Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não

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Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não
Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção
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32 capa
NOVAS TECNOLOGIAS
Maior precisão e confiabilidade nos resultados:
esse é o caminho para a evolução dos ENDs
16
06
notícias
• Unificação dos exames de Ultrassom.
• Código da Asme incorpora partes da ISO 9712.
08
concursos culturais
Selfies e frases dos seis ganhadores dos dois
concursos do Dia do Profissional de END.
10
ar tigo especial
Você é um profissional que faz a diferença na sua
empresa?
14
institucional
ENDs nas grades de cursos acadêmicos.
editorial
A grande novidade desta edição é o lançamento do Aspirante On-line. Essa é a nova categoria de sócios
para que jovens de até 22 anos participem das atividades, desfrutem dos principais benefícios oferecidos
pela Abendi e contribuam com a renovação e com a evolução do mercado de Ensaios Não Destrutivos e
Inspeções.
A matéria de capa explora exatamente esse lado evolutivo que existe em novas técnicas e tecnologias.
Luiz Fernando Corrêa Ferreira
Presidente da Abendi
Outra notícia importante é que a Petrobras transformou a acreditação do Inmetro em uma exigência
contratual para as empresas e para os Organismos de Inspeção de END que prestam serviços de Ultrassom e de Radiografia Industrial.
A NA-001 recebeu alguns leves ajustes para se adequar melhor à revisão da ABNT NBR NM ISO 9712:2014.
Vale a pena conferir o que mudou com relação à escolaridade, à renovação e à recertificação profissional.
A seção de normalização destaca duas importantes reuniões internacionais que ocorrerão neste ano:
a ISO TC-135 e o 6º Encontro Mercosul de Normalização. A participação dos brasileiros nesses encontros é
fundamental para a atualização das empresas nacionais.
Por fim, a Abendi ficou muito satisfeita com a participação e com o envolvimento de profissionais de
todo o país nos dois concursos culturais que comemoraram o Dia do Profissional de END (27 de março).
Recebemos muitas fotos e frases, veja quem foram os ganhadores.
Boa leitura!
| Se você tiver ideias, sugestões ou críticas a fazer, envie para: [email protected]
162224
mercado de end
sócios
sócios patrocinadores
Petrobras estipula exigência contratual e
aumenta a importância da acreditação do
Inmetro para empresas de END e Inspeção.
Aspirante On-line: a nova categoria de sócios.
• Areva cresce no mercado brasileiro.
• A história da Arctest nos ENDs.
• Inspetec, a nova sócia patrocinadora.
262830
eventos
treinamentos
cer tificação
Abendi cria evento para premiar inspetores.
• A praticidade dos treinamentos on-line da Abendi.
• Treinamentos reconhecidos pelo RAC.
Revisão recente da iso 9712 promove
atualizações na na-001.
3139
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normalização
caderno especial da copa
ar tigo técnico
ISO TC-135 e Encontro Mercosul de Normalização,
duas importantes reuniões internacionais de
normalização ocorrerão este ano.
Arenas Beira-Rio e Amazônia.
Modelação e aplicação dos ensaios por
Ultrassom com acoplamento pelo ar e por
Tomografia Computadorizada por Radiação
para a detecção de colagem defeituosa
em tábuas empilhadas.
56
60
ar tigo técnico
calendário
O END de materiais compostos pela técnica Terahertz em comparação com
os métodos de END convencionais.
Cursos para os meses de maio e junho de 2014.
notícias
O
s exames teóricos específicos para Ultrassom em Solda
N2 foram unificados para todos os
subníveis (S1, S2, S2.1, S3, S4 e
AE1) no último dia 06 de março.
A unificação aconteceu somente para o exame teórico específico, pois o exame prático continua
sendo dividido por subníveis. A
grande vantagem desta unificação é que, uma vez aprovado e
certificado em um subnível de Ultrassom, para mudar de subnível,
o profissional solicitará somente o
exame prático. Isso agiliza o processo e diminui o custo.
A mudança mais significativa se
refere às questões de estudo de
caso, nas quais o candidato deve
demonstrar habilidade para interpretar o procedimento em todas as
configurações de juntas soldadas.
Antes da mudança, as questões
eram respondidas somente para o
subnível em que o candidato estava solicitando a qualificação. Com
a mudança, as questões de estudo
de caso são sorteadas dentro de
qualquer subnível. Lembrando que
são cinco em um total de 20 questões da prova. As demais questões
da prova já estavam unificadas para todos os subníveis.
O conhecimento sobre a interpretação do procedimento para todas as configurações de juntas e
geometrias já faz parte do escopo
de treinamento do curso de Ultrassom N2, que é ministrado pelos
Organismos de Treinamentos. a
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Marcelo Vigneron ©
Unificação dos Exames de Ultrassom
ASME incorpora a
sistemática da iso 9712
A
edição 2013 do código do ASME (American Society of Mechanical Enginner) incorporou a sistemática de certificação da ISO 9712.
Com a mudança, o SNQC (Sistema Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoas) passa a atender também às exigências da sessão de número cinco do código da Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos,
ampliando internacionalmente o campo de atuação dos profissionais certificados pela Abendi para todos os países que adotam o referido código.
Além da referência à ISO 9712 na ASME 2013, passa a ser necessária também a especificação da prática escrita do empregador para que o procedimento seja adotado na qualificação e certificação dos profissionais.
Conheça quem foram os seis ganhadores
dos concursos culturais da Abendi
E
m março, a Abendi organizou dois concursos culturais de melhor frase e melhor selfie que inflamaram
as páginas das redes sociais da instituição.
O concurso de frases encerrou a campanha “Isso é ser não destrutivo” que, semanalmente, desde janeiro,
divulgava os Ensaios Não Destrutivos com analogias a atividades e momentos agradáveis do cotidiano.
A Abendi agradece muito a todos que participaram, criaram suas frases e registraram uma pequena parte
do seu trabalho em fotos muito divertidas.
Seis profissionais foram premiados, três em cada concurso, e levaram inscrições em eventos, livros, mochilas, agendas, baleiros, porta-cartões, garrafas de uísque e kits caipirinha.
Confira os nomes, as frases e fotos dos vencedores.
FRASES CAMPEÃS
“Ser não destrutivo é criar, inovar e evoluir sem precisar destruir”, Tiago Oliveira (1º colocado).
“Ser não destrutivo é utilizar o melhor do conhecimento humano. Trabalhando, inovando e preservando a vida
e o meio ambiente para construir uma sociedade mais justa em um futuro melhor”, Márcio Torii (2º colocado).
“Ser não destrutivo é preocupar-se com o bem comum, zelando e preservando o que nos rodeia, não só em uma
junta ou equipamento, mas sim, no seu dia a dia”, Renato Bulhões (3º colocado).
CONCURSO DE SELFIES:
1º colocado: Daniel Gonzaga.
2º colocado: Marco Brito.
3º colocado: Nilvio Bairros Fernandes.
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artigo
especial
VOCÊ É UM PROFISSIONAL
QUE FAZ A DIFERENÇA na
sua empresa?
Isa Magalhães
N
o artigo anterior falamos
sobre a importância de o
profissional ser, além de
bem “educado”, formado e qualificado para fazer a diferença, de ter
a vontade, a atitude e o comportamento de investir continuadamente
na busca por mais informação e atualização de conhecimento.
Neste artigo, o assunto será os “talentos” profissionais alinhados às estratégias da empresa, aos índices de
produtividade a serem alcançados,
às melhorias que a organização tem
como metas de gestão de pessoas,
negócios e satisfação de clientes.
Atualmente, as organizações devem ter uma visão bem apurada dos
paradigmas econômicos definidos
pela velocidade, inovação, busca da
qualidade e satisfação dos clientes
internos e externos. Essa visão define o capital humano como ativo
importante da organização, pois é
com as pessoas que ela executará as
ações para alcançar as metas definidas em sua estratégia.
Assim, cabe perguntar: você sabe
o que a organização espera de você?
Quais resultados você deve atingir
para o negócio e para os clientes?
Como a organização gerencia e avalia o seu desempenho, seus resultados, habilidades, conhecimentos
e suas atitudes? Ela tem um plano
de desenvolvimento para você? É a
partir dessas informações que você
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pode (e deve) disponibilizar, com eficiência e eficácia, suas competências
e seus talentos para a organização.
Em resumo: O crescimento de um
possibilita e estimula o crescimento do
outro. Este é o principal objetivo da
gestão por competências.
É possível perceber a importância
dessa forma de gestão como um método estratégico de gerenciamento de
pessoas e da organização, por considerar as habilidades, atitudes e o conhecimento de um profissional no desenvolvimento de seu trabalho. Também é
possível perceber que ser uma organização competitiva significa aplicar
um modelo de gestão de pessoas de
forma estratégica, no qual a avaliação e o desenvolvimento de competências sejam a base para a capacitação, orientação e retenção de seus
profissionais.
Dito assim, parece ser fácil resolver
problema de gestão de pessoas, pois
bastaria fazer um bom diagnóstico
na organização, a partir dos resultados, escolher o melhor método, preparar as pessoas e aplicá-lo. Mas, não
é! Precisamos, antes de mais nada,
definir o que entendemos como
“competência” e “avaliação”.
Muitas são as definições de competência para vários contextos, por
exemplo:
• American Compensation Association: “Comportamentos individuais observáveis, mensuráveis e críticos
para o sucesso individual ou desempenho da organização”.
• Antunes (2001, p.17): “Competente
é aquele que pondera, aprecia, avalia,
julga e, depois de examinar uma situação ou um problema por ângulos diferentes, encontra a solução ou decide”.
• Secretan (1989,p.71): “ A competência é alcançada através do orgulho
da mente aberta, do autodesenvolvimento, do trabalho em equipe, da
pesquisa e da boa vontade em admitir a própria ignorância”.
• Brandão e Guimarães (2004, p.14):
“Competência é o conjunto dos conhecimentos, habilidades e experiências que credenciam um profissional a exercer determinadas funções”.
• Rabaglio (2001): “O perfil de competências é o diferencial competitivo
de cada pessoa e define competência como um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e
comportamentos que permitam ao
indivíduo desempenhar com eficácia determinadas tarefas, em qualquer situação”.
• Levy –Leboyer: “Repertórios de
comportamentos e capacitações
que algumas pessoas ou organizações dominam melhor que outras,
tornando-as eficazes em determinada situação”.
Vou ficar com os dois últimos autores:
O texto de Rabaglio define as com-
petências individuais, o “CHA” – Conhecimento, Habilidades e Atitudes,
apresentados na figura da árvore.
Mas, o profissional só terá uma
competência reconhecida quando
for capaz de demonstrá-la. (Gramigna, 2009).
Já Levy inclui o repertório que as
organizações dominam melhor que
outras em relação a comportamentos e capacitações. Assim, as competências organizacionais são definidas
por meio de indicadores, por exemplo: O negócio (Gramigna, 2009 - “O
espaço que a organização pretende
ocupar em função das demandas
de mercado”); e Missão (qual o negócio, quem é o cliente, sua base,
segmentação, prioridade, desafios,
diferencial e grupos de interesses).
Para esse autor “Uma missão coerente é um instrumento poderoso, que
pode ajudar os responsáveis pelas
decisões a encontrar o caminho em
meio à confusão e à complexidade”.
A visão de futuro é como os empresários querem ser vistos daqui a
algum tempo; ela norteia as ações
da empresa. Já os valores são as normas, princípios e padrões adotados
pela organização.
Aí entra a avaliação por competências como uma ferramenta de mensuração dos resultados alcançados e
dos comportamentos demons trados
pelos colaboradores, bem como seu
potencial para novas posições.
Já “avaliar por competências”,
Habilidades: Agir com talento, capacidade e técnica,
obtendo resultados positivos.
Conhecimentos: Conjunto de informações que a pessoa.
Atitudes: Determinadas pelo conjunto de valores, crenças
e princípios formados ao longo da vida. (aqui eu somo a
natureza do perfil pessoal).
tecnologia preservando a vida
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artigo
especial
segundo Marise Nogueira Ramos,
é um processo pelo qual se compilam evidências de desempenho
e conhecimentos de um indivíduo
em relação às competências profissionais requeridas. Os resultados
individuais devem ser comparáveis
somente com os critérios de desempenho e não com os outros avaliados. Marise também afirma que a
“avaliação por competências” é orientada por um conjunto de normas
definido em diferentes ambientes
produtivos, fornecendo parâmetros
de referência e comparação para
avaliar o que o funcionário é ou deve vir a ser capaz de fazer.
A partir dessas definições, podemos pensar que quem realiza a gestão de pessoas e as avaliações por
competências, através de normas e
processos, são os profissionais com
suas competências individuais “coloridas” por sua personalidade, perfil e maturidade profissional, assim
como aqueles que recebem as avaliações. Será que eles estão preparados para dar e receber avaliações?
Será que dar e receber feedbacks
positivos e de melhorias a serem
realizadas são atitudes aceitas sem
questionamentos? Será que os julgamentos objetivos e factuais não
serão “ouvidos” ou percebidos como “ataques pessoais”? Será que as
informações, processos e normas
são claros para a própria organização? São compartilhados e assimilados por todos?.....
Mesmo que bem preparados, essas questões são de difícil manejo e
gerenciamento por parte dos profissionais, por envolver a individualidade e a maturidade de cada perfil
que compõe o capital humano de
uma organização.
Quando há essa percepção e consciência das dificuldades, é possível
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gerenciá-las com mais eficiência e,
como resultado, podemos listar alguns benefícios que a gestão por
competências pode alcançar:
• Melhora o desempenho dos colaboradores;
• Identifica os talentos e as necessidades de treinamentos;
• Alinha os objetivos e as metas da
organização e da equipe;
• Reduz a subjetividade na Seleção e
Avaliação de pessoas;
• Analisa o desenvolvimento dos colaboradores;
• Enriquece o perfil dos colaboradores, potencializando seus resultados;
• Melhora o relacionamento entre
gestores e liderados;
• Mantém a motivação e o compromisso;
• Extrai o máximo de produtividade
de cada colaborador.
Finalizando, quando há consciência sobre a importância da gestão
por competências e a seriedade de
utilizá-la com responsabilidade e consistência em seu manejo e administração, então, há as constantes e continuadas melhorias pessoais e profissionais dos times e da organização.
Gerar resultados de curto, médio e
longo prazo para os profissionais e
para a organização é colheita obrigatória depois de cultivar a boa terra
com sementes selecionadas. Lembrando que cultivar se refere a todos
os cuidados e controles durante todo
o processo, ou seja, pessoas certas, nos
lugares certos, nas organizações que
sabem onde e como querem chegar. a
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano das
organizações.9ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2009.
• CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos
humanos nas organizações.5ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2004.
• GRAMIGNA, M.R.,Modelo de Competências e Gestão de Talentos, 2ª Ed,
São Paulo: Editora PRENTICE HALL (PEARSON), 2009.
• OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de, Planejamento Estratégico: Conceitos, metodologia e práticas.21ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.ROBBINS, S.P.
Comportamento Organizacional. 11ª ed. São Paulo: Editora Pearson, 2006
• FILHO, Simões – BA 2012 – Case Gestão de Pessoas e Avaliação por Competências.
Isa Magalhães é psicóloga, psicanalista e pedagoga com 30 anos de experiência profissional clínica,
acadêmica e organizacional. É consultora organizacional especialista em gerar e implementar soluções
para o desenvolvimento da maturidade profissional em gestores, líderes, grupos, equipes e pessoas
envolvidas na busca contínua de resultados com qualidade e alta performance. É sócia-diretora da
DEVELOP I.M.– Crescimento Profissional: www.maturidadeprofissional.com.br
institucional
ENDs nas grades de cursos acadêmicos
Parceria da Abendi com a Fatec pretende ampliar as oportunidades
profissionais para os alunos
A
Abendi e o Centro Paula de Souza (Fatec) se reuniram, em abril,
para discutir sobre uma parceria que
visa aprimorar a formação acadêmica
dos alunos por meio de cursos que
foquem no que a indústria precisa e
espera dos profissionais.
A Instituição sempre incentivou a
pesquisa acadêmica nos congressos,
e, desde o ano passado, foi intensificada a ligação da Abendi com diversas escolas e universidades, ampliando a participação em eventos e
palestras.
Irani de Oliveira, gerente executiva
da Abendi, expõe que o objetivo é
difundir os Ensaios Não Destrutivos
com maior ênfase nas grades curriculares dos cursos. “Queremos levar, aos
jovens estudantes, informações sobre
o mercado de END, sobre a carreira de
inspetor e, consequentemente, sobre
a existência da Associação”, afirma.
região que promete crescer muito
nos próximos anos.
Segundo o professor, a região
anseia por ser autossustentável e
autossuficiente. “O grande trabalho
é para que os moradores não precisem ir para outras áreas em busca de
educação, trabalho e lazer”, declara.
A faculdade fica próxima ao estádio do Sport Club Corinthians
Paulista e, em breve, será vizinha de
uma rodoviária que está sendo construída nas imediações. Paulo cita
também o centro de convenções,
os laboratórios e as incubadoras de
empresas que surgiram estimuladas
por um incentivo fiscal que oferece
isenção de impostos para o desenvolvimento da região.
Fatec (Zona Leste)
“O Centro Paula de Souza tem um
viés muito forte na pesquisa, que é
O Centro Paula de Souza – Fatec diferente das faculdades mais tradipertence ao polo tecnológico de uma cionais”, declara Paulo. Na opinião
da diretora Anna Cristina, a Fatec de Itaquera
tem uma preocupação
muito grande com o desenvolvimento das pesquisas. “Além de formar
alunos, nós nos preocupamos muito em desenvolver novas pesquisas.
