Crise Internacional
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Crise Internacional
CRISE INTERNACIONAL INTERNATIONAL CRISIS MUNDO AINDA ÀS VOLTAS COM A CRISE THE WORLD STILL INVOLVED WITH THE CRISIS S ão inevitáveis os estragos que a segunda onda da crise econômica global ainda vai infligir tanto aos países desenvolvidos quanto às economias emergentes. Afinal de contas, as duas maiores potências econômicas, os Estados Unidos e a China, não deram sinais de recuperação e os países europeus estão longe de enxergar uma saída para o velho continente. Insumo largamente utilizado na cadeia produtiva, o aço e as atividades produtivas a ele ligadas não atravessarão incólumes as dificuldades que se avizinham no horizonte. Durante um período ainda indefinido, que pode durar até uma década de acordo com os 40 T he damages that the second wave of the global economic crisis is still to inflict onto developed and emerging economies are unavoidable. After all, the world's two biggest economic powers (China and the United States) are yet to show signs of recovery and the European countries seem far from finding the answers for their problems. Steel, an item extensively used in the production chain, and all production activities connect to it will not escape the challenges that are looming over the horizon. During a period of unknown duration (it may last up to a decade Panorama do AÇO - 2013 according to economic analistas econômicos, o mundo Situação specialists) the world will vai conviver com escassez de have to face a shortage of recursos, taxas de desemprego econômica resources, high unemployment elevadas e consumo reduzido. deteriorou-se rates and low consumption Aqui no Brasil, no entanto, um rates. In Brazil, however, an leque de medidas adotadas durante o segundo array of measures taken by pelo governo, entre elas desogovernment (among them nerações para os setores protrimestre de 2012 the are tax breaks for production dutivos e um ambicioso prosegments and an ambitious grama de obras públicas, deiEconomic situation public works program) seem xam entrever uma luz no fim to appear as a light at the end do túnel. A claridade ainda é deteriorated during of the tunnel. This light tênue e surge na fronteira do the second quarter remains faint and it appears pior dos mundos. Mas as proto be on the edge of a terrible vidências, sem dúvida, são as of 2012 situation. However, these melhores possíveis. measures are undoubtedly the As últimas previsões feitas best available. pela World Steel Association (WSA) para o The last projections made by the World consumo de aço no mundo em 2012 e o comSteel Association, concerning world use of portamento do mercado em 2013 não confirsteel during 2012 and market behavior in maram os prognósticos feitos pela entidade 2013, did not follow the forecast made by the no início do ano passado. Divulgado em organization at the beginning of last year. outubro último, o comunicado e os números Released during October 2012, the document nele contidos retratam fielmente as incerteand the numbers included in it draw a clear zas que turvam nossos horizontes. Quem picture of the uncertainty that clouds the conta a história é o próprio presidente da horizon. The person telling this story is the Comissão de Economia da World Steel. De president of WorldSteel's Economic acordo com Hans Jürgen Kerkoff, as primeiCommission. According to Hans Jürgen ras estimativas, feitas em abril de 2012, Kerkoff, the initial projections done on refletiam alguns sinais de recuperação após a February 2012 showed some signs of the desaceleração do último trimestre de 2011. recovery that followed the slow down during “Mas, a situação econômica deteriorou-se the last quarter of 2011. "However, the durante o segundo trimestre do ano passado economic situation worsened during the diante das indefinições da crise da dívida na second trimester of last year, due to the zona do euro; além disso, a desaceleração na uncertainties created by the Euro Zone debt; China foi mais acentuada do que o esperaAlso, China's slow down was steeper than do”, explicou o executivo. expected," explained the executive. Incerteza e volatilidade Uncertainty and volatility Ainda de acordo com a World Steel, os efeiAgain according to WorldSteel, the many tos da crise se abateram de forma indiscrimieffects of the crisis indiscriminately