Jornal da Ordem - Edição nº 53 - Maio de 2011.p65 - OAB
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Jornal da Ordem - Edição nº 53 - Maio de 2011.p65 - OAB
Ano IV Nº 53 MAIO DE 2011 Seminário da OAB Mulher debateu sobre Violência doméstica A Presidente da OAB de Volta Redonda, Rosa Maria de Souza Fernandes, participou ativamente do Seminário da OAB Mulher, realizado na sede da Seccional, no Rio, em maio, debatendo sobre a violência doméstica e sua punição pela Lei Maria da Penha. O evento foi dirigido pela presidente da OAB Mulher, Joselice Cerqueira. • Página 6 Nesta edição Dra. Cláudia Regina estréia sua Coluna Amigo do Dr. Pedro sassaricou nas nuvens • Página 3 • Página 8 OAB Jovem lançará Cartilha do Advogado Direito dos Animais - Dra. Lúcia Caldeira • Página 4 • Página 9 As fotos do II Café com Poesia da OAB/VR “Respeito”; Dr. Atila de Almeida Ribeiro • Página 7 • Página 11 Dra. Ariadila: Presidente ou Presidenta? Dr. Luciomar S. Silva palestrou no CRAS • Página 8 • Página 12 Dr. Samuel Moreira Carneiro entre a presidente Dra. Rosa Maria e a Secretaria Geral Dra. Claudia Regina Entrega de Carteiras A OAB/Volta Redonda realizou em maio solenidade de entrega das carteiras de Ordem, desta vez tendo como paraninfo o Dr. Samuel Moreira Carneiro, presidente da OAB de Resende. 2 MAIO DE 2011 Prezado amigo Advogado e Estagiário valorize sua própria classe !!! O zem a diferença, portanto, vamos prestigiar um pouco mais a nossa própria Classe, que através de nosso órgão, vem trazendo para todos, os benefícios de magníficas palestras sobre variados e atualíssimos temas, inclusive, os que vem declinando em nosso Jornal da Ordem, com os mais variados artigos. Como já declinei via e-mails e em nosso site, repasso abaixo, somente alguns dentre os inúmeros e competentes Advogados, os Expositores em Palestras ou Seminários Jurídicos a quem pedimos a devida vênia para esta publicação; alguns Titulares de Artigos que abordam ou abordaram temas atualíssimos; e ainda, alguns e bem conceituados em suas atuações como Professores de Direito; militantes e devidamente Inscritos na Subseção da OAB-Volta Redonda; nas Seccionais ou Subseções das Regiões do Estado do Rio de Janeiro ou ainda, nas Seccionais ou Subseções de outros Estados. Vamos, portanto, PRESTIGIAR NOSSA PRÓPRIA CLASSE, A PRATA DA CASA!!! Querido Colega, portanto, ao lhe enviarmos um convite, aceite; ao lhe entregar- bservo que os Senhores estão deixando passar a oportunidade de ver trabalhos magníficos realizados por seus próprios Colegas de Profissão. Ao valorizar sua própria formação e o perfil dos demais Colegas, vocês só precisam verificar os resultados. Temos realizado através da ESA-Escola Superior de Advocacia, valiosíssimas Palestras ministradas por Advogados, para as quais Vossas Excelências não tem dado o mínimo valor, desprestigiando assim a própria Classe. É certo que Desembargadores; Juízes; Promotores, Procuradores e demais representantes de diversas áreas, tem ministrado excelentes palestras, cursos e seminários entre outras atividades, entretanto, cumpre-me ressaltar, que a Advocacia tem trazido até nós, uma realidade muito favorável para nosso conhecimento, com sólido conteúdo no que tange às aplicações prático-jurídicas. Existe entre nós, uma enorme lista de Advogados, que na qualidade de expositores; professores, coordenadores do direito, dentre outras qualidades, fa- LA SCIAMMARELLA, FLÁVIO AHMED, CARLOS ALBERTO BASTOS, ELOMAR DA SILVA FONTES, LEANDRO VELOSO, SEBASTIÃO JERÔNIMO DA COSTA, BERENICE ROSA DA SILVA RIBEIRO, LUIZ CARLOS RABELLO, ALEX MARTINS RODRIGUES, SERGIO MARTINS VIEIRA, ARIADILA HERNANDES COSTA, DANIEL SOUZA SILVA, GERARDO GIFFONI, GLAUBER OLIVEIRA SANTOS, CARLOS BARBOSA RIBEIRO, THIAGO DE CASTRO PEREIRA, JOÃO AIRES CALDEIRA, HAMICHE ICHIMURA, LÚCIA CALDEIRA, CLÁUDIA REGINA DE SOUZA LIMA, NELSON NERY JUNIOR, WALTER ARANHA CAPANEMA, ANA AMÉLIA MENNA BARRETO, OTÁVIO PINTO E SILVA, RENATO OTTO KLOSS, ANDREA BAZZO LAULETTA, MÁRIO LEOPOLDO PEREIRA DA CÂMARA, MARCELO MANSUR HADDAD, PEDRO LENZA, GILMAR BRUNIZIO, JOSÉ ROBERTO DE ALBUQUERQUE SAMPAIO, IVES GANDRA DA SILVA MAR- mos o Jornal da Ordem, leia com atenção, pois nele estará sempre contido um artigo do seu Colega do Direito, o qual no futuro, poderá se tornar um grande Jurista, assim como você! Segue a listagem pela ordem de palestras já ministradas na OAB-VR a partir de 2004: PEDRO ALVES DE SOUZA, JOSÉ RODRIGO ROCHA PANÇARDES, RAPHAEL DUARTE DE MACEDO, ÁTILA DE ALMEIDA RIBEIRO, PEDRO LUIZ DALBONI DA CUNHA, ANTONIO CARLOS DE FREITAS GUSMÃO, FELIPE SANTA CRUZ, LUCIANO VIVEIROS, CLECIO ROBERTO OLSSON, ANA PAU- TINS, MARCUS VINIÍCIUS FURTADO COELHO, RAFAEL KNORR LIPPMANN, TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER, GUILHERME PERES DE OLIVEIRA, RONALDO CRAMER, ROGÉRIO BORBA. ROSA MARIA DE SOUZA FONSECA Presidente da OAB e da ESA de Volta Redonda 2004/2006-2007/2009-2010/2012 ANIVERSARIANTES DO MÊS DE JUNHO/2011 Conselheiros da OAB/VR 04/06 - DR. JOÃO RIBEIRO DA ROCHA 08/06 - DR. JOSE RODRIGO ROCHA PANÇARDES 13/06 - DR. ANTÔNIO CARLOS DE MELO CARVALHO 21/06 - DR. PAULO SERGIO RIBEIRO DOS SANTOS 28/06 - DRA. DULCE PEREIRA DA SILVA MEDEIROS O maior complexo de festas do sul do estado Vale das Estrelas EXPEDIENTE ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ DIRETORIA - 2010/2012 • PRESIDENTE: Dra. ROSA MARIA DE SOUZA FONSECA • VICE-PRESIDENTE: Dr. ALEX MARTINS RODRIGUES • SECRETÁRIA-GERAL Dra. CLÁUDIA REGINA DE SOUZA LIMA • SECRETÁRIA-ADJUNTA Dra. SOLANGE OLIVEIRA DE MENEZES • TESOUREIRA Dra. EDILÉA IZÍDIO CAMPOS • CONSELHEIROS • Dr. ALVARO DA CONCEIÇÃO E MOTA Dr. ANTÔNIO CARLOS DE MELO CARVALHO Dr. ANTÔNIO CARLOS FABIANO ○ ○ ○ ○ ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECCIONAL RIO DE JANEIRO - 5ª SUBSEÇÃO VOLTA