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At the beginning of the XIX century, Hegel defended that human history develops towards perfection, creating ever more sofisticated, balanced and just societies. About fifteen years ago, the American political scientist Francis Fukuyama concluded that humanity had finally reached the end of history and created an ideal system: a double-bind of liberal democracy and global capitalism. But two decades later this rather naïve hope has turned into disaster. The efforts of the Bush administration to export ‘their’ democracy led to war, intolerance and contempt for international law. The globalization of capitalism went much better, but the results are extremely worrying: a growing opposition between rich and poor, an ecological catastrophe in the making and the unchecked supremacy of greed and consumerism. In one aspect Fukuyama was right: the lack of credible existing alternatives. To maintain our life style, it is said, the economy needs to grow and to make that happen our governments and enterprises have to be the best at the market game. Today, this logic is so impregnated that it almost seems a law of nature. No wonder, say the theoreticians of biopolitics: consumer society has become so sofisticated that people have interiorized their own oppression. If the cycle of production and consumption (production feeds consumption and consumption sustains production) is the very base of our prosperity, nothing is more important than to format the individual person as producer/consumer. Control and management of the population, of the bios, of life itself, has become the prime objective of politics. And it is we ourselves who support and want this, because no price seems too high for security and prosperity, nothing seems more important than to saveguard and increase our capacity of consumption. We have come to believe that our freedom coincides with our capacity of purchase. In times of blind consensus we need dissonant voices. When life seems to be narrowed down to frenetic consumerism, we need to look for other paths. Nobody will dare to claim that Art can save the world, but in spite of massification and entertainment (of course, art itself has also been turned into a consumer product), some still see and practice art as a form of resistance. As an attempt to visit worlds hidden behind apparent truths. As a way to question what is generally accepted, easily absorbed or simply comfortable. The failures of existing Marxism have made the concept of Community suspect - to many even outdated - but artists like Lemi Ponifasio, Stefan Kaegi & Lola Arias, Faustin Linyekula and Filipa Francisco place the community resolutely in the centre of their artistic practice. Spirituality may be compromised by institutional religion and New Age commercials, but Nacera Belaza creates her work out of a state of inner silence and William Yang doesn’t hesitate to call his monologue a meditation. Berlin and Tiago Rodrigues & Rabih Mroué look for reality behind the appearances of so different places as Beirut and Bonanza, while Nine finger by Benjamin Verdonck, Fumiyo Ikeda and Alain Platel confront the unspeakable nature of violence. Akram Khan and Miguel Pereira multiply points of view in a dialogue with artists from other cultures, while Clara Andermatt, Tiago Guedes and Nature Theater of Oklahoma look for inspiration towards popular culture to experiment alternative visions of the world(s) we inhabit. Teatro Praga discusses conservatism, Michel Schweizer biopolitics and Patrícia Portela asks herself: “would the world be a better place if everybody could have a second chance?” In the hypothetical world of theatre, political and social debates acquire new meanings. Maybe less obvious, but no less incisive, is the minutious work that Thomas Hauert and Jonathan Burrows & Matteo Fargion develop on the borderline between music and dance. Or the varied encounters between body and matter staged by Cláudia Dias, Aydin Teker, Padmini Chettur or Zoitsa Noriega & Magdalena Sloncova. They create sites of experimentation and unfold imaginary worlds, for which little space is left in our accelerated cities. A well-known joke relates the story of a man falling from a skyscraper. As he is falling, he keeps repeating to himself “So far, so good…So far, so good”. Confronted with a world that insists on ignoring the end of the fall, the mumbling, grumbling, growling, meowing, humming, stammering and singing of the performers in Vera Mantero’s until the moment when god is destroyed by the extreme exercise of beauty is a precious voice of dissonance. Mark Deputter intro No início do século XIX, Hegel argumentou que a história humana se desenvolvia em sentido crescente, criando sociedades cada vez mais sofisticadas, equilibradas e justas. Há 15 anos atrás, o politólogo americano Francis Fukuyama concluiu que a humanidade tinha finalmente chegado ao fim desta história e alcançado a organização ideal: um sistema bicéfalo de democracia liberal e capitalismo global. Duas décadas depois, esta esperança algo ingénua tornou-se um fracasso óbvio. As diligências da administração Bush para exportar a ‘sua’ democracia, deram no que está à vista: guerra, intolerância, desprezo pelo direito internacional. A globalização do capitalismo correu bastante melhor, mas os resultados também são conhecidos: uma fossa crescente entre ricos e pobres, uma catástrofe ecológica à escala mundial e a supremacia da ganância e do consumismo. Numa coisa Fukuyama tinha razão: a falta de alternativas credíveis é estrondosa. Para manter o nosso nível de vida, diz-se, a economia precisa de crescer e, para isso acontecer, os nossos governos e as nossas empresas têm de primar no jogo dos mercados. Hoje em dia, o raciocínio é tão impregnado que até parece uma lei da natureza. Não é de estranhar, dizem os pensadores da biopolítica: a sofisticação da nossa sociedade de consumo é tal, que os indivíduos interiorizaram a sua própria opressão. Se produzir e consumir estão intimamente interligados (a produção alimenta o consumo e o consumo sustenta a produção), formando a base da nossa prosperidade, nada é mais importante do que formatar o indivíduo enquanto produtor/consumidor. O primeiro objectivo da política tornou-se o controlo e a gestão da população, do bios, da vida de cada um de nós. E nós assim o queremos, porque nenhum preço parece alto demais para a segurança e a prosperidade, nada parece mais importante do que salvaguardar e aumentar a capacidade individual de consumir. Instalou-se a sensação de que a nossa liberdade coincide com o nosso poder de compra. Em tempos de pensamento único precisamos de vozes dissonantes. Quando a vida parece afunilar-se num consumismo frenético, precisamos de descobrir outras vias. Já não há ninguém que ouse sugerir que a arte pode salvar o mundo, mas contra todas as tendências de massificação e entretenimento (pois, a arte também se tornou num produto de consumo), há quem continue a ver e praticá-la como forma de resistência. Como uma tentativa de visitar os mundos que se escondem atrás do mundo aparente. Como uma maneira de questionar o que é geralmente aceite, facilmente absorvido ou simplesmente cómodo. Os fracassos do Marxismo Real tornaram a ideia da Comunidade suspeita, para muitos talvez até obsoleta, mas artistas como Lemi Ponifasio, Stefan Kaegi & Lola Arias, Faustin Linyekula e Filipa Francisco colocam a comunidade resolutamente no centro da sua prática artística. O desfasamento da religião institucional e a comercialização da New Age comprometeram a espiritualidade, mas Nacera Belaza parte da escuta do silêncio interior para criar as suas coreografias e William Yang não hesita em chamar à sua obra uma meditação. Tiago Rodrigues & Rabih Mroué e o grupo Berlin vão à procura da realidade atrás das aparências, em lugares tão diferentes como Beirute e Bonanza, enquanto Nine finger de Benjamin Verdonck, Fumiyo Ikeda e Alain Platel procura o encontro com algo que preferimos não confrontar: a natureza da violência. Akram Khan e Miguel Pereira procuram multiplicar ângulos de visão em diálogo com artistas de outras culturas, enquanto Clara Andermatt, Tiago Guedes e Nature Theater of Oklahoma se inspiram na cultura popular para experimentar visões alternativas dos mundos em que vivemos. Teatro Praga discute o conservadorismo, Michel Schweizer a biopolítica e Patrícia Portela pergunta: “O mundo seria um lugar melhor se cada um tivesse uma segunda oportunidade?” No mundo hipotético do palco, o debate político e social alcança novas ressonâncias. Talvez menos óbvio, mas não menos incisivo é o trabalho minucioso que Thomas Hauert e a dupla Jonathan Burrows & Matteo Fragion desenvolvem na fronteira entre a dança e a música. Ou os vários encontros do corpo e da matéria, ensaiados por Cláudia Dias, Aydin Teker, Padmini Chettur ou Zoitsa Noriega & Magdalena Sloncova. Criam-se espaços de experimentação, mundos imaginários para os quais normalmente resta pouco espaço na vida acelerada das nossas cidades. Uma anedota conhecida conta a história de um homem que cai de um arranha-céus. Enquanto cai vai repetindo as palavras: “Por enquanto tudo bem… Por enquanto tudo bem”. Perante um mundo que insiste em ignorar o fim da queda, o resmungar, murmurar, rosnar, miar, zumbir, gaguejar e cantar dos intérpretes na peça de Vera Mantero até que deus é destruído pelo extremo exercício da beleza é uma preciosa voz de dissonância. Mark Deputter 5 lemi ponifasio | tempest II 6 stefan kaegi + lola arias | chácara paraíso 7 teatro praga | conservatório 8 berlin | bonanza 9 companhia nacera belaza | un an après... titre provisoire 10 faustin linyekula | the dialogue series: iii. dinozord 11 tiago rodrigues + rabih mroué | yesterday’s man 12 cláudia dias + re.al | das coisas nascem coisas 13 filipa francisco + wonderfull’s kova m | íman 14 benjamin verdonck + fumiyo ikeda + alain platel | nine finger 15 akram khan company + national ballet of china | bahok 16 patrícia portela | banquete 17 p.a.r.t.s. | new works 18 vera mantero | até que deus é destruído pelo extremo exercício da beleza 19 programa destacável | take out program 20 todos os espectáculos | all performances 21 todos os espectáculos | all performances 22 calendário | calendar 23 mapa e bilheteiras | city plan and tickets 24 zoo + thomas hauert | accords 25 zoitsa noriega + magdalena sloncova | to be SE(r)QUENCES 26 william yang | china 27 clara andermatt | meu céu 28 jonathan burrows + matteo fargion | speaking dance 29 nature theater of oklahoma | no dice 30 aydin teker | harS 31 tiago guedes | coisas maravilhosas 32 michel schweizer | BLEIB opus #3 33 miguel pereira | doo 34 padmini chettur | pushed 35 projecto teatral | LION NOIR 36 apresentações informais | works in progress 37 encontros | encounters 38 mais que um festival | not just a festival 39 apoios | supports 40 co-produtores e equipa | co-producers and collaborators lemi ponifasio MAU company tempest II são luiz teatro municipal quinta thursday 22 maio 21h sexta friday 23 maio 21h duração duration 1h30 | bilhetes tickets 10€ / 5€ O artista neozelandês Lemi Ponifasio desenvolve o seu trabalho com um grupo de intérpretes das ilhas do Oceano Pacífico. Tempest II é uma peça de teatro que se inspira na obra homónima de William Shakespeare e nos textos políticos do filósofo Giorgio Agamben sobre a relação entre o cidadão e o Estado. Relembra os casos do refugiado algeriano Ahmed Zaoui, que esteve detido durante quatro anos sem julgamento numa prisão neozelandesa, e do activista maori Tame Iti, preso numa intervenção antiterrorista na sua comunidade em Ruatoki. Tempest II, uma parábola sobre os tentáculos do poder, denuncia a situação desesperada dos povos que habitam o sul do Pacífico. Invoca a viagem de Captain Cook no fim do século XVIII, a conquista colonial do Pacífico que se seguiu e a opressão dos povos ilhéus. A origem do nome da sua companhia, MAU, deve-se ao movimento que lutou pela independência das ilhas Samoa. Com MAU, Ponifasio cria uma linguagem minimalista e poética de grande beleza, baseada nas cerimónias e cantigas das culturas locais, habitadas por humanos, deuses, pássaros, animais e antepassados. Assume a responsabilidade política de desenvolver uma linguagem artística contemporânea a partir da ostracizada cultura indígena: “A contemporaneidade é herdeira directa da tradição e não a sua bastardia”. Lemi Ponifasio develops his work with a company of performers who come from across the South Pacific. Tempest II is inspired by Shakespeare’s homonymous play and the political writings of the philosopher Giorgio Agamben about state power and human rights. He features the Algerian refugee Ahmed Zaoui, detained for four years without trial in a New Zealand prison, and the Maori activist Tame Iti, arrested during an anti-terror raid on his community in Ruatoki. A parable of the tentacles of power, Tempest II exposes the desperate state of colonised Oceania. It invokes the travels of Captain Cook at the end of the 18th century and the subsequent colonisation of the South Pacific. MAU, the name of the company, is taken from the popular movement that fought for the independence of Samoa. With his company, Ponifasio has been developing a unique performance idiom, starkly minimalist, yet poetic and generous, based on the ceremonies and ritual songs of the living cultures of the Pacific. A world inhabited by humans, gods, birds, animals and ancestors. He fully assumes the political responsibility to develop a contemporary art form out of the ostracized indigenous cultural traditions: “For me contemporary is the legitimate child of tradition - not the bastardization of it.” conceito, direcção e palco conception, direction, stage lemi ponifasio luz light helen todd intérpretes performers mau produção production mau apoiado por supported by creative new zealand apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon creative new zealand fotografia lemi ponifasio 5 stefan kaegi lola arias chácara paraíso palácio santa catarina (org. culturgest) sexta friday 23 sábado saturday 24 domingo sunday 25 segunda monday 26 maio maio maio maio entradas às starting at 19h, 19h30, 20h, 21h e 21h30 duração duration 1h30 | bilhetes tickets 10€ / 5€ Porque é que alguém decide ser polícia? Para defender a democracia, porque gosta do perigo, porque não consegue outro trabalho, por idealismo, porque quer andar com um revólver na cintura? Chácara Paraíso é o local onde se encontra o maior centro de formação de soldados da Polícia Militar da América Latina, no bairro de Pirituba, São Paulo. Nesse local, todos os dias, mais de 2000 polícias aprendem marchas, abordagens e ataques. No Chácara Paraíso os jovens de 18 anos treinam para a realidade a partir de simulações que são formas de teatro. Existe até uma favela cenográfica onde os polícias disparam contra alvos de papelão pintados como pessoas: homem de barba com pistola (atirar!), fotógrafo com câmara (não atirar!), mulher bonita com revólver (atirar!), homem com refém (não atirar!). Os polícias enfrentam bonecos de papelão. A ficção converte-se numa forma de treino. A convite do Goethe-Institut São Paulo os encenadores Lola Arias e Stefan Kaegi (autor de Mnemopark, um mundo de comboio em miniatura, na Culturgest em 2007) visitaram centros de formação e treino, cerimónias de formatura, centros de atendimento psicológico, cavalarias, o Corpo Musical e até a capela da Polícia Militar de São Paulo. Durante este percurso, surgiu uma imagem heterogénea e surpreendente da instituição policial, uma sociedade dentro da sociedade. Chácara Paraíso é uma forma de instalação que mescla o documental e a ficção, mostrando biografias de polícias, ex-polícias e familiares. Os intérpretes/polícias são os guias do museu da sua própria vida. O público percorre as salas em pequenos grupos. Why does someone decide to be a policeman: to defend democracy, because they like danger, because they can’t find other work, out of idealism, because they want to walk around with a revolver in their belt? Chácara Paraíso (Paradise Farm), in the Pirituba district of São Paulo, is where the largest training centre of military police soldiers in Latin America can be found. Everyday, in this place, more than 2000 policemen learn marches, approaches and attacks. In Chácara Paraíso the young 18-year-olds train for reality through simulations that are forms of theatre. There’s even a scenic slum for the policemen to shoot cardboard targets painted as people: a bearded man with a pistol (shoot!), a photographer with a camera (don’t shoot!), a pretty woman with a revolver (shoot!), a man with a hostage (don’t shoot!). The policemen stand up to cardboard dolls. Fiction converts itself into a form of training. At the invitation of the Goethe Institute of São Paulo, the directors Lola Arias and Stefan Kaegi (author of Mnemopark – a miniature train world, at Culturgest 2007) visited training and practice centres, graduation ceremonies, psychological help centres, cavalries, the Musical Corps, even the