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ESCUTEIROS DO ESTORIL B ITOLA 40 ÓRGÃO INFORMATIVO DO XXI ACAGRUP E DO PROJECTO 40 ANOS DE AVENTURAS NUMERO 4 DEZEMBRO 2008 N ESTE NÚMERO : EDITORIAL Eis-nos chegados ao mês de Dezembro, mês do Natal, das luzes e das prendas, das comidas especiais e das festas. É tempo de recordar os amigos, reunir a família, construir o presépio e deixarmo-nos envolver pelo mistério de amor e comunhão no qual Deus se faz pequenino e nasce como nós. Um Deus que “desistiu” de esperar e tomou a iniciativa de vir ao nosso encontro, morar connosco. A liturgia usa uma expressão de S.João para falar desta atitude de Deus: “A Palavra fez-se carne e montou a sua tenda no meio de nós” (Jo 1,14). Para nós, escuteiros, a tenda é um elemento sobejamente conhecido. Montar a tenda significa ter um lugar de referência, uma N ATAL guarida, um ponto de encontro e de apoio. Se Deus montou a Sua tenda no meio de nós quer dizer que a nossa vida não a vivemos sozinhos, mas na Sua companhia, que Ele caminha ao nosso lado e partilha connosco as nossas aventuras. Se ligarmos esta imagem da tenda ao quadragésimo aniversário que o Agrupamento está a celebrar, teríamos que afirmar que a história honrosa do 75 Estoril é uma história partilhada por Deus, onde Ele esteve presente e inspirou o crescimento de tantos que por aqui foram passando. Mas não nos basta olhar para o passado. Deus continua a caminhar connosco. Ele quer nascer cada ano e cada dia no coração de cada homem e na vida de cada agrupamento. Somos pessoas de esperança, estamos alerta, perscrutamos constantemente o horizonte. É com estas atitudes que nos caracterizam, que devemos descobrir a presença de Deus, os Seus sinais, a Sua tenda, afim de nos encontrarmos com Ele, por Ele sermos acolhidos e robustecidos. Que neste Natal, e em todas as celebrações destes 40 anos, nos sintamos a caminhar com Deus ao nosso lado, que nos sintamos convidados por Deus para a Sua tenda e possamos crescer no conhecimento e na intimidade com Ele. Pe. João Chaves Assistente do Agrupamento É FESTA ! • Editorial • Crónica de Natal • Espaço Equus 30 • CPP SUMÁRIO C RÓNICA DE N ATAL 2 E NGORDAR O 3 PORQUINHO ALCATEIA O USOU S AIR 3 E SCUTISMO FRANCÊS 3 ESPAÇO EQUUS 30 4 4 V OZ DA CPP R ECÉM - CHEGADOS A Equipa Redactorial do Bitola 40 deseja a todos os leitores um Santo e Feliz Natal 31 JANEIRO 2009 ANIVERSÁRIO DO 75 Estoril, um lugar. Mil sensações B ITOLA 40 P ÁGINA 2 C RÓNICA DE N ATAL (Algures na década de ‘80) QUEREM MAIS BOLO-REI ? www.escuteirosdoestoril.net Após uma animada viagem de comboio (como se fazia com frequência naquela altura), o Grupo Explorador chega a Caldas de Vizela. Aquele acantonamento de Natal seria em conjunto com o grupo explorador local. Pousámos as mochilas e fomos visitar a enorme sede do Agrupamento 279. Ficámos instalados no salão nobre, que era um espaço bem grande. Achámos curioso haver nas paredes muitas fotos de senhoras. Ao perguntarmos quem eram, disseram-nos que eram as madrinhas da fanfarra (?). Preferimos não fazer comentários, afinal fomos muito bem recebidos… Reparámos também que a coeducação naquele agrupamento era muito diferente da nossa - tinham dois grupos: masculino e feminino. Eles reuniam-se ao sábado e elas ao domingo. Só se juntavam para fazer actividades uma vez por ano, por altura das promessas. Assim, faríamos as actividades em conjunto (raid e jogo de cidade) só com o grupo dos rapazes. No dia seguinte, domingo, fomos à missa e vimos pela primeira vez o grupo só das raparigas. Estava combinado que iríamos animar a eucaristia com o nosso coro (o coro do nosso agrupamento naquele tempo era maioritariamente composto por elementos da IIª Secção). O assistente do agrupamento, no início da missa, fez uma grande apresentação do nosso grupo a todos os presentes na igreja. Durante a missa o nosso pessoal esteve muito bem nos cânticos, acompanhados nas violas pelo Ivo e a Lena, ambos animadores. No fim da celebração, o assistente nos deixou um pouco sem jeito ao pedir um grande aplauso para o fantástico e belíssimo (sic) coro dos exploradores do Estoril. Mais ainda: como estávamos na altura do Natal e para provar que os vizelenses sabem acolher os visitantes, sugeriu (ou mandou?) que os paroquianos deixassem na sede “qualquer coisinha” para nós. A partir da tarde daquele dia, a “qualquer