Mercados

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informação global
Reino Unido
Ficha de Mercado
Setembro 2014
Índice
1. Dados Gerais
3
2. Economia
5
2.1. Situação Económica e Perspetivas
5
2.2. Comércio Internacional
8
2.3. Investimento Estrangeiro
12
2.4. Turismo
14
3. Relações Económicas com Portugal
15
3.1. Comércio de Bens e Serviços
15
3.1.1. Comércio de Bens
16
3.1.2. Serviços
20
3.2. Investimento
21
3.3. Turismo
23
4. Condições Legais de Acesso ao Mercado
24
4.1. Regime de Importação
24
4.2. Regime de Investimento Estrangeiro
26
5. Informações Úteis
28
6. Contactos Úteis
30
7. Endereços de Internet
33
2
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Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
1. Dados Gerais
Mapa:
Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU)
3
aicep Portugal Global
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Área:
2
242 509 km (Inglaterra 130 279 Km2; Escócia 77 933 km2; País de Gales 20 735 km2;
Irlanda do Norte 13 562 km2)1
População:
64,1 milhões de habitantes (estimativa meados 2013)
1
2
Densidade populacional: 264 hab./ Km (estimativa meados 2013)
Designação oficial:
Reino Unido da Grã – Bretanha e da Irlanda do Norte
Chefe do Estado e do Governo:
Sua Majestade Rainha Elizabeth II (desde fevereiro de 1952)
Primeiro-Ministro:
David Cameron (desde maio de 2010)
Data da atual Constituição:
O Reino Unido é uma monarquia constitucional. Não existindo um documento
único ou uma lei a que se possa fazer referência, o país rege-se por um conjunto
de princípios, tradições e usos
Principais Partidos Políticos:
Grã-Bretanha: Conservative Party; Labour Party; Liberal Democrats; UK
Independence Party; Green Party; Scottisth National Party; Plaid Cymru (Welsh
National Party)
Irlanda do Norte: Ulster Unionist Party; Democratic Unionist Party; Social
Democratic Party e Labour Party; Sinn Fein
(as próximas eleições estão previstas para maio 2015)
1
Capital:
Londres – 8,3 milhões habitantes (agosto 2013)
Outras cidades importantes:
Birmingham; Leeds; Glasgow; Sheffield; Bradford; Liverpool; Edinburgh;
Manchester; Bristol; Cardiff; Belfast; Leicester
Religião:
A religião oficial do Reino é Anglicana (a Rainha é a Chefe da Igreja), mas são
igualmente relevantes a religião Católica, o Islamismo, o Judaísmo e outras
denominações cristãs protestantes
Língua:
Inglês; existem idiomas próprios no País de Gales (galês), na Escócia (gaélico
escocês) e na Irlanda do Norte (gaélico irlandês)
Unidade monetária:
Libra Esterlina (GBP)
1 EUR = 0,797 GBP (média mensal agosto 2014 – Banco de Portugal)
1 EUR = 0,849 GBP (média anual 2013)
Risco País:
Risco País - A (AAA = risco menor; D = risco maior) – EIU, junho 2014
Risco Político – AA
Risco de Estrutura Económica – BBB
Risco de crédito:
País “não classificado” na tabela risco-país da OCDE. Não é aplicável o sistema
de prémios mínimos
Principais relações internacionais e regionais:
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (Organisation
for Economic Co-operation and Development – OECD), Banco Europeu de
Reconstrução e Desenvolvimento (European Bank for Reconstruction and
Development – EBRD), Banco Asiático de Desenvolvimento (Asian Development
Bank – ADB), Banco Interamericano de Desenvolvimento (Inter-American
Development Bank – IDB), Banco Africano de Desenvolvimento (African
Development Bank – AfDB), Banco de Compensações Internacionais (Bank for
1
Fonte: Office for National Statistics (Junho 2014)
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International Settlements – BIS), Organização das Nações Unidas (United
Nations – UN) e suas agências especializadas (Specialized Agencies, Related
Organizations, Funds, and other UN Entities) e Organização Mundial do
Comércio (World Trade Organization – WTO); A nível regional é membro, desde
1981, da União Europeia (UE), à qual aderiu em 1973, composta por 28 países,
sendo que 18 adoptaram a moeda única europeia (não é o caso do Reino
Unido), integra a Commonwealth, o Conselho da Europa (Council of Europe –
COE), a União da Europa Ocidental (Western European Union – WEU) e a
Agência Espacial Europeia (European Space Agency – ESA).
Ambiente de Negócios
Competitividade (Rank no Global Competitiveness Index 2014/15)
Transparência (Rank no Corruption Perceptions Index 2013)
9ª
14ª
Facilidade Negócios (Rank no Doing Business Rep. 2014)
10ª
Ranking Global (EIU, entre 82 mercados)
20ª
2. Economia
2.1. Situação Económica e Perspetivas
O Reino Unido (RU) é a 7ª maior economia mundial e a 3ª da União Europeia. O país foi o 6º maior
importador mundial (3º europeu) em 2013 e o 8º exportador mundial (4º europeu). Encontra-se também
entre os dez maiores mercados mundiais em termos de turismo (8º recetor e 9º em termos de receitas
em 2013).
O RU é uma monarquia constitucional e uma democracia parlamentar, cujo governo atual possuí uma
maioria no paralmento, decorrentes da coligação entre conservadores e liberais, ditados pelos resultados
2
eleitorais de 2010 .
No referendo realizado no passado dia 18 de Setembro, a Escócia votou pelo não à independência e
pela permanência no seio do Reino Unido. No seguimento das eleições, o Primeiro-Ministro David
Cameron prometeu atribuir novos poderes às quatro “nações” constituintes do Reino Unido (Inglaterra,
País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte), tendo confirmado que no caso da Escócia irão ser atribuídos
poderes suplementares ao Governo e ao Parlamento de Edimburgo, nomeadamente nas áreas fiscal e
orçamental. Após um período de concertação, prevê-se que em Janeiro de 2015 seja apresentado um
projeto de lei nesse sentido.
De acordo com o Office National Statitcs, o país possuí uma população de 64,1 milhões de habitantes
(cerca de 84,1% reside na Inglaterra, 8,3% no País de Gales, 4,8% na Escócia e 0,5% na Irlanda do
Norte). Perto de 30% da população tem menos de 24 anos e 17% tem mais de 65 anos, sendo que a
média de idades ronda os 40 anos. O país registou um crescimento da população de 0,6% em meados
2
O atual governo tomou posse em maio de 2010, após as eleições realizados, onde nenhum partido obteve maioria de votos, facto político que não
acontecia há mais de 70 anos de democracia
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de 2013 (face ao período homólogo do ano anterior), superior à média da UE e maior que o dos quatro
países membros mais populosos.
O maior crescimento da população do RU em 2013 ocorreu em Londres, onde a população aumentou
em 108 mil (+1,3%). Este país possui importantes comunidades de imigrantes oriundas da India,
Paquistão, Bangladesh e de África, acolhendo também muitos jovens e adultos de outros países da UE,
que procuram este para estudar e/ou trabalhar.
A economia do RU compreende uma ampla gama de diferentes setores que têm vindo a evoluir ao longo
do tempo, tendo havido uma mudança significativa na sua estrutura, da indústria para os serviços, em
especial para os de conhecimento intensivo, tais como os relacionados com o setor financeiro, serviços
3
de apoio aos negócios e novas tecnologias de informação. A estrutura da composição do PIB em 2013 ,
por setores, foi a seguinte: agricultura 0,7%, indústria 20,5% e os serviços 78,9%. Segundo as
estimativas do EIU (Economist Intelligence Unit), em 2013 os serviços contribuiram de forma positiva
para o crescimento real do PIB (+2,1%, contra +0,4% e -3,9%, respetivamente em relação à indústria e à
agricultura).
Principais Indicadores Macroeconómicos
Unidade
População
Milhões
2011
a
2012
2013
a
2014
c
2015
c
2016
c
c
64,4
64,9
65,3
65,7
1 536,9
1 558,4
1 612,8
1 693,5
1 768,4
1 827,1
2 470,9
2 523,7
2 817,0
2 863,8
2 923,4
b
38 329
39 830
41 353
42 631
63,6
b
a
64,0
9
PIB a preços de mercado
10 GBP
9
PIB a preços de mercado
10 USD
2 464,7
PIB per capita (em PPP)
USD
36 101
Crescimento real do PIB
%
1,1
0,3
1,7
3,1
2,5
1,8
Consumo privado
Var. %
-0,4
1,4
2,2
2,8
2,4
1,9
Consumo público
Var. %
0,0
1,6
0,7
1,0
0,5
0,3
Formação bruta de capital fixo
Var. %
-2,4
0,8
-0,8
7,6
6,5
2,6
Taxa de inflação (média)
%
4,5
2,8
2,6
1,8
2,1
2,2
Taxa de desemprego (média)*
%
8,1
8,0
7,6
6,5
6,0
5,6
d
-5,7
-4,6
-4,0
-3,5
b
37 355
Saldo do setor público
% do PIB
-7,6
-7,9
Dívida pública
% do PIB
84,3
89,1
90,6
90,9
91,6
90,8
9
Saldo da balança corrente
10 USD
-32,8
-94,3
-114,1
-114,3
-109,6
-99,7
Saldo da balança corrente
% do PIB
-1,3
-3,8
-4,5
-4,1
-3,8
-3,4
1EUR=xGBP
1,20
1,24
1,21
1,24
1,26
1,25
Taxa de câmbio – final do período
Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) - Agosto 2014
Notas: a) Valores atuais; (b) Estimativas; (c) Previsões; (d) Não incluí o impacto da transferência de pensões ocorrida em abril de 2012
(*) Taxa harmonizada segundo a UE/OCDE
3
EIU
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Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
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A economia britânica cresceu, em média, 3,4% no período entre 1995-2004 e 3% entre 2006 e 2007. A
crise financeira mundial que se seguiu teve um elevado impacto na economia do RU; em 2008 a
economia registou um crescimento negativo (-0,8%) e em 2009 uma forte contração (-5,2%). Em 2010, a
economia retomou o crescimento (+1,7%), abrandando em seguida (+1,1% em 2011 e apenas +0,3%
em 2012).
