Veja aqui - Aenfer – Associação de Engenheiros Ferroviários
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Veja aqui - Aenfer – Associação de Engenheiros Ferroviários
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ IMPRESSO ○ JORNAL ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS FERROVIÁRIOS ANO XVII - Nº 153 - março/abril de 2013 Sede: Av. Presidente Vargas, 1.733 - 6º andar - CEP 20210-030 - Rio de Janeiro/RJ - www.aenfer.com.br ACIDENTES Ferrovia é o transporte mais seguro Nossa sociedade precisa a cada dia maior mobilidade, seja para vencer pequenas distâncias ou grandes deslocamentos. Nossa produção de veículos só cresce, nosso tráfego rodoviário só aumenta, mesmo nossas poucas malhas ferroviárias demonstram a cada ano um maior volume de cargas transportadas. No entanto também aumentam o número de acidentes nos transportes. Serão eles inevitáveis? Neste número apresentamos uma breve discussão deste tema. Páginas 6 e 7 Museu do Trem reabriu suas portas para o público Página 5 Presidente da AENFER é homenageado Em comemoração aos 130 anos de sua fundação, a Sociedade Brasileira de Geografia reuniu em um só espaço, diplomatas, geólogos, professores e engenheiros. Página 10 Morro da Providência ganha teleférico Café com o presidente Página 11 O objetivo do teleférico é melhorar a acessibilidade dos moradores daquele morro. Página 4 Comemoração aos aniversariantes dos meses de janeiro, fevereiro e março. Página 12 1 2 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ editorial A PRESENTE FERROVIA DO FUTURO Os trens regionais, os cargueiros, as malhas ferroviárias que se espalham pelo mapa do Brasil, até o projeto do trem bala estão ressurgindo. A consciência da necessidade de transporte sustentável, logístico, econômico, capaz de tornar os produtos competitivos, trazendo progresso, desenvolvimento etc faz da ferrovia sinônimo de solução. É muito bom apreciar a importância, ainda que tardia, que está sendo dada ao modo sobre trilhos. Algumas empresas estão voltando os olhos para o mercado ferroviário. A UCT – Universidade Corporativa de Transporte, da FETRANSPOR, trata do transporte rodoviário urbano de passageiros. Talvez devêssemos pensar em uma dessas para a ferrovia. Tanto no segmento de carga, como no de passageiros o mercado demanda profissionais com conhecimento específico nessa área. É o momento ótimo para uma faculdade técnica de transportes. Sabemos que a ideia reinante é generalizar o curso de engenharia. A proposta estaria, portanto, na contramão. Mas, vendo por outro ângulo, a especia- lização traria soluções no curto prazo que a generalização talvez não trouxesse. O pessoal especializado comporia a mão de obra qualificada que o mercado precisa com urgência, elevando a qualidade do serviço nos setores de projeto, construção, manutenção e operação. Paralelamente, um instituto ferroviário parecido com as “American Societies” seria muito bem-vindo. Um órgão (efetivamente) responsável pelas normas, regulamentos, que centralizasse o que há de mais moderno. Mantendo a comunidade ferroviária situada em tempo real com o resto do mundo. A AENFER vem apontando para o caminho da excelência, estreitando o contato com a academia e com a indústria, realizando seminários e palestras técnicas. P.S. – A safra recorde de grãos deste ano já está sofrendo as consequências do problema de LOGÍSTICA. A China está cancelando contratos por atraso. Valores irrisórios, uma bobagem, qualquer coisa entre SEISCENTAS MIL e DOIS MILHÕES de TONELADAS. Sede: Av. Presidente Vargas, 1.733 6º andar - CEP 20210-030 Telefax.: (21) 2221-0350 / 2222-1404 / 2509-0558 - www.aenfer.com.br e-mail: [email protected] DIRETORIA: Presidente Luiz Lourenço de Oliveira Vice-Presidente Isabel Cristina Junqueira de Andréa Diretor Administrativo Luiz Euler Carvalho de Mello Diretor Financeiro João Carnevale Diretor de Patrimônio Claudio Luiz Lopes do Nascimento Diretor Técnico Carlos Roberto Monteiro Rommes Diretor Cultural e de Preservação da Memória Ferroviária Rubem Eduardo Ladeira Diretor de Divulgação e Mercado Fernando José Alvarenga de Albuquerque Diretor de Produtos e Serviços Carlo Luciano De Luca Diretor de Acompanhamento Judicial Celso Paulo Diretora de Assistência aos Aposentados Rosana Pio de Abreu Diretora Social Telma Regina Jorge da Silva Conselho Editorial Fernando José Alvarenga de Albuquerque (presidente), Luiz Fernando Aguiar, Maria da Penha Arlotta, Rubem Eduardo Ladeira e Elcio Moraes de Melo JORNAL Jornal de Circulação Bimensal: Editado pela AENFER Jornalista Responsável: Silmara Reis - Reg. Prof. 604 DRT/SE nosso site Diagramação: João Luiz Dias Fotografia: AENFER Apesar da história da ferrovia ter se pelo Brasil. iniciado em nosso Estado ficamos sem Damos a você a oportunidade de viajar um bom museu ferroviário durante muito pelo mundo conhecendo alguns dos tempo. Bem que a RFFSA incentivou e principais museus ferroviários. Boa viagem implantou alguns museus ferroviários e divirta-se: EUA: Railtown 1897 State Historic Park; B&O Railroad Museum França: Cité du Train Espanha: Museo del Ferrocarril Ponferrada Reino Unido: National Railway Museum Alemanha: Eisenbahnmuseum Neustadt Visite o nosso site – www.aenfer.com.br Impressão: Editora Livrobel Tiragem: 2.000 exemplares ASSOCIADO Toda vez que prestar serviço nas áreas de engenharia, arquitetura ou agronomia e, portanto, preencher a ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, não deixe de indicar a AENFER, cujo NÚMERO é 11. Desta forma você contribuirá com nossa Associação. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 3 Mulheres: 156 anos de conquistas Palavra da Diretora Desde 08 de março de 1857 que as mul h e r e s americanas iniciaram um movim e n t o classista com vistas a conseguirem, não só uma série de direitos antes exclusivos do sexo masculino, mas também obter uma posição de respeito na sociedade. Nesta data, operárias fizeram uma grande greve numa fábrica reivindicando melhores condições de trabalho, tais como redução de carga horária, equiparação de salários com os homens e tratamento digno no ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com tamanha violência que causou a morte de mais de cem tecelãs carbonizadas, por terem sido trancadas na fábrica, que por sua vez foi incendiada. Apesar deste ato totalmente desumano, somente 50 anos depois, numa conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 08 de março passaria a ser o Dia Internacional da Mulher, em homenagem às mulheres que morreram. No entanto, esta data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas-ONU, somente em 1975, ou seja, após 65 anos. Ao se criar esta data, não se preten- dia apenas comemorar. Na maioria dos países realizam-se eventos com o objetivo de discutir o papel da mulher, num esforço para tentar diminuir e, quem sabe um dia, terminar com o preconceito, a violência e a desvalorização da mulher na sociedade. No Brasil podemos considerar que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. No entanto, a primeira mulher presidente do país, Dilma Roussef, tomou posse quase 80 anos depois. A participação feminina na engenharia, área tida como terreno dos homens, tem aumentado nos últimos anos. Dados do Instituto Nacional de Estudos de Pesquisas (Inep), de 1991, apontavam que elas representavam 17% do número de matrículas na graduação em engenharias; em 2000 passaram a 19% e em 2008, 21%. Hoje são quase 30% do total. No mercado de trabalho há uma evolução, sobretudo dos anos 2000 para cá. Mesmo assim no exercício de profissão, a presença masculina é majoritária. Na ferrovia tivemos algumas mulheres pioneiras que ingressaram na Estrada de Ferro Central do Brasil, na década de 40. Em suas trajetórias profissionais, deixaram sua marca e abriram o caminho para a participação feminina. Podemos citar a engenheira JOANA DÊ DEUS FRAGA CARVALHO. A engenheira Joana formou-se em Engenharia Civil, em 1944, quando passou a integrar o quadro de Engenheiros da EFCB, tendo sido a 1ª Engenheira mulher a trabalhar efetivamente na fer- rovia. Na década de 60, chefiou a Oficina de Vagões de Engenho de Dentro, antiga Locomoção. Na década de 70 assumiu a chefia do Setor de Inquérito e Pesquisas da 8ª Divisão (RJ), sendo responsável, principalmente, pelas apurações dos acidentes ferroviários, aposentando-se após 50 anos de serviços prestados à ferrovia. Destacamos, também, que duas mulheres se engajaram no movimento da classe de engenheiros, ao ingressarem na Associação de Engenheiros da Estrada de Ferro Central do Brasil: em 12/03/45 a engenheira Joana dê Deus e, em 09/07/48, a engenheira Clara Mac Cord Simões de Faria. Seguindo seus passos, muitas outras engenheiras vieram a se destacar em cargos de gerência, superintendência e até da alta direção da Rede Ferroviária Federal S.A., cuja primeira ocupante foi a engª Carmem Friedman Sirotsky. Na AENFER, sucessora da AEEFCB, AEAG e AECBTU, as mulheres se destacaram nos Conselhos Deliberativo e Fiscal, na Diretoria e na Presidência. Entretanto, sua primeira presidente mulher veio a galgar esta posição, num universo predominantemente masculino, após 76 anos. Trata-se da engenheira Clarice Maria de Aquino Soraggi. Todas essas notáveis mulheres são motivo de orgulho para as ferroviárias. Até agora muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. Vice-presidente da AENFER Isabel Cristina Junqueira de Andréa opinião A Ferrovia é uma cachaça Estamos nos aproximando dos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, nesta gestão. Missão cumprida? Acho que não. Há muito, há muito a ser feito (será que Machado me autorizaria?). Quero dizer que há muito tempo que há muita coisa a ser feita. Trabalhamos para preservar a nossa identidade. Gostaria de partilhar com os colegas alguns pensamentos que me ocorrem quando falo de ferrovias. O férreo modelismo, por exemplo, tem encantado gerações mundo afora. Conheço aficionados com os quais tenho muito cuidado ao conversar. Falam de ramais, locomotivas, vagões, carros de passageiros, composições, com uma facilidade, um conhecimento que às vezes supera o meu e isso me encanta. Tenho cuidado não pela vaidade de não revelar falta de conhecimento, mas para não decepcionar alguém que espera muito de mim. A ferrovia é realmente apaixonante. Entre nós, que trabalhamos mais de trinta anos, ela frequentemente compõe o tema central das conversas. Às vezes brincamos que fazemos hora extra ao falar de ferrovia nos momentos de lazer. Nos aposentados, aqueles bem antigos mesmo, notamos a paixão nas discussões acaloradas. Não bebo e não recomendo a ninguém, mas há o termo que se refere à cachaça quando se deseja exprimir um gosto, um prazer em se fazer alguma coisa. Nos meus primeiros passos sobre os dormentes, chutando pedra, ouvia isso dos mais velhos e achava exagero. Agora, aos quarenta e cinco do segundo tempo, na minha carreira, vejo que eles têm razão. Gosto do barulho das rodas nas juntas, aquela batida compassada, o apito. Moro perto da linha do trem e posso ouvi-lo já no final da madrugada, antes do Sol nascer. É gostoso acordar ouvindo o barulho do trem. Como dizem: “A ferrovia é uma cachaça!” Diretor Administrativo Luiz Euler Carvalho de Mello 4 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Teleférico do Morro da Providência está quase pronto Aurelino Gonçalves Falta pouco para a população do Rio de Janeiro ganhar mais um teleférico, desta vez no Morro da Providência, a mais antiga favela da cidade. O primeiro teste com funcionamento da primeira gôndola do teleférico aconteceu em dezembro do ano passado. O objetivo do teleférico, construído pelo Programa Morar Carioca da Secretaria Municipal de Habitação do Rio é melhorar a acessibilidade dos moradores daquele morro. O equipamento contará com três estações interligando a Providência (Praça Américo Brum) com a Central do Brasil e a Cidade do Samba, 16 gôndolas e capacidade para transportar mil pessoas por hora. O tempo do percurso da Providência até a Cidade do Samba será de seis minutos, incluído o tempo de parada. Para a implantação do teleférico a Prefeitura destinou R$ 75 milhões em ações que abrangem a construção das estações, montagem das torres, remanejamento da rede de energia e construção de vias de serviços que dão acesso ao equipamento. As gôndolas do teleférico são feitas de acrílico e alumínio e possuem assentos de madeira. As cabines têm capacidade para oito passageiros sentados e dois em pé e percorrerão uma extensão de 721 metros. Toda a tecnologia é da empresa alemã Doppelmayr, responsável pela manutenção dos bondinhos do Pão de Açúcar. O secretário de Habitação Pierre Batista deu mais informações à AENFER sobre o teleférico do Morro da Providência. 