Edição nº 71

Transcrição

Edição nº 71
Ano XII - nº 71 | julho/agosto| 2010
Como está a saúde
do funcionário do BB
Número de pessoas com excesso de peso
cresce e extrapola os índices do País
página 6
Vice-presidente do BB
fala sobre a CASSI
Visitadores do RJ levam
solidariedade a internados
Conheça o exemplo do
Conselho de Usuários do RS
página 10
página 12
página 14
Fechamento Autorizado. Pode ser aberto pela ECT.
Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil
Editorial
O que queremos?
A capacidade de ajudar ao próximo engrandece e dignifica o trabalho dos chamados visitadores do Rio de
Janeiro. Para quem adoece, a terapia do carinho é tão
importante quanto a aplicação de saberes médicos. A
reportagem da página 12 relata como a solidariedade
dessas pessoas ajuda associados da CASSI que estão internados.
Também fazemos aqui o devido reconhecimento à
atuação do Conselho de Usuários do Rio Grande do
Sul. O trabalho coletivo desses associados tem se tornado extensão dos serviços realizados na Unidade CASSI naquele Estado. Com apoio e participação, buscam, de forma coordenada com a Caixa de Assistência, encontrar
alternativas para o credenciamento de profissionais em diversas cidades do
interior do Estado, como se vê na matéria da página 14.
A inspiração que move esses associados é uma continuação da vontade que
uniu os fundadores da CASSI. Não há exagero nessa comparação, afinal,
trabalhar por uma comunidade é sempre digno de reverência, seja qual for
a magnitude das realizações. Esses exemplos nos lembram de que somos
mais que um plano de saúde; somos antes de tudo uma coletividade unida
por uma finalidade mútua.
Como nos identificamos por um objetivo comum, devemos entender as dificuldades que nos afligem de maneira criteriosa. Muito se questiona sobre os
valores pagos aos prestadores de serviços. Primeiro, é preciso destacar que
a CASSI é uma das autogestões que melhor remunera hospitais, laboratórios, médicos etc. Com um detalhe que para nós é ponto de honra: pagamos
rigorosamente em dia.
É fato que poderíamos remunerar ainda melhor nossa rede credenciada,
caso tivéssemos receitas maiores. Mas teríamos, hoje, que alterar o custeio
do plano, buscando contribuição adicional dos interessados. E nossa pretensão não é essa. Queremos criar alternativas de custeio que não impactem
muito o bolso dos associados nem tampouco nos façam vez por outra recorrer ao copatrocinador.
Já temos, junto com o BB, participação rentável na “Orizon”, empresa que
conecta em todo o País mais de 80 operadoras de saúde a 90 mil prestadores de serviços, atendendo 14 milhões de beneficiários.
Queremos participar da nova parceria entre BB e “Odontoprev”, como, aliás, sinaliza o vice-presidente do BB, Robson Rocha, em sua entrevista na página 10.
Pretendemos ainda discutir a possibilidade de adquirir participações societárias, se possível em conjunto com a Previ, em empreendimentos hospitalares
bem conduzidos. Estaremos, assim, conciliando a expectativa de nosso fundo de pensão de realizar investimentos que garantam nossas aposentadorias
e pensões com a necessidade da CASSI de obter novas fontes estáveis de
receitas para fazer frente a custos cada vez maiores com serviços de saúde.
Boa leitura,
Hayton Jurema da Rocha
Presidente
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Expediente
Conselho Deliberativo
Roosevelt Rui dos Santos (Presidente)
Fernanda Duclos Carísio (Vice-presidente)
Amauri Sebastião Niehues (Titular)
Ana Lúcia Landin (Titular)
Loreni Senger Correa (Titular)
Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular)
Renato Donatello Ribeiro (Titular)
Sergio Iunes Brito (Titular)
Carlos Célio Andrade Santos (Suplente)
Claudio Alberto Barbirato Tavares (Suplente)
Fernando Sabbi Melgarejo (Suplente)
Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente)
Íris Carvalho Silva (Suplente)
José Roberto Mendes do Amaral (Suplente)
Milton dos Santos Rezende (Suplente)
Ubaldo Evangelista Neto (Suplente)
Conselho Fiscal
Gilberto Antonio Vieira (Presidente)
Eduardo Cesar Pasa (Titular)
Francisco Henrique Pinheiro Ellery (Titular)
Frederico Guilherme F. de Queiroz Filho (Titular)
Paulo Roberto Evangelista de Lima (Titular)
Rodrigo Nunes Gurgel (Titular)
Benilton Couto da Cunha (Suplente)
Marcos José Ortolani Louzada (Suplente)
Cesar Augusto Jacinto Teixeira (Suplente)
Luiz Roberto Alarcão (Suplente)
José Caetano de Andrade Minchillo (Suplente)
Viviane Cristina Assôfra (Suplente)
Diretoria Executiva
Hayton Jurema da Rocha
(Presidente)
Denise Lopes Vianna
(Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento
com Clientes)
Maria das Graças C. Machado Costa
(Diretora de Saúde e Rede de Atendimento)
Geraldo A. B. Correia Júnior
(Diretor de Administração e Finanças)
Edição e Redação
Editor: Sergio Freire (MTb-DF 7.630)
Jornalistas: Liziane Bitencourt Rodrigues (MTbRS 8.058), Marcelo Delalibera (MTb-SP 43.896) e
Tatiane Cortiano (MTb-PR 6.834)
Edição de arte
Diagramação: Carlos Eduardo Peliceli da Silva e
Elton Ferreira dos Anjos
Produção
Impressão: Fórmula Gráfica Editora
Tiragem: 138.978 exemplares
Edição: julho/agosto 2010
Imagens: Divisão de Marketing e Comunicação,
Stockxchng, Getty Images e Dreamstime.
Valor unitário impresso: R$ 0,20
Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos
Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a
reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.
ANS - nº 34665-9
Jornal CASSI
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CARTAS
Fala Associado
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Gostaria de saber se os senhores deram aos profissionais que atendem sua rede aumento de honorários, pelo
menos que tenha reposto a inflação. Se deram, qual foi esse índice? Todos os usuários da CASSI ou que tenham
familiares usuários, como é o meu caso, sabem, pelos próprios profissionais, que a dificuldade de marcação se
deve à baixa remuneração que os senhores pagam. Agem como empresa mercantilista de saúde quando deveriam
agir como prestadora de serviços aos seus dependentes. Desafio os senhores a publicarem minha carta bem como
apresentarem os índices de aumentos aplicados aos profissionais.
