DCE-R - Deinfra
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DCE-R - Deinfra
Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina Diretoria de Estudos e Projetos Diretrizes para a Concepção de Estradas (DCE) Parte: Encadeamento Funcional de Redes DCE-R DER Fevereiro/2000 2 DCE-R - 02/2000 Diretrizes para a Concepção de Estradas (DCE) Parte: Encadeamento Funcional de Redes DCE-R RA RP DCE-R - 02/2000 3 4 DCE-R - 02/2000 Notas Preliminares Esta Publicação é tradução da publicação de origem alemã intitulada “ Richtlinien für die Anlage von Strassen ( RAS ) , Teil: Leitfaden für die funktionale Gliederung des Strassennetzes ( RAS - N ), Ausgabe 1988. Será utilizado pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina para o Encadeamento Funcional de Rede de Estradas. As diferenças sensíveis, se houverem, entre alguns dados usados na aplicação do processo por força de comportamento dos participantes do trânsito, diferenças entre veículos, etc., por hora serão desonsideradas, pois, as diferenças de resultados, se existirem, não representariam um erro grosseiro a ponto de comprometer a praticidade destes resultados. Mesmo porque, nos levantamentos dos dados e na manipulação destes para a obtenção dos parâmetros utilizados na aplicação do processo, existe tal empirismo que, talvez, uma busca por um preciosismo não seria nem realistico e nem prático. A opção de traduzir a publicação original e aplicar os seus conceitos é perfeitamente válida, partindo do princípio de que, essa publicação original, desde a sua idealização até sua finalização, foi, sem dúvida, objeto de amplas pesquisas e estudos e não caberia a nós mudar ou adaptar conceitos sem pesquisas e/ou estudos conduzidos propriamente. Se assim procedêssemos, isto é, tentássemos adaptar a publicação original sem estes cuidados, ai sim estaríamos incorrendo em erros grosseiros quando da aplicação do método. Caberá ao DER-SC, portanto, no futuro, promover pesquisas, estudos e observações do método aqui contido. Com a divulgação desta Publicação objetivamos, portanto, suprir o DER-SC de ferramentas práticas e simples para resolver seus problemas relacionados com o encadeamento funcional de rede de estradas.. Talvez algum conceito desta publicação não possa ser aplicado devido à insuficiência de dados. Então, nestes casos, procurou-se uma outra forma de solucionar o problema com a aplicação de um outro processo, o qual constará em local apropriado. Por força de legislação brasileira e outras diferenças marcantes,poderão aparecer valores diferentes relativamente à publicação original. Estas mudanças, sempre que existirem, estarão devidamente anotadas. Para finalizar, queremos deixar aqui nossos votos de um bom uso desta publicação, que seja aplicada com critério e racionalidade e que, cada vez mais, tenhamos boas soluções para os nossos problemas na área da engenharia de estradas. NOTA : O DER - SC não é responsável por erros de traduçao porventura existentes. Diretoria de Estudos e Projetos DCE-R - 02/2000 5 6 DCE-R - 02/2000 Índice 0. Introdução ................................................................................................................... 9 1. Princípios para a Configuração da Rede de Estradas .......................................... 10 1.1 Metas de Planejamento.............................................................................................................. 10 1.2 Importância do Encadeamento Funcional para o Planejamento do Trânsito, do Espaço e do Meio Ambiente............................................................................................................................. 10 2. Subdivisão das Estradas em Categorias ................................................................. 13 2.1 Geral............................................................................................................................................ 13 2.2 Funções das Estradas ................................................................................................................. 13 2.2.1 Função de Interligação ................................................................................................................... 13 2.2.2 Função de Integração ..................................................................................................................... 14 2.2.3 Função Local ................................................................................................................................... 14 2.2.4 Superposição de Funções................................................................................................................ 14 2.3 Grupos de Categorias ................................................................................................................ 15 2.4 Tipos de Interligação ................................................................................................................. 16 2.4.1 Generalidades .................................................................................................................................. 16 2.4.2 Interligação de Centros................................................................................................................... 17 2.4.3 Interligações Internas de Comunidades ........................................................................................ 17 2.4.4 Interligação a Locais de Repouso e Lazer .................................................................................... 18 2.4.5 Interligação de Pontos de Tráfego Intenso ................................................................................... 18 2.4.6 Interligações que cruzam Fronteiras............................................................................................. 19 2.5 Graus das Funções de Interligação........................................................................................... 20 2.6 Categorias de Estradas .............................................................................................................. 20 2.6.1 Interconexão de Grupos de Categorias com Graus de Função de Interligação....................... 20 2.6.2 Travessias de Localidades............................................................................................................... 21 2.6.3 Indicações para a Definição da Categoria .................................................................................... 22 3. Configuração de Estradas de acordo com sua Função ......................................... 25 3.1 Princípios .................................................................................................................................... 25 3.2 Fatores de Desvio ................................................................................................................................ 26 3.3 Características Construtivas e Operacionais das Redes de Estradas em Função de suas Categorias ........................................................................................................................................................ 26 A1. Enfoque Geral ........................................................................................................ 31 A2. Definição e Determinação do Grau das Funções de Interligação...................... 33 A2.1 Procedimentos Gerais ............................................................................................................. 33 A2.2 Compilação dos Dados ............................................................................................................ 33 A2.3 Determinação do Sistema Local (Centros e Comunidades/Bairros sem Função de Centro). ....................................................................................................................................................... 34 A2.4 Escalonamento das Comunidades em Unidades de Áreas Internas .................................... 35 A2.4.1 Princípios Gerais .......................................................................................................................... 35 A2.4.2 Exemplo do Centro Grande Darmstadt..................................................................................... 35 A2.5 Determinação das Linhas de Interligação ............................................................................. 36 A2.5.1 Interligações de Localidades ....................................................................................................... 36 A2.5.2 Interligações de Áreas Internas de Comunidades ..................................................................... 37 A2.6 Agregação das Interligações à Rede de Estradas ................................................................. 37 A2.6.1 Interligações .................................................................................................................................. 37 A2.6.2 Interligações de Áreas Internas de Comunidades ..................................................................... 39 DCE-R - 02/2000 7 A2.7 Conexão de Locais de Repouso e de Pontos de Tráfego Intenso .......................................... 41 A2.8 Interligações que atravessam Fronteiras .............................................................................. 42 A3. Determinação das Categorias de Estradas .......................................................... 43 A3.1 Procedimentos Gerais ............................................................................................................. 43 A3.2 Parâmetros ....................................................................................................................................... 43 A3.3 Determinação dos Grupos de Categorias .............................................................................. 44 A3.3.1 Travessias de Localidades............................................................................................................ 44 A3.3.2 Interligações Internas de Comunidades ..................................................................................... 48 A4. Tarefas para a Configuração da Rede de Estrada de acordo com suas Funções .................................................................................................................................... 53 A4.1 Observação Preliminar ........................................................................................................... 53 A4.2 Qualidades de Interligação consoante com as Funções........................................................ 53 A4.2.1 Observação Preliminar ................................................................................................................ 53 A4.2.2 Velocidades de Trânsito ............................................................................................................... 53 A4.2.3 Fatores de Desvio......................................................................................................................... 58 A4.3 Neutralização de Situações Conflitantes nas Travessias ..................................................... 59 A4.4 Possibilidades de Regressão .................................................................................................... 60 Glossário ........................................................................................................................ 73 8 DCE-R - 02/2000 0. Introdução A diversidade de relacionamentos entre os diferentes setores da vida, tais como, moradia, trabalho, instrução, abastecimento e repouso, bem como os múltiplos entrelaçamentos econômicos, exigem um sistema de locomoção diferenciado, sintonizado com cada tarefa de trânsito. O sistema deve oferecer melhorias para as condições de vida da população. Por isto, deve ser configurado de acordo com necessidades individuais de trânsito de modo a oferecer segurança, compatibilidade com o meio ambiente, eficiência e custos operacionais adequados. modo determinante o desenvolvimento e também a estrutura espacial local e regional. Por isso, é exigido uma sintonia entre essa configuração e o planejamento dos espaços e o planejamento de outras áreas específicas. Portanto, através de decisões relativas à organização dos espaços e de decisões públicas de desenvolvimento urbano, objetiva-se reduzir o aparecimento de tráfego evitável e configurar o tráfego não-evitável e todas as suas formas de aparecimento de modo que as condições de vida e do meio ambiente sejam melhoradas para as pessoas. A tarefa do planejamento de trânsito consiste em identificar o tipo e a amplitude da necessidade de deslocamentos, para possibilitar o estabelecimento dos parâmetros decisivos para a implantação e o funcionamento dos diferentes tipos de sistemas, num trabalho conjunto com os participantes e os interessados. Para tanto, é necessário partir da premissa de que, a ocupação regional do solo pelo homem, a urbanização e o trânsito se desenvolveram numa interdependência mútua e que só é possível muda-los para estruturas diferentes num período relativamente longo. A tarefa do encadeamento funcional de redes de estradas é configurar e classificar uma rede no contexto do planejamento de trânsito e territorial de acordo com as respectivas funções de cada segmento de estrada. Nesta tarefa, a rede deve ser analisada como um todo (global), independentemente de sua situação dentro ou fora de áreas urbanizadas. As diretrizes DCE-R são válidas para todos os tipos de estradas que se destinem ao tráfego geral e ao de veículos automotores somente. A rede de estradas, como um elemento de suporte do trânsito individual motorizado e não-motorizado e do transporte público coletivo de pessoas que dela dependem, é parte de uma infra-estrutura geral de locomoção que, além desta rede, engloba também a rede ferroviária, a hidroviária, a aeroviária, a rede de dutos, e também a de comunicações. A rede de estradas forma o elemento principal para a integração de áreas. Entre os diversos sistemas de locomoção existem dependências expressivamentes maiores ou menores. Por isto, é necessário dedicar uma atenção especial à interligação da rede de estradas com os demais sistemas de locomoção. No âmbito do trânsito rodoviário, é necessário considerar os transportes públicos coletivos de pessoas e o trânsito individual, tanto a pé, de bicicleta ou motorizado inter-relacionados com os demais sistemas de locomoção. Os diversos tipos de locomoção devem ser fomentados na área onde eles apresentarem o maior beneficio no aspecto econômico, ecológico, social e de organização do espaço. Nos casos em que já houver uma rede de estradas baseada numa estrutura eficiente e diferenciada, será válida então a aplicação desta diretriz, principalmente para adaptações ou para reconfigurações desta rede. A configuração de uma rede de estradas influência de DCE-R - 02/2000 O Item 1 das diretrizes DCE-R apresenta todos parâmetros para uma organização da rede de estradas. A configuração dos diferentes elementos da rede, dependendo das suas funções é norteada pelas seguintes Diretrizes para a Concepção de Estradas: DCET, DCE-S, DCE-I, DCE-TPP, RCE-EIA, DCE-TP1) . As diretrizes DCE-R permitem uma ampla variação no tocante ao conteúdo e ao estabelecimento de metas para os múltiplos assuntos tratados. Por isto, a sua aplicação exige sempre procedimentos de um planejamento minucioso para satisfazer exigências de metas conflitantes, como, por exemplo, no âmbito do trânsito, da organização ambiental, da proteção ao meio ambiente e do paisagismo. Uma divergência das regras e parâmetros apresentados adiante será sempre recomendável quando, através da solução proveniente da avaliação dos diversos critérios, for possível atender melhor a todo o conjunto de exigências conflitantes. As diretrizes DCE-R não suprem a ponderação necessária nas decisões de investimento em projetos isolados, tal que englobe todas as metas relevantes de planejamento (o tráfego, a organização ambiental, a urbanização e o meio ambiente) e compara, em todos os níveis de planejamento, as ações positivas, os efeitos negativos e os custos para as medidas a serem adotadas. Para tais casos é necessário recorrer à IS-022) e aos critérios de avaliação no âmbito em que são aplicados no Planejamento de Trânsito das Estradas de Santa Catarina. 1) DCE-T - Condução do Traçado 2) IS-02 - Estudos Econômicos DCE-S - Seção Transversal DCE-I - Interseções DCE-TP - Transporte Público RCE-EA - Estrada de Integração DCE-P - Paisagismo 9 1. Princípios para a Configuração da Rede de Estradas 1.1 Metas de Planejamento respeito à limitação de recursos. As metas de planejamento para configuração da rede de estradas derivam dos valores político-sociais, os quais estão sempre mudando. As tarefas e funções que a rede de estradas deve preencher são parâmetros essenciais para o desenvolvimento das metas. As funções das estradas podem, por sua vez, ser subdivididas em funções dependentes e independentes do tráfego. A tarefa da configuração de estradas e de espaços é solucionar conflitos entre a área de abrangencia das funções, considerando a segurança do tráfego e a sua compatibilidade com o meio ambiente e com os custos. Ao mesmo tempo, é necessário considerar a divisão de tarefas com os outros sistemas de locomoção. Por motivos das metas de ordem pública, sócio-econômica e de compatibilidade com o meio ambiente, além da distribuição das tarefas de locomoção pelos demais sistemas, a condução paralela de diferentes sistemas de locomoção deve ser analisada cuidadosamente quanto a possibilidades de substituição (por exemplo ferroviária/estrada de rodagem). O encadeamento funcional possibilita configurar a rede de estradas de acordo com a importância dos seus diversos segmentos. A aplicação dos instrumentos do encadeamento funcional poderão indicar, em relação ao estado da infra-estrutura das estradas existentes, tanto a necessidade de ampliação quanto uma possibilidade de regressão. Um planejamento funcional de estradas possibilita reconhecer os excessos de capacidade de determinados segmentos, permitindo reconfigurá-los na medida correta. O ponto de partida para toda a configuração de redes de estradas é uma exigência de padrões de vida eqüitativos em todas as regiões do Estado e, por extensão, do País. A rede de estradas destina-se principalmente a assegurar o acesso aos locais de abastecimento e à criação das condições as mais igualitárias possíveis no tocante à economia. Sob o ponto de vista dos efeitos nocivos do tráfego motorizado sobre o meio ambiente, os efeitos do interrelacionamento das estradas e este tráfego assumem papel importantíssimo no âmbito da configuração de uma rede. O que mais pesa neste sentido é a necessidade de minimizar os perigos de trânsito, as desfigurações da paisagem, as intervenções no ambiente ecológico, as desfigurações de cidades, a emissão de poluentes e, além disto, de contribuir para a melhoria na configuração das estradas urbanas no âmbito residêncial. 1.2 Importância do Encadeamento Funcional para o Planejamento do Trânsito, do Espaço e do Meio Ambiente A rede de estradas atual é, em grande parte, o resultado da necessidade do tráfego, o qual, por sua vez, é determinado pela estrutura habitacional, pelo aproveitamento de áreas e pelas realidades geográficas. No futuro, a configuração das estradas se orientará por metas que, além do desenrolar seguro do tráfego e segundo a necessidade, exigirá, mais do que atualmente, poupança das bases naturais da vida e 10 O encadeamento funcional da rede de estradas representa para o planejamento de trânsito uma concepção geral, dentro da qual as etapas são feitos todos os planejamentos para a ampliação, a modificação ou a regressão da rede em prazos relativamente longos. Ele estabelece as condições para enquadrar o dimensionamento e a configuração dos segmentos de estradas de acordo com a sua pendência de utilização e com a qualidade de trânsito desejadas, de maneira a satisfazer todas as necessidades de urbanismo e paisagismo. Ele oferece principalmente uma possibilidade de estabelecer limites máximos de volumes de tráfego para determinados segmentos segundo o ambiente em que estão inseridos. Um encadeamento funcional da rede de estradas é essencialmente determinado pela organização de espaços, pelo urbanismo e pela proteção ao meio ambiente. Do encadeamento funcional da rede de estradas se derivam, por outro lado, as premissas essenciais de planejamento integrado, de organização do espaço e de urbanização. Para a organização do espaço e urbanismo, este encadeamento funcional é significativo para de permitir acesso aos estabelecimentos de infra-estrutura e descanso, por respeitar uma localização vantajosa de empresas e possibilitar um acesso racional a terrenos urbanizados com construções ou então aproveitados para outros fins. Usado num processo de realimentação, tal encadeamento funcional pode prestar um auxílio essencial ao planejamento momentâneo da organização de espaços e do desenvolvimento gradativo de cidades. Nesses casos, a meta do planejamento é tornar parte do espaço prescindível para o tráfego, através de uma estruturação racional e de solucionar os processos de trânsito remanescentes de maneira econômica e socialmente adequada. Um encadeamento funcional da rede de estradas é muito importante para a proteção do meio ambiente, pois permite fazer a ampliação da rede de estradas de acordo com uma escala de valores convencionada, de DCE-R - 02/2000 maneira a delimitar uma ampliação a exigências estritamente necessárias, de modo a minimizar a agressão à paisagem. Esta, por outro lado, pode oferecer também pontos de referência para mudanças racionais no traçado de estradas urbanas no que se refere a DCE-R - 02/2000 terrenos nas áreas urbanizadas. Pela indicação de parâmetros de qualidade flexíveis no Item 3, é possível que a configuração racional de uma estrada quanto ao meio no qual está inserida já seja feita no início do seu planejamento. 