1- Quantos trabalhadores estão envolvidos com Foto: Fábio Costa o projeto? A obra do teleférico, hoje, conta com 400 trabalhadores, mas esse número já chegou a 750 no mês de Teste do teleférico descendo à Estação Central do Brasil dezembro, considerado o período onde houve pico de atividade. 2- Qual vai ser o preço da passagem? A definição da tarifa e da empresa que vai assumir a operação do teleférico é de responsabilidade da Cdurp (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do porto do Rio de Janeiro). Mas o prefeito Eduardo Paes já garantiu que os moradores do Morro da Providência terão direito a viagens de ida e volta gratuitas diariamente. Janeiro e o teleférico foi pensado para melhorar a vida das pessoas que vivem lá. Mas é inegável que o meio de transporte se transformará numa atração para toda a cidade, já que fará a ligação da Central do Brasil com uma área histórica importantíssima e com a Cidade do Samba. O fluxo de visitantes de outras partes da cidade e de turistas vai movimentar a economia local e certamente trará benefícios para o comércio e para a comunidade do morro. Aurelino Gonçalves 3-Quando que o teleférico será entregue à população? O teleférico fica pronto até o final de abril e a data de inauguração será anunciada em breve. 4- O senhor acredita que será mais um ponto turístico que o Rio de Janeiro vai ganhar? O Morro da Providência é uma das comunidades mais íngremes do Rio de Teleférico em teste rumo Cidade do Samba ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 5 Museu do Trem é reaberto no Rio de Janeiro Entidades ferroviárias compareceram à reabertura Depois de sete anos de espera, finalmente o Museu do Trem reabriu suas portas para o público, que esperava ansioso por esse momento. Localizado no bairro Engenho de Dentro, zona norte do Rio de Janeiro o museu, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2011, foi reaberto dia dois de abril. O historiador e responsável pelo museu Bartolomeu d'El-Rei Pinto ressaltou que embora o museu não tenha passado por uma reforma, alguns ajustes foram necessários e realizados como a troca de todas as luminárias, limpeza do local e revisão da parte elétrica. Segundo ele, toda a área contava com uma equipe de limpeza, jardinagem e vigilância, o que facilitou o trabalho de reabertura. Bartolomeu acredita que o museu ficou muito tempo fechado Carro Imperial Fotos do interior dos carros nobres A Baroneza, primeira locomotiva a vapor por conta da localização que não oferece um grande atrativo. - É uma região que perdeu 90% de sua área física, porém, inadmissível que o museu se mantivesse fechado por mais tempo – disse Bartolomeu. A proposta do historiador que está à frente do museu desde o dia 9 de julho de 2012 é reverter a imagem negativa do museu durante esse tempo em que ficou fechado e atrair muitos visitantes e turistas que visitam a nossa cidade. Inicialmente o local ficará aberto para visitação de terça à sexta-feira das 10 horas às 15 horas, mas a ideia é que até agosto possa ser também visitado aos finais de semana e feriados. Para isso será necessário um respaldo jurídico. O Museu do Trem tem um vasto acervo, conta todo o início da indústria ferroviária brasileira e sua grande atração é a Baroneza, primeira locomotiva a vapor no Brasil e que circulou pela primeira vez, em 30 de abril de 1854, com a presença da Comitiva Imperial, quando foi inaugurada a Estrada de Ferro de Petrópolis. A locomotiva leva esse nome em homenagem à esposa do Barão de Mauá. Além da Baroneza, o visitante poderá conhecer o carro que era utilizado pelo im- perador do Brasil, outro usado pelo que serviu ao rei Alberto da Bélgica na década de 20 e o carro do Estado, mais conhecido como carro do presidente Getúlio Vargas, usado em viagens oficiais, bem como utensílios, mobiliário no interior dos trens, equipamentos, maquetes de locomotivas e réplicas feitas pelos alunos da primeira escola de ensino profissionalizante da República a Escola Silva Freire, conhecendo também a história da ferrovia brasileira. A reabertura do museu contou com diversos visitantes e pessoas ligadas à ferrovia. O diretor do Trem do Corcovado Sávio Neves estava presente ao evento e disse que reformará a primeira locomotiva elétrica do Brasil e a doará para o Museu do Trem. - Creio que seja uma boa medida para colaborar com o Museu do Trem – avaliou Sávio Neves. Estiveram presentes os diretores da AENFER Carlo De Luca (Produtos e Serviços) e Rubem Ladeira (Cultural e de Preservação Ferroviária), o inventariante da extinta RFFSA coronel Carlos Alberto Borges Teixeira, o responsável da área de Bens Históricos da extinta RFFSA Luiz Carlos Fares Auar, representantes de entidades ferroviárias e diversos estudantes. Vale lembrar que a visitação pública será de terça a sexta-feira, das 10h às 15h, com entrada franca. As escolas poderão agendar visitas guiadas pelo telefone (21) 2233-7483, também disponível para informações em geral. O Museu do Trem fica na Rua Arquias Cordeiro, 1.046, no Engenho de Dentro, zona norte do Rio. Fotos: De Lucca Júnior Locomotiva Dragona 