Fauno - Companhia Nacional de Bailado
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Fauno - Companhia Nacional de Bailado
COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO — 2015/2016 AGRADECIMENTO À FUNDAÇÃO EDP À noite com a iluminação pública as sombras dos choupos nas cortinas das janelas da minha sala ¯¯¯ Adília Lopes, ¯¯¯ in Apanhar ar, 2010. ¯¯¯ Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 A FUNDAÇÃO EDP É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL CNB 2015/2016 ¯¯¯ Luísa Taveira, ¯¯¯ Diretora Artística ¯¯¯ maio 2015 ¯ A poesia de Adília Lopes apanha-nos desprevenidos. A nossa reação, como se fosse uma coreografia espontânea, entreabre-nos os lábios, descai-nos o queixo, arregala-nos os olhos e crispa-nos o corpo, deixando-o em irremediável alerta total. É essa estupefação, por mais fugaz e imprevisível que seja, que qualquer artista ambiciona provocar no seu leitor, no seu ouvinte, no seu público. É, igualmente, pela promessa da sua existência que um bailarino está disposto a trabalhar o corpo até conseguir, talvez, virá-lo do avesso. Os poemas de Adília foram uma verdadeira inspiração para o programa que agora apresentamos. Tal como ela, quisemos desfraldar uma bandeira à vida de todos os dias, às nossas rotinas próprias da Dança que serão, porventura, tão obsessivas quanto a sua obra. Escrever/ um poema/ lutar com o Anjo¹. Longe do nonsense – classificação que tantas vezes lhe vimos aplicada – é pelo contrário na clareza dos seus significados que olhamos, descaradamente, para a fragilidade da natureza humana, mas também para o que ela tem de corajoso. Adília não escreve com formalismos poéticos previsíveis mas, com desconcertante sabedoria, inventa associações, descreve trivialidades, relata sentimentos que, afinal, não são o que parecem e que, por isso mesmo, acabam por sê-lo outra vez. A poesia de Adília Lopes parece embalar-nos num vaivém para depois, com grande estrondo, nos deixar cair. Para nos fazer entender. É através da leveza da sua ironia, por vezes trágica, irreverente mas sempre lúcida, que ela nos transforma o “Paraíso num Inferno”² . Para nos obrigar a sentir. Falar sobre dança ou poesia, neste caso é indiferente: o abraço é muito parecido. Queremos convidá-lo a conhecer a nossa programação e, depois, ficamos à sua espera. A Fiama escreveu Setembros, título que eu acho muito bonito. Um mês no plural para título de livro de poesia só funciona com Setembro. Janeiros, Fevereiros, Marços, Abris, Maios, Junhos, Julhos, Agostos, Outubros, Novembros, Dezembros não funciona. Não sou capaz de explicar porquê. Mas é assim. 13/4/14 ¯¯¯ Adília Lopes, ¯¯¯ in Manhã, 2015. ¹ Adília Lopes, in Versos verdes, 1999. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 ² Adília Lopes, in Irmã barata, irmã batata, 2000. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 01 COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO — 2015/2016 SETEMBRO 2015 QUA 23 14H – 17H QUI 24 14H – 17H SEX 25 14H – 17H PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Pedro e Inês Sede CNB NOVEMBRO 2015 DOM 08 21H ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Morceau de Bravoure Sede CNB QUI 12 21H MORCEAU DE BRAVOURE PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Pedro e Inês SEX 13 21H MORCEAU DE BRAVOURE 19H A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE 21H MORCEAU DE BRAVOURE Sede CNB OUTUBRO 2015 QUA 07 21H ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Pedro e Inês QUI 08 21H PEDRO E INÊS SAB 10 DOM 11 QUA 14 QUI 15 21H PEDRO E INÊS 19H A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE 21H PEDRO E INÊS 11H – 13H 16H 11H – 13H 15H 16H – 18H MORCEAU DE BRAVOURE Espetáculo para Escolas HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – ENSAIO PEDRO E INÊS SAB 21 21H MORCEAU DE BRAVOURE DE QUE É QUE TENS MEDO? PEDRO E INÊS Espetáculo para Escolas HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO I – ENSAIO 21H PEDRO E INÊS 21H 16H – 18H DE QUE É QUE TENS MEDO? MORCEAU DE BRAVOURE SAB 17 QUI 22 15H HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO I – SESSÃO TEÓRICA 1 PEDRO E INÊS 14H – 17H 11H – 13H MORCEAU DE BRAVOURE MORCEAU DE BRAVOURE 21H QUA 21 QUI 19 16H HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – SESSÃO TEÓRICA 2 21H SEX 16 16H QUA 18 11H – 13H 21H PEDRO E INÊS 11H – 13H DOM 15 SEX 20 21H DOM 18 HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – SESSÃO TEÓRICA 1 QUA 11 PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Pedro e Inês SAB 14 SEX 09 11H – 13H DOM 22 11H – 13H 16H QUA 25 14H – 170 QUI 26 14H – 17H SEX 27 14H – 17H DOM 29 11H – 13H HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO I – SESSÃO TEÓRICA 2 PEDRO E INÊS PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Morceau de Bravoure MORCEAU DE BRAVOURE PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA A Bela Adormecida Teatro Nacional de São Carlos PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA A Bela Adormecida Teatro Nacional de São Carlos PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA A Bela Adormecida Teatro Nacional de São Carlos HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – SESSÃO TEÓRICA 4 DEZEMBRO 2015 HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO I – ESPETÁCULO PEDRO E INÊS HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – SESSÃO TEÓRICA 3 QUA 02 21H ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO A Bela Adormecida Teatro Nacional de São Carlos QUI 03 21H A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos SEX 04 21H SEX 23 21H PEDRO E INÊS SAB 24 21H PEDRO E INÊS TER 27 14H – 17H PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Morceau de Bravoure QUA 28 14H – 17H PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Morceau de Bravoure A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Lídia A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE Teatro Viriato, Viseu SEX 30 21H30 Teatro Viriato, Viseu 21H30 SAB 05 LÍDIA Teatro Viriato, Viseu PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Lídia SAB 31 HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO II – ESPETÁCULO LÍDIA Teatro Viriato, Viseu 19H Teatro Nacional de São Carlos Teatro Nacional de São Carlos 21H A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos DOM 06 16H A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos QUA 09 15H A BELA ADORMECIDA Espetáculo para Escolas Teatro Nacional de São Carlos QUI 10 21H A BELA ADORMECIDA Espetáculo EDP Teatro Nacional de São Carlos SEX 11 21H A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos SAB 12 21H A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos DOM 13 16H A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos QUA 16 15H A BELA ADORMECIDA Espetáculo para Escolas Teatro Nacional de São Carlos QUI 17 21H A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos SEX 18 21H A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos SAB 19 21H A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos DOM 20 16H A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos TER 29 21H30 PEDRO E INÊS Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada QUA 30 21H30 PEDRO E INÊS Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada 03 JANEIRO 2016 MARÇO 2016 QUI 14 21H PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO QUA 16 19H30 ORFEU E EURÍDICE Staatstheater Darmstadt SEX 15 21H PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO QUI 17 19H30 ORFEU E EURÍDICE Staatstheater Darmstadt 19H A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE DOM 20 20H 21H PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO QUA 23 19H30 ORFEU E EURÍDICE Theater der Bundesstadt, Bonn HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – SESSÃO TEÓRICA 1 QUI 24 19H30 ORFEU E EURÍDICE Theater der Bundesstadt, Bonn SAB 16 DOM 17 TER 19 QUA 20 11H – 13H 16H 16H – 18H 14H – 17H 15H QUI 21 14H – 17H 21H SEX 22 SAB 23 DOM 24 14H – 17H PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – ENSAIO PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa Reportório SAB 02 16H – 19H TARDE, ADÍLIA LOPES DOM 03 11H – 13H HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO IV – SESSÃO TEÓRICA 1 DOM 10 11H – 13H HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO IV – SESSÃO TEÓRICA 2 Sede CNB TER 12 14H – 17H PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Romeu e Julieta PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO QUA 13 16H – 18H HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO IV – ENSAIO PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa Reportório QUI 14 14H – 17H PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Romeu e Julieta Sede CNB SEX 15 14H – 17H PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Romeu e Julieta DOM 17 11H – 13H HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO IV – SESSÃO TEÓRICA 3 QUI 28 21H ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Romeu e Julieta SEX 29 21H ROMEU E JULIETA Dia Mundial da Dança 19H A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE 21H ROMEU E JULIETA Sede CNB PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO Espetáculo para Escolas PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa Reportório PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO 21H PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO 16H HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – SESSÃO TEÓRICA 2 PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa Reportório QUI 28 ABRIL 2016 Sede CNB 21H 11H – 13H ORFEU E EURÍDICE Forum am Schlosspark Ludwigsburg SAB 30 Teatro Municipal do Porto, Rivoli PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa Reportório SAB 30 21H30 PROGRAMA REPORTÓRIO Teatro Municipal do Porto, Rivoli 21H30 PROGRAMA REPORTÓRIO Teatro Municipal do Porto, Rivoli 11H – 13H DOM 31 17H PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO 21H ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Programa Reportório SEX 05 21H PROGRAMA REPORTÓRIO SAB 06 21H PROGRAMA REPORTÓRIO SEX 12 SAB 13 QUI 18 16H 21H 19H 11H – 13H 15H HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – SESSÃO TEÓRICA 4 PROGRAMA REPORTÓRIO HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – ESPETÁCULO PROGRAMA REPORTÓRIO A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE 21H PROGRAMA REPORTÓRIO 11H – 13H DE QUE É QUE TENS MEDO? 15H PROGRAMA REPORTÓRIO Espetáculo para Escolas SEX 19 21H PROGRAMA REPORTÓRIO SAB 20 21H PROGRAMA REPORTÓRIO DE QUE É QUE TENS MEDO? ROMEU E JULIETA Espetáculo para Escolas HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO IV – ESPETÁCULO SEX 06 21H SAB 07 21H ROMEU E JULIETA DOM 08 16H ROMEU E JULIETA SEX 13 21H ROMEU E JULIETA 19H A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE Teatro Municipal do Porto, Rivoli QUI 04 11H – 13H QUI 05 HISTÓRIA DA DANÇA – MÓDULO III – SESSÃO TEÓRICA 3 FEVEREIRO 2016 DOM 07 MAIO 2016 Teatro Municipal do Porto, Rivoli SEX 29 SAB 14 ROMEU E JULIETA 21H ROMEU E JULIETA DOM 15 16H ROMEU E JULIETA QUA 18 14H – 17H PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Carnaval