educação física na segunda metade do século xix
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educação física na segunda metade do século xix
EDUCAÇÃO FÍSICA NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX E PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX: CARACTERÍSTICAS DA PRÁTICA ESCOLAR. Elizabete Silva de Lacerda1 Educação, Sociedade e Práticas Educativas RESUMO Estudar as práticas escolares a partir da ação de seus atores, ou seja, todos os que estão presentes no dia a dia escolar, é uma nova possibilidade dentro das pesquisas em história da educação. Por esta razão, é nesse enfoque que o presente artigo busca identificar as práticas escolares da educação física na segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX. Com este objetivo foi realizada uma análise bibliográfica de textos que tratavam de pesquisas sobre a história da educação e que utilizaram como fontes, documentos que dão voz aos personagens da escola. Concluindo que a educação física tinha um caráter teórico-prático, que existia avaliação escrita, os seus conteúdos eram os métodos ginásticos, os exercícios militares e os jogos; os espaços para a aula eram os terrenos ao redor da escola e a sistematização da prática era complexa. Palavras-chave: História da Educação Física. Práticas escolares. Gymnastica. RESUMEN Estudiar las prácticas escolares a partir del trabajo de sus actores, o sea, de todos los que están presentes em el dia a dia escolar, es una nueva posibilitad dentro de lãs investigaciones en historia de la educación. Por esta razón, es com este enfoque que el presente artículo busca identificar las prácticas escolares de educación física em la segunda mitade del siglo XIX y primera mitade del siglo XX. Com este enfoque fue realizada um análisis biblioráfico de textos que analizam las investigaciones sobre la historia de la educación y que utilizaron como fuentes documentos que dan voz a los personajes de la escuela. Concluyendo, que la educación física tênia um carácter teórico-práctico, que exitían evaluaciones escritas, sus 1 Graduada pela Universidade de Pernambuco, Especialista em Psicomotricidade pela Faculdade Pio Décimo -SE e Professora da rede estadual de Sergipe. 1 contenidos eran los métodos gimnásticos, los ejercicios militares y los juegos; los espacios para las clases eran los terrenos alrededor de la escuela y la sistematización de la práctica era compleja. Palabras clave: História de la Educación Física. Prácticas Escolares. Gimnasia. Baseado nas novas diretrizes da pesquisa em História da Educação, fundamentada no paradigma da História Cultural, que tem como foco de estudo as práticas escolares (CARVALHO, 2003), o presente artigo busca identificar as características das práticas escolares da educação física na segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX, ouvindo a voz dos seus atores que devido à temporalidade do estudo só podem ser “escutadas”, basicamente, através de relatórios de professores, inspetores, atividades escritas, fotografias, ou seja, registros impressos, iconográficos ou materiais. Porém este artigo foi produzido a partir de estudos (BURITI, 2011; CASTRO, 2007; SOUZA, 2009; BICCAS, 2008) que utilizaram dessas fontes na sua construção. Ficando a possibilidade de uma futura pesquisa em contato direto com as fontes, pois a obras citadas não tratam especificamente da educação física e sim da educação. A sociedade brasileira na segunda metade do século XIX e na primeira metade do século XX passava por um processo civilizador, pois houve o aumento progressivo de novas tecnologias, de produtos industrializados, ou seja, o progresso que as nações desenvolvidas já obtinham estava chegando ao Brasil. (BURITI, 2011; SANTOS, 2010). E também mais especificamente no início do século XX, se consolidava uma nova forma de poder, a República, e assim, a necessidade de imbuir nos cidadãos a ideia de pátria, nação, impregnando a sociedade do espírito nacionalista. Para isso foi necessário a realização de reformas políticas na educação e em todos os setores da sociedade. Com as transformações ocorridas no país a população também passou por modificações, pois teria que acompanhar o progresso do mesmo. Na segunda metade do século XIX o grande problema da sociedade era a questão higiênico-sanitária, principalmente nos grandes centros urbanos. Segundo Lopes (2007), o higienismo é um movimento baseado principalmente no conhecimento científico-biológico, e entende que, é preciso melhorar as condições de vida da população através do controle do comportamento com vistas à saúde. Esse discurso foi propagado pelos médicos, ditando, hábitos de alimentação, vestuário, limpeza da casa, o cuidado com o corpo, a forma das construções arquitetônicas, 2 corroborando para “a