Faça o do livro “PRÊMIO BRASIL AMBIENTAL: 10 ANOS
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Faça o do livro “PRÊMIO BRASIL AMBIENTAL: 10 ANOS
Prêmio Brasil Ambiental Dez anos de incentivo às boas práticas empresariais outubro/2015 Divulgação/Suzano Papel e Celulose SUMÁRIO Quem somos 6 AmCham Rio: fomentando negócios e o desenvolvimento do Brasil Carta do presidente 8 Compromisso com o crescimento: envolvimento, dedicação e empenho transformam o mundo Aniversário 10 O reconhecimento de mais de 60 projetos em uma década História 12 Linha do tempo: os fatos que marcaram a primeira década do prêmio Visão estratégica 14 Patrocinadores: quais são as empresas que investem no incentivo à sustentabilidade Ranking 22 A lista dos vencedores: conheça as empresas mais premiadas nestes dez anos Cases premiados 24 Campeões: as experiências que se destacaram e registram a evolução do desenvolvimento sustentável dentro das empresas no Brasil Expediente 54 Agradecimentos 55 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais AMCHAM RIO Fomentando negócios e o desenvolvimento do Brasil Quem somos A Câmara de Comércio Americana do Rio de de classe e entidades da sociedade civil e de 24 grupos saúde; seguros, resseguros e previdência; recursos humanos; Janeiro (AmCham Rio), fundada em 1916, foi capixabas líderes em sua área de atuação. marketing; meio ambiente; e responsabilidade social a primeira estabelecida na América Latina. Afiliada à Association of American Chambers of empresarial. A câmara também integra um grupo dedicado Naquele ano, o mundo vivia a Primeira Grande Guerra, Commerce in Latin America – Aaccla e à U.S. Chamber ao setor de óleo e gás, formado por 30 representantes da que redesenhava a política e a economia mundial. No of Commerce, maior entidade empresarial privada do cadeia produtiva que participam do debate legislativo e Brasil, o nono presidente da República, Wenceslau mundo, a AmCham Rio possui parceiros estratégicos regulamentar no Brasil e nos Estados Unidos. Braz, governava do Palácio do Catete. O Rio era a capital como o Brazil-U.S. Business Council – BUSBC, o Sistema Mais de cem eventos são realizados por ano para troca de política e cultural do País. Firjan, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, e a ideias e apresentação de novos conteúdos, com destaque A Amcham Rio teve como fundadoras as empresas Rio Negócios, entre outras instituições. Com uma para a conferência internacional de energia Brazil Energy americanas recém-chegadas ao Brasil American Bank rede de mais de 4 mil colaboradores de diferentes & Power e o Prêmio Brasil Ambiental. A câmara também Note Co. (atual Valid), Bethlehem Steel, Burroughs organizações e setores da economia e, sem fins participa ativamente da principal feira no setor de óleo e Adding Machine Co. gás: a Rio Oil & Gas. (hoje Unisys Brasil), Em outra frente, Citibank N.A., Cutler- para estimular o Hammer do Brasil, Esso Brasileira de Petróleo, Elevadores Otis, General A AmCham Rio representa os interesses de seus associados nas esferas públicas e privadas, promovendo Electric, Middletown Car Co., Midvale Steel, R. G. Dun & Co., Singer Sewing Machine Co. e Texaco Brasil (atual desenvolvimento de redes estratégicas de relacionamento e incentivar novas networking, difundindo conhecimento e fortalecendo as relações bilaterais comerciais com os Estados Unidos. parcerias e novos negócios, a AmCham Rio promove missões comerciais Chevron). E foi fundada internacionais. A com o objetivo de agenda inclui visitas construir uma rede de apoio e serviços que facilitasse lucrativos, a câmara é financiada exclusivamente pela técnicas, participação em eventos, parcerias e ganho parcerias e, consequentemente, o desenvolvimento de contribuição dos associados. de know-how internacional. A câmara também novos negócios no País em um momento de intensas A atuação da AmCham Rio parte dos comitês setoriais realiza o AmCham Rio Professional Development, transformações nas relações comerciais, políticas e e executivo, que definem estratégias e ações específicas programa de cursos de especialização e reciclagem culturais do mundo. para cada área, discutem temas relevantes, realizam para profissionais associados e não associados nas Desde então, a AmCham Rio representa os interesses missões comerciais, desenvolvem cursos e eventos. instalações da entidade ou no modelo in company, com de seus associados nas esferas públicas e privadas, São 11 comitês e dois subcomitês temáticos voltados conteúdo e formato customizado. promovendo networking, difundindo conhecimento para a promoção de uma rede estratégica de networking Com periodicidade trimestral, a revista Brazilian Business e fortalecendo as relações bilaterais comerciais com os com foco no relacionamento, no debate para troca é o principal canal de comunicação com os associados Estados Unidos. de conhecimento e na geração de oportunidades de e não associados. Ela reúne notícias e opiniões sobre Em 1998, a AmCham Espírito Santo se torna filial da negócios entre associados. O Comitê de Assuntos economia, oportunidades de investimento, estratégias câmara fluminense e hoje, quase cem anos depois da Jurídicos integra o Subcomitê de Propriedade Intelectual comerciais e temas relevantes no cenário empresarial. fundação, a entidade representa mais de 250 empresas e um segundo voltado para Assuntos Tributários. Os Com estas e outras iniciativas, exclusivas ou não para de grande, médio e pequeno porte de diferentes demais comitês são dedicados ao setores de energia; associados, a AmCham Rio busca o engajamento público segmentos da economia, que respondem por 70% do entretenimento, esportes e cultura; logística e e privado para a geração de parcerias, o fomento de PIB do Estado do Rio de Janeiro, além de associações infraestrutura; tecnologia da informação e comunicação; novos negócios e o desenvolvimento do Brasil. 8 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Compromisso com o desenvolvimento sustentável: envolvimento, dedicação e empenho transformam o mundo Divulgação/Grupo Case/Pedro Kirilos 9 Carta do presidente Q uase um século depois da fundação, a Câmara de nossas companhias no mercado americano pode de pequeno, médio e grande porte que investem no de Comércio Americana do Rio de Janeiro contribuir significativamente para elevar a arrecadação, desenvolvimento sustentável como premissa de (AmCham Rio) renova seu compromisso: equilibrar a balança de pagamentos e fortalecer a cadeia negócio. Estimulamos a multiplicação dessas iniciativas construir com a iniciativa privada e com instituições de produção no mercado local. transformadoras, incentivando que outras organizações parceiras do Rio de Janeiro e do Espírito Santo um Ampliar a carteira de negócios, gerando riqueza de forma adotem essas experiências de sucesso. ambiente de negócios melhor. Com essa missão clara, nós consistente em novos segmentos como transporte, logística, Com abrangência nacional, o Prêmio Brasil Ambiental nos dedicamos à geração de oportunidades, à promoção do indústria criativa e tecnologia, é outro caminho de grande destaca ações desenvolvidas nos grandes centros, com networking e ao estímulo ao desenvolvimento de relações potencial atualmente. Compartilhar cenários e dados projetos realizados no Rio de Janeiro, em São Paulo e em comerciais estratégicas entre Brasil e Estados Unidos. confiáveis é o nosso papel. Acesso rápido à informação de outras capitais de todo o País, até ações implantadas em Nossa pauta de prioridades é norteada pelo qualidade é crucial para tomadores de decisão. pequenas cidades do interior, como Entre Rios do Sul desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Os dez anos Dessa forma, a AmCham Rio, mais uma vez, dá suporte (RS), Capivari de Baixo (SC), Guaraqueçaba (PR), Apuí do Prêmio Brasil Ambiental (AM) e a Bacia do Tucano (BA). – PBA são um exemplo disso. Cada projeto vencedor do Uma década promovendo transformações e avanços a partir do reconhecimento às organizações que investem em projetos fundamentados no desenvolvimento sustentável como premissa para os negócios e para o Brasil. Ampliar a carteira de negócios, gerando riqueza de forma consistente em novos segmentos como transporte, logística, indústria criativa e tecnologia, é outro caminho de grande potencial atualmente. Já acompanhamos muitos Prêmio Brasil Ambiental conta um pouco da história da sustentabilidade no País, apontando as empresas que vêm desenhando nosso desenvolvimento sustentável. A AmCham Rio atua como uma caixa de ressonância dessas iniciativas, um acontecimentos e transformações políticas, econômicas às empresas para se preparar melhor para o futuro. As estímulo para que mais empresas revejam suas práticas, e sociais, em contextos de crise inclusive. Em qualquer associações estabelecem que não estamos sozinhos, ao criando ou adotando experiências que já deram certo cenário, reafirmamos nosso compromisso com o formatar estruturas seguras, que nos tornam mais fortes em outras organizações. crescimento sustentável do País, propondo caminhos e capazes de competir. Assim é a AmCham Rio: fazemos A publicação Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos capazes de levar ao desenvolvimento. Nossa estratégia as coisas darem certo. de Incentivo às Boas Práticas Empresariais traz mais é o diálogo. Defendemos mudanças fundamentais para Em ambientes de dificuldade econômica, como o que de 60 projetos que ganharam o PBA nestes últimos nossa economia. Buscamos permanentemente a agenda estamos vivendo hoje, reunimos lideranças que dão dez anos. Mostramos como foram executados, os bons exemplos com objetividade e eficiência, inspirando, resultados e em que contexto foram desenvolvidos. Brasil possui o sétimo maior PIB do mundo, mas ocupa a 22 engajando e mobilizando atores sociais. Priorizamos Lembrar de todas essas iniciativas é motivo de posição no ranking de exportações, com 1,3% do total das e damos espaço privilegiado à participação de líderes orgulho para nós e registra que envolvimento, vendas globais. Evidentemente, precisamos intensificar a empresariais nas ações estratégicas. dedicação e empenho transformam o mundo. integração do País às cadeias produtivas globais. O Prêmio Brasil Ambiental é uma dessas ações. A internacionalização das empresas representa um Colocamos em evidência a atuação baseada em melhores enorme potencial para negócios. Estimular a presença práticas socioambientais, reconhecendo empresas positiva, com uma atuação propositiva e colaborativa. O a Rafael Sampaio da Motta 10 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais O reconhecimento de mais de 60 projetos em uma década Aniversário Mais de 60 projetos premiados, divulgando as experiências e os resultados conquistados por cerca de 40 empresas e instituições – organizações que adotaram a sustentabilidade como pilar estratégico e protagonizam o desenvolvimento econômico do Brasil. Mais de 50 jornalistas e lideranças de entidades setoriais, C riado pelo Comitê de Meio Ambiente, que reúne Lançada com o tema “O desenvolvimento industrial e o líderes empresariais e especialistas das organizações meio ambiente”, a 1ª edição do PBA possibilitava às empresas associadas à AmCham Rio, o PBA tem o objetivo de se inscrever em cinco categorias: Gestão de Águas, Gestão estimular empresas a desenvolver práticas socioambientais de Resíduos Sólidos, Florestas (mais tarde adaptada para em plantas fabris, operações e processos. O prêmio reconhece Preservação e Manejo de Ecossistemas), Mecanismo e e divulga as melhores iniciativas para que outros grupos Desenvolvimento Limpo (incorporada à Gestão Sustentável) possam adotar as ações compatíveis com suas operações. e Educação Ambiental (ampliada para Responsabilidade A iniciativa é aberta a todas as empresas com atuação Socioambiental). Em 2010, o prêmio acrescentou novas no Brasil, além de instituições de pesquisa e entidades categorias com foco na esfera ambiental, como Emissões sem fins lucrativos que tenham projetos diretamente Atmosféricas e Inovação Ambiental. Nesse período, o PBA ligados ao setor privado. O PBA contempla atividades de lançou mão de categorias especiais temporárias: Texto sustentabilidade já concluídas ou em implantação, dando Jornalístico, que provocou a imprensa nacional a pensar e espaço para projetos em diferentes fases de maturação. analisar assuntos caros ao desenvolvimento sustentável, e Nestes dez anos, o PBA conjugou visões corporativas Patrimônio Cultural Brasileiro, tema central da 9a edição do complementares sobre sustentabilidade. Às iniciativas Prêmio Brasil Ambiental. voltadas para a preservação do meio ambiente nas Dez anos se passaram desde que a AmCham Rio organizações se uniram práticas sociais e culturais que entendeu a importância de fomentar e reconhecer boas fortalecem a atuação sustentável das empresas, impactando práticas socioambientais. Empresas e instituições do País os próprios números financeiros e as comunidades onde inteiro apresentam seus avanços e ensinam como tornar atuam social e culturalmente e, no longo prazo, o planeta. o dia a dia empresarial mais sustentável. representantes do poder público 12 e especialistas envolvidos na A EVOLUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL avaliação e escolha das melhores A ONU começou a discutir questões ambientais nos anos 1970. A Conferência das Nações Unidas Para o Meio Ambiente Humano, realizada, em 1972, na Suécia, foi o primeiro grande encontro dedicado ao tema, gerando a Declaração de práticas. Com esses números, Estocolmo. O documento registra, entre outros pontos, que os recursos naturais devem ser preservados em benefício das gerações atuais e futuras e que, mediante um cuidadoso planejamento ou administração adequada, fica protegida a a AmCham Rio comemora soberania dos Estados sobre seus recursos naturais desde que sem prejuízo a outros países. A cooperação mútua também ganha destaque, assim como a educação ambiental é entendida como indispensável e o intercâmbio de informação e de os dez anos do Prêmio Brasil experiências científicas atualizadas deve ser objeto de apoio e assistência para facilitar a solução de problemas. A ciência e a tecnologia para descobrir, evitar e combater riscos que ameaçam o meio ambiente para solucionar problemas ambientais e Ambiental – PBA promovendo para o bem comum da humanidade também devem ser utilizadas para contribuição ao desenvolvimento econômico e social. As diretrizes foram consolidadas e ampliadas no conceito da sustentabilidade no fim dos anos 1980, com o Relatório a sustentabilidade no mercado Brundtland, criado pela Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU. O documento, conhecido como Nosso Futuro Comum, conceitua desenvolvimento sustentável, de forma resumida, como a garantia de se atender empresarial brasileiro. às necessidades básicas da geração atual sem comprometer a capacidade de satisfazer as necessidades das próximas gerações. Mais uma década e, nos anos 1990, o sociólogo inglês John Elkington apresentava o conceito do triple bottom line (people, planet and profit). Agora, o desenvolvimento sustentável integrava estrategicamente a preocupação com o planeta e o meio ambiente com a saúde financeira e as pessoas, jogando luz a questões como inclusão social e desenvolvimento humano. Mas o conceito da sustentabilidade segue evoluindo e, hoje, já abrange também as visões cultural, política e espiritual, no sentido da individualidade, como outros pilares do desenvolvimento sustentável. Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais ArcelorMittal – Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza – Sadia – Samarco Mineração – Usinaverde – White Martins Com cinco categorias (Uso Racional da Água; Gestão de Resíduos Sólidos; Educação Ambiental; Florestas; e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), o Prêmio Brasil Ambiental – PBA estreou em um ano estratégico. As emissões geradas pelo desmatamento e as mudanças no uso da terra passaram a integrar oficialmente as discussões nas conferências da ONU. Indústrias Nucleares do Brasil – INB – ArcelorMittal Tubarão – Celulose Irani – Petrobras – Solví – Tractebel Energia Diário da Região – El Paso – Klabin – SMA O Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Cabos e Sistemas Climáticas – IPCC alertou para os perigos crescentes do aquecimento global. O Prêmio Nobel da Paz foi recebido pelo ex-vicepresidente americano Al Gore, que se tornou popular em todo o mundo com o documentário Uma Verdade Inconveniente, lançado em 2006. O filme destacou a campanha presidencial do político, evidenciando sua agenda ambiental e o foco nas mudanças climáticas. O tema florestas ganhou evidência na COP 13. USO SUSTENTÁVEL DA FLORESTA AMAZÔNICA Companhia Siderúrgica Tubarão / GLOBAL WARMING – EFEITOS, CONSEQUÊNCIAS E PROPOSTAS O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL E O MEIO AMBIENTE Linha do tempo: os fatos que marcaram a primeira década do prêmio Foi instituída a Política Nacional Sobre a Mudança do Clima, que oficializou o compromisso do Brasil de reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9%, considerando a projeção até 2020. A COP 15, na Dinamarca, reuniu líderes mundiais, inclusive o presidente do Brasil, e atraiu a atenção do mundo inteiro para a discussão sobre mudanças climáticas no evento de maior repercussão midiática até então. 