O ano de 2013 foi marcado por um crescimento do PIB de 1,7%, impulsionado em grande parte pelo
consumo privado. A taxa média de inflação desceu para 2,6% em 2013 e o desemprego manteve-se
elevado (7,6% da população ativa). O saldo negativo da balança corrente agravou-se, passando a
representar 4,5% do PIB em 2013 (a segunda pior evolução desde 1989). Relativamente ao défice
público, o Governo fez progressos na sua redução, passando a representar 5,7% do PIB (comparando
com 10% do PIB em 2010).
O atual governo do Reino Unido considerou a diminuição da dívida pública a sua principal preocupação
tendo definido um programa ambicioso a implementar a médio prazo (cinco a sete anos), onde as
medidas de austeridade, nomeadamente as fiscais e as reformas radicais no setor público (com
destaque para a saúde, a educação e o sistema de segurança social), assumem grande relevância. O
agravamento do IVA, o aumento da idade de reforma e a imposição de uma redução das despesas dos
vários departamentos do Estado, são algumas das medidas a destacar.
O setor de serviços financeiros permanece um dos focos da política económica do governo, com
reformas visando reduzir a exposição dos contribuintes a futuras crises financeiras.
5
Em 2011, o governo aprovou um “Plano de crescimento” ambicioso com o objetivo de tornar o RU num
dos melhores lugares da Europa para a localização dos negócios e/ou das empresas, encorajando o
investimento e as exportações. Das medidas propostas para o relançamento da atividade económica,
destaca-se, por um lado, a diminuição do imposto sobre as sociedades, e por outro, a identificação de
setores “drivers” de crescimento, como a tecnologia digital, a indústria de baixo carbono e as
infraestruturas de transporte “verdes”. Em paralelo foram criadas novas "zonas empresariais” (“enterprise
zones”), que com a nova estratégia da UK Trade & Investment (UKTI) – “Britain open for business”
(Planos de apoio aos exportadores britânicos e aos investidores estrangeiros nos próximos cinco anos),
deverão ajudar na promoção do crescimento através do incremento das exportações e do investimento.
6
As medidas de austeridade e a recessão prolongada dos países da Zona Euro estão a criar novos
desafios a esta economia, quer no plano interno, decorrentes de um governo em coligação e da
consequente instabilidade política e económica, quer no seu relacionamento com a UE.
Segundo o The Economist Intelligence Unit (EIU), as perspetivas de evolução da economia do RU no
período 2014-2016 apontam para:
4
FMI (Julho 2014)
The Plan for Growth – HM Treasury – BIS, Department for Business Innovation & Skills (March 2011)
6
Em 2013 as exportações de bens do RU para a UE representaram 43% do total exportado e as importações 52%, segundo o ONS.
5
7
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•
Crescimento do PIB de 3,1% em 2014, desacelerando nos dois anos seguintes, para 2,5% em 2015
7
e 1,8% em 2016. As últimas previsões do FMI referem um crescimento de 3,2% em 2014 e 2,7%
em 2015.
•
A taxa real de crescimento das importações de bens e serviços deverá situar-se acima dos 3% entre
2014-2016.
•
O consumo privado deverá recuperar em 2014 (+2,8%) impulsionado pela procura interna,
desacelerando em seguida (2,4% em 2015 e 1,9% em 2016); enquanto o consumo público crescerá
muito moderadamente (1% em 2014, 0,5% e 0,3% em 2015-2016). O investimento, após ter
contraído no último ano (-0,8%), deverá registar um aumento significativo em 2014-2015
(respetivamente 7,6% e 6,5%, ficando abaixo dos 3% em 2016). A procura interna deverá aumentar
(3,4% em 2014, 2,5% em 2015 e 1,6% em 2016).
•
O investimento direto estrangeiro (IDE) no Reino Unido deverá crescer, em particular no corrente e
próximo ano, após um período longo (2008 a 2012) de queda. Segundo o EIU, em 2014 o IDE
poderá rondar os 76 mil milhões de USD (cerca de 18,8% da FBCF e 2,7% do PIB, comparando com
um peso de 57,5% da FBCF e 9,7% do PIB em 2008).
•
A taxa média de inflação deverá baixar no corrente ano para 1,8%, situando-se próxima dos 2% nos
dois anos seguintes (face à taxa de 4,5% em 2011, a mais alta dos últimos cinco anos).
•
O nível de desemprego tenderá a diminuir gradualmente de 6,5% em 2014 para 5,6% em 2016. As
projeções da OCDE apontam para taxas de desemprego de 6,3% no 4º trimestre de 2014 e 6,5% no
4º trimestre de 2015, que são, no entanto, inferiores às da média da OCDE e da Zona Euro. A taxa
de crescimento esperada da população será da ordem dos 0,6% entre 2014 e 2016.
•
O saldo negativo da balança corrente atingirá um valor da ordem dos 114,3 mil milhões de USD em
2014, com tendência para uma redução gradual. Em termos do seu peso no PIB, passará de 4,1%
em 2014 para 3,4% do PIB em 2016.

A redução do défice do setor público deverá prosseguir, representando 4,6% do PIB em 2014 e 3,5%
do PIB em 2016. O rácio dívida pública/PIB deverá manter-se próximo dos 91% ao longo do período
2014-2016 (comparando com 84% em 2011).

Em 2014 prevê-se uma valorização cambial da Libra Esterlina face ao Euro e ao USD.
2.2. Comércio Internacional
O RU enquanto exportador ocupou a 8ª posição do ranking mundial em 2013, que correspondeu a 2,9%
do comércio de mercadorias (em 2000 representava 4,5% e ocupava o 5º lugar). Como importador, este
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FMI - World Economic Outlook (July 2014)
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país tem vindo a assumir um papel ainda mais relevante, tendo em 2013 sido o 6º maior importador,
absorvendo 3,5% das mercadorias transacionadas à escala mundial.
Evolução da balança comercial
6
(10 USD)
2009
2010
2011
2012
2013
Exportação fob
354 893
415 959
506 570
472 793
541 594
Importação fob
519 078
591 095
677 133
690 563
655 319
-164 185
-175 136
-170 563
-217 770
-113 725
68,4%
70,4%
74,8%
68,5%
82,6%
Como exportador
10ª
9ª
10ª
11ª
8ª
Como importador
6ª
6ª
6ª
5ª
6ª
Saldo
Coeficiente de cobertura (%)
Posição no “ranking” mundial
Fontes: OMC
No período 2009-2013, segundo a OMC, o crescimento médio anual das exportações inglesas foi de
11,7% enquanto o das importações foi de 6,3%. O saldo da balança comercial do RU foi negativo ao
longo do período. A taxa de cobertura das importações pelas exportações situou-se perto dos 83% em
2013 (comparando com 68% em 2009).
Em 2013 verificou-se um desagravamento do défice da balança comercial (-48% em relação a 2012),
decorrente do aumento das exportações de bens (+14,6%) e da contração das importações (-5,1%).
Convém realçar que as exportações de bens nos anos 2010 e 2011 haviam registado crescimentos
significativos (respetivamente, 17% e 22%), assim como as importações (14% em 2010 e 15% em 2011).
Para 2014, as previsões do EIU apontam para um crescimento das importações de bens da ordem dos
6,6%, e das exportações de cerca de 6,3%. Conforme já anteriormente mencionado, no caso das
importações de bens e serviços, a mesma fonte prevê um crescimento da ordem dos 3,4% em 2014 e
3,6% em 2015 (comparando com apenas 0,2% em 2012). Quanto às exportações de bens e serviços
deverão ter um comportamento semelhante (+2,6% em 2014 e +3,7% em 2015).
Em termos geográficos, cerca de 57% das exportações do RU destinaram-se aos mercados Extra-UE
em 2013 (200 mil milhões de Libras Esterlinas, +30% face a 2012, aumento que foi impulsionado, em
parte, pelos metais preciosos) e perto de 43% para a UE (151 mil milhões de Libras Esterlinas, +0,5%
face a 2012).
Em 2013 a Suíça passou a 1º cliente (com uma quota de mercado de 13%) devido às exportações de
ouro, ultrapassando a posição ocupada tradicionalmente pelos E.U.A, que passaram para 2º cliente
(quota de 11,4%). Os restantes principais parceiros comerciais do RU localizam-se na UE28 que
representou 43% do total das exportações no último ano. Os maiores clientes comunitários, por ordem
decrescente foram a Alemanha, os Países Baixos, a França, a Irlanda (6º cliente) e a Bélgica (7º cliente),
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aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
concentrando 31% do total das vendas ao exterior. A China continental (8º cliente) e Hong Kong (10º)
representaram perto de 6% das exportações inglesas em 2013, tendo ambos reforçado a quota de
mercado face a 2011. De destacar ainda os E.A.U., 9º cliente com 2,6% de quota de mercado
(comparando com 1,6% em 2011).
Principais Clientes
2011
2012
2013
Mercado
Quota (%)
Posição Quota (%)
Posição
Quota (%)
Posição
Suíça
7,5
3ª
3,4
7ª
13,0
1ª
E.U.A.
12,2
1ª
13,3
1ª
11,4
2ª
Alemanha
10,5
2ª
10,8
2ª
8,8
3ª
Países Baixos
7,1
5ª
7,9
3ª
6,9
4ª
França
7,3
4ª
7,2
4ª
6,4
5ª
Portugal
0,5
35ª
0,4
36ª
0,4
36ª
Fonte: International Trade Centre (ITC)
Relativamente aos Top 10 Clientes, em 2013, as expedições para os principais parceiros registaram
decréscimos: E.U.A. (-2,1% face ao ano anterior), Alemanha (-7,3%), Holanda (-0,6%) e Bélgica (-1,8%).
De salientar que o RU aumentou as suas exportações para: a Suíça (339%, comparando com 2012),
França (2%), Irlanda (11,3%), China (15,5%), E.A.U. (88,7%) e para Hong Kong (54,9%).
Portugal foi o 36º cliente deste mercado em 2013, e representou 0,4% do total exportado pelo RU (+1%
face ao ano anterior, segundo o ITC).
Principais Fornecedores
2011
2012
2013
Mercado
Quota (%)
Alemanha
Posição Quota (%)
Posição
Quota (%)
Posição
12,2
1ª
12,1
1ª
13,6
1ª
China
9,2
2ª
8,2
3ª
8,8
2ª
E.U.A.