Military Police Chapel of São Paulo. Along this route, a surprising and heterogeneous image of the police institution emerges, a society within society. Chácara Paraíso is a type of installation that mixes the documental and fictional, displaying biographies of policemen, ex-policemen and their family members.The performers/policemen are the guides of the museum of their own lives. The public travels through the rooms in small groups. conceito e encenação concept and direction lola arias, stefan kaegi com with isabel cristina amaro, thiago de paula santos alves, marcel lima, pedro amorim, sebastião teixeira dos santos, terezinha teixeira dos santos, ellana gomes viana pires, luis carlos tokunaga, cleber rodrigues campos colaboração artística e assistência de encenação artistic collaboration and direction assistant cristiane zuan esteves segunda assistente de encenação second direction assistant manuela afonso montagem vídeo video editing marilla halla produção production interior produções artísticas internacionais / matthias pees, ricardo muniz fernandes realização achievement goethe institut são paulo em parceria com in partnership with sesc são paulo apoio support kulturstiftung des bundes 6 co-produção co-production alkantara teatro praga conservatório hospital miguel bombarda sexta friday 23 >>>> quinta thursday 29 maio excepto segunda 26 except monday 26 21h duração duration ±1h30 | bilhetes tickets 10€ / 5€ O ponto de partida para este espectáculo surge de um texto de Peter Sloterdijk em que aborda a alegoria “cavernosa” da estufa: conservatory, em inglês, é também sinónimo de estufa, um lugar onde conservamos qualquer coisa que desejamos preservar. Se o “conservatório” é um lugar onde objectos e seres vivos se podem conservar e sobreviver, distantes de todas as alterações e mudanças (excepto da velhice e dos seus resultados naturais), o nosso Conservatório é um lugar onde textos e actores se podem conservar e sobreviver, distantes de todas as alterações e mudanças (excepto da velhice e dos seus resultados naturais). Se um “conservatório” pode tornar-se uma organização evoluída, sob a forma de um estabelecimento público ou privado, destinado a salvaguardar e a promover o ensinamento de certos valores culturais como a música, a dança, o teatro, e também de outros tipos de saber como as técnicas de certos métiers (mecânico etc.), o nosso Conservatório tenta ser uma organização que se deixa evoluir, sob a forma de um espaço semi-público/semi-privado, destinado a salvaguardar e a promover o ensinamento do Teatro. O termo conservatório é maioritariamente usado para designar um fenómeno artificial de protecção, mas é igualmente aplicado para designar um contexto natural, espontâneo, que consegue preencher sem intervenção antrópica, uma função de preservação — tome-se em consideração este exemplo: o isolamento de uma ilha durante a deriva dos continentes pode criar um “conservatório” natural de espécies vivas. Assim sendo, Conservatório é um espectáculo como resultado natural da deriva do teatro que tenta criar um conservatório natural de espécies. The point of departure for this show emerges from a text by Peter Sloterdijk addressing the “cavernous” allegory of the greenhouse: conservatory is also a synonym in English for greenhouse, a place where we keep what we want to preserve. If the conservatory is a place where objects and human beings can conserve themselves and survive, distant from all alterations and changes (except for aging and its natural results), our Conservatório is a place where texts and actors can conserve themselves and survive, distant from all alterations and changes (except aging and its natural results). If a conservatory can become an evolved organization, under the form of a public or private establishment, destined to safeguard and promote the teaching of cultural values such as music, theatre, and other types of knowledge such as the techniques of certain métiers (mechanic, etc.), our Conservatório is an organization that allows itself to evolve, under the form of a semi-public/semi-private space, destined to safeguard and promote the teaching of Theatre. The term conservatory is largely used to designate an artificial phenomenon, but it is equally applied to designate a natural spontaneous context that is able to fulfill, without human intervention, a function of preservation - for instance, the isolation of an island during the drift of the continents as being able to create a natural conservatory of living species. So, Conservatório is also a performance resulting from the natural drift of theatre that tries to create a natural conservatory of species. co-criação e interpretação co-creation and interpretation andré e. teodósio, cláudia jardim, josé maria vieira mendes, patrícia da silva e pedro penim desenho de luz light design daniel worm d’assumpção produção e promoção production and promotion pedro pires, joana gusmão co-produção co-production alkantara residência residence o espaço do tempo | capa 7 berlin bonanza teatro da politécnica sábado saturday 24 maio 19h e 23h domingo sunday 25 maio 19h e 23h duração duration 1h10 | bilhetes tickets 10€ / 5€ em inglês com legendas em português in english with portuguese subtitles Bonanza é um retrato cinematográfico de uma cidade mineira abandonada. Em tempos tivera 6000 habitantes, 36 saloons, 7 cabarets e um grande número de prostitutas para os mineiros. Agora é o lar de sete habitantes permanentes que, à procura de solidão e espiritualidade, encontram um mundo em miniatura, com a sua parte de acusações, mexericos, homicídio e medo. São raras as cidades onde ficamos a conhecer todos os habitantes, mas em Bonanza é possível. Berlin apresenta este microcosmo usando uma maquete da cidade e cinco ecrãs. Os ecrãs apresentam em simultâneo as vidas dos habitantes de Bonanza, a maquete dá uma noção real das distâncias e proporções da cidade. Bonanza é a terceira parte do ciclo Holocénio (o período geológico actual), uma série de retratos de cidades, incluindo Jerusalém (2004), Iqaluit (2005) e Moscovo (2009). Berlin apresenta os seus documentários em contextos teatrais, minuciosamente encenados. Bonanza foi seleccionado como uma das dez melhores peças de teatro de Flandres e Holanda em 2007. Diz o relatório do júri: “Bonanza não conta com a presença de actores, mas é teatral. Embora muitas companhias de teatro encontrem inspiração no cinema, Berlin leva esta tendência ao extremo. O resultado é impressionante.” Bonanza is a unique film portrait of an abandoned mining town. Once inhabited by over 6000 miners, traders, adventurers and prostitutes and boasting 36 saloons and 7 dance halls, it now is home to 7 permanent residents. In search of solitude and spirituality, they find a world in miniature, with its share of accusations, gossip, murder and fear. Cities where you get to know all of the residents are rare. But in Bonanza it is possible. Berlin portrays this microcosm using a scale model of the city and five television screens. The screens present the citizens of Bonanza, the scale model gives the audience a lively experience of distances and proportions. Bonanza is the third part of the Holocene cycle (the current geological period), a series of portraits of towns and cities that also covers Jerusalem (2004), Iqaluit (2005) and Moscow (2009). Berlin presents these documentary videos in theatrical settings, minutely planned and directed. Bonanza was selected as one of the best theatre performances of Flanders and the Netherlands in 2007. The jury report says: “Bonanza has no live performers, but is definitely theatrical. Although many theatre companies currently draw inspiration from film, Berlin takes this tendency to its extreme. The result is impressive”. conceito concept berlin [bart baele, yves degryse, caroline rochlitz] fotografia photography bart baele, nico leunen engenheiro de som sound engineer tom de with montagem editor bart baele banda sonora e mistura soundtrack & mixing peter van laerhoven pesquisa research berlin, nico leunen grafismo graphics gerjo van dam maquete scale model koen de ceuleneer apoio e execução cenário support and execution scenery tom van de oudeweetering catering kim troubleyn, veronique batens legendas subtitling sofie benoot criação software software development frank lanssens electrónica electronics dadaelectronics fotografia aérea aerial photos saguache ranger district fotos cenário set photos kim troubleyn produção production berlin co-produção co-production stuk leuven, kvs brussel, vooruit gent apoios support flanders audiovisual fund, flanders image, city of antwerp apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon ministery of culture of the flemish community e next step - programa cultura da união europeia 8 fotografia © berlin companhia nacera belaza un an après... titre provisoire são luiz teatro municipal domingo sunday 25 maio 21h segunda monday 26 maio 21h duração duration 50min | bilhetes tickets 10€ / 5€ Un an après… titre provisoire da coreógrafa argelina Nacera Belaza parece viver num equilíbrio frágil entre a intemporalidade e a autodestruição. Como se nada fosse definitivo, tudo provisório. “Com efeito, ao longo das minhas peças, tenho finalmente a impressão de ter desenvolvido uma poética do vazio, como se cada uma das minhas peças tivesse que conter a capacidade de se apagar. Um vazio inesperado que preenche todas as nossas expectativas…, eis o que poderia finalmente ser o meu propósito, esculpir este vazio, dar-lhe um corpo, torná-lo palpável, partilhá-lo e enfim deixá-lo dissolver-se no espaço infinito dos nossos corpos…” diz a coreógrafa. No seu percurso autodidacta, Nacera Belaza desenvolveu uma linguagem de movimento muito própria, onde está cada vez mais presente uma certa reaproximação ao país que deixou enquanto criança. Não às danças folclóricas enquanto formas congeladas no tempo, mas ao movimento como uma forma de escuta, intimamente ligada às danças Sufi: “do íntimo para o infinitamente grande, a primeira acção é a da escuta... Se tivesse que dar uma definição desta escuta, diria que é a ausência de qualquer acção voluntária, como se viver não fosse um verbo de acção, mas um estado, um mundo que acolhe outro, o meu mundo em observação do mundo…” Do silêncio nasce uma peça de rara beleza. Un an après… titre provisoire of algerian choreographer Nacera Belaza seems to maintain a fragile equilibrium between intemporality and self-effacement. As if nothing were ever complete, always provisional. “Indeed, says the choreographer, I have the impression that, in the course of my creations, I have developed a poetics of emptiness, as if each of my creations needs to include the capacity to efface itself. An unawaited emptiness that fills all of our expectations… This could be my objective: to sculpt the void, give it a body, make it palpable, share it and finally let it dissolve in the infinite space of our bodies…” As an autodidact, Nacera Belaza has developed a movement language, increasingly influenced by a reapproximation to the country and culture she left behind as a child. Not to the traditional dances, frozen in time, but to the idea of movement as a way of listening, closely related to Sufi philosophy: “from the intimate to the endless, the first act is one of listening. If I had to give a definition of this listening, I would say that it is the absence of any voluntary act, as if living wasn’t a verb, but a state, a world that receives another, my world observing the world…”. Out of the silence a piece of rare beauty unfolds. coreografia choreography nacera belaza com with dalila belaza, nacera belaza iluminação e vídeo light and video nacera belaza técnico luz light technician lionel mahé co-produção co-production festival montpellier danse, forum culturel du blanc-mesnil com o apoio de with the support of centre national de la danse – pantin, point ephemere – paris, micadanses – paris apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon culturesfrance, 1001 actions for dialogue - anna lindh foundation fotografia gérard nicolas 9 faustin linyekula the dialogue series: iii. dinozord centro cultural de belém | palco grande auditório segunda monday 26 maio 21h terça tuesday 27 maio 21h duração duration 1h50 | bilhetes tickets 10€ / 7,5€ em francês com legendas em português in french with portuguese subtitles instalação aberta ao público 15min antes do início do espectáculo installation open to the public 15min before the start of the performance Faustin Linyekula vive e trabalha em Kisangani, terceira cidade da República Democrática do Congo, o antigo Zaire, o antigo Congo Belga, o antigo Estado Livre do Congo. Em Dinozord, visita a história recente da sua cidade, marcada pelo colonialismo, pela ditadura, e dilacerada por uma sangrenta guerra civil. Que sonhos e aspirações restam para os habitantes de Kisangani? Como se pode devolver o nome e a dignidade às vítimas enterradas em valas comuns no cemitério da cidade? Dinozord é um relato impressionante sobre opressão e resistência, um requiem que chora os mortos de guerras e conflitos incessantes. Mas é também uma afirmação resoluta e esperançosa do poder da arte e da beleza. O palhaço Kabako viajou de cidade em cidade e de aldeia em aldeia. Não vendia risos, nem lágrimas, mas sonhos. A sua mala estava cheia de poemas… Faustin Linyekula Faustin Linyekula lives and works in Kisangani, third city of the Democratic Republic of Congo, the former Zaire, the former Belgian Congo, the former Congo Free State. In Dinozord, he visits the recent history of the city he grew in, marked by colonialism and tyranny and torn apart by a bloody civil war. What dreams and aspirations are left for the inhabitants of Kisangani? How to devolve to the victims their names and their dignity, as they lay buried in mass graves on the cemetery of the city? Dinozord is an impressive tale about oppression and resistance, a requiem that mourns the dead of endless wars and conflicts. But it is also a resolute and hopeful affirmation of the power of art and beauty. The clown Kabako travelled from town to town and from village to village, he did not sell laughter or tears, but dreams. His bag was full of poems... Faustin Linyekula coreografia choreography faustin linyekula com with serge kakudji, dinozord, papy ebotani, djodjo kazadi, faustin linyekula, papy mbwiti textos texts richard kabako, antoine vumilia muhindo vídeo e fotografia video and photography sammy baloji, antoine vumilia muhindo, faustin linyekula no vídeo on video papa rovinsky, multidimensional griot música music w. a. mozart (requiem, fragments) - chorale charles lwanga de kisangani, joachim montessuis (nierica), arvo pärt (pari intervallo, redeuntes in mi, trivium, annum per annum), jimi hendricks (voodoo child) produção production studios kabako / virginie dupray, new crowned hope - wien co-produção co-production tanzquartier wien, kvs brussels apoio support drac ile-de-france / ministère de la culture et de la communication 10 fotografia agathe poupeney co-produção co-production alkantara tiago rodrigues rabih mroué yesterday’s man teatro da politécnica terça tuesday 27 quarta wednesday28 quinta thursday 29 sexta friday 30 maio 19h maio 19h maio 19h maio 19h duração duration 1h05 | bilhetes tickets 10€ / 5€ em português com legendas em inglês in portuguese with english subtitles Um português visita a cidade de Beirute ano após ano. Ele é várias pessoas que são sempre a mesma. Vários homens iguais que percorrem o mesmo caminho, durante um dia, no centro de Beirute. A cidade vai mudando, vai-se metamorfoseando mercê da erosão do tempo e das convulsões da História. Este homem sempre igual acaba por viver dias diferentes, a cada visita. Os dias que a cidade mutante lhe permite viver. Este espectáculo parte da hipótese de que em cada cidade existe uma outra cidade subterrânea e por baixo dessa existe ainda uma outra cidade e assim sucessivamente, num infinito de cidades escondidas que o tempo vai revelando de forma imprevisível. Essas cidades subterrâneas são tanto o passado como o futuro, são tudo o que já não ou ainda não existe no presente. A portuguese man visits the town of Beirut year after year. He is several people that are always the same. Several men that year after year walk the same path throughout one day, in centre Beirut. The city changes, it metamorphoses at the mercy of times’ erosion and History’s convulsions. This man never changes but he always lives different days in each visit. The days that the ever changing city allows him to live. This show starts from the supposition that in each city there is another city, an underground city and that underneath that city there is another and another, in an endless number of hidden cities that time reveals in the most unexpected way. These underground cities are at the same time past and future, they are all that no longer exists or does not yet exists in the present. um espectáculo de a performance by rabih mroué, tiago rodrigues, tony chakar com with tiago rodrigues cenário e desenho de