File - Bem Vindo a Sant Ross
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Bem Vindo a SANT ROSS “O perigo está onde menos ou mais imagina” Prólogo - São três novas fieis que trarão mais vida a nossa cidade que ainda respira a religiosidade de um povo cristão, peço que vocês conterrâneos de Sant Ross, tenham hospitalidade com elas para que possam se sentir acolhidas em nossa cidade. – O padre Williams falava serenamente, enquanto os fieis da sua igreja escutavam atentamente em meio aos cochichos da notícia. - Mas padre! Eu detesto essas pessoas que vivem de uma vida que corre do sentido transverso ao nosso, elas vão plantar a corrupção em nossa cidade. – Indagou à ranzinza, Magda. Uma amarga mulher de traços rústicos que acreditava que apenas na cidade de Sant Ross havia paz, pois todo o restante do mundo havia sido corrompido pelo modo de vida, Sodoma e Gomorra. - Sra. Magda Stuart, a senhora acaba de se corromper com esse preconceito sem fundamentos, não aceito estereótipos para com ninguém nessa cidade, muito menos em minha igreja. – Ele respondeu, sem desviar os olhos do seu terço de material cintilante que segurava nas mãos. – O sermão foi dado meus filhos, fiquem com Deus e podem seguir para suas casas. A igreja já estava vazia, e o padre continuava intacto olhando para o seu terço, quando a madre Taylor, uma senhora grisalha de grande importância na igreja da cidade, chegou ao altar e tocou o padre Williams com uma das mãos. - Padre venha para a sacristia, o jantar está servido. – Disse ela sorrindo. - Eles não sabem, a importância de receber novos fieis, na cidade. – Ele falou para ela sem desviar os olhos do terço. – Não sabem da importância. - Padre, o número de fieis não importa desde que tenhamos pessoas que ouçam a palavra ministrada pelo senhor e reflita guarde no coração, isso basta. - Isso basta, quando o vaticano não nos envia uma carta dizendo que a igreja não terá reconhecimento, caso o número de fieis continue insuficiente. Isso será o declínio. Capítulo 01 – Visita de boas vindas Uma grande casa em estilo colonial, conservada em todos os aspectos, grande jardim nos fundos e frente, inspiração de uma moradia de uma tradicional família norteamericana situada em uma esquecida cidade na área quente da Califórnia, na pequena Sant Ross. Esse era o novo endereço das primas Christine, Hanna e Roxanne que se mudaram da grande Seattle a procura de uma nova vida – a temida fase da juventude – Três recém universitárias formadas, afim de novas descobertas e vivências, cansadas do mundinho capitalista da sua família, os Anderson. Uma família de importantes empreendedores da cidade Seattle e seus periféricos. Um chamativo Ford Escape acabara de estacionar em frente à casa das três novas conterrâneas de Sant Ross, todos os vizinhos olhavam com atenção, esperando as pessoas que sairiam daquele carro, as Anderson. - Bem vindas, meninas! Esse é a nossa nova morada. – Disse a Christine Anderson, a suas primas enquanto saiam do carro em direção a nova casa. Christine, 25 anos, uma esguia ruiva, preenchida de um olhar sedutor. Hanna, 22 anos, um rostinho angelical, de cabelos dourados e encaracolados. Roxanne, 24 anos, uma mulher serelepe de olhos esverdeados, cabelos longos e negros, pele cor de neve como as suas primas também tinham. - Nossa, como são lindas! Vestidas de uniforme preto e colado ao corpo, dariam boas sósias das panteras. – Disse Todd, um bonito rapaz santrossense de olhos que refletiam a cor do mar que entrava em contraste com os seus cabelos escuros em um corpo atlético e robusto, enquanto sua tia Magda, olhava as três de frente de casa, com ar de desprezo. - Lindas? Elas trarão a corrupção para a mente e vida da nossa cidade. – Ela indagou, enquanto as Anderson entravam em casa rindo entre si. – Desvie os olhos dessas mulheres, elas não te farão bem, elas não te farão bem, não farão. - Aqui estamos meninas! É aconchegante, não? – Roxanne disse as primas, enquanto admirava a mobília da nova casa. – Que Deus abençoe esse lar. - É bonitinha, não? Não é comparável com nossa casa em Aspen, mais vamos sobreviver nesse lugar. – Hanna respondeu. – Alias, somos a manchete da cidade, repararam no pessoal assistindo a nossa chegada? Aqueles molengas, nem para uma festa de recepção. Não é todo dia que uma Hanna Anderson, aparece assim para qualquer um. – Ela gargalhou alto. - É linda! Não tem nada de bonitinha, ela é aconchegante e tem uma bela mobília, agora Hanna, chega de reclamações, vá até o carro buscar nossas malas, antes que eu cale a tua boca com meu salto alto na tua garganta. – Christine ria enquanto olhava uma tela de Cézanne na sala principal e dava ordem a Hanna a ouvia e obedeceu a prima mais velha ironicamente. O dia amanhecera Christine e Hanna já se encontravam a mesa em meio a um café da manhã improvisado, com alguns quitutes que ganharam da vizinhança, quando Roxanne desceu após o banho em direção a mesa. - Bom dia garotas! Vocês fizeram isso? Não acredito. – Ela olhava espantada para a mesa posta, pois nenhuma delas tinha algum potencial culinário. - Bom dia! A Hanna conheceu um rapaz, o mesmo que a ajudou com as bagagens ontem, e hoje ele trouxe alguns quitutes da vizinhança. – Christine respondeu com um sorriso. – São todos adoráveis e hospitaleiros. - Todd, esse é o nome dele. – Hanna indagou enquanto umedecia os lábios com um aromático suco de nectarina. – Todd Stuart. Todd Stuart. - Você