13 2006 2007 2008 2009 Brascan Energética – IBM – Petrobras – Suzano Devon Energy – Fundação Grupo Boticário de Proteção Papel e Celulose e Petroquímica – Tractebel Energia à Natureza – Gazeta do Povo / Mauri König – Tractebel Declarado Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação, 2006 fez história quando, pela primeira vez, o setor privado pôde participar da Conferência da ONU. Representantes de mais de 150 países se reuniram no Brasil para discutir biossegurança, acesso e repartição de benefícios e implementação dos direitos das populações tradicionais sobre biodiversidade na COP 8, em Curitiba. O presidente Lula foi reeleito; a Itália comemorou o tricampeonato na Copa do Mundo, na Alemanha; e Plutão deixou de ser considerado planeta pela União Astronômica Internacional. LICENCIAMENTO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL GOVERNANÇA E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL 2005 Energia / Consórcio Machadinho – Unibanco – Vale O PBA lançou a categoria Texto Jornalístico. A iniciativa buscou destacar os veículos e profissionais de imprensa engajados com o desenvolvimento sustentável do País. A COP 9 discutiu agricultura, florestas, acesso a recursos genéticos, biodiversidade e áreas protegidas na Alemanha. Não houve grandes avanços dos países em desenvolvimento sobre novo acordo climático global. E, em março de 2008, ocorreu o início da maior crise financeira global desde 1929. O senador Barack Obama foi eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. O mundo assistiu aos Jogos Olímpicos da China, em Pequim. CanalEnergia – Eletrobras Eletronuclear – Fetranspor – Petrobras – Samarco Mineração – Tractebel Energia RACIONALIZAÇÃO DO USO DA ÁGUA Em uma edição voltada para o uso da água, o PBA adotou a categoria Uso Racional de Recursos Hídricos, integrando-a com a de Gestão de Água. Educação Ambiental foi ampliada para Responsabilidade Socioambiental e Florestas, para Preservação e Manejo de Ecossistemas. O prêmio também ganhou a categoria Emissões Atmosféricas, em um ano em que a agenda de clima avançou no mundo. Mais de 190 países participaram da COP 17, na África do Sul, comprometendo-se com ações para conter o aquecimento global. Foi criada a Plataforma de Durban, em que os países concordaram em definir, até 2015, metas que deverão ser colocadas em prática a partir de 2020. A população mundial atingiu 7 bilhões de pessoas. Fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro provocaram uma das maiores tragédias climáticas do País. Um tsunami causado por um terremoto no Japão acarretou na maior catástrofe nuclear mundial dos últimos 25 anos. PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO História Antares Reciclagem – Firjan – Sesi – GDF Suez (Engie) – Jones Lang LaSalle – Tractebel Energia – Vale O 9º PBA criou a categoria especial Patrimônio Cultural Brasileiro. Em um ano pessimista para a agenda sustentável, não houve avanços na definição de metas de redução de emissão de carbono e foi registrado aumento na taxa de desmatamento no Brasil, após anos de sucessivas quedas. Barack Obama se reelegeu presidente dos Estados Unidos, que retomaram o crescimento desde a crise de 2008. O exadministrador de sistemas da CIA e ex-contratado da Agência de Segurança Nacional americana Edward Snowden divulgou dados secretos de espionagem realizada pelo governo. No Brasil, o reajuste de passagens de transporte público foi gatilho para protestos em todo o País. 14 2011 Adecova e Tractebel Energia – Construtora Cedae – Construções e Comércio Camargo Norberto Odebrecht – Fiat Automóveis – Corrêa – Gazeta do Povo – Tractebel Energia / Petrobras – Vale O 6º PBA ganhou a categoria Inovação Ambiental e ampliou a de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo para o conceito de Gestão Sustentável. Durante a COP 10, no Japão, o Protocolo de Nagoya sobre acesso aos recursos genéticos e repartição de benefícios foi aprovado. A COP 16, no México, criou o Fundo Verde. E a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi lançada no Brasil. Catástrofes naturais atingiram Haiti e Chile, entre outros países. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Bradesco – Brookfield Energia Renovável – Consórcio Itá / Fatma/ Ecopef REDUÇÃO DE CARBONO 2012 A Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, teve mais de 3.500 participantes e compromissos voluntários assumidos por empresas, governos e sociedade civil, somando mais de US$ 500 bilhões. A Nasa confirmou a existência de 11 novos sistemas planetários e o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares comprovou a existência do Bóson de Higgs, apelidado de partícula de Deus por dar massa às demais partículas subatômicas. A COP 18 prorrogou o Protocolo de Kyoto até 2020. 2013 BIODIVERSIDADE E A IMPORTÂNCIA DO PATRIMÔNIO GENÉTICO 2010 2014 GDF Suez (Engie) – Schlumberger Serviços de Petróleo – Sindicom / Jogue Limpo – Tractebel Energia – Vale O 10º PBA está em consonância com a entrada em vigor do Protocolo de Nagoya, que regulamenta internacionalmente o acesso a recursos genéticos e a repartição dos benefícios de sua utilização. A discussão é destaque na COP 11, na Coreia do Sul, com participação ativa do Brasil. Porém, o Congresso ainda não ratificou o tratado. A COP 20, no Peru, aponta as bases para o pacto contra o aquecimento global, a ser firmado na COP 21, em 2015, na França. Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais 15 Quem somos A BG Brasil é parte do BG Group, que atua na exploração e produção de óleo e gás e de gás natural liquefeito. No pré-sal da Bacia de Santos, tem participação em três blocos, e é operadora de dez blocos da Bacia Barreirinhas, no Maranhão. Presente no Brasil desde 1994, já investiu mais de US$ 11 bilhões no País. www.bg-group.com/brasil/ www.bg-group.com/16/sustainability/ Visão estratégica – patrocinadores Educação para maximizar a inclusão social, a competitividade e o desenvolvimento do Brasil Estamos empenhados em contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e acreditamos que iniciativas como o Prêmio Brasil Ambiental são fundamentais para reconhecer e dar visibilidade às práticas que pautam uma produção eficiente e que são consistentes com uma visão de futuro sustentável. Nelson Silva, CEO BG América do Sul 16 O investimento social da BG Brasil tem a educação como de empregabilidade e inclusão social. Este escopo prioridade. A empresa acredita que este é o pilar do é composto por diferentes iniciativas: o Prêmio progresso socioeconômico e a construção de um legado Jovem Cientista, o Prêmio de Educação Científica, positivo e duradouro para o País. o projeto Herdeiros do Pré-Sal, o Programa Ciência e Tecnologia com Criatividade – CTC e o Science, Neste sentido, o programa BG Brasil de Educação Technology, Engineering and Mathematics (em Científica promove a inclusão social de crianças e português, Ciência, Tecnologia, Engenharia e jovens ao investir no ensino de ciências, tecnologia, Matemática). O projeto, conhecido por Stem Brasil, engenharia e matemática em escolas públicas. O objetivo acontece em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no é estimular o interesse e ampliar as habilidades dos Rio de Janeiro. estudantes por essas áreas de conhecimento, que são fundamentais para a evolução e a competitividade do Diretamente conectado à estratégia social em educação País. Os projetos contemplam capacitação de professores, científica, o programa de patrocínios da empresa soma desenvolvimento curricular, fornecimento de materiais três grandes ícones culturais do Rio de Janeiro: a e outras atividades. Orquestra Sinfônica Brasileira – OSB, o Museu de Arte do Rio – MAR e o Museu do Amanhã. A escolha reconhece Além de incentivar o aprendizado em disciplinas os locais como espaços de educação informal e vê a fundamentais para o crescimento profissional, a BG música, em especial a de concerto, como uma parceira Brasil contribui para maximizar as oportunidades para a formação de cidadãos. A sustentabilidade é parte integrante do nosso negócio no Brasil. O objetivo global da estratégia é demonstrar compromisso com as prioridades nacionais do País, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico por meio de investimentos em educação e tecnologia. Paulo Macedo, vice-presidente de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da BG Brasil Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais 17 Quem somos A Fetranspor reúne dez sindicatos de empresas de ônibus do Estado do Rio de Janeiro. São mais de 200 empresas, responsáveis pelo transporte urbano, interurbano, de turismo e fretamento, que percorrem 3.260 linhas. Com média de quatro anos, os 22,5 mil ônibus transportam, diariamente, cerca de 8,1 milhões de passageiros, dos quais 1,5 milhão de idosos, estudantes e portadores de deficiência, com acesso livre. www.fetranspor.com.br www.facebook.com/fetransporrj Visão estratégica – patrocinadores Além do transporte, compromisso com o meio ambiente Sustentabilidade pauta a estratégia da Federação das Para que as ações sustentáveis sejam pensadas Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio estrategicamente, a Fetranspor tem uma área de Meio de Janeiro – Fetranspor. Com o lema “mobilidade com Ambiente e mantém o Programa Ambiental e um Centro qualidade”, a entidade assumiu o compromisso de liderar o de Serviços Ambientais como linhas de atuação. As ações processo de aprimoramento dos serviços, oferecendo aos incluem atendimento legal, gestão ambiental, eficiência filiados programas de valorização profissional, educação energética e controle de emissões. A consciência ambiental de hoje vai determinar a qualidade de vida de amanhã. Incentivar e reconhecer iniciativas que podem otimizar o desenvolvimento sustentável e mudar o comportamento da população é investir nos cidadãos do futuro e na saúde do planeta. A importância do Prêmio Brasil Ambiental, que faz isso há dez anos, é imensurável, pois os resultados se concretizam não apenas em números e índices, mas em conscientização, mudança de cultura e melhoria efetiva para a população. Lélis Marcos Teixeira, presidente executivo da Fetranspor 18 corporativa, gestão pela qualidade e responsabilidade social, além de conciliar sempre os aspectos ambientais da O resultado dos programas e projetos voltados para a operação com os financeiros. O foco é buscar resultados sustentabilidade fez com que a federação conquistasse positivos para todos os lados. os mais importantes prêmios da área. Com o projeto Biodiesel B20 – O Rio de Janeiro Anda na Frente, a Meio ambiente é prioridade para a Fetranspor. A prática Fetranspor ganhou o 7° Prêmio Brasil Ambiental, em 2011; de testar o uso de combustíveis renováveis e criar em 2008, o Prêmio Época de Sustentabilidade reconheceu indicadores mecânicos que comprovam sua eficiência faz o Programa Ambiental Fetranspor; o Convênio Selo parte do conjunto de projetos que mostram a preocupação Verde, realizado em parceria com o Conpet/Petrobras e ambiental. A federação tem a meta de reduzir o o Inea, deu outras duas premiações, o 4° Prêmio Brasil de consumo de combustível e de emissões de CO2 e atuar na Meio Ambiente, concedido pelo Jornal do Brasil, em 2009, conscientização ambiental, com publicações e palestras. e o Prêmio Firjan Ação Ambiental, em 2015; o Programa O objetivo é disseminar o conhecimento para o setor Economizar, também em parceria com o Conpet, ganhou o de transportes. A Fetranspor acredita que as empresas Top Social – ADVB e o 5° Prêmio Brasil de Meio Ambiente, que desenvolvem uma gestão comprometida com a do JB, ambos em 2010; e o Centro de Serviços Ambientais sustentabilidade têm vantagens competitivas e podem venceu a Bienal ANTP de Marketing, em 2012. intensificar ainda mais a rentabilidade do negócio. A conquista do prêmio foi fundamental para sinalizar a relevância do tema para o setor de transportes, além de reconhecer o nosso compromisso com as questões socioambientais relacionadas ao aquecimento global e à preocupação com a degradação da qualidade do ar que respiramos. Guilherme Wilson, gerente de Planejamento e Controle da Fetranspor Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais 19 Quem somos O Instituto Jogue Limpo é uma iniciativa das fabricantes de lubrificante Castrol, Chevron, Cosan, Ipiranga, Petrobras Distribuidora, Petronas, Shell, Total e YPF, além do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes – Sindicom. O Jogue Limpo é um sistema de logística reversa das embalagens plásticas de óleo lubrificante usadas que iniciou sua operação, em 2005, no Rio Grande do Sul e, hoje, opera em 14 Estados, além do Distrito Federal. O programa já encaminhou para reciclagem mais de 400 milhões de unidades. www.joguelimpo.org.br Visão estratégica – patrocinadores Mudança de paradigma no lixo com responsabilidade compartilhada O Instituto Jogue Limpo nasceu de uma preocupação: com a visão de sustentabilidade que o planeta requer. o que fazer com as embalagens plásticas de lubrificante Há um movimento crescente de conscientização e busca usadas? A resposta foi o sistema de logística reversa, no de soluções para levar a humanidade a um futuro mais qual as empresas associadas assumem a responsabilidade equilibrado e sustentável. de recolher e dar destino ambientalmente adequado às Com foco nesse contexto, o Jogue Limpo se lança embalagens, independentemente dos serviços públicos de em mais um importante desafio: ser um instituto de limpeza urbana. A iniciativa também passou a ter um papel impacto positivo. Para isso, foi elaborado um conjunto de fundamental na conscientização do consumidor e de outros diretrizes baseado em três pilares. A divulgação massiva, agentes da revenda varejista e atacadista da responsabilidade tanto do trabalho do instituto quanto sobre o descarte compartilhada no processo do descarte consciente. correto das embalagens plásticas, é o primeiro. Só assim Não deixar que resíduos plásticos virassem lixo exigia ele se torna conhecido em larga escala e ganha a adesão uma mudança de paradigma, um grande desafio para do maior número possível de agentes envolvidos em todo o Jogue Limpo. Mas o setor viu essa transformação o processo. O segundo pilar é estimular a conscientização com bons olhos, acreditou nela e adotou a bandeira. dos públicos de relacionamento do Jogue Limpo, Dez anos depois, o projeto tornou o Jogue Limpo uma para que se apoderem do projeto. Esta diretriz inclui referência nacional de logística reversa em todo o País. campanhas de educação ambiental e muita informação, A experiência acumulada na implementação do sistema propagada não só pelos canais de comunicação da facilitou a proposta de modelagem para a Política entidade como por publicações especializadas. Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, e o segmento de O último pilar é fazer com que os aspectos financeiro, lubrificantes assinou o primeiro acordo setorial com o cultural, social e ambiental tenham uma gestão Ministério do Meio Ambiente, tornando o programa um integrada e incorporada aos processos e à estrutura exemplo para todo o Brasil. organizacional do instituto. Com o objetivo de agregar valor à sociedade como Aos poucos, cada peça da engrenagem passa a funcionar, um todo, a entidade busca reduções significativas no tornando a operação não somente possível, como descarte incorreto, sempre estudando novas ações para necessária para a indústria. O objetivo é dialogar a maior abrangência do recebimento e reciclagem das com a sociedade e contribuir para que esses valores embalagens plásticas de óleo lubrificante usadas no País. transformem a visão de sustentabilidade do Jogue Limpo Os modelos econômicos necessitam estar mais alinhados em realidade. Ganhar o Prêmio Brasil Ambiental traz uma alegria imensa, e uma responsabilidade ainda maior. Com muita motivação, buscaremos novas premiações. Ezio Antunes, diretor executivo do Instituto Jogue Limpo As atividades do Jogue Limpo, que pioneiramente se iniciaram em 2005, no Rio Grande do Sul, realizando a logística das embalagens plásticas de óleo lubrificante usadas, sempre foram alvo de comentários positivos, elogios e apoio de diversos órgãos ambientais. Isso nos enche de orgulho. No entanto, 2014, foi especial. Receber o 10º Prêmio Brasil Ambiental, na categoria Gestão de Resíduos Sólidos, da AmCham Rio, foi o coroamento em grande estilo de todo o trabalho que hoje já inclui 14 Estados do Brasil e o Distrito Federal. Rogerio Naccache, gerente de Operações 20 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais 21 Quem somos A Tractebel Energia, a maior empresa privada de geração de energia elétrica do Brasil, está presente em 12 Estados brasileiros, onde opera 27 usinas, entre hidrelétricas, termelétricas e eólicas. Cerca de 85% da energia gerada pela companhia tem origem em fontes renováveis, distribuídas em um parque gerador com capacidade instalada própria de 7.027,2 MW. Com sede em Florianópolis, Santa Catarina, a empresa tem cerca de 1,1 mil empregados e alcançou, em 2014, lucro líquido de R$ 1,4 bilhão. www.tractebelenergia.com.br Visão estratégica – patrocinadores Quando a sustentabilidade se transforma em ativo A Tractebel Energia acredita que a perenidade vida e a inclusão social dessas pessoas, priorizando a dos negócios depende diretamente das relações valorização cultural das regiões onde está inserida. Sustentabilidade representa um tema fundamental – transversal e estratégico – a qualquer organização que almeje o sucesso e a perenidade dos negócios a partir das relações que estabelece com o meio ambiente e a sociedade. Aliar crescimento econômico, conservação ambiental e responsabilidade social é a única maneira de construir um futuro melhor para todos. Manoel Arlindo Zaroni Torres, diretor-presidente da Tractebel Energia estabelecidas com a sociedade e o meio ambiente em que atua. A companhia manifesta o compromisso com O comprometimento com a sustentabilidade da Tractebel a sustentabilidade com a Política Tractebel Energia e as boas práticas de governança corporativa conferem de Gestão Sustentável. Essa plataforma estabelece as credibilidade e solidez à companhia. Com ações listadas na diretrizes de atuação da empresa, baseadas no respeito ao Bolsa de Valores de São Paulo – BM&FBovespa, a Tractebel meio ambiente como um valor fundamental à identidade Energia faz parte do Novo Mercado, relação de empresas corporativa. de capital aberto que adotam voluntariamente práticas de governança. A companhia também integra, há uma A gestão ambiental realizada pela Tractebel Energia tem década, o Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE, foco na identificação, prevenção e mitigação de possíveis ferramenta para análise comparativa do desempenho impactos causados ao meio ambiente em função das das empresas listadas na Bolsa de Valores considerando atividades da companhia. A empresa atua sob os a sustentabilidade – eficiência econômica, equilíbrio princípios do desenvolvimento sustentável, respeitando ambiental, justiça social e governança. A participação da em suas ações o equilíbrio das dimensões ambiental, Tractebel reitera o nível de compromisso da companhia social e econômica. com o desenvolvimento sustentável, a equidade, a natureza do produto, a transparência e a prestação de contas, além Em busca da sustentabilidade, a companhia se do desempenho empresarial nas dimensões econômico- empenha em fortalecer o relacionamento com financeira, social, ambiental e de mudanças climáticas. os diferentes públicos com os quais interage, em especial as comunidades que vivem no entorno Dessa forma, os resultados econômicos conquistados, dos empreendimentos. Com ética e integridade, ano após ano, confirmam a importância do equilíbrio transparência e diálogo com as partes interessadas, a entre crescimento, conservação ambiental e empresa busca promover a melhoria da qualidade de responsabilidade social. 22 Na Tractebel Energia, a sustentabilidade vai além das políticas corporativas. É um conceito que sai do papel e se reflete no cotidiano dos negócios, no engajamento de nossos empregados e nas práticas compartilhadas com os diversos públicos que interagem com a Companhia. Constitui, assim, um caminho construído de forma coletiva. Júlio Cesar Lunardi, Diretor Administrativo Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Campeões: as experiências que se destacaram e registram a evolução do desenvolvimento sustentável dentro das empresas no Brasil 23 Ranking 1º Tractebel Energia CONHEÇA TODAS AS EMPRESAS PREMIADAS A Tractebel Energia é a empresa com mais cases premiados no PBA, vencendo em mais de uma categoria em alguns anos. Foram dez premiações recebidas pelas iniciativas em preservação e manejo de ecossistemas, emissões Antares Reciclagem atmosféricas, água e responsabilidade socioambiental. A geradora privada de energia garantiu presença entre os ArcelorMittal vencedores do PBA em 2008, 2010, 2011, 2013 e 2014. Bradesco Brascan Energética “Estar entre as organizações vencedoras do Prêmio Brasil Ambiental sempre representou uma importante conquista para a Tractebel Energia. O reconhecimento dos projetos socioambientais desenvolvidos fortalece nosso compromisso com a sustentabilidade e nos motiva a seguir trabalhando por um mundo melhor.” Brookfield Energia Renovável Camargo Corrêa Manoel Arlindo Zaroni Torres, diretor-presidente da Tractebel Energia 2º BRF CanalEnergia Cedae Celulose Irani Construtora Norberto Odebrecht Petrobras e Vale Devon Energy Com cinco premiações cada uma, a Petrobras e a Vale ocupam a segunda posição no ranking do PBA. Água e Diário da Região inovação ambiental foram foco de atuação da Petrobras, que teve dois cases vencedores em cada categoria, e outro em El Paso responsabilidade socioambiental. A companhia foi premiada em 2006, 2007, 2011 e 2012. Eletrobras Eletronuclear As melhores práticas da Vale voltadas para gestão de resíduos sólidos, emissões atmosféricas, preservação e manejo de Engie ecossistemas e inovação ambiental garantiram a presença da empresa no ranking do PBA. A mineradora foi premiada Fetranspor pela primeira vez em 2008, teve dois cases vencedores em 2012 e retornou ao pódio em 2013 e 2014. Fiat Automóveis Firjan – Sesi “Apoiar iniciativas como essas reforça o compromisso da Petrobras em contribuir para o desenvolvimento sustentável, por Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza meio do investimento em práticas voltadas para um ambiente ecologicamente equilibrado e socialmente equitativo, gerando Gazeta do Povo resultados para a sociedade e para a companhia.” IBM José Aparecido Barbosa, gerente de Investimento Social da Gerência Executiva de Responsabilidade Social da Petrobras 3º Indústrias Nucleares do Brasil – INB Jones Lang LaSalle Klabin Petrobras Engie Samarco Mineração Desde 2013, a empresa de energia francesa GDF Suez, hoje Engie, tem se destacado no PBA com cases vencedores. Foram duas premiações já no ano de estreia da participação no prêmio, com experiências de sucesso em emissões atmosféricas e patrimônio cultural brasileiro. No ano seguinte, a companhia voltou ao pódio com o case em Schlumberger Serviços de Petróleo Sindicom SMA Cabos e Sistemas Solví preservação e manejo de ecossistemas. Suzano Papel e Celulose e Petroquímica “Alinhar a mitigação das mudanças climáticas, a expansão econômica de países em desenvolvimento e ao mesmo tempo Tractebel Energia atender às demandas de uma população local carente é motivador e gratificante. O Prêmio Brasil Ambiental permitiu Unibanco divulgar e ampliar ainda mais o alcance da nossa iniciativa.” Usinaverde Philipp Hauser, VP de Mercados de Carbono da Engie Vale White Martins 24 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Nos últimos dez anos, as ações de sustentabilidade se consolidaram dentro das empresas. Esta evolução é visível quando observamos os projetos que participaram do Prêmio Brasil Ambiental – PBA. Sejam eles simples ou complexos, é interessante observar como 25 obtiveram resultados expressivos. No fim das contas, o que vale é o poder de transformação da ação empregada – e é o que pode ser conferido nas próximas páginas, com alguns dos projetos premiados nas diferentes categorias do PBA. São projetos que contam a história da sustentabilidade no Brasil. Cases TítuloPremiados da Sessão Água A crise hídrica que assola o Brasil fechou escolas da rede pública, desacelerou a produção de muitas indústrias, reduziu o fluxo de água nas casas e mudou o comportamento das pessoas. O que era uma realidade avassaladora no Nordeste se instalou nos maiores PIBs brasileiros, inclusive em São Paulo e no Rio de Janeiro. Há dez anos, quando a crise hídrica era um cenário distante do Sudeste, o PBA já incentivava o uso racional e sustentável dos recursos hídricos. A categoria Água vem apresentando soluções que aumentam 26 a competitividade das empresas a partir do uso estratégico desse importante recurso natural, dando ênfase a cinco vetores: otimização de processos para a redução da demanda, tratamento de águas residuais Divulgação/Grupo O Boticário/Haroldo Palo Jr. e efluentes, redução de perdas, reúso e controle de poluição. Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais ARCELORMITTAL PETROBRAS Gestão sustentável no uso racional da água pela ArcelorMittal Tubarão – 2005 Conservação e preservação de recursos naturais na sub-bacia do Ribeirão São João (2006) e Piava (2007) Vencedora em dois anos consecutivos na categoria Água, a Petrobras investiu em ações educativas, com foco em 27 Fundada, em 1983, como Companhia Siderúrgica de processos participativos das comunidades. Em 2006, a empresa foi premiada com o case Conservação e Preservação de Tubarão – CST, a unidade capixaba da ArcelorMittal Recursos Naturais na Sub-Bacia do Ribeirão São João. O projeto reuniu ações educativas e mitigadoras voltadas para o uso utiliza a água como um recurso fundamental para a dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida de famílias residentes na sub-bacia em um programa de educação qualidade de vida e para a sustentabilidade da própria e gestão ambiental. Foi realizado um diagnóstico participativo, que gerou o planejamento e um modelo de gestão com empresa e da bacia hidrográfica onde está inserida. enfoque integrado, estabelecendo uma nova e responsável relação entre a comunidade local e os recursos naturais. A política ambiental da companhia busca aumentar Em 2007, a companhia voltou ao pódio na categoria com o case Piava. Com o objetivo de desenvolver e implementar a eficiência para reduzir o consumo. Os efluentes são uma política de proteção da água nos municípios da Bacia do Itajaí, foi elaborada uma política sustentável de proteção de tratados e reaproveitados. Com esse foco, o projeto teve nascentes e matas ciliares no local. O caminho adotado também foi o de ações educativas e um modelo participativo de o objetivo de assegurar o cumprimento de normativas gestão e fomento de iniciativas de reversão da degradação das pequenas bacias hidrográficas. O Piava atuou em todos os legais, o equilíbrio ecológico aquático e o monitoramento 53 municípios, capacitou e formou uma rede de educação ambiental, mobilizou a comunidade e organizações públicas e dos recursos hídricos, visando o desenvolvimento privadas, articuladas por um comitê, fortalecendo a ação municipal. sustentável dos negócios da empresa. • Entre os resultados alcançados pelas ações educativas fomentadas pela Petrobras com os projetos premiados estão o A água doce bruta é fornecida pelo sistema público de plantio de 453.200 mudas de espécies nativas na floresta ciliar da Bacia do Itajaí; a estruturação de viveiros, capacitando- abastecimento, tratada internamente e destinada ao os à produção de mudas e coleta de sementes de espécies nativas da região; e a operacionalização do Sistema de consumo humano e a processos industriais. A localização Informações da Bacia do Itajaí – Sibi, com a divulgação de dados online, como mapas e infográficos. litorânea permitiu a execução de um projeto que utiliza 95% de água do mar e 5% de água doce. A companhia fez investimentos em tecnologias de tratamento e recirculação de água, implementou um laminador de tiras a quente em 2002 e construiu novas unidades produtivas. Uma estação de tratamento de água de reúso no canal principal da unidade reutilizou efluentes de esgoto, água de chuva e alguns setores industriais. Esta estação passou por recente modernização e tem previsão de captar e reutilizar mais de 400 m³/h do volume de água necessária para operar os equipamentos. A unidade ampliou a capacidade de produção de 5 milhões de toneladas para 7,5 milhões de toneladas de aço entre 2003 e 2006, sem gerar impactos ambientais negativos no consumo. Foram executadas práticas e indicadores ambientais e, em 2015, frente à crise hídrica da região, foi definido um Plano Diretor de Águas, que norteia diretrizes de consumo racional. • O índice de recirculação de água alcançou 97% em 2014, e o consumo de água doce é hoje referência no setor siderúrgico, com 2,9 m³/tonelada de aço bruto. A média do setor siderúrgico é de 96% e 6 m³/tonelada de aço bruto. Cases Premiados FUNDAÇÃO GRUPO BOTICÁRIO DE PROTEÇÃO À NATUREZA Oásis: água boa para São Paulo – 2008 Diante do cenário de baixa disponibilidade hídrica natural e alta demanda de abastecimento de água em São Paulo, em 2003, surge o projeto Oásis. A iniciativa se apoia no Pagamento por Serviços Ambientais – PSA, que premia financeiramente proprietários particulares que protegem áreas de vegetação nativa e adotam práticas conservacionistas de manejo do solo. A fundação decidiu promover a conservação de áreas naturais privadas no sul do município, na região da bacia hidrográfica da represa de Guarapiranga. Lançada três anos depois, a iniciativa premiou financeiramente 14 propriedades particulares entre 2007 e 2014, e seus conceitos e experiências chegaram a outras regiões do Brasil, como Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais, incentivando a ampliação de parceiros e novos investimentos em iniciativas similares. Em 2012, uma nova metodologia de PSA, que é adaptável às características ambientais, econômicas e sociais de diferentes regiões, é oferecida gratuitamente para instituições que firmam parceria com a fundação. Hoje, a empresa contribui com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo na elaboração de políticas públicas que incorporem o PSA às estratégias de conservação da natureza. • O projeto contabiliza hoje 241 proprietários de terra, que protegeram cerca de 2,7 mil hectares de áreas naturais. Somente em São Paulo, são 747,7 hectares, 413 hectares de vegetação nativa excedente ao exigido pelo Código Florestal, além de 101 nascentes e mais de 45 mil metros lineares de rios. • Existem 13 termos de cooperação estabelecidos para implantação do Oásis em diferentes Estados e municípios brasileiros. 28 SMA CABOS E SISTEMAS – GRUPO SANTO ANGELO Água de reúso – 2009 Uma iniciativa voltada à reeducação do consumo de água potável pelos colaboradores da companhia destacou a SMA Cabos e Sistemas, braço industrial do Grupo Santo Angelo, no 5º PBA. O programa Água de Reúso foi desenvolvido frente ao cenário de longa estiagem e consequente escassez, para garantir o consumo consciente de água potável, com posterior tratamento e reutilização no resfriamento das máquinas industriais para fabricação de cabos especiais e injeção de plásticos. O projeto foi desenvolvido a partir do desnível topográfico e do atendimento aos requisitos técnicos da nova planta industrial, principalmente a demanda de água em temperatura ambiente necessária aos processos industriais. A água chega ao sistema por fornecedores terceirizados, por captação de chuvas e pelo reaproveitamento a partir do tratamento de efluentes industriais oriundos de galvanoplastia própria, tratamento superficial químico de peças. Os efluentes são tratados, e a parte líquida resultante é enviada para o reservatório de água de reúso que, com a água da chuva armazenada, circula em tubulações pressurizadas, resfriadas naturalmente em circuito fechado. Todos os resíduos gerados pelos processos de tratamento químico e os da decantação das águas de chuva são coletados e destinados aos fornecedores licenciados para tratamento específico. O sistema segue em funcionamento, auditado por análises químicas específicas e por requisitos da norma ISO 14001. • De 2008 a 2014, o consumo total anual foi reduzido em 14,63%, o equivalente a 36,68% por colaborador. • A comparação dos custos de 2008 em relação a 2014 mostram economia financeira de 15%. Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais TRACTEBEL ENERGIA Implantação de um sistema de ciclo fechado para utilização da água na extração de cinzas úmidas do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda – 2011 Vencedora por dois anos da categoria Água, a Tractebel foi premiada pela primeira vez com a implantação de um sistema de ciclo fechado de água utilizada no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda – CTJL. O projeto integra uma série de ações voltadas à gestão sustentável dos recursos hídricos no complexo, visando a redução do consumo nas operações. A iniciativa também permitiu a eliminação do descarte dos efluentes líquidos gerados pelas três usinas que formam o CTJL. Situado em Capivari de Baixo, em Santa Catarina, o complexo utilizava cerca de 15 milhões de metros cúbicos de água por ano para extração de cinzas úmidas, que são retiradas hidraulicamente do fundo das fornalhas e levadas para bacias de sedimentação. Com um investimento de R$ 37 milhões, o projeto foi desenvolvido em várias etapas, que incluíram ainda a desativação de bombas de captação direta de água do Rio Tubarão e sua substituição por exemplares que captam a água de processos internos. Operando em ciclo fechado, o sistema passou a conduzir a mistura de cinzas e água para duas bacias de decantação, de onde a água clarificada retorna ao processo industrial, sendo utilizada na extração das cinzas das usinas. Assim, foram desativadas as bacias de cinzas do Rio Capivari e foi encerrada a captação externa de água para uso na extração de cinzas das usinas. 29 • 95% de redução do consumo de água no processo industrial. • O sistema permite economizar 432 MW por mês de energia, gerando reflexos econômicos e ambientais diretos. • Decorrentes do projeto, o aumento na confiabilidade dos sistemas, a interligação em circuito fechado do sistema hidráulico de cinzas e a desativação das bacias de decantação de cinzas do Rio Capivari foram fundamentais para redução de riscos ambientais. Programa Tractebel Energia de proteção de nascentes – 2013 O Programa de Proteção de Nascentes, premiado em 2013, foi desenvolvido na região das usinas hidrelétricas Salto Osório e Salto Santiago, no Paraná, com o objetivo de proteger centenas de nascentes de água na zona rural dos municípios de Chopinzinho, Rio Bonito do Iguaçu e Sulina. Desenvolvido em parceria com entidades locais, o programa contribui também com a melhoria da qualidade da água consumida pela comunidade, impactando na redução de doenças causadas por organismos patogênicos. O projeto foi iniciado com o isolamento da área próxima às nascentes, a construção de proteção de nascentes em alvenaria, para evitar a contaminação da água, e o reflorestamento do entorno das nascentes com espécies nativas. A Tractebel Energia doou milhares de mudas de espécies florestais nativas, e as famílias da comunidade foram capacitadas para participar do processo de recuperação e manutenção das nascentes, recebendo treinamentos sobre qualidade da água e reflorestamento. As nascentes são continuamente monitoradas, assegurando a manutenção da qualidade e da quantidade de água disponível para gerações futuras e, em 2015, o programa chegará a São Jorge D’Oeste, com a meta de proteger mais 200 nascentes. • Centenas de alunos da Casa Familiar Rural foram capacitados e 753 nascentes estão protegidas em três municípios, beneficiando diretamente 815 famílias. Cases Premiados CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT Canteiro sustentável: educação ambiental aplicada nas obras de construção civil – 2012 Com o trabalho de educação ambiental no Terminal Embraport, a construtora • O projeto, concluído em 2013, contribuiu com a Norberto Odebrecht ganhou o 8º PBA. A companhia entende que o estímulo para educação ambiental de funcionários, parceiros e adoção de práticas sustentáveis parte da informação e considera importante atuar visitantes, reduziu o consumo de água potável, com os profissionais do terminal. A iniciativa integra treinamentos, palestras, promoveu o tratamento de efluente contaminado redução do consumo da água potável, projetos em escala real para tratamento de por metais pesados oriundos do processo de água pluvial e de reuso e aplicação de geotêxteis para tratamento do material dragado dragagem no canal, gerou reutilização do efluente contaminado. A obra, na ilha Barnabé, em Santos, tem acessibilidade limitada, e a tratado para fins menos nobres e a reciclagem de água subterrânea é praticamente salobra. água pluvial. O projeto Canteiro Sustentável começou com mecanismos que reduzissem o consumo • O projeto incorporou, ainda, a proposta de de água potável, como descargas inteligentes, fechamento automático de torneiras e construção de sociedades sustentáveis e a mictórios, reutilização direta da água de lavabos para descargas dos mictórios, reúso conscientização de funcionários e parceiros da lavagem da água de caminhões betoneiras, reaproveitamento de água pluvial e de dentro dos canteiros de obra. esgoto tratado, além de geobag para incorporar o material dragado no aterro definitivo. Foram desenvolvidas atividades sociais, com a abertura do canteiro de obras para visitas dos filhos de colaboradores, passeios e apresentações sobre sustentabilidade. SCHLUMBERGER SERVIÇOS DE PETRÓLEO E CERB 30 Gestão de aquíferos: benefício para cerca de 1 milhão de pessoas no semiárido baiano – 2014 Idealizado pela Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da • Foram identificados três sistemas aquíferos Bahia – Cerb e financiado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para principais na região e, o mais importante, que a Agricultura, o projeto da Schlumberger nasceu com o objetivo de avaliar a abastece as populações locais, chamado Formação capacidade de produção dos aquíferos da Bacia do Tucano Central e aprofundar São Sebastião, é constituído principalmente por o conhecimento dos sistemas, utilizados para o abastecimento hídrico local. A arenitos de boa porosidade. oferta de água de qualidade vai beneficiar cerca de 1 milhão de pessoas, em uma • A maior parte dos sistemas aquíferos avaliados das áreas mais carentes do Estado da Bahia. apresentou águas de boa qualidade em relação à A Schlumberger atuou em parceria com a Cerb no desenvolvimento dos salinidade, pelo menos até cerca de 450 metros, trabalhos, com a experiência na área de gestão de recursos hídricos e em correspondente à profundidade máxima dos poços. modelagem numérica de fluxo subterrâneo. Dessa forma, o projeto avaliou a • As taxas de bombeamento praticadas hoje são sustentabilidade da exploração dos aquíferos com simulações computacionais, sustentáveis a longo prazo. Mesmo dobrando a desenvolvendo uma ferramenta de apoio à gestão dos recursos hídricos na vazão captada atualmente, não há qualquer impacto porção central da Bacia do Tucano. Foram realizados dois workshops, um significativo no sistema em relação à situação aberto ao público para discutir o andamento dos trabalhos e os resultados, e, atual, porém existe a necessidade de se avaliar com em 2014, foram concluídos os trabalhos técnicos, sendo emitido o relatório mais detalhamento as zonas mais profundas dos final do projeto, com todas as simulações numéricas, as interpretações e os aquíferos, das quais há pouca informação sobre a resultados finais. qualidade das águas subterrâneas. Divulgação/Brooksfield Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Emissões Atmosféricas Programas de neutralização de carbono e redução de emissões de gases de efeito estufa – GEE estão no cerne desta categoria, que também chegou a ser avaliada como Inventário de Emissões. Esta é uma forma de intensificar as ações voltadas à qualidade do ar e ao combate ao aquecimento global, em linha com o alerta internacional para o 31 agravamento do efeito estufa e o Protocolo de Kyoto. BROOKFIELD ENERGIA RENOVÁVEL Discussão antiga e que vem protagonizando conferências da Gerando energia, renovando a vida – 2010 Organização das Nações Unidas – ONU, os parâmetros para emissão de A construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, seguindo o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – gases de efeito estufa no Brasil foram fixados em 1989, com a criação MDL para o cálculo de emissões evitadas, levou o PBA na estreia da categoria. Foram construídas seis PCHs, do Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar. De lá para cá, resoluções foram atualizando os limites máximos de emissão de que iniciaram a operação, em 2003, com a estimativa de reduzir 1,5 milhão tonelada de CO2 em dez anos. A iniciativa deixou como legado a primeira estrutura para cálculo de emissões evitadas para PCH, a Metodologia poluentes e induziram uma importante transformação tecnológica na Passo do Meio – NM0051: PCH Passo do Meio. • indústria brasileira. Com todos os avanços, o debate ainda tem muito a Foram gerados 21 mil empregos diretos e indiretos durante as construções, contribuindo para a geração de renda local e a crescente demanda de amadurecer em todo o mundo até um consenso sobre as metas a serem energia no País. • cumpridas tanto pelos países ricos quanto pelos em desenvolvimento. 1,5 milhão de toneladas de carbono deixaram de ser emitidas na atmosfera. Cases Premiados FETRANSPOR TRACTEBEL ENERGIA Biodiesel B20 – o Rio de Janeiro anda na frente – 2011 Ações para controle e redução de emissões atmosféricas – 2014 A estratégia de usar fontes renováveis para fazer frente ao potencial poluidor crescente do setor de transportes nos grandes centros urbanos foi reconhecida pelo PBA em 2011. O projeto consistiu na elaboração de testes com o A companhia lançou a Política Tractebel Energia combustível B20, composto por 80% de diesel comum e 20% de biodiesel, no período de um ano, em uma frota de 15 Sobre as Mudanças Climáticas em 2011, reforçando, ônibus de três empresas de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro. A experiência avaliou os níveis de emissão, entre outras ações, o compromisso em priorizar fontes consumo e desempenho do motor dos ônibus em condições reais de operação com um combustível mais limpo. Além renováveis na expansão do parque gerador, investir disso, o projeto permitiu a medição sistemática da qualidade do combustível, a criação de indicadores mecânicos e o em projetos de P&D dedicados ao tema, realizar acompanhamento do desenvolvimento dos motores. O projeto segue até 2016, com a expectativa de obter redução de inventário de emissões, promover o uso racional de 148 mil toneladas de CO2 e 3 mil toneladas de material particulado. energia elétrica e desenvolver projetos de Mecanismo Realizado pela Fetranspor em parceria com Governo do Estado, BR Distribuidora, Shell, Ipiranga, Mercedes-Benz e de Desenvolvimento Limpo – MDL. O grupo passou Volkswagen Caminhões e Ônibus, o programa Biodiesel B20 deu sequência ao projeto de 2007, que testou biodiesel a elaborar e publicar seu inventário de acordo com a B5 em 3.500 ônibus do Estado. Atualmente, estão em teste outras fontes de energia alternativas, como o S10, à base de metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol, cana-de-açúcar, veículos híbridos e ônibus 100% elétricos. submetendo-o à asseguração limitada por terceira • Melhora significativa nos índices de emissão de fumaça preta, com redução de até 39%, mantendo os níveis de parte e, na operação das usinas, passou a ter sistemas, consumo semelhantes aos alcançados com o diesel convencional e sem registros de problemas mecânicos. equipamentos, técnicas e processos para minimizar a emissão de gases de efeito estufa. ENGIE A política deu sequência a outras frentes sustentáveis da companhia. O Programa Tractebel Energia de Projeto contribuição da Usina Hidrelétrica – uhe jirau para a mitigação de gases de efeito estufa e para o desenvolvimento sustentável brasileiro – 2013 Diagnóstico de Eficiência Energética, oferecido gratuitamente aos clientes do mercado livre, por exemplo, tem o objetivo de ajudar as indústrias a Vencedora da categoria em 2013, a Engie, na época chamada GDF Suez Energy Brasil, foi premiada pelo case desenvolvido em identificar possibilidades de redução do consumo de Jirau. A Usina Hidrelétrica Jirau é resultado emblemático do Plano Nacional Sobre Mudança do Clima. O registro no Mecanismo energia no processo produtivo e, consequentemente, de Desenvolvimento Limpo – MDL e a análise segundo o Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas demonstram de redução das emissões de gases de efeito estufa. Entre a possibilidade de alinhar o crescimento econômico sustentável ao combate às mudanças globais do clima. 2006 e 2007, com a controlada Lages Bioenergética, a O case foi iniciado em 2008, quando a controlada Energia Sustentável do Brasil – ESBR, seus acionistas e as entidades empresa fez o enquadramento da Usina de Cogeração responsáveis por licenciar e financiar o projeto se engajaram na definição e promoção de benefícios sociais e ambientais Lages – Ucla no MDL, previsto no Protocolo de Kyoto, para a comunidade local. O licenciamento definiu 34 programas socioambientais, e o BNDES financiou medidas utilizando resíduos da indústria madeireira local para específicas de desenvolvimento regional. Também foram realizadas iniciativas voluntárias para ampliar os benefícios. gerar energia elétrica e vapor. Foi investido cerca de R$ 1,2 bilhão na execução dos programas socioambientais. • A política de mudanças climáticas reforçou o Para avaliar o resultado, o Jirau foi o primeiro a encomendar um relatório independente, que analisou sua compromisso da companhia em controlar e reduzir sustentabilidade segundo os critérios do Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas, endossado por as emissões atmosféricas geradas e, somente com a ONGs de prestígio. A certificação do projeto no MDL permite, ainda, quantificar os benefícios para o clima global. Hoje, operação da Usina de Lages, foi estimada a redução Jirau é o maior case de energia renovável registrado pelas Nações Unidas e a primeira hidrelétrica certificada com base de 2,2 milhões de toneladas de CO2 equivalente em no conceito da complementariedade do MDL e da Política Nacional Sobre a Mudança do Clima. Os benefícios integram dez anos. o relatório de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas, disponível em www.hydrosustainability.org. • A geração renovável já atende mais de 7 milhões de famílias. • Foi evitada a emissão de 6 milhões de toneladas de CO2. • O programa de saúde pública reduziu o número de casos de malária de 2.721, em 2007, para 186, em 2015. 32 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Gestão de Resíduos Sólidos Produzimos cerca de 200 mil toneladas de resíduos sólidos por dia somente no Brasil. Que destino dar a todo esse lixo é foco de uma guerra travada em todo o País desde 2010, quando o Programa Nacional de Resíduos Sólidos determinou o encerramento de lixões a céu aberto em quatro anos. Cinco se passaram e ainda temos aterros irregulares em vários municípios. O PBA estimula a logística reversa, além de redução, reúso e reciclagem dos resíduos nas empresas desde a primeira edição, com uma categoria específica para o tema. A discussão gira sempre em torno de práticas que evitem as emissões de biogás, o poderoso gás de efeito estufa resultante da decomposição de resíduos, 33 além dos impactos urbanísticos e para a saúde provocados pela destinação inadequada de lixo. A geração de energia a partir dos resíduos é outro ponto de destaque na história de prêmios desta categoria. Divulgação/Usina Verde Cases Premiados USINAVERDE TRACTEBEL ENERGIA Geração de energia a partir de resíduos sólidos – 2005 Recuperação de áreas degradadas através da utilização de cinzas do carvão mineral – 2007 Oferecer uma solução economicamente competitiva, A extração de carvão mineral gerou impactos ambientais sobre o solo e a água da região de Capivari de Baixo, em ambientalmente segura e socialmente justa, alinhada Santa Catarina, onde está localizado o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda – CTJL. O beneficiamento do carvão às melhores práticas para o tratamento de resíduos formou depósitos de rejeitos que se tornaram focos de poluição, exigindo a recuperação das áreas próximas para já utilizadas por vários países do mundo há décadas, anular os prejuízos e destiná-las a outros fins. A Tractebel Energia assumiu esse desafio em 1998, quando adquiriu contribuindo para a evolução e o aprimoramento do a estatal Gerasul e os cerca de 47 hectares de áreas degradadas. setor de saneamento ambiental no Brasil. Com este Foram, aproximadamente, 15 anos de investimento em uma metodologia que incluiu a retirada do material para objetivo, a Usinaverde implantou a primeira Usina de queima, recomposição da topografia e alcalinização dos terrenos com cinzas da queima de carvão, cobertura com Recuperação Energética – URE de resíduos do Brasil, argila e revegetação. Simultaneamente, a companhia viabilizou o desenvolvimento de pesquisa científica sobre a localizada na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, e venceu utilização de cinzas resultantes da queima do carvão em usinas termelétricas. o 1º PBA na categoria. O case relatou o desenvolvimento • de uma tecnologia ambientalmente adequada para o O local foi transformado no Parque Ambiental Tractebel Energia, um espaço público que oferece atividades de educação ambiental, lazer e cultura, inaugurado em 2013. tratamento de resíduos com recuperação de energia. • Foram removidos 2,1 milhões de toneladas de carvão. A empresa investiu em melhorias de processos para • Análises da água do lençol freático em quatro poços piezômetros confirmam a redução progressiva da acidez redução de emissões atmosféricas e busca a certificação da água no local. necessária para tratar também resíduos de serviço de saúde e industriais em sua unidade. • De 2005 até janeiro de 2014, a Usinaverde tratou VALE cerca de 13.400 toneladas de resíduos sólidos, gerando uma taxa de cerca de 250 KW de energia Gestão sustentável de resíduos sólidos no Complexo de Tubarão – 2008 elétrica, utilizada para consumo próprio na unidade. • Otimização da eficiência energética. A gestão sustentável dos resíduos sólidos gerados no Complexo de Tubarão, da Vale, no Espírito Santo, deu à • Hoje, a usina está apta a replicar a tecnologia em mineradora o prêmio de melhor case da categoria na 4ª edição do PBA. Com o objetivo de promover um ambiente outras localidades e a tratar resíduos sólidos na sustentável em uma área de 14 quilômetros quadrados onde circulam, diariamente, cerca de 20 mil pessoas das áreas unidade do Rio de Janeiro. industrial, logística e administrativa, o Programa de Gestão de Resíduos, iniciado em 2002, reúne ações focadas no público interno e na sociedade, a partir da geração de emprego e renda com a segregação e destinação adequada dos resíduos. A iniciativa começou com a avaliação dos resíduos industriais e administrativos. Periodicamente, também são realizados treinamentos presenciais e atividades interativas com empregados próprios e contratados. Desde 2004, mais de 16 mil pessoas foram treinadas, integrando diferentes atividades desenvolvidas no complexo, como pelotização, portuárias e ferroviárias, em prol de uma destinação em conjunto, gerando uma economia de escala e agregando valor ao resíduo. • Para cada tonelada de resíduo reciclado, são criados, em média, cinco novos empregos. • Desde 2004, a renda gerada foi de R$ 147,22 milhões. • Já foram produzidas 99,5 mil toneladas de resíduos, sendo 86% destinados à reciclagem, criando emprego e renda. A coleta seletiva é praticada há 12 anos no complexo. 