Central Termoeléctrica de Sines
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Central Termoeléctrica de Sines
DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2010 (ACTUALIZAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2009) Central Termoeléctrica de Sines Direcção de Produção Térmica 1 2 índice 3 0 âmbito 6 1 apresentação 8 2 política de ambiente 20 3 sistema integrado de gestão 22 4 aspectos ambientais 28 5 programa de gestão ambiental 34 6 indicadores ambientais 48 7 formação e comunicação 80 8 contabilidade ambiental 84 9 validação 88 4 mensagem do presidente De acordo com os objectivos estabelecidos no seu Programa de Actividades para 2011 e, em particular, com a apresentação da presente Declaração Ambiental 2010, a EDP Produção concretiza mais uma etapa do caminho traçado em 2007, pelo seu Conselho de Administração (CA), no sentido da obtenção do Registo no Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS) das suas instalações térmicas e hídricas. Pretendeu o CA, ao tomar aquela iniciativa, apostar na obtenção de um nível de maior exigência na gestão ambiental das suas operações, face ao anterior objectivo de certificação segundo a norma ISO 14001:2004. Em termos de balanço da execução dos Programas de Actividades referentes ao período de 2008 a 2010, não tenho dúvidas em afirmar que os resultados foram globalmente positivos, tendo sido obtidos pela EDP Produção, até ao final de 2010, três Registos EMAS. Um desses Registos refere-se à central termoeléctrica de ciclo combinado a gás natural do Ribatejo, datado de 2009, e o segundo à central a carvão de Sines, obtido em 2010. O terceiro, com a natureza de um Registo multi-sítio, ou multi-instalação, é respeitante à gestão das infra-estruturas hidroeléctricas da Direcção de Produção Hidráulica. Este último Registo, iniciado em 2009 para um conjunto de 8 instalações hídricas1, foi alargado em 2010 a um novo conjunto de 10 instalações2. Para as instalações objecto de Registo foram elaboradas as correspondentes Declarações Ambientais, conforme prescreve o Regulamento EMAS, constituindo as Declarações Ambientais 2010 actualização das anteriores. Relativamente à inclusão de novas instalações no EMAS, o Programa estabelecido para 2011 foi configurado de forma a assegurar uma segunda extensão do referido Registo multi-sítio, cobrindo novo grupo de 13 instalações3. A respectiva Declaração Ambiental 2010 engloba, assim, na sua totalidade, 31 aproveitamentos hidroeléctricos. A presente Declaração Ambiental constitui elemento privilegiado de comunicação com o grande público e com as comunidades locais dos resultados obtidos em 2010 e validados pelo Verificador EMAS, quanto ao desempenho ambiental das 5 instalações da EDP Produção nela descritas, bem assim as medidas tomadas para garantir a melhoria desse mesmo desempenho em anos futuros. Tendo entrado em vigor em Junho de 2010, a nova versão da regulamentação EMAS, conhecida por EMAS III (Regulamento (CE) nº. 1221/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Novembro) este foi o primeiro exercício de aplicação das novas e mais exigentes disposições nela contidas, o que implicou, da parte dos diversos intervenientes, a tomada de conhecimento das suas implicações e a sua incorporação onde adequado. Importa ter presente que a obtenção ou a manutenção do Registo EMAS impõe que se cumpra um conjunto de requisitos, incluindo a demonstração do envolvimento activo de todos os colaboradores e do 1 2 3 assumir de um renovado compromisso de desempenho, credibilidade e transparência, assumido de forma pública e regular. São destinatários desta mensagem, que subscrevo em nome do Conselho de Administração da EDP Produção, todos os que contribuíram para os resultados alcançados em matéria de desempenho ambiental global do conjunto de instalações que na presente Declaração são referenciadas ou se constituem, de forma directa ou indirecta, como partes interessadas no conhecimento desses mesmos resultados. O Presidente do Conselho de Administração da EDP Produção João Manso Neto lto Lindoso, Miranda do Douro e as 6 instalações da Cascata da Serra da Estrela (Lagoa Comprida, A Sabugueiro I, Sabugueiro II, Desterro, Ponte de Jugais e Vila Cova). Touvedo, Alto Rabagão, Vila Nova, Frades, Vilar-Tabuaço, Régua, Varosa, Aguieira, Caldeirão e Raiva. Caniçada, Salamonde, as 4 instalações da Cascata do Ave (Guilhofrei, Ermal, Ponte da Esperança e Senhora do Porto) Carrapatelo, Torrão, Crestuma-Lever, Castelo do Bode, Bouçã, Cabril e Santa Luzia. 6 âmbito 0 7 A presente Declaração Ambiental aplica-se à produção de electricidade4 numa central convencional que utiliza o carvão como matéria-prima, a Central Termoeléctrica de Sines, sita em São Torpes, concelho de Sines. 4 Nomenclatura das Actividades Económicas (NACE): 35.11.2. 8 apresentação 1 9 1.1 Enquadramento O Grupo EDP é liderado pela EDP – Energias de Portugal, S.A. e tem por objecto a promoção, dinamização e gestão, por forma directa ou indirecta, de empreendimentos e actividades na área do sector energético. O Grupo EDP é constituído por uma Fundação e por um conjunto de Empresas, geridas funcionalmente como unidades de negócio, operando no sector energético em várias geografias, com uma actividade maioritária no sector da produção e distribuição de energia eléctrica. A EDP Gestão da Produção de Energia, S. A., adiante designada como EDP Produção, é a empresa do Grupo EDP que tem como finalidade a produção, compra e venda, importação e exportação de energia resultante da exploração de instalações próprias ou alheias, garantindo a evolução sustentada do sistema electroprodutor nacional. A Figura 1 ilustra a estrutura orgânica e função Ambiente no Grupo EDP. EDP - ENERGIAS DE PORTUGAL, S. A. DIRECÇÃO DE SUSTENTABILIDADE E AMBIENTE 10 EDP PRODUÇÃO DIRECÇÃO PARA A GESTÃO INTEGRADA DE ASSUNTOS AMBIENTAIS DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO TÉRMICA APOIO DE GESTÃO (PTAG) MANUTENÇÃO TÉRMICA (PTMN) CENTRO DE PRODUÇÃO SINES (PTSN) CENTRO DE PRODUÇÃO CARREGADO (PTCG) DIRECTORES DE CENTRO DE PRODUÇÃO CENTRO DE PRODUÇÃO RIBATEJO (PTRJ) COORDENADORES DE AMBIENTE CENTRO DE PRODUÇÃO SETÚBAL (PTSB) (inclui a Central de Tunes) CENTRO DE PRODUÇÃO LARES (PTLR) Figura 1 Estrutura Orgânica e Função Ambiente Função Ambiente ESTRUTURA LOCAL OPTIMIZAÇÃO DA EXPLORAÇÃO (PTOE) A Produção Térmica é a Direcção da EDP Produção que tem por missão garantir a optimização da gestão do conjunto de activos térmicos, promovendo a exploração dos Centros de Produção de acordo com critérios de operacionalidade e fiabilidade estabelecidos, maximizando resultados, cumprindo e fazendo cumprir as normas de segurança e ambientais. Actualmente, a Direcção de Produção Térmica (DPT) tem a responsabilidade da gestão e exploração de um parque termoeléctrico, constituído por cinco Centros de Produção que integram instalações de diversificada tecnologia e fonte energética primária, designadamente: uma central convencional a carvão (Sines), duas centrais de ciclo combinado a gás natural (Ribatejo e Lares), duas centrais convencionais a fuelóleo (Setúbal e Carregado(5)) e uma central de turbinas a gás utilizando gasóleo (Tunes). A Central do Barreiro finalizou a produção de energia eléctrica em 31 de Dezembro de 2009, tendo encerrado a sua actividade no final do primeiro trimestre de 2010. No ano de 2010, a produção bruta de energia eléctrica da EDP Produção foi de 28 672 GWh6, dos quais 10 734 GWh tiveram origem nas centrais termoeléctricas geridas pela Direcção de Produção Térmica com a participação percentual indicada no seguinte gráfico: Ribatejo (29,88%) Setúbal (0,23%) Lares (19,83%) Carregado (0,48%) Tunes (0,01%) Sines (49,58%) Figura 2 Distribuição da produção pelas centrais termoeléctricas da DPT no ano 2010 5 6 os seis grupos geradores da central do Carregado, dois deles podem funcionar quer a fuelóleo, quer a gás D natural. Ver definição de termos e siglas na Declaração Ambiental 2009 que se encontra disponível em http://www.a-nossa-energia.edp.pt/pdf/declaracoes-ambientais/da2009-ptsn.pdf 11 Desde 2010 que todas as instalações termoeléctricas da DPT dispõem de um Sistema de Gestão Ambiental certificado pela norma NP EN ISO 14001:2004. 12 Procurando a constante melhoria do desempenho ambiental das suas instalações, a EDP Produção decidiu definir como objectivo para algumas das suas instalações o registo no Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS). 1.2 Central Termoeléctrica de Sines A Central Termoeléctrica de Sines situa-se na costa alentejana, cerca de 8 km a sudeste da cidade de Sines, junto à praia de São Torpes. Figura 3 Localização Geográfica A sua construção teve início em 1979 e a sua conclusão em 1989, tendo o primeiro grupo iniciado o serviço industrial em 1985. 1.3 Funcionamento e Características Técnicas da Central A Central Termoeléctrica de Sines é constituída por quatro grupos geradores idênticos, independentes entre si e com potência eléctrica unitária de 314 MW. Cada um dos grupos inclui um gerador de vapor de circulação natural (GGV), um grupo turbo-alternador (GTA) e um transformador principal. 1.3.1 Grupos Geradores de Vapor (GGV) A produção de vapor é assegurada por caldeiras que produzem vapor sobreaquecido à temperatura de 535 ºC, à pressão de 167 bar e reaquecido à mesma temperatura e à pressão de 44 bar, com um caudal de vaporização de 950 t/h (toneladas por hora). Com o grupo gerador à carga nominal de 314 MW e com carvão de poder calorífico igual ao de projecto, o GGV consome cerca de 116 toneladas (t) de carvão por hora, o que, em laboração permanente, pode atingir um consumo diário de 11 000 t. O arranque dos GGV é efectuado por dois circuitos de combustível auxiliares, sendo um de fuelóleo, para o arranque das caldeiras e o outro de gás propano, comum aos quatro grupos, para acendimento do fuelóleo. Cada GGV é provido de queimadores de baixa emissão de óxidos de azoto (NOx) e a regulação da queima é concebida de modo a garantir uma combustão com excesso de ar, optimizando as perdas por não queimados nas cinzas e as perdas pelos gases de combustão. Por cima dos queimadores encontram-se as entradas de Boosted Over Fire Air (BOFA) – medida primária, que permite a redução das emissões de NOx. A câmara de combustão funciona com uma ligeira depressão mantida por meio de ventiladores de tiragem induzida situados entre os precipitadores e a chaminé. A Central possui um gerador de vapor auxiliar do tipo gás tubular, que consome gasóleo e permite produzir vapor na fase de arranque dos grupos e quando estes estão todos fora de serviço. O vapor aqui produzido destina-se ao aquecimento e atomização do fuelóleo, pré-aquecimento dos tanques de água de alimentação, produção de vácuo para os ejectores de arranque (formação de vácuo no condensador), extinção de incêndio nos moinhos e pré-aquecimento de ar a vapor. 