Os professores sempre
incentivam a busca dos
estudantes por novos conhecimentos. A ideia é
que todos saiam com visão e conhecimento para escolher por onde sePaulo Kanayama, Irani de Oliveira, Anna Cristina Carvalho, Gonçalo Siqueira
a
guir”, conclui Anna.
e Antonio Aulicino
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Anna Cristina Barbosa Dias de Carvalho, diretora da Fatec Zona Leste,
também ressalta a importância desse
tipo de parceria. “Precisamos ter uma
relação mais próxima com a indústria
para colocar alunos bem formados e
preparados dentro das principais empresas. É essa proximidade que nos
ajudará a melhorar a formação acadêmica dos nossos estudantes”.
Paulo Hélio Kanayama, professor
da faculdade, complementa dizendo
que a proposta é conciliar a formação
prática com a científica, desenvolvendo um profissional que vai ter criatividade para buscar soluções para os
principais problemas das empresas
com ética e competência.
mercado
de END
A evolução do mercado
Cresce a acreditação do Inmetro para empresas e
organismos de inspeção em END
Edu Oliveira
A
Petrobras confirmou que vai
exigir a Acreditação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para
Organismos de Inspeção em Ensaios
Não Destrutivos nos contratos assinados a partir de janeiro de 2015.
O requisito aparecerá nos anexos
da Qualidade e destina-se, a princípio,
apenas aos métodos de Ultrassom (US)
e Radiografia Industrial (RI).
A acreditação tem a norma ISO 17020
como base e representa um grande
avanço na qualidade dos serviços prestados na área dos Ensaios Não Destrutivos e Inspeções.
O movimento pela acreditação de
empresas nasceu em meados de 1990,
com a implantação dos sistemas de
gestão de qualidade (ISO 9000) e alcançou a área dos Ensaios Não Destrutivos pela primeira vez em 2008.
Em 2013, um convênio entre a Petrobras e a Abendi passou a verificar
sistematicamente o desempenho dos
inspetores certificados que atuam nos
empreendimentos, e apareceram grandes não conformidades que certamente seriam evitadas se houvesse a
supervisão de um profissional N3.
Até o momento, existem oito empresas acreditadas e cinco em pro-
cesso, mas a previsão é que o interesse do mercado aumente e outros
Organismos de Inspeção entrem com
a solicitação até junho para começar
2015 com a certificação.
Para comentar o assunto, conversamos com cinco integrantes do Comitê de Assessoramento em END do
Inmetro: Carlos Madureira, da BBL Bureau Brasileiro; Clovis da Silva Leitão,
da CGRE/Inmetro; João Rufino, da
Abendi; José Luís Vergueiro, da Brasitest; e Silvio Juer da Petrobras (Sequi).
Saiba mais sobre a importância da
acreditação de Organismos de Inspeção em END.
O QUE É A ACREDITAÇÃO?
A acreditação é uma
garantia de escala internacional que atesta a qualidade e a confiabilidade da atuação de
empresas e organismos de inspeção.
Ela simboliza um reconhecimento formal por um organismo de acreditação
e por um OAC (Organismo de Avaliação da Conformidade) de que certa
empresa atende a todos os requisitos
previamente definidos e demonstra
ser competente para realizar suas atividades com confiança.
A avaliação da conformidade, segundo a ISO 17000:2005, é a “demons-
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tração de que os requisitos especificados
relativos a um produto, processo, sistema, pessoa ou organismo são atendidos”.
Clovis Leitão, gestor de Acreditação
do Inmetro, ressalta que o instituto é
o organismo de acreditação nacional
que possui status de signatário nos
acordos internacionais de acreditação
da International Laboratory Accreditation Cooperation (ILAC) e da Interamerican Accreditation Cooperation
(IAAC). Característica que garante a
equivalência técnica entre os acreditados brasileiros com os organismos
acreditados em outros países, possi-
bilitando uma aceitação mútua das
inspeções.
No Brasil, a CGRE (Coordenação
de Acreditação do Inmetro) atesta a
competência e o Organismo de Avaliação da Conformidade realiza a avaliação da conformidade.
“A acreditação determina a competência de organismos, seja no segmento da inspeção, da certificação ou
dos laboratórios, de forma a criar uma
confiança dos agentes na infraestrutura da qualidade”. Clovis continua: “à
medida que a credibilidade dos serviços aumenta, evitamos a duplicidade
O QUE É A CGCRE?
A CGCRE (Coordenação de Acreditação do Inmetro) é a unidade organizacional de acreditação nacional que reconhece os Organismos de Avaliação da Conformidade.
Ela trabalha para prover maior confiança aos produtos e serviços disponibilizados à sociedade e para contribuir com a competitividade da
indústria nacional em consonância com as práticas internacionais.
A CGCRE tem responsabilidade e autoridade sobre todos os aspectos referentes à acreditação, incluindo suas devidas decisões.
de auditorias, ensaios e inspeções. A
consequência direta disso é que os
produtores colhem mais facilmente os
benefícios das suas inovações, criando incentivos para o investimento em
pesquisa e desenvolvimento”.
Silvio Juer, coordenador da Petrobras (Sequi), ressalta que a ideia não
é montar um cadastro de empresas.
O objetivo final da Petrobras é estabelecer um controle de que os organismos de inspeção apresentem
estrutura e organização suficientes
para garantir a conformidade da sua
prestação de serviço.
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
17
mercado
de END
Benefícios Diretos
A acreditação traz diversas vantagens às empresas e aos OIs (Organismos de Inspeção). Ela diminui o risco
de avaliações incorretas e garante a
aceitação internacional dos produtos
sem a necessidade de repetições das
avaliações realizadas.
Segundo João Rufino, consultor de
Certificações da Abendi, “este é o futuro. Quanto mais empresas acreditadas, maior é a qualidade e a garantia
de confiabilidade nos resultados gerados pelos OIs”.
O processo de acreditação colabora também com a diminuição das avaliações e dos ensaios em duplicidade
através do reconhecimento formal
da competência dos Organismos de
Avaliação da Conformidade.
José Luís Pinto Vergueiro, gerente
da Brasitest, entende que um dos
principais retornos que a acreditação
confere aos proprietários das empresas é a tranquilidade para trabalhar,
sabendo que seu negócio e seus profissionais estão seguros e protegidos.
Para Carlos Madureira, diretor da BBL
Bureau Brasileiro e ex-presidente da
Abendi, os benefícios da acreditação
Método de Ultrassom
favorecem todas as empresas que utilizam serviços de inspeção. “Quando
se compara uma empresa que possui a
certificação do Inmetro com outra que
não possui, é evidente qual delas é garantia de bons resultados”, relata.
Acreditação nos Organismos de
Inspeção
A sistemática de acreditação de OIs
obedece aos requisitos presentes na
norma ABNT NBR ISO/IEC 17020:2012.
Ela é concedida para uma atividade, um escopo definido com base no
tipo de inspeção, nos critérios de
aprovação e no tipo de produto inspecionado.
“A motivação pela acreditação é
sempre do mercado. Em outras áreas, a motivação é legal, por ser uma
questão compulsória. No caso específico de END, ela é voluntária, faz
parte da evolução natural do mercado”, declara Clovis.
Para regular internamente, o Inmetro desenvolveu a NIT-DIOIS-019 que
agrega todas as normas específicas à
Ana Paula Marcondes Giolo (Abendi), José Luís Vergueiro (Brasitest), Raphael Semaan (Abendi) e Carlos Madureira (BBL Bureau Brasileiro) participam de uma reunião do Comitê de Assessoramento em END do Inmetro.
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revista abendi no 61
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A acreditação é uma garantia, de escala internacional, que atesta a qualidade
e a confiabilidade da atuação de empresas e organismos de inspeção.
nova revisão da ISO 17020 e estabelece os critérios comuns e os exclusivos
que precisam ser atendidos pelos organismos de inspeção interessados.
Segundo Clovis, torna-se mais fácil
de assimilar os requisitos da norma
17020 para as empresas de Ensaios
Não Destrutivos que já possuem um
sistema de qualidade como o ISO
9000 implantado.
A acreditação para OIs de Ensaios
Não Destrutivos (OIA-END) trabalha
com a avaliação da homogeneidade
e integridade estrutural de materiais
e equipamentos por meio de inspeções que não comprometam sua utilização posterior como nos métodos
de Ensaios Radiográficos, Partículas
Magnéticas, Ultrassom, entre outros.
Além da área de END, a Cgcre
acredita organismos que realizam
inspeções nas áreas de Segurança Veicular, Equipamentos Rodoviários e
Veículos Rodoviários para Transporte
de Produtos Perigosos, Instalações Elétricas, Pré-Embarque, Eficiência Energética de Edifícios, Redes de Distribuição Interna de Gases Combustíveis e
Instalação de Aparelhos a Gás para
Uso Residencial.
A Abendi faz parte da comissão do
Inmetro que discute o assunto através da presença de João Rufino, seu
consultor de Certificações.
Rufino acredita que, além da Petrobras, outras grandes indutoras e
compradoras irão se beneficiar com
esse importante passo da indústria
nacional.
Diferenciais OIA-END
• Independência e autonomia na realização das
inspeções;
• Sistema de gestão focado no controle do processo;
• Pessoal qualificado, certificado e experiente;
• Supervisão técnica, realizada por profissionais
experientes e por Níveis 3;
• Procedimentos qualificados;
• Equipamentos calibrados em organismos
acreditados pela RBC (Rede Brasileira de Calibração);
Processo de Acreditação Inmetro
• Pessoal registrado em regime CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho);
Segundo Clovis, a CGCRE trabalha
com novos processos de avaliação e
com a manutenção das acreditações
já existentes.
• Completo atendimento aos requisitos de saúde,
meio ambiente e segurança.
FORMAÇÃO DE NOVOS N3
Carlos Madureira acredita que uma das grandes dificuldades da acreditação do Inmetro é encontrar profissionais
qualificados para o trabalho. “Existem poucos N3 no mercado e eles são muito requisitados, atuam para várias empresas”, expõe.
Várias ações estão sendo tomadas para colocar mais profissionais N3 no mercado e incentivar os que já estão no mercado a realizarem essas auditorias.
Há um ano, por exemplo, a Abendi e a Abemi (Associação Brasileira de Engenharia Industrial) firmaram uma parceria
para estimular a formação e a certificação de profissionais N3. O programa propõe ministrar cursos de Ultrassom e Radiografia Industrial em cidades como Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ).
Outro estímulo ocorreu por meio do convênio entre a Abendi e a Abore (Associação Brasileira de Oficiais da Reserva). O
projeto trouxe jovens talentosos das Forças Armadas para cursos e treinamentos em áreas estratégicas do mercado. Na
última terça-feira de abril, 13 profissionais concluíram os módulos de Ultrassom e Líquido Penetrante.
Silvio Juer destaca a diminuição no tempo de experiência para um N2 entrar com pedido para se tornar um N3. O tempo,
que era de 10 anos, foi ajustado para 18 meses, que é o tempo exigido pela ISO 9712 em outros países. “Fizemos isso
porque identificamos que esses profissionais são a base para formar os N3 que precisaremos, já que é muito caro formar
um N3 a partir de uma escola ou de um profissional recém-formado”, declara.
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
19
mercado
de END
No primeiro caso, a acreditação inicial e extensão de escopo passam pelas etapas da solicitação, análise da documentação, avaliação, implementação de ações corretivas e da decisão.
Já a manutenção pode ser de dois tipos: supervisão ou reacreditação e segue as etapas de avaliação, implementação de ações corretivas e de decisão.
Os processos de avaliação descritos
são acompanhados e monitorados
em um sistema BPM (Business Process Management) apelidado de “Orquestra” que possibilita um acompanhamento on-line do processo pela
CGCRE, pela equipe avaliadora e pelo Organismo de Inspeção.
Até o momento, há cinco solicitações de certificação em análise de
documentação legal no Inmetro e
oito empresas já acreditadas. Para
Clovis, o processo todo de acreditação não leva mais de seis meses, ou
seja, as empresas que entrarem com
o processo formal até o dia 30 de
junho poderão começar 2015 com a
certificação, caso não ocorra alguma
não conformidade.
Clovis considera esse número ainda muito pequeno. Todavia, foram
quatro acreditações durante todo o
ano de 2013 e cinco apenas no primeiro trimestre de 2014. “Estamos
focados em uma parcela menor do
segmento de petróleo (exploração) e
nada foi considerado até o momento
com relação às refinarias, às ferrovias,
ao setor elétrico e à mecânica pesada”. Clovis prossegue: “Podemos
constatar um enorme espaço para a
evolução e para a inserção de Organismos de Inspeção Acreditados”.
A relação de escopos na área de
END trabalha com quatro famílias. Segundo o especialista, as acreditações
mais solicitadas são para os métodos
mais comuns: Ultrassom (US), Partículas Magnéticas (PM) e uma participação crescente no segmento subaquá20
revista abendi no 61
abril de 2014
EVENTOS DE DIVULGAÇÃO
A Abemi (Associação Brasileira de Engenharia Industrial) reuniu, em março,
representantes de todo o mercado em um evento de divulgação dos requisitos de acreditação Inmetro para empresas e organismos de inspeção de END.
Um seminário semelhante foi apresentado na Abimaq, no dia 6 de maio, com
a participação de João Rufino, da Abendi; Guilherme Andrade C. Pedrosa, do
Inmetro; e Silvio Juer e José Carlos Lobato da Cunha da Petrobras.
Outro evento com a mesma finalidade está marcado para agosto, em São
Paulo. O 6º Enoac (Encontro Nacional de Organismos de Avaliação da Conformidade), organizado pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro,
ocorrerá nos dias 12 e 13 de agosto. Para mais informações, entre em contato
com a Ana Beatriz, do Inmetro ([email protected]).
tico pelas empresas que ficam próximas à bacia de Campos, no norte do
Rio de Janeiro.
Banco de questões
A Petrobras e a Abendi começaram
a reavaliar também a dificuldade de
algumas questões do banco para a
certificação N3.
Segundo Juer, alguns profissionais
brasileiros vão para outros países e
enfrentam procedimentos em inglês
para solicitar a certificação em institutos que também trabalham baseados na ISO 9712.
“Nossos anexos contratuais cobram
que a certificação seja nacional, mas
a Abendi já está trabalhando com um
exame simplificado para reconhecer
os N3 certificados no exterior pelo
sistema SNQC”. Silvio prossegue: “Estamos trabalhando também no sentido de tornar o exame mais realístico,
com relação à atividade profissional”.
Incentivo à recertificação
profissional
Um grande incentivo ao Nível 3 é
o sistema de pontos do DC-007 que
favorece o profissional no momento
da recertificação.
Depois de certificado como N3, o
profissional tem um período de validade de cinco anos para a primeira
manutenção e mais cinco anos para
realizar a recertificação.
Nesses 10 anos, é necessário enviar,
para a Abendi, algumas comprovações de continuidade e desempenho
satisfatório na área.
A pontuação é baseada no que ele
apresenta para a instituição, que pode
ser treinamentos ministrados, procedimentos, participação em eventos, etc.
A realização de auditorias conta um
ponto por dia de trabalho realizado.
Se o profissional é um auditor especialista do Inmetro, ele pode conseguir até 30 pontos de um total de 70
que são exigidos em cinco anos.
Madureira acredita na força das empresas para impulsionar a acreditação
dos Organismos de Inspeção de END.
“Minha sugestão é que as empresas
cedam seus profissionais N3 para realizar as auditorias do Inmetro alguns
dias por mês. Se isso acontecesse,
as certificações seriam mais rápidas,
atenderiam às necessidades dos interessados e as empresas que disponibilizassem os especialistas contribuiriam
para melhorar um serviço que ela própria utiliza, ou que pretende utilizar no
a
futuro”, conclui.
sócios
Empresas sócias da Abendi
ACINOR Inspeções e Serviços Técnicos Ltda
ASNDT-Tech - Avaliação de Integridade de
Equipamentos Ltda.
AT Solução Inteligente de Inspeção Ltda
ATEND - Serviços e Manutenção Ltda EPP
Absolute Examinações Não Destrutivas Ltda
Advanced OEM Solutions
Ahak Brasil Serviços Industriais Ltda
Altiseg Equipamentos de Segurança de
Trabalho Ltda
Arctest Serviços Tec. Insp. e Manut. Indl. Ltda
Armenio End. Inspeção de Soldas Ltda.
Arotec S/A Indústria e Comércio
Asema Seg. do Trabalho, Manut. e Alpinismo
Ind. Ltda
Asociación de Inv. Met. Del Noroeste - AIMEN
Auxilio - Assessoria e Serviços Técnicos Ltda
Átomo Radiop. e Segurança Nuclear S/C Ltda
Axess do Brasil
Aços F. Sacchelli Ltda
BBL - Bureau Brasileiro Ltda
BC TRADE - Comercial Importadora e
Exportadora Ltda
BRTÜV Avaliações da Qualidade Ltda
Belov Engenharia Ltda
Bently do Brasil Ltda.
Brasil Inspeção de Equipamentos Industriais
Ltda - EPP
Brasitest Ltda
Braskem S/A - UNIB 1 BA
Bruke S/A
Bureau Veritas do Brasil Soc. Classificadora
e Certif.Ltda
Bureau de Avali. da Conf.Quali. de
Sistem. Ltda.
