Destaques do 48º Congresso da SBPC/ML
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Destaques do 48º Congresso da SBPC/ML
1 2 3 Diálogos da ultra modernidade U Uma Nova Seção para você, profissional e especialista, ávidos por expressar suas ideias, estudos e opiniões sobre uma realidade a ser melhor elaborada e vivida. Como os artigos que se seguem. A imagem cansa ma das características da mente humana é lembrarmos de coisas ou frases que ouvimos e não sabemos bem da onde vieram, mas que elas surgem em determinadas situações e se encaixam perfeitamente no contexto em que estamos vivenciando naquele momento, se encaixam. Ainda me lembro nos meus tempos da Faculdade de Direito, lá nos idos anos 70, de um colega que sentava ao meu lado, o Vanildo, rapaz inteligente, de família humilde, de estatura baixa, meio calado, tinha os olhos saltados, daqueles que parece sempre estar indignado com algo; viera do interior do Ceará para aqui estudar, e desde o primeiro ano da Faculdade, estava ali ao meu lado, assim pude quase que diariamente com ele conhecer um pouco da sua cultura regionalista nordestina que muito me marcou em termos de frases e observações. Certo dia ele chegou e logo me perguntou, “Tem visto sua namorada”? Surpreso respondi sorrindo,” claro, quase, todos os dias “, ele me olhou de lado e com olhar esbugalhado e serio com ar de cansado me respondeu num sotaque carregado nordestino já olhando balançando a cabeça “ Pois não vá, todo dia”, surpreso lhe indaguei o porquê, desse conselho sem nexo e ele rapidamente me respondeu mais uma vez pausadamente com aquele sotaque carregado como se estivesse cansado e ofegante “ “ “Porque Fernando, lembre-se ..a imagem cansa”.....a palavra “cansa” vinha imbuída de um verdadeiro cansaço, dizia ele que quanto mais às pessoas nos veem por mais que nos amam, a nossa imagem cansa, portanto seria de bom alvitre ir menos a casa dela, e com certeza ela ao me ver sentiria satisfação.... e deu certo ... Engraçado, em épocas de eleição tenho procurado não falar de política, mas realmente é difícil, a pobreza das propostas apresentadas , a mesmice, chegar a ser impossível não tecer comentários mas enfim, aqui neste texto vou me ater apenas aos pensamentos de Vanildo, que muito tem a ver não com as propostas em si, mas com os candidatos. Outro dia despercebido me peguei vendo pela televisão um discurso da presidenta Dilma, mas não me ative no teor das suas palavras, mas nos gestos, no olhar no balançar da cabeça, na sua roupa vermelha, no tom da sua voz, no seu gesto que parece que ela vai lhe dar uma tarefa a fazer, sinceramente foi nesse mo- mento que me lembrei da velha frase do Vanildo, de tanto vê-la, ou ela ou o ex-presidente Lula, fiquei cansado. É a pura verdade, estou um tanto cansado da imagem dos dois, não das propostas que nem as analiso, mas daquilo que o Vanildo dizia “a imagem cansa”, e isso na política vale muito, por mais interessante que as propostas possam ser. Assim num gesto rápido desliguei a televisão e me veio à mente os meus anos de faculdade, sentei-me na poltrona e pensei imediatamente nos velhos políticos. Presidenta Dilma me desculpe, não vou falar de politica, nem dos seus adversários, nem das propostas, mas olha, com todo respeito devo confessar que a voz do Vanildo impregnada na minha mente me dizia “a sua imagem esta me cansando” e talvez não seja culpa sua, mas da observação nordestina que aprendi com o meu velho amigo Vanildo......êta cabra observador..... Fernando Rizzolo é Advogado, Jornalista, mestre em Direitos Fundamentais, ex-articulista colaborador da Agência Estado, rizzolot@gmail. com, www.blogdorizzolo.com.br Especialista mostra como superar perda inesperada de um líder A morte do candidato à presidência Eduardo Campos (PSB) traz à tona, inclusive nas empresas, um tema importante: como superar a perda inesperada de um líder? O especialista em liderança e desenvolvimento humano Alexandre Prates afirma que, num primeiro momento, o revés causa um abalo, mas, depois, o grande problema vira descobrir se há um sucessor pronto. “Além do impacto emocional, que é gigantesco, existe uma questão extremamente preocupante para as organizações, que é a sucessão. A comoção em torno da perda do líder, por mais dura que possa parecer, vai passar. A pergunta que fica é: quem vai assumir?”, afirma Prates. “Eis então que surge a grande preocupação: o líder preparou o seu sucessor? E, geralmente, as organizações descobrem que não, pois, diante de todas as atribuições cotidianas, pensar no futuro não é prioridade. Isso é um grande erro, pois pensar na sucessão é importante também quando a empresa decide expandir, e não apenas para estar preparada no caso de eventual tragédia. A não formação de novos líderes ameaça a evolução de muitas organizações.” Para ser reerguer após o baque com a morte de um líder ou uma saída inesperada, o especialista diz que é preciso se apegar no propósito da orga- Laboratório Único Testes toxicológicos em cabelos A ChromaTox (www.ChromaTox.com.br), criada em 2011, é fruto da união de duas empresas: a brasileira ChromAnalysis e a Cansford Laboratories, do Reino Unido. Com sede em São Paulo, é o primeiro e único laboratório a ter métodos para testes de drogas em cabelo acreditado pelo Inmetro na ISO/IEC 17025 no Brasil. Diferentemente dos demais, as análises são realizadas em São Paulo e produzem resultados rápidos (emitidos em até cinco dias) e de qualidade comprovada. Os testes de drogas também são utilizados por empresas, advogados, promotores, juízes, indivíduos, seguradoras, transportadoras, órgãos governamentais e militares e clínicas de tratamento de dependentes químicos. Cristina Pisaneschi Azevedo é Diretora Comercial da ChromaTox e Diretora Administrativa da ChromAnalysis - É graduada em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Estadual Paulista (UaNESP). Atuou na área de produção na indústria farmacêutica, trabalhou no Laboratório de Controle Antidopagem do Jockey Club de São Paulo, onde adquiriu vasta experiência em análises cromatográficas, espectrometria de massas e ensaios imunológicos. Em razão desse trabalho, ingressou na área de bioequivalência e participou da implantação do Laboratório Bioanalítico do Instituto Nacional de Câncer (Inca). A executiva é sócia fundadora da ChromAnalysis e da ChromaTox. Em decorrência do seu trabalho na área administrativa e financeira desenvolvido na ChromAnalysis, foi selecionada para participar do Curso “10.000 Mulheres: Empreendedorismo e Novos Negócios”, patrocinado pelo Banco Goldman Sachs e Fundação Getúlio Vargas. 4 nização e se inspirar no legado que o líder deixou. “Quando a empresa tem uma missão bem definida e uma visão que apaixona as pessoas, qualquer tragédia pode ser superada. No exemplo do ocorrido com Eduardo Campos, a coligação deve levar esse propósito adiante e trazer as pessoas para essa missão. E o sucessor deve se embrenhar no legado que ele deixou e fazer isso correr nas veias de todo o time”, alerta. “Não existe um modo fácil de superar uma tragédia, mas se a organização tiver um propósito para se apegar, as pessoas farão valer a pena”, finaliza Prates. NESTA EDIÇÃO Encontro Veja a opinião de nossos colunistas: Dr. Irineu Grinberg Presidente da SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas “Do Plano Real às eleições deste ano”, pág. 10 Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos Presidente do CRBM-1º Região Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP “A prescrição” , pág. 16 Dr. Paulo Cesar Naoum Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto-SP “Do colorímetro ao grafeno na análise laboratorial”, pág. 20 Pedro Silvano Gunther Diretor da Hotsoft “Escolha seu congresso nos EUA para 2015”, pág 22 Victor H. Arndt Júnior Diretor Administrativo da Quibasa/Bioclin e USA Diagnóstica “O crescente mercado das análises clínicas” , pág. 21 Dr.Yussif Ali Mere Jr Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais,Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão. “A Saúde nas urnas” , pág 30 www.labornews.com.br [email protected] 16 3629-2119 | 99793-9304 Receba o LABORNEWS, atualize seu endereço. Para arquivo digital, encaminhe seu email para [email protected] Mudanças no transplante de medula óssea são anunciadas em Congresso N o último dia 14 de agosto, durante o XVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO), o coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde (MS), Heder Murari Borba, anunciou mudanças no campo do transplante de medula óssea. Segundo ele, é iniciada uma nova fase, em que a prioridade não mais é a busca por doadores para integrar o registro brasileiro (REDOME), mas sim a garantia da realização do procedimento. “Está sendo montada uma estrutura para que seja reportada diariamente a capacidade de transplantar. Vamos trabalhar no sentido de viabilizar o agendamento do procedimento para as 200 pessoas que hoje estão na lista de espera e não tem oportunidade por carência de vagas”, relatou. O Ministério da Saúde aportará mais recursos para a abertura de novos leitos de transplante, sobretudo alogênicos (não aparentados e aparentados), e passará a regular em âmbito nacional os leitos dos hospitais transplantadores. Isso deve ocorrer em um período de quatro meses e, a até janeiro tudo deve estar regulado, declarou Murari. O coordenador do SNT explicou que em lugar de hospitais trabalharem indi- 5 vidualmente ou de ocorrerem trocas de informações entre médicos haverá uma regularização nacional neste aspecto. Com a regulação será possível mensurar a sobrevida dos pacientes. Para a presidente da SBTMO, Lúcia Silla, a iniciativa é positiva. Segundo ela a entidade irá apoiar a manutenção do abastecimento do registro de procedimentos.Apesar do número expressivo de brasileiros cadastrados no Registro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), no qual estão listados mais de três milhões de pessoas como potenciais doadores voluntários, ainda há uma fragilidade no que cabe à realização do transplante de medula óssea no País quanto o acesso aos leitos para efetivar o procedimento na modalidade “alogênico” – quando o doador é aparentado ou não aparentado. “Hoje a infraestrutura está em déficit para atender a demanda. Precisamos ao menos dobrar a capacidade nacional”, relata Lúcia. A pesquisadora da USP-Ribeirão Preto, Belinda P. Simões, que atua em falciforme, explica que é consolidado que a sobrevida é de 95% em pacientes com anemia falciforme já submetidos a transplante. Murari disse que ainda neste segundo semestre do ano seja publicada a nova portaria. Ebola Infectologista esclarece as principais dúvidas sobre a doença D escoberto nos anos 70 o vírus Ebola tem sido um tema frequente em discussões e matérias nos últimos dias. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a epidemia do vírus na África já matou 887 pessoas e 1 603 casos foram confirmados até o dia 1º de agosto. O infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão Dr. Jorge Garcia Paez explica sobre essa doença altamente mortal. A primeira espécie do vírus Ebola foi descoberta em 1976 em dois surtos simultâneos em Nzara no Sudão, e em Yambuku nas proximidades do rio Ebola, na Republica Democrática do Congo. O especialista explica que o vírus é da família filoviridae responsável por causar a febre hemorrágica Ebola, a qual é muitas vezes fatal em humanos e primatas. “Na maioria dos casos a doença se manifesta após um período de contato que varia de 2 a 21 dias, com febre súbita de inicio, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Seguidos de vômito, diarreia, manchas vermelhas pelo corpo, alteração da função renal e hepática, podendo evoluir com sangramentos”, diz o médico. O especialista explica que a taxa de fatalidade – entre 25 e 90% - ocorre devido ao pouco conhecimento referente à forma como o vírus provoca essa infecção, “Existe a hipótese que a transmissão para humanos aconteceu pelo contato com animais infectados pelo vírus. O que sabemos até o momento é que os pacientes que evoluem para óbito não tem uma resposta adequada do sistema imunológico contra o vírus”. O contágio pode ocorrer por contato com o sangue e secreções de pacientes infectados, “até objetos contaminados com secreções podem transmitir a doença”, esclarece Dr. Jorge. A recomendação principal é evitar viagens para as áreas onde existe a transmissão do vírus atualmente, preservar-se de contato com pacientes com suspeita de febre hemorrágica e até animais desses locais. Inicialmente o diagnóstico é clinico e epidemiológico, “Existem outras doenças que podem ter manifestações sintomáticas parecidas com o Ebola, como a malária, febre tifoide, cólera, leptospirose, meningite e outras febres hemorrágicas. A doença é confirmada quando é realizado um teste sorológico para a confirmação da presença do vírus no sangue do paciente”, explica o infectologista. Não existe um tratamento específico para o Ebola, “Não há uma cura e por enquanto não foi desenvolvida uma vacina para uso clínico. Quando diagnosticado com a doença, o paciente deve ser hidratado adequadamente com reposição de eletrólitos. Em pacientes com estado mais grave o suporte em uma unidade de terapia intensiva são as medidas mais importantes”, finaliza o infectologista do São Cristóvão. 