13 1.3.2 Precipitadores Electrostáticos 14 Cada grupo está equipado com precipitadores electrostáticos que têm como missão retirar as partículas (cinzas volantes) que se encontram nos gases de combustão provenientes da queima. Os precipitadores possuem uma eficiência superior a 99,5%. Como resultado da combustão do carvão são ainda produzidos as escórias que caem no cinzeiro da caldeira (base da caldeira) de onde são retiradas por via seca por intermédio de um equipamento mecânico de arrastamento. 1.3.3 Dessulfuração Os gases de combustão emitidos pela Central são previamente tratados em unidades de dessulfuração para reduzir o teor de dióxido de enxofre (SO2). Os gases passam em contracorrente por uma solução de calcário que permite a absorção do dióxido de enxofre. Um dos fluxos de saída desta unidade é os efluentes gasosos com baixo teor em SO2 (eficiência de tratamento mínima de 95%) que são encaminhados para a chaminé, e o outro fluxo de saída é o produto da reacção do calcário com o SO2, o sulfato de cálcio bihidratado, igualmente denominado gesso. Por se tratar de um processo de lavagem de gases húmido, ocorre ainda a redução da emissão de partículas e de outros elementos presentes nos gases como os compostos fluorados e clorados. 1.3.4 Desnitrificação Iniciou-se em 2009 e tem conclusão prevista para 2011, a instalação de sistemas de desnitrificação em cada grupo, pelo processo de Redução Catalítica Selectiva (SCR – Selective Catalytic Reduction), que permitirão reduzir significativamente (acima de 80%) as emissões de óxidos de azoto (NOx). Os sistemas localizar-se-ão a montante do precipitador electrostático. O processo SCR consiste em fazer passar os gases de combustão por um catalisador que reduz selectivamente os componentes existentes nos gases, como o monóxido de azoto (NO) e o dióxido de azoto (NO2) a azoto molecular (N2) e a vapor de água (H2O), pela acção do agente redutor amoníaco (NH3) que é adicionado na corrente gasosa antes do reactor. O amoníaco é preparado numa estação dedicada (uma por grupo), onde a solução de amónia (solução diluída de amoníaco) é evaporada e o amoníaco produzido é diluído com ar e injectado nos gases de combustão. 1.3.5 Grupos Turbo/Alternador (GTA) Cada grupo turbo/alternador é constituído por uma turbina e um alternador. A energia térmica contida no vapor produzido nos GGV é transformada em energia mecânica através da expansão do vapor que promove a rotação da turbina. Cada turbina tem um corpo de alta pressão que recebe o vapor sobreaquecido, um corpo de média pressão que recebe o vapor reaquecido e dois corpos de baixa pressão que recebem o vapor evacuado do corpo de média pressão. O vapor evacuado dos corpos de baixa pressão da turbina é condensado no condensador do qual, já no estado líquido, é extraído e enviado, por meio de bombas, para o circuito de alimentação à caldeira. A turbina encontra-se acoplada por um rotor ao alternador que gera energia eléctrica a uma tensão de 18 kV, controlada instantaneamente por um sistema de excitação tipo estático. 1.3.6 Transformadores – Parque de Linhas O parque de alta tensão, ligado à subestação de Sines por linhas aéreas, está equipado com quatro transformadores principais de 340 MVA cada e com os respectivos quatro transformadores auxiliares de grupo de 50 MVA. O transformador do grupo 1 eleva a tensão de 18 kV para 150 kV, destinando-se essencialmente ao abastecimento da zona sul do país. Os restantes elevam a tensão para 400 kV. A Central está também ligada à subestação de Sines por uma linha de 60 kV destinada a receber energia para os serviços auxiliares na situação de todos os grupos parados. 15 1.3.7 Abastecimento e Armazenamento de Carvão 16 O abastecimento de carvão é efectuado a partir da descarga de navios de 150 000 t no cais mineraleiro do porto de Sines. O transporte até ao parque de carvão é efectuado por meio de um conjunto de telas transportadoras cobertas e de torres de transferência. Uma vez no parque de carvão, por meio de duas máquinas de empilhamento, são formadas quatro pilhas activas de 150 000 t cada e, por meio de pás carregadoras e camiões de transporte, uma pilha passiva de 700 000 t. Através de máquinas de retoma e de um conjunto de telas transportadoras cobertas e torres de transferência, o carvão é enviado para queima nos geradores de vapor. Os silos descarregam sobre os alimentadores respectivos. De cada alimentador, o carvão é enviado para o moinho, onde é seco, finamente pulverizado e transportado, por uma corrente de ar aquecido, para os queimadores. 1.3.8 Circuito de Água de Refrigeração Na estação de captação de água do Oceano Atlântico, a água passa através de grelhas e tambores filtrantes antes de chegar à admissão da electrobomba (uma por grupo), com um caudal de cerca de 10 m3/s, que a envia para o condensador. Paralelamente, e com o objectivo de controlar o crescimento de organismos marinhos na água do circuito de refrigeração principal, a Central utiliza a água do mar para produzir, por electrólise, uma solução de hipoclorito de sódio que é injectada directamente no circuito de refrigeração. A água captada é descarregada para os canais de rejeição depois de realizar a permuta de temperatura com o vapor, descarregado pelas turbinas de baixa pressão, ao circular pelo interior do condensador. Na água do circuito de refrigeração principal rejeitada é monitorizada a temperatura e analisado periodicamente o cloro residual. Antes da restituição ao Oceano, e aproveitando o elevado caudal e o desnível existente entre o condensador e o local da rejeição, foi instalado em cada grupo uma turbina de recuperação (mini-hídrica) que permitem recuperar parte da energia necessária à captação da água para a condensação do vapor. 17 1.3.9 Instalação de Tratamento de Água (ITA) 18 A água consumida na Central, nomeadamente para a compensação dos GGV, é fornecida pela empresa Águas de Santo André (AdSA) e é tratada numa instalação por permuta iónica (ITA). Esta instalação é constituída por 4 linhas de tratamento primário que compreendem um processo de filtração com carvão activado e um processo de desmineralização por resinas catiónicas e posteriormente aniónicas e por 3 linhas de tratamento final, constituídas por um leito misto de resinas catiónicas e aniónicas. A regeneração das resinas é realizada com injecção de ácido clorídrico (catiónicas) e hidróxido de sódio (aniónicas). A água fornecida pela AdSA é ainda utilizada em quantidade considerável na instalação de dessulfuração. Turbinas Transformador Código de Cores: Gerador TBP TBP TBP TBP TMP Vermelho Verde Verde Azul Cinza Laranja Roxo TAP Vapor Água do Mar Água Desmineralizada Ar Carvão Fumos Energia Eléctrica Legenda: Condensador AARs APs BPs VAPs VASs VTIs TAP TMP TBP Gerador de Vapor Aquecedor Ar Rotativo Permutador de Água de Alta Pressão Permutador de Água de Baixa Pressão Ventilador Ar Primário Ventilador Ar Secundário Ventilador de Tiragem Induzida Turbina de Alta Pressão Turbina de Média Pressão Turbina de Baixa Pressão Dessulfuração VASs BPs Silo Alimentador Tanque de Água de Alimentação APs Precipitador VTIs AARs Moinho VAPs Figura 4 Esquema simplificado do funcionamento da central 19 19 20 política de ambiente 2 21 A Central Termoeléctrica de Sines cumpre a Política de Ambiente da EDP Produção, que foi aprovada pelo Conselho de Administração desta Empresa em 28 de Janeiro de 2010. O texto da nova Política de Ambiente da EDP Produção é apresentado abaixo. A EDP Produção, no respeito pelos valores e princípios orientadores expressos na Declaração de Política de Ambiente do Grupo EDP7, e consideradas as condições particulares em que desenvolve actividades de produção de energia, compromete-se, designadamente, a: • Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo. • Ter em consideração os aspectos ambientais das suas actividades e gerir os impactes associados, incluindo a perda de biodiversidade e os decorrentes do risco de ocorrência de acidentes ambientais, incluindo acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. • Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas. • Divulgar de forma regular, em especial junto das comunidades próximas das suas instalações, os compromissos assumidos bem como os resultados alcançados. • Promover a formação e a sensibilização dos intervenientes em actividades relevantes em matéria de ambiente, bem como o conhecimento e a divulgação de boas práticas a elas associadas. Conselho de Administração 7 http://www.edp.pt/pt/aedp/sobreaedp/principiosepoliticas/Pages/PoliticaAmbiente.aspx 22 sistema integrado de gestão 3 23 Em Setembro de 2001, de acordo com a norma ISO 14001, foi certificado o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da Central Termoeléctrica de Sines, o qual promove a melhoria contínua do desempenho ambiental, garantindo o desenvolvimento, a implementação, a revisão e a manutenção da Política de Ambiente adoptada. O SGA viria mais tarde a integrar a componente da Segurança e Saúde no Trabalho, constituindo-se assim o Sistema Integrado de Gestão do Ambiente e da Segurança (SIGAS), o qual visa minimizar os impactes ambientais e os riscos ocupacionais inerentes às actividades da Central. As principais componentes do SIGAS, apresentam-se na figura abaixo: Melhoria Contínua 24 Revisão do SIGAS pela Direcção Política de Ambiente Verificação e Acção Correctiva • Monotorização e medição de desempenho • Avaliação de conformidade • Incidentes e não conformidades • Acções preventivas e correctivas • Registos e gestão de registos • Auditorias internas • Auto-avaliações Planeamento • Identificação dos perigos e dos aspectos ambientais • Análise de risco ocupacional e avaliação dos impactes ambientais • Requisitos legais e outros requisitos • Objectivos e programas de gestão Implementação e Funcionamento • Estrutura e responsabilidades e autoridade • Formação, sensibilização e competências • Comunicação, consulta e divulgação • Documentação e controlo de documentos • Controlo operacional • Planos de emergência interna e capacidade de resposta • Planos de segurança e saúde Figura 5 Estrutura do SIGAS Política de Segurança 3.1 Planeamento Uma parte importante da gestão ambiental é a identificação e avaliação dos aspectos ambientais associados às actividades desenvolvidas na Central Termoeléctrica de Sines que possam interagir com o ambiente. Os aspectos ambientais são identificados, tendo em conta as actividades desenvolvidas nas condições normais, nas situações de emergência passíveis de provocar impactes ambientais ou riscos potencialmente significativos e nas restantes situações (anormais) que não configuram situações de emergência. Após o processo de identificação dos aspectos ambientais segue-se a avaliação dos impactes ambientais que lhe estão associados, o que permite a hierarquização dos aspectos consoante o impacte que provocam no ambiente. Os objectivos e metas são estabelecidos em coerência com a Política de Ambiente da EDP Produção, opções tecnológicas, questões financeiras e operacionais, aspectos ambientais significativos e outras questões consideradas relevantes, tais como o parecer das partes interessadas8 e o compromisso de melhoria contínua. No programa de gestão do SIGAS descreve-se o modo como a organização se propõe atingir os objectivos estabelecidos, nomeadamente o faseamento das acções, a sua calendarização e os recursos financeiros e humanos necessários. 