o novo mundo.
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A terra foi politica O actual Prenidento da Republica mexioana, provinciaes, compostas quasi sempre de Sedabtcan Lerdo de TEJADA.nasceu em Jalapa bléa achou-se tão dividida que, apóz es- sempre dividida em bacharéis novatos e economistas amadograndes propriedaforços repetidos. era 1823. Estudou leis e mudou-se MacMahon teve de des aos aristocratas que res, sem ideas muito largas do diflicil asa capipertencentes "ministério de netal em cujo foro foi recebido. Mais para occupavam a sua melhor parte com a sump'o dos impostos. tardo tomou contentar-se com um parte na politica e foi eleito Deputado por varias gocio" sem significação politica e só- própria residência, casas de recreio e Pela Consti tuição a fixação de impôsvezes, chegando brevemente a ser nomeado Mi- mente para conservar rodando a machiOs servos occupavam reso tos de importação pertence exclusivamenplantações. nistro da Justiça. na administrativa. to da propriedade; trabalhavam na par- te ao Governo geral. Pelo Acto AddicEm 1861 oppôz-BO fortemente á administração Entretanto este dessocego este reservada aos aristocratas, em bene- cional as Assembléas Provinciaes foraní publico, cuja politica externa parecia-lhe então muito tas intrigas, desde a retirada de Thiers, ficios destes, e em compensação de seu tra- auetorizadas a fixarem impostos provinfraca e vacillante. teem causado uma reacçao em favor do balho, occupavam o resto das terras ciaes e os municipaes, com a condição Quando o México foi invadido pelas tropas do Bonapartismo: o não sabe espovo que infame e torpe Napoleáo, Sr. Tejada que podiam trabalhar para seu üzò. No qiie esses impostos não prejudiquem os preferiu pecie de Republica lhe vão dar nem centro dessas propriedades estabelecia-se geraes, e os de outras Provincias, e fiseguir os destinos do único Governo nacional quer a saber de Bourbonismo: o resultado é a abandonar-se aos invasores e traidores. que a villa dos servos, com ás casas de resi- cando expressamente entendido que em Em 1867, o Sr. Lerdo foi eleite Presidente do muitos que sympathisam com os Imperia- dencia destes, com as armazéns etc. caso algum poderão ellas legislar sobre listas mas que não se teem atrevido a de- Desse centro irradiavam-se Supremo Tribunal de Justiça, em todas as impostos de importação. Tendo feito eseste que clarar-se firmes, posto depois da humilhante direcções as mais tarde deixou para voltar ao ministério de pequenas propriedades, ca- ta excepção expressa, entenderam as Asderrota de Sédan, estão agora Estrangeiros, donde tornou a voltar aquella da uma d'ellas de tamanho diverso, con- sembléas Provinciaes que podiam legispronunpre. ciando-se abertamente sidenoia. pelo Principe im- forme o numero de membros das familias lar sobre tudo o mais, e, por conseguinSendo ex-officio Yice-Presidente da Republica, perial. Ha pouco houve uma eleição em as quaes pertenciam. O Governo dessa te,. começaram a lançar imposições na Nièvre em que ganharam os Bonaparcoube-lhe a honra de succeder a Juarez quando pequena communa era eleito pelo suf- sua agricultura respectiva, cujos produceste heróo de Quarétaro morreu, ha dous annos. tistas, e o Governo foi accusado de con- fragio universal: esse Governo que se tos são exportados para o exterior. Taes são em poucas palavras os correr para esta victoria perigosa. Deu- chamava Ministério, principaes era composto de Ora, acontece no Brazil que os profactos da vida deste nobre americano, tao intelli- se então na Assemblea tim incidente de uma de vários membros, que duetos um da industria nacional são muito juneta gente, como enérgico e progressista, e sob cujo tem precipitado muito os acontecimendas éra o Presidente. A quaes princi- poucos, e esses encontram grande comgoverno o México tem sabido sacudir-se de pre- tos. M. Gambetta chamou os Bonapar attribuição desta era fazer a petição nos mercados estrangeiros. Trapai juneta "miseráveis." de séculos. juizos grosseiros tistas de N' um verda- distribuição das terras familias, balhado pelas mãos rudes e inintelligenV sepelas deiro parlamento, o Deputado era chao numero dos membros destas: si tes do escravo, esses produetos são geralgundo mado a ordem e convidado para retirar a uma familii augnnntava-se, obtinha mente inferiores aos de outros concurrenexpressão—seria até censurado pela me- mais terras, se disminuia por casamento," tes, e ahi já está o primeiro mal. Alem sa. Na França, porém, os espíritos são ou morte de alguns de seus membros, disto, porém, o nosso Governo geral juitão excita veis que essa palavra ^¦*^*^ ~"^^HVwljãE BlB*Ç^^=?53x produz o parte das que possuia revertia em favor ga necessário lançar um imposto de exlevantamento da sessão e quasi crêa uma do dominio commum. Na verdade, nen- portação, que, excepto com respeito ao revolução. Um Deputado S. Croix, e o hum servo possuia terras como indivíduo: páo-brazil, ouro e diamantes, torna o New York, Junho 23, 18Í4. escrevinhador Cassagnac convidam Gamgea propriedade em nenhum cazo era pri- nero 9 por cento mais caro nos mercados betta para nove ou dez duellos e elles só vada; mas, pertencia á communa, e isto estrangeiros. Mas, como si isto MGOUÜS DA FRANÇA. não representam o espirito das massas bonaapertava o laço fraternal dos servos, que fosse bastante, as Assembléas já partistas. nisto achavam e acham a maior feli- ciaes que precisam dinheiro e não provinsabem P? DIFFICILLIMO accompanhar inEm conseqüência deste fervor que se cidade. como melhor havel-o, ajunetam mais Ij telligentemente a politica da França. manifestou em fávòr dessa causa, os ouAssim, vemos que sob o nome de ser- uma bôa porcentagem aos Excepto a fluctuação dos ânimos, já vexadissitros partidos na Assemblea crêem é parece vidão, tem existido na Rússia por secu- mos. que Assim, não haver ahi um gêneros. por exemplo, o principio dominante chegado o momento de tomar uma reso- los, uma vida verdadeiramente democra- algodão que é mandado a Liverpool do que o philosopho veja desenvolver-se até lução definitiva sobre o estabelecimento tica; infelizmente pouco se tem sabido porto de Maceió suas conseqüências naturaes. A paga 9 por cento ao da Republica ou do Septennato ou do politica que dessa vida e quasi todas as nossas idéias Governo geral e alem disto 6 e ahi como essas peças de theatro com por cento quer que seja que atalhe a propagação sobre a Rússia são formadas sobre o ao thezouro provincial: antes, pois, de lanços imprevistos e absurdos. E entre- do Bonapartismo. que A difiiculdade está é bem conhecido do despotismo do seu chegar a Liverpool está 15 por cento tanto a massa do povo tem certas ideas em formar-se um Governo qualquer Governo qne central e da altivez e arrogan- mais caro que o gênero fixas acerca de governo: elle produzido e éxquer antes possa ^ser acceito pelas facções da As- cia de seus aristocratas. -Os servos, elles de tudo a estabilidade, a nas mais condições restantes. E portado sembléa. e a segumesmos, teem soffrido muito, muito, a mão até os administradores rança, de modo que possa paz com conanO chefe do Centro esquerdo, M. Caside ferro das classes governantes. Desde dam tão obcecados com provinciaes fiança a sua vida e os seusgozar a necessidade bens: o gran- mir Périer, apresentou um projecto, a o reinado da Imperatriz Catharina, até destas taxas de problema que o incommoda e dessocé15 do corrente, e requereu urgência, dique neste momento vemos bem recentemente, os aristocratas, reconão dos é a forma de governo—pois èlle zendo ga jornaes que o Presidente da generosa que o paiz precisava ver termina- nhecendo as tendências livres da commü- Provincia na verdade pouco se abala com isto, nem do o estado de S. Paulo nega-se agora a de cousas: elle pe- na dos servos, teem esmagal-a, sanecionar uma lei da respectiva Assemformas de governo mudam o caracter dos diu união provisório procurado contra o Bonapartismo e os com impostos sobre a terra por elles pos- bléa que teve o bom-senso de revogar o povos,—mas é a incertesâ e a duvida. demagogos. O resultado da votação foi suiada, tendo-se até creado uma imposi- imposto de 4 por cento sobre o mesmo O velho Thiers, que toda a sua vida venceu a urgência pela pequena que especial deste fora monarchista, reconhecera afinal gênero chamado Tzar algodão. E entretanto este Presidente maioria de quatro votos,-345 contra 341. ção que revertia inteiramente a Republica hão era só bôa, era a única que para o thesou- é delegado do Sr.PARANHos, que ha quaA'hora em que entra no prelo esta ro do soberano. Estes forma de governo que encargos torze annos, tem-se opposto á similhanprivado podia vingar na folha, os Deputados do Centro esquerdo crearam amargas hostilidades França: o povo tinha toda entre os tes imposições provinciaes I a confiança publicam um convite aos do Centro diservos e a aristocracia; e ainda nelle e se foi accostumando rapidamente reito hoje, a Para mostrarmos a enormidade deste para que ambos de harmonia esta- grande social da Rússia a essa forma de Governo, é esta erro questão econômico, tomemos por exemplo pelo menos, foi beleçam a Republica: o Centro esquerdo mesma, é a resistência dos servos desterrando os muitos a esta mesma Provincia de Si Paulo, que presprejüizos que tinha offerece todas as garantias constitucio- são dos ricos. O nobre e contra a Republica, ainda Impeagora exporta mais 6,000 contos de algogeneroso naes fosse necessárias e declara que si a allian- rador sóque actual, emancipou os mente a Republica monãrchica servos, e deu dão do deTmERs. ça, que se propõe, não fòr acceita, ao que exportava ha doze annos, e as communas, não só á posse, mas tamOs outros partidos da Assemblea, fracos Centro é uma das Provincias mais adiantaque direito caberá toda a responsabipara por si sós obterem o Governo, coa- lidade pelo 'possivel restabelecimento do bem a propriedade das terras. Os ser- das do Brazil. vos não são mais escravos de facto; a sua hsaram-se para derrotar Thiers Em seis mezes de 18Í2, S. Paulo reImpério. Ao mesmo tempo o Centro organização que, econômica entendiam elles, estava levando o continua a mescolheu uma receita geral de 1,390 contos i paiz direito está negociando com a Direita e ma tem sido séculos, a com borda a diffeqtie do por para do Centro esquerdo com a esperan- rença precipício da communa; pois bem: nada menos que 470 contos, ou são hoje livres como cidadãos cerca de 35 e esse estadista foi derrotado e apeado parte que de formar um novo programma bazea- em vez de por cento, provieram de imça livres como escravos: Esta da presidência por ter declarado estar do de exportação. Entretanto, não no que M. Lambert de Saint- emancipação é uma das revoluções so- postos convencido que só a Republica conviria Croix, projecto nos consta Provincia a exporte anapresentou a 15 do corrente, que ciaes mais importantes deste século e na nualmente, que á França. mais de 20,000 contos cuja confirma MacMahon como "Presidenhistoria da Rússia, sem duvida alguma, maior Succedeu-lhe MacMahon, parte,—cuja quasi totalidade-— que mais se te," organiza uma segunda câmara, dá é o maior acontecimento abala pelas barracas do provém apenas de dous produetos, o café que pelo solio ao Presidente a attribuição de dissolver Todavia as revoluções não se grandes e o algodão. Entretanto esses produetos presidencial, homem de algum ardor, co- ambas os câmaras, e a estas a de eleger completam num só dia e apezar de todos vão achar nos mo soldado, mas de curta intelligencia. o futuro Presidente. mercados uma enorme Estas ultimas ne- os bons desejos de Alexandre, os ex:ser- concurrencia da índia, do Ceylão, do Para seu maior sustentaculo chamou o gociações parece-nos que nunca póderã vos anida sentem restricções em sua li- Egypto, da Venezuela, etc. duque de Broglie, que na Assemblea •tèr o desejado resultado de unir as fac- herdade. Elles ainda são obrigados dirigira as forças a Mas dizem que estes impostos são neque derrotaram a ções, pois o Centro esquerdo prefere na- trabalhar nas de seus Thiers. Isto era em Maio do anno anpropriedades cessarios porque a Provincia não lança pás- turalmente o projecto dè M. Casimir tigos patrões; a legislação anida lhes outros adoe desde então a França tem estado sobre a Périer. Vejamos ainConsta ém Pariz que M. Du- coareta o livre uzo da sua propriedade da o caso de S.producção. entregue a um verdadeiro inferno de in- FAUREivai declarar, Paulo. Ahi cada voluesse quando projecto por meio de innumeras peias; e a sua me embarcado trigas. Os Orleanistas, por sua ambi- entrar em discussão, de Santos.— pela ponte que 335 Deputação, deram de mão a seus títulos em prol dos pedirão a dissolução da Assemblea própria emancipação abrindo-lhes a in- o porto da Provincia—paga um real por telligencia e rasgando-lhes novos horizon- kilogrammo: do Bourbonismo, e foram desfeiteados si a Direita impedir a organização a besta de carga que passa da tes á actividade, os tem tornado desconbarreira do Cubatão ou pela de Itapor Chambord que viveu sempre fora da Republica. ¦ i tentes e elles reclamam que se complete pela França, que não tem filhos nem muita petininga paga na primeira de 200 a 300 a obra. tão nobremente começada em réis ambição de receber uma coroa cheia de e na segunda 3,000 rs. Cada carro ÜS SERVOS DA RÚSSIA. Março de 1863. espinhos, e recusou entrar em França empaga naquella 1,000, e nesta 10,000 réis. não Si os produetos são remettidos quanto puder desfraldar a tal banIDEIA que temos da Rússia é muito pelas esdeira branca. tradas de ferro, teem de 2£ por A ligada ao despotismo e poucos d'enOS DIREITOS DE EXPORTAÇÃO. pagar Assim, ficaram em campo na Assem- tre nós realizamos cento para os cofres provinciaes, e isto verdadeira e gea bléa os Republicanos, sempre unidos e nuina liberdade não admira pois um boi tem de pagar a que reina nas camadas QUESTÃO dos, nossos impostos de Provincia 1,200 rs. compactos, os Orleanistas e Bourbonis- inferiores da sociedade e que a anima de A exportação deve agora pelo privilegio de ser tas derrotados, e os Bonapartistas. concentrar a puxado a vapor por trilhos To- uma vida que, fosse conhecida de ferro. Si geralmen- sollicitude e o mais sério estudo dos nossos uma embarcação em dos elles, excepto' òs Republicanos e ai- te cauzaria, verdadeira Santos seguir admiração pelo estadistas. E' o Brazil um dos raros quer guns Orleanistas, si teem um interesse seu vigor. Ultimamente é para New York ou Liverpool tem de°papaise comezes que que lançam tributos sobre a exporta- gar 10$240 commum, é deferir o mais possivel a a fazer juizo mais exacto da vida por um passe, e si a embarçou isto sob o pretexto ção, fôrma definitiva de Governo. Com razão social dos servos a industria cação tem a infelicidade de ser que da Rússia graças aos nacional está livre de nacional, ou não, elles crêem que teem tudo a romances do todos os ônus ainda é mulctada em 3,530 quasi tão rs. afamado Tourgénéf. que nos Estados civilizados além dos já recahem so- sobredictos 10$240. Si ganhar com isso. Broglie, estando no Desde tempos immemoraes, de facto, bre o cidadão : ella. Esre mal pauhV é grande, mas ta deixa uma fazenda Governo e vendo a necessidade imperati- sdede a epocha dos patriarchas slavos, ainda mais aggravadojá a algum irmão, tio ainda fica pela ou primo, mulher ou marido, este herdei- Junho, 83, 1874.] O NOVO MUNDO. 157 ro tem de pagar, além de enormes direi- Provincias (o que talvez seja mais segu-, sos, e para crear mais " especialidade " gundo, que passou por 251 contra apenas tos geraes, 15 por cento de décima aos ro) o remédio e simples: soja a Câmara que, só, produz os grandes homens, a 95 votos na Câmara dos Deputados, e cofres do Largo do Palácio. Si o lavra- dos Deputados auetorisada a reformar o primeira necessidade que temos é dividir bôa maioria no Senado, regula o governo dor vende um escravo, então é que tem Acto Addiccional e não obste o espirito os actuaes cursos do S. Paulo e Pernam- dos bispados cujos capítulos os deixaram de pagar só 30$ (devia ser 30,000$). conservador a que se faça promptamente buce em duas faculdades distinetas, a de: sem elle. O terceiro refere-se á nomeaOra, todas estas taxas são independcn- uma reforma necessária. Merecem-nos Sciencias jurídicas e a de Sciencias so- ção e educação dos sacerdotes. Por estes das que estabeleceu o Poder geral. muito respeito a Constituição e o Acto ciaes. A primeira ministraria instrucçao ses projectos votaram grandes maiorias Voltando, porem, aos direitos da expor- Addiccional, mas não mais que outras aos que procuram seguir a carreira da de todos os partidos, a opposição tendo tação, que é nosso assumpto principal, quaesquer leis importantes, e menos que advocacia e da magistratura, a outra aos consistido de uma agglomeração de ultraaveriguámos que os produetos da lavou- algumas dellas. que se destinam á vida politica, adminis-, mqntanos, particularistas, etc. Assim, trativa e diplomática. na Allemanha, o Governo mudou comra são sobrecarregados com um termoCoda deveria em curso completar-se medio de 14 por cento desses direitos. pletamente as suas relações com a egreja ESTUDO DU ÜIKE1T0. 0 trez annos, com trez cadeiras cada um, catholica, e o que deseja agora. fazer é Na Província do Rio de Janeiro a pequee a sua distribuição poderia ser por crear uma egreja catholica nacional e rena quota de 4 por cento sobre o café basexemplo, deste modo: formada. ta para todas as despezas annuaes da das Faculdades de Direito Sciencias Jurídicas.—1- anno, A) En: instrucçao publica, edas obras publicas, 0CTJRSO do Brazil tem defeitos manifestos —que são as duas verbas maiores do orcyclopedia Jurídica e Direito Natural, Alguns patriotas Italianos estão muito que até agora havemos tolerado, mas B) Direito Romano, C) Constituição do çamento provincial: essa quota é egual cuja reparação o rápido desenvolvimenpézarosos que o seu Governo não possa ao valor de toda a exportação da Pro- to do paiz está actualmente exigindo Estado. 2- anno, A) Direito Romano viver de harmonia com o Papa e a sua vincia do Paraná ou da da Parahyba. com a insistência de uma necessida- (continuação), B) Direito Civil, C) Di-. egreja, e estão empregando muitos esforEsse imposto no Rio de Janeiro é egüal. de. indeferivel. Os defeitos mais sa- reito Criminal. 3o anno, A) Direito Ci- ços para effectuarem uma reconciliação á oitava parte da somma que produzem* lientes dos nossos cursos jurídicos são a vil (continuação), B) Direito Commbr- entre Pio IX e o Rei sub-alpino. Sabetodos os impostos de exportação do Im- sua desnecesaria extensão, e a sua ex- ciai e C) Praxe forense. se bem apezar da hostilidade appaSciencias Sociaes.— I9anno, A) Ency- rente, haque, trema complexidade,—ou antes o seu perio. certa sympathia e respeito mu-Vimos, ha pouco, a representação que grande defeito consiste na combinação clopedia Jurídica e Direito Natural; B) tuo entre estes dous senhores, e ultimaa 23 de Março ultimo dirigiu ao Gover- destes dous. O longo curso 4e cinco Constituição do Estado, C) Economia mente dizem que o Papa tem consentido no imperial a Praça do Commercio de annos já é em si mesmo um mal incaleu- Politica. 