Literatura_Aquiléia

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Literatura_Aquiléia
LITERATURA DE AQUILÉIA
Nome Científico: Achillea millefolium L.
Sinônimos Científicos: Achillea alpicola (Rydb.) Rydb., Achillea arenicola A.
Heller, Achillea borealis subsp. Arenicola (A. Heller) D.D. Keck, Achillea lanulosa
Nutt., Achillea lanulosa subsp. Alpicola (Rydb.) D.D.Keck, Achillea millefolium var.
lanulosa (Nutt.) Piper, Achillea millefolium var. apicola (Rydb.) Garrett, Achillea
millefolium var. arenicola (A. Heller) Nobs, Achillea millefolium var. litoralis Ehrend.
Ex Nobs, Achillea millefolium var. pacifica (Rydb.) G.N. Jones, Achillea millefolium
var. puberula (Rydb.) Nobs, Achillea laxiflora Pollard & Cockerell.
Nomes Populares: Aquiléia, mil-folhas, atroveran, erva-de-carpinteiro, erva-decortaduras, erva-do-carpinteiro, erva-dos-carreteiros, macelão, milefólio, milefólioem-ramas, mil-em-rama, mil-folhada, nariz-sangrento, novalgina, pronto-alívio,
sanguinária.
Família Botânica: Asteraceae
Parte Utilizada: Flor, Talo e Parte Aérea
Descrição:
Herbácea perene, rizomatosa, ereta, aromática, entouceirada, de 30-50 cm de
altura, nativa da Europa e amplamente cultivada em hortas domésticas em quase
todo o Brasil. Folhas compostas finamente pinadas, de 5-8cm de comprimento.
Flores brancas, em capítulos reunidos em uma panícula terminal. Existem
variedades cultivadas com fins ornamentais tais com capítulos de cores variadas.
Multiplica-se por estacas e por divisão da touceira. O nome latino do gênero deriva
do herói grego Aquiles que a utilizou em uma de suas batalhas para curar seu rei e,
o epíteto espífico millefolium que significa “mil folhas” é alusivo ao grande número
de minúsculas folhas (folíolos) que possui.
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Constituintes Químicos Principais: Óleo essencial com terpenos (cineol,
borneol, pinenos, cânfora, azuleno), monoterpenos (limoneno e alfatujona)
derivados terpênicos e sesquiterpênicos, taninos, mucilagens, cumarinas, resinas,
saponinas, esteroides, ácidos graxos, alcaloides piridínicos e pirrolidínicoss, e
princípios amargos, lactonas sesquiterpênicas (achilicina, achilina, milefina e
milefolídeo) e flavonoides (apigenina, quercetina e rutina).
Indicação e Usos:
Além de seu uso ornamental é empregada na medicina tradicional, cuja origem
remonta à Idade Média na Europa, de onde foi trazida ao país por nossos
colonizadores. É considerada diurética, anti-inflamatória, antiespasmódica e
cicatrizante, sendo empregada internamente contra infecções das vias respiratórias
superiores, indisposição, astenia, flatulência, dispepsia, diarreia, febres e como
auxiliar no tratamento da gota. Em uso externo é empregada contra hemorroidas,
contusões, doenças de pele, feridas e dores musculares. Como estimulante das
funções digestivas, contra gases intestinais e cálculo renal, é recomendada na
forma de chá, preparado adicionando-se água fervente a 1 xícara (chá) contendo 1
colher (sobremesa) de suas inflorescências picadas, na dose de 1 xícara (chá) duas
vezes ao dia. Recomenda-se também em uso externo contra prostalite,
hemorroidas e fissuras anais, na forma de banho de assento de seu chá em
exposição mínima de 15 minutos. Contra dores reumáticas, cólicas menstruais e
renais, recomenda-se o cataplasma de suas inflorescências em aplicação sobre a
área afetada durante 15 minutos três vezes ao dia. O suco da planta fresca em
contato com a pele pode desenvolver fotossensibilização. Os flavonoides e seus
heterosídeos estão relacionados com a atividade antiespasmódica.