não perde tempo, Hanna! Christine fique de olho nessa guria, pois mais cedo ou mais tarde, ela nos trará problemas, encrencas e outras inúmeras derivações do gênero. – Roxanne disse enquanto se juntava as primas. Tagarelavam no desjejum, quando ouviram o bater da porta, lá fora. - Vou Atender. – Disse Christine, saindo da sala de jantar, em direção a porta da grande sala de estar. – Bom dia! Em que posso ajudar o senhor? – Ela perguntou ao avistar um lindo rapaz, de aparente trinta e poucos anos, com rosto emoldurando uma feição angelical, vestido por sua batina. - Prazer sou Padre Erick Willians! Posso entrar? – Disse o padre que esboçou um largo sorriso, para Christine que o convidou para entrar. - Meninas, esse é o Padre Harry! Padre, essas são a Hanna e Roxanne, e eu sou Christine Anderson. Sente-se Padre, tome um café com a gente. – Ela dizia enquanto as outras sorriam e cumprimentaram o padre, sem entender o porquê da visita inesperada, será que pessoas dali teriam esse hábito sempre? - Sou Erick Willians, Padre da comunidade e venho em nome de toda a cidade, dizer que são bem vindas! Alias o que te trouxeram para essa cidade esquecida? - Na verdade, nem eu sei ao certo o por que. O corretor de imóveis da nossa família, que nos indicou isso aqui. – A Hanna respondeu, demonstrando desânimo. – Eu discordei, quando descobrir que se tratava de um lugar como esse, bonito e organizado por sinal. Mas eu fui criada numa cidade cosmopolita como Seattle, que respira correria e desconhece o significado de lugar pacato. - Hanna! – Christine a repreendeu. - Não leve em consideração com o que ela diz padre! Mais como ela diz, foi o nosso corretor, que nos indicou esse lugar. - Três moças, cansadas da vida que levavam que procuraram um lugar para refazer as vidas? – Ele perguntou, enquanto analisava o que acabamos de falar. - Praticamente não, pois vamos continuar vivendo com dinheiro dos Anderson, alias essa casa foi dada como presente de família. Começa a entender? – Hanna respondeu. – Alias, não há como refazer a vida em um lugar desses, desculpe a minha franqueza, mas não existe chance nenhuma. - E o que pretendem em Sant Ross? – O padre perguntou, gargalhando ao ver da revolta da Hanna que se expelia em sua voz, ao relatar a história. - Ainda não sabemos padre! Alias pergunte para a Christine, foi ela que nos trouxe para esse fim de mundo. – Hanna respondeu com um singelo sorriso. - Seja lá como for, sintam se em casa. Agora, minhas filhas eu preciso ir. Foi um prazer conhecê-las! – O padre levantava-se após terminar com o café. – Alias, quero convidálas para visitar a nossa igreja, acredito que sejam fieis cristãs, a nossa comunidade e Cristo vão adorar a presença de vocês, três lindas moças que darão luz para nossa cidade. - O prazer é todo nosso, Padre Willians! Muita gentileza da sua parte visitar-nos, isso faz nos sentimos mais seguras, nesse lugar onde não temos conhecimentos de nada. Christine agradeceu a visita levando-o até a porta enquanto Roxanne e Hanna continuaram a mesa, terminando a refeição matinal. - Padre, como foi seu encontro com as novas conterrâneas? – Madre Taylor, perguntou ao padre que acabara de chegar à igreja. - Três garotas ricas, que simplesmente acordaram com a curiosidade de se aventurarem, sem a presença da família. – O padre respondeu sorrindo. - Padre Willians, o que o senhor foi fazer naquela casa? - Magda Stuart gritou mergulhada em ódio, quando entrou a igreja - Todos serão corrompidos por aquelas mulheres, não acredito que isso acontecerá comigo. - Sra. Stuart, não se exalte na casa do senhor. – O padre respondeu serenamente. – Já pedi que parasse com isso! Quer ser excomungada da nossa igreja? São apenas três garotas, que estão fazendo dessa cidade uma colônia de férias. – Ele gargalhou. – Na casa do senhor, não recusamos a presença de nenhum, e na cidade não será diferente, estamos entendidos? – Ele a fixou. Capítulo 02 – Correio anônimo A semana passara e todos os conterrâneos da cidade, já se familiarizaram com as Anderson, exceto Magda Stuart, que ainda se perguntava como três garotas de patamar daqueles, procurariam Sant Ross para viverem. - A experiência aqui não está sendo das piores, mas não sei quanto tempo vamos durar neste local. Tudo estava se encaminhando com naturalidade, todos os conterrâneos já as conheciam e se familiarizaram a elas - ou quase todos - Tudo parecia normal até que algo estranho aconteceu. - Bom dia, meninas! Sentem-se o café da manhã está servido. - Christine disse, enquanto Loren (santrossense que acabara de ser empregada pelas três para realizar os afazeres da casa) terminava de arrumar a mesa. - Aconteceu algo nessa manhã! A Loren encontrou isso em nossa caixa de correios. Saiam de Sant Ross! Aqui não é um lugar seguro para vocês Sigam essa orientação, ou poderá ser tarde demais. Esse era o recado que o bilhete sem remetente acabara de mostrar a Roxanne e Hanna trazia. - Oh meu Deus, o que é isso? - Roxanne leu assustada, atônita com o que havia lido. Christine, Hanna! Vamos venham. - Ela disse, saindo pela porta. - Aonde vamos? - Noticiar esse fato ao chefe de polícia da cidade, Hanna! Ele precisa saber disso. - Ora, ora! Se não são as novas conterrâneas da nossa cidade, em que posso ajudá-las? - Bom dia, Chefe Samuel! Sou Roxanne Anderson, e vim procurar auxilio, recebemos em casa esse bilhete anônimo, que me deixou super apreensiva. Após o