SAfAIDS News24_04
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Informação sobre HIV e AIDS: O poder para fazer a diferença Noticias SIDA e-mail: [email protected] web: www.safaids.net Serviço de Informação e Disseminação sobre HIV e SIDA na África Austral A circuncisão masculina é um meio eficaz, durável e efectivo em relação ao custo para o combate de HIV/SIDA nos países de grande prevalência N No seu artigo recente `A circuncisão masculina não é a vacina que estavamos a espera!’, Green et al. diz que a incorporação de circuncisão masculina (CM) como uma estratégia adicional de prevenção, é baseada em evidências incompletas, prematura e malaconselhado’ [1]. Os autores procuram refutar um artigo anterior com um título similar no mesmo jornal que impulsionou acções imediatas para implementar serviços seguros de CM baseados na evidência científica para prevenção de HIV e outros aspectos de saúde reprodutiva [2]. Nós respondemos de acordo com o seguinte para as várias reclamações no jornal feitas por Gree e tal. de acordo com as suas principaís alegações: ‘A recomendação da CM é tanto prematura como um mau conselho’ Pelo contrário existem várias evidências científicas da eficácia da CM para prevenção de HIV. Devido a necessidade urgente de confrontar a Epidemia de HIV que esta a devastar algumas regiões de África, e ainda resultados negativos de muitas outras estratégias de prevenção [3-5], muitas análises éticas concluiram que é anti-ético não oferecer a homens heterosexuais em risco de contrair a infecção de HIV acesso a serviços de circuncisão voluntária e segura [6-8,101]. ‘Terminação prematura de experiências controladas de selecção aleatória’ Todas as três experiências controladas de selecção prematura (RCTs) tiveram um término prematuro pelos comités de monitoria de informação independente por causa de um alto nível de eficácia (aproximadamene 60%) em cada uma das três experiências, significando que não era mais ético recusar serviços de circuncisão aos homens nos locais de controle [2,6-13,101]. Como Green et al. sugeriram, efeitos de tratamento prolongados que resultam no término de experiências, podem superestimar o verdadeiro efeito do tratamento. Porém, existem várias razões porque o término prematuro não terá sido parcial em relação aos resultados das experiências [13]. Primeiro, todas as três experiências tiveram regras conservativas de paragem preconcebidas que foram alcançadas em cada caso. Segundo, a consistência dos resultados e a indicação de um efeito mais forte de intervenção com o tempo em duas das experiências, argumentaram que, se algo aconteceu, a paragem prematura sub-estimou o efeito. Terceiro, o risco de super-estimar o efeito de tratamento decresce quando o número de eventos é de aproximadamente 200 que foi o número total de eventos de RCTs [14]. Finalmente, o efeito observado no qual as experiências da CM não foram superiores ao esperado, mas foi virtualmente idêntico ao observado em muitos estudos prévios de observação [Ç3,15-17]. ‘A duração das experiências foi curta’ Green et al. citam a informação Queniana sobre experiências do período de 18-24 meses durante o qual o risco de HIV foi similar aos locais de intervenção e controle [1]. Contrastando, na experiência do Uganda, o impacto fortaleceu-se com o tempo, com uma taxa de proporção de 0.25 (95% de intervalo de Confiança [CI]: 0.05-0.94) no período de 12-24 meses [11], e um efeito similarmente forte foi observado no estudo Sul Áfricano [9,13,18]. Essa análise de sub-grupo devia ser interpretada Continua na página 3 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 01 EDITORIAL O ano passado foi um ano de desafios para aqueles que Trabalhavam na área de HIV na região. Não menos importante é o risco constante de redução de fundos, um espetro levantado em Junho de 2008 quando a cimeira dos G8 levantou o seu compromisso para alguns alvos específicos para usar em HIV. O que pareceu ajustar-se ao grupo vocal crescente que argumenta que a crise de SIDA foi exagerada e que as despesas com HIV foi dinheiro retirado de cuidados de saúde básicos. Enquanto temos que admitir que a ameaça da epidemia de HIV parece ter diminuído em muitos países nórdicos, a África Austral, ainda continua a sofrer grandemente desta epidemia mortal. Estamos de acordo com os activistas que acreditam não ser um desvio, mas o fundo de HIV é uma alavanca que pode ser usada para assegurar cuidados de saúde básicos para todos Africanos. Somos encorajados pela declaração de Ban Ki Moon "em países onde a prevalência de HIV é de 15% ou mais nada para além de uma mobilização entre a sociedade poderá abordar os problemas impostos pelo HIV com sucesso." MAIS DE 60% DA POPULAÇÃO QUE VIVE COM HIV NA ÁFRICA SÃO MULHERES, E AS RAPARIGAS NA ÁFRICA AUSTRAL TÊM SEIS VEZES MAIS CHANCES DE SE TORNAREM SEROPOSITIVAS DO QUE OS RAPAZES. 02 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 Estamos confiantes que a recente eleição do Sr. Michel Sidib, que tem uma experiência de 27 anos em saúde pública como Secretàrio Geral Assistente das Nações Unidas vai promover a nossa causa. Ele tem sido a força motora por trás da promoção universal a prevenção, tratamento, apoio e cuidados de HIV e tem um historial pessoal no encorajamento do envolvimento tanto da sociedade civil como de Pessoas vivendo com HIV. As suas ligações com África são fortes e estamos confiantes que ele reconhece a necessidade de uma atenção especial para os problemas de mulheres e raparigas no continente. Mais de 60% das pessoas vivendo com HIV na África são mulheres, e as raparigas na África Austral tem seis vezes mais probabilidade de se infectarem do que os rapazes. Como resultado da epidemia, estima-se que 11.4 milhões de crianças menores de 18 anos de idade perderam pelo menos 1 dos país. O relatório da ONUSIDA para 2008, indica que o problema de TB permanece sério, bem como os 40% das pessoas co-infectadas com TB e HIV, e a receberem tratamento para ambas infecções. Esta situação sublinha a necessidade urgente de integrar o tratamento de HIV e TB na região, sendo que entre 22%-70% dos casos de TB na África ocorrem em pessoas que são seropositivas. Por outro lado, o nosso artigo "News plus" confirma que tanto o MDR e XDR TB são tratáveis se alocarmos recursos adequados para lidar com eles, bem como ter como alvo os seropositivos para prevenção de TB e rápido doagnóstico: uma mensagem importante para funcionários do governo e trabalhadoras de saúde na região. Também queremos aproveitar a aportunidade para agradecer a NEJM por nos permitir reproduzir este artigo importante. Ainda queremos sublinhar as imperfeições da abordagem ABC, e o facto de servir somente para prevenção primária, não oferecendo nada aos que já estejam infectados. Esta abordagem, é compatível com o livro revisto nesta edição, o qual olha para as políticas de prevenção que sublinham a estratégia de ABC para sua tendência infeliz de abordar o HIV como uma questão moral transmitida somente através de relações sexuais (duvidosas). A abordagem SAVE que incorpora os aspectos úteis da abordagem ABC é mais holística e menos moralista e poderá brevemente tomar o seu lugar como a estratégia de prevenção mais avançada. A Save the Children mais uma vez sublinha a condição de viúvas e crianças não somente enlutados por HIV e SIDA, mas no geral deixados sem abrigo e miseráveis também. Os governos em toda a região devem fazer com que as heranças de leis que foram elaboradas sejam implementadas para o bem de quem mais precisa. Circuncisão masculina... Continua a partir da página 1 cautelosamente, porém as experiências não foram empoderádas para observar os impactos em sub-intervalos. Biologicamente, não existe nenhuma razão porquê o efeito protector da remoção do prepúcio poderia declinar com o tempo, e informação ecológica sobre África de Sul/Sudeste Asiático, o apoio a CM em países onde a CM é universalmente praticada, muitas vezes na tenra idade, consistentemente tendo uma taxa de sero prevalência mais baixa [2,13,19-22,102,103]. Verificam-se alguns exemplos entre países; por exemplo verificou-se que os homens circuncidados no Cabo Oriental, têm uma taxa de seroprevalência de 60% mais baixa em relação a homens não circuncidados na mesma região [23]. ‘Não foi feito ou não poderá ser feito um acompanhamento de longo prazo’ Pelo contrário, os grupos de Quénia e Uganda estão a ser activamente seguidos e a informação estará disponível até 5 anos de acompanhamento. A experiência Queniana relatou resultados que se estendem a três anos e meio e descobriram que 59% de protecção efectiva de CM foi consistente e aparentemente aumentou para aproximadamente 65% [104]. Um estudo públicado recentemente do Quénia descobriu que não houve aumento de comportamentos de risco relatados entre os homens escolhidos aleatoriamente para CM [24]. Acrescentando, os serviços de CM estão a ser providênciados de forma mais ampla em todas as três comunidades de estudo, com taxas de conhecimento, percepções, comportamentos e infecção com HIV a ser estudadas cuidadosamente. simplificado tipo 2 uma infecção que é transmitida quase que exclusivamente através de actividades sexuais [Gray R, Pers. Comm.]. ‘Resultados conflituosos de estudos de observação’ Pelo contrário, uma revisão sistemática e uma meta-análise de 27 estudos de observação tiveram uma evidência forte e consistente de que os homens circuncidados tinham um risco reduzido significante de HIV, e em 15 estudos ajustou para potenciais factores de perturbações, a associação foi mais forte [15]. Este resultado é consistente com outros estudos de observação [13,16,17,21,102,103]. É importante notar que, como o estado de CM é geralmente associado a aspectos particulares de comportamento, os resultados de estudos de observação deveriam ser ajustados para potenciais factores de perturbações. Uma pesquisa recente de informação de alguns países não mostra uma taxa de seroprevalência alta em homens não circuncidados [1,27]. Embora pareça complicado, é importante recordar as limitações deste tipo de informação tendo acesso a associações. Inclui a má classificação de casos pessoais relatados de estado de CM [28], características distintas de homens não circuncidados (tais como, estar a habitar em áreas remotas) em países onde a CM é quase que universal, em situações em que a CM é por tradição praticada muitos homens fazem a circuncisão por razões médicas (geralmente devido a DTSs recorrentes) e correm um grande risco de se infectarem com o HIV, se é que já não tenham sido infectados [29], e falta de ajustes para outros factores de perturbação. Por exemplo, depois de ajustar a informação sobre DHS para 2003, verificou-se um aumento de seroprevalência nos homens não circuncidados [102]. Em alguns lugares de África, por exemplo em Lesoto a “circuncisão” significa ter sido iniciado nos ritos culturais tradicionais, pese embora, que em muitos casos pouca ou nenhuma remoção existe do prepúcio [105]. Ultimamente, as descobertas do RCTs são os “padrões dourados” de evidência científica na saúde pública, e são mais convincentes do que conflitos de observação aparentes de alguns estudos transversais incluindo o DHS (nos quais cofactores de HIV como uso do preservativo, são semelhantemente muita svezes não associados com prevalência de HIV, devido a perturbações de variàveis [30]). UM ESTUDO PÚBLICADO RECENTEMENTE DE QUÉNIA NÃO ENCONTROU ALGUM COMPORTAMENTO DE RISCO ENTRE OS HOMENS ESCOLHIDOS ALEATORIAMENTE PARA A CIRCUNCISÃO MASCULINA (CM). ‘Um grande número de participantes foi pedido para acompanhamento’ Cada experiência alcançou acima de 90% das visitas de estudo esperadas, e não existem evidências que aquelas con um acompanhamento incompleto tiveram um perfil de risco diferente. Além disso, os homens que falharam as suas visitas também contribuiram na proporção pessoas-anos para as análises durante o período de acompanhamento [9-11,13]. ‘Muitas infecções têm aparência de não terem sido de fontes sexuais’ Esta teoria foi redondamente repudiada pela OMS e virtualmente por todos cientístas reputados [25,26]. As infecções de HIV entre os homens que não relataram alguma actividade sexual ou de preservativo a 100% foi mais devido a fraca informação de comportamento sexual, sendo que a maioria das infecções por HIV entre adultos na África Sub-Sariana resulta da transmissão sexual [26,26]. Por exemplo, a falta de confiança nos comportamentos sexuais relatados, revelou que na experiência de CM de Uganda, no qual 561 homens relataram nunca ter tido relações sexuais e mesmo assim 49 (8.7%) desses indivíduos foram relatados como sendo seropositivos pelo vírus da herpes ‘O estado de CM é irrelevante depois de contagem do número de trabalhadoras de sexo infectadas com HIV’ Este argumento não tem credibilidade científica. O jornal citado por Green et al. não tem nenhuma informação sobre CM em sí, e foi categoricamente rejeitado pela OMS [31] e sistematicamente refutado pelos 27 pesquisadores de HIV internacionais [103,106110]. ‘Falta de cálculo de risco’ O cálculo de incidência de HIV por exposição sexual pode contar com participantes do estudo que relatem com precisão o número de vezes em que estiveram expostos. A validade dos relatórios pessoais é questionável e a noção de que os participantes “não deram consentimento por inteiro” porque não estavam informados (no princípio do estudo) acerca da incidência pessoal de risco de exposição, que só pode ser averiguado depois de factos, é incongruente. V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 03 ‘Outros factores não considerados’ Green et al. alegam que os homens nas experiências foram dados incentivos para participarem, mas os resultados não podem ser generalizados para o mundo real. A provisão de compensação para transporte e outras despesas é uma prática padrão em todos RCTs e não invalidam os resultados [6,111]. A CM é um procedimento voluntário, realizado com consentimento informado sobre os homens que o desejam; Para além dos resultados da experiência obtidos sob tais condições seram aplicáveis aos homens que consentem em áreas similares de altas taxas de seroprevalência. Alguns homens em ambos ramos de estudo (embora com mais incidência para a área de controle) ‘Taxas de complicação’ As complicações tratáveis e que não põem em risco a vida (principalmente, sangramento excessivo e infecção de feridas) foram relatadas por menos de 4% dos participantes das experiências na África do Sul e Quénia, entre 5,000 homens circuncidados nos três RCTs, e não foram reportados complicações sérias ou permanentes [9-11,13]. Estudos de CM neonatal nos EUA e Israel relataram taxas de complicação abaixo de 0.5%, consistentes com a Declaração de Política de Circuncisão Pediátrica da Academia Americana [35-38]. Porém muito poucas complicações foram relatadas no Médio Oriente, África do Norte e Ocidental, onde a CM é quase universal [105]. ‘Custo da CM’ Não é possível comparar directamente o custo de preservativos e da CM. A CM é certamente feita uma única vez, é permanente, sendo diferente do preservativo que requer um uso e aderência contínuas. Estima-se que uma operação de circuncisão em África custe entre US$30-60, e uma CM neonatal custa um terço desse valor [39,40]. Vários estudos modelos mostram que a CM não só é efectiva mas também tem menos custos, entre US$100 e US$900 por infecção evitável entre cenários de seroprevalência médios –altos, dependendo de um conjunto de factores incluindo a incidência de HIV na população e horizonte de tempo considerado [39-42]. Além disso, os modelos predizem que um rápido crescimento de CM poderá resultar num maior custo efectivo [39,40]. infectam-se apesar das mensagens de aconselhamento “repetidamente reinforçadas”, provisão de preservativos e cuidados de saúde gratuita, enfatiza a necessidade crítica de estratégias de prevenção de HIV efectivas como CM em adição a promoção de mudança de comportamento [2-5,13,21,102,103]. ‘A CM pode levar ao aumento de transmissão de HIV’ O Rakai, experiência do Uganda de CM em homens seropositivos que Green et al. citou na prática não encontrou um risco acrescido de transmissão de HIV para as suas parceiras femininas (risco relativo: 1.59; 95% CI: 0.7-4.3) [32]. O risco foi maior entre as parceiras femininas de homens circuncidados que tiveram relações sexuais antes das feridas sararem (27.8%), mas foi similar entre parceiras femininas de homens circuncidados que não tiveram relações sexuais antes da ferida sarar (9.5%) e os parceiros de homens não circuncidados (8.8%) [32]. Certamente que partilhamos a preocupação de Green et al. acerca de possível expansão de práticas de circuncisão inseguras e advogamos provisão adequada de práticas de CM médicas seguras de forma a encarar a crescente prevalência alta de HIV nas regiões de África [2,4,13,21]. ‘Compensação de risco’ Embora não existe evidência de “alguma sensação de segurança” falsa ou “compensação de risco” que pode ocorrer virtualmente com qualquer intervenção de saúde pública [33,112] durante qualquer experiência de CM [9-11,13,24] ou num estudo recente Queniano do “mundo real” estabelecimento de clínica comunitária [34], é essencial desenvolver estratégias de comunicação para assegurar que mensagens claras e consistentes sejam disseminadas e que a CM é promovida no contexto de prevenção ampla de estratégias de HIV [2,4,13,33,34,112,113]. 