11 12 DCE-R - 02/2000 2. Subdivisão das Estradas em Categorias 2.1 Geral Para fazer a configuração de uma rede de estradas, é necessário dispor de um encadeamento dos segmentos dessa rede de acordo com suas diversas funções de interligação, integração e local (ver item 2.2). A superposição dessas funções é expressa por grupos de categorias (ver item 2.3) e as funções de interligação (ver item 2.4) são subdivididas em graus (ver item 2.5), correspondentes à sua importância em relação ao tráfego. Do entrelaçamento de grupos de categorias e de seus graus de função resulta finalmente a categoria da estrada (ver item 2.6). A tarefa do setor encarregado da configuração da estrada é identificar e estabelecer as categorias determinantes para o planejamento, o projeto e a operação de estradas. Para todas as demais considerações referentes à configuração de redes e ambientes para estradas, é necessário partir desse encadeamento funcional da rede. Na configuração de estradas é necessário fazer distinção entre funções “dependentes” (interligação e integração) e “independentes” (lazer e outras funções que resultam de meros acessos e aproveitamento das margens) em relação ao tráfego. Todas estas funções “dependentes” e “independentes” poderão ser superpostas de diversas maneiras em certos segmentos de estradas, de modo que, um único segmento tem algumas vezes funções de interligação, de integração e local em proporções variadas. Tais funções “dependentes” e “independentes” dependem diretamente dos níveis de exigência variáveis. Para as funções de interligação, o nível determinante para configuração da estrada depende da importância dessa interligação. No entanto, para poder determinar o nível “dependente” de ocupação do tráfego, é necessário adequar uma série de parâmetros, tais como a localização do segmento em relação à urbanização (se dentro ou se fora de uma área urbanizada), a ocupação das margens (com ou sem urbanização), as exigências de integração e os níveis de ocupação das margens para a função local. Para a configuração de segmentos de estradas, a mistura de funções poderá resultar em conflitos. A solução de tais conflitos fica tanto mais difícil quanto mais intensamente as funções de interligação, de integração e local se acumulam num mesmo ponto. Cabe ao planejador ver de quais possibilidades ele dispõe para desmanchar conflitos de funções e decidir quais as funções a que ele deverá dar preferência caso seja necessário. DCE-R - 02/2000 Essas diretrizes permitem uma classificação de funções existentes ou a esperar num segmento de uma estrada e um julgamento inicial se e com qual intensidade essas funções serão conflitantes entre si. Em uma classificação das estradas quanto a suas funções, sempre é necessário verificar se existem funções de interligação que possam ser total ou parcialmente incorporadas por um outro sistema de locomoção. Neste caso deverá ser avaliados se, no tocante às estradas, será possível omitir preferências no planejamento. 2.2 Funções das Estradas 2.2.1 Função de Interligação Sob o aspecto da economia funcional, as estradas servem para a circulação de pessoas e de bens. A vida social, com todo seu emaranhado nacional e internacional e a manutenção da capacidade econômica dependerão também, no futuro, de interligações eficientes através de estradas. Para a população, juntamente com a manutenção de um meio ambiente sadio, o acesso fácil aos meios de infra-estrutura (local de trabalho, escolas, estabelecimentos de abastecimento e de repouso) são marcos importantes da sua qualidade de vida. O trânsito diário de ida e vinda relativo ao trabalho, às compras e ao lazer dependem, em grande parte, de interligações eficientes. Interligações rodoviárias são bem importantes, não só para o trânsito particular, motorizado ou não, mas também para o transporte público coletivo de pessoas que dependem destas estradas. Todas as estradas com algum tráfego de linhas regulares assumem em geral a função de interligação. Durante a configuração devem ser especialmente considerados os requisitos básicos do transporte público coletivo de pessoas. A meta do planejamento de redes de estradas é configurar todas as suas interligações de maneira que, além de um bom acesso, seja assegurado um desenrolar seguro do tráfego, com uma certa qualidade para todos os participantes. Para uma determinação do nível de qualidade, a meta de economia de tempo e de custos operacionais deve ser cuidadosamente comparada com a meta de preservação do meio ambiente sem deixar de proporcionar segurança suficiente. Por este motivo, ficou convencionado que, dependendo da função de interligação, seriam usadas metas de velocidades de trânsito como bases para configurar e classificar. Devido à diversidade dos requisitos que devem ser considerados, isto é conseguido com a determinação da gama de velocidades desejadas para o tráfego, da 13 qual seja possível extrair, de acordo com as metas que concorrem para avaliação, os parâmetros com a necessária flexibilidade para o projeto e o dimensionamento técnico. 2.2.2 Função de Integração Todas as estradas situadas em áreas urbanizadas destinam-se principalmente à integração1) . A esta categoria pertence também o acesso às áreas de uso comum situadas às margens da estrada urbana para os residentes, visitantes, fornecedores, vendedores ambulantes, veículos de manutenção e ambulâncias. No âmbito de um segmento de estrada, uma função de integração proporciona tráfego de ida e vinda. Para tal fim, os requisitos de velocidade são mínimos. A função de integração estará garantida se, apesar de impedimentos eventuais, a acessibilidade aos terrenos/ áreas de uso comum for possível tanto para todos veículos em trânsito como para os de socorro. Uma função de integração normalmente é prejudicada por tráfego de interligação, do mesmo modo que um tráfego de integração normalmente significa prejuízo para a função de interligação. Por isto, as estradas podem absorver tanto mais a função de integração quanto menor for sua função de interligação. Em geral um tráfego de ida e vinda está ligado a requisitos de áreas suficientes para o tráfego tranqüilo. Quanto mais intenso for o tráfego das margens, isto é, quanto maior for o número de moradias, lojas ou fábricas integradas pela estrada, tanto mais suas características de integração ficarão evidenciadas. Outra característica marcante da função de integração é o uso mais ou menos intenso das estradas por participantes não-motorizados. Isto exige a disponibilidade de áreas suficientes para pedestres e bicicletas. O entrelaçamento de acessos vizinhos às estradas exige, além disto, a travessia segura para os participantes não-motorizados do trânsito. Entre o tráfego passante e o de transposição existem conflitos específicos. Por este motivo, uma função de integração exige sempre velocidades compatíveis com o ambiente da estrada. 2.2.3 Função Local Uma função local (ao mesmo tempo em que é uma função de comunicação entre as pessoas) é, em primeiro lugar, uma característica típica das estradas com urbanização nas margens. Ela resulta de atividades que ultrapassam uma simples integração, são funções que são relacionadas diretamente com o uso comum de áreas das margens e das edificações. Aqui se incluem crianças brincando, pedestres que param na estrada, permanências em jardins das casas e em áreas verdes das margens, passeios para compras, permanência em bares com mesas nas calçadas, as visitas a pontos turísticos, um simples passeio e descanso. Além disto, podem ainda existir, conforme o caso, os acessos a edificações específicas, como prefeituras e outras edificações públicas, museus, jardins de infância, escolas, hospitais, asilos e outras instituições de repouso. A função local bem pronunciada compreende constantes transposições da pista dentro de determinados segmentos da estrada. Podem resultar conflitos especiais entre as transposições e o tráfego passante. A função local exige requisitos de espaços amplos. Até mesmo com uma ampla disponibilidade de espaço, a função local pode ser seriamente prejudicada pelo desenrolar do tráfego motorizado. Por isto, as funções pronunciadas locais, independente do tamanho da área disponível para a estrada, impõem a limitação da velocidade do tráfego passante a níveis compatíveis. Por este motivo, as funções locais apresentam conflitos de metas com os requisitos pronunciados de integração, sendo portanto totalmente incompatíveis com as exigências de interligação de um nível mais elevado. Nos locais onde a função local é especialmente intensa, normalmente deverão ser previstas áreas grandes e variadas para tal finalidade. Caso não seja possível dispor das áreas nas margens da estrada, então deverá ser estudado se a estrada poderá ser integrada total ou parcialmente à área local. Sob o aspecto de segurança, o aproveitamento de uma estrada para fins locais é em geral incompatível. 2.2.4 Superposição de Funções Normalmente surgem conflitos gerais entre funções locais, de integração e de interligação, cuja solução é essencialmente o conteúdo da configuração de estradas e do seu espaço. As estradas fora de áreas urbanizadas assumem, na maioria das vezes, a função de interligação. Essa função é que determina a configuração dos segmentos da estrada. Nesse tipo de estrada, uma função de integração só é significativa em casos especiais (por exemplo acesso a lavouras). Requisitos de lazer (pessoas que procuram descanso) também só devem ser consideradas em casos especiais. Dentro de áreas urbanizadas, a superposição de funções 1) Nestas Diretrizes, a integração é definida como acesso a propriedades adjacentes (integração interna). A integração de regiões em termos de área (integração externa) é denominada interligação 14 DCE-R - 02/2000 é regra geral. A superposição das funções de interligação, integração e local sempre será problemática quando quaisquer duas destas funções possuírem exigências de qualidade elevadas. Nesses casos, ou no aproveitamento muito intenso dos espaços da estrada para estas três funções, algumas ou todas as funções podem ser seriamente prejudicadas. A configuração da rede de estradas nestes casos deve ser feita no sentido de uma separação das funções de interligação e de integração. Se isto não for possível, ou se, por motivos especiais, isto não for desejado, então será necessário assumir alguns compromissos para a configuração desta rede. Neste caso deve ser encontrada uma solução na qual nenhuma destas três funções seja prejudicada pelas outras num nível inadmissível. Numa superposição das funções de interligação e local sempre surgem conflitos elevados. Por isto é melhor combinar uma função local com uma função de interligação de categoria menos elevada. 2.3 Grupos de Categorias O enquadramento num dos grupos de categoria resulta da sua localização e dos diferentes requisitos de aproveitamento de determinados segmentos da estrada. Principalmente nas estradas situadas em áreas urbanizadas, estes requisitos de aproveitamento são influenciados pela urbanização nas margens e pelos tipos e intensidades do aproveitamento. Por exemplo: é muito significativo se todas as edificações são somente residenciais; se elas são uma mistura de residenciais e comerciais ou se elas são exclusivamente comerciais e industriais. Um significado especial também deve ser dado às entidades públicas (p. ex.: as escolas, jardins de infância, hospitais e museus). No entanto, um modelo grosseiro de urbanização e de sua utilização não permite determinar satisfatoriamente nem os requisitos de integração e nem os requisitos locais (requisitos não dependentes do tráfego motorizado). No esforço de uma solução de planejamento e projeto que seja tecnicamente perfeita para esses tipos de conflitos de aproveitamento, a categorização permite fixar a função determinante. O enquadramento de um segmento numa função determinante todavia não significa que os requisitos das outras funções possam ser menosprezados. O enquadramento exige, porém, uma decisão prévia de quais requisitos das diferentes funções devem ser considerados determinantes sob o ponto de vista do planejamento para os casos de conflito de aproveitamento num determinado segmento de estrada. Por isto, os segmentos de estrada deverão ser diferenciados da seguinte maneira: - situação dentro ou fora de áreas urbanizadas; - aproveitamento das margens (sem urbanização, com urbanização, ou passível de receber urbanização); - função determinante, sob o ponto de vista do planejamento (resultado da avaliação da exigência de aproveitamento de três áreas básicas de função: interligação, integração e local). Com base nestes critérios, foram definidos cinco grupos de categorias, A até E (quadro 1) O Grupo de Categoria A engloba geralmente as estradas (ou segmentos destas) fora de áreas urbanizadas, as quais se destinam determinantemente a interligações de comunidades ou dos seus bairros. Determinantes para a configuração desses segmentos de estradas são os requisitos de qualidade da função de interligação. Aqui a função de integração e também a local têm algum significado só em casos excepcionais. O Grupo de Categoria B engloba estradas (ou segmentos destas) sem urbanização nas margens, na periferia (área pré-urbanizada) ou dentro de áreas urbanizadas, mas com a função determinante de interligação. A existência de urbanização nas margens faz com que haja somente uma superposição diminuta com a função de integração. Determinantes para a configuração de tais segmentos de estradas são as exigências de qualidade da função de interligação. Porém, devido à sua localização dentro das áreas urbanizadas, essas exigências devem ser consideradas com menor peso que nas estradas do Grupo A. Por este motivo e devido à disponibilidade reduzida de áreas bem como devido ao pequeno efeito de separação que é desejado dentro de áreas urbanizadas, os padrões de ampliação são nitidamente reduzidos. O Grupo de Categoria C engloba estradas (ou segmentos destas) em áreas urbanizadas1), que tanto servem para a função de interligação quanto para a de acesso ou a local. Determinantes para a configuração destas estradas são as exigências de qualidade da função de interligação, as quais porem poderão ser limitadas devido aos tipos e à extensão da urbanização nas margens. A decisão se esta função de interligação é ou não determinante não significa que as exigências das outras duas funções possam ser simplesmente negligenciadas. Dependendo da intensidade das funções de integração ou local, sob certas circunstâncias será conveniente estudar medidas de redução da velocidade do tráfego. Além disto, como se trata de um tipo geralmente sobrecarregado de estrada, convém tentar minimizar 1) também estradas com condições de serem urbanizadas, porém atualmente sem urbanização DCE-R - 02/2000 15 o efeito negativo do tráfego motorizado sobre o meio ambiente através de uma integração de urbanização melhorada. O Grupo de Categoria D engloba estradas (ou 1) segmentos destas) em áreas urbanizadas , as quais Localização Adjacências dentro de áreas urbanizadas [inclusive áreas de transição (pré-urbana)] fora de áreas urbanizadas sem urbanização nas margens Função Determinante Sob o Ponto de Vista do Planejamento Grupos de Categorias servem determinantemente para acesso às propriedades nas margens. Durante determinadas horas do dia, tais estradas podem assumir funções de interligação bastante apreciáveis. Na superposição simultânea com a função local, aparecem nitidamente conflitos de com urbanização nas margens interligação A B C integração local D E Quadro 1: Grupos de Categoria utilização. Para a configuração dessas estradas, a exigência determinante é a de integração. Afim de se conseguir a redução de conflitos, as exigências de qualidade da função de interligação deverão ser mínimas. Como esse tipo de estrada é mais usado por pedestres e por ciclistas, suas necessidades de acesso para veículos motorizados devem ser avaliadas. Ali medidas de redução de velocidade normalmente são muito vantajosas. Por motivos de segurança do tráfego, em casos de uma função pronunciada de integração, ou quando existe função de interligação, convém estudar uma separação dos diferentes tipos de tráfego. No caso de necessidades muito elevadas de transposição dessa estrada, convém estudar se sua transposição poderá ser tornada mais segura através de meios construtivos ou outros meios de configuração. O Grupo de Categoria E engloba estradas (ou 1) segmentos destas) em áreas urbanizadas que servem determinantemente para funções locais. Tais estradas assumem ao mesmo tempo alguma função de integração. Determinantes para a configuração desses tipos são as exigências de qualidade da função local. Em geral o tráfego motorizado tem nelas um significado pouco expressivo. O princípio de projeto muitas vezes é uma mistura de todos os tipos de tráfego, cuja separação deve ser acentuada por elementos construtivos correspondentes. 2.4 Tipos de Interligação 2.4.1 Generalidades A determinação dos grupos de categoria por si só não basta para uma definição clara das exigências impostas a uma rede, pois esses grupos resultam das funções de interligação de uma estrada. Mais que isto, as estradas devem ser ainda diferenciadas em função de sua importância de interligação. O motivo para tanto está na meta de planejamento desejada, o qual faz com que interligações de alto grau (que percorrem grandes distâncias) devem, por princípio, ter qualidade de trânsito maior do que interligações de menor grau (que percorrem distâncias menores). A qualidade desejada de trânsito (velocidades do tráfego, uniformidade durante o percurso) é um parâmetro importante para o planejamento de estradas (configurações do traçado, das seções transversais e das interseções) e determina, após análises criteriosas de planejamento, todos os elementos determinantes do projeto em conjunto com a necessária segurança do tráfego, organização do espaço e proteção ao meio ambiente. 1) também estradas com condições de serem urbanizadas, porém atualmente sem urbanização 16 DCE-R - 02/2000 A importância de uma estrada que serve para interligação depende da importância dos locais que essa estrada deve interligar (regra geral). Além disso, a intensidade do tráfego entre dois locais pode ser significativo numa identificação da importância da interligação. Entrelaçamentos relativamente fortes de tráfego reforçam a importância da interligação, enquanto os entrelaçamentos relativamente fracos evidenciam interligações de pouca importância. Entrelaçamentos excessivamente fortes ou fracos podem levar a enquadramentos de uma interligação diferente da regra geral. Na identificação da importância de uma interligação, quaisquer projetos existentes ou futuros de sistemas de tráfego convergentes devem também ser incluídos. Se uma interligação de dois locais pode ser absorvida total e funcionalmente por sistemas de tráfego alternativo, sempre é possível passar a função de interligação totalmente para este sistema. Neste caso, a importância de interligação da estrada deve ser derivada das funções de interligação residuais, isto é, aquelas que não podem ser absorvidas pelo sistema alternativo. Em consonância com o planejamento dos espaços do Estado e do País, o sistema dos centros (comunidades) fornece os parâmetros para identificação das importâncias de interligações locais (ver item 2.4.2). Principalmente para comunidades situadas na parte superior da escala de graduação deste sistema se deve também considerar os potenciais de tráfego existentes. As estradas internas de comunidades podem ser classificadas de acordo com a importância dos bairros que se interligam (ver item 2.4.3). Estradas de conexão de locais de repouso à rede devem ser classificadas de acordo com a importância do local de repouso (ver item 2.4.4). O mesmo também vale para as conexões de pontos de tráfego intenso (ver item 2.4.5). 2.4.2 Interligação de Centros A importância das estradas de interligações entre centros decorre da importância dos centros que são interligados. Centros são comunidades que abastecem as necessidades de seus habitantes e também as das populações vizinhas. Eles são locais preferenciais de negócios, de trabalho e de infra-estrutura. Dependendo das suas funções de abastecimento e da extensão da área vizinha (alcances do entrelaçamento), os centros se enquadram segundo diversos graus hierárquicos: - centros do grau mais elevado (Centros Grandes) são os que proporcionam administração, cultura, DCE-R - 02/2000 negócios e abastecimento para as regiões. - centros do grau intermediário (Centros Médios) são os que satisfazem as necessidades elevadas diárias ou necessidades especiais esporádicas e são centros de indústrias, comércio e serviços. - centros dos graus mais baixos (Centros Básicos ou Microcentros) são os que satisfazem as necessidades diárias. Os centros de um grau mais elevado assumem sempre também as funções de abastecimento dos graus inferiores. Deste encadeamento de centros se deriva o encadeamento hierárquico das estradas em segmentos de importâncias diferentes de interligação. Após esta etapa, as interligações entre centros são diferenciadas segundo o grau de importância de cada centro. Dependendo de suas importâncias, as interligações devem receber características diferentes de configuração técnica de projeto e de operação (ver item 3.3). No que se refere ao tráfego, a importância de centros de um determinado grau pode, muitas vezes, ser diferente dos centros de mesmo grau ou de graus mais elevados, devido à sua localização geográfica, ao número de habitantes, ao tamanho de sua área de abastecimento e aos entrelaçamentos com as áreas vizinhas e também como pela dotação qualitativa da sua infra-estrutura e do número de empregos. Por isto, nos centros de graus mais elevados, é necessário respeitar, além dos aspectos de pura organização do espaço, também o seu potencial de tráfego. Além disto, sempre convém verificar se um enquadramento de uma estrada está correto pelo grau de importância dos centros que ela interliga e de acordo com o entrelaçamento funcional existente ou a esperar. Se o enquadramento de uma estrada em relação ao tráfego não corresponder ao grau de importância dos centros que ela interliga, então tal enquadramento deve ser alterado para fins de configuração da rede de estradas. 2.4.3 Interligações Internas de Comunidades Na análise das interligações entre centros, só são consideradas aquelas configurações de estradas que se referem às comunidades como um todo. Principalmente em centros grandes, existem bairros que exercem as funções de abastecimento, os quais correspondem às de centros médios e/ou básicos. Para o encadeamento funcional de redes de estradas internas de comunidades são determinadas interligações que correspondem às interligações entre centros. Os parâmetros para interligações internas das comunidades são obtidos através da subdivisão dessas comunidades em diversos 17 segmentos com graus hierárquicos diferentes: - locais de repouso e lazer nas imediações. - bairros de grau mais elevado (centro da cidade) são aqueles que proporcionam cultura e abastecimento para as cidades grandes; No âmbito da configuração de estradas, em geral os locais de repouso e lazer importantes e amplos são equiparados a centros médios, enquanto os locais de repouso supra-regionais ou regionais são comparados a centros básicos. Os locais de repouso e lazer das imediações são equiparados à comunidades sem função de centro. Tal enquadramento considera que, em se tratando de conexão de locais de repouso à rede de estradas, em geral as exigências de qualidade para este tipo de conexão saõ por princípio inferiores às exigências para interligações. - bairros de grau intermediário (bairros maiores) são aqueles que satisfazem as necessidades elevadas ou as necessidades especiais esporádicas; - bairros de grau básico são aqueles que satisfazem somente as necessidades diárias. Os bairros grandes de uma cidade satisfazem também as necessidades de bairros intermediários e estes, por seu turno, as dos bairros básicos. As definições, os limites e o enquadramento de áreas internas de comunidades se orientam por critérios de encadeamento dos bairros e pelos conceitos para o desenvolvimento de cidades. As monoestruturas grandes, tais como áreas comerciais e industriais, campos universitários, áreas de feiras ou de parques, devem ser tratadas, segundo sua importância, de acordo com os correspondentes bairros da cidade. Também no âmbito interno das comunidades existem expectativas de metas sobre o que pode ser alcançado de modo condizente. De modo especial, deve ser encarada a esquematização de tarefas que devem ser absorvidas pelas interligações das estradas, no tocante ao transporte coletivo local de pessoas, ao motorizado individual, ao tráfego de bicicletas e ao de pedestres, além das tarefas que deverão ser absorvidas por outros sistemas de locomoção (ferroviários). Por este motivo, na determinação das funções de interligação, as tarefas de todos sistemas de locomoção devem ser considerados, principalmente quanto aos aspectos do transporte coletivo local de pessoas. 