Faça o do livro “PRÊMIO BRASIL AMBIENTAL: 10 ANOS

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Faça o do livro “PRÊMIO BRASIL AMBIENTAL: 10 ANOS
Prêmio Brasil Ambiental
Dez anos de incentivo
às boas práticas empresariais
outubro/2015
Divulgação/Suzano Papel e Celulose
SUMÁRIO
Quem somos
6
AmCham Rio: fomentando negócios e o desenvolvimento do Brasil
Carta do presidente
8
Compromisso com o crescimento: envolvimento, dedicação
e empenho transformam o mundo
Aniversário
10
O reconhecimento de mais de 60 projetos em uma década
História
12
Linha do tempo: os fatos que marcaram a primeira década do prêmio
Visão estratégica
14
Patrocinadores: quais são as empresas que investem
no incentivo à sustentabilidade
Ranking
22
A lista dos vencedores: conheça as empresas mais premiadas nestes dez anos
Cases premiados
24
Campeões: as experiências que se destacaram e registram
a evolução do desenvolvimento sustentável dentro das empresas no Brasil
Expediente
54
Agradecimentos
55
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
AMCHAM RIO
Fomentando negócios
e o desenvolvimento do Brasil
Quem somos
A
Câmara de Comércio Americana do Rio de
de classe e entidades da sociedade civil e de 24 grupos
saúde; seguros, resseguros e previdência; recursos humanos;
Janeiro (AmCham Rio), fundada em 1916, foi
capixabas líderes em sua área de atuação.
marketing; meio ambiente; e responsabilidade social
a primeira estabelecida na América Latina.
Afiliada à Association of American Chambers of
empresarial. A câmara também integra um grupo dedicado
Naquele ano, o mundo vivia a Primeira Grande Guerra,
Commerce in Latin America – Aaccla e à U.S. Chamber
ao setor de óleo e gás, formado por 30 representantes da
que redesenhava a política e a economia mundial. No
of Commerce, maior entidade empresarial privada do
cadeia produtiva que participam do debate legislativo e
Brasil, o nono presidente da República, Wenceslau
mundo, a AmCham Rio possui parceiros estratégicos
regulamentar no Brasil e nos Estados Unidos.
Braz, governava do Palácio do Catete. O Rio era a capital
como o Brazil-U.S. Business Council – BUSBC, o Sistema
Mais de cem eventos são realizados por ano para troca de
política e cultural do País.
Firjan, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, e a
ideias e apresentação de novos conteúdos, com destaque
A Amcham Rio teve como fundadoras as empresas
Rio Negócios, entre outras instituições. Com uma
para a conferência internacional de energia Brazil Energy
americanas recém-chegadas ao Brasil American Bank
rede de mais de 4 mil colaboradores de diferentes
& Power e o Prêmio Brasil Ambiental. A câmara também
Note Co. (atual Valid), Bethlehem Steel, Burroughs
organizações e setores da economia e, sem fins
participa ativamente da principal feira no setor de óleo e
Adding Machine Co.
gás: a Rio Oil & Gas.
(hoje Unisys Brasil),
Em outra frente,
Citibank N.A., Cutler-
para estimular o
Hammer do Brasil, Esso
Brasileira de Petróleo,
Elevadores Otis, General
A AmCham Rio representa os interesses de seus
associados nas esferas públicas e privadas, promovendo
Electric, Middletown
Car Co., Midvale Steel,
R. G. Dun & Co., Singer
Sewing Machine Co.
e Texaco Brasil (atual
desenvolvimento
de redes estratégicas
de relacionamento
e incentivar novas
networking, difundindo conhecimento e fortalecendo as
relações bilaterais comerciais com os Estados Unidos.
parcerias e novos
negócios, a AmCham
Rio promove
missões comerciais
Chevron). E foi fundada
internacionais. A
com o objetivo de
agenda inclui visitas
construir uma rede de apoio e serviços que facilitasse
lucrativos, a câmara é financiada exclusivamente pela
técnicas, participação em eventos, parcerias e ganho
parcerias e, consequentemente, o desenvolvimento de
contribuição dos associados.
de know-how internacional. A câmara também
novos negócios no País em um momento de intensas
A atuação da AmCham Rio parte dos comitês setoriais
realiza o AmCham Rio Professional Development,
transformações nas relações comerciais, políticas e
e executivo, que definem estratégias e ações específicas
programa de cursos de especialização e reciclagem
culturais do mundo.
para cada área, discutem temas relevantes, realizam
para profissionais associados e não associados nas
Desde então, a AmCham Rio representa os interesses
missões comerciais, desenvolvem cursos e eventos.
instalações da entidade ou no modelo in company, com
de seus associados nas esferas públicas e privadas,
São 11 comitês e dois subcomitês temáticos voltados
conteúdo e formato customizado.
promovendo networking, difundindo conhecimento
para a promoção de uma rede estratégica de networking
Com periodicidade trimestral, a revista Brazilian Business
e fortalecendo as relações bilaterais comerciais com os
com foco no relacionamento, no debate para troca
é o principal canal de comunicação com os associados
Estados Unidos.
de conhecimento e na geração de oportunidades de
e não associados. Ela reúne notícias e opiniões sobre
Em 1998, a AmCham Espírito Santo se torna filial da
negócios entre associados. O Comitê de Assuntos
economia, oportunidades de investimento, estratégias
câmara fluminense e hoje, quase cem anos depois da
Jurídicos integra o Subcomitê de Propriedade Intelectual
comerciais e temas relevantes no cenário empresarial.
fundação, a entidade representa mais de 250 empresas
e um segundo voltado para Assuntos Tributários. Os
Com estas e outras iniciativas, exclusivas ou não para
de grande, médio e pequeno porte de diferentes
demais comitês são dedicados ao setores de energia;
associados, a AmCham Rio busca o engajamento público
segmentos da economia, que respondem por 70% do
entretenimento, esportes e cultura; logística e
e privado para a geração de parcerias, o fomento de
PIB do Estado do Rio de Janeiro, além de associações
infraestrutura; tecnologia da informação e comunicação;
novos negócios e o desenvolvimento do Brasil.
8
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Compromisso com o
desenvolvimento sustentável:
envolvimento, dedicação e empenho
transformam o mundo
Divulgação/Grupo Case/Pedro Kirilos
9
Carta do presidente
Q
uase um século depois da fundação, a Câmara
de nossas companhias no mercado americano pode
de pequeno, médio e grande porte que investem no
de Comércio Americana do Rio de Janeiro
contribuir significativamente para elevar a arrecadação,
desenvolvimento sustentável como premissa de
(AmCham Rio) renova seu compromisso:
equilibrar a balança de pagamentos e fortalecer a cadeia
negócio. Estimulamos a multiplicação dessas iniciativas
construir com a iniciativa privada e com instituições
de produção no mercado local.
transformadoras, incentivando que outras organizações
parceiras do Rio de Janeiro e do Espírito Santo um
Ampliar a carteira de negócios, gerando riqueza de forma
adotem essas experiências de sucesso.
ambiente de negócios melhor. Com essa missão clara, nós
consistente em novos segmentos como transporte, logística,
Com abrangência nacional, o Prêmio Brasil Ambiental
nos dedicamos à geração de oportunidades, à promoção do
indústria criativa e tecnologia, é outro caminho de grande
destaca ações desenvolvidas nos grandes centros, com
networking e ao estímulo ao desenvolvimento de relações
potencial atualmente. Compartilhar cenários e dados
projetos realizados no Rio de Janeiro, em São Paulo e em
comerciais estratégicas entre Brasil e Estados Unidos.
confiáveis é o nosso papel. Acesso rápido à informação de
outras capitais de todo o País, até ações implantadas em
Nossa pauta de prioridades é norteada pelo
qualidade é crucial para tomadores de decisão.
pequenas cidades do interior, como Entre Rios do Sul
desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Os dez anos
Dessa forma, a AmCham Rio, mais uma vez, dá suporte
(RS), Capivari de Baixo (SC), Guaraqueçaba (PR), Apuí
do Prêmio Brasil Ambiental
(AM) e a Bacia do Tucano (BA).
– PBA são um exemplo disso.
Cada projeto vencedor do
Uma década promovendo
transformações e avanços a
partir do reconhecimento às
organizações que investem em
projetos fundamentados no
desenvolvimento sustentável
como premissa para os negócios e
para o Brasil.
Ampliar a carteira de negócios, gerando riqueza
de forma consistente em novos segmentos como
transporte, logística, indústria criativa e tecnologia,
é outro caminho de grande potencial atualmente.
Já acompanhamos muitos
Prêmio Brasil Ambiental
conta um pouco da história
da sustentabilidade no País,
apontando as empresas que
vêm desenhando nosso
desenvolvimento sustentável.
A AmCham Rio atua como
uma caixa de ressonância
dessas iniciativas, um
acontecimentos e transformações políticas, econômicas
às empresas para se preparar melhor para o futuro. As
estímulo para que mais empresas revejam suas práticas,
e sociais, em contextos de crise inclusive. Em qualquer
associações estabelecem que não estamos sozinhos, ao
criando ou adotando experiências que já deram certo
cenário, reafirmamos nosso compromisso com o
formatar estruturas seguras, que nos tornam mais fortes
em outras organizações.
crescimento sustentável do País, propondo caminhos
e capazes de competir. Assim é a AmCham Rio: fazemos
A publicação Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos
capazes de levar ao desenvolvimento. Nossa estratégia
as coisas darem certo.
de Incentivo às Boas Práticas Empresariais traz mais
é o diálogo. Defendemos mudanças fundamentais para
Em ambientes de dificuldade econômica, como o que
de 60 projetos que ganharam o PBA nestes últimos
nossa economia. Buscamos permanentemente a agenda
estamos vivendo hoje, reunimos lideranças que dão
dez anos. Mostramos como foram executados, os
bons exemplos com objetividade e eficiência, inspirando,
resultados e em que contexto foram desenvolvidos.
Brasil possui o sétimo maior PIB do mundo, mas ocupa a 22
engajando e mobilizando atores sociais. Priorizamos
Lembrar de todas essas iniciativas é motivo de
posição no ranking de exportações, com 1,3% do total das
e damos espaço privilegiado à participação de líderes
orgulho para nós e registra que envolvimento,
vendas globais. Evidentemente, precisamos intensificar a
empresariais nas ações estratégicas.
dedicação e empenho transformam o mundo.
integração do País às cadeias produtivas globais.
O Prêmio Brasil Ambiental é uma dessas ações.
A internacionalização das empresas representa um
Colocamos em evidência a atuação baseada em melhores
enorme potencial para negócios. Estimular a presença
práticas socioambientais, reconhecendo empresas
positiva, com uma atuação propositiva e colaborativa. O
a
Rafael Sampaio da Motta
10
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
O reconhecimento de mais de
60 projetos em uma década
Aniversário
Mais de 60 projetos premiados,
divulgando as experiências e os
resultados conquistados por cerca
de 40 empresas e instituições
– organizações que adotaram
a sustentabilidade como pilar
estratégico e protagonizam o
desenvolvimento econômico do
Brasil. Mais de 50 jornalistas e
lideranças de entidades setoriais,
C
riado pelo Comitê de Meio Ambiente, que reúne
Lançada com o tema “O desenvolvimento industrial e o
líderes empresariais e especialistas das organizações
meio ambiente”, a 1ª edição do PBA possibilitava às empresas
associadas à AmCham Rio, o PBA tem o objetivo de
se inscrever em cinco categorias: Gestão de Águas, Gestão
estimular empresas a desenvolver práticas socioambientais
de Resíduos Sólidos, Florestas (mais tarde adaptada para
em plantas fabris, operações e processos. O prêmio reconhece
Preservação e Manejo de Ecossistemas), Mecanismo e
e divulga as melhores iniciativas para que outros grupos
Desenvolvimento Limpo (incorporada à Gestão Sustentável)
possam adotar as ações compatíveis com suas operações.
e Educação Ambiental (ampliada para Responsabilidade
A iniciativa é aberta a todas as empresas com atuação
Socioambiental). Em 2010, o prêmio acrescentou novas
no Brasil, além de instituições de pesquisa e entidades
categorias com foco na esfera ambiental, como Emissões
sem fins lucrativos que tenham projetos diretamente
Atmosféricas e Inovação Ambiental. Nesse período, o PBA
ligados ao setor privado. O PBA contempla atividades de
lançou mão de categorias especiais temporárias: Texto
sustentabilidade já concluídas ou em implantação, dando
Jornalístico, que provocou a imprensa nacional a pensar e
espaço para projetos em diferentes fases de maturação.
analisar assuntos caros ao desenvolvimento sustentável, e
Nestes dez anos, o PBA conjugou visões corporativas
Patrimônio Cultural Brasileiro, tema central da 9a edição do
complementares sobre sustentabilidade. Às iniciativas
Prêmio Brasil Ambiental.
voltadas para a preservação do meio ambiente nas
Dez anos se passaram desde que a AmCham Rio
organizações se uniram práticas sociais e culturais que
entendeu a importância de fomentar e reconhecer boas
fortalecem a atuação sustentável das empresas, impactando
práticas socioambientais. Empresas e instituições do País
os próprios números financeiros e as comunidades onde
inteiro apresentam seus avanços e ensinam como tornar
atuam social e culturalmente e, no longo prazo, o planeta.
o dia a dia empresarial mais sustentável.
representantes do poder público
12
e especialistas envolvidos na
A EVOLUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
avaliação e escolha das melhores
A ONU começou a discutir questões ambientais nos anos 1970. A Conferência das Nações Unidas Para o Meio Ambiente
Humano, realizada, em 1972, na Suécia, foi o primeiro grande encontro dedicado ao tema, gerando a Declaração de
práticas. Com esses números,
Estocolmo. O documento registra, entre outros pontos, que os recursos naturais devem ser preservados em benefício
das gerações atuais e futuras e que, mediante um cuidadoso planejamento ou administração adequada, fica protegida a
a AmCham Rio comemora
soberania dos Estados sobre seus recursos naturais desde que sem prejuízo a outros países. A cooperação mútua também
ganha destaque, assim como a educação ambiental é entendida como indispensável e o intercâmbio de informação e de
os dez anos do Prêmio Brasil
experiências científicas atualizadas deve ser objeto de apoio e assistência para facilitar a solução de problemas. A ciência e a
tecnologia para descobrir, evitar e combater riscos que ameaçam o meio ambiente para solucionar problemas ambientais e
Ambiental – PBA promovendo
para o bem comum da humanidade também devem ser utilizadas para contribuição ao desenvolvimento econômico e social.
As diretrizes foram consolidadas e ampliadas no conceito da sustentabilidade no fim dos anos 1980, com o Relatório
a sustentabilidade no mercado
Brundtland, criado pela Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU. O documento, conhecido
como Nosso Futuro Comum, conceitua desenvolvimento sustentável, de forma resumida, como a garantia de se atender
empresarial brasileiro.
às necessidades básicas da geração atual sem comprometer a capacidade de satisfazer as necessidades das próximas
gerações. Mais uma década e, nos anos 1990, o sociólogo inglês John Elkington apresentava o conceito do triple bottom line
(people, planet and profit). Agora, o desenvolvimento sustentável integrava estrategicamente a preocupação com o planeta
e o meio ambiente com a saúde financeira e as pessoas, jogando luz a questões como inclusão social e desenvolvimento
humano. Mas o conceito da sustentabilidade segue evoluindo e, hoje, já abrange também as visões cultural, política e
espiritual, no sentido da individualidade, como outros pilares do desenvolvimento sustentável.
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
ArcelorMittal – Fundação Grupo Boticário
de Proteção à Natureza – Sadia – Samarco
Mineração – Usinaverde – White Martins
Com cinco categorias (Uso Racional da
Água; Gestão de Resíduos Sólidos; Educação
Ambiental; Florestas; e Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo), o Prêmio Brasil
Ambiental – PBA estreou em um ano
estratégico. As emissões geradas pelo
desmatamento e as mudanças no uso da
terra passaram a integrar oficialmente as
discussões nas conferências da ONU.
Indústrias Nucleares do Brasil – INB –
ArcelorMittal Tubarão – Celulose Irani –
Petrobras – Solví – Tractebel Energia
Diário da Região – El Paso – Klabin – SMA
O Painel Intergovernamental Sobre Mudanças
Cabos e Sistemas
Climáticas – IPCC alertou para os perigos
crescentes do aquecimento global. O Prêmio
Nobel da Paz foi recebido pelo ex-vicepresidente americano Al Gore, que se tornou
popular em todo o mundo com o documentário
Uma Verdade Inconveniente, lançado em 2006.
O filme destacou a campanha presidencial do
político, evidenciando sua agenda ambiental e o
foco nas mudanças climáticas. O tema florestas
ganhou evidência na COP 13.
