catálogo online - Simões de Assis
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catálogo online - Simões de Assis
Gonçalo Ivo 2015 Gonçalo Ivo abertura: 01 de outubro, quinta-feira às 20h opening: october 1, thursday 8p.m exposição: 02 à 31 de outubro de 2015 exhibition: october 2 to 31, 2015 apresentação/presented by: Felipe Scovino Alameda D. Pedro II, 155 80420-060 - Curitiba - PR - Brasil Tel: (55 41) 3232-2315 [email protected] www.simoesdeassis.com.br Não apenas mais um colorista Felipe Scovino Altar 210 x 80 x 7 cm óleo, têmpera e folha de ouro sobre cedro oil, tempera and gold leaf on cedar wood, 2015 4 Duas pesquisas ou situações simbólicas me chamam a atenção na experiência de presenciar o trabalho de Gonçalo Ivo: a sua capacidade de criar módulos distintos de experiência cromática em suas telas e a abertura para a ideia de uma partitura na maneira como compõe, e aqui leiam com o duplo sentido que essa palavra pode ter (fazendo um enlace tanto com a composição de uma música quanto a ideia de criação que ela também possui), a aparição da linha. E isso não é pouco. Imagino que o leitor desse texto deva estar cansado da quantidade de subterfúgios e pouca vitalidade que uma parcela da chamada pintura contemporânea possui. Gonçalo se mantém à parte disso. Sua obra transita entre dois mundos muito próprios da história da arte brasileira e mundial. Suas referências internacionais variam entre a delicadeza e o misterioso abstracionismo de Paul Klee, a experiência arrematadora do abstracionismo geométrico de Vieira da Silva, a cor-luz pulsante de Rothko e os color fields de Barnett Newman, para me ater a alguns. No campo brasileiro, sua pesquisa cria conexões com a passagem entre o moderno e o contemporâneo, o ponto paradigmático da experiência de maturidade da arte brasileira. Estou me atendo ao período de aparecimento, transformação e quiçá diferença que as obras de matriz construtiva introduzem de forma ampla no país. É a geração de Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Ivan Serpa, Volpi e Willys de Castro. Acredito que foram guias espirituais, mestres, que Gonçalo acompanhou atentamente e que deles, entre outros, extraiu a essência de suas pesquisas e simultaneamente criou, Gonçalo, a sua própria trajetória. Percebam a semelhança e ao mesmo tempo as marcas pessoais de Volpi e Gonçalo ao compararmos a série “Ogiva” do primeiro e o tríptico azul em madeira realizada pelo último e exposto nessa mostra (pg.7). A imagem de uma arquitetura religiosa, a relação não fortuita entre espaço e plano e finalmente a tridimensionalidade da pintura são pontos em comum, além da experiência com a têmpera, técnica renascentista, artesanal, utilizada pelos dois pintores em suas obras. Contudo, penso que aqui Gonçalo cria o seu caminho próprio. É a experiência com a cor que traduz isso. O artista cria uma corporeidade para a cor; não da forma como Hélio Oiticica fez e relata em seus textos mas como uma cor que possui matéria e significativamente espessura, “odor”, pois ela é toda corpórea, física, maleável. Há um fascínio ou investimento para que o olhar se converta em algo tátil. E mesmo quando a expande para o espaço, com seus objetos em madeira, que por sua vez criam um diálogo interessante e consistente com arte africana, há um desejo de continuar falando sobre pintura e não exatamente sobre tridimensionalidade ou escultura. 5 É perspicaz o fato de que Gonçalo particulariza os módulos de cor em sua pintura. Faz uso de um vocabulário geométrico mas não é exatamente a forma abstrata, imagino, a sua real preocupação mas as (inúmeras) qualidades e aparições que a cor venha a possuir. Para cada campo que constrói a cor ganha um significado e uma aparição ao mundo muito própria: pode se exibir com uma matéria áspera, suave, delicada, retraída, pulsante. É a maneira como orienta as pinceladas e o número e a forma como realiza as investidas de tinta sobre a tela que fazem essa percepção de que a cor em Gonçalo seja sempre diferente. Não há separação, também, entre tela e moldura, pois esta é criada à revelia pelo artista. É comum vermos linhas verticais pintadas lado a lado definindo o que seria o papel da moldura. É na aparição da linha, por sinal, que assistimos à gestualidade do artista e seu embate com um suposto entendimento de que a pintura geométrica é racional e rigorosa. Está lá, na pintura de Gonçalo, assim como em Mondrian, guardadas as devidas especificidades de cada obra, uma linha torta e assumidamente humana. Descrevendo outra qualidade da linha de Gonçalo, percebemos o quanto ela é harmônica e musical. Aliás, a aproximação entre música e pintura já fica evidente na escolha dos títulos das obras (contraponto, acorde, prelúdio, etc). A qualidade intervalar que é construída por meio dos módulos de cor me leva a crer que suas pinturas, agrupadas em um conjunto, podem ser lidas também como uma partitura. As linhas como notas a serem lidas que logo reverberam uma