6 48º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, no Rio de Janeiro em setembro, terá 170 palestrantes e mais de 80 empresas e instituições que apresentarão novidades Hoje já se fala na nova direção da medicina, traduzida pelos ‘4P’: preditiva, personalizada, preventiva e participativa, onde os exames moleculares têm papel central. O Congresso é a oportunidade de reverter o conceito de que tudo é resolvido pela automação laboratorial, muitas vezes usada para desvalorizar os serviços oferecidos pelos laboratórios”, diz o presidente do 48º Congresso, o médico patologista clínico Wilson Shcolnik, diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML. “A evolução do conhecimento científico e as contribuições da Medicina Laboratorial” é o tema principal do 48º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, que acontece de 9 a 12 de setembro, no Rio de Janeiro, no Centro de Convenções Sulamérica. A programação científica, de três dias, traz especialistas de renome do Brasil e de outros países. Haverá ainda, cursos pré-congresso e o exame para Título de Especialista, realizados no dia 8, véspera da abertura. Programação de qualidade O Congresso é a oportunidade de reverter o conceito de que tudo é resolvido pela automação laboratorial, muitas vezes usada para desvalorizar os serviços oferecidos pelos laboratórios”, diz o presidente do 48º Congresso, o médico patologista clínico Wilson Shcolnik, diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML. Ele destaca que a SBPC/ML, como sociedade médica e científica, tem a responsabilidade de mostrar as modificações que têm ocorrido no papel dos laboratórios clínicos e abrir espaço para que os profissionais que neles atuam participem desse novo cenário e se integrem às equipes de saúde. Para cumprir essa missão, a programação científica do 48º Congresso terá cerca de 100 atividades — conferências, mesas redondas, cursos, Encontros com Especialistas e workshops —, apresentadas por 170 palestrantes convidados do Brasil e de outros países. Mais de 80 empresas e instituições brasileiras e estrangeiras mostrarão novidades em equipamentos, produtos e serviços para laboratórios clínicos. Serão expostos mais de 370 trabalhos em pôster e, destes, 21, terão apresentação oral. Também haverá lançamento de livros e publicações. A Comissão Organizadora estima que o 48º Congresso da SBPC/ML receberá de 4.500 a 5 mil participantes ao longo dos quatro dias, entre congressistas, palestrantes, expositores, convidados e visitantes. Na tarde do último, acontecerá a tradicional festa de confraternização. Conheça alguns destaques do 48º Congresso da SBPC/ML Exposição Técnico-científica A Exposição Técnico-científica ocupará uma área maior que a do Congresso de 2010, também realizado no Rio de Janeiro, no mesmo Centro de Convenções. Devido à grande procura, desde o início do período de reserva de estandes, tornou-se necessário ampliar a disponibilidade de espaço para os expositores. Mais estandes significam mais novidades em equipamentos, produtos e serviços para os congressistas conhecerem. Quem deseja somente conhecer as novidades apresentadas nos estandes da Exposição Técnico-científica deve inscrever-se como “Visitante”. Existem as opções de ingresso por cada dia de visita à Exposição (R$ 60) ou um “pacote” para os quatro dias (R$ 200). Os ingressos estarão à venda na secretaria do 48º Congresso da SBPC/ML, no Centro de Convenções SulAmérica, a partir de 8 de setembro. A Exposição estará aberta nos dias 9, 10 e 11 de setembro, das 10h às 18h, e no dia 12, das 10h às 12h. Seção de resumos de temas livres A seção de resumos de temas livres estará em local privilegiado, próximo ao estande da SBPC/ML. Além da apresentação dos pôsteres em formato físico, será possível consultar os trabalhos também em versão eletrônica, em telas especialmente preparadas para essa finalidade. Essa disposição aumenta a visibilidade dos trabalhos porque permite que sejam consultados simultaneamente por diferentes congressistas. Também como fazemos habitualmente, um dia será reservado para as apresentações orais dos temas livres. Lançamento do livro “Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial: boas práticas em microbiologia clínica”. Será lançado no dia 10 de setembro, no stand da entidade, durante o 48º Congresso da SBPC/ML. “A microbiologia clínica é uma das grandes áreas do laboratório. As atividades relacionadas com vistas à elucidação diagnóstica podem ser caracterizadas como de alta complexidade e se constituem em um processo que desafia os profissionais”, diz o patologista clínico Nairo Sumita, diretor científico da SBPC/ML e um dos organizadores da publicação. O livro tem o apoio de BD, BioMérieux, Plastlabor, Probac e Roche. Os congressistas inscritos regularmente poderão retirar um exemplar gratuitamente. Depois, o arquivo completo do livro, em “pdf ”, estará disponível para download gratuito no site da SBPC/ ML (www.sbpc.org.br). 7 Cont. na pág. 8 Cont. da pág. 7 SBPC/ML Destaques do 48º Congresso da SBPC/ML Conferências magnas Em cada dia do 48º Congresso da SBPC/ML um convidado estrangeiro apresentará uma conferência magna, viabilizadas por Clínica Mayo, Radiometer e Roche. Conferência magna é um tipo de atividade realizada em horário exclusivo, sem outra simultânea, para que todos os participantes possam assistir. Os palestrantes são nomes de destaque os Estados Unidos e França. Haverá serviço de tradução simultânea para a plateia. No dia 9, a médica norte-americana Leslie Donato fala sobre “Novos biomarcadores para avaliação de risco cardiovascular”. Ela é codiretora do Laboratório de Medicina Cardiovascular e do Laboratório Clínico e Point of Care do Departamento de Medicina Laboratorial e Patologia da Clínica Mayo. PhD em bioquímica e em biologia molecular pela Universidade de Ithaca, em Nova York, completou sua formação em química clínica na Mayo, em 2012. No ano passado, foi nomeada “palestrante itinerante” da AACC para apresentar conferências em diversos eventos pelos Estados Unidos. Donato é autora de 14 publicações “peer review” (revisão por pares), três capítulos de livros e inúmeros trabalhos apresentados em congressos, nos quais obteve diversos prêmios. Festa de Confraternização A festa de confraternização do 48º Congresso da SBPC/ML será no dia 12 de setembro, a partir de 14h, no Clube Monte Líbano (Av. Borges de Medeiros, 701, bairro do Leblon), em frente à Lagoa Rodrigo de Freitas. Receberá o convite para a festa somente quem se inscreveu até 28 de julho pela Internet, no Congresso. A festa será animada pela banda “Soul de Quem Quiser”, que explora o repertório de ritmos como o soul e o rock desde os anos 70, 80 e 90 até os sucessos recentes do pop. Cada música ganha uma interpretação especial através das vozes marcantes e da força dos metais e da base. 8 Perfil Genético Medicina evolui O sequenciamento completo do genoma humano foi finalizado em 2001, e desde então, abriu muitas possibilidades de aplicações na medicina, desde o esclarecimento da etiologia de doenças complexas até o estabelecimento de caminhos terapêuticos mais efetivos, baseados no perfil genético pessoal que permite identificar quais os pacientes que se beneficiarão de determinada terapia (medicina personalizada). Para o laboratório estes avanços representam oportunidade ímpar de contribuição, já que é possível revelar informações que podem ser usadas para a prevenção de doenças, servir para interpretação da predisposição a várias doenças (preditiva) , mesmo em indivíduos ainda assintomáticos. Estas informações serão uteis e poderão influenciar estilos de vida. Tudo isto representa uma revolução no diagnóstico de doenças com componentes genéticos e permitirá a descoberta de novas mutações genéticas associadas a doenças Embora ainda existam desafios a serem superados, como custos, controle de qualidade, estabelecimento de protocolos, dilemas éticos e dificuldades de interpretação dos resultados, os avanços trazidos representam novos horizontes e esperanças para a medicina”. 9 o mercado atual USA DIAGNÓSTICA: QUIMIOLUMINESCÊNCIA PARA TODOS A USA Diagnóstica tem uma linha completa de kits com a metodologia Quimioluninescência (CLIA) e é a única empresa no mercado nacional com a exclusividade da marca MONOBIND. A quimioluminescência é uma metodologia de alta sensibilidade e especificidade. Ideal para rotinas de pequeno e médio porte, pois permite testes manuais, de curto tempo de incubação. Além dos kits, a USA Diagnóstica possui um equipamento específico para CLIA, com a marca Monobind, que além da excelente qualidade, possui baixo custo. 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Neste mesmo ano, quando o Ministro da Fazenda era Fernando Henrique Cardoso, os técnicos deste Ministério, aliados aos profissionais do Banco Central instituíram o Plano Real, com base na criação da URV de amplo sucesso, pois a inflação caiu a níveis muito baixos e o valor do dólar chegou a estar por alguns dias a R$ 0,85. É indispensável lembrar também que quando foram divulgadas as tabelas de procedimentos do Sistema Único de Saúde as conversões de URV para Real não foram as que eram sinalizadas pelos cálculos, e foram aplicados alguns cortes até hoje cobrados por diversos escritórios jurídicos, que representam os Prestadores de Serviços que, à época, se sentiram lesados. É importante também lembrar que, mesmo com estes cortes, o Setor Saúde viveu momentos bons, com pleno reinvestimento em equipamentos, pessoal, sistemas da qualidade. Enfim foi uma época florescente, de crescimento e realizações plenas. Somente não auferiram resultados aquelas entidades que, muito bem focadas e baseadas na inflação, auferiam todo o seu lucro através de aplicações financeiras (alguém lembra do “over night?”) e nunca da produção verdadeira. Ao início do segundo período FHC a inflação, apesar de índices muito baixos, começou a dar sinais de que voltaria e os valores determinados pelo Ministério da Saúde para os serviços prestados ao SUS começaram a ficar insuficientes. À esta mesma época, para resolver todos os problemas que se acumulavam na área da Saúde o Presidente nomeia o Sr. José Serra para Ministro da Saúde, tido como um grande administrador, que leva com ele uma equipe de assessores totalmente identificada com as doutrinas amplamente socializan- 10 IRINEU GRINBERG, Presidente da SBAC [email protected] tes . O que se viu então, desde aquela época é que os prestadores privados ficaram relegados ao limbo, às políticas públicas socializadas e aos poucos totalmente deterioradas. Desde então todas as entidades que congregam os profissionais de Saúde, Prestadores de Serviços freqüentam os corredores do Ministério, e não obtém sequer a compreensão de que os problemas são sérios, e muito menos alguma sombra de solução. Estas considerações servem muito bem para alertar a todos de que o problema não é recente, pelo contrário, perdura por vários anos e ante o desfile de promessas dos diversos candidatos aos múltiplos cargos que estarão disponíveis a partir de 01 de janeiro de 2015 não se avista absolutamente nada que possa significar um alívio na situação do Setor Saúde. Pelo contrário, o que existe de palpável são evasivas. O que está sendo realizado pelos atuais mandatários do poder não recomenda, de forma alguma continuidade, mas se formos olhar para todos os postulantes nada ainda é recomendável. Como solução, busquem, indaguem, interroguem os Candidatos, a todos os cargos. Não se pode entregar de mão beijada a única arma de que dispomos. O voto. 11 12 13 Diagnóstico Médico Esclarecimento “Segunda opinião” médica vira álibi para descarte de cirurgias Q uando se trata da segurança do paciente, é totalmente recomendável a busca de uma segunda opinião médica a respeito de como proceder em situações difíceis. Porém, alguns planos de saúde têm se aproveitado dessa condição e imposto a seus usuários a consulta com a chamada “segunda opinião”, a fim de evitar cirurgias e procedimentos mais complexos e caros no tratamento de doenças. Nesse processo, foi constatado que, em mais de 70% dos casos em que pacientes foram encaminhados para segundos médicos credenciados, ocorreu a decisão pelo descarte da cirurgia. “O paciente não é obrigado a passar por essa “segunda opinião” imposta pelo plano de saúde”, explica a advogada Joanna Porto, especialista em Direito do Consumidor na área da Saúde. “Os planos de saúde encaminham os pacientes para ela por motivos econômicofinanceiros.” Segundo o artigo 39 do Código de Ética Médico, é vedado ao profissional de saúde oporse à realização de junta médica ou segunda opinião, desde que solicitada pelo paciente ou por seu representante legal. Assim, seria de responsabilidade do usuário do plano de saúde decidir se deseja uma segunda opinião a respeito de sua moléstia - e não do convênio. Segundo Joanna Porto, o paciente pode ter quantas opiniões médicas quiser sobre sua doença, uma vez que o procedimento é importante no momento em que decisões à respeito do tratamento devem ser tomadas. O respeito à liberdade de escolha do paciente constituiria um dos fundamentos da ética médica. “A segunda opinião é um direito do paciente”, esclarece a especialista. “Ele se utiliza desse direito para tirar dúvidas ou ainda eliminar um desconforto que comprometa a relação médico-paciente. É uma alternativa natural que surge diante de situações difíceis ou complexas. Fora deste contexto, a iniciativa deve ser vista com ressalvas.” 14 Ministério desmente boatos sobre casos de Ebola no Brasil C om relação aos boatos que estão circulando nas redes sociais e por meio do aplicativo Whatsapp sobre Ebola, o Ministério da Saúde esclarece que não há caso suspeito ou confirmado da doença no Brasil. Vale ressaltar que o risco de transmissão para o país é considerado baixo. De acordo com os dados oficiais divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os países acometidos pelo surto do vírus Ebola são Guiné, Libéria e Serra Leoa, todos situados na África Ocidental. O Ministério da Saúde recebe, diariamente, informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a situação de circulação de vírus no mundo, inclusive o Ebola, além de quaisquer outras situações que possam se caracterizar como emergência de saúde pública. Como a doença é transmitida pelo contato direto com sangue, secreções, órgãos e outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, a transmissão para outros continentes é considerada como pouco provável. A OMS não recomenda quaisquer medidas que restrinjam o comércio ou o fluxo de pessoas com os países afetados. 