REDONDA Rua Newton Fontoura, nº 325, Jardim Paraíba, CEP.: 27.295-040 - Tels.: 3347-4466 / 3347-5492 - E-mail: [email protected] - site: www.oabvr.org.br ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Dr. CARLOS ROBERTO BENTO Dr. CEZAR MACEDO GONÇALVES Dra. DARLENE DA COSTA DA SILVA Dra. DENISE ABRANTES DE FIGUEIREDO Dra. DULCE PEREIRA DA SILVA MEDEIROS Dra. FLÁVIA SIMÕES DE SOUZA CURY Dr. GUSTAVO DE OLIVEIRA FERNANDES Dr. JOÃO RIBEIRO DA ROCHA Dr. LEANDRO BARROS DE SOUSA Dr. LUIZ CARLOS RABELLO DE ARAÚJO Dr. LUIZ FERNANDO MARQUES Dra. MARIA CARMEM SANTOS Dr. MÁRIO ANTÔNIO OLIVEIRA NETTO Dr. PEDRO FERNANDO RIBEIRO MONTEIRO Dr. RAFAEL ALVES DE SOUSA Dra. ROBERTA DE PORTELA FERREIRA ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Dra. STELLA MARIS VITALE Dr. VILMAR BRITES LEAL • CONSELHEIROS SUPLENTES • Dr. AÉCIO FLÁVIO SIMÕES DE FREITAS JUNIOR Dr. ALVARO DA CONCEIÇÃO E MOTA Dr. ALVARO RIBEIRO XAVIER Dra. CLELEA LUCIA CANOZA CALDEIRA Dr. DIOGO GONÇALVES CARDOSO Dr. EDUARDO TADEU LOBO TEIXEIRA Dr. IGNÁCIO JOSÉ GESUALDI CHAVES Dr. JAIME JOSÉ MATHEUS Dr. JOSÉ RODRIGO ROCHA PANÇARDES Dr. PAULO SÉRGIO RIBEIRO DOS SANTOS Dr. RODRIGO DE CAMPOS SOARES ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Publicação oficial, de periodicidade mensal, da 5ª Subseção Volta Redonda da Ordem dos Advogados do Brasil. Distribuição gratuita para Advogados, Magistrados e demais operadores do Direito; Faculdades de Direito, Cursos de Atualização e Especialização, Autoridades Municipais, Formadores de Opinião e Bancas de Jornais. Tiragem: 5.000 exemplares ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ • Editor e Redator • Oscar Marchi Nora - OAB 4.091/RJ e RJP nº 19.082 • Marketing • Ana Raquel Nora da Cruz • Estagiária • Caroline de Lima Pereira • Projeto Gráfico • Luizmar Barbosa da Silva - Tel.: (24) 9266-1082 • Publicidade, cartas, sugestões • [email protected] Telefones: (24) 3322-7653 / 9911-7991 ○ MAIO DE 2011 3 Desenvolvimento limpo, crescer sem destruir Dra. Cláudia Regina de Souza Lima Quantas e quantas vezes ouvimos dizer que “o Brasil é o país do futuro”; e olhando para o passado recente, constatamos que em alguns setores da economia e da indústria este futuro já chegou. Mas ainda temos muito por crescer, mas não sem antes equacionar algumas questões, e a mais importante delas, é reconhecer que não vale à pena crescer, se esse crescimento significar destruição, e inviabilizar o futuro. É possível crescer sem destruir o planeta, e é chegado o momento de pensar não apenas no “Brasil do Futuro”, mas de pensar no “Futuro do Brasil”, que precisa sim, se desenvolver cada vez mais, mas não sem antes rever antigos conceitos. Hoje em dia, mais do que em qualquer outra época, o ser humano deve estar no centro do debate, deve ser o ator principal e não mero coadjuvan- te de sua própria história; não podemos pensar em desenvolvimento e crescimento, sem pensar na dignidade da pessoa humana, que no caso em questão, vai muito além dos tão proclamados “direitos humanos”. Dignidade humana é também ter água potável para beber, alimento saudável e não veneno na hora das refeições e, é ter o direito de respirar “oxigênio” ao invés de respirar tantas outras substâncias de nomes complicados. Precisamos buscar o desenvolvimento de nossas indústrias, mas sem nos esquecer de que o “homem” e o “meio ambiente”, são o princípio e o fim de tudo; temos que buscar alternativas, pois todo desenvolvimento deve servir ao Homem e não causar a sua destruição, através da destruição da natureza e dos recursos naturais. De que servirá às gerações futuras, viver num mundo cheio de tecnologia e modernidade, cheio de grandes indústrias, um mundo no qual os automóveis serão capazes de desenvolver velocidades incríveis, e na sala de cada residência haverá uma enorme televisão com imagem em 3D; se neste mundo “maravilhoso” as nascentes dos rios puderem ser vistas apenas nos documentários, e um copo de água for um luxo permitido apenas aos que puderem pagar uma fortuna por ele. Não. Não podemos e não queremos crescer a qualquer custo, teremos que buscar o desenvolvimento sustentável, conciliar crescimento econômico e preservação dos bens naturais. Num passado não muito distante, falar em ecologia, ou em preservação dos recursos naturais, soaria como piada e verdadeiro absurdo; pois, acreditava-se ser impossível crescer e alcançar o desenvolvimento sem destruir, “impossível fazer um omelete sem quebrar os ovos”, diriam os mais céticos sobre o assunto. Mas felizmente os tempos mudaram, e a mentalidade dos empresários e da sociedade como um todo também mudou; no mundo atual não há lugar para indústrias que não produzam de forma ecologicamente correta, e existem vários mecanismos de desenvolvimento sustentável, os chamados MDL - Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, os quais se baseiam em fontes renováveis e alternativas de energia, eficiência e conservação de energia ou reflorestamento. Os mecanismos de desenvolvimento limpo são derivados do “Protocolo de Kioto”, e seus projetos de- vem obedecer a várias regras, utilizar metodologias aprovadas, além de serem verificados por Entidades Operacionais Designadas, para que possam então ser aprovados e registrados pelo Conselho do MDL. Entre os exemplos bem sucedidos de MDL podemos citar os projetos ligados à captura de gás em aterro sanitário, tratamento de dejetos suínos, reaproveitamento de biogás, troca de combustível, compostagem de resíduos sólidos urbanos, passando pelo florestamento e reflorestamento em áreas degradadas. O desenvolvimento sustentável está diretamente ligado às mudanças nos padrões de consumo e ao nível de conscientização da sociedade. Devemos consumir de forma a satisfazer as nossas necessidades, sem nos esquecer das gerações futuras, as