Informações 1888 pág 03

Transcrição

BR REHEG PH IM.CO.1888
CORREIO OFFICIAL DE 1888
02/01/1888 PG. 3 e 4 Informações / A Pedido
Provincia de Goyaz
Assumio a administração da provincia de Goyaz no dia 20 de Outubro proximo passado, o
presidente ultimamente nomeado Dr. Fulgencio Firmino Simões.
A escolha de cidadão tão distincto e assaz conhecido pelo seus honrosos precedentes encheu
de jubilo ao partido conservador goyano, perseguido atroz e violenteamente na administração finda
que jámais será esquecida.
Tão intimamente se achão ligadas as provincias do Pará e Goyaz, e tal é a sympathia que as
une que os filhos do Pará são sempre bem recebidos em Goyaz, não se desconhecendo nesta provincia
o nome da aquelles que mais se salientão na politica do Pará.
Não era portanto o Dr. Fulgencio Simões um desconhecido para os Goyanos: pelo seu
caracter, pela sua honestidade, pela sua illustração e intelligencia já era conhecido nesta provincia.
Se na provincia de seu nascimento o Exm. Sr. Dr. Simões conquistou a estima de seus
concidadãos, e á confiança de seu partido já soube tambem em Goyaz, conquistar a confiança do
partido conservador, e a estima dos Goyanos.
Pelos actos que tem praticado na administração da provincia, pela altivez e hombridade com
que tem procedido, tem S. Ex. merecido a geral approvação dos Goyanos.
A assembléia provincial de Goyaz, legitima interprete desse geral sentimento, com justiça e
razão, approvou uma indicação de um de seus dignos membros pedindo a nomeação de uma comissão
de trez membros para comprimentar a S. Ex. o Sr. Fulgencio Firmino Simões, pela sua merecida
nomeação para presidente da provincia, e pelo modo assaz lisongeiro com que vai tratando de todos os
ramos do serviço publico.
Tão justa quão honrosa manifestação mereceu a approvação unanime dos dignos membros
da assembléa.
Um pequeno, e insignificante grupo de individuos que se dizem democratas e que sustentão
um jornaleco, no velho habito de olfenderem a todos que não satisfazem os seus desejos, acostumados
a governarem a provincia, e a insultarem os nossos mais eminentes homens politicos em reuniões que
tenhão lugar em edificios publicos sendo algumas presididas por um celebre ex-presidente, acreditavão
que podião continuar na vida que levavão.
A isso oppoz o Sr. Dr. Simões, que sabe honrar o cargo a que foi levado pelo seus
merecimentos, originando-se d’ahi os ataques e insultos que lhe tem sido atirados.
Por não se ter prestado, no desempenho do honroso cargo que exerce, a presidir reuniões
obolicionistas que mais não são do que pretestos para publicamente insultar aos membros do gabinete
actual e chefes do partido conservador; por não consentir que taes reuniões tivessem lugar em
estabelecimentos publicos; por haver concedido a demissão que pedio o densembargador João
Bonifacio de Siqueira do cargo de inspector geral da instrucção publica, tem sido o illustrado e digno
presidente, victima dos ataques desses individuos.
O officio publicado pelo orgão democrata, justificando o acto praticado pelo digno e
energico Sr. Dr. Simões, assás o honra, e demonstra bem a justiça com que procedem os senhores do
grupo democrata.
Abaixo publicamos em sua entrega o officio dirigido ao desembargador João Bonifacio:
Palacio da presidencia, 29 de Outubro de 1887.
« Illmo Sr. – Acabo de receber officio de V. S., datado de hoje, no qual, em resposta a um
reservado em que esta presidencia exigio informações a respeito da reunião, que teve lugar no edificio
dessa inspectoria e lyceu de uma sociedade sob o titulo de obolocionista e preparatoriana, cujos actos
não erão convenientes á boa ordem de um estabelecimento publico, estranhando que tal reunião fosse
permittida por V. S., que não era para crer-se: V. S. declara que não somente dera a permissão de que
se trata, como pensa não ser esse acto estranhavel, porque não se póde, nem se deve impedir as
manifestações, e esforços que tenhão por fim promover o abolicionismo, comquanto não seja V. S.
abolicionista; e que achando-se assim opposto ao pensamento desta presidencia, não podia continuar a
exercer o cargo do qual solicitava sua exoneração.
« Em solução a seu citado officio e pedido, tenho a declarar que esta presidencia não impede
(nem o póde fazer) que cada qual manifeste seus sentimentos dentro dos limites legaes; mas não
consente que para isso sejão utilisados os edificios publicos principalmente os de instrucção, onde
deve reinar sempre a ordem e o repeito; admittindo-se apenas, com a permissão devida, aquelles actos
que tenhão por fim desenvolver o estudo e propagar a mesma instrucção.
«Nestas condições não póde merecer approvação o acto de V. S., a quem concedo a
exoneração pedida, sentindo, entretanto, semelhante acontecimento.
« Deus guarde a V. S. – Illm. Sr. desembargador João Bonifacie Gomes de Siqueira. –
Fulgencio Firmino Simões.»
Esse officio, honrando a quem o assigna mostra que acha-se na administração da provincia
um cidadão digno, que sabe comprehender os deveres que lhe são impostos pelo alto cargo que
occupa.
E’ isso tão raro em Goyaz que convém consignar-se
02/01/1888 pg. 4 Editaes
Fornecimento de generos ao colegio Izabel
Pela Thesouraria de Fazenda de Goyaz, se annuncia que, até as 11 horas do dia 5 de Janeiro
p. futuro, [ilegivel] proposta para [ilegivel] colegio Izabel no Valle do Araguaya, no p. futuro
semestre de Janeiro a Junho de 1888, a saber:
Assucar crú
Kilo
Café em grão
«
Carne verde de gado
«
Dita secca “
«
“
Dita fresca de porco
«
Dita salgada de dito
«
Peixe secco
«
Toucinho
«
Sabão da terra
«
Sal
«
Pimenta do reino
«
Feijão
Arroz pilado
Litro
“
«
Farinha de mandioca “
«
Dita de milho
“
«
Milho para cangica
“
«
Azeite de manono
“
«
Vinagre da terra
“
«
12/01/1888 pg. 4 Noticiario
Inspector parochial – Tendo sido concedida a André Ferreira Rios a exoneração que pedio do
cargo de inspector parochial da freguesia do Rosario da capital, foi por acto de 8 do corrente, nomeado
para esse cargo o capitão Joaquim Martins Xavier Serra-dourada.
Instrucção primaria – Dos termos dos exames procedidos em diversas parochias desta
provincia, extractamos o seguinte:
Escola do sexo feminino de Meiaponte.
Professora – a Exm.ª Sr.ª D. Maria das Dóres de Pina.
Examinadores – Exm.ª Sr.ª D. Auristella Melchiades de Pina, Vigario José Joaquim do
Nascimento (inspector parochial).
Capitães Antonio Borges de Carvalho e Jeronymo José de Siqueira.
34 alumnas matriculadas e 29 presentes.
A commissão julgou approvadas plenamente em doutrina, leitura, escripta, contabilidade e
trabalhos de agulha – 3 alumnas; simplesmente em grammatica portugueza – 3; approvadas em
doutrina, escripta, contabilidade, leituras e trabalhos d’agulha 5; em doutrina, leitura, escripta e
contabilidade – 6; e com destincção em trabalhos de agulha 1; e com bom aproveitamento as outras
das classes inferiores.
Aula do sexo masculino.
Professor – o Sr. Antonio Fleury de Souza Lobo.
Examinadores – os mesmos. 42 alumnos matriculados e 37 presnetes.
A commissão julgou approvadas plenamente, em leitura, escripta, contabilidade e doutrina 5
alumnas; em grammatica portugueza, simplesmente – 1; em doutrina, escripta e contabilidade até 3.ª
operação, simplesmente, 5.
Forão julgados com aproveitamento os alumnos das classes mais atrazadas.
Aula do sexo feminino de S. Luzia
Professora – a Exm.ª Srª D. Maria Victoria de Moraes Brandão.
Examinadores – Capitão Joseph de Mello Alvares (inspector parochial), Manoel Tertuliano
de Abreu e Luiz Gonzaga de Siqueira. 47 alumnos matriculados e 37 presentes.
A commissão julgou promptas nas materias do ensino primario, com excepção de
grammatica portugueza, 5 alumnas; plenamente approvada em escripta e contabilidade 1, em leitura e
contabilidade tambem 1, e notou adiantamento em muitas outras alumnas.
Aula do sexo masculino
Professor – o Sr. Moysés José da Silva.
Examinadores – os mesmos 63 alumnos matriculados e 45 presentes.
A Commissão julgou plenamente approvados nas materias do ensino 3 alumnos; plenamente
approvados em leitura e contabilidade e simplesmente em escripta e doutrina – 1; notou bôa
applicação e adiantamento em leitura, escripta e doutrina em 5.
15/01/1888 pg. 3
[ilegivel] de Souza (inspector parochial). Luiz Antonio Pereira de Abreu e Manoel
Es[ilegível] Lobo.
32 alumas matricularas e presentes 17.
A commissão julgou approvadas em doutrina, leitura escripta e contabilidade, e bom
approveitamento em grammatica. 3 alumnas; approvadas em doutrina, escriptas contabilidade até 3.ª
operação 1; e com aproveitamento as das classes inferiores [ilegivel] ensino. Forão tambem
approvadas, em versos trabalhos de agulha mais 6 alumnas
Aula do sexo masculino
Professor – Herculano Sebastião de Siqueira.
Examindores – os mesmos Srs.
59 alumnos matriculado e 18 presentes.
A commissão julgou prompto em contabilidade, escripta, leitura, e doutrina – 1; alumno;
approvado em leitura, escripta, doutrina e taboada.
Aula do sexo masculino de Pouzo-Alto.
Professor – Manoel de Almeida Guerra.
Examindores – inspector parochial Ma[ilegivel] Avelino de Castro, Capitão Graciano
Antonio da Silva e Joaquim José Leite Pi[ilegivel]eiro.
Presente 12 alumnos e faltando por do[ilegivel]e 4 e os mais por occupação.
A commissão julgou approvados simplesmente em leitura, escripta, doutrina principio da
arithmetica, 4 alumnos; com [ilegivel]co adiantamento 3.
Aula do sexo masculino da Bella-Vista.
Professor – Pedro Frederico Brandão
Examinadores – Joaquim Gregorio da Silva Lima, Bal[ilegivel]oino de Souza Chagas e
Jo[ilegivel] Camilo de Oliveira.
[ilegivel] alumnos matriculados e 27 presen[ilegivel]
[ilegivel] commissão julgou addiantados em [ilegievel]ra escripta sabendo doutrina e as 4
[ilegivel]ações de arithmetica 11 alumnos, [ilegivel] dos quaes estudão o systema me[ilegivel] e
grammatica portugueza.
[ilegivel]r acto de 13 do corrente foi con[ilegivel] a Sebastião Soares de Camargo a
[ilegivel]ração, que pedio, do cargo de Instructor Parochial da freguezia de Jaraguá. Nomeado para
exercer o referido cargo Francisco Policarpo de Amorim.
28/01/1888 pg. 2 Suplemento ao nª 09 / Parte Official
Instrucção primaria – Por acto de 24, forão feitas as seguintes alterações no pessoal e nas
escolas de instrucção primaria da provincia; a saber:
Extinctas
Á escola de 3ª entrancia do sexo masculino da Freguezia de S. Anna desta Capital, regida
pelo professor Luiz Olyntho de Amorim Godinho, visto existirem mais duas pra o mesmo sexo na dita
freguezia.
– As escolas elementares para o sexo masculino do Ourofino, Amaro Leito, S. Miguel e
Almas e S. Francisco das Chagas; e as do sexo femenino de Flores e Posse.
Rebaixadas:
Para elementares por não terem a frequencia legal as escoal de 1ª entrancia para o sexo
masculino da villa do Duro e as do sexo femenino de Pilar, Curralino e Forte.
Declaradas Elementares
As escolas de 1ª entrancia do sexo masculino de S. José de Mossamedes, Caldas Novas,
Mestre d’Armas, Sitio da Abbadia, Santa Roza, Nova Roma e Peixe, em virtude do art. 2º do acto nº
5140 de 7 do corrente mez.
Creação
Foi creada uma escola elementar para o sexo masculino na Parochia de S. Rita do
Paranahyba.