8,6
3ª
8,9
2ª
8,3
3ª
Países Baixos
6,5
4ª
6,9
4ª
8,2
4ª
França
5,5
5ª
5,5
5ª
6,2
5ª
Portugal
0,4
39ª
0,4
42ª
0,5
38ª
Fonte: International Trade Centre (ITC)
Em termos geográficos, em 2013, cerca de 52% das importações do RU foram provenientes dos
mercados da UE (219 mil milhões de Libras Esterlinas, +4,5% face ao ano anterior) e 48% dos mercados
Extra-UE (201 mil milhões de Libras Esterlinas, -14% face a 2012).
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Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
Os principais fornecedores, por ordem de importância, foram: a Alemanha, a China (subiu a 2º
fornecedor), os E.U.A., os Países Baixos e a França, que no seu conjunto, foram responsáveis por cerca
de 45% do total das importações efetuadas pelo RU em 2013. Salienta-se a evolução das importações
diretas da China, que entre 2000 e 2013, passou de 9º fornecedor (representava 4,0% do total importado
em 2000) para 2º fornecedor (8,8% em 2013).
No último ano, a maioria dos TOP 10 fornecedores reforçou quotas de mercado face ao ano anterior. Os
maiores crescimentos foram registados nas importações provenientes de Espanha (+12,7%), Países
Baixos (+12,1%), Bélgica (+10,9%), Itália (+9,4%), França (+7,3%), Alemanha (+7,2%) e China (+2,3%).
Por outro lado, contraíram as importações provenientes dos E.U.A. (8,8% de quota de mercado, -11,1%
face ao ano anterior), da Noruega (3,9%, -22,2%) e da Irlanda (2,9%, -4%).
Portugal ocupou uma posição muito modesta como fornecedor, não indo além do 38º lugar, com apenas
0,4% do total importado por este mercado em 2013 (embora as compras ao nosso país tenham registado
um crescimento da ordem dos 14,7% face ao ano anterior, de acordo com o ITC).
Em termos de estrutura das exportações, os cinco principais grupos de produtos - Pérolas, pedras e
metais preciosos, moedas; Máquinas, aparelhos mecânicos e partes; Combustíveis; Veículos
automóveis; e Produtos farmacêuticos - representaram 58% do total das vendas ao exterior realizadas
pelo RU em 2013 (contra 54% do total em 2011 e 47% em 2009).
Principais Produtos Transacionados – 2013
Exportações
% Total
Importações
% Total
Pérolas, pedras e metais preciosos, moedas
18,2 Combustíveis, óleos minerais e derivados
13,4
Máquinas, aparelhos mecânicos e partes
12,9 Máquinas, aparelhos mecânicos e partes
12,1
Combustíveis, óleos minerais e derivados
11,5 Veículos automóveis, tratores e outros
10,1
Veículos automóveis, tratores e outros
9,3 Máquinas, aparelhos elétricos e partes
8,9
Produtos farmacêuticos
5,8 Pérolas, pedras e metais preciosos, moedas
5,6
Fonte: International Trade Centre (ITC)
De salientar que as exportações do grupo Pérolas, pedras e metais preciosos registou um crescimento
muito significativo em 2013 (+166,8% face ao ano anterior), seguido dos veículos (+7,2%) e das
máquinas mecânicas (+6,1%); enquanto os combustíveis e os produtos farmacêuticos verificaram
quebras (respetivamente, -5,1% e -3,1%).
Relativamente aos 5 principais grupos de produtos importados - Combustíveis; Máquinas e aparelhos
mecânicos; Veículos automóveis e outro material de transporte; Máquinas e aparelhos elétricos; e
Pérolas, pedras e metais preciosos, moedas - representaram 50,1% do total importado em 2013
(comparando com 52,5% em 2011 e 48,8% em 2009).
11
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
Em termos de evolução, denota-se que as importações de Combustíveis e de Pérolas, pedras e metais
preciosos registaram decréscimos entre 2013 e 2012 (respetivamente, -7,8% e -56,1%), enquanto as
compras de Veículos automóveis, de Máquinas e aparelhos elétricos, e de Máquinas mecânicas
aumentaram 10,3%, 4,7% e 4,4%, respetivamente.
Dos 10 principais grupos de produtos importados pelo Reino Unido em 2013 (e que representaram no
conjunto 64% do total), ainda se destaca o aumento das importações dos Produtos farmacêuticos (6º
maior grupo importado, representou 4,3% do total, +3,6% face ao ano anterior), de Produtos plásticos
(2,9%, +8,2%), de Material de ótica (2,7%, +7,9%), bem como das Aeronaves e aparelhos especiais
(2,3%, +14,5%); contrastando com o grupo de Produtos químicos (2,0% do total em 2013, -22,0% face
ao ano anterior).
Por último, salienta-se a evolução de alguns grupos de produtos de bens de consumo, que apesar de
deterem menor peso na estrutura das importações inglesas, são relevantes em termos da oferta
portuguesa: Vestuário em malha e em tecido (aumentaram em 2013, respetivamente, 5,9% e 3,2% face
a 2012); Mobiliário e iluminação (+7,1%); Bebidas (+6,2%), Calçado e suas componentes (+5,7%).
2.3. Investimento Estrangeiro
O RU tem desempenhado um papel de destaque a nível mundial, tanto como investidor, assim como
recetor de investimento estrangeiro. Em 2013 foi o 12º maior recetor de IDE (2º ao nível da UE)
representando 2,6% do total do investimento mundial realizado. É de realçar que em 2005, o RU tinha
ocupado o 1º lugar do ranking (17,9% do total), tendo em 2007 atingido um valor histórico (200 mil
milhões de USD), o mais elevado dos últimos dez anos.
O stock total de IDE ascendeu, segundo a UNCTAD, a 1 605,5 mil milhões de USD em 2013 (63,3% do
PIB).
Investimento Direto
6
(10 USD)
2009
2010
2011
2012
2013
Investimento estrangeiro no Reino Unido
76 301
49 617
51 137
45 796
37 101
Investimento do Reino Unido no estrangeiro
39 287
39 416
106 673
34 955
19 440
Como recetor
3ª
8ª
10ª
9ª
12ª
Como emissor
9ª
11ª
3ª
11ª
18ª
Posição no “ranking” mundial
Fonte: UNCTAD – World Investment Report 2014
O investimento realizado por agentes do RU no estrangeiro, em 2013, representou 1,4% do total do
investimento mundial (comparando com 9,1% do total em 2008 e 6,2% em 2011). Convém, no entanto,
12
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
relembrar que em 2007 o país foi o 2º maior investidor mundial, tendo representado cerca de 14,4% do
total.
De acordo com a UNCTAD (World Investment Report 2014), os fluxos de IDE captados pelo RU
atingiram 37,1 mil milhões de USD em 2013 (representou 10,2% da FBCF). O valor do stock total de IDE
no RU estima-se que tenha aumentado 8,3% em 2013, atingi do 1 606 mil milhões de USD (63% do PIB,
comparando com 23% do PIB na Alemanha e 40% do PIB em França). Em termos de stock de IDE, o
RU ocupou o 2º lugar do ranking mundial (após os EUA).
Segundo dados da ONS e UNCTAD as principais regiões mundiais de origem do IDE acumulado no RU
foram: a Europa (58% do total em 2013), as Américas (33%) e a Ásia (7%). Entre os principais países
investidores destacam-se os E.U.A. (29% do total), os Países Baixos (15%), a França (8%) e a
Alemanha (7%).
Em termos de repartição setorial, os serviços captaram cerca de 45% do IDE acumulado no RU (dados
ONS referentes a 2012). Seguiram-se, por ordem de importância, a indústria extrativa (9%), as TIC (8%),
as indústrias petrolífera, farmacêutica e química (6%), as utilities (6%), o setor agroalimentar/bebidas
(4%), os serviços profissionais (4%), a indústria metalúrgica e maquinaria (3%).
8
De acordo com o relatório anual do UKTI relativo ao IDE realizado no país entre 2013/2014, registaramse 1 773 projetos de investimento (+14% face ao período anterior), que criaram 111 mil postos de
trabalho, sendo que destes, cerca de 66 mil foram novos (+12%) e 45 mil foram salvaguardados. Destes
projetos, 46% foram considerados novos (+6% face ao ano anterior), 38% de expansão e 16%
decorrentes de M&A.
A repartição setorial dos projetos de IDE acompanhados em 2013, foi a seguinte: “advanced
manufacture” (cerca de 24% do total e 37 mil postos de trabalho), indústrias criativas e TIC (22%),
serviços financeiros e profissionais (22%), energia e infraestruturas (18%), ciências da vida (9%),
eletrónica e telecomunicações (6%).
Segundo as previsões do EIU, o IDE no Reino Unido deverá crescer em 2014, prevendo-se que possa
vir a atingir um valor da ordem dos 76 mil milhões de USD.
No que respeita ao investimento do RU em mercados externos, tem vindo também a registar
decréscimos ao longo dos últimos anos, principalmente após o início da crise financeira mundial, sendo
de salientar uma quebra de 51%, entre o montante do investimento realizado em 2013 e o de 2009.
Segundo a UNCTAD, em 2013, os fluxos de investimento do RU no estrangeiro não ultrapassaram os
19,4 mil milhões de USD (5,3% da FBCF). Em termos de stock, o total do investimento do RU no exterior
ascendeu, em 2013, a 1 884,9 mil milhões de USD (74,3% do PIB).
8
Inward Investment Report 2013/1014 - UK Trade & Investment (UKTI)
13
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
2.4. Turismo
De acordo com a UNWTO, o RU foi o 8º maior país recetor de turistas a nível mundial em 2013 (e 5º a
nível europeu), registando 31,2 milhões de entradas (+6,4% face ao ano anterior) que representou cerca
de 2,9% do total de turistas a nível mundial.
O país ocupou o 9º lugar no ranking dos mercados geradores de receitas turísticas (e 4º lugar europeu),
ao arrecadar 40,6 mil milhões de USD (+13,2% face ao ano anterior, após +4,8% em 2012 e +4,4% em
2011), ou seja cerca de 3,5% do total mundial em 2013.
Indicadores do Turismo
2009
6
2010
2011
2012
2013
a
Turistas (10 )
28,2
28,3
29,3
29,3
31,2
9
30,1
32,4
35,1
36,2
40,6
Receitas (10 USD)
Fonte: World Tourism Organization (UNWTO)
Notas: a) Dados provisórios
9
De acordo com o Office for National Statistics , em 2013, o número de turistas que visitaram o RU e as
receitas geradas atingiram o recorde de 32,8 milhões de turistas (+5,6% face ao ano anterior) e 21 mil
milhões de Libras Esterlinas de receitas (+12,7%). O número de dormidas atingiu os 245,3 milhões
(+6,6% face a 2012).