34 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais ARCELORMITTAL Gestão sustentável de resíduos e coprodutos da ArcelorMittal Tubarão – 2009 O projeto vencedor no 5º PBA mostrou um modelo de gestão que integra as duas práticas para reduzir e eliminar a geração de resíduos e seus estoques. A primeira é agregar valor a esses resíduos e à cadeia produtiva, transformando-os em coprodutos. A segunda, aumentar a geração de receitas e reduzir custos, com a comercialização e a reciclagem interna. Esta medida traz melhor desempenho na gestão, gerando benefícios socioambientais para a comunidade com a redução da exploração de recursos naturais não renováveis. A estratégia de investimentos no reaproveitamento de resíduos da companhia foi iniciada nos anos 1980, com a criação da Central de Armazenamento de Subprodutos – Casp, posteriormente denominada de Central de Armazenamento de Coprodutos, para depósito temporário adequado, possibilitando futuro desenvolvimento de novas aplicações. Na década seguinte, foi iniciada a operação da Planta de Briquetagem para reciclagem de resíduos, e a maior exigência do mercado alavancou o início de pesquisas, intensificando o intercâmbio científico com institutos e universidades. Nos anos 1990, foi criada a Gerência de Desenvolvimento Técnico, Processamento e Comercialização de Coprodutos e foram definidas normas, registro de patentes e marcas para coprodutos, além do desenvolvimento de convênios socioambientais. Hoje, a empresa é uma das referências mundiais na gestão de resíduos industriais e no desenvolvimento de coprodutos do setor de produção de aço. • Cerca de 30 coprodutos são comercializados, oferecendo assistência técnica aos clientes, possibilitando ampliar a aplicação em diferentes setores e substituindo recursos naturais não renováveis. • A redução no estoque interno de resíduos, entre 2009 e 2014, foi de cerca de 200 mil toneladas. • Somente em 2014, o reaproveitamento de 94% dos resíduos gerados garantiu uma receita de R$ 95 milhões com a comercialização de coprodutos. • Novos mercados foram abertos, e a companhia montou uma carteira de 148 clientes nos últimos dois anos. FIAT 35 Aterro zero: nova visão de gestão de resíduos sólidos da Fiat Automóveis – 2012 O pioneirismo da Fiat ao destinar 100% dos resíduos que gera para reciclagem e reutilização, eliminando o envio para aterros, rendeu à companhia o prêmio de melhor case na categoria no 8º PBA. A meta foi alcançada, em 2011, como resultado do projeto Aterro zero, que é parte da política ambiental da empresa, focada na prevenção dos impactos ambientais. Mesmo com métodos ambientalmente corretos, a disposição de resíduos em aterros licenciados traz desvantagens como o desperdício de materiais potencialmente recicláveis e reaproveitáveis, que são aterrados. A companhia tem um sistema interno de gerenciamento de todos os resíduos gerados pela planta. Uma área chamada Ilha Ecológica recebe 13 mil toneladas de resíduos mensalmente de vários departamentos. O material é devidamente identificado quanto a tipo, origem e data de geração, pesado e segregado por tipo de matéria-prima, processado e destinado de forma ambientalmente correta. Para eliminar o uso de aterros, a empresa focou em coleta seletiva, reciclabilidade, reutilização, diminuição na geração de resíduos, conscientização dos colaboradores, investimento em tecnologias, infraestrutura e disponibilização de recursos financeiros para destinação final de resíduos. • Em 1994, 30% dos resíduos iam para aterros e, em 2010, o número caiu para 3,4%, alcançando a meta de aterro zero em 2011. Hoje, 95% dos resíduos são reciclados e 5%, reaproveitados. Aparas de cinto de segurança e tecido automotivo viram acessórios de moda, fabricados pela cooperativa de moda Cooperárvore. • Apenas em 2013, foram encaminhadas para reciclagem 3.750 toneladas de papel, impactando cerca de 75 mil árvores que deixaram de ser • De 2006 a 2014, 23,7 toneladas de resíduos foram transformados em acessórios de moda e decoração. • Em 20 anos, já foram reinseridas na cadeia produtiva mais de 20 mil toneladas de aço, o equivalente a 86 mil carrocerias. • A reciclagem pioneira de isopor evitou 9 mil viagens de caminhão para destinação e tratamento correto desse resíduo de 1998 a 2014. Divulgação/Fiat cortadas e cerca de 20 mil metros cúbicos de água que deixaram de ser consumidos. Cases Premiados JONES LANG LASALLE INSTITUTO JOGUE LIMPO Gestão de resíduos sólidos no condomínio City Tower (RJ) – 2013 Logística reversa de embalagens plásticas de lubrificantes usadas – 2014 A consultora imobiliária venceu o 9º PBA com uma parceria com a São Carlos Empreendimentos, proprietária do condomínio City Tower, no Rio de Janeiro. A iniciativa O programa premiado no 10º PBA faz a logística reversa e o tratamento de nasceu da observação do volume de lixo gerado no prédio e da rotina de catadores de papel embalagens plásticas de lubrificantes sem ônus para o ponto gerador cadastrado: que buscavam o lixo e abriam os sacos para retirar resíduos aproveitáveis. Era possível postos de serviço, concessionárias de veículos, transportador revendedor reduzir esse volume e reverter a economia gerada. Nascia a gestão de resíduos sólidos do retalhista, atacadista e distribuidores de lubrificantes. A iniciativa, que já City Tower, com um projeto específico voltado para redução do lixo comum, minimização abrange do sul do País ao Ceará, incluindo o Distrito Federal, é um serviço do consumo, do impacto ambiental causado pela destinação inadequada e dos custos gratuito iniciado em 2005, atendendo à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Os operacionais envolvidos no descarte. gestores do programa são escolhidos por concorrência com edital, considerando A coleta seletiva foi iniciada em 2009 e, no ano seguinte, foram adotadas ações e requisitos como segurança, saúde, meio ambiente e procedimentos operacionais. projetos envolvendo as operações e serviços do edifício, como correto gerenciamento de Todo recebimento de embalagens é registrado por smartphone, que fotografa o código resíduos, eficiência energética e uso racional de recursos naturais. Com a participação de barras com o peso do ponto gerador, enviando online as informações referentes ao de todos os agentes ligados ao imóvel, desde proprietário, locatários, visitantes até a CNPJ para o cadastro operacional do site. Com senhas, as agências ambientais podem gerenciadora, e um investimento financeiro baixo dos condôminos, as ações consolidaram visualizar as informações, garantindo transparência e rastreabilidade dos dados. o posicionamento sustentável do condomínio e o projeto continua em aplicação, sendo Em 2014, foram investidos R$ 16 milhões na execução da logística reversa e na disseminado para outros empreendimentos. administração de todo o sistema. Para multiplicar as boas práticas ambientais, • Em 2013, o City Tower recebeu do Conselho de Construção Sustentável dos Estados foram distribuídos mais de 30 mil exemplares da Agenda Ambiental Jogue Unidos – USGBC a certificação Leadership in Energy and Environmental Design for Limpo para estudantes e professores do ensino fundamental para capacitação Existing Buildings Operations and Maintenance – Leed EB O&M, com nível Gold, que sobre temas relacionados à destinação adequada de resíduos. atesta a eficiência operacional e a manutenção de um edifício reduzindo os impactos • 21 centrais, 69 caminhões, 190 empregos diretos, 3.035 municípios e mais de 45 mil pontos geradores. ambientais, além de garantir a qualidade de vida dos usuários. • Desde 2005, já foram recicladas mais de 400 milhões de embalagens, e a expectativa para 2015 é a reciclagem de 86 milhões. 36 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Gestão Sustentável Transformar um passivo em um ativo, agregando valor ao negócio, é o desafio dos cases inscritos na categoria Gestão Sustentável e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. A premissa passou a pautar grandes indústrias brasileiras mais intensamente no início deste século e foi sendo ampliada para a visão social ao longo dos anos, abrangendo empresas de todos os portes. Os cases vencedores do PBA registram um pouco da evolução da visão empresarial brasileira, com experiências de adequação ambiental na cadeia produtiva com melhor aproveitamento de energia, redução de custos e geração de renda adicional para as próprias companhias e para as comunidades onde atuam. A busca por resultados por meio da eficiência operacional passou a gerar inovações mais amplas, criando 37 ganhos para todo o tecido social. Divulgação/Celulose Irani Cases Premiados BRF Programa 3S – 2005 Primeiro vencedor da categoria, o Programa 3S foi desenhado para agregar valor à cadeia produtiva da suinocultura. O projeto contemplou a adequação ambiental de mil propriedades rurais em cinco Estados do País. Os parceiros da BRF mantinham nas granjas um sistema de biodigestor para manejo sustentável dos efluentes da suinocultura, transformando dejetos em biofertilizante e, em alguns casos, em energia limpa. Por combustão, o gás metano gerado no processo produtivo era transformado em gás carbônico, 21 vezes menos poluente. Desta forma, o projeto contribuiu e envolveu os produtores integrados na redução das emissões de gases de efeito estufa e possibilitou a comercialização de créditos de carbono, usando o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL, previsto no Protocolo de Kyoto. O programa permanece ativo, com o sistema manejado e gerenciado pelos próprios produtores. Em alguns casos, a energia gerada pelo biogás foi utilizada para geração de energia limpa, uma fonte adicional de renda e minimização do consumo de energia das concessionárias, gerando melhoria de qualidade de vida para os produtores e redução de custos dos integrados do Programa 3S. • O projeto influenciou diretamente no desenvolvimento sustentável, proporcionando diversificação de renda e competência aos produtores integrados da BRF. Além disso, o sistema possibilitou o uso direto do biofertilizante. Os ganhos relacionados ao sistema podem ser considerados como estoque de biofertilizante para uso agrícola e biogás para utilização como energia elétrica. Os biodigestores também afastam vetores prejudiciais à saúde das famílias. 38 TRACTEBEL ENERGIA Lages Bioenergética – 2006 Em mais um case realizado pela companhia na Usina dos resíduos de madeira e das cinzas geradas na econômicos à região, com efeitos multiplicadores de Cogeração Lages – Ucla, a Tractebel Energia venceu combustão. na economia regional, como a criação de um o 2º PBA na categoria Gestão Sustentável. O município A companhia também investiu em pesquisas para mercado de resíduos e a geração de tributos, de Lages foi escolhido para a implantação da unidade o aproveitamento dos resíduos gerados. As cinzas emprego e renda, bem como o desenvolvimento em razão do volume e das características da biomassa resultantes da queima das sobras de madeira, de novas atividades econômicas. na região. Em 2006, a Ucla foi registrada na ONU utilizadas para criar energia e vapor, são destinadas aos como Projeto MDL 0268, com direito de negociar no agricultores, fruticultores e reflorestadores da região. da qualidade ambiental e da qualidade de vida mercado as Reduções Certificadas de Emissões – RCEs, Em outra frente, foi desenvolvida uma tecnologia da população, já que os problemas ambientais chamadas de créditos de carbono, geradas a partir de para viabilizar a utilização de cascas oriundas do decorrentes da disposição inadequada de 1º de novembro de 2004 até 31 de outubro de 2014. manejo de toras na floresta, antes depositadas em resíduos da indústria madeireira foram Os créditos obtidos resultam da diferença entre as aterros controlados, gerando custos elevados e passivos minimizados. emissões de gases decorrentes da decomposição ambientais. anaeróbica dos resíduos de madeira depositados a • • • A iniciativa teve impacto direto na melhoria Em 2013, foram emitidas 392.174 RCEs geradas A Ucla foi enquadrada no Mecanismo de por esse projeto. Dessa forma, a Ucla contribuiu céu aberto, da combustão de resíduos de madeira Desenvolvimento Limpo – MDL em 2007, para reduzir 2,2 milhões de toneladas de CO 2 na usina e gerados pelo transporte e movimentação possibilitando ganhos ambientais, sociais e equivalente em dez anos. SOLVÍ Recuperação de biogás gerado no aterro metropolitano do centro de Salvador – 2007 A Usina Termelétrica de Salvador, chamada Termoverde Salvador, consistiu na primeira térmica a gerar energia elétrica a partir de biogás de aterro sanitário no Nordeste do Brasil. A iniciativa começou com a captação ativa e queima controlada do biogás produzido no aterro sanitário da capital baiana, evitando, assim, as emissões de metano para a atmosfera e gerando créditos de carbono. O projeto foi a base para um programa maior já instalado, que é o aproveitamento energético do biogás para a geração de energia elétrica. Com essa ampliação, garante-se a continuidade do benefício ambiental e a geração de energia elétrica a partir de uma fonte renovável. Entre 2009 e 2010, foram realizadas as fases de projeto e construção, abrangendo a engenharia, as aquisições dos equipamentos e serviços, a construção e instalação e o comissionamento da usina com os sistemas interligados. Em 2011, iniciou-se a operação comercial da Termoverde Salvador, com uma produção de energia inicial de, aproximadamente, 6 MW/h, aumentando para cerca de 14,5 MW/h com a implantação de novas soluções tecnológicas e com projeção para gerar 16,5 MW/h até 2017. A termelétrica a biogás é composta por 19 motores geradores, com capacidade instalada total de 20 MW, podendo abastecer uma cidade com cerca de 200 mil habitantes. • Melhoria do tratamento do biogás originário do aterro, permitindo usá-lo como combustível nos motores geradores. • Autoeficiência de geração de energia elétrica. • Redução das emissões de efluentes gasosos. 