Removidos
Os professôres Joaquim Francisco Santiago, da escola de S. José do Tocantins, para a da
Posse e José de Rezende e Oliveira, da de Morrinhos, para a de S. José do Tocantins, todas de 1ª
entrancia.
Nomeados:
– Genuino José Corrêa, para professor da escola de 1ª entrancia de Morrinhos.
– Antonio Alexandrino da Silva Pinto, para a escola elementar de S. Ritta do Paranahyba.
– José Gomes dos Santos, professor da escola nocturna dessa capital.
04/02/1888 pg.3 Informações
Professôr removido. – Um periodico desta capital, transcrevendo officios do inspector da
instrucção publica ao professor de S. José e a resposta d’deste, justificou melhor a remoção do mesmo
professôr; pois sendo removido há oito dias não podia o professôr que está a 70 legoas desta capital,
enviar taes officios para serem publicados por effeito da remoção que ainda até hoje não conhece.
A publicação denota que o professor faz do escritorio desse jornal o seo archivo o que é por
demais injustificavel e in[ilegivel]
Tal professor, que como diz o mesmo jornal faz da escola – gremio politico, donde não
sahem senão adversarios de um dos partidos; que entrega a pessoas suspeitas officios de seo superior –
devia até ser demittido.
11/02/1888 pg. 1 Actos do Governo
N. 5140 – ACTO de 7 de Janeiro de 1888, ALTERANDO EM PARTE O
REGULAMENTO de 12 de abril de 1886.
O Presidente da Provincia usando da autorisação que-lhe confere a Lei provincial nº 824 de
24 de Dezembro de 1887, art. 2º, resolve que no Regulamento de 12 de Abril de 1886 se observe as
seguintes alterações:
Art. 1º. As escolas effectivas só poderão existir nas Villas, Cidades e na Capital.
Art. 2º. As escolas das Parochias e Arraiaes, pertencerão a classe das elementares.
Art. 3º. Para a existencia da escola effectiva é necessaria a frequencia de 25 alumnos pelo
menos na maior parte dos dias do anno lectivo; e para as elementares de 10 alumnos no mesmo
numero de dias.
Art. 4º. O estabelecimento da escola effectiva rebaixada para elementar, assim como a
elevação da elementar a effectiva só pderá ter lugar no mez de Dezembro e começará a vigorar no 1º
de Janeiro do anno seguinte.
Art. 5º. Fica creada nesta Capital uma escola elementar nocturna, a qual funccionará das seis
e meia as nove horas da noite no edificio da escola do sexo masculino da freguezia do Carmo,
percebendo o professor uma gratificação annual de 480$000 réis e mais 120$000 réis para luzes.
Art. 6º. Os professores cujas escolas forem extinctas, não terão direito a vencimento algum.
Art. 7º. Em acto distincto será expedido regularmente para o collegio de meninas que tem de
ser fundado nesta capital.
Art. 8º. Fica creada no Lycêo d’esta capital uma cadeira do ensino religioso, que funccionará
sempre que houver uum sacerdote que se preste a occupar gratuitamente a mesma cadeira e
restabelecida a de pedagogia, supprimida pela Lei n. 794 de 1º de Dezembro de 1886.
Art. 9º. Fica revogado o art. 35 do regulamento de 12 de Abril de 1886, passando a ser
gratuita a matricula de que trata o mesmo artigo.
Art. 10. A matricula dos alumnos do Lycêo deve escerrar-se no dia 8 de Janeiro, podendo ser
prorogada até o fim do mesmo mez pelo Presidente da Provincia.
Art. 11 Os alumnos do Lycêo que se portarem inconvenientemente para com os professôres
do mesmo e pessoas que forem visitar o estabelecimento ou tratar de qualque negocio, serão
primeiramente admoestados pelo Inspector e na reincidencia ser-lhes-ha privada a entrada no mesmo
estabelecimento por 30 a 60 dias ou trancada a matricula e expulsos a juizo e deliberação da
congregação, que para esse fim se reunirá no mesmo dia se for possivel. Essa deliberação será
submetida a approvação do Presidente da Provincia com a exposição das occurrencias e copia da acta
respectiva.
§ Unico. Em iguaes penas incorrerão os mesmos alumnos quando perturbarem as aulas e
desobedecerem o Inspector e professôres nas suas determinações, dadas para manter o respeito e a
ordem no estabelecimento.
Art. 12. Não são admissiveis ouvintes nas aulas do Lyceo, e os alumnos que nãose
apresentarem a exames no fim do anno lectivo, não serão admittidos á matricula no seguinte, salvo se
provarem ter feito os ditos exames perante a commissão de exames geraes de preparatorios.
Art. 13. O professor de mathematicas ensinará tambem trignometria.
Art. 14. O alumno do Lycêo que fôr approvado em portuguez, francez, arithmetica,
geographia, historia, pedagogia e religião, será preferido, em igualdade de circumstancias, para o
cargo de professôr de instrucção primaria.
Art. 15. Dous dias antes de começarem os exames geraes de preparatorios, ficarão suspensos
os trabalhos das aulas do Lycêo até dous dias depois de findos os mesmos exames.
Revogão-se as disposições em contrario.
Palacio da Presidencia do Goyaz, 7 de Janeiro de 1888.
Fulgenicio Firmino Simões.
Ensino religioso – Por acto de 4 do corrente foi designado Frey Rrymundo Maria Madré,
para reger gratuitamente a cadeira de ensino relisioso do Lycêo desta capital, creada por acto de 7 de
Janeiro findo.
18/02/1888 pg. 1 Parte Oficial / Dia 12 / Officios
– Ao inspector geral da instrucção publica, declarando em resposta ao seo officio de 7 do
corrente ao qual acompanhou a informação prestada pelo professor de 1as letras da villa de S. José do
Tocantins Joaquim Francisco Santiago, que sendo muito grave a acusação documentada feita ao
mesmo, e não tendo elle se justificado senão com a simples e irregular informação que enviou, exija s.
mce. que com urgencia preste as claras e nos termos legaes fazendo-lhe sentir que deve evitar
recriminações a quem quer que seja, o que muito depõe, contra os sentimentos em que se devem
inspirar aquelles que estão encarregados da missão de ensinar a mocidade.
– Ao mesmo, idem, idem, idem de 23 de Setembro ultimo n. 98, relativamente ao estado de
ruina em que acha o predio provincial onde funcciona a escola primaria do sexo masculino da villa do
Corumbá, que pode s. mc. autorisar ao respectivo delegado litterario a mandar transferir a dita escola
para uma casa particular, onde funcionará até que seja concertado o referido predio ficando o professor
com direito a importancia do aluguel na rasão de 5$000 réis mensaes, de conformidade com a tabella
annexa ao regulamento em vigor.
Neste sentido officiou-se ao inspector da thesouraria provincial afim de providenciar sobre
os reparos do dito predio, cuja despeza não excederá de com mil réis.
25/02/1888 pg. 1
Manifestação
Ilmo.º e Exmº Sr. Dr. Fulgencio Firmino Simões.
« O partido conservador goyano, representado pelo seu directorio d’esta capital, vem pela
presente manifestar os seus sentimentos pela retirada de v. ex. da administração da provincia.
E’ verdade que um motivo soberanamente justo, leva v. ex. a dar essa passo, que assim nos
priva de um administrador honesto, illustrado, criterioso e justiceiro.
É com verdadeira magoa que a provincia de Goyaz, vé ausentar-se d’ella o administrador
que captou geraes symphatias merecidas, pois que soube no curto espaço de sua luminosa
administração, curar attentamente dos seus mais momentosos interesses, como as finaças, a viação, a
instrucção publica e outros; abrindo-lhe novos, horisontes d’onde para um futuro não remoto advirá a
sua grandeza, a sua prosperidade.
Situada no coração do Imperio, via-se a provincia de Goyaz como que asphixiada pelas suas
co-irmãs que a circundão: sem futuro, sem esperança de vida propria, ella luctava desesperada sem
poder ao menos antever um porvir mais proximo, por quanto alguns de seus ingratos filhos,
caprichosamente e por espirito de baixa politica, procuravam matar essa esperança.
Hoje, porém, tudo mudou-se e o futuro de Goyaz é uma quase realidade: ahi estão as
navegações do Araguaya e Rio Vermelho para attestar: e v. ex. incontestavelmente muito concorreo
para esse resultado.
Mas não é só esse, exm. sr., o serviço por v. ex. prestado. A historia do Goyaz já registrou
em suas paginas de ouro os altos citos de v. ex.
Si a provincia em geral muito lhe [ilegivel] mais deve ainda o partido consevador que afanase se de contar v. ex. no numero de seus amigos; o da provincia principalmente do qual, é v. ex-credor
de gratidão pelos inumeros serviços que lhe prestou, concorrendo com a sua nobre influencia para
unil-o e solidifical-o.
E’ por isso que o directorio do partido conservador da capital, julgando interpretar os
sentimentos do povo goyano, dirige-se hoje a v. ex. apresentando-lhes os seos agradecimentos e
despedidas. Lá na sua cara e rica provincia poderá v. ex. conservar a convicção de que Goyaz lhe é
eternamente agradecida.»
Deus guarde a v. ex.
Felicissimo do Espirito Santo
Ramiro Pereira de Abreu
Luiz Gonzada Confucio de Sá
Miguel José de Vieira
Joaquim M. X. Serradourada
Manoel Alves de Castro
João Gonzaga de Siqueira
Joaquim Jorge da Silva
José Victor Esselin
João Augusto de Campos
___________________
« S. ex. o sr. dr. Simões, bastante commovido, respondeo:
Que a manifestação que recebia causava-lhe uma emoção profunda porque significava que se
não fez muito pela provincia, deixava entretanto alguma cousa de sua passagem na administração de
Goyaz. Que a manifestação traduzindo a sympathia da sociedade goyana e em particular de seos
amigos, tinha um realce enorme, pois que era feita no momento da partida, quando já de si não podia
esperar cousa alguma. Que como administrador leva a consciencia de haver, cumprido seo dever
inspirando-se em todos os seus actos pelas normas da justiça. Que aproveitava a occasião para declarar
tambem em honra do partido conservador de Goyaz, que para esse partido engrandecer-se não carece
senão de união porque é composto de cidadãos que sabem prezar sua dignidade e a honra de sua
provincia. Que se teve a ventura de merecer a plena confiança de seos amigos, que unirão-se e
solidificarão-se, cercando-o em sua administração de todas as provas de estima e consideração, que
um administrador pode desejar, attribue isso á generosidade que lhes é tão peculiar. Que finalmente,
agradecendo com effusão essa manifestação esplendida em que tomaram parte os mais distinctos
membros da sociedade goyana, fazia-o tanto mais satisfeito quanto era ella a prova de que pode um
administrador ser [ilegivel] sem [ilegivel] seos amigos. »
03/03/1888 Informações
Liberdades – A exmª Sra. D. Maria F. de Cerqueira Netto, para commemorar aniversario de
seo filho o Dr. José Netto de Campos Carneiro, deu liberdade 7 dos seos escravos.
7/03/1888 pag. 01 Parte Official / Actos do Governo
Delegados Litterarios – Por acto de 9, sob proposta do Inspector Geral da Instrucção
Publica, forão exonerados dos cargos de Substitutos dos Delegados Litterarios de diversas povoações,
a saber:
Do Bacalhau
Antonio Olympio Marques [danificado], por ser professor da referida escola,
Do Rio Bonito
Candido José Cardozo, por ser sogro do professor.
De Morrinhos
Bernardo Soares de Oliveira, por ter o mesmo sido removido como promotor publico para a
Formoza.
De Catalão
Virginio Rodrigues Lopes de Oliveira, por ser marido da Professora.
No mesmo acto forão nomeados Substitutos dos Delegados Litterarios, das supraditas
povoações, os seguintes cidadãos, a saber:
Do Bacalháu
Berlamino José do Nascimento
Do Rio Bonito
Manoel Ignacio de Andrade.
De Morrinhos
José Soterio Ribeiro Roza
Do Catalão
José Maria da Silva Ayres.
– Por outro de 10 forão nomeados:
– Delegado Litterario da Villa de Cavalcante, Clemente Lopes Perreira, na vaga do Padre
Benicio Thomaz de Bastos, que falleceu.
