Jornal Sinergia – Fevereiro / Março de 2007
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Jornal Sinergia – Fevereiro / Março de 2007
SINERGIA B E LO H O R I Z O N T E • F E V E R E I R O / M A R Ç O 2 0 0 7 • A N O 6 Entrevista Guilherme Barbassa página 6 • NÚMERO 30 • UMA PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA UBQ Artigo Érico de Barros Kehne página 8 Ao comemorar 25 anos, UBQ se renova e ganha mapa de planejamento estratégico SINERGIA UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE FEVEREIRO E MARÇO DE 2007 FEVEREIRO E MARÇO DE 2007 UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE SINERGIA Balanço 2006 editorial Novas parcerias e satisfação marcam o ano de 2006 Em busca da evolução A O lguns dizem que, devido às crises do mundo de hoje, estamos vivendo um período de involução e não de evolução. Sim, estamos vivendo uma era de paradoxos: a evolução das ciências exatas e da tecnologia, que está nos proporcionando surpresas a cada dia com as novas invenções, que não conduzem a uma evolução da cultura e da civilização humana. Nem tampouco da felicidade das pessoas. As guerras, a violência, o descontrole do clima devido à má gestão dos recursos e o consumismo desmedido ao lado da miséria, estão a nos indicar a necessidade urgente de mudança de rumos. Esta mudança não passa, necessariamente por uma revolução. Trata-se, antes de uma mudança de paradigmas, de mentalidade e percepção, no sentido da evolução cultural e espiritual da sociedade e de cada um de nós, que leve a humanidade a uma era do conhecimento que realmente mereça esse nome. As tecnologias nos deram uma plataforma a partir da qual poderemos evoluir para uma civilização digna desse nome – uma nova civilização. O excesso de especialização, que teve êxito nas tecnologias, precisa evoluir para um conhecimento mais sistêmico, amplo e eficaz. Só para citar um exemplo: o milagre tecnológico da televisão, que só por si poderia nos levar a um salto qualitativo na educação e na edificação de uma nova civilização é hoje, alegando-se um paradoxal respeito ao desejo do mercado, um instrumento que propaga, pelo contágio psicológico, a violência, a deseducação, o desamor e a lei do salve-se quem puder, favorecendo o descrédito em nossas potencialidades. Quando dois países estão em guerra, cada qual procura destruir o moral do outro, mostrando suas fraquezas. Hoje, tem-se a impressão que estamos em guerra conosco mesmos – a mídia acentua muito os pontos negativos e propaga a violência, mostrando-a em filmes e casos reais. Que fazer? A UBQ se propõe, ao lado das atividades do dia-a-dia e da realização de eventos como congressos, seminários, palestras, visitas técnicas, além de grupos de estudo e outros fóruns de discussão, a sonhar o sonho de uma sociedade de maior produtividade e eficácia. Propõe-se também a trabalhar em rede com outras entidades que têm sonhos assemelhados, a ajudar na evolução da nossa sociedade. Sabemos que estamos apenas assentando um tijolo na construção desta catedral de uma Nova Civilização. Queremos ser um foro aberto aos debates, tanto das tecnologias de gestão exitosas para as empresas, como também dos temas capazes de ajudar no desenvolvimento do mercado interno brasileiro, num jogo de egoísmo inteligente – um jogo de ganha-ganha. Maurício Roscoe é presidente da UBQ Rua Timbiras, 1200 -3º andar - Funcionários - 30140-060 - Belo Horizonte - MG Fone/ fax: (31)3274-3200 - www.ubq.org.br e-mail: [email protected] Presidente: Mauricio Roscoe Diretor Financeiro: Erick Carvalho Soares Travaglia e Faria Diretor Administrativo: Washington Eustáchio de Freitas Diretores Executivos: Cláudia Maria Araújo Esteves Dhenyse Estrada Brandão Elaine Emar Ribeiro César Jorge Mizerani Márcio Bambirra Maria Helena Batista Murta Maria Nice de Faria Fonseca Paulo Roberto Carneiro Leite Ronaldo Simão Conselho Fiscal André Luiz Gomes Dorico Cipriano da Silva Neto Wander Lúcio Francisco Prado Conselho Deliberativo Caio Múcio Barbosa Pimenta Cláudio Bruzzi Boechat Celso Renato Pitanguy Lucena Denis de Lima Souza Maria Teresa de Azeredo Roscoe Neuza Maria Dias Chaves