15 o mercado atual Artigo Mercado brasileiro ganha nova marca de Seringas, Agulhas e Tubos à Vácuo A concorrência é sadia em qualquer segmento. Concorda? Ter opções para poder comparar melhor qualidade e preço é o que todo comprador deseja na hora de adquirir determinado produto. Foi com este pensamento que o empresário Daher Nassib Daher resolveu investir na criação da DHR – Produtos Médicos e Hospitalares. Uma marca que surge para oferecer uma opção a mais para farmácias, laboratórios, clínicas e hospitais do País. Dono de um laboratório em São José do Rio Preto, cidade conhecida por sua referência tecnológica na área médica, e que fica localizada no interior do Estado de São Paulo, sua visão empreendedora e arrojada há tempos lhe apontavam para esta lacuna no mercado nacional. “Eu sempre me via refém de determinadas marcas e, por não abrir mão da qualidade, acabava muitas vezes sucumbindo a preços nem sempre tão satisfatórios”, conta Daher. Ele se empenhou durante quatro anos na abertura da empresa. Passou com louvor pelo crivo de órgãos como Vigilância Sanitária, ANVISA, Receita Federal, entre outros, até que no início de 2013 a DHR punha a disposição dos clientes a opção que ele mesmo sentia falta na hora de adquirir seringas, agulhas e tubos para coleta de sangue à vácuo. “A aceitação foi ótima. No início percebemos certa resistência dos clientes em mudar da habitual marca para a nossa, com receio de perda de qualidade. Mas quem Dr. Daher aposta na qualidade e poder de negociação como diferenciais de sua marca experimentou nossos produtos aprovou, e agora é nosso cliente fiel”, relata o empresário. Hoje, pouco mais de um ano de seu lançamento no mercado, a DHR já abrange todo o território nacional e recebe um feedback positivo da maioria de seus clientes. “Foi uma iniciativa ousada, mas que deu certo. Nossos clientes confiam em nosso produto e os recomendam para outros clientes e isso é muito bom”, comemora. “Agora estamos empenhado em agregar novos distribuidores para nossa marca, para que assim possamos chegar ainda mais próximos do nosso público”, completa ele. Para mais informações sobre os produtos DHR entre em contato pelo telefone: (17) 3305-9581, e-mail: [email protected], ou pelo site: www.dhr. www.dhr.med.br med.br A Prescrição A prescrição de medicamentos pode ser entendida como uma instrução escrita sobre um determinado tratamento de saúde, que tem valor técnico e legal. É corresponsável pela prescrição de medicamentos o profissional que prescreve, aquele que dispensa e, se houver, aquele que administra o medicamento ao paciente. A origem do termo “prescrever” vem do latim praescribere, que significa “o que está escrito no alto, o que é posto à frente, o prioritário”. No Brasil, prescrever medicamentos só é permitido aos Médicos, Cirurgiões dentistas (somente para uso odontológico – Lei 5081/66), Médicos veterinários (somente para uso veterinário – Lei 5517/68), Enfermeiros (medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde - Lei 7498/86), Farmacêuticos a prescrição de Medicamentos fitoterápicos não tarjados (RDC 546/2011), Nutricionistas (somente fitoterápicos, isentos de prescrição médica e relacionados à prática do nutricionista - RE 402/2007 do Conselho Federal de Nutricionistas). A biomedicina publicou no D.O.U ato resolução nº. 241, de 29 de maio de 2014 regulamentando a atividade de prescrever única e exclusivamente para compra de insumos utilizados nos procedimentos da biomedicina estética. As substâncias necessárias aos procedimentos realizados por profissionais biomédicos, devidamente habilitados na área de biomedicina estética, deverão seguir estritamente as recomendações em conformidade com a sua especialidade e em obediência às normas estabelecidas pela sociedade científica. Existe uma grande procura dos profissionais biomédicos pela área 16 Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos Presidente do CRBM - 1ª Região Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP de estética e de outros profissionais devidamente habilitados para exercer esta atividade e teremos no nosso XIV Congresso Brasileiro de Biomedicina e II Congresso Internacional de Biomedicina, além de uma grade muito bem elaborada voltada para a patologia clínica, salas especificas da habilitação de estética, palestras consistentes e esclarecedoras para nossos profissionais e para os profissionais da saúde. Em tempo, uma grande demonstração da força do interior do Estado de São Paulo foi o Pré Congresso Brasileiro de Biomedicina que aconteceu dia 13 de agosto de 2014, na cidade de Araras, na Uniararas onde tivemos a presença de mais de 1.500 profissionais da saúde que prestigiaram nossa palestra de lançamento do congresso. A abertura da solenidade contou com a presença do Reitor da Fundação Herminio Ometto (FHO – Uniararas) Professor Dr. José Antonio Mendes, do biomédico Lobbe Neto e membros do CFBM e CRBMs. A palestra ficou por conta do Dr. Roberto Figueiredo (Dr. Bactéria). Saudações Biomédicas, 17 o mercado atual A O que é a PLOTCONSULT.COM? PLOTCONSULT.COM é um novo conceito de Software para os Laboratórios de Análises Clínicas na área de Controle de Qualidade para os exames feitos e liberados de forma quantitativa, num formato rápido, de fácil entendimento, com característica inovadora e por- tátil, uma vez que funciona em ambiente web, que busca dar um enfoque educativo para o assinante e tornar o Controle diário da Qualidade algo prazeroso de ser realizado, apesar de extremamente importante e sério. Como funciona a PLOTCONSULT.COM? Funciona através de assinatura que dá o direito ao Laboratório de Análises à acessar a FERRAMENTA que auxilia no cotidiano do Controle Interno da Qualidade dos Analitos dosados utilizando para isso regras estatísticas (matemáticas), gráficos, alertas, registros, críticas... Há necessidade de instalação da ferramenta em um computador? A ferramenta fica disponível online ao assinante. É acessada por login e senha de qualquer local e a qualquer momento, bastando apenas estar conectado a internet. O sistema funciona em todos os ambientes na internet? O sistema é compatível com os principais navegadores do mercado, como: Internet Explorer 6 ou superior, Mozilla Firefox 3.6 ou superior, Chrome 10.0, Opera, Safari. Em quais equipamentos funciona a ferramenta? Funciona em qualquer equipamento como SMARTPHONES, TABLETS, NETBOOKS, NOTEBOOKS e DESKTOPS, que tenham seus navegadores da internet atualizados e compatíveis. Como é feito o backup dos dados da empresa? O backup é feito diariamente dentro do próprio servidor dedicado, pela própria PLOTCONSULT.COM.usar a ferramenta na internet Como assinar a PlotCo Laboratório se beneficia ao assinar a PLOTCONSULT.COM? O uso da ferramenta faz com que os resultados liberados na rotina do Laboratório fiquem mais corretos, uma vez que serão avaliados tendências e desvios, erros sistemáticos e erros aleatórios, ainda na fase de Controle Interno da Qualidade dos Sistemas Analíticos. O assinante também terá direito a um Certificado de Participação, a cada período da assinatura, onde haverá um HISTÓRICO de quais regras de controle, disponíveis na ferramenta, ele utilizou em suas rotinas diárias de controle interno dos testes habilitados (Ex.: Glicose, Ureia, Creatinina...). O controle interno da qualidade não precisa custar caro ao Laboratório! ESQUEÇA MENSALIDADES! POR APENAS R$99,90 ANUAIS UTILIZE NOSSA SOLUÇÃO PARA ESSA QUESTÃO TÃO IMPORTANTE! Acesse www.plotconsult.com.br e assine. Paulo Antonio Ornellas Freitas Pesquisa Excesso de higiene pode debilitar sistema imunológico F alta de higiene contribui para o surgimento de algumas doenças, mas o excesso de limpeza também pode trazer algumas complicações. De acordo com uma pesquisa da School of Medicine da Universidade da Califórnia, em San Diego, a limpeza em excesso elimina uma bactéria chamada estafilococos, presente de forma natural na pele, que inibe a inflamação agressiva da pele após um ferimento. O infectologista Renato Grinbaum, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, conta que quando exageramos na higienização o corpo não tem tempo de criar anticorpos, já que o tempo de exposição à bactéria é pouco para que isso aconteça. “Há uma discussão que destaca o risco de se criar uma resistência as bactérias quando há uma baixa exposição do organismo”, conta o especialista. Outro estudo, também da universidade da Califórnia, analisou os hábitos de higiene pessoal de cerca de 140 mulheres e percebeu que o público feminino que abusou da limpeza desequilibrou a concentração de microrganismos na vagina, aumentando o risco de vaginose bacteriana, que provoca corrimento com odor desagradável. Segundo o especialista, quando a higiene é feita na medida certa, reduzimos a quantidade de bactérias sem eliminá-las totalmente. “Dessa forma, ficamos protegidos contra infecções e permitimos que o sistema de defesa reconheça apropriadamente as bactérias, ajudando no combate”, explica. Produtos químicos de limpeza como desinfetantes, são substâncias antibióticas, de baixa toxicidade, e que podem causar problemas nas peles e mucosas. Esses produtos só devem ser utilizados em situações específicas, como quando há compartilhamento de vasos sanitários e existe uma pessoa com doença transmissível por via fecal-oral, como Hepatite A ou uma diarreia aguda. Mas entre as principais áreas de limpeza, a higienização das mãos é a mais importante de todas, seguida pela higiene oral. “O álcool gel também ajuda na higienização das mãos, mas não substitui a água e o sabão quando existe sujidade evidente na pele. Ele é particularmente útil quando não temos pia próxima”, finaliza. 18 19 Artigo H Do colorímetro ao grafeno na análise laboratorial á um singular significado em trabalhar durante muitos anos numa mesma área de atuação profissional. Esta frase inicial se suporta em minha própria experiência profissional. Durante 45 anos tenho atuado nas diversas áreas das análises laboratoriais, especificamente em pesquisas de moléculas proteicas, notadamente em hemoglobinas humanas. Nos últimos três anos “abandonei” as hemoglobinas e mergulhei nas proteínas que atuam na sinalização e recepção de indutores das células tumorais. Nos 45 anos acima mencionados, tive à minha disposição muitos métodos considerados consagrados nas análises laboratoriais, com especiais referências para a colorimetria, cromatografias de várias “performances”, eletroforeses de vários suportes, analisadores e sequenciadores de aminoácidos, automações de diversas análises, quimioluminescência, eletroquimioluminescência, turbidimetria, nefelometria, radioimunensaio, vários tipos de técnicas imunológicas com destaques para imunofenotipagens, imunodifusão, ELISA e imunofluorescência, entre outros, além de química sêca, absorção atômica, citometria de fluxo e biologia molecular. Todos esses métodos, mesmo àqueles com baixas sensibilidade e reprodutibilidade, mas que ainda são usados, tem prestado serviços inestimáveis no suporte para diagnósticos médicos de inumeráveis tipos de patologias e doenças que afetam a saúde das pessoas. A evolução que assisti nos últimos 15 anos na área da informática e a sua inserção nos equipamentos de diagnósticos laboratoriais me assombraram, pois foram determinantes para o aprimoramento da qualidade técnica e para efetuar centenas de análises num curto período de tempo, fatos que possibilitaram um incrível aumento de exames laboratoriais e permitiram que milhares de pessoas possam ser analisadas num mesmo dia por um mesmo laboratório. Situação impensável nos anos 60, 70 e 80 do século passado. Quando imaginei que a área de laboratório já estava estabilizada na escolha de seus métodos de análises, surge o grafeno. O grafeno é uma das formas cristalizadas de carbono que, após reação química que envolve uma mistura viscosa de grafite, água e um determinado tipo de detergente, se dispõe espacialmente como se fosse um favo de mel, onde os pontos de intersecção de cada hexágono são átomos de carbonos. Quando essa mistura viscosa é despejada numa placa de aço apropriada para este fim, forma-se uma película muito fina como se fosse o celofane, composto por uma organizada rede de carbonos cristalizados. Essa descoberta foi feita em 1962 pelo químico alemão por Hanns-Peter Boehm, mas foi nos anos 80 do século passado que pesquisadores da Universidade de Manchester da Inglaterra descobriram as inumeráveis formas de suas aplicações, que vão desde a transmissão de energia, passando por diferentes usos em informática, smartphones, entre outros, até configurações em nanotubos de grafeno que podem ser usados em sofisticados equipamentos de diagnósticos por imagens. A disposição em milhares de estruturas hexagonais, com os átomos de carbono fazendo as seis junções dos milhares de hexágonos, confere ao grafeno a capacidade de ser um excelente condutor de eletricidade e de calor, muitas vezes superior à sílica. Nos espaços nanometricos desses hexágonos é possível acoplar anticorpos monoclonais para a realização de diagnósticos laboratoriais, introduzir substâncias fluorescentes capazes de reagirem com células previamente isoladas de tecidos tumorais e emitir calor suficiente para estabelecer quantas células tumorais existem num determinado tumor. Além disso será possível substituir os cansativos métodos eletroforéticos para separação de fragmentos de DNA de um gene por vez, para análises de dezenas a centenas de fragmentos de genes ao mesmo tempo, entre outras aplicações. Por outro lado, a construção de nanotubos nessas películas Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto,SP. de grafeno poderão permitir a quantificação rápida de produtos do sangue como a glicose, dos vários tipos de colesterol, das diversas proteínas plasmáticas, etc. As análises laboratoriais poderão ter seus custos diminuídos significativamente e os resultados terão uma nova forma de interpretação, substituindo a tradicional quantificação de g/dL , mg%, UI, etc., por concentrações em nanômetros. A introdução de diversas metodologias para o grafeno será gradual, mas é provável que nos próximos cinco anos seja realidade para todos os laboratório. Para conhecer melhor as aplicações do grafeno sugiro que se lê uma excelente matéria publicada no Jornal do Commercio, busque-a no Google digitando “grafeno em medicina/jornal do commercio” bem como uma extraordinária publicação futurista exposta na revista Scientific American (versão em inglês) de janeiro de 2010 com o título do artigo “The next 20 years of microchips “, páginas 68 a 73, cujo título está disponível no Google. No próximo mês apresentaremos o primeiro texto de uma série de três sobre a Linguagem das células do sangue. 