– Delegado Litterario de S. Ritta d’Antas, José Freyre de Andrade, na vaga do Padre João
Francisco Guimarães, tambem falecido.
17/03/1888 pg. 4 Informações
Azylo da Razão – Recebemos com praser o 2º numero desta Revista Maçonica –
Nitidamente impressa, traz ella na sua primeira pagina, o retrato do Venerando Dr. Vicente Moretti
Foggia, trabalho do habil photographo Sr. João Philemon Bernard.
Lycêo – Nota do numero de alumnos matriculados nas aulas do Lycêo desta cidade, no
presente anno lectivo.
Portuguez
58
Latim
25
Francez
50
Inglez
17
Arithmetica
38
Geometria
04
Geographia
27
Historia
15
Philozophia
08
Ensino Religiozo
13
Extincção da escravidão – S. A. a Prinbeza Imperial Regente, sancionou a Lei que extingue,
desde já, a escravidão no Brazil, como verão os leitores do Telegramma que publicamos no logar
competente desta folha.
Festas da abolição
- S. Exº. o Sr. Brigadeiro Vice-Presidente da Provincia, tendo conhecimento pelos jornaes da
Côrte, do estado grave e milindroso de S. M. o Imperador, actualmente em Milão, resolveo, de
accordo com os seos numerosos amigos, suspender toda e qualquer manifestação de regosijo pela
passagem da Lei que extingue a escravidão, até que todos os animos estejão serenados e livres de
tristes appreheasões;
Engenheiros americanos. O commandante dos vapores do Rio Araguaya Sebastião de Freitas
Silveira, recebeo ordens do emprezario da navegação d’aquelle rio, para contractar dous pilotos dos
melhores, para os dous botes que tem de seguir em 3ª e 4ª viagens, visto que a tripolação desses botes
terá de prestar auxilios a commissão de engenheiros, que dos Estados Unidos tem de partir para o Pará
e subir o Tocantins e Araguaya fazendo estudos das aguas.
Exames – Foi plenificado nas matérias do 1º anno do curso juridico de S. Paulo, o nosso
intelligente comprovinciano Sr. Luiz Sizenando Xavier Serra-dourada.
Mappa mural – Tendo a Presidencia nos enviado um exemplar do Mappa mural do Imperio
com destino ao estabelecimento a nosso, cargo prevenimos aos nossos leitores, que quizerem consultar
aquelle mappa, que estará franco a todos o nosso escriptorio, na casa da Assembléa, andar terreo, onde
funcciona a nossa officina.
Immigração belga – Em additamento á noticia que demos na folha passada, relativamente a
immigração de 25 familias belgas para esta provincia, offerecemos aos nossos leitores, o documento
infra que, á Presidencia da Provincia por intermedio do nosso consul, dirigio o Sr. Van. Varembergh,
um dos primeiros commerciantes exportadores de Antuerpia.
«Monsieur le President. – Suivant attentivement depuis une dizaine d’années, le progrés que
font daus notre vieille Europe, les idées d’Emigration, je me suis fait um devoir d’étudier sur leurs
differentes faces, les divers pays de L’Amerique du sud, repondant á mon avis le mieux aux
aspirations de mes compatriotes, tant sous la forme du gouvernement que sous le rapport de la religion
et de la salubrité du climat.
«Comme il est prouvé que la Belgique vu son territoire restrient, contient une population trop
dense, il est necessaire qu’on s’occupe activement a trouver de terres bien situées hors de la zone
torride, bien arrosèes] ár des rivieres navegables, et pas trop loin des chemins de fer existant ou en
projet, de façon á ce que le cultivateur puisse facilment se defaire de ses produits, e par le bien être
qu’il eprouvera dans as nouvelle patrie, il puisse appeller auprés de lui d’autres membres de la grande
famille desbelges.
« Il est hors de doute que le cultivateus belge est le plus honnete, le plus laborieux et le plus
tenace parmi tous les peuples d’Europe; c’est pourquoi, je veux bien m’occuper de son sort et lui
procurer dans la mesure du possible un bien être qu’il ne possede, et que sa patrie ne peut lui donner,
vu la trop grand population et la crise persistente des affaires.
«Dans ce but humanitaire et philantropique, je me permets, Monsieur le President, d’avoir
recours a votre haute inffluence pour faire un appelie qui je n’en doute pas será favorablement
accueilli, et que consiste á vous demander une concession de terre répondant aux avantages que je
nomme ci haut d’une superfice de deux licues carées sur chaque face contenant autant que possible des
terres amables, des prairies et des bois, a Pabri des Indiens.
« De mon coté, je m’engage á y placer en-dedans les cinq ans, a dater da jour de la datation
officielle un nombre de vingt cinq familles, qui je n’en doute ras formeront la souche d’une emigration
belge sur une grande e chelle, car votre pays a pour moi, un attrait irresistible, pour lequel je voudrais
bien me sacrifier ainsi que pour le bien etre de mês compatriotes en les aidant de mês conseils, de
maprotection, et surtous en leur procurant une nouvelle patriequine leur fassent pas regretter
I’ancienne que est une masatre pour beaucoup, mais qui n’en peut rien vu le peu d’etandue de son
territoire.
« Il est prouvé que le belge seul, abandonné á lui meme ne s’aclimate pas facilmente, il lui
faut son curé, sá chapelle, ses jeux, un homme sûr, sur lequel il puisse compter pour lui donner des
conseils, et que soit l’intermediaire entre lui et le gouvernement; cet homme, je veux l’être, et s’il plait
á Dieu, je m’efforcerai á remplir dignement ce poste, tant á l’avantage de mes compatriotes
malheureux que vis-a-vis de Votre Excellence et de votre généreux Pays.
« Sans les conditions énumerés ci-dessus, il n’y a pas de possibilité d’avoir des belges qui
s’attachent á leur nouvelle Patrie.
« Je ne doute nullement, Monsie r le President, ou ma demande sera favorablement accuillie,
et que Votre Excellence aura tout lieu de se feliciter de cette mesure et que ce ne sera pas la derniere
concession qui me sera accordée, apres en avoir constaté les resultats qui ne pourront étre qu’á
l’avantage de deux peuples si digne l’un de l’autre.
« En attendant, j’ai l’honneur de me nommer de Votre Excellence, le três humble serviteur,
et yous present, Monsieur le President, l’expression de ma trés haure consideration.
Van Varembergh
« Anvers, rue de la Liberté 3r.
« Anvers, le 20 fevrier 1888.
« A Son Excellence Monsieur le President de la Province de Goyaz.»
TRADUÇÃO
Senhor Presidente. – Seguindo attentamente, ha dez annos, o progresso que fazem em nossa
velha Europa as ideas de emigração, obriguei-me a estudar, sob suas differentes faces, os diversos
paizes da America do Sul, que, na minha opinião, correspondem ás aspirações de meos compatriotas,
tanto sob a forma de governo, como sob o ponto de vista da religião e da salubridade do clima,
Como está provado que a Belgica contem uma população muito densa em relação a seu
territorio, convem occupar-se energicamente de encontrar terras bem situadas fóra da zona torrida,
bem regadas de rios navegaveis, e não muito longe da estrada de ferro existente ou em projecto, de
sorte que o cultivador possa facilmente dispor de seus productos, e angariar a aproximação de outros
membros da grande familia dos belgas pela commodidade que encontrar em sua nova patria.
E’ fóra de duvida que o cultivador belga é o mais honrado, laborioso e tenaz d’entre todos os
povos da Europa; e é por isso que desejo occupar-me de sua sorte, e procurar-lhe, nas raias do
possivel, um bem estar que não possue, e que sua patria não lhe pode dar, visto a enorme população e
a crise persistente dos negocios.
Neste intuito humanitario e philanthopico, tomo a liberdade, Sr. Presidente, de recorrer a
vossa alta influencia para fazer um appello, que sem duvida será favoravelmente acolhido, e que
consiste em pedir-vos uma concessão de terra, correspondendo ás vantagens acima mencionadas, de
uma superficie de duas leguas quadradas, de cada lado, contendo, tanto quanto possivel, terras
cultivaveis, prados e mattas ao abrigo dos indios.
De minha parte, obrigo-me a estabelecer ahi, dentro de cinco annos, a contar do dia da
concessaõ official, umnumero de vinte e cinco familias que, estou certo, formarám o nucleo de uma
emigração belga, em grande escalla, porque vosso paiz tem para mim um attractivo irresistivel, pelo
qual muito de[ilegivel]aria sacrificar-me, assim como pelo bem estar de meos compatriotas, ajudandoos com meus conselhos e proteção, sobretudo procurando-lhes uma nova patria que lhes faça olvidar a
antiga, madrasta para muitos, e pouco ou nada generosa, attenta a limitação extensão de seu territorio.
E’ certo que o belga só abandonado a sim mesmo, não si acclima facilmente, torna-se-lhe
precizo um centro em torno do qual possa agrupar, um cura uma capella, seus divertimentos, um
homem seguro com quem possa contar para dar-lhe conselhos, e que seja o intermediario entre elle e o
governo; desejo ser esse hoem, e se aprouver a Deus, esforçar-me-hei por preencher dignamente este
enbargo, não só em beneficio de meus ocmpatriotas desgraçados, como perante V. Exª. e vossa
generoza nação.
Sem as condições acima enumeradas, não ha possibilidade de haver belgas que se affeiçoem
a sua nova patria. Ouso esperar, Sr. Presidente, que meo pedido seja favoravelmente acolhido, e que
V. Exª. terá occasião de felicitar-se por esta concessão, não sendo ella a ultima a mim outorgada,
depois de publicados os seus resultados, que não poderám deixar de ser em utilidade dos dous povos,
tão dignos um do outro.
Aguardando solução, tenho a honra de nomear-me de V. Exª. o mais humilde servidor, e
apresentar-vos, Sr. Presidente, a expressão da minha ais subida consideração.
Tl. van Varenbergh.
Anvers-/Rua da Liberdade nº 3r.
Anvers, 20 de Fevereiro de 1888
A’ S. Exª. o Sr. Presidente da Provincia de Goyaz.
28/04/01888 pg. 1 Governo Provincial
INSTRUCÇÃO PUBLICA
Um dos ramos do serviço publico que mais preocupou o meu espirito desde que assumi a
administração da provincia, foi a da intrucção publica.
A este respeito reconheci logo que havia muito a fazer-se, e deliberei convergir a mór parte
de minha actividade para melhorar a situação, não direi atrasada, mas precaria, que atravessa o ensino
publico da provincia.
Ha vicios que precisão ser extirpados como medidas indispensaveis para o bem da mocidade,
que deve encontrar na escola um alimento solido ao espirito que vai avido procural-o.
A instrucção secundaria, que é dada somente no Lycêo, carece ser mais completa.
O pessoal docente d’esse estabelecimento é bom, mais limitado. Urge crear-se novas
cadeiras de ensino de maneira a poder o estudante encontrar no Lycêo um curso completo dos
preparatorios exigidos para a matricula nos estabelecimentos de instrucção superior.
Por outro lado o Lycêo deve ser tambem adoptado para preparar os mestres da mocidade
que frequenta as escolas e sob este ponto de vista ha muito que elaborar, porque, digamos a verdade: a
instrucção primaria na provincia vai definhado.
São bem poucos os professôres primarios que tem exames das materias que ensinão, e d’hi o
proveito inteiramente nullo que tem produzido muitas escolas.
A escola não póde mais ser a casa em que a creança vá conhecer materialmente as lettras do
alphabeto, ligar e decorar as syllabas.
E’ preciso substituir a creança – machina pela creança – gente.
A intelligencia é como o leão, que dorme; despertemol-a que ella desenvolverá suas forças e
dominará o tempo e o espaço.
O mestre precisa conhecer as faculdades intellectivas para despetal-as; isto é, precisa saber.
Ignorante o mestre substituirá forçosamente a explicação das lições pela parmatoria. Em vez
de ensinar – brutalisa.
Uma reforma radical está a impôr-se como necessidade indeclinavel.
A provincia de Goyaz, olha cheia de jubilo para o futuro que a sua riquesa natural lhe mostra
radiante e sorprehendente e convém preparar a mocidade goyana para bater palmas ao restos da
civilização.