3.2 Implementação e Funcionamento Para que a vertente do SIGAS dedicada à Gestão Ambiental se mantenha eficaz são desenvolvidas acções que visam o envolvimento de todos os colaboradores da empresa e prestadores de serviços, bem como a sua responsabilização pelas actividades que realizam e que possam afectar o Ambiente. As responsabilidades estão definidas e procedimentadas de forma clara e inequívoca. Para as actividades associadas a aspectos ambientais significativos, exercidas por colaboradores da empresa ou por prestadores de serviços, são definidas com8 uma pessoa ou grupo, incluindo as autoridades, interessado ou afectado pelo comportamento ambiental de uma organização. 25 26 petências ambientais e é promovida a aquisição das mesmas para o exercício de tais actividades. Assim, é mantido um programa de formação e de sensibilização de acordo com as necessidades de cada interveniente. Para as actividades da Central foram implementados procedimentos que asseguram a cada um dos colaboradores da empresa e dos prestadores de serviço um conhecimento adequado sobre os aspectos ambientais e sobre o próprio SIGAS. Para a manutenção do SIGAS são assegurados canais de comunicação, não só internamente entre os diversos níveis e funções, mas também com as partes interessadas externas. A documentação do SIGAS encontra-se devidamente controlada, mantendo-se organizada e actualizada. Os procedimentos operacionais estabelecidos abrangem as actividades com potencial efeito negativo no Ambiente, definindo os critérios a cumprir para se conseguir uma correcta realização dessas actividades. São também estabelecidas as condições gerais aplicáveis à contratação de serviços externos, em matéria da protecção ambiental, assegurando o cumprimento dos requisitos do SIGAS durante a realização de todas as actividades de prestação de serviços e empreitadas. Para prevenir e reduzir os impactes ambientais estão estabelecidos e mantêm-se actualizados os procedimentos para reagir em situações de emergência ou potenciais acidentes. 3.3 Verificação e Acção Correctiva A monitorização ambiental inclui a medição, o registo, e a verificação dos dados relativos às emissões atmosféricas, efluentes líquidos, produção de resíduos, incidentes e outros. A monitorização permite averiguar se os requisitos ambientais estão conformes com a legislação em vigor e com os objectivos e metas estabelecidos no SIGAS. A avaliação da conformidade é efectuada através da realização de um programa anual de auditorias, destinado a comprovar periodicamente o correcto cumprimento dos procedimentos implementados, promovendo a concordância destes com os requisitos exigidos pela legislação em vigor, pela Política de Ambiente da EDP Produção, pela Norma NP EN ISO 14001 e pelo Regulamento EMAS. Os registos ambientais, que contêm informação e documentam as actividades relacionadas com o SIGAS, são baseados em observações, medições ou ensaios realizados de acordo com instruções concretas, previamente estabelecidas e definidas. 27 3.4 Revisão do SIGAS pela Direcção Periodicamente é realizada uma reunião de revisão do SIGAS, na qual é efectuado o balanço da gestão ambiental nas suas diversas vertentes, nomeadamente quanto à concretização dos objectivos, metas e programa de gestão. Esta reunião também tem como objectivo, e decorrente da análise ao sistema na sua globalidade, identificar oportunidades de melhoria ou a necessidade de introduzir alterações. 28 aspectos ambientais 4 29 Os aspectos ambientais reportam os elementos das diversas actividades, produtos ou serviços da organização, que possam interferir com o meio ambiente classificando-se como: •A spectos Directos, os quais estão associados às actividades controladas directamente pela gestão da Central; •A spectos Indirectos, os que resultam da interacção entre a actividade da Central e terceiros, sobre os quais a gestão da Central pode ter alguma influência. 4.1 Avaliação dos Aspectos Ambientais 30 A metodologia aplicada para avaliação dos aspectos ambientais tem por base um esquema de pontuação que inclui os seguintes parâmetros: •D imensão/Magnitude do Impacte Ambiental: determinação da maior ou menor emissão, descarga ou quantidade associada a um aspecto. • Probabilidade/Frequência de ocorrência do Impacte Ambiental: frequência ou probabilidade de ocorrência de um aspecto ambiental. • Índice de Valorização: calculada do seguinte modo: Índice de Valorização = Probabilidade/Frequência + 2 x Dimensão/Magnitude • Requisitos Legais: função da existência ou não de legislação ou normas aplicáveis ao aspecto analisado, e se os mesmos estão a ser cumpridos. ível de Significância: função do Índice de Valorização e dos Requisitos Legais, •N classificando-se assim os aspectos ambientais em significativos e não significativos. 4.2 S íntese dos Aspectos e Impactes Ambientais Significativos A avaliação determina os aspectos ambientais que têm ou podem ter um impacte significativo no ambiente. Na Tabela 1 encontram-se identificados os aspectos ambientais significativos, directos e indirectos, e os respectivos impactes provocados pela actividade da Central Termoeléctrica de Sines. Actividade Circuito de refrigeração principal Normal Situação de funcionamento Funcionamento dos GGV Instalação de Dessulfuração (Exploração) Implantação e funcionamento do PTSN Aspecto ambiental Impacte Ambiental Seguimento Ambiental Emissões atmosféricas Dióxido de Carbono (CO2) Poluição do ar Indicador Consumo de carvão Consumo de recursos Indicador Emissões atmosféricas (SO2) Poluição do ar Objectivo/Indicador Emissões atmosféricas (NOx) Poluição do ar Objectivo/Indicador Emissões atmosféricas (partículas) Poluição do ar Funcionamento Instalação Tratamento Efluentes Líquidos (ITEL) (Dessulfuração) Objectivo/Indicador Produção de resíduos não perigosos (escória carvão) Poluição do solo Consumo de produtos químicos Consumo de recursos Indicador Descarga de efluente líquido Poluição do solo Objectivo/Indicador Descarga de efluente líquido contendo cloro Poluição da água Indicador Consumo de calcário Consumo de recursos Indicador Uso do solo Objectivo/Indicador Emissão de ruído Poluição sonora Objectivo/Indicador Consumo de energia eléctrica Consumo de recursos energéticos Objectivo/Indicador Consumo de água Consumo de recursos Objectivo/Indicador Uso do solo Impermeabilização do solo (Infraestruturas) Instalação de Desnitrificação (Futura Exploração) Poluição do solo Consumo de amónia Produção de resíduos não perigosos/perigosos (lamas) Poluição da água (drenagem subterrânea) Consumo de recursos Uso do solo Poluição do solo Indicador Indicador Indicador Descarga de efluente líquido final tratado Poluição da água Objectivo/Indicador Consumo de produtos químicos Consumo de recursos Indicador (continua) 31 Normal Actividade 32 Funcionamento Instalação Tratamento de Água Desmineralização (ITA) Funcionamento ITEL Situação de funcionamento Anormal Funcionamento dos GGV Situações de arranque e paragem da instalação Emergência Armazenamento de carvão (pilha passiva) Bomba de abastecimento dos operadores de aterro e da pilha passiva Aspecto ambiental Impacte Ambiental Seguimento Ambiental Descarga de efluente líquido (químico) Poluição da água Indicador Consumo de produtos químicos Consumo de recursos Indicador Descarga de efluente líquido final tratado Poluição da água Objectivo/ Indicador Consumo de produtos químicos Consumo de recursos Indicador Emissões atmosféricas (SO2) (by-pass Dessulfuração) Poluição do ar Objectivo/ Indicador Emissões atmosféricas (SO2) Poluição do ar Objectivo/ Indicador Emissões atmosféricas (NOx) Poluição do ar Objectivo/ Indicador Emissões atmosféricas (partículas) Poluição do solo Emissão de ruído Poluição sonora Objectivo/ Indicador Incêndio/Explosão (inclui autocombustão do carvão) Poluição do ar Indicador (nº ocorrências) Incêndio/Explosão (I) Funcionamento da Cloragem Incêndio/Explosão Funcionamento dos GGV Incêndio/Explosão Situações de arranque e paragem da instalação Incêndio/Explosão Exploração transformadores potência subtiragem/ Disjuntores Incêndio/Explosão Funcionamento (GTA) Incêndio/Explosão Poluição do ar Poluição do ar Poluição da água Poluição do ar Poluição da água Poluição do ar Poluição da água Poluição do ar Poluição da água Poluição do ar Poluição da água Poluição do ar Poluição da água Poluição do solo Armazenamento de carvão (pilhas activas) Incêndio/Explosão (inclui auto-combustão do carvão) Tabela 1 Síntese dos aspectos e impactes ambientais significativos Poluição do ar Poluição da água Poluição do solo Objectivo/ Indicador Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Situação Normal: regime normal de funcionamento da Central. Situação Anormal: operações anómalas. Exemplos operações de manutenção, avarias, arranques e paragens do processo, que não representem situações de emergência. Situação Emergência: situação não desejada. Exemplos acidentes, incêndios, explosões, derrames ou catástrofes naturais. (I) - Aspecto Ambiental Indirecto 33 34 programa de gestão ambiental 5 35 Tendo por base os programas de gestão ambiental estabelecidos para os anos de 2010 e 2011, indicam-se nas tabelas seguintes os objectivos e resultados de 2010 e os objectivos e metas definidos para 2011, fazendo em ambos os casos a respectiva correspondência com os pontos da Política de Ambiente e com a avaliação dos aspectos ambientais significativos. 5.1 Objectivos e Resultados 2010 Política de Ambiente 36 Aspecto Ambiental Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo. Ter em consideração todos os aspectos ambientais significativos e gerir os riscos inerentes, incluindo os da perda de biodiversidade e da ocorrência de acidentes ambientais, incluindo acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Objectivo Acompanhar o processo de instalação da Desnitrificação nos Grupos 1 a 4 Emissões Atmosféricas Garantir uma elevada disponibilidade (> 92%) para os equipamentos de controlo das emissões atmosféricas Revitalizar sistema de ar condicionado da sala de comando Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas Utilização de matérias-primas e recursos naturais Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo Poluição Sonora Reduzir consumos de água (12%) Verificar cumprimento dos limites legais em matéria de ruído após alteração significativa da Central – instalação da dessulfuração Acções Necessárias Resultado 37 Garantir a realização dos trabalhos previstos para o ano 2010, de modo a que em 2011 a instalação entre em serviço industrial. Realizada Cumprir o plano de manutenção programada dos equipamentos e solicitar a intervenção imediata do prestador de serviços externo aquando de avaria não programada. Realizada (96%) Cumprir o plano de trabalhos previsto para o ano 2010. Não realizada. Adjudicação efectuada, sendo necessário deslocalizar temporariamente a sala de comando. A realizar em 2011. Reutilizar 50% do efluente químico tratado na ITEL para a dessulfuração. Realizada (12,7%) Efectuar estudo de caracterização do ruído externo. Realizada Implementar medidas para eventual minimização do ruído face aos resultados do estudo. Não aplicável. Os limites legais foram cumpridos. (continua) Política de Ambiente 38 Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo. Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas. Aspecto Ambiental Descarga efluentes líquidos Objectivo Garantir uma elevada disponibilidade (> 92%) para os equipamentos de controlo dos efluentes líquidos Reduzir rejeição de efluentes tratados (35%) Reduzir o risco ambiental da instalação Ter em consideração todos os aspectos ambientais significativos e gerir os riscos inerentes, incluindo os da perda de biodiversidade e da ocorrência de acidentes ambientais, incluindo acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Promover a formação e a sensibilização dos intervenientes em actividades relevantes em matéria de ambiente, bem como o conhecimento e a divulgação de boas práticas de gestão ambiental a elas associados. Gestão de riscos ambientais (Incêndio / Explosão; Derrames, etc.) Reduzir a utilização de produtos perigosos Promover a formação dos trabalhadores, atingindo no mínimo 90% da população Cumprimento de procedimentos de inspecção e verificação das condições de segurança e ambientais da instalação Testar a resposta à emergência ocupacional Acções Necessárias Resultado 39 Cumprir o plano de manutenção programada dos equipamentos e solicitar a intervenção imediata do prestador de serviços externo aquando de avaria não programada. Realizada (98%) Reutilizar 50% do efluente químico tratado na ITEL para a dessulfuração. Realizada (38%) Criar novo armazém para armazenamento de produtos químicos. Não realizada. Atraso na obtenção do licenciamento adia realização para 2011. Criar novo parque de armazenamento temporário de resíduos não perigosos Não realizada. Atraso na obtenção do licenciamento adia realização para 2011. Iniciar a utilização do produto alternativo à hidrazina. Realizada Realizar acções de sensibilização genéricas sobre Ambiente e Segurança para Prestadores de Serviço (100 % da população). Realizada (100%) Realizar (10) acções de formação específicas no âmbito do SIGAS. Realizada (12) Realizar (4) ronda integrada de Ambiente e Segurança à instalação. Realizada (5) Realizar (2) simulacros com a participação de entidades externas. Realizada (2) (continua) Política de Ambiente Aspecto Ambiental Objectivo 40 Reduzir a produção de resíduos (0,2%) Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas Gestão de Resíduos Valorizar no mínimo 50% dos resíduos produzidos Finalizar a actividade de exploração de aterro de resíduos perigosos Divulgar de forma regular, em especial junto das comunidades próximas das suas instalações, os compromissos assumidos bem como os resultados alcançados. — Relação com as partes interessadas Acções Necessárias Incorporar 10% das escórias de carvão produzida nos grupos 2 e 4 nas cinzas volantes com obtenção da ETA. Resultado Não realizada. Atraso na obtenção da ETA e da Marcação CE do novo produto adia realização para 2011. Valorizar (50%) o gesso produzido no processo de dessulfuração. Realizada (189%) Nota: Ver detalhe no ponto 6.5.2. Cumprir o plano de trabalhos previsto para o ano 2010. Realizada (181%) Nota: Ver detalhe no ponto 6.5.1. Remover as bases do Aterro de Cinzas de Fuelóleo. Realizada parcialmente. A actividade iniciou-se em Dezembro de 2010 e deverá ser concluída durante o 1º trimestre de 2011. Realizar (7) acções de comunicação com as partes interessadas externas, incluindo o Dia da Central Aberta. Realizada (7) Elaborar (6) comunicações escritas sobre ambiente e segurança. Realizada (10) Participar no Estudo Integrado de Monitorização da Ambiente e Saúde em Sines (GISA) Realizada Tabela 2 Síntese dos Objectivos e Resultados de 2010 41 5.2 Objectivos e Metas 2011 Política de Ambiente 42 Aspecto Ambiental Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo. Ter em consideração todos os aspectos ambientais significativos e gerir os riscos inerentes, incluindo os da perda de biodiversidade e da ocorrência de acidentes ambientais, incluindo acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas Objectivo Reduzir as emissões específicas de NOx Emissões Atmosféricas Garantir uma elevada disponibilidade para os equipamentos de controlo das emissões atmosféricas Revitalizar sistema de ar condicionado da sala de comando Instalar equipamento de medição em contínuo de compostos fluorados e clorados Utilização de matérias-primas e recursos naturais Reduzir consumos de água Acção a implementar Valor Garantir a realização dos trabalhos previstos para o ano 2011 da instalação de desnitrificação 35% (correspondente a uma emissão de 1,3 kg/MWh emitido) Cumprir o plano de manutenção programada dos equipamentos e solicitar a intervenção imediata do prestador de serviços externo aquando de avaria não programada. 95% Cumprir o plano de trabalhos previsto para o ano 2011. Não quantificável Cumprir o plano de trabalhos previsto para o ano 2011. Não quantificável Manter a reutilização mínima de 60% do efluente químico tratado na ITEL para a dessulfuração. 10% 43 Revitalizar circuito de incêndios Não quantificável (continua) Política de Ambiente 44 Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo. Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas. Ter em consideração todos os aspectos ambientais significativos e gerir os riscos inerentes, incluindo os da perda de biodiversidade e da ocorrência de acidentes ambientais, incluindo acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Promover a formação e a sensibilização dos intervenientes em actividades relevantes em matéria de ambiente, bem como o conhecimento e a divulgação de boas práticas de gestão ambiental a elas associados. Aspecto Ambiental Objectivo Garantir uma elevada disponibilidade para os equipamentos de controlo dos efluentes líquidos Manter a redução da rejeição de efluentes Descarga efluentes tratados líquidos Desenvolver acções de conservação da natureza Reduzir o risco ambiental da instalação Gestão de riscos ambientais (Incêndio / Explosão; Derrames, etc.) Promover a formação dos trabalhadores, atingindo no mínimo 90% da população Cumprimento de procedimentos de inspecção e verificação das condições de segurança e ambientais da instalação Testar a resposta à emergência ocupacional Acção a implementar Valor 45 Cumprir o plano de manutenção programada dos equipamentos e solicitar a intervenção imediata do prestador de serviços externo aquando de avaria não programada. 95% Reutilizar no mínimo 60% do efluente químico tratado na ITEL para a dessulfuração. 35% Desenvolver o estudo de controlo do biofouling do Circuito de refrigeração principal (placas e monitores de biofouling). Não quantificável Desenvolver o estudo da determinação da ecotoxicidade no Circuito de refrigeração principal. Não quantificável Concluir o novo armazém para armazenamento de produtos químicos. Não quantificável Concluir o novo parque de armazenamento temporário de resíduos não perigosos Não quantificável Realizar acções de sensibilização genéricas sobre Ambiente e Segurança para Prestadores de Serviço. 100% da população Realizar acções de formação específicas no âmbito do SIGAS. 15 Realizar ronda integrada de Ambiente e Segurança à instalação. 4 Realizar simulacros com a participação de entidades externas. 1 (continua) Política de Ambiente Aspecto Ambiental Objectivo 46 Reduzir a produção de resíduos Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas Finalizar a actividade de exploração de aterro de resíduos perigosos. Gestão de Resíduos Controlar a produção de resíduos perigosos face ao total de resíduos enviados para destino final Valorizar resíduos produzidos Divulgar de forma regular, em especial junto das comunidades próximas das suas instalações, os compromissos assumidos bem como os resultados alcançados. — Relação com as partes interessadas Acção a implementar Valor 47 Incorporar 10% das escórias de carvão produzida nos grupos 2 e 4 nas cinzas volantes com obtenção da ETA. 0,2% Remover as bases do Aterro de Cinzas de Fuelóleo. 100% Realizar caracterização analítica dos resíduos para desclassificação dos resíduos perigosos. 7% (máximo) Valorizar gesso, cinzas volantes e escórias de carvão produzidas. 98% Valorizar outros resíduos enviados para destino final (excepto gesso, cinzas volantes e escórias de carvão). 5% (mínimo) Realizar acções de comunicação com as partes interessadas externas, incluindo o Dia da Central Aberta. 4 Elaborar comunicações escritas sobre ambiente e segurança. 5 Realizar acções de comunicação de Segurança e Ambiente com os Prestadores Regulares de Serviço 2 Participar no Estudo Integrado de Monitorização da Ambiente e Saúde em Sines (GISA) Não quantificável Tabela 3 Síntese dos Objectivos e Metas para 2011 48 indicadores ambientais 6 49 Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP) foi concedida a Licença Ambiental (LA) n.º 300/2009 à Central Termoeléctrica de Sines, bem como o 1º aditamento à referida LA. A LA tem em consideração os documentos de referência sobre as melhores técnicas disponíveis para os sectores de actividade abrangidos pelo Diploma PCIP e inclui todas as medidas necessárias a fim de assegurar a protecção do ar, da água e do solo, e de prevenir ou reduzir a poluição sonora e a produção de resíduos, com o objectivo de alcançar um nível elevado de protecção do ambiente no seu todo. São pois estabelecidos na LA 300/2009, os Valores Limite de Emissão (VLE) que deverão ser respeitados nos aspectos ambientais referidos. Nas situações em que a LA não estabelece os VLE, consideram-se os impostos pela legislação específica em vigor. Nos indicadores a seguir apresentados será sempre feita referência aos VLE aplicáveis (LA ou legislação em vigor), bem como ao cumprimento dos mesmos. 6.1 Produção 50 Na tabela abaixo apresenta-se a produção total de energia eléctrica da Central de Sines e a energia eléctrica gerada nas turbinas de recuperação nos anos de 2009 e 2010. A menor utilização da Central no ano de 2010 traduz-se naturalmente na redução da produção de energia eléctrica. 2009 Produção 2010 Variação Total (GWh) Energia eléctrica da Central (%) 9 516 5 322 - 44 17 10 - 43 Energia eléctrica das turbinas de recuperação Tabela 4 Produção total de energia eléctrica da Central e das turbinas de recuperação em 2009 e 2010 6.2 Consumos Energia Eléctrica O consumo de energia eléctrica nos equipamentos auxiliares aos grupos geradores da Central apresenta-se na tabela seguinte. O consumo específico de energia eléctrica regista um aumento face a 2009, devido ao facto de ter ocorrido uma redução da produção de energia que não foi acompanhada pela respectiva redução dos consumos auxiliares, nomeadamente os consumos de auxiliares não afectos à produção que se mantêm (ex. consumos das área administrativos, tratamento de águas e efluentes, etc.). 