Shape - Sapa
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Shape › › › Uma revista do Grupo Sapa N.º 1 2012 NA HOLANDA É FÁCIL ESTACIONAR BICICLETAS FIABILIDADE BRILHANTE EM CENTRAIS SOLARES UMA LUZ FORTE PARA UM SETOR VERDE O MAIOR MERCADO DE ALUMÍNIO DO MUNDO: CHINA A SAPA ESTÁ NO LOCAL PÁGINA 6› TECNOLOGIA ACTUAL CONTEÚDO N.º 1 Moldar o futuro na Ásia F 6 oi inaugurada no dia 15 de fevereiro de 2012 a primeira unidade de extrusão da Sapa na China, a Sapa Profiles Jiangyin. A Sapa mantém operações na China desde 1996, com a nossa unidade Heat Transfer em Xangai, mas no setor dos perfis as atividades têm sido limitadas à nossa unidade de produção de perfis, que serve alguns dos nossos clientes globais com presença na região. Temos trabalhado arduamente nestes últimos dois anos para expandir a nossa atividade na Ásia. Estamos a reforçar a nossa capacidade para servir os clientes da região com a aquisição da Alufit India, a fundação da btg no Vietname, a joint venture com a Chalco, e ultimamente a inauguração da Sapa Profiles Jiangyin. Aproveitando a experiência e especialização técnica da Sapa, vamos levar novas soluções a estes mercados que vão beneficiar clientes locais e globais. Estamos agora a implementar em Jiangyin várias ações de melhoria para incrementar o aproveitamento da capacidade e competências da fábrica, incluindo a mudança de uma prensa de 6800 toneladas da América do Norte. Depois desta mudança, a capacidade da fábrica será aumentada e a Sapa Profiles Jiangyin será a segunda maior fábrica do Grupo Sapa. Ao mesmo tempo, estamos a envidar grandes esforços para construir uma organização forte, capaz de servir clientes de toda a região. Em 1996, a Sapa foi um dos pioneiros na China. Uma pessoa que ajudou a construir a plataforma de sucesso que estamos a viver atualmente na China foi Torbjörn Sternsjö, agora ceo da scap, uma joint venture da Sapa com o maior produtor de alumínio da China, a Chalco. Em conjunto, as duas empresas vão construir uma fábrica moderna nos arredores de Chongquin para fabricar peças estruturais para a indústria de transportes ferroviários da China que está a atravessar um forte crescimento. Neste número do Shape Magazine, pode ler mais sobre Torbjörn e como a Sapa se transformou num parceiro reconhecido de uma das maiores empresas da China. A viagem para Moldar o Futuro na Ásia está agora a começar. Com uma população de 1,3 biliões, a China é o maior mercado de alumínio do mundo. A Sapa estabeleceu a primeira empresa em Xangai em 1996 e o passo seguinte foi dado em 2011. Conheça Torbjörn Sternsjö, ceo da Sapa Chalco. Em 2010, foi nomeado Cidadão Honorário de Xangai. O desafio era criar um sistema para estacionamento de bicicletas fácil de usar e visível. A solução foi um sistema de alumínio de dois andares, agora a ser utilizado na Holanda. Em Luanda, a capital de Angola, os guindastes de construção trabalham a grande velocidade. Um dos projetos mais recentes é o edifício SkyBusiness. A Sapa forneceu a fachada de alumínio. › › › Uma revista do Grupo Sapa N.º 1 2012 NA HOLANDA É FÁCIL ESTACIONAR BICICLETAS FIABILIDADE BRILHANTE EM CENTRAIS SOLARES UMA LUZ FORTE PARA UM SETOR VERDE O MAIOR MERCADO DE ALUMÍNIO DO MUNDO: CHINA A SAPA ESTÁ NO LOCAL PÁGINA Svein Tore Holsether, Presidente e CEO da Sapa 2 SHAPE • # 1 2012 6› A Sapa é um grupo industrial que desenvolve, fabrica e comercializa perfis de alumínio processados, componentes e sistemas à base de perfis, e permutadores de calor em alumínio. A Sapa tem vendas anuais de aproximadamente SEK 33 biliões e cerca de 14 800 colaboradores em empresas espalhadas pela Europa, América do Norte, América Central e China. A Shape é a revista dos clientes do Grupo Sapa, publicada duas vezes por ano em 16 idiomas. A Shape também está disponível em www.sapagroup.com 13 20 A Solardome Industries já trabalha com a Sapa Profiles há 20 anos. As suas cúpulas são uma alternativa atraente a estufas. Shape 10 22 Chefe da Redacção: Eva Ekselius Editor: Evelina Stucki Design Gráfico Karin Löwencrantz Produção: OTW Communication Impressão: Strokirk-Landströms Alteração de endereço: em caso de alteração de morada, queira por favor informar a Direcção de Marketing & Vendas para o tel. +351219252600 ou para o email: [email protected]. Moldámos o futuro UMA SOLUÇÃO COOL PARA BACIAS ÉRMICAS A Sapa Profiles Shanghai desenvolveu uma nova solução de arrefecimento usando tubos térmicos em alumínio que aumentam ainda mais a eficiência térmica. C omo uma das empresas líderes em design e fabrico de bacias térmicas de alumínio extrudido, a Sapa tem conhecimentos e soluções de produtos para aumentar a eficiência térmica em computadores, eletricidade, automóveis, telecomunicações, medicina, led e para o setor da eletrónica. As bacias térmicas de alumínio extrudido, que podem ser produzidas individualmente para uma variedade de aplicações, estão agora disponíveis com uma solução de tubos térmicos que melhoram ainda mais o seu desempenho. A solução de tubos e bacias térmicas combina a extrusão de alumínio com tecnologias de tubos térmicos de cobre. Os tubos térmicos são ligados à bacia térmica por soldadura, adesivo epóxi ou encaixe prensado. O fluxo de líquidos – tipicamente água – num tubo térmico é orientado pela gravidade, não sendo por isso necessário usar bombas externas. Como um dispositivo de arrefecimento de duas fases (água e vapor), os tubos térmicos oferecem uma condutividade superior. “A tecnologia de tubos térmicos é mais económica e tem vindo a ganhar popularidade em designs de gestão térmica para produtos eletrónicos comerciais”, afirma Jianping Liu, engenheiro especializado da Sapa Profiles Shanghai, acrescentando que a equipa de desenvolvimento de produtos da Sapa tem vindo a crescer e a ganhar experiência no design de tubos térmicos, simulação térmica e testes térmicos. “A Sapa também desenvolveu internamente habilitações para produção de protótipos e fabrico, integrando a cadeia logística local dos tubos térmicos e investimentos em soldadura, montagem e inspeção de equipamentos”, diz ele. Uma destas empresas é a Rongxin Power Electronic Co. (rxpe), baseada na China, que escolheu a solução de tubos térmicos da Sapa para as suas soluções comerciais. A rxpe é uma empresa cotada na bolsa que produz principalmente equipamento eletrónico de tensão média. Hao Wang, engenheiro mecânico sénior na rxpe, conta que a nova solução pode ser facilmente aplicada nos seus dispositivos elétricos. “A solução de tubos térmicos melhora a dissipação de calor da bacia térmica sem atualizações na sua construção ou dispositivos adicionais”, acrescenta. TEXTO Cari Simmons A Sapa Profiles Shanghai deu início à produção de tubos e bacias térmicas em 2011 e várias grandes empresas de telecomunicações e eletrónica já mostraram interesse. Tubos térmicos A nova solução da Sapa, liga os tubos à bacia térmica para um desempenho térmico melhorado. Os tubos vedados supercondutores, rapidamente transferem calor de um ponto para o outro. Os tubos térmicos de cobre, em combinação com as bacias térmicas de alumínio extrudido são a solução ideal para indústrias que procuram uma melhoria na eficiência térmica. # 1 2012 SHAPE • 3 TECNOLOGIA ACTUAL NOTÍCIAS BREVES FIABILIDADE BRILHANTE A Vantagem Cressona A estação de serviço totalmente automatizada de ctl (cortado ao comprimento) teve início este ano na fábrica da Sapa em Cressona na Pensilvânia, eua. Esta nova unidade foi estabelecida para o fabrico de blocos de abs para a Bosch, o fornecedor líder de sistemas de travagem para a indústria automóvel. A estação de serviço tem capacidade para produzir 3,2 milhões de unidades, um bloco extrudido cortado com precisão da liga de alumínio 9003 Kobi, que é mais tarde maquinado pelo cliente. “Esta é uma operação de grandes volumes. A possibilidade de utilizar um processo