A respeito de tão importante assumpto meus intuitos erão: fazer executar rigorosamente o
regulamento de 12 de Abril; dar melhor orientação ao ensino, procurando adoptar methodos mas
racionaes; augmentando o curso do Lycêo com algumas cadeiras de estudos de sciencias physicas e
naturaes e de bellas artes; estabelecer ao mesmo tempo como regra invariavel o concurso severo para
provimento de todas as escolas effectivas sem mestres examinadores nas materias que ensinão; e
finalmente, fundar um estabelecimento para a educação de meninas, falta por demais sensivel n’esta
provincia, onde nem um só exite.
O estado financeiro da provincia privou-me de realisar tão justos desejos.
Entretanto, usando da authorisação dada pela Assembléa Provincial procurei adiantar alguma
cousa com o restabelecimento da cadeira de pedagogia e augmento do ensino de trigometia na cadeira
de mathematicas; fiscalisação sevéra das escolas, classificando-as conforme a importancia do lugares;
augmento de numero de alumnos de effectiva frequencia para a existencia das mesmas e mais algumas
pequenas alterações no Regulamento de 12 de abril de 1886, como consta do respectivo acto que vai
em annexo.
Sabedor dos desejos que nutria para melhorar o ensino publico da provincia, o illustrado
Revm. Frey Raymundo Maria Madré, superior dos Dominicanos aqui residentes, officiou-me em data
de 3 de Janeiro offerecendo-se para por-si ou por qualquer dos seus companheiros, leccionar
gratuitamente religião no Lucêo, á exemplo do que foi estabelecido no Imperial collegio de Pedro 2º.
Aceitando tão importante offerta, que vinha trazer o voluntario concurso de homens de
variada illustração ao primeiro estabelecimento de ensino publico da provincia, creei no Lycêo uma
cadeira de ensino religioso, para ser regida gratuitamente, designado para ella o mesmo Rem. Frey
Madré.
Por acto de 24 de Janeiro, uzando da authorisação que me foi dada pela lei n. 824 de 24 de
Dezembro ultimo, extingui 8 escolas, rebaixei 11, criei uma elementar nocturna para o sexo masculino
nesta capital e outra diurna para o mesmo sexo na freguezia de S. Rita do Paranahyba.
Este acto alem de importar em grande economia para os cofres da provincia, era de summa
necessidade em rasão da frequencia quasi nulla das aulas extinctas. No mesmo acto removi para a
escola vaga da Posse o professôr da de S. José do Tocantins e para esta o da de Morrinhos; nomeei
para reger a de Morrinhos o cidadão Jenuino José Corrêa, para a noturna da capital o cidadão José
Gomes dos Santos e para a diurna de S. Rita do Paranahyba, o cidadão Antonio Alexandrino da Silva
Pinto.
Tendo sido concedida a exoneração pedida por Antonio de Oliveira Andrade, do logar de
professor de mathematicas elementares do Lycêo, mandei pôr a concurso a respectiva cadeira com o
praso de 60 dias que devem terminar em 12 de abril vindouro.
Em Novembro passado, de accordo com o que se acha prescripto no art. 4º do Decreto nº
9.647 de 2 de Outubro de 1886, resultado na diversas materias, foi o seguinte:
Approvações com distincção,
Ditas plenamente,
Ditas simplesmente.
A enorme distancia que separa esta capital de todas as localidades da provincia,
impossibilitou que maior numero de estudantes se inscrevesse para os exames, tendo uns chegado após
o encerramento da inscripção e outros posteriormente a terminação dos ditos exames.
Attendendo a essa difficuldades, que collocaram muitos moços na dura contingencia de
esperar um anno para fazer seus preparatorios, representei ao Menisterio do Imperio no sentido de ser
permittida a installação de bancas de exames em Abril vindouro.
Na ha ainda tempo para a resposta a essa representação que muito folgarei se sortir os
effeitos desejados.
(continua)
Catechese – A. S. Ex. Revm. Sr. Bispo, D. Claudio José, foi entregue a quantia de dez contos
de rs, para ser empregada no serviço da catechese dos indios no valle do Araguaya.
12/05/1888 pg. 4 editaes
Programma das materias sobre que deve versar o concurso para o provimento da cadeira de
mathematicas elementares do Lycêo
Prova Escripta
Primeiro ponto
Potencias e raizes do 2º e 3º gráo.
Estudo comparativo das operações fundamentaes, e bem assim das potencias e raizes que se
referem ao 2º gráo.
Idéa do corpo da superficie da linha e do ponto geometrico.
Construcção e emprego da taboas trigonometricas.
Segundo ponto
Logarithmos.
Propriedades geraes dos numeros.
Geração, pricipaes propriedades e determinação dos tres corpos redondos, cylindro, cone e
esphera.
Estudos da linhas trigonometricas, deducção de suas formas, suas variações e limites de seos
valores.
Terceiro ponto
Progressões.
Discussão dos problemas equações do 1º gráo a uma incognita ou duas.
Principaes propriedades dos angulos polyedros e igualdade dos triedros.
Resolução dos triangulos retangulos e dos triangulos obliquangulos,
Prova oral
Todas as materias constantes do ponto que a sorte designar
Conforme – No impedimento do Secretario.
Antonio Gomes Pinto
19/05/1888 pág. 4 Informações
Indios – Pessôa competente da villa Rio Verde nos manda diser:
“Tivemos estes dias uma grande correria dos indios Caiapós que atacarão diversas fasendas
de criar, notando-se entre estas a do Monte Alegre pertencente ao tenente coronel José Joaquim Leão,
e dos Pires proximo da villa.
“Os indios matarão uma pessoa e flexarão duas, assim como matarão diversos bois de carro e
animaes de costeio.
“Felizmente o povo reunio, e sahinod ao encalço dos indios, conseguio afugental-os.
Segundo nos refere o correspondente, todos os animos estão tranquilllos, e nada ha a receiar,
por em quanto, em todo o municipio do Rio Verde.
04/06/1888 pg. 1 Correio Official
Goyaz, 4 de Junho de 1888.
Está extincta a escravidão
Hosana! Hosana!
Não ha mais escravos no Brazil.
Cerca de setecentos mil escravos, hoje cidadãos brasileiros, receberão a luz da liberdade, luz
rutilante, cujos raios luminosos se convergem para o progresso immediato e engrandecimento moral e
material deste vasto Imperio do Cruzeiro!
Milhares de corações agradecidos, depositão hoje no Supedaneo da Excelsa e Grandiosa
Princesa, os votos do mais acrisolado Amor e Profinda Veneração ao gabinete de 10 de Março,
enthusiasticos e calorosos vivas.
Pelo telegramma que acima publicamos, verão os leitores a prova inconcussa do que
avançamos.
Todo o coração bem formado, todo o brazileiro amante de sua patria, se impressionará, por
certo, de jubilo e de enthusiasmo diante da potente vontade do gabinete de 10 de Março, a quem coube
a gloria de realisar as aspirações da magna causa, ha tanto tempo reclamada.
A medida adoptada pela Camara dos Srs. Deputados e tão enthusiasticamente acceita pelo
Senado, veio mais uma vez comprovar de um modo incontestavel, o amor, o civismo e a dedicação
que esses athletas do progresso teem a patria brasileira.
Dizer as vantagens que tem de auferir a lei – João Alfredo – tecer encomios a esse Messias,
seria repisar, seria repetir os grandes, os immensos pensamentos expendidos por innumeros sacerdotes
de tão sacros principios.
A lei da redempção, em bôa hora chamada – João Alfredo, fora a consequencia logica da de
28 de Setembro conhecida por Aurea ou Rio Branco. Este foi quem assentou a pedra angular em cuja
baze tinha hoje de levantar-se o grande monumento da aspiração nacional, e aquelle concluio a obra –
Está extincta a escravidão no Brazil.
Os sentimentos nobres que abrigão-2
o coração brasileiro, repercutem hoje até ante ás
nações do Velho Mundo.
Na America do Norte (Estados Unidos) fez-se a abolição com rios de sangue ... No Brazil,
ella teve o seo effeito pelas leis da evolução entre aclamações de regosijo, de flores e de bençãos.
Os nomes dos grandes estadistas como sejão: Euzebio de Queiroz, Rio Branco, Dantas,
Saraiva, Cotegype, Antonio Prado e joão Alfredo, serão gravados com lettras d’ouro nos annaes da
nossa história.
Goyaz também se lembra do 1º Goyano, pelo coração, que levantou o estadarte da abolição
n’esta capital – Antero Cicero de Assiz, se saudosissima memoria.
..................................................................................................................................
O correio de 31 do passado era esperado com sofreguidão. A capital de Goyaz, anciosa,
aguardava a noticia da Redempção dos captivos.
Chega o correio, e a população persurosa procura saber o que ha . . . . .
Abolição completa! Estado gravissimo do nosso Velho Monarcha!
A par do prazer immenso, a decepção, a tristeza, a dôr!!
O Exm. Sr. Brigadeiro Felicissimo do Espirito Santo, Vice-Presidente da provincia, tinha
preparado grandes festejos e manifestações de regosijo para solemnizar a lei da liberdade, porem tudo
cahio em dasanimo, todo o enthusiasmo arrefeceo com os tristes telegrammas expedidos de Milão.
O Brazil livre! O Brazil regenerado da tremenda maculada escravidão... O Brazil altaneiro
ante as nações civilisadas; porem... O Brazil triste, O Brazil abatido ante o estado melindroso de S. M.
o Imperador o Sr. D. Pedro Segundo, o homem prudente, o patriota sincero, o amigo desvelado e pai
amoroso, o Victor Hugo de todos os Monarchas da terra!..
Se o Adorado Ancião geme em terra estranha, no Brazil milhares de vozes voão implorando
do ceo o seo restabelecimento.
11/06/1888 pg 2
TELEGRAMMAS
S.A. a Princeza Imperial Regente recebeu os seguintes telegrammas de congratulação pela
lei n. 3.353 de 13 de Maio, declarando extincta a escravidão no Brazil:
Do arcebispo da Bahia.
Do Bispo do Ceará.
Dos presidentes de Pernambuco, Bahia, Ceará e das Alagoas.
Do Governador do bispado de Olinda.
Do senador Manoel José de Siqueira Mendes.
Do Barão de Ibiapaba.
Do Inspector da thesouraria do Espirito Santo.
Do visconde de Nacar.
Das camaras municipaes do Recife, de Coritiba, de Paranaguá e de Valença.
Do juiz de direito, juiz municipal, promotor publico, escrivão dos orphãos, delegado de
policia e commandante superior de Valença.
Da academia de medicina da Bahia.
Do lyceu de artes e officios da Baltia.
Do gabinete de leitura Limoeirense de Penambuco.
Da sociedade de medicina e cirurgia da corte.
Da associação commercial e agricola de Pernambuco. Do commercio do Ceará, representado
por Geminiano Mava, Albano & Comp., Gradvell Fréres e outros negociantes.
Da classe caxeiral.
Da escola de tiro do Rio Pardo.
Da associação de Socorros Mutuos Memoria, de José Clemente.
Do lyceu de artes e officios do Rio de Janeiro.
Da associação commercial da capital do Maranhão.
Da associação benefica conde de Mattosinhos.
Do juiz municipal de Itapemirim.
Do director e alumnos do collegio Menezes Vieira.
Da sociedade Memoria a Esther de Carvalho.
Do montepio dos artistas Caxoeiranos.
Da sociedade libertadora da Victoria, Espirito Santo.
Do commandante das armas e officiaes dos corpos do exercito da guarnição da Bahia.
Da Gazeta Parahyba.
Dos abolicionistas bahianos, representados pelo deputado Joaquim Nabuco.
Do chefe e empregados das repartições da estrada de ferro Ingleza de Santos a Jundiahy.
Da administração do correio Paraná.
Dos representantes dos paizes estrangeiros na capital do Ceará.
Dos abolicionistas de Alegrete
Dos libertados da capital do Espirito Santo, em frente á estação telegraphica.
Dos empregados da estação da Cachoeira, da estrada de ferro D. Pedro II.
Das redacções dos jornaes: Libertardor – Constituição – Gazeta do Norte – Pedro IIº e
Cearense – do Ceará.
Da redacção da Folha da Victoria – do Espirito Santo.
Do IIº batalhão de infantaria do exercito, no Ceará.
Dos empregados da estrada de ferro de Baturité, no Ceará.
Da sociedade abolicionista da villa de Padua.
De Cesario Mendes, da Caxoeira.
De Guilherme Peçanha de Oliveira e d. Luiza Correia de Oliveira, de Barbacena.
