desenho ii - Desenho 2 [fbaup]
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desenho ii - Desenho 2 [fbaup]
DESENHO II Faculdade de Belas Artes Universidade do Porto 2012-2013 Ficha de trabalho 2 CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS Perceção, comportamento gestual e regime gráfico – da representação caligráfica à representação taxonómica. O desenho como espaço de experimentação e sistema aberto Intensidade, amplitude, velocidade e frequência do comportamento gestual. Os processos da variante, do arrependimento e da reserva. Meios abrasivos e fluidos - especificidades, incompatibilidades e cruzamentos. A imagem gráfica, a imagem impressa e a imagem projetada OBJETIVOS ESPECÍFICOS Consolidar a acuidade visual e a destreza gestual implicadas nas representações do real. Explorar as interligações entre processos percetivos, meios e imagens de desenho. Iniciar o confronto com o universo plural (histórico e funcional) das imagens de desenho. Introduzir e aprofundar competências técnicas e processuais no domínio do desenho, que ampliem as capacidades instrumentais de cada estudante. Situar a relação entre perceção visual e perceção háptica como base operativa do desenho. Compreender e usar o desenho como processo de hipóteses e correções. RESULTADOS DE APRENDIZAGEM E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Capacidade em lidar com informação visual complexa de forma clara, proporcionada e crítica. Capacidade de mobilização e adaptação de procedimentos e estratégias adequados ao trabalho em curso. Conhecimento e versatilidade na utilização dos meios e das técnicas do desenho. Capacidade de relacionar o saber adquirido, a história, os campos e as funções do desenho, com as expectativas individuais. Manutenção e desenvolvimento de diário gráfico, em articulação com os conteúdos programáticos. Cumprimento integral do plano de trabalho. Assiduidade e pontualidade. 1 Aula PLANEAMENTO Conteúdos Apresentação dos conteúdos, temas e contextos do trabalho. Exposição visual e teórica: 1. Regimes gráficos diferenciados: da 1e2 representação caligráfica à representação taxonómica – as suas diferenças motivacionais, operativas e cognitivas Trabalho Prático Quantidade [Tempo] (Aula anterior: Trazer um objeto metálico que permita ver o reflexo da nossa cara.( sem ser um espelho) Ex. colher de sopa, testo , tampa, etc... Uma imagem impressa a preto e branco, em formato A1, com uma foto tipo passe com a cara do aluno. Várias imagens que de alguma representem o aluno, (imagens de desenhos, fotos) algumas podem ser fotocópias e a imagem que permitam ser transferidas e manipuladas, recortes, etc) Conclusão dos trabalhos. Desenvolvimentos pessoais em diário gráfico dos exercícios propostos. Escolher um adjetivo: inquieto, persistente, tranquilo, simulado, velos, lento, etc... O Desenho como estrutura dissipativa: (que dá origem a outra) pretende através da construção de um imagem , que neste caso tem como pretexto a auto representação, criar dinâmicas que impliquem os conteúdos de trabalho na construção destes desenhos. Ex1 (aprox) 6 variações (30 minutos cada) Ex:1: Utilizando um objeto que permite ver a nossa imagem destorcida, iremos fazer várias representações. ( suportes vários formatos e tipos ) Representações caligráficas; Tramas: diferentes intenções, diferentes atitudes. Suportes: papel A2/ A1 Meios fluidos: aguadas, aguarela, acrílico, tinta-da-china (tubo e barra), pincel redondo (vários tamanhos) e trincha. Meios abrasivos: barras (carvão, sanguínea, pastel, grafite) Ex.2 (aprox)1h (auto-representação] 2. A dinâmica processual da variante, do arrependimento e da reserva no desenho Trabalho Complementar Exercício complementar: Utilizando o Post ‘it como suporte (fornecido pela UP] desenvolver um conjunto de desenhos, que funcionem como “ cartão de visita” onde a imagem seja uma mensagem gráfica em que o aluno de alguma forma se apresente ou apresente uma ideia. Os trabalhos serão para colocar num espaço público, mais concretamente no e-learning café da UP. (polo da Asperela) em data a combinar. 