabalho de
leitura, de análise linguística e/ou de
•
Livros literários;
•
Livros pertencentes a outros campos de estudo, como livros
didáticos de outras disciplinas, enciclopédias, entre outros;
•
Uso de recursos midiáticos, tais como músicas, vídeo clipes, filmes,
telejornais, telenovelas, comerciais, e-mails, blogs etc. quando
necessário (para a utilização desses tipos de materiais, pode-se
fazer uso de rádios, TVs, aparelhos de DVD, computadores e/ou
acesso ao navegador da internet);
•
Materiais referentes à produção e consumo (bulas, manual técnico,
placas, regras de jogo, rótulos/embalagens);
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA/FORMATIVA
A avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao
professor pistas concretas do caminho que o aluno do campo está trilhando para
aprimorar sua capacidade linguística e discursiva nas práticas da oralidade, da leitura e
da escrita.
Nessa concepção, a avaliação formativa, por nós adotada, que considera
ritmos e processos de aprendizagem diferentes nos estudantes e, na sua condição
contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção
pedagógica aconteça a tempo, informando os sujeitos do processo (professor e
224
alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem decisões frente às dificuldades que
surgirem.
A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes
empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído
para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto.
Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de
leitura de mundo e o repertório de experiências dos alunos do campo. Em relação à
escrita, o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua
produção e o resultado dessa ação. Para que o aluno campesino adquira autonomia
nessa prática, é muito importante que ele se posicione como avaliador dos próprios
textos orais e escritos.
É fundamental, ainda, que a avaliação se faça presente no processo educativo
tanto a partir da forma diagnóstica do processo de ensino-aprendizagem quanto como
instrumento de investigação da prática pedagógica, considerando sempre sua
dimensão formadora, pois, admitindo-se que a aprendizagem é o objetivo central do
processo, não se deve desconsiderar a avaliação da própria prática pedagógica, que
está diretamente ligada ao sucesso daquela.
No cotidiano escolar, a avaliação está presente no trabalho dos professores e
objetiva oferecer-lhes subsídios para tomar as devidas decisões quanto ao processo
educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.
Tendo em vista as ideologias aqui apresentadas quanto à avaliação no
processo de ensino-aprendizagem, tentaremos avaliar o aluno de forma diagnóstica,
tentando considerar não somente se ele aprendeu efetivamente o conteúdo trabalhado,
mas também o que ele aprendeu ou, em outras palavras, o quanto ele progrediu na
aprendizagem desde o início da realização das respectivas atividades.
Com relação às práticas discursivas, seguem abaixo os requisitos que
esperamos que os alunos atinjam ao desempenhar as atividades que proporemos:
Com relação ao domínio da leitura:
Espera-se que o aluno:
•
Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos
verbais e não-verbais;
225
•
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
•
Produza inferências a partir de pistas textuais;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a idéia principal do texto;
•
Analise as intenções do autor;
•
Identifique o tema;
•
Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas,
perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de
diferentes épocas com o contexto histórico atual;
•
Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do
contexto;
•
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo;
•
Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência
entre as partes e elementos do texto;
•
Reconheça de palavras e/ou expressões que estabelecem a
progressão referencial;
•
Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
Para aprimorar essa prática discursiva, realizar-se-ão leituras de textos
diversos pertencentes às várias esferas sociais de circulação, desde os mais curtos
(como crônicas, poemas, contos, textos instrucionais, notícias, classificados etc.) até os
mais extensos (como romances e textos dramáticos, por exemplo), tentando, sempre
que possível, desenvolver atividades que ultrapassem o universo da leitura, como
exercícios de compreensão/interpretação textuais e/ou de análise da linguagem do
texto, trabalhos de leitura extra-classe, seminários sobre obras literárias lidas, provas
etc.)
Com relação ao domínio da escrita:
Espera-se que o aluno:
•
Expresse idéias com clareza;
•
Elabore textos atendendo:
226
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade...);
- à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc;
•
Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e
função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo,
preposição, conjunção, etc;
•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em
conformidade com o gênero proposto;
•
Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e
conseqüência entre as partes e elementos do texto;
•
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão
referencial;
•
Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
Visando enriquecer o domínio da escrita nos alunos, proporemos, sobretudo,
trabalhos de produções textuais seguidos de revisão e reescrita de textos, estas
realizadas de forma coletiva, em duplas ou individuais. Poderão ser usadas também,
como critério de avaliação, provas que avaliem o desenvolvimento cognitivo do aluno
quanto ao domínio do discurso escrito.
Com relação ao domínio da oralidade:
Espera-se que o aluno:
•
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/
informal);
•
Apresente idéias com clareza;
•
Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero
proposto;
•
Compreenda argumentos no discurso do outro;
•
Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas
227
ideias;
•
Organize a sequência da fala de modo que as informações não se
percam;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos
colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
•
Contra-argumente idéias formuladas pelos colegas em discussões,
debates, mesas redondas, diálogos, discussões, etc;
•
Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais
corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais,
entre outros elementos extralingüísticos.
Para desenvolver o domínio oral dos indivíduos, serão realizadas atividades
diversas, como dramatizações de textos, debates, trabalhos (apresentações) que
meçam o domínio de certos recursos em situações diversas de uso da oralidade, como
em telejornais, programas radiofônicos, entrevistas etc., atividades auditivas que
promovam a avaliação dos recursos orais usados pelos falantes em situações
específicas, entre outras.
REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica: Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública
do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
VENTURI, Ioná V. G.; GATTI JÚNIOR, Décio. A construção histórica da disciplina
escolar
Língua
Portuguesa
no
Brasil.
Disponível
em:
<http://www.seer.ufu.br/index.php/che/article/viewFile/362/353>. Acesso em: 9 ago.
2010.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
228
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A matemática está presente na vida de todas as pessoas, no seu dia - a - dia,
em situações que necessitam como quantificar e calcular, localizar um objetivo no
espaço, nos gráficos e mapas.
Com o ensino da matemática o aluno compreenderá a realidade em que está
inserida, desenvolvendo suas capacidades cognitivas e sua confiança para enfrentar
desafios.
A matemática também faz parte da vida das pessoas como criação, ao mostrar
que ela tem sido desenvolvida para dar respostas às necessidades e preocupações de
diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, levando em consideração
também o ensino de recursos das tecnologias da comunicação.
As principais características da matemática são suas formas de compreender e
atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da
construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e
cultural.
A matemática no Ensino Médio deve ser democratizada para dar sua
contribuição na formação dos cidadãos e para isso no ensino-aprendizagem será
desenvolvida metodologia que alfabetizarão a resolução de problemas, a comprovação
de resultados, a justificativa, a argumentação, a criatividade, a iniciativa pessoal, o
trabalho coletivo e a autonomia advinda na confiança na própria capacidade para
enfrentar desafios. A matemática deverá ter um papel que seja formativo de
capacidades intelectuais e instrumentais para resolver problemas do dia-a-dia e para a
construção de conhecimentos em outras áreas.
Os temas transversais serão integrados no planejamento de forma articulada
aos objetivos e conteúdos.
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos
que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da
Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que
hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da
humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e
geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov
(1987), esse período demarcou o nascimento da Matemática.
Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para
229
eles, instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as interpretações
e o pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até
os dias de hoje (STRUIK, 1998).
As primeiras propostas de ensino baseadas em práticas pedagógicas ocorreram
no século V a.C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino. O objetivo
desse grupo era formar o homem político, que, pela retórica, deveria dominar a arte da
persuasão. Aos sofistas, devemos a popularização do ensino da Matemática, o seu
valor formativo e a sua inclusão de forma regular nos círculos de estudos.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos
com uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuítica contribuiu para
o processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos
da escola brasileira. Entretanto, o ensino de conteúdos matemáticos como disciplina
escolar, nos colégios jesuítas, não alcançou destaque nas práticas
pedagógicas
(VALENTE, 1999).
Como a Matemática escolar era uma importante disciplina para atender tal
demanda, demarcava os programas de ensino da época, uma vez que era a ciência
que daria a base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática
(VALENTE, 1999).
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi
discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas
que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular
seu ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e
econômicas dos últimos séculos.
Matemáticos,
antes
pesquisadores,
tornaram-se
também
professores
e
passaram a se preocupar mais diretamente com as questões de ensino. Para sua
prática docente, alguns professores começaram a buscar fundamentação não somente
nas teorias matemáticas, mas em estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos.
Tal renovação se manifestou em diversos países da Europa; em alguns,
aconteceu com propostas mais amplas de reformulação dos sistemas nacionais, o que
abrangeu os vários níveis de ensino. Em especial, na Alemanha, Felix Klein1 (18491925) defendeu:
[...] a atualização da Matemática na escola secundária, de maneira a ficar mais
próxima do desenvolvimento moderno dessa área e, também, dos últimos avanços
científicos e tecnológicos, bem como, acreditava que a Universidade deveria modificar
a sua proposta de ensino, levando em consideração as necessidades do futuro
230
professor. [...] a proposta de Klein representaria o rompimento entre a formação geral e
a prática, entre a tradição culta e a artesanal e entre o desenvolvimento do raciocínio
em oposição ao desenvolvimento das atividades práticas (MIORIM, 1998, p. 69-71). As
ideias contribuíram para caracterizar um movimento organizado por meio de uma ação
coletiva que propôs um ensino de Matemática baseado em princípios que deveriam
orientar-se pela [...] eliminação da organização excessivamente sistemática e lógica
dos conteúdos, consideração da intuição como um elemento inicial importante para a
futura sistematização, introdução de conteúdos mais modernos, como as funções,
valorização das aplicações da Matemática para a formação dos estudantes e
percepção da importância da
‘fusão’ ou descompartimentalização dos
conteúdos ensinados (MIORIM, 1998, p. 78).
Tais concepções foram discutidas nos congressos internacionais ocorridos entre
1900 a 1914 e trouxeram a necessidade de pensar um ensino de matemática que
articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a Álgebra, a Geometria, a
Trigonometria, etc.
Essas discussões chegaram ao Brasil por intermédio de integrantes do corpo
docente do Imperial Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, criado em 1837, como modelo
para a escola secundária no país. Pela regulamentação institucional, nesse colégio, o
ensino da Matemática era desdobrado em quatro disciplinas: Aritmética, Geometria,
Álgebra e Matemática. A disciplina de Matemática incorporava apenas a Trigonometria
e a Mecânica.
Entre os professores de Matemática do Colégio Pedro II, Euclides de Medeiros
Guimarães Roxo promoveu as discussões rumo às reformas nos programas dessa
disciplina ao solicitar ao Governo Federal a junção da aritmética, álgebra, geometria e
trigonometria numa única, denominada Matemática. O parecer favorável do
Departamento Nacional de Ensino e da Associaçãmental para o Governo Republicano
aprovar a solicitação dos professores.
Em 15/01/1929, foi publicado o decreto 18.564, oficializando o aceite da
proposta
encabeçada
por
Roxo.
Tal
mudança
foi
repassada
a
todos
os
estabelecimentos de ensino secundário do país, pela Reforma Francisco Campos
(VALENTE, 1999).
O início da modernização do ensino da Matemática no país aconteceu num
contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, o
desenvolvimento da agricultura, o aumento da população nos centros urbanos e as
ideias que agitavam o cenário político internacional, após a Primeira Guerra Mundial.
231
Assim, as novas propostas educacionais caracterizavam reações contra uma estrutura
de educação artificial e verbalizada (MIORIM, 1998).
As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam discussões do
movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma concepção
empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do
estudante em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de problemas, jogos e
experimentos.
Além de contribuir para a caracterização da Matemática como disciplina, esta
tendência do escolanovismo orientou a formulação da metodologia do ensino da
Matemática na Reforma Francisco Campos, em 1931. Nas décadas seguintes, de 1940
até meados da década de 1980, essa tendência influenciou a produção de alguns
materiais didáticos de Matemática e a prática pedagógica de muitos professores no
Brasil.
A proposta básica do escolanovismo era o desenvolvimento da criatividade e
das potencialidades e interesses individuais. O estudante era considerado o centro do
processo e o professor, o orientador da aprendizagem.
Outras tendências, concomitantemente a empírico-ativista (escolanovista),
influenciaram o ensino da Matemática em nosso país. Muitas fundamentam o ensino
até hoje, dentre as quais se destacam as tendências: formalista clássica, formalista
moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica (FIORENTINI,
1995).
Até o final da década de 1950, a tendência que prevaleceu no Brasil foi a
formalista clássica. Essa tendência baseava-se no “modelo euclidiano e na concepção
platônica de Matemática”, a qual se caracterizava pela sistematização lógica e pela
visão estática, a-histórica e dogmática do conhecimento matemático.
A principal finalidade do conhecimento matemático era o desenvolvimento do
pensamento lógico-dedutivo. Nessa tendência, a aprendizagem era centrada no
professor e no seu papel de transmissor e expositor do conteúdo, ou seja, o ensino era
livresco e conteudista, a aprendizagem consistia na memorização e na repetição
precisa de raciocínios e procedimentos (FIORENTINI, 1995).
Após a década de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que
valorizava a lógica estrutural das ideias matemáticas, com a reformulação do currículo
escolar, por meio do Movimento da Matemática Moderna. Com esta tendência, tinha-se
uma abordagem “internalista” da disciplina. O ensino era centrado no professor, que
demonstrava os conteúdos em sala de aula.
232
Enfatizava-se o uso preciso da linguagem Matemática, o rigor e as justificativas
das transformações algébricas por meio das propriedades estruturais.
Com o Movimento da Matemática Moderna, acreditava-se que o rigor e a
precisão da linguagem matemática facilitariam o seu ensino. Há “Matemática escolar
orientada pela lógica, pelos conjuntos, pelas relações, pelas estruturas matemáticas,
pela axiomatização” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 44).
Tal abordagem não respondeu às propostas de ensino e, em contrapartida, as
críticas se intensificaram e as discussões no campo da Educação Matemática se
fortaleceram.
O Movimento da Matemática Moderna também motivou o início de estudos e
debates sobre a renovação pedagógica por meio de uma discussão aberta e
organizada por alguns grupos de estudos, como o Grupo de Estudos do Ensino da
Matemática (GEEM), em São Paulo; o Núcleo de Estudos e Difusão do Ensino da
Matemática (NEDEM), no Paraná; o Grupo de Estudos do Ensino da Matemática de
Porto Alegre (GEEMPA), no Rio Grande do Sul; o Grupo de Estudos e Pesquisas em
Educação Matemática (GEPEM), do Rio de Janeiro. Mas, antes de se chegar a uma
proposta diferenciada para o ensino e a aprendizagem dessa disciplina no país,
vivenciamos um período no qual sobressaiu a escola tecnicista.
Com a política econômica desenvolvida pelo governo, tomado com o golpe de
1964, foi necessário um redirecionamento também da política educacional.
Os cursos profissionalizantes compulsórios no Segundo Grau e a tendência
pedagógica tecnicista contribuíram para que a escola vinculasse, às suas funções, o
papel de preparar o indivíduo para se inserir no mercado de trabalho e servir ao
sistema produtivo que pretendia se estruturar.
O caráter mecanicista e pragmático do ensino da Matemática foi marcante no
decorrer da década de 1970. O método de aprendizagem enfatizado era a
memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de
manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas.
A pedagogia tecnicista não se centrava no professor ou no estudante, mas nos
objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino. Os conteúdos eram
organizados por especialistas, muitas vezes em kits de ensino e ficavam disponíveis
em livros didáticos, manuais, jogos pedagógicos e recursos audiovisuais.
Já a tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e
1970, e se estabeleceu como meio favorável para discutir o ensino da Matemática na
década de 1980. Nesta tendência, o conhecimento matemático resultava de ações
233
interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas.
A Matemática era vista como uma construção formada por estruturas e relações
abstratas entre formas e grandezas. O construtivismo, então, dava mais ênfase ao
processo e menos ao produto do conhecimento. A interação entre os estudantes e o
professor era valorizada e o espaço de produção individual se traduzia como um
momento de interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente.
A tendência pedagógica sócio etnocultural surgiu a partir da discussão sobre a
ineficiência do Movimento Modernista. Aspectos socioculturais da Edu Matemática
foram valorizados e suas bases teórica e prática estavam na Etnomatemática.
Sob essa perspectiva, a matemática deixou de ser vista como um conjunto de
conhecimentos universais e teoricamente bem definidos e passou a ser considerada
como um saber dinâmico, prático e relativo. A relação professor-estudante, nesta
concepção, era a dialógica, isto é, privilegiava a troca de conhecimentos entre ambos e
atendia sempre à iniciativa dos estudantes e problemas significativos no seu contexto
cultural.
A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e, através de
sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do
conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na
“dependência absolutas da educação em face das condições sociais vigentes”
(SAVIANI, 1997, p. 76). Na matemática, essa tendência é vista como um saber vivo,
dinâmico, construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas em
um determinado período histórico.
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao
aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se
capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera
o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver
problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios.
A ação do professor é articular o processo pedagógico, a visão de mundo do
aluno, suas opções diante da vida, da história e do cotidiano. O auge das discussões
da tendência histórico-crítica aconteceu num momento de abertura política no país, na
década de 1980.
Também no final da década de 1980, o Estado do Paraná produziu
coletivamente um documento de referência curricular para sua rede pública de Ensino
Fundamental denominado Currículo Básico. O texto de Matemática teve uma forte
influência da pedagogia histórico-crítica em sua fundamentação teórica.
234
Fruto dessa discussão coletiva, o Currículo Básico publicado em 1990 portaria o
germe da Educação Matemática, cujas ideias começavam a se firmar no Brasil e
compõem a proposta apresentadas nestas Diretrizes Curriculares.
De fato, em 1991, iniciou-se um processo de formação continuada, baseado nos
textos do Currículo Básico. Essa concepção de ensino já sustentava que [...] aprender
Matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas
respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para
resolver
problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas,
desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o
imediatamente sensível (PARANÁ, 1990, p. 66).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9394, aprovada em 20 de
dezembro de 1996, procura adequar o ensino brasileiro às transformações do mundo
do trabalho, fruto da globalização econômica e apresenta novas interpretações para o
ensino da Matemática. A partir de sua vigência, definiram-se aspectos curriculares
tanto na oferta de disciplinas compondo a parte diversificada quanto no elenco de
conteúdos das disciplinas da Base Nacional Comum (Art. 26, Lei no 9394/96), devido à
autonomia dada às instituições para a elaboração do seu projeto pedagógico. No
Paraná, nesse período, foram criadas várias disciplinas que abordavam os campos do
conhecimento da Matemática, tais como: Geometria, Desenho Geométrico e Álgebra,
mas que fragmentavam o conhecimento da Matemática e enfraqueciam-na como
disciplina.
A partir de 1998, o Ministério da Educação distribuiu os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), que para o Ensino Fundamental apresentavam conteúdos da
Matemática. Porém, para o Ensino Médio, orientavam as práticas docentes tão
somente para o desenvolvimento de competências e habilidades, destacando o
trabalho com os temas transversais, em prejuízo da discussão da importância do
conteúdo disciplinar e da apresentação de uma relação desses conteúdos para aquele
nível de ensino.
Questiona-se os PCNEM [...] por ser uma proposta curricular que limita as
possibilidades de superarmos o pensamento hegemônico definidor do conhecimento
como mercadoria sem vínculos com as pessoas. Um conhecimento considerado
importante apenas quando é capaz de produzir vantagens e benefícios econômicos
(LOPES, 2002, p. 11).
Nos PCNEM de Matemática, o processo de ensino enfatizou o uso dessa
disciplina para resolver problemas locais e estimulou a abordagem dos temas
235
matemáticos.
Por outro lado, este texto de Diretriz Curricular resgata, para o processo de
ensino e aprendizagem, a importância do conteúdo matemático e da disciplina
Matemática. É imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma
que “compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e
comunique ideias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas
matemáticos com segurança” (LORENZATO e VILA, 1993, p. 41).
Para tanto, o trabalho docente necessita emergir da disciplina Matemática e ser
organizado em torno do conteúdo matemático e, por conseguinte, se faz necessário
uma fundamentação teórica e metodológica.
Sendo assim, a partir de 2003, a SEED deflagrou um processo de discussão
coletiva com professores que atuam em salas de aula, nos diferentes níveis e
modalidades de ensino, com educadores dos Núcleos Regionais e das equipes
pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação. O resultado desse longo trabalho
conjunto passa a constituir estas Diretrizes Curriculares, as quais resgatam importantes
considerações teórico-metodológicas para o ensino da Matemática.
Conforme o
Decreto nº 7352 de 4 de novembro de 2010 e INSTRUÇÃO CONJUNTA N° 001/2010 –
SEED/SUED/SUDE.
A Superintendente da Educação e o Superintendente de
Desenvolvimento Educacional no uso de suas atribuições legais e considerando:
• a Lei N° 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
• o Parecer CEE/CEB N° 1011/10, que instituiu normas e princípios para a
implementação da Educação Básica do Campo no Sistema Estadual de Ensino do
Paraná, bem como, do processo de definição da identidade das
Escolas do
Campo;
• a Resolução N° .4783/2010 da Secretaria de Estado da Educação, que
Reconhece a Educação do Campo como uma política pública educacional
voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do
Campo.
De acordo com a Instrução Conjunta nº 001/2010 da superintendência de estado da
educação. A política de educação do campo destina-se à ampliação e qualificação da
oferta de educação básica e superior às populações do campo, e será desenvolvida
pela União em
regime de colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, de acordo com as diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional de
Educação e o disposto neste Decreto.