automatizado é uma vantagem competitiva. Temos uma solução de fabrico de baixo custo para um produto muito complexo e exigente”, afirma Kevin Stuban, diretor de fabrico da Sapa Extrusions nos eua. “É a primeira vez que utilizamos este tipo de fabrico e estamos prontos para novos desafios”, diz ele. Os blocos abs fabricados para a Bosch são montados no sistema de travagem de automóveis e camiões ligeiros em toda a América do Norte, um mercado de 12 milhões de unidades/ano de blocos abs. 115 anos, é a idade dos produtos mais antigos em alumínio que estão ainda intactos. Por exemplo, a fonte Shaftesbury em Piccadillly Circusou ou a cúpula da igreja de San Gioacchino em Roma. As centrais solares da Juwi em todo o mundo têm painéis montados com fixações de alumínio construídas pela Sapa Profiles. Resumo sobre a Juwi UMA VITRINE PARA ARTE E DESIGN Quando o conhecido arquiteto italiano Renzo Piano foi contratado para desenhar o Vandalorum, um centro internacional de arte e design no sul da Suécia, ele viajou num helicóptero para ter uma visão aérea da região. “A paisagem está salpicada de celeiros vermelhos, que foram a inspiração para as fachadas de madeira do Vandalorum”, explica Göran Almqvist, diretor de vendas da Flex Fasadia ab, que forneceu os sistemas de construção para o centro. “A luz era obviamente outro elemento importante. Tinha de ter muita luz, mas o tipo de luz correto para não danificar as obras de arte. Não podíamos arriscar falhar nesta parte do projeto, por isso contactámos a Sapa Building System ab. Já tínhamos tido boa experiência com os seus produtos e eles conhecem bem os sistemas de construção.” “Queríamos também suportes para portas e janelas sem manutenção. O alumínio quase não necessita de manutenção e o seu aspeto modernista estava em linha com a estética do design.” O Vandalorum foi inaugurado em Abril de 2011. Trabalho no solo mais seguro com proteções de alumínio A Australian Lite Industries introduziu-se no setor de construção do Reino Unido com os seus sistemas modulares leves para proteção de trabalhadores no solo. Por exemplo, o popular TrenchShield construído em perfis de alumínio estruturais oferece ao sistema a resistência do aço, a uma fração do seu peso. Por serem mais leves, as proteções de alumínio são fáceis de transportar e montar, não sendo afetadas por corrosão ou solos contaminados. Para a Lite Industries era crucial encontrar um fornecedor de perfis de alumínio fiável para a sua introdução no Reino Unido: “Transportar produtos de um lado do mundo para o outro seria moroso e muito dispendioso, por isso, era essencial contactar um fabricante no Reino Unido. Encontrámos na Sapa as sinergias que procurávamos”, diz Mike Davies, diretor geral da operação da Lite Industries no Reino Unido. “Para além das suas capacidades de extrusão de alumínio e unidades de fabrico, o apoio técnico tem sido muito valioso para nos ajudar a ‘afinar’ os nossos produtos para o mercado residencial.” 4 SHAPE • # 1 2012 Fundada em 1996 como uma empresa de energia eólica, a Juwi tem a sua sede em Wörrstadt na Alemanha e 15 escritórios na Europa, Ásia, África e nas Américas. Tem mais de 1700 colaboradores e vendas de aproximadamente um bilião de euros (2011). A Juwi está presente nos setores de energias renováveis solar, eólica e biológica, assim como potência hidroelétrica e geotérmica. A A Juwi é uma empresa gigante alemã de energias renováveis, líder mundial de energia eólica, biológica e solar. O seu recorde em energia solar, a maior e mais difícil fonte de energia verde, é impressionante: está próximo de gerar um gw de potência em grandes campos e centrais em telhados em todo o mundo. A Juwi tem uma vasta experiência no planeamento de projetos fotovoltaicos de diferentes dimensões e oferece uma variada gama de competências de engenharia, compras e construção. “A Juwi Solar abrange a cadeia completa, desde o financiamento à gestão, e uma das suas grandes forças é a fiabilidade. Estamos a aproximar-nos do projeto solar n.º 2000, todos terminados e a funcionar conforme previsto”, afirma Michael Löhr, diretor de comunicação da Juwi. A Sapa fornece perfis de alumínio à Juwi desde 2010. Eles constroem as fixações dos painéis solares e as duas empresas trabalharam juntas no desenvolvimento do design da Juwi desde o seu início. Esta colaboração inclui desafios no fabrico, assim como grandes volumes e, de acordo com o gestor de conta Jens Leppin da Sapa, representa um bom exemplo de como fazer as coisas bem desde o princípio. “O mercado está obcecado por reduções de preços, bónus e outros benefícios. No entanto, o maior benefício vem de participar desde o início, construindo confiança e conhecimentos. A Juwi confiou em nós como especialistas de extrusão e nós temos assistido ativamente na obtenção de perfis mais eficientes que poupem dinheiro”, recorda Leppin. “Em 2010, adquirimos 1800 toneladas de perfis de alumínio à Sapa e aproximadamente A lista de requisitos da Juwi 5500 em 2011 e o volume vai continuar a crescer. Esperamos mais do mesmo: os seus conhecimentos em desenvolvimento de produtos e o seu apoio para penetrar novos mercados como a Índia ou a África do Sul”, diz Michael Löhr. têm três metros de comprimento e incluem até 10 quilos de componentes de alumínio. O seu preço é mais alto comparado com fixações de aço, mas são mais leves, mais resistentes à corrosão e mais fáceis de montar no local. “Os perfis de alumínio não necessitam de maquinação adicional e incluem geometrias funcionais como engates e ranhuras para parafusos; tudo isto poupa tempo e dinheiro”, diz Hans-Jörg Oestreich, engenheiro de desenvolvimento da Sapa. “Podemos criar perfis complicados com diferentes espessuras de parede e ao contrário do aço, colocar o material apenas quando necessário por questões estruturais.” Não menos importante para uma empresa com um perfil ecológico como a Juwi, o alumínio é uma escolha de material mais amiga do ambiente. No final do ciclo de vida pode ser reciclado e utilizado vezes sem conta, sem qualquer perda de qualidade. “Grandes volumes e designs sofisticados de perfis exigem um fornecedor com ‘músculo’ na produção. As tolerâncias são muito limitadas. Quando a Juwi faz montagens de centenas de painéis solares por encaixe, seja em telhados de uma grande cidade ou nas planícies africanas, tudo tem de funcionar com perfeição. Um investimento um pouco maior em fixações de qualidade acaba por poupar muito dinheiro no local”, diz Oestreich. • Apoio no desenvolvimento de produtos • Inovação para uma maior eficiência • Tolerâncias muito limitadas • Grandes volumes, entregas rápidas • Presença global AS FIXAÇÕES DA JUWI As fixações da Juwi têm três metros de comprimento e incluem até 10 quilos de componentes de alumínio. Enquanto a Europa está a crescer mais lentamente, o mercado de energia solar global está a crescer. Michael Löhr da Juwi afirma: “Nós prevemos um futuro prometedor para o setor. As tecnologias vão melhorar e as vendas vão aumentar em termos globais. Para além disso, estou certo que o alumínio vai ter um papel importante no futuro do setor de energia solar.” Isto proporcionou à Sapa uma nova oportunidade de assistir a Juwi num cenário global. Em projetos onde o fabrico local é uma prioridade – para promover a indústria local ou evitar questões alfandegárias ou de transporte – é muito provável que a Sapa já lá esteja. “A nossa presença global oferece-nos a oportunidade de fornecer qualidade e fiabilidade em todo o mundo”, diz Jens Leppin. TEXTO Erico Oller Westerberg # 1 2012 SHAPE • 5 INVESTIR NA CHINA A procura está a crescer Com uma população de 1,3 biliões, a China é o maior mercado de alumínio do mundo. TEXTO Cari Simmons A PROCURA DE ALUMÍNIO está a crescer conforme as infraestruturas e edifícios aparecem a uma velocidade recorde. A indústria de transportes ferroviários chinesa