quais terão também as suas necessidades e o direito de satisfazê-las. Portanto devemos optar por consumir e produzir bens cuja tecnologia e matéria prima utilizadas, sejam menos ofensivas ao meio ambiente, devemos também evitar o excesso que gera o desperdício; e finalmente devemos estender a nossa preocupação aos eventuais resíduos, para que os mesmos não venham provocar a degradação do meio ambiente. Desenvolvimento que não se paute por estes princípios significa involução, é insustentável, anda na contramão da história e jamais alcançará o êxito esperado, vez que esgota os recursos naturais para o futuro, esquecendo-se de que os mesmos são finitos. Preservar o meio ambiente não significa crescer menos, significa continuar crescendo ao longo dos anos, para que muito em breve o Brasil deixe de ser apenas um “país do futuro”, para ser acima de tudo um PAÍS DO PRESENTE. Dra. Cláudia Regina de Souza Lima Advogada formada pelo Centro Universitário de Barra Mansa no ano de 1987, especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil pelo Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA, SecretáriaGeral nas gestões de 2004-2006, 2007-2009 e 2010-2012 da Ordem dos Advogados do Brasil, subseção Volta Redonda/RJ, com larga atuação nas áreas de Direito Civil, Direito de Família, Responsabilidade Civil, Direito do Consumidor e Direito Trabalhista. 4 MAIO DE 2011 Comissão OAB/Jovem/Subseção Volta Redonda Estudantes do Curso de Direito visitam sede da OAB/Volta Redonda onde são recebidos pela presidente Dra Rosa Maria e pelo vice Dr Alex Martins Rodrigues A Comissão da OAB/Jovem da Subseção de Volta Redonda é composta por advogados recém-formados e estudantes de Direito das Instituições de ensino superior do município de Volta Redonda, visando apoiar, de maneira acadêmica e profissional, os advogados e estudantes de Direito. O presidente desta comissão é o Dr. Alex Rodrigues que vem de- senvolvendo com os demais membros um importante trabalho com os estudantes de Direito e, especialmente, com os advogados recéminscritos nos quadros da OAB/VR. Cartilha do Advogado Para isso a Comissão está elaborando “A Cartilha do Advogado”, que será repassada nas solenidades de entrega das carteiras de advogados e estagiários, As carti- lhas contem alguns dos principais métodos de abertura e gerenciamento dos escritórios, formas de atendimento aos clientes, modos de conduta e comportamento ético-profissional, enfim, informações básicas que fazem parte do dia a dia do advogado. Dr. Alex Rodrigues Na opinião do Presidente da Comissão, Dr. Alex Rodrigues que também, acumula o cargo de VicePresidente da OAB/VR, “na Cartilha do Advogado estarão contidas informações necessárias para os advogados e estudantes se direcionarem para a advocacia mais bem preparados e aptos a enfrentar o mercado, especialmente, publicando algumas das conquistas já realizadas pela OAB (Seccional e Subseção) em favor da nossa categoria, citando como exemplo: o transpor- te gratuito, o recorte digital gratuito, o escritório compartilhado para os advogados que ainda não dispõem de recursos para montarem os seus próprios escritórios e que a OAB/VR disponibiliza um espaço próprio com mesa, cadeira, impressora, ar condicionado, computador com internet, papel, enfim, elementos básicos para o início da profissão de forma digna e respeitada”, conclui Dr. Alex Rodrigues. MAIO DE 2011 5 Obituário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dedor de picolé da AV. Amaral Peixoto. Sua imagem, de terno e gravata dirigindo o Karmanghia branco (de lanterninhas verdes) fabricado em 1958, será de fácil lembrança a vocês leitores. Mas, seu jeito confiante, amoroso, alegre e brincalhão está perpetuado na memória de todos nós da família, pequena em número, entretanto grande em união e saudades até que nos encontremos de novo... Assim se eterniza o amor D. Terezinha, Ana Maria, Maristela, Patricia, Priscilla e Érick Antonini. 1991 a 1994. Para o Movimento Negro, Abdias representa uma lição de coragem, retidão de caráter e perseverança em sua luta sem fronteiras de combate ao racismo e pela cultura afro-brasilera.” Dr. José Geraldo Costa Dr. Abdias Nascimento Faleceu dia 23 de maio, no Rio de Janeiro, aos 97 anos. Ativista desde a década de 1930, Abdias fundou o Teatro Experimental do Negro (TEN) em 1944 e criou o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro Brasileiros (Ipeafro) em 1981 para continuar sua luta pelos direitos do povo negro, sobretudo nas áreas da educação e da cultura. Abdias também foi deputado federal, senador e secretário de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro, de A Ordem dos Advogados do Brasil perde mais um membro. José Geraldo da Costa, nascido dia 02 de Setembro de 1920 em Barbacena nas Minas Gerais pelas mãos da parteira Sinhá. Após candiar bois, na fazenda de seus pais, ser engraxate, pintor, motoneiro de bonde e ter tido outros tantos ofícios (como contava aos seus netos enquanto cantava e tocava seu violão) partiu para Volta Redonda em 1946. Iniciou sua carreira como fiscal de trânsito na CSN. Acompanhou e participou do desenvolvimento e emancipação de nossa cidade. Casou-se com D. Terezinha, tiveram duas filhas e três netos, seus maiores orgulho. Foi professor de Matemática na ETPC, estudou Engenharia Civil e engajou-se na profissão onde alcançou alguns louros. No andar dessa carruagem, para acompanhar suas filhas que ingressaram na faculdade de Pedagogia, decidiu retornar aos bancos escolares. Foi então que em 27 de Dezembro de 1974, tornou-se Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Barra Mansa. Advogar foi a profissão escolhida para exercer até 2009 quando teve que se afastar por questões de saúde. Era conhecido por todos, desde os ilustres colegas de profissão até o