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TI – Básico Sistemas Operacionais Professor: Ricardo Quintão e-mail: [email protected] Site: www.rgquintao.com.br 1 Objetivos dos Sistemas Operacionais • Esconder a Complexidade do Hardware. Devido a grande complexidade do hardware e também a dificuldade de manipular tal equipamento, o SO apresenta ao usuário uma máquina de forma que os seus recursos sejam acessados sem que haja necessidade de conhecimentos técnicos sobre o hardware instalado. • Prover Portabilidade dos Softwares tornando-os o máximo possível independente do Hardware. Devido a grande variedade de equipamentos existentes e, consequentemente, formas diferentes de acessar tais equipamentos, o SO oferece uma forma padronizada de comunicação, independente do fabricante ou modelo do equipamento. • Gerenciamento do uso dos recursos do equipamento. Quando existem diversos processos sendo executados no equipamento, estes processos precisarão acessar os recursos existentes (CPU, Memória, E/S). Para que não haja problemas na disputa por esses recursos, o SO faz a gerência definindo quando, como e por quem tais recursos serão utilizados. 2 Objetivos dos Sistemas Operacionais • Como um Sistema Operacional consegue se comunicar e gerenciar a vasta gama de equipamentos com seus códigos e formatos de comunicação diferentes e proprietários? – Para realizar esta tarefa, foram criados módulos de comunicação específicos para cada equipamento. – Estes módulos possuem todas as informações sobre o que o equipamento é capaz de realizar e todos os códigos e formatos necessários para configurar e acessar tais recursos no equipamento. – Podemos visualizar estes módulos como sendo um manual explicativo dos recursos do equipamento. 3 Objetivos dos Sistemas Operacionais – Tais módulos são chamados de “DRIVER”. – Para que o SO consiga acessar o dispositivo, ele precisa ter acesso ao seu respectivo driver. – O driver é um software que oferece ao sistema a capacidade de se comunicar com um determinado dispositivo. 4 Objetivos dos Sistemas Operacionais • A figura abaixo mostra esta organização: Impressora Scanner Driver Driver Núcleo ou Kernel Driver Placa de Rede SO completo e personalizado para o equipamento Driver Placa de Vídeo 5 Tipos de Sistemas Operacionais • Sistemas Monoprogramáveis ou Monotarefa. Eles se caracterizam por permitir que o processador, a memória e os periféricos permaneçam exclusivamente dedicados à execução de um único programa. Devido a isso, enquanto o programa aguarda por um evento, o processador permanece ocioso, sem realizar qualquer tipo de processamento. A memória é subutilizada caso o programa não a preencha totalmente. 6 Tipos de Sistemas Operacionais • Sistemas Multiprogramáveis ou Multitarefa. Neste tipo de sistema, os recursos computacionais são compartilhados entre os diversos usuários e aplicações. Enquanto um programa espera por uma operação de leitura ou gravação, outros programas podem estar sendo processados neste mesmo intervalo de tempo. Existe o compartilhamento da memória e do processador. O sistema operacional se preocupa em gerenciar o acesso concorrente aos seus diversos recursos de forma ordenada e protegida entre os diversos programas. 7 Tipos de Sistemas Operacionais • Sistemas com Múltiplos Processadores ou Multiprocessado. Este sistema se caracteriza por possuir duas ou mais CPUs interligadas e trabalhando em conjunto. A vantagem deste tipo de sistema é permitir que vários programas sejam executados ao mesmo tempo ou que um mesmo programa seja subdividido em partes para serem executadas simultaneamente em mais de um processador. 8 Tipos de Sistemas Operacionais • Sistemas Multiprogramáveis ou Multitarefa. – Sistema Batch. O sistema batch tem a característica de não exigir a interação do usuário com a aplicação. Todas as entradas e saídas de dados da aplicação são implementadas por algum tipo de memória secundária, geralmente arquivos em disco. Atualmente, os sistemas operacionais implementam ou simulam o processamento batch, não existindo sistemas exclusivamente dedicados a este tipo de processamento. 9 Tipos de Sistemas Operacionais • Sistemas Multiprogramáveis ou Multitarefa. – Sistema de Tempo Compartilhado (Time-Sharing). Estes sistemas permitem que diversos programas sejam executados a partir da divisão do tempo do processador em pequenos intervalos, denominados fatia de tempo (time-slice ou quantum). Caso a fatia de tempo não seja suficiente para a conclusão do programa, ele é interrompido pelo sistema operacional e substituído por um outro programa, enquanto aguarda por uma nova fatia de tempo. O sistema cria para cada usuário um ambiente de trabalho próprio, dando a impressão de que todo o sistema está dedicado exclusivamente a ele. 10 Tipos de Sistemas Operacionais • Sistemas Multiprogramáveis ou Multitarefa. – Sistema de Tempo Real Estes sistemas são implementados de forma semelhante aos sistemas de tempo compartilhado. O que caracteriza a diferença entre os dois tipos de sistemas é o tempo exigido no processamento das aplicações. Enquanto em sistemas de tempo compartilhado o tempo de processamento pode variar sem comprometer as aplicações em execução, nos sistemas de tempo real os tempos de processamento devem estar dentro de limites rígidos, que devem ser obedecidos, caso contrário poderão ocorrer problemas irreparáveis. 11 Tipos de Sistemas Operacionais • Sistemas com Múltiplos Processadores. – Sistemas Fortemente Acoplados Neste sistema existem vários processadores compartilhando uma única memória física e dispositivos de E/S, sendo gerenciados por apenas um sistema operacional. 12 Tipos de Sistemas Operacionais – Sistemas Fortemente Acoplados CPU CPU CPU CPU Cache Cache Cache Cache Barramento Comum Memória Principal Subsistema de E/S 13 Tipos de Sistemas Operacionais • Sistemas com Múltiplos Processadores. – Sistemas Fracamente Acoplados Estes sistemas caracterizam-se por possuir dois ou mais sistemas computacionais conectados através de linhas de comunicação. Cada sistema funciona de forma independente, possuindo seu próprio sistema operacional e gerenciando seus próprios recursos. 14 Tipos de Sistemas Operacionais – Sistemas Fracamente Acoplados CPU CPU CPU cache cache cache Memória E/S Memória E/S Memória E/S Memória E/S Rede de Comunicação Memória E/S Memória E/S CPU CPU CPU cache cache cache 15 Exercícios 1- (Questão 66 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Suporte de Infraestrutura – ano 2005 – Cesgranrio) Um device driver, ou somente driver, tem como função implementar a comunicação do subsistema de E/S com os dispositivos, através de controladores. Sendo assim, um device driver: a) b) c) d) e) Manipula diretamente os dispositivos de E/S. Permite a comunicação entre o sistema computacional e o mundo externo. Recebe comandos gerais sobre acessos aos dispositivos, traduzindo-os para comandos específicos, que poderão ser executados pelos controladores. Realiza as funções comuns a todos os tipos de dispositivos. Torna as operações de E/S mais simples para o usuário bem como suas aplicações 16 Exercícios 2- (Questão 65 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Engenharia de Software – ano 2011 – Cesgranrio) Sobre os sistemas operacionais, considere as afirmações a seguir. I. II. III. IV. Sistemas operacionais do tipo batch não exigem interação com o usuário. Sistemas operacionais monoprogramáveis permitem a execução de vários processos concorrentemente. Sistemas operacionais multitarefa, com suporte a múltiplos processadores, permitem a execução concorrente ou paralela de vários processos. Sistemas de tempo compartilhado devem ser utilizados em aplicações de tempo real. Está correto APENAS o que se afirma em: a) b) c) d) e) I e II I e III III e IV I, II e III I, III e IV 17 Exercícios 3- (Questão 58 – MEC – Administrador de Redes – ano 2009 – FGV) A maioria dos computadores opera com apenas uma CPU e executam diversas tarefas, processando-as de forma concorrente e não simultânea. Esta modalidade de processamento é conhecida por: a) b) c) d) e) processamento online. processamento batch. processamento offline. multiprocessamento. multiprogramação. 18 Exercícios 4- (Questão 56 – Petrobrás – Analista de Sistemas Junior – Engenharia de Software – ano 2012 – Cesgranrio) Alguns dos objetivos dos algoritmos de escalonamento de processos são comuns a todos os tipos de sistemas operacionais. Outros, entretanto, variam de acordo com o tipo de sistema. Qual dos objetivos abaixo NÃO se aplica a algoritmos de escalonamento de processos utilizados em sistemas voltados para o processamento em lote (batch)? a) b) c) d) e) Atender às requisições dos usuários o mais rápido possível. Manter a CPU ocupada o tempo todo. Manter os dispositivos de E/S ocupados o máximo de tempo possível. Maximizar o número de jobs processados por unidade de tempo. Minimizar o tempo entre a submissão e o término de um job. 19 Exercícios 5- (Questão 43 – Petrobrás – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) A denominação SMP refere-se a um sistema de computador independente, no qual existem dois ou mais processadores similares com capacidade de computação comparável, que a) b) c) d) e) compartilham a mesma memória principal e as facilidades de E/S (Entrada/Saída). compartilham a mesma memória principal, mas não compartilham as facilidades de E/S (Entrada/Saída). compartilham as facilidades de E/S (Entrada/Saída), mas não compartilham a mesma memória principal. utilizam um esquema de conexão que impede um tempo de acesso uniforme à memória. desempenham, necessariamente, funções distintas. 20 Operações de Entrada e Saída Ciclo de Entrada e Saída Configurar o Dispositivo Verificar se o Dispositivo está pronto Sim Não Realizar a transferência de um bloco de dados Não Verificar se os dados acabaram Sim Final da E/S 21 Operações de Entrada e Saída • Existem três maneira básicas de executar operações de Entrada e Saída. – Entrada e Saída controlada por programa ou polling ou Espera Ocupada (Busy Wait). Nesta técnica, o processador sincroniza-se com o periférico para o início da transferência de dados. Após iniciada a transferência, o sistema fica permanentemente testando o estado do periférico para saber quando a operação chegaria ao seu final. Este controle mantinha o processador ocupado até o término da operação de E/S. Como o processador executa uma instrução muito mais rapidamente que a realização de uma operação de E/S, havia um enorme desperdício de tempo da CPU. 22 Operações de Entrada e Saída Entrada e Saída controlada por programa ou polling A E/S Ciclo de E/S Configurar o Dispositivo Verificar se o Dispositivo está pronto Realizar a transferência de um bloco de dados Verificar se os dados acabaram 23 Operações de Entrada e Saída – Entrada e Saída controlada por interrupção. Com a implementação do mecanismo de interrupção, as operações de E/S podem ser realizadas de uma forma mais eficiente. Neste caso, o controlador interrompe o processador para avisar do término da operação de E/S. Com este mecanismo, o processador, após a execução de um comando de leitura ou gravação, permanece livre para o processamento de outras tarefas. O controlador por sua vez, ao receber um sinal de leitura fica encarregado de ler os blocos do disco e armazená-los em memória ou registradores próprios. 24 Operações de Entrada e Saída – Entrada e Saída controlada por interrupção (Continuação). Em seguida, o controlador sinaliza uma interrupção ao processador. Quando o processador atender à interrupção, a rotina responsável pelo tratamento transfere os dados dos registradores do controlador para a memória principal. Ao término da transferência, o processador pode voltar a executar o programa interrompido e o controlador fica novamente disponível para outra operação. 25 Operações de Entrada e Saída Entrada e Saída controlada por interrupção A E/S Configurar o Dispositivo Ciclo de E/S B Verificar se o Dispositivo está pronto IRQ do dispositivo Realizar a transferência de um bloco de dados Verificar se os dados acabaram 26 Operações de Entrada e Saída – Entrada e Saída controlada por DMA (Acesso Direto à Memória). Esta técnica permite que um bloco de dados seja transferido entre a memória principal e dispositivos de E/S sem a intervenção do processador, exceto no início e no final da transferência. Quando o sistema deseja ler ou gravar um bloco de dados, o processador informa ao controlador sua localização, o dispositivo de E/S, a posição inicial da memória de onde os dados serão lidos ou gravados e o tamanho do bloco. Com estas informações, o controlador de DMA realiza a transferência entre o periférico e a memória principal, e o processador somente é interrompido no final da operação. A área de memória utilizada pelo controlador de DMA é chamada de buffer de entrada e saída. 27 Operações de Entrada e Saída – Entrada e Saída controlada por DMA (Continuação). No momento em que uma transferência de dados através da técnica de DMA é realizada, o controlador deve assumir, momentaneamente, o controle do barramento. Como a utilização do barramento é exclusiva de um dispositivo, o processador deve suspender o acesso ao barramento, temporariamente, durante a operação de transferência. Este procedimento não gera uma paralização, e o processador pode realizar tarefas, desde que sem a utilização do barramento, como um acesso à memória cache. 28 Operações de Entrada e Saída Entrada e Saída controlada por DMA A Ciclo de E/S E/S Configurar o Dispositivo Evitar CPU B E/S Verificar se o Dispositivo está pronto Evitar IRQ do dispositivo Configurar o DMA MEM DMA Realizar a transferência de um bloco de dados DMA realiza a transferência IRQ do DMA Verificar se os dados acabaram 29 Exercícios 6- (Questão 61 – Liquigás – Profissional Junior – Tecnologia da Informação – Desenvolvimento – ano 2012 – Cesgranrio) Há diversas formas pelas quais um sistema computacional pode tratar os eventos de entrada e saída (E/S). O esquema no qual a Unidade Central de Processamento (UCP) fica ocupada em um laço de repetição (loop) à espera do término de uma operação de E/S é conhecido como esquema de: a) b) c) d) e) Interrupção Prioridades E/S programada E/S mapeada em memória DMA 30 Exercícios 7- (Questão 63 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Engenharia de Software – ano 2011 – Cesgranrio) Nos sistemas operacionais modernos, as operações de entrada e saída (E/S) são realizadas sem a utilização direta do processador. PORQUE Existem controladores que realizam as operações de E/S e implementam técnicas de acesso direto à memória. Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que: a) b) c) d) e) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa. a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. as duas afirmações são falsas. 31 Exercícios 8- (Questão 47 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2011 – Cesgranrio) No contexto de sistemas operacionais, qual mecanismo de entrada e saída é mais eficiente para um grande volume de informações, onde as operações são realizadas sem a intervenção do processador? a) b) c) d) e) Acesso direto à memória (DMA) Transmissão serial Transmissão paralela Entrada e Saída distribuída Entrada e Saída por interrupção 32 Exercícios 9- (Questão 30 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2008 – Cesgranrio) Que tecnologia tem por objetivo liberar a CPU em operações de entrada/saída? a) b) c) d) e) Acesso direto à memória (DMA) Cache Paginação Pipeline Spool 33 Exercícios 10- (Questão 24 – Transpetro – Analista de Sistemas Pleno– ano 2006 – Cesgranrio) Uma das funções principais de um sistema operacional é controlar todos os dispositivos de E/S (entrada/saída) de um computador. Sobre as formas como a E/S pode ser feita do ponto de vista dos sistemas operacionais, considere as seguintes afirmativas. I. II. III. Na E/S programada, a CPU principal lê ou escreve cada byte ou palavra e espera em um laço até que ela possa obter ou enviar o próximo dado. Na E/S orientada a interrupção, a CPU inicia uma transferência de E/S para um caractere ou palavra e segue para outra atividade até que uma interrupção sinalize a conclusão daquela E/S. Na E/S que usa DMA, um chip separado gerencia a transferência completa de um bloco de dados, ocorrendo uma interrupção somente quando o bloco for totalmente transferido. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): a) b) c) d) e) I, apenas. II, apenas. III, apenas. I e II, apenas. I, II e III. 34 Exercícios 11- (Questão 27 – Petrobrás – Técnico de Informática Junior – ano 2012 – Cesgranrio) Considere que um processo de usuário em um sistema operacional precisa enviar uma cadeia de caracteres para uma impressora. Para fazer a impressão, esse processo requisita a impressora para escrita através de uma chamada ao sistema (system call). Na estratégia de entrada e saída utilizada por esse sistema operacional, a cadeia é copiada do espaço de memória do usuário para o espaço de memória do núcleo (kernel). A seguir, o sistema operacional entra em um laço (loop) para enviar um caractere por vez para a impressora. Quando um caractere é impresso, o sistema operacional entra em espera ociosa até que a impressora esteja pronta para receber o próximo caractere. Um técnico de informática identifica que a situação aqui descrita descreve a estratégia de entrada e saída a) b) c) d) e) programada assíncrona orientada a interrupção orientada a blocos de memória que usa acesso indireto à memória 35 Exercícios 12- (Questão 54 – Banco do Estado de Sergipe – Técnico Bancário III – Suporte – ano 2012 – FCC) Nos sistemas de entrada e saída, o nível de interação entre a CPU e a execução da operação de E/S que conta com a característica de uso da estratégia de busy-wait (espera ocupada) é conhecido por a) b) c) d) e) E/S por interrupção. E/S programada. Canais de dados de E/S. Processadores de E/S. Canais seletores. 36 Operações de Entrada e Saída Interrupção X Exceção • Uma interrupção, também conhecida por Interrupção de Hardware, é sempre gerada por algum evento externo ao programa e, nesse caso, independe da instrução que está sendo executada. • Um exemplo de interrupção é quando um dispositivo avisa ao processador que alguma operação de E/S está completa. • Nesse caso, o processador deve interromper o programa para tratar o término da operação. • Ao final da execução de cada instrução, a unidade de controle verifica a ocorrência de algum tipo de interrupção. 37 Operações de Entrada e Saída Interrupção X Exceção • Nesse caso, o programa em execução é interrompido e o controle desviado para uma rotina responsável por tratar o evento ocorrido, denominada rotina de tratamento de interrupção. • Para que o programa possa posteriormente voltar a ser executado, é necessário que, no momento da interrupção, um conjunto de informações sobre a sua execução seja preservado. • Essas informações consistem no conteúdo de registradores, que deverão ser restaurados para a continuação do programa. 38 Operações de Entrada e Saída Interrupção X Exceção Aplicação Salva o conteúdo dos registradores na pilha de controle Rotina de Tratamento Identifica a origem da interrupção Interrupção ou Exceção Obtém o endereço da rotina de tratamento Restaura o conteúdo dos registradores 39 Operações de Entrada e Saída Interrupção X Exceção Arquitetura do Sistema de Interrupção Controlador de Interrupções CPU IRQ IRQ INTA Número do Pino de IRQ BD 0 1 INTA 2 3 4 5 6 7 Vetor de Interrupção Clock do Sistema Controladora de Disco Teclado Mouse . . . . . 0 End. 0 RT referente ao Pino 0 1 End. 1 RT referente ao Pino 1 2 End. 2 RT referente ao Pino 2 3 End. 3 RT referente ao Pino 3 4 End. 4 RT referente ao Pino 4 5 End. 5 RT referente ao Pino 5 6 End. 6 RT referente ao Pino 6 7 End. 7 RT referente ao Pino 7 CI Vetor de Interrupção[Pino do Controlador] 40 Operações de Entrada e Saída Interrupção X Exceção • Passos realizados após um pedido de interrupção ser aceito 1. Um sinal de interrupção é gerado para o processador; Via Hardware 2. Após o término da execução da instrução corrente, o processador identifica o pedido de interrupção; 3. Os conteúdos dos registradores PC e de status são salvos; 4. O processador identifica qual a rotina de tratamento que será executada e carrega o PC com o endereço inicial desta rotina; 5. A rotina de tratamento salva o conteúdo dos demais registradores do processador na pilha de controle do programa; Via Software 6. A rotina de tratamento é executada; 7. Após o término da execução da rotina de tratamento, os registradores de uso geral são restaurados, além do registrador de status e o PC, retornando à execução do programa interrompido. 41 Operações de Entrada e Saída Interrupção X Exceção • Para cada tipo de interrupção existe uma rotina de tratamento associada, para a qual o fluxo de execução deve ser desviado. • A identificação do tipo de evento ocorrido é fundamental para determinar o endereço da rotina de tratamento. • No momento da ocorrência de uma interrupção, o processador deve saber para qual rotina de tratamento deve ser desviado o fluxo de execução. • O principal método utiliza uma estrutura de dados chamada vetor de interrupção, que contém o endereço inicial de todas as rotinas de tratamento existentes associadas a cada tipo de evento. 42 Operações de Entrada e Saída Interrupção X Exceção • Uma exceção, também conhecida por Interrupção de Software, é semelhante a uma interrupção, sendo a principal diferença o motivo pelo qual o evento é gerado. • A exceção é resultado direto da execução de uma instrução do próprio programa, como: – – – – Divisão de um número por zero; Overflow em uma operação aritmética; Instrução Inválida; Instrução Ilegal, dentre outras... 43 Estrutura do Sistema Operacional • O sistema operacional é formado por um conjunto de rotinas que oferecem serviços aos usuários e às aplicações. • Esse conjunto de rotinas é denominado núcleo do sistema ou kernel. • A maioria dos sistemas operacionais vem acompanhada de utilitários, linguagem de comandos, que são ferramentas de apoio ao usuário, porém não são parte do kernel. 44 Estrutura do Sistema Operacional Funções de Kernel • Principais Funções do Núcleo do Sistema. – Tratamento de interrupções e exceções; – Criação e eliminação de processos e threads; – Sincronização e comunicação entre processos e threads; – Escalonamento e controle dos processos e threads; – Gerência de memória; – Gerência do sistema de arquivo; – Gerência de dispositivos de E/S; – Suporte a redes locais e distribuídas; – Contabilização do uso do sistema; – Auditoria e segurança do sistema. 45 Estrutura do Sistema Operacional Modos de Acesso • Para que o sistema possa gerenciar a máquina, ele tem que estar em um nível de privilégio superior ao dos demais processos que estão em execução. • Se os processos estiverem no mesmo nível de privilégio que o SO, todos terão o mesmo poder de mando, o que levará ao caos e consequentemente, nada funcionará corretamente. • Para conseguir ter privilégios superiores, o SO utiliza um recurso existente em diversos processadores conhecido como modo de acesso. 46 Estrutura do Sistema Operacional Modos de Acesso • Em geral, os processadores possuem dois modos de acessos: modo usuário e modo kernel. • Quando o processador trabalha no modo usuário, só é permitido o acesso a parte do conjunto de instruções. As instruções permitidas são chamadas de instruções não-privilegiadas. • Além disso, diversos outros mecanismos de proteção e restrição de acesso entram em funcionamento. 47 Estrutura do Sistema Operacional Modos de Acesso • No modo kernel, todo o conjunto de instruções pode ser executado. As instruções que só podem ser executadas neste modo são conhecidas por instruções privilegiadas. • Esta separação de instruções privilegiadas e não-privilegiadas pode ser vista como sendo privilegiadas as instruções que colocam em risco o funcionamento do SO e não-privilegiadas são as instruções inofensivas, isto é, as que não oferecem risco ao SO. 48 Estrutura do Sistema Operacional Modos de Acesso Conjunto de Instruções Modos de Acesso da CPU Usuário Kernel Modo Kernel Modo Usuário Não-Privilegiadas (Inofensivas) Privilegiadas (Perigosas) 49 Estrutura do Sistema Operacional Rotinas do SO e Chamadas ao Sistema (System Calls) • As rotinas do SO compõem o núcleo do sistema, oferecendo serviços aos usuários e suas aplicações. • Todas as funções do núcleo são implementadas por rotinas do sistema que necessariamente possuem em seu código instruções privilegiadas. • A partir desta condição, para que estas rotinas possam ser executadas, o processador deve estar obrigatoriamente em modo kernel, o que exige a implementação de mecanismos de proteção para garantir a confiabilidade do sistema. 50 Estrutura do Sistema Operacional Rotinas do SO e Chamadas ao Sistema (System Calls) • Todo o controle de execução de rotinas do sistema operacional é realizado pelo mecanismo conhecido como system call. • Toda vez que uma aplicação desejar chamar uma rotina do sistema operacional, o mecanismo de system call é ativado. • Inicialmente, o SO verificará se a aplicação possui os privilégios necessários para executar a rotina desejada. 51 Estrutura do Sistema Operacional Rotinas do SO e Chamadas ao Sistema (System Calls) • Em caso negativo, o SO impedirá o desvio para a rotina, sinalizando ao programa chamador que a operação não é possível. • Este é um mecanismo de proteção por software no qual o SO garante que as aplicações só poderão executar rotinas do sistema que estão previamente autorizadas. • Considerando que a aplicação possua o devido privilégio, o sistema primeiramente salva o conteúdo corrente dos registradores, troca o modo de acesso do processador de usuário para kernel e realiza o desvio para a rotina alterando o registrador PC com o endereço da rotina chamada. 52 Estrutura do Sistema Operacional Rotinas do SO e Chamadas ao Sistema (System Calls) • Ao término da execução da rotina, o modo de acesso é alterado de kernel para usuário e o contexto dos registradores restaurado para que a aplicação continue a execução a partir da instrução que chamou a rotina do sistema. 53 Estrutura do Sistema Operacional Rotinas do SO e Chamadas ao Sistema (System Calls) Modo Usuário Salva o contexto dos registradores. Altera o modo de acesso do processador para kernel. Verifica as permissões para execução da Rotina do SO. Se permitido, redirecionar para a Rotina. Não Permitido Rotina do SO Modo kernel Modo Usuário Aplicação Altera o modo de acesso do processador para usuário. Restaura o contexto dos registradores. 54 Exercícios 13- (Questão 21 – BADESC – Analista de Sistemas – Desenvolvimento de Sistemas – ano 2010 – FGV) Com o objetivo de melhorar a eficiência de processamento, microcomputadores utilizam um recurso associado à forma como os componentes da máquina podem interromper a sequência normal de execução de instruções do processador. Nesse sentido, uma situação ocorre quando é gerada por alguma condição, resultante da execução de uma instrução, como divisão por zero, overflow em uma operação aritmética e referência a um endereço de memória fora do espaço de endereçamento de programa. Essa situação faz referência a uma classe conhecida por: a) b) c) d) e) interrupção de swap. interrupção de fetch. interrupção de clock. interrupção de software. interrupção de hardware. 55 Exercícios 14- (Questão 22 – Transpetro – Analista de Sistemas Júnior – ano 2006 – Cesgranrio) O núcleo do sistema operacional, drivers, utilitários e aplicativos são descritos internamente por instruções de máquina, e se diferenciam de acordo com sua capacidade de interagir com o hardware. Enquanto aplicativos e utilitários têm acesso mais restrito, os drivers e o núcleo devem ter pleno acesso ao hardware para poder configurá-lo e gerenciá-lo. Para que os acessos sejam diferenciados dentre os diversos tipos de software, os processadores contam com: a) b) c) d) e) Níveis de Privilégio de Execução. Interrupções e Exceções. Controladores de Dispositivos. Memória Virtual. Exclusão Mútua. 56 Exercícios 15- (Questão 65 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Suporte de Infraestrutura – ano 2005 – Cesgranrio) Uma system call pode ser entendida como uma porta de entrada para o acesso ao núcleo do sistema operacional e a seus serviços. Isto significa que: a) b) c) d) e) Uma aplicação desenvolvida utilizando serviços de um determinado sistema operacional pode ser portada diretamente para outro sistema operacional. A maioria dos programadores conhece os detalhes da implementação de uma system call, podendo implementá-lo no seu próprio programa. Para cada serviço disponível existe uma system call associada e cada sistema operacional tem o seu próprio conjunto de chamadas, com nomes, parâmetros e formas de ativação específicos. O modo de acesso de uma system call é o mesmo de um programa de usuário. Os utilitários de um sistema operacional, como compiladores e editores de texto, são considerados system calls. 57 Exercícios 16- (Questão 57 – Petrobrás – Analista de Sistemas Junior – Engenharia de Software – ano 2012 – Cesgranrio) O mecanismo pelo qual programas dos usuários solicitam serviços ao núcleo do sistema operacional é denominado: a) b) c) d) e) biblioteca do sistema chamada ao sistema editor de ligação shell de comandos ligação dinâmica 58 Exercícios 17- (Questão 43 – Defensoria Pública de SP – Analista de Sistemas – ano 2013 – FCC) Analise as afirmativas sobre o mecanismo de interrupção dos sistemas operacionais modernos. I. II. III. As interrupções de I/O significam que uma saída foi concluída, que dados de entrada estão disponíveis ou que uma falha foi detectada. O mecanismo de interrupção também é utilizado para manipular uma ampla gama de eventos, como a divisão por zero, o acesso a um endereço de memória protegido ou inexistente ou a tentativa de executar uma instrução privilegiada em modalidade de usuário. Os eventos que disparam interrupções têm uma propriedade em comum: são ocorrências que induzem a placa-mãe a bloquear o barramento de dados para permitir que o sistema operacional execute uma rotina urgente. Está correto o que se afirma APENAS em a) b) c) d) e) I. II e III. I e II. III. II. Contesto a banca em relação ao item II, pois como não foi especificado se a interrupção em questão é de hardware ou software, pode-se considerar o item como falso, levando à marcação da letra a. 59 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • A arquitetura Monolítica. – Esta pode ser comparada com uma aplicação formada por vários módulos que são compilados separadamente e depois linkados, formando um grande programa executável, onde os módulos podem interagir livremente. – Os primeiros sistemas operacionais foram desenvolvidos com base neste modelo, o que tornava seu desenvolvimento, e principalmente, sua manutenção bastante difíceis. – Devido a sua simplicidade e bom desempenho, a estrutura monolítica foi adotada no projeto do MS-DOS e nos primeiros sistemas UNIX. 60 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • A arquitetura Monolítica. Aplicação Aplicação Modo Usuário Modo kernel System Call Hardware 61 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • A arquitetura em Camadas. – Com o aumento da complexidade e do tamanho do código dos sistemas operacionais, técnicas de programação estruturada e modular foram incorporadas ao seu projeto. – Na arquitetura de camadas, o sistema é dividido em níveis sobrepostos. – Cada camada oferece um conjunto de funções que podem ser utilizadas apenas pelas camada superiores. – Neste tipo de implementação, as camadas mais internas são mais privilegiadas que as mais externas. 