O ESPORTE COMO NEGÓCIO: UMA VISÃO SOBRE A GESTÃO DO
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O ESPORTE COMO NEGÓCIO: UMA VISÃO SOBRE A GESTÃO DO
O ESPORTE COMO NEGÓCIO: UMA VISÃO SOBRE A GESTÃO DO ESPORTE NOS DIAS ATUAIS estudos, Goiânia, v. 36, n. 9/10, p. 929-939, set./out. 2009. PAULO HENRIQUE AZEVÊDO Resumo: conceito novo no ambiente empresarial, o esporte como negócio exige preceitos indispensáveis a todos os ramos, para reduzir riscos e aumentar a probabilidade de sucesso. O estudo conclui que as mesmas técnicas administrativas necessárias para grandes clubes em nível internacional, devem ser utilizadas em academias, escolas de esportes, clubes esportivos, lojas de esportes – guardadas as proporções e finalidades. Palavras-chave: Educação Física, esporte, gestão empresarial do esporte BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO O que era simplesmente uma crescente adesão de praticantes e torcedores de algumas modalidade – principalmente do futebol –, tornou-se uma potência econômica nos dias atuais. Este é o esporte, que passou a ser abordado como negócio em nossa sociedade atual. O esporte de competição, que foi profissionalizado ao longo do século passado, gerou novas formas de consumo esportivo, das quais podem ser citadas o esporte de lazer, o 929 930 estudos, Goiânia, v. 36, n. 9/10, p. 929-939, set./out. 2009. esporte escolar e o esporte para a saúde – que agregam bilhões de dólares anuais em todo o mundo – à já expressiva soma normalmente gerada pelo esporte profissional. Tudo isso ocorreu, em boa parte, pela competente atuação dos agentes de marketing, que souberam estimular o consumo dos produtos esportivos, fazendo com que a prática esportiva fosse, seguida por praticantes não profissionais e transferida para a prática de consumo de produtos esportivos, ampliando para bilhões de pessoas, o que era direcionado inicialmente apenas para milhares de atletas de alto nível. Ou seja, o mesmo tênis utilizado por um famoso atleta de basquetebol, está à disposição para consumo pelos consumidores que se interessarem – sejam quais forem os motivos de consumo. Outro fato é que, enquanto pessoas não atletas passaram a praticar atividades físicas em academias influenciadas pela ideia de saúde e estética que é gerada pela imagem do atleta profissional; outras pessoas, também não atletas, passaram a adquirir camisas, tênis, bonés e outros produtos que os vinculassem ao mundo esportivo. Neste contexto e para fins de compreensão de abrangência econômica, o esporte abrange serviços diretos e indiretos, além da comercialização de bens esportivos. Os serviços diretos compreendem as atividades desenvolvidas por atletas, profissionais que orientam as atividades físicas, dirigentes, publicitários e outros prestadores de serviços ligados diretamente ao esporte. Já os serviços indiretos estão ligados às atividades de alimentação, transporte, serviços médicos, hospedagem e outros que não estão ligados de maneira direta ao esporte. Os bens esportivos são os materiais, equipamentos e estruturas que são oferecidos, tais como, camisetas, mochilas, cronômetros de alta precisão e estádios, dentre outros. Para se verificar o impacto que qualquer atividade possui no país, é utilizado um indicador, denominado Produto Interno Bruto (PIB), que é um das principais ferramentas de uma economia e que revela o valor total anual dos bens e serviços gerados por todas as atividades econômicas do país descontadas as despesas com os insumos utilizados no processo de produção. Ou seja, o PIB representa toda a riqueza gerada no país, durante determinado ano. O cálculo do PIB é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e embora o seu cálculo não seja tão simples, ele representa a soma das riquezas geradas por cada setor, estudos, Goiânia, v. 36, n. 9/10, p. 929-939, set./out. 2009. chegando à contribuição de cada um para o crescimento econômico do Brasil (IBGE, 2009; ENTENDA..., 2005). Especificamente no Brasil, o crescimento econômico decorrente da prática esportiva e as atividades de produção, comércio e serviços relacionadas ao esporte em geral atingiram em 2005, cerca de 15,6 bilhões de dólares, equivalente a 1,95% do PIB brasileiro naquele ano, que