04 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 ‘Práticas medicas não éticas’ A circuncisão de rapazes e neonatal é comum em muitas culturas Áfricanas (tanto muçulmanas e prodominantemente cristãs) [19,105] e nunca foi uma imposição do ocidente. Pelo contrário, historicamente a CM em quase toda África, e em muitos locais da África Austral, como Botswana, foi largamente por influência de missionários Europeus-que consideravam os ritos de iniciação tradicionais como “pagãos”- que levou ao abandono gradual de tais ritos incluindo a CM [2,112,114]. Mais de 12 estudos entre previamente grupos não circuncidados em nove países da África sub-sariana descobriram que a CM é largamente aceite [43,44,112]. Como previamente mencionado, muitas análises éticas recentes concluiram que é anti-ético negar serviços de CM seguros em povoados com altas taxas de seroprevalência [6,101], e também foram desenvolvidas diretrizes pela OMS/ONUSIDA e outras organizações para implementação de serviços de CM voluntários e seguros [45,101,112,113]. ‘Disponíveis mais estratégias efectivas de prevenção’ Nenhuma outra intervenção contra HIV transmitida sexualmente foi confirmada como sendo eficaz em RCTs múltiplos. Mais de 25 anos de epidemia global, as estratégias adicionais de prevenção de HIV, como CM, são necessárias com urgência [35,112]. Estudos de modelos bem como informação ecológica do mundo real indicam que o aumento da CM em muitas regiões da África Austral poderá prevenir milhões de novas infecções em mulheres e homens Áfricanos [2,4,13,19-22, 39-42, 46, 102, 103]. ‘Circuncisão masculina e HIV nos EUA e Europa’ Os principaís modos de transmissão de HIV nos EUA têm sido historicamene, relações sexuais entre homens e uso de drogas injectáveis. Obviamente que a CM não tem um impacto significante, e embora ofereça algum efeito de protecção em homens envolvidos em relações sexuais anais insertivas, não vai proteger os homens que praticam relações sexuais anais receptivas, que é a maior causa de infecção em homens que têm relações sexuais com homens. Assim, não é surpreendente que as taxas de seroprevalência nos EUA sejam mais altos do que na maioria dos países Europeus, apesar da alta taxa de CM nos EUA [47]. Assim, é de notar que a proporção de transmissão de infecção heterosexual devido a mulher-homem (oposto a homem-mulher) parece ser mais alto na Europa do que nos EUA, consistente com a influência de CM [47,48]. ‘Existem outros factores de perturbação importantes’ Os RTSs são desenhados para controlar os factores de perturbação. A questão de generalização é abordada pelo facto das três experiências terem sido conduzidas em diferentes regiões de África, em diferentes contextos (urbano, rural e periurbano), e entre diferentes faixas etárias, que resultou em descobertas consistentes e notáveis [13]. Conclusão Sumarizando, a eficácia provada de CM e o seu alto custo efectivo face a uma epidemia de HIV heterosexual persistente urge uma adopção esmagadora, imediata e ràpida, especialmente em locais com uma taxa de seroprevalência alta. Os benefícios de CM são claros: É feito uma única vez, é um procedimento efectivo que é de forma não muito usual aceite culturalmente e procurado em muitas regiões de África [2,13,43,44,112]. Adicionalmente, a CM providência uma oportunidade rara e importante de acessar a população de difícil alcance-homens sexualmene activos com um alto risco de exposição a HIV- com um alto potencial de intervenção para salvar vidas combinada a mensagens de mudança de comportamento, testagem de HIV, serviços de aconselhamento, provisão de preservativos, rastreio de DTS e tratamento e ligações para saúde reprodutiva e outras questões relacionadas com género [27,334,112,113]. Sendo que muitas pessoas na África sub-sariana ficam desnecessariamente infectadas com HIV, chegou o tempo para uma líderança uergente e decisiva, e não argumentos circulares e sem base científica cuja eficácia tem sido provada para além de uma dúvida razoável [49,50]. Conforme os outros tópicos “controversos”, como a ligação entre o cigarro e o cancer de pulmões (ou o mais recente a emissão de carbono e mudanças climáticas, é tempo de irmos além dos debates em relação aos méritos destas evidências nos jornais profissionais e outros meios de comunicação legítimos e começar a implementar programas efectivos seguros e voluntários de CM e saúde reprodutiva nas regiões de alta prevalência de HIV. Revelações de interesses financeiros & competitivos Os autores não têm afiliações relevantes ou envolvimento financeiro com alguma organização ou entidade com interesse financeiro ou em conflicto financeiro com o assunto ou materiais discutidos no manuscrito, incluindo emprego, consultorias, honorários, posse de reservas, ou opções testemunho dos peritos, apoios ou previlégios recebidos ou pendentes, ou prerrogativas reais. Nenhuma assistência de escrita foi usada na produção deste manuscrito. Bibliográfia 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. Cree n LW. McAllister RG, Peterson KW, Travis JW: Male circumcision is not the 'vaccine' we have been waiting for! Future HIV Ther. 2(3), 193-199 (2008). Klausner J, Wamai RG, Bowa K, Agar K, Kagimba J, Halperin DT: Is male circumcision as good as the HIV vaccine we've been waiting for? 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San Francisco Chronicle A31, 30 November 2007. article.cgi?file=/chronicle/archive/2000/11/30/ED113453DTL Afiliações • Daniel T Halperin Harvard School of Public Health, MA, USA, Tel +16174327388, Fax: +1 617 432 6733; [email protected] • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Richard G Wamai, Harvard School of Public Health, MA, USA Helen A Weiss, London School of Hygiene & Tropical Medicine, Bloomsbury, London WC1, UK Catherine Hankins, UNAIDS Kawango Agot, Universities of Nairobi, Illinois& Manitoba (UNIM) Project, Lumumba Health Center, University of Nairobi, Kenya Quarraisha Abdool Karim, University of Kwa-Zulu Natal, South África Olive Sbisana, Human Sciences Research Council (HSRC), South África Robert C Bailey, University of Illinois, Chicago, USA Bilonda Betukumesu, AIDS Relief, Kenya John Bongaarts, Population Council Kasonde Bowa, University of Zâmbia, Zâmbia Richard Cash, Harvard School of Public Health, MA, USA Ward Cates, Family Health International Mamadou Otto Diallo, Centers for Disease Control, Zimbabwe Sibongile Dludl, UNAIDS, South África Nathan Geffen, Treatment Action Campaign (TAC), South África Mark Heywood, Treatment Action Campaign (TAC), South África Helen Jackson, UNAIDS, South África Patrick Kalambayi Kayembe, University of Kinshasa, Democratic Republic of Congo Saidi Kapiga, Harvard School of Public Health, MA, USA and, University of Tanzania, Tanzania Poloko Kebaabetswe Leon Kintaudi, Santé Rurale (SANRU), Democratic Republic of Congo Jeffrey D Klausner, University of California, LA, USA Suzanne Leclerc-Madlala, Human Sciences Research Council (HSRC), South África Khanya Mabuza, National Emergency Response Council on HIV/AIDS (NERCHA), Swaziland Mzamani Benjamin Makhubele Kenneth Micheni Brian J Morris, University of Sydney, Australia Antonio de Moya, Consejo Presidencial Del Sida (COPRESIDA), Dominican Republic Johanna Neala, Treatment Action Campaign (TAC), South África Innocent Ntaganira, WHO, Brazzaville, Democratic Republic of Congo Obrian F Nyamucherera, Southern África HIV and AIDS Information Dissemination Service (SAfAIDS). Zimbabwe Emmanuel Oladipo Otolorin, Johns Hopkins Program for International Education in Gynecology & Obstetrics (JHPIEGO). Nigeria Jean William Pape, Haitian Group for the Study of Kaposi's Sarcoma & Opportunistic Infections (GHESKIO), Haiti Mannasseh Phiri, Society for Family Health, Zâmbia Helen Rees, Reproductive Health & Research Unit (RHRU), Witwatersrand University. South África Monica Ruiz, American Foundation for AIDS Research (amfAR) Jorge Sanchez, lmpacta, Peru Sharif Sawires, University of California, Los Angeles, USA Esther Salang Seloilwe, University of Botswana, Botswana David M Serwadda, Makerere University, Uganda Geoffrey Setswe, Human Sciences Research Council (HSRC), South África Nelson Sewankambo, Makerere University, Uganda Dudu Simelane Family Life Association of Swaziland (FLAS), Swaziland Francois Venter, Reproductive Health & Research Unit (RHRU), Witwatersrand University, South África David Wilson, World Bank Godfrey Woelk, University of Zimbabwe/RTI, Zimbabwe Nompumelelo Zungu, Human Sciences Research Council (HSRC), South África V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 05 Parcerias sexuais múltiplas e simultâneas na África Austral: Um sumário de descobertas de um projecto de pesquisa de 10 países* Por Michael Jana, Mzwethu Nkambule e Dorothy Tumbo a favor do Programa Regional Soul City e Unidade de Pesquisa. A África Austral permanece o epicentro da epidemia de HIV como uma taxa de prevalência de aproximadamente 11% comparada com a média global de 1%. Cerca de 40% de todas pessoas vivendo com HIV e SIDA estão na África Austral. Estudos mostram que mesmo na era de tratamento de SIDA, a prevenção continua a ser o maior desafio. Em 2006, A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) na sua reunião em Maseru, Lesoto, identificou parcerias simultâneas e múltiplas (MCP) entre homens e mulheres com um uso baixo consistente de preservativo no contexto de baixo nível de circuncisão masculina como impulsionadores chaves da epidemia de HIV na África Austral. Seguindo estes desenvolvimentos, o Programa Regional de Soul City (SCRP) vai embarcar numa campanha de prevenção de HIV de três anos, que tem como objectivo reduzir novas infecções na região com enfoque na redução de MCP. A camapanha de SCRP que começou em 2002, consiste em parcerias entre ONGs nos dez países da África Austral, os quais são: Botswana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué. O programa tem como objectivo promover saúde e desenvolvimento através de boa comunicação e treinamento de capacitação. O programa regional ao poder dos orgãos de comunicação de massas (Televisão, rádio, e documentos impressos), mobilização social e advocacia, para efectuar mudanças sociais em cada país. O SCRP é baseado em pesquisas e tem enfoque nas questões, preocupações e práticas da audiência alvo. Todas intervenções de SCRP são avaliadas. Esta pesquisa foi desenhada para informar sobre o desenvolvimento de uma campanha e materiais de campanha com objectivo de reduzir MCP. As pesquisas foram conduzidas em cada um dos dez países. O primeiro objectivo da pesquisa é de ter uma visão da compreensão da audiência, atitudes e práticas em volta de relacionamentos sexuais no contexto de prevenção de HIV. Metodologia de pesquisa Um total de 179 discussões de grupos focais e 116 entrevistas profundas foram realizados nos 10 países. Discussões de grupos separados tiveram lugar com homens e mulheres de diferentes idades vivendo em contextos sociais diferentes, tanto urbanos como rurais. Além disso, entrevistas profundas foram realizadas com homens e mulheres de todas idades que foram ou estavam envolvidas em MCP. As entrevistas foram gravadas eletronicamente e depois traduzidas e transcritas para formato verbatim. A informação foi analisada tematicamente nos segmentos da audiência em cada país antes dos relatórios do país serem escritos. Foi realizada uma meta-análise das descobertas especaíficas do país através da identificação de temas únicos e comuns em 06 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 cada país antes de este relatório ser escrito. RESULTADOS DA PESQUISA As Meta-análises dos resultados do país mostraram consistência em todos os dez países parceiros em termos de percepções, atitudes e práticas acerca de relacionamentos sexuais entre género e idade. Porém em certos países algumas questões foram mais pronunciadas do que noutros, e houveram algumas diferenças em como os respondentes apresentaram as questões. Formas de parcerias simultâneas e múltiplas Os participantes das pesquisas relatarm diferentes formas de MCP: Um parceiro regular e outros parceiros de "lado" Em todos países, os respondentes falaram acerca de relacionamento onde a pessoa tem um parceiro "regular" e "outros" parceiros. Os "outros" parceiros são no geral mantidos em segredo e a relação existe para satisfazer necessidades sexuais, materiais ou emocionais. Relações sexuais entre gerações Esta foi explicada como relacionamentos onde os jovens especialmente as raparigas - (têm relacionamentos sexuais com homens mais velhos ("paizinhos doces").Em poucos instantes relacionamentos entre mulheres mais velhas e rapazes também foram reportados. Diz-se que os jovens entram nesses relacionamentos para obter ganhos materiais, as suas acções são conduzidas pela pressão do grupo para adquirir artigos de status social e pela pobreza. Relacionamentos sexuais Transaccionais Muitos dos MCP tinham benefícios monetários ou materiais anexos, que é especialmene prominente em casos de relacionamentos de "lado" ou entre gerações, onde as pesquisas mostram que as parceiras femininas geralmente se involvem em tais relacionamentos para causa de benefícios materiais. Os participantes da pesquisa classificaram trabalho sexual e "uma noite" neste contexto. Poligamia A instituição da poligamia foi discutida no contexto das normas culturais e sociais. Os participantes falaram acerca da poligamia como uma instituição cultural que permite parceiros múltiplos. Os homens em particular usam a prática para justificar os seus relacionamentos múltiplos. Causas para Relacionamentos múltiplos simultâneos Os participantes relataram uma série de razões para o seu envolvimento em MCP. Insatisfacção nos relacionamentos Muitos participantes falaram acerca de estarem sexualmente insatisfeitos com os seus parceiros "regulares". Homens e mulheres discutiram sobre a procura de variedade, aventura sexual e características físicas específicas em parceiros adicionais. Os respondentes no geral, falaram sobre a falta de comunicação entre parceiros em assuntos sexuais nos relacionamentos. Essa falta de comunicação contribui para insatisfacção sexual. Os participantes identificaram abuso físico, discordias domésticas, abuso emocional e negligência financeira pelo/a esposo/a, como razões para procurar outros parceiros. Normas culturais e sociais Os participantes alegaram que as normas culturais encorajam aos homens a terem mais de um parceiro sexual: No geral as comunidades louvam aos homens que tenham mais de um relacionamento e condenam as mulheres que fazem o mesmo. As normas culturais exigem que as mulheres se sujeitem a autoridade dos homens. Os respondentes identificaram como a socialização assegura que as pessoas aceitem as normas culturais, valores e práticas que promovem MCP. Dinheiro e posses materiais Os entrevistados falaram de pobres envolvidos em MCP como forma de sobrevivência. Algumas pessoas têm relacionamentos múltiplos para obter dinheiro para aquisição de luxo. Álcool O álcool foi identificado como estando a contribuir para MCP. No geral, foi relatado um aumento de actividade sexual nos bares. Os participantes disseram que quando as pessoas estão embriagadas têm a tendência de querer praticar relações sexuais, e sem preservativo. HIV e SIDA Conhecimento acerca de HIV e SIDA Os participantes têm conhecimento acerca de HIV e SIDA, embora o conhecimento seja superficial. No geral, as pessoas sabem como o HIV é transmitido e como prevenir a infecção, mas esse conhecimento não informa necessariamente sobre as diferentes práticas sexuais. Uso inconsistente de preservativo O conhecimento do uso do preservativo como um método de prevenção também não de ajusta com a prática da consistência, uso correcto do preservativo. O facto de as pessoas "confiarem" no seu parceiro sexual significa que elas não usam consistentemente preservativos em relacionamentos a médio e longo prazo. Fatalismo Muitos participantes foram fatalísticos acerca de contrair HIV, dizendo que eles foram resignados a serem infectados e que "todos vão morrer de uma ou de outra maneira" Sumário No geral as descobertas de pesquisas revelam razões comuns para parcerias simultâneas múltiplas entre as pessoas nos dez países deste estudo. Muitas dessas razões têm como causa a desigualdade de género e normas sociais e culturais que criam um contexto para MCP. As relações sexuais transaccionais e álcool também desempenham um papel muito importante. Essas descobertas serão as bases de uma campanha - regional ampla a ser implementada localmente nos dez países. * Para obter uma cópia do relatório da pesquisa no qual este sumário se baseia, por favor contactar o Centro de Distribuição da Soul City: 0860115000 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 07 HIV é um vírus, não um crime: Estatuto criminal e acção judicial - ajuda ou obstáculo? A seguir apresenta-se uma versão resumida do discurso apresentado por Justice Edwin Cameron1 do tribunal Supremo da África do Sul na XVII conferência Internacional sobre SIDA no México. Na apresentação, Justice Cameron sublinha 10 razões porquê a crminalização de transmissão de HIV contribui para política directiva errada em relação a epidemia. Vamos começar aqui, nesta manhã, definindo as 10 razões claras porque as leis criminais e acções judiciais fazem uma política má na epidemia do SIDA. PRIMEIRO: A criminalização é inefectiva. Essas leis e acções judiciais não previnem o alastramento do HIV. Na maioria dos casos, o vírus se espalha quando duas pessoas têm relações sexuais consensuais, sem nenhum deles saber que o outro esta infectado pelo HIV. SEGUNDO: As leis criminais e acções judiciais são um substituto mal orientado que realmente protegem os que estejam em risco de contrair HIV. O que nós precisamos é de uma prevenção efectiva, contra discriminação, redução de estigma, protecção contra discriminação, fortes modelos de líderança, maior acesso a testagem, e o mais importante, tratamento para aqueles que hoje estão desnecessariamente a morrer de SIDA. As leis criminais e acções Judiciais não vão resolver este problema. O que a lei vai fazer, é nos distrair de alcançar os nossos objectivos de terminar com as mortes, estigma e descriminação e sofrimento. TERCEIRO: Em vez de proteger as mulheres a criminilização, as vitimiza, oprimi e poe-nas em perigo. Em África, a maior parte das pessoas que conhece o seu estado são mulheres. Porque em muitos locais de cuidados de saúde neonatal são feitos testagem de HIV. E como resultado inevitável, muitas mulheres serão acusadas por saberem ou supostamente saberem do seu estado. Como a comunidade internacional de mulheres vivendo com HIV disse, muitas mulheres não podem revelar o seu estado para os seus famíliares por recearem reacções violentas. Se uma mulher nessa posição continuar a ter relacionamentos sexuais (com ou sem consentimento), ela corre o risco de perseguição sob o estatuto de modelo Áfricano por expor o seu parceiro a HIV (mesmo que ela não passe o vírus para ele). Sob este "modelo de lei" adoptado por muitos países na África Oriental e Ocidental2, um indivíduo que esteja infectado com HIV deve informar com antecedência"a qualquer parceiro sexual" em relação a este facto. Mas a lei não diz o que cosntitui "qualquer contacto sexual". Se será o facto das pessoas darem as mãos? Beijarem-se? Ou formas mais intímas de contacto? Ou aplicase simplesmente a relações sexuais com penetração? A lei não é específica. 