Empresas levam colaboradores ao ginásio
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Empresas levam colaboradores ao ginásio
ID: 47960403 G 30-05-2013 Tiragem: 17400 Pág: 11 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 28,21 x 34,54 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 5 Ideias para fintar a crise Ginásios EDITADO ANUALMENTE Também disponível em OJE.pt • ipad • iphone • android FITNESS HUT Por 4,40 euros semanais, os sócios têm acesso à zona de pesos livres, pista de sprint, máquinas de musculação e cardiofitness. SOLINCA Os ginásios do grupo Sonae ofereceram, em janeiro e fevereiro, 50% de desconto em cartão Continente aos sócios com mensalidades de 50 euros. No final do primeiro trimestre, os ginásios registaram um aumento de 23% de sócios ativos e as adesões quase triplicaram. HOLMES PLACE A cadeia de ginásios decidiu absorver o aumento da taxa de IVA e passou a disponibilizar mensalidades a 39 euros. Para os sócios que comprovem estar em situação de desemprego involuntário, o Holmes Place autoriza o usufruto do clube por um período máximo de 12 meses. FITNESS HUT PT continuam a ser muito procurados ACONSELHAMENTO BENEFÍCIOS SOCIAIS SÃO CADA VEZ MAIS VALORIZADOS Empresas levam colaboradores ao ginásio Na impossibilidade de avançar com aumentos salariais, algumas empresas preferem reforçar o pacote de benefícios sociais oferecidos aos colaboradores, entre os quais os ginásios continuam a ocupar um lugar privilegiado AS EMPRESAS têm sido responsáveis por grande parte do sucesso dos ginásios e não é por acaso que muitos deles escolhem localizações próximas de núcleos empresariais, beneficiando de programas de motivação de colaboradores que incluem o patrocínio de mensalidades para a prática desportiva. Este é, aliás, um dos grandes fatores decisivos para muitos frequentadores, que perante a possibilidade de beneficiar de uma mensalidade comparticipada num ginásio perto do local de trabalho não hesitam em aproveitar a oportunidade e adotar uma prática tão salutar como a realização de exercício físico. Uma medida que, muitos deles, dificilmente adotariam se tivessem de pagar do seu bolso a mensalidade da subscrição. No entanto, a evolução da conjuntura económica nacional veio colocar um travão no desenvolvimento de programas de parcerias entre empresas e ginásios, que está hoje a sofrer um natural desinvestimento por parte de empresas em contenção. “A maioria das empresas estão focadas na implementação de estratégias e processos que visam, essencialmente, a redução de custos para fazer face às quebras de receitas e o aumento da produtividade, passando estas questões e oportunidades para segundo plano nas suas prioridades”, lamenta Rui Alberto, diretor-geral do Club L. A quebra na procura ressente-se em contexto empresarial, tal como se ressentira já no segmento de particulares, sujeitos igualmente a restrições no seu poder de compra. Ainda assim, subsiste, entre os empresários e responsáveis pela gestão de recursos humanos, a convicção de que este é um benefício social que, claramente, contribui para a saúde dos seus colaboradores, o que o torna interessante para as empresas que conseguem suportar esta despesa no seu orçamento anual. Um estudo publicado no American Journal of Health Promotion dava conta, em 2011, que cada euro investido na aplicação e introdução de programas de promoção de atividade física regular nas empresas gerava um retorno na or- A promoção da atividade física regular dos colaboradores diminui o nível de absentismo nas empresas e melhora o ambiente de trabalho, aumentando a produtividade dem dos 3 a 5 euros. E, a este valor, somavam-se outros benefícios para a empresa, nomeadamente a diminuição dos níveis de absentismo, a redução dos custos de saúde com os seus colaboradores, a melhoria ambiente de trabalho e, claro, o aumento da produtividade. “É cada vez mais notório que as empresas e organizações começam a perceber que este tipo de parceiras são parte integrante da solução para estarem mais bem preparadas para os desafios que aí vêem”, confirma Rui Alberto. O diretor-geral do Club L justifica assim a aposta da sua empresa num programa exclusivo de “corporate welness” para o mercado empresarial. “A primeira fase do nosso programa consiste em fazer uma avaliação da condição física dos colaboradores das empresas, identificar pontos específicos a melhorar e em parceira com as direcções de