ven- A OAB Volta Redonda por sua diretoria, conselheiros, inscritos e funcionários, comunga o mais profundo pesar pelas perdas destas personalidades marcantes do nosso tempo. Da mesma forma, externa seus sentimentos de solidariedade às doutoras Irani Martins (da Comissão de Direitos Humanos) e Cristina Borges, pelos falecimentos dos seus respectivos esposos; e ao Dr. Luiz Miguel Peterlini (ex-conselheiro da OAB/VR) pelo passamento da senhora sua mãe. 6 MAIO DE 2011 Seminário da OAB Mulher debateu sobre Violência doméstica CARTA ABERTA Exmos. Srs. Presidente da OAB-Seccional-RJ- Dr. Wadih Damous e toda Diretoria Presidente da CAARJ E Diretor do DAS - Dr. Felipe Santa Cruz e toda Diretoria Superintendente - OAB-RJ - João Luiz Chaves Couto Funcionários da OAB-VR Primeiramente, agradeço e ressalto o valor que a atual administração da OAB-Seccional-RJ e da CAARJ tem atribuído a toda Classe Advogada do Estado do Rio de Janeiro. Prezados Senhores, Vale a pena destacar, que o curso de capacitação para os procedimentos eletrônicos, que aconteceu no dia 30/04/2011(sábado) na 5ª Subseção desta OAB-VR para atendimento da Classe Advogada, correu maravilhosamente bem, graças ao grandioso empenho dos funcionários de nossa Subseção, bem como, à extrema competência e carinho dos funcionários dessa OAB-Seccional, que foram escalados para o referido trabalho, os quais sob a direção do Superintendente João Luiz Chaves Couto, os quais, todos, incondicionalmente, propiciaram ao evento, um total sucesso. Todos os problemas surgidos de última hora foram devidamente detectados e solucionados de forma imediata, para a satisfação dos Senhores Colegas Advogados e desta Subseção de Volta Redonda. Desta forma, por todos estes relevantes motivos, vem esta Presidente neste ato, por sua Diretoria e Conselho, promover esta moção de aplausos e agradecimento a todos os funcionários abaixo listados, inclusive, ao Advogado/professor Walter Aranha Capanema, que com sua elegância e simpatia, conquistou o público alvo!!! Como a edição do nosso Jornal da Ordem de abril para visibilidade a partir de 5 de maio fechou no dia 29, o referido evento será devidamente divulgado na próxima edição e sairá com estes respectivos elogios. A saber, meus sinceros agradecimentos: Funcionários da OAB-VR escalados para o evento: Encarregada> Suelí Paula Almeida Ferreira Apoio ao evento - Assessor > Fabiano Alves e Silva Demais funcionários escalados> Ricardo Turbay Soares - Marco Aurélio de Melo Oliveira - Flávia Alessandra da Silva Funcionários da OAB-Seccional-RJ escalados para o evento: Superintendente> João Luiz Chaves Couto Apoio ao evento - Assessor > Luiz da Costa França Junior Demais funcionários escalados> Rui Silva Ferraz - Anderson Lacerda de Souza Rosa Maria de Souza Fonseca Presidente da OAB 5ª Subseção de Volta Redonda Diretoria e Conselho Dra. Rosa acompanha a explanação A Presidente da OAB de Volta Redonda, Rosa Maria de Souza Fernandes, participou ativamente do Seminário da OAB Mulher, realizado no Rio em maio, debatendo sobre a violência doméstica e sua punição pela Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06). No evento, dirigido pela presidente da OAB Mulher, Joselice Cerqueira, o Conselheiro Galvão representou Wadih Damous, presidente da Seccional.Também participaram a defensora pública Arlanza Maria Rebello e a coordenadora das delegacias especiais em defesa da mulher (DEAM), Márcia Noeli Barreto, representando a chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Marta Rocha. Advogados Nas conclusões do encontro, o papel dos advogados e defensores públicos na defesa desses direitos foi considerado fundamental, uma vez que a lei garante que a mulher seja acompanhada por um advogado ou defensor. E essa atuação é importantíssima, pois é o advogado quem vai despachar com o juiz, que vai tentar sensibilizá-lo sobre a situação da vítima. Também se constatou que a orientação deve ser a palavra-chave nas delegacias especializadas. Dra Joselice Cerqueira, presidente da OAB Mulher Dr. Galvão representou o presidente Wadih Damous Dra. Marcia N. Barreto, coordenadora das DEs Dra. Arlanza M. Ribeiro, defensora pública Plenário do Seminário da OAB Mulher MAIO DE 2011 Entrega de Carteiras Desta vez tendo como paraninfo o Dr. Samuel Moreira Carneiro, presidente da OAB de Resende, a 5ª. Subseção/OAB/Volta Redonda realizou, dia 19 de maio, solenidade oficial para entrega das carteiras de Ordem aos novos advogados e estagiários. No cineminha Jornal da Ordem, flagrantes do evento. Ecos de maio O II Café com Poesia, dia 27, encerrou as comemorações promovidas durante o mês de maio para homenagear as mães advogadas. Num ambiente de alegre confraternização e de mesa saborosa, houve declamação de poesias. O Coral Municipal de Volta Redonda deu o toque de emoção. Veja a galeria de fotos. 7 8 MAIO DE 2011 Dica de Leitura: ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ A presidente ou a presidenta? Dra Ariadila Hernandes Costa A predominância do masculino na língua reflete o machismo. Se houver numa sala 39 mulheres e um homem, o orador deverá usar o masculino na sua invocação: prezados senhores... No máximo, falará: prezadas senhoras e prezado senhor. Ofenderia o macho presente se o orador generalizar pelo feminino e dissesse apenas: prezadas senhoras. Assim, em passado recente, não havia feminino de presidente e nem de hóspede. Agora, depois da luta das mulheres na sociedade, os dicionários já registram e a gramática aceita os femininos: presidenta, hóspeda. Que têm em comum palavras como “pedinte”, “agente”, “influente”, “gerente”, “dirigente” etc.? O ponto em comum é a terminação “-nte”, de origem latina. Essa terminação ocorre no particípio presente de verbos em português, italiano, espanhol... Termos como “presidente”, “dirigente”, “gerente”, entre inúmeros outros, que são iguais nas três línguas, é sempre bom lembrar, nasceram da mesma origem. E que noção indica a terminação “-nte”? A de “agente”: gerente é quem gere, presidente é quem preside, dirigente é quem dirige e assim por diante. Normalmente essas palavras têm forma fixa, isto é, são iguais para o masculino e para o feminino; o que muda é o artigo (o/a gerente, o/a dirigente, o/a pagante, o/a pedinte). Em alguns (raros) casos, o uso fixa como alternativas as formas exclusivamente femininas, em que o “e” final dá lugar a um “a”. Um desses casos é o de “parenta”, forma exclusivamente feminina e não obrigatória (pode-se dizer “minha parente” ou “minha parenta”, por exemplo). Outro desses casos é justamente o de “presidenta”: pode-se dizer “a presidente” ou “a presidenta”. Em nossa subseção somos privilegiados com uma mulher presidente, a Drª Rosa Maria de Souza Fonseca, se ela disser que quer ser chamada de “presidenta”, que seja feita a sua vontade - por que não? Ou ser for tradicionalista e quiser ser A presidente, também a chamaremos assim. Espero mais uma vez ter dirimido dúvidas nossas de cada dia. Aguardo contatos de vocês leitores. Responsável pela coluna: Drª Ariadila Hernandes Costa, OAB-RJ 154.403, advogada e graduada em Letras Português / Espanhol. Contato: Email: [email protected] Livro - Como Falar em Público 128 páginas, editora Digerati Editorial, 2007. Se você acredita que a excelência na apresentação em público e o domínio da língua portuguesa é privilégio de uns poucos escolhidos, pessoas cativantes, inteligentes e extremamente seguras, tenho o prazer de dizer: você, felizmente, está enganado! Com o uso de técnicas simples e estratégias de persuasão, todos podemos nos tornar ótimos oradores. Além de aspectos técnicos, a apresentação em público envolve questões emocionais, as quais precisam ser trabalhadas a fim de garantir o sucesso do trabalho. Aqui, você encontrará dicas valiosas para desenvolver a expressão em todas as suas formas: corporal, verbal, lingüística e de organização do discurso, bem como estratégias para superar medos, ansiedades e inseguranças. Feito extraordinário O Senhor Cornelis Van Dam tem tido uma vida venturosa. Amigo do advogado Dr. Pedro Fernando Ribeiro Monteiro - Conselheiro da OAB/ VR, com quem passeou várias vezes pelo Brasil, visitando inclusive Volta Redonda, Barra Mansa e região - ele já percorreu quase todos os países do mundo e foi prisioneiro de guerra dos japoneses durante três anos. Atualmente residindo na Africa do Sul, Sr. Cornelis resolveu comemorar seu aniversário com um salto de paraquedas. Não seria nada tão espe- cial se ele não estivesse fazendo cem anos de idade. A despeito do seu desassombro e coragem, Cornelis Van Dam não é advogado. Escala de Plantão da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas - CDAP/OAB/Volta Redonda Ano I - Triênio 2010/2012 - Telefone Geral - (24) 8112-0018 Presidente da Comissão: Dr. Antonio Carlos Fabiano Escritório: Avenida Paulo de Frontin, 349, Sala 108, Aterrado. Telefones: (24) 3346-4984 - Celular: (24) 9954-2881 - Residencial: (24) 3342-4088 JUNHO 30/05 A 03/06 - DR. ANTÔNIO CARLOS FABIANO - 9954-2881/3346-4984 DR. MAYCON CESAR INÁCIO ABRANTES - 8821-3425 / 3340-2042 ADVOGADA-DELEGADA: DRA. NEUMA SANTOS DE ALVARENGA 9225-6266 / 3337-3875 06/06 A 10/06 - DR. ALEX MARTINS RODRIGUES - 7835-8507 / 3336-1615 DRA. FLÁVIA SIMÕES DE SOUZA CURY - 9964-9956 / 3347-2868 ADVOGADO-DELEGADO: DR. ANDRÉ LUIS PICLUM DAER - 8807-7054 / 3338-9393 13/06 A 17/06 - DRA. DARLENE DA COSTA DA SILVA - 9226-1780 / 3345-0550 DR. PAULO SERGIO RIBEIRO DOS SANTOS - 8815-6203 / 3336-1531 ADVOGADO DELEGADO: DR. MISAEL DA SILVA DUQUE JUNIOR 9943-2159 / 3347-2868 20/06 A 24/06 - DR. LEANDRO BARROS DE SOUSA - 9999-7420 / 3347-0346 DR. PEDRO FERNANDO RIBEIRO MONTEIRO - 8119-2255 / 3357-1177 ADVOGADAS DELEGADAS: DRA. GISELE APARECIDA ALCIDES - 9918-8739 DRA. ARIADILA HERNANDES COSTA - 9275-2370 / 3342-6642 27/06 A 01/07 - D-. ANTÔNIO CARLOS FABIANO - 9954-2881/3346-4984 DR. MAYCON CESAR INÁCIO ABRANTES - 8821-3425 / 3340-2042 ADVOGADA-DELEGADA: DRA. NEUMA SANTOS DE ALVARENGA 9225-6266 / 3337-3875 JULHO 04/07 A 08/07 - DR. ALEX MARTINS RODRIGUES - 7835-8507 / 3336-1615 DRA. FLÁVIA SIMÕES DE SOUZA CURY - 9964-9956 / 3347-2868 ADVOGADO-DELEGADO: DR. ANDRÉ LUIS PICLUM DAER - 8807-7054 / 3338-9393 MAIO DE 2011 9 O Direito dos Animais Dra. Lúcia Caldeira - Advogada “A ciência pode ter encontrado uma cura para a maioria dos males, mas não encontrou o remédio para o pior deles todos - a apatia dos seres humanos.” Helen Keller. O Direito, fonte da evolução social do mundo moderno, tem sido de muita utilidade ao servir de paradigma com capacidade de explicar e também ajudar a compreender diferentes transformações pelas quais vem passando, conforme bem define Paulo de Bessa Antunes , e que vem nos brindando com temas de alta relevância e que até há bem pouco tempo, talvez não se pensasse que pudessem ser sujeitos de proteção legal. Como exemplo disso, temos o Direito dos Animais. Como podemos determinar os limites e garantias dos direitos dos animais? Como protegê-los? A legislação brasileira de maneira bastante progressista, já nos primórdios do século XX, proibia os maus tratos aos animais através do Decreto Federal nº 16.590/24, que regulamentava as Casas de Diversões Públicas, ao proibir as corridas de touros, brigas de galos e de aves que causassem sofrimentos a esses animais. Mais tarde, em 1934 surgia o Dec.Lei nº 24.645 que estabelecia medidas de proteção aos animais em locais públicos e privados, o que mais uma vez garantia o direito dos animais. Essas medidas legais apesar de serem bastante abrangentes em relação às penas para aqueles que causassem danos físicos e