tem vivido um desenvolvimento muito forte, em termos de volume e tecnologia; a Sapa obteve vendas de cerca de 2 biliões de coroas suecas na China em 2010. Apesar da continuação do forte crescimento nos setores da construção e transportes, o ceo da Sapa Chalco, Torbjörn Sternsjö, afirma que há sinais de que a fúria de construir está a acalmar, 6 SHAPE • # 1 2012 conforme a China vai sentindo o impacto da crise económica global. “O governo está um pouco menos agressivo nos investimentos em infraestruturas, mas há ainda um grande potencial”, afirma ele. “Estava tudo a andar demasiado depressa e penso ser mais saudável para a indústria parar um pouco para recuperar, e efetuar revisões de qualidade ou outras.” Ele antecipa um crescimento de vendas de perfis de alumínio para a indústria automóvel. “Comparada com a Europa, a China utiliza muito pouco alumínio em automóveis, atrelados ou outros veículos, por isso acreditamos que esta é uma oportunidade para um grande crescimento no futuro”, diz ele. A Sapa estabeleceu a sua primeira empresa em Xangai em 1996, com a Sapa Heat Transfer Shanghai Ltd., em 1999 teve início a operação de uma nova fábrica de alumínio para transportes ferroviários. A Sapa Profiles entrou no mercado em 2004. Em Dezembro de 2011, a Sapa adquiriu unidade de prensagem em Jiangying, a 150 quilómetros de Xangai. Em Abril de 2011, a Sapa assinou um contrato de joint venture com a empresa estatal chinesa de alumínio, a Chalco. Esta joint venture expandiu as operações da Sapa para além do centro movimentado e cosmopolita de Xangai, para Chongqing, outra grande cidade chinesa situada num município com 28 milhões de habitantes. # 1 2012 SHAPE • 7 EM FOCO: CHINA Colaboração chinesa Velocidade máxima para a Sapa Chalco Aluminium Products, a joint venture da Sapa na China. TEXTO Cari Simmons aplauso quando a maior empresa de alumínio da China se juntou à maior empresa de extrusão de alumínio do mundo. O contrato de joint venture SapaChalco (a Aluminium Corporation of China Limited) foi assinado em Abril de 2011, tendo cada parte uma participação de 50% na empresa. A Sapa traz capacidades de gestão, tecnologias de extrusão e conhecimentos de Friction Stir Welding (fsw) para a empresa e a Chalco contribui com a sua posição de líder no mercado de alumínio chinês. “Esta joint venture foi uma decisão excelente para a Sapa”, diz Torbjörn Sternsjö, ceo da Sapa Chalco Aluminum Products. “Os clientes do segmento dos transportes são empresas estatais e é difícil para empresas estrangeiras conseguirem entrar. Em conjunto com a Chalco, estamos perante uma oportunidade muito boa para desenvolver mais negócios no mercado chinês, partilhar investimentos e limitar os nossos riscos.” Os clientes da Sapa Chalco, basicamente empresas estatais, vão também beneficiar desta joint venture. “Penso que estes clientes e os seus fornecedores já se estão aperceber de uma HOUVE UM GRANDE atitude e formas de trabalhar diferentes”, afirma Sternsjö. “Acreditamos muito em escutar os nossos clientes e satisfazer as suas exigências. Há muita concorrência entre fornecedores e, nesta nova organização, estamos a trabalhar com um maior foco nos clientes. Os clientes esperam desta joint venture serviços e qualidade de produto melhores e é isso que nós queremos fornecer.” Já estão a ser construídas unidades modernas de extrusão de alumínio e de fabrico, assim como centros para pesquisa e desenvolvimento. O investimento total, que inclui o mais moderno em tecnologias de extrusão, prensas e capacidade de fabrico, será de cerca de 70 milhões de euros. A NOVA UNIDADE está a ser construída em Chongqing, uma cidade no sudoeste da China com um desenvolvimento muito rápido. Estará pronta no início de 2013, mas até lá a Sapa vai utilizar as unidades de fabrico e de soldadura atuais da Chalco. A máquina de Friction Stir Welding da Sapa já está a funcionar, podendo agora a empresa começar a aceitar encomendas, especialmente para perfis longos e para o mercado ferroviário. De acordo com o plano de cinco anos 20112015, os investimentos no setor ferroviário vão totalizar 3,5 triliões de Renminbi (377 biliões de euros). A expectativa é que a rede de comboios de alta velocidade da China Railways seja aumentada para 13 000 quilómetros no final de 2012 e no final de 2020 para 18 000 quilómetros. Apesar de haver sinais de algum enfraquecimento das ambições chinesas para os caminhosde-ferro domésticos devido a questões políticas e financeiras, Sternsjö está confiante que a procura por stock ferroviário vai continuar a crescer. “Esperamos um crescimento da procura para o setor ferroviário com investimentos fora da China. Isto significa que a Sapa Chalco também pode seguir os seus clientes chineses quando eles expandirem fora do país.” joint venture, foi um processo complicado que demorou cerca de um ano de discussões e negociações para ser finalizado. São as duas grandes empresas, que partilham algumas semelhanças, mas havia também diferenças muito grandes. A Chalco é uma empresa estatal, enquanto a Sapa é uma empresa privada, propriedade da norueguesa Orkla. “A Chalco não é tão orientada para o mercado como a Sapa e o negócio é por vezes um pouco protegido”, conta Sternsjö. Joint ventures entre duas culturas nem sempre são duradouras, mas ele tem confiança na Sapa Chalco Aluminium Products. “O que me faz estar otimista é que há um bom espírito de equipa. A Chalco também reconheceu as capacidades de gestão da Sapa e quer trabalhar de acordo com isso”, diz ele. “Penso que estamos numa posição muito boa para fazer com que esta joint venture seja um sucesso.” COMO EM QUALQUER A República Popular da China A República Popular da China, normalmente chamada China Capital: Pequim População: 1,3 biliões (2005) Área terrestre: Aproximadamente 9,6 milhões de quilómetros quadrados Vários gestores da Sapa, Chalco e do governo de Chongqing participaram na cerimónia no dia 11 de novembro. 8 SHAPE • # 1 2012 Uma peça de uma carruagem do metro, feita de vários tipos de perfis. A abrir um pacote com perfis. # 1 2012 SHAPE • 9 PERFIL O CEO da Sapa Chalco, Torbjörn Sternsjö, pensou que talvez um dia fosse trabalhar algum tempo para o estrangeiro, mas o natural de Norrköping na Suécia nunca pensou que acabasse a viver na China durante tantos anos. “Eu disse ‘sim’ em 1999 a uma oferta para trabalhar como diretor geral e estabelecer a Sapa Heat Transfer em Xangai”, conta. “O meu contrato era para o máximo de três anos, mas fiquei por aqui!” Atualmente, Sternsjö é o ceo da Sapa Chalco Aluminium Products (ver artigo nas pág. 7-8) e está neste momento a mudar-se de Xangai para Chongqing no sudoeste da China. Esta mudança leva-o para um novo ambiente – muito diferente da cosmopolita Xangai onde já está familiarizado. “Chongqing é também uma cidade grande (10 milhões de habitantes, 20 milhões se contarmos os arredores), mas em muitos aspetos leva um atraso de 10 anos em relação a Xangai”, diz. “Há uma atitude de ‘ir para oeste’ em relação a Chongqing e um desejo de desenvolver esta região da China, onde há novas oportunidades de mercado e custos mais baixos.” “Quando viemos para a China em 1999, éramos mesmo pioneiros.” Cidadão honorário TORBJÖRN STERNSJÖ ficou apegado à China. Três anos transformaram-se em 13 e ele foi recentemente premiado pelos seus empreendimentos. 