08 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 QUATRO: Criminalização é no geral injusta e selectivamente reforçada. As acções judiciais e leis somente isolam os grupos vulneráveis como trabalhadoras de sexo, homens que têm relações sexuais com homens e em países europeus, homens negros. QUINTO: Criminalização põe a culpa numa pessoa em vez de dividir a responsabilidade entre duas. É algo difícil mas importante de dizer. O HIV existe a cerca de três decadas, e durante esse tempo, a mensagem pública universal é de que ninguém esta isento do HIV. Assim o risco de contrair o HIV (ou qualquer infecção sexualmente transmisível) deverá agora ser visto como uma faceta sem escapatória para quem tem relações sexuais. O risco faz parte do ambiente, e responsabilidade prática para sexo seguro é cada indivíduo que seja capaz de exercer autonomia na decisão de praticar relações sexuais com outra pessoa. A pessoa que passa o vírus pode ser "mais culpada" do que a pessoa que adquiri, mas a criminalização de forma injusta e inapropriada põe toda "culpa" na pessoa com HIV. É verdade que a posição de subordinação de muitas mulheres faz com que seja impossìvel para elas negociarem sexo seguro. Quando uma mulher não tem escolha em questões de sexo e fica infectada, o seu parceiro inquestionavelmente merece a culpa. Mas o facto é que a criminilização não ajuda as mulheres nesta posição. Simplesmente as põe numa situação de victimização. A criminilização agrava o mal, em vez de combatelo. SEXTO: Essas leis são difíceis e degradáveis de aplicar. Isto acontece porque as leis intrometem-se na intimidade e privacidade de sexo consensual. Quando as relações sexuais acontencem por mútuo acordo entre dois adultos, as provas e a metodologia necessária de acção judicial degrada as partes e rebaixa a lei. Um exemplo pertinente deste cenário pode ser mostrado pelo caso de uma mulher Zimbabueana de 26 anos de idade que foi presa no ano passado por ter tido relações sexuais desprotegidas com o seu amante. O crime pelo qual ela foi acusada esta no Código Penal do Zimbabué (codificação e Reforma) o qual foi de "deliberadamente infectar a outra pessoa". O mais estranho é que o amante aquando da testagem deu negativo- a mulher estava a receber tratamento anti-retroviral, portanto não foi uma surpresa3. Antes da sentença o tribunal tentou ter mais um resultado de teste do amante-embora não fosse seu desejo continuar com a acusação4. Ela foi setenciada a um tempo suspenso de cinco anos de prisão5. A ameaça de prisão, a vergonha e a ordenação da setença estará por cima dela. O resultado é uma tragédia para todos e uma mancha na prevenção de HIV e esforços de tratamento. Acrescentando, os conceitos de negligência e mesmo desleixo e incoerência no domínio de comportamento sexual, é incapaz de uma aplicação verdadeira e capaz. Ninguém esta a sugerir que um indivíduo que conheça o seu estado e que planeie infectar outros intencionalmente, e assim o faz, deva escapar da acção judicial. Esse indivíduo deliberadamente planeou infectar outras pessoas e conseguiu alcançar os seus intentos, como se tivesse atingido alguém com uma arma de fogo ou faca. Mas nos casos onde não haja uma intenção deliberada as categorias e distinções da lei criminal tornam-se confusas e incapazes de oferecer uma direcção clara para os afectados pela lei e para os procuradores. restauram o corpo e a saúde estão largamente a ficar disponíveis. A ênfase ao estigma, usando as armas do medo, culpa e recriminação, a criminalização faz com que seja mais difíceis as pessoas com HIV ou com risco de se infectarem o acesso a testagem, falar acerca do diagnóstico com HIV, e de receber tratamento e apoio. Nós temos um desafio e cálculo inevitável: Essas leis vão levar a mais mortes, mais sofrimento, e grande debilitação por causa do SIDA. DECIMO: A criminalização assume o pior acerca das pessoas com HIV, e sendo assim castiga a vulnerabilidade. A abordagem dos direitos humanos assume o melhor acerca das pessoas com HIV e apoia o empoderamento. Como disse Justice Michael Kirby - que de forma audaz ilumina o caminho da justiça, esperança e razão nesta epidemiaargumentou que os países com leis de direitos humanos que encorajam os não diagnosticados a fazerem o teste de HIV, têm melhores resultados em relação aqueles que adoptaram SETIMO: Muitas dessas leis têm falhas graves. "estratégias punitivas, moralistas, e de recusa, incluindo aqueles Em parte porque é difícel provar uma ofença que envolva sexo que se apegam ao código penal como uma sanção".6 consensual, e por causa das dificuldades de aplicar as categorias A prevenção do HIV não é somente um desafio técnico para do código penal, muitas dessas leis acabam sendo uma saúde pública. É um desafio para toda humanidade para criar miscelânia de intenções legislativas confusas e má elaboração. um mundo no qual o comportamento seguro seja O exemplo acima ilustrado de "lei modelo" aplica-se a este. verdadeiramente viável, e seguro para ambos parceiros sexuais, e é genuinamente compensador. Quando os preservativos estão OITAVO: Talvez mais doloroso para aqueles que vivem disponíveis, quando as mulheres tem o poder de usa-los quando aqueles com HIV ou em risco de contrair podem ser testados e com HIV a criminilização aumenta o estigma. ter tratamento, quando eles não têm Desde o primeiro diagnóstico medo do estigma, ostracismo e de SIDA, a 27 anos, o HIV descriminação, eles são capazes de agir carrega um nonte de fardo de com consistência para o sua própria estigma. Isto tem estado a segurança e dos outros. acontecer por uma simples A criminalização é no geral razão: é sexualmente garantido em casos em que alguém transmitida. Nenhuma outra deliberadamente-sabendo que é doença infecciosa é vista com seropositivo- decide infectar outras tanto medo e repugnância pessoas, e alcança esse objectivo. Outra como o HIV. Os que não seja essa circunstância, a legisladores confundidos, ou criminalização é um instrumento pobre numa perda de como para regular a infecção pelo HIV e a responder efectivamente a transmissão. O raciocínio lógico para epidemia podem ser a criminalização é o objectivo do seduzidos a tomar recurso a código penal de retribuição e punição, criminalização, porque parece atractivo, efectivo e amigável A criminalização o que é um objectivo pobre e para uma lei de saúde para os midia. Porém nunca é promove o mal em vez distorcido pública. uma medida preventiva ou de combatê-lo. amigavelmente tratável. É hostíl para ambos. As acções judiciais para transmissão de 1. (with Scott Burris, Temple University Beasley School of Law, Philadelphia, Pennsylvania, and HIV e exposição, e o conteúdo desencorajador dos decretos-lei, Michaela Clayton, SIDA e Aliança de Direito da Africa Austral/AIDS and Rights Alliance of Southern África, Windhoek, Namibia) por si mesmos reforçam a ideia do HIV como algo vergonhoso, 2. Um exemplo de promulgação na secção 24/An example of its enactment is section 24 of infamante, em condições inapropriadas, que precisa de um Kenya's HIV/AIDS Prevention and Control Act of 2006. isolamento e ostricismo. Mas o HIV é um vírus e não um crime. 3. Os cientistas clinicos de HIV Suiços recentemente publicaram uma declaração consensual "individuos com HIV sob TARV e sem DTS são sexualmente não infecciosos/Swiss HIV clinical Esse facto é elementar e muito importante. specialists recently released a consensus statement 'that individuals with HIV on effective NONO: Criminalização é um disincentivo evidente para a testagem. É radicalmente imcompatível com uma estratégia de saúde pública que procura encorajar as pessoas para que venham e saibam do seu estado de seropositividade. A SIDA é de momento uma doença controlável pela medicina. Em toda África os medicamentos que permitem viver mais e suprimem o vírus e antiretroviral therapy and without sexually transmitted infections (STIs) are sexually noninfectious'. See Vernazza P et al. 'Les personnes séropositives ne souffrant d'aucune autre MST et suivant un traitment antirétroviral efficace ne transmettent pas le VIH par voie sexuelle', Bulletin des médecins suisses 89 (5), 2008, available at http://www.saez.ch/pdf_f/2008/200805/2008-05-089.PDF •(accessed 21 July 2008). 4. Publicado no jornal Zimbabueano Herald/Reported in the Zimbabwe Herald, 2 April 2008, http://allÁfrica.com/stories/200804020011.html (accessed 21 July 2008). 5. Zimbabwe Herald, Tuesday 8 April 2008. 6. Dirigindo-se a uma conferencia internacional de reforma de lei criminal em Dublin em Julho de 2008 "Os paises que adoptaram os direitos humanos-respeito a abordagem/In an address to an international criminal law reform conference in Dublin in July 2008, Justice Kirby argued that 'Those countries that have adopted a human rights-respecting approach. V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 09 Caminhando para além da prevenção da transmissão do HIV para prevenção do progresso de HIV: ABC versus SAVE Por Tapiwanashe Hoto Tenho acompanhado o debate sobre os meritos relativos das estratégias de ABC e SAVE de prevenção de HIV, e tenho ouvido em alto e bom-tom que ABC lida com a transmissão de HIV, em vez de prevenção de HIV como uma abordagem que inclui transmissão e progressão. Como uma estratégia a abordagem de ABC (Abstinência, ser fiel a um parceiro não infectado, uso correcto e consistente de preservativo) cria a noção de que a transmissão de HIV ocorre somente através de relações sexuais. Sim, a estratégia de ABC é boa para prevenir a transmissão do HIV, através dos principaís proponentes (concluiu Dermot O´Callaghan) fixou os seus argumentos exclusivamente na prevenção do modo de transmissão - sexo desprotegido com um parceiro infectado- mas falha em reconhecer que existem outros modos de transmissão de HIV. O HIV também pode ser contraido ou alastrado através de transfusão de sangue e transmissão de mãe para filho, por exemplo, mas a ABC encontra-se estacionária quando se trata desses modos de transmissão. Se a explanação não foi suficiente a estratégia falha na falta de uso de precauções universais na prevenção da transmissão do HIV. Por outro lado, a abordagem SAVE: Práticas segurasabastinência, fidelidade, uso de preservativo, transfusão segura, prevenção de transmissão de mãe para filho, e programa de redução do malefício de uso de drogas injectáveis; medicamentos disponíveis; testagem voluntária; empoderamento; no qual a ABC é um mero componente, é uma abordagem holística para prevenção primária de transmissão de HIV. Reconhece o uso de precauções universais, utensílios cortantes e afiados esterilizados e a necessidade de assegurar que a transfusão de sangue é testada para HIV. Muito importante, a inclusividade de SAVE também ajuda a desistigmatizar HIV e SIDA. SAVE trata HIV como um vírus que pode ser transmitido de várias formas, em contraste com os componentes de ABC, que geralmente usavam o ABC para retratar o HIV como uma questão moral, transmitido somente através de actividades sexuais, em circunstâncias onde a transmissão constitui uma falha moral da parte dos infectados. Além disso, tornou-se evidente que a SIDA é uma doença quitessencial de probreza e desigualdades de género. A epidemia tem o seu impacto nos mais pobres e na spopulações mais vulneráveis: aqueles sem acesso a TARVs, água limpa e saneamento; aqueles com uma nutrição pobre e o estado de saúde no geral;e aqueles que constantemente são desafiados por uma variedade de infecções. A epidemia do HIV tem o seu maior impacto nos mais pobres e na população mais vulnerável 10 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 É verdade que intervenções que potencialmente poderiam prevenir e atrasar algumas dessas causas sublinhadas de condições relacionadas com HIV e mortes- os quais podiam manter as pessoas positivas vivas durante a era de prevenção de transmissão - foram ignorados por uma estratégia de ABC fixada na prevenção da transmissão de HIV? Incrível, mas a resposta a esta pergunta é SIM! Em vez de permitir que milhões de pessoas morram enquanto se tem enfoque na prevenção da transmissão de HIV, também deviamos abraçar outras opções de expanção da vida, prevenindo que as pessoas morram desnecessariamente. A incrível conclusão é de abordagens efectivas e baratas para manter as pessoas seropositivas com vida, foram largamente negligenciadas por uma estratégia de ABC focalizada na prevenção de transmissão de HIV para a exclusão de todo o resto. No que se refere a estratégia de prevenção de ABC, as pessoas que tenham sido infectadas ou que ainda são infectadas são ignoradas: esta estratégia nada oferece as pessoas vivendo com HIV. Esta fixada numa prevenção parcial de HIV, não prestando atenção para prevenção secundária e terceária - por exemplo, prevenção ou atraso do progresso de HIV e SIDA e consequentemente a morte. Comparando com esta abordagem, de longe SAFE é a melhor opção, apresentando uma estratégia bem definida para prevenir tanto a transmissão e progressão do HIV. Envolvido na sua secção de medicamentos disponíveis, a estratégia SAVE inclui um número de alternativas que podem prevenir ou atrasar a progressão de HIV para SIDA: anti-retrovirais; boa nutrição; água limpa; e tratamento de TB, pneumonia, e infecções fungam. A SAVE oferece formas de salvar as vidas das pessoas vivendo com HIV. Intervenções como acesso a TARVs e prevenção de TB são essenciais e podiam ser usados mais largamente para prolongar a vida das pessoas vivendo com HIV. Podem ser usadas mais cedo nas infecções de HIV para prevenir ou retardar o progresso e as infecções oportunistas associadas com HIV. Muitos deles estão prontamente disponíveis, acessíveis e afectivos. Mas nenhum deles foi alguma vez acomodado na estratégia de ABC de prevenção. Deveriam ser. E são, Na estratégia SAVE. Seria errado terminrr sem mencionar o facto de que sinto que a estratégia SAVE percisa de algum reforço, particularmente através de foco de transferencia na prevenção tercearia de HIV, tais como melhoria de impactos negativos da doença e mortes sendo que um grande número de pessoas fica doente e morre. Ao longo dos componentes existentes, a estratégia SAVE, devia incorporar questões como planeamento de herança, intervenções para orfãos e crianças vulneráveis, segurança alimentar e empoderamento económico. A abordagem SAVE é uma estratégia compreensiva sendo tanto proactiva como reactiva, para prevenção primária e secundária respectivamente. Esta estratégia permite-nos olhar para além da prevenção da transmissão de HIV para prevenir ou atrasar o progresso de HIV. Deve notar-se que com certeza, durante anos antes do surgimento de SAFE, ABC teve uma grande contribuição na prevenção de transmissão de HIV. Advocando SAFE, não estou a sugerir a substituição de ABC; mas sim a adopção de uma abordagem mais holística que abrace a ABC. No momento a abordagem é SAFE. Vamos salvar vidas agora! A prevenção de HIV devia ser vista como um processo - de prevenção básica para tercearia e não um evento fixado em prevenção primária e sem alternativas quando ocorre uma infecção. Para mais informação E-mail: [email protected] SAVE trata o HIV como um vírus que pode ser transmitido de várias formas, em contraste com os proponentes de ABC, que no geral usam o ABC para retratar o HIV como uma questão moral, transmissível somente através de actividades sexuais, em instâncias onde a transmissão constitui uma falha moral por parte do infectado. V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 11 Nossos direitos rejeitados: Crianças, Mulheres e Herança em Moçambique Pela Save the Children em Moçambique, Abril 2007, Maputo Não existe nada pior para as crianças do que a morte prematura dos seus países. Assim, em Moçambique, com a prevalência de HIV e SIDA a 16% e com tendência a subir, a orfandade esta a assumir proporções de uma catástrofe nacional. O Governo de Moçambique prevê até 2010 630,000 orfãos de SIDA - um aumento de mais de 200,000 comparado as estatísticas actuais. Num período em que a família alargada junta-se ao convívio dos mesmos, existem evidências de que em muitos casos, com o desejo primordial de aumentar os seus próprios interesses, alguns membros das famílias se apoderam das propriedades e pertenças que uma viúva e seus filhos deviam herdar. Um rapaz em Nampula fala acerca de da situação de algumas crianças que ele conhece. Elas (as crianças) sabiam que o pai tinha uma bicicleta, mas disseram que a família do malogrado tinha levado. Disseram-lhes que porque elas ainda são crianças são muito novas para ficarem com os bens. Levaram toda roupa, o guardafato e a bicicleta. Se houvesse uma mtorizada eles teriam levado. Só deixaram coisas meio velhas como meias furadas, um prato queimado num dos lados... Como forma de investigar a natureza e escala deste problema, os membros da aliança Save the Children conduziram pesquisas em várias partes do país. Os objectivos do estudo subdividemse em cinco pontos: a) Perceber os princípais constrangimentos que os orfãos e crianças vulneráveis e viúvas encaram em relação ao direito que tem da herança. b) Identificar práticas sociais e culturais que influenciam os direitos da mulher e da criança a herança. c) Rever as leis existentes em relação ao direito a herança. d) Identificar iniciativas que põem os direitos das crianças e mulheres a herança. e) Recomendar actividades que apoiem os direitos da mulher e crianças a herança. O relatório que se segue, Nossos Direitos Rejeitados: Criança, Mulheres e