2o anno, A) Direito Interna- tácitamente na nomeação de alguns BisPernambuco, pedindo a diminuição dos lavei. Entende-se geralmente, e com ra- cional, B) Direito Administrativo, C). pos, que obtiveram o exequatur do Godireitos de exportação que tanto pesam zão, que, ao attingir a maioridade civil, Economia Politica (continuação). S9 an- verno italiano sob o fundamento daquelle sobre a agricultura. Esse documento pro- o joven deve também concluir seus estu- no, A) Direito Internacional (continua- consentimento tácito. A verdade é que os va que o mal já é intolerável, porquanto, dos acadêmicos e entrar na liça da vida, ção), B) Direito Administrativo (conti próprios Bispos estão agora a instar com nuação), C) Historia Constitucional eda a Cúria posto que se diga nelle que o commercio que realmente é tão curta. Si o termo liberdade nos para que esta se harmonize com principaes paizes. e a producção da Provincia estão decli- medio da vida humana é 33 annos, pareVictor Emanuel : este lhes não dá as As duas primeiras aulas do Io anno do congruas, e Papa lh'as tem nando, o facto é que Pernambuco prós- ce razoável que o homem consagre a terq pago: mas Curso Jurídico podiam servir também pa- é só 1,600$ deveres de seus muito ao desempenho mais isto é muito outras irmans recebem, e suas. péra ça parte que que Por exemplo: ao passo que o valor da sociaes como cidadão activo, ou como ra as do Curso social. Vê-se que elimi-, menos do que lhes daria o Estado. exportação do Rio de Janeiro declinou uma espécie de produetor intellectual. nariamos completamente a cadeira do Bosco, sacerdote bem eminente de Tudoze mil contos entre 1810—11 e 1811-12, Por conseguinte o bacharelado deve o chamado Direito Ecclesiastico. Real- rim, e muito afíeito á Cúria e á nova o da de Pernambuco elevou-se neste ulti- correr aos 21 ou 22. Ora, si o curso é mente, não conhecemos estudo menos útil pátria, foi ha pouco entender-se com o em Papa afim de indagar sob mo exercício a 1,500 contos mais do que longo, é necessário que o estudante se do que este. Seria e foi muito profícuo,"Poque bases poeras a Egreja um outras em era que no anterior. Não temos ainda Os dados matricule muito cedo nas Faculdades der-se-hia fazer um ajuste de paz com a do exercício de 1812-13, para fazer mais e por isso recebem as do Brazil rapazes der," legislativo, executivo, judiciário, Itália. O Papa respondeu indicando-lhe —-absoluto emfim; hoje, mercê da libercompleta a comparação. que mostrem certidão de haverem com- dade, vivemos ou quatro pontos: l9 O Governo italiano queremos viver sob pagaria ao Papa os 3^ milhões de liras Em nosso entender a reforma deve co- pletado apenas dezeseis annos. meçar por casa, e em vez de pedirem ao Admittindo meninos para o estudo ár- outros auspícios. A ambição de todos os (1,300 contos) de dotação annual, sem '' Governo geral a diminuição dos impôs- duo e diíficil das sciencias moraes e júri- Brazileiros generosos é a completa sepa- ser necessária a assignatura do Secretos, as Proyincias devem instruir os seus dicas, está claro qae o nosso regimen não ração da Egreja e do Estado, é a colló- tario d'Estado" pois seria um reconherepresentantes para estabelecerem impo- pôde exigir muitos preparatórios, õúf^i' cação da Egreja no mesmo pé em que es- cimento tácito dos direitos da Itália; 2° sições mais justas e menos pesadas. No exige grande, variedade de estudos pré- tão quaesquer outras associações de en- a Cúria nomearia os Bispos, sem intersino publico, e garantidas pelo Estado. venção alguma do Estado; 39 as escholas próprio Pernambuco, por exemplo, o liminares, não pôde requestar consideraComo quer que seja, parece-nos que é ficariam absolutamente livres da direcção Jornal do Recife lembrou recentemente vel profundesa nelles, antes deve conunia taxa territorial que é de certo a tentar-se, como contenta-se, com um po- chegado o tempo de se cuidar seriamente do Estado, e 4? acabar-se-hia com o camais apropriada para substituir a da limento superficial, e, digamos também, da reforma dos nossos estudos de Direito. samento civil. Está visto que o .Governo exportação. Pernambuco ainda hoje im- banal. Concordamos que nas faculdades Qualquer que seja a reforma, há de en- da* Itália não pôde acceitar similhantes contra r muita opposição do espirito ultra- condições e que o Papa não está menos põe a taxa geral de 6 por cento sobre a superiores o estudante apenas aprende a conservador á em toda existe parte. que exigente do que parecia. sua exportação, excepto o algodão, assu- estudar a sua matéria especial: mas àine car e aguardente que só pagam 4, 3 e 5 da que esse estudo não passe disso, é Mas um Ministro atilado prudente, porêm ao mesmo tempo progressista e enerpor cento,—e isto não fallando dos 3 por impossível negar a sua importância disNos últimos relatórios do Governo cento addicionaes á importância desses ciplinar, E' então que o joven funde o gico; póde-nos fazer grande bem efíedeixamos cousa do alguma ctuando que suisso leem-se documentos que muito desdireitos,'que se crêem necessários para o molde de seu pensamento maduro e adestudos em os menos separando dicto, ao abonam a emigração para o Brazil. O asyglo de mendigos. O valor dos gene- quire os hábitos do methodo, a chave que maior e requisitando faculdades, duas Poder executivo federal admoesta os que ros exportados pela Provincia no anno depois lhe abre as diversas provincias do nos e estunos preparatórios proficiência desejam emigrar que nas colônias Moniz findo a 30 de Junho de 1812 foi de 29,000 saber, que vai adquirir; é então que elle dos especiaes. e Polycarpia não ha os preparativos necontos e a renda que delia tirou o thezou- obtém uma vista geral, uma idéa basApezar cessarios para sua recepção. ro provincial não poderia ter excedido tante comprehensiva da machina cujas algumas notou-se cenavisos destes de 1,500 contos. Pois não parece fácil peças terá depois de examinar com cui: que Souza Franco pertence já ao Panseguiram depois disso substituir esta taxa por outra territorial? dado. Para este estudo elle deve estar theon das nossas glorias parlamentares: tenas de cidadãos Esta Provincia tem umas 5,000 léguas bem preparado, e depois não deve prose- em dias mais tenebrosos elle sustentou, para o Brazil. Indagada a causa, sousó e isolado, a lueta das idéas liberaes na be-se que eram as parochias que, para quadradas, e uma taxa média de 300 $ guil-o ás carreiras. A edade da matricula deveria, pois, Câmara dos Deputados, e hoje que é se descartarem de população superabunpoi* légua seria de certo mais acceitavel, pois os lavradores viriam a comprehénder ser deferida para mais tarde, por exem- septuagenário ainda o vemos o mesmo, daute, pagavam às passagens dos emibrevemente que é illusorio o argumento, pio para 18 annos. E é tão verdade isto talento, e a mesma energia, no Senado e grantes, os quaes como parochianos, ti—que quem paga a taxa de exportação que dizemos que, apezar do longo curso no Conselho d' Estado,—somente requin- nham certos direitos na propriedade das é o consumidor e não elle mesmo. O con- que agora temos, são poucos os rapazes tados por uma longa experiência. Quan- respectivas parochias, segundo a Constisumidor procura o mais barato e não que se matriculam aos 16 annos, e crê- to até ás suas idéas religiosas, elle e o tuição suissa. Na viagem de um navio compra o gênero que é 10 e 15 por cen- mos que podemos abalançar-nós a affir- Conservador Dr. Jobim estão adiante de que levava 10 emigrantes, diz um dos documentos, morreram nada menos que to mais caro, somente porque é Brazi- mar que o termo médio actual da edade quasi todos os nossos parlamentares. : da matricula no Brazil, é mais perto dos leiro. Sendo isto assim, percebe-se que ó com 20. dos 16 annos. 18 do o mais decidido prazer que nos oecupaA Assembléa geral que está agora que As auetoridades de Goyaz teem mosNeste caso, porém, de se fixar em 18 mns em outro logar com um estudo da vireunida ha de naturalmente discutir o astrabalho E' um Franco. de Souza um desvelo honroso em defender os da trado a edade necessária a annos sumpto das taxas provinciaes de exporprosepara de ordisão extenso do mais muito direitos dos individaos que, sendo livres, tação. Em 1810 foi apresentado á Ca- cução dos estudos superiores, o rapaz que mara dos Deputados um projecto de lei, não deveria encetai-os sem uma base nário os que publicamos desse gênero: teem vivido em escravidão, graças á ininterpretando o Acto Addiccional no sen- muito mais solida do que actualmente se mas sendo authenticos os dados ahi con- fiuencia dos pretendidos senhores è, sotido que este prohibe que as Assembléas lhe exige. Os actuaes estudos jurídicos tidos e considerando ser um privilegio bretudo, á legislação já relaxada, que tilancem impostos sobre artigos já tributa- devem perder em complexidade em fa- poder publicar a mais completa biograo nhamos, e que ainda mais relaxada ficados por lei geral, mas permittindo-lhes vor de maior profundesa no seu próprio phia que jamais appareceu sobre o as- ra com péssima execução que se lhe dava que continuem a arrecadal-os até que e mais limitado curso, mas para esta fim sumpto ; desta, preferimos não sacrificar antes de 1812. O Correio Official, de uma lei geral faça a desejada distineção. é preciso que o estudante tenha alicerce esse privilegio ao desejo, de que aliás so- Goyaz (uma folha que conta 31 annos de Entendem muitos que similhante lei seria melhor e mais adequado ao edifício mais mos sempre animados, da brevidade. O existência, o que de certo não é pouco resto da biographia sirá publicado em o para aquellas paragens) refere-nos a 23 inconstitucional, pois o Acto Addiccional solido que .nelle se quer construir. nosso Não achamos muitas faltas na escolha ás Provincias de deu completa liberdade próximo futuro numero, em qüe de Março ultimo dous casos curiosos de também virá incerto um retracto do bio- escravidão forçada. Duos pardos livres tilançar tributos, comtanto que não fossem dos preparatórios que são agora exiginham sido retidos em escravidão pelo de importação ou que não ofFendessem as dos: somente eliminaríamos uma das lin- gráphado. longo periodo de 28 annos, e uma grande imposições gerae?. Não nos devemos ce- guas modernas (o Inglez) como prepaainda não o tal o ratorio cessou familia de suppostos escravos do casal curso Allemão O Governo qual jurídico, para gar de um mal-entendido liberalismo para admittir tal doctrina. Segundo todos proporemos mais adiante. Em compen- de tomar providencias para melhor regu- de um J. J. da Silveira Pinto, estava os principios da sciencia econômica, os sação, exigiríamos muito maior proficien- lar as suas relações com a egreja catholi- reclamando a liberdade ao Chefe de Poimpostos de alfândega, por. gêneros im- cia no Latim, do que a que agora se re- ca. Em Janeiro ultimo o Governo apresen- liçia. Para remediar estes abusos que portados, ou exportados do exterior ou questa. De facto, exigiríamos essa profi- tou ao parlamento trez projectos de lei naturalmente se repetirão pelo interior do para o exterior, devem ser lançados liar- ciência em todos os preparatórios, inclusive para complemento da legislação já em Brazil, o Correio Official insiste, e com monicamente pelo Governo central: mas a Geometria, o Portuguez e a Geographia, vigor, a este respeito. O primeiro de- toda a razão, que a matricula dos escraclara va privados dos direitos de cidadão vos deve ser effectuada somente á vista si o Acto Addiccional deixa duvidas se- physica e politica. rias sobre este ponto e si quizermos ser Quanto ao curso superior:—Para evi- allemão os Bispos e clérigos que insistiam dos títulos originários do senhorio. escrupulosos em respeitar os. direitos, das tar-se a complexidade de estudos diver- na desobediência a seu Governo. O se¦ ';f '¦ '$ . 158 i O NOVO MUNDO. lectos que tonto lhes distiahiam.que os preferiam a qualquer outro. As corridas de cavallos, apezar de serem periE' sabido que os cavallos parelhoiros do Ingosissimos, são presentemente mui populares pe- glaterra são os que alcançam maior preço em Io muito de excitante que teem. Já no antiga Ro- qualquer parte, por serem tão bem cruzados em ma e na Grécia eram divertimentos notáveis, aos I suas raças e pela rapidez com que correm: ahi AS C0RKIDA& |Junho, 28, 1874 0 Jockey Club, da Inglaterra, é o grande tribunal, no que diz respeito ás corridas, e os seus regulamentos acham-se muito bem distribuídos por todo o paiz: este tribunal é composto de Oi membros pertencentes á classe nobre e dos capitalistas. Newmarket Heath, o grande centro das a 150 e u lodo o Reino Unido, ondo so apraentam cerca de 1,600 cavallos, dando quo fazer 100 jockeys ou montadores. O Phaisâo commum, dizem, foi importado originariamento dos margens do Phasis, na Gol- m o •I o ¦a < ¦é '¦'si '& r/2 a HH .« PS :0 O _ <¦ 1 I quês assistiam pessoas distinetos de todas as classes da sociedade. Elles ainda hoje são pòpulares nos Estados Unidos, na França, Rússia, Áustria, Prússia, Austrália, Canadá e principalmente na Gran-Bretanha, onde já no tempo de Carlos 1°, Cbomwell, Carlos 2* e outros personagens conspicuos, eram entretenimentos predi- hão sé, faz Objecçao alguma ém pagar 6.000 libras' esterlinas por um potro on cavallo novo de trez annos, uma vez-que seja de " sangue puro " e promettedor. São ávultadissimas as sommas de dinheiro que os Inglezes apostam nessas corridas e é admirável o enthusiasmo com que se atiram a esses jogos. corridas, lhes pertence; e em vista da posição que oecupam e da auetoridade que exercem os seus membros, a fraude e as violências não se dão. Ascot é o ponto de reunião annual mais concorrido pelos amadores do " alto tom," estar maü perto de Londres—onde correm os por cavaUos mais afamados. Estas reuniões pardheiras sobem chida, e dahi os Gregos o chamaram Phasianos, que^e a etymologia do nome em todas as lhuraas modernas. O Phaisão é uma muito conhecida em toda a Europa. gallinaeea A cabeça e pescoco do macho são de azul-escuro, segundo a posição alguma cousa a verde e a que, roxo A cau da e as azas são de cores mixtas, predominando wwiof'jjri»wwwii>^ii^P!p*y^1?i|iBr4si>'iii^>wi»i n i ' imiiujUMiniiiiiiiiHf—i Junho, 23, 1874. O NCVO MUNDO, " •mipnv- 159 „—rr^ 160 O NOVO MUNDO- ns de laranja, preta e amarella; o papo ó amarollo dourado, oom os pontas das peunos salpicadas de preto. Elles comem milho, trigo, feijões e ervilhas e fazem seus ninhos no chão, com folhas è hervas. Podem-se domestioar facilmente, mas então ficara algum tanto avessos ao chocar os seus ovos, que os criadores tiram e dão os galinhas. Uma outra peculiaridade acerca do phuiaílo ó que, excepto na estação da procreação, os individuos só se associam aos do mesmo sexo. BIOGRAPHIA. SOUZA FRANCO. O Visconde de Souza Fbanco, filho legitimo do negociante Portuguez, depois Brazileiro adoptivo, Manoel João Franco, e da Paraense D. Cathemna de Souza, nasceu na cidade de Belém, capital da Provincia do Grão Porá aos 28' de Junho de 1805. Instruído por seu pai nos primeiras lettras mostrou desde logo tanta disposição para o manejo dos algarismos que aos seis annos era já objecto da admiração dos amigos que o viam fazer prompiamente os mais düficeis operações de arithmetica. Nas escholas de latim e lógica, únicas que n'aquelles annos tinha a capital da Provincia, mostrou tambem egual capacidade tendo sempre o primeiro logar nas classes que freqüentava. Destinava-o o seu pae aos estudos de mathematicas na Universidade de Coimbra; as circumstancias, porém, o não permittiram. A Provincia agitou-se com a proclamação da Constituição* em Portugal em 1820, e em seguida com as tentativas para a declaração da independência do Brazil. O joven Souza Fbanco foi chamado ao serviço de uma Guarda Nacional civicaácavallo, a qual depois se converteu em Guardai Imperial, e tendo com outros estudantes se manifestado sectário da Independência, incorreu no odio do Governador das armas José M*TtTA de, Mouba que o mondou assentar praça em um dosi Corpos de 1*. Linha. Estaria assim cortada sua; carreira scientifica, si D. Romualdo de Seixas, depois Arcebispo da Bahia não ordenasse, como Presidente da Juncta Governativa, que q Governador das Armas lhe desse baixa, "porque á estudantes como Souza Fbanco não sé assenta praça em 1*''Linha." A esta Ordem pefemptoria do seu professor dê Philosophia deveu o joven Paraense a baixa que teve do Corpo chamado de Estemòz em cujo serviço esteve sómente quatro dias e algumas horas. O joven I Souza Fbanco tinha comportamento irreprehensivel, mas sua firmeza nas idéas de emancipação de sua pátria e a franqueza com que as. manifestava, lhe ganharam inimigos que jurando contra elle na, devassa-crime instaurada depois da tentativa abortada para proclamar a independência da Provincia no dia 14 de Abril de 1824, conseguiram que fosse pronunciado, preso, e remettido com muitos outros para Portugal á disposição das Cortes Constituintes. A perseguição que os presos soflréram, a votação para a morte de todos por um conselho convocado para deliberar sobre o caso, e de que os livrou a intervenção dó mesmo Presidente da juncta governativa propondo a remessa dos presos para Portugal, são factos consignados na historia d'aquelles tempos ominosos, em que as paixões tocaram seu auge. A pronuncia e prisão nas emxovias e porão de uma corveta de soldados e payzanos, estudantes, officiaes muitares, e até um magistrado, e a remessa para Por-' tugal no escasso porão de um navio negreiro, em que dos 270 presos, cerca de°60 morreram em viagem á fome, sede, moléstias e castigos, ahi estão para attestal-o. O joven Souza Fbanco hão tinha mais crime do que o de usar desde logo da côr verde, emblema da Independência do Brazil, manifestar-se com franqueza em seu favor, e ser tido como sa? bedor e participe na tentativa armada da noite de 14 de Abril; tanto bastou para que soífresse todos os horrores da prisão na enxovia de uma cadêa, e no porão de embarcações; e muito felizes foram ainda os estudantes, officiaes militares e magistrados por terem escapado aos ferros em que iam os outros emparelhados, e á chibata, chegando ao porto de Lisboa, quasi' mortos á fome eá sede. Ahi retidos por poucos dias na fortaleza de S. Julião da Barra foram depois soltos por ordem do Rei.que havia pouco tempo reassumira o poder absoluto. Era occasião para que, segundo os desejos de seu pai, o joven Spuza Fbanco se dirigisse á Coimbra para estudar Mathematicas. A Universidade, porém» estava em crise, as communicações com o Império ameaçavam interrupção durackrara e a tudo isto accresciam os escrúpulos do peso excessivo que sua estada na Europa causaria aos tênues recursos da familia. Voltou,.ppis, para o Pará logo em Fevereiro de 1825;e porque a inacçâo não agradava a seu activo gênio entrou para uma casa ingleza de commeroio, onde se conservou até 1830, em que por escolha da Camara municipal de Belém seguia para a Academia de Olinda. A falta de coniniimicações o fez chegar tarde para se matrioular, tendo do frequentar como ouvinte as aulas do Io anno elle o seu oompanheiro de viagem e amigo João Mabia de Moraes, que a morte roubou este anno ao partido Liberal do Pará, de que era muito digno chefe. Na Academia de Olinda Souza Fbanco conservou sempre a posição em que o collocára a doeisão da congregação dos lentes conferindo-lhe no V> anno o primeiro prêmio acadêmico, honra raramente conferida, que só nos lembra ter tambem cabido ao Padre Monte, depois Bispo do Bio de Janeiro e Conde de Irajá. Ao passo que se applicava com a maior assiduidade aos estudos escholares, Souza Franco coUaborou na redacção do Olindense, folha do partido moderado; advogou perante o Jury como meio de supprimento em falta das mezadas que deixaram de lhe vir do Pará; encarregou-se da redacção do Diário de Pernambuco, redigiu por si só a Voz do Bebiribe, e tomou por diversas vezes