Fisiologia do Sistema Nervoso
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Fisiologia do Sistema Nervoso
Fisiologia do Sistema Nervoso 1. Sistema Nervoso Sensorial 2. Sistema Nervoso Motor 3. Sistema Nervoso Autônomo 4. Ritmos Biológicos Cronobiologia A cronobiologia refere-se ao estudo das características temporais da matéria viva, em todos os níveis de organização. Inclui o estudo dos ritmos biológicos, como as oscilações periódicas em variáveis biológicas. Rítmos Biológicos Ritmos biológicos são atividades biológicas e funções que se repetem periodicamente ( em ciclo), em geral sincronizadas com os ciclos da natureza. 325 a.C. Andrósteles fez o primeiro relato de ciclo atividade/repouso em plantas (movimentos periódicos diário de folhas de tamarindo). Oscilações geofísicas associados aos ciclos biológicos 1729 Jean-Jacques primeira sugestão de um caráter endógeno da ritimicidade. Caráter Endógeno da Ritimicidade Jean–Jacques (secXVIII) 1729 observou a sensibilidade da Mimosa pudica mantidas em um lugar isolado de ciclos ambientais de claro/escuro. Surgiu a idéia de um caráter endógeno da ritimicidade biológica; deveria ser explicado pela existência de um relógio biológico, ainda não determinado. Apartir de 1970 com avanços da genética demonstrouse a base genética da ritimicidade em unicelulares menos organizados como algas. ⇒ sugestão: que os ritmos herdados devem ter sido incorporados muito precocemente na escala filogenéticã; grande valor adaptativo. Relógio Biológico: Grupo de células que apresentam oscilação funcional automática (variação cíclica do potencial de ação), sincronizada com o ciclo natural. Os relógios biológicos devem estar acoplados a outras células que detectam as variações ambientais e produzem os efeitos cíclicos. Rítmos da vida (1959): Circanuais, circadianos, circamarés, circaunares, etc... 1. Circadianos (duração de um dia); ex: ciclo sono-vigília. 2. Infradianos (demoram mais que o tempo de um dia para se repetirem); ex: hibernação. 3. Ultradianos (repetem várias vezes no dia); ex: secreções hormonais. Rítmos Biológicos B) Variação ⇐ infradiana da temperatura corporal de mulheres C) Ritimicidade ultra⇐ diana de LH no sangue ⇑ A) Variação Circadiana comportamental e índices fisiológicos Mecanismos de temporização nos Vertebrados Sincronização dos ritmos biológicos e os ciclos ambientais se dá via relógio biológico Os relógios biológicos são ajustáveis ao ambiente pela ação de células sensoriais e vias aferentes (neurônios), tornando-se sincronizados com os ciclos naturais. A sincronia entre os organismos e a natureza apresenta grande valor adaptativo para todos. São universais; todos os seres vivos apresentam. permite previsões e consequentemente modificações comportamentais Fatores ambientais como iluminação e temperatura, tem efeitos importantes sobre a expressão dos ritmos endógenos, promovendo ajustes através de mecanismos biológicos específicos para cada espécie. (curva de respostas dependente de fase = efeito de fotoperiodismo). Sistemas Temporizadores: aferentes, marca-passos e eferentes Induzem certas funções e comportamentos a operar em rítmos bem sincronizados com os ciclos naturais. A luz efetivamente sincroniza o marca-passo. A luz é o estímulo sincronizador ou temporizador principal dos rítmos circadianos. Registro diário do período de sono Rítmo sincronizado → (rítmo endógeno) Livre curso → Rítmo sincronizado → invertido O relógio hipotalâmico circadiado: o núcleo supraquiasmático (SCH) 1. Lesões no SCH: animal perde a ritimicidade e os momentos de atividade tornam-se aleatórios. O SCH confere periodicidade às funções normais. 2. Registros do SCH in vivo e vitro: são osciladores naturais; potencial de repouso varia ciclicamente. 