USO SUSTENTÁVEL DA
FLORESTA AMAZÔNICA
Companhia Siderúrgica Tubarão /
GLOBAL WARMING – EFEITOS,
CONSEQUÊNCIAS E PROPOSTAS
O DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL E O MEIO AMBIENTE
Linha do tempo:
os fatos que marcaram a primeira década do prêmio
Foi instituída a Política Nacional Sobre
a Mudança do Clima, que oficializou o
compromisso do Brasil de reduzir as emissões
de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9%,
considerando a projeção até 2020. A COP
15, na Dinamarca, reuniu líderes mundiais,
inclusive o presidente do Brasil, e atraiu a
atenção do mundo inteiro para a discussão
sobre mudanças climáticas no evento de
maior repercussão midiática até então.
13
2006
2007
2008
2009
Brascan Energética – IBM – Petrobras – Suzano
Devon Energy – Fundação Grupo Boticário de Proteção
Papel e Celulose e Petroquímica – Tractebel Energia
à Natureza – Gazeta do Povo / Mauri König – Tractebel
Declarado Ano Internacional dos Desertos e da
Desertificação, 2006 fez história quando, pela
primeira vez, o setor privado pôde participar da
Conferência da ONU. Representantes de mais
de 150 países se reuniram no Brasil para discutir
biossegurança, acesso e repartição de benefícios
e implementação dos direitos das populações
tradicionais sobre biodiversidade na COP 8, em
Curitiba. O presidente Lula foi reeleito; a Itália
comemorou o tricampeonato na Copa do Mundo, na
Alemanha; e Plutão deixou de ser considerado planeta
pela União Astronômica Internacional.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
E RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
GOVERNANÇA E
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
2005
Energia / Consórcio Machadinho – Unibanco – Vale
O PBA lançou a categoria Texto Jornalístico. A iniciativa
buscou destacar os veículos e profissionais de imprensa
engajados com o desenvolvimento sustentável do País.
A COP 9 discutiu agricultura, florestas, acesso a recursos
genéticos, biodiversidade e áreas protegidas na Alemanha.
Não houve grandes avanços dos países em desenvolvimento
sobre novo acordo climático global. E, em março de 2008,
ocorreu o início da maior crise financeira global desde 1929.
O senador Barack Obama foi eleito o primeiro presidente
negro dos Estados Unidos. O mundo assistiu aos Jogos
Olímpicos da China, em Pequim.
CanalEnergia – Eletrobras Eletronuclear – Fetranspor – Petrobras – Samarco
Mineração – Tractebel Energia
RACIONALIZAÇÃO DO USO
DA ÁGUA
Em uma edição voltada para o uso da água, o PBA adotou a categoria Uso Racional
de Recursos Hídricos, integrando-a com a de Gestão de Água. Educação Ambiental
foi ampliada para Responsabilidade Socioambiental e Florestas, para Preservação
e Manejo de Ecossistemas. O prêmio também ganhou a categoria Emissões
Atmosféricas, em um ano em que a agenda de clima avançou no mundo. Mais de 190
países participaram da COP 17, na África do Sul, comprometendo-se com ações para
conter o aquecimento global. Foi criada a Plataforma de Durban, em que os países
concordaram em definir, até 2015, metas que deverão ser colocadas em prática a
partir de 2020. A população mundial atingiu 7 bilhões de pessoas. Fortes chuvas na
região serrana do Rio de Janeiro provocaram uma das maiores tragédias climáticas
do País. Um tsunami causado por um terremoto no Japão acarretou na maior
catástrofe nuclear mundial dos últimos 25 anos.
PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO
História
Antares Reciclagem – Firjan – Sesi – GDF Suez (Engie) –
Jones Lang LaSalle – Tractebel Energia – Vale
O 9º PBA criou a categoria especial Patrimônio Cultural
Brasileiro. Em um ano pessimista para a agenda sustentável,
não houve avanços na definição de metas de redução de
emissão de carbono e foi registrado aumento na taxa de
desmatamento no Brasil, após anos de sucessivas quedas.
Barack Obama se reelegeu presidente dos Estados Unidos,
que retomaram o crescimento desde a crise de 2008. O exadministrador de sistemas da CIA e ex-contratado da Agência
de Segurança Nacional americana Edward Snowden divulgou
dados secretos de espionagem realizada pelo governo. No
Brasil, o reajuste de passagens de transporte público foi
gatilho para protestos em todo o País.
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2011
Adecova e Tractebel Energia – Construtora
Cedae – Construções e Comércio Camargo
Norberto Odebrecht – Fiat Automóveis –
Corrêa – Gazeta do Povo – Tractebel Energia /
Petrobras – Vale
O 6º PBA ganhou a categoria Inovação
Ambiental e ampliou a de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo para o conceito
de Gestão Sustentável. Durante a COP 10,
no Japão, o Protocolo de Nagoya sobre
acesso aos recursos genéticos e repartição
de benefícios foi aprovado. A COP 16, no
México, criou o Fundo Verde. E a Política
Nacional de Resíduos Sólidos foi lançada no
Brasil. Catástrofes naturais atingiram Haiti e
Chile, entre outros países.
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Bradesco – Brookfield Energia Renovável –
Consórcio Itá / Fatma/ Ecopef
REDUÇÃO DE CARBONO
2012
A Rio+20, Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, teve
mais de 3.500 participantes e compromissos
voluntários assumidos por empresas, governos
e sociedade civil, somando mais de US$ 500
bilhões. A Nasa confirmou a existência de
11 novos sistemas planetários e o Centro
Europeu de Pesquisas Nucleares comprovou
a existência do Bóson de Higgs, apelidado de
partícula de Deus por dar massa às demais
partículas subatômicas. A COP 18 prorrogou o
Protocolo de Kyoto até 2020.
2013
BIODIVERSIDADE E A IMPORTÂNCIA
DO PATRIMÔNIO GENÉTICO
2010
2014
GDF Suez (Engie) – Schlumberger
Serviços de Petróleo – Sindicom / Jogue
Limpo – Tractebel Energia – Vale
O 10º PBA está em consonância com a
entrada em vigor do Protocolo de Nagoya,
que regulamenta internacionalmente o
acesso a recursos genéticos e a repartição
dos benefícios de sua utilização. A
discussão é destaque na COP 11, na Coreia
do Sul, com participação ativa do Brasil.
Porém, o Congresso ainda não ratificou
o tratado. A COP 20, no Peru, aponta as
bases para o pacto contra o aquecimento
global, a ser firmado na COP 21, em 2015,
na França.
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
15
Quem somos
A BG Brasil é parte do BG Group, que atua na exploração
e produção de óleo e gás e de gás natural liquefeito. No
pré-sal da Bacia de Santos, tem participação em três
blocos, e é operadora de dez blocos da Bacia Barreirinhas,
no Maranhão. Presente no Brasil desde 1994, já investiu
mais de US$ 11 bilhões no País.
www.bg-group.com/brasil/
www.bg-group.com/16/sustainability/
Visão estratégica – patrocinadores
Educação para maximizar
a inclusão social,
a competitividade
e o desenvolvimento do Brasil
Estamos empenhados
em contribuir para o
desenvolvimento socioeconômico
do Brasil e acreditamos que
iniciativas como o Prêmio Brasil
Ambiental são fundamentais para
reconhecer e dar visibilidade
às práticas que pautam uma
produção eficiente e que são
consistentes com uma visão de
futuro sustentável.
Nelson Silva,
CEO BG América do Sul
16
O investimento social da BG Brasil tem a educação como
de empregabilidade e inclusão social. Este escopo
prioridade. A empresa acredita que este é o pilar do
é composto por diferentes iniciativas: o Prêmio
progresso socioeconômico e a construção de um legado
Jovem Cientista, o Prêmio de Educação Científica,
positivo e duradouro para o País.
o projeto Herdeiros do Pré-Sal, o Programa Ciência
e Tecnologia com Criatividade – CTC e o Science,
Neste sentido, o programa BG Brasil de Educação
Technology, Engineering and Mathematics (em
Científica promove a inclusão social de crianças e
português, Ciência, Tecnologia, Engenharia e
jovens ao investir no ensino de ciências, tecnologia,
Matemática). O projeto, conhecido por Stem Brasil,
engenharia e matemática em escolas públicas. O objetivo
acontece em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no
é estimular o interesse e ampliar as habilidades dos
Rio de Janeiro.
estudantes por essas áreas de conhecimento, que são
fundamentais para a evolução e a competitividade do
Diretamente conectado à estratégia social em educação
País. Os projetos contemplam capacitação de professores,
científica, o programa de patrocínios da empresa soma
desenvolvimento curricular, fornecimento de materiais
três grandes ícones culturais do Rio de Janeiro: a
e outras atividades.
Orquestra Sinfônica Brasileira – OSB, o Museu de Arte do
Rio – MAR e o Museu do Amanhã. A escolha reconhece
Além de incentivar o aprendizado em disciplinas
os locais como espaços de educação informal e vê a
fundamentais para o crescimento profissional, a BG
música, em especial a de concerto, como uma parceira
Brasil contribui para maximizar as oportunidades
para a formação de cidadãos.
A sustentabilidade é parte
integrante do nosso negócio
no Brasil. O objetivo global
da estratégia é demonstrar
compromisso com as prioridades
nacionais do País, contribuindo
para o desenvolvimento social
e econômico por meio de
investimentos em educação e
tecnologia.
Paulo Macedo,
vice-presidente de Assuntos Corporativos e
Sustentabilidade da BG Brasil
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
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Quem somos
A Fetranspor reúne dez sindicatos de empresas de ônibus
do Estado do Rio de Janeiro. São mais de 200 empresas,
responsáveis pelo transporte urbano, interurbano, de
turismo e fretamento, que percorrem 3.260 linhas. Com
média de quatro anos, os 22,5 mil ônibus transportam,
diariamente, cerca de 8,1 milhões de passageiros, dos
quais 1,5 milhão de idosos, estudantes e portadores de
deficiência, com acesso livre.
www.fetranspor.com.br
www.facebook.com/fetransporrj
Visão estratégica – patrocinadores
Além do transporte,
compromisso com
o meio ambiente
Sustentabilidade pauta a estratégia da Federação das
Para que as ações sustentáveis sejam pensadas
Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio
estrategicamente, a Fetranspor tem uma área de Meio
de Janeiro – Fetranspor. Com o lema “mobilidade com
Ambiente e mantém o Programa Ambiental e um Centro
qualidade”, a entidade assumiu o compromisso de liderar o
de Serviços Ambientais como linhas de atuação. As ações
processo de aprimoramento dos serviços, oferecendo aos
incluem atendimento legal, gestão ambiental, eficiência
filiados programas de valorização profissional, educação
energética e controle de emissões.
A consciência ambiental de hoje vai
determinar a qualidade de vida de
amanhã. Incentivar e reconhecer
iniciativas que podem otimizar
o desenvolvimento sustentável
e mudar o comportamento da
população é investir nos cidadãos
do futuro e na saúde do planeta.
A importância do Prêmio Brasil
Ambiental, que faz isso há dez
anos, é imensurável, pois os
resultados se concretizam não
apenas em números e índices, mas
em conscientização, mudança de
cultura e melhoria efetiva para a
população.
Lélis Marcos Teixeira,
presidente executivo da Fetranspor
18
corporativa, gestão pela qualidade e responsabilidade
social, além de conciliar sempre os aspectos ambientais da
O resultado dos programas e projetos voltados para a
operação com os financeiros. O foco é buscar resultados
sustentabilidade fez com que a federação conquistasse
positivos para todos os lados.
os mais importantes prêmios da área. Com o projeto
Biodiesel B20 – O Rio de Janeiro Anda na Frente, a
Meio ambiente é prioridade para a Fetranspor. A prática
Fetranspor ganhou o 7° Prêmio Brasil Ambiental, em 2011;
de testar o uso de combustíveis renováveis e criar
em 2008, o Prêmio Época de Sustentabilidade reconheceu
indicadores mecânicos que comprovam sua eficiência faz
o Programa Ambiental Fetranspor; o Convênio Selo
parte do conjunto de projetos que mostram a preocupação
Verde, realizado em parceria com o Conpet/Petrobras e
ambiental. A federação tem a meta de reduzir o
o Inea, deu outras duas premiações, o 4° Prêmio Brasil de
consumo de combustível e de emissões de CO2 e atuar na
Meio Ambiente, concedido pelo Jornal do Brasil, em 2009,
conscientização ambiental, com publicações e palestras.
e o Prêmio Firjan Ação Ambiental, em 2015; o Programa
O objetivo é disseminar o conhecimento para o setor
Economizar, também em parceria com o Conpet, ganhou o
de transportes. A Fetranspor acredita que as empresas
Top Social – ADVB e o 5° Prêmio Brasil de Meio Ambiente,
que desenvolvem uma gestão comprometida com a
do JB, ambos em 2010; e o Centro de Serviços Ambientais
sustentabilidade têm vantagens competitivas e podem
venceu a Bienal ANTP de Marketing, em 2012.
intensificar ainda mais a rentabilidade do negócio.
A conquista do prêmio foi
fundamental para sinalizar
a relevância do tema para o
setor de transportes, além de
reconhecer o nosso compromisso
com as questões socioambientais
relacionadas ao aquecimento global
e à preocupação com a degradação
da qualidade do ar que respiramos.
Guilherme Wilson,
gerente de Planejamento e
Controle da Fetranspor
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
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Quem somos
O Instituto Jogue Limpo é uma iniciativa das fabricantes
de lubrificante Castrol, Chevron, Cosan, Ipiranga,
Petrobras Distribuidora, Petronas, Shell, Total e YPF, além
do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de
Combustíveis e de Lubrificantes – Sindicom. O Jogue Limpo
é um sistema de logística reversa das embalagens plásticas
de óleo lubrificante usadas que iniciou sua operação, em
2005, no Rio Grande do Sul e, hoje, opera em 14 Estados,
além do Distrito Federal. O programa já encaminhou para
reciclagem mais de 400 milhões de unidades.
www.joguelimpo.org.br
Visão estratégica – patrocinadores
Mudança de paradigma
no lixo com responsabilidade
compartilhada
O Instituto Jogue Limpo nasceu de uma preocupação:
com a visão de sustentabilidade que o planeta requer.
o que fazer com as embalagens plásticas de lubrificante
Há um movimento crescente de conscientização e busca
usadas? A resposta foi o sistema de logística reversa, no
de soluções para levar a humanidade a um futuro mais
qual as empresas associadas assumem a responsabilidade
equilibrado e sustentável.
de recolher e dar destino ambientalmente adequado às
Com foco nesse contexto, o Jogue Limpo se lança
embalagens, independentemente dos serviços públicos de
em mais um importante desafio: ser um instituto de
limpeza urbana. A iniciativa também passou a ter um papel
impacto positivo. Para isso, foi elaborado um conjunto de
fundamental na conscientização do consumidor e de outros
diretrizes baseado em três pilares. A divulgação massiva,
agentes da revenda varejista e atacadista da responsabilidade
tanto do trabalho do instituto quanto sobre o descarte
compartilhada no processo do descarte consciente.
correto das embalagens plásticas, é o primeiro. Só assim
Não deixar que resíduos plásticos virassem lixo exigia
ele se torna conhecido em larga escala e ganha a adesão
uma mudança de paradigma, um grande desafio para
do maior número possível de agentes envolvidos em todo
o Jogue Limpo. Mas o setor viu essa transformação
o processo. O segundo pilar é estimular a conscientização
com bons olhos, acreditou nela e adotou a bandeira.
dos públicos de relacionamento do Jogue Limpo,
Dez anos depois, o projeto tornou o Jogue Limpo uma
para que se apoderem do projeto. Esta diretriz inclui
referência nacional de logística reversa em todo o País.
campanhas de educação ambiental e muita informação,
A experiência acumulada na implementação do sistema
propagada não só pelos canais de comunicação da
facilitou a proposta de modelagem para a Política
entidade como por publicações especializadas.
Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, e o segmento de
O último pilar é fazer com que os aspectos financeiro,
lubrificantes assinou o primeiro acordo setorial com o
cultural, social e ambiental tenham uma gestão
Ministério do Meio Ambiente, tornando o programa um
integrada e incorporada aos processos e à estrutura
exemplo para todo o Brasil.
organizacional do instituto.
Com o objetivo de agregar valor à sociedade como
Aos poucos, cada peça da engrenagem passa a funcionar,
um todo, a entidade busca reduções significativas no
tornando a operação não somente possível, como
descarte incorreto, sempre estudando novas ações para
necessária para a indústria. O objetivo é dialogar
a maior abrangência do recebimento e reciclagem das
com a sociedade e contribuir para que esses valores
embalagens plásticas de óleo lubrificante usadas no País.
transformem a visão de sustentabilidade do Jogue Limpo
Os modelos econômicos necessitam estar mais alinhados
em realidade.
Ganhar o Prêmio Brasil
Ambiental traz uma alegria
imensa, e uma responsabilidade
ainda maior. Com muita
motivação, buscaremos novas
premiações.