QUI 19 14H – 17H PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Carnaval SEX 20 14H – 17H PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Carnaval JUNHO 2016 QUA 15 21H ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Carnaval QUI 16 21H CARNAVAL SEX 17 21H CARNAVAL 19H A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE SAB 18 21H CARNAVAL DOM 19 16H CARNAVAL QUA 22 15H CARNAVAL Espetáculo para Escolas QUI 23 21H CARNAVAL SEX 24 21H CARNAVAL SAB 25 21H CARNAVAL DOM 26 16H CARNAVAL JULHO 2016 PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Carnaval Teatro Municipal do Porto, Rivoli SEX 01 21H30 21H CARNAVAL Teatro Municipal do Porto, Rivoli ESCOLA DE DANÇA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Carnaval Teatro Municipal do Porto, Rivoli SAB 02 21H30 CARNAVAL Teatro Municipal do Porto, Rivoli 16H/21H ESCOLA DE DANÇA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL DOM 03 16H ESCOLA DE DANÇA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL QUI 14 21H SEX 15 21H ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare Teatro Nacional D.Maria II SAB 16 21H ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare Teatro Nacional D.Maria II DOM 17 16H ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare Teatro Nacional D.Maria II QUA 20 21H ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare Teatro Nacional D.Maria II QUI 21 21H ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare Teatro Nacional D.Maria II SEX 22 21H ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare Teatro Nacional D.Maria II SAB 23 21H ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare Teatro Nacional D.Maria II QUI 28 22H SEX 29 22H SAB 30 22H ROMEU E JULIETA Festival Shakespeare Teatro Nacional D.Maria II FESTIVAL AO LARGO Largo do Teatro Nacional de São Carlos FESTIVAL AO LARGO Largo do Teatro Nacional de São Carlos FESTIVAL AO LARGO Largo do Teatro Nacional de São Carlos 05 8 OUT — 24 OUT 29 DEZ — 30 DEZ PEDRO E INÊS OLGA RORIZ TEATRO CAMÕES, LISBOA OUTUBRO dias 8, 9, 10, 15, 16, 17, 22, 23 e 24 às 21h dias 11 e 18 às 16h ESCOLAS 14 de outubro às 15h ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO 7 de outubro às 21h PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA (PAD) 23, 24 e 25 de setembro das 14h às 17h (Sede CNB) TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE, ALMADA DEZEMBRO dias 29 e 30 às 21h30 Tenho um bibelot que é uma senhora de loiça, de vestido comprido armado cor-de-rosa, a pegar nas pontas dos dedos nas saias do vestido para começar a dansar, para cumprimentar, mesuras antigas. É uma caixa, abre-se pela cintura e encaixa. A cabeça da senhora partiu-se. Não quero colar. Meti a cabeça na caixa. Agora a senhora tem a cabeça dentro da barriga. 10/8/14 ¯¯¯ Adília Lopes, Objectos, in Manhã, 2015. Olga Roriz coreografia, dramaturgia e seleção musical João Mendes Ribeiro cenografia Mariana Sá Nogueira figurinos Cristina Piedade desenho de luz Artistas da Companhia Nacional de Bailado interpretação seleção musical LTJ Buken, Journey Inwards, “Point of View”; Arvo Pärt, Tabula Rasa, “Cantata in Memory of Benjamin Britten”; Kronos Quartet e Istvan Marta, Black Angels, “Doom. A Sigh”; Blixa Bargeld, Commissioned Music, “Blackout Music”; Philip Glass, The Secret Agent, “Secret Agent” e “Roast Beef”; John Zorn, Naked City, “The noose” e “Gob of Spit”; John Zorn, Film Works VIII, “Sangre” e “Engano”; Einstürzende Neubauten Arvo Pärt, Tabula Rasa (excertos) Estreia absoluta O bailado Pedro e Inês, de Olga Roriz, foi estreado pela Companhia há 12 anos. Depois de várias tentativas coreográficas protagonizadas por Almada Negreiros, António Ferro/Francis Graça e Os Bailados Verde Gaio e pela própria CNB, no seu segundo ano de existência, o tema é recorrente mas sobretudo apetecível, pois junta à fórmula amorosa shakespereana, já por si vencedora, todo uma exaltação do dever em defesa da pátria que, aliás, calçou como uma luva nalgumas ideologias. Sem esquecermos a importante dimensão poética que, ao longo dos tempos, se lhe foi acrescentando, diríamos que este é um guião perfeito. Mas uma boa história nem sempre se concretiza favoravelmente como, de facto, aconteceu com todas as anteriores versões coreográficas. Foi Olga Roriz e a equipa de criativos que com ela colaboraram que lhe souberam dar a presença e a dimensão universal de um clássico. Razão suficiente para, agora, não deixarmos esta linda Inês posta em sossego por mais tempo. Olga Roriz’s Pedro e Inês was premiered 12 years ago by CNB. After several choreographic attempts led by Almada Negreiros, António Ferro/Francis Graça and Os Bailados Verde Gaio and by CNB itself in its second year of existence, the theme is recurring and specially appealing once it adds to the Shakespearian love equation – an all-time winner – an exaltation of duty in defense of the homeland which, incidentally, fitted like a glove in some ideologies. Without disregarding the important poetic dimension that has been added throughout the ages, one would say this is a perfect storyline. But a good story doesn’t always unfolds auspiciously as it was the case of all former choreographic versions. Only Olga Roriz and her creative team succeeded in bringing alive the universal dimension of a classic. A good reason to draw this fair Inês from her ‘soft retreat’ and make her dance again. Olga Roriz, natural de Viana do Castelo, teve como Internacionalmente os seus trabalhos foram formação artística na área da Dança o curso da Escola apresentados nas principais capitais europeias, de Dança do Teatro Nacional de São Carlos, com Ana assim como nos E.U.A., Brasil, Japão, Egito, Cabo Ivanova, e o curso da Escola de Dança do Conservatório Verde, Senegal e Tailândia. Tem um vasto percurso Nacional de Lisboa. Em 1976 ingressou no elenco do de criação de movimento para o teatro e ópera. Ballet Gulbenkian, sob a direção de Jorge Salavisa, Na área do cinema realizou três filmes, Felicitações permanecendo até 1992, tendo sido primeira bailarina Madame, A Sesta e Interiores. Várias das suas obras e coreógrafa principal. Em maio de 1992 assumiu estão editadas em DVD pela produtora Real Ficção, a direção artística da Companhia de Dança de Lisboa. realizadas por Rui Simões. Uma extensa biografia Em fevereiro de 1995 fundou a Companhia Olga Roriz, sobre a sua vida e obra foi editada em 2006, pela da qual é diretora e coreógrafa. O seu reportório na Assírio&Alvim, com texto de Mónica Guerreiro. Desde área da dança, teatro e vídeo é constituído por mais 1982 Olga Roriz tem sido distinguida com relevantes de 90 obras, onde se destacam as peças Treze prémios nacionais e estrangeiros. Entre eles destacam- Gestos de um Corpo, Isolda, Casta Diva, Pedro e Inês, -se o 1º Prémio do Concurso de Dança de Osaka-Japão Paraíso, Electra, Nortada e A Sagração da Primavera. (1988), Prémio da melhor coreografia da revista Criou e remontou peças para um vasto número de londrina Time-Out (1993), Prémio Almada (2004), companhias nacionais e estrangeiras entre elas Condecoração com a insígnia da Ordem do Infante o Ballet Gulbenkian e Companhia Nacional de Bailado D. Henrique – Grande Oficial pelo Presidente (Portugal), Balé Teatro Guaíra (Brasil), Ballets de Monte da República (2004), Grande Prémio da Sociedade Carlo (Mónaco), Ballet Nacional de Espanha, English Portuguesa de Autores e Millenniumbcp (2008), National Ballet (Reino Unido), American Reportory Prémio da Latinidade (2012). Ballet (E.U.A.), Maggio Danza e Alla Scala (Itália). Lisboa, Teatro Camões, Companhia Nacional de Bailado, 4 de julho de 2003 07 12 NOV — 22 NOV MORCEAU DE BRAVOURE EM ASSOCIAÇÃO COM A COMPANHIA DE TEATRO CÃO SOLTEIRO ESTREIA MUNDIAL CÃO SOLTEIRO E ANDRÉ GODINHO RUI LOPES GRAÇA TEATRO CAMÕES, LISBOA NOVEMBRO dias 12, 13, 14, 19, 20 e 21 às 21h dias 15 e 22 às 16h ESCOLAS 18 de novembro às 15h ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO 11 de novembro às 21h Morceau de Bravoure – termo que designa no vocabulário da dança clássica um momento específico de execução virtuosa, equivalente em teatro à TIRADA, interpretação exímia de uma parte especifica do texto. Ambos provocam o PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA (PAD) 21, 27 e 28 de outubro das 14h às 17h (Teatro Camões) irromper súbito de palmas. Morceau de Bravoure – term that in classic dance defines a specific moment of virtuosity which can be compared in a play to the ‘tirade’, so to say, the superlative interpretation of a given passage of the text. Both arouse a sudden round of applause. Um avião um cão ¯¯¯ Adília Lopes, Duas da tarde, in Manhã, 2015. Cão Solteiro criação e direção com a colaboração de André Godinho Rui Lopes Graça coreografia Mariana Sá Nogueira figurinos Vasco Araújo cenografia Daniel Worm d’Assumpção desenho de luz As palmas, o aplauso, a convenção. A relação do público com o espetáculo, com um intérprete em particular. A técnica, o virtuosismo. A admiração, o agradecimento. Isolar os agradecimentos, tratá-los como uma coreografia – a coreografia da última cena – cena que é transversal a todas as artes de palco e é sempre não verbal, são os pontos de partida para um espetáculo com bailarinos, atores e a equipa da CNB e Cão Solteiro. A companhia de teatro Cão Solteiro, formada em 1997, tem vindo a desenvolver, de uma forma propositadamente provocatória, uma linguagem cénica que confronta e disseca diferentes disciplinas artísticas, nomeadamente Teatro, Artes Plásticas, Fotografia, Literatura, Ópera e Cinema. Mais do que nos colocarmos na fronteira entre disciplinas, interessa-nos a importação de elementos que são exteriores ao Teatro e a sua redefinição dentro dos limites da construção do espetáculo. Associarmo-nos, neste momento, a uma companhia com a dimensão e o prestígio da CNB é um desafio lançado pela sua diretora artística Luísa Taveira, que encaramos com o maior entusiasmo pela diversidade de novas possibilidades artísticas que desde logo abre. Cão Solteiro — maio 2015 Nuno Fonseca sonoplastia Francisco Ferreira adaptação musical Joana Dilão fotografia de cena (Cão Solteiro) Artistas da Companhia Nacional de Bailado e os atores Cecília Henriques, Patrícia Silva e Paulo Lages interpretação CNB / Cão Solteiro produção Clapping, applause, convention. The relationship between audience and performance, the relationship with a character in particular. Technique, virtuosity. Admiration, gratitude. Isolate the applause, treat it as if a choreography – choreography of the last scene, a cross-cutting scene in every performing arts and always non-verbal – are the starting points for a performance with dancers, actors, CNB team and Cão Solteiro. Cão Solteiro Theatre Company was created in 1997 and has been developing in a deliberately provocative way a scenic language that confronts and deconstructs several artistic disciplines, namely Opera, Theatre, Literature, Cinema, Photography and Visual Arts. More than put ourselves on the border of disciplines, what interests us is the introduction of elements external to theatre and their redefinition within the