236
OBJETIVOS
•
Caracterizar a identidade dos povos do campo ,no sentido de manter dentro do
seu habitat natural ;
•
Desenvolver atividades vinculadas ao desenvolvimento dos sujeitos com
aplicação prática das medidas agrárias dentro da disciplina ;
•
Desenvolver a capacidade de analisar, relacionar, comparar, conceituar,
representar, abstrair e generalizar;
•
Desenvolver a capacidade de julgamento e o hábito de concisão e rigor;
•
Desenvolver hábitos de estudo, atenção, responsabilidade e cooperação;
•
Conhecer e utilizar corretamente a linguagem matemática;
•
Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar a integração do aluno na
sociedade em que vive;
•
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter do jogo intelectual,
característicos da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a
curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para
resolver problemas;
•
Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos da realidade,
estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento matemático
(aritmético, geométrico, algébrico, estático, combinatório e probabilístico);
•
Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e
enviá-las criticamente;
•
Resolver situações problemas, sabendo validar estratégias e resultados,
desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, indução,
dedução, analogia, estimativa, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis;
•
Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar
resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da
linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações
matemáticas;
•
Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre
esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;
•
Sentir-se
segura
da
própria
capacidade
de
construir
conhecimentos
matemáticos, desenvolvendo o alto estima e a perseverança na busca de
soluções;
•
237
Desenvolver a capacidade de resolver problemas , compreender-los planejar ,
soluções , fórmulas , hipóteses e prever resultados .
•
Estimular o pensamento lógico, relacionando ideias , descobrindo regularidades
e padrões , estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação, sua
criatividade na solução de problemas .
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
Como já se sabe, há bastante tempo, um dos maiores desafios para a
educação escolar é encontrar um equilíbrio e articulação adequados entre os aspectos
formativos e informativos no processo educacional. Se por um lado já não se acredita
na idéia de educação como transmissão de conteúdos, por outro se acredita também
que toda formação acontece por meio de algum conteúdo.
Mais recentemente, evidenciou-se que, na verdade, as duas coisas estão
intrinsecamente ligadas: tanto os aspectos formativos são uma espécie de conteúdo,
que deve ser tratado intencionalmente, quanto os aspectos informativos dependem da
forma como são tratados e/ou apresentados. Em outras palavras, o “conteúdo” que se
aprende não independe de como se aprende e por que. A Matemática que se aprende
resolvendo problemas é diferente da que se aprende resolvendo exercícios, e não nos
referimos a se a aprendizagem é “boa” ou “ruim” em cada caso.
Do ponto de vista pedagógico, o problema que se apresenta é o de como
organizar as ações educacionais na sala de aula de Matemática, de modo que os dois
aspectos estejam contemplados e articulados de fato.
Tradicionalmente esta organização era feita primariamente a partir de listas de
conteúdos e de sua seriação, com base nas noções de pré-requisitos e de adequação
à idade dos educandos. O passo adicional era o de preparar bem, didaticamente, a
apresentação do material (fosse em exposições ou de outra forma).Hoje em dia, dizer,
simplesmente, que “o professor não deve se prender a conteúdos”, não faz sentido
com relação ao sistema escolar que temos no estado do Paraná e no Brasil. Há uma
tradição de escola organizada em disciplinas, tradição que não pode nem deve ser
ignorada, sob risco de se produzir políticas educacionais impossíveis de serem
implementadas. Há, ainda, argumentos a favor da manutenção deste tipo de
organização – por exemplo, a correspondência com as disciplinas como se organizam
na academia, na pesquisa científica.
238
Por outro lado, o conhecimento acumulado, com relação à educação
matemática, através da pesquisa e da reflexão, mostra que aquela forma rígida de
organização curricular é insuficiente para articular de modo sólido os aspectos
formativos e informativos. Mostra, também, que muitas vezes crianças são capazes de
fazer mais do que a nossa expectativa indicava ser possível (por exemplo, por causa
da idade). Alguns pontos que dão sustentação à possibilidade de novas formas de se
compreender a organização das ações na sala de aula de Matemática:
a) o trabalho da chamada Escola Soviética, liderada por Lev Vygotsky, que deu
evidências da importância da interação e da dialogia nos processos cognitivos e no
desenvolvimento intelectual;
b) ainda na trilha da Escola Soviética, o trabalho de V. V. Davydov e seus
colegas, que desenvolveram um currículo para a educação matemática baseado na
idéia de oferecer às crianças instrumentos semióticos que potencializassem suas
capacidades cognitivas, promovendo a generalidade do pensamento e levando a seu
desenvolvimento intelectual;
c) o trabalho de Jerome Bruner, que sugeriu que a aprendizagem se dê em
forma de espiral, com conceitos sendo revisitados em níveis crescentes de abstração e
generalidade;
d) a crítica da escola meramente disciplinar (baseada em disciplinas isoladas),
fundamentada na necessidade de uma educação na qual conhecimentos de diversas
áreas fossem articulados, isto como resultado da complexidade do mundo moderno;
e) o trabalho de Paulo Freire, que propôs com vigor que a vida vivida de cada
educando seja parte central do “conteúdo” de que a escola trata.
O que se pretende oferecer neste documento é um quadro de referência que
ajude professores e professoras a operacionalizar uma organização das ações de sala
de aula que alcancem o equilíbrio de que falamos, tendo em vista os elementos já
apresentados.
Este quadro de referência deve ter flexibilidade suficiente para permitir que, a
partir dele, uma gama ampla de “estilos” de aula possa ser organizada. Isto é
essencial, dada a diversidade de experiências, formações e condições materiais de
atuação que afetam professores e professoras da rede pública. Para sermos mais
explícitos, o quadro de referência que propomos deve ter tanto flexibilidade para
operacionalizar ações primariamente dirigidas ao conteúdo matemático, mas
preocupadas em contemplar também as aplicações, quanto para operacionalizar ações
nas quais os conteúdos estão “a serviço” de outros objetivos.
239
É importante, no entanto, insistir em dizer que este quadro de referência se
fundamenta no que foi dito até aqui, em particular no que se refere à inseparabilidade
dos aspectos formativos e informativos na educação matemática.
Com isto, queremos dizer que não se espera que tais referências dêem
legitimidade nem a abordagens “puramente conteudistas” nem a abordagens
“totalmente a-disciplinares”.
Seguindo aquilo que está proposto no Currículo Básico para a Escola Pública
do Estado do Paraná, de 1990, a organização em eixos foi referendada pelos
professores na Semana Pedagógica de 2005, a partir da analise da versão preliminar
do documento das Diretrizes de Matemática. Estes eixos temáticos constituem o
elemento central deste quadro de referência, agora assim organizados: números e
álgebra; grandezas e medidas; geometrias; funções e tratamento da informação.
Na concepção proposta neste documento de Diretrizes, os quatro eixos não
devem ser entendidos como blocos de conteúdos que seriam tratados separadamente.
Servem, sim, como referências que permitem aos professores e professoras
contemplar a tradição da escola disciplinar, mas tendo em vista a possibilidade da
organização não-seriada e flexível com relação aos conteúdos trabalhados.
De maneira geral, recomenda-se, seja qual for a situação-problema ou o tema
matemático com que se está trabalhando, que o professor esteja atento para que tipos
de pensamento matemático estão sendo postos em jogo no raciocínio dos educandos.
Ao dirigir sua atenção para como os educandos estão pensando, ao invés
apenas para o conteúdo aparentemente trabalhado, o professor cria a possibilidade de
flexibilizar a maneira pela qual organiza suas aulas. Assim, ao perceber que o
educando pensou com pontinhos para resolver o problema da soma de dois números
ímpares, o professor pode decidir aprofundar o trabalho com números figurados
(números quadrados: pode-se arranjar os pontinhos em um quadrado; números
triangulares: pode-se arranjar os pontinhos em um triângulo com um ponto no topo,
dois na segunda linha, três na terceira, e assim por diante).
Uma excelente estratégia para facilitar o entendimento de como os educandos
estão pensando, é usar problemas e investigações, ao invés de apenas exercícios, e
sempre solicitar ao educando que explique como pensou, mesmo que a solução ou
resposta esteja certa.Além de ajudar o professor a entender o que o educando pensou,
estas explicações ajudam-no em seu aprendizado, pois, como diz Roberto Baldino10,
aprende-se falando e ensina-se ouvindo e, essas explicações, tornam-se também
elementos para o processo avaliativo.
240
10 Menções a Roberto Ribeiro Baldino, doutor em Matemática, aposentado pela
Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro/SP, onde trabalhava na pósgraduação em Educação Matemática.
Oferecer uma variedade de exemplos, ainda que modesta, nos quais o
professor identifica diferentes modos de pensar, em diferentes educandos que
resolvem um mesmo problema, seria extenso demais para este documento. O que
fazemos a seguir é oferecer algumas indicações para o trabalho nos eixos temáticos.
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de
estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua
compreensão. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais.
Os Conteúdos Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares, para a
Educação Básica da Rede Pública Estadual, são:
Números e Álgebra :
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se
desdobra nos seguintes conteúdos:
•
números reais
•
números complexos
•
sistemas lineares
•
matrizes e determinantes
•
equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares
•
polinômios
Os números estão presentes na vida do homem desde tempos “remotos como
os do começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997, p. 29). A passagem do
estágio de coleta para a produção de alimentos, por meio da atividade agrícola, foi uma
transformação fundamental, que gerou progressos acerca do conhecimento. O atual
sistema de numeração, formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, iniciou com
os números 1 e 2, quando o homem percebeu “diferenças nítidas entre a unidade, o
par e a pluralidade” (IFRAH, 1994, p. 17). Na medida em que ampliou seu
conhecimento e se deparou com a complexidade de problemas, criou os demais
algarismos.
Ocorreram avanços na sua sistematização e hoje há diferentes formas
de ler os números, organizados nos seguintes conjuntos numéricos: naturais, inteiros,
racionais, irracionais, reais e complexos. O atual
sistema de numeração, denominado indo-arábico, configurou-se conforme a
integração entre povos do ocidente e do oriente, sobretudo em atividades comerciais
241
do século XIII.
No entanto, a ciência Matemática não se resumiu à aplicação prática, também
se desenvolveu por tendências relacionadas ao pensamento abstrato. Assim, a
aritmética ganhou novas configurações, de modo que, gradualmente, a ciência
Matemática passou a ter um ramo denominado álgebra. A história da Matemática
registra, entre os babilônios, cerca de 2000 a.C., a existência de uma “aritmética
transformada numa álgebra bem estabelecida” (STRUIK, 1997, p. 58), proveniente do
uso de escritas que se manifestavam vinculadas aos conceitos expressos por meio de
ideogramas.
A álgebra é um campo do conhecimento matemático que se formou sob
contribuições de diversas culturas. Pode-se mencionar a álgebra egípcia, babilônica,
grega, chinesa, hindu, arábica e da cultura europeia renascentista. Cada uma
evidenciou elementos característicos que expressam o pensamento algébrico de cada
cultura. Com Diofanto, no século III d.C., fez-se o primeiro uso sistemático de símbolos
algébricos. Tal sistematização foi significativa, pois estabeleceu uma notação algébrica
bem desenvolvida para resolver problemas mais complexos, antes não abordados.
A partir do século VII, com a chegada dos árabes à Europa, houve novo
avanço em relação ao conhecimento algébrico, pois surgiram tratados que o
ampliaram, até os primeiros tempos da Renascença. Devido a sua significativa
aplicação,
tal
conhecimento
foi
incorporado
à
cultura
europeia
e
recebeu
denominações diversas, como: álgebra, algèbre etc. (CARAÇA, 2002).
As produções matemáticas do século XVII ao XIX procuravam atender às
demandas de algumas áreas de atividades humanas, sobretudo as comerciais e as da
administração pública. Isso fez com que a álgebra alcançasse um novo estágio de
desenvolvimento. Surgiram, então, regras que propiciaram solucionar equações
cúbicas e discutir o número de raízes de equações de grau maior que três. Também,
usaram-se, pela primeira vez, os números imaginários na tentativa de encontrar raízes
quadradas de números negativos, nascendo, assim, a teoria das equações algébricas.
A álgebra e os números passam a fazer parte do conhecimento escolar,
sendo que, no cenário educacional brasileiro, seu ensino foi influenciado pelas
produções didáticas europeias do século XVIII, na forma de aulas avulsas em matérias
denominadas Aritmética e Álgebra.
No Ensino Médio, há necessidade de aprofundar o estudo dos números, de
modo a ampliar o conhecimento e domínio deste conteúdo para que o aluno:
•
compreenda os números complexos e suas operações;
242
.
conceitue e interprete matrizes e suas operações;
•
conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se
realizam por meio de determinante;
•
identifique e realize operações com polinômios;
•
identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações -
inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares.
Nesse mesmo nível de ensino, é necessário ainda que haja articulação entre
a álgebra e os números, de modo que o aluno:
•
compreenda o conceito de incógnita;
•
realize a escrita de uma situação problema na linguagem
•
reconheça
matemática;
e
resolva
equações
numéricas
e
algébricas,
inequações, sistemas de equações;
•
diferencie e realize operações com monômios, binômios, trinômios
e polinômios; equações quadradas, biquadradas e irracionais.
Grandezas e Medidas:
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas
aprofunda e amplia os conteúdos do Ensino Fundamental:
•
medidas de massa
•
medidas derivadas: área e volume
•
medidas de informática
•
medidas de energia
•
medidas de grandezas vetoriais
•
trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo
e a trigonometria na circunferência
O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e
menor, de antes e depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e
entre períodos de tempo, necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos.
Ou seja, para que pudesse ter uma visão da realidade, o ser humano precisou medir e
criar instrumentos de medida. “A ação de medir é uma faculdade inerente ao homem,
faz parte de seus atributos de inteligência” (SILVA, 2004, p. 35). Para Machado, “a
necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de contar” (2000, p.
08).
Desde as primeiras civilizações, as medidas se tornaram a linguagem
243
fundamental à realização dos negócios no mundo do comércio. Elas podem ser
consideradas um dos principais fatores que sustentaram e fortaleceram as sociedades
pelas relações estabelecidas por meio das compras e vendas, pela criação dos
padrões que mensuram a produção e pelo suporte dimensional para as ciências e a
tecnologia (SILVA, 2004). A Matemática é a linguagem das grandezas, e esta, por sua
vez, implica na noção de medida (HOGBEN, 1950).
Para se chegar ao sistema de medidas tal como se conhece hoje, muitas
sociedades criaram seus próprios sistemas, denominados de sistemas pré-métricos.
Com o passar do tempo, verificou-se a necessidade de padronizar os
sistemas de medidas devido à intensificação das relações sociais e econômicas, isto é,
da expansão do comércio e o surgimento do mercantilismo. Muitas foram as tentativas,
bem como muitas pessoas, de vários países, dedicaram-se a estudos para conquistar
tal unificação e chegar a um sistema métrico padrão.
Uma proposta de unificação de pesos e medidas foi votada pela Assembléia
da França, em 1790. Após tal consenso, as medidas tornaram-se padronizadas. Esse
sistema adotou, inicialmente, três unidades básicas de medida: o metro, o litro e o
quilograma. O Brasil adotou o sistema métrico em 1872. Após esse período, ocorreram
algumas alterações em relação aos elementos usados para definir algumas medidas,
entre elas a de comprimento e a de tempo, até chegar às unidades de base do Sistema
Internacional de Unidades – SI.
Já o conhecimento sobre o sistema monetário é necessário para que o aluno
da Educação Básica tenha condições de estabelecer relações entre o conjunto de
moedas legais em circulação em diferentes países. Entretanto, prima-se que o aluno
conheça, primeiro, o sistema monetário do país onde vive. Manejar o sistema
monetário é inteirar-se das situações que mensuram o valor das mercadorias,
possibilidade para discutir o valor do trabalho e meio para entender decisões de ordem
econômica do país.
Quanto à informática, não se pode negar a sua presença no campo
educacional, materializada pelo computador. Termos como bit, bytes, kilobytes,
megabytes, gigabytes ou terabytes, medidas que representam a capacidade de
armazenamento temporário ou permanente de um computador, passam a fazer parte
da linguagem do aluno. É necessário, então, abordá-los nas aulas de Matemática, pois
contribui para compreensão de significados matemáticos e o conhecimento sobre a
tecnologia.
Com a Trigonometria integrando o Conteúdo Estruturante Grandezas e
244
Medidas, pretende-se contemplar as relações entre as medidas dos lados e dos
ângulos de um triângulo, relações essas desenvolvidas a partir da necessidade do
homem de determinar, por exemplo, distâncias inacessíveis (a altura das pirâmides,
distância entre os astros, largura de rios, etc.).
O Conteúdo de Grandezas e Medidas favorece o diálogo entre as pessoas,
Estados e diferentes países.
Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias se
desdobra nos seguintes conteúdos:
•
geometria plana
•
geometria espacial
•
geometria analítica
•
noções básicas de geometrias não-euclidianas
Geometrias:
As ideias geométricas abstraídas das formas da natureza, que aparecem
tanto na vida inanimada como na vida orgânica e nos objetos produzidos pelas
diversas culturas, influenciaram muito o desenvolvimento humano. Em torno dos anos
300 a.C., Euclides sistematizou o conhecimento geométrico, na obra já citada
Elementos. Seus registros formalizaram o conhecimento geométrico da época e deram
cientificidade à Matemática. Nessa obra, o conhecimento geométrico é organizado com
coesão lógica e concisão de forma, constituindo a Geometria Euclidiana que engloba
tanto a geometria plana quanto a espacial.
Pela maneira como são postas suas bases e pelo rigor das demonstrações, a
geometria euclidiana se caracteriza como modelo lógico para as outras ciências físicas.
A obra de Euclides tem uma importância excepcional na história da Matemática e
exerce influência até os dias atuais, inclusive no âmbito escolar.
Na primeira metade do século XVII, o conhecimento geométrico recebeu nova
abordagem com a geometria analítica que trouxe uma dinâmica diferente à
Matemática. A Europa vivia uma transição política e econômica e o modo de produção
capitalista, emergente, requeria das ciências novos conhecimentos. Buscavam-se
conhecimentos mais avançados no campo da astronomia e da mecânica. Era preciso
que a Matemática resolvesse cálculos como, por exemplo, de distância entre pontos,
coordenadas de ponto que divide um segmento conforme uma razão dada,
determinação de pontos de intersecção de curvas, discussão de curvas, etc.
(ALEKSANDROV, 1976, p. 225). Por meio da geometria analítica, tais problemas eram
245
solucionados.
O conhecimento geométrico ganhou mais uma face no final do século XVIII e
início do século XIX, com os estudos de Bolyai, Lobachevsky, Riemann e Gauss.
Surgiam as geometrias não-euclidianas, que trouxeram uma nova maneira de ver e
conceber o conhecimento geométrico.
A Geometria Euclidiana, transmitida de geração a geração por mais de dois
mil anos, não era a única. As mentes criativas dos matemáticos Bolyai, Lobachevsky,
Gauss e Riemann lançaram as bases de outras geometrias tão logicamente aceitas
quanto a Euclidiana. Uma dessas geometrias não-euclidianas encontra aplicação na
Teoria da relatividade, o que se justifica, pois sendo curvo o universo eisteniano, a
Geometria Euclidiana não é adequada (COUTINHO, 2001, p. 36).
Muitos problemas do cotidiano e do mundo científico só são resolvidos pelas
geometrias não-euclidianas. Um exemplo são os estudos que resultaram na Teoria da
Relatividade, em que a geometria do espaço, usada por Albert Einstein, foi uma
geometria não-euclidiana, de modo que conceitos, como “a luz se propaga ao longo de
geodésias2 e a curvatura do espaço é determinada pela natureza da matéria que o
preenche” (COURANT & ROBBINS, 2000, p. 276), foram fundamentais.
No Ensino Médio, deve-se garantir ao aluno o aprofundamento dos conceitos
da geometria plana e espacial em um nível de abstração mais complexo. Nesse nível
de ensino, os alunos realizam análises dos elementos que estruturam a geometria
euclidiana, através da representação algébrica, ou seja, a geometria analítica plana.
Neste caso, é imprescindível o estudo das distâncias entre pontos, retas e
circunferências; equações da reta, do plano e da circunferência; cálculos de área de
figuras geométricas no plano e estudo de posições.
Assim, é necessário conhecer as demonstrações das fórmulas, teoremas,
conhecer e aplicar as regras e convenções matemáticas, tanto no estudo da
geometria de posição como no cálculo de área de figuras geométricas planas e
espaciais e de volume de sólidos geométricos, em especial de prismas,
pirâmides (tetraedro), cilindro, cone e esfera.
Também, no Ensino Médio, aprofundam-se os estudos das noções de
geometrias não-euclidianas ao abordar a geometria dos fractais, geometria projetiva,
geometria hiperbólica e elíptica. Na geometria dos fractais, pode-se explorar: o floco de
neve e a curva de Koch; triângulo e tapete de Sierpinski, conduzindo o aluno a refletir e
observar o senso estético presente nessas entidades geométricas, estendendo para as
suas propriedades, através da “regularidade harmoniosa nas suas próprias
246
irregularidades” (BARBOSA, 2005, p. 14).
Para abordar os conceitos elementares da geometria hiperbólica, uma
possibilidade é através do postulado de Lobachevsky (partindo do conceito de
pseudo-esfera, pontos ideais, triângulo hiperbólico e a soma de seus ângulos
internos). Já na apresentação da geometria elíptica, fundamentá-la através do
seu desenvolvimento histórico e abordar: postulado de Riemann; curva na superfície
esférica e discutir o conceito de geodésia; círculos máximos e círculos menores;
distância na superfície esférica; ângulo esférico; triângulo esférico e a soma das
medidas de seus ângulos internos; classificação dos triângulos esféricos quanto à
medida dos lados e dos ângulos; os conceitos referentes à superfície da Terra: polos,
equador, meridianos, paralelos e as direções de movimento.
As abordagens das Geometrias: fractal, hiperbólica e elíptica não se
encerram, unicamente, nos conteúdos aqui elencados. Desde que explore conceitos
básicos, o professor tem a liberdade de investigar e realizar outras abordagens.