recursos humanos das empresas trabalhar na definição de ações e estratégias com um objetivo global, tendo por base um conceito mais lato que não só a melhoria da condição física, como por exemplo a liderança, a auto-confiança, a autoestima ou o espírito de equipa”, destaca Rui Alberto. “Esta nossa aposta no desenvolvimento de um programa de “corporate wellness“ tem-nos permitido estabelecer excelentes parcerias com centenas de empresas, sendo as mesmas reforçadas através da disponibilização de um conjunto de serviços específicos para estes parceiros, como a criação de eventos, ações ou projetos ‘taylor made’”, conclui o diretor-geral do Club L. APESAR da quebra generalizada da procura que afetou o mercado de ginásios com a agudização dos tempos de austeridade, os serviços personalizados dos treinadores pessoais (“personal trainers” - PT) continuam a ser muito requisitados por parte de praticantes com objetivos físicos muito concretos. Assumindo o papel de um consultor, o treinador pessoal desenha um programa de exercícios personalizado para as necessidades do cliente e acompanha a realização dos exercícios que pressupõem o alcance dos objetivos propostos. O compromisso com um treinador pessoal desincentiva, na maior parte dos casos, a falta aos treinos e a quebra do ritmo de trabalho e constitui um fator adicional de motivação para o praticante, que, geralmente, está mais confiante em exercícios que foram concebidos para o seu caso específico. O crescente investimento dos ginásios na formação profissional dos treinadores constitui ainda um fator adicional de reconhecimento das mais-valias de um acompanhamento personalizado. Tempo quente acelera visitas ao ginásio ASSIDUIDADE HÁ HÁBITOS que não mudam e a corrida ao ginásio nos meses que antecedem o verão mantém-se ano após ano. Os meses de março, abril e maio tendem a registar os índices mais elevados de novas inscrições e este ano não está a ser exceção, apesar da tímida primavera que o país tem vindo a conhecer. Aos novos praticantes juntam-se aqueles que já eram sócios, mas que agora se tornam frequentadores mais assíduos do ginásio. Perder peso e tonificar o corpo a tempo de desfrutar do verão com mais autoestima são os objetivos bem definidos na mente de quem se lembra de acelerar a prática desportiva na primavera. Geralmente, essa preocupação estende-se aos hábitos alimentares e o exercício físico passa a ser complementado com uma dupla preocupação com a saúde e com a nutrição em particular. ID: 47960403 30-05-2013 Tiragem: 17400 Pág: 12 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 28,37 x 34,39 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 5 Prática desportiva melhora Que desportista é você? memória, sono e humor Mente sã em corpo são. Se pratica regularmente excercício físico, já constatou que a divisa faz todo o sentido e que os benefícios do desporto vão muito além do seu impacto no corpo SAÚDE SABIA QUE a prática regular de atividade física aumenta a esperança média de vida? É verdade. Praticar desporto com regularidade diminui o risco de doenças como o acidente vascular cerebral, doença coronária, hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus tipo 2, cancro do cólon e da mama, depressão, demência e osteoporose. A prática de exercício físico regular deve ser acompanhada por uma alimentação equilibrada de vida saudável deve ter uma alimentação equilibrada, evitando o consumo exagerado de gorduras, em particular das hidrogenadas, e hidratos de carbono de absorção rápida, com índice glicémico elevado” explica Rita Tomás. “Deve também preferir cereais integrais, consumir abundantemente vegetais e frutas e preferir fontes de proteína com baixa gordura, como o leite e seus derivados “magros”, peixe e carne PUMP FITNESS Motivações diferentes. Horários diferentes. Assiduidades diferentes. Havendo, em cada ginásio, vários perfis de frequentadores, em algum deles há-de ser o seu. Qual destes é? PERFIS OS LIVRE TRÂNSITOS: Vão a todas! Compraram um livre-trânsito que lhes dá acesso todos os dias ao ginásio, permitindo-lhes frequentar várias modalidades, quebrar a rotina experimentando aulas novas regularmente e adaptar a frequência do ginásio à irregularidade das suas agendas. Aproveitam grande parte dos seus tempos-livres para estar no ginásio e melhorar a sua condição física. OS ESTIVAIS: Até podem frequentar o ginásio de vez em quando, mas é quando o calor começa a dar