foi 798 bilhões de dólares. Os investimentos privados representaram 1,75% e os investimentos do setor público somaram o outro 0,20%. Para se ter uma noção do crescimento econômico do esporte no Brasil, de 1995 a 2005, o PIB brasileiro cresceu, em média, 3,2% ao ano, enquanto o PIB do esporte nacional cresceu 10,86% anualmente (IIM, 2006, com dados fornecidos pelo IBGE). Enfim, o esporte é um excelente negócio. A atividade econômica gerada pelo esporte é realmente muito significativa, mesmo em tempos de crise mundial. No meio esportivo, muito antes de eventos acontecerem, já são movimentadas grandes cifras e mais ainda quando eles estão ocorrendo, onde constata-se a circulação de recursos financeiros para a cobertura de gastos com transporte, alimentação, hospedagem, cotas de participação nos eventos, cotas referentes à transmissão de jogos e imagens de eventos desportivos (“direito de arena”), premiação dos vencedores e pagamentos de estruturas, equipamentos e recursos humanos em geral. Enfim, esse é um ambiente que necessita de fundamentação administrativa para ser planejado, realizado e avaliado, tendo deixado de ser apenas uma atividade de lazer de pessoas aficionadas em esporte. Mas, esse negócio não está restrito aos grandes eventos e poderosas empresas de produção de equipamentos esportivos especializados. Abrange, também, e principalmente, eventos simples e pequenas empresas que utilizam o sucesso do esporte para também gerarem emprego e renda na sociedade em que atuam. Estes são os verdadeiros espaços em que o cidadão comum enxerga o esporte em sua comunidade. Senão vejamos, os grandes eventos ocorrem em poucas ocasiões e prioritariamente nos grandes centros urbanos e ficam restritos à capacidade de público que podem receber e muitas vezes transmitem o espetáculo apenas em canais de televisão por assinatura (a denominada TV paga). Já as grandes empresas esportivas tem procurado ampliar o seu foco de 931 atendimento, trabalhando para atender a diversas classes de consumo e não somente no público de poder aquisitivo mais elevado. Agora, dentro de uma realidade mais abrangente, encontramos o esporte sob diversas práticas, em todas as cidades do Brasil, de uma maneira geral. É comum encontrarmos, mesmo em pequenas cidades, academias de atividades físicas; escolas de aprendizagem de modalidades esportivas; profissionais que realizam orientação de atividades físicas de maneira personalizada (personal trainers); clubes sociais e esportivos; ligas esportivas, empresas que comercializam produtos esportivos; empresas e profissionais que planejam, promovem, realizam e avaliam eventos esportivos; clubes-empresa de futebol; dentre outros, que são muito bem estruturados, que comercializam bens de qualidade e que prestam serviço de alto nível. Isso não ocorrerá por acaso, mas decorrerá da conscientização profissional, da qualificação, da decisão em assumir riscos e da realização de um modelo de gestão profissional do empreendimento. 932 As empresas, em qualquer ramo de atuação, buscam sempre a perenização, que é a consolidação de sua existência, por meio de resultados financeiros positivos ao longo do tempo. No futebol, onde se encontram mais concentrados os investimentos no esporte brasileiro é onde se constatam os maiores exemplos de gestão amadorista sem qualidade e de fracassos financeiros. Mesmo com toda essa movimentação financeira, com a realização de competições como o Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Copa Libertadores da América, ainda assim, inúmeros clubes estão com seus patrimônios penhorados em função de dívidas milionárias, fruto de administrações por vezes incompetentes, outras, fraudulentas e, em determinados casos, a ocorrência destas duas situações. Apenas como exemplo, Artur Antunes Coimbra, o Zico, entrevistado no canal SportTV, afirma não compreender como o Flamengo não conseguiu construir um centro de treinamento próprio, considerando-se, entre outros fatos, as transações feitas entre o Flamengo e outros clubes. Durante a entrevista, o atual presidente do clube, tentou explicar por telefone alegando que o clube estava insolvente, devido à má administração da direção estudos, Goiânia, v. 36, n. 9/10, p. 929-939, set./out. 