Os conceitos destes conteúdos são fundamentais para que o aluno do Ensino
Médio amplie seu conhecimento e pensamento geométrico.
Na Educação Básica, a Educação Matemática valoriza os conhecimentos
geométricos, que não devem ser rigidamente separados da aritmética e da álgebra.
Interliga-se com a aritmética e com a álgebra “porque os objetos e relações dela
correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões
aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria, que realiza a tradução
para o aprendiz” (LORENZATO, 1995, p. 07).
Entende-se que a valorização de definições, as abordagens de enunciados e
as demonstrações de seus resultados são inerentes ao conhecimento geométrico. No
entanto, tais práticas devem favorecer a compreensão do objeto e não reduzir-se
apenas às demonstrações geométricas em seus aspectos formais.
Funções :
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos:
•
função afim
•
função quadrática
•
função polinomial
•
função exponencial
•
função logarítmica
•
função trigonométrica
247
•
função modular
•
progressão aritmética
•
progressão geométrica
Como conteúdo da Matemática, as Funções tiveram diversos conceitos, nem
todos abordados em sala de aula. Na Antiguidade, funções eram:
[...] o estudo de casos de dependência entre duas quantidades que não
isolava as noções de variáveis e de função. Na Idade Média, [...] as noções eram
expressas sob uma forma geométrica e mecânica, mas que prevaleciam, em cada caso
concreto, as descrições verbais ou gráficas (YOUSCHKEVITCH apud ZUFFI, 2001, p.
11).
Na Idade Moderna, o aprimoramento dos instrumentos de medida inspirou
matemáticos a estudarem as noções de funções pela experiência e observação, o que
contribuiu para a evolução do conceito. Desenvolveram-se, então, o tratamento
quantitativo, as equações em x e y no tratamento das relações de dependência, as
noções de curva nos movimentos e fenômenos mecânicos, as taxas de mudança de
quantidade, as imagens geométricas e a linguagem simbólica.
No período de sua sistematização, ocorreram as primeiras aproximações do
conceito de função com a álgebra, quando a função passou a ser expressa por notação
algébrica (ZUFFI, 2001). Assim, o conceito de funções passou a ter maior abrangência.
Avançou aos campos do cálculo diferencial e da análise matemática, o que contribuiu
para o estudo de cálculos que envolvem a noção de infinito, fundamental para o
desenvolvimento da teoria das funções complexas.
O Conteúdo de Funções simbolizou os primeiros sinais de modernização do
ensino de Matemática. No primeiro encontro de professores ocorrido em 1864, na atual
Alemanha, já se discutia o caráter estático da Matemática originado das engenharias e
considerava-se que o Conteúdo de Funções poderia inserir mais dinamicidade no
ensino da Matemática.
De 1880 a 1959, a ideia de que o conceito de função deveria estar
contemplado no currículo de Matemática foi amplamente debatida porque permitia
“estabelecer uma correspondência entre as leis matemáticas e as leis geométricas,
entre as expressões analíticas e os lugares geométricos (conjunto de todos os pontos
que gozam de uma mesma propriedade)” (CARAÇA, 2002, p. 130-131).
Na Educação Básica, o aluno deve compreender que as Funções estão
presentes nas diversas áreas do conhecimento e modelam matematicamente situações
que, pela resolução de problemas, auxiliam o homem em suas atividades.
248
As Funções devem ser vistas como construção histórica e dinâmica, capaz de
provocar mobilidade às explorações matemáticas, por conta da variabilidade e da
possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua atuação em outros
conteúdos específicos da Matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a noção
analítica de leitura do objeto matemático.
As abordagens do Conteúdo Funções no Ensino Médio devem ser ampliadas e
aprofundadas de modo que o aluno consiga identificar regularidades, estabelecer
generalizações e apropriar-se da linguagem matemática para descrever e interpretar
fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das
Funções ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem gráfica que favorece
a compreensão do significado das variações das grandezas envolvidas.
Tratamento da Informação:
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação
engloba os conteúdos:
.
análise combinatória
.
binômio de Newton
.
estatística
.
probabilidade
.
matemática financeira
Pode-se dizer que a estatística se iniciou no século XVII, em estudos sobre as
taxas de mortalidade, os quais serviram aos governos para coletar informações
relativas a número de nascimentos, casamentos e dados sobre migração, entre outras.
A estatística, então, tornou-se um conteúdo matemático importante ao ter seus
conceitos aplicados em vários campos do conhecimento. Entre eles destacam-se: as
Ciências Sociais, a Genética e a Psicologia. Pela necessidade de quantificar os dados
coletados nas pesquisas, a aplicabilidade de métodos estatísticos se tornou essencial.
Como resultado, novos conceitos como os de correlação e regressão foram
introduzidos na Matemática.
Os primeiros estudos sobre estatística contribuíram para a abordagem de
questões que envolvem a probabilidade de ocorrência de eventos. Soma-se a isso o
interesse pelos jogos e a organização de companhias de seguros. Assim, surgiram as
sistematizações sobre a Teoria das Probabilidades (RONAM, 1997).
Nesse período, Blaise Pascal escreveu seu tratado sobre o triângulo
aritmético, formado por coeficientes binomiais. As descobertas de Pascal foram úteis
para desenvolver cálculos probabilísticos.
249
Outra importante pesquisa para a Matemática foi a das séries infinitas de
Isaac Newton, que o levou a outras investigações, resultando na criação das séries
binomiais.
Estudos desenvolvidos por Leibniz, para encontrar um método pelo qual fosse
possível abstrair conhecimentos para compreender o universo, conduziram a produção
de novos conhecimentos matemáticos, tais como as permutações e combinações,
constituindo a análise combinatória (STRUIK, 1997, p. 181).
O Tratamento da Informação é um conteúdo estruturante que contribui para o
desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e
para interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para
apresentar ou descrever informações.
Na Educação Básica, propõe-se que o trabalho com estatística se faça por
meio de um processo investigativo, pelo qual o estudante manuseie dados desde sua
coleta até os cálculos finais. “É o estudante que busca, seleciona, faz conjecturas,
analisa e interpreta as informações para, em seguida, apresentá-las para o grupo, sua
classe ou sua comunidade” (WODEWOTZKI & JACOBINI, 2004, p. 233).
Os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros
conteúdos, com os quais sejam estabelecidos vínculos para quantificar, qualificar,
selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas
às experiências do cotidiano.
No Ensino Médio, o conhecimento denominado Tratamento da Informação é
um meio para resolver problemas que exigem análise e interpretação. Trata de
problemas de contagem que exigem cálculos elaborados e engloba uma grande
variedade de técnicas de resolução, tal como a análise combinatória, que abrange
arranjos, permutações e combinações.
É importante que o aluno do Ensino Médio compreenda a matemática
financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana e sua influência nas
decisões de ordem pessoal e social. Tal importância relaciona-se o trato com dívidas,
com crediários à interpretação de descontos, à compreensão dos reajustes salariais, à
escolha de aplicações financeiras, entre outras.
Para o trabalho com o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação, o
aluno do Ensino Médio deve dominar os conceitos do conteúdo binômio de Newton,
pré-requisito também para a compreensão do conjunto de articulações que se
estabelecem entre análise combinatória, estatística e probabilidade.
As propriedades do binômio de Newton são ricas em agrupamentos,
250
disposição de coeficientes em linhas e colunas e ideia de conjuntos e subconjuntos.
Tanto o teorema das colunas como o teorema das diagonais trazem implícito o
argumento binomial e o argumento combinatório, o que possibilita articular esses
conceitos com os presentes em outros conteúdos. No cálculo de probabilidades, por
exemplo, usa-se distribuição binomial quando o experimento constitui uma sequência
de ensaios ou tentativas independentes.
Os conteúdos de estatística e probabilidade, no Ensino Médio, devem estar
interrelacionados de modo que o estudante perceba as vinculações entre os mesmos,
possibilitando a solução de problemas (LOPES & FERREIRA, 2004, p.
02). A integração da probabilidade com a estatística possibilita “um ensino com
características interdisciplinares”, de modo a oferecer ao estudante conhecimentos
menos fragmentados por meio de experiências que propiciem observações e
conclusões, contribuindo para a formação do pensamento matemático.
Essa formação permite observar, por exemplo, que medidas estatísticas – o
Brasileira de Educação foi funda
distribuição de frequências, medidas de posições, dispersão, assimetria e
curtose – não são fatos encerrados em si. Pela manifestação e/ou ocorrência das
ações e relações humanas, num dado espaço-tempo, o estudo da probabilidade
permite diferentes olhares sobre o mundo, o que leva a uma leitura diferenciada
daquela de determinismo e exatidão que, em geral, encontra-se na disciplina de
Matemática.
Os Conteúdos Estruturantes propostos nas devem estar presentes em todas
as séries da Educação Básica. Tais conteúdos orientam o professor na sua prática
docente de forma que um Conteúdo Estruturante pode estar mais presente em uma
série do que em outra.
Os conteúdos devem ser apresentados de modo que um seja abordado sob o
contexto de outro. Assim, os Conteúdos Estruturantes transitam entre si através
destas articulações.
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Conteúdos Básicos:
.Sistema de Numeração;
.Números Naturais;
251
.Múltiplos e divisores;
.Potenciação e Radiciação;
.Números Fracionários;
.Números decimai
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Conteúdos Básicos:
. Medidas de Comprimento;
.Medidas de Massa;
.Medidas de Área;
.Medidas de Volume;
.Medidas de tempo;
.Medidas de Ângulo;
.Sistema Monetário.
GEOMETRIAS:
- Conteúdos Básicos:
. Geometria Plana;
.Geometria Espacial.
7º ANO.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Conteúdos Básicos:
.Dados, Tabelas e Gráficos;
. Porcentagem.
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Conteúdos Básicos:
.Números Inteiros;
.Números racionais;
.Equações e Inequações do 1º grau;
.Razão e Proporção;
. Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Conteúdos Básicos:
.Medidas de Temperatura;
252
.Medidas de ângulo
GEOMETRIAS:
- Conteúdos Básicos:
. Geometria Plana;
.Geometria Espacial;
.Geometrias Não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Conteúdos Básicos:
.Pesquisa Estatística;
.Média Aritmética;
. Moda e Mediana;
. Juros simples.
8º ANO.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
-Conteúdos Básicos:
.Números Racionais e Irracionais;
. Sistema de Equações do 1º grau;
.Potências;
.Monômios e Polinômios;
.Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
-Conteúdos Básicos:
.Medidas de Comprimento;
.Medidas de Área;
.Medidas de Volume;
.Medidas de Ângulos.
GEOMETRIAS:
- Conteúdos Básicos:
.Geometria Plana;
253
.Geometria espacial;
. Geometria Analítica;
.Geometrias não-euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Conteúdos Básicos:
. Gráfico e informações;
. População e amostra.
9º ANO.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
-Conteúdos Básicos:
. Números Reais;
. Propriedades dos radicais;
.Equação do 2º grau;
.teorema de Pitágoras;
.Equações Irracionais;
.Equações Biquadradas;
. Regra de três composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Conteúdos Básicos:
. Relações Métricas no triângulo retângulo;
.Trigonometria no Triângulo retângulo.
FUNÇÕES:
- Conteúdos básicos:
. Noção intuitiva de Função Afim;
.Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS:
-Conteúdos Básicos:
.Geometria Plana;
. Geometria Espacial;
254
.Geometria Analítica;
. Geometrias não-euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Conteúdos Básicos:
. Noções de Análise Combinatória;
.Noções de Probabilidade;
.Estatística;
.Juros Compostos.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Conteúdos Básicos:
.Números Reais;
.Números Complexos;
. sistemas Lineares;
. Matrizes e Determinantes;
.Polinômios;
. Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e modulares
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Conteúdos Básicos:
.Medidas de Área;
.Medidas de Volume;
.Medidas de grandezas Vetoriais;
. Medidas de Informática;
. Medidas de energia;
. Trigonometria;
FUNÇÕES:
. Função Afim;
. Função Quadrática;
. Função Polinomial;
255
. Função Exponencial;
. Função Logarítmica;
. Função Trigonométrica;
. Função Modular;
. Progressão Aritmética;
. Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS:
. Geometria Plana;
. Geometria Espacial;
. Geometria Analítica;
. Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
. Análise Combinatória;
. Binômio de Newton;
. Estudo das Probabilidades;
. Estatística;
. Matemática Financeira.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO POR SÉRIE:
1ª ANO
•
Conteúdos Estruturante:
Números e Álgebra:
Conteúdos Básicos:
•
-Conjunto dos números Reais;
•
-Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
2- Conteúdo Estruturante:
Funções;
Conteúdos Básicos:
2.1- Sistema de Coordenadas Cartesianas;
2.2- Introdução a Funções;
2.3- Função a fim;
2.4- Função Quadrática;
256
2.5- Função Modular;
2.6-Função Exponencial;
2.7- Função Logarítmica;
3 – Conteúdo Estruturante:
Grandezas e medidas:
Conteúdos Básicos:
3.1- Trigonometria no triângulo retângulo;
3.2- Relações trigonométricas no triângulo qualquer.
2º ANO
 Conteúdo Estruturante:
Funções:
Conteúdos Básicos:
1.1- P. A. Progressão Aritmética;
1.2- P. G. Progressão Geométrica.
 Conteúdo Estruturante:
Tratamento da Informação:
Conteúdos Básicos:
2.1- Análise Combinatória;
2.2 – Binômio de Newton;
2.3- Probabilidade;
2.4- Introdução à Estatística;
2.5-Matemática Financeira;
3- Conteúdo Estruturante:
Funções:
Conteúdos Básicos:
3.1- Trigonometria na Circunferência.
3º ANO
1- Conteúdo Estruturante:
Números e Álgebra:
Conteúdos Básicos:
257
1.1- Matrizes;
1.2- Determinantes;
1.3- Sistemas lineares (Regra de Cramer);
1.4- Números Complexos;
1.5- Polinômios;
1.6- Equações Polinomiais.
Conteúdo Estruturante:
Grandezas e Medidas:
Conteúdos Básicos:
2.1 – Medidas de área; ( agrária )
2.2- Medidas de volume.
Conteúdo Estruturante:
Geometria:
Conteúdos Básicos:
3.1- Geometria plana;
3.2- Geometria Espacial;
3.3- Geometrias Não-Euclidianas;
3.4- Geometria Analítica.
OBSERVAÇÃO: Os conteúdos Medidas e grandezas vetoriais, medidas de
energia e medidas de informática (pertencentes ao conteúdo estruturante Grandezas e
Medidas) são abordados na disciplina de Física.
Os Conteúdos Básicos de Matemática no Ensino Médio deverão ser
abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino
fundamental e também através da intercomunicação dos Conteúdo Estrutu- rantes.
As tendências metodológicas apontadas sugerem e servem de aporte teórico para
as abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, visando desenvolver os
conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como
instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem
como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações
simbólicas, formais e técnicas.É importante a utilização de recursos didáticopedagógicos e tecnológicos como instrumen- to de aprendizagem.
Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam
garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos
258
matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência
matemática.
Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica para
resolução de problemas, não somente pertinentes à ciência matemática, mas como nas
demais ciências que, em determinados momentos, fazem uso da matemática.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICOS
Os conteúdos de Matemática no Ensino médio, poderão ser abordados
articularmente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e
também através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes. As tendências
metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem
encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os conteúdos propostos
neste nível de ensino, e também ressalta – se a relevância na utilização de recursos
didáticos- pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
Desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que
possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações
matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da
linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas.
Objetivando uma formação científica geral, os procedimentos e estratégias a serem
desenvolvidas pelo professor poderão garantir ao aluno o avanço em estudos
posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas,
cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática.
Em relação as abordagens, destaca-se a análise e interpretação critica para a
resolução de problemas não somente pertinentes a ciência matemática mas como nas
demais ciências que em determinados momentos fazem uso da matemática. O
contexto histórico e sócio cultural desde a antiguidade até a atualidade. Destacam-se
também os conteúdos básicos: Medidas e grandezas vetoriais; de Energia e de
informática, tendo como objetivo a complementação e o entendimento dos demais
conteúdos.
Na busca de um aprendizado ativo e interativo utilizam-se várias estratégias, onde o
diálogo será constante e efetivo: o aluno é instigado a participar e questionar,
valorizando-se as atividades coletivas que propiciem a discussão e a elaboração
conjunta de idéias.
Tendo como ponto de partida o universo comum entre professor e alunos, o
aprendizado torna-se significativo, fazendo uso de conhecimentos práticos, de caráter
259
interdisciplinar.
As aulas expositivas serão utilizadas como um momento de diálogo, de exercício da
criatividade e de trabalho coletivo para a elaboração do conhecimento.
Procurando fazer com que os alunos ampliem sua autonomia e capacidade de
comunicação e argumentação, a resolução de problemas é uma estratégia que será
utilizada, na qual o aluno aprende a consultar, experimentar, organizar dados e
sistematizar resultados.
Aspectos da história da matemática serão abordados procurando não somente ilustrar
o desenvolvimento e a evolução dos conceitos estudados, mas também atingindo
questões de origem social.
Serão valorizados aspectos étnicos pertinentes ao meio em que o aluno está
inserido. A bagagem já trazida pelo aluno será resgatada, para, a partir dela, trabalhar
os conteúdos matemáticos .
Serão utilizadas metodologias como a modelagem matemática, a etnomatemática e a
resolução de problemas, o uso de mídias tecnológicas, história da Matemática e
investigações matemáticas para fundamentar a prática docente.
Aspectos culturais estão presentes na educação matemática. A etnomatemática
considera a diversidade cultural de nosso país, bem como os interesses dos diversos
grupos aos quais essa educação é destinada. Os temas “História e Cultura Afro”,
“História do Paraná” e “Meio Ambiente” serão abordados principalmente em seus
aspectos estatísticos no trabalho com o tratamento da informação.
Ao invés de se tentar competir com os recursos tecnológicos, os mesmos serão
utilizados para proporcionar aos alunos assuntos mais interessantes e atuais para que
estes se sintam estimulados a estudar matemática. Estamos na era da informação e a
TV e o computador tornam-se aliados do professor que trabalha a matemática de forma
atual, tendo alunos participativos e realmente interessados pelo que estão aprendendo.
Numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer seja adquiridos
em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências
provenientes de vivenciais dos alunos poderão ser aproveitados, aprofundados e
sistematizados, com objetivos de validar cientificamente, ampliando e generalizandoos.
O objetivo de ensino da matemática é oportunizar ao aluno o acesso ao conhecimento
hierarquicamente organizado e sistematizado de modo a permitir o desenvolvimento
crítico - construtivo. Então a metodologia do ensino assume papel determinante no
processo ensino-aprendizagem, por estar associado á formação do cidadão, pelo
260
desenvolvimento do seu pensamento.
As tecnologias em suas diferentes formas e uso constituem um dos principais
agentes de transformação da sociedade, pelas modificações que exercem nos meios
de produção e por suas conseqüências no cotidiano das pessoas. Também e fato que
as calculadoras, computadores, vídeos-jogos, slides, debates e observações, estão
cada vez mais presentes nas diferentes atividades desenvolvidas. O desenvolvimento
das tecnologias da informação permite que a aprendizagem ocorra em diferentes
lugares e por meios diferentes. Portanto cada vez mais a capacidade para criar inovar,
imaginar, questionar, encontrar soluções e tomar decisões com autonomia, assumem
importância. A escola tem um importante papel a desempenhar ao contribuir para a
formação de indivíduos ativos e agentes criadores de novas formas culturais.
A proposta de trabalhar com questões de urgência social numa perceptiva de
transversalidade apontam para o compromisso a ser partilhado pelos professores das
áreas, assim possibilitando o aluno a compreensão de tais questões, o que inclui a
aprendizagem de conceitos, preconceitos e o desenvolvimento de atitudes.
Em sociedade a matemática usufrui de um status privilegiado a outras áreas do
conhecimento, e isso traz como conseqüências o cultivo de crenças e preconceitos. A
construção de uma visão solidária de relações humanas da matemática contribuirá
para que os alunos separem o individualismo por meio do diálogo e das valorizações
da interação da troca.
À seleção de conteúdos a serem trabalhados pode-se dar perspectiva mais ampla, ao
procurar identificá-las como formas culturais cuja assimilação é essencial para que
produza novos conhecimentos, assim devendo retomá-los sempre que necessário.
Dessa forma, pode se considerar que os conteúdos envolvem explicações, formas de
raciocínio, linguagens, valores, sentimentos interesses e condutas.
Nas Diretrizes, propõe-se articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos
específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico
de forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino
existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal, “[...] o significado curricular
de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim
do modo como se articulam” (MACHADO, 1993, p. 28).
De outra forma, para explorar os conceitos de escalas, do conteúdo específico
proporcionalidade, pode-se articulá-lo a outro conteúdo específico, geometria plana e
introduzir a ideia de razão e proporção ao realizar atividades de ampliação e redução
de figuras geométricas.
261
Entretanto , procuramos trabalhar a matemática por meio de situações problema ,
dentro da vivência do aluno voltado para a Educação do Campo que o façam
realmente a pensar, analisar , julgar e decidir para melhor solução de seus problemas
que são enfrentados no campo nos dias de hoje .
Trabalhar um conteúdo significativo, levando o aluno a sentir que é importante saber
aquilo para sua vida em sociedade ou que o conteúdo trabalhado será útil para
entender o mundo do campo em que vive . Para que o aluno veja a matemática como
um assunto útil e prático e possa apreciar seu poder ,precisa perceber que ela está
presente em praticamente tudo e é aplicada também na Educação do Campo para
solucionar seus problemas e entender uma grande variedade de fenômenos .