Ezio Antunes,
diretor executivo do Instituto Jogue Limpo
As atividades do Jogue Limpo,
que pioneiramente se iniciaram
em 2005, no Rio Grande do
Sul, realizando a logística das
embalagens plásticas de óleo
lubrificante usadas, sempre foram
alvo de comentários positivos,
elogios e apoio de diversos órgãos
ambientais. Isso nos enche de
orgulho. No entanto, 2014, foi
especial. Receber o 10º Prêmio
Brasil Ambiental, na categoria
Gestão de Resíduos Sólidos, da
AmCham Rio, foi o coroamento
em grande estilo de todo o trabalho
que hoje já inclui 14 Estados do
Brasil e o Distrito Federal.
Rogerio Naccache,
gerente de Operações
20
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
21
Quem somos
A Tractebel Energia, a maior empresa privada de
geração de energia elétrica do Brasil, está presente
em 12 Estados brasileiros, onde opera 27 usinas, entre
hidrelétricas, termelétricas e eólicas. Cerca de 85% da
energia gerada pela companhia tem origem em fontes
renováveis, distribuídas em um parque gerador com
capacidade instalada própria de 7.027,2 MW. Com sede
em Florianópolis, Santa Catarina, a empresa tem cerca de
1,1 mil empregados e alcançou, em 2014, lucro líquido de
R$ 1,4 bilhão.
www.tractebelenergia.com.br
Visão estratégica – patrocinadores
Quando a sustentabilidade
se transforma em ativo
A Tractebel Energia acredita que a perenidade
vida e a inclusão social dessas pessoas, priorizando a
dos negócios depende diretamente das relações
valorização cultural das regiões onde está inserida.
Sustentabilidade representa
um tema fundamental –
transversal e estratégico – a
qualquer organização que almeje
o sucesso e a perenidade dos
negócios a partir das relações que
estabelece com o meio ambiente
e a sociedade. Aliar crescimento
econômico, conservação ambiental
e responsabilidade social é a única
maneira de construir um futuro
melhor para todos.
Manoel Arlindo Zaroni Torres,
diretor-presidente da Tractebel Energia
estabelecidas com a sociedade e o meio ambiente em
que atua. A companhia manifesta o compromisso com
O comprometimento com a sustentabilidade da Tractebel
a sustentabilidade com a Política Tractebel Energia
e as boas práticas de governança corporativa conferem
de Gestão Sustentável. Essa plataforma estabelece as
credibilidade e solidez à companhia. Com ações listadas na
diretrizes de atuação da empresa, baseadas no respeito ao
Bolsa de Valores de São Paulo – BM&FBovespa, a Tractebel
meio ambiente como um valor fundamental à identidade
Energia faz parte do Novo Mercado, relação de empresas
corporativa.
de capital aberto que adotam voluntariamente práticas
de governança. A companhia também integra, há uma
A gestão ambiental realizada pela Tractebel Energia tem
década, o Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE,
foco na identificação, prevenção e mitigação de possíveis
ferramenta para análise comparativa do desempenho
impactos causados ao meio ambiente em função das
das empresas listadas na Bolsa de Valores considerando
atividades da companhia. A empresa atua sob os
a sustentabilidade – eficiência econômica, equilíbrio
princípios do desenvolvimento sustentável, respeitando
ambiental, justiça social e governança. A participação da
em suas ações o equilíbrio das dimensões ambiental,
Tractebel reitera o nível de compromisso da companhia
social e econômica.
com o desenvolvimento sustentável, a equidade, a natureza
do produto, a transparência e a prestação de contas, além
Em busca da sustentabilidade, a companhia se
do desempenho empresarial nas dimensões econômico-
empenha em fortalecer o relacionamento com
financeira, social, ambiental e de mudanças climáticas.
os diferentes públicos com os quais interage, em
especial as comunidades que vivem no entorno
Dessa forma, os resultados econômicos conquistados,
dos empreendimentos. Com ética e integridade,
ano após ano, confirmam a importância do equilíbrio
transparência e diálogo com as partes interessadas, a
entre crescimento, conservação ambiental e
empresa busca promover a melhoria da qualidade de
responsabilidade social.
22
Na Tractebel Energia, a
sustentabilidade vai além
das políticas corporativas. É
um conceito que sai do papel
e se reflete no cotidiano dos
negócios, no engajamento de
nossos empregados e nas práticas
compartilhadas com os diversos
públicos que interagem com a
Companhia. Constitui, assim, um
caminho construído de forma
coletiva.
Júlio Cesar Lunardi,
Diretor Administrativo
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Campeões: as experiências que se destacaram
e registram a evolução do desenvolvimento
sustentável dentro das empresas no Brasil
23
Ranking
1º
Tractebel Energia
CONHEÇA TODAS AS EMPRESAS
PREMIADAS
A Tractebel Energia é a empresa com mais cases premiados no PBA, vencendo em mais de uma categoria em
alguns anos. Foram dez premiações recebidas pelas iniciativas em preservação e manejo de ecossistemas, emissões
Antares Reciclagem
atmosféricas, água e responsabilidade socioambiental. A geradora privada de energia garantiu presença entre os
ArcelorMittal
vencedores do PBA em 2008, 2010, 2011, 2013 e 2014.
Bradesco
Brascan Energética
“Estar entre as organizações vencedoras do Prêmio Brasil Ambiental sempre representou uma importante conquista para
a Tractebel Energia. O reconhecimento dos projetos socioambientais desenvolvidos fortalece nosso compromisso com a
sustentabilidade e nos motiva a seguir trabalhando por um mundo melhor.”
Brookfield Energia Renovável
Camargo Corrêa
Manoel Arlindo Zaroni Torres,
diretor-presidente da Tractebel Energia
2º
BRF
CanalEnergia
Cedae
Celulose Irani
Construtora Norberto Odebrecht
Petrobras e Vale
Devon Energy
Com cinco premiações cada uma, a Petrobras e a Vale ocupam a segunda posição no ranking do PBA. Água e
Diário da Região
inovação ambiental foram foco de atuação da Petrobras, que teve dois cases vencedores em cada categoria, e outro em
El Paso
responsabilidade socioambiental. A companhia foi premiada em 2006, 2007, 2011 e 2012.
Eletrobras Eletronuclear
As melhores práticas da Vale voltadas para gestão de resíduos sólidos, emissões atmosféricas, preservação e manejo de
Engie
ecossistemas e inovação ambiental garantiram a presença da empresa no ranking do PBA. A mineradora foi premiada
Fetranspor
pela primeira vez em 2008, teve dois cases vencedores em 2012 e retornou ao pódio em 2013 e 2014.
Fiat Automóveis
Firjan – Sesi
“Apoiar iniciativas como essas reforça o compromisso da Petrobras em contribuir para o desenvolvimento sustentável, por
Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
meio do investimento em práticas voltadas para um ambiente ecologicamente equilibrado e socialmente equitativo, gerando
Gazeta do Povo
resultados para a sociedade e para a companhia.”
IBM
José Aparecido Barbosa,
gerente de Investimento Social da Gerência Executiva
de Responsabilidade Social da Petrobras
3º
Indústrias Nucleares do Brasil – INB
Jones Lang LaSalle
Klabin
Petrobras
Engie
Samarco Mineração
Desde 2013, a empresa de energia francesa GDF Suez, hoje Engie, tem se destacado no PBA com cases vencedores.
Foram duas premiações já no ano de estreia da participação no prêmio, com experiências de sucesso em emissões
atmosféricas e patrimônio cultural brasileiro. No ano seguinte, a companhia voltou ao pódio com o case em
Schlumberger Serviços de Petróleo
Sindicom
SMA Cabos e Sistemas
Solví
preservação e manejo de ecossistemas.
Suzano Papel e Celulose e Petroquímica
“Alinhar a mitigação das mudanças climáticas, a expansão econômica de países em desenvolvimento e ao mesmo tempo
Tractebel Energia
atender às demandas de uma população local carente é motivador e gratificante. O Prêmio Brasil Ambiental permitiu
Unibanco
divulgar e ampliar ainda mais o alcance da nossa iniciativa.”
Usinaverde
Philipp Hauser,
VP de Mercados de Carbono da Engie
Vale
White Martins
24
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Nos últimos dez anos,
as ações de sustentabilidade se consolidaram
dentro das empresas.
Esta evolução é visível quando
observamos os projetos que
participaram do Prêmio Brasil
Ambiental – PBA. Sejam eles simples ou
complexos, é interessante observar como
25
obtiveram resultados expressivos. No
fim das contas, o que vale é o poder de
transformação da ação empregada – e é
o que pode ser conferido nas próximas
páginas, com alguns dos projetos
premiados nas diferentes categorias do
PBA. São projetos que contam a história
da sustentabilidade no Brasil.
Cases
TítuloPremiados
da Sessão
Água
A crise hídrica que assola o Brasil fechou escolas da rede pública,
desacelerou a produção de muitas indústrias, reduziu o fluxo de água
nas casas e mudou o comportamento das pessoas. O que era uma
realidade avassaladora no Nordeste se instalou nos maiores PIBs
brasileiros, inclusive em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Há dez anos, quando a crise hídrica era um cenário distante do
Sudeste, o PBA já incentivava o uso racional e sustentável dos recursos
hídricos. A categoria Água vem apresentando soluções que aumentam
26
a competitividade das empresas a partir do uso estratégico desse
importante recurso natural, dando ênfase a cinco vetores: otimização
de processos para a redução da demanda, tratamento de águas residuais
Divulgação/Grupo O Boticário/Haroldo Palo Jr.
e efluentes, redução de perdas, reúso e controle de poluição.
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
ARCELORMITTAL
PETROBRAS
Gestão sustentável no uso racional
da água pela ArcelorMittal Tubarão –
2005
Conservação e preservação de recursos naturais na sub-bacia do Ribeirão São João
(2006) e Piava (2007)
Vencedora em dois anos consecutivos na categoria Água, a Petrobras investiu em ações educativas, com foco em
27
Fundada, em 1983, como Companhia Siderúrgica de
processos participativos das comunidades. Em 2006, a empresa foi premiada com o case Conservação e Preservação de
Tubarão – CST, a unidade capixaba da ArcelorMittal
Recursos Naturais na Sub-Bacia do Ribeirão São João. O projeto reuniu ações educativas e mitigadoras voltadas para o uso
utiliza a água como um recurso fundamental para a
dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida de famílias residentes na sub-bacia em um programa de educação
qualidade de vida e para a sustentabilidade da própria
e gestão ambiental. Foi realizado um diagnóstico participativo, que gerou o planejamento e um modelo de gestão com
empresa e da bacia hidrográfica onde está inserida.
enfoque integrado, estabelecendo uma nova e responsável relação entre a comunidade local e os recursos naturais.
A política ambiental da companhia busca aumentar
Em 2007, a companhia voltou ao pódio na categoria com o case Piava. Com o objetivo de desenvolver e implementar
a eficiência para reduzir o consumo. Os efluentes são
uma política de proteção da água nos municípios da Bacia do Itajaí, foi elaborada uma política sustentável de proteção de
tratados e reaproveitados. Com esse foco, o projeto teve
nascentes e matas ciliares no local. O caminho adotado também foi o de ações educativas e um modelo participativo de
o objetivo de assegurar o cumprimento de normativas
gestão e fomento de iniciativas de reversão da degradação das pequenas bacias hidrográficas. O Piava atuou em todos os
legais, o equilíbrio ecológico aquático e o monitoramento
53 municípios, capacitou e formou uma rede de educação ambiental, mobilizou a comunidade e organizações públicas e
dos recursos hídricos, visando o desenvolvimento
privadas, articuladas por um comitê, fortalecendo a ação municipal.
sustentável dos negócios da empresa.
•
Entre os resultados alcançados pelas ações educativas fomentadas pela Petrobras com os projetos premiados estão o
A água doce bruta é fornecida pelo sistema público de
plantio de 453.200 mudas de espécies nativas na floresta ciliar da Bacia do Itajaí; a estruturação de viveiros, capacitando-
abastecimento, tratada internamente e destinada ao
os à produção de mudas e coleta de sementes de espécies nativas da região; e a operacionalização do Sistema de
consumo humano e a processos industriais. A localização
Informações da Bacia do Itajaí – Sibi, com a divulgação de dados online, como mapas e infográficos.
litorânea permitiu a execução de um projeto que utiliza
95% de água do mar e 5% de água doce. A companhia fez
investimentos em tecnologias de tratamento e recirculação
de água, implementou um laminador de tiras a quente em
2002 e construiu novas unidades produtivas.
Uma estação de tratamento de água de reúso no canal
principal da unidade reutilizou efluentes de esgoto, água de
chuva e alguns setores industriais. Esta estação passou por
recente modernização e tem previsão de captar e reutilizar
mais de 400 m³/h do volume de água necessária para
operar os equipamentos. A unidade ampliou a capacidade
de produção de 5 milhões de toneladas para 7,5 milhões de
toneladas de aço entre 2003 e 2006, sem gerar impactos
ambientais negativos no consumo. Foram executadas
práticas e indicadores ambientais e, em 2015, frente à crise
hídrica da região, foi definido um Plano Diretor de Águas,
que norteia diretrizes de consumo racional.
•
O índice de recirculação de água alcançou 97% em 2014,
e o consumo de água doce é hoje referência no setor
siderúrgico, com 2,9 m³/tonelada de aço bruto. A média do
setor siderúrgico é de 96% e 6 m³/tonelada de aço bruto.
Cases Premiados
FUNDAÇÃO GRUPO BOTICÁRIO DE PROTEÇÃO À NATUREZA
Oásis: água boa para São Paulo – 2008
Diante do cenário de baixa disponibilidade hídrica natural e alta demanda de abastecimento de água em São
Paulo, em 2003, surge o projeto Oásis. A iniciativa se apoia no Pagamento por Serviços Ambientais – PSA, que
premia financeiramente proprietários particulares que protegem áreas de vegetação nativa e adotam práticas
conservacionistas de manejo do solo. A fundação decidiu promover a conservação de áreas naturais privadas no sul do
município, na região da bacia hidrográfica da represa de Guarapiranga.
Lançada três anos depois, a iniciativa premiou financeiramente 14 propriedades particulares entre 2007 e 2014, e seus
conceitos e experiências chegaram a outras regiões do Brasil, como Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia,
Rio de Janeiro e Minas Gerais, incentivando a ampliação de parceiros e novos investimentos em iniciativas similares.
Em 2012, uma nova metodologia de PSA, que é adaptável às características ambientais, econômicas e sociais de
diferentes regiões, é oferecida gratuitamente para instituições que firmam parceria com a fundação. Hoje, a empresa
contribui com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo na elaboração de políticas públicas que
incorporem o PSA às estratégias de conservação da natureza.
•
O projeto contabiliza hoje 241 proprietários de terra, que protegeram cerca de 2,7 mil hectares de áreas naturais.
Somente em São Paulo, são 747,7 hectares, 413 hectares de vegetação nativa excedente ao exigido pelo Código
Florestal, além de 101 nascentes e mais de 45 mil metros lineares de rios.
•
Existem 13 termos de cooperação estabelecidos para implantação do Oásis em diferentes Estados e municípios brasileiros.
28
SMA CABOS E SISTEMAS – GRUPO SANTO ANGELO
Água de reúso – 2009
Uma iniciativa voltada à reeducação do consumo de água potável pelos colaboradores da companhia destacou a SMA
Cabos e Sistemas, braço industrial do Grupo Santo Angelo, no 5º PBA. O programa Água de Reúso foi desenvolvido
frente ao cenário de longa estiagem e consequente escassez, para garantir o consumo consciente de água potável, com
posterior tratamento e reutilização no resfriamento das máquinas industriais para fabricação de cabos especiais e
injeção de plásticos.
O projeto foi desenvolvido a partir do desnível topográfico e do atendimento aos requisitos técnicos da nova planta
industrial, principalmente a demanda de água em temperatura ambiente necessária aos processos industriais. A
água chega ao sistema por fornecedores terceirizados, por captação de chuvas e pelo reaproveitamento a partir do
tratamento de efluentes industriais oriundos de galvanoplastia própria, tratamento superficial químico de peças. Os
efluentes são tratados, e a parte líquida resultante é enviada para o reservatório de água de reúso que, com a água
da chuva armazenada, circula em tubulações pressurizadas, resfriadas naturalmente em circuito fechado. Todos
os resíduos gerados pelos processos de tratamento químico e os da decantação das águas de chuva são coletados e
destinados aos fornecedores licenciados para tratamento específico. O sistema segue em funcionamento, auditado por
análises químicas específicas e por requisitos da norma ISO 14001.
•
De 2008 a 2014, o consumo total anual foi reduzido em 14,63%, o equivalente a 36,68% por colaborador.
•
A comparação dos custos de 2008 em relação a 2014 mostram economia financeira de 15%.