62 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • A arquitetura em Camadas (Continuação). – A vantagem da estruturação em camadas é isolar as funções do sistema operacional, facilitando sua manutenção e depuração, além de criar uma hierarquia de níveis de modos de acesso, protegendo as camadas mais internas. – Uma desvantagem para o modelo de camadas é o desempenho. – Cada nova camada implica em uma mudança no modo de acesso. 63 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • A arquitetura em Camadas (Continuação). – Atualmente, a maioria dos sistema comerciais utiliza o modelo de duas camadas, onde existem os modos de acesso usuário (não-privilegiado) e kernel (privilegiado). – A maioria das versões do UNIX e o Windows da Microsoft está baseada neste modelo. 64 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • A arquitetura em Camadas. Kernel Executivo Supervisor Usuário 65 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • Arquitetura Microkernel ou Cliente-Servidor. – Uma tendência nos sistemas operacionais modernos é tornar o núcleo do sistema operacional o menor e mais simples possível. – Para implementar esta idéia, os serviços do sistema são disponibilizados através de processos, onde cada um é responsável por oferecer um conjunto específico de funções, como gerência de arquivos, gerência de processos, gerência de memória, escalonamento, etc. – Sempre que uma aplicação deseja algum serviço, é realizada uma solicitação ao processo responsável. 66 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • Arquitetura Microkernel ou Cliente-Servidor (Continuação). – Neste caso, a aplicação que solicita o serviço é chamada de cliente, enquanto o processo que responde à solicitação é chamado de servidor. – A principal função do núcleo é realizar a comunicação, ou seja, a troca de mensagens entre cliente e servidor. – Um cliente, que pode ser uma aplicação de um usuário ou um outro componente do sistema operacional, solicita um serviço enviando uma mensagem para o servidor. – O servidor responde ao cliente através de uma outra mensagem. 67 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • Arquitetura Microkernel ou Cliente-Servidor (Continuação). – A utilização deste modelo permite que os servidores executem em modo usuário, ou seja, não tenham acesso direto a certos componentes do sistema. – Apenas o núcleo do sistema, responsável pela comunicação entre clientes e servidores, executa no modo kernel. – Como consequência, se ocorrer um erro em um servidor, este poderá parar, mas o sistema não ficará inteiramente comprometido, aumentando assim a sua disponibilidade. 68 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • Arquitetura Microkernel ou Cliente-Servidor. Servidor de Impressão Aplicação Modo Usuário Modo kernel Servidor de Arquivo Servidor de Memória Microkernel Hardware 69 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • Máquinas Virtuais. – O modelo de máquina virtual cria um nível intermediário entre o hardware e o sistema operacional, denominado gerência de máquinas virtuais. – Este nível cria diversas máquinas virtuais independentes, onde cada uma oferece uma cópia virtual do hardware, incluindo os modos de acesso, interrupções, dispositivos de E/S. – Como cada máquina virtual é independente das demais, é possível que cada MV tenha seu próprio sistema operacional e que seus usuários executem suas aplicações como se todo o computador estivesse dedicado a cada um deles. 70 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • Máquinas Virtuais (Continuação). – Além de permitir a convivência de sistemas operacionais diferentes no mesmo computador, este modelo cria o isolamento total entre cada MV, oferecendo grande segurança para cada máquina virtual. – Se, por exemplo, uma MV executar uma aplicação que comprometa o funcionamento do sistema operacional, as demais máquinas virtuais não sofrerão problema. 71 Estrutura do Sistema Operacional Arquiteturas do Kernel • Máquina Virtual. AP1 AP2 AP3 APn SO1 SO2 SO3 SOn MV1 MV2 MV3 MVn Gerência de Máquinas Virtuais (MV) Hardware 72 Exercícios 18- (Questão 23 – Transpetro – Analista de Sistemas Pleno– ano 2006 – Cesgranrio) Um sistema operacional é formado por um conjunto de rotinas que oferecem serviços aos usuários, às suas aplicações e também ao próprio sistema. Esse conjunto de rotinas é denominado núcleo do sistema operacional ou kernel. A estrutura do sistema operacional, ou seja, a maneira como o código do sistema é organizado, pode variar conforme a concepção do projeto. A arquitetura monolítica pode ser definida como um programa: a) b) c) d) e) Composto por vários módulos que são compilados separadamente e depois linkados, formando um único programa executável. Composto por vários níveis sobrepostos, onde cada camada fornece um conjunto de funções que podem ser utilizadas apenas pelas camadas superiores. Composto por várias camadas, onde cada camada isola as funções do sistema operacional, facilitando sua manutenção e depuração, além de criar uma hierarquia de níveis de modos de acesso, protegendo as camadas mais internas. Formado por vários níveis, sendo que a camada de nível mais baixo é o hardware, e cada um dos níveis acima cria uma máquina virtual independente, em que cada uma oferece uma cópia virtual do hardware. Cujo núcleo do sistema é o menor e o mais simples possível e, neste caso, os servidores do sistema são responsáveis por oferecer um conjunto específico de funções, como gerência de arquivos, por exemplo. 73 Exercícios 19- (Questão 28 – IBGE – Supervisor de pesquisas, Tecnologia de Informação e Comunicação – ano 2014 – Cesgranrio) Os projetos de sistemas operacionais admitem várias e diferentes organizações de estrutura interna. Dentre essas organizações, encontram-se: a) b) c) d) e) sistemas monolíticos, modelo cliente-servidor e máquinas virtuais sistemas monolíticos, memória e sistemas de camadas shell, exonúcleos e sistemas de camadas camadas física, lógica e de aplicação modelo cliente-servidor, máquinas virtuais e kernel 74 Processos 75 Definição • A gerência de uma ambiente multiprogramável é função exclusiva do sistema operacional que deve controlar a execução dos diversos programas e o uso concorrente do processador. • Para isso, um programa ao ser executado deve estar sempre associado a um processo. • O conceito de processo é a base para a implementação de um sistema multiprogramável. • O processador é projetado para executar instruções a partir do ciclo de busca e execução. 76 Definição • Na visão da camada de hardware, o processador executa instruções sem distinguir qual programa encontra-se em processamento. • É de responsabilidade do sistema operacional implementar a concorrência entre programas gerenciando a alternância da execução de instruções na CPU de maneira controlada e segura. • Neste sentido, o conceito de processo torna-se essencial para que os sistemas multiprogramáveis implementem a concorrência de diversos programas e atendam a múltiplos usuários simultaneamente. • Um processo pode ser entendido inicialmente como um programa em execução, só que seu conceito é mais abrangente. 77 Definição • Pode-se definir mais precisamente um processo como sendo o conjunto necessário de informações para que o sistema operacional implemente a concorrência de programas. • O processo também pode ser definido como sendo o ambiente onde um programa é executado. • Este ambiente, além das informações sobre a execução, possui também a quantidade de recursos do sistema que cada programa pode utilizar. • O resultado da execução de um mesmo programa pode variar dependendo do processo em que é executado, ou seja, em função dos recursos que são disponibilizados para o programa. 78 Estrutura de um Processo • Um processo é formado por três partes conhecidas como contexto de hardware, contexto de software e espaço de endereçamento, que juntos mantêm todas as informações necessárias à execução de um programa. Estrutura de um Processo Contexto de Software Contexto de Hardware Programa Espaço de Endereçamento 79 Estrutura de um Processo • Contexto de Hardware – O contexto de hardware de um processo armazena o conteúdo dos registradores gerais da CPU, além dos registradores de uso específico, como o PC, SP (stack pointer) e o registrador de status. – Quando um processo está em execução, o seu contexto de hardware está armazenado nos registradores do processador. – No momento em que o processo perde a utilização da CPU, o sistema salva as informações no contexto de hardware do processo. – O contexto de hardware é fundamental para a implementação dos sistemas multiprogramáveis, onde os processos se alternam na utilização da CPU, podendo ser interrompidos e posteriormente restaurados. 80 Estrutura de um Processo • Contexto de Hardware (Continuação) – O sistema operacional gerencia a troca de contexto, base para a implementação da concorrência, que consiste em salvar o conteúdo dos registradores do processo que está deixando a CPU e carregá-lo com os valores referentes ao do novo processo que será executado. – Esta operação se resume em substituir o contexto de hardware de um processo pelo do outro. 81 Estrutura de um Processo Troca de Contexto Sistema Operacional Processo B Processo A Salva o conteúdo dos registradores do Processo A Carrega o conteúdo dos registradores do Processo B Fatia de Tempo Salva o conteúdo dos registradores do Processo B Carrega o conteúdo dos registradores do Processo A 82 Estrutura de um Processo • Contexto de Software – No contexto de software de um processo são especificados limites e características dos recursos que podem ser alocados pelo processo. – Muitas destas características são determinadas no momento da criação do processo, enquanto outras podem ser alteradas durante sua existência. – A maior parte das informações do contexto de software do processo provém de um arquivo do sistema operacional, conhecido como arquivo de usuários. – Neste arquivo são especificados os limites dos recursos que cada processo pode alocar, sendo gerenciado pelo administrador do sistema. – O contexto de software é composto por três grupos de informações sobre o processo: identificação, quotas e privilégios. 83 Estrutura de um Processo • Contexto de Software (Continuação) – Identificação Cada processo criado pelo sistema recebe uma identificação única (PID – Process Identification) representada por um número. Através do PID, o sistema operacional e outros processos podem fazer referência a qualquer processo existente, consultando o seu contexto ou alterando uma de suas características. O processo também possui a identificação do usuário. Cada usuário possui uma identificação única no sistema (UID – User Identification), atribuída ao processo no momento de sua criação. A UID permite implementar um modelo de segurança, onde apenas os objetos que possuem a mesma UID do usuário podem ser acessados. 84 Estrutura de um Processo • Contexto de Software (Continuação) – Quotas As quotas são os limites de cada recurso do sistema que um processo pode alocar. Caso uma quota seja insuficiente, o processo poderá ser executado lentamente, interrompido durante seu processamento ou mesmo não ser executado. Alguns exemplos de quotas presentes na maioria dos sistemas operacionais são: – Número máximo de arquivos abertos simultaneamente; – Tamanho máximo de memória principal e secundária que o processo pode alocar; – Número máximo de operações de E/S pendentes; – Tamanho máximo do buffer para operações de E/S; – Número máximo de processos, subprocessos e threads que podem criar; – Espaço de disco disponível. 85 Estrutura de um Processo • Contexto de Software (Continuação) – Privilégios Os privilégios ou direitos definem as ações que um processo pode fazer em relação a ele mesmo, aos demais processos e ao sistema operacional. Privilégios que afetam o próprio processo permitem que suas características possam ser alteradas, como prioridade de execução, limites alocados na memória principal e secundária, etc. Já os privilégios que afetam os demais processos permitem, além da alteração de suas próprias características, alterar as de outros processos. 86 Estrutura de um Processo • Contexto de Software (Continuação) – Privilégios (Continuação) Privilégios que afetam o sistema são os mais amplos e poderosos, pois estão relacionados à operação e à gerência do ambiente, como a desativação do sistema, alteração de regras de segurança, criação de outros processos privilegiados, modificação de parâmetros de configuração do sistema, entre outros. A maioria dos SOs disponibiliza uma conta de acesso com todos estes privilégios disponíveis, com o propósito de o administrador gerenciar o sistema operacional. 87 Estrutura de um Processo • Espaço de Endereçamento – O espaço de endereçamento é a área de memória pertencente ao processo onde instruções e dados do programa são armazenados para execução. – Cada processo possui seu próprio espaço de endereçamento, que deve ser devidamente protegido do acesso dos demais processos. 88 Estrutura de um Processo • A figura a seguir mostra as características da estrutura de um processo. nome registradores gerais PID dono (UID) registrador PC prioridade de execução data/hora de criação Contexto de Hardware Contexto de Software registrador SP tempo de processador privilégios Programa registrador de status Espaço de Endereçamento Endereços de memória principal alocados 89 Estrutura de um Processo Bloco de Controle do Processo • O processo é implementado pelo sistema operacional através de uma estrutura de dados chamada Bloco de Controle do Processo (Process Control Block – PCB). • A partir do PCB, o sistema operacional mantém todas as informações sobre o contexto de hardware, contexto de software e espaço de endereçamento de cada processo. • Os PCBs de todos os processos ativos residem na memória principal em uma área exclusiva do sistema operacional. 90 Estrutura de um Processo Bloco de Controle do Processo • O tamanho desta área, geralmente é limitado por um parâmetro do sistema operacional que permite especificar o número máximo de processos que podem ser suportados simultaneamente pelo sistema. • Toda a gerência dos processos é realizada por intermédio de chamadas a rotinas do sistema operacional que realizam operações como criação, alteração de características, visualização, eliminação, sincronização, suspensão de processos, dentre outras. 91 Estrutura de um Processo Bloco de Controle do Processo • Abaixo temos um exemplo de PCB. PCB Ponteiros Estado do processo Nome do processo Prioridade do processo Registradores Limites de memória Lista de arquivos abertos 92 Estados de um Processo • Em um sistema multiprogramável, um processo não deve alocar exclusivamente a CPU, permitindo que exista um compartilhamento no uso do processador. • Os processos passam por diferentes estados ao longo do seu processamento em função de eventos gerados pelo sistema operacional ou pelo próprio processo. • Um processo ativo pode encontrar-se em três diferentes estados (depende do SO). 93 Estados de um Processo – Criação É quando um processo está sendo criado. O processo fica neste estado enquanto todos os recursos iniciais para o seu processamento estão sendo alocados. – Término É quando um processo chegou ao fim. O processo fica neste estado enquanto todos os seus recursos estão sendo liberados. 94 Estados de um Processo – Execução (running) Um processo é dito no estado de execução quando está sendo processado pela CPU. Em sistemas com apenas uma CPU, somente um processo pode estar sendo executado em um dado instante de tempo. Os processos se alternam na utilização do processador seguindo uma política estabelecida pelo sistema operacional. Em sistemas com múltiplos processadores existe a possibilidade de mais de um processo ser executado ao mesmo tempo. Também é possível um mesmo processo ser executado simultaneamente em mais de uma CPU. 95 Estados de um Processo – Pronto (ready) Um processo está no estado de pronto quando aguarda apenas para ser executado. O sistema operacional é responsável por determinar a ordem e os critérios pelos quais os processos em estado de pronto devem fazer uso do processador. Este mecanismo é conhecido como escalonamento. Em geral, existem vários processos no estado de pronto organizados em listas encadeadas. 96 Estados de um Processo – Espera (wait) Um processo no estado de espera aguarda por algum evento externo ou por algum recurso para prosseguir seu processamento. Como exemplo, podemos citar o término de uma operação de E/S ou espera de uma determinada data e/ou hora para continuar sua execução. Em alguns sistemas operacionais, o estado de espera pode ser chamado de bloqueado (blocked). O sistema organiza os vários processos no estado de espera também em listas encadeadas. Em geral, os processos são separados em listas de espera associadas a cada tipo de evento. 97 Estados de um Processo Diagrama de Transição de Estados • Um processo muda de estado durante seu processamento em função de eventos originados por ele próprio (eventos voluntários) ou pelo SO (eventos involuntários). Abaixo temos as possíveis transições que um processo pode sofrer. Execução Espera Término Pronto Criação Residente na MP Não Residente na MP Swapping Espera Pronto 98 Estados de um Processo Transições Criação Execução Pronto Residente na MP Pronto Residente na MP Término Execução Execução Pronto Residente na MP Execução Espera Residente na MP Espera Residente na MP Pronto Residente na MP Espera Residente na MP Espera não Residente na MP Espera não Residente na MP Pronto não Residente na MP Pronto não Residente na MP Pronto Residente na MP Pronto Residente na MP Pronto não Residente na MP 99 Estados de um Processo Transições Criação Pronto Residente na MP • A criação de um processo ocorre a partir do momento em que o sistema operacional adiciona um novo PCB à sua estrutura e aloca um espaço de endereçamento na memória para uso. • A partir da criação do PCB, o sistema operacional já reconhece a existência do processo, podendo gerenciá-lo e associar programas ao seu contexto para serem executados. Execução • Término Na eliminação de um processo, o processo é encaminhado ao estado de Término e em seguida todos os seus recursos são desalocados e o PCB eliminado pelo Sistema Operacional. 100 Estados de um Processo Transições Pronto Residente na MP Execução • Após a criação de um processo, o sistema o coloca em uma lista de processos no estado de pronto, onde aguarda por uma oportunidade para ser executado. • Cada Sistema Operacional tem seus próprios critérios e algoritmos para a escolha da ordem em que os processos serão executados (política de escalonamento). Execução Pronto Residente na MP • Um processo em execução passa para o estado de pronto por eventos gerados pelo sistema, como término da fatia de tempo que o processo possui para sua execução. • Nesse caso, o processo volta para a fila de pronto onde aguarda por uma nova oportunidade para continuar seu processamento. 101 Estados de um Processo Transições Execução Espera Residente na MP • Um processo em execução passa para o estado de espera por eventos gerados pelo próprio processo, como operações de E/S, ou por eventos externos. • Um evento externo é gerado, por exemplo, quando o sistema operacional suspende por um período de tempo a execução de um processo. Espera Residente na MP Pronto Residente na MP • Um processo no estado de espera passa para o estado de pronto quando a operação solicitada é atendida ou o recurso esperado é concedido. • Um processo no estado de espera sempre terá de passar pelo estado de pronto antes de poder ser novamente selecionado para execução. • Não existe a mudança do estado de espera para o estado de execução diretamente. 102 Estados de um Processo Transições Espera Residente na MP Espera não Residente na MP • Quando não existe espaço suficiente na memória principal para carregar um novo processo ou para aumentar a memória de um determinado processo, o SO envia algum processo do estado de espera para o disco em um mecanismo denominado Swap out. • Dá-se preferência aos processos no estado de espera porque normalmente o tempo de permanência neste estado é longo. Espera não Residente na MP Pronto não Residente na MP • Esta transição é a mesma apresentada para a situação de residente na memória principal. • A única diferença é que como o processo está originariamente fora da memória principal, ele mudará de estado, indo para pronto, mas permanecendo fora da memória principal. 103 Estados de um Processo Transições Pronto não Residente na MP Pronto Residente na MP • Quando o sistema percebe que já está chegando a vez deste processo ser executado, ele realiza a transferência do disco para a memória principal no procedimento chamado de Swap in. • Se não houver memória principal disponível para receber o processo, um outro será retirado para liberar memória e então será feita a transferência. Pronto Residente na MP • Pronto não Residente na MP No caso extremo de não haver memória disponível e todos os processos do estado de espera já estarem fora da memória principal, é feita então a retirada de um processo no estado de pronto. 104 Processos Independentes, Subprocessos e Threads • Processos independentes, subprocessos e threads são maneiras diferentes de implementar a concorrência dentro de uma aplicação. • Nesse caso, busca-se subdividir o código em partes para trabalharem de forma cooperativa. • Considere um banco de dados com produtos de uma grande loja, onde vendedores fazem frequentemente consultas. • Neste caso, a concorrência na aplicação proporciona um tempo de espera menor entre as consultas, melhorando o desempenho da aplicação e beneficiando os usuários. 105 Processos Independentes • O uso de processos independentes é a maneira mais simples de implementar a concorrência em sistema multiprogramáveis. • Neste caso, não existe vínculo do processo criado com o seu criador. • A criação de um processo independente exige a alocação de um PCB, possuindo contextos de hardware, contextos de software e espaço de endereçamento próprios. 106 Processos Independentes • A seguir temos um exemplo de processos independentes. Processo A Processo D Processo E Processos Independentes 107 Subprocessos • Subprocessos são processos criados dentro de uma estrutura hierárquica. • Nesse modo o processo criador é denominado processo-pai, enquanto o novo processo é chamado de subprocesso ou processo-filho. • O subprocesso, por sua vez, pode criar outras estruturas de subprocessos. • Uma característica desta implementação é a dependência existente entre o processo criador e o subprocesso. 108 Subprocessos • Caso um processo pai deixe de existir, os subprocessos subordinados são automaticamente eliminados. • De modo semelhante aos processos independentes, subprocessos possuem seu próprio PCB. • Além da dependência hierárquica entre processos e subprocessos, uma outra característica neste tipo de implementação é que subprocessos podem compartilhar quotas com o processo pai. • Neste caso, quando um subprocesso é criado o processo-pai cede parte de suas quotas ao processo-filho. 109 Subprocessos • A seguir temos um exemplo de subprocessos. Processo A Processo A.2 Processo A.1 Processo A.1.2 Processo A.1.1 Subprocessos 110 Tipos de Processos • CPU-Bound – São processos que fazem uso intenso de CPU, realizando poucas operações de Entrada e Saída. (Ex: programas matemáticos, estatísticos, engenharia, física, etc). • I/O-Bound – São processos que fazem uso intenso de Entrada e Saída, realizando poucos cálculos com a CPU. (Ex: editores de texto, planilhas eletrônicas, navegadores de Internet, clientes de e-mail, etc). 111 Threads • O uso de processos independentes e subprocessos no desenvolvimento de aplicações concorrentes demanda consumo de diversos recursos do sistema. • Sempre que um novo processo é criado, o sistema deve alocar recursos (contexto de hardware, contexto de software e espaço de endereçamento), consumindo tempo de CPU neste trabalho. • No momento do término dos processos, o sistema operacional também dispensa tempo para desalocar recursos previamente alocados. • Outro problema é a comunicação e sincronização entre processos consideradas pouco eficientes, visto que cada processo possui seu próprio espaço de endereçamento. 112 Threads • O conceito de thread foi introduzido na tentativa de reduzir o tempo gasto em criação, eliminação e troca de contexto de processos nas aplicações concorrentes, bem como economizar recursos do sistema como um todo. • Em um ambiente multithread, um único processo pode suportar múltiplos threads, cada qual associado a uma parte do código da aplicação. • Neste caso, não é necessário haver diversos processos para a implementação da concorrência. • Threads compartilham o processador da mesma maneira que um processo, ou seja, enquanto um thread espera por uma operação de E/S, outro thread pode ser executado. 113 Threads • Cada thread possui seu próprio contexto de hardware, porém compartilha o mesmo contexto de software e espaço de endereçamento com os demais threads do processo. • O compartilhamento do espaço de endereçamento permite que a comunicação de threads dentro do mesmo processo seja realizada de forma simples e rápida. • A Pilha é uma área reservada para uso exclusivo. compartilhamento da pilha entre as threads. Não é permitido o 114 Threads Ambiente Monothreads Processo Thread Processo A Processo B Processo C Processo D Thread Thread Thread Thread 115 Threads Ambiente Multithreads Processo Contexto de Hardware Contexto de Hardware Contexto de Hardware Contexto de Software Thread 1 Thread 2 Thread 3 Espaço de Endereçamento 116 Threads Threads em Modo Usuário • Threads em modo usuário (TMU) são implementados pela aplicação e não pelo sistema operacional. • Para isso, deve existir uma biblioteca de rotinas que possibilite à aplicação realizar tarefas como criação/eliminação de threads, troca de mensagens entre threads e uma política de escalonamento. • Neste modo, o sistema operacional não sabe da existência de múltiplos threads, sendo responsabilidade exclusiva da aplicação gerenciar e sincronizar os diversos threads existentes. • A vantagem deste modelo é a possibilidade de implementar aplicações multithreads mesmo em sistemas operacionais que não suportam threads. 117 Threads Threads em Modo Usuário • Utilizando a biblioteca, múltiplos threads podem ser criados, compartilhando o mesmo espaço de endereçamento do processo, além de outros recursos. • TMUs são rápidos e eficientes por dispensarem acessos ao kernel do sistema operacional, evitando assim a mudança de modo de acesso. 118 Threads Thread 4 Thread 3 Thread 2 Thread 1 Thread 0 Threads em Modo Usuário Modo Usuário Biblioteca Kernel Modo Kernel 119 Threads Threads em Modo Kernel • Threads em modo kernel (TMK) são implementados diretamente pelo núcleo do sistema operacional, através de chamadas a rotinas do sistema que oferecem todas as funções de gerenciamento e sincronização. • O sistema operacional sabe da existência de cada thread e pode escaloná-los individualmente. • No caso de múltiplos processadores, os threads de um mesmo processo podem ser executados simultaneamente. • O grande problema para os threads em modo kernel é o seu baixo desempenho. 120 Threads Threads em Modo Kernel • Enquanto nos threads em modo usuário todo tratamento é feito sem a ajuda do sistema operacional, ou seja, sem a mudança no modo de acesso, threads em modo kernel utilizam chamadas às rotinas do sistema operacional e, consequentemente, várias mudanças no modo de acesso. 121 Threads Kernel Thread 4 Thread 3 Thread 2 Thread 1 Thread 0 Threads em Modo Kernel Modo Usuário Modo Kernel 122 Threads TMU 4 TMU 3 TMU 2 TMU 1 TMU 0 Threads em Modo Híbrido Modo Usuário Biblioteca TMK 0 TMK 1 Kernel TMK 2 Modo Kernel 123 Threads Threads em Modo Híbrido • O modo híbrido, apesar da maior flexibilidade, apresenta problemas herdados de ambas as implementações. • Por exemplo, quando um TMK realiza uma chamada bloqueante, todos os seus TMUs são colocados no estado de espera. • TMUs que desejam utilizar vários processadores devem utilizar diferentes TMKs, o que influenciará no desempenho. 124 Exercícios 1- (Questão 22 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Engenharia de Software – ano 2008 – Cesgranrio) Alguns sistemas operacionais permitem que seus processos criem múltiplos threads de execução. Em operação normal, o que é previsto que os threads de um mesmo processo do sistema operacional compartilhem? a) b) c) d) e) Arquivos abertos Registradores Pilha (stack) Variáveis locais de cada thread Contador de instrução (program counter) 125 Exercícios 2- (Questão 38 – Petrobrás – Analista de Sistemas Pleno – Infraestrutura – ano 2006 – Cesgranrio) Para resolver o problema de hierarquia de processos, foi criado o conceito "thread", no qual um processo pode efetuar várias operações concorrente ou simultaneamente, sem o consumo de espaço de endereçamento. Neste caso, o processo é dividido no número de threads sem que haja necessidade de ser criado um outro processo concorrente. Baseado nesta ideia, indique a afirmativa INCORRETA. a) b) c) d) e) Mudanças feitas por um thread a um recurso compartilhado do sistema serão vistas por todos os outros threads. Threads podem compartilhar os recursos do processo com outros threads igualmente independentes. Threads não podem ser escalonados pelo sistema operacional e nem rodar como entidades independentes dentro de um processo. Cada thread tem seu próprio conjunto de registradores, mas todos eles compartilham o mesmo espaço de endereçamento, pois o processo é um só. Os threads criados por um processo morrem quando esse processo pai morre. 126 Exercícios 3- (Questão 12 – Casa da Moeda – Analista de Nível Superior – Banco de Dados – ano 2009 – Cesgranrio) Uma instituição financeira adquiriu recentemente um software de análise estatística que rodará localmente nas estações dos usuários. Como o manual do fabricante indica que o produto é multithread e CPU bound, é recomendável, para aumentar significativamente o desempenho do software, que essas estações possuam: a) b) c) d) e) Dados em discos rígidos separados do sistema operacional. Discos rígidos extremamente rápidos e espelhados. Memória RAM de pelo menos 16 GB. Gabinetes bastante arejados para dissipação de calor. Dois ou mais processadores bastante velozes. 127 Exercícios 4- (Questão 24 – TRT 5ª Região – Analista Judiciário – Tecnologia da Informação – ano 2013 – FCC) Um conceito fundamental para todos os sistemas operacionais é o de processo. Um processo é basicamente um programa em execução. Associado a cada processo está o I, uma lista de posições de memória, que vai de 0 até um máximo, que esse processo pode ler e escrever. Essa lista de posições de memória contém o programa executável, os dados do programa e II. As lacunas I e II são preenchidas, correta e respectivamente, com: a) b) c) d) e) espaço de endereçamento − sua pilha stack pointer − os registros utilizados conjunto de mnemônicos − lista de privilégios de acesso usuário e o UID − endereço de inicialização núcleo de processamento − próximo bloco de execução 128 Exercícios 5- (Questão 22 – Casa da Moeda – Suporte em TI – ano 2012 – Cesgranrio) Uma empresa deseja adquirir um software (servidor) cujas especificações técnicas indicam que o produto é CPU Bound. Para executar adequadamente esse software, o setor de infraestrutura dessa empresa deve providenciar um computador com alto desempenho de a) b) c) d) e) I/O de disco I/O de rede memória RAM SWAP CPU 129 Gerência do Processador 130 Definição • Com o surgimento dos sistemas multiprogramáveis, nos quais múltiplos processos poderiam permanecer na memória principal compartilhando o uso da CPU, a gerência do processador tornou-se uma das atividades mais importantes em um sistema operacional. • A partir do momento em que diversos processos podem estar no estado de pronto, critérios devem ser estabelecidos para determinar qual processo será escolhido para fazer uso do processador. • O módulo do sistema operacional responsável por esta escolha é o escalonador. 