C.I.C Certificação em Equipamentos
Industriais e Cabos Ltda
CBC Indústrias Pesadas S/A
CCI - Centro Controle e Inspeção Ltda
CEETEPS - Faculdade de Tecn. de
Pindamonhangaba
CETEMQ Centro Tecn. de Mão de Obra
Qualif.
CETI Treinamentos e Serviços Empresariais
Ltda ME
CIA - Centro Nacional de Tecnologia e Com.
Ltda
CONSINSP - Insp. Equips. e Manut. Indl. Ltda
COTEND Controles Técnicos e END e
Montagem Ltda
Capaz Inspeções Ltda
Carestream do Brasil Com. e Serv. de Prod.
Med. Ltda
Carlos Alberto Arruda Salles Marques & Cia Ltda
Centro de Pesquisa de Energia Elétrica CEPEL
Centro de Treinamento de Rio das Ostras e
Inspeção Ltda
22
revista abendi no 61
abril de 2014
Centro de Treinamento em END - CETREND/
MG
Cesar & Fritsch Offshore Serviços de
Manutenção Ltda
Cia de Saneamento Básico do Est. São Paulo-SABESP
Civil Master Projetos e Construções Ltda
Cláudia Vital M.E - Vital End Equip. e
Acessórios para END
Coldclima Comercio e Instalação de Maquinas
e Equip. Ltda
Compergy Qualidade Ltda
Concremat - Engenharia e Tecnologia S/A
Confab Industrial S/A
Connect. Serv. CS Serviços de Mecânica Met.
e Man em Altura Ltda
Control Service - Prest. Serv. de Insp. e
Repres. Comercial
Cooperativa Central de Prod. e Ind. de Trab.
em Metalurgia - UNIFORJA
Cooperativa dos Insp. Equip. Autônomos do
Estado Bahia Ltda
Cooperativa dos Insp. de END Estado BA COOEND
DMCJ Inspeções Ltda
Derrick do Brasil Serviços Ltda
Detection Technology Inc
Deten Química S/A
Diagnostic Imagind Automação Ltda
Divers University Esporte Aquático Ltda
EMC Engenharia Ltda.
END Araújo Eletrônica Industrial
END Oliveira
END TreinamenUS
END-Check Consult. e Serv. Espec.de Peças
e Equip. Ltda
ENDI - Ensaios Não Destrutivos, Inspeção e
Soldagem Ltda
EPM Engª de Inspeção, Planejamento e
Manutenção Ltda
Eclipse Scientific South America LTDA.
Elfe Óleo e Gás Operação e Manutenção S/A
Endtecne Importação e Comércio de END Ltda
Engisa Insp. e Pesquisa Aplicada à Indústria
Ltda
Escola de Engª Eletromecânica da BahiaEEEMBA
Estaleiro Brasa Ltda
Evidência Qualidade Montagem e Manutenção
Industrial S/S
Extende
Focus Consultoria e Representação Ltda
Fugro Brasil Serviços Submarinos e
Levantamentos Ltda
Furnas Centrais Elétricas S/A
Gamatron Radiografia Industrial Ltda
German Engenharia e Serviços de
Manutenção Ltda
Global End - Inspeções e Consultoria Ltda
HCG Equipamentos Ltda
Helling GmbH
INSPEEND Ltda ME
INTER-METRO Serviços Especiais Ltda
IRM Services Ltda
ISQ Brasil - Instituto de Soldadura e
Qualidade Ltda
ITW Fluids Brasil Ltda.
Inecon Inspeções Ltda
Inoservice Serviços de Inspeção Ltda
Inspección y Diagnóstico Técnico ISOTEC Ltda
Inspecon - Inspeção e Ensaios não
Destrutivos - EIRELI
Inspetec Inspeções Técnicas Ltda Me
Instrumental Inst. de Medição Ltda
Integra - Coop. Prof. Engª Integridade
Equip. Ltda
IntelligeNDT Systems & Services GmbH
Irmãos Passaúra S/A
JBS Inspeção e Ensaios Ltda
JMF Ferreira Man. Indl. e Alp. Industrial Ltda.
JN Inspeção Ensaio Não Destrutivos em
Equip. Ind. Ltda
K2 do Brasil Serviços Ltda
Koend Tecnologia em Inspeções
Industriais Ltda
Kroma Produtos Fotográficos e
Representação Ltda
Kubika Comercial Ltda
LWF Treinamento e Consultoria em Engª Ltda
Lambda Inspeções Treinamentos e Serviços
Ltda. ME
Latin Consult Engenharia S/S Ltda
Lenco - Centro de Controle Tecnológico Ltda
Lloyd’s Register do Brasil Ltda
Lot Engenharia e Consultoria Limitada M.E
Lottici Acesso por Corda Ltda - ME
Luthom Engenharia Ltda
M2M do Brasil Serv. de Anál. Tec. em
END Ltda
MKS Serviços Especiais de Engenharia Ltda
Marcelo de Carvalho Salomão EPP
Maxim Comércio e Consultoria Industrial Ltda
Megasteam Instrumentação & Mecânica Ltda
Metal-Chek do Brasil Indústria e
Comércio Ltda
Metalquímica Tecnologia e Serviços
Ltda EPP
Metaltec Não Destrutivos Ltda
Moody Internacional Brasil Ltda.
Multiflux Máquinas Especiais Ind. e Com. Ltda
NDB Vision Ltda
NDT do Brasil
News Inspeções Ltda
Nr Treinamentos Ltda
Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A NUCLEP
Aspirante on-line:
a nova categoria de sócios
Núcleo Serviços de Inspeção de
Equipamentos Ltda
Oceânica Engenharia e Consultoria Ltda
Ostra Service e Inspeções e Reparo em
Equipamentos Ind. Ltda - EPP
Paneng Engenharia e Consultoria Ltda
Petrobras Transportes S/A - TRANSPETRO
Petrustest Consultoria em Controle da
Qualidade Ltda
Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS
Physical Acoustics South America Ltda PASA
Planet Serviços Ltda
Polimeter Comércio e Representações Ltda
Polotest Consultoria, Controle de Qualidade e
Serviços Ltda
Polyteste Inspeções
Powertemp Tecnologia Industrial Ltda
Proaqt Empreedimentos Tecnológicos
Proceq SAO Equipamentos de Medição Ltda
Qualitate Inspeções e END Ltda
Qualitec Engenharia da Qualidade Ltda
Qualitech Inspeção, Reparo e Manutenção Ltda
Qualy End Inspeções Ltda
R.R.V.M. Comércio e Assessoria Técnica Ltda
Raimeck Comércio Importação e
Exportação Ltda
Rufino Teles Engenharia
SANTEC - Tecnologia de Soldagem
SENAT Group do Brasil - Serviços Marítimos
e Terrestres Ltda.
SEND Control INnspeções Industriais Ltda
SGS do Brasil Ltda
SINCQ - Serviços Industriais e Controle de
Qualidade Ltda
SISTAC - Sistemas de Acesso Ltda
SKE Inspeção e Consultoria Ltda
Sagatech Inspeções de Equipamentos Ltda
Saipem do Brasil Serviços de Petróleo.
Sanesi Engenharia e Saneamento Ltda
Sansuy S/A Indústria de Plásticos
Santos & Fagundes Assessoria em Resgate
Ltda
Satec Controle de Qual. Equipamentos
Petroquimicos Ltda
Serv-End Indústria e Comércio Ltda
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
- SENAI
Serviços Marítimos Continental S/A
Siemens Ltda
Sociedade de Ensino Iguaçu S/C Ltda
Soldas Especiais Armênio
Solutec Brasil Serviços Técnicos em
Montagem e Manutenção LTDA
System Asses., Insp. e Controle da Qualidade
Ltda
TGM - Turbinas Indústria e Comércio Ltda
TQI Treinamento, Qualificação e Inspeção
Industrial Ltda
TSA Tubos Soldados Atlântico
TSI Tecnologia Serviços e Inspeção Ltda
Tec Sub Tecnologia Subaquática Ltda
Tech-End Ensaios Não Destrutivos
Technical Books Livraria Ltda
Technotest Serviços de Inspeções
Técnicas Ltda
Tecnomedição Sistemas de Medição Ltda
Tecnopetro Inpeção e Consultoria Ltda
Terminal Químico de Aratu S/A - TEQUIMAR
Top Team Brasil Ltda
Topcheck Controle da Qualidade Ltda
Trac Oil And Gas LTDA.
Tracerco do Brasil Diagnósticos de Processos
Industriais Ltda
Tuper Tubos S/A
UNIFOR
Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A USIMINAS
Valbrasil Comércio e Indústria Ltda
Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil Ltda
Vallourec Tubos do Brasil S.A.
Varco International do Brasil Equipamentos e
Serviços Ltda
Victória Qualidade Industrial Ltda
Villar Manutenção de Máquinas Ltda
Villares Metals S/A
Voith Hydro Ltda
Welding Science-Medar Com. Serv. Ltda.EPP
Welding Soldagem e Inspeções Ltda
A Abendi criou recentemente uma nova categoria de sócios para que jovens estudantes de até 22 anos participem
das atividades da Instituição e aproveitem uma série de benefícios oferecidos.
O Aspirante On-line tem acesso a uma área restrita do site
que mostra consultas técnicas, banco de currículos e vagas,
biblioteca técnica e área de download, revista on-line e news,
convênios, bolsas em treinamentos e eventos da Associação,
clube Abendi, acesso aos simulados e exercícios, sala de atendimento exclusivo nos eventos.
Acompanhe abaixo as diferenças entre o sócio Aspirante e
o novo sócio Aspirante On-line.
BENEFÍCIOS
ASPIRANTE
Acesso restrito à área de sócios
Convênios
Biblioteca Técnica
Clube Abendi
Consultas Técnicas
Banco de Currículos
Banco de Vagas
Parcelamento no exame prático
Revista Abendi (on-line)
News
Desconto em exames, cursos
e eventos.
Bolsa em Treinamentos Abendi, Eventos, OTRs e Certificação.
Revista Abendi (Impressa)
Carteirinha de Sócio
Curso Básico de END (on-line)
ASPIRANTE ON LINE
Acesso restrito à área de sócios
Convênios
Biblioteca Técnica
Clube Abendi
Consultas Técnicas
Banco de Currículos
Banco de Vagas
Parcelamento no exame prático
Revista Abendi (on-line)
News
Desconto em cursos,
biblioteca e eventos.
Bolsa em Treinamentos
Abendi e Eventos.
VALOR DA FILIAÇÃO: R$ 87,00
VALOR DA FILIAÇÃO: R$ 35,00
VALOR DA ANUIDADE: R$ 87,00
VALOR DA ANUIDADE: R$ 35,00
sócios
patrocinadores
Areva se associa à Abendi para crescer no Brasil
com segurança e respeito ao meio ambiente
A
Areva oferece um portfólio de
soluções para responder à necessidade de diversificação energética e aos programas de redução de
emissões de gases do efeito estufa.
Essas soluções se baseiam em produtos de alta tecnologia concebidos para alcançar os requisitos mais
altos de confiabilidade e eficiência.
No setor nuclear, a oferta engloba a
concepção e a construção de centrais
nucleares, os serviços associados e todas as etapas do ciclo combustível.
A Areva intervém hoje em cerca
de 350 reatores em funcionamento
no mundo todo e, nos próximos 10
anos, mais de 150 terão seus tempos de vida prolongados, observando a segurança das instalações.
24
revista abendi no 61
abril de 2014
No setor de energias renováveis,
o grupo oferece também soluções
de energia eólica, energia biomassa,
energia solar e células de combustível que compreendem a concepção,
fabricação, construção, comissionamento e acompanhamento na elaboração de projetos.
Para otimizar suas operações, a
Areva desenvolveu uma série de soluções de Ensaios Não Destrutivos,
buscando minimizar o tempo de
inspeção e manter os requisitos de
qualidade.
A Areva NDE-Solutions é uma organização global apta a efetuar todos os tipos de ensaios e inspeções,
sejam eles automatizados, operados
a distância ou manualmente.
Para dispor dos equipamentos de
melhor performance, a Areva concebe
e desenvolve suas próprias ferramentas, desde os transdutores até os sistemas completos.
Ela é representada pela Arctest em
toda a América do Sul para oferecer
todo o suporte local necessário, bem
como para desenvolver soluções customizadas junto aos clientes.
O grupo deseja capitalizar suas experiências e competências para garantir
um desenvolvimento de suas atividades,
respeitando as condições mais restritas
de segurança e prevenção de riscos.
Por isso se associou à Abendi para
compartilhar sua experiência com outras empresas e instituições que adoa
tam os mesmos valores.
ARCTEST – Passado utópico, presente
desafiador e futuro glorioso
A Arctest é uma empresa prestadora
de serviços construída a partir de sonhos,
com muita vontade de crescer, expandir,
inovar, abrir caminhos e perseverar para
que os sonhos cada vez mais se concretizem. Sempre com muita paixão, foi edificado um patrimônio que é indestrutível:
o capital humano. Sim, a Arctest é desenvolvida por pessoas que fazem seu melhor
para atender aos clientes com qualidade e
segurança. Esse foi um dos fatores essen-
ciais para que a Arctest se tornasse a
maior empresa de ensaios radiográficos industriais da América do Sul.
A confiabilidade de seus trabalhos
hoje é aplicada em países como Uruguai, Bolívia, Peru, Argentina e Chile
de forma direta e indireta (através de
parcerias), atuando em diversos segmentos com ensaios não destrutivos,
como ensaios radiográficos, ultrassom manual e automatizado, termografia, videoendoscopia, NR13, líquido penetrante, partícula magnética,
medição de espessura, tomografia de
concreto armado e reflectometria de
pulso acústico, entre outros ensaios.
Além da busca constante por no-
vas tecnologias, treinamento e aperfeiçoamento de seus colaboradores e pela
expansão de mercado, a Arctest procura diversificar sua linha de negócios, representando empresas de engenharia
como construtoras, fábricas e outras,
focando na sua capacidade de penetração e consolidação da América Latina
nos mercados em que atuam.
A demanda de trabalhos em toda a
América Latina vem crescendo cada
vez mais, e a meta é desbravar outros
continentes nos próximos anos. O mérito de todo esse sucesso se deve aos
nossos profissionais, que nos acompanham nessa jornada e mantém a nossa
máquina girando.
INSPETEC
A Inspetec é uma empresa brasileira que investe em
tecnologia e segurança para colocar uma equipe de
profissionais capacitados a serviço de seus clientes.
A mais nova sócia patrocinadora da Abendi foi fundada em 2009 e, desde então, vem crescendo nas
áreas de Inspeção, Locação, Ensaios Não Destrutivos,
Venda e Consultoria.
Trabalhando sempre com qualidade pela qualidade,
a empresa aposta na parceria estabelecida com clientes e fornecedores para se destacar no mercado.
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
25
eventos
Abendi cria evento para premiar inspetores
Numa iniciativa inédita na Associação, a 1ª Olimpíada Abendi de Inspeção
será realizada em agosto e espera reunir cerca de 600 pessoas
E
ste ano, o ConaEnd& IEV, que
acontecerá entre os dias 18 e
21 de agosto em São Paulo, capital,
trará uma novidade: a 1ª Olímpiada
de Inspeção. “Esta é a 32ª edição do
Congresso e estava mais do que na
hora de criarmos algo novo, e que,
certamente, enriquecesse o evento”,
comenta Irani de Oliveira, gerente-executiva da Associação.
Criada por uma equipe multidisciplinar, que reuniu as áreas técnicas,
de eventos, de comunicação,
planejamento e institucional,
a Olimpíada tem o intuito de
promover uma competição
prática de conhecimento, visando destacar o inspetor
mais completo. A participação
nesta primeira edição é aberta
aos profissionais certificados
pelo SNQC/END– N2, no método de ultrassom. Como toda com-
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revista abendi no 61
abril de 2014
petição, ela prevê três níveis de premiação que envolve, além de uma quantia
em dinheiro, a entrega de equipamentos, isenção de taxas de Certificação e
Sócios, medalhas e tablet.
Irani ainda declara tratar-se de uma
iniciativa ousada para a Instituição.
“Ficamos tão animados com a oportunidade desta realização, que o grupo organizador não está medindo
esforços pra se reunir e buscar ações
que movimentem a Olimpíada”. Não
poderíamos perder essa chance de
aproveitar a realização do ConaEnd,
um evento já tradicional aqui na
Abendi, para promover uma competição que destacará as melhores
performances dos nossos inspetores”,
completa a gerente.
A 1ª Olimpíada Abendi de Inspeção
ocupará um espaço dentro da ExpoEnd (Exposição Técnica de Equipamentos, Produtos e Serviços de END
e Inspeção), no Centro de Exposições
Frei Caneca. Após uma
triagem dos profissionais
inscritos, seis finalistas enfrentarão o circuito composto por três provas práticas. Apenas os três melhores colocados serão
premiados. As inscrições
ficarão abertas até dia 20
de maio e devem ser feitas
a
pelo site da Abendi.
treinamentos
A praticidade dos
treinamentos on-line da Abendi
O Ensino a Distância (EAD) está
crescendo cada vez mais entre habitantes de grandes metrópoles brasileiras. Estudar on-line é, às vezes, a
única saída para quem quer se qualificar profissionalmente, mas não
dispõe de tempo suficiente para se
matricular em um curso presencial.
Atualmente, a Abendi oferece treinamentos on-line para Líquido Penetrante N3, Partículas Magnéticas N3,
Ultrassom N3, Ensaio visual N3 e Nivelamento N1 e N2 (iniciantes).
A metodologia dos cursos a distância garante flexibilidade total aos
alunos que podem escolher também onde e como estudar, tornando-se responsáveis pelo seu aproveitamento e evoluindo dentro do
seu próprio ritmo.