2009 2010 Variação 2009 2010 Variação Consumo Total (GWh) (%) Específico (GWh/GWh) (%) Energia eléctrica 647 - 33 0,068 (6,8%) 0,081 (8,1%) + 19 432 Tabela 5 Consumo total e específico de energia eléctrica em 2009 e 2010 Combustíveis O carvão é a principal matéria-prima utilizada no processo de produção de electricidade na Central Termoeléctrica de Sines. O carvão consumido na Central de Sines no ano 2010 apresentava para o parâmetro enxofre um valor máximo de 1,2% (considerando-se o teor médio mensal ponderado), sendo assim cumprido o VLE estabelecido na LA 300/2009 que é de 1,2%. De seguida apresenta-se a tabela do consumo total e específico dos restantes combustíveis utilizados na Central, nomeadamente o fuelóleo, que é utilizado no acendimento das caldeiras, antes da queima a carvão e nas variações de carga, sempre que um queimador a carvão é desligado; o gasóleo, utilizado nas máquinas diesel que produzem energia eléctrica em situações de emergência, nas bombas diesel de incêndio e na caldeira auxiliar; e o gás propano, que é usado no acendimento inicial dos queimadores, antes da queima a fuelóleo. Refira-se, ainda, que para minimizar os impactes ambientais associados aos arranques dos grupos, recorreu-se à queima de uma mistura de 60% de fuelóleo com 40% de gasóleo, que se denominou de light-fuel. Este consumo de gasóleo está reflectido nos valores apresentados abaixo para este combustível. 2009 2010 Variação 2009 2010 Específico (t/GWh) Variação Consumo Total (toneladas - t) (%) (%) Carvão 3 191 695 1 823 921 - 43 335 343 +2 Fuelóleo 7 785 9 794 + 26 0,8 1,8 + 125 Gasóleo 88 339 + 285 0,009 0,064 + 588 Propano 25 23 -5 0,003 0,004 + 70 Tabela 6 Consumo total e específico de combustíveis em 2009 e 2010 O regime de exploração a que a Central foi sujeita em 2010, com um número superior de variações de carga e de arranques face a 2009, implicou o aumento do consumo dos combustíveis associados a estas situações particulares de exploração, concretamente o fuelóleo e o gasóleo. 51 Outras Matérias – Primas 52 Para além destas matérias-primas o processo de produção de energia eléctrica implica a utilização de Calcário, Produtos Químicos e Gases, cujo consumo anual total e específico é sintetizado na tabela abaixo. 2009 Consumo 2010 Total 2009 2010 Específico 101 449 t 56 739 t 1 509 t 1 045 t 0,16 t/GWh 0,20 t/GWh Hidróxido de Sódio 880 t 751 t 0,09 t/GWh 0,14 t/GWh Regeneração de resinas e tratamento de efluentes Regeneração de resinas Hidróxido de Amónio ou Amónia 4 106 l 620 l 0,43 l/GWh 0,12 l/GWh Condicionamento das caldeiras Hidrato de Hidrazina 8 100 kg 9 020 kg 1,69 0,85 kg/GWh kg/GWh Condicionamento das caldeiras Polielectrólito 3 310 kg 4 040 kg 0,35 0,76 kg/GWh kg/GWh Tratamento de efluentes Sulfato de Alumínio 17 500 kg 8 750 kg 1,84 1,64 kg/GWh kg/GWh Tratamento de efluentes Hidróxido de cálcio 89 240 kg 134 600 kg 9,38 25,29 kg/GWh kg/GWh Tratamento de efluentes Calcário Ácido Clorídrico 11 t/GWh Utilização 11 t/GWh Dessulfuração dos gases de combustão 2, 4, 6 – Trimercapto-s-triazina (TMT-15) 1 100 kg 0 kg 0,12 0,00 kg/GWh kg/GWh Tratamento de efluentes Cloreto de ferro (III) 3 900 kg 6 500 kg 0,41 1,22 kg/GWh kg/GWh Tratamento de efluentes Hidrogénio 11 549 m3 12 320 m3 2,32 1,21 m3/GWh m3/GWh Dióxido de carbono 58 180 kg 16 240 kg 6,11 3,05 kg/GWh kg/GWh Refrigeração do alternador Tratamento de efluentes e extinção de incêndios Lubrificação e sistemas hidráulicos Óleos Solventes 13 861 l 39 971 l 1,46 l/GWh 7,51 l/GWh 1 014 l 1 113 l 0,11 l/GWh 0,21 l/GWh Limpeza Tabela 7 Síntese do consumo de produtos químicos e outras substâncias utilizadas na Central em 2009 e 2010 Água Os consumos de água industrial e potável fornecida pela AdSA nos anos de 2009 e 2010, bem como os respectivos consumos específico para ambos os tipos de água consumida são apresentados na tabela abaixo. O regime de exploração da Central em 2010, caracterizado por uma menor produção de energia face a 2009, implicou o aumento do consumo específico de água industrial, apesar do volume total de água consumida diminuir face ao ano anterior. No entanto, e mais uma vez o regime de exploração de 2010, também caracterizado por um número superior de arranques, o que implica um aumento do consumo de água desmineralizada (que é produzida a partir da industrial), influenciou, por outro lado, negativamente o consumo de água, ao não permitir uma redução do volume total proporcional à redução da produção de energia. O aumento do consumo de água potável está relacionado com o aumento do número de trabalhadores presente na Central devido às obras em curso. 2009 Consumo Água Industrial Água Potável 2010 Total (m ) 3 Variação (%) 2009 2010 Específico (m /GWh) 3 Variação (%) 2 237 033 1 667 002 - 25 235 313 + 33 16 086 21 104 + 31 2 4 + 135 Tabela 8 Consumo total e específico de água industrial e potável em 2009 e 2010 53 6.3 Emissões Atmosféricas 54 As emissões atmosféricas encontram-se associadas a 9 fontes fixas: •FF1 e FF2 – quatro instalações de combustão, cujos gases de exaustão dos Grupos Geradores de Vapor 1 e 2 são emitidos pela fonte FF1 e dos Grupos Geradores de Vapor 3 e 4 são emitidos pela fonte FF2; •FF3 – fonte associada à caldeira auxiliar que funciona apenas durante o arranques dos grupos, quando os 4 grupos estão parados e durante ensaios. Esta fonte durante 2009 encontrava-se em fase de construção, prevendo-se a sua entrada em serviço industrial em 2010; •FF4, FF5 e FF6 – instalações de combustão associadas aos geradores diesel de emergência, que só funcionam para assegurar a paragem em segurança do grupos geradores de vapor e para verificação de operacionalidade do equipamento; •FF7 e FF8 – instalações de combustão associadas às bombas diesel de emergência do sistema de incêndio, funcionam em caso de incêndio e para verificação de operacionalidade do equipamento; •FF9 (ex- FF13, designação adquirida no 1º aditamento da LA) - instalação de combustão associada ao gerador diesel de emergência da instalação de Dessulfuração dos gases de combustão. Para as fontes fixas principais, FF1 e FF2, e dadas as características do processo de combustão, os principais gases resultantes da queima são NOx, SO2, Partículas e Dióxido de carbono (CO2). As emissões de SO2, NOx e Partículas geradas por estas fontes são submetidas a monitorização em contínuo. No quadro abaixo, apresentam-se os valores médios mensais de SO2, NOx e Partículas das fontes FF1 e FF2 e os respectivos Valores Limite de Emissão (VLE). Ano 2010 i Emissões de SO2 [mg/Nm3] i Emissões de NOx [mg/Nm3] i VLE = 200 Emissões de Partículas [mg/Nm3] VLE = 500 i VLE = 20 FF1 FF2 FF1 FF2 FF1 FF2 Janeiro 115,0 121,2 397,0 390,8 5,0 1,8 Fevereiro 116,0 145,8 389,0 406,5 4,0 7,4 Março 175,0 133,9 436,0 408,0 3,0 3,0 Abril 144,7 150,8 399,3 388,9 6,4 2,3 Maio 187,8 132,4 396,2 397,3 15,1 4,6 Junho 105,0 99,1 397,3 395,0 2,3 1,9 Julho 91,6 93,7 387,2 342,9 3,3 1,9 Agosto 108,9 110,0 374,7 358,2 2,9 3,3 Setembro 104,8 110,1 388,7 383,5 3,3 1,8 Outubro 115,6 104,7 299,9 373,2 16,3 2,2 Novembro 119,4 124,6 260,4 394,8 16,1 3,7 Dezembro 110,1 116,5 296,0 396,5 9,7 3,5 Valores corrigidos a 6% de O2 e nas condições normais de pressão (1,01325 bar) e temperatura (0 ºC) Tabela 9 Valores médios mensais de SO2, NOx e Partículas das fontes FF1 e FF2 do ano 2010 O cumprimento dos requisitos legais em matéria de emissões atmosféricas, exige ainda a verificação da conformidade com o requisito dos percentil 97 ou 959 (caso do NOx) para os principais constituintes dos gases de combustão. O VLE aplicável aos percentil é 110% do VLE estabelecido para a monitorização em contínuo. Na tabela abaixo apresenta-se o percentil acumulado anual respectivo por cada constituinte dos gases de combustão. 9 alculado com valores acumulados anuais obtidos a partir das médias de 48 horas. Um percentil C é, tomando como exemplo uma série de 100 valores ordenados por ordem decrescente, o valor que corresponder à localização número 97, no caso do percentil 97 ou à localização 95 no caso do percentil 95. 55 Ano 56 2010 i Percentil 97 de SO2 [mg/Nm3] i VLE = 220 Percentil 95 de NOx [mg/Nm3] i Percentil 97 de Partículas [mg/Nm3] VLE = 550 i VLE = 22 FF1 FF2 FF1 FF2 FF1 FF2 174,0 180,0 410,0 422,0 37,0 16,0 Valores corrigidos a 6% de O2 e nas condições normais de pressão (1,01325 bar) e temperatura (0 ºC) Tabela 10 Percentil anual de SO2, NOx e Partículas das fontes FF1 e FF2 em 2010 Pela observação das tabelas acima, constata-se o cumprimento dos VLE impostos à Central, com excepção do percentil 97 das partículas para a fonte FF1, dado se verificar que, com a colocação em serviço das unidades de desnitrificação (SCR), nomeadamente no último trimestre de 2010, se alteram as propriedades ópticas do escoamento gasoso da chaminé 1, o que influencia a medição de partículas nesta chaminé, feita através de um opacímetro nela instalado, de princípio de funcionamento óptico. Esta influência da desnitrificação que se tem observado, e que resulta num acréscimo virtual da emissão de partículas, é comprovada aquando da paragem das unidades SCR, observando-se então o decréscimo (também virtual) da emissão medida de partículas para valores considerados normais. Salienta-se que, uma vez que estão em funcionamento os precipitadores electrostáticos e a dessulfuração por lavagem húmida de gases, os níveis reais de emissão de partículas são muito baixos, não existindo qualquer justificação, relacionada com o processo SCR, para um aumento da quantidade de partículas emitidas. A Central realizou ensaios comprovativos da emissão incrementada (e não real) de partículas. Deste facto foi dado conhecimento à Autoridade Competente através da carta 12/11/ GA de 11/02/2011. Como medida correctiva, a Central assumiu o compromisso de tentar a calibração do opacímetro para esta nova situação, o que prevê realizar no 1º semestre de 2011, e a substituição do catalisador da desnitrificação para minimizar a reacção secundária referida. A quantidade total emitida de SO2, NOx e Partículas e a respectiva emissão específica foi, em 2010, de: 2009 2010 Variação Total (m3) Emissão (%) Variação (%) SO2 5 713 2 379 NOx 17 680 7 613 - 57 1,9 1,4 - 23 195 100 - 49 0,02 0,02 -9 Partículas - 58 2009 2010 Específico (m3/ GWh) 0,6 0,4 - 26 Tabela 11 Emissão total e específica de SO2, NOx e Partículas em 2009 e 2010 Uma vez mais a redução da produção da Central de Sines em 2010 é responsável pela redução da emissão dos compostos acima referidos. Além da monitorização em contínuo, é efectuada uma monitorização pontual às duas fontes principais, cujos valores das concentrações obtidas se apresentam seguidamente: Emissão FF1 i FF2 1º Ensaio 2º Ensaio 1º Ensaio 2º Ensaio Monóxido de Carbono (CO) 1 000 11,40 28,00 49,00 14,00 Compostos Orgânicos Voláteis (COV) 50 0,00 0,00 0,00 1,10 Compostos inorgânicos Fluorados (F-) 5 1,10 0,60 1,90 0,70 Compostos inorgânicos Clorados (Cl-) 30 0,80 0,40 0,70 0,60 8 0,05 0,02 0,02 0,02 Metais pesados totais i VLE (mg/Nm3) Valores corrigidos a 6% de O2 e nas condições normais de pressão (1,01325 bar) e temperatura (0 ºC) Tabela 12 Valores da monitorização pontual das fontes FF1 e FF2 em 2010 57 Relativamente aos caudais mássicos, os valores obtidos foram: Parâmetros 58 CO COV FCl - Metais pesados totais FF1 FF2 Limiar min Limiar max (kg/h) iii (kg/h) iv 1º Ensaio 2º Ensaio 1º Ensaio 2º Ensaio 5 100 25,00 60,00 118,00 33,00 2 30 0,00 0,00 0,00 2,60 0,05 0,5 2,20 1,20 4,70 1,60 0,3 3 1,50 0,90 1,80 1,40 0,001 Não fixado 0,11 0,05 0,05 0,06 iii imiar mássico mínimo - o valor do caudal mássico de um dado poluente atmosférico abaixo do qual L não é obrigatório o cumprimento do respectivo valor limite de emissão (Decreto-Lei n.