Sebastião José Cardoso – Mogi das Cruzes (SP)
CASSI Responde: Sebastião, sobre a reposição da inflação, de 2005 a 2010, a CASSI aplicou reajuste de 25,1% para consultas médicas em Mogi das Cruzes. E a inflação no período, medida pelo IPCA, ficou em 23,5%. A Caixa de Assistência
destaca ainda que não há deficiência na rede credenciada na cidade e que o valor de remuneração dos prestadores é
equivalente ao de outras autogestões da região.
Li reportagem no último jornal da CASSI a respeito da evolução das despesas básicas da CASSI. Com um montante
tão alto de despesas, em especial com exames e internações hospitalares, será que não seria interessante a CASSI começar a pensar em ter laboratórios e hospitais próprios para atender seus associados, como está fazendo a
Unimed, por exemplo? Nós temos a Previ, que está procurando aumentar as suas receitas através de investimento
em imóveis. Será que a Previ não poderia construir esses hospitais e laboratórios em regiões estratégicas e locá-los
para a CASSI, que os operariam? Já existe algum estudo a respeito?
Salvio Albanese Filho – Belo Horizonte (MG)
CASSI Responde: Salvio, a CASSI realiza, em parceria com a Previ, estudo para avaliar a verticalização do atendimento em
saúde, com a possível construção de hospitais ou associação a outros já existentes. Nesse modelo, a ideia é que a CASSI
responda pela gestão de todo o processo de atendimento ao participante, desde a
atenção primária até a terciária, como consultas médicas com especialistas, exames e até serviços hospitalares. Por enquanto, como a proposta está sendo
estudada com profundidade para verificação de viabilidade, não há prazo
para implantação do projeto. Mas manteremos o associado informado
sobre esse assunto.
Referente ao Jornal CASSI de junho de 2010: os planos CASSI
teriam sido comparados com os de “outras operadoras”, ou
seja, com aquelas que visam ao lucro?
Décio de Castro – Rio de Janeiro (RJ)
CASSI Responde: Décio, na matéria sobre as despesas da CASSI, não há comparações somente com
planos de mercado, mas também com a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde
(Unidas), que é a entidade que congrega, no País, planos similares aos da Caixa de Assistência. A CASSI
acredita que a divulgação dos índices de operadoras de mercado também é importante para contextualizar o
cenário de atuação dos planos e, principalmente, da Caixa de Assistência.
Jornal CASSI
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CARTAS
Sou usuária do plano CASSI Família. Li a matéria publicada no jornal da
CASSI de maio/junho de 2010, entitulada “Gastos com saúde crescem mais
que a inflação. CASSI resiste”. Sou sanitarista, professora universitária e
devo admitir que a reportagem citada acima é muito informativa e de grande valor social. Contudo, fiquei preocupada quando li na reportagem que
a CASSI tem gasto mais recursos com seus usuários do que os demais
planos de saúde. A preocupação que tive foi porque entendi esta questão
como se isso fosse um problema e ainda mais quando foi colocado na
reportagem que este gasto pode “comprometer a perenidade do plano
de saúde CASSI”. O fato do plano ter uma ampla cobertura de exames e
de profissionais de saúde credenciados qualificados é o motivo principal
do sucesso da CASSI, não apenas entre os usuários. Em minha cidade,
existem médicos que não atendem a nenhum outro plano de saúde que
não seja CASSI.
Outro ponto é que os gastos com saúde que a CASSI apresenta na
reportagem também são relativos ao aumento do número de usuários
cadastrados no plano. É claro que com o aumento de usuários, os
gastos aumentam também. E juntamente com o aumento do número
de usuários, aumenta também a entrada de recursos financeiros.
Ana Flávia Oliveira – Recife (PE)
CASSI Responde: Ana, o intuito da reportagem não foi questionar a ampla oferta de serviços ou o nível de cobertura
do plano. Esses benefícios são cotidianamente garantidos pela CASSI por meio da gestão equilibrada entre receitas e
despesas. O que a matéria enfatiza é o aumento expressivo das despesas básicas originado pelo elevado nível de utilização dos serviços em saúde. O crescimento das despesas da CASSI com serviços médico-hospitalares não se deve
ao aumento do número de beneficiários. Enquanto os gastos subiram 67,6% entre 2004 e 2009, a população cresceu
1,54%, no período. Fica evidente que as razões para essa expressiva elevação dos custos se referiram ao maior nível de
utilização per capita dos serviços e à inflação dos preços no setor de saúde. Por outro lado, como o crescimento da população foi residual, o aumento das receitas se deve, principalmente, à reforma estatutária de 2007, que elevou as fontes
de receita da Instituição, e às medidas que aperfeiçoaram a gestão da CASSI.
Na resposta dada na página 3 do Jornal CASSI nº 70, em relação ao credenciamento e descredenciamento de profissionais, a CASSI se esqueceu de informar que a inexistência de novos profissionais credenciados deve-se única e
exclusivamente à falta de interesse por parte da CASSI no credenciamento de novos profissionais. Tome-se o caso
de Arapongas (PR) que possui mais de 200 médicos atuando nas diversas especialidades e, pasmem, menos de
dez são credenciados.
Valdir Antonio dos Santos – Arapongas (PR)
CASSI Responde: Valdir, a CASSI realiza continuamente busca
ativa de profissionais de saúde em todas as regiões do Estado
do Paraná, por meio de visitas e contato telefônico. Para isso,
conta com o apoio do Banco do Brasil, grupos de liderança
(aposentados e sindicatos) e indicação dos participantes. Quando
o prestador busca a agência do BB para solicitar o credenciamento, o profissional é orientado a procurar a Unidade CASSI jurisdicionante, que fará
análise sobre a viabilidade do credenciamento. Atualmente, a rede de atendimento da CASSI em Arapongas tem 34 prestadores de serviços credenciados
nas diversas especialidades, sem considerar o número de médicos pertencentes ao quadro funcional de cada
clínica. Há três hospitais, três laboratórios e 11 clínicas médicas de diversas especialidades, além dos credenciados
como pessoa física. Cabe lembrar que os participantes podem indicar profissionais telefonando para a Unidade CASSI do
Estado. Os médicos que queiram se credenciar podem enviar proposta pelo site da CASSI, na página do Prestador.
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Jornal CASSI
CARTAS
Gostaria de sugerir à CASSI que ofereça serviço de UTI Móvel nas grandes cidades e de remoção para hospitais
credenciados, pois em situação de emergência precisamos desse tipo de atendimento. Existem planos de saúde,
inclusive, que prestam esse serviço.