39 CELULOSE IRANI Inventário de emissão de gases de efeito estufa e ações inovadoras relacionadas – 2009 O Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa e os projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL permitem uma melhor gestão e redução de emissões geradas pela Celulose Irani. Com essa iniciativa, a companhia passou a avaliar o balanço entre emissões e remoções, as possibilidades de neutralização e venceu o 5º PBA. Foram desenvolvidos projetos de cogeração e de modernização de Estação de Tratamento de Efluentes – ETE. Aprovado pela ONU em 2006, com as metodologias AMS.I.D e AMS.III.E, versão 7, e renovado em 2012 para mais sete anos, com alteração na metodologia para AMS-I.C/version 19 – produção de energia térmica com ou sem eletricidade – o projeto de cogeração permitiu à companhia se tornar a primeira empresa brasileira e segunda do mundo no setor de celulose e papel a ter créditos de carbono emitidos pelo Protocolo de Kyoto. O projeto Modernização da ETE foi o primeiro no mundo de tratamento de efluentes totalmente aeróbio e foi aprovado pela ONU em 2008, com renovação do período de créditos, em 2015, para mais sete anos. • Em 2014, 508.173 toneladas de CO2 equivalente foram removidas, enquanto as emissões de gases de efeito estufa foram de 126.584 toneladas de CO2 equivalente, demonstrando que a empresa é neutra em carbono. • Com o Projeto da Cogeração, realizado entre 2005 a 2014, a companhia obteve Reduções Certificadas de Emissões – RCEs, que totalizaram 1.124.212 toneladas de gases que deixaram de ser emitidos para a atmosfera. O retorno financeiro foi de R$ 11,8 milhões, com a venda de créditos de carbono. • Com o projeto Modernização da ETE, entre os anos de 2007 e 2014, foram obtidas RCEs que totalizaram 273.968 toneladas de CO2 equivalente. O retorno financeiro viabilizado foi de R$ 5,7 milhões. Divulgação/Fiat Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Cases Premiados BRADESCO Bradesco utiliza soluções inovadoras na gestão de resíduos – 2010 Com ecoeficiência como um dos objetivos, o Bradesco mantém três programas de gerenciamento de resíduos e seu correto descarte, visando evitar que os materiais recicláveis ou com componentes perigosos sejam destinados a lixões ou aterros não controlados, contaminando o solo e os lençóis freáticos. Os três pilares da ação são: autorreciclagem; coleta e adequada destinação de resíduos tecnológicos; e coleta e adequada destinação dos demais resíduos sólidos, provenientes dos prédios administrativos. A implantação da gestão de resíduos foi iniciada em 2007. No ano seguinte, equipamentos, peças e outros materiais tecnológicos que não podem ser reaproveitados passaram a ser enviados a uma empresa especializada em reprocessamento e destinação final de resíduos industriais e tecnológicos, além de pilhas e baterias para produção de óxidos e sais metálicos. A partir de 2009, sucatas e peças substituídas de veículos que exigem a certificação de empresas especializadas para coleta e reciclagem também ganharam atenção da companhia e, em 2010, foi iniciada a campanha anual para coleta de resíduos tecnológicos em prédios administrativos, incentivando o descarte adequado do lixo eletrônico. • De 2009 a 2014, o programa de autorreciclagem deu destinação adequada a mais de 9 mil toneladas de material. • A campanha anual já recolheu 34.510 toneladas, os contêineres fixos, 12.610 toneladas, e os prédios administrativos, cerca de 2 mil toneladas. • O programa de coleta e destinação adequada dos demais resíduos sólidos evitou que 11.500 toneladas de materiais recicláveis fossem encaminhadas para aterros ou lixões entre 2008 e 2014. 40 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Divulgação/Camargo Corrêa Inovação Ambiental Palavra de ordem no mundo corporativo, inovação foi incluída como categoria no PBA como forma de estimular o desenvolvimento de novas tecnologias, soluções e processos produtivos, considerando a variável ambiental e o desenvolvimento sustentável. Há cinco anos premiando experiências marcadas pela criatividade, pelo uso da ciência e pelo foco em eficácia, os cases vencedores registram como as empresas brasileiras acumularam importantes ganhos financeiros e de segurança. A categoria evidenciou, ainda, que o caminho da inovação se dá também com processos desenvolvidos por meio do relacionamento com as comunidades onde as empresas atuam, com a formação de 41 parcerias com diferentes atores sociais estratégicos. CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA Inovações tecnológicas implantadas na construção da Usina Hidrelétrica de Jirau para o gerenciamento de resíduos sólidos – 2010 Vencedora da 1ª edição do PBA, na categoria própria na construção da Usina de Jirau. a segurança ambiental no destino final dos Inovação Ambiental, a Camargo Corrêa realiza Inicialmente, foi realizado um amplo estudo de detritos, gerando uma economia de R$ 151.659,32 o tratamento de resíduos nos próprios locais das viabilidade técnica, ambiental e econômica, com e a quitação de todos os custos de implantação e obras, que, muitas vezes, estão localizadas em detalhamento de cada solução. O processo partiu operação da infraestrutura durante o período de áreas sensíveis e remotas, com deficiente oferta da implantação de estruturas e equipamentos, utilização. de serviços qualificados de coleta e tratamento. Os planejamento, licenciamento ambiental, execução, aterros que as atendem não foram projetados para montagens e treinamento das equipes. Técnicas como processamento de resíduos, no lugar do descarte absorver demandas pontuais e significativas, como a a do britador de resíduos para concreto, o picotador usual, trouxe uma economia de R$ 2.319.237,14, de geração de resíduos ocasionada por uma obra de de madeira e o incinerador de resíduos perigosos considerando a aplicação do agregado reciclado em grande proporção. Dessa prerrogativa, nasceu o case foram estratégicos. 22 substituições ao natural e a quitação de todos os da construtora, que substituiu o serviço externo de • Ao assumir o descarte dos resíduos perigosos por custos de implantação e operação da infraestrutura uma estrutura própria, a companhia garantiu durante o período de utilização. descarte e tratamento de resíduos por uma estrutura • A instalação dos equipamentos para Cases Premiados ANTARES RECICLAGEM EcoÁcido – processo ecológico de reciclagem de solução eletrolítica de baterias usadas tipo chumbo-ácido – 2013 O Programa Ecológico de Reciclagem – EcoÁcido nasceu visando a reciclagem de soluções de ácido sulfúrico residual geradas em empreendimentos industriais, promovendo sua efetiva descontaminação para utilização em novos processos fabris. O projeto premiado no 9º PBA trouxe uma nova metodologia para as indústrias recicladoras de baterias, que passaram a ter uma forma sustentável e eficiente de transformar um resíduo tóxico em matéria-prima recuperada, para ser reutilizada em outros processos. A metodologia aplicada consiste no tratamento sem queda da concentração, eliminando os metais pesados por processos físico-químicos e de filtração. Os metais retidos no processo retornam às recicladoras, e a solução tratada é fornecida a outras indústrias como produto reciclado. O processo mudou a concepção de reciclagem de baterias chumbo-ácido. Até então, a solução eletrolítica usada era neutralizada com alcalinos fortes e descartada em rios, córregos etc. Hoje, o processo é utilizado em cerca de 80% das empresas recicladoras de baterias no País, posicionando o Brasil como principal reciclador de solução eletrolítica de baterias no mundo. • Redução de 90% do volume de água captada nos mananciais subterrâneos, pois 100% do efluente tratado pode ser reutilizado para limpeza de pátio e máquinas. • Melhoria no sistema de tratamento de efluentes líquidos da planta – a solução eletrolítica não é mais destinada à Estação de Tratamento de Efluentes – ETE, diminuindo o uso de reagentes químicos. • Redução do volume de efluentes líquidos lançados – a solução eletrolítica é reciclada e destinada a outros processos industriais – e da carga de poluentes lançados, em virtude da ausência de sais resultantes da neutralização do ácido. • Aumento de 100% na reutilização dos efluentes gerados na empresa e minimização dos riscos de contaminação de solo e água subterrânea. VALE 42 Fundo Vale e o Mapa de Sinergias da Pan-Amazônia – 2014 O projeto premiado no 10º PBA foi uma pesquisa e apoio das redes do Fundo Vale, da Fundação Avina, da ferramenta interativa de web criada para promover a Ashoka e da Lead e organizadas em um mapa interativo uma região e identificar imediatamente quem sinergia e o potencial de colaboração entre centenas de na internet que dá visibilidade ao que cada uma das está operando em 45 dimensões ambientais, organizações e pessoas que atuam pelo desenvolvimento organizações faz na Pan-Amazônia. sociais, econômicas e culturais, o potencial sustentável da Amazônia. Foi identificado e mapeado o A pesquisa também promoveu uma reflexão baseada nos de sinergia das experiências, o foco dos trabalho de pessoas e organizações que atuam em prol do conceitos de inteligência de redes, com análise semântica beneficiados entre 28 segmentos específicos desenvolvimento sustentável do bioma amazônico e a sua e de dados, que permitiu mapear fluxos de conectividade de públicos-alvo e também quem pode ceder conectividade no contexto da rede de relações entre eles. e interação entre as organizações. Desta maneira, além alguma das 24 expertises identificadas. Então, foram planejadas ações pontuais para promover de informar quem está fazendo o quê, como, onde e a eficiência nos investimentos e a gestão do processo, quando, o mapa permite que o Fundo Vale possa atuar fortalecendo a atuação dos diversos atores no bioma. no sentido de incrementar e valorizar relações sinérgicas O Mapa de Sinergias da Pan-Amazônia foi criado em entre os players. Ao todo, integraram a iniciativa dez 2012, quando o Fundo Vale ampliou o escopo de atuação Estados brasileiros e sete países da Pan-Amazônia. e passou a desenvolver iniciativas de âmbito nacional, • Foi disponibilizado um acesso simplificado e em temas complementares à sua atuação local. O qualificado, que vem sendo útil para dirigentes trabalho de coleta de informações e análises envolveu e agentes sociais, formadores de opinião, 708 pessoas e avaliou 81 websites. Foram realizados gestores de políticas públicas, promotores e 350 questionários e 29 entrevistas, conduzidas com o investidores privados. • Com o mapa, qualquer pessoa pode escolher Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Preservação e Manejo de Ecossistemas Presente em todas as edições do PBA, a categoria estreou como Florestas há dez anos, estimulando a preservação da flora e da fauna silvestres. Logo, cases de recuperação de áreas degradadas e gestão e manejo de áreas de proteção e de uso sustentáveis começaram a se destacar. 43 A aquisição de áreas da Mata Atlântica para abertura de parques e restauração do bioma, envolvendo as comunidades locais, protagonizaram as primeiras edições. A Amazônia também ganhou a atenção das companhias, que passam a atuar não só na preservação do bioma como no repovoamento de espécies nativas importantes para a economia local. Identificação e monitoramento dessas espécies para Divulgação/INB preservação também são palavras-chave nesta categoria. Cases Premiados FUNDAÇÃO GRUPO BOTICÁRIO DE PROTEÇÃO À NATUREZA Reserva Natural Salto Morato – 2005 A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza mais preservado remanescente contínuo de Mata Natural Serra do Tombador. Situada em Cavalcante foi a vencedora da categoria no 1º PBA, com um case Atlântica, bioma mais ameaçado do Brasil. A área foi (GO), a área possui 8,7 mil hectares e recebeu o título de proteção à Mata Atlântica: a Reserva Natural reconhecida como RPPN e ampliada – atualmente, de RPPN em 2009. Salto Morato, reconhecida, desde 1999, como Sítio do conserva 2.253,83 hectares. • Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. A Em 1996, a reserva foi aberta para visitação e, hoje, Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é considerada referência em manejo de reserva prioriza a preservação ambiental e mantém duas natural. Os objetivos são conservar a biodiversidade promoveram a descoberta e descrição de duas novas Reservas Particulares de Patrimônio Natural – RPPN, e os processos ecológicos, incentivar a pesquisa espécies de peixes e uma de anfíbio. áreas protegidas delimitadas geograficamente, com o científica, propiciar o uso público e incentivar a objetivo de preservar a biodiversidade e beleza cênica educação para a conservação. Seguindo a estratégia, e países visitaram a reserva, que fortalece a economia que abrigam. Em 1994, foi adquirida a primeira área a fundação comprou uma nova área natural em regional, incentivando o turismo, gerando empregos natural, em Guaraqueçaba (PR), dentro do maior e 2007, agora no Cerrado, transformando-a na Reserva diretos e indiretos e apoiando a comunidade local. Conservação de biodiversidade, abrangendo 325 espécies de aves. • • Mais de 90 estudos, entre outras conquistas, Mais de 100 mil pessoas de diversos Estados brasileiros SUZANO PAPEL E CELULOSE Parque das Neblinas – Polo Regional de Práticas Socioambientais – 2006 44 A Mata Atlântica protagonizou novamente o 2º de conservação. Lançado em 2004, o Parque das PBA. O case premiado foi sobre a criação de uma Neblinas tem como pilares o relacionamento com tecnologia socioambiental que permitiu a restauração a comunidade local, a articulação com o poder do bioma e o desenvolvimento de pesquisas público e parcerias com institutos de pesquisas, científicas, a educação socioambiental e a partilha universidades e ONGs de perfil socioambiental. dos benefícios gerados com a operação da reserva, em • Construção da Agenda 21 de Taiaçupeba. um modelo que permitisse sua replicação. • Implantação de uma biblioteca comunitária O Parque das Neblinas, em São Paulo, é uma reserva e formação de 26 promotores de leitura da privada gerida pelo Instituto Ecofuturo, Organização comunidade local. da Sociedade Civil de Interesse Público – Oscip criada • Redução de caça e extração ilegal de plantas pelo Grupo Suzano. e reintrodução da palmeira-juçara, com a O trabalho foi iniciado em 1988, quando a Suzano distribuição de 5,5 milhões de sementes. adotou um Relatório Interno de Meio Ambiente com • Formação de uma rede de fornecedores locais. o objetivo de eliminar os passivos de ordem legal • Envolvimento direto e indireto de 30 pessoas da e ambiental, promovendo melhorias no padrão da paisagem e uso do solo em todo o seu conjunto de comunidade local. • fazendas. A implementação de uma metodologia de 30 mil visitantes para ecoturismo e educação socioambiental. manejo florestal contribuiu para a restauração da • 60 projetos de pesquisa realizados. Mata Atlântica e sua diversidade física e biológica, • Assessoria para outras sete unidades de evidenciando a vocação da área para uma unidade conservação. Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL – INB Recuperação de áreas degradadas, conservação e preservação de espécies da flora e da fauna silvestre – 2007 O case vencedor do 3º PBA nasceu do cumprimento da Política Nacional do Meio Ambiente nos processos de licenciamento ambiental, como condicionante para manutenção de licenças. O projeto foi evoluindo e chegou ao atual Programa de Restauração em Bioma Mata Atlântica. Realizado em uma área de 560 hectares de Mata Atlântica, às margens do Reservatório de Funil, próximo aos parques nacionais de Itatiaia e da Bocaina, o case premiado tinha os seguintes objetivos: preservação de informações sobre a composição florística das áreas de propriedade das indústrias nucleares do Brasil e de seu entorno; subsídio aos projetos de restauração florestal; reabilitação de áreas anteriormente ocupadas por atividades agropastoris; contribuição com a conservação do solo e dos recursos hídricos associados à Represa do Funil, mantendo e restaurando processos ecológicos vitais para os ecossistemas; e assegurar benefícios sociais inerentes aos processos de restauração. • Produção de 1,6 milhão de mudas de espécies nativas e plantio de, aproximadamente, 1 milhão de mudas. • Recuperação de 50% da área da empresa em Resende. • Produção de 218 espécies arbóreas nativas. • Catalogação de, aproximadamente, 700 matrizes arbóreas. • Identificação de 14 ordens de insetos, 11 espécies de peixes, 170 espécies de aves, 16 espécies de anuros, 21 de répteis e 29 de mamíferos. • ao longo dos anos. TRACTEBEL ENERGIA | CONSÓRCIO MACHADINHO-APROMATE Sistema Agroflorestal Cambona 4 – 2008 Uma parceria entre empresas e uma associação de e das Missões e a Embrapa Florestas, e os estudos produtores rurais conquistou o 4º PBA na categoria. chegaram ao Sistema Agroflorestal Cambona 4, um As três organizações se juntaram para criar um melhoramento genético que substitui a erva-mate nativa novo produto: uma variedade de erva-mate com na mistura que originava o produto final destinado ao espécies nativas. mercado, diminuindo a exploração dos remanescentes. A atividade ervateira era uma importante fonte de renda O incremento na qualidade garantiu valorização de para o município de Machadinho (RS), mas a oferta ao 65%, com custos inferiores e retorno financeiro quatro mercado era pequena. Era necessário profissionalizar vezes superior ao de culturas convencionais, gerando a cultura de erva-mate, levando os agricultores a um maior interesse dos produtores e novas parcerias. empregos e aumento de renda para agricultores novo modelo de produção, que garantisse também A segunda etapa do projeto foi de capacitação de familiares em mais de cem municípios no sul do Brasil. a preservação dos ervais nativos. Para organizar produtores para adesão ao novo sistema. Hoje, o projeto e fortalecer a cadeia produtiva, a Associação dos é autossustentável e segue com a Apromate, envolvendo os produtores conseguiram viabilizar o Produtores de Erva-Mate – Apromate firmou parcerias cerca de 70 produtores familiares locais e uma área financiamento dos novos plantios com agentes do com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai plantada total de, aproximadamente, 180 hectares. sistema financeiro. Divulgação/Klabin/Zig Koch 45 Reciclagem de mais de 350 kg/dia de resíduos sólidos para produção de húmus – aproximadamente, 590 toneladas • • A iniciativa conservou ervais nativos e gerou Com os resultados do projeto implantado, KLABIN Programa Klabin de Monitoramento da Biodiversidade – 2009 Divulgação/Suzano Papel e Celulose Título da Sessão O case vencedor do 5º PBA começou a ser desenhado nos anos 1980, com o Programa Klabin de Monitoramento da Biodiversidade. A iniciativa, realizada em parceria com universidades, precisava de áreas nativas para estudos investigativos de fauna e flora, visando a caracterização de hábitos de espécies e sua relação com o ecossistema local. De lá para cá, a companhia ampliou o monitoramento da biodiversidade em suas unidades florestais, localizadas no Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo. Hoje, mais de 40% da área florestal da Klabin é destinada à preservação de florestas nativas, garantindo a manutenção de espécies desses ecossistemas e conservando os recursos hídricos. • Até o fim de 2009, foram identificadas mais de 650 espécies de animais no Paraná: 90 mamíferos, 409 aves, 40 anfíbios, 40 répteis, 12 abelhas, seis crustáceos e 58 peixes. Deste total, 74 são consideradas ameaçadas de extinção pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP; 15 pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama; e 51 pela International Union for Conservation of Nature – IUCN. • Foram identificadas 304 espécies de animais em Santa Catarina: entre as 252 espécies de aves, 41 de mamíferos, seis de anfíbios e cinco de répteis, 32 são consideradas ameaçadas de extinção pela IUCN e seis pelo MMA. • Foram também identificadas 1.146 espécies de plantas nas áreas no Paraná e 695 espécies em Santa Catarina. As árvores são o grupo mais estudado, com 426 diferentes espécies no Paraná e 344 em território catarinense. O segundo maior grupo de plantas identificadas é o das herbáceas, que somam 245 espécies abrangidas por estudos realizados na Klabin. TRACTEBEL ENERGIA | CONSÓRCIO ITÁ | FATMA | ECOPEF Implantação, incubação da gestão e operação do Parque Estadual Fritz Plaumann – 2010 A implantação, operação e gestão do Parque Estadual o parque fosse equipado com infraestrutura e foi criada Fritz Plaumann foi uma experiência pioneira em Santa a Oscip Ecopef (Equipe Cogestora do Parque Estadual Catarina, em que empresas privadas, o órgão ambiental Fritz Plaumann), buscando-se uma solução sustentável. estadual e a sociedade civil se uniram para a efetiva A entidade é formada por jovens da região que foram proteção e o uso público da mais importante área capacitados para gerir o parque e é supervisionada pela remanescente da Floresta Estacional Decidual. Em um Fatma. A gestão conjunta com a comunidade segue as segundo case realizado em parceria, a Tractebel Energia diretrizes do plano de manejo, sem depender exclusivamente levou seu segundo prêmio na categoria no 6º PBA. dos órgãos públicos, o que possibilita a replicação da Com 741 hectares, o parque estadual, uma unidade de metodologia em situações similares. Ao todo, o Consórcio Itá conservação de proteção integral, administrada pela investiu cerca de R$ 4,3 milhões na implantação do parque. Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina – Fatma, • Primeiro parque de Santa Catarina a ter um plano de está localizado em uma das regiões mais ameaçadas da manejo aprovado, um programa de incubação de uma Floresta Amazônica. Aproximadamente, um terço do Oscip especificamente para a gestão compartilhada e um espaço é composto por uma ilha originada da formação conselho consultivo constituído, tornou-se referência na do reservatório da Usina Hidrelétrica Itá, com concessão implantação e cogestão de unidades de conservação. do Consórcio Itá e operação da Tractebel Energia. O licenciamento ambiental da usina, em 1990, exigiu que • A visitação é de 300 pessoas por mês, de diferentes Estados do País. 46 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais TRACTEBEL ENERGIA | CONSÓRCIO MACHADINHO | CONSÓRCIO ITÁ VALE Conservação da biodiversidade no Alto Uruguai – 2011 Projeto Fazenda Marinha – 2013 O 7º PBA destacou a parceria da Tractebel Energia, Consórcio Machadinho e Consórcio Itá pelos programas e O monitoramento e repovoamento de camarões- ações desenvolvidos para preservação e recuperação ambiental da região do Alto Uruguai. Localizada na divisa rosa nativos na Baía de Sepetiba como forma de entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a área abriga dois empreendimentos operados pela empresa de energia, compensação ambiental deu o 9º PBA na categoria a Usina Hidrelétrica Machadinho e a Usina Hidrelétrica Itá. As iniciativas reúnem frentes de restituição da para a Vale novamente. O projeto realizado em mata ciliar, conservação de ictiofauna, salvamento de espécie de bromélia em extinção, além dos dois projetos já Mangaratiba (RJ) promove a preservação e a educação premiados: implantação do Sistema Agroflorestal Cambona 4, em 2008; e implantação do Parque Estadual Fritz ambiental, capacita pescadores e melhora a qualidade Plaumann, em 2010. de vida da população, oferecendo alternativas de • 223 mil mudas, de 90 espécies diferentes, foram produzidas e plantadas na região da UHE Itá. Na UHE geração de renda. Machadinho, foram mais de 100 mil mudas para recuperar a vegetação da área de preservação permanente. Iniciada em 1996, a ação foi incorporada à agenda Foram desenvolvidas novas tecnologias para monitoramento e conservação da fauna de peixes no Rio Uruguai, anual da empresa, que hoje tem um laboratório de proporcionando a melhoria das condições ambientais. maricultura e uma equipe que desenvolve atividades Ameaçada de extinção, a bromélia Dyckia distachya Hassler foi salva por meio do resgate de exemplares e do na área do terminal portuário. São lançados cruzamento entre indivíduos de comunidades diferentes. milhares de pós-larvas na baía, e os programas de • • monitoramento possibilitam avaliar a qualidade do ecossistema local. O projeto garante a melhoria na VALE qualidade de vida das comunidades, com o incremento na renda familiar e reforço da tradição. A Fazenda 47 Fundo Vale: 3 anos de ações pela conservação dos recursos naturais e desenvolvimento no bioma amazônico – 2012 Marinha ainda oferece cursos de maricultura, reconhecidos pelo Ministério da Pesca, e cursos de artesanatos com conchas. Hoje, a fazenda tem novos A Vale conquistou o 8º PBA na categoria pela criação do maior fundo de cooperação de origem privada do Brasil, o Fundo Vale. projetos com o objetivo de preservar a fauna marinha, Fundada em 2009, a Oscip busca contribuir com a preservação e conservação ambiental e promoção do desenvolvimento como o monitoramento de botos-cinza e da pesca socioeconômico das regiões onde atua. As ações começaram pelo bioma amazônico, onde a entidade apoiou 21 projetos realizados e o monitoramento de cavalos-marinhos, espécie por 12 parceiros em Calha Norte, Corredor do Xingu, Marajó, Acre e sul do Amazonas, com investimento total de R$ 29,3 milhões. ameaçada de extinção e bioindicadora indireta de Uma das iniciativas é o fortalecimento de mecanismos independentes de monitoramento do desmatamento e da saúde ambiental. degradação florestal na Amazônia Legal e de planos de manejo florestal no Pará. Outra frente é a contribuição para • implementação e consolidação de áreas protegidas do Arquipélago do Marajó, para a melhoria da qualidade de vida, Mais de 20 milhões de camarões já foram levados para a Baía de Sepetiba. conservação da biodiversidade e da cultura e promoção da sustentabilidade. O fortalecimento da governança ambiental • Mais de 2,5 mil pessoas beneficiadas. para controle e monitoramento do desmatamento, por meio da implementação do Cadastro Ambiental Rural para • Mais de 520 pessoas foram treinadas pelo curso de regularização das atividades agropecuárias, também compõe a atuação. maricultura, dando origem a diversas associações • Além do PBA, o Fundo Vale conquistou os prêmios BenchMais, como uma das cinco melhores práticas de gestão que se dedicam à cultura de ostras e mexilhões ambiental do País, e o Brasil de Ação Ambiental 2011, na categoria Biodiversidade e Florestas. como fonte de renda. • As iniciativas também resultaram em importantes números no Pará, como mil quilômetros quadrados de floresta preservados; integridade garantida de 60% das áreas de unidade de conservação, com validação de planos de manejo e fomento a cadeias de valor; retrocesso de 90% da destruição da floresta em Paragominas e exclusão do município da lista de municípios desmatadores do MMA (Ministério do Meio Ambiente); adoção do Programa Munícipios Verdes como política pública; fortalecimento das redes de sementes para cadeias produtivas sustentáveis em Apuí e Xingu; e implantação de software de gestão administrativo-financeira integrado aos sistemas dos parceiros para agilizar as ações. Cases Premiados ENGIE A importância dos programas ambientais da uhe Jirau para o conhecimento da fauna silvestre da região amazônica – 2014 O case vencedor do 10º PBA mostrou a importância de se ter informações detalhadas sobre a fauna local para reduzir impactos ambientais em projetos como implantação da Usina Hidrelétrica de Jirau – UHE Jirau. O projeto da Engie se baseou em estudos genéticos para subsidiar as decisões para mitigação de possíveis impactos na unidade. Para isso, foi realizado monitoramento contínuo da fauna silvestre antes, durante e após a formação do reservatório da UHE. Com início do projeto em 2010, foram 21 campanhas trimestrais, avaliando vertebrados e invertebrados, de ambientes terrestres e aquáticos. As atividades estão integradas às ações de resgate da fauna, tanto durante a supressão de vegetação como durante o enchimento do reservatório. Foi realizada análise do material genético para identificação taxonômica e status populacional do boto-vermelho na área de influência da UHE, além de estudos das espécies com base nos animais tombados em instituições depositárias de referência para o Brasil. • Mais de 430 mil indivíduos já foram registrados, e 18 espécies novas para a ciência foram descobertas. • Com base nas informações oriundas do patrimônio genético dos indivíduos de boto-vermelho, foi possível verificar a correta identificação da espécie da região, sua distribuição e possíveis relações com outras populações. Divulgação/Vale 48 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Divulgação/Suzano Responsabilidade Socioambiental 49 Outra categoria sempre presente no PBA, Responsabilidade Socioambiental estreou voltada para projetos de educação ambiental que contribuíssem para o desenvolvimento sustentável de comunidades ou setores. O PBA passou a incentivar projetos de implantação e fortalecimento das Agendas 21 locais e também iniciativas fundamentadas nos aspectos econômicos, sociais e ambientais de forma integrada. A categoria começou a refletir, então, ações focadas em geração de renda, inclusão social nas etapas de estruturação e gestão de projetos e na preservação do meio ambiente. Dois números evidenciam como a visão de responsabilidade socioambiental do mercado empresarial brasileiro amadureceu nestes dez anos de PBA: mais de 1.200 pessoas foram envolvidas no primeiro case vencedor da categoria, em 2005, e 300 mil pessoas foram beneficiadas no case vencedor da última edição do prêmio nesta categoria, em 2014. Cases Premiados SAMARCO MINERAÇÃO PETROBRAS Salvamar Ambiental – 2005 Educando Sobre as Águas – 2007 O programa de sensibilização da comunidade pesqueira quanto ao descarte correto do óleo lubrificante das O projeto propõe a implantação de um programa de embarcações deu à mineradora o 1º PBA na categoria. Mais de 1.200 pessoas foram envolvidas no projeto educação ambiental direcionado prioritariamente aos implantado em Guarapari e Anchieta (ES) em parceria com as prefeituras. O óleo lubrificante, lançado pelas alunos e professores de ciências do ensino fundamental embarcações de pesca e turismo, pode persistir de dez a 20 anos no mar, na areia ou no manguezal, interferindo da rede pública. O objetivo é buscar a conscientização no equilíbrio ecológico. Com o programa, o óleo queimado, antes despejado dos barcos, passou a ser depositado em e o desenvolvimento de condutas que possibilitem a coletores instalados na beira da praia e encaminhado para a reciclagem por meio de refino. O investimento inicial prevenção da poluição e da degradação dos corpos d’água foi de R$ 50 mil. e o uso sustentável dos recursos hídricos, no âmbito da O projeto integra, ainda, um curso de capacitação para pescadores e a criação da Associação Salvamar de Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré. Assistência à Criança e ao Adolescente. A entidade oferece um espaço físico que funciona como um centro O programa vencedor do 3º PBA foi desenvolvido de convivência, onde são oferecidas atividades esportivas, reforço escolar, atividades lúdicas, cultura e em 2004 e retomado em 2007 para expor os aspectos entretenimento como forma de combater o ócio e a permanência das crianças e adolescentes nas ruas, nas drogas e problemas, locais e regionais, da qualidade e e na marginalidade. disponibilidade das águas no âmbito da bacia. A • A iniciativa recebeu prêmios nacionais e internacionais e foi apresentada no seminário internacional do iniciativa destaca a importância da correta gestão e Global Compact, acordo internacional proposto pela ONU, em julho de 2002. planejamento dos recursos hídricos, ao mesmo tempo • Cerca de 50 mil litros de resíduos oleosos foram coletados e reciclados/reutilizados. que promove a cidadania ambiental e estimula as • Redução da emissão de poluentes no mar e manguezal e melhoria da qualidade da água. práticas de uso racional da água. • Aumento da conscientização das tripulações dos barcos de pesca e redução de incidentes ambientais. • • Maior envolvimento da comunidade com a participação voluntária de pescadores, mergulhadores e sensibilizadas. aquicultores nos cursos de capacitação. BROOKFIELD ENERGIA RENOVÁVEL Parque Municipal da Farinheira – 2006 O case vencedor do 2º PBA nasceu a partir de um diagnóstico socioeconômico realizado em Boa Ventura de São Roque (PR) para a construção da Pequena Central Hidrelétrica Pedrinho. Para cumprir com obrigações legais, a Brookfield buscou desenvolver atividades que atendessem à real necessidade da comunidade e promoveu ações que contribuíram para a melhoria das condições educacionais e socioambientais da região, com programas de educação ambiental, recuperação da mata ciliar, doação de materiais e equipamentos, construção de uma escola e criação de um parque. • Desenvolvido entre 2001 e 2004, o projeto abrangeu mais de 2.500 pessoas de forma participativa, entre alunos, professores, proprietários rurais e comunidade, além de cerca de 20 instituições, como escolas, Desenvolvimento de agentes multiplicadores. • Melhorias na área educacional. • Produção de 10 mil mudas de plantas nativas. • Criação de um espaço de lazer e cultura para o município. Divulgação/Samarco secretarias municipais e empresas de consultoria. • Aproximadamente, 175 mil pessoas diretamente 50 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais CEDAE SAMARCO MINERAÇÃO Programa Cedae Educação Ambiental Para as Escolas – 2010 Taboa Lagoa – 2011 Com o objetivo de fomentar a sustentabilidade das comunidades do entorno da Lagoa de Mãe-bá (ES), foi desenvolvido A empresa de saneamento conquistou o 6º PBA com o o programa de gestão e educação ambiental vencedor do 7º PBA. Com um investimento inicial de R$ 90 mil, a Samarco Programa Cedae Educação