boundaries of the construction of the performance. To associate ourselves at this moment with a company with the dimension and prestige such as CNB it is a challenge made by Luísa Taveira, its artistic director, that we embrace with utmost enthusiasm due to the range of new possibilities that this challenge opens up. Cão Solteiro — may 2015 Rui Lopes Graça, natural de Torres Novas, formou-se em dança como bolseiro da Escola do Ballet Gulbenkian e do Centro de Formação Profissional da Companhia Nacional de Bailado. Em 1985, ingressou no elenco desta companhia e tornou-se bailarino solista em 1996. Cão Solteiro é uma plataforma de artistas com André Godinho, realizador de cinema e de vídeo Desde 1996, tem coreografado para a Companhia diferentes práticas que desenvolve projetos de teatro, para teatro, nasceu em Lisboa em 1979. Estudou Nacional de Bailado, Ballet da Ópera de Estrasburgo, em Lisboa, desde 1997. Estabeleceu-se ao longo Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema e Companhia Nacional de Canto e Dança de deste tempo um processo de trabalho fortemente fez o Curso de Documentários Les Ateliers Varan, Moçambique, Companhia de Dança Contemporânea suportado pela construção de imagens, ao qual é na Fundação Calouste Gulbenkian. Tem realizado de Angola e Companhia Rui Lopes Graça, entre outras. inerente o cruzamento de linguagens, e a transferência sobretudo documentários e curtas metragens de ficção Para além da sua atividade como coreógrafo, de códigos entre disciplinas artísticas. Por este meio, ou experimentais. Realiza vídeos integrados é convidado regularmente a lecionar na Escola Superior continua a questionar-se a pertinência formal do teatro, em espetáculos de teatro, dança, música e ópera. de Dança e na Universidade de Stavanger, na Noruega. a testar a resistência das suas regras estruturais, Trabalha regularmente com as companhias Teatro Ainda no decorrer de 2015 terá novas criações na focando o processo de construção, e os meios pelos Praga e Cão Solteiro, com que colabora não só como Companhia Dançando com a Diferença e Ballet da quais a comunicação, neste contexto, se estabelece, realizador, mas também como cocriador e ator. Ópera de Estrasburgo. Foi distinguido com o Prémio usando como ferramentas a deslocação de elementos Sociedade Portuguesa de Autores, melhor coreografia formais e de sentido, a sua má colocação propositada, de 2012, com Perda Preciosa para a Companhia Nacional entradas absurdas, o erro e a pura mentira. de Bailado, em parceria com André e. Teodósio. 09 3 DEZ — 20 DEZ A BELA ADORMECIDA TED BRANDSEN TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS, LISBOA DEZEMBRO dias 3, 4, 5, 11, 12, 17, 18 e 19 às 21h dias 6, 13 e 20 às 16h ESCOLAS 9 e 16 de dezembro às 15h ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO 2 de dezembro às 21h PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA (PAD) 25, 26 e 27 de novembro das 14h às 17h (Teatro Nacional de São Carlos) ESPETÁCULO EDP 10 de dezembro às 21h Ou a história não era bem assim? a história não era bem assim ¯¯¯ Adília Lopes, in Maria Cristina Martins, 1992. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 Marius Petipa coreografia Ted Brandsen versão e coreografia adicional Piotr Illitch Tchaikovski música Charles Perrault argumento segundo António Lagarto cenografia e figurinos Paulo Graça desenho de luz Pela sua natureza intrínseca, é no bailado clássico que as fadas e seus sortilégios encontram terreno propício para sobreviverem no nosso imaginário, seja ele adulto ou infantil. O elemento fantasia dos contos é transportado para o bailado, no qual é reforçado por ações físicas e por uma gestualidade etérea dos bailarinos que imprime à narrativa teatral uma noção de imponderabilidade e magia que parece desafiar a gravidade. Por que persistimos então em nos sentir atraídos pelo mundo irreal desses contos e bailados? Muito simples. Porque não foram escritos ou dançados por fadas, mas sim por seres de carne e osso como todos nós. Rui Esteves — fevereiro 2012 For its inherent nature, it is in classic dance that fairies and their spells find the breeding ground to survive in our imaginary world, be it adult or children. The fantasy element of the tale is transferred to the dance where it is strengthened by physical actions and ethereal gestures of the dancers thus stamping the theatrical narrative with a suggestion of magic and weightlessness which seems to defy gravity. Why do we insist then being attracted by the illusionary world of these tales and dances? It is quite simple. Because they were not written or danced by fairies, but by creatures of flesh and blood just like us. Rui Esteves — february 2012 Artistas da Companhia Nacional de Bailado interpretação Marcelino Sambé artista convidado Royal Ballet, Covent Garden (dias 17, 18, 19 e 20 de dezembro) Orquestra Sinfónica Portuguesa Pedro Carneiro direção musical Estreia absoluta (versão Marius Petipa) São Petersburgo, Teatro Mariinski, 15 de janeiro de 1890 Estreia absoluta (versão CNB) Porto, Rivoli Teatro Municipal, 11 de março de 1998 11 A BELA ADORMECIDA Ted Brandsen nasceu em 1959, na Holanda. Foi Marcelino Sambé é um bailarino português, atual bailarino no Ballet Nacional da Holanda entre 1981 primeira figura do Royal Ballet, em Londres. Realizou e 1991, onde deu os primeiros passos como coreógrafo a sua formação na escola desta companhia, onde ao participar no atelier coreográfico anual. Nos anos ingressou como profissional em 2012, tendo sido seguintes criou para várias companhias na Holanda. promovido a Primeiro Bailarino, em 2014. Nascido em Em 1991 terminou a carreira de bailarino para se Lisboa, estudou na Escola de Dança do Conservatório concentrar na composição coreográfica. O seu primeiro Nacional antes de ingressar na Escola Superior trabalho desta nova fase, criado para o Ballet Nacional do Royal Ballet. Nas suas atuações, ainda como da Holanda, foi Four Sections distinguido em 1992, estudante, destacam-se Yondering de John Neumeier com o prémio Perspectiefprijs, de incentivo para e Simple Symphony de Alastair Marriot, na jovens artistas. Seguiram-se as criações Crossing the apresentação anual da escola e numa gala de verão, Border em 1993, Blue Field e Bach Moves em 1995, em Veneza, durante 2012. Na Companhia, as suas para a mesma companhia. Atualmente são várias as interpretações incluem Beggar Chief em Manon, coreografias de Brandsen que integram o reportório o Pássaro Azul em A Bela Adormecida, o pas de de companhias como o Ballet Estatal de Istambul, trois em O Lago dos Cisnes, o pas de six em Giselle, Ballet-Teatro de Bordeaux, Ballet de Israel, Donau Sapo-Lacaio em Alice no País das Maravilhas, para Ballet, American Ballet West, Ballets de Monte-Carlo além de papéis em Aeternum, Requiem, Onegin, e as holandesas Introdans e Djazzex. Brandsen tem O Quebra-Nozes [dança chinesa], La Valse e O Pássaro igualmente recebido encomendas para criações por de Fogo. Foram criados especialmente para si papéis parte da Fundação Holandesa para as Artes, CaDanse em Ceremony of Innocence de Kim Brandstrup, Festival em Haia, Festival Holandês de Dança e NOS Connectome de Alastair Marriot e Untouchable de Television. Em 1998 Brandsen foi nomeado diretor Hofesh Shechter. artístico do West Australian Ballet, em Perth. Criou Marcelino Sambé é, ainda, um acutilante coreógrafo várias peças para esta companhia, nomeadamente tendo sido selecionado como um dos emergentes Carmen em 2000 e Pulcinella em 2001. Brandsen revela no Reino Unido, pela Youth Dance England, em grande aptidão no seu trabalho coreográfico. 2012. A sua criação M’ cã cré sabi foi distinguida O estilo que adota contém traços de um passado com o segundo lugar da edição 2011 dos Prémios clássico que se desenvolve numa linguagem gestual Coreográficos Ursula Morton e fez parte da lírica e atual. Em janeiro de 2002, Brandsen volta apresentação anual da Escola do Royal Ballet, desse ao Ballet Nacional da Holanda, originalmente como ano. Em 2014 coreografou Preparations for the Last TV assistente de direção e coreógrafo residente. Fake, para edição desse ano de Draft Works, iniciativa O primeiro trabalho a ser criado após o seu regresso, com que o Royal Ballet promove a criação, por Light Journey, foi estreado em setembro de 2002. bailarinos, de trabalhos experimentais. As distinções No início da temporada 2003/04, Brandsen sucedeu de Marcelino Sambé incluem a medalha de prata a Wayne Eagling na direção artística, mantendo, na Competição Internacional de Ballet em Moscovo, contudo, a sua atividade como coreógrafo. Desde então no ano de 2008, o primeiro lugar do Grande Prémio criou Body e O Pássaro de Fogo em 2004 e Stealing Americano para a Juventude, em 2009, e a medalha Time em 2006. No ano seguinte criou Hallelujah de ouro e prémio especial na Competição Internacional Junction e em 2008 estreou a sua surpreendente de Ballet dos Estados Unidos, em 2010. versão de Coppelia. Ainda nesse ano coreografou In Between, integrado no programa In Space, que envolveu a colaboração de nove coreógrafos. No ano de 2010 Brandsen criou Duet para a Gala do Festival de Dança da Holanda. Para a Companhia Nacional de Bailado, Ted Brandsen remontou, em 1997, Bach Move e, um ano mais tarde, foi responsável pela versão e coreografia adicional de A Bela Adormecida. — 2016 13 14 JAN — 24 JAN 31 JAN PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO PORTRAIT SERIES: I MIGUEL NO ESCURO DO CINEMA DESCALÇO OS SAPATOS ESTREIA MUNDIAL Na missa, uma velhota a cantar a ladainha a Nossa Senhora em vez de cantar stella matutina cantava estrela na cortina. Acho isto lindo. 