luzes set and light design thomas walgrave produção executiva executive production magda bizarro produção production alkantara co-produção co-production mundo perfeito apoios supports dgartes / ministério da cultura, instituto camões, ashkal alwan, maria matos teatro municipal criado no contexto do projecto ‘lugares imaginários’, com o apoio do programa cultura da união europeia created in the context of the project ‘sites of imagination’, with the support of the culture program of the european union apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon 1001 actions for dialogue - anna lindh foundation fotografia rabih mroué 34 co-produção co-production alkantara re.al cláudia dias das coisas nascem coisas teatro da politécnica quinta thursday 29 maio 21h sexta friday 30 maio 23h sábado saturday 31 maio 19h duração duration ±1h | bilhetes tickets 10€ / 5€ Embalagem de papel totalmente reciclável / Peso máximo a ser embalado: 25 kg / Não empilhar mais do que 3 caixas / Não serve para embalar líquidos ou produtos perigosos / Proteger da humidade / O fabricante não pode ser responsabilizado por qualquer utilização indevida desta caixa “A proposta da nova criação,” escreve Rita Natálio, “é estabelecer uma relação coreográfica entre um conjunto de acções efectuadas sobre um objecto e a sua descrição oral, esmiuçando, questionando e empurrando as implicações entre acção e palavra. Ao desenvolver um padrão entre a acção única e a sua descrição, testam-se os limites do discurso como tradutor e do gesto como acção funcional; testamse a variação e a diferença entre definição-comentário-opinião e as ligações entre tempo da acção e tempo da imagem.” Cláudia Dias iniciou a sua colaboração com a RE.AL em 2001; desde então, tem participado como intérprete em diversos projectos de João Fiadeiro e colaborado de forma determinante no desenvolvimento e sistematização do método de Composição em Tempo Real. No contexto da RE.AL criou dois solos notáveis, One Woman Show (2003) e Visita Guiada (2005), que têm sido apresentados na Bélgica, Espanha, França, Itália, País de Gales, Portugal e Suíça. Totally recyclable paper package / Maximum weight to be packaged: 25 kg / Do not stack more than 3 boxes Not suitable for packaging liquids or dangerous products / Protect from humidity / The manufacturer is not responsible for any improper usage of this box “The proposal for the new creation,” writes Rita Natálio, “is to establish a choreographic relation between a conjunction of actions effected upon an object and its oral narration, scrutinizing, questioning and pushing the implications between action and word. In developing a pattern between a single action and its description, the performance tests the limits of discourse as translator and of gesture as functional action; it tests the variations and differences between definition-commentary-opinion and the connections between time of action and time of image.” Cláudia Dias initiated her collaboration with RE.AL in 2001. Since then, she has performed in various projects of João Fiadeiro and has collaborated decisively in the development and systematization of the Real Time Composition method. In the framework of RE.AL Cláudia Dias has created two remarkable solos, One Woman Show (2003) and Visita Guiada (2005), which have been presented in Belgium, Spain, France, Italy, Wales, Portugal and Switzerland. direcção e coreografia direction and choreography cláudia dias intérpretes performers márcia lança e rui silveira acompanhamento crítico coaching joão fiadeiro, david-alexandre guéniot, rita natálio espaço cénico space design walter lauterer desenho de luz e direcção técnica light design and technical direction mafalda oliveira direcção de produção e difusão production and promotion sofia campos produção production re.al estrutura financiada pela supported by direcção geral das artes / ministério da cultura co-produção co-production alkantara (lisboa), festival iMira! TnBA (bordéus) projecto co-produzido por next step com o apoio do programa “cultura” da união europeia project co-produced by next step with the support of the european commission residência artística artistic residence fórum cultural josé manuel figueiredo / câmara municipal da moita e atelier re.al apoio support chão de oliva (sintra), forum dança (lisboa) agradecimentos thanks to andrea brandão, gustavo sumpta, vera sofia mota, olga mesa 12 fotografia patrícia almeida © re.al co-produção co-production alkantara filipa francisco wonderfull’s kova m & convidados íman centro cultural de belém | pequeno auditório sexta friday 30 maio 19h sábado saturday 31 maio 17h domingo sunday 1 junho 19h duração duration ±1h | bilhetes tickets 10€ / 7,5€ Desde o início de 2007, alkantara promove um projecto artístico no bairro da Cova da Moura, integrado no projecto Nu Kre Bai Na Bu Onda, em crioulo ‘Nós queremos ir na tua onda’. Nu Kre Bai Na Bu Onda é um projecto de capacitação e desenvolvimento de competências em várias áreas artísticas, a realizar ao longo de três anos numa parceria entre a Associação Cultural Moinho da Juventude, a Junta de Freguesia da Buraca, a Associação de Solidariedade Social do Alto Cova da Moura e alkantara. Na área da dança, o projecto ganhou vida no seio do grupo de dança Wonderfull’s Kova M, composto por jovens mulheres do Bairro que se juntam semanalmente, há cerca de 2 anos, no Moinho da Juventude pelo gosto comum de dançar hip hop e danças africanas. A direcção artística foi entregue à coreógrafa Filipa Francisco que há anos desenvolve o seu percurso criativo na confluência da arte e da intervenção social. Numa carta à coreógrafa Idoia Zabaleta escreve: “Se eu pudesse construir um espaço para um corpo se mover, que espaço seria este? Construir um espaço ou utilizar os que existem, colocando-os como cogumelos ou vírus em terrenos baldios, em bairros periféricos como a Cova da Moura ou ao lado de grandes teatros, parece-me ser um acto interventivo e político”. Depois de um ano de formação, iniciaram-se os ensaios para a nova criação Íman, tendo por base o imaginário individual e o património cultural das intérpretes. O resultado cruza as linguagens da dança tradicional africana, do hip hop e da dança contemporânea, construindo pontes entre mundos que raramente se cruzam. Since the beginning of 2007, Alkantara has been developing an artistic project in the neighbourhood of Cova da Moura, integrated in the project Nu Kre Bai Na Bu Onda, which means in creole “Let’s ride your wave”. Cova de Moura is inhabited by a community of mainly Cape Verdian immigrants and their descendents. Nu Kre Bai Na Bu Onda aims at developing artistic capacities and apetites, in a three year project by alkantara and the local organisations Associação Cultural Moinho da Juventude, Junta de Freguesia da Buraca and Associação de Solidariedade Social do Alto Cova da Moura. In the area of dance, the project connects with the local dance group Wonderfull’s Kova M, composed of young women who meet twice a week to practice hip hop and traditional dances. The artistic direction was entrusted to the choreographer Filipa Francisco who, in recent years, has been developing her artistic work on the crossroads of art and social intervention. In a letter she writes to choreographer Idoia Zabaleta: “If I could create a space for a body to move, what would it look like? Create spaces or use existing ones and plant them like mushrooms or viruses in waste lands, in townships like Cova da Moura or next to big theatres, could be an act of political intervention”. After a year of training, rehearsals for a new creation took off. Íman draws upon the individual imaginary and the cultural patrimony of the performers and moves freely between traditional African dance, hip hop and contemporary dance, building bridges between worlds that rarely meet. direcção artística e concepção artistic direction and concept filipa francisco co-criação co-creation margarida mestre co-criação e interpretação co-creation and interpretation wonderfull’s kova m, rosy timas e bibiana figueiredo formação training filipa francisco, antónio tavares, clara andermatt, matthieu réau, margarida mestre desenho de luz light design carlos ramos figurinos e guarda roupa costume design and execution ana real banda sonora soundtrack antoniopedro vídeo “complementário” complementary video joão pinto fotografia photography ana borralho imagem image rodolfo pinto e tazy produção executiva executive production carina lourenço assistente de produção production assistant miriam simas, soledade oliveira produção production alkantara parceiros partners programa escolhas associação cultural moinho da juventude, associação de solidariedade social do alto cova da moura e junta de freguesia da buraca co-produção co-production jangada de pedra residência artística artistic residence centa projecto subsidiado por project supported by direcção-geral das artes / ministério da cultura apoio support centro cultural de belém, companhia clara andermatt, escola superior de teatro e cinema, incrível club, restart, sony portugal apoio financeiro financial support programa escolhas, fundação calouste gulbenkian, départs – culture program of the european union agradecimentos thanks to madalena vitorino, jorge barreto xavier, luísa roubaud, sara capote e leonor lucas, sr. jaime neves, finka pé e sr. romeu fotografia ana borralho 34 13 benjamin verdonck fumiyo ikeda alain platel nine finger maria matos teatro municipal sexta friday 30 maio 21h sábado saturday 31 maio 21h duração duration 1h15 | bilhetes tickets 10€ / 5€ em inglês com legendas em português in english with portuguese subtitles Três personalidades artísticas extraordinárias: Benjamin Verdonck, um jovem actor físico, Fumiyo Ikeda, uma bailarina dramática (na companhia Rosas desde os primeiros dias), e o coreógrafo Alain Platel (dos Les Ballet C de la B) que faz o elo. Em cima da mesa está um livro desconcertante: Beasts of No Nation do escritor americano de origem nigeriana Uzodinma Iweala. Através dos olhos de um menino soldado algures em África, o leitor é levado numa viagem ao inferno da guerra. Escrito num inglês rudimentar e infantil, o seu testemunho é duro e frontal. A bailarina e o actor, sozinhos em palco, lutam com a questão: como podemos relacionar-nos com a extrema crueldade e a falta de senso da guerra? O resultado é um espectáculo absolutamente extraordinário, ao mesmo tempo comovente e um murro no estômago. Benjamin Verdonck, a physical actor, and Fumiyo Ikeda, a dramatic dancer, with producer and choreographer Alain Platel as a link between the two: it is the combination of artistic forces that speaks to the imagination. Ikeda, who has been at Rosas for almost 20 years, brought them together; Verdonck put some gut-wrenching material on the table: the book Beasts of No Nation by Uzodinma Iweala, an American of Nigerian origin. Through the eyes of a child soldier somewhere in Africa, the author looks at the perversity of war. The book is written in a rudimentary English, childish and direct. Each of the two performers in Nine Finger uses their own resources to tell this story together. They do so with nothing in their hands and nothing in their pockets but great admiration and poetic mastery. Under the surface the great question bubbles: how can we, through our art, relate to the cruelty of the world? criado por created by fumiyo ikeda, benjamin verdonck, alain platel, anne-catherine kunz, herman sorgeloos interpretado por performed by fumiyo ikeda, benjamin verdonck produção executiva executive production hanne van waeyenberge, johan penson produção production rosas, kvs, de munt agradecimentos thanks to hildegard de vuyst, frank van dessel, willy thomas, sara jansen, an-marie lambrechts, geert opsomer, valentine kempynck, vincent dunoyer, josse de pauw, flint, anani dodji sanouvi, chrysa parkinson, hanne pleysier, jonas devos, manu devriendt, stijn, gregory brems, leen persoons, tomas desmet, samuel turpin, dennis tyfus, renzo martens, dirk verstockt, jitske vandenbussche, guy cassiers, anne teresa de keersmaeker, guy gypens apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon ministery of culture of the flemish community 14 fotografia herman sorgeloos akram khan co. and national ballet of china bahok centro cultural de belém | grande auditório sexta friday 30 maio 21h sábado saturday 31 maio 21h duração duration 1h15 | bilhetes tickets 5€ / 7,5€ / 10€ / 12,5€ / 15€ / 20€ For nomads, home is not an address, home is what they carry with them. (John Berger, Hold everything dear, p. 129) Depois dos duetos com Sidi Larbi Cherkaoui (Zero Degrees) e Sylvie Guillem (Sacred Monsters), o coreógrafo inglês de origem bengali Akram Khan junta de novo um elenco internacional de bailarinos de várias origens, tradições e culturas, numa colaboração inédita com o Ballet Nacional da China. Acompanhado pela banda sonora do aclamado compositor Nitin Sawhney, o grupo de intérpretes de várias origens - chinesa, coreana, indiana, sul-africana, espanhola e eslovaca - sugere a versão actual da parábola da Torre de Babel. Juntaram-se para dar voz e corpo a um projecto utópico. Encontram-se numa zona de trânsito e tentam comunicar e partilhar as coisas que trazem consigo: as suas experiências, as suas memórias, os sonhos, as ambições que os movem. São carregadores. São bahok. For nomads, home is not an address, home is what they carry with them. (John Berger, Hold everything dear, p. 129) Bahok is the long awaited new group choreography by Akram Khan. After the more intimate duets with Sidi Larbi Cherkaoui (Zero Degrees) and Sylvie Guillem (Sacred Monsters), Akram Khan again joins forces with Mercury Award winning composer Nitin Sawhney and has brought together a new company of eight dancers. A collaboration with China’s classical ballet flagship company, The National Ballet of China, the dancers come from different cultures, traditions and dance backgrounds: Chinese, Korean, Indian, South-African, Spanish and Slovakian. As such they resemble a present day version of the tale of Babel. Being a community that wants to create together a utopian project but speaking both with their bodies and tongues different languages. They meet in one of this globalised world’s transit zones and try to communicate, to share ‘the things they carry with them’: their experiences, their memories of their original homes, the dreams and aspirations that made them move. They are carriers. They are bahok. direcção e coreografia direction and choreography akram khan materiais criados e interpretados por material devised and performed by eulalia ayguade farro, kim young jin, meng ningining, andrej petrovic, saju, wang yitong, shanell winlock, zhang zhenxin compositor composer nitin sawhney desenho de luz light design fabiana piccioli conceito cenário set conceived by akram khan, fabiana piccioli, sander loonen dramaturgia dramaturge guy cools director de ensaios rehearsal director shanell winlock assessor música chinesa chinese music advisor gisele edwards música adicional additional music my friend of angel tribe by mari boine produtor producer farooq chaudhry produtora associada associate producer bia oliveira produção executiva production manager fabiana piccioli coordenação técnica technical coordinator sander loonen assistência digressão assistant tour manager christina paul co-produtores co-production sadler’s wells theatre (london), british council, the liverpool culture company with merseyside dance initiative, dancexchange (birmingham), theatre de la ville (paris), tanzhaus nrw (dusseldorf), national arts center (ottawa), china now (london) apoio e financiamento support and funding arts council england, the cultural leadership programme, nefa (new england foundation for the arts) bahok foi realizado graças a bahok was made possible by The Doris Duke Fund for Dance Project um programa do a program administered by the New England Foundation for Arts financiado por with funding from The Doris Duke Charitable Foundation, The Ford Foundation, The Andrew W.Mellon Foundation, JP Morgan Chase Foundation and MetLife Foundation apoio ensaios do subsidised rehearsal facilities provided by the jerwood space fotografia liu yang 15 co-produção co-production alkantara patrícia portela banquete palácio da ajuda sábado saturday 31 domingo sunday 1 segunda monday 2 terça tuesday 3 maio junho junho junho 20h 20h 20h 20h duração duration 3h | bilhete com jantar incluído ticket dinner included 20€ /15€ em inglês com tradução em português in english with portuguese translation Imaginem que somos convidados a celebrar o fim da Humanidade enquanto conceito sociológico e politicamente complexo, carregando milhares de anos de História mal resolvida às suas costas. Imaginem ainda que, simultaneamente, celebramos a primeira geração de clones para os quais contribuímos com o nosso DNA e as nossas memórias ao participar neste Banquete. Clones que serão o futuro “homonarrationalis”. Um novo Homem Emocional, com uma enorme database de informação histórica, política, cultural e