Colaborar para que o aluno saiba fazer custo de produção , pois ele não sabe
quanto gasta e quanto ganha dentro de uma lavoura . Saber que existe a cada ano
novas máquinas e equipamentos que possam ajudá-lo futuramente dentro do contexto
que está inserido .Esta questão será trabalhada de forma prática e objetiva , para que o
aluno do campo valorize seu trabalho , de forma que venha a obter seu crescimento
profissional e que fixe seu habitat natural .
Para o conteúdo específico estatística, os conceitos da álgebra também são
básicos e possibilitam explorar os números decimais e fracionários presentes nas
informações das pesquisas estatísticas.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas
da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos:
• resolução de problemas;
• modelagem matemática;
• mídias tecnológicas;
• etnomatemática;
• história da Matemática;
• investigações matemáticas.
Resoluções de Problemas:
Um dos desafios do ensino da Matemática é a abordagem de conteúdos para a
resolução de problemas. Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem
oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações,
de modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003).
O professor deve fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de
problemas, como exposição oral e resolução de exercícios. Isso torna as aulas mais
dinâmicas e não restringe o ensino de Matemática a modelos clássicos. A resolução de
262
problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como
um conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo de ensino e
aprendizagem (SCHOENFELD, 1997).
Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos pensem
sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas
hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para
chegarem ao resultado. Isso favorece a formação do pensamento matemático, livre do
apego às regras. O aluno pode lançar mão de recursos como a oralidade, o desenho e
outros, até se sentir à vontade para utilizar sinais matemáticos (SMOLE & DINIZ,
2001).
As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar
informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano
de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia, se
necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006).
Etnomatemática:
A etnomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan
D’Ambrósio propôs que os programas educacionais enfatizassem as matemáticas
produzidas pelas diferentes culturas. O papel da etnomatemática é reconhecer e
registrar questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático.
Leva em conta que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e todos
são importantes. As manifestações matemáticas são percebidas por meio de diferentes
teorias e práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.
Essa metodologia é uma importante fonte de investigação da Educação Matemática,
por meio de um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e
respeito a suas raízes culturais: “reconhecer e respeitar as raízes de um indivíduo não
significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas, num processo de síntese, reforçar
suas próprias raízes” (D`AMBROSIO, 2001, p. 42), tendo em vista aspectos como
“memória cultural, códigos, símbolos, mitos e até maneiras específicas de raciocinar e
inferir” (D’AMBROSIO, 1998, p. 18).
Considerando o aspecto cognitivo, releva-se que o aluno é capaz de reunir situações
novas com experiências anteriores, adaptando essas às novas circunstâncias e
ampliando seus fazeres e saberes. “Graças a um elaborado sistema de comunicação,
as maneiras e modos de lidar com situações vão sendo compartilhadas, transmitidas e
difundidas” (D’AMBROSIO, 2001, p. 32).
263
O trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com essa questão
maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de produção
e trabalho.
Modelagem Matemática:
A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do
cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social,
procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida.
A modelagem matemática é [...] um ambiente de aprendizagem no qual os alunos
são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas
de outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras
disciplinas ou do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em
determinadas circunstâncias (BARBOSA, 2001, p. 06).
Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos,
biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões
diversas de mundo. Assim sendo, “a modelagem Matemática consiste na arte de
transformar
problemas
reais
com
os
problemas
matemáticos
e
resolvê-los
interpretando suas soluções na linguagem do mundo real” (BASSANEZI, 2006, p. 16).
O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do
estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, contribui
para sua formação crítica.
Partindo de uma situação prática e seus questionamentos, o aluno poderá encontrar
modelos matemáticos que respondam essas questões.
Modelagem matemática é o processo que envolve a obtenção de um modelo. Este,
sob certa óptica, pode ser considerado um processo artístico, visto que, para se
elaborar um modelo, além de conhecimento de Matemática, o modelador precisa ter
uma dose significativa de intuição e criatividade para interpretar o contexto, saber
discernir que conteúdo matemático melhor se adapta e também ter senso lúdico para
jogar com as variáveis envolvidas (BIEMBENGUT & HEIN, 2005, p. 12).
O modelo matemático buscado deverá ser compatível com o conhecimento do aluno,
sem desconsiderar novas oportunidades de aprendizagem, para que ele possa
sofisticar a matemática conhecida a priori.
“A modelagem matemática é, assim, uma arte, ao formular, resolver e elaborar
expressões que valham não apenas para uma solução particular, mas que também
sirvam, posteriormente, como suporte para outras aplicações e teorias” (id.ibid; p. 13).
264
Mídias Tecnológicas:
No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos
informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo
pedagógico. O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas em relação ao
currículo, à experimentação matemática, às possibilidades do surgimento de novos
conceitos e de novas teorias matemáticas (BORBA, 1999). Atividades com lápis e
papel ou mesmo quadro e giz, para construir gráficos, por exemplo, se forem feitas com
o uso dos computadores, permitem ao estudante ampliar suas possibilidades de
observação e investigação, porque algumas etapas formais do processo construtivo
são sintetizadas (D’AMBROSIO & BARROS, 1988). Os recursos tecnológicos, como
sofware, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da internet, entre outros, tem
favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de
problemas.
Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e professores a
visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma maneira
passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho colaborativo,
processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a prática.
As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações
em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos
tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação.
De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes argumentam e conjecturam sobre
as atividades com as quais se envolvem na experimentação (BORBA & PENTEADO,
2001).
A Internet é um recurso que favorece a formação de comunidades virtuais que,
relacionadas entre si, promovem trocas e ganhos de aprendizagem . Muitas delas, no
campo da Matemática, envolvem professores, alunos e outros interessados na área.
O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e aprender,
e valoriza o processo de produção de conhecimentos.
História da Matemática:
É importante entender a história da Matemática no contexto da prática escolar como
componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os
estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da
humanidade.
A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e
políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o
265
pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da
Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das
situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos
matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de
determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da
Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois propicia ao
estudante entender que o conhecimento matemático é construído historicamente a
partir de situações concretas e necessidades reais (MIGUEL & MIORIM, 2004).
Investigações Matemáticas:
A prática pedagógica de investigações matemáticas tem sido recomendada por
diversos estudiosos como forma de contribuir para uma melhor compreensão da
disciplina em questão.
Em contextos de ensino e aprendizagem, investigar não significa necessariamente
lidar com problemas muito sofisticados na fronteira do conhecimento. Significa, tão só,
que formulamos questões que nos interessam, para as quais não temos resposta
pronta, e procuramos essa resposta de modo tanto quanto possível fundamentado e
rigoroso (PONTE, BROCARDO & OLIVEIRA 2006, p. 09).
As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos)
podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam
com a resolução de problemas. O que distingue, então, as investigações matemáticas
das resoluções dos exercícios? Em resumo, um problema é uma questão para a qual o
aluno precisa estabelecer uma estratégia heurística, isto é, ele não dispõe de um
método que permita a sua resolução imediata; enquanto que um exercício é uma
questão que pode ser resolvida usando um método já conhecido.
Em ambos os casos, todavia, há uma expectativa do professor de que o aluno
recorra a conteúdos já desenvolvidos em sala de aula. Além disso, exercícios e
problemas são expressos por meio de enunciados que devem ser claros e não darem
margem a dúvidas. A solução de ambos e a resposta do aluno, esteja ela certa ou
errada, são conhecidas e esperadas pelo professor.
Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de
forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser
investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá
ser indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno
compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada
266
poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se
os grupos partirem de pontos de investigação diferentes, com certeza obterão
resultados também diferentes.
Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático, não
apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula
conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações matemáticas
envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações matemáticas, mas
o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura- teste-demonstração”
(PONTE, BROCARDO & OLIVEIRA, 2006, p.10).
Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os alunos precisam verificar
qual é a mais adequada à questão investigada e, para isso, devem realizar provas e
refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e com o professor.
Esse é exatamente o processo de construção da matemática pelos matemáticos
e, portanto, o espírito da atividade matemática genuína está presente na sala de aula.
Enfim, investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior
de toda ação pedagógica.
AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino da matemática deve contemplar o diferente momento no
processo de ensino aprendizagem, assim como deve servir de instrumento que orienta
a prática do professor e possibilita ao aluno rever sua forma de estudar nesse
processo, a reflexão por parte de aluno, bem como a análise do professor sobre o erro
do aluno, vem contribuir para aprendizagem e possíveis intervenções.
É necessário observar o processo de construção do conhecimento e os caminhos
percorridos pelo aluno na solução de problemas, para isso a avaliação deverá ser
diagnóstica. Ela deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem propiciando ao
aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar sua visão do conteúdo
trabalhado.
Portanto a avaliação será diagnóstica, continua e somática com os seguintes
instrumentos: trabalhos, exercícios, portifólios, provas e outros recursos disponíveis ao
professor.
Considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensinoaprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para
a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo
267
trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.
Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação
claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensinoaprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar
aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre
seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno.
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades
diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades
devem incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de
ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e
calculadora.
Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de formação que o
aluno domina, não é coerente. Para ser completo, esse momento precisa abarcar toda
a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isto significa em que a medida o aluno
atribui significado ao que aprendeu e consegue materializá-lo em situações que exigem
raciocínio matemático.
A recuperação paralela será realizada com os alunos que após as atividades
desenvolvidas não obtiveram um rendimento satisfatório , e ele terá como objetivos
diagnosticar as dificuldades dos alunos e oportunizar um melhor desenvolvimento na
realização das atividades procurando compreender seu processo de aprendizagem de
forma que o aluno expresse sua insegurança e tenha oportunidade de se aprimorar e
sanar suas dificuldades, oferecendo a retomada dos conteúdos não assimilados e
abrindo espaço para que o aluno repense , descubra os próprios erros e reflita sobre
sua causa, possibilitando ao aluno rever e assumir o controle de seu próprio
desenvolvimento.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.
Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
•
comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;
•
compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
•
elabora um plano que possibilite a solução do problema;
•
encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
•
realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
•
partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
•
268
pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
•
elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
•
perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
•
sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
•
socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem
adequada;
•
argumentar a favor ou contra os resultados;
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua
vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas
de Matemática.
Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do
exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.
PREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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matemática.rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM,1994.
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Brasil,2002
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Matemática.In:BICUDO,M.V.;BORBA,M.Educação Matemática:pesquisa em
movimento.São Paulo:Cortez,2004.p.13-29.
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In:DUARTE,N.;OLIVEIRA,B.Socialização do saber escolar.São Paulo:
Cortez,1987.p.15
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desafios. Belo Horizonte:Autêntica,2004.
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modernização.Campinas,1995.218f.Tese (Doutorado em Educação) –
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Primeiro grau. Currículo Básico para a Escola Pública do
Paraná.Curitiba:SEED/DEPG.1993.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares para o
Ensino Fundamental.Curitiba.SEED,2008
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PONTE, J.P.;BROCARDO,J.;OLIVEIRA,H.Investigações Matemáticas na sala de
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conceitos. (2004)
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Matemática. SP: Ática, Volume 1. 1998.
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Scipcione, 2000.
270
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Scipione, 2000.
_______.Geometria dos Mosaicos. Coleção Vivendo a Matemática. SP: Scipone,
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LOPES, A. C. Os parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio e a
submissão ao mundo produtivo: o caso do conceito de contextualização.
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Diretrizes curriculares para a Educação do Campo .Curitiba.SEED,2010.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
271
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA INGLÊS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A função da escola pública no ensino de Língua Inglesa é de grande importância
para grande parte da sociedade que tem nela a sua única via de acesso ao
conhecimento da língua como instrumento de comunicação que lhe possibilitará
desenvolver- se cultural e profissionalmente.
A inclusão da Língua Inglesa no currículo do Ensino Fundamental e médio,
possibilita ao aluno um grau maior de auto percepção como pessoa e como cidadão.
Além disso, a aprendizagem de uma língua estrangeira juntamente com a
língua
materna, ”é um direito de todo cidadão conforme expresso na LDB e na Declaração
dos Direitos Linguísticos” (PCN).
Ao ensinar uma Língua Estrangeira deve se levar em conta a função social que
esse conhecimento tem na sociedade. Com a atual globalização, o inglês tornou se
comum para a comunicação entre as pessoas de diversos países. É a linguagem da
tecnologia, da mídia, da música. Seu domínio é praticamente universal em todas as
universidades. É o idioma mais usado no mundo.
O ensino da Língua Inglesa deve garantir ao aluno uma experiência significativa
possibilitando a capacidade de engajamento discursivo, fazendo se envolver o outro no
discurso. Isso poderá ser garantido através de atividades em sala de aula que
permitam ao aluno construir significado, podendo assim participar e compreender as
relações comunicativas estabelecidas entre a sociedade e culturas do mundo moderno.
Todo significado é construído pelos participantes do discurso, numa relação
dialógica e supõe uma interação. Ao usar a linguagem tanto na forma escrita como
oral, as pessoas o fazem para agir na sociedade interagindo.
A Língua Inglesa tem um papel importante para o desenvolvimento integral do
aluno, pois supõe não apenas a aprendizagem de formas linguísticas, mas uma
experiência de vida que amplia as possibilidades de agir no mundo.
METODOLOGIA
O ensino da Língua Inglesa deve ultrapassar as questões técnicas e
instrumentais e centrar-se na educação para que o aluno reflita e transforme a
272
realidade e seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais,
percebendo que esta realidade é inacabada e está em constante transformação.
É preciso trabalhar a língua como prática social significativa: oral/escrita.
O trabalho com esta disciplina deve possibilitar ao aluno o acesso a novas
informações, a ver e entender o mundo, construindo significados, permitindo que
alunos e professores construam significados além daqueles que são possíveis na
língua materna. Sendo assim, o conhecimento de uma língua estrangeira colabora para
a elaboração da consciência da própria identidade, pois o aluno percebe-se também
como sujeito dessa identidade, como um cidadão histórico e social.
Língua e cultura constituem os pilares da identidade do sujeito e da comunidade
como formação social.
O conteúdo estruturante no ensino da Língua Inglesa é o discurso como prática
social, contemplando-se os seguintes temas: História e Cultura Afro-Brasileira (Lei no.
10.639/03), Cultura Indígena
(Lei
no.
11.645/08),
Meio
Ambiente
(Lei
no.
9.795/99), Direito da Criança e do Adolescente (Lei no. 11.525/07), bem como
os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Sexual, incluindo Gênero e
Diversidade Sexual. E a Lei 9795/99, Dec. 4201/02 e a Lei nº 9394/96 de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional; e o Parecer CEE/CEB nº 1011/10, que institui normas e
princípios para a implementação da Educação Básica do campo no Sistema Estadual
de Ensino do Paraná e Res. Nº 4783/2010 que reconhece a Educação do campo
como política educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas
Escolas do campo.
OBJETIVOS GERAIS
Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma Língua
Estrangeira no que se refere a novas maneiras de agir e interagir e as visões de seu
próprio mundo.
Possibilitar ao aluno maior entendimento de um mundo plural e de seu próprio papel
como cidadão de seu país e de seu mundo.
Construir conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como e quando
utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os
conhecimentos da Língua materna.
Construir consciência linguística e consciência critica dos usos que se fazem da Língua
273
estrangeira que esta se aprendendo.
Conteúdos Estruturantes
São entendidos como saberes mais amplos da disciplina e podem ser
desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo estruturado de
conhecimentos constituídos e acumulados historicamente. O discurso constituirá o
conteúdo estruturante entendido como prática social sob seus vários gêneros.
É necessário que o professor leve em consideração a experiência no trabalho
com a linguagem que o aluno já possui e que ele tenha que interagir em um novo
discurso, integrando assim elementos indispensáveis da prática como: conhecimentos
lingüísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos.
Os conhecimentos lingüísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e
às regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua
que se lhe apresenta.
Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a
variada gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos.
Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma
sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.
Os sócio-pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o
discurso em um contexto sócio-histórico particular.
Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de uma atividade significativa em língua estrangeira nas quais as
práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática
social cultural.
Leitura: identificação do tema; intertextualidade; intencionalidade; léxico; coesão
e coerência; funções das classes gramaticais no texto; elementos semânticos; marcas
linguísticas e recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); variedade linguística;
ortografia.
Escrita: tema, finalidade e intencionalidade do texto; condições de produção;
vozes sociais presentes no texto; elementos semânticos; particularidades da língua,
pontuação e recursos gráficos; variedade linguística.
Oralidade: elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;
adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; pronúncia.
274
CONTEÚDOS
6º ANO
•
Greetings
•
The Alphabet
•
Personal Pronouns
•
Indifinite Articles
•
Adjectives
•
Demonstrative pronouns – This / That
•
Vocabulary – Objects of class
•
Cardinal numbers – from 1 to 20
•
Interrogative pronouns – Who and What
•
Reading for information
•
Interrogative pronoun – Where, What, Who
•
Countries and nationalites
•
Definitive article
•
Cardinal numbers – From 20 to 60
•
Colors
•
Family tree
•
Occupations
•
Commemorative dates
•
Pronome Demonstratives – Those / These
•
Prepositions ( Time ) – in, on, at
•
Times of the day
•
Food
•
Dally meals
•
Kinds of food and brink
•
Prepositions ( Place ) – in, on, at
•
Verb there to be – affimative, negative and interrogative forms
•
Interrogative pronoun – How many
•
Calendar – days, month and seasons
•
Adjectives related to people
•
Adress
275
•
Describing people
•
Imperative – affirmative and negative form
•
Genetive case
•
The modal verb – Can
•
Cardinal numbers – From 60 to 100
•
Reading for information
7º ANO
-
The present progressive tense – affirmative, negative and interrogative form
-
Past tense of to be – affirmative, negative and interrogative forms
-
Prepositions – in, on,under
-
Past progressive tense
-
Much, many, a lot of
-
Simple present tense – affirmative, negative and interrogative forms
• Adverbs
• Possessive pronouns and adjectives
• Genitive case
• Interrogative pronouns – Whose / Who
• Reading for information
• Simple past tense – affirmative, negative and interrogative forms
• Past time expressions
• Modal verbs – can and May
• Imperative
• Directions
• Countable and uncountable nouns
• Concrete nouns
• Abstract nouns
• Progressive future tense and going to
• Interrogative pronoun how and its compounds
• Simple future – Will
• Reading for information
276
8º ANO
• Imperative – affirmative and negative forms
• Simple present
• Phrasal structure
• Adverbs
• Present progressive tense
• Simple present X Present progressive tense
• History of the English Language
• British English
• American English
• Reading for information
• Simple past tense
• Regular and irregular verbs ( list )
• Past progressive tense
• Genitive case
• Future tense – Will, To be going to
• Present perfect tense
• Uses of the present perfect tense and its adverbs
• Questions tags
• Reflexive pronouns
• Prepositions – ( means of transportation )by on
• Modal verbs
• Indefinite pronouns – some, any, no and none too and enough
• Comparative forms – equality, inferiority and superiority
• Superlative forms – inferiority and superiority
• Idiomatic expressions
• Many, much, few, little
• Countable and uncountable nouns
9º ANO
• Simple present X Present progressive tense
• Some, any, no and none
277
• Compound pronouns
• There to be
• Verbs 3rd person of singular
• Plural of nouns
• Simple past X Past progressive tenses
• Gerund – “ing”
• Present perfect tense and its adverbs
• Simple past and Present perfect tenses
• Simple past and Present perfect tenses
• Phrasal structure
• Reading for information
• Present perfect progressive tense
• Phrasal structure
• Simple present and Present perfect progressive tenses
• Prepositions
• Past perfect tense
• Also, too, either
• Relative pronouns
• Interrogative words
• Future- Going to X Will, Shall
• Modal verbs
• Adverbs and adjectives: Formation
• Word order
• Passive voice
• Conjuctions
• Questions tags
1º ANO
- Review of contents ( articles, pronouns, verb to be, prepositions, genitive case)
- Present Continuous Tense
- Simple Present Tense
- Future with Going to
- Personal Pronouns ( Object )
- Possessives ( Adjectives and Pronouns )
278
- Plural of Nouns
- Quantitatives
- Simple Past Tense – Regular Verbs and Irregular Verbs
- Past Continuous Tense
- Can / Could
−
Degrees of Comparison
2º ANO
- Simple Future Tense
- Genitive Case
- Reflexive Pronouns
- Present Perfect Tense
- Past Perfect Tense
- Indefinite Pronouns
- Relative Pronouns
- Anomalous Verbs
3º ANO
- Future Perfect Tense
- Conditional
- Passive Voice
- Tag Questions
- Reported Speech
- Infinitive Tense
- Gerund
- Adverbs
- Do / Make
AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica e permanente, tanto individual quando coletiva. A
avaliação é parte integrante e intrínseca ao processo educacional, indo muito além da
visão tradicional que focaliza o controle externo do aluno por meio de notas e
conceitos.
A função da avaliação é alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica e
não apenas constatar um certo nível do aluno. Não avaliamos somente os conteúdos
279
conceituais, mas também os procedimentos e atitudinais, indo além do que manifesta,
até a identificação da causa.
A avaliação assim entendida, oferece descrição e aplicação, é um meio de se
compreender o que se alcança e porquê. Dá retorno ao professor sobre como melhorar
o ensino possibilitando correções no percurso e retorno ao aluno sobre seu próprio
desenvolvimento.
Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina
Escrita e análise linguística
Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza
• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade)
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, substantivos,
adjetivos, numerais, verbos, etc.
Leitura
Espera-se que aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto
• Localize informações explícitas
• Amplie seu léxico
• Identifique o tema e a ideia central do texto
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto
Oralidade
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção
• Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna
• Utilize adequadamente
Avaliação será somativa, bimestral, valorada de 0,0 a 10,0 pontos,
utilizando-se
diferentes
instrumentos,
tais
como:
testes
orais
ou
escritos,
apresentações, participação em atividades com música, diálogos, análise e
compreensão de textos de diversos gêneros.