2009. SUCESSO DEPENDE DA GESTÃO estudos, Goiânia, v. 36, n. 9/10, p. 929-939, set./out. 2009. anterior. Mas, então, que modelo de gestão é este? E as atividades de controle administrativo, não existem no clube? Por que não foram realizadas auditorias no clube e tomadas as providências cabíveis sobre o que foi apurado? Na ponta do problema se encontra o cliente, ou seja, o torcedor, que faz a sua parte e recebe em troca os fracassos financeiros e esportivos que essas gestões incompatíveis promovem ao clube. Esse é um das dezenas de exemplos que se poderia relatar, sobre como se encontra a gestão dos clubes de futebol no Brasil. Enfim, se forem utilizadas as mesmas soluções para os problemas que existem, não se pode esperar obter resultados muito diferentes daqueles que já foram obtidos no passado (PIRES; SARMENTO, 2001). A despeito de ser lenta, ocorre no ambiente do futebol, uma mudança no perfil do dirigente e na maneira de se administrar os interesses dos clubes de futebol, assim como se pode notar no S. C. Internacional, no São Paulo F. C., na A. D. São Caetano e no C. Atlético Paranaense, apenas para citar alguns. Se para o futebol, o voleibol, o basquetebol e outras modalidades observa-se haver a necessidade de competência na gestão do negócio, o mesmo também deve ser aplicado para na gestão de empresas que oferecem atividades esportivas aos seus clientes, como são os casos de academias de atividades físicas; escolas de aprendizagem de modalidades esportivas e clubes sociais e esportivos, dentre outros. Ou seja, o ambiente esportivo exige competência e qualificação para que haja sucesso, como ocorre em qualquer outro tipo de negócio. O GESTOR E A GESTÃO DO ESPORTE No meio da movimentação de recursos financeiros, humanos e físicos que ocorre no negócio esportivo há a necessidade de profissionais que devem assumir o importante papel na administração do clube – o de gestores do esporte – que utilizarão métodos e técnicas para a boa administração dos recursos movimentados em suas organizações, visando sempre os melhores resultados financeiros, sociais e esportivos. Quando uma organização que lida com o esporte, com ou sem fins lucrativos, forma o seu quadro de gestores tendo como base 933 934 estudos, Goiânia, v. 36, n. 9/10, p. 929-939, set./out. 2009. eleições meramente políticas, indicações de pessoas apenas por serem de confiança e outras maneiras de composição que não utilizem critérios que levem em conta a qualificação e competência para a consecução dos objetivos organizacionais, isso trará como resultado, na maioria dos casos, o fracasso da instituição. Como amostras, essas situações se verificam em casos como: na eleição de associado, sem os requisitos, para a diretoria de esportes de um clube social e esportivo; na indicação de um exatleta, sem qualificação, para o cargo de supervisor de futebol em um clube; na contratação de uma pessoa de confiança, que não possua capacitação, para ser o diretor financeiro de uma academia de atividade física. O ponto principal a ser levado em consideração é a capacidade de condução da instituição para o consecução de seus objetivos. Segundo Pires e Sarmento (2001), a gestão do desporto é uma área do conhecimento que tem gerado profundas modificações no âmbito esportivo, exercendo forte influência nas práticas realizadas atualmente. Essas mudanças sofridas pelo esporte, tem modificado sensivelmente a formação acadêmica das gerações que estão saindo das faculdades. Citam, como aspectos considerados importantes, os seguintes: • a crise sofrida pelo esporte, o que acaba determinando a necessidade de desenvolvimento de novos conhecimentos; • complexificação das práticas desportivas que obriga a uma sistematização das teorias da gestão contextualizadas ao mundo do desporto; • surgimento de várias organizações relacionadas das mais diversas maneiras, com a gestão do desporto, o que exige atualização constante por parte das mesmas; • existência de investigação científica na área; • inúmera oportunidades profissionais interessantes que surgiram ultimamente, num ambiente que começa a ficar escasso desse tipo de oportunidade; • formação inicial de nível superior em Gestão do Esporte. Este último vem atender as modificações