melodia que atravessa o espaço em que essas obras estejam habitando. É algo mágico e inventivo perceber essas centelhas que têm uma função inacreditável: nos tornar mais sensíveis ao que nos cerca, percebermos um instante de crença no homem para além da barbárie que assistimos todos os dias. Claro, não há som mas a ideia de que possam ser percebidas para além de sua materialidade e possam, portanto, criar vida em um outro regime, agora de escuta, é sensacional. Ampliar essa capacidade da pintura é demonstrar que, a contragosto de alguns, a pintura não morreu. Pelo contrário, o artista nos ajuda a entender que há muitos caminhos, sentidos e existências para essa técnica milenar. Portanto, a obra de Gonçalo não se traduz como um exercício de persistência da geometria ou de balancear, contrapor e/ou associar cores mas fundamentalmente provocar um estado de inovação do campo pictórico e associá-lo às mais distintas imagens e qualidades. Repito: a fabricação dessa operação não é para muitos. Felipe Scovino é curador, crítico de arte e professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui pós-doutorado em Artes Visuais e História e Crítica de Arte pela UFRJ, onde é professor no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais. Seu foco é a arte contemporânea e a produção artística brasileira das décadas de 1960 e 1970. Recentemente realizou a curadoria das exposições Abraham Palatnik – A Reinvenção da Pintura, apresentadas no CCBB de Brasília, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. 6 Altar tríptico/triptych, 210 x 39 x 7 cm cada/each, têmpera e calcinação sobre cedro/tempera and calcination on cedar wood, 2015 7 Floração da Primavera 200 x 200 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2014 8 9 Floração Noturna 200 x 200 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 10 11 Aurora 200 x 400 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 12 13 Corps céleste - Séville 200 x 200 cm, óleo, têmpera e folhas de ouro, cobre e prata sobre tela oil, tempera and gold, copper and silver leaves on canvas, 2015 14 15 Corps céleste - Para Plinio El Viejo 200 x 200 cm, óleo, têmpera e folhas de ouro, cobre e prata sobre tela oil, tempera and gold, copper and silver leaves on canvas, 2015 16 17 Not just a colorist Felipe Scovino Two surveys or symbolic situations catch my attention in the experience of witnessing Gonçalo Ivo’s work: his ability to create distinct modules of chromatic experience on his canvas and the opening to the idea of a musical score in the way he composes the line, and here consider both meanings of the word compose (making a link to the musical composition as well as the idea of creation), the apparition of the line. And this is not a small task. I imagine that the reader of this text is tired of the amount of subterfuge and the lack of vitality of a portion of what is called contemporary painting. Gonçalo remains aside from this. His work places itself between two very distinct areas of the Brazilian and international art worlds. Its international references range from Paul Klee’s delicate and mysterious abstractionism, the amazing experience of Vieira da Silva’s geometric abstractionism, and Rothko’s pulsing colorlight to Barnett Newman’s color fields. On the Brazilian side, his research creates connections with the passage between the modern and the contemporary, the paradigmatic point of maturity of the experience of Brazilian art. I am focusing on the period of appearance, transformation and maybe difference which constructive pattern works introduced in the country. It is the generation of Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Ivan Serpa, Volpi and Willys de Castro. I believe they were spiritual guides, masters that Gonçalo has followed closely and drawn from them the essence of his research creating simultaneously his own trajectory. Notice the similarity and, at the same time, the personal traits of Volpi and Gonçalo when comparing Volpi’s serie “Ogiva” [“Warhead”] and the blue wooden triptych of the latter, shown in this exhibition. The image of a religious architecture, the not fortuitous relation between space and plan and finally the three-dimensionality of the painting are points in common, besides the experience with tempera, a Renaissance art technique, used by both artists in their works. However, I think Gonçalo creates his own path. It is reflected by his experience with color . The artist creates a corporeity for color; not in the way Hélio Oiticica did, and explains in his texts, but as a color that possesses matter and significantly thickness, “odor”, because it is fully corporeal, physical, malleable. There is a fascination or an effort to make the view become something tactile. And even when he expands it into the space, with wooden objects that create an interesting and consistent dialogue with African art, there is a desire to keep talking about painting and not exactly about