um ar da sua graça que se apercebem de que o verão não tarda a chegar e que não têm o corpo que desejavam mostrar ao mundo nessa estação do ano. Por isso, intensificam as visitas as ginásio na primavera e procurar recuperar o tempo perdido… e esculpir o corpo querido. Os benefícios para a saúde são imensos e a prática regular de exercício físico contribui incessantemente para o aumento da qualidade de vida quotidiana. Por um lado, o exercício aeróbio permite melhorar a capacidade cardíaca e respiratória. Por outro, o treino de força melhora a capacidade de contração dos músculos e de utilização de reservas energéticas. E os depósitos de energia do nosso corpo, a que tantas vezes se chama de “gordura”, são especialmente utilizados durante a prática de desporto, ajudando a controlar o peso. Mas os benefícios da prática desportiva vão muito além do seu impacto físico. “Além dos benefícios físicos, a prática desportiva permite melhorar a saúde mental, diminuindo sintomas de ansiedade e depressão, melhorando a sensação de vitalidade, a memória, a qualidade do sono e o humor”, assegura Rita Tomás, fisiatra na Clínica CUF Alvalade. E não só. “A prática desportiva é também uma oportunidade única de socialização, melhoria da autoestima e desenvolvimento de novas competências”, sublinha a especialista. ENERGIA RENOVADA Não será por acaso que muitos frequentadores de ginásios preferem começar o dia a praticar exercício físico, passando pelo ginásio antes de seguir para o trabalho. Encontram, nessa prática, a forma de “carregar baterias” para enfrentar o dia de trabalho com energia redobrada. Outros preferem fazê-lo ao final do dia, libertando stress profissional nas aulas em grupo ou nos aparelhos de fitness. Independentemente da hora a que é praticado, o exercício físico tem essa capacidade de energizar ao mesmo tempo que cansa. E, quem experimenta, rapidamente se apercebe dos efeitos positivos do desporto na sua capacidade para enfrentar o dia a dia. Importante é também que a prática desportiva não seja encarada como mais uma tarefa penosa para cumprir. Aliás, deve se precisamente o contrário. Por isso, Rita Tomás aconselha a “escolher uma modalidade que seja do seu gosto e não que lhe seja imposta, porque isso aumentará a probabilidade de manter essa prática de forma regular”. E, se a prática de desporto é salutar, melhor ainda será aliar o exercício físico a outros hábitos igualmente saudáveis. Isto porque a prática de desporto, por si só, não garante uma vida totalmente saudável. É um bom passo nesse sentido, mas que facilmente poderá ser descompensado pela adoção de outros hábitos menos saudáveis, nomeadamente no que diz respeito à alimentação. “Além do desporto, qualquer pessoa que pretenda tem um estido Rita Tomás, Fisiatra “Se desejar iniciar uma atividade desportiva de intensidade vigorosa deverá fazer primeiro uma avaliação médica. Se tem alguma doença crónica, deverá aconselhar-se junto do seu médico assistente para saber qual será a modalidade e intensidade mais indicada. Se tem alguma doença ao nível das articulações, sobretudo as de carga, poderá ser útil realizar atividades de menor impacto, nomeadamente em meio aquático.” ‘branca’”, exemplifica a fisiatra. A especialita da Clínica CUF Alvalade lembra também que a alimentação adequada às necessidades energéticas de cada um e a prática regular de exercício permitem manter um peso saudável, algo que é geralmente tão desejado pela população. E os cuidados estendem-se a outros consumos. Nesta lista, incluem-se o consumo de tabaco e álcool em excesso, que são naturalmente de evitar, bem como os suplementos alimentares ou desportivos, exceto se recomendados por um profissional de saúde, seja ele um nutricionista ou um médico. SELF SPORT-MEN: Conhecem o ginásio de fio a pavio e vão passando de máquina em máquina com grande descontração, conhecendo bem cada uma delas e os seus efeitos na sua condição física. OS MADRUGADORES: Já perceberam que o seu dia não tem grande margem de manobra para escapar até ao ginásio. Por isso, arrumam o assunto logo pela manhã. Levantam-se bem cedo e, ao nascer do dia, já estão a suar na passadeira. Quando chegam ao trabalho, já têm muito exercício físico feito e estão prontos para agarrar o dia com toda a energia. OS ALMOÇARISTAS: De manhã cedo é uma correria e, depois do trabalho, também, pelo que o tempo para dedicar ao ginásio implica mesmo sacrificar a hora de