coisinha” foram montes e montes de bolosrei. Um atrás do outro, os carros iam chegando, paravam no pátio da sede e deixavam os bolos. Agradecíamos e levávamos para a sede onde a malta comia gulosamente. No entanto, a quantidade de bolos era tanta que uma hora depois já ninguém podia ver bolo-rei à frente, mas não paravam de chegar… -”É o chefe dos escuteiros?” perguntou uma senhora que chegara num Audi novinho. Ao responder que sim, ela diz: “Desculpe a demora, mas só agora pude trazer “qualquer coisinha” p’ros meninos.” Abre a mala do carro e tira oito (!) bolos-rei e daqueles grandes. Ao entrar no salão e ao ver mais uma pilha de bolos, dois exploradores ameaçaram vomitar. Nos dias seguintes, os pequenos almoços e sobremesas eram sempre bolo-rei. Uma patrulha pretendia jogar à bola no pátio usando bolosrei empilhados a fazer de balizas e outra ainda tentou usar bolos para fazer o jogo das argolas. Obviamente os animadores não permitiram. O assistente, de vez em quando, ia ter connosco e perguntava: - “Querem mais bolo?” -NÃÃOOO, OBRIGADO!” respondíamos com a delicadeza possível. No dia do Jogo de Cidade, correu o boato (até hoje não se sabe o autor) que a patrulha que ganhasse ganharia dois bolos-rei. Coincidência ou não, a Raposa perdeu-se de propósito, a Cavalo respondia os questionários todos mal, a Morcego foi ao cinema e a Falcão toda ficou “doente” e desistiu. Com isso, as quatro patrulhas de Vizela, logicamente, foram as melhores classificadas. Apesar de tudo, essa actividade de Natal correu bem e muitos dos que foram ainda se lembram dela. Eu é que fiquei numa posição desconfortável quando os pais, mais tarde, me diziam que os seus filhos juraram que nunca mais iriam comer bolo-rei… Alex NUMERO 4 V AMOS P ÁGINA 3 ENGORDAR O PORQUINHO ! Espera-vos, no Verão, uma actividade inesquecível que nos desafia e nos faz lembrar que há 40 anos que procuramos deixar o mundo um pouco melhor! Já está muito próximo mas ainda falta o principal… €€€ É um esforço muito grande que as nossas famílias fazem sempre que um escuteiro tem uma actividade, ainda mais uma actividade desta envergadura e quando ocorre ao mesmo tempo que uma crise financeira internacio- A LCATEIA nal. Mas vamos ficar de braços cruzados a dizer que não fomos por causa da crise? Nem pensar! O caminho a percorrer é duro, são cerca de 500 Euros que cada um terá que pagar, e tal como o Alex referiu no Bitola anterior, não existe no nosso agrupamento o “Factor PPA” (Papai pagou, acampou). Por isso, está na hora de meter mãos à obra e começar a juntar no mealheiro. Temos muitas formas de angariar fundos para a nossa actividade. Essa angariação pode ser feita a nível individual, de bando/patrulha/ equipa, ao nível da secção ou do agrupamento,. Mas ideias precisam-se! Falem com os vosso chefes, se não querem ficar em casa. Castor Sorridente OUSOU SAIR DO COVIL Foi nos dias 29 e 30 de Novembro que a nossa Alcateia ousou sair do Covil para uma Caçada por terras de Sintra. Pensámos nós acampar, mas o temporal desse fim-de-semana obrigou-nos a pernoitar numa sala, gentilmente cedida pelas Irmãs Doroteias. Só vos digo que foi espectacular. Foi uma alegria imensa que 25 dos nossos Lobitos deixaram o conforto das suas E SCUTISMO casas para se irem divertir em companhia dos seus irmãos lobos numa noite fora de casa. Para muitos destes Lobitos, foi a primeira vez que não dormiram com a sua família. Fomos até à Lagoa Azul, onde tivemos uma dentada sobre a Lei e as Máximas dos Lobitos; fizemos um jogo muito animado de estafetas sobre a Lei e as Máximas, aprendemos a comer juntos, INTERNACIONAL A Associação Eclaireuses et Eclaireurs Unionistes de France (EEUdF) identifica-se como uma associação de inspiração cristã e evangélica. Apesar de ser confessional, esta associação permite a filiação de jovens de outras religiões, contrariamente ao que acontece no CNE. Um dos seus apelos educativos assenta na convicção de que as crianças e jovens são agentes de mudança da sociedade. São motivados a se envolverem arrumar as roupas e sacocama na mochila, a partilhar a nossa comida, a lavar a loiça. Algumas destas tarefas ainda demoraram um pouco, mas com a ajuda da Àquela, Balu, Hati e Racxa, todos gostaram desta actividade. Só foi pena o frio e chuva que houve ao longo do fimde-semana. Uma canhota enorme, Hati - (IV) activamente na construção