three-dimensionality or sculpture. Fuga e variações para coral de 25 vozes 100 x 100 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 18 19 The fact that Gonçalo particularizes color modules in his painting is discerning. It employs a geometric vocabulary, however his real concern is, I imagine, not the abstract form, but the (countless) qualities and appearances that color may have. For each field that he builds, the color takes on a very particular meaning and appearance to the world, it can display itself/be displayed with a rough, soft, delicate, retracted or throbbing material. It is the way he guides the brush strokes and the number of times and the way in which he applies the paint to the canvas that make the perception of color in the paintings of Gonçalo always different. There is also no separation between the canvas and frame, as the latter is created against the artist’s will. It is common to see vertical lines painted side by side defining what would be the role of the frame. It is in the appearance of the line, by the way, that we witness the gesture of the artist and his position against an alleged understanding that the geometric painting is rational and rigorous. In Gonçalo’s painting, as well as in Mondrian, taking into account the specificities of each work, there is a crooked and unapologetically human line. Describing another quality of Gonçalo’s line, we realize how much it is harmonious and musical. In fact, the proximity between music and painting is already evident in the choice of work titles (counterpoint, chord, prelude, etc.). The interval quality that is built through the color modules (units of color) leads me to believe that his paintings grouped in a set can also be read as a score. The lines are like notes to be read that soon reverberate a melody that runs through the space where these works find themselves. It is magical and inventive noticing these sparks that have an unbelievable function: to make us more sensitive to our surroundings, to perceive a moment of belief in man beyond the barbarity we see every day. Of course, there is no sound, but the idea that they might be perceived beyond their materiality, and, therefore create life in another regime, a listening regime, is sensational. Expanding the painting’s capacity is demonstrating, against the belief of some that the painting is not dead. On the contrary, the artist helps us to understand that there are many paths, directions and stocks for this ancient technique. Therefore, Gonçalo’s work cannot be seen as an exercise in the persistence of geometry or balancing, opposing and/or associating colors, but fundamentally provoques an innovation state of the pictorial field and associates itself with the most distinctive images and qualities. I repeat: the process of this operation is not something everybody does. Felipe Scovino is a curator, an art critic and a professor at the Escola de Belas Artes of the Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). He got a post-doctoral degree in Visual Arts and Art History and Criticism from UFRJ, from the graduate program which he works for. His focus is on contemporary art and on the Brazilian artistic production of the 1960s and the 1970s. Recently, he has made the curation of Abraham Palatnik’s retrospective exhibitions called “The Reinvention of Painting” at CCBB Brasília, at the Museu Oscar Niemeyer, in Curitiba, at the Museu de Arte Moderna, in São Paulo, and at the Fundação Iberê Camargo, in Porto Alegre. 20 Noite no Parque do Retiro 100 x 100 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2014 21 Contraponto - Acorde e Scordatura 120 x 180 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2014 22 23 Cromatismo valter hugo mãe Por vezes imagino que nos salvamos de toda a matéria e viramos apenas identidades que habitam a cor. A cor é um substantivo da matéria. Tenho sempre a impressão de que se rebela contra adjetivá-la e se torna tudo, como um ser que espera. As cores esperam. Enquanto lemos a luz, a cor torna-se alguém. Sabe coisas e é alguém. Um dia, desintegrados, talvez sejamos esplendorosa e unicamente participações na luz. A pintura de Gonçalo Ivo é mais do que um estudo da cor, é uma escola para a cor. Ali, ela aprende. Amadurece, como animal efectivamente caçado, que não pode mais deixar de assumir sua evidência no mundo. Cada tela é uma classe, feita de superior mestria, onde a luz incide para se adorar já não enquanto acaso mas enquanto inteligência. É esta a diferença entre a cor por consciência e a casual. O trabalho de Gonçalo Ivo, cientista desta arte, é um modo de revelação, não enquanto delirante tentativa mas exatamente enquanto pronúncia de sábio que chega cada vez mais perto do que não se podia ver. As suas telas existem como provas de um gesto de luz semelhante ao gesto de Deus. A luz sabe o que faz. Nas telas de Gonçalo Ivo a luz aprende a fazer. A arte deixa cair o figurativo porque a realidade exposta