entregar o bilhete recebido ao delegado que analisou a fundo a mensagem, todas as três se viram com cara de paisagem, ao vê-lo gargalhar por minutos sem parar. - Como podem se preocupar com uma coisa dessas? Em toda minha vida de oficial nessa cidade, nunca noticiei um caso absurdo que pudesse abranger alguma importância. - Ele disse após corar de tanto rir. - Fiquem calmas, aqui não é uma dessas cidades grandes que vocês estão acostumadas a viver, cercadas de criminalidade e coisa do tipo. Isso só pode ser obra de algum moleque, que aposto está gargalhando em meio aos amigos, com a reação de vocês. - Aquele chefezinho de merda, pensa que estava falando com quem? Para me debochar daquele jeito? Eu sou Roxanne Anderson, ele sabe a supremacia que nossa família tem? - Calma Rox, ele estava certo! Não precisamos levar a serio isso. Só pode ser coisa dessas crianças daqui, fique calma. - Christine Respondeu, enquanto saiam do carro que acabara de ser estacionado na garagem de casa, por Hanna que olhava pelo retrovisor, quem te esperava na fachada de casa. - Vou deixar vocês duas discutindo a paranóia da Rox, pois ir falar com o Todd me parece mais atrativo. - Hanna gargalhou, enquanto saia do carro e seguia em direção dele, que a esperava em frente seu jardim. - Oi Hanna! - OI Todd, tudo bem? - Tudo sim, e por ai as coisas vão tudo bem? A vizinhança já comentou que saíram cedo às pressas daqui, o que houve? - Nada demais, só mais um capricho em relação às paranóias da Rox. - Ela gargalhou. E mais uma vez, as Anderson se tornam manchete na boca das conversadeiras da cidade. - Vai se acostumando. - Ele retribuiu a gargalhada. - Mais me diz ai! Pelo amor de Deus, que passatempo ou momento de lazer vocês tem nessa cidade? Se eu passar mais um dia dentro dessa casa, vou cometer um suicídio. E isso seria desperdício demais! - Ela riu. - Eventos são bem difíceis aqui! Mas na próxima semana começam as quermesses beneficentes do corpo religioso da cidade. - Ele respondeu. - Agora consigo entender, o porquê que essa cidade foi esquecida pelo mundo. - Ela gargalhou outra vez, só que trazendo um tom de deboche em sua face. - Fora isso, podemos passar por um parque ecológico a alguns quilômetros daqui. - Legal? Quando? - Nós vamos? - É o que parece! Isso não foi um convite? - Se não foi, agora é! - Ele deu uma piscadela. Enquanto isso o padre Willians discutia com o seu corpo de membros da igreja, os ajustes finais da semana que quermesses que viria. - Padre! Como presidente dos eventos da tradicional quermesse de Sant Ross, proponho que devemos dobrar os investimentos para as festividades, para que podemos ter lucros de proporções que ajudem a cidade com o decorrer do ano. - Magda falava enquanto se levantava na mesa de reuniões da sacristia paroquial, e encarava o padre, as madres e todos os membros da organização. - É uma idéia que deve ser adotada, senhora Stuart! Mas não apenas com o objetivo de rendimentos, mas sim do aumento de fieis em nossa igreja. - O Padre indagou. - De nada vai importar esse dinheiro, se depois não houver fieis ou até mesmo igreja. - Como assim não houve igreja, padre? - Perguntou um dos membros daquela comissão. - A reunião está terminada, as decisões já foram tomadas, não mudaremos nada na agenda ou no orçamento das festividades, tenham uma boa tarde. - Respondeu ele, enquanto saia da sala. Capítulo 03 – Abrindo o jogo O jantar já havia sido tirado da mesa, e as Anderson se reuniram a sala de estar, assistindo um dos filmes da grandiosa coleção de filmes da Christine. - Troca esse filme, esse não é dos melhores. - Roxanne pediu para Christine que fixava o olhar para as cenas de um filme clichê que ela adorava assistir. - Quero assistir um daqueles do Stephen King, com cenografia tipicamente Sant Ross. - Filme de terror, sozinhas? Claro que não! Amanhã chamo o Tó e agente assiste. Hanna indagou, enquanto lia os emails em seu laptop. - Tó? Já chegou a esse ponto de se apelidarem? – Roxanne perguntou. - Isso é normal para amigos não? - Ela respondeu rindo. - Alias, vou a um tal parque com ele no final de semana. - Rox, mais clichê que meu filme, é descobrir o destino da amizade colorida desses dois, não acha? - Christine respondeu por um gargalhar que foi interrompido pelo telefone que tocava. - Alô! - Ela atendeu. - Deixa-me adivinhar, ligação de Seattle? - Não, Rox. - Quem foi então? Que cara é essa? Está me assustando Chris. - Foi de Seattle sim! Vovó Eliza, ligou dizendo que o Johnny voltou de Melbourne, e te procurou na mansão. - Oh meu Deus! Não vou poder voltar a Seattle agora. Esse cara não tinha que ter voltado. - Roxanne disse apavorada. - Calma gente! É só um ex-namorado e não um louco armado com uma serra elétrica. Hanna riu enquanto via a prima ficar pálida. - Oh Meu Deus, o que vocês estão me escondendo? - Hanna, A Rox não veio para Sant Ross com a gente, simplesmente porque queria nos acompanhar nessa nova experiência, de morar em lugar no meio do nada. - Cala a boca, Christine! – Roxanne a repreendeu. - Conta para ela, Rox! Agora. - Hanna, eu vim, não porque ele é um louco armado de serra elétrica, mais pretende me dar o mesmo destino que o louco. Foi por isso, que esperei que ele fosse para a temporada de negócios em Melbourne, para que terminasse o relacionamento, não dava mais para aguentar todo aquele peso, não éramos um casal normal, fomos uma ponte de negócios entre as famílias. - Roxanne