Regina Coeli Chassin Drumond Sávio Gabriel Felipe Quintão Equipe Gerencial Fátima Teixeira - Gerente AdministrativoFinanceira Renato Valle - Diretor Executivo Valéria Versiani - Gerente de Eventos SINERGIA Jornalista Responsável e Editor: Sérgio Stockler (MTb 5.741-MG) Redação: Renata Carvalho Pereira (estagiária) Projeto Gráfico: Pedro Miranda Impressão: Gráfica Del Rey ano de 2006 foi marcado por uma programação bastante intensa e com atividades diversificadas, que além de dar maior visibilidade à UBQ, também contribuíram para atrair novos parceiros, viabilizar novos empreendimentos e projetos e, por força do alto nível das promoções, assegurar um alto grau de satisfação do cliente. Foram quase 100 eventos realizados em várias áreas, com uma média de mais de 8 por mês. Em números exatos, a UBQ realizou um total de 98 eventos, que atingiram um público de 4.858 pessoas. Foram cinco visitas técnicas a empresas, seis seminários, oito palestras, 74 cursos, duas convenções, dois encontros técnicos e um café com qualidade. O evento que obteve maior número de inscritos foi a Convenção do CCQ, com 1400 participantes. A média geral de satisfação do público desses eventos chegou à excelente taxa de 91 por cento, segundo pesquisa de satisfação realizada ao longo do ano passado. Círculos de controle da qualidade A lém de realizar a Convenção Mineira de Círculos de Controle da Qualidade, que conseguiu encher e animar o Minascentro em maio do ano passado, a UBQ realiza treinamentos, cursos e outras atividades destinadas á divulgação e adoção do CCQ pelas empresas. Um exemplo de treinamento de CCQ aconteceu em setembro na Iveco Fiat do Brasil Ltda. “O CCQ foi um marco importante na história da Iveco. Os funcionários ficaram entusiasmados com o programa, foram 36 grupos de efetivados que participaram do treinamento. A união da Iveco com a UBQ aumentou muito o nosso lado motivacional”, testemunha Christian Clayton da Silva, analista de Tecnologia Industrial da Iveco. Assim como a Iveco, o CIAAR (Centro de Instrução e Adap- tação da Aeronáutica) em 2006 também concretizou sua parceria com a UBQ. E em fevereiro de 2007, colocou em prática o programa 5S (Cinco Sensos): “No dia do senso de ordenação, descartamos todos os materiais inutilizados, a unidade parou por dois dias, nós fizemos um expediente interno. Foi gratificante ver que todos, independente da função hierárquica, participaram do processo de ordenação”. Disse o Coronel Manoel da Silva. Importantes empresas como a Usiminas Mecânica, a Cemig e a Companhia Vale do Rio Doce – CVRD também participaram da capacitação de Ferramentas da Qualidade e Metodologia Masp, do programa CCQ promovido pela UBQ no ano passado. De acordo com Valéria Versiani, gerente de eventos da UBQ, foi por meio de um crono- grama bem definido e racional e de uma programação ampla e interessante para os parceiros, associados e clientes em geral, além de mais voltada para resultados, que a UBQ atingiu esses números e esse alto índice de satisfação. Pesquisa mediu satisfação de sócios Buscando avaliar a opinião dos seus associados, a UBQ realizou uma pesquisa de satisfação, aplicada no final do ano passado. O formulário da pesquisa contou com espaços para o associado atualizar o seu cadastro, enviar sugestões de treinamento para 2007 e, ainda, aferir o nível de satisfação em relação a itens como o site da UBQ, seu acervo (CDI) e qualidade de atendimento. A pesquisa também foi fundamental para a UBQ reunir dados para uma avaliação real sobre seu relacionamento com os associados e, ainda, para apontar possibilidades de melhoria de relacionamento e serviços. O formulário foi amplamente distribuído entre os associados e o seu retorno chegou a 30%, somando associados físicos e jurídicos, o que garantiu uma amostra bastante representativa do universo de associados e clientes da UBQ, assegurando credibilidade ao seu resultado. SINERGIA UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE FEVEREIRO E MARÇO DE 2007 FEVEREIRO E MARÇO DE 2007 Planejamento estratégico é prioridade em 2007 Através de workshop realizado em fevereiro desse ano, a