Herança em Moçambique foi públicado, dando visão ampla de diferentes práticas em relação a herança em Moçambique. É evidente que em alguns casos os membros das famílias alargadas apoiam as viúvas e orfãos a eles relacionados, eles falaram abertamente sobre como alguns ficaram privados dos seus meios de sobrevivência, e como algumas práticas em É importante compreender os princípais constrangimentos que os orfãos e crianças vulneràveis encaram depois da morte prematura dos seus país. 12 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 cerimónias fúnebres perigou o seu bem-estar. O estudo também faz referência a iniciativas para sensibilizar líderes comunitários acerca dos direitos humanos e código civíl, incluindo o direito a herança. Os pesquisadores usaram abordagens qualitativas, quantitativas e participatórias. O número total da amostra consistia em 384 pessoas em quatro distritos localizados na província de Gaza, Manica, Zambézia e Nampula, cobrindo as regiões Sul, Centro e Norte. Destes números, 40% era de orfãos e crianças vulneráveis, 20% viúvas e/ou chefes de famílias, 15% indivíduos da população em geral, 15% pessoas cuidando de órfãos e 10% oficiais de justiça. O estudo mostrou que embora a clausúla sobre "direito a sucessão" no código civíl Moçambicano diz que as mulheres e crianças são as primeiras na linhagem de herança junto com o progenitor sobrevivente, houveram muitos casos em que eles foram privados dos seus bens. Nestes casos a mulher raramente submete uma reclamação oficial com medo de retaliação por parte da família do falecido marido. Um líder comunitário em Gaza explicou. Eu sei que os bens do falecido deviam ser para a sua esposa e filhos. E sei que nem sempre acontece. Nestes casos a mulher devia vir até mim se a família não resolve o caso com justiça. Mas o problema é que as pessoas não estão habituadas a fazer reclamações oficiais. Precisamos sensibilizar as comunidades a vir até nós quando os seus direitos são negados. Nos casos raros em que a viúva toma uma acção, primeiro ela vai até a família alargada e depois aos líderes tradicionais na sua comunidade. Os líderes tradicionais, cuja a maioria são homens deviam agir de acordo com a lei, mas eles têm a tendência de recorrer a normas tradicionais, que muitas vezes põem a viúva e filhos em disvantagens nas disputas sobre herança. Em sociedades patrilienares, predominantemente encontradas nas regiões Sul e Centro, como nos distritos de Bárué, Morrumbala, e Chókwè onde as pesqquisas foram realizadas, as viúvas e raparigas órfãs podem facilmente estar em desvantagem. Elas sempre foram vistas como guardiãs temporárias dos bens, enguanto os homens supostamente devem devem assegurar a continuidade da família. Em muitos casos a família do falecido pensa que tem direito a reclamar pelos bens mais valiosos do falecido. Um homem entrevistado na provincia de Manica disse: "as mulheres e crianças são iguais. Eles sempre precisam de alguém para os giar, com certeza um homem. As raparigas e mulheres sempre serão inferiores no casamento e na família, a não ser que um rapaz nessa família se torne um homem. No distrito de Nacala, organizados na linhagem feminina filhos e filhas tem a smesmas oportunidades a herança, mas eles podem igualmente perder o que é seu por direito. É importante notar que o estudo mostra que em algumas aldeias, as práticas tradicionais respeitaram os direitos das viúvas e orfãos, e nessas aldeias as práticas culturais estão a adaptarse as novas leis e a mudar a situação das crianças especialmente na área de HIV e SIDA. Graça Júlio do Forúm Mulher, uma organização em Moçambique que tem estado particularmente activa acerca dos direitos da mulher a herança, diz que: Nós ja testemunhamos o impacto do tribunal comunitário a favorecer a viúva e as crianças nas disputas. Havia uma viúva sem filhos que se casou sob os costumes da lei local. Depois da morte do marido a família do falecido levou todos os bens. A viúva levou o caso ao tribunal comunitário que ordenou aos membros da família a devolverem os bens a viúva, o que eles fizeram. Porém de acordo com os resultados da pesquisa da Save the Children, tais respostas positivas da comunidade são excepções a norma. Negados os nossos direitos também providencia uma série de recomendações para ajudar a encontrar uma solução rápida. Essas recomendações incluem: Sensibilizar os líderes comunitários e a comunidade sobre os direitos das viúvas e orfãos, incluindo o direito a herança Simplificar procedimentos para ajudar viúvas vulneráveis e orfãos a ter acesso ao seu direito a herança, particularmente nas zonas rurais Sensibilizar as comunidades acerca de fazerem testamentos escritos, registar as crianças e acerca da importância de discutirem sobre assuntos ligados a herança Promover mais coordenação entre diferentes organizações que assistem as mulheres e crianças Apoiar os membros comunitários em actividades sustentáveis de geração de rendimentos que possam apoiar as suas famílias, especialmente viúvas e orfãos Apoiar actividades de sensibilização para manter crianças, especialmente raparigas e órfãos nas escolas Sensibilizar as comunidades acerca do projecto lei de herança e a lei da criança Melhorar a qualidade e cobertura compreensiva da actual legislação sobre herança (um processo a decorrer) bem Como a sua aplicação prática Reenforçar e promover as práticas sócio-culturais que protegem as crianças e mulheres em relação aos seus direitos a herança. O objectivo desta públicação é de estimular um senso mais profundo de urgência na abordagem de um dos maiores desafios que as crianças vulneráveis e mulheres encaram em vários locais em Moçambique, e na região da África Austral no geral em colaboração com os departamentos relevantes do Governo, profissionais de justiça, líderes comunitários progressivos, e ONGs comprometidas com o bem-estar das crianças. Para acessar o sumário de públicação, clique em: http://www.savethechildren.org.uk/en/docs/denied-our-rights.pdf Para mais informação e para requisitar uma cópia de toda publicação, por favor contactar: Chris McIvor, Director, Advocacia e Programa de Desenvolvimento Save the Children em Mozambique, Rua de Tchamba N.398 Maputo, Moçambique, Email: [email protected] Tel: +258 21 493 140 Estudo Sociológico: Viúva no distrito de Chókwè Fernanda Langa, uma mãe de sete filhos, praticamente perdeu as esperanças de reaver os bens do seu falecido marido levados pela família do falecido. Mas ela diz que não vai parar de reclamar pelas suas três filhas que foram raptadas pela sua cunhada casada, Teresa que não tem filhos. Sentada fora da sua casa pequena, feita de estacas e matope com um quatro em Bombofo, uma aldeia no distrito de Chókwè, que ela construiu, viúva de pé descalço, que não conhece a sua idade, conta a sua história: Eu vivia com o meu marido, Pedro, e minhas três filhas, quando ele adoeceu. Esteve doente por muito tempo, mas não tenho a certeza da doença que ele tinha. Ele estava coberto de manchas e tinha uma diarreia que não parava. Levei-lhe tanto para o médico tradicional como para o hospital. Dei-lhe o medicamento que recebi nos dois lugares, mas não melhorou. Nós não falamos sobre o que havia de acontecer depois da sua morte, mas ele escreveu que todos os seus bens e terra deviam permanecer com os seus filhos. Porém, durante os procedimentos de funeral, no oitavo dia depois da morte do meu marido, quando eu estava na casa da família dele, levaram todo o meu gado-dois bois, duas vacas, um bode, quatro galinhas, conco pintos- nossa charrua, o rádio, e o telemóvel dele. Fernanda também deixou a sua terra, onde ela cultivava, milho, mandioca, e feijão, por causa das ameaças da família. Felizmente os líderes comunitários deram-lhe outro terreno para cultivar. Mas ela sente falta do rendimento extra que o seu marido trazia da venda de carvão. Ela dá um suspiro profundo e a sua voz treme. E depois a irmã dele levou as minhas três filhas (agora com 15, 14, e 10 anos de idade) para viverem com ela. Eu não esperava que isso acontecesse. A minha filha mais velha tentou trazer as irmãs para casa mas não conseguiu. Fui a casa de Teresa, mas ela insultou-me e as minhas filhas fugiram de mim. Elas estavam com medo. Acho que a Teresa disse as minhas filhas que eu sou feiticeira. Não as vejo a três anos. A minha filha mais velha Amélia não se deu com Teresa e agora trabalha como empregada doméstica em Maputo. Mas ela não me visita. Desde que foram viver com Teresa, as filhas da Fernanda desistiram da escola. "Quando viviam comigo todas iam a escolas. Mas Teresa não as pôs na escola." O rapto das filhas pela cunhada foi muito difícil de suportar. Três anos mais tarde ela resolveu apresentar o caso ao seu líder comunitário local. O líder diz que vai chamar Teresa para uma audiência. Agora sei que tenho direito as minhas filhas e aos bens, porque era o desejo do meu marido. Maria Messe, treinada em assuntos legais, que também é presidente da sucursal local de Vukoxa, uma ONG nacional que representa os interesses dos idosos apoia Fernanda na sua batalha. "Se o Chefe do Bloco (líder tradicional) não resolver o caso, vou levar o caso ao chefe acima dele," Diz com ares de desafio. (Os nomes da família foram trocados para proteger a viúva.) V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 13 O escândalo de 1% Vivendo com HIV, Morrendo de TB Sumário Anos de Conhecimento Durante duas décadas a comunidade de HIV/SIDA sempre soube que a TB e HIV/SIDA estão intimamente ligados, em particular na África sub-sariana onde o HIV/SIDA tem feito a incidencia de TB triplicar desde 1990.8 Em 2002, oficiais da OMS departamento Stop TB clarificaram a necessidade de testagem de TB para PVHS, dizendo "...os individuo os que sejam tanto seropositivos como tenham uma TB activa precisam de uma recomendação para tratamento de TB; para aqueles sem uma TB activa devia ser oferecido um tratamento de prevenção de TB com Isoniácido."9 Em 21 de Janeiro de 2004, a OMS e a ONUSIDA, revelaram planos para expandir a colaboração entre o programa nacional de TB HIV/SIDA, prometendo que "os casos encontrados de TB seriam intensificados nas áreas de maior prevalência de HIV introduzindo a testagem e rastreio para tuberculose nos locais de fornecimento de serviços de HIV/SIDA." 10 14 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 Como Nelson Mandela disse em 2004, "Não podemos lutar contra o HIV/SIDA com sucesso sem lutar contra a TB." Mesmo depois de anos de promessa de testagem o rastreio de TB para PVHS, os programas de HIV ainda falham na identificação a infecção que mais Mortes causa aos que acessam aos serviços de HIV. Figura 1. Percentagem de pessoas rastreiadas a TB em países selecionados com altas taxas de TB e a nível globalmente Percentagem rastreiada para TB De acordo com a informção mais recente disponìvel, somente 1% das pessoas vivendo com HIV/SIDA (PVHS) foram relatadas como tendo feito teste de rastreio para Tuberculose, TB (Figure 1).1 Os que fizream o rastreio para tuberculose, 1 em 4 tinham TB (Figura 2). Apesar de ser prevenível e tratável, a tuberculose continua a ser a infecção oportunista de maior ameaça e uma das principaís causas de morte entre PVHS.2 Em África, que tem as maiores taxas de ambas doenças, a Tuberculose é a principal causa de mortes entre PVHS.3 Estudos de autópsia mostraram tuberculose não diagnosticada em 14-54% entre pessoas com infecção de HIV.4 Sem o devido tratamento, aproximadamente 90% das pessoas morrem em poucos meses depois de desenvolverem TB.5 A TB resistente a medicamentos, causam uma ameaça particular as pessoas com HIV, com as taxas de mortalidade da TB Estensiva Resistente a medicamentos (XDRTB) excedendo os 95% na África.6 Tal extensão em parte por negligência dos programas de HIV/AIDS e doadores internacionais de HIV/SIDA é inaceitável. Não podemos considerdar que estamos a ter progresso em relação ao acesso universal a HIV/SIDA, se as pessoas que vivem com HIV estiverem a morrer de TB. Não sò a negligencia da comunidade global levou a doença desnecessariamente e morte; mas também permitiu que TB minasse a resposta global a HIV/SIDA, incluindo a redução na morbidade e mortalidade alcançada através da expansão da Terapia anti-retroviral. Os grupos da sociedade civil, incluindo aqueles das comunidades afectadas, são chamadas para acesso universal para cuidados de qualidade de TB-HIV até 2015, incluindo diagnóstico, tratamento, terapia preventiva, e controle de infecção. O alcance desse objectivo podia reduzir as mortes por TB em PVHS EM 80-90% COM UM INVESTIMENTO DE $14 biliões de USD, de acodo com os calcúlos da OMS.7 2.5 2 2.25 1.83 1.5 1.07 1 0.96 0.78 0.31 0.5 0.05 0 ul oS d a ric Áf ria gé Ni da an Ru M ue biq m a oç ia Índ ia ióp Et Fonte: OMS. 2008. Controle Global de Tuberculose: Fiscalização, Planificação, Financiamento. Informação da Nigéria do relatório nacional da Nigéria sobre TB-HIV, 2008. Informação de 2007. De acordo com o relatório da OMS de 2008, Relatório Global de Control da Tuberculose, a informação mais recente mostra um total de 314,394 pessoas seropositivas atendendo aos serviços de cuidados de HIV fizeram o teste de rastreio para TB. Este número representa um total de 0.96% dos estimados 33 milhões de PVHS. Da mesma maneira que pouca informação aparece disponível a nível nacional, com informação recolhida da África do Sul em 2006 e Nigéria em 2007, a mostrarem que somente 1.83% e 2.25% respectivamente do número estimado de pessoas vivendo com HIV fizeram um teste de rastreio de TB. Figura 2. Resultados Globais pelo teste de rastreio para TB de PVHS. 350,000 314,394 300,000 TB Activa 26% Não TB 74% 250,000 194,718 200,000 TB Activa 18% Não TB 82% 150,000 100,000 50,000 0 2005 Fonte: OMS. 2008. OMS Departamento Stop TB. 2006 al ob l G Os programas nacionais de HIV/SIDA, não são os únicos factores a falharem neste assunto. Os doadores líderes internacionais em HIV/SIDA-PEPFAR, Fundo Global para combate ao SIDA, TB e Malária, e o Programa de Países Múltiplos contra SIDA do Banco Mundial- não fazem a monitoria rotineira sobre quantas PVHS estão a ser rastreadas para TB nos programnas de HIV/SIDA que eles apoiam, embora a PEPFAR exija que os receptores dos fundos a restrearem as PVHS para TB. Desde Agosto de 2008, nenhum dos três maiores doadores relatou sobre a proporção de PVHS a ser restreadas para TB. RECOMENDAÇÕES IMEDIATAS Para finalmente parar a morte de pessoas vivendo com HIV causada pela TB, precisamos de acções audazes de todos sectores: PROGRAMAS DE HIV/SIDA: O rastreio de uma pequena fracção de PVHS para TB é inaceitável. Fazer o rastreio de todas PVHS com acesso a cuidados de HIV/SIDA para TB e fazer os "3 Is"Procura de casos Intensificada, Controle de infecção, e terapia preventiva de Isoniácido- central aos serviços de HIV/SIDA e universalmente disponíveis. LÍDERES INTERNACIONAIS: Países afectados, doadores, e agências técnicas devem juntar-se para elaborar um plano para assegurar acesso universal a cuidados de TB-HIV de qualidade até ao ano de 2015- movendo-se em coordenação com a meta do acesso universal de HIV até 2010. Chamamos a atenção dos chefes de estado e ministros da saúde para tomarem a líderança comprometendo-se com a meta global de acesso universal até 2015 de cuidados de TB-HIV PAÍSES COM UM FARDO PESADO: Chamamos a atenção de chefes de estado e Ministros da saúde para tomarem a líderança e comprometerem-se com as metas de acesso universal até 2015 em relação a cuidados de TB-HIV. Os planos dos países deviam ser desenvolvidos em consulta directa e substantiva com as comunidades afectadas por TB e HIV e devia ser mais extensivo a planos existentesmostrando um mapa de Estrada claro de acesso universal para rastreio e tratamento ou terapia preventiva bem como planos para intensificar a descoberta de casos e medidas de controlo de infecções de acordo com as recomendações da OMS. A falta de fundos deve ser clarificada para financiamento de doadores. PEPFAR: Construindo no progresso, em particular no aumento de testagem de HIV para pacientes de TB, em número que seja de acordo com o seu país, PEPFAR deve continuar a aumentar os esforços colaborativos de TB-HIV. O mesmo enfoque na testagem HIV nos locais de maior incidência de TB deve ser extensivos ao rastreio de TB em locais de maior incidência de HIV. PEPFAR devia estabelecer uma data específica na qual todas pessoas a receberem serviços de HIV apoiados pelo programa deviam fazer o teste de rastreio para TB. O programa devia funcionar proactivamente com cada país a ajudar a desenhar um plano para assegurar um rastreio universal de TB e trabalhar com países receptores para ver a implementação de TB-HIV a crescer como prioridade principal. A PEPFAR devia duplicar a sua contribuição actual para TB-HIV para $300 milhões no no financeiro 2009. FUNDO GLOBAL: O fundo global deve operacionalizar o seu compromisso para serviços colaborativos de TB-HIV nos países de programa. O rastreio de TB em PVHS devia ser considerado um padrão básico de cuidados em países com grande impacto de TB-HIV. As propostas de directrizes e o processo de revisão técnica de painéis deviam esclarecer que são necessárias componentes técnicas na aplicação de HIV e esperar que os países sugiram um plano para rastreiar as PVHS que recebem serviços, em relação a TB e assegurar cuidados de acompanhamento, ou explicar o porque dos mesmos não estarem incluídos. Acrescentando o rastreio de TB em PVHS deve ser monitorado e relatado. BANCO MUNDIAL: Mesmo havendo uma enorme falta de financiamento bancário para TB em África, o Banco Mundial é o maior doador para os esforços de HIV/SIDA. O banco devia aumentar significativamente os recursos para os serviços colaborativos de TB-HIV dentro dos seus múltiplos programas de SIDA em África (África MAP) e empréstimo ao sector de saúde, para alcançar o acesso universal de cuidados de TB-HIV. Referências: 1. Organização Mundial da Saúde. 2008. Controle Global da Tuberculose: supervisão, planificação, financiamento: Relatório OMS 2008. Informação de 2006 WHO/HTM/TB/2008.393. 2. Organização Mundial da Saúde. 