Hélio Campagnucio – Brasília (DF)
CASSI Responde: Hélio, incluir UTI Móvel no plano encareceria o valor das mensalidades. Poucos planos têm esse tipo de
cobertura, e os que a oferece exigem, na maioria dos casos, taxa adicional dos beneficiários. Para evitar essa elevação
de custos e garantir a assistência ao participante, a CASSI oferece a opção de reembolso. Dessa forma, quando o beneficiário estiver em situações de emergência em que é necessária a remoção de casa ou de outro local para um hospital
credenciado, basta solicitar um serviço de remoção particular, arcar com as despesas e depois fazer um pedido de
reembolso para a CASSI. Nesse caso, a situação de emergência deve ser comprovada por relatório médico que aponte
a necessidade do procedimento. O laudo médico é encaminhado para análise e o reembolso é fixado de acordo com a
Tabela Geral de Auxílios (TGA) da CASSI.
Como dono do Plano de Associados entendo que o modelo de autogestão gerido pela CASSI não erradicará o cerne do problema para controlar o incremento dos gastos com prestação de serviços médico-hospitalares. A ferida
é apontada na matéria com 56% de dependentes no Plano de Associados. Não existe plano que se autossustente
com limitadores de receita para uma contribuição linear de 3% sobre seus salários, independente do número de
dependentes. Torna-se imperioso que seja revisto, a exemplo da coparticipação de 1/24 sobre consultas e exames,
aprovada em Consulta ao Corpo Social, um novo modelo de custeio variável para os associados.
Luiz Antonio de Santa Ritta – Brasília (DF)
CASSI Responde: Luiz, obrigado pelas considerações e preocupação em analisar a sustentabilidade financeira da CASSI.
Atualmente, a CASSI busca soluções para equilibrar o valor arrecadado com contribuições e mensalidades com os custos de saúde, sem que seja prejudicada a ampla cobertura de serviços médicos e hospitalares que oferecemos.
Sobre descredenciamento ou reclamações de médicos, assunto que li na revista CASSI, pelo que tenho ouvido dos
credenciados, o motivo principal não é o valor que recebem pelos serviços, mas a dificuldade em recebê-lo, ou seja,
a burocracia da CASSI. Normalmente reclamam das dificuldades para o envio do formulário à CASSI e da demora
excessiva no crédito dos valores devidos.
Márcia Diniz – Rio de Janeiro (RJ)
CASSI Responde: Márcia, atualmente, mais de 97% dos prestadores da rede credenciada à
CASSI recebem os pagamentos em dia, ou seja, dento do prazo contratual, que é de até
30 dias do protocolo das contas na Caixa de Assistência. Ao considerar o prazo de 45
dias, esse percentual sobe para 99,5%. Os atrasos são mínimos, e, quando ocorrem,
devem-se a uma série de fatores, como inconsistência de dados nos documentos
enviados à CASSI. Vale lembrar que o prestador de serviços pode acompanhar os
pagamentos efetuados pelo site da CASSI, no portal Prestador.
Em Umuarama (PR), sempre tivemos problemas com a classe médica. Nossos valores sempre foram aquém (segundo os médicos) do que pedem pela
assistência médica. Será que não seria o caso de pensar em valores por
região?
José F. G. Aguilera – Umuarama (PR)
CASSI Responde: A CASSI reitera que está entre as autogestões que
melhor remuneram os prestadores, com pagamentos rigorosamente
pontuais. A Instituição já pratica valores distintos por Estado. No entanto, para evitar grande diferenciação entre uma localidade e outra,
estabeleceu, neste ano, valor mínimo e máximo de remuneração. Este
parâmetro ajudou a aumentar os valores pagos aos prestadores.
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SAÚDE
Parte dos integrantes do Bolão da Saúde com a balança que agora fica no trabalho. Iniciativa atraiu 42 colegas do Banco do Brasil em Brasília
Como está a saúde
do funcionário do Banco do Brasil
Exame periódico revela melhora em aspectos da saúde do funcionalismo, mas esta população engordou e
está com colesterol acima da média. Ações no ambiente laboral ajudam a reduzir causas de doenças crônicas
O Exame Periódico de Saúde (EPS) dos funcionários do
Banco do Brasil traz uma boa notícia: o percentual de fumantes caiu significativamente e está muito abaixo da média nacional (veja quadro na página ao lado). A hipertensão,
outro fator que contribui para doenças crônicas, também é
bem inferior à média brasileira. Mas dois dados especialmente preocupam: o número de pessoas com excesso de
peso entre os funcionários vem crescendo e extrapola os
índices do País, como ocorre também com o colesterol.
Enquanto 43% da população brasileira está acima do peso,
no funcionalismo do Banco este percentual chega a 54%.
Há cinco anos, o problema atingia menos da metade dos
funcionários, 49%. O aumento da população obesa não é
um problema exclusivo dos funcionários do Banco. No País
e no mundo todo, o assunto vem sendo tratado como um
problema de saúde pública. O que chama a atenção no BB
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é o percentual bem acima da média nacional.
O tipo de atividade, mais sedentária, pode contribuir para que
o problema atinja os funcionários do BB numa proporção superior à média do País. Mas, certamente, não é o único fator.
“A obesidade está associada, também, ao alto consumo de
alimentos, à alimentação excessivamente calórica, à falta de
atividade física”, diz o médico Nilton Farias Pinto, gerente do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) do Banco do Brasil. Segundo o EPS de 2009, 42,9% dos
funcionários não praticam atividade física.
Em relação ao colesterol, o percentual de pessoas com níveis acima do normal está em 28,6% no Banco, e não tem
se alterado nos últimos cinco anos (chegava a 28,75% em
2005). Mas ultrapassa os padrões brasileiros. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 21,6%
Jornal CASSI
Entre as ações que vem sendo tomadas para mudar
este cenário, está o encaminhamento dos funcionários
que apresentam algum resultado alterado no Exame Periódico de Saúde (EPS) para os programas e profissionais da CASSI.
Rodolfo Januário Ribeiro, 47 anos, teve recomendação
para procurar um nutricionista após o EPS de 2007 apontar sobrepeso. Iniciou uma dieta com orientação dos
profissionais da CASSI e eliminou 22 quilos. Deixou um
pouco de lado o regime no final do ano passado, ganhou
alguns quilinhos e estava com dificuldade de retomá-lo.
Recuperou o ânimo em julho, com a ajuda dos colegas.
Encerrados os bolões da Copa do Mundo de 2010, funcionários de uma das diretorias do BB em Brasília resolveram dar continuidade às apostas em benefício da
própria saúde. Em vez de arriscar palpite em um time,
como ocorria nos bolões da Copa, cada um está apostando que vencerá o Bolão da Saúde: ganha aquele que
perder mais peso. A contribuição individual para o bolão
foi de R$ 100,00. Rodolfo é um dos apostadores. O grupo foi dividido em quatro categorias, de acordo com o
Índice de Massa Corporal (IMC). Cada vencedor levará
um quarto do dinheiro da aposta que rendeu R$ 4,2 mil.