10 SHAPE • # 1 2012 “Todo o país está a sofrer transformações”, acrescenta. “Há um espírito empresarial muito real aqui, e as coisas estão constantemente a mudar. É um ambiente muito dinâmico, com atividade constante, ao mesmo tempo com oportunidades para se conhecer pessoas diferentes e aprender coisas novas. Também pode ser difícil tentar acompanhar mudanças tão rápidas.” significa trabalhar muito, o que diz Torbjörn Sternsjö é comum entre pessoas que vivem no estrangeiro e que trabalham para empresas estrangeiras. A diferença de fuso horário faz com que os estrangeiros trabalhem durante o dia e ao serão são interrompidos por telefonemas e e-mails, diz ele. “Conforme o trabalho vai ficando cada vez mais global, há muitas pessoas que têm de estar disponíveis 24 horas por dia.” Mas o trabalho árduo deu frutos. A Sapa conseguiu crescer no mercado e manter uma boa quota de mercado, apesar da dura concorrência. “Quando viemos para a China em 1999, eramos mesmo pioneiros”, conta Torbjörn Sternsjö. “Não havia concorrência, mas na altura lutávamos num mercado pequeno demais para os nossos produtos. Nessa altura, a produção de automóveis era cerca de um milhão, hoje em dia o país produz 16 milhões por ano.” Ele também se pode orgulhar de uma proeza pessoal: em 2010, foi nomeado Cidadão Honorário de Xangai. Este prémio do Município de NO GERAL, TENTAR ACOMPANHAR Xangai, honra estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento da cidade. Torbjörn Sternsjö descreve-se como um empresário enérgico, mas também descontraído e diz que, hoje em dia, o seu estilo de gestão é uma mistura de sueco e chinês. “Algumas pessoas na Suécia poderiam considerar-me autoritário, mas os chineses podem pensar que eu sou demasiado sueco – cuidadoso e preocupado com o consenso!” TORBJÖRN JÁ APRENDEU a falar algum chinês, mas diz que felizmente para ele que é “mais engenheiro do que linguista”, o inglês está a tornar-se cada vez mais popular entre os seus fornecedores e clientes. “Os chineses são abertos e ambiciosos, com vontade de aprender coisas novas, especialmente o inglês” afirma. Erros de comunicação não são apenas uma questão de idioma, realça. “É também uma questão de entender comportamentos. Quando trabalhava como diretor geral, era importante estar rodeado de gestores locais de qualidade, porque por vezes é difícil entender os códigos comerciais chineses ou o que é que as pessoas querem dizer.” Como exemplo, ele conta que os chineses são muitas vezes menos diretos na sua comunicação com estrangeiros por não quererem causar embaraço ou ofender alguém. Para além disso, na China as relações pessoais são muito importantes para o negócio, enquanto no mundo ocidental as relações são mais impessoais. Depois de alguns anos na China, Torbjörn Sternsjö já adotou algumas maneiras chinesas: “Agora vou a correr para o elevador antes de as pessoas terem tempo de sair”, conta ele a rir. “Entrar a correr num elevador ou autocarro sem fazer fila é tipicamente chinês.” Acrescenta ainda que esta forma vem provavelmente do ambiente competitivo da China, onde ninguém quer ficar para trás. “Mas penso que vai haver mudanças na China neste aspeto” diz. “Há ainda uma grande população e vai haver competitividade durante algum tempo, mas penso que os chineses estão a ficar cada vez mais internacionais – ou talvez ‘urbanizados’ seja uma melhor forma de o descrever.” TEXTO Cari Simmons FOTO Niklas Björling Torbjörn Sternsjö, CEO da Sapa Chalco Idade: 53 Casa(s): Xangai e Chongqing na China Família: “Continuo solteiro” Recreação: Estar com amigos e colegas, golfe (um desporto muito popular na Ásia), participar nas atividades da Câmara de Comércio. Comida preferida: A comida de Chongqing que é bastante picante Idiomas: Sueco, inglês e algum chinês DESIGN NOTÍCIAS BREVES DEIXE A LUZ DO SOL ENTRAR bc Place em Vancouver é o local onde foram efetuadas as cerimónias de abertura brana – com uma experiência que inclui os estádios do Campeonato do Mundo da África e encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 e é também o estádio da do Sul, o Aeroporto de Bangkok e o court central de Wimbledon – vai fornecer um teto equipa de futebol canadiano, bc Lions, MLS Soccer Team e dos Vancouver Whitecaps. O que muitos na cidade provavelmente não sabem é que o telhado deste estádio é de ar, um marco até ser esvaziado, e o maior deste tipo em todo o mundo. interior totalmente retrátil de cerca de 6700 m². A Sapa já forneceu para este projeto mais de 15 000 metros/55 700 quilogramas de perfis de alumínio principalmente anodizado, soldado e maquinado. A Hightex constrói Mas o novo telhado que está a ser construído está fantástico e quando for inaugurado painéis fixos de fachada à volta do teto interior, esticando uma membrana etfe transparen- daqui a alguns meses, vai trazer um novo recorde para o Canadá: o maior telhado retrátil te com 6000 m² que vai deixar entrar a luz do sol, mas vai manter a chuva e vento de fora. apoiado em cabos no mundo. A Hightex, um empreiteiro do setor de estruturas de mem- C Place em Vancouver, o estádio da equipa de futebol canadiana, os bc Lions. bc Novas soluções Menos combustível e mais carga para estruturas A estrutura de cantos de alumínio oferece uma grande resistência a impactos. A Sapa foi a empresa selecionada pela Twinfix (uk) para assistir no desenvolvimento de perfis para os novos painéis de policarbonato Lexan Thermoclick de 500 mm, para envidraçar na vertical. A beleza – e o desafio – deste sistema é que os painéis encaixam-se em ranhuras e linguetas. Estes encaixam numa estrutura de alumínio térmica, sem perfis verticais que façam sombra, oferecendo uma transmissão de luz excecional, com grande resistência contra impactos. “O projeto Thermoclick Glazing Bar é um excelente exemplo de colaboração entre nós, o fabricante do sistema e a Sapa, o fornecedor de perfis que escolhemos”, diz Martin Fleet, diretor da Twinfix. “Temos orgulho da nossa reputação invejável como fornecedores e instaladores de soluções de janelas inovadoras, e conquistámos esta reputação em parte pela nossa relação profissional com a Sapa e a competência técnica que eles nos trouxeram.” 12 SHAPE • # 1 2012 ESTACIONAMENTO FÁCIL PARA BICICLETAS Não são apenas os fabricantes de aviões ou de motores que tentam perder quilos na mesa de design. Maior peso líquido e menor peso bruto é o ideal para o setor de transportes, onde as construções de alumínio têm vindo a ganhar importância. “Agora todos utilizam o alumínio, mas nos finais dos anos 70 éramos pioneiros”, conta Johan Pettersson, responsável pelas compras da Sala Kaross, parte do grupo industrial Amymone. ”Preferimos construir em alumínio do que em aço. O nosso nicho são caixas de distribuição da classe doze toneladas e superior”, conta. A Sala Kaross conseguiu construir um bom nome na praça graças às suas construções individualizadas. Constroem veículos com diferentes zonas de temperatura, altura de caixa elevável e outras soluções que facilitam o manuseamento de cargas, como por exemplo, lados que se podem abrir. ”A maior parte do nosso sortimento é feito de perfis da Sapa. Contactamos a Sapa para o desenvolvimento de novos produtos, para obtermos os perfis que necessitamos”, diz Johan Pettersson. omo designer, o desafio era criar um sistema de estacionamento de bicicletas com o aspeto de um artigo de consumo. Enquanto outros sistemas se assemelham a armadilhas mecânicas, o nosso suporte tinha de ser fácil de usar, com uma forma suave e superfícies de alumínio”, conta Feiko Withagen, designer sénior do fabricante holandês VelopA. A julgar pela resposta do mercado, conseguiu o que queria. A VelopA conseguiu um contrato para fornecer o seu sistema de estacionamento de dois andares para as estações de caminho-deferro da rede da Dutch Railways na Holanda. O Easylift+ foi premiado com o prestigioso Red Dot Design Award e a empresa está a receber encomendas de vários países europeus. Houve várias razões para escolher o alumínio para esta construção: menos peso, a possibilidade de integrar funções nos perfis com tolerâncias exatas e o acabamento certo para as superfícies. “Na verdade, nem sequer considerámos utilizar outro material”, lembra Withagen. “A Sapa na Holanda é o nosso fornecedor principal de perfis de alumínio e oferecem-nos aconselhamento valioso durante a fase de engenharia.” TEXTO ERICO OLLER