3. Experimentos de transplantes do SCH também define esse papel do SCH. A luz influencia o SCH através das fibras retino-hipotalâmicas. Fotorreceptores peculiares na retina contém um fotopigmento chamado melanopsina O SCH veicula comandos para que algumas funções autonômicas, neuroendócrinas, comportamentais e ciclo sono-vigília possam ser reguladas de acordo com o período de 24h. O SCH age na Glândula Pineal e na síntese do hormônio melatonina. Em mamíferos é tipicamente endócrina, constituída de pinealócitos e não possui fotorreceptores. A Glândula Pineal é um sensor de duração do fotoperíodo. A pineal sob aumento da atividade simpática noturna, aumenta a síntese de hormônio melatonina. Noites longas ↑[melatonina] plasmática Síntese de Melatonina Inicia-se com a captação do triptofano pelos pinealócitos, durante o dia. Triptofano → 5-hidroxitriptofano → serotonina (dia) A serotonina é precurssora da melatonina. Pela ação da NAT (serotonina-N-Metiltransferase) e HIOMT (hidroxindol-O-metil-transferase) de resposta imediata a mudanças da luz ambiental. A secreção de melatonina faz-se por de difusão simples, em direção ao sangue. Não é armazenada. Parece interferir no ciclo sono-vigília. A densidade dos receptores de melatonina também apresentam ritmo circadiano (↑ a noite e ↓ dia). Presentes especialmente no hipotálamo e tronco cerebral. O hormônio melatonina pode influenciar centros regulatórios de atividade-descanso. tronco encefálico O Ciclo Sono-Vigília Registro eletroencefálico O eletródio capta na superfície da cabeça a soma algébrica dos potenciais elétricos produzidos pela atividade sináptica no córtex cerebral (células piramidais). A atividade varia com o estado de alerta do momento. Dessincronizado (rítmo β) → baixa voltagem e alta freqüência Sono sincronizado (rítmo α) → maior voltg e menor freqüência (rítmo δ) → alta voltagem e baixa freqüência Sono Paradoxal ou REM → (rapid eye movement) rítmo dessincronizado Eletroencefalograma da transição da vigília para o sono de ondas lentas e paradoxal Registros de EEG na primeira hora do sono Mudanças fisiológicas durante estágios do sono Média de horas dormidas por dia Nascimento Evolução do sono ao longo dos anos do indivíduo Episódios de Sono no Jovem e Adulto Jovem: vários episódios de sono REM alternados com estágios de sono de ondas lentas, e momentos de vigília vermelho= sono paradoxal laranja = vigília Adulto: Desperta mais vezes, não chega a estágios de sono mais profundos do sono deondas lentas; menos episódios de sono REM. O que regula o sono e a vigília ? Reguladores do Ciclo Sono -Vigília: → sinais sensoriais são importantes para manutenção da vigília → sistema ativador reticular ascendente (SARA) = neurônios colinérgicos do tronco com altas taxas de descarga nos núcleos relés talâmicos durante o estado de vigília → sistemas moduladores que integram-se aos temporizadores circadianos (noradrenalina e serotonina) → modo de operação dos neurônios talâmicos Sistemas Moduladores do Ciclo Sono Vigília: ]Sistemas difusos do tronco encefálico, às vezes distribuídos em núcleos definidos, ou fdistribuídos em rede de fibras neurais, a FORMAÇÃO RETICULAR (estende-se do bulbo ao mesencéfalo). Noradrenalina Serotonina Noradrenalina Tálamo: núcleos relés corticais e núcleo reticular do tálamo Modo de operação dos núcleos relés talâmicos: tonicamente ativos (+) ouPot.m. próx ao limiar = eficaz, em estado oscilatório gera ativação massiva do córtex Níveis de acetilcolina , noradrenalina e serotonina aumentados na vigília, suprimem o sono REM. O núcleo reticular controla o modo de operação dos núcleos relés talâmicos, inibido na vigília. Exemplos de Distúrbios do Sono: Insônia: desbalaço nos sistemas colinérgico, serotoninérgico e noradrenérgico. Apnéia do Sono: interrupção da respiração durante o sono repetidamente impedindo que ocorra estágio e sono profundo e sono REM. Narcolepsia: frequentes ataques de sono REM durante o dia, entrando em sono REM diretamente do estado de vigíla, sem passar pelo sono de ondas lentas. Nessas circunstâncias o indivíduo pode tornar-se catapléticos (perda do controle muscular), podendo sofrer quedas.