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
TRACTEBEL ENERGIA
Implantação de um sistema de ciclo fechado para utilização da água na extração de
cinzas úmidas do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda – 2011
Vencedora por dois anos da categoria Água, a Tractebel foi premiada pela primeira vez com a implantação de um
sistema de ciclo fechado de água utilizada no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda – CTJL. O projeto integra uma
série de ações voltadas à gestão sustentável dos recursos hídricos no complexo, visando a redução do consumo nas
operações. A iniciativa também permitiu a eliminação do descarte dos efluentes líquidos gerados pelas três usinas que
formam o CTJL. Situado em Capivari de Baixo, em Santa Catarina, o complexo utilizava cerca de 15 milhões de metros
cúbicos de água por ano para extração de cinzas úmidas, que são retiradas hidraulicamente do fundo das fornalhas e
levadas para bacias de sedimentação.
Com um investimento de R$ 37 milhões, o projeto foi desenvolvido em várias etapas, que incluíram ainda a desativação
de bombas de captação direta de água do Rio Tubarão e sua substituição por exemplares que captam a água de processos
internos. Operando em ciclo fechado, o sistema passou a conduzir a mistura de cinzas e água para duas bacias de
decantação, de onde a água clarificada retorna ao processo industrial, sendo utilizada na extração das cinzas das usinas.
Assim, foram desativadas as bacias de cinzas do Rio Capivari e foi encerrada a captação externa de água para uso na
extração de cinzas das usinas.
29
•
95% de redução do consumo de água no processo industrial.
•
O sistema permite economizar 432 MW por mês de energia, gerando reflexos econômicos e ambientais diretos.
•
Decorrentes do projeto, o aumento na confiabilidade dos sistemas, a interligação em circuito fechado do sistema
hidráulico de cinzas e a desativação das bacias de decantação de cinzas do Rio Capivari foram fundamentais para
redução de riscos ambientais.
Programa Tractebel Energia de proteção de nascentes – 2013
O Programa de Proteção de Nascentes, premiado em 2013, foi desenvolvido na região das usinas hidrelétricas Salto
Osório e Salto Santiago, no Paraná, com o objetivo de proteger centenas de nascentes de água na zona rural dos
municípios de Chopinzinho, Rio Bonito do Iguaçu e Sulina. Desenvolvido em parceria com entidades locais, o programa
contribui também com a melhoria da qualidade da água consumida pela comunidade, impactando na redução de
doenças causadas por organismos patogênicos.
O projeto foi iniciado com o isolamento da área próxima às nascentes, a construção de proteção de nascentes em
alvenaria, para evitar a contaminação da água, e o reflorestamento do entorno das nascentes com espécies nativas. A
Tractebel Energia doou milhares de mudas de espécies florestais nativas, e as famílias da comunidade foram capacitadas
para participar do processo de recuperação e manutenção das nascentes, recebendo treinamentos sobre qualidade da
água e reflorestamento. As nascentes são continuamente monitoradas, assegurando a manutenção da qualidade e da
quantidade de água disponível para gerações futuras e, em 2015, o programa chegará a São Jorge D’Oeste, com a meta
de proteger mais 200 nascentes.
•
Centenas de alunos da Casa Familiar Rural foram capacitados e 753 nascentes estão protegidas em três municípios,
beneficiando diretamente 815 famílias.
Cases Premiados
CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT
Canteiro sustentável: educação ambiental aplicada nas obras de construção civil – 2012
Com o trabalho de educação ambiental no Terminal Embraport, a construtora
•
O projeto, concluído em 2013, contribuiu com a
Norberto Odebrecht ganhou o 8º PBA. A companhia entende que o estímulo para
educação ambiental de funcionários, parceiros e
adoção de práticas sustentáveis parte da informação e considera importante atuar
visitantes, reduziu o consumo de água potável,
com os profissionais do terminal. A iniciativa integra treinamentos, palestras,
promoveu o tratamento de efluente contaminado
redução do consumo da água potável, projetos em escala real para tratamento de
por metais pesados oriundos do processo de
água pluvial e de reuso e aplicação de geotêxteis para tratamento do material dragado
dragagem no canal, gerou reutilização do efluente
contaminado. A obra, na ilha Barnabé, em Santos, tem acessibilidade limitada, e a
tratado para fins menos nobres e a reciclagem de
água subterrânea é praticamente salobra.
água pluvial.
O projeto Canteiro Sustentável começou com mecanismos que reduzissem o consumo
•
O projeto incorporou, ainda, a proposta de
de água potável, como descargas inteligentes, fechamento automático de torneiras e
construção de sociedades sustentáveis e a
mictórios, reutilização direta da água de lavabos para descargas dos mictórios, reúso
conscientização de funcionários e parceiros
da lavagem da água de caminhões betoneiras, reaproveitamento de água pluvial e de
dentro dos canteiros de obra.
esgoto tratado, além de geobag para incorporar o material dragado no aterro definitivo.
Foram desenvolvidas atividades sociais, com a abertura do canteiro de obras para
visitas dos filhos de colaboradores, passeios e apresentações sobre sustentabilidade.
SCHLUMBERGER SERVIÇOS DE PETRÓLEO E CERB
30
Gestão de aquíferos: benefício para cerca de 1 milhão de pessoas no semiárido baiano – 2014
Idealizado pela Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da
•
Foram identificados três sistemas aquíferos
Bahia – Cerb e financiado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para
principais na região e, o mais importante, que
a Agricultura, o projeto da Schlumberger nasceu com o objetivo de avaliar a
abastece as populações locais, chamado Formação
capacidade de produção dos aquíferos da Bacia do Tucano Central e aprofundar
São Sebastião, é constituído principalmente por
o conhecimento dos sistemas, utilizados para o abastecimento hídrico local. A
arenitos de boa porosidade.
oferta de água de qualidade vai beneficiar cerca de 1 milhão de pessoas, em uma
•
A maior parte dos sistemas aquíferos avaliados
das áreas mais carentes do Estado da Bahia.
apresentou águas de boa qualidade em relação à
A Schlumberger atuou em parceria com a Cerb no desenvolvimento dos
salinidade, pelo menos até cerca de 450 metros,
trabalhos, com a experiência na área de gestão de recursos hídricos e em
correspondente à profundidade máxima dos poços.
modelagem numérica de fluxo subterrâneo. Dessa forma, o projeto avaliou a
•
As taxas de bombeamento praticadas hoje são
sustentabilidade da exploração dos aquíferos com simulações computacionais,
sustentáveis a longo prazo. Mesmo dobrando a
desenvolvendo uma ferramenta de apoio à gestão dos recursos hídricos na
vazão captada atualmente, não há qualquer impacto
porção central da Bacia do Tucano. Foram realizados dois workshops, um
significativo no sistema em relação à situação
aberto ao público para discutir o andamento dos trabalhos e os resultados, e,
atual, porém existe a necessidade de se avaliar com
em 2014, foram concluídos os trabalhos técnicos, sendo emitido o relatório
mais detalhamento as zonas mais profundas dos
final do projeto, com todas as simulações numéricas, as interpretações e os
aquíferos, das quais há pouca informação sobre a
resultados finais.
qualidade das águas subterrâneas.
Divulgação/Brooksfield
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Emissões Atmosféricas
Programas de neutralização de carbono e redução de emissões de gases
de efeito estufa – GEE estão no cerne desta categoria, que também
chegou a ser avaliada como Inventário de Emissões. Esta é uma forma
de intensificar as ações voltadas à qualidade do ar e ao combate ao
aquecimento global, em linha com o alerta internacional para o
31
agravamento do efeito estufa e o Protocolo de Kyoto.
BROOKFIELD ENERGIA RENOVÁVEL
Discussão antiga e que vem protagonizando conferências da
Gerando energia, renovando a vida – 2010
Organização das Nações Unidas – ONU, os parâmetros para emissão de
A construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs,
seguindo o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo –
gases de efeito estufa no Brasil foram fixados em 1989, com a criação
MDL para o cálculo de emissões evitadas, levou o PBA
na estreia da categoria. Foram construídas seis PCHs,
do Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar. De lá para
cá, resoluções foram atualizando os limites máximos de emissão de
que iniciaram a operação, em 2003, com a estimativa
de reduzir 1,5 milhão tonelada de CO2 em dez anos. A
iniciativa deixou como legado a primeira estrutura para
cálculo de emissões evitadas para PCH, a Metodologia
poluentes e induziram uma importante transformação tecnológica na
Passo do Meio – NM0051: PCH Passo do Meio.
•
indústria brasileira. Com todos os avanços, o debate ainda tem muito a
Foram gerados 21 mil empregos diretos e indiretos
durante as construções, contribuindo para a
geração de renda local e a crescente demanda de
amadurecer em todo o mundo até um consenso sobre as metas a serem
energia no País.
•
cumpridas tanto pelos países ricos quanto pelos em desenvolvimento.
1,5 milhão de toneladas de carbono deixaram de ser
emitidas na atmosfera.
Cases Premiados
FETRANSPOR
TRACTEBEL ENERGIA
Biodiesel B20 – o Rio de Janeiro anda na frente – 2011
Ações para controle e redução de
emissões atmosféricas – 2014
A estratégia de usar fontes renováveis para fazer frente ao potencial poluidor crescente do setor de transportes
nos grandes centros urbanos foi reconhecida pelo PBA em 2011. O projeto consistiu na elaboração de testes com o
A companhia lançou a Política Tractebel Energia
combustível B20, composto por 80% de diesel comum e 20% de biodiesel, no período de um ano, em uma frota de 15
Sobre as Mudanças Climáticas em 2011, reforçando,
ônibus de três empresas de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro. A experiência avaliou os níveis de emissão,
entre outras ações, o compromisso em priorizar fontes
consumo e desempenho do motor dos ônibus em condições reais de operação com um combustível mais limpo. Além
renováveis na expansão do parque gerador, investir
disso, o projeto permitiu a medição sistemática da qualidade do combustível, a criação de indicadores mecânicos e o
em projetos de P&D dedicados ao tema, realizar
acompanhamento do desenvolvimento dos motores. O projeto segue até 2016, com a expectativa de obter redução de
inventário de emissões, promover o uso racional de
148 mil toneladas de CO2 e 3 mil toneladas de material particulado.
energia elétrica e desenvolver projetos de Mecanismo
Realizado pela Fetranspor em parceria com Governo do Estado, BR Distribuidora, Shell, Ipiranga, Mercedes-Benz e
de Desenvolvimento Limpo – MDL. O grupo passou
Volkswagen Caminhões e Ônibus, o programa Biodiesel B20 deu sequência ao projeto de 2007, que testou biodiesel
a elaborar e publicar seu inventário de acordo com a
B5 em 3.500 ônibus do Estado. Atualmente, estão em teste outras fontes de energia alternativas, como o S10, à base de
metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol,
cana-de-açúcar, veículos híbridos e ônibus 100% elétricos.
submetendo-o à asseguração limitada por terceira
•
Melhora significativa nos índices de emissão de fumaça preta, com redução de até 39%, mantendo os níveis de
parte e, na operação das usinas, passou a ter sistemas,
consumo semelhantes aos alcançados com o diesel convencional e sem registros de problemas mecânicos.
equipamentos, técnicas e processos para minimizar a
emissão de gases de efeito estufa.
ENGIE
A política deu sequência a outras frentes sustentáveis
da companhia. O Programa Tractebel Energia de
Projeto contribuição da Usina Hidrelétrica – uhe jirau para a mitigação de gases
de efeito estufa e para o desenvolvimento sustentável brasileiro – 2013
Diagnóstico de Eficiência Energética, oferecido
gratuitamente aos clientes do mercado livre, por
exemplo, tem o objetivo de ajudar as indústrias a
Vencedora da categoria em 2013, a Engie, na época chamada GDF Suez Energy Brasil, foi premiada pelo case desenvolvido em
identificar possibilidades de redução do consumo de
Jirau. A Usina Hidrelétrica Jirau é resultado emblemático do Plano Nacional Sobre Mudança do Clima. O registro no Mecanismo
energia no processo produtivo e, consequentemente,
de Desenvolvimento Limpo – MDL e a análise segundo o Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas demonstram
de redução das emissões de gases de efeito estufa. Entre
a possibilidade de alinhar o crescimento econômico sustentável ao combate às mudanças globais do clima.
2006 e 2007, com a controlada Lages Bioenergética, a
O case foi iniciado em 2008, quando a controlada Energia Sustentável do Brasil – ESBR, seus acionistas e as entidades
empresa fez o enquadramento da Usina de Cogeração
responsáveis por licenciar e financiar o projeto se engajaram na definição e promoção de benefícios sociais e ambientais
Lages – Ucla no MDL, previsto no Protocolo de Kyoto,
para a comunidade local. O licenciamento definiu 34 programas socioambientais, e o BNDES financiou medidas
utilizando resíduos da indústria madeireira local para
específicas de desenvolvimento regional. Também foram realizadas iniciativas voluntárias para ampliar os benefícios.
gerar energia elétrica e vapor.
Foi investido cerca de R$ 1,2 bilhão na execução dos programas socioambientais.
•
A política de mudanças climáticas reforçou o
Para avaliar o resultado, o Jirau foi o primeiro a encomendar um relatório independente, que analisou sua
compromisso da companhia em controlar e reduzir
sustentabilidade segundo os critérios do Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas, endossado por
as emissões atmosféricas geradas e, somente com a
ONGs de prestígio. A certificação do projeto no MDL permite, ainda, quantificar os benefícios para o clima global. Hoje,
operação da Usina de Lages, foi estimada a redução
Jirau é o maior case de energia renovável registrado pelas Nações Unidas e a primeira hidrelétrica certificada com base
de 2,2 milhões de toneladas de CO2 equivalente em
no conceito da complementariedade do MDL e da Política Nacional Sobre a Mudança do Clima. Os benefícios integram
dez anos.
o relatório de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas, disponível em www.hydrosustainability.org.
•
A geração renovável já atende mais de 7 milhões de famílias.
•
Foi evitada a emissão de 6 milhões de toneladas de CO2.
•
O programa de saúde pública reduziu o número de casos de malária de 2.721, em 2007, para 186, em 2015.
32
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Gestão de Resíduos Sólidos
Produzimos cerca de 200 mil toneladas de resíduos sólidos por dia somente no Brasil. Que destino dar a todo
esse lixo é foco de uma guerra travada em todo o País desde 2010, quando o Programa Nacional de Resíduos
Sólidos determinou o encerramento de lixões a céu aberto em quatro anos. Cinco se passaram e ainda temos
aterros irregulares em vários municípios.
O PBA estimula a logística reversa, além de redução, reúso e reciclagem dos resíduos nas empresas desde a
primeira edição, com uma categoria específica para o tema. A discussão gira sempre em torno de práticas
que evitem as emissões de biogás, o poderoso gás de efeito estufa resultante da decomposição de resíduos,
33
além dos impactos urbanísticos e para a saúde provocados pela destinação inadequada de lixo. A geração de
energia a partir dos resíduos é outro ponto de destaque na história de prêmios desta categoria.
Divulgação/Usina Verde
Cases Premiados
USINAVERDE
TRACTEBEL ENERGIA
Geração de energia a partir de resíduos
sólidos – 2005
Recuperação de áreas degradadas através da utilização de cinzas do carvão mineral
– 2007
Oferecer uma solução economicamente competitiva,
A extração de carvão mineral gerou impactos ambientais sobre o solo e a água da região de Capivari de Baixo, em
ambientalmente segura e socialmente justa, alinhada
Santa Catarina, onde está localizado o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda – CTJL. O beneficiamento do carvão
às melhores práticas para o tratamento de resíduos
formou depósitos de rejeitos que se tornaram focos de poluição, exigindo a recuperação das áreas próximas para
já utilizadas por vários países do mundo há décadas,
anular os prejuízos e destiná-las a outros fins. A Tractebel Energia assumiu esse desafio em 1998, quando adquiriu
contribuindo para a evolução e o aprimoramento do
a estatal Gerasul e os cerca de 47 hectares de áreas degradadas.
setor de saneamento ambiental no Brasil. Com este
Foram, aproximadamente, 15 anos de investimento em uma metodologia que incluiu a retirada do material para
objetivo, a Usinaverde implantou a primeira Usina de
queima, recomposição da topografia e alcalinização dos terrenos com cinzas da queima de carvão, cobertura com
Recuperação Energética – URE de resíduos do Brasil,
argila e revegetação. Simultaneamente, a companhia viabilizou o desenvolvimento de pesquisa científica sobre a
localizada na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, e venceu
utilização de cinzas resultantes da queima do carvão em usinas termelétricas.
o 1º PBA na categoria. O case relatou o desenvolvimento
•
de uma tecnologia ambientalmente adequada para o
O local foi transformado no Parque Ambiental Tractebel Energia, um espaço público que oferece atividades de
educação ambiental, lazer e cultura, inaugurado em 2013.
tratamento de resíduos com recuperação de energia.
•
Foram removidos 2,1 milhões de toneladas de carvão.
A empresa investiu em melhorias de processos para
•
Análises da água do lençol freático em quatro poços piezômetros confirmam a redução progressiva da acidez
redução de emissões atmosféricas e busca a certificação
da água no local.
necessária para tratar também resíduos de serviço de
saúde e industriais em sua unidade.