já não é suficiente, talvez nunca o haja sido e a insatisfação dos artistas esteve sempre comprovada, até tragicamente. A libertação da arte em relação à obrigação de representar, ou de apresentar cabalmente o seu significante, é fundamental para adentrar um espaço mental, que não deixa de ser também uma dimensão da realidade, caracterizado por uma imprecisa questão para uma ainda mais imprecisa resposta. Chegar à questão é o desafio, obter alguma resposta é a absoluta improbabilidade. O trabalho de Gonçalo Ivo pode ser a negação total da matéria para que a alma de cada coisa se liberte apenas no comportamento da luz. Neste sentido, faz-me sentir como a espiritualidade de tudo. Uma espiritualidade bastante que advém exclusivamente do poder da arte. Salvas da sua contingência material, todas as coisas se apresentam como atributos apenas mentalmente consideráveis, que é modo racional, pragmático, para se referir questões de alma. Gosto de pensar que as telas de Gonçalo Ivo são o despido dos corpos, corpos nenhuns, porque ainda assim se manifestam de modo fremente, o que comprova a sua intensa existência, como intensas podem existir outras realidades também insondáveis. Aquém da transcendência, muitas coisas são suficientemente transcendentes, vulgo, coisas da arte. Fuga e Contraponto para 16 vozes 100 x 100 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 24 Aludindo à ideia de despir matéria, a pintura de Gonçalo Ivo lembra tecidos, isso que as manualidades inventaram para protecção e adorno e que se faz do intrincado de fios ínfimos. A ideia de intrincado interessa-me. Ainda que nos deparemos com a impressão de uma limpeza tremenda, o rigor da pintura de Ivo é uma forma de virtuosa ourivesaria da cor. Igual a facetar um diamante, o ofício deste pintor é o de depuração do comportamento da luz. Sim, como dizia, as suas telas são escolas para a cor. Ela, ali, aprende. 25 O belo poeta Martin Lopez-Vega (no perfeitíssimo catálogo Contemplaciones, editado na Espanha pela Papeles Mínimos) diz que nas telas de Gonçalo Ivo, profundamente planas, não há relevo, apenas geografia. Gosto muito. Tudo passa a ser sobretudo um lugar, como se pudéssemos efetivamente entrar num espaço sem, contudo, nada se definir por inteiro. Somos acolhidos, mas o que nos acolhe é a pura liberdade. Se as suas telas fossem tecidos, estaríamos sob eles ainda que o ato de observar nos crie a sensação de permanecermos sobre ou diante das coisas. Na arte, e porque é uma transcendência específica, o dentro e o fora, o cima e o baixo, podem simplesmente ser predicados inutilizados. Na arte, e porque provavelmente é a única transcendência existente, o dentro e o fora, o cima e o baixo, podem simplesmente ser predicados inutilizados. Tudo no trabalho de Gonçalo Ivo o explica. Essa convicção de que, na geografia, existe afinal caminho para o lado de lá da matéria, como aferição de uma alma, como passeio pela luz, colhendo cores igual a quem colhe um ramo generoso de rosas. Amo rosas. Porto, 12 de abril de 2015 valter hugo mãe é um dos mais destacados autores portugueses da atualidade. Licenciado em Direito, pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea pela Universidade do Porto, é editor e artista plástico. Em 2007, recebeu o Prêmio Literário José Saramago, pelo romance O Remorso de Baltazar Serapião. Sua obra está traduzida em várias línguas, merecendo prestigiado acolhimento no Brasil, Alemanha, Espanha e França. 26 Floraison-Corps Céleste 140 x 140 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 27 Floraison 210 x 70 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2014 28 Floraison - Corps Céleste 210 x 70 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2013 29 Contraponto 90 x 180 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 30 31 Fuga - Prelúdio - Estudo para Cromatismo - Scordato 140 x 140 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 32 Fuga 140 x 140 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2014 33 Chromaticism valter hugo mãe Sometimes I imagine that we were saved of all matter and became only identities that inhabit the color. The color is a noun of the matter. I always have the impression that it rebels itself against being adjectivized and becomes whole, like a being that waits.The colors await. As we read the light, the color becomes someone. It knows things and is someone. One day, disintegrated, we may be only amazingly participations in the light. Gonçalo Ivo’s painting is more than a study of color, it is a school for color. There, it learns. It matures, like a hunted animal, which can not fail to assume its evidence in the world. Each canvas is a class, made by superior mastery, in which the light appears not to be admired, not by chance but by design. This is the difference between the color by awareness and casual color. The work of Gonçalo Ivo, scientist of this art, is a mode of revelation, not as a delusional attempt, but as a wise