em armas em sustentação da legalidade e ordem contra as revoltas militares de 1831. Concorrer para que se executassem as leis e reprimissem os movimentos armados, foi nestes tempos dó crise 6 empenho do joven jornalista, que neste sentido escreveu sempre para o publico, e no Diário de Pernambuco abriu o anno de 1834 com um artigo de fundo incitando as auctoridades e habitantes da Provincia a empregar os maiores esforços para suffocar a revolte que assollando alguns districtos do interior arruinava seus recursos. Sempre adheso ao partido da moderação o.Sr. Souza Fbanco escreveu em favor da eleição de Araújo Lima para Regente; eleição que lhe pareceu a mais conducente á liberdade em Pernambuco e á união do Norte ao Sul. Em Novembro de 1835, obtido o gráo de Bacharel formado em sciencias jurídicas e sociaes, não pôde voltar logo á sua Provincia natal, occupada então pelos revoltosos, e demorando-se no Maranhão, e depois em Cometa, fora de cujas fortificações correu iminente risco de ser assassinado pelos sicarios que assaltaram a fazenda em que residia, somente recolheu-se a 6 de Junho de 1836 á capital da Provincia já restaurada peIas forças legaes. O Presidente da Provincia, General Andréa apreciando logo sua capacidade, o nomeou Procurador Fiscal da Thesouraria,diaB depois Juiz de Direito do Civel da mesma copital e ho anno seguinte (1837) concorreu tambem para que um logar no deputação á Assemblea geral legislativa do Império fosse a recompensa dos serviços prestados pelo Bacharel Souza Fbanco e occasião para os novos esperados de seus talentos, actividade e reconhecido zelo. V Neste novo e vasto campo aberto ao Dr. Souza Fbanco e não obstante as moléstias que soflreu, deu elle logo taes provas de capacidade, independencia e energia dè caracter, que tendo-se retirodo no fim da sessão para Pernambuco á fim de restabelecer sua saúde, ahi o foi buscar o Governo Imperial em Março de 1839 para substituir o General Andréa na árduo tarefa de. concluir a repressão do desordem, e encetar a não menos difficil da reorganisaçãoe pacificação do Provincia. Esta escolha de um Liberal conhecido, feita por um Ministério conservador poro tão espinhosa missão era tão lisongeira para o nomeado, que recebendo este a carta Imperial e a particular do Ministro dó Império, Conselheiro Bernarpo Pebetba de Vasconcellos, em que instava pela acceitação, embarcou logo para a Provincia; não lhe era permittido recusar-se a prestar este serviço á sua Provincia natal, ainda mesmo que previsse que a substituição de um General anCiâo e victorioso por um joven sem prestigio de familia poderosa, da riqueza, e de longos serviços causariam abalos nos ânimos dos habitantes. O abalo se deu effectivamento e ó commercio se preparou pára pôr à salvo seus fundos: durou, porém, muitos poucos dias. A energia com que •ó novo Presidente fez calar as demonstrações contra o Presidente em retirada, e impediu a lueta entre a força militar que o apoiava, e grande parte dos habitantes contra eÜe indispostos, e com que desarmando o Palácio do Governo, e afrouxando as ordens que vedavam a sahida de noite á rua, fez nascer a confiança. Não são muitos os que, gozando alias o socego para que em grande parte concorrem em tempos de desordensas medidas enérgicas, supportam resignados o constrangimento è inconvenientes que lhes acarretam individualmente; não admira, pois, a indisposição em qüe nos últimos ànnps incor? reu o General, a quem se não podia negar o triumpho das forças legaes contra as hordas que apoderando-se da capital da Provincia e de toda ella, com excepçao apenas de uma ou duas povoações, assassinaram grande numero de habitantes, forçaram ps outros o expatriar-se, e estragaram as riquezas publicas e particulares. Reduzida a Provincia á um montão de ruinas deveu á força prodigiosa de seu solo e ás suas riquezas naturaes o ter voltado cerca de dez annos depois ao estado em que se achava em 1835, e o estar hoje em 1874 com uma população cerca de dupla da de 1834 ante? da lueta, e mais do que quádrupla da que continha em 1837 a 1839, anuo da Presidência do Dr. Bernardo de Souza Franco. Quanto a riqueza publica o particular não haom a caloular no decuplo da do verti exogeração "A com a existente em 1835 a comparação 1834. a 1838 ó impossível quem tenha visto as ruinas de Belém no dia de sua restauração, e tiver noticia de que as cidades, villas, povoações, e estabeleoimentos ruraes e industriaes da Provincia todos estavam egualmente estragados. Gomo sempre acontece, a lueta para suffooação da desde ordem trouxe não menor numero de perda "nas vidas nos combates, na fuga pelos mattos, prisões e hospitaes, e com. os remessas para o Sul. A grande lueta estava finda quando em principios de Abril de 1839 o Dr. Souza Franco tomava posse da administração: ainda, porém, dépois disso se deram os combates de Ecuipiranca e no districto de Monte Alegre; e no do rio Acorá, alias poucas legoas da capital, os habitantes não se julgavam seguros e se recolhiam a ella ameaçados, diziam elles, pelos revoltosos que tendo-se retirado da capital em 1836 haviam escapado nas mattos á. perseguição das forças legaes e se reuniam para vir atacar as fazendas ruraes. No Amazonas ainda.o receio era tal que o Commandante Militar pedia por este tempo reforços de navios de guerra e tropa de primeira linha para accossar os rebeldes e guarnecer povôações ameaçadas de ataque. Estas requisições feitas ao antecessor do novo Presidente chegaramlhe as mãos depois de suo posse. Havia pois ainda muito que fazer para que a repressão pelo forço se tomasse dispensável, e dentro em poucos mezes o lueta material estava finda e os revolfosos debandados por toda o, porte e opresentados ás auetoridades. Restaurada a ordem legal com O desbarato e apresentação dos rebeldes armados restava ainda a pacificação moral, não menos diíficil que a outra: dependia ella do destino á grande numero de presos que enchiam um grande vaso de guerra e os hospitaes; de evitar os processos crimes com que reciprocamente eram ameaçados, principalmente os commandantes militares dos districtos e o General ex-Presidénte da Provincia; de occorrer aos embaraços dos cofres públicos em atrazo para com a tropa e marinhagem por perto de um anno, e com os empregados públicos por mais tempo. Restava ainda não consentir na brusca e repentina passagem de um estado de compressão militar para outro de liberdade e até licença na imprensa, nas associações políticas, etc. Em tudo isto se empenhou o Presidente Souza Fbanco e tudo ia conseguindo, quasi sempre por meios indirectos. Teve para isso de examinar pessoalmente cen* tena de processos crimes que de todos os districtos.tinham sido remettidos para a Secretaria da Presidência; e fazendo a estatística nominal dos involvidos, dos crimes importados, da qualidade das testemunhas, si de vista ou de ouvido, pôdè o Presidente Souza. Fbanco formar convicção sobre a culpabilidade dos mesmos, e soltar os que, não tendo provas contra si, estavam prezos pór ordem administrativa. Os mais criminosos tinha a morte ceifado no luto, nasprizõès, ou hospitaes ou tinham sido remettidos poro o Sul. Os que restaram passaram a ser melhor tractados em Hospitaes visitados todos os dias pelo Presidente da Provincia; e os sãos que preferiram trabalhar nas obras de um cáes nas praias da cidade ganhondo pequeno salário e ração, á ficarem presos a bordo, obtiveram este verdadeiro allivio. Não era practicavel o julgamento com processos informes e nullos em districtos em que os Jurados seriam ps inimigos offendidos ou os complices dos réos, pelo que pedidas ao Governo Geral providencias, veio a final a amnistia legalisar a situação jurídica. Os processos contra os Commandantes militares não tiveram apresentação ou seguimento com a sua substituição gradual; e o que a Assemblea Provincial insistiu em que se instaurasse contra o ex-Presidente, a remessa dos papeis para a Corte foi o meio de que o Presidente Souza Fbanco se sirviupara declinàr de si a responsabilidade; meio autorisado, porque só na capital do Império havia Tribu naes que o podessem julgar. E comtudo este meio legal, que poupava dinicuídades áuma Provincia apenas salva dá luta material, e em que reinavam ainda as grandes paisões de uma catastrofe sem egual no Império, serviu",tambem para arguirem o Dr. Souza Fbanco de aceuzador de seo antecessor! Arguifam-no principalmente aquelles que exigiam de um jovem Presidente, á quem só muita prudência podia dar o prestigio necessário, que elle espozasse as animosidadesem que a administração tivesse incorrido com razão e sem ella, ou os ódios contra ella, justificados Dahi talvez procedeu ser o Dr. Souza Franco substituído dentro de onze mezes por outro Presidente que as conveniências eleitoraes tornaram necessário que tivesse suecessor. A mudança politica de 1840 trouxe logo a nomeação do velho Almirante Tristão que fallecendo, entrou 'de novo em 1841 para a administração da Provincia o Vice Presidente, que acceitou á pedido de amigos o durou por mais de anno, não obstante seus pedidos de suecessor. Neste novo período e apesar dos embaraços da eleição de um Senador que o Vice Presidente se esforçara para que fosse li- IJONHO, 23, 1874. vro, o o Ministério tomou medidas para que fosse imposto á Proviuoio um nome, o Dr. Souza Fbanco ougmentou a popularidade que adquirira. A Gamara dos Deputados fora dissolvida em 1842, já depois da substituição do Dr. Souza Fbanco pelo Presidente Silva Pontes e não ojustonte tel-o este feito riscar da lista dos Vioe Presidentes, foi reeleito Deputado á Assombléa Gerol Legislativa em eleição feita sob o regimem uo Decreto governativo de 1842 e na qual eram candidatos aos trez logares de Deputados, o Presidente da Provincia, o Commandante das Armas, o Chefe de Policia e ainda outros oidadãos. A vontade da Provincia prevaleceu contra os esforços do Governo Provincial paro afastar do Parlamento o Dr. Souza Fbanco, que ainda em outras eleições pôde oom aquelle apoio ser eleito contra os esforços das auotoridades, e com muita eleição gloria para os eleitores e para o eleito na da opposide 1849 em que foi o único membro a Legisção liberal eleito no Império todo. para latura de 1850 á 1853. O Deputado Souza Fbanco não havia faltado as sessões Legislativas de 1838 a 1850, com excepção somente da de 1841; e durante este periodo tomara parte conspicuo nos importantes questões da maioridade do Imperador, do Lei de terras, da reforma da Guarda Nacional e nas de finanças, dè que fez sua especialidade. Na discussão do maioridade o Deputado Paraense afastou-se do partido liberal, que a promovia* poro não concorrer para essa violação da Constituição, e porque, de accordo com o seu prudente e sensato amigo Dr. Moraes, pensava que era desconveniente involver antes de tempo o joven Monarcha nos compromettimentos da administração público oggrovodos pelo circumstancia da excitação dos ânimos entre os vencedores e os vencidos. O discurso que então proferio e está impresso, foi tido como o mais completo nos argumentos contra a medida. Consumado o facto, entendeu o Deputado Paraense que o socego e prosperidade do Império exigiam, o apoio que lhe passou a prestar com os seus correligionarios politicos os Liberaes. A introducção de braços estrangeiros sendo necessidade geralmente reconhecida, propunha-so ò Deputado Clemente Pereira animal-a com a simple reforma da sociedade de colonização estabelecida no Corte. Oppoz-lhe o Deputado Paraense os idéas modernas adoptadas nas colônias inglezás e nos Estados Unidos que com o apoio do Ministro conservador Rodrigues Tobbes e cooperação do Deputado Souza Fbanco se converteram em Lei na sessão de 1850. O Regulamento de 31 de Janeiro de 1854, attendendo illegal e indevidamente á interesses prejudicados, tornou aleiinexèquivele ineflicaz. Nesta quadra de reformas conservadoras, á qüe melhor cabe o nome de quadra de reacção, teve a sua yez a da lei da Guarda Nacional; reforma que tambem foi convertida em lei depois de ter soffrido tenaz opposição por parte do Deputado Paraense. A critica da nova lei, e dos graves abusos á que deu occasião, foram os próprios conservadores que melhor a fizeram nos discursos da sua novíssima reforma. (Será continuada.) 0 'TODER ECLESIÁSTICO" como um dos Poderes Politicos. Nos. 63 e 64 da Gazeta Jurídica do OS Rio de Janeiro, trazem dous artigos em que um esçriptor pretende estudar o processo do Bispo de Pernambuco sob o aspecto meramente jurídico. Tracta-se de um principio, diz elle; e o do que prótege a distineçãò dos poderes entre nós, que protege a Religião catholica, etc. etc. Lemos con attenção os dous artigos mas sentimos ter perdido tempo procurando realmente uma discussão jurídica, Só vique sempre seria interessante. mos os meamos argumentos já muito re"Poder*da Egreja." pétidos á cerca do Não é um jurisconsulto ique discute:; é um TJltramontano que jura pelas paiavrasdos Srs. Dom Vital, Cândido Men"Vasconcellos. des íde Almeida eG-ÓEs e A nossa Constituição, diz o Redactor da Gazeta, proscreveu como anarehica "a ingerência da auetoridade judiciaria nos actos do Poder ecclesiástico." Gomo? Proclamando o catholicismo como religião do Estado "é .a independência inevitável do seu Poder ecclesiástico em dos outros Poderes." E continua: face "Os outros Poderes sobre cuja divisão e harmonia a Constituição politica firma o E' assim principio conservador," etc. que temos o Poder legislativo, o judiciario e o executivo.. . .No meio de todos estes, apparece o Poder ecclesiástico, com toda a sua independência e sua missão espiritual . . .Sendo isto assim, evidentemente ficam em presença um do outro o Poder do Estado, nas suas ramificações e o Poder da Egreja.'' ^WlpTW^Y JüNHO, 28, 1S74.J O NOVO MUNDO. 161 Ora sendo tudo isto assim tao ovidonto REVISTA AMERICANA, do Parlamento, que por, conseguinte a doira farça, e agora os sous inimigos, caao nosso jurisconsulto, entende elle que pôde revocar quando ò queira. Mas a pitaneados pelo grande Mr. B. F. Bdto Supremo Tribunal de Justiça devera muitas vezes se nega demittir lrr. de Lowell, Mass.,mataram-n'acomcommissão As duas câmaras do Congresso procuindagar bem, antes de tocar neste proo suecodo e contrario,—ella demitte a pletamente, pelo único motivo que ella cesso, sacrilego, si os actos denunciados raram assentar alguma medida fmancoiresultavam das altríbuições inherentes ao ra, depois que o Presidente recusou sane- Câmara, e até a dissolve. Isto é bem deu exactamente os resultados que elles freqüento no Brazil. Nos Estados Uni- esperavam, á vista do ridículo credito poder dos Bispos, "aos representantes cionar a que augmento va ó volume do meio circulante; mas nada puderam con- dos o Ministério é uma reunião dos che- que votaram para suas despezas, e á visdo primeiro e mais respeitável Poder que existe sobre a terra." Isto é o que elle cordar. Como ainda mostrassem "ten- fes das diversas repartições geraes do ta de todos os mais embaraços, que, com devia tor feito com um processo "que dencias expansivas," o querendo Grant Poder executivo e o Poder executivo é o Presidente, lhe oppuzeram. O que não veio abalar os fundamentos os mais soli- conservar intacta a machina do seu par- confiado por um prazo certo ao Presiden- cremos é que o ppiz-se mostre satisfeito dos do nosso Direito Publico." O Tri- tido e impedir-se da necessidade de op- te, que é o único responsável. O Presi- com os seus representantes. O Congresbuual, em summa, é condemnado pôr um segundo veto, elle fez o que é dente deriva o seu poder da mesma fon- so, pelo menos a Câmara, está agora pelo nosso collega por não ter reconhecido aqui raro,—escreveu e publicou, sem ser te de que o Congresso deriva o seu,—são muito desmoralisada, e o povo não há de "os direitos de um outro Poder que a em fôrma regular de "mensagem" ao dons Poderes no mesmo nivel, que não olvidar facilmente uma reforma que em Constituição implicitamente reconhece, e Congresso, uma breve exposição das me- se podem censurar por meio de votos de toda a parte se crê tão necessária. reprovação ou desconfiança. Si o PresiA recente votação do Congresso é tanque é o Poder da Egreja." Estávamos didas que em geral elle deseja ver app odente commette crime, então to mais é responextraordinária quanto em fins de vadas. Essa exposição fez parte de uma dispostos a não tomar ao sério similhansavel a lei, nada mais. A no- Abril o Presidente subjeitou ao mesmo perante tes argumentos d' uma Gazeta Jurídica: carta a um Senador Jones, da Nevada, mêação dos Ministros é inteiramente da Congresso um habilissimo relatório do até agora era só conhecido por ter mas os reproduzimos aqui para mos- que sua iniciativa, Presidente da Commissão da reforma do e Ministros os não muito trarmos como nos tem corrompido a hy^ dinheiro, e não .por entender dá ter assento nas Câmaras. Si estas,podem serviço, Mr. Dorman Eaton, em que se brida união da Egreja e do Estado, a seiencia do dinheiro,—o que fez a Tribupois, não approvam ó de um claramente deinecessidade ne a notar da reforGrant prova procedimento tem o mais decidido que ponto que ainda produz homens intelles, censura a recahe ma no e, Presidente; o é mais, e respeito se mestra os ligentes que nos vêem apregoar similhanque grandes pelos homens prósperos. São tes doctrinas em nome da nossa Consti- estas as principaes idéas da carta a Mr. como elles não podem censural-o, elle é benefícios que já resultaram do quasi naJones: 1? De Julho de 1815 em diante livre em conservar ou demittir o Ministro da que se tem feito nesse sentido de metuição, e das mais leis vigentes. Como é que lendo a Constituição, ain- todos os contractos, vendas e preços se- nocivo, carregando apenas com as. con- lhorar o modo de nomeação dos empregados públicos. da o que não fòr jurisconsulto ném re- rão avaluados em ouro; o papel-moeda seqüências moraes do caso. No incidente de Mr. Richardson, o ainda —* seria usado mas ? o ouro dactor de folhas jurídicas, pôde chegar a pelo povo, Presidente entendeu era maiz seria o verdadeiro que prudenJá temos descripto a anarchia em formar a theoria mantida no escripto de padrão dos valores; te removei o do Gabinete; mas cioso de se acham alguns dos Estados do Sul que 2? 0 Congresso deve determinar a retinos da occupamos, é o que só podemos que suas não fazel-o muirada da circulação prerogativas, das quiz notas do Governo União, sobre tudo a Carolina do Sul, explicar pela cegueira dos prejuízos de onde os ex-escravos que forman a maioeducação, daquelles que excluem toda a a começar de certo dia fixo, por exem- to apressadamente. ria eleitoral, organizaram um governo intervenção da intelligencia e do ra- pio, 1? de Julho de 1816, e para este fim o Thezouro ser auetorizado poderia ciocinio. Houve este mez congressos politicos do mais audacioso latrocínio de que ha para emittir apólices de 4^ cento, resgados lavradores da Pennsylvania, Illinois noticia. por A Constituição consagrou como relitaveis desde o 10° anno depois da emis- e Indiana: os destes dous últimos EstaOs negros entenderam que não tendo gião de Estado a religião da maioria dos são até o 40?, em estariam todas reque dos nomearam candidatos independentes propriedade sua deviam adquiril-a por cidadãos. Ella tambem reconheceu que colhidas. Em Julho de 1811 ò Governo a drvisão e harmonia dos Poderes politipara os principaes cargos, mais os pro- meio de* empregos públicos, e de confiscomeçaria a retirar da circulação todas grammas de acção, que foram approva- cos por falta de pagamento de impostos çoS era o melhor penhor das garantias as notas de de Não tendo bens elles mesmos, $5 e dahi para dos não eonteem cousa alguma de interes- enormes quantia què elle mesma nos offerece (Art. 9), e baixo, e no fim do segundo anno não nada só tinham "Òspodea perder. O resultado é se. Os granges ou associações dos lavralogo depois (Art. 10) diz que res politicos reconhecidos pela Constitui- essas como as de $10 estariam todas re- dores pretendem não ser associações po- que hoje a Carolina do Sul é um montão colhidas. 