6 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ACIDENTES NOS TRANSPORTES: s Vemos na imprensa com frequência a sequência de acidentes nas vias urbanas e nas estradas. Tais notícias acabam virando rotina e já não mais nos sensibilizam, apesar de elevar o número de mortos, feridos e os prejuízos materiais tanto para os cidadãos como para as empresas. Podemos nos perguntar: serão inevitáveis? Este é o preço do progresso? Não nos conforma responder afirmativamente a tais questões. Se fizermos comparação do nosso país com países desenvolvidos veremos que lá o número de acidentes é bem menor. Fruto principalmente da preocupação e do empenho com a segurança de veículos e tráfego. Nossos veículos rodoviários hoje são mais seguros porém os motoristas não seguem a mesma linha. Nossas estradas, por seu lado, só deixam a desejar. Mesmo as estradas pedagiadas, em que se investem maiores recursos para a segurança, rotineiramente são cenário de graves acidentes. Nossa legislação de trânsito até que é adequada porém pouco colocada em prática. Acidentes com caminhões repetidamente são causados por motoristas cansados, dopados e estressados. Até mesmo os de ônibus interestaduais. Já na ferrovia as causas dos acidentes como regra geral são resultados de variáveis ligadas a equipamentos dos trens, à via permanente e à operação do tráfego. Neste ramo, contudo, os acidentes ocorrem em menor escala. Só para comparar, no transporte urbano de passageiros do Rio de Janeiro, quando um trem do metrô ou da SuperVia para ao longo do trecho, quando uma viagem é simplesmente interrompida, os ecos das reclamações são imediatos e logo vão parar na TV e jornais. Enquanto isso acidentes com ônibus já nem causam escândalo, mesmo havendo mortos e feridos. Custos Recentemente a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) divulgou em um levantamento que os custos dos acidentes nas 3 principais rodovias que servem ao nosso Estado custarão R$ 2,6 bilhões nos próximos anos - 2013 a 2021. Isto decorre da falta de investimentos nas estradas que precisariam subir 76% no mesmo período. Pior ainda; o número de mortes vai praticamente dobrar. Temos um quadro de perdas humanas e econômicas para o nosso Estado difícil de ser aceito. Estes números se referem apenas à Via Dutra, à serra de Petrópolis e à Ponte Rio-Niterói. Segundo o estudo ocorreram em 2012 uma média de 6 acidentes por dia nesses trechos e 2182 no ano. Daqui a oito anos serão 3850 acidentes ou 10,5 por dia se não houver melhorias profundas. Apesar de obras prioritárias nestas estradas tanto o governo federal como as concessionárias ainda não mostram disposição e atitudes para enfrentar o problema (O Globo, 15/1/2013). Transporte rodoviário No Brasil temos centenas de rodovias, sob a gestão de diversos entes: governos federal, estadual e municipal. Sem falar das vias urbanas. Nestas vias se movimentam veículos automotores, pedestres, motos, bicicletas e outros veículos. De modo geral a preocupação com os acidentes se concentram nas vias de maior capacidade bem como seus registros. Muitos acidentes acabam ficando inteiramente fora de todas as estatísticas e notificações. Em 2011, num total de 66.247km de estradas federais ocorreram 188.925 acidentes, com 7.008 mortos e 63 980 feridos. A tabela seguinte mostra a evolução de acidentes nestas rodovias no período de 1952 a 2010. O número de acidentes com gravidade resultando em mortes vem evoluindo gradativamente. O gráfico mostra a ACIDENTES DE TRÂNSITO NAS RODOVIAS FEDERAIS BRASIL (1952-2010) Ano 1952 1953 1954 1995 1956 1957 1958 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1996 1967 1968 1969 1970 1971 Acidentes 1.748 2.165 1.943 2.115 2.236 2.098 3.070 3.212 3.886 4.634 3.486 6.679 7.764 7.808 8.872 10.628 12.957 13.725 16.152 20.981 Ano 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 Acidentes 27.114 33.656 37.653 45.838 43.895 42.436 46.144 51.381 49.956 45.507 49.090 48.767 47.710 53.695 71.341 63.456 61.110 - Ano 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 - Acidentes 67.021 68.781 77.986 95.514 115.169 124.372 120.442 115.429 108.597 102.041 109.025 105.032 112.457 110.086 110.391 128.456 141.072 158.893 182.900 - comparação entre os dados provenientes do DPVAT e DATASUS. Fonte: Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes de Trânsito Nos dias de hoje temos no Brasil muitas concessões rodoviárias, sendo a maioria resultante de leilões de redes anteriormente vinculadas ao Governo Federal. Por ocasião dos leilões muitas delas demandavam investimentos em manutenção, segurança, sinalização e mesmo em duplicação das vias. Nem sempre as concessionárias atuam a contento nestes quesitos previstos nos respectivos contratos. Rodovias com pedágios Em números brutos tivemos o seguinte quadro no período 2009-2010: ACIDENTES RODOVIÁRIOS 2009/2010 Concessionária Fernão Dias, SP AutoPista Fluminense, RJ AutoPista Litoral Sul, PR,SC AutoPista Planalto Sul, PR,SC AutoPista Regis Bittencourt, SP,PR CONCEPA, RS CONCER, RJ, MG CRT, RJ, MG ECOSUL, RS NOVA DUTRA PONTE S.A. Rodovia do Aço, MG, RJ Transbrasiliana, MG, SP Via Bahia, BA 2009 Extensão Sem Total (km) vítimas 562,1 320,1 382,3 412,7 401,6 121 180,4 142,5 623,8 402 23,3 200,4 321,6 680,6 8.863 3.646 7.160 3.897 6.240 1.364 3.226 3.284 797 10.047 980 966 928 0 2010 Total 5.512 9.146 2.223 3.947 5.197 9.919 3.236 2.290 4.235 6.677 966 1.918 2.360 3.718 1.908 4.721 392 943 6.872 10.980 678 1.018 477 1.020 546 1.024 0 3.004 Variação Acidentes/ Sem 2010/2009 Extensão 2010 vítimas 5.593 2.250 6.899 1.605 4.772 1.270 2.517 3.286 454 7.516 729 536 593 1.721 103% 108% 139% 59% 107% 141% 115% 144% 118% 109% 104% 106% 110% 0% 16,271 12,331 25,946 5,549 16,626 15,851 20,610 33,130 1,512 27,313 43,691 5,090 3,184 4,414 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 7 serão inevitáveis? Impactos Econômicos Não é fácil apurar os custos com os acidentes nos transportes. As