WESTERBERG Sabia que 40 % de todo o trânsito na Holanda é feito por bicicleta? Em 2011, foram vendidas mais de 1,7 milhões de bicicletas no país. Há mais bicicletas que habitantes e mais de 20 000 quilómetros de ciclovias. #1 2 2012 2011 SHAPE • 13 Ventos de NA VANGUARDA NA VANGUARDA MUDANÇA LUZ FORTE PARA UM SETOR VERDE A Fionia Lighting está a conseguir uma mudança tecnológica no setor da horticultura. Com iluminação led esta empresa dinamarquesa oferece a estufas comerciais uma grande poupança no consumo de energia, assim como a oportunidade de reduzir bastante o seu impacto ambiental. A iluminação led já não é uma novidade, mas a sua vasta gama de aplicações é ainda recente. Os aparelhos de iluminação da Fionia Lighting – uma empresa de pesquisa relacionada com a Universidade do Sul da Dinamarca – são um exemplo brilhante. Depois de cinco anos de pesquisa e desenvolvimento de produto, a Fionia vai agora lançar iluminação led que vai poupar até 40% de energia comparado com sistemas de iluminação convencionais. “A nossa maior força em vendas são as poupanças de custos. Um produtor que tenha um custo de eletricidade de dois ou três milhões de euros por ano estará muito interessado num sistema que requer menos 40% de energia e tem lâmpadas com uma durabilidade cinco ou seis vezes mais longa”, diz Thomas Rubaek, gestor de projeto na Fionia. “A realidade é que a iluminação led também é melhor para as plantas devido à sua gama de iluminação útil para a fotossíntese, e melhor para o planeta por reduzir as emissões de co2 assim como o consumo de químicos.” A iluminação led para horticultura está atualmente a concorrer com tecnologias do passado. Para além de alguma fluorescência e filamentos, a maioria das estufas utiliza lâmpadas de sódio de alta pressão. Há muito tempo que é esta a sua escolha, apesar de mais de 70% da energia consumida ser usada para luzes infravermelhas inúteis ou na geração de calor. “A Fionia é pioneira em iluminação led para hortos. Fomos os primeiros na i&d, e só não fomos os primeiros no mercado porque queríamos atingir um mercado com tecnologias maduras, com um produto bem testado. E é onde estamos agora”, diz Rubaek. Um aparelho de iluminação médio da Fionia é uma peça complexa de fabricar que inclui até 300 leds. O sistema de iluminação de uma estufa industrial pode incluir 500 aparelhos com cerca de 150 000 leds. É um grande investimento para um produtor, com grandes expectativas. A beleza desta nova tecnologia é que o retorno no investimento é bastante rápido. 14 SHAPE • # 1 2012 O arrefecimento é crucial em todas as aplicações led, tendo sido este um dos desafios que a Fionia Lighting tinha de resolver antes de se lançar no mercado. O envolvimento da Sapa Profiler a/s da Dinamarca logo no princípio resultou nas soluções necessárias. A Fionia tinha estado a trabalhar num design com arrefecimento a água, que provou ser demasiado pesado, complicado e dispendioso. Em pouco tempo estavam a considerar a solução com arrefecimento a ar apresentada pela Sapa. “A Sapa tem técnicos de arrefecimento com muita experiência. O pessoal está preparado e toma a iniciativa, o seu raciocínio não é convencional e consegue satisfazer os requisitos”, afirma Thomas Rubaek, gestor de projeto da Fionia. Jonas Bjuhr, do Desenvolvimento de Aplicações Globais da Sapa, também está satisfeito com esta colaboração. “Para nós também representa um passo em frente. Com este novo método de fabrico, em que as alhetas de arrefecimento são encaixadas, a Sapa pode agora oferecer bacias térmicas com taxas de alhetas extremas. Não seria possível produzir estas formas numa peça única de extrusão.” Bacias térmicas com alta densidade de alhetas estão a ser usadas num cada vez maior número de aplicações e a Sapa já demonstrou ter os conhecimentos e capacidade para fornecer soluções de arrefecimento adaptadas às necessidades do cliente. TEXTO ERICO OLLER WESTERBERG Sobre a Fionia Lighting A Fionia Lighting a/s é uma empresa que derivou da Universidade do Sul da Dinamarca (sdu), que contribui para o desenvolvimento de iluminação de energia sustentável eficiente para estufas. Fundada em 2007 foi premiada em 2009 com o Spies Foundation Climate Award por projetos inovadores para o clima. Através da rede de vendas e distribuição da empresa de climatização Senmatic, um dos seus proprietários, a Fionia pretende conquistar uma maior quota do mercado global de aproximadamente dois milhões de aparelhos de iluminação/ano para horticultura. A energia eólica, como uma tecnologia emergente oferece várias oportunidades para inovação de produtos. As turbinas de vento são normalmente feitas de aço e plástico reforçado com vidro (grp). À medida que a concorrência neste setor de produtos aumenta, os fabricantes de turbinas eólicas vão procurando novas formas de reduzir os custos do produto. O peso relativamente baixo do alumínio, a sua grande maleabilidade e as poucas exigências de manutenção estão a atrair cada vez mais a atenção de fabricantes de turbinas. A Sapa está sempre pronta para os apoiar na sua transição para soluções com perfis de alumínio. TURBINAS SEM ENGRENAGEM Pôr os conhecimentos a trabalhar As turbinas sem engrenagem utilizam um sistema de arrefecimento diferente das turbinas com engrenagem. Assim, quando a Leitwind, uma empresa especializada em turbinas eólicas sem engrenagem, procurou um parceiro para desenvolver um permutador de calor especializado para a sua turbina de transmissão direta, contactaram a Sapa. Aplicando anos de conhecimentos de arrefecimento e aquecimento, a Sapa combinou a excelente condutividade térmica do alumínio com os seus conhecimentos de fabrico para criar um permutador de calor totalmente individualizado para o gerador de transmissão direta da Leitwind. Como fornecedor geral, a Sapa assumiu a responsabilidade total para todo o processo, desde a extrusão, fabrico adicional, soldadura ou brasagem e testes de fugas à logística. A Sapa e os seus parceiros internos e externos escrutinaram cada passo do processo para poderem otimizar mais-valias e assim assegurar o desenvolvimento e entrega de um produto fiável, totalmente testado, bem acabado, que preenchia completamente os requisitos especiais da Leitwind. PERFIS DE ALUMÍNIO PARA: 1. barras condutoras, em vez de cobre 2. coberturas para nacelas 3. solos de nacelas 4. peças estruturais 5. arrefecimento 6. plataformas das torres Bladt Industries Com bom aspeto! A BLADT INDUSTRIES, uma empresa internacional de aço que oferece soluções em aço para energia eólica e outros setores industriais, necessitava de uma proteção climática para um mega transformador para o campo eólico offshore Rødsand 2 na Dinamarca, que é visível da costa. Esta proteção tinha de ser não apenas leve, durável e resistente à corrosão, mas tam- bém tinha de ter bom aspeto. Trabalhando a alta velocidade, a Sapa desenhou e forneceu os perfis, maquinação e tratamento de superfície para uma solução estética altamente sofisticada. TEXTO Michele Jiménez # 1 2012 SHAPE • 15 NOTÍCIAS BREVES TECNOLOGIA ACTUAL Iluminação de ruas com zero emissões A janela de alumínio Maximal Compact é campeã de vendas. ENERGIA PARA Oregon Alimenta energia solar limpa à rede elétrica e gasta um terço da energia necessária para a iluminação das autoestradas no local – o primeiro projeto de energia solar em autoestradas está bem encaminhado em Oregon. O slogan de Oregon é “ela voa com as suas próprias asas”, um estado americano dividido por montanhas e limitado pelo oceano pacífico. Agora, os habitantes de Oregon tomaram as rédeas da energia solar, sendo os primeiros do país a investir num projeto de energia solar para autoestradas. Um campo com 6994 painéis solares, situado a 30 milhas (48 quilómetros) a sul da cidade de Portland, concebido para produzir anualmente 1,97 milhões de kilowatts-hora de energia limpa e renovável. O Baldock Solar Highway Program, que faz parte do programa de energia solar para autoestradas de Oregon fica finalizado no início de 2012. Uma parte da energia produzida será usada para a operação e manutenção do sistema estatal de autoestradas, incluindo fornecer energia para as Áreas de Segurança de Repouso de Baldock. O campo solar também vai fornecer energia para 165 residências adjacentes. 