3^ A divida ção do Império do Brazil são quatro: o tinuar a ser amortizado publica deve con- liticas. De facto não pertencem aos Re- de ruínas: o povo foge delia como si esticom os saldos do publicanos nem aos Democratas mas é vesse infectada de peste. Ultimamente Poder legislativo, o Poder moderador, o orçamento. 4? Inaugurar-se-ha, então, questionável que não se formem em um alguns dos libertos teem tido remorsos e Poder executivo e o Poder judicial." O um systema de liberdade bancaria. Poder legislativo faz leis e vela na guarpartido regular. Por ora a sua maior procuram agora levar um sem numero importância politica consiste na própria de seus empregados públicos aos tribuda da Constituição. O Poder judicial proEstas vistas geraes do Presidente teem reluetancia que teem para ligar-se a um naes. Os jurys teem condemnado a muinuncia sobre os factos e applica-lhes as leis. Ora a Constituição e essas leis de- agradado bastante. Na reunião annual dos partidos existentes: o que mostra a tos. destes, e o próprio Governador do ciaram que os Bispos, ou o tal "Poder republicana do Illinois,o Senador Logan, geral falta de confiança nelles, e talvez o Estado está pronunciado por dous crimes, ecclesiastico" não podem publicar certos um dos chefes do systema expansivo, principio de uma revolução geral na sua um delles o de furto. Mas este cercou-se documentos do .Papa e da sua "Sancta tentou crear proselytos; mas a reunião organização antes da seguinte eleição de soldados e não permitte ao official de justiça que se approxime para intimará Madre Egreja" sem que o Imperante estava tão decidida pelas idéas de Grant presidencial. lhe a sentença, e, entretanto, elle estexamine-os para ver si eonteem alguma e da gente honesta, que Logan calou-se. usando da sua attribuição de perdoar cousa que se opponha aos interesses do E é assim que se dizia que o paiz queria Desta eleição já se começa a tractar penas e tem mandado soltar centenares Estado de que é chefe e defensor consti- expansão do meio circulatório e a Cama- com algum interesse, e naturalmente prode condemnados. Só do districto de ra,. tucional. O Código e a legislação crimipor grande maioria, decidiu nesse cura-se enxergar no horizonte politico o Charleston, 87 condemnados foram nal previram o caso em que os Bispos, sentido. A verdade é que o veto é uma vulto ou os vultos que mais probabilida- doados por elle desde Janeiro do perandas melhores dos accinte Governos de terão de ganhar a palma. Por ora toou por outro motivo, queiram garantias por no cònstitucionaes. A vontade do povo é davio, essas conjecturas são mui arriscap. p. furtar ao exame e placet do Estado os — ¦ ? breves e ordens apostólicas, e marcou pe- freqüentemente ignorada ou menoscabada das porquanto a do estapopularidade A Pall Mall Gazette serve-se deste nas a esses crimes. No recente caso de pelos seus representantes do parlamento, dista ou politico dos Estados Unidos não exemplo para infundir nos seus leitores D. Vital, o Estado o accusou desse de- e basta ao Executivo chamar a attençao depende de valiosos e ininterrompidos um argumento ad terrorem do que ha de dos constituintes pelo meio extraordina- serviços, e de reputações illibadas,—delicto perante o Tribunal competente: este acontecer na Inglaterra si por ventura Tribunal só tinha de fazer o que fez: co- rio do veto para que elles se declarem pende muito do acaso e tambem do que nhecer do facto e applicar a pena. Tudo logo energicamente pela politica que na melhor cabala. Começam agora a re- pássaro projecto, de que tanto se tem fallado, de estender o suflragio aos opeisto era e foi mui simples. Não se tracta- realidade seguem. Quando o Congresso ceiar que Grant se lembre de ser querer rarios agricolas. A difierença, aliás mui va de discutir perante o Tribunal si a aboliu, no meio de risadas diabólicas, a reeleito uma segunda vez, e a isto é que notaVèl, é que na Carolinao negro está Egreja catholica é livre com o placet, ou commissão de reforma do serviço admi- as folhas chamam Cesarismo. O é que "Poder," si é um e tantos outros pontos nistrativo, ou quando votou que o dinhei- exacto é que si a segunda reeleição do na maioria, e na Inglaterra o operário de hoje só debatidos pelos membros ociosos ro que a Gran-Bretanha pagou para cer- actual Presidente seria ha dous mezes que se tracta não estaria sempre, o que das associações de debate dos estudan- tos fins da demanda Alàbama e só para uma cousa politicamente impossível, tor- tnrna o caso americano muito pêor. tes: tractou-se apenas de conhecer de um esses fins, seja agora applicado a outros nou-se agora ao menos réalisavel, pois O delicto e cumprira lei, clara e expressa, fins,—como aconteceu este mez,-—não Grant teve o bom senso de repudiar a a ideaprojecto chamado do civil rights era predilecta do finado Sümner nos que existe. Os próprios juizes que con- podemos crer que fosse esta a vontade do diçtatura de Morton, Logan e outros poseus últimos dias. Os libertos não são demnaram o Bispo podiam bem syitípa- paiz: o venceu em um e outro caso, foi a liticos influentes do Oeste, que queriam ainda recebidos thisar com sua posição, como nós mesmos impudencia de um que Bütler, que es- expandir a circulação fiduciaria. promiscuamente cornos Este brancos nos the.itros, nas escholas, nos sympathisamos sempre: mas elles nãopo- tá ã frente, no Congresso, de quanto pia- acto ha de ter grande peso em seu favor carros e conducções diam cumprir seu dever de juizes sinão no torpe apparece, e;que infelizmente si elle apresentar-se publicas, e tudo isso perante o paiz para era crime coudemnando-o, pois eram juizes e não tem ali uma legião de discípulos nas suas uma terceira presidência. punivel pelo projecto. Parecia artes tinhosas. não haveria duvida que passasse na legisladores. . què Câmara como passou no Senado: mas Desejáramos ver a questão descutida O facto é quo só será eleito Grant, elle aquella assemblea teve escrúpulos conTemos afinal um novo Ministro da Fa- mesmo, ou juridicamente: a Gazeta, de que falíamos, elle quizer, pois infeliz- stitucionaes sobre sua attribuição a este quem purém, só mostrou que a questão é real- zenda, Mr. Bristow. O Presidente nò- mente os representantes da nação ainda respeito. E' verdade que ha um Artigo mente tão simples como parece. Ella es- meou ao ex-Ministro Richardson manteem quasi intacta aquelle engenho Constitucional Addictivo para capou inteiramente á questão que venti- Juiz de um tribunal de Washington, e temivel de corrupção prescrevendo que se chama pes- que os direitos de nenhum serão coaretalou e apresenta-nos apenas o velho argu- custou muito a ceder á opinião soai do serviço administrativo. Neste dos por motivos dè côr e previa condição mento jesuitico de um Poder ecclesiastico, qúe altamente pedia a exoneraçãopublica deste mez foi rejeitado pelo Congresso um de escravidão. Mas a Câmara parece independente, e maior do que os próprios funecionario desleixado. credito da exigua quantia de 50 contos accompanhar os Poderes politicos, os quaes no Brazil sãò , Póde-se dizer em favor dos Ministros que pensam que a legisse pediu para as despezas da refor- laçoo do civil rights que bill ao domidelegações da sociedade civil que existia responsáveis das Monarchias constitúcio- ma o próprio partido dominante ado- nio dos Estados, não ao pertence que federal. Ainda de muitos annos antes da Egreja. naes ahi, assim que a Câmara cen- ptou no seu O já que programma desde a primeira até o serviço no jury, donde alguns Estauni co poder ecclesiastico verdadeiro que sura um Ministro, este retira-se, quasi eleição de Grant. Este e seus amigos do excluem a conhecemos (e esse não politico) é o sempre com todo o Ministério-, e gente de côr, não é própriaque aqui, nunca foram sinceros na advocacia da mente um direito do cidadão, pois as leis que procura converter as almas á Cmtis- um Mrâisltro pôde ser censurado e ò Pre- reforma, isto é, nunca deixaram de duvilocaes exigem vários requisitos, como into e ü salvação, ò que lhes ensina o cami- sidente negar-se a demittil-o. Grant dar da sabedoria da máxima que ao strucção, residência, renda, etc, para nho da vida que é a Verdade. O da Ga- levou um mez a descartar Mr. Richâkd- vencedor pertencem os despojos,—estes aquelle cidadão de quem exige este dever zeta Juridiça é politico e só procura con- son: poderia talvez conserval-o dous an- despejos sendo os empregos do serviço e,encargo N'uma palavra, é de lastiverter corações á Roma, por um caminho nos mais sem que ninguém ôbri- administrativo, os quaes se devem .dar mar pudesse na Republica ainda prevaleçam de superstição e trevas, que é a Hypo- gal-oà demittil-o. não á gente que mostra aptidão especial' taes que distineções crisia e a MentiraIsto, porém, nada prova contra o sys-, inas á por motivo de côr; o meio melhor cabala nas eleições. que mais adequado Resta agora laos Brazileiros decidir tema dos Estados Unidos. Nos porem, para eliminal-as gover- O Presidente tem desmentido tanto os não é, ao a legislação: tal destes dous nos que monárchii parece, o-parlamentares, qual poderes preferem. o Minis- seus de reforma, que a tal re- meio talvez tenda aggravar o mal terio não é mais do que uma commisão forma,protestos para se tornou, em geral', um verda- ** ¦—"""B* T»r*-r»j . "smwii» 162 O NOVO MUNDO. -í- .Jhniio 23, 1874. mmmjm^.m^mmf ji!iiii»iiiiiiiwywi)w^w»iii|iii)i|iiai i ij^w^.iíiiiimii.miinipwii p«"i ¦ m mwm*wm.*m*' 163 O NOVO MUNDO. Maio, 23, 1874.1 ¦ ' • ,» . - • *•<•'¦ • ¦ .'..¦¦! ffií " ' •' , . '' •''"* ^ '¦*'*...'. .... > . . 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Para mostrarmos Havkmo-nos já occupado varias que ceu-se das eloqueutes palavras endereçadas pelo prefixos e sufflxos, dir-se-hia que o Virgílio Brave- movimento incessante por zes de>New York Times como existe na proximi- Imperador ao Ministro Paulino pe Souza ro- zilelro, como imprópria e emphaticamente dosigperiódico. dade do Times basta-nos dizer commendando-lhe se applicasse á instrucçao e nou a sua versão era uma Uoje faremos uma rápida descripção vera effigies ou fiel phoque é o educação do povo a somma avultada do que a gra- tographia dò Virgílio Latino. principal pulmão*do centro commerciál tidilo nacional destinara & edilicio, o que também nos toca de erecçilo d'uma estatua Os mesmos defeitos, perto de uma cidade tal como New minorados pela York. O commemorativa dos relevantes serviços presta- differença dos originaes, apenai porquanto foi nelle que nasceu o Novo se notam lliada que Mundo, e ahi tem-se conservado sempre, Correio, os principaes quotidianos ahi aos pelo primeiro cidadão ií causa da pátria, ul- talvez por esquecimento deixou de na ser ooffnoraitrajada nada de Brazileira. tomo temos dicto freqüentemente, a 5Stan' j8 cinco linhftS mais concorridas pela injusta aggreRsão paraguaya. Em uberrimo solo Nao somos suspeito de falto de patriotismo; cidade do New York tem a forma topo- de Bonda ahi vão terminar: ahi estão as ração; na oôrte, nos oahiu o germen da regenemas confessamos que n8o nos cega elle a ponto prinoipaes e provincias, repartições municipaes, e em dous minu- ainda nas longínquas, organisaram-se graphica de uma lingua que se vai alarde excogiter nssociasimilhantes denominações, que nos ções destinadas a distribuírem pelas classes po- parecem ridículas. gando da ponta ao fundo: a ponta sendo tos de passeio estareis em qualquer dos bres o pão do espirito; e pois numerosas escholas tastle Garden, onde desembarcam os im- dous lados da cidade, nos principaes banFiel ao seu systema de abreviar os originaes nocturnas e domingueiros cos, na Alfândega, migrantes. Dessa ponta ao Central Park. na Thezouraria, na encanto. Nessa effiorescenciasurgiram como por offerece Odobico uma estatística demonstrativa intellectual avan- da economia que fizera de dous mil Praça do Commercio, —esse lindíssimo quinhentos jardim não exedido em dos os «'Stabelecimentosem summa em to- tojou-se a Província de S. Paulo, que já se dis- e òmcoenta e oito versos E note-se que essa tmguira bellesa natural nem impulso de que principaldado á- colonisação e ás poupança foi feito sobre um pelo pelo Bois de Boupoema esoripto em logne,—estende-se ao comprido o afáma- mente depende a vida de uma grande emprezas industriaes. Grego, que pela sua oonstítulçao Com raras excepções receberam quasi todos os considera-se infinitamente superiormorphologica do Broadway. Esta magnífica artéria metrópole. a qualquer desse generoso movimento testemu- outro idioma moderno/inclusive o Allemão. promotores , do Time8 foi nnos erg«iclo em da munificencia imperial; e si todos nao passa por trez praças no seu transito. iQ?*edÍficÍO Grande difflculdade Não fallandodo Bowling Green, onde co- 1851 e custou, com o terreno, para cima foram equitotivamente galardoados deve-se attri- em trasladar os epitetosencontrou o nosso poeto que tento abundam no de trez mil contos de réis. E' todo de buir esse lamentável olvido^ ausência, ou quiçá original e tao característicos meça e que parece ser a sede do estylo á injustiça predilecta uma das informações emanadas das respeo- homerico. Quanto a nós naosesetornam dos Consulados e companhias de tirou elle sempedra escura, côr de chocolate, e a tivas auetoridades, paque- sua architectura é pre bem dessa difflculdade, como se deprehendetes, a primeira praça Uma das mais profícuas manifestações da no- xá patente da nossa eraque atravessa é a vura. do seguinte trecho: va phase em que entrara o complicado da City Hall ou Câmara municipal, "Taciturno o ancião treme problema a e obedece, da instrucçao do povo foi o da creaçao dos O edifício do Times tem 118 segunda é o Union Square, e á terceira, Busca as do mar flueti-donantes praias. portas e bibMhecas populares Ao que pariu puichricoma Latona o Madison Square. Esta ultima é janellas para a rua, e as entradas para os dentes do dragão que se multiplicaram como Afastando-se de Capmo: ímpreca: '"Arci-tenente pare hajam os seus andares superiores são posto talhada por um vastíssimo hotel algumas Ouve suecumbido, Smintheu, em virtude Tenedos enfreias. quatro: da famosa lei (o Fifth uma do lado de Nassau Chrysa protegos que Avenue) por outros não tamanhos, e a divina Cilla, Street, que é de Daewin fslrwjgkfor life), manteem-se outras por Se defestões colguei teu sanetuario, casas particulares, por um Club impor- particular dos compositores, e trez no com certa vitalidade promissora de optimos reSe de cabras e touros coxas pingues SUltadOS. ..'';'; • Park Row. tante e uma ou outra casa de commercio. Elle tem cinco andares e Te hei queimado, compraze-me desejos. Envergonhados de que as escholas publicas Aturos teus meu choro os Danaosospaguem." mais o basement ou pavimento subterra- funccionassem No Union Square, que lhe fica um em acanhados e impróprios prepouco neo, onde estão os A vernaoulidade da dicção e a energia do verabaixo, ha a mesma classe de edificios, prelos do Times e uma dios particulares emprehenderam alguns varões so "restáurant." que em subido grau recommendam o trabalho casa de a c°Mtracção d'edificios adequados bilhares sob o com a differença que existem Es- a *»emeJÍt28 do nosso saudoso compatriota não são bastantes muito sa já tao uhl fim. folha oecupa, além da maior Quatro ergueram-se nas mais lojas e armazéns. E' para desculpar-lhe os defeitos, tento mais que parte do praças de D. Pedro I,palacetes que esta pra- basement, toda a loja de Onze fica a trez milhas e meia da Castle da frente, e mais a Mai do Bispo e do Duque de Caxias,de Junho, da delle só devêramos esperar preciosíssimas belleça podem zos, attendendo á sua vastíssima erudicção é Garden, mas mais abaixo do Madison que tem o letreiro "Nash & Fuller," rivalizar com os que de melhor existemque aos em paizes honrados ocíob em que mais adiantados ultimamente que se lhe escoaram os derrana vereda da civilisaçao Square. O City Hall Park é o único lardesalugou a essa firma: a No desta derradeira praça, onde vai-se estabe- deiros dias. go que existe no centro commerciál de redacção da folha oecupa a frente do an- lecer as escholas nos parecer que não era tão conhecedor pnmariasd'ambos os sexos da do Quer dar em que está o Novo Mundo, isto é, freguezia New York, e dahi a sua idioma de Pindabo como dó de Hobaoio- e da Gloria, o Sr. Conselheiro isso pautara a sua versão por outras, as trez janellas do Park Row e as dos Manuel Fbanctsco instituiu nencia. Um dos lados da grande é proemipor nêm Cobbeia, formapraça que foi Ministro sempre escoimadas de imperfeições. outros lados: do pelo Broadway Estra??.eiros a composição Sãò no ê™10B por e actual estereotypia Gabinete certo dignos de apreço os trabalhos que o corta: outro, e na a%a de 7 de Março, presidido pelo Sr. Visconde da senhora correspondente da do Daoteb e de Monti nos municipalidade e a Court parte do andar su- Bio Bbanco, pelo paço quaes sene de conferências scientifi- escora, se House, outro pelo chamado Park Row e perior n'uma só sala enorme e muito ai- co-litteranas, uma mas não sabemos porqueprincipalmente deixou de conas quaes vão sendo concorridas Bulterasnãomenos Pnnting House Square, e finalmente ou- ta, reunindo todas as condições hygieni- por crescido numero de damas celebres, e por vezes supee cavalheiros. tro por um único e pequeno edifício entre cas necessárias, pois o Times foi cons- Dmdem-se essas conferências em duas secções- nores, traducções de Thomás, Benouvieb, CIma das Quintas-feiras, mais propriamente didactí- PnJS» d°?,aí? Por T*™**)'* « as de Pope e truido especialmente para esse fim o Broadway e o Park Row, jornacas, e a dos Domingos, mais phüosophicas e ás Cowpee, estimadissimas dos inglezes, visto como por quanto a praça e muito irregular, tendo a forma listico. a sua confessada ignorância da Hngua alleman vezes poéticas. Nas ultimas teem occupado a triO resto do edifício e alugado de um triângulo isosceles, com o angulo COIopal8ar a monumental versão buna merecidos applausos) os Sra. Conse- deVôSVa para ou- lneiros(com tros fins. Assim, ha Vertical cortado parallelo á baze e á Cobbeia; Pebetba da Silva, Affonso Celquatro periódicos Outra nodoa que marea a tráducção d'Oi>oBico pou- alem do Novo ea distancia do vértice. Tal é a Mundo, que teem escriptor so, Jjibebato Babboso, e os Srs. Drs. Duque Es- Mendes e a carência de naturalidade e tbada Tetxeibà, praça Guanababa, Busch Vabella e cia em nos ahi; ha duas agencias de annuncios, outros em que está o edifício de seus versos Lemos com prazer deumafluennao menos distinetos. ±*au*, que nos oecupa- trez paadvogados, duas agencias de mos. r gma, admiramos-lhe as bellezas de estylo e mSHa quem note nessas conferências certo privilepentria dehnguagem,mas sentimo-nos pouco dispôsdor para a declamaçao, exuberância de locares A nova e soberba estrueturà do Cor- gios de invenção, e uma agencia de papel communs, e deficiência dessesenso practico que tos a proseguir sem resfôlego, sem^stenceannos de impressão. reio de New Yõrk oecupa uma "° em subido grau caracterisam as inglezas e grande ^ue » natureza do asAte ?