desabafava, enquanto mergulhava os olhos em lágrimas. - Na mesma ligação que disse que tudo acabou ele implorou que não fizesse isso, e depois prometeu que eu iria me arrepender por isso. Eu temi com minha própria vida naquele momento, e daí viemos para Sant Ross. - Como puderam esconder isso de mim? Como puderam me deixar prestar esse papel ridículo? Eu aqui sem saber de nada, na inocência que estivesse com vocês porque fosse algo planejado pela gente. Como fui idiota! - Hanna gritou nervosa. - Hanna volte aqui, Hanna! - Roxanne gritou enquanto Hanna corria para fora de casa desorientada. - Quem deveria estar desesperada assim sou eu, pois sou eu quem ele procura. - Deixa ela Rox, ela só está decepcionada por não termos falado nada a ela. - Christine indagou. - Eu disse a você que tínhamos que ter falado com ela, te disse várias vezes. - O que foi Christine? Vai virar as costas para mim também? Eu só não disse nada a ela, pois achava que ela não fosse ficar do meu lado com isso, concerteza ia querer que ficássemos nas muralhas protegidas dos Anderson. Inconsolada Hanna saiu de casa, para a praça da cidade discutindo com os seus botões o porquê daquela desconfiança da Roxanne diante dela. Ela não podia ter feito isso comigo, não podia, fui peão de xadrez, vir para esse fim de mundo exclusivamente visando os desejos dela, e não com os meus. E assim ela chorava. - Minha filha o que havendo? Você está bem? O que houve? - Disse Thereza Brooks, uma velha conterrânea da cidade, movida de conceitos criados pela Magda Stuart. - Vai para o inferno, velha curiosa. Vá cuidar da sua vida! Você e toda essa cidade que pouco me importo. - Garota malcriada tenha respeito pelos mais velhos. Eu só queria ajudar. - Só queria era preencher o folhetim de fofoca amanhã. Isso sim. - O que está havendo aqui? Hanna o que houve? A senhora Brooks, te fez alguma coisa? - Todd apareceu correndo perguntando preocupado ao se deparar com a cena da moça chorando. - Essa menina queria me agredir, eu só queria ajudar. - Vamos sair daqui, Hanna! Não dê atenção, a esse pessoal daqui, vem comigo. – Disse ele estendendo a mão para ela que estava sentada em dos bancos da praça da cidade. - Hanna você está bem? O que houve? Por que a senhora Brooks, te atacou daquela maneira. - Acabei de ser feita de otária! Não vim para essa cidade simplesmente porque minhas queridas primas desejavam compartilhar essa nova experiência de expedição familiar comigo. – Ela respondeu para ele que a olhava caminhando pela sala de estar, de um lado ao outro. - Hanna fique calma! Qual é a causa pela qual te trouxeram até aqui então? Diga-me. - A Roxanne terminou o relacionamento com o namorado, e desde então começou a receber ameaças, ai procurou esse fim de mundo para se isolar, enquanto a Christine estava por dentro de tudo. – Ela começava a chorar o encarando sem ação – Eu vou embora daqui, não tem mais relevância nenhuma eu continuar em Sant Ross. - Para mim tem! - Todd a puxou pelos braços, olhando fixamente os seus olhos. - Todd, o que você está dizendo, o que... – Ela foi interrompida pelo tocar dos lábios dele que foram em encontro aos seus em um rápido movimento que a envolveu em seus braços. - Você tem protagonizado meus pensamentos, garota! Desde a primeira vez que falei contigo. - Todd... – Ele interrompeu outra vez colocando um dos seus dedos sobre seus lábios. - Hanna fica? Você vai se entender com elas, eu não posso te perder! Fica te peço. - Como pode me perder se nunca pertenci a você? – Ela indagou o fixando com os olhos. - Mas vou buscar essa oportunidade na qual estou convicto que conseguirei conquistar. - Não tem necessidade nenhuma, pois ela já é praticamente sua, só falta tomar posse dela. E então o dialogo foi destruído pelo silêncio que veio acompanhado pelo novo selar dos lábios dos dois e pelo romper do fecho do vestido de Hanna, que acabava de ser tocado mãos de Todd, numa noite onde a residência do senhor Stuart transformava a relação de amizade entre os dois, na descoberta dos instintos homem / mulher dentro deles. Capítulo 04 – Alarme falso Hanna acabara de acordar, quando foi recebida no quarto que passou a noite com Todd, por ele mesmo carregando uma bandeja de café da manhã, com um sorriso estampado. - Bom dia, flor do dia! – Ele reverenciou Hanna, que retribuía o cumprimento sorrindo. - Bom dia! - Ouvi o seu telefone tocando toda a noite, enquanto você dormia. Mais não ousei em acordá-la. Ela o beijou, e se levantou usando a primeira camiseta dele que conseguiu no armário e seguiu para a sala onde estava o celular, onde se lia: CHRISTINE 30 CHAMADAS PERDIDAS Vendo aquilo se assustou e retornou uma das ligações, após esperar, o telefone foi atendido. - Chris? 