Jornal Telecom Novembro 2007
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Jornal Telecom Novembro 2007
Ano II - nº 12 Janeiro/Março 2008 Tel: (11) 3351-8899 www.sintetel.org Jornal do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo Dia Internacional da Mulher apresenta recorde de público O Auditório da Força Sindical, em São Paulo, ficou lotado para a comemoração do Dia Internacional da Mulher. Mais de 900 pessoas, vindas de diversas regiões do estado, compareceram para assistir às palestras da Profª. Drª. Sandra Dircinha, da assistente social Irotilde Gonçalves e da policial Renata Camargo Barbosa. O evento contou com a presença do presidente do Sintetel, Almir Munhoz, e do deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. Os presentes participaram ainda do sorteio de diversos brindes. Confira a cobertura jornalística completa do Dia Internacional da Mulher na Pág. 3. Qualificação Está em dúvida sobre qual profissão seguir? Quer se especializar em telecomunicações? Ou o seu negócio é informática e você deseja conhecer o processo de montagem e manutenção de micros? Se você respondeu “sim” a pelo menos uma das perguntas anteriores, nós temos a solução: Centro de Formação Profissionalizante Sintetel. Ainda oferecemos cursos na área administrativa e PPD (Pesquisa de Potencial e Desempenho). Fazemos também encaminhamento para empresas. Não perca tempo e entre em contato conosco pelo telefone (11) 3338-1201. O CFP Sintetel fica na Rua Santa Isabel, 36 – Vila Buarque. Ainda nesta edição: Centrais lutam por redução de Jornada Pág. 2 Sindicato quer passarela em Campinas Pág. 2 Demissões na Telefônica? Entenda. Pág. 4 12ª Reunião do GIITT acontece no Panamá Pág. 4 2 TELECOm WWW.SINTETEL.ORG Palavra do presidente JANEIRO/MARÇO 2008 Até 1º de maio Centrais Sindicais lutam pela diminuição da jornada de trabalho Objetivo é a redução de 44 para 40 horas semanais Comissão do Sintetel vai à Praça Ramos pela busca de melhorias para a classe trabalhadora A unidade do movimento sindical No último dia 11 de fevereiro, em evento realizado na Praça Ramos, as Centrais Sindicais deram início oficial à campanha pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Sindicalistas ligados à Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CGTB e CTB pretendem recolher assinaturas de trabalhadores, em todo o Brasil, até 1° de maio. O objetivo é alcançar a marca de cinco milhões de assinaturas. O ano de 2008 começou com o movimento sindical atuante, dando sinais de unidade nos assuntos de interesse dos trabalhadores. Isto acontece independente de quem levantou a bandeira. Prova disso é a campanha liderada pelas principais centrais sindicais que Depois disso, o abaixo-assinado será entregue reivindicam 40 horas semanais para todas aos parlamentares em Brasília. A iniciativa deve as categorias. ser apoiada pelo governo, já que o Presidente Vale destacar que a Força Sindical e as demais centrais sindicais brasileiras iniciaram o ano com suas agendas cheias de compromissos: as campanhas pela reforma tributária e redução da jornada de trabalho. A mobilização valeu a pena. A Câmara manteve o necessário o imposto sindical e a legalização das centrais foi aprovada em definitivo no Congresso. De acordo com a proposta, as entidades serão regulamentadas, com a manutenção da contribuição sindical até que uma lei venha a disciplinar uma outra forma de financiamento da estrutura sindical. Caso o projeto seja sancionado pelo presidente Lula, as centrais passarão a ter direito a 10% de toda a contribuição arrecadada por ano. Quem sai ganhando com toda esta luta é o trabalhador, pois assim teremos mais força para negociação e ampliação de nossas conquistas. Luiz Inácio Lula da Silva prometeu durante a campanha se empenhar na redução da jornada de trabalho. As estimativas apontam que a redução gerará mais de dois milhões de empregos novos. Países que reduziram a carga horária do trabalhador tiveram diminuição do desemprego e aumento do PIB, como é o caso da Alemanha e da França. Na Alemanha, o programa beneficiou 4,5 milhões de metalúrgicos, e na França houve crescimento médio anual de 5% no PIB, com geração de 500 mil novas vagas de trabalho. A medida aumentou a massa salarial da população, acarretando em aumento do consumo e conseqüente aquecimento da economia. Para