2.4.4 Interligação a Locais de Repouso e Lazer Ao lado do trabalho, da moradia e da formação profissional, o repouso e o lazer pertencem a um dos campos mais importantes da vida das pessoas. O repouso e o lazer usam locais e tempos diferentes, por exemplo nas imediações das moradias, nos parques da comunidade, em regiões de repouso e lazer nas vizinhanças ou então em parques naturais, nas imediações ou distantes. No tocante à importância dos vários locais de repouso e lazer para viagens ou excursões, deve-se distinguir os seguintes: - locais de repouso e lazer importantes e amplos (para férias e turismo); - locais de repouso e lazer supra-regionais ou regionais (para fins de semana); 18 2.4.5 Interligação de Pontos de Tráfego Intenso Pontos de tráfego intenso são: - pontos de conexão à sistemas de locomoção amplos e importantes, tais como aeroportos, estações ferroviárias para trens de longo percurso, portos de mar ou de vias fluviais de 1ª grandeza; - pontos de conexão à sistemas de locomoção supraregionais ou regionais, tais como aeródromos, estações ferroviárias para trens regionais, portos em vias fluviais de 2ª e 3ª grandezas, estacionamentos externos para automóveis; - pontos de conexão à sistemas de locomoção locais, tais como estações ferroviárias para trens intermunicipais, estacionamentos externos para automóveis e bicicletas; - pontos especiais geradores de trânsito, tais como campos de futebol, ginásios de esporte, áreas para feiras, universidades, grandes fábricas. No âmbito da configuração de estradas, os pontos de conexão a sistemas amplos e importantes são em geral equiparados a centros médios; os pontos de conexão a sistemas supra-regionais ou regionais, em geral a centros básicos, enquanto que os pontos de conexão a sistemas locais e aos pontos especiais são equiparados a comunidades sem funções de centro. Tal enquadramento por sua vez considera que, em se tratando das conexões à pontos de tráfego intenso, as exigências de qualidade para esses trechos de conexão serão, por princípio, inferiores às exigências para as interligações. Esse conceito é válido independentemente da sua localização, se dentro ou fora de área urbanizada. As configurações construtivas e operacionais das conexões de pontos de tráfego intenso à rede de estradas são regidas por suas características especiais de trânsito. Especialmente aqui, as exigências do transporte público coletivo de pessoas devem ser consideradas. DCE-R - 02/2000 2.4.6 Interligações que cruzam Fronteiras tráfego que cruza (de passagem) o Território Nacional. Significativas para uma configuração rodoviária, são nesse sentido, interligações que atravessam fronteiras entre centros médios e básicos. Dentro desse contexto, todos os centros estrangeiros são enquadrados no mesmo nível dos nacionais. A configuração de estradas não deve parar nas fronteiras nacionais. De suma importância para um trânsito internacional são interligações entre os centros grandes nacionais e os estrangeiros. Essas interligações representam o grau mais elevado de interligações de travessia de fronteiras e englobam as interligações do Grau da Fun ªo de Interliga ªo I II III IV V VI CritØrios de Enquadramento N” (1) Interliga ªo Longa 1 interliga ªo de centros gra ndes Interliga ªo Supra-Re gional / Re gional 1 interliga ªo de centros mØdios a grandes, dentro ou fora da mesma comunidade 2 interliga ªo de centros mØdios (2), de centros mØdios de u ma mesma comunidade ou de centros mØdios externos e internos de uma comunidade 3 conexªo de centros mØdios dentro ou fora de uma mesma comu nidade 4 conexªo de centros de Ærea s importantes de repouso 5 conexªo dos pontos de interconexªo a sistemas de trÆfego intensos e importantes (p. ex.: aeroportos, esta ıes ferroviÆrias para transporte de longo percurso, portos de 1 a ordem ou de centros mØdios na mesma comunidade para centros grandes de mesma comunidade) estradas d e fun ªo de interliga ªo de gra u I. 1 interliga ªo de centros bÆsicos e centros mØdios de u ma mesma comunidade (1) 2 interliga ªo de centros bÆsicos (2), de centros bÆsicos da mesma comunidade ou interliga ıes de ce ntros bÆsicos externos e internos de u ma mesma comunidade(1) 3 conexªo de centros bÆsicos dentro ou fora da mesm a comunidade grau II ou superior (1) 4 conexªo dos centros de Æ reas de repouso supra-regionais / regionais grau II ou superior 5 conexªo dos pontos de interconexªo com os sistemas regionais ou supra-regionais de locomo ªo (p. ex.: aer dromos, portos flu viais de segunda a terceira grandeza, esta ıes ferroviÆrias para trÆfego supra-regiona l / regional e estacionamentos externos) estradas de fun ªo de interliga ª o II ou superior 1 interliga ªo de comunidades sem fun ªo de centro e centros bÆsicos (centros bÆsicos dentro da comunidade) 2 conexªo de comunidades sem fun ªo de centros ou ent ªo d e bairros sem fun ªo de centros entre si ou entªo de comunidades sem fun ªo de centros bairros sem fun ªo de centros 3 conexªo de comunidade sem fun ªo de centros ou entªo de bairros se m fun ªo de centros fun ªo de interliga ªo de grau III ou superior 4 conexªo dos centros de repouso pr ximos 5 conexªo dos pontos de interconexªo com os sistemas locais de locomo ªo (p. ex.: esta ıes ferroviÆrias para trÆfego entre localidades, estacionamentos externos para autom veis ou bicicletas) estradas de fun ªo de interliga ªo de grau III ou su perior 6 conexªo de pontos geradores de trÆfego (p. ex.: estÆdios de futebol, ginÆsios esportivos, Æreas de feiras, universida des e grandes fÆbricas) estra das de fu n ªo de interliga ªo de grau III ou su perior 1 interliga ªo de propriedades isoladas 2 conexªo de propriedades isoladas com e stradas de fu n ªo de interliga ªo de grau IV ou superior 1 conexªo de propriedades isoladas (limitados somente a o trÆfego local) IV ou superior Interliga ªo de Comu nidades (3) Interliga ªo com Fun ªo de Integra aı de `reas (3) Interliga ªo SecundÆria Caminho estradas de grau I de interliga ªo (1) estrada s com fun ªo de interliga ªo de grau I estradas de fun ªo de interliga ªo de estradas de fun ªo de interliga ªo de estradas com estradas com fun ªo de interliga ªo de grau III ou superior comunidades ou ba irros estradas de fu n ª o de interliga ªo de grau (1) - Também interligação de estradas entre centros de mesma importância rodoviária (2) - Uma estrada que interliga vários centros da mesma importância pode ter importância destacada dentro de uma rede. Neste casos convém estudar a possibilidade de enquadrá-la num nível superior (3) - Também interligação de localidades Quadro 2: Lista de Critérios para Determinação do Grau de Função de Interligação DCE-R - 02/2000 19 Da mesma maneira, as áreas de repouso e lazer internas e do exterior próximas das fronteiras deverão ser abrangidas na configuração da rede de estradas. Isto vale também para pontos de tráfego intenso próximos das fronteiras. 2.5 Graus das Funções de Interligação escala com seis graus para as funções de interligação. O enquadramento de um segmento de estrada nos diferentes graus de interligação é feita segundo o Quadro 2. O sistema de interligações, resultante das diferentes importâncias destas estradas, está representado graficamente no Quadro 3. Para determinação da qualidade de uma implantação de diferentes segmentos de estradas, foi definida uma CG CG’ CG CG’ CM ALA PIA CM’ CM CM’ CB CB’ PB PB’ ALR PB PB’ Prop PB PB’ ALL PIL PGT Prop I II III IV V = = = = = VI = caminho PIR interligação longa interligação supra-regional/regional interligação de comunidades integração de áreas secundária CG CG’ CM CM’ CB CB’ PB PB’ Prop. ALA ALR ALL PIA PIR PIL PGT = Centro Grande = Centro Grande Interno de uma Comunidade = Centro Médio = Centro Médio Interno de uma Comunidade = Centro Básico = Centro Básico Interno de uma Comunidade = Comunidade sem Função de Centro = Bairro sem Função de Centro = Propriedade Isolada = Área de Lazer Ampla e Importante = Área de Lazer Supra-Regional / Regional = Área de Lazer Local = Ponto de Interconexão Amplo e Importante = Ponto de Interconexão Supra-Regional / Regional = Ponto de Interconexão Local = Ponto Gerador de Tráfego Quadro 3: Fluxograma de Interligação de Estradas Para determinar as funções de interligação numa rede de estradas, é necessário analisar primeiramente as interligações de localidades de um determinado grau e os locais mais próximos do mesmo grau. Depois é necessário acrescentar a interligação a todos os demais locais do mesmo grau, se existirem entrelaçamentos relativamente muito intensos entre eles. Dai em diante é necessário analisar se interligações mais afastadas aos locais do mesmo grau poderão ser desprezadas, por apresentarem entrelaçamento relativametne pouco intenso. Numa superposição de dois ou mais graus das funções 20 de interligação, a configuração de estradas se orienta normalmente pelo grau mais elevado da função. Depois será possível divergir desse enquadramento caso não exista um entrelaçamento suficientemente intenso entre os locais que o justifique ou se o grau da função de interligação imediatamente superior puder ser absorvido quase que integralmente pelos outros sistemas de locomoção. 2.6 Categorias de Estradas 2.6.1 Interconexão de Grupos de Categorias com Graus de Função de Interligação DCE-R - 02/2000 A categoria de uma estrada se refere a um segmento da rede de estrada. Ela é resultante da interconexão de: - grupo de categorias (A até E) com o completa das funções de interligação, integração e local. Se isto não for possível, então será necessário encontrar soluções conciliatórias que satisfaçam às diversas gamas de funções. - grau de função de interligação (I até VI). 2.6.2 Travessias de Localidades O grupo de categoria especifica as exigências impostas ao segmento da estrada pelo aproveitamento dos arredores, enquanto que o grau das funções de interligação especifica a importância de um determinado segmento dentro da rede de estradas (quadro 4). Estradas com importância maior de interligação normalmente atravessam vários segmentos da rede e o fazem numa extensão relativamente grande. Por motivos de segurança, deverão prevalecer os princípios de continuidade para a configuração construtiva dentro dessas seqüências de segmentos, isto é, convém procurar manter uma característica de percurso a mais uniforme possível se não houver impedimentos por motivos topográficos, de paisagismo ou de proteção ao meio ambiente. As mudanças de características que forem inevitáveis, devem ser sinalizados com clareza para os motoristas, por motivos de segurança. A exigência de uma característica uniforme é tanto maior quanto mais importante for a função de interligação dos trajetos. Como quaisquer travessias de localidades provocam sempre quebra visível da característica do trajeto, elas se tornam tanto mais problemáticas quanto mais alto for o grau da função de interligação. Isto também é válido, se bem que em menor grau, para travessias por povoados em estradas que são regidas pela característica de não ter função de acessar diretamente as propriedades isoladas nas margens. Devido à amplitude variável do potencial de conflitos que existe entre as exigências impostas pelos arredores e pela importância da função de interligação de um segmento de estrada, nem todas as combinações possíveis são desejáveis sob o ponto de vista do planejamento. O Quadro 5 determina aquelas combinações que, devido à mistura de funções, oferecem em geral uma solução satisfatória, tanto no âmbito da construção como no da operação. É verdade que, na prática, aparecem outras categorias de estrada. No entanto, elas costumam apresentar tantos conflitos entre suas exigências de uso “dependentes” e “independentes” que é impossível, ou pelo menos difícil, resolvê-los por meio de configuração. Então, em tais casos, será necessário fazer a separação Grupo de Categoria fora de Æreas urbanizadas dentro de Æreas urbanizadas sem urbaniza ªo nas margens com urbaniza ªo nas margens interliga ªo Fun ªo A B C integra ªo local D E interliga ªo longa I AI BI CI interliga ªo supra-regional / regional II A II B II C II D II interliga ªo de comunidades III A III B III C III D III E III integra ªo de Æreas IV A IV B IV C IV D IV E IV interliga ªo secundÆria V AV - - DV EV caminho VI A VI - - - E VI geralmente nªo acontece problemÆtico muito problemÆtico Quadro 4: Matriz para a Determinação da Categoria das Estradas DCE-R - 02/2000 indefensÆvel 21 Numa seqüência das funções de interligação do grau I (interligação longa), travessias através de áreas urbanizadas são especialmente suscetíveis a conflitos devido à superposição das elevadas exigências da função de interligação com exigências de integração e da função local. Nesses casos, convém verificar criteriosamente em que grau os conflitos poderão ser reduzidos através da mudança do ambiente da estrada ou de contornos. Em travessias por áreas urbanizadas numa seqüência de funções de interligação do grau II (interligações supra-regionais/regionais) com exigência de integração ou da função local bastante elevada, o contorno dessas áreas urbanizadas ou o desvio do tráfego para uma parte menos sensível da comunidade poderá ser vantajoso. Isto também é valido, especialmente em casos de volume de tráfego relativamente alto, para todas as travessias por áreas urbanizadas numa seqüência de funções de interligação de grau III (interligações comunitárias), quando as exigências de integração ou da função local são bem acentuadas. Quando o deslocamento do tráfego não for possível, os esforços deverão ser intensificados para tentar conseguir uma integração urbanística da travessia através das áreas urbanizadas por meio de medidas para uma redução da velocidade do tráfego; melhoria das transposições das estradas pelos pedestres e determinação de áreas com função local nas margens da estrada. - - Primeira Etapa: identificar o grau da função de interligação do segmento de estrada que está sendo considerado (ver item 2.5). Em geral, nesta operação, se sobrepõem vários graus de funções num segmento de estrada. Para um segmento de estrada, normalmente o grau de função mais elevado é o determinante . - Segunda Etapa: verificação da localização do segmento de estrada em relação às áreas urbanizadas (fora ou dentro delas). Agregação dos segmentos de estradas fora das áreas urbanizadas ao grupo de categoria A. - Terceira Etapa: verificação dos segmentos de estrada dentro de áreas urbanizadas em relação ao uso das áreas marginais (com ou sem urbanização). Agregação dos segmentos de estradas sem urbanização nas margens ao grupo de categoria B. - Quarta Etapa: verificação dos segmentos de estrada com urbanização nas margens em relação às exigências relativas às funções de interligação, integração e local. 2.6.3 Indicações para a Definição da Categoria Estabelecimento da função determinante. A determinação da categoria de segmentos de estradas é feita em cinco etapas (ver quadro 6): Agregação de segmentos com a função determinante de interligação ao grupo de categoria C. Grupo de Categoria A Categoria da Estrada A A A A A A I II III IV V VI longa supra-regional / regional entre comunidades integra ªo de Æreas secundÆria caminho rural B II de tr n sito rÆpido, sem urban iza ªo n as margen s, den tro de Æreas urba nizadas1) . B III urban a principal, sem urbaniza ªo nas margen s. B IV coletora principal, sem urban iza ªo n as margen s. C C III C IV urbana principal coletora principal D D IV D V coletora acesso E EV E VI acesso caminho urbano B Identificação e Determinação do Grau de Função de Interligação das Áreas Interconectadas Denomina ªo da Estrada 1) Auto-Estradas urbanas, estradas de ligação para Auto-Estradas Quadro 5: Denominação de Segmentos em Função da Categoria da Estrada 22 I II III IV V 1 VI 2 Localização do Segmento em Relação às Áreas Urbanizadas fora dentro grupo de categoria A Aproveitamento das Margens 5 sem urbanização nas margens 3 com urbanização nas margens grupo de categoria B Função Determinante do Planejamento interligaintegração ção grupo de categoria C grupo de categoria D 4 local grupo de categoria E Quadro 6: Procedimentos para a Determinação da Categoria de uma Estrada DCE-R - 02/2000 Agregação de segmentos com uma função determinante de acesso ao grupo de categoria D. Agregação de segmentos com a função local determinante ao grupo de categoria E. - Quinta Etapa: interconexão dos grupos de categorias e dos graus de funções e estabelecimento da categoria do segmento de estrada. Daí podem resultar, na prática, categorias que, de acordo a matriz de interconexões (quadro 4), são problemáticas ou bastante problemáticas sob o ponto de vista do planejamento. DCE-R - 02/2000 Com o estabelecimento da categoria da estrada, resultam indicações que são fundamentais para a coexistência entre as exigências “dependentes” e “independentes” do tráfego. Um choque entre exigências “dependentes” elevadas (p. ex.: funções de interligação dos graus I e II) e exigências “independentes” elevadas (grupos de categorias D e E), indica conflitos de aproveitamento pronunciados. A tarefa da configuração de estradas em tais casos é separar o mais possível as funções conflitantes. Por outro lado, ela deve colaborar para uma configuração econômica, através da superposição bem calculada de funções. 23 24 DCE-R - 02/2000 3. Configuração de Estradas de acordo com sua Função 3.1 Princípios Das exigências político-sociais para equiparação das condições de vida, resultam exigências para as estradas urbanas em relação à possibilidade de acesso a instalações de subsistência e de locais economicamente adequados para a venda da produção, os quais são em geral situados nos centros. Para todas as estradas existem exigências de qualidade de interligação derivadas da premissa das tarefas de organização dos espaços, na forma de possibilidade de acesso adequadas aos centros a partir das áreas de moradia. Esta possibilidade de acesso é expressa em tempos de percurso (quadro 7). Estes tempos de percurso representam níveis mínimos, os quais só devem ser atingidos ou ultrapassados em casos muito excepcionais ou em situações de localização desfavorável de moradias. O princípio de equiparação de condições de vida significa também que o entrelaçamento da comunicação dos centros entre si deve corresponder a exigências mínimas. No entanto, para este tipo de entrelaçamento só é possível desviar das exigências mínimas sob a consideração da organização dos espaços. Por isto, para o fim da configuração de estradas, os seguintes tempos de percurso em geral são considerados adequados para o tráfego individual (quadro 8): As chances de comunicação entre centros podem ser consideradas boas se os tempos de percurso estiverem nitidamente situados abaixo dos valores limites citados acima. Estas comunicações poderão ser consideradas deficientes se os tempos de percurso citados forem ultrapassados. Para que seja possível corresponder às exigências de uma equiparação das chances de comunicação em todo o território nacional, as características usadas para a ampliação deverão, pelo menos, possibilitar a manutenção destes tempos de percurso. centros básicos centros médios centros grandes Tempo Gasto em Minutos (Tráfego Individual) < 20 < 30 < 60 Quadro 7: Tempos de Percurso Desejáveis para Acesso a Centros, a partir da Localização das Áreas de Moradias Além das exigências oriundas da premissa de tempo de percurso de acordo com os Quadros 7 e 8 para as características de ampliação das estradas, é aconselhável concentrar todos os esforços possíveis para DCE-R - 02/2000 ter-se uma única característica numa mesma categoria de estrada, por motivo de segurança do tráfego nos diferentes segmentos. Para a interligação entre centros, as premissas dos tempos de percurso são estipuladas de acordo com as distâncias dos diferentes locais compreendidos, distâncias estas que são convertidas na velocidade de trânsito prevista para cada segmento. Por meio da formação das classes de velocidades de trânsito se consegue que, para as estradas fora das áreas urbanizadas, sejam aplicadas premissas de qualidade uniformes, as quais dependem do grau da função de interligação e da classe de distância, para um desenrolar do tráfego de acordo com as velocidades de percurso desejadas. Nos arredores e dentro de áreas urbanizadas, as premissas de velocidade de percursos são definidas em função de sua distância. Isto vale tanto para as interligações de bairros entre si dentro das comunidades quanto para travessias de localidades. As velocidades de trânsito desejadas para automóveis indicadas no Quadro 9 estão em concordância com as premissas de tempo de percurso do Quadro 8 e com as premissas de acesso do Quadro 7. A qualidade de interligação com locais vizinhos e próximos pode ser considerada boa quando, nos segmentos de estrada fora dos povoados, as velocidades preconizadas no Quadro 9 forem atingidas ou ultrapassadas e a diminuição da velocidade de trânsito for relativamente pequena numa travessia de localidades ao longo de uma interligação. Tempo Gasto em Minutos (Tráfego Individual) vizinhos próximos vizinhos afastados centros básicos < 25 < 45 centros médios < 45 < 80 centros grandes < 120 < 180 Quadro 8: Limites de Tempo de Percurso para uma Interligação de Centros As velocidades desejadas para o trânsito de automóveis são metas para o dimensionamento segundo as DCE-S e fornecem um apoio para escolha das velocidades usadas para projeto segundo as DCE-C. Deve também ser possível atingir tais velocidades estabelecidas durante as horas de tráfego relativamente intenso. Pormenores para a escolha das condições de tráfego estão estabelecidos nas DCE-S. 25 3.2 Fatores de Desvio Além de ser determinada pelas velocidades de trânsito, a qualidade de uma interligação é determinada também pelo fator de desvio. Ele é definido pela relação entre a distância pela estrada e a distância em linha reta entre o local de origem e o de destino. Um fator de desvio elevado normalmente significa maior desperdício de terreno, custo de construção mais elevado, tempos de percurso maiores e custo operacional mais elevado. O fator de desvio não deve ser usado como critério para segmentos isolados de estradas mas sim para as interligações como um todo. Ele serve como auxílio para a configuração das estradas dos graus de interligação I a IV. Seu significado é tanto maior quanto maiores forem as distâncias entre os locais a serem interligados e quanto mais elevado for o grau da função de interligação. Normalmente um fator de desvio poderá ser subdividido nas seguintes faixas: Nas interligações internas de comunidades, o fator de desvio tem em geral uma importância secundária. Aqui devem ser considerados sobretudo os aspectos de superposição das funções de interligação. 