131 Definição Execução Espera Pronto 132 Critérios de Escalonamento • Utilização do Processador (CPU) É o tempo gasto pela CPU na execução dos processos do usuário. Na maioria dos sistemas é desejável que o processador permaneça a maior parte do seu tempo trabalhando nos processos do usuário. • Throughput (Vazão) Throughput representa o número de processos encaminhados para execução (executados) em um determinado intervalo de tempo. Quanto maior o throughput, maior a alternância de processos em função do tempo. A maximização do throughput é desejada na maioria dos sistemas, porém aumenta o custo relacionado à troca de contexto. 133 Critérios de Escalonamento • Tempo de Processador (CPU) ou Tempo de Burst ou Surto de CPU É o tempo total que um processo leva no estado de execução durante seu processamento, isto é, é o tempo de processamento necessário para completar a sua tarefa. As políticas de escalonamento não influenciam no tempo de processador de um processo, sendo este tempo função apenas do código da aplicação e da entrada de dados. • Tempo de Espera É o tempo total que um processo permanece na fila de pronto durante seu processamento, aguardando para ser executado. A redução do tempo de espera dos processos é desejada pela maioria das políticas de escalonamento. 134 Critérios de Escalonamento • Tempo de Turnaround É o tempo de existência de um processo, isto é, o tempo desde a sua criação até seu término. As políticas de escalonamento buscam minimizar o tempo de turnaround. • Tempo de Resposta É o tempo decorrido entre uma requisição ao sistema ou à aplicação e o instante em que a resposta é exibida. Em sistemas interativos, podemos entender como o tempo decorrido entre a última tecla digitada pelo usuário e o início da exibição do resultado no monitor. 135 Escalonamento Não-Preemptivo e Preemptivo • Não-Preemptivo Neste tipo de escalonamento, quando um processo está em execução, nenhum evento externo pode ocasionar a perda do uso da CPU. O processo somente sai do estado de execução caso termine seu processamento ou execute instruções do próprio código que ocasionem uma mudança para o estado de espera. • Preemptivo Neste tipo de escalonamento o sistema operacional pode interromper um processo em execução e passá-lo para o estado de pronto, com o objetivo de alocar outro processo na CPU. 136 Operações de Entrada e Saída Preempção Controlador de Interrupções CPU IRQ IRQ INTA Número do Pino de IRQ BD 0 1 INTA 2 3 4 5 6 7 A Fatia de Tempo ou Quantum é um múltiplo do Clock do Sistema . . . . . . . . . . Clock do Sistema IRQ IRQ IRQ DT Q = n x DT; onde n é um número inteiro maior que zero. 137 Exercícios 1- (Questão 49 – Petrobrás – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) A política de escalonamento utilizada pelo sistema operacional para fazer a gerência do processador, que é caracterizada pela possibilidade de o sistema operacional interromper um processo em execução e passá-lo para o estado de pronto, com o objetivo de alocar outro processo no processador, é chamada de escalonamento a) b) c) d) e) atemporal temporal seletivo preemptivo não preemptivo 138 Exercícios 2- (Questão 25 – Petrobrás – Tecnologia da Informação – Análise de Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) A gerência do processador estabelece critérios, com base em uma política de escalonamento, para determinar qual processo deve ser escolhido para usar o processador. Os processos escalonados deverão ser os que se encontram: a) b) c) d) e) nos estados de pronto, espera e bloqueado nos estados de pronto e espera nos estados de espera e bloqueado apenas no estado de pronto apenas no estado de espera 139 Exercícios 3- (Questão 46 – Petrobrás – Analista de Sistemas Pleno – Infraestrutura – ano 2006 – Cesgranrio) Considere um sistema operacional com escalonamento por prioridades, no qual a avaliação do escalonamento é realizada em um intervalo mínimo de 5 ut. Neste sistema, os processos A e B competem por uma única UCP. Desprezando os tempos de processamento relativo às funções do sistema operacional, a tabela a seguir fornece os estados dos processos A e B ao longo do tempo, medido em intervalos de 5 ut (E = execução, P = pronto e W = espera). O processo A tem menor prioridade que o processo B. Em que tempos A sofre preempção? Processo A Processo B Processo A Processo B a) b) c) d) e) 00-04 P E 50-54 P W 05-09 P E 55-59 E P 10-14 E W 60-64 P E 65-69 P E 15-19 E W 70-74 E W 20-24 E P 25-29 P E 75-79 E W Entre os instantes 9-10, 39-40, 69-70. Entre os instantes 19-20, 54-55, 79-80. Entre os instantes 24-25 e 59-60. Entre os instantes 79-80. Nunca, pois o processo B tem maior prioridade do que o processo A. 80-84 W P 30-34 P E 85-89 W E 35-39 P E 90-94 P E 40-44 E W 95-99 E – 45-49 W W 100-105 E – 140 Exercícios 4- (Questão 42 – Defensoria Pública de SP – Analista de Sistemas – ano 2013 – FCC) Em sistemas com multiprogramação, inicialmente um novo processo é inserido na fila de prontos. Este processo aguarda até ser selecionado para execução ou ser despachado. Uma vez que o processo seja alocado à CPU, eventos podem ocorrer. Analise as afirmativas sobre o processo. I. II. III. pode emitir uma solicitação de I/O e então ser inserido em uma fila de I/O. pode criar um novo subprocesso e esperá-lo terminar. pode ser removido forçosamente da CPU, como resultado de uma interrupção, e ser devolvido à fila de prontos. Está correto o que se afirma em a) b) c) d) e) I, apenas. II, apenas. III, apenas. I e II, apenas. I, II e III. 141 FIFO ou FCFS (Não-Preemptivo) • No escalonamento FIFO (first in, first out) também conhecido como FCFS (first come, first served), o processo que chegar primeiro ao estado de pronto é selecionado para execução. • Sempre que chegar um processo no estado de pronto, ele é colocado no final da fila. • Se um processo for para o estado de espera, o próximo da fila é escalonado. • Quando um processo do estado de espera volta para o estado de pronto, este vai para o final da fila. 142 FIFO ou FCFS (Não-Preemptivo) Término Fila dos processos no estado de Pronto Execução Criação Espera 143 SJF (Não-Preemptivo) • No escalonamento SJF (Shortest Job First – Processo mais Curto Primeiro), o algoritmo de escalonamento seleciona o processo que tiver o menor tempo de processador (burst) ainda por executar. • Dessa forma, o processo em estado de pronto que necessitar de menos tempo de CPU para terminar seu processamento é selecionado para execução. • Uma implementação do escalonamento SJF com preempção é conhecida como escalonamento SRT (Shortest Remaining Time – Menor Tempo Restante Primeiro). • Nesta política, toda vez que um processo no estado de pronto tem um tempo de processador estimado menor do que o processo em execução, o sistema operacional realiza uma preempção substituindo-o pelo novo processo. 144 SJF (Não-Preemptivo) • De modo semelhante ao SJF, o sistema operacional deve ser o responsável por estimar os tempos de processador dos processos, e o risco de starvation continua presente. Starvation Adiamento indefinido, isto é, a possibilidade do processo ser adiado indefinidamente, correndo o risco de nunca ser executado. 145 Cooperativo (Não-Preemptivo) • O escalonamento cooperativo é uma implementação que busca aumentar o grau de multiprogramação em políticas de escalonamento que não possuam mecanismos de preempção. • Neste caso, um processo em execução pode voluntariamente liberar o processador, retornando à fila de pronto e possibilitando que um novo processo seja escalonado, permitindo, assim, uma melhor distribuição no uso da CPU. • A principal característica do escalonamento cooperativo está no fato de a liberação do processador ser uma tarefa realizada exclusivamente pelo processo em execução, que de uma maneira cooperativa libera a CPU. 146 Fila Circular ou Round Robin (Preemptivo) • O escalonamento circular (round robin scheduling), é um escalonamento do tipo preemptivo, projetado especialmente para sistemas de tempo compartilhado. • Esse algoritmo é bastante semelhante ao FIFO, porém quando um processo passa para o estado de execução existe um tempo limite para o uso contínuo do processador denominado fatia de tempo (time slice) ou quantum. • No escalonamento circular, toda vez que um processo é escalonado para execução uma nova fatia de tempo é concedida. • Caso a fatia de tempo expire, o sistema operacional interrompe o processo em execução, salva seu contexto e direciona-o para o final da fila de pronto. • Este mecanismo é conhecido como preempção por tempo. 147 Fila Circular ou Round Robin (Preemptivo) Término Fila dos processos no estado de Pronto Q Q Q Criação Execução Preempção por tempo Espera 148 Fila Circular ou Round Robin (Preemptivo) • A figura anterior ilustra o escalonamento circular, onde a fila de processos em estado de pronto é tratada como uma fila circular. • O escalonamento é realizado alocando a CPU ao primeiro processo da fila de pronto. • O processo permanecerá no estado de execução até que termine seu processamento, voluntariamente passe para o estado de espera ou que sua fatia de tempo expire, sofrendo, neste caso, uma preempção pelo sistema operacional. • Após isso, um novo processo é escalonado com base na política de FIFO. • O valor da fatia de tempo depende da arquitetura de cada sistema operacional e, em geral, varia entre 10 e 100 milissegundos. • Este valor afeta diretamente o desempenho da política de escalonamento circular. 149 Fila Circular ou Round Robin (Preemptivo) • Caso o quantum tenha um valor muito alto, este escalonamento tenderá a ter o mesmo comportamento do escalonamento FIFO. • Caso o valor do quantum seja pequeno, a tendência é que haja um grande número de preempções, o que ocasionaria excessivas mudanças de contexto, prejudicando o desempenho do sistema e afetando o tempo de turnaround dos processos. • A principal vantagem do escalonamento circular é não permitir que um processo monopolize a CPU, sendo o tempo máximo alocado continuamente igual ao quantum definido no sistema. • No caso de sistemas de tempo compartilhado, onde existem diversos processos interativos concorrendo pelo uso do processador, o escalonamento circular é adequado. 150 Fila Circular ou Round Robin (Preemptivo) • Um problema presente nesta política é que processos CPU-bound são beneficiados no uso do processador em relação aos processos I/O-bound. • Devido às suas características, os processos CPU-bound tendem a utilizar por completo a fatia de tempo, enquanto os processos I/O-bound têm mais chances de passar para o estado de espera antes de sofrerem preempção por tempo. • Estas características distintas ocasionam um balanceamento desigual no uso do processador entre os processos. 151 Fila Circular Virtual (Preemptivo) • Um refinamento do escalonamento circular, que busca reduzir este problema, é conhecido como escalonamento circular virtual. • Neste esquema, processos que saem do estado de espera vão para uma fila de pronto auxiliar. • Os processos da fila auxiliar possuem preferência no escalonamento em relação à fila de pronto, e o escalonador só seleciona processos na fila de pronto quando a fila auxiliar estiver vazia. • Quando um processo é escalonado a partir da fila auxiliar, sua fatia de tempo é calculada como sendo o valor da fatia de tempo do sistema menos o tempo de processador que o processo utilizou na última vez em que foi escalonado a partir da fila de pronto. Isto é, o quantum restante. • Estudos comprovam que, apesar da maior complexidade na implementação, o balanceamento do uso do processador neste escalonamento é mais equilibrado. 152 Fila Circular Virtual (Preemptivo) Término Fila dos processos no estado de Pronto Q Q Q Criação Execução Preempção por tempo QR Quantum Restante Fila auxiliar QR QR QR Espera 153 Escalonamento por Prioridades (Preemptivo) • O escalonamento por prioridades é um escalonamento do tipo preemptivo realizado com base em um valor associado a cada processo denominado prioridade de execução. • O processo com maior prioridade no estado de pronto é sempre o escolhido para execução, e processos com valores iguais são escalonados seguindo o critério de FIFO. • Neste escalonamento, o conceito de fatia de tempo não existe, consequentemente um processo em execução não pode sofrer preempção por tempo. • No escalonamento por prioridades, a perda do uso do processador só ocorrerá no caso de uma mudança voluntária para o estado de espera ou quando um processo de prioridade maior passa para o estado de pronto. 154 Escalonamento por Prioridades (Preemptivo) • Neste caso, o sistema operacional deverá interromper o processo corrente, salvar seu contexto e colocá-Io no estado de pronto. • Esse mecanismo é conhecido como preempção por prioridade. • Após isso, o processo de maior prioridade é escalonado. • Um dos principais problemas no escalonamento por prioridades é o starvation. • Processos de baixa prioridade podem não ser escalonados, permanecendo indefinidamente na fila de pronto. • Uma solução para este problema, possível em sistemas que implementam prioridade dinâmica, é a técnica de aging. • Este mecanismo incrementa gradualmente a prioridade de processos que permanecem por muito tempo na fila de pronto. 155 Escalonamento por Prioridades (Preemptivo) Fila dos processos no estado de Pronto Maior Prioridade Prioridade P1 Término Prioridade P2 Criação Execução Prioridade Pn Preempção por Prioridade Menor Prioridade Espera 156 Escalonamento Circular com Prioridades (Preemptivo) • O escalonamento circular com prioridades implementa o conceito de quantum e de prioridade de execução associada a cada processo. • Neste tipo de escalonamento, um processo permanece no estado de execução até que termine seu processamento, voluntariamente passe para o estado de espera ou sofra uma preempção por tempo ou prioridade. • A principal vantagem deste escalonamento é permitir o melhor balanceamento no uso do processador em sistemas de tempo compartilhado. • Processos com o perfil I/O-bound devem receber do administrador do sistema prioridades com valores maiores que as dos processos CPU-bound. 157 Escalonamento Circular com Prioridades (Preemptivo) • Isso permite ao sistema operacional praticar uma política compensatória entre processos de perfis distintos, compartilhando o processador de forma mais igualitária. • Este tipo de escalonamento é amplamente utilizado em sistemas de tempo compartilhado, como o Windows e o Unix. 158 Escalonamento Circular com Prioridades (Preemptivo) Fila dos processos no estado de Pronto Prioridade P1 Maior Prioridade Q Q Q Q Q Q Q Término Prioridade P2 Criação Q Execução Prioridade Pn Q Preempção por Tempo ou Prioridade Menor Prioridade Espera 159 Escalonamento por Múltiplas Filas com Realimentação (Preemptivo) • Um mecanismo FIFO adaptado com quantum é implementado para escalonamento em todas as filas, com exceção da fila de menor prioridade, que utiliza o escalonamento circular. • O escalonamento de um processo em uma fila ocorre apenas quando todas as outras filas de prioridades mais altas estiverem vazias. • O quantum em cada fila varia em função da sua prioridade, ou seja, quanto maior a prioridade da fila, menor o seu quantum. • Sendo assim, o quantum concedido aos processos varia em função da fila de pronto na qual ele se encontra. 160 Escalonamento por Múltiplas Filas com Realimentação (Preemptivo) • Um processo, quando criado, entra no final da fila de maior prioridade, porém, durante sua execução, a cada preempção por tempo, o processo é redirecionado para uma fila de menor prioridade. • O escalonamento por múltiplas filas com realimentação (multilevel feedback queues scheduling) os processos podem trocar de filas durante seu processamento. • Sua grande vantagem é permitir ao sistema operacional identificar dinamicamente o comportamento de cada processo, direcionando-o para filas com prioridades de execução mais adequados ao longo de seu processamento. • Esse esquema permite que os processos sejam redirecionados entre as diversas filas, fazendo com que o sistema operacional implemente um mecanismo adaptativo. 161 Escalonamento por Múltiplas Filas com Realimentação (Preemptivo) • Os processos não são previamente associados às filas de pronto, e, sim, direcionados pelo sistema para as filas existentes com base no seu comportamento. • Esse escalonamento atende às necessidades dos diversos tipos de processos. • No caso de processos I/O-bound, um tempo de resposta adequado é obtido, já que esses processos têm prioridades mais altas por permanecerem a maior parte do tempo nas filas de maior prioridade, pois dificilmente sofrerão preempção por tempo. • Por outro lado, em processos CPU-bound a tendência é de que, ao entrar na fila de mais alta prioridade, o processo ganhe o processador, gaste seu quantum e seja direcionado para uma fila de menor prioridade. 162 Escalonamento por Múltiplas Filas com Realimentação (Preemptivo) • Dessa forma, quanto mais tempo do processador um processo utiliza, mais ele vai caindo para filas de menor prioridade. • O escalonamento por múltiplas filas com realimentação é um algoritmo de escalonamento generalista, podendo ser implementado em qualquer tipo de sistema operacional. • Um dos problemas encontrados nesta política é que a mudança de comportamento de um processo CPU-bound para I/O-bound pode comprometer seu tempo de resposta. • Outro aspecto a ser considerado é sua complexidade de implementação, ocasionando um grande overhead (sobrecarga) ao sistema. 163 Escalonamento por Múltiplas Filas com Realimentação (Preemptivo) Criação Maior Prioridade Fila dos processos no estado de Pronto Execução Espera Pronto Prioridade P1 Quantum Menor Quantum Execução Pronto Prioridade P2 Execução Espera Pronto Execução Pronto Prioridade P3 Execução Espera Pronto Execução Pronto Menor Prioridade Fila Circular ou Round robin Prioridade Pn Maior Quantum 164 Escalonamento em Sistema de Tempo Real (Preemptivo) • Diferentemente dos sistemas de tempo compartilhado, nos quais a aplicação não é prejudicada pela variação no tempo de resposta, algumas aplicações específicas exigem respostas imediatas para a execução de determinadas tarefas. • Neste caso, a aplicação deve ser executada em sistemas operacionais de tempo real, onde é garantida a execução de processos dentro de limites rígidos de tempo, sem o risco de a aplicação ficar comprometida. • Aplicações de controle de processos, como sistemas de controle de produção de bens industriais e controle de tráfego aéreo, são exemplos de aplicação de tempo real. 165 Escalonamento em Sistema de Tempo Real (Preemptivo) • O escalonamento em sistemas de tempo real deve levar em consideração a importância relativa de cada tarefa na aplicação. • Em função disso, o escalonamento por prioridades é o mais adequado, já que para cada processo uma prioridade é associada em função da importância do processo dentro da aplicação. • No escalonamento para sistemas de tempo real não deve existir o conceito de quantum, e a prioridade de cada processo deve ser estática e uma das mais elevadas. 166 Exercícios 5- (Questão 66 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Engenharia de Software – ano 2011 – Cesgranrio) Os sistemas operacionais modernos utilizam o conceito de fila circular no escalonamento de processos. O processo que está no início da fila de processos prontos é selecionado, executado por algum tempo e, ao término da fatia de tempo, retorna para o final da fila. O mecanismo apresentado permite que as aplicações sejam: a) b) c) d) e) executadas de forma aleatória dentro da fila de processos prontos. executadas apenas uma vez, pois o esquema de filas não permite que processos já selecionados possam retornar para a mesma fila. executadas conforme são criadas ou esgotem as suas fatias de tempo. selecionadas conforme a sua prioridade dentro do sistema. selecionadas no meio da fila, por terem mais prioridade que os demais processos. 167 Exercícios 6- (Questão 33 – BNDES – Analista de Sistemas Júnior – Desenvolvimento – ano 2011 – Cesgranrio) A gerência do processador é uma das atividades mais importantes em um sistema multiprogramável. Uma política de escalonamento deve ser estabelecida para determinar qual processo será escolhido para fazer uso do processador. Com relação a essa política, considere as afirmações abaixo. I. II. III. IV. O escalonamento preemptivo é caracterizado pela possibilidade de o sistema operacional interromper um processo em execução e passá-lo para o estado de espera, com o objetivo de colocar outro processo em execução. Com o uso da preempção, é possível ao sistema priorizar a execução de processos, como no caso de aplicações de tempo real onde o fator tempo é crítico. No escalonamento não preemptivo, quando um processo está em execução nenhum evento externo pode ocasionar a perda do uso do processador. O escalonamento FIFO (First-In First-Out) é um exemplo de escalonamento não preemptivo no qual o processo que chega primeiro ao estado de pronto é colocado em execução e só perde o uso do processador quando termina seu processamento ou quando executa instruções do próprio código que ocasionam uma mudança para o estado de pronto. É correto APENAS o que se afirma em a) b) c) d) e) I e II II e III III e IV I, II, III II, III e IV 168 Exercícios 7- (Questão 48 – CAPES – Analista em Ciência e Tecnologia Junior I – Analista de Sistemas – ano 2008 – Cesgranrio) Considere o seguinte conjunto de processos e a duração de surto de CPU expressa em milissegundos: Processo X Y Z Duração de Surto 28 4 7 Se os processos chegam na ordem X, Y e Z, onde X chega no instante 0, qual o tempo de espera médio se os processos forem atendidos segundo o escalonamento FCFS (first-come, first-served)? a) b) c) d) e) 10,6 12 13 14 20 169 Exercícios 8- (Questão 46 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2010 – Cesgranrio) O escalonamento de CPU trata do problema de decidir qual dos processos na fila de prontos deve ser entregue à CPU. Considere que o algoritmo de escalonamento Round-Robin esteja sendo utilizado e que o conjunto de processos abaixo chegue no momento 0, com a extensão do tempo de burst de CPU indicada em milissegundos. Dado: P1 é o primeiro processo na fila de prontos, P2 é o segundo e P3 é o terceiro Processo P1 P2 P3 Tempo de burst 10 3 4 Se for utilizado um quantum de 4 milissegundos, o tempo de espera médio será de a) b) c) d) e) 2 3 4 5 6 170 Exercícios 9- (Questão 54 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2008 – Cesgranrio) Considere os quatro processos a seguir com período de burst de CPU indicado em milissegundos. Processo P1 P2 P3 P4 Tempo de Chegada 0 1 2 3 Tempo de burst 8 4 9 5 Se os processos chegarem na fila de prontos nos momentos indicados e precisarem dos tempos de burst indicados, então, se for utilizado o escalonamento de CPU SJF (Shortest Job First) preemptivo, o tempo de espera médio será a) b) c) d) e) 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 171 Exercícios 10- (Questão 55 – Transpetro – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) Em um computador que possui um único processador, estão sendo executados os jobs J1, J2, J3, J4 e J5, segundo os dados da tabela a seguir: Job Tempo de Execução (ms) Prioridade J1 13 4 J2 14 0 J3 1 1 J4 5 3 J5 7 2 Tabela de jobs, tempo de execução e prioridade O algoritmo de alocação da CPU que está sendo executado é o de prioridade não preemptiva. Para esse caso, a prioridade quatro é a mais alta, e zero é a mais baixa. Como ficará, em ms, o tempo de turnaround de cada job? a) b) c) d) e) J1 13 13 13 40 40 J2 14 27 40 13 27 J3 1 28 26 18 13 J4 5 33 18 18 12 J5 7 40 25 25 7 172 Exercícios 11- (Questão 64 – Liquigás – Profissional Junior – Tecnologia da Informação – Desenvolvimento – ano 2011 – Cesgranrio) Em um Sistema Operacional (SO) utiliza-se um mecanismo de escalonamento de processos baseado em Round Robin (RR) com um quantum igual a duas unidades de tempo. Quatro processos (W, X, Y e Z) são submetidos para execução simultaneamente. Porém, cada um demanda um tempo diferente de execução total do processador, catalogado na tabela a seguir. Tempo de execução total W 4 X 5 Y 4 Z 6 Define-se o Turnaround Time (TAT) como sendo o tempo total que um processo passa em execução no processador mais o tempo em que ele espera na fila, enquanto o processador está ocupado com outros processos. Considerando que nenhum outro processo é submetido ao sistema e que a ordem na fila escolhida pelo SO é W, X, Y e Z, o TAT do processo X, em unidades de tempo, é a) b) c) d) e) 10 14 17 19 21 173 Exercícios 12- (Questão 57 – Liquigás – Profissional Junior – Tecnologia da Informação – Análise de Sistemas – ano 2012 – Cesgranrio) Sistemas Operacionais (SOs) têm, dentre as suas responsabilidades, a incumbência de gerenciar processos e efetuar o seu escalonamento no processador. O SO mantém uma fila de processos prontos para serem executados, e o escalonamento está relacionado à forma com que um SO faz a escolha de qual dos processos da fila ocupará o processador a cada instante. Há diversas técnicas para o escalonamento. Em uma dessas técnicas, conhecida como Round Robin (RR), o processo a ser executado será o a) b) c) d) e) de maior prioridade entre todos os da fila. primeiro da fila, que será executado até terminar. primeiro da fila, que será executado por um determinado intervalo (chamado de quantum) após o qual voltará ao final da fila. processo que consumirá menos tempo da CPU. processo que consumirá mais tempo da CPU. 174 Exercícios 13- (Questão 46 – Petrobrás – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2011 – Cesgranrio) Cinco processos deverão ser executados em um computador. Os tempos de execução previstos para cada um dos processos são 9, 5, 3, 7 e X, medidos em alguma unidade de tempo. O responsável pela administração do sistema operacional desse computador decide organizar a ordem de execução desses processos, objetivando minimizar o tempo médio de resposta. Sabe-se que o processo com tempo X será o segundo processo a ser executado. Nessas condições, um valor possível para X é a) b) c) d) e) 10 8 6 4 2 175 Exercícios 14- (Questão 42 – BNDES – Profissional Básico – Análise de Sistemas - Suporte – ano 2008 – Cesgranrio) Considerando-se o algoritmo de escalonamento por alternância circular (round-robin) aplicado a sistemas interativos, que problema pode ocorrer quando um quantum muito longo é adotado? a) b) c) d) e) Aumento do número médio de preempções. Aumento do número de alternância de processos. Aumento do número de timeouts de processos ociosos. Redução na eficiência da CPU. Degradação no tempo de resposta às requisições interativas curtas. 176 Exercícios 15- (Questão 62 – Liquigás – Profissional Junior – Tecnologia da Informação – Desenvolvimento – ano 2012 – Cesgranrio) Alguns esquemas de escalonamento de processos podem ter efeitos negativos em determinadas situações. A situação de starvation é alcançada quando: a) b) c) d) e) um esquema de escalonamento no qual todos os processos obtêm uma fatia proporcional do tempo de processamento acontece. um processo qualquer é capaz de interromper a execução de outro por decisão do sistema operacional. um processo é executado sempre até o fim antes que o escalonamento de algum outro processo seja efetuado, como por exemplo, na disciplina FCFS sem preempção. alguns processos ou classes de processos permanecem sempre à espera do processador devido ao fato de que o escalonamento acaba sempre por privilegiar a escolha de outros processos. o sistema operacional (SO) utilizado é voltado para aplicações de tempo real, impedindo que o usuário submeta processos de naturezas diferentes daquelas características esperadas e para as quais o SO está preparado. 177 Gerência de Memória 178 Funções Básicas • • • • Historicamente, a memória principal sempre foi vista como um recurso escasso e caro. Uma das maiores preocupações dos projetistas foi desenvolver sistemas operacionais que não ocupassem muito espaço de memória e, ao mesmo tempo, otimizassem a utilização dos recursos computacionais. Mesmo atualmente, com a redução de custo e consequente aumento da capacidade da memória principal, seu gerenciamento é um dos fatores mais importantes no projeto de sistemas operacionais. Enquanto nos sistemas monoprogramáveis a gerência da memória não é muito complexa, nos sistemas multiprogramáveis ela se torna crítica, devido à necessidade de se maximizar o número de usuários e aplicações utilizando eficientemente o espaço da memória principal. 179 Funções Básicas • • • Em geral, programas são armazenados em memórias secundárias, como discos e fitas, por serem um meio não-volátil, abundante e de baixo custo. Como o processador somente executa instruções localizadas na memória principal, o sistema operacional deve sempre transferir programas da memória secundária para a memória principal antes de serem executados. Como o tempo de acesso à memória secundária é muito superior ao tempo de acesso à memória principal, o sistema operacional deve buscar reduzir o número de operações de E/S à memória secundária, caso contrário podem ser ocasionados sérios problemas no desempenho do sistema. 180 Funções Básicas • • • • A gerência de memória deve tentar manter na memória principal o maior número possível de processos, permitindo maximizar o compartilhamento do processador e demais recursos computacionais. Mesmo na ausência de espaço livre, o sistema deve permitir que novos processos sejam aceitos e executados. Isso é possível através da transferência temporária de processos residentes na memória principal para a memória secundária, liberando espaço para novos processos. Esse mecanismo é conhecido como swapping, e será detalhado posteriormente. 181 Funções Básicas • • Em um ambiente de multiprogramação, o sistema operacional deve proteger as áreas de memória ocupadas por cada processo, além da área onde reside o próprio sistema. Caso um programa tente realizar algum acesso indevido à memória, o sistema, de alguma forma, deve impedi-lo. 182 Alocação Contígua Simples • • • • A alocação contígua simples foi implementada nos primeiros sistemas operacionais, porém ainda está presente em alguns sistemas monoprogramáveis. Nesse tipo de organização, a memória principal é subdividida em duas áreas: uma para o sistema operacional e outra para o programa do usuário. Dessa forma, o programador deve desenvolver suas aplicações preocupado, apenas, em não ultrapassar o espaço de memória disponível, ou seja, a diferença entre o tamanho total da memória principal e a área ocupada pelo sistema operacional. Nesse esquema, o usuário tem controle sobre toda a memória principal, podendo ter acesso a qualquer posição de memória, inclusive à área do sistema operacional. 