09-11-12 - Biografia mostra como a adoração ao diabo interferiu na

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09-11-12 - Biografia mostra como a adoração ao diabo interferiu na
09-11-12 - Biografia mostra como a adoração ao diabo interferiu na carreira dos Rolling Stones
No auge do sucesso, na década de 1960, grupos como os Beatles e os Rolling Stones
ajudaram a moldar toda uma geração. Rumores sobre o facto de eles serem mais do que
bandas de rock, mas que na verdade serviam a Satanás com suas músicas sempre fizeram
parte da história do rock. Os músicos, claro, sempre negaram.
Agora, 50 anos depois do auge, o jornalista e escritor inglês Philip Norman decidiu
publicar uma controversa biografia não autorizada de Mick Jagger.
Segundo imagem traçada por Norman, Jagger foi uma das pessoas que ajudaram a
inventar o “conceito de estrela do rock, em oposição a mero cantor de uma banda”. Desde os
seus primeiros dias de vida numa família de classe média na cidade de Dartford, até chegar
aos 69 anos que completou este ano, Jagger teve uma trajetória de vida polémica. Em vários momentos, Norman ressalta que o biografado não colaborou com ele.
Talvez um dos motivos seja o facto de o livro ressaltar o envolvimento de Jagger e a sua banda
com o satanismo. Marianne Faithfull, esposa do cantor no auge da banda, concedeu longas
entrevistas para o jornalista e ela não esconde esses factos. Contudo, insiste que eles
acabaram por queimar toda a biblioteca “satânica” do vocalista, embora não dê maiores
detalhes sobre isso.
Norman acaba justamente responsabilizando Satanás por
todo o mal que acompanhou os amigos de Jagger e as pessoas que o acompanhavam. O
biógrafo compara isso com a velha história do cantor de blues Robert Johnson, que teria feito
um pacto como o demónio para obter sucesso.
O
primeiro empresário dos Stones, Andrew Oldham, ajudou a criar a mítica dos Stones e
colocá-los como os antagonistas dos Beatles. Se os meninos de Liverpool eram certinhos,
então os Stones seriam diabólicos, segundo Oldham. Jagger sempre seguiu esse conselho à
risca. Não por acaso eles são considerados uma das bandas que inventou o rock’n’roll.
Essa seria a justificativa da razão dos primeiros álbuns dos Stones trazem referências
explícitas ao diabo, seja nas letras das músicas, nas capas dos discos, ou nas performances
do seu vocalista nos palcos. Isso talvez explicaria todas as orgias e as festas regadas a álcool
e drogas alucinogénios que acompanhavam a banda na estrada.
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Segundo o escritor, após Jagger ler o livro “O Mestre e Margarida”, do russo Mikhail
Bulgákov. Impressionado com a história e influenciado por Marianne, compôs a música
Sympathy for the Devil [simpatia pelo Diabo], que foi um grande sucesso.
Nesse obscuro livro, Bulgákov defende que o grande triunfo de Satanás foi colocar Pôncio
Pilatos no caminho de Jesus, recusando salvá-lo da cruz. Na composição de Jagger, algumas
celebridades históricas aparecem para continuar o que foi feito por Pilatos: Hitler, os
assassinos da família real russa e os responsáveis pela morte de vários membros da família
Kennedy.
Na época, Jagger tentou adaptar O Mestre e Margarida para o cinema, sendo que ele
interpretaria Satã. Desde essa época, Norman garante que Jagger passou a se interessar
muito por satanismo e magia negra. De modo especial pela obra de Aleister Crowley, um bruxo
inglês que tentou popularizar no começo do século passado a feitiçaria.
De acordo com o livro, a atriz alemã Anita Pallenberg, uma das muitas namoradas de
Jagger, era bruxa. Na mesma época que saia com ela, Jagger atuou no filme Lucifer Rising [A
Ascensão de Lúcifer], do diretor Kenneth Anger, que segundo consta tinha o nome de “Lúcifer”
tatuado no corpo e afirmava ser a reencarnação de Aleister Crowley.
A partir de então várias pessoas que atuaram ao lado de Jagger morreram ou passaram
por episódios misteriosos que mudaram suas vidas. Jagger amargou uma fama de “maldito”,
que acabou influenciando para que nenhum dos seus projetos no cinema tenha dado certo.
Com isso, ele concentrou suas forças na carreira musical, que já chega a cinco décadas.
Mick Jagger deve fazer sua última tour com os Rolling Stones em 2013. Ele teve quatro
casamentos oficiais e sete filhos, incluindo um com a brasileira Luciana Gimenez.
A biografia de Mick Jagger, será lançada no Brasil dia 25 de novembro. Editada pela
Companhia das Letras, tem 624 páginas e o preço sugerido é de cerca de 19 euros.
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Fonte:Jornal Zero Hora
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