almoço. Quando os seus colegas se deslocam para o refeitório ou para o restaurante, eles agarram no saco de desporto e rumam ao ginásio. Antes de regressarem ao trabalho, ainda engolem uma espécie de almoço-veloz. OS NOTÍVAGOS: Só aparecem no ginásio ao final do dia, após a sua longa jornada de trabalho. Chegam cansados e ali ficam mais cansados, funcionando esta descarga energética como prática revigorante para enfrentar o próximo dia de trabalho. OS CONVIVAS: Para eles, estar no ginásio pode ser uma festa. Encaram o ginásio como o sítio ideal para conhecer pessoas novas e, quem sabe, fazer amizades que se prolongam para lá das aulas. Gostam de aulas em grupo e apreciam o convívio com os colegas durante esse período. Há, no entanto, outros que só querem aulas em grupo para passarem o mais possível despercebidos entre a multidão. OS AMPARADOS: Não gostam de praticar desporto sozinhos. Dependem sempre das indicações de alguém que lhes diga para onde virar, quantas vezes fletir ou quantos minutos aguentar. Preferem praticar aulas conduzidas por professores ou recrutar o aconselhamento personalizado de um treinador pessoal. OS INTERMINTENTES: Geralmente, inscrevem-se no ginásio no início do ano letivo ou após as férias de verão, dizendo que “este ano é que vai ser a sério”. Quando não o fazem em setembro, fazem-no em janeiro, após uma resolução de ano novo. Comçam com grande entusiasmo, mas, depois, faltam uma vez porque estão doentes, faltam outra vez porque têm trabalho para acabar e voltam a faltar na semana seguinte porque combinaram um almoço com os amigos. De vez em quando, regressam ao ginásio e voltam a frequentálo assiduamente… até à próxima falta. OS PAPA-NOVIDADES: Estão sempre atentos a tudo o que há de novo e não perdem uma apresentação de novas modalidades. Vão a todas as sessões experimentais e frequentam o ginásio por puro prazer. ID: 47960403 30-05-2013 Tiragem: 17400 Pág: 13 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 28,21 x 33,95 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 5 Desporto é primeiro passo para vida saudável Todos os anos, chegam novas modalidades aos ginásios portugueses e são muitos os praticantes atentos ao que há de novo nos espaços que elegeram para dar os primeiros passos na adoção de hábitos saudáveis. Porque o desporto já é muito mais do que um trabalho corporal e há muito que se tornou num estilo de vida HOLMES PLACE ESTUDO FREQUENTAR o ginásio é hoje muito mais do que praticar exercício físico. Nos últimos anos, muitos portugueses renderam-se aos benefícios de uma prática regular de desporto e procuraram conciliar as suas agendas do quotidiano com momentos dedicados à prática desportiva. Um fenómeno que seria impossível de concretizar se os ginásios não tivessem ampliado a sua oferta, quer em número de espaços de portas abertas, quer em número de horas de funcionamento, permitindo aos clientes entrar no ginásio de manhã bem cedo ou já com o cair da noite. E, muito mais do que o culto do corpo, nos ginásios portugueses pratica-se cada vez mais o culto do estilo de vida saudável. A preocupação com os hábitos alimentares é amplamente disseminada nas salas de aulas, a informação complementar sobre os benefícios de cada exercício é transmitida aos frequentadores e a prática de exercício físico mantém-se com regularidade ao longo de todo o ano. E nem a crise apagou essa vontade nos portugueses. É certo que muitos deles terão sentido necessidade de cortar esse custo mensal ou de, pelo menos, reduzir os gastos, mas a relação dos portugueses com o ginásio continua muito forte, cimentada na crescente preocupação com a saúde. DE A A ZUMBA Não há dúvidas quanto à sua popularidade. Zumba é uma das modalidades mais procuradas nos ginásios desde que estes começaram a trazer para Portugal um conceito de aula exótica que mistura dança, ritmos latinos e muita adrenalina. Quem experimenta dificilmente fica imune a um contágio inevitável e o ritmo acelerado que os monitores imprimem à aula obriga a uma descarga de energia assinalável. O sucesso das aulas de Zumba é um dos fenómenos mais recentes de popularidade estrondosa nos ginásios portugueses e constitui um fator decisivo de fidelização para muitos frequentadores de ginásios por esse país fora. É um daqueles casos raros de sucesso internacional que nenhum ginásio quer deixar de fora do seu portefólio e que funciona como ótimo cartão de visita para um