Dos escravos do municipio da Laguna em S. Catharina,
De Manoel Carneiro da Rocha.
De Antonio Francisco Bandeira Junior, da Parahyba do Sul.
Do juiz de direito de Mossoró, Alcibiades de Albuquerque.
De João Baptista Perdigão de Oliveira, da Fortaleza.
De Joabuim P. da Rocha, de Buenos-Ayres.
De Antonio P. L, de Menezes Jurumenha.
De José F. Bredana, de Buenos Ayres.
Do dr. Paulino Francisco de Oliveira.
De Tancredo Leal Paulino da Silva.
11/06/1888 pg. 3 e 4 Exames
PROGRAMMA
PARA
OS EXAMES GERAES DE PREPARATORIOS DE 1888
ORGANISADO
De conformidade com as disposições do Decreto n. 9647 de 2 de Outubro de 1886 e do
Aviso n.974 de 17 de Março de 1887.
Portuguez
O exame de portuguez precederá a qualquer outro.
Prova escripta
A prova escripta consistirá em uma composição livre sobre assumpto que a sorte designar
dentre os pontos organisados diariamente pela comissão julgadora.
Prova oral
A prova oral constará: 1º, de analyse phonetica etymologica e syntaxidade um trecho de
extensão rasoavel escolhido pela commissão julgadora em uma pagina sorteada, na fórma do
regulamento vigente, de um dos livros abaixo indicados: 2º, da exposição de um dos pontos
grammaticaes seguintes, também sorteado na fórma das disposições regulamentares.
“Sortear-se-ha em cada dia um dos livros marcados no programma, bem como a centena de
paginas da qual se sorteará tambem a pagina em que cada alumno deverá ser examinado, escolhendo
nella os examinadores, o trecho para esse fim”. (Art. 3º do Decreto n. 6130 de 1º de Março de 1876).
Livros de exame:
Camões – Luziadas, seculo XVI.
Santa Rita Durão – O Caramurú, seculo XVIII.
João Francisco Lisbôa – Vida do Padre Antonio Vieira, seculo XIX.
Barão do Paranapiacaba – A Camoneana, idem.
Indicação – Por occasião da analyse, o examinando tambem deverá ser arguido sobre o
sentido preciso de cada palavra do trecho sorteado e sobre o sentido geral do mesmo trecho. Um dos
examinadores se occupará desta parte do exame e o outro das theorias grammaticaes.
Pontos oraes
1. – Observações geraes sobre o que se estende por grammatica geral, por grammatica
historica ou comparativa e por grammatica descriptiva ou expositiva.
Objecto da grammatica portugueza e divisão do seo estudo. Phonologia: os sons e as lettras;
classificação dos sons e das lettras vogaes; grupos vocalicos; consoantes; grupos consonantes; syllaba;
grupos syllabicos; vocabulo; notações lexicas.
2. – Da acentuação e da quantidade.
3. – Origem das lettras portuguezas; leis que presidem á permuta das lettras; importancia
destas transformações phonicas no processo de derivação das palavras.
4. – Dos metaplasmas.
5. – Dos systemas de orthographia e das causas de sua irregularidade.
6. – Morphologia: estructura da palavra: raiz; thema; terminação; affixos. Do sentido das
palavras deduzido dos elementos morphicos que as constituiem; desenvolvimento de sentidos novos
nas palavras.
7. – Da classificação das palavras. Do substantivo e suas especies.
8. – Da classificação das palavras. Do adjectivo e suas especies.
9. – Classificação das palavras. Do pronome e suas especies.
10. – Classificação das palavras. Do verbo e suas especies.
11. – Classificação das palavras.Das palavras invariaveis.
12. – Agrupamento de palavras por familias e por associação de idéas. Dos synonimos;
homonymos e paronimos.
13. – Flexão dos nomes: genero; numero; caso. Noções de declinação latina.
Desapparecimento do neutro latino em portuguez; vestigios do neutro em portuguez, vestigios da
declinação em portuguez. Origem do s do plural.
14. – Flexão dos nomes: grau do substantivo e do adjectivo; comparativo e superlativos
syntheticos; comparativos e superlativos analyticos.
15. – Flexão dos nomes; flexão do pronome; declinação dos pronomes pessoaes.
16. – Flexão do verbo: conjugação: fórmas de conjugação.
17. – Formação das palavras em geral: composição por prefixos e por juxtaposição. Estudo
dos prefixos.
18. – Formação das palavras em geral: derivação propria (por suffixos); derivação impropria
(sem suffixos). Estudos dos suffixos.
19. – Das palavras variaveis formadas no proprio seio da lingua portugueza.
20. – Das palavras invariaveis formadas no proprio seio da lingua portugueza.
21. – Etymologia portugueza; principios em que se baseia a etymologia . Leis que presidiram
á formação do lexico portuguez.
22. – Da constituição do lexico portuguez. Linguas que maior contingente forneceram ao
vocabulario portuguez.
23. – Caracter differencial entre os vocabulos de origem popular e os de formação erudita;
duplas ou fórmas divergentes.
24. – Da creação de palavras novas. Hybridismos.
25. – Etymologia do substantivo e do adjectivo. Influencia dos casos na etymologia dos
nomes.
26. – Etymologia do artigo e do pronome.
27. – Etymologia das fórmas verbaes: comparação da conjugação latina com a portugueza.
28. – Etymologia das palavras invariaveis.
29. – Da syntaxe em geral. Breves noções sobre a estructura oracional do latim popular e do
latim culto. Typos syntaxicos divergentes na lingua portugueza.
30. – Syntaxe da proposição simples. Especies de proposição simples quanto á fórma e á
significação. Dos membros da proposição simples.
31. – Syntaxe da proposição composta ou do periodo composto. Coordenação. Subordinação.
Classificação das proposições.
32. – Regras de syntaxe relativas a cada um dos termos ou membros da proposição.
33. – Regras de syntaxe relativas ao substantivo e ao adjetictivo.
34. – Regras de syntaxe relativas ao pronome.
35. – Regras de syntaxe relativas ao verbo. Do emprego dos modos e tempos dos verbos nas
proposições coordenadas e nas proposições subordinadas.
36. – Regras de syntaxe relativas ás formas nominaes do verbo.
37. – Regras de syntaxe relativas ás palavras invarialveis.
38. – Syntaxe do verbo haver e do pronome se.
(continua)
11/06/1888 pg. 4
EXAMES
PROGRAMMA
PARA OS EXAMES GERAES DE PREPARATORIOS DE 1888
ORGANISADO
Portuguez
(Continuação)
Pontos oraes
39. – Da construcção: ordem das palavras na proposição simples e das proposições simples
no preiodo composto.
40. – Da collocação dos pronomes pessoaes.
41. – Das notações syntaxicas; pontuação. Emprego de lettreas maiusculas.
42. – Figuras de syntaxe. Particulas de realce.
43. – Dos vicios de linguagem.
44. – Das anomalias grammaticaes; idiotismos; provincialismos; Brasileirismos; dialecto.
45. – Das alterações lexicas e syntaxicas; archaismo e neologismo.
46. – A syntaxe e o estylo.
Francez
Para o exame de francez o candidato deverá exhibir certidão de se achar habilitado em
portuguez.
Prova escripta
Composição livre segundo o processo indicado para o exame de portuguez.
Prova oral
A prova oral de francez constará: 1º, de leitura, traducção e analyse phonetica, etymologica e
syntaxica de um trecho de extensão razoavel escolhido pelos examinadores em uma pagina sorteada,
na fórma do regulamento vigente, de um dos livros abaixo indicados; 2º, da exposição de um dos
pontos grammaticaes seguintes, tambem sorteado na fórma das disposições regulamentares em vigor
Livros de exame:
Regnier – Theatro classico.
Chateubriand – Genio do Christianismo.
Villemain – Discursos e miscellaneas litterarias.
Pontos oraes
1 – Objeto da grammatica franceza e divisão 2
eu estudo. Phonologia: os sons e as
lettras; combinação dos sons; syllaba; vocabulo; accentuação e quantidade.
2. – Das notações lexicologicas; dos metaplasmas.
3. – Morphologia: raiz, thema; terminação; affixo. Da classificação das palavras.
4. – Do substantivo e suas especies. Flexão: genero, numero e grau.
28/06/1888 pg. 4
EXAMES
PROGRAMMA
ORGANISADO
Francez
(Continuação)
Pontos oraes
7. – Do pronome e suas especies. Flexão do pronome; declinação dos pronomes pessoaes.
8. – Do verbo e suas especies. Flexão verbal; conjugação; fórmas da conjugação.
9. – Das palavras invariaveis; vestigio de flexão no adverbio.
10. – Da formação das palavras em geral. Estudo dos prefixos.
11. – Da formação das palavras em geral. Estudo dos suffixos.
12. – Formação das palavras variaveis.
13. – Formação das palavras invariaveis.
14. – Agrupamento de palavras por familia. Dos synonimos, homonYmos e paronymos.
15. – Da syntaxe em geral. Comparação da estructura oracional franceza com a estructura
oracional portugueza.
16. – Da proposição simples; especies de proposição simples. Dos termos da proposição.
17. – Da proposição composta. Coordenação. Subordinação.
18. – Syntaxe de cada um dos termos da proposição simples.
19. – Syntaxe do substantivo e do artigo.
20. – Syntaxe do adjectivo.
21. – Syntaxe do pronome.
22. – Syntaxe do verbo. Emprego dos modos e dos tempos dos verbos.
23. – Syntaxe das fórmas nominaes do verbo.
24. – Syntaxe do adverbio. Das negações.
25. – Syntaxe da preposição, da conjunção e da interjeição.
26. – Da construcção. Figuras de syntaxe.
27. – Das notações syntaxicas; pontuação; emprego da lettra maiuscula; das abreviações.
28. – Das anomalias grammaticaes; idiotismos; vivios de linguagem.
29. – Breves noções sobre a origem, formação e desenvolvimento da lingua franceza.
Inglez
Para o exame de inglez. o candidato deverá exhibir certidão de se achar habilitado em
portuguez.
Prova escripta
Composição livre segundo o processo para o exame de portuguez.
Prova oral
A prova oral de inglez consistirá: 1º, de leitura, traducção e analyse phonetica, etymologica e
syntaxica de um trecho de extensão razoavel escolhido pelos examinadores em um pagina sorteada, na
fórma do regulamento vigente, de um dos livros abaixo indicados; 2º, da exposição de um dos pontos
grammaticaes seguintes, tambem sorteado na fórma das disposições regulamentares em vigor.
Livros de exame:
Longfellow – Obras poeticas.
Macaulay - Ensaios
Pontos oraes
1 – Objecto da grammatica ingleza e divisão do seu estudo. Pronunciação e orthographia, do
vocalismo, do consonantismo, da syllaba, do vocabulo, da accentuação e da quantidade. Dos
metaplasmas.
2. – Estructura da palavra. Raiz; thema; desinencia; affixo. Da classificação das palavras.
3. – Da declinação em inglez. Flexão dos nomes, genero, numero, grau, caso.
4. – Da flexão verbal: theoria da conjugação.
5. – Especies de palavras incariaveis; vestigios de flexão no adverbio.
6. – Formação das palavras em geral. Estudo dos preffixos.
7. – Formação das palavras em geral. Estudo dos suffixos.
8. – Formação das palavras variaveis.
9. – Formação das palavras invariaveis.
10. Syntaxe em geral. Comparação da phrase ingleza com a estructura oracional portugueza.
11. – Syntaxe da proposição simples. Dos termos da proposição symples.
12. – Syntaxe da proposição composta. Coordenação: subordinação.
13. – Syntaxe particular de cada um dos termos da proposição simples.
14. – Syntaxe do substantivo e do artigo.
15. – Syntaxe do adjectivo.
16. – Syntaxe do pronome.
17. – Syntaxe do verbo. Emprego dos modos e dos tempos.
18. – Syntaxe das fórmas nominaes do verbo.
19. – Syntaxe do adverbio; das negações.
21/07/1888 pg. 3
EXAMES
PROGRAMMA
ORGANISADO
Aviso n. 974 de 17 de Março de 1887.
(Continuação)
Geometria
Prova Oral
Consistirá nas respostas sobre um ponto sorteado dentre os abaixo indicados, e sobre as
generalidaes que lhe forem relativas.