As motivações e/ou os propósitos das visitas de estrangeiros ao RU, em 2013, foram maioritariamente
para férias, com 38,8% do total (12,7 milhões de visitantes, +6,4% face ao ano anterior), seguindo-se as
visitas a parentes e/ou amigos, com 28,4% (9,3 milhões, +4,2%), as viagens de negócio, com 24,2% (7,9
milhões,+7%) e outras motivações, com 8,6%. A estadia média no RU rondou as 8 noites, não tendo
sofrido grande alteração nos últimos cinco anos.
A grande maioria dos turistas foi proveniente dos seguintes 10 mercados emissores: França (3,9 milhões
de visitantes em 2013, +3,8% face a 2012), Alemanha (3,2 milhões, +6,6%), E.U.A. (2,8 milhões, -1,7%),
Rep. da Irlanda (2,4 milhões), Países Baixos (1,9 milhões), Espanha (1,7 milhões), Itália (1,7 milhões),
Polónia (1,4 milhões), Bélgica (1,2 milhões) e Austrália (1,1 milhões).
No entanto, em termos de países que efetuaram maiores gastos no RU destacam-se, por ordem de
importância: os E.U.A., a Alemanha, a França, a Austrália, “outros países do Médio Oriente”, a Espanha,
a Itália, a R. da Irlanda, “outros países Asiáticos” e os Países Baixos.
É de salientar que, no último ano, todas as regiões do país verificaram um aumento do turismo
estrangeiro: Londres concentrou 16,8 milhões de visitas (+8,6% comparando com 2012), estimando-se
9
Travel Trends, 2013 (ONS)
14
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
que os gastos dos visitantes estrangeiros na capital britânica tenham atingido 11,3 mil milhões de Libras
Esterlinas. As dormidas no resto de Inglaterra, na Escócia e no País de Gales cresceram
respetivamente, 6,1%, 9,8% e 3,5%. Quanto às cinco cidades britânicas mais visitadas permaneceram
Londres, Edinburgh, Manchester, Birmingham e Liverpool.
Relativamente à saída de residentes do RU para o exterior, verificou-se um aumento de 3,5% em 2013
(face ao ano anterior), tendo sido registado 58,5 milhões, valor que se aproximou do de 2009. As
dormidas de turistas britânicos no estrangeiro atingiram os 611,5 milhões.
Os gastos efetuados pelos turistas britânicos no exterior ascenderam a 34,9 mil milhões de Libras
Esterlinas em 2013 (+7,6% face ao ano anterior), aproximando-se do nível de gastos verificados em
2008, antes da crise financeira internacional.
As principais motivações para visita ao estrangeiro, em 2013, foram: férias (64% do total, 37,6 milhões,
+4% comparando com 2012), as visitas a parentes e amigos (21%, 12,5 milhões, +5,7%), as
deslocações em negócios (12%, 6,8 milhões, -1,9%) e outras motivações (3%). As despesas cresceram
nos dois primeiros casos (respetivamente, 8,4% e 11,8%) e contraíram nas deslocações de negócios
(-3%).
As visitas de turistas do RU à América do Norte, “outros países” e Europa, registaram crescimentos em
2013 (respetivamente, 0,7%, 7% e 3,9%). Em termos de Top 10 dos mercados de destino do turismo
britânico destacam-se, por ordem de importância: Espanha (concentrou 20% do total, 11,7 milhões de
visitantes, +5,8% face ao ano anterior), França (8,9 milhões, +0,8%), E.U.A. (3 milhões), R. da Irlanda
(2,9 milhões), Itália (2,8 milhões), Alemanha (2,4 milhões), Portugal (2,1 milhões, 7º destino dos turistas
britânicos em 2013), Países Baixos (2 milhões), Grécia (1,8 milhões) e Polónia (1,7 milhões). De referir,
ainda, que os mercados de Marrocos e Tunísia aumentaram (respetivamente, 28,7% e 17%), enquanto o
Egipto diminui (-1%).
A estadia média permaneceu estável (10,5 noites), embora a despesa média efetuada durante as visitas,
em 2013, tenha aumentado 4%, para 596 Libras Esterlinas.
3. Relações Económicas com Portugal
3.1. Comércio de Bens e Serviços
Nos últimos cinco anos a balança comercial de bens e serviços entre Portugal e o Reino Unido tem sido
favorável ao nosso país. De salientar que o crescimento médio anual das exportações, no período 20092013, foi de 7,3%, enquanto o das importações praticamente estagnou (-0,3%).
15
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
Em 2013, as vendas de bens e serviços para o mercado aumentaram perto de 8% (após quatro anos de
crescimento sustentado), enquanto as importações progrediram a um ritmo mais moderado de 1,3%,
tendo o saldo alcançado 2,7 mil milhões de EUR. A taxa de cobertura das importações pelas
exportações foi de 191,5%.
No 1º semestre de 2014, os valores das exportações e das importações de bens e serviços registaram
crescimentos, respetivamente, de 12,2% e 6%, face ao período homólogo do ano anterior, continuando o
saldo a ser favorável a Portugal. O coeficiente de cobertura aproximou-se, nesse período, de 192,5%.
a
Evolução da Balança Comercial de Bens e Serviços Bilateral
3
c
2014
jan/jun
7,3
2 591 854
2 908 385
12,2
2 951 232
-0,3
1 425 222
1 510 956
6,0
2 319 659
2 701 362
--
1 166 632
1 397 429
--
179,6
191,5
--
181,9
192,5
--
2009
2010
2011
Exportações
4 263 147
4 563 464
5 025 191
5 234 196
5 652 594
Importações
3 069 746
3 636 405
3 231 317
2 914 537
Saldo
1 193 401
927 059
1 793 874
138,9
125,5
155,5
Coef.
cobertura
Var
b
%
13/09
2013
jan/jun
(10 EUR)
2012
2013
Var %
14/13
Fonte: Banco de Portugal
Notas: a) Componente de Bens com base em informação do INE, ajustada para valores f.o.b.; b) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no
período 2009-2013 ;c) Taxa de variação homóloga
3.1.1. Comércio de Bens
No que se refere ao comércio de bens, em 2013, o RU manteve o 5º lugar enquanto cliente de Portugal
(5,5% do total exportado) e o 7º lugar como fornecedor (2,9% do total importado).
Importância do Reino Unido nos Fluxos Comerciais de Portugal
2009
2010
2011
2012
2014
jan/jun
2013
Posição
5ª
4ª
5ª
5ª
5ª
4ª
% Saídas
5,6
5,5
5,2
5,3
5,5
6,0
Posição
6ª
6ª
6ª
7ª
7ª
6ª
% Chegadas
3,3
3,8
3,3
3,0
2,9
2,9
Como cliente
Como fornecedor
Fonte: INE
Nota: Os termos Saídas e Entradas correspondem aos agregados (Expedições+Exportações) e (Chegadas+Importações), cujas designações se
referem às trocas comerciais IntraUE e ExtraUE, respetivamente.
A balança comercial entre os dois países foi tradicionalmente favorável a Portugal nos últimos cinco
anos, à exceção de 2010, ano em que foi deficitária.
16
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
Evolução da Balança Comercial Bilateral - RU
a
3
(10 EUR)
2009
2010
2011
2012
2013
2013
jan/jun
Var %
13/09
2014
jan/jun
Var
b
%
14/13
Expedições
1 787 902 2 039 042 2 232 840 2 394 133 2 601 539
9,9 1 248 763 1 441 063
Chegadas
1 686 815 2 220 129 1 969 371 1 686 654 1 658 781
1,1
793 035
841 145
6,1
Saldo
Coef. de Cobertura (%)
15,4
101 086
-181 087
263 468
707 479
942 758
--
455 728
599 918
--
106,0
91,8
113,4
141,9
156,8
--
157,5
171,3
--
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
Notas: a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2009-2013; (b) Taxa de variação homóloga 2013-2014
2009 a 2011 - resultados definitivos; 2012 – resultados provisórios; 2013 e 2014 - resultados preliminares
No período 2009-2013, a média anual de crescimento das expedições foi positiva (+9,9%), embora
marcada pela forte queda ocorrida em 2009 (-15,8% face a 2008). Em relação às compras efetuadas ao
RU, verificou-se nesse período um crescimento médio anual mais moderado (+1,1%), sendo de destacar
apenas o aumento de 31,6% em 2010, a que se seguiram quebras nos três anos seguintes (de 11,3%,
14,8% e 1,7%, respetivamente).
Em 2013 as exportações para o mercado britânico atingiram o valor mais elevado dos últimos cinco
anos, 2,6 mil milhões de EUR (+8,7% face ao ano anterior); enquanto as importações ficaram por cerca
de 1,6 mil milhões de EUR (-1,7%). A taxa de cobertura das importações pelas exportações fixou-se em
156,8% no último ano.
No primeiro semestre de 2014, segundo os dados preliminares do INE, as expedições de Portugal para o
mercado britânico cresceram muito significativamente (15,4%, face ao período homólogo) e mais
moderadamente ao nível das chegadas (+6,1%), resultando um saldo da balança ainda mais positivo do
que o verificado no mesmo período de 2013 (+31,6%).
As expedições de mercadorias portuguesas com destino ao mercado britânico, apesar de constituídas
por um leque muito diversificado de produtos, revelam alguma concentração em cinco grupos - Máquinas
e aparelhos; Veículos e outro material de transporte-; Vestuário; Produtos alimentares; e Plásticos e
borracha - que concentraram perto de 56% do total das vendas em 2013, assim como no 1º semestre de
2014.
Em relação aos restantes grupos de produtos vendidos ao RU no último ano, verificou-se acréscimos na
maioria deles, à exceção das Pastas celulósicas e papel (-4,8% face a 2012) e dos Produtos agrícolas (4,2%). No 1º semestre de 2014, foram registadas quebras nas vendas apenas dos Produtos plásticos e
borracha (-0,5% face ao período homólogo do ano anterior) e dos Combustíveis minerais (-79,8%).