torturas aos animais, ainda era um assunto de discussão e divergência entre muitos juristas, por não entender serem os animais sujeitos de direito. Com a criação da Lei de Crimes Ambientais- Lei 9.605/ 98 que teve seu esteio na Constituição Federal de 1988, a proteção aos animais e ao meio ambiente como um todo, tiveram respaldo no âmbito civil, criminal e administrativo, produzindo, assim, um verdadeiro desestímulo à prática de determinados delitos. O Direito dos Animais, passou a ter um interesse maior por parte da sociedade não só no Brasil como também numa visão internacional. Tais direitos incorporaram questões de ordem científica, ética, econômica e de saúde. Países em desenvolvimento como o Brasil, precisam absorver determinados custos ao não se utilizarem de animais como cobaias de seus produtos, e que para o produtores representam uma limitação no desenvolvimento da produção. Na cultura agropecuária, os animais devem ser criados de forma livre, com acomodação e alimentação saudável até o ponto de ser possível agregar valor ao produto sem causar danos aos animais e com pouco custo. A Declaração Universal dos Direitos dos Animais assinada em Bruxelas na Assembléia da UNESCO em 27 de Janeiro de 1978, dita em seu art. 9º que: “No caso do animal ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido, alojado, transportado e morto sem que para ele resulte ansiedade ou dor”. Por cerca de três décadas até os dias de hoje, a avicultura é tida como uma verdadeira cadeia de produção em massa de aves para a absorção do mercado, que passou a utilizar hormônios de crescimento nas aves, diminuindo, assim, o tempo de maturação das mesmas, o que traz grandes vantagens econômicas aos produtores, mas com sérias conseqüências à saúde humana. Essa cadeia produtiva segmentada, sofre a pressão comercial independentemente das questões éticas e de saúde. Essa questão, também é condenada pela Declaração Universal dos Direitos dos Animais em seu art. 5º, senão vejamos: Artigo 5º 1.Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie. 2.Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito. Da mesma forma, o artigo supra aplica-se aos produtos utilizando espécies de animais em extinção, tais como baleias, jacarés, tubarões, tartarugas e tantos outros. Por que as empresas continuam se utilizando desses recursos animais ? Porque existem consumidores que pagam caro por isso. Se o mercado rechaçasse todo o tipo de produto que contivesse elementos processados ou in natura de animais em extinção ou que tivessem sido utilizados como cobaias, certamente os produtores repensariam sua estruturas de produção. Se a sociedade não estivesse, ainda, refratária à idéia dos Direitos dos Animais, os produtos de origem animal não mais teriam valor econômico e por via de conseqüência ficariam “encalhados” nas prateleiras. O produtor e o vendedor querem lucro. Se ninguém comprar produtos de origem animal, proibidos por lei, as mudanças virão rapidamente e encontrar-seá matéria-prima sucedânea. É preciso que o setor empresarial tenha compromisso com uma produção “limpa” ambientalmente falando e de uso sustentável da biodiversidade, pois é o setor empresarial um grande agente de mudanças. Já no que tange a utilização de animais para experimentos científicos dolorosos, a Lei de Crimes Ambientais prevê: Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1 . Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2 . A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. A experimentação animal, definida como toda e qualquer prática que utiliza animais para fins didáticos ou de pesquisa, decorre de um erro metodológico que a considera o único meio para se obter conhecimento científico. Abrange a vivissecção, que é um procedimento cirúrgico, invasivo ou não, realizado em animal vivo. Já as práticas culturais, folclóricas que até bem pouco tempo eram objeto de sedução de determinados países com Portugal e Espanha - as touradas, hoje são rejeitadas legal e culturalmente, visto a conscientização ambiental dos povos que não mais aplaudem, ou pelo menos na sua maioria, o sofrimento dos animais em pleno século XXI. Em julho de 2010 foram abolidas as touradas na Catalunha, e a Espanha segue o mesmo caminho exigindo no Parlamento a extinção dessa prática. No Brasil, ainda lutamos para quebrar com a cultura dos rodeios no interior do país, onde os touros e cavalos têm seus órgãos genitais sacrificados pelo sedém em prol de malabarismos dantescos e bizarros para os dias atuais. Ainda nesse mesmo diapasão, encontramos as “ brigas de galos” que são vistas como uma grande tortura onde os melhores, ou melhor dizendo, aquele que suportar até o fim o grande derrame de sangue e mutilação, vence a partida dando ao seu dono um “status” superior dentre os demais. O rodeio e as “brigas de galos”, são os verdadeiros rituais da brutalidade . No nosso dia-a-dia, deparamo-nos com outro problema de desrespeito aos direitos dos animais ao encontrarmos pelas ruas, descartados como uma bola de papel, um velho animal doméstico que tanto serviu aos seus donos, mas porque envelheceu e naturalmente sofre as agruras da velhice, os donos os abandonam sem qualquer instinto de piedade. Esses animais perambulam pelas ruas, sem alimentação, cuidados de higiene e cuidados médicos. Alguém já parou para pensar que a velhice é a fase em que mais se precisa de carinho, seja de que espécie for? A dor física e a dor do abandono maltratam tanto os seres humanos, quanto os animais. O Direito através do Poder Legislativo, preocupou-se em resguardar os idosos através de um Estatuto para evitar que filhos abandonassem seus velhos pais nas ruas, asilos ou mesmo nos porões de suas casas, sem o devido respeito que lhes é devido. Alguém já pensou que animais também sofrem