1. – Idéa do corpo, da superficie, da linha e do ponto geometrico.
2. – Posição das rectas entre si e em relação á cricunferencia.
3. – Dos polygonos planos e do circulo.
4. – Da medida commum das rectas e dos arcos e da medida dos angulos.
5. – Das rectas proporcionaes entre si e consideradas tambem no circulo.
6. – Medidas dos lados dos polygonos, de suas áreas, da circunferência e da área do circulo.
7. – posição da recta em relação ao plano e dos planos entre si.
8. – Principaes propriedades dos angulos polyedros e igualdade dos triedros.
9. – Geração, divisão. Propriedades, igualdade e semelhança dos polyedros e medida dos
seus volumes.
10. – Geração, principaes propriedades e determinação dos volumes dos tres corpos
redondos: cylindro, cone e esphera.
Problemas e exercicios meramente praticos
(Continúa)
28/07/1888 pg. 3
EXAMES
PROGRAMMA
ORGANISADO
Trigonometria rectilinea
Para o exame de trigonometria rectilinea o candidato deverá exhibir certidão de se achar
habilitado em portuguez, em arithmetica, em algebra e em geometria.
Prova escripta
Desenvolvimento da parte, escolhida pelos examinadores, do ponto designado pela sorte
dentre os abaixo indicados.
Prova oral
generalidades que lhe forem relativas.
1. – Estudo das linhas trigonometricas; deducção de suas formulas, suas variações e limites
de seos valores.
2. – Construcção e emprego das tabuas trigonometricas.
3. – Resolução dos triangulos rectangulos e dos triangulos obliquangulos.
Problemas e exercicios praticos.
Geographia e cosmographia.
Para o exame de geografia e cosmographia o candidato deverá exhibir certidão de se achar
habilitado em portuguez e em geometria.
Prova escripta
Desenvolvimento da parte, escolhida pelos examinadores, do ponto destinado pela sorte
Prova oral
Consistirá nas respostas sobre um ponto sorteado entre os abaixo indicados e sobre as
Fará tambem parte do exame o que diz respeito aos mappas e problemas, as viagens e
epheras, segundo a notação feira em seguida aos pontos.
Geographia
1. – Terra, sua superficie, seus movimentos, principaes circulos que nella se truncam para
localizar as terras e determinar as zonas thermaes.
2. – Divisão das terras e do oceano.
3. – Clima e sua influencia sobre a distribuição dos vegetaes e animaes pela superficie da
terra.
Das cinco grandes divisões das terras:
4 – Mares, golphos, estreitos, seus accidentes physicos.
5. Ilhas, seus accidentes physicos.
6. – Lagôas, rios , lagunas, seus limites, suas dimensões e posições.
7. – População absoluta e relativa. Governo e suas principaes fórmas. Confederação. Estados
soberanos e meio soberanos.
8. – Divisão dos povos segundo seu desenvolvimento moral e suas raças.
Dos principaes payzes do globo:
9. Posição, limites, superficie.
10.- População, governo, religião.
11. – Divisão, aspecto e clima.
12. – Producção, commercio e industria; importancia politica.
13. – Cidades principaes.
Dar-se-ha mais desenvolvimento ao que disser respeito á America e principalmente a
Meridional. Exame intuitivo de mappas muraes; desenho no quadro preto dos pormenores
geographicos que abranger cada ponto; viagens simuladas para differentes parte, em que os
examinandos indiquem os accidentes physicos que podem encontrar e as curiosidades naturaes ou
artisticas notaveis.
Cosmographia
1. – Universo. Astros, sua divisão e agglomeração em grandes grupos ou nebulosas.
2. – Estrellas, planetas, cometas, estrellas cadentes, bolidos e aerolithos.
3. – Systema de Ptolomeu e de Copernico.
4. – Leis de Kepler.
5. – Attracção e repulsão.
6. – Figura, rotação e revolução da terra.
7. – Circulos da esphera.
8. – Estações.
9. – Posições da esphera e dias.
10. – Lua.
11. – Eclipses.
04/08/1888 pg. 3
EXAMES
PROGRAMMA
ORGANISADO
Historia geral
Para o exame de historia di cabdudati deverá exhibir certidão de se achar habilitado em
protuguez.
Prova escripta
Desenvolvimento da parte, escolhida pelos examinadores do ponto designado pela sorte
detre os abaixo indicados.
Prova oral
Consistirá nas respostas [ilegivel]
Historia antiga e da idade media
1 - Noções preliminares. Origem da humanidade segundo a biblia. As raças humanas.
2 - Egypcios. Principaes di[ilegivel]. Governo, Religião, [ilegivel].
3 - Assyrios e Babylonics [sic]. Principaes acontecimentos politicos. Governo, religião,
artes.
4 - Israelitas até o captiveiro Babylonia.
5 - Phenicios. Preponderancia Sidon. Preponderancia de Ty[ilegivel] Religião, industria e
commercio. O alphabeto.
6 - Medas e Persas. O imperio médio. O imperio persa: [ilegivel] Cabyses e Dario. Governo,
religião, artes.
7 - A grecia antiga. Seus primeiros habitantes. Pricipaes [ilegivel]ções dos tempos heroicos.
[ilegivel]gião e instituições nacio[ilegivel].
8 - Colonias gregas. Sparta [ilegivel] legislação de Lycurgo.
9 - Athenas. Legislação de [ilegivel] Pisistrato Cliothenes. Terra medicas. Preponderancia de
Athenas. Pericles e a [ilegivel]tra do Peloponeso.
10 - Preponderancia de Sparta. Expedição dos dez mil. Tra[ilegivel] de Antalcidas.
11 - Preponderancia do The[ilegivel] Pelopidas e Epaminondas. Sciencias, lettras e artes na
Grecia.
12. – Philippe de Macedonia e Alexandre Magno.
13. – O Egypto, a Syria, a Macedonia e a Grecia.
14. – A Italia antiga e Roma. Principaes tradições e instituições do periodo dos reis.
Estabelecimentos da republica.
15. – Os plebeos e os patricios. Guerras de Roma contras os povos visinhos. Conquista da
Italia.
16. – Guerras punicas.
17. – Os Grachos. Mario e Sylla.
18. – Primeiro e segundo triumvirato.
19. – Augusto e os imperadores de sua familia.
20. – Os Flavios e os Antoninos.
21. – Anarchia militar de 193 até 285. Diocleciano e a tetrarchia.
22. – Constantino e seus successores. Partilha definitiva do Imperio.
23. – Invasões de Alarico, Radagasio, Genserico e Attila.
24. – Invasões dos Anglo-Saxonios. Francos, Ostrogodos e Lombardos.
25. – Quéda do Imperio do Occidente. Imperio do Oriente. Justiniano e Heraclio.
26. – Apogeu e decadencia dos Merovingios.
27. – Mahomet e o Imperio Arabe.
28. – Dynastia dos Carlovin[ilegivel]
29. – [ilegivel]
30. – [ilegivel]
31. – Feudalismo.
32. – Imperio romano-allemão e sua lucta com o Sacerdocio.
33.- Cruzadas.
34. – Os Capetos desde Luiz VI até Carlos IV. Inglaterra até 1327.
35. – Guerra dos cem annos.
36. – Hespanha e Portugal.
37. – Republicas italianas e reino das Suas Sicilias.
38. – Allemanha desde o grande interregno até 1453.
39. – Scandinavos, Slavos Mongóes e Turcos Ottomanos
40. – Tomada de Constantinopla por Mahomet II.
(Continúa)
11/08/1888 pg. 3
EXAMES
PROGRAMMA
ORGANISADO
Historia moderna e contemporanea
41. – Estado politico da Europa no meado do seculo XV.
42. – França. Fim do reinado de Carlos VII, Luiz XI e Carlos VIII.
43. – Inglaterra. Guerra das duas Rosas. Henrique VII.
44. – Hespanha e Portugal. Fernando o Catholico e D. João II.
45. – Allemanha. Frederico III e Maximiliano I.
46. – Italia até a expedição de Carlos VIII. Turcos Ottomanos até 1520.
47. – Primeiro periodo das guerras da Italia.
48. – Segundo periodo das guerras da Italia. Rivalidades das casa d’Austria e de França.
49. – Os grandes descobrimentos. D. Manoel o Venturoso e o imperio colonial dos
Portuguezes.
50. – Imperio colonial dos Hespanhoes.
51. – Lettras, artes e sciencias do seculo XVI.
52. – Reforma protestante. Concilio de Trento. Ordens religiosas.
53. – Philippe II de Hespanha. Portugal de 1521 até 1581.
54. – Isabel e Maria Stuart.
55. – Guerras de religião. Reorganisação da França por Henrique IV.
56. Inglaterra. Os Stuarts. Revolução de 1648.
57. – Cromwell.
58. – Richelieu e Mazarino. Guerra dos trinta annos.
59. – Hespanha e Portugual no seculo XVII.
60. – França e Inglaterra. Luiz XIV. Restauração dos Stuarts. Guilherme III.
61. – Letras, artes e sciencias no seculo XVII.
62. – Carlos XII e Pedro o Grande. Catharinha II e a Polonia.
63. – Creação do Reino da Prussia. Frederico II e Maria Thereza. Guerras da successão da
Austria e dos sete annos.
64. – França. Regencia do Duque de Orleans. Luiz XV.
65. – Inglaterra de 1702 ate 1783. Independencia dos Estados-Unidos.
66. – Hespanha e Portugual no seculo XVIII.
67. – Lettras, artes e sciencias no seculo XVIII. Influencia das idéas francezas.
68. – França. Luiz XVI, assembléa constituinte; assembléa legislativa e convenção nacional.
Directorio, consulado e imperio de Napoleão I.
69. – Luiz XVIII e Carlos X. Lettras, artes e sciencias no periodo da restauração.
70. – A Europa e a America de 1815 até 1830.
71. – Reinado de Luiz Philippe e revolução de Fevereiro.
72. – A Europa de 1830 até 1848. A Turquia e o Oriente.
73. Resumo dos acontecimentos occoridos de 1848 até ao fim da guerra Franco-Allemã.
(Continúa)
25/08/1888 pg. 3
EXAMES
PROGRAMMA
ORGANISADO
Historia e corographia do Brasil
Historia do Brazil
1. – Viagens e descobrimentos maritimos dos portuguezes. Descobrimento da America por
Christovão Colombo. Vasco da Gama.
2. – Descobrimento do Brasil. Seos primeiros exploradores.
3. – Povos que habitavam o Brasil na época do seu descobrimento. Ethnographia, lingua e
periodo de civilisação dos indios: tabas ou aldêas: usos, armas e costumes dos indios, religião, forma
de governo, guerra e matança de prisioneiros.
4. – Systema de colonisação do Brazil, empregado por D. João III. Capitanias hereditarias.
5. – Estabelecimento de um governo geral. Thomé de Souza e Duarte da Costa.
6. – Mem de Sá, terceiro governador geral,
7. - Divisão do Brazil em dous governos e subsequente reunião em um só. Dominio da
Hespanha. Estado em que se achava o Brazil em 1581.
8. – Governo interino da 1ª junta governativa, 1581 a 1583. Manoel Telles Barreto, 1583 a
1587. Governo interino de uma segunda junta, 1587 a 1591.
9. D. Francisco de Souza, 1591 a 1602. Diogo Botelho, 1602 a 1607;
10. D. Diogo de Menezes. Nova divisão do Brazil em dous governos e subsequente reunião
em um sò, 1617. Os francezes no Maranhão.
11. – Primeira invasão dos holandezes. Perda e restauração da cidade do Salvador.
12. – Segunda invasão hollandeza: perda de Olinda e do Recife; historico da guerra até a
retirada de Mathias de Albuquerque 1630 a 1635.
13. Segundo periodo da guerra hollandeza, desde a retirada de Mathias de Albuquerque até a
acclamação de D. João IV no Brazil, 1535 a 1641.
14. – Estado do Maranhão e das capitanias da Bahia para o Sul, até 1641.
15. – Guerra hollandeza no Brazil, desde a acclamação de D. João IV até o rompimento da
insurreição pernambucana.
16. – Ultimo periodo da guerra holandeza, desde o rompimento da insurreição pernambucana
até a capitulação da Campina do [ilegivel]
17. – Paz de Portugal com Holanda. Causa da ruina do poder hollandez no Brazil e do
triumpho obtido pelos pernambucanos. Resultado da guerra.