•
De 2005 até janeiro de 2014, a Usinaverde tratou
VALE
cerca de 13.400 toneladas de resíduos sólidos,
gerando uma taxa de cerca de 250 KW de energia
Gestão sustentável de resíduos sólidos no Complexo de Tubarão – 2008
elétrica, utilizada para consumo próprio na unidade.
•
Otimização da eficiência energética.
A gestão sustentável dos resíduos sólidos gerados no Complexo de Tubarão, da Vale, no Espírito Santo, deu à
•
Hoje, a usina está apta a replicar a tecnologia em
mineradora o prêmio de melhor case da categoria na 4ª edição do PBA. Com o objetivo de promover um ambiente
outras localidades e a tratar resíduos sólidos na
sustentável em uma área de 14 quilômetros quadrados onde circulam, diariamente, cerca de 20 mil pessoas das áreas
unidade do Rio de Janeiro.
industrial, logística e administrativa, o Programa de Gestão de Resíduos, iniciado em 2002, reúne ações focadas no
público interno e na sociedade, a partir da geração de emprego e renda com a segregação e destinação adequada dos
resíduos. A iniciativa começou com a avaliação dos resíduos industriais e administrativos. Periodicamente, também
são realizados treinamentos presenciais e atividades interativas com empregados próprios e contratados. Desde
2004, mais de 16 mil pessoas foram treinadas, integrando diferentes atividades desenvolvidas no complexo, como
pelotização, portuárias e ferroviárias, em prol de uma destinação em conjunto, gerando uma economia de escala e
agregando valor ao resíduo.
•
Para cada tonelada de resíduo reciclado, são criados, em média, cinco novos empregos.
•
Desde 2004, a renda gerada foi de R$ 147,22 milhões.
•
Já foram produzidas 99,5 mil toneladas de resíduos, sendo 86% destinados à reciclagem, criando emprego e
renda. A coleta seletiva é praticada há 12 anos no complexo.
34
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
ARCELORMITTAL
Gestão sustentável de resíduos e coprodutos da ArcelorMittal Tubarão – 2009
O projeto vencedor no 5º PBA mostrou um modelo de gestão que integra as duas práticas para reduzir e eliminar a geração de resíduos e seus estoques. A primeira é agregar valor a
esses resíduos e à cadeia produtiva, transformando-os em coprodutos. A segunda, aumentar a geração de receitas e reduzir custos, com a comercialização e a reciclagem interna. Esta
medida traz melhor desempenho na gestão, gerando benefícios socioambientais para a comunidade com a redução da exploração de recursos naturais não renováveis.
A estratégia de investimentos no reaproveitamento de resíduos da companhia foi iniciada nos anos 1980, com a criação da Central de Armazenamento de Subprodutos – Casp,
posteriormente denominada de Central de Armazenamento de Coprodutos, para depósito temporário adequado, possibilitando futuro desenvolvimento de novas aplicações. Na
década seguinte, foi iniciada a operação da Planta de Briquetagem para reciclagem de resíduos, e a maior exigência do mercado alavancou o início de pesquisas, intensificando o
intercâmbio científico com institutos e universidades. Nos anos 1990, foi criada a Gerência de Desenvolvimento Técnico, Processamento e Comercialização de Coprodutos e foram
definidas normas, registro de patentes e marcas para coprodutos, além do desenvolvimento de convênios socioambientais. Hoje, a empresa é uma das referências mundiais na gestão
de resíduos industriais e no desenvolvimento de coprodutos do setor de produção de aço.
•
Cerca de 30 coprodutos são comercializados, oferecendo assistência técnica aos clientes, possibilitando ampliar a aplicação em diferentes setores e substituindo recursos naturais
não renováveis.
•
A redução no estoque interno de resíduos, entre 2009 e 2014, foi de cerca de 200 mil toneladas.
•
Somente em 2014, o reaproveitamento de 94% dos resíduos gerados garantiu uma receita de R$ 95 milhões com a comercialização de coprodutos.
•
Novos mercados foram abertos, e a companhia montou uma carteira de 148 clientes nos últimos dois anos.
FIAT
35
Aterro zero: nova visão de gestão de resíduos sólidos da Fiat Automóveis – 2012
O pioneirismo da Fiat ao destinar 100% dos resíduos que gera para reciclagem e reutilização, eliminando o envio para aterros, rendeu à companhia o prêmio de melhor
case na categoria no 8º PBA. A meta foi alcançada, em 2011, como resultado do projeto Aterro zero, que é parte da política ambiental da empresa, focada na prevenção dos
impactos ambientais.
Mesmo com métodos ambientalmente corretos, a disposição de resíduos em aterros licenciados traz desvantagens como o desperdício de materiais
potencialmente recicláveis e reaproveitáveis, que são aterrados. A companhia tem um sistema interno de gerenciamento de todos os resíduos
gerados pela planta. Uma área chamada Ilha Ecológica recebe 13 mil toneladas de resíduos mensalmente de vários departamentos. O material é
devidamente identificado quanto a tipo, origem e data de geração, pesado e segregado por tipo de matéria-prima, processado e destinado de forma
ambientalmente correta. Para eliminar o uso de aterros, a empresa focou em coleta seletiva, reciclabilidade, reutilização, diminuição na geração de
resíduos, conscientização dos colaboradores, investimento em tecnologias, infraestrutura e disponibilização de recursos financeiros para destinação
final de resíduos.
•
Em 1994, 30% dos resíduos iam para aterros e, em 2010, o número caiu para 3,4%, alcançando a meta de aterro zero em 2011. Hoje, 95% dos
resíduos são reciclados e 5%, reaproveitados. Aparas de cinto de segurança e tecido automotivo viram acessórios de moda, fabricados pela
cooperativa de moda Cooperárvore.
•
Apenas em 2013, foram encaminhadas para reciclagem 3.750 toneladas de papel, impactando cerca de 75 mil árvores que deixaram de ser
•
De 2006 a 2014, 23,7 toneladas de resíduos foram transformados em acessórios de moda e decoração.
•
Em 20 anos, já foram reinseridas na cadeia produtiva mais de 20 mil toneladas de aço, o equivalente a 86 mil carrocerias.
•
A reciclagem pioneira de isopor evitou 9 mil viagens de caminhão para destinação e tratamento correto desse resíduo de 1998 a 2014.
Divulgação/Fiat
cortadas e cerca de 20 mil metros cúbicos de água que deixaram de ser consumidos.
Cases Premiados
JONES LANG LASALLE INSTITUTO JOGUE LIMPO
Gestão de resíduos sólidos no condomínio City Tower (RJ) – 2013
Logística reversa de embalagens plásticas de lubrificantes
usadas – 2014
A consultora imobiliária venceu o 9º PBA com uma parceria com a São Carlos
Empreendimentos, proprietária do condomínio City Tower, no Rio de Janeiro. A iniciativa
O programa premiado no 10º PBA faz a logística reversa e o tratamento de
nasceu da observação do volume de lixo gerado no prédio e da rotina de catadores de papel
embalagens plásticas de lubrificantes sem ônus para o ponto gerador cadastrado:
que buscavam o lixo e abriam os sacos para retirar resíduos aproveitáveis. Era possível
postos de serviço, concessionárias de veículos, transportador revendedor
reduzir esse volume e reverter a economia gerada. Nascia a gestão de resíduos sólidos do
retalhista, atacadista e distribuidores de lubrificantes. A iniciativa, que já
City Tower, com um projeto específico voltado para redução do lixo comum, minimização
abrange do sul do País ao Ceará, incluindo o Distrito Federal, é um serviço
do consumo, do impacto ambiental causado pela destinação inadequada e dos custos
gratuito iniciado em 2005, atendendo à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Os
operacionais envolvidos no descarte. gestores do programa são escolhidos por concorrência com edital, considerando
A coleta seletiva foi iniciada em 2009 e, no ano seguinte, foram adotadas ações e
requisitos como segurança, saúde, meio ambiente e procedimentos operacionais.
projetos envolvendo as operações e serviços do edifício, como correto gerenciamento de
Todo recebimento de embalagens é registrado por smartphone, que fotografa o código
resíduos, eficiência energética e uso racional de recursos naturais. Com a participação
de barras com o peso do ponto gerador, enviando online as informações referentes ao
de todos os agentes ligados ao imóvel, desde proprietário, locatários, visitantes até a
CNPJ para o cadastro operacional do site. Com senhas, as agências ambientais podem
gerenciadora, e um investimento financeiro baixo dos condôminos, as ações consolidaram
visualizar as informações, garantindo transparência e rastreabilidade dos dados.
o posicionamento sustentável do condomínio e o projeto continua em aplicação, sendo
Em 2014, foram investidos R$ 16 milhões na execução da logística reversa e na
disseminado para outros empreendimentos.
administração de todo o sistema. Para multiplicar as boas práticas ambientais,
•
Em 2013, o City Tower recebeu do Conselho de Construção Sustentável dos Estados
foram distribuídos mais de 30 mil exemplares da Agenda Ambiental Jogue
Unidos – USGBC a certificação Leadership in Energy and Environmental Design for
Limpo para estudantes e professores do ensino fundamental para capacitação
Existing Buildings Operations and Maintenance – Leed EB O&M, com nível Gold, que
sobre temas relacionados à destinação adequada de resíduos.
atesta a eficiência operacional e a manutenção de um edifício reduzindo os impactos
•
21 centrais, 69 caminhões, 190 empregos diretos, 3.035 municípios e mais de
45 mil pontos geradores.
ambientais, além de garantir a qualidade de vida dos usuários.
•
Desde 2005, já foram recicladas mais de 400 milhões de embalagens, e a
expectativa para 2015 é a reciclagem de 86 milhões.
36
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Gestão Sustentável
Transformar um passivo em um ativo, agregando valor ao negócio, é o desafio dos cases inscritos na categoria
Gestão Sustentável e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. A premissa passou a pautar grandes indústrias
brasileiras mais intensamente no início deste século e foi sendo ampliada para a visão social ao longo dos
anos, abrangendo empresas de todos os portes.
Os cases vencedores do PBA registram um pouco da evolução da visão empresarial brasileira, com
experiências de adequação ambiental na cadeia produtiva com melhor aproveitamento de energia, redução
de custos e geração de renda adicional para as próprias companhias e para as comunidades onde atuam.
A busca por resultados por meio da eficiência operacional passou a gerar inovações mais amplas, criando
37
ganhos para todo o tecido social.
Divulgação/Celulose Irani
Cases Premiados
BRF
Programa 3S – 2005
Primeiro vencedor da categoria, o Programa 3S foi desenhado para agregar valor à cadeia produtiva da
suinocultura. O projeto contemplou a adequação ambiental de mil propriedades rurais em cinco Estados do País.
Os parceiros da BRF mantinham nas granjas um sistema de biodigestor para manejo sustentável dos efluentes
da suinocultura, transformando dejetos em biofertilizante e, em alguns casos, em energia limpa. Por combustão,
o gás metano gerado no processo produtivo era transformado em gás carbônico, 21 vezes menos poluente. Desta
forma, o projeto contribuiu e envolveu os produtores integrados na redução das emissões de gases de efeito estufa
e possibilitou a comercialização de créditos de carbono, usando o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL,
previsto no Protocolo de Kyoto.
O programa permanece ativo, com o sistema manejado e gerenciado pelos próprios produtores. Em alguns
casos, a energia gerada pelo biogás foi utilizada para geração de energia limpa, uma fonte adicional de renda
e minimização do consumo de energia das concessionárias, gerando melhoria de qualidade de vida para os
produtores e redução de custos dos integrados do Programa 3S.
•
O projeto influenciou diretamente no desenvolvimento sustentável, proporcionando diversificação de
renda e competência aos produtores integrados da BRF. Além disso, o sistema possibilitou o uso direto do
biofertilizante. Os ganhos relacionados ao sistema podem ser considerados como estoque de biofertilizante
para uso agrícola e biogás para utilização como energia elétrica. Os biodigestores também afastam vetores
prejudiciais à saúde das famílias.
38
TRACTEBEL ENERGIA
Lages Bioenergética – 2006
Em mais um case realizado pela companhia na Usina
dos resíduos de madeira e das cinzas geradas na
econômicos à região, com efeitos multiplicadores
de Cogeração Lages – Ucla, a Tractebel Energia venceu
combustão.
na economia regional, como a criação de um
o 2º PBA na categoria Gestão Sustentável. O município
A companhia também investiu em pesquisas para
mercado de resíduos e a geração de tributos,
de Lages foi escolhido para a implantação da unidade
o aproveitamento dos resíduos gerados. As cinzas
emprego e renda, bem como o desenvolvimento
em razão do volume e das características da biomassa
resultantes da queima das sobras de madeira,
de novas atividades econômicas.
na região. Em 2006, a Ucla foi registrada na ONU
utilizadas para criar energia e vapor, são destinadas aos
como Projeto MDL 0268, com direito de negociar no
agricultores, fruticultores e reflorestadores da região.
da qualidade ambiental e da qualidade de vida
mercado as Reduções Certificadas de Emissões – RCEs,
Em outra frente, foi desenvolvida uma tecnologia
da população, já que os problemas ambientais
chamadas de créditos de carbono, geradas a partir de
para viabilizar a utilização de cascas oriundas do
decorrentes da disposição inadequada de
1º de novembro de 2004 até 31 de outubro de 2014.
manejo de toras na floresta, antes depositadas em
resíduos da indústria madeireira foram
Os créditos obtidos resultam da diferença entre as
aterros controlados, gerando custos elevados e passivos
minimizados.
emissões de gases decorrentes da decomposição
ambientais.
anaeróbica dos resíduos de madeira depositados a
•
•
•
A iniciativa teve impacto direto na melhoria
Em 2013, foram emitidas 392.174 RCEs geradas
A Ucla foi enquadrada no Mecanismo de
por esse projeto. Dessa forma, a Ucla contribuiu
céu aberto, da combustão de resíduos de madeira
Desenvolvimento Limpo – MDL em 2007,
para reduzir 2,2 milhões de toneladas de CO 2
na usina e gerados pelo transporte e movimentação
possibilitando ganhos ambientais, sociais e
equivalente em dez anos.
SOLVÍ
Recuperação de biogás gerado no aterro metropolitano do centro de Salvador – 2007
A Usina Termelétrica de Salvador, chamada Termoverde Salvador, consistiu na primeira térmica a gerar energia
elétrica a partir de biogás de aterro sanitário no Nordeste do Brasil. A iniciativa começou com a captação ativa
e queima controlada do biogás produzido no aterro sanitário da capital baiana, evitando, assim, as emissões de
metano para a atmosfera e gerando créditos de carbono. O projeto foi a base para um programa maior já instalado,
que é o aproveitamento energético do biogás para a geração de energia elétrica. Com essa ampliação, garante-se a
continuidade do benefício ambiental e a geração de energia elétrica a partir de uma fonte renovável.
Entre 2009 e 2010, foram realizadas as fases de projeto e construção, abrangendo a engenharia, as aquisições
dos equipamentos e serviços, a construção e instalação e o comissionamento da usina com os sistemas
interligados. Em 2011, iniciou-se a operação comercial da Termoverde Salvador, com uma produção de energia
inicial de, aproximadamente, 6 MW/h, aumentando para cerca de 14,5 MW/h com a implantação de novas
soluções tecnológicas e com projeção para gerar 16,5 MW/h até 2017. A termelétrica a biogás é composta por 19
motores geradores, com capacidade instalada total de 20 MW, podendo abastecer uma cidade com cerca de 200
mil habitantes.
•
Melhoria do tratamento do biogás originário do aterro, permitindo usá-lo como combustível nos motores geradores.
•
Autoeficiência de geração de energia elétrica.
•
Redução das emissões de efluentes gasosos.
39
CELULOSE IRANI
Inventário de emissão de gases de efeito estufa e ações inovadoras relacionadas – 2009
O Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa e os projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL permitem
uma melhor gestão e redução de emissões geradas pela Celulose Irani. Com essa iniciativa, a companhia passou a avaliar
o balanço entre emissões e remoções, as possibilidades de neutralização e venceu o 5º PBA. Foram desenvolvidos projetos
de cogeração e de modernização de Estação de Tratamento de Efluentes – ETE. Aprovado pela ONU em 2006, com as
metodologias AMS.I.D e AMS.III.E, versão 7, e renovado em 2012 para mais sete anos, com alteração na metodologia para
AMS-I.C/version 19 – produção de energia térmica com ou sem eletricidade – o projeto de cogeração permitiu à companhia se
tornar a primeira empresa brasileira e segunda do mundo no setor de celulose e papel a ter créditos de carbono emitidos pelo
Protocolo de Kyoto. O projeto Modernização da ETE foi o primeiro no mundo de tratamento de efluentes totalmente aeróbio
e foi aprovado pela ONU em 2008, com renovação do período de créditos, em 2015, para mais sete anos.
•
Em 2014, 508.173 toneladas de CO2 equivalente foram removidas, enquanto as emissões de gases de efeito estufa
foram de 126.584 toneladas de CO2 equivalente, demonstrando que a empresa é neutra em carbono.