O aluno ainda terá direito à recuperação concomitante que possibilitará a
retomada dos conteúdos não assimilados.
Também serão computados como créditos ao aluno a sua participação em
sala de aula, interesse, responsabilidade, assiduidade.
280
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
DIRETRIZES CURRICUALRES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Língua Estrangeira
Moderna , Paraná 2008.
PCNs.Secretaria de Educação. Brasília;MEC/SEF, 1998 (pág:120).
PRESCHER. Elizabeth, PASQUALIN. Ernesto, AMOS. Eduardo. Inglês. São Paulo:
Moderna, 2003.
FERRARI. Mariza, Rubin, Sarah Giersztel. Inglês para o Ensino Médio. São Paulo:
Scipione, 2002.
AMORIM, José Olavo, LONGMAN Gramática Escolar da Língua Inglesa.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Governo do Estado do Paraná,
Curitiba, 2006.
281
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objetivo o estudo do fenômeno vida. Ao longo
da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre esse
fenômeno, numa tentativa de explicá-lo.
Muitos contribuíram no desenvolvimento dos saberes que acabaram reunidos,
na escola, sob o nome de Biologia. Devido a necessidade de sobrevivência, o homem
primitivo, sendo caçador e coletor, tornou-se observador da natureza, curioso aprendeu
a explorá-la.
Na história da Ciência, foram vários os contextos nos quais pressões religiosas,
econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no modo como o
homem passou a compreender a natureza.
É importante o desenvolvimento da compreensão do modo como a ciência
realmente acontece, aprendendo algo acerca do crescimento das ideias científicas, do
caminho que conduziu a compreensão atual de tais ideias e dos papéis
desempenhados por diferentes investigadores e comentadores e da interação entre as
provas e as teorias ao longo do tempo.
O estudo da Biologia deve contribuir no preparo do indivíduo para a vida social,
em seu sentido mais amplo, consciente, ativo e responsável pela própria prática e com
ampla visão de mundo.
Os conhecimentos construídos com o estudo da Biologia devem contribuir para
que o indivíduo faça julgamentos e tome decisões com relação ao seu modo de vida
nos ambientes que ocupa e a sua participação na sociedade.
Na escola do campo a disciplina de Biologia desempenha um papel crucial, está
diretamente relacionada com o estudo da natureza - e com a atuação do homem sobre
a natureza - contemplando os seus mais variados aspectos.
É importante que esta disciplina possa contemplar conteúdos relacionados a
realidade do aluno do campo, levando em consideração seu conhecimento prévio e
demonstrando, através do conhecimento científico que é possível evoluir sempre, atuar
e melhorar o lugar onde se vive.
No entanto, para que o objetivo principal – que é valorizar e instrumentalizar o
aluno do campo, para que ele permaneça no campo – seja alcançado, faz-se
necessário o uso de uma prática diferenciada e de metodologias variadas que
garantam o direito universal à educação. É preciso aliar a teoria à prática, para que o
conteúdo faça sentido ao aluno.
282
Deve-se deixar de lado a antiga pedagogia exclusiva que marginalizava o campo
e supervalorizava a cidade, colocando-a como detentora de benefícios, conhecimentos
e tecnologias.
Um dos conteúdos inseridos na disciplina e que está diretamente ligado a atual
realidade do campo é o desenvolvimento sustentável, o qual engloba questões como a
biotecnologia, os avanços tecnológicos em geral, o papel do homem do campo
(produtor de alimentos) para a manutenção da vida no planeta, entre outros.
Os eixos de trabalho da Biologia e os da escola do campo estão diretamente
interligados, o que pode, por um lado facilitar o trabalho, mas também aumenta a
responsabilidade do professor na formação eficaz desse aluno.
O ato de educar é um ato essencialmente social. A ciência não é um saber
neutro. É um conjunto de fatos científicos produzidos numa sociedade historicamente
determinada. É preciso garantir a permanência no campo, mas com qualidade de vida.
OBJETIVOS GERAIS
-Compreender a vida como fenômeno que se manifesta de formas diversas, mas
sempre como sistema organizado e integrado, que interage com o meio físico-químico
através de um ciclo de matéria.
-Dar significado a conceitos científicos básicos em Biologia.
-Reconhecer o homem como agente e paciente de transformações por ele produzidos
no seu ambiente.
-Reconhecer a Biologia como um fazer humano e histórico, fruto da conjunção de
fatores sociais, políticos, econômicos, culturais e tecnológicos.
-Reconhecer os diferentes recursos biotecnológicos para adquirir e construir
conhecimento crítico e ético.
-Identificar ações que visam a preservação e a implementação da saúde individual,
coletiva e ambiental.
-Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou
processos biológicos.
-Promover a interdisciplinaridade, conduzindo a novos conhecimentos que não seriam
possíveis se não fosse essa integração.
-Compreender o mundo onde se vive e buscar condições para atuar nele com
autonomia.
-Perceber os efeitos positivos das técnicas biológicas na vida moderna, como também
seus efeitos perturbadores.
-Reconhecer os aspectos econômicos relacionados as patentes biológicas e a
283
exploração dos recursos naturais.
-Dar significado ao conteúdo aprendido pelo aluno, buscando na vida pessoal e na
convivência social do aluno e estimular sua autonomia intelectual.
-Compreender que a Biologia, assim assim como as ciências em geral, não é um
conjunto de conhecimentos definidamente estabelecidos, mas que se modifica ao longo
do tempo.
-Desenvolver o respeito pela vida e o entendimento de que a sobrevivência da espécie
humana está condicionada a sobrevivência de outras.
- Entender o campo como um lugar de trabalho, de cultura, da produção de
conhecimento e de maior qualidade de vida.
- Realizar projetos de desenvolvimento local e sustentável, que valorizam o homem do
campo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-Identificar as características gerais dos seres vivos.
-Perceber a importância da classificação dos seres vivos, apropriando-se de suas
regras.
-Diferenciar substâncias orgânicas de inorgânicas.
-Entender as principais hipóteses levantadas ao longo do tempo para explicar a origem
dos seres vivos bem como sua evolução.
-Perceber o organismo como resultado de uma interação dos diferentes níveis de
organização.
-Entender a complexidade anatomofisiológica das células.
- Discutir sobre as peculiaridades dos Vírus.
-Mostrar a importância da vacinação em relação a muitas doenças, bem como a
importância de se discutir doenças como a dengue, Aids e gripes, entre outras.
-Identificar os Reinos Monera, Protista e Fungi, quanto a importância ambiental. Médica
e econômica.
-Reconhecer variados grupos de seres vivos através das características específicas de
cada um.
- Conhecer e relacionar forma e função das mais variadas estruturas dos organismos
vivos.
- Conhecer o seu corpo, modificando hábitos e reconhecendo a importância da
preservação da saúde e do bem estar
.-Compreender a evolução dos seres vivos, bem como as teorias evolucionistas.
- Reconhecer a existência do processo evolutivo e suas consequências.
284
--Entender que os temores gerados pela genética já extrapolaram o campo das
ciências biológicas e avançaram para a ética e a religião, entre outras áreas.
- Conhecer os mecanismos de transmissão das características hereditárias.
- Conhecer e discutir a genética moderna, os processos e os efeitos de mecanismos
geneticamente modificados.
-Entender a totalidade da ciência das relações do organismo com o meio ambiente,
compreendendo no sentido amplo, todas as condições de existência.
-Entender os ciclos biogeoquímicos existentes na natureza e sua relação de
interferência na vida humana.
- Reconhecer a diversidade ambiental do planeta.
- Relacionar a biodiversidade com as condições ambientais.
- Reconhecer os principais ecossistemas através de suas características.
-Relacionar os desequilíbrios ecológicos com seus agentes causadores.
- Entender que todos nós devemos cumprir com o que nos cabe para manter o
equilíbrio ecológico do planeta.
- Trabalhar os mais variados conteúdos com o enfoque no dia a dia do aluno do campo,
buscando valorizar e melhorar a sua realidade por meio do conhecimento científico.
Conteúdos estruturantes de Biologia
-Organização dos seres vivos.
-Mecanismos biológicos.
-Biodiversidade.
-Manipulação genética.
Conteúdos específicos
1.º ANO
-Biosfera, vida e organização biológica.
-Vida, matéria e energia.
-Bioquímica celular.
-Origem da vida.
-Citologia.
-Biotecnologia do DNA.
-Fotossíntese.
-Respiração celular.
-Histologia animal.
285
-Histologia vegetal.
-Noções de ecologia.
2.º ANO
-Sistema de classificação dos seres vivos.
-Vírus.
-Reino monera.
-Reino protista.
-Reino fungi.
-Reino plantae.
-Reino animalia.
-Fisiologia vegetal.
-Fisiologia animal.
-Reprodução e desenvolvimento.
3.º ANO
-Genética.
-Evolução.
-Ecologia.
Os temas: História e Cultura Afro-Brasileira (Lei n.º10.639/03), História e Cultura AfroBrasileira e Indígena (Lei n.º 11.645/08), História do Paraná (Lei n.º 13.381/01) e
Educação Ambiental (Lei n.º 9.795/99) serão abordados de acordo com as
potencialidades e objetivos de cada conteúdo específico, sendo recorrentes e
permeando os mais diversos momentos das aulas.
METODOLOGIA
O aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental talvez
sejam, entre os objetivos do ensino médio, os que mais amplamente têm se cumprido.
O que não significa que isso ocorra de maneira mais apropriada.
Houve ênfase cada vez maior no acúmulo de informações e pouca atenção para a
sistematização e a significação desse conhecimento visando ao desenvolvimento. Que
desperta no aluno a consciência crítica e o torna socialmente responsável. Exigindo
que o professor tenha consciência de que sua missão não se limita a mera transmissão
de informações, principalmente levando-se em conta que, atualmente, as informações
são transmitidas pelos meios de comunicação e pela rede mundial de computadores,
quase imediatamente após os fatos terem ocorrido, a um número cada vez maior de
pessoas.
286
O papel do professor é possibilitar que, ao acessar a informação, o aluno tenha
condições de decodificá-la, interpretá-la e, a partir daí, emitir um julgamento, atuando e
modificando sua realidade. Pois, temas próprios da Biologia fazem parte cada vez mais
do dia a dia das pessoas e das decisões que devem tomar, individual ou coletivamente;
principalmente no que tange a escola do campo.
A ação é o estabelecimento, pelo professor, de vínculos diretos e claros entre o
conteúdo
e
a
realidade.
Trata-se
da
contextualização,
investigação
e
interdisciplinariedade como princípios pedagógicos.
A própria escola e seu entorno podem e devem servir de ponto de partida para a
contextualização. A presença ou ausência de elementos biológicos nesse espaço
configura-se como um bom elemento para iniciar qualquer assunto na disciplina.
Para o ensino da Biologia fazer sentido para a realidade dos alunos, seus
conhecimentos e vivências prévias, devem ser considerados como ponto de partida.
Contudo, em um mundo cada vez mais globalizado, acontecimentos distantes
podem afetar diretamente a vida do aluno. Não faltam exemplos e possibilidades de
trabalho, porém a Biologia passou a ser um campo de conhecimento com leis gerais, o
que alargou e aprofundou suas dimensões, tornando muito difícil para o professor
decidir o que deve ser fundamental.
Para que sejam eficazes as ações pedagógicas devem considerar a problemática
da juventude, ou seja, é necessário conhecer quem são os jovens e quais são suas
relações com a realidade escolar, que muitas vezes não é de importância central. Deve
levar em consideração também, a atual realidade do aluno do campo.
A interdisciplinaridade tem grande importância no ensino da Biologia, pois pode
conduzir a uma abordagem simultânea de um mesmo assunto por diferentes
disciplinas. Exigindo-se um acerto de planos de aulas e de cronogramas entre
professores, respeitando-se as especificidades de cada disciplina.
Mostrar para a comunidade escolar, a importância da história e cultura afrobrasileira e africana, o papel do uso de plantas na medicina, no seu cultivo e cultos
religiosos , apresentar as epidemias decorrentes de doenças de origem africanas e
como elas se expandiram na sociedade mundial, são exemplos de temas que podem
ser interdisciplinares.
A apropriação de conteúdos, no qual o aluno possa entender como vive e como
viviam as comunidades indígenas também é de muita importância, pois passam a
entender, entre outros, qual era a forma da utilização de plantas medicinais e a
finalidade que a natureza representa para eles nos dias de hoje, essa cultura esta
287
diretamente relacionada aos conhecimentos e hábitos do homem do campo, tão
dependente e ligado aos produtos da natureza.
O uso de diferentes recursos como vídeos, computadores, fotos e as atividades
experimentais são usados nas aulas de Biologia e requerem uma problematização.
Porém, deve-se considerar também as aulas demonstrativas e expositivas. Além é
claro dos estudos de caso, e sempre que possível, aulas de campo.
O aprendizado da Biologia deve permitir a conscientização de atitudes para além
do conhecimento científico, levando o aluno a desenvolver atitudes de valorização da
própria vida e a de seus semelhantes. Em tempos em que a violência alcança níveis
intoleráveis, não deixa de ser oportuna qualquer iniciativa no sentido da valorização da
vida e do regate da autoestima do cidadão.
O principal foco da metodologia da disciplina de Biologia, assim como das
demais, na escola do campo deve ser a integração do conteúdo com a realidade do
aluno; adequando-se sempre que necessário na busca do conhecimento efetivo e
crítico, com intervenção na realidade.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação visa julgar como e quanto dos objetivos iniciais definidos
no plano de trabalho do professor foram cumpridos. Deve estar estreitamente vinculado
aos objetivos da aprendizagem. Tendo a finalidade de revelar fragilidades e lacunas,
pontos que necessitam de reparo e modificação por parte do professor. Deve estar
centrado tanto no julgamento dos resultados apresentados pelos alunos quanto na
análise do processo de aprendizagem.
A avaliação como instrumento analítico prevê um conjunto de ações pedagógicas
pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos se
tornem observadores dos avanços e dificuldades, a fim de superarem os obstáculos
existentes.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) estabelece que a avaliação deve ser contínua e
priorizar a qualidade e o processo da aprendizagem, proporcionando a verificação do
desempenho do aluno ao longo de todo o ano e não apenas em uma prova ou um
trabalho.
Como
sugestão
de
critérios
avaliativos
da
disciplina
podemos
citar:
conhecimento conceitual e procedimental, raciocínio lógico, aplicação do conhecimento
científico, uso da metodologia científica, interpretação e resolução de problemas,
clareza de ideias, criatividade e inovação, participação efetiva em trabalhos coletivos e
288
até mesmo mudança comportamental.
Na verificação da aprendizagem aplicam-se provas convencionais formuladas com
questões que estimulem o raciocínio e a crítica do aluno.
Além da avaliação convencional pelas provas, o professor poderá verificar o
aprendizado do aluno pelo nível de participação nos trabalhos de dinâmica de grupo,
pela participação em debates, seminários, investigações experimentais, entrevistas
com profissionais e interesse nas excursões em estudo de campo.
Sendo assim a forma avaliativa deverá ser feita por somatória de 0,0 a 10,0, com
no mínimo
três instrumentos avaliativos bimestrais. Onde os conteúdos não
apropriados pelos alunos deverão ser revisados e reavaliados, oportunizando
recuperação paralela de conteúdos e notas.
A avaliação diferenciada dos alunos da escola do campo, deve levar em
consideração – segundo a própria diretriz da escola do campo – a sabedoria empírica
do homem do campo, suas observações e carências a cerca da escola, e estabelecer
um diálogo efetivo entre todas as partes envolvidas no processo de aprendizagem.
8-REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. Biologia. Governo do Estado Paraná,
Curitiba, 2006.
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Governo do Estado do Paraná,
Curitiba, 2006.
Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Secretaria de Educação Básica, Brasília
2008.
PAULINO, W. R. Biologia. v. 1. São Paulo: 2008.
PAULINO, W. R. Biologia. v. 2. São Paulo: 2008.
PAULINO, W. R. Biologia. v. 3. São Paulo: 2008.
•
Caderno de expectativas de aprendizagem. Biologia. Governo do Estado do
Paraná, Curitiba, 2008.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
289
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Quando ouvimos falar em filosofia, nos vem à mente pensamentos e
dizeres que a primeira vista parecem sem sentido, por isso é tão importante o estudo
mais aprofundado, desvendando os mistérios da mente humana e como pode-se usar
essas teorias na pratica, na vida de cada um.
O ensino pode ser iniciado com a leitura de um texto jornalístico ou
literário, exibição de um filme ou uma imagem, dentre outras inúmeras atividades que
podem ser apresentadas pelo professor para investigar e motivar relações entre a vida
do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A isso se dá o nome de
mobilização para o conhecimento, dentro destas diretrizes.
A história do ensino da filosofia no Brasil e no mundo tem apresentado
inúmeras possibilidades de abordagem, esta história e as ideias dos grandes filósofos
que já existiram são fontes infinitas de ideias e conteúdos que podem ser usados pelos
professores para enriquecer suas aulas.
A aula de filosofia é principalmente um espaço para se exercitar o
pensamento, buscando soluções para problemas da sociedade. O professor deve
incentivar o aluno a desenvolver seus próprios pontos de vista, e analisar as questões
filosóficas de forma ampla e clara. Aprender a dialogar com a vida, para formar
conceitos e construir sua própria opinião filosófica dentro dos conceitos da disciplina.
Esta disciplina é importante para a constituição da identidade do ensino
médio enquanto etapa educacional, podendo ela ajudar na compreensão da
importância das demais disciplinas, associando-se ao mundo da linguagem, literatura,
história, ciências e arte. Com enfoque a reflexões referente a lei nº 11.769/08 que
caracteriza Música; nº 11.769/08: Prevenção do uso indevido de drogas, sexualidade
humana, educação ambiental, educação fiscal; nº11525/07: Educação Tributária Dec.
nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02,
e a Lei 9795/99, Dec. 4201/02 e a Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional; e o Parecer CEE/CEB nº 1011/10, que institui normas e princípios para a
implementação da Educação Básica do campo no Sistema Estadual de Ensino do
Paraná e Res. Nº 4783/2010 que reconhece a Educação do campo como política
educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do
campo.
1Objeto de Estudo da Disciplina
O“objeto” de estudo da disciplina de filosofia está relacionado ao ser
humano: as diferentes maneiras de pensar, de interpretar o mesmo fato, os diferentes
pontos de vista sobre uma mesma situação ou fato, histórico ou atual. A filosofia
290
abrange os fundamentos de qualquer conhecimento: linguagem, o ser, história, arte,
política, ética... Na tentativa de interpretar o mundo, entender e transformar o homem.
Uma investigação referente às mudanças estruturais ao longo dos
tempos, o comportamento em geral tem se transformado. Professor e aluno podem
buscar respostas através dos materiais disponíveis para o ensino desta matéria, e
ajudar a descobrir quais fatores desencadearam tais mudanças no pensar e agir das
pessoas, e que por sua vez provocaram mudanças em nossa sociedade atual.
OBJETIVO GERAL:
Centrado no papel que a Filosofia tem de desempenhar nas escolas, a
presente proposta visa suscitar no aluno o senso critico visando superar as concepções
próprias do senso comum. Na expectativa de que, por meio da reflexão filosófica, o
educando possa crescer cada vez mais na consciência de si mesmo (critica de si
próprio enquanto pessoa e de seu papel individual e social); e na consciência do
mundo (compreensão do mundo natural e social, bem como de suas possibilidades de
mudança). Despertar o interesse do aluno para questões da natureza humana, levando
a formação de cidadãos criativos e críticos que tenham atuação ativa na resolução dos
problemas da sociedade. Assim, mostrar e incentivar o aluno a buscar caminhos para a
justiça, conduzindo-o a ações corretas formando cidadãos de bem, coerentes e justos,
ajudando assim a sociedade de modo geral. O estudo da Filosofia visa, portanto,
propiciar o “despertar” e o desenvolvimento da reflexão profunda do aluno, oriunda das
especulaçoes sobre sua realidade ou vivencia, e da apreensão dos sistemas filosóficos
historicamente desenvolvidos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Incentivar a leitura de textos filosóficos
• Remodelar conceitos, mostrando novos significados e interpretações.
• Identificar os elementos filosóficos na política, religião, ciências, arte, na
sociedade em geral.
• Perceber todos os lados das informações contidas nos diversos meios de
comunicação social.
• Construir e reconstruir conceitos.
• Tornar-se ativo nas questões da sociedade, apresentando possíveis soluções.
• Desenvolver habilidade da reflexão filosófica de forma escrita e oral.
• Estabelecer relações e conexões entre sistemas filosóficos e científicos.
CONTEÚDOS
Os conteúdos encontram-se divididos conforme as séries em que a
disciplina é aplicada nesse estabelecimento de ensino. Busca-se a interdisciplinaridade
com as outras áreas do saber dentro das ciências humanas e também nas outras
291
ciências. A sequencia cronológica de tais conteúdos com ênfase nos “conteúdos
estruturantes”, propostas pelas Diretrizes Curriculares Estaduais, permitira ao
estudante alcançar os objetivos previstos.
1º ANO
1º BIMESTRE
CONTEUDO ESTRUTURANTE
• Descobrindo a Filosofia
CONTEÚDOS BÁSICOS
• O que é Filosofia?
• Saber filosófico
• Atualidade do Mito
• Relação Mito e Filosofia
CONTEÚDO ESPECÍFICO
1. A CONSCIÊNCIA MÍTICA
• O Mito entre os primitivos
• Mito e Religião
• O Mito hoje
2. DO MITO À RAZÃO
• O nascimento da Filosofia
• Mito e Filosofia- continuidade e ruptura
• O que é Filosofia?