18. Erros administrativos no Brazil. Lutas enter os jesuitas e os colonos. Beckman, 1652 a
1685.
(continúa)
1º/09/1888 pág 3
EXAMES
PROGRAMMA
ORGANISADO
Historia e corographia do Brasil
Historia do Brazil
19. – Destruição dos Palmares. Guerras civis dos Mascates e dos Emboabas.
20. – Effeitos no Brazil da guerra da successão de Hespanha. luta com os hespanhóes ao sul.
Hostilidade de Duclere. Duguay Trouin no Rio de Janeiro. Tratados de Utrecht, de Madrid, 1688 a
1750.
21. – Desenvolvimento e processo do Brazil no reinado de D. João V.
22. – Reinado de D. José I. Questões e lutas no sul do Brazil. Jesuitas e sua expulsão. O
Marquez do Pombal.
23. – Primeiras idéas da independencia do Brazil. Conspiração mallograda em Minas. O
Tira-Dentes.
24. – Transmigração da familia real de Bragança para o Brazil.
Séde da monarchia portugueza no Rio de Janeiro, 1807 a 1845.
25. – Guerras com os hespanhóes ao sul e com os francezes ao norte do Brazil. Revolução
republicana de Pernambuco em 1817.
26. – Revolução de Portugal em 1820: seus effeitos no Brazil. Regresso da corte portugueza
para Lisbôa.
27. – Primeiros mezes da regencia de D. Pedro no Brazil.
28. – Desde o dia do Fico até ao do Ypiranga: 9 de Janeiro a 7 de Setembro de 1822.
29. – Acclamação e coroação do primeiro Imperador: guerra da independencia.
30. Assembléa constituinte, Juramento da Constituição do Imperio. Revolução de
Penambuco em 1824. Lord Cochrane do Maranhão. Motins na Bahia. Reconhecimento da
Independencia do Brasil por Portugal. Guerra no Rio da Prata.
31. – Tratados de commercio. Medidas legislativas. Revolta de tropas estangeiras. Almirante
[ilegivel]oussim. Tumultos em Pernambuco e na Bahia. D. Maria II. A Imperatriz D. Amelia.
Abdicação, 7 de Abril de 1831.
32. – Governos regenciaes. Primeira parte. Regencias provisoria e permanente trina.
33. – Governos regenciaes. Segunda parte. Regencia do senador padre Diogo Antonio Feijó
e do senador Pedro de Araujo Lima. Declaração da maioridade de Sua Magestade o Sr. D. Pedro II.
34. – Primeiro ministerio depois da maioridade. Movimento em Minas Geraes e em S. Paulo,
1842. Pacificação da provincia do Rio Grnade do Sul, 1845. Revolução Praieira em Pernambuco,
1848. Guerra do Rio Prata com Oribe e Rosas. Tratado de 1856 (6 de Abril) com o Paraguay. Questão
Anglo-Brazileira (Christie). Desenvolvimento industrial, commercial e litterario do Brazil.
35. – Guerra com a Banda Oriental do Uruguay, 1864 e 1865. Intervenção indebita do
dictador Francisco Solano Lopez. Guerra contaso o Paraguay 1864 a 1870.
Chorographia do Brazil
1. – Limites e posição astronomica.
2. – Littoral e ilhas maritimas.
3. – Structura physica e montanhas.
4. – Bacias fluviaes.
5. – Producções naturaes.
6. – Noções de ethnographia.
7. – O ensino.
8. – A Administração.
9. – A agricultura
10. – A criação de gado.
11. – Industria.
12. – Commercio
13. – Nagegação maritima e fluvial
14. – As estradas de ferro.
15. – Provincia do Amazonas.
16. – “
“
do Pará
17. – “
“
do Maranhão.
18. – “
“
do Piauhy
19. – “
“
do Ceará
20. – “
“
do Rio Grande do Norte
21. – “
“
da Parahyba.
22. – “
“
do Pernambuco.
23. – “
“
das Alagôas
24. – “
“
de Sergipe.
25. – “
“
da Bahia.
26. – “
“
do Esptº Santo
27. – “
“
di Rio de Janeiro
28. – Municipio Neutro
29. – Provincia de S. Paulo.
30. – Provincia do Paraná.
31. – “
“
de S. Catharina.
32. – “
“
do Rio Grande do Sul
33. – “
“
de Minas Geraes
34. – “
“
de Goyaz
35. – “
“
de Matto Grosso.
(Continúa)
06/09/1888 pg. 3 Exames
EXAMES
PROGRAMMA
ORGANISADO
Philosophia
Para o exame de philosophia candidato deverá exhibir certidões de se achar habilitado nas
linguas, em mathematicas e em historia.
Prova escripta
Desenvolvimento da parte, escolhida pelos examinadores, do ponto designado pela sorte
Prova oral
Introdução
1. Definições, objecto, divisão, importancia da philosophia: suas relações com as outras
sciencias.
Ontologia elementar
2. – Do ser. Da sciencia.
3. – Do infinito e do finito, do absoluto e do relativo, da substancia, do attributo e do modo.
4. – Da causa em geral: causa efficiente, occacional, material, instrumental e final.
5. – Do verdadeiro, do bem e do bello. Noções de esthetica.
Psycologia
6. – O composto humano, passagem da phisiologia á psycologia. Dos factos psycologicos.
Faculdades da alma.
7. – Da sensibilidade em geral. Da sensibilidade em geral. Da sensibilidade physica. Das
sensações.
8. – Da sensibilidade intellectual e moral. Sentimentos e affeições.
9. – Da intelligencia em geral. Da consciencia ou percepção intima.
10. – Da percepção externa. Elementos da percepção. Os sentidos e seos erros.
11. – Das idéas em geral: de finições, differenças caracteristicas, origem e formação.
12. – Da attenção. Da reflecção. Da comparação.
13. – Da rasão pura. Noções e verdades primarias.
14. – Do juizo. Do raciocinio.
15. – Da memoria. Da associação das idéias.
16. – Da abstração. Da generalisação. Da imaginoção.
17. – Da linguagem: definição. Differenças, classificação, origem e actualidade.
18. – Da vontade: do instincto e do habito. Da actividade livre.
19. – Da liberdade e suas provas. Difficuldades e theorias.
20. – Da unidade, identidade e espiritualidade da alma. Argumentos e objecções. União da
alma com o corpo.
15/09/1888 pg. 3 Exames
PROGRAMMA
ORGANISADO
Aviso n. 974 de 17 de Março de 1887.
_____________________
Logica
21. – Objectos da lagica. Methodo em geral. Analyse e synthese.
22. – Methodos particulares. Classificação das sciencias.
23. – Do methodo inductivo; observação, experimentação e classificação.
24. – Da analogia, inducção e hypotese.
25. – Do methodo demonstrativo; axiomas; definições; demonstração.
26. - Do syllogismo; materia e fórma; termos e proposições, figuras e regras.
27. – Graos de assentimento. Probabilidade, evidencia e certeza.
28. – Autoridade do testemunho humano. Regras de critica historica.
29. – Dos erros: causas e remedios.
Theodicéa
30. – Noções preliminares. Da idéa de um Ente Supremo. Argumentos physicos da
existencia de Deus.
31. – Argumentos moraes e metaphisicos da existencia de Deus. Critica de todos os
argumentos.
32. – Principaes attributos de Deus.
33. – Da Providencia e seos actos. Argumegtos a priori, a posteriori e indirectamente.
34. – Erros a cerca de Deus: atheismo, dualismo, polytheismo, pantheismo.
Moral
35. – Principios das acções humanas. O prazer e o bem. O util e o honesto. Systema de Stuart
Mill.
36. – Da consciencia moral. Distincção do bem e do mal.
37. – Da lei moral e suas partes componentes.
38. – Destino do homem e imortalidade da alma. Argumentos pricipaes e complementares.
39. – Moral pratica: deveres do homem para o comsigo mesmo [ilegivel]
41. – Moral religiosa ou deveres do homem para com Deus.
Historia da philosophia
42. – Objecto, utilidade methodos, systemas e divisão da historia da philosophia.
43. – Philosophia antiga. Origens orientaes. Philosophia grega antes de Socrates.
44. – Philosophia socratica. Platão e a Academia.
45. – Philosophia depois de Socrates. Aristoteles, Pirrho, Epicuro e Zeno.
46. – Philosophia romana. Escola de Alexandria. Os padres da Igreja.
47. – Philosofia medieval. Phases da escolastica.
48. – Philosophia moderna. Bacon e Descartes e seus discipulos.
49. – Diversos systemas dephilosophia contemporanea.
São exigidos sómente os livros mencionados neste programma. Quanto ás grammaticas e
outros compendios, poderão ser adoptados pelos professores e directores de estabelecimentos
particulares ou que preferirem, comtanto que não sejam expressamente prohibidos. (Art 106 do
Regulamento annexo ao Decreto n. 1317 A de 17 de Fevereiro de 1884).
22/09/1888 pg. 2 e 3 Parte Oficial / Dia 20 / Despachos / Officios
Ao inspector geral da instrucção publica, enviando, por copia, o aviso do ministério do
imperio de 14 de julho p. passsado, em solução do officio desta presidencia de 18 de Junho ultimo em
que a vista da representação d’essa inspectoria solicitara do mesmo ministro providencias no sentido
de serem fornecidos a essa repartição diversos livros que faltão para o serviço dos exames de
preparatorios a que se tem de proceder no corrente anno e exigidos pelo novo programma.
No mesmo sentido ao delegado interino do inspector geral da instrucção publica da Côrte
desta provincia.
- Ao presidente da junta de alistamento militar da parohia S Rita d’Anta, communicando ter
designado o dia 21 de Outubro p. futuro para ter lugar a estallação da mesma, visto não ter sido
installada no dia 1º do corrente marcado por lei.
13/10/1888 pg. 2 Parte Oficial / Actos do Governo
Delegado litterario – Por outro de 8, foi concedida a José Bernardo de Freitas a exoneração
que pedio do cargo de substituto do Delegado Litterario da parochia de Jaragua.
- Por outro [ilegivel] interino do inspector geral da instrucção publica do municipio da côrte
nesta provincia, foi nomeado o pessoal constante da relação infra para as commissões julgadoras nas
diferentes mezas de exames geraes que tem começo no dia 2 de Novembro proximo futuro.
Relação do pessoal para as commissões julgadoras.
Portuguez
Presidente – Dr. Luiz Bartholomeo Marques Pitaluga.
Examinadores – Professores Manoel Sebastião Caiado e Rafael Americo Torres.
Latim
Presidente – Dr. Antonio Pereira d’Abreu Junior.
Examinadores – Professores Manoel Sebastião Caiado e Rafael Americo Torres.
Francez
Presidente – Dr. José Joaquim dos Santos Franco.
Examinadores – Professor Joaquim Gomes d’Oliveira e Dr. Eduardo Arthur Socrates.
Inglez
Presidente – Dr. Luiz Bartholomeo Marques Pitaluga.
Examinadores – Professor Theodoro Occkingaus e dr. Julio Alves da Cunha
Historia
Presidente – Dr. Francisco de Paula Alvellos.
Examinadores – Professor João Luiz Savier Brandão e Dr. Luiz Bartholomeu Marques
Pitaluga.
Arithmetica
Presidente – Dr. Antonio José Pereira.
Examinadores – Professor João Cardoso d’Avila e dr. Julio Alves da Cunha.
Geometria
Presidente – Dr. Antonio José Pereira.
Examinador – Professor João Cardoso e d’Avilla e dr. Julio Alves da Cunha
Geographia e Corographia do Brasil e Cosmographia
Presidente – Dr. José Joaquim dos Santos Franco.
Examinadores – Professor João Luiz Xavier Brandão e Dr. Luiz Bartholomeo Pitaluga.
Philosophia
Presidente – Dr. José Netto de Campos Carneiro.
Examinadores – Professor João Cardoso d’Avilla e Dr. Luiz Bartholomeo Marques Pitaluga.
13/10/1888 pg. 1 e 2 Supplemento
Lei nº 838 de 4 de Setembro de 1888
Subvenciona o collegio de Meiaponte com quantia de [ilegivel]
O Brigadeiro Felicissimo do Espirito Santo Vice-Presidente da Provincia de Goyaz: Faço
saber a todos os seus habitantes que a Assembléa Legislativa Provincial decretou e eu sanccionei a Lei
seguinte:
Art. 1º Fica o Presidente da Provincia autorisado a subvencionar com a quantia de 2:000$000
rs. annuaes o collegio de instrucção secundaria que se pretende crear na cidade de Meiaponte.