20 Prateleiras da Prevenção Umidificador para quem sofre com o tempo seco Dias secos e pouca chuva, este é um cenário vivido atualmente e prejudicial à saúde, principalmente de crianças. Para melhorar a qualidade do ar em sua casa e garantir uma boa respiração, a Alergoshop, especializada em produtos hipoalergênicos, oferece o umidificador ultra-sônico ACCUA. Bi-volt e com capacidade para 3,5 litros de água, o umidificador é silencioso e com cabeçote rotativo, distribuindo névoa por todas as direções. Outros cuidados também devem ser tomados nessa época do ano. Segundo a enfermeira e sócia diretor da Alergoshop, Sarah Lazaretti, pessoas de todas as idades devem beber muita água, lavar nariz e olhos com soro fisiológico e evitar passeios e esportes ao ar livre. www.alergoshop.com.br Artigo O O crescente mercado das Análises Clínicas recente cenário da economia nacional e o aumento da expectativa de vida são fatores que contribuem para o crescimento do setor de diagnóstico. Com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro, o número de associados aos planos de saúde privados cresceu e as pessoas que antes tinham difícil acesso aos procedimentos e demora no atendimento no setor público, passaram a ter acesso facilitado a consultas e exames através do setor privado. Isso, aliado ao acelerado envelhecimento da população, que requer um atendimento especial e acompanhamento mais freqüente de exames, pressionam o setor de diagnóstico, requerendo investimentos contínuos em ferramentas de gestão, qualidade e inovação tecnológica. Toda essa transformação promove um crescimento que engloba não somente os laboratórios clínicos, mas também as indústrias produtoras de kits de diagnóstico in vitro. Impulsionados pela demanda do mercado e pela necessidade de melhoria no setor da saúde, essas empresas são forçadas a investir em tecnologia e pesquisa. Enquanto os laboratórios investem em automação para agregar rapidez, precisão e exatidão dos valores fornecidos pelos seus exames, associando com isso, confiabilidade nos seus resultados, as indústrias produtoras de kits de diagnóstico in vitro investem, sobretudo, em pesquisa para detecção de novas doenças, diagnóstico precoce e em kits e equipamentos que englobam novas tecnologias para atender cada vez mais o exigente e crescente mercado. Além desses investimentos, outras estratégias interferem e são fundamentais para esse crescimento, como: a modernização das ferramentas de gestão com a racionalização administrativa, as adequações para atender as exigências dos órgãos reguladores, a participações nos programas de proficiência e as certificações de qualidade, a inserção de novos testes e metodologias diferenciadas no mercado, a qualidade e agilidade na prestação dos serviços. Todas essas estratégias agregam confiança e qualidade a imagem das empresas e apontam para um crescimento do mercado de diagnóstico, que se torna cada dia mais competitivo e inovador. Pesquisa Avaliação da saúde e do SUS Datafolha mostra como a população paulista enxerga a oferta da assistência no Estado P ara a grande maioria dos paulistas, a Saúde brasileira e o Sistema Único de Saúde (SUS) não possuem uma avaliação positiva ou satisfatória. De acordo com entrevista inédita realizada pelo Instituto Datafolha, 63% de 812 entrevistados do interior e da capital do Estado atribuíram notas de zero a quatro à 4 à saúde como um todo. No que se refere ao SUS, essa percepção de insuficiência é feita por 51% dos que foram ouvidos. “Os números apenas confirmam a percepção dos médicos, dos profissionais da saúde e dos pacientes que todos os dias sofrem com as deficiências da oferta de serviços públicos no país. Fica evidente a fragilidade das políticas públicas para a área e os gargalos de gestão. Precisamos de tomada de decisões para evitar o desmonte do SUS e assegurar à população o atendimento que merece”, ressaltou Desiré Callegari, 1º secretário do CFM e representante de São Paulo na instituição. Metodologia - Os entrevistados fizeram avaliação da situação da saúde no Brasil e no SUS, usando uma escala de zero (péssimo) a 10 (excelente). Este foi apenas um dos tópicos abordados pelo levantamento, organizado em parceria pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Paulista de Medicina (APM). Nos questionários, também foram abordados outros aspectos importantes relacionados à prestação de serviços em saúde, como o acesso, a qualidade do atendimento, o tempo de espera e a avaliação de alguns programas específicos, como o de distribuição de medicamentos e a Estratégia Saúde da Família. Para obter uma fotografia fiel da percepção dos paulistas maiores de 16 anos, o Datafolha realizou uma pesquisa quantitativa, com abordagem em pontos de fluxo populacional. Foram ouvidas pessoas de todas as classes econômicas, sendo que a coleta ocorreu de 3 a 10 de junho, com abrangência do estado de São Paulo. A amostra é de 812 entrevistas foi dividida entre região metropolitana da Capital (47%) e municípios do interior (53%). A margem de erro é de 3 pontos, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Má avaliação - Se considerado que o atendimento em saúde deve ter sempre o melhor resultado, pois qualquer outra hipótese é um potencial risco ao bem estar e à vida dos pacientes, os números do Datafolha são ainda mais preocupantes: 93% dão notas de zero a um máximo de 7 à saúde. Essa avaliação se repete em 86% das entrevistas no caso do SUS. As notas 10 se restringem a 2% para a saúde e a 5% para o SUS. A maioria dos entrevistados também são críticos no que se refere à gestão do SUS. Em torno de 80%, o SUS não tem recursos para atender bem a todos. Também existe a percepção de que os consideram os recursos mal administrados e afirmam que o Sistema Único de Saúde não consegue atender a todos com qualidade e igualdade de condições. Também têm a percepção de que a rede pública não possui todos os medicamentos necessários e que não é possível obter todos os remédios. “O grau de insatisfação é emblemático. Ele aponta o desejo da população por mudanças profundas na condução dos rumos do país. Fala-se muito em crescimento econômico, mas não vemos esses avanços anunciados se traduzirem em melhoras efetivas na oferta de serviços, como saúde e educação. Essa pesquisa deve gerar a reflexão na sociedade sobre os rumos a tomar”, afirmou o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’Avila. Uso dos serviços - Outro ponto abordado pelo questionário aplicado pelo Datafolha junto à população de São Paulo, são os problemas relativos ao acesso e à utilização dos serviços oferecidos pelo SUS. Os entrevistados foram investigados de forma estimulada, indagando-os se buscaram acesso e se utilizaram nos últimos dois anos os seguintes serviços do SUS: consultas com médicos; internações hospitalares ; exames de laboratório (sangue, ultrassons, raios-X etc), atendimento de emergência em pronto socorro, cirurgias, procedimentos específicos (quimioterapia, radioterapia, hemodiálise etc), atendimento nos Postos de Saúde, remédios distribuídos gratuitamente pela rede pública e atendimento médico da rede pública, em casa. Dos entrevistados, 94% buscaram acesso a algum serviço do SUS nos últimos dois anos e 92% utilizaram algum serviço no mesmo espaço de tempo. Para todos os serviços, há uma parcela muito expressiva que avalia o acesso como difícil ou muito difícil. Somente três em cada 10 entrevistados consideram que foi fácil se submeter a cirurgias, o serviço que tem o acesso mais difícil. As avaliações de difícil e muito difícil somam 62% neste item, o que é gravíssimo, tendo em vista que um paciente necessitado de uma operação requer agilidade de resposta. Grau de dificuldade - Os índices de difícil e muito difícil também ficaram em patamares preocupantes nos demais pontos: atendimento médico da rede pública em casa (47%); consultas com médicos (54%); atendimento de emergência em pronto socorro (52%); procedimentos específicos (43%); internações hospitalares (50%); exames de laboratório (47%); atendimento nos postos de saúde (47%); e remédios distribuídos gratuitamente pela rede (38%). Nos resultados, chama a atenção o fato de cerca de 50% da população que buscou o serviço manifestar dificuldade para atendimentos nos postos de saúde, que deveriam ser justamente uma das principais portas de entrada do sistema. Também merecem destaque negativo o índice de 50% que consideraram difícil conseguir uma internação e o fato de que cerca de 4 entre 10 paulistas têm dificuldade de obter remédio, quando doentes. Outro ponto preocupante apontado pela pesquisa encomendada pelo CFM e pela APM diz respeito à espera para marcação de consulta, exame etc. Só dois entre cada 10 entrevistados conseguiram acesso em até um mês e 50% encararam espera de um a seis meses. O mais grave é que 3 em cada 10 aguardam há mais de 6 meses, sendo que metade deles relata ter ficado mais de um ano em filas. Entre os que não utilizaram o SUS (8% do total), a percepção é principalmente de atendimento demorado no SUS, em contraposição com um atendimento mais ágil no plano de saúde. Com relação à qualidade, os entrevistados que utilizaram o SUS (89%) avaliaram a qualidade dos serviços. As avaliações insuficientes (de 0 a 7) ficaram em torno de 70%. 21 Victor H. Arndt Júnior Diretor Administrativo da Quibasa/ Bioclin e USA Diagnóstica Artigo Escolha seu congresso nos EUA para 2015 J á estão programadas as datas para três importantes eventos sobre Laboratórios Clínicos nos EUA para o ano de 2015. De 29/03 a 01/04 acontece em Orlando o KnowledgeLab da CLMA (Clinical Laboratory Management Association). É um congresso dedicado aos profissionais de administração do laboratório e por isso recebe também muitos expositores da área de informática laboratorial, além de oferecer palestras e cursos nesta área. O site da instituição organizadora, para mais informações, é o www.clma.org. De 05 a 08/05 acontece em Pittsburgh o Pathology Informatics Summit. Organizado pela API (Association for Pathology Informatics) e pela Universidade de Pittsburgh o evento tem uma tradição de 40 anos na oferta de educação em informática em patologia. As três trilhas no evento de 2014 foram o Gerenciamento da Informação Clínica, Suporte a Sistemas e Conectividade, e Patologia Digital. As trilhas para 2015 ainda não foram definidas. Todas as palestras de 2014 estão no site www.pathologyinformatics. com. De 26 a 30/07 acontece em Atlanta o maior evento mundial em Análises Clínicas, o tradicional congresso da AACC (American Association for Clinical Chemistry). Em 2014 foram 20.000 visitantes e 700 expositores. Cobrindo todo o espectro de disciplinas e interesses dos laboratórios clínicos, tem aumentado a participação de empresas de software na exposição, reflexo do uso mais intenso da TI nos hospitais, Pedro Silvano Gunther [email protected] laboratórios e consultórios médicos e da necessidade de integração dos sistemas. Parodiando o lema do evento da AACC (Activate the Future), todos precisamos “ativar” o nosso futuro. o mercado atual Controle interno da Qualidade O s ensaios laboratoriais têm como propósito avaliar as condições fisiopatológicas, auxiliar em diagnósticos e monitorações terapêuticas de pacientes. O controle de qualidade interno de um laboratório é uma ferramenta básica para que esses ensaios apresentem os mais confiáveis resultados possíveis. O controle de qualidade interno permite a monitoração e minimização de erros causados por variabilidades biológicas, variabilidades pré-analíticas de coleta, transportes e até mesmo interferentes por substâncias como drogas e componentes metabólicos. O controle de qualidade é de extrema importância ao uso diário de um laboratório, estes controles existem com concentrações diferenciadas, para que sejam monitorados tanto amostras dentro dos limites de normalidade assim como os valores adversos certificando que o equipamento a ser utilizado está em condições adequadas para o trabalho nessas diversas situações. As concentrações dos analítos a serem verificados no controle de qualidade, podem variar de acordo com a faixa de trabalho, é de extrema importância que os laboratórios utilizem diariamente ao menos dois níveis de controles extremos, para atender as necessidades de desempenho, monitoração das faixas possíveis e validação dos mesmos, por esse motivo alguns ensaios requerem uma quantidade maior de concentrações por conta de reprodutibilidades ou por grandes amplitudes do in- Boas Práticas e Portifólio para uso tervalo de medição. Estas são algumas das recomendações que fazem parte das Boas Praticas de Laboratórios Clínicos (BPLC). Para selecionar o controle de qualidade mais apropriado para cada ensaio, devemos fazer um planejamento de controle interno baseado no desempenho/qualidade do processo, com definições de quais regras