espaço que quer provar que está sempre atento às novidades. Mas além de estarem sempre atentos às novidades que chegam dos mercados externos, muitos ginásios apostam igualmente numa oferta exclusiva, procurando diferenciar o seu portefólio dos demais e assim fidelizar os clientes que gostarem das suas aulas, não as podendo encontrar noutros estabelecimentos. Foi seguindo esta estratégia que a cadeia Holmes Place implementou as aulas de Spartans, com elevado grau de intensidade para treinar todas as qualidades do corpo, bem como os sistemas cardiovasculares e a força. No portfólio da cadeia de ginásios, consta também a aula Activave, de baixa intensidade, baixa complexidade e de baixo im- As aulas de 30 minutos são cada vez mais procuradas por quem tem pouco tempo disponível pacto, que alterna treino de aeróbica com treino localizado ao som de música animada. Ritmada é ainda a aula de MIB (Made in Brasil) que o Holmes Place criou para focar o treino de 30 minutos nos glúteos, abdominais e pernas. Uma aula com níveis crescentes de popularidade que se desenrola ao som de ritmos brasileiros, afro e kuduro. Praticar aulas em grupo é uma tendência cada vez mais enraizada entre os frequentadores de ginásios, que encontram, nestes movimentos coletivos, um efeito de contágio que lhes permite usufruir do treino em ambiente de grande animação. “As aulas coletivas proliferam em todos os ginásios porque as pessoas deixaram de estar focadas apenas em resultados físicos e decidiram que queriam praticar exercício físico, mas também divertir-se”, confirma Hugo Almeida, brand & media manager do Holmes Place, para quem “as aulas coletivas acabam por ser uma forma atrativa, motivadora e divertida de fazer desporto”. Também no Fitness Hut foram criadas as aulas de Fit Moves. E aqui os frequentadores podem praticar, por exemplo, aulas de Cross Fit, com exercícios focados na potência, flexibilidade, força e velocidade, onde cada dia existe um desafio diferente, para grande motivação dos participantes. Podem também optar pelos exercícios do Treino Funcional, desenhados para para preparar o corpo para a realização de tarefas diárias, como o levantamento de cargas pesadas. Ou ainda as aulas de HIIT, um treino intervalado de alta intensidade, que cruza esforço com descanso para acelerar o metabolismo basal e aumentar a queima de gordura. “O Cross Fit e o HIIT estão na moda em todo o mundo. A razão de ser deriva da eficácia , do divertimento e da motivação ganha em cada treino, pois são estes fatores que nos ajudam mais rapidamente a obter os resultados conseguidos”, explica Nick Coutts, owner da Fitness Hut. POUCO TEMPO, MUITO TREINO Tendência cada vez mais evidente no mundo dos ginásios é aquela que compacta as sessões em períodos de 30 minutos, coincidindo com os interesses e a disponibilidade limitada de muitos frequentadores. Quando abriu as suas portas, há pouco mais de um ano, o Pump Fitness percebeu que esse poderia ser um dos segredos de uma boa carteira de sócios e criou o seu próprio programa de aulas de grupo a que chamou Blast. “Optámos por criar um programa próprio, coreografado pela nossa equipa de profissionais de fitness, com aulas de 30 minutos, permitin- do um treino intenso e possível para qualquer que seja a disponibilidade de tempo dos sócios”, alega Hugo do Ó, porta-voz do grupo.Todas as aulas do conceito Blast duram 30 minu- tos, são adaptáveis a diferentes condições físicas e jogam com os estímulos auditivos e visuais, produzindo resultados eficazes. Do leque de oferta exclusiva destes ginásios fa- zem parte as aulas de Blast Dance, com recurso a salsa, merengue, hiphop e house para ritmar o treino cardiovascular e melhorar a coordenação motora. Já nas aulas de Blast Stretch, são as técnicas de respiração, mobilização, torção e relaxamento que asseguram harmonia entre corpo e mente, atuando muito ao nível da postura corporal. Os ginásios Pump Fitness apostam ainda nas aulas de Blast Core, com treino de resistência e tonificação muscular da zona abdominal, lombar e posterior da coxa. A estas novidades juntam-se as aulas mais tradicionais ou os circuitos de aparelhos, que muitos praticantes preferem manter para assegurar a manutenção dos resultados que já conseguiram e por se sentirem mais confortáveis na realização de exercícios a que já se habituaram. É, aliás, a forte diversificação de oferta que tem garantido o crescimento do mercado e que