O sistema é simples: basta fazer a
inscrição pelo site que o material didático é enviado para a residência do
estudante.
Para mais informações sobre os
treinamentos on-line e sobre a metodologia de ensino a distância, ligue
para (11) 5586-3141, envie um e-mail
para [email protected] ou acesa
se o site www.abendi.org.br.
Treinamentos reconhecidos pelo RAC
Entre em contato conosco e saiba
como alcançar o reconhecimento
dos cursos ministrados pela sua organização.
Abaixo, a relação dos cursos reconhecidos pelo RAC (Registro de Auditores Certificados) na área da qualidade, meio ambiente, segurança
e saúde ocupacional, segurança da
informação, entre outros:
• Formação Auditor Líder e Interno
Gestão da Qualidade NBR ISO: 9001;
• Formação Auditor Líder e Interno
Gestão Ambiental NBR ISO: 14001;
• Formação Auditor Líder e Interno
Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional OHSAS 18001;
• Formação de Auditor Líder e Inter-
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revista abendi no 61
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no de Sistema de Gestão de Riscos
ABNT NBR ISO 31000;
• Formação de Auditor Líder e Interno de Sistema de Gestão da Continuidade dos Negócios ISSO 22301;
• Formação de Auditor Líder em CONAMA 306;
• Formação Auditor Líder em Gestão
de Segurança da Informação ABNT/
NBR ISSO IEC 27001;
• Formação Auditor Líder e Interno
em Gerenciamento de Serviços em
TI ABNT/NBR ISSO IEC 20000-1;
• Formação Auditor Líder e Interno
Gestão da Qualidade Norma ABNT
ISO/TS 16949.
Consulte-nos através do e-mail:
a
[email protected]
certificação
Revisão recente da iso 9712
promove atualizações na na-001
A
revisão da ABNT NBR NM ISO
9712:2014, publicada em 19
de fevereiro, inspirou algumas atualizações importantes na NA-001 em
questões como escolaridade, procedimento para apresentação de documentos, renovação e recertificação
profissional.
Com relação à escolaridade, a certificação Nível 1 exige Ensino Médio
completo. Após ser certificado, o profissional pode pleitear a certificação
do próximo nível ao cumprir o tempo
de experiência exigido na norma e ao
concluir treinamento reconhecido no
método pretendido.
Os profissionais N2 que possuírem
a experiência adequada ao nível e forem aprovados em treinamento podem solicitar a certificação de nível
3 sem precisar do diploma de curso
superior em Ciências Exatas.
Para o acesso direto aos níveis 2 e 3,
os aspirantes à certificação precisam
comprovar escolaridades exigidas na
NA-001. Os requisitos para alcançar a
certificação são, respectivamente, o
Ensino Técnico de Nível Médio para
N2 e o curso de Ensino Superior em
Ciências Exatas para N3.
Outro requisito obrigatório para
a certificação pela NA-001 é a experiência profissional, exigida sempre
em função do método pretendido.
O aspirante a N1 deve comprovar de
um a três meses de experiência, os
candidatos a N2 precisam de quatro
a 12 meses como N1 e os candidatos
a N3 de 16 a 30 meses como N2, dependendo da especialidade preten-
30
revista abendi no 61
abril de 2014
dida. Os profissionais que buscarem a
certificação através do acesso direto
precisarão do tempo de experiência
completo.
As atualizações referentes ao procedimento ressaltam que agora não
é mais necessário apresentar a documentação comprobatória para ser
habilitado à realização dos exames de
qualificação. As exigências serão solicitadas e apresentadas após os exames.
Sobre a renovação e a recertificação, dois novos parágrafos foram
incluídos na norma Abendi para
adequar o conteúdo com a prática
que já vinha sendo realizada. Tanto a
renovação como a recertificação são
iniciativas do profissional. Ele deve
apresentar as evidências nos seis meses anteriores à data de vencimento,
no caso da renovação, e até doze me-
ses após expirar o prazo para solicitar
a recertificação.
Se o candidato não realizar o pedido de recertificação dentro do prazo
máximo, ele precisará ser aprovado
novamente no exame completo (N1
e N2) ou no exame de método principal (N3).
Além disso, a atualização da NA-001
inclui também uma tabela com os
termos abreviados para cada método de END. As abreviações são bem
conhecidas no mercado, mas foram
incluídas para facilitar a compreensão geral e evitar possíveis dúvidas.
A norma Abendi está disponível
para download em PDF no site da Instituição. Para ler o arquivo na íntegra,
acesse www.abendi.org.br e depois
clique em “Certificação” e “Documena
tos para download”.
normalização
REUNIÕES INTERNACIONAIS DE NORMALIZAÇÃO
N
este ano, duas importantes
reuniões internacionais de
normalização estão marcadas: a ISO TC-135 (Comitê Técnico 135
da Organização Internacional de Normalização), que ocorrerá em Praga
(República Tcheca); e o 6º Encontro
Mercosul de Normalização, definido
para São Paulo (SP).
O Organismo de Normalização
Setorial de Ensaios Não Destrutivos
(ABNT/ONS-58) é quem representa
o Brasil no ISO/TC-135 e no CSM-24
(Comitê Setorial Mercosul), ambos
destinados ao desenvolvimento de
normas para Ensaios Não Destrutivos.
A participação do país nesses encontros é fundamental, pois estabelece uma sintonia entre o que está
sendo discutido no mundo e o que
ocorre no cenário nacional. O objetivo
é sempre interferir nas votações colocadas em pauta e assim trazer boas
contribuições à economia nacional.
Os profissionais brasileiros que
acompanham os trabalhos do ABNT/
ONS-58 têm muito a somar. Eles trocam experiências, colhem subsídios
essenciais para a atualização das organizações brasileiras e têm a opor-
tunidade de garantir a aprovação de
Normas ISO com especificações favoráveis a seus interesses econômicos e
tecnológicos.
Conheça mais sobre as duas reuniões e contribua com discussões de interesse nacional:
ISO/TC 135
Um número significativo de profissionais brasileiros comparecerá às
reuniões plenárias do ISO/TC-135 e de
cada um de seus comitês para reforçar
as opiniões e os interesses nacionais.
Os encontros ocorrerão em Praga
(República Tcheca), entre os dias 5 a 11
de outubro.
Mercosul
Outra boa oportunidade para
participar é o 16º Encontro Mercosul de Normalização em END que
ocorrerá em São Paulo (SP), nos
dias 18 e 19 de agosto.
O evento promove a troca de experiência entre os participantes e estimula debates sobre temas relacionados aos métodos de Ultrassom,
Radiografia e Métodos Superficiais.
Para mais informações sobre os
assuntos a serem discutidos, entre
em contato com o setor de Normalização pelo número (11) 55863145 ou pelo e-mail:
a
[email protected].
ISO TC-135 (foto da esquerda) e o último Encontro Mercosul de Normalização (foto da direita) ocorrido no Brasil. Os eventos ocorreram em 2013, em Porto de Galinhas (PE).
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capa
MAIOR PRECISÃO
E CONFIABILIDADE
NOS RESULTADOS:
esse é o caminho para a
evolução dos ENDs
Alexandra Alves
Q
uando o assunto é “Novas Tecnologias de END’’, é preciso, primeiramente,
identificar quais são as reais necessidades da empresa em termos de inspeção, antes de partir em busca de equipamentos modernos, a fim de evitar impactos negativos como máquinas ou dispositivos que não se enquadram no processo
produtivo e, consequentemente, representam desperdício de tempo e dinheiro. Uma
tarefa simples. Basta envolver toda a equipe de profissionais num planejamento estratégico que avalie quais os tipos de máquinas ou técnicas de trabalho vão, realmente,
agregar valor ao processo em geral.
O diretor de Engenharia da Petrobras, José Antônio de Figueiredo, acredita que as
ferramentas de inspeção existentes ainda são limitadas para avaliar os novos equipamentos usados, por exemplo, na exploração do pré-sal. “Esse é um grande desafio.
Necessitamos de técnicas que proporcionem maior confiabilidade aos resultados. A
parceria entre universidades e entidades tecnológicas é uma forma eficaz de buscar
essas respostas’’, destaca.
Segundo o executivo, a acreditação de organismos de inspeção é, também, forma
de aprimoramento e deve ser colocada como meta para as empresas desse setor. “A
implementação de controle de qualidade por meio de inspetores certificados por um
Sistema Acreditado, e por empresas acreditadas conforme os requisitos da norma
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revista abendi no 61
abril de 2014
Profissionais capazes de operar ferramentas
modernas é uma das necessidades do setor
NBR ISO IEC 17020, faz-se necessária
nesse cenário de grandes investimentos”. Outro ponto importante é
a vigilância das atividades dos inspetores certificados, um procedimento
previsto na ISO IEC 17024, conhecido
também como Verificação de Desempenho (VD) e de responsabilidade dos Organismos de Certificação
de Pessoas. “Entendo que a intensificação do processo é fundamental
para verificar a atividade continuada
dos profissionais e retroalimentar o
sistema SNQC-END, averiguando se
o profissional certificado está atuando conforme preconizam as regras
do SNQC-END, bem como constatar
se o sistema necessita de aperfeiçoamentos’’, destaca José Antonio.
Considerado um dos mais importantes complexos de estudos do
mundo, o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo
Miguez de Mello (Cenpes) centraliza
as atividades de P&D da Petrobras,
ocupando uma área de 300 mil metros quadrados, e conta com laboratórios avançados e salas de simulações e imersão em processos da
indústria de energia.
O gerente executivo do Cenpes,
Marcos Isaac Assayag, afirma que,
atualmente, existem 49 projetos em
desenvolvimento pela Petrobras com
o apoio de universidades e institutos
de pesquisas. “O modelo pelo qual
a Petrobras se relaciona com essas
instituições é batizado de redes temáticas. As 49 redes discutem temas
estratégicos para a indústria do petróleo. Em seu planejamento tecnológico, a Petrobras, além de contar
com carteiras de projetos de
Pesquisa & Desenvolvimento voltadas para as metas estabelecidas em seu Plano de
Negócios, investe em projetos
de alto risco e alta recompensa,
planejados e dimensionados a
partir da visão de futuro da companhia’’, ressalta.
Ainda segundo Assayag, a estratégia tecnológica da Petrobras
atende a todas as áreas de trabalho da estatal. Para a Exploração e
Produção de Petróleo e Gás, o foco
é desenvolver ferramentas que explorem novas fronteiras, tornando
mais eficiente a produção do pré e
pós-sal, com a criação de sistemas submarinos e volta-
tecnologia preservando a vida
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33
capa
Profissional executando a técnica Acoustic Pulse Reflectometry (APR)
dos à compreensão de reservatórios
não convencionais. A logística das
operações também está entre uma
das principais linhas de pesquisa do
Cenpes. Já na área de refino, as equipes de pesquisa trabalham em projetos que contribuirão para adaptar as
refinarias ao óleo do pré-sal, flexibilizando a produção de forma a atender
as demandas do mercado, como novas fórmulas de combustíveis, lubrificantes e petroquímicos.
Outra frente de pesquisa do Cenpes
destina-se à criação de biocombustíveis, bioprodutos e demais fontes de
energias alternativas. Além disso, há
projetos na área ambiental envolvendo o reuso de água e efluentes, controle de CO2 , e a eficiência energética
em todas as operações da empresa.
“Uma parcela significativa desses programas é desenvolvida com a participação de instituições acadêmicas’’,
acrescenta.
Já o representante do Setor de Tecnologia de Materiais, Equipamentos e
Corrosão do Centro de Pesquisas da
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revista abendi no 61
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Petrobras (Cenpes), Sergio Damasceno Soares, afirma que existem
técnicas, dispositivos e princípios
físicos disponíveis no mercado, que
não são usados no Brasil por falta
de empresas que empreguem essas
tecnologias. ‘’Reconheço que, sem
a devida demanda, fica muito difícil estabelecer uma base sólida de
prestação de serviços. Hoje, devemos buscar disponibilidade de equipamentos 24 horas por dia, durante
toda a semana. Para isso devemos
construir, montar e instalar no menor tempo possível, mantendo os
requisitos de qualidade, e monitorar
no tempo correto. Qualquer tecnologia que atue nessas dimensões,
eu consideraria moderna. Podem ser
as tradicionais ou as mais recentes”,
afirma Sergio.
Ele acrescenta, ainda, que o Fórum
de Novas Tecnologias da Abendi é
uma boa oportunidade de debater o
assunto. “Precisamos de mais profissionais envolvidos nesse evento, e não
apenas os do SNQC-END, pois esse
é um trabalho integrado de todas as
disciplinas que compõem a área de
Integridade Estrutural’’, ressalta.
O consultor e engenheiro de equipamentos, que trabalha há 27 anos
na área de Inspeção e Integridade
da Petrobras, Marcus Vinicius Maciel
Martins, entende como ‘’novas tecnologias de END’’ toda técnica ou metodologia de ensaio para as quais ainda não se tenha conhecimento das
suas potencialidades ou limitações.
Na busca pelo aprimoramento de
processos nas refinarias espalhadas
pelo Brasil, a Petrobras, acrescenta
Martins, anseia por técnicas de END
não intrusivas, capazes de detectar,
delinear e antever as necessidades
de manutenção com mais precisão,
aumentando a produtividade e reforçando a segurança operacional.
“Podemos considerar as técnicas
de Ultrassom com Ondas Guiadas
(Guided Wave), Micro-ondas (Microwave), Phased Array para Ultrassom
e Eddy Current, Ultrassom EMAT
(Eletromagnetic Acoustic Transducer),
Tomografia, Eddy Current Pulsada
e Acoustic Pulse Reflectometry (APR)
como técnicas ainda não exploradas
em suas totalidades, faltando definir
suas fronteiras. Existe, também, a
possiblidade de explorar a combinação de várias técnicas de END de
modo a potencializar as características e garantir mais sensibilidade e
confiabilidade ao processo de inspeção’’, sugere Marcus Vinícius.
O consultor e engenheiro acrescenta, ainda, que existe “uma grande carência no Brasil de empresas
e centros de pesquisa que atuem
nessa área de modo a promover o
desenvolvimento tecnológico dos
ENDs, uma das principais ferramentas para a garantia da integridade
estrutural de equipamentos e instalações. Precisamos desenvolver e
implantar novas técnicas, ferramentas e metodologias nessa área, seja
pela verificação das necessidades
do mercado pelos consumidores e
prestadores de serviços, e da capacidade de criação de projetos pelas
universidades e instituições de pes-
Cresce o número de pesquisas sobre a aplicação de
ENDs na Construção Civil.
quisa, com a união dessas às instituições de fomento ao desenvolvimento tecnológico. ’’
A arquiteta e pesquisadora Adriana de Araújo, do Laboratório de
Corrosão e Proteção do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), é uma
especialista em novas tecnologias
da Construção Civil. Em 2012, ela participou do Programa de Desenvolvimento e Capacitação no Exterior
(PDCE) do Instituto IPT, com o objetivo de ampliar seus conhecimentos
teóricos e práticos na investigação e
no monitoramento da corrosão de
estruturas de concreto. O estágio
foi realizado nas divisões ‘’Corrosão
na Engenharia Civil’’ e ‘‘Métodos de
Medição Não Destrutivos para Avaliação de Danos’’ do BAM (Instituto
Federal de Pesquisas em Materiais
e Ensaios), em Berlim, na Alemanha.
Em relação aos Ensaios Não Destrutivos, ela acredita que o termo
Sistema robotizado de medição de umidade e potencial de corrosão
“novas tecnologias” aplica-se aos
avanços/aprimoramentos das atuais
técnicas já aplicadas para a obtenção de resultados mais confiáveis.
‘’Isso está relacionado à ampliação
do campo de aplicação de END na
investigação da qualidade de materiais e revestimentos recém-executados e na manutenção da integridade
desses em uso’’, salienta Adriana.
Ao longo dos anos, acrescenta a
pesquisadora, a precisão vem aumentando, com mais clareza na apresentação dos resultados no momento da medição (exemplo: simultâneas telas scanners – visualização da
espessura e da área ao mesmo tempo). ‘’Há, também, mais capacidade
de armazenamento. Atualmente, alguns equipamentos podem ser permanentemente fixos, tendo transmissão remota dos resultados. Nesse
caso, podem ser também denominados sensores de monitoramento. Parece que, em algumas situações, ao
mesmo tempo em que os equipamentos são mais versáteis e simples
de operação, diminuindo a subjetividade na interpretação dos resultados,
há a necessidade/recomendação de
de que o seu uso seja feito por mão
de obra especializada. Isso pode ser
explicado pela nem sempre fácil
tarefa de interpretar os resultados
qualitativos da aplicação de algumas
técnicas e, na necessidade de sua
correção, com outros ensaios que
determinem, diretamente, a propriedade do material’’, explica Adriana
de Araújo.
De forma geral, a pesquisadora
afirma que vem crescendo o número de pesquisas sobre aplicação de
ENDs na Construção Civil, sobretudo
para avaliação de estruturas de contecnologia preservando a vida
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35
capa
creto. “São crescentes os estudos
para avaliar a corrosão da armadura
com o uso do equipamento impact-echo e radar. Tais ensaios podem ser
associados ao Ensaio Não Destrutivo
de medição da umidade (superficial
e de profundidade) e de potencial
de corrosão. Esses dois últimos podem ser, inclusive, realizados em sistema de medição robotizada, assim
como a caracterização do concreto
com aplicação da técnica de Ultrassom. Isso é feito pelo instituto BAM,
com uso de sistemas desenvolvidos
pelos seus pesquisadores.’’