•
Com o Projeto da Cogeração, realizado entre 2005 a 2014, a companhia obteve Reduções Certificadas de Emissões
– RCEs, que totalizaram 1.124.212 toneladas de gases que deixaram de ser emitidos para a atmosfera. O retorno
financeiro foi de R$ 11,8 milhões, com a venda de créditos de carbono.
•
Com o projeto Modernização da ETE, entre os anos de 2007 e 2014, foram obtidas RCEs que totalizaram 273.968
toneladas de CO2 equivalente. O retorno financeiro viabilizado foi de R$ 5,7 milhões.
Divulgação/Fiat
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Cases Premiados
BRADESCO
Bradesco utiliza soluções inovadoras
na gestão de resíduos – 2010
Com ecoeficiência como um dos objetivos, o Bradesco
mantém três programas de gerenciamento de
resíduos e seu correto descarte, visando evitar que os
materiais recicláveis ou com componentes perigosos
sejam destinados a lixões ou aterros não controlados,
contaminando o solo e os lençóis freáticos. Os três
pilares da ação são: autorreciclagem; coleta e adequada
destinação de resíduos tecnológicos; e coleta e adequada
destinação dos demais resíduos sólidos, provenientes dos
prédios administrativos.
A implantação da gestão de resíduos foi iniciada em
2007. No ano seguinte, equipamentos, peças e outros
materiais tecnológicos que não podem ser reaproveitados
passaram a ser enviados a uma empresa especializada
em reprocessamento e destinação final de resíduos
industriais e tecnológicos, além de pilhas e baterias para
produção de óxidos e sais metálicos. A partir de 2009,
sucatas e peças substituídas de veículos que exigem a
certificação de empresas especializadas para coleta e
reciclagem também ganharam atenção da companhia
e, em 2010, foi iniciada a campanha anual para coleta
de resíduos tecnológicos em prédios administrativos,
incentivando o descarte adequado do lixo eletrônico.
•
De 2009 a 2014, o programa de autorreciclagem deu
destinação adequada a mais de 9 mil toneladas de
material.
•
A campanha anual já recolheu 34.510 toneladas,
os contêineres fixos, 12.610 toneladas, e os prédios
administrativos, cerca de 2 mil toneladas.
•
O programa de coleta e destinação adequada dos
demais resíduos sólidos evitou que 11.500 toneladas
de materiais recicláveis fossem encaminhadas para
aterros ou lixões entre 2008 e 2014.
40
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Divulgação/Camargo Corrêa
Inovação Ambiental
Palavra de ordem no mundo corporativo, inovação foi incluída como
categoria no PBA como forma de estimular o desenvolvimento de
novas tecnologias, soluções e processos produtivos, considerando a
variável ambiental e o desenvolvimento sustentável. Há cinco anos
premiando experiências marcadas pela criatividade, pelo uso da
ciência e pelo foco em eficácia, os cases vencedores registram como
as empresas brasileiras acumularam importantes ganhos financeiros
e de segurança.
A categoria evidenciou, ainda, que o caminho da inovação se dá
também com processos desenvolvidos por meio do relacionamento
com as comunidades onde as empresas atuam, com a formação de
41
parcerias com diferentes atores sociais estratégicos.
CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA
Inovações tecnológicas implantadas na construção da Usina Hidrelétrica de Jirau para o gerenciamento de resíduos sólidos – 2010
Vencedora da 1ª edição do PBA, na categoria
própria na construção da Usina de Jirau.
a segurança ambiental no destino final dos
Inovação Ambiental, a Camargo Corrêa realiza
Inicialmente, foi realizado um amplo estudo de
detritos, gerando uma economia de R$ 151.659,32
o tratamento de resíduos nos próprios locais das
viabilidade técnica, ambiental e econômica, com
e a quitação de todos os custos de implantação e
obras, que, muitas vezes, estão localizadas em
detalhamento de cada solução. O processo partiu
operação da infraestrutura durante o período de
áreas sensíveis e remotas, com deficiente oferta
da implantação de estruturas e equipamentos,
utilização.
de serviços qualificados de coleta e tratamento. Os
planejamento, licenciamento ambiental, execução,
aterros que as atendem não foram projetados para
montagens e treinamento das equipes. Técnicas como
processamento de resíduos, no lugar do descarte
absorver demandas pontuais e significativas, como a
a do britador de resíduos para concreto, o picotador
usual, trouxe uma economia de R$ 2.319.237,14,
de geração de resíduos ocasionada por uma obra de
de madeira e o incinerador de resíduos perigosos
considerando a aplicação do agregado reciclado em
grande proporção. Dessa prerrogativa, nasceu o case
foram estratégicos.
22 substituições ao natural e a quitação de todos os
da construtora, que substituiu o serviço externo de
•
Ao assumir o descarte dos resíduos perigosos por
custos de implantação e operação da infraestrutura
uma estrutura própria, a companhia garantiu
durante o período de utilização.
descarte e tratamento de resíduos por uma estrutura
•
A instalação dos equipamentos para
Cases Premiados
ANTARES RECICLAGEM
EcoÁcido – processo ecológico de reciclagem de solução eletrolítica de baterias usadas tipo chumbo-ácido – 2013
O Programa Ecológico de Reciclagem – EcoÁcido nasceu visando a reciclagem de soluções de ácido sulfúrico residual geradas em empreendimentos industriais, promovendo sua
efetiva descontaminação para utilização em novos processos fabris. O projeto premiado no 9º PBA trouxe uma nova metodologia para as indústrias recicladoras de baterias, que
passaram a ter uma forma sustentável e eficiente de transformar um resíduo tóxico em matéria-prima recuperada, para ser reutilizada em outros processos. A metodologia aplicada
consiste no tratamento sem queda da concentração, eliminando os metais pesados por processos físico-químicos e de filtração. Os metais retidos no processo retornam às recicladoras,
e a solução tratada é fornecida a outras indústrias como produto reciclado. O processo mudou a concepção de reciclagem de baterias chumbo-ácido. Até então, a solução eletrolítica
usada era neutralizada com alcalinos fortes e descartada em rios, córregos etc.
Hoje, o processo é utilizado em cerca de 80% das empresas recicladoras de baterias no País, posicionando o Brasil como principal reciclador de solução eletrolítica de
baterias no mundo.
•
Redução de 90% do volume de água captada nos mananciais subterrâneos, pois 100% do efluente tratado pode ser reutilizado para limpeza de pátio e máquinas.
•
Melhoria no sistema de tratamento de efluentes líquidos da planta – a solução eletrolítica não é mais destinada à Estação de Tratamento de Efluentes – ETE, diminuindo o uso de
reagentes químicos.
•
Redução do volume de efluentes líquidos lançados – a solução eletrolítica é reciclada e destinada a outros processos industriais – e da carga de poluentes lançados, em virtude da
ausência de sais resultantes da neutralização do ácido.
•
Aumento de 100% na reutilização dos efluentes gerados na empresa e minimização dos riscos de contaminação de solo e água subterrânea.
VALE
42
Fundo Vale e o Mapa de Sinergias da Pan-Amazônia – 2014
O projeto premiado no 10º PBA foi uma pesquisa e
apoio das redes do Fundo Vale, da Fundação Avina, da
ferramenta interativa de web criada para promover a
Ashoka e da Lead e organizadas em um mapa interativo
uma região e identificar imediatamente quem
sinergia e o potencial de colaboração entre centenas de
na internet que dá visibilidade ao que cada uma das
está operando em 45 dimensões ambientais,
organizações e pessoas que atuam pelo desenvolvimento
organizações faz na Pan-Amazônia.
sociais, econômicas e culturais, o potencial
sustentável da Amazônia. Foi identificado e mapeado o
A pesquisa também promoveu uma reflexão baseada nos
de sinergia das experiências, o foco dos
trabalho de pessoas e organizações que atuam em prol do
conceitos de inteligência de redes, com análise semântica
beneficiados entre 28 segmentos específicos
desenvolvimento sustentável do bioma amazônico e a sua
e de dados, que permitiu mapear fluxos de conectividade
de públicos-alvo e também quem pode ceder
conectividade no contexto da rede de relações entre eles.
e interação entre as organizações. Desta maneira, além
alguma das 24 expertises identificadas.
Então, foram planejadas ações pontuais para promover
de informar quem está fazendo o quê, como, onde e
a eficiência nos investimentos e a gestão do processo,
quando, o mapa permite que o Fundo Vale possa atuar
fortalecendo a atuação dos diversos atores no bioma.
no sentido de incrementar e valorizar relações sinérgicas
O Mapa de Sinergias da Pan-Amazônia foi criado em
entre os players. Ao todo, integraram a iniciativa dez
2012, quando o Fundo Vale ampliou o escopo de atuação
Estados brasileiros e sete países da Pan-Amazônia.
e passou a desenvolver iniciativas de âmbito nacional,
•
Foi disponibilizado um acesso simplificado e
em temas complementares à sua atuação local. O
qualificado, que vem sendo útil para dirigentes
trabalho de coleta de informações e análises envolveu
e agentes sociais, formadores de opinião,
708 pessoas e avaliou 81 websites. Foram realizados
gestores de políticas públicas, promotores e
350 questionários e 29 entrevistas, conduzidas com o
investidores privados.
•
Com o mapa, qualquer pessoa pode escolher
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Preservação e Manejo
de Ecossistemas
Presente em todas as edições do PBA, a categoria estreou como
Florestas há dez anos, estimulando a preservação da flora e da
fauna silvestres. Logo, cases de recuperação de áreas degradadas
e gestão e manejo de áreas de proteção e de uso sustentáveis
começaram a se destacar.
43
A aquisição de áreas da Mata Atlântica para abertura de parques
e restauração do bioma, envolvendo as comunidades locais,
protagonizaram as primeiras edições. A Amazônia também ganhou a
atenção das companhias, que passam a atuar não só na preservação do
bioma como no repovoamento de espécies nativas importantes para
a economia local. Identificação e monitoramento dessas espécies para
Divulgação/INB
preservação também são palavras-chave nesta categoria.
Cases Premiados
FUNDAÇÃO GRUPO BOTICÁRIO DE PROTEÇÃO À NATUREZA
Reserva Natural Salto Morato – 2005
A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
mais preservado remanescente contínuo de Mata
Natural Serra do Tombador. Situada em Cavalcante
foi a vencedora da categoria no 1º PBA, com um case
Atlântica, bioma mais ameaçado do Brasil. A área foi
(GO), a área possui 8,7 mil hectares e recebeu o título
de proteção à Mata Atlântica: a Reserva Natural
reconhecida como RPPN e ampliada – atualmente,
de RPPN em 2009.
Salto Morato, reconhecida, desde 1999, como Sítio do
conserva 2.253,83 hectares.
•
Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. A
Em 1996, a reserva foi aberta para visitação e, hoje,
Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
é considerada referência em manejo de reserva
prioriza a preservação ambiental e mantém duas
natural. Os objetivos são conservar a biodiversidade
promoveram a descoberta e descrição de duas novas
Reservas Particulares de Patrimônio Natural – RPPN,
e os processos ecológicos, incentivar a pesquisa
espécies de peixes e uma de anfíbio.
áreas protegidas delimitadas geograficamente, com o
científica, propiciar o uso público e incentivar a
objetivo de preservar a biodiversidade e beleza cênica
educação para a conservação. Seguindo a estratégia,
e países visitaram a reserva, que fortalece a economia
que abrigam. Em 1994, foi adquirida a primeira área
a fundação comprou uma nova área natural em
regional, incentivando o turismo, gerando empregos
natural, em Guaraqueçaba (PR), dentro do maior e
2007, agora no Cerrado, transformando-a na Reserva
diretos e indiretos e apoiando a comunidade local.
Conservação de biodiversidade, abrangendo 325
espécies de aves.
•
•
Mais de 90 estudos, entre outras conquistas,
Mais de 100 mil pessoas de diversos Estados brasileiros
SUZANO PAPEL E CELULOSE
Parque das Neblinas – Polo Regional de Práticas Socioambientais – 2006
44
A Mata Atlântica protagonizou novamente o 2º
de conservação. Lançado em 2004, o Parque das
PBA. O case premiado foi sobre a criação de uma
Neblinas tem como pilares o relacionamento com
tecnologia socioambiental que permitiu a restauração
a comunidade local, a articulação com o poder
do bioma e o desenvolvimento de pesquisas
público e parcerias com institutos de pesquisas,
científicas, a educação socioambiental e a partilha
universidades e ONGs de perfil socioambiental.
dos benefícios gerados com a operação da reserva, em
•
Construção da Agenda 21 de Taiaçupeba.
um modelo que permitisse sua replicação.
•
Implantação de uma biblioteca comunitária
O Parque das Neblinas, em São Paulo, é uma reserva
e formação de 26 promotores de leitura da
privada gerida pelo Instituto Ecofuturo, Organização
comunidade local.
da Sociedade Civil de Interesse Público – Oscip criada
•
Redução de caça e extração ilegal de plantas
pelo Grupo Suzano.
e reintrodução da palmeira-juçara, com a
O trabalho foi iniciado em 1988, quando a Suzano
distribuição de 5,5 milhões de sementes.
adotou um Relatório Interno de Meio Ambiente com
•
Formação de uma rede de fornecedores locais.
o objetivo de eliminar os passivos de ordem legal
•
Envolvimento direto e indireto de 30 pessoas da
e ambiental, promovendo melhorias no padrão da
paisagem e uso do solo em todo o seu conjunto de
comunidade local.
•
fazendas. A implementação de uma metodologia de
30 mil visitantes para ecoturismo e educação
socioambiental.
manejo florestal contribuiu para a restauração da
•
60 projetos de pesquisa realizados.
Mata Atlântica e sua diversidade física e biológica,
•
Assessoria para outras sete unidades de
evidenciando a vocação da área para uma unidade
conservação.
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL – INB
Recuperação de áreas degradadas, conservação e preservação de espécies da flora e
da fauna silvestre – 2007
O case vencedor do 3º PBA nasceu do cumprimento da Política Nacional do Meio Ambiente nos processos de
licenciamento ambiental, como condicionante para manutenção de licenças. O projeto foi evoluindo e chegou ao atual
Programa de Restauração em Bioma Mata Atlântica. Realizado em uma área de 560 hectares de Mata Atlântica, às
margens do Reservatório de Funil, próximo aos parques nacionais de Itatiaia e da Bocaina, o case premiado tinha os
seguintes objetivos: preservação de informações sobre a composição florística das áreas de propriedade das indústrias
nucleares do Brasil e de seu entorno; subsídio aos projetos de restauração florestal; reabilitação de áreas anteriormente
ocupadas por atividades agropastoris; contribuição com a conservação do solo e dos recursos hídricos associados à
Represa do Funil, mantendo e restaurando processos ecológicos vitais para os ecossistemas; e assegurar benefícios
sociais inerentes aos processos de restauração.
•
Produção de 1,6 milhão de mudas de espécies nativas e plantio de, aproximadamente, 1 milhão de mudas.
•
Recuperação de 50% da área da empresa em Resende.
•
Produção de 218 espécies arbóreas nativas.
•
Catalogação de, aproximadamente, 700 matrizes arbóreas.
•
Identificação de 14 ordens de insetos, 11 espécies de peixes, 170 espécies de aves, 16 espécies de anuros, 21 de répteis
e 29 de mamíferos.
•
ao longo dos anos.
TRACTEBEL ENERGIA | CONSÓRCIO MACHADINHO-APROMATE
Sistema Agroflorestal Cambona 4 – 2008
Uma parceria entre empresas e uma associação de
e das Missões e a Embrapa Florestas, e os estudos
produtores rurais conquistou o 4º PBA na categoria.
chegaram ao Sistema Agroflorestal Cambona 4, um
As três organizações se juntaram para criar um
melhoramento genético que substitui a erva-mate nativa
novo produto: uma variedade de erva-mate com
na mistura que originava o produto final destinado ao
espécies nativas.
mercado, diminuindo a exploração dos remanescentes.
A atividade ervateira era uma importante fonte de renda
O incremento na qualidade garantiu valorização de
para o município de Machadinho (RS), mas a oferta ao
65%, com custos inferiores e retorno financeiro quatro
mercado era pequena. Era necessário profissionalizar
vezes superior ao de culturas convencionais, gerando
a cultura de erva-mate, levando os agricultores a um
maior interesse dos produtores e novas parcerias.
empregos e aumento de renda para agricultores
novo modelo de produção, que garantisse também
A segunda etapa do projeto foi de capacitação de
familiares em mais de cem municípios no sul do Brasil.
a preservação dos ervais nativos. Para organizar
produtores para adesão ao novo sistema. Hoje, o projeto
e fortalecer a cadeia produtiva, a Associação dos
é autossustentável e segue com a Apromate, envolvendo
os produtores conseguiram viabilizar o
Produtores de Erva-Mate – Apromate firmou parcerias
cerca de 70 produtores familiares locais e uma área
financiamento dos novos plantios com agentes do
com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai
plantada total de, aproximadamente, 180 hectares.
sistema financeiro.