declaration that comes closer to what we could not see. His canvases exist as evidence of a gesture of light similar to the gesture of God. The light knows what to do. In Gonçalo Ivo’s canvas the light learns how to. The art leaves the figurative behind, because reality exposed is not enough, perhaps it have never been enough, and the dissatisfaction of artists has always been a proof of it, even tragically. The liberation of art related to the obligation to represent or to fully present its significant is essential to enter a mental space that is also a dimension of reality, characterized by an inaccurate question and an even more inaccurate answer. Getting to the point is a challenge, getting some response is the absolute improbability. Gonçalo Ivo’s work may be the total negation of matter so that the soul of everything frees itself only under the behavior of light. In this sense it makes me feel like the spirituality of it all. A kind of spirituality that comes exclusively from the power of art. Besides their material contingencies, all things present themselves as only mentally considerable attributes, which is the rational, pragmatic way to refer to questions of the soul. I like to think that Gonçalo Ivo canvas are the lack of body, no bodies, because they still manifest themselves in a passionate way, which proves its intense existence, as intense may be other unfathomable realities. Before transcendence, many things are sufficiently transcendent themselves, art things. Alluding to the idea of stripping the matter, Gonçalo Ivo’s painting reminds us of fabrics, that which handicrafts invented for protection and adornment and that makes intricate infinitesimal wires. The idea of intricacy interests me. Although we have the impression of great cleanliness, the rigor of Ivo’s painting is a form of virtuous goldsmithing of color. Like diamond faceting, the craft of this painter is the depuration of the behavior of light. Yes, as I said before, his canvases are schools for color. There it learns. The great poet Martin Lopez-Vega (in the perfect catalog Contemplaciones, edited in Spain by Papeles Mínimos) says that, in Gonçalo Ivo’s canvases, very flat, there is no relief, just geography. I really like it. Everything becomes a place, as if we could actually enter a space without anything being entirely set. We are welcomed, but what welcomes us is pure freedom. If his canvases were fabrics, we would be under them, even the act of observing gives us the feeling of standing on or in front of things. In art, because it is a specific transcendence, the inside and the outside, the upward and the downward, can simply be predicated, unutilized. In art, and because it is probably the only existing transcendence, inside and outside up and down, can simply be predicated unused. Everything in Gonçalo Ivo’s work explains this. This conviction that, in geography, there is a way to the other side of matter, like measuring a soul, like a ride through light, picking colors just like we who reap a generous bouquet of roses. I love roses. Porto, April 12 2015 Fuga 50 x 50 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 34 valter hugo mãe is one of the leading Portuguese authors today. He graduated from Law school, got a graduate degree in Modern and Contemporary Portuguese Literature at the Universidade do Porto, and is also an editor and an artist. In 2007, he received the José Saramago Literary Prize for his novel O Remorso de Baltazar Serapião [The Remorse of Baltazar Serapião]. His work has been translated into several languages, earning prestigious reception in Brazil, Germany, Spain and France. 35 Contraponto do mar de Hydra 120 x 180 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 36 37 Lamento 140 x 40 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2014 38 Les Bateaux 150 x 50 cm, óleo e têmpera sobre tela/oil and tempera on canvas, 2014 39 Quarteto 100 x 100 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 40 Quarteto 100 x 100 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 41 Quinteto 180 x 90 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 42 Quinteto 180 x 90 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 43 Contemplações I e II 50 x 50 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 44 I. III. II. IV. Contemplações III e IV 50 x 50 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 45 Contemplações V e VI 50 x 50 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 46 V. VII. VI. VIII. Contemplações VII e VIII 50 x 50 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 47 O mar de Hydra 100 x 150 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 48 49 Contraponto 100 x 60 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 50 51 Contraponto 210 x 70 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2012 52 Contrepoint 210 x 70 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2012/2013 53 Tissu Naga 46 x 33 