17/08/14 ¯¯¯ Adília Lopes, Estrelas, in Manhã, 2015. FAUSTIN LINYEKULA CLÁUDIA VAREJÃO TEATRO CAMÕES, LISBOA JANEIRO dias 14, 15, 16, 21, 22, 23 às 21h dias 17 e 24 às 16h ESCOLAS 20 de janeiro às 15h TEATRO MUNICIPAL DO PORTO, RIVOLI JANEIRO dia 31 às 17h A realizadora Cláudia Varejão e a sua assistente de som Adriana Bolito acompanharam-nos durante doze meses, recolhendo as imagens que fazem parte do documentário sobre a CNB e que aqui se apresenta. Agachadas, invisíveis num canto escuro do palco, dos estúdios ou dos camarins, de certeza que nos apanharam a todos descalços, fosse no nosso quotidiano simples e rotineiro dos ensaios ou no mais emocional e frágil dos espetáculos. Dançar, mais do que uma profissão, é um modo de vida e o título do filme, um poema de Adília Lopes, remete-nos para a vulnerabilidade dessas vidas. Será destas imagens, guiadas por artistas e por todos que connosco trabalham que, seguramente, também rezará a história das quase quatro décadas da Companhia. PORTRAIT SERIES: I MIGUEL SOLO Mas o início deste programa vem de Kinsangani e reflete sobre a responsabilidade artística. Como ser artista é (ou deve ser), sobretudo, uma questão de cidadania. Trata-se de um solo para o nosso bailarino Miguel Ramalho, criado pelo coreógrafo congolês Faustin Linyekula – Artista na Cidade, 2016. Miguel Ramalho Pedro Carneiro interpretação Cláudia Varejão, film director, and Adriana Bolito, her sound engineer, have accompanied us for twelve months to capture images for the documentary on CNB now here presented. Crouched and invisible in a dark corner of the stage, studios or dressing-rooms they will surely caught us all bare feet during our daily rehearsal routine or in the more emotional or fragile of performances. More than a profession, to dance is a way of life and the title of a film – inspired on a poem by Adília Lopes –, remits us to the vulnerability of those lives. These images, guided by artists and by those who work with us, will surely tell us the story of almost four decades of our Company. But the beginning of this program comes from Kinsagani and broods over the artistic responsibility. To be an artist (or how one should be) is, first and foremost, a matter of citizenship. Congolese choreographer Faustin Linyekula (Artist of the City, Lisbon 2016) will create this solo for our dancer Miguel Ramalho. Faustin Linyekula coreografia e direção Pedro Carneiro música Thomas Walgrave desenho de luz NO ESCURO DO CINEMA DESCALÇO OS SAPATOS um filme de Cláudia Varejão A Companhia Nacional de Bailado está prestes a comemorar quatro décadas de existência. Na sua génese está a interpretação dos grandes clássicos e o acolhimento permanente de criações contemporâneas. O quotidiano é rigoroso para bailarinos, coreógrafos, músicos, ensaiadores, costureiros, técnicos de luz, som e toda uma vasta equipa que permite que a dança percorra as salas de ensaio e se alongue pelos corredores até chegar ao palco. Este filme acompanha por um lado as criações, estreias e digressões da companhia de dança mais antiga do país e por outro, o trabalho silencioso e estrutural de cada bailarino. Cláudia Varejão — abril 2015 Quem dança deve usar as pernas (curtas) para alcançar o céu (alto). ¯¯¯ Gonçalo M. Tavares, ¯¯¯ in Livro da Dança, 2001. Cláudia Varejão fotografia e realização Uma encomenda da Companhia Nacional de Bailado com produção da Terratreme CNB-Companhia Nacional de Bailado is about to commemorate 40 years of existence. Its mission is to perform the great classics and to host a sustained flow of contemporary creations. Daily life is demanding for dancers, choreographers, ballet masters, wardrobe staff, light and sound technicians together with a vast team that enables dancing to happen from rehearsal rooms till it reaches the stage itself. On one side, this film follows the company’s creations, opening nights and tours of the oldest dancing Portuguese company and, on the other side, the silent and structural work of each dancer. No escuro/ do cinema/ descalço/ Cláudia Varejão — april 2015 Adriana Bolito som João Matos produtor Hugo Leitão montagem e misturas Paulo Américo pós-produção de imagem os sapatos – título do filme é um poema de Adília Lopes, gentilmente cedido pela autora. Adília Lopes, in Versos verdes, 1999. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 15 PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO Faustin Linyekula, bailarino e coreógrafo, vive Miguel Ramalho, concluiu o curso de dança da Escola Pedro Carneiro, considerado pela crítica internacional e trabalha em Kisangani, no nordeste da República de Dança do Conservatório Nacional, em julho de 2005. um dos mais importantes percussionistas e dos mais Democrática do Congo, antigo Zaire, antigo Congo Em setembro do mesmo ano integra o elenco da originais músicos da atualidade, toca, dirige, compõe Belga, antigo estado independente do Congo… Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo – e leciona. Em 2013 foi solista com a Los Angeles Após estudar literatura e drama em Kisangani, viajou CPBC, sob a direção do coreógrafo Vasco Wellenkamp. Philharmonic sob a direção de Gustavo Dudamel, para Nairobi em 1993, tendo criado quatro anos Na CPBC teve a oportunidade de trabalhar com os professor convidado do Zeltzman Festival, dirigiu no mais tarde a companhia Gàara, a primeira de dança coreógrafos Vasco Wellenkamp, Barbara Grigi, Henri Round Top Festival, no Texas, EUA e colaborou com contemporânea no Quénia. De regresso ao Congo, Oguike, Patrícia Henriques, Pedro Goucha, Liliana o realizador João Viana. em junho de 2001, fundou em Kinshasa os Estúdios Mendonça e Rui Lopes Graça. Em setembro de 2008 Apresenta-se regularmente como solista convidado Kabako, um espaço dedicado à dança e teatro ingressa na Companhia Nacional de Bailado, como de algumas das mais prestigiadas orquestras visual, promovendo programas de treino e apoiando bailarino corpo de baile, sob a direção de Vasco internacionais: Los Angeles Philharmonic, BBC National a pesquisa e a criação. Em 2007 o referido espaço Wellenkamp. Na CNB dançou praticamente todo Orchestra of Wales, Vienna Chamber Orchestra, sob transferiu a sua sede para Kisangani. o seu repertório tendo-se destacado como solista a direção de maestros como Gustavo Dudamel, Oliver Memória, esquecimento e a supressão da memória; em bailados como O Quebra-Nozes de Armando Jorge, Knussen, John Neschling e Christian Lindberg. Faustin aborda nos seus trabalhos o legado de décadas Copélia de John Auld, Romeu e Julieta de John Cranko, É cofundador, diretor artístico e maestro titular da de guerra, terror, medo e o colapso da economia para La Sylphide de Frank Andersen, Giselle de Georges Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP), que dirigiu si próprio, a sua família e os seus amigos. Faustin criou Garcia, A Bela Adormecida de Ted Brandsen, Cinderela no City of London Festival e da JOP (Jovem Orquestra catorze obras com os Estúdios Kabako. Entre as suas de Michael Corder, O Lago dos Cisnes, de Fernando Portuguesa, membro da EFNYO). Apresenta-se mais recentes criações incluem-se more more more… Duarte e Quebra Nozes Quebra Nozes de Fernando regularmente como solista/diretor em diversas future, em 2009, com que realizou inúmeras digressões Duarte e André e. Teodósio. orquestras nacionais, como a Orquestra Gulbenkian, pela Europa, Estados Unidos e África, Pour en finir Paralelamente, trabalhou com os coreógrafos Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra do Algarve avec Bérénice, em 2010 e que constitui a sua versão Marguerite Donlon, Marco Cantalupo e Katarzyna e Fundação Orquestra Estúdio, e internacionais, como pessoal da obra previamente criada por Jean Racine Gdnaniec, Paulo Ribeiro, Clara Andermatt e Cayetano a Orquestra Sinfónica da Estónia, sendo maestro para La Comédie-Française, em Paris, na primavera Soto. No reportório contemporâneo destaca-se convidado no Round Top Festival, no Texas, EUA. do ano anterior, Le Cargo, o seu primeiro solo, em 2011 em Fauno e Será que é uma Estrela? de Vasco Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na e Drums and Digging, em 2013. Wellenkamp, Four Reasons de Edward Clug, À Flor da Guildhall School, em Londres, em percussão e direção Entre as suas mais recentes colaborações destacam-se Pele de Rui Lopes Graça, Noite de Ronda, A Sagração de orquestra. Seguiu os cursos de direção de Emilio um dueto com Raimung Hoghe – Sans-titre, em 2009, da Primavera, Orfeu e Eurídice e Treze Gestos de um Pomàrico, na Accademia Internazionale della Musica e uma peça para vinte e cinco bailarinos – La Création Corpo de Olga Roriz, Grosse Fuge, Noite transfigurada e de Milão. Recebeu vários prémios, destacando-se o du monde – para o Ballet de Lorraine, em Nancy. Mozart Concert Arias de Anne Teresa De Keersmaeker Prémio Gulbenkian Arte 2011. Em junho de 2014 e em Como professor tem lecionado em África, na Europa, e, mais recentemente, em Minus 16 de Ohad Naharin. Abril/Maio de 2015, dirigiu a Orquestra de Câmara em locais como Impulstanz, em Viena, PARTS, Portuguesa, na produção Giselle da Companhia em Bruxelas, ou CNDC, em Angers, e nos Estados Nacional de Bailado. Unidos, na Universidade da Florida, Gainesville, ou na Universidade do Arizona, Tempe, Darmouth College. Cláudia Varejão nasceu no Porto e estudou cinema Em 2007 foi distinguido com o Prémio Principal do no Programa de Criatividade e Criação Artística da Prince Claus Fund for Culture and Development e foi Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com artista associado do Koninkliijke Vlaamse Schouwburg, a German Film und FernsehakademieBerlin, na em Bruxelas. No ano de 2014, Faustin Linyekula e os Academia Internacional de Cinema de São Paulo Estúdios Kabako foram distinguidos com o primeiro Brasil e fotografia na AR.CO, em Lisboa. É autora da prémio da Fundação CurryStone, pelo trabalho curta documental Falta-me/Wanting e, recentemente, desenvolvido em Kisangani. tem dedicado o seu trabalho à ficção, dando origem à triologia de curtas metragens Fim de semana/ Weekend, Um dia Frio/Cold Day e Luz da Manhã/ Morning Light. Encontra-se em fase de pós-produção da sua primeira longa metragem. Para além do seu percurso como realizadora e fotógrafa, trabalha regularmente com teatro e dança. Faço crochet 29 JAN — 30 JAN 5 FEV — 20 FEV o crochet faz-me PROGRAMA REPORTÓRIO SERENADE / GROSSE FUGE HERMAN SCHMERMAN 5 TANGOS e nisto me desato ¯¯¯ Adília Lopes, in Os 5 livros de versos salvaram o tio, 1991. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 BALANCHINE KEERSMAEKER FORSYTHE VAN MANEN TEATRO MUNICIPAL DO PORTO, RIVOLI TEATRO CAMÕES, LISBOA JANEIRO dias 29 e 30 às 21h30 FEVEREIRO dias 5, 6, 12, 13, 19 e 20 às 21h dia 7 às 16h PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA (PAD) 28 e 29 de janeiro horas a confirmar (Teatro Municipal do Porto, Rivoli) ESCOLAS 18 de fevereiro às 15h ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO 4 de fevereiro às 21h PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA (PAD) 20, 21 e 22 de janeiro das 14h às 17h (Teatro Camões) 17 SERENADE GROSSE FUGE George Balanchine coreografia Anne Teresa De Keersmaeker coreografia Piotr Ilitch Tchaikovski música Nanette Glushak assistente da Fundação Balanchine Artistas da Companhia Nacional de Bailado interpretação Camerata Alma Mater Ana Pereira Romeu Madeira David Ascensão Vítor Vieira violinos I Ana Filipa Serrão José Teixeira Juan Maggiorani José Pereira violinos II Joana Cipriano Jorge Alves Sandra Martins violas d’arco Marco Pereira Paulo Gao Lima violas d’arco Margarida Afonso contrabaixo Ludwig van Beethoven música Jan Joris Lamers cenografia e desenho de luz Nathalie Douxfils figurinos Georges-Elie Octors análise musical Nordine Benchorf Bruce Campbelle Vincent Dunoyer Thomas Hauert Cinthia Loemij Oliver Koch Eduardo Torroja co-criação Jakub Truszkowski assistente da coreógrafa Artistas da Companhia Nacional de Bailado Quarteto de Cordas de Matosinhos Victor Pereira Juan Carlos Maggioranni Jorge Alves Marco Pereira interpretação HERMAN SCHMERMAN DUETO William Forsythe coreografia, espaço cénico e desenho de luz Thom Willems música Gianni Versace e William Forsythe figurinos Maurice Causey assistente do coreógrafo Artistas da Companhia Nacional de Bailado interpretação Estreia absoluta Frankfurt, Opernhaus, Ballet Frankfurt, 26 de setembro de 1992 5 TANGOS Hans van Manen coreografia Astor Piazzolla música Jean-Paul Vroom cenários e figurinos Jan Hofstra desenho de luz Nathalie Caris assistente do coreógrafo Estreia