O Bolão da Saúde, como o grupo está chamando a iniciativa, atraiu também esposas que não são funcionárias
do BB e ganhou um reforço “magro”. Rinaldo Soares
não precisa perder peso, não apostou dinheiro, mas
para ajudar os colegas assumiu a organização e é quem
cuida da pesagem mensal.
O grupo, que inicialmente seria de 15 colegas, atraiu 42
pessoas. A primeira pesagem ocorreu em julho. Na segunda, feita no final de agosto, os 34 que se pesaram
tinham eliminado, juntos, 59 quilos. A iniciativa é informal,
como era o Bolão da Copa, mas os participantes estão
levando a aposta sério. Trocam dicas sobre alimentação
saudável e qualidade de vida, dão incentivo uns aos
outros e passaram a reclamar dos lanches “gordos”. A
última pesagem será em dezembro, para a entrega do
prêmio. “Ter um dinheiro extra para os presentes está
sendo um bom incentivo para se empenhar”, diz Gisela
Aguiar, uma das idealizadoras.
FUNCIONÁRIO do BB X média brasileira
SAÚDE
Dr. Nilton Farias Pinto
da população do País têm colesterol elevado – o que deixa o Brasil no topo da lista de países com
índice de colesterol alto. O médico
diz que é esperado este resultado
acima da média, levando em consideração o perfil do quadro, com
peso também superior.
Excesso de peso
54%
43%
População/BB
País
Hipertensão
24,4%
9,78%
População/BB
País
Colesterol alto
28,61%
21,6%
População/BB
País
Tabagismo
8,26%
16,2%
População/BB
País
Fonte: Ministério da Saúde/Exame Periódico de Saúde BB/
Sociedade Brasileira de Cardiologia
RISCOs À SAÚDE NA POPULAÇÃO ADULTA
Fator de risco Percentual de pessoas atingidas
Excesso de peso
43%
Consumo de carne
39,2%
com gordura excessiva
Inatividade física
29,2%
Tabagismo16,2%
Consumo abusivo de álcool
19,1%
Fonte: Pesquisa IBGE/Ministério da Saúde – 2009 – Capitais e DF
O QUE É IMC?
O Índice de Massa Corporal (IMC) é calculado ao se
dividir o peso pela altura ao quadrado. Exemplo: uma
pessoa com 65 quilos e 1,65 metro tem IMC 23,8. O
resultado é entendido da seguinte forma:
Abaixo do peso: índice menor que 18,5
Normal: de 18,5 a 24,9
Sobrepeso: 25 a 29,9
Obeso leve: 30 a 34,9
Obeso moderado: 35 a 39,9
Obeso mórbido: a partir de 40
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Jornal CASSI
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SAÚDE
Programa reduz tabagismo
Doença ocorre menos entre funcionários do
Banco do Brasil do que na população brasileira
Até o sabor da cerveja está melhor,
garante Silvínio Batista Corrêa, 51
anos, falando da sua vida após deixar
o cigarro. “Fiquei livre do mau cheiro
da fumaça, que incomodava a mim e
a minha família, e interferia até no paladar. Dos alimentos, o que era bom
ficou uma delícia. O que era ruim, ficou
horrível”, diz. Funcionário do BB, ele
contou com a ajuda do Programa de
Controle do Tabagismo (Tabas), resultado de uma parceria entre a CASSI e
o Banco e oferecido aos que, no Exame Periódico de Saúde (EPS), revelam
ter o hábito de fumar.
Hoje, quando encontra um fumante
que demonstra desejo de parar, Silvínio recomenda procurar ajuda. Sozinho, não conseguiria, acredita. Nos
22 anos em que fumou, até parava por
um tempo, mas voltava.
A atuação do Tabas iniciou há quase
Ações melhoram qualidade
de vida no trabalho
Exame periódico com maior abrangência do que determina a legislação,
massagem no ambiente de trabalho,
ginástica laboral e desconto na academia estão entre as ações para melhorar a saúde dos funcionários do
BB. O cuidado à saúde, a cargo da
CASSI, começa pelo EPS feito anu-
almente para todos os funcionários,
colaboradores e estagiários, independentemente da idade. Segundo
a norma da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), para profissionais
de 18 a 45 anos bastaria um exame a
cada dois anos.
“Só com acompanhamento de todos
é possível conhecer adequadamente
a saúde geral e planejar ações eficientes de saúde”, justifica Nilton
Farias Pinto, gerente do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) do
BB. Ele se refere ao relatório
gerado pelos dados do EPS,
que aponta quais os problemas e melhoras na saúde do
trabalhador.
O crescimento da obesidade
entre os funcionários do BB, por
exemplo, foi visualizado pelo
relatório. E desencadeou uma
ação pontual: alimentação será
o tema da Semana de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)
de 2010. Proposta às dependências uma vez ao ano, a
uma década e ainda é proativa. Depois
do EPS, aqueles que fumam recebem
o convite da CliniCASSI mais próxima
para integrarem o programa. Das 555
pessoas atendidas de 2008 até agora,
198 pararam de fumar. O Tabas segue
a metodologia do Instituto Nacional do
Câncer (Inca), que prevê encontros em
grupo, com outros dependentes, atividades motivacionais, acompanhamento psicológico e medicamentos.
O médico Nilton Farias Pinto, gerente do Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional (PCMSO) do
Banco do Brasil, acredita que o Tabas
adesão à Semana QVT cresceu de 30
cidades em 2007 para 430 em 2009.
O relatório do PCMSO é enviado para
as mais de 5 mil dependências do BB.
Ele é um raio-X do quadro daquele local de trabalho: o percentual de pessoas com risco cardiológico, os níveis
de estresse e sobrepeso. Os dados
são comparados ainda à média da região e do País. Com eles na mão, os
responsáveis pela dependência podem discutir com a equipe que ações
serão feitas para reverter problemas
que aparecem com frequência muito
alta, como o sobrepeso, tabagismo e
risco cardiovascular.
O programa QVT distribui recursos
para que as dependências desenvolvam ações de melhoria na qualidade
de vida dos funcionários ao longo do
ano. No Edifício Sede I do BB, em
Brasília, por exemplo, há massagem
de duas a três vezes por semana,
para quem quiser, e também ginástica laboral. Leni Novelo garante que a
massagem durante o expediente faz
voltar melhor ao trabalho. “A tensão
vai embora”, frisa ela.
Cada dependência decide que ação
do QVT vai realizar. Nas agências,
onde é mais difícil fazer exercício
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Jornal CASSI
e massagem durante o horário de
atendimento ao público, há opções
no começo e no fim do dia e no intervalo de almoço. E algumas dependências firmaram parcerias com
academias para dar descontos aos
funcionários do Banco do Brasil.