sociológica, mas sem qualquer ligação, empatia ou envolvimento pessoal a qualquer facto do passado. Um Homem consciente da ficcionalidade das suas origens e memórias. Um Homem com a possibilidade de começar de novo, de agarrar uma segunda hipótese. Estaremos preparados para tomar esta decisão, o último salto da Humanidade num modelo desconhecido? Banquete é um projecto transdisciplinar onde performers, videastas, um designer de som, cientistas entrevistados e uma chefe de cozinha constroem, em conjunto, uma performance/ambiente. Este evento é simultaneamente um jantar, um espectáculo, um ambiente inesperado, um concerto estranho e um debate penetrante sobre clonagem, imortalidade e memória. Um pianuter (piano geneticamente modificado) dará início ao ambiente do banquete, oferecendo uma multiplicidade de atmosferas através de mudanças subtis e minimais, fazendo viajar o som de mesa em mesa, e de regresso ao seu piano. Imagine you are invited to celebrate the ending of Mankind as a politically and sociologically complex concept, carrying thousands of years of unfinished and unresolved History. Imagine that at the same time you are also celebrating the first new clones that you have contributed to yourself by attending this Symposium. Clones who will be the future “homo-narrationalis”, a new emotional man with an enormous historical, political, cultural and sociological database, and yet no personal link, no empathy, no involvement with any past facts. A man aware of the fictionality of his roots. Of the fictionality of his memory. A man with a possibility of starting over, of having a second chance. Are you ready to take the decision for that last jump into an unknown model of mankind? Banquet is a transdisciplinary project where performers, video makers, a sound designer, interviews with scientists and a cuisine chef produce together an unexpected environment. This event is simultaneously a dinner, a performance, a strange concert and a penetrating debate on cloning, immortality and memory. A pianuter (genetically modified piano) will start and end the dinner, giving it multiple environments and suggesting different spaces with subtle changes, making the sound move from table to table, and back to his piano. texto, conceito, cenário text, concept, set patrícia portela design sonoro, música sound design, music christoph de boeck chef annick gernaey intérpretes live e audio performers live and audio célia fechas, sara gebran, tonan quito, yukiko shinozaki / saori miyazawa, anton skrzypiciel desenho de luz light design zé rui imagem vídeo entrevistas filmed interviews leonardo simões vídeo tapete tapestry video irmã lucia efeitos especiais montagem entrevistas editing of interviews els van riel construção do cenário technical realization of set koen raes lay out menu christelle fillod melancolia & pesquisa melancholy & research stef franck pesquisa portugal research portugal nuno branco, antónio saraiva direcção técnica technical director cláudia rodrigues software e técnico de som software and sound technician fabrice moinet direcção de produção production manager leen driesen assistente de produção production manager assistance marie-helène hellebout apoio produção executiva executive production support hélio mateus tour management campai vzw | bruno heynderickx & eva nunes www.campai.be produção production deepblue (be) and prado (pt) co-produção co-production vooruit (be), buda kortrijk (be), alkantara (pt), zdb (pt) em colaboração com in collaboration with bozar (be) subsidiado por with the support of ministério da cultura / direcção-geral das artes (pt), vlaamse gemeenschap (be) apoios sponsors van innis (be), grottes de sel (be), colruyt (be), yuzu (be), nong cha tea shop brussels (be), ginjinha de óbidos (pt), bolo chabom (pt), hospital santa maria (pt), aème (pt), portugal gourmet (pt), tap portugal (pt), nutricafes sa (pt) apoio residências residency support teatro viriato (pt), wpzimmer (be) agradecimentos a entrevistados thanks to interviewees prof. dr. joão lobo antunes, prof. francisco varatojo, prof. lourenço azevedo, dr. vasco santos, prof. franck raes, prof. van cawenberge, prof. jean jacques cassiman, prof. jean paul van bendegem, ann meulders, lieve driesen agradecimentos thanks to helena serra, sofia machado, patrícia costa, miguel machado, steven brys, ludo engels, els van riel, nicole de boeck e todos os voluntários pela ajuda indispensável / and all volunteers for the indispensable help apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon ministery of culture of the flemish community 34 16 fotografia giannina urmeneta ottiker p.a.r.t.s. new works museu da electricidade | central tejo programa 1 sábado saturday 31 maio 23h duração duration ±1h | bilhetes tickets 10€ / 5€ programa 2 domingo sunday 1 junho 21h duração duration ±3h | bilhetes tickets 10€ / 5€ Um dos parceiros de longa data de alkantara é P.A.R.T.S. (Bruxelas) escola de dança contemporânea fundada em 1995 por Anne Teresa De Keersmaeker. Ao longo de vários anos, em colaboração com a rede Départs, Alkantara tem co-produzido espectáculos e organizado vários encontros internacionais e projectos de formação. Os 20 estudantes de 13 países diferentes do quarto ano da P.A.R.T.S. apresentam o seu trabalho final em Lisboa. Nos dois últimos anos curriculares, o programa centra-se na pesquisa e nos processos criativos dos próprios estudantes. As peças apresentadas no festival, em dois programas diferentes, foram criadas nos últimos três meses, em solos ou pequenos agrupamentos, e acompanhados por artistas experientes. Uma grande diversidade de propostas de uma nova geração de artistas que entra agora em palco. One of the long-time international partners of alkantara is P.A.R.T.S., the school for contemporary dance, founded by Anne Teresa De Keersmaeker in 1995 and based in Brussels. In collaboration with the Départs network, alkantara has in previous years co-produced various performances and organised international encounters and training projects. 20 students of the fourth year of P.A.R.T.S., coming from 13 different countries, present their graduation work. In the last two years of the curriculum, the program focuses on artistic research and the creation of the students’ own choreographies. The pieces presented at alkantara in two different programs, were created over the past three months, as solos or in small teams, and accompanied by experienced artists. A wide diversity of works by a new generation that enters the stage. estudantes p.a.r.t.s. students franziska aigner (austria), pieter ampe (belgium), fabian barba (ecuador), marisa cabal (spain), aleš š š (slovenia), sirah foighel (israel), carlos garbin (brazil), robin jonsson (sweden), liz kinoshita (canada), eun-kyung lee (south cucek korea), tuur marinus (belgium), mikael marklund (sweden), simon mayer (austria), gilles polet (belgium), albert quesada (spain), helio santos (cape verde), gabriel schenker (brazil), georgia vardarou (greece), ondrej vidlar (czech republic), kyung-hee woo (south korea) apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon ministery of culture of the flemish community, départs - culture program of the european union fotografia herman sorgeloos 17 vera mantero & guests até que deus é destruído pelo extremo exercício da beleza teatro meridional domingo sunday 1 junho 17h segunda monday 2 junho 19h duração duration 1h20 | bilhetes tickets 10€ / 5€ em inglês sem legendas in english without subtitles Um trabalho leve e obstinado, Vera Mantero e cinco performers exploram uma só proposta quase completamente em torno da linguagem, ou antes, do discurso, mas também do resmungar, murmurar, rosnar, miar, zumbir, gaguejar e cantar. Gestos e dança emergem onde o corpo se transforma em ouvido ou numa caixa de ressonância. A peça abraça com alegria teatral um (im)provável futuro corpo social e não se esquiva ao literal e ao kitsch. A linguagem como possibilidade de dizer “nós” e assim afirmar ou denunciar a diferença real no mundo em que vivemos – ao nível político, este trabalho lembra-me a obra de Jean-Luc Nancy. Desde que colaboração e criação são processos sociais em si mesmos, O Extremo Exercício viajou muito entre a estreia em Brest e as perfomances em Bruxelas: de uma versão restrita que afirma o grupo como máquina coreográfica que nos é estranha, até uma versão desprendida e sumarenta cujo ponto de partida é a liberdade que o performer tem no diálogo com o público, como mais um corpo social. No entanto, oscilando sempre potencialmente entre estes dois extremos, dando voz às energias persistentes e às imaginações de um vasto espectro. (Jeroen Peeters) Until the moment when god is destroyed by the extreme exercise of beauty A light and recalcitrant work, Vera Mantero and five performers explore a single proposition that revolves almost completely around language, or better around speech, but also mumbling, grumbling, growling, meowing, humming, stammering and singing. Gestures and dance emerge where the body transforms into an ear or a peculiar soundboard. The piece embraces with theatrical joy an (im)probable future social body and doesn’t shun from the literal or kitsch. Language as a possibility to say ‘we’ and thereby affirm or ‘speak out’ the actual difference of the world we live in – on a political level the work reminds me of Jean-Luc Nancy’s writings. Since collaboration and creation are a social process itself, The Extreme Exercise has travelled a great distance between its première in Brest and the performances in Brussels: from a strict version that stresses the group as an outlandish choreographic machine, to a loose, ‘juicy’ one that takes as a point of departure the performer’s freedom in dialogue with the public, as yet another social body. Yet potentially it still commutes between these two extremes, voicing the lingering energies and imaginations of a vast spectrum. (Jeroen Peeters) direcção artística artistic direction vera mantero interpretação e co-criação performance and co-creation brynjar bandlien, loup abramovici, marcela levi, pascal quéneau, antonija livingstone (now performed by andrea stotter), vera mantero concepção do espaço e figurinos visual installation and costume design nadia lauro criação de música music creation boris hauf música ao vivo e engenheiro de som live music and sound engeneering rui dâmaso desenho de luz light design jean-michel le lez colaboração dramatúrgica dramaturgic collaboration bojana bauer produção executiva executive production o rumo do fumo co-produção coproduction centre chorégraphique national de tours, centre pompidou - les spectacles vivants | festival d’automne (paris), culturgest (lisboa), le quartz/scéne nationale de brest, o espaço do tempo (montemor-o-novo) apoio support fundação calouste gulbenkian 18 fotografia alain monot mundos em palco programa destacável take out program lemi ponifasio tempest II cláudia dias / re.al das coisas nascem coisas teatro são luiz 22 e 23 maio 21h teatro da politécnica 29 maio 21h, 30 maio 23h e 31 maio 19h O artista neozelandês Lemi Ponifasio desenvolve o seu trabalho com um grupo de intérpretes das ilhas do Oceano Pacífico, com os quais tem criado uma linguagem minimalista e poética de grande beleza, baseada nas cerimónias e cantigas das suas culturas milenares. Tempest II é uma parábola sobre o colonialismo, a opressão e os tentáculos do poder. Cláudia Dias apresentou os seus solos One Woman Show (2003) e Visita Guiada (2005) em vários países europeus. A proposta da nova criação é “estabelecer uma relação coreográfica entre um conjunto de acções efectuadas sobre um objecto e a sua descrição oral, esmiuçando, questionando e empurrando as implicações entre acção e palavra.” stefan kaegi + lola arias chácara paraíso filipa francisco + wonderfull’s kova m íman palácio santa catarina 23, 24, 25 e 26 maio entradas entre 19h e 21h30 ccb - pequeno auditório 30 maio 19h, 31 maio 17h, 1 junho 19h Chácara Paraíso é o maior centro de formação da Polícia Militar da América Latina. Todos os dias, mais de 2000 polícias aprendem marchas, abordagens e ataques. Num espectáculo que mescla o documental e a ficção, polícias e ex-polícias de São Paulo reconstroem cenas da própria biografia que, por vezes, parecem ficção. Desde 2007, alkantara promove um projecto artístico na Cova da Moura. Com o grupo de dança Wonderfull’s Kova M, Filipa Francisco criou uma peça baseada no imaginário individual e no património cultural das intérpretes, cruzando as linguagens da dança africana, do hip hop e da dança contemporânea, construindo pontes entre mundos que raramente dialogam. teatro praga conservatório b. verdonck, f. ikeda, a. platel nine finger hospital miguel bombarda de 23 a 29 maio (excepto 26) 21h O ponto de partida para o espectáculo surge da observação de Peter Sloterdijk, em que a palavra conservatory em inglês é também sinónimo de ‘estufa’. Se o conservatório é um lugar onde objectos e seres vivos se podem conservar e sobreviver, o Conservatório do Teatro Praga é um lugar onde textos e actores se podem conservar e sobreviver, distantes de alterações e mudanças. Em Beasts of No Nation, o livro desconcertante de Uzodinma Iweala, o leitor é levado numa viagem ao inferno da guerra, através dos olhos de um menino soldado algures em África. A bailarina e o actor, sozinhos em palco, lutam com a questão: como podemos relacionar-nos com a extrema crueldade e a falta de senso da guerra? berlin bonanza akram khan co. + nat. ballet of china bahok teatro da politécnica 24 e 25 maio 19h e 23h ccb - grande auditório 30 e 31 maio 21h Bonanza é um retrato cinematográfico de uma cidade mineira abandonada, lar de sete habitantes permanentes que, à procura de solidão e espiritualidade, encontram um mundo em miniatura, com a sua parte de acusações, mexericos e medo. Berlin apresenta este microcosmo usando uma maquete da cidade e cinco ecrãs. Akram Khan foi uma das grandes surpresas do nosso festival em 2002, tendo voltado ao CCB em 2006 com o impressionante Zero Degrees. Para a nova criação bahok junta um elenco internacional de bailarinos de várias origens, numa colaboração inédita com o Ballet Nacional da China e com o aclamado compositor Nitin Sawhney. companhia nacera belaza un an après... titre provisoire patrícia portela banquete teatro são luiz 25 e 26 maio 21h palácio da ajuda 31 maio, 1, 2, e 3 junho 20h A obra da coreógrafa argelina Nacera Belaza parece viver num equilíbrio frágil entre a intemporalidade e a autodestruição. No seu percurso autodidacta, Nacera Belaza foi-se reaproximando do país que deixou enquanto criança. Não às danças folclóricas, mas ao movimento como uma forma de escuta, intimamente ligado às danças Sufi. Banquete é um projecto transdisciplinar onde performers, videastas, um designer de som, cientistas entrevistados e uma chefe de cozinha constroem uma performance/ ambiente. Este evento é simultaneamente um jantar, um espectáculo subtil, um ambiente inesperado, um concerto estranho e um debate penetrante sobre clonagem, imortalidade e memória. faustin linyekula the dialogue series: iii. dinozord ccb - palco do grande auditório 26 e 27 maio 21h Em Dinozord, Faustin Linyekula visita a história recente da sua cidade natal, Kisangani, marcada pelo colonialismo e pela ditadura, e dilacerada por uma sangrenta guerra civil. Que sonhos e aspirações restam para os habitantes de Kisangani? Dinozord é um documentário impressionante sobre opressão e resistência. tiago rodrigues + rabih mroué yesterday’s man teatro da politécnica de 27 a 30 maio 19h 34 teatro maria matos 30 e 31 maio 21h Um português visita a cidade de Beirute ano após ano. Ele é várias pessoas que são sempre a mesma. Vários homens iguais que percorrem o mesmo caminho no centro de Beirute. A cidade vai mudando, vai-se metamorfoseando mercê da erosão do tempo e das convulsões da História. Este homem sempre igual acaba por viver dias diferentes, a cada visita. p.a.r.t.s. new works museu da electricidade / central tejo 31 maio 23h e 1 junho 21h Um dos parceiros de longa data de alkantara é P.A.R.T.S., escola de dança contemporânea fundada em 1995 por Anne Teresa De Keersmaeker. Os 20 estudantes de 13 países diferentes do quarto ano da P.A.R.T.S. apresentam o seu trabalho final em Lisboa. Uma grande diversidade de propostas de uma nova geração de artistas que entra agora em palco. vera mantero & guests até que deus é destruído pelo extremo exercício da beleza teatro meridional 1 junho 17h e 2 junho 19h Um trabalho leve e obstinado, os performers exploram uma proposta em torno do discurso, mas também do resmungar, murmurar, rosnar, miar, zumbir, gaguejar e cantar. Gestos e dança emergem onde o corpo se transforma numa caixa de ressonância. A peça abraça com alegria teatral um (im) provável futuro corpo social. tiago guedes coisas maravilhosas zoo / thomas hauert accords teatro são luiz 2 e 3 junho 21h culturgest 5 e 6 junho 21h ZOO existe há 10 anos. No espaço de uma década, Thomas Hauert conseguiu introduzir uma voz altamente original nos palcos internacionais. A sua nova