UBQ se mobilizou com objetivo de revisar e atualizar seu planejamento estratégico, gerando o seu mapa estratégico e adequando-se às novas condições do ambiente onde atua. O processo foi conduzido pelo Grupo Yes Consultoria, empresa associada e parceira da UBQ com a finalidade de formular as suas estratégias, orientadas para as necessidades da sociedade, estabelecer e desdobrar metas e elaborar planos de ação para atingi-las, considerando o ambiente interno, externo, atual e futuro. O Planejamento Estratégico é um processo gerencial que permite que se estabeleça um direcionamento a ser seguido pela empresa, com o objetivo de se obter uma otimização na relação entre a empresa e seu ambiente. Ele diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE SINERGIA UBQ faz sintonia fina em sua identidade organizacional condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Também considera as premissas básicas que a empresa deve respeitar, para que todo o processo tenha coerência e sustentação. Além do compromisso de conquistar e manter clientes satisfeitos, as organizações bem sucedidas devem estar sempre prontas a se adaptar a mercados em contínua mudança. O planejamento estratégico cumpre exatamente esta função, pois busca manter uma flexibilidade viável de seus objetivos, habilidades e recursos enquanto mantém um compromisso com o lucro, o crescimento e sua missão organizacional. “O workshop de planejamento foi importante para a UBQ, pois traçamos um mapa estratégico junto com a nova diretoria, e ainda teremos um software que foi elaborado para acompanhar todas as atividades que a entidade realiza”. Completou o diretor executivo da UBQ, Renato Valle O workshop promoveu uma modernização e atualização da Missão, Visão e Valores da UBQ, após debates que visaram atingir uma maior precisão de foco. A sutileza da mudança sugere uma sintonia fina no texto da Missão da instituição, ampliando o seu alcance por meio de pequenas alterações, indicando ações práticas e objetivos definidos que podem e devem funcionar como ferramentas capazes de tornar mais funcionais e compreensíveis as metas propostas pela antiga Missão. Uma inversão na ordem das idéias contidas no texto, para ganhar mais precisão e viabilidade de cumprimento dos objetivos explicitados. Veja como ficou: MISSÃO: “Promover o debate de idéias e a difusão de conceitos e práticas da gestão pela qualidade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da sociedade, das organizações e das pessoas”. O estabelecimento de um planejamento estratégico envolve cinco atividades: 1. Definição da missão corporativa. A visão que também foi revista e alterada, com o objetivo de se tornar ainda mais clara, envolvente e fácil de memorizar, além de compatível com os valores da organização e ligada às necessidades da sociedade. A visão da UBQ para 2010 ficou assim: 2. Análise da situação. 3. Formulação de objetivos. VISÃO: 4. Formulação de estratégias. “Manter e consolidar os projetos existentes e criar novas frentes de trabalho integradas às estruturas empresariais, acadêmicas e sociais”. 5. Implementação, feedback e controle. Durante o workshop a UBQ também definiu seus valores, que são os seguintes: VA L O R E S : Sinergia, Relacionamento, Confiança, Evolução, Constância de propósito, Pró atividade, Ética e Foco em fatos e dados. Segundo o consultor do Grupo Yes, Guilherme Barbassa, coordenador do workshop, “a UBQ queria uma atualização, um ar de modernidade, e ainda mais, queria ressaltar o seu compromisso com as pessoas e as organizações, por isso reformulamos a sua identidade organizacional”. SINERGIA UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE FEVEREIRO E MARÇO DE 2007 entrevista FEVEREIRO E MARÇO DE 2007 Guilherme Barbassa Rede de relacionamento pode ajudar a criar oportunidades de recolocação Planejamento estratégico, a construção do futuro A UBQ tem larga atuação como um canal de relacionamento entre seus associados. Como a entidade possui um bom entrosamento com as áreas de RH e de treinamento das empresas associadas, ela termina por funcionar como um meio de repassar o currículo de seus