Divulgação/Klabin/Zig Koch
45
Reciclagem de mais de 350 kg/dia de resíduos sólidos para produção de húmus – aproximadamente, 590 toneladas
•
•
A iniciativa conservou ervais nativos e gerou
Com os resultados do projeto implantado,
KLABIN
Programa Klabin de Monitoramento da Biodiversidade – 2009
Divulgação/Suzano Papel e Celulose
Título da Sessão
O case vencedor do 5º PBA começou a ser desenhado nos anos 1980, com o Programa Klabin de Monitoramento
da Biodiversidade. A iniciativa, realizada em parceria com universidades, precisava de áreas nativas para estudos
investigativos de fauna e flora, visando a caracterização de hábitos de espécies e sua relação com o ecossistema local. De
lá para cá, a companhia ampliou o monitoramento da biodiversidade em suas unidades florestais, localizadas no Paraná,
em Santa Catarina e em São Paulo. Hoje, mais de 40% da área florestal da Klabin é destinada à preservação de florestas
nativas, garantindo a manutenção de espécies desses ecossistemas e conservando os recursos hídricos.
•
Até o fim de 2009, foram identificadas mais de 650 espécies de animais no Paraná: 90 mamíferos, 409 aves, 40 anfíbios,
40 répteis, 12 abelhas, seis crustáceos e 58 peixes. Deste total, 74 são consideradas ameaçadas de extinção pelo Instituto
Ambiental do Paraná – IAP; 15 pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama; e 51 pela International Union for Conservation of Nature – IUCN.
•
Foram identificadas 304 espécies de animais em Santa Catarina: entre as 252 espécies de aves, 41 de mamíferos,
seis de anfíbios e cinco de répteis, 32 são consideradas ameaçadas de extinção pela IUCN e seis pelo MMA.
•
Foram também identificadas 1.146 espécies de plantas nas áreas no Paraná e 695 espécies em Santa Catarina. As árvores
são o grupo mais estudado, com 426 diferentes espécies no Paraná e 344 em território catarinense. O segundo maior
grupo de plantas identificadas é o das herbáceas, que somam 245 espécies abrangidas por estudos realizados na Klabin.
TRACTEBEL ENERGIA | CONSÓRCIO ITÁ | FATMA | ECOPEF
Implantação, incubação da gestão e operação do Parque Estadual Fritz Plaumann – 2010
A implantação, operação e gestão do Parque Estadual
o parque fosse equipado com infraestrutura e foi criada
Fritz Plaumann foi uma experiência pioneira em Santa
a Oscip Ecopef (Equipe Cogestora do Parque Estadual
Catarina, em que empresas privadas, o órgão ambiental
Fritz Plaumann), buscando-se uma solução sustentável.
estadual e a sociedade civil se uniram para a efetiva
A entidade é formada por jovens da região que foram
proteção e o uso público da mais importante área
capacitados para gerir o parque e é supervisionada pela
remanescente da Floresta Estacional Decidual. Em um
Fatma. A gestão conjunta com a comunidade segue as
segundo case realizado em parceria, a Tractebel Energia
diretrizes do plano de manejo, sem depender exclusivamente
levou seu segundo prêmio na categoria no 6º PBA.
dos órgãos públicos, o que possibilita a replicação da
Com 741 hectares, o parque estadual, uma unidade de
metodologia em situações similares. Ao todo, o Consórcio Itá
conservação de proteção integral, administrada pela
investiu cerca de R$ 4,3 milhões na implantação do parque.
Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina – Fatma,
• Primeiro parque de Santa Catarina a ter um plano de
está localizado em uma das regiões mais ameaçadas da
manejo aprovado, um programa de incubação de uma
Floresta Amazônica. Aproximadamente, um terço do
Oscip especificamente para a gestão compartilhada e um
espaço é composto por uma ilha originada da formação
conselho consultivo constituído, tornou-se referência na
do reservatório da Usina Hidrelétrica Itá, com concessão
implantação e cogestão de unidades de conservação.
do Consórcio Itá e operação da Tractebel Energia. O
licenciamento ambiental da usina, em 1990, exigiu que
• A visitação é de 300 pessoas por mês, de diferentes
Estados do País.
46
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
TRACTEBEL ENERGIA | CONSÓRCIO MACHADINHO | CONSÓRCIO ITÁ
VALE
Conservação da biodiversidade no Alto Uruguai – 2011
Projeto Fazenda Marinha – 2013
O 7º PBA destacou a parceria da Tractebel Energia, Consórcio Machadinho e Consórcio Itá pelos programas e
O monitoramento e repovoamento de camarões-
ações desenvolvidos para preservação e recuperação ambiental da região do Alto Uruguai. Localizada na divisa
rosa nativos na Baía de Sepetiba como forma de
entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a área abriga dois empreendimentos operados pela empresa de energia,
compensação ambiental deu o 9º PBA na categoria
a Usina Hidrelétrica Machadinho e a Usina Hidrelétrica Itá. As iniciativas reúnem frentes de restituição da
para a Vale novamente. O projeto realizado em
mata ciliar, conservação de ictiofauna, salvamento de espécie de bromélia em extinção, além dos dois projetos já
Mangaratiba (RJ) promove a preservação e a educação
premiados: implantação do Sistema Agroflorestal Cambona 4, em 2008; e implantação do Parque Estadual Fritz
ambiental, capacita pescadores e melhora a qualidade
Plaumann, em 2010.
de vida da população, oferecendo alternativas de
•
223 mil mudas, de 90 espécies diferentes, foram produzidas e plantadas na região da UHE Itá. Na UHE
geração de renda.
Machadinho, foram mais de 100 mil mudas para recuperar a vegetação da área de preservação permanente.
Iniciada em 1996, a ação foi incorporada à agenda
Foram desenvolvidas novas tecnologias para monitoramento e conservação da fauna de peixes no Rio Uruguai,
anual da empresa, que hoje tem um laboratório de
proporcionando a melhoria das condições ambientais.
maricultura e uma equipe que desenvolve atividades
Ameaçada de extinção, a bromélia Dyckia distachya Hassler foi salva por meio do resgate de exemplares e do
na área do terminal portuário. São lançados
cruzamento entre indivíduos de comunidades diferentes.
milhares de pós-larvas na baía, e os programas de
•
•
monitoramento possibilitam avaliar a qualidade do
ecossistema local. O projeto garante a melhoria na
VALE
qualidade de vida das comunidades, com o incremento
na renda familiar e reforço da tradição. A Fazenda
47
Fundo Vale: 3 anos de ações pela conservação dos recursos naturais e
desenvolvimento no bioma amazônico – 2012
Marinha ainda oferece cursos de maricultura,
reconhecidos pelo Ministério da Pesca, e cursos de
artesanatos com conchas. Hoje, a fazenda tem novos
A Vale conquistou o 8º PBA na categoria pela criação do maior fundo de cooperação de origem privada do Brasil, o Fundo Vale.
projetos com o objetivo de preservar a fauna marinha,
Fundada em 2009, a Oscip busca contribuir com a preservação e conservação ambiental e promoção do desenvolvimento
como o monitoramento de botos-cinza e da pesca
socioeconômico das regiões onde atua. As ações começaram pelo bioma amazônico, onde a entidade apoiou 21 projetos realizados
e o monitoramento de cavalos-marinhos, espécie
por 12 parceiros em Calha Norte, Corredor do Xingu, Marajó, Acre e sul do Amazonas, com investimento total de R$ 29,3 milhões.
ameaçada de extinção e bioindicadora indireta de
Uma das iniciativas é o fortalecimento de mecanismos independentes de monitoramento do desmatamento e da
saúde ambiental.
degradação florestal na Amazônia Legal e de planos de manejo florestal no Pará. Outra frente é a contribuição para
•
implementação e consolidação de áreas protegidas do Arquipélago do Marajó, para a melhoria da qualidade de vida,
Mais de 20 milhões de camarões já foram levados
para a Baía de Sepetiba.
conservação da biodiversidade e da cultura e promoção da sustentabilidade. O fortalecimento da governança ambiental
•
Mais de 2,5 mil pessoas beneficiadas.
para controle e monitoramento do desmatamento, por meio da implementação do Cadastro Ambiental Rural para
•
Mais de 520 pessoas foram treinadas pelo curso de
regularização das atividades agropecuárias, também compõe a atuação.
maricultura, dando origem a diversas associações
•
Além do PBA, o Fundo Vale conquistou os prêmios BenchMais, como uma das cinco melhores práticas de gestão
que se dedicam à cultura de ostras e mexilhões
ambiental do País, e o Brasil de Ação Ambiental 2011, na categoria Biodiversidade e Florestas.
como fonte de renda.
•
As iniciativas também resultaram em importantes números no Pará, como mil quilômetros quadrados de floresta
preservados; integridade garantida de 60% das áreas de unidade de conservação, com validação de planos de manejo
e fomento a cadeias de valor; retrocesso de 90% da destruição da floresta em Paragominas e exclusão do município da
lista de municípios desmatadores do MMA (Ministério do Meio Ambiente); adoção do Programa Munícipios Verdes
como política pública; fortalecimento das redes de sementes para cadeias produtivas sustentáveis em Apuí e Xingu; e
implantação de software de gestão administrativo-financeira integrado aos sistemas dos parceiros para agilizar as ações.
Cases Premiados
ENGIE
A importância dos programas ambientais da uhe Jirau para o conhecimento da fauna silvestre da região amazônica – 2014
O case vencedor do 10º PBA mostrou a importância de se ter informações detalhadas sobre a fauna local para reduzir impactos ambientais em projetos como implantação da Usina
Hidrelétrica de Jirau – UHE Jirau. O projeto da Engie se baseou em estudos genéticos para subsidiar as decisões para mitigação de possíveis impactos na unidade. Para isso, foi
realizado monitoramento contínuo da fauna silvestre antes, durante e após a formação do reservatório da UHE. Com início do projeto em 2010, foram 21 campanhas trimestrais,
avaliando vertebrados e invertebrados, de ambientes terrestres e aquáticos. As atividades estão integradas às ações de resgate da fauna, tanto durante a supressão de vegetação como
durante o enchimento do reservatório. Foi realizada análise do material genético para identificação taxonômica e status populacional do boto-vermelho na área de influência da UHE,
além de estudos das espécies com base nos animais tombados em instituições depositárias de referência para o Brasil.
•
Mais de 430 mil indivíduos já foram registrados, e 18 espécies novas para a ciência foram descobertas.
•
Com base nas informações oriundas do patrimônio genético dos indivíduos de boto-vermelho, foi possível verificar a correta identificação da espécie da região, sua distribuição e
possíveis relações com outras populações.
Divulgação/Vale
48
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Divulgação/Suzano
Responsabilidade Socioambiental
49
Outra categoria sempre presente no PBA, Responsabilidade Socioambiental estreou voltada para projetos
de educação ambiental que contribuíssem para o desenvolvimento sustentável de comunidades ou setores.
O PBA passou a incentivar projetos de implantação e fortalecimento das Agendas 21 locais e também
iniciativas fundamentadas nos aspectos econômicos, sociais e ambientais de forma integrada. A categoria
começou a refletir, então, ações focadas em geração de renda, inclusão social nas etapas de estruturação e
gestão de projetos e na preservação do meio ambiente.
Dois números evidenciam como a visão de responsabilidade socioambiental do mercado empresarial
brasileiro amadureceu nestes dez anos de PBA: mais de 1.200 pessoas foram envolvidas no primeiro case
vencedor da categoria, em 2005, e 300 mil pessoas foram beneficiadas no case vencedor da última edição do
prêmio nesta categoria, em 2014.
Cases Premiados
SAMARCO MINERAÇÃO
PETROBRAS
Salvamar Ambiental – 2005
Educando Sobre as Águas – 2007
O programa de sensibilização da comunidade pesqueira quanto ao descarte correto do óleo lubrificante das
O projeto propõe a implantação de um programa de
embarcações deu à mineradora o 1º PBA na categoria. Mais de 1.200 pessoas foram envolvidas no projeto
educação ambiental direcionado prioritariamente aos
implantado em Guarapari e Anchieta (ES) em parceria com as prefeituras. O óleo lubrificante, lançado pelas
alunos e professores de ciências do ensino fundamental
embarcações de pesca e turismo, pode persistir de dez a 20 anos no mar, na areia ou no manguezal, interferindo
da rede pública. O objetivo é buscar a conscientização
no equilíbrio ecológico. Com o programa, o óleo queimado, antes despejado dos barcos, passou a ser depositado em
e o desenvolvimento de condutas que possibilitem a
coletores instalados na beira da praia e encaminhado para a reciclagem por meio de refino. O investimento inicial
prevenção da poluição e da degradação dos corpos d’água
foi de R$ 50 mil.
e o uso sustentável dos recursos hídricos, no âmbito da
O projeto integra, ainda, um curso de capacitação para pescadores e a criação da Associação Salvamar de
Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré.
Assistência à Criança e ao Adolescente. A entidade oferece um espaço físico que funciona como um centro
O programa vencedor do 3º PBA foi desenvolvido
de convivência, onde são oferecidas atividades esportivas, reforço escolar, atividades lúdicas, cultura e
em 2004 e retomado em 2007 para expor os aspectos
entretenimento como forma de combater o ócio e a permanência das crianças e adolescentes nas ruas, nas drogas
e problemas, locais e regionais, da qualidade e
e na marginalidade.
disponibilidade das águas no âmbito da bacia. A
•
A iniciativa recebeu prêmios nacionais e internacionais e foi apresentada no seminário internacional do
iniciativa destaca a importância da correta gestão e
Global Compact, acordo internacional proposto pela ONU, em julho de 2002.
planejamento dos recursos hídricos, ao mesmo tempo
•
Cerca de 50 mil litros de resíduos oleosos foram coletados e reciclados/reutilizados.
que promove a cidadania ambiental e estimula as
•
Redução da emissão de poluentes no mar e manguezal e melhoria da qualidade da água.
práticas de uso racional da água.
•
Aumento da conscientização das tripulações dos barcos de pesca e redução de incidentes ambientais.
•
•
Maior envolvimento da comunidade com a participação voluntária de pescadores, mergulhadores e
sensibilizadas.
aquicultores nos cursos de capacitação.
BROOKFIELD ENERGIA RENOVÁVEL
Parque Municipal da Farinheira – 2006
O case vencedor do 2º PBA nasceu a partir de um diagnóstico socioeconômico realizado em Boa Ventura de São
Roque (PR) para a construção da Pequena Central Hidrelétrica Pedrinho. Para cumprir com obrigações legais, a
Brookfield buscou desenvolver atividades que atendessem à real necessidade da comunidade e promoveu ações
que contribuíram para a melhoria das condições educacionais e socioambientais da região, com programas de
educação ambiental, recuperação da mata ciliar, doação de materiais e equipamentos, construção de uma escola e
criação de um parque.
•
Desenvolvido entre 2001 e 2004, o projeto abrangeu mais de 2.500 pessoas de forma participativa, entre
alunos, professores, proprietários rurais e comunidade, além de cerca de 20 instituições, como escolas,
Desenvolvimento de agentes multiplicadores.
•
Melhorias na área educacional.
•
Produção de 10 mil mudas de plantas nativas.
•
Criação de um espaço de lazer e cultura para o município.
Divulgação/Samarco
secretarias municipais e empresas de consultoria.
•
Aproximadamente, 175 mil pessoas diretamente
50
Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
CEDAE
SAMARCO MINERAÇÃO
Programa Cedae Educação Ambiental
Para as Escolas – 2010
Taboa Lagoa – 2011
Com o objetivo de fomentar a sustentabilidade das comunidades do entorno da Lagoa de Mãe-bá (ES), foi desenvolvido
A empresa de saneamento conquistou o 6º PBA com o
o programa de gestão e educação ambiental vencedor do 7º PBA. Com um investimento inicial de R$ 90 mil, a Samarco
Programa Cedae Educação Ambiental Para as Escolas.
desenvolveu atividades de geração de renda, contribuindo para a preservação e revitalização da lagoa e da cultura local.
O projeto foi complementado nos anos seguintes com
O projeto foi iniciado em 2004, com um diagnóstico socioambiental sobre demandas e potenciais da área e um plano de
novas iniciativas voltadas à conscientização social: a
gestão e educação ambiental. No ano seguinte, a Samarco deu continuidade com o programa para estimular a educação,
campanha Salve o Planeta. Economize Água, o projeto
a qualificação profissional, a geração de renda e as melhorias sociais e ambientais das comunidades do entorno da Lagoa
Replantando Vida e os Centros de Visitação Ambiental.