Elas também são orientadas a encaminhar funcionários com risco de
saúde detectado no EPS para Estratégia Saúde da Família (ESF), que
mantém programas para combater
doenças crônicas (hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, sedentarismo e obesidade).
DOENÇAS CRÔNICAS
60% das mortes no mundo são geradas por doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT), diz Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em 2005, 35 milhões de pessoas no
mundo morreram de doenças crônicas. É o dobro do total de mortes
por doenças infecciosas.
Entre as principais causas das
DCNT estão:
HIPERTENSÃO: 12% dessas mortes
FUMO: 8%
COLESTEROL ALTO: 8%
OBESIDADE: 4%
O controle destes e outros fatores de
risco evitaria 80% das doenças cardiovasculares, derrames e diabetes
tipo 2, segundo OMS.
SAÚDE
A proibição de acender cigarros no
ambiente de trabalho também ajudou,
acredita Sérgio Braga Vilas Boas, 48
anos. Ele tem colegas que deixaram de
fumar com a ajuda do Tabas. Ainda não
tomou a decisão de parar totalmente,
mas reduziu pelo menos à metade o
consumo de cigarros desde a proibição de se fumar nas instalações do BB.
+
tem um importante papel na redução
do fumo entre os funcionários. O percentual de fumantes estava em 8,26%
na última avaliação anual. Na comparação com os dados do País, os funcionários do BB ficam bem abaixo da
média. O último levantamento do Ministério da Saúde, divulgado em 2009,
apontou que 16,2% da população brasileira é fumante.
Sérgio chegou a parar durante os cinco anos em que trabalhou em agência
bancária. “Não tinha como deixar os
clientes esperando para fumar, então
parei”. Ele voltou para atividade administrativa e recuperou o hábito. Mas
como precisa pegar elevador e sair do
prédio, no Setor Bancário Sul, em Brasília, fuma bem menos do que antes.
“Eram uns 40 cigarros por dia, hoje
são 18, 20, no máximo”, diz.
Se você deseja parar de
fumar, procure a CliniCASSI
de seu Estado e faça a sua
inscrição no Tabas.
Saúde depende 53% da própria
pessoa e 20%, do Ambiente
A empresa pode ajudar, mas a promoção da saúde depende muito
mais de uma ação da própria pessoa. É o que mostra um estudo realizado para o governo do Canadá,
por Marc Lalonde. Entre as causas
de adoecimento e morte, 53% estão
ligadas ao estilo de vida: prática de
exercício, alimentação, consumo de
álcool, de drogas, fumo (veja gráfico).
O ambiente (trabalho, condições econômicas, família, amigos) tem uma
influência de 20%, a genética, 17% e
a falta de assistência em saúde, 10%.
Ou seja, é possível que uma pessoa
com condições financeiras para frequentar restaurantes, comprar alimentos calóricos, locomover-se somente
de carro e que esteja numa família
ou roda de amigos que promova festas, ofereça guloseimas a
toda hora e beba bastante compense o consumo de calorias
extras fazendo exercício físico
constantemente. A chance desta pessoa desenvolver doenças
será 53% menor do que aquela
que incorpora os hábitos de vida
nocivos à saúde adotados pelo seu
círculo de amigos ou pela família.
O mesmo vale para quem, com poucas
condições financeiras, tem alimentação
a base de carboidratos (arroz, macarrão, farinha), que levam ao excesso de
peso, mas exercem uma atividade que
implica gastos energéticos altos, como
andar o dia inteiro ou mover objetos
pesados. É possível, portanto, reduzir o
risco de surgimento de doenças com
iniciativas de rotina saudável apesar do
ambiente em que se vive.
CAUSAS DE ADOECIMENTO
E MORTE
Estilo de vida
10%
Existência/ausência
de serviços
Genética
17%
53%
20%
Meio
ambiente
Fonte: Marc Lalonde/Canadá/1974
Jornal CASSI
9
ENTREVISTA
Vice-presidente do
Banco do Brasil analisa
atuação da CASSI
Na entrevista concedida ao Jornal da
CASSI, Robson Rocha fala, entre outros temas,
sobre a importância da Instituição para a política
do BB de relacionamento com funcionários e a
criação de fontes alternativas para a
sustentabilidade da Caixa de Assistência
Mineiro de Belo Horizonte, funcionário
do Banco do Brasil há 30 anos, Robson Rocha ocupa o cargo de vicepresidente de Gestão de Pessoas e
Desenvolvimento Sustentável. Formado em Administração de Empresas,
com MBA Altos Executivos, MBA em
Finanças, Pós-Graduação em Recursos Humanos e Mestrado em Marketing, Robson atuou também como
Diretor e Presidente do Banco Popular
do Brasil e Diretor da Diretoria Menor
Renda no BB. Nesta entrevista, ele fala
sobre temas de grande interesse para
o conjunto dos participantes da CASSI
(funcionários da ativa, aposentados e
respectivos dependentes).
Jornal da CASSI – As pessoas,
quando optam por um determinado emprego, costumam avaliar a
existência ou a qualidade do plano
de saúde oferecido como um dos
principais atributos do pacote remuneratório. Existe alguma pesquisa
recente sobre qual a percepção dos
10
funcionários que ingressam no BB
em relação à CASSI?
Robson Rocha – Sim. Foi feita uma
pesquisa no primeiro semestre deste
ano na qual funcionários se manifestaram sobre diversas questões. Um
dos pontos fortes considerados para
se trabalhar no BB foi a CASSI, que
ficou entre os itens mais valorizados.
Isso evidencia a percepção positiva
dos funcionários em relação à importância da nossa Caixa de Assistência.
JC – Como operadora de autogestão, a CASSI necessita da participação dos associados. Qual o nível de
envolvimento dos funcionários do
BB com os temas relacionados à
Caixa de Assistência?
Robson – Acredito ser o maior possível. A prova disto é a participação em massa dos funcionários nos
processos eleitorais da CASSI. Por
exemplo, no último certame realizado
em maio, cerca de 83% dos funcionários votaram. Outro ponto que denota
o imenso interesse do funcionalismo
com as questões da CASSI são as
sugestões constantes que recebemos visando ao fortalecimento da
Instituição.
JC - De acordo com o Art. 16 do
Estatuto da CASSI, a responsabilidade do BB no custeio do Plano
de Associados limita-se a 4,5% sobre a remuneração e benefícios dos
funcionários e aposentados. Na sua
opinião, é possível BB e CASSI, em
conjunto, criarem fontes alternativas
capazes de garantir a autossustentabilidade do plano, já que os custos
em saúde crescem acima da inflação média da economia brasileira?