dores físicas e dores emocionais pelo abandono ? Será que não está na hora de vencermos a ignorância e nos permitirmos pensar a respeito desses nossos irmãos, que a ciência define como irracionais, mas que quem os conhece de perto, sabe que são dotados de sentimentos, como os de fidelidade e de amizade aos seus donos? A dor do abandono e da solidão dos homens, não é diferente da dor do abandono de um animal. Todo aquele que identificar um animal abandonado nas ruas, deve procurar o Ministério Público para denunciar, protocolando uma representação onde serão relatados os fatos ao Promotor Público de Justiça que, tomando conhecimento, poderá requisitar diretamente a investigação policial. As Associações Protetoras de Animais, também aceitam denúncias e possuem todas as informações sobre procedimentos em caso de abandono ou maus-tratos. Precisamos entender que o Direito dos Animais está simbióticamente relacionado com o Meio Ambiente. Crimes Ambientais são todos aqueles que causam desastres à ecologia, as agressões aos animais, aos biomas e ao Planeta como um todo. No dia em que as sociedades se conscientizarem da importância e da necessidade de uma evolução cultural e de conceitos ambientais, será esse o fator decisivo de mudança no mundo, e essa mudança fará o mundo bem melhor, também para os animais! 10 MAIO DE 2011 MAIO DE 2011 11 RESPEITO Dr. Átila de Almeida Ribeiro Advogado Recentemente uma renomada universidade da região veiculou uma propaganda na televisão onde uma aluna caminha pelo corredor da instituição e diz: “eu estudo nesta universidade porque ela possui os melhores juízes, promotores e defensores públicos”. Inadvertidamente a aluna se esquece de mencionar os advogados. Há alguns anos, um curso preparatório da região anunciava suas qualidades e atrativos apresentando um folder com um rol de profissionais onde não constava nenhum advogado. O proprietário do tal curso, em visita a outra não menos renomada faculdade da região, no intuito de divulgar um seminário patrocinado por sua empresa, quando questionado por um aluno sobre o fato de não haver sequer um advogado da região entre os palestrantes, desferiu a seguinte resposta: “isto não atrairia um grande público”. De outra feita, numa reunião de professores, a coordenação de outra universidade em Volta Redonda decidiu divulgar no jornal da entidade os nomes de ex-alunos da instituição que teriam alcançado sucesso na carreira de juiz, promotor e defensor público. Neste caso, a intenção despropositada de alijar os advogados da provável lista, para alívio da classe, não vingou. Os protestos impediram a incongruência. Numa palestra proferida por um juiz em uma faculdade, Sua Excelência sentenciou: “eu conheço muitos profissionais bem sucedidos que são de Volta Redonda ou que estudaram em universidades particulares da região e hoje são respeitáveis juízes, promotores e defensores públicos”. Novamente o involuntário esquecimento... Noutra palestra, em Volta Redonda, só que agora ministrada por um Defensor Público da União, ao criticar a postura do Supremo Tribunal Federal, surgiu a seguinte pérola: “ a crise pelo qual passa o STF só vai ser resolvida quando todos os membros daquela corte forem oriundos da magistratura e do ministério público”. Estas são, na verdade, apenas algumas das situações pelo qual passa uma das profissões mais antigas, dignas, respeitáveis e importantes para o equilíbrio da sociedade. Além disso, existem também aquelas inúmeras piadinhas que, não raro, colocam em dúvida a integridade, a conduta, a ética e a decência do advogado e que todo mundo adora e dá boas gargalhadas. Diante desse quadro, algumas considerações merecem ser feitas. Em primeiro lugar, surge a reflexão: por que razão se mantém este tipo de pensamento? Cornelius Castoriaidis acredita que a formação do imaginário da sociedade acontece assim, em pequenas doses, pulverizadas em ideias aparentemente infantis, mas que vão permeando as relações até que façam parte da ideologia e aí se tornam mais difíceis de serem apagadas e atacadas. Outras profissões já passaram e continuam passando por isso. O filósofo, por exemplo, sempre foi visto como aquele que pensava demais, e, a filosofia chegou a ser retirada dos currículos escolares. O historiador durante algum tempo esteve associado ao contestador contumaz, ao revolucionário perigoso. Vejamos o que vem acontecendo com o professor. O processo de tentativa de desvalorização vai desde o salário, passando, inclusive, pelo desrespeito pessoal até chegar ao ponto de torná-lo prescindível em sala de aula. Não é demais acrescentar que todas estas profissões são de caráter humanístico, ou seja, voltadas para o outro, para a pessoa, para o cidadão. Será que este processo lento, indeterminado e sutil é apenas coincidência? Em Provérbios, quando dos Conselhos para o rei Lemuel, vige a advertência: “abre a boca em favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados”. Este é o fundamento da advocacia. A profissão de advogado surge para falar em nome daquele que não tem voz, mas o que querem é sufocar essas vozes. Quando se mata até mesmo o mais cruel dos terroristas sem direito a defesa está se calando essa voz; quando mulheres são executadas em praça pública sem direito a defesa estão calando essa voz; quando pessoas são torturadas sem qualquer direito de defesa, estão calando essa voz. Richard Sennet escreveu um livro cujo título é “Respeito”. O ponto central do livro é que está em curso um processo de desmantelamento de instituições, profissões, serviços e outra série de coisas imprescindíveis para o ser humano. Segundo Sennet a estratégia atual é a da invisibilidade lenta. Significa dizer que insultos e ofensas são perigosos demais para serem adotados como modus operandi do sistema de atitudes. O