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 Tissu d’Afrique 46 x 33 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 54 Contemplações - Olhando a Noite 100 x 130 cm, óleo sobre tela/oil on canvas, 2015 55 I. II. III. IV. As Quatro Estações I. A Cor do Outono 40 x 40 cm, aquarela sobre papel/watercolor on paper, 2014, Madri III. Floração 40 x 40 cm, aquarela sobre papel/watercolor on paper, 2014, Teresópolis II. Retiro 40 x 40 cm, aquarela sobre papel/watercolor on paper, 2014, Madri IV. Acorde da Primavera 40 x 40 cm, aquarela sobre papel/watercolor on paper, 2014, Paris 56 57 Nascido no dia 15 de agosto de 1958, na cidade do Rio de Janeiro, Gonçalo Ivo é filho do poeta Lêdo Ivo e da professora Maria Leda Sarmento de Medeiros Ivo. Levado por seus pais desde a infância, visitou com assiduidade os ateliês dos artistas Abelardo Zaluar, Augusto Rodrigues, Emeric Marcier e Iberê Camargo. Estuda pintura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, em 1975, sob orientação de Aluísio Carvão (1920 - 2001) e Sérgio Campos Melo. Arquiteto, formado pela Universidade Federal Fluminense - UFF, exerce atividades como professor do Departamento de Atividades Educativas do MAM/RJ, entre 1984 e 1986, e como professor visitante da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - EBA/ UFRJ, em 1986. Trabalha também como ilustrador e programador visual para as editoras Global, Record e Pine Press. No decorrer de sua carreira, vem realizando diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. A partir do ano 2000 radicouse em Paris, cidade que escolheu para se estabelecer com a família e montar ateliê. Em 2013, montou seu segundo ateliê na Europa, situado em Madri, alternando períodos de trabalho entre França, Espanha e Brasil. Vários livros foram publicados enfocando sua obra, com textos de renomados críticos brasileiros e internacionais. Gonçalo Ivo agradece e dedica esta mostra a/ Gonçalo Ivo would like to thank and dedicate this show to: Denise, Antonia e Leonardo Ivo, Waldir e Flavia Simões de Assis, Fernando Herencia, Montse Lago, Imanol Bértolo, Martín López-Vega, Tomás Paredes, Jorge Álamo, Daniel Manzano, Luis Machado, Fabien Boulakia, Luiz Eduardo Meira de Vasconcellos, José Guilherme Araújo, Felipe Scovino, Pierre Aderne, Philippe Baden Powell, Dadi Carvalho, Melody Gardot e valter hugo mãe. 58 Born on August 15, 1958 in the city of Rio de Janeiro, Gonçalo Ivo is the son of the poet Lêdo Ivo and the teacher Maria Leda Sarmento de Medeiros Ivo. Taken by his parents when he was a child, he assiduously visited the studios of artists Abelardo Zaluar, Augusto Rodrigues, Emeric Marcier and Iberê Camargo. He studied painting at the Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro (MAM/RJ) in 1975, under the guidance of Aluísio Carvão (1920-2001) and Sérgio Campos Melo. He is also an architect, having graduated from the Universidade Federal Fluminense (UFF), he taught at the Department of Educational Activities of the MAM/RJ from 1984 to 1986, and was a visiting professor at the Escola de Belas Artes of the Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ) in 1986. He has worked as an illustrator and visual programmer for some publishing houses such as Global, Record and Pine Press. Throughout his career, he has done several solo and group exhibitions in Brazil and abroad. He has been living in Paris since 2000, a city where he chose to settle down with his family and create a studio. In 2013, he set up his second studio in Europe, located in Madrid, alternating periods of work between France, Spain and Brazil. Several books have been published focusing on his work with texts by Brazilian and international recognized critics. 59 Exposições Individuais/Solo Exhibitions 2015 Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba, Brasil Contemplaciones, Galeria Materna y Herencia, Madri, Espanha 1999 Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, Brasil 2014 Galerie Boulakia, Paris, França Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, Brasil 1997 Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil Dan Galeria, São Paulo, Brasil 2013 Paulo Darzé Galeria de Arte, Salvador, Brasil 1994 Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil Dan Galeria, São Paulo, Brasil 2012 Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba, Brasil Galerie Boulakia, Paris, França Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, Brasil 2010 Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, Brasil 2009 Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba, Brasil Pinakotheke Cultural, Rio de Janeiro, Brasil Multiarte, Fortaleza, Brasil 2008 Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil Dan Galeria, São Paulo, Brasil Pinakotheke Cultural, Rio de Janeiro, Brasil 2007 Dan Galeria, São Paulo, Brasil Galeria Murilo Castro, Belo Horizonte, Brasil Espace Frans Krajcberg, Embaixada do Brasil, Paris, França 2006 Dan Galeria, São Paulo, Brasil 