criação, accords, continua a sua pesquisa sobre o corpo em movimento e a relação entre a dança e a música. Faz já dois anos que Florent Delval enviou a Tiago um pequeno vídeo de Egyptian Reggae, música mítica de Jonathan Richman. Era a brincar, aquele género de links que enviamos em momentos perdidos. Mas nesse pequeno vídeo Tiago viu uma porta de entrada para trabalhar sobre algo que andava à procura, material coreográfico em sítios inusitados. michel schweizer BLEIB opus #3 zoitsa noriega + magdalena sloncova to be SE(r)QUENCES teatro maria matos 5 e 6 junho 21h teatro da politécnica 3 e 4 junho 19h Zoitsa Noriega e Magdalena Sloncova encontraram-se durante o projecto coLABoratório - Encontro Sul-Americano Europeu de Coreógrafos. Durante a última fase do projecto, criaram juntas a peça to be SE(r)QUENCES, desenvolvida a partir do desejo de trabalhar com materiais extra-corporais (papel) e imateriais (vento) e da ideia de um lugar vazio. O que é que seis magníficos cães pastor belga, os seus respectivos donos, um filósofo, um psicanalista, uma inquietante figura da resistência e um antigo legionário poderão estar a fazer juntos em palco? BLEIB interroga os novos comportamentos sociais e as atitudes psíquicas do novo “homem sem gravidade”, fabricado pelo capitalismo ultraliberal. william yang china miguel pereira doo museu do oriente 3 e 4 junho 21h ccb - pequeno auditório 5, 6 e 7 junho 21h Fotógrafo e contador de histórias, William Yang volta à pátria: um chinês nascido na Austrália, estrangeiro no seu país de origem. Yang leva-nos das ruas de Pequim, onde lojas de informática competem com memórias da Revolução Cultural e ecos da Dinastia Ming, à montanha sagrada de Huang Shan, uma escalada obrigatória para qualquer chinês. Miguel Pereira iniciou a sua carreira na dança aos onze anos, num palco improvisado numa escola de Lourenço Marques, vestido de capulana e cantando algo sobre Caetano e Salazar numa língua africana. Quase trinta anos depois voltou a Moçambique para se confrontar com a sua cidade natal e com uma tradição de dança radicalmente diferente da sua. clara andermatt meu céu padmini chettur pushed castelo de são jorge 3 e 4 junho 22h30 museu do oriente 7 junho 17h e 8 junho 21h Um espectáculo de rua criado por uma equipa multidisciplinar incluindo bailarinos, actores, músicos, traceurs e um grupo de intérpretes com mais de 60 anos de Santa Maria da Feira, onde o espectáculo foi criado. O projecto apropria-se das características arquitectónicas do espaço para envolver o público numa espécie de ritual comunitário. Pushed foi criado em 2006 na Coreia do Sul. Partindo das sete emoções de base da filosofia Coreana – fúria, dor, prazer, felicidade, tristeza, amor e luxúria – Padmini Chettur desenvolve uma coreografia subtil, decididamente contemporânea, mas executada com a extrema precisão e graça da dança tradicional Indiana. jonathan burrows + matteo fargion speaking dance projecto teatral LION NOIR museu da electricidade / central tejo 3 e 4 junho 23h teatro são luiz 7 e 8 junho 23h Speaking Dance é uma suave investigação sobre o relacionamento entre a música e a dança, e sobre a frágil mas permeável fronteira entre os dois mundos. Uma meditação formal mas humorística sobre a natureza da comunicação. “Cativante, indecifrável e arrebatador”, exclamou The Daily Telegraph. nature theater of oklahoma no dice teatro da politécnica 4, 5, 6 e 7 junho 20h No Dice utiliza 100 horas de registos telefónicos de membros da companhia, filtrando-os pelas convenções do teatro amador, para chegar a uma experiência transformadora – com diversões fantásticas e preocupações pessoais urgentes como: “Devo deixar de beber?”, “Vou ser despedido?” ou “Como chegar a Hollywood?” aydin teker harS ccb - sala de ensaio 5, 6 e 7 junho 19h harS é um dueto entre uma bailarina e uma harpa. Durante 50 minutos, a bailarina Ayse Orhon interage com este corpo inanimado, num exercício de grande rigor e densidade. Executado no limite do equilíbrio, harS é uma fonte inesgotável de imagens poéticas e uma peça de rara beleza escultural. LION NOIR festas de abertura e encerramento teatro são luiz | 22 maio 24h | 7 junho 24h ponto de encontro + eventos à meia noite espaço alkantara | 23 maio a 8 junho 12h - 02h No ponto de encontro do festival servem-se todos os dias bebidas, jantares e um programa surpresa à meia noite: conversas, concertos e intervenções artísticas. Entrada gratuita. Dia 8 de junho às 24h Filipe Viegas Brahim Sourny e Jaime Conde Salazar apresentam, no ponto de encontro, o resultado da primeira etapa do projecto www.moveoutloud.net, plataforma coreográfica na internet. confissões auditório carlos paredes (benfica) | 25 maio 17h No contexto do projecto artístico que alkantara promove desde 2007 na Cova da Moura, o grupo de teatro dirigido por Pedro Carraca e Cláudia Gaiolas, mostra o seu trabalho ao público. O ponto de partida é o livro Crimes Exemplares de Max Aub. estúdios estúdio faustin linyekula espaço land | 29 maio 23h estúdio pavol liska + kelly copper teatro maria matos | 1 junho 19h Dois workshops de teatro, dirigidos por artistas do festival, em torno do tema ‘festa’. O resultado é apresentado em duas sessões abertas ao público. 34 bilheteiras tickets bilheteira central bilhetes para todos os espectáculos espaço alkantara tel. 309 978 184 calçada marquês de abrantes 99, santos das 12h às 15h e das 17h às 20h descontos Os descontos anunciados no programa são para –30/+65 anos, no centro cultural de belém para –25/+65 anos. também são válidos os descontos oferecidos por cada teatro. assinatura 30€ Seis espectáculos do festival à escolha por apenas 30€! (acréscimos para bahok de akram khan e banquete de patrícia portela). À venda apenas na bilheteira central. bilheteiras teatros centro cultural de belém tel. 213 612 444 das 13h às 19h30 | em dias de espectáculo, até meia hora depois do início do mesmo são luiz teatro municipal tel. 213 257 650 das 13h às 20h | em dias de espectáculo, até meia hora depois do início do mesmo maria matos teatro municipal tel. 218 438 801 de 3ª a domingo das 15h às 22h culturgest tel. 217 905 155 de segunda a sexta das 11h às 19h | sábado e domingo das 14h às 20h em dias de espectáculo, até à hora de início do mesmo museu do oriente tel. 213 585 244 todos os dias (excepto terça) das 10h às 18h | sexta às 22h em dias de espectáculo, até à hora de início do mesmo em todos os restantes locais a bilheteira abre 1 hora antes do início do espectáculo 34 23 co-produção co-production alkantara zoo thomas hauert accords são luiz teatro municipal segunda monday 2 junho 21h terça tuesday 3 junho 21h duração duration ±1h30 | bilhetes tickets 10€ / 5€ ZOO existe há 10 anos. No espaço de uma década, Thomas Hauert conseguiu introduzir uma voz altamente original nos palcos internacionais. Com esta nova criação, accords, Hauert continua a sua pesquisa sobre o corpo em movimento e a relação entre a dança e a música. O trabalho de ZOO é motivado por dois factores: a exploração das possibilidades de movimento de um corpo humano, sem limitações culturais ou estéticas, e a coordenação de um grupo de corpos em movimento, como se fossem uma única unidade viva. Dois caminhos complementares que traduzem a fé que ZOO tem no indivíduo e no desejo de encontrar novos processos de trabalho colectivo. Um método muito usado, “uníssono improvisado”, implica a criação instantânea de movimentos de grupo pelos bailarinos em palco. Desde Cows in Space (1998), a primeira criação de ZOO, que a música tem desempenhado um papel crucial no trabalho da companhia, como gerador de movimentos e princípio organizador. Thomas Hauert entende a música como um movimento em si mesmo, uma actividade física. A dinâmica, as harmonias, as melodias, o contraponto, mas também a experiência corporal da actuação vocal ou instrumental, podem ser fisicamente interpretados pelo bailarino, que traduz, alarga ou estica todos estes elementos no seu corpo. Especialmente para o alkantara festival, Thomas Hauert integra em accords duas partes da coreografia 12/8, criada e executada por um grupo de vinte finalistas da escola de dança P.A.R.T.S. ZOO is 10 years old. In the space of a decennium, Thomas Hauert has introduced a new and original voice in the international dance scene. accords, his new creation, is an abstract choreographic composition for seven dancers in which he continues his research on body and movement, focusing more specifically on the relationship between dance and music. ZOO’s work is driven by two factors: the exploration of all movement possibilities of a human body and the coordination of a group of moving bodies, perceived as one single living being. Two complementary directions that translate ZOO’s faith in the individual person and the desire to discover collective working processes. Since the very first performance of the company, Cows in Space (1998), music has played a vital role as a movement generator and organising principle. Thomas Hauert perceives music as a movement in itself, a physical activity. The dynamics, the harmonies, the melodies, the counterpoints but also the body’s sensitive experience of vocal or instrumental performance can be physically interpreted by the dancer, who translates, enlarges or stretches them inside his body. For alkantara festival Thomas Hauert integrates in accords two parts of the piece 12/8, created with and danced by a group of twenty finalists of dance school P.A.R.T.S. conceito e direcção concept and direction thomas hauert criação e interpretação created and presented by thomas hauert, martin kilvady, sara ludi, chrysa parkinson, zoë poluch, mat voorter, samantha van wissen música original e som original music and sound design peter van hoesen desenho luz e cenário light and set design jan van gijsel figurinos costumes OWN produção production ZOO vzw co-produção co-production kunstenfestivaldesarts (brussels), kaaitheater (brussels), PACT zollverein (essen), alkantara (lisboa), mercat de les flors (barcelona) apoio support flanders government, vlaamse gemeenschapscommissie, pro helvetia, kanten solathurn agradecimentos thanks to charleroi danses projecto co-produzido por next step, com o apoio do programa “cultura” da união europeia project co-produced by next step with the support of the culture program of the european union apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon ministery of culture of the flemish government 34 24 fotografia istockphoto.com /alex nikada co-produção co-production alkantara zoitsa noriega magdalena sloncova to be SE(r)QUENCES teatro da politécnica terça tuesday 3 junho 19h quarta wednesday 4 junho 19h duração duration 35min | bilhetes tickets 5€ Zoitsa Noriega estudou Artes Plásticas na Universidad Nacional de Colômbia e entrou no grupo de dança estudantil COM U-N. Decidiu-se pela dança e formou-se durante dois anos no Instituto Universitario de Danza de Venezuela. Desde 2000, é directora do Grupo de Danza Contemporánea de la Universidad Nacional e coordena o projecto Centro de Experimentación Coreográfica. Magdalena Sloncova começou a ter aulas de dança ministradas por Eva Blažíýková em 1980, baseado na filosofia de Isadora Duncan, e integrou a sua Chamber Dance Company II entre 1985 e 1992. Estudou assistência a partos em Praga e fisioterapia em Oslo. Agora, colabora com Kristýna Lhotáková e Ladislav Soukup. Zoitsa e Magdalena encontraram-se durante o projecto coLABoratório - Encontro Sul-Americano Europeu de Coreógrafos organizado pelo Festival Panorama de Dança (Rio de Janeiro) entre Novembro 2006 e Março 2007, em colaboração com ArtsAdmin (Londres), Theatre Institute Prague e alkantara. Durante a última fase do projecto, criaram juntas a peça to be SE(r)QUENCES, desenvolvida a partir do desejo de trabalhar num lugar vazio com materiais extra-corporais (papel) e imateriais (vento). At the university of her hometown Bogotá, Colombia, Zoitsa Noriega studied visual arts and entered the student Company Danza COM U-N. She decided to stick to dance and studied for two years at the Instituto Universitario de Danza of Venezuela. Since 2000, she is director of the Grupo de Danza Contemporánea de la Universidad Nacional de Colombia and coordinates the project Centro de Experimentación Coreográfica. Magdalena Sloncova started to attend dance classes by Eva Blažíýková in 1980, based on the principles of Isadora Duncan, and entered Blažíýková’s Chamber Dance Company II. She studied midwifery in Prague and physical therapy in Oslo. Currently, she collaborates with Kristýna Lhotáková and Ladislav Soukup. Zoitsa and Magdalena met each other during the project coLABoratório - South American European Choreographers Meeting, organized by Festival Panorama de Dança (Rio de Janeiro) between November 2006 and March 2007, in collaboration with ArtsAdmin (London), Theatre Institute Prague and alkantara. During the final phase of this project, they jointly created to be SE(r)QUENCES, based on the desire to create a piece in an empty space with extra-corporal (paper) and immaterial (wind) elements. criação creation magdalena sloncova, zoitsa noriega interpretação performers ioana mona popovici, anna caunerova ponto de partida e consultoria idea and consultancy margô assis treino e coordenação com papel training and work with paper mr. roll tape iluminação lights antón ferreiro apoio técnico technical assistance bertrand de courville agradecimentos ao colectivo thanks to the group estela lloves, valeria pinheiro, rommel nieves, josie caceres, federica folco, sara gebran, margô assis criado no contexto do projecto coLABoratório com o apoio do programa cultura da união europeia, numa co-produção de created in the context of the project coLABoratório, with the support of the culture program of the european union co-produced by festival panorama de dança (rio de janeiro), artsadmin (londres), alkantara (lisboa), theatre institut (praga), fid - forum internacional de dança (belo horizonte), bienal de dança do ceará (fortaleza) fotografia zoitsa noriega 25 william yang china museu do oriente terça tuesday 3 junho 21h quarta wednesday 4 junho 21h duração duration 1h30 | bilhetes tickets 10€ / 5€ em inglês com legendas em português in english with portuguese subtitles Fotógrafo e contador de histórias, William Yang volta à pátria que nunca conheceu: um chinês nascido na Austrália, estrangeiro no seu país de origem. Yang leva-nos das ruas de Pequim, onde lojas de informática competem com memórias da Revolução Cultural e ecos da Dinastia Ming, à montanha sagrada de Huang Shan, uma escalada obrigatória para qualquer chinês peregrino-turista. Em parte documentário social, parte observação pessoal, China cria um espaço de meditação, uma viagem de reflexão sobre a cultura e a importância de pertencer. O olhar sensitivo e a capacidade de observação de William Yang estão patentes nas suas fotografias surpreendentes e deliciosas. Junto com a música do erhu (violino Chinês) tocado ao vivo por Nicholas Ng, oferecem uma experiência teatral inesquecível. “O espectáculo é de uma simplicidade enganadora, William Yang um intérprete carismático, vai-nos contando histórias muitas vezes pessoais, que testemunham a sua grande capacidade de observação... É um espectáculo de uma beleza extraordinária, a não perder.” - Australian Stage Online Photographer-storyteller William Yang returns to a motherland he never knew, the Australian-born Chinese a stranger in his homeland. Yang takes us from the streets of Beijing, where electronics superstores jostle with echoes of the Cultural Revolution and the Ming Dynasty, to the sacred mountain Huang Shan, a must-climb for every Chinese pilgrim-tourist. Part social documentary, part personal observation, China creates a meditative space, a journey of reflection on the meaning of culture and belonging, for performer and audience alike. Yang’s wryly sensitive perspective, his eye for detail, and his arresting images come together with Nicholas Ng’s haunting live score for the erhu (Chinese violin), in an unforgettable theatrical experience. “A deceptive simplicity is at play here, along with a charismatic persona, as he tells what are often intensely personal stories, making light of his sharp observation of people... This is an incredibly beautiful show, and should not be missed.” – Australian Stage Online texto e imagens text and images william yang músico musician nicholas ng director de produção production manager gordon rymer produção production performing lines apoio financeiro financial assistance australia council / governo australiano apoio support adelaide festival centre trust, australian national university 26 fotografia heidrun löhr clara andermatt meu céu castelo de são jorge apresentação no âmbito das presentation in the context of festas de lisboa terça tuesday 3 junho 22h30 quarta wednesday 4 junho 22h30 duração duration 1h30 | bilhetes tickets 10€ / 5€ Vivemos num vasto labirinto, em que se cruzam diferentes verdades. Perante a multiplicidade dos acontecimentos e a variedade das emoções, interrogamo-nos sobre a função que nos cabe, as