Entretanto, Adriana afirma que o
radar é o exemplo que mais ilustra
o uso de END em estruturas de concreto. ’’Quando o radar é deslocado
pela superfície do elemento em concreto armado em análise, a reflexão
das ondas permite a determinação
da espessura de uma ou mais camadas de concreto e a localização
de elementos embutidos, como a
armadura e os dutos de protensão.
O radar é deslocado sobre uma folha
guia padronizada (com linhas horizontais e verticais, formando grades
com idêntica dimensão) que estabelece a área do pavimento a ser analisada, sendo que esse equipamento
é deslocado sobre as linhas horizontais e, depois, as linhas verticais. Uma
imagem do arranjo da armadura é
gerada com a identificação precisa
da profundidade de diferentes camadas de seu embutimento e uma
vista da área é analisada’’, detalha.
Atualmente, pesquisas apontam
que o radar também pode ser usado para detectar a corrosão da armadura, pela localização de regiões
de concreto delaminado e fissurado
devido à tensão resultante do acúmulo de produtos de corrosão. Isso
é possível, pois as fraturas internas,
que caracterizam a delaminação,
aumentam a condutividade elétrica
do concreto que, por sua vez, afeta
diretamente a amplitude das ondas
eletromagnéticas. No entanto, estudiosos acreditam que o ideal seria
a detecção, pelo equipamento, do
estágio inicial da corrosão da armadura, o que traria muitos benefícios
para a manutenção da integridade
das estruturas.
O radar ainda vem sendo empregado na determinação da espessura
do concreto de pavimentos, sendo,
nesse caso, necessário calibrar previamente o equipamento – procedimento fundamental para medições
em trecho de concreto (íntegro),
apontando a velocidade de propagação da onda no concreto em
estudo. Além disso, é preciso fazer
um furo no pavimento para medir,
manualmente, a espessura da camada de concreto. ’Parece que tanto
a determinação da velocidade de
propagação como a calibração do
radar não são uma tarefa fácil, uma
vez que ambos os processos têm
A pesquisadora Adriana de Araújo afirma que o radar é o exemplo que mais ilustra o uso de END em
estruturas de concreto.
36
revista abendi no 61
abril de 2014
sido muito discutidos na literatura’’,
complementa Adriana.
Ao finalizar, a pesquisadora afirma que o setor da Construção Civil,
ainda demanda pessoal qualificado
no uso dos atuais equipamentos de
END. Ela também acrescenta que há
dificuldade na compra dessas ferramentas, devido ao alto custo. ‘’Além
disto, o assunto é muito pouco discutido na literatura, o que é consequência da restrição de pesquisas
nacionais’’, avalia.
A professora titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
coordenadora do Laboratório de
Ensaios Não Destrutivos (LabEND)
e do Grupo de Pesquisa em Ensaios
Não Destrutivos da universidade,
Raquel Feagri, afirma que, na Construção Civil, o principal desafio está
na classificação de materiais, ou seja,
no conhecimento das propriedades
do que se está adquirindo e utilizando em uma obra e na inspeção
de estruturas, realizando acompanhamentos que possibilitem ações
de manutenção. ‘’Mas creio que o
problema no Brasil é mais fundo do
que a falta de técnicas, é a falta de
visão desse mercado quanto às suas
necessidades. Se o mercado não enxerga a necessidade, as técnicas não
avançam, simplesmente porque não
há mercado para elas. Então, para
mim, uma das maiores necessidades
é abrir o mercado para os ENDs. Há
lugar para todos os tipos de técnicas – das mais sofisticadas às mais
simples – mas parece-me que cada
empresa fica querendo vender a sua
como a solução de todos os problemas e o uso mais generalizado não
avança. Outro problema grave é
treinamento. Acho que nesse setor
(construção civil) as pessoas pensam
que basta comprar um equipamento e sair medindo, mas as medições
são feitas de forma errada, porque
Ultrassom em árvores da Floresta Amazônica, no Pará.
não sabem a teoria que suporta a
técnica e não há conhecimento para
a interpretação dos resultados. Isso
pode fazer com que o pouco que
há de aplicação da técnica no setor
fique desacreditado, caso os resultados não sejam adequados’’, salienta
a professora.
No setor específico de madeira e árvores, acrescenta Raquel, as
técnicas de propagação de ondas
(Ultrassom, ondas de tensão e vibração) ainda são as mais simples e de
custo/benefício mais adequados. Já
as técnicas que associam imagem
à propagação de ondas, como Tomografia Ultrassônica, segundo ela,
são as mais “modernas”, entretanto,
o uso da imagem nem sempre é necessário, dependendo do objetivo.
‘’Ainda investimos pouco em desenvolvimento, preferindo importar o
que já há de pronto em outras partes
do mundo. Mas nesta área o desenvolvimento é fundamental, já que
equipamentos calibrados para as espécies florestais de um local podem
não se adequar a outro, fazendo
com que o resultado não seja bom.’’
Quanto à qualificação profissional,
a pesquisadora destaca que o mercado está carente de pessoal capacitado para interpretar resultados. ‘’É
urgente qualificar trabalhadores. É
preciso achar um caminho para que
os nichos de qualificação das universidades encontrem eco na qualificação profissional exigida pelo
mercado e pelas empresas, mas não
consigo visualizar qual seria o caminho’’, finaliza.
O professor titular do Departamento de Engenharia Metalúrgica
e de Materiais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João
Marcos Alcoforado Rebello, classifica a ferramenta de simulação computacional como a mais moderna
do segmento. ‘’No Brasil, ela já vem
sendo implementada com certa timidez, eu diria. Entretanto, nos países desenvolvidos, ela é rotineira e
imprescindível, e já aplicada há anos.
A simulação computacional permite,
através de softwares, que a maioria
dos ENDs seja replicada, reduzindo
o tempo gasto na etapa de experimentação que precede o desenvolvimento de novos procedimentos
de inspeção, ou até mesmo suprimindo a etapa.’’
Segundo ele, o desenvolvimento
de novas tecnologias envolve estudos coordenados por pessoal de alta
qualificação disponível nas Universidades e em Centros de Pesquisas. “O
tecnologia preservando a vida
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capa
desenvolvimento inicial é alto, mas
os ganhos futuros são compensadores. Isso é a história que nos ensina,
pois assistimos ao lançamento de
ferramentas modernas com surpreendente frequência, o que é imprescindível ao desenvolvimento tecnológico de qualquer país. O Brasil não
pode ficar sem o desenvolvimento
dessas tecnologias de END, sob pena
de ficar na esteira de outros países e
assistirmos à perda de competitividade de nossas empresas’’, alerta.
O diretor executivo do Centro da
Avaliações Não Destrutivas (Cand) e
gerente da área de inspeções da Eletronuclear, João Gabriel Hargreaves,
afirma que as ferramentas mais modernas de END são as que utilizam,
ao máximo, os recursos da informática, processando uma grande quan-
tidade de dados. Na área nuclear,
acrescenta ele, são cada vez mais necessárias ferramentas capazes de aumentar a vida útil dos equipamentos
e a segurança e confiabilidade das
instalações industriais. ’’A visão de
futuro está intimamente relacionada à obtenção de resultados em 3D,
que facilitam o dimensionamento
preciso das indicações e, portanto,
oferecem melhor análise dos equipamentos.’’
Atualmente, segundo ele, o
Cand está à frente de projetos nos
segmentos de inspeção remota e
termografia ativa. ‘Estamos desenvolvendo equipamentos robôs, por
encomenda da Eletronuclear, para
inspecionar visualmente áreas insalubres. Além de transmitir imagens
de alta resolução, tais equipamen-
tos devem ser resistentes à radiação.
Já a termografia ativa foi elaborada
pelo Cand para inspecionar chapas
de 2,5mm, que são utilizadas na
confecção de tambores de rejeitos
para as unidades de Angra. O grande desafio do centro foi desenvolver
junto ao Instituto Fraunhofer, na Alemanha, parceiro internacional, um
programa para estudos dos dados
coletados por uma câmera termográfica’’, explica João Gabriel.
Embora as novas tecnologias já
façam parte do setor de engenharia
das empresas, falta mão de obra capaz de operar esses equipamentos.
‘’O conhecimento necessário à operação, bem como a interpretação dos
resultados, serão um desafio e uma
mudança do perfil dos profissionais
a
de END’’, alerta Hargreaves.
Como ser uma empresa parceira do Cenpes
A identificação de objetivos comuns é o primeiro passo para a formação de uma parceria entre a Petrobras, as empresas em geral e instituições acadêmicas. Um dos caminhos, nesse sentido, é ficar atento aos editais de fomento à
inovação, envolvendo os setores de petróleo, gás e energia. Outro, é a participação em workshops e reuniões técnicas
entre profissionais de ambas as partes. ’Hoje, por exemplo, temos o Inova Petro, que é uma parceria entre Petrobras,
Finep e BNDES, em que há o apoio de técnicos do Cenpes para o desenvolvimento de novas tecnologias. As parcerias,
em geral, são protegidas por instrumentos contratuais, como memorandos de entendimento ou acordos de sigilo,
cooperação técnica ou para teste e avaliação’’, diz o gerente executivo do Cenpes, Marcos Isaac Assayag.
Segundo ele, várias ferramentas modernas de inspeção utilizadas na Petrobras são desenvolvidas em parceria com
empresas de novas tecnologias. ‘’A Petrobras conta com uma Estratégia Tecnológica, que é um desdobramento de
sua Estratégia Corporativa, e direciona as carteiras de P&D de forma que seus projetos contribuam para o cumprimento das metas do Plano de Negócios e Gestão da empresa. Vários desses projetos podem ser feitos em parceria,
seja com instituições acadêmicas ou com fornecedores de tecnologia. O objetivo principal é disponibilizar tecnologias
dentro dos prazos requeridos pela área de negócios para uso efetivo nas atividades da companhia’’, detalha Assayag.
No caso da Abendi, acrescenta, a colaboração pode se refletir na criação de modernas técnicas de inspeção não
destrutivas, com divulgação, criação de empresas ou fóruns de aplicação, bem como na formação de pessoal. ‘’Acreditamos que a Abendi é um polo agregador da indústria na área de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção, tanto para
os profissionais quanto para as empresas. Uma instituição como a Abendi pode contribuir, por exemplo, para a
consolidação de um grande projeto nacional para desenvolver a indústria de produtos e bens na área de ENDs, com
foco em Conteúdo Local. ’’
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revista abendi no 61
abril de 2014
Foto: Divulgação Inter
Arena Beira-Rio
Caderno Especial
Ensaios Não Destrutivos na Copa do Mundo 2014
^
Arena da Amazonia
tecnologia preservando a vida
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39
O novo Beira-Rio: um gigante que encanta
P
alco de grandes disputas do
futebol brasileiro, o Estádio
Beira-Rio, inaugurado em
1969 para ser a casa do Sport Club
Internacional, em Porto Alegre, é
motivo de muitas histórias para contar. Para os colorados, como são
chamados os torcedores do Inter,
trata-se de um palco sagrado, e tamanha paixão da torcida contribuiu
40
revista abendi no 61
abril de 2014
para erguer o estádio. Na época foram feitas campanhas de incentivo,
e muitos torcedores traziam material
de construção para ajudar o clube.
Dizem até que o ex-jogador Falcão,
que mais tarde se tornaria ídolo do
time, chegou a levar tijolos para as
obras. E quando ficou pronto, a inauguração foi em grande estilo, num
amistoso contra o clube português
Benfica, de Lisboa, que trouxe um
dos maiores ídolos do futebol mundial na época, o jogador Eusébio. É
uma torcida acostumada a lotar as
arquibancadas para assistir a grandes partidas, principalmente contra
o seu maior rival, o Grêmio. Mas o
Beira-Rio também já recebeu todos
os principais times do país e sediou
vários jogos da seleção brasileira e
Arena Beira-Rio
e receber alguns jogos da Copa do
Mundo Fifa 2014.
E assim foi feito. O projeto “Gigante
para Sempre”, que durou cerca de dois
anos para ser concluído, ficou a cargo
do escritório Hype Studio Arquitetura.
Uma das principais mudanças foi nas
arquibancadas, que ganharam um
anel de circulação e ficaram mais espaçosas, além de mais perto do gramado. Todos os assentos são cobertos por uma estrutura metálica que
sustenta uma membrana translúcida, permitindo uma boa iluminação
natural no estádio. A segurança e o
conforto para o público estão garantidos e as torcidas podem vibrar à
vontade. Foram instalados módulos
metálicos conectados à estrutura civil através de um elemento de ligação
elástico, desenvolvido pela Vibtech
Industrial Ltda. Ao todo foram colocados 130 amortecedores nas arquibancadas do Beira-Rio. O engenheiro
Bernard Baudouin, diretor técnico da
empresa, explica o trabalho: “O projeto de instalação da cobertura previa
uma ligação elástica entre a nova
cobertura e a estrutura de concreto
inicial, a fim de limitar a transmissão
dos esforços gerados pelo vento à
estrutura antiga, que, em caso extremo de vento, poderia não suportar
esses esforços. O projeto inicial das
ligações previa instalar dispositivos
a base de molas de aço e amorteci-
João Linck
equipes da América do Sul. Além
disso, o estádio, há muito tempo, é
palco de grandes turnês musicais,
nacionais e internacionais. Já se
apresentaram lá, por exemplo, os
cantores Roberto Carlos, Luciano
Pavarotti, Paul McCartney, Roger
Waters e Justin Bieber. O complexo
já era uma arena multiuso, com o
ginásio Gigantinho e um parque às
margens do Guaíba, um manancial
que, oficialmente, é lago, mas, para
alguns, é rio, um símbolo da bela capital do Rio Grande do Sul. Contudo,
mesmo com a sua beleza e segurança, o Beira-Rio precisou passar por
reformas em suas estruturas para
atender às exigências internacionais
tecnologia preservando a vida
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41
Alexandre Lops
mento viscoso. A Vibtech, mesmo dispondo
dessa tecnologia, sugeriu utilizar elementos
de elastômero, permitindo, assim, reduzir em
mais de 60% o peso próprio desses dispositivos, garantindo o mesmo desempenho´´.
Segundo o engenheiro, essa tecnologia também foi submetida a ensaios não destrutivos
para garantir a qualidade e segurança do
projeto. “O elemento elástico de cada ligação é composto de oito molas de borracha
que trabalham em cisalhamento. Foi realizado um teste de carga do conjunto completo
para homologar a solução, e durante a produção foram ensaiados os elementos elásticos, conforme um plano estatístico acordado
com o cliente. Além desses ensaios de carga,
foram realizados os de curvas reométricas
dos compostos antes da vulcanização, explica. Ele acrescenta ainda que mais ensaios foram feitos depois da estrutura pronta: “cada
elemento elástico é regulado na obra, após
instalação de toda a cobertura, de maneira
a equalizar as cargas. Isso se faz através do
controle da deformação do aparelho com
parafusos de regulagem``, conclui. Depois
da reforma, a capacidade do Gigante passou para 50 mil pessoas. Agora, o público
conta com mais facilidades e serviços em
todos os setores, fato que torna o BeiraRio
um espaço completo não só para a Copa do
Mundo Fifa 2014 e outros campeonatos de
futebol, mas também para realizar todo tipo
42
revista abendi no 61
abril de 2014
de evento. São 130 catracas, 19 elevadores,
área vip, 125 camarotes, 81 banheiros, 22 bares e lanchonetes, 44 lojas e 5000 vagas de
estacionamento.
Com um estádio desse porte e as belezas
do Rio Grande Sul, os gaúchos prometem
uma recepção em grande estilo aos turistas
que chegarão à cidade para o mundial. Porto
Alegre receberá cinco partidas da Copa do
Mundo. Na primeira fase, jogam no Beira-Rio França x Honduras, no dia 15 de junho,
Austrália x Holanda, no dia 18, Coreia do Sul
x Argélia se enfrentam no dia 22 de junho e a
vizinha Argentina fecha a primeira fase contra
a Nigéria, no dia 25. Já pelas oitavas-de-final,
a expectativa é de um bom confronto no dia
30, quando jogam o primeiro colocado do
grupo G, composto pelas seleções da Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos, e o segundo colocado do grupo H, que conta com
Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul. E as
emoções não param por aí. Quem for a Porto
Alegre assistir ao mundial conhecerá uma cidade moderna, mas que guarda muito de sua
história e cultura. Fundada por casais açorianos, mais tarde recebeu imigrantes italianos,
alemães, espanhois, poloneses, africanos,
libaneses e judeus. Essa mistura fez da capital uma cidade cosmopolita e multicultural,
com uma vida noturna intensa e boas opções
de bares e eventos. São muitos os pontos
turísticos, entre eles a Usina do Gasômetro,
onde hoje funcionam galerias de arte, cinema, além de projetos de teatro e dança, e um
dos melhores pontos para assistir ao pôr-do-sol às margens do Guaíba. Também são imperdíveis o Parque da Redenção e a Praça da
Matriz. Mas, além disso, Porto Alegre possui
uma grande área rural, e oferece um turismo
muito especial a poucos minutos do centro
urbano. São os chamados Caminhos Rurais
Divulgação Inter
de Porto Alegre, uma região com estâncias
do século XIX, hoje ocupadas por pequenas
propriedades de agricultura familiar, que preservam a cultura rural gaúcha e estão abertas
para receber turistas, que podem aproveitar
desde o ecoturismo, em uma região com trilhas, atividades de aventura e observação de
fauna e flora, passando pelo enoturismo em
propriedades de produção de vinhos, até o
turismo religioso, de estudos, e, claro, o turismo gastronômico, com restaurantes que servem iguarias da culinária gaúcha, como o carreteiro, a galinhada e o churrasco. Quem tiver
um pouco mais de tempo deve aproveitar e
conhecer a famosa região da Serra Gaúcha,
que fica a pouco mais de cem quilômetros da
capital, e é um dos maiores polos turísticos do
país, atraindo milhares de pessoas todos os
anos. A região de clima frio, com fortíssima influência da imigração alemã e italiana, abriga
várias cidades como Gramado, Bento Gonçalves e Farroupilha, que além das belezas naturais, oferecem cultura e gastronomia capazes
de nos fazer pensar que estamos num pedacinho da Europa. Essa será uma oportunidade
para o visitante, principalmente estrangeiro,
conhecer um Brasil diferente!