estatísticas são escassas, falhas e de difícil acessibilidade. Já em 2005 o Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR) de São Paulo apontava um alto custo econômico dos acidentes a nível nacional, com os seguintes resultados relativos ao ano anterior. Neste trabalho foram considerados vários tipos de custos, a saber: Congestionamentos, Danos a Veículos, Custo Operacional de Elementos do Sistema de Atendimento, Seguros, Danos ao Ano 2004 Número Acidente com morto(s) 32.000 Acidente com ferido(s) 350.000 Acidente sem vítima 760.000 Total Custo médio (R$) 475.000 42.000 5.000 Custo total (milhões R$) 15.200 14.700 3.800 33.700 Patrimônio, Funerais, Custos Médico-Hospitalares, Custos Subjetivos de Pesar, Dor e Sofrimento e Custos Administrativos de Processos Judiciais. Com base em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea, o Ministério da Saúde informava que, em 2006, o impacto econômico dos acidentes de trânsito foi de R$ 24,6 bilhões. Os custos oneram toda a sociedade, que sustenta, com o pagamento de impostos e contribuições, o sistema de saúde pública, responsável por grande parte do socorro às vítimas de acidentes e da poluição atmosférica provocada pelos carros. Transporte ferroviário Também sob o ponto-de-vista de redução de acidentes a ferrovia, sem dúvida, demonstra sua vocação para o aumento da mobilidade garantindo segurança. Tanto acidentes com a carga transportada como com passageiros são em número bem menor que no modal rodoviário. Além disso a ferrovia, desde os tempos imemoriais, atuou com bastante segurança. Basta lembrar os inúmeros trechos de linha singela nos quais os acidentes resultantes de choques entre trens sempre foram quase zero. Hoje, na tecnologia metroferroviária, os trens podem inclusive ser movimentados sem a presença do condutor, sem que isto implique em falta de segurança. Se atualmente nosso transporte ferroviário de cargas apresenta uma velocidade média baixa é devido, entre outros fatores, à preocupação com a segurança que impede de optar por velocidades maiores. Acidentes com carga na malha concedida Conforme anuário da ANTT tivemos em 2010 um total de 1.112 acidentes, envolvendo nesse número tanto os de maior como o de menor gravidade. A tabela a seguir dá uma relação dos acidentes por concessionária e também comparando-os à extensão de cada ferrovia e à produção da carga transportada. Nela podemos tirar algumas conclusões: a) O número de acidentes ferroviários é menor que no modo rodoviário. b) Os acidentes ocorrem em maior número nas malhas em pior estado de conservação. A FNS, por ser mais nova, é a que apresenta um número quase insignificante. c) Havendo investimentos em segurança a redução de acidentes é praticamente assegurada. Em relação aos custos destes acidentes no entanto não temos referenciais, infelizmente. Nem as concessionárias nem os órgãos competentes no nível federal os disponibilizam. Vemos aqui mais uma deficiência em nosso país em relação à preocu ACIDENTES FERROVIÁRIOS 2010 Concessionária ALLMS FERRONORTE FTC ALLMN ALLMP ALLMO FCA TNL* EFVM MRS FNS EFC Carga Relações Total Transportada Extensão (Km) Acidentes/ Acidentes acidentes TKU 103 Extensão TKU 239 1 2 29 138 71 237 227 45 85 4 17.573 213 185 10.003 8.367 1.989 11.411 728 15.375 57.304 1.524 7.265 248 164 500 1.989 1.945 8.066 4.207 905 1.674 720 0,033 0,004 0,012 0,058 0,069 0,037 0,029 0,054 0,050 0,051 0,006 0,014 0,005 0,011 0,003 0,016 0,036 0,021 0,312 0,003 0,001 0,003 34 3.070 892 0,038 0,011 pação com os acidentes, de modo geral. Se não os conhecemos em sua integridade fica ainda mais difícil atuar com eficiência no sentido de sua substancial redução. As concessões ajudaram na redução de 76,7% do índice de acidentes a cada milhão de quilômetros percorridos, caindo de uma média de 75,5 casos, em 1997, para 16,1, em 2010, segundo a Confederação Nacional dos Transportes. Transporte ferroviário urbano e metroferroviário Embora ocorram acidentes neste tipo de transporte as ocorrências são em número bem menor e, de modo geral, os prejuízos são de ordem material, às vezes com alguns passageiros levemente feridos. Confrontando com o modal rodoviário, aqui o transporte urbano de passageiros provoca com frequência um número de acidentes muito elevado, assim como um grande número de vítimas graves. E tais acidentes acabam nem figurando nos principais jornais de nossas cidades. Comparando os dois modais Os números de acidentes aqui apresentados são relevantes e preocupantes principalmente no que se refere ao modo rodoviário. É certo que neste caso um número maior de veículos, de cargas e de pessoas estão envolvidos, o que aumenta a possibilidade de sinistros. Neste segmento também é maior a dificuldade de gestão da segurança em vista do maior número de agentes envolvidos (motoristas, passageiros, controladores de trânsito, pedestres), veículos (grandes e pequenos) e vias. A ferrovia desde o começo de sua história sempre se pautou pelo investimento maior em segurança. Isto também contribui significativamente para o alto custo de sua implantação e manutenção. Mas se no Brasil de hoje pudéssemos quantificar com precisão o custo dos acidentes certamente haveria maior inclinação pela opção sobre trilhos. Serão os acidentes inevitáveis? Em nossa opinião acidentes nos transportes não ocorrem casualmente. Eles são o resultado de um bom número de variáveis, algumas físicas, algumas humanas, algumas de ordem administrativa. De modo geral ninguém aprova tais acidentes ou, muito menos, quer se tornar mais uma vítima deles. Por que, no entanto, tão pouca atenção tem recebido? Por que não se prioriza o modo ferroviário que sabidamente é o mais seguro? Sonhamos com uma mudança neste quadro nos próximos anos. 8 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ diretoria em foco AENFER completa 21 anos Conheça a história No dia 26 de março de 1992 reuniram-se em Assembleia, no Clube de Engenharia RJ, 145 