3.3 Características Construtivas e Operacionais das Redes de Estradas em Função de suas Categorias As velocidades de trânsito desejadas (quadro 9) exigem premissas básicas do estado final das estradas, especialmente no que se refere ao traçado, à escolha das seções transversais e à configuração das interseções. As características mais importantes para projetos e para operacionalidades de uma estrada que façam jus às funções estão indicadas no Quadro 10. Elas formam as bases para as regulamentações técnicas de projeto das DCE-C, DCE-S, DCE-I e RCE-EIA. As metas englobam: - a configuração geral da seção transversal: como estrada de pista simples ou de pista dupla; - a configuração geral de interseções: de nível único ou a níveis diversos; - a limitação, às vezes oportuna, da utilização da estrada para somente tráfego de veículos automotores; - a ampla gama de velocidades de trânsito projetadas; Função da Estrada Meta de Velocidade do Tráfego em Dias Normais A Grupo de Categoria Categoria da Estrada 1 2 sem urbanização nas A I longa margens, fora de áreas A II supra-regional/ urbanizadas, com função regional determinante de AIII entre comunidades interligação A IV integração de áreas AV B C D E sem urbanização nas margens, dentro de áreas urbanizadas, com função determinante de interligação com urbanização nas margens, dentro de áreas urbanizadas, com função determinante de interligação com urbanização nas margens, dentro de áreas urbanizadas, com função determinante de integração secundária Distância interligaPadrão 1) (km) ção abaixo da interligação interligação dentro da acima da Tráfego de Férias Tráfego de Domingo distância padrão 3 4 5 6 7 8 100 - 200 50 - 100 60 - 90 50 - 80 70 - 100 60 - 90 90 - 110 70 - 90 60 - 90 50 - 80 60 - 80 50 - 70 25 - 50 40 - 60 50 - 80 60 - 80 40 - 70 40 - 60 0 - 25 - 40 - 60 50 - 70 40 - 60 40 - 50 - nenhuma nenhuma nenhuma A VI caminho rural - nenhuma nenhuma nenhuma B II 40 - 50 - 50 - 70 40 - 60 B III principal - 40 - 60 30 - 50 30 - 40 B IV coletora principal - 30 - 50 30 - 40 30 C III principal - 30 - 50 30 - 50 30 - 40 C IV coletora principal - 30 - 40 30 - 40 30 D IV coletora - 20 - 30 20 - 30 20 - 30 DV acesso - nenhuma nenhuma nenhuma acesso - nenhuma nenhuma nenhuma caminho urbano - nenhuma nenhuma nenhuma com urbanização nas margens, dentro de áreas E V urbanizadas, com função E VI determinante local de trânsito rápido 1) Os limites inferiores e superiores da distância padrão correspondem aproximadamente a 10 e 15 % respectivamente dos valores de freqüência acumulada das distâncias entre os centros (quilometragem das estradas que correspondem às rotas mais curtas em termos de tempo) Quadro 9: Categoria de Estradas e Velocidades Desejadas para o Tráfego (velocidade média de trânsito de automóveis) DCE-R - 02/2000 26 - uma limitação da velocidade máxima, condizente com a configuração do projeto e com a finalidade da estrada. Nas estradas fora de áreas urbanizadas deverá ser considerada a extensão de toda a interligação. Se ela ficar situada dentro ou acima do alcance da distância padrão do Quadro 9, então será permitido basear o projeto em velocidades maiores de trânsito. Isto é válido principalmente para as interligações provenientes de áreas periféricas. Se sua extensão está abaixo da distância padrão, então será possível escolher as menores velocidades de trânsito de cada categoria. Isto vale também para os segmentos de estradas externas que servem para conexão de uma comunidade, de um bairro, de um ponto de tráfego intenso ou de uma área de repouso com uma estrada de determinado grau de função de interligação. Valores de velocidades mais baixas podem ser Faixa vantajoso aceitável menos vantajoso desvantajoso Fator de Desvio 1,0 - 1,25 1,25 - 1,5 1,5 - 1,75 > 1,75 Quadro 10: Avaliação dos Fatores de Desvio suficientes em áreas de aglomeração ou se houver possibilidade de substituir este trânsito pelo de outros sistemas alternativos. Se o nível de velocidade escolhido levar a conflitos consideráveis com as exigências da segurança do tráfego ou com as metas de planejamento urbanístico, econômico ou do meio ambiente, então será preciso DCE-R - 02/2000 verificar se não é possível desviar o tráfego para rotas alternativas menos suscetíveis a conflitos ou se é possível conseguir uma redução de conflitos através da redução da qualidade de trânsito e das possibilidades de ampliação para o tráfego de veículos automotores. Isto deve ser verificado especialmente se: - grandes perigos de trânsito aparecerem ou forem esperados; ou - a área atingida puder ser considerada muito sensível sob o aspecto da ecologia ou o paisagismo for sensivelmente prejudicado; ou - todos os demais usuários da mesma estrada forem sensivelmente prejudicados; ou - para as medidas preconizadas puderem ser previstos custos elevados de investimento ou de manutenção. A amplitude das faixas dos Quadros 9 e 10 oferecem um amplo espectro para redução da velocidade do tráfego e, simultaneamente, para soluções econômicas e de proteção em relação ao meio ambiente. As exigências de qualidade de trânsito e dos padrões de acabamento aqui mencionadas estabelecem delimitações de âmbitos. Tais exigências porém não devem ser entendidas como premissas fixas e imutáveis que, num caso de exceção ou de medidas de projetos de ampliação ou de implantação, possam dispensar completamente a avaliação dos efeitos sobre as metas relevantes. O uso das DCE-R não substitui a análise de efeitos e a avaliação das medidas planejadas. Esta análise e a avaliação são feitas num processo de planejamento que é composto de etapas gradativas (identificação das necessidades, determinação do traçado e esboços de planejamento) cada vez com maior acuidade. 27 28 DCE-R - 02/2000 estradas com urbanização nas margens; em áreas urbanizadas; com função determinante local estradas com urbanização nas margens; em áreas urbanizadas; com função determinante de interligação estradas com urbanização nas margens; em áreas urbanizadas; com função determinante de integração estradas sem urbanização nas margens; em áreas urbanizadas e préurbanizadas; com função determinante de interligação auto-estrada urbana E VI caminho urbano de acesso direto às E V propriedades nas margens D V propriedades nas margens de acesso direto às D IV coletora C IV coletora principal C III principal B IV coletora principal B III principal B II de trânsito rápido BI A VI caminho rural A V interligação secundária A IV integração de áreas interligação com função de A III interligação de comunidades 3 vam vam vam 6 Interseções pista simples ≤ 60 geral velocidade de pedestre velocidade de pedestre geral geral pista simples pista simples pista simples ≤ 50 geral ≤ 50 pista simples 50 geral geral pista simples 50 50 geral geral pista simples pista dupla pista simples ≤ 70 ≤ 70 pista dupla geral geral ≤ 80 pista dupla nív. div. nív. div. pista simples ≤ 100 geral ≤ 100 pista simples ≤ 100 geral nível único nível único nível único nível único nível único nível único nível único nível único nível único nível único [nível único] nível único nível único nível único pista simples ≤ 100 geral [nível único] nível único pista dupla [nív. div.] nível único pista simples nível único pista dupla nív. div. pista simples 60 50 60 [50] 60 [50] [60] [50] 60 [50] 60 nenhuma nenhuma 50 [40] nenhuma nenhuma nenhuma nenhuma [70] [60] 50 [40] nenhuma [60] 50 [40] 70 70 80 70 100 90 80 [70] 70 [90] 80 70 80 70 100 90 [80] 90 80 [70] 7 Velocidade de Projeto Vp (km/h) 120 100 níveis diversos pista dupla 100 90 [80] pista simples [nív. div.] nível único 5 Seção Transversal ≤ 100 ≤ 100 nenhuma ≤ 100 [120] nenhuma ≤ 100 Velocidade Admissível 2) Vadm (km/h) 4 geral vam [vam] geral vam vam Tipo de Tráfego Características de Projeto e de Operação vam veículos auto motores 1) Copiada da DCE-C (RAS-L Edição 1995) [] valores de exceção 2) Nos segmentos fora de interseções e de acordo com a legislação Alemã Quadro 11: Classificação das Estradas e suas Características Técnicas e Operacionais E D C B A estradas sem urbanização nas margens; fora de áreas urbanizadas; com função determinante de interligação regional A II interligação supra-regional/ interligação longa 2 1 AI Categoria da Estrada Grupo de Categoria Função da Estrada Nota Prévia ao Anexo O exemplo de classificação funcional aqui contido é o mesmo da diretriz original e conserva, portanto, as situações, os nomes originais da região em questão e suas localidades. Como exemplo didático é, por si só, perfeitamente aceitável e utilizável para nossos problemas de Encadeamento Funcional de Rede de Estradas. Substitui-lo por um exemplo nosso não seria, a nosso ver, nem prático e nem eficaz, pois os problemas e situações nele contidos são idênticos aos nossos e que, a confecção deste exemplo, exigiria primeiramente um tempo considerável para um perfeito entendimento do assunto e, segundo, um outro tempo, também considerável, para esta confecção. O dispêndio deste tempo levaria, forçosamente, à não divulgação em tempo hábil do assunto e, como conseqüência, uma demora prejudicial na aplicação dos conceitos aqui contidos. Achamos que, qualquer demora nesta aplicação seria prejudicial à nossa evolução técnica em termos de encadeamento funcional de rede de estradas. Acreditamos não nos faltar no futuro tempo e conhecimentos para aplicarmos o processo numa situação regional nossa, trabalho este que iria colocar um fechamento no trabalho que agora iniciamos com a divulgação destes conhecimentos. Diretoria de Estudos e Projetos DCE-R - 02/2000 29 30 DCE-R - 02/2000 A1. Enfoque Geral Este anexo tem a finalidade de demonstrar praticamente um encadeamento funcional de uma rede de estradas de acordo com as diretrizes DCE-R da região de Sul de Hessen com o Centro Grande Darmstadt. A região de Sul de Hessen apresenta um variado espectro de características topográficas, econômicas, habitacionais e de infra-estrutura. Do ponto de vista topográfico, esta região é marcada pelos vales dos Rios Rhein e Main, bem como pela Serra de Odenwald. Existem ali centros de todos os tipos de graus de desenvolvimento e de graus hierárquicos. A sua estrutura econômica e habitacional engloba tanto áreas rurais como urbanizadas bastante densas. A sua rede Etapa de Trabalho identificação e determinação do grau de função de interligação determinação da categoria da estrada configuração da rede de estradas de acordo com sua função Parte do Anexo Parte da Diretrizes A determinação dos graus da função de interligação é tratada no anexo através de quatro níveis de ambientes com diferenciação crescente (ver mapa 1): 1o nível : determinação da função de interligação supra-regional de grau I (interligações longas), II (interligações supra-regionais e regionais) e da III (interligações de comunidades) para toda a área examinada de Sul de Hessen. A2 2.4/2.5 2o nível : determinação da função de interligação inter-local de grau IV (interligação para integração de áreas) para Dieburg. A3 2.2/2.3/2.6 3o nível : determinação das funções de interligação interna de comunidades de grau I a IV de para o centro grande de Darmstadt. A4 1.2/2.3/2.6 Quadro A 1: Estrutura do Anexo de estradas apresenta todos os tipos possíveis. A estrutura do anexo é orientada para o desenrolar da categorização de estradas (ver quadro A1). A subdivisão de estradas em seus graus de função de interligação e em grupos de categorias serve para DCE-R - 02/2000 compreender e avaliar o que existe. Esta subdivisão é abordada nos capítulos A2 e A3 do anexo. Por outro lado, a categorização de estradas fornece também os dados que são necessários para uma (re)configuração da rede de estradas, como apresentada na parte A4 do anexo. 4o nível : determinação das funções de interligação de grau V (interligações secundárias) e VI (interligação de caminhos) para um bairro do centro grande Darmstadt (Johannisviertel). A determinação das categorias das estradas é exemplificada por meio de travessias de localidades escolhidas e também por uma parte do bairro Johannisviertel do Centro Grande de Darmstadt. 31 32 DCE-R - 02/2000 A2. Definição e Determinação do Grau das Funções de Interligação A2.1 Procedimentos Gerais A determinação do grau das funções de interligação segundo a lista de critérios das DCE-R (ver quadro 2 das diretrizes), é efetuada segundo as seguintes etapas de trabalho (ver quadro A2): Os locais centrais e também as comunidades sem função de centro formam a base para a determinação dos graus de função de interligação I a IV. Na primeira etapa de trabalho devem ser compilados todos os dados básicos para a área a ser examinada e para os seus arredores, especialmente para os locais centrais e comunidades/bairros sem funções de centro. Como esta designação dos locais centrais muitas vezes depende de pontos de vista político-sociais, seu grau deve ser bem conferido para fins de uma configuração de estradas. Principalmente para locais centrais com funções parciais, o seu grau hierárquico deve ser determinado em conjunto com as entidades de planejamento envolvidas. O sistema acordado deverá ser registrado num mapa adequado com a totalidade da rede de estradas supra-locais. Para encadeamento funcional da rede de estradas internas de comunidades, seus centros são desmembrados em unidades de área internas. Essa etapa de trabalho pressupõe um enfoque de espaços pequenos no âmbito interno do planejamento comunitário e só poderá ser realizado com a cooperação íntima das comunidades. Estabelecidos os sistemas locais, deverão ser determinadas as interligações relevantes para a configuração da rede de estradas e tais ligações devem ser representadas nos mapas e/ou apresentadas em forma de listas como linhas de interligação. A determinação do grau de função de interligação resulta da agregação dos traçados das interligações com os diferentes segmentos da estrada. Durante esse processo, será necessário avaliar sobre que estradas (rotas) essas diferentes interligações deverão passar, considerando possíveis medidas projetadas de traçados novos ou da forma final da estrada e como elas podem ser conduzidas de maneira mais vantajosa para o local. A rede básica assim formada tem a função de completar conexões a áreas de repouso e a pontos de tráfego intenso bem como às interligações que atravessam fronteiras. Etapa de Trabalho Parte do Anexo Parte das Diretrizes compilação das bases de dados A 2.2 - determinação do sistema local (centro, comunidade, bairro sem função de centro) A 2.3 2.4.2 A 2.4 2.4.3 A 2.5 - A 2.6 - Como dados para o encadeamento de centros são usados os planos de desenvolvimento federal ou estadual e também projetos de organização dos espaços das prefeituras. Além disto, é necessário dispor também de um mapa com todas as comunidades e seus bairros, inclusive suas divisas. Especialmente importantes são quaisquer encadeamentos de interligações de estradas já existentes. Além destes parâmetros básicos, informações adicionais podem ser muito importantes para determinar a função, como, por exemplo, informações a respeito do fluxo de tráfego, da forma final da estrada (seção transversal, traçado) e das margens. 2.4.4/2.4.5 Na região de Sul de Hessen, os seguintes dados foram consultados para a determinação dos graus de interligações supra-locais: subdivisão das comunidades em unidades de áreas internas determinação do traçado de interligação agregação do traçado à rede de estradas conexão de áreas de repouso e de pontos de tráfego intenso A 2.7 consideração de interligação que atravessam fronteiras A 2.8 2.4.6 Quadro A 2: Etapas do Trabalho para Identificação e Determinação do Grau de Função de Interligação DCE-R - 02/2000 A2.2 Compilação dos Dados - Plano de Desenvolvimento HESSEN ’80. Um relatório de desenvolvimento para os anos de 1970 até 1978 (com um mapa de centros, das faixas de desenvolvimento e as áreas de entrelaçamentos). Ministério de Hessen para desenvolvimento territorial, meio ambiente, agricultura e florestas, Wiesbaden, 1980; - Plano Regional de Organização dos Espaços da região 33 de planejamento do Sul de Hessen, DarmstadtWiesbaden, projeto de fevereiro de 1984; - Mapa de Divisas das Comunidades de Hessen, posição legal 01/08/1979, Wiesbaden; - Mapa Topográfico de Dieburg em escala de 1:50.000 (edição normal), Wiesbaden; - Mapa de Estradas do Estado Hessen em escala de 1:200.000, posição de 1982, Wiesbaden; - Mapa dos Volumes do Tráfego do Estado Hessen, posição 1980. Como complementação foram usadas as seguintes informações adicionais para as imediações: - Mapa de “Organização Regional”, projeto do Ministério de Planejamento, Construção e Urbanismo - RS III, Bonn, maio de 1980; - Mapa de “Alcance do Entrelaçamento de Centros de Grau Médio (VMS) na República Federal da Alemanha”, Instituto de Pesquisa Territorial e do Meio Ambiente (BfLR) - 2ª edição melhorada, Bonn, junho de 1980; - “Caracterização das Estradas Supra-Locais em BadenWürttemberg”, do Ministério da Economia, Comércio e Tráfego do Estado Baden-Württemberg, Stuttgart, março de 1982; - Programa de Desenvolvimento Regional de Rheinland-Pfalz Mainz 1980 e relatório de organização ambiental de 1985 de Rheinland-Pfalz. Mapa funcional da rede de estrada de RheinlandPfalz Mainz; - Programa de Desenvolvimento Regional da Baviera 1984. Ministério da Baviera para desenvolvimento regional e do meio ambiente, Munique. Um encadeamento funcional de uma rede de estradas internas das comunidades exige o encadeamento prévio dessas comunidades que serão examinadas em unidades de áreas. O encadeamento interno das comunidades em geral não existe, devendo pois ser elaborado no âmbito de uma avaliação funcional. Como isto envolve o desenvolvimento urbano, uma colaboração íntima do departamento correspondente da prefeitura é recomendável. Para a representação dos graus de funções de interligação é necessário dispor de plantas das estradas urbanas numa escala adequada. Para representação dos graus de I a III das funções de interligação, esta escala poderá ser de 1: 200.000 e os mapas de estradas na escala 1:100.000. Para a determinação do grau IV da função de interligação, é necessário dispor de plantas em escala ampliada, por exemplo 1:25.000, as quais permitam uma representação das conexões das 34 comunidades e bairros da área em geral, inclusive das estradas supra-locais e internas. A2.3 Determinação do Sistema Local (Centros e Comunidades/Bairros sem Função de Centro). Na maioria dos planejamentos territoriais e de organização dos espaços, a hierarquia de graus de centro intermediários (centros com funções parciais de centros maiores) estão excluídos. Isto também acontece no caso da região de Sul de Hessen. Por isto, é necessário avaliar caso a caso a qual grau hierárquico os centros devem ser agregados. O alcance desta avaliação deverá ser determinado em conjunto com as autoridades locais pertinentes. Durante esse processo de avaliação, devem ser consideradas todas conseqüências de uma agregação hierárquica restritiva ou extensiva de tais centros para o próximo grau de configuração da rede. Assim, uma ação restritiva leva a uma rede menos densa, com graus de interligação mais elevados, cujas exigências de qualidade devem ser maiores devido às maiores distâncias envolvidas. Uma ação extensiva, por seu lado, isto é, uma agregação reforçada dos centros com funções parciais de um grau hierárquico maior, leva a uma rede mais “densa”, de graus de função de interligação elevados, mas com exigências de qualidade menores. No Mapa 1 estão representados os graus de vários centros para fins de configuração de estradas da região de Sul de Hessen. Cada avaliação dos centros com funções parciais foi procedida de forma diferente. Por exemplo, no caso de Aschaffenburg, centro médio com funções parciais de centro grande, ele foi agregado ao grau de hierarquia I, isto é, ele foi tratado como centro grande, pois o centro de Aschaffenburg é o centro de função mais elevada de uma região de planejamento fechada, sendo equiparado, por isto, ao alcance do entrelaçamento de um centro grande. Também Hanau (um centro médio com as funções parciais de um centro grande), devido ao seu entrelaçamento típico de centro grande com os centros grandes vizinhos de Darmstadt e Aschaffenburg, foi agregado ao grau hierárquico I. Ao contrário, os demais centros médios Rüsselsheim e Worms, com as funções parciais de centros grandes, foram tratados como centros médios, pois suas funções de abastecimento de centro grande, sob o ponto de vista da configuração das estradas, foram consideradas de um grau relativamente pequeno para os fins deste exemplo. De maneira idêntica foram tratados também todos os centros básicos com as funções parciais de centros médios. De acordo com a importância de seu entrelaçamento, eles foram agregados a um grau DCE-R - 02/2000 hierárquico superior ou inferior, isto é, eles foram tratados como centros médios ou como centros básicos. pertinentes e que ela deverá ser integrada completamente ao planejamento urbano. Decisões desse tipo normalmente necessitam de análise criteriosa, tanto no que se refere aos entrelaçamentos existentes como aos que são planejados para os centros. Além disso, o processo de avaliação contém apreciações relativas que exigem a colaboração das autoridades locais pertinentes. Além do mais, todas as determinações contidas no Mapa 1 da região de Sul de Hessen têm apenas o intuito de servir de exemplo, não podendo ser interpretadas como determinantes. Elas servem apenas para demonstração de uma configuração rodoviária tecnicamente adequada, a ser enquadrada no grau correto da função dos centros. Os parâmetros para um encadeamento interno são em geral fornecidos pelo planejamento de aproveitamento de espaços no tocante às seguintes áreas: A2.4 Escalonamento das Comunidades em Unidades de Áreas Internas As áreas residenciais para fins de configuração rodoviária devem ser interligadas de tal maneira com as de abastecimento de modo que surjam funções de abastecimento fechados. Centros grandes serão desmembrados em funções de abastecimento básicos (CB’) e em médios (CM’). Em centros médios, as áreas residenciais serão englobadas com as de abastecimento em funções de abastecimento básicos (CB’). Os centros básicos normalmente não são desmembrados. A2.4.1 Princípios Gerais Um encadeamento da rede de estradas internas das comunidades é orientada pelo encadeamento das áreas correspondentes da comunidade, as quais deverão ser enquadradas hierarquicamente, de maneira análoga aos centros. Este encadeamento deve ser planejado em conjunto com autoridades municipais pertinentes, considerando as realidades específicas locais bem como as estruturas de desenvolvimento histórico. O conceito de encadeamento e a rede de estradas internas da comunidade são problemas intimamente ligados e, por isto, não podem ser tratados independentemente. Se, por acaso, um encadeamento interno for baseado na formação de bairros de trânsito tranqüilo, então poderão resultar conseqüências de longo alcance, tanto para a delimitação dos bairros quanto para um enquadramento de estradas urbanas no seu grau de função de interligação. Nestes casos, deve ser tomado um cuidado todo especial para que tais bairros, dentro do possível, não sejam atravessados por qualquer estrada com uma função de interligação mais elevada. Durante a agregação das linhas de interligação à rede de estradas, deverá portanto ser evitado que funções de interligação mais elevadas sejam impostas a estradas que passam por tais bairros. Princípios desta ordem nem sempre poderão ser realizados em estruturas desenvolvidas. No entanto, tais princípios, fornecem indicações quanto à incompatibilidade da situação real com as metas do planejamento urbano e, portanto, também quanto às medidas de planejamento do tráfego e/ou do planejamento urbano que devem ser tomadas para melhorar esta situação. Isto evidencia que, toda configuração de rede de estradas internas deve ser planejada em conjunto com todos os órgãos municipais DCE-R - 02/2000 - Áreas Monofuncionais: moradia (áreas puramente residenciais), abastecimento e cultura (centros), trabalho (indústria e comércio) e repouso (áreas de lazer e de repouso); - Áreas Multifuncionais: com uma mistura de aproveitamentos diversos; - Áreas para Fins Especiais, como: estações ferroviárias, portos, áreas para feiras, universidades. As funções de abastecimento formam, em conjunto com as áreas puramente industriais e comerciais, as áreas de aproveitamento especial; as áreas de lazer e de repouso formam o arcabouço da área a ser coberta pela configuração das estradas, respeitando os entrelaçamentos internos dos centros e dos centros com as suas áreas adjacentes. A rede de estradas em conjunto com outros sistemas de locomoção tem a tarefa de prejudicar ao mínimo os entrelaçamentos funcionais e de garantir a comunicação das áreas de abastecimento entre si e com as demais áreas. A2.4.2 Exemplo do Centro Grande Darmstadt O centro grande de Darmstadt poderá ser desmembrado nas cinco partes seguintes, com funções de abastecimento de centros médios (ver mapa 2): - Área Central da Cidade; - Arheiligen; - Kranichstein; - Bessungen; - Eberstadt. A área central da cidade exerce ao mesmo tempo a função de centro grande de Darmstadt. Os demais quatro bairros são centros médios internos dessa comunidade que no passado foram localidades independentes. Com o desenvolvimento urbanístico de Darmstadt, tais localidades foram absorvidas, porém ainda conservam uma parte de sua independência. 