Robson - Com certeza. Atualmente
estudos estão sendo realizados no
âmbito do Banco com vistas a ava-
Jornal CASSI
JC – De que forma imagina a CASSI
nos próximos anos?
Robson – Cada vez mais forte. É
importante ressaltar que a partir da
mudança do Estatuto, ocorrida em
2007, a CASSI entrou em um ciclo
virtuoso, alcançando resultados positivos nos exercícios subsequentes.
Gostaria de aproveitar a oportunidade para realçar a importância do papel de cada um de nós,
associados da CASSI, na sustentabilidade da Instituição, ou seja,
trata-se de um patrimônio nosso
e como tal temos que zelar por
ele, seja na relação com a própria
CASSI seja na relação com os
prestadores de serviços.
JC – Como o Banco tem tratado
os dados sobre as condições de
saúde de seus funcionários?
Robson – O Banco vem sistematizando os resultados dos exames
periódicos de saúde para atuar
estrategicamente sobre os indicadores mais defasados em relação
à normalidade. Temos observado
aumento de índices de sobrepe-
so, sedentarismo, níveis da pressão
arterial, taxa de colesterol, dentre outros. Cada administrador do Banco
recebe um relatório com os dados
de sua equipe para possibilitar uma
ação mais direta. Estamos estudando ações corporativas com foco na
melhoria desses indicadores.
ENTREVISTA
liar a possibilidade de a CASSI ter
participação na empresa que será
constituída para administrar o Plano
Odontológico recém-criado pelo BB
e, no âmbito da Previ, está sendo
analisada a possibilidade de parceria entre as duas entidades no que
tange à verticalização dos serviços
da CASSI. Estas ações, se concretizadas, poderão representar excelentes oportunidades de ganhos para a
nossa Caixa de Assistência.
JC – Na sua opinião, em que pontos
a CASSI necessita aperfeiçoamento?
Robson – Como eu disse, a partir de
2007 a CASSI obteve uma alteração
significativa em sua forma de atuação, entretanto, precisamos avançar
em alguns aspectos como o atendimento aos nossos associados, a
relação com os prestadores de serviços e o aprimoramento constante
dos mecanismos de gestão e de governança corporativa.
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BB anuncia Plano
Odontológico
Em 19 de agosto, o Banco do Brasil anunciou a
criação do plano odontológico para funcionários
da ativa e seus dependentes diretos, por meio de
uma aliança estratégica com a empresa Odontoprev S.A. O plano será gratuito e a previsão é a de
que estará disponível para o funcionário do BB em
até 90 dias.
A Odontoprev é líder entre as empresas do segmento odontológico, com cerca de 4,4 milhões de
beneficiários. A empresa possui uma rede de
credenciados com cerca de 25 mil profissionais e
está presente em todo o Brasil.
A parceria estratégica envolve a criação de empresa com participação de 75% da BB Seguros e de
25% da Odontoprev em seu capital social. Além
disso, a BB Seguros participará indiretamente de
10% do capital social total da Odontoprev.
Jornal CASSI
A aliança prevê a disponibilização, em caráter de
exclusividade, dos canais de distribuição do BB
para a comercialização dos produtos do ramo
odontológico, provenientes da parceria estratégica,
pelo prazo de 10 anos. Com isso, o BB passará
a oferecer também o plano odontológico em sua
rede de agências, tanto para o mercado pessoa física, quanto para o de empresas, agregando mais
uma solução à rede de proteção.
Fonte: Intranet BB
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VOLUNTARIADO
Fazendo A
diferença
Grupo de associados à AAPBB
vem renovando o ânimo de
participantes internados no Rio
de Janeiro, por meio de
visitas hospitalares
voluntárias.
Conheça agora essa
história de solidariedade
No alto, reunião do grupo de visitadores na CliniCASSI Tijuca. Abaixo, a visitadora Marta (D) acompanha
a participante Eliane ao Hospital São Vicente de Paulo para fazer procedimento cirúrgico. À esquerda,
os visitadores durante encontro com o gerente da CliniCASSI Tijuca. A última foto mostra o funcionário
do BB Rafael Fiqueiredo, em companhia dos visitadores Marta e Francisco
Associado à CASSI há 52 anos, Amilcar Manoel de Menezes sempre teve
boa saúde. No entanto, no início de
julho, sofreu um desmaio em casa e a
queda ocasionou um corte profundo
no queixo. Sem conseguir estancar o
sangramento, foi até o Hospital São
Lucas, em Copacabana, no Rio de
Janeiro (RJ), e recebeu atendimento. Depois de passar por exame de
rotina e curativo, foi para casa. Nos
dias seguintes, sentiu fortes dores no
local do ferimento e, dia 7 de julho, retornou ao hospital. Após realizar uma
tomografia da face, o médico diagnosticou fratura do maxilar, indicou internação imediata e necessidade de
cirurgia no queixo para colocação de
placa e parafuso de titânio.
“Quando o médico deu o diagnóstico, eu estava sozinho e nervoso. Foi
nessa situação difícil que recebi a
visita dos companheiros da Associação. Foi um momento agradável, que
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me ajudou a ficar mais calmo. Fiquei
muito emocionado”, conta ele.
Amilcar refere-se a Felisberto Soei
Furuguem e Marta Duque de Mendonça, membros do grupo de
visitadores da Associação de Aposentados e Pensionistas do Banco
do Brasil (AAPBB), do Rio de Janeiro.
Ação de solidariedade
O grupo de visitadores é um trabalho
voluntário que iniciou em dezembro de
2008 por iniciativa do diretor de Assistência Social da AAPBB e conselheiro
de usuários do Estado do Rio de Janeiro, Douglas Leonardo Gomes.
O grupo visita beneficiários internados para levar solidariedade e também orientações sobre a utilização
do plano. A iniciativa conta com o
apoio da Unidade CASSI do Rio de
Janeiro, da Direção da AAPBB e dos
hospitais visitados. No início, apenas
duas pessoas faziam as visitas. Hoje,
o grupo conta com dez visitadores,
todos ligado à Associação.
“Temos encontrado pacientes que
não receberam uma visita sequer,
nem de parentes. Aproveitamos a
ocasião para verificar se estão satisfeitos com o atendimento do hospital e da CASSI e esclarecer sobre as
normas e programas da Instituição.
Recentemente, temos falado sobre
o novo site e o programa de medicamentos”, conta Douglas.
Em casa, recuperando-se da cirurgia,
Amilcar parabeniza a iniciativa. “Os visitadores nos ajudam a solucionar dificuldades burocráticas inesperadas e
nos trazem conforto psicológico nesse
momento de hospitalização”, afirma.