2 3. Perceção e regime gráfico da representação caligráfica à representação taxonómica. Ex2 :Confrontando-nos com a nossa imagem (impressa) e através do desenho de observação, para o qual utilizaremos um objeto que permita ver que a nossa imagem distorcida, tentaremos representarmo-nos tendo um compromisso com o que vamos acrescentar e reservar da imagem fundo. Ex. 3 [20 min,/desenho) Suportes: Papel A1 impresso Meios: meios abrasivos (lápis de grafite, grafite em pó, carvão sintético, carvão vegetal, sanguínea, etc.); Ex: 3- A partir das experiências anteriores, escolher um adjetivo por desenho, que seja implicado na representação caligráfica e não como ilustração de um comportamento ou expressão facial. Salienta-se que o foco de estudo está na representação caligráfica. Número mínimo: 6 desenhos, os suportes e materiais deverão ser escolhidos de acordo com o interesse do aluno (suportes vários em formatos e tipos, assim como os materiais riscadores ). Sessão 3 19 nov. ( modelo) Sessão 4 21 nov. Variante e arrependimento; Possibilidades informativas e expressivas dos meios secos/abrasivos, líquidos/fluídos Perceção e regime gráfico. Trabalho de campo. Desenvolvimento temático. Desenvolvimentos a partir de modelo vivo Reportagem gráfica: reconhecimento do espaço e dos seus elementos característicos. Esquissos, esboços, desenhos de contorno, diagramáticos, tonais, etc. Meios: meios abrasivos / meios fluidos em diário gráfico (mínimo 30 desenhos) n Continuação em diário gráfico n Continuação dos trabalhos 3 Sessão 5 26 nov. ( modelo) Sessão 6 28 nov. Sessão 7 3 Dez. Sessão 8 5 Dez. Sessão 9 10 Dez. Possibilidades informativas e expressivas dos materiais e procedimentos: cruzamentos Desenvolvimentos a partir de modelo vivo Abordagens tonais: (1) a partir de grisalha (Conjugação de meios) (2) pincel seco (3) Tonalidade subtractiva (ver ponto 1, em baixo) (4) Modelação e variações tonais (meios abrasivos e fluidos) Meios: Papel 50 x 70cm; acrílico branco e pincel; grafite/barra conte; secador) Selecção de um objecto de estudo. Perceção e regime Representação taxonómica: Análise estrutural e volumétrica do objecto de gráfico: a representação estudo taxonómica. Abordagem planar; Medição e diagrama Trabalho de campo. Meios: Papel 50x70 cm; carvão sintético/barra conte e grafite Aspetos cromáticos Perceção e regime gráfico: abordagem caligráfica Trabalho de campo. Possibilidades informativas e expressivas dos meios; a variante e o arrependimento como processos generativos do desenho Desenvolvimentos a partir de modelo vivo. Modelação, trama e estudos de cor: tricromia; mancha e tonalidade Meios: Papel 50 x 70; Lápis de cor (cores primárias); Pasteis secos (vários tons) Representações caligráficas do objeto de estudo O gesto como elemento configurador de uma estrutura; estruturação e disgrafia. Meios líquidos/fluidos; secos/abrasivos Suportes 30 x 40 cm / 50 x 70 cm Desenvolvimentos a partir de modelo vivo Meios: Papel 50 x 70 cm (gramagem mínima de 180 g/m2); Meios diversos Desenvolvimento de um desenho durante uma sessão 8 Desenvolvimentos pessoais no Diário gráfico Vários desenhos por folha + 10 em diário gráfico Desenvolvimentos pessoais no Diário 3 esquissos 2 estudos Desenvolvimentos pessoais no Diário Gráfico (2h30m) 15 desenhos Continuação dos trabalhos 1 Desenho [3 horas] 4 Sessão 10 12 Dez. Possibilidades descritivas e expressivas dos meios; a variante e o arrependimento como processos generativos do desenho. Representação taxonómica do objeto de estudo O gesto mínimo: representação taxonómica/ilustração científica da totalidade ou fragmento do objeto de estudo. Meios: papel e scratchboard. ( trazer todo o material realizado no espaço para fazer o exercício na sala de aula) Mínimo 2 Desenvolvimento do trabalho. Realização de mais 2 exercícios FERIAS DE NATAL 11 9 Janeiro Apropriação, desvio e Recombinação implícita/explícita dos trabalhos desenvolvidos em torno da invenção dos meios autorrepresentação e do trabalho de campo Deformação e figuração; A partir da autorrepresentação – Desenho à escala do corpo. Enfatismo e exclusão Adequada aos objetivos do trabalho Continuação do trabalho iniciado na sessão 11, a partir do material recolhido 12 14 Janeiro Perceção