30 ligações? Não precisa se preocupar estou bem! Estava de cabeça quente e... - Hanna? Graças a Deus, que consegui falar com você. Que bom que vocês fizeram as pazes, por que você nem a Rox, retornaram as ligações? Vocês estão em Sant Ross? - Rox? Christine, eu não cheguei a falar com a Roxanne, desde o nosso desentendimento ontem. - Oh meu Deus! Hanna você está brincando? A Rox foi atrás de você ontem durante a noite, e não voltou até agora, e nem retorna as minhas ligações. – Christine se desesperou na linha. - Nosso Deus! Chris espere por mim, estou indo para ai agora. – Hanna desligou o celular. – Todd, precisamos ir para casa agora! Vamos a Rox desapareceu e a Chris não sabe o que fazer. Antes mesmo que Todd desligasse o motor do carro, na frente da residência das Anderson, Hanna saiu dele correndo em direção a Christine que a esperava em frente da fachada da casa, chorando em prantos de desespero e preocupação com o paradeiro de Roxanne. - Christine vai entre no carro! Vamos até a delegacia denunciar o sumiço dela. – Hanna disse abraçando a prima. – Você tem certeza que ela não saiu com alguém da cidade? - Claro que não! Ela decidiu te procurar, para pedir desculpas e te contar toda história. Liguei toda a noite para você, pensando que estivessem juntas, mais nenhuma das duas respondiam as minhas ligações. - Entra no carro, o Todd nos levar a delegacia. – Hanna a puxou pelo braço. - Ora, ora! Se não são as Anderson. – Cumprimentou o chefe Samuel, ao vê-las entrando em sua sala, acompanhada pelo Sr. Stuart. - Chefe Samuel, a Roxanne desapareceu, na ultima noite! Não sabemos o que fazer, pelo amor de Deus, encontre-a! – Christine gritou. - Acalme-se filha! – Alguém aqui, quer me contar o que houve? - A Roxanne saiu de casa para me procurar ontem pela noite, e não voltou desde então. – Hanna explicou com calma. – Ela não atende a nossas ligações e não dá sinal de vida. - Isso é normal quando se é jovem, não? – Ele sorriu. – Ainda mais para três mulheres que viviam em uma cidade grande feito Seattle. - Quer parar de nos ignorar, chefe? – Christine se irritou. – Estamos falando da vida da minha prima, o senhor quer levantar o traseiro gordo e ir atrás dela? - A senhorita quer ser presa por desacato? Ou vai continuar me ensinando o que fazer? - Chefe, o senhor vai ficar relevando mesmo o nervoso dela? – Todd defendeu Christine. - Vamos assinar uma ocorrência agora, e meus homens vão investigar isso, agora mesmo. – Ele respondeu com feição séria. – Peço que vá para casa e se acalmem, após preencherem o boletim. - Entre Todd! Hanna ligue outra vez para o telefone da Rox! – Disse Christine quando os três chegaram da delegacia, para casa. – Precisamos fazer alguma coisa! Não posso apenas deixar nas mãos daquele chefezinho. Vou ligar para Seattle, a família precisa saber disso, para que possa nos ajudar. - Claro que não, ficou louca? – Hanna resmungou enquanto digitava o número da Roxanne no seu celular antes de completar a ligação. – Já imaginou o sensacionalismo que eles podem aprontam com toda essa situação? Eles ao menos sabem, onde estamos? Fica tranquila, ela está bem. - Christine, ela saiu e deixou o celular aqui? – Todd perguntou ouvindo um bipe de celular que tocava em um dos quartos lá em cima. - Claro que não! – Ela respondeu. – Espera ai, ela chegou! – Ela subiu as escadas, em direção ao quarto da Roxanne. – Rox? Rox? Você está ai? – Ela gritou, e deparou com Roxanne despertando sobre a cama. - Chris? – Roxanne respondeu se sentando na cama, enquanto Hanna e Todd apareciam na porta juntos com Christine. - Roxanne, onde esteve toda a noite? Posso saber? Passei a noite em claro, por que não atendeu as minhas ligações? Você está bem? – Metralhou Christine abraçando-a. - Eu estou bem! Nossa como minha cabeça dói. – Ela respondeu. – Não me lembro de nada após ter ido procurar a Hanna. Alias, Hanna me perdoa pelo que fiz. - Deve ter tomado um porre daqueles, não? – Hanna gargalhou. – Está tudo bem, Rox! Eu estava de cabeça cheia. – Ela indagou. – Da próxima vez que fizer uma coisa dessas, encho a tua cara de pancadas. – Brincou. – Mas, sério o que aconteceu? - Vou deixar vocês à vontade, meninas! – Todd disse vendo as três tagarelando entre elas. - Fique Todd! Fica para o jantar, a Loren prepara algo para você. – Christine convidou. - Fica para a próxima oportunidade, amanhã quem sabe? – Ele respondeu sorrindo. – Obrigado pelo convite. - Te levo até a porta, amor! – Hanna se levantou. - Amor? – Christine e Roxanne perguntaram em coro. A resposta para elas veio através de um beijo entre os dois, que saíram do quarto, abraçados. Capítulo 05 – Primeira denuncia - Telefone da delegacia de Sant Ross, boa tarde! Sou o agente Vicent, em que posso ajudar? - Boa tarde, Sou Hanna Anderson! Gostaria de falar com o chefe Samuel. - Desculpe, o chefe não se encontra, posso ajudá-la? - Queria apenas informar, que mais cedo fizemos um boletim em decorrência do desaparecimento de Roxanne Anderson, mas nós já a encontramos e agradecemos pelo auxilio. - Ok! A delegacia de Sant Ross agradece a informação. E antes que o agente tirasse a mão do telefone que acabara de desligar, ele voltou a soar. - Telefone da delegacia de Sant Ross, boa tarde! Sou o agente Vicent, em que posso ajudar? - Pelo amor de Deus, o meu neto acabou de desaparecer – Gritava Thereza Brook, na linha. – Façam alguma coisa, pelo amor de Deus! Capítulo 06 - Pegando estrada - Eu não quero mais, ficar nessa cidade! Nós não temos conhecimento nenhum sobre esse lugar, estamos ficando loucas? – Christine disse enquanto as primas a encaravam refletidas pelo tom de seriedade na sua voz. – Vamos voltar para Seattle amanhã pela manhã. - Com que direito você traz esse tom de autoridade, dizendo que vou embora? Eu fui trazida aqui por vocês, e quem não quer voltar agora sou eu. – Hanna retrucou. - Também acho que não seja necessária a nossa volta para Seattle. – Roxanne acrescentou. – Vir para cá, não foi nenhum ato inconsequente, somos adultas e não devemos prestar satisfação para ninguém, nem mesmo para nossa família. - Eu sei disso! Fazemos assim então, voltamos a Seattle