de westgard devemos utilizar. O uso de dois níveis de controles em paralelos ajuda a identificar o tipo de erro presente e pode alertar antecipadamente o laboratório de um possível problema em sua rotina. A utilização de dois níveis de controles são os suficientes para monitorar o desempenho do sistema analítico, nas linhas de produtos da Biotécnica. A Biotécnica oferece em seu portfólio, produtos para controle de qualidade com níveis e metodologias adequadas para todos os ensaios analíticos, tais como: Controle de Qualidade em Bioquímica: - QUANTINORM (BT 13.003.00 ) na apresentação de 1x5 mL Para valores próximos a normalidade das concentrações. - QUANTIALT (BT 13.004.00 ) na apresentação de 1x5 mL, Para valores elevados, próximos às concentrações patológicas. - Controle Urinário ( BT 13.005.00 ), na apresentação de 1x5 mL. Controle de qualidade em Turbidimetria: - Controle Multipâmetro Médio (BT 21.003.00) na apresentação de 1x1 mL , para provas de Proteínas Específicas. - Controle Reumático Nível 1 e 2 (BT 21.007.00/ BT 21.008.00 ) na apresentações de 1x1 mL, para analítos da linha Reumática Turbidimétrica. Controle de qualidade em Coagulação: - Plasma Controle de Coagulação ( BT 36.003.00 ), com dois níveis , nas apresentações de 1x1 mL. Além de controles específicos inclusos nos kits: Controle de CMKB, Controle de Lactato, Controle de Microalbuminúria, Controle de Proteína Urinária, Controle de PCR Ultra e Controle de HbA1c. Maurício Braga www.biotecnica.ind.br [email protected] +55 (35) 3214-4646 Avanço Estudo revela que HIV pode ajudar a prevenir esclerose múltipla C ientistas anunciaram nesta segunda-feira (4) que possuem evidências estatísticas para apoiar uma nova teoria de que a infecção pelo vírus da Aids pode reduzir o risco de esclerose múltipla (EM). Eles descobriram que soropositivos ingleses são estatisticamente menos propensos a desenvolver a EM do que a população em geral. Se trabalhos posteriores confirmarem este vínculo, este poderá ser um grande avanço no combate à esclerose múltipla, escreveram os cientistas no periódico “Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry”. A EM é uma doença degenerativa que afeta o cérebro e o sistema nervoso central, no qual o próprio sistema imunológico começa a atacar o revestimento gorduroso isolante em volta das fibras nervosas. Os sintomas variam de torpor e formigamento a fadiga muscular e espasmos, câimbras, náusea, depressão e perda de memória. Em 2011, médicos reportaram o caso de um homem australiano de 26 anos, diagnosticado com EM alguns meses depois de ter a infecção por HIV confirmada. Os sintomas da esclerose desapareceram completamente depois que o paciente começou a tomar medicamentos anti-HIV e manteve a medicação durante os 12 anos seguintes em que sua saúde foi monitorada. Esta pesquisa se seguiu a um estudo dinamarquês, que tentou verificar se medicamentos anti-retrovirais podem tratar ou retardar o avanço da EM, mas o tamanho da amostra era pequeno demais para se chegar a uma conclusão sólida. 22 No estudo mais recente, uma equipe australiana chefiada por Julian Gold, professor do Hospital Príncipe de Gales, em Sydney, analisou um banco de dados britânico, descrevendo detalhes do tratamento hospitalar na Inglaterra entre 1999 e 2011. Durante esse período, mais de 21 mil pessoas que foram tratadas no hospital tinham HIV. Elas foram comparadas com um grupo de cerca de 5,3 milhões de pessoas que não tinham HIV e foram tratadas de problemas menos graves e ferimentos. No grupo dos soropositivos, apenas sete pessoas desenvolveram EM nos anos seguintes, muito menos que os 18 esperados, o que representou uma redução de risco de quase dois terços. Os autores admitiram a fragilidade de seu estudo, uma vez que eles não tinham ideia, por exemplo, se os pacientes com HIV tomaram medicação anti-retroviral para suprimir o vírus. Eles especulam que a EM pode ter se abrandado porque o sistema imunológico é recolocado no controle, embora novos trabalhos sejam necessários para demonstrar se o benefício inesperado se deve ao vírus ou a medicação usada para combatê-lo. 23 Estudo T Novo exame avalia a fertilidade masculina AS é um novo exame voltado aos homens. A sigla vem da tradução livre de SAT (Sperm Aneuploidy Test). O teste de aneuploidias no sêmen pode ser fundamental para o diagnóstico e esclarecimento da causa da infertilidade dos casais, analisando se há anomalias cromossômicas no esperma. A novidade foi apresentada pela médica Dolores J. Lamb, professora do departamento de urologia e diretora do laboratório masculino de pesquisas e ensaios de reprodução do Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, durante o último congresso da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE) em Munique, Alemanha, realizado entre os dias 29 de junho e 2 de julho. “Essa novidade é importante por que fatores masculinos são responsáveis por até 50% dos casais infértis que necessitam das tecnologias de reprodução assistida avançada (FIV). Pesquisas sobre a fertilidade do homem tem sofrido avanços incríveis. Já se foi o tempo em que se achava que a responsável pela infertilidade era só a mulher”, afirma o ginecologista Arnaldo Cambiaghi, especialista em reprodução humana e diretor do IPGO. As anomalias genéticas, incluindo espermatozoides com aneuploidia (aneuploide é a célula que teve o seu material genético alterado, sendo portadora de um número cromossômico diferente do normal da espécie; pode ter uma diminuição ou aumento do número de pares de cromossomos, porém não de todos) , bem como aberrações estruturais, estão entre as principais causas de infertilidade. O TAS é um teste de diagnóstico para o estudo da infer- tilidade masculina, indicado para casais submetidos a tratamentos de reprodução assistida. Avalia a presença de anormalidades cromossômicas no esperma e determina o risco de transmissão dessas aos futuros filhos. Analisa os cromossomos cujas anomalias podem levar a abortos ou nascimentos com doenças cromossômicas (cromossomos 13, 18, 21, X e Y). O teste estuda a etiologia genética da infertilidade masculina e permite analisar a presença de um número anormal de cromossomos (aneuploidias e diploidias) nos espermatozoides. Em casais com fator masculino grave, há um maior risco de transmissão de anomalias cromossômicas espermáticas a sua descendência. Os cromossomos 13, 18, 21, X, e Y, comumente envolvidos em abortos espontâneos e descendentes afetados com anormalidades cromossômicas, são analisados por hibridação fluorescente in situ (FISH - Fluorescent In Situ Hybridization). Recomenda-se o teste TAS nos seguintes casos: Casais com abortos repetidos sem etiologia identificada; Casais com vários tratamentos de reprodução assistida sem a gravidez (Repetidas falhas de implantação); Infertilidade inexplicada; FSH (hormônio folículo-estimulante) elevado; Homens com padrão normal de cromossomos, mas que geram embriões cromossomicamente anormais; Oligoasthenoteratozoospermia e teratozoospermia grave. Quanto menor a concentração espermática maior a incidência de anomalias cromossômicas espermáticas; Gestação anterior com anomalia cromossômica. O IPGO já disponibiliza esse teste. 24 Litíase Índice de cálculo renal entre mulheres As condições que causam cálculos urinários estão entre os distúrbios urológicos mais dolorosos e prevalentes. Mais de um milhão de casos de pedras nos rins são diagnosticados a cada ano. A incidência de urolitíase, ou cálculos renais, é de cerca de 12% aos 70 anos para os homens e para as mulheres de 5-6% nos Estados Unidos. Além disso, a diferença entre os sexos pode estar diminuindo à medida que mais mulheres estão sendo diagnosticadas e tratadas de pedras nos rins. A razão para a mudança é a dieta inadequada, com mais casos de diabetes, obesidade e síndrome metabólica em mulheres. Em mulheres obesas a incidência de cálculos é igual a dos homens. A presença de litíase nessas mulheres também pode prever doenças cardíacas para os próximos anos. Quanto aos cálculos em mulheres, há alguma controvérsia na literatura, mas o que se observa é o aumento realmente importante na mulher que engorda. Quando a mulher se torna obesa o risco de desenvolver litíase é igual ou superior a do homem. Para Dr. Cesar Camara, formado em medicina pela USP com especialização em Cirurgia Geral e Urologia pela mesma instituição e um dos primeiros urologistas contratados do Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP), “mulheres com litíase podem ter risco aumentado de doenças cardíacas. E isso ocorre de forma relevante e demonstrada em alguns estudos americanos.” O risco é aumentado apenas na mulher, ele não ocorre em homens e, além disso, não é necessário sequer sabermos se a mulher é diabética ou hipertensa, o fato de possuir cálculos renais a coloca em uma situação de risco 18% - 22% maior especialmente se for jovem (menos de 49 anos) Nos EUA a incidência de litíase é de 11% para homens e 7% para mulheres. Se juntarmos homens e mulheres a incidência até a década de 80 era de 4%, atualmente é de 9%, ou seja, vem aumentando. As mulheres com obesidade podem ser acometidas em até 13%, incidência superior a dos homens. 25 o mercado atual Neuromodulação Sistema VSG da Greiner Bio-One é mais rápido e seguro A Velocidade de Sedimentação Globular (VSG) é um dos testes laboratoriais mais freqüentemente prescritos. Pode ser usado como uma prova inespecífica para as reações inflamatórias, acompanhamento do seu desenvolvimento, bem como para monitorar o tratamento. A Greiner Bio-One produz e comercializa, desde 1996, o Sistema VSG (manual e automatizado) que, seguindo as recomendações do International Council for Standardization in Haematology (ICSH), adota como referência o Método de Westergren, disponibilizando tubos para coleta de sangue a vácuo contendo o aditivo Citrato de Sódio 3,2%, na proporção de 1 parte de solução de citrato para 4 partes de sangue (4NC). Também conhecida como reação de Biernacki devido ao seu inventor Edmund Biernacki, a VSG é a taxa a qual os glóbulos vermelhos do sangue precipitam em um período de uma hora. O sangue anticoagulado é colocado em um tubo na posição vertical e a taxa de precipitação dos glóbulos vermelhos é medida em mm/h (realizada através do método de Westergren). Qualquer inflamação presente irá aumentar a VSG, mas como este é um teste de triagem, não pode ser utilizado para diagnosticar uma doença específica. Exemplos do aumento da velocidade de sedimentação são artrite reumatóide, doenças da tiróide, tuberculose e gravidez. Níveis inferiores aos normais podem ocorrer, por exemplo, em anemia falciforme, insuficiência cardíaca congestiva ou baixa quantidade de proteína plasmática devido a doença hepática ou renal. A VSG é orientada pelo equilíbrio entre os fatores pró-sedimentação, principalmente de fibrinogênio, e fatores resistentes a sedimentação tal como, a carga negativa dos eritrócitos. Se um processo inflamatório está presente, a proporção elevada de fibrinogênio no sangue faz com que os glóbulos vermelhos se unam uns aos outros. Esses aglomerados precipitam mais rapidamente. Os primeiros tubos para VSG produzidos pela Grei- Dr. Beny Schmidt explica, passo a passo, técnica revolucionária J ner Bio-One eram de vidro. Em 2010, a empresa lançou os tubos de plástico (polipropileno) inquebráveis, sendo a única do mundo a disponibilizar mais esta facilidade para o mercado. Além de serem mais seguros, os tubos possuem uma vida útil de doze meses. As principais vantagens do Sistema VSG da Greiner Bio-One são: - Análise em sistema automatizado (fechado) e manual - Coleta realizada em tubo plástico inquebrável com marca de preenchimento que indica o nível correto da amostra - Resultados em 30 e 60 minutos Identificação de amostras com código de barras, eliminando erros - Controle de qualidade de dois níveis validado - Volume de amostra coletada é reduzido (1,5 ou 2,0 ml). A Greiner Bio-One também oferece uma gama de analisadores automatizados, para avaliações rápidas e confiáveis. unto com a equipe da Unifesp, o dr. Beny Schmidt é um dos responsáveis pela técnica revolucionária de neuromodulação, que aumenta a esperança de recuperação de paraplégicos e tetraplégicos. A técnica consiste no implante, por videolaparoscopia, de eletrodos neuroestimuladores nos nervos ciático, femoral e pudendo (nervos sacrais) e promete aumentar a esperança dos pacientes e alcançar resultados inéditos no País. Schmidt explica, passo a passo, como funciona todo o processo da neuromodulação. “O primeiro passo é ter absoluta certeza de que o candidato está apto a passar pela técnica. Para isso, ele precisa passar por três exames, um neurológico completo, um com o cirurgião habilitado para fazer o procedimento e um neuromuscular. A partir do resultado destes três exames nossa equipe precisa estar totalmente convencida de que o candidato está apto não só para realizar a neuromodulação como para ter sucesso com a técnica”, explica o médico. A segunda etapa consiste na preparação para a neuromodulação, com o fortalecimento muscular por meio da fisioterapia motora e da hidrocinesioterapia. “Esta fase é fundamental para que, cerca de três ou quatro semanas após a colocação e a fixação dos eletrodos nos nervos (por meio do processo de fibrose), o paciente já possa começar a movimentar os membros”, afirma Schmidt. www.gbo.com Saúde A Dermatites de contato dermatite de contato – a popular alergia de pele – é um problema de saúde que tem se tornado cada vez mais comuns entre crianças. “É um problema que demora para aparecer, pois se desenvolve após anos de contato com determinada substância – que passa a irritar a pele. Atualmente, as crianças têm sido expostas muito cedo a esses alérgenos, desenvolvendo essa alergia cada vez mais cedo”, explica Annia Cordeiro Lourenço, dermatologista e diretora da Clínica da Pele Annia