35 Para o encadeamento secundário seguinte dos âmbitos multifuncionais de habitação em centros básicos internos, no caso de Darmstadt foi usada a idéia da formação de bairros de trânsito tranqüilo como ponto de partida. Nessa configuração, a área dos centros básicos foi delimitada de tal maneira que o suprimento das necessidades diárias possa ser alcançado com uma caminhada máxima de 10,0 minutos e de modo que os bairros, dentro do possível, não fossem cortados pelas estradas principais de trânsito. dessa área cresce com a ampliação das empresas. No caso de Darmstadt, duas áreas para indústria e comércio foram enquadradas no grau de centros intermediários (ver mapa 2). Trata-se, no caso, da área de uma indústria grande, a qual tem importância supraregional (Empresa Merck) e do bairro industrial “Darmstadt Nordwest”, o qual representa a maior área industrial aglomerada de Darmstadt. Outra área industrial aglomerada a oeste de Darmstadt foi enquadrada como um centro básico devido à sua menor expansão territorial. Ao lado dessas áreas ainda existem algumas áreas menores de indústria e de comércio, as quais, para o fim de configuração da rede viária, só apresentam importância relativamente bem pequena. A2.5 Determinação das Linhas de Interligação A2.5.1 Interligações de Localidades centros médios limites da malha interligação de centros médios vizinhos interligação de centos médios vizinhos de vizinhos Quadro A 3: Determinação de Localidades Vizinhas de Vizinhas No entanto, em alguns bairros habitacionais não foi possível alcançar as necessidades básicas a pé. Esses bairros foram enquadrados como “Bairros sem Função de Centro”. Também não foi possível delimitar todos os centros básicos de tal maneira que eles não fossem cortados por estradas principais de trânsito já existentes. Ali se desenvolvem conflitos para os quais devem ser encontradas soluções no âmbito do desenvolvimento urbano por meio da configuração da rede de estradas. No entanto, o novo encadeamento funcional permite abandonar estradas principais de trânsito existentes e regredi-las de tal maneira que os problemas do trânsito possam ser melhorados no quarteirão. Numa delimitação de áreas de indústria e comércio, não são os aspectos funcionais do abastecimento e da formação de bairros que ficam em evidência, mas sim uma concentração de características similares bem como a importância do entrelaçamento do espaço de empresas instaladas. Também o espaço para ampliação de indústrias e do comércio pode ser usado como padrão para o enquadramento hierárquico, pois a importância 36 Para o estabelecimento da linha de interligação determinante sob o enfoque da possibilidade de integrar, deverão também ser consideradas as interligações aos centros vizinhos e vizinhos dos vizinhos (ver diretrizes, quadro 9). Tal método considera a divisão dentro do mesmo grau da função existente das localidades centrais, pois, às vezes, as necessidades não são oferecidas no centro em questão. Além disto, o método permite um encadeamento da rede, o qual inclui contornos dos povoados num mesmo grau de função. Os locais vizinhos e os vizinhos dos vizinhos podem, por exemplo, ser enquadrados na base da função dos entrelaçamentos. Como “vizinhos” são considerados os locais cujas funções de entrelaçamento fazem divisa entre si (primeira envoltória). Os “vizinhos dos vizinhos” são aqueles locais que compartilham do mesmo vizinho intermediário (segunda envoltória, ver quadro A3). A determinação de interligações pelo critério das funções de entrelaçamento é apenas um auxílio e não deve ser usado indiscriminadamente. Em alguns casos podem, por exemplo, ser incluídas interligações importantes para “terceiros” na configuração da rede de estrada (p. ex.: ao longo de corredores de desenvolvimento). Por outro lado, interligações entre vizinhos e vizinhos de vizinhos podem não ser consideradas se entre eles não existirem entrelaçamentos ou se existirem dificuldades indefensáveis (p. ex.: barreiras topográficas). O Mapa 3 apresenta as interligações entre vários centros grandes vizinhos (com um grau de função de interligação I). Ao lado dessas interligações, devem ser identificadas interligações complementares entre DCE-R - 02/2000 vizinhos de vizinhos. Para a região Sul de Hessen, as interligações entre centros médios vizinhos (grau II da função de interligação) estão representadas no Mapa 4 e as entre centros básicos vizinhos (grau III da função de interligação) no Mapa 5. As interligações entre comunidades ou entre bairros sem função de centro (grau IV da função de interligação) para a região de Dieburg estão representadas no Mapa 6. Aquelas interligações entre vizinhos de vizinhos geralmente não são fáceis de representar em mapas. Por isto, é recomendável apresentar todas as interligações (“primeira envoltória” e “segunda envoltória”) também em forma de listas (ver quadro A4). interligações internas de comunidades devem ser analisadas individualmente em relação aos entrelaçamentos efetivamente existentes. A2.6 Agregação das Interligações à Rede de Estradas A2.6.1 Interligações Para o estabelecimento dos graus da função de interligação da rede de estradas, as linhas de interligação são agregadas aos respectivos segmentos da rede. No entanto, para isto será necessário estabelecer primeiro o início e o fim de cada interligação, segundo os seguintes parâmetros: Nas interligações dos graus de função II até IV, além de interligações de localidades do mesmo porte, também devem ser consideradas as interligações: (1) Os pontos iniciais e finais, por motivos de finalização da rede, devem coincidir com conexões existentes da rede. - centro médio - centro grande: grau II da função de interligação; (2) Os pontos iniciais e finais devem ser localizados o mais perto possível das divisas das localidades a serem interligadas ou se for aplicável, localizados nas margens de uniadades de áreas internas de comunidades ou outras. Resulta daí que as interligações de centros grandes devem iniciar e finalizar nas divisas desses centros; as entre centros médios, nas divisas dos centros médios ou de áreas internas do mesmo grau de importância e as interligações entre centros básicos devem iniciar e finalizar nas divisas de centros básicos ou de áreas do mesmo grau de importância dentro das localidades. - centro básico - centro médio: grau III da função de interligação; - comunidade/bairro - centro básico: grau IV da função de interligação; Por isto, convém verificar nesta lista, se, para cada centro médio ou básico, bem como para todas as comunidades sem as funções de centro, já existe alguma interligação para uma localidade de grau imediatamente superior. Para a região Sul de Hessen essa condição foi preenchida de tal maneira que não serão necessárias interligações complementares. A2.5.2 Interligações de Áreas Internas de Comunidades Para o estabelecimento das interligações determinantes da rede de estradas internas das comunidades, analogamente às interligações de localidades, uma determinação também pode ser feita na base de interligações a área vizinha, ou vizinha da vizinha. Neste caso, convém também considerar para a função interna de comunidades os entrelaçamentos efetivos ou potenciais. Na área do Sul de Hessen, ambos os centros médios internos da comunidade a nordeste de Darmstadt (Arheiligen e Kranichstein) são direcionados para as áreas industriais e comerciais equivalentes a centros médios (relação moradia/local de trabalho) e para a área central de Darmstadt (relação moradia/centro grande de abastecimento). No entanto, entre os centros Arheiligen e Kranichstein só existem relações mínimas nível de centro médio porque ambas as localidades estão equipadas num nível aproximadamente igual em termos de abastecimento. Donde se deduz claramente que DCE-R - 02/2000 Localidade Vizinho GROSS-GERAU BUERSTADT GROSS-GERAU GROSS-GERAU Tipo de Envoltória Interligação CM-CM 2 FRANKFURT CM-CG 2 NEU-ISENDURG CM-CM 2 GROSS-GERAU LORSCH CM-CM 2 GROSS-UMSTADT DIEBURG CM-CM 1 GROSS-UMSTADT OBER-RAMSTADT CM-CM 1 GROSS-UMSTADT HOECHST CM-CM 1 GROSS-UMSTADT BREUBERG CM-CM 1 GROSS-UMSTADT ASCHAFFENBURG CM-CG 1 GROSS-UMSTADT SELIGENSTADT CM-CM 2 GROSS-UMSTADT RUDGAU CM-CM 2 GROSS-UMSTADT ROEDERMARK CM-CM 2 GROSS-UMSTADT DARMSTADT CM-CG 2 GROSS-UMSTADT PFUNGSTADT CM-CM 2 GROSS-UMSTADT BENSHEIK CM-CM 2 GROSS-UMSTADT MICHELSTADT CM-CM 2 GROSS-UMSTADT AMORBACH CM-CM 2 Quadro A 4 : Parte da Lista de lnterligação 37 (3) Se não existirem estradas que toquem as respectivas áreas, as interligações iniciam e terminam nas divisas das áreas referentes. (4) De modo análogo, as interligações para uma conexão de áreas iniciam na divisa das referidas áreas e terminam num ponto de conexão com a rede de estradas urbanas. A agregação de interligações aos segmentos de uma estrada segue vários critérios, como, por exemplo, a acessibilidade, seu aspecto econômico, a compatibilidade com o meio ambiente e a segurança do tráfego. Por isto, é recomendável proceder passo a passo para a agregação segundo os diferentes critérios. Na primeira etapa deveria ser escolhida a agregação segundo o critério de integração, agregando as interligações aos trajetos de menores tempos de percurso. Esse tipo de agregação geralmente é o que melhor corresponde à escolha efetiva dos participantes do tráfego. Por meio desse método também é possível fazer um procedimento baseado em dados, montando a rede e as interligações de forma digital, pelo qual as rotas podem ser escolhidas e dadas automaticamente num modelo de rede. O resultado de uma escolha de rotas, baseada em dados, deverá em seguida ser reavaliado pelas metas de configuração de estradas, como, por exemplo, a concentração dos graus mais elevados da função de interligação, com os seus requisitos maiores de velocidade, sobre estradas eficientes. Especialmente uma concentração em estradas de pista dupla é muito vantajosa em relação à segurança do tráfego. Além disto, a concentração de funções de interligação elevadas pode também ser vantajosa por motivos de proteção ao meio ambiente. Por exemplo, na área examinada, a rota mais rápida de interligação dos centros médios Darmstadt Michelstadt, num segmento entre Brensbach e Brombach, não segue pelas estradas federais B 38 e B 47, porém pela regional K 88/K 211 (ver quadro A5). No entanto, essa estrada regional não é aceita pelos participantes do trânsito devido a sua pequena capacidade de ampliação. Além disto, ela passa por uma região de meio ambiente sensível e, apesar de mudanças na sinalização, ela não é capaz de absorver um fluxo de tráfego mais intenso. Por isto, neste caso, a interligação entre os centros médios foi agregada às estradas federais B38-B47, cujos segmentos correm paralelamente com a regional e foi concentrada com as demais interligações entre centros médios que por elas passam. Outros pontos de vista para a transferência de funções de interligação de rotas de menor tempo para outras 38 ○ ○ ○ ○ ○ parte a ser deslocada para uma rota de menor tempo grau II da função de interligação grau III da função da interligação Quadro A 5 : Deslocamento de Rotas de Menor Tempo devido a Proteção ao Meio Ambiente rotas são principalmente os conflitos grandes entre funções de interligação, integração e local na travessia de povoados. Um exemplo do exposto é a interligação entre centros básicos Otzberg - Bad König, na área examinada, a qual é mais curta pela regional L 3318 e que passa por alguns pequenos povoados (ver quadro A5). Com uma transferência dessa função de interligação para a estrada B 45 que corre paralela, os conflitos entre as funções de interligação e de integração e até a local podem ser evitados na travessia de povoados. No entanto, é necessário que tal rota seja aceita por todos participantes do trânsito. Até certo ponto isto poderá ser conseguido por medidas complementares, como, por exemplo, com uma sinalização correspondente, e através de medidas de regressão, modificação ou ampliação (ver item A4). O Mapa 7 apresenta o resultado da agregação dos graus I a III das funções de interligação à rede supra-local da área examinada. Para o grau I foi possível conseguir ampla concentração sobre a rede próxima de pista dupla. Isto é muito vantajoso por motivos de segurança DCE-R - 02/2000 do tráfego. As exceções são as interligações de centros grandes Darmstadt-Offenbach e DarmstadtAschaffenburg-Würzburg que, em parte, percorrem estradas de uma pista simples, inclusive com travessias de povoados. As interligações de grau II foram influenciadas principalmente pela distância dos centro médios entre si. Assim, na parte norte desta área examinada, a alta densidade de centros médios quase não permite concentrações: as interligações são diretas, de centro médio a centro médio. No entanto, baseado-se somente no grau da função de interligação não é possível deduzir dados para a configuração destas interligações. Ao contrário, é necessário achar uma solução tecnicamente condizente através de um aproveitamento das folgas deixadas ao estabelecer o sistema de enquadramento pela escolha das interligações, da agregação dessas interligações à rede de estrada e estabelecendo as metas de qualidade numa solução objetiva condizente com o espaço disponível e o meio ambiente. internas dos diferentes graus hierárquicos a partir das suas divisas. Como exemplo, o Quadro A6 apresenta a interligação perimetral dos centros médios internos de Bessungen e Eberstadt. Ao estabelecer as interligações periféricas, é necessário prestar muita atenção para que seja assegurado suficiente acesso para as unidades e que as áreas próximas também sejam interligadas. Para esse fim, não é necessário que as unidades sejam totalmente circundadas por interligações perimetrais. O problema de uma interligação total suficiente depende da estrutura e da subdivisão das unidades e da interligação dessas unidades entre si. O Quadro A7 apresenta como exemplo a rede de estradas do centro médio interno de Eberstadt, o qual foi subdividido em três bairros e em três áreas internas sem função de centro. As interligações desses bairros e dessas áreas (interligações dos graus III e IV), puderam ser agregadas em grande parte às estradas urbanas, as quais, ao mesmo tempo, formam as divisas do bairro e que são conectadas à A parte sudeste da área examinada, de características rurais, com seus relativamente poucos centros médios, apresenta uma quantidade bem inferior de interligações de grau II. Para a proteção ambiental da mata nativa de Odenwald, as interligações entre centros médios foram designadas ao menor número possível de rotas. As interligações de grau III somente ocorrem onde elas não forem sobrepostas por graus de funções mais elevados. Isto é o que se verifica principalmente numa região com relativamente poucos centros médios. As interligações de grau III são em geral praticamente diretas devido a distribuição dispersa dos centros básicos e à sua quantidade relativamente grande, a não ser que existam pontos obrigatórios topográficos de passagem. Para este grau de interligação, só raramente existem condições de concentração. Para a região parcial de Dieburg, a função de grau IV foi acrescentada às funções de interligação de graus I a III (ver mapa 8). Com tal escalonamento, os quatro graus de interligação cobrem quase completamente a rede supra-local de estradas. A2.6.2 Interligações de Áreas Internas de Comunidades Ao contrário das interligações entre centros no âmbito supra-local, na interligação de áreas internas da comunidades não se trata da relações entre áreas distantes umas das outras, mas sim da relação entre áreas limítrofes. No conceito escolhido da formação de bairros, as interligações das áreas internas de uma comunidade devem ser posicionadas sempre que possível na periferia das áreas que acessam e interligam as unidades de áreas DCE-R - 02/2000 centro médio interno da comunidade divisa da unidade de área interligação estrada de função de interligação grau I estrada de função de interligação grau II Quadro A 6 : Agregação de uma Interligação Interna de Grau II à Rede de Estradas 39 interligação de grau II superior, de forma a garantir um acesso total satisfatório para Eberstadt. A formação de bairros de trânsito tranqüilo parte da premissa do deslocamento do tráfego de travessia para estradas periféricas. Essa premissa nem sempre é preenchida por Darmstadt. Ali, por exemplo, as interligações de grau I (interligações dos centros grandes Ludwigshafen e Mannheim, sempre incluindo Aschaffenburg) passam bem pelo centro da cidade, pois não existe marginal leste-oeste de contorno de Darmstadt (ver mapa 9). Também no âmbito das funções de interligação de graus II e III alguns centros médios são cortados (por exemplo a área central Bessungen e a área Industrial “Darmstadt Nordwest”) devido ao desenvolvimento histórico da estrutura da rede de estradas urbanas. No entanto, a travessia da área industrial e comercial “Darmstadt Nordwest” é menos problemática do que a travessia dos centros básicos dentro dos centros médios mencionados. No entanto, ao norte da cidade de Darmstadt será possível transferir os graus elevados das funções de interligação para áreas menos sensíveis após o término das novas medidas projetadas, de maneira que o trânsito nos bairros poderá ser tranqüilizado, principalmente da região de Arheiligen. Essa tranqüilização do trânsito já é possível atualmente no centro médio de Eberstadt, situado na parte sul de Darmstadt, pois ali já existem as estradas de contorno (ver mapa 9). São válidos, se bem que de forma reduzida, os princípios da formação de bairros para agregação das interligações de bairros sem funções de centro (grau de interligação IV) à rede das estradas urbanas. A interligação de grau IV foi agregada o mais possível às periferias dos bairros sem função de centro. Também aquelas perimetrais que não são necessárias para a interligação de centros básicos internos foram enquadradas no grau de função de interligação IV (ver quadro A8). Elas preenchem essencialmente as tarefas de acesso à partição de uma localidade. O verdadeiro acesso às propriedades é feito através de estradas urbanas com as funções de interligação V e VI (ver item A3.2). No Mapa 10 está exposto o conceito de um acesso a uma partição da localidade referente à parte escolhida (Johannisviertel). Como concepções deste tipo dependem, em grande parte, de todo o desenvolvimento histórico da estrutura urbana centro médio interno de comunidade centro básico interno de comunidade bairro sem função de centro divisa da unidade de área estrada de função de interligação grau I divisa de partição estrada de função de interligação grau II função de interligação grau II estrada de função de interligação grau III função de interligação grau III ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ estrada de função de interligação grau IV ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ função de interligação grau IV V Quadro A 7 : Acesso à Partições pela Agregação de Interligações de Graus III e IV à Rede de Estradas 40 abastecimento Quadro A 8 : Classificação das Perimetrais de Partições DCE-R - 02/2000 de muitos pontos de vista. teatro municipal interligação de grau de função I interligação de grau de função II interligação de grau de função III ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ interligação de grau de função IV Quadro A 9 : Agregação do Teatro Municipal à Rede de Grau Mais Elevado de cada partição, este exemplo não pode ser generalizado. Os conceitos desse tipo, ao contrário, exigem planejamentos detalhados, considerando todos os âmbitos de trânsito, urbanísticos, sociológicos, econômicos e ecológicos correspondentes das “Recomendações para a Concepção de Estradas de Integração de Áreas (RCE-EIA)”. O exemplo da região examinada do Sul de Hessen evidencia que um encadeamento funcional de uma rede de estradas não está submetido a uma sistemática rígida, mas sim que depende das particularidades da estrutura habitacional e de trânsito existentes, bem como das condições topográficas. Isto é especialmente válido para o princípio do encadeamento municipal interno na base do acesso periférico de partição, o qual foi escolhido para este exemplo. Em outros casos podem ser muito vantajosas outras soluções, como, por exemplo, um acesso central de um bairro. Determinações desse tipo só são possíveis no âmbito de desenvolvimento urbano geral, em estreita colaboração com as autoridades municipais pertinentes. A2.7 Conexão de Locais de Repouso e de Pontos de Tráfego Intenso A rede básica de estradas formada pelas interligações externas e internas das estradas de uma comunidade existe para complementar a conexão de locais de repouso, de pontos de interconexão com outros sistemas de locomoção e com pontos geradores de tráfego. Tais conexões são abordadas aqui como exemplo para a rede comunitária de Darmstadt, cuja diferenciação cultural de habitações permite a inclusão DCE-R - 02/2000 Na primeira etapa deve ser feito um levantamento do uso e, conforme o caso, um enquadramento de acordo com a sua importância de área/tráfego (os parâmetros para tanto são fornecidos pelos planos diretores da organização regional de espaços, da concepção e do transporte público coletivo de pessoas). Quanto aos locais de repouso/lazer para o objetivo de configuração de estradas, somente devem ser considerados os requisitos dos locais que oferecem atrações especiais, tais como eventos musicais, esportivos ou culturais. As áreas de repouso amplas que oferecem descanso em contato com a natureza e que, por isto, não devem ser cortadas por