º 78/2004) iv imiar mássico máximo - o valor do caudal mássico de um dado poluente atmosférico acima do L qual se torna obrigatória a monitorização em contínuo desse poluente (Decreto-Lei n.º 78/2004) Tabela 13 Caudais mássicos medidos pontualmente nas fontes FF1 e FF2 em 2010 Pela análise da tabela acima verifica-se a necessidade de monitorizar em contínuo os parâmetros compostos inorgânicos Fluorados (expressos em F ), tendo sido efectuada a aquisição dos equipamentos necessários, estando prevista para o ano 2011 a sua montagem e entrada em serviço. Relativamente ao monóxido de carbono (CO), sendo necessário o cumprimento do VLE imposto, verifica-se esse cumprimento, bem como para os restantes parâmetros. Para a fonte fixa FF3 (caldeira auxiliar a gasóleo), e apesar da fonte ainda não se encontrar em serviço industrial, foi efectuada uma campanha de medição dos gases de combustão para validação do cumprimento dos limites legais. Os resultados obtidos encontram-se nas tabelas abaixo, verificando-se claramente o cumprimento dos VLE. Tendo em consideração o disposto no nº1 do artigo 21º do Decreto-Lei nº 78/2004 de 3 de Abril, consideramos estarem reunidas as condições para que esta fonte (FF3) seja dispensada de monitorização das suas emissões, uma vez que se verificam as condições fixadas relativamente ao funcionamento inferior a quinhentas horas anuais e o cumprimento dos VLE impostos na LA n.º 300/2009. Por este facto, irá ser solicitada à Autoridade Competente esta isenção. Futuramente, e após entrada em serviço industrial da fonte FF3, o que se prevê para 2011, ir-se-á proceder ao registo do número de horas de funcionamento e do consumo de combustível anual. VLE (mg/m3) Emissão FF3 (mg/Nm3) Óxidos de Azoto (NOx) 500 264 Monóxido de Carbono (CO) 500 6,7 1 700 27 150 13 5 0,009 Dióxido de Enxofre (SO2) Partículas Ácido Sulfídrico (H2S) Compostos Orgânicos Voláteis (COV) Metais pesados totais ii ii 50 0 8 0,13 Valores corrigidos a 3% de O2 e nas condições normais de pressão (1,01325 bar) e temperatura (0 ºC) Tabela 14 Valores da monitorização pontual da fonte FF3 em 2010 Relativamente aos caudais mássicos, os valores obtidos foram: Limiar min (kg/h) iii Limiar max (kg/h) iv FF3 (kg/h) NOx 2 30 5,3 CO 5 100 0,14 SO2 2 50 0,6 0,5 5 0,26 0,05 1 0,0002 Parâmetros Partículas H2S COV Metais pesados totais 2 30 0 0,001 Não fixado 0,003 iii imiar mássico mínimo - o valor do caudal mássico de um dado poluente atmosférico abaixo do qual L não é obrigatório o cumprimento do respectivo valor limite de emissão (Decreto-Lei n.º 78/2004) iv imiar mássico máximo - o valor do caudal mássico de um dado poluente atmosférico acima do L qual se torna obrigatória a monitorização em contínuo desse poluente (Decreto-Lei n.º 78/2004) Tabela 15 Caudais mássicos medidos pontualmente na fonte FF3 em 2010 59 Para as fontes FF4 a FF9 (ex- FF13) é registado o número de horas anual de funcionamento destas fontes, bem como a respectiva quantidade de combustível (gasóleo) consumido. 60 Medição N.º de horas de funcionamento (h/ano) Combustível consumido (t/ano) FF4 FF5 FF6 FF7 FF8 FF9 (ex- FF13) 2,80 5,94 4,99 8,40 5,80 12,40 0,20 0,89 0,74 0,25 0,43 0,60 Tabela 16 N.º de horas de funcionamento e combustível consumido nas fontes FF4 a FF9 (ex- FF13) em 2010 A Central de Sines está integrada no Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), tendo-lhe sido atribuído, de acordo com o Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão - PNALE II (2008-2012), as licenças relativas à emissão anual de 5 833 317 t de CO2. As emissões verificadas de CO2 relativas aos anos de 2009 e 2010 apresentam-se na tabela seguinte, bem como a respectiva emissão específica. 2009 Emissão CO2 2010 Variação Total (t) (%) 7 706 253 4 438 198 - 42 2009 2010 Específico (t/GWh) 810 834 Variação (%) +3 Tabela 17 Emissão total e específica de CO2 em 2009 e 2010 Relativamente ao processo de contra-ordenação n.º 2539/2009 levantado em inspecção de rotina da Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT), e cuja explicação detalhada encontra-se na Declaração Ambiental (DA) de 2009, a Central de Sines prestou declarações na IGAOT no decorrer do ano 2010, aguardando o desenvolvimento do processo. Sobre o processo de contra-ordenação n.º 001027/2010, emitido na sequência de outra visita de rotina da IGAOT realizada em Fevereiro de 2010, e cujo detalhe pode ser encontrado na DA de 2009, foram igualmente prestadas declarações na IGAOT por parte da Central, aguardando-se também novos desenvolvimento do processo. A defesa da Central de Sines em ambos os processos está devidamente apresentada na DA de 2009. 6.4 Efluentes Líquidos Na Central Termoeléctrica de Sines são produzidos vários tipos de águas residuais conduzidas para tratamento através de cinco redes de drenagem distintas de acordo com os tipos de efluentes: domésticos, químicos, oleosos, pluviais potencialmente contaminados e pluviais limpos. As várias linhas de tratamento (LT), estão descritas detalhadamente na DA de 2009. Os efluentes tratados nestas linhas de tratamento são posteriormente encaminhados para os respectivos pontos de descarga de águas residuais: •EH1 – ponto de restituição no Oceano Atlântico, onde são descarregadas as águas do circuito de refrigeração dos grupos 1 e 2 (no canal 1 – Norte) e dos grupos 3 e 4 (no canal 2 – Sul), os efluentes da Instalação de Tratamento de Efluente Líquidos (ITEL) e da ITEL – Doméstico (canal 2) e os efluente da ITEL da instalação de dessulfuração (canal 1); •EH2 – ponto de descarga na ribeira da Esteveira do efluente pluvial limpo; •EH3 – ponto de descarga num afluente da ribeira da Junqueira dos efluentes provenientes das bacias de decantação do Aterro CEC. 61 O volume de efluentes líquidos (total e específico) descarregado em 2009 e 2010 no ponto EH1 respeitante a cada proveniência foi de: 62 2009 Volume 2010 Total (m ) 3 Variação (%) 2009 2010 Específico (m /GWh) 3 Variação (%) ITEL (LT 7) + ITEL Doméstico (LT 8) 561 925 210 437 - 63 59,0 39,5 - 33 ITEL da dessulfuração (LT9) 82 313 185 012 + 125 8,6 34,8 + 302 Tabela 18 Volume total e específico de efluente tratado descarregado no ponto EH1 em 2009 e 2010 A monitorização em contínuo dos efluentes descarregados no ponto EH1 é realizada a determinados parâmetros, consoante a sua proveniência. Parâmetro Valor médio anual Valor máximo anual (base mensal) (base mensal) VLE Unidade pH 6-9 Escala Sorensen 7,42 7,8 (mínimo = 7,1) CBO5 (Carência Bioquímica de Oxigénio a 5 dias) 40 mg/l 1,36 2,6 CQO (Carência Química de Oxigénio) 150 mg/l 24,52 79,0 63 SST (Sólidos Suspensos Totais) 60 mg/l 8,57 24,5 Óleos minerais 15 mg/l 0,23 0,6 Óleos e gorduras 15 mg/l 0,31 0,7 Azoto amoniacal 10 mg/l 0,27 0,3 Azoto total 15 mg/l 5,93 36,6 Fósforo total 10 mg/l 2,36 7,4 Nitratos 50 mg/l 21,55 142,0 Sulfatos 2 000 mg/l 403,00 1392,0 Chumbo total 1,0 mg/l 0,003 0,008 Ferro total 2,0 mg/l 0,271 1,840 Mercúrio total 0,05 mg/l 0,003 0,029 Vanádio — mg/l 0,233 0,233 Zinco total — mg/l 0,047 0,157 Crómio total 2,0 mg/l 0,003 0,006 Alumínio 10 mg/l 0,455 1,600 0,002 Arsénio total 1,0 mg/l 0,002 Cobre total 1,0 mg/l 0,010 0,013 Manganês total 2,0 mg/l 0,161 0,620 Níquel total 2,0 mg/l 0,033 0,033 Nota Para valores inferiores ao Limite de Quantificação (LQ) utilizou-se 1/3 LQ (igual ao limite de detecção). Tabela 19 Monitorização do efluente tratado na ITEL (LT 7) + ITEL Doméstico (LT 8) no ano 2010 Parâmetro 64 Valor médio anual Valor máximo anual (base mensal) (base mensal) VLE Unidade pH 6-9 Escala Sorensen 8,6 8,8 (mínimo = 8,1) Temperatura 43 ºC 29,7 35,7 Crómio hexavalente 0,1 mg/l 6,7 18,0 CQO 150 mg/l 79,1 150,0 Potássio — mg/l 23,6 34,7 Sulfatos 2 000 mg/l 1365,3 1918,0 Sulfitos 1,0 mg/l 0,3 0,3 Sulfuretos 1,0 mg/l 0,02 0,06 SST 60 mg/l 12,2 23,6 Alumínio 10 mg/l 0,189 0,600 Arsénio total 1,0 mg/l 0,005 0,018 Cádmio 0,2 mg/l 0,001 0,003 Chumbo total 1,0 mg/l 0,006 0,011 Cobre total 1,0 mg/l 0,017 0,110 Crómio total 2,0 mg/l 0,007 0,020 Ferro total 2,0 mg/l 0,330 1,010 Magnésio Mercúrio total Níquel total — mg/l 468,5 735,0 0,05 mg/l 0,017 0,056 2,0 mg/l 0,024 0,038 0,233 Vanádio — mg/l 0,065 Zinco total — mg/l 0,033 0,104 Não visível na diluição 1:20 Não detectável na diluição 1:20 Não visível na diluição 1:20 Não detectável na diluição 1:20 Cor Cheiro Não visível na diluição 1:20 Não detectável na diluição 1:20 Nota Para valores inferiores ao Limite de Quantificação (LQ) utilizou-se 1/3 LQ (igual ao limite de detecção). Tabela 20 Monitorização do efluente tratado na ITEL da Dessulfuração (LT 9) no ano 2010 Excepcionalmente, no mês de Maio ocorreu uma ultrapassagem do VLE dos nitratos (e consequentemente do azoto total) na ITEL (ver valor máximo dos nitratos e azoto total apresentado na Tabela 19) devido à ligação temporária da ITEL da Dessulfuração à ITEL da Central (LT7 + LT8) por anomalia no funcionamento da primeira. Após correcção desta anomalia (pontual) ensaios os valores de nitratos e azoto total normalizaram e mantiveram-se inferiores ao VLE. Acresce referir que o funcionamento da ITEL da dessulfuração é imprescindível para o funcionamento da própria instalação de dessulfuração, pelo que a ausência de descarga de efluente desta ITEL (LT9) implicaria um aumento significativo das emissões de SO2 emitidas pela Central. Relativamente ao processo de contra-ordenação n.º 2539/2009 levantado em inspecção de rotina da Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT), e cuja explicação detalhada encontra-se na Declaração Ambiental (DA) de 2009, a Central de Sines prestou declarações na IGAOT no decorrer do ano 2010, aguardando o desenvolvimento do processo. A monitorização do ponto de descarga na ribeira da Esteveira (EH2) é realizada mensalmente através da recolha e respectiva análise de amostras de dois pontos: a montante da Central (Entrada) e a jusante da Central (Saída). 65 Parâmetro Unidade Escala pH Sorensen Condutividade µS/cm Azoto kjedhal mg/l Cloretos mg/l CQO mg/l Fósforo total mg/l Óleos e Gorduras mg/l Hidrocarbonetos mg/l Nitratos mg/l Nitritos mg/l Oxigénio dissolvido mg/l SST mg/l Substâncias tensioactivas mg/l Temperatura mg/l COT (Carbono Orgânico Total) mg/l Alumínio mg/l Arsénio total mg/l Cádmio total mg/l Chumbo total mg/l Cobre total mg/l Crómio total mg/l Ferro mg/l Manganês mg/l Mercúrio total mg/l Níquel total mg/l Titânio mg/l Vanádio mg/l Zinco total mg/l Coliformes fecais N.