absoluta Nova Iorque, Adelphi Theatre, American Ballet, 1 de março de 1935 Estreia na CNB Lisboa, São Luiz Teatro Municipal, 14 de outubro de 1982 Estreia absoluta Bruxelas, Hallen van Schaerbeek, Rosas, 2 de fevereiro de 1992 Estreia na CNB Artistas da Companhia Nacional de Bailado interpretação Lisboa, Teatro Camões, 26 de outubro de 2012 Estreia absoluta Amesterdão, Ballet Nacional da Holanda, 3 de novembro de 1977 Estreia em Portugal Lisboa, Grande Auditório Gulbenkian, Ballet Gulbenkian, 23 de abril de 1982 Estreia na CNB Lisboa, Teatro Camões, 16 de maio de 2003 Este é um programa de reportório onde se reúnem alguns dos coreógrafos que mais marcaram a História da Dança. A belíssima e feminina Serenade de Balanchine que contrasta com a energia masculina de Grosse Fuge de Anne Teresa De Keersmaeker, a abstração de William Forsythe com um dueto virtuosístico e a inspiração latina de 5 Tangos de Hans van Manen são uma janela aberta para o que de melhor se produziu no séc. XX. Ao Quarteto de Cordas de Matosinhos e à Camerata Alma Mater foi entregue a interpretação musical, nesta que será a primeira colaboração destes agrupamentos com a CNB. A estreia do programa, prevista para o Teatro Municipal do Porto, Rivoli, pretende valorizar a descentralização e retomar uma prática que é, por tradição, da Companhia, desde 1977. This is a repertoire programme that includes some choreographers that most influenced the History of Dance. The splendid and feminine Balanchine’s Serenade which contrasts with the male energy of Anne Teresa De Keersmaeker’s Grosse Fugue, the William Forsythe’s abstraction with a virtuosistic duet and the Latin inspiration of Hans van Manen’s 5 Tangos are a perfect sampling of some of the best 20th Century Dance production. The Matosinhos String Quartet and Camerata Alma Mater will play for these performances in their first musical collaboration with CNB. The premiere of this program is scheduled for Teatro Muncipal do Porto, Rivoli, and aims to value the decentralization thus resuming a procedure traditionally ensued by CNB since 1977. Quarteto de Cordas de Matosinhos (QCM), Camerata Alma Mater foi fundada recentemente aclamado como um “caso singular de excelência no e é constituída por jovens instrumentistas de cordas, panorama musical português” (Diana Ferreira, talentos portugueses já com grande distinção no Público, 2010), foi criado pela Câmara Municipal panorama musical nacional e internacional. de Matosinhos, através de um concurso público. Os elementos que integram este ensemble são Desde 2008 é residente desta cidade, onde desenvolve vencedores de várias edições do Prémio Jovens uma temporada regular de concertos. Músicos, assim como distinguidos com prémios em Na temporada de 2014-15 o QCM foi escolhido como concursos internacionais. Nos seus currículos contam- um dos ECHO Rising Stars, realizando uma tournée de -se lugares de destaque, entre os quais chefes de naipe 16 concertos em algumas das mais importantes salas de orquestras profissionais, residências artísticas, de concerto europeias, como o Barbican em Londres, e atividade camarística regular e de grande relevo. o Concertgebouw em Amesterdão e o Musikverein em A Camerata Alma Mater conta ainda com os Viena. O QCM apresenta-se também regularmente nas prestigiados pedagogos destes jovens talentos, Aníbal maiores salas de concerto portuguesas, como a Casa Lima (violino) e Paulo Gaio Lima (violoncelo), que da Música, Fundação Calouste Gulbenkian e Centro mantêm ainda uma carreira artística inconfundível. Cultural de Belém, e colabora com alguns dos mais A camerata é dirigida por Pedro Neves, um dos destacados músicos portugueses, tais como Pedro mais promissores maestros portugueses, com uma Burmester, António Rosado, Miguel Borges Coelho, maturidade e veracidade interpretativa notáveis. António Saiote, Paulo Gaio Lima e Pedro Carneiro. Visível no panorama musical é ainda a sua experiência Desde a sua criação, o QCM assumiu um forte alargada como violoncelista, professor e maestro. compromisso com o repertório português para Tendo-se já apresentado em concerto na abertura quarteto de cordas, interpretando muitas obras menos do festival “Música nos Açores”, a Camerata Alma conhecidas e abraçando novas obras de compositores Mater conquistou por parte do público e da crítica uma contemporâneos: o QCM estreou já mais de 20 novas aceitação e elogio extremamente positivo. obras. O outro principal objetivo artístico do QCM vem A Alma Mater ambiciona a possibilidade de sendo cumprido com a interpretação em Matosinhos continuação deste projeto de grande profissionalismo, do grande repertório para quarteto de cordas: as podendo assim abordar repertório e sonoridades obras completas de Mozart e Mendelssohn foram já de uma formação ainda não existente no nosso país. apresentadas, estando em curso as integrais de Haydn, Beethoven e Shostakovich. O QCM e os seus membros foram reconhecidos com prémios nos mais importantes concursos musicais nacionais, como o Prémio Jovens Músicos da RDP e o Concurso Internacional de Música de Câmara “Cidade de Alcobaça”. Todos os membros estudaram na Academia Nacional Superior de Orquestra e aperfeiçoaram a sua arte em várias escolas de prestígio, incluindo a Escuela Superior de Música Reina Sofia, Madrid, a Northwestern University, Chicago e Conservatório de Sion, Suíça. O QCM também realizou formação especializada no Instituto Internacional de Música de Cámara de Madrid, onde estudou com Rainer Schmidt (violinista do Quarteto Hagen), além de trabalhar em masterclasses com membros de grandes quartetos de cordas, como Alban Berg, Lasalle, Emerson, Melos, Vermeer, Kopelman e Talich. 19 29 ABR — 15 MAI 14 JUL — 23 JUL ROMEU E JULIETA COPRODUÇÃO CNB E TEATRO NACIONAL D. MARIA II ESTREIA MUNDIAL RUI HORTA BRUNO PERNADAS TEATRO CAMÕES, LISBOA ABRIL dias 29 (Dia Mundial da Dança), e 30 às 21h MAIO dias 6, 7, 13 e 14 às 21h dias 8 e 15 às 16h ESCOLAS 5 de maio às 15h ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO 28 de abril às 21h PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA (PAD) 12, 14 e 15 de abril das 14h às 17h (Teatro Camões) TEATRO NACIONAL D. MARIA II, LISBOA GLORIOSO VERÃO / FESTIVAL SHAKESPEARE JULHO dias 14, 15, 16, 20, 21, 22 e 23 às 21h dia 17 às 16h Com o fogo não se brinca porque o fogo queima com o fogo que arde sem se ver ainda se deve brincar menos do que com o fogo com fumo porque o fogo que arde sem se ver é um fogo que queima muito e como queima muito custa mais a apagar do que o fogo com fumo ¯¯¯ Adília Lopes, in Um jogo bastante perigoso, 1985. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 Rui Horta coreografia, direção, espaço cénico e desenho de luz Já era tempo de vermos a Companhia Nacional de Bailado e o Teatro Nacional D. Maria II a trabalhar de novo em conjunto. Escolhemos fazê-lo à volta de dois nomes intemporais que as tradições do teatro e da dança partilham, mas que queremos ver com os olhos do nosso tempo, Romeu e Julieta. Para isso, convocámos um artista cujo percurso se centra na dança mas tem também viajado pelo teatro, Rui Horta. Duas casas nacionais de duas artes que partilham o mesmo palco. Já era tempo. Bruno Pernadas música Luísa Taveira e Tiago Rodrigues — maio 2015 Ricardo Preto figurinos Artistas da Companhia Nacional de Bailado e os atores Pedro Gil e Carla Galvão It was hight time for CNB – National Ballet of Portugal and D. Maria II National Theatre to join forces again. Our choice fell on Romeo and Juliet, two timeless names shared together by Theatre and Dance but this time treated with a contemporary look. We called for Rui Horta, an artist whose artistic path is centred in dance but with incursions in theatre as well. Two national institutions sharing the same stage. It was indeed about time. Luísa Taveira and Tiago Rodrigues — may 2015 Bruno Pernadas e Ensemble interpretação CNB / Teatro Nacional D. Maria II coprodução O “meu” Romeu e Julieta não será uma revisitação de um clássico da Dança ou do Teatro. Mesmo tendo como pano de fundo o texto de Shakespeare, a obra será uma viagem sensorial fora da narrativa, mas fiel às duas grandes questões que aborda – a irracionalidade e dependência do ser humano perante o amor (e a paixão) e perante a morte (e a violência). Eros e Thanatos, literalmente de mãos dadas, como os dois jovens amantes. Um exercício multidisciplinar entre a dança, o teatro, a música ao vivo, a arquitetura de cena e um tema, esse sim, imortal. Rui Horta — maio 2015 “My” Romeo and Juliet will not be a revisiting of a Dance or Theatre classic. Although having as backdrop the Shakespeare’s text, the work will be a sensorial voyage external to the narrative but faithful to the two great issues it approaches – the unreasonableness and dependence before love (and passion) and before death (and violence). Eros and Thanatos literally holding hands like two young lovers. A multidisciplinary exercise somewhere between dance, theatre, live music, stage architecture and an immortal theme. Rui Horta — may 2015 21 ROMEU E JULIETA Rui Horta, nascido em Lisboa, começou a dançar aos Bruno Jorge de Oliveira Pernadas nasceu em 17 anos nos cursos de bailado do Ballet Gulbenkian, Lisboa, em 1982. É licenciado em Música pela Escola tendo posteriormente vivido vários anos em Nova Superior de Música de Lisboa (ESML), na variante de Iorque, cidade onde completou a sua formação e Jazz. Iniciou o seu percurso musical aos 13 anos com desenvolveu o seu percurso de intérprete e professor. o estudo de Guitarra Clássica. Completou o Curso de Em 1984 regessa a Lisboa onde continua a sua Jazz da Escola Luís Villas-Boas (Hot Clube de Portugal) atividade pedagógica e artística, sendo um dos mais (2003-2007). Paralelamente ao curso de jazz, estudou importantes impulsionadores de uma nova geração Análise e Técnicas de Composição com o compositor de bailarinos e coreógrafos portugueses. Durante os Vasco Mendonça. Representou a Escola do Hot Club anos 90 viveu na Alemanha onde dirigiu o Soap Dance na 5ª Festa do Jazz do São Luiz, e a ESML na 8ª Festa Theatre Frankfurt, sendo o seu trabalho considerado do Jazz do São Luiz. Estudou com vários compositores uma referência da dança europeia e apresentado nos / instrumentistas portugueses e estrangeiros mais importantes teatros e festivais em todo o Mundo, nomeadamente Pedro Moreira, Lars Arens, Sérgio tais como o Thêatre de la Ville em Paris que apresentou Azevedo, San Francisco Jazz Collective, Lee Konitz, e coproduziu as suas obras ao longo de uma década. John Taylor, Pete Rende, entre outros. Foi compositor, Em 2000 regressou a Portugal, tendo fundado em diretor musical e músico executante em espetáculos Montemor-o-Novo, o Espaço do Tempo, um centro no âmbito das artes performativas, nomeadamente multidisciplinar de experimentação artística. Para além Ascensão (2006) – CCB / CCVF; Ferloscardo do seu intenso trabalho de criador independente, (2006/2007) CCB; Às vezes as luzes apagam-se (2008) – Rui Horta criou, como artista convidado, um vasto Festival Temps d’Image / CCB. Em abril de 2014 editou repertório para companhias de renome tais como o seu álbum de estreia How can we be joyful in a world o Cullberg Ballet, o Ballet Gulbenkian, o Ballet du full of knowledge pela Editora Pataca Discos, sendo Grand Théâtre de Genéve, a Ópera de Marselha, considerado pela crítica um dos melhores discos de o Nederlands Dans Theater, a Ópera de Gotemburgo, 2014. Recentemente compôs a banda sonora original a Companhia Nacional de Bailado, a Random Dance, para a longa-metragem A Toca do Lobo de Catarina entre outras. Ao longo da sua carreira recebeu Mourão, com estreia no International Film Festival importantes prémios e distinções tais como o Grand Rotterdam. Participa regularmente como músico Prix de Bagnolet, o Deutsche Produzent Preis, o Prémio freelancer, compositor e arranjador na área do jazz, Acarte, O Prémio Almada, o grau de Oficial da Ordem música contemporânea e música improvisada. do Infante, o grau de Chevalier de l’Ordre des Arts Leciona Teoria Musical, Instrumento e Combo em et des Lettres, pelo Ministério da Cultura Francês. escolas de música de Lisboa, desde 2006. A sua criação coreográfica foi, recentemente, classificada como Herança da Dança Alemã. Nas artes performativas o seu trabalho de encenador estende-se ao teatro, à ópera e à música experimental, sendo igualmente desenhador de luz e investigador multimédia, universo que utiliza frequentemente nas suas obras. 