affected nada sobre a confiança das empresas e ativithe confidence levels of companies and dades de fabricação em todo o mundo. O manufacturing activities throughout the resultado é bem conhecido: tanto a parte world. The result is well known: developed desenvolvida como os países emergentes countries, as well as emerging economies, foram atingidos e enfraqueceram considerawere much affected and considerably velmente. “Desde a crise deflagrada em weakened. "Since the 2008 crisis, uncertainty 2008, incerteza e volatilidade se tornaram a and volatility became the norm for the steel norma para a indústria do aço, mas é imporindustry; however, it is important to consider tante assinalar que a demanda mundial tem that world demand has displayed positive mantido um crescimento positivo, apesar de growth, despite all persisting obstacles and todas as adversidades e dificuldades que perdifficulties," Hans Kerkoff already pointed sistem” – assinalava Hans kerkoff no final out at the end of last year. do ano passado. STEEL Panorama - 2013 41 CRISE INTERNACIONAL INTERNATIONAL CRISIS 42 E os números alinhavados pela mais importante entidade do setor no mundo falam por si. As projeções delineadas em outubro do ano passado apontavam que a demanda por aço na China – o maior consumidor mundial do insumo – aumentaria 2,5% em 2012, ou seja 639,5 milhões de toneladas – ante um crescimento de 6,2% em 2011. Quanto ao futuro, o mesmo relatório, bastante otimista, apostava suas fichas na adoção de medidas de estímulo anunciadas pelo governo chinês: investimentos de 1 trilhão de yuans, US$ 157 bilhões, em obras de infraestrutura e o consequente aumento da demanda por aço nos empreendimentos rodoviários e ferroviários previstos. De uma certa forma, o otimismo foi confirmado. A produção chinesa cresceu tímidos 3,1% e o país manteve a hegemonia no ranking dos maiores produtores – elevando sua participação no mercado de 45,4%, em 2011, para 46,3% no ano passado. Mas, o que podemos esperar no ano recém iniciado? Qualquer previsão, o passado ensina, não passa de um exercício de futurologia e, por isso, é necessário perscrutar o tempo todo os números que vêm de fora. Principalmente os dados dos países desenvolvidos. E nem bem o ano começou, os indicadores chegam e podem sinalizar tendências. O índice oficial dos Gerentes de Compras do Setor Industrial (PMI, na sigla em inglês) da China, por exemplo, desacelerou para 50,4% em janeiro, comparado a 50,6% em dezembro. Os dados, divulgados no início de fevereiro pela Federação de Logística e Compras chinesa, com informações de janeiro último, contrariaram as previsões dos economistas da Dow Jones Newswires, que esperavam um índice de 51%. The numbers collected by the most important entity in the sector speak for themselves. The projections released in October of last year indicated that China's demand for steel (this country being the world's largest consumer of the product) would increase by 2.5% in 2012, that is, 639.5 million tons, compared to 6.2% growth registered in 2011. The study is also very optimistic about the future. It bets heavily on the new economic encouragement measures announced by the Chinese Government. They include investments of 1 trillion Yuan (close to US$ 157 billion) in infrastructure projects and the resulting increase in the demand for steel used in highway and railroad projects. In a way, the optimism was confirmed. The Chinese production grew discrete 3.1% and the country maintained its hegemonic position in the ranking of the largest producers – raising its market share from 45.4% in 2011 to 46.3% last year. But what can we expect for the year that has just begun? Any prediction, as taught by the past, is merely an exercise in futurology and therefore it is necessary to scrutinize all the time figures coming from abroad. This is especially true for data from developed countries. And the year has barely begun, and the indicators start to appear and may signal trends. The official index of purchasing managers in the manufacturing sector (PMI) in China, for example, slowed down to 50.4% in January, compared to 50.6% in December. The data, released in early February by the Chinese Federation of Logistics and Purchasing with information from last January, contradicted the predictions of economists at Dow Jones Newswires, who expected the index to be at 51%. Ritmo