tarefas a que nos propomos… e duvidamos! Um espectáculo de rua criado por Clara Andermatt e uma equipa de criativos multidisciplinar para o festival Imaginarius, adaptado para o Castelo de São Jorge. Um projecto que se apropria das características arquitectónicas do espaço de apresentação para envolver o público numa espécie de ritual comunitário. Integra no elenco bailarinos, actores, músicos e traceurs, para além de um grupo de intérpretes com mais de 60 anos de Santa Maria da Feira. We live inside an immense labyrinth where different truths are entangled. Facing a multiplicity of events and a mixture of emotions, we question ourselves as to the roles we play; the tasks we set out to accomplish… and we have doubts! A street performance created by Clara Andermatt and a multidisciplinary team of artists for festival Imaginarius, to be adapted to Lisbon’s Castelo de S. Jorge. The project “takes on” the architectural characteristics of the presentational space in order to involve the spectators in a kind of community ritual. The cast is composed of dancers, actors, musicians and traceurs, together with a group of performers over the age of 60 from the town of Santa Maria da Feira. coreografia e direcção choreography and direction clara andermatt composição musical music composition joão lucas, vítor rua cenografia set design jean-marc dercle, joão calixto figurinos costumes aleksandar protich desenho de luz light design anatol waschke assistente de direcção production assistance antónio oliveira colaboração literária literary collaboration jorge lima barreto músicos musicians ana celeste ferreira (canto|vocals), joão lucas (piano), vítor rua (guitarra|guitar), loosers – rui dâmaso, tiago miranda, zé miguel performers avelino chantre, lúcia sigalho, luís guerra, tânia carvalho parkour portugal parkour portugal andré pereira, christopher hunstock, hilário freire, joão gonçalves, luis simsim, tiago silva grupo >60 de santa maria da feira group >60 from santa maria da feira antónio fonseca ribeiro, aurora soares reis, baptistina oliveira, césar augusto santos, conceição gomes santos, emília alves sá, emília henriques cardoso, irene gonçalves santos, maria arminda silva, maria amélia silva, maria ascenção pinto, maria celeste silva, maria clara oliveira, maria eduarda silva, rosa soares santos direcção técnica technical direction anatol waschke técnico de som sound technician ângelo lourenço técnico de luz light technician thomas toutain máquinas de cena stage machinery antónio quaresma, joão merino direcção de cena stage director narcisa costa produção production accca – companhia clara andermatt co-produção co-production festival imaginarius, egeac apoio support câmara municipal de santa maria da feira, chs - som e luz profissional, sensurround - companhia de teatro accca é uma estrutura financiada por is supported by direcção-geral das artes / ministério da cultura 34 27 jonathan burrows matteo fargion speaking dance museu da electricidade | central tejo terça tuesday 3 junho 23h quarta wednesday 4 junho 23h duração duration 45min | bilhetes tickets 10€ / 5€ Jonathan Burrows iniciou a sua carreira como primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres, mas formou o Jonathan Burrows Group em 1988 para criar o seu próprio trabalho, ganhando imediatamente reconhecimento internacional. Em 2001 criou a peça Weak Dance Strong Questions, em colaboração com o encenador holandês Jan Ritsema. Matteo Fargion nasceu em Milão e estudou composição na África do Sul e em Londres. Conheceu Jonathan Burrows em 1988 e tem escrito música para muitas das suas criações. Matteo também recebeu encomendas por parte do Schaubühne Berlin, TAT Frankfurt, Theaterhaus Stuttgart, Thomas Ostermeier e Lynda Gaudreau. Em 2002, Jonathan e Matteo iniciaram uma trilogia de duetos, começando por Both Sitting Duet (2002) e The Quiet Dance (2005). Speaking Dance (2006) continua a sua suave investigação sobre o relacionamento entre a música e a dança, e a frágil, mas permeável fronteira entre os dois mundos. Os seus espectáculos são meditações formais mas humorísticas sobre a natureza da comunicação, e da relação entre os intérpretes e o seu público. “Cativante, indecifrável e arrebatador”, exclamou The Daily Telegraph. “São 50 minutos de humor extremamente inteligente”, concordou The Independent. Jonathan Burrows started his career as a soloist with the Royal Ballet in London but formed the Jonathan Burrows Group in 1988 to present his own work, gaining immediately an international reputation. In 2001 he presented Weak Dance Strong Questions, a collaboration with the Dutch theatre director Jan Ritsema. Matteo Fargion was born in Milan and studied composition in South Africa and London. He met Jonathan Burrows in 1988, and has since written music for many of his pieces. Matteo has also written music for Schaubühne Berlin, TAT Frankfurt, Theaterhaus Stuttgart, Thomas Ostermeier and Lynda Gaudreau. In 2002, Jonathan and Matteo started working on a trilogy of duets, opening with Both Sitting Duet (2002) and The Quiet Dance (2005). Speaking Dance (2006) continues their gentle exploration into how the relationship between music and dance is percieved, and the fragile but permeable boundaries between the two worlds. Their performances are a formal but humourous meditation on the nature of communication, and the relationship between each other and with the audience. “Captivating, inscrutable, dazzling”, exclaimed The Daily Telegraph, “This is 50 minutes of highly intelligent fun”, added The Independent. de e com by and with jonathan burrows e matteo fargion management nigel hinds co-produção co-production dance umbrella london apoio support arts council england, jonathan burrows group 28 fotografia chris nash nature theater of oklahoma no dice teatro da politécnica quarta wednesday 4 quinta thursday 5 sexta friday 6 sábado saturday 7 junho junho junho junho 20h 20h 20h 20h duração duration 4h com intervalo e sandes including break and sandwiches bilhetes tickets 10€ / 5€ em inglês sem legendas in english without subtitles Venham pela magia, fiquem pelas sandes de fiambre! O Nature Theater of Oklahoma apresenta uma versão reduzida de 4 horas do seu lendário espectáculo melodramático de 11 horas No Dice. Um épico do dia-a-dia, transformado em algo de proporções transcendentais, No Dice utiliza 100 horas de registos telefónicos da companhia, filtrando-os pelas convenções do teatro amador, para chegar a uma experiência transformadora – com diversões fantásticas ao longo do caminho e preocupações pessoais urgentes como: “Será que devo deixar de beber?”, “Será que vou ser despedido?”, e “Como é que podemos chegar ao dinheiro de Hollywood?” No meio da luta das suas carreiras artísticas, à beira do fracasso total, os artistas envolvem-se num combate grandioso para chegar ao centro da história e realizar a derradeira tarefa de transformar a rudeza das suas próprias vidas em arte. Será que vão conseguir? “Não é fácil sentir, num sábado à noite nesta cidade alucinante, que estamos exactamente onde queríamos estar, e até mesmo onde precisamos de estar. Mas No Dice dos Nature Theater of Oklahoma é aquele evento raro e maravilhoso de sustentação teatral: partimos felizes e satisfeitos, mas a querer mais… No Dice é uma obra prima. As suas personagens reduzidas e profundamente humanas expressam o desejo grandioso de nos juntarmos ao “murmúrio cómico universal”, mas em vez disso elas personificam-no. Resistir é inútil” - The New York Times Come for the magic, stay for the ham sandwiches! Nature Theater of Oklahoma presents a short 4 hour version of their legendary 11 hour melodramatic spectacle, No Dice. An epic of the everyday blown to transcendental proportions, No Dice takes over one hundred hours of the company’s recorded telephone conversations and filters them through the conventions of amateur dinner theater to arrive at a uniquely mind-altering experience – with luxurious diversions along the way to address more pressing personal concerns such as: “Should I maybe stop drinking?”, “Am I going to get fired?”, and “How can we get to that big Hollywood money?” In the fight of their artistic lives, on the edge of total failure, the performers engage in mighty battle to get to the heart of the “story” and perform the ultimate heroic task of transforming the coarse stuff of their own lives into art. Will they pull it off? “It’s not easy, on a Saturday night in this maddening city, to feel that you have landed exactly where you want to be, and even, perhaps, where you need to be. But No Dice, performed by the Nature Theater of Oklahoma, is that rare, wondrous type of theatrical sustenance: You leave blissful and sated, yet wanting more… No Dice is a tour de force. Its limited, deeply human characters express the grandiose desire to engage the “universal cosmic murmur.” Instead, they embody it. Resistance is futile.” - The New York Times companhia company nature theater of oklahoma com featuring anne gridley, thomas hummel, robert m. johanson, zachary oberzan, and kristin worrall conceito e direcção conceived and directed by pavol liska and kelly copper de conversas com from conversations with marc dale, anne gridley, teresa gridley, robert m. johanson, jo liegerot, zachary oberzan, adam tsekman, katarina vizinova and kristin worrall música music kristin worrall and lumberob design peter nigrini produção production manager kell condon encomenda commission soho rep’s phase ii program residência de criação created in residence at downtown art fotografia peter nigrini 29 co-produção co-production alkantara aydin teker harS centro cultural de belém | sala de ensaio quinta thursday 5 junho 19h sexta friday 6 junho 19h sábado saturday 7 junho 19h duração duration 50min | bilhetes tickets 10€ / 7,5€ Uma das presenças mais surpreendentes do último alkantara festival foi sem dúvida a peça aKabi da coreógrafa Turca Aydin Teker. Os bailarinos apareciam em palco, calçando sapatos pesados, de alturas diferentes, transformando os seus corpos em formas híbridas. “Quando faço uma coreografia, começo sempre por criar um problema”, diz Aydin Teker. “A seguir passo o tempo a tentar resolvê-lo.” harS é um dueto entre uma bailarina e uma harpa. Na sua atitude habitual de investigadora, Aydin Teker ignora todas as regras de manuseamento do instrumento e as suas fortes conotações históricas e ç Orhon interage com musicais. Olha para a harpa como um objecto. Durante 50 minutos, a bailarina Ayse este corpo inanimado, num exercício de grande rigor e densidade. Executado no limite do equilíbrio, harS é uma fonte inesgotável de imagens poéticas e uma peça de rara beleza escultural. A peça não segue trâmites narrativos; o significado surge no olhar do espectador. Without a doubt, one of the most surprising presences at the previous alkantara festival was the piece aKabi by Turkish choreographer Aydin Teker. The dancers appeared on stage with heavy platform shoes of different heights, transforming their bodies into hybrid forms. “When I make a choreography, I always start by creating a problem”, says Aydin Teker. “Then I spend the rest of my time trying to resolve it”. harS is a duet between a dancer and a harp. In her customary attitude of investigator, Aydin Teker ignores all the rules about the handling of the instrument and its strong historical and musical connotations. She looks at the harp ç Orhon interacts with this inanimate body, in an exercise of great as an object. During 50 minutes, the dancer Ayse rigor and density. Executed at the limit of equilibrium, harS is an inexhaustible source of poetic images and a piece of rare sculptural beauty. The piece does not create narratives; meaning emerges in the eye of the beholder. ç direcção e coreografia direction and choreography aydin teker coreografia e interpretação choreography and performance ayse ç orhon assessoria musical musical advice evrim demirel figurino costume design aysegül alev desenho de luz light design thomas walgrave produção production bimeras | idans co-produção co-production alkantara (lisbon), biennale bonn (bonn), baltoscandal festival (rakvere), rotterdamse schouwburg (rotterdam), kunstenfestivaldesarts (brussels), festival culturescapes (basel) projecto co-produzido por next step com o apoio do programa “cultura” da união europeia project co-produced by next step with the support of the culture program of the european union apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon 1001 actions for dialogue - anna lindh foundation 34 30 fotografia ebru anit ahunbay co-produção co-production alkantara tiago guedes coisas maravilhosas culturgest quinta thursday 5 junho 21h sexta friday 6 junho 21h duração duration 1h | bilhetes tickets 10€ / 5€ “Faz já dois anos que enviei ao Tiago um pequeno vídeo de Egyptian Reggae, música mítica de Jonathan Richman. Era a brincar, aquele género de links que enviamos em momentos perdidos. Mas nesse pequeno vídeo Tiago encontrou uma porta de entrada para trabalhar sobre algo de que andava à procura, material coreográfico em contextos inusitados. Rapidamente compreendi que este vídeo ‘saltitão’ iria contaminar todo o processo de trabalho da nova peça que estava a nascer. O projecto de origem parecia agora longe, antes falava-se de matérias a esculpir, agora de palmeiras e de camelos a dançar. O foco parecia romper com a ideia de “bom gosto” e de ambiente sério. Nada de realmente claro para dizer a verdade, mas uma vontade lúdica de romper com um discurso obrigatório e formatado (esse das expectativas quando os coreógrafos se tornam ‘sérios’) tentando agarrar a tangente da ‘ligeireza’. (...) Como os seus estranhos exploradores que dançam ao meio da cenografia cintilante, ele semicerra os olhos para ver melhor, melhor trabalhar os detalhes. Eles procuram algo no vazio do palco... coisas maravilhosas. Compreendi pouco a pouco que ele chegou finalmente a algo que tinha previsto, talvez sem o saber, talvez indirectamente escolhendo inúmeros desvios. É nesta paisagem desértica e pop, de dunas movediças, que não sabemos bem onde estamos. Reconhecemos formas, que pensamos ser miragens, improváveis e longínquas: cabarés, Béjart, Nijinsky, Cunningham, Herzog, discursos místicos dos anos 70... À saída da estreia no Vivat (1 de Fevereiro 08, Armentières, França) ninguém parecia ter visto a mesma coisa. Ainda não sabemos onde se situa Coisas Maravilhosas, a que distância na paisagem da dança contemporânea. Tentemos ver juntos.” Florent Delval Two years ago, I sent a short video of Jonathan Richman’s mythical Egyptian Reggae to Tiago. It was a joke, those kind of links we send in a lost moment. But in this small video Tiago saw an entry to something he had been looking for, choreographic material in unusual contexts. Soon I understood that this ‘hopping’ video would contaminate the working process of the piece that was coming to life. The original project faded away. Before, we would talk about sculpting choreographic materials, now we were discussing palm trees and dancing camels. We were drifting away from any idea of ‘good taste’ or seriousness. Nothing really clear, to tell the truth, but a playful desire to leave the usual obligatory discourse behind (the one that we have come to expect from choreographers when they become ‘serious’ artists), a wish to get a touch of ‘lightness’. (…) Like his strange explorers who dance in the glittering set, he straines his eyes to see better, to better work the details. They try to find something on the empty stage… marvellous things. I understood gradually that he was getting at something he had been looking for, maybe without knowing it, maybe by going through inumerous deviations. In this desert pop landscape of shifting dunes, we don’t know where we are. We recognize forms, we think they are improbable faraway mirages: cabaret, Nijinsky, Cunningham, Herzog, mystic discourses from the 70ies… On the way out from the premiere at le Vivat (1 Feb 08, Armentières) nobody seemed to have seen the same performance. We still don’t know where Coisas Maravilhosas is situated, at what distance from the landscape of contemporary dance. Let’s find out together.” Florent Delval concepção e direcção artística concept and artistic direction tiago guedes dança dance cecília bengolea, denis robert, françois chaignaud, inês jacques, marlene freitas assistente de direcção artística artistic direction assistant pietro romani desenho de luz light design caty olive sonoplastia soundscape sérgio cruz cenário e figurinos set and costumes carla freire, cypress cook acompanhamento vocal voice coach pedro teixeira (portugal), lucy grauman (bruxelas), inês jacques direcção técnica technical direction mafalda oliveira produção production materiais diversos co-produção co-production culturgest (lisboa), festival vivat la danse! theatre le vivat (armentières), arcadi – action regionale pour la creation artistique et la diffusion en île-de-France (paris), théâtre de l´l (bruxelles), galeria zdb (lisboa), alkantara (lisboa), o espaço do tempo (montemor-o-novo) agradecimentos