16 JUN — 26 JUN 1 JUL — 2 JUL CARNAVAL UMA FANTASIA A PARTIR DE O CARNAVAL DOS ANIMAIS DE CAMILLE SAINT-SÄENS ESTREIA MUNDIAL VICTOR HUGO PONTES TEATRO CAMÕES, LISBOA JUNHO dias 16, 17, 18, 23, 24 e 25 às 21h dias 19 e 26 às 16h ESCOLAS 22 de junho às 15h ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO 15 de junho às 21h PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA (PAD) 18, 19 e 20 de maio das 14h às 17h (Teatro Camões) TEATRO MUNICIPAL DO PORTO, RIVOLI JULHO dias 1 e 2 às 21h30 PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA (PAD) 1 e 2 de julho horas a confirmar (Teatro Municipal do Porto, Rivoli) Uma raposa que tinha brincado com outra no quintal da casa da mãe às fábulas de La Fontaine antes de as ter lido e que depois as leu e disse as fábulas de La Fontaine tinham razão! ficou com muita vontade de ir para a floresta brincar a sério às fábulas de La Fontaine à entrada da floresta estava uma raposa a raposa perguntou isto é uma floresta a sério ou a fingir? a raposa da entrada da floresta achou a pergunta tão ingénua que achou que não valia a pena estar a explicar à outra que ali ou se come ou se é comido e que para quem come como para quem é comido saber se ali é uma floresta a sério ou a fingir não é uma questão pertinente isto aqui é uma casa particular respondeu a raposa e bocejou ¯¯¯ Adília Lopes, in Os 5 livros de versos salvaram o tio, 1991. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 23 CARNAVAL Victor Hugo Pontes coreografia e direção Camille Saint-Saëns Sérgio Azevedo Carlos Caires Eurico Carrapatoso Andreia Pinto Correia Nuno Corte-Real Pedro Faria Gomes Mário Laginha João Madureira Carlos Marecos Daniel Schvetz Luís Tinoco António Pinho Vargas música F. Ribeiro cenografia Aleksandar Protic figurinos Wilma Moutinho desenho de luz Cesário Costa consultor musical Marco da Silva Ferreira assistente do coreógrafo Artistas da Companhia Nacional de Bailado Orquestra Sinfónica Portuguesa Cesário Costa direção musical Carnaval será construído a partir de Carnaval dos Animais, composto em 1886 por Camille Saint-Saëns (1835-1921). Uma das peculiaridades desta obra é o facto de se apropriar de peças de outros compositores e de peças anteriores do mesmo autor, as quais são revisitadas num tom parodístico e mascaradas com nomes de animais. Ora, apesar de truncar o título original de Saint-Saëns, Carnaval recorrerá a uma técnica idêntica, ainda que inversa, de composição: vários compositores contemporâneos, portugueses, irão compor um tema original associado aos catorze movimentos musicais de Carnaval dos Animais. Para tal, serão desafiados a aplicar uma outra técnica artística, cujo apogeu e fama datam do século XX europeu, e que foi prolífera em inspirar várias outras correntes artísticas: o cadavre-exquis. Ou seja, em Carnaval, cada um dos compositores convidados iniciará a sua composição no final do tema anterior, levando-a até ao tema seguinte. À parte das questões mais especificamente técnicas – que dizem respeito à composição musical, à articulação de conceitos dentro de e entre cada movimento, à sintonia e ao contraste entre cada compositor convidado –, há um conjunto de outros tópicos que pretendemos trabalhar em Carnaval. Por um lado, coloca-se inevitavelmente a questão do significado simbólico – quer cristão, quer pagão – do Carnaval, e todas as outras problemáticas culturais e filosóficas que gravitam em torno do símbolo. No Carnaval, enquanto manifestação burlesca, há uma clara aproximação às questões mais fundamentais colocadas pelo teatro e pela dança, por exemplo – a máscara, a mentira, o fingimento, a peripécia, a cumplicidade da assistência naquilo que todos sabem ser um jogo. A oscilação entre realidade e farsa é de resto o que sustenta quer um gesto artístico quer um disfarce carnavalesco. Ou, por outro lado, a existência de uma personagem ou de um ser mitológico. É também por isto que Carnaval será povoado por seres imaginários – sereias, unicórnios, a fénix, o fauno –, que no palco terão a mesma dimensão ontológica que os animais da natureza. O Carnaval cristão adquire todo um outro significado, e está profundamente enraizado na cultura ocidental, embora as tradições tenham vindo a perder-se ao longo do tempo. Aqui, já estamos a falar de sacrifício, de abstinência, de jejum, de rituais para celebração da vida terrena, mundana, numa progressiva aproximação à morte, evocada a partir da Quarta-Feira de Cinzas e até ao Domingo da Ressurreição. A ritualização da celebração da vida e da aceitação da morte acaba então por constituir um aspeto fascinante da cultura cristã. Os animais, as máscaras e a morte – não necessariamente por esta ordem – serão assim os tópicos fundamentais deste Carnaval, que não deixará de colher inspiração num poema de Adília Lopes. Victor Hugo Pontes — maio 2015 Carnaval will be assembled after Camille Saint-Saëns’ (1835-1921) Carnival of the Animals, composed in 1886. One of the peculiarities of this work is the appropriation of works from other composers as well from Saint-Saëns former works which are revisited in a parody-like tone and disguised under animal names. Although Saint-Saëns’ original title is abridged, Carnaval will resort to a similar technique (even if reverse) of composition. Several contemporary Portuguese composers will compose an original theme associated to the Carnival of the Animals‘ fourteen movements. To achieve this, they will be challenged to use another artistic technique whose fame and heyday date back to the European 20th century and that was prolific in inspiring several other artistic currents: the cadavre-exquis. In other words, in Carnaval each guest composer will begin his composition at the end of the previous theme, leading it to the following one. Aside these more technically specific issues involving the musical composition, to the articulation of the concepts inside/and between each movement, to the attunement and contrast between each guest composer, there is a set of other subjects we wish to work up in Carnaval. On the one hand, it is ineluctably called into question the symbolic significance – be it Christian or pagan – of Carnival and of all other problematic cultural and philosophical matters that revolve around this symbol. Victor Hugo Pontes nasceu em Guimarães, em 1978. É licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Em 2001, frequentou a Norwich School of Art & Design, Inglaterra. Concluiu os cursos profissionais de Teatro do Balleteatro Escola Profissional e do Teatro Universitário do Porto, bem como o curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Forum Dança. Em 2004, fez o curso de Encenação de Teatro na Fundação Calouste Gulbenkian, dirigido pela companhia inglesa Third Angel, e, em 2006, o curso do Projet Thierry Salmon – La Nouvelle École des Maîtres, dirigido por Pippo Delbono, na Bélgica e em Itália. Como criador, a sua carreira começa a despontar a partir de 2003 com o trabalho Puzzle. Desde então, vem consolidando a sua marca coreográfica, tendo apresentado o seu trabalho por todo o país, assim como em Espanha, França, Itália, Alemanha, Rússia, Áustria, Brasil, entre outros. Das suas mais recentes criações como encenador/ As a mock display, there is in Carnival an evident approach to the more cardinal issues put by, for instance, theatre and dance – the mask, the lie, the simulation, the vicissitude, the audience’s complicity in what all know it is a make-believe. The fluctuation between reality and farce is moreover what sustains either an artistic gesture or a carnival-like disguise. Or, on the other side, the existence of a character or of a mythological being. It is also for this reason that Carnaval will be indwelt by imaginary creatures – sirens, unicorns, the phoenix, the faun –, which will acquire onstage the same ontological dimension as the animals of Nature. coreógrafo destaca: Fuga Sem Fim (2011), A Ballet Story (2012), ZOO (2013), Ocidente, de Rémi de Vos (2013), Fall (2014), COPPIA (2014) em co-criação com Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves, e Orlando (2015) em co-criação com Sara Carinhas. Em março de 2007, venceu o 1º Prémio com o trabalho Ícones no 2nd International Choreography Competition Ludwigshafen 07 – No ballet, em Ludwigshafen, Alemanha. Com o espetáculo A Ballet Story, foi nomeado, em Although traditions have been disappearing over time, the Christian Carnival gains a complete different significance and is deeply rooted in western culture. We are referring here to sacrifice, abstinence, fasting, rituals for the celebration of earthly and worldly life, in a gradual nearing to death evoked from Ash Wednesday till Easter Sunday. 2013, para os Prémios SPA na categoria de Dança – Melhor Coreografia. The ritualizing of the celebration of life and of the acceptance of death, ends up then by becoming a fascinating aspect of Christian culture. Animals, masks and death – not necessarily by this order – will be the main subjects of this Carnaval which, undoubtedly, seeks inspiration in an Adilia Lopes’ poem. Victor Hugo Pontes — may 2015 25 PROJETOS CNB — 2015/2016 DIGRESSÃO NACIONAL LÍDIA PEDRO E INÊS TÁBUA RASA Teatro Viriato, Viseu 30 e 31 de outubro às 21h30 Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada 29 e 30 de dezembro às 21h30 Coprodução CNB / Vo’Arte António Cabrita, Henriett Ventura, Paulo Ribeiro coreografia São Castro e Xavier Carmo Luís Tinoco música co-criação e interpretação José António Tenente figurinos Nuno Meira desenho de luz Música gravada pela Orquestra Metropolitana de Lisboa sob a direção PROGRAMA REPORTÓRIO Teatro Municipal do Porto, Rivoli 29 e 30 de janeiro às 21h30 Lisboa, Teatro Camões, Companhia Nacional de Bailado, 7 de novembro de 2014 Nuno Nogueira figurinos Vítor José desenho de luz São Castro sonoplastia Seleção Musical de Pedro Neves Estreia absoluta Wilson Mestre Galvão cenografia PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO Teatro Municipal do Porto, Rivoli 31 de janeiro às 17h Jóhann Jóhannsson “Miracle, mystery and authority” Set Fire to Flames “This thing between us is a rickety bridge of impossible crossing” Machinefabriek “Stillness #4 (Yalour Islands, Antarctica)” CARNAVAL Teatro Municipal do Porto, Rivoli 1 e 2 de Julho às 21h30 Outras datas a confirmar Peter Broderick & Machinefabriek “In Session 05 10 09” Oren Ambarchi “Quixotism Part” Machinefabriek “Drijfzand” Estreia absoluta Lisboa, Teatro Camões Companhia Nacional de Bailado, 21 de maio de 2015 Disponível para digressão Favor contactar: CNB – Bruno Silva [email protected] Vo’Arte Mas porque será sempre Lídia a pegar nas rosas Dr. Ricardo Reis? ¯¯¯ Adília Lopes, in Os 5 livros de versos salvaram o tio, 1991. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 [email protected] 27 PROJETOS CNB 2015/2016 A escritora pobre remendada quase cega entrevada a sobreviver numa mansarda a alimentar-se de cevada e rabanetes a coser para fora alegremente a escrever romances à luz da lamparina não existe. 15/8/14 ¯¯¯ Adília Lopes, Mito, in Manhã, 2015. DIGRESSÃO INTERNACIONAL FORA DE PORTAS ALEMANHA ORFEU E EURÍDICE Staatstheater Darmstadt 16 e 17 de março às 19h30 Olga Roriz coreografia Christoph Willibald Gluck música Nuno Carinhas cenário e figurinos Cristina Piedade desenho de luz Paulo Reis assistente para a dramaturgia A BELA ADORMECIDA ROMEU E JULIETA Teatro Nacional de São Carlos, Lisboa Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa Glorioso Verão/Festival Shakespeare Sílvia Rijmer assistente da coreógrafa Forum am Schlosspark, Ludwigsburg 20 de março às 20h Theater der Bundesstadt, Bonn 23 e 24 de março às 19h30 Música gravada pelo Ecce Ensemble, Coro da ESML e Divino Sospiro, sob direção de Paulo Vassalo Lourenço e Massimo Mazzeo, respetivamente Estreia absoluta Lisboa, Teatro Camões, Companhia Nacional de Bailado, 3, 4, 5, 10, 11, 12, 17, 18 e 19 de dezembro às 21h 6, 13 e 20 de dezembro às 16h Escolas 9 e 16 de dezembro às 15h 14, 15, 16, 20, 21, 22 e 23 de julho às 21h 17 de julho às 16h Ensaio Geral Solidário 2 de dezembro às 21h 27 de fevereiro de 2014 Projetos de aproximação à dança 25, 26 e 27 de novembro das 14h às 17h FESTIVAL AO LARGO PROGRAMA A ANUNCIAR 28, 29 e 30 de julho às 22h PAD – PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA CONVIDADA – CATARINA CÂMARA Os serviços educativos da Companhia Nacional de Bailado seguem as premissas lançadas nos anos anteriores, onde através de pequenos projetos idealizados por um convidado, estudantes entre os 9 e os 16 anos podem conviver com criadores e intérpretes, assistir a ensaios, familiarizar-se com diferentes linguagens artísticas e experimentar a dança nas suas diversas dimensões. Cada workshop serve ainda de introdução aos espetáculos para escolas a que os participantes são convidados a assistir gratuitamente. Como na temporada anterior, estes projetos estarão igualmente disponíveis nos teatros que a CNB visitar, em digressão nacional. Uma floresta é um labirinto? um deserto pode ser rocaille? a vida é um romance? o mundo é um palco? um florete é uma flor? uma serpentina é uma serpente? ¯¯¯ Adília Lopes, Natura et ars, in Os 5 livros de versos salvaram o tio, 1991. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 PEDRO E INÊS PROGRAMA REPORTÓRIO Sede CNB 23, 24 e 25 de setembro das 14h às 17h Sede CNB 20, 21 e 22 de janeiro das 14h às 17h Espetáculo para Escolas 14 de outubro às 15h Espetáculo para Escolas 18 de fevereiro às 15h MORCEAU DE BRAVOURE Teatro Municipal do Porto, Rivoli 28 e 29 de janeiro Teatro Camões 21, 27 e 28 de outubro das 14h às 17h Espetáculo para Escolas 18 de novembro às 15h LÍDIA Teatro Viriato, Viseu 30 e 31 de outubro horas a confirmar A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos 25, 26 e 27 de novembro das 14h às 17h Espetáculo para Escolas 9 e 16 de dezembro às 15h horas a confirmar ROMEU E JULIETA Teatro Camões 12, 14 e 15 de abril das 14h às 17h Espetáculo para Escolas 5 de maio às 15h CARNAVAL Teatro Camões 18, 19 e 20 de maio das 14h às 17h Espetáculo para Escolas 22 de junho às 15h Para reservar um workshop ou lugares num Teatro Municipal do Porto, Rivoli 1 e 2 de julho espetáculo para a sua escola, favor contactar: horas a confirmar Cristina de Jesus (coordenadora PAD) Telf. 218 923 489 / [email protected] Fora de Lisboa, favor contactar o respetivo teatro. Catarina Câmara nasceu em Lisboa, em 1975. É licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa e em Dança pela Escola Superior de Dança, do Instituto Politécnico de Lisboa. Fez a sua formação complementar em artes performativas no Forum Dança, Centro em Movimento e Centro Coreográfico de Bruxelas. Desde 2003 integra a Companhia de Dança Contemporânea Olga Roriz, onde desenvolve o seu trabalho como intérprete e cocriadora. Paralelamente criou o solo A Cabra Sou Eu (CCB-2009), Ninguém Sabia Contar Aquela História (CCB-2012), criação coletiva com direção de Sara Anjo (CCB- 2011), Amora, uma co-criação com Félix Lozano (Teatro do Naco-2011) e De Duas Uma, co-criação com Maria Belo Costa (Casa dos dias D`água-2005). Tem colaborado em teatro com coreografia e movimento, nomeadamente com Rogério de Carvalho (Tartufo, Teatro Municipal Joaquim Benite, 2014). Rodrigo Francisco (Em Direcção aos Céus, Teatro Municipal Joaquim Benite, 2013), Luca Aprea (Carnaval et La Folie, CCB, 2011), Maria João Rocha (Vinte e Zinco, Teatro Nacional D.Maria II, 2007 ) e Claudio Hochman (Sonho de Uma Noite de Verão, Teatro Nacional D. Maria II, 2008). Como docente, dá formações regulares para estudantes e profissionais de dança e teatro (Escola Superior de Teatro e Cinema, Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa, Espaço Evoé, Espaço Sou, Companhia Nacional de Dança de Lisboa, FOR- Formação Olga Roriz, Escola Secundária Anselmo de Andrade, Teatro Municipal Joaquim Benite, Teatro Municipal de Aveiro, Escola António Verney, entre outros). Atualmente está a frequentar o curso de Counsellor em Terapia Gestalt pela Sociedade Luso-Espanhola de Terapia Gestalt em Lisboa, onde aprende a encurtar o caminho que vai da cabeça aos pés. 29 PROJETOS CNB 2015/2016 CNB NAS ESCOLAS A FADA ORIANA O espetáculo A Fada Oriana, idealizado para estudantes do ensino básico, é inspirado no conto homónimo de Sophia de Mello Breyner Andresen, inserido nas obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura. Indo ao encontro do imaginário de um leque de idades que une o final da infância ao início da adolescência, A Fada Oriana é uma história de beleza e magia sobre uma fada que promete cuidar da floresta pela qual ficara responsável, preservando valores humanos e bens da natureza. Esta criação, produzida na temporada de 2014/15, é uma iniciativa de um grupo de bailarinos da CNB que, empenhadamente, se dedicaram à sua concretização. Annabelle Barnes Catarina Lourenço Mário Franco Mariana Paz Paulina Santos coreografia Sara Carinhas encenação Mário Franco sonoplastia Jorge Sacadura Cabral cenografia Quando eu morrer hei-de voltar para buscar os instantes que não vivi ao pé de ti Milly O modo como se cresce com a arte é na maior parte das vezes uma escolha. Porém, é no primeiro ou nos encontros precoces com ela que se descobre a potência que tem de raptar-nos ao quotidiano. Depois, já se sabe, somos devolvidos ao mundo mais ricos. Só que há uma condição para que a arte passe a complementar-nos a vida misturando-se com as nossas inquietações: sermos livres de fazer perguntas. “De que é que tens medo?” é um ciclo de conferências em que a palavra será dada aos jovens do segundo ciclo. O objetivo é que, partindo dos temas dos espetáculos da programação 2015-2016 da CNB, se abordem questões fundamentais da fase de desenvolvimento em que se encontram. Amor, paixão, homossexualidade, machismo, direitos das mulheres, coragem, inserção, racismo, violência, submissão são alguns dos elementos que queremos trazer a debate, o mais próximo possível do modo como são formulados pelos jovens. A estrutura das quatro edições de “De que é que tens medo?” tem por ponto de partida uma palestra dada por um convidado e duas comunicações feitas por jovens, abrindo-se de seguida o debate à audiência constituída por jovens. À partida, só há uma certeza: nomear o medo é a melhor maneira de esvaziá-lo. Cristina Peres — maio 2015 ¯¯¯ Adília Lopes, in O regresso de Chamilly, 2000. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 PEDRO E INÊS 14 de outubro MORCEAU DE BRAVOURE Henrique Andrade figurinos 18 de novembro Irina Oliveira narração PROGRAMA REPORTÓRIO 18 de fevereiro Zeca Galamba execução de cenários ROMEU E JULIETA 5 de maio Jorge Sacadura Cabral Alexandra Sobral pintura de cenários As escolas interessadas Artistas da Companhia Nacional de Bailado interpretação DE QUE É QUE TENS MEDO? deverão contactar: Cristina de Jesus Telf. 218 923 489 [email protected] 11H – 13H CONFERÊNCIA/DEBATE 15H ESPECTÁCULO ENSAIOS GERAIS SOLIDÁRIOS CURSO DE HISTÓRIA DA DANÇA Este projeto começou em março de 2011. Desde essa altura realizámos 24 Ensaios Gerais Solidários, envolvendo 55 instituições de solidariedade social que, por sua vez, usufruíram de donativos no valor total de 220.837,44 €. A esses Ensaios Gerais assistiram 15.552 pessoas (números contabilizados até final de abril de 2015). DA VIDA DA OBRA COREOGRÁFICA: REPOR, RECONSTRUIR, RECRIAR A ligação da cultura à solidariedade, a mobilização da sociedade civil em torno de causas sociais e os resultados obtidos até agora são razões mais que suficientes para dar continuidade a este projeto. Luís Moreira, ex-bailarino da Companhia Nacional de Bailado, é o coordenador do projeto e fá-lo em regime de voluntariado. PEDRO E INÊS ROMEU E JULIETA Teatro Camões 7 de outubro às 21h Teatro Camões 28 de abril às 21h MORCEAU DE BRAVOURE CARNAVAL Teatro Camões 11 de novembro às 21h Teatro Camões 15 de junho às 21h A BELA ADORMECIDA Teatro Nacional de São Carlos 2 de dezembro às 21h PROGRAMA REPORTÓRIO Teatro Camões 4 de fevereiro às 21h Professora Doutora Maria José Fazenda A constância das obras coreográficas, como Giselle, O Quebra-Nozes, A Sagração da Primavera ou A Pavana do Mouro, é assegurada por um sistema dinâmico de transmissão, interpretação ou recriação, entre diversos modos de proceder sobre os trabalhos criados. Neste processo, em que participam bailarinos, coreógrafos, diretores artísticos e espetadores, entre outros agentes, a obra é modificada, transformada, em função de circunstâncias históricas, culturais e políticas diversas. É sobre este conjunto de forças internas e externas à própria dança que nos debruçaremos, dando conta, em vários contextos, dos elementos que numa obra coreográfica se perdem, preservam, ou transformam, reinvestindo-a de sentido. Adotaremos uma cronologia, mas sobre a qual navegaremos, recuando e avançando, conforme o movimento que uma