membros das Associações de Engenheiros da Estrada de Ferro Central do Brasil (AECB), da Administração Geral da Rede Ferroviária Federal S.A. (AEAG) e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (AECBTU), com a finalidade de criar uma única associação de engenheiros ferroviários, no Rio de Janeiro, nascendo assim a AENFER. Esta nova entidade ficou fortalecida pela absorção dos quadros sociais oriundos das associações que a formaram e, desde o início, teve como objetivos, dentre outros, a defesa da ferrovia, promovendo a preservação da memória ferroviária e reivindicando do governo um melhor planejamento do sistema ferroviário, o incentivo ao desenvolvimento técnico e cultural de seus associados, bem como pugnar pelos seus interesses. Naquela Assembleia foram eleitos para um mandato tampão de 26/03/92 a 22/09/92 a diretoria presidida pelo engenheiro Paulo Cesar Nayfield Granja. Esta diretoria teve como atribuição fundamental a elaboração do primeiro estatuto da entidade e a preparação da eleição da primeira diretoria, cujo presidente foi o engenheiro Luiz Carlos Martins Lino da Silva (1992/1994). Consecutivamente foram presidentes os engenheiros Rubem Eduardo Ladeira (1994/1996), Clarice Maria de Aquino Soraggi (1996/1998), José Ferreira David (1998/2000), Agostinho Coelho Silva (2000/2002), Isabel Cristina Junqueira de Andréa (2002/2004), Clarice Maria de Aquino Soraggi (2004/2007) e (2007/2010) e, por último, Luiz Lourenço de Oliveira (2010/2013), ainda em exercício do mandato. Durante alguns anos a AENFER possuiu alguns núcleos administrativos, a saber: CBTU-AC, Deodoro e Triagem, na cidade do Rio de Janeiro e Belo Horizonte e Juiz de Fora, em Minas Gerais, os quais, em consequência dos processos de estadualização e desestatização da RFFSA e suas subsidiárias, tornaram inviável sua sobrevivência. Dentre as principais realizações no período podemos citar: Acompanhamento de processos referentes à ações propostas em nome de associados, bem como gestões políticas e administrativas referentes a pleitos dos ferroviários; Participação decisiva na criação da Lei 10.478 de 28 de junho de 2002, que trata da complementação da aposentadoria dos ferroviários; Alteração estatutária que abriu espaço para a participação de associados especiais em algumas diretorias e nos Con- Aos sinuqueiros de plantão A AENFER tem uma boa notícia, contratou os serviços de uma empresa renomada, experiente no mercado para a realização da reforma completa da mesa de sinuca do salão José Bittencourt Percini. Os profissionais José Eduardo da Costa e José Roberto Nogueira deram um tratamento especial nivelando a pedra e adequando a caçapa ao gabarito oficial. Segundo o responsável pela reforma, Cláudio Elias, a nova forração da pedra da mesa é do mesmo tecido usado nas mesas dos campeonatos oficiais da Inglaterra. Com ele o associado terá maior precisão nas suas tacadas, com um rolar de bola muito mais suave. Os primeiros a testar a reforma foram os associados Aldo Paschoal e Carlos Van, responsáveis pela solicitação da reforma. Amantes dessa modalidade de jogo, eles gostaram e aprovaram o resultado. Foi um trabalho minucioso com finalização perfeita. A ideia agora é promover um campeonato de sinuca entre os associados. O objetivo da AENFER é proporcionar um melhor atendimento com excelente qualidade e espaço adequado. selhos Deliberativo e Fiscal; Manutenção de convênio com diversas empresas que oferecem benefícios aos associados e seus dependentes Realização e participação em atividades culturais, tais como exposições, lançamento de livros e selos, comemorações alusivas a datas históricas para a ferrovia, realização de eventos sociais e excursões; Desenvolvimento de acervo com depoimentos históricos de ferroviários, visando a preservação da memória ferroviária; Criação do Espaço Cultural e da Biblioteca no 7º andar do edifício sede da Associação; Realização de seminários, encontros e palestras técnicas e formação de grupos de estudos sobre as questões de interesse dos ferroviários; Regularização do patrimônio da Aenfer; Muito se deve agradecer aos associados, razão de ser da AENFER, diretores e conselheiros que durante todos esses anos prestaram um trabalho voluntário em prol da classe, aos seus dedicados funcionários e desejar que a Associação se fortaleça cada dia mais, para continuar a ser um dos pilares da defesa da ferrovia e dos ferroviários, num ambiente de confraternização entre todos aqueles que amam a ferrovia. Viva a maioridade da AENFER! ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 9 AFL apresenta nova Diretoria Foto: Marlene Fonseca Membros da Academia Ferroviária de Letras – AFL estiveram reunidos no dia 11 de março no auditório da AENFER em sua primeira reunião deste ano. O presidente da AFL Sávio Neves esteve presente e presidiu a reunião com o secretário Antônio Pastori. Na ocasião Sávio Neves fez uma breve retrospectiva dos fatos mais recentes, destacando que as atividades da AFL ficaram interrompidas em virtude do falecimento precoce de dois grandes nomes, o diretor Cultural, professor Victor José Ferreira, em 25/10/2012 e o conselheiro Fiscal Américo Maia de Vasconcellos Neto, em 29/01/2013. Ele apresentou os novos eleitos pela totalidade dos presentes para compor a nova diretoria da AFL: presidente Sávio Neves Filho; vice-presidente Renê Fernandes Schoppa; Secretária Sandra Regina Lopes; diretor Financeiro Helio Suêvo Rodriguez e diretor Cultural João Bosco Setti. Para o novo Conselho Fiscal foram eleitos como membros titulares da AFL: Antonio Carlos Dias Pastori, Waldo Sette Albuquerque e Aluizio Rezende; Membros Suplentes: Jorge Moura e Genésio Pereira dos Santos. Sávio Neves manifestou a necessidade de a AFL retomar as atividades sempre Membros da AFL e convidados que participaram do evento na segunda segunda-feira de cada mês. O presidente propôs uma homenagem ao dia do ferroviário pelos Acadêmicos Helio Suêvo e Antonio Pastori, para que apresentem uma palestra sobre a primeira ferrovia do Brasil, a E. F. Mauá, falando do seu passado, presente e futuro. Lançamento de livros O dia foi também marcado pelo lançamento de dois livros: Volta Grande – Estação Primeira, de autoria do professor Victor José Ferreira. O lançamento contou com a presença de sua esposa, a viúva Celi que participou muito emocionada com a manifestação de carinho de todos. O livro resgata histórias da infância do autor quando morava em Volta Grande-MG cuja estação de trem leva o mesmo nome. O segundo lançamento foi do acadêmico Aluizio Rezende com o livro Espasmos e Espumas. Este é o seu sétimo livro de crônicas e pensamentos que conta com o prefácio do saudoso professor Victor. 