da recuperação Pode parecer pouco, mas, para os analistas, a retração renova as preocupações sobre o ritmo da recuperação da segunda maior economia do globo, após a retomada do PIB indicada no quarto trimestre de 2012. Já na zona do euro, a situação é um pouco diferente. Seu setor industrial subiu para 47,9% em Pace of recovery It may seem little, but for analysts, the decline renews concerns about the pace of recovery in the world's second largest economy, after the GDP growth resumed in the last quarter of 2012. In the Euro zone, however, the situation is a bit different. Europe's industrial sector rose to 47.9% in Panorama do AÇO - 2013 CRISE INTERNACIONAL INTERNATIONAL CRISIS 44 janeiro, comparados aos 46,1% de dezembro passado, informou o instituto de pesquisas Markit Economics. Alguns economistas previam, no entanto, uma leitura de 47,5%. Apesar dos números, o PMI industrial da zona do euro está em contração há um ano e meio. E as quedas na produção e das novas encomendas desaceleraram no início do ano, o que contribuiu com a diminuição do ritmo de contração do setor. January, compared to 46.1% last December, informed the Markit Economics research institute. Nevertheless, some economists expected a reading of 47.5%. In spite of the figures, the industry's PMI in the Euro zone has been declining for a year and a half. And the declines in production and in new orders slowed down early in the year, which contributed to a slower pace of contraction in the sector. Exercício de malabarismo Quando nos voltamos para o mercado interno, a situação é um pouco diferente. A exemplo do que vem acontecendo no resto do mundo, a economia doméstica brasileira vem sendo afetada pela recessão. E a persistência da crise faz das previsões econômicas um permanente exercício de malabarismo. Não foi por outro motivo que o Instituo Aço Brasil, a versão brasileira do World Steel, passou o ano passado reduzindo a previsão da produção siderúrgica para 2012. Para se ter uma ideia, em junho de 2012 o Instituto revisara de 37,5 milhões para 36 milhões de toneladas. Diante de uma sobra de aço no mundo da ordem de 500 milhões de toneladas – equivalentes a quinze vezes a produção nacional – os prognósticos não se confirmaram: as siderúrgicas brasileiras produziram 34,7 milhões de toneladas no ano que passou contra 35,3 Mt em 2011, uma queda de 1,5%. Mas é o otimismo que prevalece quando as projeções do Instituto Aço Brasil dizem respeito ao futuro. Da mesma forma que acontece com os prognósticos do World Steel, nossos analistas também apostam na eficácia dos programas de obras em infraestrutura – como os previstos para a Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, pré-sal e Minha Casa, Minha Vida. De acordo com a nota técnica do IABr, os empreendimentos programados para os próximos anos serão grandes indutores de uma retomada do consumo de aço. Além disso, o setor automotivo, que aumenta a olhos vistos suas vendas com a redução do IPI, também alavancará a utilização do insumo. A mesma percepção tem o presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul Juggling act When we turn to the domestic market, the situation is somewhat different. As an example of what is happening elsewhere in the world, the Brazilian domestic economy has been affected by the recession. The duration of this crisis makes economic predictions seem like juggling acts. Due to this reason the Brazil Steel Institute (Brazilian version of WorldSteel) began last year by reducing the predicted steel production for 2012. A good example is the fact that, in June 2012, the Institute revised its predictions from 37.5 million tons to 36 million tons. In face of a surplus of steel in the world of approximately 500 million tons – equivalent to fifteen times the domestic production – the predictions were not confirmed: Brazilian steelmakers produced 34.7 million tons last year against 35.3 Mt in 2011, down 1.5%. However, despite all considerations, optimism prevails in the Brazil Steel Institute's projections for the future. Similarly to the projections made by WorldSteel, our analysts are also betting on the effectiveness of programs of infrastructure projects, such as those planned for the FIFA World Cup, Olympic Games, the Pre-Salt oil fields, and the federal government's housing plan Minha Casa, Minha Vida (My House, My Life). According to a technical