thanks to joris lacoste, florent delval, giovanni di domenico, pakyan lau apoio support re.al, atelier re.al, teatro viriato, m.a.c cosmetics projecto financiado por project financed by direcção geral das artes / ministério da cultura fotografia © dimitri wazemski 31 michel schweizer BLEIB opus #3 maria matos teatro municipal quinta thursday 5 junho 21h sexta friday 6 junho 21h duração duration 1h30 | bilhetes tickets 10€ / 5€ em francês com legendas em português in french with portuguese subtitles O que é que cinco magníficos cães pastor belga, os seus respectivos donos, um filósofo, um psicanalista, uma inquietante figura da resistência e um antigo legionário poderão estar a fazer juntos no palco do teatro? Desde Maio de 2005 que Michel Schweizer mantém uma conversa fértil com Dany Robert Dufour, filósofo, e Jean-Pierre Lebrun, psiquiatra e psicanalista, em torno das problemáticas e hipóteses avançadas nas suas obras recentes. Prossegue então uma reflexão em torno das mutações do sujeito contemporâneo, formatado e subjugado pelo projecto capitalista. BLEIB interroga os novos comportamentos sociais e as atitudes psíquicas criadas pelo projecto de alienação generalizada: o “homem sem gravidade”. BLEIB é uma proposta que se aplica em pôr a nu a mentira de uma sociedade “liberta” onde o sujeito, colocado no centro do sistema, é convidado a imaginar-se enquanto único decisor da organização do seu mundo. Ora, daí resulta um animal humano disponível para todas as manipulações. «A barbárie consiste numa relação social organizada por um poder já não simbólico mas real. A partir do momento em que o poder se apoia sobre – e tem como referência - a sua própria força, e não procura defender nem proteger nada mais para além da sua existência enquanto poder, o seu estatuto de poder, pois bem, estamos na barbárie. Será que conhece uma só das grandes manifestações recentes do exercício do poder que não seja uma manifestação da barbárie?» (Charles Melman, entretiens avec Jean-Pierre Lebrun, L’homme sans gravité, jouir à tout prix) O que é alarmante e novo num sistema destes, é que se baseia num servilismo cego, uma incapacidade do sujeito em resistir – a não ser tragicamente - a estas novas formas de poder. Formas que encontram nos consumidores-cidadãos em que nos transformámos, os seus melhores actores-aliados. What are five magnificent belgian shepard dogs, their trainers, a philosopher, a psychoanalist, a disquieting figure of the resistance and a former legionnaire doing together on stage? Since May 2005, Michel Schweizer has kept a fertile dialogue with Dany Robert Dufour, philosopher, and JeanPierre Lebrun, psychiatrist and psychoanalyst, about the problems and hypotheses advanced in their recent works. It develops a reflection around the mutations of the contemporary subject, as it is being formatted and subjugated by the vast project of capitalism. BLEIB questions the new social and psychological attitudes, created by the project of generalized alienation: the “man without gravity”. BLEIB sets out to discover the lie of a “free” society, where the subject, placed in the very centre of the system, is invited to imagine himself as the sole decision-maker of the organization of his world. This creates a human animal available for all manipulations. “Barbarity is a social order based not longer on symbolical, but on real power. From the moment that power is sustained – and refers to – its own force and no longer seeks to defend or protect anything else beyond its own existance as power, its statute of power, we have arrived at a state of barbarity. Do you know one of the important manifestations of power of our times that is not a manifestation of barbarity?” (Charles Melman, entretiens avec Jean-Pierre Lebrun, L’homme sans gravité, jouir à tout prix). Alarming and new in this system is that it is constructed on blind subservience and the incapacity of the subject to resist – unless in the most tragic way – these new forms of power. Forms that have found their best actors-allies in the citizens-consumers we have become. conceito, direcção e cenografia concept, direction and set design michel schweizer com with philippe desamblanc and titeuf de la fontaine st maurice, patrice foucault and top gun des plaines de thierarche, jean gallego and narco du clos champcheny, claude leclercq and sarko de la cite des foucault, françois vavasseur and robot du vieux marronnier, dany-robert dufour, gerard gourdot, jean-pierre lebrun, friedrich lauterbach, andrej skrha colaboração artística artistic collaboration severine garat direcção técnica e luz technical director and light marc-emmanuel mouton or eric blosse criação som soundscape nicolas barillot design franck tallon fotografia photography frederic desmesure , jean-paul dubecq treinadores cães e assistência técnica dog consultants and technical assistance yann armand, andrej skrha produção/promoção production/promotion nathalie nilias administração administration helene vincent agradecimentos thanks to patricia chen, jean-yves coquelin, jean-paul dubecq, romain louveau, cecile pecondon-lacroix, jean-luc petit, eric servant, scorpion du musher, jean-marc toillon, jean-marc teule para o desenho de luz for light design eric blosse, marc-emmanuel mouton, yannick taleux apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon cultures france e next step - programa cultura da união europeia 32 fotografia frédéric desmesure co-produção co-production alkantara miguel pereira doo centro cultural de belém | pequeno auditório quinta thursday 5 junho 21h sexta friday 6 junho 21h sábado saturday 7 junho 21h duração duration ±1h | bilhetes tickets 10€ / 7,5€ “Teria onze anos, a independência estaria iminente, era um início de tarde cheio de sol, muito quente, impregnado de expectativas. Debaixo de um alpendre, na terra batida, aguardávamos a entrada em cena. O público cá fora chegava, reunia-se e pouco a pouco deslocava-se para dentro do pavilhão. Eu, assim como os outros meninos, envergávamos a capulana colorida, enrolada na cintura, em tronco nu e pés descalços. Foi então que se deu a entrada no palco improvisado, e nervosos executámos os passos, ao mesmo tempo que cantávamos “Wa’mutiva Txava Txava Yuí anga’ni n’dlala ya Maheú. Yuí Wa’mutiva Caetano Yuí Buyá gandzaia Salazar”. Em 2005/06 Miguel Pereira colaborou com a coreógrafa egípcia Karima Mansour no âmbito do projecto Encontros de alkantara e panorama rio dança. O resultado, Karima meets Lisboa meets Miguel meets Cairo, foi uma das peças mais faladas do alkantara festival 2006 e ainda anda em digressão. “Durante a minha colaboração com a Karima,” diz Miguel, “tive oportunidade de visitar pela primeira vez o Cairo. Em seguimento desta experiência fui convidado a participar nos Encontros de Dança de Artistas da África Oriental, no Quénia, onde tive oportunidade de expor a minha experiência de intercâmbio com um artista de uma outra cultura. Em Nairobi e já a meio de África, apercebi-me que desde o Cairo, fazia uma linha descendente em direcção ao local onde tinha nascido, Lourenço Marques.” “I was eleven years old, independence was imminent, it was an early afternoon filled with sunshine, very hot, full of expectations. Under a porch, on the rutty ground, we were waiting to enter the stage. Outside the public was arriving, meeting, and little by little moved inside the pavilion. I was wearing, as well as the other boys, a coloured capulana, rolled up around the waist, with naked chest and barefoot. It was then that we entered the improvised stage and, nervous, executed the steps, singing at the same time “Wa’mutiva Txava Txava Yuí anga’ni n’dlala ya Maheú .Yuí Wa’mutiva Caetano Yuí Buyá gandzaia Salazar”. In 2005/06 Miguel Pereira worked together with the egyptian choreographer Karima Mansour in the framework of the project Encontros, co-organised by alkantara and panorama rio dança. The result, Karima meets Lisboa meets Miguel meets Cairo, turned out to be one of the most talked about pieces of alkantara festival 2006 and is still touring. “During my collaboration with Karima,” says Miguel, “I had the opportunity to visit Cairo. Following this experience, I was invited to participate in the East African Dance Meeting in Kenya, to talk about my collaborative experience with an artist from another culture. In Nairobi, and already well inside Africa, I realized that I was on a descending line towards the place where I was born, Lourenço Marques.” um projecto de a project by miguel pereira com with jari marjamäki, bernardo guiamba (pak) e miguel pereira com a colaboração de in collaboration with ana pais, nuno coelho, rui catalão, sérgio cruz, thomas walgrave produção production o rumo do fumo coprodução co-production alkantara, théâtre national de bordeaux en aquitaine residência artística e apoio artistic residence and support centa (vila velha de ródão), culturarte (maputo), capa/devir (faro) apoios support balleteatro (porto), associação binaural, atelier re.al, centro cultural franco-moçambicano, rádio oxigénio, instituto camões o rumo do fumo é uma estrutura apoiada por is supported by ministério da cultura/ direcção geral das artes projecto co-produzido por next step com o apoio do programa cultura da união europeia project co-produced by next step with the support of the culture program of the european union 33 padmini chettur pushed museu do oriente sábado saturday 7 junho 17h domingo sunday 8 junho 21h duração duration 1h20 | bilhetes tickets 10€ / 5€ Depois da formação em dança tradicional Indiana bhârata natyam, Padmini Chettur entrou na companhia de dança Indiana Chandralekha, pioneira da expressão contemporânea num país em profunda mutação. Da sua formação clássica, reteve uma técnica precisa e refinada; dos ensinamentos da Chandralekha, ficou a vontade de descodificar a forma e o movimento, reduzindo os traços de bhârata natyam a uma linha abstracta, libertando o corpo da mulher da sua obrigatória tradição de sedução, beleza e perfeição. Pushed foi criado em 2006 na Coreia do Sul. Partindo das sete emoções de base da filosofia Coreana – fúria, dor, prazer, felicidade, tristeza, amor e luxúria – Padmini Chettur desenvolve uma coreografia subtil, decididamente contemporânea, mas executada com a extrema precisão e graça da dança tradicional Indiana. As seis bailarinas evoluem quase imperceptivelmente entre estados de grande tensão e momentos de fluidez. A banda sonora foi criada em Seul por músicos coreanos que tocam instrumentos tradicionais. After training in the traditional Indian dance bhârata natyam, Padmini Chettur entered the Chandralekha Indian dance company, a pioneer of contemporary expression in a country in profound mutation. From her classical training she retained a precise, refined technique; from the teachings of Chandralekha, she was left with the desire to decode the form and the movement, reducing the features of bhârata natyam to an abstract line and freeing the female body from the traditional obligations of seduction, beauty and perfection. Pushed was created in 2006 in South Korea. Starting out from the seven basic emotions of Korean philosophy – anger, pain, pleasure, happiness, sadness, love and lust – Padmini Chettur develops a subtle choreography, decidedly contemporary, but executed with the extreme precision and grace of traditional Indian dance. The six dancers progress almost imperceptibly between states of great tension and moments of fluidity. The soundtrack was created in Seoul with Korean musicians playing traditional instruments. coreografia choreography padmini chettur música music maarten visser cenário set sumant jayakrishnan figurinos costumes metaphor, chaitanya rao luz light zuleikha chaudhari intérpretes performers divya rolla, krishna devanandan, anoushka kurien, preethi athreya, balachandran athreya preethi, padmini chettur facilitador facilitator kim kwang-lim co-produção co-production seoul performing arts festival, padmini chettur 34 fotografia ydohee co-produção co-production alkantara projecto teatral LION NOIR são luiz teatro municipal sábado saturday 7 junho 23h domingo sunday 8 junho 23h duração duration ±1h | entrada gratuita free entrance projecto teatral joão rodrigues, helena tavares, maria duarte, gonçalo ferreira de almeida, andré maranha co-produção co-production alkantara e são luiz teatro municipal 34 35 works in progress pedro carraca cláudia gaiolas confissões auditório carlos parades (benfica) 25 maio 17h entrada gratuita free entrance Este ensaio aberto é uma mostra do trabalho que temos vindo a desenvolver desde há algum tempo com residentes da Cova da Moura, no âmbito do projecto nu kre bai na bu onda. Não profissionais que emprestam as suas horas e energia a este projecto apenas pelo prazer de fazer, aprender e, quem sabe, mais tarde tomar em mãos a organização de um grupo profissional. Oferecer ao bairro uma actividade diferente e abrir a Cova da Moura às pessoas de fora. O grupo decidiu trabalhar sobre Crimes Exemplares de Max Aub. Histórias contadas na primeira pessoa por quem cometeu estes crimes. Casos verídicos, com humor e lógicas que só têm razão para quem os fez, mas que nos colocam perante situações limite que poderiam levar qualquer um de nós a matar. Uma versão livre, adaptada, pirateada e complementada com crimes avulsos e pequenas considerações. Morte, assassinato, sangue, suor e facas. Venha ver por si. This open rehearsal offers an informal presentation of what we have been working on for some time now with a group of people from Cova da Moura in the context of the project nu kre bai na bu onda. Non-professionals who spend their time and energy on this project for pleasure, to learn and, who knows, maybe to set up their own professional theatre group one day. Offer the neighbourhood a different kind of activity and open Cova de Moura to visitors from outside. The group decided to go for Max Aub’s book Exemplary Crimes. Small histories told in the first person singular by the authors of real crimes. True cases of slaughter and murder, told with a sense of humor and logic that only hold up for the one who perpetuated them, but at the same time reflect the point of no return, where anyone can turn into a killer. A very free pirate version with lots of crimes and small considerations. Death, murder, blood, sweat and knifes. Come and see for yourself. orientação coaching cláudia gaiolas, pedro carraca actores actors bela medina, ana ferreira, jeny, ademar, antónio barros, edna varela, elisa varela, diana varela, cláudia pimenta cenário e figurinos set and costumes rita lopes alves produção production alkantara parceiros nu kre bai na bu onda partners associação cultural moinho da juventude, associação de solidariedade social alto cova da moura e junta de freguesia da buraca apoio support programa escolhas, fundação calouste gulbenkian cedência de pedro carraca e rita lopes alves artistas unidos agradecimento thanks to andreia bento pelo chá e pela paciência for the tea and the patience Estúdios é um novo projecto de formação e criação de teatro, organizado pelo Mundo Perfeito e Teatro Maria Matos. Todos os anos, Estúdios dedicar-se-à a um tema, que servirá de mote aos workshops e à criação de um espectáculo. Nesta sua primeira edição, esse tema será ‘a festa’. Como parte do processo de trabalho, que conduzirá à criação do espectáculo, decorrerão dois workshops orientados por Faustin Linyekula e por Pavol Liska & Kelly Copper (Nature Theater of Oklahoma). O resultado é apresentado em duas sessões abertas ao público. Studios is a new theatre training/creation project by O Mundo Perfeito and Teatro Maria Matos. Each year, Studios will use a specific theme as starting point for a series of workshops and the creation of a new performance. For this first edition, the theme is ‘Party’. As part of the working process leading up to the creation, Faustin Linyekula and Pavol Liska & Kelly Copper (Nature Theater of Oklahoma) will coordinate two workshops. The result is presented to the public in two separate sessions. estúdios [a festa] a festa de faustin espaço land | 29 maio 23h a festa de pavol & kelly teatro maria matos | 1 junho 19h entrada gratuita free entrance workshop faustin linyekula 20, 21, 22, 23, 24, 28 maio, 14h > 19h - teatro maria matos, sala de ensaios - 12 participantes participants workshop pavol liska & kelly copper 22 >>> 31 maio, 14h > 18h - espaço land - 15 participantes participants candidaturas workshops até 7 de maio candidatures until 7 may teatro maria matos tel. 218 438 800 www.teatromariamatos.egeac.pt produção production mundo perfeito, teatro maria matos co-produção co-production alkantara festival, festival internacional de teatro de almada e capa apoio support brasserie flo, espaço land Move out loud é uma plataforma na internet onde coreógrafos e bailarinos podem importar um vídeo de um solo até 3 minutos de duração que começa no último movimento do solo importado anteriormente. Gera-se neste processo uma corrente de movimento, uma coreografia mundial que atravessa fronteiras, línguas, culturas, religiões