sócios em busca de empregos e de oportunidades na área da qualidade. Para isso é preciso que o associado da UBQ envie seu currículo para [email protected]. É importante lembrar que a análise, a seleção e o recrutamento do profissional são de exclusiva responsabilidade da empresa empregadora. Em entrevista ao jornal Sinergia, Guilherme Barbassa, sócio-diretor da empresa de consultoria Grupo Yes, empresa parceira da UBQ, fala sobre Planejamento Estratégico e sua importância para as organizações: Sinergia: Por que fazer um planejamento estratégico? Guilherme Barbassa: O objetivo do planejamento estratégico é definir um posicionamento estratégico que crie e/ou fortaleça a vantagem competitiva da empresa e estabelecer ações estratégicas para tornar este posicionamento realidade. ced Scorecard (BSC) ou o (GPD) Gerenciamento pelas Diretrizes), e adotam uma sistemática contínua de avaliação dos resultados e adoção de medidas corretivas. A utilização de softwares, como o “Gestão Estratégica”, desenvolvido e comercializado pelo Grupo Yes e que inclusive é utilizado pela Fundação Unimed, facilita muito a implementação desta sistemática garantindo assim, o alcance das metas estabelecidas. Sinergia: O que é o Planejamento Estratégico? “Abrir mão do planejamento estratégico é o mesmo que optar por se tornar vítima das circunstâncias” G.B.: O planejamento estratégico é o processo através do qual a organização se mobiliza para formular as suas estratégias, orientadas para o mercado, para estabelecer e desdobrar metas e para elaborar planos de ação para atingi-las, considerando os ambientes interno, externo, atual e futuro. Sinergia: Existe a época mais adequada para a elaboração do PE? G.B.: Não existe uma época, porém a ocorrência ou a possibilidade de ocorrência de alguns fatos como o acirramento da concorrência, mudanças no comportamento do mercado, pressão de fornecedores, chegada de novos entrantes, possibilidade de produtos substitutos, perda de margem ou de participação de mercado, exigem que a empresa repense seu futuro. Entretanto, empresas que adotam o planejamento estratégico periodicamente, acabam praticando a gestão estratégica. Isto é, implementam metodologias de desdobramento dos objetivos e metas estratégicas (como, exemplo destas metodologias podemos citar o Balan- Sinergia: Há instituições em que o planejamento seja mais fácil ou mais difícil? G.B.: A facilidade ou a dificuldade de realizar o planejamento estratégico de uma organização, muitas vezes está ligada à dinâmica do setor no qual ela atua. Alguns setores são de tecnologia intensiva e outros, nem tanto. Em alguns, a concorrência é muito acirrada e em outros, menos. Uns dependem de conhecimentos específicos, outros não. Enfim, o setor de atuação da empresa e os cenários nos quais este setor está inserido podem determinar o grau de dificuldade para se definir um posicionamento estratégico que diferencie a empresa. Sinergia: Quais são as vantagens para quem adota o PE? G.B.: As empresas que adotam a gestão estratégica estão continuamente reavaliando suas estratégias para criar valor para a organização e desenvolvendo, nas pessoas que ocupam função gerencial, o pensamento estratégico. O pensamento es- UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE SINERGIA Parcerias oferecem vantagens para o associado tratégico é o processo de pensamento que se dá na mente das pessoas-chave da organização, que as ajuda a determinar a aparência da organização em determinado momento futuro. Este processo, que contribui sobremaneira para elevar o nível da função gerencial e pode, por si só, constituir uma vantagem competitiva importante para uma organização. Em fevereiro de 2006, o Pitágoras Sistema de Educação Superior tornou-se o mais novo parceiro da UBQ. A instituição oferece 10% de desconto aos associados para os cursos de especialização no campus Vila da Serra e para todos os cursos de graduação dos campi de Belo Horizonte e Betim. A Faculdade de Ciências Médicas promove curso de Especialização em Gestão Organizacional em Serviços de Saúde. O curso pretende desenvolver a visão crítica quanto a