Lourenço. Entre os vilões, estão as bijuterias e também produtos industrializados, como perfumes, maquiagens, lenços umedecidos e tintas. “O contato constante com as substâncias presentes nesses itens leva ao aparecimento da dermatite”, alerta. Como o problema aparece após o longo tempo de contato com as substâncias, é comum que a alergia apareça na vida adulta. Além dos metais presentes nas bijuterias, conservantes e corantes de cosméticos, couro e borracha são algumas causas recorrentes de dermatites. Os sintomas recorrentes da dermatite de contato são coceira, vermelhidão e inchaço. Dependendo do caso, até mesmo áreas que não estão em contato direto com a substância podem apresentar esses sinais. “Outro sintoma muito importante é a descamação da pele que pode acontecer em áreas mais sensíveis, como a pálpebra, por exemplo.” Para detectar a causa da alergia, é realizado o teste de contato. Vários marcadores são colocados em contato com a pele do paciente e permanecem por 48 ho- ras. Depois disso, são removidos e o local não deve ser molhado por outras 48 horas. Após esse período, são analisados os sinais na pele para chegar ao resultado. “Assim, o paciente sabe qual é substância causadora da alergia. O tratamento consiste em afastar a causa permanentemente”, ressalta a especialista. (www.annia.com.br | www.facebook.com/dermatologiacuritiba) A hidrocinesioterapia volta a exercer papel fundamental na etapa pós-implante, já que os exercícios em ambiente sem gravidade fazem com que a expectativa do paciente em voltar a andar se torne ainda mais real. A partir daí, começam a surgir efetivamente os avanços em diversos aspectos do cotidiano do paciente, que trazem um incremento incrível na sua qualidade de vida. “Sim, temos a expectativa de que todos eles voltem a andar e, mais do que isso, estejam de volta ao mercado de trabalho, o que é um marco na independência pós neuromodulação. Mas, antes disso, eles apresentam melhorias em uma série de detalhes do seu dia a dia. E cada uma dessas mudanças é uma vitória”, diz o especialista. Schmidt cita como exemplo o controle da função urinária e da incontinência de fezes, que provoca uma melhora drástica na qualidade de vida dos pacientes. 26 27 Alerta Portadores de Pré-diabetes podem desconhecer esta condição Mudanças no estilo de vida podem mitigar o desenvolvimento para o Diabetes E specialistas alertam para o Pré-diabetes, que se trata de uma condição de risco para o desenvolvimento do Diabetes Mellitus Tipo 2, mais frequente em adultos. O Pré-diabetes não apresenta sintomas e o indivíduo pode fazer parte de um grupo de risco sem saber. “O diagnostico é feito através do exame de glicemia de jejum, do teste oral de tolerância à glicose (também conhecido como curva glicêmica) ou da hemoglobina glicada. O teste oral de tolerância à glicose é a medida feita dos níveis glicêmicos duas horas após a ingestão de uma solução contendo glicose. Já a hemoglobina glicada avalia os níveis médios de glicemia dos últimos dois a três meses”, explica a Dra. Regina Célia S. Moisés, membro da atual diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia –Regional São Paulo (SBEM-SP). Os valores para diagnóstico de Pré-diabetes são: glicemia de jejum entre 100 a 125 mg/dl; glicemia na segunda hora do teste oral de tolerância à glicose entre 140 a 199 mg/dl ou hemoglobina glicada entre 5,7 a 6,4%. Segundo a especialista, estudos mostram que os pacientes com Pré-diabetes diminuem o risco de desenvolvimento para o Diabetes por meio de mudanças no estilo de vida, como a perda de peso e a prática de exercícios físicos regularmente. “Alguns medicamentos também podem ser úteis, mas seus benefícios não são maiores que a mudança no estilo de vida”, alerta a Dra. Regina. Segundo estimativa da Federação Internacional de Diabetes (IDF) na população de 20 a 79 anos de idade 6,1% apresentam tolerância à glicose diminuída (glicemia na segunda hora do teste oral de tolerância a glicose entre 140 a 199 mg/dl). Nem todas as pessoas com Pré-diabetes desenvolvem o Diabetes. Entretanto, a maioria desconhece este risco aumentado para a evolução da doença. Osasco/SP Instituto do Câncer inaugura sua primeira ‘filial’ O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, abriu as portas em 11 de agosto, de sua primeira “filial”, localizada na cidade de Osasco. Ao todo, cerca de 4 mil pacientes da região da Rota dos Bandeirantes serão beneficiados. O investimento do governo do Estado para obras e compra de equipamentos foi de R$ 12,9 milhões. A regulação das vagas continua sendo realizada na capital paulista, ou seja, a nova unidade vai passar a atender os pacientes com câncer que morem na região e sejam encaminhados pela rede. “A unidade do Instituto do Câncer em Osasco representa um grande avanço na saúde dos nossos pacientes oncológicos, que evitarão o deslocamento até São Paulo e tam- bém receberão um atendimento humanizado e de qualidade”, avalia o diretor geral do Icesp, Paulo Hoff. “O Icesp Osasco é um exemplo de atendimento de alta complexidade absolutamente regionalizado, próximo de onde as pessoas residem, que o governo vem trabalhando para implantar em todo o Estado de São Paulo”, afirmaDavid Uip, secretário de Estado da Saúde de São Paulo. O Icesp Osasco fica na rua Benedito Américo de Oliveira, 122 – Vila Yara Exames Cientistas investigam doença desconhecida em índios do Pará Índios da etnia assurini, no Pará, estão sendo tratados por médicos de Belém enquanto cientistas tentam descobrir qual o agente patológico que os infectou Índios assurini de uma aldeia do Pará apresen- entes apresentaram infecção do trato respiratório, friados) e caxumba, ainda está sendo investigada. Dos três óbitos, dois ocorreram no Hospital Retaram sintomas de uma doença ainda não identifi- tosse, dificuldade para respirar, além de febre. cada, o que tem preocupado autoridades de saúde. Os primeiros resultados dos exames, feitos pelo gional de Tucuruí, na quinta-feira (20) e na sextaNos últimos dias, três crianças morreram e Laboratório Central do Estado e o Instituto Evandro feira (22). A terceira morreu, quando era transfericinco tiveram que ser internadas. O Ministério da Chagas, descartaram infecções por H1N1, metapneu- da para Belém, no sábado (23). As três estavam internadas desde o dia 11, mesSaúde continua apurando as causas dos óbitos e o movirus e vírus sincicial respiratório (causadores de número de infectados. bronquiolites) e coqueluche. A hipótese de elas terem mo dia em que técnicos da Secretaria Especial da Segundo a Secretaria estadual de Saúde, os do- contraído doenças conhecidas, como rinovírus (res- Saúde Indígena (Sesai) foram enviados de Brasília para ajudar as equipes locais e investigar as causas do mal-estar entre os índios. A equipe da Sesai continua na aldeia, apoiando as ações de assistência à comunidade. Das cinco crianças internadas duas foram liberadas para voltar à Aldeia Trocará, na cidade de Tucuruí, no sudeste do Pará. Segundo a assessoria do hospital, elas apresentaram melhora no quadro clínico, mas não permaneceram na Unidade de Diagnóstico de Meningite, por falta de leito. As demais continuam sob cuidados médicos no Hospital Universitário Barros Barreto, vinculado à Universidade Federal do Pará, à espera do resultado dos exames. 28 29 Artigo O A Saúde nas urnas fechamento da emergência da Santa Casa de São Paulo, por 28 horas, em meados de julho, foi sintomático e ajuda a escancarar uma triste realidade nacional: hospitais que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS) não conseguem sobreviver apenas dos recursos que atualmente dispõem. Brasil afora, Santas Casas atravessam uma crise financeira irreversível, sobrevivendo da ajuda de governos municipais e estaduais, e da sociedade por meio de doações. Em muitos municípios, a Saúde já chega a representar mais de 30% do orçamento local, enquanto o governo federal lava as mãos e repassa montantes cada vez menores de dinheiro, ano a ano. Esquivou-se ainda de regulamentar, para ele próprio, a Emenda Constitucional 29, que determinava que aos menos 10% de seu orçamento fosse para a Saúde. Segundo a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil, 83% das Santas Casas encontram-se em dificuldades financeiras. Fazendo um panorama rápido, além de São Paulo, que está agora passando por auditoria, a Santa Casa de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, anunciou restrição de atendimento a pacientes cirúrgicos em 14 de agosto. O motivo: falta de verbas. A Santa Casa de Cruzeiro, no interior de São Palestra P Paulo, está sob intervenção. A Santa Casa da Bahia negociava ampliação de repasses no início de agosto com o Ministério da Saúde, sob o risco de reduzir drasticamente seu atendimento. Em Belo Horizonte, a tragédia foi anunciada no último mês: “ela vai ser fechada”, disse o provedor. Em Manaus, no Amazonas, apenas o prédio da Santa Casa perdura, porque o serviço fechou há dez anos. No Rio de Janeiro, após idas e vindas, atualmente a Santa Casa atende apenas com hora marcada e não realiza mais cirurgias. O grande causador desses problemas – não o único – tem sido a tabela SUS, defasada há anos, e que cobre, em geral, apenas 60% dos custos dos hospitais que atendem ao sistema público. E embora o Ministério da Saúde afirme que está abandonando a tabela SUS gradativamente, não deixa claro que política de incentivos é esta, que deve substituir a tabela e que tem proporcionado aumentos de repasses a 768 hospitais. Ainda restam 2.100 padecendo com os valores antigos. Não basta aumentar os recursos. É preciso qualificá-los e vinculá-los a desempenho, deixando claro que existe uma política de remuneração justa e igualitária, levando em conta as especificidades da rede. Qualquer coisa diferente disso Yussif Ali Mere Jr Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão vira clientelismo. Neste momento eleitoral que vivemos no Estado e no País, é fundamental debruçarmos nosso olhar para estas questões. Saúde de qualidade, ao lado da educação, é crucial para o desenvolvimento sustentável e digno de uma sociedade. Por isso, nesta edição do Jornal do SINDHOSP, unimos esforços e elaboramos, em conjunto com a Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP), entrevistas com os candidatos a governador. As perguntas privilegiam nosso setor e buscam traçar um perfil do que cada um pensa a respeito da Saúde. Recomendamos uma leitura atenta. E consciência nas urnas! CRF-SP reúne profissionais para discutir soluções para Cadeia Fria alestra aconteceu na última quinta-feira (7) e foi ministrado pela farmacêutica e gerente do Valida Laboratório de Ensaios Térmicos, do grupo Polar Liana Montemor, farmacêutica e gerente do Valida Laboratório de Ensaios Térmicos, empresa do Grupo Polar, líder no mercado na fabricação de elementos refrigerantes, foi responsável por ministrar palestra sobre “Qualificação de embalagens térmicas” em evento realizado no Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) na última quinta-feira (7). A palestra reuniu profissionais de órgãos reguladores, hospitais, distribuidoras, operadores logísticos e indústria farmacêutica para discutir a importância da qualificação térmica das embalagens e os impactos que um perfil errado pode trazer para a operação de transportes de medicamentos, bem como novos conceitos atrelados ao gerenciamento da temperatura ideal, tendência deste mercado até então focado apenas em cadeia fria. Além de apresentar as novidades e tendências da cadeia de frio e detalhes de das regulamentações atuais sobre o tema. “Diante dos entraves logísticos enfrentados no país, os desafios das empresas para respeitar os cuidados exigidos 30 pelo mercado são enormes. Um procedimento inadequado implica em risco para a saúde do consumidor final e prejuízo para indústria”, explica Liana. De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo e pesquisas do IMS Health, o Brasil é o sexto maior mercado farmacêutico do mundo registrando um faturamento de R$ 57 bilhões em 2013. E a previsão do setor sobre a movimentação das vendas globais para 2016 é de US$ 900 bi, sendo que 21%, ou US$ 189 bi, referem-se aos medicamentos biológicos. 