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revista abendi no 61
abril de 2014
^
Arena da Amazonia
o futebol no coração de Manaus
C
onstruir um estádio no norte do país, em
plena Amazônia, gerou muita polêmica.
Mas o fato é que a nova arena apenas
substituiu o antigo estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, construído na década de 60 e palco, até 2010,
da disputa dos campeonatos regionais de times
como Rio Negro, Nacional, São Raimundo, Fast
Clube e Sul América. Ali também jogaram as mais
importantes equipes do futebol do país e, por várias
vezes, a própria seleção brasileira que, em 2003,
chegou a disputar uma partida contra o Equador
pelas eliminatórias para a Copa do Mundo. O maior
público registrado no antigo estádio foi em 1980,
quando 56.950 pessoas compareceram para assistir
a um amistoso internacional entre a equipe local do
Fast e o Cosmos, dos Estados Unidos. A localização
é privilegiada no setor esportivo da capital amazonense, que conta também com uma moderna Vila
Olímpica, Arena Poliesportiva e o Sambódromo,
tudo isso próximo a shoppings centers, bancos,
hoteis, supermercados, restaurantes e hospitais.
Mas quando a cidade foi escolhida para sediar
jogos da Copa do Mundo Fifa 2014, o velho
estádio precisou ser demolido para, no mesmo
lugar, surgir uma arena mais moderna, de padrão
internacional. O projeto de autoria do escritório
alemão GMP, é inspirado na rica cultura local
e na floresta amazônica que cerca a cidade de
Manaus. A Arena da Amazônia é uma construção
verde, ecologicamente sustentável, com sistema
de aproveitamento de água de chuva, estação de
tratamento de esgoto e ventilação natural para
redução do consumo de energia. O novo estádio
tem capacidade para receber 44,5 mil torcedores,
que terão à disposição camarotes, elevadores, estacionamento subterrâneo e restaurantes. Formando
um desenho que remete a um cesto de palha,
conhecido artesanato indígena local, fachada e
cobertura são o ponto alto do projeto, compostas
por uma única estrutura metálica revestida por
membrana translúcida, que garante boa redução
de temperatura interna.
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Essa estrutura metálica difere-se da de outras arenas, por exemplo, a Fonte Nova, em
Salvador. Ela é mais pesada pela própria característica do projeto, como explica o departamento técnico da empresa portuguesa Martifer Construções, responsável pela fabricação e instalação desse tipo de material estrutural nas arenas de Manaus, Fortaleza
e Salvador. “A Arena da Amazônia é mais
pesada que a Arena Fonte Nova, porque a solução estrutural é diferente, sendo diretamente influenciada pela arquitetura de cada
uma. Na Arena da Amazônia a estrutura metálica é independente das arquibancadas,
ou seja, toda a fachada e cobertura são estruturas metálicas, ao contrário da arena de
Salvador, onde apenas a cobertura é estrutura metálica e apoiada diretamente sobre
a arquibancada”. Ainda segundo a empresa,
toda a estrutura veio de Portugal. Em Manaus
foram fabricadas apenas pequenas peças
de apoio. É claro que, além da beleza e do
conforto, a segurança do projeto também
foi pensada e vários ensaios foram realizados
para conferir qualidade à obra. Os técnicos
da Martifer explicam que os ensaios foram
feitos de acordo com as especificações desta
obra: “A arena da Amazônia já se encontra
recepcionada, ou seja, concluída tanto em
termos de execução quanto documental.
Foram realizados testes não destrutivos nas
soldas, como ultrassons e líquidos penetrantes. Na geométrica foram efetuadas várias verificações topográficas durante a montagem
e na fase final. Na pintura foram realizados
testes de arrancamento e espessura das diversas camadas de tinta. Nas juntas aparafusadas foram realizados testes de verificação da
boa aplicação do torque nas ligações”. O esforço valeu a pena. O novo estádio é um
espaço seguro, cercado de muito verde, ligado a uma praça elevada com acessos às
demais áreas do entorno, como é o caso do
Sambódromo e do Centro de Convenções.
Uma arena multiuso, que provavelmente trará muitos eventos à rica cidade de Manaus,
um importante polo econômico do país.
Situada às margens do Rio Negro, bem
no coração da Floresta Amazônica, Manaus
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revista abendi no 61
abril de 2014
detém o 6º maior PIB (Produto Interno Bruto)
brasileiro. O movimento industrial passa pela conhecida Zona Franca de Manaus, criada
em 1967 pelo governo federal para estimular
a industrialização, o que atraiu para a região
muitas indústrias nacionais e estrangeiras,
em especial as de equipamentos eletrônicos,
que se beneficiam das condições especiais e
até mesmo isenções tarifárias para importação de componentes. Nokia, Samsumg, Siemens, Petrobras, Electrolux, Yamaha, Honda
e Pioneer são algumas das empresas instaladas hoje no Distrito Industrial de Manaus.
Outro ponto forte da região, e que completa
a sua capacidade tecnológica, é o porto, o
maior fluvial flutuante do mundo, capaz de operar com quatro navios simultaneamente,
e três, na época da cheia do Rio Negro. Ele possui cais fixos e flutuantes que acompanham
a enchente e a vazante do rio. O Porto de
Manaus foi construído no início do século
XX por uma empresa inglesa, para atender
à alta demanda de exportação da borracha,
extraída das seringueiras da região. Nessa
época, o ciclo da borracha, que teve início
no final do século XIX, trouxe muita riqueza
para a sociedade amazonense, fato que influenciou as construções e cultura locais. No
projeto do porto, os ingleses deixaram na
arquitetura a sua marca, que hoje é um
dos principais pontos turísticos da cidade.
Desse período, restou um rico patrimônio
arquitetônico, como o Teatro Amazonas, o
Palácio da Justiça, a Alfândega e o Mercado
Municipal. E por falar em turismo, o estado
do Amazonas atrai turistas de toda parte do
mundo e recebe 23 navios por temporada,
que vai de outubro a abril, a maior parte
deles com europeus. As opções vão desde
cruzeiros gastronômicos, só para solteiros,
temáticos, com artistas famosos, com festas
e Djs renomados e até mesmo os cruzeiros
corporativos. O roteiro internacional sai de
Fort Lauderdale, Flórida, nos Estados Unidos,
e no Brasil passa por Santarém, Parintins
e Manaus. Quem visitar a cidade para os
jogos da Copa do Mundo conhecerá muitos
atrativos naturais, como um dos mais lindos
fenômenos da natureza que encanta os turistas: O encontro das águas do rios Negro, que
como o próprio nome diz, tem águas pretas,
e Solimões, que tem água barrenta, marrom,
e, juntos, percorrem quilômetros, mas não se
misturam até formarem o Rio Amazonas. Há
ainda o Parque Nacional de de Anavilhanas,
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o artesanato e as famosas vitórias-régias da
comunidade Janauari, no município de Iranduba, além de uma gastronomia típica, com
grande variedade de pratos como o Tambaqui na Brasa, Arroz de Pirarucu e o Pato ao
Tucupi. Manaus é, assim, repleta de belezas
naturais, paisagens únicas e sabor muito especial. Para o Mundial a expectativa é gran-
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revista abendi no 61
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de. Jogam na Arena Amazônia algumas das
principais seleções do mundo. E já começa
forte: Inglaterra x Itália no dia 14 de junho,
no dia 18 jogam duas das seleções do grupo
do Brasil: Camarões x Croácia; Estados Unidos
x Portugal se enfrentam no dia 22 de junho,
e, por último, no dia 25, Honduras x Suécia.
Com certeza, todas as partidas são imperdíveis!
artigo
técnico
S. J. Sanabria*
Modelação e aplicação dos ensaios por Ultrassom
com acoplamento pelo ar e por Tomografia
Computadorizada por Radiação para a detecção
de colagem defeituosa em tábuas empilhadas
RESUMO
O desenvolvimento de métodos de END para a detecção
de colagens defeituosas é de grande importância para a Garantia da Qualidade e para a supervisão na área de construções em madeira. O ensaio por meio de ultrassom acoplado
pelo ar (ACU) aumenta significativamente a reprodutibilidade e a resolução Scan em comparação com o método de
ultrassom tradicional. Devido aos sinais muito sensíveis a
inspeção por esta técnica se restringia a placas de madeira
aglomerada. O grande desafio para o ensaio por ultrassom
é diferenciar sinais de ultrassom oriundos de uma colagem
defeituosa daqueles provenientes das heterogeneidades
naturais da madeira. A meta do presente trabalho de tese
foi o desenvolvimento de um método de ensaio para representar tanto a posição como a geometria de delaminações
em vigas formadas por tábuas coladas. De acordo com este
objetivo foi desenvolvido o protótipo de um sistema ACU
com o qual espessuras de até 500 mm podem ser atravessadas pelo ultrassom. O sistema ACU com transdutores de
120 kHz possibilita a geração de imagens ultrassônicas por
meio de emissores e receptores fixos ou independentes. A
avaliação dos dados coletados se apóia principalmente na
análise do amortecimento do feixe ultrassônico, que é significativamente mais enfraquecido (até 50 dB) em uma região
com delaminações em comparação com uma região com
colagem intacta. Foi ainda desenvolvido um modelo Finite-Difference-Time-Domain (modelo FDTD) para ondas completas, que resultou em um melhor entendimento a respeito
da propagação de ondas ultrassônicas em madeira coladas,
empilhadas. Características acústicas (velocidade e amortecimento do som), deslocamentos de frentes de ondas e de
fluxo de energia das ondas ultrassônicas no interior de lâminas de madeira anisotrópicas, assim como interferências de
ondas em regiões coladas delaminadas foram modeladas e
validadas por meio de deduções e de experimentos práticos.
Este método reconhece, com certeza, delaminações que se
caracterizam por diminutas fendas de ar (um amortecimento de 20 dB para uma fenda de ar de 10 µm). Inicialmente foi
efetuada uma análise experimental da qualidade dos vãos
* ETH – Escola de
Engenharia , Zurique
([email protected])
colados executando uma incidência normal às zonas coladas (NT Setup), o que proporcionou uma avaliação da qualidade em geral de todas as camadas coladas. No sentido das
fibras foi comprovada uma resolução de local de 25, 55 e 110
mm, respect. para uma espessura de tábua de 80, 160 e 240
mm. No sentido transversal às fibras a resolução melhorou,
com valores de 9, 16 e 24 mm. Por este motivo o ultrassom
acoplado através do ar é adequado para detectar delaminações no sentido das fibras, que são aquelas mais comuns em
construções de madeira. Um segundo método patenteado
(SLT Setup) possibilita reconhecer defeitos em vigas formadas
por tábuas coladas de qualquer espessura e comprimento, e
isto para cada camada colada. Para tanto, foram inspecionadas em sentido oblíquo fendas coladas individuais. Defeitos
de colagem ocupando a metade da largura da tábua foram
detectados com certeza. Os resultados obtidos remetem à realização da tomografia ultrassônica com acoplamento pelo
ar em trabalhos do dia-a-dia. Para tanto, foram invertidos
campos sônicos de amostras utilizando o modelo de propagação de ondas FDTD. Com base em uma convergência de
ondas pode-se elaborar um mapa de colagens defeituosas
com excelente resolução de posicionamento. Como uma
complementação investigou-se a aplicação da tomografia
computadorizada por raios-X na detecção e na representação de colagens defeituosas nos mesmos tipos de vigas. Foi
aplicada uma reconstrução que requer radiografias em um
ângulo limitado (0,6 até 1,8°) paralelamente á superfície
colada. Com este método pode-se filtrar a heterogeneidade
natural da estrutura da madeira. Além disto, a dimensão da
amostra de madeira é limitada em apenas um sentido e o
tempo de medição é drasticamente reduzido quando comparado com a tomografia sob ângulo total (de 120 min para
40 s). A resolução da posição é de 5 mm em laminados com
100 mm de largura, de maneira que fendas de ar com menos
de 150 µm podem ser detectados por um sistema Microfoco
de Laboratório. Foi ainda montado um modelo experimental
ACU-NT para a caracterização de propriedades de placas de
madeira aglomerada
Este projeto foi laureado com o Prêmio Novos Talentos no Congresso Anual de 2013 da DGZfP.
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PREFÁCIO
A madeira maciça como material de construção tradicional foi sendo deslocada no último século, graças tanto
ao progresso tecnológico como à diminuição da oferta de
madeiras de grande porte, por produtos de madeira de alta
tecnologia. Vigas de madeira formadas por tábuas coladas e
chavetadas no sentido das fibras, em várias camadas e com
as fibras em paralelo. Obtém-se assim uma maior capacidade de carga e comprimentos variáveis. O aumento na utilização deste tipo de viga nas construções levou a um maior
interesse pela detecção precoce de riscos para a segurança.
Podem surgir delaminações nestas peças devidas a defeitos
na fabricação, a variações climáticas no local e à influência simultânea de cargas mecânicas externas (neve, vento, adição
de pedrisco em telhados planos). No passado aconteceram
diversos casos drásticos de colapso, que devem ser evitados
a todo custo [1,2].
Os complexos mecanismos das delaminações em madeiras já foram discutidos na literatura especializada nos últimos anos mas, mesmo assim, a formação e a distribuição
de trincas em estruturas reais são de difícil previsão [3]. O
Controle de Qualidade industrial em geral se baseia em ensaios destrutivos de amostras para controle [4]. No local da
obra a inspeção visual é a mais comum; os locais acessíveis
são examinados com um calibre de lâminas de folga quanto
à existência de trincas [5,6].
Tornam-se necessários END para determinar delaminações existentes no núcleo da viga. A utilização da Termografia limita-se a espessuras pequenas, como p.ex. laminados de madeira [7]. A inspeção por raios-X apresenta uma
baixa sensibilidade quanto à detecção de delaminações.
De acordo com os padrões atuais, a Tomografia de Raios-X
é demorada e, devido às dimensões do equipamento, este
não pode ser levado ao local da obra. A inspeção no local da
obra é dificultada pelas grandes dimensões das peças e pelo
acesso limitado a algumas superfícies das mesmas [8-10].
O ensaio tradicional por ultrassom apresenta uma boa detectabilidade de colagens defeituosas mas as atuais técnicas
para diagnóstico exigem que os transdutores sejam comprimidos diretamente sobre a superfície da peça com pressão
constante [10-12]. A técnica do ultrassom acoplado pelo
ar (ACU = air coupled ultrasound) contorna esta limitação,
possibilitando uma elevada reprodutibilidade nas medições
(erro de amplitude < 1%) assim como um posicionamento
automático dos transdutores e a varredura da superfície na
forma de uma grade. Além disto, o equipamento completo
pode ser transportado até o local da obra. A desvantagem
destes métodos é a redução do nível de pressão sônica em
50 dB, motivo pelo qual até o momento somente espessuras de material até 50 mm puderam ser inspecionadas sem
ressonância. Por isso, esta técnica limitava-se à inspeção de
madeira aglomerada, madeira compensada e placas de madeira em camadas LVL (Laminated Veneer Lumber) [13].
OBJETIVO
O objetivo desta dissertação foi o desenvolvimento de
novos métodos de END que permitissem determinar a posição e a geometria de delaminações no interior de vigas
Figura 1: Objetivos do trabalho de doutoramento. O manuscrito poderá ser
encontrado online em htpp://dx.doi.org/10.3929/ethz-a-7335172
formadas por tábuas coladas. Foi dada ênfase aos seguintes
aspectos:
• O desenvolvimento de um protótipo e a implementação
de um sistema ACU capaz de examinar vigas de tábuas coladas nas dimensões usuais e em configurações flexíveis.
• O desenvolvimento e a validação de modelos teóricos
para a descrição quantitativa da propagação de ondas ultrassônicas em vigas de tábuas coladas, que levem em conta
a mecânica específica das madeiras.
• A inspeção teórica e experimental de peças configuradas específicas quanto à sua adequação à detecção e à reprodução de colagens defeituosas em laminados de madeira (Figura 1).
CONCEITO DO PROTÓTIPO ACU
No âmbito do presente trabalho foi desenvolvido um protótipo para a medição por meio de ultrassom acoplado pelo
ar à madeira, que permite a inspeção de vigas de madeira
colada até 500 mm de espessura (Figura 2). O sistema compreende transdutores ACU usuais, de 120 kHz, uma potente
excitação pulsante e uma sequência de amplificadores com
baixo nível de ruído. Desta maneira o sistema é capaz de reproduzir um campo dinâmico extremo de 126 dB. Graças ao
funcionamento pulsante, são filtrados e eliminados na janela de tempo correspondente os sinais parasitas, como p.ex. o
som refratado nas arestas da peça (Figura 5). Além disto, não
é necessário um ajuste muito acurado da fenda de ar entre
os transdutores e a superfície da madeira.