note issued by the IABr, the projects scheduled for the next few years will fuel a rebound in the steel consumption. In addition, the sales in the automotive sector are making large and positive strides due to IPI tax breaks. This will also increase the use of the product. Panorama do AÇO - 2013 Recessão na The president of the Rio (AARS), José Martins. De Grande do Sul Steel Association Europa e nos acordo com ele, uma série de (AARS), José Martins, has the mudanças estruturais fará de Estados Unidos same opinion. According to him, 2013 um ano bem diferente do several structural changes will faz com que a anterior, ainda que uma tenmake 2013 a year with no dência mundial esteja promoChina procure resemblance to the previous vendo a ascensão do setor de one, even in the case of a global serviços em detrimento da outros mercados trend that might be promoting indústria. Ele argumenta que the rise of the sector of services poucos países do mundo têm Recession in Europe to the detriment of the industry. atualmente seus fundamentos and the United States He argues that few countries in econômicos tão bem consolidados. E uma rápida olhada makes China search the world currently have their economic grounds so well nos indicadores econômicos for other markets consolidated. A glance on the brasileiros confirma a tese. Brazilian economic indicators “Temos uma inflação controconfirms the idea. “Inflation is lada, taxa de juros em declíunder control, we have reduced the base nio, câmbio estabilizado, reservas cambiais interest rate, the exchange rate is stabilized, de US$ 371 bilhões e saldo em conta correnand we have foreign exchange reserves of $ te”. Além disso, acrescenta Martins, nosso 371 billion and a current account surplus.” endividamento líquido é da ordem de 35% do Moreover, says Martins, our net debt is close PIB e está no limite do estabelecido pelo to 35% of the GDP and it is within the limit Tratado de Maastrich. “Enquanto isso, a set by the Maastricht Treaty. “Meanwhile, média dos países europeus, atualmente, the average for European countries currently chega a 100%, e na própria Alemanha, o país reaches 100%, and in Germany itself, the mais forte da região, o índice chega a 82%”. strongest country in the region, the figure is Não foi à toa, aliás, que a Companhia as high as 82%.” Siderúrgica Nacional e a Gerdau decidiram It was not a coincidence that the National manter projetos voltados para a diversificação Steel Company (CSN) and Gerdau decided to de suas atividades. Partindo da premissa continue operating projects aimed at segundo a qual investir em tempos de crise diversifying their activities. Based on the gera dividendos futuros, a CSN, que atua mais premise that "investing during hard times em aços planos (aplicados na indústria autocreates future dividends", CSN, which largely motiva e de eletrodomésticos) está investindo produces flat steel or sheets (used by the car R$ 1,2 bilhão na construção de uma usina em making industry and appliances Volta Redonda para produzir aços longos (usamanufacturers), is investing BR$ 1.2 billion dos na indústria da construção e em obras de in the construction of a mill in Volta Redonda infraestrutura). A crise econômica também that will produce long sheets (used in the não assustou a Gerdau. Com tradição em lonconstruction and infrastructure industries). gos, o grupo está investindo R$ 2,4 bilhões na The economic crisis also failed to scare instalação de uma linha de produção de aços Gerdau. Traditionally producing long sheets, planos em Ouro Branco (MG). the group is investing BR$ 2.4 billion to build a flat sheet production line in Ouro Branco Redução de custos (state of Minas Gerais). Outro aspecto favorável ao setor diz respeito às desonerações adotadas nos últimos anos e Cost reduction as que passaram a vigorar neste mês de janeiAnother aspect that is favorable for the sector ro de 2013. De acordo com dados recalcularelates to the tax breaks implemented during dos pela Confederação Nacional da Indústria the last few years and those that take effect (CNI) a partir de estudo original da during January 2013. According to figures PricewaterhouseCooper, a incidência de recalculated by the National Industry impostos, taxas e juros fazia com que o invesConfederation (CNI), based on a study timento para abrir uma siderúrgica no Brasil, originally presented