análise de políticas, planejamento de objetivos e definição de resultados nas organizações. Associados da UBQ recebem 10% de desconto no Módulo de Especialização I. Para saber mais sobre os descontos e conhecer outras vantagens que a UBQ oferece, entre em contato conosco: 3274-3200, ou mande um e-mail para [email protected] Cursos In Company podem ser customizados Sinergia: O PE pode ser revisado? Com qual freqüência? G.B.: O posicionamento estratégico geralmente é construído num período de tempo maior, entre 2 e 3 anos ou até mais. Porém, conforme dito anteriormente, a prática do planejamento estratégico deve evoluir para a gestão estratégica e, sendo assim, a avaliação das metas e ações estratégicas deve se dar pelo menos uma vez a cada trimestre. Sinergia: Quem deve fazer um PE? G.B.: Qualquer organização para construir seu sucesso futuro deve fazer uso da metodologia de planejamento estratégico, não importa se é uma organização pública, privada ou do terceiro setor, ou se é uma pequena, média ou grande instituição. Esta prática deve ser utilizada porque o futuro é construído. Abrir mão do planejamento estratégico é o mesmo que terceirizar o seu futuro. Sua organização será parte do planejamento de alguém. Abrir mão do planejamento estratégico é o mesmo que optar por se tornar vítima das circunstâncias. Os cursos In Company ou Fechados oferecidos pela UBQ podem ser customizados pelas empresas clientes de acordo com suas necessidades específicas. Isto quer dizer que cada empresa pode formatar o seu curso, personalizando-o de forma a melhor atender às suas especificidades, caso a caso. Nessa modalidade de treinamento, a empresa tem a oportunidade de indicar os pontos em que quer mais destaque, recebendo um atendimento personalizado. O curso também pode ser realizado dentro do próprio ambiente da empresa. A UBQ oferece um corpo técnico de profissionais qualificados com experiência em gestão organizacional, pessoas e processos, atendendo os diversificados ramos empresariais. Informações na UBQ: 3274-3200. Nova diretoria da UBQ é empossada Tomou posse no último dia 5 de março, a nova diretoria da UBQ, eleita no final de 2006. O mandato da nova diretoria, que foi reeleita, é bienal, com vigência até março de 2009. Durante a posse, foram apresentados as diretrizes da UBQ, os projetos da instituição para o ano de 2007 e o Planejamento Estratégico. Café com Qualidade tem convidado especial No último dia 7 de março, a UBQ realizou o Fórum Estratégico – Café com Qualidade, para seus associados patrocinadores. O convidado especial foi o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG, desembargador Orlando Adão Carvalho, que desde 1995 desenvolve programa de qualidade na instituição que preside. O Desembargador apresentou o modelo de gestão pela qualidade implantado no TJMG e enfatizou os projetos que visam agilizar processos e buscar excelência em atendimento na área jurídica. O evento contou com a participação de representantes, da Fiat Automóveis, Furnas Centrais Elétricas, CIAAR, entre outros. notas Assembléia Geral Ordinária: Convocação A UBQ, através de sua Diretoria Executiva, convoca todos os associados, pessoas física e jurídica, para a Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se no dia 29 de março de 2007, às 18h, em primeira convocação e, em segunda e última convocação às 18h 15, em conformidade com o estatuto, para deliberar sobre a seguinte pauta: a) Dar conhecimento das atividades sociais realizadas pela entidade em 2006; b) Deliberar sobre a prestação de contas do exercício de 2006; c) Dar conhecimento dos planos de trabalho da entidade para exercício de 2007. Para instalação da Assembléia o “quorum” mínimo comprovado pelas assinaturas no “Livro de Presença são de: a) 50% do número total de associados, em primeira convocação. b) Com qualquer número, em segunda e última convocação; 15 minutos após a primeira, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 32. Todo associado tem direito a um voto, podendo se fazer representar por procuração. Da mesma forma, o associado coletivo deve delegar poderes a seu representante ou