que estão ocorrendo no âmbito esportivo, mostrando que os cursos de Gestão Esportiva começam a ser uma forte tendência das gerações que se formarão. Entretanto, esse conhecimento gerado deve ser aplicável a realidade que se vive, caso contrário não passará de mera filosofia. estudos, Goiânia, v. 36, n. 9/10, p. 929-939, set./out. 2009. Deve haver, portanto, uma procura persistente de gestores qualificados e competentes que atuem para desenvolvimento da organização, que percebam remuneração compatível com os resultados obtidos; em substituição a “diretores” que tiram proveito pessoal das atividades desenvolvidas pela instituição. A gestão de negócios esportivos, aos moldes do que acontece em todas as demais áreas, tem que estar centrada em planejamento focado na realidade futura, visando a perenização das organizações. Para HAMEL & PRAHALAD (1995), as empresas precisam desenvolver um permanente trabalho de “previsão do futuro”, já que se igualar aos concorrentes é necessário, mas não irá transformar ninguém em um líder. Não basta que uma empresa reduza o tamanho e aumente a sua eficiência e rapidez; ela também precisa ser capaz de se reavaliar, regenerar suas estratégias centrais de reinventar seu setor. Em suma, uma empresa também precisa ser capaz de ser diferente e tudo isso somente pode ser desenvolvido por pessoas que possuam as condições necessárias para conduzirem este processo. Para os que buscam o sucesso no ambiente esportivo, seja ele empresarial, esportivo, social, ou todos eles, a intenção é de se adotar uma gestão profissional. O termo profissional advém de “profissão”, que pressupõe o desenvolvimento de uma atividade continuada em favor de terceiros, com finalidade de obter ganhos (COSTA, 1987). O profissional é aquele que exerce uma atividade por profissão ou ofício (FERREIRA, 1999). Assim, para ser caracterizado como profissional, um indivíduo deve possuir os conhecimentos teórico-práticos da área de atuação e perceber remuneração pelo desempenho de suas atividades. O profissional é, portanto, um indivíduo qualificado e dotado de competências para o desenvolvimento de determinadas atividades, para as quais ele recebe remuneração específica. No âmbito de qualquer negócio esportivo, esse profissional será o gestor, ou um dos gestores do empreendimento e, na visão empresarial, o objetivo do gestor é a direção da empresa a que se pertence, sendo também credor do trabalho e, de modo específico, tem como interesse os lucros econômicos e simbólicos para a sua organização (AZEVEDO, 1999). Para Azevêdo, Barros e Suaiden (2004) a gestão para ser profissional, deve ser transparente, passa a ter visão de rentabilidade 935 LOCAIS E FORMAS DE ATUAÇÃO DO GESTOR NOS NEGÓCIOS ESPORTIVOS 936 As possibilidades de atuação do gestor esportivo são amplas e com grandes potencialidades. Tendo como base o estudo de Pires e Sarmento (2001) e com algumas adaptações pertinentes ao ambiente esportivo brasileiro, seguem abaixo alguns ambientes para atuação do gestor esportivo: • estruturas do poder público, que possuem intervenção no mundo do desporto, tais como o Ministério do Esporte, Secretarias Estaduais e Municipais de Esporte; • confederações, Federações e Ligas Esportivas, em seus diversos níveis; • clubes sociais e esportivos em geral; • clubes esportivos de competição, tais como clubes de futebol estudos, Goiânia, v. 36, n. 9/10, p. 929-939, set./out. 2009. e lucro, e ocorre uma constante busca por parcerias com outras empresas, ficando sob constante fiscalização e a única forma de permanência no mercado competitivo é a apresentação de resultados positivos ao longo dos anos. Mas a gestão esportiva profissional não é importante apenas no ambiente empresarial, mas também vital no desenvolvimento de políticas públicas para o esporte. Segundo Azevêdo e Barros (2004), a gestão pública do esporte tem valor decisivo na definição de prioridades e implantação de políticas sociais. Portanto, é notória a necessidade de preparo do gestor público ligado a essa área, no enfrentamento de etapa administrativa que, se mal conduzida, pode implicar no desperdício do erário público e prosseguimento de um status quo indesejável pela sociedade, que é o da exclusão social. A