o professor Roberto Piscitelli, do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade de Brasília (UnB), a redução da jornada de trabalho pode ser considerada uma espécie de “compensação” pelo aumento constante da produtividade que é sempre revertido em lucros para o empresariado ou para a indústria e nunca em benefícios para o consumidor ou o trabalhador. Conseguir aprovar a redução da jornada de trabalho é o principal objetivo das Centrais Sindicais para este ano. A coleta de assinaturas vai até o dia 1º de maio. Até lá, os sindicatos esperam cerca de 5 milhões de adesões. Grupo ACS Algar Sintetel luta pela construção de passarela na rodovia Campinas-Paulínia O Sindicato mobilizou, no dia 12 de fevereiro, os trabalhadores do Grupo ACS Algar e de empresas instaladas na Rodovia Campinas-Paulínia para um manifesto pela construção da passarela no km 117. O governo Alckmin - responsável pela rodovia na época da inauguração da ACS na região comprometeu-se a efetuar a construção. “Até hoje nada foi feito e por isso realizamos esta manifestação em benefício aos trabalhadores e população local”, afirmou Welton José de Welton José Araújo e o diretor de operações da ACS, Claiton Luiz de Souza, entregam abaixo-assinado ao representante do DER. Araújo, diretor regional do Sintetel. Outra reivindicação refere-se à construção de acessos a pedestres e alças de retornos para motoristas. Graças à atuação firme do Sintetel foi possível colher 1.800 assinaturas em apenas um dia. Empresas de outras regiões e a comunidade local procuraram o Sindicato para aderir à reivindicação. “Mapeamos a região e verificamos que diariamente circulam cinco mil pessoas pelo local, sendo que 30% fazem a travessia pela rodovia colocando suas vidas em risco”, finalizou o companheiro Welton. Sem passarela, travessia é feita pela rodovia Documento ffoi oi encaminhado ao DER No dia 4 de março, o Sintetel entregou o abaixoassinado ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER 1). A direção do DER declarou que está finalizando os estudos para a implantação da passarela. No entanto, como a rodovia é pública e trata-se de uma obra de custo elevado, o caso depende de licitação. O Sindicato lutará pela passarela e, se for preciso, recorrerá em último caso às parcerias público-privadas devido à urgência da obra. EXPEDIENTE Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas no Estado de São Paulo SEDE: Rua Bento Freitas, 64 - Tel (11) 3351- 8899 SUBSEDES: ABC (11) 4123-8975 Almir Munhoz é presidente do SINTETEL BAURU (14) 3231-1616 FILIADO À: CAMPINAS (19) 3236-1080 RIBEIRÃO PRETO (16) 3610-3015 SANTOS (13) 3225-2422 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (17) 3232-5560 VALE DO PARAÍBA (12) 3939-1620 Órgão de divulgação - Linha Direta Especial Depto. Comunicação do Sintetel - Diretor Responsável: Almir Munhoz - Jorn. Resp.: Marco Tirelli (MTb 23.187) - Redação: Amanda Santoro, Emilio Junior, Luciana Marillac e Marco Tirelli. Fotos: J. Amaro - Diagramação: Amanda Santoro - Impressão: Gráfica Unisind - Tiragem: 20.000 exemplares JANEIRO/MARÇO TELECom 2008 WWW.SINTETEL.ORG 3 Comemoração Dia Internacional da Mulher atrai público recorde Aproximadamente 900 pessoas compareceram ao auditório da Força Sindical 1 O Dia Internacional da Mulher, comemorado pelo Sintetel em 8 de março, repetiu e ampliou o sucesso dos anos anteriores. Cerca de 900 pessoas lotaram o auditório do Palácio do Trabalhador da Força Sindical, no Bairro da Liberdade, em São Paulo. Os participantes vieram das mais diversas regiões do Estado: ABCD, Alto Tietê, Baixada Santista, Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São José do Rio Preto, entre outras. Espaço Criança O evento teve início com as palavras de André Luiz, administrador ambiental, que anunciou pela primeira vez a adesão do Sintetel ao programa de coleta seletiva do lixo. “O Sintetel, comprometido com as causas, nos convidou para implementar a coleta seletiva em todas as suas dependências. Todos nós somos responsáveis pelo destino correto do lixo”, frisou. O Sindicato se comprometeu a armar a estrutura para o funcionamento adequado do programa, que reciclará 100% dos resíduos gerados. Em seguida, Almir Munhoz, presidente do Sintetel, disse algumas palavras aos presentes no auditório: “Sabemos que essa data foi marcada