apenas para uma passada rápida. – Christine pediu. – Nossas avós não têm os mesmos corações de antigamente, e não podem ficar se preocupando a toa com a gente, quero que eles saibam onde fica Sant Ross, e que estamos aqui como experiência e nada mais. - Mas eles já sabem da nossa estada aqui, costumam ligar sempre. – Hanna riu. - Por favor? Vocês podem fazer isso? E assim elas concordaram na viagem, e logo agendaram as passagens para a noite do próximo dia, em dos aeroportos da cidade aos arredores de Sant Ross. - Como assim vai a Seattle? Ficou louco, vai fazer o que naquela cidade? Você não vai! – Magda perguntou histérica, quando Todd disse que estava indo viajar naquela mesma manhã. - Tia Magda, eu não estou aqui para ganhar permissão de ida! Só estou aqui para dizer que vou viajar com a Hanna e as primas para Seattle, e para pedir que a senhora, fique com as chaves de minha casa. - Todd Stuart, você não fará isso! - Já estou indo agora, na próxima semana, estamos de volta. - Ficou louco? Já foi enfeitiçado por aquelas mulheres? Toda a cidade está comentando que você está namorando com uma delas, a mesma que agrediu a irmã da nossa igreja. – ela gritou, enquanto ele saia pela sala de estar da casa da tia, sem dar importância no que ela falava. - Eu amo a Hanna! Tchau tia Magda, até mais. - Como Ama? Todd? Mas amanhã começam as festividades da cidade, como vai sair e nos deixar assim? - Tchau tia, tchau! Ele seguiu adiante, em direção a casa das Anderson que ficava naquela mesma rua, onde se via as Anderson arrumando algumas malas de mão, e se acomodavam no carro. - Vamos? - Vamos, Hanna. - Você dirige! – Ela imperou enquanto ele pegava a chave e o motor do carro rugia. - Para onde vão as Anderson e o Todd? – Madre Taylor se passava por ali, e avistou Magda imóvel, vendo o carro partir, em frente da sua varanda. - Aquelas mulheres já desviaram a conduta do meu sobrinho, do padre Willians, mas vou impedir antes que toda a nossa cidade se corrompa, eu juro. - Não diga isso, Magda! – Disse a madre assustada. – Tem informações sobre o paradeiro do neto da irmã Thereza? - Pobre Thereza! Já perdeu a filha e o genro naquele trágico acidente, e agora o seu neto órfão desaparece assim, pobre mulher. – Magda respondeu, sem desviar os olhos para onde fitava. Capítulo 07 – O turista A cidade de Sant Ross já estava toda decorada, em meio ao barulho do fim da ornamentação das barracas da quermesse anual da cidade, enquanto os primeiros turistas chegavam e começavam a se hospedar no hotel local. - Padre Willians, graças a Deus! Os turistas já começam a chegar. – Gritou a madre com alegria nos olhos, do fato que ela esperava apreensiva. - Já era hora! Há anos todos esses turistas, chegavam dias antes para as festividades e hoje aos poucos começam a perder o espírito da tradição. – Padre Willians, indagou. – Esse ano, eles chegam no dia da abertura dos eventos, ano que vem, nem voltam mais. - Não diga isso! Tenha fé, a nossa igreja vai continuar, tenho certeza que daqui a pouco todo esse povo terá motivos para vir à casa do senhor. - Como tem tanta certeza, madre? - Conhece o significado da palavra, fé? Acho que sabe sim padre! Enquanto isso um chamativo Lamborghini Reventón chamou atenção de todos ao ser estacionado em frente ao hotel, por um jovem de aparentes 25 anos, de traços europeus devido aos seus cabelos loiros e olhos azuis em conjunto de um jeito solista. Enquanto o rapaz esbanjava charme ao entrar no hotel, as pessoas cochichavam: - Oh meu Deus, após as Anderson todos esses ricos resolveram passar pela cidade? - Isso é um Lamborghini? Um carro desses é caríssimo! O que esse cara veio fazer a cidade? - Pelo visto, a quermesse desse ano será bem lucrativa. - Em que posso ajudá-lo senhor? – Disse a recepcionista, enquanto mexia os cabelos, como arma de sedução para o turista. - Boa tarde, sou Johnny Miller! Gostaria da sua melhor suíte, - Ele sorriu, enquanto esticava as mãos para um cumprimento. – Não trouxe malas. Vou dar uma volta pela cidade, e quando voltar pego a chaves. Desculpe por perguntar, mas sabe onde Roxanne Anderson está hospedada? - As primas de Seattle? – Se não bastava os homens da cidade, essas mulheres ainda nos tomam os turistas, ela pensou. – Não estão hospedadas, elas estão morando na cidade. As três adquiriram uma das melhores casas da cidade. - Ah, como eu poderia ter esquecido isso? – Ele fingiu ter conhecimento do fato. – Pode me informar onde se situa essa residência? - Claro! Venha comigo, que posso te mostrar, alias se quiser conhecer a cidade, estou à disposição. – Ela piscou, enquanto se encaminhava para rua e apontava para ele a casa, que ficava na mesma quadra que o hotel e a praça da cidade. - Obrigado, volto logo para me acomodar. - Meu nome é Stefane, foi um prazer! O senhor está indo até lá? - Senhor? Nossa não precisa dessas formalidades. – Ele gargalhou. – Estou indo sim. - Elas não estão em casa, saíram com o Todd ontem, e não voltaram ainda. - Saíram? Todd? Quem é esse? - Todd, é um conterrâneo da cidade que está namorando, ou algo do tipo com a loira. - A Hanna? - Isso! E eu não sei onde foram, apesar de todos da cidade noticiarem todo que acontece por aqui. - Ok! Eu vou subir então, tomo um banho e vou descansar! Dê-me as chaves, e amanhã nos falamos. - Posso te mostrar o quarto, vem comigo. – Ela disse, enquanto ele a seguia pelas escadas e era conduzido pelo corredor, até chegarem