Os visitadores sempre atendem às
solicitações dos participantes, mes-
Jornal CASSI
Além disso, quando identificam insatisfações em relação aos serviços
hospitalares ou da Caixa de Assistência, informam o relatado à Ouvidoria e
à Enfermagem do hospital e à Unidade CASSI do Rio de Janeiro.
As visitas são realizadas, geralmente,
duas vezes por semana. Atualmente,
estão no roteiro os hospitais São Lucas e São Vicente de Paulo. A intenção é estender as visitas ao Quinta
D’Or, que também recebe grande número de participantes da CASSI.
Comparativo
do Grupo
de Visitadores
268
visitas de janeiro a julho de 2009
174
extinto Departamento de Assistência
Pessoal (Deasp), do Banco do Brasil.
“Naquela época, além do Serviço
Social, meu trabalho como dentista
me tomava todo o tempo durante a
semana. Então, por prazer, necessidade, e acho que vocação, fazia visitas em clínicas nos fins de semana”,
lembra ele.
Ao final de cada visita, os membros
do grupo percebem a importância
desse trabalho voluntário. “Conseguimos levantar o astral e a esperança dos pacientes que, na grande
maioria das vezes, elogiam nosso
trabalho e a iniciativa da Associação
e da CASSI”, comenta Douglas.
Ao chegar nos locais, Douglas conta
que os internados, na maioria associados à CASSI, o procuravam para
contar problemas e necessidades e
para fazer reivindicações. “Com carta
branca da CASSI para resolver problemas, e grande apoio do BB, conseguia resolver quase tudo”, afirma.
“Sinto-me altamente gratificada, pois
nosso trabalho consegue, de alguma
forma, tocar o coração do paciente
e dos familiares”, relata a visitadora
Marta Mendonça.
Em 1984, Douglas saiu da Supervisão do Serviço Social e assumiu a
chefia administrativa do Hospital da
Beneficência Portuguesa do RJ, onde
também implantou o programa de visitas. “Senti que precisávamos, eu e
meus auxiliares, visitar periodicamente todos os que se internavam, a fim
de tomarmos conhecimento de tudo
o que acontecia com o paciente”, recorda. No hospital ficou até se aposentar, em 1992.
A ideia de visitar pacientes hospitalizados surgiu muito antes, em 1982,
quando Douglas trabalhava na Supervisão do Serviço Social, órgão do
São Lucas)
(Hospital São Vicente de Paulo e domiciliares)
Os visitadores vão em pares e seguem as orientações do manual
elaborado por Douglas, como usar
crachá de identificação, confirmar no
posto de enfermagem se os pacientes da CASSI podem receber visita
no momento e lavar as mãos antes
de entrar no quarto e depois de sair.
O começo
visitas de janeiro a julho de 2010
(Hospital São Vicente de Paulo e Hospital
VOLUNTARIADO
mo quando não é possível fazê-lo
de imediato. Nesse caso, buscam
informações junto à Unidade CASSI
e, posteriormente, dão retorno ao beneficiário.
Em 2008, quando assumiu a Diretoria de Assistência Social da AAPBB,
Douglas sentiu necessidade de focar sua vida no trabalho voluntário.
A ideia de visitas hospitalares então
ganhou novo rumo com a criação do
grupo de visitadores da Associação.
E se depender do idealizador do projeto, esse trabalho não se esgotará
no Rio de Janeiro.
“Estou à disposição de outros Conselhos e Associações de outros Estados
para passar todas as informações a
respeito do programa, incluindo cópia do material composto por crachá,
termo de adesão ao trabalho voluntário e pequenos ensinamentos de
como se comportar no ambiente hospitalar”, diz.
Em 2009, o grupo de visitadores da
AAPBB fez 331 visitas em hospitais e
5 no domicílio de participantes. Neste
ano, até julho, foram feitas 268 visitas.
Para participar do grupo, é preciso ter
algum vínculo com a CASSI e ser sócio da AAPBB. Interessados em saber mais sobre o projeto podem ligar
para a Associação: (21) 2232-7561
ou (21) 2509-0347.
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Jornal CASSI
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PARTICIPAÇÃO
Agente facilitador
Iniciativa do Conselho de Usuários do Rio Grande do Sul
contribui para aprimorar rede credenciada
“Dedicação de tempo e conhecimento em benefício de alguém ou
de alguma causa, sem remuneração”. O conceito de trabalho voluntário pode ser aplicado aos agentes
facilitadores, um grupo de pessoas
do Rio Grande do Sul que vem transformando a realidade da rede credenciada da região.
Em janeiro do ano passado, o Conselho de Usuários gaúcho iniciou uma
nova trajetória com a criação desse
projeto. Os debates nas reuniões
mensais sobre as deficiências da rede
fizeram nascer uma ideia que vem
trazendo bons resultados aos participantes do plano, com o aumento de
prestadores de serviço credenciados.
“Para que o projeto virasse realidade, o Conselho de Usuários contou
com diversos apoios, como a Superintendência Estadual do Banco do
Brasil, a Unidade CASSI do Estado,
os conselheiros e as entidades sindicais e representativas dos funcionários do BB”, diz o coordenador do
Conselho de Usuários do Rio Grande do Sul, Ricardo Akiyoshi Maeda.
“O objetivo é facilitar as negociações,
resolver os conflitos e manter um bom
relacionamento com a rede de prestadores de serviço”, explica Ricardo.
Para aprimorar o atendimento no interior do Estado, foram mapeadas 56
cidades que têm problemas na rede.
A proposta é que cada município tenha um agente facilitador. Até agora,
há cerca de 45 pessoas atuando nessas localidades. Nas cidades onde
há CliniCASSI (Pelotas, Santa Maria,
Caxias do Sul, Passo Fundo e Porto
Alegre), os agentes são os conselheiro de usuários que moram no
município. Nas demais cidades, são
funcionários e aposentados do BB.
Para o gerente da Unidade CASSI do
Rio Grande do Sul, Aldo Cabral Rossi
Junior, o projeto possibilita estreitar
o relacionamento da Caixa de Assistência com os participantes, com o
Conselho e com a rede credenciada.
“Os agentes conhecem as forças e
as necessidades locais e mantêm a
Unidade informada, o que traz mais
agilidade no relacionamento com a
rede e possibilita resultados mais
efetivos”, afirma.
Como funciona
Os agentes facilitadores são lideranças locais do interior do Rio Grande
do Sul que fazem contato com os
prestadores de serviço para levar
proposta de credenciamento aos que
ainda não fazem parte da rede, identificar se há insatisfações dos prestadores credenciados, orientar sobre
entrega de documentos e evitar paralisações de atendimento.