melhor caminho é utilizar a antiga máxima de que “o que não é visto não é lembrado”. Sennet avisa: “quando uma sociedade trata a grande maioria das pessoas desta forma, julgando apenas alguns poucos dignos de reconhecimento, é criada uma escassez de respeito, como se não houvesse o bastante desta preciosa substância para todos”. Não por acaso recorri à expressão “sistema de atitudes”. Para a História, sistema de atitudes é equivalente à mentalidade. Tanto a ideologia, quanto o imaginário ou a mentalidade são modos diferentes de atuação do pensamento que podem estar associados ao indivíduo ou ao Estado. No direito, essas variações do pensamento estão representadas no costume. É comum que uma ideia considerada subversiva num determinado tempo ou por uma sociedade venha a se tornar tutelar em outra época. Todavia, trata-se de processo lento e árduo. Assim, se uma ideia ou hábito acontece reiterada vezes é bem provável que seja assimilada, ainda que involuntariamente. Isto pode ocorrer por intermédio de diversos segmentos da sociedade tais como meios de comunicação, organizações de trabalho, escolas, clubes, livros. Frases do tipo “todo político é corrupto” ou “este país é uma baderna” vão sendo tantas vezes disseminadas que passam a fazer parte do juízo de valor das pessoas e que acabam se tornando verdade para alguns ou boa parte. O Supremo Tribunal Federal em sua composição atual possui quatro membros originários da advocacia (Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Ayres Brito, Ricardo Lewandowski). Além disso, o ministro Luiz Fux substituiu o ministro Eros Grau, outro vindo da advocacia. Quando redigem seus votos, todos os ministros do Supremo Tribunal Federal citam em páginas e páginas os mais renomados advogados que ilustram a doutrina: Arnoldo Wald, Luis Roberto Barroso, Cesar Fiuza, Gustavo Tepedino, Maria Helena Diniz, Celso Antônio Bandeira de Mello, Maria Celina Bodin de Moraes, Fredie Didier Jr, Fábio Konder Comparato, Sérgio Bermudes, Caio Mário da Silva Pereira, Fábio Ulhoa Coelho. Em Volta Redonda, Barra Mansa, Resende, Barra do Piraí, Pinheiral, Piraí, e em todas as outras cidades da região possuímos inúmeros advogados brilhantes. São pessoas sérias que tratam a advocacia com respeito e dignidade, que sustentam suas famílias através da advocacia. Profissionais inteligentes e honestos que honram e dignificam a classe. O que precisamos fazer é acabar com um tipo de mentalidade tacanha que paira sobre a sociedade e que pode não incomodar muitos, mas quando identificada, se não nos manifestamos, incomoda, incomoda, incomoda muito mais. Lembro-me de como me sentia quando era estudante de direito, andando pelos corredores do Fórum, ao encontrar com algum advogado mais antigo. O orgulho de cumprimentá-lo, a satisfação de receber de volta a atenção, o sorriso, o carinho. Cami- nhava de volta para casa com a certeza de que aquela profissão que tinha escolhido era uma das mais nobres. Como cada um daqueles advogados contribuiu para minha formação. Algumas pessoas costumam procurar os advogados a fim de saber se há possibilidade assumir ou se há interesse por aquela determinada causa. Esta palavra tem um significado importante. Para o advogado, na verdade, não interessa apenas e tão somente a ação, o processo, a lide, porque estes são componentes ou elementos meramente técnicos. Para o advogado o que interessa mesmo é causa. A causa é o motivo, é o fundamento, o sentimento, a dor. Para o advogado o que interessa sempre é a pessoa. O que aquela aluna não sabe (mas alguém vai ensinar) é que quando a instituição que ela escolheu para estudar se encontrar envolvida em sérios problemas judiciais vai certamente (e correndo) procurar um advogado. CARTÓRIO 1º OFÍCIO • Autenticação • Divórcio • Escrituras • Inventário • Partilha • Procuração • Protesto de Títulos • Reconhecimento de firma • Registro Civil de Pessoas Jurídicas • Registro de Imóveis • Registro de Títulos e Documentos • Testamentos Rua Vereador Luiz Fonseca Guimarães, nº 149, Aterrado Volta Redonda CEP.: 27.213-320 Telefones (24) 3347-3100 3347-1950 e (fax) 3347-4473 12 MAIO DE 2011 Dr. Luciomar palestra no CRAS Novo desembargador do TJRJ Dr. Luciomar durante a palestra Dr. Antonio Carlos Bitencourt toma posse O Dr. Luciomar dos Santos Silva, membro da Comissão de Assuntos Municipais, discorreu sobre “pensão alimentícia” em evento do CRAS realizado no final de abril. Especialista em Direito Civil e Processo Civil pela Escola Superior de Advocacia e Graduando em Empreendedorismo e Inovação pela Universidade Federal Fluminense - UFF, Dr. Luciomar esclareceu pontos importantes de um tema dos mais discutidos no direito brasileiro. A equipe da palestra teve o apoio de Anna Beatriz de Avellar Melo - Graduada em Enfermagem; Especialista em Enfermagem em Saúde Mental; Graduanda em Direito pelo Centro Universitário de Barra Mansa - UBM. Na equipe do CRAS Volta Grande atuaram a Coordenadora Neide Maria de Oliveira Siqueira e a Assistente Social Luana de Freitas Silva. O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, deu posse ao juiz Antonio Carlos dos Santos Bitencourt no cargo de desembargador. O magistrado, que atuou por mais de 20 anos na Comarca de Volta Redonda onde era titular da 2ª Vara Criminal, ingressou na Magistratura do Rio em janeiro de 1984, tendo atuado nas Comarcas de Volta Redonda, Rio Claro, Paracambi e Porto Real, sempre na área criminal. Dr. Antonio Carlos Bitencourt também é professor de Direito Penal e tem dois livros publicados, sendo um na área eleitoral e outro, na criminal. A solenidade de posse no Tribunal de Justiça contou com a presença da família do desembargador, esposa, mãe e seus cinco filhos, além de magistrados, servidores da Comarca de Volta Redonda e demais autoridades.