• A atitude filosófica
• A Filosofia e a Ciência
• O processo de filosofar
• Qual é a atitude da Filosofia?
2º BIMESTRE
CONTEUDO ESTRUTURANTE
• Antropologia Filosófica
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Natureza e Cultura
• Linguagem e pensamento
• Trabalho, alienação e consumo
CONTEÚDO ESPECÍFICO
292
• A cultura como construção humana
• O agir humano: a cultura
• O que é uma linguagem?
• A linguagem do desenho
• A linguagem verbal
• Funções da linguagem
• Linguagem pensamento e cultura
• A humanização pelo trabalho
• O trabalho como mercadoria: a alienação
• Novos tempo na fabrica
• A sociedade pós moderna: o hiperconsumo
3º BIMESTRE
CONTEUDO ESTRUTURANTE
• Teoria do Conhecimento
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Possibilidades do Conhecimento
• As formas do Conhecimento
• O Problema da verdade
• A questão do método
• Conhecimento e lógica
CONTEÚDO ESPECÍFICO
• O que é conhecimento?
• Tipos de conhecimento
• A verdade
•
Ignorância e verdade
• Buscando a verdade
• As concepções da verdade
• Nascimento da Lógica
• Elementos da Lógica
4º BIMESTRE
CONTEUDO ESTRUTURANTE
• Ética
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Ética e moral
• Pluralidade da ética
• Ética e violência
293
• Razão, desejo e vontade
• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas
CONTEÚDO ESPECÍFICO
• Construção do sujeito moral
• O que significa ser livre?
• O que é ética?
• O que é Moral?
• Liberdade e determinismo.
• Liberdade e responsabilidade; Sartre.
• Autonomia e liberdade.
• Cultura afro: a luta pela liberdade. O fim da escravidão é um exemplo de luta.
2º ANO
1º BIMESTRE
CONTEUDO ESTRUTURANTE
• Filosofia Política
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Relação entre comunidade e poder
• Liberdade e igualdade
• Politica e ideologia
• Esfera pública e privada
• Cidadania formal ou participativa
CONTEÚDO ESPECÍFICO
• Os vários usos da palavra politicagem
• Distinguir politica de politicagem
• Politica antiga – politica grega e medieval, destacando-se o aspecto comum de
uma política normativa, estabelece normas de ação para o governante virtuoso.
A diferença está na influencia religiosa no poder, na idade media
• Liberalismo: Com Maquiavel, que rompe com a concepção antiga e medieval de
política
• As teorias contratualistas de Hobbes, Locke e Rousseau, que estão na base do
liberalismo, analisando as características principais (econômica e política)
• O socialismo
• O anarquismo
•
A democracia
• Democracia Formal e substancial
• Democracia e Cidadania
294
2º BIMESTRE
CONTEUDO ESTRUTURANTE
• Filosofia da Ciência
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Concepção de ciência
• A questão do método cientifico
• Contribuição e limites
• Ciência e ideologia
• Ciência e ética
• Ciência e Religião
CONTEÚDO ESPECÍFICO
• As características do método experimental típica da ciência da natureza.
• Breve histórico da ciência, desde os gregos, passando pela Idade Média, a
Revolução Cientifica do sec. XVII e seus desdobramentos até os tempos atuais.
• Analisar os mitos da ciência, especialização, neutralidade, afim de realçar a
importância da reflexão filosófica.
• A bioética
• Conflito entre razão e fé.
3º BIMESTRE
CONTEUDO ESTRUTURANTE
• Filosofia da Estética (filosofia da arte)
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Natureza da arte
• Filosofia da arte
• Categoria estética- feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.
• Estética e sociedade.
CONTEÚDO ESPECÍFICO
• Conceito de estética
• Feio ou Bonito? Depende do gosto
• As varias vertentes filosóficas definem o que é belo?
• Obra de arte, artista e admirador
• Arte em nosso cotidiano
4º BIMESTRE
CONTEUDO ESTRUTURANTE
• Revisão sobre ética- O homem ético
295
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Entre o bem e o mal
• Ninguém nasce moral
• Podemos ser livre?
• Teorias éticas
CONTEÚDO ESPECÍFICO
• Os valores
• Moral e ética
• Carter histórico e social da moral
• A liberdade do sujeito moral
• Dever e liberdade
•
A construção da personalidade moral
• Consciência e liberdade
• Ética e liberdade
• A ética contemporânea.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A filosofia na escola deve significar a abertura de um espaço de
experiência filosófica, espaço da criação e provocação do pensamento original, da
busca da compreensão da imaginação e da criação de conceitos. Para tanto a presente
proposta buscará utilizar-se da seguinte metodologia:
• Aula expositiva
• Aula expositiva dialogada (priorizando a participação ativa do aluno, que deve
envolver-se com o tema em questão, direcionado para a discussão)
• Aula expositiva com recursos audiovisuais
• Leitura previa de texto – extraclasse (imprescindível)
• Estudo de texto, com questões para apreensão do referido assunto
• Analise de texto, individual e/ou em grupo, com caráter interpretativo, voltado
para exposição e discussão
• Elaboração/ construção de exercícios de fixação e critividade
• Trabalho de pequisa
• Debate em pequenos grupos
• Relatórios de síntese.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dá apartir da verificação de o quanto o aluno progrediu no
aprendizado durante o ano letivo, de o quanto absorveu dos conhecimentos
296
repassados pelo professor, e como esta aplicando estes conhecimentos em sua vida
social.
Deve-se avaliar segundo a capacidade de cada aluno, alguns tem mais
facilidade em certos assuntos e mais dificuldade em outros, por isso as atividades
avaliativas devem ser sempre diferenciadas, para que se possa identificar essas
dificuldades de cada aluno e trabalhar em cima delas com maior atenção, evitando
assim que alguns alunos sejam prejudicados ao final do ano letivo.
Para realizar esta verificação de aprendizagem serão usadas as
seguintes atividades avaliativas:
• Testes escritos (avaliação propriamente dita).
• Leitura e interpretação de textos filosóficos.
• Produção de textos para apresentação das suas próprias ideias e pontos de
vista.
• Pesquisas via internet e na biblioteca.
• Trabalhos em grupo ou individuais.
• Participação nas aulas.
• Debates.
• Apresentação de trabalhos (oralmente para toda turma)
• Cada professor pode usar também métodos próprios para avaliar seus alunos de
acordo com a característica de cada turma.
• Será propiciada a recuperação paralela de conteúdo e a recuperação de nota.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lucia. Martins, Maria Helena. Filosofando – Introdução á Filosofia.
São Paulo. 2009
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 1ª ed. São Paulo, 2010.
CHAUÍ, Marilena. Primeira Filosofia. Lições introdutórias. São Paulo, Brasiliense,
1984.
COTRIM, G. Fundamentos de Filosofia, História e Grandes Temas. Saraiva. São
Paulo, 2002.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná.
Livro Didático Publlico – Filosofia – SEED PR, 2006.
297
MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia: Dos pré-socráticos a
Wittgenstein. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1997.
RUSSEL, B. Os problemas da filosofia. Tradução: Antonio Sérgio. Coimbra Almedina,
2001.
http://www.seed.pr.gov.br
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação -SEED. Educação do Campo, Curitiba,
2010.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
298
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A história da Física inicia-se desde que a humanidade começou a analisar
racionalmente os fenômenos naturais. Para descrever esses fenômenos e os mistérios
do Universo, faz o uso de modelos científicos, utilizando-se da matemática como
linguagem natural e da lógica para construção de conceitos, modelos e teorias.
A Física é um campo de conhecimentos científicos em processo de construção,
que deve ser considerado como disciplina com características próprias.
São muitas as aplicações desta Ciência, com por exemplo, o avanço tecnológico
(baseado nos estudos de eletromagnetismo), a modernização dos meios de transportes
(devem-se à termodinâmica) e construção civil (mecânica). Seu desenvolvimento
reflete-se em toda a sociedade como um todo.
O estudo do movimento dos corpos, com Newton e a mecânica clássica, deve
ser uma viagem entre o céu e a terra. Aproveitando os modelos geocêntrico e
heliocêntrico, de acordo com teorias de Aristóteles e Galileu, deve-se analisar a Ciência
em evolução.
No estudo da Termodinâmica, com suas transformações de energia térmica em
energia mecânica, também devemos refletir sobre sua grande importância no processo
de Revolução Industrial.
E para explicar a existência de partículas infinitesimais, o conhecimento da
Mecânica Quântica, com suas possibilidades e incertezas, é primordial.
O estudo da física no ensino médio deve contribuir na formação de cidadãos
críticos e responsáveis, que compreendam a evolução científica, que interpretem
fenômenos naturais e se coloquem como parte integrante da natureza e do universo.
“... uma das condições fundamentais é tornar possível o que parece não ser
possível. A gente tem que lutar para tornar possível o que ainda não é possível.
Isso faz parte da tarefa histórica de redesenhar e reconstruir o mundo.” (Paulo
Freire)
Assim, a Física revela também uma dimensão filosófica, com uma beleza e
importância que não devem ser subestimadas no processo educativo. Para que esses
objetivos se transformem em linhas orientadas para a organização do ensino da Física
no Ensino Médio, é indispensável superar a prática tradicional, elevando a beleza dos
299
conhecimentos científicos.
Como em outras
conteúdos
disciplinas,
a Física também
deve contemplar em seus
as Leis: Lei nº 13381/01 que trata da História do Paraná,; a Lei nº
11.645/08), história e cultura afro-brasileira, africana e
indígena, Lei nº11.769/08
prevenção ao uso de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação
fiscal, enfrentamento à violência conta a criança e o adolescente.,Lei 9795/99, Dec.
4201/02 e a Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; e o Parecer
CEE/CEB nº 1011/10, que institui normas e princípios para a
implementação da
Educação Básica do campo no Sistema Estadual de Ensino do Paraná e Res. Nº
4783/2010 que reconhece a Educação do campo como política educacional voltada ao
atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do campo.
OBJETIVOS
OBJETIVOS GERAIS
 Formar
cidadãos
capazes
e
responsáveis
para
intervir
nas
transformações do nosso planeta.
 Transformar o conhecimento empírico em conhecimento científico.
 Compreender a evolução da Ciência.
 Relacionar a Física com a revolução tecnológica e as transformações
culturais e econômicas.
 Compreender o Universo e os elementos que os compõem.
 Entender a origem do Universo e consequentemente do sistema Solar e
da Terra.
•
Identificar os movimentos e suas causas.
•
Distinguir os diferentes tipos de forças.
•
Utilizar adequadamente as grandezas físicas e suas unidades.
•
Relacionar massa e energia.
•
Compreenda a conservação de energia
•
Reconhecer perdas energéticas por aquecimento ou atrito, e rendimentos de
máquinas.
•
Identificar o objeto de estudo da termodinâmica.
•
Utilizar as grandezas físicas e suas unidades.
•
Reconhecer o calor como forma de energia em transição.
•
300
Reconhecer as leis da Termodinâmica como leis de conservação de energia.
•
Compreender que a energia mecânica de um sistema físico envolve, outras formas
de energia.
•
Identificar a luz visível como uma forma de campo eletromagnético.
•
Utilizar adequadamente as grandezas físicas e suas unidades.
•
Relacionar a energia da onda eletromagnética com a frequência e comprimento.
•
Identificar a força do campo.
•
Compreender os fenômenos de emissão de ondas eletromagnéticas pelas
substancias.
•
Analisar o rendimento de máquinas reais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender que o nosso Planeta teve uma origem, tem um presente e terá um futuro
e que depende de como a humanidade conhece e se relaciona com o Planeta hoje.
Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos, partindo da realidade sócio-cultural,
levando o estudo científico as condições e realidade de nossos alunos, observando
as necessidades especiais de cada um.
Identificar as relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender
a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo
sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas.
Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados
transformação, espaço, tempo, sistema e equilíbrio.
a
energia,
matéria,
Saber cominar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,
comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e
informações.
Reconhecer diferentes fontes de energia utilizadas em máquinas e em outros
equipamentos e as seqüências das transformações que tais aparelhos realizam,
discutindo sua importância social e histórica.
Compreender se um corpo está parado ou em movimento, utilizando-se o conceito de
referencial.
Identificar o que faz o corpo entrar em movimento ou cessar o movimento.
Descobrir que forças atuam sobre um corpo em movimento.
Entender como utilizar nossos conhecimentos sobre o mundo para desenvolver os
301
recursos tecnológicos.
Refletir sobre conceitos de calor, temperatura e energia térmica para reestruturá-los e
aproximá-los dos conceitos científicos.
Ampliar os conhecimentos com introdução de outros conceitos, como os de
substâncias e misturas; pontos de fusão e Ebulição; massa e volume de uma
substância; a relação entre a massa e volume (densidade);
Aplicar os conhecimentos prévios sobre medidas, conduzindo a construção do conceito
de grandezas físicas, explorando os instrumentos de medidas mais conhecidos e
usados.
Implantar alguns tipos de energia renováveis no local onde vivem.
Perceber o grande número de movimentos periódicos e vibratórios que podemos
observar na natureza e no nosso ambiente.
Ampliar os conhecimentos a respeito da matéria: suas características e suas
transformações.
Discutir os fenômenos elétricos básicos, os circuitos elétricos, o magnetismo e o
eletromagnetismo.
Reconhecer os fenômenos luminosos como refração, reflexão dispersão, absorção e
espalhamento.
Compreender que as ondas eletromagnéticas podem ser geradas, por uma campo
elétrico variável, e que este é devido à oscilação de cargas elétricas.
Compreender que o campo elétrico gerado por uma carga modifica as propriedades
elétricas do espaço em torno da carga.
SEQUENCIA DOS CONTEÚDOS
1ºANO
Conteúdos Estruturantes Movimento
Conteúdos Básicos
Introdução.
Descrição de movimentos.
Movimento Uniforme.
Movimento Uniformemente Variado.
Cinemática vetorial.
Leis de Newton
Atrito
Energia, Trabalho e Potência.
302
Conservação da Energia Mecânica.
Conservação da quantidade de movimento.
Variação da quantidade de movimento
Leis de Kepler
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Oque é física;
Apresentação de grandes cientistas e físicos da história;
Grandezas físicas e unidades;
Notação científica;
Medidas de intervalo de tempo e comprimento
Movimento e repouso;
Trajetória;
Velocidade Média;
Velocidade e aceleração instantânea,
Movimento acelerado e retardado;
Função horária do M.U e M.U.V
Gráficos do movimento uniforme;
Equação de Torricelli;
Grandezas escalares e vetoriais;
Vetor deslocamento, velocidade e aceleração;
Noção de força;
Força resultante;
Primeira lei de Newton ou Princípio da Inércia;
Segunda lei de Newton ou Princípio Fundamental da Dinâmica;
Força peso;
Terceira lei de Newton ou Princípio Fundamental da Ação e Reação;]
Atrito estático e Dinâmico;
Trabalho de uma força constante;
Trabalho motor e trabalho resistente;
Trabalho da força peso;
Potência;
Teorema da energia cinética;
Tipos de energia renováveis que podem ser implantadas nas comunidades rurais;
Energia potencial;
303
Energia potencial gravitacional
Energia mecânica
Quantidade de movimento
Impulso de uma força;
Teorema do impulso;
Princípio da conservação da quantidade de movimento;
Leis Kepler;
Gravitação;
2ºANO
Conteúdos Estruturantes Termodinâmica
Conteúdos Básicos
•
Temperatura
•
Dilatação
•
Calor
•
Termodinâmica
•
Introdução à Óptica Geométrica
•
Refração da Luz
•
Ondas
•
Natureza do som e da luz
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Medida da temperatura;
•
Conversão das escalas termométricas;
•
Dilatação linear;
•
Dilatação superficial e volumétrica
•
Aplicações praticas de dilatação térmica
•
Dilatação dos líquidos;
•
Propagação de calor
•
Trocas de calor
•
Calor sensível e calor latente
•
Modelo de um gás perfeito
•
Transformações gasosas
304
•
Primeira lei da termodinâmica
•
Segunda lei da termodinâmica
•
Ciclo de Carnot
•
Ciclo da geladeira (funcionamento)
•
Raio de luz e feixe de luz
•
Princípio da propagação retilínea da luz
•
Construção geométrica de imagens
•
Velocidade da luz
•
Natureza das ondas
•
Ondas periódicas
•
Fenômenos ondulatórios
•
Velocidade do som
•
Ondas luminosas.
3ºANO
Conteúdos Estruturantes Eletromagnetismo
Conteúdos Básicos
•
Introdução à eletricidade
•
Campo elétrico
•
Potencial elétrico
•
Corrente elétrica
•
Potência elétrica e associação de resistores
•
Geradores e circuitos elétricos
•
Campo magnético
•
Corrente elétrica e campo magnético
•
Indução magnética
•
Física moderna
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
Eletrização de carga elétrica
•
Condutores, isolantes e processo de eletrização
•
Detectores eletrostáticos
305
•
Lei de Coulomb (medida da carga elétrica)
•
Conceito de campo
•
Vetor campo elétrico
•
Campo de uma partícula eletricamente carregada
•
Campo de um condutor esférico carregado
•
Linhas de força de condutores eletricamente carregada
•
Potencial elétrico
•
Diferença de potencial e trabalho em um campo elétrico
•
Potencial elétrico em campo uniforme
•
Superfícies equipotenciais
•
Potencial elétrico de uma esfera condutora
•
Conceito de capacidade
•
Capacidade de uma associação de condutores
•
Conceito de corrente elétrica
•
Intensidade e sentido da corrente elétrica
•
Diferença de potencial e corrente elétrica
•
Resistência elétrica e Lei de Ohm
•
Resistores
•
Potência elétrica dissipada em um resistor
•
Resistividade
•
Associação de resistores
•
Geradores químicos e fora eletromotriz
•
Equação do gerador
•
Potência e rendimento de um gerador
•
Circuitos elétricos da corrente contínua
•
Introdução a campo magnético
•
Características dos imãs
•
Campo magnético
•
Força sobre condutores percorridos por corrente elétrica
•
Espira percorrida por corrente elétrica – efeito motor
•
Lei de Ampére
•
Interação eletromagnética entre condutores paralelos
306
•
Espiras e solenoides
•
Fluxo do campo magnético
•
Indução eletromagnética (Lei de Faraday)
•
Lei de Lenz
•
Geradores eletromagnéticos e corrente alternada
•
Transformador
METODOLOGIA
A aprendizagem cientifica realiza-se por meio das transformações conceituais
que se produzem no individuo. Isto acontece por meio da qualidade do saber com
função prática na vida a que ele tenha acesso que no caso da escola do campo deve
ter uma educação pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à
sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais.
Para despertar o interesse do educando, precisamos ficar atentos às mudanças
ao nosso redor, fazendo constante análise dos objetos que a sociedade espera do
ensino nas escolas, para manter a educação lado a lado com a realidade, abordando
pontos importantes para o momento.
Ninguém pode ensinar verdadeiramente se não ensinar alguma coisa que seja
verdadeira ou válida aos próprios olhos. Como educador, o professor deve empregar
maneiras agradáveis e eficientes de formar pessoas críticas, que saibam aproveitar
cada assunto estudado, não se comportando como meros repetidores do que foi
ensinado em aula.
O professor dentro do construtivismo deve estimular o aluno a perguntar, a
construir, devendo relacionar os conteúdos com situações concretas da vida, tendo a
preocupação de que o ensino de Física não se reduza a uma matemática aplicada,
onde o aluno se perde e esquece o conteúdo que está sendo trabalhado.
Professores e estudantes devem compartilhar na busca da aprendizagem que
ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e,
simultaneamente, adicionam, integram, modificam e enriquecem o saber já existente,
inclusive com a possibilidade substituí-lo.
O ensino de Física deve promover o livre diálogo entre ideias científicas e as
ideias dos alunos, dando assim novas dimensões ao trabalho realizado em sala de aula
O resultado é que o aluno da escola de campo é levado a seguir uma lógica viva
de descoberta vez da estática de organização do já conhecido.
307
Os conteúdos devem ser trabalhados levando em conta o conhecimento prévio
dos estudantes e sua relação com os fatos do cotidiano como também as experiências
por eles vividas.
Procedimentos utilizados:
Aulas expositivas
Aulas experimentais
Apresentação de trabalhos e debates
Seminários e palestras
Recursos audiovisuais
Visitas técnicas
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e processual, vista
como um instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do
trabalho do professor. O aluno deve ser frequentemente solicitado a participar e a criar;
uma prova não é suficiente para sintetizar tudo que ele viveu, pensou e aprendeu.
Logo, é necessário repensar os instrumentos de avaliação que devem envolver, o mais
amplamente possível, todo o trabalho realizado. Nesse sentido, tanto o desempenho
cognitivo como as atitudes dos alunos serão avaliados.
O processo de avaliação do aluno pode ser descrito a partir da observação
contínua de sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em grupos, da
elaboração de relatórios de atividades e experiências vivenciadas em classe, ou
mesmo de provas e testes que sintetizem um determinado assunto. A observação
permite ao professor obter informações tanto sobre as habilidades cognitivas como
também sobre os procedimentos utilizados pelos alunos para resolver diferentes
situações problema e suas atitudes em relação ao conhecimento físico.
A partir dos resultados das provas ou testes escritos, o professor poderá
identificar os processos e as dificuldades dos alunos, utilizando essas informações para
recuperar ou avançar o processo de ensino-aprendizagem. Em nenhum momento
esses instrumentos devem ser utilizados como promoção ou punição dos alunos diante
do grupo.
Em resumo , a avaliação deve ser concebida como:
•
Um conjunto de ações que permite ao professor rever sua prática pedagógica.
•
Um conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços e suas
308
dificuldades, levando-o a buscar caminhos para solucioná-las.
•
Um elemento integrador entre ensino e aprendizagem.
•
Um instrumento que vise o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem
em um ambiente de confiança e naturalidade.