determinada obra ou as suas recriações suscitarem. Paralelamente às sessões teóricas, em que apresentaremos e discutiremos casos concretos, teremos a extraordinária oportunidade de ver os artistas da Companhia Nacional de Bailado a trabalhar ao vivo, no estúdio e no palco, e assim melhor compreender da vida, atividade e relevância da dança, não só no passado, mas também no presente. Maria José Fazenda — abril 2015 Os poemas que escrevo são moinhos que andam ao contrário as águas que moem os moinhos que andam ao contrário são as águas passadas ¯¯¯ Adília Lopes, ¯¯¯ in Um jogo bastante perigoso, 1985. ¯¯¯ Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 As Instituições interessadas deverão contactar a CNB para escolha de data, programa e acordo de condições. Luís Moreira (coordenador EGS) [email protected] 31 PROJETOS CNB 2015/2016 MÓDULO I – BARROCO Sessões teóricas 11 e 18 de outubro de 2015, das 11h às 13h Sessão ensaio, visita a aula ou ensaios da CNB 15 de outubro de 2015, das 16h às 18h Sessão espetáculo Pedro e Inês de Olga Roriz 22 de outubro de 2015 às 21h Teatro Camões MÓDULO II – ROMÂNTICO Sessões teóricas 8, 15, 22 e 29 de novembro de 2015, das 11h às 13h Sessão ensaio, visita a aula ou ensaios da CNB 19 de novembro de 2015, das 16h às 18h Sessão espetáculo A Bela Adormecida 4 de dezembro de 2015 às 21h Teatro Nacional de São Carlos MÓDULO III – BALLETS RUSSES Sessões teóricas 17, 24 e 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2016, das 11h às 13h Sessão ensaio, visita a aula ou ensaios da CNB 19 de janeiro de 2016, das 16h às 18h Sessão espetáculo Programa Repertório 12 de fevereiro de 2016 às 21h Teatro Camões MÓDULO IV – CONTEMPORÂNEO Sessões teóricas 3, 10 e 17 de abril de 2016, das 11h às 13h Sessão ensaio, visita a aula ou ensaios da CNB 13 de abril de 2016, das 16h às 18h Sessão espetáculo Romeu e Julieta de Rui Horta 6 de maio de 2016 às 21h Teatro Camões Preçário e condições Sessão teórica 5€ / por sessão (13 sessões) Curso Total 60€ (13 sessões teóricas + 4 sessões ensaios + 4 sessões espetáculo) Sessão ensaio grátis (exclusivo para os inscritos no respetivo Módulo) Sessão espetáculo 1 bilhete grátis e outro com 50% de desconto (exclusivo para os inscritos no respetivo Módulo) Diploma de frequência para a totalidade dos 4 Módulos do Curso Inscrições limitadas ao número máximo de 30 pessoas Inscrições Pedro Mascarenhas Telf. 218 923 488 [email protected] Maria José Fazenda é professora na Escola Superior de Dança (ESD) do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL). Investigadora do CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia. É Presidente do Conselho Técnico-Científico da ESD-IPL. É membro da Comissão Científica do Doutoramento em Artes (Artes Performativas e da Imagem em Movimento), um curso oferecido pela Universidade de Lisboa com a colaboração do IPL. Doutorada em Antropologia pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. Fez o Curso de Dança do Conservatório Nacional. Foi crítica de dança do jornal Público, entre 1992 e 2001. Organizou a antologia Movimentos Presentes: Aspectos da Dança Independente em Portugal (Cotovia e Danças na Cidade, 1997) e é autora, entre outras publicações, de Dança Teatral: Ideias, Experiências, Ações - 2ª edição revista e atualizada (Colibri, 2012 [Celta, 2007]). A CNB E OS POETAS Em 2014 recebemos, como presente, a escrita de alguns poetas para publicarmos. Numa temporada em que, de novo, unimos a dança e a poesia, renovaremos o convite, desejavelmente mais alargado, para que o quotidiano da CNB seja inspiração de novas palavras, num mover enleado de corpos e poemas. Uma nova publicação fica prometida para o segundo semestre de 2016. Escrever um poema é como apanhar um peixe com as mãos nunca pesquei assim um peixe mas posso falar assim sei que nem tudo o que vem às mãos é peixe o peixe debate-se tenta escapar-se escapa-se eu persisto luto corpo a corpo com o peixe ou morremos os dois ou nos salvamos os dois tenho de estar atenta tenho medo de não chegar ao fim é uma questão de vida ou de morte quando chego ao fim descubro que precisei de apanhar o peixe para me livrar do peixe livro-me do peixe com o alívio que não sei dizer ¯¯¯ Adília Lopes, Arte Poética, in Um jogo bastante perigoso, 1985. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 33 PROJETOS CNB 2015/2016 A POESIA DE CADA DIA NOS DAI HOJE TARDE, ADÍLIA LOPES Oito individualidades da sociedade portuguesa serão desafiadas a selecionar poemas para serem lidos por eles próprios ou por convidados a anunciar. Para finalizar algumas tardes de sábados, e antecedendo espetáculos da CNB, a poesia marca presença em oito sessões de leitura, entre as 19h e as 20h. Para iniciar o mês em que a poetisa celebra o seu aniversário, realizaremos ao longo de três horas uma sessão das duas expressões artísticas que movem a presente temporada da CNB: a dança e a poesia. No dia 2 de abril, as duas artes percorrerão uma maratona de improvisação e leituras. Em paralelo, num teatro que vem convocando a união entre as duas linguagens, os corpos e as palavras homenagearão aquela cuja poesia foi inspiração para a programação 2015/2016. André e. Teodósio curadoria A poesia de cada dia nos dai hoje título da atividade é um poema de Adília Lopes, gentilmente cedido pela autora. Adília Lopes, in Apanhar ar, 2010. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014 10 DE OUTUBRO Teatro Camões 14 DE NOVEMBRO Teatro Camões 5 DE DEZEMBRO Teatro Nacional de São Carlos 16 DE JANEIRO Teatro Camões 13 DE FEVEREIRO Teatro Camões 30 DE ABRIL Teatro Camões 14 DE MAIO Teatro Camões 18 DE JUNHO Teatro Camões Nicolau Santos coordenador da poesia Teatro Camões 2 de abril de 2016, das 16h às 19h TERPSICORE Parceria da Companhia Nacional de Bailado com a Faculdade de Motricidade Humana e o apoio do Instituto de Etnomusicologia – centro de estudos em música e dança Terpsicore é um arquivo sediado na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, dedicado à dança produzida em Portugal. Na sua origem constituído por doações, este arquivo pretende ser hoje um repositório que pode agregar acervos sobre o mesmo tema, com proveniências diversas. Terpsicore contou e conta com o apoio do Instituto de Etnomusicologia – centro de estudos em música e dança. Este centro de investigação, recentemente classificado pela FCT como “excelente”, possui uma experiência acumulada no tratamento e arquivo de documentação escrita e sonora em música e dança. Neste momento, para além do apoio financeiro da FCT, o projeto aguarda resposta do concurso promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian. Terpsicore assume o cruzamento entre o mundo universitário e as comunidades artísticas como um dos seus principais propósitos. Assim, o projeto está disponível e empenhado em acolher nomeadamente o conjunto documental da CNB, incorporando-o na Base de Dados em linha. Posteriormente, pretende manter e aprofundar uma atitude atrativa de forma a acolher outras coleções e testemunhos da comunidade artística de dança. Para além do trabalho de tratamento e arquivo de acervos existentes, o projeto tenciona estimular uma reflexão aprofundada sobre as relações entre arquivo enquanto organização de documentos físicos, e a salvaguarda e valorização do património artístico português e dos seus repertórios. Daniel Tércio — abril 2015 IMAGEM CNB 2015/2016 BRUNO SIMÃO 36 anos, natural de Lisboa. Conclui em 2006 a Licenciatura de Teatro – Formação de Actores na Escola Superior de Teatro e Cinema, onde trabalha com alguns dos mais prestigiados encenadores portugueses. Conclui em 2010 o curso profissional de fotografia do Instituto Português de Fotografia de Lisboa. Para além de alguns trabalhos pontuais como ator, colabora presentemente como fotógrafo com o Teatro Casa Conveniente, o Teatro de Pesquisa Comuna, com a Companhia Maior (CCB), a Companhia Nacional de Bailado e outros autores individuais. OUTRAS INFORMAÇÕES — As fotografias desta brochura, da autoria de Bruno Simão, foram realizadas em sessão fotográfica com os bailarinos da CNB, Patricia Keleher, Andreia Mota, Tiago Coelho e Joshua Earl. 35 BILHETES TEATRO CAMÕES PROGRAMAS CNB PROGRAMA DANÇA E DOCUMENTÁRIO CARRÉ D’OR 30€ 12,5€ PLATEIA A1 25€ 12,5€ PLATEIA A2 20€ 12,5€ PLATEIA B 17.5€ 12,5€ PLATEIA C 15€ 12,5€ PLATEIA D 10€ 12,5€ PLATEIA C1 5€ 5€ BILHETES ESPETÁCULOS NO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS A BELA ADORMECIDA PLATEIA 35€ BALCÃO 3.ª ORDEM – A 25€ BALCÃO 3.ª ORDEM – B 15€ BALCÃO 4.ª ORDEM – A 17,5€ BALCÃO 4.ª ORDEM – B 15€ FRISA – 3 LUGARES 75€ FRISA – 5 LUGARES 175€ CAMAROTE 1.ª ORDEM – 3 LUGARES 75€ CAMAROTE 1.ª ORDEM – 4 LUGARES 140€ CAMAROTE 1.ª ORDEM – 5 LUGARES 175€ CAMAROTE 2.ª ORDEM – 2 LUGARES 35€ CAMAROTE 2.ª ORDEM – 4 LUGARES 120€ CAMAROTE 2.ª ORDEM – 5 LUGARES 150€ CAMAROTE 3.ª ORDEM – 2 LUGARES 30€ CAMAROTE 3.ª ORDEM – 3 LUGARES 60€ Desempregados 25% CAMAROTE 3.ª ORDEM – 4 LUGARES 80€ CAMAROTE 4.ª ORDEM – 2 LUGARES 30€ CAMAROTE 4.ª ORDEM – 3 LUGARES 45€ Condições de reserva As reservas serão garantidas durante 48h a partir do momento em que são efe-tuadas e só aceites até 48h antes do dia de espetáculo. DESCONTOS PREÇOS ESPECIAIS BILHETEIRAS Menores de 25 e maiores de 65 anos 50% Espetáculos para escolas Escolas 3€ / Professores* 0€ Grupos com mais de 15 elementos 25% Tardes de Domingo Adultos acompanhados com menores de 18 anos 25%** Teatro Camões Quarta a domingo das 13h às 18h (01 nov – 30 abr) das 14h às 19h (01 mai – 31 out) Dias de espetáculo até meia-hora após o início do espetáculo. Telef. 218 923 477 Cartão Fnac 20% Cartão Lisboa Viva 15% Formas de pagamento Numerário, Cheque, Multibanco ou Cartão de crédito. * 2 professores por turma ** Apenas válido para espetáculos no Teatro Camões *** Só disponível na bilheteira do Teatro Camões (Plateia D) **** Só disponível na bilheteira do Teatro Camões (Camarote 3 e 4) Profissionais de Espetáculo*** Preço único 5€ Mobilidade Reduzida **** Preço único 15€ Festival ao Largo Durante o Festival ao Largo, de 3 a 25 de julho de 2015, adquira os seus bilhetes com 25% de redução (não acumulável com outros descontos). Disponível nas bilheteiras do Teatro Nacional de São Carlos e Teatro Camões. Teatro Nacional de São Carlos Segunda a sexta das 13h às 19h Telef. 213 253 045 Ticketline www.ticketline.pt Telef. 707 234 234 Lojas Abreu, Fnac, Worten, El Corte Inglés, C.C. Dolce Vita Programação sujeita a alteração. Poemas © Adília Lopes, Assírio & Alvim / Grupo Porto Editora Retroversões Rui Esteves Fotografias CNB Bruno Simão Design gráfico Estúdio João Campos Guide – Artes Gráficas Tiragem 15000 exemplares Companhia Nacional de Bailado © junho 2015 CONTACTOS Teatro Camões Passeio do Neptuno, Parque das Nações 1990 - 193 Lisboa Telef. 218 923 470 COMO CHEGAR Metro Linha Vermelha > Oriente Autocarro Carris 208, 210, 400, 705, 708, 725, 728, 744, 750, 759, 782, 794 Caminhos de Ferro CP Gare do Oriente Parques para Automóveis Parque do Oceanário Parque da Doca www.cnb.pt www.facebook.com/cnbportugal www.youtube.com/cnbportugal
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