Ambiental Para as Escolas. desenvolveu atividades de geração de renda, contribuindo para a preservação e revitalização da lagoa e da cultura local. O projeto foi complementado nos anos seguintes com O projeto foi iniciado em 2004, com um diagnóstico socioambiental sobre demandas e potenciais da área e um plano de novas iniciativas voltadas à conscientização social: a gestão e educação ambiental. No ano seguinte, a Samarco deu continuidade com o programa para estimular a educação, campanha Salve o Planeta. Economize Água, o projeto a qualificação profissional, a geração de renda e as melhorias sociais e ambientais das comunidades do entorno da Lagoa Replantando Vida e os Centros de Visitação Ambiental. Mãe-bá, a segunda maior do Espírito Santo. Pesca e agricultura são as bases econômicas locais, e a companhia encontrou A iniciativa integra palestras em escolas e universidades, o desafio de controlar o crescimento desordenado da fibra de Taboa, uma planta aquática comum ao redor da lagoa. Para feiras e seminários com a apresentação da Miniestação de isso, foi estimulado o uso da fibra como matéria-prima para artesanato. Iniciava-se, assim, o controle ambiental e manejo Tratamento de Água, além de um ônibus envelopado com o da Taboa, que abriu a possibilidade de uma nova atividade econômica para a população. Foram retirados cerca de 122.834 logo da companhia para conduzir crianças de escolas públicas “pés” de planta; 3 mil mudas nativas foram distribuídas a cerca de 160 famílias da área rural para plantio próximo às em visitas à ETA Guandu e outras atividades socioambientais. nascentes e matas ciliares; e foi implantada uma Estação de Tratamento de Efluentes – ETE. Nos Centros de Visitação Ambiental das estações de • Cerca de 3 mil moradores beneficiados. tratamento de esgotos Alegria e Barra da Tijuca, a Cedae • Mais de 150 mil peças artesanais produzidas e comercializadas. abre as portas à comunidade acadêmica, aos cursos de • Saneamento de 100% da rede de esgoto da comunidade de Mãe-bá. pós-graduação, aos universitários e às escolas técnicas, • Redução do volume de lixo e resíduos na lagoa e preservação de um dos pontos naturais mais belos da região. apresentando suas tecnologias e incentivando a realização de 51 pesquisas e trabalhos nas unidades. Os visitantes conhecem os processos de tratamento de esgotos, as características dos TRACTEBEL ENERGIA | ADECOVA afluentes e efluentes, os resíduos do processo e os projetos de aproveitamento dos resíduos: usina de biodiesel, biogás e Centro de Cultura de Entre Rios do Sul – 2012 aproveitamento do lodo como adubo para os viveiros para produção de espécies de Mata Atlântica. A implantação de Centros de Cultura e Sustentabilidade em municípios de pequeno porte que abrigam Para cuidar das mudas nos viveiros e fazer o plantio, é empreendimentos operados pela Tractebel Energia se tornou uma das principais ações de responsabilidade empregada mão de obra carcerária dos regimes aberto e socioambiental da companhia. O Centro de Cultura de Entre Rios do Sul (RS) foi o pioneiro. Seu sucesso garantiu a semiaberto, que recebem treinamento e remuneração, replicação da prática em outras regiões em que a empresa atua e deu a ela o 8º PBA. qualificando-se como agentes de reflorestamento e tendo A Usina Hidrelétrica Passo Fundo está situada no município gaúcho de 3 mil habitantes. Em um raio de 80 quilômetros apoio para sua ressocialização. da cidade, não havia nenhum cinema, teatro, museu ou espaço cultural gratuito destinado à comunidade. A implantação • 27.825 alunos visitaram a ETA Guandu, a maior do do centro de cultura foi realizada com a Lei Rouanet, como o primeiro projeto do gênero executado no País com 100% de mundo. isenção fiscal, tornando-se um marco na história das construções de espaços culturais incentivados em todo o Brasil. 36.197 visitantes nos Centros de Visitação Aberto em 2011, o centro possui 1.075 metros quadrados, com um auditório de 150 lugares, oficinas, salas para exposições Ambiental. e reuniões comunitárias, museu, biblioteca e sala de inclusão digital, além de uma área coberta para feiras e exposições. O 10 mil pessoas já participaram de palestras da engajamento da comunidade na gestão do centro se dá pela Associação de Desenvolvimento Comunitário de Vila Alegre campanha Salve o Planeta. Economize Água, – Adecova, entidade sem fins lucrativos formada por moradores. A Tractebel Energia investiu na capacitação em gestão segundo estimativa da companhia. cultural de membros da comunidade para assumir a coordenação do centro e captar recursos para sua manutenção. Mais de 2.700 apenados mantêm viveiros de • • • • Desde o início das atividades, cerca de 80 mil pessoas passaram pelo centro de cultura. O sucesso fez com que o modelo espécies nativas, que produziram cerca de 2,5 milhões fosse replicado com o Centro de Cultura de Alto Bela Vista (SC), Centro de Cultura e Sustentabilidade de Capivari de de mudas desde 2010. Baixo (SC) e Centro de Cultura de Quedas do Iguaçu (PR). Outros seis centros estão em fase de projeto ou em construção. Cases Premiados TRACTEBEL ENERGIA Parque Ambiental Tractebel – 2014 A companhia voltou a vencer o PBA nesta categoria com o de futebol, e segue um modelo de gestão compartilhada ginástica. O espaço abriga também um Centro de Cultura projeto que deu sequência ao case Recuperação das Áreas por meio de uma Oscip que reúne representantes da e Sustentabilidade dedicado a atividades culturais, como Degradadas Através da Utilização de Cinzas do Carvão companhia, associação de moradores e outras entidades espetáculos musicais e teatrais, exposições de arte e Mineral, premiado em 2007. Localizado em Capivari de locais. Juntos, os representantes elaboram as normas realização de outros eventos culturais. Baixo (SC), o Parque Ambiental Tractebel ofereceu novo de funcionamento e o plano anual de atividades. São 23 • destino à área recuperada da degradação ambiental quilômetros de reflorestamento com plantas nativas, gerada pela extração de carvão mineral na região. um lago de 14.500 metros quadrados; 4 quilômetros de • Cerca de 2,5 mil visitantes por semana. Inaugurado em 2013 e aberto à população, o parque pistas para caminhada, 3,5 quilômetros de ciclovias e • Somente em 2014, foram mais de 100 mil visitantes ocupa uma área de 35 hectares, equivalente a 50 campos área de recreação com parque infantil e espaço para municípios da região. e cerca de cem eventos artístico-culturais. Divulgação/Sesi FIRJAN | SESI Mais de 300 mil pessoas beneficiadas, de 20 Heróis do Futuro – 2013 O projeto vencedor do 9º PBA sensibilizou milhares de estudantes para a sustentabilidade e os temas da Rio+20, que reuniria milhares de lideranças políticas, comunitárias e ambientais na capital fluminense para discutir o desenvolvimento sustentável. Os jovens foram engajados com a iniciativa do Sistema Firjan Heróis do Futuro, que usou a capilaridade do Sesi para debater ideias e ouvir demandas, contribuindo para a formação desses futuros formuladores de políticas e formadores de opinião. A iniciativa, realizada em 2012, incluiu ações como a exibição de um filme original, em tecnologia 3D, apresentado em Unidade Móvel de Aprendizagem do Senai, um ambiente de comunicação por redes sociais (Facebook, Twitter e blog no site), com conteúdo aprofundado, e um concurso no qual os jovens aprenderam sobre sustentabilidade por meio de um game, além de expressar suas ideias. Para que o público se reconhecesse na abordagem proposta, as informações sobre a Rio+20 foram vinculadas a temas relacionados às grandes cidades, como resíduos, saneamento, transporte, poluição e cidades sustentáveis. O projeto foi ampliado para a rede Sesi e Senai de São Paulo e teve o apoio da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro para a entrada nas escolas municipais e da Uerj para a composição das equipes de mobilização nas 425 escolas participantes no Rio. A premiação ocorreu na Rio+20, e as equipes vencedoras receberam prêmios e uma viagem a Fernando de Noronha com atividades educativas. • 188.476 alunos sensibilizados em 425 escolas no Rio e 265 em São Paulo. • 81.549 participantes do game, em 31.325 equipes. • 1.579 “cidades sustentáveis” criadas no game. • 5.300 fãs no Facebook. • Mais de 150 profissionais do Sesi envolvidos diretamente na operação. • Ideia central considerada boa ou muito boa por 97% das escolas que responderam a pesquisa. • Conteúdo considerado relevante por 90% das escolas. • 34 matérias veiculadas em TV, rádio, mídia impressa e online. • 3 prêmios ambientais e 1 de comunicação conquistados. 52 Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais Patrimônio Cultural Brasileiro ENGIE Em 2013, o Rio de Janeiro vivia acelerado ritmo de obras, com a Programa de gestão do patrimônio arqueológico, histórico e cultural da uhe Jirau – a gestão do conhecimento através de mídias sociais – 2013 revitalização de importantes marcos da cidade. O momento jogava Desenvolver uma ciência aplicada, que aliasse a realização de pesquisas científicas com o envolvimento luz ao valor do patrimônio cultural como narrativa da história das das comunidades locais pelo uso de mídias sociais, para uma maior integração e divulgação dos conhecimentos sociedades. Inspirado nesse debate, o 9º PBA criou uma nova categoria adquiridos e consequente engajamento social, foi a diretriz que norteou o projeto vencedor da categoria especial para reconhecer as iniciativas das empresas brasileiras na especial criada no 9º PBA. Iniciada em abril de 2009, a ação teve atividade de valorização do patrimônio cultural nacional. prospecção, laboratório e educação patrimonial, incluindo também medidas compensatórias para proteção e preservação do patrimônio histórico e cultural. Foram utilizadas plataformas multimídia, como sites, blogs, Twitter, Google Earth e Google Maps, modelagens de cenários em ambiente de Arqueo@ 53 Parque e exposição de acervos em museu virtual. Desta forma, foi criado um ambiente online para contato direto dos atores sociais, acelerando o desenvolvimento do projeto e facilitando o acesso ao conhecimento. O programa tem continuidade, com o atendimento a todos que buscam informações, contatos ou integração com as pesquisas. O conhecimento gerado segue inserido em categorias e produtos como Arqueo@Parque, Fale Conosco, Cartilha Patrimonial e Blog da Comunidade, e a companhia fez a divulgação científica em eventos nacionais, internacionais e fóruns de debate. • Mais de 2.500 pessoas da comunidade local foram envolvidas nas atividades, incluindo oficinas, entrevistas e capacitações. O blog contabilizou Divulgação/Engie milhares de acessos, provenientes de mais de 50 países. Cases Premiados Texto Jornalístico Outra categoria especial, Texto Jornalístico buscou estimular a produção DIÁRIO DA REGIÃO Série Recicle Já – 2009 A campanha com foco ambiental liderada pelo Diário da Região, em 2008, com a parceria da de reportagens sobre desenvolvimento sustentável na imprensa cooperativa Cooperlagos e apoiada pela Prefeitura de Rio Preto, premiou o jornal no 5º PBA. brasileira, como forma de capilarizar o debate. Os cases premiados Reportagens publicadas aos domingos enfocaram a importância dos processos de reciclagem para o destacaram os fatores que envolvem a construção de hidrelétricas do meio ambiente, a economia e a sociedade. O trabalho apontou que o reaproveitamento de materiais ponto de vista ambiental, social e econômico e os contrastes e paradoxos como borracha, metal e plásticos, entre outros, reduz a poluição, prolonga a vida útil de aterros sanitários e de lugares em que a riqueza natural não reverte a situação de milhares de deixa as cidades mais limpas. A experiência de alguns moradores da região foi destacada, como em Mirassol, habitantes que vivem na miséria. O PBA também mostrou a preocupação onde um trabalhador conquistou a casa própria com as vendas provenientes da reciclagem de lixo. Reutilização social com a questão do lixo, destacando a importância da reciclagem e do de água e fontes alternativas de energia ganharam espaço na discussão, aprofundada em editorial. O projeto reaproveitamento de plástico, vidro, papel e outros materiais para o meio reforçou a vocação do jornal de defender o meio ambiente e, em nome do interesse público, engajar os leitores. ambiente e os impactos econômicos decorrentes. CANAL ENERGIA GAZETA DO POVO “A última testemunha” / “Kuwait paranaense” – 2008 e 2010 “Hidrelétricas: sustentabilidade e desenvolvimento” – 2011 Vencedor do 4º e do 6º PBA na categoria, o jornal Gazeta do Povo foi premiado com a série de reportagens do jornalista Qual o ponto de equilíbrio entre o potencial hidrelétrico Mauri König “A última testemunha”, publicada em 9 e 10 de setembro de 2007, e com a matéria “As marcas do descaso”, do Brasil e a necessidade de preservação socioambiental? publicada em 30 de janeiro de 2010, também de König e do jornalista Adriano Kotsan. A reportagem “Hidrelétricas: sustentabilidade e Vencedora em 2008, “A última testemunha” aborda uma batalha em curso no coração da Mata Atlântica, na divisa dos desenvolvimento”, publicada pelo site CanalEnergia, em Estados do Paraná e São Paulo. O Grupo Votorantim tenta construir a hidrelétrica Tijuco Alto no Rio Ribeira de Iguape, 24 de junho de 2011, abordou a questão e ganhou a 7ª mas encontra a resistência de ambientalistas, índios, caiçaras, religiosos e quilombolas que são contra a barragem. Entre edição do PBA. A jornalista Carolina Medeiros destacou eles está seu Vicentinho, um símbolo dessa resistência aos 100 anos. as crescentes necessidades energéticas e as pressões por Em 2010, a Gazeta do Povo voltou ao pódio do PBA contando a história da família de Vítor, de 4 anos. Eles vivem em mitigação dos impactos socioambientais. A discussão Piraquara, o “Kuwait paranaense”. A riqueza de ambos é líquida e está no subsolo. Dono da quarta maior reserva de envolve ambientalistas e investidores do setor elétrico. petróleo do mundo, o Kuwait não tem um só cidadão abaixo da linha da pobreza, enquanto Piraquara tem dezenas de Para o CanalEnergia, a sustentabilidade está no DNA do bilhões de litros de água no subsolo, mas 10% dos 88 mil habitantes estão em petição de miséria. A matéria retrata uma setor elétrico, porque a geração tem como base as usinas alarmante contradição: famílias vivendo sem água encanada, mesmo residindo em cima do maior manancial do Estado hidrelétricas, com o reforço das fontes eólica, solar e do Paraná. biomassa – principalmente, de cana-de-açúcar. 54 Expediente AmCham Rio Referência para citação Rafael Sampaio da Motta – presidente AmCham Rio. Prêmio Brasil Ambiental. Dez Anos de Pedro Paulo Pereira de Almeida, João César Lima e Fabio Incentivo às Boas Práticas Empresariais. Rio de Janeiro, 2015 Lins de Castro – vice-presidentes Manuel Domingues e Pinho – diretor financeiro Endereços Luiz Claudio Salles Cristofaro – conselheiro jurídico Praça Pio X, 15 – 5.º andar – Centro – 20040-020 Steven Bipes – diretor executivo Rio de Janeiro/RJ – Brasil 55 21 3213-9200 Idealização e pesquisa amchamrio.com Cláudio Motta, Vanessa Barros, Bernardo Guimarães e premiobrasilambiental.com Veriza Duca – Comunicação AmCham Rio amchamrio.com.br/facebook Produção e edição 55 DIX – Conteúdo e Relacionamento amchamrio.com.br/linkedin Revisão amchamrio.com.br/twitter Luciana Maria Sanches Comercial Nadia Stanzig e Felipe Tavares – Produtos e Serviços AmCham Rio Coordenação geral Comunicação AmCham Rio Projeto gráfico e diagramação Mamelucos – Escritório de Design Este livro usa papel com certificação FSC, garantia de que a matéria-prima florestal tem manejo social, ambiental e Impressão economicamente adequado. Grafeno Gráfica Copyright © 2015 Câmara de Comércio Americana do Rio Número de exemplares de Janeiro (AmCham Rio). Todos os direitos reservados. 250 Proibida a reprodução, mesmo que parcial, por qualquer Imagens meio e processo, sem a prévia autorização escrita da Fotos de divulgação dos projetos vencedores do PBA e 123rf. AmCham Rio. 56 Agradecimentos À Kárim Ozon, presidente do Comitê de Meio Ambiente, e à Silvina Ramal, presidente do Comitê de Responsabilidade Social Empresarial da AmCham Rio. Aos patrocinadores do livro: BG Brasil, Fetranspor, Instituto Jogue Limpo e Tractebel Energia. A todas as empresas que enviaram projetos e, assim, ajudaram a construir a história do Prêmio Brasil Ambiental – PBA. E a todos que contribuíram com a pesquisa necessária para a produção deste livro. Aos mais de 50 jurados que, nos últimos dez anos, definiram os vencedores do PBA. Aos parceiros, colaboradores e voluntários. À equipe da AmCham Rio. A capa dessa publicação foi impressa em papel offset FSC 240g e o miolo em couché fosco FSC 115g. A família tipográfica utilizada é a Aleo. Realização Patrocínio