Williamson escreve que a aquiléia tem sido utilizada no tratamento de contusões,
inchaços e tensões, e para febres e resfriados. Também tem sido usada para
hipertensão, amenorreia, disenteria, diarreia, e especificamente, para condições
trombóticas. Há pouca, se houver alguma, evidência clínica para apoiar esse usos,
mas os extratos e muitos dos seus constituintes têm demonstrado atividades antiinflamatórias e antiplaquetárias.
O chá de aquiléia foi muito utilizado no passado como estimulante de apetite e para
ajudar a combater cólicas, flatulência, gastrite, enterite, problemas de fígado e até
mesmo hemorragia interna, principalmente nos pulmões. A aquiléia é usada na
medicina popular para controlar o catarro produzido devido alergias. A planta ajuda
a relaxar vasos sanguíneos periféricos, melhorando a circulação do sangue. Suas
propriedades diaforéticas ajudam a abrir os poros, auxiliando na eliminação de
substâncias que o corpo não necessita, além de provocar à dilatação de vasos
capilares, melhorando a circulação sanguínea e consequentemente combatendo a
queda de cabelo. Uma receita antiga é que a planta misturada com tabaco e
esfregada diretamente no couro cabeludo retarda a calvície. A sudorese causada
pelo milefólio pode ser útil para aliviar os sintomas de febres e constipações. O uso
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da Achillea millefolium juntamente com a flor de sabugueiro e hortelã-pimenta é
um remédio para combater resfriado.
Na medicina popular, a aplicação direta das folhas frescas no local da ferida ou
corte ajuda a estancar sangramentos, formando uma crosta no lugar da aplicação.
As folhas frescas colocadas no nariz ajudam a combater hemorragias nasais e
amenizam enxaquecas. A inalação da erva enquanto é fervida trata a asma e a
febre. O vapor do cozimento da folha é usado para retirar a oleosidade da pele. A
decocção da planta já foi usada para tratar todos os tipos de ferimentos externos,
pele com rachaduras ou mamilos doloridos.
É usado em forma de lavagem para eczema. Esfregado na pele pode repelir insetos.
Compressas com a erva são indicadas para varizes. Em foram de enema ou
compressas para tratamento de hemorroidas. A folhas fresca mastigada pode
aliviar dor de dente. Em forma de líquido para limpeza bucal ou garganta
inflamada. Aplicação direta em picadas de aranha.
Farmacocinética: Um estudo in vitro sugeriu que os extratos etanólicos das folhas
e flores da aquileia inibiram fortemente a isoenzima CYP2C19 do citocromo P45,
mas tiveram apenas efeitos inibitórios fracos sobre a CYP3A4. A significância clínica
dos efeitos sobre a CYP2C19 é desconhecida.
Efeitos Colaterais:
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O uso excessivo pode causar fotossensibilidade de pele;
O consumo interno em abundância pode trazer algum efeito psicotrópico,
podendo ocorrer mudanças na cor e intensidade da luz ao redor ou até
mesmo causar vertigem e dores de cabeça em algumas pessoas;
A urina pode ficar com um tom castanho após a utilização da erva, no
entanto, isso não é motivo para preocupação;
Aumento da secreção gástrica.
Contraindicações: Não deve ser utilizado durante a gravidez e lactação. É
contraindicada para indivíduos sensíveis a planta, pacientes com úlceras gástricas
ou duodenal e pacientes com oclusão das vias biliares.
Revisão de Interação: Nenhuma interação foi encontrada.
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Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP Brasil, 2008.
2. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações Medicamentosas
de Stockley: Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos.
Editora Artemed, Porto Alegre – RS, 2012.
3. AQUILÉIA.
Disponível
em:
<http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/plantas-medicinais-milfolhas.html>
4. AQUILÉIA.
Disponível
em:
<http://gestaodelogisticahospitalar.blogspot.com.br/2012/09/milfolhas.html>
5. VASCONCELOS, A.A.; INNECCO, R.; MATTOS, S.H.; BORGES, N.S.S.;
MARCO, C.A.. Influência da densidade de plantio e da adubação
orgânica na produtividade e produção de óleo essecial de mil folhas.
Universidade Federal do Ceará.
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