°nto eminconveniente «m^Tente sumpto parte da praça, e de facto ê o maior ediparecia tornar p 1» de Maio o Novo Mundo oceu- americanas. Sao porém ligeiras nugas queanglopor interrupção. A cada passo da recente qualquer ficio de granito deste continente.—No pava somente trez janellas o Park si próprias se dissiparão quando a idéa se radiversão* £ para ifooda encontrado a verificação deste asserto, Row e seis para a Rua de Nassau. Broadway nesta parte descoberta e homens especiaes tomarem a que o seu aliás se nos antolhára ao leroios.as peito çar, pela Desde então oecupámos o antigo es- desenvolvimento. Georgicasãl praça estão a antiga Astor House, um Vraomo Já d'ahi originou-se a creaçao d'uma sociedaque nos arrebatara em nossos verdes an- criptorio da Alhion com mais trez immenso hotel também de janei- de, favoneada por senhoras pertencentes ás prin- nos» granito, se- Ias Ainda mais sensível se tornará a verdade para o Park Row: nessa addicção é cipaes famílias da sociedade fluminense, guindõ-se-lhe uma série de nobres estrudo que sob acabamos d*escrever a quem se der á que se o acham cturas de pedra e ferro, verdadeiros titulo ãe-Promotora a redacção que da da Instrucçao, nossa pena AméimSrade cotejar a tmducçãodo nosso compatriota pa- nea Ilustrada, Ia cios commerciaes. e o. escriptorio da admi- se de orgamsar escholas domingueiras e noctur- a do Sr. Visconde com de Castilho, que fao bem sounas. Duas da primeira classe já se acham fem Do Park Row até á Court House estão nistração geral, e são guardadas as pran- exercício: umano be conservar a doçura e maviosidade do conviva da Praça do DuqS de Mecenas os principaes quotidianos dos Estados chás electrotypadas das gravuras. As de Caxias e outra nopalacete fazendo passar pelo chrysol do alePedregulho. Es^ assoS xondnno portuguez as bellezas de finíssima a^ua Unidos, e entre o Broadway e o Park trez janellas da esquerda são divididas meandros do hexametro em outros tantos esctíptorios para vários Row está ò Nèw York Herald, cujo risco laíüio mn°S Para coroar a obra appareceu fins, o louvável pene no fundo delles existe uma sala samento e leve e delicado: o edifício é de marmoAcreditemos o da fundação íuma eschola normal, Sirimérito d*uma traducçao consistequena principal re e do estylo da renascença. Seguem- onde estão classificados números atraza- gida ainda pelo Sr. Conselheiro sua fidelidade, combinada Cobbeu, ê di"S%°ü comPrfensão; porquantTsão se no Park Row os edificios do Express dos dos dous periódicos e onde se faz a tnbmda em vanos cursos, professados por alsuns tiZ * T cavalheiros, de8eJ°SC)s *° conhecerem expedição no magistério dos números correntes. e EvmingMü (folhas da tarde), World, publico ou paS os Sif^í8^^ A cular se teemque das htteraturas primores feito estrangeiras não poconhecidos. Puncciona este derão iniciar-se New York Times,New York Tribune,Sun, composição é n'uma sala contígua á do eschola no no mechanismo grammatical das térreo pavimento do conservatório de Star, New Yorker Journal, Daüy News e Times, de egual fim, é por conseguinte musica, mandadofranquearpeloSr Minisfi-n ^n SSS2 qUe foram Pri^vamente escripS no andar Lnperio^Conselheiro superior. Staats Zeüung,—ÍBto é Dahi são as fôrmas Joio aLbepÔ Gobbeu ní ÍTwVW ^Bftla.»*«o porque ChateaubbI^nd já não fallando de mandadas preferia as versões em prosa ás em verso. uma multidão de outros baixo meio para de guinpor Mais comprehensivel periódicos meno- daste Bem defeituoso nos que pareça o procramma e, certemente a .tráducçãoe por isso mais popular res. São do afamado S? W da recem-na^cida próprio. oa Evangeliha, poW eschola, formamosvoKSa Desde o HercM até a Beekman Street, Green os prelos em que são impressos os ?uaestabihdade, ainda seja como que tenteff em cuja linha acaba o edifício do Correio, nossos jornaes. Na composição e no ou ensaio d*outro mais serio commettímento devida Á e^gante penna do^S vT^"ff' ao »r. Dr. Fbanexin escriptorio Dobia. ^^ existem dezeseis pessoas dedinão parece haver uma praça,—tão alta é cadas aos Todossabem Ànalysemos^agora qüeLonopellow inspirou-se nas vários trabalhos das duas1 foaquella construcção. O Ciiy Hall Park per summa capita alcumas paginas do mavioso idyllio GoeS, EerlnaZ é hoje propriamente o espaço entre a face lhas, fora a impressão, gravura e distri- obras vindas á lume no primeiro trimesffdo eDorotlm, e que rivalisandode com o^u n3£ chegou por vezes a levar-lhe as lampas. Só trez das dezeseis posterior do Correio e a Câmara munici- buição. pessoas E na poesia desonptiva que sobresáe o talenAb Joveprinápmm: comecemos pai. Pois bem: o New York Times é o são naturaes do Brazil, a saber, o prolliada pela de to do bardo americano, cuja penna se converte Houmo trasladada em verso portuguez edifício que fica quasi pnetano, que. toma conta exclusiva da em delicado pincel traçando ollindissimos pS justamente no meio redacção nobl Odobico Mendes, a os pariSristm dros da. natureza acadiense. deste periódico, um compositor de um dos lados da qquí não esquecem de qualificarquem praça; com a diffede NatiraltoMaZ está aqui rença que nelle acaba-se o Park Row, A pintura d' aldeia do Çrand-Prè e por pouco tempo) e um nhao. Discípulo de Fhonto da vida e (que a praça alarga-sa mais; deixando ao edi- aprendiz de compositor. No resto ha os um arçhaismo ambulante, umElisío era OdoS pacifica dos seus felizes habitantes, a tocante vivVconscena dapartida dôE, exules, victimas elementos Americano, Inglez, Cubano, tra as innovaçoes da linguageríprotestoaliás ficio do Times nada menos dapíepcí trez frenachaque tencia que ram governo colonial, as peripécias Ha™ justificação neste sublime códigoTo bom ma e o doseudesenlace, tes, uma no dicto Park Row, fronteira Italiano e Allemão. realçadas^ See ^' Pek denomi^9ão Arte PoS Pathica figura d« Evangelma,;pretendem ao Broadway, a segunda olhando rHoCBAaoe.Cld° a a S~ para ção doleitpr, encantado pelaí graças do estfo Umara municipal, e a terceira na Rua Exhibira o erudito poeta Brazüeiro «T™8?0» provas do tóagisteannente Sxde Nassau, que corre seu cabal conhecimento da lingua vernácula LITTERATURA. ^fâte pelo traduetorta°brazileiro parallela ao Park trapretradas duzindo magistralmente as tragédias MéropTe Row. A frente própria do edifício Em verdade o senhor Dr. Fbankxtn Dohta ro Tancreão por certo as mais selectas do rece ser a segunda, porque é a mais pavelou repeVto! neste tíabalho cabal" conh^SutoTün*esno de VoMAiBE,e medindo-se corpo á corpo dasB1B treita; mas a frente mais real e conspicüa MOVIMENTO LITTERAEÍO NO BRAZIL, comosuaviloquovatede SQa mefcrificaçao, doMantua S«e a patea que reSema tendo se ufana de contel-o por um e a que é representada em nossa nosso idioma com uma excellenteenriquecei que da dos Seus dignos filhos com o fiel trânKipS gravú(De um nosso correspondente.) Emâa, Bucolieas e Georgims, digna deversão ra. Veèm-n' a todos quantos vão ao émPaS d um dos mais esmerados cor- PTcFmJL^JmtI^fi, da hE produetos ««erareio, todos que passam tura anglo-americana. «oientifl. ^^-Conferência, oo-litteranas no Rio.—A pelo Broadway tráducção da liiáda norM Essa litteratura, tão pouco conhecida OdoncoMèndes—A da ^tv&^FXriT-Ai todos que transitam pelo Park Row bom grado subscrevemos aos enthusiasticos ciada e apreW entíe nós, merecera mais detido examS ^De vão á Camárá municipal frente. Alme!dípela ra mister que as obras de Emebson, IIa^hoÍ 4*»» Producçõès mephlC gem do Atlântico, e sentimos S^GaSiÍ! Todos elles, si olharem justo orgulho ven- ne, Poe eDuteos para este enorse vulgarisassem junetemente do proclamar a sua proficiência na lingua de comasde Longpei.low, Antes de proséguirmos na encetada tarefa me edifício, ahi verão a extensa de Febbeiba peCoopeb, Ib4o, fe? e Sá de grade Mtbanda; não podemos toda! Bbeoheb dimosvema aos leitores do Novo Mundo ferro com o nome em lettras douradas d' alguns poucos cuja exisSâ via deixar de adhenr ao reparo dos para ?j ™ti**Wbo symptoma que lhe ex*± O Novo Mundo,—nome que Sf ?"??? pelos viajantes i££S? intellectual que se observa nestede pro- probram certa obscuridade que faz com que seia poucos,com- gresso E'w ert°gelada bem smgularophenomeno muitas paiz vezes mais comprehensivel o original dò «ahkL parativamente, sabem o que significa, Queremos fallar do afan que mostram os poderes que se observa no nosso paiz, onde distinetos que a tráducção Imbuído no preconceito de tos fazem ümbre littei"! mas que não podem deixar de notar nãó políticos em acoroçoar a iniciativa particular em que a língua portugueza é só e immediatamente de ignorar o movimente Electualque se opera nas regiões só por isso mesmo que não o entendem tudo o que diz respeito á instrucçao publica. derivada da latina, neo-contnen nenhum babido e que o verbo fecundo dessa iniciativa escrúpulo dar carta de cidade a qualquer vocábuloteve dl toes, e onde mais depressa se sabe do livro pS. vindo cado em Pansz, Bruxellas, ou Lisboa do Ineão ãBBeEumbem presidida p610 Sr- 4SE to%TTC0ílheCÍd0 e fl¥a,áA> P^ta Á£S °s £u5. m Tes modelos ^ estra^s ht SSfSJTií18 &e teem feit0 n,mm e n'outra «2 ¦:r.~l.- -.—.--«...,,«,,,.-„,,~„ ,„ ,„,vw,„„.„.„. ^•Sls^*^!""-":-;*-™,» 1iggí"«BS»- O NOVO MUNDO. Junho, 23, 1874.] vindo á luz em Buenos-Ayres, Montevidéo, Lima. Sanotíago, Valparaiso, New-York, Boston e Philadelphia. Bem haja o illustrado Sr Dr. F. Doma que consagrou seus lazeres a trasladar para o idioma pátrio uma das mais acreditadas producções da musa americana, e oxalá prosiga em tão bem estreada empreza. Far-lhe-mos, todavia, uma ligeira observação: referimo-nos ao emprego de vocábulos iuglezes e francezes com que sarapintou a sua, aliás tão correcta e louça traducçao. Sabemos que se nos pôde oppôr a necessidade da côr local e o exemplo de distinotos poetas, nomeadamente Gonsalves Dias: os maus exemplos, porém, não devem ser imitados, e com toda a razão dizia Qotntiliano—JSTon auctores modo, sed partes operis ekgeris. Foi-nos obsequiosamento remettida de Lisboa uma nítida brochura com o titulo de Locubrar ções, trabalho do Sr. Dr. Antônio H. Leal. Consta d'uma série de artigos do mesmo senhor divulgados pela imprensa periódica do Brazil e de Portugal. ' Oomquanto pouco sympathisemos com essas compilações, embora firmadas por algum prestígioso nome como o do Sr. Alex. Herculano, não desconheceremos que alguns dos trabalhos, ora reproduzidos pelo Sr. Dr. Leal, teem merito intrínseco e pertencem ao numero dos que podem comparecer perante a posteridade, arrostando o seu imparcial e severo juizo. Na primeira, série (sciencias) avantaja-se um esmerado estudo acerca dos nossos indígenas, e na segunda (lettras) âistinguem-se os consagrados á historia do Maranhão, á guerra do Paraguay e a litteratura brazileira contemporânea. Nos dois últimos artigos faz praça o auetor dos seus variados conhecimentos das coisas pátrias, e do achrysolado amor que consagra á terra em que viera á luz do dia, e da qual por circumstancias imperiosas, vive arredado. Acaba de sahir dos''Memórias prelos d' esta capital o sedas volume para a historia do gundo extineto Estado do Maranhão," colligidas e annotodas pelo Sr. Senador Cândido Mendes d| Almetda, o qual fel-as preceder d' uma* eruditissima introducção. Nesse primorosso. trabalho discute com a habitual proficiência alguns pontos controvertidos dos annaes da antiga colônia luso-brazileira, e busca derramar as luzes da critica a respeito da naturalidade do celebre índio Poty, que entre os Portuguezes chamou-sé.D. Antônio Phtltppe Camarão, bem como a respeito do pretendido supplicio do ex-Jesuíta Padre Manoel de Mo« eaes. Não logramos da ventura de ver dissipadas todas as duvidas, quiçá pela opacidade do nosso espirito; mas pede a justiça que confessemos que o illustre Senador é um polemista de força, e que aos seus outros predicados reúne o da summa delicadeza com que sóe tractar os adversários. Antes de depormos a penna rogamos ao infatigavel e prestimoso edictor o Sr. B. L. Gaenieb, que desterre dos suas duas bibliothecas (a d'Algibeira e a Universal) algumas.producções mephiticas, cujas exhalações, tanto concorrem para deturpar o gosto e a moral publica. As Rolandes, Aliçes, Lucias e quejandas cedam o passo a composições recommendaveis pela utilidade e pureza de doctrina, v. g.: & Historia de um bocadinho de pão de Mace, o; 0 Chiquinlu) de Bbuno, o Cathecismo Constitucional de Demophtlo, os romances scientificos de Vebne, etc., etc. ABAUCABrUS. OS H0LI4NDEZES NO BRAZIL . UMA PAGINA CURIOSA DA HISTORIA PÁTRIA, ha parte da historia do Brazil que seja ÍTÃO S tão amplamente illustrada com memórias e relações contemporâneas do que a do periodo do dominio dos Hoilandezes, Este nobre povo infundiu entre nós uma vida que não tinham os Portugueses e o interesse que tomou a Companhia das, índias Occidentaes nas posses no Brazil fez multiplicarem-se os livros e folhetos sobre elle, sobretudo quando começou a guerra chamada "hollandesa" por. nossos historiadores. Entre os muitos livros interessantes publicados nesse tempo, obtivemos ha pouco um exemplar de uma obra muito rara de PiebeeMoreau, publicada em 1651, em casa de A. Coúrbé, Pariz. No seu excellente trabalho bibliographico sobre a America, Ásher (N9 277) cita uma traducção hollandesa desta obra, publicada em 1652 em Amsterdãq com o título Klare en Waarachtige Béschrijving van de Leste Beroerten en afval der Portugezen in Brasil. Vertaalddoor J. H. Glazemaker (Descripção elara e verídica das ultimas complicações e deserçâo dos Portugueses no Brazil): Até ultimamente, porém não tínhamos visto noticia algumado original da obra, que agora temos diante de nós. O seu título exacto é: Histoire des Demiers Trovbles dv Bresil, Par Pierre Moreav, natifde Ia ville de Parrey en Charotlois (Gravura do editor). A Páriz, chez Augvstm Covrbé. M. DC. LI. Avec Privilége dv Roy. Vê se pela dacta do livro, que foi impresso antes da conclusão da guerra hollandesa, que só terminou dez annos depois, reinando em PortuVI. O auetor, gal o então menino Affonso "por essa doce pak devorado Pierbe Moreau, as cadeias que o lizão dè ver," e quebrando Hollanda ir á afinal gavam^á pátria, resolveu que era então o empório da nnvppição cie to- das as águas da terra. Chegara justamente a noticia que os Portugueses se levantaram contra a Colônia dos Estados Geraes das Provincias Unidas dos Payzes-Baixos, e estavam commettendo muitas atrocidades contra os Hollandezes. Tractpu-se logo de organizar uma poderosa frota.e o auetor, intimamente recommondado como estava aos Senhores de Conselho d'Estado que haviam sido nomeados para Irem governar 9 Colônia, obteve licença para embarcar-se como secretario de um delles. Chegado ao Brazil e presencêando tantas desgraças o auetor oecupou-sea Instruir-se da origem e começo dellas, e nos dous annos que ahi esteve escreveu o que logo depois consignou no presente livro. Elle serviu-se antes do que viu e provou, do que de quaesquer documentos que leu nos registros da Companhia das índias. A obra é repleta de observações muito curiósas que, posto que possam parecer communs aos profundamente versados nas cousas da historia pátria, teem grande novidade para o geral dos seus estudantes. Sabemos, por exemplo, que havia muitos Judeus em Pernambuco no tempo dos Hoílandezes, e que elles vieram de Amsterdao onde se abrigavam das perseguições no sul da Europa. O nosso auetor, porém, dá a razão da"immigração: os Hoilandezes queriam simplesmente angmontar a renda publica, e os Judeus eram bons tributários.. Os Hoilandezes os tractaram muito bem e lhes deram, além da licença de ediflcarem casas, duas synagogas, uma no Recife e outra na cidade Mauricia. Muitos Portuguezes, apparentemente Christãos, diz o auetor, uniram-se aos Judeus e " practicaram tantas usuras e exacções que insensivelmente foram suecando a nata, e a substancia dos Christãos." Os Hoilandezes seguiram fazendo toda a casta de imposições: A principio os Portuguezes não podiam ter armas de fogo: mas elles engodavam de tal fôrma os Hoilandezes, e offere ciam-se a; pagar-lhes preços tão elevados por essas armas que elles lh'as vendiam por 300 e 400 libras cada uma e até o auetor falia de um seuhor de engenho que comprou duas por 1,400 libras. Era formidável a irreligião desse tempo: Judeus e Christãos, Portuguezes, Hollandezes, Francezes, Brazilienses, Tapuios, Mulatos, MameluCos e Crioulos, todos viviam vida lasciva e escandalosa, a tal ponto que o incesto era um crime muito, commum, e os senhores obrigavam as filhas das suas escravas á um commercio abominável com os negros, a quem davam entrada em suas próprias casas. E' horrível a descripção que faz Moreau das sevicias a que eram subjeitos os pobres escravos africanos, cujos descendentes ainda temos entremós como escravos, para deshonra nossa e de nossos antepassados. Elles " vinham nús e eram tractados como oães. Era com elles que o Rei do Congo, a Rainha de Angola e seus fidalgos e governadores, trocavam pannos, chapépSf, vários instrumentos de ferro, o vinho e aguardente; pois nesses paizes não se usa ouro e prata, e a sua única moeda são umas conchinhas muito bonitas, que se acham á margem de certos rios," Um escravo custava então 1500 a 1600 libras,—pouco mais que duas espingardas custavam em Pernambuco. O auetor viu escravos sovados com 300 lambadas de cordas grossas e depois de terem o corpo em sangue, serem lavados com vinagre; mais ainda, elle viu este castigo repetido por trez dias consecutívos. Nesse tempo não era crime matar um escravo; o seu senhor só tinha contra o assassino uma demanda civil. O cadáver do negro não era jamais enterrado, mas atirado ao mar ou a algum rio. Os Hoilandezes não exerciam elles mesmos este systema bárbaro, mas contribuiam indirectamente com a sua avareza para sustentai-o: os Portuguezes tinham de pagarlhes tributos enormes e julgavam-se obrigados a exercer todo esse rigor com os escravos para obterem meios de manter-se. Os Hoilandezes julgavam-se muito seguros e pouco a pouco foram entrando mais em contacto com os Portuguezes, sempre pródigos de dinheiro e de presentes. Estes últimos lhes derám muitos indícios de revolta, mas elles ficavam sempre certos que D. Jólo não seria Capaz de recusar a alliança, que fizera com os Payzès-Baixos e que elles criam muito necessariaaos interesses de Portugal. Entre os Portuguezes que começaram a ter mais accesso nos segredos do Concelho, sobresahia João Fernandes Vieira, Ouçamos o que sobre elle nos diz o nosso auetor. • "Joio Fernandes Vieira era mulato e escravo-liberto, mas era ao mesmo tempo homem* int Uigente e subtil. Tendo sido por alguns annos criado de servir de um dos politicos, ficou bem orientado dos negócios, sobretudo dos dinlíeiros devidos á Companhia,-^os direitos sobre o assucar feito nos engenhos.' Elle mandava cortar paú-brazil, tinha sempre alguma proposta a fazer em prol dos interesses da Companhia e achava sempre alguma raridade curiosa ede valor, que nunca se vira, e que vinha offerecér aos senhores Magistrados para ganhar a sua estima. "e Em summa, gózavaertre elles de tal credito favor, que não raro era chamado para emitiu' sua opinião sobre negócios da Cònipuhhíu, que não lhe emm mais oecultos, pois elles desconfiariam de todos excepto delle. O pai de Vieira, porém, era Portuguez e o moço tinha mais afleição aos Portuguezes do que aos Hoilandezes." * O Concelho não quiz abaixar um pouco a avaliação de uma propriedade rural de Vieira. Isto agostou-o sobre maneira, e elle não oceultou seu descontentamento. O Vice-Rei (então na Bahia) tractou logo do attrahil-o â causa portuguesa: deu-lhe uma pensão e prometteulhe grandesas, com a condição que elle revêlasse fielmente o que se ia passando no Concelho e aconselhasse os Portugueses sobre o melhor tempo de expulsar os Hoilandezes. As cartas do traidor eram dirigidas, não ao ViceRei, pois isto causaria suspeitas, mas a André Vidal de Neoreiros, " Hlho de um senhor de engenho de Parahyba." Chegou o tempo que Vieira julgou aprazado. Elle escreveu a Vidal que viesse ao Recife bem armado mas sob o pretexto de ir visitar o seu Entretanto pai na Parahyba. Vidal tardou. um Judeu que por dividas se refugiara do Recife em casa de Vieira, a uma légua da cidade, soube do plano da conspiração, pela imprudencia de um escravo de Vieira que th' o çom municara. O Judeu, por intermédio de um soldado, mandou dizer uo Concelho que si lhe perdoassem a prisão, revelaria uma conspiração contra o Estado. Com effeito o Concelho despachou seu seci etário, Uvalbech, que accompanhado de quatro Judeus, foi encontrar-se com o outro, em meio caminho. O Concelho não acreditou na historia e attribuiu-a a méra invenção do desprezível Judeu que se queria livrar solto. Na verdade o Concelho estava cego. Revelaram-lhe também que.um Portuguez chamado Manuel Franco, amigo intimo e parente de André Vidal, emprestava dinheiro sob certas condições de pagamento quando os Portuguezes fossem ontra vez senhores absolutos do paiz e que até alguns desses contractos foram lavrados perante. tabelliães públicos. O Concelho não via isto. Mas enfre os Hoilandezes como que havia um presentímento do que ia sueceder. Muit03 delles começaram a voltar á pátria; e aos muitos mais que ficaram estava reservado muito amargôr. * Vtdal accompanhado d' um official da Bahia chamado Nicolás Obaigne, chegou ao Recife n' uma caraveila, fez muitas visitas, muitos protestos de amizade aos Hoilandezes, e foi hospedar-se em casa de Vidal, e dos principães senhores d' engenho. A todos fez jurar que viviriam e morreriam por D. Joio IV, seu soberano legitimo; manifestou-lhe que tinha ordem expressa de ua Magestade e do Vice-Rei para livral-os do jugo estrangeiro; mostrou lhe3 que o Brazil era a sua única pátria, que elles herdavam de seus antepassados, e que os Hoilandezes eram intrusos, differentes delles nos costumes, na religião, na lingua e no caracter. Vidal assegurou a, essa gente que si os Portuguezes pudessem tomar apenas trez ou quatro praças, ò resto do dominio hollandez cahiria sem resistência, e "que devia-se tractar esses bebedores de cerveja do mesmo modo que os Castelhanos." Era verdade que os Portuguezes tinham jurado obediência aos Hoilandezes: mas hão lhes desse isto cuidado: Vidal assegurou-lhes que o Papa absolvel-oshia. Para chefe da conspiração foi eleito J0Ã0 Fernandes Vieira, e para tenentes-ajudantes "os senhores d'.engenho Antônio Cavalgante e Amador d' Aragose." Depois disto Vidal foi á Parahyba, organizou a conjuração nessa capitania e voltou á Bahia onde muito, regoziou-se com o Vice-Rei. . Ora, por esse tempo havia na colônia grande escassez de numerário: os Hoilandezes que se retiraram'linham levado quasi todo o ouro eprata que havia, os Portuguezes não pagavam suas dividas, e os credores se apoderavam de seus canaviaes, casas, mobília, etc. A classe devedorá ficou aterrorisáda e pediu aos Senhorès do Concelho que se responsabilisasse por dividas, e entretanto ella,garantiria ao Concelho as suas safras e as suas pessoas. O facto é que muitos podiam pagar más de propósito nãó o queriam fazer na esperança de expulsar os Hoilandezes. Ò Concelho reuniu os credores e obrigou-se apagar-lhes 72 por cento das dividas anteriores a um anno e 58 por cento das recentes. Isto mesmo era o que os Portuguezes queriam,—temporisar ate' chegar o momento propicio. Estava assentado entre elles que no dia de S. Joio Baptista de 1645 far-se-hiám em casa de J0Ã0 Fernandes as nupeias de uma filha de Antônio Cavalgante, homem riquissimo; que para o banquete seriam convi-> dados os membros do Conselho e todos os principaes personagens dos Hoilandezes; que durante o banquete seriam estes assassinados; que logo depois os conspiradores viviriam ao Recife e não poupariam mulheres nem crianças, e entretanto a flotilhi promeittidã por Vidal approximar-se-hia. Mas, diz. o auetor, "dous senhores d' engenho Portuguezes e muito honrados, tomados d' um movimento de bôa consciência, tiveram horror d' um projecto tão bárbaro e prevendo Os males que acarretaria, procuraram derrot,,.r o plano. Escreveram 165 aos Senhores do Conselho uma carta anonyma que mandaram entregar-lhes por um Judeu." Ao mesmo tempo, cinco Judeus secretos, que entre os Portuguezes passavam por Christãos chegavam ao Recife, onde confirmaram aquella noticia, e também Mouoheron e o capltão-advogado dos Hoilandezes mandavam dizer ao Conselho que Camarão e Henrique Dias, coroneis Portuguezes, tinham chegado da Bahia e se dirigiam por terra ao Recife. O nosso espaço, limitado como é, não nos permltte descer aos pormenores da revolução que ficara assim começada. O auetor nunca deixa de parecer-nos imparcial na sua narrativa, e os estudantes da historia pátria acharão sem duvida muita novidade nas suas observações. Esses dous Portuguezes, por exemplo, que revelaram o horroroso plano de Vieira são comdemnados intrinsecamente como traidores por alguns de nossos historiadores, e entretanto estes se esquecem do papel que representavam os Portuguezes, principalmente o próprio Vieira. Todos elles eram cruéis e desordenadamente ambiciosos: não foi o amor da pátria que os levou a tomar das armas, foi a neçessidade de se verem livres de um credor forte, importuno e realmente exactor. Ainda com risco de tornarmos este escripto demasiadamente longo, não esquivar-nos-hemos de repetir aqui as observações com que o nosso auetor remata sua historia. Apezar do menoscabo com que governavam Brazil, os Hoilandezes nutriam os mais gio gantescos desígnios de desenvolver e enriquecer o paiz. Elles pretendiam encetar em 1654 uma série de importantes reformas no governo; pretendiam abrir todos os portos ao commercio estrangeiro e só exigir tributos módicos; pretendiam crear no Recife uma Universidade da America, de todas as artes e .sciencias. Para este ultimo fim, elles já haviam cuidado sériamente da instrucção dos chamados Brazilienses e Tapuyos cujos filhos mandavam estudar.. Diz Moreau que os Jesuítas merecem muito louvor por terem feito uma orthographia que exprimia todas as palavras e dicções da lingua destes. Os Hoilandezes pagavam a professores e ministros da Religião que lhes ensinavam o Christianismo; entre todos esses mestres sobresahiu um joven ministro inglez que os Hollandezes haviam mandado á Universidade de Leyden e que, voltando ao Brazil, traduziu as Sanctas Escripturas para a lingua brazilica, de modo que os índios as podiam ler e entender. ¦ Os Estados geraes também queriam fundar uma grande typographia, e escholas de artes mechanicas. Pretendiam retalhar o paiz e distribuir quadras de terras pelos varões adultos, e então mandar buscar do Oriente a pimenteira, a moscada, a canella e outros, arbustos desta ordem; pretendiam começar a explorar as minas de ouro e prata que havia no paiz; pretendiam unir intimamente pelo commercio as Indias Orientaes com estas índias Occidentaes, o Recife ficando sendo o grande empório geral destas ultimas como a Batavia o era daquellàs, —mas todas as posses sendo governadas por um grande Concelho com a sédè em Haya. Ainda mais: os Hoilandezes estavam com determinação fixa de conquistar as terras do norte, o Maranhão; Cartagena e o chamado Reino de terra-firme do Rei d'Hespanha,— regiões essas em que abundava o ouro. Para esse fim elles propunham-se fazer do Recife uma , grande estação naval e com effeito chegaram a expedir muitos navios em viagem de exploração das costas do N.E. da America meridional. Na verdade, elles até fizeram amizade com o Rei do Chile, a quem mandavam vistor pelo menos uma vez por anno, os embaixadores levando muitos presentes de armas de, fogo com^ as quaes o Rei do Chile cousava grande incommodo aos Hespanhoes e no futuro causariam tanto que (esperavam os Hoilandezes, seria então mais fácil subju ar essa conquista. Os Estados Geraes queriam, em summa, fazer do Brazil uma rica, bella e poderosa Repúbíica, parte de um immenso império que fosse "um armazém incomparavel de tudo qaanto é raro, precioso, útil e necessário, que se encontra em todos os cantos do universo." 03 seus planos falharam completamente no Brazil por muitas causas. O seu conselho não era a principio composto de gente illustrada. Elles não cuidaram de povoar a conquista com seus proRios cidadãos, deram logares importantes e grandes propriedades, aos Portugueses e licenciaram quasi todos os soldados. Embriagados pela felicidade que repentinamente lhes deparara um grande império, elles julgaram-se seguros e não desconfiaram da perfídia dos Portugueses, mas deixaram-se levar de suas astucias e olharam para a corrupção e crueldade, que então reinavam, sinão com approvação manifesta, ao menos com indulgência. Em summà, os poucos colonos que mandaram para o Brazil eram de uma classe baixa, ávida e cor-t rompida até á medula: a piedade o iodas as virtudes desappareceram delles para deixarem reinando, com sceptro indisputável, a Avaresa. wmm*m*,> ***<***+*<***# . ¦-.tam^mm^ "^rmw™ -—--'"*"?*tt- ' »' mwmm-mmmmmm *n\nm 'mw""!»1 166 O NOVO MUNDO. jji '^aBBCTsgg£g53§g5|6ftSSpg^^ - BBJj^lJr'"3^»' *• [Junho, 23, 1874. -^¦HlPwB^lt^^iá'^^ÃIy^mF^t>>-" -t?fV^»t-^^BBBBB^M»BBBBFBBBBJPflPByPBBBBBBBBBBB pBByKJglsaHBMlIlp *^MMM^BBMB»^8i!S?y^iB^=l^lla=^-^ i^^EflBBuKaBm BWBS^i^aJBofe^^^^B^CTÍ^5WBB??i^Hr ¦^JKMtSci' J^^A ~f :fJBBa^Bgfr?-i^BBBiP5Sr^./i.^JMff«C.^BBSt j^s^m^nte "~,*^-'r"' ^"-" ^~^W-'-^'* i^^irTTm ' rii ^^^l^s^E^^£Eff?^^^*¥B^^^^^^^B^BBlB^HBl^m^^^^Bl8if^^?^^^^í£ il ,,^u?tB£iÊBÊjLiiÉJ&C^j^ÉÊÊBÊ^3t^r^' «- "~' l£Ê^&z£k%^^s - ^ " ^^n1'^ r^^fi** ¦<i—rT ^""^ ~7"ÍTr1nrr^tTV^w»BBlBHr íBBfM«ffwrBwJrJBHBBBBBBBBBBBBBBBi|BB| jFJhjBtb^BIB^BKm^BIBP^K^B^BIB^BI^B^B^B^B^B^B^BB^BbI ^'^flBflBflBvflllYflBB^BB^flrTS^Ir ?^^^^^^*^=^r3~~~« ¦^"*"*^ÉffffBBWBl^MEÍTlBBBrjKr r^MT^^^^ BFBFBFBFBFBfJWBB eBSPB?^BWpU«& * *^^frfPfcI?^^ ^^BMag^HMM^Kfc'>M»3^^vSwfe^^T^^J*S^'\ ^*nBBtt^B™iTlWlmSBlBBFBB^ BBBBBBBBBBBBBBBBWKÕ§5Sfi?SftTwLjir^TPI!BBBB^ -'"^TÉ^»^^^^^^^Ip3IipWw^\íS^i^S£S' tBSn JHBgMBÈ^BBgliigrBBBBBBBBBBBBBBBBPIaraBBiB^BBi^BBiSSsBB ^*BBJBBWi98*!5TíV?»BBfeBfeJC^BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBM ¦^^^tf^^^g^j^B^^ffW^B^3^^^^^j5MÉBflPj^^~BH^^^SíySTilri Nli^llílBJfl|f""^^JBBB^BBBBBa^ jMãMBnrTBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBB^gBBBBBl UMA DAS ENTRADAS DO TUNNEL DO MONTE CENISÍO V-: UM MERCADO MEXICANO. No México existem muitos mercados; sendo o principal o de Santa Ana, na praça do Volador;' porem os mais cúriososda todos sao os que bffei recém aos freguezes aves e flores que vêem de Tezcuco, Cochimilco e de Chalço. Estes meros sao justamente, os centros; que offerecem- ElHIuBi BKMTCíBS^W^^B ^r^ BKc!hBB BB BB BB BaVflflwSBB mm* ¦' *'^'*jiBV^'3^{r}9'^^BjnB mos um não sabemos que de mais tocante nos do México ou da America do Sul: nelles ha mais variedade dè costumes, mais vida e em geral bôa harmonia (não nos .referimos aos Minas dos do Rio); portanto offerecem ao pintor de costumes mais attractivos, que com razão os ininduzem á preferil-os para seus quadros. Btuiífll BT'nÜAViFl] f / fl MJ/mÊi iWf^fcljBBBHBBfiíIlÉBMIBBBB j^BUyl BBvfi^fffll ^flr^BJ BB^=BB dão e mormente por ter sido trabalho d'um desses artistas viajantes a quem não se lhes passam desapercebido os pormenores que o original offerece ás suas, vistas- a; fim de copiarem perfeitamente o quadro das scenas que propõem executar. j Apezar; da restricta regularidade que caracterizam os mercados norte-americanos, encontra- °"**^BBBI^\SSfiuw3*:' BHBUuVflP^aB ^¦if|/^"Twl^BMllBwiiri^!li WM^BBBB w^Fwrü^k BB?J«BMiWB " f^^BBBMJIíJkBWMBW^.'ÍilB ^Bi'tt BBwÍBBBM IwílHJ vlifl BHbI BHm i/y^ffUxw.fjmm bW/^B \ V^^tfCTJB^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^BBIl^B^J^^BBBPP^^BuB^MM^BBB^^'^-- BÇ' ,¦¦'Vv^^ísSflPI '£ ^ nos opportunidade para estudar os costumes e a 'vida do povo mexicano. Ahi ve-se índios, crioulos.è estrangeiros, uns bem vestidos e outros es-' frangalhados, em fim gente de todas as classes da sociedade, como soldados, caçadores etc. etc. que fielmente retractam o character nacional. Chamando a attençao dosnossos leitores paragravura, rècòmmendamo-na pela sua exacti- BüDtBPkGHP^ ^i^^^B^^ **:*' '¦'•' "t.t^BB BW^ ^^BwBM^f-Í?H bT^B BB-^ScW'^'*^'«b1 BB Bo^í^fci ^5JjBBLB^yjj3SS^BJBjB^3lBB^^^^^^^"^^^^^S^Tn£^rT^^ - *-^ss~~. B^^v* y^^^^^^BBBMÉBBB^Bfoi^B?^BBBÍ'jHBKSBPB^^sB^píIS^^í^jík^^^^^^—y^^^^^^^^^^*MWi^y^^Hi^BP^ UM MERCADO MEXICANO. BBüfll B^»JMBy' yv^JL^BH wBmwMÍ ':""'é.'-;':.%!: 167 O ..NOVO MUNDO. Jvmo, 23, 1874.] MONTE CKNISIO. HYDE PAKK. Em outras oocasiOes jil nos temos occupado Nfto ha quem tenha visitado Londros que des* do tunnel do Monte Oenisio ou Cenis, ouja on- oonheça o Hyde Park. Segundo a hora que o trada e representamos na gravuera de outra^pa- freqüenta, goza-se ahi da solidão campostro ou gina deste nosso numero. O ponto culminante dp magnífico espeotaoulo das mais esplendidas te do bastante gosto, entre m quaos sobrosahe min estatua colossal de Aohilles, fundida om bronze de poças tomados em Salauianca. Tolosa e Waterloo, e dedicada ao Duque de We^unoton. i O jardim ó t»itio predilocto para paradas o TicnnoiiNK.—Muito dinheiro custou a Ingla terra o mandar o reclamante Abthub Obton apronder e exercer o offlcio de alfaiate na prisão de Millbanck. O proceso. Tichbobne custou ao Estado, em conta redonda, £147,000 ou mais de 1,400 contos. Cerca de 900 contos teem de ser w ca PS O ?4 cq .rffi/.V-jfl^Btt .r.^mmm&Sf&^mwHmmmmVmaiÈ''^ \j^F^§5 ^m5§l SEpmmá '.ii.fiZ/v,J> W PS < 0-, W •Q H jjf^A//>«%tf^^^tr^ J^ IM! BmTnT? Twiüamw^âmmmwmmlmmmmZ P.\/<V :'âf i mw!%7&^&. m^~^&3m\ ^X^R mmmm\ mm\\ ^í^as^ fts^^^^^mÊrw&SrJ-£y'yy 'Mm mamm W*(\ Êtrfflzwwr 4. y * . ' ' . • deste monte' está a 6,775 pés á cima do nivel do mar. A estrada de ferro que o*corta na altura de 6,705 pés estende-se por 15 léguas por meio de um trilbo de invenção americana, o gradiehte sendo de 376 $ pés por milha. O tunnel tem perto de. S milha, e custoce cerca de 30,000 •contos. equipagens do mundo, tiradas pelos mais puros cavallos. Este passeio pertenceu outr'ora á Abbadia de Westminster, mas nó reinado de Henbique VIU. foi confiscado pela'coroa. Hoje não é do tamanho qué tinha naquelle tempo, mas ainda cobre uma área dè cerca de 34*000 braças quadradas. E'adornado de algumas obras d'ar- exercicios militares. A primeira exposição úde Londres que abi se fez deu grande incremento, ás obras d'arte neste mofinifico recinto, que é todo cercado de grade de ferro, abrindo nove en-' tradas ao publico. ¦"";'¦ *>- ' pagos pelo espolio Tichbobne. Os advogados do Governo ganharam 220 contos. / Disraeli está soffrendo muito na saúde, e dizem que breve será obrigado a retirar-se por um pouco do ministério, pasaado a presidência ao Còndé Désby. ¦¦ I ^Mj.i.m>ijiiir«i.igpP.,WWPI>WWW^II'JiP."P .^a^wtwmw 168 0 GOVERNO BRAZILEIRO È AS ESTRADAS m FERRO. Estão assentadas as principaes disposições • do regulamento que o Governo tem de oxpodir para a boa oxeoução dos Decretos de 26 de Junho de 1852 o 24 de Septembro do anno passado, votadso pelo corpo legislativo no intuito de dar o necessário desenvolvimento ti viaçílo férrea do Império Segundo o Jornal do Rio, são as seguintes: 4 competência para a concessão de vias-ferreas 6 assim discriminada : Serão concedidas pela administração geral as estradas de ferro: 1'', que ligarem duas ou mais províncias, a corte com as provincias, e o Imperio com os Estados limithrophes ; 2', que forem especialmente destinadas ao serviço da adrainistração geral, ainda quando oircumscriptas nos limites do território provincial; 3', que forem prolongamentos das estradas actualmentepertencentes ao Estado ou por elle decretados. Serão concedidas pelas administrações provinciaes as estradas de ferro: l9, que não excederem os limites das respectivas provincias, salvo a hypothese de aver com a mesma direcçao, dentro de uma zona de 30 kilometros de cada lado, outra estrada pertencente á administração do Estado ou já estabelecida ou iniciada pelo Governo geral; 2^ que forem ramaes.convergentes a estradas da competência do Governo geral,,uma vez que se circumscrevam no território da provincia. A concessão de estradas de ferro no interior das provincias, que tiverem por nm lig&r os grandes centros da população a portos marítimos e puderem ser consideradas como grandes artérias do movimento'commercial da provincia, competira cumulativamente aò governo geral e ás administrações provinciaes, resolvendo-se a competencia neste caso pela iniciativa e pela prestação de fundos. Mediante auctorisação do Governo os administradores provinciaes contractarpoderão b prolongamento das estradas-dUe actualmente ao Estado ou forem por elle decretadaspertencem nb interior das provincias. O Governo geral poderá fazer a concessão directamcnte ou mediante concurrencia, estabelecendo, além das condições outras que as circumstancias aconselhemgeraes, e que, no caso de concurrencia, serão previamente publicadas. Sendo eguaes as condições da idoneidade, tempo de privilegio, extensão de zona privilegiaria e responsabilidade do thesouro, terão preferen«ia: 1', a companhia ou incorporador apresentar logo estudos definitivos da linha;que2?, a companhia ou incorporador que provar pertencèr-lhe \-a '.prioridade da idéa e ter promovido a realização delia; 3', as companhias emprezarias de estradas de ferro já construídas ou de construcçao adiantada, a respeito de linhas que forem natural prolongamento das que tenham construído ou estejam construído ; 49,' a empreza de navegação fluvial que naturalmente; se ligar a estrada; 59, a empreza que provar terprojectada já construido, custeado e administrado satisíáctoriamente alguma estrada de ferro. Versará, especialmente a concurrencia sobre o prazo de privilegio e extensão da zona:privilegiada,e,quando se tractar de favores pecuniários, sobre o quantum da garantias de juros ou da subvenção. Os favores e auxílios que o Governo poderá conceder ás emprezas de estradas de ferro são: Privilegio áté 90 annos, não podendo durante este prazo ser concedidas outras estradas de ferro dentro da zona, máxima de 30 kilometros de cada lado e da mesma direcçao; cessão gratuita pe terrenos devolutos e naçionaes para leito da estrada, estações, armazéns, etc.; direito de despropriação na fôrma do decreto de 10 de Julho de 1855; uso dos materiaes. que existem nos terTonos acima indicados, indispensáveis para a construcçao; isenção de direitos de importação para o material da estrada e objectos para a concção, assim stru como durante um .certo prazo para o carvão de pedra; preferencia para a lavra de minas na zona privilegiada, e para a acquisição de terrenos devolutos a margem da estrada. Além destes favores poderá também o Governo conceder os mesmos empregos, garantias de juros ou uma subvenção. A garantia de juros não irá além do máximo de 7 por cento e só será concedida quando fôr demonstrado que as emprezas poderão ter pêlo menos 4 por cento de renda liquida; gozarão deste favor tanto as estradas da competência da administração geral como as decretadas pelas assembléas provinciaes que sirvam de principal meio de communicação entre os centros productores e