16 SHAPE • # 1 2012 A Sapa forneceu todos os componentes de alumínio, assim como o fabrico e montagem para o sistema de montagem para as fixações do sistema de montagem do programa fotovoltaico (pv) Baldock Solar, fornecido pela HatiCon Solar. A Sapa produziu também os perfis de alumínio fabricados que emolduram cada módulo fotovoltaico, produzidos localmente pela SolarWorld. “Com os perfis de alumínio da Sapa, a HatiCon Solar conseguiu formas com design otimizado para maximizar a resistência, reduzindo ao mesmo tempo o consumo de material”, diz Eduardo Lainez, Coordenador de Vendas e Marketing da HatiCon Solar. A HatiCon Solar prefere utilizar o alumínio pelas suas propriedades anticorrosivas e pela sua versatilidade. e recursos de gestão de projeto asseguraram que todos os componentes foram fabricados com as especificações corretas e entregues no local em conformidade com a agenda do projeto, diz Hedman, diretor do Centro PRODUÇÃO EXCLUSIVA A Sapa forneceu todos os componentes de alumínio, assim como a maquinação e montagem para o sistema de fixação, fornecido pela HatiCon Solar. Técnico da Sapa North America. “A divisão de Componentes Fabricados da Sapa Extrusion em Portland também forneceu muitos componentes e kits sub-montados no local da obra, reduzindo significativamente o tempo necessário para a sua instalação.” na indústria solar, fornecendo produtos de alumínio extrudido para sistemas de montagem, estruturas dos módulos, inversores e outros componentes periféricos para instalações solares na América do Norte, Europa e Ásia. “A grande experiência e conhecimentos da Sapa, assim como uma produção, maquinação, gestão de projeto e recursos técnicos inigualáveis, fazem com que seja um parceiro preferencial para a indústria de energia solar”, afirma Peter Hedman. Energia solar para autoestradas, semelhante à do programa Baldock, já está em operação na Alemanha e muitos outros países europeus há mais de 20 anos, mas o projeto de Oregon é o primeiro nos eua. “Projetos como a Energia Solar de Autoestradas de Oregon mostram como terrenos públicos são pouco aproveitados para produzir e manter a nossa infraestrutura nacional”, diz Lainez. “Outros estados, incluindo a Califórnia, já estão a estudar onde podem instalar campos solares.” O futuro está cada vez mais brilhante para a energia solar. A SAPA TEM UM PAPEL IMPORTANTE TEXTO Cari Simmons Sucesso máximo Maximal Compact é o nome da janela que é o produto mais vendido do fabricante de janelas Maximal Aluminium. O sucesso deve-se à sua construção totalmente em alumínio (com exceção de uma ponte de arrefecimento feita de um composto) que realizou o sonho de muitos que renovam: uma forma rápida e fácil de substituir uma janela antiga por uma nova e moderna, sem ser necessário substituir a moldura ou deitar fora os vidros. Isto é uma grande vantagem para proprietários e empresas imobiliárias com muitas propriedades. ”Substituir uma janela pela nossa Maximal Compact demora apenas 70 % do tempo comparado com uma substituição convencional de janelas. Não há danos na fachada e não é preciso mudar a superfície da janela”, diz Christer Bäck, responsável pelas vendas e um dos fundadores da empresa. A escolha de material foi determinante para o desenvolvimento do produto, a construção exigia resistência e um design compacto. A Sapa é quem fabrica e fornece os perfis de alumínio desenhados por nós para o produto. A empresa dinamarquesa Scotia desenha e fornece sistemas solares para iluminação de ruas que geram energia renovável e ajudam as cidades a atingirem o objetivo ambiental de zero emissões de iluminação. Os produtos da Scotia incluem o SunMast, a primeira iluminação de rua ligada à rede, com energia solar, feita para gerar mais energia do que consome. Recolhe energia e alimenta-a de volta à rede, permitindo que os clientes possam ganhar dinheiro e reduzir emissões de carbono, continuando a iluminar ruas e autoestradas. O SunMast foi primeiro instalado no local da Conferência do Clima de Copenhaga em 2009 para demonstrar a viabilidade de zero emissões em iluminação urbana. A Scotia tem subsidiárias no Reino Unido e Itália, estando também representada em Espanha e na Alemanha. A Sapa da Dinamarca teve um papel importante no desenvolvimento do SunMast. “Nós sabemos que toda a organização Sapa contribuiu largamente em todos os setores, como logística, construção e, é claro, com a sua especialização de fabrico. O bom trabalho de equipa com a sapa assegurou que tenhamos atualmente a única iluminação urbana certificada pela ce do mercado”, diz Heine Olsen, diretor de desenvolvimento de negócio da Scotia. Foco em estradas e pistas de aterragem Flexível e fácil de trabalhar mas tão forte como o aço, com apenas um terço do peso. O fabricante norueguês Lattix desenvolve e produz, desde os anos 80, mastros em alumínio com estrutura interior móvel, leves, que são vistos ao longo de autoestradas em oito países e perto de cerca de 200 aeroportos em todo o mundo. “O nosso sistema é como o Lego, que oferece a flexibilidade para que os nossos mastros com viga sejam usados numa grande variedade de aplica- ções, desde sinalização rodoviária até iluminação de estradas e pistas de aterragem”, conta Kim Heglund, diretor geral da Lattix. “Estes mastros são seguros em colisões, totalmente recicláveis e fáceis de transportar por serem leves e montados no local.” A Lattix e a Sapa têm já uma longa história de colaboração estreita e a dura costa norueguesa foi o primeiro lugar onde as ligas de alumínio dos perfis demonstraram ao mundo que resistiam ao desafio do clima e tempo inclemente. “O nosso sistema é como o Lego, grande flexibilidade e uma grande variedade de aplicações” # 1 2012 SHAPE • 17 EM FOCO: SUSTENTABILIDADE EM FOCO: SUSTENTABILIDADE Três exigências para sustentabilidade • Aumentar a sensibilização internamente na organização • Motivar e colaborar com fornecedores e clientes • Desenvolver inovação sustentável para assegurar competitividade SUSTENTABILIDADE: JÁ NÃO É UMA OPÇÃO Talvez já tenha sido uma tendência, mas as políticas de responsabilidade social e ambiental estão aqui para ficar. Agora, a Sapa está a interligar as suas práticas de sustentabilidade com os fornecedores e clientes. das empresas multinacionais reportam as suas atividades no campo da responsabilidade social e ambiental. Num mundo globalizado, seguir princípios de sustentabilidade é crucial para a credibilidade e resistência de uma empresa. Ye Yan, uma engenheira de desenvolvimento da Sapa Heat Transfer especializada em sustentabilidade, vê este crescente interesse na sustentabilidade ambiental e social como um desenvolvimento lógico. “É óbvio que proporcionar um bom ambiente de trabalho e ter boas relações com a comunidade local é bom para as operações de uma empresa”, diz ela. “É lógico que sejam encorajados processos de poupança de energia, assim como investimentos em energias renováveis e produtos para poupança de energia, tendo em consideração que temos recursos limitados e preços a aumentar.” A Sapa Heat Transfer está atualmente a trabalhar ativamente para a integração de sustentabilidade em todo o processo, promovendo a MAIS DE METADE 18 SHAPE • # 1 2012 colaboração entre fornecedores e clientes. Um workshop organizado recentemente pela Sapa na Suécia deu à empresa a oportunidade de partilhar e discutir estas questões com clientes e investigadores. Para replicar o processo de