Art. 2º A subvenção sera paga por trimestre depois da instalação em vista de attestado da
respectiva camara Municipal com que prove haver o collegio funccionado regularmente com dez
alumnos pelo menos sendo a subvenção comprehendida no producto das loterias concedidas pela
resolução de 12 de Dezembro de 1887, cuja [ilegivel] ja foi contractada.
Art. 3º Serão admittidos no collegio gratuitamente e por despacho da Presidencia quatro
alumnos pobres, sendo dous internos e dous externos.
Art. 4º O respectivo regulamento será submettido a approvação da Presidencia da Provincia
que podera fazer as modificações que julgar necessarias a bem do insino.
Revogadas as disposições em contratio.
Mando por tanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução desta lei
pertencer que a cumprão e fação cumprir tão inteiramente como nella se contem. O secretrio desta
Provincia de Goyaz, aos 4 de Setembro de 1888, 67º da Independencia e do Imperio.
L, S.
Sellada e publica nesta Secretaria da Presidencia de Goyaz aos 6 de Setembro de 1888.
O Secretario
Joaquim Manoel Corrêa.
20/10/1888 pg. 4 Informação
Esposição Universal de Pariz – Tendo sido a Presidencia desta Provincia authorisada a fazer
acquisição e remessa a exposição Universal de Pariz, de amostras de fumo goyano, artefactos e plantas
medicinaes, dirigio S. Exa. o Sr, Vice-Presidente ás camaras municipaes da provincia circular
recommendando a remessa de taes objectos por intermedio da Presidencia e authorisando as mesmas
camaras a fazerem pequenas despezas com essa remessa.
Promove igualmente n’esta capital a aquisição dos referidos objectos para o mesmo fim.
20/10/1888 pg. 5 Supplemento.
Lei nº 843 de 21 de setembro de 1888.
Créa duas escolas de 1as lettras uma na freguesia de Campinas e outra na do Allemão.
O Brigadeiro Felicissimo do Espirito Santo, Vice-Presidente da Provincia de Goyaz: Faço
saber a todos os seos habitantes que a Assembléa Legislativa Provincial decretou e eu sanccionei a Lei
seguinte:
Art, Unico. Ficão creadas duas escolas de primeiras lettras, sendo uma do sexo masculino na
freguezia de Nossa Senhora da Conceição de Campinas e outra do sexo femenino da de S. Sebastião
do Allemão, as quaes serão providas logo que as circunstancias financeiras da provincia o permittão;
revogadas as disposições em contrario.
Mando, portanto, a todas as autoridaes a quem o conhecimento e execução desta lei
pertencer que a cumprão e fação cumprir tão inteiramente como nella se contém. O secretario desta
provincia a faça imprimir, publicar e correr. Palacio da Presidencia de Goyaz, aos 21 de Setembro de
1888, 67º da Independencia e do Imperio.
L. S.
Sellada e publicada n’esta Secretaria da Presidência de Goyaz, aos 28 de Setembro de 1888.
O secretario,
Joaquim Manoel Corrêa.
27/10/1888 Supplemento
Lei n. 850 de 5 de Outrubro de 1888.
Crea o logar de Curador Geral d’Orphãos em todos os Termos da provincia e o officio de
Escrivão d’Orphãos
O Brigadeiro Felicissimo do Espirito Santo, Vice-Presidente da Provincia de Goyaz: Faço
saber a todos os seus habitantes que a Assembléa Legislativa Provincial decretou e eu sanccionei a Lei
seguinte:
Artº. 1º. Fica creado em todos os termos da provincia o logar de Curador Geral dos Orphãos.
Artº. 2º. Fica igualmente creado separadamente em todos os termos o officio de Escrivão
d’Orphãos.
Artº. 3º. Revogão-se as disposições em contrario.
Mando, por tanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução desta lei
pertencer que a cumprão e fação cumprir tão inteiramente como nella se contem. O Secretario desta
Provincia a faça imprimir, publicar e correr. Palacio da Presidencia de Goyaz, aos 5 de Outubro de
1888, 67º da Independencia e do Imperio.
L. S.
Lei nº 852 05/10/1888 orçamento previsto para 1889
27/10/1888 pág 2 supplemento / orçamento geral 191.370$372
1 Inspector
1:200$000
2 Secretario 900$000
3 Porteiro
720$000
Lycêo
4 Professor de gramamtica portugueza
900$000
5 1 Dito de Latim
900$000
6 1 Dito deFrancez
900$000
7 1 Dito de Inglez
900$000
8 1 Dito de Philozophia
900$000
9 1 Dito de Geographia
900$000
10 Expediente e servente sendo com este 240$000 e com aquelle 260$000
500$000
Instrucção Primaria
11 Professores e Professoras
53:460$000
12 Expediente, livros e compendios
2:500$000
13 Mobilia para escolas
1:000$000 65:680
Secção 7ª
Obras publicas
Unico – Com as obras publicas em geral incluzive 2:000$000 rs. para o calçamento da rua
Ernestina, na parte comprehendida entre as ruas Nova do Presidente e das Carossas, 500$000 rs. para
canalisação das duas fontes denominadas – Galvão e João Amado – na cidade de Jaraguá 500$000 rs.
para asseio do lycêo e 2:000$000 rs. para construcção da cadea de Bomfim.
10:000$000
27/10/1888 pg. 04 Informativo
Lista dos alumnos inscriptos para os exames geraes de preparatorios no corrente anno.
Portuguez
1.
Arthur Abdon Povoa
2.
João Ignacio do Esptº Santo
3.
João Augusto Curado Fleury
4.
José Xavier de Almeida
5.
Joaquim Xavier de Almeida
6.
Benjamin Emigdio Malheiros Serradourada
7.
Antonio Marques Lopes Fogaça
8.
Joaquim Ignacio da Silveira Junior
9.
Manoel Augusto da Silva Brandão
10.
Gustavo Adolpho Gonzaga de Siqueira
11.
Hygino Alves Rodrigues
Francez
1. Arthur Abdon Povoa
2. João Augusto Curado Fleury
3. Joaquim Xavier de Almeida
4. Benjamin Emygdio Malheiros Serradourada
5. Manoel Augusto da Silva Brandão
6. José Xavier de Almeida
7. Antonio Marques Lopes Fogaça
8. Joaquim Ignacio da Silveira Junior
9. Gustavo Adolpho Gonzaga de Siqueira
10.
Latim
1.
João Cancio Povoa
2.
3.
Benjamin Emigdio Malheiros Serradourada
4.
5.
Inglez
1. João Cancio Povoa
2. Arthur Abdon Povoa
3. Antonio Marques Lopes Fogaça
4. José Xavier de Almeida
5. Joaquim Ignacio da Silveira Junior
6. Hygino Alves Rodrigues
Arithmetica
1.
2.
3.
4.
Historia
1.
João Cancio Povoa
2.
Geographia e Historia do Brazil
1.
João Cancio Povoa
EXAMES DE PREPARATORIOS
Resultado do exame geral de portuguez em 2 de Novembro do corrente anno
Approvados com distincção
1.
2.
3.
4.
5.
Approvados plenamente
6.
Arthur Abdon Povoa
7.
João Ignacio do Esptº Santo
8.
9.
Manoel Augusto da Silva Brandão
Approvados simplismente
10.
Gustavo Adolpho Gonzaga de Siqueira
11.
Benjamin Emygdio Malheiros Serradourada
EXAMES DE PREPARATORIOS
DIA 3 DE NOVEMBRO
Francez
Hygino Rodrigues Alves
Joaquim Ignacio da Silva Junior
Arthur Abdon Povoa
Manoel Augusto da S. Brandão
José Xavier da Almeida
Gustavo Adolpho Gonzª de Siqrª
Approvados simplesmente
Benjamin Emygdio Malheiros Serradourada.
Dia 5
Inglez
João Cancio Povoa
Joaquim Ignacio da Silvª Junior
Hygnino Alves Rodrigues
Arthur Abdon Povoa
Approvado simplesmente
Dia 6
Historia Geral
Approvado plenamente
João Cancio Povoa
Dia 7
Arithmetica
Approvado plenamente
Approvados simplesmente
Dia 8
Corographia e Historia do Brasil
João Cancio Povoa.
Exames de preparatorios – Concluirão-se os exames de preparatorios dos estudantes do
Lycêo.
O resultado dêo a conhecer que este util estabelecimento grandes serviços tem prestatado,
devido tudo a proficiencia dos lentes e intelligencia reconhecida dos discipulos.
Cabe-nos agora o dever de nestas columnas dirigir um voto de louvor ao distincto Dr.
Delegado da Inspectoria Geral da Instrucção Publica da Côrte nesta provincia e aos dignos Presidentes
e axaminadores das mezas de exames.
Colonia orphanologica Blaziana – Do director desta colonia, ha alguns annos fundada na
provincia de Goyaz, e desde então dirigida pelo educador Joseph de Mello Alvares, exigio o ministerio
da agricultura exposição minuciosa das condições do estabelecimento, bem como dos resultados
obtidos, para que o góverno possa resolver acerca da conveniente applicação do auxilio que á sobre
dita colonia houver de ser concedido no exercicio de 1889.
Exames de preparatorios
Dia 8 de Novembro
Historia e Corographia do Brazil
Simplismente
João Cancio Povoa
Dia 10
Latim
Distincção
Jose Xavier de Almeida
Plenamente
João Cancio Povoa
Simplesmente
Benjamin Emygdio Malheiros Serradourada.
1/12/1888 pg. 4
A PEDIDO
O abaixo assignado declara, que tenciona abrir, no fucturo mez de Dezembro, uma escola
particular do ensino primario em casa de sua residencia, na freguesia do Carmo desta cidade, por isso
pede aos Srs. Paes de familia que quizerem por os seus filhos na dita escola, para o fazerem, pagando a
mensalidade de 2$000 rs., garantindo-se ensinar com perfeição sendo o expediente a custa dos paes.
Goyaz, 29 de Novembro de 1888.
Antonio Luiz de Sant’Anna Pinto.
07/12/1888 pg. 4
Resultado dos exames das materias estudadas no Lycêo da capital, durante o presente anno
lectivo.
Portuguez
1ª Classe
Plenamente
José Augusto da Silva Brandão
Silvestre Alves de Sant’Anna
2ª Classe
Plenamente
João Ferreira Rios, Manoel Cezario Rodrigues Vidigal, Alcides Celso Franco, José Augusto
da Cunha Bastos, Antenor de Santa Cruz Pereira de Abreu, Epaminondas de Santa Cruz Pereira de
Abreu, Antero da Fonseca Pinto, Antonio Augusto Ribeiro da Fontoura, Maximiniano Londó, João
Baptista Xavier Nunes da Silva, Domingos da Silva, João Fleury de Souza Amorim, José Joaquim de
Souza, Eduardo Henriques de Souza, Benigno Marques Lopes Fogaça, José de Castro Berquó,
Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, Pedro Affonso de Barros, Benedicto Ascendino Corrêa de
Moraes.
Simplesmente
José Benedito da Silva Brandão, João Odilon Gomes, Americo Landó, Serafim José Ferreira
Junior, Victor Paulo Esselim, Francisco dos Santos Oliveira.
15/12/1888 pg. 04 Editaes
Primeiro Ponto
Theoria elementar dos numeros primos. Indagação de todos os divisores primos e multiplos
de um numero. Soluções negativas dos problemas do 1º gráo. Theoria elementar das quantidades
negativas.
Dos angulos diedros e sua medida. Construcção e emprego das taboas trigonométicas.
Segundo ponto
Theoria elementar dos logarithmos. Calculo dos radicaes do 2º gráo, Volume dos
parallelipipidos, dos prismas e das pyranides triangulares truncadas por um plano parallelo á base.
Estudo das linhas trigonometricas e deducção de suas formulas.
Terceiro Ponto
Theoria das progressões. Formulas geraes dos valores das incognitas em qualquer systema de
equações de 1º gráo.
Volume do cylindro, do cone recto truncado por um plano parallelo á base. Resolução dos
triangulos obliquangulos.
Conforme Vellasco
Confere Cintra.

Informações 1888 pág 03

Transcrição

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