os de exportação das provincias. Si uma assemblea .provincial conceder garantias de juros a uma estrada que reuna certas condições da utilidade geral, o Governo limitar-seha a affiançar' a garantia, mas nunca por mais de 30 annos; si a assemblea não conceder garantia de juros, ou, a conceder inferior a 7 por cento, Governo dar a garantia de 7 por cento poderá ô "fôr oú a que preciso para attingir a este máximo. A Bubvenção, que poderá ser concedida em vez da garantia de juros, nunca excederá da quinta parte da despeza orçada para a construcçao e será paga por kilometros, á medida que forem semdo construídos. Poderá também o Governo completar esta subvenção quando a decretada fôr menor que a quinta parte do valor de um kilometro e affiançar as que forem concedidas pelas provincias. Devem ser subméttídos ao Poder legislativo para terem vigor os contractos em que se garantam juros ou se concedam subvenções kilometricas quando as estradas forem da competência do governo geral ou por elle decretadas. Vigorarão sem dependência de aprovação do poder legislativo as subvenções ou fiança de subvenção a estradas decretadas pelas Assembléas provinciaes. Podere ainda o Governo tomar acções das em- O NOVO MUNDO. das estradas do ferro até um máximo deinninado, nãorecobowlo dividendos emquanto Erezas a renda liquida não attingir o juro de 7 por cento. Estes auxílios pecuniários não poderão ser feitos simultaneamente a mais de uma estrada em cada provincia. Em compensação dos favores, e auxílios que roceberem as emprezas de estradas de ferro serão subjeitas a diversas obrigações, o entre outras ás seguintes: Terão domicilio legal e representante no imperio; findo o prazo da concessão, reverterão para o Estado, sem indemnisação, as obras da estrada e o material rodante; o thesouro indemnisar-se-ha dos juros despendidos por uma tabeliã de porcentagem logo que os dividendos excedam a 8 por cento; o Estado poderá desappropriar a estrada depois do prazo de 15 annos; si em dous consecutivos os dividendos excederem a doze por cento, o governo exigirá réducção nas tarifas; as emprezas darão transporte gratuito dos dinheiros do Estado, malas do correio è transporte com abatimento a auetoridades, empregados diversos, inmigrantes, etc.; a estabelecer linhas telegraphicas para o serviço da estrada, pondo-as também á disposição do publico; a não possuir escravos, nem empregados na construcçao ou custeio da estrada. .NOTAS. Segundo o relatório e cálculos do Sr. Dr. Búlhões, Engenheiro do Bio de Janeiro, a extensão da Estrada de ferro da' Bahia da actual estação terminal da Alagoinhas ao Joazeiro, no alto S. Francisco, custará 45,000 contos. A extensão terá, na bitola ordinária, 466 kilometros;na mais estreita de um metro, terá 473 kilometros, mas custará apenas 36,000 contos é ficará prompta em 5 annos em vez dé 6 annos, tempo calculado pára as obras na bitola actual. —Minas garantiu 7 por cento sobre 600 contos por 59 annos, para a estrada de S. João d'ElBei, de que é concessionário o Sr. F. O. de MagalhãesJb. —No Pará foi auetorizada a construcçao de uma via-ferrea entre a capital e Bragança, a concessão durando 40 annos. —A receita da estrada de Pernambuco foi em Março ultimo 88 contos,, despeza, 39 contos: saldo liquido 49 contos,—o que é um bom negocio. —Temos já companhias Brazileiros de estradas de ferro a cavallo em Bruxellas, Lisboa e Montevidéo. Agora um Brazileiro o Sr. Beys, obteve concessão de organizar uma companhia para uma linha em Pariz, e para esse fim está procurando levantar dinheiro no Bio de Janeiro. OS DIREITOS DO ASSUCAR NA INGLATERRA. a politica acanhada e somitega do nosso Governo, não se conQUANDO tentando com impostos de 30 e 40 por cento sobre a importação do exterior, investe sobre a própria lavoura nacional, já tão repisada pela escravatura, e lhe saca uns 15 oü 20 por cento, não é cubiçar muito o esperar que os nossos estadistas do Rio vejam e pesem um pouco os resultados de uma politica liberal, em outros paizes, comparados com os que tem produzido a sua. ? Um correspondente nosso em Pariz, homem de grande talento, e de experiencia, não só na ventilação de questões economicas pela imprensa, ma^ também na agricultura practica, mostra-nos em seguida o que tem feito a Inglaterra quante á tasca do assucar. Invocamos para, suas observações toda a séria attençao que merece o assumpto. Na sessão da; Câmara, que teve logar na noite de 17 de Abril p.p., demonstrou o novo Gabinete inglez que nãò fora um vão ardil eleitoral do Governo anterior apresentando e fazendo votar o famoso projecto de lei para a abolição dos direitos sobre o consumo e importação do assucar. Segundo está lei, desde o l9 de Maio,\ para o bruto, e desde 15 para o refinado,, o assucar não pagará mais direitos nem contribuição alguma na Inglaterra. Antes de avaliar a importância desta medida, que d'algum modo pódè-se comparar com a da abolição das leis sobre os cereaes, que tanto prestigio deu ao -Governo do celebre Bobebí Peel, convém dar a conhecer com toda a simplicidade uma parte da exposição dos motivos em que - a fundou o actual Gabinete, por intermédio do seu Ministro da Fazenda, Sir Staffobd Nòbthcote, naquella memorável sessão. " Na eleição dos impostos indirectos susceptiveis de abolição," o Governo,disse este Ministro, " fixando sua attençao "especialmente nos artigos de maior consumo que produzem mais renda, chegou a uma resolução que espera seja bem acolhida pela Câmara e pelo publico em geral: a da abolição dos direitos sobre o assucar.... Ha quatro annos o honrado Ministro da Fazenda, meu precíeceSsòf, diminuiu estes direitos á sua metade. Havendo decorrido apenas dous annos, julgou de novo neoessario applioar a mesma me-: dida, reduzindo-os a muito menos. Nestas con-! dições a renda ficou fora da sua proporção cora os gastos da cobrança e mesmo pelos embaraços e vexames que causava ao commercio. E' esta á razão que temos tido para escolher estes direitos como os que mais adequadamente podem ser sapprimidos." "O assucar" continua Sir Nobthcotb, "vem immediatamente depois dos cereaes como artigo de consumo, de importação e de commercio geral. E' de esperar que a abolição dos impostos que hoje paga este artigo fará da Inglaterra o grande empório deste commercio; e esta esperança ó importantissima, sobretudo em circumstancias em que se manifesta grande frouxidão e inquietação commercial. O trafico dum artigo de tamanha' monta como este, virá por certo sustentar e estimular os interesses do commercio. Na verdade, as grandes reducções de direitos possuem essas virtudes, enáo devemos esquecer .a licçãô que ha trinta e cinco annos nos deu um Ministro da Fazenda, achando-se n'uma épocha de anciedade e crise financeira,—julgando encontrar o remédio no augmento dos direitos d'alfandega e de consumo,—o qual viii, porém, falharem-se-lhe completamente todos os seus planos. Devemos crer que a suppressão dos cargos fiscaes estimuIara, fomentará o commercio e augmentará por conseguinte as nossas rendas publicas. E devese considerar que a abolição dum imposto qualquer augmenta o seu consumo e a. riqueza pôde então affluir aos cofres públicos por muitos, outros canaes." Beferindo-se em seguida aos temores que' talvez se manifestassem, a serem adoptadas por outras nações com o fito de favorecerem os seus refinadorés, o Ministro acerescentou o seguinte: .«Não é nas estipulações d'um tractado que devemos depositar nossa confiança, mas sim no Arranjai interesse dos paizes contractantes. como fôr esses tractados, interpretai-os como quizerdes: a nossa única é melhor garantia será o próprio interesse—que induzirá as nações estrangeiras a não concederem mais .subsídios aos seus refinadorés." Quem nos dirá que nesta breve e transparente exposição de motivos não se encerra una grande licção de economia politica, um exemplo para todos os povos mercantis e uma promessa de reforma geral das tarifas, diremos, por todas as nações do mundo? O assumpto assim considerado e fazendo-se por .emquanto omissão dos resultados practicos que involve esta medida, no que diz respeito á producção e ao consumo do assucar; sobejam razões para fixar-se nelle como o facto social de maior importância. E por ser assás interessante nãoposso deixar de apresentar á consideração dos leitores do Novo Mundo. Para aprecial-o, porém, transcendentalraente não deve-se perder de vista um acontecimento analogo: o da abolição dos impostos sobre os cereaes durante a administração de Mr. Bobebt Peel, com as suas immediatas conseqüências, que foi naquelles dias a alavanca mais poderosa para fazer estremecer os alicerces do vetusto edificiò do systema protector. O mundo hoje em dia já ê freetrader na consciência e nas aspirações, portanto já se assoma o momento de sêl-o também nas leis e nas transacções de todos os povos. » A abolição dos direitos sobre o assucar, complemento necessário daquella medida,não poderá deixar de accelerar a épocha dessa fecunda e universal transformação. Entretanto não será tempo perdido lançar os olhos sobre a historia desses direitos na legislação ingleza. O imposto sobre o assucar começou na Inglaterra em 1865 sob a forma de direitos dalfandéga, sendo então de 5 por cento sobre o valor deste artigo. Todos os Governos cjàe foram-se suecedendo, consideraram o assucar >como artigo de luxo e por isso sobrecarregaram-no de impostos onerosissimos E tão arraigado ficou este conceito, que em 1837 ou 1838 entrava para os cofres públicos da Gran-Bretanha, como renda fiscal, nada menos de 80,000 contos de réis. O consumo, entrttanto, continuava em pro gresso entre as classes mais favorecidas e foi-se estendendo depois á todas as demais, á medida que foram-se reduzindo os direitos. Em 1806, durante ás grandes guerras de NaPOI.EÃO l9, o direito- dimportaçãosfoi elevado a 75 francos por cada 100 kilogramraas. Depois de restabelecida a paz, rebaixaram-n'os considèravelmente; porém, tornaram-se subsistentes as tendências protectoras da legislação britannica. Esta fazia então, e até-muito depois, uma grande distineção entre o assucar das suas colônias e o das colônias estrangeiras; entre o assucar produzido por braços livres e por escravos; entre o importado sob o pavilhão nacional e sob o pavilhão estrangeiro. Existiam alfândegas expressamente para favorecer aos seus productores na metrópole, -uma escala, em fim, complicada de direitos que, não só causavam grandes pre*juizos ao consumo como também embaraçavam mais o paiz em iniciar uma reforma como esta de que nos oecupamos hoje. Em 1843 o consumo do assucar no Eeino Unido era de 201,416 toneladas ou de 16.54 libras por habitante. Em [Junho, 23, 1874, 1853 o consumo Bubiu a 374,379 toneladas, ou 30/32 iibras por indivíduo. Era 1863 ora do 495,050 toneladas ou 37.46 por habitante o ora 1873 alcançou a 786,033 toneladas ou porto ele 50 libras por habitantes. Teudo-se que as grandes reducções do direitos sobre este artigo da-, tam de 1864,1870 o 1873, e que o consumo sempre correspondeu com o augmento equivalente, prova isto até a evidencia que o assucar, artigo de grande consumo não é esse artigo eininentemente imponivel que á porfia se propuzeram .expiorar os fazendeiros de limitados haveres haveres que existem em em toda a parte. Comtudo o consumo deste artigo na Inglaterra ainda não chegou, ao seu ultimo auge extremo, e os seus mais sábios economistas não vacillam em affirmar que, dentro de poucos annos poderá elevarse a 100 libras por habitante, o que eqüivaleria a ura consumo annual de 1,500,000 toneladas. Como contraste deste progresso sorprehendente, devido, na Inglaterra, ao liberalismo crêscente da sua legislação fiscal, observa-se na França e outros paizes europeus, apegados á antiga eschola, uma paralização persistente no consumo e commercio do assucar. Na França, por exemplo, não tem cessado desde 1862 a accumulação d'impostos sobre elle. Nas regiões officiaes teem prevalecido o principio falso e anti-economico, que o assucar é um artigo de luxo e portanto susceptível de ser sobrecarregado de direitos. Dez annos a esta parte, já o consumo do assucar se mantinha estacionario, não excedendo de 14 libras por indivíduo, paralização esta correspondente ao commercio deste e outros produetos da sua industria colonial. Só com a sua producção. interior d'assucar, ascendente hoje á 400,000,000 de kílogrammas; as Francezes poderiam consumir annualmente á razão de 30 libras por habitante, si não existissem esses absurdos e complicados direitos que hoje pesam sobre o artigo. Contra a réducção dos impostos sobre o assucar os fazendeiros de Versalhes invocam a refutavel theoria de Montesquteu, relativa á influencia dos climas e das raças. Segundo elles, o uso do assucar não se generalizará na França como aconteceu na Inglaterra, por ser esta ultima um paiz humido que consome grandes quantidades de outras .bebidas que não o vinho. Este facto porém, desmente completamente similhante theoria e suas conseqüências quanto ao consumo do assucar. Si o chá, o café e o mesmo assucar pagassem na Inglaterra os mesmos direitos que pagam na França, o consumo seria ali egualmente reduzido. Nos Estados Unidos se consome tanto assucar no Sul, que é cálido, como no Norte, que é frio; e na Austrália onde o clima eguala o de Itália, o quociènté do consumo é quasi maior do que o de qualquer outra parte do mundo. Em Cuba, nas colônias francezas e em toda a América tropical o seu consumo é prodigioso. Na primeira ilha o consumo é annualmente pelo menos de 100 libras por habitante. Por outra parte, na França o frio dura ahi 6 e 8 mezes, não podendo-se portanto, considerar como paiz cálido. Muito menos está aqui presentemente o vinho ao alcance de todos aquelles que excluem o uso de outras bebidas. O caso é que em logar ou junetamente com o vinho, na França, se consumiriam gran des quantidades de chá, café e outras preparações assucaradas, si não fossem todos tão sobrecarregadas de direitos. O consumo do assucar, diga-se o que se quizer, éuma simples questão de liberdade commercial, e no dia em que seja imitado o exemplo que acaba de dar a Inglaterra, por todas as nações da Europa, se terá realizado um dos progressos materiaes e sociaes mais importantes de nossa épocha. , , A hygiene e a economia politica do consumo proclamam esta verdade, e a saúde e o bem-estar geral de todas as classes consumidoras abrirão então novos caminhos á producção da riqueza e cavarão canaes por onde, como diz Sir Stbaffobd Nòbthcote, se encherá o vácuo que por ventura deixenos cofres da nação com a suppressão dos impostos; sobre o assucar. Assucar livre, será d ahi ein diante a divisa que adoptarão todos os discipulos de Cobdbn. Deixando agora de parte o ponto de viste geral que com mais evidencia reflecte a grande importancia da abolição dos impostos sobre o assucar, votada no Parlamento britannico, conclui rei esta resenha chamando sua attençao sobre os effeitos especiaes da sua producção e commercio nas regiões tropicaes. Não posso deixar de prophetizar o futuro da industria do assucar de canna, em vista dos pro gressos que se acham realizados tanto na parte fabril como na puramente agraria, mostrando assim estar gozando de grandes vantagens sobre a producção do assucar da beterraba na Europa. Pois bem, si a este facto cabe attribuir-se o desenvolvimento da industria assucareira inclusive da beterraba, a ponto de constitum-se hoje em dia uma industria fundamental e indestructivel para o futuro, seja-me licito dizer que ella muito mais deverá á sua emancipação physica logo que comece a gozar da liberdade que lhe acaba de ser outorgada pela Inglaterra, pois daqui ."¦.'.- em diante nflo se olhará paro sua condição, prooedenoioou qualidade. Esta é, portanto, uma medida precursora de outros análogas, na legislação dos demais povos europeus. E' certo que o assucar da canna ha de logo ser beneficiado algum tanto e mais tarde em grandes proporções, não prejudicando, contudo» em nada a industria do assucar de beterraba, á qual tambem virá a ser favorável o beneficio, e ambas serão chamadas a contribuírem simultaneamente para o incremento do consumo geral. Basta ter-se em vista que o consumo tende a quintuplicur-se, sem exageração, por toda a parte, uma vez livre de impostos, ou direitos fiscaes, hoje vigentes. Sobre a producção européa do assucar, por mais que se esforçassem para o seu augmento productivo não poderam competir com o progresso rápido do consumo nessa hypothese. Esta perspectiva deve ser lisongeira aos paizes productores do assucar da canna, que ainda marcham na vanguarda, no sentido geral deste artigo, porém, que com móis alguns annos sob o protectorado e fiscalisação estão predestinados a sucumbirem na lueta contra estes adversários invencíveis e bem armados paro o ataque e a defesa com armas e recursos. Resta-nos somente esperar agora que não sejam illusorios sonhos as esperanças que faz conceber o exemplo dado pela Inglaterra ás nações que queiram segnil-a no caminho dos reformas e do progresso econômico e social. 