mudança da relação do sujeito com o seu corpo, tornando-o forte, educado, bonito e vistoso.” (BURITI, 2011, p. 29). [...] a higiene conseguiu impor à família uma Educação Física, Moral, Intelectual e Sexual inspiradas nos preceitos sanitários da época. Essa educação, dirigida sobre tudo às crianças, deveria revolucionar os costumes familiares. Por seu intermédio, os indivíduos aprenderiam a cultivar o gosto pela saúde, exterminando assim, a desordem higiênica dos velhos hábitos colônias. (CASTELLANI, 1988, p. 32) A preocupação com a higiene das crianças foi maior do que com a dos adultos e ganhou força com a disseminação do que seria o padrão de normalidade (saudável) para as mesmas. No âmbito familiar e escolar o discurso foi bem aceito e propagado, assim era de responsabilidade da família, do Estado, da escola e do médico promover as condições para o desenvolvimento de mentes e corpos saudáveis, já que as crianças seriam os adultos do futuro. A educação, do cuidado com o corpo, do higienismo chega às escolas. É disseminado pelos ensinamentos dos cuidados diários com a higiene pessoal (BURITI, 2011), e pelas práticas corporais que tinham por finalidade, como nos relata Castellani(1988), de criar o corpo saudável, robusto e harmonioso organicamente. As práticas corporais são o que conhecemos hoje por educação física, porém no período oitocentista era denominada Gymnastica2, apesar de encontrarmos, o termo, no relatório apresentado a instrução pública pelo professor Francisco de Oliveira Chagas, em 01 de novembro de 1892: “Não descuramos da parte chamada educação physica: assim apesar de não termos aparelhos, damos no recreio alguns exercícios de gymnastica, aos nossos alumnos, os exercitamos em fáceis exercícios militares, em jogos, etc.” (SOUZA, 2009, p. 62). Percebemos na fala que o professor se refere à educação do físico e não a disciplina educação física. Essa mudança de nomenclatura só vai se concretizar no início do século XX como nos diz Schneider, (2006, p. 119), “Nas duas primeiras décadas do século XX, é possível observar conforme Vago (1999), a mutação na denominação do que se entendia por “gymnastica” no interior da escola, para algo que se definia com a disciplina “educação physica”. A educação no fim do século XIX tem como objetivo a formação do cidadão para que pudesse contribuir com o desenvolvimento da nação. Assim dentro da escola todas as práticas 2 Foi mantida a escrita da época 3 eram fundamentadas nesse princípio. A “gymnastica”, portanto, seguindo o ideal de formação da escola serviria para “fortalecer os vigorosos e reconstituir os débeis.” (SANTOS, 2010, p. 64). Os métodos ginásticos (Alemão, Francês, Sueco e a Calistenia) foram os métodos de ensino da educação física, contudo não podemos deixar se citar a influência militar na educação física, pois foi através do exército que os primeiros métodos ginásticos chegaram ao Brasil. No estudo das pesquisas de Souza (2009), sobre a História da escola primária em São Paulo, de Castro (2007), sobre a Casa dos Educando Artífices do Maranhão, de Vidal (2005), sobre as práticas de leitura e escrita na escola pública primária (Brasil e França final do século XIX), podemos identificar como as práticas da gymnastica/educação física se davam dentro de diferentes espaços escolares. Esse discurso é proveniente de relatórios, discursos e cartas elaborados pelos atores da educação do período abordado por este trabalho. Focalizando o olhar nas escolas primárias brasileiras vamos encontrar, segundo Souza (2009) a ginástica (como matéria de ensino) presente na escola a partir de 1887 em São Paulo com a lei municipal, nº 81, de 06 de abril de 1887. E de acordo com Vidal (2005), no Distrito Federa (Rio de Janeiro), encontramos a ginástica como matéria de ensino em 1890 com o Regulamento da Instrução Primária e Secundária, promulgado por Benjamin Constant. Falamos de escolas primárias (no plural), pois no século XIX e século XX (até a década de 30) cada Província/Estado era responsável pela educação da sua população, isto devido ao Ato Adicional de 1834. Os exercícios realizados nas aulas de ginásticas eram os exercícios ginásticos, os exercícios militares e os jogos (Relatório do professor Francisco e Oliveira Chagas citado na página três deste trabalho), estes eram ministrados pelo professor da sala de aula, ou seja, o professor normalista. (SOUZA, 2009, p. 62). É curioso observar a presença dos jogos na fala do professor, pois os mesmos não constavam como conteúdo das aulas de ginástica. Em 1892, a Reforma da Instrução Pública de São Paulo, determina que “cada escola preliminar, além de uma área bastante espaçosa para recreios e exercícios physicos, terá uma sala apropriada para os trabalhos manuais e os objetos e aparelhos necessários para o