31 Novidade A OKI lança impressora específica para a área médica OKI, uma das principais empresas de soluções de impressão do mundo, acaba de anunciar o lançamento da impressora C911 MDI, específica para a área médica. O modelo oferece economia e qualidade para as mais variadas necessidades de impressão do ambiente médico-hospitalar. O equipamento se conecta diretamente aos conversores de imagem DICOM e aos sistemas tradicionais HIS (Sistema de Informações Hospitalares), RIS (Sistema de Informações de Radiologia) e PACS (Sistema de Comunicações de Arquivo de imagens), o que torna o gerenciamento dos recursos de impressão muito mais eficiente. A mudança da impressão tradicional, em filme, para o papel reduz consideravelmente o custo de impressão e elimina o uso de químicos e reveladores fotográficos, diminuindo o impacto ambiental. Além disso, a tecnologia da OKI permite a impressão em cores em uma única passagem de papel, evitando atolamento e possibilitando o uso de mídias de alta gramatura. A impressora ainda tem prático manuseio, com fácil acesso frontal aos consumíveis. Outro destaque da C911 MDI é a tecnologia HD Color, que oferece maior nitidez e qualidade na impressão, atendendo às necessidades das complexas demandas em diagnósticos por imagens. A C911 MDI é indicada para a impressão de diversos exames no formato até A3+, como ressonância magnética, tomografia computadorizada, raio-X e reconstruções. Alerta Saúde bucal ruim é porta aberta para o vírus do HPV V Estudo americano demonstrou que 7% da população entre 14 e 69 anos estão infectados com o vírus. Entenda um pouco da doença e saiba como preveni-la ocê sabia que uma má saúde bucal ou com alguma doença na boca são mais propensas a contraírem infecções orais pelo virús do papiloma humano (HPV)? Um estudo americano, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, em Houston, apontou que 7% da população entre 14 e 69 anos estão infectados com o HPV. Os que possuíam doença periodontal ou problemas relacionados com os dentes tiveram 51% e prevalência em 28%, respectivamente. O vírus é conhecido por causar verrugas genitais e câncer cervical em mulheres, além de provocar infecções que colonizam a parte de trás da boca (garganta), incluindo a base da língua e amígdalas. O estudo americano apontou ainda que a prevalência do vírus tem aumentado significativamente nas últimas três décadas e que mais homens têm infecção oral por HPV do que 32 as mulheres. Segundo cirurgião-dentista Pedro Augusto Benatti, especialista em periodontia e ortodontia pela Universidade de São Paulo (USP), existem mais de 40 subtipos de HPV que podem infectar a área genital e a garganta. “O subtipo mais frequente de HPV tonsilar (da garganta) é detectado HPV-16, de alto risco para câncer da orofaringe. Cerca de 2/3 dos cânceres de orofaringe têm DNA do HPV em si. No entanto, a infecção ocorre em cerca de 1% de homens e mulheres”, explica. O vírus é adquirido, principalmente, por contato sexual. O risco de infecção aumenta com os comportamentos e com o número cada vez maior de parceiros ao longo da vida. “Com 20 ou mais parceiros sexuais ao longo da vida, a prevalência da infecção oral por HPV atinge 20%. Fumantes também estão em risco maior que os não-fumantes”, explica o especialista. Não há sintomas específicos da infecção. Muita gente não percebe que estão infectadas e podem transmitir o vírus para um parceiro (a). Alguns sinais podem apontar que há algo errado: problemas na deglutição, tosse com sangue, nódulo no pescoço ou no rosto, rouquidão. “Mas vale lembrar que são sintomas já tardios da doença. O melhor é sempre apostar na prevenção. O cirurgião-dentista está preparado para detectar qualquer anormalidade na boca. Por isso, visite o profissional a cada seis meses. Também use preservativos nas suas relações, inclusive no sexo oral. Essa é uma importante arma contra a doença”, finaliza Pedro Benatti. 33 o mercado atual Equipamento X Automóvel S abe o que um equipamento para diagnóstico tem a ver com um automóvel? No que se refere a conceito de compra, tudo! Mas, o que tenho visto no mercado é, estranhamente, diferente disso. Um equipamento automático tem custo relevante. Um alto investimento em um bem durável. Quando vamos comprar um carro, uma das 5 principais características que decidem esta compra é, sem dúvida, o custo de manutenção! Quanto custa uma revisão dos 10; 20 ou 30 mil quilômetros? Não é mesmo? Percebo este fato passar meio que despercebido aos donos de laboratórios que depois ficam se lamentando com os custos de itens até mesmo básicos, como os de consumo. Falta esta atenção na hora da compra, muitas vezes. Se os compradores levarem este conceito à frente – de comprar equipamentos como se fossem carros – “infernizariam” a vida dos vendedores com muito mais perguntas como: Além do material de consumo, quanto custam peças de maior índice Artigo O de desgaste? Uma revisão preventiva – tão fundamental – será trimestral, semestral ou anual? A que preço? O importador sempre supriu as demandas de peças de reposição, ou houve casos de espera com equipamentos parados? Os equipamentos – assim como os carros – não são mais feitos para durarem uma vida. É verdade. Mas, nós também não queremos mais isto! Queremos que toda tecnologia atual esteja embarcada na máquina. Isto sim! Os equipamentos – assim como os carros – irão, em algum momento, apresentar defeitos, quebras. Queremos apenas que sejamos atendidos rapidamente e que haja peças necessárias em estoque no País! Um carro parado alguns dias por falta delas vai deixá-lo muito aborrecido. Um equipamento no seu laboratório, nesta condição, é muito pior! Não é mesmo? Os equipamentos – assim como os carros – precisam apresentar um bom valor de revenda. Afinal são bens duráveis. Você pode no futuro, precisar comprar outro modelo. Mais rápido. Maior. Vai querer utilizar o seu usado na troca. Assim como nos automóveis. Pratique esta correlação em sua próxima compra. Seu risco de arrependimento futuro cairá drasticamente! No que se refere a conceito de compra Tudo a ver! O papel do farmacêutico na sociedade farmacêutico é um profissional que faz parte do dia a dia de uma comunidade. Com exercício fundamental para a manutenção da saúde dos cidadãos, ele atende desde simples demandas como aplicação de injeção até auxílio na escolha do medicamento mais apropriado. Ser farmacêutico, portanto, é parte integrante e indissociável de quem ele é. Infelizmente, algumas lutas cabem aos profissionais que atuam no setor e aos donos de estabelecimentos. A substituição tributária foi uma forma que o Estado de São Paulo encontrou para aumentar a arrecadação às custas dos contribuintes. Ela impacta negativamente em toda a indústria farmacêutica, ao aumentar custos, reduzir benefícios, diminuir a competitividade, além do principal, ferir o pequeno empresário e onerar o consumidor final, foco do nosso trabalho diário. Outro entrave que dificulta o acesso dos medicamentos é a carga tributária que corresponde a um terço do preço dos remédios no Brasil. Parte disso se deve ao alto ICMS cobrado por Estados, como o de São Paulo. É possível, sim, diminuir significativamente esse tipo de imposto e favorecer o desenvolvimento do setor farmacêutico e a competitividade entre as empresas e a geração de mais empregos. Para os proprietários de farmácia, a Lei 13.021, sancionada recentemente pela presidente Dilma Rousseff, é clara: as farmácias são unidades de prestação de serviço à saúde e têm grande importância no controle epidemiológico de uma determinada região demográfica. Portanto, devido a essa importância social, é imprescindível que empreendedores do setor farmacêutico tenham acesso a linhas de crédito especial, sobretudo nas regiões mais afastadas dos grandes centros, contribuindo para um melhor atendimento assistência e farmacêutico em todo o Estado de São Paulo. Além disso, há bandeiras que todos que atuam na área devem levantar como desoneração tributária de produtos farmacêuticos para a redução do preço dos remédios e ampliação da oferta de remédios gratuitos nos programas de assistência e farmácias populares de São Paulo. A saúde é um dos bens mais preciosos do ser humano e Marquinho Pagliuco a população têm consciência, tanto que 52% do eleitorado de 2014 acreditam que a saúde é o tema mais importante entre as políticas públicas de responsabilidade do governo federal, segundo dados da Data Folha. E um dos primeiros lugares onde ela começa é na farmácia. O farmacêutico, além de atender a demanda de receitas, indica as opções de determinados remédios de acordo com a prescrição do médico, que cabem no bolso do consumidor, tira dúvidas quanto a possíveis efeitos colaterais e indica necessidade de retorno ao consultório. Os donos dos estabelecimentos, por sua vez, são responsáveis pela administração da empresa e pelo zelo e bem estar dos funcionários, além de se integrarem aos demais para uma luta que garanta direitos integrais não só às pessoas que trabalham em seu comércio, mas também na garantia de distribuir serviços que contribuem para a manutenção da saúde da população e também com foco na prevenção de doenças. *Marquinho Pagliuco é farmacêutico e proprietário de três drogarias no interior paulista Tratamento Preventivo O Hemocentro do Distrito Federal é referência no tratamento da Hemofilia Hemocentro do Distrito Federal é o primeiro do Brasil a ultrapassar a meta nacional de uso de doses de fator de coagulação que é de 3,0 Unidades Internacionais per capita (UI), para integridade articular, conforme recomendação do Ministério da Saúde. Atualmente o Ambulatório Multiprofissional utiliza 7,22 UI per capita, alcançando o nível de países europeus como Alemanha e França. A Federação Brasileira de Hemofilia (FBH) esclarece que tratamento preventivo é fundamental para vida plena das pessoas com hemofilia. Com apenas dois anos, o Hemocentro já realizou cerca de 3,5 mil consultas e atende 359 pacientes cadastrados, sendo que 80% dos pacientes que fazem profilaxia recebem entrega domiciliar do fator para tratamento, este modelo é inédito no Brasil. A obtenção dos resultados positivos é efeito da excelente gestão pública da médica Beatriz Mac Dowell Soares, que chefia 34 profissionais comprometidos com a saúde integral dos pacientes, composta por hematologistas, enfermeiros, ortopedista, fisioterapeutas, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogo, assistente social, entre outros. Para a FBH, a Fundação Hemocentro de Brasília é um modelo ideal de referência no tratamento da hemofilia no País e no mundo, já que proporciona tratamentos a níveis internacionais, o que possibilita ao paciente com hemofilia condições de exercer qualquer função na sociedade, desde frequência diária em escolas e universidades, trabalho, prática de esportes, e o melhor de tudo, uma vida sem sequelas e dores. Precisamos que os outros CTHs do País sigam este modelo para que realmente o tratamento disponível no MS chegue a todas as pessoas com coagulopatias. A profilaxia, tratamento preventivo, é uma conquista da FBH junto aos órgãos públicos como Ministério da Saúde, Ministério Público Federal e Tribunal de Contas da União, Senado e Comissão de Direitos Humanos que reconheceram e comprovaram que a profilaxia traz benefícios tanto para paciente e familiares como para os cofres públicos. “O tratamento preventivo impede as sequelas que tornam as pessoas com hemofilia incapacitadas de exercer simples tarefas diárias e profissionais e permite que estas pessoas possam exercer sua cidadania com independência, autonomia e assim tenham uma vida plena e contribuam na construção deste nosso País.”, explica a presidente da FBH, Tania Pietrobelli. A hemofilia é um transtorno genético que altera a produção de um dos 13 fatores responsáveis pela 34 coagulação do sangue. A aplicação preventiva destes fatores não produzidos pelo organismo (profilaxia) previne hemorragias e possibilita que a pessoa com hemofilia tenha uma vida normal, podendo praticar esportes, trabalhar em qualquer área e contribuir para o desenvolvimento do país de forma produtiva. 35 Doe Sangue e Salve muitas Vidas Estoques de sangue caem 50% em Ribeirão Preto, e Banco de Sangue necessita de doações A s doações no Banco de Sangue Ribeirão Preto tiveram uma queda de 50% neste mês, e a equação de doação e demanda começa a preocupar os captadores. A apreensão tem razão de ser. O Banco de Sangue de Ribeirão Preto é responsável por atender ao menos 13 hospitais e clínicas da cidade e região, além de realizar 1,1 mil transfusões de sangue por mês. Municípios vizinhos já começaram a se mobilizar, e toda ajuda, de grupos ou individuais e de qualquer tipagem sanguínea, é bem-vinda. A prefeitura de Cajuru disponibilizou dois ônibus neste final de semana, dias 16 e 17, para levar doadores ao Banco de Sangue. No local, eles serão recebidos pelos captadores e agraciados com um café da manhã. Tudo para colaborar na conscientização sobre a importância de ter como hábito a doação de sangue. Segundo a médica Maria Isabel Ayrosa Madeira, do Banco de Sangue, vencer o medo e o preconceito é o melhor caminho para que se consiga equilibrar os estoques. “As pessoas têm receio, mas aos poucos vamos desmistificando o assunto e ganhando novos adeptos à doação”, afirma. O sangue doado é reposto em até 24 horas pelo próprio organismo. Para quem colabora só há benefícios. “O bem ao próximo é tanto que com apenas uma doação é possível ajudar ao menos 3 vidas, por meio de seus derivados, como hemácias, plasma, plaquetas e/ou criopreciptado”, afirma. A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que se cada pessoa saudável doasse pelo menos uma vez ao ano, não faltariam bolsas de sangue nos hospitais. O ideal, ainda de acordo com a entidade, é que entre 3% e 5% da população seja doadora. No Brasil, porém, apenas 1,9% das pessoas doam com regularidade. Os interessados em doar não precisam agendar horário, basta comparecer à unidade que fica atrás do Hospital São Lucas, na rua Quintino Bocaiúva, 895, no bairro Vila Seixas. O horário de atendimento é das 7h às 18h, todos os dias, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Mais informações pelo telefone (16) 36101515. Veja como é fácil doar Os interessados precisam pesar mais de 50 quilos e estar em boas condições de saúde. Não é necessário fazer jejum, mas é preciso esperar 3 horas após o almoço ou a ingestão de alimentos gordurosos. No local, basta apresentar um documento oficial com foto e ter entre 16 e 69 anos (menores de idade precisam de autorização e estar acompanhados por um responsável). Tipo raro da doença Idosos com Leucemia Mieloide Aguda ganham melhor qualidade de vida O Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), desde 2012, vem utilizando drogas modernas para combater a Leucemia Mieloide Aguda (LMA) em pacientes idosos. Os resultados têm sido satisfatórios, pois os pacientes estão reagindo bem ao uso desses medicamentos, como a azacitidina, garantindo a eles uma melhor qualidade de vida e sobrevida. “O regime do tratamento para a Leucemia Aguda é agressivo, por isso a preocupação dos especialistas em desenvolver uma combinação de quimioterápicos mais eficazes e que proporcionem menos efeitos colaterais aos pacientes, em especial os idosos”, explica o chefe do Departamento de Hematologia e Hemoterapia do IBCC, Roberto Luiz da Silva. O estudo para o uso do medicamento foi desenvolvido por diversas entidades internacionais, entre elas, a American Cancer Society (ACS), Department of Stem Cell Transplantation and Cell Therapy e Division of Hematology/Oncology. Todas localizadas nos Estados Unidos. No IBCC, 12 pacientes com faixa etária acima de 60 anos fazem uso do medicamento, por um período acima da expectativa, e estão reagindo bem à azacitidina. “A literatura médica nos mostra que a droga tem gerado 50% de resultados positivos, o que é muito válido, porque no passado um paciente nessa situação não teria chances de sobreviver”, afirma Silva. Outros tratamentos O IBCC é autorizado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde, a realizar diversos transplantes de medula óssea dos tipos alogênico (a medula é doada por uma pessoa compatível, na maioria das vezes por um irmão; pode ter origem de um doador aparentado – proveniente da família – ou não aparentado – proveniente do banco de medula óssea) e autólogo (a medula é colhida do próprio paciente, congelada e depois reinfundida em outro momento). Dentre os tipos de transplantes alogênicos, existe um que é frequentemente utilizado no tratamento de idosos: o não-mieloablativo. Por se tratar de um transplante alogênico, a fonte das células-tronco é de um doador compatível. Neste transplante, diferentemente do convencional, é utilizado uma menor quantidade de Quimioterapia. “É infundido maior número de células do doador e menor quantidade de Quimioterapia. Com isso, o tratamento se torna menos agressivo e ideal para maiores de 60 anos”, explica o médico. No IBCC, dos oito transplantes realizados no setor por mês, 2% são em idosos utilizando esse tipo de transplante e, normalmente, os pacientes reagem bem ao tratamento. 