Um sistema de varredura comandado por computador,
com cinco eixos, e um array linear de microsensores eletromecânicos (MEMS) permite a obtenção de uma imagem ultrassônica com emissores e receptores fixos ou independentes entre si. A avaliação dos resultados das medições quanto
à existência de colagens com defeito se baseia, em princípio,
na atenuação do feixe sônico, que será bastante mais enfratecnologia preservando a vida
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51
artigo
técnico
Figura 2:Esquema em bloco do sistema ACU para incidência normal à superfície (NT)
quecido em uma região com delaminações do que naquelas
regiões sem defeitos.
MODELAÇÃO DA PROPAGAÇÃO DE ONDAS SÔNICAS
ACU EM LAMINADOS DE MADEIRA COLADOS
EMBASAMENTO TEÓRICO
Madeira é um material arrumado hierarquicamente, anisotrópico, heterogêneo e poroso. Sua estrutura tem uma grande importância na propagação das ondas ultrassônicas. Em
madeira empilhada, colada, as lamelas individuais acham-se
alinhadas em paralelo de acordo com o eixo do material no
sentido das fibras L (Figura 3). Por isso, para uma simulação
são fatores importantes a densidade, a posição dos anéis da
idade RT e o ângulo entre as fibras e a carga aplicada [14,15].
CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DO MODELO
Para simular a propagação de ondas ultrassônicas acopladas de modo pulsante através do ar, foi desenvolvido
um modelo para ondas completas Finite-Difference-Time-Domain (FDTD). Este modelo possibilita uma definição local
das propriedades viscoelásticas, anisotrópicas, do material
para cada ponto no mesmo (na forma de gás, líquido, sólido). O modelo foi validado com a apropriação analítica das
seguintes grandezas:
a) Velocidade e amortecimento de ondas de ondas planas em materiais homogêneos, anisotrópicos;
b) frentes de ondas de fontes pontuais em madeira sem
limites, com anéis de idade retos e curvos;
c) deslocamentos do fluxo energia no interior de lamelas
anisotrópicas de madeira;
d) interferências de ondas em fendas de ar entre lamelas
(delaminações);
e) campos sônicos no ar.
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Os itens c) até e) foram ainda validados com dados experimentais (Figura 3). Os percursos sônicos em tábuas com 65
mm de espessura, dependentes de cada local, foram simulados com precisão de 2 mm. A atenuação do feixe ultrassônico em regiões bem coladas e delaminadas, com diferentes
espessuras de fenda, foi modelada com 2 dB de precisão. Os
campos sônicos gerados pelos transdutores ACU foram simulados com amplitudes <8 %, mesmo para pequenos sinais de
onda fora dos eixos (pressão sônica reduzida em 40 %).
Foram realizadas investigações adicionais para determinar os efeitos da heterogeneidade natural da madeira (galhos, passagem de madeira nova para madeira antiga, teor
de umidade) sobre as ondas sônicas com a ajuda de transdutores ultrassônicos acoplados pelo ar. Aquelas se basearam em propriedades do material esperadas ou realizadas
de maneira experimental e na distribuição do material. Para
tanto foram utilizados, p. ex., modelos de materiais para os
ângulos fibra-carga em galhos e distribuições da densidade
obtidas pela tomografia computadorizada por raios-X.
RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES
A atenuação do feixe sônico em regiões delaminadas
pode chegar até 50 dB. Devido a uma interferência de ondas
construtiva a atenuação, e também o contraste na carta de
defeitos, é reduzida para 20 dB no caso de fendas de ar pequenas com 10 µm. Regiões com boa colagem apresentam
uma atenuação sônica desprezível (< 0,1 dB).
Devido às características anisotrópicas da madeira ocorrem deslocamentos do fluxo de energia no caso da incidência normal, sendo que o feixe sônico se desvia bastante do
seu sentido inicial. O ângulo de deslocamento χ depende da
posição dos anéis de idade e do ângulo fibra-carga, por sua
vez dependentes de cada local (Figura 3). Em consequência, os percursos sônicos dependem de cada local sônico. As
Figura 3: Modelação para a propagação de ondas sônicas ACU em laminados de madeira colados. Os eixos do
material (L, R, T) dependem de cada local devido aos anéis de idade recurvados.Os percursos de ondas calculados por derivações analíticas e pelo modelo FDTD coincidem. Os deslocamentos do fluxo de energia localizados são claramente visualizados
ondas longitudinais acopladas através do ar apresentam um
desvio de até 30° em madeira de abeto.
Para a estimativa da qualidade da junção em geral os
transdutores de ultrassom formam uma unidade que inspeciona o objeto de madeira em pontos aleatórios. Portanto, a posição e o eixo do receptor R são determinados pelo
eixo e pela posição do transmissor T. Deslocamentos mais
significativos do feixe ultrassônico do eixo do receptor R
podem reduzir o nível do sinal recebido, ou mesmo eliminá-lo totalmente. Visando eliminar interpretações errôneas, as
mutações dos sinais devidas a deslocamentos do fluxo de
energia deverão ser separadas do amortecimento elevado
em regiões delaminadas.
A velocidade do som no sentido das fibras corresponde
a 4,5x a velocidade no sentido transversal às fibras. Devido
a isto, um feixe sônico que é cilíndrico no ar, se propaga na
madeira de forma elíptica. O eixo principal da elipse corresponde ao eixo das fibras. Assim sendo, a resolução local também é anisotrópica e é mínima no sentido paralelo às fibras.
As maiores variações entre as propriedades mecânicas
de madeira nova e madeira antiga dão origem a uma maior
dispersão das ondas sônicas, especialmente quando o campo sônico se propaga paralelamente ao plano dos anéis de
idade. Neste caso ocorrem no receptor sônico interferências
complexas de diversos percursos sônicos chegando quase
que simultaneamente. Galhos na madeira dão origem a uma
atenuação maior devido ao desvio das fibras decorrente. O
amortecimento devido a um galho equivale ao de um furo
com o dobro do diâmetro.
Devido a isto aumenta a complexidade das formas das ondas ultrassônicas com o aumento do percurso de propagação na madeira. Além disto, potencializam-se as conseqüências da dispersão das ondas e das transformações de modo
em todas as camadas coladas e nas arestas.
DETECÇÃO ACU E REPRODUÇÃO DE COLAGENS DEFEITUOSAS EM LAMINADOS DE MADEIRA
INCIDÊNCIA NORMAL DO ULTRASSOM (NT)
Uma avaliação experimental da qualidade da colagem
foi inicialmente efetuada com incidência normal do feixe
nas superfícies de separação (Setup NT). Neste caso o transmissor T e o receptor R formaram uma unidade e varriam o
objeto em sua largura e em seu comprimento (Figura 1).
Desta maneira, em cada ponto resultou uma avaliação da
qualidade geral da colagem em todas as camadas (com
defeito/isento de defeitos). Os resultados foram apresentados, para laminados com menor e com maior espessura,
de maneira analógica para tábuas coladas empilhadas em
várias camadas [16, 17]. Processamentos dedicados dos
sinais (reprodução em deconvulação, cálculos de médias
superpostas, rastreamento da amplitude, representação diferencial) se aproveitaram das vantagens do método ACU
para incrementar a resolução local, a relação sinal-ruído e o
contraste no mapa de defeitos.
Colagens com áreas pequenas (gotas de adesivo) foram
reproduzidas com sucesso em laminados com 10 mm de
espessura. Em seguida, examinou-se a resolução local para
vigas com várias camadas em relação à espessura do laminado (Figura 4).
Duas lamelas com 40 mm de espessura foram coladas
entre si e, em separado, foram aplicadas determinadas zonas sem colagem. Em seguida, as colagens falhas foram reproduzidas por ACU NT. Após esta primeira medição, foram
coladas duas lamelas adicionais, com 40 mm de espessura,
no laminado inicial de duas camadas. O laminado resultante, de quatro camadas, com 160 mm de espessura, apresentou defeitos na colagem apenas na camada central. As
colagens defeituosas foram novamente representadas por
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artigo
técnico
meio de ACU NT. E, por fim, foram acrescentadas mais duas
camadas e o laminado resultante, com 240 mm, também foi
inspecionado por ACU NT.
Na transição de uma região colada para uma região não
colada a atenuação sônica aumenta gradativamente. A resolução local é definida como o menor tamanho de defeito
mensurável. Este é assumido como a menor distância de
passagem, o que tem como conseqüência um acréscimo
de 10 dB na atenuação sônica. A resolução local total piora
com o aumento do número de camadas coladas. No sentido
das fibras (L, Figura 4) foi comprovada uma resolução local
de 25, 55 e 110 mm em laminados com duas, quatro e seis
camadas. Como era de se esperar, a resolução local melhora
no sentido transversal às fibras (RT, Figura 4), com valores
de 9, 16 e 24 mm em laminados com duas, quatro e seis camadas, respectivamente. Assim, o ultrassom acoplado pelo
Figura 4: Resolução local da reprodução ACU com incidência normal (NT) para madeira em camadas múltiplas
em relação à espessura dos laminados
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ar adéqua-se à detecção de delaminações no sentido das
fibras, que são aqueles defeitos mais freqüentes [2].
Regiões não coladas, cortes de serra, rachaduras, regiões coladas mas não aderentes, delaminações, geradas por
condições climáticas alternadas, e zonas falhas geradas por
solda vibratória de camadas de madeira foram corretamente
detectadas pela técnica ACU. A maior parte dos ensaios foi
realizada em vigas compostas por tábuas de coníferas, condicionadas em clima normal (20°C / umidade relativa 65 %).
Ensaios adicionais foram realizados em laminados de madeira caducifólia (faias). Estes mostram uma variabilidade mais
profunda para as amplitudes dos sinais do que os laminados
de madeira de coníferas. Os motivos possíveis para tal são a
menor anisotropia e menores variações entre as propriedades mecânicas de madeira nova e de madeira antiga.
REPRESENTAÇÃO EM POSIÇÃO OBLÍQUA (SLT)
Um segundo método de ensaio experimental (Setup SLT)
permite detectar defeitos em vigas de madeira empilhada
de qualquer altura e comprimento, de maneira individual
para cada camada colada. Para tanto, o transmissor e o receptor formavam uma unidade e varriam o objeto ao longo
do seu comprimento e da altura, de modo que os espaços
colados individuais eram atravessados obliquamente pelo
feixe ultrassônico (Figura 5). Foi solicitada uma patente para
este segundo método [18].
Defeitos com dimensão de até 50 % da largura da viga
foram detectados com sucesso em vigas compostas por
tábuas comuns [19, 20]. Foi ainda inspecionada uma viga
de valor histórico, proveniente do teto plano de um hangar aeroviário em Lucerna, construído em 1922 [21]. A viga
apresentava delaminações significativas, decorrentes das
variações climáticas por longo tempo. Os mapas de defeitos gerados por ACU SLT foram validados pelos resultados
da inspeção visual (com calibres de folga) e da tomografia
computadorizada por raios-X (apresentação tridimensional
de alguns trechos da viga).
DETALHAMENTO: TOMOGRAFIA ACU
A realização da Tomografia Ultrassônica com acoplamento pelo ar com o emprego de ensaios numéricos e de
experimentos em amostras utilizando um modelo de propagação de ondas FDTD inverso já foi abordada. Para tanto
foram inseridos no modelo FDTD o desvio de campos sônicos invertidos nas amostras em comparação com amostras de referência de madeiras empilhadas, sem defeitos.
Os campos sônicos foram captados por cada receptor para
cada uma das diversas posições assumida pelo transmissor.
Para tanto, o transmissor e o receptor foram deslocados separadamente sobre a amostra (Figura 1). Ambos os dados
foram obtidos pela mesma configuração SLT. Convergências de ondas fornecem um mapa de colagens defeituosas
ao longo da altura e da largura das seções escolhidas. Uma
colagem defeituosa na borda com 40 mm largura foi detectada em uma viga composta com 170 mm de largura;
outras pesquisas nesta direção estão previstas.
A introdução de modelos de simulação para a descrição
quantitativa da propagação das ondas ultrassônicas em
madeiras, como uma parte da interpretação experimental
de dados, possibilita uma detecção de defeitos inédita e
uma excelente resolução de local, tornando-se um tema de
grande peso atual [11, 22].
TRABALHOS COMPLEMENTARES
A DETECÇÃO DE COLAGENS DEFEITUOSAS EM PEÇAS DE
MADEIRA POR MEIO DA TOMOGRAFIA DE RAIOS-X COM
FAIXA ANGULAR DE RECEPÇÃO LIMITADA
Como um complemento foi pesquizada a adequação da
Tomografia Computadorizada por Raios-X com faixa angular de recepção limitada para a determinação de colagens
com defeito em vigas de madeira empilhada [23]. Nas radiografias trabalha-se com a atenuação da radiação como
função da densidade e da espessura da amostra de madeira. A Tomografia Computadorizada combina as radiografias
tomadas de diversas posições possíveis entre a amostra e
o detector e reconstrói a informação tridimensional a respeito da constituição interna da amostra. Foi aplicada uma
reconstrução que exige apenas radiografias sob um ângulo
limitado em paralelo à superfície colada (Figura 1). Com a
ajuda deste método foi possível, inicialmente, filtrar a não
homogeneidade, indesejada, da estrutura da madeira. Em
segundo lugar o método é limitado, teoricamente, em uma
dimensão da amostra e, em terceiro lugar, possibilita uma
redução no tempo de medição por cada interpretação.
A viabilidade deste método de ensaio foi comprovada
por meio de um sistema de raios-X microfoco, de laboratório. São suficientes entre sete e dezesseis radiografias com
um ângulo limitado entre 0,6 e 1,8° para reconhecer regiões
coladas e não coladas na amostra. A reprodução das regiões
com defeitos acontece com uma resolução local de 5 mm
em laminados com uma largura de 100 mm. Por meio deste sistema microfoco foram detectadas fendas de ar entre
lamelas com menos de 150 µm. O método da informação-redução possibilita a avaliação de superfícies coladas com
100 x 100 mm com um tempo de medição de 40 s. Em comparação, tomografias com ângulo pleno exigem um tempo
de medição de 120 min.
COMBINAÇÃO ACU/RAIOS-X PARA A CARACTERIZAÇÃO,
SEM CONTATO, DE PLACAS DE MADEIRA AGLOMERADA
O esquema montado para a inspeção ACU NT foi também utilizado para a caracterização das propriedades do
material de placas de madeira aglomerada [24]. Os ajustes
dos parâmetros acústicos (velocidade do som e a transmissão da amplitude em função da frequência) foram
confrontados com radiografias, possibilitando a previsão
da distribuição horizontal da densidade (HDD – Horizontal
Density Distribution) e uma classificação de acordo com a
geometria das partículas. A precisão da avaliação da densidade é de aprox. 3 %, o que atende à norma EN312.
As conseqüências da distribuição dos grãos e da porosidade multiescalar foram simuladas com a ajuda do método FTDT. A passagem entre um campo sônico coerente e
um campo sônico difuso foi comprovada quando o comprimento de onda se aproxima do tamanho das partículas
de madeira.
Figura 5: Imagem ACU obtida por incidência oblíqua (SLT). O
mapa de defeitos no centro da imagem permite reconhecer
nitidamente a colagem defeituosa D na camada colada B2. As
formas de ondas em regiões bem coladas (GP) e em regiões
delaminadas (DP) podem ser vistas na figura inferior
AGRADECIMENTOS
Desejo agradecer à DGZfP de modo especial pela concessão do Prêmio Novos Talentos. Dirijo um agradecimento especial aos parceiros
deste projeto, que possibilitaram a realização do presente trabalho e
a minha defesa de tese. Existe ainda uma longa lista de pessoas que
me apoiaram pessoalmente e profissionalmente nestes quatro anos.
Estas pessoas acham-se relacionadas na dissertação de agradecimento e desejo aqui repetir o meu profundo respeito. Desejo agradecer à
Vivian Merk pela correção de eventuais erros de idioma. Este trabalho
de pesquisa foi financiado pelo Fundo Nacional Suíço para a Promoção da Pesquisa Científica (Processo nº 200021-115920).
PARCEIROS NO PROJETO
Instituto Suíço de Ensaios e Pesquisas (EMPA), Departamento de
Eletrônica/Técnica de Medição/Confiabilidade, Überlandstrasse 129,
CH-8600 Dübendorf.
(Roman Furrer, Dr. JürgNeuenschwander, Dr. Urs Sennhauser)
Universidade Técnica Suíça (ETH), Instituto para Materiais de Construção, Física da Madeira, Schafmattstrasse 6, CH-8093 Zurique.
(Prof. Dr. Peter Niemz)
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55
artigo
técnico
O END de materiais compostos pela técnica Terahertz
em comparação com os métodos de END convencionais
Materiais sintéticos reforçados com fibras de vidro e materiais compostos são transparentes em relação às ondas Terahertz
e por isso esta técnica se adéqua muito bem para a sua inspeção por via não destrutiva e sem contato. No âmbito do projeto
da UE DOTNAC foram produzidos corpos de prova com diversos tipos de defeitos relevantes e depois inspecionados por meio
de um sistema de Radar Terahertz com onda contínua de frequência modulada. Os mesmos corpos de prova também foram
inspecionados por meio de END convencionais, como Raios-X, Ultrassom e Termografia. Os resultados destes ensaios foram
confrontados e analisados os prós e contras.