ensino intuitivo, para o da geographia, do systema métrico e da gymnastica”. (SOUZA, 2009, p. 58). Não foi identificado se esses espaços foram disponibilizados e se as aulas de gymnastica aconteciam nos mesmos, só identificou-se o momento que as aulas eram realizadas, o do recreio. Um dado bastante curioso encontrado foi com relação a avaliação teórica, escrita, em gymnastia, pois até hoje em dia é um assunto bastante discutido. Esse dado nos é revelado 4 quando Souza (2009) traz ao nosso conhecimento material a prova de gymnastica da aluna Dorvalina, do 3º Ano do Grupo Escolar Antonio Padilha de Sorocaba, no ano de 1896. Onde ela responde sobre a importância da gymnastica geral. O homem é um ente duplo, formado pela íntima e maravilhosa união de uma natureza espiritual com uma natureza material. É destinado a manter-se no estado de actividade permanente em dois sentidos, isto é, no completo uso e suas forças espirituaes, bem como das corporaes. É debalde que a inércia do espírito i a inacção do corpo aspiram ao inteiro goso do bem estar da vida o qual é recompensada única e exclusiva do trabalho e da actividade, e cuja falta determina fatalmente uma considerável diminuição de forças nos órgãos, o desequilíbrio e perturbação das funções naturaes, a invasão de muitas e graves doenças, e por fim a morte prematura [...] etc.(SOUZA, 2009, p.96) Além do registro da existência da avaliação em gymnastica, observa-se também a presença da ideologia educacional, da época, centrada na higiene. Direcionando o olhar para outro tipo de educação, a de jovens desvalidos em casa de educandos artífices, ainda no fim do século XIX, também encontramos registros das práticas escolares da educação física (gymnastica). Esta instituição tem como característica o ensino profissional, mas também estava incluso o ensino de primeiras letras. Falando em específico das casas dos estados de Alagoas, Amazonas, São Paulo e Maranhão identificamos a presença da ginástica como matéria, porém no Maranhão e São Paulo encontramos também registros dos exercícios militares quanto ao conteúdo. As aulas de gymnastica eram freqüentadas por todos os alunos e segundo o Relatório (1885) do diretor da Casa do Amazonas, Tenente-Coronel Inocêncio Eustáquio Ferreira de Araújo, ao presidente da província José Jansen Ferreira Júnior, as aulas funcionavam com regularidade. Em São Paulo a situação que detectamos foi que apesar das aulas de gymnastica fazerem parte do programa da Casa há a hipótese de que não ocorriam, pois “As outras aulas, como as de geometria, mecânica aplicada às artes e ginástica, não funcionavam por falta de professor.” (Relatório do diretor Coronel Luiz Soares Viegas anexo ao relatório presidencial, 1879 em CASTRO, 2007, p. 170). No Maranhão o Regulamento (1841) da Casa diz que os exercícios militares seriam praticados todas as quintas-feiras, porem no ano de 1855 o Regulamento da Casa prevê a realização dos exercícios militares durante duas horas 5 escolhidas pelo diretor, aos domingos e dias santos, contudo na descrição do Regulamento Art. 91 que trata dos domingos e feriados consta que das 4 às 6 da tarde serão realizados divertimento ginásticos e passeios. Entendemos assim que por ser um período de duas horas disponibilizadas para os exercícios ginásticos que se equivale as duas horas que seriam escolhidas pelo diretor, podemos supor que os exercícios militares faziam parte do conteúdo dos divertimentos ginásticos. (CASTRO, 2007) A presença dos exercícios militares nas Casas dos Educandos Artífices era marcante, já que essas instituições seguem o modelo dos Arsenais de Guerras, que eram escolas profissionais dentro dos estabelecimentos militares para jovens, e também, como podemos observar, alguns diretores das Casas eram militares. Explicando assim a presença marcante dos exercícios militares na ginástica, e a rigidez na ordem e disciplina da Casa. Na primeira metade do século XX a característica marcante é o nacionalismo. A educação pública tem por finalidade a formação do cidadão republicano, a consolidação do novo regime e a formação de homens para o trabalho favorecendo o desenvolvimento social e econômico do país. (CASTELLANI, 1988; SOUZA, 2009). Debruçando-se sobre este período, voltando a escola primária, encontramos na gymnastica, além do caráter higienista o caráter nacionalista, pois “O aprimoramento da raça e a construção da nação consistiam no substrato de toda a ação educativa presentes em todas as matérias, [...]” (SOUZA, 2009, p. 89). Percebe-se também o caráter eugênico da educação. Nesse período o programa de ensino manteve as aulas de ginástica, que segundo Souza, (2009, p. 113), “tinham por finalidade desenvolver nas o sentimento de patriotismo e nacionalismo; deveriam contribuir para a formação moral do