183 Alocação Contígua Simples • • • • • Para proteger o sistema desse tipo de acesso, que pode ser intencional ou não, alguns sistemas implementam proteção através de um registrador que delimita as áreas do sistema operacional e do usuário. Dessa forma, sempre que um programa faz referência a um endereço na memória, o sistema verifica se o endereço está dentro dos limites permitidos. Caso não esteja, o programa é cancelado e uma mensagem de erro é gerada, indicando que houve uma violação no acesso à memória principal. Apesar da fácil implementação e do código reduzido, a alocação contígua simples não permite a utilização eficiente dos recursos computacionais, pois apenas um usuário pode dispor desses recursos. Em relação à memória principal, caso o programa do usuário não a preencha totalmente existirá um espaço de memória livre sem utilização. 184 Alocação Contígua Simples Memória Principal Área Livre RL 0 SO Se (Endereço do Programa >= RL) Então Acesso Normal; Caso contrário Exceção; 185 Alocação Contígua Simples Subutilização da Memória Memória Principal Área Livre Memória sendo subutilizada Programa do Usuário 0 SO 186 Alocação Particionada • • • Os sistemas operacionais evoluíram no sentido de proporcionar melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. Nos sistemas monoprogramáveis, o processador permanece grande parte do seu tempo de funcionamento ocioso, e com isso, a memória principal acaba sendo subutilizada. Os sistemas multiprogramáveis já são muito mais eficientes no uso do processador, necessitando assim, que diversos programas estejam na memória principal ao mesmo tempo e que novas formas de gerência de memória sejam implementadas. 187 Alocação Particionada Estática • • • • Nos primeiros sistemas multiprogramáveis, a memória era dividida em pedaços de tamanho fixo, chamados partições. O tamanho das partições, estabelecido na fase de inicialização do sistema, era definido em função do tamanho dos programas que executariam no ambiente. Sempre que fosse necessária a alteração do tamanho de uma partição, o sistema deveria ser desativado e reinicializado com uma nova configuração. Esse tipo de gerência de memória é conhecido como alocação particionada estática ou fixa. 188 Alocação Particionada Estática Tabela de Partições Memória Principal Partição Tamanho Livre 1 2 KB Sim/Não 2 5 KB Sim/Não 3 11 KB Sim/Não Programas a serem executados E D C B A 3 KB 6 KB 1 KB 4 KB 2 KB 0 Partição 3 11 KB Partição 2 5 KB Partição 1 2 KB SO 189 Alocação Particionada Estática Absoluta • • • • • Inicialmente, os programas só podiam ser carregados e executados em apenas uma partição específica, mesmo se outras estivessem disponíveis. Essa limitação se devia aos compiladores e montadores que geravam apenas código absoluto. No código absoluto todas as referências a endereços no programa são posições físicas na memória principal, ou seja, o programa só poderia ser carregado a partir do endereço de memória especificado no seu próprio código. Como mostra a figura a seguir, se, por exemplo, os programas A e B estivessem sendo executados e a terceira partição estivesse livre, os programas C e E não poderiam ser processados. A esse tipo de gerência de memória chamou-se alocação particionada estática absoluta 190 Alocação Particionada Estática Absoluta Memória Principal D Partição 3 11 KB Partição 2 5 KB Partição 1 2 KB 6 KB E B 3 KB 4 KB C A 1 KB 2 KB 0 SO 191 Alocação Particionada Estática Relocável • • • • • Com a evolução dos compiladores, montadores, linkers e loaders, o código gerado deixou de ser absoluto e passou a ser relocável. No código relocável, todas as referências a endereços no programa são relativas ao início do código, e não a endereços físicos de memória. Desta forma, os programas puderam ser executados a partir de qualquer partição. Quando o programa é carregado, o loader calcula todos os endereços a partir da posição inicial onde o programa foi alocado. Esse tipo de gerência de memória é denominado alocação particionada estática relocável. 192 Alocação Particionada Estática Relocável Memória Principal E D C B A 3 KB 6 KB 1 KB 4 KB 2 KB 0 Partição 3 11 KB Partição 2 5 KB Partição 1 2 KB SO 193 Alocação Particionada Estática Relocável • • • • Para manter o controle sobre quais partições estão alocadas, a gerência de memória mantém uma tabela com o endereço inicial de cada partição, seu tamanho e se está em uso. Sempre que um programa é carregado para a memória, o sistema percorre a tabela, na tentativa de localizar uma partição livre onde o programa possa ser carregado. Nesse esquema de alocação de memória a proteção baseia-se em dois registradores, que indicam os limites inferior e superior da partição onde o programa está sendo executado. Caso o programa tente acessar uma posição de memória fora dos limites definidos pelos registradores, ele é interrompido e uma mensagem de violação de acesso é gerada pelo sistema operacional. 194 Alocação Particionada Proteção de Memória Memória Principal Partição 3 Se (Endereço do Programa < RLS) .E. (Endereço do Programa >= RLI) Então Acesso Normal; Caso contrário Exceção; RLS Partição 2 RLI Partição 1 0 SO 195 Alocação Particionada Estática • • • Tanto nos sistemas de alocação absoluta quanto nos de alocação relocável os programas, normalmente, não preenchem totalmente as partições onde são carregados. Por exemplo, os programas A, C e E não ocupam integralmente o espaço das partições onde estão alocados, deixando 3 Kb, 1 Kb e 5 Kb de áreas livres, respectivamente. Esse tipo de problema, decorrente da alocação fixa das partições, é conhecido como fragmentação interna. 196 Alocação Particionada Estática Memória Principal Área Livre Partição 3 Processo E Área Livre Fragmentação Interna Partição 2 Processo A Área Livre Partição 1 Processo C 0 SO 197 Alocação Particionada Dinâmica • • • • A alocação particionada estática, analisada anteriormente, deixou evidente a necessidade de uma nova forma de gerência de memória principal, em que o problema da fragmentação interna fosse reduzido e, consequentemente, o grau de compartilhamento da memória aumentado. Na alocação particionada dinâmica, ou variável, foi eliminado o conceito de partições de tamanho fixo. Nesse esquema, cada programa utilizaria o espaço necessário, tornando essa área a sua partição. Como os programas utilizam apenas o espaço de que necessitam, no esquema de alocação particionada dinâmica o problema da fragmentação interna não ocorre. 198 Alocação Particionada Dinâmica Memória Principal Área Livre Memória Principal Área Livre 2 KB Processo E 3 KB Processo D 6 KB Processo C 1 KB Processo B 4 KB Processo A 2 KB 18 KB SO 0 0 SO 199 Alocação Particionada Dinâmica • • • • A princípio, o problema da fragmentação interna está resolvido, porém nesse caso existe um problema que não é tão óbvio quanto no esquema anterior. Um diferente tipo de fragmentação começará a ocorrer, quando os programas forem terminando e deixando espaços cada vez menores na memória, não permitindo o ingresso de novos programas. Isto acontece porque os programas necessitam de endereços contíguos na memória principal. A este tipo de problema dá-se o nome de fragmentação externa. 200 Alocação Particionada Dinâmica Memória Principal F x 3 KB 0 Área Livre 2 KB Processo E 3 KB Processo D 6 KB Área LivreC Processo 1 KB Processo B 4 KB Processo Área LivreA 2 KB SO Fragmentação Externa 201 Alocação Particionada Dinâmica • • • • Os sistemas operacionais implementam, basicamente, quatro estratégias para determinar em qual área livre um programa será carregado para execução. Essas estratégias tentam evitar ou diminuir o problema da fragmentação externa. A melhor estratégia a ser adotada por um sistema depende de uma série de fatores, sendo o mais importante o tamanho dos programas processados no ambiente. Independentemente do algoritmo utilizado, o sistema possui uma lista de áreas livres, com o endereço e tamanho de cada área. 202 Alocação Particionada Dinâmica - Desfragmentação Memória Principal Memória Principal Área Livre 2 KB Área Livre 5 2 KB Processo E 3 KB Processo E Processo F 3 KB 3 KB Processo D 6 KB Processo B 4 KB Desfragmentando F x 3 KB 0 Processo D 6 KB Área LivreC Processo 1 KB Processo B 4 KB Área LivreA Processo 2 KB SO 0 SO 203 Endereçamento Relativo Endereço Absoluto ou Físico Endereço Relativo Memória Principal 799 399 Partição 3 400 399 0 249 Partição 2 150 149 100 99 0 Partição 1 SO 0 49 0 99 0 204 Endereçamento Relativo • Como converter um Endereço Relativo em um Endereço Físico. Endereço Inicial de Partição Endereço Solicitado (Relativo) + Endereço Físico de Memória 205 Estratégias de Alocação de Partição Memória Principal G Onde? Área Livre 4 KB Processo F 3 KB Área Livre 2 KB Processo D 6 KB Área Livre 3 KB 1 KB 0 SO 206 Estratégias de Alocação de Partição • • • • Os sistemas operacionais implementam, basicamente, quatro estratégias para determinar em qual área livre um programa será carregado para execução. Essas estratégias tentam evitar ou diminuir o problema da fragmentação externa. A melhor estratégia a ser adotada por um sistema depende de uma série de fatores, sendo o mais importante o tamanho dos programas processados no ambiente. Independentemente do algoritmo utilizado, o sistema possui uma lista de áreas livres, com o endereço e tamanho de cada área. 207 Estratégias de Alocação de Partição • Best-fit Na estratégia best-fit é escolhida a partição onde o programa deixa o menor espaço sem utilização. Nesse algoritmo, a lista de áreas livres está ordenada por tamanho, diminuindo o tempo de busca por uma área desocupada. Uma grande desvantagem desse método é consequência do próprio algoritmo. Como é alocada a partição que deixa a menor área livre, a tendência é que cada vez mais a memória fique com pequenas áreas nãocontíguas, aumentando o problema da fragmentação. 208 Estratégias de Alocação de Partição • G Best-fit Memória Principal Onde? Memória Principal Área Livre 4 KB Área Livre 4 KB Processo F 3 KB Processo F 3 KB 2 KB Área Livre Área Livre 1 KB 1 KB Processo G 1 KB 0 Processo D 6 KB Processo D 6 KB Área Livre 3 KB Área Livre 3 KB SO 0 SO 209 Estratégias de Alocação de Partição • Worst-fit Na estratégia worst-fit é escolhida a partição onde o programa deixa o maior espaço sem utilização. Apesar de utilizar as maiores partições, a técnica worst-fit deixa espaços livres maiores que permitem a um maior número de programas utilizar a memória, diminuindo o problema da fragmentação. 210 Estratégias de Alocação de Partição • Memória Principal Worst-fit Área Livre G Onde? Memória Principal 4 KB Área Livre 3 KB Processo G 1 KB Processo F 3 KB Processo F 3 KB Área Livre 2 KB Área Livre 2 KB Processo D 6 KB Processo D 6 KB Área Livre 3 KB Área Livre 3 KB 1 KB 0 SO 0 SO 211 Estratégias de Alocação de Partição • First-fit Na estratégia first-fit, a primeira partição livre de tamanho suficiente para carregar o programa é escolhida. Nesse algoritmo, a lista de áreas livres está ordenada por endereços crescentemente. Como o método tenta primeiro utilizar as áreas livres de endereços mais baixos, existe uma grande chance de se obter uma grande partição livre nos endereços de memória mais altos. 212 Estratégias de Alocação de Partição • G Memória Principal First-fit Onde? Memória Principal Área Livre 4 KB Área Livre 4 KB Processo F 3 KB Processo F 3 KB Área Livre 2 KB Área Livre 2 KB Processo D 6 KB Processo D 6 KB Área Livre 2 KB Processo G 1 KB 1 KB Área Livre 0 SO 3 KB 0 SO 213 Estratégias de Alocação de Partição • Next-fit Na estratégia next-fit, é escolhida a primeira partição livre de tamanho suficiente para carregar o programa a partir da última alocação realizada. Este algoritmo visa realizar uma distribuição mais homogênea na memória. 214 Estratégias de Alocação de Partição • Memória Principal Next-fit Onde? G Memória Principal Área Livre 4 KB Área Livre 4 KB Processo F 3 KB Processo F 3 KB Área Livre 2 KB Área Livre 1 KB 1 KB Processo G 1 KB Processo D 6 KB Processo D 6 KB Área Livre 3 KB Área Livre 3 KB Última Alocação 0 SO 0 SO 215 Swapping • • • • Mesmo com o aumento da eficiência da multiprogramação e, particularmente, da gerência de memória, muitas vezes um programa não podia ser executado por falta de uma partição livre disponível. A técnica de swapping foi introduzida para contornar o problema da insuficiência de memória principal. Em todos os esquemas apresentados anteriormente, um processo permanecia na memória principal até o final da sua execução, inclusive nos momentos em que esperava por um evento, como uma operação de leitura ou gravação. O swapping é uma técnica aplicada à gerência de memória para programas que esperam por memória livre para serem executados. 216 Swapping • • Nesta situação, o sistema escolhe um processo residente, que é transferido da memória principal para a memória secundária (swap out), geralmente o disco. Posteriormente, o processo é carregado de volta da memória secundária para a memória principal (swap in) e pode continuar sua execução como se nada tivesse ocorrido. 217 Swapping Memória Principal G x Memória Principal Área Livre 2 KB Área Livre 2 KB Processo F 3 KB Processo F 3 KB Processo E 3 KB Processo E 3 KB Processo D 6 KB Processo D 6 KB Área Livre 1 KB Processo G 3 KB 3 KB Processo B Swap out 4 KB Disco 0 SO 0 SO 218 Swapping Memória Principal 0 Área Livre 1 KB Processo B 4 KB Processo E 3 KB Processo D 6 KB Área Livre 1 KB Processo G 3 KB Swap in Disco SO 219 Swapping • • • O algoritmo de escolha do processo a ser retirado da memória principal deve priorizar aquele com menores chances de ser escalonado para evitar o swapping desnecessário de um processo que será executado logo em seguida. Os processos retirados da memória estão geralmente no estado de espera, mas ainda existe a possibilidade de um processo no estado de pronto também ser selecionado para swapping. Os processos no estado de espera ou pronto quando fora da memória são ditos não-residentes (outswapped). 220 Exercícios 1- (Questão 64 – Petrobrás – Profissional Junior – Analista de Sistemas – Infraestrutura – ano 2011 – Cesgranrio) Considere um sistema cuja gerência de memória é feita através de partições variáveis. Em um dado instante, existem as seguintes lacunas (áreas livres), identificadas por um número segundo a tabela abaixo: Identificação da área livre Tamanho disponível 1 4 MB 2 2 MB 3 4 17 MB 21 MB 5 1 MB 6 4 MB Usando-se o algoritmo de alocação de memória Best-Fit, quais áreas serão ocupadas quando ocorrerem, nessa ordem, as solicitações de 9MB, 6MB, 3MB e 5MB? a) b) c) d) e) 3, 4, 1, 3 3, 3, 1, 4 4, 3, 6, 3 4, 4, 3, 3 4, 4, 6, 4 221 Exercícios 2- (Questão 50 – Petrobrás – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) Quando os programas esperam por memória livre para serem executados devido à insuficiência de memória principal, o sistema operacional pode solucionar esse problema com a aplicação da técnica de a) b) c) d) e) falha de página segmentação swapping trashing partição 222 Exercícios 3- (Questão 52 – Transpetro – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) Considere um sistema de partições de tamanho variável e os seguintes processos na fila para alocação: w1 (110K), w2 (150K), w3 (300K) e w4 (200K). A sequência de alocação é de w1 para w4, as áreas escuras são blocos já alocados, as áreas claras são livres e contêm o tamanho dos blocos. O bloco S foi o último a ser alocado. A ordem de busca nos blocos é PQRST. Bloco P 200K Bloco Q Bloco R 500K Bloco S Bloco T 300K Quanto resta de memória livre em cada bloco, em K, depois da alocação realizada com os algoritmos best-fit e next-fit? a) b) c) d) e) P 90 90 90 90 200 Best-Fit R 50 50 0 0 0 T 100 100 150 150 40 P 90 200 200 90 90 Next-Fit R T 0 150 0 40 0 40 50 100 0 150 223 Exercícios 4- (Questão 62 – Liquigás – Profissional Junior – Tecnologia da Informação – Desenvolvimento – ano 2012 – Cesgranrio) Alguns esquemas de escalonamento de processos podem ter efeitos negativos em determinadas situações. A situação de starvation é alcançada quando: a) b) c) d) e) um esquema de escalonamento no qual todos os processos obtêm uma fatia proporcional do tempo de processamento acontece. um processo qualquer é capaz de interromper a execução de outro por decisão do sistema operacional. um processo é executado sempre até o fim antes que o escalonamento de algum outro processo seja efetuado, como por exemplo, na disciplina FCFS sem preempção. alguns processos ou classes de processos permanecem sempre à espera do processador devido ao fato de que o escalonamento acaba sempre por privilegiar a escolha de outros processos. o sistema operacional (SO) utilizado é voltado para aplicações de tempo real, impedindo que o usuário submeta processos de naturezas diferentes daquelas características esperadas e para as quais o SO está preparado. 224 Exercícios 5- (Questão 03 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Engenharia de Software – ano 2010 – Cesgranrio) A fragmentação interna é uma anomalia observada quando o gerenciador de memória usa um esquema de particionamento dinâmico de memória. PORQUE No particionamento dinâmico de memória, tanto o número de partições quanto o tamanho das partições podem variar de acordo com a demanda dos processos. Analisando as afirmações acima, conclui-se que: a) b) c) d) e) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. As duas afirmações são falsas. 225 Exercícios 6- (Questão 45 – Defensoria Pública de SP – Engenheiro de Redes – ano 2013 – FCC) O sistema operacional, no esquema de partição variável, mantém uma tabela indicando que partes da memória estão disponíveis e quais estão ocupadas. Para realizar a alocação dinâmica de memória, ou seja, atender a uma solicitação de alocação de tamanho n, a partir de uma lista de intervalos livres, existem algumas estratégias, das quais as mais comuns são: I. II. III. aloca o primeiro intervalo que seja suficientemente grande. A busca pode começar tanto pelo início da tabela como por onde a busca anterior terminou. aloca o menor intervalo que seja suficientemente grande. Percorre-se a tabela inteira (a menos que esteja ordenada por tamanho) para se encontrar o menor intervalo. aloca o maior intervalo. Percorre-se a tabela inteira (a menos que esteja ordenada por tamanho) para se encontrar o maior intervalo. Pode-se afirmar corretamente que: a) b) c) d) e) a estratégia II é denominada menos apto (worst-first). a estratégia III é a mais eficiente de todas em termos de redução de tempo. quando um processo termina, ele libera seu bloco de memória. Mesmo que o intervalo liberado seja adjacente a outro intervalo, estes são mantidos separados na tabela para dar mais flexibilidade à alocação de memória. a estratégia I é denominada maior e melhor (best-first). a estratégia II é denominada mais apto (best-fit). 226 Exercícios 7- (Questão 51 – BNDES – Profissional Básico – Análise de Sistemas – Desenvolvimento – ano 2008 – Cesgranrio) Um sistema operacional que usa segmentação de memória tem a seguinte configuração: Segmento 1: 100 KB Segmento 2: 50 KB Segmento 3: 200 KB Segmento 4: 50 KB A memória é preenchida com segmentos de diversos tamanhos, colocados na ordem abaixo: 20 KB, 50 KB, 10 KB, 50 KB, 20 KB, 20 KB, 40 KB Qual o espaço livre de cada segmento, respectivamente, para as estratégias abaixo? I. II. III. best-fit first-fit worst-fit a) I: 1=30 KB, 2=0 KB, 3=160 KB, 4=0 KB II: 1=0 KB, 2=0 KB, 3=140 KB, 4=50 KB III: 1=60 KB, 2=50 KB, 3=30 KB, 4=50 KB d) I: 1=0 KB, 2=0 KB, 3=160 KB, 4=30 KB II: 1=0 KB, 2=0 KB, 3=140 KB, 4=50 KB III: 1=20 KB, 2=0 KB, 3=120 KB, 4=50 KB b) I: 1=0 KB, 2=0 KB, 3=160 KB, 4=30 KB II: 1=0 KB, 2=0 KB, 3=140 KB, 4=50 KB III: 1=60 KB, 2=50 KB, 3=30 KB, 4=50 KB e) I: 1=20 KB, 2=0 KB, 3=120 KB, 4=50 KB II: 1=60 KB, 2=50 KB, 3=30 KB, 4=50 KB III: 1=0 KB, 2=0 KB, 3=140 KB, 4=50 KB c) I: 1=30 KB, 2=0 KB, 3=160 KB, 4=0 KB II: 1=60 KB, 2=50 KB, 3=30 KB, 4=50 KB III: 1=0 KB, 2=0 KB, 3=140 KB, 4=50 KB 227 Exercícios 8- (Questão 28 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2008 – Cesgranrio) Um sistema encontra-se com a seguinte lista de segmentos de memória disponíveis, em sequência: 13KB, 21KB, 9KB, 17KB, 40KB. Neste instante, recebe pedido de alocação de memória para quatro novos processos, nesta ordem: 15KB, 24KB, 20KB, 11KB. Considere os algoritmos a seguir, para alocação de memória. I. II. III. First fit Best fit Worst fit Qual(is) o(s) algoritmo(s) que consegue(m) alocar memória para todos os quatro novos processos? a) b) c) d) e) I, apenas. II, apenas. I e II, apenas. II e III, apenas. I, II e III. 228 Memória Virtual 229 Motivadores • Custo com a desfragmentação na Alocação Particionada Dinâmica. • Processo necessita de um espaço de endereçamento contíguo. • O código do programa não é utilizado na íntegra o tempo todo. • Grande capacidade de armazenamento da Memória Secundária (discos). 230 Tabela de Mapeamento do Processo A Virtual Real 0 3 1 7 2 2 3 6 Espaço Virtual Mapeamento Memória Virtual do Processo A 4 3 2 1 0 Memória Virtual do Processo B 75 39 68 17 25 50 30 45 4 3 2 1 0 Tabela de Mapeamento do Processo B Virtual Real 0 4 1 5 2 1 3 0 Mapeamento Espaço Real Memória Real 7 6 5 4 3 2 1 0 30 25 68 17 45 50 39 75 231 Mapeamento • O processador apenas executa instruções e referencia dados residentes no espaço de endereçamento real, portanto, deve existir um mecanismo que transforme os endereços virtuais em endereços reais. • Esse mecanismo, conhecido por mapeamento, permite traduzir um endereço localizado no espaço virtual para um associado no espaço real. • Como consequência do mapeamento, um programa não mais precisa estar necessariamente em endereços contíguos na memória principal para ser executado. • Nos sistemas modernos, a tarefa de tradução de endereços virtuais é realizada por hardware juntamente com o sistema operacional, de forma a não comprometer seu desempenho e torná-lo transparente a usuários e suas aplicações. 232 Mapeamento • O dispositivo de hardware responsável por esta tradução é conhecido como Unidade de Gerência de Memória (Memory Management Unit - MMU), sendo acionado sempre que se faz referência a um endereço virtual. • Depois de traduzido, o endereço real pode ser utilizado pelo processador para o acesso à memória principal. • Cada processo tem o seu espaço de endereçamento virtual como se possuísse sua própria memória. • O mecanismo de tradução se encarrega, então, de manter tabelas de mapeamento exclusivas para cada processo, relacionando os endereços virtuais do processo às suas posições na memória real. 233 Mapeamento • A tabela de mapeamento é uma estrutura de dados existente para cada processo. • Quando um determinado processo está sendo executado, o sistema utiliza a tabela de mapeamento do processo em execução para realizar a tradução de seus endereços virtuais. • Se um outro processo vai ser executado, o sistema deve passar a referenciar a tabela de mapeamento do novo processo. • A troca de tabelas de mapeamento é realizada através de um registrador, que indica a posição inicial da tabela corrente, onde, toda vez que há mudança de contexto, o registrador é atualizado com o endereço da nova tabela. 234 Mapeamento • Caso o mapeamento fosse realizado para cada célula na memória principal, o espaço ocupado pelas tabelas seria tão grande quanto o espaço de endereçamento virtual de cada processo, o que inviabilizaria a implementação do mecanismo de memória virtual. • Em função disso, as tabelas mapeiam blocos de dados, cujo tamanho determina o número de entradas existentes nas tabelas de mapeamento. • Quanto maior o bloco, menos entradas existem nas tabelas de mapeamento e, consequentemente, teremos tabelas de mapeamento que ocupam menos espaço de memória. • Existem sistemas operacionais que trabalham apenas com blocos de tamanho fixo (Páginas), enquanto outros utilizam blocos de tamanho variável (Segmentos). • Existe ainda um terceiro tipo de sistema que implementa ambas as técnicas (segmentação com paginação). 235 Mapeamento Exemplo do Tamanho da Tabela de Mapeamento • • • • • • Células com 1 byte Ocupação do Programa: 1M bytes Tamanho da Tabela: 1M entradas Tamanho do Endereço: 32 bits ou 4 bytes Tamanho de uma entrada: 8 bytes (Virtual + Real) Tamanho total da Tabela: 8M bytes • Dividindo a Memória em Blocos • • • Blocos de 1K bytes Total de Blocos: 1K Blocos Total de entradas: 1K entradas • • Tamanho total da Tabela: 8K bytes Redução de 99,9% 236 Mapeamento Espaço de Endereçamento Virtual Tamanho do Bloco Número de Blocos Número de Entradas na Tabela de Mapeamento 232 Endereços 512 endereços 223 223 232 Endereços 4K endereços 220 220 264 Endereços 4K endereços 252 252 264 Endereços 64K endereços 248 248 237 Mapeamento • Os blocos podem ser criados de duas maneira, sendo definidos como: – Páginas: os blocos são todos de tamanho fixo, definidos na inicialização do sistema e são todos do mesmo tamanho. – Segmentos: os blocos tem tamanhos variáveis, definidos dinamicamente e podem ter tamanhos diferentes. Apenas os pares virtual/real devem ter o mesmo tamanho. 238 Memória Virtual por Paginação • A memória virtual por paginação é a técnica de gerência de memória em que o espaço de endereçamento virtual e o espaço de endereçamento real são divididos em blocos de mesmo tamanho chamados páginas. • As páginas no espaço virtual são denominadas páginas virtuais, enquanto as páginas no espaço real são chamadas de páginas reais, frames ou quadros. • Todo o mapeamento de endereço virtual em real é realizado através de tabelas de páginas. • Cada processo possui sua própria tabela de páginas, e cada página virtual do processo possui uma entrada na tabela (entrada na tabela de páginas - ETP), com informações de mapeamento que permitem ao sistema localizar a página real correspondente. 239 Memória Virtual por Paginação Memória Real Página 0 Memória Virtual Página 0 Página 1 Tabela de Páginas Página 2 Página 1 Página 2 ETP Página R Página V Memória Secundária 240 Memória Virtual por Paginação • Além da informação sobre a localização da página virtual, a ETP possui outras informações, como o bit de validade (valid bit), que indica se uma página está ou não na memória principal. • Se o bit tem o valor 0, isto indica que a página virtual não está na memória principal, mas se é igual a 1, a página está localizada na memória. • Sempre que o processo referencia um endereço virtual, a unidade de gerência de memória verifica, através do bit de validade, se a página que contém o endereço referenciado está ou não na memória principal. • Caso a página não esteja na memória, dizemos que ocorreu um page fault. 241 Memória Virtual por Paginação • Neste caso, o sistema transfere a página da memória secundária para a memória principal, realizando uma operação de E/S conhecida como page in, ou paginação. • O número de page faults gerado por um processo depende de como o programa foi desenvolvido, além da política de gerência de memória implementada pelo sistema operacional. • O número de page faults gerados por cada processo em um determinado intervalo de tempo é definido como taxa de paginação do processo. • O overhead (sobrecarga) gerado pelo mecanismo de paginação é inerente à gerência de memória virtual, porém se a taxa de paginação dos processos atingir valores elevados, o excesso de operações de E/S poderá comprometer o desempenho do sistema. 242 Memória Virtual por Paginação • Quando um processo referencia um endereço e ocorre um page fault, o processo em questão passa do estado de execução para o estado de espera, até que a página seja transferida do disco para a memória principal. • Na troca de contexto, as informações sobre a tabela de mapeamento são salvas e as informações do novo processo escalonado são restauradas. • Após a transferência da página para a memória principal, o processo é recolocado na fila de processos no estado de pronto, e quando for reescalonado poderá continuar sua execução. 243 Memória Virtual por Paginação Memória Principal Endereço Virtual Tabela de Páginas V 0 Page in Memória Secundária Memória Principal Tabela de Páginas V 1 Memória Secundária 244 Memória Virtual por Paginação • Quando um programa é executado, as páginas virtuais são transferidas da memória secundária para a memória principal e colocadas nos frames. • Sempre que um programa fizer referência a um endereço virtual, o mecanismo de mapeamento localizará na ETP da tabela do processo o endereço físico do frame. • Nessa técnica, o endereço virtual é formado pelo número da página virtual (NPV) e por um deslocamento. • O NPV identifica unicamente a página virtual que contém o endereço, funcionando como um índice na tabela de páginas. • O deslocamento indica a posição do endereço virtual em relação ao início da página na qual se encontra. • O endereço físico é obtido, então, combinando-se o endereço do frame, localizado na tabela de páginas, com o deslocamento, contido no endereço virtual. 245 Memória Virtual por Paginação Página Virtual 0 Deslocamento Endereço Virtual NPV Deslocamento Tabela de Páginas ETP Frame Frame Frame Deslocamento 0 Deslocamento Endereço Real 246 Política de Busca de Páginas • O mecanismo de memória virtual permite a execução de um programa sem que seu código esteja completamente residente na memória principal. • A política de busca de páginas determina quando uma página deve ser carregada para a memória. • Basicamente, existem duas estratégias para este propósito: paginação por demanda e paginação antecipada. • Na paginação por demanda (demand paging), as páginas dos processos são transferidas da memória secundária para a principal apenas quando são referenciadas. • Este mecanismo é conveniente, na medida em que leva para a memória principal apenas as páginas realmente necessárias à execução do programa. • Desse modo, é possível que partes não executadas do programa, como rotinas de tratamento de erros, nunca sejam carregadas para a memória. 247 Política de Busca de Páginas • Na paginação antecipada (antecipatory paging ou prepaging), o sistema carrega para a memória principal, além da página referenciada, outras páginas que podem ou não serem necessárias ao processo ao longo do seu processamento. • Se imaginarmos que o programa está armazenado sequencialmente no disco, existe uma grande economia de tempo em levar um conjunto de páginas da memória secundária, ao contrário de carregar uma de cada vez. • Por outro lado, caso o processo não precise das páginas carregadas antecipadamente, o sistema terá perdido tempo e ocupado memória principal desnecessariamente. • A técnica de paginação antecipada pode ser empregada no momento da criação de um processo ou na ocorrência de um page fault. 248 Política de Busca de Páginas • Quando um processo é criado, diversas páginas do programa na memória secundária devem ser carregadas para a memória principal, gerando um elevado número de page faults e várias operações de leitura em disco. • Na medida em que as páginas são carregadas para a memória, a taxa de paginação tende a diminuir. • Se o sistema carregar não apenas uma, mas um conjunto de páginas, a taxa de paginação do processo deverá cair imediatamente e estabilizar-se durante um certo período de tempo. • Seguindo o mesmo raciocínio, sempre que houver um page fault, o sistema poderá carregar para a memória, além da página referenciada, páginas adicionais, na tentativa de evitar novos page faults e sucessivas operações de leitura em disco. 