10 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Presidente da AENFER é homenageado Engenheiro Luiz Lourenço recebe Medalha do Mérito Geográfico A Sociedade Brasileira de Geografia comemorou no dia 26 de março 130 de sua fundação. Em celebração à data a entidade prestou homenagem com a Medalha de Mérito Geográfico. O presidente da AENFER engenheiro Luiz Lourenço de Oliveira foi homenageado e agradeceu ao presidente da Sociedade de Geografia William Paulo Maciel pela oportunidade de estar ao lado de pessoas importantes que compõem aquela casa. William Maciel disse que se Paulo de Frontin estivesse vivo ficaria muito feliz em ver reunidos diplomatas, geólogos, professores e engenheiros em um único espaço. Durante a programação na sessão magna foram empossados o vicepresidente Benedicto Humberto R. Francisco, renovação do terço do Conselho Diretor e presidentes de Comissão da Sociedade Brasileira de Geografia. Além do engenheiro Luiz Lourenço, também foram homenageados com a Da dir. p/ esquerda: pres. do CREA-RJ Agostinho Guerreiro, pres. da Soc. de Geog. William Paulo Maciel, vice-pres.da Soc. de Geog. Cybelle M. de Ipanema e pres. da Aenfer Luiz Lourenço Medalha o embaixador Alberto da Costa e Silva, a professora e geógrafa Ana Lúcia Azevedo, o presidente do Clube de Engenharia Francis Bogossian e o presidente do CREA-RJ Agostinho Guerreiro. so de velocidade. Fonte: O Globo, 03/04/2013 Trem pode voltar a Itaguaí De olho no crescimento da Baixada Fluminense nos próximos 15 anos, o vicegovernador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão, anunciou sobre a extensão do ramal ferroviário de Santa Cruz até Itaguaí. O projeto de reativação da linha férrea do ramal Itaguaí, desativada desde a década de 1980, tem prazo até 2015 para ser concluído pela SuperVia. No entanto, a concessionária aguarda a atuação do Estado, para desapropriar centenas de imóveis que tomam a via férrea irregularmente. A partir de 2016, Itaguaí deve abrigar uma enorme base offshore da Petrobras. Fonte: O Dia, 23/03/2013 ria S.A. (Engefer), e da Diretoria de Transportes Metropolitanos – DTM, da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), responsável pela operação e manutenção do transporte de passageiros em todo o Brasil. A sede da companhia é no Rio de Janeiro e ela está ligada ao Ministério das Cidades. Fonte: Revista Ferroviária, 20/03/2013 pela imprensa Acidente Rodoviário De um lado, motoristas estressados e, frequentemente, sem treinamento adequado. Do outro lado, uma legião de passageiros submetida a viagens desconfortáveis, muitas vezes perigosas, e a horas de engarrafamento. Acrescente-se a isso a ineficiência da fiscalização no transporte público. O resultado dessa equação faz com que circular de ônibus no Rio seja um sofrimento diário, que, não raro, como aconteceu dia 2 de abril, termina em tragédia. Sete pessoas morreram e 11 ficaram feridas na queda de um coletivo da linha 328 (Bananal-Castelo) do alto do Viaduto Brigadeiro Trompowski, na pista lateral da Avenida Brasil, no acesso da Ilha do Governador para a via expressa. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, o motorista, discutia com um passageiro pouco antes da queda. O ônibus que despencou do viaduto estava com o licenciamento de vistoria do Detran vencido — o último aconteceu em 2011. Não bastasse, o veículo (placa KYI 0973) acumula uma longa lista de infrações: recebeu, desde 2008, 46 multas, que somam R$ 4.443,59. Doze dessas penalidades foram relativas a avanço de sinal. E outras 14 por exces- CBTU, a melhor A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) é a vencedora do Prêmio Revista Ferroviária de Melhor Operadora De Passageiros. A companhia foi escolhida após análise dos indicadores de produtividade de todos os seus sistemas, com base nos dados de 2011 e 2012. A CBTU foi criada a partir da junção de uma empresa de projetos ferroviários, a Empresa de Engenharia Ferroviá- Ferrovias reduzem número de acidentes O índice de acidentes nas ferrovias brasileiras a cada ano é menor, desde a desestatização da malha iniciada em 1997. Com o resultado de 2012, o índice de acidentes das ferrovias de cargas concessionadas chegou aos patamares dos níveis de referência internacional, que variam de 8 a 13 ocorrências por milhão de trens/km. De 2011 para 2012, a redução no número de acidentes envolvendo trens de carga foi de 14,2 para 12,96 acidentes por milhão de trens. km. O dado foi apresentado dia 3 de abril pelo presidente-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, durante a divulgação do Balanço do Transporte Ferroviário de Cargas ANTF de 2012. Fonte: ANTF, 04/04/2013 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 11 O presidente da AENFER Luiz Lourenço de Oliveira se reuniu no dia 26 de março no Espaço Cultural Carlos Lange de Lima com representantes de diversas entidades que participaram do evento Café com o Presidente. Eles foram recebidos também pela vice-presidente Isabel Cristina Junqueira de Andréa e pelos diretores Celso Paulo (Acompanhamento Judicial); Fernando Albuquerque (Divulgação) e João Carnevale (Financeiro). Estavam presentes o inventariante da extinta RFFSA coronel Carlos Alberto