17
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
Expedições por Grupos de Produtos
% Total 13
Var %
13/12
440 013
16,9
12,6
14,9
367 293
14,1
3,1
238 695
10,0
271 048
10,4
13,6
8,9
175 915
7,3
189 985
7,3
8,0
85 962
4,8
176 997
7,4
185 981
7,1
5,1
101 683
5,7
159 105
6,6
170 117
6,5
6,9
Químicos
91 602
5,1
145 636
6,1
146 490
5,6
0,6
Matérias têxteis
98 655
5,5
116 299
4,9
128 839
5,0
10,8
112 173
6,3
119 711
5,0
127 952
4,9
6,9
Pastas celulósicas e papel
97 278
5,4
124 200
5,2
118 261
4,5
-4,8
Combustíveis minerais
76 627
4,3
92 913
3,9
101 813
3,9
9,6
Madeira e cortiça
38 332
2,1
63 900
2,7
101 375
3,9
58,6
Agrícolas
70 307
3,9
88 203
3,7
84 458
3,2
-4,2
Minerais e minérios
63 016
3,5
65 277
2,7
69 685
2,7
6,8
Instrumentos de óptica e precisão
19 431
1,1
24 656
1,0
33 519
1,3
35,9
Peles e couros
2 680
0,1
5 256
0,2
6 061
0,2
15,3
Outros produtos
23 896
1,3
50 584
2,1
58 648
2,3
15,9
Valores confidenciais
15 036
0,8
1 787 902
100,0
3
(10 EUR)
2009
Máquinas e aparelhos
262 284
14,7
390 677
16,3
Veículos e outro mat. transporte
265 117
14,8
356 109
Vestuário
204 540
11,4
Alimentares
159 283
Plásticos e borracha
Metais comuns
Calçado
TOTAL
% Total 09
2012
% Total 12
2013
§
2 394 133
100,0
2 601 539
100,0
8,7
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
Nota: § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero em 2012
Dentro do grupo das Máquinas e aparelhos, foram expedidos um leque variado de produtos, sendo que
foram os aparelhos recetores p/radiotelefonia, os que tiveram maior peso, representado 2,7% do total
exportado em 2013. As expedições destes produtos registaram uma quebra em 2013 de 10,5%. No 1º
semestre de 2014, os produtos que mais se destacaram dentro do grupo Máquinas e aparelhos, foram
os fios e outros condutores elétricos bem como os aparelhos de radiodeteção/radiossondagem, cujas
exportações assinalaram um aumento face ao período homólogo de, respetivamente, 10,5% e 668,5%.
No grupo dos Veículos e outro material de transporte, destacam-se a expedição de automóveis de
passageiros (6,5% do total) e de peças e acessórios (5,3% do total), cujas vendas em 2013 registaram,
respetivamente, +10,4% e +5,3%, face a 2012. Os dados divulgados referentes às expedições, ocorridas
nos primeiros seis meses de 2014, apontam para um crescimento em relação à venda de automóveis de
passageiros (+2,8%) e das partes e acessórios (+37,7%), quando compradas com o período homólogo.
Em termos globais, este grupo registou um aumento no 1º semestre de 2014 de 22,5%, face ao período
homólogo.
No grupo do Vestuário, destacam-se as T-shirts e camisolas interiores em malha com 3,1% do total
exportado em 2013 (+18,7% face a 2012) e 3,2% no 1º semestre de 2014 (+10,7% face ao período
homólogo do ano anterior).
18
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
10
De acordo com o divulgado pelo GEE , cerca de 30% dos produtos industriais expedidos de Portugal
para o RU, em 2013, continham um grau médio-alto de intensidade tecnológica, 21% médio-baixo e
perto de 10% alto. Comparando com o ano de 2009, salienta-se um aumento da percentagem dos
produtos com grau alto e médio-alto, em detrimento dos de baixo grau de intensidade tecnológica.
Em 2012, o INE registou 3 271 empresas em Portugal exportadoras para o mercado do Reino Unido
(+65% face a 2008).
Chegadas por Grupos de Produtos
(103 EUR)
2009
% Total 09
2012
% Total 12
2013
% Total 13
Var. %
13/12
Químicos
327 296
19,4
359 063
21,3
302 656
18,2
-15,7
Máquinas e aparelhos
316 584
18,8
272 779
16,2
286 749
17,3
5,1
Metais comuns
149 299
8,9
215 236
12,8
229 094
13,8
6,4
Veículos e outro mat. transporte
235 021
13,9
186 158
11,0
205 585
12,4
10,4
Combustíveis minerais
165 322
9,8
184 811
11,0
154 651
9,3
-16,3
Alimentares
101 907
6,0
70 200
4,2
97 447
5,9
38,8
Agrícolas
105 742
6,3
97 520
5,8
78 717
4,7
-19,3
Plásticos e borracha
55 423
3,3
64 767
3,8
62 758
3,8
-3,1
Matérias têxteis
39 774
2,4
51 071
3,0
58 172
3,5
13,9
Pastas celulósicas e papel
49 451
2,9
38 625
2,3
41 549
2,5
7,6
Instrumentos de óptica e precisão
31 311
1,9
37 928
2,2
38 151
2,3
0,6
Minerais e minérios
18 950
1,1
22 284
1,3
24 882
1,5
11,7
Peles e couros
10 432
0,6
22 991
1,4
19 975
1,2
-13,1
Vestuário
22 374
1,3
17 420
1,0
18 523
1,1
6,3
Calçado
4 024
0,2
2 303
0,1
2 892
0,2
25,5
Madeira e cortiça
2 752
0,2
1 889
0,1
2 529
0,2
33,9
Outros produtos
49 168
2,9
41 609
2,5
34 452
2,1
-17,2
1 985
0,1
1 686 815
100,0
Valores confidenciais
TOTAL
§
1 686 654
100,0
1 658 781
100,0
-1,7
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
Nota: § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero em 2012
Ao nível das compras ao RU, denota-se uma concentração em cinco grupos de produtos - Químicos;
Máquinas e aparelhos; Metais comuns; Veículos e outro material de transporte e Combustíveis minerais que representaram 71% do total em 2013.
10
GEE - Gabinete de Estratégica e Estudos do Ministério da Economia. Os produtos industriais transformados expedidos para o RU representaram
95,8% do total em 2013.
19
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
De registar que as compras de Produtos químicos e de Combustíveis contraíram respetivamente, 15,7%
e 16,3% no último ano, enquanto os três grupos restantes cresceram 10,4% no caso dos Veículos, 6,4%
nos Metais comuns e 5,1% nas Máquinas e aparelhos.
Destaca-se ainda o aumento significativo das compras de Produtos alimentares (5,9% do total das
importações em 2013, +38,8% face a 2012 e de Matérias têxteis (3,5%, +13,9%), enquanto decresceram
no caso dos Produtos agrícolas (4,7%, contraiu 19,3%).
Numa análise mais detalhada (Nomenclatura Combinada a 4 dígitos), verifica-se que, em 2013, foram os
seguintes produtos que lideraram a lista dos produtos comprados no RU: os medicamentos, em doses
ou acondicionados (9,1% do total), os automóveis de passageiros e outros veículos de transporte (8,6%),
os desperdícios, resíduos e sucatas de ferro fundido (8,2%), óleos de petróleo ou minerais betuminosos
(4,8%), gás de petróleo e outros hidrocarbonetos (4,5%), aguardentes e licores (3%), aparelhos elétricos
p/ telefonia ou telegrafia (2,8%) e partes e acessórios de veículos auto (2,6%).
No 1º semestre de 2014, mantiveram-se os cinco principais grupos de produtos importados, tendo os
três primeiros - Químicos; Máquinas e aparelhos; Veículos e outro material de transporte - aumentado
face ao período homólogo do ano anterior, respetivamente, 18,3%, 12,9% e 35,5%; enquanto as
chegadas de Metais comuns e de Combustíveis registaram quebras, respetivamente, de 26,8% e 15,4%.
11
Segundo o GEE , cerca de 23% dos produtos industriais chegados do RU, em 2013, continham um alto
grau de intensidade tecnológica, 35% média-alta, 21% média-baixa e 21% baixa.
3.1.2. Serviços
Em termos de exportações de serviços, o RU tem-se posicionado como o 1º cliente de Portugal, com
exceção do ano de 2009.
Importância do Reino Unido nos Fluxos do Comércio de Serviços de Portugal
2009
Posição
a
Como cliente
% Exportações
Posição
b
a
Como fornecedor
% Importações
b
2010
2011
2012
2014
jan/jun
2013
2ª
1ª
1ª
1ª
1ª
1ª
14,8
14,3
14,5
14,8
14,6
14,9
2ª
2ª
2ª
2ª
2ª
2ª
13,2
12,7
10,6
11,2
11,4
11,3
Fonte: Banco de Portugal (BdP)
Notas: a) Posição num conjunto de 56 mercados; b) Quota do mercado nas exportações e importações totais de Portugal
11
GEE - Gabinete de Estratégica e Estudos do Ministério da Economia. Os produtos industriais transformados chegados do RU representaram 88,5%
do total em 2013.
20
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
As exportações de serviços para este mercado representaram 14,6% do total exportado por Portugal em
2013 (tendo chegado a totalizar 18% em 2007). O RU foi o 2º maior fornecedor de serviços a Portugal,
posição que ocupou ao longo dos últimos cinco anos, correspondendo a 11,4% do total dos serviços
importados em 2013.
A balança de serviços bilateral com o RU foi sempre positiva ao longo do período 2009-2013,
apresentando coeficientes de cobertura bastante elevados (247% em 2013).
Balança Comercial de Serviços com o Reino Unido
3
a
Var%
2013
jan/jun
(10 EUR)
2009
2010
2011
2012
2013
Expedições
2 417 121
2 515 373
2 778 127
2 831 503
2 995 116
Chegadas
1 365 476
1 389 034
1 218 639
1 165 571
1 210 594
-2,8
Saldo
1 051 645
1 126 339
1 559 488
1 665 932
1 784 522
177,0
181,1
228,0
242,9
247,4
Coef. Cobertura (%)
5,6 1 316 772
2014
jan/jun
b
Var%
1 431 600
8,7
603 959
646 819
7,1
--
712 813
784 781
--
--
218,0
221,3
--
Fonte: Banco de Portugal (BdP)
Notas: a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2009-2013; b) Taxa de variação homóloga 2013-2014
Em termos de evolução, salienta-se que o crescimento das exportações de serviços verificado nos
últimos cinco anos foi sempre positivo (a média anual do período foi de 5,6%), e em 2013 aumentaram
5,8% face ao ano anterior. As importações diminuíram em média 2,8% ao ano ao longo do período. A
maior quebra foi registada em 2011 (-12,3%) e em 2013 inverteu-se a tendência, com as compras de
serviços ao RU a crescerem 3,9% (face ao ano anterior).