249 Política de Alocação de Páginas • A política de alocação de páginas determina quantos frames cada processo pode manter na memória principal. • Existem, basicamente, duas alternativas: alocação fixa e alocação variável. • Na política de alocação fixa, cada processo tem um número máximo de frames que pode ser utilizado durante a execução do programa. • Caso o número de páginas reais seja insuficiente, uma página do processo deve ser descartada para que uma nova seja carregada. • O limite de páginas reais pode ser igual para todos os processos ou definido individualmente. • Apesar de parecer justo, alocar o mesmo número de páginas para todos os processos pode não ser uma boa opção, pois a necessidade de memória de cada processo raramente é a mesma. 250 Política de Alocação de Páginas • O limite de páginas deve ser definido no momento da criação do processo, com base no tipo de aplicação que será executada. • Essa informação faz parte do contexto de software do processo. • Apesar de sua simplicidade, a política de alocação fixa de páginas apresenta dois problemas. • Se o número máximo de páginas alocadas for muito pequeno, o processo tenderá a ter um elevado número de page faults, o que pode impactar no desempenho de todo o sistema. • Por outro lado, caso o número de páginas seja muito grande, cada processo irá ocupar na memória principal um espaço maior do que o necessário, reduzindo o número de processos residentes e o grau de multiprogramação. 251 Política de Alocação de Páginas • Nesse caso, o sistema pode implementar a técnica de swapping, retirando e carregando processos da/para a memória principal. • Na política de alocação variável, o número máximo de páginas alocadas ao processo pode variar durante sua execução em função de sua taxa de paginação e da ocupação da memória principal. • Nesse modelo, processos com elevadas taxas de paginação podem ampliar o limite máximo de frames, a fim de reduzir o número de page faults. • Da mesma forma, processos com baixas taxas de paginação podem ter páginas realocadas para outros processos. • Este mecanismo, apesar de mais flexível, exige que o sistema operacional monitore constantemente o comportamento dos processos, gerando maior overhead. 252 Política de Substituição de Páginas • Em algumas situações, quando um processo atinge o seu limite de alocação de frames e necessita alocar novas páginas na memória principal, o sistema operacional deve selecionar, dentre as diversas páginas alocadas, qual deverá ser liberada. • Este mecanismo é chamado de política de substituição de páginas. • Uma página real, quando liberada por um processo, está livre para ser utilizada por qualquer outro processo. • A partir dessa situação, qualquer estratégia de substituição de páginas deve considerar se uma página foi ou não modificada antes de liberá-la, caso contrário, os dados armazenados na página podem ser perdidos. 253 Política de Substituição de Páginas • No caso de páginas contendo código executável, que não sofrem alterações, não existe essa preocupação, pois existe uma cópia do código no arquivo executável em disco. • As páginas modificáveis, que armazenam variáveis e estruturas de dados, podem sofrer alterações. • Neste caso, o sistema deverá gravá-la na memória secundária antes do descarte, preservando seu conteúdo para uso em futuras referências. • Este mecanismo é conhecido como page out. 254 Política de Substituição de Páginas • Com este propósito, o sistema mantém um arquivo de paginação (page file), onde todas as páginas modificadas e descartadas são armazenadas. • Sempre que uma página modificada for novamente referenciada ocorrerá um page in, carregando-a para a memória principal a partir do arquivo de paginação. 255 Política de Substituição de Páginas Memória Principal Page out Arquivo de Paginação Page in 256 Política de Substituição de Páginas • O sistema operacional consegue identificar as páginas modificadas através de um bit que existe em cada entrada da tabela de páginas, chamado bit de modificação (dirty bit ou modify bit). • Sempre que uma página sofre uma alteração, o valor do bit de modificação é alterado, indicando que a página foi modificada. • A política de substituição de páginas pode ser classificada conforme seu escopo, ou seja, dentre os processos residentes na memória principal quais são candidatos a ter páginas realocadas. • Em função desse escopo, a política de substituição pode ser definida como local ou global. • Na política de substituição local, apenas as páginas do processo que gerou o page fault são candidatas a realocação. 257 Política de Substituição de Páginas • Nesse modelo, sempre que um processo precisar de uma nova página o sistema deverá selecionar, dentre os frames alocados pelo processo, a página a ser substituída. • Os frames dos demais processos não são avaliados para substituição. • Já na política de substituição global, todas as páginas alocadas na memória principal são candidatas à substituição, independente do processo que gerou o page fault. • Como qualquer processo pode ser escolhido, é possível que o processo selecionado sofra um aumento na sua taxa de paginação, em função da redução do número de páginas alocadas na memória. 258 Política de Substituição de Páginas • Na verdade, nem todas as páginas podem ser candidatas à substituição. • Algumas páginas, como as do núcleo do sistema, são marcadas como bloqueadas e não podem ser realocadas. • Existe uma relação entre o escopo da política de substituição e a política de alocação de páginas, apresentada anteriormente. • A política de alocação fixa permite apenas a utilização de uma política de substituição local. • Nesse caso, sempre que um processo necessita de uma nova página, o sistema deverá selecionar um frame do próprio processo para ser realocado, mantendo assim o seu limite de páginas. 259 Política de Substituição de Páginas • A política de alocação variável permite uma política de substituição tanto local quanto global. • Na política de alocação variável com substituição global, quando um processo necessita de uma nova página o sistema poderá selecionar um frame dentre todas as páginas na memória principal, independente do processo. • Nesse caso, o processo escolhido perde uma de suas páginas, reduzindo assim o número de frames alocados na memória pelo processo. • Por outro lado, o processo que gerou o page fault recebe um novo frame e tem seu número de páginas aumentado. 260 Política de Substituição de Páginas • Na política de alocação variável com substituição local, quando um processo necessita de nova página o sistema deverá selecionar uma página do próprio processo para substituição. • Em função do comportamento do processo e do nível de utilização do sistema, o número de páginas alocadas ao processo pode ser aumentado ou diminuído, a fim de melhorar o desempenho do sistema. 261 Working Set • Apesar de suas diversas vantagens, o mecanismo de memória virtual introduz um sério problema. • Como cada processo possui na memória principal apenas algumas páginas alocadas, o sistema deve manter um conjunto mínimo de frames buscando uma baixa taxa de paginação. • Ao mesmo tempo, o sistema operacional deve impedir que os processos tenham um número excessivo de páginas na memória, de forma a aumentar o grau de compartilhamento da memória principal. • Caso os processos tenham na memória principal um número insuficiente de páginas para a execução do programa, é provável que diversos frames referenciados ao longo do seu processamento não estejam na memória. 262 Working Set • Esta situação provoca a ocorrência de um número elevado de page faults e, consequentemente, inúmeras operações de E/S. • Neste caso, ocorre um problema conhecido como thrashing, provocando sérias consequências ao desempenho do sistema. • O conceito de working set surgiu com o objetivo de reduzir o problema do thrashing e está relacionado ao princípio da localidade. • Existem dois tipos de localidade que são observados durante a execução da maioria dos programas. 263 Working Set • A localidade espacial é a tendência de que após uma referência a uma posição de memória sejam realizadas novas referências a endereços próximos. • A localidade temporal é a tendência de que após a referência a uma posição de memória esta mesma posição seja novamente referenciada em um curto intervalo de tempo. • O princípio da localidade significa, na prática, que o processador tenderá a concentrar suas referências a um conjunto de páginas do processo durante um determinado período de tempo. • Imaginando um loop, cujo código ocupe três páginas, a tendência de essas três páginas serem referenciadas diversas vezes é muito alta. 264 Working Set Página 0 Inicialização Página 1 WHILE ( ) DO Página 2 Página 3 END Página 4 Finalização 265 Working Set • No início da execução de um programa observa-se um elevado número de page faults, pois não existe nenhum frame do processo na memória principal. • Com o decorrer da sua execução, as páginas são carregadas para a memória e o número de page faults diminui. • Após um período de estabilidade, o programa gera novamente uma elevada taxa de paginação, que depois de algum tempo volta a se estabilizar. • Esse fenômeno pode repetir-se inúmeras vezes durante a execução de um processo e está relacionado com a forma com que a aplicação foi escrita. • Normalmente, se um programa foi desenvolvido utilizando estruturadas, o conceito da localidade quase sempre é válido. técnicas 266 Working Set • Nesse caso, a localidade será percebida, por exemplo, durante a execução de repetições e sub-rotinas. • O princípio da localidade é indispensável para que a gerência de memória virtual funcione eficientemente. • Como as referências aos endereços de um processo concentram--se em um determinado conjunto de páginas, é possível manter apenas parte do código de cada um dos diversos programas na memória principal, sem prejudicar a execução dos processos. • Caso contrário, o sistema teria que manter integralmente o código de todos os programas na memória para evitar o problema do thrashing. 267 Working Set • Considerando um programa com rotinas de inicialização, um loop principal e rotinas de finalização, manter o programa inteiro na memória principal seria ineficiente. • A má utilização da memória fica mais clara quando o programa possui rotinas de tratamento de erros na memória que, muitas vezes, nunca serão executadas. • A partir da observação do princípio da localidade, Peter Denning formulou o modelo de working set. • O conceito de working set é definido como o conjunto das páginas referenciadas por um processo durante determinado intervalo de tempo. 268 Working Set • A Figura a seguir ilustra que no instante t2 o working set do processo, W(t2, Dt) consiste nas páginas referenciadas no intervalo Dt (t2 - t1), isto é, as páginas P2, P3 e P8. • O intervalo de tempo Dt é denominado janela do working set. • Podemos observar então, que o working set de um processo é uma função do tempo e do tamanho da janela do working set. Janela do Working Set (Dt) P2 P3 P2 P8 t1 t2 tempo W(t2, Dt) 269 Working Set • Dentro da janela do working set, o número de páginas distintas referenciadas é conhecido como tamanho do working set. • Na Figura abaixo são apresentadas as referências às páginas de um processo nas janelas Dta (t2 - t1) e Dtb (t3 – t2). • O working set do processo no instante t2, com a janela Dta corresponde às páginas P2, P3, P4 e P5, e o tamanho do working set é igual a quatro páginas. • No instante t3, com a janela Dtb, o working set corresponde às páginas P5 e P6, e o tamanho do working set é igual a duas páginas. Dta Dtb P2 P3 P4 P5 P2 P5 P5 P5 P5 P6 t1 t2 t3 tempo 270 Working Set • O modelo de working set proposto por Denning possibilita prever quais páginas são necessárias à execução de um programa de forma eficiente. • Caso a janela do working set seja apropriadamente selecionada, em função da localidade do programa, o sistema operacional deverá manter as páginas do working set de cada processo residentes na memória principal. • Considerando que a localidade de um programa varia ao longo da sua execução, o tamanho do working set do processo também varia, ou seja, o seu limite de páginas reais deve acompanhar esta variação. • O working set refletirá a localidade do programa, reduzindo a taxa de paginação dos processos e evitando, consequentemente, o thrashing. 271 Working Set • Caso o limite de páginas reais de um processo seja maior do que o tamanho do working set, menor será a chance de ocorrer uma referência a uma página que não esteja na memória principal. • Por outro lado, as páginas dos processos ocuparão espaço excessivo, reduzindo o grau de compartilhamento da memória. • No caso de o limite de páginas reais ser menor, a taxa de paginação será alta, pois parte do working set não estará residente na memória principal. • Outro fato que pode ser observado é a existência de um ponto onde o aumento do limite de páginas reais do processo não implica a diminuição significativa da taxa de paginação, sendo este ponto alcançado muito antes do programa ser totalmente carregado para a memória. 272 Working Set Taxa de Page Fault DPFa DPFb DLPa Limite de Páginas Reais DLPb 273 Working Set • Apesar de o conceito de working set ser bastante intuitivo, sua implementação não é simples por questões de desempenho. • Para implementar esse modelo, o sistema operacional deve garantir que o working set de cada processo permaneça na memória principal, determinando quais páginas devem ser mantidas e retiradas em função da última janela de tempo. • Em função disso, o modelo de working set deve ser implementado somente em sistemas que utilizam a política de alocação de páginas variável, onde o limite de páginas reais não é fixo. 274 Working Set • Uma maneira de implementar o modelo de working set é analisar a taxa de paginação de cada processo, conhecida como estratégia de frequência de page fault. • Caso um processo tenha uma taxa de paginação acima de um limite definido pelo sistema, o processo deverá aumentar o seu limite de páginas reais na tentativa de alcançar o seu working set. • Por outro lado, se o processo tem uma taxa de paginação abaixo de um certo limite, o sistema poderá reduzir o limite de páginas sem comprometer seu desempenho. 275 Algoritmos de Substituição de Páginas • O maior problema na gerência de memória virtual por paginação não é decidir quais páginas carregar para a memória principal, mas quais liberar. • Quando um processo necessita de uma nova página e não existem frames disponíveis, o sistema deverá selecionar, dentre as diversas páginas alocadas na memória, qual deverá ser liberada pelo processo. • Os algoritmos de substituição de páginas têm o objetivo de selecionar os frames que tenham as menores chances de serem referenciados em um futuro próximo, caso contrário, o frame poderia retornar diversas vezes para a memória principal, gerando vários page faults e acessos à memória secundária. • A partir do princípio da localidade, a maioria dos algoritmos tenta prever o comportamento futuro das aplicações em função do comportamento passado, avaliando o número de vezes que uma página foi referenciada, o momento em que foi carregada para a memória principal e o intervalo de tempo da última referência. 276 Algoritmos de Substituição de Páginas • A melhor estratégia de substituição de páginas seria aquela que escolhesse um frame que não fosse mais utilizado no futuro ou levasse mais tempo para ser novamente referenciado. • Porém, quanto mais sofisticado o algoritmo de substituição, maior o overhead para o sistema operacional implementá-lo. • O algoritmo de substituição deve tentar manter o working set dos processos na memória principal e, ao mesmo tempo, não comprometer o desempenho do sistema. • A seguir, analisaremos os principais algoritmos existentes para a substituição de páginas. 277 Algoritmos de Substituição de Páginas • Ótimo O algoritmo ótimo seleciona para substituição uma página que não será mais referenciada no futuro ou aquela que levará o maior intervalo de tempo para ser novamente utilizada. Apesar de este algoritmo garantir as menores taxas de paginação para os processos, na prática é impossível de ser implementado, pois o sistema operacional não tem como conhecer o comportamento futuro das aplicações. Essa estratégia é utilizada apenas como modelo comparativo na análise de outros algoritmos de substituição. 278 Algoritmos de Substituição de Páginas • Aleatório O algoritmo aleatório, como o nome já sugere, faz uma escolha casual, não havendo previsibilidade na sua escolha. Todas as páginas alocadas na memória principal têm a mesma chance de serem selecionadas, inclusive os frames que são frequentemente referenciados. Apesar de ser uma estratégia que consome poucos recursos do sistema, é raramente implementada, em função de sua baixa eficiência. 279 Algoritmos de Substituição de Páginas • FIFO (First in, First Out) No algoritmo FIFO, a página que primeiro foi utilizada será a primeira a ser escolhida, ou seja, o algoritmo seleciona a página que está há mais tempo na memória principal. O algoritmo pode ser implementado associando-se a cada página o momento em que foi carregada para a memória ou utilizando-se uma estrutura de fila, onde as páginas mais antigas estão no início e as mais recentes no final. Entrada Página mais Recente Saída Página mais Antiga 280 Algoritmos de Substituição de Páginas • FIFO (continuação) Parece razoável pensar que uma página que esteja há mais tempo na memória seja justamente aquela que deva ser selecionada, porém isto nem sempre é verdadeiro. No caso de uma página que seja constantemente referenciada, como é o caso de páginas que contêm dados, o fator tempo torna-se irrelevante e o sistema tem que referenciar a mesma página diversas vezes ao longo do processamento. O algoritmo FIFO é raramente implementado sem algum outro mecanismo que minimize o problema da seleção de páginas antigas que são constantemente referenciadas. 281 Algoritmos de Substituição de Páginas • FIFO com Buffer de Páginas O algoritmo FIFO, anteriormente apresentado, é de fácil implementação e baixo overhead, porém apresenta uma séria limitação quando páginas antigas são constantemente referenciadas. Uma maneira de torná-Io uma política de substituição eficiente é implementar variações no algoritmo. O algoritmo FIFO com Buffer de Páginas combina uma lista de páginas alocadas (LPA) com uma lista de páginas livres (LPL). A LPA organiza todas as páginas que estão sendo utilizadas na memória principal, podendo ser implementada como uma lista única para todos os processos ou uma lista individual para cada processo. 282 Algoritmos de Substituição de Páginas • FIFO com Buffer de Páginas (Continuação) Independente da política utilizada, a LPA organiza as páginas alocadas há mais tempo na memória no início da lista, enquanto as páginas mais recentes ficam no seu final. Da mesma forma, a LPL organiza todos os frames livres da memória principal, sendo que as páginas livres há mais tempo estão no início e as mais recentes no final. Sempre que um processo necessita alocar uma nova página, o sistema utiliza a primeira página da LPL, colocando-a no final da LPA. Caso o processo tenha que liberar uma página, o mecanismo de substituição seleciona o frame em uso há mais tempo na memória, isto é, o primeiro da LPA, colocando-o no final da LPL. 283 Algoritmos de Substituição de Páginas • FIFO com Buffer de Páginas (Continuação) Saída Lista de Páginas Livres Entrada Entrada Saída Lista de Páginas Alocadas Página mais Recente Página mais Antiga 284 Algoritmos de Substituição de Páginas • FIFO com Buffer de Páginas (Continuação) É importante notar que a página selecionada e que entrou na LPL continua disponível na memória principal por um determinado intervalo de tempo. Caso esta página seja novamente referenciada e ainda não tenha sido alocada, basta retirá-la da LPL e devolvê-la ao processo. Nesse caso, a LPL funciona como um buffer de páginas, evitando o acesso à memória secundária. Por outro lado, se a página não for mais referenciada, com o passar do tempo irá chegar ao início da LPL, quando será utilizada para um outro processo. Caso a página seja posteriormente referenciada, o sistema terá que carregá-la novamente da memória secundária. 285 Algoritmos de Substituição de Páginas – Anomalia de Belady Pode parecer, intuitivamente, que, quanto mais frames estiverem alocados ao processo, menos page faults ocorrerão. É bastante Surpreendente constatar que isso nem sempre é verdadeiro. Belady descobriu um contra exemplo, no qual o algoritmo de substituição de páginas FIFO causava mais page faults com quatro frames do que com três. Essa estranha situação tornou-se conhecida como anomalia de Belady. 286 Algoritmos de Substituição de Páginas • LFU (Least-Frequently-Used) O algoritmo LFU seleciona a página menos referenciada, ou seja, o frame menos utilizado. Para isso, é mantido um contador com o número de referências para cada página na memória principal. A página que possuir o contador com o menor número de referências será escolhida, ou seja, o algoritmo evita selecionar páginas que são bastante utilizadas. Inicialmente, esta parece ser uma boa estratégia, porém as páginas que estão há pouco tempo na memória principal podem ser justamente aquelas selecionadas, pois seus contadores estarão com o menor número de referências. 287 Algoritmos de Substituição de Páginas • LFU (Continuação) É possível também que uma página muito utilizada no passado não seja mais referenciada no futuro. Nesse caso, como o contador possuiria um número elevado de referências, a página não seria selecionada para substituição. Este esquema, como apresentado, é raramente implementado, servindo apenas de base para outros algoritmos de substituição. 288 Algoritmos de Substituição de Páginas • LRU (Least-Recently-Used) O algoritmo LRU seleciona a página na memória principal que está há mais tempo sem ser referenciada. Se considerarmos o princípio da localidade, é provável que uma página que não foi utilizada recentemente não seja referenciada novamente em um futuro próximo. Para implementar esse algoritmo, é necessário que cada página tenha associado o momento do último acesso, que deve ser atualizado a cada referência a um frame. Quando for necessário substituir uma página, o sistema fará uma busca por um frame que esteja há mais tempo sem ser referenciado. 289 Algoritmos de Substituição de Páginas • LRU (Continuação) Outra maneira de implementar o LRU seria através de uma lista encadeada, onde todas as páginas estariam ordenadas pelo momento da última referência. Neste caso, cada acesso à memória exigiria um acesso à lista. Apesar de ser uma estratégia com uma eficiência comparável ao algoritmo ótimo, é pouco empregada na prática devido ao seu elevado custo de implementação. 290 Algoritmos de Substituição de Páginas • NRU (Not-Recently-Used) O algoritmo NRU é bastante semelhante ao LRU, porém com menor sofisticação. Para a implementação deste algoritmo é necessário um bit adicional, conhecido como bit de referência (BR). O bit indica se a página foi utilizada recentemente e está presente em cada entrada da tabela de páginas. Quando uma página é carregada para a memória principal, o bit de referência é alterado pelo hardware, indicando que a página foi referenciada (BR = 1). Periodicamente, o sistema altera o valor do bit de referência (BR = 0), e à medida que as páginas são utilizadas, o bit associado a cada frame retorna para 1. 291 Algoritmos de Substituição de Páginas • NRU (Continuação) Desta forma, é possível distinguir quais frames foram recentemente referenciados. No momento da substituição de uma página, o sistema seleciona um dos frames que não tenha sido utilizado recentemente, ou seja, com o bit de referência igual a zero. O algoritmo NRU torna-se mais eficiente se o bit de modificação for utilizado em conjunto com o bit de referência. Neste caso, é possível classificar as páginas em quatro categorias. O algoritmo, inicialmente, seleciona as páginas que não foram utilizadas recentemente e não foram modificadas, evitando assim um page out. 292 Algoritmos de Substituição de Páginas • NRU (Continuação) O próximo passo é substituir as páginas que não tenham sido referenciadas recentemente, porém modificadas. Neste caso, apesar de existir um acesso à memória secundária para a gravação da página modificada, seguindo o princípio da localidade, há pouca chance de essa página ser novamente referenciada. Final da Janela de Tempo Novas Referências Página Selecionada BR=0 BR=1 BR=0 BR=1 BR=0 BR=0 BR=0 BR=0 BR=1 BR=0 BR=0 BR=1 P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 BM=0 BM=1 BM=0 BM=0 BM=0 BM=1 BM=0 BM=0 BM=0 BM=1 BM=0 BM=0 293 Algoritmos de Substituição de Páginas • FIFO Circular ou Relógio ou Segunda Chance O algoritmo FIFO circular utiliza como base o FIFO, porém as páginas alocadas na memória estão em uma estrutura de lista circular, semelhante a um relógio. Este algoritmo é implementado, com pequenas variações, na maioria dos sistemas Unix. Para a implementação do algoritmo existe um ponteiro que guarda a posição da página mais antiga na lista. Cada página possui associado um bit de referência, indicando se a página foi recentemente referenciada. 294 Algoritmos de Substituição de Páginas • FIFO Circular ou Relógio ou Segunda Chance (Continuação) Quando é necessário substituir uma página, o sistema verifica se o frame apontado tem o bit de referência desligado (BR = O). Nesse caso, a página é selecionada para descarte, pois, além de ser a mais antiga, não foi utilizada recentemente. Por outro lado, se a página apontada tem o bit de referência ligado (BR = 1), o bit é desligado e o ponteiro incrementado, pois, apesar de ser a página mais antiga, foi utilizada recentemente. O processo se repete até ser encontrada uma página com bit de referência igual a zero. 295 Algoritmos de Substituição de Páginas • FIFO Circular ou Relógio ou Segunda Chance (Continuação) BR=1 BR=0 P1 Pn P1 BR=1 P2 P2 Pn Página mais antiga P3 BR=0 Página selecionada P4 P5 BR=0 P3 BR=0 P4 P5 296 Algoritmos de Substituição de Páginas • FIFO Circular ou Relógio ou Segunda Chance (Continuação) Neste algoritmo, existe a possibilidade de todos os frames possuírem o bit de referência ligado. Nesse caso, o ponteiro percorrerá toda a lista, desligando o bit de referência de cada página. Ao final, a página mais antiga é selecionada. A utilização do bit de referência permite conceder a cada página uma segunda chance antes de ser substituída. 297 Exercícios 1- (Questão 64 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Engenharia de Software – ano 2011 – Cesgranrio) Uma empresa adquiriu o sistema operacional HAL de 32 bits que divide o espaço de endereçamento virtual em duas partes iguais: uma para processos de usuários, e outra, para o próprio sistema operacional. Sendo assim, as aplicações desenvolvidas para essa empresa podem endereçar, em gigabytes, no máximo, a) b) c) d) e) 2 4 8 16 32 298 Exercícios 2- (Questão 48 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2011 – Cesgranrio) Um processo referencia 5 páginas identificadas por p1, p2, p3, p4 e p5, na seguinte ordem: p1, p2, p3, p4, p1, p2, p5, p1, p2, p3, p4, p5 Considerando que o algoritmo de substituição de página seja fila e que a memória principal encontra-se inicialmente vazia, o número de transferências de páginas, em um sistema com 3 quadros em memória principal, é a) b) c) d) e) 6 7 8 9 10 299 Exercícios 3- (Questão 24 – Transpetro – Analista de Sistemas Júnior – ano 2011 – Cesgranrio) Um processo referencia 5 páginas identificadas por p1, p2, p3, p4 e p5, na seguinte ordem: p1, p2, p3, p1, p4, p2, p5, p1, p2, p5, p2, p1 Considerando-se que o algoritmo de substituição de página seja LRU e que a memória principal encontra-se inicialmente vazia, qual é o número de transferências de páginas em um sistema com 3 quadros em memória principal? a) b) c) d) e) 6 7 8 9 10 300 Exercícios 4- (Questão 49 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2011 – Cesgranrio) Um sistema operacional possui espaço para 5 quadros de memória. A tabela abaixo contém informações sobre cada um desses 5 quadros, incluindo sua identificação, o momento em que o quadro foi carregado, o momento em que o quadro foi acessado e os bits R e M, indicando, respectivamente, leitura recente e modificação. Página 0 1 2 3 4 Carregada em 125 240 150 110 134 Última Referência 280 260 270 290 300 R 1 0 0 1 1 M 0 1 0 1 0 Considerando-se essas informações, qual página deve ser substituída caso o método de substituição, implementado pelo sistema operacional, seja o NRU? a) b) c) d) e) 0 1 2 3 4 301 Exercícios 5- (Questão 43 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2010 – Cesgranrio) Um computador apresenta quatro molduras de página. O instante da última referência, o tempo de carregamento da página na memória e os bits R (referenciada) e M (modificada) para cada página são apresentados na tabela abaixo, sendo que os tempos estão em tiques de relógio. Página 1 2 3 4 Última Referência 100 350 180 80 Carregamento 34 21 30 42 R 1 0 0 1 M 0 1 0 0 Se ocorrer uma falta de página, qual página será trocada se forem utilizados os métodos NUR (não usada recentemente) e SC (segunda chance), respectivamente? a) b) c) d) e) 2e1 2e3 3e1 3e2 3e4 302 Exercícios 6- (Questão 56 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2008 – Cesgranrio) Quando uma falta de página ocorre, o sistema operacional precisa escolher uma página a ser removida da memória, a fim de liberar espaço para uma nova página a ser trazida para a memória. Em relação aos algoritmos que podem ser utilizados, para executar a substituição de páginas, pode-se afirmar que: a) b) c) d) e) Anomalia de Belady indica que se há menos páginas em memória, pode ocorrer menos falta de páginas do que se houvesse mais páginas em memória. Na paginação sob demanda, inicialmente são carregadas páginas que podem não ser suficientes para executar o programa. No algoritmo FIFO com segunda chance, a página mais antiga é a primeira a sair da memória. No algoritmo LRU, ao ocorrer uma falta de página, é retirada da memória a página menos referenciada. Em sistemas que executam vários processos, o compartilhamento de páginas piora o problema da falta de páginas. 303 Exercícios 7- (Questão 40 – BNDES – Profissional Básico – Análise de Sistemas – Desenvolvimento – ano 2009 – Cesgranrio) Se uma máquina possui endereçamento virtual de 48 bits e tamanho de página igual a 4 KB, quantas entradas são necessárias para a tabela de páginas? a) b) c) d) e) 212 232 236 244 260 304 Exercícios 8- (Questão 66 – CAPES – Analista em Ciência e Tecnologia Junior I – Analista de Sistemas – ano 2008 – Cesgranrio) No âmbito de sistemas operacionais, a Anomalia de Belady é um conceito relacionado à gerência de: a) b) c) d) e) threads. deadlocks. memória. processos. coordenação distribuída. 