povo e, no limite, para a construção da nacionalidade” Especificamente por volta de 1930 as aulas de educação física, já intituladas dessa maneira, foram intensificadas e implantadas em muitas escolas, para isso o Departamento de Educação convocou um professor especial para a educação física, o qual era responsável por ministrar aulas em várias escolas. Percebemos, portanto que não é mais o professor normalista responsável pelas aulas, apesar de em algumas escolas, esse, continuar ministrando as aulas pela falta do professor especializado. Com relação aos espaços de aula detectamos, nos relatórios da delegacia do Ensino de São Carlos (1933) e nas fotografias dos grupos escolares de várias cidades de São Paulo, que eram realizados no terreno da escola, na parte de fora do prédio. Vejamos na citação: “Na frente do prédio há um terreno com um pequeno jardim. Existem lateralmente duas faixas de terreno: uma que se presta aos ensaios do ensino de 6 horticultura, pomar, etc., etc., e outra onde se fazem exercícios de ginástica e jogos escolares comodamente.” (Relatório da delegacia de ensino de São Carlos, 1933, apud, SOUZA, 2009, p. 139) Em 1934 a educação física foi introduzida como disciplina obrigatória nas escolas de ensino primário e secundário de todo o país. Após sua obrigatoriedade muitos problemas surgiram o mais recorrente nos relatórios dos diretores das escolas era a falta de professor especializado, além de trazerem em seu conteúdo no período de 1933 a 1945 a dificuldade de sistematização dessa prática nas escolas, a qual se tornou uma atividade esporádica. (SOUZA, 2009, p.309, 310). Não identificamos quais os horários dessas aulas, mais devido ao relato de que em Anápolis foram instalados chuveiros para que após as aulas de educação física os alunos tomassem banho, supomos que essas aulas aconteciam dentro do turno de estudo dos alunos. Porém identificamos que a educação física estava presente em outras atividades da escola, como as instituições auxiliares que tinham como objetivo promover a socialização da escola, dentre elas estavam: bibliotecas, museus, laboratórios e os clubes desportivos. Contudo, finalizando o presente trabalho percebe-se que a educação física, desde o tempo da gymnastica tem seu papel dentro da escola, ou seja, a sua importância na educação e formação da população brasileira, seja no estímulo aos bons hábitos de cuidados com o corpo, seja na inculcação de ideologias. Com relação as suas práticas entende-se que é uma disciplina presente no programa de ensino das escolas, mesmo sem obrigatoriedade, desde o século XIX. Apresenta um caráter prático e teórico, uma grata surpresa para mim, pois até o momento desse estudo não tinha conhecimento de avaliação em educação física, no período oitocentista, muito menos escrita. Nem sabia da importância dada ao conhecimento teórico dessa disciplina. O que fortalece o trabalho com fontes que dão voz às personagens das escolas, permitindo uma melhor apuração do que acontece dentro dessas instituições. A educação física caracteriza-se, na segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX, como disciplina ginástica, onde seus conteúdos apresentados são os métodos ginásticos, exercícios militares e jogos. Atividades, geralmente, realizadas em terrenos ao redor das escolas. Disciplina de difícil sistematização, devido à falta de professor especializado, o que levou a ser uma atividade esporádica nas escolas. Entretanto fica a questão se a educação conseguiu atingir os seus objetivos, tanto de higienização quanto de 7 nacionalismo, já que enfrentou tantos problemas e limitações em relação ao espaço físico, preparação e qualificação docente, materiais e equipamentos apropriados entre outros. Finaliza-se o trabalho com a esperança de que tenha contribuído para nortear o conhecimento sobre as práticas escolares da educação física no período estudado, e com o desejo e o incentivo a realização de pesquisas que trabalhem em contato direto com as fontes que transmitem e dão voz aos atores das práticas escolares da educação física, do passado. Referências bibliográficas BURITI, Iranilson. Leituras do sensível: escritos femininos e sensibilidades médicas no Segundo Império. Campina Grande: EdUFCG, 2010. CARVALHO, Marta Maria Chagas de. Por uma História Cultural dos Saberes Pedagógicos. In: CARVALHO, Marta Maria Chagas de. A escola e a República e outros ensaios. Bragança Paulista: EDUSF, 2003. p. 267-280. CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: A história que não se conta. Campinas, SP: Papirus, 1988. 18º edição, 2010. CASTRO, César Augusto. Infância e trabalho no Maranhão Provincial: uma história da Casa dos Educandos Artífices (1841-1889). São Luís: EdFUNC, 2007. 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