14
Aldo avalia que o projeto é uma iniciativa importante e, mesmo que
não resolva todos os problemas da
região, pode minimizá-los. “Dessa
forma, conseguimos atender maior
número de expectativas dos associados”, ressalta.
A Unidade oferece o suporte para
a realização do projeto e faz a gestão das informações colhidas pelos
agentes por meio de telefone, email
ou correspondência. Quando há
visitas a prestadores, por exemplo,
geralmente os agentes vão acompanhados pelo executivo de negócios da CASSI responsável pela
região, profissional que também
atua na prospecção de novos prestadores.
Resultados
A ideia surgiu no ano passado. As
atividades iniciaram neste ano, após
aprovação e estruturação do projeto,
e já contabilizam resultados significativos: são mais de 130 novos prestadores de serviço credenciados.
Em Santa Cruz do Sul, em maio de
2009, a rede ficou defasada após a
Unimed da região romper o convênio
com a CASSI. Para solucionar a situJornal CASSI
PARTICIPAÇÃO
Reunião do Conselho de Usuários com a Unidade RS: parceria já ajudou a credenciar mais de 130 prestadores de serviço
ação, foram realizadas visitas a prestadores durante mais de seis meses.
cialidades médicas para a rede, mas
esse trabalho é contínuo”, constata.
“No início, houve certa resistência dos médicos, mas depois conseguimos bons resultados com o
credenciamento de cerca de 100
profissionais em diversas especialidades”, conta o agente facilitador e
funcionário do Banco, Pedro Augusto Halmenschlager.
E o trabalho não para por aí. Agora,
o objetivo é identificar quais são os
médicos que fazem parte do corpo
clínico de dois hospitais de Rio Grande para trazer mais prestadores para
a CASSI. “Saúde é de interesse coletivo. Por isso, coloquei o assunto em
pauta durante reunião realizada em
agosto com administradores do Banco e AABB. Com o comprometimento
de todos, podemos conseguir melho-
Em Rio Grande, havia problemas
de descredenciamento e ausência
de algumas especialidades médicas. Por meio do trabalho do agente
Paulo Bastos Noronha, em conjunto
com Unidade, Associação Atlética
dos Funcionários do Banco do Brasil
(AABB) e aposentados, foram credenciados 35 médicos e uma clínica
de imagem. “Conseguimos minimizar a situação, trazendo várias espe-
rias para a região”, afirma Paulo.
A diretora de Saúde e Rede de Atendimento, Graça Machado, acompanha
o trabalho do Conselho. “É o envolvimento e a união de todos na busca de
soluções para aprimorar os serviços
da CASSI que nos fortalece”, disse.
“Estou de pleno acordo com a Diretora Graça Machado. Espero que outros
Estados se espelhem no exemplo do
Rio Grande do Sul”, afirmou o presidente Hayton Jurema da Rocha.
Como participar
Os associados podem participar desse projeto, indicando nomes de profissionais e estabelecimentos de saúde do interior do Rio Grande do Sul para se
credenciarem à CASSI. É só procurar os agentes facilitadores, os conselheiros, a Unidade, ou as agências do Banco na sua cidade.
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Jornal CASSI
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SEU PLANO
genérico:
você pode
confiar
Lançados no mercado em 2000, os medicamentos genéricos são cópias idênticas dos medicamentos de referência
(de marca) e os únicos que podem substituí-los. Uma das
maiores vantagens do genérico está no preço. O Programa
de Assistência Farmacêutica (PAF) da CASSI abona 90% do
valor dos medicamentos genéricos.
A gerente executiva de Saúde da CASSI, Vilma Dias, fala sobre a importância do genérico e esclarece as principais dúvidas sobre o assunto.
Jornal CASSI - Como é comprovada a eficácia do genérico?
Vilma Dias - O medicamento possui registro com base na
comprovação de bioequivalência (testes realizados em humanos), que assegura a mesma concentração e velocidade
de absorção do produto do medicamento de referência. Outro teste importante, realizado “in vitro”, é o da equivalência
farmacêutica, que segue normas internacionais para avaliar
teor, concentração e forma farmacêutica. Além disso, são
verificadas as boas práticas de fabricação e controle de qualidade para a sua fabricação, que comprovam a certificação
de fornecedores de matérias-primas, qualificação de pessoal,
das instalações e equipamentos e validação dos processos.
A equivalência farmacêutica e a bioequivalência promovem a
equivalência terapêutica, garantindo a mesma eficácia clínica
e mesma possibilidade de causar efeitos adversos dos produtos de referência. Essa condição permite que o genérico
seja intercambiável, ou seja, substitua o medicamento de referência. Vale frisar que as exigências presentes na produção
de genéricos são rigorosamente fiscalizadas pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
JC - Quais os benefícios para quem utiliza medicamentos genéricos?
Vilma - Os principais benefícios são a garantia da qualidade do tratamento e a diminuição dos gastos com medicamentos.
JC - Por que algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre a
eficácia desse produto?
Vilma - Porque a inserção de genéricos no Brasil ainda é relativamente nova e teve crescimento lento. No País, esse tipo de
medicamento responde por 19,6% das vendas do mercado
farmacêutico, segundo dados da IMS Health, de setembro
de 2009. Em 10 anos de presença no mercado, a indústria de
genéricos investiu perto de US$ 170 milhões na construção e
modernização de plantas industriais no Brasil. Hoje, existem
medicamentos genéricos para o tratamento da maioria das
doenças. Nos EUA, os genéricos correspondem a 60% das
prescrições e custam de 30% a 80% menos que os medicamentos de referência. Em países como Espanha, França,
Alemanha e Reino Unido, onde o mercado de genéricos já se
encontra mais maduro, a participação desses medicamentos
é de 30%, 35%, 60% e 60%, respectivamente.
JC - Por que a CASSI prioriza os genéricos?
Vilma - Pela certeza da qualidade de tratamento aos participantes portadores de doenças crônicas. Pesquisas apontam
que o tratamento dessas enfermidades são mais efetivos e
eficazes quanto mais facilitado for o acesso ao medicamento. Assim, a CASSI prioriza os genéricos para que possamos
tratar das pessoas com segurança e, ao mesmo tempo, ampliar a cobertura com garantia da sustentabilidade da Caixa
de Assistência.
Também queremos entregar medicamentos no domicílio, em
nível nacional, para que nossos participantes sejam igualmente atendidos. Essa tarefa não é fácil, devido à diversidade
do território nacional e das adversidades que encontramos
em programas de larga escala, mas temos a certeza de que,
com a efetiva participação dos associados, o sucesso chegará em breve. Cabe lembrar que o Programa de Assistência
Farmacêutica oferecido aos beneficiários não faz parte do
ROL de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
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