2008. Os Três I's: Intensificação de casos encontrados (ICF), Isoniácido Terapia Preventiva (IPT) e TB Controle de Infecção (IC) para pessoas vivendo com HIV. Relatório de uma reunião conjunta do departamento de TB e HIV da OMS. Genebra, Suiça, Abril 2-4, 2008. Online. http://www.who.int/hiv/pub/meetingreports/ WHO_3Is_meeting_report.pdf. Accessed 3 August, 2008. 3. Gandhi N, et al. 2006. Tb extensivamente resistente a medicamentos como causa de morte em pacientes coinfectados com TB e HIV numa zona rural rural da África do Sul. The Lancet. 368:1575-1580. 4. Organização Mundial da Saúde. TB/HIV: Contexto geral e questões de implementação. Apresentação feita na conferência de 2008 Lambeth Julho 28, 2008, Kent, UK. 5. OMS. Perguntas frequentes sobre TB e HIV. Online. . Acessado em 3 Agosto, 2008. 6. OMS. 2008. Os Três I's. 7. K. Floyd, OMS, Junho 2008. Calcúlos não públicados baseados no Plano Global. 8. BAnco Mundial. 2008. O compromisso do BAnco Mundial com HIV/SIDA em África: NOssa Agenda paar acção, 2007-2011. Washington, DC. 9. Godfrey-Faussett et al. 2002. Como a testagem voluntária para o vírus de imunodoficiencia adquirida pode contribuir para o controle da tuberculose. Boletim informativo da Organização Mundial da Saúde vol.80 no.12. 10. Organização Mundial da Saúde. 2004. Políticas interinas nas actividades colaborativas de TB/HIV. Organização Mundial da Saúde, Genebra. Ref. in http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2004/pr5/en/ Não, a morte de pessoas vivendo com HIV por TB! V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 15 AVERT Destaques e perspectivas: África Oriental e Ocidental O presente documento estabelece orientações gerais e assuntos emergentes do Relatório Global da ONUSIDA de 2008 que são relevantes para África Oriental e Ocidental. O Relatório Global completo, Sumários e Folhas de factos estão disponíveis em www.unaids.org e www.unaidsrstesa.org estabilizar em todo mundo, o nível alto de seroprevalência é muito alto e inaceitável. A nível global em 2007 havia 33 milhões(30.3-36.1 milhões) de pessoas a viver com HIV. AS infecções a nível global reduziram de 3.0 milhões (2.6-3.5milhões) em 2001 para 2.7milhões (2.2-3.2 milhões) em 2007. Tempo para avaliação - Cenário e contexto para relatório O Relatório sobre a epidemia Global do SIDA surge entre a declaração de compromissos de 2001 e as metas de Desenvolvimento Do Milénio de 2015, de reverter o cenári0 da epidemia até 2015. O lançamento deste último relatório ocorre dois anos antes da data alvo acordada para o acesso universal a prevenção de HIV, tratamento, cuidados, e apoio. O relatório faz uso de informação fornecida por países, os quais relatam sobre os progressos em relação as metas acordadas em 2001. Tratamento A rápida expansão de acesso a tratamento em regiões com recursos limitados esta a salvar vidas, melhorar a qualidde de vida, e a contribuir para o rejuvenescimento de famílias, comunidades e sociedades inteiras-porém ainda existem desafios significantes, especialmente no aumento do acesso a tratamento para os pobres rurais e pelas pessoas dispersadas por conflitos, políticos ou económicos ou através de disastres naturais. Também existem grandes desafios na abordagem das necessidades de pessoas vivendo com HIV e tuberculose, principalmente em regiões com poucos recursos. Até finais de 2007, aproximadamente 3 milhões de pessoas em países com rendimentos baixos-médios estavam a receber tratamento anti-retroviral; o que representa um aumento de 50% desde Dezembro de 2006, e ainda um aumento de 10 vezes mais se comparado aos últimos cinco anos. A nível Global, 30% das pessoas estimadas como estando a precisar de anti-retrovirais em 2007, estavam a receber. Embora em números reais a maior parte das pessoas a receber antiretrovirais estejam na África Sub-sariana, a lacuna em relação a preenchimento das necessidades continua muito alta. O aumento no acesso ao tratamento têm sido extraordinário em alguns países, por exemplo em Namíbia, onde a cobertura de tratamento era de somente 6% em 2003, mas em 2007, 57% de indivíduos que necessitavam estavam sob TARV. EM Ruanda a cobertura de anti-retrovirais aumentou para mais de 60% no mesmo ano. Apesar da existência de medicamentos acessíveis, poucas pessoas vivendo com HIV e TB estão a receber medicação para ambas situações. A falha na optimização dos diagnósticos existentes e regimes de tratamento resulta em estado de doença grave e morte. Uma estimativa de 22% dos casos de tuberculose na África- e, em alguns países da África Austral até 70%-ocorre em pessoas vivendo com HIV. A nível Global - progresso considerável - porém a África Austral continua no epicentro O aumento de ajuda financeira em seis vezes mais para respostas para SIDA em países de rendimento médio-baixo entre 20012007 esta a começar a gerar fruto a nível global, mas ainda existem desafios distintos na África Austral, que permanence como o coração da epidemia global. A África sub-sariana alberga 67% de todas pessoas vivendo com HIV e foi o local com 72% de mortes de SIDA em 2007, e diferentemente de outras regiões, a maior parte das pessoas (61%) das pessoas vivendo com HIV na região são mulheres. Nove países da África Austral continuam a suportar um fardo disproporcional da taxa de SIDA Glogal 35% de infecções por HIV e 38% de mortes por SIDA em 2007. A prevalência de HIV entre adultos excede15% em oito países (Ver figures 4 e 5, do sumário do relatório global-também anexado a este documento). O índice de seroprevalência mais alto é da Suazilândia, com uma estimativa de 25.9% de adultos entre 15-49 anos de idade como seropositivos- o mais alto em todo mundo. Embora a epidemia parece ter estabilizado na África do Sul, o país continua a ter o maior número de pessoas vivendo com HIV no mundo, estima-se que sejam cerca de 5.7 milhões de pessoas a viver com o vírus de HIV. A gravidade da epidemia na região destaca a necessidade de acelerar e intensificar acções para o acesso universal a prevenção de HIV, tratamento, cuidados e apoio. Apesar da epidemia estar a 16 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 Prevenção de HIV Embora a epidemia tenha estabilizado na África Oriental e Austral a um certo nível, alguns países precisam de dobrar os seus esforços de prevenção de HIV com urgência- por exemplo uma nova informação do Quénia indica que em 2007 a prevelência de HIV rondava a 7.1% e 8.5% comparado com os números de 2003 de 6.7%. Em Moçambique a epidemia continua a crescer. Em algumas províncias na região Centro e Sul do país, a prevalência de HIV em adultos atingiu ou é superior a 20%, enquanto as infecções entre jovens de (15-21 nos de idade ) continua a crescer. A seroprevalência entre adultos no Uganda aparece ter estabilizado em 5.4%, porém sinais de possivel reinsurgência em comportamentos sexuais de risco poderão fazer com que a epidemia naquele país cresça novamente. Estudos revelam que a epidemia no Zimbabué decresceu recentemente, com uma baixa significativa de seroprevalência em mulheres grávidas de 26% em 2002 para 18% em 2006 e de 21% para 14% entre mulheres grávidas na faixa etária dos 1524 anos, no mesmo período. O decréscimo deve-se em parte a relatos de comportamentos sexuais seguros, com evidência ao facto de mais pessoas estarem a evitar relações sexuais com parceiros não regulares e com menos homens adultos a pagarem para ter relações sexuais.1 Entre parceiros heterosexuais serodiscordantes em Uganda, o parceiro não infectado corre o risco de 8% em cda ano e contrair o HIV por ano, sublinhando a importância das iniciativas de prevenção para tais parceiros. Semelhantemente uma atenção de enfoque é necessária para reduzir a prevalência de parcerias múltiplas simultâneas, que podem levar a uma rápida expansão de HIV dentro de redes sexuais. Programas compreensivos de prevenção de HIV que incluem uma grande enfase na mobilização social e envolvimento de homens, abordando risco e vulnerabilidade, parcerias múltiplas e simultâneas (incluindo disparidade de -idades/sexo entre gerações e sexo transaccional)que promovam o aumento da circuncisão masculina e circuncinsão neo-natal, deviam estar no coração das respostas nacionais a SIDA. Um grande investimento na melhoria da fiscalização e monitoria de efeitos e evolução da epidemia são essenciais para traçar respostas a epidemias nacionais. Pesquisas mais profundas sobre impulsionadores específicos da epidemia e nos impulsionadores estruturais da epidemia, incluindo a relação entre álcool e HIV, é essencial. A declaração de Compromisso de 2001 sobre HIV/SIDA reconheceu a prevenção de HIV como o "princípio da resposta". Recentemente o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Kimoon, convocou uma mobilização urgente para acelerar a prevenção da resposta na África Austral: Em países onde a seroprevalência entre adultos é de 15% ou mais, nada senão a mobilização a todos níveis entre a sociedade vai abordar com sucesso os problemas impostos pelo HIV. Porém, em muitos países os jovens têm uma educação muito fraca em relação a HIV,sendo que a cobertura de serviços básicos de prevenção é muito baixa e poucos locais oferecem actividades essenciais de prevenção de HIV. Todos instrumentos apropriados para as circunstâncias nacionais devem ser trazidos a balança, incluindo campanhas de mobilização de massas sobre riscos 1 Embora o Zimbabué tenha investido na prevenção de HIV é necessário fazer mais para compreender o impacto da actual crise política e económica sobre a capacidade do país de manter e elaborar a sua resposta para HIV e SIDA. associados a parcerias simultâneas; promoção energetica do conhecimento universal do estado de HIV; circuncisão masculina adulta; programas de prevenção focalizados em jovens e populações em risco; actividades de prevenção no local de trabalho, e serviços compreensivos para prevenir a transmissão de mãe para filho. Com o aumento do tratamento, o mesmo devia estar ligado a esforços de prevenção de HIV. Relatório do Secretário-Geral, A/62/780 Implementação da Declaração de Compromisso sobre HIV/SIDA e política de Declaração de HIV/SIDA: A Meio caminho das Metas de Desenvolvimento do Milénio www.unaidsrstesa.org Prevenção de transmissão de Mãe para Filho Na Declaração de Compromisso de 2001 sobre HIV/SIDA os países comprometeram-se a assegurar que 80% das mulheres grávidas em todos países com acesso a cuidados neo-natais sejam oferecidas serviços de prevenção de HIV. Embora intervenções efectivas de custos surgiram a anos atras para prevenir a transmissão de mãe para filho, as crianças são parte de uma em cada seis infecções a nível global em 2007. A maioria dessas infecções ocorreu durante a gestação ou parto, ou ainda como resultado da amamentação. Em Botswana, onde o governo nacional faez da prevenção da transmissão de mãe para filho (PMTCT) uma prioridade, o país reduziu o índice de crianças que nascem infectadas das mães, em 4% só em 2007, demostrando a viabilidade de progressos dramáticos em regiões com recursos limitados. Foi relatado o aumento dos serviços de PMTCT com sucesso na Suazilândia, em Ruanda, Seischeles, Malawy, Namibia, África do Sul, Lesoto e Quénia, para além de Botswana. Em Angola, Tanzânia e Zâmbia foi observado um decrescimo nestes serviços. Com o aumento da prevenção de transmissão de mãe para filho, devia incluir uma provisão sistemàtica- o apoio da prevenção iniciada durante a gravidez bem como o testagem de HIV depois do parto como evidência sugere que a gravidez em si pode aumentar o risco de HIV-mulheres grávidas vulneráveis. Em Botswana, onde o governo nacional fez da prevenção de transmissão de mãe para filho (PMTCT) uma prioridade pontual, o país reduziu a taxa de crianças que nascem infectadas por HIV, para 4% em 2007, demostrando a viabilidade de progresso dramático em regiões com recursos limitados. V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 17 Mulheres e Raparigas As jovens na África do sul correm um grande risco de se infectarem em relação aos homens: Na faixa etária dos 15-24 anos de idade, elas fazem parte de 90% das novas infecções de HIV. Intervenções estruturais que mantêm as raparigas na escola, aumentam a independência económica das mulheres e reformas legais para reconhecer os direitos da mulher a herança e propriedade, deviam ser priorizados pelo governo nacional e doadores internacionais. De acordo com um estudo recente em Botswana e Suazilândia, as mulheres que não têm comida suficiente têm 70% menos de probabilidade de ter controlo pessoal nos relacionamento sexuais, 50% mais probabilidade de envolverem-se em sexo entergeracional, 80% mais possibilidade de se envolverem em sexo de sobrevivência, e 70% mais de possibilidade de terem relações sexuais desprotegidas do que as mulheres que recebem uma nutrição adequada. Envolvimento de pessoas vivendo com HIV Enquanto a líderança dos chefes de governos e ministros nacionais é crítica, respostas nacionais efectivas dependem de compromissos e acções de diversos actores. Especialmente em países onde o HIV é hiperendémico, a líderaça em relação a HIV é necessária em todos os passos da vida, incluindo grupos comunitários, organizações religiosas, negócios privados, jovens e idosos. Acima de tudo as pessoas vivendo com HIV devem ser empoderadas para ajudar a líderar as respostas nacionais. De acordo com informantes não governamentais, somente 20% de grupos da sociedade civíl tem acesso a assistência financeira para programas e treinamentos de capacitação. Para mais informação: Chiara Frisone, Advocacia, Informação e Comunicações, ONUSIDA Equipa Regional de Apoio para África Oriental e Austral [email protected] telepone +27 11 517 1515 Estes artigos foram patrocinados pela ONUSIDA Rumo a Prevenção coordenada Resposta Regional de Comunicações ONUSIDA e o Instituto Soul City em conjunto trouxeram profissionais de comunicação da África Oriental e Austral para ajustar planos futuros para comunicação de prevenção de HIV na região, numa reunião em Setembro. Os participantes exploraram o foco crescente de iniciativas de comunicação de HIV na abordagem do impacto de parcerias e múltiplas e concorrentes (MCP) no contexto de uma combinação alargada de prevenção de HIV. As apresentações e sessões de discussões abordaram: evidências emergentes; experiências e lições aprendidas no desenvolvimento de comunicação e campanhas para MCP; resultados identificados e recomendações para trabalho future incluindo áreas para colaboração; e actividades chave identificadas a volta de MCP para os próximos dois anos. Andy Seale, Conselheiro Senior para a Equipa Regional de Apoio na África Oriental e Ocidental na ONUSIDA disse: "As recomendações incluiam compromisso para desenvolvimento de uma comunidade activa de prática para comunicação de prevenção de HIV na Afreica Austral com uma reunião de acompanhamento para Março ou Abril de 2009. "Uma das áreas chaves de consenso para emergir dos dois dias foi a necessidade para alguns de nós que trabalham em comunicação, resistir na elaboração de soluções para MCP. 18 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 "Uma das áreas chaves de consenso a emergir dos dois dias foi a necessidade que alguns de nós têm da área de comunicação de tentar prescrever soluções pata MCP. O nosso desafio imediato é de encorajar as pessoas a compreenderem o risco e dai os indivíduos e a comunidade vai desenvolver seus próprios modos de abordar o risco adicional," disse Seale. O nosso desafio imediato é de encorajar as pessoas a compreenderem o risco e a partir dai, indivíduos e comunidades vão desenvolver os seus próprios métodos de abordar o risco adicional," disse Seale. A ONUSIDA surge com uma clara tarefa de líderança trabalhando em parceria com Soul City, Soul Beat, AIDSPortal e SAfAIDS para definirem como a "comunidade de prática" regional vai crescer e desenvolver. A ONUSIDA e Soul City também se comprometeram a trabalhar de perto com o secretariado da SADC para assegurar a sua total dedicação. MDM e México Os governos, fundações, grupos de negócios e da sociedade civil, têm se unido para girir a redução da pobreza, fome e doenças até 2015, anunciando novos compromissos para alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milénio (MDM )num evento a nível mais alto na sede das Nações Unidas a 25 de Setembro de 2008. Os resultados chaves a volta das discussões da MDM6 - ter alcançado até 2015 o começo da inversão do alastramento de HIV e SIDA - incluindo países que se comprometem a dobrar os seus esforços para mobilizar recursos e implementar as políticas públicas garantido a aceleração do alcance das MDM, em particular as relacionadas com mortalidade infantil, HIV, malária e outras doenças infecciosas, e eradicando a pobreza absoluta e fome. Um sumário do Secretário-geral que se segue, baseado nas discussões das mesas redondas, estara disponível em breve. Por favor continue a verificar wwww.unaidsrstesa.org para mais actualização. A reunião sobre as MDM em Nova Iorque foi a seguir a Conferência Internacional de SIDA (IAC) que teve lugar este anos em México. Craig McClure, director executivo dos organizadores da conferência da Sociedade Internacional de SIDA aclamou a primeira reunião IAC a ter lugar na América Latina um sucesso, e com forte líderança política. Dos 24,000 participantes somente 12% vieram da África com 40% da América Latina e Caraíbas, 10% da Europa, cerca de 16% da Ásia, e 24% da América do Norte. Numa entrevista com a Fundação da Família Kaiser, McClure disse que os três resultados importantes que foram alcançados em México são: • Mais ciência e evidência nas interacções entre tratamento e prevenção • Um fim ao debate sobre "sistemas de saúde versos resposta a HIV" • Um reconhecimento que fora da África sub-sariana o HIV esta concentrado em três comunidades de risco; homens homosexuais; trabalhadoras de sexo; e usuários de drogas injectáveis McClure sublinhou o crescente uso do tratamento como um instrumento de prevenção: "Quando se consegue reduzir a carga viral num indivíduo, você vitrualmente elimina o potencial para transmissão. Se nós