de um mundo melhor: mais democrático, mais fraterno e mais responsável com o Ambiente. Foi fundada em 1911 e é membro da Federação Protestante de França. Sua sede nacional situa-se em Clichysous-Bois (arredores de Paris).Os agrupamentos têm sede em templos evangélicos. Apesar de ter implantação nacional, o seu efectivo não ultrapassa os 5.000 FRANÇA membros, distribuídos pelos seus cerca de 100 agrupamentos. A aplicação da metodologia escutista é levada a cabo em 3 secções: Louvettes/Louveteaux (Lobitos) 8 a 11 anos Eclaireuses/Eclaireurs (Exploradores) 12 a 15 anos Aînées/Aînés (Pio/Caminheiros) 16 a 19 anos Divisa: Toujours Prêt (Sempre Pronto) Alex INSÍGNIA EEUDF ESPAÇO EQUUS 30 T ESTEMUNHOS DE A NTIGOS G UIAS E SCUTEIROS DO E STORIL CORPO NACIONAL DE ESCUTAS AGRUPAMENTO 75/ESTORIL APARTADO 189 - 2766-903 ESTORIL ESCOLA SALESIANA DO ESTORIL TEL.: 214 673 183 EDIÇÃO ONLINE DISPONÍVEL EM VERSÃO PDF WWW.ESCUTEIROSDOESTORIL.NET À Patrulha Cavalo Por ocasião dos 30 anos da Patrulha a qual pertenci, não poderia deixar de dar uma mensagem de força aos actuais elementos, mesmo porque estive dez anos no agrupamento. Assim, desejo aos Cavalos que corram livremente usufruindo de tudo o que vos rodeia, ajudem e auxiliem a quem precisa, respeitem cada elemento porque um Cavalo é digno, dentro e fora da Patrulha. Felicidades e, como diz o nosso grito; “Cavalos Alerta! Sempre Certa, Sempre Certa!” Natacha Chumbo Guia de Patrulha 1990/91 V OZ DA C.P.P. (C OMISSÃO P ERMANENTE DE P AIS ) FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE ESCUTEIROS DO ESTORIL PUBLICAÇÃO MENSAL DIRECTOR ALEXANDRE RIPOLL EDIÇÃO GRÁFICA JORGE EMÍDIO REDACÇÃO ANA MARCÃO CATARINA VICENTE DANIEL PESTANA COLABORARAM NESTE NÚMERO CASTOR SORRIDENTE HATI NATACHA CHUMBO PE. JOÃO CHAVES SUSANA MONTEIRO Recém-chegados Após ter aceite o desafio que o guia da Comissão Permanente de Pais me lançou, no meio de centenas de castanhas (reunião de pais e Magusto), cá estou eu a partilhar convosco a minha experiência. Há dois anos atrás, o meu filho mais velho, na altura com dez anos, perguntou-me se podia “entrar” para os escuteiros. Respondi-lhe afirmativamente com uma grande dose de entusiasmo e lá fomos nós bater à porta do Agrupamento do Estoril. Infelizmente, por força do destino (melhor dizendo, da falta de vagas), essa intenção foi adiada até este ano de 2008/2009. Passei a ter não um mas dois escuteiros lá em casa, pois o irmão mais novo também quis abraçar essa causa. Como tento sempre olhar para a vida pelo lado positivo, acho que os dois anos de espera compensaram, pois é um privilégio que esta entrada se esteja a concretizar no 40º aniversário do Agrupamento, com tantas actividades e novidades, nomeadamente o novo sistema de progresso. Para mim, escutismo é sinónimo de uma organização secular que abraça o mundo, interagindo com a natureza, ao mesmo tempo que ensina as crianças e jovens a conviver e a partilhar. O espírito escutista representa o melhor de todos nós, com uma grande dose de alegria. Mas qual o dos pais numa decisão aparentemente simples, quando nos perguntam “podemos ir para os escuteiros?” Para além do “sim, claro que podes”, de tratar da inscrição, do uniforme, da logística, enfim, de acomodar mais uma actividade no calendário familiar e assumir um compromisso, penso que os pais podem e devem participar activamente nesta nova aventura dos filhos. Não é difícil, basta seguir a intuição: *Saber o que é o escutismo e o que fazem os escuteiros - os seus valores, método, estrutura. *Fazer perguntas *Mostrar interesse *Deixar que sejam os filhos a explicar tudo o que se passa *Incentivá-los e encorajá-los *Participar nas actividades qb *Ajudar e apoiar o Agrupamento e a equipa de animação - transportes para acampamentos, cozinha, contactos com organizações para conseguir contribuições,… O tempo passa a correr e os filhos correm ainda mais depressa que o tempo. Vai ser bom olhar para trás, para os álbuns de recordações, e ver que estivemos presentes nos momentos divertidos, nos momentos importantes, nos momentos em que eles se definiram. Do pouco que conheço dos escuteiros, sei que Baden Powell tinha um lema com as suas iniciais BP - ”Be prepared” (esteja preparado). E os pais devem estar preparados para assumir o seu dever de pais. Susana Monteiro
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