Em 2013, os principais serviços exportados por Portugal, com destino ao RU, foram os seguintes:
viagens e turismo (50,3% do total exportado), transportes (26,5%) e outros serviços fornecidos por
empresas (12,3%), totalizando, no seu conjunto, aproximadamente 89% do valor global. Os serviços
relacionados com as viagens e turismo, entre 2009 e 2013, assinalaram um aumento de perto de 16%,
os transportes 62% e os outros serviços às empresas 14%.
Do lado das importações destacaram-se os mesmos tipos de serviços, embora a ordem de importância
tenha sido diferente, concentrando os três primeiros perto de 70% do total: as viagens (28,9% do total
importado em 2013), os outros serviços fornecidos pelas empresas (22,2%) e os transportes (18,6%).
Os primeiros dados do Banco de Portugal, referentes à exportação e importação de serviços no 1º
semestre de 2014, apontam para um aumento de cada um destes agregados de, respetivamente, 8,7% e
de 7,1%, face ao verificado no período homólogo, sendo que o saldo da balança de serviços também
apresentou um superavit superior ao obtido no 1º semestre de 2013.
3.2. Investimento
O RU continua a assumir uma posição de grande relevo enquanto investidor estrangeiro em Portugal,
ocupando sempre um dos primeiros lugares do ranking, tendo, em 2013, ocupado o 3º lugar com uma
21
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
quota de cerca de 16%. Em 2009, este mercado foi o maior investidor estrangeiro tendo representado
21% do total do IDE (Investimento Direto Estrangeiro) em Portugal.
Importância do Reino Unido nos Fluxos de Investimento para Portugal
Posiçãoª
Portugal como recetor (IDE)
%
b
Posiçãoª
Portugal como emissor (IDPE)
%
b
2009
2010
2011
2012
2013
2014
jan/jun
1ª
5ª
4ª
5ª
3ª
6ª
20,5
10,9
11,8
9,2
15,7
7,4
16ª
7ª
6ª
7ª
6ª
7ª
0,8
2,6
1,3
1,1
1,1
1,5
Fonte: Banco de Portugal (BdP)
Notas: a) Posição enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE num conjunto de 56 mercados; b) Com base no ID bruto total de Portugal
Enquanto recetor de investimento direto português, este mercado alcançou a 6ª posição em 2013 no
ranking de países de destino do IDPE (Investimento Direto Português no Estrangeiro), com uma quota
próxima de 1%.
Em termos do investimento direto do RU em Portugal ao longo dos últimos cinco anos, observaram-se
valores anuais de investimento bruto entre os 4,3 mil milhões e os 6,6 mil milhões de EUR, mas
acompanhados
de montantes
de desinvestimento bastante
elevados, salientando-se que o
desinvestimento no período 2009-2012, registou uma taxa média anual de crescimento muito superior à
verificada com o investimento bruto realizado, contribuindo para um investimento líquido negativo entre
2009 e 2012.
Investimento Direto do Reino Unido em Portugal
3
(10 EUR)
a
2009
2010
2011
2012
2013
Var
09/13
2013
jan/jun
2014
jan/jun
b
Var
14/13
Investimento bruto
6 575 282
4 305 304 5 072 066 4 366 869 4 736 958
-5,5 2 028 315 1 170 759
-42,3
Desinvestimento
7 751 852
4 521 914 5 301 523 4 490 922 4 566 380
-9,5 2 264 954 1 242 753
-45,1
Investimento líquido
-1 176 570
-216 610
-229 457
-124 053
170 578
--
-236 639
-71 994
--
Fonte: Banco de Portugal (BdP)
Nota: a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2009-2013; b) Taxa de variação homóloga 2013-2014
O investimento realizado pelo RU no nosso país, entre 2009 e 2013, incidiu essencialmente sobre os
seguintes setores de atividade: comércio por grosso e a retalho (com um peso de 39% do total em 2009
e 27% em 2013), indústrias transformadoras (26% em 2009 e 32% em 2013), eletricidade, gás, água
(9% em 2009 e 17% em 2013), atividades financeiras e seguros (9% em 2009 para 13% em 2013) e
atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (7% em 2009 para 5% em 2013).
Em 2013, os fluxos de IDE do Reino Unido, em Portugal, foram concretizados através dos seguintes
tipos de operações: 90% em operações de créditos, empréstimos e suprimentos; 5,8% lucros
reinvestidos; e 4,1% no capital das empresas.
22
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
De acordo com dados preliminares do Banco de Portugal, referentes ao investimento bruto estrangeiro
com origem no mercado do RU realizado no 1º semestre de 2014, verifica-se uma diminuição do
investimento bruto (-42%), assim como com o desinvestimento (-45%), quando comparado com o
período homólogo. O investimento líquido registado neste período também foi negativo.
Investimento Direto de Portugal no Reino Unido
3
(10 EUR)
a
Var
09/13
2013
jan/jun
2014
jan/jun
b
Var
14/13
2010
2011
2012
2013
63 755
259 035
247 456
173 295
149 677
64,6
79 528
119 764
50,6
Desinvestimento
125 044
46 445
49 406
119 223
66 428
10,1
27 913
76 211
173,0
Investimento líquido
-61 289
212 590
198 050
54 072
83 249
--
51 615
43 553
--
Investimento bruto
2009
Fonte: Banco de Portugal (BdP)
Nota: a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2009-2013; b) Taxa de variação homóloga 2013-2014
Quanto ao investimento direto português no RU, entre 2009 e 2013, posicionou-se em níveis bastante
inferiores aos do IDE britânico em Portugal, apresentando um valor líquido positivo ao longo do período,
à exceção do ano de 2009.
Em termos de evolução, destaca-se, por um lado, a forte queda do investimento bruto neste mercado no
ano de 2009, assinalando o valor mais baixo dos últimos dezasseis anos e, por outro, a recuperação
verificada em 2010, seguida de novas quebras, em particular nos dois últimos anos. Convém realçar que
no período de 2004 a 2007, o valor do IPDE (bruto) neste mercado quase duplicou, tendo atingido cerca
de 586,5 milhões de EUR no ano de 2007.
Os dados do Banco de Portugal referentes ao 1º semestre de 2014, assinalam um valor do investimento
bruto superior ao realizado no período homólogo, embora menor em termos líquidos.
3.3. Turismo
O Reino Unido é um dos principais mercados emissores de turistas em Portugal, posicionando-se no 2º
lugar ao nível das receitas geradas, o que representou um contributo de cerca de 16% para o total das
receitas no último ano. No que se refere às dormidas e aos hóspedes assinalados apenas na hotelaria
global, o RU representou, respetivamente 24% e 17% do total.
Em 2013, foram registados aproximadamente 1,4 milhões de hóspedes com origem no mercado do RU
(+7,4% face a 2012), embora seja um número inferior ao registado em 2008; denota-se que nos últimos
cinco anos este indicador cresceu 6,2% em média ao ano. O número de dormidas registadas no período
de 2009-2013 cresceu 5,5% em média ao ano, totalizando cerca de 7 milhões em 2013 (+8,7%, face ao
ano anterior).
A evolução das receitas geradas pelos turistas britânicos foi positiva, aumentando em média 3,7% ao
ano nos últimos cinco anos, atingindo 1 507 milhões de EUR em 2013 (+4,2% face ao ano anterior).
23
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
Turismo do Reino Unido em Portugal
a
2009
Receitas
c
6
(10 EUR)
1 385,1
1 462,4
1 445,9
1 507,0
3,7
613,9
715,0
16,5
18,9
18,2
18,0
16,8
16,3
--
16,6
17,5
--
1ª
1ª
1ª
2ª
2ª
--
1ª
1ª
a
2009
c
3
% do total
c
3
% do total
Var
13/09%
2013
jan/jun
2014
jan/jun
Var %
14/13
2011
2012
5 669,7
5 495,0
6 258,6
6 421,5
6 979,7
5,5
3 033,1
3 409,8
12,4
24,4
23,3
24,1
23,5
23,8
--
24,0
24,3
--
1 095,3
1 111,2
1 234,9
1 293,2
1 388,3
6,2
nd
nd
nd
16,9
16,3
16,8
16,8
16,7
--
nd
nd
--
c
2013
-b
2010
c
Hóspedes (10 )
b
Var %
14/13
1 304,9
e
Dormidas (10 )
2014
jan/jun
2012
d
2013
2013
jan/jun
2011
% do total
Posição
Var
13/09%
2010
Fonte: Banco de Portugal (BdP)
Notas: a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2009-2013; b) Taxa de variação homóloga 2013-2014; c) Inclui apenas a
hotelaria global; d) Refere-se ao total de estrangeiros; e) Num conjunto de 56 mercados; nd – não disponível
No 1º semestre de 2014, as receitas e o número de dormidas cresceram, respetivamente, 16,5% e
12,4%, face ao período homólogo do ano anterior.
De acordo com o Turismo de Portugal, em 2013, as principais regiões portuguesas de destino dos
turistas britânicos foram: o Algarve (com uma quota de 69,7% das dormidas, +7% face ao ano anterior),
a Madeira (19,3%, +17%), Lisboa (7,1%, +6%), o Norte (2%, +3%), e o Centro (1%, +9%). As regiões
dos Açores e do Alentejo, com quotas idênticas (0,4% cada), registaram um aumento de 16% no caso da
primeira e uma quebra de 29% na segunda. Por tipologia de alojamento, os Hotéis concentraram 43%
das dormidas de ingleses no último ano, sobretudo os Hotéis-Apartamentos (26%).
4. Condições Legais de Acesso ao Mercado
4.1. Regime Geral de Importação
O Reino Unido, como membro da União Europeia (UE), é parte integrante da União Aduaneira,
caracterizada, essencialmente, pela livre circulação de mercadorias e pela adoção de uma política
comercial comum relativamente a países terceiros.
O Mercado Único, instituído em 1993 entre os Estados-membros da UE, criou um grande espaço
económico interno, traduzido na liberdade de circulação de bens, de capitais, de pessoas e de serviços,
tendo sido suprimidas as fronteiras internas aduaneiras, fiscais e técnicas.
Deste modo, as mercadorias com origem na UE ou colocadas em livre prática no território comunitário
(isto é, que sejam provenientes dos Estados terceiros em relação às quais forem pagos os direitos
24
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
aduaneiros e que tenham cumprido as formalidade de importação) encontram-se isentas de controlos
alfandegários, sem prejuízo, porém, de uma fiscalização no que respeita à respectiva qualidade e
características técnicas.