podermos baixar a carga viral da comunidade entre as populações, veremos um impacto dramático sobre a transmissão de HIV, uma redução na transmissão de HIV." Ele também apelou a África a não ignorar as comunidades de risco dos homens que têm relações sexuais com homens (MSM), usuários de drogas injectáveis e trabalhadoras de sexo, reconhecendo que mesmo com um aumento de prevalência na população em geral, a prevelência é ainda maior nessas comunidades, garantindo estratégias e abordagens específicas. Um apelo para acção: Abordando a vulnerabilidade de mulheres jovens e raparigas em relação a HIV na África Austral Uma mobilização social massiva e activism para abordar porque as jovens na faiza etària dos 15-24 anos de idade na Africa Austral têm quatro vezes mais probabilidades de se tornarem seropositivas em relação a sua contraparte masculina na mesma idade é necessária com urgência, de acordo com os participantes de uma reunião da ONUSIDA convocada em Junho. Entre 2005 e 2007, a prevalência de HIV entre jovens rapazes entre 15 e 24 anos de idade em Malawi era de 2%, na África do Sul e Suazilândia era de 4% e em Zimbabué 6%. Mesmo assim nas jovens da mesma idade a prevelência de HIV foi relatada como sendo de 9%, 17%, 22% e 11% respectivamente. A ONUSIDA e a Unidade de Pesquisa de HIV e Saúde Reprodutiva da Universidade de Witwatersrand na África do Sul juntaram cientistas sociais, pesquisadores, representantes de conselhos nacionais de SIDA, departamentos de goverrno e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para reavaliar o porquê as mulheres jovens e raparigas vivendo nos países hiper-endémicos a HIV da África Austral são tão vulneráveis a infecção de HIV. A reunião discutiu seis áreas críticas: 1. Idade- disparidade e sexo intergeracional 2. Vulnerabilidade biológica 3. Empoderamento económico 4. Educação 5. Género- Violência Básica 6. Conhecimento, Percepção de risco e comportamento Mark Stirling, Director da Equipa Regional de Apoio da ONUSIDA para África Oriental e Austral, disse: "Com a subida de prevalência de HIV em muitos países da África Austral entre as jovens esta claro que os esforços de prevenção de HIV ainda não são adequados na abordagem de principaís causas ou impulsionadores de novas infecções. "Precisamos de um movimento agressivo para transformação social que aborde tanto os desafios de prevenção a curto e longo prazo. Devemos acelerar os esforços para abordar a violação dos direitos humanos, normas sociais prejudiciais e a fraca capacidade comunitária e de líderança através de uma combinação expandida de abordagem de prevenção." O encontro concluiu que "combinação" de esforços é necessário para retardar debute sexual, aumentar o conhecimento sobre o sero estado de HIV, reduzir o número de parceiros sexuais - em particular parceiros simultâneos, reduzir a prevalência de disparidade de idades nas relações sexuais e aumentar o uso do preservativo e adesão a circuncisão masculina. Para alcançar o aumento necessário, o encontro identificou as seguintes acções essenciais a nível comunitário e nacional: 1. Mobilizar as comunidades para prevenção de HIV, com um forte envolvimento dos homens, para traçar estratégias relevantes e mensagens acerca das causas, consequências e soluções para a vulnerabilidade das mulheres jovens e raparigas. 2. Expandir o acesso para serviços essenciais de prevenção e saúde sexual e reprodutiva, bem integrados e de qualidade, enquanto se mobilize a procura e uso dos mesmos 3. Desenvolver e assegurar recursos técnicos e financeiros adequados para implementação das estratégias nacionais que abordem os impulsionadores estruturais da vulnerabilidade 4. Fortalecer as capacidades dos países para fiscalização epidemiológica e comportamental, pesquisa de prioridades e cobertura de monitoria e impacto de respostas de prevenção - sendo que todas podem gerar informação estratégica para melhorar tomada de decisão para planificação estratégica Os documentos da reunião estão disponíveis em www.unaidsrstesa.org 'Combinação' são necessários esforços para retardar o debute sexual, aumentar o conhecimento do estado de HIV, reduzir o número de parceiros sexuais-em particular parceiros simultâneos, reduzir a prevalência da disparidade de idade nas relações sexuais e aumentar o uso do preservativo e aumentar a adesão a circuncisão masculina. V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 19 O tratamento conjunto de TB e HIV reduz a Mortalidade Por Rose Hoban Em muitos lugares do mundo, os pacientes com HIV vão as clínicas não porque estejam doentes com HIV, mas porque estão a sofrer de tuberculose. Uma nova pesquisa revela a melhor forma para tratar esses pacientes. A tuberculose (TB) é uma epidemia em muitos países pobres que têm altas taxas de HIV. Mas o Dr. Salim Abdul Karim, da Universidade de KwaZulu-Natal na África do Sul, diz que não houve um acordo geral de como tratar ambas doenças quando um paciente tiver as duas ao mesmo tempo. "Se você perguntasse a 10 profissionais médicos como poderia tratar o paciente, você teria 10 respostas diferentes," diz Karim. Os medicamentos anti-retrovirais usados para tratar HIV foram criadas e testadas nos países ocidentais onde existem poucas pessoas com tuberculose. Como resultado, os pesquisadores nunca estudaram os melhores métodos para tratar HIV e TB juntos e as possíveis interacções entre diferentes medicamentos. acelera assim que recebe alguma ajuda da medicação. Este tipo de reacção imunitária pode ser muito séria que os pacientes precisem ser hospitalizados. O terceiro problema é que os pacientes com tartamento simultâneo de TB e HIV tomam muitos comprimidos - até 30 por dia - cada um deles com o seu efeito colateral. "Estamos muito preocupados, que quando os pacientes começam com os anti-retrovirais, possam parar de tomar os seus medicamentos de TB por causa dos efeitos colaterais que possam ter dos meticamentos anti-retrovirais," diz Karim. "É o processo em que tem que se tomar sete medicamentos... digo um punhado de medicamentos." Os pacientes que atrasam a começar o tratamento têm mais Probabilidade de Morrer Karim e seus colegas da Universidade de Columbia nos Estados Unidos começaram um estudo para determinar a melhor maneira de tratar esses pacientes. Recrutaram mais de 600 pessoas para experimentarem diferentes formas de tomar os medicamentos. Alguns completaram seis semanas de tratamento de TB, e então começaram com a medicação de HIV; Outros tomáramos medicamentos de TB por dois meses e depois começaram com os medicamentos de HIV enquanto completavam o tratamento de TB. Um terceiro grupo começou os dois Tratamentos tipos de medicação ao mesmo tempo. O ensaio continua. para Interacção Em Agosto Karim e os seus colegas fizeram a revisão de HIV e TB da informação preliminar. Descobriram que os pacientes Mas em lugares que esperaram para completar o tratamento de TB antes como África Austral, de começarem TARV tinham 50% mais probabilidades de os pacientes morrer em relação a pacientes que faziam o tratamento frequentemente têm simultâneo. Imediatamente eles alteraram o estudo para as duas doenças que todos pacientes tivessem o tratamento e TB. Um farmacêutico mostra medicamentos antisimultaneamente.Os retrovirais no centro de Mildmay em Seguku, "Devemos encorajar todos pacientes que têm tanto TB médicos esforçam-se aproximadamente 15 quilómetros a sul de Kampala, como HIV a receberem as duas terapias, mesmos para tratar ambas Uganda medicamentos, ao mesmo tempo," diz Karim. doenças nos "Terapia de TB... eles têm que começar porque não vão pacientes e tem que morrer de HIV. Eles vão morrer de TB," adverte. "Não espere que gerir os problemas associados com o tratamento simultâneo terminem o seu tratamento de TB comece com a medicação de TB e HIV. Para começar Karim diz que os medicamentos para anti-retroviral." TB e HIV interagem entre eles. Os resultados do estudo foram anunciados num comunicado "Os medicamentos de TB induzem algumas enzimas chaves de imprensa, e não na publicação usual de um jornal médico. no fígado, que resultam nos medicamentos anti-retrovirais a Karim diz que o tempo que levaria para publicar esses resultados, serem metabolizados com maior rapidez," diz Karim. Ele explica 10,000 pessoas só na África do Sul poderia morrer por serem que este tratamento faze com que os anti-retrovirais sejam tratadas com medicamentos de TB antes de começarem com menos efectivos. anti-retrovirais. Eles estão a encorajar os médicos que assistem Em particular, o medicamento de TB chamado rifampicin esses pacientes a prescreverem os anti-retrovirais antes dos causa esta reacção do fígado. pacientes completarem o ciclo de seis meses de medicação de "Rifampicin é um medicamento chave no tratamento de TB, TB. sendo que não pode ser excluído no tratamento," Diz Karim. Outro problema, é que alguns pacientes ficam doentes Cortesia da VOA: http://voanews.com/english/Science/2008-10quando começam a tomar medicamentos de TB. Karim explica 31-voa49.cfm que tal acontece porque o sistema imunitário do organismo 20 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 DESTAQUES DA PESQUISA Sumários de artigos de pesquisa relevantes para programadores e outros leitores. > > > > > Prevenção de transmissão de mãe para filho de HIV-1 através da amamentação, com tratamento profilático para as crianças com lamivudine em Dar es Salaam, Tanzania: o estudo Mitra. Herpes simples maternal vírus tipo 2 a co-infecção aumenta o risco de transmissão de HIV perinatal: possibilidade de reduzir o risco de transmissão? Ultrapassar o estigma relacionado com HIV em cinco países Áfricanos. Trabalhadores de apoio de aderência: um meio de abordar constrangimentos de recursos humanos em programas de tratamento anti-retroviral na área de saúde pública na Zâmbia. Aumentar a disponibilidade da terepia anti-retroviral na África do Sul: o impacto da rapidez na sobrevivência. J Acquir Immune Defic Syndr. 2008 Jul 1;48(3):315-23; Comment in: J Acquir Immune Defic Syndr. 2008 Jul 1;48(3):237-40. Prevenção de transmissão de mãe para filho de HIV-1 através de amamentação com tratamento profilático e lamivudine em Dar es Salaam, Tanzânia: Estudo Mitra. Kilewo C, Karlsson K, Massawe A, Lyamuya E, Swai A, Mhalu F, Biberfeld G; Equipa de estudo Mitra.Colaboradores (18) Hamud N, Kalokola F, Msemo G, Temu F, Giarttas M, Methodi J, Mkumbukwa A, Rugaiya E, Semanini S, Mwamwembe R, Makundi N, Temu A, Mbena E, Olausson-Hansson E, Kalovya D, Msangi V, Ostborn A, Lema C. Muhimbili Universidade de Saúde e ciências aliadas, Dar es Salaam, Tanzânia. OBJECTIVO: Investigar a possibilidade de reduzir a transmissão de mãe para filho (MTCT) de HIV-1 através da amamentação por tratamento profilático anti-retroviral (TARV) da criança durante o período da amamentação. ESBOÇO: Registo aberto, não aleatòrio, perespectiva de grupo de estudo em Tanzânia (Mitra). MÉTODOS: HIV-1- mulheres grávidas infectadas foram tratadas de acordo com regime A de ensaio Petra com zidovudine (ZDV) e lamivudine (3TC) a partir da semana 36 até a primeira semana pós-parto. As crianças foram tratadas com ZDV e 3TC desde a nascença a 1a.semana de idade (Petra arm A) e também com 3TC somente durante a amamentação (máximo de 6 meses). O Aconselhamento enfatizou amamentação exclusiva. A transmissão de HIV foi analizada com o uso da técnica de sobrevivência de Kaplan-Meier. A regressão de Cox foi usada para comparação com a população na amamentação no método A do ensaio Petra, tomando em consideração a contagem da sceluls CD4 e outros possíveis aspectos de confusão/ qperturbadores. RESULTADOS: Havia 398 crianças envolvidas na análise de transmissão no estudo Mitra. A proporção cumulativa estimada de crianças infectadas com HIV-1 era de 3.8% (num intervalo de confidência de 95% [CI]: 2.0 to 5.6) na sexta semana depois do parto e 4.9% (95% CI: 2.7 a 7.1) no sexto mês. O tempo médio da amamentação foi de 18 semanas. Uma elevada carga viral e baixa contagem de células CD4 associadas no registo estavam associadas a transmissão. A estimativa de risco de infecção por HIV-1 por Kaplan-Meier em crianças de 6 meses que eram seronegativas aos 6 meses era de 1.2% (95% CI: 0.0 a 2.4). A infecção cumulativa de HIV-1 ou taxa de mortalidade aos 6 meses era de 8.5% (95% CI: 5.7 a 11.4). Não ocorreu nenhum evento sério relacionado com o tratamento de ARV nas crianças. A taxa de transmissão de HIV-1 durante a amamentação no estudo Mitra até aos 6 meses depois do parto era de mais de 50% mais baixo do que na população de amamentação de método Petra A (Prejuizo relativo= 2.61; p=0.001; valores ajustados). A diferença de transmissão até aos 6 meses foi significante também na população de mães com contagem de CD4» ou =200 células/microl. CONCLUSÕES: As taxas de MTCT de HIV-1 no estudo Mitra aos 6 meses e 6 meses depois do parto estão entre os mais baixos relatados na poulação de amamentação da África subsariana. Tratamento profilático 3TC em crianças para prevenir MTCT durante a amamentação foi bem tolerada pelas crianças e pode ser uma estratégia útil para prevenir a transmissão de HIV através do leite materno quando as mães não precisam de tratamento ARV para a sua propria saúde. SIDA. 2008 Junho 19; 22(10): 1169-76 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 21 Herpes simples maternal vírus tipo2 a coinfecção aumenta o risco de transmissão de HIV perinatal: possibilidade de aumentar a transmissão? Ultrapassando o estigma relacionado com HIV em cinco países da África. Bollen LJ, Whitehead SJ, Mock PA, Leelawiwat W, Asavapiriyanont S, Chalermchockchareonkit A, Vanprapar N, Chotpitayasunondh T, McNicholl JM, Tappero JW, Shaffer N, Chuachoowong R. Thailand Ministry of Public Health, Centro sdos EUA para Controle de Doenças e Colaboração de Prevenção, Nonthaburi, Thailand. [email protected] As pessoas que vivem com HIV (PVHS) e suas famílias são sujeitas a descriminação, preconceito e hostilidade, relacionada scom estigmatização da SIDA. O presente relatório examina como as PVHS enfrentam o estigma relacionado com HIV nos cinco países da África Austral, respectivamente Lesoto, Malawi, África do Sul, Suazilândia e Tanzânia. Uma pesquisa descritiva qualitativa foi usada para explorar a experiência de estigma relacionada com HIV em PVHS e enfermeios em 2004. Uns totais de 43 grupos focais foram realizados com 251 participantes (114 enfermeiros, 111 PVHS, e 26 voluntários). Na descrição de incidentes de estigma, os respondentes informaram sobre estratégias usadas ou observadas para ultrapassar esses incidentes. O relatório dos enfermeiros sobre as estratégias para enfrentar a situação que eles usaram bem como as observadas em pacientes infectados foram codificados. As estratégias usadas por PVHS para lidar com o estigma relacionado com HIV foram codificadas. Umas totais de 17 estratégias diferentes foram identificadas: reestruturação, ver a si mesmo como estando tudo bem, deixar ir, virar-se para Deus, esperança, mudança de comportamento, mantendo-se activo, usando o humor, juntar-se a um grupo de apoio ou social, revelando o seu estado, conversar com outras pessoas que tenham o mesmo problema, procurar aconselhamento, ajudar os outros a enfrentar a doença, educar os outros, aprender com os outros, adquirir mais conhecimento e compreensão acerca do problema, e ter ajuda dos outros. O método de enfrentar aparenta ser auto-didáctico e somente de um modo modesto ajuda a gerir o estigma pré-concebido. OBJECTIVOS: Avaliar a associação entre a seropositividade de herpes maternal simples vírus tipo 2 e a herpes genital simples tipo 2 que muda com a transmissão de HIV perinatal. DESENHO DE ESTUDO: Avaliação das mulheres que participaram num ensaio de transmissão de HIV perinatal na Tailândia de 1996-1997. MÉTODOS: Na população de não-amamentação, as mulheres foram aleatoriamente inroduzidas em zidovudine ou placebo desde a 36 semana de gestação até ao parto; O Plasma maternal e carga viral de HIV cervicovaginal e o estado de HIV da criança foram determinants para o estudo original. As amostras guardadas de plasma maternal e cervicovaginal foram testadas para vírus do herpes simples tipo 2, anti-corpos por enzimasligadas imunossay e para vírus da herpes simples tipo 2 ADN por tempo-real PCR respectivamente. RESULTADOS: Entre as 307 mulheres seropositivas com amostras disponíveis, 228 (74.3%) eram vírus tipo2 de herpes simples seropositivo e 24 (7.8%) vírus de mudança tipo 2 de herpes simples. A seropositividade do vírus tipo 2 de herpes simples estava associado com a transmissão geral de HIV perinatal [racio de diferenças ajustadas, 2.6; 95% intervalo de confiança, 1.0-6.7)], a o vírus tipo 2 de mudança de herpes simples estava associado a transmissão intra-parto (rácio de diferenças ajustadas, 2.9; 95% intervalo de confiança, 1.0-8.5) independente de plasma e carga viral de HIV cervico vaginal, e tratamento zidovudine. Plasma mediana carga viral de HIV foi maior entre vírus tipo 2 de herpes simples de mudança (4.2 vs. 4.1 log(10)copias/ml; P = 0.05), e mais derramadores têm níveis quantificáveis de HIV nas amostras cervicovaginais, comparando com mulheres sem o vírus tipo 2 de herpes simples (62.5 vs. 34.3%; P = 0.005). CONCLUSÃO: Encontramos um risco crescente de transmissão de HIV prenatal entre mulheres seropositivas com vírus tipo2 de herpes simples e um risco crescente de transmissão de HIV intraparto em mulheres com o vírus tipo 2 de herpes simples de mudança. As descobertas sugerem que intervenções para controlar infecções com o vírus tipo 2 do herpes simples poderiam reduzir transmissão de HIV perinatal. J Assoc Nurses AIDS Care. 2008 Mar-Apr;19(2):137-46. 