estradas, devem ser conectadas a acessos periféricos (estacionamentos). No Mapa 2 estão representadas as áreas de lazer e de repouso de Darmstadt segundo a sua importância regional. Destas, a área de lazer Ober-Waldhaus apresenta uma importância supra-regional para padrões internos de comunidades devido à sua oferta múltipla de lazer (também para a região vizinha de Dieburg). Por isso, esta área com uma função de interligação de grau III foi conectada à rede de grau mais elevado. As demais áreas de lazer e repouso são usadas preferencialmente pela população de Darmstadt. Sendo áreas de repouso internas de comunidades, elas foram então enquadradas no grau de centro básico, mesmo sendo utilizadas como áreas residenciais que não se encontram na vizinhança imediata (no mapa 2 elas estão assinaladas como ARR). Aquelas áreas de repouso que só tem significado para as regiões habitacionais vizinhas, foram enquadradas como centros sem função (no mapa 2 elas estão assinaladas como ARP). Também os pontos de conexão com os demais sistemas de locomoção devem ser diferenciados de acordo com a sua importância para o tráfego. Para o centro grande Darmstadt, a estação ferroviária principal representa um ponto de conexão de tráfego amplo e importante. A sua agregação à rede de estrada de grau mais elevado já está garantida pela sua localização anexa a uma estrada urbana de função de interligação de grau I. As seguintes estações ferroviárias de centros médios internos de comunidades: - Darmstadt-Arheiligen - Darmstadt-Kranichstein - Darmstadt-Estação Ferroviária Sul (Bessungen) - Darmstadt-Eberstadt foram enquadradas como pontos de conexão regionais (ver mapa 2). No âmbito da agregação dos pontos de conexão de meios de locomoção, as exigências dos diferentes sistemas 41 de sistemas devem ser consideradas de modo todo especial. Isto se refere principalmente a conexões entre o trânsito individual e o transporte público coletivo de pessoas, por exemplo, no caso de estacionamentos externos, para mudar de meio de locomoção. Para a cidade de Darmstadt ainda não existe uma concepção desse tipo até o momento. “Pontos Geradores de Tráfego” são agregados às redes de grau mais elevado através de estrada urbana com uma função de interligação de grau IV. Pontos desse tipo em Darmstadt são: a Politécnica, o Estádio de Esportes, a Área para Feiras e o Teatro Municipal (ver quadro A9). Algumas instituições centrais de ensino, como, por exemplo, a universidade e o centro de escola profissionalizante, apresentam uma área expandida, 42 de modo que já podem ser consideradas partições e na sua agregação à função de interligação de grau IV foram também tratadas como partições. As áreas de ferrovias, quartéis e instituições similares são áreas com aproveitamento específico. Tais áreas foram consideradas como bairros sem função de centro e foram agregadas à rede de grau mais elevado por meio de estradas urbanas com uma função de interligação de grau IV. A2.8 Interligações que atravessam Fronteiras Segundo as DCE-R, as interligações que atravessam fronteiras representam interligações a centros estrangeiros. Na região que está sendo examinada não existe interligação deste tipo. DCE-R - 02/2000 A3. Determinação das Categorias de Estradas A3.1 Procedimentos Gerais Ao lado da definição do grau da função de interligação, a determinação de categorias representa o segundo componente de um encadeamento funcional. Ambas as etapas possuem relações de permutação entre si, pois uma depende da outra e, no âmbito do enquadramento das interligações para a rede de estrada, já deverão ser previstos os conflitos entre as funções de integração e local. Um enquadramento de um segmento de estrada nos grupos de categoria A e B pode ser deduzido diretamente de critérios de julgamento objetivos (se a situação é dentro ou fora de comunidades, margens urbanizadas ou não). Ao contrário, um enquadramento nos grupos C, D e E de um segmento em áreas urbanizadas é obtido através da avaliação de diferentes exigências de ocupação da área (ver quadro 4 das diretrizes). Para este processo de avaliação, a publicação RCE-EIA apresenta um procedimento de avaliação formalizada. Tal procedimento parte de uma valorização diferenciada das seguintes exigências de ocupação da área: - pedestres ao longo da via - tranposições de pedestres - pessoas paradas - crianças brincando - trânsito de bicicletas - trânsito de veículos automotores - paradas e estacionamento de veículos automotores - transporte público coletivo local de pessoas - áreas verdes - carga e descarga de mercadorias Os segmentos de estradas urbanas dos graus I até III da função de interligação não são abordadas na publicação RCE-EIA. Para estas categorias, o enquadramento das estradas urbanas deverá ser feito através de comparação (ver Recomendações para a Concepção de Estradas Principais Urbanas). O procedimento apresentado no fascículo RCE-EIA poderá servir de parâmetro para a definição da categoria funcionalmente correta de estradas. Para esta finalidade, a elaboração do perfil de utilização, como apresentado nos exemplos a seguir, é uma ajuda valiosa. Partindo de uma comparação das exigências de utilização e da importância relativa das exigências entre DCE-R - 02/2000 si, um processo de avaliação na determinação do grupo de categoria pode ser completado e visualizado. Baseado nas diferentes características do espaço no qual uma estrada está inserida, não é possível esquematizar este processo de maneira generalizada. Ele deve ser examinado caso a caso, de acordo com as condições marginais locais e das metas de planejamento urbano. Por isto, estes processos de avaliação apresentados a seguir, só servem de exemplo, não representando portanto soluções modelo que possam ser transferidas para uso generalizado. A3.2 Parâmetros Para a determinação do grupo de categoria é necessário fazer uma classificação diferenciada de estradas de acordo com sua localização (dentro/fora de áreas urbanizadas) e com a ocupação das suas margens (urbanizadas / não urbanizadas). Além disto, é necessário fazer uma classificação diferenciada adicional do espaço quando a função determinante do planejamento muda durante um trajeto de estrada. Ao contrário do que acontece com os graus da função de interligação, numa determinação de grupos de categoria em geral uma análise de segmentos limitados por interseções não basta. Ao contrário, é necessária uma subdivisão muito mais detalhada. A subdivisão dos segmentos de estrada deverá ser feita segundo os seguintes critérios: - alteração da localização (dentro ou fora de áreas urbanizadas); - alteração das margens (não urbanizadas, urbanizadas, passíveis de serem urbanizadas); - alteração das exigências de utilização à esquerda ou à direita da estrada, se essa alteração influir sobre a função determinante do planejamento (interligação/integração/local). É conveniente registrar tal subdivisão em mapas adequados. As primeiras informações sobre situação e sobre as adjacências poderão, por exemplo, ser extraídas de cartas, sendo que, para as estradas supra-locais, basta uma escala de 1:25.000. No entanto, para as estradas internas, é necessária uma escala maior (no mínimo 1:5.000). O levantamento dos dados necessários sobre as exigências de utilização no meio ambiente da estrada exige amplo conhecimento regional, o qual geralmente deverá ser aprofundado por meio de uma visita ao local. Qualquer material existente, como, por exemplo, os 43 planos de desenvolvimento regional, planos de desenvolvimento das cidades e planos de desenvolvimento dos bairros podem fornecer informações adicionais. Um processo de avaliação para a determinação das funções determinantes exige a colaboração dos órgãos responsáveis pelo desenvolvimento da cidade e dos bairros. O enquadramento das travessias de localidades no devido grupo de categoria só poderá ser feito na dependência do grau da função de interligação, para considerar também a continuidade da rede de grau mais elevado. Em geral, as travessias de localidades dos graus I e II podem ser enquadradas na categoria C. No entanto, esse enquadramento só é relativamente livre de conflitos quando as exigências de utilização, tais como: de integração e locais e também aquelas que, por questões de ampliação, não são realizáveis, são relativamente diminutas. exemplo, serão apresentados também exemplos de conexões problemáticas C II, D III e E IV. Quadro A 11 : Estrada de Gross-Umstadt sem Urbanização nas Margens (estrada de categoria BIII) Na realidade, as constelações ricas em conflitos são muito freqüentes, pois a função das travessias das localidades possuem muitas vezes uma grande multiplicidade de utilizações (por exemplo compras, idas a orgãos públicos, habitação) com altas exigências de integração e local. No âmbito da configuração de redes de estradas, a resolução destes conflitos por meio de medidas de configuração da rede e do ambiente, além de respeitar as funções determinantes, adquire um significado especial (ver item A4.3). No entanto, a predominância de uma das três funções não significa que as exigências das outras duas possam ser negligenciadas. Como a definição da categoria de uma estrada no âmbito supra-local e interna da comunidade obedece parcialmente a princípios distintos, as travessias de localidades, ao longo de interligações regionais e as estradas internas de comunidades, neste exemplo de Sul de Hessen, serão abordadas em separado (ver quadro A10). Definição da Categoria da Estrada travessia de localidades demais estradas internas das comunidades Parte do Anexo Parte do Texto das Diretriz A3.3.1 2.2/2.3/2.6 A3.3.2 2.2/2.3/2.6 interligação de grau III A B C D grupo de categoria A grupo de categoria B grupo de categoria C grupo de categoria D Quadro A 12 : Travessia da Localidade de GrossUmstadt Quadro A 10 : Definição da Categoria da Estrada A3.3 Determinação dos Grupos de Categorias A3.3.1 Travessias de Localidades A determinação da categoria de travessias de localidades é abordada no exemplo a seguir, numa conexão sem problemas dos grupos de categoria B II, C III e D IV (ver quadro 4 das diretrizes). Após este 44 Enquadramento de uma Travessia de Localidade com Função de Interligação de Grau III nos Grupos de Categoria B, C e D. (Exemplo Gross-Umstadt). O grupo de categoria A só é válido para segmentos externos de estradas, terminando na mudança da estrada externa para estrada urbana, junto à placa DCE-R - 02/2000 função de interligação V veículos automotores V transporte coletivo trânsito de bicicletas trânsito longitudinal de pedestres aprox. 10.000 vam/24h parada de ônibus no segmento observado tráfego elevado de estudantes de áreas habitacionais vizinhas casas de comércio em distâncias alcançaveis a pé V/E E E transposição de pedestres E/A pessoas paradas A crianças brincando A estacionamento em terrenos e estradas vizinhas construções esparsas, um lado da estrada parcialmente livre as paradas se verificam em áreas particulares há disponibilidade suficiente de outras áreas Diversas outras exigências (p. ex.: manutenção de monumentos, jardins públicos) Conceituação Global Quadro A13: Segmento de Estrada fora do Centro de Gross-Umstadt com Urbanização nas Margens. Função Determinante de Interligação (categoria de estrada C III). DCE-R - 02/2000 Cometário grau III V/E tráfego parado muito baixo Enquadramento baixo Segundo este perfil de utilização, no segmento em exame da travessia de Gross-Umstadt, aqui se encontra uma função de interligação de grau médio com volume de tráfego relativamente alto de veículos de carga pesada. Como as exigências de integração e local podem ser mantidas num grau baixo devido a existência de suficientes rotas alternativas, aqui ainda é possível enquadrar este segmento, relativamente sem conflitos, num grupo de categoria C. No entanto, no âmbito de Exigência de Aproveitamento médio Os Quadros A13 e A14 mostram a aparência que um perfil de utilização poderia ter para um segmento de estrada de travessia fora da área central da localidade de Gross-Umstadt. Aqui é necessário fazer uma avaliação quanto ao enquadramento no grupo de categoria C ou D. Tendo em vista as elevadas exigências de integração e a existência de urbanização nas margens na área central que vale a pena preservar, um fator que não se coaduna com a configuração destinada principalmente à função de interligação, apesar do volume de tráfego e da função média de interligação, é preferível enquadrar a estrada no grupo de categoria D. No entanto, este enquadramento, (travessia de localidade com função de interligação III no grupo de categoria D) de acordo com o Quadro 4 das Diretrizes por si só já representa uma conexão problemática que necessita de identificação e de avaliação especialmente criteriosas elevado Para a avaliação, o levantamento do perfil de utilização de uma travessia examinada é uma ajuda substancial. Em grandes variações de tipos de urbanização e de utilização, um perfil de utilização deverá ser feito por etapas. A situação no entanto se altera mais adiante, no percurso da travessia da localidade, onde, perto da área central, as exigências de integração e locais aparecem com freqüência cada vez maior. E elas conduzem a conflitos cada vez maiores com as funções de interligação (ver quadro A15 e A16). muito elevado Depois de um segmento de área sem urbanização nas margens, esta estrada de travessia de Gross-Umstadt passa gradativamente ao estágio com urbanização nas margens. Para tais segmentos de estradas, deve ser feita então uma avaliação das funções de interligação, de integração e local, ou seja, uma escolha entre os grupos de categoria C ou D. O enquadramento de um segmento no grupo de categoria E nas travessias só pode ser decidido em situações com motivos muito especiais. configuração de projeto, as exigências do tráfego não motorizado, de pedestres e de bicicletas ao longo da via, deverá ser especialmente considerado (ver quadro A14). V - interligação E - integração A - local indicadora da mudança. Geralmente a categoria passa então de A para C. Isto é especialmente válido para as travessias de localidades pequenas. As áreas de entrada ou saída das travessias de localidades maiores, como a entrada Norte de Gross-Umstadt (ver quadro A11), em geral são caracterizadas por áreas livres de urbanização nas margens e, por isto, são enquadradas no grupo de categoria B. Função Determinante Interligação Grupo de Categoria C Categoria de Estrada C III Intenso tráfego de vam e existem áreas alternativas suficientes para integração e função local Quadro A 14: Perfil de Aproveitamento de um Segmento de Estrada fora do Centro de Gross-Umstadt 45 função de interligação V veículos automotores V transporte coletivo Quadro A 15: Travessia no Centro de GrossUmstadt. Função Determinante de Interligação (categoria de estrada D III). das exigências e da configuração construtiva do ambiente da estrada. Enquadramento de uma Travessia de Localidade com a Função de Interligação de Grau IV no Grupo de Categoria D. (Exemplo Zeilhard-Georgenhausen): A consideração das exigências de interligação e locais é menos problemática em travessias de localidades com baixas funções de interligação (ver quadro A17). Os Quadros A18 e A19 exemplificam muito bem o meio ambiente da estrada urbana e o perfil de aproveitamento para a área central de uma travessia com função de interligação de grau IV (ZeilhardGeorgenhausen em Reinheim / ver mapa 8). trânsito de bicicletas trânsito longitudinal de pedestres muito baixo baixo médio elevado Enquadramento muito elevado V - interligação E - integração A - local Exigência de Aproveitamento Comentário grau III > 10.000 vam/24h V/E parada de ônibus com alta freqüência V/E tráfego de compras E comércio, serviços públicos tráfego parado E comércio, serviços públicos transposição de pedestres E/A comércio, serviços públicos pessoas paradas A paradas da população nas compras e nos deslocamentos para os serviços públicos crianças brincando A quase sem habitações Diversas outras exigências (p. ex.: manutenção de monumentos, jardins públicos) Conceituação Global construções de cunho histórico Função Determinante Integração Grupo de Categoria D Categoria de Estrada D III Elevadas exigências de integração devido ao uso comercial do espaço das estradas são respeitados os prédios de cunho histórico no centro da comunidade Quadro A 16: Perfil de Aproveitamento de um Segmento de Estrada no Centro de Gross-Umstadt. O enquadramento desta travessia de localidade no grau IV da função de interligação resulta da agregação dos bairros de Zeilhard e Georegenhausen (comunidade de Reinheim) às comunidades e aos centros vizinhos. Aqui não existe um tráfego de travessia digno de menção. Mas, por outro lado, as áreas marginais dessa estrada apresentam numerosas ocupações, as quais têm todas exigências primordialmente de integração (moradias, escolas, comércio). Por isto, esta travessia foi enquadrada na categoria D IV. função de interligação grau IV Enquadramento de uma Travessia de Localidade com a Função de Interligação de Grau II no Grupo de Categoria C. (Exemplo Spachbrücken): O enquadramento de uma travessia de localidade tornase problemático quando altas exigências de função de interligação se encontram com altas exigências de integração e locais e se estas exigências não puderem ser satisfeitas no espaço existente da estrada. Isto é o que acontece por exemplo para a travessia estreita de Spachbrücken (da comunidade de Reinheim). Ela se 46 A D grupo de categoria A grupo de categoria D Quadro A 17: Travessia da Localidade de Zeilhard/Georgenhausen encontra num percurso com uma função de interligação de grau II (interligação entre o centro grande de Darmstadt e o centro médio de Höchst Breuberg, apresentando principalmente moradias ao lado da estrada) (ver quadros A20 e A21). DCE-R - 02/2000 Quadro A 18: Espaço da Estrada na Travessia de Zeilhard/Georgenhausen. Função Determinante de Integração (categoria D IV de estrada) Num caso destes, no levantamento do perfil de aproveitamento, é necessário prestar atenção porque, as exigências individuais de uso não podem ser derivadas somente da observação, porém é necessário também que as necessidades latentes que foram reprimidas ou suprimidas na configuração da estrada sejam devidamente consideradas (ver quadro A22). função de interligação V veículos automotores V muito baixo baixo médio elevado Enquadramento muito elevado V - interligação E - integração A - local Exigência de Aproveitamento Cometário grau IV < 3.000 vam/24h transporte coletivo V/E parada de ônibus com movimento de estudantes trânsito de bicicletas trânsito longitudinal de pedestres V/E escola E escola tráfego parado E moradias, poucas vagas nos estacionamentos particulares transposição de pedestres E/A pessoas paradas A escola crianças brincando A moradias comércio Diversas outras exigências (p. ex.: manutenção de monumentos, jardins públicos) Conceituação Global Função Determinante Integração Grupo de Categoria D Categoria de Estrada D IV Exigências muito elevada de integração devido às moradias e ao reduzido tráfego de transposição Quadro A 19: Perfil de Aproveitamento para um Segmento de Estrada na Travessia de Zeilhard/Georgenhausen Enquadramento de uma Travessia de Localidade com a Função de Interligação de Grau III no Grupo de Categoria D. (Exemplo Semd): Com pouca incidência de tráfego é possível determinar, para a travessia de localidades com função de interligação III e IV, com exigências de média a altas de integração e locais, um grau baixo para a função de interligação. Isto é válido por exemplo para Semd (da comunidade de GrossUmstadt), no percurso de interligação dos centros básicos GrossZimmern GrossUmstadt (ver quadros A23 até A25). A forma final dos segmentos urbanizados nas margens da travessia da localidade de Semd por enquanto está orientada para as exigências de interligação (pista de trânsito larga e calçadas estreitas). No entanto, algumas características dessa travessia de localidade consideram ao mesmo tempo as exigências de integração da travessia, resultante da construção de moradias (não há sinais proibindo paradas ou estacionamentos). As áreas para o tráfego parado no entanto não são assinaladas. Por precaução contra conflitos com o tráfego passante, muitas vezes os veículos são estacionados sobre as calçadas. Então, deste modo, os direitos dos pedestres são restringidos de maneira insustentável. DCE-R - 02/2000 Quadro A 21: Espaço de Estrada na Travessia de Spachbrücken Uma mistura bastante problemática da função de interligação (grau II) com as exigências concorrentes de integração e locais (Categoria de Estrada C II). 47 função de interligação V veículos automotores V transporte coletivo trânsito de bicicletas trânsito longitudinal de pedestres C muito baixo baixo médio elevado Enquadramento muito elevado V - interligação E - integração A - local Exigência de Aproveitamento Cometário grau II > 10.000 vam/24h com elevada participação de veículos pesados V/E parada de ônibus com alta freqüência V/E se desenrola em estradas secundárias aproveitamento para moradias e comércio deslocou este tráfego para a estrada E função de interligação grau II tráfego parado E grupo de categoria C transposição de pedestres E/A aproveitamento para moradias e comércio; não existem vagas de estacionamento nas propriedades aproveitamento para moradia e comércio pessoas paradas A aproveitamento para moradias; não existem áreas particulares Quadro A 20: Travessia da Localidade de Spachbrücken aproveitamento para moradias não existem áreas externas para recreação crianças brincando A Em virtude das exigências tão somente médias da função de interligação de grau II quanto à qualidade da interligação, de exigências relativamente pequenas de incidência de tráfego e de exigências de acesso e de lazer médias, as exigências do tráfego de pedestres e as do tráfego parado podem ser contempladas com uma pontuação elevada. Devido a esse perfil de aproveitamento existente, a travessia desta localidade poderá ser enquadrada no grupo de categoria D. A redução da sua função de interligação resultante deste enquadramento (por exemplo um encontro entre um caminhão e um automóvel só será possível com velocidade reduzida) parece ser defensável sob o ponto de vista de uma função de interligação de grau III e do tráfego relativamente pequeno de caminhões e outros veículos automotores. Tal enquadramento deverá ser acompanhado de uma reconfiguração construtiva da travessia da localidade. Por exemplo: a construção de baias de estacionamento longitudinais através de um estreitamento da pista de trânsito (ver item A4.4). Enquadramento de uma Travessia de Localidade com a Função de Interligação de Grau IV no Grupo de Categoria E. (Exemplo Hering): No alcance da função de interligação de grau IV, os bairros muitas vezes só estão ligados à rede de grau superior através de vias sem continuidade, de maneira que a função de interligação pode ser relegada ao segundo plano na configuração, atrás das exigências de integração e local. Um exemplo assim é a estrada principal da localidade de Hering (comunidade de Otzberg) (ver quadro A26 até A28). 