No entanto, a avaliação não poderá para classificar os alunos com uma nota,
com objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim de auxiliá-lo na
aprendizagem. Ou seja trata-se de torna-la como instrumento para intervir no
processo de aprendizagem do estudante, cuja finalidade é sempre seu
crescimento.
BIBLIOGRAFIA:
ALMEIDA ,M.J.P.M. de, Silva H.C. da; Babichak, C.C. O Movimento, a Mecânica e a
Física no Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física. V:21, nº1, 1999. Pág
195-201.
ARAUJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: Ed EFPR, 2003.
BONJORNO, R. A. Física Completa. 2ªed. São Paulo: Editora FTD, 2001.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da rede
pública de educação básica do Estado do Paraná: Física. Curitiba: SEED/DEM,
2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
do Campo. Curitiba: SEED/DEM, 2006.
Máximo, Ântonio e Alvarenga, Beatriz.Curso de Física volume 1,2 e 3, São Paulo:
editora Scipione,2011. (Coleção Curso de Física).
Fuke, Luiz Felipe e Yamamoto, Kazuhito. Física para o Ensino Médio volume 1, 2 e
3, São Paulo: editora Saraiva,2010.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
309
PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A química está presente em todo o processo de desenvolvimento das
civilizações, a partir das primeiras necessidades humanas tais como a comunicação, o
domínio do fogo e posteriormente, o conhecimento do processo de cozimento de
alimento necessário à sobrevivência, bem como a fermentação, o tingimento, a
vitrificação, a extração, produção e tratamento de diversos metais, na produção de
explosivos, nos avanços da eletricidade, na produção de medicamentos, plásticos,
fibras, conservantes, entre outros. Mas também temos que ter consciência dos danos
advindos de práticas impróprias que não são específicas da química, mas, devidas a
problemas sociais mais amplos de alcance político e social.
A química enquanto ciência, estrutura através de teorias, os conhecimentos e
interpretações que o homem adquire da natureza, reagrupa a multiplicidade das
observações e experiências em relação às transformações da matéria, da procura de
novas fontes de energia, do entendimento dos mecanismos de vida e leva a
compreender seu meio e as grandes forças que o dominam.
A história da química deve permear todo o ensino, possibilitando a compreensão
do processo de elaboração desses conhecimentos com seus avanços, erros e conflitos
e assim poder julgar mais fundamentadamente as informações advindas da tradição
cultural, da mídia e da escola e tomar suas próprias decisões. O objetivo da disciplina é
formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e também seja capaz de
refletir criticamente sobre o período histórico atual.
É uma excelente motivação para a aprendizagem, aproximar o que se ensina do
que se vive, permitir a compreensão do que ocorre na natureza e os benefícios que ela
concede ao ser humano, mostrar a necessidade de respeitar o equilíbrio da natureza.
Ao desenvolver os conteúdos interligados a outras áreas do conhecimento e a
vida do educando estamos oportunizando o desenvolvimento de sua capacidade de
investigação e crítica junto a problemas que são advindos da evolução industrial,
sanitária, ambiental, econômica, etc.
No que diz respeito a escola do campo, se faz necessário a introdução ou
adequação de conteúdos que façam parte da realidade do aluno, valorizando seu
conhecimento prévio e modificando o conhecimento empírico através dos saberes
científicos. Fazer com que o conhecimento ganhe um sentido prático, que através dele
o aluno possa interferir positivamente no local onde vive.
310
OBJETIVOS GERAIS
·Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e também seja
capaz de refletir sobre o período histórico atual.
·Motivar os alunos de maneira adequada a fim de que os conceitos e os
princípios fundamentais da química sejam assimilados satisfatoriamente, preparandoos para continuar os estudos em nível superior e/ou resolver questões do cotidiano.
·Apreender as transformações químicas a nível macro e microscópico.
·Expressar e fundamentar opiniões próprias sobre conhecimento químico e
respeitar a opinião dos outros.
·Ter autonomia e iniciativa na busca de informações e na resolução de
problemas.
·Assumir responsabilidade pelas iniciativas tomadas.
·Refletir e ponderar sobre situações problemáticas em química e tecnologia no
dia-a-dia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1º ANO
·Analisar os materiais que fazem parte do cotidiano.
·Compreender como a natureza conseguiu formar a diversidade de materiais.
·Entender a transformação dos materiais em geral com liberação de energia.
·Compreender o átomo e a revolução na medicina que causou quando estudado.
·Decidir sobre a melhor forma de utilização da matéria.
·Saber que as ligações químicas são fundamentais para a existência das diferentes
substâncias e formas de vida.
·Conceituar os elementos químicos e compreender suas particularidades e usos na
formulação de perfumes, produtos de limpeza, fibra ótica, etc.
·Compreender as características de cada grupo de função química.
·Relacionar as funções químicas com os produtos presentes no cotidiano.
·Fazer correção de solo.
·Perceber a importância do cálculo e do grau de pureza na formulação de
medicamentos.
·Nomear, escrever as fórmulas e apresentar as aplicações essenciais dos principais
ácidos, bases, sais e óxidos.
311
·Avaliar o papel dos óxidos na poluição e no aquecimento global.
·Estudar as relações que as reações como a fotossíntese, respiração e combustão têm
com o nosso dia-a-dia.
·Relacionar as tinturas, peeling, com o tipo de reação que podem ocasionar.
·Estabelecer relações quantitativas entre as grandezas: massa, massa molar, massa
atômica, molecular, etc.
2º ANO
·Interpretar dados sobre as concentrações de soluções.
·Perceber a importância e algumas características das soluções usadas no dia-a-dia.
·Relacionar as propriedades dos colóides a fenômenos da natureza.
·Diferenciar os fenômenos da evaporação e ebulição.
·Descrever utilizando a linguagem discursiva, esquemas ou gráficos, procurando
estabelecer relações com os fenômenos da natureza e do cotidiano.
·Classificar as relações quanto a energia absorvida ou liberada.
·Calcular a variação de entalpia de reações por intermédio de gráficos de energia,
tabelas ou equações termoquímicas.
·Reconhecer os principais fatores que modificam a rapidez das reações.
·Explicar, pelas teorias das colisões moleculares, os fatores que influem na rapidez de
uma reação.
·Avaliar a influência da temperatura, do catalisador, da superfície de contato e da
concentração de reagentes nos processos químicos do cotidiano.
·Prever a possibilidade de ocorrência de uma reação espontânea.
·Descrever a eletrólise.
·Descrever a galvonoplastia.
·Identificar o estado de equilíbrio por meio da análise de gráficos de concentração de
reagentes e produtos em função do tempo.
·Identificar os principais fatores que podem alterar um sistema químico em equilíbrio.
·Analisar o grau de acidez na chuva ácida, no derramamento de substâncias na água e
no solo, na ação de biomoléculas e medicamentos.
·Reconhecer que a radiatividade é um fenômeno nuclear.
·Reconhecer no cotidiano, aplicações importantes de energia nuclear na medicina,
agricultura, etc.
312
3º ANO
·Reconhecer a importância da química orgânica nos dias atuais.
·Caracterizar as principais diferenças entre os compostos orgânicos e inorgânicos.
·Reconhecer a capacidade do elemento carbono de formar cadeias e classificá-las.
·Formular e nomear os principais hidrocarbonetos usando a nomenclatura usual e a
reconhecida pela IUPAC.
·Reconhecer fórmulas representativas da função haletos.
·Reconhecer fórmulas representativas das funções.
·Escrever os nomes (usual e da IUPAC) e as fórmulas representativas.
·Reconhecer os principais usos e aplicações industriais das substâncias: metanol,
etanol, propanona, etc.
·Apontar a importância do petróleo como fonte de energia e matéria-prima para a
fabricação de vários materiais.
·Reconhecer que os óleos e gorduras pertencem ao grupo dos glicerídeos e são
substâncias formadas por glicerol (glicerina) e ácidos graxos.
·Entender as fórmulas representativas de aminoácidos e que as proteínas são
formadas por grupamentos de aminoácidos.
·Diferenciar os polímeros naturais dos artificiais.
·Dispor as equações de algumas reações importantes dos hidrocarbonetos, álcoois e
ácidos carboxílicos: combustão, oxidação, substituição, adição, desidratação e
esterificação.
·Reconhecer a importância dessas reações nos processos de transformação das
matérias-primas.
Conteúdos
1ºANO
-Introdução ao estudo da química.
-Propriedades da matéria.
-Substâncias e misturas.
-Métodos de separação.
-Fenômeno e reação química
-A matéria
-Estrutura atômica
-Modelos Atômicos
-Configuração eletrônica
313
-Classificação dos elementos químicos
-Propriedades dos elementos químicos
-Ligações químicas: iônica, covalente e metálica
-Ácido
-Base
-Sal
-Óxido
-Reações químicas
-Cálculos estequiométricos
-Massa atômica, molar e molecular.
2º ANO
-Tipos de soluções
-Concentração das soluções
-Análise química e volumétrica
-Colóides
-Pressão e ponto de ebulição
-Efeitos coligativos
-Entalpia e sua variação
-Reações endotérmicas e exotérmicas.
·Velocidade das reações químicas.
·Ocorrência de reações químicas.
·Catalisadores.
·Pilhas.
·Eletrólise.
·Corrosão e proteção de materiais.
·Peças eletrônicas.
·Grau de equilíbrio.
·Deslocamento de equilíbrio químico.
·Os sais e a previsão do tempo.
·Radiatividade: leis, transmutações, energia nuclear, bombas nucleares, raio X.
3a ANO
·Histórico da química orgânica.
·Compostos orgânicos e classificação.
·Hidrocarbonetos.
·Haletos.
314
·Álcoois.
·Aldeídos.
·Cetonas.
·Ácidos carboxílicos.
·Ésteres.
·Aminas.
·Amidas.
·Anidridos.
·Nitrocompostos.
·Petróleo.
·Proteínas.
·Vitaminas.
·Lipídios.
·Glicídios.
·Polimerização.
·Reações de adição, substituição, eliminação, redução, oxidação, combustão e
esterificação.
·Filtros solares, ressonância magnética.
Os temas: História e Cultura Afro-Brasileira (Lei n.º10.639/03), História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena (Lei n.º 11.645/08), História do Paraná (Lei n.º 13.381/01) e
Educação Ambiental (Lei n.º 9.795/99) serão abordados de acordo com as
potencialidades e objetivos de cada conteúdo específico, sendo recorrentes e
permeando os mais diversos momentos das aulas.
METODOLOGIA
Os meios de comunicação muitas vezes difundem idéias errôneas ou
informações dadas intencionalmente visando a formação de uma opinião desejada,
esquecendo que a vida se fundamenta em processos biológicos nos quais as
transformações químicas estão sempre presentes.
Segundos as DCEs de Química é importante que o processo de ensinoaprendizagem parta do conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as
concepções alternativas (idéias pré- concebidas sobre o conhecimento de química) ou
concepção espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico.
O conhecimento químico deve estar interligado com os demais campos do
315
conhecimento em especial à vida humana a fim de julgar mais profundamente as
informações advindas da tradição cultural, da mídia e da escola para poder tomar suas
próprias decisões enquanto indivíduo e cidadão.
Aprender química é mais do que o uso de métodos estabelecidos para
comprovação de idéias científicas, é importante fazer com que o educando leia o
mundo em que vive com seus próprios olhos. Deve-se buscar explicação dos fatos,
interpretando-os e criando modelos explicativos, dando uma abordagem dinâmica das
interações com a mediação do professor. Cabe considerar ainda que estes modelos
são válidos para alguns contextos e não para todos, ou seja, são localizados e datados
e sua validade termina quando a teoria não consegue explicar fatos que eventualmente
surgem.
Como visamos uma aprendizagem ativa, as atividades devem provocar a
especulação, a construção e a reconstrução de idéias; além de dados obtidos em
demonstrações, visitas, em relatórios de experimentos,devem enfatizar a análise
destes dados, para que através de trabalho em grupo, discussões coletivas, se possa
construir os conceitos.
Os experimentos podem ser o ponto de partida para desenvolver a compreensão
dos conceitos ou a percepção de sua relação com as idéias discutidas em aula,
propiciando aos estudantes uma reflexão sobre a teoria e a prática e, ao mesmo
tempo, permitindo que o professor perceba as dúvidas de seus alunos.
Uma aula experimental, seja ela de manipulação do material pelo aluno ou
demonstrativa, não esta associada a um aparato experimental sofisticado, mas sim a
sua organização, discussão e reflexão, possibilitando ainda, a interpretação dos
fenômenos químicos e a troca de informações entre o grupo que participa da aula.
Outros aspectos metodológicos são o áudio visual envolvendo período de
discussão pré e pós atividade facilitando a construção e a ampliação dos conceitos e a
informática como fonte de dados e informações. A metodologia consistirá em primeiro
lugar, em fazer que o educando leia o mundo em que vive com os próprios olhos da
ciência, tendo o professor o papel da mediação.
Essas abordagens devem ser feitas através de atividades elaboradas para
provocar a especulação, a construção e a reconstrução de idéias. Uma estratégia
metodológica que tem sido recomendada é a abordagem que discuta aspectos sóciocientíficos, ou seja, questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e
culturais relativas à ciência e a tecnologia. Dessa forma, as atividades além da coleta
de dados obtidos em demonstrações, em visitas, em relatórios de experimentos ou no
316
laboratório, devem enfatizar a análise desses dados, para que através de trabalhos e
discussões em grupo se possam construir conceitos e a sensibilização para um
comprometimento com a vida no planeta.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um elemento do processo de ensino e não possui uma finalidade
em si mesma, deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor no
processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo
educacional desenvolvido no coletivo da escola. Informa ao professor o que foi
aprendido pelo estudante e ao estudante quais são seus avanços, dificuldades e
possibilidades.
Nesse entendimento a avaliação deve ser concebida de forma processual e
formativa, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo
ocorre por meio de interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e
não apenas de modo pontual, portanto sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
Segundo as DCEs em Química, o principal critério de avaliação é a formação de
conceitos científicos.
O professor deve utilizar como instrumentos de avaliação: provas escritas, leituras e
interpretações de texto, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas, relatórios
de aulas práticas, apresentação de seminários, entre outros. Esses instrumentos
devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
A avaliação deverá favorecer o progresso pessoal do aluno no domínio de
conceitos, capacidades e atitudes, habilidades e valores provenientes dos conteúdos
de aprendizagem, na capacidade de criação, na iniciativa em se tomar decisões,
realizar pesquisas e analisar os elementos que a natureza apresenta e que são
significativos e favorecedores do crescimento pessoal.
Tal prática avaliativa requer um professor que compreenda a concepção de
ensino da Química na perspectiva crítica e que os critérios e formas de avaliação
estejam bem claros para os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o
processo.
Como
sugestão
de
critérios
avaliativos
da
disciplina
podemos
citar:
conhecimento conceitual e procedimental, raciocínio lógico, aplicação do conhecimento
científico, uso da metodologia científica, interpretação e resolução de problemas,
clareza de ideias, criatividade e inovação, participação efetiva em trabalhos coletivos e
317
até mesmo mudança comportamental.
Na verificação da aprendizagem aplicam-se provas convencionais formuladas
com questões que estimulem o raciocínio e a crítica do aluno.
Além da avaliação convencional pelas provas, o professor poderá verificar o
aprendizado do aluno pelo nível de participação nos trabalhos e dinâmicas de grupo,
pela participação em debates, seminários, investigações experimentais, entrevistas
com profissionais e interesse nas excursões em estudo de campo.
Sendo assim a forma avaliativa deverá ser feita por somatória de 0,0 a 10,0, com
no mínimo
três instrumentos avaliativos bimestrais. Onde os conteúdos não
apropriados pelos alunos deverão ser revisados e reavaliados, oportunizando
recuperação paralela de conteúdos e notas.
A avaliação diferenciada dos alunos da escola do campo, deve levar em
consideração – segundo a própria diretriz da escola do campo – a sabedoria empírica
do homem do campo, suas observações e carências a cerca da escola, e estabelecer
um diálogo efetivo entre todas as partes envolvidas no processo de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. Química. Governo do Estado Paraná,
Curitiba, 2006.
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Governo do Estado do Paraná,
Curitiba, 2006.
Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Secretaria de Educação Básica, Brasília
2008.
Caderno de expectativas de aprendizagem: Química. Governo do Estado do Paraná,
Curitiba, 2008.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
318
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Frente aos novos problemas sociais gerados com o avanço tecnológico e com a
modificação gradual das formas de comunicação, o homem e a sociedade em geral vêse forçado a analisar as consequências e os rumos que tomarão a nossa sociedade e a
humanidade, enquanto composta por membros que agem segundo valores válidos
para o grupo.
Ao analisar a sociedade enquanto um organismo complexo, que sofre
modificações instantaneamente, agindo o grupo sobre o indivíduo e o indivíduo sobre o
grupo, consolidando deste modo formas de relacionamento, modos de produção e
exploração do indivíduo, além da modificação e ruptura de valores éticos-morais e
religiosos que acabam por deixar o indivíduo sem saber como agir.
Como toda sociedade está baseada nos novos meios de produção, a técnica e a
mecanização acabam por alterar as formas de organização do grupo, dado que o
sistema capitalista valoriza o aumento da produção, acirrando a disputa e a
competitividade, afastando o aspecto humano das relações, tornando tanto o saber
quanto o homem, um objeto a ser explorado.
Frente ao agir socialmente, onde compartilhar condições e situações, praticar
ações e relações que são interdependentes e se influenciam reciprocamente colocam o
ser humano em total mudança, cabe a Sociologia proporcionar aos educandos
condições de conhecer, refletir e dar novos rumos aos problemas existentes no meio
social onde habitam.
Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e conseqüentemente a
agir nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo numa atitude ativa e
participativa. O ensino de sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno
como sujeito de seu aprendizado e onde ele seja constantemente provocado a
relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir novos saberes.
No ensino de sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos propostos, buscando sempre
a problematização, para construir o conhecimento a partir da prática do aluno, do
cotidiano de comunidade na qual está inserido.
Em sociologia mais que informar, pretende-se um ensino comprometido com o
desenvolvimento das capacidades de observar, comparar, analisar, refletir, argumentar,
319
explicar, pesquisar, interpretar, experimentar e descrever. Para tanto nas aulas de
sociologia serão utilizados a exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos
conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão,
a pesquisa de campo e bibliográfica, seminários, debates, trabalhos em grupos, e o uso
de recursos audiovisuais, especialmente em vídeos e filmes, visando sempre ajudar os
alunos a compreender melhor determinada teoria ou conceito, além de ajuda-los a
desenvolver o raciocínio sociológico.
A proposta Pedagógica Curricular: decorre do diagnóstico e das concepções
definidas pelo coletivo escolar e que deve contemplar fundamentos teóricos das
disciplinas; objetivos gerais , metodologia e avaliações conforme os conteúdos
estruturantes, básicos ou específicos dentro cada disciplina complementando a lei nº
13381/01: história do Paraná; lei nº 11.645/08: Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena lei nº 11.769/08, Música; Prevenção do uso indevido de drogas, sexualidade
humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentando a violência contra a criança
e o adolescente.
Bem como a lei nº 9394/96 de Diretrizes de Bases da Educação Nacional e o
Parecer nº 1011/10, bem como a Resolução nº 4783/2010 da Secretaria de Estado da
Educação, que reconhece a Educação de Campo como uma política pública
educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do
Campo, traçando estratégias necessárias para a elaboração e implementação de um
plano de trabalho integrado com vistas à gestão das politicas publicas educacionais
voltadas à Escola do Campo.
O que se percebe em relação à educação do campo é que ela é trabalhada a
partir de um currículo essencialmente urbano e, geralmente, deslocada das
necessidades e da realidade do campo. É urgente discutir a educação do campo, uma
vez que ela deve abordar conteúdos de extrema importância entre os debates sobre
diversificação de produtos, a utilização de recursos naturais, a agroecologia, as
sementes crioulas, a questão agrária, trabalhadores assalariados rurais, a pesca
ecologicamente sustentável, entre outros.
Portanto, valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos com a
comunidade, gerando um sentimento de pertencer ao lugar ao grupo social.
Precisamos criar uma identidade sociocultural que leva o aluno a compreender o
mundo e transforma-lo.
320
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conhecimento e a explicação da sociedade através da compreensão das
diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, bem como a
compreensão das consequências dessas relações para os indivíduos e coletividade.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O século XIX foi marcado pela consolidação da sociedade capitalista e pelas
inúmeras transformações que ocorreram impulsionadas por novas relações de classe –
a burguesia e o proletariado.
Essa nova dinâmica de funcionamento do Estado Moderno trouxe no seu bojo
consequências graves. É dentro desse contexto que nasce a Sociologia com a
determinação de contribuir para a melhoria desta sociedade.
A consciência das desigualdades, da miséria e da opressão aponta para a
necessidade de uma reorganização da sociedade. Os homens da época achavam que
a crítica da realidade social existente deveria ser acompanhada de uma sugestão de
melhoria e que a solução deveria estar baseada no conhecimento científico da
realidade.
A preocupação com questões sociais e as complexas instituições modernas
podem ser observadas em pensadores como Karl Marx, Max Weber, Antonio Gramsci
e Pierre Bourdieu, pensadores contemporâneos, que, preocupados com os problemas
sociais oriundos das novas formas de organização social, colocavam o pensar e o agir
coletivo como meio de transformar a sociedade, trabalhando aspectos sociais,
políticos, religiosos, institucionais, culturais, econômicos, que são os pontos
norteadores da vida em sociedade.
