Superdragões aguardam sentença
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Superdragões aguardam sentença
Superdragões aguardam sentença Fonte: avozdaaguia.com ACUSADOS DE ESPECULAÇÃO E RESISTÊNCIA À AUTORIDADE Fernando Madureira e mais três elementos da claque que dirige (Hélder Mota, António Oliveira e Bruno Mendes) ouviram o Ministério Público reiterar a acusação que os levou a julgamento por crimes de especulação com a venda de bilhetes e coacção e resistência às autoridades. Mendes está acusado de especulação juntamente com Adriano Silva, um cidadão de 80 anos que se intitulou "vendedor oficial do FC Porto". Os restantes estão apenas acusados de coacção e resistência às autoridades. Tudo aconteceu no dia 12 de Outubro de 2005, dia de um Portugal-Lituânia no Estádio do Dragão. Um grupo de agentes da PSP, à paisana, foi abordado por Adriano Silva a propósito de bilhetes para o FC Porto-Benfica que seria no fim de semana seguinte. Perante a resposta afirmativa dos agentes. Adriano Silva dirigiu-se a um grupo onde se encontravam elementos dos SuperDragões e recebeu de Bruno Mendes seis bilhetes, que pretendeu vender a 50 euros a unidade. Os bilhetes custavam oficialmente apenas 20 euros. De imediato, os agentes da PSP - que foram ouvidos no tribunal do Bolhão, no Porto - pediram a identificação de Adriano Silva, chamaram apoio e conseguiram mesmo introduzi-lo numa carrinha da polícia. Sempre sob forte pressão dos diversos elementos da claque, que chegaram a abanar a carrinha, enquanto faziam diversas ameaças. Fernando Vieira, um dos agentes da PSP, foi surpreendido quando reparou que Adriano Silva tinha desaparecido do interior da carrinha, nunca mais tendo sido visto. "Seus polícias de m...., seus filhos da p...", foram algumas das ameaças que este agente da PSP reproduziu. O mesmo agente disse que Fernando Madureira tentou "apaziguar os ânimos" depois de Adriano Silva ter desaparecido e outro agente, Daniel Ferreira, declarou que só a intervenção do líder da claque permitiu que os poucos elementos da PSP presentes no local pudessem abandonar o local sem mais problemas. A procuradora do MP sublinhou este atenuante para o líder da claque mas não deixou de afirmar que ele deu o seu beneplácito às acções anteriores. Fernando Madureira declarou ao tribunal que tem um rendimento mensal de 2500 euros e que é proprietário de um restaurante na marginal do Douro. Hélder Mota declarou-se vendedor de automóveis e os restantes elementos dos Super Dragões disseram estar desempregados há vários anos*. A procuradora advertiu Hélder Mota - o "tal" super que, em Stamford Bridge, cuspiu em José Mourinho... - pelo facto de ter sido já condenado por um crime de resistência à autoridade, crime que tem como máximo penal 5 anos de prisão. A mesma procuradora pediu uma pena no mínimo de um ano de prisão, remível a multa, para os restantes elementos dos Super Dragões acusados de resistirem à autoridade. O crime de especulação é punido com um mínimo de 6 meses de prisão e um máximo de 3 anos, sempre em pena suspensa, tal como na situação anterior. O acórdão será lido no próximo dia 18. Autor: EUGÉNIO QUEIRÓS Data: Quinta-Feira, 10 Dezembro de 2009 - 20:02