by Pricewaterhouseem 2004, encarecesse o projeto em 30,12%. CRISE INTERNACIONAL INTERNATIONAL CRISIS Hoje, a carga tributária eleva o custo do mesmo empreendimento em 17,34%. A desoneração da folha de pagamentos, outro encargo pesado na estrutura de custos da indústria, veio juntar-se mais recentemente ao rol de medidas voltadas para aumentar a produtividade da economia brasileira. Outra notícia alvissareira é a redução significativa da tarifa de energia elétrica. A entrada em vigor da medida foi inclusive antecipada para janeiro do ano em curso pela própria presidenta Dilma Rousseff em cadeia nacional de TV e beneficia não só os consumidores residenciais, com diminuição média de 18% das contas de luz, mas também os setores produtivos. Estes últimos podem pagar até 32% menos, desde que, como acontece com a siderurgia, sejam consumidores intensivos. É certo que as medidas anticíclicas tomadas pelo governo, que também incluem a melhoria da infraestrutura, vão alavancar as atividades produtivas no mercado interno. Alguns senões, no entanto, persistem. De acordo com o presidente da AARS, é difícil prever se o Brasil caminha rumo à desindustrialização. Segundo ele, o crescimento econômico esperado não é garantia de que o consumo de aço, por exemplo, irá crescer da maneira esperada. “A recessão econômica na Europa e nos Estados Unidos faz com que a China procure outros mercados, como o da América Latina, adotando, em alguns casos, práticas como o subfaturamento e dumping, que devem ser coibidas”, adverte José Martins. Nada disso, no entanto, arrefece o otimismo que tomou conta daqueles que se debruçam sobre o complexo e globalizado processo econômico, entre eles o presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul. Na opinião de José Martins, medidas como a redução do preço da energia e a desoneração da folha de 50 setores produtivos, que passaram a vigorar em janeiro de 2013, vão desonerar as fábricas e seus efeitos serão sentidos ao longo de 2013. Ele arrisca inclusive uma projeção: “Acredito que o Brasil pode crescer 4% este ano”, concluiu. Nada mal, portanto, para um país que já chegou a ser muito criticado por conta do chamado “Custo Brasil”. 46 Cooper, taxation, fees and interests increased the price of opening a steel mill in Brazil, in 2004, by 30.12%. Today, the tax burden increases the cost of the undertaking by 17.34%. Payroll tax breaks, which is another tax burden that weighs heavily in the industry costs, has recently become part of the list of measures aimed at increasing productivity in the Brazilian economy. Nevertheless, the best news comes in the form of a reduction in electric bill charges. As a matter of fact, the entry into force of the measure was brought forward to January 2013 by President Dilma Rousseff herself, and it will benefit not only individual consumers with average reductions of 18% in their electricity bills but also the producing sectors. The latter may pay up to 32% less, as long as they use large amounts of electricity, as is the case steel production. Admittedly, the countercyclical measures taken by the government, which also include the improvement of infrastructure, will leverage the domestic production activities. A few snags and hitches, however, persist. According to the president of the AARS, it is difficult to predict if Brazil is moving towards deindustrialization. He said that the expected economic growth is no guarantee that the consumption of steel, for example, will increase as expected. "The economic recession in Europe and the United States makes China look for other markets such as Latin America, adopting, in some cases, fraudulent practices such as under-invoicing and dumping, which must be prevented," warns José Martins. Nothing of the sort, however, cools down the optimism that gripped those who analyze the complex and globalized economic process. According to José Martins, measures such as reducing the price of energy and exemptions from payroll taxes in 50 productive sectors, which became effective in January 2013, will relieve the factories and their effects will be felt throughout 2013. He even ventures a projection: "I believe that Brazil can grow 4% this year," he concluded. That is not so bad for a country that has always been strongly criticized for the cost of production processes, the so called "Brazil cost." Panorama do AÇO - 2013