e regime gráfico. Apropriação, desvio e invenção dos meios Recombinação implícita/explícita dos trabalhos desenvolvidos em torno da autorrepresentação e do trabalho de campo. Adequada aos objetivos do trabalho Continuação do trabalho iniciado na sessão 11, a partir do material recolhido 13 16 Janeiro Perceção e regime gráfico. Apropriação, desvio e invenção dos meios Recombinação implícita/explícita dos trabalhos desenvolvidos em torno da autorrepresentação e do trabalho de campo. Adequada aos objetivos do trabalho Continuação do trabalho iniciado na sessão 11, a partir do material recolhido. Nota: o trabalho complementar deve funcionar como extensão e contraponto do trabalho das aulas, desenvolvendo variantes que consolidem, quantitativa e qualitativamente, a resposta aos objetivos. Considerando o espaço coletivo (escolar) e o particular, este trabalho deverá estimular e ser estimulado por condições temporais, espaciais e materiais que favoreçam a investigação formal, a experimentação de meios, a verificação de resultados, a reflexão em contínua atividade. Sessões temáticas previstas: A partir de modelo vivo: 4 Trabalho de campo: 5 Autorrepresentação: 5 5 1. TONALIDADE SUBTRACTIVA DURAÇÃO: 40 minutos ASSUNTO: A partir de modelo vivo / autorrepresentação / espaço ABORDAGEM: Mão de controlo. MATERIAIS: Carvão vegetal, borracha de carvão, pano de algodão macio, pincel macio, papel prensado a quente (de preferência), com o mínimo de 180 g/m2 OBJECTIVOS: Explorar as possibilidades expressivas e informativas dos meios abrasivos. Utilizar a luz como elemento definidor de uma estrutura. Controlar o espectro tonal de uma cena. MÉTODO: 1. Cobrir o papel com carvão sintético, numa tonalidade média, e friccionar a mancha resultante com um pano de algodão macio, integrando-a no papel. Não é necessário que esta mancha seja homogénea. As diferenças tonais da base podem servir várias intenções no processo de construção da imagem. 2. Imagina que estás numa sala escura, onde nada é visível. Subitamente, um interruptor é ligado, e começas a ver manchas de luz. Ainda não as consegues relacionar com um objecto ou espaço conhecido, mas percebes as suas configurações, como se as recortasses com o olhar. De forma gradual, a luz aumenta, e permite agora ver novas configurações, outros tons, relacionando agora as áreas tonais com objectos espaços reconhecíveis. 3. Com a borracha, retira o carvão dos espaços negativos. Considera as áreas de maior e menor intensidade lumínica. Define as áreas mais luminosas primeiro. 4. Compara uma área com a outra, adjacente. A luz, como qualquer elemento do desenho, percebe-se sempre de forma relacional: isto é mais claro, isto é mais escuro. 5. Usa o pano, a borracha, os dedos, um pincel suave e a palma da mão para ajustar e integrar a luz negativa do papel e do carvão. 6. Tem em consideração que a luz que circunda e descreve os objectos no espaço é, ao mesmo tempo, o papel que se revela no interior de cada um. 7. Após definir o espaço negativo, e ao começar a caracterizar os objectos, poderá ser necessário definir mais claramente os seus perfis. 8. Usa a barra de carvão afiada (com um papel de lixa, ou uma lima de unhas) para definir os elementos na composição. Tira partida de marcas acidentais que ocorram durante este processo. 9. À medida que o desenho progride, poderá ser necessário resgatar certas configurações e áreas tonais. Não nos devemos inibir de anular áreas que não nos satisfaçam, de forma a reestruturá-las. O carvão é um material muito flexível, fundamental para isto… BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA ALLOWAY, Lawrence et al. Christo and Jeanne – Claude – Early Works, 1958-1969. London: Taschen. CELANT, Germano (1988). A Bottle of Notes and Some Voyages. Valencia: IVAM. COZENS, Alexander ([1785] 1977). A New Method of Landscape. London: Paddington Press. GLENN, Constance (1985). Jim Dine: Drawings. New York: Harry N. Abrams. GOLDSTEIN, Nathan (1981). Figure Drawing. New Jersey: Prentice Hall. GOLDSTEIN, Nathan (1999). The Art of Responsive Drawing. 5º Edição. New Jersey, Prentice-Hall. 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