Neste contexto, a rede SOLVIT é um mecanismo criado pela União Europeia para resolver problemas
entre os Estados-membros resultantes da aplicação incorreta das regras do Mercado Único, evitando-se,
assim, o recurso aos tribunais.
A União Aduaneira implica, para além da existência de um território aduaneiro único, a adoção da
mesma legislação neste domínio – Código Aduaneiro Comunitário (CAC) / disposições de aplicação
(apesar do novo Código Aduaneiro da União ter entrado em vigor a 30 de Outubro de 2013, de acordo
com o n.º 2, do artigo 288.º, a maioria das suas disposições só será aplicável a partir de 1 de maio de
2016, segundo Retificação do Regulamento que estabelece o Código Aduaneiro da União, como é o
caso da revogação do Regulamento n.º 2913/92, atual CAC), bem como a aplicação de iguais
imposições alfandegárias aos produtos provenientes do exterior – Pauta Exterior Comum (PEC).
A regra geral de livre comércio com países terceiros não impede que as instâncias comunitárias
determinem restrições às importações (fixação de contingentes anuais), quando negociados no seio da
Organização Mundial de Comércio (World Trade Organization).
A PEC baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, sendo os
direitos de importação na sua maioria ad valorem, calculados sobre o valor CIF das mercadorias.
Para além dos referidos encargos, há, também, lugar ao pagamento do Imposto sobre o Valor
Acrescentado – IVA (Value Added Tax – VAT), à taxa de 20% (taxa normal), aplicável à generalidade de
bens e serviços, existindo, igualmente, uma taxa reduzida de 5%, incidente sobre os serviços de
fornecimento de gás e eletricidade para uso doméstico, entre outros. Certos géneros alimentícios, alguns
medicamentos, o transporte de passageiros (excluindo os táxis), determinado tipo de vestuário e calçado
para crianças, livros, revistas e jornais são objeto de uma taxa de 0%. Existem, ainda, isenções.
Os interessados podem consultar os diferentes bens e serviços isentos de IVA, sujeitos à taxa de 0% ou
à taxa reduzida de 5% nos Sites HM Revenue & Customs (Rates of VAT on Different Goods and
Services / VAT Rates Explained) e GOV.UK (VAT Rates).
Importa, ainda, considerar o facto de determinados produtos se encontrarem submetidos ao pagamento
de Impostos Especiais de Consumo (Excise Duties), que incidem sobre a produção, detenção, circulação
e introdução no consumo de bens como as bebidas alcoólicas, o tabaco e os produtos petrolíferos.
Os interessados podem aceder a informação sobre os impostos e taxas na UE (Taxation and Customs
Union), no Portal Europa.
25
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
4.2. Regime de Investimento Estrangeiro
O Tratado da União Europeia consagra, entre outros princípios, a liberdade de circulação de capitais, de
onde resulta um quadro geral do investimento estrangeiro comum em todo o espaço comunitário, nos
limites decorrentes do princípio da subsidiariedade, sem prejuízo dos instrumentos legislativos
estabelecidos pelos Estados-membros.
No RU o promotor externo encontra um regime jurídico adaptado ao ordenamento comunitário, embora
apresentando algumas particularidades. De um modo geral, nenhum sector se encontra vedado à
iniciativa privada. Assim, não são impostos quaisquer limites ou restrições quanto à participação externa,
podendo as empresas ser detidas na sua totalidade por capital estrangeiro.
É de referir, no entanto, que embora as operações de investimento não estejam sujeitas ao cumprimento
de formalidades especiais, para determinados sectores (como o financeiro, de defesa e de exploração de
petróleo) são exigidas licenças ou autorizações.
Por outro lado, o exercício de actividades comerciais e industriais está sujeito (como em muitos Estadosmembros) a regulamentação específica em matéria do direito de estabelecimento, necessitando os
empresários (nacionais ou estrangeiros) de obter licenciamento específico; os interessados podem
aceder, no Portal Europa, à Base de Dados das Actividades Económicas Reguladas na UE – Regulated
Professions,
by
Country,
with
Competent
Authorities
–
e
consultar
informação
sobre
as
formalidades/requisitos a cumprir para cada situação concreta.
De destacar, também, a existência de um amplo quadro legislativo relativo ao ambiente e à protecção
ambiental cuja aplicação está dependente do tipo de negócio que o promotor pretende estabelecer, do
sector onde se propõe investir, da dimensão do projeto, entre outros fatores (Environmental Law / UK
Environmental Law Association – UKELA). Para informações mais detalhadas sobre a regulamentação
ambiental em função do tipo de negócio os interessados podem consultar os Sites Environment Agency
e Environmental Guidance for Your Business in Northern Ireland and Scotland.
Em matéria de proteção ao investimento, o Estado garante a segurança e a proteção dos bens e direitos
resultantes dos investimentos estrangeiros em igualdade de tratamento com empresas de capital
nacional. À semelhança dos restantes parceiros comunitários, não estão estabelecidos quaisquer
controlos cambiais e o repatriamento de capital, lucros, dividendos e royalties processa-se livremente.
De referir, ainda, que com o objetivo de simplificar o ambiente de negócios no Reino Unido foi efetuada
uma reforma legislativa ao nível da criação de empresas, traduzida na aprovação e publicação do
Companies Act 2006 (objeto de várias alterações posteriores), que veio estabelecer um novo quadro
jurídico aplicável às sociedades comerciais, mais moderno e flexível, e cuja entrada em vigor foi faseada
no tempo para permitir uma melhor adaptação por parte empresários (o novo regime entrou em vigor, na
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aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
íntegra, a 1 de Outubro de 2009). Neste domínio, a aicep Portugal Global disponibiliza, na sua página
relativa aos Mercados Externos, a publicação – Reino Unido – Estabelecimento de Empresas.
Uma chamada de atenção para o facto de não obstante a grande proximidade entre os sistemas legais
em vigor na Inglaterra, País de Gales e Escócia, em algumas matérias (nomeadamente a relativa à
propriedade) o regime jurídico pode ser bastante diferenciado, sobretudo no que respeita à Escócia, pelo
que o recurso a assessoria jurídica é fundamental.
O UK Trade & Investment (UKTI) é o departamento não ministerial que para além de ser responsável
pela promoção da oferta nacional, está incumbido de atrair investimento estrangeiro para o país,
identificando oportunidades de mercado/parceiros locais e disponibilizando informação variada aos
promotores externos, nomeadamente, sobre formas de criação de empresas, ajudas e incentivos
financeiros; também presta aconselhamento fiscal e apoio na escolha/seleção da localização dos
projetos a implementar.
Como resultado do processo de devolução de poderes do Governo Central para a Escócia, País de
Gales e Irlanda do Norte, a política de captação do investimento e promoção da internacionalização das
suas economias compete aos respetivos governos (Scottish International Development / Welsh
Government / Bringing your Business to Wales / Invest Northern Ireland).
No Reino Unido o mercado de trabalho é bastante flexível, embora orientado para a proteção dos direitos
e garantias dos trabalhadores. O quadro legal aplicável às relações laborais está consubstanciado,
fundamentalmente, no Employment Act, 2008 (com alterações posteriores).
Quanto ao sistema tributário (consultar a publicação – Taxation and Investment in United Kingdom 2014,
Deloitte) este baseia-se numa rede complexa de impostos, diretos e indiretos, estaduais e locais;
assume especial destaque o Imposto sobre as Sociedades (Corporation Tax) que incide sobre a
totalidade dos rendimentos auferidos no Reino Unido (incluindo os obtidos fora do território nacional)
pelas empresas residentes, sendo que também recai sobre os rendimentos imputáveis aos
estabelecimentos estáveis (ex.: sucursal) de empresas não residentes no país.
Em termos de taxas (Corporation Tax Rates), a tributação tem vindo a ser reduzida nos últimos anos, no
contexto de uma reforma fiscal levada a cabo pelo Governo; desde 1 de abril de 2014 a taxa normal
sobre as sociedades é de 21%, sendo o objetivo chegar a uma taxa de 20% em 2015, unificando-a com
a atualmente aplicável às pequenas empresas com reduzido volume de negócios, que é de 20%.
Quanto aos impostos indiretos, destaca-se o IVA (VAT), imposto que recai sobre o consumo da maioria
dos bens transacionados e serviços prestados no Reino Unido (ou importados) a uma taxa normal de
20%; existindo, conforme já foi referido no ponto 4.1, uma taxa reduzida de 5% e produtos/serviços
isentos (Rates of VAT).
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aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
No que respeita aos incentivos no Reino Unido (Business Finance and Support) estão disponíveis, entre
outros, benefícios fiscais às actividades de desenvolvimento e investigação, apoios às indústrias
inovadoras criativas (Creative Industry Tax Reliefs), isenções de pagamento de Imposto sobre as
Sociedades nas chamadas Zonas Empresariais (Enterprise Zones) que visam incentivar a criação de
novas actividades em regiões que se encontram em declínio económico (existem atualmente 24 na
Inglaterra, 7 no País de Gales, 4 na Escócia, estando a ser equacionada a criação de uma nova
Enterprise Zone na Irlanda do Norte).
Para mais informações sobre como iniciar um negócio neste mercado, designadamente, questões
laborais, fiscais, segurança social, propriedade intelectual, sectores de oportunidades, os interessados
podem aceder ao Site do UKTI (Why Overseas Companies Should Set Up in the UK, 2014).
Destacamos, igualmente, a publicação da Deloitte – Taxation and Investment in United Kingdom, 2014.
Finalmente, de forma a promover e a reforçar as relações de investimento entre os dois países, foi
assinada, entre Portugal e o Reino Unido, a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a
Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, em vigor desde 20 de Janeiro de 1969.
Notas:
1. A produção legislativa britânica pode ser consultada no Site – Legislation UK.
2. Para mais informação legislativa sobre mercados externos, os interessados podem aceder ao Site da aicep Portugal Global em
Mercados Externos ou na “Livraria Digital”.
5. Informações Úteis
Formalidades na Entrada
Para os cidadãos da União Europeia, apenas é necessário o documento nacional de identificação
(Cartão do Cidadão/Bilhete de Identidade) ou o passaporte válido.
Hora Local
Corresponde ao UTC (Unidade de Tempo Coordenado), no inverno, e mais uma hora no verão.