º/100ml 66 Entrada Med10 Max11 Saída Med Max 7,8 8,8 7,4 7,9 (mínimo = 6,7) (mínimo = 7,3) 824,8 1071,0 1125,6 1746,0 0,4 0,9 0,6 1,0 165,0 203,0 208,3 357,0 24,1 43,8 25,4 66,0 1,3 15,1 1,4 11,0 0,01 0,02 0,02 0,05 0,01 0,01 0,01 0,02 2,5 7,1 6,0 11,0 0,01 0,02 0,07 0,20 7,5 9,4 8,3 9,7 23,5 163,0 26,8 204,0 0,01 0,01 0,01 0,03 17,4 21,3 18,7 23,9 7,6 15,1 6,5 12,9 0,035 0,110 0,038 0,085 0,001 0,001 0,001 0,001 0,0001 0,0001 0,0001 0,0001 0,001 0,001 0,001 0,001 0,002 0,005 0,002 0,002 0,001 0,001 0,002 0,005 0,176 0,360 0,112 0,460 0,289 0,900 0,109 0,180 0,0002 0,001 0,0003 0,001 0,003 0,010 0,002 0,007 0,014 0,019 0,016 0,027 0,002 0,002 0,002 0,002 0,008 0,040 0,007 0,017 502,8 1600,0 1909,2 5700,0 Nota Para valores inferiores ao Limite de Quantificação (LQ) utilizou-se 1/3 LQ (igual ao limite de detecção). Tabela 21 Monitorização da ribeira da Esteveira (EH2) no ano 2010 10 11 Valor médio anual baseado nos valores obtidos mensalmente. alor máximo anual baseado nos valores obtidos mensalmente. V A monitorização do ponto de descarga na ribeira da Junqueira (EH3) é realizada mensalmente através da recolha e respectiva análise de amostras de dois pontos: a montante da Central (Entrada) e a jusante da Central (Saída). A monitorização relativa a este ponto de descarga será apresentada no ponto seguinte. 67 6.5 Resíduos e Sub-produtos A classificação dos resíduos é feita de acordo com a lista europeia de resíduos, conforme a Portaria nº 209/2004. A política de gestão de resíduos da Central de Sines privilegia a redução na origem e promove a sua valorização. Em resultado das actividades da Central, são produzidos resíduos de diversos tipos, na maior quantidade não perigosos, os quais são separados, classificados segundo o código LER e encaminhados para local individualizado para armazenamento temporário. Posteriormente, os resíduos são encaminhados para destinatários autorizados. Na tabela abaixo apresenta-se um resumo da produção de resíduos nos anos 2009 e 2010 (total e por tipo de resíduo) e da quantidade de resíduos enviados para destino final (incluindo quantidade e percentagem valorizada). 2009 2010 Total (t) / Percentagem (%) Produção de Resíduos Produção de Resíduos Perigosos Produção de Resíduos Não Perigosos 227 266 126 789 649 (0,3%) 226 617 (99,7%) 1 235 (1,0%) 125 553 (99,0%) Saída de Resíduos 182 570 Valorização de Resíduos 129 590 (71,0%) Variação (%) 2009 2010 Específico (t/GWh) Variação (%) - 44 24 24 0 + 90 - - - - 45 - - - 262 454 + 44 - - - 222 711 (84,9%) + 72 - - - Tabela 22 Produção e Saída de resíduos nos anos de 2009 e 2010 A produção de resíduos em 2010 regista uma redução face a 2009 devido à redução do funcionamento da Central. O aumento da produção de resíduos perigosos está relacionado com a remoção das bases do aterro de cinzas de fuelóleo que incrementaram pontual e excepcionalmente a produção deste tipo de resíduos. 68 6.5.1 Aterro de Cinzas e Escórias de Carvão (Aterro CEC) A Central de Sines dispõe de um aterro que se destina, exclusivamente, à deposição de resíduos não perigosos associados à combustão do carvão, concretamente as escórias de carvão e as cinzas volantes de carvão não conforme. A área ocupada por este aterro é de cerca de 11 hectares e tem uma capacidade de cerca de 1 253 000 toneladas, sendo que, no final de 2010, encontravam-se depositadas 1 027 784 t de resíduos (escórias + cinzas de carvão), correspondentes a um volume de igual valor numérico. Como resultado da prossecução do objectivo de se valorizar um volume de escórias superior à produção do ano em causa, o valor de resíduos depositados no Aterro CEC em final de 2010 é cerca de 1% inferior ao valor de 2009 (1 039 091 t). O sistema de drenagem do aterro é constituído por duas redes. A primeira recolhe as águas de drenagem superficial e encaminha-as para as bacias de decantação Oeste e Central. A segunda rede recolhe as águas que atravessam a massa de resíduos depositados encaminhando-as para a bacia de decantação Leste. O aterro CEC dispõe da Licença de Exploração (LE) N.º 24/2005/INR de 30 de Dezembro de 2005, a qual define as condições de exploração do aterro, remetendo para a LA n.º 15/2005 a monitorização a efectuar. A LA n.º 300/2009 veio alterar a LA n.º 15/2005, remetendo a primeira a monitorização a efectuar para o aterro CEC para a LE n.º 24/2005/INR. Face a esta situação foram solicitados, através da carta 43/09/GA de 05-11-2009 remetida à Autoridade Competente em matéria de licenciamento ambiental (a APA), esclarecimentos sobre a monitorização do aterro e sobre qual o documento que a definirá – LA n.º 300/2009 ou LE n.º 24/2005/INR com a respectiva revisão. Não obstante a indefinição existente sobre a monitorização a efectuar para o aterro CEC, a Central de Sines tem vindo a cumprir o definido na LE n.º 24/2005/INR (com a monitorização definida na LA n.º 15/2005). No ano 2010 foram depositadas 25 163 t de escórias de carvão (código LER 10 01 01) e 9 063 t (Código LER 10 01 02) tendo sido cumpridas as condições de admissão destes dois resíduos no aterro, atendendo a que o processo que lhes dá origem não sofreu qualquer modificação que implicasse alteração nas características destes resíduos. Relativamente ao controlo dos lixiviados, não há registo de qualquer descarga das bacias Oeste, Central e Leste no ponto EH3, apresentando-se de seguida o resultado da monitorização realizada na ribeira da Junqueira – a montante (Entrada) da Central e a jusante (Saída) da Central. 69 Parâmetro Unidade Escala pH Sorensen Condutividade µS/cm Azoto kjedhal mg/l Cloretos mg/l CQO mg/l Fósforo total mg/l Óleos e Gorduras mg/l Hidrocarbonetos mg/l Nitratos mg/l Nitritos mg/l Oxigénio dissolvido mg/l SST mg/l Substâncias tensioactivas mg/l Temperatura mg/l COT (Carbono Orgânico Total) mg/l Alumínio mg/l Arsénio total mg/l Cádmio total mg/l Chumbo total mg/l Cobre total mg/l Crómio total mg/l Ferro mg/l Manganês mg/l Mercúrio total mg/l Níquel total mg/l Titânio mg/l Vanádio mg/l Zinco total mg/l Coliformes fecais N.º/100ml 70 Entrada Med 12 13 Max 7,8 7,4 (mínimo = 6,6) 589,8 692,0 0,3 0,6 165,0 145,0 19,1 42,4 0,1 0,2 0,02 0,05 0,01 0,01 1,3 3,0 0,004 0,02 8,3 9,7 23,8 177,0 0,01 0,01 16,6 21,5 4,8 9,1 0,043 0,140 0,001 0,001 0,0001 0,0001 0,002 0,004 0,002 0,002 0,001 0,001 0,464 0,930 0,350 0,960 0,001 0,005 0,011 0,026 0,013 0,022 0,002 0,002 0,006 0,017 698,0 5600,0 Tabela 23 Monitorização da ribeira da Junqueira (EH3) no ano 2010 12 Saída 13 alor médio anual baseado nos valores obtidos mensalmente. V Valor máximo anual baseado nos valores obtidos mensalmente. Med 7,1 813,6 0,3 148,9 22,5 0,1 0,02 0,01 2,0 0,01 7,6 18,6 0,01 17,6 5,7 0,053 0,001 0,0002 0,002 0,002 0,002 0,453 1,456 0,0004 0,017 0,016 0,006 0,020 1244,2 Max 7,7 (mínimo = 6,6) 1105,0 0,7 193,0 44,4 0,2 0,08 0,03 3,4 0,03 9,3 107,0 0,01 21,3 10,6 0,135 0,001 0,0007 0,006 0,002 0,006 1,240 5,800 0,002 0,092 0,030 0,035 0,112 7400,0 6.5.2 Aterro de Gesso O aterro de gesso recebe os resíduos sólidos provenientes da unidade de dessulfuração, que não são enviados para valorização no exterior. Estes correspondem a cerca de 5 a 15% (valores de projecto) de todo o gesso produzido, sendo o restante encaminhado para a indústria química (para produção de hemidrato) ou para a indústria transformadora (produção de placas de gesso). Este aterro ocupa uma área de cerca de 5,5 hectares e possui uma capacidade instalada de cerca de 30 a 90 t/dia (se forem depositados cerca de 5 a 15% dos resíduos produzidos, respectivamente). O sistema de drenagem do aterro é constituído por uma rede que recolhe as águas que atravessam a massa de resíduos depositados e são encaminhadas para a bacia de decantação Leste, do aterro CEC. Conforme referido na LA n.º 300/2009, o aterro de gesso não se encontra ainda licenciado, tendo sido instruído o pedido de licenciamento através da carta 15/10/ GA de 08/04/2010, para o qual se aguardam desenvolvimentos. Por este facto, o espaço do aterro tem sido utilizado como armazenamento temporário do gesso até envio do mesmo para valorização. No ano 2010 foram produzidas 100 927 t de gesso, sendo que 190 735 t foram encaminhadas para valorização. No espaço preparado para o aterro de gesso, no final de 2010, encontravam-se acumuladas 36 059 t de gesso. Refira-se que desta quantidade 13 844 t correspondem a gesso considerado conforme pela EUROGYPSUM, pelo que pelas razões a seguir apontadas poderá sair como sub-produto em 2011. Devido a uma valorização superior à produção do ano 2010, foi possível reduzir em 71% a quantidade de gesso armazenada no aterro desde final de 2009 (125 867 t). Relativamente à classificação do gesso como sub-produto, e na sequência da nossa carta 27/10/GA de 20/05 para a Autoridade Competente (Agência Portuguesa do Ambiente – APA) a solicitar essa classificação ao invés da de resíduo, obtivemos em 06 de Dezembro de 2010, uma resposta positiva ao nosso pedido. Assim, a partir de 31 de Dezembro de 2010, o gesso produzido de acordo com as normas do EUROGYPSUM é considerado sub-produto, dando cumprimento ao Ofício S-016162/2010 de 06-12-2010 da APA. 71 72 6.5.3 Aterro de Cinzas de Fuelóleo (Aterro CFO) O aterro de Cinzas de Fuelóleo (aterro CFO) destinava-se à deposição de resíduos perigosos, associados à combustão de fuelóleo, lamas de limpezas químicas e de tratamento de efluentes produzidos nos Centros de Produção pertencentes à EDP Produção. O aterro era constituído por três células de deposição, “A”, “B” e “C”. As células “A” e “B” possuíam uma área total de aproximadamente 2 hectares e uma capacidade, já esgotada de cerca de 34 134 toneladas. A célula “C” não chegou a ser construída, apesar de autorizada a sua construção. Os resíduos foram depositados em big-bags (“sacos grandes”), de modo a minimizar a possibilidade de escorrências e eventuais contaminações do solo ou água. Estes big-bags, de polipropileno, possuem uma capacidade de 1,5 t e são resistentes aos raios ultra-violetas. O aterro CFO possui um sistema de drenagem de lixiviados para a bacia de decantação Nova, que por sua vez está ligada à ITEL da Central. Em 2007, a EDP Produção tomou a decisão de reduzir o passivo ambiental existente neste aterro, e iniciou a remoção dos resíduos para outro destino final autorizado. Através deste processo foi concluída em 2009 a remoção dos resíduos perigosos do aterro CFO, ficando para 2010 o início do processo de remoção das bases do aterro e das terras de enchimento, finalizando-se depois administrativamente a actividade de gestão do aterro CFO. A remoção das terras em 2010 contabilizou 2 287 t, prevendo-se para o 1º trimestre de 2011 a conclusão do processo. 6.5.4 Venda de Sub-produto (Cinzas Volantes de Carvão) As cinzas volantes de carvão captadas nos precipitadores electrostáticos são comercializadas para a indústria do cimento e do betão, sempre que as suas características físico-químicas estejam em conformidade com a normalização existente. As quantidades totais e específicas de cinzas volantes vendidas nos anos 2009 e 2010 apresentam-se na tabela abaixo. A produção e venda de cinzas volantes de carvão em 2010 regista uma redução face a 2009 consentânea com a redução do funcionamento da Central (- 44% face a 2009). 