305 Exercícios 9- (Questão 58 – Petrobrás – Analista de Sistemas Junior – Engenharia de Software – ano 2012 – Cesgranrio) Seja o seguinte algoritmo de substituição de página: • • Todas as páginas são mantidas em uma lista circular, e um ponteiro (H) referencia a página mais antiga. Quando uma falta de página ocorre, a página apontada por H é inspecionada: – – – Caso o seu bit de referência seja igual a 0, a página é retirada da lista e uma nova é inserida no seu lugar. O ponteiro H passa a apontar para a próxima página da lista. Caso o seu bit de referência seja igual a 1, ele será zerado, e H passará a apontar para a próxima página da lista. O processo é repetido até que uma página onde R=0 seja encontrada. Qual é o nome desse algoritmo de substituição de página? a) b) c) d) e) Ótimo Relógio (FIFO) Primeira a Entrar, Primeira a Sair (NUR) Não Usada Recentemente (MRU) Menos Recentemente Usada 306 Tamanho da Página • A definição do tamanho de página é um fator importante no projeto de sistemas que implementam memória virtual por paginação. • O tamanho da página está associado à arquitetura do hardware e varia de acordo com o processador, mas normalmente está entre 512 e 16M endereços. • Algumas arquiteturas permitem a configuração do tamanho de página, oferecendo assim maior flexibilidade. • O tamanho da página tem impacto direto sobre o número de entradas na tabela de páginas e, consequentemente, no tamanho da tabela e no espaço ocupado na memória principal. • Por exemplo, em uma arquitetura de 32 bits para endereçamento e páginas de 4K endereços, teríamos tabelas de páginas de até 220 entradas. 307 Tamanho da Página • Se cada entrada ocupasse 4 bytes, poderíamos ter tabelas de páginas de 4 Mbytes por processo. • Logo, páginas pequenas necessitam de tabelas de mapeamento maiores, provocando maior taxa de paginação e aumentando o número de acessos à memória secundária. • Apesar de páginas grandes tornarem menor o tamanho das tabelas de páginas, ocorre o problema da fragmentação interna. • Como podemos observar na figura a seguir, o programa ocupa quase que integralmente todas as páginas. • A fragmentação só é encontrada, realmente, na última página, quando o código não ocupa o frame por completo. 308 Tamanho da Página Página 0 Página 1 Página 2 Processo Página 3 Página 4 Fragmentação Interna 309 Tamanho da Página • O principal argumento a favor do uso de páginas pequenas é a melhor utilização da memória principal. • A partir do princípio da localidade, com páginas pequenas teríamos na memória apenas as partes dos programas com maiores chances de serem executadas. • Quanto maior o tamanho da página, maiores as chances de ter na memória código pouco referenciado, ocupando espaço desnecessariamente. • Além disso, páginas pequenas reduzem o problema da fragmentação interna. 310 Tamanho da Página • Desperdício com páginas grandes: Páginas Página Informação útil Informação útil 311 Tamanho da Página • Outra preocupação quanto ao tamanho da página é a relacionada aos tempos de leitura e gravação na memória secundária. • Devido ao modo de funcionamento dos discos, o tempo de operações de E/S com duas páginas de 512 bytes é muito maior do que em uma página de 1.024 bytes. • Com o aumento do espaço de endereçamento e da velocidade de acesso à memória principal, a tendência no projeto de sistemas operacionais com memória virtual por paginação é a adoção de páginas maiores, apesar dos problemas citados. 312 Paginação em Múltiplos Níveis • Em sistemas que implementam apenas um nível de paginação, o tamanho das tabelas de páginas pode ser um problema. • Como já visto, em uma arquitetura de 32 bits para endereçamento e páginas com 4K endereços por processo, onde cada entrada na tabela de páginas ocupe 4 bytes, a tabela de páginas poderia ter mais de um milhão de entradas e ocuparia 4 Mbytes de espaço, como mostra a figura a seguir. • Imaginando vários processos residentes na memória principal, manter tabelas desse tamanho para cada processo certamente seria de difícil gerenciamento. 313 Paginação em Múltiplos Níveis Tabela de Páginas 0 1 Endereço Virtual NPV 20 bits Deslocamento 2 3 4 Mbytes 12 bits 220-1 32 bits ou 4 bytes 314 Paginação em Múltiplos Níveis • Uma boa solução para contornar o problema apresentado é a utilização de tabelas de páginas em múltiplos níveis. • A idéia é que o princípio da localidade seja aplicado também às tabelas de mapeamento. • Apenas as informações sobre páginas realmente necessárias aos processos estariam residentes na memória principal. • No esquema de paginação em dois níveis existe uma tabela-diretório, onde cada entrada aponta para uma tabela de página. 315 Paginação em Múltiplos Níveis Tabela de Páginas 0 0 1 2 3 1023 Tabela Diretório 0 1 2 3 1023 Memória Principal Tabela de Páginas 1 0 1 2 3 1023 Tabela de Páginas 1023 0 1 2 3 1023 316 Paginação em Múltiplos Níveis • A partir do exemplo anterior, podemos dividir o campo NPV em duas partes: número da página virtual de nível 1 (NPV1) e número da página virtual de nível 2 (NPV2), cada um com 10 bits. • O NPV1 permite localizar a tabela de páginas na tabela-diretório, por sua vez, o NPV2 permite localizar o frame desejado na tabela de páginas. 317 Paginação em Múltiplos Níveis Endereço Virtual NPV 1 NPV 2 Deslocamento 10 bits 10 bits 12 bits Tabela Diretório Tabela de Páginas Frame 318 Paginação em Múltiplos Níveis • Utilizando-se o exemplo anterior, é possível que existam 1024 tabelas de página para cada processo. • A grande vantagem da paginação em múltiplo níveis é que apenas estarão residentes na memória principal as tabelas realmente necessárias aos processos, reduzindo, dessa forma, o espaço ocupado na memória. • Em uma arquitetura de 64 bits, a estrutura em dois níveis já não é mais adequada devido ao espaço de endereçamento de 264. • Considerando páginas de 4K endereços, NPV2 com 10 bits e NPV1 com 42 bits, teríamos tabelas com 242 entradas. 319 Paginação em Múltiplos Níveis • Novamente a solução passa por dividir a tabela-diretório, criando uma estrutura em três níveis. • Por exemplo, NPV1 com 32 bits, NPV2 com 10 bits e NPV3 com 10 bits. • A técnica de paginação em múltiplos níveis pode ser estendida para quatro níveis, cinco ou mais níveis. • A cada nível introduzido há, pelo menos, mais um acesso à memória principal, o que sem dúvida gera problemas de desempenho. • Tais problemas podem ser contornados utilizando-se caches. 320 Translation Lookaside Buffer • A gerência de memória virtual utiliza a técnica de mapeamento para traduzir endereços virtuais em endereços reais, porém o mapeamento implica em pelo menos dois acessos à memória principal: o primeiro à tabela de páginas e o outro à própria página. • Sempre que um endereço virtual precisa ser traduzido, a tabela de mapeamento deve ser consultada para se obter o endereço do frame e, posteriormente, acessar o dado na memória principal. • Como a maioria das aplicações referencia um número reduzido de frames na memória principal, seguindo o princípio da localidade, somente uma pequena fração da tabela de mapeamento é realmente necessária. 321 Translation Lookaside Buffer • Com base neste princípio, foi introduzida uma memória especial chamada Translation Lookaside Buffer (TLB), com o intuito de mapear endereços virtuais em endereços físicos sem a necessidade do acesso à tabela de páginas. • O TLB funciona como uma memória cache, mantendo apenas as traduções dos endereços virtuais das páginas mais recentemente referenciadas. • Em geral, o TLB utiliza o esquema de mapeamento associativo, que permite verificar simultaneamente em todas as suas entradas a presença do endereço virtual. • Dessa forma, para localizar uma entrada não é necessário realizar uma pesquisa em todo o TLB. • Além disso, as traduções dos endereços virtuais podem ser armazenadas em qualquer posição da cache. 322 Translation Lookaside Buffer Endereço Virtual NPV Memória Principal Deslocamento Translation Lookaside Buffer (TLB) BV 1 1 1 0 1 0 1 1 0 1 TAG Endereço Físico Tabela de Mapeamento BV 1 1 1 0 1 0 1 Endereço Físico Memória Secundária 323 Translation Lookaside Buffer • Na tradução de um endereço virtual, o sistema verifica primeiro o TLB. • Caso o endereço virtual (tag) esteja na cache, o endereço físico é utilizado, eliminando o acesso à tabela de mapeamento (TLB hit). • Caso o endereço não esteja na cache, a tabela de mapeamento deve ser consultada (TLB miss). • Se a página estiver na memória principal, a tradução do endereço virtual é colocada no TLB e o endereço é traduzido. • Caso contrário, ocorre um page fault, a página é carregada para a memória, a tabela de mapeamento é atualizada e a informação é carregada para a TLB. 324 Translation Lookaside Buffer • Como a TLB pode eliminar o acesso à tabela de mapeamento, as informações de um endereço virtual contidas na entrada da tabela de páginas devem também estar na cache. • A TLB é essencial para reduzir o número de operações de acesso à memória principal em sistemas que implementam memória virtual. • Devido ao conceito de localidade, a TLB pode ser implementada com poucas entradas, mapeando de 8 a 2.048 endereços. • Mesmo pequena, a taxa de TLB hits é muito alta, reduzindo significativamente o impacto da gerência de memória virtual no desempenho do sistema. 325 Compartilhamento de Memória • Em sistemas que implementam memória virtual, é bastante simples a implementação da reentrância, possibilitando compartilhamento de código entre os diversos processos. • Para isso, basta que as entradas das tabelas de mapeamento dos processos apontem para os mesmos frames na memória principal, evitando, assim, várias cópias de um mesmo programa na memória. • Apesar de os processos compartilharem as mesmas páginas de código, cada um possui sua própria área de dados em páginas independentes. • O compartilhamento de memória também é extremamente importante em aplicações que precisam compartilhar dados na memória principal. 326 Compartilhamento de Memória • Similar ao compartilhamento de código, o mecanismo de paginação permite que processos façam o mapeamento de uma mesma área na memória e, consequentemente, tenham acesso compartilhado de leitura e gravação. • A única preocupação da aplicação é garantir o sincronismo no acesso à região compartilhada, evitando problemas de inconsistência. 327 Compartilhamento de Memória Memória Virtual de A Tabela de Mapeamento de A End. Virtual 1 Memória Principal Processo A Memória Virtual de B Página Tabela de Mapeamento de B End. Virtual 1 Processo B 328 Memória Virtual por Segmentação • • • • Memória virtual por segmentação é a técnica de gerência de memória onde o espaço de endereçamento virtual é dividido em blocos de tamanhos diferentes chamados segmentos. Na técnica de segmentação, um programa é dividido logicamente em sub-rotinas e estruturas de dados, que são alocadas em segmentos na memória principal. Enquanto na técnica de paginação o programa é dividido em páginas de tamanho fixo, sem qualquer ligação com sua estrutura, na segmentação existe uma relação entre a lógica do programa e sua alocação na memória principal. Normalmente, a definição dos segmentos é realizada pelo compilador, a partir do código-fonte do programa, e cada segmento pode representar um procedimento, função, vetor ou pilha. 329 Memória Virtual por Segmentação Memória Principal Procedimento X Programa Principal Função Y Array A 330 Memória Virtual por Segmentação • O espaço de endereçamento virtual de um processo possui um número máximo de segmentos que podem existir, onde cada segmento pode variar de tamanho dentro de um limite. • O tamanho do segmento pode ser alterado durante a execução do programa, facilitando a implementação de estruturas de dados dinâmicas. • Espaços de endereçamento independentes permitem que uma sub-rotina seja alterada sem a necessidade de o programa principal e todas as suas subrotinas serem recompiladas e religadas. • Em sistemas que implementam paginação, a alteração de uma sub-rotina do programa implica recompilar e religar a aplicação por completo. • O mecanismo de mapeamento é muito semelhante ao de paginação. 331 Memória Virtual por Segmentação • Os segmentos são mapeados através de tabelas de mapeamento de segmentos (TMS), e os endereços são compostos pelo número do segmento virtual (NSV) e por um deslocamento. • O NSV identifica unicamente o segmento virtual que contém o endereço, funcionando como um índice na TMS. • O deslocamento indica a posição do endereço virtual em relação ao início do segmento no qual se encontra. • O endereço físico é obtido, então, combinando-se o endereço do segmento, localizado na TMS, com o deslocamento, contido no endereço virtual. 332 Memória Virtual por Segmentação Segmento Virtual 0 Deslocamento Endereço Virtual Número do Seg. Deslocamento Tabela de Segmentos ETS Segmento Real Segmento Real Deslocamento Segmento na Memória Principal 0 Deslocamento Endereço Real 333 Memória Virtual por Segmentação • Uma grande vantagem da segmentação em relação à paginação é a sua facilidade em lidar com estruturas de dados dinâmicas. • Como o tamanho do segmento pode ser facilmente alterado na ETS, estruturas de dados, como pilhas e listas encadeadas, podem aumentar e diminuir dinamicamente, oferecendo grande flexibilidade ao desenvolvedor. • Enquanto na paginação a expansão de um vetor implica a alocação de novas páginas e, consequentemente, o ajuste da tabela de paginação, na segmentação deve ser alterado apenas o tamanho do segmento. • Na técnica de segmentação, apenas os segmentos referenciados são transferidos da memória secundária para a memória principal. 334 Memória Virtual por Segmentação • Se as aplicações não forem desenvolvidas em módulos, grandes segmentos estarão na memória desnecessariamente, reduzindo o compartilhamento da memória e o grau de multiprogramação. • Logo, para que a segmentação funcione de forma eficiente, os programas devem estar bem modularizados. • Para alocar os segmentos na memória principal, o sistema operacional mantém uma tabela com as áreas livres e ocupadas da memória. • Quando um novo segmento é referenciado, o sistema seleciona um espaço livre suficiente para que o segmento seja carregado na memória. • A política de alocação de segmentos pode ser a mesma utilizada na alocação particionada dinâmica (best-fit, worst-fit ou first-fit). 335 Memória Virtual por Segmentação • Enquanto na paginação existe o problema da fragmentação interna, na segmentação surge o problema da fragmentação externa. • Este problema ocorre sempre que há diversas áreas livres na memória principal, mas nenhuma é grande o suficiente para alocar um novo segmento. • Neste caso, é necessário que os segmentos sejam realocados na memória de forma que os espaços livres sejam agrupados em uma única área maior. • Em sistemas com segmentação, a proteção de memória é mais simples de ser implementada do que em sistemas com paginação. • Como cada segmento possui um conteúdo bem definido, ou seja, instruções ou dados, basta especificar a proteção do segmento na ETS, onde alguns bits podem especificar os tipos de acesso ao segmento. 336 Memória Virtual por Segmentação • Na segmentação é mais simples o compartilhamento de memória do que na paginação, pois a tabela de segmentos mapeia estruturas lógicas e não páginas. • Para compartilhar um segmento, basta que as ETS dos diversos processos apontem para o mesmo segmento na memória principal. • Por exemplo, enquanto o mapeamento de um vetor pode necessitar de várias entradas na tabela de páginas, na tabela de segmentos é necessária apenas uma única entrada. 337 Memória Virtual por Segmentação com Paginação • Memória virtual por segmentação com paginação é a técnica de gerência de memória na qual o espaço de endereçamento é dividido em segmentos e, por sua vez, cada segmento dividido em páginas. • Esse esquema de gerência de memória tem o objetivo de oferecer as vantagens tanto da técnica de paginação quanto da técnica de segmentação. • Nessa técnica, um endereço virtual é formado pelo número do segmento virtual (NSV), um número de página virtual (NPV) e um deslocamento. • Através do NSV, obtém-se uma entrada na tabela de segmentos, que contém informações da tabela de páginas do segmento. 338 Memória Virtual por Segmentação com Paginação • O NPV identifica unicamente a página virtual que contém o endereço, funcionando como um índice na tabela de páginas. • O deslocamento indica a posição do endereço virtual em relação ao início da página na qual se encontra. • O endereço físico é obtido, então, combinando-se o endereço do frame, localizado na tabela de páginas, com o deslocamento, contido no endereço virtual. 339 Memória Virtual por Segmentação com Paginação Endereço Virtual NSV NPV Deslocamento Memória Virtual Tabela de Páginas Página Seg. 0 Seg. 1 Seg. 2 Seg. 3 Memória Principal Frame 0 1 2 3 Tabela de Segmentos 0 1 2 3 4 Tabela de Páginas 0 1 2 3 4 5 Tabela de Páginas Seg. 4 0 1 Frame Deslocamento Endereço Físico 340 Memória Virtual por Segmentação com Paginação • Na visão do programador, sua aplicação continua sendo mapeada em segmentos de tamanhos diferentes, em função das sub-rotinas e estruturas de dados definidas no programa. • Por outro lado, o sistema trata cada segmento como um conjunto de páginas de mesmo tamanho, mapeadas por uma tabela de páginas associada ao segmento. • Dessa forma, um segmento não precisa estar contíguo na memória principal, eliminando o problema da fragmentação externa encontrado na segmentação pura. 341 Swapping em Memória Virtual • A técnica de swapping também pode ser aplicada em sistemas com memória virtual, permitindo aumentar o número de processos que compartilham a memória principal e, consequentemente, o grau de multiprogramação do sistema. • Quando existem novos processos para serem executados e não há memória principal livre suficiente para alocação, o sistema utiliza o swapping, selecionando um ou mais processos para saírem da memória e oferecer espaço para novos processos. • Depois de escolhidos, o sistema retira os processos da memória principal para a memória secundária (swap out), onde as páginas ou segmentos são gravados em um arquivo de swap (swap file). 342 Swapping em Memória Virtual • Com os processos salvos na memória secundária, os frames ou segmentos alocados são liberados para novos processos. • Posteriormente, os processos que foram retirados da memória devem retornar para a memória principal (swap in) para serem novamente executados. 343 Swapping em Memória Virtual Memória Principal Memória Principal Processo A Processo A Processo B Swap out Processo F ? Processo F Processo C Processo C Processo D Processo D Processo E Processo E Processo B Disco 344 Swapping em Memória Virtual Memória Principal Memória Principal Processo A Processo A Processo F Processo C Processo F Swap in Processo C Processo D Processo D Processo E Processo B Processo B Disco 345 Swapping em Memória Virtual • Há várias políticas que podem ser aplicadas na escolha dos processos que devem ser retirados da memória principal. • Independente do algoritmo utilizado, o sistema tenta selecionar os processos com as menores chances de serem executados em um futuro próximo. • Na maioria das políticas, o critério de escolha considera o estado do processo e sua prioridade. • o swapping com base no estado dos processos seleciona, inicialmente, os processos que estão no estado de espera. • A seleção pode ser refinada em função do tipo de espera de cada processo. 346 Swapping em Memória Virtual • É possível que não existam processos suficientes no estado de espera para atender às necessidades de memória do sistema. • Nesse caso, os processos no estado de pronto com menor prioridade deverão ser selecionados. • O arquivo de swap é compartilhado por todos os processos que estão sendo executados no ambiente. • Quando um processo é criado, o sistema reserva um espaço no arquivo de swap para o processo. • Da mesma forma, quando um processo é eliminado o sistema libera a área alocada. 347 Swapping em Memória Virtual • Alguns sistemas operacionais utilizam um único arquivo para uso como arquivo de paginação e de swap. • Em alguns sistemas operacionais, o arquivo de swap é, na verdade, uma área em disco reservada exclusivamente para esta função. • Independentemente da implementação, o arquivo de swap deve oferecer o melhor desempenho possível para as operações de swapping. 348 Thrashing • Thrashing pode ser definido como sendo a excessiva transferência de páginas/segmentos entre a memória principal e a memória secundária. • Esse problema está presente em sistemas que implementam tanto paginação como segmentação. • Na memória virtual por paginação, o thrashing ocorre em dois níveis: no do próprio processo e no do sistema. • No nível do processo, a excessiva paginação ocorre devido ao elevado número de page faults gerado pelo programa em execução. • Esse problema faz com que o processo passe mais tempo esperando por páginas do que realmente sendo executado. 349 Thrashing • Existem dois motivos que levam um processo a sofrer esse tipo de thrashing. • O primeiro é o dimensionamento incorreto do limite máximo de páginas do processo, pequeno demais para acomodar seu working set. • O segundo é a ausência do princípio da localidade. • O thrashing no sistema ocorre quando existem mais processos competindo por memória principal que espaço disponível. • Nesse caso, o primeiro passo é a redução do número de páginas de cada processo na memória, porém, como já analisamos, esse mecanismo leva ao thrashing do processo. 350 Thrashing • Caso a redução não seja suficiente, o sistema inicia o swapping, retirando processos da memória principal para a memória secundária. • Se esse mecanismo for levado ao extremo, o sistema passará mais tempo realizando swapping que atendendo aos processos. • O thrashing em sistemas que implementam segmentação também ocorre em dois níveis. • No nível do processo, a transferência excessiva de segmentos é devida à modularização extrema do programa. • O thrashing no sistema é semelhante ao da paginação, com a ocorrência de swapping de processos para liberar memória para os demais. 351 Thrashing • Independentemente das soluções apresentadas, se existirem mais processos para serem executados que memória real disponível a única solução é a expansão da memória principal. • É importante ressaltar que este problema não ocorre apenas em sistemas que implementam memória virtual, mas também em sistemas com outros mecanismos de gerência de memória. 352 Exercícios 10- (Questão 32 – BNDES – Analista de Sistemas Júnior – Desenvolvimento – ano 2011 – Cesgranrio) Na memória virtual por paginação, o espaço de endereçamento virtual e o espaço de endereçamento real são divididos em blocos do mesmo tamanho chamados páginas. Na memória virtual por segmentação, o espaço de endereçamento é dividido em blocos de tamanhos diferentes chamados segmentos. Na memória virtual por segmentação com paginação, o espaço de endereçamento é dividido em: a) b) c) d) e) segmentos e, por sua vez, cada segmento dividido em páginas, o que elimina o problema da fragmentação externa encontrado na segmentação pura. segmentos e, por sua vez, cada segmento dividido em páginas, o que elimina o problema da fragmentação interna encontrado na segmentação pura. segmentos e, por sua vez, cada segmento dividido em páginas, o que elimina o problema da fragmentação interna encontrado na paginação pura. páginas e, por sua vez, cada página dividida em segmentos, o que elimina o problema da fragmentação externa encontrado na segmentação pura. páginas e, por sua vez, cada página dividida em segmentos, o que elimina o problema da fragmentação interna encontrado na segmentação pura. 353 Exercícios 11- (Questão 56 – Liquigás – Profissional Junior – Tecnologia da Informação – Desenvolvimento – ano 2012 – Cesgranrio) Registrador da base da tabela de páginas A800 Memória Endereços AA 08 1A F0 09 1D 1B FE A8 A7 FA F4 F3 D5 DC A6 ... A7FD A7FE A7FF A800 A801 A802 A803 A804 A805 A806 A807 A808 A809 A80A A80B A80C Memória 00 34 45 FF ... 18 FE 88 E7 0A ... 12 45 99 AD ... FD FF 67 A1 A0 ... Endereços B800 B801 B802 B803 B80A B80B B80C B80D B80E C800 C801 C802 C803 C80A C80B C80C C80D C80E Em um determinado sistema que utiliza paginação de memória, endereços lógicos foram projetados com 16 bits, dos quais os 4 mais significativos indicam uma entrada na tabela de páginas. Nesse sistema existe um registrador especial que contém o endereço do início da tabela de páginas, que está armazenada na memória e contém 16 entradas, cada uma com 8 bits. Em cada entrada dessa tabela de páginas, os quatro bits mais significativos (os da esquerda) são bits de controle e os quatro restantes correspondem aos 4 bits mais significativos do endereço da página física de memória. Considere que o conteúdo da memória e do registrador do início (base) da tabela de páginas é o da figura, na qual todos os valores encontram-se representados em hexadecimal. Um acesso de leitura ao endereço lógico B80A retornará, em hexadecimal, o valor a) b) c) d) e) D5 FD FE 18 45 354 Exercícios 12- (Questão 46 – Defensoria Pública de SP – Engenheiro de Redes – ano 2013 – FCC) A memória virtual é uma técnica que permite mapear um grande espaço de endereçamento lógico em uma memória física menor, possibilitando elevar o grau de multiprogramação e aumentar a utilização da CPU. A memória virtual é comumente implementada pela paginação por demanda. Considere uma instrução de 3 endereços como ADD A, B, C (some o conteúdo de A e B e coloque o resultado em C). Estes são os passos para executar esta instrução: 1. 2. 3. 4. 5. carregue e decodifique a instrução ADD carregue A carregue B some A e B armazene a soma em C Está correto afirmar que: a) b) c) d) e) quando um processo é interrompido por um erro de página, seu estado (registradores, código de condição, contador de instruções) não é salvo, por isso ele não consegue ser reiniciado exatamente no mesmo local e estado. um erro de página pode ocorrer em qualquer referência à memória. Se o erro ocorrer na carga da instrução, no entanto, este gera um erro fatal, cancelando a execução do processo e, consequentemente, da aplicação. a paginação deve ser completamente transparente para o processo do usuário e permite que processos sejam executados mesmo que seus requisitos de memória excedam a memória física. se houver falha ao se tentar armazenar em C (porque C está em uma página que não se encontra correntemente na memória) a instrução é recarregada e reiniciada automaticamente, e o sistema operacional emite a mensagem “page fault”. se um erro de página ocorrer enquanto um operando estiver sendo carregado, a instrução pode ser executada sem sua decodificação, pois seu mnemônico está registrado na memória. 355 Sistema de Arquivos 356 Métodos de Acesso • Em função de como o arquivo está organizado, o sistema de arquivos pode recuperar registros de diferentes maneiras. • Inicialmente os primeiros sistemas operacionais só armazenavam arquivos em fitas magnéticas. • Com isso, o acesso era restrito à leitura dos registros na ordem em que eram gravados, e a gravação de novos registros só era possível no final do arquivo. • Este tipo de acesso, chamado de acesso sequencial, era próprio da fita magnética, que como meio de armazenamento, possuía esta limitação. • Com o advento dos discos magnéticos, foi possível a introdução de métodos de acesso mais eficientes. 357 Métodos de Acesso • O primeiro a surgir foi o acesso direto, que permite a leitura/gravação de um registro diretamente na sua posição. • Este método é realizado através do número do registro, que é a sua posição relativa ao início do arquivo. • No acesso direto não existe restrição à ordem em que os registros são lidos ou gravados, sendo sempre necessária a especificação do número do registro. • É importante notar que o acesso direto somente é possível quando o arquivo é definido com registros de tamanho fixo. • O acesso direto pode ser combinado com o acesso sequencial. 358 Métodos de Acesso • Com isso é possível acessar diretamente um registro qualquer de um arquivo e, a partir deste, acessar sequencialmente os demais. • Um método de acesso mais sofisticado, que tem como base o acesso direto, é o chamado acesso indexado ou acesso por chave. • Para este acesso, o arquivo deve possuir uma área de índice onde existam ponteiros para os diversos registros. • Sempre que a aplicação desejar acessar um registro, deverá ser especificada uma chave através da qual o sistema pesquisará na área de índice o ponteiro correspondente. • A partir desta informação é realizado um acesso direto ao registro desejado. 359 Diretórios • A estrutura de diretórios é como o sistema organiza logicamente os diversos arquivos contidos em um disco. • O diretório é uma estrutura de dados que contém entradas associadas aos arquivos onde cada entrada armazena informações como localização física, nome, etc. • Quando um arquivo é aberto, o sistema operacional procura a sua entrada na estrutura de diretório, armazenando as informações sobre atributo e localização do arquivo em uma tabela mantida na memória principal. • Esta tabela contém todos os arquivos abertos, sendo fundamental para aumentar o desempenho das operações com arquivos. 360 Diretórios • É importante que ao término do uso de arquivos, estes sejam fechados, ou seja, que se libere o espaço na tabela de arquivos abertos. • Um das formas mais comuns é a estrutura em árvore. • Nesta estrutura, cada usuário pode criar diversos níveis de diretórios, também chamados subdiretórios. • Cada diretório pode conter arquivos ou outros diretórios. • O número de níveis de uma estrutura em árvore depende do sistema de arquivos de cada sistema operacional. 361 Diretórios • Um arquivo nesta estrutura em árvore pode ser especificado unicamente através de um path absoluto, descrevendo todos os diretórios percorridos a partir da raiz até o diretório no qual o arquivo está ligado. • É possível fazer referencias relativas. Normalmente os sistemas oferecem duas referencias relativas. Uma delas faz referência ao próprio diretório sendo sinalizada por “.”. A outra faz referência ao diretório pai sendo sinalizada por “..”. Desta forma é possível percorrer diretórios sem precisar informar o caminho completo. 362 Diretórios Disco C:\ Carlos Ivan Dados Teste Paulo Pessoal Programas Dados Aula.ppt C:\Carlos\Dados Dados Resumo C:\Ivan\Pessoal\Dados 363 Gerência de Espaço Livre em Disco • A criação de arquivos em disco exige que o sistema operacional tenha o controle de quais áreas ou blocos no disco estão livres. • Este controle é realizado utilizando-se alguma estrutura de dados que armazena informações que possibilitam o sistema de arquivo gerenciar o espaço livre do disco. • Nesta estrutura, geralmente uma lista ou tabela, é possível identificar blocos livres que poderão ser alocados a um novo arquivo. • Neste caso, o espaço é removido da estrutura para que não seja reutilizado. • No momento em que um arquivo é eliminado, todos os seus blocos são liberados para a lista de espaços livres. 364 Gerência de Espaço Livre em Disco • A forma mais simples de implementar uma estrutura de espaços livres é através de uma tabela denominada mapa de bits (bit map). • Cada entrada na tabela é associada a um bloco do disco representado por um bit. Podendo assumir valor igual a 0 (bloco livre) ou 1 (bloco alocado). • O principal problema desta implementação é o excessivo gasto de memória, já que para cada bloco do disco deve existir uma entrada na tabela. 365 Gerência de Espaço Livre em Disco • Uma segunda maneira de realizar este controle é com uma estrutura de lista encadeada de todos os blocos livres do disco. • Para que isso seja possível, cada bloco possui uma área reservada para o armazenamento do endereço do próximo bloco. • A partir do primeiro bloco livre, é possível o acesso sequencial aos demais de forma encadeada. • O lado ruim é que o algoritmo de busca de espaço livre deve realizar uma pesquisa sequencial na lista. 366 Gerência de Espaço Livre em Disco • Uma outra solução leva em consideração que blocos contíguos são geralmente alocados ou liberados simultaneamente. • Podemos, desta forma, enxergar o disco como um conjunto de segmentos de blocos livres. • Com base neste conceito, é possível manter uma tabela com o endereço do primeiro bloco de cada segmento e o número de blocos livres contíguos que se seguem. • Esta técnica de gerência de espaço livre é conhecida como tabela de blocos livres. 