48 Diversas outras exigências (p. ex.: manutenção de monumentos, jardins públicos) Conceituação Global necessário estacionamento para implementos agrícolas Função Determinante Interligação Grupo de Categoria C Categoria de Estrada C II Conflitos muito elevados com as funções de integração e local Quadro A 22: Perfil de Aproveitamento na Travessia de Spachbrücken O perfil de aproveitamento do local evidencia claramente que nessa estrada se encontram exigências elevadas de integração, com exigências elevadas locais. No entanto, as exigências de interligação são relativamente reduzidas. Por isto deverá ser avaliado um enquadramento entre os grupos D e E. No caso presente, para a travessia de Hering, foi escolhida uma configuração dando prioridade à função local. Por isto, desistiu-se de separar as áreas laterais da pista de trânsito. Uma ameaça possível para o estacionamento e para as crianças brincado na rua deve ser contornada pela diminuição da velocidade do tráfego motorizado num raio relativamente grande (ver também item A4.3). Por questões da característica especial desta localidade quanto ao turismo (ela é o ponto de saída para passeios a pé), foi escolhido um enquadramento no grupo de categoria E para Hering. A3.3.2 Interligações Internas de Comunidades Enquadramento de uma Estrada Urbana do Grau II com Função de Interligação no Grupo de Categoria C (exemplo Estrada Kasino) Em Darmstadt existe uma partição de tráfego calmo e prédios antigos, perto da área central da cidade, chamado Johannisviertel (ver mapa 10). Esta partição DCE-R - 02/2000 função de interligação grau III D grupo de categoria D Quadro A 24: Espaço de Estrada na Travessia de Semd. Avaliação entre a Função de Interligação e a de Integração. (categoria de estrada D III) Quadro A 23: Travessia da Localidade de Semd função de interligação V veículos automotores V muito baixo baixo médio elevado Enquadramento muito elevado Exigência de Aproveitamento V - interligação E - integração A - local é contornada por uma perimetral da função de interligação de grau II (ver quadros A29 e A30). Comentário grau III < 2.000 vam/24h transporte coletivo V/E sem linhas de transporte coletivo trânsito de bicicletas trânsito longitudinal de pedestres V/E faixa etária da população com elevada porcentagem de crianças e jovens E prédios esparsos tráfego parado E poucos estacionamentos em propriedades particulares transposição de pedestres E/A pessoas paradas sem moradias áreas de jardins particulares com comunicação esparsa áreas de jardins particulares porém os jogos e brincadeiras são realizados na estrada A crianças brincando A Diversas outras exigências (p. ex.: manutenção de monumentos, jardins públicos) Conceituação Global Função Determinante Acesso Grupo de Categoria D Categoria de Estrada D III Avaliação a favor da função de acesso devido a tráfego reduzido. Verificar a possibilidade de reconfiguração Quadro A 25: Perfil de Aproveitamento da Travessia de Semd DCE-R - 02/2000 Correspondentemente à sua importância, depois da avaliação de todas as demais exigências, esta perimetral é enquadrada no grupo de categoria C. Enquadramento de uma Estrada Urbana do Grau V da Função de Interligação, no Grupo de Categoria D (exemplo Estrada Liebig) As estradas urbanas com função de interligação de grau V encravadas na partição de Johannisviertel (ver mapa 10) só servem de travessia para o tráfego de automóveis. Elas se destinam principalmente ao acesso à partição e podem (por exemplo a estrada Liebig), por isto, ser enquadradas no grupo de categoria D (ver quadros A31 e A32). Enquadramento de uma Estrada Urbana do Grau V da Função de Interligação, no Grupo de Categoria E (exemplo Estrada Alice) Uma transição para os caminhos urbanos é representada pelas estradas da função de interligação do grau V que, devido à sua configuração, ainda servem para o tráfego de acesso, nas quais, no entanto, devido a medidas pronunciadas de redução da velocidade, a importância da função de estacionamento do leito desta rua é ressaltada. Estas estradas, como por exemplo a estrada Alice em Darmstadt, devem ser enquadradas no grupo de categoria E (ver quadros A33 e A34). 49 função de interligação grau IV E grupo de categoria E Quadro A 26: Travessia da Localidade de Hering função de interligação V veículos automotores V transporte coletivo trânsito de bicicletas trânsito longitudinal de pedestres muito baixo baixo médio elevado Enquadramento muito elevado Exigência de Aproveitamento V - interligação E - integração A - local Quadro A 27: Espaço da Estrada de Acesso à Localidade de Hering. Preferência para a função local (categoria de estrada E IV) Comentário grau IV não existe tráfego de passagem V/E linha de ônibus com baixa frequência V/E relevo inadequado para o trânsito de bicicletas Enquadramento de uma Estrada Urbana do Grau VI da Função de Interligação no Grupo de Categoria E (exemplo Estrada Parcus) Absoluta prioridade para as funções locais deve ser dada aos caminhos urbanos de tráfego tranqüilo de uma função de interligação VI. Assim, na partição de Johannisviertel, o leito da estrada Parcus é configurado como área mista e as possibilidades de interligação estão impedidas por uma separação de configuração de rede de estrada (ver quadros A35 e A36). comércio, veja também diversas outras atividades poucos estacionamentos particulares, tráfego de clientes E tráfego parado E transposição de pedestres E/A pessoas paradas A veja diversas outras exigências crianças brincando A alta atividade de lazer comércio Diversas outras exigências (p. ex.: manutenção de monumentos, jardins públicos) Conceituação Global a localidade é uma parada apreciada nas caminhadas, por isso a rua é ocupada por pedestres Função Determinante Local Grupo de Categoria E Categoria de Estrada E IV Exigências elevadas de lazer com pouquissima importância para o trânsito de vam; posição privilegiada para o turismo Quadro A 28: Perfil de Aproveitamento da Travessia pela Rua Principal de Hering 50 DCE-R - 02/2000 função de interligação V veículos automotores V função de interligação V > 10.000 vam/24h veículos automotores V V/E alta frequência de ônibus transporte coletivo V/E deslocado para estradas de tráfego calmo na partição E deslocado para estradas de tráfego calmo na partição trânsito de bicicletas trânsito longitudinal de pedestres tráfego parado E locais de estacionamento nos espaços laterais transposição de pedestres E/A pessoas paradas transporte coletivo trânsito de bicicletas trânsito longitudinal de pedestres grau II muito baixo baixo médio elevado Enquadramento muito elevado muito baixo baixo médio elevado Comentário Exigência de Aproveitamento V - interligação E - integração A - local Quadro A 31: Estrada na Partição de Johnniaviertel em Darmstadt (rua Liebig). Função determinante de acesso (estrada de categoria D V). Enquadramento muito elevado Exigência de Aproveitamento V - interligação E - integração A - local Quadro A 29: Estrada Kasino. Função determinante de interligação (estrada de categoria C II). Comentário grau V só tráfego de vam da própria partição linha de ônibus circular na partição de intensidade média instalação de atendimento e ensino, fáceis de alcaçar de bicicleta V/E V/E E instalações de atendimento alcançáveis a pé tráfego parado E estacionamento existentes nas estradas laterais supermercado do outro lado da estrada Kasino, olhando do bairro Johannisviertel transposição de pedestres E/A A dentro de partição pessoas paradas A crianças brincando A dentro de partição crianças brincando A Diversas outras exigências (p. ex.: manutenção de monumentos, jardins públicos) Conceituação Global área residêncial área de lazer/estacionamento nas estradas laterais com tráfego em baixa velocidade na partição área para recreação nas estradas laterais com tráfego em baixa velocidade de vam da partição Diversas outras exigências (p. ex.: manutenção de monumentos, jardins públicos) Conceituação Global Função Determinante Acesso Função Determinante Acesso Grupo de Categoria C Grupo de Categoria D Categoria de Estrada C II Categoria de Estrada DV Quadro A 30: Perfil de Aproveitamento da Estrada Kasino em Darmstadt DCE-R - 02/2000 Estradas para acesso interno da partição Quadro A 32: Perfil de Aproveitamento da Rua Liebig no Quarteirão de Johannisviertel em Darmstadt 51 Quadro A33: Estrada de Moradia na Partição Johanniaviertel em Darmstadt (Estrada Alice) Função determinante local (estrada de categoria E V). Quadro A35: Caminho Urbano na Partição Johanniaviertel em Darmstadt (Estrada Parkus) Função determinante de integração (categoria E VI). função de interligação V veículos automotores V transporte coletivo trânsito de bicicletas trânsito longitudinal de pedestres grau V somente tráfego vicinal V/E V/E E tráfego parado E transposição de pedestres E/A pessoas paradas A crianças brincando A Diversas outras exigências (p. ex.: manutenção de monumentos, jardins públicos) Conceituação Global Função Determinante Integração / Local Grupo de Categoria E Categoria de Estrada EV V veículos automotores V não existe tráfego de ônibus nesta área também tráfego de travessia proveniente das outras partições utilizado também pelos pedestres das partições restantes não há vaga para estacionamento particular transporte coletivo área estritamente residencial trecho de transição para áreas de estacionamento/ lazer com tráfego tranquilo trecho de transição para áreas de recreação com tráfego tranquilo Função elevada de integração, com função de interligação muito restrita para vam Quadro A34: Perfil de Aproveitamento da Estrada Alice em Darmstadt 52 função de interligação trânsito de bicicletas trânsito longitudinal de pedestres muito baixo baixo médio elevado Enquadramento muito elevado Comentário Exigência de Aproveitamento V - interligação E - integração A - local muito baixo baixo médio elevado Enquadramento muito elevado Exigência de Aproveitamento V - interligação E - integração A - local Obs.: embora a placa indicativa de estacionamento ressalte aqui esta função, ela não é uma condição prévia para o enquadramento no grupo de categoria E. Comentário grau VI tráfego local V/E não existe linha de ônibus circular no espaço desta rua V/E tráfego local E local tráfego parado E não existem estacionamento particulares transposição de pedestres E/A pessoas paradas A crianças brincando A somente moradias também assume esta função para outras partes da partição também assume esta função para outras partes da partição Diversas outras exigências (p. ex.: manutenção de monumentos, jardins públicos) Conceituação Global Função Determinante Integração Grupo de Categoria E Categoria de Estrada E VI Função de integração muito elevada também para outras partes da partição Quadro A36: Perfil de Aproveitamento da Estrada Parcus em Darmstadt DCE-R - 02/2000 A4. Tarefas para a Configuração da Rede de Estrada de acordo com suas Funções A4.1 Observação Preliminar No âmbito de uma configuração que esteja exatamente de acordo com as necessidades das funções, as seguintes tarefas são de uma importância primordial (ver quadro A37): - qualidade de interligação (velocidade e fatores de desvio) consoante com o grau da função, em sintonia com o sistema de transporte público coletivo de pessoas; - desfazer conflitos entre funções de interligação, de integração e local em travessias de localidades; - possibilidades de regressão motivada pela alteração das exigências referentes à rede de estradas supralocais e a rede interna de comunidade formada conforme necessidades ao longo do tempo. Etapa do Trabalho Parte do Anexo Parte do Texto das Diretrizes qualidade de interligação consoante com o grau de função A 4.2 3 neutralização das situações de conflito nas travessias de localidades A 4.3 2.6.2 possibilidade de regressão A 4.4 1.2 Quadro A37: Alcance das Tarefas de Configuração da Rede de Estrada, consoante com os Graus de Função I-1) podem ser todos influenciados significativamente pela velocidade de trânsito desejada. No âmbito da avaliação das medidas a tomar, os efeitos das velocidades de trânsito desejadas devem ser testados quanto ao lado econômico (por exemplo baseado na IS-021)) e ao lado ecológico (através de um teste de compatibilidade com o meio ambiente). As qualidades de interligação também se externam através de fatores de desvio que se situam dentro de alcances adequados (ver quadro 10 das diretrizes). Nas interligações cujo fator de desvio se situa em alcances inadequados, deve ser verificado se é possível conduzir o desvio sobre ruas mais diretas ou se é possível conseguir uma interligação mais direta através de medidas de reconfiguração ou de um traçado novo. Também, neste caso, as medidas a serem tomadas deverão ser submetidas a um exame econômico e ecológico. A4.2.2 Velocidades de Trânsito No que se refere a velocidades de trânsito, deve ser verificado, para os diversos segmentos de estrada, através de uma comparação teórica/prática se as velocidades que realmente podem ser atingidas num segmento de estrada (avaliação das velocidades permitidas segundo DCE-S) estão realmente em sintonia com as velocidades desejadas segundo as DCER (ver quadro 9 das diretrizes). A4.2.1 Observação Preliminar A definição das velocidades de trânsito desejadas, para diferentes segmentos de estrada dos graus I a IV (fora e dentro de áreas urbanizadas) depende principalmente do grau da função de interligação e do grupo de categoria do segmento em questão. Além da compatibilidade do grupo de categoria e do grau de função da interligação, as qualidades de interligação na rede de estradas são de importância primordial para a configuração da rede de estradas consoante com sua função. Os níveis das exigências fornecem as velocidades de trânsito desejadas e a magnitude do fator de desvio. Além disto, as velocidades de trânsito desejadas para segmentos de estradas do grupo de categoria A dependem da extensão desta estrada entre os centros cujas interligações foram consideradas determinantes para a configuração da rede. Principalmente interligações entre localidades vizinhas e vizinhas de vizinhas (ver item A2.5.1). A determinação da velocidade de trânsito desejada está em conexão direta com o planejamento das medidas a tomar. De um lado é possível derivar dados de uma comparação teórica/efetiva e de outro lado a configuração da seção transversal (avaliação de velocidades permitidas segundo DCE-S), o traçado (velocidades de projeto segundo DCE-C) e as interseções (velocidades permitidas nas interseções segundo DCE- Em geral existem várias interligações, de graus de função diferentes e de extensões diferentes, as quais se sobrepõem num único segmento de estrada. Para definir a classe da extensão determinante de um segmento de estrada, deverá ser considerado primeiro o grau mais elevado da função de interligação que passa pelo segmento. Destas ligações, por sua vez, a determinante é aquela que apresentar as maiores A4.2 Qualidades de Interligação consoante com as Funções 1) adaptado para essa versão traduzida DCE-R - 02/2000 53 extensões de estradas, caso em que é indiferente se tais interligações são entre localidades vizinhas ou vizinhas de vizinhas. Significado da Classe de Distância Determinante para uma Definição da Velocidade de Trânsito Desejada para uma Estrada do Grupo de Categoria A (por exemplo, estrada federal 26 DarmstadtAschaffenburg) O significado da classe de distância determinante poderá ser explicado muito bem pela estrada federal B 26 (de categoria AI) entre Darmstadt e Aschaffenburg (ver quadro A38). Para a definição da velocidade que será desejada, não bastará considerar somente esta interligação entre os centros grandes Darmstadt e Aschaffenburg (cerca de 43 km). Determinante neste caso, por sua distância maior, é a interligação entre os centros grandes vizinhos dos vizinhos HeidelbergAschaffenburg (110 km) e que também passa pela B26. Essa distância se situa dentro dos padrões de interligações entre centros grandes (100 a 200 km), enquanto a distância entre Darmstadt e Aschaffenburg, com os seus 43 km, teria permanecido abaixo desse padrão. A gama de velocidades desejadas na B26, entre Darmstadt e Aschaffenburg, pelo visto, se situa entre 70 e 100 km/h (ver quadro 9 das diretrizes). Definição do Intervalo de Velocidades de Trânsito Desejadas (exemplo Gross-Umstadt) Nos segmentos de estradas com funções de interligação dos graus I a IV para uma determinação das velocidades desejadas deverá, além disto, ser considerada a categoria do segmento em questão (seu grupo de categoria e seu grau da função de interligação). Para o segmento do grupo de categoria A também o tipo de extensão é significativa. O Quadro A39 apresenta as categorias de estrada urbana escolhidas para segmentos de graus de função de interligação de II a IV, no exemplo do centro médio de Gross-Umstadt. Pela perimetral (B 45) que existe em Gross-Umstadt, o grau II da função de interligação, com suas exigências relativamente elevadas e com o seu potencial de conflitos com as exigências das funções, foi mantido fora da área central de Gross-Umstadt. Com isto, a função de interligação II apenas tangencia o centro médio, sendo que sua interligação com os centros médios vizinhos está garantida devido à localização próxima à perimetral, bem como devido a uma interconexão suficiente da rede. Os graus inferiores III e IV com suas exigências baixas de qualidade e baixos pontenciais de conflitos são conduzidos até a 54 área central com suas instalações de abastecimento de centros básicos. No Quadro A40 são apresentadas as interligações para cada segmento de estrada das funções de interligação dos graus mais elevados e as maiores distâncias. Convém considerar que Gross-Umstadt, dependendo do grau da função de interligação, deverá ser tratada como centro médio ou centro básico. Assim, a interligação de grau mais elevado (segmento 1) entre o centro médio de Gross-Umstadt e o centro grande Darmstadt apresenta a maior extensão. Devido ao seu comprimento, a configuração do segmento de estrada 6 deve ser baseada na interligação de Gross-Umstadt a Darmstadt (interligação a nível de centro básico). Nas interligações de dois centros de graus hierárquicos diferentes, só os vizinhos imediatos são considerados, enquanto que, numa interligação de centros do mesmo grau, são considerados os vizinhos e também os vizinhos de vizinhos. Para a determinação do intervalo de velocidade desejada, a distância até os vizinhos dos vizinhos geralmente é determinante, por motivo da distância maior. Para a determinação do intervalo das velocidades de trânsito desejadas, também indicadas no Quadro A40, o próximo passo é verificar, para as estradas da categoria A, se tais distâncias estão dentro, acima ou abaixo das distâncias padrão mencionadas no Quadro 9 das diretrizes, válidas para os diferentes graus das funções de interligação. Fica evidente que, no caso de Gross-Umstadt, os comprimentos das diferentes interligações ficam abaixo do padrão. Isto é devido à densidade habitacional da área examinada. Por isso, as velocidades de trânsito a determinar, para os segmentos de estrada (grupo de categoria A) fora do centro mas na área de GrossUmstadt, devem ser determinadas para segmentos abaixo dos comprimentos padrão. O intervalo de velocidades de trânsito desejadas para as estradas das categorias B, C e D, ao contrário, são totalmente independentes do seu comprimento, podendo ser extraídas diretamente dos dados do Quadro 9 das diretrizes. Definição das Velocidades de Trânsito Desejadas para os Diferentes Segmentos de uma Estrada Nas diretrizes são indicados intervalos de velocidades de trânsito desejadas para as diferentes categorias de estradas, para atender melhor às características locais e/ou conflitos que porventura possam surgir entre as exigências conflitantes (interligação, integração e DCE-R - 02/2000 locais). Por isto, a determinação final das velocidades de trânsito desejadas necessita de uma avaliação criteriosa. O resultado desse processo de avaliação feito no âmbito de Gross-Umstadt está apresentado no Quadro A41. No âmbito de Gross-Umstadt se partiu da premissa que, para um segmento de grupos de categoria A e B, quase não são esperados conflitos com as exigências concorrentes, sendo possível, portanto, fixar os valores máximos dos respectivos intervalos de velocidade (80 e 60 km/h). Para os segmentos de uma estrada dentro das localidades, dos grupos de categoria C e D, foi suposto que, em Gross-Umstadt, os valores máximos dos respectivos intervalos (50 e 40 km/h) não são possíveis devido às influências das interseções e à preservação da configuração histórica da localidade. Além disto, em algumas áreas periféricas de Gross-Umstadt podem ser esperados conflitos com a utilização residencial, na divisa com os citados segmentos, (segmentos 8, 12, 16 e 18 / ver quadro A39). Por isto, para tais segmentos, foram escolhidos os valores mínimos dos respectivos intervalos (30 e 20 km/h) como velocidades desejáveis. Nas outras áreas periféricas, onde são esperados menos conflitos com a utilização residencial nas margens, a velocidade de trânsito foi fixada em 40 km/h (segmentos 7, 9 e 13). A possibilidade de escolher os limites mínimos das velocidades indicadas nas DCE-R não se restringe aos segmentos internos de localidades, sendo muito útil também para segmentos de estradas periféricas. Um exemplo destes é a interligação com os centros médios Bensheim e Buchen, vizinhos dos vizinhos, que atravessam a mata de Odenwald (ver quadro A42). A distância por estrada entre Bensheim e Buchen é de aproximadamente 80 km, situando-se portanto dentro da distância padrão da categoria A II. Segundo o Quadro 9 das diretrizes, nesses trechos é desejável o intervalo de velocidades de 60 a 90 km/h. Como, no entanto, a interligação entre Bensheim e Buchen na sua maior parte passa por regiões montanhosas, de relevo difícil e de paisagismo altamente sensível, foi localidades vizinhas localidades vizinhas de vizinhas Quadro A38: Interligação com Localidades Vizinhas e com Vizinhas de Vizinhas com uma Função de Interligação mais Elevada (aqui uma função de interligação de grau I) dentro de um Segmento de B 26 Darmstadt - Aschaffenburg DCE-R - 02/2000 A II 7 categoria da estrada número do segmento Quadro A39: Categoria de Estradas dos Graus II a IV da Função de Interligação em GrossUmstadt 55 Nœmero do Interliga ªo Determinante Segmento da Estrada v= vizinho vv = vizinho de vizinho Grau do Centro Categoria da Estrada CG = centro grande CM = centro mØdio CB = centro bÆsico MB = bairro Dist ncia pela Estrada km Rela ªo com a Dist ncia Padrªo Intervalo de Velocidade Desejada ab = abaixo de = dentro do intervalo ac = acima 1 Gross-UmstadtDarmstadt v CM - CG A II 23 ab 50 - 80 2,3,4 Dieburg-H chst/ Breuberg vv CM - CM A II 20 ab 50 - 80 vv CM - CM A II 24 ab 50 - 80 5 Gross-UmstadtMichelbach/Erbach 6 Gross-UmstadtDarmstadt vv CB - CB A III 23 ab 40 - 60 7 Gross-UmstadtDarmstadt v CB - CM C III - - 30 - 50 8 Gross-UmstadtDarmstadt v CB - CM D III - - 20 - 30 9 OtzbergBabenhausen vv CB - CB C III - - 30 - 50 10 OtzbergBabenhausen vv CB - CB B III - - 40 - 60 11 OtzbergBabenhausen vv CB - CB A III 17 ab 40 - 60 12 OtzbergBabenhausen vv CB - CB D III - - 20 - 30 13 OtzbergBabenhausen vv CB - CB C III - - 30 - 50 14/15 OtzbergBabenhausen vv CB - CB A III 17 ab 40 - 60 16 Gross-UmstadtBad K ning vv CB - CB C III - - 30 - 50 17 Gross-UmstadtBad K ning vv CB - CB A III 18 ab 40 - 60 18 SpachbrckenGross-Umstadt v MB - CB D IV - - 20 - 30 19 SpachbrckenGross-Umstadt v MB - CB A IV 8 de 40 - 60 20 RaibachGross-Umstadt v MB - CB B IV - - 30 - 50 21 RaibachGross-Umstadt v MB - CB A IV 2 de 40 - 60 Quadro A40: Intervalos de Velocidades Desejadas para as Estradas de Grau de Função de Interligação II a IV, relacionadas no Exemplo de Gross-Umstadt (ver Quadro 9 das Diretrizes) escolhida a velocidade mínima da faixa: 60 km/h. Diminuição da Velocidade de Trânsito Desejada para um Segmento de Estrada quando existe uma Via Férrea para o Transporte Público Coletivo de Pessoas Paralelo (exemplo B 449, Ober-Ramstadt Darmstadt) 56 Quando existe alguma possibilidade de substituição por outros meios de locomoção, muitas vezes é possível partir de níveis de exigência mais baixos para certos segmentos de uma estrada. Isto, por exemplo, vale para a interligação que existe entre o centro médio OberRamstadt e o centro grande Darmstadt, ao longo da estrada B 449 (função de interligação de grau II), paralela à qual corre uma linha férrea (ver quadro DCE-R - 02/2000 A43). Uma condição prévia para a diminuição da velocidade do tráfego prevista nas diretrizes, devido a uma situação dessas, é que exista uma possibilidade real de substituição da função de interligação através de uma linha férrea. Como a função de interligação de grau II da estrada B 449 nesse segmento é determinada somente pela interligação do centro médio de OberRamstadt ao centro grande de Darmstadt, (as interligações às localidades vizinhas de vizinhas de Darmstadt, bem como de Ober-Ramstadt, passam pelas estradas B 326, B 426 e A 5), os níveis de exigência da velocidade do tráfego podem ser rebaixados, desde que a qualidade de serviço prestada pela via férrea seja realmente suficiente. Por enquanto ainda não existem critérios de validade geral para se saber a partir de qual qualidade de serviço existe a possibilidade de substituição. Por isto, na região analisada, cada caso deve ser avaliado por meio de estudos detalhados. As seguintes questões devem ser consideradas: - relação de tempo de viagem entre o trânsito pelas estradas e pela via férrea; - quantidade de ida e volta de trens que trafegam por dia, diferenciados por horários específicos (trânsito profissional, escolar, para compras e para eventos culturais e esportivos); centro médio 30 ○ ○ ○ ○ função de interligação de grau II função de interligação de grau III função de interligação de grau IV velocidade de trânsito desejada (km/h) Quadro A41: Velocidade de Trânsito Desejada (exemplo GrossUmstadt) função de interligação de grau II Quadro A42: Percurso da Interligação Bensheim - Buchen atravessando a Mata de Odenwald DCE-R - 02/2000 57 - possibilidade de “memorização” dos horários (cadência); - paradas ou a possibilidade de baldeação para as instalações centrais no local de destino; - acesso à estação no local de origem. Conforme o caso, estacionamentos nas imediações; - preço das tarifas, por exemplo ofertas especiais para eventos específicos (“passagens para o teatro”). A4.2.3 Fatores de Desvio O fator de desvio como segunda característica da qualidade de interligação é um critério de decisão para o enquadramento das interligações das redes de estradas. Além disto, ele é importante para avaliação geralmente não é significativo. No planejamento de medidas construtivas novas, em geral deve ser escolhido o traçado mais direto possível, por questões de acesso. No entanto, por questões de proteção ao meio ambiente, muitas vezes as rotas com desvios podem ser vantajosas. Também em situações construtivas difíceis, uma rota com desvios em certos casos pode ser mais econômica. Deslocamento de uma Função de Interligação de Espaços Amplos sobre uma Rota com Desvios, por Razões Paisagísticas Especiais. Na área que está sendo examinada, a interligação A centro grande centro médio linha férrea para o transporte público coletivo de pessoas função de interligação de grau II Quadro A43: Paralelismo entre Estrada e Linha Férrea de Transporte Público entre Darmstadt e Ober-Ramstadt de rede existente e para o planejamento de medidas construtivas novas. Os critérios no processo de avaliação entre a “interligação a mais reta possível” por questões de acesso e uma concentração do máximo de funções sobre o mínimo de estradas por motivos de economia e de proteção ao meio ambiente, que obrigatoriamente é ligada a maiores desvios, são indicados no Quadro 10 das diretrizes. Eles só deveriam ser aplicados em interligações supra-locais, especialmente nas interligações de graus mais elevados, em casos especiais (por exemplo o contorno de regiões especialmente sensíveis), nas rotas que estão fora da faixa considerada vantajosa (fator de desvio entre 1,0 e 1,25). Para a rede viária dentro das comunidades, o fator de desvio 58 1234567890123 1234567890123 1234567890123 área ecológica de Odenwald estrada de pista dupla estrada de pista simples centro grande Quadro A44: Contorno da Mata de Odenwald com uma Função de Interligação de Grau I 67/A 5/B 26 dos centros grande Mannheim / Ludwigshafen / Heidelberg e Aschaffenburg contorna todo o sistema ecológico de Odenwald, com um fator de desvio de cerca de 1,52 (ver quadro A44). No entanto, esta interligação passa pela área central do centro grande Darmstadt, já que não existe um contorno adequado dessa cidade. Um deslocamento total dessa interligação para outra rede auto-estradas (A 5 - A 3) pelo cruzamento de Frankfurt, aumentaria DCE-R - 02/2000 o fator de desvio da interligação desses centros grandes Mannheim-Ludwigshafen-Heidelberg e Aschaffenburg de 1,52 para 1,82. Nesse caso, o fator de desvio mencionado cairia numa área considerada desvantajosa pelas diretrizes. Um enquadramento dessa natureza não estaria de acordo com a rota efetivamente escolhida pelos participantes do tráfego. Por isto, a rota foi agregada à estrada B 26, apesar dos conflitos consideráveis dentro de Darmstadt. Exemplos da Importância dos Fatores de Desvio para a Avaliação da Rede de Estradas Existente. Na avaliação da rede de estradas existente, os diversos fatores de desvio são identificados e todas as interligações serão avaliadas segundo as diretrizes (ver quadro A45). As interligações cujos fatores de desvio foram avaliadas como “menos vantajosas” fornecem indicações valiosas sobre dificuldades de acesso pela rede de estrada existente. A anulação das dificuldades de integração exige ampliações e/ou reconfigurações da rede. Grau da Fun ªo de Interliga ªo Dist ncia pela Estrada Dist ncia em Linha Reta Fator de Desvio Darmstadt Aschaffenburg I 43 36 1,19 vantajoso Darmstadt Heidelberg I 64 52 1,23 vantajoso Heidelberg Aschaffenburg I 108 71 1,52 menos vantajoso Benshein Dieburg II 42 30 1,40 aceitÆvel Benshein Michelstadt II 47 27 1,74 menos vantajoso Michelstadt Buchen II 46 29 1,59 menos vantajoso Benshein Buchen II 93 54 1,72 menos vantajoso Interliga ªo Avalia ªo Segundo a DCE-R Quadro A45: Exemplo da Importância de Fatores de Desvio no Ambito da Avaliação da Rede de Estradas Existente A4.3 Neutralização de Situações Conflitantes nas Travessias De uma interconexão de grupos de categoria e graus da função de interligação é possível deduzir os primeiros indícios de prováveis conflitos na rede de estradas existente. No exemplo da região de Sul de Hessen, a qual está sendo examinada, evidencia-se que as travessias de localidades cheias de conflitos, com exigências elevadas dos graus mais altos das funções de interligação, na realidade aparecem com bastante freqüência (ver o mapa 8). Para as estradas do grau I da função de interligação, tais misturas de funções (por exemplo a travessia de Darmstadt ao longo da estrada B 26, ver item A4.2.3) em geral só poderão ser solucionadas com uma separação de funções (por exemplo a construção de uma perimetral ou deslocamento para uma outra estrada mais livre). Com isto ganha-se a continuidade maior da característica de uma estrada, o que servirá para maior segurança do tráfego. A necessidade de uma separação de funções é altamente DCE-R - 02/2000 válida em casos de exigências concorrentes de funções elevadas de interligação com funções de integração / local (existentes ou latentes). No exemplo de Spachbrücken (ver item A3.3.1), fica evidente que a função de interligação, na área da travessia da localidade, praticamente desaloja totalmente as funções de integração e local resultantes das moradias ao longo da travessia. Como não é possível a consideração adequada de todas as exigências presentes através de uma alteração construtiva da travessia devido ao pequeno recuo do alinhamento das construções, será necessário considerar um deslocamento dos graus elevados das funções de interligação para uma perimetral que contorne a localidade. Numa grande quantidade de travessias de localidades dos graus III e IV da função de interligação, a necessidade de uma perimetral para contornar as localidades fica menos evidente. Nestas, as exigências de integração e locais podem muitas vezes ser satisfeitas sem comprometer demasiadamente toda a função de 59 interligação, por exemplo por meio de baias para estacionamentos longitudinais através do estreitamento da pista da estrada por ajardinamentos, pela diminuição da velocidade e pela melhoria das transposições da pista pelos pedestres (ver item A3.3.1). Caso, por motivos de conflitos execessivos de utilização, a função de interligação de uma travessia de localidade seja retirada, então a travessia da localidade deverá ser novamente classificada tanto quanto ao grupo de categoria bem como quanto ao grau de função de interligação. enquadramento no grau de categoria quanto para determinar a velocidade de trânsito desejada. Em geral o nível da exigência de qualidade da interligação poderá ser rebaixado. Se de uma reavaliação resulta que todas as funções de uma interligação poderão ser deslocadas, então existe inclusive a possibilidade de reconverter um segmento de estrada em terra cultivável ou de usálo como caminho rural ou para bicicletas. Depois da perda da função superior de interligação, em geral a travessia da localidade deverá ser agregada a um grau de função inferior. Isto permite freqüentemente a classificação da travessia da localidade no grupo de categoria D ou E e melhor consideração das exigências de integração e locais, com modificações construtivas correspondentes. Perda da Função de Interligação de Grau Elevado de Travessia de Localidade através da Implantação de Perimetral (exemplo Eppertshausen e Münster) Através da implantação já realizada da perimetral de contorno B 45 para as localidades de Eppertshausen e de Münster, as funções de interligação Centro Grande Darmstadt - Centro Grande Hanau (grau I da função de interligação) e Centro Médio Rödemark - Centro Médio Dieburg (grau II da função de interligação) foram retiradas destas duas localidades. Como ambas as localidades não oferecem condições de centro, ainda permanece uma função de interligação de grau IV na sua travessia. Este grau permite uma superposição com exigências de integração e local e assim uma configuração das respectivas travessias como estradas de categoria D IV ou E IV (ver quadro A46). grau I da função de interligação grau II da função de interligação grau IV da função de interligação Quadro A46: Deslocamento das Funções de Interligação devido à Perimetral de Contorno de Eppertshausen e Münster A4.4 Possibilidades de Regressão Enquanto a modificação significa a reconfiguração dos segmentos de uma estrada sem alterar o seu grau de função, a regressão significa o deslocamento de funções de interligação (geralmente de graus elevados) para outros segmentos e uma reconfiguração correspondente dos segmentos. A regressão de uma estrada é, ao lado da ampliação e da implantação, fator importante numa configuração de redes de estradas. Como acontece com travessias de localidades, também estradas perimetrais que foram deslocadas, principalmente aquelas cujos graus mais elevados da função de interligação, devido a alguma implantação ou a medidas de ampliação, deverão sofrer uma nova avaliação. Isto vale tanto para novo 60 Quadro A47: Verificação de Possibilidade de Regressão DCE-R - 02/2000 Possibilidade de Regressão de um Segmento de Estrada devido à Situação Paralela de uma Estrada de Grau mais Elevado (exemplo contorno de Dieburg). A nova estrada federal B 26 Darmstadt-Aschaffenburg corre imediatamente ao lado da perimetral de Dieburg, no trajeto da antiga estrada federal 26 (ver quadro A47). No âmbito de uma avaliação funcional da antiga B 26 devem ser estudadas possibilidades de regressão, inclusive a reconversão de certos segmentos para terras cultiváveis. Para este estudo é de importância fundamental a função preenchida pelo segmento de estrada para as áreas urbanizadas vizinhas. centro médio grau de função de interligação de grau II Possibilidade de Regressão de Segmento de Estrada para Terra Cultivável no âmbito de um Planejamento de Paisagismo (exemplo Interligação de Centros Médios Worms-Lampertheim) No âmbito externo de áreas urbanizadas, uma reconversão de estradas representa um instrumento para proteção ativa do meio ambiente. Assim é uma estrada do grau II da função de interligação entre os centros médios de Worms e Lampertheim, na várzea do Rhein, numa região de terras intensivamente cultiváveis e valiosas, beirando inclusive em áreas de proteção ao meio ambiente (ver Quadros A48 e A49). Por meio de uma relocalização completa dessa interligação sobre as estradas B 44 e B 47 que passam adjacentes e de reconversão deste segmento da estrada L 3310 para terras cultiváveis, é possível obter ali uma área inteiriça maior de terra cultivável e de proteção ao meio ambiente. O acesso a instalações situadas às margens da L 3310 (área comercial) poderia ser feito pela implantação de estrada secundária que agrediria menos o meio ambiente e a paisagem. Assim, o encadeamento funcional da rede de estrada pode também fornecer uma contribuição positiva sob o ponto de vista de proteção ao meio ambiente, por exemplo no âmbito do planejamento paisagístico. O encadeamento mostra também que os problemas que obstruem a possibilidade de reconversão para terras cultiváveis podem muitas vezes ser solucionados através da combinação de novas medidas de configuração. No entanto, o resultado global da combinação destas medidas deveria ser analisado profundamente quanto aos seus possíveis efeitos colaterais sobre o meio ambiente. DCE-R - 02/2000 ○ ○ ○ ○ ○ ○ 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 segmento de estrada que será reconvertida em terra cultivável implantação de uma estrada sem continuidade terra cultivável de alto valor reserva natural Quadro A48: Exemplo de uma Possibilidade de Regressão para uma Concepção de Rede respeitando o Meio Ambiente, combinada com uma Implantação Possibilidades de Reconfiguração de Estrada Urbana para Tranqüilização do Trânsito numa Partição (exemplo estrada Pallaswiese) Para as redes internas de uma comunidade, as possibilidades de regressão de determinados segmentos de estradas são intimamente ligados a conceitos da formação de partições de trânsito tranqüilo. Pelo estreitamento da seção transversal de pistas podem ser conseguidas áreas para usos alternativos. Pela redução da velocidade do tráfego, a segurança poderá ser aumentada. O Quadro A50 mostra uma estrada da partição de Johannisviertel em Darmstadt (ver item A3.3.2) que, no conceito de tranqüilização do trânsito, deverá colaborar para a função de acesso da partição (a estrada Pallaswiese, ver mapa 10). As características construtivas e funcionais (largura da pista, tráfego preferencial, a proibição de estacionar em ambos os lados) ainda são dirigidas para satisfazer as exigências de interligação. Pelo desligamento da estrada Pallaswiese da estrada Kasino, no âmbito do conceito de tranqüilização do trânsito desejado pelo planejamento de desenvolvimento da cidade (rebaixamento da categoria 61 desta estrada, da categoria C IV para D V) é possível fazer uma regressão correspondente do segmento de estrada urbana para a categoria D V. Quadro A49: Adjacência Rural da L 3310 Quadro A50: Exemplo de uma Possibilidade de Regressão em uma Futura Estrada de Integração da Categoria D V (estrada Pallawiese em Darmstadt 62 DCE-R - 02/2000 Sul de Hessen Área Estudada Mapa 1 limites da área de planejamento limites de setor ver encadeamento interno de comunidades centro grande centro médio centro básico comunidade/bairro sem função de centro DCE-R - 02/2000 63 Darmstadt Encadeamento Interno de Comunidades Mapa 2 Aproveitamento predominante limite limite limite limite de de de de comunidade centros médios internos das comunidades centros básicos internos das comunidades bairro sem função de centro centro grande interno da comunidade 64 A M IC I FE ARI ARR ARP centro médio interno da comunidade PCI centro básico interno da comunidade PIR PIL bairro sem função de centro PGT abastecimento moradias indústria e comércio instrução fins especiais área de repouso importante e supra-regional área de repouso “regional” área de repouso próxima ponto de interconexão importante de áreas amplas ponto de interconexão regional ponto de interconexão local ponto gerador de tráfego DCE-R - 02/2000 Adjacências Interligações de Espaços Amplos Mapa 3 centro grande área estudada limites das áreas de entrelaçamento extensão em linha reta DCE-R - 02/2000 65 Sul de Hessen Interligações Supra-Regionais/Regionais Mapa 4 centro grande centro médio extensão em linha reta ver encadeamentos internos de comunidades 66 DCE-R - 02/2000 Sul de Hessen Interligações Intercomunitárias Mapa 5 centro grande centro médio centro básico ver encadeamentos internos de comunidades DCE-R - 02/2000 67 Interligações com Função de Integração de Áreas Setor de Dieburg Mapa 6 centro grande centro médio centro básico comunidade/bairro sem função de centro extensão em linha reta 68 DCE-R - 02/2000 Setor de Hessen Funções de Interligação dos Graus I a III Mapa 7 função de interligação de grau I função de interligação de grau II função de interligação de grau III DCE-R - 02/2000 69 Setor de Dieburg Funções de Interligação dos Graus I a IV Mapa 8 Grau de funções de interligação I interligações de estradas extensas II interligações de estradas supra-regionais/regionais III interligações de estradas intercomunitárias IV interligações de estradas para integração de áreas 70 DCE-R - 02/2000 Funções de Interligação dos Graus I a IV (Internas de Comunidade) Setor de Dieburg ......... ver mapa 10 DCE-R - 02/2000 Mapa 9 Grau de funções de interligação I interligações de estradas extensas II interligações de estradas supra-regionais/regionais III interligações de estradas intercomunitárias IV interligações de estradas para integração de áreas 71 Categorias de Estradas CII a EVI (Internas de Comunidade) Partição de Johannisviertel Grau de funções de interligação I interligações de estradas extensas II interligações de estradas supra-regionais/regionais III interligações de estradas intercomunitárias IV interligações de estradas para integração de áreas V interligações de estradas subordinadas VI interligações de caminhos 72 Mapa 10 Grupos de Categorias A... sem urbanização nas margens / fora de área urbanizada B... sem urbanização nas margens / em áreas urbanizadas C... com urbanização nas margens / função determinante de interligação D... com urbanização nas margens / função determinante de integração E... com urbanização nas margens / função determinante local DCE-R - 02/2000 Glossário Trânsito : é o movimento. O ato de se deslocar. Tráfego : são os elementos participantes do trânsito. Estradas de Pista Simples : sem quaisquer complementação do nome, são estradas com duas faixas de trânsito, numa única pista , sem separação construtiva entre as faixas, com dois sentidos de trânsito, podendo os veículos de um dos sentido ocupar temporáriamente a faixa destinada aos veículos do outro sentido Estradas de Pista Simples (2+1) : são estradas com três faixas de trânsito, numa única pista, com dois sentidos de trânsito, com alternância de uso das duas faixas para ambos os sentidos em segmentos regulares Estradas de Pista Dupla : são estradas de quatro ou mais faixas de trânsito, divididas para atender os dois sentidos , com ou sem separação construtiva dos sentidos Deslocamento Geométrico : é a movimentação curvilínea em baixa velocidade de um veículo automotor, isto é, a força centrífuga que aparece nestes casos é despresível Deslocamento Dinâmico : é a movimentação curvilínea de um veículo automotor numa velocidade considerável, isto é, a força centrífuga que aparece nestes casos já não é despresível INTERSEÇÃO : Situação de encontro de duas ou mais estradas ( interligação ) e também o nome do dispositivo disciplinador dos movimentos de interligação Braço de uma Interseção : É toda embocadura de uma interseção Interseção de Nível Único : Interseção onde as manobras de cruzamento são feitos num mesmo nível Interseção a Níveis Diversos : Interseção onde as manobras de cruzamento são feitas em níveis diferentes Acesso : Interseção com três braços. Uma estrada emboca numa outra estrada direta ( interseção em forma de T ) Cruzamento : Interseção com quatro braços. Encontro de duas estradas, com ambas tendo continuidade após o ponto de encontro Movimentos numa Interseção : Conversão : É todo movimento de mudança de rota de um participante do trânsito Tipos de Conversão : a) Em Interseções de Mesmo Nível Nestes casos a estrada de passagem direta ( preferencial ) é o referencial. Temos então : Saida à Direita : manobra de conversão à direita, da preferencial para a secundária Saida à Esquerda : manobra de conversão à esquerda, da preferencial para a secundária Entrada à Esquerda : manobra de conversão à esquerda, da secundária para a preferencial Entrada à Direita : manobra de conversão à direita, da secundária para a preferencial Cruzamento : manobra de transpor a pista da estrada preferencial vindo da secundária b) Em Interseções a Níveis Diversos Nestes casos temos três situações a considerar: 1 - Acesso ( em forma de T ) Entrada à Esquerda : Manobra Braço Secundário - Braço Preferencial à Esquerda Entrada à Direita : Manobra Braço Secundário - Braço Preferencial à Direita Saida à Esquerda : Manobra Braço Preferencial - Braço Secundário à Esquerda Saida à Direita : Manobra Braço Preferencial - Braço Secundário à Esquerda DCE-R - 02/2000 73 Obs. : para efeito de Direita ou Esquerda considera-se a posição relativa do condutor na interseção 2 – Cruzamento de Auto-Estradas: Neste tipo de interseção não se define uma preferencial com no tipo acesso. Portanto, as manobras de interligação serão nominadas simplesmente como saidas e a complementação esquerda ou direita dependerá somente se o movimento de ingresso na outra estrada for à esquerda ou à direita, relativamente a posição na interseção. 3 – Em algumas situações poderão aparecer as estradas referenciais dos movimentos. Na ausência destas referências, os movimentos são sempre referenciados a estrada principal. Saidas e Entradas: sem qualquer complementação referem-se somente a saidas e entradas relativamente à uma pista de trânsito Faixa ou Segmento para Acomodação : Faixas ou Segmentos destinados para a adaptação dos veículos quando vão mudar sua situação de trânsito, isto é, vão parar, sair, entrar, etc.. Faixa ou Segmento para Posicionamento ou Armazenamento: Faixas ou Segmentos destinados para paradas e armazenamento de veículos obrigados a dar a preferência em suas manobras de conversão 74 DCE-R - 02/2000