Borges Teixeira, o chefe de Gabinete da inventariança Flavio Rabello, assessor do inventariante João Gazineu, vice-presidente da Abifer Luiz Cesário, capitão Aurélio representando o general Rodrigo Balloussier Ratton do Instituto Militar de Engenharia, diretor de Operações da Supervia João Gouveia representando o presidente Carlos José Cunha, professor e historiador Milton Teixeira e o vice-presidente e o diretor da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina – AEEFL Jair José da Silva e Manoel Geraldo, respectiva- Convidados do Café com o Presidente e a conselheira da AENFER e presidente da FAEF Clarice Soraggi O "Café" contou com representantes de diversas entidades mente, e a conselheira da AENFER Clarice Soraggi. Numa feliz coincidência o “Café” foi marcado na mesma data em que a AENFER completou 21 anos de existência. Alguns convidados como o inventariante da RFFSA coronel Carlos Alberto, o capitão Aurélio e o historiador Milton Teixeira vieram pela primeira vez na Associação e agradeceram muito pelo convite numa data tão especial para a entidade que durante todos esses anos vem se preocupando com a ferrovia e com os ferroviários. O vice-presidente da Abifer Luiz Cesário achou importante o momento de confraternização e relembrou o tempo em que era estudante de engenharia. O diretor de Operações da Supervia João Gouveia aproveitou a oportunidade para convidar a todos a conhecerem o centro de controle da concessionária que, segundo ele, está totalmente modernizado. O presidente da AENFER Luiz Lourenço de Oliveira agradeceu a presença de todos e disse que as portas da entidade sempre estarão abertas para recebê-los. Abril – Mês dos Ferroviários em Macaé Na mira, o Centro de Memória / Museu Ferroviário A Associação dos Ferroviários de Macaé completa neste mês de abril 34 anos de fundação e preparou várias atividades para celebrar a data e o mês do ferroviário, numa programação em conjunto com o Movimento Ferrovia, dentre elas a continuidade de ações para a conquista de espaço, a fim de ser implantado o Centro de Memória/ Museu Ferroviário de Macaé. Em levantamentos realizados foi identificado um imóvel pertencente à União, classificado como “não operacional”, ou seja, não fez parte da desestatização do patrimônio ferroviário, administrado pela Secretaria de Patrimônio - SPU e sob a guarda do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, que serviu de residência à Via Permanente Ferroviária da antiga Leopoldina, localizado ao lado da Estação Ferroviária de Macaé. Pesquisas cartoriais, contatos com a administração municipal, reuniões no escritório regional do Iphan e captação de itens para acervo, são ações desenvolvidas já há algum tempo. No momento, está sendo elaborado um Plano de Ação que será apresentado à Fundação Macaé de Cultura para que a Administração Municipal, que já concordou com o pleito dos ferroviários, oficialize ao Iphan o interesse pelo imóvel, para utilização como espaço cultural. O Instituto, através do escritório regional sediado em São Pedro da Aldeia, vem dando total apoio ao pretendido pela Associação dos Ferroviários e pelo Movimento Ferrovia Viva. Em paralelo, continuam as atividades de “garimpagem” de itens que digam respeito à história ferroviária de Macaé e região. Quem tiver e puder colaborar, pode entrar em contato com a entidade pelo e-mail: [email protected]. Alex Medeiros Coordenação Movimento Ferrovia Viva 12 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ AENFER promove festa dos aniversariantes A AENFER realizou nesta quinta-feira, 14 de março sua primeira festa do ano em comemoração aos aniversariantes dos meses de janeiro, fevereiro e março. A festa aconteceu no Espaço Cultural Carlos Lange de Lima, 7º andar e reuniu um grande número de associados que prestigiaram os aniversariantes. O tema da festa foi relacionado ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 08 de março e também à Páscoa, dia 31 de março. Na ocasião, o presidente Luiz Lourenço de Oliveira fez questão de homenagear as mulheres e leu um poema dedicado a todas elas. A diretora social Telma Regina agradeceu a presença de todos os associados que prestigiaram o evento, homenageou também todas as mulheres e destacou como mulher ferroviária, guerreira e perseverante a engenheira Clarice Soraggi, mulher que não foge à luta e a associada Maria de Oliveira pelos 10 anos de encontro do grupo de mulheres, uma iniciativa com o objetivo de mantê-las unidas. Telma lembrou ainda do aniversário da AENFER, a entidade completará 21 anos no dia 26 de março, após fusão da AECB com as duas entidades, Associações de Engenheiros da Administração Geral da Rede Ferroviária Federal - AEAG e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos - AECBTU. A diretora disse que espera contar com todos os associados para dar continuidade a esta entidade que vem buscando através de suas atividades técnicas, fortalecer os rumos do modo ferroviário. Após o tradicional sor teio de brindes onde muitos associados foram contemplados com presentes oferecidos pela AENFER, os aniversariantes Cátia Cavalcanti, Luci Leite, Maria de Oliveira, Regina Gueylard, Fátima Magalhães, Maria José, Lídia Eugênio, Lisete Charret, João Carnevale, Fernando Albuquerque, Glória Albuquerque, Sandra Guio, Agostinho Coelho Silva e Delfina Castro sopraram as velinhas. Momentos do Evento Diretora Telma Regina e pres. Luiz Lourenço entregam brinde à Delfina Therezinha Guio recebendo brinde ao lado da diretora Telma Regina e do pres. Luiz Lourenço Conselheira Lisete Charret com a diretora Telma Vice-pres. Isabel com Armando Meton e Renê Schoppa Isabel, Heloísa, Clarice, Cátia, Lídia, Telma e Lisete Telma entrega brinde à Cátia Cavalcanti Os amigos Almir Gaspar, Luiz Lourenço, Celso Paulo, João Carnevale e Manoel Geraldo Pedro Paulo, Antônio Carlos e amigos Jair José, Carlos Van, Percini e Aldyr
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