22 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 Makoae LN, Greeff M, Phetlhu RD, Uys LR, Naidoo JR, Kohi TW, Dlamini PS, Chirwa ML, Holzemer WL.Universidade Nacional de Lesoto, África do Sul. PMID: 18328964 [PubMed - indexed for MEDLINE] PLoS ONE. 2008 May 21;3(5):e2204. Trabalhadores de apoio a aderência: uma forma de abordar constrangimentos de recursos humanos em programas de tratamento de anti-retrovirais num local de saúde pública na Zâmbia. Torpey KE, Kabaso ME, Mutale LN, Kamanga MK, Mwango AJ, Simpungwe J, Suzuki C, Mukadi YD. Saúde da Família Internacional/ Zâmbia Parceria de cuidados de prevenção e Tratamento, Lusaka, Zâmbia. [email protected] CONTEXTO: Como forma de abordar a falta de pessoal e melhorar a aderência de aconselhamento para pessoas sob TARV, a Parceria Zâmbiana de Prevenção, Cuidados e Tratamento (ZPCT), desenvolveu uma estratégia inovativa de treinamento de voluntários comunitários para fornecer apoio de aderência nas unidades de saúde e níveis comunitários. O objectivo deste estudo era de avaliar a efectividade destes "trabalhadores de apoio a aderência" no aconselhamento de aderência, retenção de tratamento e abordar a questão de recursos humanos inadequados nas unidades de saúde. METODOLOGIA/PRINCIPAÍS DESCOBERTAS: O estudo usou técnicas de pesquisa qualitativas e quantitativas em cinco locais de administração de TARV selecionados em quatro provincias da Zâmbia. Quinhentos pacientes sob TARV foram entrevistados usando um questionário estruturado para comparar a qualidade de aconselhamento de aderência antes e depois de introdução de ASW nos locais selecionados e entre ASW e HCWs depois da introdução de ASW. Adicionalmente, 3,903 e 4,972 arquivos eletrónicos de todos pacientes novos com acesso a terapia anti-retroviral num período de tempo de 12 meses antes e 12 meses depois da inrtodução de ASW respectivamente, foram analizados para avaliar perdas e dar seguimento a taxas. A discussão de grupo focal com ASW e trabalhadores de cuidados de saúde (HCW) foram conduzidas em cada clínica. Foram realizadas entrevistas chaves informativas em cada clinica. Houve uma mudança de carga de trabalho do sHCW para ASW sem comprometer a qualidade de aconselhamento. A qualidade de aconselhamento de aderência por ASW foi comparável a HCW depois da sua introdução. As descobertas sugerem que o uso de ASWs ajudaram a reduzir tempo de espera no aconselhamento de aderência. Perdas para dar seguimento a clientes decresceram de 15% a 0% depois do uso de ASWs. CONCLUSÃO: As tarefas de aconselhamento de aderência podem ser trocadas de acordo com o esquema com em ASWs sem comprometer a qualidade de aconselhamento. O acompanhamento de clientes por ASW dentro da comunidade é necessária para melhorar a retenção de clientes sob TARV. As divisões das doenças infecciosas, Departamento de Medicina, Hospital Geral de Massachusetts, Boston, MA 02114, USA. [email protected] CONTEXTO: Somente 33% de pacientes infectados com o vírus de imunidificiência adquirida (HIV) elegíveis na África do Sul receberam Terapias anti-Retrovirais (TARV). Devemos estimar o impacto de cenários alternativos de aumento de TARV em resultados de pacientes de 2007-2012. MÉTODOS: O uso de um modelo de simulação de infecção de HIV com informação da África do Sul, projectamos uma mortalidade associada com e sem TARV efectivo para um grupo de adultos que precisa de terapia (2007) e para adultos que se tornam elegíveis para tratamento (2008-2012). Comparamos 5 cenários de aumento: (1) crescimento zero, com um total de 100,000 locais de novos tratamentos; (2) crescimento constante, com 600,000; (3) crescimento moderado, com 2.1 milhões; (4) crescimento rápido, com 2.4 milhões); e (5) capacidade máxima, com 3.2 milhões. RESULTADOS: As nossas projecções mostram que até 2011 o cenário de rápido crescimento e de acordo com a necessidade de TARV na África do Sul <até 2012, o cenário moderado e de acordo com 97% das necessidades, mas o zero e o cenário constante de crescimento que atingem somente 28% e 52% das necessidades, respectivamente. Os últimos cenários resultaram em 364,000 e 831,000 das pessoas vivas e sob TARV até 2012. De 2007 a 2012m as mortes cumulativas na África do Sul numa escala de 2.5 milhões sob o cenário de crescimento zero a 1.2 milhoes sob o cenário de crescimento rápido. CONCLUSÕES: Cenários alternativos de aumento de ART na África Austral vai encaminhar para diferenças na taxa de mortalidade que acumula para mais de 1.2 milhoes de mortes ate 2012. O aumento mais rápido permanece mais importante e crítico. PMID: 18493615 [PubMed - indexed for MEDLINE] J Infect Dis. 2008 May 1;197(9):1324-32. Comment in: J Infect Dis. 2008 May 1;197(9):1223-5. Aumento da Terapia anti-retroviral na África do Sul: O impacto da rapidez na sobrevivência. Walensky RP, Wood R, Weinstein MC, Martinson NA, Losina E, Fofana MO, Goldie SJ, Divi N, Yazdanpanah Y, Wang B, Paltiel AD, Freedberg KA; CEPAC-International Investigators. Collaborators (42) Freedberg KA, Bender MA, Chung S, Divi N, Fofana MO, Hsu HE, Lu Z, Saxena A, Sloan C, Scott CA, Uhler L, Waldman S, Walensky RP, Wang B, Wolf LL, Zhang H, Losina E, Cotich K, Goldie SJ, Kimmel AD, Lipsitch M, Rydzak C, Seage GR 3rd, Weinstein MC, Yazdanpanah Y, Anglaret X, Salamon R, Anglaret X, N'Dri-Yoman T, Touré S, Seyler C, Messou E, Kumarasamy N, Ganesh AK, Wood R, Gray G, McIntyre J, Martinson NA, Mohapi L, Flanigan T, Mayer K, Paltiel AD. V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 23 Uma análise profunda de Projectos de Pequenas doação de BONASO/ACHAP Por "Criança, jovem, Família e Desenvolvimento Social (CYFSD)" & "Conselho de pesquisa de Ciências Humanas (HSRC)" da parte de BONASO e ACHAP. Para uma cópia completa da avaliação, por favor contacte Mr. L Busang em [email protected]. Contexto A Rede de Organizações de Serviços de SIDA em Botswana (BONASO) é o organismo principal para todas organizações de serviços de HIV e SIDA em Botswana. A rede foi registada em 1997 e de momento têm mais de 70 membros desde organizações de base comunitária, instituições não governamentais e empresas, todas envolvidas em diferentes aspectos de actividades de prevenção de HIV e SIDA, cuidados e apoio. Acrescentando a sua missão de facilitar e coordenar o trabalho das suas organizações constituintes-através de partilha de informação, rede de trabalho; assitência técnica; treinamento de capacitação, influência política; e advocacia- e assistir a organizações emergentes no acesso a recursos, a BONASO também representa os seus membros no Conselho nacional de SIDA (NAC-o mais alto orgão de definições de políticas de HIV e SIDA no país-e em vários comités de sectores da Agência Nacioanl de Coordenação de SIDA (NACA). A BONASO este ano completou o se quinto ano de parceria com a Parceria Áfricana Compreensiva de HIV/SIDA (ACHAP). ACHAP é uma parceria de caracter público-privada entre o governo de Botswana, Fundação Bill & Melinda Gates e a Fundação da Merck Company) para apoiar iniciativa de base comunitária em Botswana através de um Pequeno Programa de doação. Lançada em Outubro de 2001, este programa de BONASO/ACHAP (SGP) apoiou os empreendimentos de base que iniciaram e foram implementados a nível comunitário em resposta a epidemia. O objectivo da análise profunda (daqui em diante referida como exercício de análise profunda) foi de identificar as necessidades financerias e técnicas do projecto definido como melhores práticas e BONASO como administradores da doação e parceiro de gestão. Este relatório apresenta os resultados do exercício de análise profunda. Identificação de melhores práticas Existem vários critérios com os quais se pode avaliar os programas pela sua eligibilidade com Melhores práticas com relação e HIV e SIDA. Uma revisão de literatura compreensiva pela NACA (2007) revelou que a lista completa de possíveis critérios é aceitabilidade, acessibilidade, custo efectivo, efectividade, rigor ético, inovação, Relevância, Replicabiliade, aumento de Potencial e Sustentabilidade. A ONUSIDA por outro lado recomenda somente cinco dos dez critérios: Efectividade, rigor ético, Relevância, Replicabilidade e Sustentabilidade (UNAIDS, 2000). O critério recomendado da ONUSIDA - devido ao seu alcance internacional relativo- foi usado para avaliar os vários projectos financiados por SGP pelos propósitos do presente relatório. Grande esboço pela metodologia e critérios de comparação usados por NACA (2007), um sistema de escala de nove pontos 24 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 de categoria e coeficientes de comparação foram desenvolvidos e aplicados. Dentro desse sistema, o valor de coeficiente que podia ser alocado para qualquer critério foi 2.0. Coeficiente de critério CRITÉRIO Efectividade Rigor Ético Sustentabilidade Relevância Replicabilidade TOTAL: Resultado MAX 2.0 2.0 1.5 2.0 1.5 9.0 Os projectos com um resultado total de 7.2 (80%) e acima deste, foram considerados como melhores práticas; Aqueles com um resultado total entre 4.6 e 7.1, foram considerados como "razoáveis"; e os que têm um resultado total de menos de 4.5 (50%) foram considerados como "pobres" ou não atingem os critérios para Melhores Práticas. Descobertas Contexto das características dos projectos A tabela 1 mostra as características básicas de todos projetos financiados pelo projecto da BONASO de pequenas doações (SGP). (Ver tabela 1) Localização A loalização foi dividida em três categorias principais; (1) cidades urbanas; (2) vilas urbanas; e (3) vilas rurais. De acordo com o escritório Central de Estatística, uma cidade e uma vila urbana são definidas como povoados na terra do estado e terra tribal respectivamente, que tenham populações de pelo menos 5,000 pessoas, e com pelo menos 75% da sua força de trabalho engajada em actividades não agrícolas. As vilas rurais, por outro lado, são tipificadas pela presença de uma autoridade tribal, (um chefe, representante do chefe ou líder comunitário) e a disponibilidade de certas facilidades como escolas, clínicas ou centros de saúde, escritórios de administração tribal, entre outros. Contra este cenário a maioria dos projectos operava das povoações urbanas enquanto somente 26%, estava baseada em povoados rurais. Áreas temáticas Em termos de áreas temáticas, a maioria dos projectos (45.9%) foi concedido pequenas doações em projectos relacionados com treinamento de capacitação e fortalecimento institucional. Com somente dois projectos financiados para actividades de pesquisa, esta área temática contou com a proporção mais pequena de projectos (1.2%). Tabela 1 Distribuição dos projectos financiados através de BONASO SGP por características selecionadas de contexto Frequência Percentagem Características Localização 52 32.3 Cidades urbanas 67 41.6 Vilas urbanas 42 26.1 Vilas rurais Distrito Geográfico 32 19.9 Gaborone 2 1.2 Francistown 9 5.6 Lobatse 7 4.3 Selebi-Phikwe 2 1.2 Jwaneng 11 6.8 Southern 4 2.5 Barolong 10 6.2 Southeast 16 9.9 Kweneng East 2 1.2 Kweneg West 7 4.3 Kgatleng 16 9.9 Central Serowe 17 4.3 Central Mahalapye 4 2.5 Central Bobonong 11 6.8 Northeast 6 3.7 Ngamiland South 1 0.6 Ngamiland North 1 0.6 Chobe 7 4.3 Ghanzi 6 3.7 Kgalagadi South Total de ajuda recebida 18 11.2 Menos de P10,000 20 12.4 P10,000-P19,999 24 14.9 P20000-P29,999 33 20.5 P30,000-P39,999 41 25.5 P40,000-P49,999 25 15.5 P50,000 Área temática Treinamento de capacitação & Fortalecimento Institucional 77 47.8 Mobilização comunitária, educação & 61 37.9 prevenção 2 1.2 Pesquisa 6 3.7 Mitigação do impacto Sócio-económico 15 9.3 Apoio, cuidados e tratamento Total 161 100 Fonte: Computarizado da base de dados do programa de pequenas doações da BONASO Mobilização comunitária, educação e prevenção; mitigação do impacto sócio-económico; e apoio, cuidados e tratamento contaram com 39.1%, 3.7% e 9.9% respectivamente. Consistente com os resultados apresentados acima na tabela 1 a, a figura 1 abaixo mostra que as maiorias dos projectos em todas as áreas temáticas foram baseadas nas áreas urbanas, e que os dois projectos de pesquisa foram todos realizados nas áreas urbanas. Figura 1: Distribuição de projectos financiados por SGP por área temática e localização Aproximadamente 78% dos projectos teve uma necessidade de avaliação antes do seu estabelecimento. Em relação a este assunto, sem surpresa, cerca de 95% dos projectos conseguiu alcançar as necessidades dos seus beneficiários alvo. Quando se perguntou se o projecto podia alcançar os seus objectivos, cerca de 90% dos oficiais entrevistados responderam positivamente. Os factores chaves atribuídos a esta realização foram o apoio por parte da comunidade em forma de doações e concessões; rede de trabalho com outras organizações; auto confiança dos projectos; trabalho de equipa; compromisso e dedicação dos trabalhadores; flexibilidade na tomada de decisão em relação aos membros e gestão do projecto; envolvimento de todos intervenientes; presença de voluntários; e políticas de gestão sólidas. Por outro lado, os factores notabilizados como impedimento ao progresso dos projectos incluiram: transferência de membros que trabalhavam como voluntários; falta de fundos e incentivos; estigma associado a HIV/SIDA:fraco relacionamento com as autoridades distritais; instalações inadequadas nos locais de projecto e fraca comunicação interna entre projectos. Pessoal Aproximadamente 52% dos projectos foram líderados por mulheres enquanto os remanescentes 48% tinham com líderes de projectos, homens. A maioria dos líderes de projectos (cerca de 31.4%) estava na categoria dos 26-35 anos de idade e 46-55 anos de idade, com cada uma das categorias abrangendo cerca de 25.7% dos líderes de projecto. A percentagem mais baixa de líderes de projecto (cerca de 17.1%) estava na faixa etária do grupo acima de 56 anos. Em termos de nível educacional dos líderes de projecto, os resultados revelaram que a maioria dos projectos (57.2%) eram dirigidos por líderes com educação terceária, seguido dos líderes com educação secundária (31%). Os resultados tamém revelaram que poucos projectos foram dirigidos por líderes com educação secundária e primária incompleta, sendo que somente 5.2% dos projectos relataram ter líderes com educação primária ou secundária júnior com qualificações mais altas. A tabela 2 abaixo da um sumário das características dos líderes de projectos em termos de género, idade e qualificações de educação. Tabela 2: Características contextuais dos líderes de projecto Características Percentagem Cidades Urbanas Vilas Urbanas Vilas Rurais Treinamento de Capacitação & Fortalecimento Institucional Mobilização comunitária, educação & prevenção Pesquisa Mitigação de impacto Apoio, cuidados e sócio-económico tratamento Área temática Fonte: Computarizado da base de dados do programa de pequenas doações da BONASO Estabelicimento de projectos A maioria dos projectos era para populares ou respostas de iniciativa comunitária opostas a ONGs formais ou respostas externas. Os projectos iniciados por uma a cinco pessoas totalizaram 45% dos projectos financiados enquanto os outros 45% foram iniciados por seis ou mais pessoas. O número de pessoas que começou os restantes 10% não conseguiu estabilizar. Género Feminino Masculino Total Idade 26-35 36-45 46-55 56 para cima Total Nível Educacional level Primária Júnior Secundária Sénior Secundária Terceária Total Frequência Percentagem 17 16 33 51.5 48.5 100 11 9 9 6 35 31.4 25.7 25.7 17.1 100 2 2 11 20 35 5.7 5.7 31.4 57.2 100 Fonte: Derivado do Relatório de Documentação de 2006 Nota: O total vária e não chega a 40 por causa dos casos em falta V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 25 Espírito de voluntarismo O exercício revelou que voluntários eram parte integral dos projectos. Dos 40 projectos de amostras, 33 ou 82.5% tinham alguns voluntários que providenciavam um conjunto de serviços incluindo aconselhamento e tarefas administrativas. Seria interessante saber se o espírito voluntário diferia por área temática, o que não foi possível por causa o tamanho da amostra para o exercício de análise profunda era muito pequena para dar um resultado significativo. relatado que os oficiais da BONASO visitaram 31(77.5%) dos projectos pelo menos uma vez. Aproximadamente 80% dos projectos relataram ter o seu próprio plano de monitoria e avaliação que inclui entre outros, uso de listas de verificação, num número extensivo de actividades cobertas, planos e relatórios de implementação, pesquisa e recolha de informação, relatórios financeiros, indicadores de resultados ou projectos de pesquisa, e relatório para as reuniões do pessoal do projecto, comité executivo, ou workshops. Financiamento e gestão financeira Cerca de 78% dos projectos já existiam antes do financiamento SGP, e tinham apoio financeiro através de diferentes fontes de financiamento incluindo doações, contribuição dos membros, e actividades de angariação de fundos. A maioria das doações vieram de organizações como a Bristol Meyers Squibb, W. K. Kellogg Foundation, ACHAP, Ministério da Educação, Woolworth's, Winners Chapel, Jwaneng mine, PACT, comunidade empresarial, e HIVOS, embaixadas dos EUA, Britânica e Alémã, Corporação de Desenvolvimento do Botswana, e da comunidade em geral, Conselhos Distritais, MInistério da juventude e cultura, Ministério da Acção Social, Pesquisa Tecnológica e Alimentar Nacional, UNICEF, Skills Share International, Jwaneng mine e Fundo Global. Essas parcerias desempenharam um papel relevante na assistência dos projectos para alcançarem os seus objectivos. Por outro lado os esforços para gerar o seu próprio rendimento, incluiram a realização de jantares dançantes; provisão de serviços para uma taxa; fabrico de peças de artesanato e têxteis; plantio e venda de vegetais; criação de áves domésticas; serviços de fornecimento de comida e aluguer de equipamento do projecto. Para além de doações financeiras, os parceiros apoiaram os projectos por outros meios, como mobilização de recursos, redes de treinamento e treinamento de capacitação. Além disso, os beneficiários de projecto e participantes também contribuiram ocasionalmente para os projectos através de contribuições e uso de seus próprios recursos como transporte. Na essência, portanto, o financiamento SGP assistiu projectos que já existiam e tinham experiência na geração do seu próprio rendimento e na implementação de actividades. Cerca de 78% dos projectos relataram que tinham uma estratégia e plano para sustentabilidade, embora em muitos casos não foi implementado. O impacto de pequenas doações no alcance de objectivos A maioria dos