73 2009 Venda 74 Cinzas Volantes 2010 Total (t) 333 308 171 187 Variação (%) - 49 2009 2010 Variação Específico (t/GWh) 35 32 (%) -8 Tabela 24 Quantidade total e específica de sub-produto vendido em 2009 e 2010 6.6 Ruído Segundo a LA n.º 300/2009, as medições de ruído (período diurno – das 7 às 20 horas, período do entardecer – das 20 às 23 horas e período nocturno – das 23 às 7 horas), deverão ser repetidas sempre que ocorram alterações na instalação, que possam ter implicações ao nível do ruído ou, se estas não tiverem lugar, com uma periodicidade máxima de 5 anos (por este critério a próxima medição será em 2015), de forma a verificar o cumprimento dos critérios de exposição máxima e de incomodidade previstos nos art.º 11º e 13 º do Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro. Tendo sido realizada uma campanha no ano 2010, cujos resultados podem ser analisados na DA de 2009, que demonstrou o cumprimento dos valores limites estabelecidos legalmente, não houve lugar à realização de outra campanha. Após a conclusão das obras da instalação de desnitrificação, e atendendo a que se trata de uma alteração significativa na Central de Sines, ir-se-á realizar uma nova campanha do ruído ambiente ou exterior. Esta campanha deverá finalizar-se no ano 2012. 6.7 Água Captada e Restituída ao Oceano Atlântico O volume de água captado e restituído ao Oceano Atlântico utilizado no circuito de refrigeração nos anos de 2009 e 2010 apresenta-se na tabela seguinte. 2009 Volume 2010 Variação VLE14 (%) (m3) Oceano Atlântico Máximo mensal (m3) Total anual (m ) 3 Específico (m3/GWh) 104 587 800 101 593 200 - 105 120 000 1 166 002 800 727 889 400 - 38 - 122 528 136 779 + 12 - Tabela 25 Volume mensal (máximo), anual e específico de água captada e restituída ao Oceano Atlântico em 2009 e 2010. 14 VLE estabelecido como o máximo mensal obtido com a base horária. 75 76 O volume de água captada ao Oceano Atlântico, estando directamente ligado à produção de energia eléctrica, regista naturalmente uma redução face a 2009 pelas razões já registadas da redução do funcionamento da Central em 2010. Relativamente à medição do cloro livre residual na saída dos condensadores, o valor médio anual obtido em 2010 a partir dos valores médios mensais foi de 0,11 mg/l e o valor máximo diário foi de 0,23 mg/l, cumprindo-se assim o VLE definido de 0,5 mg/l. A medição da temperatura da água restituída ao Oceano Atlântico após utilização na refrigeração dos condensadores é realizada através de termografia aérea com medição da temperatura em coluna de água (a diferentes profundidades). A LA n.º 300/2009 define que a termografia deverá ser realizada de dois em dois anos, no Verão e no Inverno. No Inverno de 2009, devido ao reduzido funcionamento da Central de Sines, não foi possível realizar a termografia aérea em condições representativas (maior aumento de temperatura da água restituída com os 4 grupos em funcionamento à máxima carga). Assim, ficou o mesmo adiado para o Inverno de 2010. No entanto, em 2010, e revestindo-se este ensaio de elevada dificuldade, atendendo aos aspectos operacionais e logísticos envolvidos, nomeadamente: funcionamento simultâneo dos quatro grupos da Central, disponibilidade do equipamento de termografia e de helicóptero e condições de navegação adequadas à realização da medição em coluna de água junto ao canal de rejeição, não foi possível concluído na sua totalidade. Uma vez criadas as duas primeiras condições, não foi possível a medição em coluna de água devido às condições de navegação que não permitiram a permanência de um barco na água junto aos molhes dos canais de rejeição. A medição termográfica foi efectuada, tendo o respectivo relatório sido encaminhado (com a justificação acima) para a Autoridade Competente. No Inverno de 2011 tentaremos novamente realizar o ensaio completo. 6.8 Utilização do Solo A Central de Sines ocupa uma área total de 1 275 721 m2 (cerca de 128 hectares), dividida e afecta às seguintes actividades: 846 587,40 m2 da plataforma da Central, 343 112 m2 dos aterros, 71 000 m2 da zona da refrigeração e 15 021,8 m2 para o tapete transportador de carvão. Desta área, 1 160 788 m2 (cerca de 116 hectares) 77 estão construídos/ocupados/impermeabilizados para permitir o normal desenvolvimento da actividade da Central. Assim, a área construída da Central representa 91% da área total, sendo a restante área zonas verdes ou ajardinados e terreno virgem/não impermeabilizado. 78 6.9 Ocorrências e Situações de Emergência A Central possui um Plano de Emergência Interno (PEI), cujo objectivo é organizar, de forma sistemática, o accionamento dos sistemas de combate e de socorro face a eventuais situações de sinistro, no sentido de: •Salvaguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores das diversas instalações e simultaneamente das populações vizinhas; • Minimizar o impacto de sinistros susceptíveis de afectar o ambiente; • Minimizar perdas. Para testar a resposta da Central às situações de emergência, são realizados periodicamente simulacros, tendo sido efectuado em 2010 um simulacro com apoio externo dos Bombeiros Voluntários de Sines. No ano 2010 não foram registados quaisquer tipos de acidentes/incidentes com relevância ambiental, nem foi registada a recepção de qualquer reclamação de cariz ambiental. 79 80 formação e comunicação 7 81 Aos colaboradores da empresa e dos prestadores de serviços são ministradas acções de formação e de sensibilização de forma a adquirirem e actualizarem as competências necessárias ao exercício das suas actividades e assim contribuírem para a melhoria do desempenho ambiental da instalação. Apresenta-se nos quadros abaixo, o número de horas de formação em temas específicos de ambiente e de sensibilização de segurança e ambiente, nos anos de 2009 e 2010. 82 2009 2010 (#) N.º horas de formação 9 8 N.º formandos 71 248 Tabela 26 Formação em temas específicos de ambiente em 2009 e 2010 2009 2010 (#) N.º horas de sensibilização N.º formandos 180 207 1 007 1 130 Tabela 27 S ensibilização em segurança e ambiente para colaboradores da empresa e dos prestadores de serviços em 2009 e 2010 A comunicação interna é realizada a vários níveis: reuniões diárias de exploração, nas quais, entre outros assuntos, é analisada informação de exploração relacionada com aspectos ambientais; reuniões mensais na Central de seguimento do programa de Gestão SIGAS; e reuniões trimestrais sobre aspectos ambientais e de segurança ao nível da Direcção de Produção Térmica, que conta com a presença da Direcção para a Gestão Integrada de Assuntos Ambientais. De forma não periódica são elaborados e disponibilizados à população da Central, boletins informativos sobre o SIGAS (resultado de auditorias, implementação de novos projectos ambientais, ex.: EMAS, etc.), folhetos temáticos integrados na série “Essencial Saber” abordando temas de segurança e ambiente, quadros informativos com o desempenho ambiental da Central, incluindo o cumprimento e a definição de objectivos ambientais. Integrado no funcionamento do programa de melhoria contínua transversal à EDP Produção, designado como LEAN, no qual se visa a eliminação de todas as formas de desperdício presentes no funcionamento da Central, é promovida a identificação e implementação de iniciativas de melhoria, incluindo as de vertente ambiental. É pois para este programa que são canalizadas as sugestões ou ideias de melhoria ambiental provenientes das partes interessadas, para análise de viabilidade de implementação e definição das acções a realizar e respectivo responsável. Todas as comunicações dirigidas à Central são analisadas e é dado conhecimento da decisão tomada ao respectivo remetente da mesma. No que se refere à distribuição da 1ª Declaração Ambiental (a de 2009), a mesma foi efectuada para todas as partes interessadas identificadas, internas e externas à Central de Sines. Refira-se que todos os colaboradores que diariamente exercem a sua função na Central, quer sejam da empresa ou dos prestadores regulares de serviço, recebem individualmente um exemplar da DA de 2009. Na vertente do envolvimento com a comunidade local e abertura ao exterior, é mantido um programa de visitas à Central. Estas visitas, compreendem escolas do Ensino Básico, Secundário, Profissional e Superior, Entidades externas nacionais, incluindo a participação no programa nacional “Ciência Viva”. Nestas visitas incluiu-se ainda a realização do “Dia da Central Aberta”, onde as portas da Central são abertas para quem nos quer visitar. Esta iniciativa deverá repetir-se anualmente. Na tabela abaixo apresenta-se o número de visitantes nos anos de 2009 e 2010. 2009 2010 (#) N.º de visitantes Tabela 28 Número de visitantes em 2009 e 2010 1 964 1 512 83 84 contabilidade ambiental 8 85 O Sistema de Contabilidade Ambiental está descriminado por Domínios Ambientais e constitui o instrumento oficial de registo e sistematização dos investimentos efectuados na área do ambiente, dos custos e proveitos relativos a acções de controlo da poluição e da aquisição de bens com incidência ambiental. 86 Apresentam-se na tabela seguinte, os montantes registados em 2009 e 2010 discriminados por Domínio Ambiental, destacando-se no domínio da protecção do ar e clima a incorporação das verbas dispendidas na construção da instalação de desnitrificação. Na rúbrica dos “Custos” refira-se que o aumento considerável face a 2009 deve-se a um melhor apuramento e incorporação de custos no Sistema de Contabilidade Ambiental e à inserção da verba (em “Outras actividades de gestão e protecção do ambiente“) devida pelo seguro de cobertura da responsabilidade ambiental da Central de Sines. 2009 Domínio Ambiental Protecção do ar e clima Gestão de águas residuais 2010 Investimento (€) 62.136.353 42.152.181 2009 2010 Custos (€) 2009 2010 Proveitos (€) 522.454 1.933.719 — — — — 66 — 132.815 577.456 1.283.595 2.178.891 447.135 810.503 Protecção/ recuperação de solos, águas subterrâneas e superficiais — — 133.299 198.059 — — Redução do ruído e vibrações — — — 10.335 — — Protecção da biodiversidade — — — 6.985 — — Gestão de radiações electromagnéticas — — — 1.310 — — Investigação e desenvolvimento na área do ambiente — — — 3.639 — — Outras actividades de gestão e protecção do ambiente — — 70.919 929.571 — — Eficiência energética — — — 0 — — Protecção da paisagem — — — 0 — — Gestão de resíduos Total 5.339.862 3.687.605 63.420.014 44.331.071 1.306.622 4.471.577 5.339.862 3.687.605 Tabela 29 Contabilidade ambiental em 2009 e 2010 87 88 validação 9 89 Esta Declaração foi verificada pela Lloyd’s Register Quality Assurance, Eng.ª Marta Bento que possui a Acreditação IPAC n.º PT-V-0002, em 25 de Maio de 2011. A próxima Declaração Ambiental irá ser publicada em 2012 com informação referente ao ano de 2011. Se tem dúvidas, se necessita de esclarecimento ou pretende dar-nos a sua sugestão de melhoria não hesite em contactar: Eng.º Helder Faia (Coordenador Ambiental) Central Termoeléctrica de Sines Apartado 46, São Torpes 7520-901 Sines - Portugal Telefone: +351 269 001 000 (Geral) Fax: +351 269 001 440 (Geral) E-mail: [email protected] 90 91 92