A Sociologia, enquanto ciência data de um período recente na realidade
brasileira, porém apresenta pensadores com enorme contribuição e profunda análise
social que marcam o nascimento e a preocupação da mesma. Assim, podemos
destacar: Florestan Fernandes, Gilberto Freyre, Fernando de Azevedo, Sérgio Buarque
de Holanda e Caio Prado Júnior, entre outros, que buscam uma reflexão detalhada da
formação e desenvolvimento da nossa realidade, abordando desde o processo de
miscigenação (Casa grande & Senzala) até os fatos recentes que caracterizam a
realidade brasileira.
321
OBSERVAÇÕES GERAIS
1- Compreender e analisar a sociedade, levando em consideração os aspectos
culturais, políticos, étnicos e religiosos.
2- Estimular a reflexão sobre a realidade, a fim de despertar no aluno a capacidade
crítica, visando uma conscientização e consequentemente uma mudança dos aspectos
culturais vigentes.
3- Formar uma consciência política e cultural dos alunos para efetivação de ações de
luta em favor da democracia política e social.
4- Possibilitar a compreensão das relações sociais na sociedade brasileira
contemporânea – entendido como fenômeno contraditório.
5- Contribuir para re-elaboração da prática social em busca da cidadania plena.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
1- O PROCESSO DE
ESPECÍFICOS
1.1- O momento da civilização
SOCIALIZAÇÃO E AS
1.2- A instituição família
INSTITUIÇÕES SOCIAIS
1.3- A instituição escola
1.4- A instituição religiosa
2- CULTURA E INDÚSTRIA
1.5- Transmissão de Valores
2.1- Conceito de trabalho e de cultura
CULTURAL
2.2-Cultura e suas manifestações
2.3-Cultura erudita e Cultura popular
3- TRABALHO, PRODUÇÃO E
2.4-Meios de Comunicação de Massa
3.1- A sociedade capitalista
CLASSES SOCIAIS
3.2-Divisão social do trabalho
3.3-Classes sociais
4-
PODER
IDEOLOGIA
,
POLÍTICA
3.4-Tecnologias e Globalização
E 4.1-Teoria do Estado
4.2-Movimentos Sociais – urbanos e rurais
4.3-Cidadania
4.4-Direitos e deveres
322
1º ano
O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas:
•
O Surgimento da Sociologia
•
As Teorias Sociológicas na compreensão do presente;
•
A Produção Sociológica Brasileira:
Instituições Sociais
• A Instituição Escolar;
• A Instituição Religiosa;
• A Instituição Familiar;
2º ano
Cultura e Indústria Cultural
• Cultura ou Culturas: uma contribuição antropológica.
• Diversidade Cultural Brasileira
• Cultura: Criação ou apropriação?
OUTROS
•
História e Cultura Afro-brasileira, Indígena e Africana (Lei nº 11.645/08)
Trabalho, Produção e Classes Sociais
•
O processo de trabalho e a desigualdade social.
•
Globalização.
3° ano
Poder, Política e Ideologia
• Ideologia
• Formação do Estado Moderno
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
• Movimentos sociais
• Movimentos Agrárias no Brasil
323
• Movimento Estudantil
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O estudo da Sociologia no Ensino Médio deve ampliar as possibilidades de
análise considerando as diversas correntes do pensamento. Não se pode, hoje partir
de uma única perspectiva teórica para explicar os fenômenos sociais
Diante desse pressuposto, possibilitar-se-a ao aluno, através da análise de
textos, discussões em grupo, análise de filmes, reportagens, dinâmicas, aulas
expositivas, etc. uma análise crítica da realidade.
Os alunos deverão ter um embasamento teórico que lhes permita ampliarem sua
capacidade de compreensão da vida e do mundo e ao mesmo tempo possibilite
referenciar uma investigação dos problemas contemporâneos.
O ensino da Sociologia deverá contribuir para que os alunos estabeleçam a
noção do conhecimento como algo ligado à ação. É fundamental fazer a conexão entre
teoria e prática, para assim dar sentido ao conteúdo estudado.
Através do conhecimento sobre a construção histórica dos direitos e deveres dos
cidadãos, os alunos estarão ampliando as possibilidades de exercício da cidadania.
Dada a sua amplitude e a facilidade de relacionar conteúdos, deseja-se uma
interação entre a teoria e a prática, despertando no aluno um olhar crítico, embasado
na discussão, na pesquisa de campo e bibliográfica, que possibilite a construção
histórica da Sociologia crítica, desenvolvendo um pensamento criativo e instigante que
vise à adoção de um agir voltado para a transformação social.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação em Sociologia não deve mensurar apenas fatos ou
conceitos assimilados. É importante considerar o conhecimento prévio dos alunos e
relaciona-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino-aprendizagem. O
professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos, procedimentos
e atitudes como conquista dos alunos, comparando o antes, durante e o depois.
Por meio dos estudos desenvolvidos, o aluno deverá ser capaz de identificar
relações entre a sociedade, a cultura e a natureza, hoje em dia e em outros momentos
do passado, e ser capaz de distinguir semelhanças e diferenças. Pretende-se avaliar
em perspectivas históricas, percebendo contextos, mudanças, permanências e
324
continuidades. O aluno deve ser capaz de reconhecer laços de identidade e/ ou
diferenças entre relações de trabalho do presente e do passado; identificar e
reconhecer as principais características do processo de formação das dinâmicas,
refletindo sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos que elas
produzem na vida das sociedades.
Cabe também ao professor em diferentes momentos do estudo incentivar a
construção de relações entre eventos para que os estudantes tenham participação
dinâmica e ativa no seu espaço social, envolvidos em questões de cidadania e
compromisso participativo.
O professor deverá propor atividades que favoreçam a aprendizagem de
procedimentos de pesquisa, observação, identificação, confrontação, distinção e
reflexão; e de atitudes de comprometimento, respeito, ética, colaboração e
amadurecimento moral e intelectual. Essas atividades podem ser a análise de textos,
filmes, pesquisas de campo, dinâmicas, debates, relatos de experiências dos alunos,
etc. O processo de avaliação do ensino da Sociologia deve ser pensado e elaborado
de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados
e acompanhados por todos os envolvidos na disciplina.
Critérios que poderão ser observados e avaliados no decorrer do curso:
-Clareza e coerência na exposição de ideias no texto oral ou escrito;
-Capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;
-Mudança de comportamento na forma de olhar para os problemas sociais, rompendo
desta forma com a acomodação e com o senso comum;
-Reflexão crítica nos debates que acompanham os textos ou filmes;
-Participação nas pesquisas de campo;
-Capacidade de articulação entre teoria e prática.
BIBLIOGRAFIA:
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Governo do Estado do
Paraná,
Curitiba, 2006.
DURKHEIM, É. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
_______. Da divisão social do trabalho. São Paulo: Martins Fontes,1995.
_______ As regras do método sociológico. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1974.
MARX, K. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.
325
WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.
FREYRE, G. Casa grande & senzala: introdução a história patriarcal no Brasil. Rio de
Janeiro: Record, 2001.
ARANTES, A. A. O que é cultura popular. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983.
DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1984.
GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1986.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão; trad. Lígia M. Pondé Vassalo.
Petrópolis: Vozes, 1983.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 24. ed. São Paulo: Ática, 2002.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96
326
PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA–ESPANHOL
APRESENTAÇÃO GERAL
O ensino de língua espanhola visa propiciar o aluno a aproximação de várias culturas e
consequentemente sua integração num mundo globalizado, permitindo-lhe o acesso às
informações de vários tipos, inclusive a história da língua espanhola e sua importância
política e cultural contribuindo para sua formação geral enquanto cidadão.
A aprendizagem de uma nova língua supõe a incorporação de hábitos que conduzam à
habilidade complexa de ouvir, falar, ler e escrever de forma compreensiva. Tendo em
conta a intencionalidade do uso da língua pelo interlocutor e seu contexto. O ensino de
LEM não deve ser entendido como apenas um fornecimento de dados e explicações
sobre o idioma que se pretende ensinar.
A fonologia, morfologia, sintaxe, vocabulário e semântica da nova língua devem ser
adquiridos de forma integrada, relacionando-as com ideias e significados, dentro de
situações cotidianas, conhecidas e específicas. O aprendizado de um idioma nos
permite entender a realidade de um povo e reinterpretar a nossa.
ORIGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA
A língua espanhola é o resultado de mais de 1000 anos de evolução, nos que as
diversas línguas dos habitantes da península receberam a influência dos romanos e os
árabes. A final do século XV, com a união das monarquias de Castela e Aragão, que
estenderam seu domínio por grande parte da península, o castelhano se impulsionou
sobre os demais idiomas e dialetos; ademais cruzou o Atlântico nos barcos dos
conquistadores e missioneiros.
A colonização espanhola do século XVl levou a língua as Américas, aos Estados
Federais de Micronésia, Guam, Marianas, Palaos e Filipinas.
O Latim vulgar que falavam os exércitos romanos e os colonos na antiga
Espanha foi a base de muitos dos dialetos que se desenvolveram depois em várias
regiões do país durante a Idade Média. O dialeto de Castela, ou Espanhol de Castela,
foi pouco a pouco se transformando na língua padrão pelo domínio político de Castela
no século 13.
A maioria das palavras do Espanhol ão derivadas do Latim, mas algumas vêm
de outras línguas pré-latinas, como o Grego, o Euskera ou o Celta. Com a invasão dos
327
Visigodos, no começo do século V, algumas palavras de origem Germana também
foram incorporadas. A conquista dos Árabes, 3 séculos mais tarde, introduziu palavras
da língua árabe(algumas facilmente reconhecíveis pelo prefixo "al"). A influência dos
eclesiásticos franceses do século 11 e dos peregrinos que iam para Santiago de
Compostela, fez com que se incorporassem à língua muitas palavras e frases da língua
francesa. Durante os séculos 15 e 16, devido a dominação da Itália por parte dos
Aragones, a Espanha recebeu também influência da língua italiana e se viu
influenciada pela moda da poesia italiana. A relação da Espanha com suas colônias
permitiu a introdução de novos termos de línguas nativas americanas e de outras
fontes. Os estudos e investigações aumentaram também consideravelmente as
influências de outras línguas.
Na América, os descendentes dos espanhóis, os espanhóis criolos e os
mestiços seguiam utilizando a língua. Depois de que as guerras da independência
liberaram estas colônias no século 19, as elites existentes estenderam o uso do
espanhol a toda a população para reforçar a unidade nacional.
A Real Academia da língua espanhola se fundou em 1713. Estabelecia os
critérios para sancionar os neologismos e para a incorporação de palavras de âmbito
internacional. A gramática espanhola se normalizou durante este período e a literatura
espanhola foi muito prolífica, devido a expressão de liberdade que permitia aos
escritores e falantes utilizar a língua sem seguir regras determinadas para a ordem das
palavras, criando assim diversos estilos literários. O século testemunhou uma grande
mudança no uso do Espanhol. A língua espanhola incorporou muitos neologismos,
alimentados pelos avanços tecnológicos e científicos.
Desde
os
clássicos:
termômetro, átomo e psicoanálisis a os modernos e apenas hispanizados: filmar, radar,
casete, PC e módem.
Dentre as várias línguas faladas, o espanhol se destaca por ser a segunda língua
nativa mais falada no mundo e a primeira mais falada nas Américas. O Espanhol é
muito parecido com o Português Português e ao mesmo tempo é muito diferente, o que
na maioria das vezes confusão durante a tradução. Muitas pessoas pensam que por
línguas serem parecidas, a compreensão da língua espanhola é muito fácil - se você
sabe falar Português consequentemente sabe traduzir a língua espanhola. Essa
familiaridade entre as línguas gera a maioria dos erros de tradução, pois há palavras
em Espanhol que são escritas exatamente como algumas palavras em Português, mas
apresentam significados distintos. No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de
estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.
328
OBJETIVO GERAL
Dominar as quatro habilidades necessárias: linguística, textual, discursiva e sóciocultural, a fim de comunicar-se com eficácia através da língua espanhola, desenvolver
no aluno, as diferentes destrezas: ler, escrever, escutar e falar de modo a proporcionar
um aprendizado global, inclusive em assuntos e temas gerais, através da
interdisciplinaridade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•
Adquirir conhecimento básico da língua espanhola, enfocando o sistema verbal, a
pronúncia, léxico, a fim de entender e comunicar-se oralmente de maneira eficiente
e integrar às especificidades da Educação do Campo por meio das manifestações
da diversidade cultural.
•
Aprender a ler e interpretar textos em espanhol com atenção às diferenças do
português.
•
Utilizar as bases linguísticas do idioma espanhol para a comunicação escrita.
•
Familiarizar-se com o universo das culturas e civilizações de língua espanhola, de
modo a compreender estes povos e relacionar-se com eles com eficácia, no âmbito
profissional.
•
Desenvolver atividades significativas, explorando diferentes recursos e fontes,
servindo de subsídio para a produção textual.
•
Levar o aluno a perceber o ensino da Língua espanhola como oportunidade do
presente, compreendendo o passado e projetando o futuro reconhecendo sujeito da
sua própria história.
•
Resgatar e valorizar as culturas do campo, através de um trabalho interdisciplinar
com a Língua Espanhola.
METODOLOGIA
“Quanto mais ele reflete sobre a realidade, sobre sua própria situação concreta, mais
se torna progressivo e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade
para mudá-la”
(MIZUKAMI:86 1986).
329
O CELEM (Centro de Estudo de Línguas Estrangeiras Modernas) inserido na Escola do
Campo, parte do pressuposto de ser mais uma das possibilidades para
adquirir
conhecimento, sobretudo como forma de conhecer, expressar,transformar e construir
significados. Dessa forma, o ensino de Língua Estrangeira se constitui por meio da
compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva
discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade.
A proposta desse trabalho prioriza uma metodologia que valorize os conhecimentos
prévios dos alunos, respeitando seus limites.
De maneira contextualizada e
significativa parte da utilização de diferentes gêneros textuais e a utilização de recursos
como estratégias e encaminhamento de trabalho, que visa facilitar o contato e a
interação com a língua e a cultura espanhola e sua cultura. Nessa união é preciso
entender que há saberes importantes que precisam ser considerados.
Para desenvolver esse trabalho serão utilizados alguns recursos como:
•
Livro didático;
•
Dicionário;
•
Livro paradidático;
•
Vídeo, CD, DVD, CD-ROM;
•
Internet, jogos interativos;
•
Atividades de compreensão auditiva;
•
Construção de diálogos e prática oral em grupo;
•
Exercícios de fixação gramatical;
•
Audição e análise de músicas;
•
Apresentações e dramatizações;
•
Construção de mapas conceituais;
•
Momento de leitura;
•
Exposição de trabalhos;
•
Atividades lúdicas: jogos, palavras cruzadas, etc.
Serão trabalhados nas aulas, os conteúdos da História e Cultura Afro-Brasileira e
História e Cultura Afro Brasileira e Indígena, abordando, contudo a Educação
Ambiental; (Leis 10.639/03, 11.645/08 e 9.795/99).,Educação do Campo, Parecer
330
CEE/CEB nº 1011/10 e Resolução nº 4783/2010) , Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei nº .9394 de dezembro de 1996/ Artigo 28,
Resolução
CNE/CEB nº 1, de 3 de abril de 2002,
CONTEÚDOS BÁSICOS
Serão trabalhados diversos gêneros discursivos, adequados à realidade social e
cultural do aluno, possibilitando a ampliação do conhecimento através da leitura, escrita
e oralidade de modo interativo e os mesmos contemplaram a Educação do Campo.
Conteúdos básicos –P1
Esfera social de circulação e seus gêneros textuais
Esfera cotidiana de Esfera publicitária de Esfera produção de
Esfera
circulação:
circulação:
circulação:
jornalística de
Bilhete
Anúncio
Bula
circulação:
Carta pessoal
Comercial para radio
Embalagem
Anúncio
Cartão felicitações
Folder
Placa
classificados
Cartão postal
Paródia
Regra de jogo
Cartum
Convite
Placa
Rótulo
Charge
Letra de música
Publicidade Comercial
Entrevista
Receita culinária
Slogan
Horóscopo
Reportagem
Esfera artística de
Esfera escolar de
Esfera literária de
Sinopse de filme
Esfera midiática
circulação:
circulação:
circulação:
de circulação:
Autobiografia
Cartaz
Conto
Correio eletrônico
Biografia
Diálogo
Crônica
(e-mail)
Exposição oral
Fábula
Mensagem de
Mapa
História em
texto (SMS)
Resumo
quadrinhos
Telejornal
Poema
Telenovela
Videoclipe
331
Conteúdos básicos –P2
Esfera social de circulação e seus gêneros textuais
Esfera cotidiana de Esfera publicitária de Esfera produção de
Esfera jornalística
circulação:
circulação:
circulação:
de circulação:
Comunicado
Anúncio
Instrução de
Artigo de opinião
Curriculum Vitae
Comercial para
montagem
Boletim do tempo
Exposição oral
televisão
Instrução de uso
Carta do leitor
Ficha de inscrição
Folder
Manual técnico
Entrevista
Lista de compras
Inscrições em muro
Regulamento
Notícia
Piada
Propaganda
Obituário
Telefonema
Publicidade
Reportagem
Institucional
Esfera jurídica de
Slogan
Esfera escolar de
Esfera literária de
Esfera midiática de
circulação:
circulação:
circulação:
circulação:
Boletim de ocorrência
Aula em vídeo
Contação de história
Aula virtual
Contrato
Ata de reunião
Conto
Conversação chat
Lei
Exposição oral
Peça de teatro
Correio eletrônico (e-
Ofício
Palestra
Romance
mail)
Procuração
Resenha
Sarau de poema
Mensagem de texto
Requerimento
Texto de opinião
(SMS)
Videoclipe
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE –P1/P2
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centrada no leitor:
•
tema do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade do texto;
332
•
Intencionalidade do texto;
•
Situacionalidade do texto;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Conhecimento de mundo;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como
conectivos, gírias, expressões, repetições);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
•
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
•
Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
•
Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos;
•
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
•
Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
•
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
•
Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;Propor
reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
•
Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
•
Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre
os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos,
como: entonação, expressões facial;
•
Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre
333
outros.
AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno:
•
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
•
Apresente suas ideias com clareza, coerência;
•
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
•
Organize a sequência de sua fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
•
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
•
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em
língua materna);
•
Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
PRÁTICA DISCURSIVA: leitura
Fatores de textualidade centrada no leitor:
•
Tema do texto;
•
Conteúdo temático do gênero;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Propriedades estilísticas do gênero;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade do texto;
•
Intencionalidade do texto;
•
Situacionalidade do texto;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Conhecimento de mundo;
•
Temporalidade;
•
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
•
Intertextualidade;
334
•
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
•
Partículas conectivas básicas do texto.
•
Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas,
sublinhadas, números, substantivos próprios;
•
Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais
recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
•
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de
circulação;
•
Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
•
Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
•
Pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a
temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da
leitura);
•
Leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas)
•
Pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita
objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto).
•
Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
•
Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
•
Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
•
Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como:
gráficos, fotos, imagens, mapas;
•
Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;
•
Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de
diferentes gêneros temáticas (o que é dito nesses gêneros);
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centrada no leitor:
•
Tema do texto;
•
Conteúdo temático do texto;
335
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Propriedades estilísticas do gênero;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade do texto;
•
Intencionalidade do texto;
•
Situacionalidade do texto;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Conhecimento de mundo;
•
Temporalidade;
•
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
•
Intertextualidade;
•
Partículas conectivas básicas do texto;
•
Vozes do discurso: direto e indireto;
•
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação
das palavras, figuras de linguagem;
•
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
•
Acentuação gráfica;
•
Ortografia;
•
concordância verbal e nominal.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
•
Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
•
Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
•
Acompanhar a produção do texto;
•
Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias),
dos elementos que compõem o gênero;
•
Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática,
336
à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
•
Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
•
Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
•
Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
•
Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
AVALIAÇÃO
Espera- se que o aluno:
•
Expresse as ideias com clareza;
•
Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade); à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero proposto;
•
Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos
atrelados aos gêneros trabalhados
•
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos, temporais).
AVALIAÇÃO
“[...] os
sujeitos do campo têm direito a uma educação pensada, desde o seu lugar e com a sua
participação, vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais” (SEED, 2006,
p. 9).
O processo escolar de ensino-aprendizagem visa levar o aluno á apropriação do
conhecimento significativo, desenvolvendo habilidades e competências básicas em
relação o ensino de Língua Estrangeira.
Nesses termos a avaliação da aprendizagem será diagnóstica, somativa e
337
cumulativa e se dará em um processo constante tendo uma das medidas a observação
no desempenho das atividades propostas, que serão analisadas e consideradas como
subsídios. Para cada unidade didática trabalhada o aluno será avaliado através de
prova escrita ou oral, trabalhos individuais ou em grupos, participação, atividades
diárias em sala de aula.
A avaliação será realizada com base nas práticas discursivas: oralidade, leitura e
escrita.
Espera-se que o aluno utilize o discurso de acordo com a situação sendo formal e /
ou informal, que ele apresente ideias com clareza e coerência, que ele explore a
oralidade em adequação ao gênero proposto, etc.
Ainda que realize a leitura compreensiva do texto, identificando o conteúdo temático,
a ideia principal do texto, identifique as vozes sociais presentes no texto.
O aluno irá expressar suas ideias com clareza, elaborando e re-elaborando
textos, utilizando recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.,
utilizar adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,
pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc., emprego de palavras e
expressões nos sentidos conotativos e denotativos, usar apropriadamente elementos
discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados.
A recuperação para o educando que não atingir resultado satisfatório se dará
por meio de recuperação de conteúdo.
REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua
Estrageira Moderna para o Ensino Médio, Curitiba. SEED, 2008.
PEREZ, Aquilino Sánchez. Los metodos en la enseñanza de idiomas: Evolución
historica y analisis didáctico, Alcobendas SGEL, 1997
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação
do campo. Curitiba: SEED, 2006.
LEFFA,V.J A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006
338
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4. ed. São Paulo : Cortez,
1996.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº 9394/96