por mortes. Hoje é um dia de comemoração. Me sinto orgulhoso por trabalhar com a diretoria do Sintetel, um sindicato participativo e democrático. Se não fosse o apoio dessa diretoria, não teríamos condições de fazer todos os eventos que fazemos” (foto 1). Num dia de comemoração para as mulheres - a maioria mães - não poderia faltar um espaço especial para seus filhos. O Sintetel disponibilizou uma equipe para entreter as crianças. Além de brinquedos como camaelástica e piscina de bolinhas, o teatro infantil também impressionou a garotada. A peça era didática e ensinava brincando a importância de reciclar o lixo e economizar energia elétrica. A hora do lanche serviu bolachas, cachorro-quente, suco e algodão doce. A criançada recebeu vários brindes durante toda manhã. Presente no evento, o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, iniciou seu discurso em tom de brincadeira. “Antigamente, as mulheres morriam com 26 anos. Hoje, a expectativa de vida da mulher é 77 anos, e do homem 68. No futuro, os homens viverão 150 anos, as mulheres não morrerão mais”. O deputado falou ainda sobre o aumento da par ticipação feminina no mercado de trabalho em São Paulo, dizendo que, atualmente, a mulher ocupa duas de cada três vagas de emprego (foto 2). Ao receber das mãos do 3 presidente Almir Munhoz uma placa homenageando seu trabalho, a Dra. Albertina Duarte falou sobre a importância da mulher se valorizar. “Nós temos força. Quando tentam enfraquecer a nossa voz, nós devemos lutar. Fazem a gente acreditar que somos o sexo frágil, mas isso não é verdade”. O discurso foi aplaudido de pé pela platéia. A outra homenageada do dia foi Gonçala Cruvinel, primeira secretária da mulher do Sintetel. A primeira palestra ficou sob a responsabilidade da Profª. Drª. Sandra Dircinha, que interagiu com o público para explicar a necessidade da mulher denunciar a violência que sofre do companheiro. “O agressor conta com o silêncio da mulher”. Ela alertou sobre as conseqüências de um abuso. “As evidências apontam que os filhos de mulheres que sofrem violência física ou sexual nascem com problemas. Eles têm comprometimento em seu desenvolvimento neuro-psíquico-motor”. A assistente social Irotilde Gonçalves mostrou dados sobre o abuso sexual sofrido por meninas, explicando os efeitos físicos na vida das vítimas. As estatísticas mostram que quase 50% daqueles que sofrem violência sexual 2 são menores de 18 anos, sendo as meninas as mais atingidas (80%). O estarrecedor é que 63% dos estupradores são integrantes da família. Para Irotilde, a violência atinge a alma. “A mulher violentada precisa procurar imediatamente um serviço de saúde para receber todas as orientações necessárias. A violência sexual sempre existiu, infelizmente. A mulher que era estuprada e violentada não tinha a quem procurar. O que acontece é que hoje se dá mais visibilidade. Então, isso vem à tona e a gente vê os números que antes não existiam”. Após finalizadas as palestras, mais de 200 brindes foram sorteados para a platéia feminina. E teve gente que se deu bem! Destaque para a TV de 29”, computador completo e viagem com direito a acompanhante. A policial Renata Camargo Barbosa também par ticipou do evento e deu o seu depoimento. O Dia Internacional da Mulher foi organizado pelas companheiras Maria Edna Medeiros, Rosilene Brandão e Cristiane Nascimento (foto 3 - com camisetas lilás). Novidade! Pela primeira vez, a comemoração do Dia Internacional da Mulher contou com stands de obras de arte, artesanato e medição de pressão no piso térreo. Outra surpresa foi a distribuição de bolas para a criançada. O Sintetel promete melhorar ainda mais para 2009. 4 TELECOm WWW.SINTETEL.ORG JANEIRO/MARÇO 2008 Panamá Reunião do GIITT Curtas Pr estador as Prestador estadoras Mauro Cava de Britto, diretor social do Sintetel, reivindica melhorias para os trabalhadores da Telefônica, Atento e prestadoras de serviços na 12ª Reunião ocorrida no Panamá. Da esq. p/ dir.: Sérgio Vanzella (Fenattel), César Alierta (presidente mundial da Telefônica), Cenise Monteiro (UNI Américas), Joseval Barbosa (Sintetel), Mauro C. de Britto (Sintetel) e Lauro de Siqueira (SINTTEL-MT). Aconteceu no Panamá, nos dias 17 e 18 de janeiro, a 12ª Reunião do GIITT (Grupo Iberoamericano Inter sindical de Trabalhadores da Telefônica). Além do Brasil, que