e diferenças sócio-económicas. Move out loud dá os primeiros passos no alkantara festival. Filipe Viegas e Brahim Sourny convidam os artistas do festival a participar, criando os primeiros movimentos desta coreografia global. Na última noite do festival, no programa after midnight, os autores do projecto e Jaime Conde Salazar (performance studies) apresentam o resultado em formato vídeo. Mais tarde será colocado on line como ouverture de uma coreografia que partilha experiências, universos, imaginários, vocabulários, histórias, sentimentos, desejos e desesperos de todo o mundo. www.moveoutloud.net ponto de encontro meeting point 8 junho 24h entrada gratuita free entrance 34 36 Move out loud is an internet platform where choreographers and dancers can upload a video of a solo dance, maximum 3 minutes long, starting with the last movement of the solo that the previous artist has uploaded. The result is a chain of movement, a world choreography that crosses frontiers, languages, cultures, religions and socio-economic differences. Move out loud takes off at alkantara festival. Filipe Viegas and Brahim Sourny invite the artists of the festival to participate by creating the first movements of this global choreography. On the last night of the festival, in the program after midnight, the result will be presented to the public by its initiators and Jaime Conde Salazar (performance studies). Later on, this video will become the ouverture of an online choreography that shares experiences, universes, imaginary, stories, feelings, desires or despairs from all over the world. conceito concept filipe viegas (bomba suicida) & brahim sourny (11.org) produção production bomba suicida (portugal) co-produção coproduction 11.org (morocco/france), alkantara (portugal) powered by rhiz.eu apoios support european cultural foundation, DBM – danse bassin méditerranée, restart agradecimentos thanks to ernst and edgar, jaime conde-salazar, gil mendo, mark deputter, sofia felix bomba suicida é uma estrutura financiada is supported by MC/DGArtes bomba suicida é membro de is member of REDE associação de estruturas para a dança contemporânea, DBM – danse bassin méditerranée apoio apresentação em lisboa support presentation lisbon 1001 actions for dialogue - anna lindh foundation encontros ponto de encontro meeting point espaço alkantara calçada marquês de abrantes 99, santos 23 maio > 8 junho 12h > 02h O novo espaço alkantara é o coração do festival. Todos os dias abre as portas ao 12h00. Há café e chá, revistas e jornais, computadores e internet wireless grátis. Na bilheteira central há bilhetes à venda para todos os espectáculos e informação sobre o festival. À noite servem-se jantares, bebidas e after midnight, um programa surpresa de conversas, concertos, intervenções artísticas e vídeo documentários relacionados com o programa do festival. Espaço alkantara is the place where the heart of the festival beats. The doors open every day at noon. There is coffee and tea, magazines and newspapers, computers and wireless internet for free. At the box office there is information about the festival program and tickets for all performances. At night we serve dinner, drinks and after midnight, a surprise programme of public discussions, concerts, interventions and documentary videos related to the festival program. encontro alkantara 2008 aftermidnight@pontodeencontro sessão pública public session 7 junho 13h ponto de encontro meeting point todas as noites do festival excepto 22 maio e 7 junho every night of the festival except 22 may and 7 june Desde 1998 alkantara organiza anualmente um encontro internacional. O formato é flexível, os contextos alteram-se e até os títulos mudam, mas a ideia central permanece: criar um espaço livre de encontro, reflexão e pesquisa com artistas e teóricos vindos de todo o mundo. Durante o festival, em colaboração com Team Network, alkantara convida um grupo de jovens artistas, dramaturgos e críticos a acompanhar o festival e a entrar em diálogo com as obras apresentadas. Acompanhados por Nayse Lopes (idança – Brasil) e Gwenola David (Mouvement – França), terão tempo e espaço para trocar ideias e confrontar pontos de vista sobre a arte e o seu lugar nas nossas sociedades e vidas. No fim do seu percurso, os participantes do Encontro recebem o público numa sessão aberta. Em Portugal, a interacção entre a dança e a música é rica e tem dado azo a vários projectos musicais extraordinários. O programa after midnight é palco para uma série de artistas incontornáveis que trabalham regularmente nas duas áreas. Concertos memoráveis a (re)descobrir. Intercaladas com noites de música, há conversas com os artistas do festival sobre o seu trabalho e sobre temas tão diversos como arte e política, teatro e comunidade, fazer teatro em Portugal, dança e música... Since 1998, alkantara organizes every year an International Encounter. The format varies, contexts change and even titles are never the same, but the main objective remains: to create an open space for exchange, reflexion and research for artists and theoreticians from all over the world. During the festival, alkantara, in collaboration with Team Network, invites a group of young artists, critics and dramaturges to closely follow the festival and enter in a dialogue with the presented works. Accompanied by Nayse Lopes (idança – Brazil) and Gwenola David (Mouvement – França), they have the opportunity to exchange ideas about art and its place in society and life. At the end of their parcours, the participants of the Encontro receive the public. In Portugal, the interaction between dance and music is a rich source of extraordinary musical projects. After midnight gives the stage to a number of artists who regularly work in both areas. A series of memorable concerts to be (re)discovered. Besides music, there will be public conversations with the artists of the festival about their work and issues such as art and politics, theatre and community, making theatre in Portugal, dance and music... colaboração collaboration team network apoio support next step – programa cultura da união europeia network meetings alkantara festival 2008 acolhe reuniões de várias redes internacionais alkantara festival 2008 hosts various international network meetings départs p.a.r.t.s. (bruxelas), alkantara (lisboa), trafó house of dance (budapeste), springdance (utrecht), hebbel am ufer (berlim), pact zollverein – choreografisches zentrum nrw (essen), vooruit (gent) next step kunstenfestivaldesarts (bruxelas), alkantara (lisboa), steirischer herbst (graz), baltoscandal (rakvere), göteborg international festival (göteborg), théâtre national de bordeaux en aquitaine (bordeaux), rotterdamse schouwburg - de keuze van de schouwburg (roterdão) dbm | mediterranean dance network board meeting : rui silveira (espanha), zeynep günsür (turquia), khaled elayyan (palestina), malek sebai (tunísia), brahim sourny (marrocos), medie megas (grécia), hugo quinta (portugal), mark deputter (portugal) team network | transdisciplinary european art magazines alternatives théâtrales (bélgica), art’o (itália), danstidningen (suécia), ballettanz (alemanha), ellenfeny (hungria), etcetera (bélgica), highlights (grécia), janus (bélgica), livraison (frança), maska (eslovénia), mouvement (frança), obieg (polónia), obscena (portugal), polystyrene (frança), stradda (frança) aftermidnight@sãoluiz festa de abertura opening party 22 maio 24h entrada gratuita free entrance festa de encerramento closing party 7 junho 24h dj joão galante dj joão galante entrada gratuita free entrance 34 37 mais que um festival alkantara co-produz muitos espectáculos do seu festival bienal no contexto de colaborações e projectos internacionais, apoiados pelo Programa Cultura da União Europeia. Entre 2006 e 2008, alkantara desenvolveu quatro destes projectos com parceiros da Europa, do Brasil e do Mediterrâneo. coLABoratório south-american european choreographers meeting co-organizadores co-organizers festival panorama de dança (rio de janeiro), artsadmin (london), alkantara (lisboa), theatre institut (praga) parceiros partners fid/forum internacional de dança (belo horizonte), bienal de dança do ceará (fortaleza) Em Novembro de 2006, vinte coreógrafos vindos da Europa, América do Sul e Brasil encontraram-se durante 4 semanas no Rio de Janeiro para partilhar experiências e iniciar processos de colaboração artística. Entre Março e Abril de 2007, voltaram ao Brasil para uma residência de criação, divididos em grupos menores e distribuídos por três cidades: Fortaleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. A apresentação pública nestas três cidades das 10 obras resultantes completou o projecto. No alkantara festival apresentamos to be SE(r)QUENCES de Zoitsa Noriega da Colômbia e Magdalena Sloncova da República Checa. In November 2006, twenty choreographers from Europe, South-America and Brazil met for a period of 4 weeks in Rio de Janeiro to exchange experiences and initiate artistic collaborations. Between March and April 2007, they returned to Brazil, divided in smaller groups, to jointly create new work in Rio de Janeiro, Belo Horizonte and Fortaleza. At the end the resulting ten creations were presented in these three cities. At the festival we present to be SE(r)QUENCES by Zoitsa Noriega from Columbia and Magdalena Sloncova from the Czech Republic. next step alkantara co-produces many performances of its biennal festival in the framework of international partnerships and projects, with the support of the Culture Programme of the European Union. Between 2006 and 2008, alkantara was involved in four such projects with partners from Europe, Brazil and the Mediterannean. lugares imaginários sites of imagination co-organizadores co-organizers alkantara (lisboa), l’animal a l’esquena (girona), carovana (cagliari), bunker (ljubljana), l’officina (marseille) Cinco equipas de coreógrafos, encenadores, escritores, realizadores, compositores, arquitectos e teóricos de Portugal, Espanha, França, Itália, Eslovénia, Turquia e Líbano foram convidados a trabalhar sobre o tema da cidade mediterrânica e a sua longa história de urbanismo. Entre Maio e Setembro de 2007, realizaram-se 13 residências em várias cidades do Mediterrâneo, incluindo dois encontros de grupo em Lisboa e Girona. As obras daí resultantes foram apresentadas em Outubro e Novembro de 2007. Yesterday’s Man de Tiago Rodrigues e Rabih Mroué, integrado nesta edição do festival, foi criado no contexto deste projecto. Five teams of theatremakers, choreographers, writers, videomakers, sound artists, architects and theoreticians from Portugal, Spain, France, Italy, Slovenia, Turkey and Lebanon were invited to work around the theme of the Mediterranean city and its long history of city planning. Between May and September 2007, 13 residences took place in various Mediterranean cities, including two group meetings in Lisbon and Girona. The five resulting pieces were presented in October and November 2007. Tiago Rodrigues’ & Rabih Mroué’s Yesterday’s Man, created in the context of this project, is restaged for the festival in a Portuguese version. départs co-organizadores co-organizers kunstenfestivaldesarts (bruxelas), alkantara (lisboa), steirischer herbst (graz), baltoscandal (rakvere), göteborg international festival, théâtre national de bordeaux, rotterdamse schouwburg co-organizadores co-organizers p.a.r.t.s. (bruxelas), alkantara (lisboa), trafó house of dance (budapeste), springdance (utrecht), hebbel am ufer (berlim), pact zollverein – choreografisches zentrum nrw (essen), vooruit (gent) Em 2007, alkantara e KunstenFestivaldesArts tomaram a iniciativa de criar uma rede de festivais internacionais, com o objectivo de co-produzir e apresentar novas criações de artistas de toda a União Europeia. O grupo alvo são criadores experientes e companhias de média dimensão com aptidão e vontade de apresentar o seu trabalho a públicos internacionais. Next Step funciona assim como uma rampa de lançamento, apoiando projectos artísticos exigentes e inovadores. Alkantara festival 2008 apresenta seis projectos Next Step: accords de Thomas Hauert, Bonanza de Berlin, Das coisas nascem coisas de Cláudia Dias, Doo de Miguel Pereira, BLEIB opus #3 de Michel Schweizer e harS de Aydin Teker. In 2007, alkantara and KunstenFestivaldesArts took the initiative to create a network of international festivals, with the objective to co-produce and present new work by artists from all over the EU. The target group of these co-productions are experienced artists and intermediate companies who are ready to create larger projects and present them to an international and demanding festival audience. Next Step will thus serve as a launching pad, supporting innovative new works. Alkantara festival 2008 presents six projects Next Step: accords by Thomas Hauert, Bonanza by Berlin, Das coisas nascem coisas by Cláudia Dias, Doo by Miguel Pereira, BLEIB opus #3 by Michel Schweizer and harS by Aydin Teker. Desde 2001 que alkantara organiza projectos internacionais na área da dança no contexto da rede Départs: residências de formação na Europa, África e Brasil, encontros internacionais em Lisboa, co-produções e apresentações de novas criações no contexto do festival. Os parceiros da rede procuram incentivar jovens coreógrafos, dando-lhes a oportunidade de desenvolver o seu trabalho em contextos internacionais. No festival alkantara 2008, Départs apoia o projecto de Filipa Francisco na Cova da Moura e a presença de P.A.R.T.S. Since 2001, alkantara regularly organizes international dance projects in the framework of the network Départs: training residencies in Europe, Africa and Brazil, international encounters in Lisbon, co-productions, presentations of new creations in the festival. The partners of Départs aim to create incentives for young choreographers, giving them the opportunity to develop their work in an international context. At alkantara festival 2008, Départs supports the project of Filipa Francisco at Cova da Moura and the presence of P.A.R.T.S. estes projectos são realizados com o apoio do programa cultura da união europeia these projects were realized with the support of the culture programme of the european union 34 alkantarafestival teatros e espaços associados hotel oficial apoios parceiros media oficiais apoios à divulgação apoiaram as apresentações das companhias e projectos berlin / p.a.r.t.s. / thomas hauert / b. verdonk, f. ikeda e a. platel nacera belaza / michel schweizer lemi ponifasio tiago rodrigues + rabih mroué / nacera belaza / aydin teker / move out loud F ATION ND FONDAT IO NA LINDH OU N AN clara andermatt nu kre bai na bu onda iniciativa initiative parceria partner estrutura financiada financed by e apoiada supported by co-produção co-production equipa team direcção artística artistic direction mark deputter direcção de produção production direction catarina saraiva direcção técnica technical direction carlos ramos acolhimento artistas artists reception raquel fernandes produção nu kre bai na bu onda production carina lourenço contabilidade accountancy luísa marujo comunicação communication catarina medina promoção dissemination rafaela gonçalves produção técnica technical production ana riscado coordenação bilheteiras box offices coordination filipa piecho coordenação voluntários volunteers carmo serpa ponto de encontro meeting point cristina pinto acolhimento e convites reception and guests ana vicente assistente direcção técnica assistant technical direction rui alves assessoria técnica de som sound consultant ângelo lourenço imagem do festival, desenho gráfico, spot rádio e televisão festival image, graphic design, radio and television spots luciana fina, moritz elbert página web website gráficos à lapa técnicos technicians bruno santos, daniel verdades, élio antunes, gonçalo ribeiro, jorge borges, luís pires, nico, paulo rodrigues (pitchu), pedro machado, robert fuchs transportes transports anlid costa bilheteira central box office maria prata, miriam simas motoristas drivers bruno napoleão, bruno varela, paulo carneiro, diogo cordeiro, catarina brito estagiários trainees karenina de los santos, soledade oliveira, helena pedreiro de sousa o alkantara festival conta com a colaboração de muitos voluntários. a todos eles o nosso muito obrigado many volunteers collaborate in alkantara festival. to all of them our greatest thanks equipas técnicas, de cena e de produção technical, stage and production teams são luiz teatro municipal, centro cultural de belém, culturgest, fundação oriente museu, fundação edp, maria matos teatro municipal, teatro nacional d.maria II, teatro meridional, egeac/festas de lisboa membros da associação board members anlid costa, catarina saraiva, carlos pombo rodrigues, isabel worm, joão paulo xavier, maria amélia leitão fernandes, maria de assis swinnerton, mark deputter, sofia mântua alkantara rua forno do tijolo 54 5º esq 1170-138 lisboa tel. +351 21 315 22 67 fax +351 21 315 13 68 [email protected] www.alkantara.pt www.alkantarafestival.pt