Introdução
Materiais modernos empregados nas indústrias aeroespacial, automotiva ou em geradores de energia eólica requerem métodos de medição adaptados, ou mesmo novos, para inspeção por END¹,²,³. Para a inspeção dos corpos
de prova dispõe-se, com a técnica do sistema de Radar
Terahertz (THz), de um método de inspeção aprovado em
paralelo com os métodos tradicionais. Esta técnica (THz)
permite inspecionar materiais sintéticos com reforço de
fibras de vidro (GFK) e materiais compostos com várias camadas, com GFK e com estrutura em colmeia ou espuma,
tanto por transmissão como por reflexão. Descontinuidades internas, delaminações ou inclusões aquosas podem
ser detectadas desta maneira. Metais e materiais condutores de eletricidade (como materiais reforçados com fibras de Carbono - CFK) refletem as ondas Terahertz, de
modo que apenas a inspeção por reflexão da superfície,
respect. das camadas aplicadas, é possível; a inspeção do
interior da peça é impossível.
Imagem 3D por meio de ondas Terahertz
O sistema de radar com onda contínua de frequência
modulada (em inglês: frequency-modulated continuous
wave, FMCW) agrupa diversas frequências de serviço entre 100 GHz e 1 THz com um sofisticado processamento
de dados para a interpretação dos resultados da inspeção
compilados (4). Por meio da modulação da frequência o
Sistema de Radar Terahertz a distância é claramente identificada através do tempo de percurso. As propriedades
do material do corpo de prova determinam a frequência
de serviço. O sistema se destaca pela elevada velocidade
de medição de até 4.000 pontos de imagem por segundo
e presta-se então para ensaios gráficos tridimensionais. A
construção modular dos cabeçotes de inspeção possibilita medições por transmissão e por reflexão. Para tanto
os módulos são deslocados nos sentidos X e Y varrendo
o objeto ponto a ponto. Através da medição do tempo
56
revista abendi no 61
abril de 2014
Figura 1: Sistema de Radar com onda contínua de
frequência modulada
de percurso determina-se a posição no sentido Z. Desta
maneira obtém-se uma informação tridimensional a respeito do corpo de prova.
Comparação com os métodos tradicionais
de END
O trabalho abrangeu um total aprox. de 60 corpos de
prova, que foram inspecionados tanto pela técnica THz
como pelos métodos clássicos (5), que incluiu raios-X, ultrassom e termografia infravermelha.
Radiografia
Por meio de radiação penetrante foram obtidas imagens em 2D por transmissão (modelo DXR500L da GE).
Durante a radiografia de materiais descontínuos, respect. com diferentes espessuras, respect. na ocorrência
de defeitos como trincas, inclusões de escória e porosidades, são geradas distribuições não homogêneas de
intensidade nos filmes radiográficos dos locais correpondentes devido à absorção ou à dispersão.
Ultrassom
Dos métodos usuais de inspeção por ultrassom foram
utilizados o processo impulso-eco, 2D Inverse Wave Field
Extrapolation e medições por transmissão.
No primeiro processo foi utilizado um aparelho OMNISCAN MX2 em combinação com o módulo sensor
5L64-NW da firma Olympus, denominados a seguir US
Puls Echo I, em que o sensor de medição funciona como
fonte e como detector. O sinal de ultrassom refletido é
proveniente de uma superfície limite, como p. ex. a parede oposta, ou então de descontinuidades no interior
do objeto. Em um monitor a intensidade medida do sinal
refletido é representada na forma da amplitude, e a distância decorre do instante da chegada deste sinal.
Um outro processo da técnica impulso-eco é o sistema
baseado na imersão DS200 da SCANMASTER, denominado a seguir US Puls Echo II.
2D Inverse Wave Field Extrapolation (IWEX)é um método
proveniente da sísmica aplicada. Com base na integral
Rayleigh II para a retrotransmissão, que oferece a possibilidade de extrapolar, para cada valor conhecido, de uma
determinada superfície ou de qualquer ponto no espaço,
um campo de ondas. Com a ajuda do sistema 3D IWEX,
patenteado pela empresa Applus RTD, obtém-se uma
representação 3D do objeto inspecionado por meio da
medição das ondas propagadas após a reconstrução dos
dados da medição pelo IWEX.
No método da transmissão (Through Transmission Testing) o fator crítico é um bom acoplamento. Desvios na
transmissão do som influenciam a intensidade medida.
No sistema Immersion Scanning (Varredura em imersão)
desenvolvido pela Israel Aerospace Industries com base
no FOCUS-LT da Olympus, a inspeção é realizada por
transmissão. Neste caso o potente transmissor de ultrassom e o receptor estão separados por uma distância fixa.
O grau de amortecimento do sinal após a passagem pelo
material fornece informações a respeito da estrutura interna do objeto inspecionado.
Termografia Infravermelha
Na inspeção de uma estrutura ou de um material pela
Termografia Infravermelha a análise ocorre através da medição e da interpretação do campo de temperaturas sobre
o objeto inspecionado (6). A inspeção do objeto decorre de
um processo ativo, o que significa que aquele deverá ser
cuidadosamente aquecido.
As maiores vantagens deste método são a inspeção
sem contato, os tempos de inspeção curtos, a apresentação dos resultados na forma de uma figura/quadro, assim
como a inspeção tanto de zonas pequenas como grandes.
Na inspeção deste objeto foi utilizada a câmera SC5500 da
empresa FLIR.
Corpos de prova para calibragem e testes
No âmbito do projeto DOTNAC da EU foram fabricados,
Figura 2: Vista lateral da representação esquemática de um
“sanduíche” onde se vê defeitos em diferentes níveis de profundidade, acima do núcleo, marcados em vermelho
Figura 3: Foto de uma amostra “sanduíche” com 340 x 200
mm com núcleo em colméia; os diversos defeitos acham-se
representados por quadrados/retângulos coloridos, desde 6 x
6 até 25 x 25 mm, em diferentes profundidades
após inspeções preliminares, corpos de prova contendo
defeitos de tipos, dimensões e posições definidas. Faziam
parte amostras com estrutura “sanduíche” de materiais
compostos com várias camadas, de plástico reforçado
com fibras de vidro (GFK) com um núcleo tipo colméia ou
de espuma. Como defeitos foram introduzidos diversos
materiais, como ar, Teflon, EP ou água. Devido à construção diversificada das amostras forma efetuadas inspeções por reflexão a partir da face anterior (A) e da face
traseira (B). A figura 3 mostra a seção de uma amostra tipo
“sanduíche” com defeitos definidos em posições variadas. Neste caso, as dimensões da amostra eram 340 x 200
mm, as espessuras individuais de cada camada eram 1 /
5 / 0,75 mm e os diferentes defeitos tinham um tamanho
entre 6 x 6 e 25 x 25 mm. A disposição dos 45 defeitos
pode ser vista na figura 4. A cunha com degraus vista na
margem esquerda possui degraus de 1,25 mm.
Resultados
As amostras fabricadas foram inspecionadas por outros métodos, sempre que possível pelas faces anterior
(A) e posterior (B), respect. de acordo com o método, por
Transmissão e/ou Reflexão.
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57
artigo
técnico
As representações dos diversos métodos empregados para a face anterior do “sanduíche” citado acham-se
comparadas na figura 4.
A taxa de detecção dos 45 defeitos artificiais a partir da
face anterior A (em vermelho) assim como da face posterior B (em verde) acha-se representada na figura 5. As
barras em cor cinza mostram que não foram efetuadas
medições nestes casos já que as chances de se obter sucesso eram mínimas. A inspeção de acordo com a técnica
FMCW-THz mostra muito bons resultados em comparação com aqueles obtidos pelas outras técnicas, para ambas as faces.
Outra amostra era uma peça laminada com os mesmos tipos de defeitos e as taxas de detecção, para as
duas faces, acham-se representadas na figura 6. Neste
caso o sistema FMCW-THz é definitivamente uma boa
alternativa para o método radiográfico, já que este obteve uma baixa taxa de detecção.
Quanto a “sanduíches C” com dois núcleos em colméia, ou em espuma, os problemas que surgiram na
inspeção por ultrassom puderam ser superados pelo
sistema FMCW-THz. Para todas as amostras “sanduíche”
os resultados obtidos por radiografia foram superados.
Devido à espessura da amostra, de 14 mm (espessuras
das camadas de materiais: 0,75 / 5 / 1,5 / 5 / 0,75 mm), os
métodos tradicionais não produziram resultados aceitáveis. A figura 7 mostra a taxa de detecção para amostras
de “sanduíches C” com dois núcleos de espuma.
Em amostras “sanduíche A/C” com estrutura em colméia e com inclusões de água, com o método FMCW-THz foram obtidos resultados comparáveis àqueles
obtidos com a Termografia Infravermelha e com a Radiografia. No caso de amostras “sanduíche” com núcleo(s)
de espuma a densidade do material desta impediu uma
clara separação entre as inclusões de água e a espuma.
Resumo
A técnica Terahertz é indicada para a inspeção por
END de plásticos reforçados com fibra de vidro (GFK)
assim como de materiais compostos com GFK e núcleos tipo colméia e de espuma. Corpos estranhos, vazios,
assim como defeitos estruturais, são bem detectados.
No caso de plásticos com reforço de fibras de Carbono
(CFK) a inspeção por meio do sistema de radar FMCW-Terahertz a inspeção fica limitada à superfície, respect.
às camadas aplicadas.
A grande vantagem da técnica THz em comparação
com os métodos tradicionais como Ultrassom e Termografia é que podem ser detectados tanto defeitos próxi58
revista abendi no 61
abril de 2014
Figura 4: “Sanduíche A” com núcleo tipo colméia
e com os defeitos artificiais gerados em diferentes
profundidades; a) Imagem obtida por FMCW (150
GHz), b) imagem obtida por radiografia, c) trecho de
imagem com um único defeito, obtida pelo IWEX, d)
imagem obtida por ultrassom em transmissão e e)
imagem obtida por Termografia Infravermelha
mos à superfície como internos e na face oposta, apenas
com a incidência por uma face, em estruturas compostas
e em estruturas ocas ( núcleo tipo colméia ou de espuma). Além disto, a inspeção sem contato e a ausência de
medidas de proteção contra radiações são fatores em favor da técnica Terahertz.
Figura 5: Taxa de detecção dos diferentes métodos de ensaio para o
“sanduíche A” com núcleo colméia e com 45 defeitos artificiais
Figura 6: Taxa de detecção dos diversos métodos de ensaio para a
amostra laminada com 42 defeitos artificiais
Figura 7: Taxa de detecção dos diversos métodos de ensaio para o “sanduíche C” com dois núcleos de espuma e com 42 defeitos artificiais
Agradecimentos
A pesquisa que resultou no presente trabalho foi apoiada pelo 7º Programa da Comissão Européia (FP7/2007-2013) sob o número de fomento
266320. www.dotnac-project.eu/
calendário
Abendi
Maio
DataLocal
Ultrassom – Nível 3
19 a 31 Abendi (SP)
Ultrassom Nível 3 – ABEMI/ Abendi
19 a 31 de maio
São Paulo (SP)
Segurança, Saúde e Meio Ambiente
26 a 30 de maio
Abendi (SP)
Junho
DataLocal
Ultrassom aplicado a Solda por Resistência
a Ponto (Automobilistico) (Turma 1)
2a6
Abendi (SP)
Detecção de Vazamentos – Nível 3
2a6
Abendi (SP)
Ensaio Radiográfico Nível 3 – ABEMI/ABENDI
2 a 10 Porto Alegre (RS)
Metrologia e Calibração para empresas de END (Turma 2)
9, 10 e 11 Abendi (SP)
Minicurso Leak Testing (Estanqueidade)
9
Abendi (SP)
Minicurso de Phased Array (Turma 1)
10 e 11 Abendi (SP)
Cetre - Bahia
Maio
Data
Líquido Penetrante N1 Noturno
19 a 28
Líquido Penetrante N2 Noturno
19/05 a 03/06
Ensaio Visual N2 Noturno
19/05 a 07/06
IE LT Noturno
26/05 a 04/06
Ultrassom por Medição de Espessura Noturno 26/05 a 04/06
Ultrassom N1 L Noturno 26/05 a 10/06
Ultrassom N2 Noturno 26/05 a 26/06
Controle Dimensional CL Noturno 26/05 a 07/07
JunhoData
Partículas Magnéticas N1 Noturno 02 a 11
Líquido Penetrante N1 Noturno 02 a 11
Líquido Penetrante N2 Noturno 02 a 17
Partículas Magnéticas N2 Noturno 02 a 21
Partículas Magnéticas N1 Diurno
07 a 12
Controle Dimensional TO Noturno 16/06 a 23/07
Ultrassom por Medição de Espessura Noturno 23/06 a 04/07
Ultrassom N1 L Noturno 23/06 a 10/07
Ultrassom N2 Noturno 23/06 a 24/07
60
revista abendi no 61
abril de 2014
Cetre - Pernambuco
MaioData
Controle Dimensional CL Noturno
26/05 a 07/07
Controle Dimensional MQ Noturno
26/05 a 15/07
JunhoData
Partículas Magnéticas N1 Noturno
02 a 11
Partículas Magnéticas N2 Noturno 02 a 23
Controle Dimensional CL Noturno 09/06 a 22/07
TPP N2 Noturno 16/06 a 03/07
IE LT Noturno 23/06 a 03/07
Ultrassom N1 L Noturno 23/06 a 10/07
Ultrassom por Medição de Espessura Noturno 26/06 a 05/07
Ultrassom N2 Noturno 26/06 a 26/07
Cetre - Santos
MaioData
Líquido Penetrante N1 Noturno
19 a 28
IE LT Noturno 19 a 28
Ultrassom N1 L Noturno 19/05 a 03/06
Líquido Penetrante N2 Noturno
19/05 a 03 /06
Ultrassom N2 Noturno 19/05 a 17/06
Partículas Magnéticas N2 Noturno
26/05 a 14/06
Controle Dimensional TO Noturno
26/05 a 30/06
JunhoData
Partículas Magnéticas N1 Noturno 02 a 11
Partículas Magnéticas N2 Noturno 02 a 21
Ultrassom por Medição de Espessura Noturno 23/06 a 02/07
Ultrassom N1 L Noturno 23/06 a 08/07
Controle Dimensional CL Noturno 23/06 a 02/08
Cetre - São Paulo
MaioData
Líquido Penetrante N1 Diurno
19 a 23
Líquido Penetrante N1 Noturno
19 a 28
Líquido Penetrante N2 Diurno
19 a 28
Líquido Penetrante N2 Noturno
19/05 a 03/06
Controle Dimensional MQ Noturno 19/05 a 05/07
Partículas Magnéticas N1 Diurno
26 a 30
Partículas Magnéticas N1 Noturno
26/05 a 04/06
Partículas Magnéticas N2 Diurno
26/05 a 06/06
TPP N2 Noturno
26/05 a 10/06
Ultrassom N1 L Noturno 26/05 a 10/06
Ultrassom N2 Diurno
26/05 a 13/06
Partículas Magnéticas N2 Noturno 26/05 a 14/06
Ultrassom N2 Noturno
26/05 a 25/06
DV N2 Diurno
27 a 30
DV N1 Diurno
28 a 30
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
61
calendário
Cetre - São Paulo
JunhoData
Líquido Penetrante N1 Diurno 09 a 13
Partículas Magnéticas N1 Diurno 09 a 13
Ultrassom por Medição de Espessura Diurno 09 a 13
Ultrassom N1 L Diurno 09 a 18
IE LT Noturno
09 a 18
Partículas Magnéticas N2 Diurno
09 a 23
Ultrassom N2 Diurno
09 a 30
Ultrassom por Medição de Espessura Noturno 16 a 26
Ultrassom N1 L Noturno
16/06 a 02/07
Ultrassom N2 Noturno 16/06 a 17/07
Ultrassom por Medição de Espessura Diurno 23 a 27
Ultrassom por Medição de Espessura Noturno 23/06 a 02/07
Ultrassom N1 L Diurno 23/06 a 02/07
Líquido Penetrante N2 Diurno 23/06 a 02/07
Líquido Penetrante N1 Noturno 23/06 a 02/07
Partículas Magnéticas N1 Noturno
23/06 a 02/07
Líquido Penetrante N2 Noturno 23/06 a 08/07
Partículas Magnéticas N2 Noturno 23/06 a 12/07
DV N2 Diurno 24 a 27
DV N1 Diurno 25 a 27
Cetre - Taubaté
MaioData
Partículas Magnéticas N2 Noturno
12 a 31
Líquido Penetrante N1 Noturno
19 a 28
Líquido Penetrante N2 Noturno
19/05 a 03/06
IE LT Noturno
26/05 a 04/06
Ultrassom por Medição de Espessura Noturno 26/05 a 04/06
Ultrassom N1 Noturno 26/05 a 10/06
Ultrassom N2 Noturno 26/05 a 25/06
JunhoData
Partículas Magnéticas N2 Noturno
02 a 21
Líquido Penetrante N1 Noturno 09 a 18
Líquido Penetrante N2 Noturno 09 a 25
Ultrassom por Medição de Espessura Noturno
23/06 a 02/07
Ultrassom N1 L Noturno
23/06 a 08/07
Ultrassom N2 Noturno 23/06 a 23/07
Controle Dimensional MQ Noturno 30/06 a 16/08
62
revista abendi no 61
abril de 2014
Petrus - Rio de Janeiro
Junho
Data
Cursos de Inspeção
Partículas Magnéticas
05/05 a 28/06
Líquido Penetrante N2
09
Ultrassom N2
07 e 09
Dimensional de Calderaria
02
produtos e
serviços
64
revista abendi no 61
abril de 2014
classificados
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