sustentabilidade, juntou-se a este workshop da Sapa Heat Transfer, a TitanX um fornecedor global de permutadores de calor para veículos comerciais e mercados off-road e a Volvo Construction Equipment, um dos maiores construtores de máquinas para construção do mundo. O Blekinge Institute of Technology (bit), onde a Sapa é patrocinadora de projetos de investigação relacionados com sustentabilidade também participou neste evento. O bit apresentou investigação relacionada com o seu Programa de Doutoramento em Inovação de Produtos Sustentáveis. Ye Yan, Engenheira de Desenvolvimento, com foco na Sustentabilidade da Sapa Heat Transfer. ambiental, o consumo de energia e o desempenho social das empresas e dos seus produtos. Este envolvimento do público é o que está a orientar a mudança”, diz Ye Yan comentando o resultado do workshop sobre sustentabilidade da Sapa Heat Transfer. É também evidente que a sustentabilidade tem de ser construída em todo o processo. “De uma perspetiva do‘berço à sepultura’, a sustentabilidade de um produto não é apenas determinada pelo seu design ou método de fabrico, mas também a sustentabilidade dos fornecedores de matéria-prima e componentes utilizados para o produzir”, afirma Ye Yan. “Neste sentido, a Sapa tem uma posição privilegiada tendo em consideração as altas percentagens de alumínio reciclado utilizado nos nossos processos de fabrico”, explica ela. TEXTO ERICO OLLER WESTERBERG que os consumidores e o público em geral estão a exigir sustentabilidade, tendo em atenção o impacto “NÓS PARTILHÁVAMOS A PERCEÇÃO Sapa Heat Transfer Sustentável “Implementámos um desenvolvimento sustentável a dois níveis: organização e produto. Para criar uma organização sustentável é necessário concentrarmo-nos na harmonia com as comunidades locais, construindo relações estáveis e de confiança com clientes e fornecedores, melhorar a eficiência operacional e criar um melhor ambiente de trabalho para os colaboradores. A nível de produto, esforçamo-nos por trabalhar com inovação de produtos sustentáveis, como aumentar a utilização de alumínio reciclado como matéria-prima, mantendo ao mesmo tempo um desempenho competitivo do produto.” MAIS VERDE QUE O VERDE No que se refere a certificação “verde”, não há produtos maus, apenas mau design, dizem o químico alemão Michael Braungart e o arquiteto norteamericano William McDonough, criadores do programa de certificação cradle-to-cradle líder a nível mundial. A maior parte das abordagens ao desenvolvimento sustentável procura minimizar o impacto humano no ambiente. O design Cradle-to-cradle (c2c) esforça-se por aumentar os efeitos positivos da atividade humana e produtos manufaturados utilizando design proactivo, sem resíduos para descartar no final da vida útil do produto, e sem perder qualidade de materiais que são feitos dos mesmos ou de novos produtos. Ou, como dizem Braungart e McDonough, ‘desperdício é igual a alimento’: se um produto tiver um design adequado, poderá ser separado nos seus elementos básicos no final da sua vida útil, que podem ser os ‘nutrientes’ de produtos novos. Em vez de menos resíduos, o objetivo é não haver resíduos. No modelo C2C, os materiais de um produto circulam num ciclo infinito sem qualquer efeito líquido no ambiente. Até à data, mais de 200 empresas em todo o mundo obtiveram a Certificação 20042c. VÁRIAS CIDADES E MUNICÍPIOS europeus, incluindo a província holandesa Limburg, aceitaram a sustentabilidade C2C como uma estratégia não apenas para proteger o ambiente, mas também para reforçar o bem-estar e as perspetivas económicas dos habitantes, criando novas O logótipo Cradle-to-Cradle. oportunidades de negócio. Isto relacionase muito bem com a abordagem da Sapa. SILVER “O nosso objetivo é servir os clientes, incluindo os que exigem materiais ecológicos e energia verde para os ajudar a atingirem os seus objetivos ambientais. De facto, nós somos o primeiro fornecedor de alumínio do mundo a oferecer colunas de iluminação certificadas com C2C”, diz Nicole le Sage, comunicações de marketing da Sapa Pole Products da Holanda. O DESIGN C2C É UM PROCESSO contínuo de desenvolvimento e melhoria. Como parte do processo, a Sapa Pole Products lançou em 2012 um programa de troca que oferece um serviço completo aos clientes: no final da vida do produto, a Sapa recolhe colunas de iluminação obsoletas e reprocessa o metal para metais novos, completando assim o ciclo técnico e dando mais um passo no apoio da sustentabilidade C2C. TEXTO Michele Jiménez # 1 2012 SHAPE • 19 Angola EM FOCO: ANGOLA Situada na costa oeste de África, Angola foi uma colónia até à sua independência a 11 de Novembro de 1975. Capital: Luanda População: 11.177.537 (em Julho 1999) Area: 1.246.700 quilómetros quadrados CONSTRUIR Angola Depois de quase três décadas de guerra civil, Angola está a renascer das cinzas e a Sapa Building System participa nesta renovação. trabalham a velocidade máxima na capital angolana, Luanda, conforme as exportações de diamantes, ouro e barris de petróleo se transformam neste boom de construção. Angola tem a economia com maior crescimento de África e muitas empresas estrangeiras, enfrentando a crise financeira no mercado doméstico, estão a reentrar neste mercado lucrativo. Para as empresas portuguesas em particular, esta ex-colónia tornou-se num sítio atrativo para fazer negócios. A Sapa Building System em Portugal tem trabalhado em vários projetos em Angola. Um dos projetos mais recentes é o edifício Sky Business, atualmente em construção em Luanda. A Sapa forneceu a fachada de alumínio para o edifício de escritórios de 25 andares, com 100 metros de altura. Localizado no complexo Sky Center, vai partilhar a cave de dois andares com um edifício residencial. A Sapa foi convidada pela Teixeira Duarte, o empreiteiro principal do projeto Sky Center, para fornecer a solução de fachadas. A Sapa e a Teixeira Duarte já tinham colaborado em projetos anteriores e o empreiteiro contactou a Sapa mais uma vez, pelos seus conhecimentos e assistência. “O desafio era desenvolver uma solução em alumínio em vez de aço, que foi planeada origi- GRUAS DE CONSTRUÇÃO 20 SHAPE • # 1 2012 nalmente como a pele exterior do edifício”, conta o diretor de Marketing e Vendas da Sapa, Pedro Maçarico. trouxe grandes poupanças de custos, o que permitiu um processo de construção standard com betão, eliminando a necessidade de estruturas de aço complexas e dispendiosas para o edifício. Ao mesmo tempo, a estrutura de alumínio teve de manter a mesma estética do design original em aço. “A Sapa foi crucial para ‘salvar’ o nosso design”, diz Luis Torgal, arquiteto do atelier Risco, responsável pelo design do edifício. “Quando o cliente constatou que a estrutura de aço iria ter um custo muito mais alto, ficámos mesmo preocupados. Poderíamos ter acabado com uma fachada de vidro banal, mas a Sapa fez um excelente trabalho para encontrar soluções e manter o nosso design original o mais possível.” O sistema de fachadas Elegance 52, com lâminas sombreadoras, foi adaptado para preencher as especificações únicas do edifício. “A Sapa faz um grande esforço para conceber soluções que ajustassem às nossas ideias”, acrescenta Luís Torgal. “Eles sabem que os arquitetos até sabem desenhar coisas inteligentes. Nem todas as empresas de marca estão tão abertas a TROCAR O AÇO POR ALUMÍNIO trabalhar com arquitetos que querem mudar – ou adaptar – os seus produtos.” Ancorar as lâminas sombreadoras na fachada foi um desafio para os designers da Sapa. “Com 40 centímetros de profundidade e cinco centímetros de espessura, estas estruturas sofrem de um efeito de “vela” quando sujeitas a ventos fortes, diz Pedro Maçarico. Foram necessárias peças de ancoragem fortes e fiáveis para evitar que as lâminas se soltassem com ventos fortes. “Outro grande desafio foi pensar como efectuar a manutenção aos painéis de vidro, em