ao terraço e a suíte presidencial do pequeno hotel. – Aqui é a suíte presidencial, os serviços de quarto estão disponíveis a qualquer momento pelo telefone! O senhor, disse que vai passar a noite no quarto? - Algo contra? – Ele gargalhou. - Não! Eu achava que você tinha vindo para as festas da cidade, que terão abertura essa noite. Se quiser posso acompanhá-lo! - É mesmo? Claro! Capítulo 08 O sol já começava a se esconder em meio ao horizonte fazendo com que a estrada começasse a escurecer, em meio à ansiedade das viajantes em chegarem logo. - Pronto forasteiras, chegamos à cidade de Buffalo! Quando é o nosso vôo? – Todd perguntou enquanto dirigia pelas primeiras ruas da cidade. - Amanhã pela manhã. Vamos para um hotel? – Hanna perguntou. - Obviamente, passar a noite nesse carro que não seria! – Roxanne indagou. – Chega de carro por hoje. - Quantos quartos? – Perguntou a atendente do primeiro hotel que o quarteto viajante achara. - Quatro, são... – Christine respondeu quando Hanna interferiu. - Três! Eu vou dividir o quarto com o Todd. - Uii! – Roxanne Gargalhou. - Aqui estão as chaves. – Disse a recepcionista. – Sigam pelo corredor, quarto 7, 12 e 13. - E Assim eles se encaminharam para os quartos sem a noção que aquelas seriam suas ultimas horas de tranquilidade para eles e muitos em Sant Ross. Capítulo 09 – Que comece os trabalhos - É com honra que damos início mais uma edição das festividades da nossa cidade, que trasborda de brilho e alegria com a presença de vocês! Essa tradição não pode parar, e vai seguir adiante conforme nossas novas gerações. – Dizia Magda no palanque dos eventos, enquanto toda a cidade lotada de turistas ouvia. – Que comecem as festividades. – Todos saudaram com palmas, enquanto o padre subia preocupado no palanque para falar com a Magda. - Onde está a Madre Taylor? Não consigo encontrá-la? - Eu não sei padre, não sou assistente pessoal dela e nem cuido dos interesses da agenda da madre. – Ela respondeu com um sorriso no rosto. Uma banda local começava a tocar em meio ao festejo dos turistas e conterrâneos que dançavam e passeavam pelas barraquinhas da quermesse, que comercializada desde peças artesanais a petiscos e quitutes locais. - Ora, ora se não é Stefane Derick! Como vai amiga? – Vânia cumprimentou a amiga que saia do grande carro do Todd acompanhada do próprio. – Quem é o amigo? Apresenta. - Oi, Vânia! Tudo bem? Esse é o senhor Miller. - Senhor Miller? Que formalidade é essa. – Ele gargalhou. – John Miller, pode me chamar de John. - Prazer Todd! Sou Vânia Rainger. Em meio aos festejos da noite, um turista da cidade sentado em um dos bancos afastado da praça, olhava todas as pessoas com um jeito de vigilância como se algo que estava sendo planejado estivesse preste a ser feito, quando o tocar do seu celular fez com que ele se levantasse e afastasse. - Na escuta, pode dizer! – Disse ele a pessoa na linha que acabara de ligar. - Dê inicio, como combinado e mantenha discrição ou você se torna carta fora do jogo. Stevan Sulliver. Os cabelos longos nos ombros, olhos caramelados e as feições angelicais camuflavam bem as intenções maliciosas daquele homem, que recebera um sinal que o seu trabalho podia começar. Capítulo 10 – Sonhando ao acaso Onde eu estou? Ai como minha cabeça dói! Roxanne se perguntou pensando, enquanto abria os olhos e se via deitada em um galpão escuro, que teve o silêncio cortado pelo chorar de uma criança. - Onde eu estou? Quem está ai? – Ela gritou, e teve como resposta o eco da sua própria voz e o choro continua gradativamente. Ainda meio grogue, ela se levantou e seguiu a voz, até descobrir em uma sala fechada por uma porta de grade, uma criança sentada no canto do cômodo vazio chorando. - Oi garotinho? O que está acontecendo aqui? Onde estamos? – Ela perguntou para o garotinho de no máximo quatro anos de idade, detentor de cabelos dourados e cacheados e de olhar esverdeados coberto por lágrimas. - Menininho me responde? – Ela perguntou desesperada, enquanto a criança chorava interruptamente e ela tentava abrir a porta de grade que mais parecia uma jaula para animal selvagem. - Me espera aqui, vou procurar ajuda! – Ela saiu correndo sem se dar conta que a criança mal a entendia, apenas chorava em desespero de estar trancada naquele lugar. Meu Deus! Não posso deixar aquele garotinho sozinho naquele lugar. O que está acontecendo aqui, onde estamos? A as cabeça estava perdida em pensamento e em dúvidas, pois ela só se lembrada de ter saído, para se perdoar com a prima. E simplesmente acorda em um galpão vazio, uma criança presa em uma sala enjaulada, como em um cenário de filme de assassinos sangrentos. – Socorro! – Ela gritou. Desorientada, sem saber o que fazer, apenas correndo sem rumo, ela sentiu a presença de alguém por perto, no corredor que acabara de entrar para pegar um pé de cabra que havia encontrado. Tomada pela adrenalina e totalmente atônita, o seu medo à fez correr de volta ao lugar de onde viu o garoto. Voltando ao lugar, reencontrou o garotinho que continuava a chorar e começou a golpear a porta que começava a ter o seu material contorcido, mas de repente ele trocou o choro por uma face amedrontada. - Calma garotinho! Só estou tentando tirar você daí. – Mal sabia ela, que a criança não estava amedrontada pelo barulho que ela fazia, mas sim da figura da pessoa que estava atrás dela pronto para atacá-la. Ela pouco o viu, e foi pega de surpresa por um