delegado com direito a um voto. SINERGIA UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE FEVEREIRO E MARÇO DE 2007 artigo Espada japonesa – exemplo máximo de qualidade Érico E m 1542, quando os mercadores e navegadores portugueses, os primeiros ocidentais a pisar no Japão, chegaram em Tanegashima, uma ilha na costa sul de Kyshu, depararam-se com dois elementos que os impressionaram sobremaneira: a casta dos samurais e o “verdadeiro espírito” desses – a espada (ou katana) japonesa. Apenas os samurais (a palavra “samurai” vem do verbo clássico japonês SABURAU, que significa “servir”) estavam autorizados a usar as duas espadas – a longa, ou katana e a curta, wakizashi. Esse par constitui o chamado daisho. Barros Kehne dureza mediana e a parte curva (ou mune) mais macia. Com isso, ela se torna menos frágil, ligeiramente flexível e com um enorme e futuro poder de corte. A lâmina está, agora, pronta para ser polida. O polimento é feito à mão, com pedras naturais de cerâmica, cada vez menos ásperas, até que a superfície fique semelhante a um espelho. Por fim, a lâmina é afiada. Materiais nobres são utilizados na confecção das demais partes da katana; assim, por exemplo, o tsuka (ou parte que forma a empunhadura da espada) e o saya (a bainha da katana), devem ser confeccionados à mão, em carvalho japonês. Além disso, o tsuka deve ser revestido com pele de raia oceânica (raia samê), o que garante durabilidade de até duzentos anos. Além do uso prático, as katanas japonesas feitas por mestres espadeiros conceituados, são vendidas por alto preço (as mais simples variam de 6.000 a 15.000 dólares), podendo chegar a mais de 150.000 dólares (vide site www. nihonto.com) e são consideradas um excelente investimento, chegando mesmo a serem guardadas em cofres de banco. Os séculos XII e XIII foram considerados a grande era dos fabricantes japoneses, como Muramasa e Masamune. Acreditavase que a própria personalidade do fabricante se incorporava à espada. Dessa forma, Muramasa, que era um fabricante de grande perícia, mas possuidor de uma mente violenta e desequilibrada que chegava à loucura, transmitia às lâminas que forjava uma verdadeira sede de sangue, enquanto Masamune, tranqüilo e digno, também transmitia essa dignidade às lâminas. O processo de fabricação das katanas reveste-se até hoje de um caráter espiritual e de grande complexidade. Dessa maneira, o mestre espadeiro deve iniciar o seu trabalho com uma purificação mental rigorosa e, só então, iniciar a forjadura da lâmina. Tudo começa com a obtenção de aproximadamente três quilos de minério de ferro, provenientes de uma mina específica, localizada no Japão. O primeiro estágio da fabricação da espada é a fundição do minério e a sua moldagem na forma de um bloco retangular sólido, ao qual é afixado uma espécie de cabo bem comprido, que depois será retirado. O bloco é batido na bigorna até ficar achatado. Essa peça achatada pode ser coberta de palha ou mergulhada numa solução que remove as impurezas do metal. Ainda aquecida ao vermelho, ela é fendida na metade com um formão bem duro e dobrada sobre si mesa, de modo a assumir novamente um formato regular. É recolocada na fornalha e o processo é repetido milhares de vezes. Esse processo de dobrar, bater e redobrar dispõe o aço em camadas finíssimas, semelhantes às de um compensado de madeira. O temperamento acontece depois que a lâmina já foi achatada e formada com um lado mais de Érico de Barros Kehne é médico, professor de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e um estudioso e praticante de lutas marciais japonesas. SÓCIOS PATROCINADORES fino, o qual será, ao fim do processo, o fio da espada. O metal é aquecido a uma temperatura exata, que só o mestre espadeiro consegue avaliar, pela cor que a lâmina assume ao fogo. É mergulhada então num líquido frio. Os dois lados da lâmina são agora de espessuras diferentes; por isso, se expandem e se contraem em proporções diferentes, dando à lâmina curvatura característica. O temperamento também endurece o exterior da lâmina (o hamon), mas deixa o interior (a parte média ou shinogi) com SÓCIOS PARCEIRO