36 37 Congresso Mudança no tratamento de hipertensão para idosos torna metas mais tolerantes D e 13 a 16 de agosto, aconteceu o principal evento voltado à hipertensão no País. A cidade de Salvador (BA) recebeu o XXII Congresso Brasileiro de Hipertensão e o XX Congresso da Sociedade Interamericana de Hipertensão (ISH) reunindo os mais renomados especialistas do mundo para discussão sobre a doença. Durante o evento, os principais especialistas mundiais em hipertensão discutiram as mudanças na diretriz americana principalmente, e as diferenças com as diretrizes anteriores, e como e se elas podem ser aplicadas à realidade da população hipertensa no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, houve importantes alterações no que diz respeito as metas e tratamento da doença, como uma maior tolerância nos níveis de controle da pressão para idosos e idosos diabéticos. “A diretriz mostrou um posicionamento mais conservador com os hipertensos, onde cada caso é avaliado individualmente e a meta aceitável é um nível de pressão abaixo de 140/90 mmHg ou “, explica Dra. Frida Plavnik, diretora científica da SBH. Segundo ela, está é mudança importante que precisa ser amplamente discutida, já que atualmente cerca de 50% dos idosos no Brasil são hipertensos. Além disso, o limite para inicio do tratamento farmacológico foi reavaliado. Nas edições anteriores qualquer indivíduo com pressão arterial acima de 140/90 mmHg deveria iniciar um tratamento medicamentoso, com a nova diretriz o limite para pessoas acima de 60 anos subiu para 150/90 mmHg. Esse posicionamento deve-se a constatações de que para essa faixa etária começar a tratar a pressão alta em um nível mais baixo não traz benefício adicional, além de o paciente poder sofrer com perda de qualidade de vida, e maior número de efeitos colaterais. “As novas recomendações são muito relevantes para a comunidade científica que lida diretamente com a hipertensão e como as mudanças são significativas haverá uma ampla discussão com membros das comissões internacionais, para que se chegue a um consenso para uniformizar esse cenário”, aponto Dr. Roberto Franco, presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão. www.gbo.com 38 39 SETEMBRO XIX Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia - Data: 4 a 6 Local: Transamérica Expo Center | SP Inf: (11) 3884.7100 48º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial - Data: 9 a 12 Local: Centro de Convenções SulAmérica | Rio de janeiro/ RJ Inform: (21) 3077.1400 ou 0800 023 1575 e-mail: [email protected] www.cbpcml.org.br OUTUBRO XXXVI Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia; XIII Congresso Bras. de Endoscopia Respiratória - SBPT 2014 Data: 7 a 11 Local: Centro de Eventos Serra Park - Três Pinheiros | Gramado/RS Informações: tel. (54) 3286.8800 | Fax: (54) 3286.8869 da Sociedade Paulista de Parasitologia, promovido pela Sociedade Paulista de Parasitologia. Esta edição, que tem parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), abordará o tema “Mudanças Climáticas: novos desafios à Parasitologia”. Além das atividades científicas, o Congresso também está promovendo um concurso fotográfico com o tema “Mudanças Climáticas e Parasitologia”. O prazo para envio das fotos para concorrer ao prêmio termina no dia 1º de novembro. Mais informações em www.cspp2014ufscar.com.br XXIII Congresso Brasileiro de Citopatologia Data: 13 a 15 - Local: Rio de Janeiro/RJ Informações: tel./fax: (21) 2255.7502 e-mail: [email protected] NOVEMBRO HEMO 2014 - De 06 a 09 de novembro. Local- Florianópolis/SC Organização-Associação Brasileira de Hematologia,Hemoterapia e Terapia Celular. Informações:www.abhh.org.br 31º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia (CBEM) De 5 a 9 de setembro - Expo Unimed - Curitiba/PR Informações: tel. (41) 3317.3000 | Fax: (41) 3317.3030 [email protected] www.ccmeventos.com.br/ XIV Congresso Brasileiro de Biomedicina e II Congresso Internacional de Biomedicina De 18 a 21 de novembro 2014 - Araras-SP Local: Centro Universitário Hermínio Ometto de Araras-UNIARARAS Tema: Biomédico e Inovações Tecnológicas www.crbm1.gov.br - [email protected] Informações: 16- 3347-5558 XIV Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica Data: 27 a 30 de novembro Inscrições: Acesse http://www.sobope2014.com.br/ Local: RIOCENTRO - Av. Salvador Allende, 6555 Barra da Tijuca -RJ Congresso de Parasitologia da UFSCar Objetivo: discutir os principais aspectos relacionados às doenças parasitárias sob a ótica da saúde pública. Público:profissionais, alunos de graduação, de pós–graduação e pesquisadores de diferentes áreas, Local: em São Carlos, de 14 a 16 de novembro. Evento: VII Congresso www.abbm.org.br [email protected] Encontro Nacional de Biomedicina A contece o 17º Encontro Nacional de Biomedicina do Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu, que se realizará nos dias 23, 24 e 25 de Outubro de 2014, na UNESP e no Colégio La Salle. “O Encontro Nacional de Biomedicina é um congresso realizado anualmente por alunos e professores do Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu e esse ano terá sua 17ª edição. O ENBM tornou-se um tradicional evento científico que recebeu, em sua última edição, mais de 600 congressistas vindos de todo o Brasil. Seu objetivo maior é a apresentação de inovações em pesquisa e nas diferentes áreas de atuação do Biomédico e outros profissionais da saúde, além de ser uma relevante oportunidade para troca de experiências e conhecimentos entre graduandos, alunos de pós-graduação, profissionais e docentes. XXVIII Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear Data: 26 a 28 de setembro de 2014 Local: Centro de Convenções Rebouças (CCR) – São Paulo (SP) Organização: Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) Site oficial: www.sbmn.org.br/congresso/ Facebook: SBMNuclear Curso de Extensão de Bioética no Fim da Vida Carga horária: 45 horas Público-alvo: profissionais que têm formação em cuidados paliativos ou medicina paliativa; aqueles que trabalham em unidades de cuidados paliativos e também para quem pesquisa ou ensina em áreas direta ou indiretamente relacionadas ao “fim da vida” Datas: 26 e 27 de setembro, 24 e 25 de outubro e 28 e 29 de novembro. Dia(s) da semana: sexta-feira, tarde e noite; sábado, manhã e tarde Horário: 14h-18h I 19-22h - 08-12h I 13-17h Professor coordenador: Dr. Ciro Augusto Floriani (mini currículo abaixo) Investimento: R$2200,00, em até 4 parcelas. Local das aulas: Centro Universitário São Camilo, campus Pompeia, São Paulo/SP (Rua Raul Pompeia, 144) Inscrições e informações: com Regina Ramos, secretaria do Instituto Paliar: (11) 5051-0555 ou [email protected]. Site: www.paliar.com.br Informações: (14) 3880-0857 [email protected] www.enbm.com.br 40 41 Artigo N Por Cadri Massuda* Nascer tem hora certa, não hora marcada osso país está passando por uma epidemia que tem levado a saúde brasileira para uma situação preocupante. Trata-se do número excessivo de cesáreas que estão sendo realizadas sem necessidade específica, provocando malefícios para mães, crianças e sistema de saúde de um modo geral. A Organização Mundial da Saúde preconiza que do total de partos realizados num país, apenas de 5 a 15% sejam cesáreas. No Brasil, entre o público formado por mulheres com 2º grau ou superior, atendidas em hospitais privados por meio de plano de saúde, esse tipo de parto chega a 90% do número total. Já entre as mulheres com menor escolaridade e atendidas pelo serviço público, as cesáreas giram em torno de 30%. Nos países mais desenvolvidos como Estados Unidos, por exemplo, a taxa de partos visa cesárea também não ultrapassa os 30%, analisando o público total de mulheres gestantes. Trabalhos científicos provam que os riscos tanto para a mãe quanto para a criança são cinco vezes maior em cesáreas se comparados ao parto natural. Além disso, crianças prematuras – que representam cerca de 10% dos casos de cesárea –, por não terem os órgãos adequadamente formados, principalmente no que diz respeito a parte pulmonar, podem apresentar insuficiência respiratória, comprometimento cerebral, gastrointestinal e cardíaco, assim como hipotermia e hipoglicemia. Para as mães, os riscos incluem complicações inerentes ao procedimento cirúrgico da cesárea, como sangramentos, infecções, placenta descolada e ruptura uterina em futuras gestações. Além disso, quando falamos em casos de nascimentos prematuros, existem também as questões emocionais como a separação da mãe e do filho enquanto este permanece na UTI, o atraso do aleitamento e depressão. O mais alarmante é que grande parte destas cesáreas são as chamadas eletivas, onde os pais, em muitos casos, preferem agendar o procedimento cirúrgico para a data que melhor se adeque a sua necessidade, chegando a casos extremos de escolher em função do signo e numerologia do bebê. Os malefícios deste quadro em nosso país estão atingindo a todos, pois a taxa em UTI neonatal deveria girar em torno de 6% e hoje, em alguns casos, estamos em 15%. Ou seja, este aumento de bebês em UTIs neonatais tem como consequência falta de UTIs para crianças com problemas graves de nascimento. Há necessidade urgente da sociedade médica, secretarias municipais e estaduais e o Ministério da Saúde se unirem junto aos pagadores de serviço em uma campanha para mudar este perfil que já virou uma epidemia brasileira nas classes com maior poder aquisitivo. Não se encontra tal índice em outros países. E diferente do que muitos defendem, não há relação entre número de cesáreas e qualidade dos atendimentos, pelo contrário, é mais comum cesáreas com pré-natais mal feitos, mal conduzidos e que visam diferentes interesses. * Cadri Massuda é presidente da Abramge PR/SC – Associação Brasileira de Medicina de Grupo Regional Paraná e Santa Catarina. Ribeirão Preto/SP Câncer de próstata foi tema de encontro entre especialistas Os médicos se reuniram para discutir novas terapias e diagnóstico da doença, que é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens N o último 26 de agosto, especialistas se reuniram para discutir novas formas de tratamento do câncer de próstata. Entre os tópicos do encontro, foram abordados os novos paradigmas no tratamento da doença, como o tratamento medicamentoso anterior à indicação de quimioterapia. Uma nova opção disponível no Brasil tem evitado ou postergado o tratamento mais agressivo, além de retardar a progressão da doença. O câncer de próstata é o segundo mais prevalente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Em valores absolutos, este é o sexto tipo mais comum no mundo, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento[1]. Os sintomas do câncer de próstata, na maioria das vezes, não são sentidos nos estágios iniciais da doença, sendo o tumor frequentemente detectado apenas por meio de exames. A recomendação é que todo o homem a partir dos 55 anos deve realizar o toque retal e dosagem sanguínea do PSA (antígeno prostático específico), o cuidado deve ser ainda maior para aqueles com histórico familiar de câncer de próstata e de mama, independentemente de sintomas. Uma vez confirmado o diagnóstico, o tumor deverá ser estagiado. Isto significa que novos E X P E D I E N T E 42 exames deverão ser solicitados para constatar se o tumor está somente na próstata ou se já invadiu órgãos adjacentes, como bexiga, vesículas seminais e reto. Tratamento Quando o tumor atinge um estágio mais avançado, o controle do nível de testosterona, que alimenta o tumor, é feito cirurgicamente ou com medicamentos hormonais. Infelizmente, as terapias hormonais deixam de funcionar à medida que o paciente vai se tornando resistente. Até cerca de 3 anos, quando isso acontecia, o paciente era submetido aos tratamentos quimioterápicos convencionais, e caso progredisse com esse tratamento, não lhe restavam opções terapêuticas eficazes. Esse cenário mudou em 2012, com a chegada de novas terapias, como o acetato de abiraterona (um inibidor de biossíntese androgênica). Além de menos agressivo e mais cômodo (por ser comprimido), o tratamento aumentou a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. O medicamento também teve, no final de 2012, sua aprovação expandida pelo FDA, para o tratamento pré-quimioterapia. 43 44