profissionalização da gestão pública do esporte brasileiro é fundamental para a promoção de seu exercício enquanto um direito constitucional e ação social relevante. Existe uma tendência dos gestores em tomar decisões baseando-se em fatos e experiências anteriores. Contudo deve-se tomar certo cuidado, pois essas decisões podem se tornar armadilhas uma vez que os resultados produzidos podem ser diferentes dos obtidos anteriormente. Deve-se sempre tomar o cuidado de planejar as ações a serem tomadas, tentando minimizar dessa forma os erros que porventura possam ocorrer (AZEVÊDO; BARROS, 2004). estudos, Goiânia, v. 36, n. 9/10, p. 929-939, set./out. 2009. profissional e de outras modalidades; • academias de atividades físicas; • empresas de serviços esportivos, como as que organizam e realizam eventos esportivos; • empresas de marketing e publicidade que integrem a ideia e o produto esporte nos seus projetos; • empresas que consideram a prática desportiva nas suas políticas de recursos humanos (Ginástica Laboral e outras práticas); • instalações desportivas de diversos tipos, que necessitam de gestão por profissionais com formação especializada; • empresas que prestam serviços de aprendizagem de modalidades esportivas, tais como futebol, natação, voleibol, lutas, atletismo, basquetebol, dentre outras; • outros mais, que podem ser, inclusive, variações ou composição entre os que estão acima apresentados. O que se pode perceber então é o início do crescimento dessa área do conhecimento que passa a mostrar-se promissora para os novos egressos dos cursos de Educação Física e Gestão do Esporte. Uma área que possui características próprias e está em franco desenvolvimento no âmbito investigativo, podendo servir de fonte geradora a inúmeros pontos de pesquisa. Deve-se ficar atento às mudanças que estão por ocorrer no esporte assim manter-se atualizado quanto à forma de gerir o esporte, levando-se em conta a situação atual. CONSIDERAÇÕES FINAIS O primeiro passo para que o esporte seja tratado como um negócio é a atribuição de valor à gestão qualificada e competente do esporte, visando sempre a garantia de sobrevivência da organização. É necessário realizar uma mudança conceitual e passar a “enxergar” relevância de um comportamento administrativo fundamentado em modernas técnicas e acompanhado de atitudes que possam reduzir os riscos e aumentar as possibilidades de sucesso do empreendimento. Por fim, na busca da perenização, é imperativo compreender que as técnicas administrativas necessárias para grandes clubes de futebol em nível internacional, são igualmente eficazes na gestão de academias de atividades física, escolas de aprendizagem esportiva, clubes sociais e esportivos, lojas que 937 comercializam artigos esportivos e demais organizações do setor – guardadas as proporções e finalidades. Referências AZEVEDO, A. A. de. Dos velhos aos novos cartolas: uma interpretação do poder e das suas resistências nos clubes, face ao impacto das relações futebolempresa. Tese (Doutorado em Sociologia) – Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Brasília, Brasília, 1999. AZEVÊDO, P. H.; BARROS, J. de F.; SUAIDEN, S. Caracterização do perfil do gestor esportivo dos clubes da primeira divisão de futebol do Distrito Federal e suas relações com a legislação esportiva brasileira. Revista da Educação Física, Maringá, v. 15, n. 1, p. 33-42, 2004. AZEVÊDO, P. H.; BARROS, J. de F. 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Abstract: new concept in the business environment, sport and business demands precepts essential to all branches, to reduce risks and increase the likelihood of success. The study concludes that the same techniques necessary to big clubs at the international level should be used in gymnastics fitness centers, schools, sports, clubs, sports shops - maintaining the proportion and purpose. estudos, Goiânia, v. 36, n. 9/10, p. 929-939, set./out. 2009. Keywords: Physical Education, sport, corporate governance of the sport PAULO HENRIQUE AZEVEDO Doutor em Ciências da Saúde. Mestre em Administração. Pesquisador na linha Gestão e Marketing do Esporte no Programa de Pós-Graduação em Educação Física, da Universidade de Brasília. E-mail: [email protected] 939