2005 Galerie des Éditions Charactères, Paris, França Venice Design Art Gallery, Veneza, Itália 2004 Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro, Brasil Galerie Flak, Paris, França Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, Brasil 2003 Galerie Flak, Paris, França Venice Design Art Gallery, Veneza, Itália 1998 Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil 1990 Galeria Saramenha, Rio de Janeiro, Brasil Artespaço Escritório de Arte, Rio de Janeiro, Brasil 1989 Galeria Saramenha, Rio de Janeiro, Brasil 1987 Galeria do Centro Empresarial do Rio de Janeiro, Brasil Galeria Arco, São Paulo, Brasil 1986 Centro Cultural Cândido Mendes, Rio de Janeiro, Brasil Galeria Arte e Pesquisa, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Brasil Capela Santa Luzia, Vitória, Brasil Galeria Usina, Vitoria, Brasil 1985 Artespaço Escritório de Arte, Rio de Janeiro, Brasil ARCO, São Paulo, Brasil 1983 Galeria Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil 1982 Galeria Divulgação e Pesquisa, Rio de Janeiro, Brasil 1981 Galeria FUNARTE do Rio de Janeiro, Brasil 1980 Galeria Rodrigo de Melo Franco, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil 2002 Venice Design Art Gallery, Veneza, Itália Exposições Coletivas/Group Exhibitions 2001 Galerie Flak, Paris, França 2015 Geração 80: Ousadia & Afirmação, Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba, Brasil SP Arte, São Paulo, Brasil ArtRio, Rio de Janeiro, Brasil Bienal Internacional de Curitiba, Brasil 2000 Dan Galeria, São Paulo, Brasil 1999 Galerie Flak, Paris, França 60 2014 SP Arte, São Paulo, Brasil ArtRio, Rio de Janeiro, Brasil 2013 Trajetórias - Arte Brasileira na Coleção Fundação Edson Queiroz, Espaço Cultural Unifor, Fortaleza, Brasil SP Arte, São Paulo, Brasil ArtRio, Rio de Janeiro, Brasil 2012 Cor e Forma III, Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba, Brasil Pinta Art Fair, Londres, Inglaterra SP Arte, São Paulo, Brasil ArtRio, Rio de Janeiro, Brasil 2011 Sobrevitória, Vitória, Brasil SIM Galeria: Mostra Inaugural, Curitiba, Brasil Em Torno da Escultura, Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, Brasil Art en Capital, Grand Palais, Paris, França SP Arte, São Paulo, Brasil ArtRio, Rio de Janeiro, Brasil 2010 Cor e Forma II - Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba, Brasil SP Arte, São Paulo, Brasil ARCO, Madri, Espanha 64º Salon Réalités Nouvelles, Parc Folral de Paris, Paris, França Art en Capital, Grand Palais, Paris, França Pinta Art Fair, New York, Estados Unidos 2009 Museum of Geometric and MADI Art, Dallas, Texas, Estados Unidos 63º Salon Réalités Nouvelles, Parc Floral de Paris, Paris, França SP Arte, São Paulo, Brasil 2008 Cor e Forma, Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba, Brasil 62º Salon Réalités Nouvelles, Parc Floral de Paris, Paris, França Art en Amérique Latine, Espace Art et Liberté, Charenton-le-Pont, França Art en Capital, Grand Palais, Paris, França Galeria Durban Segnini, Caracas, Venezuela ARCO, Feria Internacional de Arte Contemporaneo, Madri 2008 SP Arte, São Paulo, Brasil 2007 61º Salon Réalités Nouvelles, Parc Floral de Paris, Paris, França Arte en Expansion, Museu de Arte Contemporanea Francisco Navares, Marguerita, Venezuela Art en Capital, Grand Palais, Paris, França ARCO, Feria Internacional de Arte Contemporaneo, Madri, Espanha SP Arte, São Paulo, Brasil 2006 60º Salon Réalités Nouvelles, Parc Floral de Paris, Paris, França SP Arte, São Paulo, Brasil Arquivo Geral, Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, Brasil 2005 10 Pintores Brasileiros, Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba, Brasil 59º Salon Réalités Nouvelles, Parc Floral de Paris, Paris, França Onde Está Você Geração 80?, Museu do Estado de Pernambuco, Recife, Brasil SP Arte, São Paulo, Brasil 2004 Museum of Latin American Art, Long Beach,California, Estados Unidos Palo Alto Art Center, California, Estados Unidos Connecticut College, New London, Estados Unidos Onde Está Você Geração 80?, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil Arquivo Geral, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, Brasil 2003 ARCO, Feria Internacional de Arte Contemporaneo, Madri, Espanha Pintura Atemporal, Espaço Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, Brasil Centro Cultural Cândido Mendes, Rio de Janeiro, Brasil Laboratoire Sculpture Urbaine, Alger, Algéria 2002 ARCO, Feria Internacional de Arte Contemporaneo, Madri, Espanha Centro Cultural Cândido Mendes, Rio de Janeiro, Brasil Espelho Cego: Seleção de uma Coleção Contemporânea, Coleção Marco Antônio Villaça, 61 2002 Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, Recife, Brasil 1988 College of Art, Tennesse, Estados Unidos Brazil, ISD, Nova York, Estados Unidos 2001 Aquarela Brasileira, Centro Cultural Light, Rio de Janeiro, Brasil Museu Jan Van der Togt, Amstelveen, Holanda 1987 O Rosto e a Obra, Galeria do IBEU, Rio de Janeiro, Brasil