permitirá, juntamente com a capacidade de adaptação dos tarifários às novas necessidades dos portugueses, assegurar a sustentabilidade do negócio de ginásios em Portugal. ID: 47960403 30-05-2013 Tiragem: 17400 Pág: 14 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 28,15 x 34,30 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 4 de 5 ENTREVISTA A JOSÉ JÚLIO VALE CASTRO, PRESIDENTE DA AGAP “Ir ao ginásio deixou de ser um luxo” Com tarifários diversificados, horários alargados e uma distribuiçao geográfica muito próxima das habitações e locais de trabalho, os ginásios continuam a registar elevados índices de procura, confirma o presidente da Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal. Mesmo em tempo de crise O ritmo de vida acelerado das grandes cidades tem motivado os ginásios a adaptar a sua oferta às necessidades dos portugueses. Quais as principais mudanças nessa oferta? Os ginásios têm vindo a adaptar-se às necessidades específicas dos seus clientes, oferecendo diversidade de horários com preços distintos e flexibilidade nos contratos subscritos. Embora ainda sem grande expressão, surgem algumas unidades com horário permanente, 24 horas por dia. Por outro lado, cada vez mais a proliferação de ginásios apoia a prática junto à habitação ou ao local de trabalho. Em pequenas localidades, era comum existir um clube e, hoje em dia, existe uma realidade diferente: oferta de vários ginásios, com maior proximidade do cliente e fomentando a concorrência. Num tempo de fortes restrições orçamentais para muitos portugueses, são muitos aqueles que continuam a frequentar os ginásios. Quais são, hoje, as principais motivações destes frequentadores? Contrariamente ao que aconteceu nas últimas décadas, hoje em dia, não é o critério estético aquele que maioritariamente determina a procura dos ginásio. A perda de peso e o bem-estar físico é que fomentam essa procura. O cliente habitual dos ginásios conhece bem os benefícios da prática da atividade física acompanhada, quer a nível de imagem e auto-estima, quer ao nível da saúde e bem-estar emocional. Hoje, o cliente habitual do ginásio não é quase exclusivamente o jovem na procura da boa imagem física, mas sim uma população mais adulta, nomeadamente a população mais senior, que dispõe de mais tempo livre. Os ginásios têm resposta para estas necessidades. Ainda assim, os ginásios não ficaram imunes ao impacto da crise na sua atividade e o peso da fiscalidade exigência de formação, o que assegura uma boa monitorização destas atividades. Também aulas de dança com ritmos variados tem registado elevadíssima procura (zumba, entre outros). “Portugal conta, felizmente, com uma alta exigência de formação, o que assegura uma boa monitorização dos treinos funcionais” Como define relação dos portugueses com os ginásios na atualidade? O fitness movimenta hoje muitos praticantes, mais do que as atividades federadas juntas... Por si só, esta realidade já atesta o interesse dos utentes e deixou de ser um luxo, dados os preços praticados. Para os nossos clientes, os ginásios são, geralmente, considerados como a sua segunda casa, dada a proximidade da habitação ou do local de trabalho e continuidade das relações estabelecidas com os profissionais e o staff dos nossos clubes. Independentemente da quebra em número de clientes que se sentiu, chega a registar-se, por parte dos utilizadores, uma af luência mais regular. tem sido difícil de gerir. Como têm os ginásios lidado com esta conjuntura económica? O setor continua a atravessar momentos difíceis, mas a formação dos profissionais de gestão, com a transformação dos modelos de negócio e inovação na oferta de produtos e serviços, tem vindo a perspetivar novas oportunidades. Contudo, é preocupante verificar que muitos ginásios continuam a registar resultados negativos acumulados, motivados pela carga fiscal excessiva e a condição económica dos seus clientes (diminuição de rendimento, desemprego, emigração…). Também na prática desportiva em ginásios, assiste-se, com frequência, à chegada de novas tendências, no que diz respeito a modalidades desportivas ou até à fusão de várias modalidades. Quais são as mais recentes tendências? O mercado do fitness viveu muitos anos centrado num modelo tradicional que englobava muitas ofertas. Hoje em dia, assistimos a modelos diferenciados, desde o ginásio de preço controlado (low-cost) até a ofertas para populações específicas (senior, infanto-juvenis) ou com gos- nais, com resultados muito positivos desde que acompanhados por profissionais credenciados. Portugal conta, felizmente, com uma alta Quais são as prioridades da associação para este ano? Continuamos com a maior preocupação centrada no apoio aos ginásios para o combate às dificuldades. Estabelecemos parcerias para a aproximação concertada entre o fitness e o setor da saúde. Como nos anos anteriores, oferecemos, aos nossos associados, seminários de formação, atualização constante de conhecimentos e um congresso cacional em setembro, que constitui a informação anual de excelência para o setor. A nossa presença no Conselho Nacional do Desporto, finalmente concedida em janeiro deste ano, assegura um conhecimento antecipado das propostas legislativas e vamos acompanhando com os Governos e IPDJ (Instituto do Desporto) as preocupações do setor, a nível fiscal e de regras de funcionamento das unidades. ram investir na aquisição de equipamentos de topo e na melhoria das instalações. “Esta reestruturação acabou por levar a um reposicionamento da oferta Holmes Place: os clubes passaram a estar inseridos nos conceitos Energy, Premium e Platinum, e passámos a ter mensalidades a partir de 39 euros nos clubes Energy, mantendo a qualidade das aulas, dos serviços e das instalações”, explica Hugo Almeida, brand & media manager do Holmes Place, em declarações ao OJE. A cadeia de ginásios não ficou por aqui e, em fevereiro, apostou também no lançamento do programa de nutrição Eat Well em todos os seus clubes. “Desta forma, os nossos sócios podem ter acompanhamento nutricional integrado com exercício físico e ainda obter motivação para a adoção de uma alimentação mais saudável”, adianta Hugo Almeida. Os resultados estão à vista, alega o responsável do Holmes Place, onde o número de inscrições conseguidas este ano é já superior ao de igual período de 2012. “Se tivermos em conta que esta melhoria generalizada se deu e não houve qualquer tipo de aumento na mensalidade dos nossos sócios, é fácil explicarmos o sucesso que levou ao aumento do número de inscrições e à manutenção dos sócios atuais”, salienta Hugo Almeida. José Júlio Vale Castro, presidente da AGAP tos particulares (clubes de corrida, artes marciais, defesa pessoal...). Assistimos, igualmente, a uma procura maior de treinos funcio- Crise obriga ginásios a rever oferta TARIFÁRIOS TARIFÁRIOS “low-cost”, introdução de serviços de valor acrescentado nas mensalidades mais elevadas e diversficação de ofertas e de preços têm sido algumas das estratégias adotadas pelos ginásios para reter clientes em carteira numa altura em que o poder de compra de muitos portugueses sofre sérias restrições. “A área comercial tem caído bastante nas grandes cadeias de health clubs ao longo dos últimos 4 anos”, confirma Nick Coutts, owner do Fitness Hut, para quem “esta situação tem beneficiado os novos ginásios ‘low-cost’ que estão a propor um produto de qualidade a preços muito acessíveis e com formatos de adesão extremamente flexíveis, isto é, sem contratos e sem compromisso mínimo e desta forma os sócios acabam por pagar só o que estão a usar”. Ainda assim, há casos de sucesso evidente neste meio e nem mesmo o contexto de crise afeta os planos de expansão. É o caso do Pump Fitness, que abriu portas no final de 2011 e que, este ano, espera inaugurar o terceiro ginásio. “Iniciámos a nossa atividade em pleno cenário de crise e, desde então, abrimos mais uma unidade no Parque das Nações. Não seguimos o mesmo padrão da indústria de fitness em Portugal”, destaca Hugo do Ó. Tarifários reduzidos e serviços complementares procuram fidelizar clientes em tempo de crise Entre os operadores mais antigos, a palavra de ordem tem sido mesmo fidelizar. E, para tal, há que puxar pela imaginação e disponibilizar uma oferta apetecível. Foi assim que pensaram os responsáveis da cadeia Holmes Place quando decidi- ID: 47960403 30-05-2013 Tiragem: 17400 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 21,90 x 6,16 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 5 de 5 BENEFÍCIOS SOCIAIS SÃO CADA VEZ MAIS VALORIZADOS GINÁSIOS Empresas levam colaboradores ao ginásio Na impossibilidade de avançar com aumentos salariais, algumas empresas preferem reforçar o pacote de benefícios sociais oferecidos aos colaboradores, entre os quais os ginásios continuam a ocupar um lugar privilegiado POR ANA SANTOS GOMES PÁGS. 11 A 16