367 Gerência de Espaço Livre em Disco Lista Encadeada Início Mapa de Bits 11001101 10000111 01110100 . . . 11100000 Tabela de Blocos Livres Bloco 4 10 13 25 50 Contador 2 1 7 20 5 368 Alocação Contígua • Da mesma forma que o sistema operacional gerencia os espaços livres no disco, a gerencia dos espaços alocados aos arquivos é de fundamental importância em um sistema de arquivos. • A alocação contígua consiste em armazenar um arquivo em blocos sequencialmente dispostos no disco. • Neste tipo de alocação o sistema localiza um arquivo através do endereço do primeiro bloco e da sua extensão em blocos. • O acesso a arquivos dispostos contiguamente no disco é bastante simples, tanto para forma sequencial quanto para a direta. 369 Alocação Contígua • Seu principal problema é a alocação de espaço livre para novos arquivos. • Caso um arquivo deva ser criado com determinado tamanho, é necessário existir uma quantidade suficiente de blocos contíguos no disco para realizar a alocação. • Neste tipo de alocação podemos enxergar o disco como um grande vetor, onde os elementos podem ser considerados segmentos com tamanhos diferentes de blocos contíguos. • Estes segmentos estão dispostos alternadamente entre segmentos ocupados e segmentos livres. 370 Alocação Contígua • No momento em que o sistema operacional deseja alocar espaço para armazenar um novo arquivo, pode existir mais de um segmento livre disponível com o tamanho exigido. • Neste caso, é necessário que alguma estratégia de alocação seja adotada para selecionar qual o segmento na lista de blocos livres deve ser escolhido. • A seguir analisaremos as 3 principais estratégias. 371 Alocação Contígua – First-fit Neste caso, o primeiro segmento livre com tamanho suficiente para alocar o arquivo é selecionado. A busca na lista é sequencial, sendo interrompida tão logo se localize um segmento com tamanho adequado. – Best-fit A alocação best-fit seleciona o menor segmento livre disponível com tamanho suficiente para armazenar o arquivo. A busca em toda a lista se faz necessária para a seleção do segmento, a não ser que a lista esteja ordenada por tamanho. – Worst-fit Neste caso, o maior segmento é alocado. Mais uma vez a busca em toda a lista se faz necessária, a menos que exista uma ordenação por tamanho. 372 Alocação Contígua • Independente da estratégia utilizada, a alocação contígua apresenta um problema chamado fragmentação dos espaços livres. • Como os arquivos são criados e eliminados frequentemente, os segmentos livres vão se fragmentando em pequenos pedaços por todo o disco. • O problema pode tornar-se crítico quando um disco possui blocos livres disponíveis, porém não existe um segmento contíguo em que o arquivo possa ser alocado. • O problema da fragmentação pode ser contornado através de rotinas que reorganizem todos os arquivos no disco de maneira que só exista um único segmento de blocos livres. 373 Alocação Contígua • Este procedimento, denominado desfragmentação, geralmente utiliza uma área de trabalho no próprio disco. • Existe um grande consumo de tempo neste tipo de operação. • É importante também ressaltar que a desfragmentação é um procedimento com efeito temporário e deve, portanto, ser realizado periodicamente. 374 Alocação Contígua Tabela de Alocação 0 1 2 Arquivo Bloco Contador 3 4 5 A.txt 4 3 6 7 8 B.txt 10 1 C.txt 13 2 9 10 11 12 13 14 375 Alocação Encadeada • Na alocação encadeada, um arquivo pode ser organizado como um conjunto de blocos ligados logicamente no disco, independente da sua localização física. • Cada bloco deve possuir um ponteiro para o bloco seguinte do arquivo e assim sucessivamente. • A fragmentação dos espaços livres apresentada no método anterior, não ocasiona nenhum problema na alocação encadeada, pois os blocos livres alocados para um arquivo não precisam necessariamente estar contíguos. • O que ocorre neste método é a fragmentação de arquivos, que é a quebra do arquivo em diversos pedaços. 376 Alocação Encadeada • A fragmentação resulta no aumento do tempo de acesso aos arquivos, pois o mecanismo de leitura/gravação do disco deve se deslocar diversas vezes sobre sua superfície para acessar cada pedaço. • Para otimizar o tempo das operações de E/S neste tipo de sistema, é importante que o disco seja periodicamente desfragmentado. • Apesar de ter propósitos diferentes, o procedimento de desfragmentação é idêntico ao já apresentado na alocação contígua. • A alocação encadeada só permite que se realize acesso sequencial aos blocos dos arquivos. • Isso constitui uma das principais desvantagens desta técnica, já que não é possível o acesso direto aos blocos. 377 Alocação Encadeada Tabela de Alocação Início 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Arquivo Bloco A.txt ... 6 ... ... ... 378 Alocação Indexada • A alocação indexada soluciona uma das principais limitações da alocação encadeada, que é a impossibilidade do acesso direto aos blocos dos arquivos. • O princípio desta técnica é manter os ponteiro de todos os blocos do arquivo em uma única estrutura denominada bloco de índice. 379 Alocação Indexada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 3 10 11 7 Bloco de Índice 380 Exercícios 1- (Questão 35 – BNDES – Analista de Sistemas Júnior – Desenvolvimento – ano 2011 – Cesgranrio) A organização de um arquivo com a técnica de alocação encadeada é feita como um conjunto de blocos ligados logicamente no disco, independente da sua localização física. Nesse tipo de alocação, a fragmentação dos a) b) c) d) e) arquivos ocorre, mas seu efeito é minimizado pelo fato de os blocos alocados para um arquivo poderem ser acessados diretamente. arquivos não ocorre, pois os blocos alocados para um arquivo podem ser acessados diretamente. espaços livres ocasiona um problema, pois os blocos livres alocados para um arquivo precisam necessariamente estar contíguos. espaços livres não ocasiona nenhum problema, pois os blocos livres alocados para um arquivo não precisam necessariamente estar contíguos. arquivos e a fragmentação dos espaços livres nunca ocorrem. 381 Exercícios 2- (Questão 48 – Petrobrás – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) O sistema operacional utiliza técnicas de alocação de espaço em disco para armazenar os arquivos. A técnica de alocação encadeada que não usa FAT (File Allocation Table) tem uma grande desvantagem quando comparada à alocação indexada, que é a: a) b) c) d) e) fragmentação dos espaços livres, apenas fragmentação dos arquivos, apenas fragmentação dos espaços livres e dos arquivos impossibilidade do acesso contíguo aos blocos dos arquivos impossibilidade do acesso direto aos blocos dos arquivos 382 Exercícios 3- (Questão 26 – Petrobrás – Tecnologia da Informação – Análise de Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) O sistema operacional deve adotar um método de alocação de arquivos, de modo que o espaço em disco seja utilizado com eficácia, e os arquivos sejam acessados rapidamente. A alocação encadeada cria uma lista encadeada de blocos de disco para cada arquivo, e esses blocos: a) b) c) d) e) podem estar dispersos em qualquer parte do disco. podem estar dispersos, desde que estejam em partes predeterminadas do disco. podem estar contíguos, desde que estejam em partes predeterminadas do disco. devem estar contíguos em qualquer parte do disco. devem estar contíguos, mas apenas em partes específicas do disco. 383 Exercícios 4- (Questão 22 – Transpetro – Analista de Sistemas Pleno – ano 2006 – Cesgranrio) O sistema operacional gerencia os espaços no disco, através de técnicas que associam os blocos de dados aos arquivos. Dentre os vários métodos existentes, o de alocação encadeada: a) b) c) d) e) Permite o acesso direto aos blocos do arquivo, não utilizando as informações de controle nos blocos, porém mantém os ponteiros de todos os blocos do arquivo em uma única estrutura denominada índice. Consiste em associar a cada arquivo uma pequena tabela denominada nó-i, que lista os atributos e os endereços em disco dos blocos de dados do arquivo. Consiste em manter o espaço em disco alocado ao arquivo com uma lista de blocos ligada logicamente, independente de sua localização física, sendo que cada bloco deve possuir um ponteiro para o bloco seguinte do arquivo e assim sucessivamente. Consiste em enxergar o disco como um grande vetor, onde os elementos podem ser considerados segmentos com tamanhos diferentes de blocos contíguos. É o método mais simples de todos os esquemas de alocação, no qual o arquivo é armazenado no disco como um bloco contínuo de dados. 384 Exercícios 5- (Questão 71 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Suporte de Infraestrutura – ano 2005 – Cesgranrio) Um diretório contém tipicamente um conjunto de entradas, uma por arquivo. Por sua vez, o sistema operacional se encarrega de gerenciar o espaço em disco, identificando diferentes formas de armazenamento de arquivos e diretórios. Quanto às implementações do gerenciamento de arquivos no disco, pode-se dizer que a alocação: a) b) c) d) e) Indexada é simples e fácil de implementar, porém seu principal problema é alocação de espaço livre para aumentar um arquivo. Indexada mantém os ponteiros de todos os blocos do arquivo em uma única estrutura chamada tabela de índices, porém essa tabela deve permanecer o tempo todo na memória principal, o que é sua maior desvantagem. Contígua mantém o espaço em disco alocado ao arquivo com uma lista ligada de blocos, onde a primeira palavra do bloco é um ponteiro para o próximo bloco, e o restante do bloco é usado para armazenar as informações do arquivo. Contígua só permite que se realize acesso sequencial aos blocos de arquivos. Encadeada é o mais simples de todos os esquemas de alocação, onde cada arquivo é armazenado no disco como um bloco contínuo de dados. 385 Exercícios 6- (Questão 47 – Transpetro – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) Duas das principais formas de indicar que blocos de disco pertencem a qual arquivo e em que ordem estão são o uso de FAT (File Allocation Table) ou de i-node. Uma das diferenças entre eles é que a(o): a) b) c) d) e) FAT exige a alocação contígua de blocos, o i-node permite blocos espalhados pelo disco. espaço da FAT, quando acaba, deve ser estendido por encadeamento, enquanto o i-node contém todos os links para os blocos de todos os arquivos. espaço ocupado pela FAT cresce com o tamanho do disco, o espaço ocupado pelo i-node cresce com a quantidade de arquivos. i-node deve ficar sempre em memória, enquanto a FAT pode ser colocada em memória apenas quando o arquivo é aberto. i-node mantém uma lista encadeada de blocos, a FAT mantém um vetor de endereços de blocos. 386 Exercícios 7- (Questão 29 – Petrobrás – Técnico de Informática Junior – ano 2012 – Cesgranrio O sistema de arquivos implementado em um sistema operacional utiliza uma tabela de alocação de arquivo (File Allocation Table – FAT) como método de alocação de espaço em disco. Nessa implementação, os valores 0 e −1 foram usados para registrar blocos não utilizados e blocos de fim de arquivo, respectivamente. A figura a seguir apresenta partes da tabela FAT que são relevantes nesse caso. Nessa figura, os números à esquerda de cada posição correspondem aos índices dessas posições, começando do zero, e os números em cada célula da tabela correspondem aos identificadores de blocos ou indicadores de fim de arquivo. Suponha que a entrada de diretório para um determinado arquivo registre o bloco cujo índice de entrada na tabela é 217. Suponha, também, que a notação N → P representa a operação de atualizar a posição de índice P da tabela com o bloco de número N. Qual é a sequência de operações necessária para alocação de um novo bloco para esse arquivo? a) b) c) d) e) 2 → 217 e −1 → 618 2 → 217 e −1 → 1024 2 → 339 e −1 → 2 339 → 1024 e −1 → 2 1024 → 2 e −1 → 2 0 1 2 3 23 76 0 217 . . . 217 618 339 −1 618 339 1024 0 . . . . . . . . . . . . 387 Exercícios 8- (Questão 45 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2010 – Cesgranrio) Uma das questões importantes na implementação de armazenamento de arquivos é a manutenção do controle de blocos de discos relacionados a arquivos. Para isso, são utilizados vários métodos em diferentes sistemas operacionais, sobre os quais é INCORRETA a seguinte afirmação: a) b) c) d) e) A alocação indexada utiliza uma estrutura de dados chamada i-node que ocupa normalmente um espaço menor do que a FAT (File Allocation Table) na memória principal. A alocação de espaço contínuo apresenta alto desempenho e, com o tempo de utilização, reduz o nível de fragmentação do disco. A alocação por lista encadeada usando uma tabela na memória principal (FAT - File Allocation Table) é utilizada pelo sistema operacional MS-DOS. Na alocação por lista encadeada, o sistema operacional, para chegar ao bloco n, a partir do início do arquivo, deve ler os n 1 blocos antes dele, prejudicando o acesso aleatório ao arquivo. Na alocação de espaço contínuo de disco, o controle sobre onde os blocos de um arquivo estão resume-se a saber apenas o endereço em disco do primeiro bloco e o número de blocos do arquivo. 388 Exercícios 9- (Questão 59 – Petrobrás – Analista de Sistemas Junior – Engenharia de Software – ano 2012 – Cesgranrio) Sobre o uso de Tabelas de Alocação de Arquivos (FAT) na implementação de sistemas de arquivos, considere as afirmativas a seguir: I. II. III. O diretório precisa armazenar apenas a posição do primeiro bloco de um arquivo para acessar os demais. A memória principal é usada de modo eficiente, pois apenas as tabelas relativas aos arquivos que estão sendo manipulados são mantidas em memória. O acesso direto aos blocos dos arquivos é bastante eficiente, pois são empregados algoritmos de randomização para tal. É correto o que se afirma em: a) b) c) d) e) I, apenas. II, apenas. I e II, apenas. II e III, apenas. I, II e III. 389 Gerência de Dispositivos 390 Características do Armazenamento em Disco de Cabeçote Móvel • Diferentemente da memória principal, que fornece velocidade de acesso (quase) uniforme a todos os seus conteúdos, o armazenamento em disco de cabeçote móvel exibe velocidade de acesso variável que depende das posições relativas entre o cabeçote de leitura-escrita e o dado requisitado. • Dados são gravados em uma série de discos magnéticos, ou pratos (platters), conectados a uma haste (spindle) que gira em alta velocidade (comumente, milhares de rotações por minuto). • Os dados de cada superfície do disco são acessados por um cabeçote de leitura-escrita que paira a uma pequena distância da superfície do disco (muito menor do que uma partícula de fumaça). 391 Características do Armazenamento em Disco de Cabeçote Móvel • Por exemplo, o disco da figura a seguir contém dois pratos, cada um com duas superfícies (superior e inferior) e quatro cabeçotes de leitura-escrita, um para cada superfície. • Um cabeçote de leitura-escrita pode acessar dados imediatamente abaixo (ou acima) dele. • Portanto, antes que os dados possam ser acessados, a porção da superfície do disco na qual eles devem ser lidos (ou escritos) deve girar até ficar imediatamente abaixo (ou acima) do cabeçote de leitura-escrita. • O tempo que leva para o dado girar da posição em que está até a extremidade do cabeçote de leitura-escrita é denominado tempo de latência rotacional. 392 Características do Armazenamento em Disco de Cabeçote Móvel • A latência rotacional média de um disco é simplesmente a metade do tempo que ele leva para completar uma rotação. • A maioria dos discos rígidos exibe latência rotacional média da ordem de vários milissegundos. 393 Características do Armazenamento em Disco de Cabeçote Móvel Cilindro Cabeçotes de Leitura-Escrita Trilha Atuador (lança) Prato Superfície Direção do Movimento do Braço Braço do Disco Haste 394 Estratégias de Escalonamento de Disco • A estratégia de escalonamento de disco de um sistema depende dos objetivos do sistema, mas a maioria das estratégias é avaliada pelos seguintes critérios: – Rendimento: o número de requisições atendidas por unidade de tempo. – tempo médio de resposta: o tempo médio gasto à espera de que uma requisição seja atendida. – variância dos tempos de resposta: uma medida da previsibilidade dos tempos de resposta. Cada requisição do disco deve ser atendida dentro de um período de tempo aceitável (ou seja, a estratégia deve impedir adiamento indefinido conhecido como starvation). 395 Estratégias de Escalonamento de Disco • É claro que uma política de escalonamento deve tentar maximizar o rendimento e minimizar o tempo médio de resposta. • Muitas políticas de escalonamento tentam atingir esses objetivos minimizando o tempo gasto na execução de buscas demoradas. • Quando o rendimento e o tempo médio de resposta são otimizados, o desempenho médio do sistema melhora, mas requisições individuais podem sofrer atrasos. • A variância mede como as requisições individuais são atendidas em relação ao desempenho médio do sistema. • Quanto menor a variância, mais provável será que a maioria das requisições do disco seja atendida após esperar durante um período de tempo semelhante. 396 Estratégias de Escalonamento de Disco • Portanto, a variância pode ser vista como uma medida de justiça e de previsibilidade. • Desejamos uma política de escalonamento que minimize a variância (ou que pelo menos a mantenha em níveis razoáveis) para evitar tempos de serviço imprevisíveis. • Em um sistema importante de negócios, como um servidor Web, a alta variância nos tempos de resposta poderá resultar em perdas de vendas se, por exemplo, as requisições dos usuários na compra de produtos forem adiadas indefinidamente ou sofrerem atrasos longos. • Em sistemas de missão crítica, o resultado de tal atraso poderá ser catastrófico. 397 Estratégias de Escalonamento de Disco • As transparências seguintes descrevem diversas políticas comuns de escalonamento. • Usaremos o conjunto de requisições do disco ilustrada na figura a seguir para demonstrar o resultado de cada política sobre uma série arbitrária de requisições. • O intuito da série arbitrária de requisições é demonstrar como cada política ordena as requisições do disco, e não indicar necessariamente o desempenho relativo de cada política em um sistema real. 398 Estratégias de Escalonamento de Disco • Nos exemplos apresentados a seguir consideramos que o disco contém 100 cilindros numerados de 0 a 99 e que o cabeçote de leitura-escrita está localizado inicialmente no cilindro 63, a menos que se afirme outra coisa. • Por questão de simplicidade, consideramos também que o escalonador de disco determinou o número do cilindro correspondente a cada requisição. 399 Estratégias de Escalonamento de Disco Cilindro 0 8 33 47 52 63 72 74 75 Cilindro 99 Braço do Disco Prato 400 Estratégias de Escalonamento de Disco FIFO ou FCFS • O escalonamento FCFS usa uma fila FIFO, de modo que as requisições são atendidas na ordem em que chegam. • O FCFS é justo pois a posição de uma requisição na fila não é afetada por requisições que chegam. • Isso garante que nenhuma requisição pode ser adiada indefinidamente, mas também significa que o FCFS poderia realizar uma longa operação de busca para atender à requisição seguinte à espera, mesmo que uma outra requisição da fila estivesse mais próxima e pudesse ser atendida mais rapidamente. • Embora essa técnica incorra em baixa sobrecarga de tempo de execução, pode resultar em baixo rendimento devido às longas operações de busca. 401 Estratégias de Escalonamento de Disco FIFO ou FCFS • Quando as requisições estão uniformemente distribuídas sobre as superfícies do disco, o escalonamento FCFS resulta em um padrão de busca aleatório, porque ignora as relações posicionais entre as requisições pendentes. • Isso é aceitável quando a carga de um disco for leve. • Todavia, à medida que a carga cresce, o FCFS tende a saturar (ou seja, sobrecarregar) o dispositivo e os tempos de resposta ficam maiores. • O padrão de busca aleatório do FCFS resulta em baixa variância (as requisições que chegam não podem passar à frente das requisições à espera), mas isso não serve de muito consolo para a requisição que está atrás na fila enquanto o braço do disco vagueia executando uma tórrida “dança”. 402 Estratégias de Escalonamento de Disco FIFO ou FCFS • • • FIFO ou FCFS (Primeiro a chegar, primeiro a ser atendido). Sequência: 33, 72, 47, 8, 99, 74, 52, 75 Posição inicial do cabeçote do disco: 63 0 8 33 47 52 63 72 74 75 99 403 Estratégias de Escalonamento de Disco SSTF • O escalonamento do tipo “tempo de busca mais curto primeiro” (Shortest-SeekTime-First – SSTF) atende à requisição seguinte que estiver mais próxima do cilindro em que o cabeçote de leitura-escrita estiver no momento (assim, incorre em tempo de busca mais curto), mesmo que ela não seja a primeira da fila. • O SSTF não garante justiça e pode causar adiamento indefinido, porque seu padrão de busca tende a ser altamente localizado, o que pode levar a tempos de resposta insatisfatórios para requisições que estejam nas trilhas mais internas e mais externas. • Reduzindo os tempos médios de busca, o SSTF consegue taxas mais altas de rendimento do que o FCFS, e os tempos médios de resposta tendem a ser mais baixos para cargas moderadas. 404 Estratégias de Escalonamento de Disco SSTF • Uma desvantagem significativa é que ele resulta em variâncias mais altas dos tempos de resposta por causa da discriminação contra as trilhas mais externas e mais internas, no limite, poderia ocorrer a inanição de requisições que estivessem longe do cabeçote de leitura-escrita se as novas requisições que chegassem tendessem a se aglomerar perto dos cilindros do meio. • A variância alta é aceitável em sistemas de processamento em lote, nos quais o rendimento e os tempos médios de resposta são metas mais importante. • Contudo, o SSTF é inadequado para sistemas interativos, nos quais o sistema deve garantir que cada usuário tenha tempos de resposta imediatos, previsíveis. 405 Estratégias de Escalonamento de Disco SSTF • • • SSTF (Tempo de Busca mais Curto Primeiro). Sequência: 33, 72, 47, 8, 99, 74, 52, 75 Posição inicial do cabeçote do disco: 63 0 8 33 47 52 63 72 74 75 99 406 Estratégias de Escalonamento de Disco SCAN • Denning desenvolveu a estratégia de escalonamento de disco SCAN para reduzir a injustiça e a variância de tempos de resposta exibidas pelo SSTF. • O SCAN escolhe a requisição que requer a menor distância de busca em uma direção preferida. • Assim, se a direção preferida no momento for para fora, a estratégia SCAN escolherá a distância de busca mais curta na direção para fora. • O SCAN não muda sua direção preferida até chegar ao cilindro mais externo ou mais interno. • Nesse sentido, ela é denominada algoritmo do elevador, pois um elevador continua atendendo a requisições em uma só direção antes de revertê-la. • O SCAN comporta-se de modo muito semelhante à SSTF em termos de alto rendimento e bons tempos médios de resposta. 407 Estratégias de Escalonamento de Disco SCAN • Entretanto, pelo fato dessa estratégia garantir que todas as requisições em uma dada direção serão atendidas antes das requisições da direção oposta, ela oferece uma variância de tempos de resposta menor do que a SSTF. • O SCAN, assim como a SSTF, é uma estratégia dirigida a cilindros. • Pelo fato de na estratégia SCAN os cabeçotes de leitura-escrita oscilarem entre extremidades opostas de cada prato, as trilhas mais externas são visitadas com menos frequência do que as da faixa do meio, mas, em geral, mais frequentemente do que seriam usando SSTF. • Em decorrência de as requisições que chegam poderem ser atendidas antes das que estão à espera, ambas, SSTF e SCAN, podem sofrer adiamento indefinido. 408 Estratégias de Escalonamento de Disco SCAN • • • • SCAN Sequência: 33, 72, 47, 8, 99, 74, 52, 75 Posição inicial do cabeçote do disco: 63 Sentido de descida. 0 8 33 47 52 63 72 74 75 99 409 Estratégias de Escalonamento de Disco C–SCAN • Na modificação SCAN Circular (C-SCAN) da estratégia de escalonamento de disco SCAN, o braço movimenta--se do cilindro mais externo para o cilindro mais interno atendendo primeiro a requisições segundo a estratégia de busca mais curta. • Quando o braço tiver concluído sua varredura para dentro, ele pulará (sem atender a requisições) para o cilindro mais externo e retomará sua varredura para dentro processando requisições. • O C-SCAN mantém altos níveis de rendimento e, ao mesmo tempo, limita ainda mais a variância de tempos de resposta impedindo a discriminação contra os cilindros mais internos e mais externos. 410 Estratégias de Escalonamento de Disco C–SCAN • Como acontece com a SCAN, as requisições na C-SCAN podem ser adiadas indefinidamente se chegarem requisições ao mesmo cilindro continuamente (embora tal coisa seja menos provável do que com SCAN ou SSTF). • Resultados de simulações apresentados na literatura indicam que a melhor política de escalonamento de disco poderia funcionar em dois estágios. • Sob uma carga leve, a política SCAN é melhor. • Sob cargas de médias a pesadas, o C-SCAN e outras adaptações da política SCAN dão melhores resultados. • O C-SCAN com otimização rotacional trata condições pesadas efetivamente. 411 Estratégias de Escalonamento de Disco C–SCAN • • • C-SCAN (SCAN Circular) Sequência: 33, 72, 47, 8, 99, 74, 52, 75 Posição inicial do cabeçote do disco: 63 0 8 33 47 52 63 72 74 75 99 412 Estratégias de Escalonamento de Disco FSCAN • As modificações FSCAN e SCAN de n-fases da estratégia SCAN eliminam a possibilidade de requisições adiadas indefinidamente. • O FSCAN usa a estratégia SCAN para atender somente às requisições que estão à espera quando começa uma varredura particular (o 'F', de 'freezing' quer dizer 'congelar', ou melhor, paralisar a fila de requisições em determinado instante). • Requisições que chegam durante uma varredura são agrupadas e ordenadas para serviço ótimo durante o retorno da varredura. 413 Estratégias de Escalonamento de Disco FSCAN • • • • • FSCAN (Freezing SCAN) Sequência: 33, 72 , 47, 8, 99 , 74, 52, 75 , 37, 80 Posição inicial do cabeçote do disco: 63 Requisição para 37 chega enquanto 47 é processada. Requisição para 80 chega enquanto 72 é processada. 0 8 33 37 47 52 63 72 74 75 80 99 414 Estratégias de Escalonamento de Disco SCAN de n-fases • O SCAN de n-fases atende às primeiras n requisições da fila usando a estratégia SCAN. • Quando a varredura estiver concluída, as n requisições seguintes serão atendidas. • Requisições que chegam são colocadas no final da fila de requisições. • O SCAN de n-fases pode ser ajustado variando o valor de n. • Quando n = 1, ela degenera para FCFS. • Quando n tender ao infinito, a SCAN de n-fases degenera para SCAN. 415 Estratégias de Escalonamento de Disco SCAN de n-fases • FSCAN e SCAN de n-fases proporcionam bom desempenho devido ao alto rendimento e aos baixos tempos médio de resposta. • Por impedirem o adiamento indefinido, a característica que as distingue é uma menor variância de tempos de resposta do que as da SSTF e da SCAN, especialmente quando as requisições são adiadas indefinidamente sob essas duas últimas estratégias. 416 Estratégias de Escalonamento de Disco SCAN de n-fases • • • • • SCAN de n-fases (neste exemplo n = 3) ) Sequência:(33, 72, 47,) (8, 99, 74,)(52, 75 , 37,)(80 Posição inicial do cabeçote do disco: 63 Requisição para 37 chega enquanto 47 é processada. Requisição para 80 chega enquanto 72 é processada. 0 8 33 37 47 52 63 72 74 75 80 99 417 Estratégias de Escalonamento de Disco LOOK • A variação LOOK da estratégia SCAN examina antecipadamente (look ahead) o final da varredura em curso para determinar a próxima requisição a atender. • Se não houver mais nenhuma requisição na direção em curso, a LOOK muda a direção preferida e inicia a próxima varredura. • Nesse sentido, é adequado denominar essa estratégia de algoritmo do elevador, pois um elevador continua em uma direção até chegar à última requisição naquela direção e, então, inverte a direção. • Essa estratégia elimina operações de buscas desnecessárias exibidas por outras variações da estratégia SCAN. 418 Estratégias de Escalonamento de Disco LOOK • A variação LOOK circular (C-LOOK) da estratégia LOOK usa a mesma técnica da C-SCAN para reduzir a tendência contra requisições localizadas nas extremidades dos pratos. • Quando não houver mais nenhuma requisição em uma varredura para dentro em curso, o cabeçote de leitura-escrita passará para a requisição que estiver mais próxima do cilindro mais externo (sem atender a requisições entre as duas posições) e iniciará a varredura seguinte. • A política C-LOOK é caracterizada por uma variância de tempos de resposta potencialmente mais baixa em comparação com a LOOK e por alto rendimento (embora geralmente mais baixo do que o da LOOK). 419 Estratégias de Escalonamento de Disco LOOK • • • LOOK Sequência: 33, 72, 47, 8, 99, 74, 52, 75 Posição inicial do cabeçote do disco: 63 0 8 33 47 52 63 72 74 75 99 420 Exercícios 1- (Questão 48 – Transpetro – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) Qual a sequência esperada de leitura de blocos de um disco, usando o algoritmo do elevador, quando, após serem lidos primeiro o bloco 8 e depois o bloco 10, se encontram na fila de espera os blocos 12, 3, 54, 25, 49, 6 e 15? a) b) c) d) e) 6, 3, 12, 15, 25, 49 e 54 12, 3, 54, 25, 49, 6 e 15 12, 15, 6, 3, 25, 49 e 54 12, 15, 25, 49, 54, 6 e 3 54, 49, 25, 15, 12, 6 e 3 421 Exercícios 2- (Questão 32 – Petrobrás – Profissional Junior – Analista de Sistemas – Infraestrutura – ano 2011 – Cesgranrio) No contexto de sistemas operacionais, o algoritmo circular do elevador (C-SCAN) é usado no escalonamento de acessos a discos. Considere que a lista de requisições de acesso pendentes às trilhas de um disco seja composta pelos seguintes números de trilhas: 90, 40, 0, 10, 65. Considere também que o número da trilha sobre a qual a cabeça de leitura está posicionada seja 25, e que o movimento do braço aconteça em direção às trilhas de números maiores. Nesse contexto, qual é a sequência de números de trilhas servidas? a) b) c) d) e) e) 0, 10, 40, 65, 90 10, 65, 90, 40, 0 40, 65, 90, 0, 10 65, 90, 40, 0, 10 40, 65, 90, 10, 0 90, 40, 0, 10, 65 original da questão 422 Exercícios 3- (Questão 34 – BNDES – Analista de Sistemas Júnior – Desenvolvimento – ano 2011 – Cesgranrio) Uma das responsabilidades do sistema operacional é usar o hardware com eficiência. Para as unidades de disco magnético, isso significa ter um rápido tempo de acesso e largura de banda de disco. Técnicas de escalonamento de disco podem ser utilizadas para melhorar o tempo de busca, que é o tempo utilizado pelo braço do disco para mover as cabeças para o cilindro que contém o setor desejado. Qual a técnica de escalonamento na qual o braço do disco percorre continuamente todo o disco, iniciando em uma ponta e indo em direção à outra ponta, atendendo os pedidos ao longo do percurso assim que chega em cada cilindro, e que inverte a direção do percurso de atendimento quando atinge uma das pontas? a) b) c) d) e) SSTF SCAN C-SCAN C-LOOK FCFS 423 Exercícios 4- (Questão 33 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2008 – Cesgranrio) Suponha que determinada unidade de disco tenha 4.000 cilindros numerados de 0 a 3999. A unidade atualmente está atendendo a uma requisição no cilindro 53 e a requisição anterior foi no cilindro 55. Sabe-se que a unidade de disco utiliza o escalonamento SCAN e que a fila de requisições pendentes é: 98, 183, 37, 122, 11, 124, 60 e 67 Qual das requisições pendentes será a segunda a ser atendida? a) b) c) d) e) 11 37 60 67 98 424 RAID 425 RAID • Redundant Array of Independent Drives (RAID) é um meio de se criar um subsistema de armazenamento composta por vários discos individuais, com a finalidade de ganhar segurança e desempenho. • O sistema RAID consiste em um conjunto de dois ou mais discos rígidos com dois objetivos básicos: 1. Tornar o sistema de disco mais rápido (isto é, acelerar o carregamento de dados do disco), através de uma técnica chamada divisão de dados (data striping ou RAID 0); 2. Tornar o sistema de disco mais seguro, através de uma técnica chamada espelhamento (mirroring ou RAID 1). Essas duas técnicas podem ser usadas isoladamente ou em conjunto. 