National Watercolor Society, 66 Annual Exhibition, Travelling Exhibition, EUA 2000 Art et Cigare, Galerie Flak, Paris, França A la Nuit Tombée, Opus 1, Laboratoire Sculpture Urbaine, Grenoble, França 1999 Galerie Collis, Lausanne, Suiça Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, Brasil 1998 New York International Art Fair, Lewarne Galleries, Nova York, Estados Unidos Recents Works, Lewarne Galleries, Vancouver, Canada Obras em Destaque, MAC - Museu de Arte Contemporânea, Niterói, Brasil 1997 Art 97, Lewarne Galleries, Vancouver, Canadá Texture and Sensuality, Lewarne Galleries, Vancouver, Canadá 1996 Laboratório de Escultura Urbana, Arcos da Lapa, Rio de Janeiro, Brasil Exposição de inauguração do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), Niterói, Brasil 1995 Agrupación de Aquarelistas Vascos, Bilbao, Espanha 1994 Gonçalo Ivo, José Maria Dias da Cruz e Ronaldo Macedo, Paço Imperial do Rio de Janeiro, Brasil Art Miami, International Art Fair, Miami, EUA 1993 Art Chicago, International Art Fair, Chicago, EUA Galerie Debret, Paris, França 1992 Eco Art, MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil Gonçalo Ivo e José Maria Dias da Cruz, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil Acervo do Centro Cultural Candido Mendes, MAM, Rio de Janeiro, Brasil Coleção João Sattamini, Paço Imperial do Rio de Janeiro e Centro Cultural São Paulo, Brasil 1988 International Contemporary Art Fair, Los Angeles, California, Estados Unidos Six Contemporary Brazilian Artists, Memphis 62 1986 Six Brazilian Artists, Nova York, USA, Arte e Educação MAM, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Rio de Janeiro, Brasil Sala de Arte Contemporânea, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil International Contemporary Art Fair, Los Angeles, California, Estados Unidos Brazil works on paper, Sonoma State University, California, Estados Unidos 1985 Nova Geometria, Galeria Saramenha, Rio de Janeiro, Brasil Encontros, Homenagem a Maria Leontina, Petite Galerie, Rio de Janeiro, Brasil Velha Mania, Desenho Brasileiro, Escola de Artes Visuais do Parque Laje, Rio de Janeiro O Fazer e seus Modos, Museum, Rio de Janeiro, Brasil 1984 Como Vai Você Geração 80?, Escola de Artes Visuais do Parque Laje, Rio de Janeiro, Brasil Seis artistas, Galeria de Arte UFF, Niterói, Brasil VII Salão Nacional de Artes Plásticas, Rio de Janeiro, Brasil VIII Salão Carioca de Arte, Rio de Janeiro, Brasil Geração 80, Arte Galeria MP2, Rio de Janeiro, Brasil Arte Contemporaneo en Latino America, Escuela Nacional de Artes Plásticas, Cidade do Mexico, México 1981 V Salão Carioca de Arte, Rio de Janeiro IV Salão Nacional de Artes Plásticas, Rio de Janeiro, Brasil 1980 IV Salão Carioca de Arte, Rio de Janeiro, Brasil 1979 IV Exposição Brasil, Japão, Tóquio, Kyoto, Atami, (Japão) e MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil 1978 I Salão Nacional de Artes Plásticas, Rio de Janeiro, Brasil Coleções/Collections Museum of Geometric and MADI Art, Dallas, Texas, EUA Museum of Latin American Art, Long Beach, California, EUA Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Brasil Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Coleção João Sattamini, Niterói, Brasil Museu de Arte do Rio de Janeiro, MAR, Rio de Janeiro, Brasil Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil Instituto Moreira Salles, São Paulo, Brasil Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil Universidade do Ceará, Fundação Edson Queiroz, Fortaleza, Brasil Coleção Marcantonio Villaça, São Paulo, Brasil Union de Banques Suisses Deutsche Bank Banco J P Morgan Bank Boston 1983 VII Salão Carioca de Arte, Rio de Janeiro, RJ Arte no Parque, Escola de Artes Visuais do Parque Laje, Rio de Janeiro, Brasil 1982 Piccola Galeria, Instituto Italiano de Cultura, Rio de Janeiro, Brasil VI Salão Carioca de Arte, Rio de Janeiro, Brasil V Salão Nacional de Artes Plásticas, Rio de Janeiro, Brasil 63 Copyright © 2015 Simões de Assis Galeria de Arte Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer processo sem a prévia autorização por escrito do editor. All rights reserved. No part of this publication may be reproduced by any process without prior written permission of the publisher. Exposição/Exhibition: Gonçalo Ivo Textos/Texts: Felipe Scovino valter hugo mãe Coordenação e curadoria/Coordination and curating: Waldir Simões de Assis Filho Supervisão/Supervision: Flávia Simões de Assis Colaboração/Collaboration: Guilherme Simões de Assis Laura Simões de Assis Projeto Gráfico/Graphic Design: Dayanna Salles Tradução para o inglês/English version: Daniel Falkemback Revisão/Revision: Antonia Ivo Tratamento de imagens/Image treatment: Miguel Ricardo de Melo Fotografia das obras/Photo of works: Jaime Acioli Sergio Guerini Fotografia do artista/Photo of artist: Denise Ivo - Madri, 2014 Alameda D. Pedro II, 155 80420-060 - Curitiba - PR - Brasil Tel: (55 41) 3232-2315 [email protected] www.simoesdeassis.com.br