foi representado pelos diretores do Sintetel e Fenattel, compareceram sindicalistas de outros onze países. O Sintetel abordou questões envolvendo os trabalhadores da Telefônica, da Atento e das prestadoras de serviços. presidente Cesar Alierta e pelo diretor de Recursos Humanos Oscar Maraver) uma melhor remuneração, além da ampliação do número de pessoas e espaços físicos do RH. Questionou também sobre a abertura do capital da empresa na bolsa de valores da Espanha. A Atento confirmou que vendeu 30% do seu capital e que os recur sos oriundos dessa transação serão reinvestidos na empresa. Em relação à Atento, o Sintetel cobrou da diretoria da Telefônica (representada pelo Todas a reivindicações encaminhadas pelo Sintetel foram recebidas pelos principais executi vos da Telefônica, que se comprometer am a remetê-las aos dirigentes da Atento no Brasil. O encontro foi muito impor tante em vários aspectos e tem duas frases de Cesar Alier ta que de vem ser enf atizadas e seguidas pelos executivos brasileiros. São elas: “Um dos objetivos é fazer com que nossa empresa seja o melhor lugar para trabalhar” e “Somos um gr upo pró sindical. Eu, fundamentalmente, sou”. As empresas prestadoras de serviços à Telefônica ainda não cumpriram nosso Acordo Coletivo pela implantação do Plano Médico familiar. Já faz quase um ano que o documento está assinado. O Sindicato convoca os trabalhadores para mobilização e união. Se continuarem com a intransigência, nós vamos parar! Clar Claroo •Diariamente recebemos reclamações sobre a alteração no plano médico. O Sintetel já se reuniu com a empresa para solucionar o problema. •Desvio de função: ocorre com o pessoal do backoffice. Ao invés da Claro contratar novos funcionários, desvia os atuais de suas originais funções. Essas atitudes são tomadas de forma arbitrária e unilateral por parte da supervisão. Iremos ao RH para resolver a situação o quanto antes. Telemax Sintetel soluciona pendências O Sindicato reuniu-se com a direção da Telemax nos dias 24/01 e 18/02 para encaminhar as reivindicações dos trabalhadores. Veja o que ficou acertado: • Vale-alimentação: redução de 5% no valor da participação pago pelos trabalhadores; • PLR: pagamento da 2ª parcela em 6 de março; • Demonstr Demonstraatitivvo de pa paggamento: entrega do documento com antecedência ao dia de pagamento; • Plano Médico: A empresa disse que tomará as providências em relação às queixas de má qualidade; • Plano FFar ar mácia: um cartão de benefícios armácia: será implantado para compras em locais conveniados com desconto em folha de pagamento; •Punições e ad advver ertências: tências: A Telemax reconheceu o excesso de arbitrariedade e afirmou que adotará um modelo educativo, não punitivo; • Plano de Car Carggos e Salários: O Sindicato cobrou o compromisso de instalar um organograma estruturado de cargos e salários. A empresa respondeu que, em algumas funções, já existe a classificação de Junior, Pleno e Sênior. A partir de 1º de março, essa classificação foi aplicada aos IRLAs. Foram abordadas outras questões como: uniformes em mau estado (a empresa se comprometeu a efetuar as trocas), Trabalhadores aprovam paralisação, caso as reivindicações não forem atendidas critérios de liberação de combustível (não haverá prejuízo ou redução para o exercício das atividades - inclusive para o percurso diário dos trabalhadores que utilizam o veículo para ir da casa para o trabalho) e correção do salário defasado de alguns cabistas (os casos serão analisados separadamente para a resolução do impasse). Fique de olho e fiscalize o seu ambiente de trabalho! Sintetel cobra Telefônica Mediante denúncias, o Sindicato reuniu-se com a empresa para esclarecer os boatos de demissão que corre entre os trabalhadores. A direção do Sintetel esteve reunida com a Telefônica no dia 20 de fevereiro de 2008. A pauta tratada foi a respeito dos boatos sobre a terceirização de algumas áreas e a conseqüente demissão de trabalhadores. O Sindicato questionou o número de demissões, conforme as denúncias. A empresa respondeu que este número não é verdadeiro. Segundo a diretoria de RH da Telefônica, eles ainda não possuem um número exato de desligamentos. Por enquanto ainda não há informações adicionais, pois o processo encontra-se paralisado. Tão logo obtenhamos notícias informaremos a todos.