Mãe-bá, a segunda maior do Espírito Santo. Pesca e agricultura são as bases econômicas locais, e a companhia encontrou
A iniciativa integra palestras em escolas e universidades,
o desafio de controlar o crescimento desordenado da fibra de Taboa, uma planta aquática comum ao redor da lagoa. Para
feiras e seminários com a apresentação da Miniestação de
isso, foi estimulado o uso da fibra como matéria-prima para artesanato. Iniciava-se, assim, o controle ambiental e manejo
Tratamento de Água, além de um ônibus envelopado com o
da Taboa, que abriu a possibilidade de uma nova atividade econômica para a população. Foram retirados cerca de 122.834
logo da companhia para conduzir crianças de escolas públicas
“pés” de planta; 3 mil mudas nativas foram distribuídas a cerca de 160 famílias da área rural para plantio próximo às
em visitas à ETA Guandu e outras atividades socioambientais.
nascentes e matas ciliares; e foi implantada uma Estação de Tratamento de Efluentes – ETE.
Nos Centros de Visitação Ambiental das estações de
•
Cerca de 3 mil moradores beneficiados.
tratamento de esgotos Alegria e Barra da Tijuca, a Cedae
•
Mais de 150 mil peças artesanais produzidas e comercializadas.
abre as portas à comunidade acadêmica, aos cursos de
•
Saneamento de 100% da rede de esgoto da comunidade de Mãe-bá.
pós-graduação, aos universitários e às escolas técnicas,
•
Redução do volume de lixo e resíduos na lagoa e preservação de um dos pontos naturais mais belos da região.
apresentando suas tecnologias e incentivando a realização de
51
pesquisas e trabalhos nas unidades. Os visitantes conhecem
os processos de tratamento de esgotos, as características dos
TRACTEBEL ENERGIA | ADECOVA
afluentes e efluentes, os resíduos do processo e os projetos
de aproveitamento dos resíduos: usina de biodiesel, biogás e
Centro de Cultura de Entre Rios do Sul – 2012
aproveitamento do lodo como adubo para os viveiros para
produção de espécies de Mata Atlântica.
A implantação de Centros de Cultura e Sustentabilidade em municípios de pequeno porte que abrigam
Para cuidar das mudas nos viveiros e fazer o plantio, é
empreendimentos operados pela Tractebel Energia se tornou uma das principais ações de responsabilidade
empregada mão de obra carcerária dos regimes aberto e
socioambiental da companhia. O Centro de Cultura de Entre Rios do Sul (RS) foi o pioneiro. Seu sucesso garantiu a
semiaberto, que recebem treinamento e remuneração,
replicação da prática em outras regiões em que a empresa atua e deu a ela o 8º PBA.
qualificando-se como agentes de reflorestamento e tendo
A Usina Hidrelétrica Passo Fundo está situada no município gaúcho de 3 mil habitantes. Em um raio de 80 quilômetros
apoio para sua ressocialização.
da cidade, não havia nenhum cinema, teatro, museu ou espaço cultural gratuito destinado à comunidade. A implantação
•
27.825 alunos visitaram a ETA Guandu, a maior do
do centro de cultura foi realizada com a Lei Rouanet, como o primeiro projeto do gênero executado no País com 100% de
mundo.
isenção fiscal, tornando-se um marco na história das construções de espaços culturais incentivados em todo o Brasil.
36.197 visitantes nos Centros de Visitação
Aberto em 2011, o centro possui 1.075 metros quadrados, com um auditório de 150 lugares, oficinas, salas para exposições
Ambiental.
e reuniões comunitárias, museu, biblioteca e sala de inclusão digital, além de uma área coberta para feiras e exposições. O
10 mil pessoas já participaram de palestras da
engajamento da comunidade na gestão do centro se dá pela Associação de Desenvolvimento Comunitário de Vila Alegre
campanha Salve o Planeta. Economize Água,
– Adecova, entidade sem fins lucrativos formada por moradores. A Tractebel Energia investiu na capacitação em gestão
segundo estimativa da companhia.
cultural de membros da comunidade para assumir a coordenação do centro e captar recursos para sua manutenção.
Mais de 2.700 apenados mantêm viveiros de
•
•
•
•
Desde o início das atividades, cerca de 80 mil pessoas passaram pelo centro de cultura. O sucesso fez com que o modelo
espécies nativas, que produziram cerca de 2,5 milhões
fosse replicado com o Centro de Cultura de Alto Bela Vista (SC), Centro de Cultura e Sustentabilidade de Capivari de
de mudas desde 2010.
Baixo (SC) e Centro de Cultura de Quedas do Iguaçu (PR). Outros seis centros estão em fase de projeto ou em construção.
Cases Premiados
TRACTEBEL ENERGIA
Parque Ambiental Tractebel – 2014
A companhia voltou a vencer o PBA nesta categoria com o
de futebol, e segue um modelo de gestão compartilhada
ginástica. O espaço abriga também um Centro de Cultura
projeto que deu sequência ao case Recuperação das Áreas
por meio de uma Oscip que reúne representantes da
e Sustentabilidade dedicado a atividades culturais, como
Degradadas Através da Utilização de Cinzas do Carvão
companhia, associação de moradores e outras entidades
espetáculos musicais e teatrais, exposições de arte e
Mineral, premiado em 2007. Localizado em Capivari de
locais. Juntos, os representantes elaboram as normas
realização de outros eventos culturais.
Baixo (SC), o Parque Ambiental Tractebel ofereceu novo
de funcionamento e o plano anual de atividades. São 23
•
destino à área recuperada da degradação ambiental
quilômetros de reflorestamento com plantas nativas,
gerada pela extração de carvão mineral na região.
um lago de 14.500 metros quadrados; 4 quilômetros de
•
Cerca de 2,5 mil visitantes por semana.
Inaugurado em 2013 e aberto à população, o parque
pistas para caminhada, 3,5 quilômetros de ciclovias e
•
Somente em 2014, foram mais de 100 mil visitantes
ocupa uma área de 35 hectares, equivalente a 50 campos
área de recreação com parque infantil e espaço para
municípios da região.
e cerca de cem eventos artístico-culturais.
Divulgação/Sesi
FIRJAN | SESI
Mais de 300 mil pessoas beneficiadas, de 20
Heróis do Futuro – 2013
O projeto vencedor do 9º PBA sensibilizou milhares de estudantes para a sustentabilidade e os temas da Rio+20,
que reuniria milhares de lideranças políticas, comunitárias e ambientais na capital fluminense para discutir o
desenvolvimento sustentável. Os jovens foram engajados com a iniciativa do Sistema Firjan Heróis do Futuro, que usou
a capilaridade do Sesi para debater ideias e ouvir demandas, contribuindo para a formação desses futuros formuladores
de políticas e formadores de opinião. A iniciativa, realizada em 2012, incluiu ações como a exibição de um filme original,
em tecnologia 3D, apresentado em Unidade Móvel de Aprendizagem do Senai, um ambiente de comunicação por redes
sociais (Facebook, Twitter e blog no site), com conteúdo aprofundado, e um concurso no qual os jovens aprenderam
sobre sustentabilidade por meio de um game, além de expressar suas ideias.
Para que o público se reconhecesse na abordagem proposta, as informações sobre a Rio+20 foram vinculadas a temas
relacionados às grandes cidades, como resíduos, saneamento, transporte, poluição e cidades sustentáveis. O projeto
foi ampliado para a rede Sesi e Senai de São Paulo e teve o apoio da Secretaria Municipal de Educação do Rio de
Janeiro para a entrada nas escolas municipais e da Uerj para a composição das equipes de mobilização nas 425 escolas
participantes no Rio. A premiação ocorreu na Rio+20, e as equipes vencedoras receberam prêmios e uma viagem a
Fernando de Noronha com atividades educativas.
•
188.476 alunos sensibilizados em 425 escolas no Rio e 265 em São Paulo.
•
81.549 participantes do game, em 31.325 equipes.
•
1.579 “cidades sustentáveis” criadas no game.
•
5.300 fãs no Facebook.
•
Mais de 150 profissionais do Sesi envolvidos diretamente na operação.
•
Ideia central considerada boa ou muito boa por 97% das escolas que responderam a pesquisa.
•
Conteúdo considerado relevante por 90% das escolas.
•
34 matérias veiculadas em TV, rádio, mídia impressa e online.
•
3 prêmios ambientais e 1 de comunicação conquistados.
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Prêmio Brasil Ambiental – Dez Anos de Incentivo às Boas Práticas Empresariais
Patrimônio Cultural Brasileiro
ENGIE
Em 2013, o Rio de Janeiro vivia acelerado ritmo de obras, com a
Programa de gestão do patrimônio
arqueológico, histórico e cultural da
uhe Jirau – a gestão do conhecimento
através de mídias sociais – 2013
revitalização de importantes marcos da cidade. O momento jogava
Desenvolver uma ciência aplicada, que aliasse a
realização de pesquisas científicas com o envolvimento
luz ao valor do patrimônio cultural como narrativa da história das
das comunidades locais pelo uso de mídias sociais, para
uma maior integração e divulgação dos conhecimentos
sociedades. Inspirado nesse debate, o 9º PBA criou uma nova categoria
adquiridos e consequente engajamento social, foi a
diretriz que norteou o projeto vencedor da categoria
especial para reconhecer as iniciativas das empresas brasileiras na
especial criada no 9º PBA.
Iniciada em abril de 2009, a ação teve atividade de
valorização do patrimônio cultural nacional.
prospecção, laboratório e educação patrimonial,
incluindo também medidas compensatórias para
proteção e preservação do patrimônio histórico e
cultural. Foram utilizadas plataformas multimídia,
como sites, blogs, Twitter, Google Earth e Google Maps,
modelagens de cenários em ambiente de Arqueo@
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Parque e exposição de acervos em museu virtual. Desta
forma, foi criado um ambiente online para contato
direto dos atores sociais, acelerando o desenvolvimento
do projeto e facilitando o acesso ao conhecimento. O
programa tem continuidade, com o atendimento a todos
que buscam informações, contatos ou integração com
as pesquisas. O conhecimento gerado segue inserido
em categorias e produtos como Arqueo@Parque, Fale
Conosco, Cartilha Patrimonial e Blog da Comunidade,
e a companhia fez a divulgação científica em eventos
nacionais, internacionais e fóruns de debate.
•
Mais de 2.500 pessoas da comunidade local foram
envolvidas nas atividades, incluindo oficinas,
entrevistas e capacitações. O blog contabilizou
Divulgação/Engie
milhares de acessos, provenientes de mais de 50 países.
Cases Premiados
Texto Jornalístico
Outra categoria especial, Texto Jornalístico buscou estimular a produção
DIÁRIO DA REGIÃO
Série Recicle Já – 2009
A campanha com foco ambiental liderada pelo
Diário da Região, em 2008, com a parceria da
de reportagens sobre desenvolvimento sustentável na imprensa
cooperativa Cooperlagos e apoiada pela Prefeitura
de Rio Preto, premiou o jornal no 5º PBA.
brasileira, como forma de capilarizar o debate. Os cases premiados
Reportagens publicadas aos domingos enfocaram
a importância dos processos de reciclagem para o
destacaram os fatores que envolvem a construção de hidrelétricas do
meio ambiente, a economia e a sociedade.
O trabalho apontou que o reaproveitamento de materiais
ponto de vista ambiental, social e econômico e os contrastes e paradoxos
como borracha, metal e plásticos, entre outros, reduz
a poluição, prolonga a vida útil de aterros sanitários e
de lugares em que a riqueza natural não reverte a situação de milhares de
deixa as cidades mais limpas. A experiência de alguns
moradores da região foi destacada, como em Mirassol,
habitantes que vivem na miséria. O PBA também mostrou a preocupação
onde um trabalhador conquistou a casa própria com as
vendas provenientes da reciclagem de lixo. Reutilização
social com a questão do lixo, destacando a importância da reciclagem e do
de água e fontes alternativas de energia ganharam
espaço na discussão, aprofundada em editorial. O projeto
reaproveitamento de plástico, vidro, papel e outros materiais para o meio
reforçou a vocação do jornal de defender o meio ambiente
e, em nome do interesse público, engajar os leitores.
ambiente e os impactos econômicos decorrentes.
CANAL ENERGIA
GAZETA DO POVO
“A última testemunha” / “Kuwait paranaense” – 2008 e 2010
“Hidrelétricas: sustentabilidade e
desenvolvimento” – 2011
Vencedor do 4º e do 6º PBA na categoria, o jornal Gazeta do Povo foi premiado com a série de reportagens do jornalista
Qual o ponto de equilíbrio entre o potencial hidrelétrico
Mauri König “A última testemunha”, publicada em 9 e 10 de setembro de 2007, e com a matéria “As marcas do descaso”,
do Brasil e a necessidade de preservação socioambiental?
publicada em 30 de janeiro de 2010, também de König e do jornalista Adriano Kotsan.
A reportagem “Hidrelétricas: sustentabilidade e
Vencedora em 2008, “A última testemunha” aborda uma batalha em curso no coração da Mata Atlântica, na divisa dos
desenvolvimento”, publicada pelo site CanalEnergia, em
Estados do Paraná e São Paulo. O Grupo Votorantim tenta construir a hidrelétrica Tijuco Alto no Rio Ribeira de Iguape,
24 de junho de 2011, abordou a questão e ganhou a 7ª
mas encontra a resistência de ambientalistas, índios, caiçaras, religiosos e quilombolas que são contra a barragem. Entre
edição do PBA. A jornalista Carolina Medeiros destacou
eles está seu Vicentinho, um símbolo dessa resistência aos 100 anos.
as crescentes necessidades energéticas e as pressões por
Em 2010, a Gazeta do Povo voltou ao pódio do PBA contando a história da família de Vítor, de 4 anos. Eles vivem em
mitigação dos impactos socioambientais. A discussão
Piraquara, o “Kuwait paranaense”. A riqueza de ambos é líquida e está no subsolo. Dono da quarta maior reserva de
envolve ambientalistas e investidores do setor elétrico.
petróleo do mundo, o Kuwait não tem um só cidadão abaixo da linha da pobreza, enquanto Piraquara tem dezenas de
Para o CanalEnergia, a sustentabilidade está no DNA do
bilhões de litros de água no subsolo, mas 10% dos 88 mil habitantes estão em petição de miséria. A matéria retrata uma
setor elétrico, porque a geração tem como base as usinas
alarmante contradição: famílias vivendo sem água encanada, mesmo residindo em cima do maior manancial do Estado
hidrelétricas, com o reforço das fontes eólica, solar e
do Paraná.
biomassa – principalmente, de cana-de-açúcar.
54
Expediente
AmCham Rio
Referência para citação
Rafael Sampaio da Motta – presidente
AmCham Rio. Prêmio Brasil Ambiental. Dez Anos de
Pedro Paulo Pereira de Almeida, João César Lima e Fabio
Incentivo às Boas Práticas Empresariais. Rio de Janeiro, 2015
Lins de Castro – vice-presidentes
Manuel Domingues e Pinho – diretor financeiro
Endereços
Luiz Claudio Salles Cristofaro – conselheiro jurídico
Praça Pio X, 15 – 5.º andar – Centro – 20040-020
Steven Bipes – diretor executivo
Rio de Janeiro/RJ – Brasil
55 21 3213-9200
Idealização e pesquisa
amchamrio.com
Cláudio Motta, Vanessa Barros, Bernardo Guimarães e
premiobrasilambiental.com
Veriza Duca – Comunicação AmCham Rio
amchamrio.com.br/facebook
Produção e edição
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DIX – Conteúdo e Relacionamento
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Revisão
amchamrio.com.br/twitter
Luciana Maria Sanches
Comercial
Nadia Stanzig e Felipe Tavares – Produtos e Serviços
AmCham Rio
Coordenação geral
Comunicação AmCham Rio
Projeto gráfico e diagramação
Mamelucos – Escritório de Design
Este livro usa papel com certificação FSC, garantia de que
a matéria-prima florestal tem manejo social, ambiental e
Impressão
economicamente adequado.
Grafeno Gráfica
Copyright © 2015 Câmara de Comércio Americana do Rio
Número de exemplares
de Janeiro (AmCham Rio). Todos os direitos reservados.
250
Proibida a reprodução, mesmo que parcial, por qualquer
Imagens
meio e processo, sem a prévia autorização escrita da
Fotos de divulgação dos projetos vencedores do PBA e 123rf.
AmCham Rio.
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Agradecimentos
À Kárim Ozon, presidente do Comitê de Meio
Ambiente, e à Silvina Ramal, presidente do Comitê de
Responsabilidade Social Empresarial da AmCham Rio.
Aos patrocinadores do livro: BG Brasil, Fetranspor,
Instituto Jogue Limpo e Tractebel Energia.
A todas as empresas que enviaram projetos e, assim,
ajudaram a construir a história do Prêmio Brasil
Ambiental – PBA. E a todos que contribuíram com a
pesquisa necessária para a produção deste livro.
Aos mais de 50 jurados que, nos últimos dez anos,
definiram os vencedores do PBA.
Aos parceiros, colaboradores e voluntários.
À equipe da AmCham Rio.
A capa dessa publicação foi impressa em papel
offset FSC 240g e o miolo em couché fosco FSC 115g.
A família tipográfica utilizada é a Aleo.
Realização
Patrocínio