Em relação a Portugal, o Reino Unido tem sempre a mesma hora.
Horários de Funcionamento
Serviços Públicos:
9h00/9h30 às 17h00/17h30
(segunda-feira a sexta-feira)
Empresas:
9h00/9h30 às 17h00/17h30
(segunda-feira a sexta-feira)
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aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
Bancos:
9h00/9h30 às 15h30/16h30
(segunda-feira a sexta-feira)
Algumas agências estão abertas, uma vez por semana, das 16h30 às 18h30.
Na Irlanda do Norte, a abertura dos bancos é às 10h00.
Comércio:
9h00/9h30 às 17h00/17h30
(segunda-feira a Sábado)
12h00 às 17h00
(Domingos)
Algumas lojas têm horário ilimitado, abrindo ao sábado e ao domingo.
Os grandes armazéns encerram às 19h00/20h00, uma vez por semana.
Os hipermercados, em geral, praticam um horário mais prolongado (segunda-feira a sábado),
encerrando, ao domingo, às 16h00.
Feriados
Data Fixa:
1 De janeiro – Ano Novo
6 de janeiro – Ano Novo (apenas na Escócia)
17 de março – Dia de St. Patrick (apenas na Irlanda do Norte)
12 de julho – Dia da Batalha de Boyne (apenas na Irlanda do Norte)
25 de dezembro – Natal
26 de dezembro – Boxing Day
Data Móvel:
Sexta-feira Santa
Segunda-feira de Páscoa
Primeira 2ª feira de maio, em comemoração do Feriado de maio
Última 2ª feira de maio, em comemoração do Feriado da primavera
Primeira 2ª feira de agosto, em comemoração do Feriado de verão (apenas na Escócia)
Última 2ª feira de agosto, em comemoração do Feriado de verão (exceto na Escócia)
Corrente Elétrica
Inglaterra – 50 ciclos, 240/415 ou 240/480 Volts
Escócia – 50 ciclos, 240/415 Volts
País de Gales – 50 ciclos, 240/415 Volts
Irlanda do Norte – 50 ciclos, 220/380 ou 230/400 Volts
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aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
Pesos e Medidas
É utilizado o sistema métrico, verificando-se ainda o uso limitado das especificações do sistema britânico de
pesos e medidas. As distâncias e as velocidades são contabilizadas em milhas por hora (1 Milha = 1,600
KM), respetivamente. Assim, em circunstâncias particulares, convém fazer a devida referência ao sistema a
utilizar, devido ao processo de alteração do anterior sistema para o sistema internacional unitário
(Internacional System of Units) ser relativamente recente no Reino Unido.
6. Contactos Úteis
Em Portugal
Embaixada Britânica
Rua de São Bernardo, 33
1249-082 Lisboa – Portugal
Tel.: (+351) 213 924 000 | Fax: (+351) 213 924 021
E-mail: [email protected] | http://ukinportugal.fco.gov.uk/en/
aicep Portugal Global
Rua Júlio Dinis, 748, 8º Dtº
4050-012 Porto
Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax: (+351) 226 055 399
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
aicep Portugal Global
Av. 5 de Outubro, 101
1050-051 Lisboa – Portugal
Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
Câmara de Comércio Luso-Britânica
Rua da Estrela, 8
1200-669 Lisboa – Portugal
Tel.: (+351) 213 942 020 | Fax: (+351) 213 942 029
E-mail: [email protected] | http://www.bpcc.pt
COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA
Direção Internacional
Av. da República, 58
1069-057 Lisboa – Portugal
Tel.: (+351) 21 217 913 700 | Fax: (+351) 217 913 720
E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt
30
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
Autoridade Tributária e Aduaneira,
Rua da Alfândega, n.º 5, r/c
1149-006 Lisboa – Portugal
Tel.: (+351) 21 881 37 00 I Linha Azul: (+351) 21 881 38 18
E-mail: [email protected] / [email protected] | https://www.e-financas.gov.pt/de/jspdgaiec/main.jsp
Turismo de Portugal, I.P.
Rua Ivone Silva, Lote 6
1050-124 Lisboa
Tel.: (+351) 211 140200 I Fax: (+351) 211 140830
E-mail: [email protected] I http://www.turismodeportugal.pt/
No Reino Unido
Embaixada de Portugal no Reino Unido
11 Belgrave Square
London SW1X 8PP – United Kingdom
Tel.: (+44) 207 2913770 | Fax: (+44) 207 235 07 39
E-mail: [email protected]
Consulado Geral de Portugal em Londres
3 Portland Place
London W1B 1HR - Grã-Bretanha
Tel.: (+ 44) 20 729 137 70 | Fax: (+ 44) 20 729 137 99
Linha exclusiva para receção de pedidos de marcação por Fax: (00 44) 20 729 137 79
E-mail: [email protected]
aicep Portugal Global em Londres
Portuguese Trade and Investment Office
11 Belgrave Square
London SW1X 8PP – United Kingdom
Tel.: (+ 44) 207 201 66 66 | Fax: (+44) 207 201 66 33
E-mail: [email protected]|
Câmara Bilateral no Reino Unido
Portuguese Chamber - The Portuguese UK Business Network
Fourth Floor 11 Belgrave Square, London S W 1 X 8 P P ,
Tel: (+44) 207 201 66 38 | Fax: (+44) 207 201 66 37
E-mail: [email protected] | http://www.portuguese-chamber.org.uk
31
aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
Bristish Chambers of Commerce
65 Petty France
London SW1H 9EU – United Kingdom
Tel.: (+44) (0) 207 654 58 00 | Fax: (+44) (0) 207 654 58 19
E-mail: [email protected] | http://www.britishchambers.org.uk/
Department for Business, Entreprise & Regulatory Reform
1 Victoria Street
London SW1H 0ET – United Kingdom
Tel.: (+44) (0) 207 215 50 00 | Fax: (+44) (0) 207 215 01 05
E-mail: [email protected] | http://www.berr.gov.uk
UK Trade & Investment (UKTI)
1 Victoria Street
London, SW1H 0ET - United Kingdom
Tel.: (+44) 207 333 54 42
www.uktradeinvest.gov.uk/
Bank of England (Banco Central)
Threadneedle Street
London EC2R 8AH – United Kingdom
Tel.: (+44) 207 601 44 44 | Fax: (+44) 207 601 54 60
E-mail: [email protected] | www.bankofengland.co.uk/
Institute of Tourist Guiding
Coppergate House,
16 Brune Street,
London, E1 7NJ
Tel.: (+44) 207 953 8397 I Fax: (+44) 207 953 8379
E-mail: [email protected] I http://www.itg.org.uk/resources/links/national-tourism-organisations.aspx
London Stock Exchange - LSE
10 Paternoster Square
EC4M 7LS London
United Kingdom
Tel.: (+44) 207 797 1000
E-mail: [email protected]. I http://www.londonstockexchange.com/home/homepage.htm
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aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
7. Endereços de Internet
A informação online aicep Portugal Global pode ser consultada no Site da Agência, nomeadamente, nas
seguintes páginas:
•
Guia do Exportador
•
Guia da Internacionalização
•
Temas de Comércio Internacional
•
Mercados Externos (Reino Unido)
•
Livraria Digital
Outros endereços:
•
Balcões Únicos na União Europeia (Comissão Europeia / Mercado Interno)
•
Bank for International Settlements (BIS)
•
British Chambers of Commerce (BCC)
•
British Library Business & IP Centre in London
•
Cabinet Office
•
Comissão Europeia (Rede SOLVIT – resolução de problemas na UE sem recurso à via judicial)
•
Companies House (CH)
•
Competition and Markets Authority (CMA)
•
Council of Europe (COE)
•
Department for Business, Innovation & Skills (BIS)
•
Department for Environment, Food and Rural Affairs (DEFRA)
•
Departments, Agencies & Public Bodies (GOV.UK)
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aicep Portugal Global
Reino Unido – Ficha de Mercado (setembro 2014)
•
Destacamento de Trabalhadores para Estados da UE / Islândia, Listenstaina, Noruega e Suíça
(fevereiro 2014, Portal da Segurança Social)
•
Destacamento de Trabalhadores para o Reino Unido – Ilhas de Jersey, Guernsey, Alderney,
Herm, Jethou e de Man / Reino Unido (janeiro 2014, Portal da Segurança Social)
•
Doing Business in United Kingdom (World Bank Group, 2014)
•
Environment Agency
•
Environmental Law (UK Environmental Law Association – UKELA)
•
European Bank for Reconstruction and Development (EBRD)
•
Exhibitions Contractors & Companies (Directory for Exhibitions & Trade Fairs)
•
Food Standards Agency (FSA)
•
Foreign & Commonwealth Office (FCO)
•
GOV.UK (Government Services and Information)
•
Guia Prático – Destacamento de Trabalhadores de Portugal para Outros Países (Instituto da
Segurança Social, Maio 2013)
•
HM Revenue & Customs (HMRC)
•
HM Treasury
•
Intellectual Property Office (IPO)
•
Invest Northern Ireland / Incentives Packages (Pro-Business Climate locate in Northern Ireland)
•
Legal Services Board (LSB)
•
Ministry of Justice (MOJ)
•
National Insurance
•
Northern Ireland Executive
•
Northern Ireland Office (NIO)
•
Office for National Statistics (ONS)
34
•
Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) Portal das Comunidades
Portuguesas (Trabalhar no Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte)
•
Portal das Comunidades Portuguesas – Conselhos aos Viajantes (Reino Unido da Grã Bretanha e
Irlanda do Norte)
•
Portal Europa
•
Portal Europeu da Mobilidade Profissional (EURES) / Viver & Trabalhar: Reino Unido
•
Prime Minister’s Office
•
Scotland Office
•
Scottish Development International (Invest in Scotland)
•
Scottish Government
•
Small Business Advise UK – Advice & Support for Small Business, from Government Grants to Legal
& HR Guides
•
Support for Businesses in the UK (Guide Set Up a Business in the UK)
•
Trading Standards Institute (TSI)
•
United Nations – UN / Specialized Agencies, Related Organizations, Funds, and other UN Entities
•
UK Legislation (National Archives / Ministry of Justice)
•
UK Trade & Investment (UKTI)
•
Wales Office
•
Welsh Government / Bringing your Business to Wales / Grants
•
World Trade Organization (WTO)
Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Avenida 5 de Outubro 101 – 1050-051 LISBOA
Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt
Capital Social – 114 927 979,87 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120
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