426 RAID 0 – Striping ou Distribuição • No striping, ou distribuição, os dados são subdivididos em segmentos consecutivos (stripes, ou faixas) que são escritos seqüencialmente através de cada um dos discos de um array, ou conjunto. • Cada segmento tem um tamanho definido em blocos. A distribuição, ou striping, oferece melhor desempenho comparado a discos individuais, se o tamanho de cada segmento for ajustado de acordo com a aplicação que utilizará o conjunto, ou array. • No caso da aplicação armazenar pequenos registros de dados, preferem-se segmentos grandes. • Se o tamanho de segmento para um disco é grande o suficiente para conter um registro inteiro, os discos do array podem responder independentemente para as requisições simultâneas de dados. 427 RAID 0 – Striping ou Distribuição • Caso contrário, se a aplicação armazenar grandes registros de dados, os segmentos de pequeno tamanho são os mais apropriados. • Se um determinado registro de dados está armazenado em vários discos do array, o conteúdo do registro pode ser lido em paralelo, aumentando o desempenho total do sistema. • Uma vantagem em ter dois (ou mais) HD’s ligados em RAID 0, é a questão de espaço de armazenamento, que ao contrário do RAID 1 (veremos mais adiante), o RAID 0 “soma” o espaço dos HD’s. • Por exemplo, se tivermos ligado numa máquina 2 HD’s de 80GB, a capacidade total que poderemos usar será de 160GB. 428 RAID 0 – Striping ou Distribuição • • Vantagens: – Acesso rápido as informações (até 50% mais rápido). – Custo baixo para expansão de memória. Desvantagens: – Caso algum dos setores de algum dos HD’s venha a apresentar perda de informações, o mesmo arquivo que está dividido entre os mesmos setores dos demais HD’s não terão mais sentido existir, pois uma parte do arquivo foi corrompida, ou seja, caso algum disco falhe, não tem como recuperar. – Não é usado paridade. 429 RAID 0 – Striping ou Distribuição RAID 0 A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 430 RAID 1 – Mirroring ou Espelhamento • RAID 1 é o nível de RAID que implementa o espelhamento de disco, também conhecido como mirror. • Para esta implementação são necessários no mínimo dois discos. • O funcionamento deste nível é simples: todos os dados são gravados em dois discos diferentes; se um disco falhar ou for removido, os dados preservados no outro disco permitem a não descontinuidade da operação do sistema. • Apesar de muitas implementações de RAID 1 envolverem dois grupos de dados (daí o termo espelho ou mirror), três ou mais grupos podem ser criados se a alta confiabilidade for desejada. • O RAID 1 é o que oferece maior segurança, pois toda informação é guardada simultaneamente em dois ou mais discos. 431 RAID 1 – Mirroring ou Espelhamento • Se ocorrer uma falha num dos discos do array, o sistema pode continuar a trabalhar sem interrupções, utilizando o disco que ficou operacional. • Os dados então são reconstruídos num disco de reposição (spare disk) usando dados do(s) disco(s) sobrevivente(s). • O processo de reconstrução do espelho tem algum impacto sobre o desempenho de I/O do array, pois todos os dados terão de ser lidos e copiados do(s) disco(s) intacto(s) para o disco de reposição. • Com o RAID 1 consegue-se duplicar o desempenho na leitura de informação, pois as operações de leitura podem ser repartidas pelos dois discos. • RAID 1 oferece alta disponibilidade de dados, porque no mínimo dois grupos completos são armazenados. 432 RAID 1 – Mirroring ou Espelhamento • Conectando os discos primários e os discos espelhados em controladoras separadas, pode-se aumentar a tolerância a falhas pela eliminação da controladora como ponto único de falha. • Entre os não-híbridos, este nível tem o maior custo de armazenamento pois estaremos utilizando dois ou mais discos para a mesma informação. • Este nível adapta-se melhor em pequenas bases de dados ou sistemas de pequena escala que necessitem de confiabilidade. 433 RAID 1 – Mirroring ou Espelhamento • • Vantagens: – Caso algum setor de um dos discos venha a falhar, basta recuperar o setor defeituoso copiando os arquivos contidos do segundo disco. – Segurança nos dados (com relação a possíveis defeitos que possam ocorrer no HD). Desvantagens: – Custo relativamente alto se comparado ao RAID 0. – Ocorre aumento no tempo de escrita. – Não é usado paridade. 434 RAID 1 – Mirroring ou Espelhamento RAID 1 A1 A1 A2 A2 A3 A3 A4 A4 435 RAID 2 • RAID 2 é similar ao RAID 4, mas armazena informação ECC, que é a informação de controle de erros, no lugar da paridade. • Este fato possibilita uma pequena proteção adicional, porém o RAID 2 ficou obsoleto pelas novas tecnologias de disco que já possuem este tipo de correção internamente. • O RAID 2 oferece uma maior consistência dos dados se houver queda de energia durante a escrita • Baterias de segurança e um encerramento correto podem oferecer os mesmos benefícios 436 RAID 2 • Vantagem: – • Usa ECC; Desvantagem: – Hoje em dia há tecnologias melhores para o mesmo fim; 437 RAID 2 RAID 2 A1 A2 A3 EccA B1 B2 B3 EccB C1 C2 C3 EccC D1 D2 D3 EccD 438 RAID 4 • Funciona com três ou mais discos iguais. • Um dos discos guarda a paridade (uma forma de soma de segurança) da informação contida nos discos. • Se algum dos discos avariar, a paridade pode ser imediatamente utilizada para reconstituir o seu conteúdo. • Os discos restantes, usados para armazenar dados, são configurados para usarem segmentos suficientemente grandes (tamanho medido em blocos) para acomodar um registro inteiro. • Isto permite leituras independentes da informação armazenada, fazendo do RAID 4 um array perfeitamente ajustado para ambientes transacionais que requerem muitas leituras pequenas e simultâneas. • O RAID 4 assim como outros RAID's, cuja característica é utilizarem paridade, usam um processo de recuperação de dados mais envolvente que arrays espelhados, como RAID 1. 439 RAID 4 • Este nível também é útil para criar discos virtuais de grande dimensão, pois consegue somar o espaço total oferecido por todos os discos, exceto o disco de paridade. • O desempenho oferecido é razoável nas operações de leitura, pois podem ser utilizados todos os discos simultaneamente. • Sempre que os dados são escritos no array, as informações são lidas do disco de paridade e um novo dado sobre paridade deve ser escrito para o respectivo disco antes da próxima requisição de escrita ser realizada. • Por causa dessas duas operações de I/O, o disco de paridade é o fator limitante do desempenho total do array. • Devido ao fato do disco requerer somente um disco adicional para proteção de dados, este RAID é mais acessível em termos monetários que a implementação do RAID 1. 440 RAID 4 • • Vantagens: – Taxa de leitura rápida; – Possibilidade do aumento de área de discos físicos. Desvantagens: – Taxa de gravação lenta. – Em comparação com o RAID 1, em caso de falha do disco, a reconstrução é difícil, pois o RAID 1 já tem o dado pronto no disco espelhado. – Tecnologia não mais usada por haver melhores para o mesmo fim. 441 RAID 4 RAID 4 A1 A2 A3 Ap B1 B2 B3 Bp C1 C2 C3 Cp D1 D2 D3 Dp 442 RAID 5 • O RAID 5 é frequentemente usado e funciona similarmente ao RAID 4, mas supera alguns dos problemas mais comuns sofridos por esse tipo. • As informações sobre paridade para os dados do array são distribuídas ao longo de todos os discos do array, ao invés de serem armazenadas num disco dedicado, oferecendo assim mais desempenho que o RAID 4, e, simultaneamente, tolerância a falhas. • O desempenho geral de um array RAID 5 é equivalente ao de um RAID 4, exceto no caso de leituras sequenciais, que reduzem a eficiência dos algoritmos de leitura por causa da distribuição das informações sobre paridade. • A informação sobre paridade é distribuída por todos os discos; perdendo-se um, reduz-se a disponibilidade de ambos os dados e a paridade, até à recuperação do disco que falhou. 443 RAID 5 • Isto causa degradação do desempenho de leitura e de escrita. • Vantagem: – • Leitura rápida (porém escrita não tão rápida). Desvantagem: – Sistema complexo de controle dos HD's. 444 RAID 5 RAID 5 A1 A2 A3 Ap B1 B2 Bp B3 C1 Cp C2 C3 Dp D1 D2 D3 445 RAID 6 • É um padrão relativamente novo, suportado por apenas algumas controladoras. • É semelhante ao RAID 5, porém usa o dobro de bits de paridade, garantindo a integridade dos dados caso até 2 dos HDs falhem ao mesmo tempo. • Ao usar 8 HDs de 20 GB cada um em RAID 6, teremos 120 GB de dados e 40 GB de paridade. • Vantagem: – • Podem falhar 2 HD's ao mesmo tempo. Desvantagens: – Precisa de N+2 HD's para implementar por causa dos discos de paridade. – Escrita lenta. – Sistema complexo de controle dos HD's. 446 RAID 0 + 1 • O RAID 0 + 1 é uma combinação dos níveis 0 (Striping) e 1 (Mirroring), onde os dados são divididos entre os discos para melhorar o rendimento, mas também utilizam outros discos para duplicar as informações. • Assim, é possível utilizar o bom rendimento do nível 0 com a redundância do nível 1. • No entanto, é necessário pelo menos 4 discos para montar um RAID desse tipo. • Tais características fazem do RAID 0 + 1 o mais rápido e seguro, porém o mais caro de ser implantado. • No RAID 0+1, se um dos discos vier a falhar, o sistema vira um RAID 0. 447 RAID 0 + 1 • • Vantagens: – Segurança contra perda de dados. – Pode falhar metade dos HD's ao mesmo tempo, porém deixando de ser RAID 0 + 1. Desvantagens: – Alto custo de expansão de hardware (custo mínimo = 2N HD's). – Os drivers devem ficar em sincronismo de velocidade para obter a máxima performance. 448 RAID 0 + 1 RAID 1 RAID 0 RAID 0 A1 A2 A1 A2 A3 A4 A3 A4 A5 A6 A5 A6 A7 A8 A7 A8 449 RAID 1 + 0 • O RAID 1+0, ou 10, exige ao menos 4 discos rígidos. • Cada par será espelhado, garantindo redundância, e os pares serão distribuídos, melhorando desempenho. • Até metade dos discos pode falhar simultaneamente, sem colocar o conjunto a perder, desde que não falhem os dois discos de um espelho qualquer — razão pela qual usam-se discos de lotes diferentes de cada ‘lado’ do espelho. • É o nível recomendado para bases de dados, por ser o mais seguro e dos mais velozes, assim como qualquer outro uso onde a necessidade de economia não se sobreponha à segurança e desempenho. 450 RAID 1 + 0 • • Vantagens: – Segurança contra perda de dados. – Pode falhar metade dos HD's ao mesmo tempo. Desvantagens: – Alto custo de expansão de hardware (custo mínimo = 2N HD's). – Os drivers devem ficar em sincronismo de velocidade para obter a máxima performance. 451 RAID 1 + 0 ou RAID 10 RAID 0 RAID 1 RAID 1 A1 A1 A2 A2 A3 A3 A4 A4 A5 A5 A6 A6 A7 A7 A8 A8 452 Exercícios 1- (Questão 41 – BNDES – Profissional Básico – Análise de Sistemas – Suporte – ano 2013 – Cesgranrio) RAID (Redundant Array of Inexpensive Disks) é uma tecnologia de armazenamento que permite combinar vários discos individuais com o objetivo de fornecer maior segurança e/ou desempenho. Considere um sistema de armazenamento formado por 6 discos iguais (com capacidade total de 12TB) e que utilize a tecnologia RAID. Qual será a capacidade total disponível estimada para armazenamento de dados significativos de acordo com a tecnologia especificada? (Dado: No desenvolvimento da resolução do problema considere os bits de paridade como dados não significativos.) a) b) c) d) e) RAID 6 – 10TB RAID 6 – 8TB RAID 6 – 6TB RAID 5 – 8TB RAID 5 – 6TB 453 Exercícios 2- (Questão 27 – Petrobrás – Tecnologia da Informação – Análise de Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) O RAID 5 é organizado de forma semelhante ao RAID 4, ou seja, com a intercalação de dados em tiras. A diferença entre eles é que o RAID 5: a) b) c) d) e) armazena as tiras de paridade no disco de paridade. armazena as tiras de paridade no disco de paridade e as distribui por todos os discos. armazena as tiras de paridade no disco de paridade ou as distribui por todos os discos. distribui as tiras de paridade por todos os discos. distribui as tiras de paridade por todos os discos e, opcionalmente, armazena-as no disco de paridade. 454 Exercícios 3- (Questão 63 – Liquigás – Profissional Junior – Tecnologia da Informação – Desenvolvimento – ano 2012 – Cesgranrio) A principal diferença entre os sistemas RAID 4 e RAID 5 é que no RAID 4 a) b) c) d) e) os bits de paridade são armazenados em um disco separado, enquanto que no RAID 5 os bits de paridade são espalhados pelos vários discos. os bits de paridade são desprezados, enquanto que no RAID 5 eles são utilizados. o número máximo de discos utilizados é 4, enquanto que no RAID 5 o número máximo de discos é 5. a intercalação dos bits nos vários discos é realizada bit a bit, enquanto que no RAID 5 é realizada por blocos de bits. utiliza-se apenas a técnica de espelhamento sem intercalação e sem paridade, enquanto que no RAID 5 utiliza-se apenas a intercalação sem paridade. 455 Exercícios 4- (Questão 68 – Liquigás – Profissional Junior – Tecnologia da Informação – Análise de Sistemas – ano 2012 – Cesgranrio) Discos rígidos de armazenamento têm continuamente aumentado de capacidade, ao mesmo tempo que diminuem o tamanho e os custos. Tornou-se economicamente viável colocar diversos discos em paralelo em um mesmo sistema, seja para aumentar a velocidade do acesso aos dados pelo paralelismo, seja para aumentar a confiabilidade devido à possibilidade de replicação dos dados ou, ainda, para alguma combinação das duas coisas. Nesse contexto, sistemas baseados em RAID oferecem uma série de possibilidades, dentre as quais o RAID nível 1, cuja principal característica é o(a) a) b) c) d) e) armazenamento de blocos consecutivos dos arquivos em discos diferentes, permitindo a recuperação em paralelo das informações. uso de um disco extra com informações de paridade, o que aumenta a confiabilidade dos dados gravados. espelhamento, que faz com que o conteúdo de um disco rígido seja inteiramente copiado para outro. uso de códigos corretores de erros, como os códigos de Reed-Solomon. possibilidade de correção de erros nos dados a partir de uma série de bits de paridade e informações duplicadas presentes em vários discos. 456 Exercícios 5- (Questão 21 – Casa da Moeda – Suporte em TI – ano 2012 – Cesgranrio) Um administrador deseja montar um arranjo RAID com 4 discos de 500GB. Analisando as configurações possíveis, concluiu que a capacidade disponível proporcionada por esse arranjo será de a) b) c) d) e) 500 GB, usando RAID 1 1 TB, usando RAID 5 1 TB, usando RAID 10 1,5 TB, usando RAID 0 2 TB, usando RAID 1 457 Exercícios 6- (Questão 61 – Petrobrás – Profissional Junior – Analista de Sistemas – Infraestrutura – ano 2011 – Cesgranrio) Um computador possui 20 discos rígidos de 3TB. Quanto espaço do total será usado para paridade, no caso de se usar RAID5 ou RAID6, respectivamente? a) b) c) d) e) 1TB e 3TB 3TB e 3TB 3TB e 6TB 6TB e 6TB 6TB e 9TB 458 Exercícios 7- (Questão 44 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2010 – Cesgranrio) Victor está configurando o RAID-5 em um servidor utilizando 5 discos rígidos, que possuem 50 GB cada um. Qual porcentagem de redundância Victor prevê para essa configuração? a) b) c) d) e) 20% 32% 43% 50% 67% 459 Exercícios 8- (Questão 38 – BNDES – Profissional Básico – Análise de Sistemas – Suporte – ano 2008 – Cesgranrio) Oito discos rígidos, cada um com 1 TB de capacidade, formam um arranjo do tipo RAID 5. A esse respeito, considere as afirmativas a seguir. I. II. III. Caso dois discos falhem simultaneamente, o desempenho de leitura, em média, será 25% menor, mas não haverá perda de dados. Nesse arranjo, 1 TB é utilizado para dados de redundância e, portanto, o espaço em disco útil é de 7 TB. O disco destinado à paridade efetua muitas operações de escrita e, por isso, é recomendável que possua, pelo menos, 1 GB de cache de escrita. Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s) a) b) c) d) e) I II III I e II I e III 460 Exercícios 9- (Questão 48 – Petrobrás – Analista de Sistemas Júnior – Infraestrutura – ano 2008 – Cesgranrio) Suponha um servidor S conectado diretamente a um storage com 10 discos de 200 GB cada, configurados em um arranjo RAID 5. Qual o espaço, em GB, disponível para o sistema operacional de S? a) b) c) d) e) 200 500 1.000 1.800 2.000 461 Exercícios 10- (Questão 61 – TCE-RO – Analista de Informática – ano 2007 – Cesgranrio) Quatro discos rígidos, cada um com 100 GB de capacidade, formam um arranjo RAID 0 em um computador. A quantidade de espaço em disco disponível, em GB, para o sistema operacional é de: a) b) c) d) e) 200 250 300 350 400 462 Exercícios 11- (Questão 43 – TRT 9ª Região – Analista Judiciário – Tecnologia da Informação – ano 2013 – FCC) Este é um dos modos mais utilizados em servidores com um grande número de HDs. Ele usa um sistema de paridade para manter a integridade dos dados. Os arquivos são divididos em fragmentos e, para cada grupo de fragmentos, é gerado um fragmento adicional, contendo códigos de paridade. Os códigos de correção são espalhados entre os discos. Dessa forma, é possível gravar dados simultaneamente em todos os HDs, melhorando o desempenho. Para sua utilização são necessários ao menos 3 discos. Esta descrição se refere ao modo de armazenamento conhecido por RAID a) b) c) d) e) 0. 1. 5. 2. 10. 463 Exercícios 12- (Questão 52 – TRT 2ª Região – Analista Judiciário – Tecnologia da Informação – ano 2014 – FCC) A fórmula para calcular a capacidade de armazenamento disponível numa configuração RAID nível 3, considerando C como a capacidade disponível, n como o número de discos e d como a capacidade do disco, é a) b) c) d) e) C = n*d C = (n-3)*d C = n*d/2 C = (n-1)*d C = (n+1)*d 464 Exercícios 13- (Questão 55 – TRT 5ª Região – Analista Judiciário – Tecnologia da Informação – ano 2013 – FCC) A tecnologia RAID divide ou duplica a tarefa de um disco rígido por mais discos, de forma a melhorar o desempenho ou a criar redundância de dados, em caso de uma avaria na unidade. A seguir estão descritos dois níveis de RAID: I. II. É uma boa opção se a segurança for mais importante do que a velocidade. Os discos devem ter a mesma capacidade. A capacidade de armazenamento é calculada através da multiplicação do número de unidades pela capacidade do disco dividido por 2. É ideal para os usuários que necessitam o máximo de velocidade e capacidade. Todos os discos devem ter a mesma capacidade. A capacidade de armazenamento é calculada através da multiplicação do número de unidades pela capacidade do disco. Se um disco físico no conjunto falhar, os dados de todos os discos tornam-se inacessíveis. Os níveis de RAID descritos em I e II são, respectivamente, a) b) c) d) e) RAID 10 e RAID 5. RAID 1 e RAID 3. RAID 3 e RAID 5. RAID 3 e RAID 0. RAID 1 e RAID 0. 465 Exercícios 14- (Questão 53 – Defensoria Pública de SP – Engenheiro de Redes – ano 2013 – FCC) Considere as afirmativas sobre RAID (Redundant Array of Independent Disks). I. II. III. IV. É um sistema de armazenamento composto por vários discos rígidos, interligados entre si de várias formas distintas, com o objetivo final de aumentar a segurança dos dados, através de técnicas de tolerância a falhas, e de melhorar o desempenho, porém nem todas as implementações de RAID oferecem tolerância a falhas e melhoram o desempenho. A implementação de um RAID pode ser efetuada por software ou por hardware. A implementação baseada em hardware é menos indicada quando se deseja obter, além da tolerância a falhas, melhoria no desempenho das operações de leitura e escrita em disco. Existem vários níveis de RAID, com diferenças entre eles. Algumas diferenças são: a distribuição dos dados nos discos, a quantidade de discos necessários para a implementação da solução e maior ou menor tolerância a falhas. Em RAIDs com redundância, a segurança aumenta consideravelmente, protegendo os discos contra todo tipo de falhas, como cortes de energia e erros de sistemas operacionais. Este tipo de tecnologia é uma das melhores formas para garantir a segurança e disponibilidade dos dados. Está correto o que se afirma em a) b) c) d) e) I e II, apenas. I e III, apenas. I, II e III, apenas. I, III e IV, apenas. I, II, III e IV. 466 Sistemas Distribuídos 467 Sistemas Distribuídos • Um sistema distribuído é um conjunto de sistemas autônomos, interconectados por uma rede de comunicação e que funciona como se fosse um sistema fortemente acoplado. • Cada componente de um sistema distribuído possui seus próprios recursos, como processadores, memória principal, dispositivos de E/S, sistema operacional e espaço de endereçamento. • Os tipos de sistemas operacionais que compõem um sistema distribuído não precisam ser necessariamente homogêneos. • O que diferencia um sistema distribuído dos demais sistemas fracamente acoplados é a existência de um relacionamento mais forte entre os seus componentes. 468 Sistemas Distribuídos • Podemos definir um sistema distribuído como sendo um sistema fracamente acoplado pelo aspecto de hardware e fortemente acoplado pelo aspecto de software. • Para o usuário e suas aplicações, é como se não existisse uma rede de computadores independente, mas sim um único sistema fortemente acoplado. • Este conceito é chamado de imagem única do sistema (single system image). 469 Sistemas Distribuídos • Podemos definir um sistema distribuído como sendo um sistema fracamente acoplado pelo aspecto de hardware e fortemente acoplado pelo aspecto de software. • Para o usuário e suas aplicações, é como se não existisse uma rede de computadores independente, mas sim um único sistema fortemente acoplado. • Este conceito é chamado de imagem única do sistema (single system image). 470 Sistemas Distribuídos Imagem Única do Sistema Usuário 471 Sistemas Distribuídos • Os componentes de um sistema distribuído podem estar conectados em um ambiente de uma rede local ou através de uma rede distribuída. • Na verdade, a localização de um componente não deve constituir um fator a ser levado em consideração, bem como as características físicas da rede. • A escalabilidade dos sistemas distribuídos é, a princípio, ilimitada, pois basta acrescentar novos componentes à rede em função da necessidade. • Os sistemas distribuídos permitem que uma aplicação seja dividida em diferentes partes, que se comunicam através de linhas de comunicação, podendo cada parte ser executada em qualquer processador de qualquer sistema (aplicações distribuídas). • Para que isto seja possível, o sistema deve oferecer transparência e tolerância à falhas em vários níveis, a fim de criar a ideia de imagem única do sistema. 472 Sistemas Distribuídos • Alguns benefícios obtidos com a utilização de sistemas distribuídos são listados a seguir: – Escalabilidade Absoluta: há a possibilidade de criar sistemas de grandes proporções, cuja capacidade de computação ultrapassa, várias vezes, a capacidade individual de alguns supercomputadores; – Escalabilidade Incremental: um sistema é configurado de maneira que seja possível adicionar novos sistemas, expandindo-o de forma incremental. Com isso, um usuário pode começar com um sistema mais simples e expandi-lo na proporção que aumentam suas necessidades, sem ter que efetuar uma expansão mais radical, no qual todo sistema é completamente substituído por um sistema de maior porte; 473 Sistemas Distribuídos – Alta Disponibilidade: devido à independência de recursos físicos que compõem o sistema, como exemplo o nó, uma provável falha não significa perda total de serviço. Em algumas configurações, a tolerância à falhas é tratada de maneira automática; – Melhor relação custo/desempenho: devido à relativa facilidade em construir o sistema a partir de elementos ou nós comercialmente disponíveis, é possível obter um sistema com poder de computação igual ou superior a um supercomputador, por exemplo, com custo muito menor. 474 Sistemas Distribuídos Transparência • Em sistemas distribuídos, o conceito de transparência torna-se fator-chave, pois, a partir dele, um conjunto de sistemas independentes parece ser um sistema único, criando a ideia da imagem única do sistema. • A seguir, são apresentados os vários aspectos relativos à transparência em sistemas distribuídos: – Transparência de acesso: é a possibilidade de acesso a objetos locais ou remotos de maneira uniforme; – Transparência de localização: significa que o usuário não deve se preocupar com a localização dos recursos de que necessita. Os recursos são acessados por nomes lógicos e não por nomes físicos, criando assim a independência da localização dos recursos; – Transparência de migração: permite que os recursos sejam fisicamente movidos para outro sistema, sem que os usuários e suas aplicações sejam afetados; 475 Sistemas Distribuídos Transparência – Transparência de replicação: permite a duplicação de informações, com o objetivo de aumentar a disponibilidade e o desempenho do sistema, de forma sincronizada e consistente; – Transparência de concorrência: permite que vários processos sejam executados paralelamente e os recursos sejam compartilhados de forma sincronizada e consistente; – Transparência de paralelismo: possibilita que uma aplicação paralela seja executada em qualquer processador de qualquer sistema, como em um sistema fortemente acoplado; – Transparência no desempenho: oferece aos usuários tempos de resposta independentes de alterações na estrutura do sistema ou na sua carga. Além disso, operações realizadas remotamente não devem apresentar resultados piores do que as realizadas localmente; – Transparência de escalabilidade: permite que o sistema cresça sem a necessidade de alterar as aplicações e seus algoritmos; – Transparência a falhas: garante que, em caso de falha de um sistema, as aplicações continuem disponíveis sem interrupção. 476 Sistemas Distribuídos Transparência • Em um sistema distribuído, quando um usuário se conecta ao sistema não há necessidade de especificar o nome do componente a que estará conectado. • Independentemente da localização física dos objetos, o usuário terá acesso a todos os seus arquivos, diretórios e demais recursos de forma transparente. • Ao executar uma aplicação, o usuário não saberá em quais ou quantos componentes a sua aplicação foi dividida. • Caso um erro ocorra em um desses componentes, o usuário não terá conhecimento, ficando como responsabilidade do sistema operacional a resolução de todos os problemas. 477 Sistemas Distribuídos Tolerância à Falhas • Para que um sistema distribuído possa oferecer transparência é preciso que o sistema implemente tolerância à falhas de hardware e, principalmente, de software. • Neste caso, o sistema deve garantir que, em caso de problema em um de seus componentes, as aplicações continuem sendo processadas sem qualquer interrupção ou intervenção do usuário, de forma totalmente transparente. • A tolerância à falhas de hardware é facilmente oferecida utilizando-se componentes redundantes, como fontes duplicadas, vários processadores, memória com detecção e correção de erro e técnicas de RAID. • Em sistemas distribuídos, a tolerância à falhas de hardware passa pela redundância dos meios de conexão entre os sistemas, como placas de rede, linhas de comunicação e dispositivos de rede. 478 Sistemas Distribuídos Tolerância à Falhas • A tolerância à falhas de software é bem mais complexa de implementar. • Quando uma falha deste tipo ocorre, como uma falha no sistema operacional, a aplicação deve continuar sem que o usuário perceba qualquer problema. • Enquanto em uma rede de computadores o usuário deverá se reconectar a um outro sistema em funcionamento e reiniciar sua tarefa, em um sistema distribuído o problema deve ser resolvido de forma transparente, mantendo a integridade e consistência dos dados. • Com a tolerância à falhas, é possível também oferecer alta disponibilidade e confiabilidade. 479 Sistemas Distribuídos Tolerância à Falhas • Como existem sistemas autônomos, em caso de falha de um dos componentes um outro sistema poderá assumir suas funções, sem a interrupção do processamento. • Como as aplicações estão distribuídas por diversos sistemas, caso ocorra algum problema com um dos componentes é possível que um deles assuma de forma transparente o papel do sistema defeituoso. 480 Sistemas Distribuídos Imagem Única do Sistema • A maior dificuldade em implementar um sistema distribuído é a complexidade em criar para os usuários e suas aplicações uma imagem única do sistema a partir de um conjunto de sistemas autônomos. • Para conseguir criar um ambiente fisicamente distribuído e logicamente centralizado é necessário um sistema operacional capaz de lidar com os diversos problemas de comunicação existentes em um ambiente fracamente acoplado. • O sistema precisa oferecer tolerância à falhas de forma transparente, independente do tipo da rede de comunicação. • Um problema encontrado em sistemas fortemente acoplados é o compartilhamento de recursos de forma segura. • Em sistemas distribuídos, a utilização de recursos concorrentemente exige mecanismos mais complexos e lentos para manter a integridade e a segurança dos dados. 481 Sistemas Distribuídos Imagem Única do Sistema • Um dos grandes desafios para a adoção de sistemas distribuídos é a dificuldade no desenvolvimento de aplicações paralelas. • Enquanto a programação em sistemas fortemente acoplados é relativamente transparente, em sistemas distribuídos o desenvolvimento não é tão simples. • Apesar de algumas aplicações serem naturalmente paralelas, como ordenações e processamento de imagens, desenvolver aplicações distribuídas exige uma grande interação do programador com detalhes de codificação e escalonamento da aplicação. 482 Exercícios 1- (Questão 44 – Petrobrás – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) A organização de clusters constitui uma alternativa para os multiprocessadores simétricos. Dois principais objetivos ou requisitos de projeto desse tipo de organização são a escalabilidade a) b) c) d) e) parcial e a média disponibilidade parcial e a alta disponibilidade incremental e a média disponibilidade incremental e a alta disponibilidade absoluta e a média disponibilidade 483 Exercícios 2- (Questão 54 – Transpetro – Analista de Sistemas Junior – Infraestrutura – ano 2012 – Cesgranrio) A respeito de conceitos básicos de computação em aglomerados (Cluster) e de computação em grades (Grids), considere as afirmações a seguir. I. II. III. Computação em grade (Grid Computing) é um modelo computacional capaz de alcançar uma alta taxa de processamento dividindo as tarefas entre diversas máquinas que formam uma máquina virtual. Computadores de baixo custo podem ser agrupados em clusters, gerando maior poder computacional. É adequado construir um cluster de forma distribuída com seus nós situados em várias e diferentes localidades. Está correto APENAS o que se afirma em a) b) c) d) e) I II III I e II II e III 484