0 QUE DIZEM DE NOS UM AMERICANO INTEriLTGENTE NO BRAZIL. O Sr. Engenheiro AucurNCLOSS, Vice-Presidente da "Delaware Cor Works" que ha pouco tempo esteve no Brazil, escreveu uma série de cartas interesantes sobre o paiz ao Commercval de Wilmington. As que se referem ao Rio e a S. Paulo são particularmente curiosas pois dão-nos a impressão que o nosso paiz faz n'um estrangeiro que tem viajado muito, que é illustrado e sympathisa com os esforços das naçõe» menos adiantadas na estrada do progresso. E'-nos peno que o extensão dessas cartas nos prohibo a sua traducção completa neste periódico. Faremos, todavia, excerptos de algumas dellas. No entender de Mr. Auchincloss, o primeiro dia em aue a gente avisto a bahia do Rio de Janeiro deve ficar marcado paro sempre como úma • epocha memorável no vida. Nápoles e Constantinopla pretendem, a seu turno, ser a mais bella bahia do mundo; mas ellas são apenas como degraus por que o espirito sobe do menor para o maior. O Rio é inquestionavelmente mais grandioso: é uma cousa immensa, e sempre bella, seja qual fôr o ponto de visto do viajante. O Pão d'Assucar e S. Cruz, o Córcovado, os Orgams com seus picos azues, a nobre extensão da bahia (16 milhas sobre 11) semeada de innumeras ilhas cobertas de folhagem verde, tudo isto é um ese variado, como é novo para pectaculo tão bello, * o estrangeiro; O esçriptor achou muito curioso o regulamento da policia do porto, a enorme buzina do vigia de S. Cruz, etc. Ai do Commandante do naviòi "solemnidaque procura escapar algumas das des" necessárias para a entrada! Um tiro dá fortaleza logo o chamo á ordem. Os inhumeros botes, que atracam o vapor ossim que chega, merecem menção especial. Com o porto que temos, serio bem fácil desembarcar os passageiros do vapor em terra por meio de um simples "gang-plank:" mos isto ia acabar com o grande negocio do transporte de passageiros nesses botes.. No Brazil não se faz muito caso de tempo: ahi o tempo não é dinheiro, e a máximo reinante é: '"Não façais hoje o que podeis fazer amanhan." Por isso é que não se tem cuidado de melhor desembarque. Por isso o esçriptor avisa aos seus patrícios que é-lhes inútil o quererem apressar-se no Brazil para qualquer cousa aqui, um "esque seja: elles encontrarão sempre "Packncia!"e Senhor," ali um pere um pouco, '•Amanhan." "Andemos de vagar no acolá um no Brazil e no fim teremos alcançado mais e, melhor ainda, teremos poupado o saúde." A Alfândega só está aberta até ás 3 horas (nos E. U. até ás 6 da tarde), e os empregados são muito exigentes. O "tylbury'' é Uma bella instituição de origem ingleza e digna de ser imitada nos Estados Unidos Ha poucos cavállos, e raros são bons, mos as mulas são excellentes. Os homens carregam muito na cabeça: na verdade só na Hollánda carregam tanto como no Brazil. Os Brazileiros propriamente são muito inimigos de trabalhos meniaes. Quando ha, porém, uma vaga. de caixeiro ou de esoripturario publico, então o numero dos candidatos é legião. Alem do seu chapéo. de sol de seda,. o Brazileiro não gosta de carregar embrulhos do qualidade alguma, e o esçriptor até viu um official da guarda nacional alugar um negro para lhe,carrègar a'espada e dragonas quando ia a certo exercício. As ruas são estreitas, mas ps cocheiros são mui hábeis: ha um excellente regulamento de ruas por onde os carros só podem subir ou descer, o que está marcado eom uma fé^ow^^. As egrejas são boas. E* pena que nãó haja completa separação da Egreja e do Estado. O sabbado do senhor é só paacialmente observado, a os protestantes estão fazendo progresso uo paiz. Ha muitos hotéis na cidade, e os melhores são o de Estrangeiros e a pequena hospedaria de Mr. Carson. Mas não ha um só hotel que lembre o hotel commum de primeira ordem nos Estodos Unidos. Na opinião do esçriptor, seria 169 O NOVO MUNDO. JUNHO, 23, 1874.] um bello emprego de capital o creação de um estabelecimento destes nesta cidade ao perto de 400,000 habitantes. Mos isto não é tanto de estranhar como o facto que só ha vapor mensal do Rio de Janeiro a New York. " Ao passo que a Europa manda o esse porto oito vapores por mez de Liverpool e Londres, dous de Southampton, dous do Antuerpio, dous de Hamburgo, dous de Bordéos, um de Lisboa e um de Gênova, os Estados Unidos só teem uma tinha de vapores, fazendo apenas uma viagem mensal!.. O facto ó que os nossos concidadãos," continua Mr. Auchincloss, "não apreciam a sua proximidade do grande império do Brazil, nem fazem esforços para conseguir maior parte do seu commercio. Nem a nossa gente de meios e lazer imagina o clima solubre dos serras do Brazil, nem que haja eidades tão lindas conio o Rio de Janeiro, Petropolis, São Paulo e outros. Mas estamos certo que chegará brevemente o dia em que aquelles que estão agora indo a Europa para distrahirem-se, dirigir-se-hão á terra da Soneto Cruz onde ficorão admirodissimos das suas próprios idéas sobre o atrozo dó paiz, das costumes e do nobre povo do Brazil." O esçriptor oooupa-se n'uma carta exclusivamento da Tijuca e de 'Petropolis, que elle descreve com muita vivesa de cores e como verdadeiro amante dá natureza. Na Tijuca ha o hotel de Mr. White. mas deviam haver-mais: o logar é um dos mais lindos que ha na terra. Talvez ainda mais linda é Petropolis. Ahi a gente rico passa o verão, e a principal rua da cidade póde-se comparar-se bem com a Bellevue Avenue em Newport, tal é a elegância das carruagens e o bom gosto do vestuário das Brazileiros. O hotel de Mr. Mc Dowell é o melhor que Mr. Aúchinclcps achou no Brazil: ahi não o obrigaram a comer o abominável feijão, corne sêcca e farinha de páu. O Imperador estava então em Petropolis eó esçriptor diz que teve a honra de conversar uma hora com elle. "Duvido que qualquer outro Monarcha vivo tenha os conhecimentos scientificos e clássicos de que suo Magestade se pode jactar. A sua apparencia é tambem bella, sendo robusto e tendo seis pés e quatro pollegadas de altura, de modo que empunha ò sceptro e leva a coroa com graça e dignidade. Não digo isto por ouvir dizer: a conversa que tive a honra de travar com S. M. deixou-me impressões que me convenceram que (quer os Brazileiros realizem esta verdade ou não) é feliz o povo que é regido por um monarcha tão illustrado, volente e progressista." Uma das cartas do viajante oecupa-se de S. Paulo. O esçriptor se penalisa que na Provincia mais progressista do Brazil (materialmente fallando) ainda reinem tantas superstições como elle viu ali. Os foguetes de ar, atirados de dia, foram uma novidade para o viajante: e as promissões de imagens trazidas para a cidade para fazer cahir chuva fizeram-n'o pasmo. S. Jorge a cavallo dá-lhe assumpto poro profundas observações,—e dolorosas tambem. PESSOAS enfant galé das massas de Paris nos últimos dias do Império, a curiosidade, todavia não valia aquelle preço e o resultado foi que só estiveram presentes umas 300 pessoas, isto n'uma cidade em que se reúnem facilmente 3,000 pessoas em qualquer meeting de certa importância. O discurso escripto de Rochefort foi um grande desastre, e uma âesconchavada historia de seus soffrimentos, temperada com episódios que só respiram odio e vingança,—eis ahi tudo. Entre ontras cousas, insistiu em dizer que não tinha religião nenhuma e declarou que si casou com a "companheiro de sua mocidade e mãe de seus filhos " á hora da morte delia, fez isto só paro lhe não negar um favor, como tambem não lhe negaria um chalé ou um vestido novo. E' realmente tristíssimo de contemplar-se o estado da França,—paiz em que um Rochefort chega a ser grande homem e solapa um Imperio,—em que a liberdade anda confusa com esses nomes de saltimbancos politicos cuja única recommendação está no impudencia absoluta de seu caracter, na graça e chiste natural da roça, junoto o uma penna systematicamente ferina. Quando é que os Francezes se hão de governar pelo arrazoado sério do pensador em vez do paragrapho satyrico desses cabeças ocas e linguas de muita lábia? Tambobim.— O Sr. Capitão de Fragata A J. de Mello - Tambobim, que aqui se acha como Addido naval da Legação Brazileira, tem' feito estudos muito importantes não só nos melhoramentos novaes do paiz, como tombem nos do material do exercito. Elle tem sido muito bem acolhido pelos oificiaes deste Governo que invariavelmente se prestam a dar-lhe todas as informoções que pede. O Army and Navy Journal tendo reproduzido parte de um discurso do Herr von Tbeunfeld, na sociedade de Engenheiros, de Londres, em que elle se jactou de ter, com seus torpedos, detido a armada do Brazil no Rio da Prata durante quatro annos da guerra do Paraguay, o Sr. Capitão Mello Tambobim escreveu á mesma folha uma communicação em que corrige os innumeras falsidades do Allemão. Os torpedos bó foram ali empregados por treze mezes: á razão por que a esquadra esteve ali tanto tempo era que lá estavam as únicas fortificações do inimigò e a esquadra operava de accordo com o exercito, que se compunha, no máximo, de 50,000 homens e não de 70,000 ou 100,000, como disse Tbeunfeld. A guerra tambem não durou seis annos como inventou, más somente quatro. Os torpedos que se apanharam no rio eram de quatro espécies, mui diversas, e a esquadra em vez de ter 50 ou 60 embarcações, como o asseverou o nosso teutonico, só tinha 32, incluindo 16 encouraçados, e isto por uma distancia de mais de cem léguas. Os torpedos cúbicos e oylindficos eram péssimos. O único navio que sossobrou á explosão de um torpedo foi o Êio de Janeiro, e isto em águas • freqüentadas quotidianamente por grandes transportes.—Que dirá a tudo isto o grande engenneiro Herr von Treunfeld? O Duque d'Aumale meteu-se agora em negociar em vinhos. O Barão de Rothsohtld vendeu-lhe o famoso castello Margaux por cerca Borges.—-A 17 do corrente seguiu para a Eu- de 2,200 contos de réis, e o duque poderá agora aopa, no gozo de uma licença de 6 mezes, o Sr. beber o seu Bordéos com certesa de que é geConselheiro A. P. de Carvalho Borges, Envia- nuino. do Plenipotenciario do Brazil em Washington. Williams.—Segue nó Ontario "Vice-Presidenpara o Brazil, Depois de ter alcançado aqui uma bella victorio diplomática como o do retorno do dinheiro a 23, o Dr. Edward H. Williams, te do célebre Companhia Bâldwin Locomotive pago pelo Brazil a Mr. Webb por conta da recla- Works, de Philadelphia, cujos locomotivas são macão da Carolina, parece que o Sr. Borges tem realmente direito de descansar um pouco dos vistas em toda a parte do mundo, sempre consitrabalhos do inverno. A coneessão deste Gover- deradas como as mais perfeitas tanto no mechano nessa reclamação, apezar de ser muito justa, nismo como na fôrma. O Dr. WrLLiAMs é forfoi uma deferencia extraordinária. Ouvimos dizer mado na Universidade do Vermont e durante de pessoas de alta posição social e administrati- muitos annos foi inspector geral da extensa Pennva que os Estados Unidos nunca viriam confes- sylvanva Baüroaã, que é tido como uma das essar ao Brazil não só que receberam a importan- tradas mais bem administradas deste paiz. Elle cia de uma. reclamação injusta, como tambem esteve, ha pouco tempo na Turquia e na Rússia, onde teve o prazer de ver rodando muitas das que o seu representante era homem deshonesto. locomotivas de suo fabrico. No Brazil já ha aiE esses amigos tinham razão de pensar assim, deste estabelecimento, e actualmente se gumas effeito o com recente pois procedimento deste Governo foi extraordinariamente nobre e gene- estão construindo mais duas, uma das quaes para roso, si bem que só pautado pelo que nos era de- o estrada Ituana, de bilola estreita. O Dr. Wmvido. Considerando-se este caracter extraordi- LiAMs tem tido tão bellas noticias do nosso paiz nario do caso e tambem as difficuldades de sua que, apezar de ir em viagem de negocio, e por solução, a qual dependia de uma discussão conseguinte não. muito longa, leva consigo a sua publica e votação do Congresso; entre cujos familia, incluindo um filho, já graduado. 500 membros parecia que não faltariam defensores de uma supersticiosa "dignidade na-r-Appareceu em. Pariz o primeiro numero de cional", sinão até amigos do General Webb, percebe-se. qüe si o representante do Brazil em uma Bevue Bibliographique de Philologie et d'ílisWashington não fosse pessoa de summa circums- toire, publicada por M. E. Leroux.—Na opinião pecção e finíssimo tacto, para tractar de assump- de E. About, o fallecido P. Merimée deixou um to tão humilhante como este, com toda a certeso não' obteríamos a reparação que agora se nos herdeiro litterario em um jovem esçriptor, M. dá. Não são provas repetidas que vencem estas Albert Aynaud, que tem o estylo nervoso, a demandas; ellas ao contrario precipitam sempre dicção concisa daquelle mestre.— Une V\e Man-, um desfecho desfavorável. Podemos insistir que por Mme. Th. Bentzon, Be Martiage ãe um individuo commum cumpra o seu dever de quée, e JJue Bette Mère, por M. Hector MaJulieüe honra: mas insistir nisso, por notas e officios, lot, e Legendes Militaires, por M. Tiérée, são com uma nação grande, justa e generosa, não é mais pedir justiça; é insultar. Ao Sr. Borges reputados como os melhores romances que teem devemos principalmente,o feliz êxito da nossa sahido dos prelos francezes nestes últimos dous reclamação. mezes. A Vie d' ún Patricien de Venise é um euriosp livro, de politica,. diplomacia, arte e insRochefort—Este celebre ktnternista que todos vimos com prazer escapar-se da Nova Caler trucção, devida á infatigavel penna de M. Chardonia (que ó uma espécie de Fernando, de No- les Yriarte. ronha) aqui esteve em New York por uma sema—"Cornell University" tinha no anno na. Foi debalde qúe os poucos communistas p. p. que temos entre nós e as folhas mais amigas de 539 estudantes: este anno tem 461, tendo perdisensação quizeram dar grande importância á do muitos, principalmente por causa da maior chegada do paragraphista parisiense: elle foi severidade nos exames. Dós 461 estudantes aqui recebido não só com Mesa mas até com indifferença, e, percebendo-o, os seus amigos ti- actuaes, 120 seguem cursos imcompletos e escoveram o bom-senso de occultal-o p mais possiVèl lhidos á vontade; no curso geral de Sciencias esdos olhos do publico. Rochefort, todavia, tão matriculados 119; no de engenharia, 84; no apreséntou-se a uma audiência da metrópole, rè- de artes mechanicas, 32; no de litteratura, 30; citando uma " conferência " o producto de eu- no de artes ou clássico, 25; no de de architectujas entradas devia Ber applicado ao beneficio ra, 21, e o resto nos demais. dos communistas presos em a Nova Caledonia. —Vivemos no reinado da paz, mas é da O preço dos bilhetes foi de 4$ e posto que hapaz muita 1$ ir ver o ja gente que pagaria armada. A Republica Argentina quer tar um para E COUSAS. exercito regular de 61,000 homens, além de canhões tão pesados que nfto pôde desembarcar e armar. O Brazil pede reorganização militar, e só nos Estados Unidos é que se troefa de diminuir o já quasi nullo exercito. Na Europa, as nações mostram-se muito apprehensivas acerca do futuro. Parecem todas impressionadas de grandes guerras n'um futuro próximo e eis que estão a armar-se "até aos dentes." O Kbupp levantou outro dia um empréstimo de 18,000 contos de róis (12 milhões de thalers) paro augmentar a sua afamada fabrica de artilheria. Na França Mac Mahon abala-se mais oom a reorganização do forço publica do que com a Constituição politica do paiz. Segundo dados colhidos e publicados pelo Times de Londres, os principaes Estados europeus teem augmentado extroordinariamente os seus exércitos destinados paro fins offensivos. O exercito da Áustria tem hoje 222,000 homens mais do que em 1859; a Rússia européa augmentou a sua força no mesmo período por 267,000 homens, a asiática, por 28,000; a Itália por nada menos de 288,000; a Allemanha por 424,000; a França por 337,000;a Bélgica por 13,000; a Hollánda por 8,000; a Gran-Bretanha, por 233,000; a Suécia e Noruega por 69,000. Só ahi está um augmento de 1,889,000 homens, que é a população de um bello Estado. —A Egreja Presbyteriano do Norte dos Estados Unidos gastou em missões no exterior, no anno p. p., a enorme quantia de 1,230 contos de réis. —Na ilha da Madeiro ha uma missão protestente, e americano que foi estabelecida ha 40 annos. Ella tem hoje 31 egrejas com 16 postores naturaes da ilha. —A sociedode da Propagando do Fé da Egrede ja Catholica romana, tem uma renda annual 2,200 contos, e já conta 51 annos de existência. —George Sand está preparando unas memorias de Luiz XVH. —The Baths and Wells of Europe....by J. Macpherson, M. D. é um guia de saúde excellente e que deve ser consultado por quantos procuram saber alguma cousa de balneologia.—Vizcayaaor Bife in the Band of the Carlists contem as últimos experiências de um Inglez entre os osseclos de Don Carlos noquella interessante porte da Hespanha. —Em um artigo sobre a Nostalgia na Revue des Deux Mondes diz M. Papillon,—o joven physiologista que ha cinco mezes foi arrebatado á vida, contando apenas 26 annos,—M. Papillon diz que este mal attaca mais á gente de menos civilização. Os selvagens, os habitantes dè re« giões desoladas são mais apegados á seu paiz do que o homem dos nossos cidades. O soldado tem mais nostalgia do que o marinheiro. —A nova bibliotheca popular de Chicago já contém 12,200 volumes. —O Times de Londres tem agora um fio telee graphico especial de Pariz ao seu escriptorio Isto publica correspondências telegraphicas. tem causado immensa admiração na Europa, mas aqui hos Estados Unidos ha annos que muitos folhas publicam columnas e columnas de correspondência telegraphica. O Governador de Cuba pouco se abolo com divinas e humanos e por conseguinte com leis as as leis do commercio. Outro dia expediu uma ordem marcando o preço do ouro em 240 por cento em papel. —Morreu ha pouco em Roma um irmão de Antonelli, velho banqueiro, com 74 annos e que deixou haveres dó valor de perfo de 4,000 contos. —Nob. Estados Unidos ha 3,000 machinas de fazer papel, produzindo annualmente 200,000 toneladas, ou o razão de 17 libras por cabeça. A Inglaterra consome.papel á razão de 11$ libras por cabeça, a Allemanha 8 libras, a França 7, a Itália 3£, a Áustria^, a Hespanha 1£. Em todo o mundo ha 3,960 fabricas de papel que dão emprego a 272,000 pessoas. MUSICA. A primeira representação do Requiem de Verdi . effectuou-se a 22 do p. p. na Egreja de S. Marcos em Milão, e a 25 foi repetido no Scala. Neste mez devia ter logar a primeira representação do Requiem Manzoni, cantado pelas Sras. Stoltz e Waldman e os Srs. Capponi oMaini. —Representou-se novamente em Londres o Onarany do nosso A. Carlos Gomes. Os criticos notaram-lhe os mesmos defeitos e Os mesmos méritos sobre que já tanto se demoraram, posto que se. estendessem muito mais sobre os primeiróis.—o que não deixa de ser natural n' um paiz onde toda a gente quer entender profundamente de musica, e que muito poucos músicos tem conseguido produzir que possam hombrear com o Gomes. O Salvador Rosa deste compositor foi levado á scena em Gênova e agradou immensamente. —E' provável que tenha sido muito bem acolhido no Brazil o violinista Feininger, que é realmente um .artista de muito sentimento e optinia execução. . .',•¦'/ MM ffl ___—WJWW—_ [Junho, 23, l <«*•»• O NOVO MUNDO. ]70 || H RSSWWS*1 HH ^________________________ !Ilirln lltümií II luílml tllll 1 IIi_B Iffi//' [/' A RAINHA VICTORIA ARMANDO CAVALLEIROS .' ¦'¦': .'•"¦' ^^^^^^jbk . ,: ¦ ===^___________________'*_|™|^IHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH_________!_H____SB *^___£H^___-________H__H_!r .-_H_____^_________HH____ ^—=^^—, HT^—s_H_-_ig —4=^^^______________j____^^^__________Er*_______^»^^ii:%l^ JtlJ~-_*—:_HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH_HHHHHH__- _H"^_____________________r^^__________H_f*^5^~'^^^^:4_-^-^ iiii_i___ _______¦ ___H. fl-fÉi B^ii I ________________________________________________________________________________________ _____________!IP^II__i_.^^ fl ^^^^^^^^^BBfcàr__^^Bj__Ei_uÍÍ_§__É_^ IPÉ_ Tj-jüjj ft___________________E_-L—4__rTTir_"3Í_—__£___________ BH '__j_________B___8_g_^^g^^BBIWB?5—^^s-lb^^^ S^_____-JS____l--_-L^^_--__^t^^s^^r'ft,:^^^^y^BR^S'T ?*^^^^^^T^HiPH-HHHHH_>i^^^^^L_i____L-.nii——r^Bf " __IIH ¦_*^______________________B_______¦& li^'^^_^¦ ^^^^^^^^BH_____i__lf____l_F?il-_S _____________Pnf|MMtea||fc-IS^ I ' /-i'_____! . _iJm______H ff^^^^0^J^^lf^m^m^m^lmm^m^m^m^m^^^^^^^^m^^^mm "y^^f^r^^^^*^^^^^-^ ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^¦^E_^fl!l-_______________B__-____;i-^-—^ ¦ ^^EH_H_H_MH_H__m____i-H^i__ ', ¥-^_b^-1___I___H____HH______________HHH_H__H_____ i^^^^^^^^^MHHHB__^i-l__HHH_H________--JB _____H_____l:-_H____H________H_________HHH_HHH__________i ^^^^^^B^^^HH'i______Hlfi_i_n__Hr_^ i ^_H^——HH-WHHÍHH—_____________S__l^__H_H^Rít^_______—s. .''.Ir,' «^^Viv.^íi_@______H__B_________________________________________H ^E-^^!!.—...............................B........B............B-H.I..... ¦p_^5jBí^gB_^_p_^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^H_i^^^^^^Hnp|^__HHHHHHHHH JESUS ANDANDO SOBRE AS ÁGUAS. •/ 171 O NOVO MUNDO. Junho, 2a, 1874.1 - -.- ^ • . — ...-•-_. -'-~=F^=~^nAnmIn IIrBIBIHBIiiÍí1 -^——— ^^.—».-—_-^¦rnRuilt*ntIlHfl tSm^B^Bm ^^»'i! "-iitiffHíR- —" ¦¦*£! ¦i'¦ i ' M i mS] IfiStBSSSl n A ESTRADA DE EEEEO ELEVADA, NA EUA GREEíTvVICH, N1WÍOEK. !b NNUNCIOS. DULLEY, de ouro c do prata conferidas pelos Jurys das principaes Exposições Americanas. CIRURGIÃO DENTISTA MILLER & KNOWLES AMERICANO, Consultas das 8 horas da manhan ás i horas da tarde. Commissioi\ Merchants, fmport aittr éxyaxt, SANTOS, MEDALHAS L. R. EBERT 43, Rua do k^^^^^v^^^^r Rosário, 43, RIO DE JANEIRO. LEROT.W. FÁIRCHILD & CO., TYPOS ACABOU-SE 0 IMPRIMIR COMe dinheiro 110, Fará todos aquelles que desejarem economizar tempo todo o mundo pode reproduzir Valendo-se do Cylindro de Imprimir dê,MAURICE, Pbkçob correntes Avisos, Tarifas, ou qualquer numero de Cartas, Circulares, Planos, Musíca, Stenografia. Debuxos, Mappas, quaesquer Documentos, ^etc.^etc. ' Grande medalha de 'MÉRITO 'PROGRESSO.' 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