caso de quebra, sem obrigar à desmontagem das lâminas sombreadoras”, acrescenta Pedro Maçarico. O trabalho rápido e eficiente da Sapa fez com que a construção do Sky Business conseguisse estar adiantada em relação aos outros edifícios do mesmo projeto. É extremamente importante finalizar projetos no mais curto período de tempo possível, especialmente em Angola, onde o custo de vida é muito alto, até para estrangeiros, diz Pedro Maçarico. “Tudo custa dez vezes mais em Angola do que na Europa, e quando é necessário deslocar uma equipa de instalação, queremos é encurtar o processo para manter os custos tão baixos quanto possível.” A Sapa tem trabalhado em vários projetos em Angola, numa colaboração estreita com arquitetos e empreiteiros, apresentando soluções individualizadas que se ajustam às suas necessidades. “É muito duro trabalhar em Angola porque há muitas coisas que podem falhar”, diz Pedro Maçarico. “É uma grande mais-valia a Sapa ter experiência de trabalhos em Angola e conhecimentos sobre logística, manutenção, montagem TEXTO Cari Simmons e outros.” # 1 2011 SHAPE • 21 Luzes grandiosas NOTÍCIAS BREVES 15 milhões de taças de velas foram recolhidas pelas crianças nas escolas suecas durante o concurso “A grande caça às velas.” Corresponde a dez toneladas de alumínio. Mais de 18.000 crianças participaram no concurso. Foram necessários cinco tipos diferentes de perfis desenhados especialmente para a construção dos enormes candeeiros para a entrada do novo centro cultural Spira. Um ambiente de cultura A Solardome Industries é o líder de mercado de cúpulas geodésicas em vidro e alumínio do Reino Unido e há 20 anos que trabalha em estreita colaboração com a Sapa Profiles para fabricar as suas estruturas de alumínio sem manutenção. As cúpulas são uma alternativa dramática a estufas, com uma variedade de utilizações, desde coberturas para jardins residenciais a centros de formação em plantas tropicais. O mercado da formação é particularmente importante para a Solardome Industries e a sua gama de cúpulas para este setor está em forte crescimento. Escolas primárias e secundárias beneficiam bastante destas cúpulas, que oferecem um ambiente de aprendizagem prático para todas as disciplinas, desde ciências à geografia. Todas as cúpulas utilizam a mesma estrutura de alumínio, sendo necessário apenas um perfil para as escoras de alumínio, que são cortadas na obra ao tamanho pretendido. A cúpula não requer manutenção, dado que a sua estrutura é toda feita de alumínio e vidro de quatro milímetros, tornando a estrutura resistente ao vento e tempestades, mas mantendo uma temperatura uniforme e agradável no seu interior. Vigilância contínua POLIR A CIÊNCIA É difícil não reparar no Inspiria Science Center em Sarpsborg na Noruega, situado na estrada principal de acesso a Oslo. O seu exterior de vidro e alumínio é emblemático do foco na sustentabilidade deste novo centro. O vidro e o alumínio são materiais de construção perfeitos para estruturas com eficiência energética. São ambos totalmente recicláveis, e os perfis de alumínio 4150 sx (fachada) e 1074 sx (janelas) da Sapa suportam facilmente as enormes janelas de três vidraças que deixam entrar luz mas mantêm uma grande eficiência energética – aproximadamente 0,8 w/m²k. As janelas estão também isoladas contra o ruído da autoestrada. “A Sapa deunos a ajuda necessária para os aspetos técnicos deste projeto. Mantivemos sempre um bom diálogo com a empresa” diz Jørgen Slydahl, engenheiro de projetos da Saint-Gobain Bøckmann, que forneceu as fachadas do centro. 22 SHAPE • # 1 2012 Geutebrück é um conhecido fabricante de sistemas de vídeo vigilância de alta qualidade. A sua fama vem da integração contínua de sistemas existentes com tecnologias digitais modernas com um interface entre homem-máquina fantástico, tudo sob o orgulhoso selo de qualidade “Fabricado na Alemanha.” Gestores de logística que pretendem seguir carregamentos em locais de grande dimensão, casinos que pretendem monitorizar rápida e facilmente para poderem expor batoteiros sem interromper o fluxo do jogo ou gestores de empresas de retalho que pretendem observar o comportamento de aquisições dos clientes, são alguns dos que pretendem sistemas de vídeo vigilância fáceis e intuitivos. A nova consola Pilot é um exemplo desta oferta da Geutebrück. Há muito que a Sapa fornece os sofisticados perfis de alumínio anodizado que são usados na frente dos produtos da Geutebrück, tendo participado no desenvolvimento do novo sistema Pilot. “Envolvemos pessoal técnico e de vendas da Sapa desde o início, que nos ofereceram as soluções necessárias para responder a algumas questões de forma e condutividade”, lembra Arno Lentz, Líder de Equipa de Plataformas & Integração de Sistemas da Geutebrück. É necessário que um sistema de vídeo vigilância seja fácil de operar. A empresa alemã Geutebrück desenvolveu o novo sistema Pilot. O centro cultural Spira em Jönköping, um grande complexo para música e teatro, foi inaugurado em novembro de 2011 e já é um marco da cidade. Cinco candeeiros com três metros de comprimento, o maior pesa 1,2 toneladas, enfeitam a entrada seguindo a forma e cores do edifício. Os candeeiros foram concebidos pela designer Ingegerd Råman. Fagerhults Belysning ab foi quem as construiu, uma encomenda que István Magyarovari descreve como um desafio interessante. “Uma parte foi realizar a visão da artista, de uma construção arejada e simples sem parafusos, fios elétricos ou juntas visíveis. Depois foi o lado prático e resolver a questão de como substituir lâmpadas sem ser necessário descer o candeeiro ou trabalhar em grandes alturas”, explica. A solução técnica é baseada em barras longas de plexiglas e alumínio que são fáceis de remover para reparação ou substituição dos perfis led e outros dispositivos. O alumínio tem o equilíbrio certo no que se refere a peso leve e resistência, e apesar dos planos de produção curtos, a Sapa conseguiu entregar cinco tipos de perfis desenhados especialmente para a estrutura. # 1 2012 SHAPE • 23 Bennington Carriages RODAM COM O TEMPO Em meados dos anos 60, Michael Mart, proprietário e fundador da Bennington Carriages, desenhou a sua primeira carruagem puxada a cavalos para conduzir seguramente os póneis que havia adquirido recentemente. Intrigado com o projeto e com conduzir póneis, cedo se seguiu a sua participação em competições do desporto emergente, Driving Trials. A tradição dizia que era necessário ter rodas pesadas nas carruagens para evitar que se virassem. Depois de observar as carruagens nas competições, Michael Mart apercebeu-se que isto não se devia a um problema de peso mas sim de design. Encorajado pelo patrono deste desporto, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, Michael Mart começou a trabalhar no design de carruagens e desenvolveu uma roda forte e leve em alumínio, que se assemelhava a uma roda de madeira tradicional mas permitia uma aceleração maior e mais segura. 24 SHAPE • # 1 2012 Em 1979, a Bennington Carriages foi nomeada fornecedor da Casa Real, posição que mantém até à data. “COM O DESIGN ADEQUADO, as rodas de alumínio são melhores para o cavalo porque menos peso significa menos esforço para o animal em terreno variado como lama e areia”, acrescenta Sue Mart, que compete em corridas de carruagem, filha de Michael e codiretora do negócio da família com a sua irmã Wendy. Refletindo na parceria de 30 anos com a Sapa, que produz todas as ligas de alumínio utilizadas na Bennington Carriages, Michael Mart diz: “O pessoal da Sapa é fantástico e uma maravilha para trabalhar, do design à produção, com um serviço excelente! A sua especialização e flexibilidade têm sido parte integrante do nosso desenvolvimento, de tal maneira que atualmente somos o maior fabricante de carruagens para cavalos, para competição ou recreação.” TEXTO Michele Jiménez