líderes de projecto (31 ou 78%) relatou que as suas expectativas em relação a SGP foram alcançadas. O que aconteceu principalmente pelo acto da doação ter sido recebida permitindo que as actividades de projecto fossem implementadas conforme o planeado. Aproximadamente 90% dos projectos usou o dinheiro correctamente e somente 8% não o fez. Os últimos tiveram como causas o facto dos artigos planeados a para aquisição terem ficado muito caros ou outras necessidades tornaram-se prioridades. Também foi notável que o SGP deu valor acrescentado aos adjudicatários do projecto sendo que alcançaram crescimento na membrasia, superaram o alcance de programas e melhoraram a programação. Monitoria e Avaliação de projecto A principal tarefa da BONASO era de providenciar aos adjudicatários de SGP, actividades e apoio, incluindo orientação de workshops de treinamento, visitas de monitoria e avaliação, assistir no desenvolvimento de propostas de projectos e providenciar oportunidades de redes de colaboração. Para o objectivo de monitoria e avaliação, espera-se que os adjudicatários submetam relatórios regulares de progresso a BONASO. Os relatórios do projecto facilitaram o desembolso da segunda tranche da doação e mediram se os objectivos do projecto foram alcançados. No geral os relatórios foram escritos e submetidos aos comités distritais Multi-sectoriais de SIDA (DMSAC) (10 projectos), BONASO (18 Projectos) e outras organizações e indivíduos como conselhos distritais, oficiais de projecto, consultores técnicos, ou foi feito em reuniões de projecto (10 projectos). Apesar da sua submissão regular de relatórios, pela maioria dos projectos, somente 45% relataram nunca ter recebido uma informação de retorno em relação aos seus projetos. Porém foi 26 V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 Desafios encarados na implementação do projecto Apesar do sucesso acima mencionado, os adjudicatários de SGP encararam vários desafios na implementação dos seus projectos. Os desafios chaves são: • Rendimento insuficiente para cobrir vários custos do projecto incluindo, instalação de escritório, transporte e equipamento • Alguns membros de projectos, especialmente os voluntários, mostraram pouca motivação por causa de pouca remuneração • Fraca gestão financeira, especialmente na recuperação de dívidas, a serem pagas ao projecto, dificuldades na geração de relatórios de projecto e orçamentação efectiva • Atrasos e má colocação de propostas de projecto comunitário a nível de DMSAC • As DMSACs foram no geral lentas a processor propostas o que levou a atraso na revisão e implementação de projectos • As pessoas responsáveis pelo programa estavam super ocupadas com tarefas de avaliação de projecto e não foram capazes de providenciar tempo necessário para monitoria e avaliação. Lições aprendidas 1. A natureza multi-sectorial do comité que escreve a proposta facilitou a mobilização e participação das organizações de base comunitária (CBOs) na utilização de doações e valor acrescentado para os projectos por causa da diversidade da perícia técnica e contextos. 2. De acordo com ACHAP, o maior sucess do SGP foi que os relacionamentos dos parceiros foram fortalecidos a todos níveis e foi providenciado treinamento para os adjudicatários. 3. A simplicidade das diretrizes da SGP fizeram os fundos acessíveis, e do projecto um sucesso. Novas Públicações no Centro de Documentação da SAfAIDS Melhorar o acesso a medicamentos de HIV/AIDS em África: Aspectos comerciais relacionados de flexibilidade de direitos de propriedade intelectuais. Osewe, Patrick L; Nkrumah, Yvonne K; Sackey, Emmanuel K. World Bank & ARIPO. Washington,DC: Banco Mundial, 2008. O estudo faz uma análise em relação a que países na África subsariana foram capazes de fazer uso de flexibilidades no Acordo sobre aspectos comerciais relacionados de Direitos de Propriedade Intelectual (TRIPS) para melhorar acesso razoável a medicamentos para HIV.Também examina a opção de fabrico local do medicamento anti-retroviral, com base na experiência de quatro países, e avalia desafios para sustentabilidade dessa opção no contexto da África sub-sariana. Um Amor: Parcerias sexuais Múltiplas e simultâneas na África Austral. UM relatório de pesquisa de dez países. Jana, Michael; Nkambule, Mzwethu; Tumbo, Dorothy. Instituto Soul City para comunicação de saúde e de desenvolvimento. Parkview: Adelie Publishing. 2008 O relatório mostra o desenvolvimento de uma campanha e materiais de campanha com objectivo de reduzir parcerias sexuais múltiplas e simultâneas (MCP) em dez países da África Austral, nomeadamente: Botswana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué. O objectivo primário da pesquisa era de ter uma visão sobre a compreensão da audiência, atitudes e práticas em volta de relacionamentos sexuais no contexto de prevenção de HIV. ONDJAMBI/NANASO 2008/2009 Direcção das Organizações dos serviços da Sociedade civíl para SIDA. Windhoek: NANASO 2008, Namíbia Direcção das Organizações dos serviços da Sociedade civíl para Sida. Inclui ONGs, CBOs e FBOs. O Compromisso do Banco Mundial para HIV/SIDA em África. Nossa agenda para acção, 2007-2011 Banco Mundial, 2008. Washington, DC: Banco Mundial. O livro actualiza e redirecciona a resposta do Banco para assistir países a alcançar a sexta Meta de Desenvolvimento do Milénio, ajudar a reduzir e reverter o alastramento de HIV e SIDA. A agenda para acção é um mapa de Estrada para reafirmar o compromisso do Banco no combate a SIDA na África, movendo da resposta inicial de emergência para como vai contribuir a longo prazo para uma resposta sustentável de parceria múltipla. Coragem & Esperança: Professores Áfricanos que vivem positivamente com HIV (DVD) A parceria para desenvolvimento da criança (PDC), Arlington: Baney Media 2008 No filme, ouvimos as vozes de quatro professores Africanos que vivem com HIV. Ouvimos com oeles souberam do seu estado e com oesta situação afectou as suas vidas com as suas famílias, sua sescolas e comunidades. Cada professor conta uma história única de coragem extraordinària e esperança. O filme baseia-se no livro "Coragem e Esperança": Histórias de professores vivendo com HIV na "Africa sub-sariana" que foi lançado com o filme. O livro conta sobre as primeiras -histórias pessoais de 12 professores Áfricanos seropositivos que têm vidas saudáveis e activas. Educação e HIV/AIDS: Uma Janela de Esperança (DVD) Banco Mundial, Arlington: Baney Media 2008 Janela de Esperança, é um documentário vencedor acerca de HIV em África. África esta no centro da epidemia de HIV, porém, em África, bem como em outras partes do mundo, muitas crianças em idade escolar não estão afectadas. Apesar do SIDA não ter cura, ela é prevenível, por isso se os professores ajudarem as crianças a evitarem a contaminação então essas crianças oferecem uma "Janela de Esperança" para o futuro - uma vida livre de HIV. Os três Cíclos de Conhecimento. Westermann, Elie Josef. Desenvolvimento de Serviços da Igreja Evangelischer Entwicklungsdienst (EED). Chimanimani: Associação Comunitária de uso ecológico da terra de Chikukwa (CELUCT), 2008 O livro dá uma visão para compreensão prática de conflitos populares a nível de base. Explora como pode-se resolver conflitos de forma criativa, e responsável, que encorajam crescimento positivo e proporcionam melhor comuniação na comunidade. Relatório sobre a Epidemia global de SIDA - 2008: Relatório Global. ONUSIDA 2008. Genebra: ONUSIDA O relatório mostra as tendências actuais na epidemia de HIV. Inclui informação sobre taxas de prevalência de HIV, mortes registadas por mulheres grávidas, crianças e adultos. O relatório também inclui a percentage de países que relatam sobre a protecção legal contra discriminação e mecanismos rewlevantes e outras estatísticas sobre HIV e SIDA. Progresso na Resposta nacional para orfãos e outras crianças vulneráveis na África sub-sariana: A política de COV e Índices de esforços de planificação (OPPEI) circular de 2007: Sumàrio de reltório. Agosto 2008. UNICEF, Secção de Política Social e Protecção Social, Nairobi. Nairobi: UNICEF Neste relatório a política de COV e Indices de esforços de Planificação avalia o progresso dos países na implementação de oito componentes que são necessários para criar um ambiente que habilita para um aumento apropriado da resposta a nível nacional. Os oito componentes da resposta são a análise nacional da situação de COV; processos consultivos; mecanismos de coordenação; Planos de acção nacionais; Política; Revisão legislativa; monitoria e avaliação, e recursos. Sexo, Sexualidade, e Prevenção de HIV para Mulheres, Homens e casais: Abordando os desafios de prevenção de HIV na África Austral. [Guia do Instrutor] SAfAIDS; Seke Cuidados de Saúde Básicos domiciliarios; Oxfam Canada. 2008. É um treinamento básico produzido para assistir os intrutores na implementação de programas de saúde sexual, DTS, saúde reprodutiva e uso de preservativos. O guião pode ser usado para regular o HIV e SIDA em práticas culturais para reduzir a vulnerabilidade das mulheres e raparigas a infecção de HIV. Aprender sem medo: Camapanha Global para acabar com A Violência nas Escolas. Plano 2008. Trabalho: Plano É uma campanha elaborada pelo Plano Internacional que aborda assuntos sobre violência nas escolas, incluindo castigo corporal, abuso sexual, negligência abuso verbal e emocional, opressão, violência entre colegas, gangs de jovens, armas ou assédio no caminho para e da escola. Nossos Sonhos Desfeitos: Migração de Crianças na África Austral. Save the Children 2008. Maputo: Save the Children Moçambique O livro tem como objectivo completar alguma pesquisa existente sobre migração de crianças na África Austral acrescentando a visão e opinião das crianças que fizeram essas viagens perigosas. V O LU M E 1 4 - N Ú M E R O 3 > 2 0 0 8 27 Revisão do Livro As políticas de Prevenção Uma crise Global em SIDA e Educação Por Tania Boler e David Archer ISBN-987-07453-2732-7 Públicado na África do Sul 2008 por Jacana Media (Pty) Ltd. Revisão por Benhilda Chanetsa Com 33 milhões de pessoas no mundo interio infectadas com HIV e 6,800 novas infecções diárias, Boler e Archer investigam como o alastramento do SIDA em comunidades pobres e marginalizadas onde se tenham alastrado a maneira mais ràpida possa ser combatida efectivamente através da expansão da educação. Elaborando estudos sociológicos a volta do mundo, os sutores expõem a natureza dos dois casos-educação e HIV.Mostram como apesar do aumento nos fundos para travar a epidemia, " as referidas políticas de prevenção" como a dos EUA do programa de "somente abstinência" que foi exportado para África, criou uma "epidemia de prejuízos", uma ideologia contra a ciência e criação de um sistema de ajuda que é ineficiente e fora da realidade no campo negando a milhões uma educação que podia salvar vidas. Mas incluem exemplos de iniciativas que usaram a educação com sucesso para a Prevenção de HIV. Através de um estudo sociológico de Uganda, o autor explora os efeitos devastadores do estigma associado com HIV e SIDA, um estigma que liga o HIV a sexo e comportamento imoral e imprudente que os usuários de drogas injectaveis, trabalhadoras de sexo ou homens que têm relações sexuais com homens (MSM)-grupos onde aparentemente a doença começou a aparecer a tornar-se evidente. O estigma alimenta a ignorância e rejeição, piorando com as ideologias tradicionais e religiosas que têm como resultado as pessoas serem relutantes em relação a testagem voluntária, com medo de descobrirem que são seropositivas. E ainda elas não podem beneficiar de serviços pós-testes como educação, tratamento e cuidados. Mas os autores também ilustram que a educação e serviços não param efectivamente o estigma. Na Tailândia, de acordo com estimativas da UNICEF, mais de 95% de crianças seropositivas que precisam de tratamento acessam ao tratamento, mas como diz o autor não é anormal que essas crianças optem por ficar em casa do que encarar a descriminação nas escolas. O autor declara que as escolas deviam providenciar um ambiente seguro e criativo para as crianças, revelando o melhor delas e promovendo a sua auto-estima e amizade com outras crianças. Com uso de mais exemplos o livro mostra os papéis importantes que as escolas podem ter providenciando cuidados emocionais e apoio para crianças afectadas por HIV e SIDA. A permanência na escola e a informação constante reduz em grande medida a vulnerabilidade a infecção de HIV, de acordo com os autores, sendo a sala de aulas a maneira mais efectiva de alcançar um grande número de jovens sendo a maioria não infectada com HIV. Conclusões de estudos passados mostram que as raparigas com ensino secundário completo, tem cinco vezes mais probabilidades de não contrairem o HIV do que as raparigas sem educação e tem quatro vezes mais probabilidades de usar preservative. O sgrupos de solidariedade nas escolas fortalece as redes sociais das raparigas e cria atitudes mais responsáveis para comportamentos sexuais , sexo mais seguro e HIV. Por outro lado, a desistência da escola e mulheres pobres e sem educação formal tem que manter-se em relacionamentos nos quais elas não se podem fazer ouvir e nem negociar em questões ligadas a sexo. Mas eles afirmam que os métodos de prevenção de HIV são difíceis de ser efectivos nas escolas quando os professores têm um fraco treinamento e com salários magros para além de terem as salas de aulas superlotadas. Existem países como diz Boler e Archer, os programas de educação e outros, devem alcançar a todos incluindo aos homens. Mas as medidas de prevenção devem ser mais profundas. Um bom programa de prevenção lida com relacionamentos e a dinâmica do poder humano, os quais são cruciais na prevenção do alastramento do HIV. Tal programa encoraja discussões abertas acerca de sexo sem fazer julgamentos morais, e deixa as pessoas decidirem por si mesmas sobre como dirigir as suas vidas sexuais.Não tem enfoque como as pessoas deviam comportar-se mas sim em como elas se comportam, permitindo que elas façam a sua escolha dentre muitas opções e sendo cuidadosas para controlarem o processo. Os autores sustentam a sua teoria com alguns exemplos inspiradores. Eles observaram como os professores em Gana usam o drama para lidarem com a sua "sexualidade" e o seu próprio risco de se infectarem e como eles "destroem" os seus relacionamentos em termos de poder relacionado ao género, procurando diferentes tarefas para encorajar a partilha e um equilíbrio de poder. Na África do Sul, os jovens fora da escola tem mais probabilidades de se infectarem, a educação toma a forma de "entretenimento educativo" uma novela de TV local que apresenta o HIV como um problema real que afecta pessoas reais - crianças de 12 anos de idade a viver em Joanesburgo. Porém os autores afirmam que os professores precisam ser treinados para serem efectivos porque um número de abordagens criativas tem que ser usadas. Mas os métodos de prevenção de HIV devem ser mais profundos, diz o autor. Os grupos vulneráveis a HIV ou marginalizados pelos governos por causa do HIV, não tem opção senão desenvolver um sentido de solidariedadee organizar-se para em conjunto possam falar - tornar-se político, para parar o alastramento do HIV. É a isso que se referem em "políticos da prevenção" fundados na cultura de falar para se fazer ouvir, de "reflexão e acção" que pode por pressão sobre os governos para um melhor resultado sobre os serviços prometidos. Fazendo uso de um exemplo do Brasi, eles mostram como as trabalhadoras de sexo se juntam para educarem uns aos outros, mudar as suas vidas e parar as atitudes negativas da sociedade. Criaram uma rede nacional para trabalhadoras de sexo, treinadas como trabalhadoras de saúde básica comunitária, que trabalham nas suas comunidades e forçaram o MInistério do Trabalho a redefinir trabalho sexual como uma profissão legitima. Os seus programas de auto-ajuda foram efectivos porque elas sabem que para prevenirem o HIV, é quase em vão dizer as trabalhadoras de sexo para pararem de vender sexo ou dizer aos homens homosexuais para pararem de ter relações sexuais com outros homens. Os autores apontam para o facto das iniciativas de educação poderem ser minadas por estratégias inspiradas na religião como os programas do governo dos EUA de "abstinência somente", que perigou tentativas para promover o preservativo para prevenção de HIV e aumentou as taxas de infecção. Ainda, 'as polìticas de ajuda' determinam sobre quem é o alvo prevenção de HIV e qual será a mensagem. Muitos modelos de prevenção de HIV são desenhados muito longe e simplesmente impostos nos países recipientes sem se referirem para as necessiades dos indivíduos. Assim a soberaniedade dos países receptores é posta em causa, bem como a democracia, sendo que os doadores negoceiam directamente com ministérios e seus programas, evitando o escrutinio parlamentar. Promovem programas de cutro prazo quando são necessários programas de longo prazo e esforços paralelos em pequenos projectos quando uma resposta nacional coerente é necessária com certa urgência. Os autores procuram mostar como iniciativas como as do Fundo Global desviaram-se do seu objectivo e tentaram dar aos governos Africanos algum censo de pertença do dinheiro da ajuda, mas eles não exploraram a grande controvérsia do aleagado mau uso dos fundos na qual esses tipo de iniciativas tem gerado e que não envolveu a prestação de contas do governo para com o povo. Diga-nos o que pensa: SAfAIDS gostaria de ter o seu comentário sobre o conteúdo da publicação da SAfAIDS. O que gostou mais? O que não gostou? Existem área que gostaria que nós incluíssemos que ainda não esteja coberta? Por favor tire algum tempo para pensar sobre as perguntas e dê-nos a sua opinião. O seu comentário não tem, preço na melhoria da revista Continua a dar respostas as suas necessidades em termos de informação sobre HIV e AIDS na região da África Austral Por favor, mande os seus comentários para: [email protected] ou por correio postal para o Editor, SAfAIDS, PO Box A509, Avondale, Harare, Zimbabwe. 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