golpe que a desacordou. Roxanne acordou gritando deslumbrada com o pesadelo que teve, e se assustou com a Christine sentada ao seu lado. - Rox! O que houve? Não tem quem não ouvisse os seus gritos, com tal garotinho que você sonhara, fica calma foi apenas um pesadelo. - Chris, foi terrível! Chris... – Ela parou e começou a pensar. – Meu Deus, Christine! É isso o que aconteceu, precisamos voltar agora. - Que explicar o que está havendo? - Chame a Hanna e o Todd! Precisamos voltar para Sant Ross agora! – Ela respondeu. Ele a abraçou por trás, enquanto lhe puxava pelos cabeços e em resposta ela se contorcia enquanto os lábios dos dois se encontravam, e as roupas começavam a cair sobre a cama. O clima naquele quarto começava a esquentar ao ritmo que as caricias entre os dois começavam a ganhar um ângulo mais picante e malicioso, quando... - Hanna abre a porta precisamos ir embora agora! - Christine gritou do lado de fora da porta. - Sai daqui, Christine! – Ela se rebelou, ao ver que todo o clima esquematizado para noite havia embora. - A Rox está desesperada, ela se lembrou de tudo que havia passado na noite que ela desapareceu. Capítulo 11 – Siga em frente Os festejos da cidade estavam ao todo vapor, fazendo com que Sarah, a auxiliar de Magda em sua barraca de quitutes, começasse a apavorar com toda aquela multidão em volta de si. - Um de cada vez, por favor! – Ela gritou educadamente. - Esperem um momento! Alguém ai viu a dona Magda? – Ela saiu revoltada, pelo fato de Magda te-la deixada sozinha na hora do rush da festa, e sem preocupação também abandonou a barraca, para procurá-la. Dali, ela saiu caminhando por toda parte a sua procura, mas ninguém que fosse questionado sabia responder, porém sua fúria não deixou que parasse e ela continuou a procurar até sair daquela praça e seguir em direção a igreja, que estava em silêncio e sozinha, mas aos poucos se ouvia alguns ruídos na sacristia. Em silêncio ela caminhou até lá, e por uma fresta da pequena porta, assistiu um trecho de uma discussão entre o padre e a madre Taylor. - Você não pode fazer nem pensar numa barbaridade dessas! Eu vou te impedir caso à senhora tente isso. - Não tente padre, pois eu farei isso! Eu sempre avisei ao senhor. – Ela respondeu dando de ombros saindo da sacristia, e pegando de surpresa a jovem curiosa. – O que faz aqui minha jovem? - Acabei de chegar aqui, estou procurando a dona Magda que me deixou sozinha. - Ela não se encontra aqui, minha cara! – O padre respondeu com um sorriso, em direção as duas que se encaminhavam para fora da igreja. – Vou te acompanhar minha jovem. - Gente bastante calorosa, heim? Vou passar a vir mais vezes! Agora sei o porquê das garotas escolherem essa cidadezinha. – John brincou. - Verdade, aqui é um ótimo lugar! Apesar de ser pacato demais. – Stefane respondeu. – Preciso ir ao toalete, me espere aqui. E não dê atenção às assanhadas de plantão. - Ok! Combinado. – Ele piscou enquanto ela seguia para o banheiro químico mais próximo, sem notar que estava sendo seguida, por alguém. Enquanto isso, Algumas moças não conseguiram ser discretas ao desviarem olhares de desejo em direção ao rapaz vistoso que estava sozinho. - Oi, sou Silvia! É um dos turistas? - Perguntou uma delas, que se aproximou sem discrição com um grande sorriso de boas vindas. – Namora a Stefane? Onde a conheceu? De onde você vem? - Nossa! Que bombardeio de questionamentos. – Ele brincou. – Sou John. Sem sucesso, Stefane tentou abrir a porta do banheiro químico quando foi abordada por um senhor. - Essa emperrada, moça! – Disse o senhor estranho que aparentava usar cabelos e barba sintética, fazendo com que ela repreendesse as intenções de um farsante. - Me desculpe senhor, eu sou da cidade e conheço todas as instalações da festa, não me precisa me acompanhar, o turista aqui é o senhor. - Exatamente, eu sou o turista e vou te apresentar o que carrego debaixo do meu casaco. – Ele retrucou mostrando um revolver de cor prateada com a ponta apontada para a cabeça dela. – Vem comigo ou aperto o gatilho. - Pelo amor de Deus, senhor! Pode levar tudo. – Ela se apavorou entregando a bolsa. - Não seja tola! Eu não quero nenhum dos seus pertences. Vem comigo e não diga uma palavra. Ele disse virando os olhos com sua impaciência enquanto ela olhava com olhar de socorro para todas as pessoas que por ali passavam, e não conseguia encontrar John a distância dos seus olhos. Ele a segurou pelo braço, e seguiu andando sorrindo diplomaticamente, e ela seguia apavorada em estado de choque, apenas caminhando sem lutar ou falar absolutamente nada. As ruas e vielas da cidade estavam todas desertas, ninguém que ali vivia estava em casa, todos estavam em meios as festividades. Eles seguiram até no fim de uma das ruas ao lado de um matagal escuro, e ele a forçou a entrar em um pequeno galpão. Após entrarem, ele a amarrou em uma cadeira e foi atender o telefone que tocava. - Diga. – Ele disse enquanto se despia da peruca e barba falsas que usava. - Foi mais fácil que eu imaginava, ela não reagiu e está se comportando feito uma estátua de cera, até agora! Está apavorada, em estado de choque. – Ele gargalhou falando com a outra pessoa da linha. - Não eu não sei! O que faço agora? – De repente o sorriso do rosto dele sumiu. – Matar? Está bem! CAPÍTULOS DE DEMONSTRAÇÃO - VERSÃO EDIÇÃO OFF TÍTULO ORIGINAL: BEM VINDO A SANT ROSS LANÇAMENTO NA INTEGRA: 08/2012 ALL RIGHT RESERVED Kevin Guedes